Quando a superstição mata

africa
ESTADO, 13-09-2006

RUMORES SABOTAM CAMPANHAS DE VACINAÇÃO PELO MUNDO
Parte dos problemas, dizem especialistas, nasce do fracasso dos
agentes de saúde em esclarecer as populações sobre a vacina
AP

KANO, NIGÉRIA – Para Ramatu Garba, a vacina contra a pólio é uma
maldição: parte de uma conspiração ocidental para esterilizar meninas
nigerianas. “Deus usou cientistas muçulmanos para denunciar o plano
ocidental de usar a vacina contra a pólio para reduzir nossa
população”, diz o vendedor de 28 anos. Toda vez que equipes de saúde
pública tentaram vacinar sua filha, Garba não permitiu. (…)
No Quênia, era comum ouvir que a vacina era uma ferramenta do demônio.(…)

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Comentando a notícia, apenas uma frase do Ingersoll:
“A fundação da superstição é a ignorância, a superestrutura é a fé e a cúpula é uma esperança vã. A superstição é filha da ignorância e a mãe da miséria.” Robert Ingersoll

Atualização em dezembro de 2013: Infelizmente as campanhas antivacinação tem continuado; permitindo que doenças que já era consideradas controladas tenham novos surtos. Isto mesmo em regiões ditas desenvolvidas e com uma boa nutrição. O que inutiliza o argumento de alguns antivacinistas que culpam a má alimentação e maus hábitos diários como fatores propulsores das doenças. Visto isso, afirmo que sou um forte defensor das vacinas, e repudio qualquer atitude que venha por em perigo toda uma população. Já que a recusa pela vacinação não é apenas uma escolha pessoal, pois a ausência de imunização de uma pessoa pode significar perigo para outra pessoa, que eventualmente não tenha sido bem imunizada durante a época de vacinas; representando risco para a saúde daqueles que nada tem a ver com toda esta polêmica vazia.

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