Voyager – Para a fronteira final


Título original: Voyager: To the Final Frontier
Ano 2012
BBC

As duas missões espaciais da NASA, Voyager 1 e 2, marcaram a era de ouro da exploração espacial. Lançadas em 1977, em uma janela única de oportunidade de posição favorável astronômica dos planetas, as missões Voyager tinham como objetivo explorar um a um os planetas do Sistema Solar para além de Marte.

O gigantesco tamanho do Sistema Solar parecia impedir o lançamento de uma missão que pudesse retornar resultados em tempo razoável para justificar um investimento de tal grandeza. Afinal, serão poucas as sociedades que terão vontade de investir em algo que não verão no tempo de uma vida.

No entanto, dados obtidos pelo matemático Michael Minovitch, em um uso intensivo de um então poderoso computador da IBM, mostraram ser possível o uso da gravidade dos próprios planetas para impulsionar a sonda; em uma espécie de estilingue gravitacional. Minovitch conta em entrevista ao programa que sentia uma grande pressão por parte dos administradores da Universidade onde trabalhava, qualquer frustração nos resultados poderia significar perdas de grandes somas de dinheiro investido e até comprometer o futuro de sua carreira.

Cálculos posteriores mostraram também que o Sistema Solar estaria em situação favorável para o uso do estilingue gravitacional próximo ao ano de 1977, e que a mesma configuração só apareceria novamente dentro de 176 anos. Era questão de agora ou nunca.

Como convencer um país a investir em missões de tão longa duração? Mesmo que atualmente percebamos a importância da exploração especial. É sempre um desafio obter recursos para este tipo de projeto. E é aí que entra a função de Carl Sagan, na época encarregado de ser o porta-voz do projeto.

Sagan teve a brilhante ideia de colocar discos com informações da Terra nas duas sondas; quase como uma mensagem em uma garrafa lançada ao cosmo. Foi o que cativou a atenção do público e reforçou a garantia de que as missões receberiam investimento público.

O resultado científico científico e da coleta de imagens foi fascinante. As fotografias são tão boas para a tecnologia da época que é fácil achar que tratam-se de imagens atuais; mas não, são fruto da engenhosidade de uma brilhante equipe de pesquisadores.

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