SUBJECT: Variacao do bico de aves cria novas especies
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 16/01/2000 13:02

Estudo feito com tentilhões das ilhas Galápagos aponta alteração no
canto dos pássaros como fator de especiação
Variação do bico de aves cria novas espécies
RICARDO BONALUME NETO

ESPECIAL PARA A FOLHA. Segunda-feira, 15 de Janeiro de 2001
O bico do pássaro não indica apenas o tipo de alimento que ele pode
comer. A forma do bico também influencia o modo como ele canta para
atrair fêmeas. Quanto mais fino for o bico, mais sofisticada é a canção.

Quanto mais maciço ele for, menos variado é o repertório.

O resultado em termos de evolução biológica é uma acelerada criação de
novas espécies a partir de um ancestral comum.

A descoberta dessa evolução correlata entre a forma do bico e a
"cantada" que o pássaro usa para conquistar a fêmea foi feita pelo
pesquisador Jeffrey Podos, com o estudo das aves mais famosas na
história da evolução biológica, os tentilhões das ilhas Galápagos.

Foi o próprio autor da teoria da evolução, o naturalista inglês Charles
Darwin (1809-1882), quem primeiro coletou tentilhões neste arquipélago
no oceano Pacífico pertencente ao Equador.

Esses pássaros viriam a estar entre os melhores exemplos do processo
que move a evolução, a seleção natural, pela qual as espécies de seres
vivos vão tentando se adaptar ao ambiente e deixando descendência -ou
não, caso em que terminam extintas.

A criação de novas espécies a partir de ancestrais comuns é a chamada
"especiação".

"Os tentilhões de Darwin evoluíram a partir de um ancestral comum que
chegou às ilhas Galápagos há cerca de 2 milhões a 4 milhões de anos.
Evidências recentes de DNA indicam que as espécies atuais se originaram
ao mesmo tempo, logo depois de as ilhas serem colonizadas pelos
pássaros", disse Podos à Folha.

Ele é pesquisador da Universidade do Arizona em Tucson, Arizona (EUA).
Seu estudo foi publicado na última edição da revista "Nature" (www.
nature.com).

Os tentilhões têm entre 10 cm e 20 cm. Estão repartidos em 15 espécies
com distintos habitats e formas anatômicas. Há pássaros com bicos
fortes como alicates, capazes de quebrar as mais duras sementes das
ilhas. Outros comem cactos e insetos, e um chupa sangue de aves
marinhas.

Podos gravou o canto e comparou com a anatomia dos pássaros. Houve
perfeita correlação entre o tipo de canto e a forma dos bicos.

O canto mais simples era o do relativamente grande Geospiza
magnirostris (tentilhão terrestre de bico grande), cujo bico forte é
feito para comer sementes.

O canto com maior variação de frequência sonora e mais repetições era
do tentilhão cantor (Certhidea olivacea), que devora pequenos insetos
com seu bico fino.

"Cantada"
"A especiação nos tentilhões de Darwin, assim como na maioria dos
pássaros canoros de ilhas, é dirigida pela diversificação dos sinais
reprodutivos, como as canções. Por isso, se os sinais se diversificam,
aumenta a chance de especiação", afirma Podos.

As fêmeas escolhem os machos pela "cantada". Se canções de duas
linhagens são distintas, menor é a chance de cruzamento.

O canto dos pássaros pode ir se diversificando por diferentes motivos.
Como a canção tem de ser aprendida, pode acontecer erro na transmissão
de pássaro a pássaro. Ambientes também influenciam a propagação do som.
"Meus dados dão outra explicação. Na medida em que os bicos mudam, as
canções também mudam", diz ele.

Podos retornará às Galápagos para continuar a pesquisa, acompanhado
pela mulher, a pesquisadora brasileira Cristina Cox Fernandes, do Inpa
(Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia).





SUBJECT: FAQ - GENISMO (Versao 1.0)
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 20/01/2000 23:01

FAQ - GENISMO (Versao 1.0)
-------------

Tentarei responder as perguntas mais frequentes sobre o
Genismo.
(Procurar SEMPRE uma versao + recente pois este FAQ devera

ser
periodocamente revisado e atualizado )

Resumo das perguntas :
1- O que eh o Genismo?
2- Qual o objetivo do Genismo ?
3- O Genismo eh religiao, filosofia ou teoria cientifica?
4- Como vc fala que fomos moldados "para" perpetuarmos
genes
se a evolucao nao tem uma finalidade?
5- Se todos fomos moldados para perpetuarmos nossos genes
para
que entao serve o Genismo?
6- O que significa "perpetuacao genetica" ?
7- Qual o papel do amor no Genismo ?
8- Qual a punicao para quem nao seguir o Genismo ?
9- O que eh felicidade ?
10- Agindo de acordo com nossos genes nao implica
voltarmos ao nosso
estado animalesco como estuprar e matar ?
11- Devo entao apenas pensar em perpetuar meus genes ?
12- Se o objetivo eh perpetuar genes, para que eu vou me
esmerar
em estudar e trabalhar? Nao eh melhor eu ficar fazendo

filhos?
13- Entao eu devo ter o maior numero de filhos possiveis?
14- Por que o Genismo eh uma teoria cientifica ?
15- Se o Genismo prega a perpetuacao genica, os
homossexuais
nao podem ser genistas?
16- Se os homossexuais nao podem ter filhos, como eles se
enquadram no Genismo?
17- Uma pessoa portadora de uma doenca genetica que
inviabilize-a
de ter filhos nao podera seguir o genismo?

18- Por que o Genismo eh considerado a doutrina que
promoverá
a salvacao da Humanidade?




---------------------------------------------------------
Respostas em :

http://www.egroups.com/message/Genismo/140


[]s
jocax





SUBJECT: Re: [ciencialist] FAQ - GENISMO (Versao 1.0)
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 21/01/2000 10:31

Eduardo Gueron wrote:

> Caro Joccax,
>
> Sua "teoria" não é científica uma vez qua a sua falseabilidade é
>
> impossível. Como vamos comparar todas as alternativas
> estatisticamente?

A falseabilidade eh possivel sim.
Nao eh necessario q se compare *todas* as alternativas, basta que se
mostre
*uma* que refute a teoria e ela estara falseada.


>
> A própria evolução ou o neodarwinismo (termo que não gosto) é
> extremamente complicado de ser falseado, no entanto, uma teoria
> contida
> em outra falseável não é falseável por completo quando prevê coisas
> além.

Se a base da teoria for falseada entao a teoria tambem caira.


> Mas este é o seu menor problema.
> Eu em uma mensagem anterior falei que sua teoria tem ransos
> nazistas.
> Claro que, pela história, concordo que isto é uma acusação um tanto
> quanto pesada. Todavia, algo que propõe um manual cultural de
> comportamente a partir de características biológicas é complicado e
> perigoso.

Note que o Genismo nao eh um manual cultural de comportamento que
detalha o que
voce deve ou nao deve fazer em detalhes.
Ele propoe caminhos de conduta de carater geral, ele nao explicita
exatamente
como a pessoa deve proceder.


> Vamos nos ater ao exemplo do homossexualismo. Como assim um
> homossexual tem que servir seus parentes?

Eu nao disse *tem* que servir.
Se minha teoria sobre o homossexualismo estiver correta, ou seja
o homossexual foi "projetado" para ascender socio-econo-cultural/e ,
entao o melhor que ele podera fazer eh agir de acordo com seu projeto
genetico.

Uma das normas genistas eh a q vc deve se desviar o minimo possivel de
sua programacao genetica. E servir aos parentes eu quis dizer que os
parentes
irao usufruir , cedo ou tarde ( ateh apos a morte ), das conquistas
conseguidas
por este homossexual. Nao estou dizendo q ele deve ser "escravo" de seus

parentes.


> E se o homossexualismo não
> tiver natureza genética?

Se o homosexualismo nao tiver natureza genetica ( o q nao acredito )
entao o homossexual deveria tentar nao ser homossexual.
Se nao conseguir eh pq a natureza do homo/o deve ser genetica mesmo.




> Se o cara quer ser homossexual e viver uma
> vidinha mais ou menos sem ajudar ou sem atrapalhar ninguém ele pode,
> ele
> tem o direito.

Eu nunca disse q ele nao tem o direito.
Vc nao leu a pergunda do FAQ:

8- Qual a punicao para quem nao seguir o Genismo ?
O Genismo nao estabelece nenhuma punicao.
O que acontecerá eh que as pessoas que nao o seguirem terao menos
chances de atingir o grau de felicidade que elas poderiam alcancar
caso seguissem o genismo.


> O que não pode é haver uma teoria que obrigue o
> homossexual a servir por causa de sua orientação sexual. Aliás,
> ninguém
> pode ser obrigado a nada por motivos sexuais, raciais ou,
> generalizadamente, genéticos.
> Extrapolando os seus mandamentos, teríamos pessoas obrigadas a
> andar
> todo dia porque isso faz bem.

Releia o FAQ 8 acima q eu acho q vc nao entendeu.



> O item 17 é particularmente perigoso. Uma
> pessoa como uma grave moléstia não pode ter filhos? Se ela for
> estéril,
> tudo bem, mas se ela for muito burra? E se a burrice for de natureza
> genética? Ela não pode ter filhos?

Existem molestias q podem ser passadas aos filhos que poderao morrer na
infancia
por causa delas por exemplo. O aconselhamento genetico poderia dizer :
Se vc tiver um filho ele ira morrer aos 9 anos ou nascer tetraplegico
etc..
Vc teria o filho ?
Note q seus genes normalmente nao sabem disso sempre querem q vc tenha
filhos ( normalmente ). Esta decisao de nao ter filhos seria cultural e
iria CONTRA
seus genes.
Uma pessoa seria + feliz tendo seu filho mesmo sendo burra feia etc...



> E se uma pessoa for "geneticamente
> perfeita" (até dói ao escrever esta expressão) mas preferir adotar?

Veja o FAQ 8.

>
> Finalizando, não te conheço e não tenho idéia da sua postura
> política
> todavia penso que vc andou entendendo mal pessoas como Richard
> Dawkins.

Minha opiniao eh a mesma com relacao a voce.
Alem do mais, existem pessoas que avancam no conhecimento e nao ficam
apenas presas a ideias de outras. Isso se chama evolucao cultural.



> Aconselho que vc abandone esta baboseira de genismo e estude um
> pouquinho da história do eugenismo para ver as merdas que pode dar.

Vc deveria estudar + sobre genismo e esquecer estas baboseiras de
eugenismos
para ver as coisas boas que poderao dar.

[]s
jocax




SUBJECT: Re: [ciencialist] village people
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 22/01/2000 22:39

TARCISIO BORGES wrote:

> Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> > Se o homosexualismo nao tiver natureza genetica ( o q nao acredito )
>
> > entao o homossexual deveria tentar nao ser homossexual.
> > Se nao conseguir eh pq a natureza do homo/o deve ser genetica mesmo.
>
> Acho que uma resposta simples para isso é a seguinte:
>
> - Não é genético porque eles não se reproduzem.
>
> Pode sim ser uma doença mental hereditária [genética] assim como a
> anorexia, necessitando de dois alelos como a maioria das doenças
> genéticas.

Pesquisas recentes apontam influencia genetica , se nao me engano,
predominantemente
heranca por parte de mae.

Veja bem, o fato de eles nao se reproduzirem nao implica q seus genes
nao possam ser perpetuados! Esta eh a sintaxe da minha teoria q vc nao
deve ter lido.

Ou seja, se os homossexuais (HM) forem um fator de vantagem evolutiva no

genotipo familiar entao a tendencia eh q estes genes ( da familia e
portando o do HM)
tenham vantagem competitiva em relacao aas familias q NAO tenham um HM
nela.

[]s
jocax








SUBJECT: Re: [ciencialist] Memética
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 22/01/2000 23:03



Adam Luiz de Azevedo wrote:

> O que significa meme?
>
>

o Joao Miranda escreveu um texto aa respeito :

http://www.egroups.com/message/ciencialist/5804

[]s
jocax




SUBJECT: A TGBD e o Todo e mais perguntas
FROM: Leonardo Stern <roxo@jedi.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 05/03/2000 21:43


> Leonardo:
> O que a TGBD pretende ser ?
>
> a) Uma filosofia (uma visão diferente do que não interfere nas teorias
> conhecidas) ?
> b) Uma teoria (complementação e/ou substituição das grandes teorias que
> descrevem o universo entrando em conflito com alguns conceitos)
> c) Um complemento das teorias já existente (não entra em conflito com as
> atuais teorias, e preve acontecimentos não imaginados / anteriormente
> impossiveis)
> d) uma religião
> e) N.D.A (especificar)
>
> Claudio:
> Acredito que a TGBD seja a Teoria de Tudo, e, portanto, também um misto das suas alternativas a, b e c. Quanto ao site da TGBD o seu endereço é:

O grade risco de afirmar que a TGBD seja a teoria do tudo é :

Ela deve esplicar sozinha todo o mecanismo do universo.
Estando contida no todo, ela deve ser aplicavel a si mesma ... sendo
assim a TGBD deve formar um bidual onde pergunto : sendo a TGBD um dos
elementos do bidual, quais são os outros 3 ?

Existindo 4 elementos na "self-aplicabilidade" da TGBD está não seria
autosuficiente e se tornaria invalida em seu propósito.

Outra consideração interessante é : Sendo a Teoria do Tudo, esta esta
passivel de ser godealizavel, tendo que passar por uma reavaliação
filosófica.

Minha ultima observação é : Explicando-se o Tudo, estamos explicando o
inexplicavel que fazia parte do todo, e agora fazendo parte do nada.
Consequentemente o nada deixaria de ser subconjunto do todo. A TGDB
deixaria de explicar tudo para explicar o todo que passaria a ser nada !

Agora umas perguntas novas (estou anotando as não respondidas heim !) :

Como a TGBD se aplica aos fonemas ? como as vogais formam um bidual ?
Atualmente pesquisa-se um método para inserir uma nova base nitrogenada
no DNA (esta já foi sintetizada), como a TGBD se manifesta a respeito
(considerando que o DNA tem 5 bases nitrogenadas ... o uracil está
presente no DNA pelo que me falaram, apenas não possui nenhuma função) ?
Como a TGBD explica a lei de Murphy ?
idem, as soluções hipersaturadas e o aquecimento da água no microondas
em até 8 graus acima de seu ponto de ebulição ?
... as senoides hiperbólicas ?
... o fogo ?
... a reflexão da luz por um espelho (mudança instantanea no "sinal" da
velocidade) ?


SUBJECT: Re: [ciencialist] A TGBD e as cores e ... mais perguntas :-)
FROM: Leonardo Stern <roxo@jedi.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 05/03/2000 22:38

> Vou continuar tentando a responder as suas perguntas sobre como aTGBD explica diversos temas. Começarei pelos que já equacionei.

Que bom, estou tentando tratar a TGBD com um programa de encodificar
musica (pois eu participo de grupos de senvolvimento desta tecnologia -
OGG Vorbis e MP3), quando o projeto está no inicio a primeira vista o
encodificador parece perfeito, mas a medida em que vai sendo testado e
usado vão aparecendo trechos dificeis de encodificar, onde os erros do
algorítmo aparecem com maior intensidade. É o que chamamos de test
cases.

Ao analizar estes test cases, os ajustes necessários são feitos e o
algoritimo passa a ser satisfatório para estes exemplos.

Analogamente enviando test-cases para a TGBD resolver estamos vendo se o
"algoritimo" é bom e quais ajustes precisam ser feitos. Se a teoria é
boa (as perguntas vão sendo resolvidas), vai ganhando força caso
contrario vai perdendo a confiabilidade.

Creio que este sistema agrada aos que são a favor, contra ou netros
quanto a TGBD.

> LS:... O processo de formação das cores ?
> ==================================

> As cores primárias são três: vermelho, azul e verde. As demais são obitidas mediante combinações destas três. Se se combina essas três cores em igual proporção, obtem-se o branco, que é a soma de todas as cores. Lembra-se do disco de Newton?

Por que não vermelho, azul e amarelo ?
.. o verde seria a combinação do azul e amarelo .. experimente passar um
hidrocor ou lapis amarelo em cima de uma linha azul.

> qual seria o Quarto Uno? Seria o negro que é a ausência de cor.

Por que não o infravermelho ou o ultravioleta ?

>Já na imprensa e na informática são utilizadas as três cores compostas amarelo, ciano e magenta. Repare que ao definir uma cor no seu micro num programa >do tipo do Corel Draw, você atribuirá um peso para cada uma destas três cores compostas e também um peso para a cor preta.

Na informatica o método (muito) mais usado é o RGB (Red Green Blue), o
YCM (acho que é assim a sigla, quase nunca usei este sistema) é pouco
utilizado e muito complicado.


Quanto às perguntas que mencionei no campo do assunto :

TGBD e as notas musicais ?
TGBD e os sistemas numéricos ?
TGBD e o deslocamento das linhas espectrais para o vermelho ?
TGBD e o escoamento da água quando abrimos a torneira. Por que o feixe
vai se afinando ?
TGBD e o escoamento da fumaça .. por que ela inicialmente escoa
uniformemente e depois se espalha ? (ver cigarro aceso em cima da mesa)
TGBD e o sistema solar ... por que essa organização dos planetas ?


SUBJECT: TGBD e a ciencialist
FROM: Leonardo Stern <roxo@jedi.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 05/03/2000 23:08

Acho que o numero de questoes relativas a TGBD tem sido expressivel
dentro do volume diário da lista. É extremamente desagradavel aos
usuários que não se interessam pela teoria em receberem até 20 emails
sobre o assunto todos os dias, por um periodo indefinido de tempo.

Muitos participantes de uma lista de discussão querem ver assuntos de
sua área (ok, ok .. a TGBD pretende conter o tudo, mas vcs me
entenderam) circulando pela lista para terem uma reciclagem e
atualização constante em sua área.

Posts sobre a TGBD não implicam diretamente em uma redução destes outros
assuntos, mas, devido ao aumento do volume de mensagens sempre acaba se
perdendo um pouco da atenção sobre *AQUELE* email.

Um grande numero de pessoas não gosta de receber um volume elevado de
emails, outros julgam a qualidade de uma lista pela razão entre email
que são de seu interesse e o numero total de emails. Sendo assim, os que
julgam a TGBD um tema desinteressante, julgam a ciencialist com um valor
menor.

Acredito que se todos os interessados forem para a lista do TGBD, esta
será discutida com ainda mais intensidade, enquanto a ciencialist
voltara ao seu estilo antigo. E deverá crescer ainda mais.

Para quem não sabe eu também administro uma lista de discussão
científica, e minhas posições acima se baseiam nesta experiencia que
tive e venho tendo. Quando os temas estão pouco diversificados entre as
áreas científicas recebo reclamações de algum membro de uma determinada
área que não encontra muito espaço para discutir na lista.

Quando o volume de emails amuito em relação a média diária dos dias
proximos, percebo que alguns membros recém chegados vão embora, outros
reclamam que não podem ler os emails ou que não podem receber tal volume
de correspondencia no lugar onde trabalham, etc.

A partir de agora, vou postar as questões referentes a TGBD no lugar
correto .. a lista de discussão sobre a TGBD e espero que os outros
assim façam.

Em relação ao contra de : alguns futuros ciencialisteiros (ou atuais
cienciaouvintes) interessados na TGBD ficarem de fora da discussão,
sugiro um post citando os topicos em discussão na lista de TGBD.

O que acham ?


SUBJECT: Espirito cientifico
FROM: "Peterson L. S. M." <peterlsm@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 09/05/2000 13:33

** Prezados amigos da lista, perdoem a temática que irei abordar
pois, em que pese o fato de que está fora do escopo do objetivo comum
sugerido que somos informados ao iniciar nossa participação, é
interessante que algumas coisas sejam esclarecidas através de
questionamentos e colocações. Sugiro que leiam a mensagem que segue
façam o seu veredito. **

FM:
>> É nesta hora que entra a ciência Espírita,
>> explicando através da pluralidade das existências
>> como se dá o processo de conscientização.

FM:
>> Sei que muitos aqui irão tremer ao ler isto.
>> Mas garanto-lhe que ela obedece aos princípios
>> científicos.

MB:
>> Garante? Boa essa... Quais são as garantias?

FM:
>> Façamos o seguinte, estude e depois tire suas
>> conclusões.

FM:
##########
>> Espiritismo é uma ciência experimental.
##########

FM:
>> Não tenho a mínima intenção de convencê-lo a
>> nada.


Ufa... ainda bem que eu estudei o espiritismo (Federação Espírita
do Paraná--GEDE e ESDE), e posteriormente li os livros do "Evangelho
Segundo do Espiritismo", "O Livro dos Espíritos", "O Livro dos
Médiuns", "A Gênese" e alguns outros. Pouco antes de me tornar um
cético, ainda tentei o conhecimento que diz ter uma abordagem
"científica" dos fenômenos espíritas e "sem explicação", popularmente
conhecido como parapsicologia.
O chamado "espiritismo ortodoxo" tal como definido em sua fase
antes da codificação por Allan Kardek deve ser, presumo, ignorado. Ele
fala de gnomos, fadas, demônios que estupram mulheres e nelas geram
filhos, unicórnios e outras coisas que, penso, não precisamos debater
para mostrar sua invalidade. Motivado por um espírito
pseudopositivista pós-Saint Simon e logo depois consolidado por
Augusto Comte, Kardek queria algo mais "científico" e para tanto
acreditou ter estudado os fenômenos "espíritas" segundo essa ótica.
Quando houve o rompimento de uma classe inconformada com a falta de
critérios e metodologia científica no Kardecismo criou-se a
parapsicologia, QUE NÃO É ESPIRITISMO pois em sua teoria principal
afirma que os fenômenos "mediúnicos" podem ser explicados por forças
atuantes e desconhecidas do subconsciente e de uma natureza particular
dos seres vivos. Essa distinção deve ser muito bem feita, pois a
parapsicologia não pretende qualquer ligação com a filosofia ou as
crenças espíritas.
De qualquer maneira, uma investigação na própria parapsicologia
mostraria sua inefetividade na consecução de aplicação do método
científico, causada por falhas ideológicas em resultados de análises,
interpretação e elaboração de experimentos. Tive a oportunidade de
verificar o "espiricom" e outras invenções do tipo que visavam
"comprovar" os espíritos. Para se saber, escolhe-se entre milhões de
amostras de chuviscos em interferência de TV justamente a que de longe
se assemelha com um semblante humano. Mexe-se em fatores como correção
gama, matiz, brilho, contraste, etc. e diz-se que "encontrou-se um
espírito"... da mesma forma que alguns deduziram sobre as "faces de
marte" (SAGAN, Carl. O Mundo Assombrado pelos Demônios, in Cap. III.
São Paulo: Companhia das Letras, 1996). As gravações de vozes, que
segundo eles é uma prova "científica" são simplesmente arranjos
manipulados em equipamentos de edição sonora, colhidos também de
enésimas amostras até se achar algo que lembre uma voz ou uma frase (o
método de evangélicos procurarem mensagens satânicas ouvindo discos ao
contrário...). Amostras colhidas para análise estatística simplesmente
não obedecem um critério de neutralidade ou aleatoriedade exigidas
pelo método científico. (http://www.geocities.com/paraciencia/).
"Minha prática como um cientista é ateística. Isso quer dizer que,
quando eu faço um experimento eu assumo que nenhum deus, anjo, ou
demônio vai intervir no seu curso e essa assunção fui justificada pelo
tamanho sucesso que eu alcancei na minha carreira profissional. Eu
seria portanto intelectualmente desonesto se eu não fosse também
ateístico nos negócios do mundo. E eu seria um covarde se eu não
declarasse minhas visões teóricas em público." J. B. S. Haldane
Vamos então a um estudo bibliográfico.
Em "O Livro dos Espíritos" capítulo "Introdução", diz-se: "A
ciência espírita compreende duas partes: uma experimental, sobre as
manifestações em geral, outras filosófica, sobre as manifestações
inteligentes". Ora, exatamente sobre a parte experimental da qual
poderia constar o método científico, este não existe. As sessões
espíritas que estão ligadas à parte experimental tem que ser feitas
com pouca luz. Segundo o Dicionário Cético
(http://paginas.teleweb.pt/~ceptico/abc/todas.html), afirma-se: "Uma
sessão é um encontro de espirististas para receberem comunições dos
mortos. Geralmente, o grupo é dirigido por um medium num quarto escuro
(para melhor criar a ilusão) que, muitas vezes com um assistente,
produz sons e vozes, move coisas no quarto, afirmando sempre que são
manifestações dos espiritos dos mortos". Essa afirmação é foi
justamente o que comprovei em todo o tempo que tive contato com o
espiritismo ou com experiências pretensamente científicas nesse
sentido.
Terremotos, vulcões, furações e maremotos seriam causados por
influências de espíritos. No "Livro dos Espíritos", Livro II, Cap I,
fala-se dos "espíritos batedores" que provocam manifestações físicas,
movem objetos, causam barulhos, etc. Ainda diz que são eles que os
"agentes principais das perturbações dos elementos do globo, quer
atuem sobre o ar, a água, o fogo, os corpos duros ou nas entranhas da
terra". Outros espíritos também produziriam os fenômenos das "mesas
girantes" (Introdução II, IV e Conclusão I). Talvez os cientistas
japoneses estejam perdendo tempo na tentativa de prever terremotos,
uma vez que eles são causados por espíritos. Talvez as previsões
feitas com análise de ciclos em desvios de placas tectônicas seja
apenas uma ilusão. Será que tudo deu certo até agora por pura
coincidência? E sobre as tais manifestações, até hoje se fala muito,
mas nada de concreto foi apresentado. Nenhum objeto que se move
sozinho ou algo contrariando as leis da natureza tal como podemos
verificar aconteceu. Isso só "acontece" mesmo nas conhecidas salas
escuras...
Em "O Evangelho segundo o Espiritismo" tenta-se utilizar a bíblia
para comprovar a reencarnação. Utiliza-se Nicodemus em seu diálogo com
jesus conforme João 3,1-12: "Se um homem não renascer da água e do
espírito, não pode entrar no reino de deus". Ao que me parece conta-se
com a ignorância desse livro para empurrar essas definições parciais.
Apesar de ateu, passei por várias religiões, e tanto dentro das
doutrinas que se conhece como em uma interpretação puramente
gramatical dentro do contexto do restante dos evangelhos, sabe-se
claramente que com "renascer água e do espírito" jesus quis dizer o
batismo em águas e o batismo no chamado espírito santo. Além disso, o
espiritismo se diz "a terceira revelação da lei de deus",
respectivamente ao antigo e novo testamento, conforme o Capítulo I,
ítem 5 do livro em questão. No ítem 7, ipse literis: "Da mesma forma
que cristo disse que não veio para destruir e a lei de moisés, mas
dar-lhe cumprimento, o espiritismo diz igualmente que não vem a
destruir a lei cristã, mas cumpri-la". Aqui fica um impasse
interessante. SE o novo testamento não veio destruir a lei de moisés e
sim cumpri-la, e SE o espiritismo diz não ter vindo destruir o novo
testamento e sim cumpri-lo, ENTÃO o espiritismo também apoia o antigo
testamento (A=B, B=C então A=C).
Decorrente disso, o espiritismo careceria de explicar a
interpretação da igreja católica (que diz ser ela que veio a cumprir o
evangelho pela presumida sucessão papal de pedro) e das demais igrejas
protestantes (isso só considerando as confusões que geram no
Cristianismo, sem considerar as outras religiões!). Ora, sabe-se que
as doutrinas do céu, inferno, vida e morte católicas são diferentes
das espíritas. Sabe-se também que protestantes, especialmente
evangélicos petencostais dizem que os "espíritos" e "manifestações" do
espiritismo são obras do diabo para enganar as pessoas. Eu gostaria
muito de saber qual conclusão "científica" (ou religiosa) que se
usaria para dizer que a doutrina espírita não é mesmo coisa do diabo,
e para um pastor evangélico, ainda por cima... todos imaginam a cena.
É preciso apenas bom senso para reconhecer que isso é conversa de
nível teológico, e não científico. Há ainda os aspectos puramente
lógicos no tocante à considerações envolvidas em neutralidade,
baseadas em hermenêutica gramatical. E para justificar as atrocidades
do antigo testamento autorizadas por "deus". Ou dos tormentos eternos
sugeridos por jesus, ou das outras doutrinas e passagens como Salmos
115,17 "Os mortos não louvam ao Senhor, nem os que descem ao silêncio;
Pois os vivos sabem que morrerão, mas os mortos não sabem coisa
nenhuma, nem tampouco têm eles daí em diante recompensa; porque a sua
memória ficou entregue ao esquecimento." Marcos 12,27 "Ora, ele não é
Deus de mortos, mas de vivos. Estais em grande erro." Especialmente em
Levítico. 19, 31 "Não vos voltareis para os que consultam os mortos
nem para os feiticeiros; não os busqueis para não ficardes
contaminados por eles. Eu sou o Senhor vosso Deus." Para um
espiritismo que diz basear-se na bíblia, seja em seu ponto doutrinário
ou nos objetivos de suas suas pesquisas "científicas", não há
realmente uma ligação lógica.
Há também casos fabulosos e afirmações fantasiosas. Em "O Livro
dos Médiuns" encontra-se ainda casos de espíritos dizendo lugares de
tesouros ocultos (Parte II, Cap. XXVI, P30 e 31), casas
mal-assombradas (Parte II, Cap IX, P10), casos de "mulher de branco"
como coisas reais (P11), pessoas detendo o movimento do sol (!!!) com
poderes espíritas vindo de deus (Parte I, Cap. II, ítem 15),
levitações (ítem 16), fantasmas interferindo em assuntos humanos
(Parte II, Cap. XVI, P189), receitas médicas do além (P193), objetos
passeando sozinhos (Parte II, Cap. V, ítem 96 a 98) e outras coisas do
tipo.
Se esse é tipo de coisa explica o mundo de forma satisfatória para
alguém, é uma questão de religião e de gosto pessoal. Nesse caso eu
não tenho nada que interferir nisso. Como há aqueles que acreditam em
animais fabulosos, exús, eguns, caboclos, zeus, cristos, virgens,
lobisomens, arquivo-x, cristais milagrosos, duendes, fadas, jeovás,
iemanjás, sereias e sacis pererês, devo respeitar tanto essa crença
quanto as outras formas de religião que não acreditam, ou que tem
argumentos contra alguma dessas coisas, ou que acreditam em coisas
diferentes. Porém, admitir simplesmente que este ou aquele modelo
religioso implica em modelos mais ou menos científicos entre si, isso
eu realmente não posso. Não posso dizer que as coisas citadas até
agora pertencem à esfera da ciência ou que até hoje tenham sido
realmente estudadas através do método científico. Isso deve ter ficado
bem claro para todos que refletiram atentamente sobre tudo o que foi
mostrado.
Agora um ponto muito discutivel e intrigante.
Ante mestres, médiuns e gurus que se conhece por renome nacional
ou internacional, que afirmam a veracidade desta ou daquela doutrina
por possíveis comprovações de telepatia, projeciologia, consulta de
"memória universal", consulta de espíritos, desdobramentos ou viagens
astrais, posso afirmar que NADA até hoje foi comprovado, pelo menos
não dentro do chamado método científico. Esse desafio eu mesmo fiz e
faço a qualquer um destes. Vou além disso, digo que estou disposto a
mais uma dessas provas. Pode-se chamar Chico Xavier, Uri Gueller,
Thomas Green Morton (homem do rá), Gasparetto, todas essas pessoas que
dizem poder provar ou realizar algum desses fenômenos. Não podemos
ficar no que eles querem, como "descobrir a cor da cueca", ou "da
camisa", ou "quantos anos tem", etc. Porém, numa mostra de boa-fé, o
que proponho seria igualmente simples para demonstrar esse tipo de
poder. Trata-se de um sorteio aleatório (de preferência nos dados) de
quatro números e cinco letras, escritos posteriormente nessa ordem,
sequencialmente. Só o realizador do sorteio sabe dos resultados e
ainda por cima os escreve em um papel e caneta dele. Agora vamos
facilitar ainda mais. Poderia-se colocar esse mesmo papel em algum
lugar inviolável, e ainda dar um ou dois dias para que o "espírito"
contasse, ou que a "telepatia" funcionasse, ou que a "projeção astral"
pudesse ser realizada com calma. Isso nunca aconteceu. SE isso
acontecesse, e os números e letras fossem descritos pelo
mestre/médium/guru sem erros, sendo possível de ser submetido à
análise, então é possível que estivéssemos diante de um fenômeno
realmente interessante de ser estudado, e algumas coisas poderiam ser
reavaliadas. Bastaria isso. Porém, sempre que sugiro este breve
experimento para aqueles que se dizem mestres/médiuns/gurus, nunca há
resposta.
Não somos céticos por simples birra. Muitos de nós percebem os
fatos sociais compreendidos pela religião como uma liberdade de
decisão pessoal de cada um. Cada um é livre para decidir os critérios
de veracidade das coisas que quer acreditar. Porém, se a ciência é
invocada para comprovar alguma coisa, é de seus seus métodos e
critérios de realidade que devemos estudar essa coisa.

Um sincero e fraterno abraço.

Peterson Leal S. Mello.



SUBJECT: Re: [ciencialist] 'Evolucao artificial'
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 29/08/2000 09:42



"Luis Roberto Brudna [RS]" wrote:

> O programa eh distribuido pela internet e eh possivel haver
> migracao de seres entre os participantes do projeto. Faz pouco tempo
> (2 dias) que estou rodando o programa, e isto nao eh tempo suficiente
> para esse 'fenomeno' acontecer e por isso nao sei ao certo como isso
> acontece.

SE você estiver ligado permanentemente à internet o seu computador
comunica com o servidor central do projecto e dá-se a tal troca de
seres. Se você não tiver uma ligação permanete se calhar não vai
haver troca nenhuma.

João
http://www.nonio.com




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fraude na Astronomia!!!
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 02/09/2000 12:04



"Ronaldo Cordeiro [MG]" wrote:

> http://www.biblicalastronomer.org/
> (usando o Princípio de Mach para provar equivalência entre o modelo
> geocêntrico e o heliocêntrico)

Não sei qual é o modelo de Mach, mas o modelo heliocentrico é
de facto equivalente ao modelo geocentrico.

João
http://www.nonio.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] Politica.
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 03/09/2000 10:25



Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:

>
> Cada um age de uma maneira diferente tentando resolver este problema.
> ( E isto as vezes envolve um pouco de egoismo )

Ou seja, não há razão para culpar os politicos porque estes
são os melhores politicos que podemos ter. Todos os outros
estão a tentar ser felizes à sua maneira. Se calhar é melhor
então incentivar a formação de novos partidos, tal como se
incentiva a formação de novas empresas. Os sistemas eleitorais
fazem precisamente o contrário. É extremamente dificil entrar
no sistema. O numero de votos por deputado aumenta à medida
que o numero de votos diminui.


João
http://www.nonio.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] Hímem
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 03/09/2000 12:21



Roberto Mitsuo Takata wrote:

> eh um cenario nao impossivel, mas nao tao simples. a dor nao pode ser um
> agente primario de selecao -- jah q. se assim fosse, ela soh descobriria a
> 'utilidade' do himen tarde demais...

Não exactamente, uma vez que as mulheres têm mães e têm amigas
e falam umas com as outras. Mas mesmo que não tivessem o himen
pode não impedir a primeira relação sexual, mas pode trona-la
numa experiência desagradavel. Ou até pode ser a causa do seu
fracasso. Da proxima vez a mulher terá mais cuidado a escolher
o parceiro. E ela pode até nem engravidar da primeira vez.

João
http://www.nonio.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] Hímem
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 03/09/2000 16:20



Roberto Mitsuo Takata wrote:

>
> aos pan-selecionistas da lista: espinha (acne) no rosto tem ou teve alguma
> vantagem evolutiva? e o 'gaiteio' do recem adolescente masculino? e essa
> quero ver alguem matar: qual a vantagem evolutiva da abertura das
> glandulas sudoriparas na ponta dos dedos localizarem-se nos vales das
> impressoes digitais?

É obvio que nem tudo tem vantagem evolutiva. Algumas doenças genéticas
por exemplo não têm mas foram transmitidas de geração em geração. Isto
significa que o himen poderia existir desde que não provocasse uma
desvantagem muito grande. Encontrar explicações é apenas uma questão
de imaginação. A unica maneira de se ter a certeza se a explicação
é fazendo experiências. Infelizmente uma experiência para estudar a
importancia do himen na evolução humana não é muito viavel. Se calhar
nunca saberemos.

João
http://www.nonio.com



SUBJECT: Notícias nonio.com
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ajc <ajciencia@egroups.com>
DATE: 04/09/2000 16:51

Notícias nonio.com
Notícias recentemente publicadas no nonio.com

Patente One Click em recurso
A Barnes&Noble vai recorrer da decisão de um tribunal americano
de aceitar como válida a patente do sistema one click da amazon.
http://www.nonio.com/article.php3?sid=79


Mir vai ser Destruida
A Estação Espacial Mir poderá ser destruída intencionalmente por
falta de financiamento. Apesar de a empresa que explora a Mir, a
MirCorp ter conseguido angariar vários clientes interessados em
utilizar a Mir, esta empresa não conseguiu todos os fundos
necessários.

http://www.nonio.com/article.php3?sid=78


Matéria escura e Fria
Um artigo publicado no Astrophysical Journal apresenta provas
experimentais de que a matéria escura que se pensa constituir mais
de 90% da massa do universo é constituída por neutrões e protões
e não por qualquer partícula exótica ainda não descoberta.

http://www.nonio.com/article.php3?sid=77


Esferas de Dyson
Imagine-se uma civilização tecnicamente avançada que vive
num Sistema Solar mais ou menos como o nosso e cujo recurso
limitante para continuar a crescer é a energia disponível. A
solução para os problemas desta civilização pode ser uma Esfera
de Dyson, uma superfície esférica com o diâmetro de uma orbita
planetária que retém a radiação solar impedindo que esta se
perca no espaço.

http://www.nonio.com/article.php3?sid=76


Sobre a Natureza das Probabilidades
As probabilidades em física são frequentemente mal
compreendidas. O que queremos dizer quando dizemos que
há 50% de probabilidades de um determinado acontecimento
ocorrer ? Para se perceber o que quero dizer proponho ao
meu leitor um pequeno jogo.

http://www.nonio.com/article.php3?sid=75


It's the end
A revista discover publica este mês um número especial de
aniversário dedicado aos próximos 20 anos. Entre outras coisas
interessantes de que talvez se fale noutras notícias, eles propõem
20 maneiras diferentes de a espécie humana se extinguir nos
próximos 20 anos.

http://www.nonio.com/article.php3?sid=74


NASA investe em antigravidade
Aqui há uns anos um cientista Finlandês anunciou que tinha
conseguido construir um escudo contra a gravidade. Este escudo
era um disco supercondutor em rotação levitando num campo
magnético. Os objectos colocados acima do disco perdiam 0.5
a 2% da sua massa. Agora a NASA está a investir nesta tecnologia
apesar de ainda ninguém ter conseguido repetir a experiência do
cientista Finlandês.

http://www.nonio.com/article.php3?sid=73


11 mil espécies em risco de extinção
Segundo a União Mundial Para a Conservação que elabora a Lista
Vermelha das Espécies Ameaçadas há pelo menos 11 000 espécies
de animais e de plantas em vias de extinção. A taxa de extinção de
espécies é neste momento cerca de 1000 a 10 000 vezes maior que
a que ocorreria em condições naturais. Por condições naturais
entenda-se ausência de influência humana.

http://www.nonio.com/article.php3?sid=72


impressoras 3D
Impressoras 3D são impressoras que literalmente imprimem objectos
tridimensionais. O utilizador utiliza um programa de CAD para
conceber um objecto e depois imprime-o na sua impressora 3D.

http://www.nonio.com/article.php3?sid=71


Reacção química por manipulação directa de moléculas
Novo avanço em nanotecnologia. Uma equipa da Universidade Livre
de Berlim conseguiu produzir uma molécula de C12H10 a partir de
moléculas de C6H5I manipulando a matéria à escala atómica usando
uma sonda de um Microscópio de Efeito de Túnel.

http://www.nonio.com/article.php3?sid=70



SUBJECT: Re: [ciencialist] Luz presa e estrelas camufladas
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 05/09/2000 15:22



Sociedade da Terra Redonda wrote:

> E entao, extrapolando demais nas minhas especulacoes, se for possivel a
> existencia de tantas estrelas escondidas, nao seria possivel que estas
> mesmas possam ter materia suficiente para fazer deste um universo fechado,
> ao inves de um aberto como aparentemente ele e? Ou talvez estas sejam a
> famosa materia escura? Agradeceria se alguem pudesse me dar esclarecimentos
> mais tecnicos.

A matéria escura, se é que existe, representa 90% da matéria
total do universo. Era preciso que a estrela estivesse escura
durante 90% da sua vida. Mas quanto muito uma estrela ficaria
escura 5 milhões de anos o que representa 0.1% da sua vida. Logo
voce não encontrou a explicação para a matéria escura.

João
http://www.nonio.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] O Paradoxo do bombom.
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 05/09/2000 19:46



Roberto Mitsuo Takata wrote:

> ou podemos imaginar o seguinte: P4 em vez de dar o bombom a um dos
> perdedores, simplesmente diz q. P2 eh o vencedor. qual a probabilidade de
> P2 ser o ganhador? ninguem imaginaria q continuasse 33,33% (supondo, eh
> claro, q. P4 nao tenha mentido)... suponho q. seja essa a ideia q. esteja
> por tras qdo se diz q. a introducao de informacao diminui o grau de
> incerteza em um sistema. quem diria q. bombons tivesse algo a ver com
> evolucao?

A questão é que nem toda a gente possui a mesma informação.
A pergunta lógica é: a probabilidade de um acontecimento
ocorrer depende do observador ou depende do acontecimento?

Ainda mais interessante: num universo determinista não
é possivel introduzir mais informação. A informação está
lá desde o Big Bang. Será que nós não vivemos num
universo determinista? E se não vivemos o que é que faz
com que sortear um número se torne num acontecimento
aleatório?


João
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SUBJECT: Re: [ciencialist] O Paradoxo do bombom.
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 06/09/2000 10:24



Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
>
> NINGUEM acertou a solucao do paradoxo.
> Quem ficou mais proximo dele foi a Tania, mas a explicacao
> nao esta correta.
>
> Devo lembrar q a conexao da teoria das probabilidades com o "mundo real"
> esta no teorema dos grandes numeros que diz *mais ou menos* o seguinte
> :
> Um evento pode ocorrer sucesso S ou Fracasso F.
> Se repertirmos este evento N vezes, onde as repeticoes sao
> independentes,
> e obttivermos Q sucessos, entao a frequencia Q/N tendera a probabilidade
> P do evento aa medida que N aumenta. Ou melhor: a probabilidade de Q/N
> ser
> diferente de P diminui a medida que N aumenta.
> No limite para N indo para infinito P= Q/N
>
> Ou seja isso nos da um modo de relacionar e verificar nosso calculo
> probabilistico em relacao aa realidade.
>
> Quando P1 conclui que sua chances aumentaram de 1/3 para 1/2
> isso eh verdade ou nao e tem consequencias praticas q poderiam
> ser medidas repetindo-se o experimento N vezes.
>
> Ou seja, se repetirmos este experimento N vezes eu pergunto
> Depois de P1 ter entregue o bombom, P1 ganharia 33% das vezes
> ou 50% das vezes ?
>
> Se para cada experiencia P1 anotasse num caderno o numero de
> vezes que ele ganhou, depois que entregasse o bombom,
> a frequencia tenderia a 1/3 ou a 1/2 ?
>
> A resposta eh tenderia a 1/3 !
> a Probabilidade continuaria sendo 1/3.
>

Até aqui está certo. E aliás é suficiente para demonstrar que
a probabilidade é 1/3. Mas voce proprio definiu isso à partida
quando disse que eram permitidos todos os acontecimentos em
que P2 ou P3 recebem bombons.

> Explico :
> P2 e P3 tinham juntos 2/3 de chances de ganhar,
> Depois que P4 determinou qual nao ganharia entre P2 e P3
> P2 ficou sozinho com 2/3 de chances de ganhar e nao 1/3 !!
> Se P2 fosse esperto poderia aumentar suas apostas nele mesmo
> depois que descobriu que P3 nao poderia ganhar !

Aqui voce está a fazer uma confusão desnecessária. Afinal
se voce repetir o acontecimento N vezes P2 recebe ele
proprio o bombom metade das vezes. Se voce parte do principio
que P2 não recebe bombons então está a limitar o universo
a metade. Por isso voce não pode fazer esse raciocinio.

Se P2 não recebe o bombom ele perderá 50% das vezes. E perde
dinheiro se pensar que tem 2/3 de probabilidades de ganhar.
Mas o melhor que voce tem a fazer é experimentar. Se voce
repetir a experiencia varias vezes chegará à conclusão que
P2 ganha 1/3 das vezes e ganha metade das vezes em que não
recebe bombom. Não se esqueça que quando é P1 que ganha
P2 receberá o bombom metade das vezes.

Joao
http://www.nonio.com


SUBJECT: Re: [ciencialist] O Paradoxo do bombom.
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 06/09/2000 10:59


> RESPOSTA:
> 1. Ficar na mesma - significa manter os 1/3 de chance de ganhar que
> tinha
> incialmente.
> 2. Tanto faz - neste caso, ele pode jogar uma moeda e escolher de novo
> segundo o que der na moeda. Aí ele aumenta para 1/2 a "probabilidade" de
> ganhar.
> 3. Trocar de porta - neste caso, como ele, na primeira escolha, tinha
> 2/3 de
> ter errado, e o Sílvio Santos tirou uma porta da jogada, trocando de
> porta
> ele passa a ter 2/3 de probabilidade de ganhar. Aumentando
> significativamente suas chances.
>
> Isto vai contra os instintos.
> Mas é matemático.

Está completamente errado. As probabilidades dele acertar
mantendo aquela porta ou mudando de porta são sempre de
1/3. Basta repetir a experiencia 50 vezes para ver que é
assim.

João


SUBJECT: Re: [ciencialist] O Paradoxo do bombom.
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 06/09/2000 11:39



Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
>
> João Mário Miranda wrote:
>
>
> Vc nao entendeu: quando, no nosso exemplo, P2 descobre q P3 esta fora,
> ele poderia fazer uma *aposta extra* contra P1 dizendo q ele vai ganhar
> ja que P1 pensaria que entre ele e P2 as chances seriam iguais.

Voce tem razao. P2 tem 2/3 de probabilidades de ganhar e não 1/2 como
eu pensava.

João
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SUBJECT: Re: [ciencialist] O Paradoxo do bombom.
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 06/09/2000 12:01



Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
>
> nao esta errado nao.
> A conclusao dele esta correta.
> Faca a experiencia entao....


ok, já fiz, acho que voces teem razão. A melhor estratégia
é mudar de porta.

joao
http://www.nonio.com



SUBJECT: clonagem de especies extintas
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 08/09/2000 20:36

Notícias nonio.com
Notícias recentemente publicadas no nonio.com

Clonagem de Espécies em Vias de Extinção
Cientistas americanos clonaram uma espécie de boi selvagem
indiano muito rara chamada Gauro. O primeiro Gauro clonado vai
nascer no próximo mês de uma vaca chamada Bessie. Que bonito
não é ? : ) Mais informação no desenvolvimento…

http://www.nonio.com/article.php3?sid=88


Ignobeis 2000
Já são conhecidos os vencedores dos prémios IgNobeis deste ano.
Os prémios IgNobeis são atribuidos todos os anos a todos aqueles
que se destacam por façanhas que não podem e não devem ser repetidas.

http://www.nonio.com/article.php3?sid=85


Minimagnetoesferas
A NASA está a estudar um novo sistema de propulsão. É um sistema
que permite utilizar o vento solar para propulsionar as naves
espaciais.
Uma micromagnetosfera é criada à volta da nave espacial criando-se um
tipo de "Vela Espacial".

http://www.nonio.com/article.php3?sid=84


18 novos planetas
Foram descobertos 18 novos planetas na nossa galáxia. Ao contrário
do que é habitual estes novos planetas não estão associados a nenhuma
estrela, ou seja, não fazem parte de um sistema solar. Isto coloca
alguns desafios às teorias actuais sobre a formação de sistemas solares
e de planetas.

http://www.nonio.com/article.php3?sid=83


Manípulação Distribuída
Investigadores da Universidade da Califórnia desenvolveram uma mesa
com uma superfície vibrante que pode ser controlada remotamente e que
pode ser controlada para mover objectos à sua superfície.

http://www.nonio.com/article.php3?sid=82


Gradiva - capítulos de livros grátis
Isto não é propriamente uma notícia, mas mesmo assim pode ser muito
útil a quem ainda não sabia. a Gradiva disponibiliza capítulos
completos
de livros de divulgação cientifica da colecção Ciência Aberta.

http://www.nonio.com/article.php3?sid=81


Rapaz nasce para salvar irmã
Um rapaz do Colorado chamado Adam foi concebido para salvar a irmã,
Molly, de uma doença mortal conhecida por anemia de Fanconi. O rapaz
foi concebido in vitro e foi escolhido de entre 15 embriões viáveis.

http://www.nonio.com/article.php3?sid=80


Patente One Click em recurso
A Barnes&Noble vai recorrer da decisão de um tribunal americano
de aceitar como válida a patente do sistema one click da amazon.

http://www.nonio.com/article.php3?sid=79

http://www.nonio.com
notícias de ciência e tecnologia



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Desligamento
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 09/09/2000 08:04



Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:

>
> Mesmo que estas estimativas estejam corretas, isso nao implica
> que o aparecimento de uma nova especie necessariamente quer dizer
> o desaparecimento de outra. Vamos fazer um calculo aproximado
> "chutado" : Se desde o surgimento da vida ( 4 bilhoes de anos atras)
> o mundo produziu 200 mil especies isso nos da uma media de aparecimento
> de
> cerca de 1 especie a cada 20 mil anos.
> Quero dizer que nao eh necessario o desaparecimento do HOMO para
> que surja uma nova especie em paralelo, estas especies, EM PRINCIPIO,
> poderiam coexistir.

Estive a ler a vossa discussão e tenho que fazer só um pequeno
comentário.

Não é correcto usar as extinções do passado para prever a nossa
propria extinção. A nossa espécie desenvolveu meios para resistir
a quase todas as causas de extinção do passado. Mesmo o impacto de
um meteorito pode ser um problema que a nossa espécie pode resolver,
pelo menos em principio, não digo que não possa resolver na pratica.

Nós somos a unica especie de vertebrados que vive permanentemente
no espaço e não nos vamos extinguir pelas causas habituais como
as idades do gelo ou outros pequenos desastres porque conseguimos
viver em ambientes extremos.

Com a tecnologia actual é possivel construir habitats humanos
autosustentaveis no espaço. A questão já não é como mas quando.
Imagine-se que conseguimos estabelecer colonias humanas
autosustentaveis no espaço. E imagine-se que estabelecemos
colonias em Marte ou na estrela mais próxima. As nossas
possibilidades de sobreviver a uma catastrofe na Terra
aumentam imenso.

Quanto à evolução de uma outra espécie inteligente na Terra,
a nossa propria história mostra que não há lugar para duas
espécies inteligentes.

João
http://www.nonio.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] Desligamento (2)
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 09/09/2000 11:37



"Antonio A. J. Godoy" wrote:
>
> Prezados amigos listeiros:

Algumas pessoas podem não saber, mas é possivel receber as
mensagens de um só dia hum unico email em vez de se receber
as mensagens todas em separado. Este resumo do dia tem um
indice o que permite ao leitor escolher os assuntos a ler
sem perder muito tempo a apagar mensagens. Para receber
estes resmos basta mudar as configurações no egroups.com

João
http://www.nonio.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] O plebiscito na ciencialist
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 10/09/2000 08:56



Luiz Ferraz Netto wrote:

> Meu candidato oficial continua a ser "htm ... com bom senso" ...

A mim o que me preocupa não é o htm em si mas os anexos
gigantescos que inevitavelmente alguem se vai lembrar de
enviar.
Acho que o moderador deveria estar atento a esses ficheiros
e que devia ser proibido enviar ficheiros com mais de 200 k
(por exemplo)

João
http://www.nonio.com




SUBJECT: Re: [ciencialist] Dawkins Antropocentrico? - 2
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 10/09/2000 09:18



Manuel Bulcao wrote:
>
> Olá Omni, Jocax, João Miranda e lista,
>
> O João Miranda
> afirmou que não existe "eu" – e, portanto, também não existe "nós"
> --, mas apenas genes + memes, e que tal asserção dawkineana não passa
> de mais um meme para a confusão.

Vou clrificar: a teoria memética é uma teoria reducionista. Se você
olhar para o mundo ao nivel dos memes não vai encontrar a consciência
porque a consciência está um nivel acima. É como tentar encontrar átomos
à escala dos quarks. Por isso a sua ideia de que existem os genes e os
memes e para alem disso o 'eu' não faz sentido porque a este nivel de
observação não existe consciencia nem 'eu'. O 'eu' é formado pelos
próprios memes (+genes).

> A questão é: o comportamento humano é tão ferreamente determinado
> pelos genes (ou genes + memes) ao ponto de não haver nenhuma margem
> para uma decisão livre? Será mesmo que toda ação humana, sem exceção,
> tem por razão de ser a máxima propagação do complexo gene-meme?

O problema que você coloca é o problema do determinismo versus livre
arbitrio. Esse problema já existia antes da invenção dos memes ou dos
genes. Se voce admite que todos os acontecimentos têm uma causa então
o universo é determinista e não há livre arbitrio. Se voce admite que
há acontecimentos sem causa então temos outro problema: não há nenhuma
relação entre a vontade e a acção e logo também não há livre arbitrio.


> Com efeito, supondo como correto o princípio fundamental da
> psicologia evolucionista, se o indivíduo X age de uma determinada
> forma, o propósito da sua ação, em última análise, é a perpetuação
> dos genes. E se ele, porventura, age de uma forma contrária, também
> neste caso, em derradeira instância, o propósito é a perpetuação dos
> genes. Não há, portanto, como se testar empiricamente a falsidade do
> enunciado "todo comportamento visa à perpetuação dos genes". Pode até
> ser que tal enunciado seja verdadeiro, mas não se trata de forma
> alguma de uma asserção científica no sentido estrito do termo. Pode
> ser, quando muito, um enunciado metafísico "bastante interessante e
> fecundo".


"todo comportamento visa à perpetuação dos genes" é falseavel. Basta
que você encontre um comportamento que não conduza a esse objectivo.
Quando se afirma que "todo comportamento visa à perpetuação dos genes"
está-se a partir do principio de que esse comportamento foi afinado
ao longo de milhões de anos de evolução. No entanto a cada geração
surgem novos comportamentos que não passaram pelo crivo da evolução.
"todo comportamento visa à perpetuação dos genes" é um bom instrumento
para interpretar a realidade, mas apenas num sentido geral. Há
excepções.


Há uma ideia semelhante em relação à teoria das evolução: A teoria da
evolução das espécies baseia-se no principio de que 'os mais aptos
sobrevivem'.
Este principio não é falsificável porque 'aptos' é equivalente a
'sobreviventes'.

João




SUBJECT: Re: [ciencialist] Dawkins Antropocentrico? - 2
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 10/09/2000 09:24



Alberto Mesquita Filho wrote:

> Neste caso "eu", que "não existo", diria que não existem genes nem memes mas
> apenas agregados de partículas elementares da física. E, prosseguindo nesta
> regressão absurda, não é impossível que um dia venhamos a descobrir que nem
> as partículas elementares da física existem, mas apenas os genuínos átomos
> de Demócrito. (Creio que já falei algo sobre isso num outro contexto.)

Eu queria responder a esta mensagem mas não tenho muito tempo. Duas
coisas
breves:

- sobre o reducionismo da memética e o determinismo por favor leia a
minha
resposta ao Manuel Bulcao.

- ao longo do texto sugere que a mecânica quantica é indeterminista.
Esse não é o consenso geral . Um grupo minoritário acha que isso não
passa de uma das possíveis interpretações da teoria.

João
http://www.nonio.com




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Questões sobre o século
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 10/09/2000 12:33

Só para mostrar que por cada opinião há uma opinião contrária vou
responder ao jocax. Não é meu objectivo reiniciar discussões antigas,
mas se calhar é inevitavel.

Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:

> 1- Subtrai paulatinamente postos de trabalho, via automacao, gerando
> problemas
> sociais (ainda nao soluveis) de diversas magnitudes.

Esse argumento vem sendo usado há 150 anos e o desemprego nunca
aumentou tanto quanto isso.


> 2- Acirra a concorrencia impelindo os competidores a uma produtividade
> ainda maior. Isso acelera as fusoes de empresas, diminui precos de
> mercadorias e tambem de salarios.

Isso só acontece num mundo onde as ideias e as possibilidades são
limitadas. No nosso mundo as ideias e as possibilidades são ilimitadas.

> 3- A competitividade pelos cada vez mais escassos postos de trabalho
> gerara uma crescente rivalidade entre colegas e tambem surgira o
> "egoismo
> do conhecimento" (O conhecimento sera encarado como um "bem-material",
> uma riqueza, que diferenciara e privilegiara os individuos que a
> possuem).
> Ou seja, o relacionamento social devera ir se deteriorando.


"A informação quer ser livre" é o slogan da comunidade Linux e dos
Hackers. É impossível controlar a informação, vender ideias ou
conhecimento. Quem tentar vai fracassar. Os modelos economicos como
o do software livre serão os vencedores.

> 4- Claro q a vida dos que AINDA tiverem emprego sera facilitada em
> virtude
> do barateamento de precos devido a concorrencia predatoria.
> Mas as relacoes interpessoais no emprego deverao se deteriorar devido a
> competicao e inseguranca.

Isso só acontece num mundo onde as ideias e as possibilidades são
limitadas. No nosso mundo as ideias e as possibilidades são ilimitadas.
Alguns economistas lançaram a propósito da Nova Economia o conceito
de "coopetição" = "cooperação entre competidores" como sendo a
estratégia
mais provavel e mais estável.

João
http://www.nonio.com




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Questões sobre o século
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 10/09/2000 14:39



Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:


> Sao tao ilimitadas q ateh hoje todos os antigos problemas ja foram
> resolvidos:
> -Epidemia de Aids, Conflito Arabe-Israelense, Efeito estufa, Avanco de
> desertos,
> desmatamentos, Fome no mundo, Distribuicao de riqueza, Substituicao do
> petroleo,
> controle populacional, Controle de CO2....
> A gama de problemas sem solucao parece aumentar a cada dia ao inves de
> diminuir.( Infelizmente )

Os nossos antepassados trocariam facilmente os seus problemas de
desnutrição pelos nossos problemas de obesidade.


> Isso eh uma previsao sua sobre um caso particular insignificante.
> Estou dizendo que as pessoas q tem empregos (ou nao), sendo pressionadas
> pela competicao cada vez maior, evitarao de passar seu conhecimento aa
> seu competidor imediato pois temera ser substituida. Uma questao talvez
> de sobrevivencia.

Não é o conhecimento que é importante. É o uso que se faz dele.
Conhecimento por si só não vale nada. Se é conhecimento que
você quer vá ao google:

http://www.google.com

Se voce quiser ganhar dinheiro vai ter que prestar um serviço util
aos outros seres humanos.

> > Isso só acontece num mundo onde as ideias e as possibilidades são
> > limitadas. No nosso mundo as ideias e as possibilidades são
> > ilimitadas.
>
> As ideias soh serao ilimitadas se os neoronios forem ilimitados.
> As possibilidades soh serao ilimitadas se o mundo for ilimitado.

O mundo (universo) é ilimitado para todos os efeitos praticos e as
possibilidades e o número de ideias possiveis num mundo com
6 bilhoes de pessoas são na pratica ilimitadas.

Se você aplicasse as suas ideias à biologia teria que concluir que o
mundo deveria ser habitado por uma única espécie de alga fotosintética.

João
http://www.nonio.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] Dawkins Antropocentrico? - 2
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 10/09/2000 14:54



Alberto Mesquita Filho wrote:

> A esse respeito eu estava apenas tentando contestar a não existência do
> "eu". A meu ver a existência das partes não exclui mas confirma a existência
> do todo. É isso o que pretendi dizer ao afirmar que este reducionismo é
> absurdo.

O reducionismo não é absurdo em si mesmo. O que conduz ao absurdo é o
tratamento em simultaneo de entidades que pertencem a niveis de analise
diferente. Colocar 'memes' e 'eu' na mesma frase é que conduz
inevitavelmente ao paradoxo.

> Quanto ao mais, diria o que já disse em msg anterior: "Deixo a quântica para
> os quânticos" e o meu humor para os amigos da Ciencialist. :-))

Eu percebi isso. Eu só estava a lembrar que isso de a mecanica quantica
ser indeterminista pode nem ser verdade. Por acaso até gostei daquela
ideia
de o mundo se dividir em 2 sempre a evolução distingue um ser apto de um
inapto.

João
http://www.nonio.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Questões sobre o século
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 10/09/2000 15:58



Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:





> > O mundo (universo) é ilimitado para todos os efeitos praticos e as
> > possibilidades e o número de ideias possiveis num mundo com
> > 6 bilhoes de pessoas são na pratica ilimitadas.
>
> Para efeitos *praticos* o mundo eh limitado aa nossa biosfera
> excluindo-se
> aih as regioes inospitas ( que teimam em crescer) : os desertos, os
> mares
> etc...

Se você está a tentar prever o futuro não pode usar os paradigmas do
passado. A biosfera não é o limite e a presença permanente no espaço
desde há alguns dias demonstra isso mesmo.


> A pratica tambem mostra q ao inves de melhorar ( devio ao aumento
> massivo
> de neuronios agregados aas pessoas q nascem ) os problemas do mundo
> estao piorando. Nao existe integracao destes neoronios numa unica massa
> cinzenta pensante.

Felizmente que não existe. Mas existe um sistema de comunicações
extremamente eficaz.

João
http://www.nonio.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] Notícia do dia
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 11/09/2000 05:19



Neville wrote:
>
> >> O [Nobel] de Economia será anunciado amanhã, dia 11, . . . . .
>
> Talvez seja indicado alguém que tenha conseguido avançar a economia até o
> principio de Lavoisier ! ré ré ré

Economia é um sistema complexo, uma pequena inovação produzido
por um laboratorio de investigação na Suécia provoca ganhos
fabulosos em Wall Street. Como se fosse uma borboleta ...

João
http://www.nonio.com




SUBJECT: notícias nonio.com
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ajc <ajciencia@egroups.com>
DATE: 12/09/2000 19:49

Notícias nonio.com
Notícias recentemente publicadas no nonio.com

Fertilizar os oceanos pode reduzir efeito de estufa
Vários estudos publicados esta semana na Nature indicam que
fertilização dos oceanos com compostos ricos em ferro provoca
o aumento da densidade de microalgas consumidoras de CO2.

http://www.nonio.com/article.php3?sid=95

Será possível dividir o electrão ?
Supostamente o electrão é indivisível mas agora um cientista
inglês parece ter chegado à conclusão que não. Ele propôs uma
teoria segundo a qual o electrão seria divisível em partículas mais
pequenas de cargas fraccionárias chamadas electrinos.

http://www.nonio.com/article.php3?sid=94

Prémio Nobel da Economia
O prémio Nobel da Economia foi atribuído a James J. Heckman
e a Daniel L. McFadden pelas suas contribuições para o
desenvolvimento da microeconometria. Estes investigadores
desenvolveram teorias e métodos que são utilizados para estudar
o comportamento dos individuos e que têm grande aplicação em
economia e ciências sociais.

http://www.nobel.se/economics/index.html
http://www.nonio.com/article.php3?sid=93

Atribuído Nobel da Química
O prémio Nobel da Química foi atribuído a Alan J. Heeger,
Alan G. MacDiarmid e Hideki Shirakawa pela descoberta e
desenvolvimento de polímeros condutores de electricidade.

href=http://www.nobel.se/announcement/2000/chemistry.html
http://www.nonio.com/article.php3?sid=92

Nobel da Física
ZHORES I. ALFEROV, HERBERT KROEMER e JACK S. KILBY
ganharam o prémio Nobel da física por terem estabelecido os
fundamentos básicos para o desenvolvimento dos circuitos integrados.

http://www.nobel.se/announcement/2000/physics.html
http://www.nonio.com/article.php3?sid=91

Enigma dos Gémeos
O João celebrou o seu aniversário e dois dias mais tarde o irmão
gémeo, o José, celebrou o dele. O José é o mais velho. Como é isto
possível? Para resolver este enigma tem que se utilizar aquilo a
que se chama pensamento lateral ou divergente. Pistas no
desenvolvimento…

http://www.nonio.com/article.php3?sid=90

Atibuído Nobel da Medicina
O prémio Nobel da medicina de 2000 foi atribuído a Arvid
Carlsson, Paul Greengard e Eric Kandel pela sua contribuíção
para o conhecimento da transmissão de sinais no sistema
nervoso humano.

href=http://www.nobel.se/announcement/2000/medicine.html
http://www.nonio.com/article.php3?sid=89

Clonagem de Espécies em Vias de Extinção
Cientistas americanos clonaram uma espécie de boi selvagem
indiano muito rara chamada Gauro. O primeiro Gauro clonado vai
nascer no próximo mês de uma vaca chamada Bessie. Que bonito
não é : ) Mais informação no desenvolvimento…

http://www.nonio.com/article.php3?sid=88



SUBJECT: Re: [ciencialist] 'termoeconomia'
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 13/09/2000 18:22

Roberto Mitsuo Takata wrote:

> valor agregado, inflacao, juros, etc... isso faz parte do 'jogo' de soma
> zero --

A economia não é um jogo de soma zero. Mas para entender isso é melhor
vocês começarem por um sistema mais simples. Eu proponho a economia numa
ilha algures no Pacifico onde vivem Robinson Crusoe e Sexta Feira.

À primeira vista a economia da ilha é um jogo de soma zero. Sexta
Feira e Robinson Crusoe competem pelos mesmos recursos: peixe e
frutos.

No entanto nenhum destes recursos é limitante. O problema deles
não é a falta de peixe no mar nem a falta de frutos nas árvores.
O problema deles é que o peixe no mar não serve para nada se não
for pescado e a fruta nas àrvores não serve para nada se ninguém
for lá acima busca-las.

Vamos imaginar que Sexta Feira é muito bom a subir às árvores
mas não percebe nada de pesca enquanto Robinson Crusoe é muito
bom a pescar mas muito mau a subir às àrvores.

Durante o primeiro mês Robinson Crusoe comeu peixe fresco e
alguma fruta meio podre que ele conseguiu apanhar no chão.
Sexta Feira comeu boa fruta colhida nas melhores àrvores
e algum peixe estragado que foi dando à costa.

Até agora vivemos num mundo sem comércio. Esta já não é uma
economia de soma zero. Cada um dos nossos agentes está a trocar
o seu tempo livre e o seu trabalho (que cada um tem em excesso)
por algo que é mais valioso: alimentação. Até agora a soma já
é positiva.

Mas agora vamos supor que eles inventam o comercio. Robinson
Crusoe troca algum do seu peixe por alguma da fruta que Sexta
Feira tem em excesso. Com este método cada um deles fica melhor
do que estava antes. Passam os dois a ter uma dieta mais
diversificada e de melhor qualidade.

Bem, podem continuar a explorar este sistema económico. Gostava
que alguém demonstrasse como é que um sistema como este pode
evoluir para um sistema de exploração do homem pelo homem.
Para já não vale adicionar mais pessoas/agentes a esta economia.

João
http://www.nonio.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: 'termoeconomia'
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 13/09/2000 21:45



Roberto Mitsuo Takata wrote:
>
> Desculpem-me por me alongar nesta linha -- mas talvez surja algo
> interessante disto...
>
> 'A economia nao e' um jogo de soma zero.' - Joao Miranda 13/10/2000
>
> Eu nao disse q. a economia fosse jogo de soma zero, eu disse q. alguma
> relacoes dentro do 'jogo' economico era de soma zero: 'inflacao',
> 'juros'...
>

Eu não disse que você disse. Mas isso não interessa muito. Eu só sugeri
que se calhar é melhor analisar um sistema mais simples. A minha tese
é que as propriedades da economia global não são muito diferentes das
propriedades da economia de uma pequena ilha onde vivem Sexta Feira e
Robinson Crusoe.

> O q. argumentei eh q. o segundo caso pareceria violar a primeira lei da
> termodinamica (a conservacao de energia), caso fossemos analisar sob esse
> enfoque. E o primeiro caso, pareceria violar a segunda lei (entropia
> positiva).
>
> Eu propus (sem a intencao de ser original) q. essa aparente contradicao se
> devia por nao se analisar o q. ocorria com o ambiente ao redor do sistema.
>
> No caso do Crusoe e Sexta-Feira - ao se alimentarem, eles estarao de fato
> tendo um lucro. A entropia deles tera' diminuido. Mas se incluirmos o
> ambiente, podemos verificar q. o aumento de entropia do ambiente foi maior
> do q. a diminuicao de entropia de Crusoe e Sexta-Feira somados.
>
> Ao fazerem escambo, eles isoladamente ganharao com isso. Mas, de novo,
> esse ganho se da' em detrimento do ambiente -- eles predarao mais peixes e
> frutos.

É verdade. Mas acho que os aparentes paradoxos economicos são melhor
compreendidas com o que eu explico a seguir:
O valor economico dos peixes no mar é muito menor que o valor
económico do peixe na mesa. E o que se perde com o aumento de entropia
do resto do universo é muito menos que o que se ganha com a diminuição
de entropia na vida de Crusoe e Sexta-Feira. É claro que nem sempre
assim acontece. Neste caso estamos a lidar com o infinito oceano e
os oceanos estão continuamente a transformar a luz solar em peixes.
Isto quer dizer que neste caso os recursos naturais são quase
infinitos porque o Sol continuaria a brilhar durante biliões de
anos.

Mas antes de se passar para um sistema em que os recursos
são limitados é preciso compreender outra coisa importante.
Muitas das relações económicas entre seres humanos têm
uma relação remota com os recursos naturais. Robinson Crusoe
e Sexta Feira poderiam passar a maior parte do dia a trocar
favores. Poderiam:

- cortar o cabelo ou a catar piolhos um ao outro (com vantagens
evidentes para ambos)

- poderiam cozinhar um para o outro, de modo que cada um
poderia comer comidas que não sabe cozinhar

- poderiam contar piadas um ao outro

- poderiam até discutir a economia da ilha um com o outro

Estas trocas de favores são uma forma de troca de serviços
que contribuem para o bem estar dos habitantes da ilha. São
serviços que hoje em dia nós pagamos. Pagamos para ir a um
restaurante ou para que nos cortem o cabelo ou para ir ao
cinema ou ao teatro ou para ter aulas de economia.

De um lado da balança está a energia gasta para realizar os
serviços prestados e o aumento de entropia universal
correspondente. Mas o valor económico do que se perde é zero.
Os seres humanos saudaveis até apreciam o trabalho e o simples
facto de realizar trabalho compensa a energia perdida. Os
serviços que se podem ganhar em troca são economicamente muito
mais vantajosos.


> Nao q. isso tenha uma conotacao necessariamente ruim. Depende do modo como
> sera' administrada essa exploracao do ambiente da ilha. (Sugere-se q. os
> Rapa Nui da Ilha de Pascoa pereceram por super-explorarem os recursos da
> ilha, acabando com a madeira disponivel...)

Também conheço essa história. Acabaram as árvores o que provocou a
erosão das terras ferteis. Não se puderam ir embora porque não
havia madeira para fazer canoas. Morreram de fome. Uma história
magnifica.

Porque é que isto aconteceu (se é que aconteceu)?. Porque os Rapa
Nui tomaram decisões económicas erradas. A partir de uma certa
altura o valor económico das ávores vivas era maior que o valor
económico das árvores mortas e eles não se aperceberam disso.
Eles atingiram um ponto em que o valor económico do aumento de
entropia do resto do universo passou a ser importante.
Mas o sistema económico dos Rapa Nui é mais complicado do que o
de Crusoe/S Feira. Há dois outros factores importantes:

- o egoismo individual que prevalece sempre sobre o bem comum.
Isto é, a decisão de cortar mais uma árvore é individual. Os
ganhos económicos são de quem a corta. As perdas são a dividir
por todos. Cada individuo faz as suas contas e pensa: o que eu
ganho por cortar uma árvore é muito mais do que o que eu perco.
Só que todos pensam o mesmo. E aquilo que cada um ganha por
cortar uma árvore é menos do que cada um perde para que todos
cortem árvores.

- o factor tempo. Cortar uma árvore é pedir um empréstimo às
gerações futuras. As pessoas não se importam de cortar árvores
porque não vão ser elas que vão morrer de fome mas os seus
filhos.


>
> O q. vejo eh q. com a inclusao do ambiente na analise economica passamos a
> ter um jogo de soma sempre negativa, o q. compatibilizaria com uma analise
> termodinamica. Claro, eh pura especulacao de minha parte, inda mais q. nao
> manjo de economia, nem de termodinamica -- bom frisar.

Em termos puramente termodinâmicos acho que é um jogo de soma numa já
que a entropia geral do sistema aumenta. Mas em termos economicos não.
O valor economico da entropia não é o mesmo em todos os pontos do
sistema.

> ------------
> Sobre a evolucao da situacao da ilha para um sistema de exploracao de
> homem sobre homem ha varios modos.

Resolvi só pegar em dois exemplos porque o email já vai longo.
>
> Sexta-Feira eh mais forte q. Crusoe. Sob ameaca de morte, Crusoe eh
> escravizado.

Este é um exemplo em que claramente um dos agentes económicos não
é livre. Considero que um agente não é livre quando ele não puder
desistir do sistema económico. No mundo real desistir do sistema
economico seria cortar todos os laços económicos com outros. É
claro que isso só é possível a quem possui recursos naturais.

> Crusoe possui uma faca, trazia consigo uma linha de nailon. Ele empresta
> seu material em troca de peixes e frutos de Sexta-Feira -- como Sexta
> depende completamente do equipamento de Crusoe, este exige uma particao
> desvantajosa para Sexta.

Este exemplo já é mais interessante embora eu fizesse uma pequena
alteração. Vamos supor que Crusoe dominava as artes da fundição e
sabia fazer facas. E também sabia fazer fios de pesca. Desta forma
eliminamos uma complicação do nosso sistema economico que é a
riqueza 'herdada'.
Neste caso Sexta Feira poderia abandonar o sistema económico.
Claro que acabaria por passar fome porque não possui um recurso
essencial que é o material de pesca. Vamos imaginar que Sexta Feira
morre porque não entrou no jogo. Poderemos dizer que Robinson Crusoe
cometeu um crime? Talvez, mas de certeza que não tão grave como o
que Sexta Feira cometeria se concretizasse as suas ameaças no
exemplo anterior. É por isso que eu acho este exemplo mais
interessante que o anterior.
O poder de Sexta Feira é bastante limitado neste caso. Vamos
imaginar que a relação de poderes estabelecia que a distrbuição
de peixe seria: 20% para Sexta Feira, 80% para Robinson Crusoe.
Porque é que Sexta Feira não faz greve? Porque nesse caso
Robinson Crusoe poderia sempre pescar para si proprio (mesmo
que mal ainda daria para aguentar a greve).
Porque é que esta desigualdade existe? Porque só há um fornecedor
de linhas de pesca, porque não há nenhuma escola para aprender
a fabricar fios de pesca e porque Sexta Feira não tem todo o
tempo do mundo. Mesmo que existissem escolas Sexta Feira teria
tempo para ir às aulas porque tem que ganhar o seu peixe pescando.
Talvez os filhos de Sexta Feira possam ir às aulas... Ou seja,
para fugir à exploração é sempre preciso tempo e um sistema
mais complexo. Mas num sistema complexo há sempre um grupo de
pobres e um grupo de ricos.
Mas há uma coisa interessante nesta história. Sexta Feira
prefere ser explorado a não ser explorado. Ele pode optar por
não ir a jogo. Mas prefere ir. Ser explorado é a melhor opção
económica. Claro que fazer a revolução talvez fosse melhor.
Vamos imaginar que há uma revolução marxista. As fábricas de
facas passam a ser propriedade comum. De que serve isso a
Sexta Feira se Robinson Crusoe é que sabe fazer facas? E se
ele, sendo ainda um homem livre se pode recusar a gerir a
fábrica? Ser explorado é a melhor opção económica?

Um pouco longo, não ?

João
http://www.nonio.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] Que tipo de falacia e' esta ?
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 15/09/2000 16:43



Paulo Sérgio Dias wrote:

>
> "Assim como ao olhar-se para um
> relogio sabemos que deve existir o
> relojoeiro, pois seu mecanismo
> complexo nao poderia ter sido
> formado ao acaso, tambem ao
> observarmos o Universo temos
> de admitir a existencia de
> um Criador, pois da mesma
> forma o conjunto complexo do
> Universo nao poderia ser
> obra do acaso"
>
> - Pergunta:
>
> - Ha' algum tipo de falacia escondido
> nessa frase ? Ou a frase em si,
> em termos de logica, e' aceitavel ?

É realmente uma falacia. O que se está a dizer é algo do tipo:

A é complexo. A é artificial. B é complexo logo B é artificial.
Se os relógios e o universo partilham uma propriedade não decorre
daí que partilhem todas as outras propriedades.

Qual é o nome da falácia? Não sei... Falacia genética? Falacia da
generalização ?

João
http://www.nonio.com




SUBJECT: Re: [ciencialist] Linha do equador
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 17/09/2000 08:33



Paulo Sérgio Dias wrote:


> - Para provar seu argumento, esse homem realizou
> a seguinte experiencia:
>
> a) No local onde ele afirma "passar" a linha do
> equador, ele encheu uma pia (ou bacia, nao sei
> ao certo) e abriu o ralo. Resultado: a agua
> escoou SEM FAZER REMOINHO, o que, segundo ele,
> prova que eles estavam exatamente sobre a
> metade da Terra.

A ideia de que a água roda para lados diferentes de um e
de outro lado do equador é um mito. Isso supostamente
deve-se ao efeito de Coriolis, mas o efeito de Coriolis só
se faz sentir em fenómenos a grande escala. Numa bacia há
muitas outras forças em jogo que determinam para que
lado roda a água. A água rodará para qualquer lado
em qualquer sítio.

João
http://www.nonio.com




SUBJECT: Re: [ciencialist] Estranhos Viventes
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 18/09/2000 08:58



Alberto Mesquita Filho wrote:

> Que esta ordem existe, pelo menos no reino da matéria inanimada, parece não
> haver dúvidas. Um cristal é mais do que um conjunto de átomos ou moléculas.
> Ele tem algo a mais e a nos apontar para novas propriedades, leis ou até
> mesmo "princípios" aparentemente ausentes em meros agrupamentos dos mesmos
> átomos ou moléculas.

Um cristal é aquilo que ele tem que ser dadas as lei da física e os
átomos
que o constituem. Não há por onde fugir a isto. Um bom cientista com um
bom computador conseguiria prever as propriedades de um cristal a partir
das propriedades dos átomos que o constitui. Da mesma forma, o mesmo
cientista
conseguiria prever as propriedades de um ser humano a partir da posição
das
particulas elementares que o constituem. O todo e as partes são a mesma
coisa.


>
> Como vê, não vejo absurdo nenhum em que se expanda essa idéia de organização
> para níveis mais complexos, chegando-se à matéria viva e, num segundo
> patamar, à matéria viva dotada de sensações, ou mente se quiser assim
> chamar. Como também não vejo porque supor que isso seria uma exclusividade
> de aglomerados de compostos do carbono, ainda que do ponto de vista
> observacional nada nos leve até agora a garantir que existam outros tipos de
> vida que não essas conhecidas.

De facto existem outros tipos de vida que não se baseiam em carbono.
Existem vários programas de computador onde vivem organismos que têm
todos as caracteristicas de seres vivos. O facto de nós não os
reconhecermos
como seres vivos não tem nada a ver com as suas caracteristicas. Tem
a ver com os nossos preconceitos de aceitarmos como vivo apenas os
seres vivos baseados em carbono.



> Pelo que expus acima, nada contra essa maneira de pensar. Apenas acho que,
> se tal for possível, estamos muito longe de escalar essa montanha. Antes
> disso acho que a tecnologia atual ainda está devendo muito às idéias de
> Júlio Verne. Quem sabe nos próximos 1000 anos cheguemos lá.

Em 1997 o computador Deep Blue derrotou o Kasparov e tornou-se o
campeão
mundial de xadrez. A partir desse momento jogar xadrex deixou de ser
considerado um sinal de inteligencia.


joão
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Estranhos Viventes
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 18/09/2000 09:15



Luiz Ferraz Netto wrote:

>
> Até a pouco hospitaleira teoria quântica, ou melhor, até aquilo que
> meus 3 neurônios conseguem absorver da TQ, sugere que 'observadores'
> são indispensáveis.

Tanto quanto eu entendo do assunto, a TQ sugere que 'observadores' são
indispensáveis para que o universo se materialize. Só que os tais
'observadores' não precisam de ser seres conscientes, nem precisam de
estar vivos. Uma 'observação' é uma qualquer interferência entre
duas ondas que produza efeitos macroscópicos visíveis para um
ser consciente. Mas o facto de o ser consciente estar lá para ver
os efeitos macroscópicos é irrelevante, porque eles ocorreriam de
qualquer das formas. Assim, o universo pode existir sem seres
conscientes porque a iterferência entre ondas produz um universo
de particulas real e visivel mesmo que não esteja lá ninguem a ver.

A noção de que a 'observação' é a interferência entre as particulas
e não a consequencia visual dessas particulas é essencial para
interpretar a experiência do gato de Schrodinger. Nós não precisamos
de ver o gato morto para ele morrer. Ele morrerá quando a capsula
de cianeto 'observar' que se deu a queda radioctiva necessária.


joão
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SUBJECT: Re: [ciencialist] bacteria imortal?
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 19/09/2000 14:40



Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:

> Qual seriao o motivo?

Primeira Directiva.

>
> Eu acho que deveriamos fazer o inverso :
> Se mandarmos aa marte algumas bacterias e fungos talvez eles
> conseguissem
> mudar o clima do planeta e ateh mesmo cobri-lo de vida, preparando-o
> para uma futura colonizacao. Ou estou errado?

Sim! Isso violaria a Primeira Directiva. A Primeira Directiva
obriga os comandantes das naves terrestres a não interferirem
com a vida que possa existir noutros planetas.

Mas pondo a ética de lado: as naves teriam que ser esterelizadas
porque se não acabariam por descobrir a vida que levaram daqui
da Terra e chegariam à incrivel conclusão de que a vida em Marte
é exactamente igual, gene por gene, à vida na Terra.

João
http://www.nonio.com




SUBJECT: Re: [ciencialist] Spams (administrativa)
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 19/09/2000 14:43



Alberto Mesquita Filho wrote:

>
> Qual a segurança que a eGroups nos dá no sentido de que isto não venha a
> ocorrer? A mesma que deu ao Agapito? O que será da Ciência Brasileira o dia
> em que não pudermos mais contar com a ciencialist? Pensem bem.

As listas são as pessoas que as formam. Mas pelo sim pelo não o
melhor é manter um arquivo independente das mensagens e dos
endereços dos participantes. Alguém está a fazer isso?

João
http://www.nonio.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] bacteria imortal?
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 19/09/2000 17:12

Bactérias patogénicas têm uma relação próxima com o
hospedeiro. Pouco provável.

João
http://www.nonio.com

TARCISIO BORGES wrote:
>
> Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> > Mesmo q nossas bacterias matem as de la.. Deveriamos preservar
> > o planeta marte inteiro para q as bacterias-nativas-marcianas
> > sobrevivam?
> > jocax
>
> As possíveis bactérias marcianas são nocivas para nós? Existe alguma
> bactéria ou vírus terrestre que possa matar as alienígenas? Será
> necessário esterilizar um planeta inteiro para que possamos colonizá-lo?
> Qual o preço disso?
>
> ==========================================================
> TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
> http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
> ==========================================================
>
>
> *** --- ***
> Para sair da lista envie um mail para:
> ciencialist-unsubscribe@egroups.com
> *** --- ***




SUBJECT: Re: [ciencialist] bacteria imortal?
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 19/09/2000 17:18



Roberto Mitsuo Takata wrote:

> jah comentei aqui uma vez, mas uma historia q. ouvi -- e nao duvido muito
> dela -- eh q. os astronomos para garantirem sua cota de verbas de
> pesquisas, elegeram como chamariz exatamente a busca de vida fora da
> terra,

O subita produção de mensagens sobre este assunto aqui na
ciencialist é uma prva de que eles sabem o que estão a
fazer.

João
http://www.nonio.com



SUBJECT: notícias nonio.com
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: excalibur <excalibur2@egroups.com>
DATE: 19/09/2000 18:21

Notícias nonio.com
Notícias recentemente publicadas no nonio.com

Quioto não está a ser cumprido!!
Segundo o Público o Protocolo de Quioto não está a ser cumprido
pela União Europeia. A maior parte dos países ricos comprometeu-se
a baixar as suas emissões de gases de estufa. No entanto a maior parte
deles em vez de reduzir as suas emissões continua a aumentá-las.

http://www.nonio.com/article.php3?sid=101


Bactérias com 250 milhões de anos
Cientistas da universidade da Califórnia conseguiram ressuscitar
bactérias com cerca de 250 milhões de anos. Estas bactérias foram
encontradas no interior de cristais de sal. Os depósitos de sal
encontravam-se a uma profundidade de cerca de 1800 metros e
pertenciam a um antigo mar salgado.

http://www.nonio.com/article.php3?sid=100


Terraformação I
A criação de um novo lar fora da Terra acabará por ser o caminho a
seguir pela exploração espacial. Isto poderá passar pela criação de
habitats no espaço, mas também pode passar pela colonização de um
planeta. Marte é a escolha mais obvia. No entanto as condições
ambientais em Marte não são as mais adequadas à vida humana. À
transformação de um planeta inabitável num planeta semelhante à
Terra dá-se o nome de Terraformação.

http://www.nonio.com/article.php3?sid=99


Enigma do elevador
Um indivíduo mora no último andar de um prédio bastante alto.
Todas as manhãs desce de elevador até ao rés-do-chão e desloca-se
para o seu emprego. Mas quando volta do emprego só consegue subir
de elevador até meio do prédio tendo que subir o restante pelas
escadas. Só há uma situação em que ele consegue subir até ao último
andar de elevador: quando está a chover.
Porquê que isto acontece?

http://www.nonio.com/article.php3?sid=98


CO2 líquido, água não!!
Segundo a Wired os cientistas da NASA começam a acreditar que
os canais na superfície de Marte cujas fotografias foram recentemente
publicadas não se devem à erosão provocada pela água. O mais
provável é que estes canais tenham sido provocados por dióxido de
carbono líquido. Mais um sonho bonito que cai por terra ...

http://www.nonio.com/article.php3?sid=96



SUBJECT: concurso no nonio.com
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ajc <ajciencia@egroups.com>
DATE: 19/09/2000 18:44

O site nonio.com está a organizar um concurso para premiar o melhor
artigo que for publicado no site nos próximos 2 meses. É mais um
passatempo do que um concurso. O autor do melhor artigo receberá
um livro de divulgação científica.
São admitidos artigos de divulgação científica, filosofia, ficção
científica, cultura ou outros temas usualmente tratados no nonio.

Mais informações na página seguinte:

http://www.nonio.com/article.php?sid=195

joão
http://www.nonio.com


SUBJECT: Re: [ciencialist] AIDS pega?
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 19/09/2000 20:58



Sheila wrote:

>Da mesma forma que Galileu, mesmo que depois de 400 anos,
>acabou convencendo até o papa de que a Terra gira em torno
>do Sol.

Este argumento do Galileu é válido para tudo. O argumento
explicado é mais ou menos assim: Galileu defendeu uma teoria
que ia contra a verdade estabelecida. Galileu estava certo.
Logo todas as pessoas que defendem teorias que vão contra
a verdade estabelecida estão certas. Brilhante, não?

João
http://www.nonio.com




SUBJECT: notícias do nonio
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ajc <ajciencia@egroups.com>
DATE: 19/09/2000 22:55


Notícias nonio.com
Notícias recentemente publicadas no nonio.com

Branca de Neve
Por Joao_Cesar_Monteiro
http://www.nonio.com/article.php3?sid=131

Linus confirma Kernel Linux 2.4 para dezembro
A TechWeb publicou um artigo em que Linus Torvalds confirma
o lançamento do kernel 2.4 para Dezembro. Na entrevista, Linus
diz que o kernel 2.4 está praticamente "pronto", e já não há a
possiblidade da aparição de alguma "surpresa" de última hora.
Segundo ele várias empresas já receberam a recomendação de usar o novo
kernel e reportar eventuais problemas encontrados, e com
um mês neste sistema de teste o novo kernel deve estar pronto para ser
lançado.

href=http://www.techweb.com/wire/story/TWB20001108S0008

http://www.nonio.com/article.php3?sid=130

Nasce Primeiro bebê francês com genes escolhidos
O Estado de Sao Paulo de 16/08/2000 citando a AP notíciou: "
Valentin é o primeiro bebé francês seleccionado geneticamente
para evitar que sofra uma doença incurável, em que uma enzima
não é sintetizada, causando a destruição do fígado.

http://www.nonio.com/article.php3?sid=129

Patentes
Está em curso uma corrida às patentes de genes. As empresas na
área da biotecnologia estão a patentear sequências genéticas pelo
simples facto de existirem. Muitas vezes as empresas não
compreendem para que servem os genes que sequenciam. Este é
uma das conclusões de uma reportagem do The Guardian. Segundo
este jornal já foram atribuídas mais de 500 mil patentes a genes
humanos e de outras espécies.

http://www.nonio.com/article.php3?sid=128

Breve história de um casamento
Parece que a vida pessoal do Stephen Hawking é bastante
complicada, apesar de ele sofrer de uma doença rara que o mantém
confinado a uma cadeira de rodas e o impede de ter a mínima
actividade física.

http://www.nonio.com/article.php3?sid=127

3 enigmas
Bem…O enigma do fósforo partido já está resolvido há muito
tempo. Desta vez vou propor não um, mas três: o Enigma do
enforcado, o Enigma do Homem Rã e o Enigma da Mulher.

http://www.nonio.com/article.php3?sid=126

Os nossos antepassados
Os estudos do da variabilidade do cromossoma y continua a
produzir resultados interessantes. Desta vez foi publicado na
Science um estudo sobre os europeus. Segundo o Público de ontem
este estudo permite traçar a história das migrações na Europa
durante os últimos 40 mil anos.

http://www.nonio.com/article.php3?sid=125

Ideias Feitas
O objectivo deste artigo é lançar a discussão sobre um conjunto de
ideias feitas, que se calhar estão certas, mas se calhar não estão.
Será que o lado escuro da Lua existe mesmo?

http://www.nonio.com/article.php3?sid=124


SUBJECT: Re: [ciencialist] notícias nonio.com
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 20/09/2000 11:46



Roberto Mitsuo Takata wrote:

>
> a velha historia do anao com o guarda-chuvas.
>

Um meteorito atingiu a Terra e a tecnologia regrediu até à época
anterior à máquina a vapor. O indivíduo ocupou um prédio degradado
e só o último andar é que estava habitável. Como não havia
electricidade inventou um novo tipo de elevador. Trata-se de um
elevador flutuante. O elevador sobe ou desce porque o nível de água
no poço do elevador sobe ou desce. A água sobe quando o tanque que
está no topo do prédio é esvaziado. A água desce quando o poço do
elevador é esvaziado.
De manhã o homem acorda e o elevador está a meio do prédio. O
tanque no topo do prédio está meio cheio. Ele chama o elevador
esvaziando o tanque. Entra para o elevador e esvazia o poço. Durante
o dia o abastecimento de água só consegue encher meio tanque. Ao
fim do dia o homem entra no elevador esvazia o tanque que enche o
poço do elevador até meio. Ele é obrigado a sair a meio. Sobe as
escadas.
Quando chove o tanque no topo do prédio enche completamente
durante o dia. Ao fim do dia o homem entra no elevador esvazia o
tanque que enche o poço completamente. O homem consegue ir de
elevador até casa.

Não está perfeito, mas poderia ser uma coisa deste genero.

Joao



SUBJECT: Re: [ciencialist] bacteria imortal?
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 20/09/2000 11:54



Roberto Mitsuo Takata wrote:
>
> On Fri, 20 Oct 2000, Luiz Ferraz Netto wrote:
> > O fator predominante para a existência de vida (como a que entendemos) é o
> > saudável ar.
>
> depende do q. vc estah chamando de ar... a vida aparentemente comecou em
> uma mistura liquida aquosa e nao no ar.

Os metabolismos acabam por libertar gases. Um planeta que não
retem a sua atmosfera acaba por perder todos os elementos essenciais
à vida para o espaço.

João
http://www.nonio.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] AIDS pega?
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 20/09/2000 13:12



Alberto Mesquita Filho wrote:


>
> Entendo a sua lógica e concordo com a conclusão. Não obstante, costumo dizer
> que o cientista é o homem que duvida para acreditar. O cientista é o homem
> que procura pela verdade. E ao procurar pela verdade, está executando a sua
> missão da maneira correta. Logo, o cientista não erra. Logo, o cientista ao
> defender uma teoria que vai contra a verdade estabelecida, está sempre
> certo, mesmo quando sua teoria está errada. Esta é minha maneira de pensar e
> é isso que procuro transmitir aos jovens cientistas, em especial os
> teorizadores que são os que efetivamente sofrem a Inquisição dos Tempos
> Modernos.

Você tem razão quando diz que um cientista que defende uma teoria
em que acredita está a cumprir a sua missão.

João




SUBJECT: Re: [ciencialist] Crackpot index
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 20/09/2000 15:51



Sobre os crackpotianos, há de pelo menos dois tipos: os que acreditam
na própria teoria e os que não acreditam. Acho que não se deve perder
tempo com os que acreditam na própria teoria. Os outros, os que inventam
crackpots em que não acreditam são excelentes humuristas e muitas
vezes fazem grande literatura. Estou a recolher alguns exemplos de
crackpots absolutamente divinos que ilustram este ponto. Depois volto
a falar.

João
http://www.nonio.com




SUBJECT: Re: [ciencialist] Convidados (administrador)
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 20/09/2000 16:22

Optima ideia.
E até podem ficar por aqui se gostarem de nós.

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: os extraterrestres tem sexo e inteligencia??
FROM: Eliane Evanovich Gallagher <eliane@cbio.ufpa.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 21/09/2000 22:20

Olah pessoal da lista, embora esse titulo seja meio (ou
totalmente) sensacionalista...eh o titulo de um artigo cientifico, que foi
publicado em uma revista seria (eu imaginava isso!!)! Estava procurando
algum material sobre evolucao convergente qdo encontrei isso. O artigo
apareceu por existir nele a hipotese das caracteristicas sexo e
inteligencia como tendo surgido por evolucao convergente, ou seja, elas
apareceram independendentes dessas mesmas encontradas em nos. ele ainda
diz que, essa inteligencia dependendo da forma de reproducao, os ETs podem
sofrer selecao sexual e podem ateh ser xenofobicos (nao entendi essa
relacao)!!
Aproveitando o assunto...para saber se alguem da lista sabe
alguns exemplos (de preferencia em nivel molecular) sobre evolucao
convergente e divergente!!
Para mais informacoes sobre o artigo, podem procurar na tal
revista: Ann N Y Acad Sci, 907: 164- 81, 2000, no NCBI ou na revista UFO
(apenas uma hipotese!!)

t+!!





SUBJECT: Re: [ciencialist] Gravidade.
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 22/09/2000 13:27



Alberto Mesquita Filho wrote:

>
> > Alguêm sabe exatamente como a gravidade funciona e como seria um aparelho
> > para controlar a mesma?
>
> Eu sei.

Sabe ?

João
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SUBJECT: Re: [ciencialist] [OT] Apostila de Genetica
FROM: Eliane Evanovich Gallagher <eliane@cbio.ufpa.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 22/09/2000 20:41



On Thu, 21 Sep 2000, Leonardo Stern wrote:

>
> Algu�m poderia me algum link ou me fornecer um documento que contenha os
> seguintes dados :
>
> Estrutura dos amino�cidos
> Tabela dos amino�cidos (aquela que diz qual AA cada trica de bases do
> DNA representa)
> Algumas informa��es basicas sobre o processo de duplica��o, transcri��o,
> etc do DNA
> Diferen�as b�sicas antre o DNA e o RNA
>
> obrigado
>
> *** --- ***
> Para sair da lista envie um mail para:
> ciencialist-unsubscribe@egroups.com
> *** --- ***
>
olah Leonardo, li o teu email soh hj, mas vou te indicar um site
que nao soh fala de DNA, RNA, origem da vida e universo, mas tem tb uma
serie de links sobre os assuntos, nele encontrei ateh assuntos especificos
do meu trabalho. O nome dele eh www.talkorigins.org/ . Outro muito bom tb
eh o http://www.nhgri.nih.gov/

t+!!



SUBJECT: notícias do nonio
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ajc <ajciencia@egroups.com>, ciencialist <ciencialist@egroups.com>, excalibur <excalibur2@egroups.com>, ficcao-cientifica <ficcao-cientifica@egroups.com>
DATE: 22/09/2000 20:42

Notícias nonio.com
Notícias recentemente publicadas no nonio.com

Aquecimento Global e subida do nível do mar

Um artigo
http://www.newscientist.com/news/news.jsp?id=ns22664
na NewScientist relata os resultados de um estudo sobre o efeito
do aquecimento global no nível dos oceanos. As previsões são
feitas para os próximos 1000 anos e fala-se em subidas do nível do
mar da ordem dos 10 m o que inundaria zonas habitadas por 1
bilião de habitantes e destruiria a maior parte das terras agrícolas.

http://www.nonio.com/article.php3?sid=138

Novo Portal Linux na Internet Brasileira
Novo portal de Linux na internet brasileira. O Linux Fácil estreou
ontem, com um visual inovador e contando com Downloads, Forúm, Chat e
muito mais.

href=http://www.linuxfacil.hpg.com.br/

http://www.nonio.com/article.php3?sid=137

Juiz francês censura Yahoo
Um juiz francês ordenou que o portal Yahoo bloqueie o acesso
de cidadãos franceses ao site. Isto porque nos leilões do há
particulares que vendem objectos nazis, o que é proibido pela lei
francesa. Estas pessoas tanto podem ser coleccionadores como
fanaticos do nazismo. O Yahoo tem agora 3 meses para instalar
mecanismo que recusem o acesso a esses leilões a cibernautas
provenientes de França.

http://www.nonio.com/article.php3?sid=136

Conferência de Haia
Está a decorrer em Haia a 6ª conferência das Nações Unidas
sobre as alterações climáticas. Eu sou um bocado cínico em relação
a tudo o que se relaciona com este assunto. Para começar o assunto
está de tal forma minado e a discussão é tão acalorada que uma
discussão puramente cientifica do problema é impossível.

http://www.nonio.com/article.php3?sid=135

Numa noite um viajante …
Um dia um viajante foi acolhido num mosteiro. Os monges
fizeram voto de silêncio e de pobreza e por isso não falavam e não
tinham espelhos. Reuniam-se uma vez por dia ao jantar, e foi nessa
ocasião que o viajante se apercebeu que alguns dos monges
estavam a ser atacados por uma doença contagiosa e mortal.

http://www.nonio.com/article.php3?sid=134

Clonagem do Gauro
Está prestes a nascer o primeiro clone de um membro de uma
espécie em vias de extinção. Já se falou disso aqui no nonio
(http://www.explicacoes.com/php_nuke/html/article.php3?sid=88). No
Sábado passado o Público (Portugal) deu grande destaque ao
assunto (http://jornal.publico.pt/2000/11/18/Terra/THHORI01.html) e o
assunto foi o destaque da Scientific American deste mês. A notícia
também aparece no
http://www.oglobo.com.br/ciencia/19civ10.htm (Brasil).

http://www.nonio.com/article.php3?sid=133

MIR vai ser mesmo ser destruída
Parece que a estação espacial russa Mir vai mesmo ser destruída.
Os russos estão a planear lança-la no Pacifico ou noutro qualquer
local remoto e inabitado. Esta notícia sai semana sim semana não.
Parece que é desta. Ainda ninguém desmentiu. Nem mesmo a
MirCorp, a empresa que explora comercialmente a Mir. Mas a
MirCorp ainda não anunciou oficialmente que a estação vai mesmo
para o pacifico.

http://www.nonio.com/article.php3?sid=132



SUBJECT: Re: [ciencialist] Ciencia e Religiao
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 25/09/2000 10:27



Manuel Bulcao wrote:

> Manuel - Uma coisa que tenho observado: uma parte significativa
> desses que criticam com desmesurada acrimônia as religiões são
> pessoas que por muito tempo viveram à sombra, muito mais que a
> média, de dogmas religiosos. Ex-seminaristas, ex-monges
> franciscanos, ex- espíritas, etc.

Também já tinha reparado nisso. E também já tinha reparado que essas
pessoas têm alguma tendencia para o extremismo anti-religioso. Algo
que para mim é incompreensivel.

joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] Minhas impressões sobre o FCB
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 25/09/2000 13:24



Claudio Abreu wrote:

> Hipoteco toda a minha solidariedade às mensagens do Manuel Bulcão e Alberto Mesquita Filho relacionadas à lamentável regrinha existente no tal FCB de que toda e qualquer mensagem deve passar pela censura de um iluminado, que se coloca no papel de um verdadeiro Deus a decidir o que deve ir para o trono ou não.

Já agora também dou a minha opinião, como leitor e participante.
O forum da FCB simplesmente
não funciona porque a moderação retarda de tal forma as mensagens
que a vontade de discutir desaparece antes de a sua ultima mensagem
ser publicada. Há mensagens que demoram 1 semana a ser publicadas e
há mensagens que não são publicadas. Por muito que você se esforce
por defender seu ponto de vista não há garantia nenhuma de que
esse texto vai ser publicado. Como os pontos de vista não têm os
mesmos direitos aos olhos do moderador a discussão não é justa e
acabam por se impôr os pontos de vista maioritários. Quanto ao
cepticismo dos membros do grupo, deixa muito a desejar. Uma
mensagem que esclareça o ponto de vista da igreja católica tem
muito menos hipóteses de ser publicada que uma que defenda as
grandes virtudes do Fidel Castro e do socialismo cubano.

João
http://www.nonio.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] O Relatório Lugano
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 26/09/2000 14:09



Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:

>
> Nesse caso *todos* sao capitalistas ateh os comunistas ! :-)

Exactamente. Comunismo nao passa de uma espécie de capitalismo
em que um partido tem o monopolio de todas as actividades
sociais, economicas ou nao.

>
> O capitalismo eh um regime social em que os meios de producao
> constituem propriedade privada. ( Aurelio )
> A base do capitalismo eh o acumulo de capital, o lucro.

Essa é uma definição de dicionário. Na pratica cada agente
economico tenta maximizar a felicidade.



> Putz ! Eh a primeira vez que ouco alguem dizer q a "Ford" deu um
> aumento por temer q algum funcionario criasse uma "GM" :-))

Ford é uma empresa do passado distante. Empresas como a Microsoft
teem problemas desses.

> > > Alem do mais salarios representam custos e portanto, pela otica
> > > capitalista, deve ser minimizado para se ter o lucro maximizado.
> >
> > Da mesma forma se poderia dizer que o salário é um beneficio e
> > portanto, pela optica capitalista, deve ser maximizado para o
> > trabalhador maximizar o seu lucro.
> >
>
> Nao, no capitalismo cada agente quer maximizar seu *proprio*
> lucro e nao o lucro dos outros ( funcionarios ).
> Isso ( aumentar salarios ) soh ocorreria se a perda do(s) funcionario(s)
> acarretasse prejuizos ao pagador.

Voce tem que ler o que escrevi com atenção: eu estava a falar
do funcionário que procura maximizar o proprio lucro.

João
http://www.nonio.com




SUBJECT: Re: [ciencialist] O Relatório Lugano
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 26/09/2000 14:15



Roberto Mitsuo Takata wrote:
>
> On Tue, 26 Sep 2000, João Mário Miranda wrote:
> > capitalismo=darwinismo só que é preciso compreender quer um
> > quer outro.
>
> capitalismo nao eh igual a darwinismo...
>
> o capitalismo eh um sistema economico e faz as vezes de um sistema
> ideologico... o darwinismo eh um modelo de evolucao biologica.
>
> nao se vej no capitalismo os quatro postulados de darwin para a evolucao
> biologica. no capitalismo a selecao eh artificial e nao natural, o sistema
> nao evolui por descendencia com modificacao e nao ha competicao
> intra-especifica: vc jah viu alguma filial competir com uma matriz? o q.
> ha' -- qdo nao se formam carteis oligopolistas (q. eh a regra) -- eh uma
> competicao entre empresas q. pode estender ou diminuir seus dominios sobre
> uma fatia do mercado (rigorosamente manipulado).

O darwinismo é uma teoria mais geral do que voce pensa ou do que o
proprio Darwin imaginava. Destinguir evolução artificial de natural
é obviamente uma distinção artificial. Ser natural em economia
é ser natural. E claro que não se encontram relações tao definidas
entre empresas como existem entre animais. No entanto, empresas,
funcionários, filiais que não se adaptam desaparecem e não transmitem
a outros a sua cultura empresarial. Empresários e modelos de negocio
maus desaparecem e os bons sobrevivem.

Joao
http://www.nonio.com



SUBJECT: calibracao de barometros
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 26/09/2000 15:45

On Mon, 25 Sep 2000, Sheila wrote:
> sim... não estou me lembrando agora mas sei já haver sido orientada a
> procurar calibração pra um barômetro, e terem me explicado de como era feita
> e os pqs.

bem, encontrei algumas paginas -- sao diversos tipos de barometros
(funcionando com diversos principios):

http://www.qs9000.com/ubb/Forum4/HTML/000088.html

http://www-eosdis.ornl.gov/sensor_documents/aneroid_barometer.html

http://www.medfordclock.com/brepair.html

http://www.hallassociates.net/cal_press.htm

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: A beleza , segundo Jocax e os Pagodeiros
FROM: "Ronaldo Cordeiro [MG]" <rcordeiro@writeme.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 26/09/2000 16:19

--- In ciencialist@egroups.com, Joao Carlos Holland de Barcellos
<jocax@u...> wrote:

> > > De fato, a pergunta foi mal elaborada, deveria ser :
> > > "....Que maximize a descoberta que os filhos sao do pai?"
> > >
> >
> > Repare que dá no mesmo. A mulher que geraria filhos mais parecidos
com
> >
> > o pai, teria que ser a que fosse o mais parecida possível com o
pai.
>
> Engano. Veja bem a pergunta : "DESCOBERTA" que os filhos sao do pai.
> Pegue um traco especifico : O tamanho do nariz.
> Se o homem escolhe uma mulher com nariz grande como o dele
> os filhso terao nariz grande e assim ele nunca saaberia se o nariz
> do filho eh devido a mae ao aa ele proprio.
> Uma mulher com nariz mediano favoreceria esta descoberta.
>

Claro que na prática as coisas não são tão clear-cut, mas vamos supor
que seja bem simples assim. O candidato a pai procura uma mulher com
características medianas. Como as características do pai e da mãe são
diferentes, não há nenhuma garantia de que o filho saia parecido com o
pai. Portanto, se nascer parecido, tudo bem, mas se NÃO nascer
parecido, pode ser que o Ricardão tenha dado uma mãozinha ou não. Não
há como provar.

Mas se o pai e a mãe forem extremamente parecidos, é quase certo que o
filho gerado seja igual a ambos. E se não for, é quase certo que o
Ricardão entrou na jogada. Neste caso, as certezas são bem maiores.
Além de ser mais coerente com a visão evolucionária da preservação dos
genes de ambos. Mas claro, ainda existe essa possibilidade de que a
descoberta de que o filho É do pai seja mais importante do que a de
que NÃO É. Mas que sentido isso faria evolucionariamente?

> >
> > Se vc quiser partir para o campo das características recessivas,
isso
> > fica mais evidente ainda: um pai cheio de características
recessivas
> > só iria garantir alguma semelhança nos filhos se a mãe tivesse
> > características idênticas, não a média da população.
>
> Uma mulher recessiva, segundo a teoria SEMPRE eh a mais bonita
nestes
> tracos recessivos. Para qualquer homem.
> Por isso os homens preferem olhos claros e loiras.
>

Pode ser que isso não seja uma regra geral. Loiras de olhos claros
provavelmente não fazem tanto sucesso assim nos países Nórdicos, como
fazem por aqui principalmente entre os pagodeiros e jogadores de
futebol (isso pode render uma teoria e tanto!!!!). Talvez o que seja
determinante desse sucesso não seja exatamente o fato de a
característica ser recessiva ou não, mas sim algum fator cultural (a
propósito, esse tipo de caracterísitica não é tão claramente definido
como "dominante" ou "recessivo" no ser humano como pensava Mendel).
Além do mais, outras caracteríticas recessivas não são tão populares
assim (você diria que os homens têm preferência por mulheres com
Albinismo, por exemplo?).

De qualquer forma, loiras de olhos claros nunca poderiam se encaixar
no critério de "média" da população, conforme o primeiro critério. A
mulher mediana teria provavelmente olhos e cabelos castanhos.

[]s
Ronaldo



SUBJECT: Re: [ciencialist] Sobre tempo
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 26/09/2000 16:22


Vou criar uma votacao no Egroups para decidir se liberamos ou nao o uso
de HTML na lista.

Mas essa votacao tem uma condicao para ser valida, pelo menos 70
integrantes devem votar (atualmente sao +-120 integrantes).

Aviso quando a votacao estiver acessivel.

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna - administrador da Ciencialist



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: A beleza , segundo Jocax e os Pagodeiros
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 26/09/2000 17:02



"Ronaldo Cordeiro [MG]" wrote:
>
> --- In ciencialist@egroups.com, Joao Carlos Holland de Barcellos
> <jocax@u...> wrote:
>
> > > > De fato, a pergunta foi mal elaborada, deveria ser :
> > > > "....Que maximize a descoberta que os filhos sao do pai?"
> > > >
> > >
> > > Repare que dá no mesmo. A mulher que geraria filhos mais parecidos
>
> com
> > >
> > > o pai, teria que ser a que fosse o mais parecida possível com o
> pai.
> >
> > Engano. Veja bem a pergunta : "DESCOBERTA" que os filhos sao do pai.
> > Pegue um traco especifico : O tamanho do nariz.
> > Se o homem escolhe uma mulher com nariz grande como o dele
> > os filhso terao nariz grande e assim ele nunca saaberia se o nariz
> > do filho eh devido a mae ao aa ele proprio.
> > Uma mulher com nariz mediano favoreceria esta descoberta.
> >
>
> Claro que na prática as coisas não são tão clear-cut, mas vamos supor
> que seja bem simples assim. O candidato a pai procura uma mulher com
> características medianas. Como as características do pai e da mãe são
> diferentes, não há nenhuma garantia de que o filho saia parecido com o
>
> pai. Portanto, se nascer parecido, tudo bem, mas se NÃO nascer
> parecido, pode ser que o Ricardão tenha dado uma mãozinha ou não. Não
> há como provar.

A teoria diz que o filho sera mais parecido com o pai se o traco
for recessivo ou mediano ( simplificadamente ).
Lembre-se mediano eh uma simplificacao supondo-se q a mistura de genes
naquele traco gere uma correspondente media fenotipica o que nem sempre
eh verdade. Mas como existem milhares de tracos a media eh bem
representativa.

Uma mulher nestas condicoes tera uma probabilidade maior de ter um
filho parecido com o pai. Note que se ele for muito parecido com alguem
*conhecido* como o filho da Capitu ( Macahdo de Assis ) eh uma indicacao
clara de traicao. Por isso eh mais seguro , do pto de vista evolutivo,
casar com uma mulher nestas condicoes. Note q isto eh feito de modo
INSTINTIVO, ninguem sabia quais as razoes ( estas ) levavam o homem
a preferir uma mulher bonita.





>
> Mas se o pai e a mãe forem extremamente parecidos, é quase certo que o
>
> filho gerado seja igual a ambos.

Nao eh isso. Se o pai for muito "feio" e a mae "bonita" o filho tendera
a aparecer com o pai. Faca as estatisticas !!
( Conclusao interessante decorrente da teoria !! )


>E se não for, é quase certo que o
> Ricardão entrou na jogada.

Nao necessariamente. Eu diria *Grosso modo* :
-Se a mulher eh bonita e o homem feio o filho se parece com o homem
-Se a mulher eh feia o filho *nao* precisa parecer com o pai.
-Se a mulher eh bonita e o filho feio e nao parece com o pai
pode haver ricardao.

>Neste caso, as certezas são bem maiores.
> Além de ser mais coerente com a visão evolucionária da preservação dos
>
> genes de ambos. Mas claro, ainda existe essa possibilidade de que a
> descoberta de que o filho É do pai seja mais importante do que a de
> que NÃO É. Mas que sentido isso faria evolucionariamente?

O caso mais importante eh saber se NAO EH dele, pois o investimento
parental para um filho tende a ser alto.


>
> > >
> > > Se vc quiser partir para o campo das características recessivas,
> isso
> > > fica mais evidente ainda: um pai cheio de características
> recessivas
> > > só iria garantir alguma semelhança nos filhos se a mãe tivesse
> > > características idênticas, não a média da população.
> >
> > Uma mulher recessiva, segundo a teoria SEMPRE eh a mais bonita
> nestes
> > tracos recessivos. Para qualquer homem.
> > Por isso os homens preferem olhos claros e loiras.
> >
>
> Pode ser que isso não seja uma regra geral. Loiras de olhos claros
> provavelmente não fazem tanto sucesso assim nos países Nórdicos, como
> fazem por aqui principalmente entre os pagodeiros e jogadores de
> futebol (isso pode render uma teoria e tanto!!!!).

Bom sendo loira de olhos azuis tracpos recessivos e como as nordicas
apresentam muito estes tracos isso leva-nos a concluir
pela preferencia dos nordicos pelas mulheres recessivas !!

> Talvez o que seja
> determinante desse sucesso não seja exatamente o fato de a
> característica ser recessiva ou não, mas sim algum fator cultural (a
> propósito, esse tipo de caracterísitica não é tão claramente definido
> como "dominante" ou "recessivo" no ser humano como pensava Mendel).
> Além do mais, outras caracteríticas recessivas não são tão populares
> assim (você diria que os homens têm preferência por mulheres com
> Albinismo, por exemplo?).

Calma, quando o traco entra como algo FUNCIONAL que pode proporcionar
um aumento ou diminuicao de vantagem seletiva o fator beleza nao eh
tao grande. Como o albinismo eh prejudicial ele entra como
um fator negativo.


>
> De qualquer forma, loiras de olhos claros nunca poderiam se encaixar
> no critério de "média" da população, conforme o primeiro critério. A
> mulher mediana teria provavelmente olhos e cabelos castanhos.
>

Os tracos recessivos nao prejudiciais sao mais seguros do que o criterio
mediano ( ver origem do criterio mediano ) .

[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] proporcional troca por = k ?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 26/09/2000 18:55


De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>

"Apenas para encerrar o assunto, diria que a proporcionalidade está
intimamente relacionada ao Princípio de Estapara, algo bastante útil aos
vestibulandos pois auxilia-os no encontro rápido de soluções a satisfazerem
os testes de múltipla escolha principalmente, mas não só, em química.
Estapara foi um brilhante filósofo-químico do século XVIII (não sei se a.C
ou d.C) e que pela primeira vez verificou que "A Estapara B assim como C
Estapara D". :-))"

:-)))) "estapara", grande químico!
Dai nasceu a grande conceituação: 'Química, um vasto campo para aplicações
da régra de três (simples)'.
Creio que ele estaria "estreparado" hoje, com um simples teste:

Uma lâmpada de 100W foi feita para ser usada em 220V. Se usarem-na em 110V a
nova potência será:
(a) 100W (b) 60W (c) 50W (d) 35W (e) 25W

Quanto ao " a ~ b ==> a = k.b " aguardemos! Tudo que vc postou será
consequencia dessa demonstração.

[ ] '
Léo






SUBJECT: notícias do nonio
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: excalibur <excalibur2@egroups.com>, ajc <ajciencia@egroups.com>, ciencialist <ciencialist@egroups.com>, ficcao-cientifica <ficcao-cientifica@egroups.com>
DATE: 26/09/2000 20:30

Notícias nonio.com
Notícias recentemente publicadas no nonio.com

Colisão de Manchas Gigantes em Júpiter
Duas tempestades gigantes, com metade do tamanho da Terra, colidiram
uma com a outra no planeta Júpiter. O planeta da Grande Mancha Vermelha
também tem manchas brancas. Duas destas colidiram uma com a outra
dando origem a uma mancha branca ainda maior.

http://www.nonio.com/article.php3?sid=110

Novo fenómeno radioactivo
Físicos (Alfredo Galindo-Uribarri et al) observaram pela primeira
vez um tipo de fenómeno radioactivo previsto teoricamente há mais de 40
anos. Na experiência um átomo de Neon-18 emitiu dois protões em
simultâneo transformando-se num átomo de oxigénio.

http://www.nonio.com/article.php3?sid=109

Descoberto novo Planetoide
Foi descoberto um pequeno planeta com um quarto do diâmetro de
Plutão e que se encontra neste momento numa órbita entre Neptuno
e Plutão. Este novo planeta é um misto entre um asteroide e um
cometa e tem mais de 400 k de diâmetro.

http://www.nonio.com/article.php3?sid=108

A minha mão bateu-me!!
Clint Hallam um neozelandês que recebeu um transplante de mão mudou
de ideias e agora que que a mão seja removida. Segundo os médicos Clint
Hallam está a ter problemas de rejeição da mão pelo seu corpo porque
não
está a tomar os medicamentos que devia. E parece que os médicos não
estão dispostos a cortar-lhe a mão outra vez e parece que não há ninguém
disposto a financiar a operação.

http://www.nonio.com/article.php3?sid=106

Science for the boys
Num artigo de opinião no Jornal Público Rui Rei, professor auxiliar
do Departamento de Engenharia de Polímeros da Universidade do Minho
critica o sistema de avaliação de projectos de investigação do
Ministério
da Ciência e Tecnologia. O sistema tal como está não garante a
aprovação
de projectos com base apenas no mérito científico, antes facilita a
aprovação
de projectos com base nas influências pessoais dos seus promotores.
E não é por falta de um sistema melhor que as coisas funcionam assim.

http://www.nonio.com/article.php3?sid=105

Chove metano em Titan
Caitlin Griffith et al da Universidade do Arizona descobriram que a
atmosfera
de Titan se encontra activa. O espectro de infravermelho da luz emitida
por
Titan varia rapidamente. Para explicar isto os investigadores propuseram
um
modelo para a atmosfera de Titan. Segundo este modelo o metano
desempenha
em Titan o papel que a água desempenha na Terra. Formam-se nuvens de
metano
e é possível que também chova metano.

http://www.nonio.com/article.php3?sid=104

Identificado gene que torna o parasita da malária resistente ao
tratamento.
Foi identificado o gene que torna o agente da malária, o Plasmodium
falciparum,
resistente à cloroquinina. A cloroquinina era uma droga eficiente
contra a malária
até que o parasita se tornou resistente. Neste momento a malária mata
cerca de
1 milhão de pessoas no mundo e afecta cerca de 500 milhões.

http://www.nonio.com/article.php3?sid=103

Homo Sapiens esteve perto da extinção
A diversidade genética das populações de Chimpanzés é muito maior do
que a
diversidade genética humana. Este facto sugere que descendemos de um
grupo
muito restrito de individuos que sobreviveram à quase extinção da nossa
espécie.

http://www.nonio.com/article.php3?sid=102

Quioto não está a ser cumprido!!
Segundo o Público o Protocolo de Quioto não está a ser cumprido pela
União Europeia. A maior parte dos países ricos comprometeu-se a baixar
as suas
emissões de gases de estufa. No entanto a maior parte deles em vez de
reduzir as
suas emissões continua a aumentá-las.

http://www.nonio.com/article.php3?sid=101




SUBJECT: Re: [ciencialist] correntes de email sao seres vivos?
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 26/09/2000 21:22



Roberto Mitsuo Takata wrote:
>
> por esta eu nao esperava.
>
> Carlos Orsi colunista do estadao acha q. a respota para a pergunta do
> titulo eh sim:
>
> It's alive! It's alive!
> http://www.estadao.com.br/tecnologia/colunas/midia/2000/ago/31/199.htm
>
> [memes dawkinianos? qual o limite de uma analogia?]
>

Não li o texto e se calhar é por isso que não percebi a
pergunta, mas eu acho que as correntes de email são
um bom exemplo de meme. Não?


João
http://www.nonio.com


SUBJECT: Re: [ciencialist] Sobre tempo
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 26/09/2000 22:48

Parabéns pelo democrático gesto, LRB. Sábia decisão....

Claudio Abreu
----- Original Message -----
From: lrb@if.ufrgs.br
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Tuesday, September 26, 2000 4:22 PM
Subject: Re: [ciencialist] Sobre tempo



Vou criar uma votacao no Egroups para decidir se liberamos ou nao o uso
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Mas essa votacao tem uma condicao para ser valida, pelo menos 70
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SUBJECT: a ciencialist
FROM: "Leandro Holanda" <lb_holanda@hotmail.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 26/09/2000 22:58

Membros e amigos da ciencialist

De fato eu imaginava que seria poss�vel receber algumas ofensas pelo que eu
disse com o email no. 6049, mas eu achava que seria necess�rio mostrar
alguns problemas com a lista.
Eu considerei algumas acusa��es injustas pois eu disse:

"Digo "ci�ncia propriamente dita" porque a mim n�o parece que Teoria Geral
da Bidualidade, Genismo (do Jocax), e cr�ticas deveras vagas, sejam fazer
ci�ncia. O que chamo aqui de cr�ticas "deveras vagas" s�o aquelas frases
como "a f�sica moderna est� errada"."

Isso poderia ter SEM D�VIDA servido de ofensa, mas eu disse tamb�m:

"Para mim, o fato de uma teoria n�o ser cient�fica n�o a torna inferior, "

e

"n�o explicam sequer os resultados que j� forma obtidos (pelo menos os donos
delas N�O NOS DISSERAM [grifo agora dado])."

porque eu n�o descarto a priori as suposi��es, que por sinal muitas vezes
foi manifestado apenas um profundo desejo de que fossem verdadeiras. Eu
queria era estimular as discuss�es mas num outro n�vel.
N�o me pareceu ofensivo meu email; se foi, desculpem-me mas n�o era meu
intuito ofender. Em se tratando de cr�ticas sei que elas devem ser feitas da
forma mais suave (ainda mais por aqui aonde n�o se percebe o tom de voz)
para que n�o se atinja a vaidade de uns.
Repare o que disse:

"N�o se trata de que seja tirada a liberdade de se expressar de cada um e
sim, nesse caso, discutir Ci�ncia."

e

"E que discuss�es n�o cient�ficas n�o sejam feitas, e se forem, que elas
aconte�am em outro lugar."

Disse isso para refor�ar uma id�ia que n�o se tratava de tirar o direito de
express�o de cada um: existem chats e outras listas aonde se pode discutir �
vontade qualquer assunto.
Criar mais um meio de divulgar ci�ncia (mesmo que para uns poucos - poucos
tem acesso � internet) como uma lista de ci�ncia � bastante �til.
Torno a dizer:
N�o � de meu interesse ofender, mas tamb�m n�o o � de receb�-las.
Desculpem pelo transtorno causado com algum mal-entendido.
Me despe�o de todos da lista (j� que estou me retirando dela).
E lembrem-se:

"o que mais vale � o amor"

Abra�os
Leandro.

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SUBJECT: Re: [ciencialist] proporcional troca por = k ?
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 27/09/2000 00:34

Prezados amigos do Ciencialist,

Esta discussão toda, que começou pela razão áurea, acabou por resultar num grande salto da TGBD, que é o início da sua fase de quantificação.

Explico melhor: até então a TGBD era uma teoria meramente qualitativa. Mas agora comecei transformá-la, também, numa teoria quantitativa. Isto porque a elementar regra de três também é um Bidual, onde o Quarto é o X (a incógnita, o desconhecido...). Senão vejamos.

Numa regra de três temos:

A/B=C/X, onde X é a incógnita, após operação resulta em:

X=(B/A)*C

Pela TGBD temos:
Unos: ( 1.A ), ( 2. B ), [ 3. C ] e [ 4. X ]
Dual Interno: (1. A <-> 2. B)
Dual Externo: [3. C <-> 4. X]
Terno: { (1. A <-> 2. B) <-> (3. C ) }
Terceiro: [ 3. C ]
Quarto: [ 4. X ]


Vejamos um problema simples de regra de três para melhor entender a idéia: sabe-se que 2 (A) automóveis valem R$ 30.000,00 (B); quanto (X) valem 3 (C) automóveis?
A resposta é X= R$ 45.000,00, porque:
X = (B/A)*C = (R$ 30.000,00/2)*3 = R$ 15.000,00*3 = R$ $ 45.000,00


Façamos agora alguns comentários.

O resultado da interação do Dual Interno (2 automóveis e o valor total de R$ 30.000,00) é o valor unitário de 1 automóvel = R$ 15.000,00 (= R$ 30.000,00/2 automóveis). Daqui se conclui que a operação da interação do Dual é a divisão.

O resultado da interação do Terno é dado pelo produto do resultado do Dual Interno (o valor R$ 15.000,00/automóvel) pelo Terceiro Uno (os 3 automóveis dos quais se quer saber o valor), do que resulta R$ 45.000,00. Daqui se conclui que a operação da interação do Terno é a de multiplicação

O valor do Quarto Uno é igual ao valor da interação do Terno, que como vimos é de R$ 45.000,00

Desta forma podemos concluir que:

A operação da interação do dual é de divisão do 2º Uno pelo 1º Uno:
Interação do Dual Interno = (B/A) = 2º Uno / 1º Uno

A operação da interação do Terno é o produto do Dual Interno pelo 3º Uno:
Interação do Terno = 4º Uno = (B/A) * C = (2º Uno /1 º Uno) * 3º Uno

Não é muita coisa, eu sei, mas é um começo. Afinal, trata-se de uma proporção simples. Mas é a partir do simples que se chega ao complexo.

É sempre assim, minha gente. Há tempos venho tentando uma forma para a quantificação da TGBD. E não sabia por onde começar. E foi, mais uma vez, através de algo elementar, quase óbvio. Como é que eu não tinha visto isto antes? O meu consolo é que ninguém tinha visto isto também.

Muito obrigado a todos vocês do Ciencialist, que me auxiliaram a ver mais esta faceta da TGBD.

Um grande abraço,

Claudio Abreu



----- Original Message -----
From: Luiz Ferraz Netto
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Tuesday, September 26, 2000 6:55 PM
Subject: Re: [ciencialist] proporcional troca por = k ?



De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>

"Apenas para encerrar o assunto, diria que a proporcionalidade está
intimamente relacionada ao Princípio de Estapara, algo bastante útil aos
vestibulandos pois auxilia-os no encontro rápido de soluções a satisfazerem
os testes de múltipla escolha principalmente, mas não só, em química.
Estapara foi um brilhante filósofo-químico do século XVIII (não sei se a.C
ou d.C) e que pela primeira vez verificou que "A Estapara B assim como C
Estapara D". :-))"

:-)))) "estapara", grande químico!
Dai nasceu a grande conceituação: 'Química, um vasto campo para aplicações
da régra de três (simples)'.
Creio que ele estaria "estreparado" hoje, com um simples teste:

Uma lâmpada de 100W foi feita para ser usada em 220V. Se usarem-na em 110V a
nova potência será:
(a) 100W (b) 60W (c) 50W (d) 35W (e) 25W

Quanto ao " a ~ b ==> a = k.b " aguardemos! Tudo que vc postou será
consequencia dessa demonstração.

[ ] '
Léo





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Para sair da lista envie um mail para:
ciencialist-unsubscribe@egroups.com
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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] TGDB
FROM: "Agapito Ribeiro Júnior" <agapito@alphanet.ne.jp>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 27/09/2000 05:56

Caro Abreu

Gostei de suas respostas e vou estudá-las e, com sua permissão, contactá-lo em PVT. Quanto aos seus arquivos no egroups, downloadei-os todos para meu PC.

Perdoe-me o neologismo no verbo downloadar. ;0P

Até mais...

Pirulito. o Agapito.



SUBJECT: Re: [ciencialist] O Relatório Lugano
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 27/09/2000 07:55



João Mário Miranda wrote:
>
> Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
>
> >
> > Nesse caso *todos* sao capitalistas ateh os comunistas ! :-)
>
> Exactamente. Comunismo nao passa de uma espécie de capitalismo
> em que um partido tem o monopolio de todas as actividades
> sociais, economicas ou nao.
>
> >
> > O capitalismo eh um regime social em que os meios de producao
> > constituem propriedade privada. ( Aurelio )
> > A base do capitalismo eh o acumulo de capital, o lucro.
>
> Essa é uma definição de dicionário. Na pratica cada agente
> economico tenta maximizar a felicidade.

Vc esta dizendo entao q nao existe ninguem que nao seja capitalista.
Sua definicao de capitalismo esta obviamente equivocada.


>
> > Putz ! Eh a primeira vez que ouco alguem dizer q a "Ford" deu um
> > aumento por temer q algum funcionario criasse uma "GM" :-))
>
> Ford é uma empresa do passado distante. Empresas como a Microsoft
> teem problemas desses.

Este seu criterio de aumento de salario por medo de concorrencia
nao tem logica : Ninguem deixaria de montar uma empresa que pudesse
concorrer com a empresa que trabalha por um aumento de salario.
Se o empregado pessoa notar q tem capacidade para competir por uma fatia
no
mercado ela o fara, tendo ou nao um aumento de salario.


Uma entrevista interessante de Robert Kurz pode ser lida em
http://planeta.clix.pt/obeco/rkurz32.htm

Reproduzo um pequeno trecho :
Kurz – Acredito que, neste ponto, devemos fazer uma distinção rigorosa.
A causa mais profunda da crise remonta a mais
de 20 anos atrás. Ela está relacionada com o início da terceira
revolução industrial, isto é, com o início da revolução
microeletrônica, diferenciando-se qualitativamente das duas revoluções
industriais anteriores. A primeira foi a revolução
industrial original e a segunda foi a fordista, taylorista, da esteira
rolante etc. E agora temos a terceira, a revolução
microeletrônica, que acredito ser diferente qualitativamente, na medida
em que, pela primeira vez na história capitalista, o
potencial de automação e racionalização avança mais rapidamente que a
expansão dos mercados. Ou seja, os produtos
estão ficando realmente cada vez mais baratos, de modo que, como no caso
dos computadores, quanto mais baratos
eles forem, mais pessoas os comprarão. Mas, apesar disso, a
racionalização eliminadora da força de trabalho é mais
veloz, isto é, não serão criadas novas ofertas de emprego. Nem poderá se
repetir o caso do passado, em que o capital
pôde explorar trabalho novo e em que, por exemplo, as inovações da
indústria automobilística e da produção em linha de
montagem criaram muitos postos novos de trabalho. Isto não está
ocorrendo na terceira revolução industrial. Pela
primeira vez, a proporção foi invertida. Pela primeira vez, a
automatização é mais rápida que a expansão dos mercados.
Nos anos 80 e na primeira metade dos anos 90, parecia que o capitalismo
seria capaz de digerir este problema, ou
simplesmente engoli-lo, como se esta crise fosse apenas social,
reduzindo-se somente ao problema dos
desempregados. Mas é preciso levar em conta que o capitalismo realmente
é a exploração da força de trabalho, a
utilização do trabalho abstrato, e que capital não consegue se acumular
sem trabalho. O trabalho abstrato é, como diz
Marx, a substância do capital. Portanto é realmente lógico que a crise
do trabalho também seja, mais cedo ou mais
tarde, a crise do capital. Nos últimos 15 anos, houve um adiamento da
crise, pois houve uma expansão dos mercados
financeiros, isto é, daquilo que Marx chamou de "capital fictício". O
capital se acumulou simuladamente, por assim dizer.


SUBJECT: Re: [ciencialist] proporcional troca por = k ?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 27/09/2000 08:05



Claudio Abreu wrote:
>
> Prezados amigos do Ciencialist,
>
> Esta discussão toda, que começou pela razão áurea, acabou por resultar
> num grande salto da TGBD, que é o início da sua fase de quantificação.
>
> Explico melhor: até então a TGBD era uma teoria meramente qualitativa.
> Mas agora comecei transformá-la, também, numa teoria quantitativa.


Claudio, demonstre a utilidade da TGBD resolvendo o seguinte
problema ( Usando a TGBD ) :


Em um depósito de brinquedos, 40% dos brinquedos
são vermelhos e os restantes são azuis. Metade dos
brinquedos são pequenos e a outra metade é
composta de
brinquedos maiores. Se 10% dos brinquedos são
vermelhos e pequenos e 40 brinquedos são azuis e
maiores, quantos são os brinquedos vermelhos e
maiores?


Boa sorte ! ;-)
[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] O Relatório Lugano
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 27/09/2000 09:24



Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
>
> João Mário Miranda wrote:
> >
> > Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> >
> > >
> > > Nesse caso *todos* sao capitalistas ateh os comunistas ! :-)
> >
> > Exactamente. Comunismo nao passa de uma espécie de capitalismo
> > em que um partido tem o monopolio de todas as actividades
> > sociais, economicas ou nao.
> >
> > >
> > > O capitalismo eh um regime social em que os meios de producao
> > > constituem propriedade privada. ( Aurelio )
> > > A base do capitalismo eh o acumulo de capital, o lucro.
> >
> > Essa é uma definição de dicionário. Na pratica cada agente
> > economico tenta maximizar a felicidade.
>
> Vc esta dizendo entao q nao existe ninguem que nao seja capitalista.
> Sua definicao de capitalismo esta obviamente equivocada.
>
> >
> > > Putz ! Eh a primeira vez que ouco alguem dizer q a "Ford" deu um
> > > aumento por temer q algum funcionario criasse uma "GM" :-))
> >
> > Ford é uma empresa do passado distante. Empresas como a Microsoft
> > teem problemas desses.
>
> Este seu criterio de aumento de salario por medo de concorrencia
> nao tem logica : Ninguem deixaria de montar uma empresa que pudesse
> concorrer com a empresa que trabalha por um aumento de salario.
> Se o empregado pessoa notar q tem capacidade para competir por uma fatia
> no
> mercado ela o fara, tendo ou nao um aumento de salario.

De facto as empresas de tecnologia americanas oferecem acções da
empresa aos empregados se eles permanecerem na empresa. Como as
empresas valorizam muito eles não saem porque senão deixariam
de ser milionários.

Eu li o extracto da entrevista, e acho interessante tanto
pessimismo em relação ao capitalismo. Há mais de 150 que se
faz essa previsão fantastica de
que o capitalismo se vai autodestruir e no entanto o bem estar
geral das sociedades capitalistas não parou de aumentar.
Um país como os Estados Unidos está neste momento com
mais de 10 anos de crescimento economico continuo, com
a mais baixa taxa de desemprego de sempre apesar de ser
a economia mais automatizada do mundo. Como é que os
pessimistas explicam este sucesso:cito a entrevista "Nos últimos 15
anos, houve um adiamento da crise, pois houve uma expansão dos
mercados financeiros, isto é, daquilo que Marx chamou de "capital
fictício". O capital se acumulou simuladamente, por assim dizer."
Quem fala assim não compreende os mercados financeiros nem
o que se está a passar na economia. A expansão economica dos
ultimos anos deve-se a melhoria de eficiencia das empresas
devido à informatização, à liberalização das telecomunicações
e aos frutos que os EUA estão a colher do investimento que fizeram
em investigação cientifica. Na proxima decada vão aparecer
empresas de biotecnologia que vão produzir curas contra tudo
o que é doença o que manterá a chama do crescimento economico
por mais 10 anos. Mas o capitalismo não pára. A próxima aposta
estrategica dos EUA é a nanotecnologia. Na próxima decada eles
vão gastar biliões de dolares em investigação. Por volta de 2010
talvez surjam as primeiras aplicações o que contribuirá para
manter a chama do crescimento económico por muito mais tempo.


Outra coisa que os pessimistas não entendem é que aquele modelo
da economia dono de fábrica/operário já pertence ao passado. As
empresas são cada vez mais pequenas, o que significa que o número
de empresários é cada vez maior e as empresas recorrem cada vez
mais a serviços externos. Este cenário cria situações de
coeperação/competição cada vez mais semelhantes ao que acontece
na natureza entre os seres vivos. Os 'operários' são cada vez
mais donos das empresas onde trabalham de modo que Marx teria
alguma dificuldade em reconhecer quem é o patrão e quem é o
operário.

O mundo muda, mas há intelectuais que ficaram presos ao sec
passado. Ou como alguem disse: "o marxismo é o ópio dos
intelectuais."

João
http://www.nonio.com




SUBJECT: KURS :"eu espero que as pessoas não sejam tão burras"
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO:
DATE: 27/09/2000 09:54

Entrevistas com o sociólogo Robert Kurz
========================================
http://planeta.clix.pt/obeco/rkurz32.htm

Sociólogo alemão e autor, entre outros, de O Colapso da
Modernização, Robert Kurz anteviu, no início desta década, a
derrocada que atingiria todo o sistema produtor de mercadorias.

>> A seguir alguns trechos da entrevista:

ISTOÉ – As pessoas procuram hoje se realizar mais no trabalho?
Kurz – Não. Porque elas não definem objetivos próprios, não
realizam objetivos próprios, mas atendem às exigências do
mercado. O homem se tornou flexível, hoje faz uma coisa, amanhã
está fazendo outra. Não para si, porque ele quer, mas
porque senão ele não pode vender a si próprio. O homem moderno e
flexível não faz mais a pergunta "o que eu quero?",
mas sim "como eu posso vender a mim mesmo"? Isso é de uma tremenda
pobreza. O resultado é um indivíduo
esquizofrênico.
................
ISTOÉ – E em relação ao futuro, o sr. é otimista?
Kurz – Eu fico muito dividido. Acho que é preciso ser pessimista.
Porque a maior parte das pessoas não tem uma
postura crítica em relação à crise. Elas reagem a essa crise
dizendo "eu não quero ficar fora do sistema". Assim, a
concorrência no dia-a-dia fica cada vez mais acirrada. É a
concorrência de todos contra todos. Por outro lado, podemos
ser um pouco otimistas porque essa relação entre os indivíduos é
tão louca hoje que acho impossível que eles continuem
manifestando suas necessidades dessa forma. Em outras palavras, eu
espero que as pessoas não sejam tão burras a
ponto de continuarem compactuando com esse sistema até acabarem
consigo mesmas, até serem destruídas.
....................


Kurz – Acredito que, neste ponto, devemos fazer uma distinção
rigorosa. A causa mais profunda da crise remonta a mais
de 20 anos atrás. Ela está relacionada com o início da terceira
revolução industrial, isto é, com o início da revolução
microeletrônica, diferenciando-se qualitativamente das duas
revoluções industriais anteriores. A primeira foi a revolução
industrial original e a segunda foi a fordista, taylorista, da
esteira rolante etc. E agora temos a terceira, a revolução
microeletrônica, que acredito ser diferente qualitativamente, na
medida em que, pela primeira vez na história capitalista, o
potencial de automação e racionalização avança mais rapidamente que
a expansão dos mercados. Ou seja, os produtos
estão ficando realmente cada vez mais baratos, de modo que, como no
caso dos computadores, quanto mais baratos
eles forem, mais pessoas os comprarão. Mas, apesar disso, a
racionalização eliminadora da força de trabalho é mais
veloz, isto é, não serão criadas novas ofertas de emprego. Nem
poderá se repetir o caso do passado, em que o capital
pôde explorar trabalho novo e em que, por exemplo, as inovações da
indústria automobilística e da produção em linha de
montagem criaram muitos postos novos de trabalho. Isto não está
ocorrendo na terceira revolução industrial. Pela
primeira vez, a proporção foi invertida. Pela primeira vez, a
automatização é mais rápida que a expansão dos mercados.
Nos anos 80 e na primeira metade dos anos 90, parecia que o
capitalismo seria capaz de digerir este problema, ou
simplesmente engoli-lo, como se esta crise fosse apenas social,
reduzindo-se somente ao problema dos
desempregados. Mas é preciso levar em conta que o capitalismo
realmente é a exploração da força de trabalho, a
utilização do trabalho abstrato, e que capital não consegue se
acumular sem trabalho. O trabalho abstrato é, como diz
Marx, a substância do capital. Portanto é realmente lógico que a
crise do trabalho também seja, mais cedo ou mais
tarde, a crise do capital. Nos últimos 15 anos, houve um adiamento
da crise, pois houve uma expansão dos mercados
financeiros, isto é, daquilo que Marx chamou de "capital fictício".
O capital se acumulou simuladamente, por assim dizer.


Adusp - Sua análise da crise aponta para um colapso econômico
inevitável do capitalismo, idéia que foi tão debatida no
contexto da teoria marxista. Você pensa de fato que a crise atual
levará a tal colapso ou que existiriam meios para evitar
este fim e solucionar os problemas estruturais que agora se
manifestam com tanta força?

Kurz - Eu acredito que não haja uma solução para essa situação
porque as forças produtivas do capitalismo estão por
demais desenvolvidas. Como eu disse antes, a terceira revolução
industrial da microeletrônica está fazendo, pela primeira
vez, com que o processo de eliminação, de obsolescência da força de
trabalho ocorra de forma mais rápida e numa
escala maior do que o capitalismo pode crescer economicamente. Eu
não vejo como nós poderíamos ainda encontrar
uma solução. O problema é que "colapso" tornou-se uma palavra que
desperta suscetibilidades até nos debates
marxistas, porque freqüentemente ela expressou idéias muito
rudimentares, muito primitivas. É claro que o capitalismo
não vai desmoronar em um só dia. O colapso de toda uma formação
social pode durar séculos. O processo de
desmoronamento é provavelmente algo semelhante ao de erguimento, de
ascensão. O processo de erguimento do
capitalismo demorou quase dois séculos, até que ele atingiu seu
zênite e agora vai desmoronar mais rapidamente. A
crise, portanto, será mais rápida que a ascensão, mas também
exigirá um certo tempo. Nós vimos que essa nova crise
começou já no início dos anos 80, mas sobrevivemos desde então ao
colapso de muitas economias nacionais, inclusive
no Terceiro Mundo – a África inteira foi abandonada, por exemplo.
Presencia-mos, além disso, o colapso do socialismo
de Estado, que, para mim, também era uma parte integrante desta
grande sociedade mundial de mercado. Eu tentei
resumir isso no conceito de "modernização recuperadora". Nós, que
já presenciamos o colapso dos Tigres Asiáticos, no
Sudoeste da Ásia, e a crise do Japão, agora estamos presenciando a
crise dos mercados financeiros e eu acredito que
isto vai continuar. O espaço para a continuação do desenvolvimento
está ficando cada vez menor, cada vez mais estreito,
e haverá muitas crises parciais, muitos acontecimentos negativos.
Provavelmente ocorrerá uma grande crise na China,
por exemplo. Haverá novas guerras civis, haverá mais separatismos,
haverá todas as tentativas possíveis e impotentes
para se sair violentamente dessa crise. Acredito que será bem
turbulento o século XXI, no qual se evidenciará o limite
absoluto deste processo de modernização. Coloca-se, então, a tarefa
de um pensamento superador, pois as categorias
conforme as quais hoje pensamos e agimos não serão mais adequadas e
suficientes.
......................
Esta tendência se enraíza na história da modernização, em
uma linha que vai desde o protestantismo (a ética protestante),
passando pelo liberalismo até o socialismo. De certa
forma, há uma continuidade neste processo pelo qual o trabalho tem
sido afirmado como algo positivo. Contudo,
considerando- se o problema do ponto de vista histórico, pode-se
dizer que, de modo geral, essa categoria abstrata
"trabalho" não existiu sempre nem em todas as sociedades. Mais
ainda, percebe-se que, nas épocas em que essa
categoria existiu realmente, geralmente ela foi considerada como
algo negativo, sendo o conceito usado para designar a
atividade dos escravos e dependentes e não uma forma universal de
atividade social, de reprodução social. O "trabalho"
só começa a ser um conceito positivo a partir da história da
modernização, através da expansão do sistema de mercado
e do sistema monetário. É apenas sob a imposição da máquina social,
que transforma a energia humana abstrata em
dinheiro, que todas as atividades traduzíveis em dinheiro podem ser
subsumidas em um conceito, e somente neste
contexto faz sentido constituir um conceito abstrato e universal de
"trabalho" e operar com esse conceito. Este é o
grande embaraço do marxismo: ele se prendeu, ele se limitou a si
mesmo, ao assumir essa categoria capitalista
"trabalho" como algo positivo. A atual crise não é só uma crise
conjuntural, nem tampouco é apenas uma crise dos
mecanismos de controle sistêmico, a famosa "anarquia dos mercados",
mas é a crise do próprio trabalho. Há muito
trabalho excedente, e com isto fica de certa forma demonstrado que
esta categoria "trabalho" não é supra-histórica, e
que, além disso, ela está deixando de existir na forma em que
conhecemos. O marxismo, a esquerda, a oposição, a
teoria crítica têm agora a tarefa de abandonar este positivismo do
trabalho e de perguntar se outra forma de reprodução
além do trabalho pode ser encontrada. E devem também perguntar: em
primeiro lugar, pode-se reduzir o tempo de
trabalho de todos, o tempo que todos dispendem nas várias
atividades produtivas? e, em segundo lugar, não se deve
então questionar inclusive este conceito abstrato de "trabalho"?
Pois não faz mais sentido definir todas as atividades de
acordo com os critérios da rentabilidade empresarial, da
"valorização do valor" (como Marx denomina-o) e realmente
define o trabalho. Assim, o problema que aqui se apresenta é que
esta crise está sendo tão profunda que comprometeu o
próprio marxismo, porque ele ficou prisioneiro dessa categoria de
"trabalho".

....................................
Adusp - E quanto ao "Manifesto contra o trabalho"?

Kurz - Em relação ao "manifesto" que preparamos, ele deve ser
redigido sob uma forma literária mais ou menos
agressiva, de um modo muito semelhante àquele em que O Manifesto
Comunista formula sua própria crítica do trabalho.
Eu acredito que isso teria algo de libertador, pois no momento
todos gritam por trabalho, como se o trabalho fosse a mais
elevada aspiração e tudo o que uma pessoa pudesse querer. Mas nisso
só há a ditadura do terror econômico no qual nós
vivemos e no qual não podemos viver, se não tivermos um posto de
trabalho, se não pudermos transformar nossa energia
em dinheiro. Mas as forças produtivas ultrapassaram essa lógica.
Acredito que haveria algo realmente de muito libertador
em poder dizer: "não precisamos de trabalho, precisamos de uma vida
boa".
.......................................
Adusp - Essa afirmativa também vale para o Estado?

Kurz - O Estado, por sua vez, também no socialismo de Estado não
ultrapassou essa racionalidade administrativa das
empresas individuais. Ele só queria passar a administrá-las
burocraticamente, e isso não funcionou. Por isso, deveríamos
superar essa racionalidade empresarial, que também não consegue
mais administrar as novas forças produtivas: esta
enorme economia de tempo resultante da revolução microeletrônica
poderia simplesmente significar também muito pouco
trabalho e um alto padrão de vida para todas as pessoas no mundo. A
possibilidade já existe. E, com muito tempo livre,
todos poderiam participar da administração das questões coletivas.
Não seria mais preciso haver uma classe política ou
uma classe burocrática porque teríamos tempo disponível. Mas, sob a
ditadura da racionalidade empresarial, a economia
de tempo só existe de forma negativa, como desemprego, e isso é tão
absurdo que não pode continuar. Assim, pode-se
também dizer que as empresas devem ser eliminadas e, com elas, o
jargão empresarial. Estas são algumas reflexões
que faço para responder à sua pergunta, reflexões a partir das
quais podem também surgir discussões concretas. Até
agora, porém, há uma barreira, há muito receio de se discutirem
essas coisas. O assunto ainda é tabu porque a forma
burguesa da subjetividade está ligada ao mercado, ao dinheiro, à
cidadania e a suas formas jurídicas. Todas essas
formas fetichistas indiretas constituem nossa subjetividade e criam
um receio de as abandonarmos. Penso que isso é um
tabu que mostra o quanto somos supersticiosos, como os "selvagens".
Isto é, em relação ao moderno fetichismo do
mercado e do Estado, somos supersticiosos e temos medo, como
aquelas pessoas que acreditam em espíritos
malignos.
...................................
Folha - O sr. acha que o capitalismo tende ao esgotamento?
Kurz - A dinâmica econômica do capitalismo nos anos 80 esgotou-se -
e isso pelo próprio desdobramento de suas forças
produtivas. O capitalismo, na verdade, nada mais é que um sistema
industrial "bola de neve", que converteu a
transformação contínua e crescente de energia humana abstrata em
dinheiro num fim em si mesmo. A revolução
tecnológica microeletrônica põe fim a essa dinâmica, pois torna
supérfluo, de maneira perene e absoluta, mais trabalho
do que pode ser reabsorvido pela produção ampliada. Por isso os
mercados financeiros se desvincularam, de modo
estrutural, da economia de bases reais. A criação de moeda sem
substância contradiz, entretanto, a lógica capitalista.
Este é o verdadeiro nó da crise. Mas, enquanto não houver uma
crítica prática, a agonia desse sistema pode arrastar-se
sem prazo e criar novos surtos de pobreza e desespero.
..................................................
Folha - O sr. prevê a substituição do capitalismo por outro modo de
produção? Qual seria ele?
Kurz - Uma análise crítica pode revelar os limites do sistema, mas
não tirar uma alternativa da cartola. Se há uma
perspectiva para além do capitalismo, ela pressupõe o abandono das
crenças fetichistas no dinheiro. Só quando surgir
um grande contramovimento social, capaz de mobilizar a vontade e a
fantasia de milhões, serão descobertas novas
formas de práxis social. Parece-me, é claro, que as forças
produtivas da terceira revolução industrial são de todo
incompatíveis com a racionalidade empresarial. A "mão invisível" da
concorrência cega é absolutamente incapaz de
garantir a redução necessária da jornada de trabalho para todos ou
a aplicação sensata dos recursos. Em vez do "valor"
econômico reificado, são necessárias novas instituições, nas quais
os membros da sociedade decidam conscientemente
sobre o emprego de suas forças. Pode-se pensar, talvez, num modo de
produção cooperativo, que não produz mais para
o mercado, porém diretamente para as necessidades. Em todo caso,
não há solução fácil, que possa ser apresentada
por um aventureiro qualquer. A própria ciência oficial contribui
com a escassez de alternativas, porque ela se recusa a
refletir sobre o assunto.
..............................................
Mataram o lazer
O filósofo alemão Robert Kurz propõe que o tempo economizado pelo
aumento da produtividade finalmente
se transforme em qualidade de vida



Eduardo Ferraz

Segundo o filósofo alemão Robert Kurz, há muitas feridas na atual
forma da economia mundial. E ele tem uma especial
habilidade para tocar o dedo nelas. Kurz, que mora em Nurembergue e
publica uma revista teórica semestral chamada
Krisis, saiu de seu berço na esquerda marxista tradicional para
desenvolver uma nova abordagem na análise dos
problemas contemporâneos. No cerne de seu pensamento está uma
indagação simples: "Por que depois que inventaram
as máquinas as pessoas têm que trabalhar mais do que antes da
existência delas?" Por trás dessa singela pergunta,
vêm à tona questões profundas da relação do homem com o trabalho
que nem o comunismo nem o capitalismo
conseguiram responder satisfatoriamente.


"Artesãos e camponeses
trabalhavam menos que os
trabalhadores de hoje"


Nadando contra a corrente, Kurz diz que a concorrência frenética
gera uma grave deterioração nos relacionamentos
humanos e que a revolução da microeletrônica representa um perigo
para a sociedade por estar aliada a um sistema de
produção que tende a criar cada vez mais desemprego. Tido por
muitos como catastrofista, o filósofo, 54 anos, tece suas
críticas com uma argumentação lógica e bem embasada, e encontra
grande repercussão na Europa. No Brasil, onde tem
três livros publicados (O colapso da modernização, O retorno de
Potemkin e Os últimos combates), a discussão sobre
suas teses há muito ultrapassou os muros da academia. Mas nem tudo
é sombrio no discurso de Kurz. Sem querer "tirar
da cartola" um projeto alternativo de sociedade, ele vislumbra um
modo de trabalho menos opressivo, que contenha lazer
e no qual as pessoas não sejam reduzidas às suas funções. Nessa
entrevista concedida a ISTOÉ em São Paulo, onde
veio dar uma palestra no 5º Congresso Mundial de Lazer, Kurz mais
uma vez põe o dedo na ferida e mostra por que
acredita que o mundo está vagando por um caminho perverso.

................................
ISTOÉ – Mas o trabalhador também usa esse dinheiro em benefício
próprio.
Kurz – Isso é só um produto residual desse movimento de acumulação
de capital. Embora a produção tenha potencial de
sobra para garantir a todos moradia e comida, a maioria das pessoas
vive na pobreza. Isso é a prova de que o objetivo
dessa produção não é a libertação, a satisfação das necessidades.
Esse sistema só beneficia umas poucas pessoas –
em número cada vez menor – que podem morar e se alimentar bem. É
preciso se distanciar e analisar o que é isso, por
que está tudo tão louco...
........................................
ISTOÉ – As pessoas procuram hoje se realizar mais no trabalho?
Kurz – Não. Porque elas não definem objetivos próprios, não
realizam objetivos próprios, mas atendem às exigências do
mercado. O homem se tornou flexível, hoje faz uma coisa, amanhã
está fazendo outra. Não para si, porque ele quer, mas
porque senão ele não pode vender a si próprio. O homem moderno e
flexível não faz mais a pergunta "o que eu quero?",
mas sim "como eu posso vender a mim mesmo"? Isso é de uma tremenda
pobreza. O resultado é um indivíduo
esquizofrênico.
........................................
ISTOÉ – E em relação ao futuro, o sr. é otimista?
Kurz – Eu fico muito dividido. Acho que é preciso ser pessimista.
Porque a maior parte das pessoas não tem uma
postura crítica em relação à crise. Elas reagem a essa crise
dizendo "eu não quero ficar fora do sistema". Assim, a
concorrência no dia-a-dia fica cada vez mais acirrada. É a
concorrência de todos contra todos. Por outro lado, podemos
ser um pouco otimistas porque essa relação entre os indivíduos é
tão louca hoje que acho impossível que eles continuem
manifestando suas necessidades dessa forma. Em outras palavras, eu
espero que as pessoas não sejam tão burras a
ponto de continuarem compactuando com esse sistema até acabarem
consigo mesmas, até serem destruídas.
..............................................
ISTOÉ – Qual é a melhor forma de usar o horário livre?
Kurz – Não quero repetir agora lugares comuns, como, por exemplo,
ler um bom livro. Talvez, uma boa forma de usar o
horário livre seja parar para pensar. Pensar sobre a própria vida.
Para isso você não precisa de máquinas caras. É de
graça.
....................


SUBJECT: Re: [ciencialist] O Relatório Lugano
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 27/09/2000 10:20



João Mário Miranda wrote:
> >
> > Este seu criterio de aumento de salario por medo de concorrencia
> > nao tem logica : Ninguem deixaria de montar uma empresa que pudesse
> > concorrer com a empresa que trabalha por um aumento de salario.
> > Se o empregado pessoa notar q tem capacidade para competir por uma
> fatia
> > no
> > mercado ela o fara, tendo ou nao um aumento de salario.
>
> De facto as empresas de tecnologia americanas oferecem acções da
> empresa aos empregados se eles permanecerem na empresa. Como as
> empresas valorizam muito eles não saem porque senão deixariam
> de ser milionários.

Ateh parece q todo operario da MS eh milionario !
O mercado eh muito competitivo ninguem conseguiria sair da MS
e montar uma concorrencia. A MS da altos salarios simplesmente
pq os empregados trazem rendimentos ( mais do que recebem da empresa ).



>
> Eu li o extracto da entrevista, e acho interessante tanto
> pessimismo em relação ao capitalismo. Há mais de 150 que se
> faz essa previsão fantastica de
> que o capitalismo se vai autodestruir e no entanto o bem estar
> geral das sociedades capitalistas não parou de aumentar.
> Um país como os Estados Unidos está neste momento com
> mais de 10 anos de crescimento economico continuo, com
> a mais baixa taxa de desemprego de sempre apesar de ser
> a economia mais automatizada do mundo. Como é que os
> pessimistas explicam este sucesso


O fato de algo ter sucesso por quinze anos nao significa q vai ter
sucesso
para sempre. Quanto tempo durou o imperio Romano? .E nao acabou?
O sucesso atual dos EUA em termos de tempo nao garante e nao prova
absolutamente nada.


:cito a entrevista "Nos últimos 15
> anos, houve um adiamento da crise, pois houve uma expansão dos
> mercados financeiros, isto é, daquilo que Marx chamou de "capital
> fictício". O capital se acumulou simuladamente, por assim dizer."

ISTOÉ – E como se explica o caso dos Estados Unidos, onde a
produtividade é alta e o desemprego é baixo?
Kurz – Lá houve um boom de consumo gerado por uma boa conjuntura. As
pessoas consomem, não com seu salário
real, mas sim com o capital especulativo. Nos últimos 15 anos as ações
de empresas foram expandidas até alcançar
preços irreais. É algo do qual participa não só a camada mais alta, mas
muitos trabalhadores normais, da classe média.
Os salários reais recebidos hoje diminuíram, voltaram ao que eram no
início dos anos 80. Essa elevação, fictícia, no valor
das ações serve como garantia para as pessoas contraírem empréstimos. Eu
acho que essa conjuntura fictícia vai
explodir quando o valor das ações cair. E aí o número de desempregados
nos Estados Unidos vai aumentar muito. É uma
crise conjunta de trabalho e capital.


> Quem fala assim não compreende os mercados financeiros nem
> o que se está a passar na economia. A expansão economica dos
> ultimos anos deve-se a melhoria de eficiencia das empresas
> devido à informatização, à liberalização das telecomunicações
> e aos frutos que os EUA estão a colher do investimento que fizeram
> em investigação cientifica.

Os EUA soh nao estao em crise junto com os outros paises pq conseguiram
impor sua ideologia neoliberal de modo a ESCANCARAR as barreiras
restritivas
dos outros paises para inunda-los com o seus. Mas logo estes mercados
estarao saturados tambem e a crise vira. Eh questao de tempo.

> Na proxima decada vão aparecer
> empresas de biotecnologia que vão produzir curas contra tudo
> o que é doença o que manterá a chama do crescimento economico
> por mais 10 anos. Mas o capitalismo não pára. A próxima aposta
> estrategica dos EUA é a nanotecnologia. Na próxima decada eles
> vão gastar biliões de dolares em investigação. Por volta de 2010
> talvez surjam as primeiras aplicações o que contribuirá para
> manter a chama do crescimento económico por muito mais tempo.
>

Vc nao entendeu a ESSENCIA do problema :
Todo investimento q se faz, se faz visando economizar tempo e
aumentar a produtividade para gerar os produtos para aquueles que
PODEM PAGAR por eles.
Na medida q esta produtividade cresce DIMINUI o numero de pessoas
capazes de adquirirem tais produtos.
Eh um paradoxo implicito da propria ideologia capitalista.



> Outra coisa que os pessimistas não entendem é que aquele modelo
> da economia dono de fábrica/operário já pertence ao passado. As
> empresas são cada vez mais pequenas, o que significa que o número
> de empresários é cada vez maior e as empresas recorrem cada vez
> mais a serviços externos. Este cenário cria situações de
> coeperação/competição cada vez mais semelhantes ao que acontece
> na natureza entre os seres vivos. Os 'operários' são cada vez
> mais donos das empresas onde trabalham de modo que Marx teria
> alguma dificuldade em reconhecer quem é o patrão e quem é o
> operário.


Vc precisa VERIFICAR q as empresas terceirizao os servicos de modo
exclusivamente a baixar despesas ( diminuindo empregados: salarios ).

O aumento do numero de empresas NAO implica em aumento de postos de
trabalho.


>
> O mundo muda, mas há intelectuais que ficaram presos ao sec
> passado. Ou como alguem disse: "o marxismo é o ópio dos
> intelectuais."
>

Caro, quem esta preso ao passado capitalista eh vc.
O capitalismo da sinais q atingiu seu apogeu e esta em franca
decadencia.
Ele devera ser substituido EU ACREDITO por um regime onde as pessoas
trabalharao nao visando lucro, nao para uma empresa, mas para a
sociedade.
Algo do tipo MUTIRAO em todos os niveis.

[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] O Relatório Lugano
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 27/09/2000 10:46



Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
>
> > Quem fala assim não compreende os mercados financeiros nem
> > o que se está a passar na economia. A expansão economica dos
> > ultimos anos deve-se a melhoria de eficiencia das empresas
> > devido à informatização, à liberalização das telecomunicações
> > e aos frutos que os EUA estão a colher do investimento que fizeram
> > em investigação cientifica.
>
> Os EUA soh nao estao em crise junto com os outros paises pq conseguiram
> impor sua ideologia neoliberal de modo a ESCANCARAR as barreiras
> restritivas
> dos outros paises para inunda-los com o seus. Mas logo estes mercados
> estarao saturados tambem e a crise vira. Eh questao de tempo.

É engraçado que quando os Estados Unidos querem fazer comercio
com outros paises isso chama-se 'ESCANCARAR as barreiras
restritivas' quando os EUA não querem isso chama-se Bloqueio
(caso Cuba).

>
> > Na proxima decada vão aparecer
> > empresas de biotecnologia que vão produzir curas contra tudo
> > o que é doença o que manterá a chama do crescimento economico
> > por mais 10 anos. Mas o capitalismo não pára. A próxima aposta
> > estrategica dos EUA é a nanotecnologia. Na próxima decada eles
> > vão gastar biliões de dolares em investigação. Por volta de 2010
> > talvez surjam as primeiras aplicações o que contribuirá para
> > manter a chama do crescimento económico por muito mais tempo.
> >
>
> Vc nao entendeu a ESSENCIA do problema :
> Todo investimento q se faz, se faz visando economizar tempo e
> aumentar a produtividade para gerar os produtos para aquueles que
> PODEM PAGAR por eles.
> Na medida q esta produtividade cresce DIMINUI o numero de pessoas
> capazes de adquirirem tais produtos.
> Eh um paradoxo implicito da propria ideologia capitalista.

Só há um problema: o número de pessoas capazes de adquirir um
determinado produto está a aumentar e não a diminuir. Porquê?
Porque os trabalhadores partilham do crescimento de produtividade
quer através de aumentos de salários quer artravés das acções que
possuem em empresas. Nesse seu modelo voce esquece-se que a
maior parte das pessoas não são operarios. A maior parte da
população de um pais como os Estados Unidos é detentor de capital.
Isto inclui accionistas de grandes empresas, mas tambem donos
de pequenas empresas e trabalhadores freelancers.

>

>
> Vc precisa VERIFICAR q as empresas terceirizao os servicos de modo
> exclusivamente a baixar despesas ( diminuindo empregados: salarios ).
>
> O aumento do numero de empresas NAO implica em aumento de postos de
> trabalho.

Implica o numero de detentores do capital, o que é mais importante.
Alem disso voce esta-se a esquecer que numa economia capitalista
inventam-se todos os dias novos negocios.


> Caro, quem esta preso ao passado capitalista eh vc.
> O capitalismo da sinais q atingiu seu apogeu e esta em franca
> decadencia.
> Ele devera ser substituido EU ACREDITO por um regime onde as pessoas
> trabalharao nao visando lucro, nao para uma empresa, mas para a
> sociedade.
> Algo do tipo MUTIRAO em todos os niveis.

As pessoas nunca trabalharão para beneficio da sociedade. Basta
aplicar a teoria dos jogos para perceber que qualquer pessoa tem
mais vantagem em trabalhar para seu proprio beneficio do que para
beneficio da sociedade.

João
http://www.nonio.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] proporcional troca por = k ?
FROM: "Alvaro Neiva" <aneiva@provide.psi.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 27/09/2000 11:28

----- Original Message -----
From: Luiz Ferraz Netto <leo@barretos.com.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Tuesday, September 26, 2000 6:55 PM
Subject: Re: [ciencialist] proporcional troca por = k ?


> Creio que ele estaria "estreparado" hoje, com um simples teste:
>
> Uma lâmpada de 100W foi feita para ser usada em 220V. Se usarem-na em 110V
a
> nova potência será:
> (a) 100W (b) 60W (c) 50W (d) 35W (e) 25W
>
> Quanto ao " a ~ b ==> a = k.b " aguardemos! Tudo que vc postou será
> consequencia dessa demonstração.
>
> [ ] '
> Léo

Léo,

Poderíamos dizer que existe uma relação entre a e b, a=f(b), de tal forma
que f ' = k ( a derivada de f em relação a b é igual a uma constante e uma
medida da taxa de variação de a em relação a b), de modo que da/db=k?

Com relação à lâmpada, convém lembrar que P = V.V/R e reduzindo a tensão à
metade estaremos reduzindo a potência a 1/4, se R for uma constante, logo
uma primeira aproximação seria dizer que a potência cairia para 25W, mas as
lâmpadas não são resistências lineares e sua resistência elétrica depende da
corrente que circula, reduzindo a perda de potência.
Para achar o valor exato teríamos que determinar a dependência entre I e V e
substituí-la na equação da potência (P= V.I).
Como esta dependência (entre I e V)é dada aproximadamente pela raiz quadrada
da razão entre a tensão aplicada e a tensão nominal vezes a corrente na
tensão nominal, teríamos na realidade uma potência próxima de 35W.

P(110)=0,5.0,7.P(220)=0,35.100=35W

[]'s

Álvaro Neiva




SUBJECT: Re: [ciencialist] O Relatório Lugano
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 27/09/2000 12:15



João Mário Miranda wrote:
>
> Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> >
> > > Quem fala assim não compreende os mercados financeiros nem
> > > o que se está a passar na economia. A expansão economica dos
> > > ultimos anos deve-se a melhoria de eficiencia das empresas
> > > devido à informatização, à liberalização das telecomunicações
> > > e aos frutos que os EUA estão a colher do investimento que fizeram
> > > em investigação cientifica.
> >
> > Os EUA soh nao estao em crise junto com os outros paises pq
> conseguiram
> > impor sua ideologia neoliberal de modo a ESCANCARAR as barreiras
> > restritivas
> > dos outros paises para inunda-los com o seus. Mas logo estes
> mercados
> > estarao saturados tambem e a crise vira. Eh questao de tempo.
>
> É engraçado que quando os Estados Unidos querem fazer comercio
> com outros paises isso chama-se 'ESCANCARAR as barreiras
> restritivas' quando os EUA não querem isso chama-se Bloqueio
> (caso Cuba).

O neoliberarismo nada mais eh do que a ideologia para escancarar estas
barreiras e quebrar as industrias concorrentes.
O caso cuba eh um caso *politico* onde os EUA fizeram pressao para q
NENHUM
pais fizesse comercio com Cuba.


>
> >
> > > Na proxima decada vão aparecer
> > > empresas de biotecnologia que vão produzir curas contra tudo
> > > o que é doença o que manterá a chama do crescimento economico
> > > por mais 10 anos. Mas o capitalismo não pára. A próxima aposta
> > > estrategica dos EUA é a nanotecnologia. Na próxima decada eles
> > > vão gastar biliões de dolares em investigação. Por volta de 2010
> > > talvez surjam as primeiras aplicações o que contribuirá para
> > > manter a chama do crescimento económico por muito mais tempo.
> > >
> >
> > Vc nao entendeu a ESSENCIA do problema :
> > Todo investimento q se faz, se faz visando economizar tempo e
> > aumentar a produtividade para gerar os produtos para aquueles que
> > PODEM PAGAR por eles.
> > Na medida q esta produtividade cresce DIMINUI o numero de pessoas
> > capazes de adquirirem tais produtos.
> > Eh um paradoxo implicito da propria ideologia capitalista.
>
> Só há um problema: o número de pessoas capazes de adquirir um
> determinado produto está a aumentar e não a diminuir.

Nao, o numero de pessoas que podem PAGAR por ele esta a diminuir.
( Ja estou ateh falando aportuguesado :-) )
Claro q o crescimento vegetativo produzira , cada vez mais,
uma legiao de desempregados sem poder de consumo.( O relatorio Lugano
eh uma forma de resolver este problema de pessoal excedente q
nao gera capital mas consome recursos naturais e dao problemas sociais).


>Porquê?
> Porque os trabalhadores partilham do crescimento de produtividade
> quer através de aumentos de salários quer artravés das acções que
> possuem em empresas.

Os trabalhadores *cada vez mais escassos* se beneficiam claro desde que
produzam lucros para as empresas. Doutra forma estariam na rua.

>Nesse seu modelo voce esquece-se que a
> maior parte das pessoas não são operarios.


Quer dizer que o Brasil tem mais de 60 milhoes de empresas ???
Reveja suas estatisticas, isso nao pode ser verdade.

> >
>
> >
> > Vc precisa VERIFICAR q as empresas terceirizao os servicos de modo
> > exclusivamente a baixar despesas ( diminuindo empregados: salarios
> ).
> >
> > O aumento do numero de empresas NAO implica em aumento de postos de
> > trabalho.
>
> Implica o numero de detentores do capital, o que é mais importante.

Nem mesmo isso. Se aumenta o desemprego aumenta a competicao das
empresas
para disputar o escasso mercado e isso faz concentrar o capital na maos
de cada vez menos detentores de capital.
Ou seja o numero de detentores de capital diminui.

> Alem disso voce esta-se a esquecer que numa economia capitalista
> inventam-se todos os dias novos negocios.

Todos tentam sobrevevier de uma forma ou de outra.
O q se faz eh , atraves de um market agressivo, convencer as pessoas
de que elas precisam consumir toda sorte de novos produtos
para serem felizes.


>
> > Caro, quem esta preso ao passado capitalista eh vc.
> > O capitalismo da sinais q atingiu seu apogeu e esta em franca
> > decadencia.
> > Ele devera ser substituido EU ACREDITO por um regime onde as pessoas
> > trabalharao nao visando lucro, nao para uma empresa, mas para a
> > sociedade.
> > Algo do tipo MUTIRAO em todos os niveis.
>
> As pessoas nunca trabalharão para beneficio da sociedade. Basta
> aplicar a teoria dos jogos para perceber que qualquer pessoa tem
> mais vantagem em trabalhar para seu proprio beneficio do que para
> beneficio da sociedade.
>

Eu nao creio que uma coisa exclua outra.
Vc podera conviver com pessoas ( poucas ) que trabalham em empresas
ultra informatizadas e outras , excluidas que trabalham para a
sociedade.
Ou seja deve-se aproveitar a mao de obra excedente cada vez maior para
servicos coletivos sociais. Quem se recusar a prestar servicos tambem
nao tera direito a eles.


Lembre-se do q disse Kurs :
"É claro que o capitalismo
não vai desmoronar em um só dia. O colapso de toda uma formação
social pode durar séculos. O processo de
desmoronamento é provavelmente algo semelhante ao de erguimento, de
ascensão. O processo de erguimento do
capitalismo demorou quase dois séculos, até que ele atingiu seu
zênite e agora vai desmoronar mais rapidamente. A
crise, portanto, será mais rápida que a ascensão, mas também
exigirá um certo tempo."

[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] O Relatório Lugano
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 27/09/2000 13:21



Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:

>
> O neoliberarismo nada mais eh do que a ideologia para escancarar estas
> barreiras e quebrar as industrias concorrentes.
> O caso cuba eh um caso *politico* onde os EUA fizeram pressao para q
> NENHUM
> pais fizesse comercio com Cuba.

Essa ideia teria lógica se os paises pobres fossem uma ameaça aos
paises ricos. Só que não são. Hoje em dia as industrias chave
são a biotecnologia e a informatica e não a produção textil ou
de calçado. Aqui em Portugal o raciocinio é ao contrario. As pessoas
são contra o comercio livre porque acham que os paises pobres
fazem concorrencia desleal em areas como o textil porque pagam
salarios baixos aos seus trabalhadores. O que é um raciocinio
estupido.


> >
> > Só há um problema: o número de pessoas capazes de adquirir um
> > determinado produto está a aumentar e não a diminuir.
>
> Nao, o numero de pessoas que podem PAGAR por ele esta a diminuir.

Eu olho à minha volta e não é isso que está a acontecer. O consumo
está a aumentar desde há seculos em todo o mundo. E o preço de
alguns produtos chave como computadores, telecomunicações e
informação estão a baixar assustadoramente. O custo da informação
está a tender para zero.

> ( Ja estou ateh falando aportuguesado :-) )
Eu é que jadevo tar falando brasileiro :)



> >Nesse seu modelo voce esquece-se que a
> > maior parte das pessoas não são operarios.
>
> Quer dizer que o Brasil tem mais de 60 milhoes de empresas ???
> Reveja suas estatisticas, isso nao pode ser verdade.

Claro que era um exagero e claro que eu não estava a pensar no
Brasil mas sim nos EUA.

> >
> > Implica o numero de detentores do capital, o que é mais importante.
>
> Nem mesmo isso. Se aumenta o desemprego aumenta a competicao das
> empresas
> para disputar o escasso mercado e isso faz concentrar o capital na maos
> de cada vez menos detentores de capital.
> Ou seja o numero de detentores de capital diminui.

Se o numero de detentores de capital aumenta mercado mantem-se
porque o desemprego não aumenta.


> Todos tentam sobrevevier de uma forma ou de outra.
> O q se faz eh , atraves de um market agressivo, convencer as pessoas
> de que elas precisam consumir toda sorte de novos produtos
> para serem felizes.

É engraçado o marketing. Uma industria em crescimento que
precisa de cada vez mais trabalhadores. Há uma teoria interessante
sobre isso. As empresas apostam cada vez mais em publicidade
porque estão convencidas de que funciona. E como é que elas
sabem que funciona? Porque toda a gente faz, logo deve funcionar.
Por isso as empresas compram mais espaço publicitário. Mais
uma prova de que o marketing funciona... Publicidade à CocaCola
não vende CocaCola, Publicidade à CocaCola vende Publicidade
à PepsiCola. Publicidade à PepsiCola vende Publicidade à CocaCola.
A publicidade é uma forma das pessoas criativas sacarem dinheiro
aos capitalistas. Capitalismo puro.


> Eu nao creio que uma coisa exclua outra.
> Vc podera conviver com pessoas ( poucas ) que trabalham em empresas
> ultra informatizadas e outras , excluidas que trabalham para a
> sociedade.
> Ou seja deve-se aproveitar a mao de obra excedente cada vez maior para
> servicos coletivos sociais. Quem se recusar a prestar servicos tambem
> nao tera direito a eles.

O problema desse tipo de sociedade é o controlo. Como eu disse
a teoria dos jogos preve que ninguem presta serviços à comunidade
se não for obrigado a isso. Se voce institui um sistema de controlo
que recusa serviços a quem não presta serviços voce cria uma
burocracia. Uma burocracia é um sorvedouro de recursos.

Uma das grandes vantagens do capitalismo é que dispensa os
burocratas. Qual é o preço justo do pão? Quantos burocratas
são necessários para determinar o produção certa de pão? Seriam
necessários milhares de burocratas para decidir se se deve
plantar mais ou menos trigo, se se deve formar mais padeiros,
se se deve subsidiar a produção de farinha, o transporte de pão
e a produção de fermento. Os borucratas teriam ainda que analisar
as consequencias colaterais das decisões na produção de outros
produtos. O capitalismo resolve tudo isto de uma forma mais
simples: se há falta de pão o preço é alto e alguém com
iniciativa acabará por aproveitar a oportunidade para ganhar
dinheiro e assim poder maximizar a sua felicidade.

>
> Lembre-se do q disse Kurs :
> "É claro que o capitalismo
> não vai desmoronar em um só dia. O colapso de toda uma formação
> social pode durar séculos. O processo de
> desmoronamento é provavelmente algo semelhante ao de erguimento, de
> ascensão. O processo de erguimento do
> capitalismo demorou quase dois séculos, até que ele atingiu seu
> zênite e agora vai desmoronar mais rapidamente. A
> crise, portanto, será mais rápida que a ascensão, mas também
> exigirá um certo tempo."

Previsões a longo prazo são um risco. Se alguem tivesse feito
previsões sobre o futuro em 1984 nunca conseguiria prever os
seguintes acontecimentos:

- o fim da URSS
- o desenvolvimento da informática
- o aparecimento da internet

Cada um destes acontecimentos é determiante para o que está a
acontecer agora. Assim, aqueles que pensam que o capitalismo
vai acabar teem que pensar primeiro qual é o impacto na sociedade
de acontecimentos como:

- criação de uma florescente industria espacial
- colonização do espaço
- nanotecnologia
- biotecnologia

João
http://www.nonio.com


SUBJECT: Re: [ciencialist] O Relatório Lugano
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 27/09/2000 14:16



João Mário Miranda wrote:
>
> Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
>
> >
> > O neoliberarismo nada mais eh do que a ideologia para escancarar
> estas
> > barreiras e quebrar as industrias concorrentes.
> > O caso cuba eh um caso *politico* onde os EUA fizeram pressao para q
> > NENHUM
> > pais fizesse comercio com Cuba.
>
> Essa ideia teria lógica se os paises pobres fossem uma ameaça aos
> paises ricos. Só que não são.

Sao ameacas desde que consomem recursos naturais
e "estragam" o meio ambiente (consumindo O2 e liberando CO2 por exemplo
).

Alem do mais, sendo um mercado potencial grande, nao teria sentido
deixar de explora-los nem mesmo permitir uma industria concorrente
como vinha acontecendo com o Brasil na informatica na epoca da reserva.
A logica eh : Acabar com a competicao pela raiz, sem dar chances.


>Hoje em dia as industrias chave
> são a biotecnologia e a informatica e não a produção textil ou
> de calçado.

Eh outra razao para estes paises SUGAREM os cerebros das nacoes em
desenvolvimento. Sem cerebros nao ha desenvolvimento nem concorrencia.

> > >
> > > Só há um problema: o número de pessoas capazes de adquirir um
> > > determinado produto está a aumentar e não a diminuir.
> >
> > Nao, o numero de pessoas que podem PAGAR por ele esta a diminuir.
>
> Eu olho à minha volta e não é isso que está a acontecer. O consumo
> está a aumentar desde há seculos em todo o mundo. E o preço de
> alguns produtos chave como computadores, telecomunicações e
> informação estão a baixar assustadoramente. O custo da informação
> está a tender para zero.

Isso eh decorrencia natural da concorrencia capitalista e faz parte do
seu processo de aniquilacao: Para nao perecer frente a concorrencia as
empresas TEM que baixar os precos e os custos. As que nao conseguem
falem.
Veja a retro-alimentacao-positiva :
Isso faz com que a margem de lucro seja menor e que a produtividade
seja perseguida aa todo custo. Produtividade implica maior producao
com menor mao de obra....


> > >
> > > Implica o numero de detentores do capital, o que é mais
> importante.
> >
> > Nem mesmo isso. Se aumenta o desemprego aumenta a competicao das
> > empresas
> > para disputar o escasso mercado e isso faz concentrar o capital na
> maos
> > de cada vez menos detentores de capital.
> > Ou seja o numero de detentores de capital diminui.
>
> Se o numero de detentores de capital aumenta mercado mantem-se
> porque o desemprego não aumenta.

O numero de detentores de capital diminui pq o desemprego aumenta.
Veja o ciclo suicida do capitalismo :
+Competicao -> +produtividade -> +desemprego -> +Competicao


>
> > Todos tentam sobrevevier de uma forma ou de outra.
> > O q se faz eh , atraves de um market agressivo, convencer as pessoas
> > de que elas precisam consumir toda sorte de novos produtos
> > para serem felizes.
>
> É engraçado o marketing. Uma industria em crescimento que
> precisa de cada vez mais trabalhadores.

Isso pode ser sazonal. Ou seja, o fato de termos epocas de menos
desempregos nao significa que no futuro o desemprego nao vira
tambem nestas areas. A crise costuma provocar uma reacao em cadeia
abrangendo todas as areas.

>
> > Eu nao creio que uma coisa exclua outra.
> > Vc podera conviver com pessoas ( poucas ) que trabalham em empresas
> > ultra informatizadas e outras , excluidas que trabalham para a
> > sociedade.
> > Ou seja deve-se aproveitar a mao de obra excedente cada vez maior
> para
> > servicos coletivos sociais. Quem se recusar a prestar servicos
> tambem
> > nao tera direito a eles.
>
> O problema desse tipo de sociedade é o controlo.

O controle poderia ser feito de varias maneiras :
1-Atraves de dinheiro : Os "excluidos" seriam funcionarios publicos
desta maneira teriamos uma sociedade capitalista e outra "socialista"
convivendo num mesmo governo: ninguem sem emprego.
2-Atraves da informatica um cartao magnetico-otico controlaria
a prestacao de servico comunitario o q garantiria o direito a eles
tambem.
3-Atraves da burocracia : uma vez q ha excedente de mao de obras nao
haveria
problemas em termos um orgao para cuidar da burocracia do trabalho
social.

>Como eu disse
> a teoria dos jogos preve que ninguem presta serviços à comunidade
> se não for obrigado a isso.

Se a pessoa nao presta servicos nao obtem direito de usufrui-los.
Isso eh uma especie de obrigacao de prestar servicos.

>Se voce institui um sistema de controlo
> que recusa serviços a quem não presta serviços voce cria uma
> burocracia. Uma burocracia é um sorvedouro de recursos.

Lembre-se q estamos falando numa sociedade na qual a mao de obra eh
abundante e ociosa e, por isso, todo recurso poderia ser
obtido "de graca".

>
> Uma das grandes vantagens do capitalismo é que dispensa os
> burocratas. Qual é o preço justo do pão? Quantos burocratas
> são necessários para determinar o produção certa de pão? Seriam
> necessários milhares de burocratas para decidir se se deve
> plantar mais ou menos trigo, se se deve formar mais padeiros,
> se se deve subsidiar a produção de farinha, o transporte de pão
> e a produção de fermento. Os borucratas teriam ainda que analisar
> as consequencias colaterais das decisões na produção de outros
> produtos.

Vc esta tomando os burocratas como sinonomos de burros.
Vc nao pode generalizar uma vez q esta sociedade poderia ter uma
faculdade de burocracia, Ou eleicoes para burocratas : Se o burocrata
nao eh bom ele nao seria eleito nas proximas burocraeleicoes.

> O capitalismo resolve tudo isto de uma forma mais
> simples: se há falta de pão o preço é alto e alguém com
> iniciativa acabará por aproveitar a oportunidade para ganhar
> dinheiro e assim poder maximizar a sua felicidade.

O problema eh q o capitalismo esta com os dias contados, e por isso
NAO eh solucao para os problemas q ele mesmo esta criando : desemprego
estrutural !

>
> >
> > Lembre-se do q disse Kurs :
> > "É claro que o capitalismo
> > não vai desmoronar em um só dia. O colapso de toda uma formação
> > social pode durar séculos. O processo de
> > desmoronamento é provavelmente algo semelhante ao de erguimento, de
> > ascensão. O processo de erguimento do
> > capitalismo demorou quase dois séculos, até que ele atingiu seu
> > zênite e agora vai desmoronar mais rapidamente. A
> > crise, portanto, será mais rápida que a ascensão, mas também
> > exigirá um certo tempo."
>
> Previsões a longo prazo são um risco. Se alguem tivesse feito
> previsões sobre o futuro em 1984 nunca conseguiria prever os
> seguintes acontecimentos:
>
> - o fim da URSS
> - o desenvolvimento da informática
> - o aparecimento da internet

Por outro lado algumas previsoes foram confirmadas :
-A derrocada do capitalismo :)
-A ida do homem a lua
-A construcao de submarinos

Previsoes sao previsoes e nao certezas.

>
> Cada um destes acontecimentos é determiante para o que está a
> acontecer agora. Assim, aqueles que pensam que o capitalismo
> vai acabar teem que pensar primeiro qual é o impacto na sociedade
> de acontecimentos como:
>
> - criação de uma florescente industria espacial
> - colonização do espaço
> - nanotecnologia
> - biotecnologia
>

Vc confunde capitalismo com desenvolvimentismo e progresso cientifico.
Vale lembrar que a maioria das conquistas cientificas sao feitas
em orgaos publicos *sem* fins lucrativos como universidades e centros
de pesquisa governamentais.

A derrocada do capitalismo nao implica no termino do desenvolvimento
cientifico tecnologico.

O q vai acontecer eh q os governos terao que arcar cada vez mais com
custos sociais e com os efeitos colaterais da queda capitalista.

Ou seja, o capitalismo nao vai acabar de repente nem acho que devemos
precipita-lo. Mas eh importante antever alternativas frente as
evidencias
de seu esgotamento como fonte de felicidade social.

[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] os extraterrestres tem sexo e inteligencia??
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 27/09/2000 14:50



Eliane Evanovich Gallagher wrote:
>
> Olah pessoal da lista, embora esse titulo seja meio (ou
> totalmente) sensacionalista...eh o titulo de um artigo cientifico, que
> foi

Nao sou especialista no assunto mas eu tenho uma teoria sobre o assunto
:

Toda forma viva que evolui para uma sociedade inteligente deve
apresentar
TODAS as caracteristicas instintivas que qualquer outra sociedade
inteligente
tambem apresenta :

- Amor, Odio, Inveja, Compaixao, Ciumes, Desejo, Vinganca, Medo, Coragem
etc..

Pois estes sentimentos existem ( foram evoluidos por selecao natural )
pq de alguma forma auxiliava na sobrevivenccia dos portadores destes
genes.


[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] O Relatório Lugano
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 27/09/2000 14:55



Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:

> > Se o numero de detentores de capital aumenta mercado mantem-se
> > porque o desemprego não aumenta.
>
> O numero de detentores de capital diminui pq o desemprego aumenta.
> Veja o ciclo suicida do capitalismo :
> +Competicao -> +produtividade -> +desemprego -> +Competicao

Voce esta a fazer um raciocinio circular. A produtividade aumenta
ao mesmo tempo que aumentam o numero de capitalistas e por isso
nunca haverá desemprego. Voce não encontra nenhuma estatistica
que indique a baixa do emprego com a produtividade.



> >Se voce institui um sistema de controlo
> > que recusa serviços a quem não presta serviços voce cria uma
> > burocracia. Uma burocracia é um sorvedouro de recursos.
>
> Lembre-se q estamos falando numa sociedade na qual a mao de obra eh
> abundante e ociosa e, por isso, todo recurso poderia ser
> obtido "de graca".

Acontece que os custos do trabalho humano está cada vez mais
caro e não o contrário. Voce esta a partir de ideias que são
desmentidas todos os dias na economia real. Se voce comparar
o preço de um compuador com o preço de um operário voce ve
que o preço de um computador está a descer e o preço de um
operário está a subir.

>
> Vc esta tomando os burocratas como sinonomos de burros.
> Vc nao pode generalizar uma vez q esta sociedade poderia ter uma
> faculdade de burocracia, Ou eleicoes para burocratas : Se o burocrata
> nao eh bom ele nao seria eleito nas proximas burocraeleicoes.

Não é uma questão de eles serem burros. A questão é que a
economia de mercado é mais inteligente que os economistas.
Só isso.

>
> > O capitalismo resolve tudo isto de uma forma mais
> > simples: se há falta de pão o preço é alto e alguém com
> > iniciativa acabará por aproveitar a oportunidade para ganhar
> > dinheiro e assim poder maximizar a sua felicidade.
>
> O problema eh q o capitalismo esta com os dias contados, e por isso
> NAO eh solucao para os problemas q ele mesmo esta criando : desemprego
> estrutural !

Mas nem sequer há desemprego nos paises capitalistas ...

>
> >
> > >
> > > Lembre-se do q disse Kurs :
> > > "É claro que o capitalismo
> > > não vai desmoronar em um só dia. O colapso de toda uma formação
> > > social pode durar séculos. O processo de
> > > desmoronamento é provavelmente algo semelhante ao de erguimento, de
> > > ascensão. O processo de erguimento do
> > > capitalismo demorou quase dois séculos, até que ele atingiu seu
> > > zênite e agora vai desmoronar mais rapidamente. A
> > > crise, portanto, será mais rápida que a ascensão, mas também
> > > exigirá um certo tempo."
> >
> > Previsões a longo prazo são um risco. Se alguem tivesse feito
> > previsões sobre o futuro em 1984 nunca conseguiria prever os
> > seguintes acontecimentos:
> >
> > - o fim da URSS
> > - o desenvolvimento da informática
> > - o aparecimento da internet
>
> Por outro lado algumas previsoes foram confirmadas :
> -A derrocada do capitalismo :)
> -A ida do homem a lua
> -A construcao de submarinos
>
> Previsoes sao previsoes e nao certezas.
>
> >
> > Cada um destes acontecimentos é determiante para o que está a
> > acontecer agora. Assim, aqueles que pensam que o capitalismo
> > vai acabar teem que pensar primeiro qual é o impacto na sociedade
> > de acontecimentos como:
> >
> > - criação de uma florescente industria espacial
> > - colonização do espaço
> > - nanotecnologia
> > - biotecnologia
> >
>
> Vc confunde capitalismo com desenvolvimentismo e progresso cientifico.
> Vale lembrar que a maioria das conquistas cientificas sao feitas
> em orgaos publicos *sem* fins lucrativos como universidades e centros
> de pesquisa governamentais.
>
> A derrocada do capitalismo nao implica no termino do desenvolvimento
> cientifico tecnologico.
>
> O q vai acontecer eh q os governos terao que arcar cada vez mais com
> custos sociais e com os efeitos colaterais da queda capitalista.
>
> Ou seja, o capitalismo nao vai acabar de repente nem acho que devemos
> precipita-lo. Mas eh importante antever alternativas frente as
> evidencias
> de seu esgotamento como fonte de felicidade social.

Voce não percebeu o meu ponto de vista. Ninguem pode prever que
o capitalismo vai acabar por um motivo elementar: ninguém sabe
como é que a tecnologia vai mudar a sociedade. Daqui a 10 anos
voce vai-me dizer que o capitalismo ainda não ruiu porque a
exploração expacial está a alimenta-lo. Eu digo que haverá sempre
uma inovação tecnológica qualquer que permitirá baixo desemprego
e elevada produtividade.

João
http://www.nonio.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] O Relatório Lugano
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 27/09/2000 16:11



João Mário Miranda wrote:
>
> Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
>
> > > Se o numero de detentores de capital aumenta mercado mantem-se
> > > porque o desemprego não aumenta.
> >
> > O numero de detentores de capital diminui pq o desemprego aumenta.
> > Veja o ciclo suicida do capitalismo :
> > +Competicao -> +produtividade -> +desemprego -> +Competicao
>
> Voce esta a fazer um raciocinio circular. A produtividade aumenta
> ao mesmo tempo que aumentam o numero de capitalistas e por isso
> nunca haverá desemprego. Voce não encontra nenhuma estatistica
> que indique a baixa do emprego com a produtividade.

Ta bom. O desemprego no mundo todo nao passa de uma ilusao de otica.


>
> > >Se voce institui um sistema de controlo
> > > que recusa serviços a quem não presta serviços voce cria uma
> > > burocracia. Uma burocracia é um sorvedouro de recursos.
> >
> > Lembre-se q estamos falando numa sociedade na qual a mao de obra eh
> > abundante e ociosa e, por isso, todo recurso poderia ser
> > obtido "de graca".
>
> Acontece que os custos do trabalho humano está cada vez mais
> caro e não o contrário.

Depende do trabalho. Se for mao de obra altamente qualificada sim.
Caso contrario nao.
Em virtude da alta sofisticacao e automatizacao moderna o custo de
um trabalhador qualificado eh alto e portanto MAIS UMA RAZAO para
aumentar a produtividade e cortar postos de trabalho.

>
> >
> > Vc esta tomando os burocratas como sinonomos de burros.
> > Vc nao pode generalizar uma vez q esta sociedade poderia ter uma
> > faculdade de burocracia, Ou eleicoes para burocratas : Se o
> burocrata
> > nao eh bom ele nao seria eleito nas proximas burocraeleicoes.
>
> Não é uma questão de eles serem burros. A questão é que a
> economia de mercado é mais inteligente que os economistas.
> Só isso.


Eh inteligente usar a estrategia contida no relatorio Lugano??
Pode ser ateh ser q seja, mas nao eh etico.


>
> >
> > > O capitalismo resolve tudo isto de uma forma mais
> > > simples: se há falta de pão o preço é alto e alguém com
> > > iniciativa acabará por aproveitar a oportunidade para ganhar
> > > dinheiro e assim poder maximizar a sua felicidade.
> >
> > O problema eh q o capitalismo esta com os dias contados, e por isso
> > NAO eh solucao para os problemas q ele mesmo esta criando :
> desemprego
> > estrutural !
>
> Mas nem sequer há desemprego nos paises capitalistas ...

Nem parece q vc vive na Europa ! :-)


> > Ou seja, o capitalismo nao vai acabar de repente nem acho que
> devemos
> > precipita-lo. Mas eh importante antever alternativas frente as
> > evidencias
> > de seu esgotamento como fonte de felicidade social.
>
> Voce não percebeu o meu ponto de vista. Ninguem pode prever que
> o capitalismo vai acabar por um motivo elementar: ninguém sabe
> como é que a tecnologia vai mudar a sociedade. Daqui a 10 anos
> voce vai-me dizer que o capitalismo ainda não ruiu porque a
> exploração expacial está a alimenta-lo. Eu digo que haverá sempre
> uma inovação tecnológica qualquer que permitirá baixo desemprego
> e elevada produtividade.
>

Mas enquanto um fato novo NAO VEM devemos ser PRUDENTES
e PENSAR numa possivel saida aa crise. Assim, se o fato novo nunca
vier a solucao ja foi encontrada.


[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] os extraterrestres tem sexo e inteligencia??
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 27/09/2000 17:36



Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
>
> Eliane Evanovich Gallagher wrote:
> >
> > Olah pessoal da lista, embora esse titulo seja meio (ou
> > totalmente) sensacionalista...eh o titulo de um artigo cientifico,
> que
> > foi
>
> Nao sou especialista no assunto mas eu tenho uma teoria sobre o
> assunto
> :
>
> Toda forma viva que evolui para uma sociedade inteligente deve
> apresentar
> TODAS as caracteristicas instintivas que qualquer outra sociedade
> inteligente
> tambem apresenta :
>
> - Amor, Odio, Inveja, Compaixao, Ciumes, Desejo, Vinganca, Medo,
> Coragem
> etc..
>
> Pois estes sentimentos existem ( foram evoluidos por selecao natural )
>
> pq de alguma forma auxiliava na sobrevivenccia dos portadores destes
> genes.

OOps.. esqueci de dizer que isto ocorre desde que a sociedade tenha
sexualidade. O livro do Dawkins mostra que a sexualidade aparece como
uma decorrencia natural da existencia da vida.
A ideia por traz eh uma competicao dos gametas pela sobrevivencia
alguns se especializaram em ter nutrientes suficiente para
a nutricao do ovo ( femea ) e outros pela alta mobilidade na procura
por outro gameta.

[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] O Relatório Lugano
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 27/09/2000 18:06



Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:

>
> Ta bom. O desemprego no mundo todo nao passa de uma ilusao de otica.

O problema de desemprego é menor que há 15 anos.

> >
> > Acontece que os custos do trabalho humano está cada vez mais
> > caro e não o contrário.
>
> Depende do trabalho. Se for mao de obra altamente qualificada sim.
> Caso contrario nao.
> Em virtude da alta sofisticacao e automatizacao moderna o custo de
> um trabalhador qualificado eh alto e portanto MAIS UMA RAZAO para
> aumentar a produtividade e cortar postos de trabalho.

Acontece que a partir de agora toda a mão de obra terá que ser
qualificada. A percentagem da população que se dedica a investigação
e desenvolvimento é cada vez maior e vai continuar a crescer. À
medida que a produtividade aumenta maior a qualificação necessária
e maior o custo do trabalho. Como é evidente o nivel de educação da
população tem que continuar a crescer.

> > > Vc esta tomando os burocratas como sinonomos de burros.
> > > Vc nao pode generalizar uma vez q esta sociedade poderia ter uma
> > > faculdade de burocracia, Ou eleicoes para burocratas : Se o
> > burocrata
> > > nao eh bom ele nao seria eleito nas proximas burocraeleicoes.
> >
> > Não é uma questão de eles serem burros. A questão é que a
> > economia de mercado é mais inteligente que os economistas.
> > Só isso.
>
> Eh inteligente usar a estrategia contida no relatorio Lugano??
> Pode ser ateh ser q seja, mas nao eh etico.

Não acho ético tomar decisões economicas erradas. Eu acho que
a previsão de que o capitalismo vai acabar não faz sentido e
por isso acho que não se devem tomar decisões em função dessas
previsões. Aliás este tipo de relatórios obriga-me a fazer mais
uma divagação.

Divagação: A sua visão do capitalismo limita-se às relações
entre a força de trabalho e o capital produtor de bens materiais.
A minha visão é outra. O capitalismo mina todas as actividades
de uma sociedade. A melhor maneira de compreender uma ideia é
utilizando-a contra si própria. Considere-se a ideia de que o
capitalismo vai acabar porque o aumento de produtividade leva
ao aumento do desemprego e a baixa do consumo. Esta ideia é
produzida por intelectuais que lutam no mercado das ideias
pela atenção das pessoas, em especial dos poderosos. As ideias
não são directamente vendidas, mas aumentam o prestigio dos
ideologos o que lhes permite vender livros, ganhar prémios
e obter colocações proveitosas em comissões governamentais.
A produção de ideias é assim uma industria dentro da própria
sociedade capitalista. O movimento comunista é um bom exemplo
do que estou a falar. Um conjunto de ideologos com ideias
brilhantes sobre como uma sociedade se deve organizar toma
o poder para depois se transformar na classe opressora. Karl
Popper afirmava que devemos ter muito cuidado com os intelectuais,
principalmente com aqueles que propoem medidas drasticas para
mudar a sociedade. Uma sociedade livre, e uma sociedade livre
será sempre capitalista, deve ser um sistema complexo e
descentralizado e nenhum intelectual pode ter o poder de a mudar
profundamente porque temos que admitir a possibilidade de ele
estar errado. E se ele está errado a sociedade como um todo segue
um caminho errado. Numa sociedade livre não há esse risco porque
alguns seguem o caminho certo e outros o errado e os que seguem
o errado logo imitam os outros.
Assim, eu acho que não devemos seguir a estratégia contida no
relatório Lugano. Acho que as sociedades não devem seguir
estratégias mas devem simplesmente ser uma emanação dos seus
membros.




> >
> > Mas nem sequer há desemprego nos paises capitalistas ...
>
> Nem parece q vc vive na Europa ! :-)

Neste momento na Europa fala-se na importação massiça de imigrantes
aficanos e de leste porque há falta de mão de obra para a construção
civil. Mais uma forma de manter a chama da economia capitalista.
Diz-se que em Portugal falta 1 milhão de trabalhadores. É claro que
isto acontece num momento em que a economia está a funcionar bem.
Mas mesmo em época de recessão os nossos desempregados não se podem
queixar muito porque recebem dinheiro da segurança social. Eu não
estaria muito preocupado com os desempregados na Europa.

> >
>
> Mas enquanto um fato novo NAO VEM devemos ser PRUDENTES
> e PENSAR numa possivel saida aa crise. Assim, se o fato novo nunca
> vier a solucao ja foi encontrada.
>

Como eu expliquei antes a prudencia aconselha a não tentar
dirigir a sociedade. A sociedade e a ecnomia encontrarão as
soluções mais tarde ou mais cedo como sempre aconteceu.

envio-lhe um gráfico do crescimento económico mundial em
separado.

João
http://www.noni.com




SUBJECT: Re: [ciencialist] os extraterrestres tem sexo e inteligencia??
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 27/09/2000 18:16

On Wed, 27 Sep 2000, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> TODAS as caracteristicas instintivas que qualquer outra sociedade
> inteligente
> tambem apresenta :
>
> - Amor, Odio, Inveja, Compaixao, Ciumes, Desejo, Vinganca, Medo, Coragem
> etc..
>
> Pois estes sentimentos existem ( foram evoluidos por selecao natural )
> pq de alguma forma auxiliava na sobrevivenccia dos portadores destes
> genes.

vc se esqueceu de levar em conta q. o q. vc estah chamando de sociedades
inteligentes aqui na terra apresentam um origem em comum -- assim sendo
nao se tratam de evolucao convergente, o q. limita seriamente seu uso como
modelos generalizados -- ha' forte influencia do fator historico: elas
partilharam um ancestral em comum por um bom tempo e certamente a origem
das caracteristicas de inteligencia estah nessa origem em comum.

alem de q., embora seja uma suposicao valida -- a de q. todos os
sentimentos emotivos foram selecionados --, nao podemos utiliza'-la como
base de apoio a outras suposicoes -- os fatores emotivos sao elementos
necessarios para qq forma de inteligencia...

teriamos q. pensar nos elementos q. nao sao contigentes para o
aparecimento da inteligencia e isso soh eh possivel com estudos
comparativos -- infelizmente nao temos, por eqto, com o q. comparar.

algumas especulacoes q. me parecem razoaveis sao de q. a inteligencia
estah associada 'a capacidade de previsao em um ambiente com certa
instabilidade. se um ambiente eh totalmente estavel, os recursos sempre
estarao no mesmo lugar, na mesma epoca -- uma programacao instintiva
resolveria o problema, sem ocupar espaco e energia com estruturas
complexas de calculos: pensar eh uma tarefa q. gasta tempo, energia e
outros recursos -- em uma linha de montagem por exemplo, tudo eh muito
monotono, previsibilissimo, de forma q. ninguem precise ficar pensando
muito, o q. diminuiria a produtividade (mas aumentaria em muito a
qualidade das condicoes de trabalho para os funcionarios).

bem, entao a inteligencia ira' envolver abstracao das informacoes
coletadas 'a procura de padroes pouco obvios. isso significa tbm q.
devera' haver uma capacidade de armazenamento de dados para q. possam ser
comparados entre si: i.e., deve haver a capacidade de memoria. estas
especulacoes encontram ecos com conceitos sobre computacao e inteligencia
artificial.

claro q., em sendo fruto de evolucao e nao de planejamento, esses
elementos nao poderao surgir com o proposito futuro de integrar as
estruturas para a inteligencia. eles deverao ter valor em si mesmo e isso
eh uma caracteristica um tto qto contingencial dado pelo ambiente.

no q. os astrobiologos tEm esperanca eh q., dado ao provavel numero muito
alto de pontos no universo em q. a vida poderia surgir, haveria uma certa
chance de q. tais condicoes contingenciais pudessem ser satisfeitas em
certas ocasioes e lugares.

no caso da terra, o q. teria propiciado ao surgimento da inteligencia --
recapitulando bem brevemente -- seria a origem da irritabilidade celular:
a celula isolada reagiria ao ambiente de forma a poder mover-se para
locais mais propicios (temperatura, salinidade, nutrientes, protecao
contra predadores...) e/ou responder com alteracoes fisiologicas de
compensacao: ajuste para a manutencao da homeostase. enventualmente
celulas formariam colonias, por razoes diversas: protecao, otimizacao
(bleargh!) do uso de elementos ou acao isolada de celulas causando
aglomeracao em pontos especificos do ambiente em q. as condicoes seriam as
melhores. algumas colonias (dadas as condicoes locais) q. apresentassem
uma maior integracao entre os membros poderiam ter mais vantagem
(novamente, por exemplo, evitacao de predacao -- corpos maiores sao mais
dificeis, a principio, de se predar). uma divisao de tarefas -- celulas
somaticas e reprodutivas -- traria uma vantagem para o melhor
aproveitamento (a tal otimizacao -- q. soa tao economes) dos recursos.
assim poderia ter nascido a multicelularidade. uma continuacao da divisao
de tarefas (e continuando com o economes), levaria a especializacoes de
funcoes como a captacao de estimulos do ambiente e seu processamento
(celulas nervosas) e resposta aos estimulos (sistema muscular e endocrino,
e.g.) -- estamos no ramo dos metaterios. uma posterior especializacao dos
sistemas nervosos seria a formacao de centros nervosos (ganglios) e
encefalizacao (ocorrida de modo independente nos vertebrados e nos
artropodos -- notadamente nos insetos). um grupo -- os mamiferos --
terminou por desenvolver a porcao encefalica (talvez em funcao de uma
origem noturna do grupo -- em q. o uso de diversas modalidades sensoriais:
audicao e outras mecanorrecepcoes e olfato, pressionariam a evolucao de um
cerebro maior) em um maior grau. alguns desses mamiferos adotaram um
estilo de vida social (alguns primatas, leoes, canideos, cetaceos e
morcegos) -- reeditando a formacao de colonia pelas celulas isoladas. a
vida em grupos teria levado a estabelecimento de relacoes complexas entre
os individuos desse grupo. formacao de subgrupos -- aliancas -- q.
garantissem privilegios seriam favoraveis e isso em parte teria
pressionado ao desenvolvimento da regiao neo-cortical: uma das
responsaveis pela memoria -- o q. garantiria o reconhecimento dos membros
dos grupos e dos subgrupos -- bem como dos favores feitos e devidos (um
autor vej aqui a origem das relacoes economicas). uma vida em grupo,
garantia tbm uma vida bastante complexa, introduzindo diversas variaveis
para a previsao do comportamento dos companheiros -- fator fundamental
para a planificacao de estrategias de conquista de parceiros, ascencao na
hierarquia social o q. garantiria privilegios (qq ilacao moral sobre
alpinismo social continua mero julgamento de valor) -- alguns especulam
tbm q. a presenca do carater aleatorio (ou pseudo-aleatorio) no humor e
comportamento desses organismos sociais seria uma contra-medida 'a
capacidade preditiva dos demais membros do grupo (os demais membros
tenderao a explorar a nossa tolerancia ateh o limite, se baixamos esse
limite somos prejudicados em detrimento aos demais q. nos explorarao, mas
se aumentamos demais esse limite, podemos acabar gastando muita energia e
recurso para o 'patrulhamento de fronteira' -- um meio termo eh sermos
tolerantes e vez por outra responder de modo energico 'as invasoes). outro
ponto q. contribuiria para a diminuicao da previsibilidade do ambiente
para linhagem q. daria origem aos seres humanos -- eh a passagem do
ambiente florestal para o de savanas ao fim do quaternario -- os recursos
estariam agora mais dispersos e a capacidade de prever onde seria mais
provavel encontra'-los . (ha' outras hipoteses em q. a inteligencia
estaria relacionada com a beligerancia entre os grupamentos.)

uma questao bastante relacionada 'a inteligencia eh a consciencia e a
auto-consciencia... ha' tbm q. considerar algumas hipoteses como a da
inteligencia multipla/multifacetada.

o prof. antonio damasio liga a racionalidade com a emotividade em funcao
dos marcadores somaticos -- q. seria a base da auto-consciencia e o cerne
das tomadas de decisoes. as emocoes dariam a percepcao dos estados do
corpo e com isso proveria aos centros de raciocinio informacoes para se
tomar uma decisao q. mantivesse ou suprimisse a sensacao provocada por
esse estado.

bem, analisando outros mamiferos sociais nota-se uma maior encefalizacao e
um maior desenvolvimento da regiao neo-cortical. nos mamiferos, a
socializacao parece estar envolvida com o desenvolvimento da inteligencia.
mas nos insetos a coisa eh bastante diferente: nao ha' espaco para um
desenvolvimento posterior do sistema nervoso. a sua estrutura fornece um
limite para o tamanho q. podem atingir. nos repteis atuais ha' uma forte
limitacao na capacidade metabolica, nao podendo suprir energia necessaria
para manter uma estrutura tao dispendiosa como um cerebro bem
desenvolvido.

do q. temos da terra, a forma de inteligencia q. conhecemos exige uma base
celular e estah puntuada de algumas questoes contingentes. como saber se
tais questoes apresentam relacoes causais de fato?

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] os extraterrestres tem sexo e inteligencia??
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 27/09/2000 18:29



Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:

> OOps.. esqueci de dizer que isto ocorre desde que a sociedade tenha
> sexualidade. O livro do Dawkins mostra que a sexualidade aparece como
> uma decorrencia natural da existencia da vida.
> A ideia por traz eh uma competicao dos gametas pela sobrevivencia
> alguns se especializaram em ter nutrientes suficiente para
> a nutricao do ovo ( femea ) e outros pela alta mobilidade na procura
> por outro gameta.

Isso não explica o sexo. Explica a especialização dos sexos. Sexo
é o cruzamento de gametas. Dawkins parte do principio que há sexo,
mas que os gametas são iguais. A partir daqui ele desenvolve a
teoria concluindo que se formam inevitavelmente dois sexos. Aliás,
o sexo parece não ter vantagem evolutiva nenhuma e ainda não se
chegou a perceber muito bem porque é que existe. Uma das ideias
mais interessantes é a seguinte:

determinados parasitas adapta-se a uma espécie de modo que se
os filhos fossem iguais aos pais os parasitas acabariam por
ganhar a guerra. Mas o sexo permite que os parasitas percam
a luta pois não conseguem penetrar as defesas dos filhos que
são diferentes das dos pais. Assim, as especies que se reproduzem
sexualmente tendem a vencer os parazitas e as outras a desaparecer.



João
http://www.nonio.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] os extraterrestres tem sexo e inteligencia??
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 27/09/2000 18:49

On Thu, 21 Sep 2000, Eliane Evanovich Gallagher wrote:
> diz que, essa inteligencia dependendo da forma de reproducao, os ETs podem
> sofrer selecao sexual e podem ateh ser xenofobicos (nao entendi essa
> relacao)!!

precisaria ler o artigo... mas talvez, soh talvez, seja em funcao de em
caso de reproducao sexuada eh preciso haver reconhecimento de parceiros --
i.e., alguem q. seria relativamente parecido, como efeito colateral pode
levar ao reconhecimento tbm do diferente e daih pra xenofobia... mas isso
soh assim especulando...

> Aproveitando o assunto...para saber se alguem da lista sabe
> alguns exemplos (de preferencia em nivel molecular) sobre evolucao
> convergente e divergente!!

divergente tem varios exemplos... as globinas, as histonas, as queratinas,
as lactato desidrogenases, etc, etc, etc...

agora convergencia em nivel molecular eh mais complicada -- nao sei se as
hemoglobinas das leguminosas sao convergentes com a dos vertebrados. os
exemplos mais classicos sao de estruturas morfologicas e de comportamento.

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] os extraterrestres tem sexo e inteligencia??
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 27/09/2000 19:13

On Wed, 27 Sep 2000, João Mário Miranda wrote:
> Isso não explica o sexo. Explica a especialização dos sexos. Sexo
> é o cruzamento de gametas. Dawkins parte do principio que há sexo,

sexo eh a troca de material genetico -- podemos ser mais restritivos pra
nao incluir na definicao a transmissao horizontal por vetores como os
virus. nao envolve necessariamente gametas, nem envolve necessariamente
reproducao.

mas como troca de material genetico, o sexo envolve a criacao de novas
combinacoes geneticas. isso pode ser vantajoso em um ambiente cujas
caracteristicas estejam sujeitas a flutuacoes e variacoes temporais e
espaciais.

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] os extraterrestres tem sexo e inteligencia??
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 27/09/2000 19:13



Roberto Mitsuo Takata wrote:
>
> On Thu, 21 Sep 2000, Eliane Evanovich Gallagher wrote:
> > diz que, essa inteligencia dependendo da forma de reproducao, os ETs podem
> > sofrer selecao sexual e podem ateh ser xenofobicos (nao entendi essa
> > relacao)!!
>
> precisaria ler o artigo... mas talvez, soh talvez, seja em funcao de em
> caso de reproducao sexuada eh preciso haver reconhecimento de parceiros --
> i.e., alguem q. seria relativamente parecido, como efeito colateral pode
> levar ao reconhecimento tbm do diferente e daih pra xenofobia... mas isso
> soh assim especulando...

A xenofobia é uma consequencia lógica da existencia de grupos. É uma
maneira de evitar os chamados "free riders", isto é aqueles que aceitam
favores mas depois não retribuem. Num grupo fechado é fácil saber quem
tira proveito da sociedade e não dá nada em troca. Agora, se os
estranhos
fossem bem aceites num grupos eles poderiam tirar partido disso não
dando
nada em troca e quando a sua reputação batesse no fundo podiam ir embora
para enganar o próximo grupo. É para evitar isso que os estranhos nunca
são
bem vindos. Mas não tem nada a ver com sexo. Pode haver formação de
grupos
e não haver sexo.

João
http://www.nonio.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] O Relatório Lugano
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 27/09/2000 19:17

João Mário Miranda wrote:
>
> Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
>
> >
> > Ta bom. O desemprego no mundo todo nao passa de uma ilusao de otica.
>
> O problema de desemprego é menor que há 15 anos.

Soh se for nos EUA, nao no resto do mundo.


>
> > >
> > > Acontece que os custos do trabalho humano está cada vez mais
> > > caro e não o contrário.
> >
> > Depende do trabalho. Se for mao de obra altamente qualificada sim.
> > Caso contrario nao.
> > Em virtude da alta sofisticacao e automatizacao moderna o custo de
> > um trabalhador qualificado eh alto e portanto MAIS UMA RAZAO para
> > aumentar a produtividade e cortar postos de trabalho.
>
> Acontece que a partir de agora toda a mão de obra terá que ser
> qualificada. A percentagem da população que se dedica a investigação
> e desenvolvimento é cada vez maior e vai continuar a crescer.
>Á medida que a produtividade aumenta maior a qualificação necessária
> e maior o custo do trabalho. Como é evidente o nivel de educação da
> população tem que continuar a crescer.
>

Que alhos tem a ver com bugalhos ?
Isso soh mostra que a concorrencia fica cada vez mais dificil
o emprego cada vez mais dificil e a produtividade cada vez mais
almejada.



> > > > Vc esta tomando os burocratas como sinonomos de burros.
> > > > Vc nao pode generalizar uma vez q esta sociedade poderia ter uma
> > > > faculdade de burocracia, Ou eleicoes para burocratas : Se o
> > > burocrata
> > > > nao eh bom ele nao seria eleito nas proximas burocraeleicoes.
> > >
> > > Não é uma questão de eles serem burros. A questão é que a
> > > economia de mercado é mais inteligente que os economistas.
> > > Só isso.
> >
> > Eh inteligente usar a estrategia contida no relatorio Lugano??
> > Pode ser ateh ser q seja, mas nao eh etico.
>
> Não acho ético tomar decisões economicas erradas. Eu acho que
> a previsão de que o capitalismo vai acabar não faz sentido e
> por isso acho que não se devem tomar decisões em função dessas
> previsões. Aliás este tipo de relatórios obriga-me a fazer mais
> uma divagação.

Ja mostrei as razoes logicas da queda do capitalismo.
Os sinais sao evidentes. Mas isso nao significa q ele va acabar de todo,
nem de uma hora para outra, ele ira, ao meu ver, ser substituido,
paulatinamente, por novas formas de politicas sociais que leve em
consideracao o excesso de mao de obra q nao pode ser absorvida pela
iniciativa privada.


>
> Divagação: A sua visão do capitalismo limita-se às relações
> entre a força de trabalho e o capital produtor de bens materiais.

Nao necessariamente, ateh o mercado de servicos esta ameacado
frente aos futuros ( e atuais ) avancos da Inteligencia Artificial.


> A minha visão é outra. O capitalismo mina todas as actividades
> de uma sociedade. A melhor maneira de compreender uma ideia é
> utilizando-a contra si própria. Considere-se a ideia de que o
> capitalismo vai acabar porque o aumento de produtividade leva
> ao aumento do desemprego e a baixa do consumo. Esta ideia é
> produzida por intelectuais que lutam no mercado das ideias
> pela atenção das pessoas, em especial dos poderosos.

Isso NAO implica que a ideia esteja errada.

>As ideias
> não são directamente vendidas, mas aumentam o prestigio dos
> ideologos o que lhes permite vender livros, ganhar prémios
> e obter colocações proveitosas em comissões governamentais.
> A produção de ideias é assim uma industria dentro da própria
> sociedade capitalista. O movimento comunista é um bom exemplo
> do que estou a falar. Um conjunto de ideologos com ideias
> brilhantes sobre como uma sociedade se deve organizar toma
> o poder para depois se transformar na classe opressora.
>Karl
> Popper afirmava que devemos ter muito cuidado com os intelectuais,
> principalmente com aqueles que propoem medidas drasticas para
> mudar a sociedade.

NINGUEM propos medidas drasticas, o proprio Kurs afirmou que
NAO sabe o caminho alternativo.

>Uma sociedade livre, e uma sociedade livre
> será sempre capitalista, deve ser um sistema complexo e
> descentralizado e nenhum intelectual pode ter o poder de a mudar
> profundamente porque temos que admitir a possibilidade de ele
> estar errado. E se ele está errado a sociedade como um todo segue
> um caminho errado. Numa sociedade livre não há esse risco porque
> alguns seguem o caminho certo e outros o errado e os que seguem
> o errado logo imitam os outros.
> Assim, eu acho que não devemos seguir a estratégia contida no
> relatório Lugano. Acho que as sociedades não devem seguir
> estratégias mas devem simplesmente ser uma emanação dos seus
> membros.
>

Mas agir como uma avestruz e nao antever o abismo iminente
tambem eh uma estrategia suicida. A emanacao de seus
membros passa pelas informacoes que o Kurs salientou.



> > >
> > > Mas nem sequer há desemprego nos paises capitalistas ...
> >
> > Nem parece q vc vive na Europa ! :-)
>
> Neste momento na Europa fala-se na importação massiça de imigrantes
> aficanos e de leste porque há falta de mão de obra para a construção
> civil.

Isso pode ser apenas uma sazonalidade. De qqr modo nao eh bem esta
as noticias que eu escuto por aqui. Nao obstante os paises mais
desenvolvidos devem ser os ULTIMOS a sofrer a crise pois *primeiro*
eles as exportaram para os paises sub-em-desenvolvimento.
Qdo estes paises estiverem esgotados sera a vez dos + desenvolvidos
como EUA , Japao e paises da Europa.


> Mais uma forma de manter a chama da economia capitalista.
> Diz-se que em Portugal falta 1 milhão de trabalhadores. É claro que
> isto acontece num momento em que a economia está a funcionar bem.
> Mas mesmo em época de recessão os nossos desempregados não se podem
> queixar muito porque recebem dinheiro da segurança social. Eu não
> estaria muito preocupado com os desempregados na Europa.

Eh exatamente este o papel que cabera ao estado no futuro imediato:
Cuidar
da massa dos excluidos. Bem faz a Europa usar a seguranca social para
isso.


>
> > >
> >
> > Mas enquanto um fato novo NAO VEM devemos ser PRUDENTES
> > e PENSAR numa possivel saida aa crise. Assim, se o fato novo nunca
> > vier a solucao ja foi encontrada.
> >
>
> Como eu expliquei antes a prudencia aconselha a não tentar
> dirigir a sociedade. A sociedade e a ecnomia encontrarão as
> soluções mais tarde ou mais cedo como sempre aconteceu.

Lembrei-me que um fato novo,na verdade, nao acaba com o capitalismo
simplesmente o adia. Deixando as populacoes agonizantes por + tempo.
E , alem do +, ficar rezando para q uma solucao caia dos ceus
nao ajuda em nada a solucao dos problemas. Eles tem q ser discutidos
e analisados como eh o q esta sendo feito com as ideias de Kurs.


PS: O grafico de crescimento da riqueza mundial NAO implica que
esta riqueza esteja sendo DISTRIBUIDA.

[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] Biologia.
FROM: Eliane Evanovich Gallagher <eliane@cbio.ufpa.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 27/09/2000 19:49



On Mon, 2 Oct 2000, John Jochens wrote:

>
> --- Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br> wrote:
> > On Mon, 2 Oct 2000, Jairo Santos Vieira wrote:
> >
> > > A pergunta eh: O percentual de criancas do sexo masculino seria
> > > maior que o normal por haverem somente celulas tipo xy e xy ou em alguns
> > > casos xy e yy?
Existem muitos genes exclusivos do cromossomo X,
que nao apresentam regioes homologas ao Y (cromossomo de constituicao
bastante heterocromatica) relacionados a algumas doencas, como o
dautonismo ou a enzimas, como a G6PD. Ele parece ser bastante importante
para a viabilidade do embriao.
Em casos de nao disjuncao dos cromossomos sexuais, o que pode
acontecer eh...a mulher gerar um ovulo: X, XX ou 0 (sem cromossomo), no
homem o sptz pode ser X, XX, YY ou 0. Algumas sindromes ocasionadas por
esses problemas eh de Turner, XO, Klinefelton XXY e XYY. A presenca do
cromossomo Y eh crucial para a determinacao do sexo, embora existam
mulheres com os cromossomos XY (com inativacao do TDF). Uma serie de
combinacoes podem ser geradas, usando esse padrao de nao disjuncao, mas
muitas sao inviaveis. Jah se foi observado na uniao entre um homem XXY e
uma mulher XO (ambos em geral sao estereis), uma combinacao que causou uma
serie de abortos consecutivos. Mesmo sendo um evento, muitissimo raro, nao
parece eh impossivel!!


> > ao q. eu saiba os yy sao inviaveis... eh preciso haver pelo menos um x.
> [...]
> A exce��o de reprodu��o 'natural' [onde obviamente tem de haver um x], o que
> impede a exist�ncia de yy?
> John Jochens
>
> __________________________________________________
> Do You Yahoo!?
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>
>
> *** --- ***
> Para sair da lista envie um mail para:
> ciencialist-unsubscribe@egroups.com
> *** --- ***
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Hímem
FROM: Eliane Evanovich Gallagher <eliane@cbio.ufpa.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 27/09/2000 19:59



On Tue, 3 Oct 2000, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:

>
>
> {O-Grande-Mentecapto} wrote:
> >
> > Algu�m tem id�ia da utilidade do h�mem nas mulheres, al�m de
> > �
> > claro indicar se s�o virgens ou n�o? J� que dum aspecto evolucion�rio
> > tal
> > indica��o n�o tem import�ncia alguma, certo?
>
> Eu poderia *chutar* uma ou 2 explicacoes :
>
> 1- Ele impediria infeccoes no aparelho reprodutor feminino
> durante a infancia. ( Como sua ruptura seria dolorosa, isso
> postergaria
> as relacoes sexuais prematuras ou possiveis praticas masturbatorias
> prejudiciais)
>
> 2- Pela mesma razao ( dor )ele agiria no sentido de fazer com que
> a menina-moca selecionasse melhor seus parceiros sexuais.

Nao tenho a menor ideia dessa funcao, a maioria das ideias sao
muito especulativas, mas essa ultima resposta me parece meio estranha.
Acho meio dificil que os nossos ancestrais se importassem muito com a
virgindade de suas parceiras, alias, nem imagina qdo essa tal pelicula
tenha surgiu ao longo da evolucao!!:). Ela me parece mais uma barreira
biologica que uma vantagem, jah que a reproducao eh um importante elemento
evolutivo. Por enqto prefiro imaginar que ele eh um resquicio do
desenvolvimento sexual feminino!!


> 3- Serviria como elemento cultural ( de algumas culturas 'machistas')
> no sentido de verificar a virgindade e com isso garantir o
> aspecto recatado da moca alem de aumentar as garantias de
> paternidade do noivo.
>
> []s
> jocax
>
>
> *** --- ***
> Para sair da lista envie um mail para:
> ciencialist-unsubscribe@egroups.com
> *** --- ***
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] O Relatório Lugano
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 27/09/2000 20:10



Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:

> Soh se for nos EUA, nao no resto do mundo.

Não tenho aqui as estatisticas mas aposto que há uma
correlação entre emprego nos EUA e o emprego noutras
economias. Aliás, ao contrario da convicção generalizada
o mal dos outros é também o nosso mal. Quando a economia
corre mal noutras partes do mundo isso não aumenta a
nossa riqueza, só a diminui.


> Que alhos tem a ver com bugalhos ?
> Isso soh mostra que a concorrencia fica cada vez mais dificil
> o emprego cada vez mais dificil e a produtividade cada vez mais
> almejada.

Não, o trabalho humano torna-se mais enriquecedor e o poder
passa para quem sabe e não para quem tem o capital.


> Ja mostrei as razoes logicas da queda do capitalismo.
> Os sinais sao evidentes. Mas isso nao significa q ele va acabar de todo,
> nem de uma hora para outra, ele ira, ao meu ver, ser substituido,
> paulatinamente, por novas formas de politicas sociais que leve em
> consideracao o excesso de mao de obra q nao pode ser absorvida pela
> iniciativa privada.

E eu já mostrei porque é que as suas razoes lógicas estão
erradas. Basicamente porque o capitalismo é muito criativo.
>
> >
> > Divagação: A sua visão do capitalismo limita-se às relações
> > entre a força de trabalho e o capital produtor de bens materiais.
>
> Nao necessariamente, ateh o mercado de servicos esta ameacado
> frente aos futuros ( e atuais ) avancos da Inteligencia Artificial.


> > A minha visão é outra. O capitalismo mina todas as actividades
> > de uma sociedade. A melhor maneira de compreender uma ideia é
> > utilizando-a contra si própria. Considere-se a ideia de que o
> > capitalismo vai acabar porque o aumento de produtividade leva
> > ao aumento do desemprego e a baixa do consumo. Esta ideia é
> > produzida por intelectuais que lutam no mercado das ideias
> > pela atenção das pessoas, em especial dos poderosos.
>
> Isso NAO implica que a ideia esteja errada.
Não. Implica que eles econtraram um nicho ecologico
dentro do capitalismo o que só demonstra a vitalidade do
capitalismo.

>
> >Uma sociedade livre, e uma sociedade livre
> > será sempre capitalista, deve ser um sistema complexo e
> > descentralizado e nenhum intelectual pode ter o poder de a mudar
> > profundamente porque temos que admitir a possibilidade de ele
> > estar errado. E se ele está errado a sociedade como um todo segue
> > um caminho errado. Numa sociedade livre não há esse risco porque
> > alguns seguem o caminho certo e outros o errado e os que seguem
> > o errado logo imitam os outros.
> > Assim, eu acho que não devemos seguir a estratégia contida no
> > relatório Lugano. Acho que as sociedades não devem seguir
> > estratégias mas devem simplesmente ser uma emanação dos seus
> > membros.
> >
>
> Mas agir como uma avestruz e nao antever o abismo iminente
> tambem eh uma estrategia suicida. A emanacao de seus
> membros passa pelas informacoes que o Kurs salientou.

Mas não há nenhum abismo eminente. Alguns visionários prevem
precisamente o contrário. Preveem que a economia capitalista se
está a autoalimentar de modo que a taxa de crescimento está a
tender para infinito. Aliás, é o que mostraria o gráfico que
lhe enviei se o eixo dos y não estivesse em escala logaritmica.
É claro que eu sou igualmente ceptico em relação a isso.

> >
> > Neste momento na Europa fala-se na importação massiça de imigrantes
> > aficanos e de leste porque há falta de mão de obra para a construção
> > civil.
>
> Isso pode ser apenas uma sazonalidade. De qqr modo nao eh bem esta
> as noticias que eu escuto por aqui. Nao obstante os paises mais
> desenvolvidos devem ser os ULTIMOS a sofrer a crise pois *primeiro*
> eles as exportaram para os paises sub-em-desenvolvimento.
> Qdo estes paises estiverem esgotados sera a vez dos + desenvolvidos
> como EUA , Japao e paises da Europa.

Essa teoria da exportação é interessante mas não é verdadeira.
Num pais pobre uma crise é uma questão de vida ou de morte.Num
pais rico é a diferença entre um ou dois carros. Pode haver uma
ilusão de exportação por causa disso, mas o pais onde a crise
se origina sofre sempre mais. Se voce ler as estatisticas chegará á
conclusão que os paises pobres estão cada vez menos pobres. É claro que
África poderá ser uma excepção.

>
> Eh exatamente este o papel que cabera ao estado no futuro imediato:
> Cuidar
> da massa dos excluidos. Bem faz a Europa usar a seguranca social para
> isso.

Só que a segurança social europeia está em crise. E é preciso não
esquecer que essa segurança social assenta em impostos qie
representam uma enorme percentagem do produto produzido pela
economia capitalistas(pelo menos 25 %).


> Lembrei-me que um fato novo,na verdade, nao acaba com o capitalismo
> simplesmente o adia. Deixando as populacoes agonizantes por + tempo.
> E , alem do +, ficar rezando para q uma solucao caia dos ceus
> nao ajuda em nada a solucao dos problemas. Eles tem q ser discutidos
> e analisados como eh o q esta sendo feito com as ideias de Kurs.

O capitalismo é uma corrida sem fim. Um escritor de ficção cientifica,
se calhar o Azimov, previu uma sociedade como uma esfera que se expande
através do universo tudo graças a essas mesmas forças que voce
descreveu.


> PS: O grafico de crescimento da riqueza mundial NAO implica que
> esta riqueza esteja sendo DISTRIBUIDA.

Não, mostra que o capitalismo está bem de saude ha mais de 180 anos.
Aliás, desde a idade média que o produto mundial cresce
exponencialmente.

Mas há aqui uma coisa que eu não entendo. Se voce acredita que
o capitalismo vai ser lentamente substituido por um sistema de
segurança social porque é que esse lado social da sociedade não
é capaz de servir para sustentar o capitalismo? Afnal esse lado
social manterá o emprego a niveis baixos quebrando o ciclo
vicioso do capitalismo.

Acho que esgotei os meus argumentos e já me repeti muitas vezes.
Antes de partir um livro: "Out of Control" de Kevin Kelly, é um
livro absolutamente extraordinário e está disponivel algures na
net em versão integral e gratuita. Aconselho vivamente.

João
http://www.nonio.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] os extraterrestres tem sexo e inteligencia??
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 27/09/2000 21:06

On Wed, 27 Sep 2000, João Mário Miranda wrote:
> bem vindos. Mas não tem nada a ver com sexo. Pode haver formação de
> grupos e não haver sexo.

nao ter necessariamente a ver com sexo eh diferente de nao poder ter a
ver com sexo...

como quis evitar uma suposicao de formacao hierarquica, imaginei um
cenario -- jah q. estamos especulando sobre o sexo dos anjos, nao ha' ttos
problemas em elaboracoes puramente mentais -- em q. a afirmacao atribuida
ao autor pela eliane pudesse ser verdadeira. mas chamei a atencao de q.
era pura especulacao.

em caso mais pes-no-chao, veja o q. acontece em diversos grupamentos de
primatas -- ha' um lider q. tem grandes privilegios sexuais e muitas vezes
um pequeno subgrupo de machos formam coalizoes pra desafiar o lider e ter
acesso 'as femeas. costuma haver um sentimento de 'panelinha' entre esses
primatas. o sentimento de 'panelinha' eh um passo da xenofobia.

claro q. ha' contra-exemplos: marco polo -- fantasioso o qto seja em
diversas passagens de seu relato -- conta sobre o costume de algumas
tribos do oriente medieval em se oferecer a esposa para estranhos. ao q.
parece, nao sei quao confiavel eh a minha fonte, isso se verifica (ou se
verificava) entre os esquimos...

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] proporcional troca por = k ?
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 27/09/2000 23:57

Claudio, demonstre a utilidade da TGBD resolvendo o seguinte
problema ( Usando a TGBD ) :

Em um depósito de brinquedos, 40% dos brinquedos são vermelhos e os restantes são azuis. Metade dos
brinquedos são pequenos e a outra metade é composta de brinquedos maiores. Se 10% dos brinquedos são vermelhos e pequenos e 40 brinquedos são azuis e maiores, quantos são os brinquedos vermelhos e
maiores?

Boa sorte ! ;-)
[]s
jocax



Prezado Jocax,

Este é um problema comum, que pode ser facilmente resolvido mediante a manipulação de 9 equações (explicitas ou implícitas) para determinar o valor das 9 variáveis envolvidas. Não vou me estender sobre isto pois não faz sentido. Apenas digo que a resposta a que cheguei: são 40 os brinquedos vermelhos e maiores.

Quanto a aplicar a TGBD para resolvê-lo não consegui, e acredito que não há como fazê-lo. Embora possa parecer tratar-se de um Bidual (brinquedos vermelhos pequenos e maiores, e brinquedos azuis pequenos e maiores) a meu ver não é o caso.

Por alguns momentos achei que poderia estar indo na direção da quantificação da TGBD, tão entusiasmado que fiquei ao ver que a Regra de Três (incluindo o seu caso particular da razão áurea) é uma bidualidade. Contudo, depois vi que ela trata apenas de um caso particular, onde os quatro componentes guardam proporção entre si.

Dentro deste aspecto, acho que o problema acima foi muito útil, pois me fez ver que quantificar a TGBD é muito mais complexo (acho até que seja mesmo impossível), e não tão simples como, por algum tempo, pensei que fosse. Desta forma, ficarei devendo esta.

Um grande abraço,

Claudio Abreu

----- Original Message -----
From: Joao Carlos Holland de Barcellos
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Wednesday, September 27, 2000 8:05 AM
Subject: Re: [ciencialist] proporcional troca por = k ?




Claudio Abreu wrote:
>
> Prezados amigos do Ciencialist,
>
> Esta discussão toda, que começou pela razão áurea, acabou por resultar
> num grande salto da TGBD, que é o início da sua fase de quantificação.
>
> Explico melhor: até então a TGBD era uma teoria meramente qualitativa.
> Mas agora comecei transformá-la, também, numa teoria quantitativa.


Claudio, demonstre a utilidade da TGBD resolvendo o seguinte
problema ( Usando a TGBD ) :


Em um depósito de brinquedos, 40% dos brinquedos
são vermelhos e os restantes são azuis. Metade dos
brinquedos são pequenos e a outra metade é
composta de
brinquedos maiores. Se 10% dos brinquedos são
vermelhos e pequenos e 40 brinquedos são azuis e
maiores, quantos são os brinquedos vermelhos e
maiores?


Boa sorte ! ;-)
[]s
jocax



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Spin e Gluons
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 28/09/2000 00:21

Prezados amigos do Cieancialist,

Gostaria de uma ajuda de quem pudesse me informar sobre as duas questões abaixo:

A) SPIN

Existe correlação entre o spin de um elétron e o spin dos prótons e neutrons. Explico melhor, para o caso mais simples, que é o do átomo do Hidrogênio:

O spin do próton e dos 3 quarks que o formam serão:
a) no mesmo sentido do spin do elétron?
b) no sentido inverso ao do sentido do elétron? ou
c) independentes do sentido do spin do elétron?

B) GLUONS

Na Cromodinâmica Quântica os Gluons pode ser de oito tipos, e não de nove como aparentemente deveriam ser, dá faço as seguintes perguntas:
a) quais são os oito tipos de gluons?
b) por que são 8 e não 9 os tipos de gluon?

Desde já agradeço a quem puder me informar a respeito, e se possível me indicar bibliografia sobre os dois temas.

Um grande abraço,

Claudio Abreu


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Spin e Gluons
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 28/09/2000 00:28

Prezados amigos do Cieancialist,

Refaço a mensagem anterior, corrigindo alguns dos seus erros.

Gostaria de uma ajuda de quem pudesse me informar sobre as duas questões abaixo:

A) SPIN

Existe correlação entre o spin de um elétron e o spin dos prótons e neutrons? Explico melhor, para o caso mais simples, que é o do átomo do Hidrogênio, os spins do próton e dos 3 quarks que o formam serão:
a) no mesmo sentido do spin do elétron?
b) no sentido inverso ao do sentido do elétron? ou
c) independentes do sentido do spin do elétron?

B) GLUONS

Na Cromodinâmica Quântica os Gluons pode ser de oito tipos, e não de nove como aparentemente deveriam ser, dá faço as seguintes perguntas:
a) quais são os oito tipos de gluons?
b) por que são 8 e não 9 os tipos de gluon?

Desde já agradeço a quem puder me informar a respeito, e se possível me indicar bibliografia sobre os dois temas.

Um grande abraço,

Claudio Abreu


----- Original Message -----
From: Claudio Abreu
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Thursday, September 28, 2000 12:21 AM
Subject: [ciencialist] Spin e Gluons


Prezados amigos do Cieancialist,

Gostaria de uma ajuda de quem pudesse me informar sobre as duas questões abaixo:

A) SPIN

Existe correlação entre o spin de um elétron e o spin dos prótons e neutrons. Explico melhor, para o caso mais simples, que é o do átomo do Hidrogênio:

O spin do próton e dos 3 quarks que o formam serão:
a) no mesmo sentido do spin do elétron?
b) no sentido inverso ao do sentido do elétron? ou
c) independentes do sentido do spin do elétron?

B) GLUONS

Na Cromodinâmica Quântica os Gluons pode ser de oito tipos, e não de nove como aparentemente deveriam ser, dá faço as seguintes perguntas:
a) quais são os oito tipos de gluons?
b) por que são 8 e não 9 os tipos de gluon?

Desde já agradeço a quem puder me informar a respeito, e se possível me indicar bibliografia sobre os dois temas.

Um grande abraço,

Claudio Abreu


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]


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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] os extraterrestres tem sexo e inteligencia??
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 28/09/2000 07:57



Roberto Mitsuo Takata wrote:
>
> On Wed, 27 Sep 2000, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> > TODAS as caracteristicas instintivas que qualquer outra sociedade
> > inteligente
> > tambem apresenta :
> >
> > - Amor, Odio, Inveja, Compaixao, Ciumes, Desejo, Vinganca, Medo,
> Coragem
> > etc..
> >
> > Pois estes sentimentos existem ( foram evoluidos por selecao natural
> )
> > pq de alguma forma auxiliava na sobrevivenccia dos portadores destes
> > genes.
>
> vc se esqueceu de levar em conta q. o q. vc estah chamando de
> sociedades
> inteligentes aqui na terra apresentam um origem em comum -- assim
> sendo
> nao se tratam de evolucao convergente, o q. limita seriamente seu uso
> como
> modelos generalizados -- ha' forte influencia do fator historico: elas
> partilharam um ancestral em comum por um bom tempo e certamente a
> origem
> das caracteristicas de inteligencia estah nessa origem em comum.

Eu acredito que a evolucao sexuada social seja convergente para estes
aspectos de instintos sentimentais. Acredito q eu poderia mostrar
a vantagem evolutiva de cada destes sentimentos no ambito de
uma sociedade nests moldes.


>
> alem de q., embora seja uma suposicao valida -- a de q. todos os
> sentimentos emotivos foram selecionados --, nao podemos utiliza'-la
> como
> base de apoio a outras suposicoes -- os fatores emotivos sao elementos
> necessarios para qq forma de inteligencia...

E nao disse q os sentimentos emotivos foram necessarios para a
forma de inteligencia. Acredito q eles evoluiram em paralelo
junto com a inteligencia.


[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] os extraterrestres tem sexo e inteligencia??
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 28/09/2000 08:00



João Mário Miranda wrote:
>
> Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
>
> > OOps.. esqueci de dizer que isto ocorre desde que a sociedade tenha
> > sexualidade. O livro do Dawkins mostra que a sexualidade aparece
> como
> > uma decorrencia natural da existencia da vida.
> > A ideia por traz eh uma competicao dos gametas pela sobrevivencia
> > alguns se especializaram em ter nutrientes suficiente para
> > a nutricao do ovo ( femea ) e outros pela alta mobilidade na
> procura
> > por outro gameta.
>
> Isso não explica o sexo. Explica a especialização dos sexos.


"... os extraterrestres tem sexo ? "
O q esta pergunta remete nao eh se existe uma reproducao sexuada
mas sim se existe um dimorfismo sexual no sentido comum do termo :
sexo
(cs), s. m. 1. Zool. Conjunto de caracteres estruturais e funcionais
segundo os quais um ser vivo é classificado como macho ou fêmea.

[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] O Relatório Lugano
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 28/09/2000 08:27



João Mário Miranda wrote:
>
> Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
>
> > Soh se for nos EUA, nao no resto do mundo.
>
> Não tenho aqui as estatisticas mas aposto que há uma
> correlação entre emprego nos EUA e o emprego noutras
> economias. Aliás, ao contrario da convicção generalizada
> o mal dos outros é também o nosso mal. Quando a economia
> corre mal noutras partes do mundo isso não aumenta a
> nossa riqueza, só a diminui.

Nao mesmo. Pq vc acha q existe o GAT e outros organismos internacionais
de controle ? Simplesmente pq cada pais quer lucrar mais em cima de
outro
Praticas como DUMPING que servem para quebrar a industria concorrente
sao comuns e estes organismos servem para evitar tal pratica "desleal".
Mas de um modo vc esta certo se o pais comprador "quebra" o pais
exportador
perde mercado. Por tanto a ideia eh : Sugar ao maximo mas sem matar.


> >
> > >Uma sociedade livre, e uma sociedade livre
> > > será sempre capitalista, deve ser um sistema complexo e
> > > descentralizado e nenhum intelectual pode ter o poder de a mudar
> > > profundamente porque temos que admitir a possibilidade de ele
> > > estar errado. E se ele está errado a sociedade como um todo segue
> > > um caminho errado. Numa sociedade livre não há esse risco porque
> > > alguns seguem o caminho certo e outros o errado e os que seguem
> > > o errado logo imitam os outros.
> > > Assim, eu acho que não devemos seguir a estratégia contida no
> > > relatório Lugano. Acho que as sociedades não devem seguir
> > > estratégias mas devem simplesmente ser uma emanação dos seus
> > > membros.
> > >
> >
> > Mas agir como uma avestruz e nao antever o abismo iminente
> > tambem eh uma estrategia suicida. A emanacao de seus
> > membros passa pelas informacoes que o Kurs salientou.
>
> Mas não há nenhum abismo eminente. Alguns visionários prevem
> precisamente o contrário. Preveem que a economia capitalista se
> está a autoalimentar de modo que a taxa de crescimento está a
> tender para infinito.

As crises sucessivas do Mexico, Asia, Brasil etc.. sao sinais
disso. Aqui no Brasil a solucao temporaria foi um emprestimo
monstro do FMI e a entrega do controle politico
financeiro a este orgao. Que impos uma abertura a "la consenso de
Washington"
com quebradeira geral de pequenas empresas e desemprego e
desnacionalizacao
recorde.
Ateh hoje nao voltou aos patamares antigos.


> Aliás, é o que mostraria o gráfico que
> lhe enviei se o eixo dos y não estivesse em escala logaritmica.
> É claro que eu sou igualmente ceptico em relação a isso.
>
> > >
> > > Neste momento na Europa fala-se na importação massiça de
> imigrantes
> > > aficanos e de leste porque há falta de mão de obra para a
> construção
> > > civil.
> >
> > Isso pode ser apenas uma sazonalidade. De qqr modo nao eh bem esta
> > as noticias que eu escuto por aqui. Nao obstante os paises mais
> > desenvolvidos devem ser os ULTIMOS a sofrer a crise pois *primeiro*
> > eles as exportaram para os paises sub-em-desenvolvimento.
> > Qdo estes paises estiverem esgotados sera a vez dos + desenvolvidos
> > como EUA , Japao e paises da Europa.
>
> Essa teoria da exportação é interessante mas não é verdadeira.
> Num pais pobre uma crise é uma questão de vida ou de morte.Num
> pais rico é a diferença entre um ou dois carros. Pode haver uma
> ilusão de exportação por causa disso, mas o pais onde a crise
> se origina sofre sempre mais. Se voce ler as estatisticas chegará á
> conclusão que os paises pobres estão cada vez menos pobres. É claro
> que
> África poderá ser uma excepção.

Note bem que a exportacao da crise eh real na medida que a doutrina
neoliberal afrouxa restricoes comerciais aos paises com menos tecnologia
competitiva, abrindo novos mercados para os paises desenvolvidos e
garantindo o emprego nestes paises em detrimento dos outros.
Eh este o sentido de exportacao da crise.


>
> >
> > Eh exatamente este o papel que cabera ao estado no futuro imediato:
> > Cuidar
> > da massa dos excluidos. Bem faz a Europa usar a seguranca social
> para
> > isso.
>
> Só que a segurança social europeia está em crise. E é preciso não
> esquecer que essa segurança social assenta em impostos qie
> representam uma enorme percentagem do produto produzido pela
> economia capitalistas(pelo menos 25 %).

Eh uma solucao que por hora funciona. No futuro talvez nao seja
suficiente
eh aih q vai entrar o trabalho social obrigatorio: Para contter o defict
do servico social.


>
> > PS: O grafico de crescimento da riqueza mundial NAO implica que
> > esta riqueza esteja sendo DISTRIBUIDA.
>
> Não, mostra que o capitalismo está bem de saude ha mais de 180 anos.
> Aliás, desde a idade média que o produto mundial cresce
> exponencialmente.


Isso nao eh sinal de um bom indicador social.
Se toda riqueza do mundo estiver a cargo de uma unica pessoa
cuja riqueza cresce exponencialmente isso significa que
a populacao do globo esta rica ? Lembre-se que um pao por pessoa
nao significa que 2 pessoas ganhem um pao cada mas pode significar q
uma ganhe 2 paos e a outra nenhum.

>
> Mas há aqui uma coisa que eu não entendo. Se voce acredita que
> o capitalismo vai ser lentamente substituido por um sistema de
> segurança social porque é que esse lado social da sociedade não
> é capaz de servir para sustentar o capitalismo? Afnal esse lado
> social manterá o emprego a niveis baixos quebrando o ciclo
> vicioso do capitalismo.


Mas isto esta de fato sendo feito na Europa. A securidade social
garante um minimo de mercado ativo e impede a quebra total das
empresas. E isto sustenta o capitalismo por + tempo.
O q acontece eh q esta securidade esta, como vc mesmo disse,
cada vez mais deficitaria e por isso eu acho q a solucao seria
que a forca de trabalho excedente fosse usada para manter
a securidade dos outros. Isso evitaria aumento de impostos
no setor produtivo e forneceria trabalho para quem nao consegue
na iniciativa privada.


[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] proporcional troca por = k ?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 28/09/2000 08:42



Claudio Abreu wrote:
>
> Claudio, demonstre a utilidade da TGBD resolvendo o seguinte
> problema ( Usando a TGBD ) :
>
> Em um depósito de brinquedos, 40% dos brinquedos são vermelhos e os
> restantes são azuis. Metade dos
> brinquedos são pequenos e a outra metade é composta de brinquedos
> maiores. Se 10% dos brinquedos são vermelhos e pequenos e 40
> brinquedos são azuis e maiores, quantos são os brinquedos vermelhos e
> maiores?
>
> Boa sorte ! ;-)
> []s
> jocax
>
> Prezado Jocax,
>
> Este é um problema comum, que pode ser facilmente resolvido mediante a
> manipulação de 9 equações (explicitas ou implícitas) para determinar o
> valor das 9 variáveis envolvidas. Não vou me estender sobre isto pois
> não faz sentido. Apenas digo que a resposta a que cheguei: são 40 os
> brinquedos vermelhos e maiores.

Eu cheguei a 60 brinquedos vermelhos maiores.


>
> Quanto a aplicar a TGBD para resolvê-lo não consegui, e acredito que
> não há como fazê-lo. Embora possa parecer tratar-se de um Bidual
> (brinquedos vermelhos pequenos e maiores, e brinquedos azuis pequenos
> e maiores) a meu ver não é o caso.
>
> Por alguns momentos achei que poderia estar indo na direção da
> quantificação da TGBD, tão entusiasmado que fiquei ao ver que a Regra
> de Três (incluindo o seu caso particular da razão áurea) é uma
> bidualidade. Contudo, depois vi que ela trata apenas de um caso
> particular, onde os quatro componentes guardam proporção entre si.
>
> Dentro deste aspecto, acho que o problema acima foi muito útil, pois
> me fez ver que quantificar a TGBD é muito mais complexo (acho até que
> seja mesmo impossível), e não tão simples como, por algum tempo,
> pensei que fosse. Desta forma, ficarei devendo esta.
>


Ok,
se vc um dia conseguir eu vou comecar olhar a TGBD com mais
seriedade ! :-))
[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] os extraterrestres tem sexo e inteligencia??
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 28/09/2000 09:16



Sobre o surgimento do sexo tem uma revista Ciencia Hoje, deste ano, (
http://www.ciencia.org.br ) que tem esse
tema como materia de capa. Eh bem interessante, traz as varias teorias
sobre o assunto e debate principalmente a questao da pressao parasitaria
como fator para o surgimento do sexo.

Nao vou comentar mais nada porque nao eh minha area. :)

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna


SUBJECT: Re: [ciencialist] proporcional troca por = k ?
FROM: Usuario Universo Online <astecpassos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 28/09/2000 11:13

> Em um depósito de brinquedos, 40% dos brinquedos são vermelhos e os
restantes são azuis. Metade dos
> brinquedos são pequenos e a outra metade é composta de brinquedos maiores.
Se 10% dos brinquedos são vermelhos e pequenos e 40 brinquedos são azuis e
maiores, quantos são os brinquedos vermelhos e
> maiores?
>

Sobre o problema acima, cheguei à seguinte conclusão:

Se 40% dos brinquedos são vermelhos, e destes 10% são pequenos, teremos 30%
dos brinquedos sendo vermelhos e maiores.
Como 50% dos brinquedos são pequenos e os outros 50% são maiores; temos que
20% são azuis e maiores (porque 30% sao vermelhos e maiores).
Se 20% é igual a 40 brinquedos, então 100% vale 200 brinquedos.
Tendo isto, verificamos que 80 brinquedos são vermelhos e 120 brinquedos são
azuis; e que 100 brinquedos são maiores e 100 brinquedos são menores.
Os vermelhos e pequenos, que são 10% do total, equivalem a 20 brinquedos.
Os azuis e maiores, como dado no plobema, valem 40 brinquedos.
Se dos 100 brinquedos pequenos, 20 são vermelhos, então os outros 80 são
azuis.
E se dos 100 brinquedos maiores 40 são azuis, então 60 são vermelhos.

Cheguei à esta conclusão: Que os brinquedos Vermelhos e Maiores equivalem a
60 brinquedos!!!

Eu queria saber se estou certo, ou, caso contrário, que me avisem onde
errei.
Sobre aplicar a TGBD, não consegui!

Obrigado
Diego



SUBJECT: Re: [ciencialist] proporcional troca por = k ?
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 28/09/2000 11:19

Prezado Jocax,

Vamos recapitular. Você me fez o seguinte desafio:

> Claudio, demonstre a utilidade da TGBD resolvendo o seguinte
> problema ( Usando a TGBD ) :
>
> Em um depósito de brinquedos, 40% dos brinquedos são vermelhos e os
> restantes são azuis. Metade dos
> brinquedos são pequenos e a outra metade é composta de brinquedos
> maiores. Se 10% dos brinquedos são vermelhos e pequenos e 40
> brinquedos são azuis e maiores, quantos são os brinquedos vermelhos e
> maiores?
>

Na minha resposta escrevi:

>Quanto a aplicar a TGBD para resolvê-lo não consegui, e acredito que
>não há como fazê-lo. Embora possa parecer tratar-se de um Bidual
>(brinquedos vermelhos pequenos e maiores, e brinquedos azuis pequenos
>e maiores) a meu ver não é o caso.

Realmente o problema que você me colocou não se refere a um caso de Bidualidade, e, assim, é lógico, não pode ser resolvido pela TGBD. E, digo mais, se pudesse sê-lo seria a própria negação da TGBD.

Explico agora porque o seu exemplo não é o caso de Bidualidade: o fato de existirem os quatro tipos de brinquedos (Vermelhos e Azuis, os quais, por sua vez, podem ser Pequenos ou Maiores) não introduz nenhuma relação entre eles, fazendo que o número de brinquedos de cada tipo seja independente dos número dos demais.

Repare que alguém pode colocar ou retirar brinquedos de qualquer cor ou tamanho no tal depósito, sem que isto interfira com os demais que nele ficaram, pois a única modificação que isto irá gerar será o no número total de brinquedos e no número de brinquedos do tipo do que foi colocado ou retirado do depósito.

Observe que se houvesse uma regra de interdependência que regesse o número dos quatro tipos de brinquedos entre si, o problema seria de outra natureza. E posso lhe afirmar que se esta regra fosse a da proporcionalidade, certamente estaríamos de frente de um caso de Bidualidade, pois já demonstrei aqui que a Regra de Três é um Bidual.

Em suma: embora tenha dito que o caso abordado pelo seu problema não poderia ser resolvido pela TGBD por não ser um Bidual, eu não o fiz com a ênfase que deveria ter feito. Isto porque estava tão fascinado com a possibilidade de poder iniciar a fase de quantificação da TGBD, que para mim a questão do caso não ser o de um bidual acabou tendo a sua importância reduzida, a ponto de me confundir e acabei escrevendo os trechos seguintes:

> Por alguns momentos achei que poderia estar indo na direção da
> quantificação da TGBD, tão entusiasmado que fiquei ao ver que a Regra
> de Três (incluindo o seu caso particular da razão áurea) é uma
> bidualidade. Contudo, depois vi que ela trata apenas de um caso
> particular, onde os quatro componentes guardam proporção entre si.
>
> Dentro deste aspecto, acho que o problema acima foi muito útil, pois
> me fez ver que quantificar a TGBD é muito mais complexo (acho até que
> seja mesmo impossível), e não tão simples como, por algum tempo,
> pensei que fosse. Desta forma, ficarei devendo esta.

E então você aproveitou o meu descuido e veio com esta:

>Ok,
>se vc um dia conseguir eu vou comecar olhar a TGBD com mais
>seriedade ! :-))
>[]s
>jocax

Face ao que expliquei aqui, faço-lhe um desafio, mesmo que seja para que comece a olhar a TGBD com mais seriedade: reformule seu problema estabelecendo alguma regra de dependência entre os quatro tipos de brinquedos, e vamos ver se a TGBD não irá resolvê-lo.

Um grande abraço, e desculpe o mal jeito.

Claudio Abreu

PS: Certamente o número de brinquedos vermelhos e maiores 60 e não 40. Também me enganei aqui, mas esclareço que no caso não foi um furo da TGBD.

----- Original Message -----
From: Joao Carlos Holland de Barcellos
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Thursday, September 28, 2000 8:42 AM
Subject: Re: [ciencialist] proporcional troca por = k ?




Claudio Abreu wrote:
>
> Claudio, demonstre a utilidade da TGBD resolvendo o seguinte
> problema ( Usando a TGBD ) :
>
> Em um depósito de brinquedos, 40% dos brinquedos são vermelhos e os
> restantes são azuis. Metade dos
> brinquedos são pequenos e a outra metade é composta de brinquedos
> maiores. Se 10% dos brinquedos são vermelhos e pequenos e 40
> brinquedos são azuis e maiores, quantos são os brinquedos vermelhos e
> maiores?
>
> Boa sorte ! ;-)
> []s
> jocax
>
> Prezado Jocax,
>
> Este é um problema comum, que pode ser facilmente resolvido mediante a
> manipulação de 9 equações (explicitas ou implícitas) para determinar o
> valor das 9 variáveis envolvidas. Não vou me estender sobre isto pois
> não faz sentido. Apenas digo que a resposta a que cheguei: são 40 os
> brinquedos vermelhos e maiores.

Eu cheguei a 60 brinquedos vermelhos maiores.


>
> Quanto a aplicar a TGBD para resolvê-lo não consegui, e acredito que
> não há como fazê-lo. Embora possa parecer tratar-se de um Bidual
> (brinquedos vermelhos pequenos e maiores, e brinquedos azuis pequenos
> e maiores) a meu ver não é o caso.
>
> Por alguns momentos achei que poderia estar indo na direção da
> quantificação da TGBD, tão entusiasmado que fiquei ao ver que a Regra
> de Três (incluindo o seu caso particular da razão áurea) é uma
> bidualidade. Contudo, depois vi que ela trata apenas de um caso
> particular, onde os quatro componentes guardam proporção entre si.
>
> Dentro deste aspecto, acho que o problema acima foi muito útil, pois
> me fez ver que quantificar a TGBD é muito mais complexo (acho até que
> seja mesmo impossível), e não tão simples como, por algum tempo,
> pensei que fosse. Desta forma, ficarei devendo esta.
>


Ok,
se vc um dia conseguir eu vou comecar olhar a TGBD com mais
seriedade ! :-))
[]s
jocax

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SUBJECT: Re: [ciencialist] os extraterrestres tem sexo e inteligencia??
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 28/09/2000 11:27

On Thu, 28 Sep 2000, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> Eu acredito que a evolucao sexuada social seja convergente para estes
> aspectos de instintos sentimentais. Acredito q eu poderia mostrar
> a vantagem evolutiva de cada destes sentimentos no ambito de
> uma sociedade nests moldes.

incentivo-o a demonstrar. nao estou falando em apenas criar cenarios
evolutivos, isso eh a parte mais facil. mas apontar dados q. indiquem uma
convergencia em lugar de origem em comum.

> E nao disse q os sentimentos emotivos foram necessarios para a
> forma de inteligencia. Acredito q eles evoluiram em paralelo
> junto com a inteligencia.

bem, nesse caso eh preciso explicitar as conexoes causais entre as
pressoes q. levaram 'a evolucao da inteligencia (seja qual for a definicao
utilizada) e as q. levaram 'a evolucao da emotividade. e demonstrar a
universalidade dessas conexoes.

claro, q. como disse, estamos especulando sobre sexo dos anjos, o q. a
principio nao exigiria um rigor na formalizacao das apresentacoes -- mas
como vc defende a universalidade do modelo terrestre, acho q. seria
interessante vc demonstrar q. necessariamente haveria a ligacao entre o
emocional e o racional (tomando como sinonimo de inteligencia -- embora
alguns autores me fosse condenar por isso) para qq outra situacao.

embora damasio demonstre essa ligacao para a inteligencia humana, como
seria no caso de prototipos de inteligencia artificial, por exemplo? um
computador q. realmente fosse capaz de raciocinar, teria q. ser um capaz
de sentir? o q. damasio parece pensar eh q. pra ter uma inteligencia do
tipo humana, o computador teria q. ter sentimentos, mas nao diz q. pra ter
qq outro tipo de inteligencia essa condicao seja necessaria.

bem, certo tbm q. ao dizermos 'inteligencia extraterrestre' nao estaremos
pensando em qq tipo de inteligencia -- eh do tipo q. necessariamente
fosse capaz de se comunicar. e mais especificamente se comunicar conosco.
aih talvez entraria a necessidade de ter entao alguma similaridade com a
nossa inteligencia -- pra permitir a comunicacao. o q. poderia defender o
seu ponto de vista da necessidade de uma emotividade similar 'a humana
para os extraterrestres. mas chamo a atencao de novo para uma i.a. -- caso
ela seja concebivel sem emotividade, ela tera' q. ser, ainda assim, capaz
de comunicacao com humanos (do contrario ela nao tera' sentido)...

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] proporcional troca por = k ?
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 28/09/2000 12:01

> Claudio Abreu wrote:
> > Este é um problema comum, que pode ser facilmente resolvido mediante a
> > manipulação de 9 equações (explicitas ou implícitas) para determinar o
> > valor das 9 variáveis envolvidas. Não vou me estender sobre isto pois
> > não faz sentido. Apenas digo que a resposta a que cheguei: são 40 os
> > brinquedos vermelhos e maiores.

caracas, como os economistas complicam... o pior eh q. eles devem ser
mesmo capazes de provar por variacao sazonal nas bandas diagonais
endogenas das taxas de volatilizacao do capital especulativo durante a
fase de crescimento das bolhas de consumo apos um choque de
maxi-desvalorizacao do peso mexicano que levou a um aumento de 200 pontos
no indice nasdaq e uma queda de 2% no indice bovespa... (desculpe-me, mas
nao resisti...)

eu vejo graficamente o problema:

V A V A
--------------- ---------------
| | | | |(50%- |
P | 10% | | 50% P |(10%) | 10%) |
| | | | | 40% |
--------------- ---------------
| | | |(40%- |(50%- |
G | | 40 | 50% G | 10%) | 30%) |<--- ou (60%-40%)=20%
| | | | 30% | 20% |
--------------- ---------------
40% 60% p(AG)=0,2
AG = 40
p(AG)= AG/T
bem, as codificacoes sao T = 40/0,2 = 200
obvias o bastante, a ponto p(VG)=0,3
de constituir se em uma ofensa VG = 200x0,3 = 60
explicita'-las...

ta' nao foi tao grafico assim a resolucao, mas fiquei com preguica de
desenhar todas as bolinhas...

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] proporcional troca por = k ?
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 28/09/2000 12:31

Prezado Takata,

Desta vez você foi brilhante. Gostei muito da forma esquemática e simples com que resolveu a questão.

Ressalto, contudo, que não sou economista, mas sim engenheiro civil e mestre em administração.

Um grande abraço,

Claudio Abreu
----- Original Message -----
From: Roberto Mitsuo Takata
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Thursday, September 28, 2000 12:01 PM
Subject: Re: [ciencialist] proporcional troca por = k ?


> Claudio Abreu wrote:
> > Este é um problema comum, que pode ser facilmente resolvido mediante a
> > manipulação de 9 equações (explicitas ou implícitas) para determinar o
> > valor das 9 variáveis envolvidas. Não vou me estender sobre isto pois
> > não faz sentido. Apenas digo que a resposta a que cheguei: são 40 os
> > brinquedos vermelhos e maiores.

caracas, como os economistas complicam... o pior eh q. eles devem ser
mesmo capazes de provar por variacao sazonal nas bandas diagonais
endogenas das taxas de volatilizacao do capital especulativo durante a
fase de crescimento das bolhas de consumo apos um choque de
maxi-desvalorizacao do peso mexicano que levou a um aumento de 200 pontos
no indice nasdaq e uma queda de 2% no indice bovespa... (desculpe-me, mas
nao resisti...)

eu vejo graficamente o problema:

V A V A
--------------- ---------------
| | | | |(50%- |
P | 10% | | 50% P |(10%) | 10%) |
| | | | | 40% |
--------------- ---------------
| | | |(40%- |(50%- |
G | | 40 | 50% G | 10%) | 30%) |<--- ou (60%-40%)=20%
| | | | 30% | 20% |
--------------- ---------------
40% 60% p(AG)=0,2
AG = 40
p(AG)= AG/T
bem, as codificacoes sao T = 40/0,2 = 200
obvias o bastante, a ponto p(VG)=0,3
de constituir se em uma ofensa VG = 200x0,3 = 60
explicita'-las...

ta' nao foi tao grafico assim a resolucao, mas fiquei com preguica de
desenhar todas as bolinhas...

[]s,

roberto takata


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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] O Relatório Lugano
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 28/09/2000 12:43



Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:


> > Só que a segurança social europeia está em crise. E é preciso não
> > esquecer que essa segurança social assenta em impostos qie
> > representam uma enorme percentagem do produto produzido pela
> > economia capitalistas(pelo menos 25 %).
>
> Eh uma solucao que por hora funciona. No futuro talvez nao seja
> suficiente
> eh aih q vai entrar o trabalho social obrigatorio: Para contter o defict
> do servico social.

Mas que tipo de trabalho social obrigatorio? Como é que o
sector publico pode competir com um sector privado com
elevadissima produtividade? Ainda por cima utilizando os
trabalhadores excluidos do sector privado.
Basta fazer o balanço ao que entra e ao que sai do sector
publico.

Despesas do sector publico: salários dos excluidos + despesas de
funcionamento
Lucros do sector público: impostos cobrados ao sector privado +
receitas de prestação de serviços cobrados ao sector privado


Uma vez que o sector publico é pouco competitivo as receirtas
por prestação de serviços ao sector privado são muito baixas
quando comparadas com os impostos. O impacto do trabalho social
obrigatório é quase nulo, principalmente numa situação em que
a produtividade do sector privado é muito muito grande. Voce
mesmo diz que até a inteligencia artificial vai substituir os
humanos na maior parte dos serviços.

Mas há uma coisa absolutamente perversa no seu raciocinio. Os
trabalhadores excluidos que passam para o sector publico vão
continuar a alimentar o capitalismo porque continuam a ter
poder de compra. Apesar de o numero de
trabalhadores do sector privado diminuir progressivamente a
maior parte da riqueza da sociedade continua a ser produzida
pelo sector privado. Ou seja, no fim da história o sector
privado é controlado por meia duzia de empresários que
produzem toda a riqueza do mundo. Essas pessoas são as que
têm o mundo na mão. Se essas pessoas deixarem de produzir
riqueza aqueles que vivem da segurança social simplesmente
morrem de fome.
> >
> > Não, mostra que o capitalismo está bem de saude ha mais de 180 anos.
> > Aliás, desde a idade média que o produto mundial cresce
> > exponencialmente.
>
> Isso nao eh sinal de um bom indicador social.
> Se toda riqueza do mundo estiver a cargo de uma unica pessoa
> cuja riqueza cresce exponencialmente isso significa que
> a populacao do globo esta rica ? Lembre-se que um pao por pessoa
> nao significa que 2 pessoas ganhem um pao cada mas pode significar q
> uma ganhe 2 paos e a outra nenhum.
>

Eu não disse que o capitalismo é justo. Eu disse que ele está
bem de saude. É diferente. Os seus argumentos são tão válidos
hoje como há 500 anos. A produtividade e a competição estão a
aumntar há 500 anos. E no entanto o capitalismo está vivo e
de saude desde então. Não acabou.


joao
http://www.nonio.com



SUBJECT: estatistica -- [era] proporcional troca por = k ?
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 28/09/2000 13:24

Alias, a resolucao do problema me lembrou o quadro de punnett -- naquele
em q. pareamos todos os tipos de gameta pra vermos os resultados possiveis
de um cruzamento nas aulas de genetica do ensino medio (antigo segundo
grau e mais antigo ainda colegial e o pleistocenico cientifico).

Normalmente isso estabelece as classes possiveis de genotipo (e
indiretamente do fenotipo dependendo das relacoes de dominancia e
recessividade entre os alelos e das interacoes epistaticas entre os genes)
e podemos fazer um teste de qui-quadrado para vermos se ha' algum desvio
estatisticamente significante entre o esperado e o obtido.

Certamente estou reinventando a roda, mas parece q. a frase "'nao eh
esperado q.' eh diferente de 'eh esperado q. nao'" tem um pouco mais do q.
mero jogo de palavras.

Um exemplo banal eh o caso de genes ligados -- q. estao em um mesmo
cromossomo em regioes proximas. Peguemos as ervilhas de jardim de mendel e
analisemos os caracteres 'cor da flor' e 'forma do polen', com os
respectivos estados possiveis: vermelho-escura/vermelha e longa/redonda.
Se houvesse segregacao mendeliana classica, esperariamos a proporcao de
9:3:3:1 - 9 duplo dominante, 3 dominante para um carater e recessivo para
outro, 3 vice-versa e 1 duplo recessivo - na geracao F2 - i.e., 56,25%,
18,75%, 18,75%, 6,25% - no cruzamento de parentais duplo dominante e duplo
recessivo.

Punnett obteve de 6952 individuos:

4831 (~69,5%) flor verm-escura/polen longo
390 ( ~5,6%) verm-escura/redondo
393 ( ~5,6%) verm/longo
1338 (~19,3%) verm/redondo

chi-quadr = 3.371,591; o crit para alfa=0,05 eh 7,815

Mas o q. aconteceria se sabendo q. os genes desses caracteres estao no
mesmo cromossomo, esperassemos a proporcao de 3:1? seria o mesmo q.
3:0:0:1? vejamos, se nao houvesse a recombinacao produzindo as classes
dominante/recessivo e recessivo/dominante - teriamos:

5225,5 verm-esc/longo
1729,5 verm/red

chi-quad = 0,067 para um crit de 3,841... bem, mas nao poderiamos estender
isso para um 3:0:0:1 - jah q. haveria uma divisao por zero nos calculos...
quer dizer - 3:1 eh diferente de 3:0:0:1... no primeiro caso, nao se
espera q. haja representantes de classes intermediarias, no segundo,
espera-se q. nao haja representantes dessas classes...

Embora como resultado

3 A
3 B

seja igual a

3 A
3 B
0 C
0 D
.
.
.

A unica alternativa q. vejo eh estabelecer um valor arbitrariamente
pequeno, mas diferente de zero para as classes q. nao sao esperadas... mas
isso eh matematicamente correto? (eu chuto q. nao.) existe um outro tipo
de analise?

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] estatistica -- [era] proporcional troca por = k ?
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 28/09/2000 13:45

Prezado Takata,

Você escreveu:

=============

Um exemplo banal eh o caso de genes ligados -- q. estão em um mesmo
cromossomo em regiões próximas. Peguemos as ervilhas de jardim de mendel e
analisemos os caracteres 'cor da flor' e 'forma do pólen, com os
respectivos estados possiveis: vermelho-escura/vermelha e longa/redonda.
Se houvesse segregacao mendeliana classica, esperariamos a proporcao de
9:3:3:1 - 9 duplo dominante, 3 dominante para um carater e recessivo para
outro, 3 vice-versa e 1 duplo recessivo - na geracao F2 - i.e., 56,25%,
18,75%, 18,75%, 6,25% - no cruzamento de parentais duplo dominante e duplo
recessivo.

Punnett obteve de 6952 individuos:

4831 (~69,5%) flor verm-escura/polen longo
390 ( ~5,6%) verm-escura/redondo
393 ( ~5,6%) verm/longo
1338 (~19,3%) verm/redondo

===========

Pergunto eu: não seria este mais um caso de Bidualidade?

Acho que sim.

Ou seria apenas mais um caso de uma "coleção" de exemplos biduais? Haveriam outras possibilidade? Por favor, responda sério, sem escorregar...

Um grande abraço,

Claudio Abreu

----- Original Message -----
From: Roberto Mitsuo Takata
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Thursday, September 28, 2000 1:24 PM
Subject: [ciencialist] estatistica -- [era] proporcional troca por = k ?


Alias, a resolucao do problema me lembrou o quadro de punnett -- naquele
em q. pareamos todos os tipos de gameta pra vermos os resultados possiveis
de um cruzamento nas aulas de genetica do ensino medio (antigo segundo
grau e mais antigo ainda colegial e o pleistocenico cientifico).

Normalmente isso estabelece as classes possiveis de genotipo (e
indiretamente do fenotipo dependendo das relacoes de dominancia e
recessividade entre os alelos e das interacoes epistaticas entre os genes)
e podemos fazer um teste de qui-quadrado para vermos se ha' algum desvio
estatisticamente significante entre o esperado e o obtido.

Certamente estou reinventando a roda, mas parece q. a frase "'nao eh
esperado q.' eh diferente de 'eh esperado q. nao'" tem um pouco mais do q.
mero jogo de palavras.

Um exemplo banal eh o caso de genes ligados -- q. estao em um mesmo
cromossomo em regioes proximas. Peguemos as ervilhas de jardim de mendel e
analisemos os caracteres 'cor da flor' e 'forma do polen', com os
respectivos estados possiveis: vermelho-escura/vermelha e longa/redonda.
Se houvesse segregacao mendeliana classica, esperariamos a proporcao de
9:3:3:1 - 9 duplo dominante, 3 dominante para um carater e recessivo para
outro, 3 vice-versa e 1 duplo recessivo - na geracao F2 - i.e., 56,25%,
18,75%, 18,75%, 6,25% - no cruzamento de parentais duplo dominante e duplo
recessivo.

Punnett obteve de 6952 individuos:

4831 (~69,5%) flor verm-escura/polen longo
390 ( ~5,6%) verm-escura/redondo
393 ( ~5,6%) verm/longo
1338 (~19,3%) verm/redondo

chi-quadr = 3.371,591; o crit para alfa=0,05 eh 7,815

Mas o q. aconteceria se sabendo q. os genes desses caracteres estao no
mesmo cromossomo, esperassemos a proporcao de 3:1? seria o mesmo q.
3:0:0:1? vejamos, se nao houvesse a recombinacao produzindo as classes
dominante/recessivo e recessivo/dominante - teriamos:

5225,5 verm-esc/longo
1729,5 verm/red

chi-quad = 0,067 para um crit de 3,841... bem, mas nao poderiamos estender
isso para um 3:0:0:1 - jah q. haveria uma divisao por zero nos calculos...
quer dizer - 3:1 eh diferente de 3:0:0:1... no primeiro caso, nao se
espera q. haja representantes de classes intermediarias, no segundo,
espera-se q. nao haja representantes dessas classes...

Embora como resultado

3 A
3 B

seja igual a

3 A
3 B
0 C
0 D
.
.
.

A unica alternativa q. vejo eh estabelecer um valor arbitrariamente
pequeno, mas diferente de zero para as classes q. nao sao esperadas... mas
isso eh matematicamente correto? (eu chuto q. nao.) existe um outro tipo
de analise?

[]s,

roberto takata


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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] estatistica -- [era] proporcional troca por = k ?
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 28/09/2000 14:18

On Thu, 28 Sep 2000, Claudio Abreu wrote:
> Pergunto eu: não seria este mais um caso de Bidualidade?

eu acho q. nao... eu relatei apenas uns experimentos de genetica classica,
em q. se analisava apenas caracteres de estados contrastantes... mas
outras caracteristicas nao se apresentam assim.

imagine por exemplo a cor de pele nos humanos -- ha toda uma gama continua
entre as diversas tonalidades: do albino ao negro -- ha' uma variacao
continua da quantidade de melanina na pele. idem pra altura das pessoas:
dentro de uma faixa existem infinitas classes de altura -- nao sao classes
discretas. sao varios genes determinando uma unica caracteristica. noves
fora os fatores ambientais.

a maioria dos genes nao apresenta apenas duas variedades -- no caso do
sistema sanguineo ABO sao tres alelos determinando 4 classes fenotipicas.
e nao sao todos os organismos q. sao diploides -- a maioria sao haploides
(apresenta apenas um conjunto de cromossos), outros sao triploides,
tetraploides, hexaploides, alguns apresentam conjuntos incompletos de
cromossomos, outros apresentam alternancia de geracoes (como as
plantas) -- com individuos diploides e haploides -- em outros os machos
sao haploides e as femeas diploides, em alguns os machos tEm um
cromossomo a menos... ha uma pletora de casos q. nao admitem uma simples
codificacao de sim e nao (eu diria q. a minoria o faz).

vc nao fica tentado em incluir o sistema de classificacao classica dos
sabores em um esquema bidual?

amargo -- azedo -- salgado -- doce

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] proporcional troca por = k ?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 28/09/2000 14:58



Usuario Universo Online wrote:
>
> > Em um depósito de brinquedos, 40% dos brinquedos são vermelhos e os
> restantes são azuis. Metade dos
> > brinquedos são pequenos e a outra metade é composta de brinquedos
> maiores.
> Se 10% dos brinquedos são vermelhos e pequenos e 40 brinquedos são
> azuis e
> maiores, quantos são os brinquedos vermelhos e
> > maiores?
> >
>
> Cheguei à esta conclusão: Que os brinquedos Vermelhos e Maiores
> equivalem a
> 60 brinquedos!!!
>
> Eu queria saber se estou certo, ou, caso contrário, que me avisem onde
> errei.
> Sobre aplicar a TGBD, não consegui!
>

Eu tambem cheguei a 60 por outros caminhos.
[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] proporcional troca por = k ?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 28/09/2000 15:02



Claudio Abreu wrote:
>
> Prezado Jocax,
>
> Vamos recapitular. Você me fez o seguinte desafio:
>
> > Claudio, demonstre a utilidade da TGBD resolvendo o seguinte
> > problema ( Usando a TGBD ) :
> >
> > Em um depósito de brinquedos, 40% dos brinquedos são vermelhos e os
> > restantes são azuis. Metade dos
> > brinquedos são pequenos e a outra metade é composta de brinquedos
> > maiores. Se 10% dos brinquedos são vermelhos e pequenos e 40
> > brinquedos são azuis e maiores, quantos são os brinquedos vermelhos
> e
> > maiores?
> >
>
> Realmente o problema que você me colocou não se refere a um caso de
> Bidualidade, e, assim, é lógico, não pode ser resolvido pela TGBD. E,
> digo mais, se pudesse sê-lo seria a própria negação da TGBD.
>


Desculpa , como eu tinha entendido que a TGBD era uma teoria de TUDO
entao seria possivel enquadrar este singelo problema na sua teoria assim
como vc fez com a regra de tres.....

[]s
jocax


SUBJECT: Efeitos da Radiação Ionizante...
FROM: "Rafael Cisneiros Lenine" <rafa-rbn@rio.matrix.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 28/09/2000 15:09

Boa Tarde Listeiros!

Gostaria de saber se algum de vocês tem conhecimento de algum site que
contenha informações sobre "o efeito da radiação ionizante sobre os tecidos
humanos (muscular, nervoso, epitelial...)".
Uma indicação bibliográfica também seria de grande valia.
Sou aluno do 1º ano do curso de Física com ênfase em física médica da
Faculdade Souza Marques-RJ e preciso apresentar um seminário sobre o assunto
citado.

Agradeço desde já.

Rafael Cisneiros Lenine.



SUBJECT: Re: [ciencialist] O Relatório Lugano
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 28/09/2000 15:28



João Mário Miranda wrote:
>
> Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
>
> > > Só que a segurança social europeia está em crise. E é preciso não
> > > esquecer que essa segurança social assenta em impostos qie
> > > representam uma enorme percentagem do produto produzido pela
> > > economia capitalistas(pelo menos 25 %).
> >
> > Eh uma solucao que por hora funciona. No futuro talvez nao seja
> > suficiente
> > eh aih q vai entrar o trabalho social obrigatorio: Para contter o
> defict
> > do servico social.
>
> Mas que tipo de trabalho social obrigatorio? Como é que o
> sector publico pode competir com um sector privado com
> elevadissima produtividade? Ainda por cima utilizando os
> trabalhadores excluidos do sector privado.
> Basta fazer o balanço ao que entra e ao que sai do sector
> publico.

Simples, vc nao ve solucao pq vc soh consegue enxergar com a otica
capitalista.
Veja bem :
-A massa excluida vai precisar de servicos como dentistas, medicos,
conducao, educacao etc...
-Os excluidos terao que fornecer os servicos de sua especialidade
gratuitamente ou nao ( trabalharao para a securidae social )
-Trabalhando para a securidade terao direito aos servicos desta
securidade fornecidos por outros excluidos ( MUTIRAO )
- Sera uma sociedade capitalista e socialista MESCLADA no mesmo
contexto geografico.
- O setor publico nao precisara gastar muito pois os servicos dos
excluidos poderao ser pagos com servicos de outros excluidos
(ou mesmo com moedas ).




>
> Despesas do sector publico: salários dos excluidos + despesas de
> funcionamento

EM PRINCIPIO, o salario dos excluidos PODERIA ser ZERO uma vez
q eles trabalhem a nivel de MUTIRAO - todos ajudam todos.
Despesas outras poderiam ser pagos com os impostos do setor privado.


> Lucros do sector público: impostos cobrados ao sector privado +
> receitas de prestação de serviços cobrados ao sector privado
>
> Uma vez que o sector publico é pouco competitivo as receirtas
> por prestação de serviços ao sector privado são muito baixas
> quando comparadas com os impostos. O impacto do trabalho social
> obrigatório é quase nulo, principalmente numa situação em que
> a produtividade do sector privado é muito muito grande. Voce
> mesmo diz que até a inteligencia artificial vai substituir os
> humanos na maior parte dos serviços.
>

Note que quem esta DENTRO do sistema capitalista ( empregado ) nao
precisaria trabalhar nem utiliazar do servico de mutirao.
Mas poderia utiliza-lo pagando por ele e aih teriamos
uma receita extra para o governo : Seria uma "competicao"
entre dois regimes no mesmo estado.


> Mas há uma coisa absolutamente perversa no seu raciocinio. Os
> trabalhadores excluidos que passam para o sector publico vão
> continuar a alimentar o capitalismo porque continuam a ter
> poder de compra.

ISSO EH OTIMO, uma vez que mantem pessoas empregadas e nao colapsa
por completo o capitalismo !


>Apesar de o numero de
> trabalhadores do sector privado diminuir progressivamente a
> maior parte da riqueza da sociedade continua a ser produzida
> pelo sector privado. Ou seja, no fim da história o sector
> privado é controlado por meia duzia de empresários que
> produzem toda a riqueza do mundo.

BOBO !! :-)
Eh soh o governo cobrar impostos inversamente proporcional
ao numero de empregadores e proporcional ao lucro !!


>Essas pessoas são as que
> têm o mundo na mão. Se essas pessoas deixarem de produzir
> riqueza aqueles que vivem da segurança social simplesmente
> morrem de fome.


Nao senhor. O mutirao pode se extender aa LAVOURA !!


> > >
> > > Não, mostra que o capitalismo está bem de saude ha mais de 180
> anos.
> > > Aliás, desde a idade média que o produto mundial cresce
> > > exponencialmente.
> >
> > Isso nao eh sinal de um bom indicador social.
> > Se toda riqueza do mundo estiver a cargo de uma unica pessoa
> > cuja riqueza cresce exponencialmente isso significa que
> > a populacao do globo esta rica ? Lembre-se que um pao por pessoa
> > nao significa que 2 pessoas ganhem um pao cada mas pode significar q
> > uma ganhe 2 paos e a outra nenhum.
> >
>
> Eu não disse que o capitalismo é justo. Eu disse que ele está
> bem de saude. É diferente. Os seus argumentos são tão válidos
> hoje como há 500 anos. A produtividade e a competição estão a
> aumntar há 500 anos. E no entanto o capitalismo está vivo e
> de saude desde então. Não acabou.
>


Ok, o problema eh q antes *sempre* se podia tirar LUCRO de qualquer
trabalho ocioso. E por isso sempre havia trabalho para todos.
"Atualmente" ( no futuro) nao vale a pena
utilizar o trabalhador pois as maquinas fazem/farao o trabalho
a um custo muito menor do que o q se paga para um trabalhador.

[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] Efeitos da Radiação Ionizante...
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 28/09/2000 16:48

On Thu, 28 Sep 2000, Rafael Cisneiros Lenine wrote:
> Gostaria de saber se algum de vocês tem conhecimento de algum site que
> contenha informações sobre "o efeito da radiação ionizante sobre os tecidos
> humanos (muscular, nervoso, epitelial...)".
> Uma indicação bibliográfica também seria de grande valia.

*Internet

http://www.ibionet.com/RadiationSickness.html

http://www.thriveonline.com/health/Library/illsymp/illness446.html


*Bibliografia

Bauchinger M 1997 - Cytogenetic effects as quantitative indicators of
radiation exposure. CIBA FOUNDATION SYMPOSIA 203: 188-99.

Hiroxima e Nagasaki

Radivoyevitch T, Hoel DG 1999 - Modeling the low-LET dose-response of
BCR-ABL formation: predicting stem cell numbers from A-bomb
data. MATHEMATICAL BIOSCIENCES 162: (1-2) 85-101.

Cologne JE, Tokuoka S, Beebe GW, Fukuhara T, Mabuchi K 1999 - Effects of
radiation on incidence of primary liver cancer among atomic bomb
survivors. RADIATION RESEARCH 152: (4) 364-73.

Shintani T, Hayakawa N, Hoshi M, Sumida M, Kurisu K, Oki S, Kodama Y,
Kajikawa H, Inai K, Kamada N 1999 - High incidence of meningioma among
Hiroshima atomic bomb survivors. JOURNAL OF RADIATION RESEARCH 40: (1)
49-57.

Schull WJ, Otake M 1999 - Cognitive function and prenatal exposure to
ionizing radiation. TERATOLOGY 59: (4) 222-226.

Chernobyl

Shemetun EV 1999 - Distribution of radiation-induced chromosome damages in
persons recovered from acute radiation sickness after the Chernobyl
disaster. CYTOGENETICS AND CELL GENETICS 85: (1-2) P414.

Guo Y, Zhu YP, Zhang J, Ji G, Wu K 1998 - Dose definition and physical
dose evaluation for the human body in external radiation
accidents. RADIATION PROTECTION DOSIMETRY 77: (1-2) 97-100.

Goldman M 1997 - The Russian radiation legacy: Its integrated impact and
lessons. ENVIRONMENTAL HEALTH PERSPECTIVES 105: 1385-91, Suppl. 6.

Vlasov PA, Kvacheva YE 1997 - Bone marrow hematopoietic cells apoptosis in
persons with acute radiation sickness. GEMATOLOGIYA I TRANSFUZIOLOGIYA 42:
(6) 30-2.

Vlasov PA, Kvacheva YE 1996 - Pathomorphology of pulmonary infectious
complications in acute radiation sickness as shown by autopsies of the
Chernobyl accident victims. TERAPEVTICHESKII ARKHIV 68: (3) 23-6.

Goiania - Cs 137

Natarajan AT, Santos SJ, Darroudi F, Hadjidikova V, Vermeulen S,
Chatterjee S, van der Berg M, Grigorova M, Sakamoto-Hojo ET, Granath F,
Ramalho AT, Curado MP 1998 - (137)Cesium-induced chromosome aberrations
analyzed by fluorescence in situ hybridization: eight years follow up of
the Goiania radiation accident victims .MUTATION RESEARCH-FUNDAMENTAL AND
MOLECULAR MECHANISMS OF MUTAGENESIS 400: (1-2) 299-312, Sp. Iss. SI.

MALETSKOS CJ, LUSHBAUGH CC 1991 - THE GOIANIA RADIATION ACCIDENT - SPECIAL
ISSUE. HEALTH PHYSICS 60: (1) 1-1.

BRANDAOMELLO CE, OLIVEIRA AR, VALVERDE NJ, FARINA R, CORDEIRO JM 1991 -
CLINICAL AND HEMATOLOGICAL ASPECTS OF CS-137 - THE GOIANIA RADIATION
ACCIDENT. HEALTH PHYSICS 60: (1) 31-9.

OLIVEIRA CAN, LOURENCO MC, DANTAS BM, LUCENA EA 1991 - DESIGN AND
OPERATION OF A WHOLE-BODY MONITORING-SYSTEM FOR THE GOIANIA RADIATION
ACCIDENT. HEALTH PHYSICS 60: (1) 51-5.

RAMALHO AT, NASCIMENTO ACH 1991 - THE FATE OF CHROMOSOMAL-ABERRATIONS IN
CS-137 EXPOSED INDIVIDUALS IN THE GOIANIA RADIATION ACCIDENT. HEALTH
PHYSICS 60: (1) 67-0.

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] os extraterrestres tem sexo e inteligencia??
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 28/09/2000 17:03



Roberto Mitsuo Takata wrote:
>
> On Thu, 28 Sep 2000, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> > Eu acredito que a evolucao sexuada social seja convergente para
> estes
> > aspectos de instintos sentimentais. Acredito q eu poderia mostrar
> > a vantagem evolutiva de cada destes sentimentos no ambito de
> > uma sociedade nests moldes.
>
> incentivo-o a demonstrar. nao estou falando em apenas criar cenarios
> evolutivos, isso eh a parte mais facil. mas apontar dados q. indiquem
> uma
> convergencia em lugar de origem em comum.

A teoria eh mais importante que os dados. Os dados corraboracionistas
ou refutatorios ficaram para os experimentadores/exploradores.
Por hora diria q vc tera q comprar o meu livro sobre o Genismo :)
para verificar o mecanismo evolutivo de cada sentimento humano.
( Qdo tiver + tempo poderei pensa-los e posta-los, alguns deles, espero
nesta lista ).



>
> > E nao disse q os sentimentos emotivos foram necessarios para a
> > forma de inteligencia. Acredito q eles evoluiram em paralelo
> > junto com a inteligencia.
>
> bem, nesse caso eh preciso explicitar as conexoes causais entre as
> pressoes q. levaram 'a evolucao da inteligencia (seja qual for a
> definicao
> utilizada) e as q. levaram 'a evolucao da emotividade. e demonstrar a
> universalidade dessas conexoes.

Eu diria q as emocoes e os sentimentos estao numa base mais antiga
( sistema limbico ) e foram aprimoradas evolutivamente
concomitantemente
ao neocortex ( "inteligencia" ). Poderia dizer ainda que as duas
poderiam
evoluir em paralelo.
A universalidade dos sentmentos poderiam ser explicados
da mesma maneira q se explica a origem do dimorfismo sexual
ou do xenofobismo (postado aqui pelo Miranda ).

>
> claro, q. como disse, estamos especulando sobre sexo dos anjos, o q. a
> principio nao exigiria um rigor na formalizacao das apresentacoes --
> mas
> como vc defende a universalidade do modelo terrestre, acho q. seria
> interessante vc demonstrar q. necessariamente haveria a ligacao entre
> o
> emocional e o racional (tomando como sinonimo de inteligencia --
> embora
> alguns autores me fosse condenar por isso) para qq outra situacao.

Eu nao disse q haveria necessariamente ligacao entre o emocional
e o racional. Eu disse q todos os sentimentos devem ser universais.
Nao disse nada sobre a razao e sua ligacao com eles ( sentimentos ).


>
> embora damasio demonstre essa ligacao para a inteligencia humana, como
> seria no caso de prototipos de inteligencia artificial, por exemplo?

Existem varia classes de IA, a qual vc se refere?

> um
> computador q. realmente fosse capaz de raciocinar, teria q. ser um
> capaz
> de sentir? o q. damasio parece pensar eh q. pra ter uma inteligencia
> do
> tipo humana, o computador teria q. ter sentimentos, mas nao diz q. pra
> ter
> qq outro tipo de inteligencia essa condicao seja necessaria.


Nao creio q um computador capaz raciocinar necessite sentir.
Mas podemos definir "sentir" facilmente e neste caso a programacao
poderia ser simplificada. Sentir : Estruturas apendices que analisam
os dados segundo valores pre-determinados retornando esta analise
ao processo central de modo a guiar este processo.
Bom segundo esta definicao o sentir eh um processamento paralelo
independente influenciando o processamento principal.


>
> bem, certo tbm q. ao dizermos 'inteligencia extraterrestre' nao
> estaremos
> pensando em qq tipo de inteligencia -- eh do tipo q. necessariamente
> fosse capaz de se comunicar. e mais especificamente se comunicar
> conosco.
> aih talvez entraria a necessidade de ter entao alguma similaridade com
> a
> nossa inteligencia -- pra permitir a comunicacao. o q. poderia
> defender o
> seu ponto de vista da necessidade de uma emotividade similar 'a humana
> para os extraterrestres.

Nao, nao vejo desse modo. A emotividade seria universal simplesmente
pq as leis de Darwin sao universais. A emotividade seria um corolario
das les de Darwin uma decorrencia natural delas em sistemas sociais
inteligentes.

> mas chamo a atencao de novo para uma i.a. --
> caso
> ela seja concebivel sem emotividade, ela tera' q. ser, ainda assim,
> capaz
> de comunicacao com humanos (do contrario ela nao tera' sentido)...


Sim, mas podemos comunicar com eles mesmo q eles ( IA ) nao possuam
sentimentos.

[]s
jocax


SUBJECT: [Fwd: [mythologos] Textinho interessante... :)]
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO:
DATE: 28/09/2000 17:07

Eu nao concordo no todo mas, como estamos no ( centenario ? )
de Nietzche, acho ele merece uma 'ressuscitadinha' :-)
[]s
jocax

[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] os extraterrestres tem sexo e inteligencia??
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 28/09/2000 17:26

On Thu, 28 Sep 2000, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> A teoria eh mais importante que os dados. Os dados corraboracionistas
> ou refutatorios ficaram para os experimentadores/exploradores.
> Por hora diria q vc tera q comprar o meu livro sobre o Genismo :)
> para verificar o mecanismo evolutivo de cada sentimento humano.
> ( Qdo tiver + tempo poderei pensa-los e posta-los, alguns deles, espero
> nesta lista ).

lembra do q. falei sobre o Universo Pato Donald? os modelos sao
importantes para se guiar a compreensao do mundo, de nada servem se elas
explicam um mundo q. nao existe... os dados eh q. dirao se os modelos sao
ou nao adequados para se explicar o mundo.

vc nao precisa fazer os testes, mas como teorico precisa formular pelo
menos os testes de hipotese e prever os resultados 'a luz do modelo
proposto. e eh preciso mostrar q. o modelo eh compativel com os dados jah
disponiveis... eh mais a esse segundo caso q. me referia.

> Eu diria q as emocoes e os sentimentos estao numa base mais antiga
> ( sistema limbico ) e foram aprimoradas evolutivamente
> concomitantemente
> ao neocortex ( "inteligencia" ). Poderia dizer ainda que as duas
> poderiam
> evoluir em paralelo.
> A universalidade dos sentmentos poderiam ser explicados
> da mesma maneira q se explica a origem do dimorfismo sexual
> ou do xenofobismo (postado aqui pelo Miranda ).

como? se vc mesmo admite q. poderia haver inteligencia sem emocao, como
falar em universalidade dos sentimentos em seres inteligentes?

a origem do dimorfismo sexual eh passivel de estudos comparativos --
existem aqui mesmo na terra casos de evolucao independente do
dimorfismo... talvez isso se aplique ao xenofobismo (eh possivel q. haja
algum entre os leoes e formigas)... mas e qto 'a emotividade associada 'a
inteligencia?

> Eu nao disse q haveria necessariamente ligacao entre o emocional
> e o racional. Eu disse q todos os sentimentos devem ser universais.
> Nao disse nada sobre a razao e sua ligacao com eles ( sentimentos ).

vejamos, a pergunta era sobre inteligencia dos extraterrestres... vc nao
disse algo do tipo: dado q. os extraterrestres tenham emocoes, elas serao
do tipo humano... o q. vc escreveu eh q., em sendo inteligentes, eles
teriam emocoes do tipo humano.

se assim for, eh preciso: primeiro, demonstrar q. a inteligencia deve vir
associada 'a emocao. e segundo: essa emocao deve ser do tipo humano.

> Nao creio q um computador capaz raciocinar necessite sentir.
> Mas podemos definir "sentir" facilmente e neste caso a programacao
> poderia ser simplificada. Sentir : Estruturas apendices que analisam
> os dados segundo valores pre-determinados retornando esta analise
> ao processo central de modo a guiar este processo.
> Bom segundo esta definicao o sentir eh um processamento paralelo
> independente influenciando o processamento principal.

q. seja. mas vc admite q. um computador -- um ser -- q. raciocine nao
precise necessariamente sentir. como estamos, meio capengamente,
identificando inteligencia ao raciocinio significa q. pode haver
inteligencia sem emocao... o q. nos garantiria q. um alienigena nao
pudesse desenvolver uma inteligencia sem emocao tbm?

> Nao, nao vejo desse modo. A emotividade seria universal simplesmente
> pq as leis de Darwin sao universais. A emotividade seria um corolario
> das les de Darwin uma decorrencia natural delas em sistemas sociais
> inteligentes.

tto qto eu saiba uma ostra tbm estah sujeita 'a selecao natural e nao tem
emotividade (ao menos nao do tipo humano)... uma planta -- igualmente
selecionada -- tbm nao... por q? porq o historico evolutivo eh diferente
-- as pressoes seletivas sao diversas... vc diria: mas tbm nao sao
inteligentes... de fato, mas isso poderia ser uma ligacao circunstancial:
humanos e outros primatas tEm cinco dedos... isso teria alguma ligacao com
inteligencia? golfinhos e humanos tEm pouco pElo pelo corpo... primatas
(incluindo o homem) e golfinhos mamam...

uma alternativa seria demonstrar q. os golfinhos tEm um desenvolvimento
emocional tao desenvolvido qto os primatas antropoides...

> Sim, mas podemos comunicar com eles mesmo q eles ( IA ) nao possuam
> sentimentos.

pois eh, e por q. os alienigenas inteligentes teriam q. ter sentimentos
humanos?

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] [Fwd: [mythologos] Textinho interessante... :)]
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 28/09/2000 17:27



Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
>
> Eu nao concordo no todo mas, como estamos no ( centenario ? )
> de Nietzche, acho ele merece uma 'ressuscitadinha' :-)
> []s
> jocax
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
A visão científica é um visão mesquinha do mundo
F. Nietzsche

O mesmo ocorre com esta fé com a qual se satisfazem hoje tantos
cientistas
materialistas que acreditam que o mundo deve Ter sua medida em nossas
pequenas escalas, e seu equivalente em nosso pequeno pensamento; eles
acreditam num 'mundo verdadeiro' onde nossa pequena razão humana poderia
finalmente ser bem-sucedida... Em suma, gostaríamos realmente de deixar
assim degradar a existência? Rebaixá-la ao nível de composição de
cálculo,
fazer dela uma pequena lição de casa para matemáticos?
É preciso, primeiro, recusar, a qualquer preço despojá-la de seu caráter
protêico.*
É o bom gosto que o exige, senhores, o respeito a tudo o que ultrapassa
o
vosso horizonte!
Que só valha uma interpretação do mundo que dê razão a vós, uma
interpretação que autorize a procurar e a dar prosseguimento a trabalhos
no
sentido que vós considerais científico (e vós pensais mecanicamente,
não?),
que só valha uma interpretação do mundo que não mais que permita contar,
calcular, pesar, enxergar e tocar, é estupidez e ingenuidade, senão
demência
ou idiotia. Não é provável, ao contrário, que a primeira coisa, e talvez
a
única, que se possa atingir da existência, é o que ela tem de mais
superficial, mais exterior, mais aparente? Sua epiderme, apenas? Suas
manifestações concretas? Uma interpretação 'científica' do mundo, tal
como a
entendeis, senhores, poderia portanto ser uma das mais tolas, das mais
estúpidas de todas as possíveis: que isto seja dito a vosso ouvido, a
vossa
consciência, mecanicistas da nossa época que vos misturais de tão bom
grado
aos filósofos e que imaginais que vossa mecânica é a ciência das leis
primeiras e últimas e que toda existência deve basear-se nelas como num
fundamento necessário. Um mundo essencialmente mecânico! Mas este seria
um
mundo essencialmente estúpido! Se se avaliasse o 'valor' de uma música
por
aquilo que se pode calcular e contar, pelo que se pode traduzir em
números... quão absurda seria esta avaliação "científica"! Que se
haveria
apreendido, compreendido, conhecido de uma melodia assim apreciada?
Nada, e
literalmente nada, daquilo que faz justamente sua "música"!..."

(*Protêico: de Proteu, personagem da mitologia que não se deixava
prender
pois assumia formas múltiplas. Nietzsche designa por este termo a
complexidade e a mobilidade da natureza que extrapola todos os esquemas
nos
quais gostaríamos de encaixá-la)
>
> *** --- ***
> Para sair da lista envie um mail para:
> ciencialist-unsubscribe@egroups.com
> *** --- ***


SUBJECT: noticias nonio.com
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist <ciencialist@egroups.com>, excalibur <excalibur2@egroups.com>
DATE: 28/09/2000 17:47

Notícias nonio.com
Notícias recentemente publicadas no nonio.com

impressoras 3D
Impressoras 3D são impressoras que literalmente imprimem
objectos tridimensionais. O utilizador utiliza um programa
de CAD para conceber um objecto e depois imprime-o na sua
impressora 3D.

http://www.nonio.com/article.php3?sid=71


Reacção química por manipulação directa de moléculas
Novo avanço em nanotecnologia. Uma equipa da Universidade
Livre de Berlim conseguiu produzir uma molécula de C12H10
a partir de moléculas de C6H5I manipulando a matéria à
escala atómica usando uma sonda de um Microscópio de
Efeito de Túnel.

http://www.nonio.com/article.php3?sid=70


Espelhos liquidos
Segundo um artigo no www.space.com é uma ideia antiga, que só
agora com as novas tecnologias, pode ser realizada. O resultado
é um telescopio de 6m por 1 milhão de dólares em vez de
100 milhões :-)

http://www.nonio.com/article.php3?sid=67


Mancha solar 13 vezes maior que a Terra
Esta mancha é 13 vezes maior que a Terra e pode ser
vista por quem utilize material de protecção adequado.

http://www.nonio.com/article.php3?sid=66


NEAR
A sonda NEAR-Shoemaker está a estudar a química e a
estrutura do asteróide 433 Eros desde 14 de Fevereiro.
O Eros tem mais crateras e mais detritos em orbita
que aquelas que os cientistas esperavam.

http://www.nonio.com/article.php3?sid=64

Nonius Lexicon II
O Nonius Lexicon é uma recolha de algumas palavras chave
de artigos publicados no nonio. Desta vez as palavras
escolhidas são: Extremófilos, Vostok, X-PRIZE, Europa,
Hipótese Gaia

http://www.nonio.com/article.php3?sid=63


FAQ do nonio
Uma parte da FAQ do nonio já está pronta. Estou a submete-la
à discussão. quem quizer adicionar comentários ou novas
perguntas pode faze-lo.

http://www.nonio.com/article.php3?sid=62


Hipótese Gaia
Segundo a hipótese Gaia proposta por James Lovelock e Lynn
Margulis a Vida e a Terra evoluem em conjunto. A Vida
influencia a geologia, a composição da atmosfera e o clima
através de vários sistemas de feedback. A Terra funciona
como um grande organismo vivo em que cada uma das partes
é necessária para manter as condições necessárias à vida.

http://www.nonio.com/article.php3?sid=61


Geocaching
Geocaching é um novo e interessante jogo de caça ao tesouro.

http://www.nonio.com/article.php3?sid=69




SUBJECT: Re: [ciencialist] noticias nonio.com
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 28/09/2000 20:35

Quem quiser um pouquinho da teoria disso dê uma passada em:
http://www.feiradeciencias.com.br/sala05/fcp_esp_parabolico.htm

[]'
Léo
-------------------------------
Espelhos liquidos
Segundo um artigo no www.space.com é uma ideia antiga, que só
agora com as novas tecnologias, pode ser realizada. O resultado
é um telescopio de 6m por 1 milhão de dólares em vez de
100 milhões :-)




SUBJECT: Vegetais e O2
FROM: Leonardo Stern <roxo@jedi.com.br>
TO: excalibur2@egroups.com
CC: ciencialist@egroups.com
DATE: 29/09/2000 01:50

Acho que todos nós sabemos que alguns vegetais consomem mais o2 do que
produzem ...

e acordo com o porte do vegetal a proporção cloroplasto (folha) / volume
do vegetal é menor ... ou seja o saldo positivo de O2 vai diminuindo ...
até se igualar .. esse é o ponto interessante para definirmos quais
vegetais consomem e quais produzem O2.

Um coqueiro por exemplo ... certamente consome O2
a questão é : E as arvores que encontramos na rua (mangueiras,
tamarineiras, etc) qual o saldo de O2 que elas produzem ?

ou seja ... a argumentação de que uma cidade arborizada tem melhor
renovação de O2 (ar mais puro, se bem que este conceito eu acho relativo
ao organismo a ser considerado) é verdade ?


SUBJECT: A TGBD e a Biologia
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 29/09/2000 03:40

Prezado Takata,


Repare que a TGBD busca explicar o que esteja em equilibrio total, mas não exclui o que não o esteja. No campo da Biologia, que mal conheço, sempre devem haver diversas alternativas, dado que a vida é muito diversa e complexa. Mas mesmo assim regras gerais devem reger a vida. Eu acredito que em sua essência todo o caos biológico que você deve seguir certas regras, senão não sobreveria. E essência da vida é o código, é o software, é o DNA, que possibilita a reprodução. Finalmente encontrei o material que preciso para escrever sobre ele.

Quanto ao possível bidual proposto por você, no chamado sistema de classificacao classica dos sabores (amargo -- azedo -- salgado -- doce), acho uma boa idéia. Ele me embra o bidual que vemos na quimica inoganica (sais-bases-ácidos e óxidos(?))...

Estou "colecionando" diversos exemplos da TGBD na Biologia. Vejamos a seguir alguns deles para os quais, par os quais peço seus comentários.:

A) Sangue:
========

Os componentes básicos do sangue são quatro:
1. glóbulos vermelhos <-> 2. glóbulo brancos
3, plaquetas <-> 4. plasma

Os tipos de sangue são 4:
1. A <-> 2.B
3.AB <-> 4. O

Na Doação:
1. A doa para A ou para AB <-> 2. B doa para B ou para AB
3. AB doa só para AB <-> 4. O doa para AB, A, B, e O,

Na Recepção:
1. A recebe de A e de O 2. B recebe de B e de O
3. O só recebe de O <-> 4. AB recebe de AB, de A, de B e de O


B) Cromossos na Reprodução Sexuada:
================================

O cromossomo do Pai, X ou Y, define o sexo dos filhos:
1. Mãe: X e X <-> 2. Pai: cromosomos X e Y
2. Filha: X e X <-> 4. Filho: X e Y

Repare que para ser de fato um Bidual seria necessário que:
1. Xa da Fêmea <-> 2. Xb da Fêmea
3. Xc do Macho <-> 4. Y do Macho

Ou seja, os cromossomos X da Fêmea deveria ser de mesma natureza (X) mas de sentido oposto (representei por "a" e "b" ), que na biologia não sei o que seria. Por outro lado, o X do Macho deveria ter uma natureza diferente do da Fêmea, daí tê-lo chamado de Xc. Repare que o Terno estaria formado por:
{(Xa <->Xb)<->[Xc]}.

Você poderia me ajudar nesta questão? É factível haver esta diferenciação entre Xa, Xb e Xc? Caso a Biologia não faça esta diferenciação, a TGBD não poderia estar apontando um novo caminho para a ela? Tal como no caso da orientação do eixo dos Z das orbitais eletronicas e no caso do Terno das cores da Cromodinâmica Quântica?

Desculpe-me Takata, eu posso até estar fazendo perguntas totalmente imbecis. O fato é que eu não posso querer conhecer todas a ciências do mundo, tal como me exige a TGBD, que a meu ver só se tornará merecedora de crédito se conseguir demonstrar que é geral. E assim preciso de que especialistas de cada área me ajudem me dando as informações mais elementares, que para mim são fundamentais. Apenas quero demostrar que na essência biologia e a vida opera bidualmente.

Atenção para os próximos capítulos da novela a TGBD na Biologia: a meiose, e depois o DNA.

Um grande abraço.

Claudio Abreu

----- Original Message -----
From: Roberto Mitsuo Takata
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Thursday, September 28, 2000 2:18 PM
Subject: Re: [ciencialist] estatistica -- [era] proporcional troca por = k ?


On Thu, 28 Sep 2000, Claudio Abreu wrote:
> Pergunto eu: não seria este mais um caso de Bidualidade?

eu acho q. nao... eu relatei apenas uns experimentos de genetica classica,
em q. se analisava apenas caracteres de estados contrastantes... mas
outras caracteristicas nao se apresentam assim.

imagine por exemplo a cor de pele nos humanos -- ha toda uma gama continua
entre as diversas tonalidades: do albino ao negro -- ha' uma variacao
continua da quantidade de melanina na pele. idem pra altura das pessoas:
dentro de uma faixa existem infinitas classes de altura -- nao sao classes
discretas. sao varios genes determinando uma unica caracteristica. noves
fora os fatores ambientais.

a maioria dos genes nao apresenta apenas duas variedades -- no caso do
sistema sanguineo ABO sao tres alelos determinando 4 classes fenotipicas.
e nao sao todos os organismos q. sao diploides -- a maioria sao haploides
(apresenta apenas um conjunto de cromossos), outros sao triploides,
tetraploides, hexaploides, alguns apresentam conjuntos incompletos de
cromossomos, outros apresentam alternancia de geracoes (como as
plantas) -- com individuos diploides e haploides -- em outros os machos
sao haploides e as femeas diploides, em alguns os machos tEm um
cromossomo a menos... ha uma pletora de casos q. nao admitem uma simples
codificacao de sim e nao (eu diria q. a minoria o faz).

vc nao fica tentado em incluir o sistema de classificacao classica dos
sabores em um esquema bidual?

amargo -- azedo -- salgado -- doce

[]s,

roberto takata


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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: En: Spin e Gluons
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 29/09/2000 03:50

PrezadosPrezados amigos do Cieancialist,

Repito o pedido.

Gostaria de uma ajuda de quem pudesse me informar sobre as duas questões abaixo:

A) SPIN

Existe correlação entre o spin de um elétron e o spin dos prótons e neutrons. Explico melhor, para o caso mais simples, que é o do átomo do Hidrogênio:

O spin do próton e dos 3 quarks que o formam serão:
a) no mesmo sentido do spin do elétron?
b) no sentido inverso ao do sentido do elétron? ou
c) independentes do sentido do spin do elétron?

B) GLUONS

Na Cromodinâmica Quântica os Gluons pode ser de oito tipos, e não de nove como aparentemente deveriam ser. Daí faço as seguintes perguntas:
a) quais são os oito tipos de gluons?
b) por que são 8 e não 9 os tipos de gluon?

Desde já agradeço a quem puder me informar a respeito, e se possível me indicar bibliografia sobre os dois temas, que são importantes para mim.

Um grande abraço,

Claudio Abreu


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: En: Spin e Gluons
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 29/09/2000 03:53

PrezadosPrezados amigos do Cieancialist,

Repito o pedido, com pequenos acertos.

Gostaria de uma ajuda de quem pudesse me informar sobre as duas questões abaixo:

A) SPIN

Existe correlação entre o spin de um elétron e o spin dos prótons e neutrons?

Explico melhor, para o caso mais simples, que é o do átomo do Hidrogênio:

O spin do próton e dos 3 quarks que o formam serão:
a) no mesmo sentido do spin do elétron?
b) no sentido inverso ao do sentido do elétron? ou
c) independentes do sentido do spin do elétron?

B) GLUONS

Na Cromodinâmica Quântica os Gluons pode ser de oito tipos, e não de nove como, aparentemente, deveriam ser. Daí as seguintes perguntas:
a) quais são os oito tipos de gluons?
b) por que são 8 e não 9 os tipos de gluon?

Desde já agradeço a quem puder me informar a respeito, e se possível me indicar bibliografia sobre os dois temas, que são importantes para mim.

Um grande abraço,

Claudio Abreu


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: A TGBD e o prblema do Jocax
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 29/09/2000 07:08

Prezado Takata,

Vou tentar bidualizar a sua solução gráfica para o problema do Jocax. Pois só assim ele acreditará na TGBD.

> Jocax escreveu:
>=============
> Claudio, demonstre a utilidade da TGBD resolvendo o seguinte
> problema ( Usando a TGBD ) :
>
> Em um depósito de brinquedos, 40% dos brinquedos são vermelhos e os
> restantes são azuis. Metade dos
> brinquedos são pequenos e a outra metade é composta de brinquedos
> maiores. Se 10% dos brinquedos são vermelhos e pequenos e 40
> brinquedos são azuis e maiores, quantos são os brinquedos vermelhos e
> maiores?

> se vc um dia conseguir eu vou comecar olhar a TGBD com mais
> seriedade ! :-))

>Desculpa, como eu tinha entendido que a TGBD era uma teoria de TUDO
>entao seria possivel enquadrar este singelo problema na sua teoria assim
>como vc fez com a regra de tres.....


Claudio escreve:
==============
Consegui aplicar a TGBD para o problema do Jocax. Aliás o do Jocax, não. Acho que descobri o Bidual de todo e qualquer problema, pelo menos quanto à sua estrutura. Primeiro vamos fazer algumas considerações
O problema envolve a formulação e solução. Na formulação temos os dados e a incóginita. Na solução o processamento matematico e a solução (se esta existir...).

Qual é o Bidual do Problema:
1. Dados <-> 2. Incógnita
3. Processamento <-> 4. Solução

Vejamos a seguir o Bidual da formulação problema, que envolvem os dados e a incógnita. Os dados podem ser absolutos e relativos. Se a incógnita for absoluta, forçosamente tem que haver um dado absoluto e dados que relacionem os dados relativos com os dados absolutos. Daí, temos:

Bidual da Formulação do Problema:
1. Dados Relativos <-> 2. Dados Relativo e Absoluto
3. Dados Absoluto <-> 4. Incógnita

Vejamos agora o Bidual da Solução do problema. O procesamento matemático gera os resultados relativos primários (onde as entradas para o processamento são os próprios dados relativos fornecidos) e os resultados relativos secundários (onde entre as entradas se encontram resultados relativos primários).Quando a incógnita é um valor absoluto, necessáriamente é preciso se ter os resultados absolutos primários, que são todos os cálculos que não resultam em valores absolutos necessários par se deternminar a resposta. Finalmente temos o resultado absoluto secundário, que tendo como entrada um resultado absoluto primário obrigatóriamente.

Bidual da Solução:
1. Resultados Relativos Primários 2. Resultados Relativos Secundários
3. Resultado Absoluto Primário 4. Resultado Absoluto Secundário (Resposta)

Vejamos agora no detalhe, para melhor entendimento. Primeiro veremos o Bidual da Formulação do problema (dados e incógnita) e depois o Bidual da Solução (processamento e resposta):

1) DADOS E INCÓGNITA:

1)Dados Relativos

p(V)+ p(A)= 100%
p(V)= 40%

p(P)+ p(G)= 100%
p (P) = 50%

2)Dados Relativo e Absoluto

p(AG)= AG/T, ou,
T = AG/ p(AG)

p(G)= G/T, ou,
VG= T/ p(VG)

3) Dado Absoluto
AG = 40

4) Incógnita:

VG = ?

=============

CÁLCULOS E SOLUÇÃO:

A notação é:

dr = dado relativo
da = dado absoluto
dra = dado relativo e absoluto

rrp= resultado relativo primário
rrs= resultado relativo secundário
rap= resultado absoluto primário

1) Resultados relativos primários:

p(A)= 100%-40% (dr)= 60%(rrp)
p (G) = 100% (dr) - 50% (dr) = 50% (rrp)

2) Resultados relativos secundários:

p(VG)= 40%(dr)-10%(dr)= 30% (rrs)
p(AP)= 50%(dr) - 10% (dr) = 40% (rrs)
p(AG)= 60%(rrp)- 40%(rrs)= 20% (rrs)

3) Resultado absoluto primário:

T = AG / p(AG) (dra)
AG = 40(da)
p(AG)= 20%(rrs)
T= 40(dma)/20%(rrt) = 200 (rap)

4) Resultado absoluto secundário (Resposta):

VG = p(VG)x T
VG = 30%(rrs)x 200 (rap) = 60


Meu prezados amigos do Ciencialist. Acho que mais uma vez a TGBD mostrou que encara qualquer parada. Ou seria mais uma coincidência? Acredito que não.

Prezado Jocax, agora você vai começar a olhar com mais seriedade a TGBD. Ela é ou não é a Teoria de Tudo?

Um grande abraço,

Claudio Abreu

----- Original Message -----
From: Roberto Mitsuo Takata
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Thursday, September 28, 2000 12:01 PM
Subject: Re: [ciencialist] proporcional troca por = k ?


eu vejo graficamente o problema:

V A V A
--------------- ---------------
| | | | |(50%- |
P | 10% | | 50% P |(10%) | 10%) |
| | | | | 40% |
--------------- ---------------
| | | |(40%- |(50%- |
G | | 40 | 50% G | 10%) | 30%) |<--- ou (60%-40%)=20%
| | | | 30% | 20% |
--------------- ---------------
40% 60% p(AG)=0,2
AG = 40
p(AG)= AG/T
bem, as codificacoes sao T = 40/0,2 = 200
obvias o bastante, a ponto p(VG)=0,3
de constituir se em uma ofensa VG = 200x0,3 = 60
explicita'-las...

ta' nao foi tao grafico assim a resolucao, mas fiquei com preguica de
desenhar todas as bolinhas...

[]s,

roberto takata


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SUBJECT: En: Comportamento social
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "Ciencia_Lista" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 29/09/2000 08:00

Oi pessoal,
faz algum tempo que estou matutando sobre a 'teoria do comportamento humano'
e, por várias vezes já coloquei em mensagens na ciencialist, mais como
alegoria do que como seriedade.
Como já cogitei em mensagens anteriores, a idéia primitiva é de I. Asimov,
onde em sua trilogia (Fundação) ele desenvolve a 'psicohistória' com base na
teoria cinética dos gases e, com ela, controla o comportamento de todo o
império. Algumas universidades americanas, pelo que me consta, dedica-se
curricularmente a esse estudo.
Tenho trocado correspondência com Démerson Diaz, um socialista ferrenho e de
um cultura relativa a isso, digna de mérito. Se interessar envio alguns
textos postados. Realmente bons e ponderados.
O que está difícil no momento é associar a 'natural agitação térmica dos
gases' com o 'pequeno natural livre arbítrio dos homens' e o 'livre percurso
médio' com a tendência natural do homem, em certas situações, de seguir mais
àqueles que o rodeiam do que o comportamento que lhes deveria ser natural.
Isso seria equivalente às moléculas (naturalmente livres) de um gás, durante
uma mudança de estado querer seguir o comportamento das mais próximas.
Relativamente a isso, Démerson encontrou um texto, o qual posto a seguir e,
obviamente, aguardo seus comentários.
Torçam ai para que cheguemos a um equivalente da equação de Clapeyron
aplicada aos homens :-)
[ ]'
Léo
------------------------------------
-----Mensagem Original-----
De: Démerson Dias <demersondias@uol.com.br>
Para: Leo - Luiz Ferraz Netto <leo@barretos.com.br>
Enviada em: sexta-feira, 29 de setembro de 2000 02:17
Assunto: Comportamento social


Meu Caro Léo,

Espero que tudo esteja bem com você.
Eu aqui estou saindo de uma greve "terrível" na Justiça Eleitoral, na qual
acabamos vitoriosos.
Foram necessários seis anos e uma ameaça de inviabilizar as eleições para
que os doutos juizes dissessem que "de fato" tínhamos realmente reconhecido
um direito.
A hipocrisia grassa no país, eles agem como se isso fosse a coisa mais
normal do mundo. Pretende nos convencer que existe justiça.
Às vezes tenho pensado naquela sua tese sobre comportamento dos gases, que
aliás, insisto que quando tiver alguma formulação preliminar me envie.
Fui rebater um texto do HeitorReis numa outra lista e abordei a concepção do
holismo, proposta por Jan Smuts em 1926. Creio que também seria uma
colaboração interessante.
Ele fala em unidades de complexidade crescente e que as partes quando em
contato na composição de um determinado todo podem apresentar
características inexistentes nas partes que as constituem.
Particularmente tenho experiências que me levam a concordar com a validade
desse raciocínio em relação aos elementos humanos.
Não que as propriedades sejam necessariamente inexistentes, mas que algumas
delas parecem manter-se latentes enquanto isoladas, mas quando num coletivo,
parecem encontrar ambiente propício à sua manifestação.
Bem, mas lembrei-me de sua tese porque encontrei o texto abaixo e pensei que
talvez lhe interessasse. Desculpe se já for de seu conhecimento.

Um grande abraço.

Démerson Dias

Sexta-feira, 29 de Setembro de 2000

THE BOSTON GLOBE


INSTINTO GREGÁRIO
Cientistas criam modelos matemáticos para explicar multidões em pânico
Gareth Cook

Em todo o mundo, onde quer que grandes multidões se reúnam, percebe-se os
efeitos da misteriosa força do pânico. Em julho, 12 pessoas morreram em uma
partida de futebol no Zimbábue. Um mês antes, nove fãs foram pisoteados e
morreram durante um concerto do Pearl Jam na Dinamarca. E por várias vezes
nesta década, peregrinos muçulmanos que faziam a sua visita sagrada a Meca
se transformaram em manadas humanas descontroladas, provocando pisoteamentos
fatais. Todos esses episódios aconteceram aparentemente sem motivo algum.

Agora, uma equipe de cientistas afirma ter criado um poderoso programa de
computador que, pela primeira vez, desvenda o mistério de como as multidões
se movimentam quando submetidas à pressão. No futuro, o programa vai
auxiliar arquitetos e autoridades que lidam com situações de emergência a
prevenir situações de pânico de massas.

Ao contrário de estudos realizados no passado, que procuravam entender a
mentalidade das multidões, a nova simulação sugere que a ocorrência de
congestionamentos no tráfego das multidões é um fenômeno tão previsível
quanto o do movimento planetário. Segundo os pesquisadores, a tendência dos
seres humanos para seguirem a multidão, e para empurrar uns aos outros,
quando submetidos a estresse, pode desencadear forças suficientemente
poderosas para envergar o aço ou para derrubar muros de tijolos. A forma de
se evitar tragédias seria redesenhar os espaços públicos a fim de criar um
fluxo suave de pessoas, mesmo quando entram em pânico. "É um estudo elegante
e importante", diz Seth Lloyd, professor de engenharia mecânica no MIT.
"Este trabalho vai salvar vidas".

Conforme o mundo fica a cada dia mais povoado e interligado, os cientistas
se confrontam com fenômenos complexos - quebras nas bolsas de valores e
congestionamentos de tráfego que acontecem sem razão aparente - que ocorrem
quando grandes números de indivíduos interagem. O estudo sobre as multidões
é parte de uma tentativa ambiciosa feita no decorrer da década passada,
baseada na utilização de recursos baratos de computação, para decifrar as
forças que regem esses sistemas.

"A maior surpresa é que o pânico e o comportamento humano podem ser
entendidos segundo modelos físicos", afirma Dirk Helbing, um dos
pesquisadores que desenvolveu o programa, que é descrito na última edição da
revista "Nature". "Antes desse estudo, se pensava que as interações
ocorridas no interior de multidões só poderiam ser entendidas em termos
psicológicos".

Em um exemplo famoso, depois que 11 fãs foram pisoteados e morreram em 1979,
em um show do grupo The Who, em Cincinnati, o incidente foi atribuído à
"psicologia da manada", às drogas alucinógenas, e até à forte tendência ao
descaso, típica da juventude da época.

No entanto, as novas pesquisas indicam que a responsabilidade pelo fenômeno
deve ser procurada sob outra ótica. Os pesquisadores sabem que se as pessoas
forem colocadas juntas, muito próximas umas das outras, elas tendem a se
empurrar. Os cientistas também sabem que os membros da multidão têm uma
tendência, especialmente durante emergências, a seguir os que lhes estão
próximos, assumindo que eles têm mais informações a respeito do que está
ocorrendo.

Quando Helbing programou um computador para trabalhar com as forças
presentes nas multidões, o resultado foi que na tela se formou uma dança
fluida de pontos cintilantes, cada um representando uma pessoa tentando
fugir do tumulto.

Em um dos cenários simulados, enquanto as pessoas em um salão empurravam
umas às outras buscando a saída, a tela mostra uma espécie de turbulência
humana se formando, e isso faz com que os pontos levem mais tempo para
escapar. Em outra simulação, Helbing afirmou que o número de pessoas capazes
de escapar de uma "sala tomada por fumaça" caiu de 74 para 58, à medida que
o "efeito manada", chamado de "parâmetro do pânico", aumentava.

Um resultado ainda mais inesperado, segundo Helbing, foi que uma coluna
estreita e bem localizada, em frente a uma saída, permitia que mais gente
escapasse, já que as pessoas que estavam mais atrás na multidão não podiam
exercer tanta pressão sobre aqueles que tentavam sair. Segundo Helbing, esse
é um conceito arquitetônico, que ele pretende patentear.

Helbing, professor da Universidade de Tecnologia de Dresden, na Alemanha,
criou o programa de simulação em cooperação com dois pesquisadores húngaros,
Illes Farkas e Tama Vicsek.

Um cientista, porém, criticou o estudo por não ter refinado o modelo,
através de observações mais precisas sobre o padrão de interação de membros
de multidões. "Esses padrões precisam ser calibrados através do confronto
com dados", diz Moshe E. Bem-Akiva, professor do Instituto de Tecnologia de
Massachusetts, que passou anos colhendo esse tipo de informação dos
motoristas de Boston, a fim de simular o fluxo de tráfego pela Artéria
Central rodoviária. Segundo ele, a coleta desses dados é "o trabalho
realmente difícil".

Como exemplo, Bem-Akiva disse que um dos seus colegas, um analista do
governo do Estado de Nova York, instalou uma câmera de vídeo para gravar o
fluxo das multidões que se formam na estação de metrô Grand Central, na hora
do rush.

Já outros pesquisadores, segundo Lloyd, estão tentando descobrir como o
"efeito manada" - que ocorre onde a informação é escassa e as pessoas seguem
as decisões de outros - poderia auxiliar na explicação de praticamente todos
os fenômenos, desde ao fluxo de mensagens na Internet até a súbita
popularidade de Harry Potter.

Porém, no que diz respeito aos incêndios, o trabalho teórico já produziu
algumas orientações de ordem prática. Segundo Helbing, o erro que a maioria
das pessoas comete é seguir o grupo maior, o que pode fazer com que caiam em
perigosos "engarrafamentos". Mas seria também um erro ignorar completamente
o que os outros fazem, já que essas pessoas poderiam descobrir primeiro uma
saída. Ele afirma que, a melhor atitude a se tomar nessas situações é
"seguir pequenos grupos".

Helbing diz que esse conselho funcionaria também para atividades como a
escolha de um filme, de um carro ou de um local para se morar. Ele
acrescenta que as maiores vantagens acontecem para aqueles que examinam os
fatos de perto, mas que não têm medo de descartar aquilo de que não gostam.

Tradução: Danilo Fonseca













SUBJECT: Re: [ciencialist] A TGBD e o prblema do Jocax
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 29/09/2000 08:25



Claudio Abreu wrote:
>
> Prezado Takata,
>
> Vou tentar bidualizar a sua solução gráfica para o problema do Jocax.
> Pois só assim ele acreditará na TGBD.

Caro Claudio,
As palavras que se seguirem sao propositadamente CRUEIS E SARCASTICAS
eu sei q posso estar errado mas nao creio.
Faco isso para tentar te "salvar" caso contrario nos 2 iremos parar
no manicomio Vc com sua TGBD e eu com meu Genismo :-)


Veja bem Claudio, como ja disse, a TGBD nao eh outra coisa se nao uma
maneira de vc classifica arbitrariamente as coisas ( O tudo ).

Eu poderia fazer uma teoria assim : "Tudo tem seu par"
AIh vc me mostra um conjunto {1,2,3} e me pergunta onde ele se
enquadra Eu te digo o 1 eh par do 2 e o 3 eh par do {1,2}
ou seja, SEMPRE existira um modo de se enquadrar na classificacao.

O Tgbd parece uma visao dos ultra-religiosos em q as coisas sao do
BEM (ligadas aa Deus) ou sao do MAL (ligadas ao demonio).
Aih eu te pergunto como fica a regra de 3 nesta classificacao:
A/B = X/C ?
Vc me diz A e X estao ligadas ao Bem pois estao em cima da barra e
portanto mais proximas aos Ceus. B e C sao do Mal pois estao
mais proximos do inferno.
Percebe? Tudo pode ser classificado com esta otica;

Qdo vc usa a TGBD vc sempre a usa Hienisticamente ( como as hienas
fazem aproveitando-se do bixo morto, devorando-o ): Vc pega
o problema resolvido e o classifica segundo esta otica
arbitraria. Neste caso, claro, tudo pode ser classificado parecendo
que a TGBD resolveu-o.

Faca uma esperiencia : de o problema a alguem q conhece a TGBD
e vera q NUNCA chegarao aa mesma classificacao embora cada um
podera classifica-lo usando todos os elementos da TGBD.

Essa critica ACIDA E CRUEL e para tentar salva-lo do manicomio
se eu nao conseguir nos encontraremos LA e conversaremos a respeito.

Um abraco amigo.
Joao carlos ( jocax )
(PS: Entenda q eu nao fiz a critica por maldade mas pq eu acredito
no que escrevi )
(PS2: Sempre achei vc bastante ponderado cavalheiro e amistoso
mesmo qdo as criticas eram crueis, mas vc podera ser cruel comigo tambem
caso vc sinta necessidade. Eu saberei compreende-lo )


SUBJECT: Re: [ciencialist] os extraterrestres tem sexo e inteligencia??
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 29/09/2000 08:51



Roberto Mitsuo Takata wrote:
>
> On Thu, 28 Sep 2000, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> > A teoria eh mais importante que os dados. Os dados
> corraboracionistas
> > ou refutatorios ficaram para os experimentadores/exploradores.
> > Por hora diria q vc tera q comprar o meu livro sobre o Genismo :)
> > para verificar o mecanismo evolutivo de cada sentimento humano.
> > ( Qdo tiver + tempo poderei pensa-los e posta-los, alguns deles,
> espero
> > nesta lista ).
>
> lembra do q. falei sobre o Universo Pato Donald? os modelos sao
> importantes para se guiar a compreensao do mundo, de nada servem se
> elas
> explicam um mundo q. nao existe... os dados eh q. dirao se os modelos
> sao
> ou nao adequados para se explicar o mundo.
>
> vc nao precisa fazer os testes, mas como teorico precisa formular pelo
> menos os testes de hipotese e prever os resultados 'a luz do modelo
> proposto. e eh preciso mostrar q. o modelo eh compativel com os dados
> jah
> disponiveis... eh mais a esse segundo caso q. me referia.
>
> > Eu diria q as emocoes e os sentimentos estao numa base mais antiga
> > ( sistema limbico ) e foram aprimoradas evolutivamente
> > concomitantemente
> > ao neocortex ( "inteligencia" ). Poderia dizer ainda que as duas
> > poderiam
> > evoluir em paralelo.
> > A universalidade dos sentmentos poderiam ser explicados
> > da mesma maneira q se explica a origem do dimorfismo sexual
> > ou do xenofobismo (postado aqui pelo Miranda ).
>
> como? se vc mesmo admite q. poderia haver inteligencia sem emocao,
> como
> falar em universalidade dos sentimentos em seres inteligentes?

Poderia haver inteligencia sem emocao em MAQUINAS DE SILICIO.
Em seres vivos eu acredito que possa haver emocao sem
inteligencia(racional).
Acredito q as emocoes sao proto-inteligencias rudimentares. Claro q vc
pode classificar os algoritmos emocionais como formas de inteligencia.



>
> a origem do dimorfismo sexual eh passivel de estudos comparativos --
> existem aqui mesmo na terra casos de evolucao independente do
> dimorfismo... talvez isso se aplique ao xenofobismo (eh possivel q.
> haja
> algum entre os leoes e formigas)... mas e qto 'a emotividade associada
> 'a
> inteligencia?

Acredito que nao haja mais reproducao sexuada que NAO esteja associada
a algum tipo de dimorfismo sexual. Isso soh deve ter acontecido nos
primordios da vida.
Como disse vcsempre pode classificar os algoitmos mentais associados
aa emocao como formas de inteligencia. Contudo, se conseguirmos separar
o racional do emotivo veremos q o emotivo eh mais antigo evolutivamente
e nao existira, organismo vivo racional sem emocao. Mas podera
haver organismos emotivos sem razao.


>
> > Eu nao disse q haveria necessariamente ligacao entre o emocional
> > e o racional. Eu disse q todos os sentimentos devem ser universais.
> > Nao disse nada sobre a razao e sua ligacao com eles ( sentimentos ).
>
> vejamos, a pergunta era sobre inteligencia dos extraterrestres... vc
> nao
> disse algo do tipo: dado q. os extraterrestres tenham emocoes, elas
> serao
> do tipo humano... o q. vc escreveu eh q., em sendo inteligentes, eles
> teriam emocoes do tipo humano.
>

Isso disse q qqr sociedade inteligente tera emocoes do tipo humano.
MAS, a ligacao entre a inteligencia e as emocoes dentro do cerebro
destes
individuos eu nao precisei, nao estabeleci relacoes neuronicas.
Nao disse q TIPO de relacao deve haver entre a emoca e a razao ( se eh q
podemos separa-las ).


> se assim for, eh preciso: primeiro, demonstrar q. a inteligencia deve
> vir
> associada 'a emocao. e segundo: essa emocao deve ser do tipo humano.

Eu disse q da para demonstrar isso para cada tipo de emocao usando
o paradigma-neodarwiniano. Vc pode pensar assim as primeiras
inteligencias
deveriam ser ultra-simples e portanto instintivas.
No proximo nivel evolutivo, comportamentos instintivos um pouco
mais complexos seriam emotivos ( tambem instintivos ) pois norteariam
de uma forma mais duraoura o comportamento instintivo instantaneo.
Em seguida viria o pensamento abstrato-racional mais complexo e portanto
numa escala evolutiva mais nova.


>
> > Nao creio q um computador capaz raciocinar necessite sentir.
> > Mas podemos definir "sentir" facilmente e neste caso a programacao
> > poderia ser simplificada. Sentir : Estruturas apendices que analisam
> > os dados segundo valores pre-determinados retornando esta analise
> > ao processo central de modo a guiar este processo.
> > Bom segundo esta definicao o sentir eh um processamento paralelo
> > independente influenciando o processamento principal.
>
> q. seja. mas vc admite q. um computador -- um ser -- q. raciocine nao
> precise necessariamente sentir. como estamos, meio capengamente,
> identificando inteligencia ao raciocinio significa q. pode haver
> inteligencia sem emocao... o q. nos garantiria q. um alienigena nao
> pudesse desenvolver uma inteligencia sem emocao tbm?

Simples : A teoria darwiniana, como dissse acima, comeca resolvendo
problemas de sobrevivencia da forma MAIS SIMPLES possivel.
E a forma mais simples seriam as estruturas instintivas-sentimentais.
Vc poderia aguir q posteriormente estas estruturas poderiam se atrofiar
desde q o cerebro nao precisasse mais delas !!!!!!
Eu diria SIM!!! , Em principio SIM.
Mas eh muito dificil suprimi-las no todo sem haver uma derrocada
genetica populacional ( extincao ). E DIRIA MAIS : SE HOUVER UMA
SOCIEDADE ALIENIGENA SEM SENTIMENTOS ELES DEVERAO SER GENISTAS.
( Forte esta frase né ? :)) )


>
> > Nao, nao vejo desse modo. A emotividade seria universal simplesmente
> > pq as leis de Darwin sao universais. A emotividade seria um
> corolario
> > das les de Darwin uma decorrencia natural delas em sistemas sociais
> > inteligentes.
>
> tto qto eu saiba uma ostra tbm estah sujeita 'a selecao natural e nao
> tem
> emotividade (ao menos nao do tipo humano)... uma planta -- igualmente
> selecionada -- tbm nao... por q? porq o historico evolutivo eh
> diferente
> -- as pressoes seletivas sao diversas... vc diria: mas tbm nao sao
> inteligentes...

EXATO : A inteligencia soh apareceria DEPOIS que as emocoes
aparecessem !!!
Reafirmo: Se a sociedade eh inteligente ela deve ter emocoes humanas.

>de fato, mas isso poderia ser uma ligacao
> circunstancial:
> humanos e outros primatas tEm cinco dedos... isso teria alguma ligacao
> com
> inteligencia? golfinhos e humanos tEm pouco pElo pelo corpo...
> primatas
> (incluindo o homem) e golfinhos mamam...

Expliquei acima q do ponto de vista evolutivo as emocoes sempre deveriam
preceder a inteligencia eh uma questao de evolucao de complexidade.


>
> uma alternativa seria demonstrar q. os golfinhos tEm um
> desenvolvimento
> emocional tao desenvolvido qto os primatas antropoides...

Uma boa linha de pesquisa !!
Quanto mais inteligente for a classe maiores os tipos de emocoes
destas classes. Da uma boa tese de doutorado !! ( quer ser meu orientado
:-))

>
> > Sim, mas podemos comunicar com eles mesmo q eles ( IA ) nao possuam
> > sentimentos.
>
> pois eh, e por q. os alienigenas inteligentes teriam q. ter
> sentimentos
> humanos?
>


Coomo expliquei acima isto decorre da evolucao natural da complexidade
do cerebro para resolver problemas de perpetuacao genetica.
As emocoes formam uma classe simples de algoritmos mentais para
resolver estes tipos de problemas. O raciocinio abstrato eh +
complexo e devera sempre aparecer depois na escala evolutiva.

[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] A TGBD e a Biologia
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 29/09/2000 11:15

On Fri, 29 Sep 2000, Claudio Abreu wrote:
> Repare que a TGBD busca explicar o que esteja em equilibrio total, mas
> não exclui o que não o esteja. No campo da Biologia, que mal conheço,

bem, nao quero me estender muito. mas na verdade, *nada* no universo estah
em equilibrio permanente... o q. existem sao equilibrios locais -- o q. se
chama de equilibrio dinamico.

> Quanto ao possível bidual proposto por você, no chamado sistema de
> classificacao classica dos sabores (amargo -- azedo -- salgado -- doce),

pois bem, recentemente descobriu-se uma quinta classe de receptores
gustativos (quer dizer nem tao recente assim) -- sao os receptores de
glutamato... (saca o aji-no-moto?)

> Os componentes básicos do sangue são quatro:
> 1. glóbulos vermelhos <-> 2. glóbulo brancos
> 3, plaquetas <-> 4. plasma

ha' muito mais coisa no sangue, dependendo da tecnica de separacao podemos
fracionar o sangue em um sem numero de porcoes. no plasma seguem
dissolvidos os nutrientes absorvidos pelo trato digestivo, sais, proteinas
diversas, fatores de coagulacao...

> Os tipos de sangue são 4:
> 1. A <-> 2.B
> 3.AB <-> 4. O

isso para o sistema dos antigenos ABO... tem os antigenos M e N e diversos
outros... nao basta haver compatibilidade do sistema AB0 pra garantir a
doacao -- embora seja o principal.

> O cromossomo do Pai, X ou Y, define o sexo dos filhos:
> 1. Mãe: X e X <-> 2. Pai: cromosomos X e Y
> 2. Filha: X e X <-> 4. Filho: X e Y

tartarugas e crocodilianos nao possuem determinacao cromossomica do sexo
-- eh em funcao da temperatura de incubacao...

existem organismos exclusivamente partenogeneticos e portanto soh tem um
unico sexo...

existe o sistema ZW -- em q. a femea produz gametas com diferentes tipos
de cromossomos sexuais em lugar do macho.

o q. na tgbd explicaria um caso e outro?

e os organismos em q. a femea possui duas copias do cromossomo sexual e
macho apenas uma? e o dos organismos em q. a femea possui uma copia de um
tipo de cromossomo sexual e o macho uma copia de outro tipo?

qto 'a regras da biologia, certamente elas existem -- o q. tudo ordena sao
as leis fisicas -- os sistemas biologicos sao antes de mais nada sistemas
fisicos. o q. diferencia os sistemas biologicos dos demais conhecidos eh
q. eles sao frutos do processo de evolucao, esta entendida como
descendencia com modificacao.

ideias e virus de computador sob certos aspectos podem ser entendidos como
sistemas biologicos -- desde q. pensados em conjunto com a porcao fisica
nos quais se desenvolvem (e nao apenas nos seus aspectos logicos) --
seriam sistemas biologicos nao-organicos (perdoes pelo anglicismo). bem,
este ultimo paragrafo eh uma opiniao pessoal -- nao eh algo consensual
entre os biologos.

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] A TGBD e a Biologia
FROM: "Agapito Ribeiro Júnior" <agapito@alphanet.ne.jp>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 29/09/2000 11:38

Caro Takada

Ao ler o que você escreveu, permita-me reproduzir, "bem, nao quero me estender muito. mas na verdade, *nada* no universo estah em equilibrio permanente... o q. existem sao equilibrios locais -- o q. se chama de equilibrio dinamico.", e longe de questionar os fatos científicos que envolvem sua explicação, quero comentar sobre Baruque de Espinoza.

Em sua filosofia, que procurava embasar-se, de certa forma, na ciência da época, ele chegou à conclusão que tudo no Universo era parte de uma harmonia de algo Absoluto e Universal que ele acabava por tornar panteisticamente em Deus.

Em outras palavras, talvez ele quisesse dizer, em termos atuais, e isso, lógico, é anacrônico, que todos os equilíbrios locais estão em equilíbrio com a Dinâmica Universal. Assim, até mesmo o "mal" era algo "harmônico" com o propósito Absoluto.

Eu aproximei os termos usados por Russell para explicar Espinoza, mas, é algo assim. Levando em conta o anacronismo acima, não dá para especular se Espinoza discutiria em e-mail com você sobre a veracidade ou não do desequilíbrio. Até porque ele era um homem calmo e se nagava a "bater-boca", concepção de sua própria filosofia.

É isso aí companheiro, até mais. E obrigado pelas suas participações. Tenho aprendido muito.




Fraternalmente

Agapito Ribeiro Júnior

agapito@alphanet.ne.jp

"Nenhuma virtude que tenha suas raízes no medo é digna de ser muito admirada"

Bertrand Russell em "Obras Filosóficas", p. 327

informativo sapiência

http://www.egroups.com/group/sapiencia




SUBJECT: Re: [ciencialist] os extraterrestres tem sexo e inteligencia??
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 29/09/2000 13:24

On Fri, 29 Sep 2000, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> Poderia haver inteligencia sem emocao em MAQUINAS DE SILICIO.
> Em seres vivos eu acredito que possa haver emocao sem
> inteligencia(racional).
> Acredito q as emocoes sao proto-inteligencias rudimentares. Claro q vc
> pode classificar os algoritmos emocionais como formas de inteligencia.

o q. faz com q. as maquinas possam ser inteligentes sem ser emotivas, mas
os seres vivos nao?

> Acredito que nao haja mais reproducao sexuada que NAO esteja associada
> a algum tipo de dimorfismo sexual. Isso soh deve ter acontecido nos
> primordios da vida.

vc nao vai conseguir diferenciar um coelho de uma coelha sem examinar seus
genitais -- q. ficam bem escondidos. o dimorfismo se refere 'a forma geral
do corpo. claro q. os coelhos devem saber se distinguir uns dos outros --
a pista pode ser algum cheiro. mas isso falando de organismos q. possuam
sexos separados.

minhocas e muitas plantas sao hermafroditas -- e muitas sao incapazes de
auto-fertilizacao, i.e., realizam fertilizacao cruzada obrigatoriamente.
fazem sexo sem dimorfismo sexual.

mas ha' organismos com sexo separado, cuja unica diferenca eh se produzem
gametas moveis ou imoveis. o reconhecimento do parceiro se da'
exclusivamente no nivel dos gametas.

entao mesmo q. estendamos o conceito de dimorfismo sexual para qq pista
percebida pelo individuo de um dos sexos para a identificacao de um
possivel parceiro sexual, ela soh tem sentido em organismo com sexo
separado E q. procurem ativamente pelo parceiro para uma especie de
copula. eles deveriam estar espalhados tbm, jah q. nessa situacao q.
mecanismos de reconhecimento trariam alguma vantagem sobre encontros
casuais -- se estivessem muito proximos um do outro, as chances de
encontro aumentariam bastante, fazendo com q. gastos com mecanismos de
reconhecimento fossem inuteis.

(eis aqui um problema com a palavra 'sexo' usada para os supostos
alienigenas -- se refere ao sexo biologicamente falando, i.e., troca de
material genetico; sexo como tipos distintos de individuos intercruzantes
ou sexo como a copula?)

> Como disse vcsempre pode classificar os algoitmos mentais associados
> aa emocao como formas de inteligencia. Contudo, se conseguirmos separar
> o racional do emotivo veremos q o emotivo eh mais antigo evolutivamente
> e nao existira, organismo vivo racional sem emocao. Mas podera
> haver organismos emotivos sem razao.

eu nao duvido disso. a questao q. eu coloco eh: a emotividade eh um passo
necessario para o surgimento da inteligencia racional? vc parece dizer q.
sim. eu lhe pergunto, o q. o faz pensar assim?

> Isso disse q qqr sociedade inteligente tera emocoes do tipo humano.
> MAS, a ligacao entre a inteligencia e as emocoes dentro do cerebro
> destes
> individuos eu nao precisei, nao estabeleci relacoes neuronicas.
> Nao disse q TIPO de relacao deve haver entre a emoca e a razao ( se eh q
> podemos separa-las ).

eu nao estou nem pensando em termos de cerebro -- nao vejo nenhuma
garantia de q. haja necessidade de cerebro para formas alienigenas de
inteligencia. bem, podemos chamar os processos equivalentes de processos
nervosos por analogia e as estruturas associadas de cerebro tbm por
analogia. mas nao estou pedindo as relacoes de funcionamento entre eles e
sim as relacoes de origens evolutivas -- i.e., ou q. um ambiente q. exerca
pressao evolutiva para o desenvolvimento de um leve ao desenvolvimento de
outro ou q. o desenvolvimento de um por evolucao dependa da pre-existencia
de outro.

assim, o desenvolvimento evolutivo de chifres -- projecoes osseas
pontiagudas na cabeca -- naturalmente dependem da pre-existencia de ossos
(e de cabeca). o desenvolvimento do olho depende da coevolucao dos
centros nervosos q. processarao as informacoes advindas do orgao.

o chifre depende da pre-existencia dos ossos porq. eh uma modificacao
dessa estrutura, se nao ha' ossos, ossos nao podem ser modificados em
chifres.

o olho certamente vai desenvolver-se em funcao de pressoes evolutivas para
a acuidade visual -- da' vantagens em um ambiente claro uma vez q. podem
receber informacoes luminosas sobre o ambiente, informacoes q. viajam a
velocidades bastantes altas e podem vir de longe: informacoes q. permitem
ou uma fuga do predador ou uma caca 'a presa ou direcionamento para locais
claros/escuros -- o olho vai receber essa informacao do ambiente e deve
repassar essa informacao para ser processada. quer dizer, eh preciso haver
uma estrutura capaz de processar essa informacao. sem centros de
processamento da informacao coletada pelo olho, o olho eh inutil e
certamente nao poderia ser selecionado favoravelmente.

isso quer dizer, no primeiro caso, onde ha' chifre, ha' osso (mas nao
necessariamente onde ha' osso, ha' chifre); no sendo caso, onde ha' olho,
ha' centros de processamento de informacoes visuais e vice-versa (tem um
pequena complicacao, mas nao precisamos considera'-la agora).

como vc esta' relacionando a emocao com o raciocinio, entende-se q. um dos
tipos de relacao deva haver. como vc reconhece haver emocao sem
raciocinio, suponho q. seria algo analogo ao caso dos chifres e ossos. o
raciocinio teria q. ser alguma modificacao ou da propria emocao ou de
algum componente gerado pela emocao. como vc demonstra isso?

> Eu disse q da para demonstrar isso para cada tipo de emocao usando
> o paradigma-neodarwiniano. Vc pode pensar assim as primeiras
> inteligencias
> deveriam ser ultra-simples e portanto instintivas.
> No proximo nivel evolutivo, comportamentos instintivos um pouco
> mais complexos seriam emotivos ( tambem instintivos ) pois norteariam
> de uma forma mais duraoura o comportamento instintivo instantaneo.
> Em seguida viria o pensamento abstrato-racional mais complexo e portanto
> numa escala evolutiva mais nova.

e porq. nao poderia evoluir raciocinio sem emocao? mais precisamente vc
fala em raciocinio complexo, sem emocao complexa.

eu imagino um cenario em q. poderia desenvolver-se um raciocinio complexo,
sem emocao complexa -- eh soh um exercicio imaginativo, jah q. estamos
falando de situacoes imaginarias.

imagine uma especie de predador ativo -- ela caca suas presas.
inicialmente temos um ambiente rico em presas. nao ha' necessidade de
previsao de localizacao desse recurso -- um individuo q. tenha um
processo de localizacao tera' desvantagem em relacao os demais q. nao
gastam seus recursos com tais processos e sao tao bem sucedidos na captura
da presa qto o q. tem. por um motivo qq as presas rareiam. elas agora
estao distribuidas em pequenos grupos isolados pelo ambiente. os
predadores q. as consigam localiza'-las com mais eficiencia serao os mais
bem sucedidos. as presas nao emitem sinais odoriferos, nao fazem barulho e
sao dificeis de se enxergar. mas elas deixam pequenos sinais por onde
passam, digamos, pegadas, marcas de dentes nas plantas das quais se
alimentam. um predador q. associe essas marcas 'a presenca preterita da
presa tera' uma pista a seguir. os q. consigam distinguir essas marcas de
outras -- pegadas de outros organismos, danos por insetos q. se parecem
dentadas e assim por diante -- deverao ser mais bem sucedidos. eles
precisam criar uma pequena capacidade de abstracao para associar as marcas
'as presas. os q. tiverem uma dieta mais generalista, certamente terao
vantagem sobre os demais -- encontrarao alimento com mais facilidade. mas
terao q. associar diferentes marcas com diferentes presas. e digamos q.
haja uma variacao temporal na disponibilidade das presas. o predador tera'
q. saber qual marca procurar em qual epoca -- se ele seguir uma marca de
uma presa rara podera' dispender energia demais para pouca recompensa. ele
precisa ter memoria. ha' tbm variacao regional das presas disponiveis. uma
marcacao estritamente genetica dos tipos de presas sera' menos vantajosa
do q. a capacidade de aprendizagem -- conferira' maior plasticidade em
relacao 'a epoca e ao local. mas essa aprendizagem soh ocorre mais
tardiamente, jah q. os jovens adotam dietas diferentes da dos adultos --
uma vez q. as presas sao raras, eh vantagem o jovem nao competir com os
adultos. nao sao organismos sociais -- a escassez das presas nao sustenta
em um mesmo local muitos predadores, eles estao distribuidos de forma mais
ou menos aleatoria o q obriga a uma mudanca constante de lugar, nao se
desenvolve um territorialismo permanente --, encontros sao fortuitos e
pouco amistosos -- novamente em funcao da raridade das presas, evitacao de
competicao. a memoria auxilia tbm a se lembrar de locais mais promissores
em presas, o q. faz com q. nao se perca muita energia procurando pelas
presas uma vez encontrado um local rico. mas rapidamente esses locais se
esgotam e eh preciso encontrar um novo local -- uma memoria plastica eh
mais vantajosa.

temos agora -- supondo q. tenha havido as mutacoes adequadas, caso nao
tenha ocorrido o organismo provavelmente estaria extinto -- um ser com
memoria, capaz de abstrair. as presas tbm evoluem e as mais imprevisiveis
levam vantagem. os predadores capazes de encontrar padroes para superar os
subterfugios da presa levarao por sua vez vantagem sobre os demais
predadores. ocorre um aumento da capacidade de abstracao em uma corrida
armamentista.

a memoria nao se desenvolveu em funcao de interacoes sociais. nao ha'
vinculos entre os pais e a prole. nao houve desenvolvimento maior dos
aspectos emotivos, mas a abstracao deu origem ao raciocinio, ao calculo
consciente dos atos. nao ha' exatamente uma cultura, posto q. nao ha'
grandes interacoes entre os individuos, mas ha' uma inteligencia criativa
para bolar estrategias de caca. eventualmente estrategias de caca juntaram
por pura conveniencia um grupo de predadores -- denominados agora de
cacadores. sua base social eh estritamente pragmatica. nao ha' vinculos
afetivos. a matematica se desenvolve em funcao das estrategias de caca e
da particao da recompensa. o dilema do prisioneiro resolve-se pelas
coalizoes dos prejudicados em retalicao -- quem engana eh morto. nao ha'
uma estetica desenvolvida, tudo eh absolutamente desenhado buscando a
funcionalidade e so'.

> Simples : A teoria darwiniana, como dissse acima, comeca resolvendo
> problemas de sobrevivencia da forma MAIS SIMPLES possivel.

a selecao natural nao resolve as coisas da forma mais simples possivel,
o processo de evolucao ocorre do modo como eh possivel.

emocao eh um ato extremamentemente complexo e nao necessariamente
imprescindivel. as plantas vivem muito bem sem emocao, as ostras tbm.

e repare q. vc estah defendendo emocoes do tipo humano associados a
inteligencia do tipo humano ao mesmo tempo em q. admite q. elas devam ter
se desenvolvido de forma concomitante, mas independentes -- em paralelo,
vc diz.

> EXATO : A inteligencia soh apareceria DEPOIS que as emocoes
> aparecessem !!!
> Reafirmo: Se a sociedade eh inteligente ela deve ter emocoes humanas.

ta', mas vc nao esta' explicando o porq...

> Expliquei acima q do ponto de vista evolutivo as emocoes sempre deveriam
> preceder a inteligencia eh uma questao de evolucao de complexidade.

clorofilas sao mais simples q. a inteligencia, nem por isso elas surgiram
nas linhagens q. deram origem aos organismos terrestres inteligentes...

> > uma alternativa seria demonstrar q. os golfinhos tEm um
> > desenvolvimento
> > emocional tao desenvolvido qto os primatas antropoides...
>
> Uma boa linha de pesquisa !!
> Quanto mais inteligente for a classe maiores os tipos de emocoes
> destas classes. Da uma boa tese de doutorado !! ( quer ser meu orientado
> :-))

vc soh tem mestrado, nao pode orientar ninguem... e soh vai poder orientar
um doutorando depois q. tiver orientado um mestrando (e aprovado)... nao
tenho esse tempo todo... declino do convite.

> Coomo expliquei acima isto decorre da evolucao natural da complexidade
> do cerebro para resolver problemas de perpetuacao genetica.
> As emocoes formam uma classe simples de algoritmos mentais para
> resolver estes tipos de problemas. O raciocinio abstrato eh +
> complexo e devera sempre aparecer depois na escala evolutiva.

primeiro vc teria q. demonstrar q. as emocoes sao mesmo mais simples do q.
o raciocinio -- q. exijam estruturas nervosas menos complexas e funcionem
de modo mais direto. segundo, demonstrar q. o raciocinio deriva da emocao.
porq. se for simples questao de complexidade (supondo q. provemos q. a
emocao eh mais simples q. o raciocinio) se nao houver um vinculo desse
tipo, podemos imaginar ambientes em q. as emocoes nao sejam selecionadas e
o raciocinio possa desenvolver-se sem emocoes.

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] os extraterrestres tem sexo e inteligencia??
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 29/09/2000 13:51

Prezados Jocax e Takata,

Não posso perder esta oportunidade para botar mais lenha nessa, mostrando que o funcionamento do cérebro se dá bidualmente, onde ele, o cérebro, é o Terno, e a ação que ele emite para fora dele, ou ação que vem de fora dele, é o Quarto.

O cérebro, pela TGBD, assim, no caso da informação que ele manda para fora dele, seria o Terno formado pelo Dual Interno composto pela razão e pela emoção, que são subsídios referenciais para uma tomada de decisão, que é o Terceiro. Por outro lado, no caso da informação que vem de fora, o cérebro possui o seu mecanismo de recepção dela, e de envio para análise dos departamentos da razão e da emoção.

Desta forma temos:

A) No caso de uma ação para fora do cérebro:
1. subsídios da Razão <-> 2. subsídios da Emoção
3. tomada de Decisão <-> Ação para fora (Informação)

B) No caso de uma ação que adentra o cérebro:
1. envio para análise da Razão <-> 2. envio para análise da Emoção
3. recepção da nova informação <-> Ação que vem de fora (Informação)

Vocês podem ler mais sobre o tema no endereço:

http://br.egroups.com/files/tgbd/2.O.livro.da.TGBD/2.10.O.C%80%A0%A6%E9rebro.pela.TGBDB.doc

Um grande abraço,

Claudio Abreu

----- Original Message -----
From: Joao Carlos Holland de Barcellos
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Friday, September 29, 2000 8:51 AM
Subject: Re: [ciencialist] os extraterrestres tem sexo e inteligencia??




Roberto Mitsuo Takata wrote:
>
> On Thu, 28 Sep 2000, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> > A teoria eh mais importante que os dados. Os dados
> corraboracionistas
> > ou refutatorios ficaram para os experimentadores/exploradores.
> > Por hora diria q vc tera q comprar o meu livro sobre o Genismo :)
> > para verificar o mecanismo evolutivo de cada sentimento humano.
> > ( Qdo tiver + tempo poderei pensa-los e posta-los, alguns deles,
> espero
> > nesta lista ).
>
> lembra do q. falei sobre o Universo Pato Donald? os modelos sao
> importantes para se guiar a compreensao do mundo, de nada servem se
> elas
> explicam um mundo q. nao existe... os dados eh q. dirao se os modelos
> sao
> ou nao adequados para se explicar o mundo.
>
> vc nao precisa fazer os testes, mas como teorico precisa formular pelo
> menos os testes de hipotese e prever os resultados 'a luz do modelo
> proposto. e eh preciso mostrar q. o modelo eh compativel com os dados
> jah
> disponiveis... eh mais a esse segundo caso q. me referia.
>
> > Eu diria q as emocoes e os sentimentos estao numa base mais antiga
> > ( sistema limbico ) e foram aprimoradas evolutivamente
> > concomitantemente
> > ao neocortex ( "inteligencia" ). Poderia dizer ainda que as duas
> > poderiam
> > evoluir em paralelo.
> > A universalidade dos sentmentos poderiam ser explicados
> > da mesma maneira q se explica a origem do dimorfismo sexual
> > ou do xenofobismo (postado aqui pelo Miranda ).
>
> como? se vc mesmo admite q. poderia haver inteligencia sem emocao,
> como
> falar em universalidade dos sentimentos em seres inteligentes?

Poderia haver inteligencia sem emocao em MAQUINAS DE SILICIO.
Em seres vivos eu acredito que possa haver emocao sem
inteligencia(racional).
Acredito q as emocoes sao proto-inteligencias rudimentares. Claro q vc
pode classificar os algoritmos emocionais como formas de inteligencia.



>
> a origem do dimorfismo sexual eh passivel de estudos comparativos --
> existem aqui mesmo na terra casos de evolucao independente do
> dimorfismo... talvez isso se aplique ao xenofobismo (eh possivel q.
> haja
> algum entre os leoes e formigas)... mas e qto 'a emotividade associada
> 'a
> inteligencia?

Acredito que nao haja mais reproducao sexuada que NAO esteja associada
a algum tipo de dimorfismo sexual. Isso soh deve ter acontecido nos
primordios da vida.
Como disse vcsempre pode classificar os algoitmos mentais associados
aa emocao como formas de inteligencia. Contudo, se conseguirmos separar
o racional do emotivo veremos q o emotivo eh mais antigo evolutivamente
e nao existira, organismo vivo racional sem emocao. Mas podera
haver organismos emotivos sem razao.


>
> > Eu nao disse q haveria necessariamente ligacao entre o emocional
> > e o racional. Eu disse q todos os sentimentos devem ser universais.
> > Nao disse nada sobre a razao e sua ligacao com eles ( sentimentos ).
>
> vejamos, a pergunta era sobre inteligencia dos extraterrestres... vc
> nao
> disse algo do tipo: dado q. os extraterrestres tenham emocoes, elas
> serao
> do tipo humano... o q. vc escreveu eh q., em sendo inteligentes, eles
> teriam emocoes do tipo humano.
>

Isso disse q qqr sociedade inteligente tera emocoes do tipo humano.
MAS, a ligacao entre a inteligencia e as emocoes dentro do cerebro
destes
individuos eu nao precisei, nao estabeleci relacoes neuronicas.
Nao disse q TIPO de relacao deve haver entre a emoca e a razao ( se eh q
podemos separa-las ).


> se assim for, eh preciso: primeiro, demonstrar q. a inteligencia deve
> vir
> associada 'a emocao. e segundo: essa emocao deve ser do tipo humano.

Eu disse q da para demonstrar isso para cada tipo de emocao usando
o paradigma-neodarwiniano. Vc pode pensar assim as primeiras
inteligencias
deveriam ser ultra-simples e portanto instintivas.
No proximo nivel evolutivo, comportamentos instintivos um pouco
mais complexos seriam emotivos ( tambem instintivos ) pois norteariam
de uma forma mais duraoura o comportamento instintivo instantaneo.
Em seguida viria o pensamento abstrato-racional mais complexo e portanto
numa escala evolutiva mais nova.


>
> > Nao creio q um computador capaz raciocinar necessite sentir.
> > Mas podemos definir "sentir" facilmente e neste caso a programacao
> > poderia ser simplificada. Sentir : Estruturas apendices que analisam
> > os dados segundo valores pre-determinados retornando esta analise
> > ao processo central de modo a guiar este processo.
> > Bom segundo esta definicao o sentir eh um processamento paralelo
> > independente influenciando o processamento principal.
>
> q. seja. mas vc admite q. um computador -- um ser -- q. raciocine nao
> precise necessariamente sentir. como estamos, meio capengamente,
> identificando inteligencia ao raciocinio significa q. pode haver
> inteligencia sem emocao... o q. nos garantiria q. um alienigena nao
> pudesse desenvolver uma inteligencia sem emocao tbm?

Simples : A teoria darwiniana, como dissse acima, comeca resolvendo
problemas de sobrevivencia da forma MAIS SIMPLES possivel.
E a forma mais simples seriam as estruturas instintivas-sentimentais.
Vc poderia aguir q posteriormente estas estruturas poderiam se atrofiar
desde q o cerebro nao precisasse mais delas !!!!!!
Eu diria SIM!!! , Em principio SIM.
Mas eh muito dificil suprimi-las no todo sem haver uma derrocada
genetica populacional ( extincao ). E DIRIA MAIS : SE HOUVER UMA
SOCIEDADE ALIENIGENA SEM SENTIMENTOS ELES DEVERAO SER GENISTAS.
( Forte esta frase né ? :)) )


>
> > Nao, nao vejo desse modo. A emotividade seria universal simplesmente
> > pq as leis de Darwin sao universais. A emotividade seria um
> corolario
> > das les de Darwin uma decorrencia natural delas em sistemas sociais
> > inteligentes.
>
> tto qto eu saiba uma ostra tbm estah sujeita 'a selecao natural e nao
> tem
> emotividade (ao menos nao do tipo humano)... uma planta -- igualmente
> selecionada -- tbm nao... por q? porq o historico evolutivo eh
> diferente
> -- as pressoes seletivas sao diversas... vc diria: mas tbm nao sao
> inteligentes...

EXATO : A inteligencia soh apareceria DEPOIS que as emocoes
aparecessem !!!
Reafirmo: Se a sociedade eh inteligente ela deve ter emocoes humanas.

>de fato, mas isso poderia ser uma ligacao
> circunstancial:
> humanos e outros primatas tEm cinco dedos... isso teria alguma ligacao
> com
> inteligencia? golfinhos e humanos tEm pouco pElo pelo corpo...
> primatas
> (incluindo o homem) e golfinhos mamam...

Expliquei acima q do ponto de vista evolutivo as emocoes sempre deveriam
preceder a inteligencia eh uma questao de evolucao de complexidade.


>
> uma alternativa seria demonstrar q. os golfinhos tEm um
> desenvolvimento
> emocional tao desenvolvido qto os primatas antropoides...

Uma boa linha de pesquisa !!
Quanto mais inteligente for a classe maiores os tipos de emocoes
destas classes. Da uma boa tese de doutorado !! ( quer ser meu orientado
:-))

>
> > Sim, mas podemos comunicar com eles mesmo q eles ( IA ) nao possuam
> > sentimentos.
>
> pois eh, e por q. os alienigenas inteligentes teriam q. ter
> sentimentos
> humanos?
>


Coomo expliquei acima isto decorre da evolucao natural da complexidade
do cerebro para resolver problemas de perpetuacao genetica.
As emocoes formam uma classe simples de algoritmos mentais para
resolver estes tipos de problemas. O raciocinio abstrato eh +
complexo e devera sempre aparecer depois na escala evolutiva.

[]s
jocax

*** --- ***
Para sair da lista envie um mail para:
ciencialist-unsubscribe@egroups.com
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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] os extraterrestres tem sexo e inteligencia??
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 29/09/2000 14:02

On Fri, 29 Sep 2000, Claudio Abreu wrote:
> Não posso perder esta oportunidade para botar mais lenha nessa,
> mostrando que o funcionamento do cérebro se dá bidualmente, onde ele, o

vc se esqueceu q. o cerebro comanda acoes q. nao dependem da razao nem da
emocao (atos conscientes) -- ha' atos motores, secretores, modulacao
neurologica comandada pelo cerebro q. nao sao processados de forma
consciente, nao sao racionalmente planejados, nem envolvem emocao...
embora posteriormente possam ser percebidos conscientemente.

e perguntaria como ficariam os organismos com cerebro q. nao possuem
propriamente um raciocinio? um acara'-bandeira, por exemplo?

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] En: Comportamento social
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: Ciencia_Lista <ciencialist@egroups.com>
DATE: 29/09/2000 14:15

a ideia parece ser interessante... sei q. ha' alguns trabalhos parecidos
para estudar outras organizacoes gregarias dinamicas: colonias de
formigas, formacao de passaros em voo e em colonias de nidificacao.

o perigo eh essa abordagem ser cooptada por visoes ideologicas da
sociedade -- especialmente as totalitarias.

mas assim, numa opiniao de leigo -- a sociedade nao se comporta mais com
uma dinamica de liquidos ou de corpos granulares do q. propriamente de
gases? por ora nao sei desenvolver bem essa impressao, mas grosso modo --
a sociedade parece nao ter uma tendencia como os gases de ocupar todos os
espacos disponiveis, ela eh mais ou menos amorfa, mas apresenta uma coesao
entre os componentes.

[]s,

roberto takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] os extraterrestres tem sexo e inteligencia??
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 29/09/2000 14:15

Prezado Roberto,

Acho que o que você colocou se processa num nível de análise inferior ao que abordei a questão. Os "departamentos" de Decisão/Recepção, Razão e Emoção, também se decompõem bidualmente na direção micro. Abordarei esta questão depois, pois agora estou sem tempo. Acho que no texto que enviei naquele endereço abordo esta questão. Confere lá:
http://br.egroups.com/files/tgbd/2.O.livro.da.TGBD/2.10.O.C%80%A0%A6%E9rebro.pela.TGBDB.doc

Um grande abraço.

Claudio Abreu
----- Original Message -----
From: Roberto Mitsuo Takata
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Friday, September 29, 2000 2:02 PM
Subject: Re: [ciencialist] os extraterrestres tem sexo e inteligencia??


On Fri, 29 Sep 2000, Claudio Abreu wrote:
> Não posso perder esta oportunidade para botar mais lenha nessa,
> mostrando que o funcionamento do cérebro se dá bidualmente, onde ele, o

vc se esqueceu q. o cerebro comanda acoes q. nao dependem da razao nem da
emocao (atos conscientes) -- ha' atos motores, secretores, modulacao
neurologica comandada pelo cerebro q. nao sao processados de forma
consciente, nao sao racionalmente planejados, nem envolvem emocao...
embora posteriormente possam ser percebidos conscientemente.

e perguntaria como ficariam os organismos com cerebro q. nao possuem
propriamente um raciocinio? um acara'-bandeira, por exemplo?

[]s,

roberto takata


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Vegetais e O2
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
CC: excalibur2@egroups.com
DATE: 29/09/2000 14:30

On Fri, 29 Sep 2000, Leonardo Stern wrote:
> ou seja ... a argumentação de que uma cidade arborizada tem melhor
> renovação de O2 (ar mais puro, se bem que este conceito eu acho relativo
> ao organismo a ser considerado) é verdade ?

eqto as arvores estao crescendo, elas estao fixando carbono e com isso
liberam O2, mas depois q. atingem um certo tamanho elas consomem
praticamente tanto O2 qto produzem... alias a qtdade de O2 nao eh critico
em uma cidade (exceto em La Paz e cia) -- o problema eh excesso de
poluentes -- CO, O3, NO, NO2, SO2 e particulas em suspensao...

o q. as arvores fazem eh refrescar o ambiente...

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] os extraterrestres tem sexo e inteligencia??
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 29/09/2000 15:02



Roberto Mitsuo Takata wrote:
>
> On Fri, 29 Sep 2000, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> > Poderia haver inteligencia sem emocao em MAQUINAS DE SILICIO.
> > Em seres vivos eu acredito que possa haver emocao sem
> > inteligencia(racional).
> > Acredito q as emocoes sao proto-inteligencias rudimentares. Claro q
> vc
> > pode classificar os algoritmos emocionais como formas de
> inteligencia.
>
> o q. faz com q. as maquinas possam ser inteligentes sem ser emotivas,
> mas
> os seres vivos nao?

Pq elas maquinas nao se enquadram no paradigma darwiniano de selecao
natural. Elas foram feitas acabadas. Claro q se vc colocar maquinas de
silicio com capacidade reprodutiva , selecao natural e etc simulando
vida a coisa muda de figura.
Acredito ser possivel criar mecanismos que possam propiciar
sentimentos aas maquinas. Mas, normalmente, cria-se robos sem
sentimentos.



>
> > Acredito que nao haja mais reproducao sexuada que NAO esteja
> associada
> > a algum tipo de dimorfismo sexual. Isso soh deve ter acontecido nos
> > primordios da vida.
>
> vc nao vai conseguir diferenciar um coelho de uma coelha sem examinar
> seus
> genitais -- q. ficam bem escondidos. o dimorfismo se refere 'a forma
> geral
> do corpo. claro q. os coelhos devem saber se distinguir uns dos outros
> --
> a pista pode ser algum cheiro. mas isso falando de organismos q.
> possuam
> sexos separados.

Note q existe um dimorfismo mas nao a olho nu.
Minha tese eh que SEMPRE existira um dimorfismo, mesmo q seja
dificil de se observar.


>
> minhocas e muitas plantas sao hermafroditas -- e muitas sao incapazes
> de
> auto-fertilizacao, i.e., realizam fertilizacao cruzada
> obrigatoriamente.
> fazem sexo sem dimorfismo sexual.

Mas podemos dizer q neste caso o hermafroditismo eh um dimorfismo
que esta presente no mesmo organismo: Isto eh as estruturas macho-femea
existem concomitantemente no mesmo ser vivo.

>
> mas ha' organismos com sexo separado, cuja unica diferenca eh se
> produzem
> gametas moveis ou imoveis. o reconhecimento do parceiro se da'
> exclusivamente no nivel dos gametas.

Este caso realmente refutaria minha teoria.
Note q o dimorfismo a que me refiro nao eh de reconhecimento de
parceiros
e sim de *diferenciacao* de estruturas externas e /ou internas entre
a especie macho e femea. Acredito q neste caso deva haver alguma,
internamente, nestes animais q vc citou.


>
> entao mesmo q. estendamos o conceito de dimorfismo sexual para qq
> pista
> percebida pelo individuo de um dos sexos para a identificacao de um
> possivel parceiro sexual, ela soh tem sentido em organismo com sexo
> separado E q. procurem ativamente pelo parceiro para uma especie de
> copula. eles deveriam estar espalhados tbm, jah q. nessa situacao q.
> mecanismos de reconhecimento trariam alguma vantagem sobre encontros
> casuais -- se estivessem muito proximos um do outro, as chances de
> encontro aumentariam bastante, fazendo com q. gastos com mecanismos de
> reconhecimento fossem inuteis.
>
> (eis aqui um problema com a palavra 'sexo' usada para os supostos
> alienigenas -- se refere ao sexo biologicamente falando, i.e., troca
> de
> material genetico; sexo como tipos distintos de individuos
> intercruzantes
> ou sexo como a copula?)
>
> > Como disse vcsempre pode classificar os algoitmos mentais associados
> > aa emocao como formas de inteligencia. Contudo, se conseguirmos
> separar
> > o racional do emotivo veremos q o emotivo eh mais antigo
> evolutivamente
> > e nao existira, organismo vivo racional sem emocao. Mas podera
> > haver organismos emotivos sem razao.
>
> eu nao duvido disso. a questao q. eu coloco eh: a emotividade eh um
> passo
> necessario para o surgimento da inteligencia racional? vc parece dizer
> q.
> sim. eu lhe pergunto, o q. o faz pensar assim?
>

SIm, eu digo que sim. Voce pode ver as emocoes como instintos um pouco
mais elaborados. Estes sentimentos sao formas rudimentares de dirigir o
organismo aa sua preservacao genetica. Funcionam como algoritmos
mentais pre-racionais, onde a consciencia ainda nao tinha se
desenvolvido.
Teremos evolutivamente :
instintos -> sentimentos -> consciencia/inteligencia

Na ordem de complexidade crescente.


> > Isso disse q qqr sociedade inteligente tera emocoes do tipo humano.
> > MAS, a ligacao entre a inteligencia e as emocoes dentro do cerebro
> > destes
> > individuos eu nao precisei, nao estabeleci relacoes neuronicas.
> > Nao disse q TIPO de relacao deve haver entre a emoca e a razao ( se
> eh q
> > podemos separa-las ).
>
> eu nao estou nem pensando em termos de cerebro -- nao vejo nenhuma
> garantia de q. haja necessidade de cerebro para formas alienigenas de
> inteligencia. bem, podemos chamar os processos equivalentes de
> processos
> nervosos por analogia e as estruturas associadas de cerebro tbm por
> analogia. mas nao estou pedindo as relacoes de funcionamento entre
> eles e
> sim as relacoes de origens evolutivas -- i.e., ou q. um ambiente q.
> exerca
> pressao evolutiva para o desenvolvimento de um leve ao desenvolvimento
> de
> outro ou q. o desenvolvimento de um por evolucao dependa da
> pre-existencia
> de outro.
>
> assim, o desenvolvimento evolutivo de chifres -- projecoes osseas
> pontiagudas na cabeca -- naturalmente dependem da pre-existencia de
> ossos
> (e de cabeca). o desenvolvimento do olho depende da coevolucao dos
> centros nervosos q. processarao as informacoes advindas do orgao.
>
> o chifre depende da pre-existencia dos ossos porq. eh uma modificacao
> dessa estrutura, se nao ha' ossos, ossos nao podem ser modificados em
> chifres.
>
> como vc esta' relacionando a emocao com o raciocinio, entende-se q. um
> dos
> tipos de relacao deva haver. como vc reconhece haver emocao sem
> raciocinio, suponho q. seria algo analogo ao caso dos chifres e ossos.


De certo modo SIM. O raciocinio pressupoe a existencia de emotividade
pois a emotividade eh um raciocinio instintivo, uma especie de
proto-abstracao.

> o
> raciocinio teria q. ser alguma modificacao ou da propria emocao ou de
> algum componente gerado pela emocao. como vc demonstra isso?

Bom, primeiro veja a emocao como algoritmos instintivos de sobrevivencia
:
Considere o medo. Vamos supor alguma estrutura funcional de memoria.
O medo pode ser visto como um algoritmo que diz ao organismo a evitar
determinados eventos perigosos aa sua sobrevivencia.
Tal algoritmo ( dor ) pode ter sido incorporado geneticamente sem
necessidade
de aprendizado. Mas com o advento da memoria certas situacoes que
que causaram dor podem ser analisadas pelo cerebro e ativar o mesmo
complexo de reacao para eventos perigosos ( medo ).
Ou seja comparando estados que provocaram dor ( em memoria ) com o
estado
atual e se estes estados estiverem proximos o sentimento do medo seria
ativado.
Com a memoria, o organismo pode executar algum tipo de previsibilidade
e evitar o medo e a dor.
Temos aih um raciocinio rudimentar : qto maior a previsibilidade
da dor maior o raciocinio. Esquematicamente :
Instinto -> dor -> memoria -> sentimento -> raciocinio.




>
> > Eu disse q da para demonstrar isso para cada tipo de emocao usando
> > o paradigma-neodarwiniano. Vc pode pensar assim as primeiras
> > inteligencias
> > deveriam ser ultra-simples e portanto instintivas.
> > No proximo nivel evolutivo, comportamentos instintivos um pouco
> > mais complexos seriam emotivos ( tambem instintivos ) pois
> norteariam
> > de uma forma mais duraoura o comportamento instintivo instantaneo.
> > Em seguida viria o pensamento abstrato-racional mais complexo e
> portanto
> > numa escala evolutiva mais nova.
>
> e porq. nao poderia evoluir raciocinio sem emocao? mais precisamente
> vc
> fala em raciocinio complexo, sem emocao complexa.

Pq a emocao nada mais eh que um raciocinio rudimentar.
Nao pode ser complexo. A emocao serve para guiar o organismo
aa maior sobrevivencia genetica sem necessidade de muita memoria
nem de muito processamento.
O raciocinio (abstrato) nao poderia NUNCA vir antes da emocao pois,
sendo abstrato, desvinculado de "valores" poderia nao dirigir
o ser vivo no caminho da perpetuacao genetica.
As formas de pensamentos primordiais como os instintos e emocoes sempre
dirijiram ( instintivamente ) o organismo no sentido da
perpetuacao genetica.

Se o organismo "pensar" ele *nao* perpetua ( toma anticoncepcionais e
vai se divertir e viajar *risos* brincadeirinha )


>
> eu imagino um cenario em q. poderia desenvolver-se um raciocinio
> complexo,
> sem emocao complexa -- eh soh um exercicio imaginativo, jah q. estamos
> falando de situacoes imaginarias.

Emocao nunca pode ser muito complexa em termos de estruturas cerebrais.

>
> imagine uma especie de predador ativo -- ela caca suas presas.
> inicialmente temos um ambiente rico em presas. nao ha' necessidade de
> previsao de localizacao desse recurso --

Note aih que para ele cacar presas ele deve ter uma programacao para
isso
esta programacao chama-se FOME. A fome eh uma emocao que precisa ser
saciada.

>um individuo q. tenha um
> processo de localizacao tera' desvantagem em relacao os demais q. nao
> gastam seus recursos com tais processos e sao tao bem sucedidos na
> captura
> da presa qto o q. tem. por um motivo qq as presas rareiam. elas agora
> estao distribuidas em pequenos grupos isolados pelo ambiente. os
> predadores q. as consigam localiza'-las com mais eficiencia serao os
> mais
> bem sucedidos. as presas nao emitem sinais odoriferos, nao fazem
> barulho e
> sao dificeis de se enxergar. mas elas deixam pequenos sinais por onde
> passam, digamos, pegadas, marcas de dentes nas plantas das quais se
> alimentam. um predador q. associe essas marcas 'a presenca preterita
> da
> presa tera' uma pista a seguir. os q. consigam distinguir essas marcas
> de
> outras -- pegadas de outros organismos, danos por insetos q. se
> parecem
> dentadas e assim por diante -- deverao ser mais bem sucedidos. eles
> precisam criar uma pequena capacidade de abstracao para associar as
> marcas
> 'as presas. os q. tiverem uma dieta mais generalista, certamente terao
> vantagem sobre os demais -- encontrarao alimento com mais facilidade.
> mas
> terao q. associar diferentes marcas com diferentes presas. e digamos
> q.
> haja uma variacao temporal na disponibilidade das presas. o predador
> tera'
> q. saber qual marca procurar em qual epoca -- se ele seguir uma marca
> de
> uma presa rara podera' dispender energia demais para pouca recompensa.
> ele
> precisa ter memoria. ha' tbm variacao regional das presas disponiveis.
> uma
> marcacao estritamente genetica dos tipos de presas sera' menos
> vantajosa
> do q. a capacidade de aprendizagem -- conferira' maior plasticidade em
> relacao 'a epoca e ao local. mas essa aprendizagem soh ocorre mais
> tardiamente, jah q. os jovens adotam dietas diferentes da dos adultos
> --
> uma vez q. as presas sao raras, eh vantagem o jovem nao competir com
> os
> adultos. nao sao organismos sociais -- a escassez das presas nao
> sustenta
> em um mesmo local muitos predadores, eles estao distribuidos de forma
> mais
> ou menos aleatoria o q obriga a uma mudanca constante de lugar, nao se
> desenvolve um territorialismo permanente --, encontros sao fortuitos e
> pouco amistosos -- novamente em funcao da raridade das presas,
> evitacao de
> competicao. a memoria auxilia tbm a se lembrar de locais mais
> promissores
> em presas, o q. faz com q. nao se perca muita energia procurando pelas
> presas uma vez encontrado um local rico. mas rapidamente esses locais
> se
> esgotam e eh preciso encontrar um novo local -- uma memoria plastica
> eh
> mais vantajosa.
>
> temos agora -- supondo q. tenha havido as mutacoes adequadas, caso nao
> tenha ocorrido o organismo provavelmente estaria extinto -- um ser com
> memoria, capaz de abstrair. as presas tbm evoluem e as mais
> imprevisiveis
> levam vantagem. os predadores capazes de encontrar padroes para
> superar os
> subterfugios da presa levarao por sua vez vantagem sobre os demais
> predadores. ocorre um aumento da capacidade de abstracao em uma
> corrida
> armamentista.
>
> a memoria nao se desenvolveu em funcao de interacoes sociais. nao ha'
> vinculos entre os pais e a prole. nao houve desenvolvimento maior dos
> aspectos emotivos, mas a abstracao deu origem ao raciocinio, ao
> calculo
> consciente dos atos.

Note q antes disso agumas emocoes primitivas ja deveriam ocorrer
por exemplo : Fome, Frio, Calor, Medo, Desejo sexual, Raiva, Egoismo.


> nao ha' exatamente uma cultura, posto q. nao ha'
> grandes interacoes entre os individuos, mas ha' uma inteligencia
> criativa
> para bolar estrategias de caca. eventualmente estrategias de caca
> juntaram
> por pura conveniencia um grupo de predadores -- denominados agora de
> cacadores. sua base social eh estritamente pragmatica. nao ha'
> vinculos
> afetivos. a matematica se desenvolve em funcao das estrategias de caca
> e
> da particao da recompensa. o dilema do prisioneiro resolve-se pelas
> coalizoes dos prejudicados em retalicao -- quem engana eh morto. nao
> ha'
> uma estetica desenvolvida, tudo eh absolutamente desenhado buscando a
> funcionalidade e so'.

Veja q nao ha retaliacao sem um sentimento que o norteie.
Ou seja nao existe sentimentos de "ser enganado" sem q este sentimento
se
desenvolva JUNTO com a sociedade.
Uma vez que a sociedade comeca a ser formada naturalmente aparecerao
outras emocoes :
Inveja, Ciumes, Amor, Vinganca etc...


>
> > Simples : A teoria darwiniana, como dissse acima, comeca resolvendo
> > problemas de sobrevivencia da forma MAIS SIMPLES possivel.
>
> a selecao natural nao resolve as coisas da forma mais simples
> possivel,
> o processo de evolucao ocorre do modo como eh possivel.

O processo de evlucao sempre caminha pelas solucoes mais simples
que DEVEM ser possiveis tambem.

>
> emocao eh um ato extremamentemente complexo e nao necessariamente
> imprescindivel. as plantas vivem muito bem sem emocao, as ostras tbm.
>

Dentro da complexidade do raciocinio abstrato, como o conhecemos hoje,
as emocoes devem ser mais simples.
Eu nao disse q plantas precisavam de emocoes eu disse q as emocoes
devem aparecer sempre antes do raciocinio abstrato.

> e repare q. vc estah defendendo emocoes do tipo humano associados a
> inteligencia do tipo humano ao mesmo tempo em q. admite q. elas devam
> ter
> se desenvolvido de forma concomitante, mas independentes -- em
> paralelo,
> vc diz.

Desenvolvido nao quer dizer q apareceram ao mesmo tempo.
Nossas emocoes AINDA continuam sendo desenvolvidas junto com
nossa capacidade de raciocinio abstrato.

Veja no seu exemplo dos cacadores : Um proto raciocinio abstrato evoluiu
a um estagio q auxiliava a caca. Mas este raciocinio nao poderia
ir muito longe sem uma forma cultural e social.
Ao mesmo tempo, emocoes grupais estavam se desenvolvendo como o ciumes.


>
> > EXATO : A inteligencia soh apareceria DEPOIS que as emocoes
> > aparecessem !!!
> > Reafirmo: Se a sociedade eh inteligente ela deve ter emocoes
> humanas.
>
> ta', mas vc nao esta' explicando o porq...

Para explicar pq eu deveria explicar o mecanismo darwiniano de CADA
emocao, eu ja expliquei o do amor, o monio explicou o da xenofobia
eh uma tarefa trabalhosa ....

>
> > Expliquei acima q do ponto de vista evolutivo as emocoes sempre
> deveriam
> > preceder a inteligencia eh uma questao de evolucao de complexidade.
>
> clorofilas sao mais simples q. a inteligencia, nem por isso elas
> surgiram
> nas linhagens q. deram origem aos organismos terrestres
> inteligentes...
>

Acho q eh pq eles nao precisavam sintetiza-las poderiam come-las
por isso disse q o caminho + simples eh escolhido pela natureza.

> > > uma alternativa seria demonstrar q. os golfinhos tEm um
> > > desenvolvimento
> > > emocional tao desenvolvido qto os primatas antropoides...
> >
> > Uma boa linha de pesquisa !!
> > Quanto mais inteligente for a classe maiores os tipos de emocoes
> > destas classes. Da uma boa tese de doutorado !! ( quer ser meu
> orientado
> > :-))
>
> vc soh tem mestrado, nao pode orientar ninguem... e soh vai poder
> orientar
> um doutorando depois q. tiver orientado um mestrando (e aprovado)...
> nao
> tenho esse tempo todo... declino do convite.
>
> > Coomo expliquei acima isto decorre da evolucao natural da
> complexidade
> > do cerebro para resolver problemas de perpetuacao genetica.
> > As emocoes formam uma classe simples de algoritmos mentais para
> > resolver estes tipos de problemas. O raciocinio abstrato eh +
> > complexo e devera sempre aparecer depois na escala evolutiva.
>
> primeiro vc teria q. demonstrar q. as emocoes sao mesmo mais simples
> do q.
> o raciocinio -- q. exijam estruturas nervosas menos complexas e
> funcionem
> de modo mais direto. segundo, demonstrar q. o raciocinio deriva da
> emocao.
> porq. se for simples questao de complexidade (supondo q. provemos q. a
> emocao eh mais simples q. o raciocinio) se nao houver um vinculo desse
> tipo, podemos imaginar ambientes em q. as emocoes nao sejam
> selecionadas e
> o raciocinio possa desenvolver-se sem emocoes.
>


Mostrei acima,como o raciocinio poderia surgir apartir do medo e como
um raciocinio abstrato nao teria sentido sem uma emocao associada.
Com relacao aa complexidade das emocoes em relacao ao raciocinio
abstrato
acho q os biologos ja devem ter algum trabalho publicado.

[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] os extraterrestres tem sexo e inteligencia??
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 29/09/2000 17:14

On Fri, 29 Sep 2000, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> Pq elas maquinas nao se enquadram no paradigma darwiniano de selecao
> natural. Elas foram feitas acabadas. Claro q se vc colocar maquinas de
> silicio com capacidade reprodutiva , selecao natural e etc simulando
> vida a coisa muda de figura.
> Acredito ser possivel criar mecanismos que possam propiciar
> sentimentos aas maquinas. Mas, normalmente, cria-se robos sem
> sentimentos.

as maquinas sao geradas em um ambiente propicio, se tivermos um ambiente
propicio poderemos ter um organismo inteligente sem emocao...

> Note q existe um dimorfismo mas nao a olho nu.
> Minha tese eh que SEMPRE existira um dimorfismo, mesmo q seja
> dificil de se observar.

vc estah querendo redefinir um termo q. jah estah muito bem definido... o
dimorfismo sexual se refere apenas e tao somente a diferencas da
constituicao externa do corpo.

vc pode chamar de diferencas sexuais de modo generico, 'as diferencas
entre os sexos -- incluindo as q. nao sao relacionadas 'a forma geral do
corpo. agora q. em organismos q. apresentem dois sexos, havera' diferencas
qqs entre os sexos eh um truismo. ora, se ha' um macho e uma femea, eh
obvio q. alguma coisa eles tem de diferente. de modo generico se ha' sexos
distintos -- i.e. -- classes de cruzamento, entao obvio q. elas tem alguma
diferenca: senao nao seriam distintos.

mas em termos de uso corrente da palavra dimorfismo -- q. certamente eh o
q. se refere o tal artigo sobre os extraterrestres -- ela nao
necessariamente estah presente em organismos de sexo separado.

> Teremos evolutivamente :
> instintos -> sentimentos -> consciencia/inteligencia
>
> Na ordem de complexidade crescente.

bem, mais abaixo vc vai tentar mostrar a conexao entre a emocao e o
raciocinio.

> De certo modo SIM. O raciocinio pressupoe a existencia de emotividade
> pois a emotividade eh um raciocinio instintivo, uma especie de
> proto-abstracao.

pressupoem? de onde vc tirou isso? emotividade nao eh um raciocinio
instintivo -- eh a consciencia de sensacoes. fome, portanto nao eh uma
emocao, nem frio, nem calor -- essas sao sensacoes.

> Bom, primeiro veja a emocao como algoritmos instintivos de sobrevivencia
> :
> Considere o medo. Vamos supor alguma estrutura funcional de memoria.
> O medo pode ser visto como um algoritmo que diz ao organismo a evitar
> determinados eventos perigosos aa sua sobrevivencia.
> Tal algoritmo ( dor ) pode ter sido incorporado geneticamente sem
> necessidade
> de aprendizado. Mas com o advento da memoria certas situacoes que
> que causaram dor podem ser analisadas pelo cerebro e ativar o mesmo
> complexo de reacao para eventos perigosos ( medo ).
> Ou seja comparando estados que provocaram dor ( em memoria ) com o
> estado
> atual e se estes estados estiverem proximos o sentimento do medo seria
> ativado.
> Com a memoria, o organismo pode executar algum tipo de previsibilidade
> e evitar o medo e a dor.
> Temos aih um raciocinio rudimentar : qto maior a previsibilidade
> da dor maior o raciocinio. Esquematicamente :
> Instinto -> dor -> memoria -> sentimento -> raciocinio.

chegou perto, mas nao atingiu o ponto. vc imaginou um cenario em q. o
raciocinio poderia surgir em um organismo com emotividade. mas nao mostrou
q. essa ligacao eh necessaria. na verdade o seu esquema deve ser
representado assim:
resposta
--------------------------[fuga do estimulo]<--\
| ^ |
| |reflexo |instinto
V percepcao | |
estimulo------------------------>sensacao->emocao-/
^ | [dor] [medo]
| | |
| | |
| | memoria<-----|
| | |
| | V raciocinio previsao/pre-resposta
| ------>associacao----------->[evitacao do estimulo]
| |
-------------------------------------------------------

como vc disse antes o processamento eh em paralelo... (bem, claro q. isso
eh apenas uma proposta de organizacao logica do processamento de
informacoes externas -- nao tirei de nenhum trabalho mais serio)

> Pq a emocao nada mais eh que um raciocinio rudimentar.
> Nao pode ser complexo. A emocao serve para guiar o organismo
> aa maior sobrevivencia genetica sem necessidade de muita memoria
> nem de muito processamento.
> O raciocinio (abstrato) nao poderia NUNCA vir antes da emocao pois,
> sendo abstrato, desvinculado de "valores" poderia nao dirigir
> o ser vivo no caminho da perpetuacao genetica.
> As formas de pensamentos primordiais como os instintos e emocoes sempre
> dirijiram ( instintivamente ) o organismo no sentido da
> perpetuacao genetica.

vc nao provou q. a emocao seja um raciocinio rudimentar... as emocoes sao
complexas -- emocoes humanas sao mais complexas ainda. a questao eh a
necessidade da presenca de emocoes do tipo humano junto com inteligencias
do tipo humano.

vc estah preso 'as circunstancias q. provavelmente governaram a evolucao
na vida na terra. o hipotetico predador q. desenhei nao tem nenhuma emocao
complexa, ele provavelmente tem sim sensacoes. mas ele nao eh egoista --
ele nao percebe se seu ato eh egoista ou nao -- ele nao pensa: 'isso eh
meu'... apenas age, como uma bacteria buscando nutrientes. a diferenca eh
q. ele eh capaz de prever as consequencias de seus atos. ele nao sente
prazer no ato sexual, alias eles nem copulam: em certas epocas cresce uma
bolota em seu corpo q. se desprende em epoca das chuvas. a bolota se abre
e libera uma porcao de gametas q. nadam livremente na planicie inundada.
eles se encontram, fundem-se e forma um embriao q. se desenvolve enterrado
no sedimento, alimentando-se da seiva das raizes das plantas da planicie
q. sobrevivem 'a longa estiagem. depois de um tempo, os filhotes jah mais
desenvolvidos se desenterram e passam a se alimentar de pequenos
organismos q. filtram do meio aereo em q vivem. 'a medida em q. crescem
passam a cacar organismos maiores.

> Emocao nunca pode ser muito complexa em termos de estruturas cerebrais.

opa! melhor vc estudar um pouquinho de neurofisiologia...

> Note aih que para ele cacar presas ele deve ter uma programacao para
> isso
> esta programacao chama-se FOME. A fome eh uma emocao que precisa ser
> saciada.

fome nao eh emocao, eh sensacao...

> Note q antes disso agumas emocoes primitivas ja deveriam ocorrer
> por exemplo : Fome, Frio, Calor, Medo, Desejo sexual, Raiva, Egoismo.

vc estah confundindo emocoes com sensacoes...

> Veja q nao ha retaliacao sem um sentimento que o norteie.
> Ou seja nao existe sentimentos de "ser enganado" sem q este sentimento
> se
> desenvolva JUNTO com a sociedade.
> Uma vez que a sociedade comeca a ser formada naturalmente aparecerao
> outras emocoes :
> Inveja, Ciumes, Amor, Vinganca etc...

eles nao tEm emocoes de traicao. eles perceberam raciocinando q. ao serem
enganados, eles tinham prejuizo. 'melhor mata'-lo para que nao estrague
nossas estrategias de caca', eles pensam. e nao 'oh! q. fdp! vou matar o
desgracado!'...

talvez, frise-se, talvez aparecam as emocoes... mas isso depois q. eles
formaram a sociedade... soh q. o raciocinio eles desenvolveram antes da
sociedade. alias, foi em funcao do raciocinio q. eles desenvolveram a
sociedade -- eles planejaram-na, depois de refletir sobre a utilidade
dela.

> O processo de evlucao sempre caminha pelas solucoes mais simples
> que DEVEM ser possiveis tambem.

nao. nao ha' solucao nenhuma. as coisas acontecem. se o q. aconteceu nao
for selecionado contra, permanece e pode se multiplicar. um problema pode
ter tres ou quatro solucoes biologicas possiveis -- o q. acontecer
primeiro eh o q. fica.

uma presa pode evitar o predador se escondendo, ficando maior, produzindo
substancias toxicas, locomovendo-se mais depressa.

alem disso o q. vc estah chamando de mais simples -- na verdade deveria
ser dito 'mais provavel' -- depende do contexto. do ambiente e da historia
evolutiva do organismo.

> > emocao eh um ato extremamentemente complexo e nao necessariamente
> > imprescindivel. as plantas vivem muito bem sem emocao, as ostras tbm.
> >
>
> Dentro da complexidade do raciocinio abstrato, como o conhecemos hoje,
> as emocoes devem ser mais simples.
> Eu nao disse q plantas precisavam de emocoes eu disse q as emocoes
> devem aparecer sempre antes do raciocinio abstrato.

veja bem, vc disse q. emocoes do tipo humana devem vir sempre junto com
inteligencia do tipo humana. ou mais especificamente, em organismos
biologicamente evoluidos em q. haja inteligencia do tipo humano, deve
haver necessariamente emocoes do tipo humano.

> Desenvolvido nao quer dizer q apareceram ao mesmo tempo.
> Nossas emocoes AINDA continuam sendo desenvolvidas junto com
> nossa capacidade de raciocinio abstrato.
>
> Veja no seu exemplo dos cacadores : Um proto raciocinio abstrato evoluiu
> a um estagio q auxiliava a caca. Mas este raciocinio nao poderia
> ir muito longe sem uma forma cultural e social.
> Ao mesmo tempo, emocoes grupais estavam se desenvolvendo como o ciumes.

se vc tira a condicao ambiental q. pressiona para o desenvolvimento da
emocao e mantem para o do raciocinio, vc pode ter o ultimo sem o primeiro.
nao ha' conexao causal. eh isso q. vc precisa levar em consideracao --
lembra-se de toda aquela discussao sobre a porcao ambiental da cultura e a
porcao genetica? pois bem, eh preciso separar as correlacoes fortuitas das
correlacoes causalmente ligadas. o seu problema eh q. vc estah querendo
generalizar uma reta a partir de um unico ponto.

e sobre o desenvolvimento -- admitamos por hipotese a sua suposicao de q.
o raciocinio do tipo humano e as emocoes do tipo humano desenvolveram-se a
partir de emocoes mais basicas. logo, nao ha uma conexao direta entre o
raciocinio do tipo humano e as emocoes do tipo humano. se se quer manter
q. onde um ocorre o outro tem q. ocorrer, eh preciso achar uma conexao
causal -- i.e. mostrar q. os fatores q. levam ao surgimento de um sao os
mesmos q. levam ao surgimento de outro.


> Para explicar pq eu deveria explicar o mecanismo darwiniano de CADA
> emocao, eu ja expliquei o do amor, o monio explicou o da xenofobia
> eh uma tarefa trabalhosa ....

nao, nao precisa fazer isso. o q. vc precisa eh mostrar q. a causa do
desenvolvimento de um eh a mesma q. o desenvolvimento de outro.

> > clorofilas sao mais simples q. a inteligencia, nem por isso elas
> > surgiram
> > nas linhagens q. deram origem aos organismos terrestres
> > inteligentes...
> >
>
> Acho q eh pq eles nao precisavam sintetiza-las poderiam come-las
> por isso disse q o caminho + simples eh escolhido pela natureza.

nao. as linhagens q. deram origem aos humanos nao necessitam de clorofila
na dieta. mas poderiam ter vantagem ao sintetiza'-la. apenas ocorreu de
nao ter ocorrido a mutacao q. levaria 'a producao de clorofila.

> Mostrei acima,como o raciocinio poderia surgir apartir do medo e como
> um raciocinio abstrato nao teria sentido sem uma emocao associada.
> Com relacao aa complexidade das emocoes em relacao ao raciocinio
> abstrato
> acho q os biologos ja devem ter algum trabalho publicado.

vc fez um esquema em q. poderia ter surgido (com o qual nao concordo
muito, mas q. fosse), mas nao mostrou q. o raciocinio nao pudesse surgir
sem a emocao... lembre-se de diferenciar emocao de sensacao.

dos trabalhos eu desconheco... se vc conhece algum eh soh me passar as
referencias. os trabalhos q. conheco falam exatamente da complexidade
estrutural e funcional da neurologia das emocoes.

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] os extraterrestres tem sexo e inteligencia??
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 29/09/2000 18:15



Roberto Mitsuo Takata wrote:
>
> On Fri, 29 Sep 2000, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> > Pq elas maquinas nao se enquadram no paradigma darwiniano de selecao
> > natural. Elas foram feitas acabadas. Claro q se vc colocar maquinas
> de
> > silicio com capacidade reprodutiva , selecao natural e etc simulando
> > vida a coisa muda de figura.
> > Acredito ser possivel criar mecanismos que possam propiciar
> > sentimentos aas maquinas. Mas, normalmente, cria-se robos sem
> > sentimentos.
>
> as maquinas sao geradas em um ambiente propicio, se tivermos um
> ambiente
> propicio poderemos ter um organismo inteligente sem emocao...


Quero dizer q depende do ambiente.
Se nao houver selecao e reproducao nos seres de silicio a
emocao nao vai existir SEM que NOS a coloquemos.


>
> > Teremos evolutivamente :
> > instintos -> sentimentos -> consciencia/inteligencia
> >
> > Na ordem de complexidade crescente.
>
> bem, mais abaixo vc vai tentar mostrar a conexao entre a emocao e o
> raciocinio.
>
> > De certo modo SIM. O raciocinio pressupoe a existencia de
> emotividade
> > pois a emotividade eh um raciocinio instintivo, uma especie de
> > proto-abstracao.
>
> pressupoem? de onde vc tirou isso?

Pressupoe no sentido de que nao pode haver raciocinio sem antes ter
havido
emotividade.

>emotividade nao eh um raciocinio
> instintivo -- eh a consciencia de sensacoes. fome, portanto nao eh uma
> emocao, nem frio, nem calor -- essas sao sensacoes.


Podemos generalizar as sensacoes TAMBEM como forma de emocoes :
Sinais que chegam atraves dos orgaos do sentido que causam um
processamento
cerebral e produz uma reacao. A memoria poderia provocar uma reacao do
mesmo
modo que o frio ou calor provocam a unica diferenca eh que o estimulo
vem do proprio cerebro e nao de orgaos sensoriais.


>
> > Bom, primeiro veja a emocao como algoritmos instintivos de
> sobrevivencia
> > :
> > Considere o medo. Vamos supor alguma estrutura funcional de
> memoria.
> > O medo pode ser visto como um algoritmo que diz ao organismo a
> evitar
> > determinados eventos perigosos aa sua sobrevivencia.
> > Tal algoritmo ( dor ) pode ter sido incorporado geneticamente sem
> > necessidade
> > de aprendizado. Mas com o advento da memoria certas situacoes que
> > que causaram dor podem ser analisadas pelo cerebro e ativar o mesmo
> > complexo de reacao para eventos perigosos ( medo ).
> > Ou seja comparando estados que provocaram dor ( em memoria ) com o
> > estado
> > atual e se estes estados estiverem proximos o sentimento do medo
> seria
> > ativado.
> > Com a memoria, o organismo pode executar algum tipo de
> previsibilidade
> > e evitar o medo e a dor.
> > Temos aih um raciocinio rudimentar : qto maior a previsibilidade
> > da dor maior o raciocinio. Esquematicamente :
> > Instinto -> dor -> memoria -> sentimento -> raciocinio.
>
> chegou perto, mas nao atingiu o ponto. vc imaginou um cenario em q. o
> raciocinio poderia surgir em um organismo com emotividade. mas nao
> mostrou
> q. essa ligacao eh necessaria. na verdade o seu esquema deve ser
> representado assim:
> resposta
> --------------------------[fuga do estimulo]<--\
> | ^ |
> | |reflexo |instinto
> V percepcao | |
> estimulo------------------------>sensacao->emocao-/
> ^ | [dor] [medo]
> | | |
> | | |
> | | memoria<-----|
> | | |
> | | V raciocinio previsao/pre-resposta
> | ------>associacao----------->[evitacao do estimulo]
> | |
> -------------------------------------------------------
>
> como vc disse antes o processamento eh em paralelo... (bem, claro q.
> isso
> eh apenas uma proposta de organizacao logica do processamento de
> informacoes externas -- nao tirei de nenhum trabalho mais serio)
>
> > Pq a emocao nada mais eh que um raciocinio rudimentar.
> > Nao pode ser complexo. A emocao serve para guiar o organismo
> > aa maior sobrevivencia genetica sem necessidade de muita memoria
> > nem de muito processamento.
> > O raciocinio (abstrato) nao poderia NUNCA vir antes da emocao pois,
> > sendo abstrato, desvinculado de "valores" poderia nao dirigir
> > o ser vivo no caminho da perpetuacao genetica.
> > As formas de pensamentos primordiais como os instintos e emocoes
> sempre
> > dirijiram ( instintivamente ) o organismo no sentido da
> > perpetuacao genetica.
>
> vc nao provou q. a emocao seja um raciocinio rudimentar... as emocoes
> sao
> complexas --

Eu disse que emocoes sao simples em relacao ao raciocinio abstrato.
Mas vc pode ver de outro modo que ja expliquei antes :
Nao haveria sobrevivencia genetica sem um algoritmo mental simples
( emocao ) que norteasse o ser vivo aa preservacao genetica.
Ou seja um individuo apenas com raciocinio abstrato nao sobreviveria
sem uma vontade para faze-lo. A vontade eh a emocao.
( Lembra qdo falei em anti-concpcionais e viajar ?? )


>emocoes humanas sao mais complexas ainda. a questao eh a
> necessidade da presenca de emocoes do tipo humano junto com
> inteligencias
> do tipo humano.

Ja disse que as emocoes podem ser explicadas Uma a Uma com uma
logica de vantagem seletiva. Fale-me UM dos sentimentos qu eu
posso tentar desenvolver a logica dele como exemplo.

>
> vc estah preso 'as circunstancias q. provavelmente governaram a
> evolucao
> na vida na terra. o hipotetico predador q. desenhei nao tem nenhuma
> emocao
> complexa, ele provavelmente tem sim sensacoes. mas ele nao eh egoista
> --


Nao eh necessario vc ter a CONSCIENCIA do egoismo para vc ter o
sentimento
egoista. Sao coisas bastane diferentes. Vc pode amar sem saber que ama,
odiar sem saber q odeia etc... estes sentimentos existem em alguns
animais mesmo q eles nao saibam disso.



> ele nao percebe se seu ato eh egoista ou nao -- ele nao pensa: 'isso
> eh
> meu'... apenas age, como uma bacteria buscando nutrientes. a diferenca
> eh

Seres sem neuronios que fazem nao processamento rapido de sinais
nao existe sentimentos nem raciocinio abstrato mesmo.


> q. ele eh capaz de prever as consequencias de seus atos. ele nao sente
> prazer no ato sexual, alias eles nem copulam: em certas epocas cresce
> uma
> bolota em seu corpo q. se desprende em epoca das chuvas. a bolota se
> abre
> e libera uma porcao de gametas q. nadam livremente na planicie
> inundada.
> eles se encontram, fundem-se e forma um embriao q. se desenvolve
> enterrado
> no sedimento, alimentando-se da seiva das raizes das plantas da
> planicie
> q. sobrevivem 'a longa estiagem. depois de um tempo, os filhotes jah
> mais
> desenvolvidos se desenterram e passam a se alimentar de pequenos
> organismos q. filtram do meio aereo em q vivem. 'a medida em q.
> crescem
> passam a cacar organismos maiores.

que bixo eh esse ?

>
> > Emocao nunca pode ser muito complexa em termos de estruturas
> cerebrais.
>
> opa! melhor vc estudar um pouquinho de neurofisiologia...

Depende o q vc entende por "muito complexo".
Caro q depende tambem da emocao. O medo deve ser a mais simples.
O amor a mais complexa.

>
> > Note aih que para ele cacar presas ele deve ter uma programacao para
> > isso
> > esta programacao chama-se FOME. A fome eh uma emocao que precisa ser
> > saciada.
>
> fome nao eh emocao, eh sensacao...
Eu generalizei as sensacoes como classe de emocoes.
A ideia eh a mesma: Sinais processados pelo cerebro que geram estimulos;

>
> > Note q antes disso agumas emocoes primitivas ja deveriam ocorrer
> > por exemplo : Fome, Frio, Calor, Medo, Desejo sexual, Raiva,
> Egoismo.
>
> vc estah confundindo emocoes com sensacoes...
nao , estou apenas generalizando-as.

>
> > Veja q nao ha retaliacao sem um sentimento que o norteie.
> > Ou seja nao existe sentimentos de "ser enganado" sem q este
> sentimento
> > se
> > desenvolva JUNTO com a sociedade.
> > Uma vez que a sociedade comeca a ser formada naturalmente aparecerao
>
> > outras emocoes :
> > Inveja, Ciumes, Amor, Vinganca etc...
>
> eles nao tEm emocoes de traicao. eles perceberam raciocinando q. ao
> serem
> enganados, eles tinham prejuizo. 'melhor mata'-lo para que nao
> estrague
> nossas estrategias de caca', eles pensam. e nao 'oh! q. fdp! vou matar
> o
> desgracado!'...


Eu quero dizer q vc esta supondo um raciocinio abstrato altamente
sofisticado
sem que houvesse um intercambio social, uma sociedade.

Para vc validar seu raciocinio vc deveria pensar : Ateh que ponto
um raciocinio abstrato pode evoluir SEM nenhuma cultura ou contacto
social.

Estou dizendo que o organismo nunca poderia desenvolver um raciocinio
abstrato tipo : "Eu estou tendo prejuizo pois ele nao esta ajudando"
sem nenhuma emocao associada e sem contacto grupal.
Eu diria que ANTES de eles raciocinarem desta maneira, como cacadores
grupais, eles teriam q desenvolver os sentimentos associados aa grupos
sociais.


>
> talvez, frise-se, talvez aparecam as emocoes... mas isso depois q.
> eles
> formaram a sociedade... soh q. o raciocinio eles desenvolveram antes
> da
> sociedade. alias, foi em funcao do raciocinio q. eles desenvolveram a
> sociedade -- eles planejaram-na, depois de refletir sobre a utilidade
> dela.

Claro q muito das emocoes aparecem junto com a sociedade.
Mas nao existe "planejamento" de montar uma sociedade, ela eh
aglutinada como colecao de individuos e as relacoes sociais e
emoceos associadas aparecem em decorrencia.


>
> > O processo de evlucao sempre caminha pelas solucoes mais simples
> > que DEVEM ser possiveis tambem.
>
> nao. nao ha' solucao nenhuma. as coisas acontecem. se o q. aconteceu
> nao
> for selecionado contra, permanece e pode se multiplicar. um problema
> pode
> ter tres ou quatro solucoes biologicas possiveis -- o q. acontecer
> primeiro eh o q. fica.

Acontece primeiro a mais simples a mais provavel de acontecer.

>
> uma presa pode evitar o predador se escondendo, ficando maior,
> produzindo
> substancias toxicas, locomovendo-se mais depressa.
>
> alem disso o q. vc estah chamando de mais simples -- na verdade
> deveria
> ser dito 'mais provavel' -- depende do contexto. do ambiente e da
> historia
> evolutiva do organismo.

Este eh o sentido de + simples. Qual outro vc pensou?


>
> > > emocao eh um ato extremamentemente complexo e nao necessariamente
> > > imprescindivel. as plantas vivem muito bem sem emocao, as ostras
> tbm.
> > >
> >
> > Dentro da complexidade do raciocinio abstrato, como o conhecemos
> hoje,
> > as emocoes devem ser mais simples.
> > Eu nao disse q plantas precisavam de emocoes eu disse q as emocoes
> > devem aparecer sempre antes do raciocinio abstrato.
>
> veja bem, vc disse q. emocoes do tipo humana devem vir sempre junto
> com
> inteligencia do tipo humana. ou mais especificamente, em organismos
> biologicamente evoluidos em q. haja inteligencia do tipo humano, deve
> haver necessariamente emocoes do tipo humano.

Eu disse: em organismos sexuais e inteligentes que vivem em sociedade
as emocoes serao sempre parecidas com as humanas.

>
> > Desenvolvido nao quer dizer q apareceram ao mesmo tempo.
> > Nossas emocoes AINDA continuam sendo desenvolvidas junto com
> > nossa capacidade de raciocinio abstrato.
> >
> > Veja no seu exemplo dos cacadores : Um proto raciocinio abstrato
> evoluiu
> > a um estagio q auxiliava a caca. Mas este raciocinio nao poderia
> > ir muito longe sem uma forma cultural e social.
> > Ao mesmo tempo, emocoes grupais estavam se desenvolvendo como o
> ciumes.
>
> se vc tira a condicao ambiental q. pressiona para o desenvolvimento da
> emocao e mantem para o do raciocinio, vc pode ter o ultimo sem o
> primeiro.
> nao ha' conexao causal. eh isso q. vc precisa levar em consideracao --

Veja a conexao causal :
Sem um sentimento que empurre, dirija o organismo, que lhe de vontade
de sobreviver e perpetuar-se, nao existira no mundo raciocinio abstrato
que o salve da extincao.
(Na verdade existe: eh a solucao do Genismo)

Acho q agora ficou mais simples ne?


[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] os extraterrestres tem sexo e inteligencia??
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 29/09/2000 19:40

On Fri, 29 Sep 2000, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> Quero dizer q depende do ambiente.
> Se nao houver selecao e reproducao nos seres de silicio a
> emocao nao vai existir SEM que NOS a coloquemos.

nao eh nisso q. estou interessado... mas na implicacao q. isso tem para a
falta de obrigatoriedade da inteligencia do tipo humano vir acompanhado de
emocao do tipo humano.

> Pressupoe no sentido de que nao pode haver raciocinio sem antes ter
> havido
> emotividade.

agora, vc esta' sendo circular... nao perguntei o q. vc quis dizer com
pressupoem, perguntei de onde vc tirou q. nao pode existir raciocinio sem
q. antes tenha havido emotividade...

> Podemos generalizar as sensacoes TAMBEM como forma de emocoes :

nao podemos... se eh pra ser arbitrario eu chamo infinito de um e provo q.
infinito eh finito... tem sido um grande problema nas nossas discussoes a
sua arbitrariedade nas definicoes e conceituacoes -- isso torna a coisa
muito improdutiva.

> Eu disse que emocoes sao simples em relacao ao raciocinio abstrato.
> Mas vc pode ver de outro modo que ja expliquei antes :
> Nao haveria sobrevivencia genetica sem um algoritmo mental simples
> ( emocao ) que norteasse o ser vivo aa preservacao genetica.
> Ou seja um individuo apenas com raciocinio abstrato nao sobreviveria
> sem uma vontade para faze-lo. A vontade eh a emocao.
> ( Lembra qdo falei em anti-concpcionais e viajar ?? )

poderia haver sim... tudo depende do ambiente. bacterias e plantas nao
apresentam emocao e conseguem perpetuar seus genes. para o hipotetico
predador as emocoes foram de todo desnecessarias.

> >emocoes humanas sao mais complexas ainda. a questao eh a
> > necessidade da presenca de emocoes do tipo humano junto com
> > inteligencias
> > do tipo humano.
>
> Ja disse que as emocoes podem ser explicadas Uma a Uma com uma
> logica de vantagem seletiva. Fale-me UM dos sentimentos qu eu
> posso tentar desenvolver a logica dele como exemplo.

isso nao vai provar q. esse sentimento foi necessario para o
desenvolvimento do raciocinio.

> Nao eh necessario vc ter a CONSCIENCIA do egoismo para vc ter o
> sentimento
> egoista. Sao coisas bastane diferentes. Vc pode amar sem saber que ama,
> odiar sem saber q odeia etc... estes sentimentos existem em alguns
> animais mesmo q eles nao saibam disso.

nao. como a emocao eh a percepcao consciente das sensacoes, por definicao,
nao se pode ter uma emocao sem estar ciente dela. e preciso sentir o
egoismo para se ter a sensacao do egoismo (eh um truismo, sim). ou uma
planta pode amar sem saber?

> > ele nao percebe se seu ato eh egoista ou nao -- ele nao pensa: 'isso
> > eh
> > meu'... apenas age, como uma bacteria buscando nutrientes. a diferenca
> > eh
>
> Seres sem neuronios que fazem nao processamento rapido de sinais
> nao existe sentimentos nem raciocinio abstrato mesmo.

o predador nao necessariamente tem neuronios -- embora deva ter algo
analogo. um coral tem sentimentos? uma mosca? ainda mais amor, odio,
ciumes? e bacterias fazem sim processamentos de sinais, do contrario nao
responderiam ao ambiente de forma eficiente como o fazem - soh nao eh na
base neuronal, inda mais q. sao unicelulares. a questao q. apresentei eh
q. o comportamento de sobrevivencia do predador hipotetico nao esta'
vinculado a sentimentos de medo ou afeto.

> que bixo eh esse ?

esse bicho eh aquele predador... percebe como a memoria eh um item
importante para o raciocinio? vc nao esta' conseguindo abstrair q. a
emocao nao precisa vir necessariamente junto com o raciocinio, mesmo em um
organismo biologico... quer dizer, talvez ateh precise, mas precisariamos
poder fazer uma analise comparativa pra detectarmos isso.

> Depende o q vc entende por "muito complexo".
> Caro q depende tambem da emocao. O medo deve ser a mais simples.
> O amor a mais complexa.

lembra-se do q. vc disse na mensagem original? q. em um ser inteligente
todas - e vc destacou todas - as emocoes humanas deveriam estar
necessariamente presentes. alias, um exemplo q. vc deu, do raciocinio
sendo originada de um organismo com medo, mostraria exatamente q. nao
seriam necessarios todos as modalidades de emocoes -- bastaria o medo...

> Eu generalizei as sensacoes como classe de emocoes.
> A ideia eh a mesma: Sinais processados pelo cerebro que geram estimulos;

entao vc nao precisa nem chamar de emocoes -- basta chamar pelo nome de
processos neurais... um arco-reflexo tbm eh emocao pelo seu criterio. q.
mais? ah! descargas de hormonio de crescimento, de melatonina... percebe
q. nao se pode ser arbitrario nas definicoes? e q. se for alterar
definicoes estabelecidades deve-se ter um bom argumento?

> Eu quero dizer q vc esta supondo um raciocinio abstrato altamente
> sofisticado
> sem que houvesse um intercambio social, uma sociedade.
>
> Para vc validar seu raciocinio vc deveria pensar : Ateh que ponto
> um raciocinio abstrato pode evoluir SEM nenhuma cultura ou contacto
> social.
>
> Estou dizendo que o organismo nunca poderia desenvolver um raciocinio
> abstrato tipo : "Eu estou tendo prejuizo pois ele nao esta ajudando"
> sem nenhuma emocao associada e sem contacto grupal.
> Eu diria que ANTES de eles raciocinarem desta maneira, como cacadores
> grupais, eles teriam q desenvolver os sentimentos associados aa grupos
> sociais.

exatamente, eu criei um cenario em q. as relacoes emotivas nao seriam
selecionadas, mas a capacidade de abstracao sim...

por q. ele teria q. ter uma emocao associada para perceber o prejuizo?
por q. ele precisaria ter contato grupal?

em q. etapa do cenario em q. criei o desenvolvimento do raciocinio seria
estancado?

eles nao precisam de sentimentos de grupo, apenas perceber a conveniencia
da associacao. eles desenvolveram a capacidade de gerar padroes para
prever onde encontrariam a presa. com essa capacidade eles perceberam o
padrao da caca cooperativa -- da' menos trabalho e mais recompensa. uma
simples relacao de custo/beneficio.

vc acha q. francisco rossi apoiou maluf para governador no segundo turno
por questoes afetivas?

> Claro q muito das emocoes aparecem junto com a sociedade.
> Mas nao existe "planejamento" de montar uma sociedade, ela eh
> aglutinada como colecao de individuos e as relacoes sociais e
> emoceos associadas aparecem em decorrencia.

no cenario em q. criei, eles planejaram... eles jah tinham a capacidade de
raciocinio para entenderem q o esforco cooperativo era mais vantajoso.
novamente vc estah preso ao modelo q. vc supoem para os grupos da terra.

nao eh q. nao existe planejamento... o q. acontece eh q. provavelmente nao
existiu planejamento nos grupamentos q. encontramos na terra.

> > nao. nao ha' solucao nenhuma. as coisas acontecem. se o q. aconteceu
> > nao
> > for selecionado contra, permanece e pode se multiplicar. um problema
> > pode
> > ter tres ou quatro solucoes biologicas possiveis -- o q. acontecer
> > primeiro eh o q. fica.
>
> Acontece primeiro a mais simples a mais provavel de acontecer.

nem sempre... vc deve conhecer o q. se chama de arvores de eventos. por
exemplo: para acertar na loteria federal vc precisa q. os numeros
sorteados saiam exatamente na ordem. digamos q. vc compre o bilhete
12.345. vc precisa q. saia o no. 1, depois o 2, 3, 4 e entao o 5... o q.
eh mais provavel q. saia, o 12.345 ou um numero qq entre 20.000 e 29.999?
claro q. qq numero entre 20.000 e 29.999... mas digamos q. o primeiro
numero sorteado seja 1. pronto jah nao pode mais ser sorteado nenhum
numero entre na casa dos 20 mil -- ainda q. a priori eles tivessem mais
chance.

entenda q. o mais provavel de acontecer se refere exatamente a isso --
probabilidade e nao uma definicao... a menos q. a probabilidade seja 100%.
o q. vc poderia dizer eh q. em uma serie muito grande, o mais provavel
ocorrera na maioria da vezes. mas em uma unica chance, o evento mais
provavel pode nao ocorrer... e, em nao ocorrendo, muda toda a historia
seguinte.

> > alem disso o q. vc estah chamando de mais simples -- na verdade
> > deveria
> > ser dito 'mais provavel' -- depende do contexto. do ambiente e da
> > historia
> > evolutiva do organismo.
>
> Este eh o sentido de + simples. Qual outro vc pensou?

como vc estah dizendo q. o surgimento da emocao eh mais simples e portanto
ocorre, soh poderia ser uma interpretacao em termos de complexidade
estrutural e funcional propria da emocao (sendo menor, em sua visao, do q.
do raciocinio)... quer dizer, vc falou em termos absolutos.

se agora vc concorda com o termo relativo, entao deve concordar q. pode
haver ambientes em q. o surgimento do raciocinio pode ser mais simples...

> Veja a conexao causal :
> Sem um sentimento que empurre, dirija o organismo, que lhe de vontade
> de sobreviver e perpetuar-se, nao existira no mundo raciocinio abstrato
> que o salve da extincao.

uma planta nao tem sentimentos a empurrem, a dirijam, de-lhe vontade de
perpetuar... logo, a emocao nao eh condicao imprescindivel para a
sobrevivencia... por q. nao pode surgir de uma base como essa o
raciocinio? um organismo sem sentimentos, mas q. sobreviva muito bem...
aquele predador naquele cenario nao eh nada mais q. um automato num
primeiro momento, o q. lhe impediria dadas as circunstancias apresentadas
de desenvolver o raciocinio? ele nao sente nenhum compulsao maior a se
manter vivo do q. uma planta, mas ele nao pode fazer outra coisa senao
procurar manter-se vivo.

inicialmente ele seria assim:
processamto
estimulo---------->resposta
^ |
| |
--------------------

ou talvez:

estimulo------->sensacao
^ |
| |
---resposta<----

o q. impediria dele evoluir para:

estimulo------->sensacao<---
^ | | |
| | | |
---resposta<--- --->memoria

e depois para:
__________________
| |
estimulo----->sensacao<--- |
^ | | | |
| | | | V
--resposta<-- -->memoria


e entao:

________________
| |
estimulo---->sensacao V
^ | | ^--- associacao
| | | ^
| | | |
--resposta<- -->memoria

e finalmente:

_____________________
| |
estimulo------>sensacao V
^ | | associacao
| | | ^ |
| | | | |
--resposta<--- -->memoria |
^ |
|------------------------

repetindo q. nao estou discutindo o q. deve ter ocorrido na historia
evolutiva dos organismos inteligentes na terra -- sobre eles estou
convencido de q. o desenvolvimento da emocao se imbrica com a da
inteligencia (ao menos nos primatas antropoides), mas sim sobre a
universalidade da associacao. creio q. pode haver cenarios em q. a
inteligencia do tipo humano se desenvolva sem emotividade do tipo humano.

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Efeitos da Radiação Ionizante...
FROM: "Rafael Cisneiros Lenine" <rafa-rbn@rio.matrix.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 30/09/2000 00:38

Muito obrigado pelas dicas R. Takata!


----- Original Message -----
From: "Roberto Mitsuo Takata" <rmt@ib.usp.br>
To: "ciencialist" <ciencialist@egroups.com>
Sent: Thursday, September 28, 2000 4:48 PM
Subject: Re: [ciencialist] Efeitos da Radiação Ionizante...


> On Thu, 28 Sep 2000, Rafael Cisneiros Lenine wrote:
> > Gostaria de saber se algum de vocês tem conhecimento de algum site que
> > contenha informações sobre "o efeito da radiação ionizante sobre os
tecidos
> > humanos (muscular, nervoso, epitelial...)".
> > Uma indicação bibliográfica também seria de grande valia.
>
> *Internet
>
> http://www.ibionet.com/RadiationSickness.html
>
> http://www.thriveonline.com/health/Library/illsymp/illness446.html
>
>
> *Bibliografia
>
> Bauchinger M 1997 - Cytogenetic effects as quantitative indicators of
> radiation exposure. CIBA FOUNDATION SYMPOSIA 203: 188-99.
>
> Hiroxima e Nagasaki
>
> Radivoyevitch T, Hoel DG 1999 - Modeling the low-LET dose-response of
> BCR-ABL formation: predicting stem cell numbers from A-bomb
> data. MATHEMATICAL BIOSCIENCES 162: (1-2) 85-101.
>
> Cologne JE, Tokuoka S, Beebe GW, Fukuhara T, Mabuchi K 1999 - Effects of
> radiation on incidence of primary liver cancer among atomic bomb
> survivors. RADIATION RESEARCH 152: (4) 364-73.
>
> Shintani T, Hayakawa N, Hoshi M, Sumida M, Kurisu K, Oki S, Kodama Y,
> Kajikawa H, Inai K, Kamada N 1999 - High incidence of meningioma among
> Hiroshima atomic bomb survivors. JOURNAL OF RADIATION RESEARCH 40: (1)
> 49-57.
>
> Schull WJ, Otake M 1999 - Cognitive function and prenatal exposure to
> ionizing radiation. TERATOLOGY 59: (4) 222-226.
>
> Chernobyl
>
> Shemetun EV 1999 - Distribution of radiation-induced chromosome damages in
> persons recovered from acute radiation sickness after the Chernobyl
> disaster. CYTOGENETICS AND CELL GENETICS 85: (1-2) P414.
>
> Guo Y, Zhu YP, Zhang J, Ji G, Wu K 1998 - Dose definition and physical
> dose evaluation for the human body in external radiation
> accidents. RADIATION PROTECTION DOSIMETRY 77: (1-2) 97-100.
>
> Goldman M 1997 - The Russian radiation legacy: Its integrated impact and
> lessons. ENVIRONMENTAL HEALTH PERSPECTIVES 105: 1385-91, Suppl. 6.
>
> Vlasov PA, Kvacheva YE 1997 - Bone marrow hematopoietic cells apoptosis in
> persons with acute radiation sickness. GEMATOLOGIYA I TRANSFUZIOLOGIYA 42:
> (6) 30-2.
>
> Vlasov PA, Kvacheva YE 1996 - Pathomorphology of pulmonary infectious
> complications in acute radiation sickness as shown by autopsies of the
> Chernobyl accident victims. TERAPEVTICHESKII ARKHIV 68: (3) 23-6.
>
> Goiania - Cs 137
>
> Natarajan AT, Santos SJ, Darroudi F, Hadjidikova V, Vermeulen S,
> Chatterjee S, van der Berg M, Grigorova M, Sakamoto-Hojo ET, Granath F,
> Ramalho AT, Curado MP 1998 - (137)Cesium-induced chromosome aberrations
> analyzed by fluorescence in situ hybridization: eight years follow up of
> the Goiania radiation accident victims .MUTATION RESEARCH-FUNDAMENTAL AND
> MOLECULAR MECHANISMS OF MUTAGENESIS 400: (1-2) 299-312, Sp. Iss. SI.
>
> MALETSKOS CJ, LUSHBAUGH CC 1991 - THE GOIANIA RADIATION ACCIDENT - SPECIAL
> ISSUE. HEALTH PHYSICS 60: (1) 1-1.
>
> BRANDAOMELLO CE, OLIVEIRA AR, VALVERDE NJ, FARINA R, CORDEIRO JM 1991 -
> CLINICAL AND HEMATOLOGICAL ASPECTS OF CS-137 - THE GOIANIA RADIATION
> ACCIDENT. HEALTH PHYSICS 60: (1) 31-9.
>
> OLIVEIRA CAN, LOURENCO MC, DANTAS BM, LUCENA EA 1991 - DESIGN AND
> OPERATION OF A WHOLE-BODY MONITORING-SYSTEM FOR THE GOIANIA RADIATION
> ACCIDENT. HEALTH PHYSICS 60: (1) 51-5.
>
> RAMALHO AT, NASCIMENTO ACH 1991 - THE FATE OF CHROMOSOMAL-ABERRATIONS IN
> CS-137 EXPOSED INDIVIDUALS IN THE GOIANIA RADIATION ACCIDENT. HEALTH
> PHYSICS 60: (1) 67-0.
>
> []s,
>
> roberto takata
>
>
>
> *** --- ***
> Para sair da lista envie um mail para:
> ciencialist-unsubscribe@egroups.com
> *** --- ***
>



SUBJECT: Centenário de Nietzche
FROM: "Neville" <neville@catanduva.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 30/09/2000 02:06

======================================
Jocax wrote:
>> Eu não concordo no todo mas, como estamos no ( centenário ? )
de Nietzche, acho ele merece uma 'ressuscitadinha' :-) ...........
"Uma interpretação 'científica' do mundo, tal como a entendeis,
senhores, poderia portanto ser uma das mais tolas, das mais
estúpidas de todas as possíveis: que isto seja dito a vosso ouvido, a
vossa consciência, mecanicistas da nossa época que vos misturais de tão bom
grado aos filósofos e que imaginais que vossa mecânica é a ciência das leis
primeiras e últimas e que toda existência deve basear-se nelas como num
fundamento necessário. Um mundo essencialmente mecânico! Mas este seria
um mundo essencialmente estúpido! " [Palavra de Nietzche]

Neville ->
Na primeira aula de ciências que tive, o professor já pôs os pingos nos iis:
- "Conceito" é prá entender; "Definição" é Prá decorar.

Aparentemente, Nietzche, num sentido amplo, nunca separou bem as proposições
acima; suas críticas - freqüentemente ácidas e insólitas ás pretensões
humanas e ao comportamento social - tem o grande mérito de apontar a
"sujeira filosófica " escondida debaixo do tapete, ou seja, aqueles
aspectos que a
maioria dos pensadores da época preferiam evitar ou amenizar,
principalmente, para não ferir suscetibilidade religiosas. [Hajam Galileus
pela aí].

Com sua retórica crua e contundente, Nietzche conseguiu um grande efeito
publicitário, ou seja, chamar a atenção para as suas colocações, bem ao
gosto da "juventude rebelde".

Nada contra. Entretanto a visão institucional da ciência, confundida com
aspectos comportamentais humanos, tal como exposto no texto, está
totalmente mal conceituada.

Uma das principais funções da Ciência, enquanto instituição social, é a de
validar o conhecimento, oficializando o status de "verdade científica"; sob
o ponto de vista de mecânica social, pouco importa se essas "verdades" sejam
perenes ou sejam substituídas rapidamente. O importante é separar o joio do
"trigo do momento", (mesmo que ocorram erros ocasionais de seleção), a fim
de propiciar bases aceitáveis para novos desenvolvimentos. É uma das faces
da burocracia necessária para manter a estrutura da Sociedade, ainda mais
nestes tempos de altíssimo fluxo de informações.

Sob a óptica psicológica e individualista, a Ciência é a própria expressão
do progresso, da grandeza, do poder, da superioridade, da inteligência e do
orgulho da "raça" humana. Este aspecto confere segurança psicológica e
confiança social aos indivíduos.

Nietzche fundiu romanticamente o aspecto racional e o emocional, os valores
objetivos e subjetivos da ciência. Isto pode ser perdoável ( em parte) visto
que seu alvo eram os cientistas do sec. 19, os quais, freqüentemente também
faziam esse tipo de confusão, venerando a "nova" ciência como se fosse uma
religião.

Acho importante salientar, que mesmo podendo descrever nossos componentes
emocionais em termos racionais, isto em nada tirará do valor que damos às
nossas emoções. Alias, são as emoções que, comportamentalmente, nos
diferenciam dos sistemas mecânicos ( por enquanto).

Abraços.
============================================================================




SUBJECT: Re: parada cardíaca
FROM: "Ronaldo Cordeiro [MG]" <rcordeiro@writeme.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/09/2000 12:02

--- In ciencialist@egroups.com, "Leandro Holanda" <lb_holanda@h...>
wrote:
> Recebi esse email, como imaginei que o conteúdo fosse
verdadeiro, estou
> repassando.

Essa reação é muito comum. Por isso é que as Lendas Urbanas
fazem
tanto sucesso...

...
> O que fazer para sobreviver quando estiver sozinho?
> Essas vítimas podem ajudar a si mesmas tossindo com força
repetidas vezes.

O texto é uma tradução fiel de um original que circula desde
1999 na
Internet, e pode ser visto em:
http://urbanlegends.about.com/science/urbanlegends/library/blcpr.htm
com respectivos comentários. Embora a técnica exista mesmo, ela
parece ser restrita a casos específicos de arritmia. Segundo a
American Heart Association: "The American Heart Association does not
recommend that the public use this method in a situation where there
is no medical supervision."

...
> (Artigo publicado no n.º 240 do Journal of General
Hospital
> Rochester)
>

Segundo as informações na página que eu citei, "Rochester
General had
no part in the creation or dissemination of the message."

...
>
> Divulgue estas informações a tantas pessoas quanto
possível !

Isso é a marca registrada de toda Lenda Urbana e Virus Hoax.
Quando eu
recebo algum e-mail com essas "palavras mágicas", ele geralmente
vai
direto pro lixo.

[]s
Ronaldo Cordeiro
Dicionário Céptico: http://www.dicceptico.cjb.net



SUBJECT: En: [unifisica99] [Fwd: Fw: Grav?ssimo!] (fwd)
FROM: "A. O. Cremonezi" <vulcanbbs@world-on.com>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 30/09/2000 12:48


----- Original Message -----
From: Jurandi Leao Santos - RA991981
To: unifisica99@egroups.com
Sent: Friday, September 29, 2000 8:04 PM
Subject: [unifisica99] [Fwd: Fw: Grav?ssimo!] (fwd)




---------- Forwarded message ----------
Date: Thu, 28 Sep 2000 15:34:08 -0300
From: Michele Calefe <michelec@ic.unicamp.br>
To: Alexandre <dumas_sorocaba@bol.com.br>, Ang?lica <denardibarros@uol.com.br>,
Antonione Cruz <toni1901@hotmail.com>, Beto Cury <lulebeto.sor@zaz.com.br>,
Claudinei <clau-ana@uol.com.br>, Cl?udia <casaclau@ig.com.br>,
C?cero <jccalheiros@zipmail.com.br>,
Fabiana Guariglia <biaguariglia@zipmail.com.br>,
Daniela <danielamescolotto@hotmail.com>,
Alessandra Ortega <ortegaes@ina.com.br>,
Val?ria <vnagashima@sorocabarefrescos.com.br>,
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Rodrigo Monteaperto <monteaperto@yahoo.com>,
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Lucas <lucas_innarelli@hotmail.com>, Catto <catto@lukbrasil.com.br>,
Alessandro <araufatec@bol.com.br>, Josmar <Josmar.silva@visconti.com.br>,
Jo?o <jteles@lei.ifi.unicamp.br>,
Jurandi Le?o Santos <jleao@lei.ifi.unicamp.br>,
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Ronaldo Carrion <rcarrion@fem.unicamp.br>,
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Subject: [Fwd: Fw: Grav?ssimo!]



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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Potencial eletromagnetico
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 30/09/2000 16:28

Reproduzo abaixo uma das mensagens que postei hoje no grupo
"pt.ciencia.geral" na thread "Velocidade da luz" que no momento já está com
mais de 40 mensagens. O assunto surgiu graças a um dos participantes da
discussão ter me interpelado sobre o que seria "potencial retardado" que eu
havia citado de passagem numa mensagem anterior.
______________________________________________________

From: Alberto Mesquita Filho
Newsgroups: pt.ciencia.geral
Subject: Re: Velocidade da luz...
Date: 30 Sep 2000 20:06:27 +0100

"SMMT" escreveu ...

> >(...)Não obstante, Newton deixou
> > expressa a sua percepção a respeito da existência de "variáveis
> > escondidas", algo somente suspeitado por seus seguidores alguns
> > séculos mais tarde e, assim mesmo, como uma exclusividade restrita
> > ao eletromagnetismo: a existência de potenciais retardados.

> O que é isto dos potenciais retardados ?

Os potenciais retardados foram descritos por Lienard e Wiechert no
final do século passado, antes pois da teoria da relatividade de
Einstein, e relacionam-se a uma correção relativística (no sentido
clássico do termo) que deve ser efetuada aos potenciais
eletromagnéticos (potencial elétrico e vetor potencial magnético)
quando estudam-se cargas elétricas em movimento relativo.

Pensemos numa carga "q" em movimento com velocidade v e ocupando o
ponto P num instante t. [espero que a figura abaixo ajude na
compreensão do fenômeno - Obs.: não sei fazer figuras em txt.] E seja
um observador (pode ser outra carga "Q") em repouso no referencial do
laboratório e ocupando o ponto L. Qualquer informação gerada pela carga
q leva um certo tempo para ir de q a Q, sendo que neste intervalo de
tempo a carga q locomove-se de uma distãncia d relacionada a sua
velocidade v.

Figura:

Q L



P' q q P
-------> v -------> v
t' t

Legenda da Figura:
P = posição da carga "q" num instante t em relação a um referencial
inercial onde a carga q viaja a uma velocidade v constante e no qual o
observador (e/ou a carga Q) está em repouso em L.
P' = posição da carga q num instante retardado t' no qual o campo que
chega a Q, no instante t, foi gerado.

Em virtude disso eu não posso utilizar os potenciais eletromagnéticos
clássicos de repouso para calcular os campos E e B no tempo t como se a
carga estivesse em repouso em P. Ou seja, deve-se calcular o potencial
em L no instante t (a agir sobre Q) como sendo aquele gerado pela carga
em movimento quando ela estava num ponto P' e tal que a informação
eletromagética, viajando à velocidade c, chegou em L no momento em que
a carga "q" chegou em P. Como é um potencial gerado num tempo passado,
costuma-se dizer que é um potencial retardado. É este potencial,
corrigido de um fator relativístico, que deve ser levado em
consideração ao pensarmos em campos elétrico e magnético. A correção
relativística é do tipo daquela utilizada na relatividade de Einstein,
ainda que clássica em origem (não vai contra o senso comum).

Esta correção, em princípio lógica e irreprimível é, em teoria, tanto
mais válida quanto menor for a carga, aproximando-se de uma carga
puntiforme (ou de um elemento de volume de um "fluido elétrico"). Ao
pensarmos numa carga extensa deveria-se creditar outras correções
clássicas relacionadas a "aparentes" deformações geométricas da carga,
pois os fatores de correção seriam diferentes de ponto a ponto da carga
macroscópica. Essa segunda correção não é levada em consideração pela
teoria da relatividade, o que provoca conseqüências funestas, tais como
a "aparente" deformação ou curvatura do espaço. O erro mais absurdo,
dentre os que estão sendo cometidos nestas considerações relativísticas
ingênuas (existem outros) é assumir que para uma carga em movimento
seria válida aquela idéia de que a carga macroscópica pode ser
considerada como puntiforme, sem se dar conta de que o centro de massa
(ou de carga, no caso), desloca-se de sua posição real por um efeito
relativístico clássico e previsível pela relatividade galileana
associada à geometria euclideana.

Além desses erros absurdos, não consigo entender como, a partir dos
estudos geniais de Lienard e Wiechert, ninguém pensou em estender essa
idéia para os potenciais gravitacionais. Fizessem isso, e calculassem-
se os potenciais corretamente, chegaríamos a uma relatividade perfeita
e totalmente clássica, sem necessidade alguma dos famosos fantasmas a
irem contra o senso comum (curvatura do espaço, dilatação do tempo,
transformação matéria-energia, etc). E haveria ainda uma
compatibilidade total entre os referenciais da mecânica newtoniana e os
referenciais da teoria eletromagnética. Não obstante, e ainda hoje,
prevalece a idéia de "ação instantânea à distância para a gravitação"
associada a uma correção relativística parcial deste efeito tão somente
para o eletromagnetismo. Conseqüência: os referenciais de ambas as
teorias são incompatíveis, como seria de se esperar. E as famosas e
absurdas correções relativísticas surgem como um remédio paliativo a
amenizar o sofrimento da física moderna que jaz em seu leito à espera
do golpe de misericórdia.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Vestiburradas
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 01/10/2000 02:15

Algumas das mais brilhantes respostas dadas pelos vestibulandos durante o
exame.
(FONTE: Jornal do Brasil)

- O nervo ótico transmite idéias luminosas ao cérebro.
- O vento é uma imensa quantidade de ar.
- O terremoto é um pequeno movimento de terras não cultivadas.
- O petróleo apareceu ha muitos séculos, numa época em que os peixes se
afogavam dentro d'água.
- A principal função da raiz é se enterrar.
- O sol nos dá luz, calor e turistas.
- As aves tem na boca um dente chamado bico.
- Lenda é toda narração em prosa de um tema confuso.
- Os ruminantes se distinguem dos outros animais porque o que comem, comem
por duas vezes.
- O coração é o único órgão que não deixa de funcionar 24 horas por dia.
- Quando um animal irracional não tem água para beber, só sobrevive se for
empalhado.
- A insônia consiste em dormir ao contrario.
- A diferença entre o Romantismo e o Realismo é que os românticos escrevem
romances e os realistas nos mostram como está a situação do pais.
- As múmias tinham um profundo conhecimento de anatomia.
- A prosopopéia é o começo de uma epopéia.
- Os crustáceos fora d'água respiram como podem.
- As plantas se distinguem dos animais por só respirarem a noite.
- Os hermafroditas humanos nascem unidos pelo corpo.
- As glândulas salivares só trabalham quando a gente tem vontade de cuspir.
- O objetivo da Sociedade Anônima é ter muitas fabricas desconhecidas.
- A Previdência Social assegura o direito a enfermidade coletiva.
- O Ateísmo é uma religião anônima.
- A respiração anaeróbia é a respiração sem ar que não deve passar de três
minutos.
- O calor é a quantidade de calorias armazenadas numa unidade de tempo.
- Antes de ser criada a Justiça, todo mundo era injusto.
- Caracter sexual secundário são as modificações morfológicas sofridas por
um indivíduo após manter relações sexuais.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT:
FROM: "Manuel Bulcão" <msbn@daterranet.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 01/10/2000 03:58

Olá, turma

Já que estamos a celebrar o centenário da morte do filósofo
alemão F.
Nietzsche, inimigo número um do iluminismo e do conhecimento
científico (sem levar em conta o seu ensaio "Aurora") e feroz
opositor de todas as conquistas das revoluções liberais e
democráticas, resolvi remeter a esta lista algumas pérolas do
pensamento nietzscheano. Saibam vocês, cientistas da natureza
(físicos, químicos, biólogos, etc.), que a filosofia de
Nietzsche é a
que mais arregimenta discípulos hoje, nos meios acadêmicos,
mormente
na área de ciências humanas.

A força do pensamento de Nietzsche está em sua asserção:
"não existem
fatos, mas apenas interpretações". De sorte que não existe o
fato
"Nietzsche", mas apenas interpretações da sua doutrina. Por isso
que
nenhuma contradição existe entre um nietzscheanismo nazista e um
nietzscheanismo comunista ou mesmo liberal. Coisa ridícula!

Nietzsche também disse que, um dia, "os porcos irão chafurdar
em
minha doutrina". É, os porcos gostam mesmo de lama e de
imundície.

Por isso que, ao invés de interpretá-lo, apresento-vos o seu
texto nu
e cru. Segue abaixo. Durmam depois, se conseguirem.


DESPREZO PELA MAIORIA: "Os homens efeminados, os filhos de escravos e
sobretudo a populaça mestiça, tudo isso quer hoje ter nas
mãos o
destino humano - ó nojo, ó nojo, ó nojo!" (Zaratustra, IV,
"Do Homem
Superior")

"As camadas inferiores são tratadas humanamente demais" (Vontade
de
Potência, I)

EUGENISMO: "Em muitos casos, o dever da sociedade é impedir a
procriação; para tanto, ela tem o direito, sem consideração de
origem, posição e das qualidades de espírito, de prescrever as
medidas coercitivas mais rigorosas, entraves de toda espécie à
liberdade, a castração em certos casos... É preciso que os
casamentos
se tornem muito mais raros! Percorram as grandes cidades e perguntem-
se se essa população deveria reproduzir-se!..." (Vontade de
Potência,
IV).

EXTERMÍNIO DOS FRACOS: "Morram os fracos e os fracassados:
primeiro
princípio de nosso amor dos homens. E que sejam ajudados a
desaparecer!" (Anticristo, 2.)

JUSTIFICAÇÃO DA ESCRAVIDÃO: "Toda elevação do tipo humano
sempre foi
e sempre será obra de uma sociedade aristocrática, de uma
sociedade
que crê em múltiplos modelos de hierarquia e de valores entre
os
homens e que, sob uma ou outra forma, requer a escravidão."
(Além do
Bem e do Mal, 257)

Uma boa e verdadeira aristocracia [deve aceitar] sacrificar de bom
grado uma multidão de pessoas que deverão ser, no interesse
dessa
aristocracia, humilhadas e reduzidas à condição de seres
mutilados,
de escravos, de instrumentos (Além do Bem e do Mal, 258)

ANTI-SEMITISMO: "Será ainda preciso que eu diga que em todo o Novo
Testamento só aparece uma única figura que se deva honrar?
Pilatos, o
governador romano. Ele não conseguia levar a sério uma briga de
judeus. Um judeu a mais ou a menos - que importa?" (Anticristo, 46).

"Os Romanos eram os fortes e os nobres, mais que todos os povos da
terra... Os judeus, pelo contrário, eram um povo levita e
rancoroso
por excelência, um povo que possuía um singular gênio para a
moral
plebéia... "(A Genealogia da Moral; Dissertação Primeira; XV)

RACISMO: "Quem nos garante que a democracia moderna, o anarquismo
ainda mais moderno e sobretudo essa tendência à Comuna, à
forma
social mais primitiva, hoje cara a todos os socialistas da Europa,
não sejam, em sua essência, um monstruoso efeito de atavismo -
e que
a raça dos conquistadores e dos senhores, a raça dos arianos,
não
esteja sucumbindo até fisiologicamente?..." (A Genealogia da Moral)

"São esses heróis dos instintos de rebaixamento e de ódio,
herdeiros
de tudo que na Europa ou alhures nascera para a escravidão, esses
resídos de elementos pré-arianos em particular - são eles
que
representam o recuo da humanidade!" (A Genealogia da Moral)

"No fundo destas raças aristocráticas é impossível não
reconhecer a
fera: o bruto de loiros cabelos em busca da presa." (A Genealogia da
Moral)

ANTI-ILUMINISMO: Após dizer que, com os judeus, começou a
emancipação
dos escravos na moral, e de ter afirmado que o símbolo da luta
entre
o nobre e o vil é "Roma contra Judéia", Nietzsche continua:
"Ganhou a
Judéia outra nova vitória com a Revolução Francesa: então
a última
nobreza política, que ainda subsistia na Europa, a dos Séculos
XVII e
XVIII franceses, arruinou-se aos golpes do alvião popular..."(A
Genealogia da Moral)

DESPREZO PELA DEMOCRACIA: "Nós que reivindicamos uma outra fé,
que
consideramos a tendência democrática não só uma forma
degenerada da
organização política, mas também uma forma decadente e
diminuída da
humanidade, que ela reduz à mediocridade e cujo valor ela rebaixa,
onde poremos nossa esperança? Em filósofos novos, não temos
outra
opção... Para tanto precisaremos um dia de uma espécie nova de
filósofos e de chefes, cuja imagem fará empalidecer e se
encarquilhar
tudo o que a Terra já viu de espíritos secretos, temíveis e
benévolos." (Além do Bem e do Mal; 203)

APOLOGIA DA CRUELDADE: "O ser mais transbordante de vida, o
dionisíaco, deus ou homem, pode se permitir não apenas encarar
o
enigmático e o pavoroso, mas também cometer o pavoroso, e se
entregar
a qualquer luxo de destruição, de perturbação, de negação;
considera
que a maldade, a insanidade e a feiúra lhe são permitidas em
virtude
de um excesso de forças criadoras que podem fazer do próprio
deserto
um solo fértil." (A Gaia Ciência; 370)

"O pior mal é indispensável ao bem do super-homem" (Zaratustra,
IV)

Valorização da força física em detrimento da força
psíquica: "A casta
aristocrática sempre foi na origem a casta dos bárbaros; seu
predomínio baseia-se primeiro em sua força física, e não
na força
psíquica. Eram homens mais completamente 'homens' do que os
outros, o
que significa 'mais completas bestas-feras' sob todos os aspectos."
(Além do Bem e do Mal, 257)

"Quando falamos da 'aristocracia intelectual', geralmente temos
alguma coisa a esconder; sabe-se que essa é uma das expressões
favoritas de nossos ambiciosos judeus. O espírito por si só
não
enobrece; muito pelo contrário, temos necessidade de alguma coisa
que
enobreça o espírito. O que é preciso para isso? O sangue."
(Vontade
de Potência, IV)

ANTI-HUMANISMO: "O homem é algo que deve ser superado." - "Que
é o
macaco para o homem? Um motivo de riso e de dolorosa vergonha. E é
justamente isso o que o homem deverá ser para o super-homem: um
motivo de riso e de dolorosa vergonha." - "O sentido da Terra é o
super-homem." - "O que há de grande, no homem, é ser ponte, e
não
meta: o que pode amar-se, no homem, é ser uma transição e um
ocaso."
(Zaratustra; prólogo)

SEXISMO: "É preciso que o homem seja educado para a guerra, e a
mulher, para o descanso do guerreiro. Tudo o mais é
estultície." -
"Vais ter com mulheres? não esqueças o chicote." (Zaratustra;
das
mulheres velhas e jovens)

DEFESA DA GUERRA: "Deveis amar a paz como meio para novas guerras. E
mais a paz curta que a longa." - "Dizeis que a boa causa santifica
até a guerra? Eu vos digo: a boa guerra santifica qualquer causa."
-
"A guerra e a coragem realizaram grandes coisas, muito mais do que o
amor ao próximo." (Zaratustra; da guerra e dos guerreiros)


Ufa! Terminei. Basta de baboseiras. Interpretem esses asserções
nietzscheanas como quiserem.

Quando imagino o tipo de gente que se deixa seduzir por essa
besteirada toda, sinto vontade de vomitar.

Devemos destruir todos os ídolos, inclusive Nietzsche.

[ ]'s Manuel Bulcão

PS.: Sei que alguns que jamais leram Nietzsche (e que são
nietzscheanos porque está na moda, é chique ser nietzscheano)
vão
dizer que eu apenas pincei frases do filósofo, retirando-as do seu
contexto. Pois eu desafio esses a apresentar os "contextos" que
dêem
a esses aforismas nietzscheanos o seu "real" significado. Mas tais
"contextos" devem estar nos livros dos quais as afirmações "supra"
foram retiradas. Não vale fazer referências às suas obras da
juventude, como "Aurora".


Manuel Bulcão




SUBJECT: Nietzsche
FROM: "Manuel Bulcão" <msbn@daterranet.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 01/10/2000 04:02

Olá, turma

Já que estamos a celebrar o centenário da morte do filósofo
alemão F.
Nietzsche, inimigo número um do iluminismo e do conhecimento
científico (sem levar em conta o seu ensaio "Aurora") e feroz
opositor de todas as conquistas das revoluções liberais e
democráticas, resolvi remeter a esta lista algumas pérolas do
pensamento nietzscheano. Saibam vocês, cientistas da natureza
(físicos, químicos, biólogos, etc.), que a filosofia de
Nietzsche é a
que mais arregimenta discípulos hoje, nos meios acadêmicos,
mormente
na área de ciências humanas.

A força do pensamento de Nietzsche está em sua asserção:
"não existem
fatos, mas apenas interpretações". De sorte que não existe o
fato
"Nietzsche", mas apenas interpretações da sua doutrina. Por isso
que
nenhuma contradição existe entre um nietzscheanismo nazista e um
nietzscheanismo comunista ou mesmo liberal. Coisa ridícula!

Nietzsche também disse que, um dia, "os porcos irão chafurdar
em
minha doutrina". É, os porcos gostam mesmo de lama e de
imundície.

Por isso que, ao invés de interpretá-lo, apresento-vos o seu
texto nu
e cru. Segue abaixo. Durmam depois, se conseguirem.


DESPREZO PELA MAIORIA: "Os homens efeminados, os filhos de escravos e
sobretudo a populaça mestiça, tudo isso quer hoje ter nas
mãos o
destino humano - ó nojo, ó nojo, ó nojo!" (Zaratustra, IV,
"Do Homem
Superior")

"As camadas inferiores são tratadas humanamente demais" (Vontade
de
Potência, I)

EUGENISMO: "Em muitos casos, o dever da sociedade é impedir a
procriação; para tanto, ela tem o direito, sem consideração de
origem, posição e das qualidades de espírito, de prescrever as
medidas coercitivas mais rigorosas, entraves de toda espécie à
liberdade, a castração em certos casos... É preciso que os
casamentos
se tornem muito mais raros! Percorram as grandes cidades e perguntem-
se se essa população deveria reproduzir-se!..." (Vontade de
Potência,
IV).

EXTERMÍNIO DOS FRACOS: "Morram os fracos e os fracassados:
primeiro
princípio de nosso amor dos homens. E que sejam ajudados a
desaparecer!" (Anticristo, 2.)

JUSTIFICAÇÃO DA ESCRAVIDÃO: "Toda elevação do tipo humano
sempre foi
e sempre será obra de uma sociedade aristocrática, de uma
sociedade
que crê em múltiplos modelos de hierarquia e de valores entre
os
homens e que, sob uma ou outra forma, requer a escravidão."
(Além do
Bem e do Mal, 257)

Uma boa e verdadeira aristocracia [deve aceitar] sacrificar de bom
grado uma multidão de pessoas que deverão ser, no interesse
dessa
aristocracia, humilhadas e reduzidas à condição de seres
mutilados,
de escravos, de instrumentos (Além do Bem e do Mal, 258)

ANTI-SEMITISMO: "Será ainda preciso que eu diga que em todo o Novo
Testamento só aparece uma única figura que se deva honrar?
Pilatos, o
governador romano. Ele não conseguia levar a sério uma briga de
judeus. Um judeu a mais ou a menos - que importa?" (Anticristo, 46).

"Os Romanos eram os fortes e os nobres, mais que todos os povos da
terra... Os judeus, pelo contrário, eram um povo levita e
rancoroso
por excelência, um povo que possuía um singular gênio para a
moral
plebéia... "(A Genealogia da Moral; Dissertação Primeira; XV)

RACISMO: "Quem nos garante que a democracia moderna, o anarquismo
ainda mais moderno e sobretudo essa tendência à Comuna, à
forma
social mais primitiva, hoje cara a todos os socialistas da Europa,
não sejam, em sua essência, um monstruoso efeito de atavismo -
e que
a raça dos conquistadores e dos senhores, a raça dos arianos,
não
esteja sucumbindo até fisiologicamente?..." (A Genealogia da Moral)

"São esses heróis dos instintos de rebaixamento e de ódio,
herdeiros
de tudo que na Europa ou alhures nascera para a escravidão, esses
resídos de elementos pré-arianos em particular - são eles
que
representam o recuo da humanidade!" (A Genealogia da Moral)

"No fundo destas raças aristocráticas é impossível não
reconhecer a
fera: o bruto de loiros cabelos em busca da presa." (A Genealogia da
Moral)

ANTI-ILUMINISMO: Após dizer que, com os judeus, começou a
emancipação
dos escravos na moral, e de ter afirmado que o símbolo da luta
entre
o nobre e o vil é "Roma contra Judéia", Nietzsche continua:
"Ganhou a
Judéia outra nova vitória com a Revolução Francesa: então
a última
nobreza política, que ainda subsistia na Europa, a dos Séculos
XVII e
XVIII franceses, arruinou-se aos golpes do alvião popular..."(A
Genealogia da Moral)

DESPREZO PELA DEMOCRACIA: "Nós que reivindicamos uma outra fé,
que
consideramos a tendência democrática não só uma forma
degenerada da
organização política, mas também uma forma decadente e
diminuída da
humanidade, que ela reduz à mediocridade e cujo valor ela rebaixa,
onde poremos nossa esperança? Em filósofos novos, não temos
outra
opção... Para tanto precisaremos um dia de uma espécie nova de
filósofos e de chefes, cuja imagem fará empalidecer e se
encarquilhar
tudo o que a Terra já viu de espíritos secretos, temíveis e
benévolos." (Além do Bem e do Mal; 203)

APOLOGIA DA CRUELDADE: "O ser mais transbordante de vida, o
dionisíaco, deus ou homem, pode se permitir não apenas encarar
o
enigmático e o pavoroso, mas também cometer o pavoroso, e se
entregar
a qualquer luxo de destruição, de perturbação, de negação;
considera
que a maldade, a insanidade e a feiúra lhe são permitidas em
virtude
de um excesso de forças criadoras que podem fazer do próprio
deserto
um solo fértil." (A Gaia Ciência; 370)

"O pior mal é indispensável ao bem do super-homem" (Zaratustra,
IV)

Valorização da força física em detrimento da força
psíquica: "A casta
aristocrática sempre foi na origem a casta dos bárbaros; seu
predomínio baseia-se primeiro em sua força física, e não
na força
psíquica. Eram homens mais completamente 'homens' do que os
outros, o
que significa 'mais completas bestas-feras' sob todos os aspectos."
(Além do Bem e do Mal, 257)

"Quando falamos da 'aristocracia intelectual', geralmente temos
alguma coisa a esconder; sabe-se que essa é uma das expressões
favoritas de nossos ambiciosos judeus. O espírito por si só
não
enobrece; muito pelo contrário, temos necessidade de alguma coisa
que
enobreça o espírito. O que é preciso para isso? O sangue."
(Vontade
de Potência, IV)

ANTI-HUMANISMO: "O homem é algo que deve ser superado." - "Que
é o
macaco para o homem? Um motivo de riso e de dolorosa vergonha. E é
justamente isso o que o homem deverá ser para o super-homem: um
motivo de riso e de dolorosa vergonha." - "O sentido da Terra é o
super-homem." - "O que há de grande, no homem, é ser ponte, e
não
meta: o que pode amar-se, no homem, é ser uma transição e um
ocaso."
(Zaratustra; prólogo)

SEXISMO: "É preciso que o homem seja educado para a guerra, e a
mulher, para o descanso do guerreiro. Tudo o mais é
estultície." -
"Vais ter com mulheres? não esqueças o chicote." (Zaratustra;
das
mulheres velhas e jovens)

DEFESA DA GUERRA: "Deveis amar a paz como meio para novas guerras. E
mais a paz curta que a longa." - "Dizeis que a boa causa santifica
até a guerra? Eu vos digo: a boa guerra santifica qualquer causa."
-
"A guerra e a coragem realizaram grandes coisas, muito mais do que o
amor ao próximo." (Zaratustra; da guerra e dos guerreiros)


Ufa! Terminei. Basta de baboseiras. Interpretem esses asserções
nietzscheanas como quiserem.

Quando imagino o tipo de gente que se deixa seduzir por essa
besteirada toda, sinto vontade de vomitar.

Devemos destruir todos os ídolos, inclusive Nietzsche.

[ ]'s Manuel Bulcão

PS.: Sei que alguns que jamais leram Nietzsche (e que são
nietzscheanos porque está na moda, é chique ser nietzscheano)
vão
dizer que eu apenas pincei frases do filósofo, retirando-as do seu
contexto. Pois eu desafio esses a apresentar os "contextos" que
dêem
a esses aforismas nietzscheanos o seu "real" significado. Mas tais
"contextos" devem estar nos livros dos quais as afirmações "supra"
foram retiradas. Não vale fazer referências às suas obras da
juventude, como "Aurora".


Manuel Bulcão




SUBJECT: Re:Nietzsche
FROM: doug.dead@svn.com.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 01/10/2000 13:03

Manuel,

Farei meus insights. O interessante sobre Nietzsche eh q ele nao se preocupou
em organizar suas idéias de modo sistemático. Seu método era o do aforismo.
Hoje, Manuel, eh tao grande o número de aproveitadores de Nietzsche q sua essência
acaba se perdendo. Embora ele tenha feito objeções à ciência, Niet foi, sobretudo,
um cético. "Que ninguém se deixe induzir em erro: grandes espíritos são céticos.
Zaratustra é um cético.(...) Convicções são prisões."

Se propôs a fazer uma filosofia 'além de bem e mal', isto é, além de juízos
de valor éticos e morais... uma filosofia objetiva. Tinha, tb, afinidades com
evolucionismo. Segundo ele, o cristianismo e a compaixão perpetuavam aquilo
que estava pronto para morrer, glorificavam a fraqueza e a degeneração, dominando,
assim, os fortes. Evolucionismo puro. Para ele, a compaixão eh negar a natureza
humana, eh negar a vida, eh preservar "o fruto que está pronto para cair". Por
isso ele glorifica a guerra, como meio de renovação. Se Niet parece cruel, a
realidade eh tão ou mais.

Neste seu email, mais uma vez, Niet foi covardemente desfigurado. Se não o interpretou,
disse como devia ser interpretado através de seus sugestivos subtítulos. Acho
ridículo esse frisson em torno de Nietzsche, mas isso eh coisa passageira. De
100 q pegarem um livro dele, 99 nao passam da primeira página.

Veja bem: embora pareça, ele nao eh mesmo inimigo do conhecimento científico.
Se vc ler niet, vai ver q ele tem objeções a quase tudo. Ele critica os judeus,
mas tem uma parte de Alem do Bem em do Mal em q elogia a obstinação desse povo.
Critica os comunistas, mas diz q os 'operários devem lutar pelos poder'(em palavras
mais belas do q estas).

Davi Lopes Ramos

ps: me apresentando:
Davi Lopes Ramos, 18anos, estudante secundarista. Leitor de Nietzsche, Schopenhauer,
Carl Sagan e outros. Se classifica sobretudo como um cético, com tendências
a um positivismo moderado e crítico. Sou entusiasta da ciência e do modo de
pensar científico.
ps2: sugiro q leia mais Nietzsche, mas agora sem medo dele. Espero q nao concorde
com tudo, caso contrário seria um crente, mas conhecê-lo melhor seria uma grande
aquisição para sua biblioteca de conhecimentos.

http://webmail.svn.com.br


SUBJECT: Fraude na Astronomia!!!
FROM: cguida@usa.net
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 01/10/2000 14:59

visitem o site www.davino.cjb.net e me mandem suas opinioes,
achei muito interessante. Será que tem algum fundamento????



SUBJECT: Re: [ciencialist] Fraude na Astronomia!!!
FROM: "Agapito Ribeiro Júnior" <agapito@alphanet.ne.jp>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 01/10/2000 18:17

Olá companheiro(a) (?)

Acredito que você tenha exagerado no subject e levado muito em conta a pequena página do sr Davino que pretensamente quer nos convencer de uma teoria medieval. Ele mesmo escreveu:

"Eu não sou nenhum cientista e sim estudioso, um observador do assunto."

Infelizmente, o sr Davino é péssimo estudioso e péssimo observador. Toda as observações dele e "cáculos" se baseia num movimento retilíneo e uniforme. O que que é isso???

O movimento da terra segue uma trajetória elíptica cujos dois focos se encontram no sol. Por isso é que parece ser uma circunferência (e ele nem analisou o movimento como circular uniforme, sendo que neste caso, ele deveria analizar a aceleração centrípeta).

Uma perda de tempo. Eu acredito na teoria do Mestre Mesquita porque verifica-se a veracidade e infalibilidade papal de seus termos e elucidações. Mas o sr Davino está muito equivocado e, sinceramente, é uma falta de ética colocar um site com tais erros para que um estudante, por exemplo, o use em suas pesquisas e passe vergonha diante de seus colegas.

Lamentável.

Mas, posso estar errado. Estou, Mestre Guru Mesquita?

Fraternalmente

Agapito Ribeiro Júnior

agapito@alphanet.ne.jp

"Nenhuma virtude que tenha suas raízes no medo é digna de ser muito admirada"

Bertrand Russell em "Obras Filosóficas", p. 327

Informativo Sapiência
http://www.egroups.com/group/sapiencia




SUBJECT: Re: [ciencialist] Fraude na Astronomia!!!
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 01/10/2000 20:39

-----Mensagem Original-----
De: "Agapito Ribeiro Júnior"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Domingo, 1 de Outubro de 2000 18:17
Assunto: Re: [ciencialist] Fraude na Astronomia!!!


> Olá companheiro(a) (?)
> Acredito que [...] sr Davino [...] pretensamente quer nos convencer de
uma teoria medieval.

Com esta frase você sintetiza tudo. A teoria é tão medieval a ponto de
situar-se num território onde qualquer crítica passa por sem sentido. No
mundo do sr Davino não existe inércia nem gravitação, no sentido newtoniano
dos termos. Se conseguíssemos regredir temporalmente, digamos uns 1000 anos,
passando assim a viver no tempo que hoje vive o sr. Davino, não é impossível
que o considerássemos um gênio. Hoje, no entanto, não consigo ver interesse
na leitura de seu texto, a não ser do ponto de vista antropológico.

> Mas, posso estar errado. Estou, Mestre Guru Mesquita?

Parece-me que não. Enfim, nunca se sabe. :-)

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: A TGBD e o Voto
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 01/10/2000 23:49

Prezados amigos,

Em tempo de eleições, não resisti à oportunidade de apresentar mais uma "coincidência". O voto tem uma estrutura bidual também:

1. Votos válidos. 2. Votos nulos
3. Votos em branco . Abstenção ou não votar

Poderia diferente?

Claudio Abreu


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: A TGBD e Globalização
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 02/10/2000 00:49

Prezados amigos do Ciencialist,

Vejamos mais uma "coincidência" da nossa realidade com a TGBD. O sistema de governo de um país é distribuído pelos municípios, estados e a federação. O quarto deles seria uma ONU efetiva, e não decorativa e sem força tal como é hoje. Assim teríamos:

1. Municípios 2. Estados
3. Países 4. Terra

Ora, dirão muitos: é possível que pudéssemos ter evoluído para uma outra estrutura política. Mas, aí pergunto eu: porque isto não se deu?

No dia em que pudermos votar para presidente, parlamentares e juizes da Terra, a globalização se efetivará. Aliás, previ isto na minha letra da música "Anos 2000: por que não ousar?", no seguinte trecho:

"E com tanto conhecimento,
Em cada lugar e momento,
O mundo será um todo unificado,
Sem fés, sem fronteiras, um só Estado"

Mas até lá seria bom o FHC (e quem vier a sucede-lo) não ficar "entregando o ouro pro bandido", caindo no canto da globalização.

Um grande abraço,

Claudio Abreu




[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re:Nietzsche
FROM: "Manuel Bulcao" <msbn@daterranet.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 02/10/2000 02:18

Olá, Davi

Na introdução da sua obra Genealogia da Moral, Nietzsche,
referindo-
se ao livro do Dr. Paulo-Ree, afirma: "Este livro atraiu-me com
aquela força que possui tudo quanto nos contradiz, tudo o que nos
é
antípoda." Pois bem, a filosofia de Nietzsche me atrai pelas
mesmas
razões.

Leio Nietzsche há mais de uma década, conheço boa parte da
sua obra,
e o que sinto ao lê-lo não é medo, mas uma conbinação de
fascínio
(pela sua imensa erudição) e repugnância.

Repugna-me, por exemplo, a sua ética aristocrática, o seu
desprezo
pelo homem (ao qual ele se refere como "a doença de pele da
Terra"),
a sua defesa do direito dos "fortes" de escravizar ou mesmo
assassinar aqueles por ele qualificados de "fracos" e "falhados", a
sua apologia da mentira "útil", o seu menoscabo pelo busca do
conhecimento, o seu elogio ao totalitarismo romano, etc.

A história da humanidade é um processo pelo qual os homens
auferem
mais e mais controle sobre a natureza exterior e a sua própria
natureza. Nietzsche pretendeu reverter este processo, mergulhar
novamente o homem numa natureza em que só existem relações de
força e
de poder. A força do direito, essa grande conquista da
civilização,
Nietzsche pretendia substitui-la pelo direito da força. Aliás,
se
você ler com atenção os livros "Zaratustra", o "Anti-Cristo" e
"Para
Além do Bem e do Mal", verá que a utopia de Nietzsche é uma
sociedade
de super-homens, e o super-homem, para Nietzsche, não é o Homo
sapiens melhorado, mas uma outra espécie do gênero Homo,
distinta da
nossa. Nesta sua utopia, a humanidade ou o que dela restasse estaria
rebaixada à condição de gado, um gado humano encerrado em
currais e
pocilgas, ao lado dos caprinos, suinos e bovinos.

O fascínio doentio de Nietzsche pela força e pelo poder (para
ele,
tudo na natureza são relações e combinações de forças)
não permitiu
que ele enxergasse um fato banal: que na natureza viva também

relações de cooperação e de intercâmbio. Por isso, para este
filósofo
o amor e a compaixão são sintomas da fraqueza. Isso é uma
bobagem
naturalista. Afinal, quem são os fortes? Na natureza, os fortes
são
os que sobrevivem, os fortes são os aptos. Ora, não há ser
vivo mais
apto que o vírus, um organismo extremamente simples. Na natureza,
fortes não são apenas os vistosos predadores, mas também os
réles
parasitas. Por isso que desconfio que a "aptidão darwiniana"
daqueles
que, inspirados em Nietzsche, desprezam o amor, a democracia e
propugnam uma sociedade aristocrática, tal aptidão nada mais
é que a
aptidão do desprezível parasita. A utopia nietzscheana é uma
"parasitocracia".

Nietzsche era um homem fraco, doente, celibatário, amargurado.

quem diga que o super-homem nietzcheano nada mais é que um
subproduto
da luta do filósofo contra a sua própria fraqueza.

Nietzche odiava o diálogo socrático, que é o método
"racional" para
se chegar à verdade, ao consenso, ao compromisso. Preferia ele o
monólogo, daí o seu estilo aforístico. Virulento, agressivo
e bufão,
gostava de filosofar "a marteladas". Merece, pois, como contra-
argumentos, boas marteladas na cabeça.

Nietzsche é um anti-humanista radical, o mais feroz opositor dos
ideais iluministas (igualdade, liberdade, fraternidade), o profeta da
barbárie totalitária, o maior reacionário de todos os tempos.

Sim, é preciso ler Nietzsche. Lendo-o, passamos a compreender
melhor
o lado obscuro e pantanoso da natureza humana. Pela pena erudita de
Nietzsche manifestou-se a besta-fera atávica que há em cada um
de nós.

Abraços,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: Vestiburradas
FROM: "Luis Roberto Brudna [RS]" <lrb@if.ufrgs.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 02/10/2000 02:21

> Algumas das mais brilhantes respostas dadas pelos vestibulandos
durante o
> exame.

Tem mais alguma coisa sobre isso na minha pagina, no endereco:

http://www.geocities.com/humornaciencia/Conteudo/Miscelania/vestib.htm

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:Nietzsche
FROM: "Agapito Ribeiro Júnior" <agapito@alphanet.ne.jp>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 02/10/2000 03:35

Manuel Bulcão, grande amigo!


Você afirmou que Nietzche foi celibatário. Pelo que li dele, na sua proposta de "usar chicote contra as mulheres", Russell disse que muitas facilmente retirariam o chicote de suas mãos. Nietzche era regido pelo medo e frustração com relação às mulheres e suas experiências amorosas reduziram-se a um caso incestuoso com sua irmã.

Quando eu percebo o quanto da teoria do "super-homem" foi o "pano-de-fundo" para o ideal da raça homogênea ariana, sinto uma imensa tristeza em ver que tal homem ainda venha a fascinar. Aliás, não foi o fascínio um dos instrumentos primordiais de Adolf Hitler?

Isso aí Bulcão! Gosto de seus textos.

Fraternalmente

Agapito Ribeiro Júnior

agapito@alphanet.ne.jp

"Nenhuma virtude que tenha suas raízes no medo é digna de ser muito admirada"

Bertrand Russell em "Obras Filosóficas", p. 327

Informativo Sapiência
http://www.egroups.com/group/sapiencia



SUBJECT: Re: [ciencialist] os extraterrestres tem sexo e inteligencia??
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 02/10/2000 09:25



Roberto Mitsuo Takata wrote:
>
> On Fri, 29 Sep 2000, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> > Quero dizer q depende do ambiente.
> > Se nao houver selecao e reproducao nos seres de silicio a
> > emocao nao vai existir SEM que NOS a coloquemos.
>
> nao eh nisso q. estou interessado... mas na implicacao q. isso tem
> para a
> falta de obrigatoriedade da inteligencia do tipo humano vir
> acompanhado de
> emocao do tipo humano.


Talvez eu nao esteja entendendo a que vc se refere
com a expressao"inteligencia do tipo humano".
Eu estava tratando inteligencia como as varias formas possiveis
do cerebro ( ou outro orgao ) de lidar com situacoes complexas
e resolver problemas,



>
> > Pressupoe no sentido de que nao pode haver raciocinio sem antes ter
> > havido
> > emotividade.
>
> agora, vc esta' sendo circular... nao perguntei o q. vc quis dizer com
> pressupoem, perguntei de onde vc tirou q. nao pode existir raciocinio
> sem
> q. antes tenha havido emotividade...
>

Para seres artificiais isso eh possivel. Para seres evoluidos
darwinianamente
nao creio pelas razoes que expus, resumindo :
Um raciocinio





> > Podemos generalizar as sensacoes TAMBEM como forma de emocoes :
>
> nao podemos... se eh pra ser arbitrario eu chamo infinito de um e
> provo q.
> infinito eh finito... tem sido um grande problema nas nossas
> discussoes a
> sua arbitrariedade nas definicoes e conceituacoes -- isso torna a
> coisa
> muito improdutiva.
>

Aih eu nao concordo, veja do Michaellis :

sensação
s. f. Psicol. 1. Fato elementar de consciência provocado pela
modificação de um sentido externo ou interno. 2. Função ou ação dos
sentidos. 3. Percepção pelos sentidos. 4. Impressão transmitida por um
nervo aferente ao sensório comum. 5. Impressão física recebida pelos
sentidos, como dor, calor, frio etc. 6. Condição mental ou emocional
produzida pela impressão de um órgão do sentido, como apreensão,
angústia, prazer etc. 7. Grande impressão ou surpresa devida a sucesso
extraordinário; emoção.




> > Eu disse que emocoes sao simples em relacao ao raciocinio abstrato.
> > Mas vc pode ver de outro modo que ja expliquei antes :
> > Nao haveria sobrevivencia genetica sem um algoritmo mental simples
> > ( emocao ) que norteasse o ser vivo aa preservacao genetica.
> > Ou seja um individuo apenas com raciocinio abstrato nao sobreviveria
> > sem uma vontade para faze-lo. A vontade eh a emocao.
> > ( Lembra qdo falei em anti-concpcionais e viajar ?? )
>
> poderia haver sim... tudo depende do ambiente. bacterias e plantas nao
> apresentam emocao e conseguem perpetuar seus genes. para o hipotetico
> predador as emocoes foram de todo desnecessarias.

Bacterias e plantas tambem nao apresentam raciocinio, e portanto nao
servem
como um contra-exemplo refutatorio.
Mas teu exemplo pode ser, na verdade, uma forma de ver de onde vem esta
emocao.
Quando o ser vivo nao apresenta um sistema nervoso capaz de dirigir suas
acoes
podemos dizer que nao ha emocao. No caso de o ser vivo ser dirigido
por um orgao central ( cerebro ) que coordena suas acoes no sentido de
sua sobrevivencia, podemos dizer que estes mecanismos cerebrais sejam
seus instintos-emotivos para esta sobrevivencia.


>
> > >emocoes humanas sao mais complexas ainda. a questao eh a
> > > necessidade da presenca de emocoes do tipo humano junto com
> > > inteligencias
> > > do tipo humano.
> >
> > Ja disse que as emocoes podem ser explicadas Uma a Uma com uma
> > logica de vantagem seletiva. Fale-me UM dos sentimentos qu eu
> > posso tentar desenvolver a logica dele como exemplo.
>
> isso nao vai provar q. esse sentimento foi necessario para o
> desenvolvimento do raciocinio.
>

O q eu quero dizer eh que para o organismo, dotado de um controle
neurologico central, para sobreviver ele precisa de controles cerebrais
que o impulsionem para sua sobrevivencia. Estes controles instintivos
( algoritmos cerebrais ) sao chamados de emocoes pois geram vontade
( impulso aa acao ). Apos estes algoritmos basicos estarem instalados
, eh possivel que um raciocinio mais abstrato seja, concomitantemente,
evoluido. Este raciocinio deveria vir como um apendice de auxilio
na estrategia de sobrevivencia do organismo.



> > Nao eh necessario vc ter a CONSCIENCIA do egoismo para vc ter o
> > sentimento
> > egoista. Sao coisas bastane diferentes. Vc pode amar sem saber que
> ama,
> > odiar sem saber q odeia etc... estes sentimentos existem em alguns
> > animais mesmo q eles nao saibam disso.
>
> nao. como a emocao eh a percepcao consciente das sensacoes, por
> definicao,
> nao se pode ter uma emocao sem estar ciente dela. e preciso sentir o
> egoismo para se ter a sensacao do egoismo (eh um truismo, sim). ou uma
> planta pode amar sem saber?

Nao concordo. Onde vc pegou esta definicao de emocao?


>
> > > ele nao percebe se seu ato eh egoista ou nao -- ele nao pensa:
> 'isso
> > > eh
> > > meu'... apenas age, como uma bacteria buscando nutrientes. a
> diferenca
> > > eh
> >
> > Seres sem neuronios que fazem nao processamento rapido de sinais
> > nao existe sentimentos nem raciocinio abstrato mesmo.
>
> o predador nao necessariamente tem neuronios --

Me mostre um PREDADOR sem neuronios.

>embora deva ter algo
> analogo. um coral tem sentimentos? uma mosca? ainda mais amor, odio,
> ciumes?

Lembre-se das CONDICOES que eu disse sobre a universalidade
dos sentimentos do tipo humano :
SOCIEDADE+INTELIGENTE+SEXUADA.
Quanto mais os Seres vivos q nao se enquadram nesta categoria mais
proximos dos sentimentos humanos eles terao.O inverso eh verdadeiro
Quanto menos se enquadram menos sentimentos terao:
Uma mosca nao deve ter egoismo mas deve ter medo, nao deve ter inveja
mas deve ter desejo.



> e bacterias fazem sim processamentos de sinais, do contrario
> nao
> responderiam ao ambiente de forma eficiente como o fazem - soh nao eh
> na
> base neuronal, inda mais q. sao unicelulares. a questao q. apresentei
> eh
> q. o comportamento de sobrevivencia do predador hipotetico nao esta'
> vinculado a sentimentos de medo ou afeto.
>
> > que bixo eh esse ?
>
> esse bicho eh aquele predador... percebe como a memoria eh um item
> importante para o raciocinio? vc nao esta' conseguindo abstrair q. a
> emocao nao precisa vir necessariamente junto com o raciocinio, mesmo
> em um
> organismo biologico... quer dizer, talvez ateh precise, mas
> precisariamos
> poder fazer uma analise comparativa pra detectarmos isso.

Eu nao disse q a emocao precisa vir junto com o raciocinio eu
disse que o raciocinio nao pode vir sem ter a emocao junto.

>
> > Depende o q vc entende por "muito complexo".
> > Caro q depende tambem da emocao. O medo deve ser a mais simples.
> > O amor a mais complexa.
>
> lembra-se do q. vc disse na mensagem original? q. em um ser
> inteligente
> todas - e vc destacou todas - as emocoes humanas deveriam estar
> necessariamente presentes. alias, um exemplo q. vc deu, do raciocinio
> sendo originada de um organismo com medo, mostraria exatamente q. nao
> seriam necessarios todos as modalidades de emocoes -- bastaria o
> medo...

Olha as condicoes da mensagem original :

Toda forma viva sexuada que evolui para uma *sociedade inteligente* deve
apresentar TODAS as caracteristicas instintivas que qualquer
outra sociedade inteligente tambem apresenta : - Amor, Odio, Inveja,
Compaixao, Ciumes, Desejo etc..

Ou seja os fatores sexual, sociedade e inteligencia sao mandatorios.


>
> > Eu generalizei as sensacoes como classe de emocoes.
> > A ideia eh a mesma: Sinais processados pelo cerebro que geram
> estimulos;
>
> entao vc nao precisa nem chamar de emocoes -- basta chamar pelo nome
> de
> processos neurais... um arco-reflexo tbm eh emocao pelo seu criterio.
> q.
> mais? ah! descargas de hormonio de crescimento, de melatonina...
> percebe
> q. nao se pode ser arbitrario nas definicoes? e q. se for alterar
> definicoes estabelecidades deve-se ter um bom argumento?


Sua definicao de emocao como ato consciente das sensacoes eu
tambem nao concordo.
mas eu poderia melhorar a definicao : Sinais externos vindos dos
orgaos do sentido OU internos provenientes da memoria que geram
estimulos no sentido de impulsionar o organismo aa uma acao.

>
> > Eu quero dizer q vc esta supondo um raciocinio abstrato altamente
> > sofisticado
> > sem que houvesse um intercambio social, uma sociedade.
> >
> > Para vc validar seu raciocinio vc deveria pensar : Ateh que ponto
> > um raciocinio abstrato pode evoluir SEM nenhuma cultura ou contacto
> > social.
> >
> > Estou dizendo que o organismo nunca poderia desenvolver um
> raciocinio
> > abstrato tipo : "Eu estou tendo prejuizo pois ele nao esta ajudando"
> > sem nenhuma emocao associada e sem contacto grupal.
> > Eu diria que ANTES de eles raciocinarem desta maneira, como
> cacadores
> > grupais, eles teriam q desenvolver os sentimentos associados aa
> grupos
> > sociais.
>
> exatamente, eu criei um cenario em q. as relacoes emotivas nao seriam
> selecionadas, mas a capacidade de abstracao sim...
>
> por q. ele teria q. ter uma emocao associada para perceber o prejuizo?

Vamos analisar esta questao especifica, que eh o ponto CHAVE
de nossa discussao.
Primeiro podemos verificar que uma emocao do tipo egoista resolveria
o problema: NAO gosto que peguem a carne que eu cassei.
E qqr animal que venha roubar a presa eh agredido.
Uma emocao egoista eh um processamento relativamente simples :
QQr animal ( nao filhos ) que venha pegar o q eu cassei deve ser
agredido.
Agora para termos um raciocinio abstrato que desencadeie a mesma acao
o animal teria que ter primeiro algum OBJETIVO abstrato do tipo :
Preciso acumular alimento. Depois ele precisaria ter o conceito de
prejuizo : quando o montante diminui eh prejuizo. Depois ele precisa
verificar qual acao ele deveria tomar para evitar o prejuizo e decidir
qual adotar :atacar o animal q tenta roubar.
Note q estas acoes sao mais complexas do que uma acao instintiva
do tipo egoismo. E por isso , evolutivamente, devem aparecer primeiro.
Claro que depois estas acoes + racionais tambem sao desenvolvidas
mas a acao instintiva eh mais simples em termos de processamento.


> por q. ele precisaria ter contato grupal?
>
> em q. etapa do cenario em q. criei o desenvolvimento do raciocinio
> seria
> estancado?

Em principio nunca. Mas aih surgiu-me um novo insight :
Toda especie que *concorre* com outras em que algumas evoluem para
agrupamentos sociais, entao, as que *nao* evoluirem para sociedades
estarao fadadas aa extincao.
E isto seria o fator limitante do desenvolvimento do raciocinio nao
grupal.

>
> eles nao precisam de sentimentos de grupo, apenas perceber a
> conveniencia
> da associacao. eles desenvolveram a capacidade de gerar padroes para
> prever onde encontrariam a presa. com essa capacidade eles perceberam
> o
> padrao da caca cooperativa -- da' menos trabalho e mais recompensa.
> uma
> simples relacao de custo/beneficio.

Note que esta cooperacao inicial eh o inicio de uma sociedade.


>
> vc acha q. francisco rossi apoiou maluf para governador no segundo
> turno
> por questoes afetivas?

Mas aih ja estamos tratando de seres inteligentes o bastante;
nao se enquadra no caso em estudo.


>
> > Claro q muito das emocoes aparecem junto com a sociedade.
> > Mas nao existe "planejamento" de montar uma sociedade, ela eh
> > aglutinada como colecao de individuos e as relacoes sociais e
> > emoceos associadas aparecem em decorrencia.
>
> no cenario em q. criei, eles planejaram... eles jah tinham a
> capacidade de
> raciocinio para entenderem q o esforco cooperativo era mais vantajoso.


Mesmo assim : na medida q eles se juntam eles formam um grupo
social com novos problemas.
Eu diria mais (uma nova tese) : Nemhum ser vivo que tenha capacidade de
planejamento para entender que uma sociedade eh mais vantajosa
sobreviveu SEM ANTES ter se aglutinado em uma sociedade.
Ou seja: Uma sociedade eh sempre formada *antes* q estes seres tenham
capacidade de raciocinio para perceber q este convivio eh melhor que
a vida solitaria.


> novamente vc estah preso ao modelo q. vc supoem para os grupos da
> terra.
>
> nao eh q. nao existe planejamento... o q. acontece eh q. provavelmente
> nao
> existiu planejamento nos grupamentos q. encontramos na terra.

Concordo.

>
> > > nao. nao ha' solucao nenhuma. as coisas acontecem. se o q.
> aconteceu
> > > nao
> > > for selecionado contra, permanece e pode se multiplicar. um
> problema
> > > pode
> > > ter tres ou quatro solucoes biologicas possiveis -- o q. acontecer
> > > primeiro eh o q. fica.
> >
> > Acontece primeiro a mais simples a mais provavel de acontecer.
>
> nem sempre... vc deve conhecer o q. se chama de arvores de eventos.
> por
> exemplo: para acertar na loteria federal vc precisa q. os numeros
> sorteados saiam exatamente na ordem. digamos q. vc compre o bilhete
> 12.345. vc precisa q. saia o no. 1, depois o 2, 3, 4 e entao o 5... o
> q.
> eh mais provavel q. saia, o 12.345 ou um numero qq entre 20.000 e
> 29.999?
> claro q. qq numero entre 20.000 e 29.999... mas digamos q. o primeiro
> numero sorteado seja 1. pronto jah nao pode mais ser sorteado nenhum
> numero entre na casa dos 20 mil -- ainda q. a priori eles tivessem
> mais
> chance.
>
> entenda q. o mais provavel de acontecer se refere exatamente a isso --
> probabilidade e nao uma definicao... a menos q. a probabilidade seja
> 100%.
> o q. vc poderia dizer eh q. em uma serie muito grande, o mais provavel
> ocorrera na maioria da vezes. mas em uma unica chance, o evento mais
> provavel pode nao ocorrer... e, em nao ocorrendo, muda toda a historia
> seguinte.
>
> > > alem disso o q. vc estah chamando de mais simples -- na verdade
> > > deveria
> > > ser dito 'mais provavel' -- depende do contexto. do ambiente e da
> > > historia
> > > evolutiva do organismo.
> >
> > Este eh o sentido de + simples. Qual outro vc pensou?
>
> como vc estah dizendo q. o surgimento da emocao eh mais simples e
> portanto
> ocorre, soh poderia ser uma interpretacao em termos de complexidade
> estrutural e funcional propria da emocao (sendo menor, em sua visao,
> do q.
> do raciocinio)... quer dizer, vc falou em termos absolutos.
>
> se agora vc concorda com o termo relativo, entao deve concordar q.
> pode
> haver ambientes em q. o surgimento do raciocinio pode ser mais
> simples...

Note q nao existe raciocinio sem que antes houvesse uma emocao
para dirigi-lo.


>
> > Veja a conexao causal :
> > Sem um sentimento que empurre, dirija o organismo, que lhe de
> vontade
> > de sobreviver e perpetuar-se, nao existira no mundo raciocinio
> abstrato
> > que o salve da extincao.
>
> uma planta nao tem sentimentos a empurrem, a dirijam, de-lhe vontade
> de
> perpetuar... logo, a emocao nao eh condicao imprescindivel para a
> sobrevivencia... por q. nao pode surgir de uma base como essa o
> raciocinio? um organismo sem sentimentos, mas q. sobreviva muito
> bem...

Mas plantas nao tem neuronios q fazem processamento rapido de sinais.


> aquele predador naquele cenario nao eh nada mais q. um automato num
> primeiro momento, o q. lhe impediria dadas as circunstancias
> apresentadas
> de desenvolver o raciocinio? ele nao sente nenhum compulsao maior a se
> manter vivo do q. uma planta, mas ele nao pode fazer outra coisa senao
> procurar manter-se vivo.
>
> inicialmente ele seria assim:
> processamto
> estimulo---------->resposta
> ^ |
> | |
> --------------------
>
> ou talvez:
>
> estimulo------->sensacao
> ^ |
> | |
> ---resposta<----
>
> o q. impediria dele evoluir para:
>
> estimulo------->sensacao<---
> ^ | | |
> | | | |
> ---resposta<--- --->memoria
>
> e depois para:
> __________________
> | |
> estimulo----->sensacao<--- |
> ^ | | | |
> | | | | V
> --resposta<-- -->memoria
>
> e entao:
>
> ________________
> | |
> estimulo---->sensacao V
> ^ | | ^--- associacao
> | | | ^
> | | | |
> --resposta<- -->memoria
>
> e finalmente:
>
> _____________________
> | |
> estimulo------>sensacao V
> ^ | | associacao
> | | | ^ |
> | | | | |
> --resposta<--- -->memoria |
> ^ |
> |------------------------
>
> repetindo q. nao estou discutindo o q. deve ter ocorrido na historia
> evolutiva dos organismos inteligentes na terra -- sobre eles estou
> convencido de q. o desenvolvimento da emocao se imbrica com a da
> inteligencia (ao menos nos primatas antropoides), mas sim sobre a
> universalidade da associacao. creio q. pode haver cenarios em q. a
> inteligencia do tipo humano se desenvolva sem emotividade do tipo
> humano.
>
>

Eu nao acredito que este cenario seja possivel.
A solucao + simples para o processamento de sinais visando a
sobrevivencia eh dado pelos instintos-emotivos.
Estes processamentos sao formas primitivas de inteligencia.
SOH a partir daih eh possivel ao ser vivo sofisticar formas
masis complexas de raciocinio.

[]s
jocax


SUBJECT: Re: Fraude na Astronomia!!!
FROM: "Ronaldo Cordeiro [MG]" <rcordeiro@writeme.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 02/10/2000 10:28

--- In ciencialist@egroups.com, cguida@u... wrote:
> visitem o site www.davino.cjb.net e me mandem suas opinioes,
> achei muito interessante. Será que tem algum fundamento????

A teoria do tal Davino é horrível e simplória! Curiosamente, ela não é
a única. Já tem gente lá fora há mais tempo querendo provar provar que
a terra não se move. Geralmente são fundamentalistas Bíblicos que
também rejeitam a teoria da Evolução e que acham que precisam provar
que a terra não gira em torno do sol porque isso contradiz a leitura
literal da Bíblia. O Davino parece ser um desses, já que menciona o
"dilúvio" como se fosse coisa séria. Uma teoria mais sofisticada que
as asneiras do Davino pode ser vista em:
http://www.biblicalastronomer.org/
(usando o Princípio de Mach para provar equivalência entre o modelo
geocêntrico e o heliocêntrico)

ou
http://www.fixedearth.com/
(divulgando um livro que "prova" que a terra não gira em torno do sol)
Esse último é ainda mais risível porque usa, entre outros argumentos,
o de que no modelo heliocêntrico a terra teria que estar girando em
torno do sol a uma velocidade 30 vezes maior que a de uma bala de
fuzil. Ele se esquece de calcular a velocidade em que os objetos mais
distantes do universo teriam que estar se movendo para dar uma volta
completa em torno da terra em 24 horas, se o modelo da terra imóvel
fosse verdadeiro.

Divirtam-se

Ronaldo Cordeiro
Dicionário Céptico: http://www.dicceptico.cjb.net



SUBJECT: Politica.
FROM: Jairo Santos Vieira <JVIEIRA@vortex.ufrgs.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 02/10/2000 11:53

A politica no Brasil eh mal vista pelos sabios, pelos doutos, pela
populacao erudita do nosso pais. Dizem que nao querem opinar por ser
a politica uma ciencia menor ou ser uma pseudo-ciencia.
Eu diria: - Eh preciso sujar as maos. Eh preciso sair de frente dos
micro e ir ver nas vilas a miseria e o que eh pior, a burrice advinda da
desinformacao, a burrice devido a indolencia. Ajudar a tirar essa gente
do lodo em que se encontram eh a tarefa da populacao de sabios
principalmente das universidades publicas. Que bolem solucoes viaveis e
ponham-nas em pratica. Os bancos academicos ja estao fundos das bundas
macias que ficam tergiversando sobre sexo dos anjos, enquanto milhares de
jovens de ateh 12 anos morrem, devido a miseria conjuntural em que vivem.
A solucao dos problemas vem dai de sujar as maos e enxergar melhor a
saida. Achar que os politicos que estao ai sao ruins eh pedir a pergunta:
- Se achas ruim, porque nao te candidatas? Porque nao partes para a luta,
tu tambem? Se acha que nao existe partido que preste, porque nao crias um?
jota


SUBJECT: Biologia.
FROM: Jairo Santos Vieira <JVIEIRA@vortex.ufrgs.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 02/10/2000 12:03

Ao Takata.
Takata, esta circulando a algum tempo na midia uma estoria de que no
casamento entre gays pode haver o nascimento de um bebe devido as celulas
dos dois homens. Isto eh, o biologo que criou a ovelha dolly teria dito
que eh possivel fazer fecundacao in vitro e a criacao de um ser humano a
partir de um ovulo feminino, do qual foi retirado o nucleo e foi inserido o
nucleo de um espermatozoide de um dos parceiros.Posteriormente este ovulo
seria fecundado por outro espermatozoide do outro parceiro.
A pergunta eh: O percentual de criancas do sexo masculino seria
maior que o normal por haverem somente celulas tipo xy e xy ou em alguns
casos xy e yy?
Jota.


SUBJECT: Re: [ciencialist] A TGBD e o Voto
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 02/10/2000 12:19

On Sun, 1 Oct 2000, Claudio Abreu wrote:
> 1. Votos válidos. 2. Votos nulos
> 3. Votos em branco . Abstenção ou não votar

por q. nao:

1) Marta 2) maluf 3) Alckmin 4) Tuma 5) Erundina e assim por diante?

ou

1) Conde 2) Maia 3) Benedita etc?

entre os votos validos estao os situacionistas e os oposicionistas...
porq. nao juntar nulos e brancos tbm? afinal embora ideologicamente
diferentes (como os situacionistas e os oposicionistas) o efeito geral eh
o mesmo...

na abstencao tem a justificada, a originada por atraso, a opcao -- voto
facultativo ou pagamento de multa...

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] A TGBD e o prblema do Jocax
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 02/10/2000 12:22

Prezado Jocax,

Vamos lá.

>Jocax:
>Caro Claudio,
>As palavras que se seguirem sao propositadamente CRUEIS E SARCASTICAS
>eu sei q posso estar errado mas nao creio.

CBAS:
Sempre tenho tentado evitar que a emoção ofusque a razão nos debates que travo aqui no Ciencialist. Nem sempre consigo isto, é verdade. E se alguma vez fui CRUEL ou SARCÁSTICO, foi por ter perdido o controle.

>Jocax:
>Faco isso para tentar te "salvar" caso contrario nos 2 iremos parar
>no manicomio Vc com sua TGBD e eu com meu Genismo :-)

CBAS:
Bem acredito que não esteja precisando ser "salvo" e que muito menos esteja correndo o risco de parar num manicomio. Realmente, é muito desconfortável descobrir algo muito importante e ficar, digamos, dentro de uma espécie de solidão científica. Ainda bem que temos coisas como o Ciencialist para colocar para fora o que acreditamos serem as nossas certezas.

>Jocax:
>Veja bem Claudio, como já disse, a TGBD nao eh outra coisa se nao uma
>maneira de vc classifica arbitrariamente as coisas ( O tudo ).

CBAS:
Não vejo por desta forma. Você me lembra o Takata falando assim. Os exemplos que tenho apresentado aqui são sempre de conhecimentos essenciais de diversas ciências, e não classificações arbitrárias. Senão vejamos:
1) Por acaso existiria algo além de matéria, energia, espaço e tempo num exemplo físico?
2) Um tetraedro, que é a menor figura geométrica que delimita um volume, poderia ser formado por algo diferente do que quatro pontos?
3) A reprodução de um ser vivo feita por quatro cromossomos X,X e X,Y pode ser feita de outra forma?
4) Você poderia ver um problema sem considerar a sua formulação e questão, sem o processamento de seu dados para se chegar à sua resposta?
5) Poderia existir a regra de três com mais de quatro componentes, onde o quarto é a incógnita?
6) Um vetor poderia ser num não bidual?

Onde está a classificação arbitrária neste exemplos, Jocax? Por acaso existem neles mais componentes que não foram considerados além dos 4 de cada exemplo, ou menos componentes dos que foram considerados?

>Jocax:
>Eu poderia fazer uma teoria assim : "Tudo tem seu par"
>AIh vc me mostra um conjunto {1,2,3} e me pergunta onde ele se
>enquadra Eu te digo o 1 eh par do 2 e o 3 eh par do {1,2}
>ou seja, SEMPRE existira um modo de se enquadrar na classificacao.

CBAS:
E por acaso tudo não tem seu par? Vai lá e mostra pro Newton e pro Dirac que nem sempre isto é assim.
Eu nunca disse que o 3 é par do [1,2}, Jocax. Pela TGBD o 3 interage com o {1,2}, mas é par do 4. Não ponha na minha boca palavras que eu nunca disse. Por outro lado, não acho como você que "SEMPRE existirá um modo de se enquadrar na classificação", e sim que tudo, pelo menos no que é essencial, posse uma estrutura bidual, por coincidência ou não, o que é bem diferente. Que culpa tenho eu, Jocax, se tudo é bidual? Vai querer me internar num manicomio por eu ter descoberto isto?

>Jocax:
>O Tgbd parece uma visao dos ultra-religiosos em q as coisas sao do
>BEM (ligadas aa Deus) ou sao do MAL (ligadas ao demonio).
>Aih eu te pergunto como fica a regra de 3 nesta classificacao:
>A/B = X/C ?
>Vc me diz A e X estao ligadas ao Bem pois estao em cima da barra e
>portanto mais proximas aos Ceus. B e C sao do Mal pois estao
>mais proximos do inferno.
>Percebe? Tudo pode ser classificado com esta otica;

CBAS:
Não abaixa o nível, Jocax, colocando Deus, religiosos, ceus e inferno, nesta história.... risos. Estou fora deste papo. Quanto á Regra de Três, você tem ainda alguma dúvida de que é uma estrutura bidual? Será que não percebe isto? Saiba perder numa discussão, Jocax...Não apela não...

>Jocax:
>Qdo vc usa a TGBD vc sempre a usa Hienisticamente ( como as hienas
>fazem aproveitando-se do bixo morto, devorando-o ): Vc pega
>o problema resolvido e o classifica segundo esta otica
>arbitraria. Neste caso, claro, tudo pode ser classificado parecendo
>que a TGBD resolveu-o.

CBAS:
Opa, epa... Quem quis tentar me dar uma rasteira com aquele seu problema ridículo, foi você. Não levei a mal, pois estou aqui tentando mostrar que a TGBD é verdadeira. Como estava empolgado com a história da quantificação da TGBD pela regra de 3, me atrapalhei um pouco quando você me apresentou um problema que nada tinha a ver com ela. E aí você se aproveitou, e tentou me gozar... Tudo bem, faz parte. Mas logo depois me recompus, e apliquei a TGBD para a própria essência de um problema qualquer. E duvido que se ele se referir a valores relativos e quantitativos, que não irá se estruturar tal como o fiz. Saiba perder, Jocax... Afinal você não está perdendo para mim, e sim, para a TGBD, o que não é pouca coisa não. Sugiro-lhe que pense um pouco mais, e sem emoções, sobre a minha proposta.

>Jocax:
>Faca uma esperiencia : de o problema a alguem q conhece a TGBD
>e vera q NUNCA chegarao aa mesma classificacao embora cada um
>podera classifica-lo usando todos os elementos da TGBD.

CBAS:
Faço um desafio a você: tente enquadrar o bidual da matéria, energia, espaço e tempo de uma maneira diferente da que fiz aqui.... Você poderá até inventar um quinto componente, ou sumir com algum destes quatro, se conseguir... Existe algo mais essencial do que um evento físico dentro desta estrutura? O Alberto Mesquita Filho propõe que sejam cinco, mas a quantidade de movimento dele é um misto de energia, com espaço e tempo. Ou faça um tetraedro fora de uma estrutura bidual, se for capaz...

>Jocax:
>Essa critica ACIDA E CRUEL e para tentar salva-lo do manicomio
>se eu nao conseguir nos encontraremos LA e conversaremos a respeito.
>
>Um abraco amigo.
>Joao carlos ( jocax )
>(PS: Entenda q eu nao fiz a critica por maldade mas pq eu acredito
>no que escrevi )
>(PS2: Sempre achei vc bastante ponderado cavalheiro e amistoso
>mesmo qdo as criticas eram crueis, mas vc podera ser cruel comigo tambem
>caso vc sinta necessidade. Eu saberei compreende-lo )

CBAS:
Sinceramente não achei a sua crítica ACIDA e CRUEL, e sim APELATIVA e SEM CONSISTÊNCIA, pra não dizer EVASIVA. Quanto ao manicomio, poderemos nos encontrar lá sim, no dia em que eu for visitá-lo, numa visita daquela permitidas às pessoas amigas dos internados... Se você chegar até lá, conte com meu apoio e atenção dos amigos... risos...

Realmente, por alguns momentos, ao descobrir a TGBD cheguei até mesmo a pensar que estava ficando louco, Jocax. Pois afinal, se ela for o que realmente aparenta ser, trata-se, não tenho dúvida, da maior descoberta da humanidade em todos os tempos, e um divisor para a ciência, que poderá ser dividida em A.TGBD (antes da TGBD) e D.TGBD (depois da TGBD). Acredito que uma das minhas principais características minhas é a autocrítica. E, assim, nunca estaria colocando a minha reputação como pessoa em risco, se não acreditasse no que está dito aí em cima, pois tal como você disse "eu acredito no que escrevi".

Veja, Jocax, que continuo tentando ser ponderado, cavalheiro e amistoso, mesmo quando as críticas são intencionalmente cruéis, mas se relevam, na verdade, pobres e inconsistentes. A minha vontade não é ser cruel com você não, Jocax. É que apenas caia numa real, e veja que, por mais incrível que isto possa parecer, a TGBD é verdadeira e geral, tal como acredito que ela seja, após muito pensar a respeito disto... E não precisa ser imediatamente não. Pode levar um tempo até chegar lá. Afinal, você terá a oportunidade de ir se convencendo disto aos poucos, em função da série de exemplos fundamentais que irei apresentar aqui no Ciencialist.

Um grande abraço,

Claudio Abreu

----- Original Message -----
From: Joao Carlos Holland de Barcellos
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Friday, September 29, 2000 8:25 AM
Subject: Re: [ciencialist] A TGBD e o prblema do Jocax




Claudio Abreu wrote:
>
> Prezado Takata,
>
> Vou tentar bidualizar a sua solução gráfica para o problema do Jocax.
> Pois só assim ele acreditará na TGBD.

Caro Claudio,
As palavras que se seguirem sao propositadamente CRUEIS E SARCASTICAS
eu sei q posso estar errado mas nao creio.
Faco isso para tentar te "salvar" caso contrario nos 2 iremos parar
no manicomio Vc com sua TGBD e eu com meu Genismo :-)


Veja bem Claudio, como ja disse, a TGBD nao eh outra coisa se nao uma
maneira de vc classifica arbitrariamente as coisas ( O tudo ).

Eu poderia fazer uma teoria assim : "Tudo tem seu par"
AIh vc me mostra um conjunto {1,2,3} e me pergunta onde ele se
enquadra Eu te digo o 1 eh par do 2 e o 3 eh par do {1,2}
ou seja, SEMPRE existira um modo de se enquadrar na classificacao.

O Tgbd parece uma visao dos ultra-religiosos em q as coisas sao do
BEM (ligadas aa Deus) ou sao do MAL (ligadas ao demonio).
Aih eu te pergunto como fica a regra de 3 nesta classificacao:
A/B = X/C ?
Vc me diz A e X estao ligadas ao Bem pois estao em cima da barra e
portanto mais proximas aos Ceus. B e C sao do Mal pois estao
mais proximos do inferno.
Percebe? Tudo pode ser classificado com esta otica;

Qdo vc usa a TGBD vc sempre a usa Hienisticamente ( como as hienas
fazem aproveitando-se do bixo morto, devorando-o ): Vc pega
o problema resolvido e o classifica segundo esta otica
arbitraria. Neste caso, claro, tudo pode ser classificado parecendo
que a TGBD resolveu-o.

Faca uma esperiencia : de o problema a alguem q conhece a TGBD
e vera q NUNCA chegarao aa mesma classificacao embora cada um
podera classifica-lo usando todos os elementos da TGBD.

Essa critica ACIDA E CRUEL e para tentar salva-lo do manicomio
se eu nao conseguir nos encontraremos LA e conversaremos a respeito.

Um abraco amigo.
Joao carlos ( jocax )
(PS: Entenda q eu nao fiz a critica por maldade mas pq eu acredito
no que escrevi )
(PS2: Sempre achei vc bastante ponderado cavalheiro e amistoso
mesmo qdo as criticas eram crueis, mas vc podera ser cruel comigo tambem
caso vc sinta necessidade. Eu saberei compreende-lo )

*** --- ***
Para sair da lista envie um mail para:
ciencialist-unsubscribe@egroups.com
*** --- ***



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: governos
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 02/10/2000 13:05

On Mon, 2 Oct 2000, Claudio Abreu wrote:
> Vejamos mais uma "coincidência" da nossa realidade com a TGBD. O sistema
> de governo de um país é distribuído pelos municípios, estados e a
> federação. O quarto deles seria uma ONU efetiva, e não decorativa e sem
> força tal como é hoje. Assim teríamos:
>
> 1. Municípios 2. Estados
> 3. Países 4. Terra
>
> Ora, dirão muitos: é possível que pudéssemos ter evoluído para uma outra estrutura política. Mas, aí pergunto eu: porque isto não se deu?

acho q. vc nao leu muitos livros de 'friccao cientifica' -- cade as
confederacoes planetarias? as ligas intergalaticas?

antes dos municipios existem subprefeituras nas grandes cidades, as
administracoes regionais... e agora esta' em fase de estruturacao grandes
blocos economicos, cuja base eh continental: uee, alca, mercosul...

nem todos os paises estao divididos em estados ou provincias... alias o
vaticano nem tem cidade...

veja Luxemburgo, nao o ex-tecnico, mas o pais: estah dividido em
distritos (3), cada distrito em cantoes (12 no total) e os cantoes em
comunas... a Suica, em cantoes, meio-cantoes e cidades... a Italia em
regioes, provincias e comunas.

muitas das ex-colonias britanicas fazem parte da Commonwealth e reconhecem
a coroa britanica como chefe maior do bloco, embora tenham independencia
administrativa e politica.

as subdivisoes dependem em grande parte do tamanho do territorio, o q. vai
se refletir na complexidade das interacoes das unidades, o q. vai
refletir na organizacao politico-administrativa do territorio... e claro
q. tem uma grande interferencia do fator historico, q. vai determinar
tracos culturais, por exemplo.

os fenomenos de conurbacao gerando as megalopoles deve criar um novo nivel
de organizacao politico-administrativa.

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Desafio
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 02/10/2000 13:23

Para quem gosta de desafios, mandei um "probleminha" para a lista
"matematica-fisica" do eGroups. Ele está em
http://www.egroups.com/message/matematica-fisica/208

Este "probleminha" esteve em meu Web Site durante todo o ano de 1998 e
ninguém se aventurou a resolvê-lo. Quem tentar ganhará como brinde duas
dicas sobre softwares úteis para o estudo de movimentos em computador.

Obs.: Se alguém quiser copiar o desafio e postar em outros locais, estejam à
vontade. Não deixem de citar o autor.


[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] governos
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 02/10/2000 13:39



Roberto Mitsuo Takata wrote:

> acho q. vc nao leu muitos livros de 'friccao cientifica' -- cade as
> confederacoes planetarias? as ligas intergalaticas?

A organização politica nem sequer precisa de se basear na
geografia. Algumas nações têm os seus habitantes espalhados
pelo mundo como os Judeus, os Arménios, os Curdos, os
Caboverdianos, os Timorenses ou os Tibetanos que têm
uma parte significativa da população na diaspora e
estão organizados politicamente. Em alguns casos há mesmo
contribuições significativas em dnheiro para as causas
comuns que são muito semelhantes a impostos.

João
http://www.nonio.com



SUBJECT: Re: Fraude na Astronomia!!!
FROM: "Ronaldo Cordeiro [MG]" <rcordeiro@writeme.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 02/10/2000 14:19

--- In ciencialist@egroups.com, João Mário Miranda <jmiranda@e...>
wrote:
>
>
> "Ronaldo Cordeiro [MG]" wrote:
>
> > http://www.biblicalastronomer.org/
> > (usando o Princípio de Mach para provar equivalência entre o
modelo
> > geocêntrico e o heliocêntrico)
>
> Não sei qual é o modelo de Mach, mas o modelo heliocentrico é
> de facto equivalente ao modelo geocentrico.
>
> João
> http://www.nonio.com

Alô João,

O princípio de Mach levaria em conta todos os corpos do universo,
mesmo os mais distantes, atuando gravitacionalmente sobre a terra.
Essa interação de toda a massa do universo girando em torno da terra
explicaria a possibilidade, por exemplo, de um satélite
geoestacionário sobre uma terra parada não cair nela por força de sua
atração.

Os modelos são geometricamente equivalentes, mas para o modelo
geocêntrico temos que admitir corpos girando em torno da terra em
velocidades imensamente maiores que a da luz.

[]s
Ronaldo




SUBJECT: Re: [ciencialist] A TGBD e o prblema do Jocax
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 02/10/2000 14:23



Claudio Abreu wrote:
> >Essa critica ACIDA E CRUEL e para tentar salva-lo do manicomio
> >se eu nao conseguir nos encontraremos LA e conversaremos a respeito.
> >

>... Quanto ao manicomio,
> poderemos nos encontrar lá sim....


Ok, Claudio
la conversaremos. :-)
Abracos
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fraude na Astronomia!!!
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 02/10/2000 16:06



"Ronaldo Cordeiro [MG]" wrote:
>
> --- In ciencialist@egroups.com, João Mário Miranda <jmiranda@e...>
> wrote:
> >
> >
> > "Ronaldo Cordeiro [MG]" wrote:
> >
> > > http://www.biblicalastronomer.org/
> > > (usando o Princípio de Mach para provar equivalência entre o
> modelo
> > > geocêntrico e o heliocêntrico)
> >
> > Não sei qual é o modelo de Mach, mas o modelo heliocentrico é
> > de facto equivalente ao modelo geocentrico.
> >
> > João
> > http://www.nonio.com
>
> Alô João,
>
> O princípio de Mach levaria em conta todos os corpos do universo,
> mesmo os mais distantes, atuando gravitacionalmente sobre a terra.
> Essa interação de toda a massa do universo girando em torno da terra
> explicaria a possibilidade, por exemplo, de um satélite
> geoestacionário sobre uma terra parada não cair nela por força de sua
> atração.
>
> Os modelos são geometricamente equivalentes, mas para o modelo
> geocêntrico temos que admitir corpos girando em torno da terra em
> velocidades imensamente maiores que a da luz.

Mas de facto esses corpos têm uma velocidade superior à da luz
em relação a um referencial fixo na superficie da Terra. Qual
é o problema? O geocentrismo e o heliocentrismo são teorias
geometrica, não são teorias físicas.

Voce não precisa da atracção do resto do universo para
explicar as orbitas geoestacionárias. Elas se justificam
pelas leis de Newton. É uma simples mudança de variáveis.

João
http://www.nonio.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] os extraterrestres tem sexo e inteligencia??
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 02/10/2000 16:50

On Mon, 2 Oct 2000, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> > nao eh nisso q. estou interessado... mas na implicacao q. isso tem
> > para a
> > falta de obrigatoriedade da inteligencia do tipo humano vir
> > acompanhado de
> > emocao do tipo humano.
>
>
> Talvez eu nao esteja entendendo a que vc se refere
> com a expressao"inteligencia do tipo humano".
> Eu estava tratando inteligencia como as varias formas possiveis
> do cerebro ( ou outro orgao ) de lidar com situacoes complexas
> e resolver problemas,

inteligencia do tipo humano eh uma capacidade maior de abstracao -- eh um
tto arbitrario, mas eh justamente pra nao considerarmos inteligencia de
caes, chimpanzes, golfinhos, camaroes, etc. como do tipo humano. nao ha'
nenhum corte claro entre uma coisa e outra -- eh mais em funcao de grau
do q. de qualidade. mas eh esse grau q. permitiria o ser humano construir
radiotelescopios em busca de outras civilizacoes capazes do mesmo feito.

mas embora entre os organismos terrestres nao haja aparentemente um hiato
intransponivel, nao quero fazer muitas suposicoes aprioristicas sobre os
modelos de funcionamento para outras formas de vida q. nao as terrestres.
entao nao trabalho aqui nem mesmo com a suposicao de q. tenha uma base
neural a capacidade de raciocinio -- poderia ser ateh um tipo de
processamto optico (uma rede de quase-cristais silicosos funcionando como
fibras opticas, por exemplo).

a importancia da cogitacao de uma i.a. desprovida de emocao eh q. ela abre
a possibilidade de uma forma de vida evoluir biologicamente para algo
parecido -- bastando para isso condicoes ambientais propicias.

[poderiamos ateh considerar uma i.a. como uma materializacao de um meme --
o conceito de i.a. -- tendo a manipulacao humana como ambiente propicio
para o seu desenvolvimento... mas suponho q vc teria objecoes a esse
ponto de vista]

> Para seres artificiais isso eh possivel. Para seres evoluidos
> darwinianamente
> nao creio pelas razoes que expus, resumindo :
> Um raciocinio

creio q. ficou truncada a resposta.

> Aih eu nao concordo, veja do Michaellis :
>
> sensação
> s. f. Psicol. 1. Fato elementar de consciência provocado pela
> modificação de um sentido externo ou interno. 2. Função ou ação dos
> sentidos. 3. Percepção pelos sentidos. 4. Impressão transmitida por um
> nervo aferente ao sensório comum. 5. Impressão física recebida pelos
> sentidos, como dor, calor, frio etc. 6. Condição mental ou emocional
> produzida pela impressão de um órgão do sentido, como apreensão,
> angústia, prazer etc. 7. Grande impressão ou surpresa devida a sucesso
> extraordinário; emoção.

ha' um problema muito serio no uso de dicionarios como base de
argumentacoes especializadas. embora em sua confeccao haja consulta de
especialistas, ela eh voltada principalmente para o vernacular, isso acaba
introduzindo imprecisoes. p.e.:

"7 Biol Processo pelo qual, atraves de uma serie de alteracoes gradativas,
a partir de um estado rudimentar, todo organismo vivo ou grupo de
organismos adquiriu os caracteres morfologicos ou fisiologicos que o
distinguem. 8 Biol Fato ou doutrina da descendencia de todos os seres
vivos de umas poucas formas simples de vida ou de uma so' forma."

assim define o Michaelis a evolucao biologica... ele eh impreciso e
erroneo mesmo. por '7' entende-se q. a evolucao eh um processo q. continua
ainda ou ja' cessou, tendo ocorrido apenas no passado, como da' a entender
o tempo preterito dos verbos? o grupo dos avestruzes desenvolveu sua asa a
partir de uma estrutura rudimentar do ancestral? e o olho do bagre-cego
passou por um estado ainda mais rudimentar? o desenvolvimento dos planos
corporais dos metaterios foram gradativos? e a explosao do cambriano?

'8' mistura fato com teoria. existe o fato da evolucao, q. eh a
descendencia com modificacao. e existe a teoria ou as teorias q. explicam
como se deu o fato da evolucao: se por mudancas graduais ou abruptas, se
por pressoes seletivas ou por neutralismo...

imagine um biologo tentando convencer um matematico q. a maioria dos
processos fisiologicos nao envolvem algoritmos ja' q. a definicao do
Michaelis para o termo eh:

"al.go.rit.mo sm (ar. al-Huwarizmi)
1 Sistema de notacao aritmetica com algarismos arabicos. 2 Operacao ou
processo de calculo. 3 Forma de geracao dos numeros. 4 Sistema particular
de notacao: Algoritmo de calculo diferencial."

mesmo um dicionario de ciencias comete erros serios sobre alguns termos.
cuidado portanto com o uso de dicionarios.

veja q. a palavra emocao soh aparece em '7' -- em um contexto cujo
significado nao eh aquele ao q. estamos utilizando. em '6' aparece a
expressao emocional e confere 'a palavra o significado q. vc quer dar --
q. eh um uso leigo bastante comum. porem o sentido mais tecnico
restringe-se a algo parecido aos itens de 1 a 5.

e novamente, o fato da palavra apresentar um campo semantico amplo, nao
significa q. suas diversas acepcoes sejam equivalentes. lembra-se da
discussao sobre justificar e explicar?

em outras palavras, a acepcao '6' nao eh o mesmo q. a acepcao 1,2,3,4 ou 5
da palavra -- tto assim o eh q. sao apresentados em itens separados. o
fato de tais acepcoes serem expressas com a mesma forma nao significa q.
sejam iguais -- embora haja uma certa ligacao (jah q. se encontram num
mesmo verbete).

outra vez dei um exemplo com a palavra roque-roque q. tto poderia ser o
ato de roer qto o nome de um peixe. as acepcoes claramente nao sao
sinonimas entre si. veja, por exemplo, os verbetes energia e forca pra ver
se vc concordaria com o uso de todas as acepcoes apresentadas em uma
discussao sobre fisica, inda mais implicando q. as acepcoes sao sinonimas
entre si? [por causa disso q. da outra vez eu disse q. era uma
argumentacao infantil. embora confesse q. jah lancei mao disso certa
vez...]

> > poderia haver sim... tudo depende do ambiente. bacterias e plantas nao
> > apresentam emocao e conseguem perpetuar seus genes. para o hipotetico
> > predador as emocoes foram de todo desnecessarias.
>
> Bacterias e plantas tambem nao apresentam raciocinio, e portanto nao
> servem
> como um contra-exemplo refutatorio.
> Mas teu exemplo pode ser, na verdade, uma forma de ver de onde vem esta
> emocao.
> Quando o ser vivo nao apresenta um sistema nervoso capaz de dirigir suas
> acoes
> podemos dizer que nao ha emocao. No caso de o ser vivo ser dirigido
> por um orgao central ( cerebro ) que coordena suas acoes no sentido de
> sua sobrevivencia, podemos dizer que estes mecanismos cerebrais sejam
> seus instintos-emotivos para esta sobrevivencia.

independentemente do raciocinio, a questao eh q. a emocao nao eh uma
questao critica para a sobrevivencia de um organismo dependendo de seu
ambiente. quer dizer, existem meios q. poderiam garantir a sobrevivencia
do organismo eqto nao surge a inteligencia (estou propositadamente usando
uma imagem direcional da evolucao). a sua visao era q. a emocao era uma
etapa necessaria para o sugimento do raciocinio (de novo simplificando
nessa equivalencia do raciocinio e da inteligencia) posto q. ela garatiria
a sobrevivencia ateh o desenvolvimento de algo mais complexo --
funcionaria como uma especie de solucao provisoria.

mesmo q. ampliemos a questao da emotividade como qq tipo de funcionamento
de qq sistema de processamento interno de informacoes externas q. resultem
em acao do organismo em resposta a essas informacoes, isso nao implica em
emocoes especificas como o sao o amor, o odio, o ciume...

> O q eu quero dizer eh que para o organismo, dotado de um controle
> neurologico central, para sobreviver ele precisa de controles cerebrais
> que o impulsionem para sua sobrevivencia. Estes controles instintivos
> ( algoritmos cerebrais ) sao chamados de emocoes pois geram vontade
> ( impulso aa acao ). Apos estes algoritmos basicos estarem instalados
> , eh possivel que um raciocinio mais abstrato seja, concomitantemente,
> evoluido. Este raciocinio deveria vir como um apendice de auxilio
> na estrategia de sobrevivencia do organismo.

esses controles 'instintivos' nao sao chamados de emocoes -- esses
controles vc quer chamar de emocoes... seria uma definicao estranha, jah
q. o processo de piscar o olho q. fazemos sem perceber a maior parte do
tempo tbm seria emocao, idem para a secrecao de melatonina, de hormonios
hipofisiarios... prefiro a definicao de antonio damasio: a emocao eh uma
percepcao (e portanto consciente) de estados do corpo (gerado pelas
sensacoes). eh mais operacional.

> > nao. como a emocao eh a percepcao consciente das sensacoes, por
> > definicao,
> > nao se pode ter uma emocao sem estar ciente dela. e preciso sentir o
> > egoismo para se ter a sensacao do egoismo (eh um truismo, sim). ou uma
> > planta pode amar sem saber?
>
> Nao concordo. Onde vc pegou esta definicao de emocao?

do livro 'o erro de descartes' de damasio.

> > o predador nao necessariamente tem neuronios --
>
> Me mostre um PREDADOR sem neuronios.

as plantas carnivoras. e tem ha' fungos q. se alimentam de nematoides
vivos -- eles os prendem em suas hifas.

> Lembre-se das CONDICOES que eu disse sobre a universalidade
> dos sentimentos do tipo humano :
> SOCIEDADE+INTELIGENTE+SEXUADA.
> Quanto mais os Seres vivos q nao se enquadram nesta categoria mais
> proximos dos sentimentos humanos eles terao.O inverso eh verdadeiro
> Quanto menos se enquadram menos sentimentos terao:
> Uma mosca nao deve ter egoismo mas deve ter medo, nao deve ter inveja
> mas deve ter desejo.

estou mostrando a desconexao entre condicoes de sobrevivencia e emocao. vc
sustentava a necessidade de emocao como garantia de sobrevivencia ateh um
estagio de complexidade em q. a inteligencia pudesse emergir.

> > esse bicho eh aquele predador... percebe como a memoria eh um item
> > importante para o raciocinio? vc nao esta' conseguindo abstrair q. a
> > emocao nao precisa vir necessariamente junto com o raciocinio, mesmo
> > em um
> > organismo biologico... quer dizer, talvez ateh precise, mas
> > precisariamos
> > poder fazer uma analise comparativa pra detectarmos isso.
>
> Eu nao disse q a emocao precisa vir junto com o raciocinio eu
> disse que o raciocinio nao pode vir sem ter a emocao junto.

eh exatamente o q. o hipotetico predador-cacador mostra, q. pode haver
raciocinio sem emocao.

vc deve saber, mas 'a emocao precisa vir junto com o raciocinio' significa
exatamente o mesmo q. 'o raciocinio nao pode vir sem ter a emocao
junto'...

> Olha as condicoes da mensagem original :
>
> Toda forma viva sexuada que evolui para uma *sociedade inteligente* deve
> apresentar TODAS as caracteristicas instintivas que qualquer
> outra sociedade inteligente tambem apresenta : - Amor, Odio, Inveja,
> Compaixao, Ciumes, Desejo etc..
>
> Ou seja os fatores sexual, sociedade e inteligencia sao mandatorios.

oras, o seu organismo desenvolveu inteligencia sem as demais emocoes... da
mesma forma q. o predador, a sociedade poderia ter se desenvolvido em
condicoes diferentes, o mesmo se dando com o sexo... um exemplo: a
sociedade ter emergido em funcao da inteligencia e nao o oposto; o sexo
nao agindo como pivo central da emergencia da sociedade...

> Sua definicao de emocao como ato consciente das sensacoes eu
> tambem nao concordo.
> mas eu poderia melhorar a definicao : Sinais externos vindos dos
> orgaos do sentido OU internos provenientes da memoria que geram
> estimulos no sentido de impulsionar o organismo aa uma acao.

um ataque epiletico... ou um reflexo... sao emocoes? ao retirar a perna de
uma superficie quente antes mesmo de sentir conscientemente a dor eh uma
emocao? secretar hormonios nao eh uma acao? tem q. ser acao muscular?
entao um paciente consciente, mas com anestesia peridural nao tem emocao?
se se injetar curare em alguem de forma q. se paralise os musculos, mas
nao o funcionamento do sistema nervoso, ele nao estara' mais sujeito a
emocao?

a sua definicao no entanto confere emocao a uma bacteria q. responde a um
estimulo externo e/ou interno q. impulsiona o organismo a uma acao motora
-- a menos q. apliquemos uma definicao mais restrita de orgaos como
estrutura organizada de tecidos.

ela se aplica mais ao conceito de comportamento.

a emocao como percepcao consciente (e nao ato) das sensacoes nao eh
minha, mas do neurologista antonio damasio. (eu nao vou assumir o risco de
inventar definicoes em uma area ao qual nao tenho conhecimentos minimos
necessarios pra uma opiniao embasada. na verdade ja' assumo um risco uma
vez q. a definicao se aplica ao q. ele chama de 'feeling' -- mas como
estava-se falando de 'amor, odio, inveja, compaixao' e congeneres --
lancei mao da aproximacao desses 'sentimentos'.)

> > por q. ele teria q. ter uma emocao associada para perceber o prejuizo?
>
> Vamos analisar esta questao especifica, que eh o ponto CHAVE
> de nossa discussao.
> Primeiro podemos verificar que uma emocao do tipo egoista resolveria
> o problema: NAO gosto que peguem a carne que eu cassei.
> E qqr animal que venha roubar a presa eh agredido.
> Uma emocao egoista eh um processamento relativamente simples :
> QQr animal ( nao filhos ) que venha pegar o q eu cassei deve ser
> agredido.
> Agora para termos um raciocinio abstrato que desencadeie a mesma acao
> o animal teria que ter primeiro algum OBJETIVO abstrato do tipo :
> Preciso acumular alimento. Depois ele precisaria ter o conceito de
> prejuizo : quando o montante diminui eh prejuizo. Depois ele precisa
> verificar qual acao ele deveria tomar para evitar o prejuizo e decidir
> qual adotar :atacar o animal q tenta roubar.
> Note q estas acoes sao mais complexas do que uma acao instintiva
> do tipo egoismo. E por isso , evolutivamente, devem aparecer primeiro.
> Claro que depois estas acoes + racionais tambem sao desenvolvidas
> mas a acao instintiva eh mais simples em termos de processamento.

vamos assumir a sua descricao simplista da emocao e do raciocinio.

se os outros organismo com os quais ele competiria tbm nao apresentam
emocao, o fato dele nao ter emocao nao lhe sera' uma desvantagem.

existe um mecanismo mais direto q. leva o organismo a procurar alimento --
inicialmente nem passa por um processamento consciente. nao ha' q. pensar
se ele gosta ou nao de q. peguem a carne q. ele cacou. 'se eu gosto ou nao
de q. peguem a carne q. cacei? o q. eh gostar?'. ele eh um automato e tao
somente isso no primeiro momento.

o q. existiu foi um processo q. levou ao desenvolvimento nessa especie
imaginaria de mecanismos de abstracao. ele nao foi selecionado em um
ambiente em q. houvesse pressao para estrategias de evitacao de prejuizo.
a possibilidade de prejuizo soh ocorreu em uma etapa posterior. eles jah
tinham um raciocinio abstrato, qdo foram confrontados com o prejuizo. da
mesma forma q. o ser humano nao precisou em nenhum momento anterior de qq
nocao sobre volumes n-dimensionais, mas dada a existencia da capacidade de
abstracao foi capaz de concebej-la matematicamente.

tais predadores soh foram se deparar com possibilidades de prejuizo qdo
houve um adensamento local da populacao, qdo formaram associacoes de caca.
mas eles soh formaram as associacoes em funcao de uma deliberacao
racional.

a questao aqui eh puramente historica, basicamente acidental. nao eh o
pElo uma estrutura muito mais simples e economica do q. a pena? por q.
entao as aves tEm penas e nao pElos? simplesmente porq. a arvore de
eventos q. originou as aves nao calhou de levar aos pElos -- por questoes
casuais de inicio e posteriormente por questoes de estruturacao
(genetico-ambiental) do organismo.

> > por q. ele precisaria ter contato grupal?
> >
> > em q. etapa do cenario em q. criei o desenvolvimento do raciocinio
> > seria
> > estancado?
>
> Em principio nunca. Mas aih surgiu-me um novo insight :
> Toda especie que *concorre* com outras em que algumas evoluem para
> agrupamentos sociais, entao, as que *nao* evoluirem para sociedades
> estarao fadadas aa extincao.
> E isto seria o fator limitante do desenvolvimento do raciocinio nao
> grupal.

mesmo q. seja. calhou de nao haver nenhum concorrente social
anteriormente. assim nao foram fadados 'a extincao ateh desenvolverem o
raciocinio e aih sim optarem pela associacao.

de qq forma o q. vc afirma eh q. os q. concorrem com especies sociais em
um nicho social e nao apresentam organizacao social estao fadados a serem
excluidos desse nicho... isso nao me parece um vislumbre muito original.

veja porq. -- existem especies de abelhas q. nao formam associacoes e q.
coexistem com especies aparentadas sociais. aih vc dira', significa q. nao
estao concorrendo. entao acabamos estabelecendo q. se existe eh porq. nao
concorre. e como nao concorre, entao isso explica porq. nao foi extinto
pela especie social... epa! isso eh circularidade. entao como evitar isso?
bem, analisando a concorrencia de outro modo. como? em funcao do nicho --
se os nichos se sobrepoem ha' concorrencia nessa faixa de sobreposicao
(uma vez detectada a limitacao do recurso nessa parte do nicho). mas as
especies sao aparentas. e daih? daih q. as diferencas estao sendo ditadas
exatamente em funcao da presenca ou nao de associacao. dito desse modo
generico, os nichos sociais sao os q. serao ocupados em funcao da vida em
sociedade ou grupamentos equivalentes. isso reduz o vislumbre 'aquela
forma auto-evidente acima...

> > eles nao precisam de sentimentos de grupo, apenas perceber a
> > conveniencia
> > da associacao. eles desenvolveram a capacidade de gerar padroes para
> > prever onde encontrariam a presa. com essa capacidade eles perceberam
> > o
> > padrao da caca cooperativa -- da' menos trabalho e mais recompensa.
> > uma
> > simples relacao de custo/beneficio.
>
> Note que esta cooperacao inicial eh o inicio de uma sociedade.

claro. isso nao traz prejuizo algum ao exercicio imaginativo. na verdade
eu jah estava pensando nessa cooperacao como a propria sociedade jah
plenamente desenvolvida. o q. interessa aqui eh a possibilidade de nessa
especie imaginaria a sociedade ser fruto de uma deliberacao. i.e. o
raciocinio preceder a sociedade.

> > vc acha q. francisco rossi apoiou maluf para governador no segundo
> > turno
> > por questoes afetivas?
>
> Mas aih ja estamos tratando de seres inteligentes o bastante;
> nao se enquadra no caso em estudo.

tudo bem. soh estava explicitando a possibilidade de desvinculacao do
raciocinio de questoes exclusivamente afetivas. se o raciocinio eh
possivel sem a intervencao da emocao, significa agem estruturas
funcionalmente independentes. se assim for, podem a principio surgir de
modo desvinculado.

bem, claro q. usar exemplo humano neste caso nao eh uma boa, jah q. nos
humanos ha' interacoes entre razao e emocao...

> Mesmo assim : na medida q eles se juntam eles formam um grupo
> social com novos problemas.
> Eu diria mais (uma nova tese) : Nemhum ser vivo que tenha capacidade de
> planejamento para entender que uma sociedade eh mais vantajosa
> sobreviveu SEM ANTES ter se aglutinado em uma sociedade.
> Ou seja: Uma sociedade eh sempre formada *antes* q estes seres tenham
> capacidade de raciocinio para perceber q este convivio eh melhor que
> a vida solitaria.

vc acha entao q. para eu perceber q. uma estrela eh quente eu preciso ir
ateh uma delas? q. pra imaginar o atomo eu preciso vej-lo? nao. eh aih q.
entra a abstracao, criam-se modelos e fazem-se previsoes. no caso dessa
especie imaginaria a formacao da sociedade foi o teste de hipotese.

> Note q nao existe raciocinio sem que antes houvesse uma emocao
> para dirigi-lo.

porq. nao? eh isso q. vc precisa demonstrar...

> Mas plantas nao tem neuronios q fazem processamento rapido de sinais.

e daih? quem disse q. o predador hipotetico tem neuronios? ele tem um meio
para o processamento soh isso. as plantas tem os seus proprios meios de
processamento.

> Eu nao acredito que este cenario seja possivel.
> A solucao + simples para o processamento de sinais visando a
> sobrevivencia eh dado pelos instintos-emotivos.
> Estes processamentos sao formas primitivas de inteligencia.
> SOH a partir daih eh possivel ao ser vivo sofisticar formas
> masis complexas de raciocinio.

o q. vc precisaria eh demonstrar q. esse cenario nao seja possivel. a
solucao mais simples para o processamento de sinais visando a
sobrevivencia nao eh dada pelos instintos e emocao. a forma mais simples
eh a resposta direta. e alem disso, como vc concordou nem sempre o mais
simples eh o mais provavel... alias, vc redefiniu o mais simples como o
mais provavel, mas em evolucao o mais provavel depende do ambiente.

novamente chamo a atencao do caso dos pElos e das penas. os pElos sao mais
simples estruturalmente do q. as penas. no entando as aves apresentam
penas e nao pElos.

alem disso nem sempre o mais provavel eh o q. acontece de fato. podemos
esperar q. o mais provavel aconteca se for muito, mas muito mais provavel.
e mesmo assim existem flutuacoes 'aleatorias' q. determinam o resto do
desenvolvimento da especie. lembre-se daquela arvore de eventos, ao sair
'1' na primeira rodada, toda a serie dos 20 mil nao foi mais possivel,
ainda q. a priori fosse mais provavel.

maior probabilidade (salvo os 100%) nao eh sinonimo de ocorrencia. ainda
q. admitamos a maior probabilidade do surgimento da emocao em relacao ao
da inteligencia, poderia nos garantir q. em um grande numero de sistemas
biologicos a ocorrencia da emocao sera' maior do q. a da inteligencia --
mas nao nos garante q. nao haja excessoes. e garantira' menos ainda q. as
emocoes humanas estarao presentes.





SUBJECT: Re: [ciencialist] os extraterrestres tem sexo e inteligencia??
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 02/10/2000 16:58

melhor eu parar por aqui q ja' ta' na casa dos 20 kB...

barcellos dej uma consultada em:

http://astrobiology.arc.nasa.gov/

[claro q. os astronomos tampouco entendem muito de biologia -- falando de
modo geral -- mas lah vc pode obter mais informacoes sobre o tema.]

[]s,

roberto takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] governos
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 02/10/2000 17:02

On Mon, 2 Oct 2000, João Mário Miranda wrote:
> A organização politica nem sequer precisa de se basear na
> geografia. Algumas nações têm os seus habitantes espalhados

tem razao. se pensarmos nas religioes sob o aspecto politico teremos um
quadro ainda mais claro.

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Biologia.
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 02/10/2000 17:35

On Mon, 2 Oct 2000, Jairo Santos Vieira wrote:

> Takata, esta circulando a algum tempo na midia uma estoria de que no
> casamento entre gays pode haver o nascimento de um bebe devido as celulas

eh, eu ouvi isso tbm... em tese seria possivel, mas ha' uma questao q.
precisa ser levada em conta q. eh o 'imprinting genomico' -- dependendo do
sexo do genitor do qual eh herdado um dado gene fica ativado ou desativado
no embriao. se os genitores sao do mesmo sexo isso fica bastante confuso.

ha' um exemplo bem ilustrativo desse processo. no embriao existem genes q.
promovem o crescimento dos tecidos da placenta q. se ligam ao sistema
circulatorio da mae retirando daih os elementos para o seu crescimento.
existem tbm no embriao, genes responsaveis pelos recepctores de hormonios
do crescimento. bem, os genes de formacao da placenta q. sao herdados do
pai estao ativos (os da mae estao inativos), e os genes do horm. do
crescimento herdados da mae estao inativos (e os do pai ativos). os genes
do pai faz com q. o embriao se desenvolva dentro da mae retirando dela os
recursos para o seu desenvolvimento. os genes da mae fazem com q. o
embriao se desenvolva menos, nao retirando assim ttos recursos dela.

o embriao q. cresca bem, mesmo em detrimento da mae, serah' mais capaz de
preservar os genes paternos. caso a mae fique comprometida com esse
desenvolvimento maior do embriao, o pai pode procurar outra parceira.

o embriao q. cresca menos, nao retirara' ttos recursos da mae, q. podera'
gerar outros embrioes e assim perpetua seus genes.

em funcao dessas vantagens para cada sexo, essas estrategias de marcacao
dos genes fixaram-se na especie. atingindo um meio termo.

um embriao formado de genes de um casal biologicamente masculino nao
apresentara' inibicao de suas caracteristicas de exploracao da gestante
(ou do gestante se for se realizar implante em um dos parceiros) --
podendo ser uma gravidez de altissimo risco.

jah um embriao formado de genes de um casal biologicamente feminino
tendera' a se desenvolver pouco, diminuindo a sua viabilidade.

seria preciso vencer esse problema.

> A pergunta eh: O percentual de criancas do sexo masculino seria
> maior que o normal por haverem somente celulas tipo xy e xy ou em alguns
> casos xy e yy?

ao q. eu saiba os yy sao inviaveis... eh preciso haver pelo menos um x. se
fosse deixado apenas ao acaso haveria de qq maneira uma desproporcao entre
machos e femeas, 2:1. porem, creio q. haveria a possibilidade de escolha
do sexo do embriao pelos pais -- q. pode equilibrar ou desproporcionar
mais ainda dependendo da preferencia pelo sexo da prole.

no caso de fusao de nucleos de gametas de homossexuais femininos soh
haveria possibilidades de embrioes femeas -- a menos q. se importasse um y
isoladamente.

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: Fraude na Astronomia!!!
FROM: "Ronaldo Cordeiro [MG]" <rcordeiro@writeme.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 02/10/2000 18:10

--- In ciencialist@egroups.com, João Mário Miranda <jmiranda@e...>
wrote:

> > > Não sei qual é o modelo de Mach, mas o modelo heliocentrico é
> > > de facto equivalente ao modelo geocentrico.
> > >
> > Alô João,
> >
> > O princípio de Mach levaria em conta todos os corpos do universo,
> > mesmo os mais distantes, atuando gravitacionalmente sobre a terra.
> > Essa interação de toda a massa do universo girando em torno da
terra
> > explicaria a possibilidade, por exemplo, de um satélite
> > geoestacionário sobre uma terra parada não cair nela por força de
sua
> > atração.

> Voce não precisa da atracção do resto do universo para
> explicar as orbitas geoestacionárias. Elas se justificam
> pelas leis de Newton. É uma simples mudança de variáveis.
>

Para adotarmos o modelo geocêntrico proposto por nossos ilustres
coleguinhas, teríamos que admitir a terra parada (ou seja, sem girar
em torno de seu eixo), e o universo é que giraria em torno dela
durante o período de um dia. No modelo em que a terra gira em torno de
seu eixo, o satélite geoestacionário acompanha esse movimento, e
portanto tem uma componente centrífuga equilibrando a atração da
gravidade. No modelo geocêntrico, o satélite está parado sobre uma
terra parada, portanto a única força atuando sobre ele seria a atração
gravitacional, e portanto deveria cair. É aí que os geocêntricos
entram com o princípio de Mach.

[]s
Ronaldo



SUBJECT: En: [ciencialist] Biologia.
FROM: "Sheila" <hcaprini@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 02/10/2000 18:25

-----Mensagem original-----
De: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>

>um embriao formado de genes de um casal biologicamente masculino nao
apresentara' inibicao de suas caracteristicas de exploracao da gestante
(ou do gestante se for se realizar implante em um dos parceiros) --
podendo ser uma gravidez de altissimo risco.

quais as razoes dessa gravidez ser de altissimo risco?

como poderia um dos parceiros proceder a gestao do embriao?

[]'s

Sheila.





SUBJECT: En: [ciencialist] A TGBD e o Voto
FROM: "Claudio Abreu Bidual" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 02/10/2000 18:53



Prezado Takata,

Você sempre tentanto encontrar suas, digamos, ramificações e diversidades... O seu mal é que você sempre se perde nas suas complexidades. Quando estamos na sua área, a biologia, fica mais fácil para você.. Mas nesse assunto de voto, onde todos entendemos um pouco, sinto dizer que você não vai conseguir fazer isso.. Senão vejamos.

Como eu já disse anteriormente o Bidual do Voto é:
1. Votos válidos. 2. Votos nulos
3. Votos em branco. 4 Abstenção ou não votar

Repare que o Terno é formado por aquelas situações em que os eleitores votaram: o Dual interno é formado por aqueles que votaram mesmo, de maneira válida ou invalída (note que o votio nulo é uma manifestação de voto, em repúdio aos candidatos, ao proceso eletoral, ao governo ou sei lá o que...), enquanto que o Terceiro Uno é o voto em branco, onde os eleitores, comparecerem à votação, recebem o comprovante de que votaram, mas "lavam suas mãos", e, na verdade, não votam em ninguém.

O Quarto Uno corresponde à situação dos que não votaram mesmo, ou seja, dos que não compareceram na seção eleitoral. Pela TGBD, o Quarto deve se decompor no Anti-Terno, que neste caso seria:

1. Eleitor que podia votar e que não votou porque não quis (abstensão propriamente dita)
2. Eleitor que não votou porque, por qualquer motivo, não pode votar (por estar viajando, porque chegou atrasado, por que estava sem documentos, etc...)
3. Não eleitores (quem não tem título de eleitor)


>Takata:
>por q. nao:
>1) Marta 2) maluf 3) Alckmin 4) Tuma 5) Erundina e assim por diante?

Takata, você aqui está entrando numa subdivisão do primeiro Uno, ou 1.Votos Válidos, e assim, descendo mais um nível, na direção micro.. Ora, você poderá fazer uma classificação bastante usual na nossa imprensa:

1. Votar em candidatos da Direita (digamos, Maluf, Tuma em Sampa e Conde Cesar Maia e candidato do PPB (Alvaro Ramos?) no Rio)
2. Votar em candidatos da Esquerda (Marta Suplici e Erundina em Sampa, e Benedita, Sirkis (PV) no Rio)
3. Votar em candidatos do centro ( Alckimn (é isso?) em Sampa, e César Coelho, no Rio)

Seria ainda possível subdividir mais ainda os Votos Válidos, decompondo a direita, o centro e a esquerda novas subdivisões de um nível ainda menor (digamos no caso da direita: direita da direita, direita de centro e esquerda da direita), dependendo do conteúdo ideológico dos partidos e seus candidatos. Vou deixar isto para você, que adora uma diversidade...

Vejamos agora como poderiamos subdividir o Segundo Uno, o dos Votos Nulos, (que no segundo nível seria o Quarto Uno das três possibilidades de 1.Votos Válidos), que seria dado pelo Anti-Terno:

1. Voto nulo não intencional por ignorância (o eleitor não sabia operar a máquina de votação, e apertou o botão Confirmar, e assim o voto foi anulado)

2. Voto nulo não intencional por descuido (o eleitor sabia operar a máquina de votação, e mas apertou, sem querer, o botão Confirmar, e assim o voto foi anulado)

3. Voto nulo intencional (o eleitor votou nulo porque queria votar nulo mesmo, e seu voto foi anulado).

Repare que esta mesma classificação poderia ser feita para os Votos em Branco:

1. Voto em branco não intencional por ignorância (o eleitor não sabia operar a máquina de votação, e apertou o botão Confirmar, e assim o voto foi anulado)

2. Voto em branco não intencional por descuido (o eleitor sabia operar a máquina de votação, e mas apertou, sem querer, o botão Confirmar, e assim o voto foi anulado)

3. Voto em branco intencional (o eleitor votou nulo porque queria votar nulo mesmo, e seu voto foi anulado).

Seria possível também aplicar esta subdivisão para os Votos Válidos, ao invés de subvidí-lo em votos na direira, no centro e na esquerda.

O que eu quero que você entenda é como se dá a aplicação da estrutura da TGBD em diversos níveis. No primeiro nível, convenhamos, ela é inquestionável, mesmo porque, no caso brasileiro, a própia lei necessita da sua definição de quantos foram os votos válidos para determinar qual foi o vencedor, ou se haverá ou não segundo turno, se for o caso.

Aqcredito que no caso da Biologia, caso você tivesse um pouco mais de boa vontade com a TGBD, você iria, com certeza, sempre poder dividir as diversas alternativas que você sempre aponta, dentro de uma estrutura bidual. Da minha experiência com a TGBD, vefirico que sempre que estou tratando de objetos de análise essenciais (um tetraedro ou um vetor, por exemplo) ela sempre se apresenta líquida e certa, e inquestionável). Na Biologia, por exemplo, a meiose é um caso destes essencias, bem como DNA, conforme irei escrever a respeito (talvez hoje a noite). É certo que quando a gente vai partindo para estruturas mais complexas e não essenciais, o enquadramento da TGBD também poderá ficar mais complexo. Contudo, caso você consiga identificar bem quais são as suas variáveis fundamentais e de interesse, a TGBD sempre se aplicará. É certo que também poderão surgir exceções, mas em geral estas decorrem de um mal enquadramento da questão, em análise.

No mais, um grande abraço.
Claudio Abreu


----- Original Message -----
From: Roberto Mitsuo Takata
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Monday, October 02, 2000 12:19 PM
Subject: Re: [ciencialist] A TGBD e o Voto


On Sun, 1 Oct 2000, Claudio Abreu wrote:
> 1. Votos válidos. 2. Votos nulos
> 3. Votos em branco . Abstenção ou não votar

por q. nao:

1) Marta 2) maluf 3) Alckmin 4) Tuma 5) Erundina e assim por diante?

ou

1) Conde 2) Maia 3) Benedita etc?

entre os votos validos estao os situacionistas e os oposicionistas...
porq. nao juntar nulos e brancos tbm? afinal embora ideologicamente
diferentes (como os situacionistas e os oposicionistas) o efeito geral eh
o mesmo...

na abstencao tem a justificada, a originada por atraso, a opcao -- voto
facultativo ou pagamento de multa...

[]s,

roberto takata


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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: En: [ciencialist] Biologia.
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 02/10/2000 19:03

On Mon, 2 Oct 2000, Sheila wrote:
> quais as razoes dessa gravidez ser de altissimo risco?

o embriao crescera' com extrema velocidade e intensidade, os tecidos da
placenta serao bastante invasivos. a gestante devera' sofrer de
desnutricao aguda, anemia -- jah q. o embriao estara' captando todos os
nutrientas da corrente sanguinea da mae. ele devera' se desenvolver muito
mais do q. o normal, pressionando os demais orgaos da cavidade abdominal
da gestante -- e todas as outras complicacoes q. um feto grande traz. eh
quase como se fora um cancer se desenvolvendo no utero.

> como poderia um dos parceiros proceder a gestao do embriao?

ao q. parece existem casos raros de implantacao extra-uterina -- a tuba
uterina (trompa de falopio) eh aberta para a cavidade abdominal e capta o
ovocito q. irrompe do ovario. normalmente o ovocito II entra pela tuba e
no meio do caminho eh fertilizado por um espermatozoide e segue ateh o
utero onde o embriao se implanta. raras vezes o ovocito pode cair na
cavidade abdominal e lah ser fertilizado pelos espermatozoides q. seguem
via a tuba. o embriao implanta-se em algum lugar e lah se desenvolve --
fora o utero. na maioria das vezes a gestacao nao deve ir pra frente, mas
algumas vezes parece q. isso pode seguir ateh o fim.

bem, em tese, um dos parceiros poderia gestar o embriao na cavidade
abdominal... mas, de novo, eh uma gestacao de risco. tem uma comedia
americana q. lidava com essa possibilidade.

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] A TGBD e Globalização
FROM: "Douglas" <douglas.jpn@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 02/10/2000 19:22

"Claudio Abreu" escreveu em 02 de Outubro de 2000:

> 1. Municípios 2. Estados
> 3. Países 4. Terra
>
> Ora, dirão muitos: é possível que pudéssemos ter evoluído >para uma outra estrutura política. Mas, aí pergunto eu: porque >isto não se deu?

Olá Claudio:

Será que vc esqueceu dos 5 continentes?
Será que a Terra é uma estrutura política?
Forçando a barra tudo dá certo, principalmente em crenças.

Abraços e aplausos pela sua imaginação e coragem,

Douglas A F Campos (SP)






SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fraude na Astronomia!!!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 02/10/2000 19:22


> "Ronaldo Cordeiro [MG]" wrote:
>
> > http://www.biblicalastronomer.org/
> > (usando o Princípio de Mach para provar equivalência entre o
modelo
> > geocêntrico e o heliocêntrico)
>
> Não sei qual é o modelo de Mach, mas o modelo heliocentrico é
> de facto equivalente ao modelo geocentrico.
>
> João
> http://www.nonio.com

###Alô João,

O princípio de Mach levaria em conta todos os corpos do universo,
mesmo os mais distantes, atuando gravitacionalmente sobre a terra.
Essa interação de toda a massa do universo girando em torno da terra
explicaria a possibilidade, por exemplo, de um satélite
geoestacionário sobre uma terra parada não cair nela por força de sua
atração.

Os modelos são geometricamente equivalentes, mas para o modelo
geocêntrico temos que admitir corpos girando em torno da terra em
velocidades imensamente maiores que a da luz.

[]s
Ronaldo###

Léo argumenta:

Gostaria de pinçar a seguinte parte: "Essa interação de toda a massa do
universo girando em torno da terra
explicaria a possibilidade, por exemplo, de um satélite geoestacionário
sobre uma terra parada não cair nela por força de sua
atração."

Isso contraria o 'teorema de Coulomb'. Imaginemos, por simplicidade, que
exista uma distribuição simétrica de massas de todos os corpos do universo,
ao redor da Terra. Para efeito de forças sobre um corpo acima da Terra só
interessa as massas que estão contidas na esfera entre ele e o centro da
Terra. As demais massas, por atraírem esse corpo em todos os sentidos,
teriam resultante nula.
O proposto é equivalente ao movimento de uma partícula caindo num túnel que
passa pelo centro da Terra. Equacionemos:
Quando a partícula encontra-se na distância 'r' do centro a força
gravitacional que age sobre ela é:
Fg = G.M'.m/r^2 , sendo M' a massa da esfera de raio 'r'. Se assumirmos a
Terra com distribuição uniforme de massa podemos escrever: M'/m = r^3/R^3,
de modo que a equação diferencial do movimento será:

m.dr^2/dt^2 = - G M.m.r/R^3,

que é a lei de força de restituição do tipo elástica, com constante de força
igual a GM/R^3 = g/R, o que dará para o quadrado da pulsação: w^2 = GM/R^3
= g/R , ou seja, com isenção do atrito do ar e com as condições de contorno
a partícula executará um MHS.

Com a Terra parada, com um furo diametral, é o que aconteceria com o tal
satélite. Aliás, teríamos um bom relógio 'geoestacionário', com período de
84,5 minutos!

[]'
Léo







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SUBJECT: Re: En: [ciencialist] A TGBD e o Voto
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 02/10/2000 19:44

On Mon, 2 Oct 2000, Claudio Abreu Bidual wrote:
> mas "lavam suas mãos", e, na verdade, não votam em ninguém.

o resultado final entre um voto branco e um nulo eh o mesmo... na contagem
dos votos entram na mesma categoria.

>
> O Quarto Uno corresponde à situação dos que não votaram mesmo, ou seja,
> dos que não compareceram na seção eleitoral. Pela TGBD, o Quarto deve se
> decompor no Anti-Terno, que neste caso seria:
>
> 1. Eleitor que podia votar e que não votou porque não quis (abstensão propriamente dita)
> 2. Eleitor que não votou porque, por qualquer motivo, não pode votar
> (por estar viajando, porque chegou atrasado, por que estava sem
> documentos, etc...)
> 3. Não eleitores (quem não tem título de eleitor)

as ramificacoes fazemos do modo como nos eh conveniente... entre os q.
podiam votar e nao votaram por vontade propria ha' os q. seriam obrigados
por lei a votar e nao o fizeram (e tEm q. responder a isso) e os q. lhe
sao facultado o voto... porq. isso tem q. ser imiscuido na mesma categoria
e os votos brancos e nulos devem vir separados?

nos dois casos o resultado final para a eleicao eh o mesmo...

simples conveniencia se juntamos ou separamos...

> Takata, você aqui está entrando numa subdivisão do primeiro Uno, ou
> 1.Votos Válidos, e assim, descendo mais um nível, na direção micro..
> Ora, você poderá fazer uma classificação bastante usual na nossa
> imprensa:
>
> 1. Votar em candidatos da Direita (digamos, Maluf, Tuma em Sampa e Conde
> Cesar Maia e candidato do PPB (Alvaro Ramos?) no Rio)
> 2. Votar em candidatos da Esquerda (Marta Suplici e Erundina em Sampa, e
> Benedita, Sirkis (PV) no Rio)
> 3. Votar em candidatos do centro ( Alckimn (é isso?) em Sampa, e César
> Coelho, no Rio)

Sirkis, esquerda? Alckmin, centro? ah! bela piada... Podemos fazer outras
classificacoes de correntes ideologico-partidarias:

- extrema-direita, direita, centro-direita, centro propriamente dito,
centro-esquerda, esquerda, extrema-direita.

ha' o ideologico-politico q. incluiria, por exemplo, o anarquismo.

nos EUA vc nao tem opcao de esquerda, eh direita (Republicanos) e
direita-moderada (Democratas)... o mesmo sistema bi-partidario vigora na
Inglaterra - os Trabalhadores e os Liberais.

> Vejamos agora como poderiamos subdividir o Segundo Uno, o dos Votos Nulos, (que no segundo nível seria o Quarto Uno das três possibilidades de 1.Votos Válidos), que seria dado pelo Anti-Terno:
>
> 1. Voto nulo não intencional por ignorância (o eleitor não sabia operar
> a máquina de votação, e apertou o botão Confirmar, e assim o voto foi
> anulado)
>
> 2. Voto nulo não intencional por descuido (o eleitor sabia operar a
> máquina de votação, e mas apertou, sem querer, o botão Confirmar, e
> assim o voto foi anulado)
>
> 3. Voto nulo intencional (o eleitor votou nulo porque queria votar nulo
> mesmo, e seu voto foi anulado).

ha' o voto nulo por falha tecnica -- o eleitor vota certinho, mas o
sistema registra de modo errado. o voto nulo (ou qq outra modalidade de
voto) por coacao -- a pessoa queria votar de um certo modo, mas por
pressao externa foi obrigado a votar de outro jeito.

e o sujeito q. sabe operar a maquina, errou e confirmou o voto querendo?
chamamos isso de voto nulo semi-intencional?

> Aqcredito que no caso da Biologia, caso você tivesse um pouco mais de
> boa vontade com a TGBD, você iria, com certeza, sempre poder dividir as
> diversas alternativas que você sempre aponta, dentro de uma estrutura
> bidual. Da minha experiência com a TGBD, vefirico que sempre que estou
> tratando de objetos de análise essenciais (um tetraedro ou um vetor, por
> exemplo) ela sempre se apresenta líquida e certa, e inquestionável). Na
> Biologia, por exemplo, a meiose é um caso destes essencias, bem como
> DNA, conforme irei escrever a respeito (talvez hoje a noite). É certo
> que quando a gente vai partindo para estruturas mais complexas e não
> essenciais, o enquadramento da TGBD também poderá ficar mais complexo.
> Contudo, caso você consiga identificar bem quais são as suas variáveis
> fundamentais e de interesse, a TGBD sempre se aplicará. É certo que
> também poderão surgir exceções, mas em geral estas decorrem de um mal
> enquadramento da questão, em análise.

eh claro q. se eu tivesse muita boa vontade em relacao 'a tgbd eu poderia
sempre dividir as questoes biologicas de acordo com o seu esquema... essa
eh a falha crucial da tgbd -- ela depende da boa vontade. uma lei como a
de newton nao depende tao figadalmente da boa vontade para ser verificada
como ocorrendo ou nao: ou F=ma ou nao... (claro, simplifiquei bastante o
processo).

como a tgbd explicaria a ocorrencia de alelos fixos em uma populacao? um
alelo cuja frequencia seja de 100%? e de dois alelos cuja relacao eh de
codominancia? eh diferente da q. apresenta dominancia completa? ela preve
casos de penetrancia imcompleta? e de expressividade variavel?

peguemos um carater determinado por um gene. esse gene apresenta dois
alelos A e a com relacao de dominancia completa. trata-se de um organismo
diploide isogamico (nao apresenta diferenciacao dos tipos de gametas).

a frequencia dos alelos eh de 50%. teriamos em uma populacao panmitica a
seguinte distribuicao de classes fenotipicas para esse carater:

75% com o estado dominante e 25% com o estado recessivo.

em termos de genotipo seria:

25% AA, 50% Aa, 25% aa

como a tgbd se aplica a isso?

e se as frequencias fossem: p = 0,1 e q = 0,9?

e se houvesse co-dominancia entre os alelos? e se houvesse cruzamentos
preferenciais? e se surgissem novas variacoes alelicas do gene? e se
houvesse pressao de selecao? e se a populacao tivesse tamanho finito? e se
hovesse migracao? e se houvesse estruturacao populacional? e se houvesse
epistasia?

ou vamos entao tentar ver se a tgbd tem poder preditivo alem de meramente
classificatorio: quais dados a tgbd precisaria pra prever se um alelo
tera' sua frequencia aumentada ou diminuida na proxima geracao?

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] A TGBD e Globalização
FROM: "Claudio Abreu Bidual" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 02/10/2000 20:18

Prezado Douglas,

Vou aproveitar e responder a você e ao Robrtoto Takaka, que sempre dá um jeito de me contestar.

Vejamos primeiro você.

>Será que vc esqueceu dos 5 continentes?


Eu estava me referindo a estrutura política e não geográfica. Acredito que na maior parte dos países do mundo a estrutura deve ser essa: Municípios formam os Estados que formam os países.

>Será que a Terra é uma estrutura política?

Sem dúvida é, mais ainda embrionária, pois ainda prevalecem os Estados nacionais, com o os Estados Unidos à frente. A ONU só foi criada após a 2ª guerra mundial, que espero tenha sido a última. Assim, ainda é um embrião do que fatalmente irá acontecer que é a formação de uma Estado unificado Global, mais democrático e mais justo. A própria globalização, em particular devido à informação (internet) levará a isto. Contudo, o que eu quis dizer é que por enquanto ainda vivemos uma estrutura onde sá diria mateus: primeiros os teus... Globalização atualmente é o que no passado já foi chamado de mercantilismo, colianismo, imperalismo e outros ismos mais...

>Forçando a barra tudo dá certo, principalmente em crenças.
>Abraços e aplausos pela sua imaginação e coragem,


Não entendi muito bem o que você quis dizer, mas de qualquer forma obrigado pela força.

Vejamos agora minhas considerações sobre as contestações do Takaka, que iniciamente comeõu com uma gozação, se esquecendo que estava me restringindo ao nosso planeta:
"acho q. vc nao leu muitos livros de 'friccao cientifica' -- cade as confederacoes planetarias? as ligas intergalaticas? "


Depois entrou de sola argumentando, bem ao estilio dele: não é bem assim, pois temos administrações regionais, temos isso e temos aquilo, conforme pode ser visto no trecho abaixo:
"antes dos municipios existem subprefeituras nas grandes cidades, as administracoes regionais..."
Ele se esqueceu que subprefeituras e administrações regionais não são eleitas, e são nomeadas pelos prefeitos...

Depois bateu num nível mais em cima:
"e agora esta' em fase de estruturacao grandes blocos economicos, cuja base eh continental: uee, alca, mercosul..."
Aqui ele se esqueceu que tais blocos econômicos talvez sejam um caminho para chegarmos ao governo único da Terra.

Aí partiu para suas usuais diversidades:
"nem todos os paises estao divididos em estados ou provincias... alias o vaticano nem tem cidade... "
Quanto o Vaticano, ele se esqueceu que talvez tenhamos aqui um exemplo dos quatro níveis a que me referi: No Vaticano está o Papa, que é o Quarto Uno da Igreja Católica munidial, que pelo que sei é estruturada por países, estados e municípios, tal com me referi.

Depois achou que apenas devido ao fato de trocar nomes estava se deparando com situações diferentes da que eu propus:
"veja Luxemburgo, nao o ex-tecnico, mas o pais: estah dividido em distritos (3), cada distrito em cantoes (12 no total) e os cantoes em comunas..."
"a Suica, em cantoes, meio-cantoes e cidades... a Italia em regioes, provincias e comunas. "
Veja que se tivermos Distrito=Cantão=Região=Estado, Cantões=meio-cantões=Município e as comunas=cidades=subprefeituras estaremos dentrio da mesma estrutura que propus.

Depois partiu para esta:
"muitas das ex-colonias britanicas fazem parte da Commonwealth e reconhecem a coroa britanica como chefe maior do bloco, embora tenham independencia administrativa e politica."
Ora, não seria a Commomweath uma estrutura tal como aque propús para o mundo, restrita a decadente comunidade britânica, que possilvelmente acabará se ocorrer a minha previsão para um Estado Mundial?

Depois ele fala que:
"as subdivisoes dependem em grande parte do tamanho do territorio, o q. vai se refletir na complexidade das interacoes das unidades, o q. vai refletir na organizacao politico-administrativa do territorio... e claro q. tem uma grande interferencia do fator historico, q. vai determinar tracos culturais, por exemplo."

Ora, ora Takaka... se o mundo evoluir para ser um todo unificado, sem fés e sem fronteiras, quantos níveis políticos deverão existir senão os quatro a que eu me referi, dado que atualmente, sem dúvida, na sua maioria, os Países posuem Estados, que se subdividem em Municípios? Poxa, pensa grande Roberto... Não fique com essa mania de querer me comntestar pelo simples fato de querer me contestar...
No mais um grande abraço,

Claudio Abreu


---- Original Message -----
From: Douglas
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Monday, October 02, 2000 7:22 PM
Subject: Re: [ciencialist] A TGBD e Globalização


"Claudio Abreu" escreveu em 02 de Outubro de 2000:

> 1. Municípios 2. Estados
> 3. Países 4. Terra
>
> Ora, dirão muitos: é possível que pudéssemos ter evoluído >para uma outra estrutura política. Mas, aí pergunto eu: porque >isto não se deu?

Olá Claudio:

Será que vc esqueceu dos 5 continentes?
Será que a Terra é uma estrutura política?
Forçando a barra tudo dá certo, principalmente em crenças.

Abraços e aplausos pela sua imaginação e coragem,

Douglas A F Campos (SP)


=================

De: Roberto Mitsuo Takata <rmt@i...>
Data: Seg, 2 de Out de 2000 4:10pm
Assunto: governos

On Mon, 2 Oct 2000, Claudio Abreu wrote:
> Vejamos mais uma "coincidência" da nossa realidade com a TGBD. O sistema
> de governo de um país é distribuído pelos municípios, estados e a
> federação. O quarto deles seria uma ONU efetiva, e não decorativa e sem
> força tal como é hoje. Assim teríamos:
>
> 1. Municípios 2. Estados
> 3. Países 4. Terra
>
> Ora, dirão muitos: é possível que pudéssemos ter evoluído para uma outra estrutura política. Mas, aí pergunto eu: porque isto não se deu?


acho q. vc nao leu muitos livros de 'friccao cientifica' -- cade as confederacoes planetarias? as ligas intergalaticas?


antes dos municipios existem subprefeituras nas grandes cidades, as administracoes regionais... e agora esta' em fase de estruturacao grandes blocos economicos, cuja base eh continental: uee, alca, mercosul...


nem todos os paises estao divididos em estados ou provincias... alias o vaticano nem tem cidade...


veja Luxemburgo, nao o ex-tecnico, mas o pais: estah dividido em distritos (3), cada distrito em cantoes (12 no total) e os cantoes em comunas... a Suica, em cantoes, meio-cantoes e cidades... a Italia em regioes, provincias e comunas.


muitas das ex-colonias britanicas fazem parte da Commonwealth e reconhecem a coroa britanica como chefe maior do bloco, embora tenham independencia administrativa e politica.


as subdivisoes dependem em grande parte do tamanho do territorio, o q. vai se refletir na complexidade das interacoes das unidades, o q. vai refletir na organizacao politico-administrativa do territorio... e claro q. tem uma grande interferencia do fator historico, q. vai determinar tracos culturais, por exemplo.


os fenomenos de conurbacao gerando as megalopoles deve criar um novo nivel de organizacao politico-administrativa.


[]s,


roberto takata



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Fraude na Astronomia!!!
FROM: "Ronaldo Cordeiro [MG]" <rcordeiro@writeme.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 02/10/2000 21:01

--- In ciencialist@egroups.com, "Luiz Ferraz Netto" <leo@b...> wrote:
>
> > "Ronaldo Cordeiro [MG]" wrote:
> >
> O princípio de Mach levaria em conta todos os corpos do universo,
> mesmo os mais distantes, atuando gravitacionalmente sobre a terra.
> Essa interação de toda a massa do universo girando em torno da terra
> explicaria a possibilidade, por exemplo, de um satélite
> geoestacionário sobre uma terra parada não cair nela por força de
sua
> atração.
>
> Léo argumenta:
>
> Gostaria de pinçar a seguinte parte: "Essa interação de toda a massa
do
> universo girando em torno da terra
> explicaria a possibilidade, por exemplo, de um satélite
geoestacionário
> sobre uma terra parada não cair nela por força de sua
> atração."
>
> Isso contraria o 'teorema de Coulomb'. Imaginemos, por simplicidade,
que
> exista uma distribuição simétrica de massas de todos os corpos do
universo,
> ao redor da Terra. Para efeito de forças sobre um corpo acima da
Terra só
> interessa as massas que estão contidas na esfera entre ele e o
centro da
> Terra. As demais massas, por atraírem esse corpo em todos os
sentidos,
> teriam resultante nula.

Perfeito. Isso é compatível com o que alguns teóricos argumentam,
usando o Princípio de Mach para explicar a inércia. Segundo eles, a
inércia seria consequência dessa resultante nula de todas as massas do
universo agindo sobre um corpo (não sei se isso é respeitado na
comunidade científica ou não).

No exemplo dos geocêntricos tentando explicar por que os satélites
geoestacionários não caem, o argumento é que as massas do universo
estariam girando em torno da terra, e esse giro, segundo o princípio
de Mach, teria a propriedade de atrair corpos "para fora". Ainda
segundo eles, quanto maior a velocidade angular do universo girando em
torno da terra, maior seria a atração para fora. Me parece um pouco
com o sistema que é usado nos velocímetros dos carros: o cabo faz um
ímã girar em torno do eixo do ponteiro sem tocá-lo. Quanto mais rápido
o ímã gira, maior a deflexão do ponteiro.

Com isso, o satélite geoestacionário ficaria em equilíbrio.

[]s
Rnaldo



SUBJECT: Agapito....
FROM: doug.dead@svn.com.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 02/10/2000 21:07

Não convém responsabilizar Niet pela alemanha nazista. Quem leu 'Alem do Bem
e do Mal' sabe que ele repugnava toda e qualquer tirania e todo e qualquer sentimento
de germanismo. Se declarava o menos alemão dos alemães. Eh facil demais pra
quem nao conhece ligar Niet ao nazismo ou a qualquer coisa que queira. Ele mesmo
disse que tudo era interpretação e, talvez por ironia, sua filosofia eh um prato
cheio para interpretações. Sugiro a leitura dos excelentes artigos que acompanham
o volume de Niet da coleção 'os pensadores', gostaria que minhas palavras estivessem
à altura de meus pensamentos agora.

Davi Lopes Ramos
>Quando eu percebo o quanto da teoria do "super-homem" foi o "pano-de-fundo"
para o ideal da raça homogênea ariana, sinto uma imensa tristeza em ver que
tal homem ainda venha a fascinar. Aliás, não foi o fascínio um dos instrumentos
primordiais de Adolf Hitler?
>
>Isso aí Bulcão! Gosto de seus textos.
>
>Fraternalmente
>
>Agapito Ribeiro Júnior
>
>agapito@alphanet.ne.jp
http://webmail.svn.com.br


SUBJECT: Re: [ciencialist] A TGBD e Globalização
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 02/10/2000 21:49

On Mon, 2 Oct 2000, Claudio Abreu Bidual wrote:
> Ele se esqueceu que subprefeituras e administrações regionais não são
> eleitas, e são nomeadas pelos prefeitos...

depende... tem prefeituras q. nao sao eleitas, sao nomeadas... idem para
governos de regioes maiores e menores. ou o sultao de brunei foi eleito
pelo povo? vc falou em niveis de governo, mas tinha falado em niveis de
governo cujos representantes sao eleitos -- esta parte me escapou --?

> Depois bateu num nível mais em cima:
> "e agora esta' em fase de estruturacao grandes blocos economicos, cuja base eh continental: uee, alca, mercosul..."
> Aqui ele se esqueceu que tais blocos econômicos talvez sejam um caminho para chegarmos ao governo único da Terra.

nao importa... eh um nivel diferente. ou um assentamento familiar nao
seria um caminho para se chegar a um estado nacional? ou qq excessao
podemos considerar como etapas intermediarias para se chegar a uma
representacao governamental de quatro niveis?

> "nem todos os paises estao divididos em estados ou provincias... alias o vaticano nem tem cidade... "
> Quanto o Vaticano, ele se esqueceu que talvez tenhamos aqui um exemplo
> dos quatro níveis a que me referi: No Vaticano está o Papa, que é o
> Quarto Uno da Igreja Católica munidial, que pelo que sei é estruturada
> por países, estados e municípios, tal com me referi.

??????

> Depois achou que apenas devido ao fato de trocar nomes estava se deparando com situações diferentes da que eu propus:
> "veja Luxemburgo, nao o ex-tecnico, mas o pais: estah dividido em
> distritos (3), cada distrito em cantoes (12 no total) e os cantoes em
> comunas..."
> "a Suica, em cantoes, meio-cantoes e cidades... a Italia em regioes, provincias e comunas. "
> Veja que se tivermos Distrito=Cantão=Região=Estado,
> Cantões=meio-cantões=Município e as comunas=cidades=subprefeituras
> estaremos dentrio da mesma estrutura que propus.

eu estou mostrando q. existem diferentes formas com diferentes niveis de
divisao, nao eh a simples troca de nome. vc nao pode igualar os
meio-cantoes a municipios, os meio-cantoes sao agrupamentos
administrativos de municipios. o q. tem um mesmo nivel de cidades sao as
comunas. nos exemplos dados todos os representantes legais das comunas,
bem como o chefe politico-administrativo sao eleitos pela populacao (o q.
tiraria a possibilidade de equivalencia com subprefeituras segundo a sua
definicao).

tgbd ex 1 ex 2 ex 3

terra terra terra terra
pais italia suica luxemburgo
regioes? distritos?
estado provincias cantoes cantoes
meio-cantoes?
cidade comunas cidades comunas

4 5 5 5
niveis de
governo

> Depois partiu para esta:
> "muitas das ex-colonias britanicas fazem parte da Commonwealth e reconhecem a coroa britanica como chefe maior do bloco, embora tenham independencia administrativa e politica."
> Ora, não seria a Commomweath uma estrutura tal como aque propús para o
> mundo, restrita a decadente comunidade britânica, que possilvelmente
> acabará se ocorrer a minha previsão para um Estado Mundial?

estado mundial? acorda. somos tribais demais para pensarmos em uma aldeia
global. a internet eh um meio de ampliacao do abismo social e nao de
democratizacao: quem tem acesso 'a internet? o povo? nao, apenas os q. jah
podiam ler jornal, assinar teve a cabo e comprar revistas importadas...
soh 3% dos brasileiros tEm acesso 'a internet -- no melhor dos quadros
esse percentual pode chegar a 30% (q, sao os q. tEm linha telefonica -- a
modalidade mais barata de acesso). em um futuro mais distante talvez
chegue aos 70%, qdo isso jah nao for mais novidade.

li em algum lugar q. ao inventarem o telegrafo bradaram aos quatro cantos
q. esse invento iria unir o mundo e acabar com as diferencas sociais...
isso foi antes das guerras mundiais.

a licao q. tiro da historia eh q. a humanidade nao tira licao nenhuma da
historia: muda tudo qdo se aborrece (muitas vezes 'a contra-gosto) e
depois muda tudo de novo -- voltando ao q. estava antes: afinal a negacao
da negacao eh a propria coisa. vejo isso bem claramente nos movimentos
artistico-culturais -- o classicismo, o barroco, o romantismo, o
realismo, o modernismo, o pos-modernismo... o avesso do avesso do avesso
do avesso... e os movimentos de expansao e queda de imperios. claro, eh
simples questao de inducao, nada assim teoricamente estruturado (e pode
ser uma impressao totalmente erronea -- mas de toda forma a empresa humana
parece-me uma grande espiral).

eu soh nao digo q. preferiria fazer parte da 'decadente' comunidade
britanica -- tao decadente q. 'a excecao da India apresente renda per
capita maior q. a do Brasil --, por q. infelizmente fui inoculado com o
perverso virus da brasilidade (cujo um dos sintomas de infeccao -- entre
outros diversos -- eh ficar acordado ateh mais tarde pra ver o pais
fracassar nas conquistas de medalhas olimpicas de ouro e ficar aborrecido
com isso mesmo sabendo q. o pais simplesmente nao investe em esporte...)

> fés e sem fronteiras, quantos níveis políticos deverão existir senão os
> quatro a que eu me referi, dado que atualmente, sem dúvida, na sua
> maioria, os Países posuem Estados, que se subdividem em Municípios?
> Poxa, pensa grande Roberto... Não fique com essa mania de querer me
> comntestar pelo simples fato de querer me contestar...

bem, eu realmente nao partilho a esperanca de um mundo unificado, sem
fronteiras -- sou cinico demais pra isso (e pretencioso por achar q
padecem de polianismo os q. acham isso viavel e estavel -- claro q.
sempre podem contra-atacar com acusacao de cassandrismo de minha parte).

eu nao lhe contesto por contestar. estou apenas mostrando as excecoes q.
vejo em sua classificacao. se vc se sente pessoalmente atingido por isso,
pouca coisa posso fazer (na verdade poderia ficar calado, realmente...
mas, enfim, se postou deve estar ciente q. pode vir contra-argumentacao,
pois nao?)

diga-me uma coisa, como fica a tgbd para as cinco classes de sabores?

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: Nietzsche
FROM: "Andre R. D. Baptista" <andrebaptista@ieg.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 02/10/2000 22:14

Parab�ns Manuel

Eu tinha umas d�vidas sobre esse cara que voc� dissipou. Imaginava que
ele pudesse ser apenas um buf�o m�stico-rom�ntico-aristocrata, mas o
cara era um nazist�o mesmo.

abra�os,

Andr� Baptista


[As partes desta mensagem que n�o continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: En: [ciencialist] A TGBD e o Voto
FROM: Rodrigo Frizzo Viecilli <philox@zaz.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 02/10/2000 22:40

Isto ja está se tornando insano.

Rodrigo

Claudio Abreu Bidual wrote:

> Prezado Takata,
>
> Você sempre tentanto encontrar suas, digamos, ramificações e diversidades... O seu mal é que você sempre se perde nas suas complexidades. Quando estamos na sua área, a biologia, fica mais fácil para você.. Mas nesse assunto de voto, onde todos entendemos um pouco, sinto dizer que você não vai conseguir fazer isso.. Senão vejamos.
>
> Como eu já disse anteriormente o Bidual do Voto é:
> 1. Votos válidos. 2. Votos nulos
> 3. Votos em branco. 4 Abstenção ou não votar
>
> Repare que o Terno é formado por aquelas situações em que os eleitores votaram: o Dual interno é formado por aqueles que votaram mesmo, de maneira válida ou invalída (note que o votio nulo é uma manifestação de voto, em repúdio aos candidatos, ao proceso eletoral, ao governo ou sei lá o que...), enquanto que o Terceiro Uno é o voto em branco, onde os eleitores, comparecerem à votação, recebem o comprovante de que votaram, mas "lavam suas mãos", e, na verdade, não votam em ninguém.
>
> O Quarto Uno corresponde à situação dos que não votaram mesmo, ou seja, dos que não compareceram na seção eleitoral. Pela TGBD, o Quarto deve se decompor no Anti-Terno, que neste caso seria:
>
> 1. Eleitor que podia votar e que não votou porque não quis (abstensão propriamente dita)
> 2. Eleitor que não votou porque, por qualquer motivo, não pode votar (por estar viajando, porque chegou atrasado, por que estava sem documentos, etc...)
> 3. Não eleitores (quem não tem título de eleitor)
>
>
> >Takata:
> >por q. nao:
> >1) Marta 2) maluf 3) Alckmin 4) Tuma 5) Erundina e assim por diante?
>
> Takata, você aqui está entrando numa subdivisão do primeiro Uno, ou 1.Votos Válidos, e assim, descendo mais um nível, na direção micro.. Ora, você poderá fazer uma classificação bastante usual na nossa imprensa:
>
> 1. Votar em candidatos da Direita (digamos, Maluf, Tuma em Sampa e Conde Cesar Maia e candidato do PPB (Alvaro Ramos?) no Rio)
> 2. Votar em candidatos da Esquerda (Marta Suplici e Erundina em Sampa, e Benedita, Sirkis (PV) no Rio)
> 3. Votar em candidatos do centro ( Alckimn (é isso?) em Sampa, e César Coelho, no Rio)
>
> Seria ainda possível subdividir mais ainda os Votos Válidos, decompondo a direita, o centro e a esquerda novas subdivisões de um nível ainda menor (digamos no caso da direita: direita da direita, direita de centro e esquerda da direita), dependendo do conteúdo ideológico dos partidos e seus candidatos. Vou deixar isto para você, que adora uma diversidade...
>
> Vejamos agora como poderiamos subdividir o Segundo Uno, o dos Votos Nulos, (que no segundo nível seria o Quarto Uno das três possibilidades de 1.Votos Válidos), que seria dado pelo Anti-Terno:
>
> 1. Voto nulo não intencional por ignorância (o eleitor não sabia operar a máquina de votação, e apertou o botão Confirmar, e assim o voto foi anulado)
>
> 2. Voto nulo não intencional por descuido (o eleitor sabia operar a máquina de votação, e mas apertou, sem querer, o botão Confirmar, e assim o voto foi anulado)
>
> 3. Voto nulo intencional (o eleitor votou nulo porque queria votar nulo mesmo, e seu voto foi anulado).
>
> Repare que esta mesma classificação poderia ser feita para os Votos em Branco:
>
> 1. Voto em branco não intencional por ignorância (o eleitor não sabia operar a máquina de votação, e apertou o botão Confirmar, e assim o voto foi anulado)
>
> 2. Voto em branco não intencional por descuido (o eleitor sabia operar a máquina de votação, e mas apertou, sem querer, o botão Confirmar, e assim o voto foi anulado)
>
> 3. Voto em branco intencional (o eleitor votou nulo porque queria votar nulo mesmo, e seu voto foi anulado).
>
> Seria possível também aplicar esta subdivisão para os Votos Válidos, ao invés de subvidí-lo em votos na direira, no centro e na esquerda.
>
> O que eu quero que você entenda é como se dá a aplicação da estrutura da TGBD em diversos níveis. No primeiro nível, convenhamos, ela é inquestionável, mesmo porque, no caso brasileiro, a própia lei necessita da sua definição de quantos foram os votos válidos para determinar qual foi o vencedor, ou se haverá ou não segundo turno, se for o caso.
>
> Aqcredito que no caso da Biologia, caso você tivesse um pouco mais de boa vontade com a TGBD, você iria, com certeza, sempre poder dividir as diversas alternativas que você sempre aponta, dentro de uma estrutura bidual. Da minha experiência com a TGBD, vefirico que sempre que estou tratando de objetos de análise essenciais (um tetraedro ou um vetor, por exemplo) ela sempre se apresenta líquida e certa, e inquestionável). Na Biologia, por exemplo, a meiose é um caso destes essencias, bem como DNA, conforme irei escrever a respeito (talvez hoje a noite). É certo que quando a gente vai partindo para estruturas mais complexas e não essenciais, o enquadramento da TGBD também poderá ficar mais complexo. Contudo, caso você consiga identificar bem quais são as suas variáveis fundamentais e de interesse, a TGBD sempre se aplicará. É certo que também poderão surgir exceções, mas em geral estas decorrem de um mal enquadramento da questão, em análise.
>
> No mais, um grande abraço.
> Claudio Abreu
>
>
> ----- Original Message -----
> From: Roberto Mitsuo Takata
> To: ciencialist@egroups.com
> Sent: Monday, October 02, 2000 12:19 PM
> Subject: Re: [ciencialist] A TGBD e o Voto
>
> On Sun, 1 Oct 2000, Claudio Abreu wrote:
> > 1. Votos válidos. 2. Votos nulos
> > 3. Votos em branco . Abstenção ou não votar
>
> por q. nao:
>
> 1) Marta 2) maluf 3) Alckmin 4) Tuma 5) Erundina e assim por diante?
>
> ou
>
> 1) Conde 2) Maia 3) Benedita etc?
>
> entre os votos validos estao os situacionistas e os oposicionistas...
> porq. nao juntar nulos e brancos tbm? afinal embora ideologicamente
> diferentes (como os situacionistas e os oposicionistas) o efeito geral eh
> o mesmo...
>
> na abstencao tem a justificada, a originada por atraso, a opcao -- voto
> facultativo ou pagamento de multa...
>
> []s,
>
> roberto takata
>
> *** --- ***
> Para sair da lista envie um mail para:
> ciencialist-unsubscribe@egroups.com
> *** --- ***
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
>
>
> *** --- ***
> Para sair da lista envie um mail para:
> ciencialist-unsubscribe@egroups.com
> *** --- ***



SUBJECT: Re: [ciencialist] A TGBD e Globalização
FROM: Rodrigo Frizzo Viecilli <philox@zaz.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 02/10/2000 22:42

Como a tgbd explica a estrutura geológica?
E a composição dos gases da atmosfera de Tritão?

Rodrigo

Claudio Abreu Bidual wrote:

> Prezado Douglas,
>
> Vou aproveitar e responder a você e ao Robrtoto Takaka, que sempre dá um jeito de me contestar.
>
> Vejamos primeiro você.
>
> >Será que vc esqueceu dos 5 continentes?
>
> Eu estava me referindo a estrutura política e não geográfica. Acredito que na maior parte dos países do mundo a estrutura deve ser essa: Municípios formam os Estados que formam os países.
>
> >Será que a Terra é uma estrutura política?
>
> Sem dúvida é, mais ainda embrionária, pois ainda prevalecem os Estados nacionais, com o os Estados Unidos à frente. A ONU só foi criada após a 2ª guerra mundial, que espero tenha sido a última. Assim, ainda é um embrião do que fatalmente irá acontecer que é a formação de uma Estado unificado Global, mais democrático e mais justo. A própria globalização, em particular devido à informação (internet) levará a isto. Contudo, o que eu quis dizer é que por enquanto ainda vivemos uma estrutura onde sá diria mateus: primeiros os teus... Globalização atualmente é o que no passado já foi chamado de mercantilismo, colianismo, imperalismo e outros ismos mais...
>
> >Forçando a barra tudo dá certo, principalmente em crenças.
> >Abraços e aplausos pela sua imaginação e coragem,
>
> Não entendi muito bem o que você quis dizer, mas de qualquer forma obrigado pela força.
>
> Vejamos agora minhas considerações sobre as contestações do Takaka, que iniciamente comeõu com uma gozação, se esquecendo que estava me restringindo ao nosso planeta:
> "acho q. vc nao leu muitos livros de 'friccao cientifica' -- cade as confederacoes planetarias? as ligas intergalaticas? "
>
> Depois entrou de sola argumentando, bem ao estilio dele: não é bem assim, pois temos administrações regionais, temos isso e temos aquilo, conforme pode ser visto no trecho abaixo:
> "antes dos municipios existem subprefeituras nas grandes cidades, as administracoes regionais..."
> Ele se esqueceu que subprefeituras e administrações regionais não são eleitas, e são nomeadas pelos prefeitos...
>
> Depois bateu num nível mais em cima:
> "e agora esta' em fase de estruturacao grandes blocos economicos, cuja base eh continental: uee, alca, mercosul..."
> Aqui ele se esqueceu que tais blocos econômicos talvez sejam um caminho para chegarmos ao governo único da Terra.
>
> Aí partiu para suas usuais diversidades:
> "nem todos os paises estao divididos em estados ou provincias... alias o vaticano nem tem cidade... "
> Quanto o Vaticano, ele se esqueceu que talvez tenhamos aqui um exemplo dos quatro níveis a que me referi: No Vaticano está o Papa, que é o Quarto Uno da Igreja Católica munidial, que pelo que sei é estruturada por países, estados e municípios, tal com me referi.
>
> Depois achou que apenas devido ao fato de trocar nomes estava se deparando com situações diferentes da que eu propus:
> "veja Luxemburgo, nao o ex-tecnico, mas o pais: estah dividido em distritos (3), cada distrito em cantoes (12 no total) e os cantoes em comunas..."
> "a Suica, em cantoes, meio-cantoes e cidades... a Italia em regioes, provincias e comunas. "
> Veja que se tivermos Distrito=Cantão=Região=Estado, Cantões=meio-cantões=Município e as comunas=cidades=subprefeituras estaremos dentrio da mesma estrutura que propus.
>
> Depois partiu para esta:
> "muitas das ex-colonias britanicas fazem parte da Commonwealth e reconhecem a coroa britanica como chefe maior do bloco, embora tenham independencia administrativa e politica."
> Ora, não seria a Commomweath uma estrutura tal como aque propús para o mundo, restrita a decadente comunidade britânica, que possilvelmente acabará se ocorrer a minha previsão para um Estado Mundial?
>
> Depois ele fala que:
> "as subdivisoes dependem em grande parte do tamanho do territorio, o q. vai se refletir na complexidade das interacoes das unidades, o q. vai refletir na organizacao politico-administrativa do territorio... e claro q. tem uma grande interferencia do fator historico, q. vai determinar tracos culturais, por exemplo."
>
> Ora, ora Takaka... se o mundo evoluir para ser um todo unificado, sem fés e sem fronteiras, quantos níveis políticos deverão existir senão os quatro a que eu me referi, dado que atualmente, sem dúvida, na sua maioria, os Países posuem Estados, que se subdividem em Municípios? Poxa, pensa grande Roberto... Não fique com essa mania de querer me comntestar pelo simples fato de querer me contestar...
> No mais um grande abraço,
>
> Claudio Abreu
>
> ---- Original Message -----
> From: Douglas
> To: ciencialist@egroups.com
> Sent: Monday, October 02, 2000 7:22 PM
> Subject: Re: [ciencialist] A TGBD e Globalização
>
> "Claudio Abreu" escreveu em 02 de Outubro de 2000:
>
> > 1. Municípios 2. Estados
> > 3. Países 4. Terra
> >
> > Ora, dirão muitos: é possível que pudéssemos ter evoluído >para uma outra estrutura política. Mas, aí pergunto eu: porque >isto não se deu?
>
> Olá Claudio:
>
> Será que vc esqueceu dos 5 continentes?
> Será que a Terra é uma estrutura política?
> Forçando a barra tudo dá certo, principalmente em crenças.
>
> Abraços e aplausos pela sua imaginação e coragem,
>
> Douglas A F Campos (SP)
>
> =================
>
> De: Roberto Mitsuo Takata <rmt@i...>
> Data: Seg, 2 de Out de 2000 4:10pm
> Assunto: governos
>
> On Mon, 2 Oct 2000, Claudio Abreu wrote:
> > Vejamos mais uma "coincidência" da nossa realidade com a TGBD. O sistema
> > de governo de um país é distribuído pelos municípios, estados e a
> > federação. O quarto deles seria uma ONU efetiva, e não decorativa e sem
> > força tal como é hoje. Assim teríamos:
> >
> > 1. Municípios 2. Estados
> > 3. Países 4. Terra
> >
> > Ora, dirão muitos: é possível que pudéssemos ter evoluído para uma outra estrutura política. Mas, aí pergunto eu: porque isto não se deu?
>
> acho q. vc nao leu muitos livros de 'friccao cientifica' -- cade as confederacoes planetarias? as ligas intergalaticas?
>
> antes dos municipios existem subprefeituras nas grandes cidades, as administracoes regionais... e agora esta' em fase de estruturacao grandes blocos economicos, cuja base eh continental: uee, alca, mercosul...
>
> nem todos os paises estao divididos em estados ou provincias... alias o vaticano nem tem cidade...
>
> veja Luxemburgo, nao o ex-tecnico, mas o pais: estah dividido em distritos (3), cada distrito em cantoes (12 no total) e os cantoes em comunas... a Suica, em cantoes, meio-cantoes e cidades... a Italia em regioes, provincias e comunas.
>
> muitas das ex-colonias britanicas fazem parte da Commonwealth e reconhecem a coroa britanica como chefe maior do bloco, embora tenham independencia administrativa e politica.
>
> as subdivisoes dependem em grande parte do tamanho do territorio, o q. vai se refletir na complexidade das interacoes das unidades, o q. vai refletir na organizacao politico-administrativa do territorio... e claro q. tem uma grande interferencia do fator historico, q. vai determinar tracos culturais, por exemplo.
>
> os fenomenos de conurbacao gerando as megalopoles deve criar um novo nivel de organizacao politico-administrativa.
>
> []s,
>
> roberto takata
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
>
>
> *** --- ***
> Para sair da lista envie um mail para:
> ciencialist-unsubscribe@egroups.com
> *** --- ***



SUBJECT: Hímem
FROM: {O-Grande-Mentecapto} <mentecapto@technologist.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 02/10/2000 23:28

Alguém tem idéia da utilidade do hímem nas mulheres, além de é
claro indicar se são virgens ou não? Já que dum aspecto evolucionário tal
indicação não tem importância alguma, certo?




"Against stupidity, the Gods themselves contend in vain",
Friedrich von Schiller's
-
[]'s
Fernando Henrique Ferraz / {O-Grande-Mentecapto]
mentecapto@technologist.com




SUBJECT: Re: [ciencialist] Biologia.
FROM: John Jochens <tutor56@yahoo.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 02/10/2000 23:42


--- Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br> wrote:
> On Mon, 2 Oct 2000, Jairo Santos Vieira wrote:
>
> > A pergunta eh: O percentual de criancas do sexo masculino seria
> > maior que o normal por haverem somente celulas tipo xy e xy ou em alguns
> > casos xy e yy?
>
> ao q. eu saiba os yy sao inviaveis... eh preciso haver pelo menos um x.
[...]
A excegco de reprodugco 'natural' [onde obviamente tem de haver um x], o que
impede a existjncia de yy?
John Jochens

__________________________________________________
Do You Yahoo!?
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SUBJECT: A TGBD e Geologia
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 03/10/2000 00:01

Prezado Rodrigo,

Sinceramente são assuntos que não domino. Sou apenas um engenheiro civil, que não exerceu a profissão, e mestre em administração de empresas. Pouco sei sobre geologia.

Mas na área geológica posso lhe dar um bom exemplo de bidualidade. Trata-se que é a estrutura do diamante, o mais puro e perfeito exemplar de material que conhecemos. Mesmo porque ele é o mais nobre dos cristais, que são o supra sumo da geologia, não acha? Bem vamos lá.

O diamante é feito de carbono puro, decorrente de uma estrutura cristalizada, onde temos a tetravalencia do carbono como principal responsável. Aliás o carbono é o primeiro elemento químico tetravalente. Opa.... Tetravalente? Não seria melhor chamar de bidual? Certamente. Vejamos porque.

O carbono poderia ser considerado como sendo um átomo de hélio (2p+2e+2n) mais quatro deutérios , ou seja, 4*(p+e+n). As suas orbitais da camada p, acima das do hélio (camada s), são: uma orbital esférica 2s, e 3 orbitais do tipo p, ortogonais (X, Y, Z). Em cada uma dessas orbitais temos um elétron, que pode se "casar" com outro elétron até que a estrutura entre em equilíbrio no segundo gás nobre, que é neônio, que tem 8 elétrons na sua última camada, que assim é composta das mesmas 4 orbitais citadas, só que com um par de elétrons de spin diferentes a ocupá-la.

Repare que se conseguirmos introduzir alguma diferenciação entre os eixos X, Y e Z das orbitais, por qualquer que seja a razão (eu advogo a tese de seja a orientação do eixo dos Z na direção da força de gravidade) estaremos de uma estrutura bidual.

Mas para falar da estrutura do diamante basta saber que ele é formado exclusivamente pelo carbono que é primeiro elemento químico tretravalente (ou digamos, "galinha", que se casa com qualquer um, inclusive com ele mesmo, para formar os compostos orgânicos, quando combinado com outros, ou para formar o diamante ou o grafite, dependendo do arranjo geométrico das suas moléculas. Aqui me desculpe, mas não me lembro muito bem como isto se dá. Mas acredito que a estrutura molecular do diamante se dá a partir da estrutura tetraédica do átomos de carbono. E como já vimos, o tetraedro é a primeira formação geométrica que ocupa volume no espaço, e que tal vez seja a forma mais simples de explicar a TGBD:
Dois Pontos definem um segmento de reta (Dual Interno), que interage com um Terceiro Ponto para formar um triângulo (Terno), este terceiro ponto por definição não pode pertencer a reta definida pelos dois primeiros (o Terceiro tem natureza diferente das do Unos do Dual). Por fim, este triângulo (Terno) interage com o Quarto Ponto, e dai forma o tetraedro (Quadra).

Bem pode não ter sido muita coisa, em relação ao que me foi perguntado. Mas duvido que você Rodrigo, e todos aqui desta lista já tivessem visto esta questão do carbono e do diamante do ângulo que lhes mostrei através da TGBD. Aliás isto não foi difícil para mim, na medida em que a TGBD explica toda a formação bidual da Tabela Periódica, que não sei se todos já sabem, tem uma estrutura bidual. E porque a geologia não haveria de ter?

Rodrigo, vamos fazer um teste. Envie para mim textos relacionados aos assuntos que você colocou para teste da TGBD. Após estudá-los me comprometo a dizer se a TGBD consegue explicá-los.

Um grande abraço,

Claudio Abreu

----- Original Message -----
From: Rodrigo Frizzo Viecilli
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Monday, October 02, 2000 10:42 PM
Subject: Re: [ciencialist] A TGBD e Globalização


Como a tgbd explica a estrutura geológica?
E a composição dos gases da atmosfera de Tritão?

Rodrigo

Claudio Abreu Bidual wrote:

> Prezado Douglas,
>
> Vou aproveitar e responder a você e ao Robrtoto Takaka, que sempre dá um jeito de me contestar.
>
> Vejamos primeiro você.
>
> >Será que vc esqueceu dos 5 continentes?
>
> Eu estava me referindo a estrutura política e não geográfica. Acredito que na maior parte dos países do mundo a estrutura deve ser essa: Municípios formam os Estados que formam os países.
>
> >Será que a Terra é uma estrutura política?
>
> Sem dúvida é, mais ainda embrionária, pois ainda prevalecem os Estados nacionais, com o os Estados Unidos à frente. A ONU só foi criada após a 2ª guerra mundial, que espero tenha sido a última. Assim, ainda é um embrião do que fatalmente irá acontecer que é a formação de uma Estado unificado Global, mais democrático e mais justo. A própria globalização, em particular devido à informação (internet) levará a isto. Contudo, o que eu quis dizer é que por enquanto ainda vivemos uma estrutura onde sá diria mateus: primeiros os teus... Globalização atualmente é o que no passado já foi chamado de mercantilismo, colianismo, imperalismo e outros ismos mais...
>
> >Forçando a barra tudo dá certo, principalmente em crenças.
> >Abraços e aplausos pela sua imaginação e coragem,
>
> Não entendi muito bem o que você quis dizer, mas de qualquer forma obrigado pela força.
>
> Vejamos agora minhas considerações sobre as contestações do Takaka, que iniciamente comeõu com uma gozação, se esquecendo que estava me restringindo ao nosso planeta:
> "acho q. vc nao leu muitos livros de 'friccao cientifica' -- cade as confederacoes planetarias? as ligas intergalaticas? "
>
> Depois entrou de sola argumentando, bem ao estilio dele: não é bem assim, pois temos administrações regionais, temos isso e temos aquilo, conforme pode ser visto no trecho abaixo:
> "antes dos municipios existem subprefeituras nas grandes cidades, as administracoes regionais..."
> Ele se esqueceu que subprefeituras e administrações regionais não são eleitas, e são nomeadas pelos prefeitos...
>
> Depois bateu num nível mais em cima:
> "e agora esta' em fase de estruturacao grandes blocos economicos, cuja base eh continental: uee, alca, mercosul..."
> Aqui ele se esqueceu que tais blocos econômicos talvez sejam um caminho para chegarmos ao governo único da Terra.
>
> Aí partiu para suas usuais diversidades:
> "nem todos os paises estao divididos em estados ou provincias... alias o vaticano nem tem cidade... "
> Quanto o Vaticano, ele se esqueceu que talvez tenhamos aqui um exemplo dos quatro níveis a que me referi: No Vaticano está o Papa, que é o Quarto Uno da Igreja Católica munidial, que pelo que sei é estruturada por países, estados e municípios, tal com me referi.
>
> Depois achou que apenas devido ao fato de trocar nomes estava se deparando com situações diferentes da que eu propus:
> "veja Luxemburgo, nao o ex-tecnico, mas o pais: estah dividido em distritos (3), cada distrito em cantoes (12 no total) e os cantoes em comunas..."
> "a Suica, em cantoes, meio-cantoes e cidades... a Italia em regioes, provincias e comunas. "
> Veja que se tivermos Distrito=Cantão=Região=Estado, Cantões=meio-cantões=Município e as comunas=cidades=subprefeituras estaremos dentrio da mesma estrutura que propus.
>
> Depois partiu para esta:
> "muitas das ex-colonias britanicas fazem parte da Commonwealth e reconhecem a coroa britanica como chefe maior do bloco, embora tenham independencia administrativa e politica."
> Ora, não seria a Commomweath uma estrutura tal como aque propús para o mundo, restrita a decadente comunidade britânica, que possilvelmente acabará se ocorrer a minha previsão para um Estado Mundial?
>
> Depois ele fala que:
> "as subdivisoes dependem em grande parte do tamanho do territorio, o q. vai se refletir na complexidade das interacoes das unidades, o q. vai refletir na organizacao politico-administrativa do territorio... e claro q. tem uma grande interferencia do fator historico, q. vai determinar tracos culturais, por exemplo."
>
> Ora, ora Takaka... se o mundo evoluir para ser um todo unificado, sem fés e sem fronteiras, quantos níveis políticos deverão existir senão os quatro a que eu me referi, dado que atualmente, sem dúvida, na sua maioria, os Países posuem Estados, que se subdividem em Municípios? Poxa, pensa grande Roberto... Não fique com essa mania de querer me comntestar pelo simples fato de querer me contestar...
> No mais um grande abraço,
>
> Claudio Abreu
>
> ---- Original Message -----
> From: Douglas
> To: ciencialist@egroups.com
> Sent: Monday, October 02, 2000 7:22 PM
> Subject: Re: [ciencialist] A TGBD e Globalização
>
> "Claudio Abreu" escreveu em 02 de Outubro de 2000:
>
> > 1. Municípios 2. Estados
> > 3. Países 4. Terra
> >
> > Ora, dirão muitos: é possível que pudéssemos ter evoluído >para uma outra estrutura política. Mas, aí pergunto eu: porque >isto não se deu?
>
> Olá Claudio:
>
> Será que vc esqueceu dos 5 continentes?
> Será que a Terra é uma estrutura política?
> Forçando a barra tudo dá certo, principalmente em crenças.
>
> Abraços e aplausos pela sua imaginação e coragem,
>
> Douglas A F Campos (SP)
>
> =================
>
> De: Roberto Mitsuo Takata <rmt@i...>
> Data: Seg, 2 de Out de 2000 4:10pm
> Assunto: governos
>
> On Mon, 2 Oct 2000, Claudio Abreu wrote:
> > Vejamos mais uma "coincidência" da nossa realidade com a TGBD. O sistema
> > de governo de um país é distribuído pelos municípios, estados e a
> > federação. O quarto deles seria uma ONU efetiva, e não decorativa e sem
> > força tal como é hoje. Assim teríamos:
> >
> > 1. Municípios 2. Estados
> > 3. Países 4. Terra
> >
> > Ora, dirão muitos: é possível que pudéssemos ter evoluído para uma outra estrutura política. Mas, aí pergunto eu: porque isto não se deu?
>
> acho q. vc nao leu muitos livros de 'friccao cientifica' -- cade as confederacoes planetarias? as ligas intergalaticas?
>
> antes dos municipios existem subprefeituras nas grandes cidades, as administracoes regionais... e agora esta' em fase de estruturacao grandes blocos economicos, cuja base eh continental: uee, alca, mercosul...
>
> nem todos os paises estao divididos em estados ou provincias... alias o vaticano nem tem cidade...
>
> veja Luxemburgo, nao o ex-tecnico, mas o pais: estah dividido em distritos (3), cada distrito em cantoes (12 no total) e os cantoes em comunas... a Suica, em cantoes, meio-cantoes e cidades... a Italia em regioes, provincias e comunas.
>
> muitas das ex-colonias britanicas fazem parte da Commonwealth e reconhecem a coroa britanica como chefe maior do bloco, embora tenham independencia administrativa e politica.
>
> as subdivisoes dependem em grande parte do tamanho do territorio, o q. vai se refletir na complexidade das interacoes das unidades, o q. vai refletir na organizacao politico-administrativa do territorio... e claro q. tem uma grande interferencia do fator historico, q. vai determinar tracos culturais, por exemplo.
>
> os fenomenos de conurbacao gerando as megalopoles deve criar um novo nivel de organizacao politico-administrativa.
>
> []s,
>
> roberto takata
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
>
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> ciencialist-unsubscribe@egroups.com
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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] A TGBD e o prblema do Jocax
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 03/10/2000 00:28

Prezado Jocax,

O que eu disse por inteiro, sem cortes e edições foi:

"Quanto ao manicômio, poderemos nos encontrar lá sim, no dia em que eu for visitá-lo, numa visita daquela permitidas às pessoas amigas dos internados... Se você chegar até lá, conte com meu apoio e atenção dos amigos... risos..."

No fundo acho que não iremos nos encontrar lá...

Bem esse papo já está pra lá de Marraquesch...

Um grande abraço,

Claudio






----- Original Message -----
From: Joao Carlos Holland de Barcellos
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Monday, October 02, 2000 2:23 PM
Subject: Re: [ciencialist] A TGBD e o prblema do Jocax




Claudio Abreu wrote:
> >Essa critica ACIDA E CRUEL e para tentar salva-lo do manicomio
> >se eu nao conseguir nos encontraremos LA e conversaremos a respeito.
> >

>... Quanto ao manicomio,
> poderemos nos encontrar lá sim....


Ok, Claudio
la conversaremos. :-)
Abracos
jocax

*** --- ***
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ciencialist-unsubscribe@egroups.com
*** --- ***



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Desafio
FROM: "socrates1" <socrates1@bol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 03/10/2000 00:35


-----Mensagem original-----
De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Para: ciencialist@egroups.com <ciencialist@egroups.com>
Data: Segunda-feira, 2 de Outubro de 2000 13:25
Assunto: [ciencialist] Desafio



seriam 0,036KM/h???





>Todo brasileiro tem direito a um e-mail grátis
>http://www.bol.com.br
>
>Para quem gosta de desafios, mandei um "probleminha" para a lista
>"matematica-fisica" do eGroups. Ele está em
>http://www.egroups.com/message/matematica-fisica/208
>
>Este "probleminha" esteve em meu Web Site durante todo o ano de 1998 e
>ninguém se aventurou a resolvê-lo. Quem tentar ganhará como brinde duas
>dicas sobre softwares úteis para o estudo de movimentos em computador.
>
>Obs.: Se alguém quiser copiar o desafio e postar em outros locais, estejam
à
>vontade. Não deixem de citar o autor.
>
>
>[ ]'s
>Alberto
>http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm
>
>
>
>*** --- ***
>Para sair da lista envie um mail para:
>ciencialist-unsubscribe@egroups.com
>*** --- ***
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] A TGBD e o prblema do Jocax
FROM: "Neville" <neville@catanduva.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 03/10/2000 01:23

Cláudio Abreu :
>>>........5) Poderia existir a regra de três com mais de quatro
componentes, onde o quarto é a incógnita?

Neville ->
Só para brincar um pouco, tente resolver esta: "Se uma galinha e meia bota
um ovo e
meio em um dia e meio, quanto botarão nove galinhas em nove dias ? "

[s]




SUBJECT: Re: [ciencialist] A TGBD e Geologia
FROM: Rodrigo Frizzo Viecilli <philox@zaz.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 03/10/2000 01:56

Caro Claudio

Obviamente, tratando-se de substâncias diferentes, não podem ter a mesma estrutura cristalina, embora sejam compostas pelo mesmo elemento químico.... o esquisito é que apesar de arranjos diferentes a tgbd explica da mesma forma, o que é inconveniente.


e, by the way, como fica a teoria no caso do enxofre amorfo/ s6/s8? Hehe

Rodrigo

Claudio Abreu wrote:

> Prezado Rodrigo,
>
> Sinceramente são assuntos que não domino. Sou apenas um engenheiro civil, que não exerceu a profissão, e mestre em administração de empresas. Pouco sei sobre geologia.
>
> Mas na área geológica posso lhe dar um bom exemplo de bidualidade. Trata-se que é a estrutura do diamante, o mais puro e perfeito exemplar de material que conhecemos. Mesmo porque ele é o mais nobre dos cristais, que são o supra sumo da geologia, não acha? Bem vamos lá.
>
> O diamante é feito de carbono puro, decorrente de uma estrutura cristalizada, onde temos a tetravalencia do carbono como principal responsável. Aliás o carbono é o primeiro elemento químico tetravalente. Opa.... Tetravalente? Não seria melhor chamar de bidual? Certamente. Vejamos porque.
>
> O carbono poderia ser considerado como sendo um átomo de hélio (2p+2e+2n) mais quatro deutérios , ou seja, 4*(p+e+n). As suas orbitais da camada p, acima das do hélio (camada s), são: uma orbital esférica 2s, e 3 orbitais do tipo p, ortogonais (X, Y, Z). Em cada uma dessas orbitais temos um elétron, que pode se "casar" com outro elétron até que a estrutura entre em equilíbrio no segundo gás nobre, que é neônio, que tem 8 elétrons na sua última camada, que assim é composta das mesmas 4 orbitais citadas, só que com um par de elétrons de spin diferentes a ocupá-la.
>
> Repare que se conseguirmos introduzir alguma diferenciação entre os eixos X, Y e Z das orbitais, por qualquer que seja a razão (eu advogo a tese de seja a orientação do eixo dos Z na direção da força de gravidade) estaremos de uma estrutura bidual.
>
> Mas para falar da estrutura do diamante basta saber que ele é formado exclusivamente pelo carbono que é primeiro elemento químico tretravalente (ou digamos, "galinha", que se casa com qualquer um, inclusive com ele mesmo, para formar os compostos orgânicos, quando combinado com outros, ou para formar o diamante ou o grafite, dependendo do arranjo geométrico das suas moléculas. Aqui me desculpe, mas não me lembro muito bem como isto se dá. Mas acredito que a estrutura molecular do diamante se dá a partir da estrutura tetraédica do átomos de carbono. E como já vimos, o tetraedro é a primeira formação geométrica que ocupa volume no espaço, e que tal vez seja a forma mais simples de explicar a TGBD:
> Dois Pontos definem um segmento de reta (Dual Interno), que interage com um Terceiro Ponto para formar um triângulo (Terno), este terceiro ponto por definição não pode pertencer a reta definida pelos dois primeiros (o Terceiro tem natureza diferente das do Unos do Dual). Por fim, este triângulo (Terno) interage com o Quarto Ponto, e dai forma o tetraedro (Quadra).
>
> Bem pode não ter sido muita coisa, em relação ao que me foi perguntado. Mas duvido que você Rodrigo, e todos aqui desta lista já tivessem visto esta questão do carbono e do diamante do ângulo que lhes mostrei através da TGBD. Aliás isto não foi difícil para mim, na medida em que a TGBD explica toda a formação bidual da Tabela Periódica, que não sei se todos já sabem, tem uma estrutura bidual. E porque a geologia não haveria de ter?
>
> Rodrigo, vamos fazer um teste. Envie para mim textos relacionados aos assuntos que você colocou para teste da TGBD. Após estudá-los me comprometo a dizer se a TGBD consegue explicá-los.
>
> Um grande abraço,
>
> Claudio Abreu
>
> ----- Original Message -----
> From: Rodrigo Frizzo Viecilli
> To: ciencialist@egroups.com
> Sent: Monday, October 02, 2000 10:42 PM
> Subject: Re: [ciencialist] A TGBD e Globalização
>
> Como a tgbd explica a estrutura geológica?
> E a composição dos gases da atmosfera de Tritão?
>
> Rodrigo
>
> Claudio Abreu Bidual wrote:
>
> > Prezado Douglas,
> >
> > Vou aproveitar e responder a você e ao Robrtoto Takaka, que sempre dá um jeito de me contestar.
> >
> > Vejamos primeiro você.
> >
> > >Será que vc esqueceu dos 5 continentes?
> >
> > Eu estava me referindo a estrutura política e não geográfica. Acredito que na maior parte dos países do mundo a estrutura deve ser essa: Municípios formam os Estados que formam os países.
> >
> > >Será que a Terra é uma estrutura política?
> >
> > Sem dúvida é, mais ainda embrionária, pois ainda prevalecem os Estados nacionais, com o os Estados Unidos à frente. A ONU só foi criada após a 2ª guerra mundial, que espero tenha sido a última. Assim, ainda é um embrião do que fatalmente irá acontecer que é a formação de uma Estado unificado Global, mais democrático e mais justo. A própria globalização, em particular devido à informação (internet) levará a isto. Contudo, o que eu quis dizer é que por enquanto ainda vivemos uma estrutura onde sá diria mateus: primeiros os teus... Globalização atualmente é o que no passado já foi chamado de mercantilismo, colianismo, imperalismo e outros ismos mais...
> >
> > >Forçando a barra tudo dá certo, principalmente em crenças.
> > >Abraços e aplausos pela sua imaginação e coragem,
> >
> > Não entendi muito bem o que você quis dizer, mas de qualquer forma obrigado pela força.
> >
> > Vejamos agora minhas considerações sobre as contestações do Takaka, que iniciamente comeõu com uma gozação, se esquecendo que estava me restringindo ao nosso planeta:
> > "acho q. vc nao leu muitos livros de 'friccao cientifica' -- cade as confederacoes planetarias? as ligas intergalaticas? "
> >
> > Depois entrou de sola argumentando, bem ao estilio dele: não é bem assim, pois temos administrações regionais, temos isso e temos aquilo, conforme pode ser visto no trecho abaixo:
> > "antes dos municipios existem subprefeituras nas grandes cidades, as administracoes regionais..."
> > Ele se esqueceu que subprefeituras e administrações regionais não são eleitas, e são nomeadas pelos prefeitos...
> >
> > Depois bateu num nível mais em cima:
> > "e agora esta' em fase de estruturacao grandes blocos economicos, cuja base eh continental: uee, alca, mercosul..."
> > Aqui ele se esqueceu que tais blocos econômicos talvez sejam um caminho para chegarmos ao governo único da Terra.
> >
> > Aí partiu para suas usuais diversidades:
> > "nem todos os paises estao divididos em estados ou provincias... alias o vaticano nem tem cidade... "
> > Quanto o Vaticano, ele se esqueceu que talvez tenhamos aqui um exemplo dos quatro níveis a que me referi: No Vaticano está o Papa, que é o Quarto Uno da Igreja Católica munidial, que pelo que sei é estruturada por países, estados e municípios, tal com me referi.
> >
> > Depois achou que apenas devido ao fato de trocar nomes estava se deparando com situações diferentes da que eu propus:
> > "veja Luxemburgo, nao o ex-tecnico, mas o pais: estah dividido em distritos (3), cada distrito em cantoes (12 no total) e os cantoes em comunas..."
> > "a Suica, em cantoes, meio-cantoes e cidades... a Italia em regioes, provincias e comunas. "
> > Veja que se tivermos Distrito=Cantão=Região=Estado, Cantões=meio-cantões=Município e as comunas=cidades=subprefeituras estaremos dentrio da mesma estrutura que propus.
> >
> > Depois partiu para esta:
> > "muitas das ex-colonias britanicas fazem parte da Commonwealth e reconhecem a coroa britanica como chefe maior do bloco, embora tenham independencia administrativa e politica."
> > Ora, não seria a Commomweath uma estrutura tal como aque propús para o mundo, restrita a decadente comunidade britânica, que possilvelmente acabará se ocorrer a minha previsão para um Estado Mundial?
> >
> > Depois ele fala que:
> > "as subdivisoes dependem em grande parte do tamanho do territorio, o q. vai se refletir na complexidade das interacoes das unidades, o q. vai refletir na organizacao politico-administrativa do territorio... e claro q. tem uma grande interferencia do fator historico, q. vai determinar tracos culturais, por exemplo."
> >
> > Ora, ora Takaka... se o mundo evoluir para ser um todo unificado, sem fés e sem fronteiras, quantos níveis políticos deverão existir senão os quatro a que eu me referi, dado que atualmente, sem dúvida, na sua maioria, os Países posuem Estados, que se subdividem em Municípios? Poxa, pensa grande Roberto... Não fique com essa mania de querer me comntestar pelo simples fato de querer me contestar...
> > No mais um grande abraço,
> >
> > Claudio Abreu
> >
> > ---- Original Message -----
> > From: Douglas
> > To: ciencialist@egroups.com
> > Sent: Monday, October 02, 2000 7:22 PM
> > Subject: Re: [ciencialist] A TGBD e Globalização
> >
> > "Claudio Abreu" escreveu em 02 de Outubro de 2000:
> >
> > > 1. Municípios 2. Estados
> > > 3. Países 4. Terra
> > >
> > > Ora, dirão muitos: é possível que pudéssemos ter evoluído >para uma outra estrutura política. Mas, aí pergunto eu: porque >isto não se deu?
> >
> > Olá Claudio:
> >
> > Será que vc esqueceu dos 5 continentes?
> > Será que a Terra é uma estrutura política?
> > Forçando a barra tudo dá certo, principalmente em crenças.
> >
> > Abraços e aplausos pela sua imaginação e coragem,
> >
> > Douglas A F Campos (SP)
> >
> > =================
> >
> > De: Roberto Mitsuo Takata <rmt@i...>
> > Data: Seg, 2 de Out de 2000 4:10pm
> > Assunto: governos
> >
> > On Mon, 2 Oct 2000, Claudio Abreu wrote:
> > > Vejamos mais uma "coincidência" da nossa realidade com a TGBD. O sistema
> > > de governo de um país é distribuído pelos municípios, estados e a
> > > federação. O quarto deles seria uma ONU efetiva, e não decorativa e sem
> > > força tal como é hoje. Assim teríamos:
> > >
> > > 1. Municípios 2. Estados
> > > 3. Países 4. Terra
> > >
> > > Ora, dirão muitos: é possível que pudéssemos ter evoluído para uma outra estrutura política. Mas, aí pergunto eu: porque isto não se deu?
> >
> > acho q. vc nao leu muitos livros de 'friccao cientifica' -- cade as confederacoes planetarias? as ligas intergalaticas?
> >
> > antes dos municipios existem subprefeituras nas grandes cidades, as administracoes regionais... e agora esta' em fase de estruturacao grandes blocos economicos, cuja base eh continental: uee, alca, mercosul...
> >
> > nem todos os paises estao divididos em estados ou provincias... alias o vaticano nem tem cidade...
> >
> > veja Luxemburgo, nao o ex-tecnico, mas o pais: estah dividido em distritos (3), cada distrito em cantoes (12 no total) e os cantoes em comunas... a Suica, em cantoes, meio-cantoes e cidades... a Italia em regioes, provincias e comunas.
> >
> > muitas das ex-colonias britanicas fazem parte da Commonwealth e reconhecem a coroa britanica como chefe maior do bloco, embora tenham independencia administrativa e politica.
> >
> > as subdivisoes dependem em grande parte do tamanho do territorio, o q. vai se refletir na complexidade das interacoes das unidades, o q. vai refletir na organizacao politico-administrativa do territorio... e claro q. tem uma grande interferencia do fator historico, q. vai determinar tracos culturais, por exemplo.
> >
> > os fenomenos de conurbacao gerando as megalopoles deve criar um novo nivel de organizacao politico-administrativa.
> >
> > []s,
> >
> > roberto takata
> >
> > [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
> >
> >
> > *** --- ***
> > Para sair da lista envie um mail para:
> > ciencialist-unsubscribe@egroups.com
> > *** --- ***
>
> *** --- ***
> Para sair da lista envie um mail para:
> ciencialist-unsubscribe@egroups.com
> *** --- ***
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
>
>
> *** --- ***
> Para sair da lista envie um mail para:
> ciencialist-unsubscribe@egroups.com
> *** --- ***



SUBJECT: Re: [ciencialist] Desafio
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 03/10/2000 03:57

-----Mensagem Original-----
De: "socrates1" <socrates1@bol.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Terça-feira, 3 de Outubro de 2000 00:35
Assunto: Re: [ciencialist] Desafio


> seriam 0,036KM/h???

Olá, Socrates1

No momento não estou com o resultado (preciso resolver o problema novamente)
mas parece-me que você calculou a velocidade do avião na tela do seu
computador e não em relação à Terra. Há um problema de escala e para
converter este valor para o real seria necessário calcular o g na tela de
seu computador em picheis/s2 e, com este valor, calcular o fator de escala
sabendo-se que g = 10m/s2. Aliás, o g é o único dado do problema, pois os
outros devem ser "medidos" pelo candidato a resolvê-lo. Rigorosamente
falando, não se trata de um problema mas de uma simulação experimental.

A maneira correta de resolver o problema está mostrada em
www.egroups.com/message/matematica-fisica/211. Veja também a Errata a essa
msg, justamente no que se refere ao fator de escala, na msg postada em
www.egroups.com/message/matematica-fisica/213

PS.: Conforme prometido ("Quem tentar ganhará como brinde duas dicas sobre
softwares úteis para o estudo de movimentos em computador."), o brinde está
na msg 211 (primeiro link acima) e os que não tentaram a resolução do
problema não têm direito ao download :-)).

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fraude na Astronomia!!!
FROM: "Agapito Ribeiro Júnior" <agapito@alphanet.ne.jp>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 03/10/2000 06:58

Caro Ronaldo

Achei interessante o conteúdo de seus e-mail(s). Se possível, gostaria que você me enviasse em PVT alguns arquivos e ou endereços de websites sobre este assunto. e uma posição tua à respeito.

Poderíamos tratar dele em PVT?

Obrigado

Pirulito



SUBJECT: Re: [ciencialist] Agapito....
FROM: "Agapito Ribeiro Júnior" <agapito@alphanet.ne.jp>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 03/10/2000 07:14

Caro Davi

Acho que você exagerou no seu fascínio por Nietzche. Quando você escreve "Eh facil demais pra quem nao conhece ligar Niet ao nazismo ou a qualquer coisa que queira", até parece que só você carrega as honras de conhecer como ninguém a Nietzche. Então deve saber que ele era:

1. Um machista frustrado que escreveu que as mulheres deveriam ser tratadas à chicote, mas, como Russell afirmou, de cada 10 mulheres, 9 tirariam facilmente o chicote de suas mãos. Ele era, portanto, um cara movido pela frustração e medo.

2. A sua larga experiência entre as mulheres resumiu-se num relacionamente incestuso com sua irmã, não me admira ter escrito tantas baboseiras.

3. Seria anacronismo imaginar Nietsche com a suática e o braço direito estendido à Hitler, mas, seu trabalho entre o de outros filósofos ajudaram na estruturação da ideologia racista alemã. Fazer o que?

4. Era admirador de conquistadores que não fizeram outra coisa senão derramar sangue em nome de seus propósitos, e, a concepção de que não importa a ação mas se ela faz sobresair o super-homem da ralé, isso é que importa, é simplesmente desprezível.

Mas, não quero ferir mais do que já feriram ao seu "herói" filósofo. Mas, quando falam de Marx, e estão certos, concordo, reavalio e assumo outras posições. Seria bom você desmantelar-se do emocional fenomenológico bergisoniano da irracionalidade de seu amor por Nietzsche e aceitar o fato de que o homem era ruim mesmo.

Pirulito



SUBJECT: Re: [ciencialist] Hímem
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 03/10/2000 08:31

{O-Grande-Mentecapto} wrote:
>
> Alguém tem idéia da utilidade do hímem nas mulheres, além de é
> claro indicar se são virgens ou não? Já que dum aspecto evolucionário tal
> indicação não tem importância alguma, certo?

Errado!!
A melhor estratégia para uma mulher é ter filhos de um
unico companheiro e esse companheiro deve permanecer com
ela durante muito tempo. Enquanto que a melhor estrategia
para um homem é ter tantos filhos quantos puder de mulheres
diferentes. Romper o himen causa dor (para alem de ter um
significado psicologico importante) de modo que isso
impede que a mulher se entregue ao primeiro homem que lhe
aparece à frente. Ela só se entregará se ele valer toda a
dor que ela vai suportar, isto é, se ele demonstrar que
é um companheiro para a vida.

Encontrará estas e outras ideias no "Macaco Nu" de Desmond
Morris.

João
http://www.nonio.com




SUBJECT: Re: [ciencialist] os extraterrestres tem sexo e inteligencia??
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 03/10/2000 09:39



Roberto Mitsuo Takata wrote:
>
> On Mon, 2 Oct 2000, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> > > nao eh nisso q. estou interessado... mas na implicacao q. isso tem
> > > para a
> > > falta de obrigatoriedade da inteligencia do tipo humano vir
> > > acompanhado de
> > > emocao do tipo humano.
> >
> >
> > Talvez eu nao esteja entendendo a que vc se refere
> > com a expressao"inteligencia do tipo humano".
> > Eu estava tratando inteligencia como as varias formas possiveis
> > do cerebro ( ou outro orgao ) de lidar com situacoes complexas
> > e resolver problemas,
>
> inteligencia do tipo humano eh uma capacidade maior de abstracao -- eh
> um
> tto arbitrario, mas eh justamente pra nao considerarmos inteligencia
> de
> caes, chimpanzes, golfinhos, camaroes, etc. como do tipo humano. nao
> ha'
> nenhum corte claro entre uma coisa e outra -- eh mais em funcao de
> grau
> do q. de qualidade. mas eh esse grau q. permitiria o ser humano
> construir
> radiotelescopios em busca de outras civilizacoes capazes do mesmo
> feito.
>
> mas embora entre os organismos terrestres nao haja aparentemente um
> hiato
> intransponivel, nao quero fazer muitas suposicoes aprioristicas sobre
> os
> modelos de funcionamento para outras formas de vida q. nao as
> terrestres.
> entao nao trabalho aqui nem mesmo com a suposicao de q. tenha uma base
> neural a capacidade de raciocinio -- poderia ser ateh um tipo de
> processamto optico (uma rede de quase-cristais silicosos funcionando
> como
> fibras opticas, por exemplo).
>
> a importancia da cogitacao de uma i.a. desprovida de emocao eh q. ela
> abre
> a possibilidade de uma forma de vida evoluir biologicamente para algo
> parecido -- bastando para isso condicoes ambientais propicias.
>
> [poderiamos ateh considerar uma i.a. como uma materializacao de um
> meme --
> o conceito de i.a. -- tendo a manipulacao humana como ambiente
> propicio
> para o seu desenvolvimento... mas suponho q vc teria objecoes a esse
> ponto de vista]


Sim, uma especie de Gaia-pensante. Algo onde cada cerebro ou
computador ou aparelho de processamento de informacao poderia
ser pensado como um neoronio. A internet, por exemplo, poderia
ser os primordios destes AXONIOS memeticos !!
Acho possivel e ateh possa ser que ja esteja acontecendo mesmo.

E, como nao existe concorrencia para este novo "organismo" que se
alastra
sobre o planeta nao ha tambem selecao natural e sendo assim nao existira
emotividade.

Contudo, podemos ver isso como algo mais geral : Se a terra eh um
dos Gaias-pensantes poderemos ver os planetas com vida inteligente
como outros gaias-pensantes da mesma maneira e , viajando bastante,
termos uma disputa pelo espaco de modo a colonizar outros
mundos. Nesse caso eh possivel que se veja o planeta como um ser
dotado de emocoes na busca pela sua sobrevivencia....
Da um bom livro de F.C. :)



>
> > Para seres artificiais isso eh possivel. Para seres evoluidos
> > darwinianamente
> > nao creio pelas razoes que expus, resumindo :
> > Um raciocinio
>
> creio q. ficou truncada a resposta.


Resumindo : Um racioconio abstrato soh teria utilidade, e sobreviveria,
do pto de vista da perpetuacao genetica, s servisse ao individuo
para propagar seus genes.
Bom, neste caso, se o ser vivo eh desprovido de emocoes que o
impulsionem
a per petuar seus genes ( sobreviver e procriar) ele deve ter uma
cultura
abstrata que faca este papel. Esta cultura seria o genismo.
Por isso q disse : Se existir uma cultura interplanetaria sem
sentimentos
esta culura teria que ser genista.


>
> > > poderia haver sim... tudo depende do ambiente. bacterias e plantas
> nao
> > > apresentam emocao e conseguem perpetuar seus genes. para o
> hipotetico
> > > predador as emocoes foram de todo desnecessarias.
> >
> > Bacterias e plantas tambem nao apresentam raciocinio, e portanto nao
> > servem
> > como um contra-exemplo refutatorio.
> > Mas teu exemplo pode ser, na verdade, uma forma de ver de onde vem
> esta
> > emocao.
> > Quando o ser vivo nao apresenta um sistema nervoso capaz de dirigir
> suas
> > acoes
> > podemos dizer que nao ha emocao. No caso de o ser vivo ser dirigido
> > por um orgao central ( cerebro ) que coordena suas acoes no sentido
> de
> > sua sobrevivencia, podemos dizer que estes mecanismos cerebrais
> sejam
> > seus instintos-emotivos para esta sobrevivencia.
>
> independentemente do raciocinio, a questao eh q. a emocao nao eh uma
> questao critica para a sobrevivencia de um organismo dependendo de seu
> ambiente. quer dizer, existem meios q. poderiam garantir a
> sobrevivencia
> do organismo eqto nao surge a inteligencia (estou propositadamente
> usando
> uma imagem direcional da evolucao).


NAO!, A inteligencia nao apareceria sem uma presao evolutiva suficiente
!
Quero dizer que em um ambiente promissor onde nao ha luta pela
sobrevivencia
a inteligencia biologica nao poderia surgir. Claro que, como vc disse
sistemas de IA podem ser inteligentes. Mas sua evolucao surge de
sistemas
biologicos-darwinianos-emotivos : Os homens.


>a sua visao era q. a emocao era
> uma
> etapa necessaria para o sugimento do raciocinio (de novo simplificando
> nessa equivalencia do raciocinio e da inteligencia) posto q. ela
> garatiria
> a sobrevivencia ateh o desenvolvimento de algo mais complexo --
> funcionaria como uma especie de solucao provisoria.

SIM!

>
> mesmo q. ampliemos a questao da emotividade como qq tipo de
> funcionamento
> de qq sistema de processamento interno de informacoes externas q.
> resultem
> em acao do organismo em resposta a essas informacoes, isso nao implica
> em
> emocoes especificas como o sao o amor, o odio, o ciume...

Vc estaria falando no estado de "cruzeiro" ?
Ou seja, qdo o ser vivo esta sem impulsos que o levem a agir o q ele
faria?
Talvez dormir !!( q poderia ser um estado emocional de sono ) :-)


>
> > O q eu quero dizer eh que para o organismo, dotado de um controle
> > neurologico central, para sobreviver ele precisa de controles
> cerebrais
> > que o impulsionem para sua sobrevivencia. Estes controles
> instintivos
> > ( algoritmos cerebrais ) sao chamados de emocoes pois geram vontade
> > ( impulso aa acao ). Apos estes algoritmos basicos estarem
> instalados
> > , eh possivel que um raciocinio mais abstrato seja,
> concomitantemente,
> > evoluido. Este raciocinio deveria vir como um apendice de auxilio
> > na estrategia de sobrevivencia do organismo.
>
> esses controles 'instintivos' nao sao chamados de emocoes -- esses
> controles vc quer chamar de emocoes... seria uma definicao estranha,
> jah
> q. o processo de piscar o olho q. fazemos sem perceber a maior parte
> do
> tempo tbm seria emocao, idem para a secrecao de melatonina, de
> hormonios
> hipofisiarios... prefiro a definicao de antonio damasio: a emocao eh
> uma
> percepcao (e portanto consciente) de estados do corpo (gerado pelas
> sensacoes). eh mais operacional.

Nao consigo pensar que um cachorro tenha consciencia de sua raiva,
ou que um rato tenha consciencia de seu medo....
Poderiamos distinguir fisiologicamente uma emocao tipo medo de uma
acao tipo piscar de olhos, se observarmos que as emocoes tem um centro
especifico cerebral associado : O sistema limbico.
Assim TALVEZ pudessemos distinguir neurologicamente o q eh emocao
e o q nao eh sem apelarmos para a consciencia.


>
> > > nao. como a emocao eh a percepcao consciente das sensacoes, por
> > > definicao,
> > > nao se pode ter uma emocao sem estar ciente dela. e preciso sentir
> o
> > > egoismo para se ter a sensacao do egoismo (eh um truismo, sim). ou
> uma
> > > planta pode amar sem saber?
> >
> > Nao concordo. Onde vc pegou esta definicao de emocao?
>
> do livro 'o erro de descartes' de damasio.
>
> > > o predador nao necessariamente tem neuronios --
> >
> > Me mostre um PREDADOR sem neuronios.
>
> as plantas carnivoras. e tem ha' fungos q. se alimentam de nematoides
> vivos -- eles os prendem em suas hifas.

Bom, talvez sejam mas predador no sentido q eu conheco tem que
CACAR suas vitimas ir ao seu encalco. Ficar apenas esperando por elas
nao constitui predador.

>
> > Lembre-se das CONDICOES que eu disse sobre a universalidade
> > dos sentimentos do tipo humano :
> > SOCIEDADE+INTELIGENTE+SEXUADA.
> > Quanto mais os Seres vivos q nao se enquadram nesta categoria mais
> > proximos dos sentimentos humanos eles terao.O inverso eh verdadeiro
> > Quanto menos se enquadram menos sentimentos terao:
> > Uma mosca nao deve ter egoismo mas deve ter medo, nao deve ter
> inveja
> > mas deve ter desejo.
>
> estou mostrando a desconexao entre condicoes de sobrevivencia e
> emocao. vc
> sustentava a necessidade de emocao como garantia de sobrevivencia ateh
> um
> estagio de complexidade em q. a inteligencia pudesse emergir.

Claro que falo de seres com capaciade de processamento a nivel neuronal
algas e plantas nao se enquadram na categoria q eu me referia.


>
> > > esse bicho eh aquele predador... percebe como a memoria eh um item
> > > importante para o raciocinio? vc nao esta' conseguindo abstrair q.
> a
> > > emocao nao precisa vir necessariamente junto com o raciocinio,
> mesmo
> > > em um
> > > organismo biologico... quer dizer, talvez ateh precise, mas
> > > precisariamos
> > > poder fazer uma analise comparativa pra detectarmos isso.
> >
> > Eu nao disse q a emocao precisa vir junto com o raciocinio eu
> > disse que o raciocinio nao pode vir sem ter a emocao junto.
>
> eh exatamente o q. o hipotetico predador-cacador mostra, q. pode haver
> raciocinio sem emocao.

Esse ser hipotetico , a meu ver, nunca existira.

>
> vc deve saber, mas 'a emocao precisa vir junto com o raciocinio'
> significa
> exatamente o mesmo q. 'o raciocinio nao pode vir sem ter a emocao
> junto'...

Nao significa :Vc pode ter um ser com emocao e sem raciocinio.
Isso se nao tomarmos os algoritmos mentais, que sao as emocoes, como
raciocinios rudimentares.

>
> > Olha as condicoes da mensagem original :
> >
> > Toda forma viva sexuada que evolui para uma *sociedade inteligente*
> deve
> > apresentar TODAS as caracteristicas instintivas que qualquer
> > outra sociedade inteligente tambem apresenta : - Amor, Odio, Inveja,
>
> > Compaixao, Ciumes, Desejo etc..
> >
> > Ou seja os fatores sexual, sociedade e inteligencia sao mandatorios.
>
> oras, o seu organismo desenvolveu inteligencia sem as demais
> emocoes... da

NAO , o meu organismo tem todas estas emocoes prontas para serem
utilizadas.
(Eu nao devo estar entendendo o q vc quer dizer.)


> mesma forma q. o predador, a sociedade poderia ter se desenvolvido em
> condicoes diferentes, o mesmo se dando com o sexo... um exemplo: a
> sociedade ter emergido em funcao da inteligencia e nao o oposto; o
> sexo
> nao agindo como pivo central da emergencia da sociedade...

A meu ver isso eh Impossivel num ambiente sexual competitivo.

>
> > Sua definicao de emocao como ato consciente das sensacoes eu
> > tambem nao concordo.
> > mas eu poderia melhorar a definicao : Sinais externos vindos dos
> > orgaos do sentido OU internos provenientes da memoria que geram
> > estimulos no sentido de impulsionar o organismo aa uma acao.
>
> um ataque epiletico... ou um reflexo... sao emocoes?

Pode provocar alguma emocao , nunca tive estes ataques para saber.

>ao retirar a
> perna de
> uma superficie quente antes mesmo de sentir conscientemente a dor eh
> uma
> emocao?

Provocara a emocao da dor sim. Uma formiga tem consciencia da dor?

>secretar hormonios nao eh uma acao? tem q. ser acao muscular?

Tem que provocar um impulso a uma acao, mas esta acao podera ser
bloqueada por outros sistemas cerebrais ( p.ex a consciencia do ato
nocivo ).


> entao um paciente consciente, mas com anestesia peridural nao tem
> emocao?

Ele teria o impulso cerebral para a acao mas seus musculos nao poderiam
agir. ( Vc poderia pensar da mesma maneira : Um cerebro vivo em um
recipiente
apropriado nao teria emocao? Ele teria o impulso mas nao teria nervos.)

> se se injetar curare em alguem de forma q. se paralise os musculos,
> mas
> nao o funcionamento do sistema nervoso, ele nao estara' mais sujeito a
> emocao?
>
> a sua definicao no entanto confere emocao a uma bacteria q. responde a
> um
> estimulo externo e/ou interno q. impulsiona o organismo a uma acao
> motora

SIM, talvez isso realmente seja uma proto emocao :Uma emocao bacteriana
! :)

> -- a menos q. apliquemos uma definicao mais restrita de orgaos como
> estrutura organizada de tecidos.

sim , como disse localizada no sistema limbico.

>
> ela se aplica mais ao conceito de comportamento.
>
> a emocao como percepcao consciente (e nao ato) das sensacoes nao eh
> minha, mas do neurologista antonio damasio. (eu nao vou assumir o
> risco de
> inventar definicoes em uma area ao qual nao tenho conhecimentos
> minimos
> necessarios pra uma opiniao embasada. na verdade ja' assumo um risco
> uma
> vez q. a definicao se aplica ao q. ele chama de 'feeling' -- mas como
> estava-se falando de 'amor, odio, inveja, compaixao' e congeneres --
> lancei mao da aproximacao desses 'sentimentos'.)
>
> > > por q. ele teria q. ter uma emocao associada para perceber o
> prejuizo?
> >
> > Vamos analisar esta questao especifica, que eh o ponto CHAVE
> > de nossa discussao.
> > Primeiro podemos verificar que uma emocao do tipo egoista resolveria
> > o problema: NAO gosto que peguem a carne que eu cassei.
> > E qqr animal que venha roubar a presa eh agredido.
> > Uma emocao egoista eh um processamento relativamente simples :
> > QQr animal ( nao filhos ) que venha pegar o q eu cassei deve ser
> > agredido.
> > Agora para termos um raciocinio abstrato que desencadeie a mesma
> acao
> > o animal teria que ter primeiro algum OBJETIVO abstrato do tipo :
> > Preciso acumular alimento. Depois ele precisaria ter o conceito de
> > prejuizo : quando o montante diminui eh prejuizo. Depois ele precisa
> > verificar qual acao ele deveria tomar para evitar o prejuizo e
> decidir
> > qual adotar :atacar o animal q tenta roubar.
> > Note q estas acoes sao mais complexas do que uma acao instintiva
> > do tipo egoismo. E por isso , evolutivamente, devem aparecer
> primeiro.
> > Claro que depois estas acoes + racionais tambem sao desenvolvidas
> > mas a acao instintiva eh mais simples em termos de processamento.
>
> vamos assumir a sua descricao simplista da emocao e do raciocinio.
>
> se os outros organismo com os quais ele competiria tbm nao apresentam
> emocao, o fato dele nao ter emocao nao lhe sera' uma desvantagem.
>

Discordo. O animal egoista que nao deixa os outros pegarem sua presa
tem + chances de sobrevivencia do que o animal que nao se importe com
isso.


> existe um mecanismo mais direto q. leva o organismo a procurar
> alimento --
> inicialmente nem passa por um processamento consciente. nao ha' q.
> pensar
> se ele gosta ou nao de q. peguem a carne q. ele cacou. 'se eu gosto ou
> nao
> de q. peguem a carne q. cacei? o q. eh gostar?'. ele eh um automato e
> tao
> somente isso no primeiro momento.
>
> o q. existiu foi um processo q. levou ao desenvolvimento nessa especie
> imaginaria de mecanismos de abstracao. ele nao foi selecionado em um
> ambiente em q. houvesse pressao para estrategias de evitacao de
> prejuizo.
> a possibilidade de prejuizo soh ocorreu em uma etapa posterior. eles
> jah
> tinham um raciocinio abstrato, qdo foram confrontados com o prejuizo.

AIh esta o ponto : O raciocinio abstrato seria mais complexo e *nao*
surgiria antes do raciocinio mais simples: o emotivo.

> da
> mesma forma q. o ser humano nao precisou em nenhum momento anterior de
> qq
> nocao sobre volumes n-dimensionais, mas dada a existencia da
> capacidade de
> abstracao foi capaz de concebej-la matematicamente.

Mas note q a capacidade de abstracao veio depois, alojada no neocortex
que eh uma estrutura evolutivamente mais recente.


>
> tais predadores soh foram se deparar com possibilidades de prejuizo
> qdo
> houve um adensamento local da populacao, qdo formaram associacoes de
> caca.
> mas eles soh formaram as associacoes em funcao de uma deliberacao
> racional.
>
> a questao aqui eh puramente historica, basicamente acidental. nao eh o
> pElo uma estrutura muito mais simples e economica do q. a pena? por q.
> entao as aves tEm penas e nao pElos? simplesmente porq. a arvore de
> eventos q. originou as aves nao calhou de levar aos pElos -- por
> questoes
> casuais de inicio e posteriormente por questoes de estruturacao
> (genetico-ambiental) do organismo.
>
> > > por q. ele precisaria ter contato grupal?
> > >
> > > em q. etapa do cenario em q. criei o desenvolvimento do raciocinio
> > > seria
> > > estancado?
> >
> > Em principio nunca. Mas aih surgiu-me um novo insight :
> > Toda especie que *concorre* com outras em que algumas evoluem para
> > agrupamentos sociais, entao, as que *nao* evoluirem para sociedades
> > estarao fadadas aa extincao.
> > E isto seria o fator limitante do desenvolvimento do raciocinio nao
> > grupal.
>
> mesmo q. seja. calhou de nao haver nenhum concorrente social
> anteriormente. assim nao foram fadados 'a extincao ateh desenvolverem
> o
> raciocinio e aih sim optarem pela associacao.
>
> de qq forma o q. vc afirma eh q. os q. concorrem com especies sociais
> em
> um nicho social e nao apresentam organizacao social estao fadados a
> serem
> excluidos desse nicho... isso nao me parece um vislumbre muito
> original.
>
> veja porq. -- existem especies de abelhas q. nao formam associacoes e
> q.
> coexistem com especies aparentadas sociais. aih vc dira', significa q.
> nao
> estao concorrendo. entao acabamos estabelecendo q. se existe eh porq.
> nao
> concorre. e como nao concorre, entao isso explica porq. nao foi
> extinto
> pela especie social... epa! isso eh circularidade. entao como evitar
> isso?
> bem, analisando a concorrencia de outro modo. como? em funcao do nicho
> --
> se os nichos se sobrepoem ha' concorrencia nessa faixa de sobreposicao
> (uma vez detectada a limitacao do recurso nessa parte do nicho). mas
> as
> especies sao aparentas. e daih? daih q. as diferencas estao sendo
> ditadas
> exatamente em funcao da presenca ou nao de associacao. dito desse modo
> generico, os nichos sociais sao os q. serao ocupados em funcao da vida
> em
> sociedade ou grupamentos equivalentes. isso reduz o vislumbre 'aquela
> forma auto-evidente acima...
>
> > > eles nao precisam de sentimentos de grupo, apenas perceber a
> > > conveniencia
> > > da associacao. eles desenvolveram a capacidade de gerar padroes
> para
> > > prever onde encontrariam a presa. com essa capacidade eles
> perceberam
> > > o
> > > padrao da caca cooperativa -- da' menos trabalho e mais
> recompensa.
> > > uma
> > > simples relacao de custo/beneficio.
> >
> > Note que esta cooperacao inicial eh o inicio de uma sociedade.
>
> claro. isso nao traz prejuizo algum ao exercicio imaginativo. na
> verdade
> eu jah estava pensando nessa cooperacao como a propria sociedade jah
> plenamente desenvolvida. o q. interessa aqui eh a possibilidade de
> nessa
> especie imaginaria a sociedade ser fruto de uma deliberacao. i.e. o
> raciocinio preceder a sociedade.
>
> > > vc acha q. francisco rossi apoiou maluf para governador no segundo
> > > turno
> > > por questoes afetivas?
> >
> > Mas aih ja estamos tratando de seres inteligentes o bastante;
> > nao se enquadra no caso em estudo.
>
> tudo bem. soh estava explicitando a possibilidade de desvinculacao do
> raciocinio de questoes exclusivamente afetivas. se o raciocinio eh
> possivel sem a intervencao da emocao, significa agem estruturas
> funcionalmente independentes. se assim for, podem a principio surgir
> de
> modo desvinculado.
>
> bem, claro q. usar exemplo humano neste caso nao eh uma boa, jah q.
> nos
> humanos ha' interacoes entre razao e emocao...
>
> > Mesmo assim : na medida q eles se juntam eles formam um grupo
> > social com novos problemas.
> > Eu diria mais (uma nova tese) : Nemhum ser vivo que tenha capacidade
> de
> > planejamento para entender que uma sociedade eh mais vantajosa
> > sobreviveu SEM ANTES ter se aglutinado em uma sociedade.
> > Ou seja: Uma sociedade eh sempre formada *antes* q estes seres
> tenham
> > capacidade de raciocinio para perceber q este convivio eh melhor que
> > a vida solitaria.
>
> vc acha entao q. para eu perceber q. uma estrela eh quente eu preciso
> ir
> ateh uma delas?

Vc nao entendeu. Eu disse q o raciocinio abstrato de um ser que conclui
que um ambiente social eh mais propicio ANTES de viver neste ambiente
nao pode existir sem antes ter se aglutinado em sociedade.
A analogia com a estrela nao se enquadra.
Claro q pode existir um planeta de robos construidos por seres
darwinianos q se extinguiram como no filme "O exterminador do futuro"
mas podemos dizer q eles tiveram um passado darwiniano ( seus
construtores ).


>q. pra imaginar o atomo eu preciso vej-lo? nao. eh aih
> q.
> entra a abstracao, criam-se modelos e fazem-se previsoes. no caso
> dessa
> especie imaginaria a formacao da sociedade foi o teste de hipotese.
>
> > Note q nao existe raciocinio sem que antes houvesse uma emocao
> > para dirigi-lo.
>
> porq. nao? eh isso q. vc precisa demonstrar...

Reveja os paragrafos acima ( qdo associo o genismo a estas sociedades )

>
> > Mas plantas nao tem neuronios q fazem processamento rapido de
> sinais.
>
> e daih? quem disse q. o predador hipotetico tem neuronios? ele tem um
> meio
> para o processamento soh isso. as plantas tem os seus proprios meios
> de
> processamento.

Veja q todo predador tem neuronios.

>
> > Eu nao acredito que este cenario seja possivel.
> > A solucao + simples para o processamento de sinais visando a
> > sobrevivencia eh dado pelos instintos-emotivos.
> > Estes processamentos sao formas primitivas de inteligencia.
> > SOH a partir daih eh possivel ao ser vivo sofisticar formas
> > masis complexas de raciocinio.
>
> o q. vc precisaria eh demonstrar q. esse cenario nao seja possivel. a
> solucao mais simples para o processamento de sinais visando a
> sobrevivencia nao eh dada pelos instintos e emocao. a forma mais
> simples
> eh a resposta direta. e alem disso, como vc concordou nem sempre o
> mais
> simples eh o mais provavel... alias, vc redefiniu o mais simples como
> o
> mais provavel, mas em evolucao o mais provavel depende do ambiente.
>
> novamente chamo a atencao do caso dos pElos e das penas. os pElos sao
> mais
> simples estruturalmente do q. as penas. no entando as aves apresentam
> penas e nao pElos.
>
> alem disso nem sempre o mais provavel eh o q. acontece de fato.
> podemos
> esperar q. o mais provavel aconteca se for muito, mas muito mais
> provavel.

Bom, acho q precisariamos estudar ANTES o nivel de complexida associada
aas
emocoes e aas associada ao raciocinio abstrato para nao ficarmos
indefinidamente discutindo sexo dos anjos.

[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] Politica.
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 03/10/2000 09:51



Jairo Santos Vieira wrote:
> A solucao dos problemas vem dai de sujar as maos e enxergar melhor a
> saida. Achar que os politicos que estao ai sao ruins eh pedir a
> pergunta:
> - Se achas ruim, porque nao te candidatas? Porque nao partes para a
> luta,
> tu tambem? Se acha que nao existe partido que preste, porque nao crias
> um?

Caro Jairo,
a resposta aa sua pergunta pode ser dada da seguinte forma :

A relacao custo/beneficio compensa?

Eu poderia sair aas ruas e ficar ajudando as pessoas necessitadas
e fazer este tipo de assistencia social. Poderia tentar montar
um partido honesto etc...
MAs eu te pergunto ; A QUE CUSTO?

Qual o objetivo de sua vida?
Ser feliz vc me responde.

Claro q parte da felicidade podera vir se vc ajudar os necessitados
mas, se vc ficar nas ruas batalhando pelos necessitados, vc garante
que vc seria mais feliz do que se vc cuidasse de ganhar dinheiro ou
cuidar de sua familia por exemplo?

Quais acoes vc teria q tomar para ser mais feliz ?

Cada um age de uma maneira diferente tentando resolver este problema.
( E isto as vezes envolve um pouco de egoismo )

[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] Hímem
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 03/10/2000 10:39



{O-Grande-Mentecapto} wrote:
>
> Alguém tem idéia da utilidade do hímem nas mulheres, além de
> é
> claro indicar se são virgens ou não? Já que dum aspecto evolucionário
> tal
> indicação não tem importância alguma, certo?

Eu poderia *chutar* uma ou 2 explicacoes :

1- Ele impediria infeccoes no aparelho reprodutor feminino
durante a infancia. ( Como sua ruptura seria dolorosa, isso
postergaria
as relacoes sexuais prematuras ou possiveis praticas masturbatorias
prejudiciais)

2- Pela mesma razao ( dor )ele agiria no sentido de fazer com que
a menina-moca selecionasse melhor seus parceiros sexuais.

3- Serviria como elemento cultural ( de algumas culturas 'machistas')
no sentido de verificar a virgindade e com isso garantir o
aspecto recatado da moca alem de aumentar as garantias de
paternidade do noivo.

[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] Politica.
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 03/10/2000 11:32



João Mário Miranda wrote:
>
> Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
>
> >
> > Cada um age de uma maneira diferente tentando resolver este
> problema.
> > ( E isto as vezes envolve um pouco de egoismo )
>
> Ou seja, não há razão para culpar os politicos ...

Nao concordo com sua conclusao. Culpar o politicos faz parte
do jogo : se eles nunca forem acusados eles nao terao motivos
para agirem eticamente. Nos melhoraremos a classe politica
se a eles emputarmos penas severas aos seus deslizes eticos.

>porque estes
> são os melhores politicos que podemos ter.

Essa eh uma assercao filosofica profunda dificil de analisar
em poucas linhas.

>Todos os outros
> estão a tentar ser felizes à sua maneira.

Por isso devem arcar com as consequencias de seus atos.

[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] Hímem
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 03/10/2000 11:34



João Mário Miranda wrote:
>
> {O-Grande-Mentecapto} wrote:
> >
> > Alguém tem idéia da utilidade do hímem nas mulheres, além
> de é
> > claro indicar se são virgens ou não? Já que dum aspecto
> evolucionário tal
> > indicação não tem importância alguma, certo?
>
> Errado!!
> A melhor estratégia para uma mulher é ter filhos de um
> unico companheiro e esse companheiro deve permanecer com
> ela durante muito tempo.

Nao necessariamente ! Se ela encontrar pelo caminho um "Deus" como eu
ela deveria ter filhos comigo !! :-))))

[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] Hímem
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 03/10/2000 11:42



Eliane Evanovich Gallagher wrote:
>
> On Tue, 3 Oct 2000, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
>
> >
> >
> > {O-Grande-Mentecapto} wrote:
> > >
> > > Alguém tem idéia da utilidade do hímem nas mulheres, além de
> > > é
> > > claro indicar se são virgens ou não? Já que dum aspecto evolucionário
> > > tal
> > > indicação não tem importância alguma, certo?
> >
> > Eu poderia *chutar* uma ou 2 explicacoes :
> >
> > 1- Ele impediria infeccoes no aparelho reprodutor feminino
> > durante a infancia. ( Como sua ruptura seria dolorosa, isso
> > postergaria
> > as relacoes sexuais prematuras ou possiveis praticas masturbatorias
> > prejudiciais)
> >
> > 2- Pela mesma razao ( dor )ele agiria no sentido de fazer com que
> > a menina-moca selecionasse melhor seus parceiros sexuais.
>
> Nao tenho a menor ideia dessa funcao, a maioria das ideias sao
> muito especulativas, mas essa ultima resposta me parece meio estranha.

Nao acho estranha, veja bem qualquer elemento que faca com que a mulher
tenha sua primeira relacao sexual com algum criterio de selecao
do que nenhum criterio aumenta as chances de q o filho tenha mais
qualidade.
A ideia eh : O pai deve valer a pena aa dor da ruptura do himem.
Note que qto maior o investimento parental na prole, maiores deverao
ser os criterios de qualidades dos genitores para sua producao.
[]s
jocax



> Acho meio dificil que os nossos ancestrais se importassem muito com a
> virgindade de suas parceiras, alias, nem imagina qdo essa tal pelicula
> tenha surgiu ao longo da evolucao!!:). Ela me parece mais uma barreira
> biologica que uma vantagem, jah que a reproducao eh um importante elemento
> evolutivo. Por enqto prefiro imaginar que ele eh um resquicio do
> desenvolvimento sexual feminino!!
>
>
> > 3- Serviria como elemento cultural ( de algumas culturas 'machistas')
> > no sentido de verificar a virgindade e com isso garantir o
> > aspecto recatado da moca alem de aumentar as garantias de
> > paternidade do noivo.
> >
> > []s
> > jocax
> >
> >
> > *** --- ***
> > Para sair da lista envie um mail para:
> > ciencialist-unsubscribe@egroups.com
> > *** --- ***
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>
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> Para sair da lista envie um mail para:
> ciencialist-unsubscribe@egroups.com
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Hímem
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 03/10/2000 12:03

On Tue, 3 Oct 2000, João Mário Miranda wrote:
> diferentes. Romper o himen causa dor (para alem de ter um
> significado psicologico importante) de modo que isso
> impede que a mulher se entregue ao primeiro homem que lhe
> aparece à frente. Ela só se entregará se ele valer toda a
> dor que ela vai suportar, isto é, se ele demonstrar que
> é um companheiro para a vida.

eh um cenario nao impossivel, mas nao tao simples. a dor nao pode ser um
agente primario de selecao -- jah q. se assim fosse, ela soh descobriria a
'utilidade' do himen tarde demais...

um comentario interessante se encontra em:

http://www.straightdope.com/classics/a3_226.html

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] A TGBD e Geologia
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 03/10/2000 12:31

Prezado Rodrigo,

Vamos lá para minhas considerações.

>Rodrigo:
>Obviamente, tratando-se de substâncias diferentes,
>não podem ter a mesma estrutura >cristalina,
>embora sejam compostas pelo mesmo elemento químico....
>o esquisito é que apesar >de arranjos diferentes
>a tgbd explica da mesma forma, o que é inconveniente.

Não é bem assim. Eu escrevi o texto anterior sem consultar nenhum livro, e sem me lembrar como se dava a diferenciação entre o diamante e o grafite. Agora, com o livro de química na mão acho que posso responder melhor esta questão.

Com base no livro "Química Geral - Volume I", de Ricardo Feltre, utilizado pela minha filha no segundo grau, que aborda o assunto das orbitais moleculares, nas suas páginas 143 a 153, faço os seguintes comentários.

As ligações covalentes resultam de uma união ou interpenetração de orbitais atômicos, dando origem a orbitais moleculares, que podem ser simples, duplas e triplas, e, correndo por fora, existem as chamadas orbitais híbridas. Repare que aqui já temos uma estrutura bidual, onde o Quarto são as orbitais moleculares híbridos. Poxa, que "coincidência"...

Mas a coisa não para aí, pois as orbitais moleculares híbridas, por sua vez podem ser de quatro tipos: sp, sp2, sp3 e sp3d2, que também é uma estrutura bidual. Poxa, mas que "coincidência", de novo...

No caso do diamante, ele é formado pelo carbono puro quando se dá a orbital molecular do tipo sp3, ou seja, com um elétron na camada s e 3 eletrons na camada p, sendo 1 em cada orbital X, Y e Z, formando uma estrutura tetraédica, com ângulo de ligações de 109 graus e 28 segundos, do que resulta 4 ligações num espaço tridimensional. No caso do grafite, a orbital molecular é a do tipo sp2, na qual, acredito eu, existem dois eletrons na camada s e dois na p, nos eixos X e Y. Daí resultam 3 ligações formando ângulos de 120 graus, que se dão num plano, definido pelos eixos das orbitais X e Z.

É lógico que a orbital sp3 do diamante é bidual, pois tem formação tetraédica, enquanto a do grafite não o é. Assim, acredito que a TGBD não explicou os dois casos da mesma forma, porquanto que no diamante a estrutura molecular é tetraédica, ou bidual, enquanto que no grafite isto não ocorre.

No diamante as ligações, digamos espaciais, tem todas uma comprimento de 154 pm, numa estrutura tetraédica. Ele é o solido mais duro que se conhece, não conduz a eletricidade e tem densidade de 3,51 g/cm3, que indica possuir estrutura cristalina mais compacta.

No grafite as moléculas ocupam diversos planos, separados entre si por uma distância de 335 pm (onde pm=10^-12 m) e o comprimento das ligações em cada plano é de 141 pm.
Ele é mole, conduz eletricidade e tem densidade de 2,25g/cm3.

Não acha impressionante como ser bidual ou não faz diferença?

>Rodrigo:
>e, by the way, como fica a teoria no caso do enxofre amorfo/ s6/s8? Hehe

Bem essa eu vou ficar devendo agora, por uma questão de falta de tempo e de um melhor material para consulta. Lembre-se que sou apenas um engenheiro que nunca exerceu e mestre em administração. Mas você não perderá por esperar.

Um grande abraço,

Claudio Abreu


----- Original Message -----
From: Rodrigo Frizzo Viecilli
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Tuesday, October 03, 2000 1:56 AM
Subject: Re: [ciencialist] A TGBD e Geologia


Caro Claudio

Obviamente, tratando-se de substâncias diferentes, não podem ter a mesma estrutura cristalina, embora sejam compostas pelo mesmo elemento químico.... o esquisito é que apesar de arranjos diferentes a tgbd explica da mesma forma, o que é inconveniente.


e, by the way, como fica a teoria no caso do enxofre amorfo/ s6/s8? Hehe

Rodrigo

Claudio Abreu wrote:

> Prezado Rodrigo,
>
> Sinceramente são assuntos que não domino. Sou apenas um engenheiro civil, que não exerceu a profissão, e mestre em administração de empresas. Pouco sei sobre geologia.
>
> Mas na área geológica posso lhe dar um bom exemplo de bidualidade. Trata-se que é a estrutura do diamante, o mais puro e perfeito exemplar de material que conhecemos. Mesmo porque ele é o mais nobre dos cristais, que são o supra sumo da geologia, não acha? Bem vamos lá.
>
> O diamante é feito de carbono puro, decorrente de uma estrutura cristalizada, onde temos a tetravalencia do carbono como principal responsável. Aliás o carbono é o primeiro elemento químico tetravalente. Opa.... Tetravalente? Não seria melhor chamar de bidual? Certamente. Vejamos porque.
>
> O carbono poderia ser considerado como sendo um átomo de hélio (2p+2e+2n) mais quatro deutérios , ou seja, 4*(p+e+n). As suas orbitais da camada p, acima das do hélio (camada s), são: uma orbital esférica 2s, e 3 orbitais do tipo p, ortogonais (X, Y, Z). Em cada uma dessas orbitais temos um elétron, que pode se "casar" com outro elétron até que a estrutura entre em equilíbrio no segundo gás nobre, que é neônio, que tem 8 elétrons na sua última camada, que assim é composta das mesmas 4 orbitais citadas, só que com um par de elétrons de spin diferentes a ocupá-la.
>
> Repare que se conseguirmos introduzir alguma diferenciação entre os eixos X, Y e Z das orbitais, por qualquer que seja a razão (eu advogo a tese de seja a orientação do eixo dos Z na direção da força de gravidade) estaremos de uma estrutura bidual.
>
> Mas para falar da estrutura do diamante basta saber que ele é formado exclusivamente pelo carbono que é primeiro elemento químico tretravalente (ou digamos, "galinha", que se casa com qualquer um, inclusive com ele mesmo, para formar os compostos orgânicos, quando combinado com outros, ou para formar o diamante ou o grafite, dependendo do arranjo geométrico das suas moléculas. Aqui me desculpe, mas não me lembro muito bem como isto se dá. Mas acredito que a estrutura molecular do diamante se dá a partir da estrutura tetraédica do átomos de carbono. E como já vimos, o tetraedro é a primeira formação geométrica que ocupa volume no espaço, e que tal vez seja a forma mais simples de explicar a TGBD:
> Dois Pontos definem um segmento de reta (Dual Interno), que interage com um Terceiro Ponto para formar um triângulo (Terno), este terceiro ponto por definição não pode pertencer a reta definida pelos dois primeiros (o Terceiro tem natureza diferente das do Unos do Dual). Por fim, este triângulo (Terno) interage com o Quarto Ponto, e dai forma o tetraedro (Quadra).
>
> Bem pode não ter sido muita coisa, em relação ao que me foi perguntado. Mas duvido que você Rodrigo, e todos aqui desta lista já tivessem visto esta questão do carbono e do diamante do ângulo que lhes mostrei através da TGBD. Aliás isto não foi difícil para mim, na medida em que a TGBD explica toda a formação bidual da Tabela Periódica, que não sei se todos já sabem, tem uma estrutura bidual. E porque a geologia não haveria de ter?
>
> Rodrigo, vamos fazer um teste. Envie para mim textos relacionados aos assuntos que você colocou para teste da TGBD. Após estudá-los me comprometo a dizer se a TGBD consegue explicá-los.
>
> Um grande abraço,
>
> Claudio Abreu
>
> ----- Original Message -----
> From: Rodrigo Frizzo Viecilli
> To: ciencialist@egroups.com
> Sent: Monday, October 02, 2000 10:42 PM
> Subject: Re: [ciencialist] A TGBD e Globalização
>
> Como a tgbd explica a estrutura geológica?
> E a composição dos gases da atmosfera de Tritão?
>
> Rodrigo
>
> Claudio Abreu Bidual wrote:
>
> > Prezado Douglas,
> >
> > Vou aproveitar e responder a você e ao Robrtoto Takaka, que sempre dá um jeito de me contestar.
> >
> > Vejamos primeiro você.
> >
> > >Será que vc esqueceu dos 5 continentes?
> >
> > Eu estava me referindo a estrutura política e não geográfica. Acredito que na maior parte dos países do mundo a estrutura deve ser essa: Municípios formam os Estados que formam os países.
> >
> > >Será que a Terra é uma estrutura política?
> >
> > Sem dúvida é, mais ainda embrionária, pois ainda prevalecem os Estados nacionais, com o os Estados Unidos à frente. A ONU só foi criada após a 2ª guerra mundial, que espero tenha sido a última. Assim, ainda é um embrião do que fatalmente irá acontecer que é a formação de uma Estado unificado Global, mais democrático e mais justo. A própria globalização, em particular devido à informação (internet) levará a isto. Contudo, o que eu quis dizer é que por enquanto ainda vivemos uma estrutura onde sá diria mateus: primeiros os teus... Globalização atualmente é o que no passado já foi chamado de mercantilismo, colianismo, imperalismo e outros ismos mais...
> >
> > >Forçando a barra tudo dá certo, principalmente em crenças.
> > >Abraços e aplausos pela sua imaginação e coragem,
> >
> > Não entendi muito bem o que você quis dizer, mas de qualquer forma obrigado pela força.
> >
> > Vejamos agora minhas considerações sobre as contestações do Takaka, que iniciamente comeõu com uma gozação, se esquecendo que estava me restringindo ao nosso planeta:
> > "acho q. vc nao leu muitos livros de 'friccao cientifica' -- cade as confederacoes planetarias? as ligas intergalaticas? "
> >
> > Depois entrou de sola argumentando, bem ao estilio dele: não é bem assim, pois temos administrações regionais, temos isso e temos aquilo, conforme pode ser visto no trecho abaixo:
> > "antes dos municipios existem subprefeituras nas grandes cidades, as administracoes regionais..."
> > Ele se esqueceu que subprefeituras e administrações regionais não são eleitas, e são nomeadas pelos prefeitos...
> >
> > Depois bateu num nível mais em cima:
> > "e agora esta' em fase de estruturacao grandes blocos economicos, cuja base eh continental: uee, alca, mercosul..."
> > Aqui ele se esqueceu que tais blocos econômicos talvez sejam um caminho para chegarmos ao governo único da Terra.
> >
> > Aí partiu para suas usuais diversidades:
> > "nem todos os paises estao divididos em estados ou provincias... alias o vaticano nem tem cidade... "
> > Quanto o Vaticano, ele se esqueceu que talvez tenhamos aqui um exemplo dos quatro níveis a que me referi: No Vaticano está o Papa, que é o Quarto Uno da Igreja Católica munidial, que pelo que sei é estruturada por países, estados e municípios, tal com me referi.
> >
> > Depois achou que apenas devido ao fato de trocar nomes estava se deparando com situações diferentes da que eu propus:
> > "veja Luxemburgo, nao o ex-tecnico, mas o pais: estah dividido em distritos (3), cada distrito em cantoes (12 no total) e os cantoes em comunas..."
> > "a Suica, em cantoes, meio-cantoes e cidades... a Italia em regioes, provincias e comunas. "
> > Veja que se tivermos Distrito=Cantão=Região=Estado, Cantões=meio-cantões=Município e as comunas=cidades=subprefeituras estaremos dentrio da mesma estrutura que propus.
> >
> > Depois partiu para esta:
> > "muitas das ex-colonias britanicas fazem parte da Commonwealth e reconhecem a coroa britanica como chefe maior do bloco, embora tenham independencia administrativa e politica."
> > Ora, não seria a Commomweath uma estrutura tal como aque propús para o mundo, restrita a decadente comunidade britânica, que possilvelmente acabará se ocorrer a minha previsão para um Estado Mundial?
> >
> > Depois ele fala que:
> > "as subdivisoes dependem em grande parte do tamanho do territorio, o q. vai se refletir na complexidade das interacoes das unidades, o q. vai refletir na organizacao politico-administrativa do territorio... e claro q. tem uma grande interferencia do fator historico, q. vai determinar tracos culturais, por exemplo."
> >
> > Ora, ora Takaka... se o mundo evoluir para ser um todo unificado, sem fés e sem fronteiras, quantos níveis políticos deverão existir senão os quatro a que eu me referi, dado que atualmente, sem dúvida, na sua maioria, os Países posuem Estados, que se subdividem em Municípios? Poxa, pensa grande Roberto... Não fique com essa mania de querer me comntestar pelo simples fato de querer me contestar...
> > No mais um grande abraço,
> >
> > Claudio Abreu
> >
> > ---- Original Message -----
> > From: Douglas
> > To: ciencialist@egroups.com
> > Sent: Monday, October 02, 2000 7:22 PM
> > Subject: Re: [ciencialist] A TGBD e Globalização
> >
> > "Claudio Abreu" escreveu em 02 de Outubro de 2000:
> >
> > > 1. Municípios 2. Estados
> > > 3. Países 4. Terra
> > >
> > > Ora, dirão muitos: é possível que pudéssemos ter evoluído >para uma outra estrutura política. Mas, aí pergunto eu: porque >isto não se deu?
> >
> > Olá Claudio:
> >
> > Será que vc esqueceu dos 5 continentes?
> > Será que a Terra é uma estrutura política?
> > Forçando a barra tudo dá certo, principalmente em crenças.
> >
> > Abraços e aplausos pela sua imaginação e coragem,
> >
> > Douglas A F Campos (SP)
> >
> > =================
> >
> > De: Roberto Mitsuo Takata <rmt@i...>
> > Data: Seg, 2 de Out de 2000 4:10pm
> > Assunto: governos
> >
> > On Mon, 2 Oct 2000, Claudio Abreu wrote:
> > > Vejamos mais uma "coincidência" da nossa realidade com a TGBD. O sistema
> > > de governo de um país é distribuído pelos municípios, estados e a
> > > federação. O quarto deles seria uma ONU efetiva, e não decorativa e sem
> > > força tal como é hoje. Assim teríamos:
> > >
> > > 1. Municípios 2. Estados
> > > 3. Países 4. Terra
> > >
> > > Ora, dirão muitos: é possível que pudéssemos ter evoluído para uma outra estrutura política. Mas, aí pergunto eu: porque isto não se deu?
> >
> > acho q. vc nao leu muitos livros de 'friccao cientifica' -- cade as confederacoes planetarias? as ligas intergalaticas?
> >
> > antes dos municipios existem subprefeituras nas grandes cidades, as administracoes regionais... e agora esta' em fase de estruturacao grandes blocos economicos, cuja base eh continental: uee, alca, mercosul...
> >
> > nem todos os paises estao divididos em estados ou provincias... alias o vaticano nem tem cidade...
> >
> > veja Luxemburgo, nao o ex-tecnico, mas o pais: estah dividido em distritos (3), cada distrito em cantoes (12 no total) e os cantoes em comunas... a Suica, em cantoes, meio-cantoes e cidades... a Italia em regioes, provincias e comunas.
> >
> > muitas das ex-colonias britanicas fazem parte da Commonwealth e reconhecem a coroa britanica como chefe maior do bloco, embora tenham independencia administrativa e politica.
> >
> > as subdivisoes dependem em grande parte do tamanho do territorio, o q. vai se refletir na complexidade das interacoes das unidades, o q. vai refletir na organizacao politico-administrativa do territorio... e claro q. tem uma grande interferencia do fator historico, q. vai determinar tracos culturais, por exemplo.
> >
> > os fenomenos de conurbacao gerando as megalopoles deve criar um novo nivel de organizacao politico-administrativa.
> >
> > []s,
> >
> > roberto takata
> >
> > [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
> >
> >
> > *** --- ***
> > Para sair da lista envie um mail para:
> > ciencialist-unsubscribe@egroups.com
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> Para sair da lista envie um mail para:
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> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] A TGBD e Geologia
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 03/10/2000 15:09

fora o fato de q. existe tbm as bucky-bolas...

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Hímem
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 03/10/2000 15:23

On Sun, 3 Sep 2000, João Mário Miranda wrote:
> Não exactamente, uma vez que as mulheres têm mães e têm amigas
> e falam umas com as outras. Mas mesmo que não tivessem o himen
> pode não impedir a primeira relação sexual, mas pode trona-la
> numa experiência desagradavel. Ou até pode ser a causa do seu
> fracasso. Da proxima vez a mulher terá mais cuidado a escolher
> o parceiro. E ela pode até nem engravidar da primeira vez.

de qq maneira jah tem um complicador e a coisa deixa de ser tao direta...
com o perdao dos psicologos da lista (disseram-me q. nao era essa a visao
de freud, mas soh pra nao perder a piada), interessante como tudo no ser
humano tende a ser explicado em funcao do sexo...

ao q. tenho ouvido e lido de ginecologos e psicologos a questao da dor na
primeira transa nao se resume ao himen (q. nem teria ttas terminacoes
nervosas pra ser tao sensivel assim -- bem, como homem, nao posso opinar
-- apenas indiretamente), existe a questao de se ela esta' confortavel ou
nao -- o q. leva a uma dilatacao ou contracao do canal vaginal, q. pode
facilitar ou dificultar a penetracao -- e tbm da lubrificacao do canal --
nao sei se estou certo, porem a impressao q. tenho eh q. esses dois
ultimos fatores seriam mais essenciais.

desconheco trabalhos sobre o tema, mas a impressao q. tenho eh q. ha' um
polimorfismo muito grande em relacao ao himen q. nao sei se ele foi mesmo
um fator importante de selecao, inda mais do tipo proposto. inda mais
considerando a presenca ostensiva e intensiva dos fatores de selecao
sexual feminina pre-copula.

nao descarto essa funcao do himen, mas tbm nao compro...

aos pan-selecionistas da lista: espinha (acne) no rosto tem ou teve alguma
vantagem evolutiva? e o 'gaiteio' do recem adolescente masculino? e essa
quero ver alguem matar: qual a vantagem evolutiva da abertura das
glandulas sudoriparas na ponta dos dedos localizarem-se nos vales das
impressoes digitais?

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] A TGBD e Geologia
FROM: "Claudio Abreu Bidual" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 03/10/2000 15:37

Prezado Roberto Takata,

Bucky-bolas são aquelas estruturas de carbono que combinam hexagonos e pentágonos, e que deram origem ao formato final das bolas de futebol?

Bem e quanto ao que escrevi sobre o diamante e o grafite? Você acha que é mais uma "coleção", apesar do diamante ser a matéria mais dura que conhecemos? Seria apenas mais uma coincidência? Gostaria de saber suas considerações a respeito. Pode tentar diversificar se for capaz...

Um grande abraço.

Claudio Abreu

----- Original Message -----
From: Roberto Mitsuo Takata
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Tuesday, October 03, 2000 3:09 PM
Subject: Re: [ciencialist] A TGBD e Geologia


fora o fato de q. existe tbm as bucky-bolas...

[]s,

roberto takata


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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] A TGBD e Geologia
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 03/10/2000 15:52

On Tue, 3 Oct 2000, Claudio Abreu Bidual wrote:
> Bucky-bolas são aquelas estruturas de carbono que combinam hexagonos e
> pentágonos, e que deram origem ao formato final das bolas de futebol?

han, na verdade as bucky-bolas soh foram descobertas bem depois da
invencao das bolas de futebol costuradas em gomos poligonais... mas sao
sim moleculas de carbono com essa forma.

> Bem e quanto ao que escrevi sobre o diamante e o grafite? Você acha que
> é mais uma "coleção", apesar do diamante ser a matéria mais dura que
> conhecemos? Seria apenas mais uma coincidência? Gostaria de saber suas
> considerações a respeito. Pode tentar diversificar se for capaz...

o diamante eh uma das substancias naturais mais duras de fato, mas existem
substancias sinteticas mais duras -- se nao me falha a memoria tem um
composto de nitrogenio e hidrogenio e mais um ou outro elemento, mas nao
estou bem certo disso.

e a dureza nao eh a unica caracteristica de um mineral -- tem o plano de
clivagem, a temperatura de fusao e de ebulicao, o brilho, a opacidade ou
translucencia, reatividade com materiais varios, resistencia 'a quebra,
simetria cristalina, cor, densidade, condutividade eletrica,
radioatividade, abundancia na crosta terrestre e zonas de ocorrencia... a
tgbd explica tudo isso? a mais rale' das teoricas atomicas explica boa
parte...

ainda acha q. as excessoes biologicas e de organizacao
politico-administrativa nao precisam ser levadas em conta?

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] A TGBD e Geologia
FROM: "Claudio Abreu Bidual" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 03/10/2000 18:40

Prezado Roberto Takata,

Bem no livro do Ricardo Feltre é dito que as tais bucky-bolas foram descobertas recentemente, e foi a partir daí, devido a sua forma esférica, surgiram os novos modelos de bolas de futebol, com hexagonos e pentágonos. Eu estou sem o livri aqui no trabalho agora, mas sem dúvida é uma grande coincidência da natureza. Vou dar uma olhada no livro de novo, e depois comnento alguma coisa se for o caso.

Mas voltando ao diamante. Takata. Você não vai querer negar que o diamante é uma espécie se supra sumo da matéria, vai?... Mas tudo bem, você sempre vai apelar para as suas diversidades... Elas fazem parte de você.

Agora sai desta: você consegue me dar algum exemplo de material organico que não conténha o carbono, o primeiro elemento tetravalente da Tabela Periódica? Certamente você irá dizer que existe algum... Senão disser não é o Roberto Mitsuo Takata que eu conheço... risos... e mais risos...

Aliás, você já reparou que os elementos químicos são classificados em quatro grandes categorias que são: os gases nobres, os metais, os semi-metais e os não metais, que estariam dentro de uma estrutura bidual, onde os gases nobres seriam o Quarto Uno?

Você já reparou que os gases nobres não se combinam com nenhum outro elemento quimico (daí o nome nobre) devido ao fato de já estarem em equilíbrio na sua última camadas eletronica? E que à exceção do hélio, o primeiro deles, que contém dois eletrons na camada 1s, eles estão em equilíbrio porque sempre contêm 8 eletrons, dispostos aos pares nas quatro orbitais (1 s e 3p ) que formam um bidual?

Que de alguma maneira todos os demais elementos químicos tendem a se combinar para atingir a mesma estrutura de equilíbrio na sua última camada eletronica, de 4 orbitais (1s e 3p), de forma a assemelhada aos dos resdectivos gases nobres da sua digamos, linha, na Tabela Periódica?

Por fim, você escreve, bem ao seu estilo:
>e a dureza nao eh a unica caracteristica de um mineral -- tem o plano de
>clivagem, a temperatura de fusao e de ebulicao, o brilho, a opacidade ou
>translucencia, reatividade com materiais varios, resistencia 'a quebra,
>simetria cristalina, cor, densidade, condutividade eletrica,
>radioatividade, abundancia na crosta terrestre e zonas de ocorrencia... a
>tgbd explica tudo isso? a mais rale' das teoricas atomicas explica boa
>parte...

Ora, realmente nunca apontei a TGBD para explicar todas estas características dos elementos químicos. Só lembro a você que o nome Tabela Periódica advém do fato de diversas características dos elementos físicos se apresentrarem em ciclos, em cada nível energtico, que são 7. E que ao final de cada ciclo destes sempre tem um gás nobre no final de cada um deste níveis sempre está seu gás nobre, que como já disse, está em equilíbrio, porque suas uúltima camada eletronica formam um bidual...

Poxa, Roberto, quando será que você vai parar de não acreditar na TGBD? Você me lembra aqueles religiosos católicos, que numa peça de Brecht (será isto) sobre Galileu, ficavam tentando demovê-lo das sua idéia de existiam luas em Júpiter, e que elas giravam em torno de Júpiter, qe que portanto, nem tudo girava em torno da Terra. Mas eles só ficavam na pressão é se recusavam a olhar o fenômeno na luneta de Galileu, por mais que este sugerisse que eles o fizessem.

Em suma, OLHE NA LUNETA E VEJA AS LUAS GIRANDO EM TORNO DE JÚPITER, meu grande debatedor e desafeto Takata. Quem asbe você não irá ver a TGBD lá também?

Um grande abraço.

Claudio Abreu



----- Original Message -----
From: Roberto Mitsuo Takata
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Tuesday, October 03, 2000 3:52 PM
Subject: Re: [ciencialist] A TGBD e Geologia


On Tue, 3 Oct 2000, Claudio Abreu Bidual wrote:
> Bucky-bolas são aquelas estruturas de carbono que combinam hexagonos e
> pentágonos, e que deram origem ao formato final das bolas de futebol?

han, na verdade as bucky-bolas soh foram descobertas bem depois da
invencao das bolas de futebol costuradas em gomos poligonais... mas sao
sim moleculas de carbono com essa forma.

> Bem e quanto ao que escrevi sobre o diamante e o grafite? Você acha que
> é mais uma "coleção", apesar do diamante ser a matéria mais dura que
> conhecemos? Seria apenas mais uma coincidência? Gostaria de saber suas
> considerações a respeito. Pode tentar diversificar se for capaz...

o diamante eh uma das substancias naturais mais duras de fato, mas existem
substancias sinteticas mais duras -- se nao me falha a memoria tem um
composto de nitrogenio e hidrogenio e mais um ou outro elemento, mas nao
estou bem certo disso.

e a dureza nao eh a unica caracteristica de um mineral -- tem o plano de
clivagem, a temperatura de fusao e de ebulicao, o brilho, a opacidade ou
translucencia, reatividade com materiais varios, resistencia 'a quebra,
simetria cristalina, cor, densidade, condutividade eletrica,
radioatividade, abundancia na crosta terrestre e zonas de ocorrencia... a
tgbd explica tudo isso? a mais rale' das teoricas atomicas explica boa
parte...

ainda acha q. as excessoes biologicas e de organizacao
politico-administrativa nao precisam ser levadas em conta?

[]s,

roberto takata


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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] A TGBD e Geologia
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 03/10/2000 22:31

On Tue, 3 Oct 2000, Claudio Abreu Bidual wrote:
> descobertas recentemente, e foi a partir daí, devido a sua forma
> esférica, surgiram os novos modelos de bolas de futebol, com hexagonos e

deixe-me ver... as bucky-bolas ou fullerenos foram descobertos em 1985...
eu me lembro q. jogava futebol de rua com uma bola de gomos antes disso,
daquelas de capotao... (po, bateu saudades...)

mas isso nao eh fundamental aqui de todo modo.

> diamante é uma espécie se supra sumo da matéria, vai?... Mas tudo bem,

a menos q. estejamos falando de diamantes puros de 4 quilates.

agora o supra-sumo da materia mesmo foi ingrid bergman...

> Agora sai desta: você consegue me dar algum exemplo de material organico
> que não conténha o carbono, o primeiro elemento tetravalente da Tabela

compostos organicos sao, por definicao, compostos com carbono -- 'a
excecao de CO, CO2 e CO3-... vc estah pedindo pra lhe dar um exemplo de um
circulo quadrado.

> Aliás, você já reparou que os elementos químicos são classificados em
> quatro grandes categorias que são: os gases nobres, os metais, os
> semi-metais e os não metais, que estariam dentro de uma estrutura
> bidual, onde os gases nobres seriam o Quarto Uno?

se vc juntar os metais alcalinos com metais alcalino-terrosos...

> Você já reparou que os gases nobres não se combinam com nenhum outro
> elemento quimico (daí o nome nobre) devido ao fato de já estarem em
> equilíbrio na sua última camadas eletronica? E que à exceção do hélio, o
> primeiro deles, que contém dois eletrons na camada 1s, eles estão em
> equilíbrio porque sempre contêm 8 eletrons, dispostos aos pares nas
> quatro orbitais (1 s e 3p ) que formam um bidual?

existe um composto sintetico de criptonio -- KrF2:

http://www.webelements.com/webelements/elements/text/Kr/comp.html

de xenonio:

http://www.webelements.com/webelements/elements/text/Xe/comp.html

e do ununoctio (elemento 118):

http://www.webelements.com/webelements/elements/text/Uuo/comp.html

quantos periodos prevej a tgbd? havera' uma ilha de estabilidade
transuranica? em qual numero atomico dar-se-a'?

> Ora, realmente nunca apontei a TGBD para explicar todas estas
> características dos elementos químicos. Só lembro a você que o nome
> Tabela Periódica advém do fato de diversas características dos elementos
> físicos se apresentrarem em ciclos, em cada nível energtico, que são 7.
> E que ao final de cada ciclo destes sempre tem um gás nobre no final de
> cada um deste níveis sempre está seu gás nobre, que como já disse, está
> em equilíbrio, porque suas uúltima camada eletronica formam um bidual...

bem, a teoria atomica consegue explicar essa serie de fenomenos -- nao sei
por q. abandona'-la em detrimento de uma mais incompleta...

> Poxa, Roberto, quando será que você vai parar de não acreditar na TGBD?

se ela for capaz de realizar uma previsao q. gere um teste de hipotese
factivel jah comeco a leva'-la em consideracao. se ela passar no teste
mais ainda. e ela se mostrar mais completa do q. as teorias atuais sera'
uma beleza.

vc nao respondeu sobre como a tgbd lida com as cinco classes conhecidas de
sabores... e os cinco niveis de divisao politico-administrativa dos casos
q. lhe apresentei: suica, luxemburgo, italia? (nao vou cobrar sobre
biologia, porq. eh realmente um assunto mais complexo)

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] A TGBD e Geologia
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 04/10/2000 00:58

Prezado Roberto Takata,

Saiba antes de mais nada que o tenho como uma pessoa respeitável e de enorme saber. Por isso, saiba que tenho o maior interesse em dialogar com você, pois ao me provocar ganho estímulo para lhe convencer que a TGBD é verdadeira, por mais incrível, místico e sei lá mais o que, que pode parecer.

Agora vamos às respostas.

C>> diamante é uma espécie se supra sumo da matéria, vai?... Mas tudo bem,

R>a menos q. estejamos falando de diamantes puros de 4 quilates.

Poxa, será que os 4 quilates advém de um bidual? Sabe alguma coisa sobre isso? É coincidência ou decorrência serem 4 os quilates de um diamante?

C> Agora sai desta: você consegue me dar algum exemplo de material orgânico
C> que não contenha o carbono, o primeiro elemento tetravalente da Tabela

R>compostos orgânicos são, por definição, compostos com carbono -- 'a
R>excecao de CO, CO2 e CO3-... vc estah pedindo pra lhe dar um exemplo de um
R>circulo quadrado.

Repare, C, CO, CO2 e CO3 não formariam um bidual?

C> Aliás, você já reparou que os elementos químicos são classificados em
C> quatro grandes categorias que são: os gases nobres, os metais, os
C> semi-metais e os não metais, que estariam dentro de uma estrutura
C> bidual, onde os gases nobres seriam o Quarto Uno?

R>se vc juntar os metais alcalinos com metais alcalino-terrosos...

E porque separá-los, se são ambos metais?

R>quantos periodos prevej a tgbd? havera' uma ilha de estabilidade
R>transuranica? em qual numero atomico dar-se-a'?

Poxa Roberto, não entendo tanto de química assim. Poderia explicar melhor?

Se os períodos a que você se refere forem os níveis energéticos, a TGBD se aplica bem para o caso. Vejamos:

1. Nível 1(K), que diferenciado por só ter o H e o He, que é o primeiro bidual básico
2. Nível 2 (L) e Nível 3 (M), por não conterem elementos de trasição
3. Nível 4 (N) e Nível 5 (O), por terem elementos de trasição.
4. Nível 6 (P) e Nível 7 (Q), por terem elementos das séries, digamos, perpendiculares ao do plano das séries normais, que são as séries dos lantanídios e os actinidios.

Visto deste angulo seriam 4 os grandes níveis, com o Quarto sendo o complexo, o ainda desconhecido no seu limite final. O livro do Ricardo Feltre coloca na Tabela Periódica como ultimo elemento a ser descoberto o de número atomico 109, e eu não sei por que. Pela TGBD, numa análise preliminar, acredito que nada impediria que se chegasse ao sétimo gás nobre, com peso atomico 118. Não sei se isso tem a ver com o que me perguntou. O que você sabe sobre isto?

R>havera' uma ilha de estabilidade
R>transuranica? em qual numero atomico dar-se-a'?

Por favor explique para mim, pois desconheço.

C> Ora, realmente nunca apontei a TGBD para explicar todas estas
C> características dos elementos químicos. Só lembro a você que o nome
C> Tabela Periódica advém do fato de diversas características dos elementos
C> físicos se apresentrarem em ciclos, em cada nível energtico, que são 7.
C> E que ao final de cada ciclo destes sempre tem um gás nobre no final de
C> cada um deste níveis sempre está seu gás nobre, que como já disse, está
C> em equilíbrio, porque suas uúltima camada eletronica formam um bidual...

R>bem, a teoria atomica consegue explicar essa serie de fenomenos -- nao sei
R>por q. abandona'-la em detrimento de uma mais incompleta...

A grande diferença, Takata é que a TGBD explica muitas outras coisas e toda esta teoria atomica que existe só explica tais características dos elementos químicos e mais nada. Já a TGBD se atreve a definir o que seja Deus. Dá para comparar? Qual delas seria a teoria mais imcompleta? Não se esqueça, Roberto, que mal conheço química, e já mostrei coisas aqui quer com certeza muito químico ou físico nunca tinha percebido. Não penho dúvidas, pela minha experiência com a TGBD que se me aprofundar no assunto sempre irei encontrar mais biduais. Esta tem sido a minha sina. Ela nunca me falhou, Roberto.

C> Poxa, Roberto, quando será que você vai parar de não acreditar na TGBD?

R>se ela for capaz de realizar uma previsao q. gere um teste de hipotese
R>factivel jah comeco a leva'-la em consideracao. se ela passar no teste
R>mais ainda. e ela se mostrar mais completa do q. as teorias atuais sera'
R>uma beleza.

Obrigado Roberto. Acho que primeira vez você está começando a levar a TGBD mais a sério. Não se esqueça que aqui mesmo no ciencialist já fiz várias vezes demonstrações de biduais que eu desconhecia (por exemplo: razão aurea, regra de três, vetores). Agora mesmo nesta mensagem temos os 4 quilates e a definição compostos carbonicos. Por outro lado fiz algumas previsões, como a da questão dos eixos das orbitais eletronicas serem função da força de garvidade, e como a do terno nas três cores dos quarks, que quem sabe se confirmarão algum dia.

De minha parte vou colecionando cada vez mais exemplos fundamentais par a TGBD. Afinal ela só terá validade se se comprovar verdadeira. Já estudei algumas áreas sobre as quais ainda não escrivi. Mas saiba que a TGBD aparenta se aplicar, e esplicar todo o Modelo Padrão das partículas elementares. Outra coisa que descobri é que a mecanica quantica é também uma estrutura bidual, seja nos 4 números quanticos das orbitais eletronicas, seja nas suas quatro equações de estória de eventos. Você não acha tudo isto incrível?

R>vc nao respondeu sobre como a tgbd lida com as cinco classes conhecidas de
R>sabores... e os cinco niveis de divisao politico-administrativa dos casos
R>q. lhe apresentei: suica, luxemburgo, italia? (nao vou cobrar sobre
R>biologia, porq. eh realmente um assunto mais complexo)

Sobre os sabores, sinceramente não tenho conhecimentos a respeito. Eu nem sabia que os sabores classicos eram quatro...

Quanto aos cinco níveis administrativos, não acho relevante. A TGBD objetiva explicar a estrutura de equilíbrio total, que no caso está muito mais , na prática, para serem quatro do que cinco. Repare bem, se o mundo se unificar em um só Estado, o que deverá se efetivar o de quatro níveis ou o de cinco, que assiom o são hoje por razões históricas. Mas se houver uma unificação atendência deles é serem extintos.

Um grande abraço.

Claudio Abreu




----- Original Message -----
From: Roberto Mitsuo Takata
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Tuesday, October 03, 2000 10:31 PM
Subject: Re: [ciencialist] A TGBD e Geologia


On Tue, 3 Oct 2000, Claudio Abreu Bidual wrote:
> descobertas recentemente, e foi a partir daí, devido a sua forma
> esférica, surgiram os novos modelos de bolas de futebol, com hexagonos e

deixe-me ver... as bucky-bolas ou fullerenos foram descobertos em 1985...
eu me lembro q. jogava futebol de rua com uma bola de gomos antes disso,
daquelas de capotao... (po, bateu saudades...)

mas isso nao eh fundamental aqui de todo modo.

> diamante é uma espécie se supra sumo da matéria, vai?... Mas tudo bem,

a menos q. estejamos falando de diamantes puros de 4 quilates.

agora o supra-sumo da materia mesmo foi ingrid bergman...

> Agora sai desta: você consegue me dar algum exemplo de material organico
> que não conténha o carbono, o primeiro elemento tetravalente da Tabela

compostos organicos sao, por definicao, compostos com carbono -- 'a
excecao de CO, CO2 e CO3-... vc estah pedindo pra lhe dar um exemplo de um
circulo quadrado.

> Aliás, você já reparou que os elementos químicos são classificados em
> quatro grandes categorias que são: os gases nobres, os metais, os
> semi-metais e os não metais, que estariam dentro de uma estrutura
> bidual, onde os gases nobres seriam o Quarto Uno?

se vc juntar os metais alcalinos com metais alcalino-terrosos...

> Você já reparou que os gases nobres não se combinam com nenhum outro
> elemento quimico (daí o nome nobre) devido ao fato de já estarem em
> equilíbrio na sua última camadas eletronica? E que à exceção do hélio, o
> primeiro deles, que contém dois eletrons na camada 1s, eles estão em
> equilíbrio porque sempre contêm 8 eletrons, dispostos aos pares nas
> quatro orbitais (1 s e 3p ) que formam um bidual?

existe um composto sintetico de criptonio -- KrF2:

http://www.webelements.com/webelements/elements/text/Kr/comp.html

de xenonio:

http://www.webelements.com/webelements/elements/text/Xe/comp.html

e do ununoctio (elemento 118):

http://www.webelements.com/webelements/elements/text/Uuo/comp.html

quantos periodos prevej a tgbd? havera' uma ilha de estabilidade
transuranica? em qual numero atomico dar-se-a'?

> Ora, realmente nunca apontei a TGBD para explicar todas estas
> características dos elementos químicos. Só lembro a você que o nome
> Tabela Periódica advém do fato de diversas características dos elementos
> físicos se apresentrarem em ciclos, em cada nível energtico, que são 7.
> E que ao final de cada ciclo destes sempre tem um gás nobre no final de
> cada um deste níveis sempre está seu gás nobre, que como já disse, está
> em equilíbrio, porque suas uúltima camada eletronica formam um bidual...

bem, a teoria atomica consegue explicar essa serie de fenomenos -- nao sei
por q. abandona'-la em detrimento de uma mais incompleta...

> Poxa, Roberto, quando será que você vai parar de não acreditar na TGBD?

se ela for capaz de realizar uma previsao q. gere um teste de hipotese
factivel jah comeco a leva'-la em consideracao. se ela passar no teste
mais ainda. e ela se mostrar mais completa do q. as teorias atuais sera'
uma beleza.

vc nao respondeu sobre como a tgbd lida com as cinco classes conhecidas de
sabores... e os cinco niveis de divisao politico-administrativa dos casos
q. lhe apresentei: suica, luxemburgo, italia? (nao vou cobrar sobre
biologia, porq. eh realmente um assunto mais complexo)

[]s,

roberto takata


*** --- ***
Para sair da lista envie um mail para:
ciencialist-unsubscribe@egroups.com
*** --- ***



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: En: [ciencialist] A TGBD e o Voto
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 04/10/2000 01:30

Roberto:
>o resultado final entre um voto branco e um nulo eh o mesmo... na contagem
>dos votos entram na mesma categoria.

Claudio:
Ora para fins de contagem dos votos eles podem ser até agrupados. mas são contados em separado.


Roberto:
eh claro q. se eu tivesse muita boa vontade em relacao 'a tgbd eu poderia
sempre dividir as questoes biologicas de acordo com o seu esquema... essa
eh a falha crucial da tgbd -- ela depende da boa vontade. uma lei como a
de newton nao depende tao figadalmente da boa vontade para ser verificada
como ocorrendo ou nao: ou F=ma ou nao... (claro, simplifiquei bastante o
processo).

Claudio:
Não acredito que você vá forçar muito a barra para ver que a Biologia, que tem por essencia o DNA e a reprodução, que possuem estruturas biduais, deve ser toda bidual. Pelo pouco que conheço dela, ela sembre se apresentosu como sendo bidual em sua essência. Na meiose uma célula comum se transforma em quatro gametas, após ter dividida em duas.


Quanto às perguntas abaixo, sinceramente me faltam conhecimento para entende-las, que me dira para responde-las.... risos...Depois de todas a perguntas você fecha, dizendo:

>ou vamos entao tentar ver se a tgbd tem poder preditivo alem de meramente
>classificatorio: quais dados a tgbd precisaria pra prever se um alelo
>tera' sua frequencia aumentada ou diminuida na proxima geracao?

Poxa é uma pena eu não dominar o assunto. Seria um bom teste para a TGBD.

Roberto, eu lhe peço uma coisa. Tenha um pouco de boa vontade e parta do presuposto, por hipotese, e não por crença que aTGBD é verdadeira. Dái tente resolver este seu desafio acima por mim. Se você conseguir fazer isto, certamente cairá pra trás ao verificar que a TGBD lhe levou por caminhos nunca dantes navegados...

Um grande abraço,

Claudio Abreu

===============

Perguntas do Roberto, sem repostas:

como a tgbd explicaria a ocorrencia de alelos fixos em uma populacao? um
alelo cuja frequencia seja de 100%? e de dois alelos cuja relacao eh de
codominancia? eh diferente da q. apresenta dominancia completa? ela preve
casos de penetrancia imcompleta? e de expressividade variavel?

peguemos um carater determinado por um gene. esse gene apresenta dois
alelos A e a com relacao de dominancia completa. trata-se de um organismo
diploide isogamico (nao apresenta diferenciacao dos tipos de gametas).

a frequencia dos alelos eh de 50%. teriamos em uma populacao panmitica a
seguinte distribuicao de classes fenotipicas para esse carater:

75% com o estado dominante e 25% com o estado recessivo.

em termos de genotipo seria:

25% AA, 50% Aa, 25% aa

como a tgbd se aplica a isso?

e se as frequencias fossem: p = 0,1 e q = 0,9?

e se houvesse co-dominancia entre os alelos? e se houvesse cruzamentos
preferenciais? e se surgissem novas variacoes alelicas do gene? e se
houvesse pressao de selecao? e se a populacao tivesse tamanho finito? e se
hovesse migracao? e se houvesse estruturacao populacional? e se houvesse
epistasia?

ou vamos entao tentar ver se a tgbd tem poder preditivo alem de meramente
classificatorio: quais dados a tgbd precisaria pra prever se um alelo
tera' sua frequencia aumentada ou diminuida na proxima geracao?

[]s,

roberto takata

----- Original Message -----
From: Roberto Mitsuo Takata
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Monday, October 02, 2000 7:44 PM
Subject: Re: En: [ciencialist] A TGBD e o Voto



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Um espelho reflete o espectro de luz invisivel aos olhos humanos ?
FROM: Paulo Sérgio Dias <psdias@zaz.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 04/10/2000 08:12

Amigos:

- Ja' enviei esta mensagem recentemente,
mas nao a vi na lista. Por isso aqui
vai ela novamente:

- Os olhos humanos nao podem captar
as ondas de luz infra-vermelha
e ultra-violeta.

- Porem, existem aparelhos que conseguem
captar essas ondas (pelo menos, e' o que
pude interpretar vendo esses programas
de divulgacao cientifica na televisao)


Pergunta:
=========

- Essas ondas invisiveis sao refletidas
por um espelho comum ?

- Ou seja, se eu apontar um raio infra-vermelho
de tal modo que o raio passe pela frente de um espelho,
e se eu usar um aparelho que possa detectar o raio
infravermelho, esse aparelho tambem captara' o "reflexo"
infravermelho do espelho ?

- Ou simplesmente esse tipo de onda nao e' refletido pelo
espelho ?

- Grato pela atencao de todos.





[]'s
Paulo Sérgio Dias
psdias@globo.com.br





SUBJECT: Re: [ciencialist] Um espelho reflete o espectro de luz invisivel aos olhos humanos ?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 04/10/2000 09:44

De: Paulo Sérgio Dias <psdias@zaz.com.br>
- Os olhos humanos nao podem captar
as ondas de luz infra-vermelha
e ultra-violeta.

- Porem, existem aparelhos que conseguem
captar essas ondas (pelo menos, e' o que
pude interpretar vendo esses programas
de divulgacao cientifica na televisao)


Pergunta:
=========

- Essas ondas invisiveis sao refletidas
por um espelho comum ?

Léo:
Sim, como todas as ondas eletromagnéticas, exibem os fenômenos de reflexão,
refração, absorção, dispersão, difração etc.
O espelho, aliás, é um excelente modo de 'esticar' o campo de ação dos
controles remotos por infra-vermelho. Se vc está no quarto, pode orientar
adequadamente um espelho para usar o CR para controlar um aparelho na sala.
Na própria sala, as paredes tb servem para isso. Vire o CR para o teto e
procure a melhor posição para acionar alguma função da TV.

- Ou seja, se eu apontar um raio infra-vermelho
de tal modo que o raio passe pela frente de um espelho,
e se eu usar um aparelho que possa detectar o raio
infravermelho, esse aparelho tambem captara' o "reflexo"
infravermelho do espelho ?

Só não entendi esse 'passe pela frente do espelho' mas, a resposta geral
esta acima. O controle remoto da TV é excelente dispositivo para estudo dos
fenômenos 'ópticos'. O espelho pode ser substituido por uma chapa metal.

[]'
Léo





SUBJECT: castelos no ar
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 04/10/2000 10:54

"Se voce ja' construiu castelos no ar, nao tenha vergonha deles. Estao
onde devem estar. Agora, construa os alicerces."
Henry David Thoreau

[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] castelos no ar
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 04/10/2000 11:19


"Se voce ja' construiu castelos no ar, nao tenha vergonha deles. Estao
onde devem estar. Agora, construa os alicerces."
Henry David Thoreau

[]s
jocax

Léo:
Os alicerces, pelo mesmo princípio, tb não podem ser construídos no ar?
Isso me lembra o amigo atlas segurando o mundo, pisando nas costas de
elefantes(?), que por sua vez apóiam-se em folhas de loros (?) e assim vai.
Afinal de contas, por que precisa ter uma apoio? A própria Terra não o tem!
E, afinal, segura seu próprio ar.
:-))
[]'
Léo



SUBJECT: Re: [ciencialist] Um espelho reflete o espectro de luz invisivel aos olhos humanos ?
FROM: Paulo Sérgio Dias <psdias@zaz.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 04/10/2000 11:55

Luiz:

a) Obrigado pelas explicacoes que voce enviou
no se ultimo e-mail

b) Em relacao ao que eu perguntei, e voce nao
compreendeu:

PSD> - Ou seja, se eu apontar um raio infra-vermelho
PSD> de tal modo que o raio passe pela frente de um espelho,
PSD> e se eu usar um aparelho que possa detectar o raio
PSD> infravermelho, esse aparelho tambem captara' o "reflexo"
PSD> infravermelho do espelho ?

LUIZ> Só não entendi esse 'passe pela frente do espelho' mas, a resposta
geral
LUIZ> esta acima. O controle remoto da TV é excelente dispositivo para
estudo dos
LUIZ> fenômenos 'ópticos'. O espelho pode ser substituido por uma chapa
metal.


- O que eu quis perguntar foi o seguinte:

- Imagine que eu nao aponte o controle remoto diretamente para o espelho,
mas sim paralelamente a ele (imagine que o meu controle remoto e' uma
espada do tipo "Sabre de Laser" dos filmes Guerra nas Estrelas, e que eu
fico de perfil, perto do espelho, empunhando minha "espada" para a frente,
apontando para o televisor)

- Gostaria de saber se ainda assim o espelho estaria refletindo
o raio infra-vermelho.

- Aproveito a minha fantasia do "sabre de laser" para perguntar se
o raio laser, da mesma forma que voce expos na sua mensagem sobre
raios infra-vermelhos, tambem e' refletido (creio que sim, pelo que
voce explicou)

- Grato.


[]'s
Paulo Sérgio Dias
psdias@globo.com.br




SUBJECT: Re: [ciencialist] A TGBD e Geologia
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 04/10/2000 12:22


Antes do colocar meus comentarios. Estou anunciando que estou
desenvolvendo a Teoria da Caneta Esferografica (criada pelo Leo Vines).
Eh uma brincadeira... acho que vou ateh colocar na pagina de humor.

> Prezado Roberto Takata, > > Bem no livro do Ricardo Feltre i dito que as
tais bucky-bolas foram descobertas recentemente, e foi a partir dam,
devido a sua forma esfirica, surgiram os novos modelos de bolas de
futebol, com hexagonos e pentagonos. Eu estou sem o livri aqui no trabalho
agora, mas sem dzvida i uma grande coincidjncia da natureza. Vou dar uma
olhada no livro de novo, e depois comnento alguma coisa se for o caso. >
> Mas voltando ao diamante. Takata. Vocj nco vai querer negar que o
diamante i uma espicie se supra sumo da matiria, vai?... Mas tudo bem,
vocj sempre vai apelar para as suas diversidades... Elas fazem parte de
vocj.

** Bem... a TGBD nunca tinha entrado numa area que tenho conhecimento, mas
agora entrou... :) ... quimica. Agora sim!! heheh

** Neste momento nao vou fazer maiores consideracoes sobre a TGBD e a
quimica pq nao tenho conhecimento total das teorias da TGBD (vou olhar o
seu site) e tambem nao lembro de todos os detalhes de hibridacao de
carbono... :) organica jah nao eh mais a minha area. Faz uns 3 anos que
nao vejo mais esse assunto, e nao quero soltar nenhuma gafe, ateh mesmo
pq o Takata eh fera em qualquer assunto e ia acabar percebendpo qquer
erro meu. :))

** Claudio, nao precisa mais falar onde estao os seus arquivos. Eu acho! A
Ciencialist estah coalhada de links para a TGBD.

** Nao acho que o livro do Ricardo Feltre seja uma boa escolha para embasar
os seus argumentos. Eh muito fraco. :)


> > Agora sai desta: vocj consegue me dar algum exemplo de material
organico que nco continha o carbono, o primeiro elemento tetravalente da
Tabela Perisdica? Certamente vocj ira dizer que existe algum... Senco
disser nco i o Roberto Mitsuo Takata que eu conhego... risos... e mais
risos...

**O que vc define como material organico? Que tem origem em seres vivos?
Ou vc define material organico como sendo hidrocarbonetos... :) dai fica
dificil achar um hidrocarboneto sem carbono.


> > Alias, vocj ja reparou que os elementos qummicos sco
classificados em quatro grandes categorias que sco: os gases nobres, os
metais, os semi-metais e os nco metais, que estariam dentro de uma
estrutura bidual, onde os gases nobres seriam o Quarto Uno?

**Putz... essa doeu. Mas fica um desafio, serah que a TGBD explica as
interacoes por pontes de hidrogenio. Presentes quando o hidrogenio estah
ligado a atomos como o fluor, oxigenio e nitrogenio (em alguns casos
incluem o cloro nesse grupo) ? Nao vale usar ad hoc, falacia, paradoxo
e nem tautologia. :)


> > Vocj ja
reparou que os gases nobres nco se combinam com nenhum outro elemento
quimico (dam o nome nobre) devido ao fato de ja estarem em equilmbrio na
sua zltima camadas eletronica? E que ` excegco do hilio, o primeiro deles,
que contim dois eletrons na camada 1s, eles estco em equilmbrio porque
sempre contjm 8 eletrons, dispostos aos pares nas quatro orbitais (1 s e
3p ) que formam um bidual? > > Que de alguma maneira todos os demais
elementos qummicos tendem a se combinar para atingir a mesma estrutura de
equilmbrio na sua zltima camada eletronica, de 4 orbitais (1s e 3p), de
forma a assemelhada aos dos resdectivos gases nobres da sua digamos,
linha, na Tabela Perisdica?

**Aqui tem furo. :) Agora me faltou um dado para comentar esse paragrafo,
vou conferir e se tiver tempo eu volto a comentar.

Comentario do Takata:
> > Por fim, vocj escreve, bem ao seu estilo:
> >e a dureza nao eh a unica caracteristica de um mineral -- tem o plano
de > >clivagem, a temperatura de fusao e de ebulicao, o brilho, a
opacidade ou > >translucencia, reatividade com materiais varios,
resistencia 'a quebra, > >simetria cristalina, cor, densidade,
condutividade eletrica, > >radioatividade, abundancia na crosta terrestre
e zonas de ocorrencia... a > >tgbd explica tudo isso? a mais rale' das
teoricas atomicas explica boa > >parte... >

>Ora, realmente nunca apontei
a TGBD para explicar todas estas caractermsticas dos elementos qummicos.
Ss lembro a vocj que o nome Tabela Perisdica advim do fato de diversas
caractermsticas dos elementos fmsicos se apresentrarem em ciclos, em cada
nmvel energtico, que sco 7. E que ao final de cada ciclo destes sempre tem
um gas nobre no final de cada um deste nmveis sempre esta seu gas nobre,
que como ja disse, esta em equilmbrio, porque suas uzltima camada
eletronica formam um bidual... > > Poxa, Roberto, quando sera que vocj vai
parar de nco acreditar na TGBD?

**Acreditar soa como 'ter feh'. ... brincadeira. :)


> Vocj me lembra aqueles religiosos
catslicos, que numa pega de Brecht (sera isto) sobre Galileu, ficavam
tentando demovj-lo das sua idiia de existiam luas em Jzpiter, e que elas
giravam em torno de Jzpiter, qe que portanto, nem tudo girava em torno da
Terra. Mas eles ss ficavam na pressco i se recusavam a olhar o fentmeno na
luneta de Galileu, por mais que este sugerisse que eles o fizessem. > > Em
suma, OLHE NA LUNETA E VEJA AS LUAS GIRANDO EM TORNO DE JZPITER, meu
grande debatedor e desafeto Takata. Quem asbe vocj nco ira ver a TGBD la
tambim? > > Um grande abrago. > > Claudio Abreu

**Senti cheiro de falacia no ar. Nao tenho a mao meu guia de falacias para
apontar qual delas eh (se for eh claro).
Esses comentarios sao particulares, e nao tem relacao direta com a
administracao da lista. Eu tambem tenho direito de participar da
'brincadeira'! :)
Muitas vezes gosto de utilizar comentarios bem humorados. Soh espero
que isso nao irrite ninguem.






SUBJECT: Estrategia K-R ?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 04/10/2000 12:34

Takata ou alguem que possa me ajudar.
Como eh o nome da estrategia da natureza que limita
o tamanho da prole do organismo em funcao da qualidade de vida deles?

Era estrategia K-R o nome desta solucao de compromisso?

obrigado
[]
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] Um espelho reflete o espectro de luz invisivel aos olhos humanos ?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 04/10/2000 13:33


Luiz:

a) Obrigado pelas explicacoes que voce enviou
no se ultimo e-mail

b) Em relacao ao que eu perguntei, e voce nao
compreendeu:

- O que eu quis perguntar foi o seguinte:

- Imagine que eu nao aponte o controle remoto diretamente para o espelho,
mas sim paralelamente a ele (imagine que o meu controle remoto e' uma
espada do tipo "Sabre de Laser" dos filmes Guerra nas Estrelas, e que eu
fico de perfil, perto do espelho, empunhando minha "espada" para a frente,
apontando para o televisor)

Léo: Se o feixe estreito que parte do CR caminha paralelo ao plano do
espelho não há como ocorrer a reflexão. Essa (a reflexão) só existirá se o
feixe incidir no espelho. Acredito que entendo o problema pelo qual está
passando, decorrência dos erros que os filmes cometem. O feixe de laser ou
de infra-vermelho nunca será visível ao olho humano, a menos que incida
sobre ele. Nos filmes aparece o trajeto seguido pelo laser ... e isso só
será posível se houver alguma coisa em suspensão no ar (poeira, por exemplo)
para difundir a luz que recebe.
Quando o tal feixe do CR passar paralelo ao plano do espelho, o espelho não
'verá' nada na sua frente (a menos que vc coloque no trajeto algo que
difunda a energia do feixe).

- Gostaria de saber se ainda assim o espelho estaria refletindo
o raio infra-vermelho.

Léo: não, o espelho não pode refletir algo que não incida nele.

- Aproveito a minha fantasia do "sabre de laser" para perguntar se
o raio laser, da mesma forma que voce expos na sua mensagem sobre
raios infra-vermelhos, tambem e' refletido (creio que sim, pelo que
voce explicou)

Léo:sim, o espelho refletirá tanto o 'raio laser', como o infra-vermelho,
como o ultra-violeta, como os raios X, raios gama, ondas de rádio etc. etc.
[]'
Léo

- Grato.


[]'s
Paulo Sérgio Dias
psdias@globo.com.br




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SUBJECT: Re: [ciencialist] A TGBD e Geologia
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 04/10/2000 13:39

On Wed, 4 Oct 2000, Claudio Abreu wrote:
> Saiba antes de mais nada que o tenho como uma pessoa respeitável e de
> enorme saber.

pode parar por aih. nao sou nem respeitavel (bleargh!) nem de enorme saber
-- se tenho algum merito eh apenas saber usar os mecanismos de busca do
altavista e do fast...

> Poxa, será que os 4 quilates advém de um bidual?

um quilate (nao falando de grau de pureza de ligas de ouro) corresponde a
200 miligramas, o valor 4 foi arbitrario (escolhido por razoes obvias)...
podemos ter qq valor de 0 a infinito em quilates (claro q. falando em
diamantes esteremos limitado 'a massa total de diamantes na terra ou no
universo -- faco a minima ideia de qto seja).

> Repare, C, CO, CO2 e CO3 não formariam um bidual?

e C, CH3, CNH, CFC? nao formaria outro bidual? ou: C, CO, CO2, CO3- e
compostos organicos -- formam o q? um bidual monodal?

> E porque separá-los, se são ambos metais?

por q. separar os votos brancos de nulos se ambos tEm o mesmo efeito na
votacao? por q. separar espaco do tempo se sao ambos dimensoes fisicas?

os votos nulos e brancos sao contados separadamente? e vc acha q. os votos
da marta e do maluf sao contados tudo junto pra ser colocado na mesma
classe de votos validos?

> Se os períodos a que você se refere forem os níveis energéticos, a TGBD

nao... refiro-me aos periodos da tabela periodica -- eh cada 'fileira' da
tabela: as familias de elementos sao as 'colunas'.

talvez a tgbd explique por q no primeiro periodo ha' 1 ou 2 elementos
(dependendo de onde se coloca o H); nos dois seguintes, 8; nos proximos 2,
18; outros 2, 32. havera' um periodo seguinte? havera' um elemento mais
pesado do q. o 118?

pense na familia dos gases nobres e veja o numero atomico: 2, 10, 18, 36,
54, 86, 118... existe um proximo numero? qual o valor da sequencia? como a
tgbd pode prever isso?

as series dos lantanideos e actinidios nao sao perpendiculares 'a
tabela... seria o mesmo q. dizer q. os elementos de transicao sao
perpendiculares ao resto da tabela...

em relacao 'a ilha de estabilidade transuranica eh o seguinte:

existirao elementos com numero atomico maior do q. o do Uranio q. sejam
estaveis? i.e. nao sejam radioativos?

> A grande diferença, Takata é que a TGBD explica muitas outras coisas e
> toda esta teoria atomica que existe só explica tais características dos

eqto a tgbd nao conseguir explicar as demais propriedades fisico-quimicas
dos elementos nao vejo qual a utilidade da aplicacao dela para explicar as
propriedades fisico-quimicas dos elementos...

alias, se a tgbd previa a total inercia quimica dos gases nobres, ela jah
eh furada...

> Quanto aos cinco níveis administrativos, não acho relevante. A TGBD
> objetiva explicar a estrutura de equilíbrio total, que no caso está

e qdo aparentemente tinha apenas 4 niveis -- os q. vc via -- eram
relevantes? lembra q. se comentou sobre uma coisa chamada pensamento
seletivo? pois eh, vc estah apenas amealhando exemplos q. estariam de
acordo com a tgbd, varrendo para baixo do tapete... ao contrario do q. vc
enxerga a minha estrategia nao eh apenas diversificar as classes: veja q.
eu propus a uniao dos votos nulos e brancos, reduzindo o numero de
classes. estou chamando a atencao para a arbitrariedade do numero de
classes na maior parte das situacoes.

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Estrategia K-R ?
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 04/10/2000 13:52

On Wed, 4 Oct 2000, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> Como eh o nome da estrategia da natureza que limita
> o tamanho da prole do organismo em funcao da qualidade de vida deles?
>
> Era estrategia K-R o nome desta solucao de compromisso?

sao dois fenomenos q. sao apelidados de 'estrategias', a questao do numero
de prole eh apenas uma das possibilidades. entao existe -- dentro de uma
gama continua de possibilidades -- uma estrategia K (maiuscula) e outra
estrategia r (minuscula).

vc pode ter mais informacoes em:

http://fig.cox.miami.edu/Faculty/Tom/bil160/16_rKselection.html

lembre-se q. nao se trata porem de algo 'oito ou oitenta'. o caso humano,
por exemplo, eh um mosaico de caracteristicas de 'estrategistas' r e K.

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Você não entendeu Darwin?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO:
DATE: 04/10/2000 14:20

ANTONIO CARLOS OSSE
ESPECIAL PARA A FOLHA
São Paulo, terça-feira, 03 de outubro de 2000

É interessante para mim, para não dizer triste, observar
como até hoje, passados quase 150 anos, faz-se uma
interpretação incorreta das palavras proferidas por
Darwin em sua apresentação de "A Origem das Espécies".
Atolado em erros de interpretação e em distorções
conceituais sem sentido, nasceu, há algumas décadas, "um
tal de" darwinismo social -conjunto de pensamentos
elitistas e de forte conteúdo capitalista que deixou um
rastro de horror na interpretação biológica verdadeira do
pensamento de Darwin. Tal evento ainda demanda muitas
horas de discussão com meus alunos na tentativa de apagar
os danos profundos causados pelo uso incorreto dos
conceitos de "sobrevivência dos mais aptos", "seleção
natural" ou ainda "luta pela existência (vida)".
Um dos erros mais comuns e mais difíceis de apagar é a
crença de que a seleção natural age principalmente por
meio da mortalidade dos organismos, isto é, os indivíduos
menos adaptados simplesmente morrem, são eliminados! Some-
se a isso uma "luta pela vida", e temos como resultado a
idéia de que a seleção natural favorece comportamentos
agressivos, predatórios, de luta por recursos ou ainda
indivíduos melhores, mais fortes e mais rápidos. A
própria "Lei do Cão"! Se só isso fosse verdade, teríamos,
cada vez mais, indivíduos mais fortes, mais rápidos e
(argh!) mais agressivos.
Observe, entretanto, uma interpretação mais sutil (e
correta, acredite!) para essa sobrevivência do mais apto.
A seleção natural tem como moeda principal um sucesso
reprodutivo diferencial, isto é, os indivíduos mais bem
adaptados ao ambiente (com uma tal característica) devem
deixar um número maior de descendentes, que, por sua vez,
carregam tal característica como herança. Assim o
conjunto (pool) gênico das próximas gerações tem tal
característica em maior peso. Tal conceito elimina
extremos, mas não pela morte dos indivíduos!
Por exemplo: um indivíduo muito agressivo pode gastar
muito de seu tempo em brigas por territórios/alimentos,
destinando pouco tempo à reprodução. Também um indivíduo
submisso fica muito tempo escondido ou fugindo,
destinando pouco tempo à reprodução. Os dois deixam
poucos descendentes, fazendo com que tais características
(agressividade e submissão) estejam menos presentes no
futuro, enquanto um mais "equilibrado" tende a deixar
mais descendentes.
Para terminar este texto, imagine um indivíduo perfeito.
Não necessariamente da espécie humana, embora seja
difícil pensar em formigas ou tamanduás nestas horas. O
mais bonito, mais inteligente, grande corredor,
extremamente educado, atencioso, dono de grandes
propriedades. Simplesmente perfeito, mas que nunca se
preocupou com a reprodução. Pois é, tal perfeição morreu
(geneticamente) com seu proprietário. Saudações!

Antonio Carlos Osse, biólogo.

==========================================================
Eu (jocax) gostaria de acrescentar algumas palavras a este texto :
Nem sempre a quantidade de descendentes deixados eh
garantia de perpetuacao genetica.

Em animais onde o investimento parental nas proles precisa ser
alto, o criterio de qualidade tem importancia fundamental.

O criterio de qualidade eh a maneira com que os parceiros
( ou um deles ) escolhem o do sexo oposto para deixar descendentes.

Pouco adianta o organismo ter muitos descendentes se nenhum deles
tem condicoes (pela falta de qualidade) de passar seus genes
para as geracoes seguintes.

Um outro fator que vai contra esta visao de maximizacao do numero
de filhos eh a sua taxa de sobrevivencia:
Existe um compromisso, estudado em biologia, se nao me falha a memoria
como estrategia K-r. Esta estrategia biologica tende a limitar o
tamanho da prole levando-se em conta a capacidade de sobrevivencia
desta prole em funcao de seu tamanho: Quando a sobrevivencia de cada
filho depende de cuidados parentais, um maior numero de filhos
implica num menor grau de sobrevivencia da cada um.

A natureza tambem apresenta outras solucoes que levam a uma maior
expectativa na perpetuacao genetica que nao envolve nenhum filho
( eh minha explicacao evolutiva para o homossexualismo ):

Tomemos como estudo o caso humano e consideremos,
para efeito de comparacao, 2 familias numerosas onde na primeira existe
um filho homossexual. Num ambiente social competitivo o individuo que
nao casa e nao tem que gastar tempo nos cuidados com sua prole tem
mais tempo para se aperfeicoar profissionalmente e estabelecer
relacionamentos economicos-financeiros de uma forma muito mais
eficaz do que o casado. Ou seja, este individuo tem uma probabilidade
maior de galgar os degraus socio-economicos do que os que se casaram.

Naturalmente esta ascensao cultural-socio-economica podera ser usufruida
por seus irmao e/ou sobrinhos dando-lhes tambem uma vantagem
cultural-socio
economica fundamental em relacao aa familia 2. Isto eh, este individuo
estaria garantindo sua perpetuacao genetica por meios indiretos:atraves
do genes de seus irmaos e sobrinhos que teriam uma vantagem competitiva
maior em relacao aos membros da familia2.

Outro exemplo :As abelhas, termitas e formigas operarias sao estereis.
Contudo, elas tem um comportamento cooperativo que ajudam a rainha
a produzir mais e perpetuar seus proprios genes (sem que elas mesmas
nao produzam um unico filho).

Podemos assim ver q a natureza tem uns cem-numeros de maneiras
diferentes
de perpetuar genes alem de simplesmente maximizar o numero de filhos.

[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] castelos no ar
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 04/10/2000 15:15

-----Mensagem Original-----
De: "Luiz Ferraz Netto"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Quarta-feira, 4 de Outubro de 2000 11:19
Assunto: Re: [ciencialist] castelos no ar

> "Se voce ja' construiu castelos no ar, nao tenha vergonha deles. Estao
> onde devem estar. Agora, construa os alicerces."
> Henry David Thoreau
> jocax

> Léo: Os alicerces, pelo mesmo princípio, tb não podem ser construídos no
> ar? Isso me lembra o amigo atlas segurando o mundo, pisando nas costas de
> elefantes(?), que por sua vez apóiam-se em folhas de loros (?) e assim
> vai. Afinal de contas, por que precisa ter uma apoio? A própria Terra não
> o tem! E, afinal, segura seu próprio ar.

Olá Léo, olá Jocax

Isso tudo lembrou-me algo que escrevi em 1983 e que reproduzo abaixo. É
parte de um capítulo intitulado "Sistemas Referenciais Clássicos" e o tópico
chama-se "A liberdade científica". O livro é "Os átomos também amam" :-))


3. A LIBERDADE CIENTÍFICA

Alguns físicos vivem "encucados" com os referenciais. É o que se nota em
seus escritos e em suas palestras. São rígidos em suas definições. E acho
que estão certos. Mas esta rigidez, às vezes, tende ao exagero. Não dão
vazão à imaginação pois o referencial não permite; ou se dão, nem percebem.
É, sejamos rígidos mas nem tanto. De vez em quando faz bem dar um passeio
pelo mundo da fantasia. Parece, no entanto, que os que assim fazem acabam
gostando e tornam-se ficcionistas. E, se isto é bom para os leitores de
ficção, talvez não seja para a física pois perde-se alguém em quem se possa
confiar cientificamente.

Nem tanto ao Céu, nem tanto à Terra. Conheço físicos que "tiram o maior
sarro" da platéia e nem por isso deixam de ser compreendidos; ou talvez, por
isso, sejam melhor entendidos; e, no entanto, são rígidos em seus
princípios.

Se eu quero colocar um referencial no espaço, que mal há nisso? O máximo que
pode acontecer é a minha teoria "ir para o espaço". Mas aí eu faço outra; e
mais outra. Numa eu acerto. E sentindo-me próximo a este acerto, ou com os
pés na Terra, eu a publico; isto é, desde que a aceitem para publicação. E
se não aceitarem, eu faço um livro "ou, então, edito um Web site ou, ainda,
publico na Usenet" (o trecho entre aspas não faz parte do original).

Não devemos confundir liberdade científica com desonestidade científica. Se
eu "defino bem" os meus termos, "entra na minha canoa" quem quiser. Se ela
está furada eu não escondo. E se, apesar do furo, dá para atingir o
objetivo, eu vou em frente. E se não tenho condições de saber se ela está ou
não furada, eu previno, mas "toco o barco". Pois sei que fazer ciência em
país do terceiro mundo não é fácil. Não é sempre que se encontra um "velho
matreiro" em quem se apoiar.

E querem saber mais? Fazer ciência estando sempre a se apoiar nos ombros dos
outros não tem graça. E é por isso que nunca dei ouvidos aos que me
aconselharam a procurar uma chance no exterior. Os estrangeiros dificilmente
vão entender as potencialidades de um cientista de um país subdesenvolvido;
nem admitir que ela se deve, tal e qual a capacidade de improvisar de que
tanto se ufanam os brasileiros, às dificuldades que enfrentamos em nosso
dia-a-dia.

É, em ciência o gostoso mesmo é estar no espaço. E é aí que, às vezes,
coloco o meu referencial. E como ele está preso à minha mente, e eu não
estou no livro, o leitor não o enxerga. E pode me criticar. Talvez com
lógica mas nem sempre com razão.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Aspirina
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 04/10/2000 16:30

Agência USP de Notícias, 04 de outubro de 2000 n.616/00.

Substância pode estar associada a grave doença
A Síndrome de Reye, caracterizada por
grave quadro neurológico, pode estar
associada à ingestão do Ácido Acetil
Salicílico, princípio ativo de vários
medicamentos. Nos EUA, médicos foram
alertados sobre a prescrição da substância.

Consumo de Ácido Acetil Salicílico pode estar relacionado a Síndrome de
Reye
A auto-medicação, além de ser uma prática não recomendada pelos
médicos, possui
alguns riscos eminentes. Principalmente quando se desconhecem os
problemas que podem
estar associados ao consumo de determinados medicamentos. Segundo
Anthony Wong,
pediatra do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas (HC) da
Faculdade de Medicina
da USP e diretor do Centro de Assistência Toxicológica de São Paulo
(Ceatox), a ingestão
de Ácido Acetil Salicílico, substância que é o princípio ativo de muitos
medicamentos,
pode estar associada à Síndrome de Reye — doença neurológica que acomete
principalmente crianças e adolescentes, afetando o fígado e o cérebro, e
cuja morbidade
atinge de 50 a 70%.
De acordo com o médico, a relação dessa Síndrome com a substância é
antiga.
Porém, quanto à gravidade da doença, vale estar sempre relembrando seu
histórico. Estudos
epidemiológicos realizados antes de 1980, quando ainda não se sabia da
ligação da
Síndrome com o Ácido Acetil Salicílico, levaram o FDA (Food and Drug
Administration),
órgão norte-americano de referência mundial, responsável pela qualidade
e segurança de
alimentos e medicamentos, a fazer um alerta aos médicos para evitar a
prescrição dessa
substância. Houve uma surpreendente baixa na ocorrência da Síndrome,
diminuindo de 600
para 25 casos anuais. Ainda assim, esses remanescentes puderam ser
associados a causas
genéticas.
Wong, que também é membro da Comissão Nacional de Assessoramento
Técnico
Científico em Medicamentos (Conatem), explica que a Síndrome de Reye é
uma doença
aguda caracterizada por um quadro neurológico bastante sério, começando
por cefaléia
muito forte, vômitos e convulsões. "Em seguida, o problema evolui para
sinais
neurológicos graves como a hipertonia de decortificação (paralisação do
córtex), seguida de
rigidez de decerebração (paralisação do cérebro) e finalmente flacidez e
morte", descreve.
"Estes sintomas são decorrentes da piora progressiva do edema cerebral".
Segundo o pediatra, a Síndrome de Reye tem origem na falência hepática
aguda,
que é decorrente da destruição das células do fígado, deixando o órgão
incapacitado de
metabolizar, neutralizar e eliminar substâncias tóxicas, levando ao
acúmulo de metabólicos
ou substâncias como a amônia no sangue. "A ação dessas substâncias no
cérebro vai
provocar o edema cerebral ou Síndrome de Reye", diz.
Até 1980, a Síndrome de Reye era vista como uma complicação de doenças
virais.
Mas, feita a reavaliação epidemiológica e estatística, a Síndrome ficou
associada ao Ácido
Acetil Salicílico quando ingerido na ocorrência de doenças virais como a
catapora e os
vírus das influenzas A e B (vírus da gripe). Segundo Wong, a partir de
então houve um
alerta geral da FDA, sendo recomendado aos médicos que deixassem de
prescrever o
medicamento aos pacientes com estas doenças ou em casos de quadro de
febre alta sem
causa conhecida.
Mais informações com Dr. Anthony Wong: (0XX11) 3069-8571, 3888-9431 e
3044-5944 ou e-mail anthwong@ams.com.br

[]s
jocax


SUBJECT: Mais perguntas para a TGBD
FROM: Leonardo Stern <roxo@jedi.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 04/10/2000 18:21

pra vcs se divertirem .... (ou se "divertirem")

(lembrando que a TGDB foi feita para questões científicas e nÃo
científicas)

como a TGDB explica ...

... a estrutura do sistema solar ?
... O processo de formação das cores ?
... os estados físicos da matéria ?
... o eletromagnetismo ?
... tensão superficial da água ?
... as particulas subatômicas ?
... o conjunto vazio ?
... o zero absoluto ?
... o comportamento de uma onda ?
... os sistemas biológicos ?
... a isomeria otica ?
... a TGDB ?

o que a TGBD preve sobre ...

... a equivalencia da massa inercial e gravitacional ?
... a geometria do iniverso ?
... o comportamento social ?
... as questões meta-fisicas ?
... o universo pré big-bang ?

Como a TGDB se aplica a ...

... informática ?
... agronomia ?
... mecatronica ?
... nutrição ?
... direito ?
... antropologia ?
... paleontologia ?


SUBJECT: Re: [ciencialist] Estrategia K-R ?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 04/10/2000 18:53



Roberto Mitsuo Takata wrote:
>
> vc pode ter mais informacoes em:
>
> http://fig.cox.miami.edu/Faculty/Tom/bil160/16_rKselection.html
>

Ok
Obrigado !
joca


SUBJECT: Re: [ciencialist] Um espelho reflete o espectro de luz invisivel aos olhos humanos ?
FROM: Rodrigo Frizzo Viecilli <philox@zaz.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 04/10/2000 19:36

Acredito que os raios infravermelhos são refletidos sim. Pelo menos
funcionou quando fiz minha experiência com o controle remoto da TV e um
espelho. Também funciona com a parede.
Quanto aos ultravioletas, não estou certo.

Rodrigo

Paulo Sérgio Dias wrote:

> Amigos:
>
> - Ja' enviei esta mensagem recentemente,
> mas nao a vi na lista. Por isso aqui
> vai ela novamente:
>
> - Os olhos humanos nao podem captar
> as ondas de luz infra-vermelha
> e ultra-violeta.
>
> - Porem, existem aparelhos que conseguem
> captar essas ondas (pelo menos, e' o que
> pude interpretar vendo esses programas
> de divulgacao cientifica na televisao)
>
> Pergunta:
> =========
>
> - Essas ondas invisiveis sao refletidas
> por um espelho comum ?
>
> - Ou seja, se eu apontar um raio infra-vermelho
> de tal modo que o raio passe pela frente de um espelho,
> e se eu usar um aparelho que possa detectar o raio
> infravermelho, esse aparelho tambem captara' o "reflexo"
> infravermelho do espelho ?
>
> - Ou simplesmente esse tipo de onda nao e' refletido pelo
> espelho ?
>
> - Grato pela atencao de todos.
>
> []'s
> Paulo Sérgio Dias
> psdias@globo.com.br
>
>
> *** --- ***
> Para sair da lista envie um mail para:
> ciencialist-unsubscribe@egroups.com
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Aspirina
FROM: Rodrigo Frizzo Viecilli <philox@zaz.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 04/10/2000 19:49

essa eh velha.. tem até no meu livro de farmacologia da faculdade. Por isso
nao se administra AAS a mulheres gravidas.

ROdrigo

Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:

> Agência USP de Notícias, 04 de outubro de 2000 n.616/00.
>
> Substância pode estar associada a grave doença
> A Síndrome de Reye, caracterizada por
> grave quadro neurológico, pode estar
> associada à ingestão do Ácido Acetil
> Salicílico, princípio ativo de vários
> medicamentos. Nos EUA, médicos foram
> alertados sobre a prescrição da substância.
>
> Consumo de Ácido Acetil Salicílico pode estar relacionado a Síndrome de
> Reye
> A auto-medicação, além de ser uma prática não recomendada pelos
> médicos, possui
> alguns riscos eminentes. Principalmente quando se desconhecem os
> problemas que podem
> estar associados ao consumo de determinados medicamentos. Segundo
> Anthony Wong,
> pediatra do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas (HC) da
> Faculdade de Medicina
> da USP e diretor do Centro de Assistência Toxicológica de São Paulo
> (Ceatox), a ingestão
> de Ácido Acetil Salicílico, substância que é o princípio ativo de muitos
> medicamentos,
> pode estar associada à Síndrome de Reye — doença neurológica que acomete
> principalmente crianças e adolescentes, afetando o fígado e o cérebro, e
> cuja morbidade
> atinge de 50 a 70%.
> De acordo com o médico, a relação dessa Síndrome com a substância é
> antiga.
> Porém, quanto à gravidade da doença, vale estar sempre relembrando seu
> histórico. Estudos
> epidemiológicos realizados antes de 1980, quando ainda não se sabia da
> ligação da
> Síndrome com o Ácido Acetil Salicílico, levaram o FDA (Food and Drug
> Administration),
> órgão norte-americano de referência mundial, responsável pela qualidade
> e segurança de
> alimentos e medicamentos, a fazer um alerta aos médicos para evitar a
> prescrição dessa
> substância. Houve uma surpreendente baixa na ocorrência da Síndrome,
> diminuindo de 600
> para 25 casos anuais. Ainda assim, esses remanescentes puderam ser
> associados a causas
> genéticas.
> Wong, que também é membro da Comissão Nacional de Assessoramento
> Técnico
> Científico em Medicamentos (Conatem), explica que a Síndrome de Reye é
> uma doença
> aguda caracterizada por um quadro neurológico bastante sério, começando
> por cefaléia
> muito forte, vômitos e convulsões. "Em seguida, o problema evolui para
> sinais
> neurológicos graves como a hipertonia de decortificação (paralisação do
> córtex), seguida de
> rigidez de decerebração (paralisação do cérebro) e finalmente flacidez e
> morte", descreve.
> "Estes sintomas são decorrentes da piora progressiva do edema cerebral".
> Segundo o pediatra, a Síndrome de Reye tem origem na falência hepática
> aguda,
> que é decorrente da destruição das células do fígado, deixando o órgão
> incapacitado de
> metabolizar, neutralizar e eliminar substâncias tóxicas, levando ao
> acúmulo de metabólicos
> ou substâncias como a amônia no sangue. "A ação dessas substâncias no
> cérebro vai
> provocar o edema cerebral ou Síndrome de Reye", diz.
> Até 1980, a Síndrome de Reye era vista como uma complicação de doenças
> virais.
> Mas, feita a reavaliação epidemiológica e estatística, a Síndrome ficou
> associada ao Ácido
> Acetil Salicílico quando ingerido na ocorrência de doenças virais como a
> catapora e os
> vírus das influenzas A e B (vírus da gripe). Segundo Wong, a partir de
> então houve um
> alerta geral da FDA, sendo recomendado aos médicos que deixassem de
> prescrever o
> medicamento aos pacientes com estas doenças ou em casos de quadro de
> febre alta sem
> causa conhecida.
> Mais informações com Dr. Anthony Wong: (0XX11) 3069-8571, 3888-9431 e
> 3044-5944 ou e-mail anthwong@ams.com.br
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SUBJECT: Desligamento
FROM: "Antonio A. J. Godoy" <prof_godoy@teracom.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 04/10/2000 20:15

Comunico aos integrantes da lista que deixo a mesma nesta data.

Infelizmente, parece-me que a lista tem se distanciado bastante de seu propósito, que em princípio seria discutir questões científicas. Visto que a maioria das mensagens que recebi em minha caixa postal durante vários meses consecutivos são de cunho filosófico, me excluo da lista porque este assunto não está entre meus interesses principais no momento.

Os melhores votos aos que permanecem, especialmente ao Léo, ao Takata e ao LRB. Se um dia a lista voltar a ter como assunto principal a ciência avisem-me que terei enorme prazer em tornar a participar das discussões.

Adeus a todos,
--
Antonio A. J. Godoy
Amateur Physicist - Chemistry Student
High School teacher of Physics and Chemistry

+55 44 9962 3455
ICQ #28370022

Maringá - Paraná
Brasil

"Deus deixa pistas para que o homem descubra a Verdade."
A. Einstein--


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Livro Eletrônico
FROM: "Agapito Ribeiro Júnior" <agapito@alphanet.ne.jp>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 04/10/2000 20:55

Caros Cientistas e Colegas

No site eBooks Brasil, que possui livros eletrônicos "formato.rb", foi lançado no dia 4 deste mês o livro:

A Física e o Universo de Rodrigo Horst.

Este livro também pode ser encontrado no formato "editpro.exe" que é auto-executável e não necessita de programa de leitura. Tenho um programa que pode disponibilizar o livro para leitura em HTML. Posso providenciá-lo aos interessados.

Muito Origado.

Pirulito



SUBJECT: Re: [ciencialist] Mais perguntas para a TGBD
FROM: "Agapito Ribeiro Júnior" <agapito@alphanet.ne.jp>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 04/10/2000 21:00

Caro Léo

Não existe nada que seja "pré-big bang", se levarmos em conta que o tempo inicia com o próprio big-bang. Em outras palavras, é sem sentido falar em termos passados sobre um evento que não existiu naquele passado ou se nem passado existia como tempo. Entretanto, o Mestre Mesquita tem explicações muito interessantes sobre "eternidade", que eu estou tentando entender e estudar.

Gostaria de comentar algo, Mestre?

Pirulito



SUBJECT: Re: [ciencialist] Desligamento
FROM: "Agapito Ribeiro Júnior" <agapito@alphanet.ne.jp>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 04/10/2000 21:06

Caros Membros do Ciência List

Sinto-me culpado pela decisão de nosso amigo Antônio, pois deixei-me levar por uma discussão sobre Nietzsche e desconsiderei o fato de estarmos numa lista para outros propósitos.

Acho que essa já é a segunda "mancada" que dou nesta lista e talvez eu mesmo deva assumir a postura de deixá-la. Por isso, peço desculpas formalmente ao Antônio pela minha irresponsabilidade e peço que ele continue nesta lista e acredito que poderemos nos esforçar por torná-la algo dentro dos prpósitos iniciais.

Acho que é o momento do nosso moderador "bater-um-papo" conosco sobre o que estamos fazendo aqui. Isso, logicamente, dentro da democracia e respeito.

Obrigado

Pirulito






-----Mensagem original-----
De: Antonio A. J. Godoy <prof_godoy@teracom.com.br>
Para: ciencialist@egroups.com <ciencialist@egroups.com>
Data: Quinta-feira, 5 de Outubro de 2000 08:18
Assunto: [ciencialist] Desligamento


>Comunico aos integrantes da lista que deixo a mesma nesta data.
>
>Infelizmente, parece-me que a lista tem se distanciado bastante de seu propósito, que em princípio seria discutir questões científicas. Visto que a maioria das mensagens que recebi em minha caixa postal durante vários meses consecutivos são de cunho filosófico, me excluo da lista porque este assunto não está entre meus interesses principais no momento.
>
>Os melhores votos aos que permanecem, especialmente ao Léo, ao Takata e ao LRB. Se um dia a lista voltar a ter como assunto principal a ciência avisem-me que terei enorme prazer em tornar a participar das discussões.
>
>Adeus a todos,
>--
>Antonio A. J. Godoy
>Amateur Physicist - Chemistry Student
>High School teacher of Physics and Chemistry
>
>+55 44 9962 3455
>ICQ #28370022
>
>Maringá - Paraná
>Brasil
>
>"Deus deixa pistas para que o homem descubra a Verdade."
>A. Einstein--
>
>
>[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
>
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>Para sair da lista envie um mail para:
>ciencialist-unsubscribe@egroups.com
>*** --- ***
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>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Mais perguntas para a TGBD
FROM: Leonardo Stern <roxo@jedi.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 04/10/2000 21:15

> Não existe nada que seja "pré-big bang", se levarmos em conta que o tempo inicia com o próprio big-bang. Em outras palavras, é sem sentido falar em termos passados sobre um evento que não existiu naquele passado ou se nem passado existia como tempo. Entretanto, o Mestre Mesquita tem explicações muito interessantes sobre "eternidade", que eu estou tentando entender e estudar.

Sim, realmente o tempo veio junto ao Big-Bang (ou com a criação de
Chronos :), mas se houve uma explosão, alguma coisa explodiu. E se
existia alguma coisa pra explodir ... existia alguma coisa antes do
Big-Bang .. mesmo que o antes estivesse contido naquele objeto.

Ou seja ... o T-1 só passou a existir depois de T0, mesmo não existindo
...


Vou reformular a pergunta para : como a TGBD descreve o universo quando
não existia e não possuia tempo ?
ou .. como é o universo é visto antes de ser criado (por um referencial
fora do universo, ou seja, sem a influencia temporal)


SUBJECT: Re: [ciencialist] Mais perguntas para a TGBD
FROM: "Agapito Ribeiro Júnior" <agapito@alphanet.ne.jp>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 04/10/2000 22:40

Caro Stern

Segue aí um trecho do livro que citei hoje:
---------------------------------------------
2. Tempo
“Qualquer conceito pessoal de tempo, para o astronauta, quase certamente chegará ao fim junto com ele (…)”
Stephen Hawking



Escreveu Hawking sobre a natureza do tempo: “… nossa visão da natureza do tempo se modificou no decorrer dos anos. Até o início deste século, as pessoas acreditavam no tempo absoluto, ou seja, que cada acontecimento podia ser rotulado por um número único e diferenciado chamado “tempo” (…) Mas com a descoberta de que a velocidade da luz é a mesma para todo observador, (…) tivemos que abandonar a idéia de que houvesse um tempo único e absoluto. Em lugar disso, cada observador teria sua própria medida do tempo, (…) Assim, o tempo passou a ser um conceito mais pessoal, relativo ao observador que o media.”
Descobriu-se que não existe um padrão único de tempo e, em vez disso, cada observador obtém seu próprio tempo. No entanto, o tempo continuou sendo um conceito de apreensão difícil para a maioria, e que por isso mesmo produziu interpretações das mais confusas.

O tempo em Física nada mais é do que uma medida-padrão de deslocamento. Um dia, é uma medida-padrão, demarcada pela rotação do planeta Terra em torno do seu próprio eixo imaginário, e os tempos de todos os demais deslocamentos que ocorrem em relação a superfície da Terra, são partes dadas em relação àquele deslocamento padrão.
O tempo não é algo tangível, e não possui uma apresentação própria diferente da utilizada por nós como medida de deslocamento, ou seja, não possui uma existência independente ou separada da noção de deslocamento, que além de ser relativa, deve ser posta de lado em uma análise geral, sem perdas para o entendimento da Física como um todo.
É possível demonstrar-se ainda, que a distinção entre tempo (medida-padrão de deslocamento no espaço) e o próprio espaço desaparece completamente quando usamos uma escala de números imaginários para medir o tempo. Na realidade, o tempo é imaginário, pois a idéia de “deslocamento” só encontra validade local, em um ou dois referenciais no máximo, e indistinguível do espaço, pois não existe o conceito de tempo separado da idéia de “deslocamento no espaço”, que só é localmente válida.

Ainda conforme Hawking: “Apenas se pudéssemos visualizar o Universo em termos de tempo imaginário é que não haveria singularidades. (…) Quando se retorna ao tempo real em que vivemos, entretanto, ainda teremos a impressão de que há singularidades. (…) Isso pode sugerir que o chamado tempo imaginário é, na verdade, o tempo real, e que aquilo que chamamos de tempo real é apenas fruto de nossa imaginação. (…) talvez aquilo a que chamamos tempo imaginário seja, na realidade, mais básico, e aquilo a que chamamos real seja apenas uma idéia que inventamos para nos ajudar a descrever como pensamos que é o Universo. (…) uma teoria científica é simplesmente um modelo matemático que criamos para descrever nossas observações; ele existe apenas em nossas mentes. Assim, não faz sentido indagar o que é real, o tempo “real” ou “imaginário”. Trata-se simplesmente de saber qual deles é a descrição mais útil.”
O que Hawking chama aqui de tempo real, é o conceito de tempo que já vem desde antes de Newton, um tempo absoluto, de ritmo único, e que até hoje permanece vivo preservado como um caso particular na teoria da Relatividade, graças a ginástica desenvolvida por Einstein com o intuito de mantê-lo existindo. E o que chama de tempo imaginário, é a maneira padrão de medir deslocamentos que coloquei ser totalmente dependente da própria noção de deslocamento, e que não ocorre, na realidade (Universo como um todo).
O tempo é, portanto, apenas mais um valioso artifício, de enorme utilidade local, apenas, e que não tem validade no Universo como um todo.
----------------------------------------
E aí?
Está vendo a dificuldade em se admitir algo que seja "atemporal"?

Até...

Pirulito





SUBJECT: Re: [ciencialist] Mais perguntas para a TGBD
FROM: Leonardo Stern <roxo@jedi.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 04/10/2000 23:37

> E aí?
> Está vendo a dificuldade em se admitir algo que seja "atemporal"?

Obrigado pelo texto.

Sim, realmente mas a discussão é .... antes do T0 não houve nada ...
então podemos afirmar que o universo ficou indefinidamente (no sentido
de infinito, mesmo que este na medida de tempo atual seja 0) no T0 antes
de avançar uma unidade infinitesimal, como se na verdade nem tivesse
existido o T0 (como o grafico de y=1/x (para todo X não negativo) onde y
representa o inverso da velocidade do tempo e x o tempo).

Durante esse infinito periodo de tempo onde não passou tempo algum que
queria saber como era o universo.

A titulo de TGBD fica a pergunta : Como a TGBD se posiciona quanto à
origem do universo ? Segue a teoria do Big Bang ? Por quê ?


SUBJECT: MATHS QUIZ 2000
FROM: "Neville" <neville@catanduva.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 04/10/2000 23:48

Se houver interessados em competir, ainda há tempo de montar um time.

[s] Neville

=============================================================
From: adm@mq2000.org Subject: MQ2000, CRM in Barcelona, World Mathematics
Year

MATHS QUIZ 2000
Every mathematician in the world is invited to take part in a unique
mathematical contest in which competitors will answer as many challenging
mathematical questions as possible.
We call it the MATHS QUIZ 2000, and it is a contribution of the CRM
(Barcelona) to the celebrations of World Mathematical Year.

We are talking about a question-and-answer global and live competition. All
the competitors (individuals or small teams) will compete in real time
through the Internet.
The contest will start at 12 o'clock (midday) Greenwich Mean Time on the
17th of October this year and will last exactly 24 hours, without
interruption.

Beyond the thrill of the challenge, the winners will be rewarded with two
sorts of prizes. The five highest scoring competitors will each receive
workstations courtesy of Sun Microsystems, the main sponsor of the
competition. On the other hand, to spur on
all the players, even those far behind the leaders, we will be giving away
throughout the competition a considerable number of book tokens valued at
100 Euros which have been offered by Birkhauser Verlag to be used in the
purchase of books from this
publisher.

So mark the 17th of October in your diaries, find a small group of
colleagues, and register for the MATHS QUIZ 2000 at the site:
http://www.mq2000.org
Organized by the Centre de Recerca Matematica (http://www.crm.es).
Organizers: Rafel Serra (RafelSF@blanquerna.url.es) and
Jaume Aguade (aguade@mat.uab.es).
=======================================================================




SUBJECT: Re: [ciencialist] Mais perguntas para a TGBD
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 05/10/2000 00:49

Prezado Leonardo,

Também não sei se as pessoas se divertirão ou se "divertirão". A que não interessar sugiro que deletem. É mais fácil que sair...

Prometo vou tentar responder todas. Gostei muito dos temas escolhidos. Sobre alguns já tenho uns conceitos elaborados.

Quanto ao tempo pre-Big Bang já escrevi aqui. A TGBD leva a conclusão que o tempo é continuo, porém posse duas fases a tempo do Universo e a do anti-tempo do Anti-Universo. O anti-tempo tem alteração do seu sentido, embora mantida a seta do tempo.

Pela TGBD o tempo seria medido por números reais na fase de expansão que estamos após o Big Bang, e depois passaria a ser imaginário na fase de contração do Universo até o Big Crunch , de onde transformaria no anti-tempo do Anti-Big Bang do Anti-Universo, composto de anti-matéria e anti-energia no anti-espaço.

Por mais absurdo que isto possa parecer, poderá se concluir que é inteiramente consistente e simples, se aceito que a TGBD seja verdadeira. Aliás, esta seria uma das suas previsões. Pena que com a perda do meu HD perdi a figura que vou ter de reconstruir e que explica isto duma maneira mais clara. Vou tentar mostrar por palavras.

O tempo é única variável de um evento físico que pode ser representado por uma linha unidimensional. Sabemos que o tempo tem uma seta, no nosso universo em expansão, que pela TGBD resultará na contração. Se o tempo é unidimensional pode ser visto como uma reta. Ora, a origem da TGBD se deu ao analisar a questão de uma reta ser uma circunferência, cujo Quarto Uno é o ponto em que formado pelo +/- infinito. Façamos uma analogia com uma reta que teria limite não o +/- infinito. Em outras palavras o +infinito não seria tão grande quanto quiséssemos, mas sim uma grandeza definida, que no caso do tempo o instante do Big Crunch (ou o +limite). Inversamente o -limite seria o instante do Big Bang.

Pela TGBD o Quarto Uno tem de se decompor no Anti-Terno. Por outro lado, pela TGBD tem que existir a Anti-Unidade para poder existir a Unidade, donde se há Universo, tem de haver Anti-Universo. E no caso da reta teria de existir a anti-reta.

Vamos agora ver a passagem da reta para a anti-reta que é +/-infinito. Devido a estarmos considerando o tempo com seus limites +/- definidos, daqui para frente sempre que me referir a uma reta estarei dizendo +/- limite ao invés de +/-infinito. o Se o +limite (o Big Crunch) tiver continuidade para o +anti-limite da anti-reta, não haveria descontinuidade na seta do tempo. O +anti-infinito seria o instante do Anti-Big Bang do Anti-Universo, que também se expandiria e depois se contrairia até chegar no Anti-Big Crunch, que por sua ver precederia o novo Big Bang do novo Universo, que se expandiria, se contrairia.... e assim sucessivamente...

Assim, o Tempo (ora tempo no Universo, ora anti-tempo no Anti-Universo) seria infinito e contínuo, e manteria a sua seta do tempo, embora tendo dois sentidos, o positivo, do - para o + no Universo, e o negativo, do + para o - no Anti-Universo. Assim, +limite do Universo (Big Crunch) teria como seqüência no +anti-limite (instante do Anti-Big Bang) que, mesma seta do tempo, acabaria tendo como sucessor o -anti-limite do Anti-Big Crunch, que teria por seqüência o -limite do novo Big Bang do novo Universo.... etc.

Repare Leonardo que desta forma, o Universo se transformaria no Anti-Universo, que por sua vez se transformaria no novo Universo, e o ciclo se perpetuaria. O Anti-Universo seria feito de anti-matéria e anti-energia ocupando um anti-espaço ao logo do anti-tempo.

Prezado Leonardo, Vejamos agora a sua segunda mensagem sobre o tema:

>Sim, realmente o tempo veio junto ao Big-Bang (ou com a criação de
>Chronos :), mas se houve uma explosão, alguma coisa explodiu. E se
>existia alguma coisa pra explodir ... existia alguma coisa antes do
>Big-Bang .. mesmo que o antes estivesse contido naquele objeto.
>
>Ou seja ... o T-1 só passou a existir depois de T0, mesmo não existindo

Você acha que esta explicação da TGBD não seria plausível, dado que nada sairia do nada, e sim apenas se tranformaria? Afinal o Universo seria a transformação do Anti-Universo anterior.

>Vou reformular a pergunta para : como a TGBD descreve o universo quando
> não existia e não possuia tempo ?
> ou .. como é o universo é visto antes de ser criado (por um referencial
> fora do universo, ou seja, sem a influencia temporal)

Ora é certo que tudo o que disse aqui vai esbarrar na seguinte questão: e antes do Universo e do Anti-Universo existirem, o que existia? Talvez aí venha a maior de todas as ousadias a que nos leva a TGBD, que é a necessidade de colocar aalgo que vem de fora a tudo isto, que na falta de um nome melhor, vou chamar de Deus. Regendo o Universo e o Anti-Universo (Dual Interno Concreto estariam as Leis Universais, o Terceiro Uno, do Terno que passemos a chamar de o Todo. Assim, as Leis Universais formariam com Deus o Dual Externo Abstrato.

Ora, talvez tudo o que foi dito aqui seja um pouco confuso. Mas alguém poderia propor algo mais consistente que o que foi dito, caso a TGBD se comprove como sendo verdadeira?

Um grande abraço,

Claudio Abreu


----- Original Message -----
From: Leonardo Stern
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Wednesday, October 04, 2000 6:21 PM
Subject: [ciencialist] Mais perguntas para a TGBD


pra vcs se divertirem .... (ou se "divertirem")

(lembrando que a TGDB foi feita para questões científicas e nÃo
científicas)

como a TGDB explica ...

... a estrutura do sistema solar ?
... O processo de formação das cores ?
... os estados físicos da matéria ?
... o eletromagnetismo ?
... tensão superficial da água ?
... as particulas subatômicas ?
... o conjunto vazio ?
... o zero absoluto ?
... o comportamento de uma onda ?
... os sistemas biológicos ?
... a isomeria otica ?
... a TGDB ?

o que a TGBD preve sobre ...

... a equivalencia da massa inercial e gravitacional ?
... a geometria do iniverso ?
... o comportamento social ?
... as questões meta-fisicas ?
... o universo pré big-bang ?

Como a TGDB se aplica a ...

... informática ?
... agronomia ?
... mecatronica ?
... nutrição ?
... direito ?
... antropologia ?
... paleontologia ?

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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Livro Eletrônico
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 05/10/2000 01:02

Agatipo, pode mandar o endereço?

Obrigado.

Claudio Abreu
----- Original Message -----
From: Agapito Ribeiro Júnior
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Wednesday, October 04, 2000 8:55 PM
Subject: [ciencialist] Livro Eletrônico


Caros Cientistas e Colegas

No site eBooks Brasil, que possui livros eletrônicos "formato.rb", foi lançado no dia 4 deste mês o livro:

A Física e o Universo de Rodrigo Horst.

Este livro também pode ser encontrado no formato "editpro.exe" que é auto-executável e não necessita de programa de leitura. Tenho um programa que pode disponibilizar o livro para leitura em HTML. Posso providenciá-lo aos interessados.

Muito Origado.

Pirulito


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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Mais perguntas para a TGBD
FROM: Leonardo Stern <roxo@jedi.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 05/10/2000 01:40


> Também não sei se as pessoas se divertirão ou se "divertirão". A que não interessar sugiro que deletem. É mais fácil que sair...

hum .. não sei, talvez seja melhor discutir isto em outro canto, como a
lista do TGBD de qualquer forma estou começando a discutir sobre o tema
poruqe achei bacana as argumentações e contra-argumentações (ou
anti-argumentações) ente você e o Takata. Não quero emitir julgamentos
nessa fase inicial, apenas apontarei falhas e acertos que a minha logica
(cada um tem a sua) encontra na TGBD.

Sinceramente não li a TGBD ainda, mas quando aparecer um tempo livre
lerei (acho que tenho 1 email ancião que continha a TGBD para apreciação
dos listeiros).

A grande questão antes de aprofundar a discussão é :

O que a TGBD pretende ser ?

a) Uma filosofia (uma visão diferente do que não interfere nas teorias
conhecidas) ?
b) Uma teoria (complementação e/ou substituição das grandes teorias que
descrevem o universo entrando em conflito com alguns conceitos)
c) Um complemento das teorias já existente (não entra em conflito com as
atuais teorias, e preve acontecimentos não imaginados / anteriormente
impossiveis)
d) uma religião
e) N.D.A (especificar)

Iniciei a discussão acreditando ser a opção "a" e sendo apresentada com
"b", mas como não quero emitir julgamentos, vou me limitar a perguntar o
que a TGBD pretende ser.

[snip]
> Pela TGBD o tempo seria medido por números reais na fase de expansão que estamos após o Big Bang, e depois passaria a ser imaginário na fase de contração do Universo até o Big Crunch , de onde transformaria no anti-tempo do Anti-Big Bang do Anti-Universo, composto de anti-matéria e anti-energia no anti-espaço.

[snip]

Se entendi bem a TGBD "prega" que o universo é finito , se expande como
um movimento harmônico simples ...ou seja tem aceleração positiva no
começo, e negativa no final, como um sistema massa-mola. O anti-universo
descreveria o mesmo movimento que o universo mas teria um "angulo de
fase" diferente. Para facilitar a imaginação vamos usar um exemplo
conhecido de MH, a batida de um coração. O universo seria como o coração
... estaria implodindo e explodindo. Enquanto o coração (ou pulmão,
tanto faz) do universo está enchendo, o do anti-universo está se
comprimindo.

A pouco tempo foi observado que o universo estava em expansão acelerada,
isto significa que o anti-universo estaria se comprimindo e que nosso
universo como conhecemos durará ao menos o tempo mais X bilhões de anos
(substitua X pela idade atual do universo)

E o universo só teria um anti-universo perfeitamente simétrico no exato
momento em que sua aceleração fosse 0 (ela é variavel pelo que entendi).

certo ?

como afirmei antes, não li (por completo) a TGBD. Qual é a linha de
raciocinio (dentro da TGDB) que leva a esta conclusão ? [a explicação do
Quarto uno sendo o ponto da circunferencia (sendo a reta uma circ. de
raio infinito) onde é o infinito não explicou o porquê da velocidade
decrescente)


SUBJECT: Re: [ciencialist] A TGBD e Geologia
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 05/10/2000 02:15

Prezado Roberto,

Você me desafia em:

>nao... refiro-me aos periodos da tabela periodica -- eh cada 'fileira' da
>tabela: as familias de elementos sao as 'colunas'.

>talvez a tgbd explique por q no primeiro periodo ha' 1 ou 2 elementos
>(dependendo de onde se coloca o H); nos dois seguintes, 8; nos proximos 2,
>18; outros 2, 32. havera' um periodo seguinte? havera' um elemento mais
>pesado do q. o 118?

>pense na familia dos gases nobres e veja o numero atomico: 2, 10, 18, 36,
>54, 86, 118... existe um proximo numero? qual o valor da sequencia? como a
>tgbd pode prever isso?

Antes de responder isto tudo, se é que vou conseguir, gostaria que você lesse o texto no endereço abaixo:
http://br.egroups.com/files/tgbd/2.O.livro.da.TGBD/2.14.TGBD.e.Camadas.Eletronicas.doc

Nele acho que respondi ao Alberto Mesquita Filho o porque do brilhante esquema gráfico que ele bolou para traçar as orbitais eletrónicas. Ele até disse, brincando, que quem matasse a charada teria direito ao Prêmio Nobel. Bem acho que matei a charada, e embora não tenha ganho o Prêmio Nobel, ganhei a amizade dele e talvez um certo respeito por parte dele para com a TGBD. E com isso ganhei também a oportunidade de ter com ele, e depois com o Ozelo, uma grande troca de mensagens em pvt.

No final do texto acima indico a leitura de outro texto que está no endereço abaixo:
http://br.egroups.com/files/tgbd/2.O.livro.da.TGBD/2.09.Unificacao.das.Forcas.Eletromgnetica.e.Gravidade.doc

Quem sabe depois de você conhecer os dois textos acima também não ganho a sua amizade e a sua atenção para com a TGBD?

Um grande abraço.

Claudio Abreu







----- Original Message -----
From: Roberto Mitsuo Takata
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Wednesday, October 04, 2000 1:39 PM
Subject: Re: [ciencialist] A TGBD e Geologia


On Wed, 4 Oct 2000, Claudio Abreu wrote:
> Saiba antes de mais nada que o tenho como uma pessoa respeitável e de
> enorme saber.

pode parar por aih. nao sou nem respeitavel (bleargh!) nem de enorme saber
-- se tenho algum merito eh apenas saber usar os mecanismos de busca do
altavista e do fast...

> Poxa, será que os 4 quilates advém de um bidual?

um quilate (nao falando de grau de pureza de ligas de ouro) corresponde a
200 miligramas, o valor 4 foi arbitrario (escolhido por razoes obvias)...
podemos ter qq valor de 0 a infinito em quilates (claro q. falando em
diamantes esteremos limitado 'a massa total de diamantes na terra ou no
universo -- faco a minima ideia de qto seja).

> Repare, C, CO, CO2 e CO3 não formariam um bidual?

e C, CH3, CNH, CFC? nao formaria outro bidual? ou: C, CO, CO2, CO3- e
compostos organicos -- formam o q? um bidual monodal?

> E porque separá-los, se são ambos metais?

por q. separar os votos brancos de nulos se ambos tEm o mesmo efeito na
votacao? por q. separar espaco do tempo se sao ambos dimensoes fisicas?

os votos nulos e brancos sao contados separadamente? e vc acha q. os votos
da marta e do maluf sao contados tudo junto pra ser colocado na mesma
classe de votos validos?

> Se os períodos a que você se refere forem os níveis energéticos, a TGBD

nao... refiro-me aos periodos da tabela periodica -- eh cada 'fileira' da
tabela: as familias de elementos sao as 'colunas'.

talvez a tgbd explique por q no primeiro periodo ha' 1 ou 2 elementos
(dependendo de onde se coloca o H); nos dois seguintes, 8; nos proximos 2,
18; outros 2, 32. havera' um periodo seguinte? havera' um elemento mais
pesado do q. o 118?

pense na familia dos gases nobres e veja o numero atomico: 2, 10, 18, 36,
54, 86, 118... existe um proximo numero? qual o valor da sequencia? como a
tgbd pode prever isso?

as series dos lantanideos e actinidios nao sao perpendiculares 'a
tabela... seria o mesmo q. dizer q. os elementos de transicao sao
perpendiculares ao resto da tabela...

em relacao 'a ilha de estabilidade transuranica eh o seguinte:

existirao elementos com numero atomico maior do q. o do Uranio q. sejam
estaveis? i.e. nao sejam radioativos?

> A grande diferença, Takata é que a TGBD explica muitas outras coisas e
> toda esta teoria atomica que existe só explica tais características dos

eqto a tgbd nao conseguir explicar as demais propriedades fisico-quimicas
dos elementos nao vejo qual a utilidade da aplicacao dela para explicar as
propriedades fisico-quimicas dos elementos...

alias, se a tgbd previa a total inercia quimica dos gases nobres, ela jah
eh furada...

> Quanto aos cinco níveis administrativos, não acho relevante. A TGBD
> objetiva explicar a estrutura de equilíbrio total, que no caso está

e qdo aparentemente tinha apenas 4 niveis -- os q. vc via -- eram
relevantes? lembra q. se comentou sobre uma coisa chamada pensamento
seletivo? pois eh, vc estah apenas amealhando exemplos q. estariam de
acordo com a tgbd, varrendo para baixo do tapete... ao contrario do q. vc
enxerga a minha estrategia nao eh apenas diversificar as classes: veja q.
eu propus a uniao dos votos nulos e brancos, reduzindo o numero de
classes. estou chamando a atencao para a arbitrariedade do numero de
classes na maior parte das situacoes.

[]s,

roberto takata


*** --- ***
Para sair da lista envie um mail para:
ciencialist-unsubscribe@egroups.com
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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Desligamento
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 05/10/2000 03:29

-----Mensagem Original-----
De: "Agapito Ribeiro Júnior"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Quarta-feira, 4 de Outubro de 2000 21:06
Assunto: Re: [ciencialist] Desligamento

> Sinto-me culpado pela decisão de nosso amigo Antônio, pois deixei-me levar
> por uma discussão sobre Nietzsche e desconsiderei o fato de estarmos numa
> lista para outros propósitos.

Agora você já está sendo reincidente :-))

> Acho que essa já é a segunda "mancada" que dou nesta lista e talvez eu
> mesmo deva assumir a postura de deixá-la.

E eu vou perder o meu único fã? :-)) Em hipótese alguma! Quem irá me chamar
de Mestre ou guru após a sua saída da ciencialist? :-)) Escreva, como
castigo, 200 vezes, "Que mal há em Nietzsche ser nazista", e ficará o dito
pelo não dito. Desta vez permitirei a utilização do recurso Copiar/Colar.
:-)

> Por isso, peço desculpas formalmente ao Antônio [...] e peço que ele
> continue nesta lista...

Assino embaixo quanto à solicitação.

> Acho que é o momento do nosso moderador "bater-um-papo" conosco sobre o
> que estamos fazendo aqui. Isso, logicamente, dentro da democracia e
> respeito.

O LRB tem assumido a posição de um administrador ou síndico e, pelas
características da lista, creio que ele está certo. Talvez fosse o caso de
nossa comunidade ciencialisteira fazer um FAQ. Sei que não é fácil mas é
como os estrangeiros têm conseguido organizar grandes comunidades que
militam em alguns newsgroups. Ninguém é penalizado por não cumprir o FAQ mas
com freqüência os novatos que assim procedem chegam a ser reprimidos por um
veterano do grupo, com base no FAQ, e os demais o apoiam.

Quanto ao mais, essa história de "sair do grupo" já está se tornando
sentimental demais para o meu gosto. Pô, uns saem porque eu digo que a
física quântica é uma mer... ops!, corrijo, ...é UM mero conjunto de
equações. Outros saem porque a tgbd não aceita um número ímpar de
participantes na lista... Daqui a pouco o LRB vai deixar a administração da
lista por não querer ser o Quarto Uno. :-)) E como é que vamos ficar?

.[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Desligamento
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 05/10/2000 06:22

-----Mensagem Original-----
De: "Eu mesmo"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Quinta-feira, 5 de Outubro de 2000 03:29
Assunto: Re: [ciencialist] Desligamento

> Quanto ao mais, essa história de "sair do grupo" já está se tornando
> sentimental demais para o meu gosto. Pô, uns saem porque eu digo que a
> física quântica é uma mer... ops!, corrijo, ...é UM mero conjunto de
> equações.

Apenas para completar um pensamento e fazer meu comercial.

Assumi o compromisso de não dizer em vão que a física quântica é uma mer...
ops!, novamente corrijo, ...é UM mero conjunto de equações. Não obstante,
esse compromisso é válido apenas para a ciencialist, pois noto que os
quânticos daqui são muito sensíveis. Se alguém, não tão sensível, quiser
saber o que efetivamente penso a respeito da física quântica, acompanhe o
pt.ciencia.geral, onde consigo expor o que penso sem ferir os brios dos
quânticos portugueses e muito menos expulsá-los e/ou ser expulso do grupo
(parece-me que eles põem tanta fé nessa babosela que é a MQ que não estão
nem aí para o que afirmo).

Em especial, a msg exposta em
http://webnews.clix.pt/cgi-bin/dnewsweb?cmd=article&group=pt.ciencia.geral&i
tem=31904&utag= resume bastante a situação atual da discussão, que está na
thread "Velocidade da luz..." (talvez seja necessário recompor ou copiar o
link, pois ele é muito longo e o sinal de = também faz parte do link).

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Luz presa e estrelas camufladas
FROM: "Sociedade da Terra Redonda" <strbrasil@hotmail.com>
TO: ciencialist@egroups.com, fcb@egroups.com
CC: Editores@strbrasil.com.br
DATE: 05/10/2000 07:07

Caros amigos de lista,

Estava agora ha pouco pensando com meus botoes (alias so pensando, porque
estava sem camisa) e uma duvida surgiu na minha cabeca. Com base em meus
livros que lidam com mecanica quantica e astronomia, sei que a luz gerada no
interior do Sol demora um bom tempo (5 milhoes de anos se nao me falha a
memoria), desde sua 'criacao' quando os atomos de hidrog�nio viram atomos de
helio (usando o carbono e o nitrogenio como catalisadores), ate a superficie
do Sol e dai para o espaco sideral.

Entao pensei, se os fotons ficam la dentro ziguezagueando durante tanto
tempo, os primeiros fotons do Sol, ou seja, os primeiros pacotes de luz
gerados quando o processo de nucleoss�ntese se iniciou no Sol ha bilhoes de
anos atras, demoraram todo este tempo para chegar na superficie e dai em
diante voarem desembestados alegremente pelo espaco ate atingir a retina de
algum observador (ou atingir qualquer outra coisa)? Ou assim que o limite de
Chandrasekar foi alcan�ado o Sol ja comecou a emitir luz espaco afora?

Na minha logica de sofa eu concluo que nao, que a luz ficou la presa N
milhoes de anos, mas como nao sou fisico 'profissional' nao tenho certeza
com bases teoricas. Se for este o caso, nao seria possivel que diversas
estrelas ja 'iniciadas' estejam ai por perto ja transformando hidrogenio em
helio, porem sem dar nenhum sinal de vida, ou melhor, brilho de vida?

E entao, extrapolando demais nas minhas especulacoes, se for possivel a
existencia de tantas estrelas escondidas, nao seria possivel que estas
mesmas possam ter materia suficiente para fazer deste um universo fechado,
ao inves de um aberto como aparentemente ele e? Ou talvez estas sejam a
famosa materia escura? Agradeceria se alguem pudesse me dar esclarecimentos
mais tecnicos.

Sinceramente,
Leo Vines
Vines@strbrasil.com.br
http://www.strbrasil.com.br
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Mais perguntas para a TGBD
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 05/10/2000 07:30

-----Mensagem Original-----
De: "Agapito Ribeiro Júnior"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Quarta-feira, 4 de Outubro de 2000 21:00
Assunto: Re: [ciencialist] Mais perguntas para a TGBD

> Não existe nada que seja "pré-big bang", se levarmos em conta que o tempo
inicia com o próprio big-bang. Em outras palavras, é sem sentido falar em
termos passados sobre um evento que não existiu naquele passado ou se nem
passado existia como tempo. Entretanto, o Mestre Mesquita tem explicações
muito interessantes sobre "eternidade", que eu estou tentando entender e
estudar.

> Gostaria de comentar algo, Mestre?

Apenas ordenar os fatos, caso alguém esteja interessado em saber o que
penso. O que escrevi pode ser encontrado nas 3 seguintes mensagens. O
argumento "eternidade" está na última das três mas a idéia, implícita nas
demais msgs, é seqüencial.

Msg 3610 da Acropolis (20/09/00): "Re: A Rapidez do Tempo - segundo Manuel
Bulcao", em www.egroups.com/message/acropolis/3610

Msg 3612 da Acropolis (21/09/00): "Do micro ao macrocosmo ou vice-versa", em
www.egroups.com/message/acropolis/3612

Msg 6037 da Ciencialis (25/09/00)t: "Re: Sobre o Tempo", em
www.egroups.com/message/ciencialist/6037


[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm




SUBJECT: Re: [ciencialist] Mais perguntas para a TGBD
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 05/10/2000 13:17

Prezado Leonardo,

Vamos lá:

Leonardo:
O que a TGBD pretende ser ?

a) Uma filosofia (uma visão diferente do que não interfere nas teorias
conhecidas) ?
b) Uma teoria (complementação e/ou substituição das grandes teorias que
descrevem o universo entrando em conflito com alguns conceitos)
c) Um complemento das teorias já existente (não entra em conflito com as
atuais teorias, e preve acontecimentos não imaginados / anteriormente
impossiveis)
d) uma religião
e) N.D.A (especificar)


Claudio:
Acredito que a TGBD seja a Teoria de Tudo, e, portanto, também um misto das suas alternativas a, b e c. Quanto ao site da TGBD o seu endereço é:

http://br.egroups.com/group/tgbd

E da sua página principal transcrevo o seguinte texto:

==================

A Teoria Geral da Bidualidade (TGBD) objetiva definir a estrutura de tudo o que existe e/ou não existe, no universo e/ou fora dele.

A expressão "e/ou" é a própria síntese da TGBD. Notar que o dual "ser ou não ser", de Shakespeare, é apenas uma visão usual e restrita da questão, pois se refere apenas às duas fases relacionadas ao conceito de existência.

Para que exista o dual "ser ou não ser" é necessário existir também dual "ser e não ser", referente às duas mutações associadas: o próprio "ser e não ser" (quando algo que é deixa de sê-lo) e o "não ser e ser" (quando algo que não é passa a sê-lo). Senão o ciclo não fecha.

E para ser geral a TGBD tem que se aplicar tanto ao dual das fases do universo e do não-universo, quanto ao dual das mutações do universo para o não-universo e vice-versa.

O objetivo deste Grupo é a divulgação e o debate da TGBD no meio científico e tecnológico. O seu moderador é o engenheiro civil e mestre em administração de empresas Claudio Braga de Abreu e Silva, nascido em 08/11/1949, que vem desenvolvendo a TGBD desde 1968, e está escrevendo um livro sobre ela, cujos textos se encontram nos Arquivos deste Grupo. Com o advento da Internet, ele acha possível contar com a participação de pessoas, de qualquer formação científica e profissional, que queiram contribuir para o desenvolvimento de sua teoria que, acredita, poderá representar um novo marco na história da ciência e da humanidade.

A TGBD é, sem duvida, muito ambiciosa, pois objetiva ser a Teoria de Tudo, ou Theory of Everything (TOE). Caso a TGBD seja verdadeira, seu autor acredita que ela será a síntese do conhecimento, e permitirá: a) conhecer o desconhecido a partir do que se conhece; b) testar a veracidade de toda e qualquer teoria científica; e, c) simplificar a ciência. O autor desde já agradece a participação de todos.

===============

Leonardo:
Se entendi bem a TGBD "prega" que o universo é finito , se expande como um movimento harmônico simples ...ou seja tem aceleração positiva no começo, e negativa no final, como um sistema massa-mola. O anti-universo descreveria o mesmo movimento que o universo mas teria um "angulo de fase" diferente.

Claudio:
É isso aí. Pela TGBD se existe a expansão do Universo (o que parece já ser comprovado), tem que haver a sua contração. E se existe o Universo, tem que haver o Anti-Universo, que seria de anti-matéria. Talvez isto explique o fato de não encontrarmos a anti-matéria em quantidade e em estado natural no nosso Universo.

Discordo contudo quanto à aceleração positiva no começo e negativa no final. Acredito que na chamada inflacionaria do universo, a aceleração possa ter sido positiva, mas depois, mesmo em expansão, tal aceleração seja negativa, pois a velocidade da expansão iria caindo até ser nula, no exato ponto em que começaria a contração, onde a velocidade do processo teria sentido diferente do da expansão, o que implicaria numa aceleração positiva para a contração, ou seja, a contração iria aumentando a sua velocidade, até que antes do Big Crunch tivéssemos digamos um Universo anti-inflacionário, com a contração se dando com uma aceleração negativa, ou seja, se contraindo cada vez menos. O raciocínio valeria para o caso do Anti-Universo.

Em suma, em cada fase do universo, ou seja Expansão e Contração, teríamos aceleração positiva, nula e negativa. Isto resultaria da aplicação da TGBD para um nível inferior, ou seja, analisando-se os Ternos de nível inferior que seriam as fases de Expansão e da Contração, onde a variável chave passaria a ser a aceleração do processo.

Repare que o Terno do Universo estaria relacionado à velocidade do processo, que poderia ser positiva, nula e negativa em relação à seta do tempo. Assim, o Universo seria o Terno formado pelo Dual composto pela Expansão (que tem velocidade positiva em relação à seta do tempo) e pela Contração (que teria velocidade negativa em relação à seta do tempo), e pelo Terceiro Uno que seria o ponto do fim da Expansão e do início da Contração, onde a velocidade seria nula. Já o Quarto Uno do Universo seria o ponto Big Bang/ Big Crunch, que se decompõe no Anti-Terno do Anti-Universo.

Leonardo:
Para facilitar a imaginação vamos usar um exemplo conhecido de MH, a batida de um coração. O universo seria como o coração ... estaria implodindo e explodindo. Enquanto o coração (ou pulmão,
tanto faz) do universo está enchendo, o do anti-universo está se comprimindo.

Claudio:
Não tinha pensado nessa hipótese, mas ela é muito interessante, e acho que se enquadra na TGBD. No texto anterior coloquei o Universo sendo uma transformação, no Big Bang) do Anti-Universo anterior a ele; depois, no Big Crunch, o Universo se transformaria no Anti-Universo seguinte, que se transformaria num novo Universo....etc. Ou seja, ora um existia, ora outra existia. A existência simultânea de ambos, contudo, é uma nova visão muito interessante. Os atuais Buracos Negros seriam as portas do nosso Universo para o Anti-Universo.

Rodrigo:
A pouco tempo foi observado que o universo estava em expansão acelerada, isto significa que o anti-universo estaria se comprimindo e que nosso universo como conhecemos durará ao menos o tempo mais X bilhões de anos (substitua X pela idade atual do universo) E o universo só teria um anti-universo perfeitamente simétrico no exato momento em que sua aceleração fosse 0 (ela é variável pelo que entendi).
certo ?

Claudio Abreu:
Ainda não falei aqui das chamadas singularidades, que pela TGBD seriam quatro. Duas nos intentes de tempo em que o Anti-Universo se transforma no Universo (= Anti-Big Crunch/Big Bang) e quando o Universo se transformaria no Anti-Universo (=Big Crunch/Anti-Big Bang). E duas singularidades nos instantes em que a velocidade do processo é nula, ou seja Fim da Expansão/Início da Contração e Fim da Anti-Expansão/Início da Anti-Contração. Vale dizer que a TGBD não exclui as singularidades. Pelo contrario, exige que elas existam para que possam existir a não sigularidades. Importa contudo ressaltar que com a estrutura proposta para o Universo e Anti-Universo, seria sempre mantida a seta do tempo.

Rodrigo:
como afirmei antes, não li (por completo) a TGBD. Qual é a linha de raciocínio (dentro da TGDB) que leva a esta conclusão ? [a explicação do Quarto uno sendo o ponto da circunferência (sendo a reta uma circ. de
raio infinito) onde é o infinito não explicou o porquê da velocidade decrescente)

Claudio:
Sugiro que você leia como se deu o início do desenvolvimento da TGBD, em 1968, no endereço:
http://br.egroups.com/files/tgbd/2.O.livro.da.TGBD/2.02.O.Desenvolvimento.da.TGBD.doc
Vale a pela dar uma olhada lá, onde conto que a minha curiosidade para o tema me foi despertada por duas observações deste mundo: a primeira, abstrata, que é tato de uma reta ser uma circunferência de raio infinito, e a segunda, concreta, que é continuo e bonito movimento das ondas do mar.

Aliás, repare que tudo que falei aqui para as fases de expansão e contração do Universo guarda analogia com as fases do crescer e do espumar das ondas, e que os pontos do fim da expansão/início da contração e Big Bang/Big Crunch teria por analogia o ponto em que a onda quebra e início/fim da onda, que é o limite da onda com o que não é onda.

Um grande abraço.

Claudio Abreu


----- Original Message -----
From: Leonardo Stern
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Thursday, October 05, 2000 1:40 AM
Subject: Re: [ciencialist] Mais perguntas para a TGBD



> Também não sei se as pessoas se divertirão ou se "divertirão". A que não interessar sugiro que deletem. É mais fácil que sair...

hum .. não sei, talvez seja melhor discutir isto em outro canto, como a
lista do TGBD de qualquer forma estou começando a discutir sobre o tema
poruqe achei bacana as argumentações e contra-argumentações (ou
anti-argumentações) ente você e o Takata. Não quero emitir julgamentos
nessa fase inicial, apenas apontarei falhas e acertos que a minha logica
(cada um tem a sua) encontra na TGBD.

Sinceramente não li a TGBD ainda, mas quando aparecer um tempo livre
lerei (acho que tenho 1 email ancião que continha a TGBD para apreciação
dos listeiros).

A grande questão antes de aprofundar a discussão é :

O que a TGBD pretende ser ?

a) Uma filosofia (uma visão diferente do que não interfere nas teorias
conhecidas) ?
b) Uma teoria (complementação e/ou substituição das grandes teorias que
descrevem o universo entrando em conflito com alguns conceitos)
c) Um complemento das teorias já existente (não entra em conflito com as
atuais teorias, e preve acontecimentos não imaginados / anteriormente
impossiveis)
d) uma religião
e) N.D.A (especificar)

Iniciei a discussão acreditando ser a opção "a" e sendo apresentada com
"b", mas como não quero emitir julgamentos, vou me limitar a perguntar o
que a TGBD pretende ser.

[snip]
> Pela TGBD o tempo seria medido por números reais na fase de expansão que estamos após o Big Bang, e depois passaria a ser imaginário na fase de contração do Universo até o Big Crunch , de onde transformaria no anti-tempo do Anti-Big Bang do Anti-Universo, composto de anti-matéria e anti-energia no anti-espaço.

[snip]

Se entendi bem a TGBD "prega" que o universo é finito , se expande como
um movimento harmônico simples ...ou seja tem aceleração positiva no
começo, e negativa no final, como um sistema massa-mola. O anti-universo
descreveria o mesmo movimento que o universo mas teria um "angulo de
fase" diferente. Para facilitar a imaginação vamos usar um exemplo
conhecido de MH, a batida de um coração. O universo seria como o coração
... estaria implodindo e explodindo. Enquanto o coração (ou pulmão,
tanto faz) do universo está enchendo, o do anti-universo está se
comprimindo.

A pouco tempo foi observado que o universo estava em expansão acelerada,
isto significa que o anti-universo estaria se comprimindo e que nosso
universo como conhecemos durará ao menos o tempo mais X bilhões de anos
(substitua X pela idade atual do universo)

E o universo só teria um anti-universo perfeitamente simétrico no exato
momento em que sua aceleração fosse 0 (ela é variavel pelo que entendi).

certo ?

como afirmei antes, não li (por completo) a TGBD. Qual é a linha de
raciocinio (dentro da TGDB) que leva a esta conclusão ? [a explicação do
Quarto uno sendo o ponto da circunferencia (sendo a reta uma circ. de
raio infinito) onde é o infinito não explicou o porquê da velocidade
decrescente)

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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] A TGBD e Geologia
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 05/10/2000 15:01

Prezado Roberto Takata,

Vejamos agora se eu consigo lhe responder nas perguntas abaixo:

>talvez a tgbd explique por q no primeiro período ha' 1 ou 2 elementos
>(dependendo de onde se coloca o H); nos dois seguintes, 8; nos próximos 2,
>18; outros 2, 32.

Vejamos. Na mensagem anterior enviei um texto onde mostrei que num cubo podemos definir três eixos cartesianos (X, Y e Z) que passam pelo centro do cubo e quatro eixos "diagonais" (que chamei de D1, D2, D3 e D4) que uniriam, dois a dois os 6 vértices do cubo. E que estes 7 eixos junto com um eixo reduzido ao centro do cubo (ao qual se associariam as orbitais esféricas) dariam as direções possíveis para as orbitais eletrónicas.

A) No caso de 2, temos o Hélio, que tem apenas 1 orbital do tipo s, que é igual a dois deutérios. Aliás a formação do Hélio tem uma estrutura bidual:
1. H = p+e
2. Deutério (D)= p+n+e
3. Hélio 3 = D+H =2p+n+2e
4. Hélio = D+D = 2p+2n+2e

B) Nos dois casos que temos 8=2+6, isto é explicado pela ocupação de uma orbital s esférica) e três p (X, Z e Y), com dois elétrons em cada uma. Repare que os números magnéticos seriam três -1, 0 e +1, podemos fazer a analogia X<->-1, Z<->0 e Y<-> = +1. Podemos chamar X, Z e Y de C-1, C0 e C+1 (onde C vem de eixo Cartesiano), o que possibilitaria uma melhor associação.

C) Nos dois casos que temos 18, a explicação é a decomposição de 18= 8+10 ,onde 8 é igual ao caso anterior e 10 é a ocupação das 5 orbitais d de números quânticos magnéticos -2, -1, 0, +1,+2. Para um melhor entendimento vou passar a direção das orbitais de -2 seria a D1, e a de +2 seria a D2, onde D1 e D2 seriam as direções de dois dos quatro eixos diagonais do cubo. As direções de -1, 0 , +1 seriam também C-1, C0 e C+1, tal como no caso B. Para um melhor entendimento, vamos chamar D1 de D-2 e D2 de D+2. Assim as orbitais teriam as direções D-2, C-1, C0, C+1, D+2 correspondentes aos números quânticos magnéticos -2, -1, 0, +1,+2, o que facilita a associação.

D) Nos dois casos que temos
Nos dois casos de 32, temos 32=18+14, onde 18 vem da estrutura vista em C acima (8+10) e o 14 deriva da ocupação de sete orbitais de números quânticos magnéticos
-3,-2, -1, 0, +1, +2, +3, que pode ser dividido em 14=10+4, onde 10 é a mesma estrutura vista em C (ou ,-2, -1, 0, +1, +2) e mais 4 posições na tabela que correspondem aos dois elétrons que ocupam a duas orbitais de número quântico magnético de módulo 3 (-3 e +3), as quais ocupariam as direções dos eixos diagonais do cubo D3 e D4, que para melhor associação seriam chamados de D-3 e D+3. Desta forma, teríamos as direções D-3, D-2, C-1, C0, C+1, D+2, D+3 para as orbitais de número quântico -3,-2, -1, 0, +1, +2, +3, que formam as orbitais do tipo f.

Vale dizer que a minha proposta para unificação das forças eletromagnéticas e da gravidade é que as orbitais de eixo C0, ou de número quântico 0 tenham a direção da força da gravidade


Você me pergunta:
>havera' um periodo seguinte?
>havera' um elemento mais pesado do q. o 118?
>pense na familia dos gases nobres e veja o numero atomico: 2, 10, 18, 36,
>54, 86, 118... existe um proximo numero? qual o valor da sequencia? como a
>tgbd pode prever isso?

Bem, pela TGBD, tal período seguinte não existiria, porque não haveriam mais possibilidades geométricas para as direções das orbitais eletrónicas. Vimos que a TGBD que explicou a estrutura das orbitais possíveis com tendo 8 alternativas possíveis ( a saber: 1 sendo das esféricas, em torno do centro do cubo, 3 na direção dos eixos cartesianos do cubo e 4 na direção dos eixos "diagonais" do cubo) que estariam totalmente tomadas caso se completasse a camada 7p, da qual resultaria o sétimo gás nobre de numero atômico 118, que assim seria a ultima possibilidade para os elementos químicos.

Gostaria muito que criticasse tudo que foi dito aqui, prezado Takata. Será tudo mais uma porção de coincidências ou escolha de exemplos onde TGBD se aplica? Lembre-se que estamos tratando de um exemplo fundamental que é estrutura da formação dos elementos químicos, ou se preferir da matéria no nível atômico. No nível subatômico, saiba de antemão que a TGBD também se aplica, pois explica o porque do Modelo Padrão das particulas elementares, conforme mostrarei oportunamente. Começou a respeitar a TGBD, Takata?

Um grande abraço,

Claudio Abreu


----- Original Message -----
From: Claudio Abreu
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Thursday, October 05, 2000 2:15 AM
Subject: Re: [ciencialist] A TGBD e Geologia


Prezado Roberto,

Você me desafia em:

>nao... refiro-me aos periodos da tabela periodica -- eh cada 'fileira' da
>tabela: as familias de elementos sao as 'colunas'.

>talvez a tgbd explique por q no primeiro periodo ha' 1 ou 2 elementos
>(dependendo de onde se coloca o H); nos dois seguintes, 8; nos proximos 2,
>18; outros 2, 32. havera' um periodo seguinte? havera' um elemento mais
>pesado do q. o 118?

>pense na familia dos gases nobres e veja o numero atomico: 2, 10, 18, 36,
>54, 86, 118... existe um proximo numero? qual o valor da sequencia? como a
>tgbd pode prever isso?

Antes de responder isto tudo, se é que vou conseguir, gostaria que você lesse o texto no endereço abaixo:
http://br.egroups.com/files/tgbd/2.O.livro.da.TGBD/2.14.TGBD.e.Camadas.Eletronicas.doc

Nele acho que respondi ao Alberto Mesquita Filho o porque do brilhante esquema gráfico que ele bolou para traçar as orbitais eletrónicas. Ele até disse, brincando, que quem matasse a charada teria direito ao Prêmio Nobel. Bem acho que matei a charada, e embora não tenha ganho o Prêmio Nobel, ganhei a amizade dele e talvez um certo respeito por parte dele para com a TGBD. E com isso ganhei também a oportunidade de ter com ele, e depois com o Ozelo, uma grande troca de mensagens em pvt.

No final do texto acima indico a leitura de outro texto que está no endereço abaixo:
http://br.egroups.com/files/tgbd/2.O.livro.da.TGBD/2.09.Unificacao.das.Forcas.Eletromgnetica.e.Gravidade.doc

Quem sabe depois de você conhecer os dois textos acima também não ganho a sua amizade e a sua atenção para com a TGBD?

Um grande abraço.

Claudio Abreu







----- Original Message -----
From: Roberto Mitsuo Takata
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Wednesday, October 04, 2000 1:39 PM
Subject: Re: [ciencialist] A TGBD e Geologia


On Wed, 4 Oct 2000, Claudio Abreu wrote:
> Saiba antes de mais nada que o tenho como uma pessoa respeitável e de
> enorme saber.

pode parar por aih. nao sou nem respeitavel (bleargh!) nem de enorme saber
-- se tenho algum merito eh apenas saber usar os mecanismos de busca do
altavista e do fast...

> Poxa, será que os 4 quilates advém de um bidual?

um quilate (nao falando de grau de pureza de ligas de ouro) corresponde a
200 miligramas, o valor 4 foi arbitrario (escolhido por razoes obvias)...
podemos ter qq valor de 0 a infinito em quilates (claro q. falando em
diamantes esteremos limitado 'a massa total de diamantes na terra ou no
universo -- faco a minima ideia de qto seja).

> Repare, C, CO, CO2 e CO3 não formariam um bidual?

e C, CH3, CNH, CFC? nao formaria outro bidual? ou: C, CO, CO2, CO3- e
compostos organicos -- formam o q? um bidual monodal?

> E porque separá-los, se são ambos metais?

por q. separar os votos brancos de nulos se ambos tEm o mesmo efeito na
votacao? por q. separar espaco do tempo se sao ambos dimensoes fisicas?

os votos nulos e brancos sao contados separadamente? e vc acha q. os votos
da marta e do maluf sao contados tudo junto pra ser colocado na mesma
classe de votos validos?

> Se os períodos a que você se refere forem os níveis energéticos, a TGBD

nao... refiro-me aos periodos da tabela periodica -- eh cada 'fileira' da
tabela: as familias de elementos sao as 'colunas'.

talvez a tgbd explique por q no primeiro periodo ha' 1 ou 2 elementos
(dependendo de onde se coloca o H); nos dois seguintes, 8; nos proximos 2,
18; outros 2, 32. havera' um periodo seguinte? havera' um elemento mais
pesado do q. o 118?

pense na familia dos gases nobres e veja o numero atomico: 2, 10, 18, 36,
54, 86, 118... existe um proximo numero? qual o valor da sequencia? como a
tgbd pode prever isso?

as series dos lantanideos e actinidios nao sao perpendiculares 'a
tabela... seria o mesmo q. dizer q. os elementos de transicao sao
perpendiculares ao resto da tabela...

em relacao 'a ilha de estabilidade transuranica eh o seguinte:

existirao elementos com numero atomico maior do q. o do Uranio q. sejam
estaveis? i.e. nao sejam radioativos?

> A grande diferença, Takata é que a TGBD explica muitas outras coisas e
> toda esta teoria atomica que existe só explica tais características dos

eqto a tgbd nao conseguir explicar as demais propriedades fisico-quimicas
dos elementos nao vejo qual a utilidade da aplicacao dela para explicar as
propriedades fisico-quimicas dos elementos...

alias, se a tgbd previa a total inercia quimica dos gases nobres, ela jah
eh furada...

> Quanto aos cinco níveis administrativos, não acho relevante. A TGBD
> objetiva explicar a estrutura de equilíbrio total, que no caso está

e qdo aparentemente tinha apenas 4 niveis -- os q. vc via -- eram
relevantes? lembra q. se comentou sobre uma coisa chamada pensamento
seletivo? pois eh, vc estah apenas amealhando exemplos q. estariam de
acordo com a tgbd, varrendo para baixo do tapete... ao contrario do q. vc
enxerga a minha estrategia nao eh apenas diversificar as classes: veja q.
eu propus a uniao dos votos nulos e brancos, reduzindo o numero de
classes. estou chamando a atencao para a arbitrariedade do numero de
classes na maior parte das situacoes.

[]s,

roberto takata


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SUBJECT: O Paradoxo do bombom.
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 05/10/2000 15:07



João Mário Miranda wrote:
>
> Sobre a Natureza das Probabilidades
> As probabilidades em física são frequentemente mal
> compreendidas. O que queremos dizer quando dizemos que
> há 50% de probabilidades de um determinado acontecimento
> ocorrer ? Para se perceber o que quero dizer proponho ao
> meu leitor um pequeno jogo.
>
> http://www.nonio.com/article.php3?sid=75


Estava lendo o artigo do Monio ( em que nao concordei ), sobre este
assunto q sempre me interessou, e lembrei-me de um problema-paradoxo
deveras interessante que lhes proponho para divertirem-se.


Tres pessoas (P1,P2,P3) fizeram um jogo no qual apenas um deles
poderia ganhar.

Pediram para P4 ( q nao entrou no jogo ) sortear um numero
e verificar quem ganhou.

Nenhum dos 3 sabia quem era o ganhador.
Apenas o sorteador P4 sabia quem era.

P1 pensou: "eu tenho 1/3 (=0,33) de ser o ganhador ja q todos tem
iguais chances de serem sorteados. Isso significa que as chances
de eu ganhar sao menores q as de eu perder. Preciso mudar isso !"

Antes que P4 dissesse quem foi o vencedor, P1 diz a P4 :
"Vc poderia entregar este bombom de consolo a P2 ou a P3 qualquer
um deles que nao tenha ganhado?"

Entao, apos P4 entregar o bombom a P3 ele pensa :
"Ahh! agora aumentei minhas chances de ganhar !!!
Como P3 nao ganhou, o vencedor esta entre eu e P2 e, neste caso,
como temos a mesma chance de ganhar, eu terei 50% de chances de vencer.
Isso eh bem melhor do que os 33% q eu tinha antes de dar o bombom!! "


Pergunta :
P1 aumentou de fato suas chances de ganhar ( de 1/3 para 1/2 )
depois que deu o bombom ?

[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] A TGBD e Geologia
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 05/10/2000 16:30

On Thu, 5 Oct 2000, Claudio Abreu wrote:
> >pense na familia dos gases nobres e veja o numero atomico: 2, 10, 18, 36,
> >54, 86, 118... existe um proximo numero? qual o valor da sequencia? como a
> >tgbd pode prever isso?
>
> Antes de responder isto tudo, se é que vou conseguir, gostaria que você lesse o texto no endereço abaixo:
> http://br.egroups.com/files/tgbd/2.O.livro.da.TGBD/2.14.TGBD.e.Camadas.Eletronicas.doc

tah, um arquivo de mais de 500 kB... vc diria entao q. nao eh possivel
existir elementos acima de Z=118? jah q. isso criaria uma 'familia' a
mais? (na verdade familia de elementos se refere 'as colunas da tabela --
mas isso eh soh uma questao nomenclatural)

sao apenas os orbitais s, p, d e f q. sao possiveis de existir?

por q. vc separou a covalente dativa da covalente normal na sua
classificacao de ligacoes e na classificacao dos elementos quimicos vc
juntou os metais alcalinos com os metais alcalino-terrosos?

no texto nao explica por q sao 2, 10, 18, 36, 54, 86, 118... ou por q. as
familias apresentam: 1(2), 8, 8, 18, 18, 32, 32 elementos... [e tbm na
verdade nao explica por q. o diagram de mesquita coincide com a
distribuicao eletronica).

nao havera' elementos com os subniveis 6f, 7d, 7f? por q. a ordem de
distribuicao dos subniveis eh:

1s, 2s, 2p, 3s, 3p, 4s, 3d, 4p, 5s, 4d, 5p, 6s, 4f, 5d, 6p, 7s, 5f, 6d,
7p...?

vc para por aih a explicacao... bem, temos pelo menos uma previsao da tgbd
q. teremos q. esperar: caso seja sintetizado o elemento 119 entao a
previsao dela estara' furada... mas ela tbm parece prever q. os gases
nobres nao sao reativos, o q. jah se sabe q. eh furado... (precisamos de
indicios q. nao tornem a tgbd um esquema nati-morto)

pelo diagrama de pauling podemos prever q. deve haver outros periodos e q.
o seguinte tera' 50 elementos... numa modificacao q. fiz do diagrama (e
jah apresentei previamente aqui mesmo nesta lista) podemos prever
facilmente as caracteristicas de distribuicao eletronica e de numero
atomico dos elementos.

K K+1 subniveis eletronicos Somatorio(4L+2)
1 2 1.1 2
2 3 2.1 2
3 4 2.2 3.1 8
4 5 3.2 4.1 8
5 6 3.3 4.2 5.1 18
6 7 4.3 5.2 6.1 18
7 8 4.4 5.3 6.2 7.1 32
8 9 5.4 6.3 7.2 8.1* 32
9* 10 5.5 6.4 7.3 8.2 9.1 50
.
.
. * - ainda nao sintetizados/detectados

(a construcao eh relativamente simples -- e nao precisamos nos basear em
principios esotericos de dualidade, anti-terno e similia -- pegamos a
combinacao de um par de numeros naturais cuja soma corresponda a K+1 -- o
numero maior do par corresponde 'a camada e o menor ao orbital... como a
energia de um eletron depende da camada em q. esta' -- qto mais externo
mais energetico e do tipo de orbital: aqui representado numericamente em
ordem crescente, segue-se naturalmente a distribuicao dos subniveis como
normalmente eh apresentado. esse diagrama mostra tbm por q. o numero de
elementos no periodo aumenta a cada dois periodos e preve tbm o numero de
elementos em cada periodo.)

assim os orbitais conhecidos atualmente: s, p, d e f sao aqui
representados pelos numeros 1, 2, 3 e 4 (ou L+1, por causa da diferenca de
numeracao entre o no. quantico principal q. comeca de 1 e o azimutal q.
comeca com 0)... eles apresentam respectivamente 1, 3, 5 e 7 numeros
quanticos magneticos (m): facilmente extraimos a relacao 2L+1 e o numero
maximo de eletrons eh entao 4L+2...

vc junta os periodos de dois em dois simplesmente em funcao de numeros de
elementos q. comportam, mas isso eh totalmente arbitrario.

ha' furos demais da tgbd... vc disse noutra mensagem, qdo falei q. a
teoria atomica explica melhor as propriedades quimicas do q. a tgbd, q. a
tgbd deveria ser preferida porq. tem um espectro mais amplo q. a teoria
atomica -- de fato uma teoria q. explique uma gama maior de fenomenos eh
cientificamente melhor do q. uma q. explique apenas uma gama limitada: mas
o ponto eh exatamente o explicar. nao basta o escopo ser maior, a
eficiencia nao pode ser menor. em uma imagem compararia com esvaziar um
tanque d'agua com um pequeno copo ou com um larga peneira...

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] A TGBD e Geologia
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 05/10/2000 17:00

On Thu, 5 Oct 2000, Roberto Mitsuo Takata wrote:
> K K+1 subniveis eletronicos Somatorio(4L+2)
> 1 2 1.1 2
> 2 3 2.1 2
> 3 4 2.2 3.1 8
> 4 5 3.2 4.1 8
> 5 6 3.3 4.2 5.1 18
> 6 7 4.3 5.2 6.1 18
> 7 8 4.4 5.3 6.2 7.1 32
> 8 9 5.4 6.3 7.2 8.1* 32
> 9* 10 5.5 6.4 7.3 8.2 9.1 50
> .
> .
> . * - ainda nao sintetizados/detectados

na verdade podemos eliminar K+1

K
1 1.0
2 2.0
3 2.1 3.0
4 3.1 4.0
5 3.2 4.1 5.0
6 4.2 5.1 6.0
7 4.3 5.2 6.1 7.0
8 5.3 6.2 7.1 8.0
.
.
.

aih jah temos a correspondencia direta entre o no. quantico L (na verdade
eh minuscula, mas a miniscula se parece com o algarismo um) e o segundo
numero do par. a distribuicao eletronica pode-se basear entao no par
K.L...

acho essa variacao do diagrama de pauling muito mais facil de entender e
com mais aplicabilidade do q. as voltas da explicacao pela tgbd...

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re:[ciencialist] O Paradoxo do bombom.
FROM: "dra_savat"<dra_savat@bol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 05/10/2000 18:22

> Estava lendo o artigo do Monio ( em que nao
concordei ), sobre este
> assunto q sempre me interessou, e lembrei-me de um
problema-paradoxo
> deveras interessante que lhes proponho para divertirem-
se.
>
>
> Tres pessoas (P1,P2,P3) fizeram um jogo no qual apenas
um deles
> poderia ganhar.
>
> Pediram para P4 ( q nao entrou no jogo ) sortear um
numero
> e verificar quem ganhou.
>
> Nenhum dos 3 sabia quem era o ganhador.
> Apenas o sorteador P4 sabia quem era.
>
> P1 pensou: "eu tenho 1/3 (=0,33) de ser o ganhador ja q
todos tem
> iguais chances de serem sorteados. Isso significa que
as chances
> de eu ganhar sao menores q as de eu perder. Preciso
mudar isso !"
>
> Antes que P4 dissesse quem foi o vencedor, P1 diz a P4 :
> "Vc poderia entregar este bombom de consolo a P2 ou a
P3 qualquer
> um deles que nao tenha ganhado?"
>
> Entao, apos P4 entregar o bombom a P3 ele pensa :
> "Ahh! agora aumentei minhas chances de ganhar !!!
> Como P3 nao ganhou, o vencedor esta entre eu e P2 e,
neste caso,
> como temos a mesma chance de ganhar, eu terei 50% de
chances de vencer.
> Isso eh bem melhor do que os 33% q eu tinha antes de
dar o bombom!! "
>
>
> Pergunta :
> P1 aumentou de fato suas chances de ganhar ( de 1/3
para 1/2 )
> depois que deu o bombom ?
>
> []s
> jocax
>

A probabilidade inicial n�o altera, pq o bombom � um fato
independente ao evento inicial.

"Probabilidade pode ser surpreendente
JOS� LUIZ PASTORE MELLO

O c�lculo de probabilidades pode ser t�o surpreendente
que alguns resultados fogem totalmente ao senso comum.
Vamos calcular a probabilidade de ao menos duas pessoas
fazerem anivers�rio no mesmo dia num grupo de 40.
Sua sala de aula tem 40 alunos?
Pois bem, vamos encontrar a probabilidade de haver nela
ao menos dois alunos que fa�am anivers�rio no mesmo dia.
Calculemos inicialmente a probabilidade de n�o haver duas
datas repetidas de anivers�rio entre os 40 estudantes.
Para o c�lculo do n�mero de casos poss�veis desse evento,
podemos imaginar que os alunos estejam numerados de 1 a
40.
O aluno 1 pode fazer anivers�rio em 365 datas diferentes.
O mesmo ocorre com cada um dos outros 39 alunos da sala,
o que nos indica 36540 possibilidades de agrupamentos de
40 datas de anivers�rios. Para o c�lculo dos casos
favor�veis ao evento, ou seja, dos casos em que n�o temos
datas repetidas, podemos dizer que o aluno 1 tem 365
possibilidades de datas de anivers�rio, o aluno 2 tem 364
possibilidades, o aluno 3 tem 363, e assim
sucessivamente. Ent�o, o n�mero de casos favor�veis ser�
dado pelo produto 365.364.363...325. Fazendo a divis�o
dos casos favor�veis pelos casos poss�veis, encontramos a
probabilidade de n�o termos datas repetidas de
anivers�rio entre os 40 alunos (cerca de 0,11). Para
calcular a probabilidade de haver ao menos dois alunos
que fa�am anivers�rio no mesmo dia, basta fazer a conta 1
menos 0,11. Surpreendentemente esse resultado indica uma
probabilidade alt�ssima, de 89%. Numa classe de 50 alunos
a probabilidade seria de 97%."
[]'s
T�nia




__________________________________________________________________________
Todo brasileiro tem direito a um e-mail gr�tis
http://www.bol.com.br





SUBJECT: Re: [ciencialist] O Paradoxo do bombom.
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 05/10/2000 18:43



dra_savat wrote:
>
> > Estava lendo o artigo do Monio ( em que nao
> concordei ), sobre este
> > assunto q sempre me interessou, e lembrei-me de um
> problema-paradoxo
> > deveras interessante que lhes proponho para divertirem-
> se.
> >
> >
> > Tres pessoas (P1,P2,P3) fizeram um jogo no qual apenas
> um deles
> > poderia ganhar.
> >
> > Pediram para P4 ( q nao entrou no jogo ) sortear um
> numero
> > e verificar quem ganhou.
> >
> > Nenhum dos 3 sabia quem era o ganhador.
> > Apenas o sorteador P4 sabia quem era.
> >
> > P1 pensou: "eu tenho 1/3 (=0,33) de ser o ganhador ja q
> todos tem
> > iguais chances de serem sorteados. Isso significa que
> as chances
> > de eu ganhar sao menores q as de eu perder. Preciso
> mudar isso !"
> >
> > Antes que P4 dissesse quem foi o vencedor, P1 diz a P4 :
> > "Vc poderia entregar este bombom de consolo a P2 ou a
> P3 qualquer
> > um deles que nao tenha ganhado?"
> >
> > Entao, apos P4 entregar o bombom a P3 ele pensa :
> > "Ahh! agora aumentei minhas chances de ganhar !!!
> > Como P3 nao ganhou, o vencedor esta entre eu e P2 e,
> neste caso,
> > como temos a mesma chance de ganhar, eu terei 50% de
> chances de vencer.
> > Isso eh bem melhor do que os 33% q eu tinha antes de
> dar o bombom!! "
> >
> >
> > Pergunta :
> > P1 aumentou de fato suas chances de ganhar ( de 1/3
> para 1/2 )
> > depois que deu o bombom ?
> >
> > []s
> > jocax
> >
>
> A probabilidade inicial não altera, pq o bombom é um fato
> independente ao evento inicial.
>


Antes de responder este paradoxo e deixar os outros pensar um pouco +
vou te propor uma questao:

Vc aposta num dado que o numero 6 vai cair com 1/6 de chances.
O dado eh lancado e vc pode depois de cair o dado verificar
uma de suas faces laterais e verifica q o 6 nao esta la.
Te pergunto : Qual a chance de o 6 cair uma vez que um dos
lados NAO eh o 6 ? ( probabilidade condicional )
P(6/ dado q uma face lateral nao eh o 6 ) ?
As chances aumentaram ou nao ?


SUBJECT: Re: Desligamento
FROM: "Manuel Bulcao" <msbn@daterranet.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 05/10/2000 19:01

Prof. Godoy,

Sinto muitíssimo pela sua saída da ciencialist, e peço
sinceras
desculpas pelo meu e-mail "filosófico" sobre Nietzsche.

É que eu ingenuamente pensei que algumas idéias desse
filósofo
atualmente tão em evidência, como, por exemplo, a asserção
de que o
homem é uma espécie degenerada do qual brotará uma nova e
mais feliz
espécie do gênero Homo (o super-homem), pudessem interessar a
alguns
evolucionistas. Afinal, Daniel Dennett, em seu livro monumental "A
Perigosa Idéia de Darwin", dedicou todo um capítulo a Nietzsche.

Doravante, não vos incomodarei mais com bobagens filosóficas.

[]'s
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: [ciencialist] O Paradoxo do bombom.
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 05/10/2000 19:06

a coisa fica mais obvia se analisarmos do ponto de vista do P3 -- a
probabilidade a priori dele tbm era de ~33,33%... depois q. recebeu o
bombom passou a ser 0%: ele sabe agora q. nao ganhou...

de um modo nada rigoroso poderiamos ateh pensar q. ele, P3, distribuiu
essa probabilidade inicial de 33,33% para os outros dois - P1 e P2: 16,67%
para cada um.

antes tinhamos:

33,33% + 33,33% + 33,33% = 100%

e depois:

(33,33% + 33,33%/2) + (33,33% + 33,33%/2) + 0% = 100%

50% + 50% + 0% = 100%

ou podemos imaginar o seguinte: P4 em vez de dar o bombom a um dos
perdedores, simplesmente diz q. P2 eh o vencedor. qual a probabilidade de
P2 ser o ganhador? ninguem imaginaria q continuasse 33,33% (supondo, eh
claro, q. P4 nao tenha mentido)... suponho q. seja essa a ideia q. esteja
por tras qdo se diz q. a introducao de informacao diminui o grau de
incerteza em um sistema. quem diria q. bombons tivesse algo a ver com
evolucao?

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Desligamento
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 05/10/2000 19:15



Manuel Bulcao wrote:
>
> Prof. Godoy,
>
> Sinto muitíssimo pela sua saída da ciencialist, e peço
> sinceras
> desculpas pelo meu e-mail "filosófico" sobre Nietzsche.
>
> É que eu ingenuamente pensei que algumas idéias desse
> filósofo
> atualmente tão em evidência, como, por exemplo, a asserção
> de que o
> homem é uma espécie degenerada do qual brotará uma nova e
> mais feliz
> espécie do gênero Homo (o super-homem), pudessem interessar a
> alguns
> evolucionistas. Afinal, Daniel Dennett, em seu livro monumental "A
> Perigosa Idéia de Darwin", dedicou todo um capítulo a Nietzsche.


Espera !
A evolucao humana eh ciencia !!
A estrutura da sociedade sao as ciencias sociais.
Eu me interesso sobre o tema, nao li o livro mas eh
um tema que me interessa muitissimo.

Acredito que de fato a evolucao nao para e, fatalmente a
nossa especie sera um dia substituida por outra, isso
eh tao certo para mim qto 1+1 = 2.

Contudo, nossa especie NAO sera substituida de uma hora para outra.

Havera um tempo q NOS estaremos COEXISTINDO lado a lado com a nova
especie !!!!!

Algumas questoes devem ser analisadas :

1- Como sera o comportamento social dos humanos co-habitando
com esta nova especie ( em relacao a ela ) ?
( em pricipio superior mas nao necessariamente + feliz )

2- Estando em minoria, no inicio, como devera ser o comportamento
destes novos HOMO em relacao aos humanos ?

3- Havera guerra etnica ?

Sao perguntas pertinentes que um dia precisarao ser respondidas.
[]s
jocax


SUBJECT: En: The first issues of the Nature Review journals are here!
FROM: "Daniel Leal Freire" <daniellf@highway.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 05/10/2000 19:21

Talvez interesse a alguém ler os artigos de graça.

[ ]'s
--------------------------------
| Daniel Leal Freire
| daniellf@highway.com.br
| "Imagination is more important than knowledge" Albert Einstein



----- Original Message -----
From: <reviews@nature.com>
To: <information@nature.com>
Sent: Wednesday, October 04, 2000 6:07 PM
Subject: The first issues of the Nature Review journals are here!


> Dear colleague,
>
> The first issues of the Nature Review journals are here! We are so
excited
> about these first issues, and the Genetics, Neuroscience and Molecular and
> Cell Biology communities have reacted with such enthusiasm, that we have
> made the first issues FREE to all online. From now until October 31st,
you
> can view the full-text of the entire inaugural issues of each journal at
> http://www.nature.com/reviews.
>
> For the Table of Contents of Volume 1, Number 1 of NATURE REVIEWS GENETICS
> just go to
> http://www.nature.com/nrglink/v1/n1/index.html
>
> For the Table of Contents of Volume 1, Number 1 of NATURE REVIEWS
> NEUROSCIENCE just go to
> http://www.nature.com/nrnlink/v1/n1/index.html
>
> For the Table of Contents of Volume 1, Number 1 of NATURE REVIEWS
MOLECULAR
> CELL BIOLOGY just go to
> http://www.nature.com/nrmlink/v1/n1/index.html
>
> Each review journal reflects the breadth and diversity of the entire
> discipline - employing cutting-edge technology and pioneering formats, the
> journals are dedicated solely to filtering, highlighting, reviewing and
> updating a broad range of scientific areas. What marks the Nature Reviews
as
> different is the simple fact that these journals are designed to be READ:
> over and over again. Articles are timely, authoritative, accessible and,
we
> believe, enjoyable. Information is layered so that readers can tailor the
> Reviews and features to their own background and level of understanding.
> Each Review journal provides a visually stunning one-stop service,
> distilling the most significant new science into a concise, readable
> package, making these journals the definitive resource for scientists in
> search of an authoritative overview of their field.
> As a SPECIAL BONUS, all Nature Reviews subscribers and web registrants
have
> full-text access to NATURE GENETICS, NATURE NEUROSCIENCE and NATURE CELL
> BIOLOGY for the entire month of October! After you have registered and
> selected your username and password, just use them when prompted for a
> log-in to access the full-text of the October issues of NATURE GENETICS,
> NATURE NEUROSCIENCE and NATURE CELL BIOLOGY.
>
> We look forward to bringing you NATURE REVIEWS GENETICS, NATURE REVIEWS
> NEUROSCIENCE and NATURE REVIEWS MOLECULAR CELL BIOLOGY every month.
>
> Best regards,
>
>
> Mark Paterson, Editor
> Nature Reviews Genetics
>
> Peter Collins, Editor
> Nature Reviews Neuroscience
>
> Alison Mitchell, Editor
> Nature Reviews Molecular Cell Biology
>
> P.S. While these first issues are FREE on the web, all future issues will
> only be available to subscribers. Subscribe now so you don't miss a
single
> issue! If you are attending the American Society of Human Genetics
meeting
> in Philadelphia, PA on October 4-6 come by booth 715 for a free sample
copy
> of any Nature Review title.
>




SUBJECT: A TGBD e as cores
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 05/10/2000 20:12

Prezado Leonardo,

Vou continuar tentando a responder as suas perguntas sobre como aTGBD explica diversos temas. Começarei pelos que já equacionei.

LS:... O processo de formação das cores ?
==================================

As cores estão associadas às frequencia das ondas eletromagnéticas, e ao intervalo desta frequência em que são visíveis aos olhos humanos, ou seja que consigam impressionar as nossas retinas nos dando a sensação de estarmos vendo alguma cor.

As cores primárias são três: vermelho, azul e verde. As demais são obitidas mediante combinações destas três. Se se combina essas três cores em igual proporção, obtem-se o branco, que é a soma de todas as cores. Lembra-se do disco de Newton?

Estas três cores básicas formariam o Terno, se alguma delas apresenta-se um característica diferente das demais. Como o vermelho é a cor de menor frequencia no espectro visível ela poderia ser considerada como sendo o Terceiro Uno, com o verde e o azul, que ocupam posições intermediárias no espectro, formando o Dual Interno. Pois bem, e qual seria o Quarto Uno? Seria o negro que é a ausência de cor.

Existem também as cores compostas, em especial aquelas formadas pela mesma intensidade de duas cores primárias: o amarelo= vermelho + verde, o ciano= verde + azul e a magenta= vermelho + azul.

Na televisão em cores a imagem é formada por feixes de luz vermelha, verde e azul, associadas a uma maior intensidade ou não de corrente elétrica. A ausência de corrente resulta na cor negra. Já na imprensa e na informática são utilizadas as três cores compostas amarelo, ciano e magenta. Repare que ao definir uma cor no seu micro num programa do tipo do Corel Draw, você atribuirá um peso para cada uma destas três cores compostas e também um peso para a cor preta. Se você der pesos iguais às três cores basicas e for diminuindo ou amentando o peso da cor preta você formrá a chamada escala cinza, que vai do branco ao negro.

Seria esta mais uma coincidência, ou mais uma confirmação da TGBD?

Um grande abraço,

Claudio Abreu


----- Original Message -----
From: Leonardo Stern
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Wednesday, October 04, 2000 6:21 PM
Subject: [ciencialist] Mais perguntas para a TGBD


pra vcs se divertirem .... (ou se "divertirem")

(lembrando que a TGDB foi feita para questões científicas e nÃo
científicas)

como a TGDB explica ...

... a estrutura do sistema solar ?
... O processo de formação das cores ?
... os estados físicos da matéria ?
... o eletromagnetismo ?
... tensão superficial da água ?
... as particulas subatômicas ?
... o conjunto vazio ?
... o zero absoluto ?
... o comportamento de uma onda ?
... os sistemas biológicos ?
... a isomeria otica ?
... a TGDB ?

o que a TGBD preve sobre ...

... a equivalencia da massa inercial e gravitacional ?
... a geometria do iniverso ?
... o comportamento social ?
... as questões meta-fisicas ?
... o universo pré big-bang ?

Como a TGDB se aplica a ...

... informática ?
... agronomia ?
... mecatronica ?
... nutrição ?
... direito ?
... antropologia ?
... paleontologia ?

*** --- ***
Para sair da lista envie um mail para:
ciencialist-unsubscribe@egroups.com
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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] O Paradoxo do bombom.
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 05/10/2000 20:43

On Tue, 5 Sep 2000, João Mário Miranda wrote:
> A questão é que nem toda a gente possui a mesma informação.
> A pergunta lógica é: a probabilidade de um acontecimento
> ocorrer depende do observador ou depende do acontecimento?
>
> Ainda mais interessante: num universo determinista não
> é possivel introduzir mais informação. A informação está
> lá desde o Big Bang. Será que nós não vivemos num
> universo determinista? E se não vivemos o que é que faz
> com que sortear um número se torne num acontecimento
> aleatório?

bem, certamente a coisa nao eh tao trivial assim, mas pensemos novamente
no jogo:

para P4 a questao nao estava determinada? i.e. ele (ou ela) sabia quem era
o vencedor desde o sorteio. digamos q. o P1 tenha dado uma espiada e
sabido do resultado, mas nao falou pra ninguem.

nao eh q. a probabilidade do evento tenha mudado, mas a probabilidade do
evento dada uma certa condicao depende obviamente dessa condicao. mas essa
condicao pode nao ser a mesma para todos.

digamos q. P1 tenha falado ao ouvido de P4 para dar o bombom para qq um q.
nao tenha ganhado entre P2 e P3. com as informacoes q. P1 tem, ele possui
uma determinada espectativa; com as informacoes q. P2 e P3 tEm, eles
possuem uma outra espectativa.

se formos mais especificos o 33,33% nao se transformaram em 50%...
acontece eh q. os 33,33% se referem a uma dada condicao e os 50% a outra.
talvez uma analogia q. possa ser feita eh com o referecial inercial na
mecanica newtoniana, dependendo do ponto de vista a velocidade de um
objeto tem um valor...

matematicamente essa questao de probabilidades eh expressa por:

p(A/B) = p(AnB)/p(B) -- sendo p(A/B) a probabilidade de ocorrer A, quando
ocorre B; p(AnB), a probabilidade de ocorrer A *e* de ocorrer B ao mesmo
tempo e p(B), a probabilidade de ocorrer B. (o 'n' eh uma improvisacao pra
representar o simbolo de interseccao entre conjuntos.)

ou em diagrama:

A
-----------
| |
| ----|---------
| |AnB| |
------|---- |
| |
S --------------
B

se o B varia, p(A/B) tbm varia...

antes do bombom calculava-se na verdade p(A/S) -- sendo S todo o espaco
amostral (N=3), depois do bombom calculamos p(A/B) sendo o espaco amostral
de B igual a 2.

o Universo pode ser plenamente deterministico: todas as nossas acoes
passadas, presentes e futuras podem estar determinadas. mas posta a nossa
ignorancia sobre isso, a coisa nao se altera em relacao a aleatoriedade ou
nao. a diferenca substancial eh a possibilidade de descobrirmos as leis q.
regem o comportamento humano nos minimos detalhes de modo preciso e
inescapavel em um caso e da impossibilidade em outro caso. (e toda uma
gama entre esses extremos.) outra frase de efeito: o livre-arbitrio humano
eh proporcional ao grau de liberdade do nosso sistema.

entao, no sistema Universo U nao sera' introduzida uma nova informacao,
mas para os subsistemas P1, P2, P3 e P4 isso eh possivel... se eles
tiverem acesso a todas as informacoes de U, entao realmente nao
trabalharao em termos de probabilidades -- eles saberao de antemao quem
ganha e quem perde...

[]s,

roberto takata



SUBJECT: TGBD e Informática
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 05/10/2000 20:50

Prezado Leonardo,

Vejamos a TGBD aplicada à Informática. Um sistema que se utiliza da informatica é aberto em relação o seu meio exterior composto de:

1. Hardware (incluindo equipamentos e energia)
2. Software (programas de instruções para procedimentos)
3. Operador
4. Relacionamento externo (entrada de dados e saída de resultados)

Sequência: um dado recebido pelo operador é introduzido conjunto formado pelo software e hardware onde é processado, retorna para o operador que decide o que fazer com o resultado. Muitas vezes o operador pode se confundido com o relacionamento externo, na medida em que a função do operador é confundida com função do relacionamento externo são exercidas pela mesma pessoa, que introduz o dado e recebe o resultado.

Qualquer sistema de informática tem que ser capaz de fazer as seguintes as seguintes operações:
1. Consulta
2. Alteração
3. Exclusão
4. Inclusão

Na programação a operação de inclusão é diferente das três demais, pois o registro tem que ser criado; nas três demais o registro precisa ser inicialmente localizado para depois ser consultado, alterado ou excluído, mediante rotinas específicas. Enquanto que na consulta e na alteração não existe variação no número de registros, na inclusão e na exclusão existe tal variação.
----- Original Message -----
From: Leonardo Stern
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Wednesday, October 04, 2000 6:21 PM
Subject: [ciencialist] Mais perguntas para a TGBD


pra vcs se divertirem .... (ou se "divertirem")

(lembrando que a TGDB foi feita para questões científicas e nÃo
científicas)

como a TGDB explica ...

... a estrutura do sistema solar ?
... O processo de formação das cores ?
... os estados físicos da matéria ?
... o eletromagnetismo ?
... tensão superficial da água ?
... as particulas subatômicas ?
... o conjunto vazio ?
... o zero absoluto ?
... o comportamento de uma onda ?
... os sistemas biológicos ?
... a isomeria otica ?
... a TGDB ?

o que a TGBD preve sobre ...

... a equivalencia da massa inercial e gravitacional ?
... a geometria do iniverso ?
... o comportamento social ?
... as questões meta-fisicas ?
... o universo pré big-bang ?

Como a TGDB se aplica a ...

... informática ?
... agronomia ?
... mecatronica ?
... nutrição ?
... direito ?
... antropologia ?
... paleontologia ?

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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: TGBD e Direito
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 05/10/2000 21:19

Prezado Leonardo,

Vejamos a TGBD aplicada ao Direito.

1. Autor
2.Réu
3.Objeto da Ação
4. Julgamento

O Julgamento também é um Bidual

1. Juiz
2. Lei
3. Sentença
4. Ação em Julgamento

Um grande abraço,

Claudio Abreu



----- Original Message -----
From: Leonardo Stern
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Wednesday, October 04, 2000 6:21 PM
Subject: [ciencialist] Mais perguntas para a TGBD


pra vcs se divertirem .... (ou se "divertirem")

(lembrando que a TGDB foi feita para questões científicas e nÃo
científicas)

como a TGDB explica ...

... a estrutura do sistema solar ?
... O processo de formação das cores ?
... os estados físicos da matéria ?
... o eletromagnetismo ?
... tensão superficial da água ?
... as particulas subatômicas ?
... o conjunto vazio ?
... o zero absoluto ?
... o comportamento de uma onda ?
... os sistemas biológicos ?
... a isomeria otica ?
... a TGDB ?

o que a TGBD preve sobre ...

... a equivalencia da massa inercial e gravitacional ?
... a geometria do iniverso ?
... o comportamento social ?
... as questões meta-fisicas ?
... o universo pré big-bang ?

Como a TGDB se aplica a ...

... informática ?
... agronomia ?
... mecatronica ?
... nutrição ?
... direito ?
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SUBJECT: A TGBD é Autoconsistente
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 05/10/2000 21:33

Prezado Leonardo Stern,

A TGBD é consistente com ela mesma, ou seja, ela se auto-obedece, que talvez seja uma exclusividade dela mesma, pois nunca vi alguma teoria se auto obedecer. Alias, vale dizer que ela se desenvolveu até o momento a partir dela mesma, e espero que consiga fechá-la com relação às quatro possibilidades para o Quarto Uno (o que acredito que seja o que esteja faltando para completá-la) a partir dela mesma. Abaixo um trecho do texto da minha home page onde as questões do conceito de equilíbrio total (fundamental para a definição da TGBD) e da auto consistência da TGBD são abordadas.

========================================

O EQUILÍBRIO TOTAL É UMA BIDUALIDADE
As interações nas direções micro e macro formam um Dual, pois têm a mesma natureza (por se referem a níveis diferentes de algo), mas têm sentidos diferentes (pois uma aponta para o que existe dentro e a outra para o que o contém algo fora dele).
Para o equilíbrio na direção do micro, os Unos devem ser Unidades de nível inferior ao da Unidade, ou Biduais de nível inferior. Para o equilíbrio na direção do macro, uma Unidade tem que ser um dos quatro MacroUnos da MacroUnidade de nível superior ao seu, e, assim, sucessivamente....
As interações nas direções laterais simples e composta também formam um Dual, pois são de mesma natureza por se darem num mesmo nível, e tem sentidos opostos, pois na lateral simples tem-se Unidades da mesma natureza e na direção lateral composta tem-se Unidades de naturezas diferentes.
As interações laterais de uma Unidade formam uma Macro Unidade. O Dual Interno é formado pela interação lateral simples de uma Unidade com a Anti-Unidade. O Terno, é formado por este Dual Interno (Unidade e Anti-Unidade)e pelo Terceiro Uno, que é uma Unidade de natureza oposta, ou uma Contra-Unidade. Este Terno interagirá com a Quarta Unidade, ou Contra-Anti-Unidade, formando a Quadra. Assim, se formará uma Macro Unidade, ou MacroBidual, formado pelo Dual Interno (Unidade e Anti-Unidade) e pelo Dual Externo (Contra-Unidade e Contra-Anti-Unidade).

=======================================

A AUTO-CONSISTÊNCIA DA TGBD
As quatro leis da TGBD obedecem à própria TGBD. Esta auto-consistência é mostrada no quadro a seguir, que a analisa as suas quatro leis segundo o número de componentes e as interações externas e internas.

Leis da TGBD......Número de Componentes.......Interação Externa..........Interação Interna
.........1ªLei......................1<=>4=2+2.............................equilíbrio.....................duplo equilíbrio
.........2ªLei......................2<=>2=1+1...........................desequilíbrio.......................equilíbrio
.........3ªLei......................3<=>3=2+1...........................desequilíbrio.....................desequilíbrio
.........4ªLei......................4<=>4=3+1.............................equilíbrio.........................desequilíbrio

Segundo o número de componentes, a 1ª. e a 2ª. Leis formam o Dual do equilíbrio interno, pois nelas a interação se dá com o mesmo número de cada lado (2+2 e 1+1). A 3ª e 4ª Leis formam o Dual do desequilíbrio interno, pois nelas as interações tem os números diferentes de cada lado (2+1 e 3+1).
Por outro lado, a 1ª Lei difere das três demais, pois tem a interação entre 2 componentes de cada lado (ou seja, 2+2), enquanto as três demais leis tem interações com apenas um componente de um lado (1+1, 2+1 e 3+1). A 1a. Lei também se diferencia das demais três, pois é a única que define os conjuntos unitários(que estão em equilíbrio total, externo e interno), enquanto as três demais definem os conjuntos não unitários.
Adicionalmente, a 1ª Lei ao definir um Bidual se decompõe em três condições para: 1) caracterização dos 4 Unos; 2) existência do equilíbrio externo; e 3) existência do duplo equilíbrio interno. Assim tem-se duas interações de 3 com 1, que asseguram o equilíbrio externo entre a 1a. e as demais três leis: a) a 1a. Lei interage com as outras 3 leis; b) se considerarmos as três leis dos os conjuntos não unitários como unificada em uma só, ela interage com as 3 Sub-leis em que decompõe a 1a. Lei.

===============================

Um grande abraço,

Claudio Abreu


----- Original Message -----
From: Leonardo Stern
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Wednesday, October 04, 2000 6:21 PM
Subject: [ciencialist] Mais perguntas para a TGBD


pra vcs se divertirem .... (ou se "divertirem")

(lembrando que a TGDB foi feita para questões científicas e nÃo
científicas)

como a TGDB explica ...

... a estrutura do sistema solar ?
... O processo de formação das cores ?
... os estados físicos da matéria ?
... o eletromagnetismo ?
... tensão superficial da água ?
... as particulas subatômicas ?
... o conjunto vazio ?
... o zero absoluto ?
... o comportamento de uma onda ?
... os sistemas biológicos ?
... a isomeria otica ?
... a TGDB ?

o que a TGBD preve sobre ...

... a equivalencia da massa inercial e gravitacional ?
... a geometria do iniverso ?
... o comportamento social ?
... as questões meta-fisicas ?
... o universo pré big-bang ?

Como a TGDB se aplica a ...

... informática ?
... agronomia ?
... mecatronica ?
... nutrição ?
... direito ?
... antropologia ?
... paleontologia ?

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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] A TGBD e o Todo e mais perguntas
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 06/10/2000 00:18

Prezado Leonardo,

Em primeiro lugar gostaria de dizer que caso não responda alguns dos seus desafios isto deverá ser debitado muito mais a minha ignorância sobre eles do que a falha da TGBD. Até agora espero que tenha respondido a contento algumas questões que me propôs. Agora vamos lá.


Leonardo:
O grande risco de afirmar que a TGBD seja a teoria do tudo é :
Ela deve explicar sozinha todo o mecanismo do universo.
Estando contida no todo, ela deve ser aplicável a si mesma ... sendo
assim a TGBD deve formar um bidual onde pergunto : sendo a TGBD um dos
elementos do bidual, quais são os outros 3 ?

Claudio:
Quanto à auto consistência da TGBD espero que já tenha lhe respondido na mensagem anterior (A TGBD e a Autoconsistência). Quanto a ser a teoria de tudo é o seu objetivo, sem o qual não teria porque ela existir, e espero que ela algum dia chegue lá. quanto a questão do Todo, numa mensagem anterior eu o defini como sendo o Terno formado pelo Dual interno Universo <-> Anti-Universo e pelo Terceiro, que seriam as Leis Universais, entre as quais certamente se incluiria a TGBD, e sem dúvida como a mais importante delas, pis afinal ela seria a teoria de tudo e a teoria das teorias. E que o Terno interagiria com algo que estivesse fora dele, e que na falta de outro nome chamei de Deus.

Leonardo:
Existindo 4 elementos na "self-aplicabilidade" da TGBD está não seria
auto-suficiente e se tornaria invalida em seu propósito.

Claudio:
Você poderia formular melhor esta sua colocação

Leonardo:
Outra consideração interessante é : Sendo a Teoria do Tudo, esta esta
passivel de ser godealizavel, tendo que passar por uma reavaliação
filosófica.

Claudio:
Esta questão de Godël já foi levantada pelo Rodrigo. Não domino muito o que diz o seu Teorema. Contudo, o Rodrigo me falou que ele se aplica aos sistemas fechados. E acredito que a TGBD se relaciona aos sistemas abertos.
Exemplo disto é ainda não considero que a TGBD já esteja fechada, embora a meu ver já esteja bastante evoluída. Acredito que, com autoconsistência com ela mesma, seja necessário serem definidas quatro situações alternativas para o Quarto Uno. Este é para mim o meu maior desafio. Veja artigo que escrevi introduzindo este assunto no texto no site da TGBD. É possível que a quarta alternativa para o Quarto Uno seja justamente deixar a porta para o que a TGBD se relacione com o que esteja fora dela. Esta é contudo uma questão que ainda não consegui equacionar. Se alguém quiser ajudar, antecipadamente eu agradeço.


Leonardo:
Minha ultima observação é : Explicando-se o Tudo, estamos explicando o inexplicável que fazia parte do todo, e agora fazendo parte do nada. Consequentemente o nada deixaria de ser subconjunto do todo. A TGDB deixaria de explicar tudo para explicar o todo que passaria a ser nada !

Claudio:
Poxa, Leonardo, que papo confuso...É nisso que dá a gente querer descobrir algo tão ambicioso quanto a TGBD.... risos...Gostaria primeiro que você me dissesse o que você entende por TODO, TUDO e NADA, para ver se consigo sair dessa.... mais risos....

Leonardo:
Agora umas perguntas novas (estou anotando as não respondidas heim !) :
Como a TGBD se aplica aos fonemas ? como as vogais formam um bidual ?

Claudio:
Não domino nada nesta área. Contudo, recentemente saiu uma notícia que as primeiras sílabas que todas os bebes do mundo pronunciam são quatro, independentemente da língua falada por seus pais. Tal notícia me chamou a atenção, cheguei até a guardar cópias delas, pois achei que aparentemente poderia ser mais um exemplo fundamental da TGBD. Será que isto se relaciona à sua pergunta?

Rodrigo:
Atualmente pesquisa-se um método para inserir uma nova base nitrogenada no DNA (esta já foi sintetizada), como a TGBD se manifesta a respeito (considerando que o DNA tem 5 bases nitrogenadas ... o uracil está
presente no DNA pelo que me falaram, apenas não possui nenhuma função) ?

Claudio:
Na verdade, pelo que eu sei, o DNA tem somente quatro bases nitrogenadas, que formam um bidual:
1. Guanina (G)
2. Citosina (C)
3. Adenina (A)
4. Timina (T)

Na dupla hélice do DNA, (G) sempre se liga com (C), e (A) sempre se liga com (T). A Timina (T) é o Quarto elemento por que difere do Uracil (ou (U), que faz parte do RNA, mas não do DNA) apenas por possuir uma "ponta" -CH3 que em U é somente -H. Desta forma, acho que deve haver algum engano de sua parte.

Pretendo escrever um artigo sobre o DNA e RNA, que julgo ser um dos mais completos exemplos fundamentais da TGBD. O problema é que fico respondendo diversas coisas e nunca tenho tempo para escreve-lo.

Rodrigo:
Como a TGBD explica a lei de Murphy ?

Claudio:
Poxa, Leonardo, gozação não...

Rodrigo:
idem, as soluções hipersaturadas e o aquecimento da água no microondas
em até 8 graus acima de seu ponto de ebulição ?
... as senoides hiperbólicas ?
... o fogo ?
... a reflexão da luz por um espelho (mudança instantanea no "sinal" da
velocidade) ?

Claudio:
Não irei responder tais questões. Primeiro por não ter conhecimento a respeito, e segundo, por não achar que sejam exemplos fundamentais, para os quais prefiro alocar meu pouco tempo disponível.

Um grande abraço.

Claudio Abreu



----- Original Message -----
From: Leonardo Stern
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Sunday, March 05, 2000 9:43 PM
Subject: [ciencialist] A TGBD e o Todo e mais perguntas



> Leonardo:
> O que a TGBD pretende ser ?
>
> a) Uma filosofia (uma visão diferente do que não interfere nas teorias
> conhecidas) ?
> b) Uma teoria (complementação e/ou substituição das grandes teorias que
> descrevem o universo entrando em conflito com alguns conceitos)
> c) Um complemento das teorias já existente (não entra em conflito com as
> atuais teorias, e preve acontecimentos não imaginados / anteriormente
> impossiveis)
> d) uma religião
> e) N.D.A (especificar)
>
> Claudio:
> Acredito que a TGBD seja a Teoria de Tudo, e, portanto, também um misto das suas alternativas a, b e c. Quanto ao site da TGBD o seu endereço é:

O grade risco de afirmar que a TGBD seja a teoria do tudo é :

Ela deve esplicar sozinha todo o mecanismo do universo.
Estando contida no todo, ela deve ser aplicavel a si mesma ... sendo
assim a TGBD deve formar um bidual onde pergunto : sendo a TGBD um dos
elementos do bidual, quais são os outros 3 ?

Existindo 4 elementos na "self-aplicabilidade" da TGBD está não seria
autosuficiente e se tornaria invalida em seu propósito.

Outra consideração interessante é : Sendo a Teoria do Tudo, esta esta
passivel de ser godealizavel, tendo que passar por uma reavaliação
filosófica.

Minha ultima observação é : Explicando-se o Tudo, estamos explicando o
inexplicavel que fazia parte do todo, e agora fazendo parte do nada.
Consequentemente o nada deixaria de ser subconjunto do todo. A TGDB
deixaria de explicar tudo para explicar o todo que passaria a ser nada !

Agora umas perguntas novas (estou anotando as não respondidas heim !) :

Como a TGBD se aplica aos fonemas ? como as vogais formam um bidual ?
Atualmente pesquisa-se um método para inserir uma nova base nitrogenada
no DNA (esta já foi sintetizada), como a TGBD se manifesta a respeito
(considerando que o DNA tem 5 bases nitrogenadas ... o uracil está
presente no DNA pelo que me falaram, apenas não possui nenhuma função) ?
Como a TGBD explica a lei de Murphy ?
idem, as soluções hipersaturadas e o aquecimento da água no microondas
em até 8 graus acima de seu ponto de ebulição ?
... as senoides hiperbólicas ?
... o fogo ?
... a reflexão da luz por um espelho (mudança instantanea no "sinal" da
velocidade) ?

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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] O Paradoxo do bombom.
FROM: "Neville" <neville@catanduva.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 06/10/2000 01:11

Caro Jocax

Há uma impropriedade terminológica no problema: o caso não é verdadeiramente
de paradoxo e sim de falácia.
Na Estatística, as probabilidades sempre são definidas em função de cenários
(sistemas, na Física ou na Química, conjuntura na Política e na Economia,
conjectura na Matemática, tudo isso e muito mais na Filosofia ).

No primeiro cenário a probabilidade é de 1/3; no segundo p= 1/2; no
terceiro, (após conhecer o resultado) passa a 1 para o ganhador e 0 para os
perdedores, a não ser que o Cláudio Abreu aplique TGBD, criando um cenário
4o. UNO, onde o P4 coma o bombom e deixa todo mundo com p=0. [ 8-)

[s] Neville
PS:- manda outro.





SUBJECT: Re: [ciencialist] A TGBD e Geologia
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 06/10/2000 02:12

Prezado Takata,

Vamos lá.


Takata:
vc diria entao q. nao eh possivel existir elementos acima de Z=118? jah q.
isso criaria uma 'familia' a
mais? (na verdade familia de elementos se refere 'as colunas da tabela --
mas isso eh soh uma questao nomenclatural)


Claudio:
Pela TGBD não poderiam existir elementos acima de 118 porque não haveria
direções de eixos do cubo que comportassem tais elementos. Além disto as
oito direções de eixos formam dois biduais. Chamarmos a alternativa do eixo
esférico com centro no centro do cubo de O, as direções cartesianas de C-1,
C0 e C+1 e as diagonais de D-3, D-2, D+2 e D+3 temos dois Biduais, se
considerarmos o direção zero na direção da gravidade, a saber:

Primeiro Bidual:
1. C-1
2. C+1
3. C0
4. O

Neste caso, o Quarto Uno é inequívoco, porque a orbital é esférica e as
demais não o são; e C0 na direção da gravidade, faz dela o Terceiro Uno do
Terno que ela forma com C-1 e C+1. Outra maneira de diferenciar O é que ela
é a orbital mais proxima possível do núcleo.

Segundo Bidual, seria o da diagonais:
1. D-3
2. D-2
3. D+2
4. D+3

Neste caso, como não existe geométricamente qualquer diferenciação entre as
quatro direções diagonais, a variável de diferenciação é a distancia do
núcleo. Desta forma, D-3 e D-2 formariam o Dual Interno por serem as
orbitais mais próximas do núcleo (ou pr serem negativas, por convenção) e o
Dual Externo seria formado por D+2 e D+3 por serem mais afastadas do núcleo.
E o Quarto Uno seria D+3 por ser a mais afastada do núcleo.

Takata:
sao apenas os orbitais s, p, d e f q. sao possiveis de existir?

Claudio:
Acredito que sim, pois elas formam um bidual

1. s só tem uma orbital que é esférica, do tipo O.
2. p só contém orbitais do tipo C (com eixos cartesianos)
3. d contem orbitais do tipo C e do tipo D, no caso D+/-2
4. f contém orbitais do tipo C e do tipo D, no caso D+/2 e D+/-3

As orbitais s e p só contem 1 tipo de orbital, daí formando o Dual Interno.
As orbitais contém dois tipos de orbitais (C e D), sendo que f contém
orbitais dos tipos D+/-2 e D+/-3.

Acredito que se falar em outro tipo de orbital de outro tipo, diferente de
s, p, d e f, que estão em equilíbrio bidual, seria o mesmo que se falar de
um quinto número quantico, que são quatro e somente quatro, e formam um
bidual, a saber:

1. Nível energético (sete níveis, que podem ser reduzidos a quatro)
2. Subnível energético (as quatro orbitais do tipo s, p, d e f)
3. Número quantico magnético (que pode ser de quatro módulos (0,1,2 e3) e
dois sentidos (+ e -)
4. Spin (que pode ser + ou -)

Os três trimeiros formam um Terno porque se relacionam às orbitais, e o
quarto é o Quarto Uno porque se relaciona apenas ao eletron e não à sua
orbital. Interessante que os dois sentidos do numero quântico e os dois
sentidos do spin formam outro bidual.

Apesar de sua contestação acredito ser totalmente válido se agrupar os 7
níveis energéticos em apenas 4 se considerarmos a natureza dos elementos
quimicos, na seguinte estrutura:

1. Nivel 1 - só o H e He - por terem 2 elementos e periodo muito curto;
2. Níveis 2 e 3 - por não conterem elementos de transição, terem 8 elementos
e período curto;
3. Níveis 4 e 5 - por conterem elementos de transição, exceto os lantanídios
e os actinídios, por terem 18 elementos e por terem periodo longo;
4. Níveis 6 e 7 - por conterem elementos de transição, inclusive os
lantanídios e os actinídios;por terem até 32 elementos possíveis e período
superlongo.

Aliás não sou só eu que classifica os 7 Níveis energéticos em 4 grupos,
Takata. O Ricardo Feltre no seu livro Química - Volume I ( que é o meu pai
dos burros da química...risos...) também o faz na página 104. Me explica
onde está arbitrariedade nesta estrutura Takata.. Só se ela estiver na sua
cabeça...Bem qualquer problema, bvai lá e reclama co o Feltre, e não comigo
Takata.

Takata:
por q. vc separou a covalente dativa da covalente normal na sua
classificacao de ligacoes e na classificacao dos elementos quimicos vc
juntou os metais alcalinos com os metais alcalino-terrosos?

Claudio:
E por acaso as ligações covalentes normais e dativas não são diferentes?
Vejamos as definições de cada uma, sempre segundo Ricardo Feltre:

Ligação Covalente Normal ou Covalência Normal é a união entre átomos
estabelecida por pares de eletrons de modo que cada par seja formado por um
eletron de cada um dos átomos.

Ligação Covalente Dativa ou Covalência DativaNormal é a união entre átomos
estabelecida por pares de eletrons que são cedidos apenas por um dos átomos.

Para que os demais componentes da lista acompanhem o porque desta objeção do
Takata, ressalto que ela se originou do fato de eu ter dito (e reafirmo
agora!) que as ligações quimicas são de 4 tipos, dentro de uma estrutura
bidual, a saber:

1. Covalente Normal
2. Covalente Dativa
3. Ionica
4. Metálica

Nas duas primeiras ligações químicas se dão por pares de eletrons, na
terceira, a ligação ionica se dá através da entrega definitiva de um ou mais
eletrons de um átomo para o outro. A quarta ligação, a metálica é um bom
exemplo de Quarto Uno, pois até o momento ainda não se dispõe de uma teoria
única que a explique (existe de um lado a teoria da "nuvem"eletronica, ou
"mar" de eletrons, e de outro a das bandas eletrônicas).

Quanto ao fato de eu não separar os metais alcalininos dos não alcalinos,
conforme já lhe disse, é porqu ambos são metais. Aliás, o Ricardo Feltre
tmabém não faz esta separação: existem, para ele, somente elementos de
quatro cores na tabela periódica : rosa= metais; amarelo= semi-metais;
verde=mão metais e azul = gases nobres. Portanto, Takata, favor dirigir a
sua queixa para ele, e não para mim.



Takata:
nao havera' elementos com os subniveis 6f, 7d, 7f? por q. a ordem de
distribuicao dos subniveis eh:
1s, 2s, 2p, 3s, 3p, 4s, 3d, 4p, 5s, 4d, 5p, 6s, 4f, 5d, 6p, 7s, 5f, 6d,
7p...?
vc para por aih a explicacao... bem, temos pelo menos uma previsao da tgbd
q. teremos q. esperar: caso seja sintetizado o elemento 119 entao a
previsao dela estara' furada...

Claudio:
Por uma questão de simetria com os Níveis Energéticos 2 e 3, que tem as
camadas 2s e 2p e 3s e 3p, as camadas do Nível 7 seriam 7s e 7p (embora o
livro do Feltre não as considere: ele para no elemento 105 e faz indicação
até o 109), com sétimo gas nobre correspondendo ao número atomico 118. Desta
forma, as 6f, 7d e 7f não existiriam.
Bem só nos resta esperar pelo descobrimento do tal elemento 119, para você
se deliciar com um furo da TGBD. Não sei que base você teria para dizer que
isto seria possível.

Roberto:
mas ela tbm parece prever q. os gases nobres nao sao reativos, o q. jah se
sabe q. eh furado... (precisamos de indicios q. nao tornem a tgbd um esquema
nati-morto)

Claudio:
Não se esqueça roberto que tudo é imutável neste mundo. Assim, pode ser que
ao falar da nobreza dos gases nobres, de não se combinarem com qualquer
outro elemento, posso ter deixado subtendido que eles não se combinariam com
ninguém para todo o sempre, Eles tem a tendência a não se combinar por
estarem em equilíbrio, por obdecerem a chamada Regra do Octeto, que Feltre
define assim:
Um átomo adquire estabilidade quando possui 8 eletrons na camada eletronica
nmais externa, ou 2 eletrons quando possui apenas acamada K.

Por que você não derruba Regra do Octeto, Takata? Deixe a TGBD em paz. O
engraçado é você deve aceitar a Regra do Octeto, que não dá qualquer
explicação para o fato dela se verificar, enquanto que a TGBD sugere o
porque disto. Seu negócio é derrubar a TGBD por derrubar a TGBD, Takata...

Takata:
pelo diagrama de pauling podemos prever q. deve haver outros periodos e q. o
seguinte tera' 50 elementos...
numa modificacao q. fiz do diagrama (e jah apresentei previamente aqui mesmo
nesta lista) podemos prever facilmente as caracteristicas de distribuicao
eletronica e de numero atomico dos elementos.

Claudio:
E você vai me dizer que pelo simples fato do diagrama poder prever isto que
isto irá acontecer? Qual seria o fundamento para isto, Takata? Afinal , o
tal diagrama de Pauli se baseia em que? Ele me parece ser apenas uma
descoberta de um esquema gráfico que funciona... Tal como funciona o
diagrama do Alberto Mesquita Filho, que também até hoje não sabe porque ele
funciona.. Tnato que fez um desafio oferecendo um premio nobel para quem
descobrisse a charada. Acho que o Pauli também daria. Você por acaso sabe
porque tanto o diagrama de Pauli e o Alberto funcionam, senão por causa de
uma mera coincidência?

Roberto:
numa modificacao q. fiz do diagrama (e jah apresentei previamente aqui mesmo
nesta lista) podemos prever facilmente as caracteristicas de distribuicao
eletronica e de numero atomico dos elementos.

K K+1 subniveis eletronicos Somatorio(4L+2)
1 2 1.1 2
2 3 2.1 2
3 4 2.2 3.1 8
4 5 3.2 4.1 8
5 6 3.3 4.2 5.1 18
6 7 4.3 5.2 6.1 18
7 8 4.4 5.3 6.2 7.1 32
8 9 5.4 6.3 7.2 8.1* 32
9* 10 5.5 6.4 7.3 8.2 9.1 50
.
.
. * - ainda nao sintetizados/detectados

(a construcao eh relativamente simples -- e nao precisamos nos basear em
principios esotericos de dualidade, anti-terno e similia

Claudio:
Quer diser que a TGBD de metafísica já foi promovida a esotérica? E por
acaso dualidade é esoterismo? E como é que ficam Newton (ação e reação) e
Dirac (partícula e anti-partícula) nesta história?

Takata:
pegamos a combinacao de um par de numeros naturais cuja soma corresponda a
K+1

Claudio:
Por causa de que se pode fazer isto? Qual é o fundamento, Takata?

Takata:
numero maior do par corresponde 'a camada e o menor ao orbital...

Claudio:
Repito: por causa de que se pode fazer isto? Qual é o fundamento, Takata?

Roberto:
como a energia de um eletron depende da camada em q. esta' -- qto mais
externo
mais energetico-- e do tipo de orbital (aqui representado numericamente em
ordem crescente), segue-se naturalmente a distribuicao dos subniveis como
normalmente eh apresentado.

Claudio:
Sinceramente... Qual é o fundamento de se faszer isto, senão uma prática
coincidência matemática?

Roberto:
esse diagrama mostra tbm por q. o numero de elementos no periodo aumenta a
cada dois periodos e preve tbm o numero de elementos em cada periodo.)

Claudio:
Pode até mostrar, mas ele não explica porque isso ocorre!! Isso não é
ciência Takata. É apenas coincidência!!!!

Takata:
assim os orbitais conhecidos atualmente: s, p, d e f sao aqui representados
pelos numeros 1, 2, 3 e 4 (ou L+1, por causa da diferenca de numeracao entre
o no. quantico principal q. comeca de 1 e o azimutal q. comeca com 0)...
eles apresentam respectivamente 1, 3, 5 e 7 numeros
quanticos magneticos (m): facilmente extraimos a relacao 2L+1 e o numero
maximo de eletrons eh entao 4L+2...

Claudio:
Insisto, Takata. Uma linda e prática coincidência, sem qualquer fundamento
científico. E depois você vem criticar a TGBD...para com isso...

Takata:
vc junta os periodos de dois em dois simplesmente em funcao de numeros de
elementos q. comportam, mas isso eh totalmente arbitrario.

Claudio:
Será que você não foi mais arbitrário do que eu? Só porque o Pauli sacou uma
regrinha grafica que você, digamos quantificou, você acha que descobriu algo
que, mediante simples projeção, lhe permite supor que serão descobertos mais
elementos químicos? Sinceramente, acho que você ficará esperando sentado até
que se descubarm tais elementos. Poxa, quando li esta sua mensagem,
sinceramente, tentei entender o que ela significava. Afinal o assunto é meio
confuso por natureza, e você tem o péssimo costume de escrever comendo as
letras (seu "que" é só "q"...) o que já torna o texto desagradável de ler.
Bom, me dedico atentamente ao seu esquema e vejo que ele nada mais é do que
uma mera coincidência, tal como o diagrama de Pauli e o do Alberto. E você
com base bnisxto vem querer derrubar a TGBD? Cai numa real Takata... Deixo
para os demais da lista decidirem quem foi mais arbitrário...

Takata:
ha' furos demais da tgbd... vc disse noutra mensagem, qdo falei q. a teoria
atomica explica melhor as propriedades quimicas do q. a tgbd, q. a tgbd
deveria ser preferida porq. tem um espectro mais amplo q. a teoria atomica.

Claudio:
Se a tal teoria atomica a que você se refere é o seu esquema matemático aqui
apresentado, sugiro que você tenha a autocrítica e reconheça que ela não
chega a ser uma teoria: é apenas umabrincadeira numérica que dá certo e
funciona...

Takata:
de fato uma teoria q. explique uma gama maior de fenomenos eh
cientificamente melhor do q. uma q. explique apenas uma gama limitada: mas o
ponto eh exatamente o explicar. nao basta o escopo ser maior, a eficiencia
nao pode ser menor. em uma imagem compararia com esvaziar um
tanque d'agua com um pequeno copo ou com um larga peneira...

Claudio:
Mas sua "teoria" não explica, Takata. Ela apenas é eficiente e prática... A
TGBD a meu ver realmente explica. Deixo para o pessoal da lista decidir.

De qualquer forma, um grande abraço.

Claudio Abreu

----- Original Message -----
From: Roberto Mitsuo Takata
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Thursday, October 05, 2000 4:30 PM
Subject: Re: [ciencialist] A TGBD e Geologia


On Thu, 5 Oct 2000, Claudio Abreu wrote:
> >pense na familia dos gases nobres e veja o numero atomico: 2, 10, 18, 36,
> >54, 86, 118... existe um proximo numero? qual o valor da sequencia? como
a
> >tgbd pode prever isso?
>
> Antes de responder isto tudo, se é que vou conseguir, gostaria que você
lesse o texto no endereço abaixo:
>
http://br.egroups.com/files/tgbd/2.O.livro.da.TGBD/2.14.TGBD.e.Camadas.Eletr
onicas.doc

tah, um arquivo de mais de 500 kB... vc diria entao q. nao eh possivel
existir elementos acima de Z=118? jah q. isso criaria uma 'familia' a
mais? (na verdade familia de elementos se refere 'as colunas da tabela --
mas isso eh soh uma questao nomenclatural)

sao apenas os orbitais s, p, d e f q. sao possiveis de existir?

por q. vc separou a covalente dativa da covalente normal na sua
classificacao de ligacoes e na classificacao dos elementos quimicos vc
juntou os metais alcalinos com os metais alcalino-terrosos?

no texto nao explica por q sao 2, 10, 18, 36, 54, 86, 118... ou por q. as
familias apresentam: 1(2), 8, 8, 18, 18, 32, 32 elementos... [e tbm na
verdade nao explica por q. o diagram de mesquita coincide com a
distribuicao eletronica).

nao havera' elementos com os subniveis 6f, 7d, 7f? por q. a ordem de
distribuicao dos subniveis eh:

1s, 2s, 2p, 3s, 3p, 4s, 3d, 4p, 5s, 4d, 5p, 6s, 4f, 5d, 6p, 7s, 5f, 6d,
7p...?

vc para por aih a explicacao... bem, temos pelo menos uma previsao da tgbd
q. teremos q. esperar: caso seja sintetizado o elemento 119 entao a
previsao dela estara' furada... mas ela tbm parece prever q. os gases
nobres nao sao reativos, o q. jah se sabe q. eh furado... (precisamos de
indicios q. nao tornem a tgbd um esquema nati-morto)

pelo diagrama de pauling podemos prever q. deve haver outros periodos e q.
o seguinte tera' 50 elementos... numa modificacao q. fiz do diagrama (e
jah apresentei previamente aqui mesmo nesta lista) podemos prever
facilmente as caracteristicas de distribuicao eletronica e de numero
atomico dos elementos.

K K+1 subniveis eletronicos Somatorio(4L+2)
1 2 1.1 2
2 3 2.1 2
3 4 2.2 3.1 8
4 5 3.2 4.1 8
5 6 3.3 4.2 5.1 18
6 7 4.3 5.2 6.1 18
7 8 4.4 5.3 6.2 7.1 32
8 9 5.4 6.3 7.2 8.1* 32
9* 10 5.5 6.4 7.3 8.2 9.1 50
.
.
. * - ainda nao sintetizados/detectados

(a construcao eh relativamente simples -- e nao precisamos nos basear em
principios esotericos de dualidade, anti-terno e similia -- pegamos a
combinacao de um par de numeros naturais cuja soma corresponda a K+1 -- o
numero maior do par corresponde 'a camada e o menor ao orbital... como a
energia de um eletron depende da camada em q. esta' -- qto mais externo
mais energetico e do tipo de orbital: aqui representado numericamente em
ordem crescente, segue-se naturalmente a distribuicao dos subniveis como
normalmente eh apresentado. esse diagrama mostra tbm por q. o numero de
elementos no periodo aumenta a cada dois periodos e preve tbm o numero de
elementos em cada periodo.)

assim os orbitais conhecidos atualmente: s, p, d e f sao aqui
representados pelos numeros 1, 2, 3 e 4 (ou L+1, por causa da diferenca de
numeracao entre o no. quantico principal q. comeca de 1 e o azimutal q.
comeca com 0)... eles apresentam respectivamente 1, 3, 5 e 7 numeros
quanticos magneticos (m): facilmente extraimos a relacao 2L+1 e o numero
maximo de eletrons eh entao 4L+2...

vc junta os periodos de dois em dois simplesmente em funcao de numeros de
elementos q. comportam, mas isso eh totalmente arbitrario.

ha' furos demais da tgbd... vc disse noutra mensagem, qdo falei q. a
teoria atomica explica melhor as propriedades quimicas do q. a tgbd, q. a
tgbd deveria ser preferida porq. tem um espectro mais amplo q. a teoria
atomica -- de fato uma teoria q. explique uma gama maior de fenomenos eh
cientificamente melhor do q. uma q. explique apenas uma gama limitada: mas
o ponto eh exatamente o explicar. nao basta o escopo ser maior, a
eficiencia nao pode ser menor. em uma imagem compararia com esvaziar um
tanque d'agua com um pequeno copo ou com um larga peneira...

[]s,

roberto takata


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SUBJECT: Re: [ciencialist] O Paradoxo do bombom.
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 06/10/2000 02:19

Prezado Neville,

Fique tranqüilo porque não vou me manifestar sobre este assunto, que
considero irrelevante. Acho inclusive que já se falou muito sobre ele, além
do que ele merecia. Acho que o P4 já deveria ter comido o bombom logo no
início, nos poupando todo esse rame-rame...risos. O que fazer, se o Jocax
gosta desatas coisas?

Claudio Abreu

----- Original Message -----
From: Neville <neville@catanduva.com.br>
To: Ciencialist <ciencialist@egroups.com>
Sent: Friday, October 06, 2000 1:11 AM
Subject: Re: [ciencialist] O Paradoxo do bombom.


> Caro Jocax
>
> Há uma impropriedade terminológica no problema: o caso não é
verdadeiramente
> de paradoxo e sim de falácia.
> Na Estatística, as probabilidades sempre são definidas em função de
cenários
> (sistemas, na Física ou na Química, conjuntura na Política e na Economia,
> conjectura na Matemática, tudo isso e muito mais na Filosofia ).
>
> No primeiro cenário a probabilidade é de 1/3; no segundo p= 1/2; no
> terceiro, (após conhecer o resultado) passa a 1 para o ganhador e 0 para
os
> perdedores, a não ser que o Cláudio Abreu aplique TGBD, criando um cenário
> 4o. UNO, onde o P4 coma o bombom e deixa todo mundo com p=0. [ 8-)
>
> [s] Neville
> PS:- manda outro.
>
>
>
>
>
> *** --- ***
> Para sair da lista envie um mail para:
> ciencialist-unsubscribe@egroups.com
> *** --- ***
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] O Paradoxo do bombom.
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 06/10/2000 08:03

NINGUEM acertou a solucao do paradoxo.
Quem ficou mais proximo dele foi a Tania, mas a explicacao
nao esta correta.


Devo lembrar q a conexao da teoria das probabilidades com o "mundo real"
esta no teorema dos grandes numeros que diz *mais ou menos* o seguinte
:
Um evento pode ocorrer sucesso S ou Fracasso F.
Se repertirmos este evento N vezes, onde as repeticoes sao
independentes,
e obttivermos Q sucessos, entao a frequencia Q/N tendera a probabilidade
P do evento aa medida que N aumenta. Ou melhor: a probabilidade de Q/N
ser
diferente de P diminui a medida que N aumenta.
No limite para N indo para infinito P= Q/N

Ou seja isso nos da um modo de relacionar e verificar nosso calculo
probabilistico em relacao aa realidade.


Quando P1 conclui que sua chances aumentaram de 1/3 para 1/2
isso eh verdade ou nao e tem consequencias praticas q poderiam
ser medidas repetindo-se o experimento N vezes.

Ou seja, se repetirmos este experimento N vezes eu pergunto
Depois de P1 ter entregue o bombom, P1 ganharia 33% das vezes
ou 50% das vezes ?

Se para cada experiencia P1 anotasse num caderno o numero de
vezes que ele ganhou, depois que entregasse o bombom,
a frequencia tenderia a 1/3 ou a 1/2 ?

A resposta eh tenderia a 1/3 !
a Probabilidade continuaria sendo 1/3.

Explico :
P2 e P3 tinham juntos 2/3 de chances de ganhar,
Depois que P4 determinou qual nao ganharia entre P2 e P3
P2 ficou sozinho com 2/3 de chances de ganhar e nao 1/3 !!
Se P2 fosse esperto poderia aumentar suas apostas nele mesmo
depois que descobriu que P3 nao poderia ganhar !

Pode-se ver isto facilmente aumentando-se o numero de participantes
para 1000.

Assim, P1 entregaria 998 bombons e ficaria entre ele e um dos 999
Eh claro que o que sobrou tem mais chances de ganhar do que P1.

Ps: Eu tenho outro destes terriveis paradoxos que matutei por uns
2 anos antes de descobrir uma luz para resolve-lo.
[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] O Paradoxo do bombom.
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 06/10/2000 09:02



Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
>
> NINGUEM acertou a solucao do paradoxo.
> Quem ficou mais proximo dele foi a Tania, mas a explicacao
> nao esta correta.
>
> Devo lembrar q a conexao da teoria das probabilidades com o "mundo real"
> esta no teorema dos grandes numeros que diz *mais ou menos* o seguinte
> :
> Um evento pode ocorrer sucesso S ou Fracasso F.
> Se repertirmos este evento N vezes, onde as repeticoes sao
> independentes,
> e obttivermos Q sucessos, entao a frequencia Q/N tendera a probabilidade
> P do evento aa medida que N aumenta. Ou melhor: a probabilidade de Q/N
> ser
> diferente de P diminui a medida que N aumenta.
> No limite para N indo para infinito P= Q/N
>
> Ou seja isso nos da um modo de relacionar e verificar nosso calculo
> probabilistico em relacao aa realidade.

Até agora a sua abordagem é excelente.
>
> Quando P1 conclui que sua chances aumentaram de 1/3 para 1/2
> isso eh verdade ou nao e tem consequencias praticas q poderiam
> ser medidas repetindo-se o experimento N vezes.
>
> Ou seja, se repetirmos este experimento N vezes eu pergunto
> Depois de P1 ter entregue o bombom, P1 ganharia 33% das vezes
> ou 50% das vezes ?

Vocé cometeu uma gralha aqui. Acho que voce queria dizer:

"Ou seja, se repetirmos este experimento N vezes eu pergunto
Depois de >P4< ter entregue o bombom, P1 ganharia 33% das vezes
ou 50% das vezes ?"

Mesmo assim voce não especifica se P4 entrega o bombom sempre
a P3 ou se às vezes entrega a P3 e outras a P2. Qual é a sua
opção? É que isso é importante para o resultado final e para
se perceber de que é que estamos a falar. Depois de voce
esclarecer isto eu volto a escrever.

João
http://www.nonio.com


SUBJECT: Re: [ciencialist] O Paradoxo do bombom.
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 06/10/2000 09:15



João Mário Miranda wrote:
>
> Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> >
> > NINGUEM acertou a solucao do paradoxo.
> > Quem ficou mais proximo dele foi a Tania, mas a explicacao
> > nao esta correta.
> >
> > Devo lembrar q a conexao da teoria das probabilidades com o "mundo
> real"
> > esta no teorema dos grandes numeros que diz *mais ou menos* o
> seguinte
> > :
> > Um evento pode ocorrer sucesso S ou Fracasso F.
> > Se repertirmos este evento N vezes, onde as repeticoes sao
> > independentes,
> > e obttivermos Q sucessos, entao a frequencia Q/N tendera a
> probabilidade
> > P do evento aa medida que N aumenta. Ou melhor: a probabilidade de
> Q/N
> > ser
> > diferente de P diminui a medida que N aumenta.
> > No limite para N indo para infinito P= Q/N
> >
> > Ou seja isso nos da um modo de relacionar e verificar nosso calculo
> > probabilistico em relacao aa realidade.
>
> Até agora a sua abordagem é excelente.
> >
> > Quando P1 conclui que sua chances aumentaram de 1/3 para 1/2
> > isso eh verdade ou nao e tem consequencias praticas q poderiam
> > ser medidas repetindo-se o experimento N vezes.
> >
> > Ou seja, se repetirmos este experimento N vezes eu pergunto
> > Depois de P1 ter entregue o bombom, P1 ganharia 33% das vezes
> > ou 50% das vezes ?
>
> Vocé cometeu uma gralha aqui. Acho que voce queria dizer:
>
> "Ou seja, se repetirmos este experimento N vezes eu pergunto
> Depois de >P4< ter entregue o bombom, P1 ganharia 33% das vezes
> ou 50% das vezes ?"

Claro que P4 soh poderia ter entregue o bombom DEPOIS de P1 te-lo
entregue a P4 ! :-)
( Mas a rigor vc esta certo !)


>
> Mesmo assim voce não especifica se P4 entrega o bombom sempre
> a P3 ou se às vezes entrega a P3 e outras a P2. Qual é a sua
> opção? É que isso é importante para o resultado final e para
> se perceber de que é que estamos a falar. Depois de voce
> esclarecer isto eu volto a escrever.
>


Digo que nao importa a quem, horas ele poderia entregar a P2
oras a P3.
E isso P1 ja sabia de antemao : P4 vai entregar o bombom
a alguem e, independente deste alguem, ele achara q suas
chances aumentariam, independente de ser P2 ou P3.

[]s
jocax


SUBJECT: [Fwd: [ciencialist] O Paradoxo do bombom.]]
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 06/10/2000 10:03



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Parece que Egroups esta com problemas
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: Luiz Ferraz Netto <leo@barretos.com.br>, Roberto Takata <rmt@ib.usp.br>, Luis Roberto Brudna <luis@ufrgs.br>, ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 06/10/2000 10:09


Acho q o e-groups esta com problemas .
Va no site da clist e vc vera um monte de mensagens neste dia.
[]s
jocax

Luiz Ferraz Netto wrote:
>
> Não tenho nenhum mensagem do ciencialist com data de 05 de outubro!
>
> -----Mensagem Original-----
> De: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
> Para: Luiz Ferraz Netto <leo@barretos.com.br>
> Enviada em: sexta-feira, 6 de outubro de 2000 09:02
> Assunto: Vc recebeu via Ciencialist ?
>
> Leo,
> eu mandei a mensagem abaixo para a ciencia list
> e nao recebi-a de volta.
> Vc a recebeu?


SUBJECT: Re: [ciencialist] O Paradoxo do bombom.
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 06/10/2000 10:10

Subject:
Re: [ciencialist] O Paradoxo do bombom.]
Date:
Fri, 6 Oct 2000 08:54:03 -0300
From:
"Joao Lo Re Chagas \(r.3880\)" <joaolore@itautec.com.br>
To:
"Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>,
"Bccex" <bccex@ime.usp.br>
References:
1




Eu gostaria de propor um novo problema que talvez elucide melhor esta
questão.

O Silvio Santos, em seu programa dominical, vai "sortear" um carro.
São 3 portas p1, p2 e p3.
Em uma delas tem um carro. Nas outras um bode em cada uma.
Ele chama um sujeito e pede para escolher uma porta.
O sujeito escolhe, digamos, p1.
O Silvio Santos, então, sabendo onde está o carro, manda abrir uma porta
(p2
ou p3) que tem um bode, e pergunta para o sujeito:
Você quer ficar com a porta p1 ou trocar?
PERGUNTA: O que é melhor para o sujeito?
1. Ficar na mesma?
2. Tanto faz?
3. Trocar de porta?


RESPOSTA:
1. Ficar na mesma - significa manter os 1/3 de chance de ganhar que
tinha
incialmente.
2. Tanto faz - neste caso, ele pode jogar uma moeda e escolher de novo
segundo o que der na moeda. Aí ele aumenta para 1/2 a "probabilidade" de
ganhar.
3. Trocar de porta - neste caso, como ele, na primeira escolha, tinha
2/3 de
ter errado, e o Sílvio Santos tirou uma porta da jogada, trocando de
porta
ele passa a ter 2/3 de probabilidade de ganhar. Aumentando
significativamente suas chances.

Isto vai contra os instintos.
Mas é matemático.

Um Abraço,
João Lo Ré.



----- Original Message -----
From: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
To: "Bccex" <bccex@ime.usp.br>
Sent: Friday, October 06, 2000 6:38 AM
Subject: [Fwd: [ciencialist] O Paradoxo do bombom.]


>


SUBJECT: [Fwd: Vc recebeu via Ciencialist ?]
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 06/10/2000 10:10



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [Fwd: [ciencialist] O Paradoxo do bombom.]]
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 06/10/2000 10:20

Essa mensagem chegou assim:
[]'
Léo
PS: não recebi as duas mensagens que enviei pro ciencialist a 10 minutos
atrás!


-----Mensagem Original-----
De: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
Para: ciencialist <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: sexta-feira, 6 de outubro de 2000 10:03
Assunto: [Fwd: [ciencialist] O Paradoxo do bombom.]]




[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



*** --- ***
Para sair da lista envie um mail para:
ciencialist-unsubscribe@egroups.com
*** --- ***






SUBJECT: Pedido
FROM: "Daniel Sottomaior [SP]" <cetico@hotmail.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 06/10/2000 10:30

Caros colisteiros

Ano passado, quando várias pessoas respondiam a um questionamento
sobre o que é ciência lá no grupo de discussão da uol, escrevi um
texto bastante informal sobre isso que acabou indo para no extinto
site de ciêcias naturais. Alguém de vocês teria uma cópia desse
texto, ou saberia onde encontrar?


Daniel



SUBJECT: malufando
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 06/10/2000 10:37

Oi pessoal,
aproveitando os momentos que esse e.groups tá uma porcaria, dê uma lida em
http://www.geocities.com/rgtsp/Maluf.html

Porcaria x porcaria, prefiro continuar com o e.groups!

[]'
Léo




SUBJECT: Re: [ciencialist] O Paradoxo do bombom.
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 06/10/2000 10:52



João Mário Miranda wrote:

> > Explico :
> > P2 e P3 tinham juntos 2/3 de chances de ganhar,
> > Depois que P4 determinou qual nao ganharia entre P2 e P3
> > P2 ficou sozinho com 2/3 de chances de ganhar e nao 1/3 !!
> > Se P2 fosse esperto poderia aumentar suas apostas nele mesmo
> > depois que descobriu que P3 nao poderia ganhar !
>


> Aqui voce está a fazer uma confusão desnecessária. Afinal
> se voce repetir o acontecimento N vezes P2 recebe ele
> proprio o bombom metade das vezes. Se voce parte do principio
> que P2 não recebe bombons então está a limitar o universo
> a metade. Por isso voce não pode fazer esse raciocinio.



Vc nao entendeu: quando, no nosso exemplo, P2 descobre q P3 esta fora,
ele poderia fazer uma *aposta extra* contra P1 dizendo q ele vai ganhar
ja que P1 pensaria que entre ele e P2 as chances seriam iguais.


>
> Se P2 não recebe o bombom ele perderá 50% das vezes. E perde
> dinheiro se pensar que tem 2/3 de probabilidades de ganhar.

Nao, sempre que ocorrer de P1 dar o bombom e, P3 recebe-lo, e nao P2,
entao P2 tem 66% de chances de ganhar a aposta e P1 33%.


> Mas o melhor que voce tem a fazer é experimentar. Se voce
> repetir a experiencia varias vezes chegará à conclusão que
> P2 ganha 1/3 das vezes e ganha metade das vezes em que não
> recebe bombom.

>Não se esqueça que quando é P1 que ganha
> P2 receberá o bombom metade das vezes.
>

Aih sim

[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] A TGBD e Geologia
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 06/10/2000 10:54

Prezado Takata,

Vamos lá.

Takata:
vc diria entao q. nao eh possivel existir elementos acima de Z=118? jah q.
isso criaria uma 'familia' a
mais? (na verdade familia de elementos se refere 'as colunas da tabela --
mas isso eh soh uma questao nomenclatural)


Claudio:
Pela TGBD não poderiam existir elementos acima de 118 porque não haveria
direções de eixos do cubo que comportassem tais elementos. Além disto as
oito direções de eixos formam dois biduais. Chamarmos a alternativa do eixo
esférico com centro no centro do cubo de O, as direções cartesianas de C-1,
C0 e C+1 e as diagonais de D-3, D-2, D+2 e D+3 temos dois Biduais, se
considerarmos o direção zero na direção da gravidade, a saber:

Primeiro Bidual:
1. C-1
2. C+1
3. C0
4. O

Neste caso, o Quarto Uno é inequívoco, porque a orbital é esférica e as
demais não o são; e C0 na direção da gravidade, faz dela o Terceiro Uno do
Terno que ela forma com C-1 e C+1. Outra maneira de diferenciar O é que ela
é a orbital mais proxima possível do núcleo.

Segundo Bidual, seria o da diagonais:
1. D-3
2. D-2
3. D+2
4. D+3

Neste caso, como não existe geométricamente qualquer diferenciação entre as
quatro direções diagonais, a variável de diferenciação é a distancia do
núcleo. Desta forma, D-3 e D-2 formariam o Dual Interno por serem as
orbitais mais próximas do núcleo (ou pr serem negativas, por convenção) e o
Dual Externo seria formado por D+2 e D+3 por serem mais afastadas do núcleo.
E o Quarto Uno seria D+3 por ser a mais afastada do núcleo.

Takata:
sao apenas os orbitais s, p, d e f q. sao possiveis de existir?

Claudio:
Acredito que sim, pois elas formam um bidual

1. s só tem uma orbital que é esférica, do tipo O.
2. p só contém orbitais do tipo C (com eixos cartesianos)
3. d contem orbitais do tipo C e do tipo D, no caso D+/-2
4. f contém orbitais do tipo C e do tipo D, no caso D+/2 e D+/-3

As orbitais s e p só contem 1 tipo de orbital, daí formando o Dual Interno.
As orbitais contém dois tipos de orbitais (C e D), sendo que f contém
orbitais dos tipos D+/-2 e D+/-3.

Acredito que se falar em outro tipo de orbital de outro tipo, diferente de
s, p, d e f, que estão em equilíbrio bidual, seria o mesmo que se falar de
um quinto número quantico, que são quatro e somente quatro, e formam um
bidual, a saber:

1. Nível energético (sete níveis, que podem ser reduzidos a quatro)
2. Subnível energético (as quatro orbitais do tipo s, p, d e f)
3. Número quantico magnético (que pode ser de quatro módulos (0,1,2 e3) e
dois sentidos (+ e -)
4. Spin (que pode ser + ou -)

Os três trimeiros formam um Terno porque se relacionam às orbitais, e o
quarto é o Quarto Uno porque se relaciona apenas ao eletron e não à sua
orbital. Interessante que os dois sentidos do numero quântico e os dois
sentidos do spin formam outro bidual.

Apesar de sua contestação acredito ser totalmente válido se agrupar os 7
níveis energéticos em apenas 4 se considerarmos a natureza dos elementos
quimicos, na seguinte estrutura:

1. Nivel 1 - só o H e He - por terem 2 elementos e periodo muito curto;
2. Níveis 2 e 3 - por não conterem elementos de transição, terem 8 elementos
e período curto;
3. Níveis 4 e 5 - por conterem elementos de transição, exceto os lantanídios
e os actinídios, por terem 18 elementos e por terem periodo longo;
4. Níveis 6 e 7 - por conterem elementos de transição, inclusive os
lantanídios e os actinídios;por terem até 32 elementos possíveis e período
superlongo.

Aliás não sou só eu que classifica os 7 Níveis energéticos em 4 grupos,
Takata. O Ricardo Feltre no seu livro Química - Volume I ( que é o meu pai
dos burros da química...risos...) também o faz na página 104. Me explica
onde está arbitrariedade nesta estrutura Takata.. Só se ela estiver na sua
cabeça...Bem qualquer problema, bvai lá e reclama co o Feltre, e não comigo
Takata.

Takata:
por q. vc separou a covalente dativa da covalente normal na sua
classificacao de ligacoes e na classificacao dos elementos quimicos vc
juntou os metais alcalinos com os metais alcalino-terrosos?

Claudio:
E por acaso as ligações covalentes normais e dativas não são diferentes?
Vejamos as definições de cada uma, sempre segundo Ricardo Feltre:

Ligação Covalente Normal ou Covalência Normal é a união entre átomos
estabelecida por pares de eletrons de modo que cada par seja formado por um
eletron de cada um dos átomos.

Ligação Covalente Dativa ou Covalência DativaNormal é a união entre átomos
estabelecida por pares de eletrons que são cedidos apenas por um dos átomos.

Para que os demais componentes da lista acompanhem o porque desta objeção do
Takata, ressalto que ela se originou do fato de eu ter dito (e reafirmo
agora!) que as ligações quimicas são de 4 tipos, dentro de uma estrutura
bidual, a saber:

1. Covalente Normal
2. Covalente Dativa
3. Ionica
4. Metálica

Nas duas primeiras ligações químicas se dão por pares de eletrons, na
terceira, a ligação ionica se dá através da entrega definitiva de um ou mais
eletrons de um átomo para o outro. A quarta ligação, a metálica é um bom
exemplo de Quarto Uno, pois até o momento ainda não se dispõe de uma teoria
única que a explique (existe de um lado a teoria da "nuvem"eletronica, ou
"mar" de eletrons, e de outro a das bandas eletrônicas).

Quanto ao fato de eu não separar os metais alcalininos dos não alcalinos,
conforme já lhe disse, é porqu ambos são metais. Aliás, o Ricardo Feltre
tmabém não faz esta separação: existem, para ele, somente elementos de
quatro cores na tabela periódica : rosa= metais; amarelo= semi-metais;
verde=mão metais e azul = gases nobres. Portanto, Takata, favor dirigir a
sua queixa para ele, e não para mim.



Takata:
nao havera' elementos com os subniveis 6f, 7d, 7f? por q. a ordem de
distribuicao dos subniveis eh:
1s, 2s, 2p, 3s, 3p, 4s, 3d, 4p, 5s, 4d, 5p, 6s, 4f, 5d, 6p, 7s, 5f, 6d,
7p...?
vc para por aih a explicacao... bem, temos pelo menos uma previsao da tgbd
q. teremos q. esperar: caso seja sintetizado o elemento 119 entao a
previsao dela estara' furada...

Claudio:
Por uma questão de simetria com os Níveis Energéticos 2 e 3, que tem as
camadas 2s e 2p e 3s e 3p, as camadas do Nível 7 seriam 7s e 7p (embora o
livro do Feltre não as considere: ele para no elemento 105 e faz indicação
até o 109), com sétimo gas nobre correspondendo ao número atomico 118. Desta
forma, as 6f, 7d e 7f não existiriam.
Bem só nos resta esperar pelo descobrimento do tal elemento 119, para você
se deliciar com um furo da TGBD. Não sei que base você teria para dizer que
isto seria possível.

Roberto:
mas ela tbm parece prever q. os gases nobres nao sao reativos, o q. jah se
sabe q. eh furado... (precisamos de indicios q. nao tornem a tgbd um esquema
nati-morto)

Claudio:
Não se esqueça roberto que tudo é imutável neste mundo. Assim, pode ser que
ao falar da nobreza dos gases nobres, de não se combinarem com qualquer
outro elemento, posso ter deixado subtendido que eles não se combinariam com
ninguém para todo o sempre, Eles tem a tendência a não se combinar por
estarem em equilíbrio, por obdecerem a chamada Regra do Octeto, que Feltre
define assim:
Um átomo adquire estabilidade quando possui 8 eletrons na camada eletronica
nmais externa, ou 2 eletrons quando possui apenas acamada K.

Por que você não derruba Regra do Octeto, Takata? Deixe a TGBD em paz. O
engraçado é você deve aceitar a Regra do Octeto, que não dá qualquer
explicação para o fato dela se verificar, enquanto que a TGBD sugere o
porque disto. Seu negócio é derrubar a TGBD por derrubar a TGBD, Takata...

Takata:
pelo diagrama de pauling podemos prever q. deve haver outros periodos e q. o
seguinte tera' 50 elementos...
numa modificacao q. fiz do diagrama (e jah apresentei previamente aqui mesmo
nesta lista) podemos prever facilmente as caracteristicas de distribuicao
eletronica e de numero atomico dos elementos.

Claudio:
E você vai me dizer que pelo simples fato do diagrama poder prever isto que
isto irá acontecer? Qual seria o fundamento para isto, Takata? Afinal , o
tal diagrama de Pauli se baseia em que? Ele me parece ser apenas uma
descoberta de um esquema gráfico que funciona... Tal como funciona o
diagrama do Alberto Mesquita Filho, que também até hoje não sabe porque ele
funciona.. Tnato que fez um desafio oferecendo um premio nobel para quem
descobrisse a charada. Acho que o Pauli também daria. Você por acaso sabe
porque tanto o diagrama de Pauli e o Alberto funcionam, senão por causa de
uma mera coincidência?

Roberto:
numa modificacao q. fiz do diagrama (e jah apresentei previamente aqui mesmo
nesta lista) podemos prever facilmente as caracteristicas de distribuicao
eletronica e de numero atomico dos elementos.

K K+1 subniveis eletronicos Somatorio(4L+2)
1 2 1.1 2
2 3 2.1 2
3 4 2.2 3.1 8
4 5 3.2 4.1 8
5 6 3.3 4.2 5.1 18
6 7 4.3 5.2 6.1 18
7 8 4.4 5.3 6.2 7.1 32
8 9 5.4 6.3 7.2 8.1* 32
9* 10 5.5 6.4 7.3 8.2 9.1 50
.
.
. * - ainda nao sintetizados/detectados

(a construcao eh relativamente simples -- e nao precisamos nos basear em
principios esotericos de dualidade, anti-terno e similia

Claudio:
Quer diser que a TGBD de metafísica já foi promovida a esotérica? E por
acaso dualidade é esoterismo? E como é que ficam Newton (ação e reação) e
Dirac (partícula e anti-partícula) nesta história?

Takata:
pegamos a combinacao de um par de numeros naturais cuja soma corresponda a
K+1

Claudio:
Por causa de que se pode fazer isto? Qual é o fundamento, Takata?

Takata:
numero maior do par corresponde 'a camada e o menor ao orbital...

Claudio:
Repito: por causa de que se pode fazer isto? Qual é o fundamento, Takata?

Roberto:
como a energia de um eletron depende da camada em q. esta' -- qto mais
externo
mais energetico-- e do tipo de orbital (aqui representado numericamente em
ordem crescente), segue-se naturalmente a distribuicao dos subniveis como
normalmente eh apresentado.

Claudio:
Sinceramente... Qual é o fundamento de se faszer isto, senão uma prática
coincidência matemática?

Roberto:
esse diagrama mostra tbm por q. o numero de elementos no periodo aumenta a
cada dois periodos e preve tbm o numero de elementos em cada periodo.)

Claudio:
Pode até mostrar, mas ele não explica porque isso ocorre!! Isso não é
ciência Takata. É apenas coincidência!!!!

Takata:
assim os orbitais conhecidos atualmente: s, p, d e f sao aqui representados
pelos numeros 1, 2, 3 e 4 (ou L+1, por causa da diferenca de numeracao entre
o no. quantico principal q. comeca de 1 e o azimutal q. comeca com 0)...
eles apresentam respectivamente 1, 3, 5 e 7 numeros
quanticos magneticos (m): facilmente extraimos a relacao 2L+1 e o numero
maximo de eletrons eh entao 4L+2...

Claudio:
Insisto, Takata. Uma linda e prática coincidência, sem qualquer fundamento
científico. E depois você vem criticar a TGBD...para com isso...

Takata:
vc junta os periodos de dois em dois simplesmente em funcao de numeros de
elementos q. comportam, mas isso eh totalmente arbitrario.

Claudio:
Será que você não foi mais arbitrário do que eu? Só porque o Pauli sacou uma
regrinha grafica que você, digamos quantificou, você acha que descobriu algo
que, mediante simples projeção, lhe permite supor que serão descobertos mais
elementos químicos? Sinceramente, acho que você ficará esperando sentado até
que se descubarm tais elementos. Poxa, quando li esta sua mensagem,
sinceramente, tentei entender o que ela significava. Afinal o assunto é meio
confuso por natureza, e você tem o péssimo costume de escrever comendo as
letras (seu "que" é só "q"...) o que já torna o texto desagradável de ler.
Bom, me dedico atentamente ao seu esquema e vejo que ele nada mais é do que
uma mera coincidência, tal como o diagrama de Pauli e o do Alberto. E você
com base bnisxto vem querer derrubar a TGBD? Cai numa real Takata... Deixo
para os demais da lista decidirem quem foi mais arbitrário...

Takata:
ha' furos demais da tgbd... vc disse noutra mensagem, qdo falei q. a teoria
atomica explica melhor as propriedades quimicas do q. a tgbd, q. a tgbd
deveria ser preferida porq. tem um espectro mais amplo q. a teoria atomica.

Claudio:
Se a tal teoria atomica a que você se refere é o seu esquema matemático aqui
apresentado, sugiro que você tenha a autocrítica e reconheça que ela não
chega a ser uma teoria: é apenas umabrincadeira numérica que dá certo e
funciona...

Takata:
de fato uma teoria q. explique uma gama maior de fenomenos eh
cientificamente melhor do q. uma q. explique apenas uma gama limitada: mas o
ponto eh exatamente o explicar. nao basta o escopo ser maior, a eficiencia
nao pode ser menor. em uma imagem compararia com esvaziar um
tanque d'agua com um pequeno copo ou com um larga peneira...

Claudio:
Mas sua "teoria" não explica, Takata. Ela apenas é eficiente e prática... A
TGBD a meu ver realmente explica. Deixo para o pessoal da lista decidir.

De qualquer forma, um grande abraço.

Claudio Abreu

----- Original Message -----
From: Roberto Mitsuo Takata
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Thursday, October 05, 2000 4:30 PM
Subject: Re: [ciencialist] A TGBD e Geologia




[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] O Paradoxo do bombom.
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 06/10/2000 11:11



João Mário Miranda wrote:
>
> > RESPOSTA:
> > 1. Ficar na mesma - significa manter os 1/3 de chance de ganhar que
> > tinha
> > incialmente.
> > 2. Tanto faz - neste caso, ele pode jogar uma moeda e escolher de
> novo
> > segundo o que der na moeda. Aí ele aumenta para 1/2 a
> "probabilidade" de
> > ganhar.
> > 3. Trocar de porta - neste caso, como ele, na primeira escolha,
> tinha
> > 2/3 de
> > ter errado, e o Sílvio Santos tirou uma porta da jogada, trocando de
> > porta
> > ele passa a ter 2/3 de probabilidade de ganhar. Aumentando
> > significativamente suas chances.
> >
> > Isto vai contra os instintos.
> > Mas é matemático.
>
> Está completamente errado. As probabilidades dele acertar
> mantendo aquela porta ou mudando de porta são sempre de
> 1/3. Basta repetir a experiencia 50 vezes para ver que é
> assim.
>


nao esta errado nao.
A conclusao dele esta correta.
Faca a experiencia entao....

[]s
jocax


SUBJECT: A TGBD vai sair do Ciencialist
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 06/10/2000 11:26

Prezados amigos do Ciencialist,

Nesta semana escrevi inúmeras mensagens sobre a TGBD no Ciencialist. Em função disto recebi protesto do LRB, o moderador da lista, que me alertou, delicadamente, que nem todo mundo no Ciencialist gosta do assunto, e que ele tem recebido diversas mensagens de pessoas reclamando quanto a quantidade das minhas intervenções.

Desta forma, decidi que a partir de agora, somente passarei a travar diálogos sobre a TGBD no seu site no eGroups, que me parece ser o fórum mais apropriado para discutí-la. Afinal, quem lá estiver é porque tem interesse no tema. Outra vantagem de ir para lá e que lá a formatação é em HTML, num nivelamento por cima e não por baixo. Isto para mim é fundamental porque pretendo aproveitar o material dos debates no livro que estou escrevendo sobre a TGBD.

O grupo no momento tem 7 participantes contando comigo. Entre seus associados estão o Agatipo Ribeiro, Alberto Mesquita Filho, Jocax, Leonardo Stern e mais duas amigas minhas, uma das quais a Wanda K Alves, que é associada do Ciencialist, mas não tem participado dele enviando mensagens.

Quero que saibam que não estou me retirando do Ciencialist e muito menos chateado. Apenas estou restringindo a minha participação nele, por achar mais adequado. A minha idéia é trazer para cá, apenas eventualmente, algo mais relevante sobre a TGBD, mas sempre pedindo que qualquer comentário seja dirigido para o site da TGBD, onde novos associados serão sempre bem vindos.

Isto já é valido para a minha última mensagem para Roberto Takata (o incansável Takata!), que desde já está convidado especialmente para transferir para lá a sua bateria de contrargumentações.

Finalizando, gostaria de convidar a todos que assim o desejarem a se associarem ao site da TGBD no eGroups, cujo endereço é:
http://br.egroups.com/group/tgbd

No mais, um grande abraço.

Claudio Abreu



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: A TGBD e as cores e ... mais perguntas :-)
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 06/10/2000 11:35

Prezados amigos,

Estou encaminhando a mensagem abaixo devido ao fato de não tê-la recebido do Ciencialist. Talvez tenha ocorrido algum problema com o eGroups, tal como foi aqui comentado.

Ressalto que estou fazendo isto porque esta mensagem é anterior a quem fiz há pouco explicando porque estou restrigindo a minha participação no Ciencialist, e reorientando a discussão da TGBD para o seu site no eGroups.

Um grande abraço,

Claudio Abreu

De: Leonardo Stern <roxo@j...>
Data: Sex, 6 de Out de 2000 9:45am
Assunto: Re: A TGBD e as cores e ... mais perguntas :-)




Vou continuar tentando a responder as suas perguntas sobre como aTGBD explica diversos temas. Começarei pelos que já equacionei.


Que bom, estou tentando tratar a TGBD com um programa de encodificar musica (pois eu participo de grupos de senvolvimento desta tecnologia - OGG Vorbis e MP3), quando o projeto está no inicio a primeira vista o encodificador parece perfeito, mas a medida em que vai sendo testado e usado vão aparecendo trechos dificeis de encodificar, onde os erros do algorítmo aparecem com maior intensidade. É o que chamamos de test cases.


Ao analizar estes test cases, os ajustes necessários são feitos e o algoritimo passa a ser satisfatório para estes exemplos.


Analogamente enviando test-cases para a TGBD resolver estamos vendo se o "algoritimo" é bom e quais ajustes precisam ser feitos. Se a teoria é boa (as perguntas vão sendo resolvidas), vai ganhando força caso contrario vai perdendo a confiabilidade.


Creio que este sistema agrada aos que são a favor, contra ou netros quanto a TGBD.


LS:... O processo de formação das cores ?
==================================




As cores primárias são três: vermelho, azul e verde. As demais são obitidas mediante combinações destas três. Se se combina essas três cores em igual proporção, obtem-se o branco, que é a soma de todas as cores. Lembra-se do disco de Newton?



Por que não vermelho, azul e amarelo ?
.. o verde seria a combinação do azul e amarelo .. experimente passar um hidrocor ou lapis amarelo em cima de uma linha azul.


qual seria o Quarto Uno? Seria o negro que é a ausência de cor.



Por que não o infravermelho ou o ultravioleta ?


Já na imprensa e na informática são utilizadas as três cores compostas amarelo, ciano e magenta. Repare que ao definir uma cor no seu micro num programa >do tipo do Corel Draw, você atribuirá um peso para cada uma destas três cores compostas e também um peso para a cor preta.



Na informatica o método (muito) mais usado é o RGB (Red Green Blue), o YCM (acho que é assim a sigla, quase nunca usei este sistema) é pouco utilizado e muito complicado.


Quanto às perguntas que mencionei no campo do assunto :


TGBD e as notas musicais ?
TGBD e os sistemas numéricos ? TGBD e o deslocamento das linhas espectrais para o vermelho ? TGBD e o escoamento da água quando abrimos a torneira. Por que o feixe vai se afinando ? TGBD e o escoamento da fumaça .. por que ela inicialmente escoa uniformemente e depois se espalha ? (ver cigarro aceso em cima da mesa) TGBD e o sistema solar ... por que essa organização dos planetas ?



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] TGBD e a ciencialist
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 06/10/2000 11:37

Acredito que a thread TGBD ganhou até da 'morte encefálica'. Fale baixo e
delete essa minha mensagem ....... a encefálica pode voltar!
[]'
Léo

-----Mensagem Original-----
De: Leonardo Stern <roxo@jedi.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: domingo, 5 de março de 2000 23:08
Assunto: [ciencialist] TGBD e a ciencialist


Acho que o numero de questoes relativas a TGBD tem sido expressivel
dentro do volume diário da lista. É extremamente desagradavel aos
usuários que não se interessam pela teoria em receberem até 20 emails
sobre o assunto todos os dias, por um periodo indefinido de tempo.




SUBJECT: Re: [ciencialist] TGBD e a ciencialist
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 06/10/2000 11:42

Prezado Léo,

Para a felicidade geral do Ciencialist, diga ao povo que vou... De agora em diante só comento outros assuntos por aqui.

Um grande abraço,

Claudio Abreu

----- Original Message -----
From: Luiz Ferraz Netto
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Friday, October 06, 2000 11:37 AM
Subject: Re: [ciencialist] TGBD e a ciencialist


Acredito que a thread TGBD ganhou até da 'morte encefálica'. Fale baixo e
delete essa minha mensagem ....... a encefálica pode voltar!
[]'
Léo

-----Mensagem Original-----
De: Leonardo Stern <roxo@jedi.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: domingo, 5 de março de 2000 23:08
Assunto: [ciencialist] TGBD e a ciencialist


Acho que o numero de questoes relativas a TGBD tem sido expressivel
dentro do volume diário da lista. É extremamente desagradavel aos
usuários que não se interessam pela teoria em receberem até 20 emails
sobre o assunto todos os dias, por um periodo indefinido de tempo.



*** --- ***
Para sair da lista envie um mail para:
ciencialist-unsubscribe@egroups.com
*** --- ***



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] O Paradoxo do bombom.
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 06/10/2000 12:00

On Fri, 6 Oct 2000, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> A resposta eh tenderia a 1/3 !
> a Probabilidade continuaria sendo 1/3.

se vc considerar o mesmo cenario desde o inicio sim... as respostas se
basearam na suposicao apenas em cima do cenario em q. P3 eh quem recebe o
bombom, nesse caso, ha uma eliminacao de possibilidade.

sendo as possibilidades:

P1 P2 P3
X - -
- X -
- - X com X marcando o ganhador

o ponto do enunciado foi a declaracao de P3 como o q. recebeu o bombom: o
q. poderia equvaler a dizer 'Dej o bombom ao P3 caso ele nao seja o
ganhador' -- neste caso ha' uma informacao.

P1 P2 P3
X - o o - bombom
- X o
-----------
|- - X|
-----------

mas se considerarmos a generalidade dos casos (no q. realmente nao tinha
pensado):

P1 P2 P3 P1 P2 P3
X - o ou X o -
- X o
- o X

aih a resposta eh realmente 33,33%...

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] O Paradoxo do bombom.
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 06/10/2000 13:15



Roberto Mitsuo Takata wrote:
>
> On Fri, 6 Oct 2000, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> > A resposta eh tenderia a 1/3 !
> > a Probabilidade continuaria sendo 1/3.
>
> se vc considerar o mesmo cenario desde o inicio sim... as respostas se
> basearam na suposicao apenas em cima do cenario em q. P3 eh quem
> recebe o
> bombom, nesse caso, ha uma eliminacao de possibilidade.
>
> sendo as possibilidades:
>
> P1 P2 P3
> X - -
> - X -
> - - X com X marcando o ganhador
>
> o ponto do enunciado foi a declaracao de P3 como o q. recebeu o
> bombom: o
> q. poderia equvaler a dizer 'Dej o bombom ao P3 caso ele nao seja o
> ganhador' -- neste caso ha' uma informacao.
>

Nao, o texto foi claro :
"Vc poderia entregar este bombom de consolo a P2 ou a P3 QUALQUER
UM deles que nao tenha ganhado?"

No caso foi P3 mas, noutro experimento, poderia ter sido P2
e a resposta seria a mesma.

[]s
jocax


SUBJECT: Nietzche e a evolucao humana
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 06/10/2000 13:17

Subject:
Re: Vc recebeu via ciencialist?
Date:
Fri, 6 Oct 2000 12:01:34 -0300 (EST)
From:
Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
To:
Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>




nao sei, acho q. nao...

[]s,

roberto takata

On Fri, 6 Oct 2000, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:

> Roberto,
> Eu enviei ontem a mensagem ( abaixo ) e nao recebi de volta.
> Vc recebeu esta mensagem via ciencialist?
> ----------------------------------------------
> Manuel Bulcao wrote:
> >
> > Prof. Godoy,
> >
> > Sinto muitíssimo pela sua saída da ciencialist, e peço
> > sinceras
> > desculpas pelo meu e-mail "filosófico" sobre Nietzsche.
> >
> > É que eu ingenuamente pensei que algumas idéias desse
> > filósofo
> > atualmente tão em evidência, como, por exemplo, a asserção
> > de que o
> > homem é uma espécie degenerada do qual brotará uma nova e
> > mais feliz
> > espécie do gênero Homo (o super-homem), pudessem interessar a
> > alguns
> > evolucionistas. Afinal, Daniel Dennett, em seu livro monumental "A
> > Perigosa Idéia de Darwin", dedicou todo um capítulo a Nietzsche.
>
>
> Espera !
> A evolucao humana eh ciencia !!
> A estrutura da sociedade sao as ciencias sociais.
> Eu me interesso sobre o tema, nao li o livro mas eh
> um tema que me interessa muitissimo.
>
> Acredito que de fato a evolucao nao para e, fatalmente a
> nossa especie sera um dia substituida por outra, isso
> eh tao certo para mim qto 1+1 = 2.
>
> Contudo, nossa especie NAO sera substituida de uma hora para outra.
>
> Havera um tempo q NOS estaremos COEXISTINDO lado a lado com a nova
> especie !!!!!
>
> Algumas questoes devem ser analisadas :
>
> 1- Como sera o comportamento social dos humanos co-habitando
> com esta nova especie ( em relacao a ela ) ?
> ( em pricipio superior mas nao necessariamente + feliz )
>
> 2- Estando em minoria, no inicio, como devera ser o comportamento
> destes novos HOMO em relacao aos humanos ?
>
> 3- Haveriam guerras etnicas ?
>
> Sao perguntas pertinentes que um dia precisarao ser respondidas.
> []s
> jocax
>


SUBJECT: Re: [ciencialist] O Paradoxo do bombom.
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 06/10/2000 13:30

On Fri, 6 Oct 2000, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> Nao, o texto foi claro :
> "Vc poderia entregar este bombom de consolo a P2 ou a P3 QUALQUER
> UM deles que nao tenha ganhado?"
>
> No caso foi P3 mas, noutro experimento, poderia ter sido P2
> e a resposta seria a mesma.

nao estou falando q. o enunciado estivesse errado, eu disse q. era o ponto
de divergencia de interpretacao:

se trabalhamos apenas nos cenarios em q. P3 recebe entao P1 tem sua
expectativa de ganho aumentada, se trabalhamos na somatoria dos cenarios
entao a coisa nao muda. [como disse, eu nao me toquei dessa
possibilidade, daih o meu erro...]

[]s,

roberto takata





SUBJECT: Re: [ciencialist] O Paradoxo do bombom.
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 06/10/2000 15:11

> A questco i que nem toda a gente possui a mesma informagco.
> A pergunta lsgica i: a probabilidade de um acontecimento
> ocorrer depende do observador ou depende do acontecimento?
>
> Ainda mais interessante: num universo determinista nco
> i possivel introduzir mais informagco. A informagco esta
> la desde o Big Bang. Sera que nss nco vivemos num
> universo determinista? E se nco vivemos o que i que faz
> com que sortear um nzmero se torne num acontecimento
> aleatsrio?
> Joco
> http://www.nonio.com

Realmente eh um assunto interessante. Na lista cienciaPT (se nao me
engano) estavam discutindo de onde um processador (de computador) tirava
a semente para produzir um numero aleatorio. Pelo que acompanhei das
mensagens falaram que era do clock do processador.

Tambem nao sei se estou complicando demasiadamente um assunto obvio.
Talvez um sintoma da ignorancia. :)

Uma coisa que sempre comento com a Eliane Evanovich em conversas pelo
IRC, eh que muitas pessoas acham que um numero na MegaSena nao vai mais
aparecer porque 'ele jah apareceu muito' ou entao as pessoas escolhem
aqueles numeros que sairam mais vezes porque ele teria probabilidade
maior de aparecer novamente. :)
A minha opiniao nesse assunto eh de que as bolas que sao sorteadas nao
tem vontade propria... e tem conversas entre elas do tipo 'nao.. 13... voce
nao pode sair... voce jah saiu demais!". :) OBS: acho que o sorteio da
MegaSena eh um pouco diferente.. nao sao sorteados numeros altos... soh
de 0 a 10... mas nao vem ao caso.

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna - com probabilidade de estar errado.





SUBJECT: Pedido
FROM: "Daniel Sottomaior [SP]" <cetico@hotmail.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 06/10/2000 16:09

Olá, André. É claro que eu deveria ter perguntado para você
primeiro... lembra aquele meu texto sobre ciência que você publicou
na pág de ciências naturais? Você ainda o tem? É o mesmo que está em
http://www.egroups.com/message/ciencialist/511 ?

[]s


Daniel



SUBJECT: Re: [ciencialist] O Paradoxo do bombom.
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 06/10/2000 18:48

On Fri, 6 Oct 2000 lrb@if.ufrgs.br wrote:
> Realmente eh um assunto interessante. Na lista cienciaPT (se nao me
> engano) estavam discutindo de onde um processador (de computador) tirava
> a semente para produzir um numero aleatorio. Pelo que acompanhei das
> mensagens falaram que era do clock do processador.

bem, nao eh certamente o processo q. os computeros usam pra gerar numeros
(pseudo)aleatorios, mas eh interessantes notar q. a sequencia de
algarismos decimais de alguns numeros irracionais como o Pi possam servir
de base para gerar tais numeros: ainda q. a sequencia exata seja
determinada (eh aquilo e pronto), como nao podemos saber antes de
calcular o valor exato do algarismo da enesima casa decimal e se fizermos
uma analise de grau de aleatoriedade (por exemplo usando o chi-quadrado),
nao encontraremos nenhum vies aparente (seja pra algarismos tomados um a
um seja dois a dois seja tres a tres, etc...) podemos usa'-los como uma
matriz de numeros (pseudo)aleatorios...

eu programei uma calculadora minha pra gerar numeros pseudo-aleatorios:
ela pega o valor absoluto de um numero C, calcula o seu logaritmo, atribui
um novo valor a C q. eh igual ao resultado do calculo do logaritmo e
retorna o decimo segundo digito do visor (q. tem 12 digitos). pra
algarismos tomados um a um e dois a dois passa no teste de
aleatoriedade...

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Desligamento
FROM: "Benjamin Hinrichs" <hinsoft@sinos.net>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 06/10/2000 18:56

Não que eu seja de relevância mas estou também me desligando da lista. O
fluxo de mensagens é enorme e a maioria não me interessa (filosofia, etc.).
Além do mais estou migrando aos poucos para a matemática... ainda que
pretenda estudar física. Aliás, Feynmann Lectures on Physics é ótimo.
Abraço a todos.

Benjamin Hinrichs


----- Original Message -----
From: Antonio A. J. Godoy <prof_godoy@teracom.com.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Wednesday, October 04, 2000 8:15 PM
Subject: [ciencialist] Desligamento


Comunico aos integrantes da lista que deixo a mesma nesta data.

Infelizmente, parece-me que a lista tem se distanciado bastante de seu
propósito, que em princípio seria discutir questões científicas. Visto que a
maioria das mensagens que recebi em minha caixa postal durante vários meses
consecutivos são de cunho filosófico, me excluo da lista porque este assunto
não está entre meus interesses principais no momento.

Os melhores votos aos que permanecem, especialmente ao Léo, ao Takata e ao
LRB. Se um dia a lista voltar a ter como assunto principal a ciência
avisem-me que terei enorme prazer em tornar a participar das discussões.

Adeus a todos,
--
Antonio A. J. Godoy
Amateur Physicist - Chemistry Student
High School teacher of Physics and Chemistry

+55 44 9962 3455
ICQ #28370022

Maringá - Paraná
Brasil

"Deus deixa pistas para que o homem descubra a Verdade."
A. Einstein--


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



*** --- ***
Para sair da lista envie um mail para:
ciencialist-unsubscribe@egroups.com
*** --- ***






SUBJECT: Desculpas...
FROM: Silvio Cordeiro Filho <scf@escelsa.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 06/10/2000 21:04

Manoel Bulcão:

Admirador de seus textos, admirador de seu pensamento extremamente claro
e objetivo, menifesto meu protesto veemente por seu "sumiço". Tanto o
ciencialist como o acropolis não são os mesmos, sem o brilho de sua
cultura.
Não vi o texto do Prof. Godoy sobre o qual vs. pede desculpas mas
seriam elas realmente necessárias? Não é objetivo da filosofia
investigar "tudo"?

silvio



SUBJECT: Re: [ciencialist] [Fwd: Vc recebeu via Ciencialist ?]
FROM: "Agapito Ribeiro Júnior" <agapito@alphanet.ne.jp>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 06/10/2000 21:41

O que que eu recebi?


Pirulito



SUBJECT: Re: Desligamento
FROM: "Manuel Bulcao" <msbn@daterranet.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 07/10/2000 01:36

Olá, Jocax e lista:

Jocax, ao contrário de você, não estou tão certo de que,
da entranha
do Homo sapiens sapiens, uma outra espécie "superior" ou
"inferior"
irá surgir. Primeiro porque, na natureza, é muito comum que
espécies
desapareçam sem deixar "herdeiros". E, segundo, porque calcula-se
que
a média de vida de uma espécie de vertebrado terrestre é de
aproximadamente a metade da meia-vida de uma espécie invertebrada
(5-
10 milhões de anos). Ora, a nossa espécie — vertebrada
— tem apenas
50-100 mil anos. Sem embargo, já foram por nós reunidas as
condições
para a nossa (auto)destruição.

Ademais, eu e milhões de outros seres humanos estamos preocupados
não
com a "superação" da nossa espécie, mas com a sua
perpetuação
(aperfeiçoamento e continuidade). Amo demais a humanidade (uma
conseqüência do meu amor por mim mesmo) para ficar sonhando em
super-
homens ou outras coisas do gênero. Gosto das virtudes dos homens,
e
nossos defeitos, ao meu ver, são o preço que temos que pagar
por tais
virtudes. Eu sou "rico" o suficiente para pagar o que devo. De resto,
não existe perfeição.

Mas, já que o super-homem (não necessariamente nietzscheano)
é uma
possibilidade, mesmo que pouco provável, transcrevo aqui uma
interessantíssima versão literária dessa transmutação
biológica.
Trata-se de um trecho do excelente romance do escritor francês
Michel
Houellebecq, "Partículas Elementares" (há uma edição em
português,
Ed. Sulina, ainda não esgotada). O texto segue abaixo:

(Uma observação: a história é narrada por um desses
super-homens ou
pós-humanos. Mas o leitor só toma conhecimento disso no fim.)

"A criação do primeiro ser, primeiro representante de uma nova
espécie inteligente produzida pelo homem "a sua imagem e
semelhança",
ocorreu em 27 de março de 2029. (...) A cobertura televisiva do
acontecimento teve, obviamente, um impacto enorme, muito maior do que
o de uma noite de julho de 1969, mais ou menos 60 anos antes, quando
se mostrou, ao vivo, os primeiros passos do homem na Lua.

"Na abertura da transmissão, Hubczejak fez um discurso muito breve
no
qual, com a sua costumeira franqueza brutal, declarava que a
humanidade devia sentir-se honrada de ser "a primeira espécie
animal
do universo conhecido a organizar ela mesma as condições de sua
substituição.

"Hoje, quase 50 anos depois, a realidade confirmou amplamente o teor
profético das afirmações de Hubczejak — a tal ponto que
ele,
provavelmente, nem teria imaginado. Subsistem alguns seres humanos da
antiga raça, especialmente nas regiões por muito tempo
submetidas à
influência das doutrinas religiosas tradicionais. A taxa de
reproduções deles, porém, diminui a cada ano e a extinção
parece
inexorável. Ao contrário de todas as previsões pessimistas,
essa
extinção avança em meio à calma, apesar de alguns atos
isolados de
violência, cada vez menores. Surpreende mesmo ver com que
suavidade,
com que resignação e, talvez, alívio os humanos aceitaram o
próprio
desaparecimento.

"Rompido o vínculo derradeiro com a humanidade, vivemos. Pela
avaliação dos homens, vivemos felizes. É verdade que soubemos
vencer
os poderes, insuperáveis para eles, do egoísmo, da crueldade e
da
cólera; vivemos, de toda maneira, uma vida diferente. A ciência
e a
arte continuam existindo em nossa sociedade, mas a busca do
Verdadeiro e do Belo, menos estimulada pelo aguilhão da vaidade
individual, tornou-se menos urgente. Para os humanos da antiga
raça,
nosso mundo parece um paraíso. Acontece-nos, às vezes, de modo
claro,
ligeiramente humorístico, de qualificarmo-nos como "deuses",
tomando
de empréstimo esse nome que tanto os fez sonhar.

"A história existe; impõe-se, domina, sua influência é
inevitável.
Mas, para além do estrito plano histórico, a ambição
última deste
livro é de saudar essa espécie desafortunada e corajosa que nos
criou. Espécie dolorosa e vil, pouco diferente do macaco, que
carrega, porém, aspirações tão nobres. Espécie torturada,
contraditória, individualista e briguenta, de um egoísmo sem
limites,
capaz, às vezes, de explosões inusitadas de violência, mas
que nunca
deixou de crer, entretanto, na bondade e no amor.

"Espécie também que, pela primeira vez na história do mundo,
soube
considerar a possibilidade da sua própria superação; e que,
alguns
anos mais tarde, soube colocar em prática essa superação. No
momento
em que os seus últimos representantes vão desaparecer, achamos
legítimo render à humanidade esta última homenagem;
homenagem que
também acabará por apagar-se e perder-se nas areias do tempo;
deve-
se, entretanto, ao menos uma vez, fazê-la. Este livro é
dedicado ao
homem." ( Michel Houellebecq; Partículas Elementares; Editora
Sulina;
tradução de Juremir Machado da Silva; pp. 339/340)

[ ]'s
Manuel Bulcão




SUBJECT: Pos-humanidade
FROM: "Manuel Bulcao" <msbn@daterranet.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 07/10/2000 01:43

Olá, Jocax e lista:

Jocax, ao contrário de você, não estou tão certo de que,
da entranha
do Homo sapiens sapiens, uma outra espécie "superior" ou
"inferior"
irá surgir. Primeiro porque, na natureza, é muito comum que
espécies
desapareçam sem deixar "herdeiros". E, segundo, porque calcula-se
que
a média de vida de uma espécie de vertebrado terrestre é de
aproximadamente a metade da meia-vida de uma espécie invertebrada
(5-
10 milhões de anos). Ora, a nossa espécie — vertebrada
— tem apenas
50-100 mil anos. Sem embargo, já foram por nós reunidas as
condições
para a nossa (auto)destruição.

Ademais, eu e milhões de outros seres humanos estamos preocupados
não
com a "superação" da nossa espécie, mas com a sua
perpetuação
(aperfeiçoamento e continuidade). Amo demais a humanidade (uma
conseqüência do meu amor por mim mesmo) para ficar sonhando em
super-
homens ou outras coisas do gênero. Gosto das virtudes dos homens,
e
nossos defeitos, ao meu ver, são o preço que temos que pagar
por tais
virtudes. Eu sou "rico" o suficiente para pagar o que devo. De resto,
não existe perfeição.

Mas, já que o super-homem (não necessariamente nietzscheano)
é uma
possibilidade, mesmo que pouco provável, transcrevo aqui uma
interessantíssima versão literária dessa transmutação
biológica.
Trata-se de um trecho do excelente romance do escritor francês
Michel
Houellebecq, "Partículas Elementares" (há uma edição em
português,
Ed. Sulina, ainda não esgotada). O texto segue abaixo:

(uma observação: a história é narrada por um desses
super-homens ou
pós-humanos. Mas o autor só toma conhecimento disso no fim.)

"A criação do primeiro ser, primeiro representante de uma nova
espécie inteligente produzida pelo homem "a sua imagem e
semelhança",
ocorreu em 27 de março de 2029. (...) A cobertura televisiva do
acontecimento teve, obviamente, um impacto enorme, muito maior do que
o de uma noite de julho de 1969, mais ou menos 60 anos antes, quando
se mostrou, ao vivo, os primeiros passos do homem na Lua.

"Na abertura da transmissão, Hubczejak fez um discurso muito breve
no
qual, com a sua costumeira franqueza brutal, declarava que a
humanidade devia sentir-se honrada de ser "a primeira espécie
animal
do universo conhecido a organizar ela mesma as condições de sua
substituição.

"Hoje, quase 50 anos depois, a realidade confirmou amplamente o teor
profético das afirmações de Hubczejak — a tal ponto que
ele,
provavelmente, nem teria imaginado. Subsistem alguns seres humanos da
antiga raça, especialmente nas regiões por muito tempo
submetidas à
influência das doutrinas religiosas tradicionais. A taxa de
reproduções deles, porém, diminui a cada ano e a extinção
parece
inexorável. Ao contrário de todas as previsões pessimistas,
essa
extinção avança em meio à calma, apesar de alguns atos
isolados de
violência, cada vez menores. Surpreende mesmo ver com que
suavidade,
com que resignação e, talvez, alívio os humanos aceitaram o
próprio
desaparecimento.

"Rompido o vínculo derradeiro com a humanidade, vivemos. Pela
avaliação dos homens, vivemos felizes. É verdade que soubemos
vencer
os poderes, insuperáveis para eles, do egoísmo, da crueldade e
da
cólera; vivemos, de toda maneira, uma vida diferente. A ciência
e a
arte continuam existindo em nossa sociedade, mas a busca do
Verdadeiro e do Belo, menos estimulada pelo aguilhão da vaidade
individual, tornou-se menos urgente. Para os humanos da antiga
raça,
nosso mundo parece um paraíso. Acontece-nos, às vezes, de modo
claro,
ligeiramente humorístico, de qualificarmo-nos como "deuses",
tomando
de empréstimo esse nome que tanto os fez sonhar.

"A história existe; impõe-se, domina, sua influência é
inevitável.
Mas, para além do estrito plano histórico, a ambição
última deste
livro é de saudar essa espécie desafortunada e corajosa que nos
criou. Espécie dolorosa e vil, pouco diferente do macaco, que
carrega, porém, aspirações tão nobres. Espécie torturada,
contraditória, individualista e briguenta, de um egoísmo sem
limites,
capaz, às vezes, de explosões inusitadas de violência, mas
que nunca
deixou de crer, entretanto, na bondade e no amor.

"Espécie também que, pela primeira vez na história do mundo,
soube
considerar a possibilidade da sua própria superação; e que,
alguns
anos mais tarde, soube colocar em prática essa superação. No
momento
em que os seus últimos representantes vão desaparecer, achamos
legítimo render à humanidade esta última homenagem;
homenagem que
também acabará por apagar-se e perder-se nas areias do tempo;
deve-
se, entretanto, ao menos uma vez, fazê-la. Este livro é
dedicado ao
homem." ( Michel Houellebecq; Partículas Elementares; Editora
Sulina;
tradução de Juremir Machado da Silva; pp. 339/340)

[ ]'s
Manuel Bulcão




SUBJECT: Errata (Pos-humanidade)
FROM: "Manuel Bulcao" <msbn@daterranet.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 07/10/2000 02:05

Eu escrevi no meu e-mail "Pós-humanidade": ... o autor só toma
conhecimento disso no fim.

O correto é: "... o LEITOR só toma conhecimento disso no fim."

[]'s
Manuel Bulcão



SUBJECT: probabilidades e bombons
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 07/10/2000 10:44

tem mais uma bobagem q. eu disse sobre as chances de P1 ganhar por causa
do bombom do P3 -- elas continuam em 33,33% mesmo q. nos restrinjamos
somente 'as situacoes em q. eh P3 quem ganha o bombom...

o sistema continua ganhando informacao e as incertezas continuam
diminuindo, mas como apenas P2 e P3 foram testados, a probabilidade de um
soh pode ser 'doada' para o outro. (tem coisa obvia q. eh dificil da gente
pegar... nada q. se compare ao heureca de arquimedes, ateh porq. foi num
humilde chuveiro e nao numa confortavel banheira -- e nao sih gritando nu
por aih... re re... sem querer me comparar a arquimedes, claro.)

[]s,

roberto takata



SUBJECT: PRECISO DE AJUDA URGENTE
FROM: "Guilherme Landi" <landi@artefinal.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 07/10/2000 15:48

Estou com um problema na desinfecção do virus TROJ_MTX.A em meu micro.

Preciso de um arquivo do Windows98, o nome dele é wsock32.dll e se localiza
em c:\windows\system

ele é bem pequeno e pode ser atachado e mandado para mim via e-mail, preciso
substituir este arquivo pelo meu que está infectado.

Estou seguindo as intruções do site da trendmicro.com.

POR FAVOR ALGUÉM PODE ME MANDAR ESTE ARQUIVO O MAIS RÁPIDO POSSÍVEL?

OBRIGADO.



SUBJECT: Re:[ciencialist] PRECISO DE AJUDA URGENTE
FROM: "dra_savat"<dra_savat@bol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 07/10/2000 19:27

Estou mandando em anexo o arquivo que vc precisa....

boa sorte!! :-)



> Estou com um problema na desinfec��o do virus
TROJ_MTX.A em meu micro.
>
> Preciso de um arquivo do Windows98, o nome dele �
wsock32.dll e se localiza
> em c:\windows\system
>
> ele � bem pequeno e pode ser atachado e mandado para
mim via e-mail, preciso
> substituir este arquivo pelo meu que est� infectado.
>
> Estou seguindo as intru��es do site da trendmicro.com.
>
> POR FAVOR ALGU�M PODE ME MANDAR ESTE ARQUIVO O MAIS
R�PIDO POSS�VEL?
>
> OBRIGADO.
>
>
> -------------------------- eGroups Sponsor -------------
>
> *** --- ***
> Para sair da lista envie um mail para:
> ciencialist-unsubscribe@egroups.com
> *** --- ***
>
>


__________________________________________________________________________
Todo brasileiro tem direito a um e-mail gr�tis
http://www.bol.com.br



[As partes desta mensagem que n�o continham texto foram removidas]



SUBJECT: Nova pesquisa de opinião para ciencialist
FROM: ciencialist@egroups.com
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 08/10/2000 16:44


Deposite seu voto hoje! Verifique a nova pesquisa de opinião do grupo ciencialist:


Qual é a sua preferência de
configuração da Ciencialist?

o Texto simples.
o Html (permitindo anexos)


Para votar, visite a seguinte web page:

http://www.egroups.com/polls/ciencialist

Nota: Não responda a esta mensagem. Votos de pesquisas não
são coletados por e-mail. Para votar, é preciso ir ao site da web eGroups
listado acima.

Obrigado!







SUBJECT: O plebiscito na ciencialist
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 08/10/2000 20:19

-----Mensagem Original-----
De: <ciencialist@egroups.com>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Domingo, 8 de Outubro de 2000 16:44
Assunto: [ciencialist] Nova pesquisa de opinião para ciencialist

Olá, LRB e demais ciencialisteiros

Parabéns por mais esta atitude democrática.

E já que estamos falando de plebiscito, deixe-me expor alguns prós e
contras. Ainda que eu seja favorável ao html, não concordo com o uso abusivo
do mesmo mas única e exclusivamente quando estritamente necessário, assim
como também a utilização do "cabide" de anexos.

Alguns por ignorância, outros por comodidade (não querem modificar seus
padrões costumeiros e nem se dar ao luxo de ir ao menu para transformar a
msg em txt) e terceiros por abuso, a verdade é que a liberdade muitas vezes
propicia o desconforto a centenas de usuários da lista. Uma msg em html deve
ter sua razão de ser. Às vezes ela enriquece-se pela adição de uma figura ao
lado do texto, outras vezes por podermos chamar a atenção para coisas que
merecem ser destacadas. Não obstante, não há nada mais horrível do que ler
uma msg em html feita por quem não tem afinidade com a harmonia, com a
lógica, com a simplicidade, com a clareza, com a não poluição do texto,
com a construção de figuras e/ou outros anexos com poucos bites e/ou
compactados, enfim, com o design. Isto para não dizer que uma msg em html
ocupa muito mais bites do que uma msg em txt.

Por outro lado, noto que grande número de participantes da ciencialist não
sabem cortar msgs e enviam, sem necessidade alguma, quilômetros de resíduos
inúteis em anexo a suas msgs. Às vezes uma resposta a uma resposta contem,
na íntegra, não apenas a msg anterior mas também a primeira, ambas sem
necessidade alguma. A resposta toda, com freqüência, tem apenas uma linha e
a mensagem ocupa mais de 20 Kb, quando poderia ocupar alguns bytes.
Levando-se isso para html os bytes inúteis se multiplicam, e aqueles que
pretendem manter correspondências antigas ficam com seu Outlook superlotado,
além de terem o tempo de recebimento de msgs também multiplicado. E tudo
isso para nada.

Em resumo, quando dei a entender que gostaria de poder postar aqui algumas
msgs em html, estava ciente de que cada comunidade tem a democracia que
merece. Espero que a nossa comunidade esteja devidamente preparada para a
utilização de html associada à anexação de arquivos. E que também aprenda a
manter, da msg anterior, apenas o estritamente necessário para que a nova
msg possa ser compreendida. Do contrário, será melhor ficarmos no txt.

A título de exemplo, da msg anterior, julguei conveniente manter apenas o
seguinte, além do cabeçalho:

> Para votar, visite a seguinte web page:
> http://www.egroups.com/polls/ciencialist

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: O plebiscito na ciencialist
FROM: "Luis Roberto Brudna [RS]" <lrb@if.ufrgs.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 08/10/2000 21:37

Perfeitas as suas colocacoes. Eh exatamente isso que eu penso.
Assino embaixo.
Vou deixar a mensagem original para os que ainda nao leram.
Sempre lembre sque sua mensagem vai ser enviada para outras 120
pessoas.

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna - administrador da Ciencialist.


> Olá, LRB e demais ciencialisteiros
>
> Parabéns por mais esta atitude democrática.
>
> E já que estamos falando de plebiscito, deixe-me expor alguns
prós e
> contras. Ainda que eu seja favorável ao html, não concordo
com o
uso abusivo
> do mesmo mas única e exclusivamente quando estritamente
necessário,
assim como também a utilização do "cabide" de anexos.
>
> Alguns por ignorância, outros por comodidade (não querem
modificar
seus
> padrões costumeiros e nem se dar ao luxo de ir ao menu para
transformar a
> msg em txt) e terceiros por abuso, a verdade é que a liberdade
muitas vezes
> propicia o desconforto a centenas de usuários da lista. Uma msg
em
html deve
> ter sua razão de ser. Às vezes ela enriquece-se pela
adição de uma
figura ao
> lado do texto, outras vezes por podermos chamar a atenção para
coisas que
> merecem ser destacadas. Não obstante, não há nada mais
horrível do
que ler
> uma msg em html feita por quem não tem afinidade com a harmonia,
com a
> lógica, com a simplicidade, com a clareza, com a não
poluição do
texto,
> com a construção de figuras e/ou outros anexos com poucos bites
e/ou
> compactados, enfim, com o design. Isto para não dizer que uma
msg
em html
> ocupa muito mais bites do que uma msg em txt.
>
> Por outro lado, noto que grande número de participantes da
ciencialist não
> sabem cortar msgs e enviam, sem necessidade alguma, quilômetros
de
resíduos inúteis em anexo a suas msgs. Às vezes uma resposta
a uma
resposta contem, na íntegra, não apenas a msg anterior mas
também a
primeira, ambas sem necessidade alguma. A resposta toda, com
freqüência, tem apenas uma linha e a mensagem ocupa mais de 20
Kb,
quando poderia ocupar alguns bytes.
> Levando-se isso para html os bytes inúteis se multiplicam, e
aqueles que
> pretendem manter correspondências antigas ficam com seu Outlook
superlotado,
> além de terem o tempo de recebimento de msgs também
multiplicado. E
tudoisso para nada.
>
> Em resumo, quando dei a entender que gostaria de poder postar aqui
algumas
> msgs em html, estava ciente de que cada comunidade tem a democracia
que
> merece. Espero que a nossa comunidade esteja devidamente preparada
para a
> utilização de html associada à anexação de arquivos. E que
também
aprenda a
> manter, da msg anterior, apenas o estritamente necessário para
que
a nova
> msg possa ser compreendida. Do contrário, será melhor
ficarmos no
txt.
>
> [ ]'s
> Alberto
> http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O plebiscito na ciencialist
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 08/10/2000 22:39

Prezados LRG e amigos do Ciencialist,

Quanto ao plebicisto, gostaria de ressaltar uma utilidade importante do HTML (meu voto) que é o uso de fontes diferenciadas(tamanho, cor, negrito, sublinhado etc), o que facilita muito os textos envolvendo debates.

Claudio Abreu




[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Desligamento
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 09/10/2000 07:25



Manuel Bulcao wrote:
>
> Olá, Jocax e lista:
>
> Jocax, ao contrário de você, não estou tão certo de que,
> da entranha
> do Homo sapiens sapiens, uma outra espécie "superior" ou
> "inferior"
> irá surgir. Primeiro porque, na natureza, é muito comum que
> espécies
> desapareçam sem deixar "herdeiros". E, segundo, porque calcula-se
> que
> a média de vida de uma espécie de vertebrado terrestre é de
> aproximadamente a metade da meia-vida de uma espécie invertebrada
> (5-
> 10 milhões de anos).

Mesmo que estas estimativas estejam corretas, isso nao implica
que o aparecimento de uma nova especie necessariamente quer dizer
o desaparecimento de outra. Vamos fazer um calculo aproximado
"chutado" : Se desde o surgimento da vida ( 4 bilhoes de anos atras)
o mundo produziu 200 mil especies isso nos da uma media de aparecimento
de
cerca de 1 especie a cada 20 mil anos.
Quero dizer que nao eh necessario o desaparecimento do HOMO para
que surja uma nova especie em paralelo, estas especies, EM PRINCIPIO,
poderiam coexistir.


>Ora, a nossa espécie — vertebrada
> — tem apenas
> 50-100 mil anos. Sem embargo, já foram por nós reunidas as
> condições
> para a nossa (auto)destruição.

Eh possivel. Mas e se ela nao acontecer ?


>
> Ademais, eu e milhões de outros seres humanos estamos preocupados
> não
> com a "superação" da nossa espécie, mas com a sua
> perpetuação
> (aperfeiçoamento e continuidade).

Acho q deveriamos nos preocupar tambem com isso.
Uma vez q a nova especie devera ser derivada do homem eh natural
que ocorram problemas de origem etnica e ou social.
Eu estou interessado neste tipo de problema e as solucoes
que poderiam aparecer. Talvez uma nova etica inter-especie.


>Amo demais a humanidade (uma
> conseqüência do meu amor por mim mesmo) para ficar sonhando em
> super-
> homens ou outras coisas do gênero.

Nao estou chamando de super homens a proxima especie que ira
nos suceder. Obviamente elas herdaram a quase totalidade de nossos
defeitos tambem.

>Gosto das virtudes dos homens,
> e
> nossos defeitos, ao meu ver, são o preço que temos que pagar
> por tais
> virtudes. Eu sou "rico" o suficiente para pagar o que devo. De resto,
> não existe perfeição.
>
> Mas, já que o super-homem (não necessariamente nietzscheano)
> é uma
> possibilidade, mesmo que pouco provável, transcrevo aqui uma
> interessantíssima versão literária dessa transmutação
> biológica.

Eu nao sei pq vc acha pouco provavel.
A evolucao continua inexoravel....
Vc acha q iremos nos destruir antes que uma nova especie tome
nosso lugar ? Por isso nao deveremos nos preocupar ?


> Trata-se de um trecho do excelente romance do escritor francês
> Michel
> Houellebecq, "Partículas Elementares" (há uma edição em
> português,
> Ed. Sulina, ainda não esgotada). O texto segue abaixo:
>
> (Uma observação: a história é narrada por um desses
> super-homens ou
> pós-humanos. Mas o leitor só toma conhecimento disso no fim.)
>
> "A criação do primeiro ser, primeiro representante de uma nova
> espécie inteligente produzida pelo homem "a sua imagem e
> semelhança",
> ocorreu em 27 de março de 2029. (...) A cobertura televisiva do
> acontecimento teve, obviamente, um impacto enorme, muito maior do que
> o de uma noite de julho de 1969, mais ou menos 60 anos antes, quando
> se mostrou, ao vivo, os primeiros passos do homem na Lua.
>
> "Na abertura da transmissão, Hubczejak fez um discurso muito breve
> no
> qual, com a sua costumeira franqueza brutal, declarava que a
> humanidade devia sentir-se honrada de ser "a primeira espécie
> animal
> do universo conhecido a organizar ela mesma as condições de sua
> substituição.
>
> "Hoje, quase 50 anos depois, a realidade confirmou amplamente o teor
> profético das afirmações de Hubczejak — a tal ponto que
> ele,
> provavelmente, nem teria imaginado. Subsistem alguns seres humanos da
> antiga raça, especialmente nas regiões por muito tempo
> submetidas à
> influência das doutrinas religiosas tradicionais. A taxa de
> reproduções deles, porém, diminui a cada ano e a extinção
> parece
> inexorável. Ao contrário de todas as previsões pessimistas,
> essa
> extinção avança em meio à calma, apesar de alguns atos
> isolados de
> violência, cada vez menores. Surpreende mesmo ver com que
> suavidade,
> com que resignação e, talvez, alívio os humanos aceitaram o
> próprio
> desaparecimento.
>
> "Rompido o vínculo derradeiro com a humanidade, vivemos. Pela
> avaliação dos homens, vivemos felizes. É verdade que soubemos
> vencer
> os poderes, insuperáveis para eles, do egoísmo, da crueldade e
> da
> cólera; vivemos, de toda maneira, uma vida diferente. A ciência
> e a
> arte continuam existindo em nossa sociedade, mas a busca do
> Verdadeiro e do Belo, menos estimulada pelo aguilhão da vaidade
> individual, tornou-se menos urgente. Para os humanos da antiga
> raça,
> nosso mundo parece um paraíso. Acontece-nos, às vezes, de modo
> claro,
> ligeiramente humorístico, de qualificarmo-nos como "deuses",
> tomando
> de empréstimo esse nome que tanto os fez sonhar.
>
> "A história existe; impõe-se, domina, sua influência é
> inevitável.
> Mas, para além do estrito plano histórico, a ambição
> última deste
> livro é de saudar essa espécie desafortunada e corajosa que nos
> criou. Espécie dolorosa e vil, pouco diferente do macaco, que
> carrega, porém, aspirações tão nobres. Espécie torturada,
> contraditória, individualista e briguenta, de um egoísmo sem
> limites,
> capaz, às vezes, de explosões inusitadas de violência, mas
> que nunca
> deixou de crer, entretanto, na bondade e no amor.
>
> "Espécie também que, pela primeira vez na história do mundo,
> soube
> considerar a possibilidade da sua própria superação; e que,
> alguns
> anos mais tarde, soube colocar em prática essa superação. No
> momento
> em que os seus últimos representantes vão desaparecer, achamos
> legítimo render à humanidade esta última homenagem;
> homenagem que
> também acabará por apagar-se e perder-se nas areias do tempo;
> deve-
> se, entretanto, ao menos uma vez, fazê-la. Este livro é
> dedicado ao
> homem." ( Michel Houellebecq; Partículas Elementares; Editora
> Sulina;
> tradução de Juremir Machado da Silva; pp. 339/340)
>


Obrigado ! Gostei do texto !
[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Desligamento
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 09/10/2000 09:46



João Mário Miranda wrote:
>
> Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
>
> >
> > Mesmo que estas estimativas estejam corretas, isso nao implica
> > que o aparecimento de uma nova especie necessariamente quer dizer
> > o desaparecimento de outra. Vamos fazer um calculo aproximado
> > "chutado" : Se desde o surgimento da vida ( 4 bilhoes de anos atras)
> > o mundo produziu 200 mil especies isso nos da uma media de
> aparecimento
> > de
> > cerca de 1 especie a cada 20 mil anos.
> > Quero dizer que nao eh necessario o desaparecimento do HOMO para
> > que surja uma nova especie em paralelo, estas especies, EM
> PRINCIPIO,
> > poderiam coexistir.
>
> Estive a ler a vossa discussão e tenho que fazer só um pequeno
> comentário.
>
> Não é correcto usar as extinções do passado para prever a nossa
> propria extinção. A nossa espécie desenvolveu meios para resistir
> a quase todas as causas de extinção do passado. Mesmo o impacto de
> um meteorito pode ser um problema que a nossa espécie pode resolver,
> pelo menos em principio, não digo que não possa resolver na pratica.
>
> Nós somos a unica especie de vertebrados que vive permanentemente
> no espaço e não nos vamos extinguir pelas causas habituais como
> as idades do gelo ou outros pequenos desastres porque conseguimos
> viver em ambientes extremos.
>
> Com a tecnologia actual é possivel construir habitats humanos
> autosustentaveis no espaço. A questão já não é como mas quando.
> Imagine-se que conseguimos estabelecer colonias humanas
> autosustentaveis no espaço. E imagine-se que estabelecemos
> colonias em Marte ou na estrela mais próxima. As nossas
> possibilidades de sobreviver a uma catastrofe na Terra
> aumentam imenso.
>
> Quanto à evolução de uma outra espécie inteligente na Terra,
> a nossa propria história mostra que não há lugar para duas
> espécies inteligentes.
>

Note q a partir do surgimento de uma nova especie, superior,
a nossa historia passaria a ser vista sob este novo
ponto de vista, quero dizer : Nao haveria lugar para 2 novas
especies sendo uma delas nao humana e superior aos humanos ?

Como seria a reacao da sociedade ao surgimento
de uma nova especie superior?

Seria etico eles nos EXTERMINAREM como nos humanos exterminamos baleias
bois, macacos e outros seres considerados "inferiores" ?


SUBJECT: Desligamento (2)
FROM: "Antonio A. J. Godoy" <prof_godoy@teracom.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 09/10/2000 10:44

Prezados amigos listeiros:

Agradeço imensamente as manifestações de pesar pelo meu desligamento da lista. Infelizmente não pude me manifestar antes porque estava em viagem de negócios, quase sem tempo disponível para os emails.

Ainda assim, devo desligar-me da lista, porque meu objetivo ao integrar o grupo era discutir sobre física e química "tradicionais", as quais utilizo diariamente em minha prática profissional. Discussões como a da água no microondas, por exemplo, têm para mim grande importância, porque posso utilizar isto com meus alunos e rediscutir em classe o assunto. Para meus "pupilos", não posso utilizar, evidentemente, discussões sobre a coerência filosófica da MQ ou da TGBD, etc.

Para mim, a discussão sobre filosofia da ciência é muito importante, mas depois de alguns anos fazendo parte de grupos de pesquisa em História da Ciência e Filosofia da Ciência (como estudante de iniciação científica em 1993 e 1994), creio que meu maior interesse hoje é adquirir uma maior coleção de argumentos simples e objetivos relativos à ciência em si, e sobre como ensiná-la de forma a que este conhecimento venha a ser retido de forma eficiente pelos estudantes de ensino médio.

Até o dia 12 continuarei lendo as mensagens, mas sem participar das discussões.

Um abraço a todos,
--
Antonio A. J. Godoy
Amateur Physicist - Chemistry Student
High School teacher of Physics and Chemistry

+55 44 962 3455
ICQ #28370022

Maringá - Paraná
Brasil

"Deus deixa pistas para que o homem descubra a Verdade."
A. Einstein--


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Concorrencia por DNA de camundongo
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 09/10/2000 14:32

Projeto Genoma Humano e Celera concorrem por DNA de camundongo
NICHOLAS WADE
DO "THE NEW YORK TIMES"

Obs.: os dados escritos em azul estavam em uma tabela que não tem no
artigo disponível pela net
Camundongos humanos chimpanzés
Número de genes 100mil 100 mil 100mil
Número de cromossomos 42 46 48
Semelhança de genoma 90% -- 99%


Com o trabalho sobre o genoma humano praticamente completo, os
Institutos Nacionais de Saúde (NIH) dos EUA anunciaram que gastarão US$
58 milhões para decodificar o genoma do camundongo até fevereiro de
2001.
Parece muito dinheiro para gastar com um roedor, mas os especialistas
vêem esse animal como um guia inestimável para a interpretação do genoma
humano, que está nas mãos deles.
A iniciativa representa a continuação da rusga entre o consórcio público
e sua rival, a Celera Corporation, que anunciaram o genoma humano em
junho.
Os membros do consórcio dizem que o genoma e as ferramentas para
interpretá-lo são de tamanha importância que deveriam estar disponíveis
de graça para todos os pesquisadores. A Celera cobra pelos dados.
Para o genoma do camundongo, dois financiadores do projeto público -os
Institutos Nacionais de Saúde e o Wellcome Trust, de Londres- fizeram
uma parceria com as companhias farmacêuticas SmithKline Beecham e Merck
e a fabricante de chips de análise de DNA Affymetrix.
O diretor do instituto que cuida do genoma nos NIH, Francis Collins,
disse ontem que a iniciativa partiu da SmithKline Beecham.
Craig Venter, presidente da Celera, afirmou que sua companhia já iniciou
o sequenciamento de três diferentes linhagens de camundongo. Para ele,
teria sido mais produtivo se os NIH sequenciassem uma espécie diferente,
"em vez de duplicar esforços de novo e gastar dinheiro público".
Ele também disse que o trabalho com o camundongo poderia fazer o grupo
de Collins atrasar a finalização do genoma humano.
Collins afirmou que completar o genoma humano é sua maior prioridade. O
novo consórcio, batizado The Mouse Sequencing Consortium, vai sequenciar
uma linhagem de camundongo diferente das analisadas pela Celera.


SUBJECT: Ancestral do homem tinha pulso inflexível
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 09/10/2000 14:37

EVOLUÇÃO
( A pesquisa foi publicada na revista britânica "Nature" em 23 de março
de 2000).

Estudo revela que ancestral do homem tinha pulso inflexível e se movia
como chimpanzés e gorilas
Hominídeos usavam braços para andar
RICARDO BONALUME NETO


O ser humano não só é parente mais próximo dos chimpanzés do que esses
dos gorilas, como tem com eles um ancestral comum que andava do mesmo
modo que esses macacos africanos: apoiando as mãos no chão.
Dois pesquisadores -Brian G. Richmond e David S. Strait, da Universidade
George Washington University (EUA)- estudaram os ossos do pulso desses
animais que lhes permitem andar como quadrúpedes.
Eles descobriram o mesmo tipo de estrutura em dois parentes distantes da
família do homem, os hominídeos Australopithecus anamensis e
Australopithecus afarensis, cujos fósseis conhecidos pertencem a
indivíduos que viveram na África entre 3 milhões e 4,1 milhões de anos
atrás.
"Tanto o Australopithecus afarensis como o Australopithecus anamensis
têm características que mostram que as juntas de seus pulsos não
poderiam se estender muito para trás. Desse modo, eles são semelhantes
aos chimpanzés e gorilas e diferentes dos seres humanos modernos, que
têm grande mobilidade nas juntas dos seus pulsos", disse Richmond à
Folha.

Bípedes, mesmo assim
Apesar dos ossos semelhantes, os autores da pesquisa acreditam que essas
duas espécies de Australopithecus andavam como bípedes. Os ossos seriam
apenas vestígios de um ancestral anterior comum a homens, gorilas e
chimpanzés. Os ossos dessa junta nos macacos se encaixam em uma posição
estável para ajudar a suportar o peso do corpo quando andam sobre o
dorso das mãos (veja ilustração).
"Nós não temos evidências diretas de que nossos antigos ancestrais
humanos não andavam desse jeito. Mas nós acreditamos que eles não
andavam com as mãos por dois motivos. Nós sabemos que o Australopithecus
afarensis, cujo exemplo mais conhecido é o fóssil chamado "Lucy", tinha
membros inferiores mais compridos comparado com macacos, uma junta do
joelho adaptada para andar ereto e uma curvatura da espinha que ajudava
a manter os troncos retos. E o segundo motivo é a ausência de
características desse tipo de andar nos dedos", afirmou Richmond.
Dois outros membros da família humana, mas mais recentes que Lucy, o
Australopithecus africanus e o Paranthropus robustus, não têm os ossos
vestigiais.


SUBJECT: Homens enfrentam crise
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO:
DATE: 09/10/2000 17:51


From:
"raquel gropp" <raquelgropp@hotmail.com>

MACHO
Homens enfrentam crise de masculinidade, afirmam pesquisadores

Emily Eakin



Por que os homens estão muito mais preocupados com sua aparência física
hoje
do que há 50 anos?

Esta foi a questão de Harrison G. Pope Jr., professor de psiquiatria da
Escola de Medicina de Harvard e de dois colaboradores, depois de
perceberem
um aumento marcado da inscrição de homens em academias de ginástica, no
uso
de anabolizantes e, especialmente, nas desordens da imagem corporal,
inclusive a dismorfia muscular (às vezes chamada de bigorexia), uma
doença
caracterizada pelo exercício compulsivo e uma convicção irracional de
ser
fraco e pequeno, mesmo quando se está inchado de músculos.

Para explicar essa tendência, Pope e seus colegas levantaram uma
hipótese
provocante: a da masculinidade ameaçada. Na medida em que as mulheres
ingressaram no mercado de trabalho e tornaram-se chefes de família, os
homens tiveram que renunciar seus tradicionais papéis de pais, soldados
e
ganhadores de pão, especularam os autores. Assim, seus corpos
tornaram-se a
única forma de demonstrarem sua masculinidade.

Pope e seus colegas, que publicaram suas descobertas na primavera
passada em
"The Adonis Complex: The Secret Crisis of Male Body Obsession" (O
complexo
de Adônis: a crise secreta da obsessão do corpo masculino), não são os
únicos a estarem convencidos de que a masculinidade está sendo atacada.
Nos
últimos dois anos, cientistas sociais, filósofos e comentadores
culturais de
ambos os sexos e de todas as persuasões políticas começaram a soar o
alarme,
com uma produção de livros e artigos, muitos dos quais têm títulos
inquietantes como "The Decline of Males" (O declínio dos machos),
"Stiffed:
The Betrayal of American Men" (Enrijecidos: a traição aos homens
americanos)
e "On Men: Masculinity in Crisis" (Homens: a masculinidade em crise).

Alguns especialistas estão se concentrando na transformação da economia
de
produção, "masculina", em uma economia de serviços e revendas,
"feminina",
para explicarem o que dizem ser um grande aumento da ansiedade masculina
e
do comportamento anti-social, simbolizado pelos adolescentes que mataram
13
pessoas e se suicidaram no ano passado, na escola de Columbine High.

Outros teorizam que as mudanças sociais dramáticas trazidas pelo
movimento
feminino, a pílula anticoncepcional e a legalização do aborto tiraram
dos
homens seus papéis tradicionais de provedores e protetores, fazendo-os
sentirem-se fisicamente impotentes e psicologicamente roubados.

Dependendo de qual especialista é consultado, os meninos hoje são
vítimas
seja de um código de masculinidade absurdo, que não permite que
expressem
seus sentimentos, ou de um sistema educacional feminista equivocado,
inclinado a torná-los parecidos com mulheres. Existe pouco consenso
sobre se
a masculinidade é um produto da cultura (e por isso, suscetível de
mudança)
ou se é um fenômeno biológico (e, portanto, constante).

De certa forma, o debate é o mais recente capítulo das guerras culturais
do
país, com liberais e conservadores discutindo sobre a situação de um
grupo
específico, neste caso, os homens.

Conservadores, quando escrevem sobre o declínio do macho, freqüentemente
apontam para o feminismo como causa. "O maior número de oportunidades
para
as mulheres é provavelmente o ganho mais significativo de liberdade
humana
do último século", escreveu o crítico cultural Andrew Sullivan em The
New
Republic, em junho. "Mas, com esse ganho veio um problema um tanto
inesperado: Como restaurar um sentido de masculinidade que seja
vagamente
civilizado? Ao se retirar suas vocações exclusivas, remover suas
instituições, e assexualizar seus clubes, escolas e locais de trabalho,
os
homens ficam com um sentimento maior do que um pequeno atordoamento
cultural".

"Negando qualquer profunda diferença biológica e psicológica entre os
sexos", continua, "algumas feministas de influência recusam-se a tolerar
qualquer tratamento especial aos homens e meninos".

As opiniões de Sullivan são repetidas por Harvey C. Mansfield, filósofo
político em Harvard que dá um seminário sobre masculinidade e está
escrevendo um livro sobre o assunto.

"Partimos de uma tremenda asserção da masculinidade no início do século
para
esse ideal de macho sensível e uma sociedade de sexo neutro", disse
Mansfield. "Se você concorda com os biólogos que a masculinidade é algo
permanente e imutável, em uma sociedade de sexo neutro, você terá
problemas".

"Um deles é o desejo dos homens de protegerem o mais fraco, que são as
mulheres e, especialmente, as crianças. Como as mulheres ingressaram na
força de trabalho, elas não mais dependem do apoio dos homens como
antes, o
que pode deixar os homens sentindo-se inúteis e levá-los à
irresponsabilidade, violência e criminalidade".

Os conservadores freqüentemente citam o trabalho de Lionel Tiger,
antropólogo da Universidade de Rutgers cujo livro de 1999 "The Decline
of
Males" (O declínio dos machos, pela St. Martin's Griffin) culpa a pílula
anticoncepcional por um declínio na posição social dos homens.

Antes dos anticoncepcionais orais alcançarem uso generalizado nos anos
1960,
escreve Tiger, a gravidez era vista por homens e mulheres como
responsabilidade dividida. No final do século 20, ele relata, metade das
noivas americanas estavam grávidas quando casaram. Depois que as
mulheres
adotaram a pílula, a idade média ao se casarem e o número de mães
solteiras
aumentaram.

Tiger diz que a política pública encorajou a independência das mulheres
estendendo os benefícios de seguro social às mulheres solteiras, dando
às
mães a custódia das crianças em casos de divórcio e até negando aos pais
o
direito de visita. Os homens, conclui, tornaram-se dispensáveis, não
mais
essenciais na criação ou no sustento de uma família.

"A pílula representa na história a primeira vez que um dos sexos tem o
total
controle sobre a reprodução", disse Tiger em entrevista. "O declínio dos
homens está totalmente relacionado com sua alienação dos meios de
reprodução".

Tais argumentos não são bem recebidos pelas feministas, nem mesmo pelas
que
são simpáticas à idéia de uma crise masculina. "O movimento das mulheres
é
só um sintoma das mudanças básicas na economia que estão favorecendo as
mulheres", disse Helen Fisher, colega de Tiger no departamento de
antropologia da Rutger e autora do livro: "The First Sex: The Natural
Talents of Women and How They Are Changing the World'' (O primeiro sexo:
os
talentos naturais das mulheres e como elas estão mudando o mundo, Random
House, 1999).

Em seu livro, Fisher cita recentes descobertas na biologia e na genética
para argumentar que o cérebro feminino é otimamente adequado para as
demandas da economia voltada para a alta tecnologia, mídia e
comunicações.
Apesar de predizer um aumento no poder econômico das mulheres no século
que
entra, Fisher não diz que este será às custas dos homens, que, como ela
observa, ainda controlam a maioria esmagadora das posições superiores
nas
corporações e na política americanas.

Tradução: Deborah Weinberg


SUBJECT: Re: O plebiscito na ciencialist
FROM: "Claudio Braga de Abreu e Silva" <bidual@gbl.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 09/10/2000 18:55

Prezados amigos do Ciencialist,

Acredito que a votação da pesquisa de opiniõo deveria ser
apenas Sem Formatação X HTML (sem arquivos em anexos).

Se após concluída a pesquisa sugerida acima, a vencedora fosse
a HTML (sem arquivos anexados)haveria uma segunda pesquisa para se
saber poderia haver arquivo anexado ou não.

Na configuração do Ciencialist pode-se optar por permitir ou
não anexar arquivos. Eu acredito que muita gente pode estar
votando
no texto simples com medo dos vírus que possam vir junto com os
arquivos anexados.

Um grande abraço,

Claudio Abreu



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O plebiscito na ciencialist
FROM: "Marcos Borges" <maborges@ccard.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 09/10/2000 19:25

Caros Amigos, estou iniciando hoje na lista.
Concordo com o Claudio (meu voto) na utilização das fontes diferenciadas e
com cores diferentes, para ressaltar alguns tópicos. Isto não deve pesar
tanto no e-mail comparado os e-mails que utilizam scripts de rolagem e
movimento de imagens e papeis de fundo.

Abraço
Marcos Borges (RJ)



Prezados LRG e amigos do Ciencialist,

Quanto ao plebicisto, gostaria de ressaltar uma utilidade importante do HTML
(meu voto) que é o uso de fontes diferenciadas(tamanho, cor, negrito,
sublinhado etc), o que facilita muito os textos envolvendo debates.

Claudio Abreu




[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



*** --- ***
Para sair da lista envie um mail para:
ciencialist-unsubscribe@egroups.com
*** --- ***





SUBJECT: En: Materiais ecológicos - procura de informações.
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: Ciencialist - grupo de discussão <ciencialist@egroups.com>
DATE: 09/10/2000 20:05

Oi, pessoal. Talvez vocês possam ajudar este amigo meu aqui...
Podem mandar as respostas para mim, mesmo.
Obrigado e até,
Belisário

----- Original Message -----
From: marcelo bogossian .

Boa noite, meu nome é Marcelo P. Bogossian, e sou estudante de
desenho Industrial 2º ano na PUC - PR, e o tema deste semestre é desenvolver
uma cadeira "ecológica", que como produto não comprometa o meio ambiente,
ela não precisa necessariamente reciclávei, mas como sugestão deveria ser
fabricada com novas tecnologias de materais que não poluem o meio ambiente,
eu soube de alguns novos materias como aluminio recicla´vel ,embalagem tetra
pack picada com resina e etc.Talvez vc pudesse me ajudar e fornecer alguns
links brasileiros que contenham estas informações, principalmente em
Curitiba- PR.Obrigado.






Sem mais.





SUBJECT: As mensagens do Ciencialist irão para o site da TGBD
FROM: "Claudio Abreu Bidual" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 09/10/2000 20:29

Prezados amigos da Ciencialist,

A decisão de transferir o debate sobre a TGBD que acontecia no Ciencialist para este grupo acabou por me forçar a fazer uma coisa
que há muito já deveria ter feito: transferir todas as mensagens relacionadas à minha teoria daquela lista para o site da TGBD no
eGroups.

Auxiliado pelo LRB (moderador do Ciencialist) descobri como isto poderá ser feito de forma mais organizada. Nos próximos dias
estarei trabalhando nesta tarefa, que julgo da maior importância, que é agrupar as mensagens por assunto num único arquivo em Word. Na
medida em que for concluindo cada conjunto de mensagens, irei disponibizar a síntese nos Arquivos, que assim poderá ser
baixado por download.

Posteriormente, pretendo dar uma revisada geral em cada bloco de mensagens, transformando-as em um texto de minha autoria obre o
assunto debatido, que por sua vez também irá estar disponível em Arquivos.

Para não perder o contato com o Ciencialist, pretendo encaminhar para lá apenas tais textos mais elaborados, e pedir que todas as
mensagens relacionadas à ele sejam encaminhadas para o site da TGBD.

Acredito que se conseguir fazer isto, estarei aproveitando tudo o que foi discutido no Ciencialist, de forma a fazer parte do livro da TGBD.

Um grande abraço,

Claudio Abreu

=============
Deixo os endereços do grupo da TGBD:
Página principal:
http://br.egroups.com/group/tgbb
Para mandar mensagens:
tgbd@egroups.com
Meu email:
bidual@gbl.com.br





[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Nova pesquisa de opinião para ciencialist
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 10/10/2000 07:19

--- In ciencialist@egroups.com, ciencialist@egroups.com wrote:
>
> Deposite seu voto hoje! Verifique a nova pesquisa de opinião do
grupo ciencialist:
>
>
> Qual é a sua preferência de
> configuração da Ciencialist?
>
> o Texto simples.
> o Html (permitindo anexos)
>
>
> Para votar, visite a seguinte web page:
>
> http://www.egroups.com/polls/ciencialist
>
> Nota: Não responda a esta mensagem. Votos de pesquisas não
> são coletados por e-mail. Para votar, é preciso ir ao site da
web
eGroups
> listado acima.
>
> Obrigado!

Estou no site indicado acima e voto por html com anexo ... e bom
senso!
Léo




SUBJECT: Re: [ciencialist] O plebiscito na ciencialist
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 10/10/2000 07:48

Ois,
já votei, cumpri minha obrigatoriedade de cidadão ciencialist. Pena que só
há duas opções (txt, htm); deveria participar tb o candidato "htm ... com
bom senso".

Realmente, o candidato "htm" é quase que indispensável numa lista de
discussão científica, função das ilustracões e simbologias típicas do jargão
da ciência.
A melhor comparação entre ambos os candidatos que encontro é a da "fonia
versus CW". Como radioamador que sou (ou fui - PY2DVV) comecei com CW
(código Morse) e depois passei para fonia em SSB.
Discutir interferência, método de Young/Fresnel, em txt é o mesmo que
dicutir e demonstrar o teorema do pé de galinha em código Morse.

Em contra-partida, discutir 'morte encefálica' em htm é o mesmo que discutir
e enviar 'fofócas' do Nelson Rúbens em fonia ... se é que me fiz entender!

Meu candidato oficial continua a ser "htm ... com bom senso" ...

[]'
Léo




SUBJECT: A TGBD no Ciencialist : primeiros arquivos
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
CC: "TGBD no eGroups" <tgbd@egroups.com>
DATE: 10/10/2000 12:32

Prezados amigos,

Comecei a organizar as mensagens sobre a TGBD no Ciencialist. Certamente irá dar algum trabalho, mas acho que será da maior utilidade.

Abaixo deixo os endereços dos dois arquivos em Word já disponíveis no site da TGBD:

1) A minha primeira mensagem para o Ciencialist, onde enviei o texto da TGBD constante da minha home page, que recebeu estímulo do Alberto Mesquita Filho e gozação do Roberto Takata.
http://www.egroups.com/files/tgbd/5.TGBD.no.Ciencialist/5.1.TGBD.Texto.doc

2) Neste conjunto de mensagens apresento a bidualidade que existe nas $ forças fundamentais.
http://www.egroups.com/files/tgbd/5.TGBD.no.Ciencialist/5.2.Bidual.das.4.forcas.doc

Ressalto que qualquer comentário adicional deve ser enviado para o site da TGBD, no endereço:
tgbd@egroups.com

Um grande abraço,

Claudio Abreu



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Notícia do dia
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: Ciencialist - grupo de discussão <ciencialist@egroups.com>
DATE: 10/10/2000 13:11

Fala, moçada. A título de exercício para acompanhar notícias, vou ver se
consigo enviar pequenas notas diárias sobre o que anda acontecendo no reino
da Física no mundo e por aqui também. Não serão notícias do próprio dia, mas
o mais próximo disso que for possível. Nem pretendem ser completas, mas
apenas uma amostra diária. A de hoje é sobre o prêmio Nobel:

Foi anunciado hoje o Prêmio Nobel de Física. Os ganhadores são o
bielorusso (de Belarus, ex-parte da União Soviética) Zhores I. Alferov, o
alemão Herbert Kroemer e o norte-americano Jack S. Kilby. Metade do prêmio
foi dividido entre Alferov e Kroemer, pelo desenvolvimento das
heteroestruturas semicondutoras, e metade foi para Kilby, pelo
desenvolvimento do circuito integrado. Trata-se, portanto, de dois trabalhos
diferentes, ainda que relacionados.

Heteroestruturas semicondutras são um passo adiante dos transístores.
Como os transístores, são formados por materiais semicondutores (gálio,
arsênico, etc.), mas, diferentemente destes, constituem-se de várias camadas
de diferentes materiais. São usados, por exemplo, em satélites artificiais,
telefonia móvel, fibras ópticas, cabeçotes de toca-CDs, leitores de códigos
de barras, etc. Já os circuitos integrados são também um passo adiante dos
transístores, caracterizados por serem bem mais compactos do que estes, o
que permitiu a construção de aparelhos microeletrônicos como
microcomputadores e laptops, relógios digitais, etc...

Maiores informações no site:

http://www.nobel.se/announcement/2000/physics.html

O prêmio de Química também foi anunciado hoje. O de Medicina e
Fisiologia ontem. O de Economia será anunciado amanhã, dia 11, e o da Paz
dia 13. O de Literatura terá sua data anunciada mais tarde. Links para os
outros prêmios estão no site:

http://www.nobel.se/announcement/2000/index.html

Até a próxima...
Belisário

-----------------------------------------------------
Roberto Belisário Diniz
rbdiniz@terra.com.br
Laboratório de Estudos Avançados de Jornalismo (Labjor)
http://www.uniemp.br/labjor/
Veja também: Revista Com Ciência
http://www.comciencia.br
-----------------------------------------------------




SUBJECT: SEXO RÁPIDO
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 10/10/2000 13:41

SEXO RÁPIDO - THE NEW YORK TIMES
09/10/2000
Bactérias podem ser modelo
para a Internet do futuro
Por Duncan Graham-Rowe

Os vírus são comuns na Internet, mas agora é a vez das bactérias, diz a
British Telecom. Mas mais que serem uma ameaça, os organismos que a BT
tem em mente foram projetados para ajudar a tornar a Net mais rápida. A
idéia é mimetizar o sexo bacteriano para evoluir para uma rede mais
eficiente.
Ian Marshall, do centro de pesquisas da BT perto de Martlesham, Suffolk,
acredita que o volume de tráfego da Internet está crescendo a uma
velocidade insustentável.
``É importante que a rede seja capaz de se adaptar continuamente'', diz
ele.
A solução da BT é deixar que ela mesma se administre. Em vez de ter um
software que supervisiona a rede inteira, Marshall e seu colega Chris
Roadknight projetaram os entroncamentos de uma rede para que cada um
possa ser dirigido por uma parte de um software autônomo. Assim como as
bactérias, eles não tinham um conhecimento central nem um controle
global e, ainda assim, Marshall diz que eles foram capazes de dirigir a
rede com grande eficiência.
As informações enviadas através da Internet é fragmentada em pacotes
bem-definidos que são armazenados na memória buffer antes de serem
encaminhados para o próximo trecho de sua jornada. Em termos ideais, os
buffers são longos. Mas quanto mais informações os pacotes contiverem,
mais lentamente se moverão.
``Se um pacote chegar no buffer e ele estiver cheio, então tenderá a ser
descartado'', diz Marshall. Isto significa que parte da informação será
perdida.
O que é necessário é a capacidade de os buffers saberem que tipo de
informação estão passando e adaptar seu tamanho de acordo com a
necessidade. Fazer isto com o uso das técnicas tradicionais ficará
impossível à medida que a Internet crescer. Portanto, a BT recorreu à
natureza na forma de ``algoritmos genéticos (AG)''. Estes são programas
inspirados em biologia habitualmente usados para ajudar a projetar ou
evoluir coisas que as pessoas consideram difíceis.
Os AGs tratam as sequências de dados como se fossem material genético
para mimetizar a seleção natural. Essas strings podem ser combinadas e
modificadas por mutação para produzir proles cuja adequação é então
avaliada. As melhores são ``procriadas'' para produzir mais proles. Isto
é repetido até que a evolução tenha levado ao melhor projeto.
O problema que a BT encontrou foi que as AGs são demasiado lentas para
aplicativos em tempo real, já que exigem que a avaliação ocorra durante
várias gerações. Portanto, Marshall e seus colegas propuseram uma
solução diferente com inspiração na biologia. As bactérias não fazem
sexo no sentido tradicional; elas se reproduzem utilizando uma técnica
conhecida como migração de plasmídios.
``Elas vagueiam por todo lado, colidem umas contra as outras e dizem:
'oi, você quer parte do meu material genético?''', explica Inman Harvey,
um pesquisador de inteligência artificial da Universidade de Sussex.
Ao trocar plasmídios (anéis de informação genética) através de suas
membranas celulares com as células vizinhas, os genes conseguem
atravessar rapidamente por toda uma colônia e permitir que ela se adapte
rapidamente ao seu meio ambiente. As mutações aleatórias produzem novos
genes, com os genes bem-sucedidos florescendo e os ineficazes
desaparecendo rapidamente. Numa redes, esses genes bem-sucedidos
permitirão que os buffers sejam otimizados de maneira a transportar
pacotes de informações com o máximo de eficiência. De acordo com Harvey,
a técnica poderia revelar muitas oportunidades.
``Com a evolução, você tradicionalmente só colhe os benefícios depois de
muitas gerações, enquanto, aqui, você terá os três aspectos da evolução
-hereditariedade, variedade e seleção-, mas sem ninguém precisando
morrer'', acrescenta ele.


Tradução: Vera de Paula Assis
new york times, 9/10/00


SUBJECT: RES: [ciencialist] bacteria imortal?
FROM: "Rodrigo Frizzo Viecilli" <philox@zaz.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 10/10/2000 15:21

Não esqueçam que o oxigenio do ar surgiu como produto do oxigênio dissolvido
em água, produzido inicialmente pelas algas unicelulares (há uma descriçao
desse processo no livro "Poeira Vital"). O fator principal para a existencia
de vida é a água, razão pela qual os cientistas sempre se interessam pela
presença desta substância em outros planetas.

Rodrigo

-----Mensagem original-----
De: João Mário Miranda [mailto:jmiranda@explicacoes.com]
Enviada em: Quarta-feira, 20 de Setembro de 2000 11:55
Para: ciencialist@egroups.com
Assunto: Re: [ciencialist] bacteria imortal?




Roberto Mitsuo Takata wrote:
>
> On Fri, 20 Oct 2000, Luiz Ferraz Netto wrote:
> > O fator predominante para a existência de vida (como a que entendemos) é
o
> > saudável ar.
>
> depende do q. vc estah chamando de ar... a vida aparentemente comecou em
> uma mistura liquida aquosa e nao no ar.

Os metabolismos acabam por libertar gases. Um planeta que não
retem a sua atmosfera acaba por perder todos os elementos essenciais
à vida para o espaço.

João
http://www.nonio.com



*** --- ***
Para sair da lista envie um mail para:
ciencialist-unsubscribe@egroups.com
*** --- ***



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O plebiscito na ciencialist
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 10/10/2000 16:00

> Prezados amigos do Ciencialist,
> Acredito que a votagco da pesquisa de opiniuo deveria ser
> apenas Sem Formatagco X HTML (sem arquivos em anexos).
> Se apss conclumda a pesquisa sugerida acima, a vencedora fosse
> a HTML (sem arquivos anexados)haveria uma segunda pesquisa para se
> saber poderia haver arquivo anexado ou nco.
> Na configuragco do Ciencialist pode-se optar por permitir ou
> nco anexar arquivos. Eu acredito que muita gente pode estar
> votando
> no texto simples com medo dos vmrus que possam vir junto com os
> arquivos anexados.
> Um grande abrago,
> Claudio Abreu

Coloquei esta observacao de (com arquivos anexos) pois nos testes que
fiz no Egroups a opcao pelo HTML leva ao aparecimanto de arquivos anexos.
Ou seja, se estiver em HTML e eu desativar a opcao de arquivo anexo,
aparentemente o Egroups retira o codigo html da mensagem original e
transforma o arquivo original em texto puro.

Talvez eu nao tenha ajustado corretamente alguma outra opcao. Jah que
nunca fiz tantas alteracoes na lista, soh vou saber como realmente
funciona se a ideia (de html) for implantada.

O Egroups estah passando por diversas alteracoes devido a uniao com o
Yahoo. Ou seja, tah uma bagunca. Muitas dessas mudancas nem sao
percebidas na lista, mas estao acontecendo. Na maior parte das vezes acho
que o sistema estah ficando melhor. Mesmo pq quando piora eles devem
receber uma chuva de e-mails e logo voltam atras.

Para quem ainda nao votou, vah ateh o endereco
http://www.egroups.com/list/ciencialist/
na opcao POLL .
Para quem prefere ver o site em portugues eh soh entrar na lista
atraves do endereco
http://br.egroups.com


Acho que era isso.
Ateh mais.
Luis Roberto Brudna - administrador da Ciencialist


SUBJECT: En: Estou cheio de serviço !!!!!!
FROM: "Nanam" <nanam@directnet.com.br>
TO: "Yruama" <yruama@directnet.com.br>, <sauloliveira@zipmail.com.br>, "Rodrigo" <warlock@wicca-br.zzn.com>, <rafaelsjc@zipmail.com.br>, "Rafa Davoli" <teidavo@iconet.com.br>, "Ozelo" <ozelo@radioalarme.com.br>, "Nanam" <nanam@directnet.com.br>, "Michel" <micmiura@yahoo.com>, "Marina (mixauaxia)" <mixauaxia@hotmail.com>, "Marco Aurelio Rocha" <marcorocha@hotmail.com>, "Maithy Hitomi" <maithy_m2h@yahoo.com>, "Kirsten Siewerdt" <kirsten@directnet.com.br>, <jonas@ondefor.com>, <joans@ondefor.com>, "Ivan" <iscma@yahoo.com>, "Helena Miura" <hic_helenmy@yahoo.com.br>, "Helena Miura" <lena_miy@yahoo.com.br>, "Fred" <kothu@palmeirense.com.br>, "FRC, Trishuli" <sadhu@wlink.com.np>, "Fernanda Scacchetti" <fernanda.scacchetti@edb.ericsson.se>, "esther" <estherr@iconet.com.br>, Emílio Galhardo Filho <emiliogf@uol.com.br>, <ciencialist@egroups.com>, "Carlos" <carlosfracotte@directnet.com.br>, <borovina@ig.com.br>, "Alexandre" <miura@saopaulo.net>
DATE: 10/10/2000 18:49


----- Original Message -----
From: <wisk@corinthiano.com.br>
To: <repres@lunus.com.br>
Cc: <demian.o.alves@uol.com.br>; <anaelizaso@hotmail.com>;
<elisa@directnet.com.br>; <erika.katayama@nextel.com.br>;
<ginalia@ig.com.br>; <gfortes@iconet.com.br>; <karps@iconet.com.br>;
<nanam@directnet.com.br>; <jraluz@ig.com.br>; <genazedu@directnet.com.br>;
<alessandra_inacio@yahoo.com.br>
Sent: Thursday, January 06, 2000 10:10 AM
Subject: Estou cheio de serviço !!!!!!


> Por vários anos, eu coloquei a culpa por minha falta de energia, na
> falta de ferro no organismo,deficiências de vitaminas, dietas e dezenas
> de outras baboseiras. Mas eu finalmente encontrei a verdadeira
> razão: estou cansado porque estou sobrecarregado de trabalho.
> Analise comigo:
> -A população brasileira é de 130 milhões de habitantes.
> -destes, 52 milhões são aposentados.
> -Isso faz com que sobrem 78 milhões para fazer o trabalho.
> -Há 19 milhões nas escolas.
> -Que deixa 59 milhões para fazer o trabalho.
> -Desses, 39 milhões trabalham para o Governo Federal
> -Isso deixa 20 milhões para fazer o trabalho.
> -2 milhões estão nas Forças Armadas.
> -Que deixa 18 milhões para fazer o trabalho.
> -Tire destes, os 14,8 milhões que estão nos governos Estaduais e
> Municipais.
> -Sobram 3,2 milhões para fazer o trabalho.
> -Há 1 milhão de pessoas nos Hospitais.
> -que nos deixa 2,2 milhões de pessoas para fazer o trabalho.
> -Tire destes, 400.000 pessoas (torcida do Flamengo) que estão nas
> prisões.
> -sobram 1,8 milhões de pessoas para fazer o trabalho.
> -Como há 1.799.998 pessoas desempregadas,
> -isto faz com que sobrem apenas duas pessoas para fazer o
> trabalho: Eu e Você !!!
> -E como você está lendo este E-Mail,
> EU fico sobrecarregado de trabalho !!!!!!!!!!!
>
> VÊ SE COMEÇA A TRABALHAR, POIS DESSE JEITO NÃO DÁ!!!!!!!!!!
> MailBR - O e-mail do Brasil -- http://www.mailbr.com.br
> Faça já o seu. É gratuito!!!
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Notícia do dia
FROM: "Neville" <neville@catanduva.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 11/10/2000 00:34

>> O [Nobel] de Economia será anunciado amanhã, dia 11, . . . . .

Talvez seja indicado alguém que tenha conseguido avançar a economia até o
principio de Lavoisier ! ré ré ré

Alias, acho que a Economia atual é comparável à Medicina medieval. Naquele
tempo, para qualquer doença, os médicos receitavam, a sangria. Os doentes se
diziam curados só de ouvir a receita; os menos afortunados ficavam tão
fracos que também paravam de gemer. Um santo remédio ! ... tanto é que até
hoje, dizem, as farmácias da França ainda mantém um aquário cheio de
sangue-sugas para essa finalidade.

Atualmente, os economistas só sabem receitar alta de juros, qualquer que
seja a natureza da crise; quem resmungar leva dose dupla, com direito a
sangue-sugas também.

[s] Neville






SUBJECT: O seculo XXII
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO:
DATE: 11/10/2000 08:14

( Enviado por : Baraka <rodrigor3@uol.com.br> )

As previsões sobre o futuro estão quase sempre erradas. Mas quem disse
que é para as pessoas saberem o que vai acontecer com elas
amanhã?

Por Max Gehringer

Hoje é 20 de agosto de 2124, quarta-feira, que no Brasil agora
chama
Wednesday, já que o português foi oficialmente banido quando
nos
tornamos o 67o Estado dos United States of Wide America, em
2095.
Teve quem não gostou, claro, principalmente depois que a
Floresta
Amazônica
virou a Tropical Disney World, mas a maioria apoiou porque
finalmente pôde
tirar passaporte americano sem aporrinhação e passou a receber
salário
em dólar. É verdade que muitos brasileiros ainda conservam um
ranço
xenófobo, o que é meu caso, por isso este relatório está sendo
escrito em nossa antiga língua-mãe, que eu só domino porque nasci lá no
distante 1980. Fiz 144
anos, trabalho há 126, estou forte e saudável, mas já ouço
insinuações
de que minha carreira entrou no plano vegetativo. A vida
corporativa do
século XXII não é justa com o pessoal da sexta idade, como eu:
basta a
gente chegar aos 140, e começa a ser discriminado no
trabalho...

Os velhos tempos me dão saudade (uma de nossas poucas palavras
que
entraram no Mega Dicionário Americano, como sinônimo para
"senseless
feeling"), apesar de quase mais nada ser como era. Por
exemplo, eu nasci
com unha, cabelo e dente, últimos resquícios de nossa
ascendência
selvagem. E na juventude pratiquei zelosamente um ato
denominado
"sexual" para a reprodução da espécie, coisa que, hoje, a
ciência
simplificou
muito: basta ir a qualquer McDonald's, comprar um kit de óvulo
e
espermatozóide (o número 3 tem sido o preferido pelos
consumidores,
porque acompanha uma Coca-Cola grátis) e inseri-lo num tubo
plugado a
um sistema embrionário - cujo nome técnico é "tamagoshi". Aí,
é só redigitar a
configuração desejada do genoma e depois ir clicando os
comandos para
as cargas vitais de proteínas. Simples. Em seis semanas,
aparece a ficha
fitoergométrica da criança, os custos de alimentação e
educação e a
mensagem "Are you sure you want to give birth?" Meu filho mais
novo, o
365A27W648, vulgo "8", agora deu de ser curioso e me perguntar
porque no
meu tempo as coisas eram tão complicadas. Eu tentei explicar
para ele
que o tal ato ia além da simples reprodução, que a gente
sentia prazer em
copular, e ele fez aquela cara de nojo, típica de adolescente
recém-saído da universidade. Mas, tudo bem, ele tem só 4 anos,
um dia
talvez
entenda melhor.

Eu sei, estou divagando, desculpem. Não é das reviravoltas da
natureza
que este relatório trata, e sim das relações no trabalho. Meu
hiperboss vai
fazer uma apresentação no mês que vem, em Urano - com o
criativo título
de "Como Enfrentar os Desafios do Século XXII" -, e pediu
minha
colaboração. Ele quer mostrar às novas gerações a evolução da
interação
entre
empresas e funcionários ao longo dos últimos 150 anos, desde a
chamada
"Era
Jurássica Trabalhista" (1980-2020) até o aparecimento do "Homo
Pizza",
no final do século XXI. E me escolheu porque eu vivi todas as
etapas do
processo, além de ser o único por aqui que ainda sabe usar
algarismos
romanos. Então, vamos lá:

TRANSPORTE
Os empregados acordavam de manhã e iam para seu local de
trabalho
dirigindo um veículo pesadão e lerdo, que funcionava queimando
derivados
do extinto petróleo, chamado "automóvel" - não sei bem por que
esse
nome, que significa "move-se por si mesmo", já que o tal
veículo só se movia
sob comando humano e, algumas vezes, nem assim. Mas a maior
dificuldade era
enfrentar o "trânsito", do latim transire, "ir para a frente",
e esse
era exatamente o problema, já que o trânsito quase nunca ia em
frente, e daí
originou-se uma frase de uso muito comum, "Atrasei por causa
do
trânsito", que literalmente significa "Fiquei para trás porque
fui para a
frente".
Ou seja, aquele povo era duro de entender. O mais incrível é
que, apesar
de tanta confusão e contrariando a lógica, as pessoas ainda
conseguiam
chegar ao que chamavam "local de trabalho".

LOCAL
O sistema jurássico de trabalho era coletivo, e as empresas
até usavam
jargões como "teamwork" para incentivar essas aglomerações,
sem atentar
para o fato de que elas eram uma fonte de proliferação de
micróbios. O
ponto de encontro era o escritório, um lugar onde os
funcionários
escreviam, daí a origem da palavra. Eram áreas enormes, onde
pessoas se
amontoavam em cubículos e passavam a maior parte do tempo
produzindo
"documentos", cuja principal finalidade era a de servir como
evidência
física de que as pessoas estavam ocupadas. Após produzidos, os

documentos eram imediatamente "arquivados", de preferência em
lugares
onde
nunca mais pudessem ser localizados. Isso na época tinha o
mesmo nome
de
hoje,
"burocracia". A diferença é que os atrasados do século XX
faziam tudo
com oito cópias, e nós, 150 anos depois, conseguimos reduzir
para sete.

INDIVIDUALIDADE
O primeiro passo para erradicar o coletivismo inútil foi o
"SoHo" (Small
office, Home office), uma sigla surgida aí por 2000, que
permitia aos
funcionários trabalhar, confortável e produtivamente, em suas
próprias
casas. No Brasil, uma das conseqüências imediatas do SoHo foi
o
aparecimento de uma variante esperta, o "SoNo". O que
obviamente
implicou num aumento brutal da quantidade de documentos
produzidos,
porque
só assim os chefes acreditariam que seus funcionários estavam
acordados
em
suas
casas. Depois do SoHo veio o "SoCo", aí por 2050. O "Co", todo
mundo
sabe, significa Chip office. Foi quando as corporações
conseguiram
implantar
um microchip em cada funcionário para controlá-lo 24 horas por
dia, desde
o
batimento cardíaco até o nível de atividade dos neurônios. Uma
das
características do SoCo que mais agradou às chefias - além do
comando
de
"wake up call" - foi a possibilidade de emitir um choque
elétrico remoto
quando o funcionário atrasasse a remessa de um documento.

JORNADA
Trabalha-se oficialmente 2 horas por semana, mas já há rumores
de que a
jornada será reduzido para 100 minutos semanais. O que,
tirando o tempo
necessário para o sono e as inconveniências fisiológicas - que
não
sofreram alterações nos últimos 100 000 anos -, dá umas 120
horas
ociosas por semana. O professor Domenico De Masi, que vive em
estado
de
hibernação metafísica na Itália, afirma que isso é um absurdo,
e defende a
tese de
que no futuro trabalharemos 100 minutos por ano. Mas o
problema, mesmo,
é que nunca conseguimos nos acostumar com o ócio. Por isso,
nossa maior
fonte de renda atual é a hora extra - fazemos, em média, 14
delas por
dia, inclusive aos sábados.

EFEITOS COLATERAIS
Hoje, as megacorporações vêm se questionando se essa troca do
trabalho
grupal pelo individual foi realmente um progresso. Primeiro,
porque
ninguém mais conhece ninguém, já que os "colegas" viraram
imagens
digitalizadas. Segundo, porque todo mundo ficou sedentário e
engordou
uma barbaridade. E terceiro porque os antigos executivos eram
estressados, e
os novos sucumbem à depressão, o que acarreta muitos suicídios
(ou, em
linguagem ciberneticamente correta, self alt+ctrl+del). O
maior guru de
administração do século XXII - Tom Peters, vivendo
confortavelmente em
estado gasoso, num tubo de ensaio - publicou recentemente um
artigo que
está causando uma comoção corporativa. Ele defende a tese de
que "nada
substitui o contato humano". Incrível, dizem seus fiéis
admiradores, que
ninguém tivesse pensado nisso ainda.

EMPREGO
Conseguir um bom emprego hoje em dia não é difícil. O duro é
se manter
nele, porque as exigências para resultados de curtíssimo prazo
aumentam
cada vez mais. O tempo médio de permanência num emprego é de
28
horas.
Daí o conceito em moda ser o da habilidade para saltar de
galho em
galho, ou "businessbilidade", que se resume a três fatores:
experiência
cósmica,
formação galáctica e ser bem relacionado com quem manda.

SEXO
As diferenças entre sexos não são mais limitantes para o
preenchimento
de um cargo. Não porque tenha acabado a discriminação, mas
porque
acabaram
os sexos. A antiga classificação "masculino/feminino/outros"
caiu em
desuso a partir do momento em que os assim chamados "homens"
e
"mulheres"
equilibraram seus níveis de testosteronas e estrógenos. A
ambivalência
chegou a tal ponto que hoje os dicionários só registram a
palavra
"testículo" como sinônimo de "pequeno teste aplicado a
estagiários".

HIERARQUIA
Nos tempos primitivos, as posições hierárquicas eram decididas
ou por
competência ou por protecionismo. Mas levava vantagem quem
acumulava
mais diplomas. Tudo mudou a partir do momento em que foi
implantado o
sistema de "Transferência Integral de Informações", pelo qual
qualquer ser
humano, quando completa 2 anos de idade, é acoplado a um
megacomputador
Deep Blue e absorve, em 15 minutos, o conhecimento acumulado
pela
espécie
nos
últimos dez milênios. Tem aí uma novíssima teoria dizendo que
isso nos
transformou numa raça de esponjas, e que o grande diferencial
atual é
saber pensar por conta própria, em vez de enfiar o dedo no
nariz e dar um
"retrieve". Segundo a teoria, há uma minoria de pensantes que
consegue
se perpetuar nas chefias porque tem "Inteligência
Psicoemocional", ou
seja, uma combinação balanceada de "instinto", "conhecimento"
e
"autocontrole". Eu acho que já ouvi isso antes, só que não me
lembro bem
quando foi.

RELACIONAMENTO
Os funcionários têm abertura para se comunicar fora do
trabalho, desde
que respeitem o conceito-chave do século XXII: Lógica
Absoluta, ou seja, os
assuntos devem ficar restritos aos negócios. Sentimentos e
emoções,
manifestações consideradas contraproducentes, estão proibidas
desde
2104. Mas sempre tem quem não sabe aproveitar a liberdade:
nosso maior
problema social são os subversivos que se reúnem escondidos
para
praticar o
maior
delito da atualidade: rir e contar piadas. Não é por acaso que
o maior
best-seller desta semana é o cibertexto de auto-ajuda "Você
Pode Ser
Feliz, Desde Que Ninguém Saiba".

INFERNET
A arcaica Internet, uma rede de comunicação que causou furor
no fim do
século XX, e que hoje é citada como exemplo de paranóia
coletiva, foi
substituída pela Infernet, à qual todos somos plugados logo ao

nascermos. A palavra veio do latim infernus, "subterrâneo",
uma analogia a
seu
formato de raízes que alimentam o caule central. O caule, de
onde saem e
para onde convergem todas as informações, é a Suprema
Inquisição, cuja
regra é "Todos somos iguais perante Deus". Sendo que Deus,
como todos
sabem, é Bill Gates. Embora corra por aí o boato de que quem
manda,
mesmo, é o ACM.

CONCLUSÃO
Em meus 144 anos, vi o futuro ir acontecendo, e aprendi pelo
menos uma
coisa: as previsões estavam sempre erradas. Acho que descobri
o porquê.
Outro dia achei um livro antigo, que já caiu em desuso por ser
a negação
da lógica. De qualquer forma, lá foi escrito, há milhares de
anos, que
cada dia é diferente do outro, exatamente "para que o homem
nunca possa
descobrir nada sobre seu próprio futuro" (Eclesiastes, 7, 14).



-x-x-x-x-x-

Em 1999, no auge de uma carreira bem-sucedida que o levou à
direção de
grandes empresas (Pepsi, Elma Chips e Pullman), MAX GEHRINGER
tomou uma
decisão raríssima no mundo corporativo: abriu mão do poder e
das
mordomias de alto executivo para dedicar seu tempo a escrever
e a fazer
palestras
pelo Brasil. Max escreve regularmente para VOCÊ s.a., Exame,
Revista da
Web!, Vip e Placar (todas publicadas pela Editora Abril).
Recentemente,
Max lançou seu segundo livro, Comédia Corporativa (Editora
Campus). O
humor e a sensibilidade dos textos de Max vêm de sua vivência
prática
num mundo que ele conhece degrau por degrau: seu primeiro
emprego, aos
12
anos, foi de auxiliar de faxina. O último: presidente da
Pullman.mas


SUBJECT: Necessidade de afirmacao de paternidade
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO:
DATE: 11/10/2000 09:02

> "AurØlio Consttante" wrote:
>
> > João Carlos se mostrou ainda incapaz de compreender
> > uma pergunta simples como a do Eduardo, respondendo
> > sempre a mesma coisa, sem traçar uma explição de COMO
> > TERIA SIDO CRIADA EVOLUTIVAMENTE A NECESSIDADE DE
> > AFIRMAÇÃO DE PATERNIDADE - ainda que ninguém esteja
> > interessado em saber.

Ok Consttante, "Batatas fritas !!"

Vou tentar expor aqui uma possivel linha de raciocinio
evolutivo que explica pq os homens tenham esta necessidade.

Quero lembrar-lhe, primeiro, que nem sempre o individuo SABE o motivo
de seu comportamento, ou melhor, da origem de seus desejos e impulsos.

Assim como o rato copula sem saber que este desejo sexual eh resultado
de uma codificacao genetica que o impulsiona a agir desta maneira,
aumentando assim as possibilidades da perpetuacao destes genes,
o homem tambem tem muitos destes "instintos" sem saber que, no fundo,
ele esta agindo de tal modo a garantir a perpetuacao dos genes que
ele carrega.

Agora vamos a um cenario que mostra como a necessidade de paternidade
(via ciumes) pode ter sido evoluida :

Considere varios individuos que portam diferentes cargas geneticas
apresentando assim uma diversidade grande.

Imagine entao que alguns deles nao tenham ciumes nenhum em relacao aa
sua
companheira e outros apresentam este sentimento.

Os que nao sentem ciumes nenhum nao impedirao que suas companheiras
copulem com outros machos. Isto permitira que outros machos tenham
filhos com ela. Isto fará com que ele tenha menos filhos seus do
que poderia e, alem do mais, ele podera vir a cuidar de filhos que nao
sao seus.
(Na verdade ele nem mesmo precisa se importar com isso !)

No outro, lado temos alguns individuos ciumentos que evitarao aa todo
custo que sua(s) companheira(s) copulem com outros machos.
Este individuo tera + probabilidade de ter mais filhos seus do que
de outros.

Com o decorrer das geracoes os genes do individuo nao ciumento tendem
a escassear e a desaparecer e assim os genes do ciumes passam a tomar
conta de toda a populacao, fazendo parte da especie.

Note que nao ha nenhuma razao ETICA ou moral para que o individuo queira
garantir a sua paternidade. Quem "quer" isso sao os genes que codificam
nos individuos algoritmos mentais que induzem estes individuos a
garantir
a propagacao destes genes. Quem nao age "de acordo" se extingue junto
com
seus genes.

Esta necessidade de paternidade, portanto, eh decorrencia logica
da maquinaria darwiniana : variabilidade+hereditariedade+selecao
natural.
Soh isso.

[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] Necessidade de afirmacao de paternidade
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 11/10/2000 11:37

On Wed, 11 Oct 2000, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> Vou tentar expor aqui uma possivel linha de raciocinio
> evolutivo que explica pq os homens tenham esta necessidade.

aproveito o gancho para criar um cenario evolutivo q. explica porq. somos
todos dotados de uma capacidade 'paranormal' inerente.

qdo os primeiros primatas ancestrais das linhagens q. dariam origem entre
outras coisas aos seres humanos juntaram-se em grupos hierarquicamente
organizados, gradativamente a capacidade de comunicacao comecou a
tornar-se essencial -- ela ajudaria a manter a coesao do grupo e a
coordenar certas atividades como as cacadas.

mas ao mesmo tempo a capacidade de dissimulacao tbm se fez presente:
notamos q. atualmente somos capazes de alterar o foco de atencao de uma
imagem sem q. precisemos nem voltar nossa cabeca na direcao exata do q.
examinamos, nem mesmo mover os olhos nessa direcao... a capacidade de
visao obliqua (quem nao se lembra de capitu?) eh essencial para q. nao se
dej muito na cara sobre o q. se estah planejando: um ataque de soslaio ao
lider do grupo pode garantir uma vantagem na luta pela hierarquia (ao
vencedor as batatas), flertar com uma das preferidas do chefe tbm...

encontramos entre os chimpanzes, associacoes temporarias entre alguns
machos subordinados tramando para depor um macho dominante. porem esses
contatos sao por demais visiveis e nos casos de especies com uma maior
capacidade de abstracao podem ser facilmente identificados e as
providencias para a dissolucao ou contra-medidas preventivas tomadas pelos
chefes (proibicao de reunioes e aglomeracoes em regimes totalitarios eh
uma dessas facetas de medidas 'anti-septicas').

portanto, comunicacoes por meios classicos: sinais mecanicos (som,
contato, vibracao), olfativos e visuais (gesto, escrita), sao faceis de se
perceber e/ou deixam rastros detectaveis.

o desenvolvimento de comunicacao alternativa como o psiquismo,
especialmente da telepatia, traria entao uma vantagem evolutiva aos
portadores -- permitindo uma comunicacao direta, sem vestigios e sigilosa.

uma variante dessa capacidade psiquica imanente permitiria uma comunicacao
em massa, como o 'inconsciente coletivo' jungiano, o 'zeit geist' q. tao
bem caracteriza os momentos de inovacoes tecno-cientificas...

provamos assim a perfeita factibilidade dos fenomenos psi... (ou nao?)

[]s,

roberto takata



SUBJECT: (RN) Aspirina
FROM: "Douglas" <douglas.jpn@terra.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 11/10/2000 12:58

Revista VEJA de 30.08.00:

"...o mundo engole 12,5 bilhões de comprimidos (de aspirina) por ano." ...

Um comprimido de aspirina (500mg) custa, no varejo, R$0,30.

Quanto custarão 12,5 bilhões de comprimidos?
Quantos kg (ou ton) de aspirina são engolidos por ano?

Será que é tudo isso mesmo????

[]'s

Douglas A F Campos (SP)
ICQ 30208855



SUBJECT: Re:(RN) Aspirina
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 11/10/2000 13:58

Douglas wrote:
> "...o mundo engole 12,5 bilhões de comprimidos (de aspirina) por ano." ...
> Um comprimido de aspirina (500mg) custa, no varejo, R$0,30.
> Quanto custarão 12,5 bilhões de comprimidos?

Custa R$ 3,750 bilhoes.

> Quantos kg (ou ton) de aspirina são engolidos por ano?

Digamos que cada comprimido pese 5g (500mg de acido acetilsalissilico e
4500mg de placebo), isto vai pesar 62500 toneladas. Na verdade e' so'
pesar a aspirina e fazer as contas.

> Será que é tudo isso mesmo????
> Douglas A F Campos (SP)

Pode nao ser, mas da' duas aspirinas por habitante na terra por ano,
conheco muita gente que toma duas por dia.

==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
==========================================================


SUBJECT: Re: [ciencialist] Notícia do dia
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 11/10/2000 14:30

On Mon, 11 Sep 2000, João Mário Miranda wrote:
> Economia é um sistema complexo, uma pequena inovação produzido
> por um laboratorio de investigação na Suécia provoca ganhos
> fabulosos em Wall Street. Como se fosse uma borboleta ...

e tbm qq sinal de enfraquecimento de uma economia local (dos assim
chamados 'paises emergentes' -- suponho q. seja porq sempre estao em
situacao de emergencia) provoca uma corrida especulativa dos assim
chamados 'mega-investidores' (suponho q. seja em razao deles sempre
investirem contra os mais fracos). Como se fossem urubus...

uma pergunta: eh possivel aplicar nocoes de termodinamica na economia?
(jah q. falaram em principio de lavoisier)

analisemos o caso do brasil. o governo diz q. a entrada de empresas
estrangeiras eh bom para o pais porq. traz investimentos. bem, sao
investimentos e nao doacoes, o q. significa q. esse dinheiro aqui
aplicado devera' ser retornado futuramente e com ganhos.

uma empresa estrangeira q. compre uma empresa nacional -- digamos, do
setor de telecomunicacoes. essa empresa prestara' servicos de atuacao
local e, portanto, a sua capitacao de recursos dar-se-a' tbm localmente --
os brasileiros usarao o servico e os brasileiros pagarao por ele. e de
onde os brasileiros extraem os seus ganhos para o pagamentos dos servicos
de q. usufrui? de seu trabalho em empresas. e de onde as empresas extraem
seus ganhos? da venda de produtos... prosseguindo chegamos ao conceito de
q. o unico setor gerador de riquezas eh o setor primario (agricultura e
extrativismo: mineracao, petroliferas, exploracao de biomassa nativa...).

facamos um grafico (bastante simplificado) dessas relacoes:

e
x
t
----------------------ambiente investimento--- e
| | ^ | r
| | | | /-----------> i
| | -------> poluicao <--------------)-)-----\ o
| | / ^ \ | | \ r
| v / | \ v | \
| setor <---- setor <----- setor \
| primario ----> secundario -----> terciario--\ |
| (extracao/ (transformacao) (servicos) | |
| cultivo)<-\ ^ | ^ | ^ | |
| ^ | \ \ | | | | | | |
| | ----)----)-------(-(-------------------| | | | |
| |------)----)-------(-(---------------------| | | |
| | |---\ | v | | |
| |---> consumidor/cidadao---------------- | |
\------------------^ | ^-----------------/ |
| |
--------------------------------

como resultado final temos degradacao do ambiente e acumulacao de capital
pelo estrangeiro.

o investimento inicial serve como catalisador para o estabelecimento de
uma via de saida -- remessa de lucros/pagamentos de royalties... (q. tbm
atua sobre o setor secundario)

suponho q. a ideia do governo fosse com essa entrada aumentar a taxa de
giro no circuito: primario/secundario/terciario/consumidor -- de forma a
haver tbm aih uma acumulacao liquida de valor (o q. aumentaria tbm o fluxo
no circuito dos impostos -- nao mostrado no grafico). mas ha' vazamento em
diversos pontos via corrupcao e sonegacao. e de qq forma o resultado
continua sendo o envio de energia do ambiente para o exterior.

assim, numa primeira aproximacao -- nao entendo bolhufas de economia --
isso parece corresponder a um fluxo de energia regrada por relacoes
termodinamicas...

ao q. dizem num mercado perfeito valeria a lei da oferta e da procura do
titio adam smith... nao corresponderia essa nocao de mercado perfeito a um
sistema fechado ou mesmo isolado?

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O plebiscito na ciencialist
FROM: "Dr. Omni" <dromni@ieg.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 11/10/2000 15:29

----- Original Message -----
From: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Domingo, 8 de Outubro de 2000 22:39
Subject: Re: [ciencialist] Re: O plebiscito na ciencialist


[snikt]
> Quanto ao plebicisto, gostaria de ressaltar uma utilidade importante do
HTML (meu voto) que é o uso de fontes diferenciadas(tamanho, cor, negrito,
sublinhado etc), o que facilita muito os textos envolvendo debates.
>

Sou novato na ciencialist e, devido a essa condição primeiro gostaria de
saber: onde eu voto a favor de HTML ou TXT? Confesso que tenho *pavor* de
mensagens em HTML e quero assegurar que farei a minha parte a favor do
TXT...

Quanto às vantagens das fontes diferenciadas, não as vejo como vantagens
insubstituíveis. O caso é que, após anos e anos de mensagens em newsgroups e
mailing lists usando apenas formato txt (porque a maioria dos mail e news
readers não suportavam HTML), a comunidade da Internet desenvolveu uma série
de convenções para enfatizar ou diferenciar partes dos textos - o que é, em
última análise, a função de negrito, sublinhado, itálico, etc. Palavras
entre *asteriscos*, por exemplo, estão enfatizadas; palavras em MAIÚSCULAS
equivalem a "gritos", usadas quanto você quer enfatizar *muito* (às vezes,
violentamente) alguma coisa. E, é claro, há os emoticons (;-),8-.,|:-,,
etc), que expressam estados emocionais do escritor. Finalmente, mesmo se
formos considerar a inclusão de figuras, mensagens em txt podem suportar
attachments (embora estes sejam contrários à netiqueta da lista) ou URLs que
apontem para as figuras.

> Claudio Abreu
[snikt]

Dr. Omni
ICQ# 53853815
Fórum Cético Brasileiro - http://www.egroups.com/group/fcb



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Desligamento
FROM: "Dr. Omni" <dromni@ieg.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 11/10/2000 15:36

----- Original Message -----
From: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Segunda-feira, 9 de Outubro de 2000 07:25
Subject: Re: [ciencialist] Re: Desligamento


[snikt]
> Mesmo que estas estimativas estejam corretas, isso nao implica
> que o aparecimento de uma nova especie necessariamente quer dizer
> o desaparecimento de outra. Vamos fazer um calculo aproximado
> "chutado" : Se desde o surgimento da vida ( 4 bilhoes de anos atras)
> o mundo produziu 200 mil especies isso nos da uma media de aparecimento
> de
> cerca de 1 especie a cada 20 mil anos.

Há alguma imprecisão no seu cálculo. As estimativas que conheço são de que o
número de espécies existentes está na casa dos milhões ou mesmo das dezenas
de milhões - a maioria delas de insetos e outros artrópodes. Talvez 200 mil
seja o número de espécies efetivamente catalogadas... Além disso, você tomou
todos os quatro bilhões de anos de existência da Terra assumindo uma taxa de
aparecimento de espécies uniforme, o que talvez não seja tão adequado, já
que existem indícios de que, quando só existia vida unicelular - a
esmagadora maioria do tempo, digamos que uns 3 bilhões de anos - a biosfera
era um lugar bem chato, com poucas mudanças nas formas de vida existentes.

[snikt]
> []s

[]s

> jocax

Dr. Omni
ICQ# 53853815
Fórum Cético Brasileiro - http://www.egroups.com/group/fcb



SUBJECT: Re: [ciencialist] Necessidade de afirmacao de paternidade
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 11/10/2000 15:54

Sua explicacao estaria aparentemente correta a menos de alguns
"senoes":

- Na minha explicacao eu supus, inicialmete, uma populacao que
continham alguns ( pelo menos um ) habitantes com a caracteristica a ser
estudada ( ciumes ). Ou seja , eu ja supus a existencia da
caracteristica
para mostrar q os organismos "convergiam" para ela.

- Isso quer dizer q se vc inicialmente supusesse alguns individuos
com as caracteristicas q vc quer mostrar ( telepatia ) , parece
natural que a populacao tambem convergiria para ela.

- Acontece q esta caracteristica (telepatia) deve ser *bem* mais
complexa, em termos de apendices cerebrais, do que o algoritmo
mental do ciumes. (Alem de precisar de no minimo 2 individuos :
um com a capacidade de emissao e outro de recepcao).

- Outra dificuldade eh q ela nao seria tao necessaria se, antes, o
grupo desenvolvesse tecnologia que a simulasse ( telefone celular
por exemplo).

- Contudo esta caracteristica nao deve ser assim tao absurda quanto
parece aa primeira vista pois os tubaroes conseguem detectar
ondas eletromagneticas proveniente das descargas eletricas
dos musculos dos peixes !

- O ciumes poderia tambem ser derivado ( evoluido ) do sentimento
egoista de posse soh que estendido aa companheira. Isto eh, ele
poderia ser explicado atraves de uma extensao mutante de um sentimento
mais simples de posse.

[]s
jocax





Roberto Mitsuo Takata wrote:
>
> On Wed, 11 Oct 2000, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> > Vou tentar expor aqui uma possivel linha de raciocinio
> > evolutivo que explica pq os homens tenham esta necessidade.
>
> aproveito o gancho para criar um cenario evolutivo q. explica porq.
> somos
> todos dotados de uma capacidade 'paranormal' inerente.
>
> qdo os primeiros primatas ancestrais das linhagens q. dariam origem
> entre
> outras coisas aos seres humanos juntaram-se em grupos hierarquicamente
> organizados, gradativamente a capacidade de comunicacao comecou a
> tornar-se essencial -- ela ajudaria a manter a coesao do grupo e a
> coordenar certas atividades como as cacadas.
>
> mas ao mesmo tempo a capacidade de dissimulacao tbm se fez presente:
> notamos q. atualmente somos capazes de alterar o foco de atencao de
> uma
> imagem sem q. precisemos nem voltar nossa cabeca na direcao exata do
> q.
> examinamos, nem mesmo mover os olhos nessa direcao... a capacidade de
> visao obliqua (quem nao se lembra de capitu?) eh essencial para q. nao
> se
> dej muito na cara sobre o q. se estah planejando: um ataque de soslaio
> ao
> lider do grupo pode garantir uma vantagem na luta pela hierarquia (ao
> vencedor as batatas), flertar com uma das preferidas do chefe tbm...
>
> encontramos entre os chimpanzes, associacoes temporarias entre alguns
> machos subordinados tramando para depor um macho dominante. porem
> esses
> contatos sao por demais visiveis e nos casos de especies com uma maior
> capacidade de abstracao podem ser facilmente identificados e as
> providencias para a dissolucao ou contra-medidas preventivas tomadas
> pelos
> chefes (proibicao de reunioes e aglomeracoes em regimes totalitarios
> eh
> uma dessas facetas de medidas 'anti-septicas').
>
> portanto, comunicacoes por meios classicos: sinais mecanicos (som,
> contato, vibracao), olfativos e visuais (gesto, escrita), sao faceis
> de se
> perceber e/ou deixam rastros detectaveis.
>
> o desenvolvimento de comunicacao alternativa como o psiquismo,
> especialmente da telepatia, traria entao uma vantagem evolutiva aos
> portadores -- permitindo uma comunicacao direta, sem vestigios e
> sigilosa.
>
> uma variante dessa capacidade psiquica imanente permitiria uma
> comunicacao
> em massa, como o 'inconsciente coletivo' jungiano, o 'zeit geist' q.
> tao
> bem caracteriza os momentos de inovacoes tecno-cientificas...
>
> provamos assim a perfeita factibilidade dos fenomenos psi... (ou nao?)
>
> []s,
>
> roberto takata
>
> eGroups Sponsor
>
>
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SUBJECT: Oportunidade para trabalhar em casa e aumentar a renda!!!
FROM: trabalhe@mailbr.com.br
TO: trabalhe@mailbr.com.br
DATE: 11/10/2000 17:25

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SUBJECT: Re: [ciencialist] Notícia do dia
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 11/10/2000 17:29



Roberto Mitsuo Takata wrote:
>
> On Mon, 11 Sep 2000, João Mário Miranda wrote:
> > Economia é um sistema complexo, uma pequena inovação produzido
> > por um laboratorio de investigação na Suécia provoca ganhos
> > fabulosos em Wall Street. Como se fosse uma borboleta ...
>
> e tbm qq sinal de enfraquecimento de uma economia local (dos assim
> chamados 'paises emergentes' -- suponho q. seja porq sempre estao em
> situacao de emergencia) provoca uma corrida especulativa dos assim
> chamados 'mega-investidores' (suponho q. seja em razao deles sempre
> investirem contra os mais fracos). Como se fossem urubus...
>
> uma pergunta: eh possivel aplicar nocoes de termodinamica na economia?
> (jah q. falaram em principio de lavoisier)
>
> analisemos o caso do brasil. o governo diz q. a entrada de empresas
> estrangeiras eh bom para o pais porq. traz investimentos. bem, sao
> investimentos e nao doacoes, o q. significa q. esse dinheiro aqui
> aplicado devera' ser retornado futuramente e com ganhos.

Eh uma das razoes de minha xenofobia a estas multis-transnacionais :
Alem de retirar tudo o q investiram aqui, multiplicado talvez
por um fator de 10 ou 1000, elas, em geral, nao transferem a tecnologia,
que continua sendo desenvolvida na matriz. Isso nos torna eternamente
seus dependentes alem "doadores" compulsivos dos royalties...

>
> uma empresa estrangeira q. compre uma empresa nacional -- digamos, do
> setor de telecomunicacoes. essa empresa prestara' servicos de atuacao
> local e, portanto, a sua capitacao de recursos dar-se-a' tbm
> localmente --
> os brasileiros usarao o servico e os brasileiros pagarao por ele.

Diga-se de passagem pagarao muito mais do que usufruem, como em
qualquer negocio capitalista. ( O lucro em geral eh "exportado" ou
diretamente, ou atraves de importacoes super-faturadas)

> e de
> onde os brasileiros extraem os seus ganhos para o pagamentos dos
> servicos
> de q. usufrui? de seu trabalho em empresas. e de onde as empresas
> extraem
> seus ganhos? da venda de produtos... prosseguindo chegamos ao conceito
> de
> q. o unico setor gerador de riquezas eh o setor primario (agricultura
> e
> extrativismo: mineracao, petroliferas, exploracao de biomassa
> nativa...).

Vc deve tambem considerar as exportacoes de bens com tecnologia agregada
( como carros, televisores etc.. ) que valem mais do q a materia bruta
que os compoem e o setor de prestacao de servicos.

>
> facamos um grafico (bastante simplificado) dessas relacoes:
>
> e
> x
> t
> ----------------------ambiente investimento--- e
> | | ^ | r
> | | | | /-----------> i
> | | -------> poluicao <--------------)-)-----\ o
> | | / ^ \ | | \ r
> | v / | \ v | \
> | setor <---- setor <----- setor \
> | primario ----> secundario -----> terciario--\ |
> | (extracao/ (transformacao) (servicos) | |
> | cultivo)<-\ ^ | ^ | ^ | |
> | ^ | \ \ | | | | | | |
> | | ----)----)-------(-(-------------------| | | | |
> | |------)----)-------(-(---------------------| | | |
> | | |---\ | v | | |
> | |---> consumidor/cidadao---------------- | |
> \------------------^ | ^-----------------/ |
> | |
> --------------------------------
>
> como resultado final temos degradacao do ambiente e acumulacao de
> capital
> pelo estrangeiro.


Faltou colocar a exportacao manufaturada e seuss lucros.
Alias eh assim q o japao e outros tem seu superavit :
Alta agregacao tecnologica em cada produto; O Brasil nao chega
a tanto, mas as exportacoes nao devem ser despreziveis.

>
> o investimento inicial serve como catalisador para o estabelecimento
> de
> uma via de saida -- remessa de lucros/pagamentos de royalties... (q.
> tbm
> atua sobre o setor secundario)
>
> suponho q. a ideia do governo fosse com essa entrada aumentar a taxa
> de
> giro no circuito: primario/secundario/terciario/consumidor -- de forma
> a
> haver tbm aih uma acumulacao liquida de valor (o q. aumentaria tbm o
> fluxo
> no circuito dos impostos -- nao mostrado no grafico). mas ha'
> vazamento em
> diversos pontos via corrupcao e sonegacao. e de qq forma o resultado
> continua sendo o envio de energia do ambiente para o exterior.

Em se tratando de economia fala-se mais de dinheiro q de energia pois
esta tambem tem um custo.

>
> assim, numa primeira aproximacao -- nao entendo bolhufas de economia
> --
> isso parece corresponder a um fluxo de energia regrada por relacoes
> termodinamicas...

Nao creio, pois existe as inflacoes, taxas de juros, valor de acoes
etc.. ou seja muito mais variaveis e complexidade q num
sistema termodinamico ( acho ).

>
> ao q. dizem num mercado perfeito valeria a lei da oferta e da procura
> do
> titio adam smith... nao corresponderia essa nocao de mercado perfeito
> a um
> sistema fechado ou mesmo isolado?
>


Nao entendo muito de economia mas a ela pode "explodir"
como as crises de 1929 do mexico, do Brasil etc..
Aparentemente devido a um efeito borboleta ( sem causa aparente )
diferentemente de um sistema fisico termodinamico totalmente
previsivel.

[]s
jocax
(PS: Nao leve em consideracao nada do que escrevi acima. Foi totalmente
da boca pra fora sem um pingo de conhecimento no assunto :-))


SUBJECT: Re: [ciencialist] Oportunidade para trabalhar em casa e aumentar a renda!!!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 11/10/2000 18:12

S� faltava essa! Sem d�vida o Luis ir� dar a resposta adequada a essa
'propaganda'.
[]'
L�o
------------------------
-----Mensagem Original-----
De: <trabalhe@mailbr.com.br>
Para: <trabalhe@mailbr.com.br>
Enviada em: ter�a-feira, 11 de janeiro de 2000 18:23
Assunto: [ciencialist] Oportunidade para trabalhar em casa e aumentar a
renda!!!


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Desligamento
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 11/10/2000 18:46



"Dr. Omni" wrote:
>
> ----- Original Message -----
> From: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
> To: <ciencialist@egroups.com>
> Sent: Segunda-feira, 9 de Outubro de 2000 07:25
> Subject: Re: [ciencialist] Re: Desligamento
>
> [snikt]
> > Mesmo que estas estimativas estejam corretas, isso nao implica
> > que o aparecimento de uma nova especie necessariamente quer dizer
> > o desaparecimento de outra. Vamos fazer um calculo aproximado
> > "chutado" : Se desde o surgimento da vida ( 4 bilhoes de anos atras)
> > o mundo produziu 200 mil especies isso nos da uma media de
> aparecimento
> > de
> > cerca de 1 especie a cada 20 mil anos.
>
> Há alguma imprecisão no seu cálculo. As estimativas que conheço são de
> que o
> número de espécies existentes está na casa dos milhões ou mesmo das
> dezenas
> de milhões - a maioria delas de insetos e outros artrópodes. Talvez
> 200 mil
> seja o número de espécies efetivamente catalogadas... Além disso, você
> tomou
> todos os quatro bilhões de anos de existência da Terra assumindo uma
> taxa de
> aparecimento de espécies uniforme, o que talvez não seja tão adequado,
> já
> que existem indícios de que, quando só existia vida unicelular - a
> esmagadora maioria do tempo, digamos que uns 3 bilhões de anos - a
> biosfera
> era um lugar bem chato, com poucas mudanças nas formas de vida
> existentes.


Isso, eu chutei o numero de especies, nao tinha nenhum dado a
respeito apenas alguma recordacao da ordem de grandeza.

Contudo, isso implica que o sucessor do homem ( NewMan )
provavelmente vira ANTES do que imaginamos !

Eu imagino que as atuais guerras etnicas sejam o prenuncio do que talvez
estaria por vir......

Alguns pontos que questiono sao :
Em que condicoes o NewMan deve aparecer (cultura/pais)?
Deveriamos evita-lo ? Poderemos evita-lo?
Como trata-lo? Como seremos tratados?

A principal causa da diversificacao das especies ( me corrija Takata )
eh o isolamento genetico.

Grupos que se isolam geograficamente, por exemplo, acabam nao
compartihando
mutacoes geneticas com o grupo de origem e isso acarreta uma
irreversivel
alteracao no genoma que os tornam uma nova especie.

Acredito que as formas raciais que temos hoje devem ter sua origem
mum quase isolamento geografico ( devido aos obstaculos naturais e/ou
distancias).

Nao sei se tal "isolamento" ira desencadear ou nao uma nova especie...
Acho q falta-me dados quantitativos e qualitativos para estimar isso.

Uma pergunta importante eh : Qual o nivel de diferenca genetica que eh
necessario para que dois organismos sejam considerados de especies
distintas?

Uma outra forma de isolamento genetico eh atraves de uma cultura
endogamica. Individuos de uma cultura endogamica casam-se apenas entre
si de forma que o isolamento genetico tambem ocorre (mesmo qdo o
isolamento geografico nao acontece).

Uma outra maneira, teorica, de uma especie evoluir para outra
sem que em nenhum momento entre estes habitantes ocorra um ser
de especie diferente foi-me proposto pelo Petronio De Tilio
Neto(petroniodtn@hotmail.com) :
[Isso realmente eh uma possibilidade, mas, na minha
opiniao, acho mais provavel que a especie humana evolua mais ou menos
"em bloco"; nao a partir de um novo ramo, mas apenas podando os
extremos.]

Achei muito interessante esta ideia, mas nao sei em que condicoes
minimas
isto aconteceria. Mas com certeza nao poderia haver isolamento genetico.

Talvez este seja um modo menos traumatico de evolucao pois nao haveria
conflitos inter-especies.

Sao apenas elocubracoes ainda nao cheguei a nenhuma conclusao....

[]s
jocax


SUBJECT: Bússula no polo
FROM: "Daniel Leal Freire" <daniellf@highway.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 11/10/2000 22:38

Amigos listeiros,

O que aconteceria com o ponteiro de uma bússula se ela estivesse EXTAMENTE
em um dos polos?

[ ]'s

--------------------------------
| Daniel Leal Freire
| daniellf@highway.com.br
| "Imagination is more important than knowledge" Albert Einstein




SUBJECT: Re: [ciencialist] En: Estou cheio de serviço !!!!!!
FROM: "Rafael Cisneiros Lenine" <rafa-rbn@rio.matrix.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 11/10/2000 23:47

Olha, até que eu acho Filosifia interessante...claro que está longe da minha
prioridade neste momento, pois sou um universitário em Fisica.
Mas este mail foi o mais inutil e desastroso que eu vi rolar nesta lista!!!
Desculpe a sinceridade, mas é que eu vejo o pessoal reclamar de filosofia
etc etc etc... mas este foi ridículo!!!
Lamentável...


Rafael C. Lenine.


----- Original Message -----
From: "Nanam" <nanam@directnet.com.br>
To: "Yruama" <yruama@directnet.com.br>; <sauloliveira@zipmail.com.br>;
"Rodrigo" <warlock@wicca-br.zzn.com>; <rafaelsjc@zipmail.com.br>; "Rafa
Davoli" <teidavo@iconet.com.br>; "Ozelo" <ozelo@radioalarme.com.br>; "Nanam"
<nanam@directnet.com.br>; "Michel" <micmiura@yahoo.com>; "Marina
(mixauaxia)" <mixauaxia@hotmail.com>; "Marco Aurelio Rocha"
<marcorocha@hotmail.com>; "Maithy Hitomi" <maithy_m2h@yahoo.com>; "Kirsten
Siewerdt" <kirsten@directnet.com.br>; <jonas@ondefor.com>;
<joans@ondefor.com>; "Ivan" <iscma@yahoo.com>; "Helena Miura"
<hic_helenmy@yahoo.com.br>; "Helena Miura" <lena_miy@yahoo.com.br>; "Fred"
<kothu@palmeirense.com.br>; "FRC, Trishuli" <sadhu@wlink.com.np>; "Fernanda
Scacchetti" <fernanda.scacchetti@edb.ericsson.se>; "esther"
<estherr@iconet.com.br>; "Emílio Galhardo Filho" <emiliogf@uol.com.br>;
<ciencialist@egroups.com>; "Carlos" <carlosfracotte@directnet.com.br>;
<borovina@ig.com.br>; "Alexandre" <miura@saopaulo.net>
Sent: Tuesday, October 10, 2000 6:49 PM
Subject: [ciencialist] En: Estou cheio de serviço !!!!!!


>
> ----- Original Message -----
> From: <wisk@corinthiano.com.br>
> To: <repres@lunus.com.br>
> Cc: <demian.o.alves@uol.com.br>; <anaelizaso@hotmail.com>;
> <elisa@directnet.com.br>; <erika.katayama@nextel.com.br>;
> <ginalia@ig.com.br>; <gfortes@iconet.com.br>; <karps@iconet.com.br>;
> <nanam@directnet.com.br>; <jraluz@ig.com.br>; <genazedu@directnet.com.br>;
> <alessandra_inacio@yahoo.com.br>
> Sent: Thursday, January 06, 2000 10:10 AM
> Subject: Estou cheio de serviço !!!!!!
>
>
> > Por vários anos, eu coloquei a culpa por minha falta de energia, na
> > falta de ferro no organismo,deficiências de vitaminas, dietas e dezenas
> > de outras baboseiras. Mas eu finalmente encontrei a verdadeira
> > razão: estou cansado porque estou sobrecarregado de trabalho.
> > Analise comigo:
> > -A população brasileira é de 130 milhões de habitantes.
> > -destes, 52 milhões são aposentados.
> > -Isso faz com que sobrem 78 milhões para fazer o trabalho.
> > -Há 19 milhões nas escolas.
> > -Que deixa 59 milhões para fazer o trabalho.
> > -Desses, 39 milhões trabalham para o Governo Federal
> > -Isso deixa 20 milhões para fazer o trabalho.
> > -2 milhões estão nas Forças Armadas.
> > -Que deixa 18 milhões para fazer o trabalho.
> > -Tire destes, os 14,8 milhões que estão nos governos Estaduais e
> > Municipais.
> > -Sobram 3,2 milhões para fazer o trabalho.
> > -Há 1 milhão de pessoas nos Hospitais.
> > -que nos deixa 2,2 milhões de pessoas para fazer o trabalho.
> > -Tire destes, 400.000 pessoas (torcida do Flamengo) que estão nas
> > prisões.
> > -sobram 1,8 milhões de pessoas para fazer o trabalho.
> > -Como há 1.799.998 pessoas desempregadas,
> > -isto faz com que sobrem apenas duas pessoas para fazer o
> > trabalho: Eu e Você !!!
> > -E como você está lendo este E-Mail,
> > EU fico sobrecarregado de trabalho !!!!!!!!!!!
> >
> > VÊ SE COMEÇA A TRABALHAR, POIS DESSE JEITO NÃO DÁ!!!!!!!!!!
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SUBJECT: teste - desconsiderem
FROM: rbdiniz@terra.com.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 12/10/2000 00:15

Eu falei que era um teste... :)
Desculpas pelo inc�modo.
Belis�rio



SUBJECT: Notícias do dia - 11/10/00
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: Ciencialist - grupo de discussão <ciencialist@egroups.com>
DATE: 12/10/2000 00:17

Notícias do dia 11/10/2000:

1 - Dia 30 de setembro, faleceu o físico Joseph Weber (1919-2000), com
81 anos. Weber é conhecido por suas investigações sobre as ondas
gravitacionais, mas também trabalhou com espectroscopia de microondas e e
eletrônica quântica. Mais informações em:
http://physicsweb.org/article/news/4/10/4

2 - Satélite franco-brasileiro: "Em entrevista coletiva à imprensa ontem
(10/10), o diretor do INPE, Marcio Barbosa, fez um balanço sobre os
resultados do 51º Congresso Internacional de Astronáutica (IAC), realizado
no Rio de Janeiro, entre os dias 2 e 6 de outubro." Entre várias outras
coisas - incluindo o andamento de várias parcerias do Brasil com outros
países na construção de satélites artificiais -, Marcelo Barbosa revelou que
"a construção dos componentes do microssatélite Franco-Brasileiro, com
missão tecno-científica, deverá ter início neste ou no próximo mês (...). O
satélite está orçado em US$ 10 milhões, rateados pelos dois países. O
microssatélite deverá estar pronto para o lançamento no final de 2003."
Estas citações e uma súmula do restante do relato de Marcelo Barbosa
encontram-se no site do boletim informativo do INPE:
http://www.inpe.br/cri/indice.html

3 - Inter-American Workshop on the use of Synchrotron Radiation for
Research and Symposium on Nanotechnologies: terá lugar no Laboratório
Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), em Campinas, SP, de 10 a 13 de fevereiro
de 2001. Inscrições até dia 20 de outubro de 2000. Detalhes em
http://www.lnls.br/IAWS%20FEVEREIRO%202001/second%20circular.htm
ou no site do LNLS:
http://www.lnls.br/

Até a próxima...
Belisário

-----------------------------------------------------
Roberto Belisário Diniz
rbdiniz@terra.com.br
Laboratório de Estudos Avançados de Jornalismo (Labjor)
http://www.uniemp.br/labjor/
Veja também: Revista Com Ciência
http://www.comciencia.br
-----------------------------------------------------




SUBJECT: Psicanálise - Com Ciência
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: Ciencialist - grupo de discussão <ciencialist@egroups.com>
DATE: 12/10/2000 00:28

O tema da revista Com Ciência deste mês são os 100 anos de A
Interpretação dos Sonhos, de Sigmund Freud. A Com Ciência é publicada pelo
Labjor e pela SBPC.

http://www.comciencia.br

Índice desta edição:

INTRODUÇÃO:

1 - O poeta é um sonhador
Poema de Carlos Vogt

REPORTAGENS:

2 - Conflito e cultura a partir da obra de Freud

3 - A influência de Freud na cultura brasileira

4 - Cronologia

5 - Fim do séc. XIX: efervescência científica

ARTIGOS:

6 - O que é a psicanálise
Artigo de Maurício Knobel

7 - Sonho, o despertar de um sonho
Artigo de Fabio Herrmann

8 - Freud e Jung: a cisão com o príncipe herdeiro
Artigo de Ulisses Capozoli

9 - Freud e Lacan
Artigo de Marcia Szajnbok

10 - Freud e Reich: duas matrizes
Artigo de André Valente de Barros Barreto

11 - A psicanálise no Brasil
Artigo de Luiz Carlos Uchôa Junqueira Filho

12 - Cartas freudianas
Artigo de Mariza Corrêa

13 - Psicanálise psicanalítica
Artigo de Sílvio Saidemberg

14 - Do começo ao fim
Artigo de Daniel Delouya

15 - Psicanálise e arte
Artigo de Giovanna Bartucci

16 - Coincidência ou Freud explica?
Artigo de Carlos Vogt

17 - Pré-história do sonho
Artigo de Yannick Ripa

18 - Homenagem a Hélio Pellegrino
Artigo de Miriam Chnaiderman

RESENHAS:

"A Interpretação dos Sonhos" (Sigmund Freud)
"Freud: Conflito e Cultura" (Michael Roth)
"Freud: a conquista do proibido" (Renato Mezan)
"Viena fim-de-siècle" (Carl Schorske)

ENTREVISTAS:

Luis Alfredo Garcia-Roza
Alberto Dines
Amélia Vasconcelos

NOTÍCIAS
"Vida e Obra de Freud no MASP"
E outras. Atualização semanal.

OFJOR -
Crítica da Mídia: "A última partícula: desencontro de informações". E
outros.

LINKS - links de mídia, pseudociência, história da ciência, instituições
científicas e outros.

OPINIÃO - Painel do leitor, com espaço para comentários e artigos.

Boa leitura!
COM CIÊNCIA - http://www.comciencia.br
LABJOR - http://www.uniemp.br/labjor

-----------------------------------------------------
Roberto Belisário Diniz
rbdiniz@terra.com.br
Laboratório de Estudos Avançados de Jornalismo (Labjor)
http://www.uniemp.br/labjor/
Veja também: Revista Com Ciência
http://www.comciencia.br
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SUBJECT: Re: Notícia do dia
FROM: "Neville" <neville@catanduva.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 12/10/2000 03:19


roberto takata >>
uma pergunta: eh possivel aplicar nocoes de termodinamica na economia?
(jah q. falaram em principio de lavoisier)

neville ->
Caro Roberto
Há dois aspectos:
1-
Nos bons tempos de escola, cheguei a pensar em escrever um artigo a respeito
do que eu chamei de "entropia social", no sentido de quantificar a produção
de entropia irreversível devida ao trabalho inútil realizado na sociedade.
A grosso modo, parece que a tarefa não é tão difícil, bastando haver um
conjunto de bons dados estatísticos. A meu ver, a coisa complica à medida
que seria necessário uma vasta descrição do comportamento sócio-energético,
incluindo produção e consumo de materiais perecíveis e definição de
materiais permanentes, e uma razoável dose de chutômetro a respeito das
frações de utilidade ou inutilidade de cada ação social.
Mas como dizia o velho Mao: uma viagem de 1000 km começa com o primeiro
passo.

2-
No caso da construção de um ferramental matemático para tratamento da
Sociologia baseado no modelo termodinâmico (neste ponto, que me perdoe o
Bom Doutor ), acho que sai mais caro o molho do que o frango. Creio
que é viável sim a montagem de um modelo matemático, olhando a
termodinâmica de soslaio, mas nunca como uma aplicação direta da sua
fenomenologia.
----------------------------
rt >>
analisemos o caso do brasil. o governo diz q. a entrada de empresas
estrangeiras eh bom para o pais porq. traz investimentos. bem, sao
investimentos e nao doacoes, o q. significa q. esse dinheiro aqui
aplicado devera' ser retornado futuramente e com ganhos.

nm ->
Nesse ponto a Economia é fantástica. Ela consegue superar a lei de
Lavoisier; com uma simples continha de juros você toma o valor de uma
riqueza, aplica uma taxa e pronto: você criou mais riqueza sem gastar
energia e sem produzir absolutamente nada, a não ser uma nota de cobrança.
Alem do mais os economistas superaram de longe os físicos e até os
escritores de ficção científica: eles conseguem viajar no tempo e no espaço
muito antes de qualquer cientista pensar nisso. Eles conseguem gastar hoje
um
valor que só será produzido no futuro. Eles conseguem democraticamente
fazer você pagar dividas de que nunca ouviu falar. Eles conseguem voltar
para o passado e matar o próprio avô.
Convenhamos são artistas, são mágicos, são surrealistas; nenhum cientista
jamais conseguirá lhes chegar aos pés.
Só não dou risada porque somos nós que temos de pagar a conta.
---------------------
rt>>
... prosseguindo chegamos ao conceito de q. o único setor gerador de
riquezas eh o setor primario (agricultura e extrativismo: mineracao,
petroliferas, exploracao de biomassa nativa...).

nm ->
Esse é um dos pontos a ser quantificado como produção de entropia reversível
(descontados os desperdícios). De certa forma a aplicação aqui dos conceitos
termodinâmicos, traria uniformidade de linguagem e facilidades no manuseio
das variáveis ( embora, muitas vezes não passasse de troca de nomes - e
mesmo assim fosse, já seria importante).
-----------------------
rt>>
facamos um grafico (bastante simplificado) dessas relacoes:

nm ->
Vixe ! Aquí embaralhou a figura. Até que um HTML ajudaria.
--------------------------------------
rt>>
Ao q. dizem num mercado perfeito valeria a lei da oferta e da procura do
titio adam smith... nao corresponderia essa nocao de mercado perfeito a um
sistema fechado ou mesmo isolado?

nm ->
Mercado perfeito e gases perfeitos tem algo em comum: não existem !
(Ficção por ficção, até que dá para comparar).
---------------------

abraços
neville





SUBJECT: CAUSOS - Euler x Diderot
FROM: "Neville" <neville@catanduva.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 12/10/2000 03:53

O "causo" de hoje foi tirado do livro "O Ultimo Teorema de Fermat".
É impressionante como o autor, Simon Singh, consegue transformar um assunto
de uma aridez desértica em um livro envolvente e com, até, momentos de
suspense. Bem verdade que há vários trechos repetitivos e uma compreensível
encheção
de lingüiça, mas, no geral, vale a pena.

Vamos ao causo:
_______________________

Euler foi, sem duvida um dos maiores matemáticos europeus e praticamente
"pai" da Topologia. Dono de uma engenhosidade insuperável, totalmente
despojado de bens, vivia patrocinado pela nobreza, que o mantinha como uma
espécie de atração cultural. Dizia-se que era capaz de resolver qualquer
tipo de problema.

Catarina, a Grande, convidara Euler para passar alguns anos na sua corte e,
durante uma temporada, convidou também o famoso enciclopedista francês, o
filósofo Denis Diderot.

Diderot era ateu "militante" e passava o tempo argumentando e tentando
convencer cortesãos ao agnosticismo.
Catarina, irritada com os ataques à Igreja, pediu a Euler que desse uma
demonstração matemática da existência de Deus a fim de calar o convidado
inconveniente.

Euler não queria interromper seu estudos e sabedor que Diderot nada
entendia de matemática, marcou logo um serão a fim realizar o embate
teológico e atender a Rainha.

Toda a corte acorrera e Euler apresentou-se diante da audiência anunciando:

"Senhor, ( a- b**x)/n = x , portanto Deus existe. Refute !"

Sem entender nada de álgebra, Diderot, perplexo, foi incapaz de argumentar
contra o maior matemático da Europa.
Humilhado, Diderot deixou S. Petersburgo e voltou para Paris e Euler voltou
imediatamente aos seus estudos de topologia.
___________________________
[s] Neville





SUBJECT: CAUSOS - Euler x Diderot - Para o historiador Dirk Struik, o incidente nao aconteceu
FROM: Paulo Sérgio Dias <psdias@zaz.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 12/10/2000 09:46

Neville:

> Sem entender nada de álgebra, Diderot, perplexo, foi incapaz
> de argumentar contra o maior matemático da Europa.
> Humilhado, Diderot deixou S. Petersburgo e voltou para Paris
> e Euler voltou imediatamente aos seus estudos de topologia.


- Tambem li o livro "O Ultimo Teorema de Fermat" e,
como voce, gostei muito.

- Gostaria apenas de esclarecer um ponto a respeito do
caso que voce encontrou no livro, a respeito de Euler x Diderot,
evidentemente NAO PARA CRITICAR a sua mensagem, mas sim para
esclarecer a visao de todos nos.

- Segundo o historiador da Matematica Dirk Struik, essa
historia nao pode ser veridica, pois contraria tudo o que se sabe
sobre o carater de Euler, que apesar de ser um dos maiores matematicos
de todos os tempos, tinha uma humildade muito grande, a ponto ate' de
deixar de publicar diversas de suas descobertas, para que outros
matematicos, seus alunos, os publicassem primeiro (sem mencao ao
nome de Euler). Diderot, por sua vez, era homem de vasta cultura,
um dos organizadores da "Enciclopedia" francesa. Ele (Diderot)
nao e' considerado um matematico profissional, mas escreveu sobre
temas matematicos que nao sao nada elementares. Por isso, certamente
Diderot conhecia pelo menos um minimo sobre algebra, de modo que ele
facilmente poderia ter percebido o que significa a expressao
(a + b^n)/ = x, e imediatamente respondido a Euler que tal equacao
nao tem qualquer relacao com a existencia ou nao de Deus.
Para Struik, portanto, a historia e' falsa.

- A seguir, cito um trecho do livro "Historia Concisa da Matematica",
de Dirk Struik, da editora Gradiva (Portugal), 4a. edicao.,
capitulo VII, secao 7, pagina 208:

----------------------------------------------------------------------
"Existe uma historia muito citada acerca de Euler e Diderot, segundo a
qual Euler, num debate publico em Sampetersburgo, conseguiu embaracar
o livre-pensador Diderot, clamando que possuia uma demonstracao
algebrica da existencia de Deus:


'Senhor, (a+b^n)/n = x; por isso, Deus existe. Responda, por favor.'

"E' um bom exemplo de uma ma' anedota historica, pois o valor de uma anedota
acerca
de uma personalidade historica repousa na faculdade de ilustrar certos
aspectos do
seu carater. Esta anedota serve para obscurecer qer o carater de Diderot,
quer o de
Euler. Diderot sabia matematica e escreveu sobre involutas e
probabilidades, e nao
ha' razao para pensar que o brilhante euler se tenha comportado daquela
forma
asinina. A historia parece ter sido cozinhada pelo matematico ingles De
Morgan
(1806-1871). Ver L. G. Krakeur e R. L. Krueger, Isis, vol. 31, 1940, pp
431-432;
ver tambem vol. 33, 1941, pp. 219-231. E' verdade que no seculo XVII havia
uma
discussao ocasional sobre a possibilidade de uma demonstracao algebrica da
existencaia de Deus; Maupertuis tentou arranjar uma; ver a Diatribe de
Voltaire, CEuvres, vol. 41, 1821, pp. 19 e 30. Ver tambem B. Brown, Amer.
Math. Monthly,
vol. 49, 1944, e R. J. Gillings, Amer. Math. Monthly, vol. 61, 1954, pp.
77-80."
----------------------------------------------------------------------------
----

- A historia de Euler e Diderot aparece em diversos livros de Matematica.
Porem,
historiadores profissionais da Matematica, como Carl B. Boyer ou Howard
Eves,
NAO MENCIONAM essa passagem, nos capitulos referentes a esse periodo
historico
da Matematica. Alem disso, como Dirk Struik e' um historiador da
Matematica,
acredito que tenha condicoes de refutar o incidente acima, considerando-o
apenas como uma "anedota".

- Gostaria de solicitar aos amigos da lista que, se alguem conhece mais
historias
parecidas sobre personalidades conhecidas da ciencia, e que posteriormente
se revelaram como "lenda" enviassem para a lista, ou pelo menos para meu
e-mail pessoal, caso considerem que estamos fugindo do escopo.

- Cito como um outro exemplo o caso "Como medir a altura de um predio
atraves
de um barometro", que supostamente envolvia os fisicos Rutherford e Niels
Bohr,
e que ha' pouco tempo apareceu na lista.

[]'s
Paulo Sérgio Dias
psdias@globo.com.br




SUBJECT: Re: CAUSOS - Euler x Diderot
FROM: "Neville" <neville@catanduva.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 12/10/2000 13:48

Caro Paulo Sérgio

Evidentemente trata-se de uma anedota muito ao gosto dos bufões da época e
que não condiz com o que se sabe do caráter dos protagonistas.

Agradeço-lhe a veemente defesa da reputação de Euler, pois também sempre o
considerei um paradigma de dedicação, humildade e honestidade - chegando ao
estoicismo até.

Li em algum lugar "ser fácil imaginar Euler, já praticamente cego de um dos
olhos, trabalhando à luz de velas de sebo em sua biblioteca aquecida por
uma pequena lareira, escrevendo as vezes com a mão esquerda devido a fortes
dores reumáticas da outra mão, com um filho pequeno dormindo no colo e um
gato (sic) no ombro ..."

Ora, uma tal imagem - que aponta o lado domestico e humano do cientista - é
bastante incoerente com a agressividade e falta de dignidade intelectual
exposta na anedota.
Acredito até que possa ter ocorrido alguma argumentação entre Euler e
Diderot, à qual, bufões sem nada entender, reduziram a uma simples frase
irresponsável.

Confesso que relutei um pouco em escrever o presente "causo" por
considera-lo indigno ao grande matemático, mas, por se tratar de assunto
divulgado na literatura recente e também por conter uma velada crítica a
costumeiras argumentações, achei interessante divulga-lo.

Houve falha minha em não ter colocado uma nota alertando sobre a não
confiabilidade da informação, a qual considerei implícita aos costumeiros
causos aquí apresentados.

Grato pela atenção.

[s] Neville







SUBJECT: Re: CAUSOS - Euler x Diderot
FROM: "Andre R. D. Baptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 13/10/2000 08:36


Olá pessoal,


O livro do Simon Singh (o último teorema de fermat) realmente é muito
bom, apesar da inclusão dessa anedota inverídica. Muitas vezes esse
tipo de anedotário científico é copiado de livro para livro
automaticamente, são poucos os autores que se dão ao trabalho de
checar as fontes originais. Quem escreveu alguns ensaios interessantes
sobre esse assunto foi S. J. Gould. Ele inclusive se deu ao trabalho
de traçar a origem dessas histórias, que passam a se reproduzir de
livro para livro, talvez porque sejam engraçadas, caricatas e
simplificadoras, bem ao gosto de autores preguiçosos.

Uma história famosa que parece tratar-se de pura anedota é a história
do famoso "ovo de colombo", que teria sido usado por Colombo para
explicar aos bispos da Espanha a "redondeza" da terra. Na verdade
desde a antiguidade já se sabia que a terra é aproximadamente
esférica. Esse conhecimento não se perdeu na idade média; apenas um ou
dois autores menores dessa época defenderam a teoria da "terra plana".
Parece que a discussão entre Colombo e os bispos era sobre a distância
entre a europa e a ásia pelo oeste. Os Bispos teriam o número correto,
enquanto Colombo teria acochambrado os cálculos para obter um número
menor, o que tornaria viável a expedição com os recursos disponíveis.
Pelo menos nesse caso, ponto para a Igreja. A sorte de Colombo foi que
no meio do caminho havia um continente, a américa, senão a expedição
teria perecido no meio do caminho por falta de recursos. E Colombo
morreu pensando que tinha chegado na ásia (ou isso é outro mito?).
Essa história está em algum ensaio de S. J. Gould, se alguém quiser eu
procuro.

Voltando ao Simon Singh, ele escreveu um novo livro, chamado "The Code
Book : The Science of Secrecy from Ancient Egypt to Quantum
Cryptography" . Parece que esse livro é ainda melhor que o anterior,
segundo comentários. O autor incluiu alguns códigos para serem
decifrados pelo público, alguns criados por ele próprio e outros
tirados de autores antigos, como o escritor E. A. Poe, e ofereceu um
premio de U$15.000,00 para o primeiro que decifrasse todos. Uma equipe
de matemáticos nórdicos parece que conseguiu a proeza essa semana,
após o equivalente a 70 anos de trabalho computacional. Infelizmente
esse livro ainda não foi lançado em português. Mas pelo sucesso do
anterior, espero que seja lançado em breve (se não for até o final do
ano, vou comprar o original mesmo).

abraços,

André Baptista



SUBJECT: Dialogos
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 13/10/2000 10:43

Caros Net-Amigos da Ciencialist

Estou tentando ampliar o meu Web Site (Espaço Científico Cultural) a ponto
de encaixar as seguintes seções:

1) Física
2) Filosofia da Ciência
3) Novas Teorias
4) Diálogos
5) Educação Superior
6) Internet e Outros Assuntos
7) Links

No momento estou preparando a sessão diálogos, a retratar threads a meu ver
importantes e relacionadas com a temática central do Web Site e acontecidas
em Listas de Discussão e/ou Newsgroups.

Escolhi algumas threads da Ciencialist e criei páginas que ordenam as mesmas
e enviam o leitor para as páginas específicas das mensagens na Ciencialist
que, como todos sabem, é uma lista de leitura pública, ainda que de postagem
restrita aos inscritos na mesma.

Para que vocês possam entender o procedimento, fiz um ensaio que pode ser
observado clicando-se em http://sites.uol.com.br/albmesq/Dialogos/me.htm .
Neste URL está a thread "Mecanismo da Existência" com suas ramificações.
Adicionei também alguns e-mails de assuntos relacionados e discutidos em pvt
com o Ozelo, e espero que ele concorde com a inclusão.

Gostaria de opiniões e críticas, antes de incluir as páginas em meu Web
Site. Na página há também um link para a página inicial da Ciencialist
(clicando-se na figura ciencialist.gif).

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: 'termoeconomia'
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 13/10/2000 16:07

>> isso parece corresponder a um fluxo de energia regrada por relacoes
>> termodinamicas...

>Nao creio, pois existe as inflacoes, taxas de juros, valor de acoes
>etc.. ou seja muito mais variaveis e complexidade q num sistema
>termodinamico ( acho ). -- Barcellos, 11/10/2000

bem, nao dou garantia nenhuma do q. expus antes e do exponho agora --
serve apenas como exercicio imaginativo.

valor agregado, inflacao, juros, etc... isso faz parte do 'jogo' de soma
zero -- se alguem perde, alguem sai ganhando, o q. faz com q. nao haja
violacao do 'principio da conservacao de energia' aplica 'a economia (ou o
principio de lavoisier monetario-financeiro). o dinheiro nao estah saindo
do nada: se eu vendo um produto por um preco maior do q. o valor de custo
(lucro, mais-valia), alguem estah me pagando o lucro... alguem estah
deixando de comprar outra coisa por causa do meu lucro (ou retirando de
outra pessoa -- embora nao entenda porcaria nenhuma de economia: estou
usando algumas expressoes do 'economes', mais pra fazer pressao do q. por
dominio ou precisao de linguagem, tenho por mim q. nao devemos
despersonalizar as analises economicas: a macroeconomia eh o sr.
greenspan, o sr. malan, o sr. arminio fraga, era o sr. camdessus... a
microeconomia eh o seu zeh da padaria, a da. mercedes q. compra na padaria
do seu zeh e ateh o sr malan qdo compra ou manda comprar paozinho fresco
na padaria do nequinha... ou o caviar no carrefour...).

o q. pareceria violar o principio da conservacao eh o 'jogo' de soma
positiva: qdo as partes envolvidas ganham -- a dona mercedes do 15 fica
feliz com o dvd novo e a vendedora eunice fica feliz porq ganha uma
comissaozinha pra completar o seu salario arrochado. eh q. neste caso
estaremos ignorando o ambiente do sistema da. mercedes/srta. eunice. o dvd
eh feito com silicio, cadmio, petroleo, estanho, ouro, niquel, etc...
retirado de minas e pocos. da. eunice ganha dinheiro q. provem do seu
trabalho como auditora da receita federal: ela come alimentos q. foram
gerados com recursos do ambiente (agua + CO2 + luz) e os devolve na forma
de dejetos e sobras, ela tbm polui o ar com o seu carro a gasolina, usa a
eletricidade (perdoes, leo) gerada por uma hidreletrica q. alagou uma
vasta area de alta biodiversidade (a mesma hidreletrica q. abastece a
fabrica do dvd) e assim por diante...

os minerais do dvd foram formados no nucleo de uma estrela antecessora do
sol - via fusao nuclear alimentada pela gravidade de suas particulas. o
petroleo, alem dos elementos formados nessa mesma estrela, armazena a
energia solar da estrela sucessora (energia luminosa tbm proveniente da
energia gravitacional das particulas do sol). a hidreletrica tbm obtem
energia indiretamente da energia gravitacional do sol, idem para a da.
mercedes e srta. eunice.

e o pedrinho santa cruz q. vive na rua em frente ao trabalho da da. eunice
tbm sai perdendo, jah q. deixou de receber assistencia social porq. da.
mercedes usou o dinheiro para comprar um dvd pra ela e nao pra contribuir
com uma entidade de atendimento ao menor. q. tbm nao recebe verba
governamental porq. o orcamento nao comporta essa despesa, comprometido q.
estah em honrar o bom nome do brasil no mercado globalizado pagando
rigorosamente em dia os juros e servicos da divida publica nacional. juros
q. leva tbm parte dos impostos pagos pela da. mercedes, srta. eunice e a
mae do pedrinho santa cruz qdo consegue comprar pao na padaria do seu
zeh...

de qq forma creio nao proponho nenhuma novidade ao sugerir fechar as
contas financeiro-economico-politicas ao incluir o ambiental (e o social)
-- se nao me engano um ou dois nobeis de economia andaram propondo algo
nessa linha (nao sei se eles pretendiam fechar a conta, mas estou quase
certo de q. incluiam a variavel ambiental nas analises economicas --
incluindo o crash de 29).

sistemas termodinamicos nao sao necessariamente previsiveis (ou ao menos
facilmente previsiveis), nao conseguimos prever o comportamento de uma
pessoa e nos somos um sistema termodinamico... a economia como resultado
de acao de um grupo de pessoas talvez seja ainda mais sujeito a variacoes
caoticas (se bem q. isso depende de como estao organizados os
componentes...).

embora nao seja um modelo completo, especulando, talvez possa ser
utilizado para prever onde eh q. vao parar os investimentos governamentais
em certas politicas... claro q. no caso do brasil eh facil ver q. vai
parar quase todo no sistema financeiro (nacional e estrangeiro), fora
alguns grandes vazamentos e incontaveis menores no sistema via
corrupacao... claro, como vc disse, o problema eh identificar e
caracterizar as principais variaveis envolvidas - mas acho q. dah pra
tentar delinear alguma coisa:

- o montante de vendas no comercio;
- o valor de impostos recolhidos;
- o rendimento medio das pessoas;
- o valor das safras agricolas;
- os gastos governamentais com subsidios, saude, educacao, folha de
pagamento, beneficios sociais...
- o valor dos juros do sistema financeiro...

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Suiços quebram codigo mais difícil do mundo
FROM: "Andre Baptista [AL]" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 13/10/2000 16:13

http://idgnow.uol.com.br/idgnow/pcnews/2000/10/0028

Um time de suíços foi responsável por uma façanha que
entrará na
história da computação: quebrar um código de de 512 bits,
considerado
pelos especialistas como o mais difícil do mundo. O grupo levou o
equivalente a 70 anos de "tempo de computador" para decifrar a
charada, que continha 10 caracteres e foi criada por Simon Singh,
autor do best-seller "The Code Book".
"Trata-se do código mais difícil já criado", disse Singh,
informando
que os vencedores - liderados por Fredrik Almgren - ganharam um
prêmio de US$ 15 mil. Almgren trabalha em uma empresa de
segurança de
Internet e desvendou o código em um ano, utilizando um software
desenvolvido por um colega.

Singh, doutor em Física pela Universidade de Cambridge, demorou
dois
anos para bolar o desafio, juntamente com o Dr Paul Leyland,
funcionário da Microsoft em Cambridge. Segundo o cientista, o fato
de
o código ter sido quebrado não significa que a segurança da
Internet
esteja comprometida. "Afinal, foi necessário um ano de
dedicação de
três profissionais especializados e o uso de computadores muito
sofisticados para realizar a tarefa", comentou.






SUBJECT: 'termoeconomia'
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 13/10/2000 16:17

parece q. o grafico ascii se corrompeu para alguns,

fiz um desenho q. deixei disponivel em:

http://www.ib.usp.br/~rmt/biologia/cibereconoecologia.html

[nao levem a serio esse nome, nem o do titulo... eh soh uma brincadeira,
como essa especulacao toda de minha parte.]

acho q. quem tiver a pachorra de conferir nao encontrara' muitas
dificuldades em entender o grafico sem um texto explicativo: cada um deve
encontrar diversos exemplos reais q. corresponderiam a cada uma das
setas da figura...

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: 'termoeconomia'
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 13/10/2000 19:22

Desculpem-me por me alongar nesta linha -- mas talvez surja algo
interessante disto...

'A economia nao e' um jogo de soma zero.' - Joao Miranda 13/10/2000

Eu nao disse q. a economia fosse jogo de soma zero, eu disse q. alguma
relacoes dentro do 'jogo' economico era de soma zero: 'inflacao',
'juros'...

A questao do comercio, na propria mensagem, exemplificava q. seria, em
tese, um jogo de soma positiva: o DVD q. da. Mercedes comprou.

O q. argumentei eh q. o segundo caso pareceria violar a primeira lei da
termodinamica (a conservacao de energia), caso fossemos analisar sob esse
enfoque. E o primeiro caso, pareceria violar a segunda lei (entropia
positiva).

Eu propus (sem a intencao de ser original) q. essa aparente contradicao se
devia por nao se analisar o q. ocorria com o ambiente ao redor do sistema.

No caso do Crusoe e Sexta-Feira - ao se alimentarem, eles estarao de fato
tendo um lucro. A entropia deles tera' diminuido. Mas se incluirmos o
ambiente, podemos verificar q. o aumento de entropia do ambiente foi maior
do q. a diminuicao de entropia de Crusoe e Sexta-Feira somados.

Ao fazerem escambo, eles isoladamente ganharao com isso. Mas, de novo,
esse ganho se da' em detrimento do ambiente -- eles predarao mais peixes e
frutos.

Nao q. isso tenha uma conotacao necessariamente ruim. Depende do modo como
sera' administrada essa exploracao do ambiente da ilha. (Sugere-se q. os
Rapa Nui da Ilha de Pascoa pereceram por super-explorarem os recursos da
ilha, acabando com a madeira disponivel...)

O q. vejo eh q. com a inclusao do ambiente na analise economica passamos a
ter um jogo de soma sempre negativa, o q. compatibilizaria com uma analise
termodinamica. Claro, eh pura especulacao de minha parte, inda mais q. nao
manjo de economia, nem de termodinamica -- bom frisar.

------------
Sobre a evolucao da situacao da ilha para um sistema de exploracao de
homem sobre homem ha varios modos.

Crusoe, um caucasiano acostumado aos confortos ocidentais sucumbe 'a vida
miseravel da ilha e tem uma crise nervosa. Sexta-Feira aproveita para
conforta'-lo com palavras misticas, passando a exercer uma forte
influencia psicologica sobre Crusoe. Sexta-Feira convence Crusoe de q. ele
deve realizar certos trabalhos para amainar a furia divina (ou compensar o
seu karma)...

Sexta-Feira fica doente, Crusoe, com algum conhecimento de medicina,
trata-o. Sexta-Feira sente-se com uma eterna divida de gratidao.

Sexta-Feira eh mais forte q. Crusoe. Sob ameaca de morte, Crusoe eh
escravizado.

Crusoe possui uma faca, trazia consigo uma linha de nailon. Ele empresta
seu material em troca de peixes e frutos de Sexta-Feira -- como Sexta
depende completamente do equipamento de Crusoe, este exige uma particao
desvantajosa para Sexta.

Crusoe tem mais necessidade de frutos de Sexta do q. este dos peixes
daquele.
------------

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Artigo do Gould
FROM: Paulo Sérgio Dias <psdias@zaz.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 14/10/2000 08:46

Andre':

> Essa história está em algum ensaio de S. J. Gould, se alguém quiser eu
> procuro.
>

- Eu gostaria de ler o artigo.
Caso você tenha tempo para procurar...


[]'s
Paulo Sérgio Dias
psdias@globo.com.br






SUBJECT: Navalha de Okan
FROM: Paulo Sérgio Dias <psdias@zaz.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 14/10/2000 08:49

Amigos:


a) Alguem sabe de onde surgiu o termo
"Navalha de Okan" ? (Okam ? Ocan ? Ocam ?)

- Ele diz mais ou menos o seguinte:

"Quando temos diversas hipoteses para
explicar um determinado fenomeno, devemos
escolher a mais simples delas"

b) Isso de fato e' um habito dos cientistas,
ou nao passa de um "ditado cientifico" ?


[]'s
Paulo Sérgio Dias
psdias@globo.com.br




SUBJECT: Re: Artigo do Gould
FROM: "Andre R. D. Baptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 14/10/2000 19:02

Olá Paulo,

O ensaio mencionado se chama "The Late Birth of a Flat Earth" ("O
Nascimento Tardio de uma Terra Plana") e está no livro "Dinosaur in a
Haystack" ("Dinossauro num Palheiro") de 1995.
Não tenho o ensaio digitalizado, mas aí vai um trecho traduzido:

... (...)...
Bede (673-735) claramente apresenteu sua concepção clássica da terra
como uma esfera no centro do cosmos ....(....) Virtualmente todos
os grandes estudiosos medievais afirmavam a redondeza da terra. (...)
Roger Bacon (1220-1292) e Thomas Aquinas (1225-1274) afirmaram a
redondeza via Aristóteles e seus comentaristas arábes, assim como os
maiores cientistas dos últimos tempos medievais, incluindo John
Buriden (1300-1358) e Nicholas Oresme (1320-1382).
Então quem estaria defendendo uma terra plana (...)? (...) dois
personagens minimamente significantes, chamados Lactantius (245-325) e
Cosmas Indicopleustes, que escreveu sua "Topografia Cristã" em
547-549. (...) Mas ambos os homens desempenharam um papel menor no
pensamento medieval (...)

O ensaio todo é muito interessante, assim como a maioria dos ensaios
de Gould. Recomendo todos seus livros, se possível no original em
inglês. Ele mistura ciência, arte e literatura (e as vezes beisebol e
até fofocas) com competência e erudição.

abraços,

André Baptista




-----Mensagem Original-----
De: "Paulo Sérgio Dias" <psdias@zaz.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Sábado, 14 de Outubro de 2000 08:46
Assunto: [ciencialist] Artigo do Gould


> Andre':
>
> > Essa história está em algum ensaio de S. J. Gould, se alguém
quiser eu
> > procuro.
> >
>
> - Eu gostaria de ler o artigo.
> Caso você tenha tempo para procurar...
>
>
> []'s
> Paulo Sérgio Dias
> psdias@globo.com.br
>
>
>
>
>
> -------------------------- eGroups
Sponsor -------------------------~-~>
> Tellme Sports. Tellme Stocks. Tellme News. Just Tellme.
> http://click.egroups.com/1/9530/18/_/19424/_/971520587/
> --------------------------------------------------------------------
-_->
>
> *** --- ***
> Para sair da lista envie um mail para:
> ciencialist-unsubscribe@egroups.com
> *** --- ***
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Navalha de Okan
FROM: "Marcio Botelho" <marciobotelho@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 14/10/2000 22:37

Paulo Sérgio Dias escreveu:
> Amigos:
> a) Alguem sabe de onde surgiu o termo
> "Navalha de Okan" ? (Okam ? Ocan ? Ocam ?)
> - Ele diz mais ou menos o seguinte:
> "Quando temos diversas hipoteses para
> explicar um determinado fenomeno, devemos
> escolher a mais simples delas"
> b) Isso de fato e' um habito dos cientistas,
> ou nao passa de um "ditado cientifico" ?
Caro Paulo,
vc poderá encontrar a resposta neste endereço, que corresponde à
Enciclopédia de Termos Lógico-Filosóficos da Sociedade Portuguesa de
Filosofia:
http://bd1.bn.pt/enci/search.pl?op=get&number=48&name=navalha+de+Ockham&high
=navalha

Abraços,
Márcio.



SUBJECT: Re: Navalha de Okan
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 15/10/2000 21:56

--- In ciencialist@egroups.com, Paulo Sérgio Dias wrote:

> a) Alguem sabe de onde surgiu o termo
> "Navalha de Okan" ? (Okam ? Ocan ? Ocam ?)

Vide "What is Occam's Razor?" em "Physics FAQ":
http://math.ucr.edu/home/baez/physics/occam.html

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: BIOETICA
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO:
DATE: 16/10/2000 08:48

Folha de Sao Paulo , 14/10/2000

O biólogo Richard Dawkins, autor de "Desvendando o Arco-Íris"

BIOÉTICA
Richard Dawkins diz que clonagem e manipulação genética são inevitáveis
e que sociedade deve apressar esse debate
Biólogo prevê alteração da espécie humana

JOSÉLIA AGUIAR
ENVIADA ESPECIAL A OXFORD


Decifrar toda a coleção de genes que compõe a vida humana permitirá que
dois pacientes com a mesma doença venham a receber tratamentos
diferentes, sob medida, para que sejam curados. Pais poderão escolher
como será seu filho -da cor dos olhos ao gosto intelectual. E mais:
clones humanos são mesmo inevitáveis.
Os três cenários são imaginados pelo biólogo britânico Richard Dawkins,
59, enquanto observa o final de tarde através da janela da sala de sua
casa em Oxford.
"Reconheço que definir como será uma criança é uma idéia impopular,
principalmente por causa de Hitler. Antes dele, teria sido popular, mas
agora se tornou um tabu central", admite Dawkins, com voz pausada,
depois de sorver mais um gole de chá com leite.
O cientista diz que o debate ético sobre as possibilidades abertas pela
ciência deve se adiantar às próprias descobertas científicas. Para
Dawkins, o clone humano acabará sendo produzido.
"Antes que a ovelha Dolly fosse clonada, eu achava que seria
extremamente difícil, talvez impossível. Depois disso, vi que minha
percepção estava errada. Não há motivos para dizer que um clone humano
não é possível. Se alguma coisa pode ser feita, será."
Dawkins diz que governos podem tentar interromper pesquisas nessa área,
mas elas ocorrerão de algum modo. "Serão interrompidas ou adiadas,
talvez, nos grandes centros de pesquisa nos EUA e em outros países, mas
serão feitas na China ou em Cingapura, no instituto privado de algum
multimilionário". O cientista pondera que governos deveriam se tornar
mais flexíveis em relação a essas pesquisas, para que elas sejam feitas
nos melhores laboratórios.
Esta semana, uma seita chamada Movimento Raeliano anunciou no Canadá que
vai tentar produzir clones. Um casal americano já teria pago US$ 500 mil
para obter cópia da filha morta.
Dawkins acaba de publicar no Brasil "Desvendando o Arco-Íris", pela
Companhia das Letras, no qual apresenta a ciência como antídoto para o
torpor cotidiano.
Para o seu leitor, ou interlocutor, ele explica as mais intricadas
teorias sobre evolução humana com analogias, metáforas e trechos de
poemas -foi, aliás, de um verso do poeta romântico John Keats
(1795-1821) que ele pegou emprestado o título do livro.
Em Oxford, Dawkins é titular da primeira cátedra de compreensão pública
da ciência. Já fez programas de TV, escreve artigos para jornais e
admite uma "grande admiração" pelo astrônomo americano Carl Sagan, morto
em 1996.
"Sinto que eu e ele tentamos fazer a mesma coisa. Ele em astronomia, eu
em biologia. Nós concordamos que a verdade do Universo é bonita o
bastante para dispensar ajudas obscuras."

Ultradarwinista
Para Dawkins, não é o caso banir essas experiências usando argumentos
como "é contra a vontade de Deus" ou "é antinatural". O correto seria
pensar em quem será prejudicado. "A primeira criança clonada certamente
não será muito feliz, não terá uma vida normal. Esse é um argumento, mas
ainda assim não é um grande argumento", acrescenta.
Dawkins diz que o resultado de uma manipulação genética pode não ser tão
diferente do resultado de um cruzamento e da seleção natural. "Eu não
vejo objeções para que isso não seja considerado útil ou razoável", diz.
Como exemplo, fala dos experimentos para introduzir em tomates genes de
peixes de águas ultrageladas a fim de que o vegetal resista a
temperaturas mais baixas. "A diferença é que a manipulação genética
torna tudo mais rápido."
Do ponto de vista puramente acadêmico, ele reconhece que, com a
manipulação genética, talvez se torne difícil, em milhares de anos,
identificar a relação de parentesco entre duas criaturas que
compartilhem genes comuns.
Richard Dawkins nasceu em 1941 em Nairóbi, no Quênia, filho de um
botânico formado em Oxford. Foi educado no Reino Unido e, ainda na
adolescência, encontrou resposta para as dúvidas sobre a origem da vida
em Charles Darwin e sua teoria da evolução.
Décadas depois, Dawkins é considerado um ultradarwinista. Para alguns,
acusado de reducionista. Algumas vezes, causa polêmica por seu ateísmo
convicto.
Na seara darwinista, está do lado oposto do biólogo norte-americano
Stephen Jay Gould, seu antigo desafeto, a quem acusa de causar confusão
com analogias forçadas, generalizações preguiçosas e conclusões menos
revolucionárias do que aparentam ser.
No novo livro, Dawkins defende o uso da boa poesia científica, capaz de
levar o leitor a aprofundar a admiração pelos fenômenos naturais. No rol
dos fatores que obscurecem a verdade da natureza, ele inclui da
astrologia ao paranormal. "É possível escrever com clareza, mas o rigor
e a verdade não podem ser sacrificados."


SUBJECT: Re: Dialogos
FROM: "Ricardo Ozelo" <ozelo@radioalarme.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 16/10/2000 15:07

--- In ciencialist@egroups.com, "Alberto Mesquita Filho"
<albmesq@u...> wrote:
> Caros Net-Amigos da Ciencialist
>
> Estou tentando ampliar o meu Web Site (Espaço Científico
Cultural)
a ponto
> de encaixar as seguintes seções:
>
> 1) Física
> 2) Filosofia da Ciência
> 3) Novas Teorias
> 4) Diálogos
> 5) Educação Superior
> 6) Internet e Outros Assuntos
> 7) Links
>
> No momento estou preparando a sessão diálogos, a retratar
threads a
meu ver
> importantes e relacionadas com a temática central do Web Site e
acontecidas
> em Listas de Discussão e/ou Newsgroups.
>
> Escolhi algumas threads da Ciencialist e criei páginas que
ordenam
as mesmas
> e enviam o leitor para as páginas específicas das mensagens
na
Ciencialist
> que, como todos sabem, é uma lista de leitura pública, ainda
que de
postagem
> restrita aos inscritos na mesma.
>
> Para que vocês possam entender o procedimento, fiz um ensaio que
pode ser
> observado clicando-se em
http://sites.uol.com.br/albmesq/Dialogos/me.htm .
> Neste URL está a thread "Mecanismo da Existência" com suas
ramificações.
> Adicionei também alguns e-mails de assuntos relacionados e
discutidos em pvt
> com o Ozelo, e espero que ele concorde com a inclusão.
>
> Gostaria de opiniões e críticas, antes de incluir as
páginas em meu
Web
> Site. Na página há também um link para a página inicial
da
Ciencialist
> (clicando-se na figura ciencialist.gif).
>
> [ ]'s
> Alberto
> http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm

Eu assino embaixo!!! :oD Saudações pessoal...
]['s Ozelo




SUBJECT: Re: 'termoeconomia' (fwd)
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 16/10/2000 15:15

From: Joao Mario Miranda <jmiranda@e...>
Date: Thu Sep 14, 2000 00:45am

>sistema mais simples. A minha tese e' que as propriedades da economia
>global nao sao muito diferentes das propriedades da economia de uma
>pequena ilha onde vivem Sexta Feira e Robinson Crusoe.

talvez sim... de qq forma teremos q. depois transpor os problema de
escala... em uma economia real as relacoes nao serao mantidas em proporcao
direta ao tamanho do sistema economico (seja em numeros de elementos, em
qtdade de valor circulante) -- ao menos creio q. nao sera' assim.

>transformar a luz solar em peixes. Isto quer dizer que neste caso os
>recursos naturais sao quase infinitos porque o Sol continuaria a
>brilhar durante bilioes de anos.

o meu ponto eh q. nao ha ganho em termos de entropia -- o aumento de
entropia do resto do universo eh maior do q. a diminuicao no sistema
Crusoe/Sexta-Feira.

imaginemos uma quantidade infinita de peixes e frutos para ambos -- nao
havera' sobre-exploracao no tempo de vida dos dois. mesmo assim q. farao
eles? eles tornarao o dejeto para fora, eles respiram... os dejetos
deverao ser consumidos pelos decompositores utilizando-se o oxigenio q.
tbm sera' utilizado para o metabolismo de Crusoe e de Sexta. novamente, a
fonte de energia para isso sera' o Sol.

o aumento de entropia continua ocorrendo, mas nao sera' fator de limitacao
para o tempo de vida de Crusoe e de Sexta.

e mesmo q. remota, todas as relacoes economicas passam necessariamente
pelos recursos naturais. no minimo pelo simples fato das partes estarem
vivas gracas ao consumo de recursos do ambiente.

o corte de cabelo exige instrumentos cujos componentes foram retirados do
ambiente, cozinhar na ilha exigiria o uso de lenha e de agua -- alem do
propria comida, contar piadas, dar aulas, fazer teatro 'consomem' calorias
q. serao repostas com alimentacao. a simples leitura deste email faz com
q. os pobres leitores -- se eh q. os ha' -- 'consumam' calorias aumentando
a entropia do ambiente.

como disse nao q. necessariamente essas relacoes sejam ma's -- para o
grupo em questao sao importantes.

se existe a manutencao do valor economico nessas atividades eh justamente
em funcao da exportacao de entropia para o ambiente. permita a troca de
energia no ambiente, mas impeca a troca de entropia (estou usando os
termos de modo nada preciso, espero q. nao se cause confusao em funcao
disso).

impeca Crusoe e Sexta de lancarem seus dejetos e entulhos ao mar ou em uma
regiao da ilha q. nao ocupem, digamos q. a ilha simplesmente esta'
esterilizada de microorganismos. nao demora muito para as relacoes
economicas (e todas as outras) se desfazerem qdo comecar a se acumular
esse lixo todo. (suponho q. ninguem va' ligar pra piolhos qdo estiver
atolado na imundicie.) a entrada de recursos continua liberada,
simplesmente impedimos ou refreamos a exportacao da entropia gerada --
continua a parecer-me q. a economia soh funciona dentro de um fluxo de
energia.

>Porque e' que isto aconteceu (se e' que aconteceu)?. Porque os Rapa Nui
>tomaram decisoes economicas erradas. A partir de uma certa
>altura o valor economico das arvores vivas era maior que o valor

mas repare q. o fator ambiental conta e muito. e mais sensivel se faz qdo
eh um fator limitante. o grande problema eh q. em geral esquece-se q. o
ambiente eh um recurso limitado, inda mais em uma economia de larga
escala.

para os pescadores primitivos o mar poderia parecer -- e efetivamente o
era -- um recurso inesgotavel. e por mais q. nos continuemos com essa
mentalidade, o fato eh q. nao estamos longe de esgotar o mar. a
sobre-pesca de atum, de baleia, de camarao e outros pescados ameaca
simplesmente de eliminar esses recursos. os emissarios submarinos lancam
esgotos ao mar na esperanca de q. ele tenha uma capacidade infinita de
absorve-los. isso nao ocorre. rapidamente chegamos a situacoes em q.
ultrapassamos a capacidade ambiental de suporte.

o ar esta' para virar uma commodity -- venderemos nossa cota de producao
de CO2 para os paises industrializados... a questao da biodiversidade tbm
se faz premente. as fontes alternativas de energia tbm eh uma questao
agendada nas estrategias economicas de diversos paises.

alem do petroleo, deveremos extinguir o helio em um futuro nao muito
distante (talvez reatores de fusao de hidrogenio possam fornecer isso
como subproduto).

muito disso delinea um futuro catastrofico ou pelo menos tempos bastante
'interessantes'. aqui entram os Rapa Nui (verdadeira ou nao a historia de
sua extincao) -- qdo consideramos o fator ambiental, os valores de
mercadorias e servicos podem ser alterados. eh aqui q. entra toda a
discussao de desenvolvimento sustentado e produtos 'ecologicamente
corretos'. geladeiras com refrigeracao 'a base de 'cfc' sao mais baratas
de se produzir do q. as com sistemas alternativos, mas a pressao de
consumo -- motivado por questoes ambientais -- podem tornar economicamente
viaveis a producao de geladeiras sem cfc. do mesmo modo como as crises do
petroleo viabilizam ou nao a utilizacao de fontes alternativas de energia
(embora essas crises por eqto tenham tido motivacoes politicas e
economicas, com o anunciado esgotamento das reservas petroliferas,
podemos ter outro caso de questao ambiental -- somado 'a questao da
poluicao da atmosfera pela queima de derivados de petroleo).

se os Rapa Nui tivessem incluido o fator ambiental em suas 'analises
economicas' talvez tivessem tomado 'decisoes economicas' certas (certas no
sentido de garantir a preservacao da comunidade).

voltemos a Sexta e Crusoe. nao ha peixes comestiveis na praia, mas ha
alguns deliciosos em um lago no centro da ilha. o problema eh q.
reproduzem-se muito lentamente. Sexta e Crusoe nao precisam se preocupar
com os filhos, mas querem chegar pelo menos ateh aos 80 anos. terao pelo
menos mais 50 anos pela frente. um rapido calculo e chegam 'a conclusao de
q. a pesca de 4 peixes por semana garantir-lhes-a' proteina animal pelo
periodo. diminuem a ingestao de caloria animal e compensam com a ingestao
de frutos abundantes. se esgotam o peixe, eliminam a fonte de proteina
animal e de calcio.

continua na velha cartilha economica da relacao custo/beneficio -- mas
apenas incluindo o ambiente tto no fator custo, qto no fator beneficio.
(claro q. nao eh uma tarefa facil a avaliacao disso.) e lembrando q. o
fator ambiental eh um recurso longe de ser infinito.

>- o egoismo individual que prevalece sempre sobre o bem comum.

o dilema do prisioneiro ou o idiota racional... se considerarmos q. as
relacoes humanas em geral sao de medio a longo prazo -- i.e. as chances de
novas interacoes com os individuos trapaceados sao grandes, a tentacao de
passar a perna pode ser contra-balancada. leis e codigos de comportamento
(inatos e adquiridos) compreendem esse fator.

>- o factor tempo. Cortar uma arvore e' pedir

aqui entra o fator emocional. o discurso do desenvolvimento sustentavel
tbm passa por isso. o q. observamos normalmente sao pessoas q. se
sacrificam (mais ou menos dependendo das circunstancias) para garantir uma
condicao de vida melhor para seus descendentes. podemos pensar tbm em um
fator de selecao -- estrategias q. beneficiem os genitores em detrimento
'a prole (analisado globalmente) sao becos sem-saida evolutivos.

>Em termos puramente termodinamicos acho que e' um jogo de soma numa ja'
>que a entropia geral do sistema aumenta. Mas em termos economicos nao. O
>valor economico da entropia nao e' o mesmo em todos os pontos do sistema.

aqui q. esta' -- considere o ambiente (incluindo o ambiente social) e essa
variacao de valoracao economica passa a fazer mais sentido (ao menos eh a
minha suposicao).

por q. um computador custa mais caro no Brasil do q nos EUA? por causa da
disponibilidade. porq. banana eh mais barata no Brasil do q. nos EUA? por
causa da disponibilidade. (esquecamos os impostos.) temos uma diferenca de
tensao entre dois pontos e podemos acopla-las: o Brasil exporta bananas
aos EUA e importa computadores. digamos q. seja uma relacao equilibrada --
o Brasil gasta tto com computadores do q. ganha com bananas. Opa!
moto-continuo? nada disso, tto o Brasil qto os EUA estao aumentando as
suas entropias -- seus ambientes estao sendo degradados para a producao de
bananas e computadores. dependendo da intensidade do processo e da taxa de
eficiencia da producao de bananas e computadores a troca pode tornar-se
inviavel pela poluicao (entropia) produzida.

-------------------

>Ser explorado e' a melhor opcao economica?

depende. Sexta pode preferir morrer de fome a ser explorado. Mas a
situacao eh exatamente analoga 'a ameaca de morte. O resultado final eh o
mesmo. Na primeira situacao Crusoe tbm teria a 'opcao' de recusar a servir
Sexta e morrer por isso. No segundo caso Crusoe seria culpado na medida em
q. por exemplo exigisse uma partilha de 99% contra 1% -- sendo q. 1% seria
insuficiente para Sexta manter-se vivo com saude. Sem outra saida, Sexta
definha ateh morrer. Um caso eh mais violento, outro mais pernicioso. o q.
eh pior, a ignorancia ou o maquiavelismo? descontextualizando tudo diria
q. sao tao ruins qto, mas de modos diversos. (temos esses dois casos
claros de escravagismo presentes em nossa terra e outras paragens,
conforme denuncias recorrentes.)

se achar q. peguei o extremo, pensemos entao nas gradacoes. nao comparemos
a morte com a exploracao. digamos q. no primeiro exemplo, Sexta
simplesmente ameace Crusoe de levar umas bofetadas. entao? achamos q.
Crusoe estah comprando com peixes e frutas a integridade de seu rosto?

contemos um caso q. dizem ser real (nao duvido nem um pouco). um sujeito
para ao semaforo. um outro mete a cara pela janela do carro e diz: 'nao se
preocupe, isso *nao* eh um assalto' - e prossegue - 'veja bem, eu nao
estou lhe assaltando, qto isso me vale?'. o dono do carro pega uma nota de
cinco reais. 'chefia, soh cinquinho? nao acha q. um *nao* assalto vale
mais? veja bem, qto vc me da' por um *nao* assalto?'. recebeu uma nota de
dez, dizendo: 'valeu gente boa, vc pegou o espirito da coisa...' (algo
assim q. li na Bundas da semana passada.)

podemos estender o achaque para os casos de cobranca de 'taxa de seguro'
pela mafia sicialiana, a camorra noviorquina, a yakuza em toquio, a mafia
chinesa no bairro paulistano da liberdade... ou a cervejinha do guarda de
transito, a 'gorjeta' do flanelinha... ou casos mais limitrofes como a
gorjeta dos garcons e atendentes para garantir um atendimento com um
minimo de qualidade...

numa linguagem asseptica poderiamos ateh considerar isso como venda de
servicos... a analogia eh verdadeira -- e desconfio q. plena. mas chamamos
isso de roubou ou extorsao... e talvez proudohn (como se escreve o nome do
cara?) tivesse uma ou duas palavrinhas a dizer sobre isso (nao q. eu
pregue o anarquismo).

------------------

[]s,

roberto takata





SUBJECT: Taxa de mutacao nao eh tao alta
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO:
DATE: 16/10/2000 18:13

EVOLUÇÃO- Folha de São Paulo, segunda-feira, 16 de outubro de 2000

Taxa de mutação não é tão alta quanto esperado
Pesquisa nega que sexo seja bom para eliminar defeitos do genoma
RICARDO BONALUME NETO
ESPECIAL PARA A FOLHA


Um estudo de dois pesquisadores britânicos torpedeou uma das explicações
tradicionais para a existência do sexo, entendido como a troca de
material genético entre indivíduos.
Ao estudar o material genético de seis pares de espécies de vertebrados
e três pares de insetos, eles concluíram que não existe motivo para o
sexo ter surgido na natureza como uma maneira de eliminar do genoma as
mutações nocivas -modificações nos genes que afetariam negativamente a
capacidade de sobrevivência.

A maioria dos biólogos acredita que o sexo surgiu como uma maneira de
misturar o material genético e, com isso, evitar o dano das mutações
nocivas. Os autores descobriram que o ritmo de mutação é menor do que o
necessário para o sexo ser vantajoso.
O sexo também seria um meio de readaptar as espécies mais rapidamente a
mudanças no ambiente, pois ele permite a existência de diferenças
potencialmente úteis entre os indivíduos.
Por exemplo, se a temperatura do ambiente aumenta, um indivíduo capaz de
se adaptar ao calor tende a sobreviver e a deixar mais descendentes. Os
que precisam de clima frio morrem. As hipóteses ligadas a essa
capacidade de adaptação passariam a ser as mais razoáveis para explicar
o sexo, de acordo com a nova pesquisa.

Buscar explicação para a existência do sexo decorre do fato de esta ser
uma maneira de reprodução que desperdiça recursos. Encontrar um parceiro
para fazer sexo é mais trabalhoso que simplesmente se partir em dois.

O número de descendentes produzido pelo sexo é a metade do possível pela
reprodução assexuada. Um ser assexuado pode se reproduzir sozinho; sexo
precisa de um macho e de uma fêmea.

O índice essencial para saber se o sexo surgiu para resolver o problemas
das mutações nocivas é o ritmo de acumulação delas ao longo das
gerações, segundo o estudo publicado na última edição da revista
"Science" por Peter Keightley, da Universidade de Edimburgo, e Adam
Eyre-Walker, da Universidade de Sussex.

Para que o sexo seja realmente útil, seria preciso um valor alto (quanto
mais mutações, mais vantajoso haver sexo para corrigi-las). E as
mutações nocivas devem interagir entre si de modo que ter duas delas de
um dado efeito é muito pior do que ter só uma.
"Se ambas as condições forem preenchidas, então a aptidão média de uma
população sexuada será, em teoria, mais do que o dobro da assexuada,
porque as interações sinérgicas entre as mutações levam a que elas sejam
eliminadas mais rapidamente numa população dessas do que na assexuada",
disse Keightley à Folha.

Os dois pesquisadores obtiveram estimativas das mutações para pares de
animais que divergiram de ancestrais comuns, como o rato e o camundongo,
o homem e o chimpanzé, ou as diferentes espécies de drosófilas. São
mutantes de ancestrais comuns.

Os dois autores não descobriram um mecanismo geral que pudesse dar força
à hipótese das mutações como origem do sexo.


SUBJECT: Eles nao conhecem o Genismo
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO:
DATE: 16/10/2000 18:23

THE BOSTON GLOBE - Quinta-feira, 12 de Outubro de 2000

BE HAPPY
Genes podem determinar a felicidade
Gareth Cook



Depois de terminar de remover a neve do caminho que vai até a sua casa,
em Minneapolis, o psicólogo David Lykken foi tomado por uma profunda
satisfação. Ele se sente igualmente feliz quando tira do forno uma
"torta de limão perfeita". Para ele, terminar o capítulo de um livro
também é um motivo de grande felicidade. "É uma idéia engraçada essa de
explicar como eu acho que se dá o processo da felicidade", diz Lykken,
professor emérito de psicologia da Universidade de Minnesota, e um dos
maiores especialistas no novo campo que se dedica a medir, dissecar, e,
especialmente, entender o que torna as pessoas felizes.

Lykken estudou 300 pares de gêmeos e demonstrou que o nível geral de
felicidade dos indivíduos é determinado, em pelo menos 50%, e talvez em
até 90%, pelos genes. Essa descoberta, combinada com centenas de estudos
realizados nos últimos anos, também mostrou que todo mundo tem o seu
próprio "ponto de estabilização de felicidade", um nível de alegria ao
qual se retorna, não importa se o indivíduo tenha ganhado na loteria, ou
perdido a capacidade de utilizar os membros.

O estudo de Lykken, concluído em 1998, é parte de um conjunto de
descobertas, em áreas de especialização que vão da neurociência até a
biologia evolucionária, que estão modificando as idéias tradicionais
sobre como funciona a felicidade.
Em curto prazo, a felicidade está demonstrando ser algo de notavelmente
volátil, aumentando com o cheiro de uma torta, ou desaparecendo após o
indivíduo sofrer um pequeno corte com uma folha de papel. Mas, em um
longo prazo, os psicólogos dizem que certas coisas que muita gente acha
que tornam a vida melhor - tais como dinheiro, beleza ou projeção social
- não parecem ter importância como fator determinante de felicidade.

E agora, inspirados pelo rápido progresso atingido na compreensão desse
fenômeno, os cientistas estão convencidos de que a questão relativa à
construção de uma sociedade mais feliz, um problema que antes era da
alçada exclusiva dos filósofos, poderá em breve ser um mistério
desvendado.

"Nas nações desenvolvidas, onde há riqueza e liberdade, os problemas
mais urgentes de nosso tempo já foram resolvidos. Agora só resta a
questão: O que podemos fazer para sermos mais felizes?", afirma Ruut
Veenhoven, editor da publicação internacional "Jornal de Estudos da
Felicidade", cuja primeira edição foi lançada no início deste ano.

Veenhoven, que é professor de sociologia da Universidade Erasmus, em
Roterdã, diz que quando começou a investigar pela primeira vez a questão
da felicidade humana, há mais de duas décadas, encontrou hostilidade por
parte dos cientistas, que consideravam o tópico como sendo uma
excentricidade. Agora as coisas mudaram, e ele colocou o site "O Arquivo
Mundial da Felicidade" na Internet, uma lista de 3.277 trabalhos
científicos do mundo inteiro.

"Os estudos da felicidade estão realmente em expansão", afirma Nancy
Etcoff, neurobióloga do Hospital Geral de Massachusetts, que está
trabalhando na produção de um livro sobre as pesquisas, dirigido para o
público leigo.

Segundo ela, no decorrer da última década os neurocientistas passaram a
estudar os mecanismos cerebrais responsáveis pelas emoções, e há um novo
entusiasmo pela exploração das emoções positivas, que são mais difusas e
consideradas mais difíceis de serem estudadas.

Ela afirma que os pesquisadores já descobriram que os estados de
felicidade e a sua ausência são regulados por diferentes circuitos do
cérebro. Observando uma tela de computador, os cientistas podem ver como
as emoções positivas tendem a ativar o hemisfério esquerdo do cérebro.
Já as emoções negativas tendem a ativar a área cerebral esquerda.
Segundo Etcoff e outros cientistas, isso significa que os
antidepressivos, tais como o Prozac, poderiam tornar o paciente menos
infeliz, no sentido de passar por menos momentos de depressão, mas não
necessariamente mais feliz.

Os psicólogos se concentraram nessa idéia, e conduzem as suas pesquisas
pedindo que as pessoas classifiquem separadamente, utilizando uma escala
de sete pontos, a freqüência em suas vidas dos momentos felizes e
infelizes. Os resultados são impressionantes para todos os que em algum
momento já falaram, "se pelo menos...".

Em um estudo realizado em 1998, por exemplo, descobriu-se que as pessoas
ficam felizes logo após um aumento de salário, mas que não há relação
entre salário e felicidade definitiva. Um trabalho de 1995 relatou que a
atração física tem, na melhor das hipóteses, um efeito muito superficial
sobre a felicidade. Outros pesquisadores demonstraram que, não importa o
quanto seja agitado o dia da formatura, a educação não causa uma vida
mais feliz. Da mesma forma, avanços no "nível social" também não têm
efeitos profundos sobre a felicidade.

Partindo de uma perspectiva evolucionária, Lykken afirma que é apenas
uma questão de lógica o fato de a felicidade ser um fenômeno tão fugaz.
Segundo ele, sentir-se bem é um sistema de recompensa pelo desempenho de
tarefas que aumentem as chances de sobrevivência de uma criatura. Porém,
se a felicidade não se desvanecer, um efeito que os teóricos apelidaram
de "esteira hedonista", o resultado seria uma complacência prazerosa. "A
natureza utiliza a dor e o prazer como um bastão para nos guiar",
explica Lykken.

Mas, segundo Jay Phelan, professor de biologia da Universidade da
Califórnia em
Los Angeles, o sistema só nos recompensa se excedermos as expectativas.
Ao invés de dar grandes presentes à esposa no seu aniversário, ele lhe
dá vários presentinhos o ano todo. É uma espécie de "armário de
presentes", diz Phelan, co-autor de "Mean Genes" (Genes Maus), um livro
de auto-ajuda baseado na evolução.

De fato, a alegria é resultante da surpresa e de desafios no nosso
trabalho e nossos relacionamentos, de acordo com Mihaly
Csikszentmihalyi, professor de psicologia da Universidade de
Pós-Graduação de Claremont, na Califórnia. Ele estudou a felicidade
utilizando um método segundo o qual foram distribuídos entre 850
adolescentes dos Estados Unidos relógios que disparavam um alarme quando
os indivíduos tinham que registrar o seu nível de felicidade.
Ele descobriu que os adolescentes menos felizes pareciam ser aqueles da
classe média alta, que na maioria das vezes levam vidas confortáveis nos
subúrbios luxuosos e, ainda assim, "desenvolvem um cinismo precoce com
relação à vida".

Em 1997, Veenhoven elaborou uma espécie de Atlas mundial da felicidade,
multiplicando a expectativa de vida nacional pelas médias nacionais de
felicidade, gerando um número esperado de "anos felizes", em 48 países
de todo o mundo. Baseado em dados de 1990, a lista era encabeçada pela
Islândia, com 62,1 anos felizes, seguida em décimo lugar pelos Estados
Unidos, com 57,8 anos. A Rússia vinha em 45o lugar, com 34,5 anos,
abaixo da Índia.

"O bem maior para o maior número tinha finalmente se tornado mensurável
e mais objetivo", diz Robert E. Lane, professor emérito de ciência
política da Universidade de Yale e autor de "The Loss of Happiness in
the Market Democracies" (A Perda da Felicidade nas Democracias de
Mercado). O livro afirma que os estudos sobre a felicidade poderiam
auxiliar as nações afluentes a reestruturarem os seus sistemas
políticos.

Veenhoven afirma que a sua pesquisa demonstrou que, tão logo uma nação
atinja determinado nível de prosperidade, suficiente para que as pessoas
não morram de fome, aumentos maiores de riqueza não tornam os cidadãos
mais felizes. De forma similar, Veenhoven disse que os países ricos que
expandiram o seu sistema de bem-estar social não aumentaram os níveis de
felicidade dos seus cidadãos.

Porém, muitos especialistas advertem que a felicidade possui limites,
enquanto um conceito político, porque nem todos concordam com a sua
importância. As nações asiáticas apresentam índices de bem estar
subjetivo regularmente baixos. A explicação dessa disparidade
provavelmente se encontra no fato de que as culturas orientais tendem a
ser mais "coletivistas", dando ênfase às famílias e aos grupos, em
detrimento das necessidades individuais, de acordo com Ed Diener,
professor de psicologia da Universidade de Ilinnois, em
Urbana-Champaign.

Diener se recorda de uma viagem, na qual o seu filho perguntou a uma
mulher, no estado indiano de Kerala, se ela era feliz. Ela respondeu:
"Eu não sei, tenho que perguntar ao meu marido".
Tradução: Danilo Fonseca


[]s
jocax


SUBJECT: Linha do equador
FROM: Paulo Sérgio Dias <psdias@zaz.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 17/10/2000 07:36

Amigos:

- Ha' cerca de duas semanas,
o Globo Reporter apresentou
uma reportagem sobre o Equador

- No final do programa, o reporter
mostrou uma praca na cidade de Quito,
capital do pais, onde foi pintada
uma faixa amarela, indicativa
de que a "linha do equador", que
separa a Terra nos hemisferios
norte e sul, "passa" exatamente ali.
A posicao dessa linha, evidentemente, foi
calculada por cientistas (a reportagem
nao comenta em que ano isso ocorreu)

- Porem, o reporter entrevistou um sujeito
que mora proximo dessa praca, e que possui
um quintal de bom tamanho na sua casa.
Esse homem afirma que na verdade a demarcacao
da linha do equador esta' errada. Ele defende
a ideia de que a linha do equador passa no quintal
de sua casa, e nao na praca da cidade.


- Para provar seu argumento, esse homem realizou
a seguinte experiencia:

a) No local onde ele afirma "passar" a linha do
equador, ele encheu uma pia (ou bacia, nao sei
ao certo) e abriu o ralo. Resultado: a agua
escoou SEM FAZER REMOINHO, o que, segundo ele,
prova que eles estavam exatamente sobre a
metade da Terra.

b) O sujeito levou a pia para tres metros `a
direita do local, e dessa vez a agua escoou
formando um redemoinho, no sentido horario.

c) Finalmente, ele levou a pia para tres metros `a
esquerda do primeiro local, e entao a agua
escoou em remoinho no sentido anti-horario

Perguntas:

1) Esse experiencia pode ser considerada,
cientificamente, que de fato a linha do equador
"passa" pelo quintal daquele homem ?

2) Qual e' o sentido de rotacao da agua, no
hemisferio sul e no hemisferio norte (horario
e anti-horario) ?

3) Os cientistas que estabeleceram a praca
como sendo o local da linha do equador nao
sabiam que a agua nao forma remoinho, quando
escorre em um ralo colocado exatamente sobre
a linha do equador ?

4) Qual e' a razao para que a agua
escorra em sentidos diferentes, nos hemisferios
norte e sul, e que nao forme remoinho, quando
o recipiente esta' sobre a linha do equador ?

5) Alguem sabe o que acontece ao se realizar
essa experiencia nos polos ?

[]'s
Paulo Sérgio Dias
psdias@globo.com.br

----- Original Message -----
From: "Marcio Botelho" <marciobotelho@uol.com.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Saturday, October 14, 2000 11:37 PM
Subject: Re: [ciencialist] Navalha de Okan


> Paulo Sérgio Dias escreveu:
> > Amigos:
> > a) Alguem sabe de onde surgiu o termo
> > "Navalha de Okan" ? (Okam ? Ocan ? Ocam ?)
> > - Ele diz mais ou menos o seguinte:
> > "Quando temos diversas hipoteses para
> > explicar um determinado fenomeno, devemos
> > escolher a mais simples delas"
> > b) Isso de fato e' um habito dos cientistas,
> > ou nao passa de um "ditado cientifico" ?
> Caro Paulo,
> vc poderá encontrar a resposta neste endereço, que corresponde à
> Enciclopédia de Termos Lógico-Filosóficos da Sociedade Portuguesa de
> Filosofia:
>
http://bd1.bn.pt/enci/search.pl?op=get&number=48&name=navalha+de+Ockham&high
> =navalha
>
> Abraços,
> Márcio.
>
>
>
> *** --- ***
> Para sair da lista envie um mail para:
> ciencialist-unsubscribe@egroups.com
> *** --- ***
>
>



SUBJECT: Re: [ConscienciaHumanaAtiva] flower-power
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO:
DATE: 17/10/2000 08:20



petroniodtn wrote:
>
> >Jocax escreveu:
> > Exato, a consciencia surge como uma decorrencia do
> animal se imaginar
> > em seu habitat para poder bolar estratagemas para sua
> sobrevivencia.
> > Como as plantas nao se locomovem, nao haveria
> necessidade de uma
> > consciencia via selecao natural.
> >
> >
> > Consciencia : Estado mental onde o ser que imagina faz
> parte do
> > cenario que ele imagina. Ou seja ele se destaca no cenario
> imaginativo
> > como um elemento essencial e presente deste cenario.
> >
> > Segundo minha definicao nao creio q a planta imagine
> algo.
>
> Sua definicao de consciencia não implica em que as plantas não
> desenvolvam consciencia.

De certa forma implica pois a natureza nao teria como selecionar
plantas com consciencia das que nao as tem, uma vez que a consciencia
nao poderia, nas plantas, representar uma vantagem seletiva.
Por exemplo: de que adiantaria a elas imaginar que um herbivoro
viria amanha , logo cedo, devora-la ? Elas nao poderiam fazer nada.


> Mas tudo bem, pelo que vc falou antes dah pra deduzir que a
> consciencia deriva da necessidade de locomocao. Não entendi bem,
> dah pra explicar?

A consciencia, que eh o sentimento da individualidade, acredito,
surgiu como uma consequencia do estratagema cerebral para resolver
problemas de perpetuacao genetica ( sobrevivencia , moradia etc.. ).

Eu quero dizer que deve ser util ao ser vivo se imaginar, ele proprio,
no ambiente em que ele interage e, de alguma forma, se destacar neste
ambiente imaginario.

Por exemplo : Imagine um predador que precisa bolar um meio de capturar
seu alimento. Este predador poderia imaginar o cenario em que sua vitima
frequenta e imaginar o melhor meio e lugar para embosca-la e como
poderia fazer isso.
Para tanto ele precisaria SE imaginar no local e pensar em algumas
alternativas neste cenario imaginario.

Desta maneira o EU foi se desenvolvendo como uma forma destacada
do ser dentro de um ambiente imaginario...


>E, mesmo sem entender, arrisco dizer que discordo:
> serah que a consciencia (tal como vc a define) não pode surgir por
> outros motivos?

Talvez.. Esta ideia nao eh minha, eu a li em algum lugar mas nao
lembro onde. Achei-a coerente uma vez que a consciencia surge, aos
poucos, de uma necessidade de sobrevivencia, portanto, como um
mecanismo
que confere vantagem seletiva aos que a possuem.

Poderia haver outros motivos, outras teorias, por exemplo, como uma
consequencia nao adaptativa do desenvolvimento cerebral ( um efeito
secundario). Mas acho q a primeira explicacao eh mais plausivel.


>
> Inclusive, acho falha sua definicao de consciencia. Vc pressupoe que
> o ser consciente soh eh consciente se imaginar um cenario externo a
> si (quero dizer, diferente de si mesmo)! Isso eh a nocao da
> alteridade (quer dizer, o outro; não necessariamente um ser, mas
> algo que não eh voce). Serah que a consciencia depende das
> impressoes que temos do exterior?

Vc nao entendeu, eu disse q a consciencia SURGIU da imaginacao do
ambiente externo no qual o ser, que imaginava, se destacava neste
cenario. Posteriormente, este ser imaginario poderia se abstrair
do cenario, a medida q a sofisticacao cerebral aumentasse, ateh
nao mais precisar dele : Surgiria entao a consciencia "pura".


>
> > Note q basta q surja UM individuo ciumento para que ele tenha
> uma
> > jantagem evolutiva sobre os outros pois ele podera
> engravidar as
> > outras femeas e os outros NAO poderam engravidar a sua
> propria.
> > Percebe ?
>
> Se vc perguntar pro individuo ciumento, eh isso que ele diria. Mas
> engravida a esposa do ciumento quem quiser e for mais forte,
> ciumento gostando ou não!

Mas diminuiria as chances da esposa do ciumento ser engravidada.
Nao diminuiria? E, alem do mais, quem iria engravidar a esposa do
mais forte se este fosse ciumento tambem? :-)


> Alem do que, tal individuo ciumento estah condenado, pois suas
> filhas poderao ser engravidadas por individuos não ciumentos.
> Ou seja: esse individuo ciumento não faz o sistema de individuos não
> ciumentos cair.

Sim mas note que a proporcao de nao ciumentos tende a cair com as
geracoes
mesmo que alguns sobrevivam, no inicio, a tendencia eh a extincao..

>
> PetronioDTN
>
[]s
jocax


SUBJECT: Laranja podre
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 17/10/2000 08:42

Agora quem tem a duvida sou eu.
Alguem saberia alguma razao para que os fungos ataquem uma
laranja ateh sua completa podridao e deixam as outras,
do mesmo saco, intactas?

Por vezes observei q em um saco de laranjas existe uma que fica
completamente podre e as outras, que estao encostadas nela, parecem
nao sofrer o menor ataque destes microorganismos.

Existiria alguma explicacao para isso?

[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] Linha do equador
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 17/10/2000 11:16

On Sun, 17 Sep 2000, João Mário Miranda wrote:
> A ideia de que a água roda para lados diferentes de um e
> de outro lado do equador é um mito. Isso supostamente
> deve-se ao efeito de Coriolis, mas o efeito de Coriolis só
> se faz sentir em fenómenos a grande escala. Numa bacia há
> muitas outras forças em jogo que determinam para que
> lado roda a água. A água rodará para qualquer lado
> em qualquer sítio.

jah tivemos essa discussao aqui na lista...

a prova para a linha do equador seria medir a sombra de uma vareta
verticalmente instalada -- somente no equador ao meio-dia de um dia
especifico do ano a sombra teria comprimento zero, jah q. a luz estaria
incidindo exatamente na vertical.

um modo mais rapido, mas mais caro, eh pegar um aparelho de gps e ver as
coordenadas...

maiores informacoes em:

http://www.ems.psu.edu/~fraser/Bad/BadCoriolis.html

(lah pode-se ver como essa pratica de enganar turistas com a historia da
rotacao da agua escoando pelo ralo eh disseminada...)

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Laranja podre
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 17/10/2000 11:36

On Tue, 17 Oct 2000, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> Agora quem tem a duvida sou eu.
> Alguem saberia alguma razao para que os fungos ataquem uma
> laranja ateh sua completa podridao e deixam as outras,
> do mesmo saco, intactas?

se vc deixar muito tempo o fungo vai atacar sim... o q. deve ocorrer eh q.
a casca da laranja e outros frutos, assim como nossa pele, serve como
protecao primaria contra invasao de microorganismos e outros agentes
nocivos...

muitos fungos e outros microorganismos q. levam 'a decomposicao do
fruto soh vao poder se instalar qdo houver uma brecha nessa camada
de protecao.

podemos verificar se isso realmente ocorre:

pegue duas laranjas emboloradas e outras duas sadias. em uma das sadias
faca um pequeno corte e deixe-a encostada por essa regiao danificada em
uma das laranjas fungadas. encoste a outra laranja sadia intacta na outra
estragada. acompanhe a evolucao dos sistemas periodicamente. (talvez seja
preciso fazer algumas repeticoes para garantir um resultado mais
confiavel.)

outra possibilidade eh acompanhar o processo de apodrecimento de um fruto
intacto e um ligeiramente danificado por um amassado ou corte.

bem, claro q. por um lado esse experimento pode parecer pernicioso se
pensarmos q., em vez de deixarmos os frutos estragarem, poderiamos dar
para alguem necessitado... fica a criterio de cada um.

[]s,

roberto takata



SUBJECT: sobre exploracao de trabalho
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 17/10/2000 11:55

uma coisa q. me escapou naquela discussao sobre Crusoe e Sexta-Feira.

aquela situacao em q. Crusoe sabia fazer faca e fiar linha de pesca, com a
qual indagou-se se a exploracao era algo totalmente ruim... embora essa
situacao em particular possamos entender sob algum aspecto como uma troca
de servico: trabalho de coleta de alimento em troca de trabalho de
producao de equipamento (deixando a questao etica um pouco em suspenso).

ela nao serve como um modelo simplificado das relacoes de exploracao de
trabalho na medida em q. os donos dos equipamentos nao sabem nem
construih-los nem manuseah-los.

se um escravo nao saberia como construir um engenho, tampouco o sr. de
engenho o saberia. um exemplo menos drastico: o sr. antonio ermirio de
morais certamente nao sabe como construir os fornos de fabricacao de
cimento e somente seus empregados sabem como operah-los. sem querer
ressuscitar marx (se eh q. ele morreu mesmo...)

voltando ao aspecto etico: Crusoe sabe q Sexta depende de seus
equipamentos, mas Crusoe sabe q. ele proprio nao precisa mais do q. a
metade dos frutos e peixes coletados por Sexta... se considerarmos os
aspectos eticos, uma partilha de 1:1 sob a optica de Crusoe poderia ser um
bom 'negocio'... Sexta por sua vez percebe a cessao do equipamento como um
favor e em retribuicao pode dar uma parte a mais para Crusoe, para Sexta
uma partilha de 10:9 eh justo, podendo ele complementar a decima parte
dele por outros meios ou propor uma partilha de 1:1 dos alimentos e
retribuir de outro modo... outras situacoes sao possiveis, Sexta poderia
mesmo receber um quinhao maior se considerarem q. o trabalho vale mais do
q. 'aluguel' do equipamento: uma partilha de 4:6 poderia ser vantajosa
para Crusoe, jah q. sem se esforcar recebe 4 partes de 10 dos alimentos
coletados...

desculpem-me por sair um pouco do tema da lista.

[]s,

roberto takata



SUBJECT: [ciencialist] Re: Taxa de mutacao nao eh tao alta
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 17/10/2000 12:04

Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> EVOLUÇÃO- Folha de São Paulo, segunda-feira, 16 de outubro de 2000
>
> Buscar explicação para a existência do sexo decorre do fato de esta ser
> uma maneira de reprodução que desperdiça recursos. Encontrar um parceiro
> para fazer sexo é mais trabalhoso que simplesmente se partir em dois.

Na natureza manda a lei de "o maior come o menor", obviamente com muitas
excessoes (virus, bacterias, parasitas...). Na "sopa primordial" quase
todos os seres vivos eram unicelulares, e os que eram maiores ou tinham
mais celulas acabavam ganhando a competicao. Mas dividir mais do que
algumas celulas e' algo bastante complicado, o ritmo de consumo de
energia para manter o corpo se multiplicando e' muito elevado, ou seja
ele acaba gastando muito mais energia indo atras de comida.

Uma vez que facam sexo, nao precisam comer tanto, seus parceiros estao
por ali mesmo entao a coisa desenrola muito facil. Eu mesmo nunca fui
apresentado a algum animal que seja maior do que um ovo de galinha e que
nao faca sexo. Ah sim, os padres!

> Os dois pesquisadores obtiveram estimativas das mutações para pares de
> animais que divergiram de ancestrais comuns, como o rato e o camundongo,
> o homem e o chimpanzé, ou as diferentes espécies de drosófilas. São
> mutantes de ancestrais comuns.
> Os dois autores não descobriram um mecanismo geral que pudesse dar força
> à hipótese das mutações como origem do sexo.

Porque, pela teoria atual, as mutacoes sao mantidas em niveis
baixissimos, qualquer alteracao que fuja do padrao e' logo abortado no
utero. A taxa de geracao de fetos em mulheres (humanas) saudaveis e' de
um embriao a cada cinco. Ainda assim, doencas e mutacoes geneticas
acontecem.

==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
==========================================================


SUBJECT: Re: [ciencialist] Linha do equador
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 17/10/2000 12:37

Paulo Sérgio Dias wrote:
> Perguntas:
> 1) Esse experiencia pode ser considerada,
> cientificamente, que de fato a linha do equador
> "passa" pelo quintal daquele homem ?

Fazer a experiencia e' cientifico, pois havendo duvida, experimenta-se
ate' que a duvida seja solucionada. Mas neste caso a experiencia nao foi
feita para descobrir onde fica o equador e sim para que se promovesse o
turismo em sua casa.

> 2) Qual e' o sentido de rotacao da agua, no
> hemisferio sul e no hemisferio norte (horario
> e anti-horario) ?

No caso de uma pia a agua nao gira. Eu mesmo ja' fiz a experiencia e
recomendo que vc a faca tambem. Peguei uma pia concava de meia esfera
(pode ser cilindrica tambem), enchi de agua e abri o ralo. O que
aconteceu? A agua girou no sentido horario, que maravilha! Fiz de novo e
entao a agua girou no sentido contrario. Confuso, pois nao esperava esta
resposta, fiz de novo me assegurando de que a agua nao se mexia.
Entao... ela nao girou. Repeti varias vezes e cheguei a conclusao de que
e' inconclusivo. Na UFPR fizeram a mesma experiencia com mais de 1000
litros de agua em situacao quase ideal e tambem chegaram as mesmas
conclusoes.

Nao gira. Se gira e' desprezivel a ponto de nao poder ser medido.

==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
==========================================================


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Taxa de mutacao nao eh tao alta
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 17/10/2000 12:42

On Tue, 17 Oct 2000, TARCISIO BORGES wrote:
> apresentado a algum animal que seja maior do que um ovo de galinha e que
> nao faca sexo. Ah sim, os padres!

bem, depende um pouco sobre o q. se estah chamando de sexo... se for troca
genetica, existem especies de lagartos partenogeneticos: soh ha femeas q.
se reproduzem por partenogenese... se nao me engano, muitos sao maiores do
q. ovo de galinha.

por exemplo:

/Cnemidophorus neotesselatus/
http://www.coloherp.org/geo/species/specnne.html

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] En: Estou cheio de serviço !!!!!!
FROM: "Dr. Omni" <dromni@ieg.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 17/10/2000 13:44

----- Original Message -----
From: "Rafael Cisneiros Lenine" <rafa-rbn@rio.matrix.com.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Thursday, October 12, 2000 12:47 AM
Subject: Re: [ciencialist] En: Estou cheio de serviço !!!!!!


> Olha, até que eu acho Filosifia interessante...claro que está longe da
minha
> prioridade neste momento, pois sou um universitário em Fisica.
> Mas este mail foi o mais inutil e desastroso que eu vi rolar nesta
lista!!!
> Desculpe a sinceridade, mas é que eu vejo o pessoal reclamar de filosofia
> etc etc etc... mas este foi ridículo!!!

Isto não era um e-mail "filosófico", era uma piada mesmo, e velha igual a
Serra da Onça - além de dificilmente poder ser classificada como um
"besteirol científico" IMHO. Talvez eu esteja dando opinião demais para um
novato, mas me pareceu totalmente fora do escopo da lista...

> Lamentável...
>

Concordo...

> Rafael C. Lenine.
[snikt]

Dr. Omni
ICQ # 53853815
Fórum Cético Brasileiro: http://www.nitnet.com.br/~kruse/forum.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Necessidade de afirmacao de paternidade
FROM: "Dr. Omni" <dromni@ieg.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 17/10/2000 14:03

----- Original Message -----
From: "Roberto Mitsuo Takata" <rmt@ib.usp.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Wednesday, October 11, 2000 12:37 PM
Subject: Re: [ciencialist] Necessidade de afirmacao de paternidade


[snikt]
> o desenvolvimento de comunicacao alternativa como o psiquismo,
> especialmente da telepatia, traria entao uma vantagem evolutiva aos
> portadores -- permitindo uma comunicacao direta, sem vestigios e sigilosa.
>

Isso até a população toda, inicialmente quase toda "normal", convergir para
uma população de telepatas - o que, já que se trataria de uma característica
*muito* vantajosa, poderia acontecer. Mas aí todo mundo passaria a poder
"ouvir" os pensamentos de todo mundo e a capacidade deixaria de ser
vantajosa. (A não ser, é claro, que existissem "bloqueios" ou
"criptografias" telepáticas, como sempre acontece nas historinhas de ficção
científica.) Mas, por outro lado, talvez fosse mais provável a população
atingisse algum tipo de estado de equilíbrio, sendo em parte de telepatas e
em parte de "mundanos" (usando um termo tirado de "Babylon 5" ;-), sendo que
os primeiros tirariam vantagem dos últimos.

> uma variante dessa capacidade psiquica imanente permitiria uma comunicacao
> em massa, como o 'inconsciente coletivo' jungiano, o 'zeit geist' q. tao
> bem caracteriza os momentos de inovacoes tecno-cientificas...
>
> provamos assim a perfeita factibilidade dos fenomenos psi... (ou nao?)
>

Claro que não. Você partiu para um raciocínio evolutivo (perfeitamente
válido) *assumindo que* telepatia é algo biologicamente viável. Mas, ao que
tudo indica, não é. O único meio que conhecemos de transmitir informações a
grandes distâncias e passando por obstáculos materiais de moderada espessura
(paredes, prédios, etc) é por meio de ondas eletromagnéticas, como as
microondas usadas nos celulares, e desconfio que isso seria bastante danoso
para os tecidos vivos envolvidos na produção de tal radiação - supondo que
tais tecidos sejam possíveis. Mas, de fato, não se conhece, até onde sei,
nenhum ser vivo capaz de emitir microondas ou ondas de rádio. Como suporte
adicional para a hipótese de que a telepatia é inviável, pesquisas de
paranormalidade visando determinar a existência ou não de telepatia em
humanos são, na melhor das hipóteses, inconclusivas...

> []s,
>

[]s,

> roberto takata
[snikt]

Dr. Omni
ICQ # 53853815
Fórum Cético Brasileiro: http://www.nitnet.com.br/~kruse/forum.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Taxa de mutacao nao eh tao alta
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 17/10/2000 14:17

> > EVOLUÇÃO- Folha de São Paulo, segunda-feira, 16 de outubro de 2000
> >
> > Buscar explicação para a existência do sexo decorre do fato de esta
> ser
> > uma maneira de reprodução que desperdiça recursos. Encontrar um
> parceiro
> > para fazer sexo é mais trabalhoso que simplesmente se partir em
> dois.
>
> Na natureza manda a lei de "o maior come o menor", obviamente com
> muitas
> excessoes (virus, bacterias, parasitas...). Na "sopa primordial" quase
> todos os seres vivos eram unicelulares, e os que eram maiores ou
> tinham
> mais celulas acabavam ganhando a competicao. Mas dividir mais do que
> algumas celulas e' algo bastante complicado, o ritmo de consumo de
> energia para manter o corpo se multiplicando e' muito elevado, ou seja
> ele acaba gastando muito mais energia indo atras de comida.

Ou nao entendi ou nao concordei.
Pensemos num caso de pessoas que poderiam se reproduzir sem sexo.
Nao necessariamente se partindo ao meio mas.. parindo copias identicas
ou seja : soh existiriam femeas. Neste caso haveria economia de
energia, como aponta o artigo: Ao inves de ir atras de parceiro/as
as pessoas simplesmente tinham filhas clones.

O principal desvantagem, que vejo, esta na adaptabilidade: a sexualidade
permite que formas bem adaptadas a um ambiente mutante
sejam mais estaveis do que especies nao sexuais:
Os individuos melhores adaptados conseguem
multiplicar seus genes adaptados EM um numero maior de individuos
do que a simples clonagem poderia fazer. Isso aumentaria as chances
destes genes bem adptados sobreviver.


>
> Uma vez que facam sexo, nao precisam comer tanto, seus parceiros estao
> por ali mesmo entao a coisa desenrola muito facil. Eu mesmo nunca fui
> apresentado a algum animal que seja maior do que um ovo de galinha e
> que
> nao faca sexo. Ah sim, os padres!


Note q a energia, em principio eh quase a mesma : Para formar um novo
ser
seriam gastos X calorias independentemente de ser sexual ou nao a
forma de reproducao. Isso quer dizer q a quantidade de alimento gasto
para formar Y individuos seria a mesma para a forma sexuada e nao
sexuada.

O problema eh o gasto extra de energia para ir atras do parceira !

Uma vantagem crucial da sexualidade seria o CONTROLE DE QUALIDADE que
desqualificaria pareceiro/as menos "aptos" para a reproducao.
Isso aumentaria a taxa de convergencia dos genes para a sobrevivencia
ao ambiente.

[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Desligamento
FROM: "Dr. Omni" <dromni@ieg.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 17/10/2000 14:20

----- Original Message -----
From: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Wednesday, October 11, 2000 7:46 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Desligamento


[snikt]
> Acredito que as formas raciais que temos hoje devem ter sua origem
> mum quase isolamento geografico ( devido aos obstaculos naturais e/ou
> distancias).
>
> Nao sei se tal "isolamento" ira desencadear ou nao uma nova especie...
> Acho q falta-me dados quantitativos e qualitativos para estimar isso.
>

O processo de diferenciação das raças humanas que existem hoje em dia
aparentemente era o início de um (muito distante) processo de especiação.
Mas, se era isso mesmo, então esse processo de especiação foi totalmente
abortado. A integração do mundo inteiro por meios de transporte cada vez
mais efetivos (navios a vela, navios a vapor, aviões, etc) levou
inevitavelmente à mistura de diversas populações diferentes. E não adianta
evocar racismos para dizer que algumas populações vão continuar
geneticamente isoladas. Mesmo em culturas historicamente racistas, como dos
Estados Unidos, vêm acontecendo coisas como o número de filhos de pais de
raças diferentes ter quadruplicado nos últimos trinta anos. Aliás, esse é um
dado do capítulo "The Fall of the 'Master Races'", do interessantíssimo
livro "Children of Prometheus: the accelerating pace of Human evolution". No
livro o autor (cujo nome eu esqueci e não estou com paciência de procurar no
momento) defende a tese de que não apenas a evolução humana continua, como
está avançando mais rápido do que nunca; nesse capítulo em especial ele
mostra como a tendência para as raças "puras" é simplesmente desaparecer por
meio de miscigenação - com as conseqüentes alterações nas freqüências de
alelos da população mundial.

> Uma pergunta importante eh : Qual o nivel de diferenca genetica que eh
> necessario para que dois organismos sejam considerados de especies
> distintas?
>

Um nível de diferença suficiente para que eles não produzam decendentes
férteis. (E, como você pode ver, as raças humanas ainda estão longe disso.)

> Uma outra forma de isolamento genetico eh atraves de uma cultura
> endogamica. Individuos de uma cultura endogamica casam-se apenas entre
> si de forma que o isolamento genetico tambem ocorre (mesmo qdo o
> isolamento geografico nao acontece).
>

Mas isso nunca funciona muito bem. É um traço cultural, e como tal
extremamente volátil.

[snikt]
> Achei muito interessante esta ideia, mas nao sei em que condicoes
> minimas
> isto aconteceria. Mas com certeza nao poderia haver isolamento genetico.
>

Porque não? Acho bastante provável que nos próximos séculos a Humanidade
colonize outros mundos do Sistema Solar e mesmo outros sistemas planetários,
e isso abriria as portas não só para isolamentos genéticos, mas também para
a exposição a condições ambientais bastante diferentes. E, conseqüentemente,
a longo prazo, para o aparecimento de não apenas uma, mas sim várias novas
espécies "humanas".

[snikt]
> Sao apenas elocubracoes ainda nao cheguei a nenhuma conclusao....
>

Idem.

> []s

[]s

> jocax
[snikt]

Dr. Omni
ICQ # 53853815
Fórum Cético Brasileiro: http://www.nitnet.com.br/~kruse/forum.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Taxa de mutacao nao eh tao alta
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 17/10/2000 14:48

Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> Ou nao entendi ou nao concordei.
> Pensemos num caso de pessoas que poderiam se reproduzir sem sexo.
> Nao necessariamente se partindo ao meio mas.. parindo copias identicas
> ou seja : soh existiriam femeas. Neste caso haveria economia de
> energia, como aponta o artigo: Ao inves de ir atras de parceiro/as
> as pessoas simplesmente tinham filhas clones.

Ahnnn... Agora estamos comecando a nos entender.

Acho mesmo que exagerei fazendo entender uma reproducao por particao ao
invez da partenogenese. Mas mesmo assim ficam perguntas no ar. Os
cientistas estudaram animais que faziam sexo e descobriram que nao havia
vantagem em faze-lo, mas o artigo nao diz se eles estudaram os animais
que nao fazem sexo e sequer se chegaram a comparar os resultados de
ambos os lados.

Eles disseram apenas que nao viram tantas mutacoes nos animais estudados
a ponto de ser justificada a pratica sexual para reproducao. Mas e'
justamente este o ponto defendido pelos biologos, o sexo dificulta as
mutacoes a ponto de em muitos casos nao existirem.

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TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
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SUBJECT: Re: [fflch] virus
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: fflch@egroups.com, ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 17/10/2000 15:14



Phill Melon wrote:
>
> Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
>
> > > Phill Melon:
> > >
> > > João, você está se referindo, no paragrafo acima, dos
> > virus?
> >
> > Nao, Dawkins estava se referindo aas primeiras moleculas que
> > se replicavam e que deram origem aa vida.
> >
> > > Que eu saiba qualquer virus precisa muito de uma celula para se
> > > desenvolver, ou melhor, para sobreviver. Sem este meio o virus
> > morre
> > > sem reproduzir-se. Eu duvido que esta tenha sido a primeira
> > estrutura
> > > a comportar uma cadeia de nucleotideos com sucesso.
> > >
> >
> > Estas moleculas nao precisavam de celulas para se replicarem
> > pois nao existiam celulas neste mundo.
> > Elas usavam componentes do caldo primordial que havia na terra
> > para se multiplicarem.
>
> Entao o que eram estas formas elementares? Eram formadas com
> bases de nucleotideos (adenina, guanina, citosina, uracil e timina???)

Muito provavelmente eram sim.
Mas nao sei se ja formavam moleculas de DNA como as conhecemos hoje
ou algum outro tipo de estrutura menos sofisticada.
O Roberto Takata, da CienciaList, talvez tenhar um modelo destes
replicantes
primordiais.
Vou mandar esta mensagem para a CienciaList.
[]s
jocax


SUBJECT: Uso das Celulas de embrioes
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 17/10/2000 15:37

MEDICINA- THE BOSTON GLOBE
Segunda-feira, 16 de Outubro de 2000
Cientistas prevêem uso intensivo de células da medula
Ronald Rosenberg

As células da medula, chamada por alguns de os blocos construtores da
vida, demonstraram ser eficientes em auxiliar crianças nascidas com
doenças genéticas.
Os pesquisadores acreditam agora que elas poderão ser utilizadas com
mais freqüência no futuro para ajudar crianças e adultos enfermos.

Nos últimos anos, os cientistas descobriram que as células da medula de
embriões humanos podem se autotransformar em tipos diferentes de
tecidos. Essas células são diferentes daquelas de medula humana mais
maduras, que produzem tecidos específicos para um único órgão.

Quando os bebês nascem, os seus cordões umbilicais contêm sangue rico em
células medulares pós-embrionárias, que fornecem um novo suplemento de
sangue e um sistema imunológico para o indivíduo receptor, geralmente um
irmão que está em um estado de saúde desesperador.

Os cientistas se entusiasmaram com um caso recente, no qual células
embrionárias foram modificadas para produzir sangue destituído de
desordens genéticas. Com a experiência, o sangue do recém-nascido ajudou
o irmão, que sofria de uma doença rara. O caso gerou preocupações com a
possibilidade de a experiência motivar outros pais a ir além da questão
da saúde e segurança dos filhos, passando a escolher características
físicas para as crianças.

"Estamos presenciando possibilidades surpreendentes advindas de células
progenitoras jovens, que podem não só melhorar dramaticamente o estado
de saúde dos recém-nascidos, mas também começar a reconstruir tecidos
danificados por doenças", afirma o chefe do Departamento de Medicina de
Transfusão do Instituto Nacional de Saúde, Harvey G. Klein.

Os seus comentários se referem a um transplante de células medulares,
realizado no último dia 29 de setembro, e acompanhado com toda a
atenção, para salvar Molly Nash, uma garota de oito anos de idade, da
Califórnia. Ela sofria de anemia fanconi, uma doença rara, determinada
geneticamente, que faz com que cesse a produção das células da medula
óssea, e é quase sempre fatal.

As células de medula que ela recebeu foram doadas pelo seu irmão bebê,
Adam. Mas ao contrário de outros implantes de células de medula de um
irmão para outro, nos quais há uma chance em quatro de o recém-nascido
receber um gene defeituoso e adoecer, o sangue do cordão umbilical de
Adam não apresentava nenhum sinal da doença.

Para eliminar os riscos, os pais, Jack e Linda Nash, recorreram a uma
nova técnica, denominada diagnose genética de pré-implante. Assim, eles
puderam identificar possíveis doenças genéticas dos embriões e a
compatibilidade de tecidos, antes que Linda Nash ficasse grávida.

A técnica exigiu que Nash tomasse drogas que estimulam a produção
simultânea de óvulos múltiplos, que foram fertilizados por
espermatozóides do seu marido em uma lâmina de cultura. Seis embriões
foram selecionados e exaustivamente testado para dar ao casal a certeza
de que não continham a anemia fanconi. Cinco embriões foram implantados
antes que se conseguisse uma gravidez, com o sexto embrião, na véspera
de Natal do ano passado.

No final de agosto, Linda Nash deu a luz a Adam, um bebê saudável. As
suas células medulares foram imediatamente colhidas do cordão umbilical,
em um processo indolor. As células foram armazenadas até o final do mês
passado, quando Molly as recebeu em uma operação realizada no Hospital
da Universidade Fairview, em Minneapolis, que é especializado em
transplante de medula óssea em crianças que sofrem de anemia fanconi.

Segundo o hospital, Molly está reagindo bem, e as suas chances de
sobrevivência são agora de 85%, comparadas a 31%, caso o doador não
tivesse sido o seu irmão bebê. Já há dez famílias se preparando para ser
submetidas a uma avaliação para pré-implante genético.

"Para aquelas raras aplicações em desordens geneticamente determinadas,
como anemia de células falciformes, talassemia e desordens
hematológicas, nas quais podemos ter certeza de que as células
embrionárias não possuam a doença, esse processo será amplamente
utilizado", prevê George Q. Daley, professor de medicina da Escola de
Medicina de Harvard, e membro do Instituto Whitehead de Pesquisas
Biomédicas.

Daley afirma que tais usos trazem poucos riscos para a sociedade. "Isso
não é a esteira de produção genética para a escolha de características
biológicas característica do 'Admirável Mundo Novo', mas uma utilização
cuidadosa da tecnologia para o tratamento e a cura de doenças raras",
afirma Daley.

No entanto, o uso de células humanas embrionárias da medula continua
sendo um tema controverso para os oponentes do aborto, já que vários
embriões são mortos.
Em agosto, a Igreja Católica condenou a utilização dessas células,
depois que o Instituto Nacional de Saúde afirmou que iria promover o
financiamento seletivo das pesquisas com a utilização das células de
medula.

Além do uso das células de medula para tratar de crianças, os cientistas
estão também fazendo progressos na utilização de células de medula de
adultos e em experiências celulares com animais. No mês passado,
pesquisadores da Escola de Medicina Robert Wood Johnson, em Piscataway,
em Nova Jersey, anunciaram que converteram células de medula de adultos,
retiradas de medula óssea, em células nervosas, trazendo esperança para
novos tratamentos para restaurar lesões na coluna e tratar as vítimas de
derrames, Alzheimer e Parkinson.

A empresa Diacrin Incorporation, de Boston, está desenvolvendo células
transplantáveis para o tratamento das doenças de Parkinson e de
Huntington, em uma associação com a Genzyme Corporation, e está
utilizando células da medula de porcos para tratar de lesões na coluna
de seres humanos.

Na Costa Oeste, a StemCells Incorporation, que no passado se chamava
Cyto Terapeutics Incorporation, está pesquisando o uso de células de
medula para o tratamento de doenças do sistema nervoso central e do
fígado, enquanto que a Geron Incorporation está avaliando as
possibilidades de utilização de células da medula para regenerar as
células cerebrais danificadas por derrames e pelo mal de Parkinson.

"Existem planos no horizonte para a utilização de células da medula de
bebês para tratar de pais com certos tipos de cânceres e de doenças de
sangue, tais como a leucemia", afirma Cynthia Fisher, presidente da
ViaCord Incorporation.
A sua companhia que tem sete anos de idade, sediada em Boston, fornece
"seguro biológico" às famílias. A empresa já coletou mais de 6 mil
cordões umbilicais com células de medula para famílias interessadas, a
um custo médio de US$ 1,5 mil (R$ 2,8 mil), mais um adicional de US$ 95
(R$ 177) por ano, para armazenagem mediante congelamento.

De acordo com Fisher, a companhia irmã da Via Cord, a Via Cell,
desenvolveu um processo de produção, a fim de aumentar
significativamente a quantidade de células de medula de recém-nascidos
necessárias a atender à demanda médica para os pacientes adultos.
Tradução: Danilo Fonseca

-----------------------------------------------------------------------
Deixem-me fazer um comentario, como me pediram.

Primeiro, se a tecnica de transplante de celulas tronco, se disseminar,
como parece ser inevitavel, a selecao natural de alguma forma deixara
de agir e as consequencias seriam cada vez mais nascimentos de
individuos com defeitos geneticos : Os que estavam fadados a morrer
irao sobreviver e talvez passar estes genes defeitusos para as
geracoes subsequentes.

Eh uma constatacao cientifica.

O que podera ocorrer eh que a especie humana tendera ficar cada vez mais
dependente de tecnologias sofisticadas para se ter um bebe saudavel.
Eh o custo...

Por outro lado, a outra tecnica, de selecao de embrioes,
caminha no sentido oposto : Existe uma selecao artificial de
aprimoramento
genetico, mesmo q estes medicos nao queiram admitir isso.

Ou seja, ao escolherem quais embrioes irao sobreviver e quais nao,
mostra que o ser humano esta fazendo uma selecao artificial
tentando evitar doencas geneticas ( POR ENQUANTO apenas isso).

Se a tecnica se dissemina, isso ira fazer com que os embrioes que
portem doencas geneticas seja selecionados para nao sobreviver e
teremos um tipo de eugenia embrionaria.

Teremos entao duas tecnicas atuando em lados opostos do aprimoramento
genetico : Uma preservando genes defeituosos e a outra destruindo-os.

O debate para uma discussao de ordem etica sobre o assunto foi
levantado por Dawkins no artigo BIOETICA que postei aqui.

Contudo, tendo a concordar com ele quando ele diz :
"..Para Dawkins, não é o caso banir essas experiências usando argumentos
como "é contra a vontade de Deus" ou "é antinatural". O correto seria
pensar em quem será prejudicado..."

[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] Taxa de mutacao nao eh tao alta
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 17/10/2000 15:42

>
> Eles disseram apenas que nao viram tantas mutacoes nos animais
> estudados
> a ponto de ser justificada a pratica sexual para reproducao. Mas e'
> justamente este o ponto defendido pelos biologos, o sexo dificulta as
> mutacoes a ponto de em muitos casos nao existirem.
>

Isso eu nunca entendi :
Como o sexo pode impedir as mutacoes?
As mutacoes nao tem nada a ver com sexo.

Vamos supor uma mutacao nociva mas que nao impeca a reproducao.
Se nao houver sexo este gene mutante podera sobreviver por
reproducao assexuada.
Se houver sexo este gene tambem podera sobreviver por reproducao
sexuada.

Ateh aih empate.

Se a mutacao eh nociva e impede a reproducao ( matando o portador
antes da epoca reprodutiva ) : Neste caso, tanto do lado sexual
como do assexual o individuo nao se reproduz.

Empate outra vez.


Talvez a diferenca esteja na formacao dos cromossomos :
Cromossomos diploides, como os nossos, podem portar genes
defeituosos sem q estes codifiquem doencas, desde q sejam
recessivos em heterozigotose.

Mas, antes de continuar a analise surgiu-me uma duvida :
seres asexuais poderiam ter cromossomos diploides?
Ou apenas cromossomos haploides?

[]s
jocax


SUBJECT: Trabalhe em casa e ganhe 30.000 por ANO EXTRAS!!!
FROM: <c.m.c2@starmedia.com>
TO: cmcjedi@starmedia.com
DATE: 17/10/2000 15:55

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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: [fflch] virus
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 17/10/2000 16:23

On Tue, 17 Oct 2000, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> Mas nao sei se ja formavam moleculas de DNA como as conhecemos hoje
> ou algum outro tipo de estrutura menos sofisticada.

ninguem ateh hoje conseguiu sintetizar uma molecula auto-catilitica...

dos modelos atuais, o q. parece ser mais promissor eh o 'mundo de rna',
isso porque o rna possui tto propriedades de armazenamento de informacoes
como enzimatica -- nos ribossomos encontramos associadas 'as proteinas
moleculas de rna, sendo aparentemente elas quem exercem a atividade
catalitica -- fazendo as ligacoes entre os aminoacidos.

o rna tbm eh capaz de realizar uma operacao chamada de 'splicing' -- o
rna mensageiro recem-sintetizado eh capaz de eliminar parte de sua propria
cadeia (os introns) e religar os pedacos q. sobram (os exons).

alguns textos interessantes:

http://www.sigmaxi.org/amsci/articles/95articles/cdeduve.html

[traducao meia-boca em: http://www.geocities.com/evoluindo/origens.html]

http://www.sciam.com/askexpert/biology/biology15.html

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Taxa de mutacao nao eh tao alta
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 17/10/2000 16:27

Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> Isso eu nunca entendi :
> Como o sexo pode impedir as mutacoes?

Não impede, dificulta.

> As mutacoes nao tem nada a ver com sexo.

Têm a ver, mas tambem não têm.

> Vamos supor uma mutacao nociva mas que nao impeca a reproducao.
> Se nao houver sexo este gene mutante podera sobreviver por
> reproducao assexuada.
> Se houver sexo este gene tambem podera sobreviver por reproducao
> sexuada.
> Ateh aih empate.

Ops! Um pequeno detalhe. Em reprodução assexuada, o gene defeituoso será
transmitido para 100% dos seu descendentes. Em uma reprodução sexuada, a
taxa será de 50%. Portanto, ponto para o sexo.

> Se a mutacao eh nociva e impede a reproducao ( matando o portador
> antes da epoca reprodutiva ) : Neste caso, tanto do lado sexual
> como do assexual o individuo nao se reproduz.
> Empate outra vez.

Agora sim empate, mantendo o sexo em vantagem.

> Talvez a diferenca esteja na formacao dos cromossomos :
> Cromossomos diploides, como os nossos, podem portar genes
> defeituosos sem q estes codifiquem doencas, desde q sejam
> recessivos em heterozigotose.

Se eu não me engano, os seres humanos possuem de 80 a 90% de código
genético inútil, o que interessa é muito pouco, o resto é replicado,
defeituoso, mutante, parasita, etc. Porque temos estes genes? Ninguém
sabe. Porque estão desativados? Talvez seja por causa do sexo.

> Mas, antes de continuar a analise surgiu-me uma duvida :
> seres asexuais poderiam ter cromossomos diploides?
> Ou apenas cromossomos haploides?

Para isso precisaria ir à biblioteca.

==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Necessidade de afirmacao de paternidade
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 17/10/2000 16:38

vou inverter as respostas:

On Tue, 17 Oct 2000, Dr. Omni wrote:
> Claro que não. Você partiu para um raciocínio evolutivo (perfeitamente
> válido) *assumindo que* telepatia é algo biologicamente viável. Mas, ao que
> tudo indica, não é. O único meio que conhecemos de transmitir informações a

pois eh. estou apenas evidenciando o 'Mundo do Pato Donald' -- uma teoria
q. seja internamente coerente, mas sem nenhum compromisso com coerencia
externa.

estabelecimentos de cenarios evolutivos nao querem dizer muita coisa...
podem ser extremamente importantes ao lancar luz para direcionar
pesquisas, mas ela por si soh nao prova nem desprova nada...

podemos criar cenarios q. mostrem como asas evoluiram em peixes e
glandulas mamarias em aves... como exercicio de imaginacao eh
perfeitamente valido; como modelo de mundo, nao.

----------------
> Isso até a população toda, inicialmente quase toda "normal", convergir para
> uma população de telepatas - o que, já que se trataria de uma característica
> *muito* vantajosa, poderia acontecer. Mas aí todo mundo passaria a poder

nao necessariamente... poderiamos pensar em uma telepatia nao tao tele
assim... digamos uma 'mesopatia' ou 'proximopatia'. qdo cochichamos, mesmo
q. a mensagem nao possa ser ouvida por terceiros, o ato eh flagrante. jah
uma 'proximopatia' eh indistinguivel de uma simples proximidade
fisica casual... claro q. nesse cenario poderia entao desenvolver-se
estrategias do lider de dispersar qq aglomeracao, mas supondo uma selecao
para um grupamento, poderiamos pensar em uma situacao de equilibrio...
------------------

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Taxa de mutacao nao eh tao alta
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 17/10/2000 17:20

On Tue, 17 Oct 2000, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> Mas, antes de continuar a analise surgiu-me uma duvida :
> seres asexuais poderiam ter cromossomos diploides?
> Ou apenas cromossomos haploides?

aquela especie de lagarto partenogenetico eh um organismo triploide (ateh
em funcao da quebra da paridade q. se especula sobre a origem da
reproducao assexuada...)

vamos esclarecer um ponto: sexo e reproducao sao processos diferentes.
sexo eh o processo de recombinacao genetica entre individuos diferentes da
mesma especie. reproducao eh o processo de producao de novos individuos.

as bacterias fazem sexo e possuem apenas um cromossomo (tudo bem q. facam
sexo via plasmidios q. muitas vezes ficam destacados do material genetico
principal). mas o sexo, neste caso, nao produz um numero maior de
individuos.

as plantas (metafitas) os individuos diploides soh se reproduzem
assexuadamente -- sao os esporofitos -- por meiose produzem os individuos
haploides q. se reproduzem sexuadamente (os gametofitos) gerando novos
esporofitos...

ha' especies q. sao facultativamente partenogeneticas, como /Nauphoeta
cinerea/ (uma barata), e q. sao diploides.

entao reformulemos a pergunta: seres de reproducao assexuada obrigatoria
sem alternancia de geracoes necessariamente devem apresentar um conjunto
impar de cromossomos?

a resposta eh nao. e.g. /Saccharomyces cerevisae/ e diversos outros
fungos...

[]s,

roberto takata





SUBJECT: Re: [ciencialist] Taxa de mutacao nao eh tao alta
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 17/10/2000 17:27

On Tue, 17 Oct 2000, TARCISIO BORGES wrote:
> Se eu não me engano, os seres humanos possuem de 80 a 90% de código
> genético inútil, o que interessa é muito pouco, o resto é replicado,
> defeituoso, mutante, parasita, etc. Porque temos estes genes? Ninguém
> sabe. Porque estão desativados? Talvez seja por causa do sexo.

aparentemente inutil... talvez desempenhem alguma funcao...

[um reparo: o codigo genetico eh a relacao entre as trincas de bases
nitrogenadas do rna-mensageiro e o aminoacido da cadeia peptidica
sintetizada... o q. se pode dizer eh q. grande parte do *material*
genetico ou do genoma (sensu lato) ou da sequencia de dna dos seres
humanos nao codificam nenhuma proteina ou cadeia peptidica e tEm funcao
desconhecida...]

um texto q. pode ser de interesse:

What is known about the function of introns, the nonencoding sequences in
genes?
http://www.sciam.com/askexpert/biology/biology5.html

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Desligamento
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 17/10/2000 17:53



"Dr. Omni" wrote:
>
> ----- Original Message -----
> From: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
> To: <ciencialist@egroups.com>
> Sent: Wednesday, October 11, 2000 7:46 PM
> Subject: Re: [ciencialist] Re: Desligamento
>
> [snikt]
> > Acredito que as formas raciais que temos hoje devem ter sua origem
> > mum quase isolamento geografico ( devido aos obstaculos naturais
> e/ou
> > distancias).
> >
> > Nao sei se tal "isolamento" ira desencadear ou nao uma nova
> especie...
> > Acho q falta-me dados quantitativos e qualitativos para estimar
> isso.
> >
>
> O processo de diferenciação das raças humanas que existem hoje em dia
> aparentemente era o início de um (muito distante) processo de
> especiação.
> Mas, se era isso mesmo, então esse processo de especiação foi
> totalmente
> abortado. A integração do mundo inteiro por meios de transporte cada
> vez
> mais efetivos (navios a vela, navios a vapor, aviões, etc) levou
> inevitavelmente à mistura de diversas populações diferentes.

Vejamos sob o ponto de vista dos continentes.....
Vc saberia qual a taxa *necessaria* de genes ( pessoas ) por geracao
de um continente a outro para que o processo de diferenciacao se
estanque? Sem dados quantitativos nao poderemos assegurar q este
trafego seja suficiente para estancar esta possivel diferenciacao.


>E não
> adianta
> evocar racismos para dizer que algumas populações vão continuar
> geneticamente isoladas. Mesmo em culturas historicamente racistas,
> como dos
> Estados Unidos, vêm acontecendo coisas como o número de filhos de pais
> de
> raças diferentes ter quadruplicado nos últimos trinta anos.

Mas o q eu estava pensando eh que bastaria, no mundo inteiro,
apenas uma unica cultura/povo se isolar geneticamente para que
tivessemos
a formacao de uma nova especie.

>Aliás,
> esse é um
> dado do capítulo "The Fall of the 'Master Races'", do
> interessantíssimo
> livro "Children of Prometheus: the accelerating pace of Human
> evolution". No
> livro o autor (cujo nome eu esqueci e não estou com paciência de
> procurar no
> momento) defende a tese de que não apenas a evolução humana continua,
> como
> está avançando mais rápido do que nunca;

Por isso a minha preocupacao: Uma nova etica inter-especies
inteligentes precisaria ser discutida. E isso talvez abriria nossos
olhos para o q fazemos tambem com as outras especies do planeta
dita "inferiores", como os bovinos.

> nesse capítulo em especial
> ele
> mostra como a tendência para as raças "puras" é simplesmente
> desaparecer por
> meio de miscigenação - com as conseqüentes alterações nas freqüências
> de
> alelos da população mundial.

Sera?
Pense em um agrupamento de individuos a um passo da diferenciacao.
Suponha q eles sejam os individuos de onde a nova especie Homo surgira
e portanto de certa forma superiores intelectualmente.
Pq razao eles haveriam de se miscigenar com individuos que nao
compartilham a mesma capacidade que eles?
A discriminacao, o racismo, para eles, seria de certa forma natural.


>
> > Uma pergunta importante eh : Qual o nivel de diferenca genetica que
> eh
> > necessario para que dois organismos sejam considerados de especies
> > distintas?
> >
>
> Um nível de diferença suficiente para que eles não produzam
> decendentes
> férteis. (E, como você pode ver, as raças humanas ainda estão longe
> disso.)

A minha duvida era a nivel de genoma. Olhando apenas o genoma
pode-se saber se pertencem aa mesma especie ou nao ?


>
> > Uma outra forma de isolamento genetico eh atraves de uma cultura
> > endogamica. Individuos de uma cultura endogamica casam-se apenas
> entre
> > si de forma que o isolamento genetico tambem ocorre (mesmo qdo o
> > isolamento geografico nao acontece).
> >
>
> Mas isso nunca funciona muito bem. É um traço cultural, e como tal
> extremamente volátil.


Funcionaria bem nos moldes q falei : se o povo q adota esta cultura
for a origem da nova especie e portanto com caracteristicas q as
impecam de se miscigenar com outros por estes outros nao apresentarem
qualidades que eles possuem.

>
> [snikt]
> > Achei muito interessante esta ideia, mas nao sei em que condicoes
> > minimas
> > isto aconteceria. Mas com certeza nao poderia haver isolamento
> genetico.
> >
>
> Porque não? Acho bastante provável que nos próximos séculos a
> Humanidade
> colonize outros mundos do Sistema Solar e mesmo outros sistemas
> planetários,
> e isso abriria as portas não só para isolamentos genéticos, mas também
> para
> a exposição a condições ambientais bastante diferentes. E,
> conseqüentemente,
> a longo prazo, para o aparecimento de não apenas uma, mas sim várias
> novas
> espécies "humanas".
>

Vc nao entendeu : Eu disse que para haver evolucao *em bloco* nao
poderia
haver isolamento genetico.

> [snikt]
> > Sao apenas elocubracoes ainda nao cheguei a nenhuma conclusao....
> >
>
> Idem.
>
> > []s
>
[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] Necessidade de afirmacao de paternidade
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 17/10/2000 18:11



Roberto Mitsuo Takata wrote:
>
>
> pois eh. estou apenas evidenciando o 'Mundo do Pato Donald' -- uma
> teoria
> q. seja internamente coerente, mas sem nenhum compromisso com
> coerencia
> externa.
>
> estabelecimentos de cenarios evolutivos nao querem dizer muita
> coisa...
> podem ser extremamente importantes ao lancar luz para direcionar
> pesquisas, mas ela por si soh nao prova nem desprova nada...

Todas as teorias comecam com pensamentos que *podem* ou nao serem
validos. As evidencias devem ser pesquisadas para corroborar
ou refutar as teorias. A coerencia logica eh o primeiro passo
para a aceitacao da teoria.


>
> podemos criar cenarios q. mostrem como asas evoluiram em peixes e
> glandulas mamarias em aves... como exercicio de imaginacao eh
> perfeitamente valido; como modelo de mundo, nao.
>

Nao sei se sempre isto eh possivel.
as vezes pode parecer facil mas, uma analise teorica aprofundada pode
mostrar,
mesmo em teoria, e sem se recorrer a experimentos de campo, q a
conjectura proposta eh incoerente.

[]s
jocax


SUBJECT: Arquivo novo no site da TGBD
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
CC: "TGBD no eGroups" <tgbd@egroups.com>
DATE: 18/10/2000 03:18

Prezados amigos,

Este é mais um arquivo que junta diversas mensagens na Ciencialist, por ocasião do retorno da discussão da TGBD na lista em meados de 2000. Pretendo, com o tempo, decompor este arquivo em diversos outros, que abordarão as principais questões debatidas, a saber:

A TGBD é científica ou metafísica?
A TGBD e o teorema de Gödel
A TGBD e a geometria. no caso do tetraedro.

Chamo atenção dos principais amigos da Ciencialist que enviaram as mensagens contidas no arquivo acima, a saber:
Alberto Mesquita Filho
Leandro
Luiz Ferraz Netto
Roberto Mitsuo Takata
Rodrigo Frizzo Viecilli

Deixo o enderço do arquivo:

http://br.egroups.com/files/tgbd/5.TGBD.no.Ciencialist/5.3.Rediscutindo.a.TGBD.no.Ciencialist.doc

Ressalto que toda e qualquer mensagem de comentário aos temas relacionados à TGBD devem ser endereçados para:
tgbd@egroups.com

Aproveitem e visitem o site da TGBD no endereço:
http://br.egroups.com/group/tgbd

Um grande abraço,

Claudio Abreu

A seguir deixo os endereços das mensagens constantes do arquivo:


Introduzindo o Site da TGBD no eGroups.

http://www.egroups.com/message/ciencialist/5527
5527 Claudio Abreu Sat 8/19/2000

http://www.egroups.com/message/ciencialist/5529
5529 Leandro Sat 8/19/2000

http://www.egroups.com/message/ciencialist/5530
5530 Claudio Abreu Sat 8/19/2000

http://www.egroups.com/message/ciencialist/5532
5532 Rodrigo Frizzo Viecilli Sun 8/20/2000

http://www.egroups.com/message/ciencialist/5604
5604 Claudio Abreu Tue 8/22/2000

http://www.egroups.com/message/ciencialist/5615
5615 Claudio Abreu Wed 8/23/2000

http://www.egroups.com/message/ciencialist/5617
5617 Alberto Mesquita Filho Wed 8/23/2000

http://www.egroups.com/message/ciencialist/5620
5620 Roberto Mitsuo Takata Wed 8/23/2000

http://www.egroups.com/message/ciencialist/5629
5629 Claudio Abreu Fri 8/25/2000

http://www.egroups.com/message/ciencialist/5630
5630 Claudio Abreu Fri 8/25/2000

http://www.egroups.com/message/ciencialist/5631
5631 Claudio Abreu Fri 8/25/2000

http://www.egroups.com/message/ciencialist/5633
5633 Alberto Mesquita Filho Fri 8/25/2000

http://www.egroups.com/message/ciencialist/5635
5635 Roberto Mitsuo Takata Fri 8/25/2000

http://www.egroups.com/message/ciencialist/5637
5637 Claudio Abreu Fri 8/25/2000

http://www.egroups.com/message/ciencialist/5638
5638 Claudio Abreu Fri 8/25/2000

http://www.egroups.com/message/ciencialist/5639
5639 Claudio Abreu Fri 8/25/2000

http://www.egroups.com/message/ciencialist/5644
5644 Luiz Ferraz Netto Fri 8/25/2000

http://www.egroups.com/message/ciencialist/5647
5647 Alberto Mesquita Filho Fri 8/25/2000

http://www.egroups.com/message/ciencialist/5649
5649 Claudio Abreu Sat 8/26/2000

http://www.egroups.com/message/ciencialist/5650
5650 Alberto Mesquita Filho Sat 8/26/2000

http://www.egroups.com/message/ciencialist/5652
5652 Rodrigo Frizzo Viecilli Sat 8/26/2000

http://www.egroups.com/message/ciencialist/5654
5654 Roberto Mitsuo Takata Sat 8/26/2000

http://www.egroups.com/message/ciencialist/5680
5680 Claudio Abreu Mon 8/28/2000

http://www.egroups.com/message/ciencialist/5681
5681 Claudio Abreu Mon 8/28/2000

http://www.egroups.com/message/ciencialist/5682
5682 Roberto Mitsuo Takata Mon 8/28/2000

http://www.egroups.com/message/ciencialist/5683
5683 Claudio Abreu Mon 8/28/2000

http://www.egroups.com/message/ciencialist/5685
5685 Rodrigo Frizzo Viecilli Mon 8/28/2000

http://www.egroups.com/message/ciencialist/5686
5686 Claudio Abreu Mon 8/28/2000

http://www.egroups.com/message/ciencialist/5687
5687 Claudio Abreu Mon 8/28/2000

http://www.egroups.com/message/ciencialist/5692
5692 Rodrigo Frizzo Viecilli Mon 8/28/2000

http://www.egroups.com/message/ciencialist/5696
5696 Alberto Mesquita Filho Mon 8/28/2000

http://www.egroups.com/message/ciencialist/5699
5699 Claudio Abreu Mon 8/28/2000

http://www.egroups.com/message/ciencialist/5702
5702 Claudio Abreu Tue 8/29/2000

http://www.egroups.com/message/ciencialist/5703
5703 Claudio Abreu Tue 8/29/2000

http://www.egroups.com/message/ciencialist/5710
5710 Rodrigo Frizzo Viecilli Tue 8/29/2000

http://www.egroups.com/message/ciencialist/5719
5719 Claudio Abreu Tue 8/29/2000



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Taxa de mutacao nao eh tao alta
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 18/10/2000 07:07



TARCISIO BORGES wrote:
>
> Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> > Isso eu nunca entendi :
> > Como o sexo pode impedir as mutacoes?
>
> Não impede, dificulta.

As mutacoes EM SI nao sao dificultadas pela reproducao sexuada.
Elas ocorrem a nivel de genes e nao de fenotipo.

>
> > As mutacoes nao tem nada a ver com sexo.
>
> Têm a ver, mas tambem não têm.

Nao tem, mas a *propagacao* delas podera ter , eh o q discutiremos.

>
> > Vamos supor uma mutacao nociva mas que nao impeca a reproducao.
> > Se nao houver sexo este gene mutante podera sobreviver por
> > reproducao assexuada.
> > Se houver sexo este gene tambem podera sobreviver por reproducao
> > sexuada.
> > Ateh aih empate.
>
> Ops! Um pequeno detalhe. Em reprodução assexuada, o gene defeituoso
> será
> transmitido para 100% dos seu descendentes. Em uma reprodução sexuada,
> a
> taxa será de 50%. Portanto, ponto para o sexo.

ENGANO !
vamos fazer um esquema para entendermos a propagacao do gene mutante
nas duas formas de reproducao.

Digamos que tenhamos 2 individuos que irao ter 4 filhos,
vamos supor individuos diploides ( cromossomos aos pares ) e
seja X o gene Bom e Y o gene mutante ruim, teremos :

- Na forma assexuada :
Ser portador X1-Y1 -> gera 2 filhos : X1-Y1 ( propagou gene mutante)
Ser normal X2-X3 -> gera 2 filhos : X2-X3 ( normal )

- Na forma sexuada :
Ser portador X1-Y1 -> geram na media X1-X2; X1-X3; X2-Y1; X3-Y1
Ser normal X2-X3 ->

Ou seja em ambos os casos temos 50% de descendentes portadores do gene
mutante ( x2-Y1; X3-Y1 ) e 50% normais ( x1-x2; x1-x3),
sem vantagens para nenhum dos lados!.
Ou seja empate de novo.

Mas se os biologos dizem que a reproducao sexuada ajuda a
acabar com as mutacoes nocivas provavelmente estou errado,
mas AINDA nao descobri ONDE :-(

[]s
jocax


SUBJECT: Speedy - o golpe rápido em dois atos ..
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 18/10/2000 08:44

Nao sei se a informacao eh real,
mas fica o alerta.
[]s
jocax
----------------------------------------------------

Leia sobre o speedy

Speedy - o golpe rápido em dois atos ..
Data 04/10/00
A Telefonica oferece um novo tipo de conexão de dados
para o acesso à Internet: o Speedy.

Speedy é apenas o nickname da coisa, a denominação
correta é ADSL - Assymmetric Digital Subscriber Line.
Assimétrico porque a velocidade não é igual em ambas
as direções. A velocidade de download (receber) é
maior que a velocidade de envio.

ADSL é um serviço interessante no exterior porque os
preços são muito acessíveis e os equipamentos
necessários são fáceis de instalar.

Aqui, no Brasil, como quase sempre com as novidades,
foi acrescentado uma poção de "inteligência e
esperteza" para entregar um golpe rápido com serviços
agregados.

A Telefonica vende para o usuário final o acesso
Internet e faz de conta que se trata de uma parceria
com um provedor, generosamente perguntando pelo
provedor de Internet na hora de assinar.

O provedor de Internet NÃO é necessário nesta
história. É a própria Telefonica que fornece o acesso
Internet pela própria rede IP ao usuário final.

A Telefonica garante em contrato apenas 10% (DEZ por
cento) daquela velocidade contratada. Ou seja,
contratando o Speedy de 256 Kbps ela garante apenas
25,6 Kbps para o usuário. Este é o primeiro ato desse
golpe - esta velocidade é menor que a metade que um
usuário final consegue hoje com o acesso discado
digital oferecido pela maioria das provedoras do
mercado. E claro que o contrato é de dois ou três anos
com multas de rescisão e todo o que vem de direito.

A Telefonica, gulosa como é, vai agora em cima do
provedor, que também ainda não entende muito bem da
tecnologia, vendendo um LINK DEDICADO ao provedor.
Este é o segundo ato do golpe rápido.

Este link NÃO é necessário e nunca vai ser utilizado,
apenas se este provedor ainda não tiver uma conexão
pela Internet. Ué??? Isso mesmo! Redes conectadas a
dois provedores de backbone, por exemplo à Telefonica
e à Embratel, são redes multi-homed e necessitam de um
registro, tratamento e investimento especial. Quem
regula e controla redes multi-homed são a www.arin.net
ou a www.cg.org.br onde está descrito como
classificar, registrar e capacitar uma rede como
multi-homed. Caso contrário, o segundo link, este da
Telefonica referente ao Speedy, não é necessário e não
vai ter tráfego. Tecnicamente impossível.

A Telefonica argumenta que este link é necessário para
que o usuário possa pegar seu e-mail e acessar a
página do provedor, mas "a Internet" ele acessa
através da rede IP da Telefonica. Olha gente, não sou
inteligente, mas burro não sou ...
Ainda não contando com o detalhe que a Telefonica
exige um valor a ser pago pelo provedor para cada
usuário que queira aproveitar do acesso Speedy.
E assim a coisa torna-se até ridiculamente redundante.

A Telefonica obviamente está caçando usuários na
Internet fazendo de conta que oferece acesso rápido
para os clientes do provedor. PRIMEIRO a faca entra no
usuário final e SEGUNDO uma faca de dois gumes entra 3
vezes no provedor. O tonto do usuário final a
Telefonica engole facilmente. Mas para o provedor
resta apenas a morte. O tontinho entrega a carteira
para a Telefonica pensando que fecha um bom negócio.

Depois paga ainda uma taxa para cada usuário que ele
entrega para a Telefonica. E como não bastasse este
golpe a Telefonica vende para ele um link dedicado
inútil. Mas, quem quiser ... merece esta morte mesmo:
ignorância mata.

HAHAHA - Quem inventou essa peça é um gênio,
imaginando que nós todos somos burros, ou ele é um
bárbaro do outro lado do mundo, que ainda não percebeu
que evoluímos do estado índio analfabeto para
comerciantes e técnicos capacitados.

Mas acho que desta vez o senhor se enganou e vai comer
o próprio rabo daqui a pouco, ou será que não? Será
que eu estou enganado e a ignorância ganha mais uma
vez ...


HMM
Envie seus comentários para a Redação

http://www.wda.com.br/artigos/speedy.htm


SUBJECT: Re: [ciencialist] Speedy - o golpe rápido em dois atos ..
FROM: "Palhares, Paulo Rogerio" <prpalhares@sti.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 18/10/2000 09:38

Pessoal, eu tenho 2 Speedy da telefonica na minha empresa e +- 25 pessoas
usando as conecções, a velocidade é boa e bem melhor do que a que eu tenho
em casa, faço downloads de arquivos com 130mb em 20min, não é uma maravilha,
de vez em quando, umas 2 vezes por semana o sistema cai, mas volta ao
restartar o modem.

Grato !!!
----- Original Message -----
From: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
To: "ciencialist" <ciencialist@egroups.com>
Sent: Wednesday, October 18, 2000 9:44 AM
Subject: [ciencialist] Speedy - o golpe rápido em dois atos ..


> Nao sei se a informacao eh real,
> mas fica o alerta.
> []s
> jocax
> ----------------------------------------------------
>
> Leia sobre o speedy
>
> Speedy - o golpe rápido em dois atos ..
> Data 04/10/00
> A Telefonica oferece um novo tipo de conexão de dados
> para o acesso à Internet: o Speedy.
>
> Speedy é apenas o nickname da coisa, a denominação
> correta é ADSL - Assymmetric Digital Subscriber Line.
> Assimétrico porque a velocidade não é igual em ambas
> as direções. A velocidade de download (receber) é
> maior que a velocidade de envio.
>
> ADSL é um serviço interessante no exterior porque os
> preços são muito acessíveis e os equipamentos
> necessários são fáceis de instalar.
>
> Aqui, no Brasil, como quase sempre com as novidades,
> foi acrescentado uma poção de "inteligência e
> esperteza" para entregar um golpe rápido com serviços
> agregados.
>
> A Telefonica vende para o usuário final o acesso
> Internet e faz de conta que se trata de uma parceria
> com um provedor, generosamente perguntando pelo
> provedor de Internet na hora de assinar.
>
> O provedor de Internet NÃO é necessário nesta
> história. É a própria Telefonica que fornece o acesso
> Internet pela própria rede IP ao usuário final.
>
> A Telefonica garante em contrato apenas 10% (DEZ por
> cento) daquela velocidade contratada. Ou seja,
> contratando o Speedy de 256 Kbps ela garante apenas
> 25,6 Kbps para o usuário. Este é o primeiro ato desse
> golpe - esta velocidade é menor que a metade que um
> usuário final consegue hoje com o acesso discado
> digital oferecido pela maioria das provedoras do
> mercado. E claro que o contrato é de dois ou três anos
> com multas de rescisão e todo o que vem de direito.
>
> A Telefonica, gulosa como é, vai agora em cima do
> provedor, que também ainda não entende muito bem da
> tecnologia, vendendo um LINK DEDICADO ao provedor.
> Este é o segundo ato do golpe rápido.
>
> Este link NÃO é necessário e nunca vai ser utilizado,
> apenas se este provedor ainda não tiver uma conexão
> pela Internet. Ué??? Isso mesmo! Redes conectadas a
> dois provedores de backbone, por exemplo à Telefonica
> e à Embratel, são redes multi-homed e necessitam de um
> registro, tratamento e investimento especial. Quem
> regula e controla redes multi-homed são a www.arin.net
> ou a www.cg.org.br onde está descrito como
> classificar, registrar e capacitar uma rede como
> multi-homed. Caso contrário, o segundo link, este da
> Telefonica referente ao Speedy, não é necessário e não
> vai ter tráfego. Tecnicamente impossível.
>
> A Telefonica argumenta que este link é necessário para
> que o usuário possa pegar seu e-mail e acessar a
> página do provedor, mas "a Internet" ele acessa
> através da rede IP da Telefonica. Olha gente, não sou
> inteligente, mas burro não sou ...
> Ainda não contando com o detalhe que a Telefonica
> exige um valor a ser pago pelo provedor para cada
> usuário que queira aproveitar do acesso Speedy.
> E assim a coisa torna-se até ridiculamente redundante.
>
> A Telefonica obviamente está caçando usuários na
> Internet fazendo de conta que oferece acesso rápido
> para os clientes do provedor. PRIMEIRO a faca entra no
> usuário final e SEGUNDO uma faca de dois gumes entra 3
> vezes no provedor. O tonto do usuário final a
> Telefonica engole facilmente. Mas para o provedor
> resta apenas a morte. O tontinho entrega a carteira
> para a Telefonica pensando que fecha um bom negócio.
>
> Depois paga ainda uma taxa para cada usuário que ele
> entrega para a Telefonica. E como não bastasse este
> golpe a Telefonica vende para ele um link dedicado
> inútil. Mas, quem quiser ... merece esta morte mesmo:
> ignorância mata.
>
> HAHAHA - Quem inventou essa peça é um gênio,
> imaginando que nós todos somos burros, ou ele é um
> bárbaro do outro lado do mundo, que ainda não percebeu
> que evoluímos do estado índio analfabeto para
> comerciantes e técnicos capacitados.
>
> Mas acho que desta vez o senhor se enganou e vai comer
> o próprio rabo daqui a pouco, ou será que não? Será
> que eu estou enganado e a ignorância ganha mais uma
> vez ...
>
>
> HMM
> Envie seus comentários para a Redação
>
> http://www.wda.com.br/artigos/speedy.htm
>
>
> *** --- ***
> Para sair da lista envie um mail para:
> ciencialist-unsubscribe@egroups.com
> *** --- ***
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Necessidade de afirmacao de paternidade
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 18/10/2000 09:49



"Dr. Omni" wrote:
> >
> > provamos assim a perfeita factibilidade dos fenomenos psi... (ou
> nao?)
> >
>
> Claro que não. Você partiu para um raciocínio evolutivo (perfeitamente
> válido) *assumindo que* telepatia é algo biologicamente viável. Mas,
> ao que
> tudo indica, não é.


Nao creio.
Veja bem, os tubaroes conseguem "Ver" as ondas eletromagneticas
produzidas pela energia eletrica dos musculos dos peixes ( e,
infelizmente, de banhistas desafortunados tambem ).

Existem enguias e raias que produzem eletricidade a voltagens
suficientes para desfalecer um peixe.

Oras, juntemos uma raia e um tubarao e teremos um emissor de ondas
eletromagneticas e um receptor delas !!

Se eles fossem espertos poderiam se comunicar telepaticamente
por codigo-morse !! :-)

De qqr modo isso prova a viabilidade biologica da telepatia !!

[]s
jocax


SUBJECT: Spams (administrativa)
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 18/10/2000 10:36


Percebi que a lista estah sendo atacada por spammers. Nao sei a origem
destas propagandas.

A ultima propaganda veio de um endereco que eu NAO autorizei (pelo
que eu lembro) entrar na lista.

Acho que o Egroups estah com algum tipo de furo de seguranca.

Alguns dias atras apareceu um mail do tipo "Trabalhe...". Tentei
verificar a origem do mail e nao tive muito sucesso. Fiz uma tentativa de
retirar o fantasma da lista e o sistema Egroups nao registrou.
Aparentemente o sistema nao tinha conhecimento da existencia daquele mail
na lista.

Alguem tem ideia do que estah acontecendo?

Vou verificar se por acidente nao modifiquei as configuracoes da
Ciencialist no Egroups.

Tomara que esta mensagem nao sirva de incentivo para outros spammers
procurarem a falha.

Luis Roberto Brudna - administrador da Ciencialist



SUBJECT: Memetica (II)
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO:
DATE: 18/10/2000 12:05

O PODER DO MEME MEME

Por Susan Blackmore

Sem a teoria da evolução por seleção natural nada no
mundo da biologia faz algum sentido. Sem Darwin e
o neo-Darwinismo, você não pode responder a perguntas
como "Por que os morcegos tem asas? Por que
os gatos tem cinco garras? Ou por que nossas fibras
óticas se cruzam na frente de nossas retinas?" Você
pode apenas se sentar e apelar para um criador
imaginário.

Nesse artigo eu quero expor as bases de trabalho para a teoria da
memética e ver até onde nós podemos ir.
Eu devo esboçar as linhas gerais da história e origem da
idéia, explorar como ela foi usada, abusada e
ignorada, e como ela proveu uma nova forma de encarar o
poder das religiões e dos cultos. Eu devo então
tomar o ponto de vista dos memes e usar isso para
responder cinco perguntas previamente não respondidas
sobre a natureza humana. Por que não conseguimos parar
de pensar? Por que nós falamos tanto? Por que
nós somos gentis com os outros? Por que nossos cérebros
são tão grandes? E, finalmente, o que é um eu?
......
Uma História do Meme Meme

Em 1976 Dawkins publicou seu best-seller O Gene Egoísta.
Esse livro popularizou a visão crescente na
biologia que a seleção natural se procede não no
interesse das espécies ou do grupo, nem mesmo do
indivíduo, mas no interesse dos genes. Embora a seleção
tome partido amplamente no nível do indivíduo, os
genes são os verdadeiros replicadores e é a competição
deles que dirige a evolução do design biológico.

Dawkins, claro e gentil como sempre, sugeriu que toda a
vida em todo lugar no universo deve evoluir pela
sobrevivência diferencial de entidades auto-replicadoras
ligeiramente imprecisas; ele os chamou de
"replicadores". Além disso, esses replicadores
automaticamente se juntam em grupos para criar sistemas, ou
máquinas, que os carregam por aí e trabalham em favor de
sua replicação continuada. Essas máquinas de
sobrevivência, ou "veículos" são nossos corpos
familiares - e os dos gatos, da e-coli e do repolho - criados
para carregar e proteger os genes dentro deles.

Bem no final do livro ele sugere que o Darwinismo é uma
teoria muito grande para ser confinada no restrito
contexto do gene. Então ele faz uma pergunta óbvia e
provocativa. Existem outros replicadores em nosso
planeta? Sim, ele afirma. Bem na nossa cara, embora
ainda esteja desajeitado à deriva em sua sopa
primordial de cultura, é um outro replicador - uma
unidade de imitação. Ele deu a ele o nome de "meme"
(para rimar com "creme") e como exemplos sugeriu
"músicas, idéias, slogans, modas de roupas, modos de
fazer vasos ou de construir arcos." Os memes são
armazenados nos cérebros humanos e passados adiante
via imitação.

.....................
O maior proponente da memética desde Dawkins foi o filósofo Dan Dennet.
Em seus livros Consciência
Explicada (1991) e A Perigosa Idéia de Darwin (1995) ele
expande a idéia do meme como um replicador.

Em A Origem das Espécies, Darwin (1859) explicou como a
seleção natural deve acontecer se certas
condições são reunidas. Se há hereditariedade do pai
para a prole, variação entre a prole, e nem toda a
prole pode sobreviver - então a seleção deve acontecer.
Os indivíduos que tem alguma vantagem útil "tem a
melhor chance de ser preservados na luta pela vida"
(Darwin, 1859, p 127, e veja Dennett, 1995, p 48) e
então irão passar suas vantagens para suas proles.
Darwin claramente viu quão óbvio o processo de seleção
natural é uma vez que você o compreendeu. Ele
simplesmente deve acontecer.

Dennett descreve a evolução como um algoritmo simples -
que é, um procedimento desprovido de mente
que, quando levado adiante, deve produzir um resultado.
Para a evolução você precisa de três coisas -
hereditariedade, variação e seleção - então a evolução é
inevitável. Você não precisa nos pegar, claro, ou
qualquer coisa remotamente parecida conosco; pois a
evolução não tem planos nem previsões. Todavia,
você tem que conseguir algo mais complexo do que aquilo
com o qual você começou. O algoritmo
evolucionário é "um esquema para criar Design do Caos
sem a ajuda da Mente" (Dennett, 1995, p 50).
Essa, disse Dennett, é a perigosa idéia de Darwin.

Não é nenhuma surpresa que as pessoas tenham ficado
aterrorizadas com isso, e lutaram tão duramente
contra ela. É escandalosamente simples e terrivelmente
poderosa.



.........................


Leia o artigo completo em :
http://www.strbrasil.com.br/Scientia/meme.htm


[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] Taxa de mutacao nao eh tao alta
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 18/10/2000 12:19

Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> As mutacoes EM SI nao sao dificultadas pela reproducao sexuada.
> Elas ocorrem a nivel de genes e nao de fenotipo.

Eu quiz dizer que os biologos defendem é que o sexo serve para impedir
que o gene defeituoso passe a diante.

> Digamos que tenhamos 2 individuos que irao ter 4 filhos,
> vamos supor individuos diploides ( cromossomos aos pares ) e
> seja X o gene Bom e Y o gene mutante ruim, teremos :
> - Na forma assexuada :
> Ser portador X1-Y1 -> gera 2 filhos : X1-Y1 ( propagou gene mutante)
> Ser normal X2-X3 -> gera 2 filhos : X2-X3 ( normal )

Neste caso, todos os descendentes do portador serão portadores. Portanto
a taxa é fixada em 100%, mas como temos dois, a taxa fica fixa em 50%
dos filhos com mutação.

> - Na forma sexuada :
> Ser portador X1-Y1 -> geram na media X1-X2; X1-X3; X2-Y1; X3-Y1
> Ser normal X2-X3 ->

Neste caso estamos tratando de médias estatísticas, ou seja, na média
existe a possibilidade de 50% dos filhos serem portadores também, ou
seja ainda, pode ser mais como tambem pode ser menos. Se o gene Y1
defeituoso trouxer alguma forma de desvantagem, o animal dificilmente se
reproduzirá pois não encontrará alguém do sexo oposto que o aceite, ao
contrário da forma assexuada. Se os genes do parceiro que sao normais X2
e X3 se combinarem com Y1 de forma a o anular, então seu gene será mais
um da lista dos que ninguém sabe para que serve. Mas se pelo contrário,
os genes bons se combinarem com Y1 de forma a torná-lo mais desvantajoso
então dificilmente ele sairá do útero (ou ovo) vivo e se sair vivo, pode
simplesmente ser abandonado, morto pelos pais, não conseguir se
reproduzir, ou novamente não encontrar um(a) parceiro(a).

Somando-se tudo isso, suas chances se tornam menores.

==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
==========================================================


SUBJECT: Re: [ciencialist] Taxa de mutacao nao eh tao alta
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 18/10/2000 12:30



TARCISIO BORGES wrote:
>
> Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> > As mutacoes EM SI nao sao dificultadas pela reproducao sexuada.
> > Elas ocorrem a nivel de genes e nao de fenotipo.
>
> Eu quiz dizer que os biologos defendem é que o sexo serve para impedir
> que o gene defeituoso passe a diante.

E isso AINDA nao concluimos.

>
> > Digamos que tenhamos 2 individuos que irao ter 4 filhos,
> > vamos supor individuos diploides ( cromossomos aos pares ) e
> > seja X o gene Bom e Y o gene mutante ruim, teremos :
> > - Na forma assexuada :
> > Ser portador X1-Y1 -> gera 2 filhos : X1-Y1 ( propagou gene
> mutante)
> > Ser normal X2-X3 -> gera 2 filhos : X2-X3 ( normal )
>
> Neste caso, todos os descendentes do portador serão portadores.

..e TODOS os descendentes do NAO portador serao NAO portadores !

> Portanto
> a taxa é fixada em 100%, mas como temos dois, a taxa fica fixa em 50%
> dos filhos com mutação.

Isso q disse , para cada 2 individuos um portador e outro nao
teremos uma media de 50% de filhos portadores que sera a mesma
da reproducao sexuada como veremos adiante.

>
> > - Na forma sexuada :
> > Ser portador X1-Y1 -> geram na media X1-X2; X1-X3; X2-Y1; X3-Y1
> > Ser normal X2-X3 ->
>
> Neste caso estamos tratando de médias estatísticas, ou seja, na média
> existe a possibilidade de 50% dos filhos serem portadores também, ou
> seja ainda, pode ser mais como tambem pode ser menos. Se o gene Y1
> defeituoso trouxer alguma forma de desvantagem, o animal dificilmente
> se
> reproduzirá pois não encontrará alguém do sexo oposto que o aceite,

Por isso q eu disse a a vantagem da sexualidade estaria no CONTROLE
de QUALIDADE e nao apenas na propagacao do gene defeituoso.

>ao
> contrário da forma assexuada.

Poderiamos argumentar q a prole da forma assexuada, portadora do gene
defeituoso, tera menos probabilidade de sobrevivencia que o nao
portador.
Do mesmo modo q o portador do sexuado tera menos chance de encontrar
companheiro/a para reproduzir !

>Se os genes do parceiro que sao normais
> X2
> e X3 se combinarem com Y1 de forma a o anular, então seu gene será
> mais
> um da lista dos que ninguém sabe para que serve.

A suposicao inicial era q o gene era prejudicial na sua forma
heterozigotica.

>Mas se pelo
> contrário,
> os genes bons se combinarem com Y1 de forma a torná-lo mais
> desvantajoso
> então dificilmente ele sairá do útero (ou ovo) vivo e se sair vivo,

Nossa suposicao era uma mutacao nao deleteria.
Caso fosse deleteria o mesmo ocorreria na reproducao por partenogenese
(assexuada) onde houve uma mutacao deleteria no zigoto.

> pode
> simplesmente ser abandonado, morto pelos pais, não conseguir se
> reproduzir, ou novamente não encontrar um(a) parceiro(a).
>
> Somando-se tudo isso, suas chances se tornam menores.
>

Mas na reproducao assexuada como imaginamos ( maes produzindo filhas )
o mesmo ocorreria.

Continuo acreditando q a vantagem sexual estaria no controle de
qualidade
mais severo e no maior numero de descendentes que isso acarretaria
do que na reproducao assexuada.

[]s
jocax


SUBJECT: Memes e religioes. ( Interessantissimo )
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO:
DATE: 18/10/2000 14:15


O PODER DO MEME MEME
Por Susan Blackmore
===================== ( continuacao, desculpem NAO RESISTI,
Eh por demais interessannnnnnnnnnte ! ) )

O que isso tem a ver com as religiões? De acordo com Dawkins, tem muito.
A mais controversa aplicação
da memética é sem dúvida o seu tratamento às religiões
como complexos de memes co-adaptados
(Dawkins 1976, 1993). Ele descreve, sem nenhum receio,
as religiões como "vírus da mente" e analisa
como elas funcionam.

Elas funcionam porque os cérebros humanos são exatamente
o que os info-vírus precisam; cérebros podem
absorver informação, replicá-la razoavelmente com
precisão, e obedecer às instruções que elas incorporam.
Dawkins usa o exemplo do Catolicismo Romano; uma gangue
de memes mutuamente compatíveis que são
estáveis o suficiente para merecer um nome. O coração do
Catolicismo são suas maiores crenças; um
poderoso e piedoso Deus, Jesus seu filho que nasceu de
uma virgem e se levantou dos mortos, o espírito
santo, e assim vai. Se isso não é implausível o
suficiente você pode adicionar a crença em milagres ou a
transmutação literal de água em sangue. Por que alguém
deveria acreditar nessas coisas? Dawkins explica.

Ameaças de fogo infernal e danação são técnicas efetivas
e maldosas de persuasão. Desde da tenra idade
crianças são criadas por seus pais Católicos para
acreditar que se elas quebrarem certas regras elas irão
queimar no inferno para sempre após a morte. As crianças
não podem facilmente testar isso já que nem o
inferno nem Deus podem ser vistos, embora Ele pode ver
tudo o que elas fazem. Então elas devem
simplesmente viver um medo durante a vida toda até a
morte, quando elas irão descobrir com certeza - ou
não! A idéia de inferno é portanto um meme
auto-perpetuante.

E eu disse "testar" a idéia? Algumas crenças religiosas
podem ser testadas, tal como se o vinho realmente
vira sangue, se a prece realmente ajuda; daí a
necessidade de um meme anti-teste da fé. No Catolicismo, a
dúvida deve ser evitada, enquanto a fé é nutrida e
respeitada. Se o seu conhecimento de biologia o leva a
duvidar do parto virginal, - ou se a guerra, crueldade e
fome parecem desafiar a bondade de Deus - então
você deve ter fé. A história de São Tomé é um
conto-advertência contra a procura de evidências. Como
Dawkins o pôs "Nada é mais letal para certos tipos de
memes do que a tendência de procurar por
evidências" (Dawkins, 1976, p 198) e as religiões,
diferentemente da ciência, se certificam de desencorajar
isso. Também diferente da ciência, as religiões
freqüentemente incluem memes que tornam seus portadores
violentamente intolerantes à idéias novas e não
familiares e então protegem a si mesmos contra serem
expulsos em favor de uma religião diferente - ou de
nenhuma.

Finalmente os complexos de memes precisam de mecanismos
para assegurar sua própria disseminação.
"Mate o infiel" irá se desfazer da oposição. "Siga em
frente e multiplique-se" irá produzir mais crianças para
passarem eles adiante. Também o fará proibir a
masturbação, controle de natalidade ou casamentos
entre-fés. Se o medo de ficar cego não funciona, existem
prêmios no paraíso para missionários e aqueles
que convertem os descrentes (Dawkins, 1993; Lynch,
1996).

----------------------------
Ver o artigo em :
http://www.strbrasil.com.br/Scientia/meme.htm


[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] Necessidade de afirmacao de paternidade
FROM: "Dr. Omni" <dromni@ieg.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 18/10/2000 16:22

----- Original Message -----
From: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Wednesday, October 18, 2000 10:49 AM
Subject: Re: [ciencialist] Necessidade de afirmacao de paternidade


[snikt]
> Veja bem, os tubaroes conseguem "Ver" as ondas eletromagneticas
> produzidas pela energia eletrica dos musculos dos peixes ( e,
> infelizmente, de banhistas desafortunados tambem ).
>

Pelo que lembro, o "sentido elétrico" dos tubarões detecta variações do
campo elétrico em suas imediações, e não ondas eletromagnéticas. (Biólogos,
corrijam-me se eu estiver errado.) Sim, eu sei que um campo elétrico
variável gera uma onda eletromagnética, mas o princípio de detecção de um e
de outro são diferentes. Os sensores de um tubarão estariam mais para um
detetor de carga eletrostática que para um circuito receptor capaz de entrar
em ressonância com alguma onda de rádio ou microonda no ambiente. Aliás, até
nós mesmos, "pobres" humanos, temos alguma capacidade de detectar
eletricidade estática no ambiente, se for suficientemente forte, por meio de
eriçamento de pêlos e outros fenômenos.

> Existem enguias e raias que produzem eletricidade a voltagens
> suficientes para desfalecer um peixe.
>
> Oras, juntemos uma raia e um tubarao e teremos um emissor de ondas
> eletromagneticas e um receptor delas !!
>
> Se eles fossem espertos poderiam se comunicar telepaticamente
> por codigo-morse !! :-)
>

Já eu preferiria criar o Povo-Vagalume, que se comunicaria à distância por
meio de sinais luminosos... ;-)

[snikt]
> []s

[]s

> jocax

Dr. Omni
ICQ# 53853815
http://www.gold.com.br/~lsc




SUBJECT: Re: [ciencialist] Necessidade de afirmacao de paternidade
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 18/10/2000 18:30

On Wed, 18 Oct 2000, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> De qqr modo isso prova a viabilidade biologica da telepatia !!

do mesmo modo como se prova a viabilidade de aves produzirem leite,
insetos pintarem a 'mona lisa' ou escreverem 'hamlet', o ser humano voar
por seus proprios meios biologicos, arvores terem um exoequeleto de
quitina, medusas fazerem fotossintese, baleias produzirem frutos, cavalo
sintetizarem antocianina, violetas terem olhos, hiv viver em harmonia
simbiotica com os seres humanos...

*se* a historia evolutiva tivesse seguido o caminho mostrado em um cenario
particular, o resultado descrito eh o q. deveria ser... mas *dado* q. nao
tenha sido esse o caminho, nao ha' motivos para esperar q. isso tenha
ocorrido...

novamente a historia do 'Universo de Pato Donald'...

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Necessidade de afirmacao de paternidade
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 18/10/2000 18:51



Roberto Mitsuo Takata wrote:
>
> On Wed, 18 Oct 2000, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> > De qqr modo isso prova a viabilidade biologica da telepatia !!
>
> do mesmo modo como se prova a viabilidade de aves produzirem leite,

Nao eh do mesmo modo. As arraias maritmas sao quase tao proximas
do tubarao quanto os proprios. Se elas ja possuem um mecanismo gerador
de eletricidade e os tubaroes ja possuem um sensor de ondas
eletromagneticas, nao eh entao impossivel que um descendente
de um dos dois possa portar os 2 mecanismos concomitantemente
o q permitiria emissao e recepcao de sinais eletromagneticos.


> insetos pintarem a 'mona lisa' ou escreverem 'hamlet',

Nesse caso o tamanho do cerebro deles teria q evoluir a um nivel tal
que eles deixariam de ser insetos.

>o ser humano
> voar
> por seus proprios meios biologicos,

Nao seriam + seres humanos seriam outra especie.

>arvores terem um exoequeleto de
> quitina, medusas fazerem fotossintese, baleias produzirem frutos,
> cavalo
> sintetizarem antocianina, violetas terem olhos, hiv viver em harmonia
> simbiotica com os seres humanos...


Ou seja, estes seres hipoteticos deixariam de pertencer aa especie
original, tal a quantidade de mutacoes necessarias para produzi-los.

>
> *se* a historia evolutiva tivesse seguido o caminho mostrado em um
> cenario
> particular, o resultado descrito eh o q. deveria ser... mas *dado* q.
> nao
> tenha sido esse o caminho, nao ha' motivos para esperar q. isso tenha
> ocorrido...

Nao disse q isso tenha ocorrido, disse que existe viabilidade
fisica para ocorrer.

[]s
jocax


SUBJECT: Re: Memes e religioes. (Interessantissimo)
FROM: "Sociedade da Terra Redonda" <strbrasil@hotmail.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 18/10/2000 19:07

Aproveitando que o assunto est� em pauta, publiquei esta semana um texto
t�cnico em ingl�s sobre mem�tica, escrito por Aaron Lynch, em
http://www.strbrasil.com.br/English/Scientia/memetic.htm

Ainda estou trabalhando na tradu��o para o portugu�s, mas devo demorar
pelo menos mais um m�s devido ao n�vel extremamente t�cnico. Quem for
proficiente na l�ngua inglesa e n�o quiser esperar a tradu��o j� pode ir
aproveitando. Recomendo tamb�m a leitura dos livros The Meme Machine de S.
Blackmore e Consciousness Explained de D. Dennett. Se n�o me falha a
mem�ria, o livro do Dennett foi publicado aqui pela Editora Campus. O da
Dra. Blackmore n�o possui previs�o de tradu��o.

Abra�os,
Leo Vines
Vines@strbrasil.com.br
Sociedade da Terra Redonda
http://www.strbrasil.com.br
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SUBJECT: sexo pra que?
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 18/10/2000 19:35

existem diversas tentativas de se explicar a evolucao da reproducao
sexuada.

algumas delas:

http://biomed.brown.edu/Courses/BIO48/19.Evol.of.Sex.HTML

http://icarus.uic.edu/~vuletic/cefec.html#4.14


[]s,

roberto takata



SUBJECT: cenarios evolutivos e telepatia
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 18/10/2000 20:56

On Wed, 18 Oct 2000, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> Nao eh do mesmo modo. As arraias maritmas sao quase tao proximas
> do tubarao quanto os proprios. Se elas ja possuem um mecanismo gerador
> de eletricidade e os tubaroes ja possuem um sensor de ondas
> eletromagneticas, nao eh entao impossivel que um descendente
> de um dos dois possa portar os 2 mecanismos concomitantemente
> o q permitiria emissao e recepcao de sinais eletromagneticos.

talvez eu nao esteja sendo claro... o q. quero apontar eh q. a criacao de
cenarios evolutivos nao querem dizer por si soh muita coisa -- podemos
inventar cenarios q. simplesmente nao exisitiram pra chegar a uma situacao
q. nao existe...

o q. vai limitar a viagem dos cenarios evolutivos eh a necessidade de
coerencia com os dados observacionais.

eu nao disse q. vc disse, bla, bla, bla... a questao eh q. uma simples
possibilidade nao implica em ocorrencia, assim cenarios evolutivos --
salvos embasamentos por indicios fatuais -- nao devem ser vistos como
explicacoes, mas tao somente como conjecturas/especulacoes... frisando
novamente, podem sim ser valiosos para guiar as pesquisas.

sobre a telepatia em si, ha' um probleminha q. eh o fato das propriedades
eletricas da agua sao bastante diferentes das propriedades eletricas do
ar... e mesmo a eletropercepcao de um tubarao em relacao a uma foca tem um
alcance maximo de 10 m -- alem disso ha' muito ruido q. interfere no
processo. o campo gerado por peixes e raias eletricas tEm tbm
alcance limitado - uma raia-torpedo gera cerca de 1.760 W (220 V a 8 A).
um poraque eh capaz de gerar uma ddp de 600 V e manter a descarga por
0,002 s. suponhamos q. gere uma mesma amperagem e teremos 4.800 W
(gastando 9,6 J no periodo).

a sensibilidade de um tubarao eh para um gradiente minimo de 0,01-0,1
V/m...

sendo a equacao da intensidade de campo eletrico E de um carga eletrica q
a uma distancia r:

E = kq/(D.r^2)

em q. k eh uma constante de proporcionalidade = 8,99.10^9 V.m/C e D a
constante dieletrica do meio (78,5 para agua pura)...

considerando o comprimento de 2,4 m do poraque, pra uma voltagem de 600 V
entre as extremidades, teremos uma carga media de 0,00003 C
aproximadamente. o q. nos dara' um alcance para o tubarao de cerca de
88-89 m...

mas ha' a limitacao do tempo, em 1/500 s nao se pode passar muita
informacao e nao se pode manter um sinal continuo, jah q. do contrario, o
emissor seria frito... a comunicacao teria q. ser aos pulsos.

no caso humano haveria de se esperar entao q. houvesse uma camada
gordurosa bastante espessa para isolar eletricamente o orgao emissor de
pulsos eletricos e quem o tocasse durante uma conversa levaria um choque
consideravel... haveria q. ter uma modulacao tto na potencia de emissao
qto na sensibilidade de recepcao pra nao haver nem uma sobrecarga no canal
de recepcao nem uma interferencia incontornavel de ruidos do ambiente.

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] cenarios evolutivos e telepatia
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 18/10/2000 21:13

vale lembrar tbm q. os peixes-eletricos q. usam variacoes nos campos
eletricos para comunicacao (nao precisamos nem juntar um tubarao com uma
raia-torpedo, a natureza jah produziu a eletro-comunicacao -- se formos
chamar isso de telepatia, ela jah existe...) usam uma potencia,
naturalmente, bem mais baixa do q. as geradas pelos peixes q. usam os
campos eletricos para caca... naturalmente tbm, o alcance eh limitado a
alguns metros, em comparacao com os quilometros alcancados pelo ultra-som
das baleias (e, nao sei se eh verdade, dos elefantes).

poderia a 'telepatia' basear-se em ondas mecanicas? nada impediria tbm
(embora ouvessem fatores limitantes como ou uma densidade maior do
meio, para uma maior eficiencia da transmissao, ou uma orelha
gigantesca, para uma maior eficiencia de captacao)... mas ao
q. tudo continua indicando, na especie humana isso nao se desenvolveu
(salvo um e outro zorelhudo por aih, re re)...

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Analise da Psicanalise do FCB
FROM: "Manuel Bulcao" <msbn@daterranet.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 19/10/2000 01:25

Companheiros da lista,

Remeto à presente lista de discussão um e-mail que enviei
anteriormente à lista do FCB (Fórum Cético Brasileiro), em
resposta a
uma crítica do colega Christian à psicanálise. O e-mail,
entretanto,
não foi postado, pelas razões que o Sr. Jefferson Krusemark, o
moderador, apresentou-me num e-mail particular e as quais transcrevo
no final. Segue, depois, a minha resposta à sua lacônica recusa
de
publicar a minha mensagem.
..................................................

Prezados listeiros,

O colega Christian tece sua crítica à psicanálise com base
no caráter
supostamente intangível, imponderável e imaterial do seu objeto
de
investigações: a mente. Afinal, "onde está a mente?" --
indaga-se --
"Do que é feita? Alguém já a pegou? Dissecou? Mediu? Como
sabemos que
a mente existe? Como uma "mente", com seu substrato "não natural",
pode causar um fenômeno natural como o comportamento humano?"
— Por
fim, o colega manifesta a sua opção pelo behaviorismo: "Não
seria
muito mais produtivo nos atermos a estes comportamentos [humanos],

que são fenômenos naturais, e portanto estão sujeitos às
mesmas leis
das ciências naturais (mutação e seleção), e cujos
resultados das
aplicações resultantes das pesquisas são comparativamente muito
superiores a métodos criados dentro da "ciência
psicanalítica"?

No entanto, o colega Christian se esquece que, no mundo em que
vivemos, existem seres que, pelo seu ponto de vista "científico-
natural", são intangíveis, imponderáveis e imateriais, mas
que,
todavia, absolutamente ninguém pode negar a sua realidade. Que
seres
são esses? -- Os valores.

À título de ilustração, consideremos uma obra de arte: o
Moisés de
Miquelângelo. Quando alguém observa aquele objeto, experimenta
ato
contínuo uma sensação denominada "gozo estético". É que,
para o
homem, aquele objeto não é tão-somente "um macroagregado
simétrico de
moléculas de calcário" (se bem que alguns cientistas
"reducionistas"
o considerem assim), mas sobretudo um "valor", valor estético, o
qual, como de resto todos os valores, é intangível,
imponderável (não
se pode pesá-lo ou medi-lo com os instrumentos das ciências
naturais)
e imaterial (embora apresente um substrato, um "suporte" material, da
mesma forma que um software – a igualmente "imaterial"
informação --
não pode prescindir de um hardware – um artefato "material que
processa informações).

Se aceitarmos sem reservas o positivismo e o reducionismo do colega
Christian, teremos que adimitir também a absurda idéia de que
os
valores não existem "realmente", e que, por isso, não podem ser
objetos de ciência. Isto é, não pode existir uma estética
"científica", uma ética "científica", um direito
"científico". Que
isso tudo não passa de pseudociência como a alquimia e a
astrologia
ou, quando muito, de uma metafísica. O Moisés de
Miquelângelo? Aquilo
"nada mais é que" um macroagregado simétrico de moléculas de
calcário.

Não seria tal atitude perigosa para a ciência, uma vez que
entrega na
bandeja para o irracionalismo aquilo que é essencial para os
homens,
o seu universo de valores?

Como diria Popper: tirante minha "fé" na razão, ao
irracionalismo
nada cedo. Os valores podem ser -- e efetivamente são -- objetos
de
ciência; mas, devido à natureza peculiar desses objetos, a
ciência
que deles trata demanda um método particular, diferente do
método das
ciências naturais. Diferente, mas não menos científico.

Nós, seres humanos, vivemos num universo de coisas-valores e de
significantes-significados. À pergunta do Christian "onde está
a
mente?", eu respondo: a mente humana está na nossa
"valorização" das
coisas (as quais, consideradas em si mesmas, nada valem) e nos
múltiplos significados que damos aos objetos. Se queres estudar a
mente (o psiquismo humano, que decerto tem um substrato neural, mas
que não se reduz a ele, do mesmo modo que a bioquímica não
explica
toda a biologia), então estudes o processo de valoração e de
significação do mundo pelo homem, do objeto pelo "sujeito". Busque
explicar, por exemplo, por que, ao se comprar um automóvel de luxo
ou
um apartamento num bairro "nobre", o comprador está adquirindo
não
apenas um meio de transporte ou uma moradia, mas um "símbolo" de
status. Elucide a razão pela qual o homem fabrica não apenas
objetos
úteis, mas também objetos "inúteis" que "valem" pela sua
beleza.
Tente compreender o comportamento de algumas pessoas "necrófilas"
--
há muitas nos manicômios judiciários, como o Chico Picadinho
-- que
só sentem tesão por cadáveres (o que "significa" isso?); ou
o
"porquê" de a sexualidade humana visar algo além da – e
às vezes a
contrariando -- mera reprodução da espécie (a relação sexual
como
relação de dominação, a oposição ativo-passivo sobrepondo-se
à
oposição macho-fêmea, o falo como "símbolo" de poder,
lembra-te disso
toda vez que deres um cotoco ou uma banana para um desafeto).

É mister observar que este tipo de sexualidade -- o sexo como
relação
de poder e, também, como relação de troca -- verifica-se não
apenas
entre os homens, mas também nos primatas superiores com alguma
capacidade de simbolização, como, por exemplo, entre os
chimpanzés-
anões ou bonobos. Primatologistas observaram, certa vez, um caso
em
que uma fêmea de bonobo, após quase nocautear um jovem da sua
espécie
(que com ela queria copular), segurou-o firme e, ritualisticamente,
simulou com ele o coito, no qual os papéis apareciam invertidos:
ela
era o macho e o jovem macho, a fêmea. O que "significa" esse
estranho
ritual? Uma mulher que dá uma banana (um gesto que representa o
falo)
para um homem numa discussão de trânsito não está agindo
do mesmo
modo, querendo dizer a mesma coisa, só que com recursos
simbólicos
mais complexos? E não haverá dentro de nós um macaco
atávico (o id?)
que a civilização deve derrotar ou transfigurar para que a
"força do
direito" possa substituir o "direito da força"? E esses
espíritos
"científicos" que detratam Freud e a psicanálise, não
estariam alguns
reagindo com o mesmo preconceito (a vergonha do macaco) daqueles que,
no século passado, detratavam Darwin e o evolucionismo?

Para o beraviorismo a "natureza" humana é uma matéria
extremamente
dócil, uma verdadeira tábula rasa, tão maleável que a
sociedade a
molda como bem lhe apraz. Para a psicanálise, ao contrário,
nossa
natureza não é tão plástica assim: ela, até um certo
ponto, "resiste"
ao processo de aculturação. A psicanálise afirma que há algo
no
indivíduo que é irredutível à cultura, daí o mal-estar
na
Civilização. Ora, os Estados totalitários, bem como nossa
sociedade
de consumo (em que antes de se criar o produto, cria-se
"behavioristicamente", por meio do marketing, a necessidade de tal
produto), anelam uma humanidade (ao seu modo) "feliz". Isso talvez
explique o fato de o stalinismo e o nazismo terem abominado a
psicanálise, bem como o mal-estar dos psicólogos ligados à
"human
Engineering", empregados das grandes corporações capitalistas, com
relação a algumas idéias de Freud.

Nas ciências humanas, dentre as quais a psicanálise, o
cientista se
pergunta sobretudo pelo "porquê" dos fenômenos, isto é,
pelos "fins"
manifestos ou escondidos (inconscientes) do comportamento humano,
pelo "sentido" que os fatos têm para nós (já que nós,
seres humanos,
somos seres prescientes e teleológicos); ao passo que as
ciências
naturais, como, por exemplo, a neurofisiologia, ocupam-se unicamente
em explicar "como" as coisas acontecem. Essa diferença de ponto-de-
vista é um dos motivos pelos quais o método das ciências
humanas não
pode coincidir com o das ciências naturais.

Ademais, as ciências humanas distinguem-se das ciências
naturais
também pelo fato que, na primeira, o homem é ao mesmo tempo
sujeito e
objeto do conhecimento. Ou seja, nas ciências do homem sujeito
cognoscente e objeto cognoscível formam um sistema auto-referente.
Por isso que, mormente na psicanálise, o instrumento de pesquisa,
isto é, o principal meio de interação do cientista com o seu
objeto e
paciente não pode ser outro que a "linguagem".

Todas essas coisas devem ser pensadas e repensadas, sobretudo por
aqueles que consideram a psicanálise uma pseudociência como a
alquimia ou a astrologia ou o estudo dos gnomos. Ou ainda, como certa
vez alguém aqui da lista me disse, uma "falcatrua"! Não que eu
defenda que Freud disse tudo acerca do psiquismo humano, longe disso.
Só não quero que, ao se jogar fora a água suja da bacia, se
jogue
fora também o bebê. Aliás, é bom observar que Freud
não era um
dogmático empedernido, como pensam alguns. Tanto que, ao longo dos
seus estudos, e por meio da "experimentação" e do diálogo com
outros
cientistas, Freud alterou muitas vezes os seus preceitos. De resto,
Freud, em um de seus últimos escritos, refere-se aos avanços da
farmacologia, esperançoso de que, um dia, as intermináveis
análises
fossem abreviadas ou mesmo substituídas por medicamentos. Neste
ponto, Freud mostrou-se "aberto" às outras ciências, e muito
mais
"aberto" que muitos cientistas anti-freudianos.


Abraços,
Manuel Bulcão
..................................................
Oi Manuel,

A oportunidade que se abriu na lista para discussão da
psicanálise
foi acidental, e minha intenção é terminá-la o mais breve
possível. A
posição (cética) do fórum com relação à psicanálise
é a mesma dos
textos e livros abaixo, independentemente de quão cara ela possa
ser
para alguns. Estou enviando cópia ao Daniel e ao Christian caso
eles
queiram comentar sua mensagem fora da lista.

Abraço,
Jefferson
................................................

Caro Jefferson Krusemark,

Lamentável sua atitude de não postar na lista o meu e-mail em
defesa
das ciências humanas, sobretudo da psicanálise. Afinal, Freud,
malgrado as contudentes críticas de Popper à psicanálise
(lembre-se
que Popper dirigiu a mesma crítica ao marxismo), Freud foi um
racionalista, um crítico das ilusões religiosas, e que, como
"cientista", intencionava propiciar aos homens um controle racional
sobre suas pulsões irracionais. (o que antes era id, que seja
doravante ego.)

Lamentável que os céticos do FCB dispensem a Freud e à
psicanálise em
geral o mesmo tratamento que dispensam ao pior charlatão. Diga-me,
que charlatão pseudocientífico seria capaz de referir-se ao seu
próprio esforço investivativo desta maneira: "Às vezes
nós
adivinhamos erradamente e nunca estamos em posição de descobrir
tudo"
(Freud; Über Wilde Psychoanalyse; 1910). Se os companheiros do FCB
aceitam a crítica de Popper à psicanálise como terminante e
"irrefutável" (!), saibam os companheiros que "Popper concordava
com
prazer -- alguns de seus admiradores não têm sido tão
generosos --
que Freud tinha visto corretamente algumas questões importantes;
além
disso, ele [Popper] acreditava que as ciências verdadeiras
originam-
se precisamente de mitos como os freudianos." (P. Gay)

Lamentável, para não dizer decepcionante, que o amigo tenha
resolvido
terminar a discussão acerca da psicanálise sem um aviso
prévio, e
justamente quando um defensor da tradição psicanalítica (mas
nem por
isso menos cético, crítico e racionalista que você) tenta se
manifestar.

Espero, sinceramente, que o Fórum Cético Brasileiro não
termine
contaminado pelos mesmos bacilos que dilaceraram a Sociedade
Psicanalítica Internacional: o burocratismo, o dogmatismo e o
espírito de seita. O melhor antídoto contra esses males,
segundo
Popper, seria o diálogo franco e aberto e a aceitação da
diferença.
Desconfio, porém, que não é isso que o companheiro quer.


Saudações céticas e racionalistas,
Manuel Bulcão




SUBJECT: Re: [ciencialist] Analise da Psicanalise do FCB
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/10/2000 02:18

-----Mensagem Original-----
De: "Manuel Bulcao"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Quinta-feira, 19 de Outubro de 2000 02:25
Assunto: [ciencialist] Analise da Psicanalise do FCB

Realmente, lamentável e faltam-me palavras para comentar atitudes tão
mesquinhas adotada por seres que se dizem cientistas.

Ao ler a sua msg, alguma coisa fez me lembrar dos versos de Lao-Tse:

Trinta raios convergem
No círculo de uma roda;
E pelo espaço que há entre eles
Origina-se a utilidade da roda.

A argila é trabalhada
Na forma de vasos;
E no vazio
origina-se a utilidade dos vasos.

Abrem-se portas e janelas
Nas paredes da casa;
E pelos vazios
É que podemos utilizá-la.

Assim, da não existência
Vem a utilidade
E da existência
A posse.

Pelo visto, muitos "cientistas" amputaram partes essenciais da ciência,
relacionadas ao que Lao Tse taxou como "utilidade", ficando apenas com a
"posse". São os chamados positivistas ou neo-positivistas, mas como não
estou aqui para rotular ninguém, diria que seus censores são cientistas pela
metade e que, apesar de tudo, alguns conseguem produzir novos conhecimentos
científicos. Como tudo o que fazem é pela metade, também leram Popper pela
metade (obviamente, aquela que lhes interessava). Outros, postam-se como
papagaios cultos, a repetir o que dizem seus "mestres". E terceiros nada
mais são do que os "donos da ciência", e sentem-se no direito de censurar
seus colegas.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Spams (administrativa)
FROM: Agapito Ribeiro Júnior <agapito@alphanet.ne.jp>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/10/2000 06:04

Outra coisa!!

O meu informativo Sapiência simplesmente desapareceu, com 1 mês inteiro de dedicação minha. Agora estou com a cara no chão e sem meus e-mails. Não entendo isso!
Agapito



SUBJECT: Meu score foi 43
FROM: "Ozelo" <ozelo@radioalarme.com.br>
TO: "Nanam" <nanam@directnet.com.br>, "Yruama" <yruama@directnet.com.br>, <sauloliveira@zipmail.com.br>, "Rodrigo" <warlock@wicca-br.zzn.com>, <rafaelsjc@zipmail.com.br>, "Rafa Davoli" <teidavo@iconet.com.br>, "Michel" <micmiura@yahoo.com>, "Marina (mixauaxia)" <mixauaxia@hotmail.com>, "Marco Aurelio Rocha" <marcorocha@hotmail.com>, "Maithy Hitomi" <maithy_m2h@yahoo.com>, "Kirsten Siewerdt" <kirsten@directnet.com.br>, <jonas@ondefor.com>, <joans@ondefor.com>, "Ivan" <iscma@yahoo.com>, "Helena Miura" <hic_helenmy@yahoo.com.br>, "Helena Miura" <lena_miy@yahoo.com.br>, "Fred" <kothu@palmeirense.com.br>, "FRC, Trishuli" <sadhu@wlink.com.np>, "Fernanda Scacchetti" <fernanda.scacchetti@edb.ericsson.se>, "esther" <estherr@iconet.com.br>, Emílio Galhardo Filho <emiliogf@uol.com.br>, <confirm-unsub-lJJSe4ARJozJo45VwhTlhxz8YNg@egroups.com>, <ciencialist@egroups.com>, "Carlos" <carlosfracotte@directnet.com.br>, <borovina@ig.com.br>, "Alexandre" <miura@saopaulo.net>, "Edvaldo Ap. Silva" <edv@limeira.com.br>, "Salim" <ricardomourad@yahoo.com>, "Samira" <samirabam@yahoo.com>, "Fabiana Souza" <tenfaby@bol.com.br>, "Karen" <chiara@widesoft.com.br>, "Dino" <chpires@zipmail.com.br>, "Sara" <sarasf@hotmail.com>, "Karina" <caixadepandora@portaaberta.com.br>, "Helka Ozelo" <hozelo@lei.ifi.unicamp.br>, "Josiane" <josiane@lancernet.com.br>, "milrosas" <milrosas@bol.com.br>, "Nilo" <nilo@radioalarme.com.br>, "Enio" <enio@lancernet.com.br>, Valdeci Januário <valdeci@radioalarme.com.br>, <vanessap@netsite.com.br>, "Tricia Junqueira" <tricia@sir.inpe.br>, "DANIELE DAN" <daniele_ma@hotmail.com>, "Daves" <daves@limeira.com.br>, "Anakim" <nikkon@lancernet.com.br>
DATE: 19/10/2000 06:44

TESTE: COMO OS OUTROS TE ENXERGAM?

Faça este teste e...mande para os amigos, INCLUINDO-ME e descubra quem você
verdadeiramente é!

O meu escore está escrito no 'Assunto'.

Não bisbilhote o valor dos pontos! Vá respondendo à medida em que for
descendo a tela!
As respostas valerão para aquilo que você pensa agora...não pelo que você
foi no passado!
Pegue lápis ou caneta e uma folha de papel. Este teste é utilizado pelo
Recursos Humanos de uma grande empresa americana. Eles, assim, podem
conhecer melhor seus empregados e seus potenciais e, eventualmente "kick
them in the ass".

São só 10 perguntinhas, então...
Pegue o lápis ou caneta e o papel, escreva os números de 1 a 10, e depois vá
escolhendo as letras de suas respostas e escreva-as ao lado dos números.Não
esqueça de mudar o 'Assunto' no e-mail colocando o SEU número de pontos.
Quando terminar mande para todos os amigos, e não esqueça de
incluir-me...Assegure-se de colocar SEU score em ASSUNTO!(Já disse isto
antes?)

Vamos nessa?!
1) Quando você se sente melhor?
a) pela manhã
b) pela tarde e ao entardecer
c) tarde da noite

2) Você caminha usualmente:
a) razoavelmente rápido, com passos largos
b) razoavelmente rápido, com passos rápidos e curtos
c) menos rápido, cabeça erguida, olhando o mundo de frente
d) menos rápido, cabeça baixa
e) muito devagar

3) Quando fala com as pessoas você usualmente:
a) fica de braços cruzados
b) fica com as mãos apertadas
c) com uma ou ambas as mãos nos quadris
d) toca ou empurra a pessoa com quem está falando
e) brinca com a orelha, toca o queixo ou alisa o cabelo

4) Quando relaxando, você se senta:
a) com os joelhos dobrados e as pernas bem juntas
b) com as pernas cruzadas
c) com as pernas estiradas ou retas
d) com uma perna dobrada embaixo de você

5) Quando algo o diverte de verdade, você reage com:
a) uma risada alta e satisfeita
b) uma risada, mas não muito alta
c) com um riso abafado
d) com um sorriso encabulado

6) Quando você vai a uma festa ou encontro social você:
a) faz uma entrada ruidosa para que todo mundo perceba
b) faz uma entrada silenciosa, procurando por um conhecido
c) faz a entrada o mais silenciosa possível,tentando não ser percebido

7) Você está trabalhando muito, muito concentrado, e é interrompido,você:
a) aceita bem a interrupção
b) sente-se extremamente irritado
c) varia entre estes extremos

8) Qual destas cores você gosta mais?
a) vermelho ou laranja
b) preto
c) amarelo ou azul claro
d) verde
e) azul escuro ou roxo
f) branco
g) marrom ou cinza

9) Quando você está na cama, à noite, naqueles minutos finais antes de
dormir, você:
a) fica espichado de costas
b) fica espichado de barriga para baixo
c) fica de lado e ligeiramente curvado
d) com a cabeça em cima do braço
e) com a cabeça sob os lençóis

10) Você freqüentemente sonha que está:
a) caindo
b) brigando ou discutindo
c) procurando alguém ou alguma coisa
d) voando ou flutuando
e) você tem um sono sem sonhos
f) seus sonhos são geralmente agradáveis

Pontuação... (só espie depois de responder)

1) a-2 b-4 c-6
2) a-6 b-4 c-7 d-2 e-1
3) a-4 b-2 c-5 d-7 e-6
4) a-4 b-6 c-2 d-1
5) a-6 b-4 c-3 d-5 e-2
6) a-6 b-4 c-2
7) a-6 b-4 c-2
8) a-6 b-7 c-5 d-4 e-3 f-2 g-1
9) a-7 b-6 c-4 d-2 e-1
10) a-4 b-2 c-3 d-5 e-6 f-1

Agora some seus pontos e confira o resultado abaixo. Boa análise...

Interpretação:

Acima de 60 pontos:
Os outros o vêem como alguém que eles precisam ter cuidado no convívio. Você
é visto como vaidoso, autocentrado, e alguém que é excessivamente dominador.
Os outros podem mesmo admirá-lo, querendo até mesmo ser um pouco como você,
mas não lhe têm confiança e hesitam envolver-se mais profundamente com você.

De 51 a 60 pontos:
Os outros o vêem como alguém excitante, altamente volátil, com uma
personalidade impulsiva; um líder natural, que é rápido para tomar decisões,
embora nem sempre as decisões acertadas. Eles o enxergam como ousado e
aventureiro; alguém que sempre experimentará algo uma vez pelo menos; alguém
que corre riscos e aprecia a aventura. Eles apreciam estar em sua companhia
pelo excitamento que você irradia.

De 41 a 50 pontos:
Os outros o vêem como atrevido, vivaz, charmoso, divertido, prático e sempre
interessante; alguém que está constantemente no centro das atenções, mas
suficientemente bem equilibrado para não lhe deixar subir à cabeça. Também o
vêem como bondoso, atencioso, delicado, compreensivo; alguém que sempre os
anima e os ajuda.

De 31 a 40 pontos:
Os outros o vêem como sensível, cauteloso, cuidadoso e prático. Eles o
enxergam como inteligente, dotado, talentoso, mas modesto...Não uma pessoa
que faça amizades rapidamente ou facilmente, mas alguém que é extremamente
leal aos amigos que faz e de quem espera a mesma lealdade de volta. Aqueles
que realmente o conhecem compreendem que é difícil abalar a sua lealdade
para os amigos, mas também que leva um bom tempo para superar uma lealdade
abalada.

De 21 a 30 pontos:
Os outros o vêem como meticuloso e exigente. Eles o enxergam como cauteloso,
extremamente cuidadoso e um trabalhador vagaroso e perseverante.Eles
ficariam surpresos se você fizesse alguma coisa impulsiva ou de momento,
esperando que você examine tudo cuidadosamente de todos os ângulos e
usualmente vote contra. Eles pensam que esta reação é causada em parte pela
sua natureza.

Menos de 21 pontos:
As pessoas o vêem como tímido, nervoso, indeciso, alguém de quem precisam
tomar conta, alguém que está sempre esperando que os outros tomem as
decisões e que não quer se envolver com pessoas ou coisas. Eles o enxergam
como um preocupado que sempre enxerga problemas onde não existem. Algumas
pessoas o acham um chato. Somente quem o conhece bem acha que você não é!




SUBJECT: Re: [ciencialist] cenarios evolutivos e telepatia
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 19/10/2000 09:31



Roberto Mitsuo Takata wrote:
> novamente, podem sim ser valiosos para guiar as pesquisas.
>
> sobre a telepatia em si, ha' um probleminha q. eh o fato das
> propriedades
> eletricas da agua sao bastante diferentes das propriedades eletricas
> do
> ar... e mesmo a eletropercepcao de um tubarao em relacao a uma foca
> tem um
> alcance maximo de 10 m -- alem disso ha' muito ruido q. interfere no
> processo. o campo gerado por peixes e raias eletricas tEm tbm
> alcance limitado - uma raia-torpedo gera cerca de 1.760 W (220 V a 8
> A).
> um poraque eh capaz de gerar uma ddp de 600 V e manter a descarga por
> 0,002 s. suponhamos q. gere uma mesma amperagem e teremos 4.800 W
> (gastando 9,6 J no periodo).
>
> a sensibilidade de um tubarao eh para um gradiente minimo de 0,01-0,1
> V/m...
>
> sendo a equacao da intensidade de campo eletrico E de um carga
> eletrica q
> a uma distancia r:
>
> E = kq/(D.r^2)

Nao concordo com sua abordagem.
Os peixes assim como as focas tem carga eletrica total nula, e portanto
o campo eletrico eh zero. O tubarao nao percebe cargas eletricas e sim
campos eletromagneticos. A abordagem teria que ser feita com ondas
eletromagneticas. O tubarao tem sensores para estas ondas aasim como
um radio. Claro q uma onda eletromagnetica carrega em campo eletrico
e um campo magnetico oscilante e eh a potencia deste sinal juntamente
com a sensibilidade do orgao receptor que devera interessar.

Entao, a pergunta pertinente seria : Qual o campo eletrico E a uma
istancia D produzido por uma fonte de ondas eletromagneticas ( como uma
lampada ) ?

[]s
jocax


>
> em q. k eh uma constante de proporcionalidade = 8,99.10^9 V.m/C e D a
> constante dieletrica do meio (78,5 para agua pura)...
>
> considerando o comprimento de 2,4 m do poraque, pra uma voltagem de
> 600 V
> entre as extremidades, teremos uma carga media de 0,00003 C
> aproximadamente. o q. nos dara' um alcance para o tubarao de cerca de
> 88-89 m...
>
> mas ha' a limitacao do tempo, em 1/500 s nao se pode passar muita
> informacao e nao se pode manter um sinal continuo, jah q. do
> contrario, o
> emissor seria frito... a comunicacao teria q. ser aos pulsos.
>
> no caso humano haveria de se esperar entao q. houvesse uma camada
> gordurosa bastante espessa para isolar eletricamente o orgao emissor
> de
> pulsos eletricos e quem o tocasse durante uma conversa levaria um
> choque
> consideravel... haveria q. ter uma modulacao tto na potencia de
> emissao
> qto na sensibilidade de recepcao pra nao haver nem uma sobrecarga no
> canal
> de recepcao nem uma interferencia incontornavel de ruidos do ambiente.
>
> []s,
>
> roberto takata
>
> eGroups Sponsor
>
>
> *** --- ***
> Para sair da lista envie um mail para:
> ciencialist-unsubscribe@egroups.com
> *** --- ***


SUBJECT: Re: [ciencialist] Necessidade de afirmacao de paternidade
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 19/10/2000 09:50



"Dr. Omni" wrote:
>
> ----- Original Message -----
> From: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
> To: <ciencialist@egroups.com>
> Sent: Wednesday, October 18, 2000 10:49 AM
> Subject: Re: [ciencialist] Necessidade de afirmacao de paternidade
>
> [snikt]
> > Veja bem, os tubaroes conseguem "Ver" as ondas eletromagneticas
> > produzidas pela energia eletrica dos musculos dos peixes ( e,
> > infelizmente, de banhistas desafortunados tambem ).
> >
>
> Pelo que lembro, o "sentido elétrico" dos tubarões detecta variações
> do
> campo elétrico em suas imediações, e não ondas eletromagnéticas.
> (Biólogos,
> corrijam-me se eu estiver errado.)

Pode ser q vc tenha razao, mas eu nao creio : Os peixes e focas, como
disse
tem carga eletrica zero ( que eu saiba ) e portanto o campo eletrico
gerado
seria zero tambem. Assim nao haveria variacao de campo eletrico
no sentido coulombiano.

>Sim, eu sei que um campo elétrico
> variável gera uma onda eletromagnética, mas o princípio de detecção de
> um e
> de outro são diferentes. Os sensores de um tubarão estariam mais para
> um
> detetor de carga eletrostática que para um circuito receptor capaz de
> entrar
> em ressonância com alguma onda de rádio ou microonda no ambiente.

Pelas mesmas razoes eu acredito q os sensores estariam mais para um
detector de ondas (tipo radio ) do que para um detector de cargas
eletricas.


> Aliás, até
> nós mesmos, "pobres" humanos, temos alguma capacidade de detectar
> eletricidade estática no ambiente, se for suficientemente forte, por
> meio de
> eriçamento de pêlos e outros fenômenos.
>
> > Existem enguias e raias que produzem eletricidade a voltagens
> > suficientes para desfalecer um peixe.
> >
> > Oras, juntemos uma raia e um tubarao e teremos um emissor de ondas
> > eletromagneticas e um receptor delas !!
> >
> > Se eles fossem espertos poderiam se comunicar telepaticamente
> > por codigo-morse !! :-)
> >
>
> Já eu preferiria criar o Povo-Vagalume, que se comunicaria à distância
> por
> meio de sinais luminosos... ;-)
>
Um jeito mais facil seria as raias e os tubaroes cacarem juntos:
em bandos e aos pares : Um tubarao ouviria e uma raia transmitiria
a outros pares do bando ( espero q eles nao leiam isso ! ) :-)

[]
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] cenarios evolutivos e telepatia
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 19/10/2000 10:55

On Thu, 19 Oct 2000, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> Nao concordo com sua abordagem.
> Os peixes assim como as focas tem carga eletrica total nula, e portanto
> o campo eletrico eh zero. O tubarao nao percebe cargas eletricas e sim
> campos eletromagneticos. A abordagem teria que ser feita com ondas
> eletromagneticas. O tubarao tem sensores para estas ondas aasim como
> um radio. Claro q uma onda eletromagnetica carrega em campo eletrico
> e um campo magnetico oscilante e eh a potencia deste sinal juntamente
> com a sensibilidade do orgao receptor que devera interessar.

eu calculei a carga eletrica mobilizada para poder estimar o campo
eletrico -- nao assumi q. fosse a carga, ela mesma, q. seria detectada.

acho q. isso pode lhe interessar:

http://www.unb.ca/courses/biol4775/SPAGES/SPAGE1.HTM

http://www.britannica.com/bcom/eb/article/7/0,5716,117497+4+109521,00.html

[]s,

roberto takata



SUBJECT: bacteria imortal?
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 19/10/2000 11:09

esporos de bacteria aprisionados em cristais de sal de 250 milhoes de anos
sao reativadas com sucesso.

mais informacoes em:

http://www.newscientist.com/dailynews/news.jsp?id=ns999982

[em ingles]

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Corrigindo Erros Astronomicos
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 19/10/2000 13:05

Mensagem enviada à lista Urania (astronomia) por NAELTON MENDES DE
ARAUJO


> Extraido do site do Silvestre ( http://inga.ufu.br/~silvestr/educacao/erros/ )
> --------------------------------------------------------------------------------
>
> A diante esta uma pequena selecao de frases que li em livros, que escutei nas
> escolas, que fazem parte do repertorio cientifico popular ou que surgiram
> durante palestras feitas por mim ou por outros colegas, astronomos profissionais
> e amadores. Minha sugestao e para que os educadores, nao somente aqueles das
> primeiras series escolares, leiam cuidadosamente cada uma delas e tentem
> responder qual e verdadeira e qual e falsa, deixando em branco as duvidosas, que
> nao permitam uma decisao firme.
>
> Imprimam esta pagina, mostrem para alunos e outros professores, troquem ideias
> com eles e escrevam para mim. usem a lista abaixo, preparem um teste para ser
> respondido com V ou F e apliquem-no na escola. Lembrem-se de que os assuntos
> tratados adiante constituem uma pequena parte do volume de conhecimentos basicos
> necessarios ao ensino de ciencias. alguns foram incluidos porque sao uteis como
> cultura geral.
>
> ...
>
> Marque cada uma das frases abaixo com verdadeiro (V) ou falso (F):
>
> Nos vivemos dentro do planeta Terra.
> A Terra tem quatro luas.
> A Terra e' achatada nos polos.
>
> ...
> E' verao quando a Terra passa mais perto do Sol e inverno quando passa mais
> longe.
> Diariamente, de qualquer lugar da superficie terrestre, pode-se ver o Sol nascer
> e se por.
> Todos os dias, ao meio-dia, o Sol fica a pino, passando exatamente acima de
> nossas cabecas.
> A Lua gira ao redor da Terra de leste para oeste.
> O lado escuro da Lua esta atras dela e nunca pode ser observado da Terra.
> Sempre que a Lua nao esta cheia podemos observar a sombra da Terra ocultando uma
> parte de sua superficie visivel.
> A Lua nao tem movimento de rotacao, o que nos faz ver apenas uma de suas faces.
> O astronauta flutua na Lua porque la' nao existe ar.
> So' se pode ver planetas atraves de instrumentos como telescopios.
> So' se pode ver planetas durante a noite.
> ...
>
> Todos os asteroides ficam situados em orbitas entre as de Marte e Jupiter.
> As estrelas sao astros que se mostram com um certo numero de pontas.
> As estrelas sao astros fixos, sem movimento, ficando na mesma posicao no ceu
> noturno.
> Nao ha estrelas no ceu durante o dia.
> As estrelas cadentes sao estrelas que penetram na atmosfera da Terra, podendo
> atingir o solo.
> A estrela d'alva e a estrela que vemos com mais brilho entre todas.
> ...
> As cometas sao astros que passam rapidamente pelo ceu.
> A cauda de um cometa e o rastro que ele deixa para tras em seu caminho pelo
> espaco.
> Durante um eclipse solar a sombra da Lua cobre o Sol.
> Um eclipse total do Sol e' muito mais raro do que um eclipse total da Lua.
> A luz dos eclipses pode causar danos permanentes aos nossos olhos.
> Um eclipse da Lua deve ser observado com filtros para os olhos.
> Muitas pessoas ficaram cegas por olharem diretamente para o Sol, sem protecao,
> durante os poucos minutos da fase total de um eclipse solar.
>
> ...
> Os satelites artificiais nao podem ser vistos a olho nu.
> Um satelite artificial cairia se os motores que o mantem em orbita parassem de
> funcionar por defeito ou falta de combustivel.
> Um satelite geoestacionario nao gira ao redor da Terra, mas fica parado no mesmo
> lugar do ceu para permitir que nossas antenas parabolicas sejam apontadas para
> ele.
>
> --------------------------------------------------------------------------------
>
> Naelton
>
> naelton@astronomos.com.br



É realmente preocupante.

Isto ainda aliado as despreparo dos professores e a falta de estímulo
diante das maravilhas científicas. Sendo um dos prejudicados
(principalmente pelos meus pais não terem sequer o 2o. grau), me sinto
como se 10 anos de estudos me tivessem sido roubados.

==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
==========================================================


SUBJECT: Re: [ciencialist] bacteria imortal?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 19/10/2000 13:43

Tenho uma duvida ...
Lembro q por ocasiao de uma das 1.s missoes aa marte disseram
que todos os instrumentos q seriam utilizados foram esterelizados
a nao sei qtos graus para evitar que microbios pudessem ir ao planeta.

Qual seriao o motivo?

Eu acho que deveriamos fazer o inverso :
Se mandarmos aa marte algumas bacterias e fungos talvez eles
conseguissem
mudar o clima do planeta e ateh mesmo cobri-lo de vida, preparando-o
para uma futura colonizacao. Ou estou errado?

[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] Spams (administrativa)
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/10/2000 14:06

-----Mensagem Original-----
De: "Agapito Ribeiro Júnior"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Quinta-feira, 19 de Outubro de 2000 07:04
Assunto: Re: [ciencialist] Spams (administrativa)

> O meu informativo Sapiência simplesmente desapareceu, com 1 mês inteiro de
> dedicação minha. Agora estou com a cara no chão e sem meus e-mails. Não
> entendo isso!

Olá, Agapito

Muito estranho e lamentável. O Sapiência também saiu, misteriosamente, de
minha lista "My groups". No entanto, fazendo uma pesquisa na página "My
groups", usando a palavra "sapiencia", fui encaminhado para o URL
http://www.egroups.com/search?query=sapiencia onde surge, dentre outras
coisas, o seguinte texto:

"sapiencia
Este informativo visa trazer ao assinante informações que o ajudem a
continuar na sua busca pelo conhecimento e auto-transcedência. Os assuntos
variarão entre: literatura, filosofia, ciência, enfim, tudo o que se refere
ao conhecimento humano. Por isso toda a colaboração por parte dos assinantes
será bem vinda. Trataremos dos assuntos com seriedade e sem especulações
infundadas. Contamos com a constante avaliação de quem nos interessa: você!"

Nesse texto, a palavra "sapiencia" está sob a forma de link. Clicando-se no
link chegamos no URL http://www.egroups.com/group/sapiencia onde lê-se:

"Oops...
There is no group called sapiencia."

Não é do meu feitio ser pessimista mas... E se algum dia, sem maiores
satisfações, chegarmos na página da ciencialist e encontrarmos:

Oops...
There is no group called ciencialist. ???

Qual a segurança que a eGroups nos dá no sentido de que isto não venha a
ocorrer? A mesma que deu ao Agapito? O que será da Ciência Brasileira o dia
em que não pudermos mais contar com a ciencialist? Pensem bem.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Inseto machuca a femea durante copula
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO:
DATE: 19/10/2000 14:24

BIOLOGIA
Folha de São Paulo Quinta-feira, 19 de Outubro de 2000
Inseto machuca a fêmea durante cópula para garantir "fidelidade'

O gorgulho que ataca o feijão tem uma vida sexual violenta e "machista",
segundo pesquisa feita no Reino Unido com insetos do Brasil, Benin e
Índia.

O macho tem um "pênis" com a ponta espinhosa, o chamado "órgão
intromitente", que causa ferimentos na genitália da fêmea durante o ato
sexual, a ponto de ela tentar se livrar dele chutando-o com as patas
traseiras.

"Nós acreditamos que, ao ferir as fêmeas, os machos asseguram que elas
passem mais tempo antes de fazer sexo de novo -portanto aumentando o
tempo disponível para fertilizar os óvulos com seu esperma", disse à
Folha um dos autores do estudo, Mike Siva-Jothy, da Universidade de
Sheffield. Ele e sua colega Helen Crudgington publicaram artigo na
"Nature" de hoje.

Eles usaram nitrogênio líquido para congelar os gorgulhos durante o ato.
Depois de dissecá-los, descobriram o dano provocado pelo pênis
espinhoso.

Amputando as patas das fêmeas, observaram que o ato sexual durava mais
do que quando elas eram capazes de chutar o macho -em média 14,4 minutos
contra 9,8 minutos.

Machos e fêmeas como os gorgulhos da espécie Callosobruchus maculatus
vivem uma espécie de corrida armamentista reprodutiva, comportamento
explicado pela seleção sexual.

Machos podem aumentar o número de filhotes ao fazer sexo com várias
fêmeas, pois produzem uma grande quantidade de esperma, enquanto elas
têm um número menor de óvulos.

"Por causa disso, a seleção sexual favorece traços nos machos que
aumentem as suas chances de fertilizar mais óvulos."

Os pesquisadores descobriram que as fêmeas que fazem sexo mais de uma
vez -e são de novo feridas- morrem mais cedo. "A fêmea traduz o dano em
morte precoce", diz Siva-Jothy.
(RBN)


SUBJECT: Re: [ciencialist] bacteria imortal?
FROM: "Palhares, Paulo Rogerio" <prpalhares@sti.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/10/2000 15:14


> Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
>
> > Qual seriao o motivo?
>
> Primeira Directiva.
>
> >
> > Eu acho que deveriamos fazer o inverso :
> > Se mandarmos aa marte algumas bacterias e fungos talvez eles
> > conseguissem
> > mudar o clima do planeta e ateh mesmo cobri-lo de vida, preparando-o
> > para uma futura colonizacao. Ou estou errado?
>
> Sim! Isso violaria a Primeira Directiva. A Primeira Directiva
> obriga os comandantes das naves terrestres a não interferirem
> com a vida que possa existir noutros planetas.
>
Eu acho que não violaria a primeira diretiva da Frota Estelar, uma vez que
não tem vida no planeta.

Palhares.

> Mas pondo a ética de lado: as naves teriam que ser esterelizadas
> porque se não acabariam por descobrir a vida que levaram daqui
> da Terra e chegariam à incrivel conclusão de que a vida em Marte
> é exactamente igual, gene por gene, à vida na Terra.
>
> João
> http://www.nonio.com
>
>
>
>
> *** --- ***
> Para sair da lista envie um mail para:
> ciencialist-unsubscribe@egroups.com
> *** --- ***
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] bacteria imortal?
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 19/10/2000 15:28

"Palhares, Paulo Rogerio" wrote:
> > Sim! Isso violaria a Primeira Directiva. A Primeira Directiva
> > obriga os comandantes das naves terrestres a não interferirem
> > com a vida que possa existir noutros planetas.
> >
> Eu acho que não violaria a primeira diretiva da Frota Estelar, uma vez que
> não tem vida no planeta.
> Palhares.

Mas esta é obviamente uma opinião pessoal sua. Não comprovada
cientificamente. Os teste feitos em Marte dizem que é inconclusivo que
exista ou não vida lá, então, para qualquer efeito, os cientistas dizem
para a TV que não existe vida em Marte, para não causar escândalo e por
precisarem dar uma resposta conclusiva.

Se por outro lado, levarmos bactérias para lá, talvez jamais
conseguiremos provar que a vida uma vez tenha existido naquele planeta
agora hostil.

Pode ser que nunca tenha existido vida por lá, mas ainda não sabemos.

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TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
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SUBJECT: Re: [ciencialist] bacteria imortal?
FROM: "Palhares, Paulo Rogerio" <prpalhares@sti.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/10/2000 15:59


----- Original Message -----
From: "TARCISIO BORGES" <TBORGES@BSI.COM.BR>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Thursday, October 19, 2000 4:28 PM
Subject: Re: [ciencialist] bacteria imortal?


> "Palhares, Paulo Rogerio" wrote:
> > > Sim! Isso violaria a Primeira Directiva. A Primeira Directiva
> > > obriga os comandantes das naves terrestres a não interferirem
> > > com a vida que possa existir noutros planetas.
> > >
> > Eu acho que não violaria a primeira diretiva da Frota Estelar, uma vez
que
> > não tem vida no planeta.
> > Palhares.
>
> Mas esta é obviamente uma opinião pessoal sua. Não comprovada
> cientificamente. Os teste feitos em Marte dizem que é inconclusivo que
> exista ou não vida lá, então, para qualquer efeito, os cientistas dizem
> para a TV que não existe vida em Marte, para não causar escândalo e por
> precisarem dar uma resposta conclusiva.
>
> Se por outro lado, levarmos bactérias para lá, talvez jamais
> conseguiremos provar que a vida uma vez tenha existido naquele planeta
> agora hostil.
>
> Pode ser que nunca tenha existido vida por lá, mas ainda não sabemos.
Vcs acreditam que nosso mundo seria colonização de um povo que como nós
destruiu seu planeta?

Palhares

>
> ==========================================================
> TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
> http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
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>
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> Para sair da lista envie um mail para:
> ciencialist-unsubscribe@egroups.com
> *** --- ***
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] bacteria imortal?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 19/10/2000 16:18

Ok, ok, ok..
Digamos q se prove q tenha ou nao algum tipo de vida la.

Mas no futuro, a ideia de preparar o planeta para colonizacao, via
bacterias-fungos, nao seria util? Seria viavel?

Mesmo q nossas bacterias matem as de la.. Deveriamos preservar
o planeta marte inteiro para q as bacterias-nativas-marcianas
sobrevivam?

[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] cenarios evolutivos e telepatia
FROM: "Dr. Omni" <dromni@ieg.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/10/2000 16:18

----- Original Message -----
From: "Roberto Mitsuo Takata" <rmt@ib.usp.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Wednesday, October 18, 2000 10:13 PM
Subject: Re: [ciencialist] cenarios evolutivos e telepatia


> vale lembrar tbm q. os peixes-eletricos q. usam variacoes nos campos
> eletricos para comunicacao (nao precisamos nem juntar um tubarao com uma
> raia-torpedo, a natureza jah produziu a eletro-comunicacao -- se formos
> chamar isso de telepatia, ela jah existe...) usam uma potencia,
> naturalmente, bem mais baixa do q. as geradas pelos peixes q. usam os
> campos eletricos para caca... naturalmente tbm, o alcance eh limitado a
> alguns metros, em comparacao com os quilometros alcancados pelo ultra-som
> das baleias (e, nao sei se eh verdade, dos elefantes).
>

No caso dos elefantes, o que eles usam é o *infra*-som - ondas sonoras de
freqüência muito baixa. Só ouvimos os "agudos" da voz deles...

[snikt]
> []s,
>

[]s,

> roberto takata

Dr. Omni
ICQ# 53853815



SUBJECT: Re: [ciencialist] bacteria imortal?
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 19/10/2000 16:18

"Palhares, Paulo Rogerio" wrote:
> > Pode ser que nunca tenha existido vida por lá, mas ainda não sabemos.
>
> Vcs acreditam que nosso mundo seria colonização de um povo que como nós
> destruiu seu planeta?
> Palhares

Não costumo acreditar em coisas que não possam ser provadas, e esta sua
hipótese é muito improvável. Mas não impossível.

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TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
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SUBJECT: Re: [ciencialist] cenarios evolutivos e telepatia
FROM: "Dr. Omni" <dromni@ieg.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/10/2000 16:22

----- Original Message -----
From: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Thursday, October 19, 2000 10:31 AM
Subject: Re: [ciencialist] cenarios evolutivos e telepatia


[snikt]
> Os peixes assim como as focas tem carga eletrica total nula, e portanto
> o campo eletrico eh zero. O tubarao nao percebe cargas eletricas e sim
> campos eletromagneticos. A abordagem teria que ser feita com ondas
> eletromagneticas. O tubarao tem sensores para estas ondas aasim como
> um radio. Claro q uma onda eletromagnetica carrega em campo eletrico
> e um campo magnetico oscilante e eh a potencia deste sinal juntamente
> com a sensibilidade do orgao receptor que devera interessar.
>

Não necessariamente um objeto extenso com carga total nula tem campo
elétrico zero. Imagine por exemplo um bastão de borracha onde você retira
elétrons de uma extremidade e adiciona à outra, criando uma carga positiva
em uma ponta e uma negativa na outra. Um bastão assim *gera* um campo
elétrico, muito semelhante em desenho ao campo magnético de um ímã; é o que
se chama de "dipolo elétrico". (Não sei se peixes elétricos fazem isso, só
quero ressaltar que seria perfeitamente possível, do ponto de vista físico,
um organismo que apresentasse campo elétrico sem apresentar emissão de ondas
de rádio ou microondas.)

[snikt]
Dr. Omni
ICQ# 53853815



SUBJECT: Re: [ciencialist] bacteria imortal?
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 19/10/2000 16:24

Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> Mesmo q nossas bacterias matem as de la.. Deveriamos preservar
> o planeta marte inteiro para q as bacterias-nativas-marcianas
> sobrevivam?
> jocax

As possíveis bactérias marcianas são nocivas para nós? Existe alguma
bactéria ou vírus terrestre que possa matar as alienígenas? Será
necessário esterilizar um planeta inteiro para que possamos colonizá-lo?
Qual o preço disso?

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SUBJECT: Re: [ciencialist] bacteria imortal?
FROM: "Palhares, Paulo Rogerio" <prpalhares@sti.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/10/2000 16:30


> "Palhares, Paulo Rogerio" wrote:
> > > Pode ser que nunca tenha existido vida por lá, mas ainda não sabemos.
> >
> > Vcs acreditam que nosso mundo seria colonização de um povo que como nós
> > destruiu seu planeta?
> > Palhares
>
> Não costumo acreditar em coisas que não possam ser provadas, e esta sua
> hipótese é muito improvável. Mas não impossível.

Porque pensem bem, pelo que eu sei ( pode ser que eu esteja desatualizado,
meu negócio é mais cosmologia e afins), nós evoluimos do macaco, mas não se
sabe exatamente e nem porque teve a separação e nós tivemos nossa linhagem e
os macacos as deles, pode ser exatamente nesse momento que teve a
colonização planetaria. E aproveitando, alguêm sabe ou ja leu algo sobre a
razão das diferentes raças?

Palhares.
>
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> http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
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> Para sair da lista envie um mail para:
> ciencialist-unsubscribe@egroups.com
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SUBJECT: Re: [ciencialist] bacteria imortal?
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 19/10/2000 16:37

On Thu, 19 Oct 2000, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> Tenho uma duvida ...
> Lembro q por ocasiao de uma das 1.s missoes aa marte disseram
> que todos os instrumentos q seriam utilizados foram esterelizados
> a nao sei qtos graus para evitar que microbios pudessem ir ao planeta.
>
> Qual seriao o motivo?

bem, a vicking de fato sofreu um processo de esterilizacao, mas a
mars polar lander e a mars pathfinder, por exemplo, apenas passaram por
uma limpeza pra reduzir o numero de contaminantes, sem no entanto haver
preocupacao com sua eliminacao. existe um tratado de 1967 q. orienta a
exploracao do espaco:

http://spaceflight.nasa.gov/history/shuttle-mir/cooperation/1967treaty.html

no artigo 9 diz-se algo assim: Os Estados Signatarios deste Tratado
deverao procurar realizar estudos sobre o espaco exterior, incluindo a Lua
e outros corpos celestes e conduzir sua exploracao de forma a evitar
contaminacoes prejudiciais desses corpos bem como modificacoes adversas no
ambiente terrestre resultante da introducao de material extraterrestre e,
quando necessario, deverao adotar medidas apropriadas para esse proposito.

como todo documento de carater geral eh bem pouco preciso no tratamento
dos itens. a Nasa entende isso como uma obrigacao maior de evitar a
contaminacao do ambiente terrestre e possibilidade de ser menos severo com
a descontaminacao previa dos objetos lancados ao espaco.

> mudar o clima do planeta e ateh mesmo cobri-lo de vida, preparando-o
> para uma futura colonizacao. Ou estou errado?

ha diversas especulacoes sobre essa possibilidade, em especial para a
chamada 'terraformacao' de marte. dada 'as capacidades de sobrevivencia de
diversas linhagens de bacterias a climas inospitos, nao duvido nada q. -
em tese - isso fosse viavel (desde q. se tenha paciencia ateh o
estabelecimento de um ecossistema estavel em marte -- chamaremos isso de
Ares, em simetria a Gaia?).

mais info, por exemplo, em:

http://spot.colorado.edu/~marscase/cfm/articles/biorev3.html

mas fico ca' matutando se essa possibilidade eh real... com os
conhecimentos q. temos hj nao podemos ainda garantir o sucesso de
inoculacao de vida em marte, ao menos nao com os resultados desejaveis...
talvez pra um futuro ainda incerto seja possivel, mas havera' uma questao
etica a ser discutida antes disso (ou depois como soi acontecer).

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] bacteria imortal?
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 19/10/2000 16:41

On Thu, 19 Oct 2000, Palhares, Paulo Rogerio wrote:
> Porque pensem bem, pelo que eu sei ( pode ser que eu esteja desatualizado,
> meu negócio é mais cosmologia e afins), nós evoluimos do macaco, mas não se
> sabe exatamente e nem porque teve a separação e nós tivemos nossa linhagem e
> os macacos as deles, pode ser exatamente nesse momento que teve a
> colonização planetaria. E aproveitando, alguêm sabe ou ja leu algo sobre a
> razão das diferentes raças?

pouco provavel... os padroes de similaridades morfologicas (e geneticas)
sao tais q. nao dao muita margem a essa possibilidade...

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] bacteria imortal?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 19/10/2000 16:42



TARCISIO BORGES wrote:
>
> Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> > Mesmo q nossas bacterias matem as de la.. Deveriamos preservar
> > o planeta marte inteiro para q as bacterias-nativas-marcianas
> > sobrevivam?
> > jocax
>
> As possíveis bactérias marcianas são nocivas para nós?

E se forem ?
E se neste caso as nossas conseguissem destrui-las ?
E se nao forem ?
E se neste caso tambem as nossas conseguissem destrui-las ?


>Existe alguma
> bactéria ou vírus terrestre que possa matar as alienígenas? Será
> necessário esterilizar um planeta inteiro para que possamos
> colonizá-lo?

E se as bacterias terrestres ja fizerem este trabalho ?


> Qual o preço disso?


E se nao houver custo maior do que simplesmente deixar de esterelizar
as naves que por la aportem?

[?]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] bacteria imortal?
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 19/10/2000 16:57

On Thu, 19 Oct 2000, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> E se nao houver custo maior do que simplesmente deixar de esterelizar
> as naves que por la aportem?

isso jah eh feito... as naves no maximo sao lavadas -- vc acha q. a Nasa
iria gastar uma grana fabulosa pra esterilizar todas as suas sondas e
naves?

embora nao feche a questao, eu nao apostaria todas as minhas fichas para a
presenca atual de vida em marte (na pregressa poderia ateh apostar
algumas)...

a maior parte do aue eh gerado pelas proprias agencias e instituicoes
envolvidas nos programas de astrobiologia e exobiologia: especialmente a
nasa e o seti... claro, estao fazendo o jogo deles, mas eles fazem
estardalhacos com indicios muito fracos e dao uma acoxambrada nas
previsoes, especialmente porq. o congresso americano tEm sido ultimamente
menos generoso com verbas de pesquisa.

o anuncio bombastico das 'bacterias fosseis' marcianas pela nasa eh um
exemplo claro disso... os indicios apresentados sao muito fracos, mas nada
q. uma forcadinha, assim bem de leve, nao permita transformar em sinais
claros e contundentes. (ah! doce selecao de indicios, o q. seria da
ciencia sem a sua ajuda...)

jah comentei aqui uma vez, mas uma historia q. ouvi -- e nao duvido muito
dela -- eh q. os astronomos para garantirem sua cota de verbas de
pesquisas, elegeram como chamariz exatamente a busca de vida fora da
terra, aih aproveitam pra atrelar a esses estudos os q. eles realmente
acham importantes.

buscar planetas inalcancaveis fora do sistema solar tEm seus meritos
proprios, mas o ganho principal eh o investimento no desenvolvimento de
tecnicas e tecnologias para avaliacao de corpos pouco luminosos -- o q
mais tarde pode ser usado para a cacada 'a materia escura -- esta sim uma
das meninas dos olhos dos astronomos, cosmofisicos e quetais.

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] notícias nonio.com
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 19/10/2000 19:07

On Tue, 19 Sep 2000, João Mário Miranda wrote:
> Enigma do elevador
> Um indivíduo mora no último andar de um prédio bastante alto.
> Todas as manhãs desce de elevador até ao rés-do-chão e desloca-se
> para o seu emprego. Mas quando volta do emprego só consegue subir
> de elevador até meio do prédio tendo que subir o restante pelas
> escadas. Só há uma situação em que ele consegue subir até ao último
> andar de elevador: quando está a chover.
> Porquê que isto acontece?

a velha historia do anao com o guarda-chuvas.

almanaque sadol, bons tempos...

[]s,

roberto takata



SUBJECT: AIDS pega?
FROM: "Sheila" <hcaprini@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/10/2000 20:31



Super Interessante - Ano 14 . No 10 . outubro 2000

Superpapo
Conversas bacanas com gente interessante

Peter Duesberg

Um dos maiores especialistas em vírus HIV afirma que a Aids não é contagiosa e que se alguém injetar o vírus em si mesmo não ficará doente

por Flávio Dieguez
(dieguez@abril.com.br)

Desde a eclosão da Aids, em 1981, a expressão "HIV-positivo" se transformou quase que em sentença de morte. A presença do HIV em um organismo significava que, mais cedo ou mais tarde, ele adoeceria de Aids. Mas... e se o vírus for inocente? E se ninguém precisasse temer o contágio e nem, por causa disso, tivesse que usar camisinha como uma obrigação, nem tomar drogas pesadas como o AZT, disparadas contra o vírus como única alternativa de salvação? Essa tese polêmica _ ou simplesmente insana na opinião de muitos especialistas _ é defendida pelo cientista que mais entende hoje dos vírus da categoria do HIV, chamados retrovírus. Trata-se do biólogo alemão, naturalizado americano, Peter Duesberg, da Universidade da Califórnia, em Berkeley. "Peter é extraordinário e brilhante", diz a seu respeito o seu maior oponente, o virologista americano Robert Gallo, do Instituto Nacional do Câncer (INC). (Gallo descobriu o HIV e é autor da tese de que é o vírus que causa a Aids.). Duesberg concordou em dar esta entrevista à SUPER depois que o presidente da África do Sul, Thabo Mbeki, em abril, anunciou que poderia suspender, em seu país, o tratamento da Aids por meio de drogas anti-HIV, não só por seus efeitos colaterais deletérios, como por haver dúvidas sobre sua eficiência no combate à doença. O anúncio teve o efeito de um terremoto. Pela primeira vez se deu atenção a Duesberg e a mais uma centena de pesquisadores que inocentam o vírus, entre os quais o bioquímico americano Kary Mullis, da universidade da Califórnia, Prêmio Nobel de Química de 1993. A seguir, entenda por que eles não acreditam que o HIV seja o vilão da história.

Super - Por que você não aceita a teoria de que a Aids é causada por um vírus, o HIV?
A Aids não é compatível com os critérios usados para definir uma doença como infecciosa _ isto é, causada por microorganismos. Para começar, todas as infecções levam ao contágio e são comumente transmitidas para quem trata os pacientes. Não se conhece um único médico ou enfermeira que tenha contraído Aids dessa maneira. No total, desde que a Aids foi diagnosticada há 20 anos mais de 750.000 casos já foram registrados nos Estados Unidos. O fato de não ter havido a contaminação de um médico ou uma enfermeira sequer demonstra que a Aids não é contagiosa.

Mas a Aids não está se espalhando pela população.
Não. As doenças infecciosas se alastram mais ou menos por igual por toda a população. É o que se vê, por exemplo, na poliomielite, na varíola, na hepatite etc. Em vez disso, tanto nos Estados Unidos quanto na Europa, a Aids é uma enfermidade predominantemente masculina: 85% dos pacientes são homens. Como explicar a baixa incidência no sexo feminino? E não é só isso: quase 70% dos pacientes masculinos são homossexuais usuários de drogas, o que torna a distribuição da doença ainda mais desigual, mais restrita a um segmento específico da sociedade.

Então qual seria o papel do vírus?
O HIV não se encaixa nos critérios estabelecidos. Nenhum outro vírus tem o comportamento que se atribui a ele. Enquanto todos os vírus conhecidos causam doenças em alguns dias ou semanas após a infecção, o HIV demoraria até dez anos para provocar efeito. É um paradoxo sem explicação. Na verdade, essa demora no aparecimento do mal é característica das doenças associadas às drogas. O câncer de pulmão surge de dez a 20 anos depois que se começa a fumar, e a cirrose, 20 anos depois de começar a beber.

Até que ponto essa analogia é importante para entender a causa da Aids?
Ela mostra o quanto é duvidoso que o HIV seja a causa da Aids. Se ela fosse de origem viral, deveria ter seguido um de dois caminhos possíveis: ou teria sido controlada assim que os pacientes desenvolvessem imunidade a ela, ou teria explodido, como previram os cientistas americanos. Mas o que aconteceu foi algo completamente diferente: ela está associada a um estilo de vida, da mesma forma que o câncer de pulmão predomina entre os fumantes e, como ele, continua confinada a uma pequena parcela da população.

Então, a causa da doença seria um comportamento...
A hipótese que nós defendemos é que a Aids é uma epidemia química, não contagiosa, provocada pelo uso persistente de drogas nos Estados Unidos e na Europa, e pela má nutrição (a falta de nutrientes causa problemas químicos, tanto quanto as drogas), na África.

Como se explicam as fotos ou filmes que mostram o HIV infectando as células?
O fato de um vírus estar presente em um paciente não é suficiente para provar que ele seja a causa da doença. Especialmente se a doença não é contagiosa. Na verdade, em sua grande maioria os vírus são "passageiros" inofensivos do organismo humano e nunca causam doenças.

A hipótese da causa química tem sido estudada de uma forma adequada, na sua opinião?
Claramente não. Ao contrário, ela tem sido censurada, suprimida e privada de verbas públicas. Os seus proponentes são intimidados e marginalizados.

Você alega que os tratamentos disponíveis para a Aids não ajudaram ninguém até hoje. O que o faz pensar assim?
Primeiro, as terapias são direcionadas contra o vírus e ele não causa a Aids. Segundo, como as drogas utilizadas prejudicam o sistema de defesa do organismo (como se diz que o HIV faz) elas são Aids por prescrição médica. Receitar AZT, por exemplo, é como receitar a doença.

Como se explica que o jogador Magic Johnson esteja em tão boa forma, embora tenha tido Aids e tomado AZT?
Você está enganado: Johnson tomou AZT por alguns meses apenas, dez anos atrás. Depois disso nunca mais. E é por isso que tem boa saúde agora. O HIV é inofensivo, mas as drogas anti-HIV são mortais: Johnson é a prova disso.

Você acredita que uma pessoa saudável poderia injetar o vírus em si mesma sem risco de ter Aids?
Sim. Isso já acontece. De acordo com a Organização Mundial de Saúde 33 milhões de pessoas, atualmente, são HIV positivas, mas menos de dois milhões desenvolveram a doença desde que ela é conhecida. Portanto, há mais de 31 milhões de pessoas infectadas e completamente saudáveis no mundo _ entre as quais Magic Johnson.

Você faria essa experiência?
Eu já me dispus a isso, desde que o objetivo seja fazer pesquisa _ uma investigação financiada por dotações adequadas e com liberdade para publicar os resultados em revistas especializadas. Eu sou um cientista, não um apostador.

Você acredita que o grupo dos chamados "rebeldes da Aids", dos quais você faz parte, pode passar a ser ouvido daqui para frente?
Penso que o nosso maior aliado é o fracasso da hipótese de que o HIV cause Aids. As pesquisas nessa linha não conduzem à cura, não previnem e nem explicam a doença, a despeito de todos os esforços já feitos em termos de capital e de recursos humanos por mais que de 16 anos. A incapacidade de produzir resultados é a marca registrada do fracasso. Isso, mais a simples lógica dos nossos argumentos, refutarão a hipótese corrente mais cedo ou mais tarde. Da mesma forma que Galileu, mesmo que depois de 400 anos, acabou convencendo até o papa de que a Terra gira em torno do Sol. (Só em 1983 a Igreja admitiu que errou ao condenar Galileu).



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] AIDS pega?
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
CC: super.online@atleitor.com.br, obsimp@ig.com.br
DATE: 19/10/2000 21:26

bullshit como diriam os americanos... com o perdao das senhoras pudicas:
isso q. abaixo se reproduz eh uma merda total... nao enforquem o cara, mas
injetem sangue contaminado nele... (claro q. isso eh soh forca de
expressao)

soh ver os casos de Aids no Brasil, o maior crescimento vem ocorrendo
entre as mulheres -- contaminadas pelo marido ou parceiros estaveis.

http://www.aids.gov.br/

http://www.aids.gov.br/udtv/boletim_dez99_jun00/tabela_5.htm

que doenca quimica q. se transmite por transfusao de sangue? que doenca
comportamental passa de mae para o filho no utero? tem caso em q. o
exame passa a ser negativo, mas entao os q. continuam positivo eh porq. as
criancas sao usuarias de drogas, homossexuais?

desde ha' muito ha' desnutricao na Africa, o q. ocorreu para q. soh na
decada de 70/80 isso causasse Aids? mutacao na fisiologia humana? outra
pergunta, soh na Africa tem desnutricao cronica?

estupro passa desnutricao, comportamento desregrado, homossexualismo,
vicio em drogas? e por q. entao ha' casos de transmissao de Aids assim?
trauma da violencia? o estupro foi inventado soh depois do surgimento da
Aids?

sei de pessoas interessantissimas q. diriam q. os Civitas foram capacho de
Collor eqto lhes foi conveniente (todas aquelas capas sobre cacador de
maraja's e afins) e depois cuspiu no prato em q. comeu... sera' q. eles
publicam essa entrevista? claro q. nao... e ainda processariam o cara por
calunia. sem documentos q. comprovem a acusao nada feito (e creio q.
mesmo com documento nao publicariam a historia). questao de
titulacao? se a denuncia fosse feita por um jornalista premiado?
fariam uma entrevista com o cara? entao por q publicam uma entrevista
irresponsavel dessas? apelo facil 'a sensacao pelo jeito...

como tenho dito: sempre q. inventarem uma reforma grafica e editorial com
a desculpa de modernizacao da linguagem, ponham as barbas de molho e
fiquem com a pulga atras da orelha -- vem merda.

eu jah tinha reclamado do Biogenismo mostrado na mesma edicao, achando q.
era a maior bobagem q. poderiam fazer, nao tinha lido essa bosta. a
diarreia era maior do q. eu suspeitava.

[]s,

roberto takata

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Super Interessante - Ano 14 . No 10 . outubro 2000

Superpapo
Conversas bacanas com gente interessante

Peter Duesberg

Um dos maiores especialistas em vírus HIV afirma que a Aids não é contagiosa e que se alguém injetar o vírus em si mesmo não ficará doente

por Flávio Dieguez
(dieguez@abril.com.br)

Desde a eclosão da Aids, em 1981, a expressão "HIV-positivo" se transformou quase que em sentença de morte. A presença do HIV em um organismo significava que, mais cedo ou mais tarde, ele adoeceria de Aids. Mas... e se o vírus for inocente? E se ninguém precisasse temer o contágio e nem, por causa disso, tivesse que usar camisinha como uma obrigação, nem tomar drogas pesadas como o AZT, disparadas contra o vírus como única alternativa de salvação? Essa tese polêmica _ ou simplesmente insana na opinião de muitos especialistas _ é defendida pelo cientista que mais entende hoje dos vírus da categoria do HIV, chamados retrovírus. Trata-se do biólogo alemão, naturalizado americano, Peter Duesberg, da Universidade da Califórnia, em Berkeley. "Peter é extraordinário e brilhante", diz a seu respeito o seu maior oponente, o virologista americano Robert Gallo, do Instituto Nacional do Câncer (INC). (Gallo descobriu o HIV e é autor da tese de que é o vírus que causa a Aids.). Duesberg concordou em dar esta entrevista à SUPER depois que o presidente da África do Sul, Thabo Mbeki, em abril, anunciou que poderia suspender, em seu país, o tratamento da Aids por meio de drogas anti-HIV, não só por seus efeitos colaterais deletérios, como por haver dúvidas sobre sua eficiência no combate à doença. O anúncio teve o efeito de um terremoto. Pela primeira vez se deu atenção a Duesberg e a mais uma centena de pesquisadores que inocentam o vírus, entre os quais o bioquímico americano Kary Mullis, da universidade da Califórnia, Prêmio Nobel de Química de 1993. A seguir, entenda por que eles não acreditam que o HIV seja o vilão da história.

Super - Por que você não aceita a teoria de que a Aids é causada por um vírus, o HIV?
A Aids não é compatível com os critérios usados para definir uma doença como infecciosa _ isto é, causada por microorganismos. Para começar, todas as infecções levam ao contágio e são comumente transmitidas para quem trata os pacientes. Não se conhece um único médico ou enfermeira que tenha contraído Aids dessa maneira. No total, desde que a Aids foi diagnosticada há 20 anos mais de 750.000 casos já foram registrados nos Estados Unidos. O fato de não ter havido a contaminação de um médico ou uma enfermeira sequer demonstra que a Aids não é contagiosa.

Mas a Aids não está se espalhando pela população.
Não. As doenças infecciosas se alastram mais ou menos por igual por toda a população. É o que se vê, por exemplo, na poliomielite, na varíola, na hepatite etc. Em vez disso, tanto nos Estados Unidos quanto na Europa, a Aids é uma enfermidade predominantemente masculina: 85% dos pacientes são homens. Como explicar a baixa incidência no sexo feminino? E não é só isso: quase 70% dos pacientes masculinos são homossexuais usuários de drogas, o que torna a distribuição da doença ainda mais desigual, mais restrita a um segmento específico da sociedade.

Então qual seria o papel do vírus?
O HIV não se encaixa nos critérios estabelecidos. Nenhum outro vírus tem o comportamento que se atribui a ele. Enquanto todos os vírus conhecidos causam doenças em alguns dias ou semanas após a infecção, o HIV demoraria até dez anos para provocar efeito. É um paradoxo sem explicação. Na verdade, essa demora no aparecimento do mal é característica das doenças associadas às drogas. O câncer de pulmão surge de dez a 20 anos depois que se começa a fumar, e a cirrose, 20 anos depois de começar a beber.

Até que ponto essa analogia é importante para entender a causa da Aids?
Ela mostra o quanto é duvidoso que o HIV seja a causa da Aids. Se ela fosse de origem viral, deveria ter seguido um de dois caminhos possíveis: ou teria sido controlada assim que os pacientes desenvolvessem imunidade a ela, ou teria explodido, como previram os cientistas americanos. Mas o que aconteceu foi algo completamente diferente: ela está associada a um estilo de vida, da mesma forma que o câncer de pulmão predomina entre os fumantes e, como ele, continua confinada a uma pequena parcela da população.

Então, a causa da doença seria um comportamento...
A hipótese que nós defendemos é que a Aids é uma epidemia química, não contagiosa, provocada pelo uso persistente de drogas nos Estados Unidos e na Europa, e pela má nutrição (a falta de nutrientes causa problemas químicos, tanto quanto as drogas), na África.

Como se explicam as fotos ou filmes que mostram o HIV infectando as células?
O fato de um vírus estar presente em um paciente não é suficiente para provar que ele seja a causa da doença. Especialmente se a doença não é contagiosa. Na verdade, em sua grande maioria os vírus são "passageiros" inofensivos do organismo humano e nunca causam doenças.

A hipótese da causa química tem sido estudada de uma forma adequada, na sua opinião?
Claramente não. Ao contrário, ela tem sido censurada, suprimida e privada de verbas públicas. Os seus proponentes são intimidados e marginalizados.

Você alega que os tratamentos disponíveis para a Aids não ajudaram ninguém até hoje. O que o faz pensar assim?
Primeiro, as terapias são direcionadas contra o vírus e ele não causa a Aids. Segundo, como as drogas utilizadas prejudicam o sistema de defesa do organismo (como se diz que o HIV faz) elas são Aids por prescrição médica. Receitar AZT, por exemplo, é como receitar a doença.

Como se explica que o jogador Magic Johnson esteja em tão boa forma, embora tenha tido Aids e tomado AZT?
Você está enganado: Johnson tomou AZT por alguns meses apenas, dez anos atrás. Depois disso nunca mais. E é por isso que tem boa saúde agora. O HIV é inofensivo, mas as drogas anti-HIV são mortais: Johnson é a prova disso.

Você acredita que uma pessoa saudável poderia injetar o vírus em si mesma sem risco de ter Aids?
Sim. Isso já acontece. De acordo com a Organização Mundial de Saúde 33 milhões de pessoas, atualmente, são HIV positivas, mas menos de dois milhões desenvolveram a doença desde que ela é conhecida. Portanto, há mais de 31 milhões de pessoas infectadas e completamente saudáveis no mundo _ entre as quais Magic Johnson.

Você faria essa experiência?
Eu já me dispus a isso, desde que o objetivo seja fazer pesquisa _ uma investigação financiada por dotações adequadas e com liberdade para publicar os resultados em revistas especializadas. Eu sou um cientista, não um apostador.

Você acredita que o grupo dos chamados "rebeldes da Aids", dos quais você faz parte, pode passar a ser ouvido daqui para frente?
Penso que o nosso maior aliado é o fracasso da hipótese de que o HIV cause Aids. As pesquisas nessa linha não conduzem à cura, não previnem e nem explicam a doença, a despeito de todos os esforços já feitos em termos de capital e de recursos humanos por mais que de 16 anos. A incapacidade de produzir resultados é a marca registrada do fracasso. Isso, mais a simples lógica dos nossos argumentos, refutarão a hipótese corrente mais cedo ou mais tarde. Da mesma forma que Galileu, mesmo que depois de 400 anos, acabou convencendo até o papa de que a Terra gira em torno do Sol. (Só em 1983 a Igreja admitiu que errou ao condenar Galileu).



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



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SUBJECT: Re: [ciencialist] AIDS pega?
FROM: "Douglas" <douglas.jpn@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/10/2000 23:17

Oi Sheila, oi ciencialistas,

eu sempre desconfiei de que não era tão fácil a transmissão da AIDS (SIDA).
Resumindo várias publicações redigi o artigo abaixo, publicado no jornal A Tribuna Piracicabana de 08.02.2000. Para quem interessar:

PEGANDO A SIDA PELO RABO
Douglas A F Campos

Para Michael Fumento, ex-analista de AIDS da Comissão de Direitos da Procuradoria Geral do Governo Americano, a transmissão do vírus HIV através de relação heterossexual (sem sodomia) é uma fantasia, símbolo da desinformação e de uma campanha terrorista que amedronta milhões de pessoas através do que ele chama "O MITO DA AIDS HETEROSSEXUAL", título do livro que ele publicou.

Em Nova Iorque, de 10.000 casos de AIDS registrados, só havia 7 homens que se diziam contaminados por contatos heterossexuais, e Anna Lekatsas, chefe da equipe de interrogatório de vítimas da AIDS de Nova Iorque, duvidava de que eles haviam se infectados com prostitutas. Ao final de um interrogatório bem conduzido, um deles (N.I.R.) fechou os olhos, começou a chorar e confessou que "num momento de amargura passou a cheirar cocaína num clube, onde acabou tendo relações sexuais com homens".

Um caso clássico de mentira deu-se na cidade de Houston, no Texas, onde um bispo metodista morreu de AIDS e foi piamente enterrado como vítima da sua benemerência ao visitar hospitais e doentes. Dias depois a imprensa descobriu que ele era freqüentador assíduo de bares de homossexuais, onde deixara fama de promíscuo.

A taxa de mortalidade em decorrência de AIDS entre padres da Igreja Católica nos Estados Unidos é quatro vezes maior do que a média geral do país. O jornal Kansas City Star entrevistou 800 padres e descobriu que 300 religiosos morreram por causa da doença desde os anos 80. A Igreja considerou o fato "triste", mas não surpreendente (sodomia?).

Na Universidade da Califórnia, pesquisadores estudaram as relações sexuais de 72 homens com esposas infectadas pelo vírus da AIDS, dos quais apenas um (um?) pegou a doença. Também estudaram 307 casais com maridos infectados, sendo que 61 esposas adquiriram o vírus HIV causador da doença (sodomia?).

Um estudo realizado durante 5 anos no Instituto Paulista de Doenças Infecciosas e Parasitárias, chegou ao seguinte resultado: de 83 mulheres contaminadas pelo vírus da AIDS nem uma transmitiu a doença para seus parceiros sexuais. O exemplo mais evidente, de que não é fácil pegar AIDS tendo relações sexuais somente com mulheres, é não haver um só caso de transmissão do vírus através de relação homossexual feminina.

Noticiou-se que o vírus podia ser transmitido pela saliva: pegava-se a doença através de um simples beijo. Na verdade, são raros os portadores de AIDS que têm o vírus na boca, porque a saliva o inibe depois de uma hora. Não há caso registrado (demonstrado) de pessoa que se tenha contaminado através do beijo ou da felação.

No entanto, um estudo do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) e da Universidade da Califórnia mostrou que de 102 homens gays e bissexuais recentemente infectados, 8% contraíram o vírus por sexo oral (mas não excluem a possibilidade de sodomia e de drogas).

Contestando o Prof. Luiz Trott, presidente do Centro Baiano Anti-AIDS, disse o cronista Paulo Francis: "...ele diz que o bumbum feminino é tão perigoso quanto o masculino. Não é. Me informei. A opinião médica é unânime. O bumbum feminino tem uma capacidade bactericida que inexiste no masculino. Até nisso os que preferem o masculino levam azar ... Em vários paises muçulmanos o anticoncepcional dos casais é o coito anal ... Só a mudança de comportamento vai prevenir a AIDS. Há afinal, muitas maneiras de sacio sexual sem ser pela sodomia."

Segundo a Organização Mundial de Saúde, o primeiro caso de AIDS no mundo ocorreu no Sudão, na África, após um macaco verde morder o traseiro de um jovem negro. Estranha coincidência: logo no traseiro!

Orlando Gonzales, ex-coordenador jurídico do INAMPS, escreve: "Se a inserção do grande contingente de heterossexuais no campo dos consumidores de camisinha, ..., aumenta a certeza de lucros da indústria químico-farmacêutica, sobram razões para lançarmos sobre o episódio Magic Johnson fundamentada desconfiança ... Sua nova profissão será a de garoto propaganda da AIDS ... Não havia como justificar seu contraditório abandono do esporte que lhe dera fama, senão através de um supremo objetivo. Concomitantemente seus médicos "descobriram" que uma mulher o infectara. Preserva-se, assim, no mesmo lance, a masculinidade do ídolo, expediente de grande valia à força persuasiva do condicionamento pretendido ..."

Juntando-se os parágrafos, fica suspeitosamente claro que: ou o atleta é apenas subserviente da industria químico-farmacêutica ou pegou a SIDA PELO RABO........ou ambos!

Douglas A F Campos (SP)
ICQ 30208855


-----Mensagem Original-----
De: "Sheila"

> Super Interessante - Ano 14 . No 10 . outubro 2000

> Um dos maiores especialistas em vírus HIV afirma que a Aids não é contagiosa e que se alguém injetar o vírus em si mesmo não ficará doente
>
> por Flávio Dieguez
> (dieguez@abril.com.br)

> Como se explica que o jogador Magic Johnson esteja em tão boa forma, embora tenha tido Aids e tomado AZT?




SUBJECT: Re: AIDS pega?
FROM: "Ronaldo Cordeiro [MG]" <rcordeiro@writeme.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 20/10/2000 00:51

--- In ciencialist@egroups.com, "Sheila" <hcaprini@u...> wrote:
>
>
> Super Interessante - Ano 14 . No 10 . outubro 2000
>

Ahhhhhh.... Só podia ser a Super Interessante!

>
> Peter Duesberg
>
> Um dos maiores especialistas em vírus HIV afirma que a Aids não é
> contagiosa e que se alguém injetar o vírus em si mesmo não ficará
> doente

Em rigorosamente TODOS os campos do conhecimento humano existem umas
figuras que, mesmo com títulos acadêmicos repeitáveis, aparecem com
umas teorias alternativas sem pé nem cabeça. Lembro que Immanuel
Velikovski foi colega de Einstein em Princeton e saiu com aquela
maluquice de que o planeta Vênus foi ejetado de Júpiter há uns 2.000
anos. Duane T. Gish tem PhD em bioquímica e afirma que o homem NÃO
descende do macaco e que não houve evolução. Daí vem os Sheldrakes,
Deepak Chopras, professores de física que projetam moto-perpétuos ou
conversam com espíritos, etc. E adivinhem exatamente para quem a
Super Interessante dá espaço? O pior é que, enquanto que na maioria
das teorias dos doidões não há maiores conseqüências além do desprezo
por parte dos colegas, no caso do Duesberg muita gente pode se
contaminar por se expor a comportamentos de risco, ou morrer por
abandonar tratamentos eficientes.

> Duesberg concordou em dar esta entrevista à
> SUPER depois que o presidente da África do Sul, Thabo Mbeki, em
abril,
> anunciou que poderia suspender, em seu país, o tratamento da Aids
por
> meio de drogas anti-HIV, não só por seus efeitos colaterais
> deletérios, como por haver dúvidas sobre sua eficiência no combate à
> doença. O anúncio teve o efeito de um terremoto.

Teve mesmo. Os cientistas se retiraram do auditório em protesto. Foi
redigida também a "Declaração de Durban"
http://www.durbandeclaration.org/
Assinada por mais de 5.000 cientistas afirmando que o HIV causa mesmo
a AIDS. Thabo Mbeki merece um lugar na história ao lado do Sheik Abdel
Aziz Ibn Baaz que, em 1993, decretou que a terra é plana, e quem
acreditasse que era redonda deveria ser punido por não acreditar na
palavra de Deus.


> Pela primeira vez se
> deu atenção a Duesberg e a mais uma centena de pesquisadores que
> inocentam o vírus, entre os quais o bioquímico americano Kary
Mullis,
> da universidade da Califórnia, Prêmio Nobel de Química de 1993.

A respeito do surfista e cientista Kary Mullis, eu já tinha mandado
uma mensagem para o FCB. Para quem fizer parte da lista:
http://www.egroups.com/message/fcb/2742
Essa figura publicou um livro onde também afirma que teve contato com
alienígenas, teve contato telepático astral com a namorada, sugere a
inclusão da Astrologia nos currículos de Psicologia e diz que o buraco
na camada de ozônio é uma armação da DuPont. Comentários sobre o livro
em:
http://www.evozine.com/mullis.html
http://marijuana.newscientist.com/sciencebooks/reviews/dancingnakedint
hemind

> O fato de não ter havido a
> contaminação de um médico ou uma enfermeira sequer demonstra que a
Aids não é contagiosa.

Vai ver que é porque o contágio só se dá através de sexo ou contato
com sangue contaminado. Não é como pegar gripe. Mesmo assim, a
afirmação é falsa. Existem casos sim. Para a refutação de TODOS os
argumentos de Duesberg, sugiro dar uma lida em:
The Evidence That HIV Causes AIDS (Last updated October 10, 2000)
http://www.niaid.nih.gov/factsheets/evidhiv.htm
http://www.niaid.nih.gov/publications/hivaids/all.htm

> Então, a causa da doença seria um comportamento...
> A hipótese que nós defendemos é que a Aids é uma epidemia química,
não contagiosa, provocada pelo uso persistente de drogas nos Estados
Unidos e na Europa, e pela má nutrição (a falta de nutrientes causa
problemas químicos, tanto quanto as drogas), na África.

Que legal!!! Então não existiam drogados nos EUA e nem famintos na
África antes de 1981??? Vai ver que também não existiam homossexuais
nem hemofílicos. E eu que achava que a geração Sexo, Drogas e Rock &
Roll era a dos 60...

>
> Você faria essa experiência [injetar o vírus em si mesmo]?
> Eu já me dispus a isso, desde que o objetivo seja fazer pesquisa _
> uma investigação financiada por dotações adequadas e com liberdade
> para publicar os resultados em revistas especializadas. Eu sou um
> cientista, não um apostador.

Uau! Isso é que eu chamo de "tirar o seu da seringa"!

Ronaldo Cordeiro
Dicionário Céptico: http://www.dicceptico.cjb.net



SUBJECT: Re: [ciencialist] Spams (administrativa)
FROM: Agapito Ribeiro Júnior <agapito@alphanet.ne.jp>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 20/10/2000 05:17

Mestre Mesquita

Muito obrigado por ter verificado para mim o que aconteceu. Fico com vergonha das dez pessoas que participavam de meu informativo, dentre as quais o Sr, Cláudio, Manuel Bulcão. Lembro-me até hoje do incentivo do Cláudio. Ei estava programando de transformar os arquivos do Cláudio e do Bulcão em livros auto-executáveis, mas... fazer o que?

No entanto, não desisti. Estou organizando uma página webcomunities, da msn, com mais ou menos a mesma característica do informativo, mas com outros propósitos. Com o tempo a divulgarei mais.

Fraternalmente

Agapito Ribeiro Júnior

agapito@alphanet.ne.jp

"Nenhuma virtude que tenha suas raízes no medo é digna de ser muito admirada"

Bertrand Russell

http://communities.msn.com.br/mmflt2qg00jog4ekcom90lnr27



SUBJECT: Simulação
FROM: "Lilian Russo" <liatoria@sti.com.br>
TO: "Ciencialist@Egroups. Com" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 20/10/2000 06:51

"Gostaria obter informações sobre processos do corpo humano que podem ser
simulados por circuitos de controle elétrico, pneumático,mecânico."



SUBJECT: Re: [ciencialist] bacteria imortal?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 20/10/2000 08:34

No topo ...... o ar.
O fator predominante para a existência de vida (como a que entendemos) é o
saudável ar. O planeta, planetinhas e asteróides não têm massa suficiente
para produzir um campo gravitacional que impeça a fuga térmica das moléculas
de ar. Isso tb ocorre nas altas camadas, mesmo na Terra, onde a velocidade
de escape (na altura em questão) é da ordem da velocidade molecular.
A sugestão é levar 'terra' para lá ... muita terra :-))
Só as bactérias que não necessitam do ar se desenvolveriam lá ... e não
muito bem devido a ausência de umidade. Isso não iria de modo algum 'mudar o
clima do planeta'!
[]'
Léo
----------------------------------

> > Qual seriao o motivo?
>
> Primeira Directiva.
>
> >
> > Eu acho que deveriamos fazer o inverso :
> > Se mandarmos aa marte algumas bacterias e fungos talvez eles
> > conseguissem
> > mudar o clima do planeta e ateh mesmo cobri-lo de vida, preparando-o
> > para uma futura colonizacao. Ou estou errado?
>
> Sim! Isso violaria a Primeira Directiva. A Primeira Directiva
> obriga os comandantes das naves terrestres a não interferirem
> com a vida que possa existir noutros planetas.
>
Eu acho que não violaria a primeira diretiva da Frota Estelar, uma vez que
não tem vida no planeta.

Palhares.

> Mas pondo a ética de lado: as naves teriam que ser esterelizadas
> porque se não acabariam por descobrir a vida que levaram daqui
> da Terra e chegariam à incrivel conclusão de que a vida em Marte
> é exactamente igual, gene por gene, à vida na Terra.
>
> João
> http://www.nonio.com
>
>
>
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SUBJECT: Re: [ciencialist] bacteria imortal?
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 20/10/2000 11:17

On Fri, 20 Oct 2000, Luiz Ferraz Netto wrote:
> O fator predominante para a existência de vida (como a que entendemos) é o
> saudável ar.

depende do q. vc estah chamando de ar... a vida aparentemente comecou em
uma mistura liquida aquosa e nao no ar.

talvez vc esteja falando de oxigenio, mas existem organismos q. nao
utilizam metabolismo oxidativo -- para alguns o oxigenio eh mesmo toxico.

deve se ter consciencia tbm q. a atmosfera da terra muito provavelmente
alterou-se substancialmente nos ultimos bilhoes de anos: muito das
caracteristicas dela seria fruto exatamente da atividade biologica (o
oxigenio soh existiria hj na atmosfera da terra em qtdades
apreciaveis gracas ao fenomeno da fotossintese)...

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Gemetica : Verdade ou Vaidade ?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO:
DATE: 20/10/2000 11:23

Tenho observado o meu proprio comportamento, e o de outros nesta e
noutras
listas que participo.

Por vezes, olhando as entrelinhas, pergunto-me se o que se debate
eh com a intencao do debatedor se mostrar com a razao ( vaidade ) ou
de se chegar a um conhecimento mais verdadeiro sobre o tema ( verdade ).

Somos humanos e nao robos, por isso uma mescla destas 2 forcas,
NEM SEMPRE de mesmo sentido, nos impulsiona mais de um lado que doutro.

Podera existir entao um conflito gemetico : Genes X Memes, e, portanto,
devera ser analisado aa luz da Gemetica.

Do lado dos Genes esta nossa vaidade. Este instinto nos impele a
lutarmos
por nossa "razao", trazendo-nos com isso possiveis vantagens geneticas,
pois:
"Um vencedor tem vantagens seletivas claramente superiores a de um
perdedor".
E por esse motivo todos desejam estar certos sempre, "com a razao".

Do lado dos memes esta nossa etica: o codigo de conduta moral que
nos ensina a sermos honestos e buscar sempre a verdade.

Se o debatedor estiver certo, na defesa de seu ponto de vista, isto
trara tres
vantagens : coadunara a sua vaidade, impulsionada por instintos
(geneticos),
com sua etica ( seus memes de adequacao social) e tambem os memes
que ele defende.

Intuitivamente o debatedor sabe disso : O premio eh triplo. Por isso
lutara ainda com mais afinco na defesa de seus memes ( ideias ).

Por outro lado, se o debatedor estiver defendendo o meme errado,
devera escolher entre algumas formas comportamentais ( todas levando
a algum tipo de sofrimento ) :


(I)- Nao admite o erro.

Isto pode ser devido a duas causas :

1-A vaidade genetica eh mais forte do que o meme etico.
O Hospedeiro lanca entao mao de memes falsos ( evidencias falsas por
exemplo )
para derrubar o meme adversario. Eh o q chamamos de desonestidade.

As vezes funciona, mas o hospedeiro podera padecer de um conflito
memico-etico
chamado de "peso na consciencia" ocasionando dor e q tambem podera
ocasionar
consequencias futuras.

2-No caso do meme defendido estar ligado a memes extremamente bem
arraigados
e correlacionados entre si e ao cerebro do hospedeiro.
Eh o caso, por exemplo, de qdo se discute religiao: Dezenas de Memes
co-relacionados e extremamente arraigados no cerebro simplesmente
impedem seu hospedeiro de se desfazer deles.

Assim, nao pela vaidade, mas pelo conflito memico, varias coisas podem
acontecer com o hospedeiro :

.Enlouquece : caso em que o hospedeiro nao pode solucionar o conflito
memico.

.Escolhe : Neste caso, depois de muita luta, abandona alguns
dos memes que causam conflitos e escolhe quais sobrevivem. Isto pode
levar decadas de uma penosa luta interna onde os memes guerreiam
duramente entre si para sobreviver no cerebro o hospedeiro.

.Se engana : Lanca mao de memes anti-conflituosos do tipo "demoraram
400 anos antes de descobrirem que Galileu estava certo e todos
errados"
ou "existem + coisas entre o ceu e a terra do que podemos imaginar"
e assim vai. Acredito que eh a atitude mais comum adotada.


(II)- Admite o erro.
Eh o caso que, eticamente, deveria sempre ser tomado. Pois existe uma
serie de memes eticos que dizem : "devemos sempre buscar a verdade
acima de tudo". Desde que o meme q ele defendia nao fosse muito ativo
( grau de crenca no meme ), isto podera ser feito sem maiores
complicacoes.

Apenas causara certo sofrimento aas custas do orgulho ferido.

Mas tambem causara algum prazer pois sabera que tomou a atitude "certa"
e que seus memes foram fortalecidos com memes mais verdadeiros.

Isso nem sempre eh facil e, pode ser, memeticamente falando,
extremamente conflituoso, principalmente se existem muitos memes
envolvidos e ligados aa ideia que o debatedor defendia.


[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: AIDS pega?
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 20/10/2000 11:24

On Fri, 20 Oct 2000, Ronaldo Cordeiro [MG] wrote:
> Que legal!!! Então não existiam drogados nos EUA e nem famintos na
> África antes de 1981??? Vai ver que também não existiam homossexuais
> nem hemofílicos. E eu que achava que a geração Sexo, Drogas e Rock &
> Roll era a dos 60...

com algum risco de errar, apostaria (se nao fosse proibido o jogo) U$ 3,00
contra U$ 0,10 como o Duesberg vai votar no Bushinho...

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] AIDS pega?
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 20/10/2000 12:46

-----Mensagem Original-----
De: "João Mário Miranda"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Terça-feira, 19 de Setembro de 2000 21:58
Assunto: Re: [ciencialist] AIDS pega?


> Este argumento do Galileu é válido para tudo. O argumento
> explicado é mais ou menos assim: Galileu defendeu uma teoria
> que ia contra a verdade estabelecida. Galileu estava certo.
> Logo todas as pessoas que defendem teorias que vão contra
> a verdade estabelecida estão certas. Brilhante, não?

Entendo a sua lógica e concordo com a conclusão. Não obstante, costumo dizer
que o cientista é o homem que duvida para acreditar. O cientista é o homem
que procura pela verdade. E ao procurar pela verdade, está executando a sua
missão da maneira correta. Logo, o cientista não erra. Logo, o cientista ao
defender uma teoria que vai contra a verdade estabelecida, está sempre
certo, mesmo quando sua teoria está errada. Esta é minha maneira de pensar e
é isso que procuro transmitir aos jovens cientistas, em especial os
teorizadores que são os que efetivamente sofrem a Inquisição dos Tempos
Modernos.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] AIDS pega?
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 20/10/2000 13:06

Sheila wrote:
> Super Interessante - Ano 14 . No 10 . outubro 2000

Nunca foi uma revista séria, mas agora está apelativa.

> Peter Duesberg
> Um dos maiores especialistas em vírus HIV afirma que a Aids não é
> contagiosa

Então que ele sugira testes que possam comprovar suas teorias e que se
façam os devidos experimentos para sanar as dúvidas dos dois lados.
Enquanto os dois lados dogmatizarem coisas diferentes não haverá avanço.

Desconfio que ele esteja realmente errado e que existam provas de que o
HIV realmente causa a AIDS, mas se estas provas realmente existem
aparentemente não estão sendo divulgadas para o público leigo como
deveriam.

> Você acredita que uma pessoa saudável poderia injetar o vírus em si
> mesma sem risco de ter Aids?
> Sim. Isso já acontece. De acordo com a Organização Mundial de Saúde
> 33 milhões de pessoas, atualmente, são HIV positivas, mas menos de
> dois milhões desenvolveram a doença desde que ela é conhecida.
> Portanto, há mais de 31 milhões de pessoas infectadas e completamente
> saudáveis no mundo _ entre as quais Magic Johnson.

Até onde sei sobre o John, ele foi diagnosticado com HIV, começou a se
tratar com AZT, parou por um tempo (acho que foi um mês) e depois teve
que voltar a tomar o AZT novamente pois havia piorado.

==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
==========================================================


SUBJECT: Re: [ciencialist] AIDS pega?
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 20/10/2000 13:19

On Fri, 20 Oct 2000, Alberto Mesquita Filho wrote:
> missão da maneira correta. Logo, o cientista não erra. Logo, o cientista ao
> defender uma teoria que vai contra a verdade estabelecida, está sempre
> certo, mesmo quando sua teoria está errada. Esta é minha maneira de pensar e
> é isso que procuro transmitir aos jovens cientistas, em especial os
> teorizadores que são os que efetivamente sofrem a Inquisição dos Tempos
> Modernos.

essa historia de Inquisicao dos Tempos Modernos eh uma desproporcao sem
tamanho... nao nego q. exista pressoes, censuras e coisas graves: mas
ninguem eh queimado vivo na fogueira, depois de confessar sob tortura
terriveis a heresia de suas ideias para a comunidade cientifica.

se a pessoa defende uma ideia q. vai contra o corpo de observacoes ela
estah efetivamente errando. a menos q. demonstre q. as incoerencias sao
explicadas terrenamente.

nao eh questao de ir contra a verdade estabelecida, mas contra as
observacoes... se eu digo q. todas as pedras sobem ao serem atiradas, eu
estou indo contra a verdade estabelecida da gravitacao ou contra o
conjunto de observacoes de q. as pedras caem? eu iria contra a teoria da
gravitacao se dissesse q. em alguns casos as pedras nao caem, mas nao
posso simplesmente negar o conjunto de observacoes ateh hoje acumulados de
q. as pedras caem.

qdo um idiota q. quer aparecer fala q. a aids eh uma doenca de 'veado e
pobre' estah indo contra todo um conjunto de observacoes ateh hoje
coletadas e nao contra a verdade dogmatica dos medicos e academicos... se
nao eh capaz de se compatibilizar com essas observacoes --- como a
hipotese virotica eh capaz -- eh melhor parar de falar asneiras.

o ponto crucial eh incentivar as pessoas a abandonarem o tratamento, q. em
alguns casos jah nao eh muito agradavel, por causa de uma conviccao mal
sustentada.

ele fala do ex-jogador de basquete 'magic' johnson... ele era homossexual?
ele era desnutrido? ele era drogado?

porq. no carandiru os casos de aids diminuiu entre os presos qdo deixaram
de usar cocaina injetavel e passaram a usar crack? nao continuaram
drogados? ou crack causa menos 'desequilibrio quimico'?

e por q. apenas a cocaina injetavel estah associada a casos de aids? qdo
aspirada ela deixa de ser desequilibradora?

defender q. hiv nao causa aids sem bases fatuais vigorosas nao eh ser
contra a 'inquisicao' eh ser leviano...

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] AIDS pega?
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 20/10/2000 13:40

invertendo mais uma vez a ordem das proposicoes:

On Fri, 20 Oct 2000, TARCISIO BORGES wrote:
> Desconfio que ele esteja realmente errado e que existam provas de que o
> HIV realmente causa a AIDS, mas se estas provas realmente existem
> aparentemente não estão sendo divulgadas para o público leigo como
> deveriam.

ah! aqui sim... ha' um problema grave de comunicacao de notas
relevantes... tto a comunidade cientifica como a imprensa sao incapazes de
mostrar o quadro de forma clara.

bem, todos os casos de aids estao relacionados a soropositivos -- claro,
sempre se pode desconfiar de uma correlacao sem relacao de causa-efeito.

mas demonstrou-se q. os virus hiv invadem e se reproduzem dentro das
celulas do sistema imunologico -- pode ainda ser uma correlacao
nao-causal. mas jah sao duas correlacoes independentes.

os casos de contaminacao estao relacionados sempre com contato com
secrecoes e sangue. e nesses liquidos foi detectada a presenca de hiv.

*uso de camisinha diminui o risco de contaminacao (comparando-se grupos q.
usam preservativo em suas relacoes com os q. nao usam, o numero de casos
de infeccao no primeiro grupo eh menor).

*usuarios de drogas injetaveis sao mais propensos 'a contaminacao do q. os
usuarios das mesmas drogas com outras vias de administracao.

*transfusao de sangue contaminado transmite aids.

*administracao de AZT -- droga q. combate o hiv -- em gravidas
soropositivas no periodo perinatal, diminui o risco do bebe ser infectado
pelo virus (isso se da' normalmente durante o parto e nao sei se esta'
confirmado q. possa ocorrer pela lactacao). pois bem, mesmo q. a mae
sucumba 'a doenca depois, em nao sendo o bebe soropositivo ele nao vai
desenvolver a doenca posteriormente.

quer dizer, sempre q. se diminui o risco de contato com o virus hiv, a
possibilidade de desenvolver a aids diminui... e sao casos q. nao levam
necessariamente a habitos mais saudaveis em relacao ao 'equilibrio
quimico' do corpo...

agora, claro q. qq coisa q. enfraqueca as condicoes gerais do organismo
afeta a resistencia imunologico dele e permite um desenvolvimento maior do
quadro clinico da aids. nao tem nada contra a hipotese virotica.

> Então que ele sugira testes que possam comprovar suas teorias e que se
> façam os devidos experimentos para sanar as dúvidas dos dois lados.
> Enquanto os dois lados dogmatizarem coisas diferentes não haverá avanço.

sao 100 cientistas nao? se cada um doar 1.000 dolares jah terao 100.000
verdinhas pra fazer as pesquisas -- eh uma senhora verba... em vez de
chiarem por verbas publicas para uma empreitada duvidosa, jah q. estao
convencidos de suas teses, eles poderiam fazer isso... 1.000 dolares nao
sao nenhum sacrificio para eles (eu mesmo jah tive q. desembolsar algum
dinheirinho para as minhas pesquisas)...

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] AIDS pega?
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 20/10/2000 14:15

-----Mensagem Original-----
De: "Roberto Mitsuo Takata"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Sexta-feira, 20 de Outubro de 2000 14:19
Assunto: Re: [ciencialist] AIDS pega?

> Esta é minha maneira de pensar e
> > é isso que procuro transmitir aos jovens cientistas, em especial os
> > teorizadores que são os que efetivamente sofrem a Inquisição dos Tempos
> > Modernos.
> ...mas ninguem eh queimado vivo na fogueira, depois de confessar sob
> tortura terriveis a heresia de suas ideias para a comunidade cientifica.

Galileu também não foi queimado vivo. Por outro lado, hoje nem mesmo existem
confissões sob tortura. A pior tortura, a que me refiro, é o desprezo, a
ignorância, o ostracismo. Sequer se dá uma chance ao cientista
revolucionário para que ele se redima. E pior: Sequer se dá o exemplo para
que jovens cientistas persigam o ideal revolucionário.

Em nenhum momento passou-me pela cabeça a idéia de defender palpiteiros,
crackpots e/ou encrenqueiros, tão na mira dos acadêmicos que refugiam-se na
falsa filosofia de Thomas Khun unicamente com a finalidade de justificar
suas incompetências em produzir argumentos contrários a idéias obtusas. Não,
refiro-me aos verdadeiros cientistas, aqueles propõem teorias, não meras
hipóteses como aquela apresentada nesta thread, e para serem discutidas,
testadas, falseadas, derrubadas... E estes cientistas, como se referiu
Planck, estão ao sabor do tempo, à espera de que a geração dos "donos atuais
da ciência" se extinga para que suas teorias possam efetivamente passar por
um julgamento a ser tolerado pelos "novos donos da ciência".

Até quando um cientista precisará se empregar num departamento de patentes
para daí conseguir revolucionar a ciência moderna (Einstein)? Até quando a
ciência dependerá do fechamento das universidades (peste negra) para que
possam surgir novas idéias (Newton)? Até quando a universidade moderna
continuará bloqueando a criatividade inerente aos jovens cientistas? Até
quando a universidade brasileira estará nas mãos de incompetentes,
verdadeiros papagaios cultos, a valorizarem exclusivamente`idéias
estrangeiras?

Quanto ao mais, se o hiv causa ou não a aids, e como não sou especialista no
assunto, isto soa-me como tão relevante quanto decidir, dentre a
Superinteressante e a Planeta, qual das duas revistas é a mais confiável
cientificamente.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: AIDS pega?
FROM: "Ronaldo Cordeiro [MG]" <rcordeiro@writeme.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 20/10/2000 15:18

--- In ciencialist@egroups.com, "Alberto Mesquita Filho"
<albmesq@u...> wrote:

> > Esta é minha maneira de pensar e
> > > é isso que procuro transmitir aos jovens cientistas, em especial
os
> > > teorizadores que são os que efetivamente sofrem a Inquisição dos
Tempos
> > > Modernos.

Certamente você está sendo muito condescendente com o Duesberg. Não se
trata de nenhuma teoria revolucionária baseada numa análise
alternativa dos mesmos fatos que outros cientistas analisam de forma
diferente. Para que se dê algum crédito às teorias dele, é preciso
sim ignorar sistematicamente as estatísticas, os resultados
experimentais e até a lógica mais elementar. Não se pode fazer ciência
e ao mesmo tempo rejeitar os pilares sobre os quais ela se apóia.

> Quanto ao mais, se o hiv causa ou não a aids, e como não sou
especialista no
> assunto, isto soa-me como tão relevante quanto decidir, dentre a
> Superinteressante e a Planeta, qual das duas revistas é a mais
confiável
> cientificamente.

Neste caso, o que está em questão não é alguma teoria sobre a origem
do universo ou sobre a estrutura da matéria, e sim algo que pode levar
pessoas a contraírem uma doença fatal, contaminar outras, ou abandonar
um tratamento eficiente. Se isso não o sensibiliza, lembre-se que o
Brasil é um dos países elogiados pela ONU por fornecerem o tratamento
gratuito às vítimas da doença, e portanto sai do seu bolso também.

[]s
Ronaldo



SUBJECT: Re: [ciencialist] Spams (administrativa)
FROM: "Claudio Abreu Bidual" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 20/10/2000 18:58

Prezado Agatipo Ribeiro,

Lamento profundamente o que ocorreu com o Sapiciencia. Afinal, trata-se de uma grande iniciativa sua.

Será que você não cometeu algum engano, dando um comando errado que excluiu a lista. Lembro-me que, se não me engano, na rotina de Configurações existe uma alternativa para excluir a lista. Se tal descuido seu não ocorreu, devemos todos ficar com o pé atras com relação ao eGroups. Eu particularmente, que tenho um site da TGBD por lá, onde tenho guardado diversos arquivos.

Só resta lembrar da música: levanta, socode a poeira e dá a volta por cima...

Um grande abraço.


----- Original Message -----
From: Agapito Ribeiro Júnior
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Friday, October 20, 2000 6:17 AM
Subject: Re: [ciencialist] Spams (administrativa)


Mestre Mesquita

Muito obrigado por ter verificado para mim o que aconteceu. Fico com vergonha das dez pessoas que participavam de meu informativo, dentre as quais o Sr, Cláudio, Manuel Bulcão. Lembro-me até hoje do incentivo do Cláudio. Ei estava programando de transformar os arquivos do Cláudio e do Bulcão em livros auto-executáveis, mas... fazer o que?

No entanto, não desisti. Estou organizando uma página webcomunities, da msn, com mais ou menos a mesma característica do informativo, mas com outros propósitos. Com o tempo a divulgarei mais.

Fraternalmente

Agapito Ribeiro Júnior

agapito@alphanet.ne.jp

"Nenhuma virtude que tenha suas raízes no medo é digna de ser muito admirada"

Bertrand Russell

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SUBJECT: En: [ciencialist] AIDS pega?
FROM: "Sheila" <hcaprini@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 20/10/2000 19:24


-----Mensagem original-----
De: TARCISIO BORGES

>Nunca foi uma revista séria, mas agora está apelativa.

Vejo como algo mto sério. Penso que a Super Interessante foi incosequente na
forma de apresentação da hipótese.

>Até onde sei sobre o John, ele foi diagnosticado com HIV, começou a se
tratar com AZT, parou por um tempo (acho que foi um mês) e depois teve
que voltar a tomar o AZT novamente pois havia piorado.


No que sei, está sendo administrado não mais somente o AZT (por ele causar
mais danos do que benefícioucro ao organismo), e sim um coquetel de drogas
que inclui o AZT.

Podem até serem considerados casos isolados, mas três crianças soropositivas
que me são próximas, tomam esses coquetéis de drogas há 14 anos e não
apresentaram qualquer problema de saúde até hoje.

[]'s

Sheila.



SUBJECT: Re: En: [ciencialist] AIDS pega?
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 20/10/2000 21:29

On Fri, 20 Oct 2000, Sheila wrote:
> No que sei, está sendo administrado não mais somente o AZT (por ele causar
> mais danos do que benefícioucro ao organismo), e sim um coquetel de drogas
> que inclui o AZT.

a ultima noticia q. consegui recuperar no arquivo do estadao em q. faz
referencia ao tratamento a q. magic johnson esteve se submetendo pode ser
lido aqui:

http://www.estado.com.br/jornal/97/04/23/news060.html

(a noticia eh de 97, ele descobriu-se portador em 91 e logo depois jah
comecara a tomar o AZT)

outra pagina relacionada:

http://hivinsite.ucsf.edu/prevention/ask/2098.3e70.html

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Spams (administrativa)
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 20/10/2000 21:48

Prezado Agatipo Ribeiro,

Pequena errata, com pedidos de desculpas pela nossa falha:
Onde se lê: Sapiciencia; leia-se Sapiencia

Repito a pergunta:
Será que você não cometeu algum engano, dando um comando errado que excluiu a lista?

Um grande abraço.

Claudio Abreu


----- Original Message -----
From: Agapito Ribeiro Júnior
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Friday, October 20, 2000 6:17 AM
Subject: Re: [ciencialist] Spams (administrativa)



----- Original Message -----
From: Claudio Abreu Bidual
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Friday, October 20, 2000 7:58 PM
Subject: Re: [ciencialist] Spams (administrativa)


Prezado Agatipo Ribeiro,

Lamento profundamente o que ocorreu com o Sapiciencia. Afinal, trata-se de uma grande iniciativa sua.

Será que você não cometeu algum engano, dando um comando errado que excluiu a lista. Lembro-me que, se não me engano, na rotina de Configurações existe uma alternativa para excluir a lista. Se tal descuido seu não ocorreu, devemos todos ficar com o pé atras com relação ao eGroups. Eu particularmente, que tenho um site da TGBD por lá, onde tenho guardado diversos arquivos.

Só resta lembrar da música: levanta, socode a poeira e dá a volta por cima...

Um grande abraço.


----- Original Message -----
From: Agapito Ribeiro Júnior
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Friday, October 20, 2000 6:17 AM
Subject: Re: [ciencialist] Spams (administrativa)


Mestre Mesquita

Muito obrigado por ter verificado para mim o que aconteceu. Fico com vergonha das dez pessoas que participavam de meu informativo, dentre as quais o Sr, Cláudio, Manuel Bulcão. Lembro-me até hoje do incentivo do Cláudio. Ei estava programando de transformar os arquivos do Cláudio e do Bulcão em livros auto-executáveis, mas... fazer o que?

No entanto, não desisti. Estou organizando uma página webcomunities, da msn, com mais ou menos a mesma característica do informativo, mas com outros propósitos. Com o tempo a divulgarei mais.

Fraternalmente

Agapito Ribeiro Júnior

agapito@alphanet.ne.jp

"Nenhuma virtude que tenha suas raízes no medo é digna de ser muito admirada"

Bertrand Russell

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SUBJECT: Re: [ciencialist] cenarios evolutivos e telepatia
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 20/10/2000 21:57

[snikt]
> Os peixes assim como as focas tem carga eletrica total nula, e portanto
> o campo eletrico eh zero. O tubarao nao percebe cargas eletricas e sim
> campos eletromagneticos. A abordagem teria que ser feita com ondas
> eletromagneticas. O tubarao tem sensores para estas ondas aasim como
> um radio. Claro q uma onda eletromagnetica carrega em campo eletrico
> e um campo magnetico oscilante e eh a potencia deste sinal juntamente
> com a sensibilidade do orgao receptor que devera interessar.
>

Não necessariamente um objeto extenso com carga total nula tem campo
elétrico zero. Imagine por exemplo um bastão de borracha onde você retira
elétrons de uma extremidade e adiciona à outra, criando uma carga positiva
em uma ponta e uma negativa na outra. Um bastão assim *gera* um campo
elétrico, muito semelhante em desenho ao campo magnético de um ímã; é o que
se chama de "dipolo elétrico". (Não sei se peixes elétricos fazem isso, só
quero ressaltar que seria perfeitamente possível, do ponto de vista físico,
um organismo que apresentasse campo elétrico sem apresentar emissão de ondas
de rádio ou microondas.)

[snikt]
Dr. Omni
ICQ# 53853815

----------------------------
Não precisa ir tão longe nessa contrapartida, basta citar uma simples pilha
de lanterna: sua carga elétrica total é zero e é um componente polarizado
eletricamente (dipolo elétrico). Basta colocar uma pilha numa solução iônica
e testar o campo elétrico ao seu redor com um galvanômetro sensível. Pelo
que li a respeito da enguia elétrica, o seu comportamento é equivalente ao
de uma célula voltaica. Se as cargas separadas entre a cabeça e a cauda
permanecessem constante o campo elétrico ao seu redor seria constante mas,
ela não faz isso, altera ao sabor de suas necessidades as quantidades de
cargas separadas e com isso mantém um campo elétrico variável no tempo. São
as alterações desse campo que transmitem as informações.
Como vcs podem notar sou o maior especialista no assunto, assim sendo,
desconsiderem o dito :-))
[]'
Léo
----------------------------



SUBJECT: Re: [ciencialist] Spams (administrativa)
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 20/10/2000 22:03

Prezado Leo,

Não sei dizer... Mas é uma boa idéia.

Um abraço,

Claudio
----- Original Message -----
From: Luiz Ferraz Netto
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Friday, October 20, 2000 11:06 PM
Subject: Re: [ciencialist] Spams (administrativa)



Só resta lembrar da música: "levanta, socode a poeira e dá a volta por
cima..."

Um grande abraço.

---------------
Do biólogo Paulo Vanzolin(?) ?
[]'
Léo
---------------




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SUBJECT: Re: [ciencialist] cenarios evolutivos e telepatia
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 20/10/2000 22:04

> vale lembrar tbm q. os peixes-eletricos q. usam variacoes nos campos
> eletricos para comunicacao (nao precisamos nem juntar um tubarao com uma
> raia-torpedo, a natureza jah produziu a eletro-comunicacao -- se formos
> chamar isso de telepatia, ela jah existe...) usam uma potencia,
> naturalmente, bem mais baixa do q. as geradas pelos peixes q. usam os
> campos eletricos para caca... naturalmente tbm, o alcance eh limitado a
> alguns metros, em comparacao com os quilometros alcancados pelo ultra-som
> das baleias (e, nao sei se eh verdade, dos elefantes).
>

No caso dos elefantes, o que eles usam é o *infra*-som - ondas sonoras de
freqüência muito baixa. Só ouvimos os "agudos" da voz deles...

[snikt]
> []s,
------------------------
A energia transmitida mediante um som (uma onda, em geral) é proporcional ao
quadrado da freqüência. Nos infra-sons a freqüência é extremamente baixa
(abaixo dos 20 Hz) e a energia associada é pequena. Para transmitir uma
informação à distância usando tal técnica, a fonte deve ser estupidamente
potente.
É algo equivalente às ondas de rádio AM em baixa freqüência ... os
transmissores devem ser cavalarmente potentes. Em ondas curtas e microondas,
cuja freqüência é especialmente alta, a potência pode ser pequena e o
alcance será enorme.
Em suma, com infra-sons, os elefantes só conseguiriam conversar, aos gritos
inaudíveis para nós, com sua companheira bem ao seu lado!
[]'
Léo
-------------------------




SUBJECT: Re: [ciencialist] Spams (administrativa)
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 20/10/2000 22:06


Só resta lembrar da música: "levanta, socode a poeira e dá a volta por
cima..."

Um grande abraço.

---------------
Do biólogo Paulo Vanzolin(?) ?
[]'
Léo
---------------





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: AIDS pega?
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 20/10/2000 22:21

-----Mensagem Original-----
De: "Ronaldo Cordeiro [MG]"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Sexta-feira, 20 de Outubro de 2000 16:18
Assunto: [ciencialist] Re: AIDS pega?

> Certamente você está sendo muito condescendente com o Duesberg. Não se
> trata de nenhuma teoria revolucionária baseada numa análise
> alternativa dos mesmos fatos que outros cientistas analisam de forma
> diferente. Para que se dê algum crédito às teorias dele, é preciso
> sim ignorar sistematicamente as estatísticas, os resultados
> experimentais e até a lógica mais elementar. Não se pode fazer ciência
> e ao mesmo tempo rejeitar os pilares sobre os quais ela se apóia.

Se isto é verdade, não vejo condescendência nenhuma. Simplesmente ele não se
encaixa na temática que expus, ainda que, e por acaso, minha msg tenha sido
postada numa thread talvez relacionada a suas idéias. Por outro lado, se o
Duesberg representa o anticientista, e não sou eu quem afirma isto, isto não
significa que os acadêmicos que estão por aí sejam melhores do que ele.

> > Quanto ao mais, se o hiv causa ou não a aids, e como não sou
> > especialista no assunto, isto soa-me como tão relevante quanto decidir,
> > dentre a Superinteressante e a Planeta, qual das duas revistas é a mais
> > confiável cientificamente.
> Neste caso, o que está em questão não é alguma teoria sobre a origem
> do universo ou sobre a estrutura da matéria, e sim algo que pode levar
> pessoas a contraírem uma doença fatal, contaminar outras, ou abandonar
> um tratamento eficiente. Se isso não o sensibiliza, lembre-se que o
> Brasil é um dos países elogiados pela ONU por fornecerem o tratamento
> gratuito às vítimas da doença, e portanto sai do seu bolso também.

Parece-me que você está confundindo postura científica com postura política.
Fui bem claro no meu posicionamento ao dizer "como não sou especialista no
assunto". Isto não significa que não possa palpitar e até mesmo cobrar uma
posição do governo e/ou solicitar a opinião dos demais elementos da
ciencialist a respeito. Não obstante, não confundo alhos com bugalhos e
jamais irei dizer que um cientista está errado porque suas idéias não
satisfazem minhas vaidades pessoais. Deixo este julgamento para os que
realmente entendem do assunto e, se necessário for, levantarei uma bandeira
ao lado destes especialistas. Sua sensibilização lembra-me a
"conscientização acadêmica" dos anos 60 ou 70 e que já deveria estar
totalmente superada, ainda que as universidades ainda estejam abarrotadas de
palpiteiros metidos a cientistas. O que eu exijo, sim, é que, do ponto de
vista acadêmico-científico, cada um assuma a responsabilidade por aquilo que
entende, o que normalmente não é feito, e que parem de posar de entendidos
naquilo que não entendem. Do contrário, como vamos criticar os generais por
ditarem normas de conduta para o aproveitamento energético, sem darem
ouvidos aos especialistas no assunto (o que aconteceu em passado recente,
vide história das usinas de Angra dos Reis e outras), se adotamos conduta
semelhante?

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Ceticismo e Psicanalise
FROM: "Manuel Bulcao" <msbn@daterranet.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 20/10/2000 23:54

Olá, lista

Alberto Mesquita escreveu: "Pelo visto, muitos "cientistas" amputaram
partes essenciais da ciência, relacionadas ao que Lao Tse taxou
como
"utilidade", ficando apenas com a "posse". São os chamados
positivistas ou neo-positivistas, mas como não estou aqui para
rotular ninguém, diria que seus censores são cientistas pela
metade e
que, apesar de tudo, alguns conseguem produzir novos conhecimentos
científicos. Como tudo o que fazem é pela metade, também
leram Popper
pela metade (obviamente, aquela que lhes interessava). Outros, postam-
se como papagaios cultos, a repetir o que dizem seus "mestres". E
terceiros nada mais são do que os "donos da ciência", e
sentem-se no
direito de censurar seus colegas."

Manuel: A atitude irrefletidamente hostil do FCB com relação à
psicanálise me fez lembrar algumas passagens do livro "O Quark e o
Jaguar", de Murray Gell-Mann. Murray, que aliás é membro da
organização cética CSICOP (Comitê para a Investigação
Científica das
Alegações dos Paranormais), escreveu em seu livro que "a
psicanálise
é freqüentemente criticada por não ser falsificável, e me
INCLINO a
concordar." Não obstante isso, acredita ele que "há
provavelmente uma
dose considerável de verdade no conjunto de crenças
desenvolvido
pelos psicanalistas", tanto que, nos anos 60, quis ele isolar um
subconjunto das idéias da psicanálise que eram falsificáveis
e tentar
descobrir maneiras de testá-las. Mais tarde, suas tentativas
serviram
de "contribuição indireta a um esforço renovado com o objetivo
de
incorporar à ciência certas idéias sobre processos mentais
conscientes e inconscientes, e seus efeitos sobre os padrões de
comportamento." E acrescenta: "Este esforço está dando alguns
resultados encorajadores." (Murray Gell-Mann; O Quark e o Jaguar; Ed.
Rocco; pp. 94/95)

Cito aqui o físico Murray Gell-Mann porque sua atitude frente à
psicanálise ilustra bem o ceticismo científico sadio, que
não se vale
a torto e a direito de afirmações peremptórias acerca da
pseudocienficidade de determinados conjuntos de idéias para em
seguida, inquisitorialmente, relegar tudo ao lixo. Murray é
cético,
mas não é um bitolado. Ele sabe que, ao se jogar fora a água
suja de
uma bacia com um bebê dentro, deve-se antes reter nos braços o
bebê.

Quanto à irrefutabilidade da psicanálise, é preciso que se
saiba o
seguinte:

a) um diagnóstico psicanalítico é sempre falseável, e
sobre esta
falseabilidade o próprio Freud escreveu, em seu artigo sobre a
psicanálise "selvagem", que "às vezes nós adivinhamos
erradamente e
nunca estamos em posição de descobrir tudo". E no seu estudo
clínico
sobre "O Homem dos Lobos", ele afirma que "estamos acostumados a
rastrear o interesse por dinheiro, na medida em que é libidinoso e
irracional na sua natureza, no prazer fecal." [Entretanto]
"presumimos que as pessoas normais mantenham as suas relações com
o
dinheiro totalmente livres de influências libidinais, e que as
regulem de acordo com considerações realistas." Significa dizer
que,
"in casu", o diagnóstico "erotismo anal" é sempre refutável.

b) O que é irrefutável na psicanálise não é tanto a
própria
psicanálise, mas alguns psicanalistas ignorantes ou excessivamente
vaidosos que, lançando mão abusivamente de alguns mecanismos de
defesa do ego, como a "formação reativa" e sobretudo a
"denegação",
transformam o modelo psicanalítico num verdadeiro Leito de
Procusto,
interpretando ao seu bel-prazer os sintomas do paciente. Ora, às
vezes um negação é uma simples negação, e não o
reconhecimento
negativo de uma pulsão inconsciente, assim como a homofobia
(ódio aos
gays) de um paciente pode não ser uma reação à uma forte
tendência
homossexual, mas apenas, por exemplo, a generalização de um
sentimento negativo por alguém, por acaso um gay, que lhe causou
um
mal concreto. Deve-se no entanto admitir que mesmo Freud, intoxicado
por um excesso de autoconfiança, procedeu desta forma
irresponsável
em várias ocasiões. Mas erro pior que o de Freud é o do
cético que,
valendo-se da falácia "argumentum ad hominem", tenta invalidar
todo o
constructo psicanalítico. De resto, erros crassos, intencionais
ou
não, decorrentes de vícios morais muito mais sérios
verificam-se
também, e com bastante freqüência, entre os rigorosíssimos
cientistas
da natureza (por exemplo, o caso Piltdown). Murray Gell-Mann, em seu
livro já citado, escreve a este respeito o seguinte: "Mas, apesar
de
tudo, os praticantes da ciência são seres humanos. Eles não
são
imunes às influências normais do egoísmo, interesse
econômico
próprio, modismo, veleidades e preguiça. Um cientista pode
tentar
roubar créditos de financiamento iniciando conscientemente um
projeto
inútil, só pelos ganhos, ou considerar uma idéia
convencional como
estabelecida, em vez de procurar uma explicação melhor. De tempos
em
tempos, alguns cientistas chegam mesmo a camuflar seus resultados,
quebrando um dos tabus mais sérios de sua profissão." (pág.
96)

c) Ao meu ver, um dos equívocos da psicanálise (ou da grande
maioria
dos psicanalistas) é a sua pretensão de explicar todo e
qualquer
distúrbio mental por meio dos seus conceitos. Ora, não são
poucas as
psicopatologias – desconfio que o grosso das psicoses -- em que o
fator orgânico (neurofisiológico, endocrinológico, etc.)
são
amplamente determinantes, quando não exclusivos. Às vezes, e
até
mesmo numa simples neurose (na obsessivo-compulsiva, a pior de todas
elas), os neurotransmissores não figuram apenas como mediadores,
mas
como a principal causa da doença. Ou seja, alguns transtornos
podem
muito bem decorrer de uma escassez organogênica, com freqüência
genético-constitucional, de dopamina, serotonina, etc. Mas neste
mesmo erro (o reducionismo) incorre também a psicologia que os
céticos de carteirinha encaram como a verdadeiramente
"científica".
Esta, ao contrário da primeira, reduz todas as doenças a meras
disfunções orgânicas, buscam explicar o comportamento humano
unicamente com base na neurofisiologia e na endocrinologia, como se
não valesse a pena estudar a psicologia humana no seu próprio
nível.
Esses "psicólogos" não entendem que o comportamento humano
obedece a
várias LÓGICAS mutuamente determinantes: uma
neurofisio-LÓGICA, uma
endocrino-LÓGICA, uma psico-LÓGICA, uma sócio-LÓGICA, etc.

d) Quanto à suposta irrefutabilidade dos princípios gerais da
psicanálise (como, por exemplo, a influência de processos
mentais
externos à consciência no comportamento humano, o
"inconsciente"),
inclino-me a considerá-los não como enunciados irrefutáveis,
mas como
idéias solidamente assentadas num vasto material clínico.
Afinal,
qual ciência não tem princípios "firmes" sobejamente
confirmados pela
experiência? -- Assim como os físicos inferem a existência
de pares
de partículas "virtuais" (os quais não podem ser diretamente
observados) pelos seus efeitos calculáveis sobre os níveis de
energia
dos átomos, do mesmo modo o psicanalista infere a existência de
um
inconsciente -- ou melhor, processos mentais inconscientes – de
alguns resultados do comportamento humano, principalmente daqueles
resultados que "contradizem" REITERADAMENTE as intenções
conscientes
do paciente. Mas tais assuntos (o inconsciente, o Édipo-complexo,
etc.) são por demais complexos. Oportunamente comentarei sobre
isso.

Abraços,
Manuel Bulcão




SUBJECT: Re: [ciencialist] Ceticismo e Psicanalise
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 21/10/2000 12:36

On Sat, 21 Oct 2000, Manuel Bulcao wrote:
> várias LÓGICAS mutuamente determinantes: uma
> neurofisio-LÓGICA, uma
> endocrino-LÓGICA, uma psico-LÓGICA, uma sócio-LÓGICA, etc.

sem entrar no merito da discussao -- nao entendo bolhufas de psicologia
pra opinar embasadamente -- o periodo acima eh um belo jogo de palavras,
mas nao devemos pensar nisso como uma argumentacao.

a terminacao "-logica" das palavras arroladas nao estao diretamente
ligadas 'a expressao "logica".

"-logica" eh a terminacao adjetiva de "-logia" -- o q. significa 'o q. se
refere a um estudo especifico (em geral referido pelo radical anteposto)'
-- considerando-se as palavras citadas (jah q. a terminacao "-logia" pode
assumir alguns significados sensivelmente distintos).

jah a expressao "logica", embora tbm possa assumir alguns significados
distintos, no periodo certamente tem a conotacao de 'referente 'a porcao
da filosofia/matematica q. estuda os principios de argumentacao e
inferencia'.

tem um efeito estilistico interessante, mas, como dito, nao serve como
argumentacao, jah q. significaria algo como: 'o comportamento humano eh
regido por diferentes sistemas de pensamento...', qdo na verdade o
comportamento humano e' influenciado por diferentes fatores - quais sejam,
os estudados pela Neurofisiologia, Endocrinologia, Psicologia, Sociologia,
etc...

(a "logica" por tras da Neurofisiologia, Psicologia, Sociologia, etc... eh
uma so' -- ou ao menos deveria ser.)

sei q. nao eh o seu caso, porem devemos ter em mente q. o estilo e a
oratoria devem estar subordinados 'a argumentacao e nao o contrario -- jah
q. neste caso estaremos simplesmente 'embromando'...

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] bacteria imortal?
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 21/10/2000 14:36

On Tue, 10 Oct 2000, Rodrigo Frizzo Viecilli wrote:
> Não esqueçam que o oxigenio do ar surgiu como produto do oxigênio dissolvido
> em água, produzido inicialmente pelas algas unicelulares (há uma descriçao

na verdade nao o oxigenio dissolvido na agua -- q. era muito pouco, se eh
q. o havia -- mas o oxigenio da propria molecula de agua, q. eh quebrada
durante o processo, sendo o hidrogenio incorporado em compostos organicos
pela reducao de moleculas de CO2.

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] bacteria imortal?
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 21/10/2000 14:44

On Tue, 10 Oct 2000, Rodrigo Frizzo Viecilli wrote:
> em água, produzido inicialmente pelas algas unicelulares (há uma descriçao

e tbm nao deve ter sido pelas algas unicelulares, mas por bacterias
fotossintetizantes... as algas como os demais eucariotos aparentemente soh
surgiram ha' cerca de 1,5 bilhao de anos atras, e o nivel de oxigenio da
atmosfera deve jah ter comecado a subir (depois de oxidar a maioria dos
compostos presentes na crosta da terra -- especialmente os depositos de
ferro) cerca de 3 bilhoes de anos atras (embora os niveis atuais soh devem
ter sido alcancados cerca de 400 milhoes de anos atras).

(antigamente ateh se classificava as bacterias fotossintetizantes como
algas, chamando-as de algas azuis ou cianoficias, mas sao bacterias e nao
algas...)

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] bacteria imortal?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 21/10/2000 17:14

Rodrigo escreve:
Não esqueçam que o oxigenio do ar surgiu como produto do oxigênio dissolvido
em água, produzido inicialmente pelas algas unicelulares (há uma descriçao
desse processo no livro "Poeira Vital"). O fator principal para a existencia
de vida é a água, razão pela qual os cientistas sempre se interessam pela
presença desta substância em outros planetas.

Léo: E de onde veio esse oxigênio que encontra-se dissolvido na água? Além
de ser muito pouco em confronto com o existente no ar atmosférico será que
foi realmente sub-produto dessas algas? Como as algas quebraram a molécula
de água? Temperatura? Martelinho atômico? Reação química? Se todo O2 e H2
vieram da água inicial em nosso planeta ... vou começar a acreditar no
dilúvio e no barquinho de Noé.
A busca pela presença da água em outros planetas advém do fato, dela em si e
da possibilidade de, por eletrólise, obter o oxigênio puro. Quem tem água e
energia elétrica tem O2. Quem tem ar ... e muita energia elétrica também tem
água!
Naquela 'sopa primordial' deveria haver tanto água como ar ...(?); tem algum
lugar que diz isso, além desse especialista em biologia que lhes fala? :-))
[]'
Léo




SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] bacteria imortal?
FROM: Rodrigo Frizzo Viecilli <philox@zaz.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 21/10/2000 17:26

Vc tem razao, eu me referia às algas cianoficeas agora pertencentes ao monera,
sendo consideradas bacterias.

Rodrigp

Roberto Mitsuo Takata wrote:

> On Tue, 10 Oct 2000, Rodrigo Frizzo Viecilli wrote:
> > em água, produzido inicialmente pelas algas unicelulares (há uma descriçao
>
> e tbm nao deve ter sido pelas algas unicelulares, mas por bacterias
> fotossintetizantes... as algas como os demais eucariotos aparentemente soh
> surgiram ha' cerca de 1,5 bilhao de anos atras, e o nivel de oxigenio da
> atmosfera deve jah ter comecado a subir (depois de oxidar a maioria dos
> compostos presentes na crosta da terra -- especialmente os depositos de
> ferro) cerca de 3 bilhoes de anos atras (embora os niveis atuais soh devem
> ter sido alcancados cerca de 400 milhoes de anos atras).
>
> (antigamente ateh se classificava as bacterias fotossintetizantes como
> algas, chamando-as de algas azuis ou cianoficias, mas sao bacterias e nao
> algas...)
>
> []s,
>
> roberto takata
>
>
> *** --- ***
> Para sair da lista envie um mail para:
> ciencialist-unsubscribe@egroups.com
> *** --- ***



SUBJECT: Re: [ciencialist] bacteria imortal?
FROM: Rodrigo Frizzo Viecilli <philox@zaz.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 21/10/2000 17:28

A resposta ao seu email está no ultimo enviado pelo takata. A eletrolise obtida
pela grande quantidade de raios na epoca nao era suficiente para termos tanto O2
na atmosfera.

Fotossintese. (:

Rodrigo

Luiz Ferraz Netto wrote:

> Rodrigo escreve:
> Não esqueçam que o oxigenio do ar surgiu como produto do oxigênio dissolvido
> em água, produzido inicialmente pelas algas unicelulares (há uma descriçao
> desse processo no livro "Poeira Vital"). O fator principal para a existencia
> de vida é a água, razão pela qual os cientistas sempre se interessam pela
> presença desta substância em outros planetas.
>
> Léo: E de onde veio esse oxigênio que encontra-se dissolvido na água? Além
> de ser muito pouco em confronto com o existente no ar atmosférico será que
> foi realmente sub-produto dessas algas? Como as algas quebraram a molécula
> de água? Temperatura? Martelinho atômico? Reação química? Se todo O2 e H2
> vieram da água inicial em nosso planeta ... vou começar a acreditar no
> dilúvio e no barquinho de Noé.
> A busca pela presença da água em outros planetas advém do fato, dela em si e
> da possibilidade de, por eletrólise, obter o oxigênio puro. Quem tem água e
> energia elétrica tem O2. Quem tem ar ... e muita energia elétrica também tem
> água!
> Naquela 'sopa primordial' deveria haver tanto água como ar ...(?); tem algum
> lugar que diz isso, além desse especialista em biologia que lhes fala? :-))
> []'
> Léo
>
>
> *** --- ***
> Para sair da lista envie um mail para:
> ciencialist-unsubscribe@egroups.com
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SUBJECT: Re: [ciencialist] bacteria imortal?
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 21/10/2000 17:54

On Sat, 21 Oct 2000, Luiz Ferraz Netto wrote:
> foi realmente sub-produto dessas algas? Como as algas quebraram a molécula
> de água? Temperatura? Martelinho atômico? Reação química? Se todo O2 e H2
> vieram da água inicial em nosso planeta ... vou começar a acreditar no
> dilúvio e no barquinho de Noé.

eh um fenomeno conhecido como fotolise... o processo de fotossintese
envolve a quebra de moleculas de agua pela luz (com participacao de
estruturas especiais).

a eletrolise nao pode ser um meio eficiente para a producao de O2 em
condicoes naturais. a tendencia eh q. o O2 e o H2 reajam para formar agua.
faca o seguinte experimento (cuidado com explosoes), realize o
experimento de eletrolise recolhendo no mesmo compartimento o O2 e o H2
resultante...

poderia se argumentar q. o H2 escaparia para o espaco deixando apenas o
O2, mas se a tempestade eletrica fosse tao intensa a ponto de causar uma
eletrolise substancial da agua, causaria uma rapida combinacao do O2 com o
H2 q. fossem para a atmosfera.

de qq forma, o fato do aumento do nivel de O2 soh ter se dado com o
surgimento de organismos fotossintetizantes eh bastante sugestivo.
formacoes q. mostram faixas de ferro oxidado sao de idade bastante
proximas 'as rochas q. apresentam vestigios de seres com morfologia de
organismo fotossintetizante.

ateh hoje os niveis de O2 sao mantidos pela acao biologica. se a vida
fosse extinta na terra, rapidamente os compostos organicos resultantes
seriam oxidados e o nivel de O2 baixaria drasticamente.

> Naquela 'sopa primordial' deveria haver tanto água como ar ...(?); tem algum
> lugar que diz isso, além desse especialista em biologia que lhes fala? :-))

o 'ar' daquela epoca era seguramente completamente diferente do ar de
hoje. a atmosfera primitiva deveria ser rica em compostos redutores, os
modelos de formacao dos planetas apontam para isso.

se houvesse um 'ar' oxidativo como o atual nao haveria condicoes para a
formacao de vida (pelo menos nao da forma como a conhecemos) -- os
compostos de carbono seriam rapidamente oxidados e restaria apenas CO2.

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] bacteria imortal?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 21/10/2000 19:03


Takata escreve:
>>eh um fenomeno conhecido como fotolise... o processo de fotossintese
envolve a quebra de moleculas de agua pela luz (com participacao de
estruturas especiais).

a eletrolise nao pode ser um meio eficiente para a producao de O2 em
condicoes naturais. a tendencia eh q. o O2 e o H2 reajam para formar agua.
faca o seguinte experimento (cuidado com explosoes), realize o
experimento de eletrolise recolhendo no mesmo compartimento o O2 e o H2
resultante...<<

Tenho esse experimento on-line em:
http://www.feiradeciencias.com.br/sala21/foguete.htm

A idéia básica é fazer a eletrólise da água (método de análise),
decompondo-a em oxigênio e hidrogênio, em seguida junta-los num mesmo
recipiente (corpo da seringa) e voltar a 'queimar' o hidrogênio com o
oxigênio mediante uma faísca elétrica (método de síntese). Do processo
resulta um pequeno ganho, muito pequeno, que pode ser observado comparando a
entalpia de dissociação da água com a entalpia de formação da água.

Os raios, na thread em questão, poderiam realmente participar dessa síntese
da água. Não sei quantificar a escala do processo.

[]'
Léo







SUBJECT: Re: Ceticismo e Psicanalise
FROM: "Manuel Bulcao" <msbn@daterranet.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 22/10/2000 05:26

Olá, Takata

Quando um economista se refere à "lógica" do capital, ou quando
alguém diz que determinados acontecimentos não estão a
obedecer uma
seqüência "lógica", em ambos os casos a palavra "lógica"
está a
denotar "coerência", "regularidade", "racionalidade". Lembre-se
que a
expressão grega "logos" tem vários significados. O
Dicionário Oxford
de Filosofia enumera as seguintes: "asserção, PRINCÍPIO, LEI,
RAZÃO,
proporção." (Ed. Zahar, pág. 232). Na acepção de lei,
"logos" é
sinônimo de "nomo". Sendo assim, os termos "psicologia" (psic[o]-
+ -
log[o]- + -ia) e "astronomia" (astro- + -nom[o]- + -ia) significam o
estudo ("ciência" é um dentre os muitos significados do sufixo
-ia)
das leis (logos ou nomo) da alma (psyché) ou dos astros,
respectivamente.

Pois bem, no meu texto ao qual você se reporta usei o termo
"lógica"
no seu sentido figurativo, lógica = conjunto de leis,
racionalidade.

O que eu quis dizer é que o corpo, a mente e a sociedade são
instância relativamente -- frise-se, "relativamente" --
autônomas (do
grego, autós: de si mesmo; nómos: regra, lei), e que o
comportamento
humano é a expressão fenomênica, ou melhor, a resultante da
correlação (e mútua determinação) dessas três
instâncias.

Quis dizer também que o todo não é igual à soma das
partes. A este
respeito, o padre e paleantropólogo Teilhard de Chardin (aquele
mesmo
que esteve envolvido no maior escândalo científico de todas as
épocas, o caso Piltdown) disse o seguinte: "…A cada grau
ulterior de
combinação, `algo' de irredutível aos elementos
isolados emerge (…)
numa ordem nova."

Ao afirmar que, "na verdade o comportamento humano e' influenciado
por diferentes fatores - quais sejam, os estudados pela
Neurofisiologia, Endocrinologia, Psicologia, Sociologia,etc... ",
você demonstrou ter compreendido, "grosso modo", o que eu quis
dizer.
No entanto, se você me compreendeu, isso não decorreu de nenhum
excesso de inteligência ou perspicácia da sua parte (embora,
reconheço, o amigo é monstruosamente inteligente e preparado),
mas
porque, repetindo a sua expressão, o meu "belo jogo de palavras"
foi
bastante esclarecedor. No caso, a oratória e o estilo serviu à
argumentação.

Amigo Takata, as palavras servem para três coisas: para comunicar
um
conhecimento, para escondê-lo ou para camuflar a ignorância.
Quanto a
mim, sempre me esforçei no sentido da transparência, e nunca
deixo de
reconhecer publicamente meus equívocos. E se, às vezes,
lanço mão de
metáforas ou analogias, minha intenção (acredite!) é
esclarecer, e
não obscurecer. Não precisa me dizer que "o estilo e a
oratória devem
estar subordinados à argumentação e não o contrário",
pois jamais
deixo de observar esta regra. O meu "belo jogo de palavras" ao qual
você se referiu é uma prova disso.

Só acho estranho que você, após ter lido o meu e-mail
"Ceticismo e
Psicanálise", só se preocupou em comentar aquele pequeno trecho
em
que, com estilo :-), joguei com as palavras. Ou seja, você se
ateve a
algo absolutamente secundário. Por quê? Sei que você é um
membro do
Fórum Cético Brasileiro, ou ao menos da sua lista de
discussão. Por
isso, gostaria de saber a sua opinião: a psicanálise pertence
ao
mundo das "falcatruas", como me disse certa vez o Daniel Sottomaior?
É a psicanálise uma reles pseudociência em nada diferente da
astrologia ou da numerologia? Ou você acha, como eu acho, que a
psicanálise merece um tratamento diferenciado por parte do
movimento
dos céticos?

Responda-me, sem embromação. :-)

Um forte abraço,
Manuel Bulcão




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ceticismo e Psicanalise
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 22/10/2000 08:14

Olá, Bulcao,

permita-me das uma 'bicorada' nessa mensagem-prensa ao Takata. E, antes dos
palpites, deixo claro que expresso a maior estima e respeito ao conhecimento
e estilo ético de ambos os contendores.
Como tb pertenço à 'seita' dos céticos (já estive no FCB e me desentendi com
o Jefferson) eis minhas bicoradas sobre o assunto:

1) >>Amigo Takata, as palavras servem para três coisas: para comunicar
um conhecimento, para escondê-lo ou para camuflar a ignorância.<<

As palavras servem para uma única coisa: transmitir uma idéia.
Essa idéia, própria do ser humano, está infestada de 'influências' internas
e externas. As internas (que no fundo tb advém das externas) decorre de sua
formação como 'gente' (ambiente, família-religião, estudos, amigos,
política, poder, conveniência etc.) enquanto que as externas (sempre
momentâneas) resulta do aglomerado denominado 'sociedade'. Ao transmitir uma
idéia, através da palavra (negligenciemos as mímicas e as expressões
corporais) a pessoa 'posta' aquilo que é; o resultados das influência
internas e externas.
Gostaria de saber traduzir, em palavras, aquilo que realmente entendo como
idéia mas, algo está faltando para conseguir isso. Resumiria essa falta na
palavra "ignorância" e, sem dúvida, "trocaria tudo que sei agora apenas pela
metade das coisas que não sei" ... seria um gênio!


2) >>Por isso, gostaria de saber a sua opinião: a psicanálise pertence ao
mundo das "falcatruas", como me disse certa vez o Daniel Sottomaior?
É a psicanálise uma reles pseudociência em nada diferente da
astrologia ou da numerologia? Ou você acha, como eu acho, que a
psicanálise merece um tratamento diferenciado por parte do
movimento
dos céticos?
Responda-me, sem embromação. :-)<<

Vamos pegar um problema, uma questão, uma situação e fornece-la a dois
psicanalistas, dois astrólogos, dois numerologistas e dois cientistas e
verificar para qual(is) grupo(s) as respostas são conformes entre si.

Apreciaria até citar
a) uma situação: Na época das campanhas eleitorais, numa briga acirrada
entre dois candidatos, cada um quer prometer mais que o outro. Um deles, num
dos empolgados discursos, prometeu enormidades e concluiu assim: "Se estou
mentindo que esse palanque caia agora!".
E o palanque caiu.

b) um problema: "IH mãe, estou sem sorte essa semana. Meu namorado brigou
comigo, minha colega de trabalho tá me olhando de modo esquisito, estou
sentindo cãimbras na perna esquerda e não consigo montar a campainha aqui de
casa que desmontei ontem. Será o capeta?"

c) e uma questão: "Por que antes do ano zero, da era cristã, deus nunca deu
as caras aqui pela Terra? São 4,5 bilhões de anos contra 2000! 2000 anos,
astronômicamente, é zero!"

Como dizia, tento traduzir uma idéia com palavras, será que conseguí? Devo
ser assistido por um psicanalista?

[]'
Léo








SUBJECT: orientação
FROM: "Lilian Russo" <liatoria@sti.com.br>
TO: "Ciencialist@Egroups. Com" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 22/10/2000 09:22

Bom dia!

Preciso agora de uma orientação mais específica:

Como posso obter um circuito eletrico que simule um comportamento do corpo
humano (visao, audicao,dor ,movimento, audicao e demais?

Obrigada.

Lilian



SUBJECT: Gravidade.
FROM: "Palhares, Paulo Rogerio" <prpalhares@sti.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 22/10/2000 10:37

Alguêm sabe exatamente como a gravidade funciona e como seria um aparelho para controlar o mesmo?

Grato !!!


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Antimatéria.
FROM: "Palhares, Paulo Rogerio" <prpalhares@sti.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 22/10/2000 10:38

Alguem sabe como é a produção de antimatéria?

Grato !!!


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Caso Piltdown - O que e' ?
FROM: Paulo Sérgio Dias <psdias@zaz.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 22/10/2000 10:56

Amigos:

>o padre e paleantropólogo Teilhard de Chardin (aquele
>mesmo que esteve envolvido no maior escândalo científico de todas
>as épocas, o caso Piltdown) [...]

- Alguem poderia falar sobre esse caso ?
Do que se trata, e quando ocorreu ?


[]'s
Paulo Sérgio Dias
psdias@globo.com.br




SUBJECT: Re: [ciencialist] orienta��o
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 22/10/2000 11:55

Vichi Lilian, só isso!
O pessoal tá estudando a um tempão para ver se consegue chegar perto de
alguns desses 'comportamentos'!
Indique algum detalhe 'mais específico' do que vc realmente quer. A pancada
foi muito forte!
[]'
Léo
PS: estou pensando profundamente num circuito eletrônico que simule a dor!
Irei transmitir todas as que sentirei para ele.

---------------------------------
-----Mensagem Original-----
De: Lilian Russo <liatoria@sti.com.br>
Para: Ciencialist@Egroups. Com <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: domingo, 22 de outubro de 2000 10:22
Assunto: [ciencialist] orientação


Bom dia!

Preciso agora de uma orientação mais específica:

Como posso obter um circuito eletrico que simule um comportamento do corpo
humano (visao, audicao,dor ,movimento, audicao e demais?

Obrigada.

Lilian



*** --- ***
Para sair da lista envie um mail para:
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*** --- ***






SUBJECT: Re: [ciencialist] Gravidade.
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 22/10/2000 11:56

Nossa! A coisa hoje tá pesada mesmo!

Todavia, endosso a pergunta do Palhares. Quem souber avise-me também!

[]'
Léo
---------------------------
-----Mensagem Original-----
De: Palhares, Paulo Rogerio <prpalhares@sti.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: domingo, 22 de outubro de 2000 11:37
Assunto: [ciencialist] Gravidade.


Alguêm sabe exatamente como a gravidade funciona e como seria um aparelho
para controlar o mesmo?

Grato !!!


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



*** --- ***
Para sair da lista envie um mail para:
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*** --- ***






SUBJECT: Re: [ciencialist] Gravidade.
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 22/10/2000 13:16

-----Mensagem Original-----
De: "Palhares, Paulo Rogerio"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Domingo, 22 de Outubro de 2000 11:37
Assunto: [ciencialist] Gravidade.


> Alguêm sabe exatamente como a gravidade funciona e como seria um aparelho
> para controlar a mesma?

Eu sei.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Gravidade.
FROM: "Palhares, Paulo Rogerio" <prpalhares@sti.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 22/10/2000 13:32


>
> > Alguêm sabe exatamente como a gravidade funciona e como seria um
aparelho
> > para controlar a mesma?
>
> Eu sei.
>
Como é??? Nurf!!!
> [ ]'s
> Alberto
> http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm
>
>
>
> *** --- ***
> Para sair da lista envie um mail para:
> ciencialist-unsubscribe@egroups.com
> *** --- ***
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] bacteria imortal?
FROM: "Marcos Borges" <maborges@ccard.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 22/10/2000 13:59

maborges escreve:

Acredita-se que os primeiros processos de fotossíntese inventados pelas
bactérias eram totalmente diferentes daqueles que as plantas utilizam
atualmente. Utilizavam o H2S, expelido pelos vulcões, em vez de água, como
sua fonte de hidrogênio, combinando-o com a luz solar e com o CO2 (donde
extraiam o Carbono e o Oxigênio), para formar os compostos orgânicos, nunca
produziam oxigênio.
A água era muito abundante, mas as ligações entre o hidrogênio e o oxigênio
são muitos fortes do que a do H2S.
Somente as bactérias azuis-verdes conseguiu quebra a molécula de água,
usando a luz solar de comprimento de onda mais curto. O Hidrogênio é usado
para construir carboidratos e emitiam oxigênio no ar.
Mas esse oxigênio gasoso sendo liberado pelas bactérias azuis-verdes é
extremamente tóxico, reage facilmente com a matéria orgânica, produzindo os
radicais livres. Também o oxigênio gasoso reage com os gases e metais,
produzindo combustão e corrosão. No início a terra possivelmente absorveu o
oxigênio gasoso, mas com o decorrer dos milhares de anos, ficou saturada
metais oxidantes. Segundo Margulis, as bactérias azul-verdes inventaram a
mais importante de todas as inovações da vida: a invenção de um sistema
metabólico que exigia a própria substância que tinha sido um veneno, o
oxigênio. A respiração do oxigênio, é uma forma eficiente explorar a
reatividade do oxigênio. Isto mudou por completo a vida na terra primitiva.

[]s,
Marcos Borges





On Sat, 21 Oct 2000, Luiz Ferraz Netto wrote:
> foi realmente sub-produto dessas algas? Como as algas quebraram a molécula
> de água? Temperatura? Martelinho atômico? Reação química? Se todo O2 e H2
> vieram da água inicial em nosso planeta ... vou começar a acreditar no
> dilúvio e no barquinho de Noé.

eh um fenomeno conhecido como fotolise... o processo de fotossintese
envolve a quebra de moleculas de agua pela luz (com participacao de
estruturas especiais).

a eletrolise nao pode ser um meio eficiente para a producao de O2 em
condicoes naturais. a tendencia eh q. o O2 e o H2 reajam para formar agua.
faca o seguinte experimento (cuidado com explosoes), realize o
experimento de eletrolise recolhendo no mesmo compartimento o O2 e o H2
resultante...

poderia se argumentar q. o H2 escaparia para o espaco deixando apenas o
O2, mas se a tempestade eletrica fosse tao intensa a ponto de causar uma
eletrolise substancial da agua, causaria uma rapida combinacao do O2 com o
H2 q. fossem para a atmosfera.

de qq forma, o fato do aumento do nivel de O2 soh ter se dado com o
surgimento de organismos fotossintetizantes eh bastante sugestivo.
formacoes q. mostram faixas de ferro oxidado sao de idade bastante
proximas 'as rochas q. apresentam vestigios de seres com morfologia de
organismo fotossintetizante.

ateh hoje os niveis de O2 sao mantidos pela acao biologica. se a vida
fosse extinta na terra, rapidamente os compostos organicos resultantes
seriam oxidados e o nivel de O2 baixaria drasticamente.

> Naquela 'sopa primordial' deveria haver tanto água como ar ...(?); tem
algum
> lugar que diz isso, além desse especialista em biologia que lhes fala?
:-))

o 'ar' daquela epoca era seguramente completamente diferente do ar de
hoje. a atmosfera primitiva deveria ser rica em compostos redutores, os
modelos de formacao dos planetas apontam para isso.

se houvesse um 'ar' oxidativo como o atual nao haveria condicoes para a
formacao de vida (pelo menos nao da forma como a conhecemos) -- os
compostos de carbono seriam rapidamente oxidados e restaria apenas CO2.

[]s,

roberto takata



*** --- ***
Para sair da lista envie um mail para:
ciencialist-unsubscribe@egroups.com
*** --- ***





SUBJECT: Re: Caso Piltdown - O que e' ?
FROM: "Ronaldo Cordeiro [MG]" <rcordeiro@writeme.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 22/10/2000 15:19

--- In ciencialist@egroups.com, Paulo Sérgio Dias <psdias@z...> wrote:
> Amigos:
>
> >o padre e paleantropólogo Teilhard de Chardin (aquele
> >mesmo que esteve envolvido no maior escândalo científico de todas
> >as épocas, o caso Piltdown) [...]
>
> - Alguem poderia falar sobre esse caso ?
> Do que se trata, e quando ocorreu ?
>

O "Homem de Piltdown" foi um suposto ancestral do homem, descoberto
por Charles Dawson em 1912, que na verdade foi resultado de uma
fraude. O que parecia ser um "elo perdido" entre o homem e os macacos
se tratava de um crânio de homem moderno com um maxilar inferior de
orangotango. Os grupos Criacionistas (acredite, esse pessoal que nega
que o homem seja resultado de evolução existe mesmo!) costumam repetir
esse caso ad nauseam como argumento de que todas as outras descobertas
evolutivas também possam ser fraudes.

Não sei se existe mesmo algum tipo de "ranking" ou algum
"escandalômetro" para classificar o caso como "maior escândalo
científico de todos os tempos", mas o certo é que levou quase 40 anos
para que a farsa fosse descoberta. Durante todo esse tempo, o Homem de
Piltdown foi alvo de suspeitas de que se tratassem de ossos de seres
distintos, já que a coisa não se encaixava na árvore genealógica do
ser humano.

Teilhard de Chardin fez parte da equipe de escavação, e é mesmo
apontado por alguns (como Stephen J. Gould) como um dos culpados pela
fraude.

Aqui vai um link bem completo (Piltdown Man Home Page):

http://www.tiac.net/users/cri/piltdown.html

[]s
Ronaldo Cordeiro
Dicionário Céptico: http://www.dicceptico.cjb.net



SUBJECT: Re: [ciencialist] Gravidade.
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 22/10/2000 15:35

-----Mensagem Original-----
De: "Palhares, Paulo Rogerio"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Domingo, 22 de Outubro de 2000 14:32
Assunto: Re: [ciencialist] Gravidade.

> > > Alguêm sabe exatamente como a gravidade funciona e como seria um
> > > aparelho para controlar a mesma?
> > Eu sei.
> Como é??? Nurf!!!

:-)))

Se eu disser, corro o risco de ser expulso da ciencialist, mas já que você
está tão interessado em saber, vou dar os princípios fundamentais. Trata-se
de algo muito parecido com o "andar no vácuo" dos automobilistas. Com uma
diferença importante: a gravitação já se processa no vácuo, ou seja, entre
um planeta e outro o que mais existe é vácuo.

Um outro exemplo simples de "andar no vácuo": se uma bexiga estiver fixa e
se esvaziando muito rapidamente, durante este esvaziamento ela atrairá
pequenos objetos (pequenos pedaços de papel, por exemplo) que estiverem na
periferia. Aqui também a atmosfera, ou a presença do ar ambiente, é
importante (ou seja, é necessário que exista ar para que o processo crie um
vácuo a se manifestar como tal).

Poderíamos dizer que o "andar no vácuo" é um caso particular do Princípio de
Le Chatelier (outro caso particular é a Lei de Lenz, estudada em
eletromagnetismo - indução magnética, estudada logo após, ou durante,
o estudo da Lei de Faraday).

O Princípio de Le Chatelier (da físico-química) diz: "Modificando-se uma das
condições que definem o estado de um sistema em equilíbrio, o mesmo responde
opondo-se a esta alteração." Ou seja, quando a bexiga se contrai, ela está
se afastando das pequenas partículas que a cercam. Ora, a distância entre os
objetos é "uma das condições que definem o estado do conjunto", logo o
sistema responde "opondo-se a esta alteração", ou seja, aproximando os
objetos (força de atração).

Se já estivermos no vácuo o problema é bem mais complexo, porém pode ser
resolvido utilizando-se considerações semelhantes. Torna-se necessário então
entender o que reside por trás do conceito "campo de forças", seja ele
elétrico, magnético ou gravitacional, algo com que a física ainda está
engatinhando. Pois eu digo que os efeitos elétrico e magnético podem ser
pensados como resultantes do giro da matéria e o gravitacional como
resultante de movimentos oscilatórios. Um giro, visto por cima, simula um
efeito elétrico, e visto pelo equador simula um efeito magnético (note como
dois piões girando num mesmo sentido se atraem em seu "equador", até se
chocarem, e após se afastarem, novamente se atraem - isto nada mais é que um
"andar no vácuo magnético", algo que chega a ser explicado em mecânica dos
fluidos - pode-se até mesmo utilizar este princípio para construir os
famosos barcos de Fletnner, que são impulsionados num sentido perpendicular
ao vento).

Por outro lado, partículas que se aproximam (translação) se repelem
("repulsão gravitacional"), mesmo sem se tocarem, e partículas que se
afastam se atraem ("atração gravitacional"). Surgem então, além do conceito
de campo acima comentado, dois outros questionamentos também importantes:

1) Como a "repulsão gravitacional" desapareceu no universo macroscópico, a
ponto de não termos campos gravitacionais de repulsão?

2) Como explicar a "atração" por um mecanismo semelhante ao da bexiga se
contraindo? Em algum momento ela deve se expandir, para recomeçar o
processo, e neste momento ela deveria geral uma "repulsão"!!! Ou a matéria
estaria sempre se contraindo??? Isto soa como absurdo!!! Lembre-se que eu
disse acima que a gravitação é resultante a movimentos oscilatórios da
matéria, e portanto, a matéria deveria ora se contrair, ora se dilatar!!!
Porque não sentimos a repulsão resultante à dilatação? Como os movimentos
oscilatórios das partículas materiais se acoplaram de maneira a mostrar-nos
apenas a atração? Aí, a meu ver, reside o segredo da gravitação. Aí, a meu
ver, reside o segredo do "funcionamento" dos quarks, os elementos
constituintes dos nêutrons que, segundo penso, são as partículas
responsáveis pela gravitação.

Como disse, ia apenas mostrar os fundamentos. Caso você se interesse pelo
assunto, poderemos continuar a discussão. Não obstante, não é impossível que
logo os demais elementos da lista nos convidem para criarmos um grupo para
discutirmos a gravitação do herege Mesquita. (Que, a meu ver, seria a
gravitação segundo Le Chatelier). Seria esta uma maneira delicada de
expulsarem nossas idéias heréticas do grupo sem que, necessáriamente, isso
implicasse em nossa expulsão :-)).

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Gravidade.
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 22/10/2000 16:57

On Sun, 22 Oct 2000, Palhares, Paulo Rogerio wrote:
> Alguêm sabe exatamente como a gravidade funciona e como seria um
> aparelho para controlar o mesmo?

quem souber exatamente vai ficar pornograficamente rico...

tem alguns fisicos na lista q. podem explicar o q. se sabe a respeito.
apenas preencho este espaco enqto eles nao se manifestam.

sei q. a mecanica classica relativistica trabalha com conceito de
curvatura do espaco-tempo (mas nao sei se ela explica porq. o espaco-tempo
se curvaria com a presenca de massa -- e eu nao sei dizer por q. essa
curvatura causa a gravitacao). a mecanica quantica fala em troca de
particulas chamadas gravitons responsaveis pelo fenomeno (mas ela nao
explica por q. essas particulas existem e tEm essas propriedades).

nao sei quao essa imagem eh apropriada, mas a maioria dos textos de
divulgacao ilustra a gravidade relativistica comparando com uma bola
macica sobre uma tela de borracha -- a bola causa uma deformacao na tela
para onde caem (sao atraidas) outras bolas menores.

jah a gravidade quantica eh ilutrada por vezes com duas pessoas jogando
bola uma para a outra -- qdo uma pessoa arremessa a bola em uma direcao,
essa pessoa eh empurrada em sentido contrario ao da bola, a pessoa q.
recebe eh empurrada no mesmo sentido -- o efeito final eh como se as
pessoas tivessem empurrado uma a outra. a bola representaria a particula
de interacao. no caso da particula responsavel pela gravitacao -- q. eh
atrativa -- as pessoas em vez de se empurrarem, puxariam uma 'as outras.
como se se lancasse a bola, a pessoa fosse empurrada no mesmo sentido e se
a recebesse, em sentido oposto.

repito q. nao estou certo sobre a validade dessas imagens -- com certeza
elas sao limitadas e nao devem ser extrapoladas para alem disso. fisicos
da lista, acudam-me.

simplificando tudo e considerando apenas a mecanica newtoniana a
intensidade F da forca de atracao entre dois corpos devido a suas massas
M1 e M2, separados entre si por uma distancia r eh dada por:

F = k.M1.M2/r^2

considerando a Terra (com massa M1) e um corpo qq, tudo o q. podemos fazer
ateh hoje eh alterar a massa M2 do corpo e a distancia r do centro da
Terra. eventualmente poderemos descobrir o q. determina a constante de
proporcionalidade k (como o espaco-tempo eh curvado pela massa ou como as
propriedades dos gravitons sao determinadas) e alterar as condicoes de
forma q. possamos alterar as relacoes de interacao entre massas. outra
possibilidade seria determinar o q. produz a massa dos corpos e em q.
circunstancias isso se da'. mas por ora isso parece ser coisa pra
ficcao-cientifica.

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] orientação
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 22/10/2000 17:26

tem um robo 'barata' q. foge da luz q. da' pra fazer com materiais q se
encontram em qq casa de eletronica (nao me peca detalhes -- mas eh
acoplar uma celula fotovoltaica a uma fonte de alimentacao de um motor
eletrico e este a um par de rodas)...

nao eh exatamente um comportamento humano (ainda q. alguns insistam em
chamar uns e outros aih de 'sangue de barata'), mas eh bem simples de
fazer (pra quem sabe... eu nao sei...) -- dah pra montar com aqueles
lego-tronics.

um mais sofisticado, mas igualmente inutil, eh uma cabeca de robo q.
'olhe' para uma fonte emissora de som. colocam-se dois microfones no lugar
dos ouvidos, os sinais sao processados por um computador q. calcula pelas
diferencas entre as entradas a direcao (e sentido) da fonte emissora e
move motores q. giram a cabeca. o mais simples eh fazer girar apenas
horizontalmente, mas pode se sofisticar e fazer move-la para cima e para
baixo para buscar a fonte. uma sofisticacao ainda maior eh usar um
programa de reconhecimento de voz ou de palavras -- como soh responder
pelo nome...

outra possibilidade eh um braco q. sente o calor de uma chama. da' pra
usar um termostato bimetalico -- daqueles usados em lampadas de natal. qdo
o termostato se aquece, a dilatacao diferencial abre o circuito. o
computador (ou um microprocessador isolado) percebe a perda de sinal e
retrai o braco. (no caso humano na verdade eh por transmissao de sinal e
nao por perda, mas pode-se fazer algumas adaptacoes...)

bem, isso falando genericamente... o desenho exato dos circuitos nao sei
fazer, nem dizer as especificacoes exatas dos componentes necessarios. o
leo eh quem manja disso.

[]s,

roberto takata

On Sun, 22 Oct 2000, Luiz Ferraz Netto wrote:
> PS: estou pensando profundamente num circuito eletrônico que simule a dor!
> Irei transmitir todas as que sentirei para ele.

qq entrada intensa em qq canal eh interpretado como dor. pressao demais,
calor demais, frio demais, luz demais, acucar demais, acido demais,
basico demais, distensao demais... eh soh indicar um limiar maximo de
intensidade de sinal q. dispare um certo tipo de resposta independente do
canal de entrada.



SUBJECT: Catastrofe ... que devemos interceder
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 22/10/2000 20:42

Amigos,

não é novidade para vcs os desmandos publicados pela revista
superinteressante. As mensagens do Takata em outros grupos, muitissimo bem
lastreada, que o digam.
Sugiro veementemente que se produza um texto sobre os males que possam (e
serão) causados pelos artigos da SI e o endereçemos ao Jornal da Ciência
(JCE E-mail) assinado pelos amigos do Ciencialist.
Podemos fazer algo útil ... façamos!
Sobre o HIV, o Dráuzio Varela é amigo particular (começamos juntos no
Objetivo-Matriz-SP ... e lá se vão 40 anos!) e poderemos contata-lo
facilmente, quer diretamente, quer via J.A.Nasr (diretor) ou via João Carlos
Di Gênio, caso seja necessário seu apoio.

O Roberto poderia enviar o primeiro texto-base (o Alberto, com certeza irá
complementa-lo) e os demais farão sugestões e adendos.

Abraço a todos

Léo



SUBJECT: Re: [ciencialist] Gravidade.
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 22/10/2000 22:04

Takata escreve, sobre a gravidade:
>>quem souber exatamente vai ficar pornograficamente rico...
tem alguns fisicos na lista q. podem explicar o q. se sabe a respeito.
apenas preencho este espaco enqto eles nao se manifestam.<<

e segue o texto original, cuja leitura recomendo.

Pinçando:
>>repito q. nao estou certo sobre a validade dessas imagens -- com certeza
elas sao limitadas e nao devem ser extrapoladas para alem disso. fisicos
da lista, acudam-me.<<


Permitam-se agora algum devaneio.
Continuo brigando com minhas idéias e me pergunto "Tem sentido as coisas?"

A humanidade é fruto de seus próprios delírios (gostaram hein? :-)).
Um pouco de humildade nos faria perceber que ao longo da história nossa
evolução ocorreu nas contraposições a valores e circunstâncias até então
assimiladas e conformadas dentre a maioria das pessoas.
Nossas vitórias e conquistas (e me refiro também ao conhecimento) seguem
evoluindo até que em algum ponto algo começa a ser estrangulado. Isso porque
nos momentos de conquistas sempre supomos que, quando o avanço se deu,
detínhamos não somente a posse da conquista, mas também de todas as
variáveis nela envolvidas. Nos julgamos soberanos diante do universo,
vencedores por excelência ... que ilusão.
Ocorre que nossas metas são apenas o nosso reflexo aplicado aos alvos que
almejamos. O que não foi apreendido também nos chega quando alcançamos tais
metas e então deveríamos perceber que no máximo podemos ser senhores de
nossa vontade, pois a realidade em si não muda.
Se mudamos o curso de um rio, em algum lugar haverá seca. Se eliminamos uma
espécie, a que lhe servia de alimento prolifera, como diria o amigo Takata.
Deveríamos hoje ter melhor noção dessas coisas. Mas a massificação das
informações não representa necessariamente que nos tornamos mais sábios,
apenas que temos melhores condições para sê-lo. Isso é a virtualidade! Tudo
isso, mas não mais que isso.
Porém nossa presunção novamente nos domina. Temos o mundo porque está ao
alcance de nossos olhos, de nossos dedos,
de nosso saber! Será que podemos deslindar a gravidade em si?
Não. O que chega a nós não é sequer uma expressão da realidade que
pretendemos abordar, mas a abordagem que dela foi feita por aquele que nos
apresenta aquela realidade. E assim interpretamos a realidade a partir da
interpretação que dela foi feita. Que pode o nosso amigo da pergunta
original sobre a gravidade 'aprender' com o que lhe apresentamos? E isso
vale para mim mesmo!
Será que conhecemos de fato algo novo, ou apenas conhecemos como novidade o
que para outro é a realidade?
Assim o que temos não é o conhecimento do universo, mas o conhecimento da
leitura que dele foi feita por alguém, em alguma parte, em determinada
circunstância. Temos apenas o que somos capazes de ter. Pois os que nos
apresentam o mundo também tem seus próprios desejos e intenções em relação a
ele. Será que, além disso, eles expressam corretamente suas idéias mediante
palavras?
E quantos erros foram cometidos na intenção de se imprimir as nossas
'verdades' nas 'verdades' do mundo? Tais verdades-modelos continuaram sendo
falsas a despeito de serem compartidas e/ou defendidas por enorme
contingente de pessoas.
Certamente ocorrem muitas exclusões e até mortes para se provar uma
'verdade' que ao cabo de tudo desnuda-se em farsa. Não porque pretendesse
sê-lo, mas por que em algum momento algumas pessoas quiseram que não fosse.
E continuamos lutando em busca da dita cuja ... um meme, diria o Jocax (isso
pode ser explicado pela TGBD, diria o Cláudio :-) I'm sorry.)
Não existem milagres na natureza. Os milagres são os fenômenos que ainda não
entendemos.
Mas saber que não existem milagres, infelizmente não nos revela tudo que há
de desconhecido. Pois se assim fosse, já conheceríamos a nós mesmos.

Léo, falou e disse ... e continua perguntando: "Tem sentidos as coisas?"
Encerrado meu momento literário e filosófico ... felizmente um curto
'momento'!

[]'
Léo








SUBJECT: Re: [ciencialist] Catastrofe ... que devemos interceder
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 22/10/2000 22:10

Saiu um artigo do Roberto Takata no Observatório da Imprensa, seção
Ofjor Ciência, exatamente sobre as "imposturas intelectuais" da
Superinteressante.

Site do Observatório da Imprensa:

www.observatoriodaimprensa.com.br

O artigo do Roberto está em:

http://www.observatoriodaimprensa.com.br/ofjor/ofc201020001.htm

Até,
Belisário

----- Original Message -----
From: Luiz Ferraz Netto
Subject: [ciencialist] Catastrofe ... que devemos interceder


> Amigos,
>
> não é novidade para vcs os desmandos publicados pela revista
> superinteressante. As mensagens do Takata em outros grupos, muitissimo bem
> lastreada, que o digam.
> Sugiro veementemente que se produza um texto sobre os males que possam (e
> serão) causados pelos artigos da SI e o endereçemos ao Jornal da Ciência
> (JCE E-mail) assinado pelos amigos do Ciencialist.
> Podemos fazer algo útil ... façamos!
> Sobre o HIV, o Dráuzio Varela é amigo particular (começamos juntos no
> Objetivo-Matriz-SP ... e lá se vão 40 anos!) e poderemos contata-lo
> facilmente, quer diretamente, quer via J.A.Nasr (diretor) ou via João
Carlos
> Di Gênio, caso seja necessário seu apoio.
>
> O Roberto poderia enviar o primeiro texto-base (o Alberto, com certeza irá
> complementa-lo) e os demais farão sugestões e adendos.
>
> Abraço a todos
>
> Léo




SUBJECT: Re: [ciencialist] Gravidade.
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 22/10/2000 22:32

-----Mensagem Original-----
De: "Roberto Mitsuo Takata"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Domingo, 22 de Outubro de 2000 17:57
Assunto: Re: [ciencialist] Gravidade.

> On Sun, 22 Oct 2000, Palhares, Paulo Rogerio wrote:
> > Alguêm sabe exatamente como a gravidade funciona e como seria um
> > aparelho para controlar o mesmo?
> quem souber exatamente vai ficar pornograficamente rico...

Que o Léo te ouça!

> tem alguns fisicos na lista q. podem explicar o q. se sabe a respeito.
> apenas preencho este espaco enqto eles nao se manifestam.

Bom, depois que eu utilizei o princípio de Le Chatelier :-)), não sei se
eles vão se encorajar a rebater minhas idéias. O assunto tá mais prá seara
dos químicos, mas eles não são muito chegados em gravitação, pois aí fica
difícil utilizar o Princípio de Estapara. :-)).

> sei q. a mecanica classica relativistica trabalha com conceito de
> curvatura do espaco-tempo (mas nao sei se ela explica porq. o espaco-tempo
> se curvaria com a presenca de massa -- e eu nao sei dizer por q. essa
> curvatura causa a gravitacao).

Nem eu. Talvez tenha alguma coisa a ver com a fervura. Você já reparou como
"as massas", por exemplo, o macarrão, se encurvam na água fervente?
Parece-me tratar-se de um efeito relativístico relacionado à temperatura.
:-)) Por outro lado, o princípio de Le Chatelier está também relacionado com
a Lei da Ação das "Massas" :-)), ainda que seja "massa" interpretada no
sentido químico, mas não deixa de estar relacionada à massa gravitacional.
Será que as reações químicas se processam graças a uma curvatura do
espaço-tempo a ocorrer próximo aos reagentes? :-))

> a mecanica quantica fala em troca de
> particulas chamadas gravitons responsaveis pelo fenomeno (mas ela nao
> explica por q. essas particulas existem e tEm essas propriedades).

Em primeiro lugar eles (os quânticos) precisariam encontrar os grávitons
reais. Depois, a exemplo do que fizeram os eletrodinâmicos quânticos,
precisariam "inventar" os grávitons virtuais, pois em eletrodinâmica
quântica não é qualquer fóton que age como bambolê, apenas os fótons
virtuais (Sabe-se lá o que é isso!).

> nao sei quao essa imagem eh apropriada, mas a maioria dos textos de
> divulgacao ilustra a gravidade relativistica comparando com uma bola
> macica sobre uma tela de borracha -- a bola causa uma deformacao na tela
> para onde caem (sao atraidas) outras bolas menores.

Lembro-me que o Dr. Omni há um certo tempo, e no news.uol, se não me engano,
falou mal dessa analogia. Ele diz que não é físico mas entende bastante do
assunto (É sempre bom ser modesto). Como ele é uma das mais novas aquisições
da ciencialist (Parabéns à ciêncialist pela excelente aquisição), talvez
ele possa dizer o porque essa analogia não é lá das melhores. Eu não sei e
também não gosto da curvatura do espaço, a não ser aquela que chamo de
curvatura galiláico-euclideana e que, por sinal, é uma curvatura ilusória,
relacionada à não instantaneidade e à localidade, conforme exponho em meu
Web Site.

> jah a gravidade quantica eh ilutrada por vezes com duas pessoas jogando
> bola uma para a outra -- qdo uma pessoa arremessa a bola em uma direcao,
> essa pessoa eh empurrada em sentido contrario ao da bola, a pessoa q.
> recebe eh empurrada no mesmo sentido -- o efeito final eh como se as
> pessoas tivessem empurrado uma a outra. a bola representaria a particula
> de interacao. no caso da particula responsavel pela gravitacao -- q. eh
> atrativa -- as pessoas em vez de se empurrarem, puxariam uma 'as outras.
> como se se lancasse a bola, a pessoa fosse empurrada no mesmo sentido e se
> a recebesse, em sentido oposto.

Tem também o efeito bambolê, ou seja, o bambolê passa e exerce seu efeito na
volta. Mas esse é um assunto que deixo para os eletrodinâmicos quânticos,
pois nunca entendi direito. Não digo que a coisa não tenha lógica, mas
até que a lógica surja, a quantidade de dogmas que precisamos digerir é
imensa.

> repito q. nao estou certo sobre a validade dessas imagens -- com certeza
> elas sao limitadas e nao devem ser extrapoladas para alem disso. fisicos
> da lista, acudam-me.

O Léo, que é físico, ainda que mais chegado à física clássica, e foi o
primeiro a se manifestar, já deu uma de Pilatos: "Quem souber avise-me
também!" :-)). O Belisário recentemente disse que estava acompanhando a
lista mas andava muito atarefado, sem poder participar ativamente. Os outros
parece-me que ou estão em férias e/ou desistiram de combater minhas
heresias. Logo, ou vocês aceitam ouvir as bobagens que eu ando dizendo, ou
então permaneçam com as dúvidas sem outras explicações.

Após ter escrito este parágrafo, chegou a msg do Léo que pelo visto entrou
em convulsão literário-filosófica (ao que parece já controlada, e portanto
não precisamos nos preocupar). Gostei da msg do Léo. Não disse nada mas
disse tudo e portanto não tenho mais nada a acrescentar a respeito. :-))

Pô! Assim eu não consigo terminar essa msg! Nem bem escrevi a emenda
relativa ao Léo, chegou uma msg do Belisário. Bem, felizmente trata-se de
outro assunto, ainda que relativo ao Takata. Olá, Takata, parabéns pela
ousadia em enfrentar a mídia. Prometo ler o texto brevemente. Vou enviar a
msg logo antes que chegue outra. Num guento mais escrever ouvindo a moça do
uol com a frase "Tem mensagem prá você" :-))

> simplificando tudo e considerando apenas a mecanica newtoniana a
> intensidade F da forca de atracao entre dois corpos devido a suas massas
> M1 e M2, separados entre si por uma distancia r eh dada por:
> F = k.M1.M2/r^2
> considerando a Terra (com massa M1) e um corpo qq, tudo o q. podemos fazer
> ateh hoje eh alterar a massa M2 do corpo e a distancia r do centro da
> Terra. eventualmente poderemos descobrir o q. determina a constante de
> proporcionalidade k (como o espaco-tempo eh curvado pela massa ou como as
> propriedades dos gravitons sao determinadas) e alterar as condicoes de
> forma q. possamos alterar as relacoes de interacao entre massas. outra
> possibilidade seria determinar o q. produz a massa dos corpos e em q.
> circunstancias isso se da'. mas por ora isso parece ser coisa pra
> ficcao-cientifica.

Ficção por ficção, fico com a minha. E, como já disse anteriormente: "Se
isto for loucura, somos todos loucos, cada um a sua maneira."

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Livro de Edward Lorenz sobre o Caos
FROM: Paulo Sérgio Dias <psdias@zaz.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 22/10/2000 22:46

Amigos:

Ha' um livro de Edward Lorenz chamado
The Essence of Chaos, ISBN 1857284542,
editora Taylor & Francis, que ja' foi
traduzido para o portugues com o
titulo "A essencia do Caos". Alguem
sabe informar o nome da editora que
publicou aqui no Brasil ? Acho que
tem alguma ligacao com a Universidade
de Brasilia.

- Se alguem puder informar onde posso
encontrar esse livro, em portugues,
agradeco muito.

Obs.: Ja' verifiquei o site da Livraria Cultura,
de Sao Paulo, mas nao encontrei.


[]'s
Paulo Sérgio Dias
psdias@globo.com.br




SUBJECT: Re: Caso Piltdown - O que e' ?
FROM: "Manuel Bulcao" <msbn@daterranet.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 22/10/2000 23:19

Olá, lista

In ciencialist@egroups.com, "Ronaldo Cordeiro [MG]" <rcordeiro@w...>
wrote:
Os grupos Criacionistas (acredite, esse pessoal que nega que o homem
seja resultado de evolução existe mesmo!) costumam repetir esse
caso
[o caso Piltdown] ad nauseam como argumento de que todas as outras
descobertas evolutivas também possam ser fraudes.

Manuel - Devo-me apresentar: sou um evolucionista, um apologista das
idéias de Darwin e Wallace e um defensor incondicional do
método
científico, embora ache que, quando o objeto de estudo é o
homem,
isto é, quando há uma identidade entre sujeito e objeto do
conhecimento (o que compromete em larga medida a sacrossanta
"objetividade" científica), alguns novos conceitos e algumas novas
regras devem ser acrescentadas ao método. Não vou comentar
sobre
esses novos conceitos e regras aqui, pois tal assunto é o mais
complexo de que hoje se ocupa a epistemologia, e, até o presente
momento, no que tange a este problema, a comunidade científica
não
chegou a nenhum acordo satisfatório, razão pela qual as
ciências
humanas encontram-se hoje nesta situação de "anarquia", uma
verdadeira Torre de Babel. Admiro vocês, cientistas da natureza,
por
estarem a anos-luz na nossa frente. Admiro e às vezes sinto raiva,
quando um e outro físico, biólogo ou neurofisiologista, por
pura
pirraça e travessura, olham para trás e nos mostram a língua
ou nos
dão uma banana. Pôrra, não sejam cruéis!

Quanto ao caso Piltdown, acho que não devemos lamentar o fato de
os
criacionistas lançarem mão dele, "ad nausean", para nos pôr
em xeque.
Pelo contrário, devemos agradecê-los por mantê-lo vivo em
nossa
memória. O caso Piltdown apenas demonstra, de uma maneira cabal,
que
o cientista é um homem como qualquer outro, uma criatura movida
por
paixões, dentre as quais e sobretudo a "paixão pela razão",
mas
também a paixão pela fama, pelo reconhecimento fácil e, em
alguns
casos, paixão pelo poder e pelo vil metal. É bom relembrarmos
sempre
o caso Piltdown, Pois o reconhecimento de que somos, como todos os
mortais, movidos por paixões, tal reconhecimento é a
condição de
possibilidade de um conhecimento realmente objetivo. É mais ou
menos
o que asseverou Spinoza, como também Hegel e Marx: o conhecimento
da
"necessidade" (exterior e interior) é a pré-condição da
"liberdade".

Ainda sobre esse tema, as vicissitudes da pesquisa científica,
seria
interessante transcrever aqui algumas palavras de Murray Gell-Mann:
"Recomendaria que os céticos devotassem mais esforços ainda do
que
devotam hoje em compreender as razões pelas quais muitas pessoas
querem ou necessitam 'acreditar'. Se as pessoas fossem menos
receptivas, os meios de comunicação não achariam lucrativo
enfatizar
o assim chamado paranormal. De fato, não é apenas um
mal-entendido
sobre a quantidade de boas evidências que existem de um
fenômeno que
está por trás da tendência em acreditar nele. Em minhas
discussões
com pessoas que acreditam em seis coisas impossíveis todos os dias
antes do café da manhã, como a Rainha Branca em 'Alice no
País dos
Espelhos', descobri que sua principal característica é a
DISSOCIAÇÃO
ENTRE CRENÇA E EVIDÊNCIA. Muitas dessas pessoas, de fato,
confessam
abertamente que acreditam no que as faz se sentir bem em acreditar. A
evidência não desempenha um papel importante. ELAS ESTÃO
ALIVIANDO
SEU MEDO DA RANDOMICIDADE AO IDENTIFICAR REGULARIDADES QUE NÃO
EXISTEM." (Murray Gell-Mann; O Quark e o Jaguar; Ed. Rocco; 1996;
pág. 294.)

E os cientistas? Será que, ao contrário do resto dos mortais,
não
sentem eles aquele "medo da randomicidade"? Será que, também,
não
apresentam eles (nós, já que me considero um cientista, embora
sei
que alguns vão protestar) aquela tendência a transformar
idéias
assentadas na experiência em crenças "irrefutáveis",
tendentes a se
dissociar da evidência?

Ronaldo - Não sei se existe mesmo algum tipo de "ranking" ou algum
"escandalômetro" para classificar o caso como "maior escândalo
científico de todos os tempos", mas o certo é que levou quase
40 anos
para que a farsa fosse descoberta. Durante todo esse tempo, o Homem
de Piltdown foi alvo de suspeitas de que se tratassem de ossos de
seres distintos, já que a coisa não se encaixava na árvore
genealógica do ser humano.

Manuel - Poderíamos usar como "escandalômetro" a própria
internet.
Existe algum outro escândalo científico para o qual foi criado
uma
home page específica? (http://www.tiac.net/user
s/cri/piltdown.html);
e, caso exista mais de um, quantos bytes foram dedicados a cada um
deles?

Abraços a todos,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: Caso Piltdown - O que e' ?
FROM: "Manuel Bulcao" <msbn@daterranet.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 22/10/2000 23:22

Olá, lista

In ciencialist@egroups.com, "Ronaldo Cordeiro [MG]" <rcordeiro@w...>
wrote:
Os grupos Criacionistas (acredite, esse pessoal que nega que o homem
seja resultado de evolução existe mesmo!) costumam repetir esse
caso
[o caso Piltdown] ad nauseam como argumento de que todas as outras
descobertas evolutivas também possam ser fraudes.

Manuel - Devo-me apresentar: sou um evolucionista, um apologista das
idéias de Darwin e Wallace e um defensor incondicional do
método
científico, embora ache que, quando o objeto de estudo é o
homem,
isto é, quando há uma identidade entre sujeito e objeto do
conhecimento (o que compromete em larga medida a sacrossanta
"objetividade" científica), alguns novos conceitos e algumas novas
regras devem ser acrescentadas ao método. Não vou comentar
sobre
esses novos conceitos e regras aqui, pois tal assunto é o mais
complexo de que hoje se ocupa a epistemologia, e, até o presente
momento, no que tange a este problema, a comunidade científica
não
chegou a nenhum acordo satisfatório, razão pela qual as
ciências
humanas encontram-se hoje nesta situação de "anarquia", uma
verdadeira Torre de Babel. Admiro vocês, cientistas da natureza,
por
estarem a anos-luz na nossa frente. Admiro e às vezes sinto raiva,
quando um e outro físico, biólogo ou neurofisiologista, por
pura
pirraça e travessura, olham para trás e nos mostram a língua
ou nos
dão uma banana. Pôrra, não sejam cruéis!

Quanto ao caso Piltdown, acho que não devemos lamentar o fato de
os
criacionistas lançarem mão dele, "ad nausean", para nos pôr
em xeque.
Pelo contrário, devemos agradecê-los por mantê-lo vivo em
nossa
memória. O caso Piltdown apenas demonstra, de uma maneira cabal,
que
o cientista é um homem como qualquer outro, uma criatura movida
por
paixões, dentre as quais e sobretudo a "paixão pela razão",
mas
também a paixão pela fama, pelo reconhecimento fácil e, em
alguns
casos, paixão pelo poder e pelo vil metal. É bom relembrarmos
sempre
o caso Piltdown, Pois o reconhecimento de que somos, como todos os
mortais, movidos por paixões, tal reconhecimento é a
condição de
possibilidade de um conhecimento realmente objetivo. É mais ou
menos
o que asseverou Spinoza, como também Hegel e Marx: o conhecimento
da
"necessidade" (exterior e interior) é a pré-condição da
"liberdade".

Ainda sobre esse tema, as vicissitudes da pesquisa científica,
seria
interessante transcrever aqui algumas palavras de Murray Gell-Mann:
"Recomendaria que os céticos devotassem mais esforços ainda do
que
devotam hoje em compreender as razões pelas quais muitas pessoas
querem ou necessitam 'acreditar'. Se as pessoas fossem menos
receptivas, os meios de comunicação não achariam lucrativo
enfatizar
o assim chamado paranormal. De fato, não é apenas um
mal-entendido
sobre a quantidade de boas evidências que existem de um
fenômeno que
está por trás da tendência em acreditar nele. Em minhas
discussões
com pessoas que acreditam em seis coisas impossíveis todos os dias
antes do café da manhã, como a Rainha Branca em 'Alice no
País dos
Espelhos', descobri que sua principal característica é a
DISSOCIAÇÃO
ENTRE CRENÇA E EVIDÊNCIA. Muitas dessas pessoas, de fato,
confessam
abertamente que acreditam no que as faz se sentir bem em acreditar. A
evidência não desempenha um papel importante. ELAS ESTÃO
ALIVIANDO
SEU MEDO DA RANDOMICIDADE AO IDENTIFICAR REGULARIDADES QUE NÃO
EXISTEM." (Murray Gell-Mann; O Quark e o Jaguar; Ed. Rocco; 1996;
pág. 294.)

E os cientistas? Será que, ao contrário do resto dos mortais,
não
sentem eles aquele "medo da randomicidade"? Será que, também,
não
apresentam eles (nós, já que me considero um cientista, embora
sei
que alguns vão protestar) aquela tendência a transformar
idéias
assentadas na experiência em crenças "irrefutáveis",
tendentes a se
dissociar da evidência?

Ronaldo - Não sei se existe mesmo algum tipo de "ranking" ou algum
"escandalômetro" para classificar o caso como "maior escândalo
científico de todos os tempos", mas o certo é que levou quase
40 anos
para que a farsa fosse descoberta. Durante todo esse tempo, o Homem
de Piltdown foi alvo de suspeitas de que se tratassem de ossos de
seres distintos, já que a coisa não se encaixava na árvore
genealógica do ser humano.

Manuel - Poderíamos usar como "escandalômetro" a própria
internet.
Existe algum outro escândalo científico para o qual foi criado
uma
home page específica? (http://www.tiac.net/user
s/cri/piltdown.html);
e, caso exista mais de um, quantos bytes foram dedicados a cada um
deles?

Abraços a todos,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Vida de Físico
FROM: "Alexsandro" <zector@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 22/10/2000 23:49

Olá amigos da CienciaList

Estou me preparando para prestar vestibular nesse final de ano para Física,
mas não gostaria de ser professor, gostaria de saber sobre o campo de
trabalho do físico, já que ouço sempre que a pesquisa não é uma coisa muito
valorizada no Brasil...

Abraços
Alexsandro



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Caso Piltdown - O que e' ?
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 23/10/2000 00:16

-----Mensagem Original-----
De: "Manuel Bulcao"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Segunda-feira, 23 de Outubro de 2000 00:19
Assunto: [ciencialist] Re: Caso Piltdown - O que e' ?

> > In ciencialist@egroups.com, "Ronaldo Cordeiro [MG]" wrote:
> > Os grupos Criacionistas (acredite, esse pessoal que nega que o homem
> > seja resultado de evolução existe mesmo!)
> Manuel - Devo-me apresentar: sou um evolucionista, um apologista das
> idéias de Darwin e Wallace e um defensor incondicional do
> método científico...

Peço a permissão dos colegas, e em especial ao Manuel Bulcão, para tomar
carona nesta discussão, ainda que com um enfoque diferente. Li acima a frase
do Ronaldo Cordeiro: "esse pessoal que nega que o homem seja o resultado de
evolução existe mesmo!". Com efeito, existem pessoas que acreditam em
numerologia, em astrologia, em Papai Noel, em discos voadores e em tantas
outras coisas. Não obstante, quando o assunto chega no criacionismo parece
que o enfoque é outro. Ou eu muito me engano, ou existe quem acredite que
existam cientistas que acreditem numa "teoria científica" a justificar o
"criacionismo". E pior, vivem a propalar que essa "teoria" é sem cabimento.
Pois sem cabimento é acreditar ser científica uma teoria que não possui
hipóteses científicas. Onde será que eu errei? Será que vivo em outro
planeta? Quais são as hipóteses científicas a justificar o criacionismo como
uma teoria científica? Nada contra que existam teorias não-científicas ou
mesmo teorias pré-científicas (nas áreas que ainda estão se descobrindo como
científicas). Mas não podemos valorizar debates entre cientistas e leigos ou
religiosos fanáticos como debates científicos!

Sinceramente, não conheço nenhum cientista que, "portando-se como
cientista", defenda o criacionismo. Não digo que não existam, mas não os
conheço e julgo que não exercem influência de peso no meio científico. Nada
contra o criacionismo, pois não vejo como garantir cientificamente que Adão
não tenha sido criado a partir do barro e Eva a partir da costela de Adão; o
problema é que não há como construir uma teoria verdadeiramente científica a
partir deste argumento. Então porque tanta a preocupação em debater
"cientificamente" esta "possível verdade" não científica? Quem é mais
crédulo? Os que acreditam nesta "verdade" ou os que acreditam que existem
cientistas a acreditar nesta "verdade"? Será que ser céptico é acreditar que
todos os demais cientistas, que não vivem por aí a pregar o ceticismo, são
idiotas? Se for assim, meus pêsames aos srs. cépticos pois vocês são os
responsáveis por manterem o criacionismo na mídia per omnia saeculae
saeculorum. Pois a cada 10 vezes que ouvi a palavra criacionismo, oito vezes
a palavra foi proferida por um céptico de carteirinha e as outras ou por um
não cientista ou por alguém a entrar de gaiato na discussão, como por ora
estou fazendo.

Que se esclareça aos jovens cientistas sobre a impropriedade, até prova em
contrário, do criacionismo ser tratado como ciência. Mas que não se o faça
com tanta veemência, a ponto de o jovem cientista ser levado a pensar que
está optando pelo evolucionismo em detrimento de uma outra teoria bem
estabelecida. Será que estou enganado a esse respeito?

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Gravidade.
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 23/10/2000 01:20

-----Mensagem Original-----
De: "Alberto Mesquita Filho"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Domingo, 22 de Outubro de 2000 23:32
Assunto: Re: [ciencialist] Gravidade.


> Em primeiro lugar eles (os quânticos) precisariam encontrar os grávitons
> reais. Depois, a exemplo do que fizeram os eletrodinâmicos quânticos,
> precisariam "inventar" os grávitons virtuais, pois em eletrodinâmica
> quântica não é qualquer fóton que age como bambolê, apenas os fótons
> virtuais (Sabe-se lá o que é isso!).

Putz!!! Creio que ninguém entendeu nada do que quis dizer. Onde se lê
bambolê entenda-se aquele aparelho com o formato de um V bem aberto e que a
gente joga e ele volta a nossa mão. Não consigo lembrar o nome!!! Acho que é
praga dos quânticos. :-))

> Tem também o efeito bambolê, ou seja, o bambolê passa e exerce seu efeito
> na volta.

Idem, ibidem.

De qualquer forma, gostei da expressão "efeito bambolê". Creio que vou
utilizá-la para explicar como os elétrons situam-se na superfície de um
condutor eletrizado. :-))

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Gravidade.
FROM: "Palhares, Paulo Rogerio" <prpalhares@sti.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 23/10/2000 01:27


> > Em primeiro lugar eles (os quânticos) precisariam encontrar os grávitons
> > reais. Depois, a exemplo do que fizeram os eletrodinâmicos quânticos,
> > precisariam "inventar" os grávitons virtuais, pois em eletrodinâmica
> > quântica não é qualquer fóton que age como bambolê, apenas os fótons
> > virtuais (Sabe-se lá o que é isso!).
>
> Putz!!! Creio que ninguém entendeu nada do que quis dizer. Onde se lê
> bambolê entenda-se aquele aparelho com o formato de um V bem aberto e que
a
> gente joga e ele volta a nossa mão. Não consigo lembrar o nome!!! Acho que
é
> praga dos quânticos. :-))
>
> > Tem também o efeito bambolê, ou seja, o bambolê passa e exerce seu
efeito
> > na volta.
>
> Idem, ibidem.
>
> De qualquer forma, gostei da expressão "efeito bambolê". Creio que vou
> utilizá-la para explicar como os elétrons situam-se na superfície de um
> condutor eletrizado. :-))
>
Bumerangue.

> [ ]'s
> Alberto
> http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm
>
>
>
> *** --- ***
> Para sair da lista envie um mail para:
> ciencialist-unsubscribe@egroups.com
> *** --- ***
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Gravidade.
FROM: "Augusto Jun Devegili" <devegili@inf.ufsc.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 23/10/2000 01:28

O nome do "aparelho" é bumerangue (e eu cheguei a pensar no bilboquê!) :-)))

----- Original Message -----
From: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Monday, October 23, 2000 2:20 AM
Subject: Re: [ciencialist] Gravidade.


Putz!!! Creio que ninguém entendeu nada do que quis dizer. Onde se lê
bambolê entenda-se aquele aparelho com o formato de um V bem aberto e que a
gente joga e ele volta a nossa mão. Não consigo lembrar o nome!!! Acho que é
praga dos quânticos. :-))





SUBJECT: Salve a bronca dp Mestre Mesquita!
FROM: Agapito Ribeiro Júnior <agapito@alphanet.ne.jp>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 23/10/2000 02:34

Salve a Bronca do Mestre Mesquita

Enquanto queremos desmerecer certas idéias, divulgando seus pontos fracos, ensinamos os defensores destas idéias a criarem meios para fortalecer tais pontos ou a encontrarem outros argumentos. Muito do que manda na ciência e na fé é a crença. Sim! Existe uma espécie de crença no Cientismo que habita o coração dos que se dizem científicos, ateus, céticos. Muito falam do criacionismo, mas poucom entendem da fonte dessas idéias mitológicas: A Bíblia!

Ora, se entendermos a Lingüística e os estudos de Whelhausen, entre outros, verificaremos que o Povo Judeu incrementou seus Escritos Sagrados de Mitologias difundidas entre os povos sob os quais viveu, ou com os quais viveu. Entende-se que o criacionismo bíblico é derivado de um monte de crenças mitológicas de povos que cercavam os Judeus. Uma vez que são mitos, isto interessa aos sociólogos, filósofos, antropólogos, e também religiosos, ao menos os liberais.

Não há nada que interesse à Ciência no mito criacionista e discutir sobre este mito é perda de tempo. Se querem convencer que o criacionismo é científico, ora, entendamos o que muitos religiosos gostam de enfatizar e deixemos que os cegos guiem os seus cegos com sua pseudo-ciência. O errado é ateus, céticos ou agnósticos comportarem-se como proselitistas e ufanarem-se por conquistas que virão mais cedo ou mais tarde quando o homem matar a deus e deuses, definitivamente, em sua vida. Impor isso é amparar o desrespeito à liberdade de expressão é usar a Ciência para a opressão.

Deixe-mos o criacionismo para eles! A ciência é nossa! E é deles, queiram ou não.

Cresçamos e sejamos adultos, cientificamente adultos.


Agapito



SUBJECT: Curiosidades sobre sexo
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO:
DATE: 23/10/2000 06:53

Repassando, nao sei se eh tudo verdade, mas ao menos
eh divertido :).
[]s
jocax


Curiosidades sobre sexo

Campeões de audiência : numa tribo da Polinésia, os casais de dezoito
anos fazem amor em média
três vezes por noite até os trinta anos de idade, quando a média cai
para quatorze vezes por semana!

Para emagrecer : do pré-orgasmo ao clímax, você pode queimar 25.6
calorias- mas deve subtrair 5
calorias por cada sêmem ingerido.

Tamanho é documento : a tribo Caramoja, do nordeste de Uganda, amarra um
peso na ponta do pênis
para alongá-lo. Às vezes, o membro fica tão comprido que o dono tem que
enrolá-lo para cima.

Poções mágicas : o clássico da literatura erótica indiana, O Jardim
Perfumado, conta a história de um
homem chamado Abou el Keiloukh que ficou com o pênis ereto durante
trinta dias, sem parar, só
comendo cebola.
O Kama Sutra diz que "muitos ovos fritos na manteiga e depois
mergulhados no mel fazem o membro
ficar ereto por uma noite inteira".

Duro na queda : os aborígenes do deserto Kalahari tem o pênis semi-ereto
o tempo todo.

Mutirão sexual : levando-se em consideração a assiduidade com que os
americanos vão para a cama,
um casal normal levaria quatro anos para experimentar todas as 529
posições descritas no Kama Sutra.
As donas do prazer: segundo o relatório Kinsey, tirando uma meia dúzia
de homens que acabaram na
emergência de hospitais por terem se animado um pouco além da conta com
o aspirador de pó, as
mulheres são mais criativas na prática do prazer solitário e se
masturbam com mais frequência quando
estão vivendo um relacionamento estável. As mulheres sabem se excitar
melhor e 60% delas alegam que
descobriram sozinhas, contra apenas 25% dos homens.

A hora da loba : embora as mulheres fiquem 30% mais ativas sexualmente
durante a lua cheia e as
americanas prefiram fazer amor às 23 horas, o estrógeno e a testoterona
atingem seu pico ao cair da
tarde.

Os extremos : de acordo com o Kinsey Institute, o maior pênis ereto mede
35,75 cm e o menor, 4,81
cm.

Um medo louco : Irma Kutz, especialista em comportamento, diz que os
homens temem fracassar na
cama, enquanto as mulheres tem medo de não serem amadas.

Vapt-vupt : o pessoal da área rural da China não perde tempo com
preliminares. Casais alegaram que
gastam menos de um minuto com frivolidades.
Beijinho, beijinho : se você adora beijar, temos notícias reveladoras:
as lésbicas são as mais beijoqueiras.
Noventa e cinco por cento delas não concebem o ato sexual sem muitos
beijos. Em segundo lugar vêm
os gays, com 71% de adeptos. Em último estão os heterossexuais, com a
tenebrosa confissão de que
um quarto deles não liga a mínima para beijo.

Dose dupla : em 1609, um médico chamado Wecker encontrou um cadáver com
dois pênis. Apenas
oitenta casos semelhantes foram documentados.
Oi! Gente! Um homem da tribo dos Walibri cumprimenta um outro com o
pênis e não com as mãos.

Gosto não se discute : Eduardo VII, rei da Inglaterra, mandou fazer uma
mesa especial para que
pudesse fazer sexo sobre ela.
Era considerado elegante pelas senhoras da aristocracia, usar laçarotes
e outros adornos nos pêlos
pubianos.
Na Europa do século XIV, era permitido a um nobre deixar o órgão sexual
à mostra sob a túnica. Aqueles
que não eram muito avantajados podiam usar um pênis falso, de couro,
chamado braquete.

Viva o celibato : os castrados vivem cerca de 13 anos a mais que os
homens mais afortunados. E,
como grupo, as freiras vivem mais do que todos.
Coitus semi-interruptus : um casal está processando a rede de hotéis
Holiday Inn em 10 milhões de
dólares. Os jovens recém-casados alegam que ficaram sexualmente
traumatizados por causa de um
funcionário do hotel que, equivocadamente, entrou no quarto deles
interrompendo a primeira noite de
lua-de-mel!

Eternamente juntos : o casamento mais longo de que se tem notícia foi do
norte-americano Lazarus
Rowe e Molly Weber, de Greenland, New Hampshire. Eles viveram juntos
oitenta e seis anos.
Casaram-se aos 18 anos, em 1743, e só se separaram quando morreram, aos
104 anos.

Ligações perigosas : pelo menos 500 americanos morrem asfixiados por ano
na tentiva de diminuir a
oxigenação no cérebro em busca de um orgasmo mais poderoso.

Morte gloriosa : o presidente francês François Faure morreu num bordel,
em 1899, durante o ato sexual.
A senhora que o acompanhava ficou tão aterrorizada que contraiu a vagina
de tal forma que foi preciso
uma cirurgia para remover o membro do falecido.

De camarote : por um problema de autoconfiança, quem fica por cima, no
ato sexual, se sente mais
seguro.

Cultura sexual : a maioria das mulheres orgásmicas não chega ao clímax
por meio de penetração.
Apenas 6% das esposas já foram trocadas por outra mulher.
Mais de três quartos de todos os machos que assinam revista gays são
casados e pais de família.
A maioria das mulheres não se excita com pornografia.

Mamma mia : durante as preliminares, o seio da mulher pode aumentar em
25% de tamanho.

Pensamentos profundos : "Talvez existam coisas melhores que sexo e
talvez existam coisas piores.
Mas não existe nada exatamente igual". W.C. Fields, ator cômico.
"Não sei bem o que eu sou. Já tentei diversas variações de sexo. A
posição convencional me deixa
claustrofóbica. E as outras ou me deixam com o pescoço duro ou com o
queixo travado". Tallulah
Bankhead, atriz.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Ceticismo e Psicanalise
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 23/10/2000 07:07

Eu tambem nao sou especialista em psicanalise, mas
pergunto:

Retirando-se os elementos teoricos nao testaveis da psicanalise,
sobraria o que ?

[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] orientação
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 23/10/2000 07:45



Luiz Ferraz Netto wrote:
>
> Vichi Lilian, só isso!
> O pessoal tá estudando a um tempão para ver se consegue chegar perto
> de
> alguns desses 'comportamentos'!
> Indique algum detalhe 'mais específico' do que vc realmente quer. A
> pancada
> foi muito forte!
> []'
> Léo
> PS: estou pensando profundamente num circuito eletrônico que simule a
> dor!
> Irei transmitir todas as que sentirei para ele.
>

Vou esbocar algo q devera ser aprimorado :
Vc pode utilizar de um bocal de telefone ( por onde vc fala ) que
funciona como um potenciometro sensivel. Acoplado a ele vc podera ter um
pequeno amplificador q acende uma luz proporcionalmente ao ruido.
Bom agora so falta o martelo : Batendo -se numa madeira proximo ao
fone a luz se acendera sinalizando a "dor".
Mais forte a batida mais intensa eh a luz.
Serve ?
[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] Gravidade.
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 23/10/2000 07:54

Alberto escreve:
>Bom, depois que eu utilizei o princípio de Le Chatelier :-)), não sei se
eles vão se encorajar a rebater minhas idéias. O assunto tá mais prá seara
dos químicos, mas eles não são muito chegados em gravitação, pois aí fica
difícil utilizar o Princípio de Estapara. :-)).<

He he he! Abro o Outlook e deparo com isso! Belas gargalhadas ... já valeu a
manhã!
[]'
Léo

... continuo a leitura





SUBJECT: RES: [ciencialist] orientação
FROM: "Lilian Russo" <liatoria@sti.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 23/10/2000 08:05

Olha, João Carlos,achei a idéia genial!
Claro que serve!

Obrigada.

Lilian


-----Mensagem original-----
De: Joao Carlos Holland de Barcellos [mailto:jocax@usp.br]
Enviada em: segunda-feira, 23 de outubro de 2000 08:46
Para: ciencialist@egroups.com
Assunto: Re: [ciencialist] orientação




Luiz Ferraz Netto wrote:
>
> Vichi Lilian, só isso!
> O pessoal tá estudando a um tempão para ver se consegue chegar perto
> de
> alguns desses 'comportamentos'!
> Indique algum detalhe 'mais específico' do que vc realmente quer. A
> pancada
> foi muito forte!
> []'
> Léo
> PS: estou pensando profundamente num circuito eletrônico que simule a
> dor!
> Irei transmitir todas as que sentirei para ele.
>

Vou esbocar algo q devera ser aprimorado :
Vc pode utilizar de um bocal de telefone ( por onde vc fala ) que
funciona como um potenciometro sensivel. Acoplado a ele vc podera ter um
pequeno amplificador q acende uma luz proporcionalmente ao ruido.
Bom agora so falta o martelo : Batendo -se numa madeira proximo ao
fone a luz se acendera sinalizando a "dor".
Mais forte a batida mais intensa eh a luz.
Serve ?
[]s
jocax

*** --- ***
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ciencialist-unsubscribe@egroups.com
*** --- ***



SUBJECT: Re: [ciencialist] Vida de F�sico
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 23/10/2000 08:31

Olá, Alexsandro,
O trabalho do físico, como eu o entendo, é 'saber' Física (não essa física
dos professores e compêndios que proliferam por ai) ... e isso não é nada
fácil. Sem divorciar-se do histórico da evolução científica (algo
apaixonante!) saber Física é saber experimentar, testar, interrogar, opinar,
testar novamente e apresentar os fatos/dados segundo sua própria
interpretação, expondo-os a novos testes. Mas há algo mais nobre nessa
tarefa que é 'o transmitir o que aprendeu'.
Vc parece-me rancoroso sobre ser 'professor de física' e isso me entristece.
Reconheço que os professores do nível básico e médio, em sua maioria, em sua
enorme maioria (apenas como reforço) não sabe como funciona a própria
campainha do seu lar; muito menos o telefone e, nem pensar, na válvula K do
forno de microondas. Se pretende fazer um simples teste sobre como anda o 'o
que é Física' de seus professores pergunte sobre, vejamos ... (ah! vou
aproveitar a mensagem do Alberto) o "barco de Fletnner"; pergunte o que é
isso e, nas respostas busque as palavras "efeito Magnus". Probabilidade de
acerto: -0!
O Educador é um personagem essencial, primordial; é o que chamaria de "vida
de físico".
As demais coisas que vc quer saber são mais simples de serem expostas. Fico
nessas.
[]'
Léo
--------------------------
-----Mensagem Original-----
De: Alexsandro <zector@uol.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: segunda-feira, 23 de outubro de 2000 00:49
Assunto: [ciencialist] Vida de Físico


Olá amigos da CienciaList

Estou me preparando para prestar vestibular nesse final de ano para Física,
mas não gostaria de ser professor, gostaria de saber sobre o campo de
trabalho do físico, já que ouço sempre que a pesquisa não é uma coisa muito
valorizada no Brasil...

Abraços
Alexsandro



*** --- ***
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*** --- ***






SUBJECT: Re: [ciencialist] Salve a bronca dp Mestre Mesquita!
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 23/10/2000 08:34



Agapito Ribeiro Júnior wrote:
>
> ...Não há nada que interesse à Ciência no mito criacionista e discutir
> sobre este mito é perda de tempo. Se querem convencer que o
> criacionismo é científico, ora, entendamos o que muitos religiosos
> gostam de enfatizar e deixemos que os cegos guiem os seus cegos com
> sua pseudo-ciência. O errado é ateus, céticos ou agnósticos
> comportarem-se como proselitistas e ufanarem-se por conquistas que
> virão mais cedo ou mais tarde quando o homem matar a deus e deuses,
> definitivamente, em sua vida. Impor isso é amparar o desrespeito à
> liberdade de expressão é usar a Ciência para a opressão.
>
> Deixe-mos o criacionismo para eles! A ciência é nossa! E é deles,
> queiram ou não.
>
> Cresçamos e sejamos adultos, cientificamente adultos.
>


Caro Agapito, nao posso concordar com vc.

Lembre-se que o cientista, como um ser social, deveria, a meu ver,
interagir com a sociedade do mesmo modo que os religiosos o fazem:
Colocando seus pontos de vistas e suas ideias que, nem sempre
coadunam-se
com o ponto de vista religioso.

Note que se todos se calarem logo os criacionistas abolirao o
ensino da evolucao nas escolas, como ja o fizeram em algumas e, se
todos continuarem calados, quem sabe a santa-inquisicao nao acabe
por voltar tambem?.

"Prenderam os socialistas e não protestei, pois não era
socialista.
Prenderam os sindicalistas e eu não protestei, pois eu
não era um deles.
Prenderam os judeus, eu não era judeu.
Então me prenderam e não restava quem protestasse
por mim"
(Martin Niemöller, teólogo alemão)

[]s
jocax


SUBJECT: Re: Caso Piltdown - O que e' ?
FROM: "Ronaldo Cordeiro [MG]" <rcordeiro@writeme.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 23/10/2000 09:40

--- In ciencialist@egroups.com, "Alberto Mesquita Filho"
<albmesq@u...> wrote:

> Peço a permissão dos colegas, e em especial ao Manuel Bulcão, para
tomar
> carona nesta discussão, ainda que com um enfoque diferente. Li acima
a frase
> do Ronaldo Cordeiro: "esse pessoal que nega que o homem seja o
resultado de
> evolução existe mesmo!". Com efeito, existem pessoas que acreditam
em
> numerologia, em astrologia, em Papai Noel, em discos voadores e em
tantas
> outras coisas. Não obstante, quando o assunto chega no criacionismo
parece
> que o enfoque é outro. Ou eu muito me engano, ou existe quem
acredite que
> existam cientistas que acreditem numa "teoria científica" a
justificar o
> "criacionismo". E pior, vivem a propalar que essa "teoria" é sem
cabimento.
> Pois sem cabimento é acreditar ser científica uma teoria que não
possui
> hipóteses científicas. Onde será que eu errei? Será que vivo em
outro
> planeta?

Não tenha medo, Alberto. Você não vive noutro planeta. Eu também
pensava igualzinho a vc alguns anos atrás, quando acompanhava debates
acalorados sobre o assunto em grupos de discussão americanos e ficava
imaginando "não é possível que alguém leve essa discussão a sério". O
problema é que essas figuras chamados "cientistas criacionistas"
existem sim, são organizados, são influentes e estão infiltrados no
meio acadêmico. Possuem uma agenda política e têm obtido resultados.
É isso que os faz tão diferentes dos que acreditam em astrologia,
numerologia, discos voadores, etc.

Quanto a existirem ou não "cientistas criacionistas", dê uma lida em

http://answersingenesis.org/home/area/bios/default.asp#presentsci

(mais de 100 nomes, não tive paciência de contá-los)
Biólogos, geólogos, físicos, químicos, médicos, alguns PhDs. Escrevem
artigos sobre genética molecular, tectonismo, interpretações
alternativas para o desvio para o vermelho, etc. Se tiver tempo, dê
uma vasculhada no site. É claro que eu poderia dizer que "quem faz uma
coisa dessas não é um verdadeiro cientista", mas estaria incorrendo na
falácia do "nenhum escocês de verdade". Essa falácia é aquela em que
eu diria alguma coisa como "Nenhum escocês bebe leite", você
responderia com "mas o Angus é escocês e bebe leite", e eu responderia
com um "mas Angus não é um escocês DE VERDADE". No máximo podemos
dizer que são maus cientistas.

> Quais são as hipóteses científicas a justificar o
criacionismo como
> uma teoria científica? Nada contra que existam teorias
não-científicas ou
> mesmo teorias pré-científicas (nas áreas que ainda estão se
descobrindo como
> científicas)...

Os criacionistas modernos são bem mais espertos e fazem principalmente
duas coisas. Uma é, por não terem mesmo uma teoria científica, se
dedicarem a atacar a evolução apresentando interpretações distorcidas
e supostas "provas" de que evolução não aconteceu, ou não poderia ter
acontecido. Outra é apresentar o criacionismo travestido com o nome de
"Teoria do Projeto Inteligente", que tem uma aparência menos religiosa
e tem mais "cara de ciência".

> ... Mas não podemos valorizar debates entre cientistas e
leigos ou
> religiosos fanáticos como debates científicos!

Eu e muitos céticos que conheço concordamos com você. Debater com
criacionistas de igual para igual pode acabar tendo o efeito colateral
de emprestar credibilidade à causa deles. Mas é importante lembrar que
o alvo desses sujeitos não é a comunidade científica, que não dá bola
para eles, e sim os políticos e o público leigo. Os cientistas não se
movem, não se posicionam, e os criacionistas acabam conseguindo levar
suas idéias a quem decide, que são mesmo os políticos. Me parece que
essa era até uma das suas broncas numa mensagem anterior, que as
decisões acabam sendo políticas, sem consultar quem realmente entende.
Mas infelizmente é isso mesmo que acontece.

E é por isso que o estado do Kansas retirou a evolução dos currículos
de ciências e alguns estados como o Alabama tenham que imprimir uma
advertência nos livros escolares de que "a evolução é apenas uma
teoria controvertida em que alguns cientistas acreditam" e que
"aconteceu no passado, e ninguém estava lá para ver".

Se ninguém na comunidade científica reagir, não vai ser o povo que vai
fazê-lo. Por isso acho justificado debater, mas quando faço isso,
nunca abro mão da postura de estar esclarecendo a alguém que está
falando bobagem. Nunca argumento como se estivesse defendendo um ponto
de vista entre dois alternativos.
Dois debates de que eu participei. Um rebatendo o Olavo de Carvalho
(que escreve artigos para o Jornal da Tarde, O Globo e Revista Época):

http://www.olavodecarvalho.org/forum/Forum28/HTML/000001-4.html

e outro na Sociedade da Terra Redonda, com Alexandre Gonçalves do
braço brasileiro do Institute for Creation Research:

http://www.strbrasil.com.br/Debate/debate0100e.htm

(repare que alguns dos argumentos criacionistas podem mesmo
impressionar. Só nas respostas se vê o quanto eles são ruins!)

> Sinceramente, não conheço nenhum cientista que, "portando-se como
> cientista", defenda o criacionismo. Não digo que não existam, mas
não os
> conheço e julgo que não exercem influência de peso no meio
científico.

Sortudo! Talvez ainda não exerçam mesmo muita influência no meio
acadêmico. Mas que existem, existem. Já li alguns relatos do Takata e
outros a respeito de professores com idéias criacionistas dentro de
universidades. Mas, infelizmente, mais preocupante que o meio
científico é o meio político, e é exatamente aí que eles gostam de
trabalhar.

> ... Será que ser céptico é
acreditar que
> todos os demais cientistas, que não vivem por aí a pregar o
ceticismo, são
> idiotas? Se for assim, meus pêsames aos srs. cépticos pois vocês são
os
> responsáveis por manterem o criacionismo na mídia per omnia saeculae
> saeculorum. Pois a cada 10 vezes que ouvi a palavra criacionismo,
oito vezes
> a palavra foi proferida por um céptico de carteirinha e as outras ou
por um
> não cientista ou por alguém a entrar de gaiato na discussão, como
por ora
> estou fazendo.
>

Esse é o grande problema. Um Duesberg da vida cria uma teoria de que o
HIV não causa a AIDS; Duane Gish, Morris, Walt Brown e cia. inventam
várias "provas" contra a evolução; a comunidade científica não dá a
menor bola e a Santa, Soberana, Intocável Ciência passa incólume, como
se nada tivesse acontecido... Enquanto isso, o presidente da África do
Sul nega tratamento aos aidéticos e alguns estados americanos retiram
a evolução dos currículos. Se a discussão ficasse só na esfera
acadêmica eu até concordaria com você. Mas ela não fica. Nada contra
os cientistas que não são "céticos de carteirinha" e só querem fazer
seu trabalho no mundo da ciência, mas alguém tem que "descer do
Olimpo" e vir até o mundo dos mortais, como fizeram Sagan, Dawkins,
Gould, e outros poucos nomes.

> Que se esclareça aos jovens cientistas sobre a impropriedade, até
prova em
> contrário, do criacionismo ser tratado como ciência. Mas que não se
o faça
> com tanta veemência, a ponto de o jovem cientista ser levado a
pensar que
> está optando pelo evolucionismo em detrimento de uma outra teoria
bem
> estabelecida. Será que estou enganado a esse respeito?

Concordo (vide acima). Mas repito que o problema maior não são os
jovens cientistas.

[]s
Ronaldo Cordeiro
Dicionário Céptico: http://www.dicceptico.cjb.net



SUBJECT: Re: [ciencialist] orientação
FROM: Milton Taidi Sonoda <mtsonoda@if.sc.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 23/10/2000 09:42

Ola Lilian

Não sei oque vc está procurando,
mas existe um grupo de pesquisa
aqui no Instituto de Física de São
Carlos que trabalha com visão
cibernética.
O link é:

http://www.if.sc.usp.br/cgi-bin/w3-msql/Gera_PadraoProf.htm?cod_obj=174

Vale a pena olhar.
Até mais
Milton

Lilian Russo wrote:

> Bom dia!
>
> Preciso agora de uma orientação mais específica:
>
> Como posso obter um circuito eletrico que simule um comportamento do corpo
> humano (visao, audicao,dor ,movimento, audicao e demais?
>
> Obrigada.
>
> Lilian
>
>
> *** --- ***
> Para sair da lista envie um mail para:
> ciencialist-unsubscribe@egroups.com
> *** --- ***



SUBJECT: 16 em 1 ... o MHS
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 23/10/2000 10:53

Olá pessoal,
talvez possa ser de interesse de alguém o trabalho "16 em 1 ... o MHS".
Aos interessados:

http://www.feiradeciencias.com.br/sala04/16_em_1.htm

Tentei reunir nesse trabalho alguns exemplos de sistemas que, obedecendo
certas condições de contorno, executam o MHS. Esbocei algumas demonstrações
e comentários. Toda sugestão (e/ou inclusão) será bem vinda.

[]'
Léo




SUBJECT: Re: [ciencialist] Catastrofe ... que devemos interceder
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 23/10/2000 11:30

On Sun, 22 Oct 2000, Luiz Ferraz Netto wrote:
> O Roberto poderia enviar o primeiro texto-base (o Alberto, com certeza irá
> complementa-lo) e os demais farão sugestões e adendos.

leo,

eu topo assinar (primeirao da fila), mas nao posso escrever nada: 1 -
faltam-me conhecimento de causa e 2 - nao conseguiria escrever com
civilidade sobre aquela @#$%&.

se pudesse pedir pro dr. varella q. manja mais do q. ninguem seria otimo.

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Caso Piltdown - O que e' ?
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 23/10/2000 11:39

-----Mensagem Original-----
De: "Ronaldo Cordeiro [MG]"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Segunda-feira, 23 de Outubro de 2000 10:40
Assunto: [ciencialist] Re: Caso Piltdown - O que e' ?

> Não tenha medo, Alberto. Você não vive noutro planeta...

Olá, Ronaldo. Bastante simpática a sua réplica e, sob certos aspectos,
convincente. Realmente, quando citei sua frase não pretendi dar um caráter
pessoal mas a refletir sobre o que julgo ser a opinião dos cépticos em
geral.

> O problema é que essas figuras chamados "cientistas criacionistas"
> existem sim, são organizados, são influentes e estão infiltrados no
> meio acadêmico. Possuem uma agenda política e têm obtido resultados.
> É isso que os faz tão diferentes dos que acreditam em astrologia,
> numerologia, discos voadores, etc.

A esse respeito, já notei certa vez, creio que ao ler a página inicial do
FCB, uma certa conotação política ao movimento. Isso é bom. O homem sábio
não é aquele que tem apenas uma personalidade, mas aquele que sabe conviver
com as várias personalidades que certamente tem. É aquele que sabe ser
político quando convém que seja político e sabe ser cientista quando convém
que seja cientista. E ainda que não se despersonalize como cientista, não
adota uma postura científica ao abordar uma temática política ou mesmo
filosófica. Mesmo porque nem sempre ele é um especialista e/ou entende esse
processo devidamente, o que não significa que deva alienar-se.

> No máximo podemos dizer que são maus cientistas.

Concordo. Mas não vamos levantar a bola para eles. Afinal, eles estão na
quadra adversária. :-)

> Os criacionistas modernos são bem mais espertos e fazem principalmente
> duas coisas. Uma é, por não terem mesmo uma teoria científica, se
> dedicarem a atacar a evolução apresentando interpretações distorcidas
> e supostas "provas" de que evolução não aconteceu, ou não poderia ter
> acontecido.

Não conheço os métodos dos "criacionistas" mas defendo a idéia de que toda
crítica "bem elaborada" a qualquer teoria científica, desde que siga a
metodologia científica, deve ser bem vinda. O que diferencia um Einstein de
um crackpot reside fundamentalmente nos alicerces a suas afirmações. Sob
esse aspecto, conheço idéias brilhantes a contraporem-se não ao
evolucionismo em si, mas a tentarem fundamentar melhor a teoria, ainda que
sob o risco de negá-la (o que não significaria um retorno ao criacionismo,
pois como disse este não tem fundamentos científicos). Posso até dar crédito
a uma ou outra afirmação a contrapor-se a um determinado processo evolutivo,
mas isso não significa uma defesa do criacionismo e sim uma adesão ao não
dogmatismo.

> Outra é apresentar o criacionismo travestido com o nome de
> "Teoria do Projeto Inteligente", que tem uma aparência menos religiosa
> e tem mais "cara de ciência".

Bem, aqui já me parece estar havendo uma deturpação político ideológica.
Trata-se do querer defender a religião não pela fé mas pela ânsia pelo
poder. Procuro não ser contra os religiosos mas creio que eles provêm da
mesma fonte que gera os políticos, os generais, os cientistas... Como diria
a Erundina, o buraco parece-me ser mais embaixo.

> Os cientistas não se
> movem, não se posicionam, e os criacionistas acabam conseguindo levar
> suas idéias a quem decide, que são mesmo os políticos.

Sim, mas esse marasmo é geral e os aproveitadores da situação não são apenas
os criacionistas e creio até que existam problemas muito mais sérios, mais
graves e mais comprometedores do que este. Uma coisa é combater o marasmo
propugnando o retorno da comunidade científica a sua condição de crítica da
realidade; outra coisa é fixar limites a essa crítica, como se todo
cientista devesse se preocupar única e exclusivamente em afugentar
determinados fantasmas que freqüentam o Palácio do Planalto. Pois, a esse
respeito, os políticos costumam ser muito mais espertos do que nós; e quando
estamos indo, eles já estão voltando. E a esse respeito, costumo também
dizer que no tempo dos militares havia até mesmo a oposição tolerada. E não
somente tolerada mas até mesmo "fabricada" nos quartéis. Os militares
despersonalizaram o país a ponto de criar a oposição que hoje é a situação,
a ponto de termos Sarney, ACM e FHC jogando no mesmo time. Ora, os cépticos,
com suas idéias fixas no criacionismo, estão adquirindo o status de críticos
aceitáveis pelo sistema, enquanto milhares de outros problemas são
empurrados para debaixo do tapete sob a conivência dos que por falta de
coragem ou alternativa outra adotaram o marasmo.

> Me parece que
> essa era até uma das suas broncas numa mensagem anterior, que as
> decisões acabam sendo políticas, sem consultar quem realmente entende.
> Mas infelizmente é isso mesmo que acontece.

E continuará acontecendo enquanto a elite cultural do país se contentar
apenas em afugentar alguns fantasmas a meu ver pouco incomodativos.

> E é por isso que o estado do Kansas retirou a evolução dos currículos
> de ciências e alguns estados como o Alabama tenham que imprimir uma
> advertência nos livros escolares de que "a evolução é apenas uma
> teoria controvertida em que alguns cientistas acreditam" e que
> "aconteceu no passado, e ninguém estava lá para ver".

Não sou especialista em americanismo, mas creio que a cultura deles é
totalmente diferente da nossa. O que é bom para os americanos pode ser
péssimo para o brasileiro. E o que é mau para o americano nem sempre
representa um risco iminente para o Brasil. É claro que se nossa elite
cultural continuar se despersonalizando e/ou papagueando, muito em breve
estaremos num mesmo nível, principalmente no que se refere às desvantagens
do sistema. Pois que as vantagens foram criadas por eles e para eles.

> Nada contra
> os cientistas que não são "céticos de carteirinha" e só querem fazer
> seu trabalho no mundo da ciência, mas alguém tem que "descer do
> Olimpo" e vir até o mundo dos mortais, como fizeram Sagan, Dawkins,
> Gould, e outros poucos nomes.

Eu já acho que todo cientista deveria descer do Olimpo, vez por outra. Não
sou contra a bandeira levantada pelos cépticos e, ainda que o fosse,
defenderia com unhas e dentes o "levantar de bandeiras", ainda que
contrariassem minhas idéias. O que não posso é compactuar com o marasmo que
graça por toda a elite acadêmica do país e a permitir, em nome de um falso
evolucionismo, a decretação de que "pobre tem mais é que morrer".

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Ceticismo e Psicanalise
FROM: Rodrigo Frizzo Viecilli <philox@zaz.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 23/10/2000 11:45

Vc fala de psicologia.
Psicanalise é prática.
Tambem nao acredito na psicologia freudiana, mas a psicanalise está alem
desses elementos teoricos, apesar de eu achar que em termos de resultado
deixa a desejar.

Rodrigo

Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:

> Eu tambem nao sou especialista em psicanalise, mas
> pergunto:
>
> Retirando-se os elementos teoricos nao testaveis da psicanalise,
> sobraria o que ?
>
> []s
> jocax
>
>
> *** --- ***
> Para sair da lista envie um mail para:
> ciencialist-unsubscribe@egroups.com
> *** --- ***



SUBJECT: grama verde
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 23/10/2000 14:33

"João Paulo Paterniani da Silva" escreveu:
> Ainda, mudando de assunto, li em "O Mundo Assombrado pelos Demônios" ,de
> Carl Sagan, uma dúvida:
> "A grama é verde por causa do pigmento clorofila, é claro -todos nós
> tivemos essa informação martelada em nossas cabeças na escola secundária-,
> mas por que as plantas têm clorofila?..."

Este assunto é especulado por Fred Hoyle no livro Universo Inteligente,
segundo ele é porque a clorofila estava pronta em algum lugar e aqueles
que a aproveitaram para absorver energia tiveram vantagem não precisando
reinventar a roda. Ele defende a teoria da panspermia em que a vida é
criada em vários lugares no universo e acaba viajando de um planeta
(sistema estrelar) para outro planeta (sistema estrelar) através de
cometas e meteoritos. Basta lembrar a recente descoberta de bactérias
armazenadas em sal que foram reavivadas. Muitos meteoritos possuem sal
do mesmo tipo.

==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
==========================================================


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Caso Piltdown - O que e' ?
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 23/10/2000 15:09

Estou a seguir a vossa discussão com interesse e gostava de adicionar
algumas ideias:

1 - Evolução é uma teoria dificil de se entender. "O Gene Egoista" é
um livro dos anos 70. A ideia do gene egoista é a única ferramenta
capaz de resolver todos os problemas colocados pela evolução. Esta
ideia é relativamente nova e é desconhecida de grande parte dos
professores de biologia. A história da evolução está cheia de ideias
que só ajudaram a tornar o tema mais confuso como a selecção de
grupo. E mesmo alguns darwinistas não conseguem compreender que a
selecção dos mais aptos é uma tautologia e que as coisas só se
poderiam passar exactamente como se passam. A maior parte dos
darwinistas também desconhece que a evolução já foi simulada em
computador em experiências de Vida Artificial. Numa destas
experiências programas de computador competem entre si por acesso
à unidade de processamento. Os programas evoluiram para outros
mais eficientes.

2 - O maior problema da divulgação do criacionismo é que ele
prejudica precisamente quem o adopta. O alunos das escolas do
Kansas é que se lixam porque são eles que não aprendem biologia.
São eles que têm o seu futuro condicionado e são eles que nunca
vão trabalhar numa grande empresa de biotecnologia. Da mesma forma,
o presidente da África do Sul pode acreditar que o HIV não causa
a SIDA. Se ele acredita nisso então ele e o povo que o elegeu
que corram os riscos, se é que acham que a ideia em que acreditam
vale a pena. Sendo assim um ceptico não deve argumentar contra a
pseudociencia, porque como já foi dito isso só traz notoriedade a
essas correntes. O que um céptico deve fazer é mostrar que a adopção
das pseudociências tem consequências e que se as pessoas querem
adoptar pseudociencias problema delas.

3 - Há uma segunda estratégia que os cépticos devem aoptar:
divulgar a ciência pela positiva sem entrar em conflitos com
religiosos e pseudocientistas.

4 - Frequento algumas listas de cépticos. Embora todos os cépticos
tenham sempre argumentos excelentes contra a pseudociencia e
contra a religião são muito pouco cépticos quando se fala de
socialismo ou da liberalização do aborto. E muito menos ainda
quando se fala de teorias cientificas.


João
http://www.nonio.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] Vida de F�sico
FROM: "Jo�o Paulo Paterniani da Silva" <jopatern@hotmail.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 23/10/2000 15:48


Ol�! � a primeia vaz que participo dessa lista.
Estou na mesma situa��o do Alexsandro, com a diferen�a de que ainda estou
no segundo colegial. Uma resposta que obtive sobreos campos de pesquisa foi:
Existem varias areas com
bom campo. Talvez a melhor seja fisica de plasmas com aplicacao no espaco.

Ainda, mudando de assunto, li em "O Mundo Assombrado pelos Dem�nios" ,de
Carl Sagan, uma d�vida:
"A grama � verde por causa do pigmento clorofila, � claro -todos n�s
tivemos essa informa��o martelada em nossas cabe�as na escola secund�ria-,
mas por que as plantas t�m clorofila? Parece tolice, uma vez que o Sol
produzsua energia m�xima na parte amarela e verde do espectro. Por que as
plantas, em todo o mundo, deveriam rejeitar a luz solar em seua comprimentos
de onda mais abundantes? Talvez seja um acidente consolidado da antiga
hist�ria da vida sobre a Terra. Mas h� algo que ainda n�o compreendemos
sobre a cor da grama."
Me desculpem se escrevi alguma besteira...



Jo�o Paulo Paterniani da Silva

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SUBJECT: Re: [ciencialist] grama verde
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 23/10/2000 15:53

A panspermia não é necessária para explicar a clorofila. Entre duas
substâncias há uma que é inventada primeiro pelos seres vivos. A
clorofila foi inventada primeiro e espalhou-se. Curto e simples.


João
http://www.nonio.com

TARCISIO BORGES wrote:
>
> "João Paulo Paterniani da Silva" escreveu:
> > Ainda, mudando de assunto, li em "O Mundo Assombrado pelos Demônios" ,de
> > Carl Sagan, uma dúvida:
> > "A grama é verde por causa do pigmento clorofila, é claro -todos nós
> > tivemos essa informação martelada em nossas cabeças na escola secundária-,
> > mas por que as plantas têm clorofila?..."
>
> Este assunto é especulado por Fred Hoyle no livro Universo Inteligente,
> segundo ele é porque a clorofila estava pronta em algum lugar e aqueles
> que a aproveitaram para absorver energia tiveram vantagem não precisando
> reinventar a roda. Ele defende a teoria da panspermia em que a vida é
> criada em vários lugares no universo e acaba viajando de um planeta
> (sistema estrelar) para outro planeta (sistema estrelar) através de
> cometas e meteoritos. Basta lembrar a recente descoberta de bactérias
> armazenadas em sal que foram reavivadas. Muitos meteoritos possuem sal
> do mesmo tipo.
>
> ==========================================================
> TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
> http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
> ==========================================================
>
>
> *** --- ***
> Para sair da lista envie um mail para:
> ciencialist-unsubscribe@egroups.com
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Caso Piltdown - O que e' ?
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 23/10/2000 17:31

On Mon, 23 Oct 2000, João Mário Miranda wrote:
> 1 - Evolução é uma teoria dificil de se entender. "O Gene Egoista" é
> um livro dos anos 70. A ideia do gene egoista é a única ferramenta
> capaz de resolver todos os problemas colocados pela evolução. Esta
> ideia é relativamente nova e é desconhecida de grande parte dos
> professores de biologia. A história da evolução está cheia de ideias
> que só ajudaram a tornar o tema mais confuso como a selecção de
> grupo. E mesmo alguns darwinistas não conseguem compreender que a
> selecção dos mais aptos é uma tautologia e que as coisas só se
> poderiam passar exactamente como se passam. A maior parte dos
> darwinistas também desconhece que a evolução já foi simulada em
> computador em experiências de Vida Artificial. Numa destas
> experiências programas de computador competem entre si por acesso
> à unidade de processamento. Os programas evoluiram para outros
> mais eficientes.

a teoria da evolucao biologica na verdade eh bastante simples -- o
problema eh qdo alguns comecam a inventar em cima dela -- suspeito q.
pelo fato de ser simples, muitos ficam tentados a discorrer sobre ela e
aih nascem as bobagens colossais como a darwinismo social e economico.

o gene egoista nao eh a unica ferramenta, mas eh uma alternativa bastante
interessante e instingante. outra eh a gaia (nao confundir com as
interpretacoes misticas dela). eh reconhecido q. dadas algumas
circunstancias a selecao de grupo pode efetivamente ocorrer -- mas os q.
enfatizam a selecao em nivel genetico consideram q. essas condicoes sao
restritivas demais para q. tenham desempenhado algum papel destacado na
evolucao das diversas linhagens.

mas uma vez q. a discussao central eh sobre a unidade de replicacao e a
unidade de interacao (por vezes chamados de veiculos), eu particularmente
fico com a ideia das unidades aninhadas de selecao.

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] bacteria imortal?
FROM: "Marcos Borges" <maborges@ccard.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 23/10/2000 17:36

Fotossíntese, segundo Lynn Margulis (do livro A Teia da Vida de Frijof
Capra) as bactérias fotossintetizantes não eram capazes de romper as fortes
ligações entre o hidrogênio e o oxigênio até que uma espécie especial de
bactérias azuis-verdes inventasse um novo tipo de fotossíntese.

Entretanto uma dúvida,
A Fotossíntese que usa H2O e CO2,

A equação geral é 6CO2 + 12H2O ------> C6H12O6 + 6O2 + 6H2O

Então como ficaria uma uma equação de fotossíntese que em vez de H2O como
fonte de Hidrogênio, que reduz o CO2 à açúcar, use H2S?. Tal reação nunca
produzia oxigênio. Seria possível como afirma Lynn Margulis?

[]'s
Marcos Borges




On Sun, 22 Oct 2000, Marcos Borges wrote:
> atualmente. Utilizavam o H2S, expelido pelos vulcões, em vez de água, como
> sua fonte de hidrogênio, combinando-o com a luz solar e com o CO2 (donde

foto ou quimiossintese?

[]s,

roberto takata



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SUBJECT: Emprego na UNESP de Presidente Prudente
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <papec@eGroups.com>, Ciencialist - grupo de discussão <ciencialist@eGroups.com>
DATE: 23/10/2000 17:36

Isto pode interessar a alguém!
Belisário

----- Original Message -----
From: Sociedade Brasileira de Física
To: sbfisica-socios@pcsbf14.if.usp.br
Sent: Monday, October 23, 2000 11:31 AM
Subject: OPORTUNIDADE (UNESP - Presidente Prudente)


****************************************************************************
***
BOLETIM ELETRONICO SBF
****************************************************************************
***
SECAO: Oportunidade * * * Responsavel: Adilson J. da
Silva
****************************************************************************
***
Concurso - Vaga para Professor Titular na Unesp

A Faculdade de Ciências e Tecnologia de Presidente Prudente FCT Unesp
está empenhada em implantar uma pós-graduação na área de Bioengenharia,
congregando pesquisadores do Departamento de Física, Química e
Biologia, Departamento de Matemática e Departamento de Fisioterapia.

Para viabilizarmos esse projeto estaremos oferecendo uma vaga de
professor titular na referida área.

Inicialmente, o profissional teria a missão de coordenar a implantação
do curso de pós-graduação multidisciplinar, nucleando os diversos
pesquisadores da Unidade.

Estamos solicitando que os pesquisadores interessados, que sejam
livre-docentes há mais de 5 anos, enviem-nos informações sobre a sua
experiência profissional - currículo resumido (até uma página), até o
próximo dia 06/11/00, para um primeiro contato.

Faculdade de Ciências e Tecnologia
Rua Roberto Simonsen, 305 Caixa postal 467
Fone: (18) 229-5388 Fax: (18) 229-5343
19060-900 Presidente Prudente - SP
****************************************************************************
***




SUBJECT: Re: [ciencialist] cenarios evolutivos e telepatia
FROM: "Dr. Omni" <dromni@ieg.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 23/10/2000 20:40

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Friday, October 20, 2000 11:04 PM
Subject: Re: [ciencialist] cenarios evolutivos e telepatia


[snikt]
> É algo equivalente às ondas de rádio AM em baixa freqüência ... os
> transmissores devem ser cavalarmente potentes. Em ondas curtas e
microondas,
> cuja freqüência é especialmente alta, a potência pode ser pequena e o
> alcance será enorme.

É verdade. Porém, enquanto ondas curtas são extremamente sensíveis à
presença de um obstáculo no caminho - uma colina, por exemplo, cria uma
sombra bem definida para uma onda de alta freqüência - o mesmo não acontece
com ondas longas: por meio de difração, elas podem facilmente "contornar"
obstáculos enormes. Por esse motivo, a despeito de consumir mais energia, o
infra-som permite aos elefantes se comunicar mesmo com montes de árvores e
morros no caminho.

> Em suma, com infra-sons, os elefantes só conseguiriam conversar, aos
gritos
> inaudíveis para nós, com sua companheira bem ao seu lado!

Da maneira como você apresentou o argumento acima, tem-se a impressão de que
o seu "cálculo" foi puramente qualitativo, isto é, você *supôs* (baseado na
linha de raciocínio de ondas mais longas -> mais energia) que um elefante
teria de berrar para se comunicar com outro ao lado em infra-som. Mas isso
não é válido, só com uma boa demonstração quantitativa envolvendo variáveis
bastante esquisitas como a potência vocal e sensiblidade auditiva dos
elefantes é que seria possível fazer a afirmação de que comunicação
infra-sônica entre eles parece ser inviável. E, de fato, a evidência
*experimental* que eu conheço mostra que os elefantes *usam* infra-som para
se comunicarem, de modo que o resultado desse cálculo não deve ser tão
intuitivo quanto parece...

> []'

[]'s

> Léo
[snikt]

Dr. Omni
ICQ# 53853815



SUBJECT: Re: [ciencialist] bacteria imortal?
FROM: "Dr. Omni" <dromni@ieg.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 23/10/2000 20:47

----- Original Message -----
From: "Palhares, Paulo Rogerio" <prpalhares@sti.com.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Thursday, October 19, 2000 5:30 PM
Subject: Re: [ciencialist] bacteria imortal?


[snikt]
> Porque pensem bem, pelo que eu sei ( pode ser que eu esteja desatualizado,
> meu negócio é mais cosmologia e afins), nós evoluimos do macaco, mas não
se
> sabe exatamente e nem porque teve a separação e nós tivemos nossa linhagem
e
> os macacos as deles, pode ser exatamente nesse momento que teve a
> colonização planetaria. E aproveitando, alguêm sabe ou ja leu algo sobre a
> razão das diferentes raças?
>

Isolamento geográfico, com a conseqüente diferenciação das freqüências de
alelos ao longo de várias gerações, ora essa. É o mesmo mecanismo que atua
na especiação - a criação de espécies novas - só que muito, muito no
comecinho. (Aliás, os biólogos em geral tendem a desconsiderar o conceito de
"raça". Só o conceito de espécie faz algum sentido.) Você vê diferentes
"raças" em qualquer espécie cosmopolita: por exemplo, gatos de rua
americanos têm uma aparência consideravelmente diferente da dos gatos de rua
brasileiros, e, a julgar pelos criadores de gatos (que defendem o
reconhecimento da raça "pêlo curto brasileiro"), tratam-se de diferenças de
natureza genética.

> Palhares.
[snikt]

Dr. Omni
ICQ# 53853815



SUBJECT: Movimento Browniano
FROM: Paulo Sérgio Dias <psdias@zaz.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 24/10/2000 06:53

Amigos:

- Alguem poderia explicar
resumidamente o movimento
browniano ?

- Encontrei algumas explicacoes
basicas, mas gostaria de
um pouco mais de detalhes

- E' que estou lendo o
livro "Objetos Fractais",
de Benoit Mandelbrot,
e ele fala sobre o movimento
browniano.

- Tenho ate' um programinha
interessante, que adquiri
em um CD-ROM em banca de revistas,
que faz uma simulacao do movimento
browniano, apresentando um grao
de polen em um liquido. Pode-se
variar a temperatura, a quantidade
de particulas no liquido, tracar
a trajetoria do grao de polen, etc.

- E' ilustrativo, mas gostaria
de saber algo mais.


[]'s
Paulo Sérgio Dias
psdias@globo.com.br





SUBJECT: Re: [ciencialist] bacteria imortal?
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 24/10/2000 10:41

On Sun, 22 Oct 2000, Marcos Borges wrote:
> atualmente. Utilizavam o H2S, expelido pelos vulcões, em vez de água, como
> sua fonte de hidrogênio, combinando-o com a luz solar e com o CO2 (donde

foto ou quimiossintese?

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Movimento Browniano
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 24/10/2000 12:41

Olá Paulo,
há bastante coisa a ser dita sobre o movimento browniano, no fundo, a teoria
do "passeio ao acaso".
Como vc já deve ter algo sobre o assunto, introdução à teoria cinética dos
gases, como o disse, foi me restringir a um exemplo importante desse
comportamento 'randômico', no caso da difusão. Se eu falar alguma abobrinha,
o Sr. Thomas B. Brown me desculpará ... e os amigos cairão em cima (a melhor
opção para mim).

O fenômeno da difusão tem lugar tanto nos líquidos como nos gases. Se
colocarmos uma colher de açúcar (calmamente) em uma xícara de café e não o
agitarmos, passar-se-á muito tempo, na verdade algumas horas, para que o
café fique uniformemente adoçado. Se esperássemos alguns dias, veríamos que
a situação seria a mesma que teria sido atingida ao cabo de um minuto,
utilizando uma colher.

O pequeno 'mistério' vc já sabe, é o modo como viajam as moléculas de açúcar
através do líquido, sem ter sido agitado. Elas abrem caminho, como resultado
da agitação térmica, por entre uma multidão de moléculas de água. Não seguem
trajetos retilíneos, muito ao contrário, realizam um "passeio ao acaso".

Simulemos isso com uma pessoa trêbada inicialmente encostada num poste.
Se ela der N passos numa direção (e sentido) e L for o comprimento de cada
passo, evidentemente que ter-se-á afastado do poste da distância LN. Mas,
nosso trêbado não faz isso, ele mudará de direção (e eventualmente sentido)
em cada passo e, ao cabo, não se afastará tanto do poste.
A matemática permite provar que a distância percorrida, nessa hipótese,
seria apenas de LsqrN (L raiz quadrada de N). Aliás, só recordo do
resultado, não da demonstração (lembro que é chata!).
Assim, posto que o número de passos (N) é proporcional ao tempo, a distância
percorrida nesse passeia louco aumenta na razão direta da raiz quadrada do
tempo. E isso explica o 'longo tempo' para adoçar o café por difusão
browniana. As distâncias percorridas pelas moléculas de açúcar em 10, 20 e
30 minutos, estão na proporção de 1 : sqr2 : sqr3 , ou seja, 1:1,42:1,72.

Parece bobo esse exemplo do açúcar no café, mas o mesmo fenômeno (difusão)
desempenha importante papel em vários setores da Física, como: o princípio
da 'pilha'atômica fundamenta-se na difusão dos nêutrons através do
moderador; os quanta de energia produzidos pelas reações termonucleares (no
centro do Sol, por exemplo) também se difundem lentamente através da massa
da estrela (até atingir a superfície) ... e cai fora, para o espaço (acaba a
difusão)
..... e acabam minhas dicas difusas!

[]'
Léo

-----Mensagem Original-----
De: Paulo Sérgio Dias <psdias@zaz.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: terça-feira, 24 de outubro de 2000 07:53
Assunto: [ciencialist] Movimento Browniano


Amigos:

- Alguem poderia explicar
resumidamente o movimento
browniano ?

- Encontrei algumas explicacoes
basicas, mas gostaria de
um pouco mais de detalhes

- E' que estou lendo o
livro "Objetos Fractais",
de Benoit Mandelbrot,
e ele fala sobre o movimento
browniano.

- Tenho ate' um programinha
interessante, que adquiri
em um CD-ROM em banca de revistas,
que faz uma simulacao do movimento
browniano, apresentando um grao
de polen em um liquido. Pode-se
variar a temperatura, a quantidade
de particulas no liquido, tracar
a trajetoria do grao de polen, etc.

- E' ilustrativo, mas gostaria
de saber algo mais.


[]'s
Paulo Sérgio Dias
psdias@globo.com.br





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ciencialist-unsubscribe@egroups.com
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SUBJECT: Re: Ceticismo e Psicanalise
FROM: "Daniel Sottomaior [SP]" <cetico@hotmail.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 24/10/2000 16:50

Como o moderador do FCB não pertence à ciencialist, ele me pediu para
postar uma mensagem dele aqui se o Brudna concordasse. Infelizmente
houve um problema de comunicação com o Brudna, e só agora tive o
sinal verde. Lá vai:

__________________________________________________________________
1. As normas da lista FCB são claras quanto ao seu tema, e debates
entre opostos não são permitidos, conforme explicam os dois links
abaixo. A discussão sobre psicanálise que ainda prossegue na lista
visa principalmente esclarecer sobre essa pseudociência.

Descrição Geral do Fórum (DGF)
http://www.nitnet.com.br/~kruse/descfor.txt

Fórum Cético Brasileiro
http://www.nitnet.com.br/~kruse/forum.htm

2. O Manuel Bulcão violou a etiqueta da rede (abaixo) ao enviar uma
mensagem particular para uma lista de discussão. Essa atitude pretende
atingir o moderador ou a lista, porém diz mais sobre esse "defensor
da tradição psicanalítica" do que sobre o FCB.

"It is considered extremely rude to forward personal email to mailing
lists or Usenet without the original author's permission."
http://www.fau.edu/netiquette/net/elec.html

"Don't forward personal email to mailing lists without the author's
permission."
http://www.aldea.com/bluepages/email.html

"As always, private email is PRIVATE. Do not repost private email
without the _express_ permission of the person who sent it to you."
http://www.trimaris.org/mailist.html

"Cuidado com mensagens pessoais. Não submeta este tipo de mensagem a
newsgroups nem listas."
http://www.pegasus.com.br/recursos/etiqueta.html

"However, do not forward personal email received from others to the
listserv without the sender's express permission [...]."
http://www.nafsa.org/secussa/secussa-l.html

"Não envie cópia de uma mensagem particular para um grupo ou lista de
discussão sem a permissão do autor."
http://www.sigmanet.com.br/users/mlaraujo/dicas003.htm

"When interacting on the Internet, do not [...] repost personal email
that you receive to public forums (e.g. listservs, newsgroups) without
the permission of others."
http://www.sd22.bc.ca/accept.htm

"If you are forwarding or re-posting a message you've received, do not
change the wording. If the message was a personal message to you and
you are re-posting to a group, you should ask permission first."
http://www.ietf.org/rfc/rfc1855.txt

3. Embora tenha reproduzido a mensagem, o Manuel Bulcão omitiu os
textos e livros citados. Essas referências deixam bem claro qual é a
posição do FCB sobre a psicanálise:

Psychoanalysis & Sigmund Freud
http://skepdic.com/psychoan.html

Review of 'Madness on the Couch' by Edward Dolnick
http://www.skepdic.com/refuge/dolnick.html

Madness on the Couch, by Edward Dolnick
http://www.amazon.com/exec/obidos/ASIN/0684824973/

Review of 'Freud Evaluated' by Malcolm Macmillan
http://www.cis.vt.edu/modernworld/d/Freudeval.html
http://www.human-nature.com/freud/crews4.html

Freud and the Question of Pseudoscience, by Frank Cioffi
http://www.amazon.com/exec/obidos/ASIN/081269385X/

Why Freud Was Wrong, by Richard Webster
http://www.amazon.com/exec/obidos/ASIN/0465091288/

The Memory Wars, by Frederick Crews
http://www.amazon.com/exec/obidos/ASIN/0940322072/



SUBJECT: RES: [ciencialist] Movimento Browniano
FROM: "Emerson Joucoski" <joucoski@onda.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 24/10/2000 18:19

caro paulo, vc poderia me enviar o programa de que falou que adquiriu na
revista?
meu e-mail é joucoski@onda.com.br
muito agradecido desde já...

---
Emerson Joucoski
http://www.geocities.com/joucoski


| -----Mensagem original-----
| De: Paulo Sérgio Dias [mailto:psdias@zaz.com.br]
| Enviada em: terça-feira, 24 de outubro de 2000 7:54
| Para: ciencialist@egroups.com
| Assunto: [ciencialist] Movimento Browniano
|
|
| Amigos:
|
| - Alguem poderia explicar
| resumidamente o movimento
| browniano ?
|
| - Encontrei algumas explicacoes
| basicas, mas gostaria de
| um pouco mais de detalhes
|
| - E' que estou lendo o
| livro "Objetos Fractais",
| de Benoit Mandelbrot,
| e ele fala sobre o movimento
| browniano.
|
| - Tenho ate' um programinha
| interessante, que adquiri
| em um CD-ROM em banca de revistas,
| que faz uma simulacao do movimento
| browniano, apresentando um grao
| de polen em um liquido. Pode-se
| variar a temperatura, a quantidade
| de particulas no liquido, tracar
| a trajetoria do grao de polen, etc.
|
| - E' ilustrativo, mas gostaria
| de saber algo mais.
|
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| []'s
| Paulo Sérgio Dias
| psdias@globo.com.br
|
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| Para sair da lista envie um mail para:
| ciencialist-unsubscribe@egroups.com
| *** --- ***
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ceticismo e Psicanalise
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 24/10/2000 18:25

-----Mensagem Original-----
De: "Daniel Sottomaior [SP]"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Terça-feira, 24 de Outubro de 2000 17:50
Assunto: [ciencialist] Re: Ceticismo e Psicanalise

> 2. O Manuel Bulcão violou a etiqueta da rede (abaixo) ao enviar uma
> mensagem particular para uma lista de discussão. Essa atitude pretende
> atingir o moderador ou a lista, porém diz mais sobre esse "defensor
> da tradição psicanalítica" do que sobre o FCB.

Caro Daniel

Tendo em vista que em 19/10/00 endossei a msg do Manuel Bulcão, em especial,
e dentre outras, com as seguintes palavras:

"Realmente, lamentável e faltam-me palavras para comentar atitudes tão
mesquinhas adotada por seres que se dizem cientistas."

...e tendo em vista que, segundo as regras da Netiqueta, conforme extraída
de sua msg,

"Não se deve enviar cópia de uma mensagem particular para um grupo ou lista
de discussão sem a permissão do autor."

...parece-me que, por conivência e/ou mesmo por apoiar um colega da
ciencialist, estaria eu incluso entre os que supostamente infringiram o
código da Netiqueta. Nada muito grave pois que a Netiqueta está aí para a
gente aprender e/ou até mesmo aperfeiçoar. Não obstante, não concordo
plenamente com o enquadramento efetuado e peço licença para fazer a minha
defesa, deixando de lado possíveis outras irregularidades porventura
cometidas pelo Manoel para que ele se defenda de próprio punho, caso julgue
necessário.

Pelo que entendi, o Manoel Bulcão enviou uma msg para a lista do FCB, do
qual suponho que na época fazia parte. Este e-mail foi recusado pelo
moderador da lista, no exercício de suas funções de moderador, e não como um
amigo ou conselheiro a sugerir que não postasse a msg no FCB. Logo, este
segundo e-mail é, a meu ver, um documento de fé pública e não uma mensagem
particular. Entendi pois a msg do Manuel Bulcão como uma defesa efetuada em
outra lista pública, pois a lista do FCB lhe foi negada para a exposição de
suas idéias que julgo de elevado valor e não vejo mal algum que, em sua msg,
apresentasse as provas da negação efetuada. Já observei reproduções de msgs
tanto do moderador da Ciencialist quanto da Acrópolis, sem que ninguém
reclamasse quanto à impropriedade da postagem.

Não quero emitir juízo sobre o funcionamento da lista do FCB mas, em virtude
do exposto, e a menos que surjam novas evidências, mantenho o que afirmei em
19/10/00.

Respeitosamente
Alberto Mesquita Filho



SUBJECT: Psicanalise e Ceticismo
FROM: "Manuel Bulcao" <msbn@daterranet.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 25/10/2000 04:37

Prezados listeiros,

O Daniel Sottomaior escreveu - As normas da lista FCB sao claras
quanto ao seu tema, e debates entre opostos não sao permitidos,
conforme explicam os dois links abaixo. A discussao sobre psicanalise
que ainda prossegue na lista visa principalmente esclarecer sobre
essa pseudociencia.

Manuel Bulcao - Em primeiro lugar, onde nao ha oposicao de ideias nao
ha debate. (Dicionario Aurelio: debate: 1. Discussao em que se alegam
razoes pro ou contra; disputa, questao: 2. Contestacaop;
contradicao; duvida: 3. Altercacao, contenda, porfia.) Logo, a
ridicula, hilariante e nazi-stalinista regra "debates entre opostos
nao sao permitidos" encerra uma contradição lógica. O Daniel
Sottomaior deve ter tirado a sua definicao de "debate" do dicionario
"novilingua", elaborado pelo Grande Irmao, personagem do romance
1984, de George Orwell. Pode-se objetar que a lista em questao ateh
que aceita o debate, ou seja, o confronto de ideias, mas somente
entre ceticos. Ora, nao ha entre os ceticos um firme acordo de que a
psicanalise seja uma pseudociencia (Carl Sagan e Murray Gel-Mann,
ceticos de carteirinha, ilustram bem que a polemica "cetica" sobre a
psicanalise ainda nao se encerrou). Alguns ceticos behavioristas e
pavlovianos (alguns, nao todos) tem absoluta certeza de que a
psicanalise nao passa de uma falcatrua, mas esses companheiros nao
representam todos os ceticos. Alias, muitos deles nao sao ceticos
coisissima nenhuma, pois o que o ceticismo contesta eh, precisamente,
a certeza. Nao a verdade, mas a certeza. Assim como ha
pseudociencias, ha tambem pseudoceticismos, dentre os quais o
ceticismo embasado na "feh" cega e irracional de que a metodologia
das ciencias naturais tambem eh absolutamente valida para as ciencias
humanas (pode ateh ser, mas nao eh "certo"), quando nao pura
crença
irrefletida na verdade das palavras ditas por alguma autoridade
cetica. Se Karl Popper soubesse das asneiras que alguns "ceticos"
professam utilizando para tanto alguns dos seus argumentos, Popper,
como Marx, diria: "O certo eh que nao sou popperiano." E por falar no
meu velho e querido Marx, lembro-me agora de uma frase dele que muito
se coaduna a este pseudoceticismo, a esse ceticismo tolo e
irracional. A frase eh a seguinte: "o ateismo eh tao-somente o
`reconhecimento' negativo de Deus." Quer isso dizer: o
pseudoceticismo nada mais eh que a sombra de um "dogma" que o sol
poente projeta na planicie. (Takata, fale alguma coisa sobre essa
minha bela metafora! Estarei mais uma vez subordinando a argumentacao
ao estilo e a oratoria?)

O Daniel Sottomaior falou que a discussao sobre psicanalise ainda
prossegue na lista do FCB. Engraçado. O Jefferson, no e-mail que
me
enviou COMO MODERADOR, e para justificar a nao edicao da minha
mensagem em defesa da psicanalise na mencionada lista, disse-me que a
oportunidade que se abriu para a discussao sobre a psicanalise foi
"acidental", e que pretendia acabar com ela o mais rapido possivel.
Nao acabou? Por que? Eu sei o porque. O debate nao acabou devido aas
minhas manifestações "ceticas" em prol do dialogo franco e aberto
entre os ceticos acerca da psicanalise, tanto na ciencialist quanto
na acropolis (maravilhosas listas!). Hoje, dei uma espiada na lista
do FCB, e me surpreendi -- senti-me imensamente feliz ! -- com um e-
mail do Sr. Marco A. Andrade defendendo a psicanalise (uma entre dez
contras). Uma excelente mensagem, muito bem fundamentada (ms. nr.
2812) . Mas eh bom que se diga: o Sr. Marco A. Andrade enviou sua
mensagem em 14 de outubro de 2000, a qual soh foi publicada em 24 de
outubro de 2000, ou seja, sua mensagem ficou dez dias mofando na
gaveta do burocrata. Se nao fosse por mim, se eu nao tivesse me
esperneado, me desgastado e, para alguns, virado motivo de troca, os
ceticos do FCB nao teriam a oportunidade de conhecer os argumentos do
Sr. Marco. A. Andrade a favor da psicanalise, por sinal argumentos
muito melhores que os meus.

Alguem pode achar que esta reacao minha se deve ao orgulho ferido.
Devo esclarecer que, no FCB, fui censurado nao uma, mas duas vezes.
Mas retrocedendo um pouco, lembro-me da alegria quando descobri o
Forum Cetico Brasileiro. Logo depois de me inscrever em sua lista de
discussao, mandei a seguinte mensagem para um amigo meu, o Joaquim
Neto (membro da Acropolis), em 24 de maio de 2000, aas 22 horas e 14
minutos:

"Olah, Joaquim.

"Descobri uma lista de discussao muito boa e dinamica, destinada a
reunir racionalistas e secularistas preocupados com o atual afluxo do
irracionalismo, mormente dos fundamentalismos religiosos. Meu amigo,
nesta lista sinto-me em casa :-)

"E como voce eh tambe um herdeiro do iluminismo, um defensor da
razao, achei que seria do seu interesse conhecer a lista. Vale a pena
conferir. Um abraco do Manuel Bulcao."

Duas semanas depois, recebi um e-mail por esta lista, não me
lembro
qual o remetente, intitulado "Falcatrua em Psicoterapia", na qual
Freud figurava como um "classico da pseudociencia." Tomei um susto.
Jamais pensei que Freud fosse um charlatao. Logo Freud, que teve uma
influencia enorme sobre muitos filosofos e cientistas sociais
(Trotsky, Claude Levi-Strauss, a Escola de Frankfurt, etc). Enviei
entao um e-mail, e por mais de uma semana aguardei, em vao, a sua
publicacao. Chateado, e por impulso, saí da lista. No mesmo dia em
que cancelei minha assinatura o Jefferson envia-me um e-mail,
comunicando-me que a minha mensagem "Re: Falcatrua em Psicoterapia"
foi enviada para o Daniel Sottomaior (nao para a lista). O Daniel
responde-me, muito educadamente. Mas, ao ler o seu e-mail, senti-me
um estudante do primeiro ano da faculdade sendo "doutrinado" por um
"quadro" de uma organizacao estudantil de extrema-esquerda (Libelu,
Convergencia socialista, etc.). Eu, que tenho 36 anos, e que já
fui
membro do PCB, da CS e da Causa Operaria -- e da qual sai ao custo de
alguns anatemas --, tendo que ouvir agora uma lenga-lenga similar,
analoga aaquele velho discurso pre-guerra-fria, maniqueista e
simplorio. (Permaneco ateh hoje, firmemente, um homem de esquerda,
porem averso ao fundamentalismo esquerdista.) Lembro-me de ter
"respostado" a mensagem do Daniel, ou seja, respondi ao Daniel com
raiva e desdem. Admito, não fui urbano.

Alguns meses depois, resolvi-me inscrever novamente na lista do FCB
(afinal, sou um cetico!) e, para o meu azar, deparei-me novamente com
uma serie de mensagens sobre a psicanalise, inclusive uma (soh uma!)
a favor da "tradicao" psicanalítica, a mensagem de número 2643,
postada em 28/09/2000, do Sr. Marco A. Andrade. Diante daquela
mensagem, e uma vez que se acumulavam as replicas, sempre contrarias
ao ponto de vista psicanalitico (e sem que o Sr. Marco se
manifestasse), resolvi entao me imiscuir mais uma vez. E mais uma
vez fui "censurado". Obviamente, evidentemente que fiquei muito
magoado.

Em recente mensagem enviada ao FCB, o Jefferson afirmou que, "ao
adotar esta posicao [posicao cetica], um "defensor da tradicao
psicanalitica" [ele se referiu a mim] argumentou que estariamos
jogando fora a agua suja da bacia junto com o bebe. Nao se trata
disso, nem de igualar a psicanalise ah astrologia. Talvez a
psicanalise se pareca mais com a alquimia, que descobriu alguns
elementos quimicos buscando a pedra filosofal. Então, nao estamos
jogando fora bacia alguma. Nossa posicao eh muito simples: tragam o
bebe quando tiverem terminado o banho."

Em primeiro lugar, o objeto da alquimia e da astrologia eh um dado da
natureza, ao passo que a psicanalise se propoe a estudar o homem. Nao
que o homem nao seja um ser natural (aviso aos asnos), mas a
distincao entre ciencias naturais e ciencias humanas eh necessaria
porque, nas ciencias humanas, ao contrario do que ocorre nas ciencias
naturais, ha uma identidade entre sujeito e objeto do conhecimento,
identidade esta que compromete sobremaneira a "objetividade
cientifica". Logo, meus caros amigos Jefferson e Daniel Sottomaior,
não dah para estabelecer uma semelhanca entre alquimia e
psicanalise.

O Jefferson comenta uma frase minha, segundo a qual nos [os ceticos]
estariamos jogando fora a agua suja da bacia junto com o bebe. E, num
arroubo literario inigualavel, lanca-me na cara um torpedo oscar-
wildeano inesquivavel: "tragam o bebe quando tiverem terminado o
banho." Chibatada!

Takata, o que voce acha dessa metafora arretada? -- "Tragam-me o bebe
quando tiverem terminado o banho." Cara, estou tremulo! Esse cara eh
um daqueles pouquissimos que submetem a oratoria e o estilo aa
argumentacao.

Daniel Sottomaior - O Manuel Bulcao violou a etiqueta da rede
(abaixo) ao enviar uma
mensagem particular para uma lista de discussao. Essa atitude pretende
atingir o moderador ou a lista, porém diz mais sobre esse "defensor
da tradicao psicanalitica" do que sobre o FCB.

Manuel Bulcao - Nada contra o Jefferson. O Jefferson apenas assume
as responsabilidades de um "colegiado". Eu, francamente, nao queria
estar no lugar dele. Meus e-mails "ceticos", "racionalistas" e
"agnosticos" dirigem-se contra um punhado de regras que, ao inves de
afirmar o ceticismo, o avacalham. Ademais, nao violei regra alguma. O
Jefferson, ao responder o meu e-mail (negando a sua publicacao na
lista), respondeu-me como o moderador de uma lista publica, o FCB, e
nao como um particular. O e-mail que tenho dele eh um documento
publico, como disse o Mesquita (Agapito, o Mesquita eh mesmo um
mestre, nao ha como nao reconhecer!)

Saudações ceticas, racionalistas, ateias, irreverentes e
agnosticas,
Manuel Bulcao




SUBJECT: Re:re: Ceticismo e Psicanalise
FROM: "Manuel Bulcao" <msbn@daterranet.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 25/10/2000 04:53

Prezados listeiros,

O Daniel Sottomaior escreveu - As normas da lista FCB sao claras
quanto ao seu tema, e debates entre opostos não sao permitidos,
conforme explicam os dois links abaixo. A discussao sobre psicanalise
que ainda prossegue na lista visa principalmente esclarecer sobre
essa pseudociencia.

Manuel Bulcao - Em primeiro lugar, onde nao ha oposicao de ideias nao
ha debate. (Dicionario Aurelio: debate: 1. Discussao em que se alegam
razoes pro ou contra; disputa, questao: 2. Contestacaop;
contradicao; duvida: 3. Altercacao, contenda, porfia.) Logo, a
ridicula, hilariante e nazi-stalinista regra "debates entre opostos
nao sao permitidos" encerra uma contradição lógica. O Daniel
Sottomaior deve ter tirado a sua definicao de "debate" do dicionario
"novilingua", elaborado pelo Grande Irmao, personagem do romance
1984, de George Orwell. Pode-se objetar que a lista em questao ateh
que aceita o debate, ou seja, o confronto de ideias, mas somente
entre ceticos. Ora, nao ha entre os ceticos um firme acordo de que a
psicanalise seja uma pseudociencia (Carl Sagan e Murray Gel-Mann,
ceticos de carteirinha, ilustram bem que a polemica "cetica" sobre a
psicanalise ainda nao se encerrou). Alguns ceticos behavioristas e
pavlovianos (alguns, nao todos) tem absoluta certeza de que a
psicanalise nao passa de uma falcatrua, mas esses companheiros nao
representam todos os ceticos. Alias, muitos deles nao sao ceticos
coisissima nenhuma, pois o que o ceticismo contesta eh, precisamente,
a certeza. Nao a verdade, mas a certeza. Assim como ha
pseudociencias, ha tambem pseudoceticismos, dentre os quais o
ceticismo embasado na "feh" cega e irracional de que a metodologia
das ciencias naturais tambem eh absolutamente valida para as ciencias
humanas (pode ateh ser, mas nao eh "certo"), quando nao pura
crença
irrefletida na verdade das palavras ditas por alguma autoridade
cetica. Se Karl Popper soubesse das asneiras que alguns "ceticos"
professam utilizando para tanto alguns dos seus argumentos, Popper,
como Marx, diria: "O certo eh que nao sou popperiano." E por falar no
meu velho e querido Marx, lembro-me agora de uma frase dele que muito
se coaduna a este pseudoceticismo, a esse ceticismo tolo e
irracional. A frase eh a seguinte: "o ateismo eh tao-somente o
`reconhecimento' negativo de Deus." Quer isso dizer: o
pseudoceticismo nada mais eh que a sombra de um "dogma" que o sol
poente projeta na planicie. (Takata, fale alguma coisa sobre essa
minha bela metafora! Estarei mais uma vez subordinando a argumentacao
ao estilo e a oratoria?)

O Daniel Sottomaior falou que a discussao sobre psicanalise ainda
prossegue na lista do FCB. Engraçado. O Jefferson, no e-mail que
me
enviou COMO MODERADOR, e para justificar a nao edicao da minha
mensagem em defesa da psicanalise na mencionada lista, disse-me que a
oportunidade que se abriu para a discussao sobre a psicanalise foi
"acidental", e que pretendia acabar com ela o mais rapido possivel.
Nao acabou? Por que? Eu sei o porque. O debate nao acabou devido aas
minhas manifestações "ceticas" em prol do dialogo franco e aberto
entre os ceticos acerca da psicanalise, tanto na ciencialist quanto
na acropolis (maravilhosas listas!). Hoje, dei uma espiada na lista
do FCB, e me surpreendi -- senti-me imensamente feliz ! -- com um e-
mail do Sr. Marco A. Andrade defendendo a psicanalise (uma entre dez
contras). Uma excelente mensagem, muito bem fundamentada (ms. nr.
2812) . Mas eh bom que se diga: o Sr. Marco A. Andrade enviou sua
mensagem em 14 de outubro de 2000, a qual soh foi publicada em 24 de
outubro de 2000, ou seja, sua mensagem ficou dez dias mofando na
gaveta do burocrata. Se nao fosse por mim, se eu nao tivesse me
esperneado, me desgastado e, para alguns, virado motivo de troca, os
ceticos do FCB nao teriam a oportunidade de conhecer os argumentos do
Sr. Marco. A. Andrade a favor da psicanalise, por sinal argumentos
muito melhores que os meus.

Alguem pode achar que esta reacao minha se deve ao orgulho ferido.
Devo esclarecer que, no FCB, fui censurado nao uma, mas duas vezes.
Mas retrocedendo um pouco, lembro-me da alegria quando descobri o
Forum Cetico Brasileiro. Logo depois de me inscrever em sua lista de
discussao, mandei a seguinte mensagem para um amigo meu, o Joaquim
Neto (membro da Acropolis), em 24 de maio de 2000, aas 22 horas e 14
minutos:

"Olah, Joaquim.

"Descobri uma lista de discussao muito boa e dinamica, destinada a
reunir racionalistas e secularistas preocupados com o atual afluxo do
irracionalismo, mormente dos fundamentalismos religiosos. Meu amigo,
nesta lista sinto-me em casa :-)

"E como voce eh tambe um herdeiro do iluminismo, um defensor da
razao, achei que seria do seu interesse conhecer a lista. Vale a pena
conferir. Um abraco do Manuel Bulcao."

Duas semanas depois, recebi um e-mail por esta lista, não me
lembro
qual o remetente, intitulado "Falcatrua em Psicoterapia", na qual
Freud figurava como um "classico da pseudociencia." Tomei um susto.
Jamais pensei que Freud fosse um charlatao. Logo Freud, que teve uma
influencia enorme sobre muitos filosofos e cientistas sociais
(Trotsky, Claude Levi-Strauss, a Escola de Frankfurt, etc). Enviei
entao um e-mail, e por mais de uma semana aguardei, em vao, a sua
publicacao. Chateado, e por impulso, saí da lista. No mesmo dia em
que cancelei minha assinatura o Jefferson envia-me um e-mail,
comunicando-me que a minha mensagem "Re: Falcatrua em Psicoterapia"
foi enviada para o Daniel Sottomaior (nao para a lista). O Daniel
responde-me, muito educadamente. Mas, ao ler o seu e-mail, senti-me
um estudante do primeiro ano da faculdade sendo "doutrinado" por um
"quadro" de uma organizacao estudantil de extrema-esquerda (Libelu,
Convergencia socialista, etc.). Eu, que tenho 36 anos, e que já
fui
membro do PCB, da CS e da Causa Operaria -- e da qual sai ao custo de
alguns anatemas --, tendo que ouvir agora uma lenga-lenga similar,
analoga aaquele velho discurso pre-guerra-fria, maniqueista e
simplorio. (Permaneco ateh hoje, firmemente, um homem de esquerda,
porem averso ao fundamentalismo esquerdista.) Lembro-me de ter
"respostado" a mensagem do Daniel, ou seja, respondi ao Daniel com
raiva e desdem. Admito, não fui urbano.

Alguns meses depois, resolvi-me inscrever novamente na lista do FCB
(afinal, sou um cetico!) e, para o meu azar, deparei-me novamente com
uma serie de mensagens sobre a psicanalise, inclusive uma (soh uma!)
a favor da "tradicao" psicanalítica, a mensagem de número 2643,
postada em 28/09/2000, do Sr. Marco A. Andrade. Diante daquela
mensagem, e uma vez que se acumulavam as replicas, sempre contrarias
ao ponto de vista psicanalitico (e sem que o Sr. Marco se
manifestasse), resolvi entao me imiscuir mais uma vez. E mais uma
vez fui "censurado". Obviamente, evidentemente que fiquei muito
magoado.

Em recente mensagem enviada ao FCB, o Jefferson afirmou que, "ao
adotar esta posicao [posicao cetica], um "defensor da tradicao
psicanalitica" [ele se referiu a mim] argumentou que estariamos
jogando fora a agua suja da bacia junto com o bebe. Nao se trata
disso, nem de igualar a psicanalise ah astrologia. Talvez a
psicanalise se pareca mais com a alquimia, que descobriu alguns
elementos quimicos buscando a pedra filosofal. Então, nao estamos
jogando fora bacia alguma. Nossa posicao eh muito simples: tragam o
bebe quando tiverem terminado o banho."

Em primeiro lugar, o objeto da alquimia e da astrologia eh um dado da
natureza, ao passo que a psicanalise se propoe a estudar o homem. Nao
que o homem nao seja um ser natural (aviso aos asnos), mas a
distincao entre ciencias naturais e ciencias humanas eh necessaria
porque, nas ciencias humanas, ao contrario do que ocorre nas ciencias
naturais, ha uma identidade entre sujeito e objeto do conhecimento,
identidade esta que compromete sobremaneira a "objetividade
cientifica". Logo, meus caros amigos Jefferson e Daniel Sottomaior,
não dah para estabelecer uma semelhanca entre alquimia e
psicanalise.

O Jefferson comenta uma frase minha, segundo a qual nos [os ceticos]
estariamos jogando fora a agua suja da bacia junto com o bebe. E, num
arroubo literario inigualavel, lanca-me na cara um torpedo oscar-
wildeano inesquivavel: "tragam o bebe quando tiverem terminado o
banho." Chibatada!

Takata, o que voce acha dessa metafora arretada? -- "Tragam-me o bebe
quando tiverem terminado o banho." Cara, estou tremulo! Esse cara eh
um daqueles pouquissimos que submetem a oratoria e o estilo aa
argumentacao.

Daniel Sottomaior - O Manuel Bulcao violou a etiqueta da rede
(abaixo) ao enviar uma
mensagem particular para uma lista de discussao. Essa atitude pretende
atingir o moderador ou a lista, porém diz mais sobre esse "defensor
da tradicao psicanalitica" do que sobre o FCB.

Manuel Bulcao - Nada contra o Jefferson. O Jefferson apenas assume
as responsabilidades de um "colegiado". Eu, francamente, nao queria
estar no lugar dele. Meus e-mails "ceticos", "racionalistas" e
"agnosticos" dirigem-se contra um punhado de regras que, ao inves de
afirmar o ceticismo, o avacalham. Ademais, nao violei regra alguma. O
Jefferson, ao responder o meu e-mail (negando a sua publicacao na
lista), respondeu-me como o moderador de uma lista publica, o FCB, e
nao como um particular. O e-mail que tenho dele eh um documento
publico, como disse o Mesquita (Agapito, o Mesquita eh mesmo um
mestre, nao ha como nao reconhecer!)

Saudações ceticas, racionalistas, ateias, irreverentes e
agnosticas,
Manuel Bulcao




SUBJECT: Computação Altamente Distribuída
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 25/10/2000 07:11

Subject:
[Dicas-L]Computação Altamente Distribuída - 1/2
Date:
Wed, 25 Oct 2000 02:24:05 -0200 (BRST)
From:
queiroz@unicamp.br (Rubens Queiroz de Almeida #200503# )
To:
jocax@usp.br




Computação Altamente Distribuída - 1/2
---------------------------------------------------------------------
Eu nem sei se o termo "computação altamente distribuída" existe
ou se já foi usado por alguém. De qualquer forma, foi a melhor
maneira que encontrei de me referir a diversas iniciativas
existentes que visam utilizar os ciclos de CPU ociosos nos milhões
de computadores ligados à Internet para realizar processamento
de grande volume de dados.

O primeiro exemplo que conheci foi a iniciativa da NASA, SETI,
ou Search for Extraterrestrial Inteligence. Hoje mais de dois milhões
de computadores participam do programa analisando dados colhidos por
um radio-telescópio localizado em Porto Rico. O telescópio coleta
cerca de 50 GB de dados diariamente e estes dados são distribuídos
para os computadores participantes do programa analisam pequenas
parcelas dos dados gerados.

A rede global de computadores conectadas ao programa SETI possui
uma capacidade computacional agregada de 12 teraflops, o que é muito
mais que os maiores supercomputadores existentes podem oferecer, algo
em torno de 3 teraflops.

Esta primeira iniciativa de "computação altamente distribuída" é
um grande sucesso, tendo conseguido o equivalente a 280.000
anos de tempo de processamento.

Para os que não acreditam em vida extraterrestre, más notícias.
O programa SETI já conseguiu identificar cerca de meio bilhão de
sinais potencialmente promissores.

Se você quiser colaborar com este projeto, basta instalar em
seu computador o software cliente, disponível para as plataformas
Windows, Linux e Mac. O endereço na Web é
http://setiathome.ssl.berkeley.edu/

Amanhã tem mais sobre este assunto ....
---------------------------------------------------------------
As mensagens da lista Dicas-L são veiculadas diariamente
para 11200 assinantes.

Para sair ou assinar a lista Dicas-L, consulte o documento que
se encontra em http://www.Dicas-L.unicamp.br/FAQ.html.

A redistribuição desta e outras mensagens da lista Dicas-L pode
ser feita livremente, deste que o conteúdo, inclusive esta nota,
não sejam modificados.
---------------------------------------------------------------


SUBJECT: Re: [ciencialist] Computação Altamente Distribuída
FROM: "Palhares, Paulo Rogerio" <prpalhares@sti.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 25/10/2000 07:37

>
> Computação Altamente Distribuída - 1/2

Fico feliz em saber que a Seti ja encontrou possíveis sinais, eu tenho este
programa rodando no meu computador, eu ja analisei 3863hs de dados.

Eu vi uma reportagem que estão pensando em fazer este tipo de rede para
efetuar cálculos para procura de novos medicamentos.

Palhares.
> ---------------------------------------------------------------
>
>
> *** --- ***
> Para sair da lista envie um mail para:
> ciencialist-unsubscribe@egroups.com
> *** --- ***
>



SUBJECT: Minhas impressões sobre o FCB
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 25/10/2000 12:09

Prezados amigos,

Ontem fui conhecer site do Fórum Cético Brasileiro. Dei uma olhada geral e fiquei desencantado, e totalmente cético com relação a ter algum ganho quanto a uma possível participação minha naquela lista. Acho que os seus organizadores são céticos mesmo, em especial com relação aos benefícios de um livre debate de idéias. Talvez eles se julguem deuses, apesar de não acreditarem neles, ao se apegarem a princípios exdrúxulos tais como "debates entre opostos não sao permitidos".

Hipoteco toda a minha solidariedade às mensagens do Manuel Bulcão e Alberto Mesquita Filho relacionadas à lamentável regrinha existente no tal FCB de que toda e qualquer mensagem deve passar pela censura de um iluminado, que se coloca no papel de um verdadeiro Deus a decidir o que deve ir para o trono ou não.

Prezados céticos do FCB: não contem com minha participação, pois antes de mais nada sou cético com respeito a eficácia de algo que se intitula Forum (que nos lembra um local debates), mas que no fundo mais aparenta ser um centro de lavagem e recondiocionamento cerebral, sujeito às regras autocráticas que vocês mesmos se impuseram. Poxa, como esse mundo é muito louco....

Viva a democracia, as novas idéias e o debate entre opostos!!!!!

Claudio Abreu


----- Original Message -----
From: Manuel Bulcao
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Wednesday, October 25, 2000 5:37 AM
Subject: [ciencialist] Psicanalise e Ceticismo


Prezados listeiros,

O Daniel Sottomaior escreveu - As normas da lista FCB sao claras
quanto ao seu tema, e debates entre opostos não sao permitidos,
conforme explicam os dois links abaixo. A discussao sobre psicanalise
que ainda prossegue na lista visa principalmente esclarecer sobre
essa pseudociencia.

Manuel Bulcao - Em primeiro lugar, onde nao ha oposicao de ideias nao
ha debate. (Dicionario Aurelio: debate: 1. Discussao em que se alegam
razoes pro ou contra; disputa, questao: 2. Contestacaop;
contradicao; duvida: 3. Altercacao, contenda, porfia.) Logo, a
ridicula, hilariante e nazi-stalinista regra "debates entre opostos
nao sao permitidos" encerra uma contradição lógica. O Daniel
Sottomaior deve ter tirado a sua definicao de "debate" do dicionario
"novilingua", elaborado pelo Grande Irmao, personagem do romance
1984, de George Orwell. Pode-se objetar que a lista em questao ateh
que aceita o debate, ou seja, o confronto de ideias, mas somente
entre ceticos. Ora, nao ha entre os ceticos um firme acordo de que a
psicanalise seja uma pseudociencia (Carl Sagan e Murray Gel-Mann,
ceticos de carteirinha, ilustram bem que a polemica "cetica" sobre a
psicanalise ainda nao se encerrou). Alguns ceticos behavioristas e
pavlovianos (alguns, nao todos) tem absoluta certeza de que a
psicanalise nao passa de uma falcatrua, mas esses companheiros nao
representam todos os ceticos. Alias, muitos deles nao sao ceticos
coisissima nenhuma, pois o que o ceticismo contesta eh, precisamente,
a certeza. Nao a verdade, mas a certeza. Assim como ha
pseudociencias, ha tambem pseudoceticismos, dentre os quais o
ceticismo embasado na "feh" cega e irracional de que a metodologia
das ciencias naturais tambem eh absolutamente valida para as ciencias
humanas (pode ateh ser, mas nao eh "certo"), quando nao pura
crença
irrefletida na verdade das palavras ditas por alguma autoridade
cetica. Se Karl Popper soubesse das asneiras que alguns "ceticos"
professam utilizando para tanto alguns dos seus argumentos, Popper,
como Marx, diria: "O certo eh que nao sou popperiano." E por falar no
meu velho e querido Marx, lembro-me agora de uma frase dele que muito
se coaduna a este pseudoceticismo, a esse ceticismo tolo e
irracional. A frase eh a seguinte: "o ateismo eh tao-somente o
`reconhecimento' negativo de Deus." Quer isso dizer: o
pseudoceticismo nada mais eh que a sombra de um "dogma" que o sol
poente projeta na planicie. (Takata, fale alguma coisa sobre essa
minha bela metafora! Estarei mais uma vez subordinando a argumentacao
ao estilo e a oratoria?)

O Daniel Sottomaior falou que a discussao sobre psicanalise ainda
prossegue na lista do FCB. Engraçado. O Jefferson, no e-mail que
me
enviou COMO MODERADOR, e para justificar a nao edicao da minha
mensagem em defesa da psicanalise na mencionada lista, disse-me que a
oportunidade que se abriu para a discussao sobre a psicanalise foi
"acidental", e que pretendia acabar com ela o mais rapido possivel.
Nao acabou? Por que? Eu sei o porque. O debate nao acabou devido aas
minhas manifestações "ceticas" em prol do dialogo franco e aberto
entre os ceticos acerca da psicanalise, tanto na ciencialist quanto
na acropolis (maravilhosas listas!). Hoje, dei uma espiada na lista
do FCB, e me surpreendi -- senti-me imensamente feliz ! -- com um e-
mail do Sr. Marco A. Andrade defendendo a psicanalise (uma entre dez
contras). Uma excelente mensagem, muito bem fundamentada (ms. nr.
2812) . Mas eh bom que se diga: o Sr. Marco A. Andrade enviou sua
mensagem em 14 de outubro de 2000, a qual soh foi publicada em 24 de
outubro de 2000, ou seja, sua mensagem ficou dez dias mofando na
gaveta do burocrata. Se nao fosse por mim, se eu nao tivesse me
esperneado, me desgastado e, para alguns, virado motivo de troca, os
ceticos do FCB nao teriam a oportunidade de conhecer os argumentos do
Sr. Marco. A. Andrade a favor da psicanalise, por sinal argumentos
muito melhores que os meus.

Alguem pode achar que esta reacao minha se deve ao orgulho ferido.
Devo esclarecer que, no FCB, fui censurado nao uma, mas duas vezes.
Mas retrocedendo um pouco, lembro-me da alegria quando descobri o
Forum Cetico Brasileiro. Logo depois de me inscrever em sua lista de
discussao, mandei a seguinte mensagem para um amigo meu, o Joaquim
Neto (membro da Acropolis), em 24 de maio de 2000, aas 22 horas e 14
minutos:

"Olah, Joaquim.

"Descobri uma lista de discussao muito boa e dinamica, destinada a
reunir racionalistas e secularistas preocupados com o atual afluxo do
irracionalismo, mormente dos fundamentalismos religiosos. Meu amigo,
nesta lista sinto-me em casa :-)

"E como voce eh tambe um herdeiro do iluminismo, um defensor da
razao, achei que seria do seu interesse conhecer a lista. Vale a pena
conferir. Um abraco do Manuel Bulcao."

Duas semanas depois, recebi um e-mail por esta lista, não me
lembro
qual o remetente, intitulado "Falcatrua em Psicoterapia", na qual
Freud figurava como um "classico da pseudociencia." Tomei um susto.
Jamais pensei que Freud fosse um charlatao. Logo Freud, que teve uma
influencia enorme sobre muitos filosofos e cientistas sociais
(Trotsky, Claude Levi-Strauss, a Escola de Frankfurt, etc). Enviei
entao um e-mail, e por mais de uma semana aguardei, em vao, a sua
publicacao. Chateado, e por impulso, saí da lista. No mesmo dia em
que cancelei minha assinatura o Jefferson envia-me um e-mail,
comunicando-me que a minha mensagem "Re: Falcatrua em Psicoterapia"
foi enviada para o Daniel Sottomaior (nao para a lista). O Daniel
responde-me, muito educadamente. Mas, ao ler o seu e-mail, senti-me
um estudante do primeiro ano da faculdade sendo "doutrinado" por um
"quadro" de uma organizacao estudantil de extrema-esquerda (Libelu,
Convergencia socialista, etc.). Eu, que tenho 36 anos, e que já
fui
membro do PCB, da CS e da Causa Operaria -- e da qual sai ao custo de
alguns anatemas --, tendo que ouvir agora uma lenga-lenga similar,
analoga aaquele velho discurso pre-guerra-fria, maniqueista e
simplorio. (Permaneco ateh hoje, firmemente, um homem de esquerda,
porem averso ao fundamentalismo esquerdista.) Lembro-me de ter
"respostado" a mensagem do Daniel, ou seja, respondi ao Daniel com
raiva e desdem. Admito, não fui urbano.

Alguns meses depois, resolvi-me inscrever novamente na lista do FCB
(afinal, sou um cetico!) e, para o meu azar, deparei-me novamente com
uma serie de mensagens sobre a psicanalise, inclusive uma (soh uma!)
a favor da "tradicao" psicanalítica, a mensagem de número 2643,
postada em 28/09/2000, do Sr. Marco A. Andrade. Diante daquela
mensagem, e uma vez que se acumulavam as replicas, sempre contrarias
ao ponto de vista psicanalitico (e sem que o Sr. Marco se
manifestasse), resolvi entao me imiscuir mais uma vez. E mais uma
vez fui "censurado". Obviamente, evidentemente que fiquei muito
magoado.

Em recente mensagem enviada ao FCB, o Jefferson afirmou que, "ao
adotar esta posicao [posicao cetica], um "defensor da tradicao
psicanalitica" [ele se referiu a mim] argumentou que estariamos
jogando fora a agua suja da bacia junto com o bebe. Nao se trata
disso, nem de igualar a psicanalise ah astrologia. Talvez a
psicanalise se pareca mais com a alquimia, que descobriu alguns
elementos quimicos buscando a pedra filosofal. Então, nao estamos
jogando fora bacia alguma. Nossa posicao eh muito simples: tragam o
bebe quando tiverem terminado o banho."

Em primeiro lugar, o objeto da alquimia e da astrologia eh um dado da
natureza, ao passo que a psicanalise se propoe a estudar o homem. Nao
que o homem nao seja um ser natural (aviso aos asnos), mas a
distincao entre ciencias naturais e ciencias humanas eh necessaria
porque, nas ciencias humanas, ao contrario do que ocorre nas ciencias
naturais, ha uma identidade entre sujeito e objeto do conhecimento,
identidade esta que compromete sobremaneira a "objetividade
cientifica". Logo, meus caros amigos Jefferson e Daniel Sottomaior,
não dah para estabelecer uma semelhanca entre alquimia e
psicanalise.

O Jefferson comenta uma frase minha, segundo a qual nos [os ceticos]
estariamos jogando fora a agua suja da bacia junto com o bebe. E, num
arroubo literario inigualavel, lanca-me na cara um torpedo oscar-
wildeano inesquivavel: "tragam o bebe quando tiverem terminado o
banho." Chibatada!

Takata, o que voce acha dessa metafora arretada? -- "Tragam-me o bebe
quando tiverem terminado o banho." Cara, estou tremulo! Esse cara eh
um daqueles pouquissimos que submetem a oratoria e o estilo aa
argumentacao.

Daniel Sottomaior - O Manuel Bulcao violou a etiqueta da rede
(abaixo) ao enviar uma
mensagem particular para uma lista de discussao. Essa atitude pretende
atingir o moderador ou a lista, porém diz mais sobre esse "defensor
da tradicao psicanalitica" do que sobre o FCB.

Manuel Bulcao - Nada contra o Jefferson. O Jefferson apenas assume
as responsabilidades de um "colegiado". Eu, francamente, nao queria
estar no lugar dele. Meus e-mails "ceticos", "racionalistas" e
"agnosticos" dirigem-se contra um punhado de regras que, ao inves de
afirmar o ceticismo, o avacalham. Ademais, nao violei regra alguma. O
Jefferson, ao responder o meu e-mail (negando a sua publicacao na
lista), respondeu-me como o moderador de uma lista publica, o FCB, e
nao como um particular. O e-mail que tenho dele eh um documento
publico, como disse o Mesquita (Agapito, o Mesquita eh mesmo um
mestre, nao ha como nao reconhecer!)

Saudações ceticas, racionalistas, ateias, irreverentes e
agnosticas,
Manuel Bulcao



eGroups Sponsor


*** --- ***
Para sair da lista envie um mail para:
ciencialist-unsubscribe@egroups.com
*** --- ***



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Minhas impressões sobre o FCB
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 25/10/2000 13:00

On Wed, 25 Oct 2000, Claudio Abreu wrote:
> Viva a democracia, as novas idéias e o debate entre opostos!!!!!

vou manifestar-me um pouco como membro do grupo (embora nao pertencente
ao quadro diretor).

a ideia nao eh evitar o debate, a questao eh q. a lista fcb nao eh o canal
adequado. ela nao se poem como anti-democratica, simplesmente nao eh o
papel da lista debater -- embora seja um dos objetivos do grupo q. se
pretende formar a partir daih promover esse debate, mas pelos canais
apropriados.

a lista tem como papel a organizacao de um grupo cetico, racionalista e
secular (nao entrando em detalhes sobre o q. cada uma dessas coisas quer
dizer). por ela tbm se faz alguma comunicacao sobre temas q. concernem a
esses propositos. e so'.

a promocao da visao racional (tbm sem entrar em detalhes sobre o q. isso
significa) -- o q. inclui o debate -- sera' foco da organizacao e nao da
lista q. visa a sua (da organizacao) formacao.

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Minhas impress�es sobre o FCB
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 25/10/2000 13:26


Juntem meu nome às opiniões do Bulcão, do Alberto e do Cláudio.
Dessa turma tenho o grato privilégio de ter sido o primeiro a ser
'expurgado' do FCB. De início, logo que entrei mandei uma mensagem sobre
ciência e não foi postada (o moderador não deixou passar -- tenho a mensagem
original -- alegando que não é função do fórum divulgar conhecimento).
A seguir fui expulso pois o moderador julgou que eu fui o autor da crítica a
um banner para um tal de Pinoco(?). Imagine eu entrar num site e criticar um
banner do sujeito e ainda enviar um e.mail dizendo que vou propagar a idéia
da burrice de tal banner!

Que tal vcs receberam no ciencialist uma mensagem minha assim: "amigos, não
entrem no site de um tal ... porque lá tem um banner que fica piscando
muito"?

Bem do meu estilo, não?

Bem, minha opinião pessoal, o moderador do FCB precisa ser trocado com
urgência. Serei o primeiro a voltar ao FÓRUM ... FÓRUM ... FÓRUM !!!!!!!!

[]'
Léo

-----Mensagem Original-----
De: Claudio Abreu <bidual@gbl.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: quarta-feira, 25 de outubro de 2000 13:09
Assunto: [ciencialist] Minhas impressões sobre o FCB


Prezados amigos,

Ontem fui conhecer site do Fórum Cético Brasileiro. Dei uma olhada geral e
fiquei desencantado, e totalmente cético com relação a ter algum ganho
quanto a uma possível participação minha naquela lista. Acho que os seus
organizadores são céticos mesmo, em especial com relação aos benefícios de
um livre debate de idéias. Talvez eles se julguem deuses, apesar de não
acreditarem neles, ao se apegarem a princípios exdrúxulos tais como "debates
entre opostos não sao permitidos".

Hipoteco toda a minha solidariedade às mensagens do Manuel Bulcão e Alberto
Mesquita Filho relacionadas à lamentável regrinha existente no tal FCB de
que toda e qualquer mensagem deve passar pela censura de um iluminado, que
se coloca no papel de um verdadeiro Deus a decidir o que deve ir para o
trono ou não.

.....................



SUBJECT: Agradesimento
FROM: "Lilian Russo" <liatoria@sti.com.br>
TO: "Ciencialist@Egroups. Com" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 25/10/2000 14:04


Queria apenas agradecer a todas as sugestões que recebi dos membros da
lista!

Vocês são dez!!!!

Obrigada!

Lilian



SUBJECT: Re: [ciencialist] bacteria imortal?
FROM: "Dr. Omni" <dromni@ieg.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 25/10/2000 15:21

----- Original Message -----
From: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Thursday, October 19, 2000 5:18 PM
Subject: Re: [ciencialist] bacteria imortal?


[snikt]
> Mas no futuro, a ideia de preparar o planeta para colonizacao, via
> bacterias-fungos, nao seria util? Seria viavel?
>

Quanto à utilidade ou não de se terraformar Marte, tudo depende de se vai ou
não um dia ser criado um meio (por exemplo, um elevador espacial) de colocar
milhares ou milhões de pessoas/ano no espaço a um custo razóavel. Em caso
negativo, parece totalmente sem sentido modificar um planeta inteiro para
mandar só meia dúzia de gatos pingados.

Agora, quanto à viabilidade... Particularmente, tenho minhas dúvidas de que
esse método "biosférico", de enviar bactérias, fungos e outros bichinhos
para Marte, funcionem. O fato da Terra ter o ambiente que tem hoje em dia
(que nós consideramos maravilhoso, mas que seria mortal para a maioria dos
organismos primordiais) foi causado por uma seqüência de eventos decorrente
da interação de um punhado de organismos primordiais com o ambiente
primordial da Terra. Já o ambiente de Marte é bastante diferente, e qualquer
população inicial de organismos que mandássemos para lá seria bastante
diferente, e duvido que um conjunto de condições iniciais tão diferentes um
dia geraria um ambiente parecido com o da Terra. Também duvido que
"fazendeiros de bactérias" humanos sediados em Marte conseguiriam controlar
a florescente biosfera microbiana de modo a que ela produzisse o resultado
desejado (um ambiente terrestre) não conseguimos controlar nem as bactérias
que criam resistência e driblam nossos antibióticos dentro de nossos
próprios corpos, quanto mais controlar zilhões de micróbios espalhados pela
superfície de um planeta inteiro...

Assim, acho que terraformação só funcionaria (e em um tempo razoável do
ponto de vista humano - apenas algumas décadas) com o uso de métodos
industriais hiperpesados: bombardeio de Marte com cometas em vôos rasantes
para engrossar a atmosfera; construção de sistemas de espelhos com
megâmetros quadrados para vaporizar as calotas polares e aumentar o nível de
insolação na superfície em geral; e por aí vai. O problemas desses métodos
"industriais" é que eles ficariam *absurdamente* caros, e acho difícil que
em um futuro visível a economia mundial tenha a capacidade (e o desejo) de
bancar isso...

Em suma: sou bem cético quanto a projetos de terraformação como via de
colonização do espaço. Acho que a idéia de terraformação tem tanto "apelo
popular" simplesmente porque as pessoas estão acostumadas a viverem em uma
superfície planetária habitável e não conseguem imaginar muito além disso;
mas espere duas ou três gerações de colonos espaciais passarem, vivendo em
mundos completamente hostis à vida humana, e provavelmente eles vão achar a
idéia de terraformação ridiculamente cara e desnecessária... Assim, boto
muito mais fé em soluções incrementais e de pequena escala, como habitats
autosuficientes localizados em superfícies planetárias ou no espaço.

[snikt]
> []s

[]s

> jocax
[snikt]

Dr. Omni
ICQ# 53853815
Fórum Cético Brasileiro - http://www.egroups.com/group/fcb
Space Settlers - http://www.egroups.com/group/spacesettlers



SUBJECT: Re: [ciencialist] bacteria imortal?
FROM: "Dr. Omni" <dromni@ieg.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 25/10/2000 15:26

----- Original Message -----
From: "João Mário Miranda" <jmiranda@explicacoes.com>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Wednesday, September 20, 2000 12:54 PM
Subject: Re: [ciencialist] bacteria imortal?


[snikt]
> Os metabolismos acabam por libertar gases. Um planeta que não
> retem a sua atmosfera acaba por perder todos os elementos essenciais
> à vida para o espaço.
>

Não necessariamente. Europa, a segunda grande lua de Júpiter, não tem
atmosfera, mas tem uma crosta de gelo encerrando em seu interior (segundo um
sem-número de evidências) um oceano interno. Com essa barreira mecânica,
Europa não perde "todos os elementos essenciais à vida para o espaço"; de
fato, especula-se que em teoria poderia existir vida no oceano interno de
Europa.

> João
> http://www.nonio.com
[snikt]

Dr. Omni
ICQ# 53853815
Fórum Cético Brasileiro - http://www.egroups.com/group/fcb
Space Settlers - http://www.egroups.com/group/spacesettlers



SUBJECT: Ciencia e Religiao
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO:
DATE: 25/10/2000 15:36

Gostaria de fazer alguns comentarios sobre uma parte do
excelente artigo do R. Dawkins...

>
> QUANDO A RELIGIÃO PISA NO GRAMADO
> DA CIÊNCIA: A ALEGADA SEPARAÇÃO
> ENTRE OS DOIS NÃO É TÃO ORDENADA
>
>
>
> por Richard Dawkins
>
> Um afrouxamento covarde do intelecto aflige de outra
> maneira pessoas racionais confrontadas com as
> religiões longamente estabelecidas (se bem que,
> significativamente, não na face de tradições mais novas
> como Cientologia ou os Moonies). S. J. Gould,
> comentando
> em sua coluna História Natural sobre a atitude
> do papa para com a evolução, é representante de um
> esforço dominante de pensamento conciliatório,
> igualmente entre crentes e descrentes: "A ciência e a
> religião não estão em conflito, por seus ensinamentos
> ocuparem domínios distintamente diferentes ... Eu
> acredito, com todo o meu coração, em uma respeitosa,
> até mesmo amorosa concordata (ênfase minha) ..."
>
> Bem, o que são esses dois domínios distintamente
> diferentes, esses "Magistérios Não-sobrepostos" que
> deveriam se aconchegar em uma concordata respeitosa e
> amorosa? Gould novamente: "A rede da ciência
> cobre o universo empírico: de que é feito (fato) e
> porque ele funciona dessa maneira (teoria). A rede da
> religião se estende sobre questões de significado
> moral
> e valor."
>
> Quem Possui A Moral?
>
> Seria assim se fosse tão ordenado. Em um momento eu
> vou
> olhar para o que o papa realmente diz sobre
> evolução, e então às outras afirmações de sua igreja,
> para ver se elas realmente são tão ordenadamente
> distintas do domínio da ciência. Primeiro entretanto,
> um
> breve parênteses na afirmação que a religião têm
> alguma perícia especial para nos oferecer em questões
> morais. Isso é freqüentemente aceito alegremente
> mesmo pelos não religiosos, presumivelmente no curso
> de
> uma civilizada "curvada sobre as costas" para
> conceder o melhor ponto que seu oponente tem a
> oferecer
> - não importa quão fraco esse melhor ponto
> possa ser.
>
> A pergunta "O que é certo e o que é errado?" é uma
> pergunta genuinamente difícil que a ciência certamente
> não pode responder.

--------------
Por certo Dawkins se refere aqui a atitudes de cunho moral.
Se analisarmos a origem da moral e uma de suas fontes, as religioes,
poderemos destacar um fator e um objetivo comum : Ordenar os individuos
a um convivio harmonico e feliz. A harmonia significa um consenso e
aceitacao, por parte de todos, com vistas a maximizar a felicidade
do grupo.

Entao, o que parece buscar todo codigo etico, eh compatibilizar as
aspiracoes de cada a individuo de modo a maximizar a felicidade do
grupo.

Se entendermos a felicidade momentanea como um estado mental
de prazer e, a feliciade, de modo geral, como um somatorio destes
estados,
ponderados pelo tempo, poderemos, a priori, quantificar a felicidade
desde que possamos medir o estado mental de prazer num dado instante.

Ou seja, se pegarmos o amago da etica, como uma norma que visa a
maximizar
a felicidade do individuo dentro do grupo, o problema estara bem
definido,
e assim a pergunta : "Que relacao tem, uma determinada acao, no computo
da felicidade do grupo?" que eh a traducao da pergunta moral :
"O que eh certo / ou errado ?"
Tal questao poderia entao ser tratada quantitativa e cientificamente.
E a moral cairia para o dominio cientifico !

--------------


>Dada a premissa moral ou a crença
> moral a priori, a disciplina importante e rigorosa
> da filosofia moral secular pode perseguir modos de
> raciocínio científicos e lógicos para apontar implicações
> escondidas de tais crenças, e inconsistências
> escondidas
> entre elas. Mas as premissas de moral absoluta
> devem vir de outro lugar, presumivelmente de convicção
> não discutida. Ou, pode ser esperado, da religião -
> significando alguma combinação de autoridade,
> revelação,
> tradição e escritura.
>
> Infelizmente, a esperança que a religião pode prover
> um
> alicerce, de onde nossa moral outrora baseada em
> areia pode ser derivada, é uma coisa vã. Na prática,
> nenhuma pessoa civilizada usa uma escritura como
> autoridade suprema e alegremente ignora os pedaços
> maldosos (como a obrigação de apedrejar adúlteras,
> executar apóstolos, e punir os netos dos infratores).
> O
> próprio deus do velho testamento, com sua inveja
> impiedosa vingativa, seu racismo, sexismo, e
> aterrorizante sede de sangue, não irá ser adotado como uma
> modelo de função literal por ninguém que você ou eu
> iríamos desejar conhecer. Sim, claro que é injusto
> julgar os costumes de uma era antiga pelos padrões
> cultos de nós mesmos. Mas esse é precisamente o meu
> ponto! Evidentemente, nós temos alguma fonte
> alternativa
> de convicção moral máxima que ignora escrituras
> quando isso nos convém.
>
> Essa fonte alternativa parecer ser algum tipo de
> consenso liberal de decência e justiça natural que muda
> sobre tempos históricos, freqüentemente sob a
> influência
> de reformistas seculares. Evidentemente, isso não
> soa como um alicerce. Mas na prática nós, incluindo os
> religiosos entre nós, damos a isso uma prioridade
> muito maior do que à escritura. Na prática nós mais ou
> menos ignoramos a escritura, citando-a quando ela
> suporta nosso consenso liberal, quietamente
> esquecendo-a
> quando ela não o faz. E de onde quer que esse
> consenso liberal venha, ele está disponível para todos
> nós, sejamos nós religiosos ou não.

--------------
E eu digo : Este consenso liberal vem, em ultima instancia,
de nossa bagagem genetica que foi moldada evolutivamente.

Quero dizer que os principios basicos de um bom codigo de etica
nao deveriam entrar em conflito com nossos "intintos" primitivos sociais
e,
pelo contrario, deveriam sim se adequar a eles.

Eh a essencia do Genismo : Os memes que nos trarao mais
felicidade sao aqueles que minimizam o conflito Gemetico (genesXMemes).

O conflito existe, em ultima instancia, porque nem sempre o que eh
bom para um individuo eh bom para o grupo.

Existem conjuntos de "genes sociais" que fazem com que o convivio social
seja menos egoista e mais altruista. Mas nem sempre tais genes tem forca
o bastante para conter os impulsos gerados por genes mais primitivos e
menos sociais...Algum codigo de etica deve surgir, naturalmente, como
um reforco aos genes de conduta social.

O que pode ocorrer, e ocorre, eh que estes memes muitas vezes
ultrapassam o limite do razoavel restringndo sobremaneira a aptidao
genetica natural levando o individuo e ao grupo a sofrimentos
descencessarios.

Como a bagagem genetica eh muito menos volatil q a cultural, a solucao
apaziguadora devera vir pela adequacao memetica (cultural) ou seja
reformulando o codigo de etica com base no codigo genetico.

-------------
>
> Similarmente, grandes professores religiosos como
> Jesus
> ou Gautama Buddha podem nos inspirar, por seus
> exemplos, a adotar suas convicções morais pessoais.
> Mas
> novamente nós escolhemos entre líderes
> religiosos, evitando os maus exemplos de Jim Jones ou
> Charles Manson, e nós podemos escolher boas
> figuras modelo seculares tais como Jawaharlal Nehru ou
> Nelson Mandela. Tradições também, por mais
> antigas que elas sejam seguidas, podem ser boas ou
> más,
> e nós usamos nosso julgamento secular de
> decência e justiça natural para decidir quais seguir,
> quais não.
>
> Religião no Gramado da Ciência
>
> Mas essa discussão de valores morais foi uma
> digressão....
..........
> ***
>
> O artigo acima foi retirado da revista Free Inquiry,
> Volume 18, Número 2.
>
> Richard Dawkins, um líder mundial dos biólogos
> evolucionários, é Professor Charles Simonyi de
> Compreensão Pública da Ciência na Universidade Oxford
> e
> Editor Senior da Free Inquiry.
>

Veja o artigo Todo em :
http://www.strbrasil.com.br/Scientia/gramado.htm

[]s
jocax


SUBJECT: Re: Ciencia e Religiao
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 25/10/2000 16:00

Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> Gostaria de fazer alguns comentarios sobre uma parte do
> excelente artigo do R. Dawkins...
> Por certo Dawkins se refere aqui a atitudes de cunho moral.
> Se analisarmos a origem da moral e uma de suas fontes, as religioes,
> poderemos destacar um fator e um objetivo comum : Ordenar os individuos
> a um convivio harmonico e feliz.

A religião trata da moral, mas este objetivo comum de felicidade não é
parte dos dogmas de nunhuma religião.



> Entao, o que parece buscar todo codigo etico, eh compatibilizar as
> aspiracoes de cada a individuo de modo a maximizar a felicidade do
> grupo.

Agora vc confundiu ética com moral. São duas palavras diferentes com
significados diferentes. Segundo o Michaelis:

moral - adj. (lat. morale): 1 Relativo à moralidade, aos bons costumes.

ética - s.f. (gr. ethiké): 1 Parte da Filosofia que estuda os valores
morais e os princípios ideais da conduta humana. É ciência normativa que
serve de base à filosofia prática. Ética social: parte prática da
filosofia social, que indica as normas a que devem ajustar-se as
relações entre os diversos membros da sociedade.

O resto do texto continua misturando as duas coisas.

> Ou seja, se pegarmos o amago da etica, como uma norma que visa a
> maximizar
> a felicidade do individuo dentro do grupo, o problema estara bem
> definido,
> e assim a pergunta : "Que relacao tem, uma determinada acao, no computo
> da felicidade do grupo?" que eh a traducao da pergunta moral :
> "O que eh certo / ou errado ?"
> Tal questao poderia entao ser tratada quantitativa e cientificamente.
> E a moral cairia para o dominio cientifico !

A ética é quantificável e científica (de certo modo), mas não a moral
que é, em nossa sociedade, um assunt1o (estritamente?) religioso.

Existe um ramo da matemática que estuda a ética.

==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
==========================================================


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciencia e Religiao
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 25/10/2000 16:42



TARCISIO BORGES wrote:
>
> Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> > Gostaria de fazer alguns comentarios sobre uma parte do
> > excelente artigo do R. Dawkins...
> > Por certo Dawkins se refere aqui a atitudes de cunho moral.
> > Se analisarmos a origem da moral e uma de suas fontes, as religioes,
> > poderemos destacar um fator e um objetivo comum : Ordenar os
> individuos
> > a um convivio harmonico e feliz.
>
> A religião trata da moral, mas este objetivo comum de felicidade não é
> parte dos dogmas de nunhuma religião.

Note q eu disse q a moral tem como uma de suas FONTES a religiao
nao disse q a religiao eh a unica fonte nem tem esse como o objetivo
principal.

Mas as religioes tbem tratam da felicidade quando colocam
a felicidade da alma, que seria a essencia do homem, como recompensa
ou castigo.Se vc age contra os mandamentos religiosos, por exemplo,
vc ( sua alma ) vai para o inferno e sera infeliz, caso contrario,
o paraiso te aguarda.

Acho q um estudo aprofundado das religioes poderao mostrar q o objetivo
final da religiao, e a fonde de sua inspiracao, eh a harmonia social.
Nao foram criadas apenas para explicar o mundo.

>
> > Entao, o que parece buscar todo codigo etico, eh compatibilizar as
> > aspiracoes de cada a individuo de modo a maximizar a felicidade do
> > grupo.
>
> Agora vc confundiu ética com moral. São duas palavras diferentes com
> significados diferentes. Segundo o Michaelis:
>
> moral - adj. (lat. morale): 1 Relativo à moralidade, aos bons
> costumes.

Do mesmo dicionario ( pq vc omitiu? ):
moral
adj. m. e f. 1. Relativo à moralidade, aos bons costumes. 2. Que procede
conforme à honestidade e à justiça, que tem bons costumes. 3. Diz-se de
tudo que é decente, educativo e instrutivo. S. f. 1. Filos. Parte da
filosofia que trata dos atos humanos, dos bons costumes e dos deveres do
homem em sociedade e perante os de sua classe. 2. As leis da honestidade
e do pudor. S. m. 1. Conjunto das nossas faculdades morais. 2.
Disposição do espírito, energia para suportar as dificuldades, os
perigos; ânimo. 3. Tudo o que diz respeito ao espírito ou à inteligência
(por oposição ao que é material).


>
> ética - s.f. (gr. ethiké): 1 Parte da Filosofia que estuda os
> valores
> morais e os princípios ideais da conduta humana. É ciência normativa
> que
> serve de base à filosofia prática. Ética social: parte prática da
> filosofia social, que indica as normas a que devem ajustar-se as
> relações entre os diversos membros da sociedade.
>
> O resto do texto continua misturando as duas coisas.

Nao creio : veja q a etica nada mais eh do que o estudo de uma moral
estabelecida. Talvez tentando aprimora-la.
Por isso digo "codigo etico" para enfatizar a oficializacao de uma
moral,
em principio, ja estabelecida. Entao a etica vem depois da moral ela a
estuda.

Contudo, depois de normatizada ela passa a ser ensinada e o papel pode
se inverter: ela se torna a origem da moral...

E portanto a palavra etica e moral sao, na maioria dos casos,
intercambiaveis.


>
> > Ou seja, se pegarmos o amago da etica, como uma norma que visa a
> > maximizar
> > a felicidade do individuo dentro do grupo, o problema estara bem
> > definido,
> > e assim a pergunta : "Que relacao tem, uma determinada acao, no
> computo
> > da felicidade do grupo?" que eh a traducao da pergunta moral :
> > "O que eh certo / ou errado ?"
> > Tal questao poderia entao ser tratada quantitativa e
> cientificamente.
> > E a moral cairia para o dominio cientifico !
>
> A ética é quantificável e científica (de certo modo),

Estou muito interessado em saber : como a etica eh quantificavel ?


>mas não a moral
> que é, em nossa sociedade, um assunt1o (estritamente?) religioso.

Leia o artigo do Dawkins quando ele diz :
"Infelizmente, a esperança que a religião pode prover um alicerce,
de onde nossa moral outrora baseada em areia pode ser derivada,
é uma coisa vã. Na prática, nenhuma pessoa civilizada usa uma
escritura como autoridade suprema e alegremente ignora...."


>
> Existe um ramo da matemática que estuda a ética.


manda pra gente entao.

[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] Vc gostaria de ter INDEPENDÊNCIA FINANCEIRA???
FROM: "Palhares, Paulo Rogerio" <prpalhares@sti.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
CC: <s.t.c1@starmedia.com>
DATE: 25/10/2000 16:51

É normal estes anuncios na lista? Já não basta os que nós recebemos fora
dela?

Grato !!!
----- Original Message -----
From: <s.t.c1@starmedia.com>
To: <00012@starmedia.com>
Sent: Wednesday, October 25, 2000 5:46 PM
Subject: [ciencialist] Vc gostaria de ter INDEPENDÊNCIA FINANCEIRA???


> Vc gostaria de ter INDEPENDÊNCIA FINANCEIRA???
>
> http://oportunidade.tsx.org
>
> --------------------------------------------------------------------------
----
>
> Email Gratis http://www.br.starmedia.com
>
> --------------------------------------------------------------------------
----
>
>
>
>
> *** --- ***
> Para sair da lista envie um mail para:
> ciencialist-unsubscribe@egroups.com
> *** --- ***
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciencia e Religiao
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 25/10/2000 16:56

On Wed, 25 Oct 2000, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> Mas as religioes tbem tratam da felicidade quando colocam
> a felicidade da alma, que seria a essencia do homem, como recompensa
> ou castigo.Se vc age contra os mandamentos religiosos, por exemplo,
> vc ( sua alma ) vai para o inferno e sera infeliz, caso contrario,
> o paraiso te aguarda.

se eh felicidade q. se quer entao:

15 mg de Prozac
12 ml de oxitocina

todos os dias pela manha e segunda dose ao final da tarde...

simples assim,

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciencia e Religiao
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 25/10/2000 16:59



Roberto Mitsuo Takata wrote:
>
> On Wed, 25 Oct 2000, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> > Mas as religioes tbem tratam da felicidade quando colocam
> > a felicidade da alma, que seria a essencia do homem, como recompensa
> > ou castigo.Se vc age contra os mandamentos religiosos, por exemplo,
> > vc ( sua alma ) vai para o inferno e sera infeliz, caso contrario,
> > o paraiso te aguarda.
>
> se eh felicidade q. se quer entao:
>
> 15 mg de Prozac
> 12 ml de oxitocina
>
> todos os dias pela manha e segunda dose ao final da tarde...
>
> simples assim,
>

Nao tenho certeza q eh tao simples assim:

E os efeitos colaterias a curto e a longo prazo?

E a dependencia ?

E a sensibilizacao do organismo aa droga necessitando cada vez
doses mais altas ( e talvez perigosas ) ?

E no caso de faltar o medicamento, ou recursos para compra-lo,
a depressao viria a galope?

Note a felicidade, segundo jocax, deve ser dada sob a somatoria
de prazer ao longo de toda a vida ( o tempo de vida entra na formula !
).

[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciencia e Religiao
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 25/10/2000 17:09

Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> Nao tenho certeza q eh tao simples assim:
>
> E os efeitos colaterias a curto e a longo prazo?
> E a dependencia ?
> E a sensibilizacao do organismo aa droga necessitando cada vez
> doses mais altas ( e talvez perigosas ) ?
> E no caso de faltar o medicamento, ou recursos para compra-lo,
> a depressao viria a galope?
> Note a felicidade, segundo jocax, deve ser dada sob a somatoria
> de prazer ao longo de toda a vida ( o tempo de vida entra na formula !
> ).

Não se poderia fazer as mesmas perguntas sobre religião? Poderia até
acrescentar duas perguntas:

E o dinheiro gasto?
E o tempo perdido?

Tempo de vida? A mulher mais velha do mundo fuma desde a adolescência e
ela tem mais de 100 anos. Onde foram parar os cinco minutos por cada
cigarro?

Obviamente estamos desviando do assunto.

Responderei sobre ética/matemática o mais brevemente possível, preciso
fazer umas pesquisas.

==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
==========================================================


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciencia e Religiao
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 25/10/2000 17:53

> Note a felicidade, segundo jocax, deve ser dada sob a somatoria
> de prazer ao longo de toda a vida ( o tempo de vida entra na formula !

se sempre havera' uma variavel oculta na sua formula, ela nao serve pra
nada: 'ah! mas isso nao pode, porq. *pode* ocorrer issoutro e
aquiloutro'... se nao ha' determinacao das consequencias, nao temos
previsao -- adeus objetividade...

e nao se tera' nenhuma vantagem sobre as hipoteses ad hoc das
'teorias' de cunho religioso sobre a moral.

segundo: vc baseia em uma teoria previa do utilitarismo moral -- moral eh
o q. nos faz felizes. primeiro tem q. provar essa teoria... ah! mas nao se
pode 'provar' isso no sentido cientifico... por q. nao? por q. ela mesma
eh uma 'teoria' moral. de novo, adeus objetividade.

dados alguns parametros, podemos em funcao desses parametros dizer se algo
eh ou nao valido. se esses parametros sao eticos, entao poderemos dizer se
algo esta' ou nao de acordo com esses parametros eticos. objetividade
acaba aqui... nao teremos nada q. nos diga se esses parametros por sua vez
sao ou nao validos.

dizer q. algo eh bom porq. esse algo eh natural, implica primeiro em
aceitar q. 'se algo eh natural eh bom' -- soh q. aceitar ou rejeitar nao
tem conotacao objetiva.

dizer q. seguimos nossa 'programacao genetica' eh uma afirmacao testavel,
mas nao tem nenhum carater valorativo. isso eh bom ou ruim? nao importa,
isso eh ou nao eh. ou as pedras caem ao chao ao serem abandonadas no ar ou
nao caem, nao importa se isso eh 'bom' ou 'ruim'.

da mesma forma dizer 'ajudar as pessoas eh bom' nao tem nenhum carater
testavel. dizer assim: ah! mas podemos verificar se ajudar as outras
pessoas traz algum beneficio -- seja material, seja 'psicologico', seja de
sobrevida genetica -- eh nao entender o q. o 'bom' significa em 'ajudar as
pessoas eh bom'. isso eh tao somente uma manifestacao de valoracao moral.

o q. estaremos testando na verdade eh se 'ajudar as pessoas traz
beneficios materiais', 'ajudar as pessoas traz beneficios psicologicos',
'ajudar as pessoas traz beneficio em termos de sobrevivencia genetica'.

pra ligar cada uma dessas coisas em termos morais teriamos q. ter alguma
dessas premissas anteriores -- todas por sua vez de carater moral eh nao
objetivo:

'ter beneficios materiais eh bom',
'ter beneficios psicologicos eh bom',
'ter beneficios na sobrevivencia genetica eh bom'...

se pra uma pessoa 'ter beneficiso materiais eh ruim' -- digamos, um
franciscano de carteirinha. entao se comprovamos q. ajudar as pessoas traz
beneficios materiais, entao para esse franciscano: 'ajudar as pessoas eh
ruim'. jah para uma pessoa q. acha q. 'ter beneficios materiais eh bom',
ajudar as pessoas eh bom...

um desajuste entre a previsao de um modelo e a observacao constitui-se em
uma falha de teste de hipotese e isso depoem contra a teoria.

um desajuste entre a prescricao de uma etica e a observacao constitui-se
em uma falha de acao (pecado ou equivalente) e nada traz contra a etica.

digamos q. objetivamente temos q. ajudar as outras pessoas traz beneficios
materiais

nao eh dificil distinguir o 'bom' no sentido de 'moralmente bom' de 'bom'
no sentido de 'vantajoso'. da mesma forma q. nao eh dificil distinguir uma
explicacao de uma justificacao.

ainda fico com o prozac<mr> e orastan<mr>... efeitos-colaterais? e acaso
cada acao nossa nao tem consequencia? o hambuguer q. como hoje, nao eh o
perigo de infarte amanha? a falta de acao social ontem, nao eh parte da
situacao atual? nisso a solucao quimica nao apresenta desvantagem
relativa. mas apresenta a vantagem da portabilidade, da previsibilidade (e
juntamente: da especificidade), da velocidade, da durabilidade (como a
resposta eh dose-dependente pode-se administrar de acordo com a
necessidade e assim controlar nao apenas a intensidade, mas tbm a duracao
dos efeitos). as demais acoes vao mexer justamente na neuroquimica -- nas
doses de oxitocina e de serotonina -- oras eh simples questao de eliminar
etapas (se isso vai causar dependencia, nao sera' de natureza diferente da
dependencia de saltar de para-quedas, de ajudar as outras pessoas, de
praticar o genismo -- alias, esse nome nao eh roubado do gattacca? --, o
eugenismo, o biogenismo)...

claro q. nao estou defendendo o uso da solucao quimica alem do terapico, a
intencao (ou antes a pretencao) eh mostrar o vacuo da teoria do
utilitarismo moral, do epicurismo, do hedonismo.

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Vc gostaria de ter INDEPENDÊNCIA F INANCEIRA???
FROM: Leonardo Stern <roxo@jedi.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 25/10/2000 22:58

Não é não, está tendo uma onda de spam, mas em cerca de 3.000 emails que
recebi da ciencialist este é o 3o ou 4o, 3 desta mesma pessoa e um
outro.
Lembram daquele email trabalhe@mailbr.com.br ? é Alias deste .... o
misteiro foi resolvido, não houve buraco no sistema, creio eu.
Eu estava suspeitando disso e quando este email se inscreveu em minha
lista imediatamente me lembrei de um bem parecido e coloquei o email na
moderação para ver o que aparecia : Bingo ! Consegui evitar um spam na
minha lista :))))

PS : Graças ao LRB consegui descobrir quem era o spammer, mas acho que
ele não leu minha mensagem de aviso aa tempo :(

> É normal estes anuncios na lista? Já não basta os que nós recebemos fora
> dela?
>
> Grato !!!


SUBJECT: Re: [ciencialist] Ciencia e Religiao
FROM: "Neville" <neville@catanduva.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 26/10/2000 00:30

Caro Jocax:

Já que todo mundo está descendo a lenha, aqui vai minha pancadinha também.

Tinha muita curiosidade em ler alguma coisa do Dawkins, pois muitas são as
referencias elogiando a posição vanguardista de seus pensamentos; mas,
depois de ler o texto apresentado - que mais parece um "samba do crioulo
doido" - acho que vou deixar o assunto para a próxima reencarnação.

No geral, o Dawkins trata da Religião como se estivesse pisando em ovos, com
muito medo de ofender um publico que tem boletim de presença nos cultos
dominicais. A mistura de conceitos e o desvio do conteúdo terminológico
chega a ser falaciosa, como no caso da frase;

> A pergunta "O que é certo e o que é errado?" é uma pergunta genuinamente
difícil que a ciência certamente não pode responder.

Ora, desde quando moral e ética fazem parte do escopo da ciência ( e o
Dawkins certamente sabe disso) ! O cientista, enquanto ser humano, pode ou
não seguir códigos éticos ou morais; o que não se deve é confundir o criador
com a criatura.

Como impostar que a religião tem a ética como finalidade e esta tem a
felicidade como objetivo, que coincidentemente, também é o objetivo da
perpetuação dos genes e, portanto, o genismo (por comutatividade) é uma
religião ?
Como quantificar a felicidade ? Através de monitoramento do nível de
endorfina ?

Por outro lado temos uma questão fundamental: qual seria a ética, a moral e
o nível de felicidade de um pé de alface? Este ser vivente, tal como nos,
também é uma "embalagem perpetuadora de genes", com todos os direitos que a
função lhe confere. Ou não?

Isto me lembra a questão religiosa do ser humano ter alma com direito a
felicidade futura e os demais viventes não. Acho que em boa parte de sua
proposta, Dawkins meramente substituiu o conceito religioso de "alma" pelo
termo técnico de "gen" e isto me parece indício de problemas psicológicos
mal-resolvidos.

Embora merecesse, acho que seria perda de tempo dissecar cada frase, mesmo
porque isso não iria alterar a opinião de ninguém.

Um abraço
Neville





SUBJECT: Spam resolvido (administrativa)
FROM: "Luis Roberto Brudna [RS]" <lrb@if.ufrgs.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 26/10/2000 07:36

> Não é não, está tendo uma onda de spam, mas em cerca de 3.000
emails que
> recebi da ciencialist este é o 3o ou 4o, 3 desta mesma pessoa e um
> outro.
> Lembram daquele email trabalhe@m... ? é Alias deste .... o
> misteiro foi resolvido, não houve buraco no sistema, creio eu.
> Eu estava suspeitando disso e quando este email se inscreveu em
minha
> lista imediatamente me lembrei de um bem parecido e coloquei o
email na
> moderação para ver o que aparecia : Bingo ! Consegui evitar um spam
na
> minha lista :))))
>
> PS : Graças ao LRB consegui descobrir quem era o spammer, mas acho
que
> ele não leu minha mensagem de aviso aa tempo :(

OBS: estou com problemas na conta lrb@if.ufrgs.br, que trancou por
excesso de e-mails. Mas logo vou resolver isso, preciso encontrar o
administrador do sistema if.

O spammer jah foi retirado da lista.
Por enquanto estamos livres desta.

Desculpe qualquer incomodo. Caso encerrado. :)

Luis Roberto Brudna - administrador da Ciencialist





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciencia e Religiao -Historico
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO:
DATE: 26/10/2000 08:19

Roberto Mitsuo Takata wrote:
>
> > Note a felicidade, segundo jocax, deve ser dada sob a somatoria
> > de prazer ao longo de toda a vida ( o tempo de vida entra na formula
> !
>
> se sempre havera' uma variavel oculta na sua formula, ela nao serve
> pra
> nada: 'ah! mas isso nao pode, porq. *pode* ocorrer issoutro e
> aquiloutro'... se nao ha' determinacao das consequencias, nao temos
> previsao -- adeus objetividade...


Vc esta enganado.
Veja por exemplo a formula relativistica-quantica de Dirac.
EH complexa e podemos apenas "soluciona-la" para um simples atomo de
hidrogenio !. O que diriamos entao quando aplicada em um sistema
complexo como uma molecula de DNA ou mesmo um corpo humano?
Sem utilidade nenhuma?

As formulas encerram conceitos importantes. Pode-se atraves delas
se fazer analises qualitativas de cunho abrangente mesmo sem calculos
quantitativos minuciosos. Veja o principio da conservacao da energia
ou mesmo o do aumento da entropia. Pode-se deduzir muito da evolucao de
sistemas complexos, com estes conceitos, fazendo-se apenas analises
qualitativas com eles.

A formula da felicidade tambem :

Felicidade = Integral[ prazer(t) ] dt ( jocax ,27/12/1999)

Onde Prazer = Medida quantitativa do nivel de prazer(+) ou de Dor(-) do
cerebro.

A felicidade portanto eh o somatorio destes estados de prazer ponderados
pelo tempo q eles duram. Simples e importante.

Eh bastante objetiva tambem.
Analisando-a, poderemos ateh saber em que direcao seguir na busca da
felicidade:

Para maximizar a Felicidade vemos que o tempo de vida eh importante
pois a integral se estende pela vida do individuo.
Portanto devemos maximizar nosso tempo de vida.
Mas nao eh soh isso : A felicidade
depende de nosso estado de prazer : Portanto devemos buscar o maior
prazer. E essa eh uma solucao de compromisso pois, muitas vezes, ao
maximizarmos o prazer diminuimos o tempo de vida !!!

Ponderar estas duas variaveis esta o segredo de uma vida feliz.


>
> e nao se tera' nenhuma vantagem sobre as hipoteses ad hoc das
> 'teorias' de cunho religioso sobre a moral.
>
> segundo: vc baseia em uma teoria previa do utilitarismo moral -- moral
> eh
> o q. nos faz felizes. primeiro tem q. provar essa teoria... ah! mas
> nao se
> pode 'provar' isso no sentido cientifico... por q. nao? por q. ela
> mesma
> eh uma 'teoria' moral. de novo, adeus objetividade.
>
> dados alguns parametros, podemos em funcao desses parametros dizer se
> algo
> eh ou nao valido. se esses parametros sao eticos, entao poderemos
> dizer se
> algo esta' ou nao de acordo com esses parametros eticos. objetividade
> acaba aqui... nao teremos nada q. nos diga se esses parametros por sua
> vez
> sao ou nao validos.
>
> dizer q. algo eh bom porq. esse algo eh natural, implica primeiro em
> aceitar q. 'se algo eh natural eh bom' -- soh q. aceitar ou rejeitar
> nao
> tem conotacao objetiva.

Veja bem, voce nao entendeu quando disse que todo codigo de etica
visa um OBJETIVO NAO CONFESSO que eh maximizar ( harmonizar ) a
felicidade
do grupo.

Porque nao confesso?

Pq, antes do jocax :-), ninguem sabia definir felicidade com precisao
matematica !!

Os principios eticos portanto, nada mais sao do que regras de bolso,
para este objetivo simples !! Esta eh sua verdadeira origem. Seu
amago.

Agora que sabemos sua origem e podemos, em principio, quantifica-la
( desde q tenhamos uma medida para o nivel de prazer instantaneo ),
poderemos tratar a etica do ponto de vista de um problema cientifico
de MAXIMIZACAO.


>
> dizer q. seguimos nossa 'programacao genetica' eh uma afirmacao
> testavel,
> mas nao tem nenhum carater valorativo. isso eh bom ou ruim? nao
> importa,
> isso eh ou nao eh. ou as pedras caem ao chao ao serem abandonadas no
> ar ou
> nao caem, nao importa se isso eh 'bom' ou 'ruim'.
>
> da mesma forma dizer 'ajudar as pessoas eh bom' nao tem nenhum carater
> testavel. dizer assim: ah! mas podemos verificar se ajudar as outras
> pessoas traz algum beneficio -- seja material, seja 'psicologico',
> seja de
> sobrevida genetica -- eh nao entender o q. o 'bom' significa em
> 'ajudar as
> pessoas eh bom'. isso eh tao somente uma manifestacao de valoracao
> moral.


Apartir de agora, ( marque a data por favor :) ) dizer se eh bom ou
ruim
deixa de ser simplesmente um problema de valoracao moral. Desde que
assumamos
que a valoracao moral esta vinculada ao principio de maximizacao de
felicidade.

Mas vc tem razao quando diz q as pessoas nao precisam aceitar esta nova
ETICA-CIENTIFICA ! Mas, nao o fazendo elas corem o risco de cairem
num perigoso ostracismo.

SIM !, estou deduzindo e propondo uma nova meta-etica cientifica e
conclamando a todos a engajarem-se neste NOVO PARADIGMA META-ETICO.


>......
> ainda fico com o prozac<mr> e orastan<mr>... efeitos-colaterais? e
> acaso
> cada acao nossa nao tem consequencia? o hambuguer q. como hoje, nao eh
> o
> perigo de infarte amanha? a falta de acao social ontem, nao eh parte
> da
> situacao atual? nisso a solucao quimica nao apresenta desvantagem
> relativa. mas apresenta a vantagem da portabilidade, da
> previsibilidade (e
> juntamente: da especificidade), da velocidade, da durabilidade (como a
> resposta eh dose-dependente pode-se administrar de acordo com a
> necessidade e assim controlar nao apenas a intensidade, mas tbm a
> duracao
> dos efeitos). as demais acoes vao mexer justamente na neuroquimica --
> nas
> doses de oxitocina e de serotonina -- oras eh simples questao de
> eliminar
> etapas (se isso vai causar dependencia, nao sera' de natureza
> diferente da
> dependencia de saltar de para-quedas, de ajudar as outras pessoas, de
> praticar o genismo -- alias, esse nome nao eh roubado do gattacca? --,
> o
> eugenismo, o biogenismo)...
>
> claro q. nao estou defendendo o uso da solucao quimica alem do
> terapico, a
> intencao (ou antes a pretencao) eh mostrar o vacuo da teoria do
> utilitarismo moral, do epicurismo, do hedonismo.


Agora podemos analisar o efeito prozac.
Se a droga nao surtisse efeitos colaterais , nao causasse dependencia,
nao sensibilizasse o organismo para doses cada vez maiores, fosse facil
e barato de se conseguir como agua, TALVEZ pudesse ser usado por toda a
vida ajudaando a maximizacao da felicidade. Mas nao creio q ocorra isso
e seu uso devera ser restrito a crises depressivas.


Com relacao ao Genismo eu acredito, mas ainda nao consegui provar, que
esta doutrina eh a solucao do problema etico central da maximizacao
da felicidade. Ou seja o Genismo eh a resposta as acoes que devem ser
tomadas pelo individuo que queira maximizar sua felicidade.

[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] Ciencia e Religiao
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO:
DATE: 26/10/2000 09:51



Neville wrote:
>
> Caro Jocax:
>
> Já que todo mundo está descendo a lenha, aqui vai minha pancadinha também.

Manda ver ! :-)

>
> Tinha muita curiosidade em ler alguma coisa do Dawkins, pois muitas são as
> referencias elogiando a posição vanguardista de seus pensamentos; mas,
> depois de ler o texto apresentado - que mais parece um "samba do crioulo
> doido" - acho que vou deixar o assunto para a próxima reencarnação.

Nao sei pq vc achou isso :-(

>
> No geral, o Dawkins trata da Religião como se estivesse pisando em ovos, com
> muito medo de ofender um publico que tem boletim de presença nos cultos
> dominicais.

Mas ele tem razao. Ele tem projecao internacional e por isso deve ter
cuidado pois deve saber q apenas cerca de 3% da pop mundial sao ateus.
Se quiser ser ouvido deve ir com calma para nao ferir os brios.


>A mistura de conceitos e o desvio do conteúdo terminológico
> chega a ser falaciosa, como no caso da frase;
>
> > A pergunta "O que é certo e o que é errado?" é uma pergunta genuinamente
> difícil que a ciência certamente não pode responder.
>
> Ora, desde quando moral e ética fazem parte do escopo da ciência ( e o
> Dawkins certamente sabe disso) !

Oras, desde HOJE quando enviei o email historico para o Takata !!! :-)
mostrando q a etica podera fazer parte da ciencia !!
Como o Dawkins, infelizmente, nao faz parte desta lista ele ainda nao
esta
sabendo da novidade !

>O cientista, enquanto ser humano, pode ou
> não seguir códigos éticos ou morais; o que não se deve é confundir o criador
> com a criatura.
>
> Como impostar que a religião tem a ética como finalidade e esta tem a
> felicidade como objetivo, que coincidentemente, também é o objetivo da
> perpetuação dos genes e, portanto, o genismo (por comutatividade) é uma
> religião ?

Seus questionamentos sao validos.
A religiao nao tem somente a etica como finalidade, mas talvez seja
este seu objetivo maior.

Agora a etica tem, como disse, o objetivo de maximizar a felicidade
do grupo e para tanto deve restringir, de alguma forma, a felicidade
de cada um.
Oras, agora sabemos q os genes nos criaram para se perpetuar
a eles proprios. Cada vez mais a ciencia mostra isso.
Mas a cultura, as vezes, desnorteia este objetivo simples.
Quando isto acontece temos um conflito gemetico ( genes X memes ) que
traz neuroses e dor. O genismo sabe q a minimizacao do conflito
deve vir pelos memes pois estes sao mais flexiveis e mutaveis do
que os genes. A minimizacao do conflito eh resolvido pela ativacao
do meme Genismo que ira maximizar a felicidade do individuo.

O genismo eh a teoria que diz que de todas as doutrinas q um individuo
pode ativar ( ter como verdade ) ela ( genismo ) eh a q trara maior
felicidade ao individuo. Eh uma teoria cientifica testavel.

O Genismo eh uma religiao pois propoe q se siga algumas regras de bolso
( os mandamentos ) de modo a facilitar a tomada de decisoes na vida
da pessoa ( etica ).


> Como quantificar a felicidade ? Através de monitoramento do nível de
> endorfina ?

Eh uma maneira, mas nao creio a melhor.
Note q basta essa quantificacao para que a etica-cientifica saia da
teoria e torne-se plausivel !
as eu creio q a melhor medida da felicidade-instantanea ( prazer-dor )
eh atraves do nivel de excitacao de certas areas neuronoais especificas.



>
> Por outro lado temos uma questão fundamental: qual seria a ética, a moral e
> o nível de felicidade de um pé de alface? Este ser vivente, tal como nos,
> também é uma "embalagem perpetuadora de genes", com todos os direitos que a
> função lhe confere. Ou não?

Sua pergunta tem sentido. E ja pensei muito nisso antes.
Sempre achei q o nivel de sensacao ( prazer/dor ) pudesse ser extensivel
a seres nao dotados de sistema nervoso e mesmo INANIMADOS !!!

Disse, certa vez ao Takata em pvt, que talvez um sistema eletrico tal
como
um interrupor e uma lampada pudessem sentir algo !! ( Nao digam q eu
disse
isso!, vao usar isso como desculpa para me internar !! :) )
Note q os neuronios sao feitos de atomos , tudo fisico, e assim o prazer
a dor sao estados de sistemas fisicos. Faz sentido a pergunta :
QUAL O MENOR SISTEMA FISICO CAPAZ DE SENTIR ALGO?
Um interruptor de luz e a lampada naopoderiam ser este sistema?

Uma vez q se consiga descobrir a resposta a esta pergunta, talvez entao
o peh de alface tenha seus direitos assim como nos !!.



>
> Isto me lembra a questão religiosa do ser humano ter alma com direito a
> felicidade futura e os demais viventes não. Acho que em boa parte de sua
> proposta, Dawkins meramente substituiu o conceito religioso de "alma" pelo
> termo técnico de "gen" e isto me parece indício de problemas psicológicos
> mal-resolvidos.

O problema eh q a alma nao eh um conceito cientifico e o gene eh.

>
> Embora merecesse, acho que seria perda de tempo dissecar cada frase, mesmo
> porque isso não iria alterar a opinião de ninguém.
>
> Um abraço
> Neville


[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] Vc gostaria de ter INDEPENDÊNCIA F INANCEIRA???
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 26/10/2000 10:03

Esta mensagem apareceu em outras listas do Egroups, também. Mas não em
todas.
Belisário
P.S. - Impressionante como algumas empresas fazem questão de queimar o
filme.

----- Original Message -----
From: Leonardo Stern


> Não é não, está tendo uma onda de spam, mas em cerca de 3.000 emails que
> recebi da ciencialist este é o 3o ou 4o, 3 desta mesma pessoa e um
> outro.
> Lembram daquele email trabalhe@mailbr.com.br ? é Alias deste .... o
> misteiro foi resolvido, não houve buraco no sistema, creio eu.
> Eu estava suspeitando disso e quando este email se inscreveu em minha
> lista imediatamente me lembrei de um bem parecido e coloquei o email na
> moderação para ver o que aparecia : Bingo ! Consegui evitar um spam na
> minha lista :))))
>
> PS : Graças ao LRB consegui descobrir quem era o spammer, mas acho que
> ele não leu minha mensagem de aviso aa tempo :(
>
> > É normal estes anuncios na lista? Já não basta os que nós recebemos fora
> > dela?
> >
> > Grato !!!




SUBJECT: Re: [ciencialist] Ciencia e Religiao
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 26/10/2000 12:15

Neville wrote:
> Tinha muita curiosidade em ler alguma coisa do Dawkins, pois muitas são as
> referencias elogiando a posição vanguardista de seus pensamentos; mas,
> depois de ler o texto apresentado - que mais parece um "samba do crioulo
> doido" - acho que vou deixar o assunto para a próxima reencarnação.
> [ - - - ]
> Isto me lembra a questão religiosa do ser humano ter alma com direito a
> felicidade futura e os demais viventes não. Acho que em boa parte de sua
> proposta, Dawkins meramente substituiu o conceito religioso de "alma" pelo
> termo técnico de "gen" e isto me parece indício de problemas psicológicos
> mal-resolvidos.

Entao vc precisa realmente ler alguma coisa de Dawkins, de preferência
"O Gene Egoísta". Neste livro em especial ele não fala em nenhum momento
sobre seres humanos, todos os exemplos que ele cita são animais e como
nós também somos animais, podemos nos identificar nos exemplos. Somente
no último capítulo ele fala sobre algo que tange a espécie humana que é
o meme.

Depois deste livro eu recomendo Susan Blackmore.

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TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Vc gostaria de ter INDEPENDÊNCIA F INANCEIRA???
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 26/10/2000 13:56

On Thu, 26 Oct 2000, Roberto Belisario wrote:
> P.S. - Impressionante como algumas empresas fazem questão de queimar o
> filme.

qdo se tem uma certa massa critica nao importa muito a qualidade da
clientela -- num universo de alguns milhares de pessoas, sempre havera' no
minimo uma duzia de trouxas (ou mentalmente fragilizado, como queira). eh
o qto basta para q. a empresa tenha retorno.

se fosse um sistema tradicional de mala direta (nunca o nome foi tao
apropriado), os custos de envio fariam com q. houvesse necessidade de
maior direcionamento para garantir uma taxa maior de resposta e assim
cobrir uma despesa maior.

outros usos de um sistema barato de comunicacao em massa, aliado a uma
legislacao inexistente (e qdo existe cheia de buracos e qdo bem feita, uma
fiscalizacao deficiente e qdo com uma fiscalizacao severa, um sistema
penal capenga) e uma baixa capacidade de discernimento geral:

modo 1 -

com uma lista inicial de 256 mil emails, manda-se para metade uma previsao
de alta de bolsa e para outra metade uma previsao de queda.

na correspondencia seguinte, para a metade a quem enviou-se a previsao
correta, envia-se novamente para a metade (da metade) uma previsao de alta
e para a outra uma previsao de baixa...

e assim se faz ateh a setima correspondencia, qdo havera' 2.000 pessoas
extremamente aticadas com a incrivel capacidade de previsao.

qtas delas nao pagarao por uma nova previsao e assim poderem lucrar na
bolsa? digamos q. 10 distintos trouxas se ponham 'a frente e desembolsem
modicos U$ 100,00 (afinal o qto eles poderao lucrar no jogo das acoes?)...
pode-se ateh cobrar U$ 500,00 jah q. o retorno eh garantido -- afinal
foram sete previsoes corretas -- e uma aposta mais alta afasta a suspeita
de truque (o metodo revolucionario de avaliacao termodinamica do mercado
financeiro ajustado por modelos geneticos eh comprovadamente confiavel,
natural q. custe mais, porem o retorno eh liquido e certo).

em uma semana ou pouco mais serao entre U$ 1.000 e U$ 5.000 -- ou talvez
bem mais q. isso. quem sabe nao responderao 1.000 das 2.000 pessoas
restantes? com U$ 500.000 sua vida estara' praticamente encaminhada...

e pode-se mesmo arriscar: 'satisfacao garantida ou seu dinheiro de volta'
-- tem apenas metade o ganho, mas quem dira' q. vc enganou alguem?

estou vendendo um cadastro com mais de 500.000 emails, mais carta
padrao de apresentacao (em ingles, portugues, alemao, espanhol, tailandes
e japones) por modicos U$ 100,00... re re, brincadeira.


modo 2 -

compre algumas acoes de uma pequena empresa pela internet. crie uma carta
como se fora um analista de mercado financeiro e envie para uma porcao de
trouxas dizendo q. essa empresa projeta um crescimento fantastico,
garantido por financiamentos governamentais (informacao sigilosa). uma
meia duzia de neobobos vao correr comprar as acoes dessa empresa e com
isso efetivamente havera' uma valorizacao de seus papeis -- profecia
auto-realizadora. venda suas acoes nessa explosao euforica e o tempo
encarrega de desiludir as pessoas e trazer tudo ao normal.

esta modalidade eh bem mais arriscada, mas bem menos trabalhosa (exige uma
escala menor do q. o modo 1) -- cuidado com a trilha q. vc deixa.


modo 3 -

piramides disfarcadas. monte um pequeno website (mas capriche na
diagramacao e liguagem grafica -- isso eh essencial para a fachada de
credibilidade de uma empresa desconhecida) e distribua premios. para
concorrer, as pessoas devem juntar pontos, os pontos podem ser conseguidos
com gincanas idiotas, mas mais pontos sao obtidos se os trouxas arrastam
outros trouxas para participar da promocao. como nao eh necessario comprar
nem pagar nada, ninguem vai pensar em piramides tradicionais ('fique rico
com apenas R$ 1,00!!!'). com um acesso semanal de 100.000 page hits pra
cima vc pode: ou lancar acoes de sua empresa no mercado ou vender a ideia
para empresarios trouxas.


modo 4 -

crie um virus e espalhe pela internet ou hackeie um sitio famoso. deixe-se
pegar. depois de sair da prisao: no maximo um ano depois (em geral bem
menos por bom comportamento), tera' um emprego garantido em empresas de
seguranca de internet (muitas vezes a propria empresa q. teve seu sitio
invadido). na prisao tbm nao perca tempo, escreva um livro contando sua
trajetoria de uma cidadezinha do interior do pais para a celebridade
nacional (ou mundial) instantanea -- ponha um titulo sugestivo de modo q.
nerds do mundo todo acharao q. aprenderao a hackear lendo seu livro.
escreva de modo 'as pessoas acharem q. vc esta' realmente contando algo
importante.


modo 5 -

esta exige um contato previo com a imprensa. banque o guru da internet --
seja sempre do contra: o mercado esta' reticente? atice: diga 'a internet,
obviamente eh o futuro, quem nao investir em internet estara' condenado a
desaparecer no novo mercado da nova economia'; o mercado esta' exultante?
jogue um balde de agua fria: 'apenas 1 em cada milhao de empresas de
internet sobrevivera' ao gde expurgo'. nao tenha medo de errar, o q.
importa eh a cara de pau -- como a caracteristica de mercados financeiros
eh uma eterna gangorra, sua previsao fatalmente vai se realizar (o
importante tbm eh ser retincente qto a datas: nao seja mais preciso na
indicacao de qdo um evento ira' ocorrer do q. 'no futuro', 'daqui a
pouco'...). ganhe rios de dinheiro com palestras em universidades e
convencoes no mundo todo. livros tbm sao possibilidades reais. consultoria
especializada tbm rende bons lucros.

modo 6 -

esta eh a mais facil e a q. da' mais retorno... mas como se conselho
fosse bom nao seria de graca, eh soh depositar em minha conta o valor
referente a R$ 250,00 q. vc recebera' uma fita de video instrutiva, um
livro com kit para montar sua empresa de internet -- ricamente ilustrado,
mostrando passo a passo como proceder para lucrar com a internet e um
calendario personalizado de acordo com seu mapa-astral indicando os
melhores momentos para a acao.

----

mas a verdade eh q. o mundo esta' cheio de pessoas prontas para serem
enganadas -- de q. outro modo se explica maluf ter por tudo o q. jah foi
noticiado sobre suas armacoes um terco do voto do eleitorado paulistano (e
paulista)? e isso abre toda uma linha de discussao etica...

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Nova especie pode surgir + rapido
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO:
DATE: 26/10/2000 14:44

BIOLOGIA
Pesquisa analisou salmões em um lago nos EUA
Estudo com peixe aponta processo ligado à diferenciação de espécies
DO "THE NEW YORK TIMES"
Folha de s. Paulo - Quarta-feira, 25 de Outubro de 2000 (?)


Por mais de um século os cientistas consideraram impossível testemunhar
a evolução de uma nova espécie na natureza. Mas não é isso que mostra um
estudo com salmões publicado na última edição da revista "Science".

Nele, pesquisadores apresentam evidências sugerindo que uma nova espécie
pode surgir muito mais rápido do que se pensava anteriormente.

Além de sacudir as idéias atuais sobre o quão rápido novas espécies
podem evoluir, dizem os pesquisadores, o novo estudo -juntamente com
outro trabalho sobre a evolução em moscas-das-frutas- sugere que os
cientistas podem ter esperanças de observar o surgimento de uma nova
espécie na natureza. Essa oportunidade pode ajudar a entender um dos
mecanismos fundamentais para a evolução da vida na Terra.

No novo estudo, os pesquisadores afirmam que uma população de salmões
parece ter evoluído em dois grupos distintos que não mais se misturavam
livremente, dando o primeiro passo para se tornarem espécies separadas,
não após séculos ou milênios, mas em apenas 50 anos.
"Não havia precedente para isso", diz Andrew Hendry, da Universidade de
Massachusetts, um dos autores do trabalho.

O estudo se aproveitou do fato de que uma espécie de salmão
(Oncorhynchus nerka) havia sido introduzida em 1937 no lago Washington,
próximo a Seattle.

Em 1992, quando os pesquisadores começaram a estudar o peixe, eles
descobriram que o grupo original havia evoluído em dois grupos
diferentes. Um deles depositava seus ovos na margem do lago, enquanto o
outro, ligeiramente diferente, se reproduzia em um rio ligado ao lago.
Na mesma edição da "Science", pesquisadores australianos relatam
evidências de que mudanças distinguindo duas espécies de
mosca-das-frutas surgiram em apenas seis meses.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Nova especie pode surgir + rapido
FROM: "Dr. Omni" <dromni@ieg.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 26/10/2000 15:05

Cool! Mais uma pá de cal para jogar em cima dos criacionistas, já que os
mais ingênuos deles costumam recorrer ao argumento "mas eu nunca vi uma
espécie se transformando em outra...". O único problema é que os
criacionistas, paradoxalmente, evoluem muito rápido e logo criam resistência
a qualquer tipo de cal que jogamos neles... ;-)

Dr. Omni
ICQ # 53853815
Fórum Cético Brasileiro: http://www.nitnet.com.br/~kruse/forum.htm

----- Original Message -----
From: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
Sent: Thursday, October 26, 2000 3:44 PM
Subject: [ciencialist] Nova especie pode surgir + rapido


> BIOLOGIA
> Pesquisa analisou salmões em um lago nos EUA
> Estudo com peixe aponta processo ligado à diferenciação de espécies
> DO "THE NEW YORK TIMES"
> Folha de s. Paulo - Quarta-feira, 25 de Outubro de 2000 (?)
>
>
> Por mais de um século os cientistas consideraram impossível testemunhar
> a evolução de uma nova espécie na natureza. Mas não é isso que mostra um
> estudo com salmões publicado na última edição da revista "Science".
>
> Nele, pesquisadores apresentam evidências sugerindo que uma nova espécie
> pode surgir muito mais rápido do que se pensava anteriormente.
>
> Além de sacudir as idéias atuais sobre o quão rápido novas espécies
> podem evoluir, dizem os pesquisadores, o novo estudo -juntamente com
> outro trabalho sobre a evolução em moscas-das-frutas- sugere que os
> cientistas podem ter esperanças de observar o surgimento de uma nova
> espécie na natureza. Essa oportunidade pode ajudar a entender um dos
> mecanismos fundamentais para a evolução da vida na Terra.
>
> No novo estudo, os pesquisadores afirmam que uma população de salmões
> parece ter evoluído em dois grupos distintos que não mais se misturavam
> livremente, dando o primeiro passo para se tornarem espécies separadas,
> não após séculos ou milênios, mas em apenas 50 anos.
> "Não havia precedente para isso", diz Andrew Hendry, da Universidade de
> Massachusetts, um dos autores do trabalho.
>
> O estudo se aproveitou do fato de que uma espécie de salmão
> (Oncorhynchus nerka) havia sido introduzida em 1937 no lago Washington,
> próximo a Seattle.
>
> Em 1992, quando os pesquisadores começaram a estudar o peixe, eles
> descobriram que o grupo original havia evoluído em dois grupos
> diferentes. Um deles depositava seus ovos na margem do lago, enquanto o
> outro, ligeiramente diferente, se reproduzia em um rio ligado ao lago.
> Na mesma edição da "Science", pesquisadores australianos relatam
> evidências de que mudanças distinguindo duas espécies de
> mosca-das-frutas surgiram em apenas seis meses.
>
>
> *** --- ***
> Para sair da lista envie um mail para:
> ciencialist-unsubscribe@egroups.com
> *** --- ***
>
>
>
>
>



SUBJECT: tabela peri�dica
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "Lista_Ci�ncias" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 26/10/2000 15:23

Oi pessoal,
estou escrevendo uma s�rie de textos de divulga��o sobre 'Mundo At�mico'.
Preciso de uma figura (*.gif) de uma tabela peri�dica 'colorida'. Algu�m tem
isso?
[]'
L�o
------------------------------
Luiz Ferraz Netto [L�o]
UIN#: 31028111
leo@barretos.com.br
leo@esquinas.com.br
www.feiradeciencias.com.br



SUBJECT: Re: [ciencialist] tabela peri�dica
FROM: "Claudio Abreu Bidual" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 26/10/2000 16:15

Prezado Leo,

O Takata me mandou um endere�o uma vez onde existe uma boa tabela peri�dica
colorida:

"existe um composto sintetico de criptonio -- KrF2:
http://www.webelements.com/webelements/elements/text/Kr/comp.html
"
Voc� chegando l� � s� retornar para a p�gina principal que voc� acha a
tabela. Trata-se de um bom site.

Um grande abra�o,

Claudio Abreu
�o
------------------------------
Luiz Ferraz Netto [L�o]
UIN#: 31028111
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leo@esquinas.com.br
www.feiradeciencias.com.br




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciencia e Religiao
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 26/10/2000 16:15

Roberto Mitsuo Takata wrote:
> praticar o genismo -- alias, esse nome nao eh roubado do gattacca? --,
> o
> eugenismo, o biogenismo)...

Nao roubei de ninguem, como vc ja percebeu, sou por demais EGOCENTRICO
para ter feito isso ( ainda mais sabendo q seria usada como o nome de
uma doutrina ETICA ).

Mas eh uma palavra simples q serve ateh de sufixo, talvez ateh possa
existir.

[]s
jocax


SUBJECT: ANTIMATERIA
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 26/10/2000 16:42


ANTIMATÉRIA
Viagem para as estrelas pode estar anos-luz mais próxima
Gareth Cook

THE BOSTON GLOBE, Quinta-feira, 26 de Outubro de 2000

Fãs do "Star Trek" aguardem para ativar o impulsor interestelar: Os
cientistas da Nasa dizem que foguetes espaciais impulsionados por
motores de antimatéria talvez sejam possíveis dentro de algumas décadas.

Desde a década de 1950 que os escritores de ficção científica sonham com
uma aeronave que utilize o enorme poder da antimatéria -um material que
explode ao entrar em contato com a matéria- para viajarem pelas
estrelas. A antimatéria em si não é fantasia, mas é um pouco cara como
combustível, custando, atualmente, cerca de US$ 6.400 trilhões
(aproximadamente R$ 12.150 trilhões) por grama.

Hoje, entretanto, cientistas têm projetos de motores que gerariam
impulsos tremendos, utilizando quantidades minúsculas de antimatéria,
talvez tão pouco quanto um milionésimo de grama, para uma missão de um
ano a Júpiter com homens a bordo, de acordo com um relatório na edição
deste mês do Journal of Propulsion and Power.

"Os requerimentos para a propulsão pela antimatéria são muito menores do
que se pensava", disse o físico Gerald Smith, um dos co-autores e
fundador da Synergistic Technologies, firma de consultoria especializada
em aplicações da antimatéria para a Nasa e para as Forças Aéreas.
Combinada com tecnologia que diminua o preço da antimatéria em várias
ordens de grandeza, o estudo concluiu que "as perspectivas de explorar a
antimatéria para a propulsão no espaço, no final das contas, não são tão
desprezíveis e talvez possam até ser favoráveis".

A propulsão pela antimatéria arremessaria a exploração espacial para
frente. Os cientistas espaciais seriam capazes de enviar sondas
avançadas para além de Plutão, atravessando o misterioso Cinturão
Kuiper, que se acredita ser local de nascimento de cometas, e seguindo
até a "hélio-pausa", onde a radiação do sol termina no impacto do espaço
interestelar. E a antimatéria levaria os cientistas de foguetes mais
próximos de seu objetivo superior: missões interestelares.

"Se você analisa as tecnologias convencionais, vê que simplesmente não
são boas o bastante", disse George Smith da Nasa, co-autor do estudo e
diretor assistente do Centro de Pesquisa em Propulsão do Centro de Vôos
Espaciais Marshall. "É por isso que estamos tão animados com isto".

Os físicos acreditam que cada uma das partículas fundamentais que
constituem o universo tem seu gêmeo de antimatéria, com as mesmas
características, mas carga elétrica oposta. Utilizando aceleradores de
partículas de alta energia, os físicos conseguem induzir a existência da
antimatéria e ver o "mundo espelhado do microcosmos", disse Kurt
Riesselmann, porta-voz do Laboratório Nacional do Acelerador Fermi
(Fermilab) em Batavia, Illinois, um dos locais onde se produzem
antiprótons.

Os físicos normalmente mantêm a antimatéria no vácuo, contido por campos
magnéticos poderosos, porque quando ela toca a matéria comum, o
resultado é o que os físicos chamam de "evento de aniquilamento" -as
partículas desaparecem em uma explosão de energia. Uma única grama de
anti-hidrogênio, por exemplo, geraria a energia liberada por 23 dos
tanques de combustível externos do Ônibus Espacial.

Juntos, os dois maiores produtores de antimatéria, o Fermilab e um
consórcio europeu chamado Cern, hoje produzem somente em torno de 10
nanogramas (bilionésimos de grama) de antimatéria por ano, número que
nem de longe se aproxima das toneladas de combustível hoje necessárias
para se atingir as estrelas.

E, para serem usados como combustível, os antiprótons dos aceleradores
como o do Fermilab precisam ser desacelerados, um processo no qual um em
quinhentos se salva, de acordo com Gerald Gabrielse, especialista em
antimatéria e diretor do Departamento de Física da Universidade de
Harvard. Gabrielse também advertiu que aumentar a produção de
antimatéria ao nível de microgramas seria amedrontador. "Há muito que
ser feito em estudos fundamentais", disse. "Por isso não estou pronto a
investir".

Smith propôs motores que utilizariam antiprótons para superaquecer
quantidades mínimas de material, gerando pequenas explosões nucleares e
propelindo a nave à frente. Ele disse que a técnica, chamada "microfusão
iniciada por antimatéria", poderia levar uma carga de 100kg em uma
viagem de 50 anos fora do sistema solar, queimando apenas 100
microgramas de antimatéria.

Os projetos foram analisados por modelos de computador, mas não foram
testados, porque ainda não há antimatéria o bastante disponível.

A Nasa está construindo um tanque que permitiria aos engenheiros
transportarem antimatéria, mas Schmidt concordou que construir um tanque
forte o bastante para conter as quantidades necessárias para uma missão
espacial é um dos muitos desafios. O aparato poderia ser levado de
caminhão para o Fermilab em Illinois, e depois voltar para seu
laboratório em Hunstville, Alabama, com uma carga de antimatéria.

Para produzir a quantidade de antimatéria necessária para um programa
espacial, os engenheiros teriam que elevar a produção anual para
aproximadamente 100 microgramas. Isto significaria resolver uma série
atordoante de problemas técnicos e requereria, no mínimo, uma nova
instalação para produção de antimatéria, que, segundo estimativas de
Smith, custaria "aproximadamente US$ 20 bilhões (cerca de R$ 38
bilhões)".

Smith, 64, disse que tem uma visão modesta do que "gostaria de ver antes
de morrer": uma sonda robótica, mergulhando para além da órbita de
Plutão, com uma coroa vermelho-alaranjada de plasma, de sua impulsão por
antimatéria, seguindo-a, chegando aonde nenhum homem jamais foi.

Tradução: Deborah Weinberg


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciencia e Religiao -Historico
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 26/10/2000 18:25

On Thu, 26 Oct 2000, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> Vc esta enganado.
> Veja por exemplo a formula relativistica-quantica de Dirac.
> EH complexa e podemos apenas "soluciona-la" para um simples atomo de
> hidrogenio !. O que diriamos entao quando aplicada em um sistema
> complexo como uma molecula de DNA ou mesmo um corpo humano?
> Sem utilidade nenhuma?

se nao preve nada para o DNA entao efetivamente para o DNA nao tem
utilidade nenhuma... se ela for proposta para prever o comportamento do
DNA sera' -- pelo q. vc descreve -- um desastre.

a sua 'formula' no caso nao prevej nem o q. acontece com um simples atomo
de hidrogenio da felicidade (alias o q. seria isso?), qto mais para os
padroes eticos humanos...

> Felicidade = Integral[ prazer(t) ] dt ( jocax ,27/12/1999)
>
> Onde Prazer = Medida quantitativa do nivel de prazer(+) ou de Dor(-) do
> cerebro.

primeiro q. prazer nao eh simples oposicao de dor -- nao apenas os canais
de entrada sao diferentes, como o processamento eh diferente e a resposta
nao eh apenas uma troca de sinais.

se quer qtficar a felicidade entao eh soh medir os niveis bioquimicos dos
neurotransmissores em cada regiao do cerebro... pronto. voltamos 'a
solucao quimica.

> Ponderar estas duas variaveis esta o segredo de uma vida feliz.

vc acha q. descobriu o q. com isso? isso vem de antes de epicuro e dos
filosofos gregos... nao eh a pretensa formulacao matematica q. nos mostra
isso -- se dependesse disso, todos nos estariamos mortos.

e veja como a expressao eh vazia: o segredo de uma vida feliz eh ser
feliz o maximo de tempo possivel... daaaaaan...

eh mais ou menos como proceder assim:

seja a = 1 e b = 1

a = a
a.a = a.a
a.a = a.b
a^2 = a.b
a = (a.b)^0,5
a = a^0,5 x b^0,5
1 = a^0,5 x b^0,5
1 = 1^0,5 x 1^0,5
1 = 1 x 1
1 = 1 oh!

> Pq, antes do jocax :-), ninguem sabia definir felicidade com precisao
> matematica !!

nem depois. jah q. a felicidade segundo sua formula eh a soma de
felicidades parciais... graaaaaaande. o universo eh a soma de suas
partes... se eu nao sei o q. sao as partes continuo na mesma. (devo
confessar q. tenho algumas dificuldades em conversas com pessoas q. se
referem a si proprias na terceira pessoa.)

ah! sim, vc nao definiu como soma de felicidades, mas como soma de
prazeres... beeeeeein, resposta errada: primeiro temos os masoquistas,
segundo temos os entediados.

ah! aih entra a variavel oculta sacada da manga: pro masoquista a dor eh o
prazer... beeeeeein. fim da objetividade. soh poderemos entao argumentar a
posteriori o q. eh prazer ou o q. eh dor? se insistirmos em igualar
felicidade com soma de momentos de prazer sim. outra coisa, a valoracao de
uma coisa eh passivel de modificacoes. sao classicos os experimentos de
entrevistas de casais em momentos distanciados de sua vida conjugal -- no
meio de um casamento ha' quase q. uma acusacao mutua, diz-se q. a
convivencia eh terrivel, nao se suportam um ao outro e apenas a pressao
social e os filhos mantEm a uniao. 20 anos depois as recordacoes dos anos
de casamentos sao extremamentes ternas, diz-se q. quase nao houve
brigas... felicidade eh o registro historico de uma vida ou um estado
momentaneo? se todos fossemos Funes, o memorioso poderiamos nos lembrar
de cada momento, de cada sensacao vivida (e possivelmente enlouquecer com
isso, como no conto de Borges), mas a memoria eh fugaz, imprecisa e
retrabalhada. nao um estado imutavel de nossos cerebros.

embora longe de consenso, a definicao mais promissora de felicidade dentro
de uma perspectiva objetiva eh em relacao a 'estados de fluxo' do cerebro
-- um determinado padrao de atividade cerebral -- se bem entendi (mas
como nao entendo nada de neurologia sao gdes as chances de eu nao ter
entendido bem) eh um periodo de atividade intensa q. se assemelha ao
padrao epiletico. o q. explicaria a ocorrencia de pessoas plenamente
cientes de suas situacoes miseraveis q. se declaram felizes apesar de
tudo.

na formula de jocax como vc gosta de se referir, novamente age a variavel
oculta: ah! mas para ela o conceito de prazer eh outro... o nivel de
exigencia eh mais baixo... etc.

nao eh pela formula de jocax portanto q. percebemos as variaveis q. entram
em jogo -- alias ela soh considera duas -- uma delas servindo de balaio de
gato para sacar elementos antes nao considerados para salvar qq
discrepancia entre o q. se observa e o q. deveria ser 'previsto'...
continua nao tendo nenhuma vantagem sobre as 'teorias' religiosas.

nao eh pela formula tbm q entendemos q. a preservacao da vida entra na
questao dos comportamentos humanos -- isso eh coisa de muito, muito, muito
tempo antes... a sua formula tenta levar isso em consideracao, mas nem de
longe eh a primeira percepcao do fato.

eu poderia escrever uma formula:

U = Somatorio(F(m,e))

e dizer q. ela explica o comportamento do universo, q. ele eh o somatorio
das acoes de cada componente seu q. eh dado pela funcao F(m,e), em q. m eh
uma dada particula e e a energia a ela associada...

ou escrever algo equivalente (colocando uma funcao de interacao entre
os componentes)... sabe pra q. serve isso? pra nada... eu nao explicito
q. tipo de relacao m e e tEm entre si...

> Agora que sabemos sua origem e podemos, em principio, quantifica-la
> ( desde q tenhamos uma medida para o nivel de prazer instantaneo ),
> poderemos tratar a etica do ponto de vista de um problema cientifico
> de MAXIMIZACAO.

nao... primeiro temos q. estabelecer qual etica eh valida e qual nao...
entre palestinos (e muculmanos de modo geral) e judeus lah pras bandas do
oriente medio trucidar o inimigo em retaliacao eh plenamente etico. pros
judeus e muculmanos das bandas de ca' a situacao eh eticamente delicada...
uma etica soh eh valida dentro dela mesma.

veja bem, podemos determinar a origem do odio entre palestinos e judeus,
entre catolicos e protestantes irlandeses, entre muculmanos iraquianos e
muculmanos iranianos, entre muculmanos paquistaneses e hindus indianos,
entre ateus chineses (ou confucionistas) e budistas tibetanos --- mas
apenas dentro da *nossa* optica particular isso nao tem sentido algum e
dizemos: vcs tEm q. sentar em uma mesa para conversacoes sobre paz.

dentro da matriz etica ocidental, jogar bombas A sobre hiroxima e nagazaki
era eticamente valido.

dentro da *nossa* optica a situacao entre dos curdos, albaneses, armenios
eh chocante -- para iraquianos, servios, croatas a coisa muda
completamente de figura.

advinhe soh: a maximizacao de acao em uma optica servia sera'
completamente diferente da maximizacao sob uma optica brasileira... por q?
porq. os parametros sao outros. o q. define se um parametro eh melhor do q
outro?

veja bem:

um brasileiro normalmente nao se mataria se se encontrasse em uma situacao
de desonra. por q? por q. ele preza a vida mais do q. a honra. ele eh
capaz de se desonrar por amor ou por amizade (para horror dos japoneses).

um japones cometeria suicidio para limpar sua honra. por q? porq. para ele
a honra eh um valor maior. ele desprezaria (para horror dos brasileiros)
amor e amizade em nome da honra.

tudo o q. a sua formula (se estivesse desenvolvida de modo funcional)
seria capaz de fazer eh: dado q. a honra vale mais entao a situacao xis
deve ser resolvida de modo ipsolon ou dado q. o amor vale mais essa mesma
situacao xis deve ser resolvida de modo dabliu. mas nao seria capaz de
decidir se a honra ou o amor vale mais, a menos q. houvesse um outro
criterio etico anterior. mas pra verificar isso sua formula eh plenamente
dispensavel -- tirando o fato de ser inoperacional, ela insere um
complicador de analise desnecessario.

> Apartir de agora, ( marque a data por favor :) ) dizer se eh bom ou
> ruim
> deixa de ser simplesmente um problema de valoracao moral. Desde que
> assumamos
> que a valoracao moral esta vinculada ao principio de maximizacao de
> felicidade.

estuprar a vizinha gostosissima cega, surda e muda eh errado? o cara ta'
na maior secura, esta' pirando porq. nenhuma da' bola pra ele. ninguem
ficara' sabendo. ele ja' estuprou umas duas antes, nunca rolou nenhum
problema, nenhum peso na consciencia.

vejamos, ele ganha imediatamente por estuprar a vizinha -- alivia sua
tensao sexual; nao ha' nenhum risco de perda imediata ou futura -- sua
consciencia nao pesa, ninguem vai saber o q. ele fez.

roubar 125 milhoes dos cofres publicos eh errado? a imprensa e o governo
vao descobrir tarde demais o desvio de verbas de uma obra publica
superfaturada. vc pode com a grana fugir para um lugar paradisiaco com sua
familia e curtir ferias eternas. seus contatos no juciario lhe garantem a
aposentadoria -- q. por si soh nao eh nada comparada com a grana roubadam
mas eh divertido espicacar com a escumalha rampeira do pais. nao ha'
perigo de ser pego, posto q. a policia eh inoperante e uns suborninhos
aqui e ali garantem uma vista grossa.

as pessoas nao precisam aceitar uma etica cientifica pelo simples fato
dela nao existir... como disse, tudo o q. a ciencia poderia dizer eh: dado
q. os parametros sao tais, entao tais e tais acoes podem ou devem ser
tomadas. a questao eh decidir qual parametro usar e isso nao ha' ciencia
q. decida.

nao ha' risco nenhum de se cair em ostracismo. ha' risco sim, se o grupo
q. o rodeia entender suas acoes como danosas ao grupo. como eu vivo no
meio de um grupo de etica catolica, se eu brandir uma etica ateia aih, eu
corro risco de ser expulso do grupo. vai depender da importancia q. eu dou
aos elementos desse grupo em relacao a um certo ideal -- pois bem, qual a
previsao q. a formula de jocax faz para essa situacao?

> Agora podemos analisar o efeito prozac.
> Se a droga nao surtisse efeitos colaterais , nao causasse dependencia,
> nao sensibilizasse o organismo para doses cada vez maiores, fosse facil
> e barato de se conseguir como agua, TALVEZ pudesse ser usado por toda a
> vida ajudaando a maximizacao da felicidade. Mas nao creio q ocorra isso
> e seu uso devera ser restrito a crises depressivas.

nao eh o prozac q. importa, ele eh soh um exemplo. veja bem, o q. causa a
felicidade? eh um determinado estado emocional, o q. significa q. eh um
determinado estado funcional do sistema cerebro-soma. esse estado
funcional eh mantido por um determinado estado neuroquimico.

as acoes q. vc propoem vao mexer indiretamente nessa neuroquimica. oras,
se podemos mexer diretamente pra q complicar? eu vou deixar fazer uma acao
q. causa o bem estar de terceiros? dane-se, quimica nesse terceiro tbm...

frase solta no ar: tenho certeza q. os kamikazes morreram felizes...

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] tabela peri�dica
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 26/10/2000 19:18

-----Mensagem Original-----
De: "Luiz Ferraz Netto"
Para: "Lista_Ci�ncias" <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Quinta-feira, 26 de Outubro de 2000 16:23
Assunto: [ciencialist] tabela peri�dica

> estou escrevendo uma s�rie de textos de divulga��o sobre 'Mundo At�mico'.
> Preciso de uma figura (*.gif) de uma tabela peri�dica 'colorida'. Algu�m
> tem isso?

1) Figura colorida: http://www.superdeluxe.com/elemental/pertable.gif
situada em http://www.superdeluxe.com/elemental/
Veja esta mesma figura em http://tech-two.mit.edu/Chemicool/pertable.gif,
est� situada em http://tech-two.mit.edu/Chemicool/

2) Figura colorida: http://www.cdtn.br/~at4/tabper.gif situada em
http://www.cdtn.br/~at4/tabper.htm

3) Figura mais rudimentar, colorida:
http://www.chemicalelements.com/graphics/table.gif, situada em
http://www.chemicalelements.com/

4) 2 cores: http://nautilus.fis.uc.pt/st2/bitmaps/geral/tabper.gif, situada
em http://nautilus.fis.uc.pt/st2/

Tabelas constru�das na p�gina atrav�s do recurso "tabelas/colunas/linhas"
(n�o s�o figuras):

http://www.pampulha.com.br/quimica/tabela.htm

http://www.cemed.ua.pt/elecsol/semic/tabelap.htm

http://ull.chemistry.uakron.edu/periodic_table/

http://www.dayah.com/periodic/ (tamanho gigante - n�o cabe numa p�gina
normal)

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Nova especie pode surgir + rapido
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 26/10/2000 19:25

-----Mensagem Original-----
De: "Joao Carlos Holland de Barcellos"
Enviada em: Quinta-feira, 26 de Outubro de 2000 15:44
Assunto: [ciencialist] Nova especie pode surgir + rapido


> Pesquisa analisou salmões em um lago nos EUA
> Estudo com peixe aponta processo ligado à diferenciação de espécies

Essa é para acabar com o preconceito contra história de pescadores. :-))

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] tabela peri�dica
FROM: "Adriana Valeska" <adriana_valeska@hotmail.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 26/10/2000 19:28


Ol�, L�o!

H� tamb�m uma boa tabela peri�dica no site
http://www.merckquimica.com.br/quimica/tpie/tab_html.htm

P.S.: Caso n�o consiga copi�-la, estarei mandando uma outra para o seu
email.

[]`s
Adriana Valeska Daniel


>
>Prezado Leo,
>
>O Takata me mandou um endere�o uma vez onde existe uma boa tabela peri�dica
>colorida:
>
>"existe um composto sintetico de criptonio -- KrF2:
>http://www.webelements.com/webelements/elements/text/Kr/comp.html
>"
>Voc� chegando l� � s� retornar para a p�gina principal que voc� acha a
>tabela. Trata-se de um bom site.
>
>Um grande abra�o,
>
>Claudio Abreu
>�o


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SUBJECT: Re: [ciencialist] bacteria imortal?
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 26/10/2000 19:47

Existe realmente um grupo de bacterias q. fazem fotossinte usando o H2S
(nao me lembrava delas), mas acho q. eh tida como um sistema de evolucao
independente da fotossintese q. utiliza moleculas de agua como doadora de
eletrons.

E de fato uma bacteria q. utilize o acido sulfidrico H2S como fonte
redutora nao produz oxigenio livre como produto final. Ela deve precipitar
enxofre -- daih da presenca de compostos sulfurosos precipitados naquele
meteorito ter sido usado como indicador de acao biologica (mas isso eh
bastante contestado atualmente).

[Acho q. o q. vc estah chamando de bacterias azuis-verdes seja uma
traducao literal do termo em ingles para cianobacterias. Mas isso nao
importa.]

Qto 'a equacao da producao de acucar com uso de H2S eh soh substituir o O2
por 2S na equacao reduzida da fotossintese:

CO2 + 2 H2S --> CH2O + 2S

Esse processo alias q. levou a se suspeitar q. o O2 da fotossintese nao
provinha do CO2, mas da agua. Isso foi confirmado na decada de 50 com uso
de compostos com elementos radiomarcados.

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] tabela peri�dica
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 26/10/2000 20:49

Agrade�o as tabelas e locais (muito mais do que eu queria --- vcs s�o
excelentes.).
[]'
L�o




SUBJECT: correntes de email sao seres vivos?
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 26/10/2000 21:03

por esta eu nao esperava.

Carlos Orsi colunista do estadao acha q. a respota para a pergunta do
titulo eh sim:

It's alive! It's alive!
http://www.estadao.com.br/tecnologia/colunas/midia/2000/ago/31/199.htm

[memes dawkinianos? qual o limite de uma analogia?]

[]s,

roberto takata
(nota: nao reproduza esta mensagem...)



SUBJECT: mais carlos orsi - sobre sistemas eticos
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 26/10/2000 21:09

nao, ele nao eh o meu guru, mas concordem ou discordem, mais um texto
dele no estadao:

O certo, o errado e um monte de coisas no meio
http://www.estadao.com.br/tecnologia/coluna/orsi/2000/out/26/258.htm

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Mecânica Estatística Não-Extensiva
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: Ciencialist - grupo de discussão <ciencialist@egroups.com>
DATE: 26/10/2000 23:20

Vi hoje um colóquio sobre Mecânica Estatística Não-Extensiva, na
Unicamp. Infelicissimamente não anotei o nome do palestrante, mas acho que
foi o Constantine Tsallis, do Rio de Janeiro.

O que diabos vem a ser Mecânica Estatística Não-Extensiva? A Mecânica
Estatística supõe que a matéria seja feita de partículas (átomos, por
exemplo), aplica as leis da Física a essas partículas individualmente,
dá-lhes um tratamento estatístico e o resultado são leis sobre sistemas
macroscópicos. Por exemplo, com ela é possível demonstrar as leis da
Termodinâmica a partir do tratamento estatístico das moléculas individuais.

A Mecânica Estatística Não-Extensiva é uma generalização da Mecânica
Estatística tradicional. Na verdade, é uma "desparticularização": nos livros
tradicionais sobre o assunto, ela está particularizada para sistemas onde a
interação entre as partículas é desprezível. 99% (por assim dizer) dos
textos sobre o assunto fazem essa suposição tacitamente. Ultimamente, porém,
tem-se estudado as conseqüências da generalização para sistemas onde essa
interação não pode ser desprezada.

Explico melhor. Das várias propriedades que podemos atribuir aos sitemas
físicos (massa, temperatura, etc.), algumas são ditas extensivas e outras
intensivas. Extensivas são as que são proporcionais à quantidade de matéria
(por exemplo, massa); intensivas são as que são independentes disso (por
exemplo, temperatura); as outras não têm nome específico.

Os livros de Mecância Estatística tradicional dizem, em suas primeiras
páginas, que propriedades como a Energia Interna e a Entropia são
extensivas. Por exemplo, se pegamos 100 g de sorvete, ele tem uma energia
interna E e uma entropia S; se pegarmos 200 g, ele terá uma energia interna
2E e uma entropia 2S.

Porém, isso é um conceito aproximado. Porque isso só vale se
desprezarmos a interação entre as partículas. Imagine dois átomos de
hidrogênio. Quando colocados juntos, a energia do sistema total será energia
do átomo (1) + energia do átomo (2) + energia de interação entre os dois
átomos. Repare que é diferente de energia do átomo (1) + energia do átomo
(2), como seria o caso se a energia interna dependesse só da quantidade de
matéria (número de átomos). Assim, nesse caso a energia interna do sistema
não é extensiva. É não-extensiva.

Entretanto, a energia de ligação entre átomos e moléculas na maior parte
das vezes é de curto alcance. Se juntarmos 100 g de sorvete com mais 100 g,
esse fato faz com que a energia de ligação resultante da junção entre os
dois sorvetes será muitíssimo menor do que a energia total dos sorvetes,
podendo ser desprezada. A energia total de objetos macroscópicos de "tamanho
cotidiano", assim, depende em boa aproximação de N, o número de partículas
do sistema.

Isso não acontece, por exemplo, com uma galáxia. Reparem que, naquelas
fotos de galáxias espirais, elas giram ao redor de um centro e adquirem um
formato peculiar. Uma estrela na ponta de um braço está sentindo a força das
estrelas no centro da galáxia, e essa força é suficiente para influenciar o
formato de toda a galáxia. Se pensarmos em uma colisão de galáxias, não
podemos mais imaginar que o aumento da energia de interação devido à junção
das duas será desprezível em relação à energia interna total. Numa situação
dessas, a energia total de um sistema não depende de N, mas de algo próximo
a N ao quadrado (no caso extremo, depende de N(N-1)/2 ).

Também não acontece com plasmas. Plasmas (estado da matéria onde os
átomos e moléculas "quebram-se" - por causa de alta temperatura, presença de
corrente elétrica, ou etc. -, gerando íons, radicais e elétrons) são
constituídos de partículas neutras e partículas carregadas em grande
quantidade. As partículas carregadas (íons e elétrons) interagem entre si de
modo a formar regiões correlacionadas, que exibem um movimento coordenado -
tais como redemoinhos e coisas do gênero. Essas regiões interagem entre si
com interações de longo alcance. A Mecânica Estatística Extensiva não
funciona nesse caso.

Acontece que, como gostamos de aplicar a Mecânica Estatística a sistemas
macroscópicos "de tamanho cotidiano", usamos a "aproximação do sorvete", e
tratamos a energia interna como extensiva. Isso é tão freqüente que os
livros de Mecânica Estatística tradicionais, em sua maior parte, esquecem-se
de discutir a aplicabilidade dessa premissa e já a dão na página 1 como se
fosse um postulado geral.

A Mecânica Estatística Não-Extensiva é a generalização dessa abordagem,
levando-se em conta que a energia interna é não extensiva. E não só ela, mas
também outras quantidades, notadamente a entropia. Enquanto na chamada
"Mecânica Estatística de Boltzmann-Gibbs" a entropia é dada por S = k . log
omega, onde omega é o número de estados, na Mecânica Estatística
Não-Extensiva a fórmula é uma expressão mais complicada de omega.

O colóquio apresentava essa nova abordagem e desfiava algumas de suas
características e conseqüências principais. Houve, ao longo do colóquio, uma
longa discussão que envolvia a aplicação disso a sistemas caóticos, mas como
não manjo muito nem de Caos nem de Física Estatística, não posso contar o
que foi falado.

Para quem se interessar por esse assunto, há um número especial da
Brazilian Journal of Physics, de 1999, sobre Termodinâmica Não-Extensiva,
totalmente disponível para download, no endereço:

http://www.sbf.if.usp.br/bjp/Vol29/Num1/index.htm

Pronto, acalmei meus dedos por hoje.

Até,
Belisário

-----------------------------------------------------
Roberto Belisário Diniz
rbdiniz@terra.com.br
Laboratório de Estudos Avançados de Jornalismo (Labjor)
http://www.uniemp.br/labjor/
Veja também: Revista Com Ciência
http://www.comciencia.br
-----------------------------------------------------




SUBJECT: A TGBD no Ciencialist - Mensagens por Debatedor
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>, "TGBD no eGroups" <tgbd@egroups.com>
DATE: 27/10/2000 01:41


Prezados amigos,

Ando meio sumido da lista porque tenho me dedicado a organizar os arquivos com mensagens do Ciencialist relativas à TGBD.

Ainda falta muita coisa, mas já devo ter feito uns 2/3 do trabalho primário. Estou dispondo as mensagens por tema e por debatedor. Acho que a classificação por pessoa é melhor, pois geralmente acaba se desenvolvendo por assuntos ao longo do tempo.

Não resisti a desejo de dar uma primeira desovada. Os arquivos por debatedor disponíveis ainda estão incompletos, mas já tem muita coisa arrumada. E ainda faltam os debates com outras pessoas.

Gostaria aqui de agradecer aos principais debatedores na TGBD na Ciencialist pela tempo em que gastaram dando atenção às minhas idéias, seja para apontar novos campos de pesquisa, seja para fazer o papel do advogado do diabo e/ou do falseador, que muito contribuíram para que eu me exercitasse e me forçasse na atividade de desenvolver a TGBD. São eles: Aberto Mesquita Filho, Roberto Mitsuo Takata, Rodrigo Frizzo Viecilli, Leonardo Stern, Leandro (que deixou a lista), Luiz Ferraz Neto (Léo) e João Carlos Holland de Barcellos (Jocax). Ficaria muito grato que voltassem a discutir a TGBD comigo. Não me deixem só ...

Relendo todas estas mensagens vi que deixei muitas perguntas sem respostas, e que muitas vezes cheguei a perder o controle da razão pela presença da emoção. E daqui, pedindo desculpas por qualquer excesso maior, sinto que valeu a pena todo o nosso esforço. Muito obrigado a todos você do Ciencialist. E conto com quem queira continuar o debate do que eu acredito que, se ainda não o é, um dia poderá vir a ser a teoria de tudo.

Deixo os endereços do site da TGBD no eGroups:

Claudio Abreu

=========================================

Debates da TGBD na Ciencialist:

Endereços no site do eGroups



Todos Arquivos no site da TGBD

http://br.egroups.com/files/tgbd/5.TGBD.no.Ciencialist/

Debates com Aberto Mesquita Filho

http://br.egroups.com/files/tgbd/5.TGBD.no.Ciencialist/5.1.1.AMF.doc

Debates com Roberto Mitsuo Takata

http://br.egroups.com/files/tgbd/5.TGBD.no.Ciencialist/5.1.2.RMT.doc

Debates com Rodrigo Frizzo Viecilli

http://br.egroups.com/files/tgbd/5.TGBD.no.Ciencialist/5.1.3.RFV.doc

Debates com Leonardo Stern

http://br.egroups.com/files/tgbd/5.TGBD.no.Ciencialist/5.1.4.LS.doc

Debates com Leandro

http://br.egroups.com/files/tgbd/5.TGBD.no.Ciencialist/5.1.5.Leandro.doc

Debates com Luiz Ferraz Neto

http://br.egroups.com/files/tgbd/5.TGBD.no.Ciencialist/5.1.6.LFN.doc

Debates com João Carlos Holland de Barcellos

http://br.egroups.com/files/tgbd/5.TGBD.no.Ciencialist/5.1.7.JCHB.doc

==============================

A TGBD no eGroups:

http://br.egroups.com/group/tgbd

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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Necessitado
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 27/10/2000 02:23

"Gostaria que me indica-se Bibliografia ou endereços sobre rotação de
superficies( elipsóide, hiperboloide,...) para um trabalho de algebra linear
da faculdade.
Agradeço se for atendida."

Chegou-me ontem. Alguém tem algum bom endereço para essa visitante de meu
site? No meu site só tem rotação de líquidos definindo um parabolóide de
revolução.
[]'
Léo





SUBJECT: Re: [ciencialist] Mec�nica Estat�stica N�o-Extensiva
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 27/10/2000 03:06

Belisário relata:
>>O que diabos vem a ser Mecânica Estatística Não-Extensiva? A Mecânica
Estatística supõe que a matéria seja feita de partículas (átomos, por
exemplo), aplica as leis da Física a essas partículas individualmente,
dá-lhes um tratamento estatístico e o resultado são leis sobre sistemas
macroscópicos.<<

Desde que o sistema macroscópico considerado tb seja descontínuo, do mesmo
modo como a ME supõe a 'matéria feita de partículas'.
Em particular, não vale para tais sistemas, o conceito de massa específica
(função de ponto): (mü)=lim(dm/dv) uma vez que, no limite, o ponto P
considerado pode não pertencer ao elemento de volume.

>>Por exemplo, com ela é possível demonstrar as leis da
Termodinâmica a partir do tratamento estatístico das moléculas
individuais.<<

Os resultados são conformes com a teoria cinética?

>>A Mecânica Estatística Não-Extensiva é uma generalização da Mecânica
Estatística tradicional. Na verdade, é uma "desparticularização": nos livros
tradicionais sobre o assunto, ela está particularizada para sistemas onde a
interação entre as partículas é desprezível. 99% (por assim dizer) dos
textos sobre o assunto fazem essa suposição tacitamente. Ultimamente, porém,
tem-se estudado as conseqüências da generalização para sistemas onde essa
interação não pode ser desprezada.<<

Estranho comportamento esse da ME tradicional. Se negligenciar a interação
entre partículas, onde vai parar a energia de ligação de átomos e moléculas?
Toda matéria teria um comportamento 'semelhante' a bolinhas de aço reunidas
num saco e o saco posto numa região de imponderabilidade. [Nessa região,
cada bolinha estaria em seu próprio local (referencial no saco), sem
qualquer contato (interação) entre elas.]

>>Explico melhor. Das várias propriedades que podemos atribuir aos
sitemas
físicos (massa, temperatura, etc.), algumas são ditas extensivas e outras
intensivas. Extensivas são as que são proporcionais à quantidade de matéria
(por exemplo, massa); intensivas são as que são independentes disso (por
exemplo, temperatura); as outras não têm nome específico.<<

Uma divisão 'meio forçada' uma vez que pelas próprias conceituações 'massa é
grandeza aditiva' e 'temperatura não'. 100g de sorvete a zero graus + 100g
de sorvete a zero graus = 200g de sorvete a zero graus.

>>Os livros de Mecância Estatística tradicional dizem, em suas primeiras
páginas, que propriedades como a Energia Interna e a Entropia são
extensivas. Por exemplo, se pegamos 100 g de sorvete, ele tem uma energia
interna E e uma entropia S; se pegarmos 200 g, ele terá uma energia interna
2E e uma entropia 2S.<<

O que reforça o dito acima. E a temperatura será a mesma, nas duas amostras.

>> Porém, isso é um conceito aproximado. Porque isso só vale se
desprezarmos a interação entre as partículas. Imagine dois átomos de
hidrogênio. Quando colocados juntos, a energia do sistema total será energia
do átomo (1) + energia do átomo (2) + energia de interação entre os dois
átomos. Repare que é diferente de energia do átomo (1) + energia do átomo
(2), como seria o caso se a energia interna dependesse só da quantidade de
matéria (número de átomos). Assim, nesse caso a energia interna do sistema
não é extensiva. É não-extensiva.<<

Energia do átomo (1) + energia do átomo (2) - (menos) energia de interação;
uma vez que no referencial adotado para a medida das energias dos átomos
essa energia de interação não terá efeito externo. Pelo contrário, pode
determinar uma menor energia total útil. Em algumas situações não afetará a
energia total. Exemplifico num macroscópico: 2 bloquinhos presos, um em cada
extremo de uma mola. Comprime-se a mola e coloca-se um cordel preso aos
blocos para mante-la assim. A interação entre eles não determina efeito
externo. O sisteminha colocado sobre uma mesa a altura h do chão terá, por
exemplo, energia total de 2mgh; a energia potencial elástica não é contada.

>>Entretanto, a energia de ligação entre átomos e moléculas na maior
parte
das vezes é de curto alcance. Se juntarmos 100 g de sorvete com mais 100 g,
esse fato faz com que a energia de ligação resultante da junção entre os
dois sorvetes será muitíssimo menor do que a energia total dos sorvetes,
podendo ser desprezada.<<

Não entendi o exemplo. I'm sorry!

>>A energia total de objetos macroscópicos de "tamanho
cotidiano", assim, depende em boa aproximação de N, o número de partículas
do sistema.<<

Só as energias associadas às propriedades extensivas.

>> Isso não acontece, por exemplo, com uma galáxia. ........<<

As galáxias ainda não estão ao meu 'alcance'.

[]'
Léo




SUBJECT: Re: [ciencialist] Necessitado
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 27/10/2000 03:54

-----Mensagem Original-----
De: "Luiz Ferraz Netto"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Sexta-feira, 27 de Outubro de 2000 03:23
Assunto: [ciencialist] Necessitado


> > "Gostaria que me indica-se Bibliografia ou endereços sobre rotação de
> > superficies( elipsóide, hiperboloide,...) para um trabalho de algebra
> > linear da faculdade.
> > Agradeço se for atendida."

> Chegou-me ontem. Alguém tem algum bom endereço para essa visitante de meu
> site? No meu site só tem rotação de líquidos definindo um parabolóide de
> revolução.

Item 5.2 (Aplicação ao Estudo de Cônicas) de "Geometria Analítica e Álgebra
Linear" em http://www.mat.ufmg.br/~regi/gaaltt/gaaltt.html
Não sei se fala especificamente sobre rotação de superfícies quadráticas,
mas já é um começo.

Como curiosidade, vide também Gifs Animados sobre superfícies quadráticas em
rotação em http://wims.unice.fr/~xiao/gallery/

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Necessitado
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 27/10/2000 04:27

> Chegou-me ontem. Alguém tem algum bom endereço para essa visitante de meu
> site? No meu site só tem rotação de líquidos definindo um parabolóide de
> revolução.

Item 5.2 (Aplicação ao Estudo de Cônicas) de "Geometria Analítica e Álgebra
Linear" em http://www.mat.ufmg.br/~regi/gaaltt/gaaltt.html
Não sei se fala especificamente sobre rotação de superfícies quadráticas,
mas já é um começo.

Como curiosidade, vide também Gifs Animados sobre superfícies quadráticas em
rotação em http://wims.unice.fr/~xiao/gallery/

[ ]'s
Alberto

Brigadão! às 6:00 da matina.
[]'
Léo




SUBJECT: Horario louco ... e/ou eu.
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 27/10/2000 04:34

Escrevo e envio uma mensagem às 05:30 (visto aqui no reloginho do canto) a
mensagem entra no ciencialist 5 segundos depois e indica o horário 06:20.
Agora são 05:32 20 ....... enviei
Sorry :-))
[]'
Léo




SUBJECT: Re: Religiao e Ciencia
FROM: "Manuel Bulcao" <msbn@daterranet.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 27/10/2000 06:21

Prezados listeiros,

Após ler alguns e-mails do Jocax e do Takata acerca da moral, da
religião e da ciência, não resisti. Segue abaixo algumas
considerações minhas sobre normas jurídicas e morais, e sobre o
bem e
o mal. Coisa breve, pois estou sem saco de escrever.

Decerto que o comportamento humano, como o comportamento de qualquer
animal, é regido por leis "naturais", isto é, leis
geneticamente
deterninadas às quais nos submetemos necessariamente, quer
queiramos
ou não. Mas o comportamento humano, ao contrário do
comportamento do
resto da bicharia, submete-se também a um outro tipo de leis, leis
do
"dever ser", aquelas que determinam: "você `deve' agir
assim e não
assado". Essas leis -- normas jurídicas, de etiqueta ou morais --,
ao
contrário das leis naturais, longe de negar a liberdade, a
pressupõe
(dado que podemos obedecê-las ou transgredi-las), e tais leis
estabelecem por um lado um valor (bem) e um anti-valor (mal).

Não vou considerar aqui as regras de etiqueta ou netiqueta
(frescuragem). Quanto às normas jurídicas e as morais, a
distinção
entre elas é que, no que tange às primeiras, sua eficácia
é
assegurada coercitivamente pelo Estado, ao passo que as segundas
são
normas que o próprio indivíduo impõe à sua conduta,
independentemente
da promessa de um prêmio ou da ameaça de uma coação externa
(a única
satisfação que se obtem ao se obedecer à lei moral, segundo
Kant, é a
satisfação do dever cumprido).

As normas jurídicas e as morais distinguem-se entre si pela forma,
e
não pelo conteúdo. Se sou indiferente ao mandamento "não
robarás" , e
o obedeço apenas pelo medo de ser preso, tal norma jurídica
não é
para mim uma lei moral. Mas se atendo a esta norma porque estou
convencido de que roubar é um "mal em si", então estou a agir
moralmente, e não só em conformidade a um imperativo
jurídico.

Algumas questões importantes a serem investigadas por uma
ciência do
"dever" (deontologia):

a) Por que a sociedade humana não é como a sociedade das
formigas, ou
seja, uma sociedade cujas relações entre os indivíduos são
geneticamente programadas? Ou, dito em outros termos, por que as
normas que regem as sociedades humanas são, em larga medida,
normas
que podem ser "violadas" pelos indivíduos?

b) O que explica essa distinção entre norma jurídica, garantida
coercitivamente por uma autoridade externa, o Estado, e norma moral,
sancionada por uma autoridade interna, a "consciência"? Qual a
razão
desse duplo grau de sanção?

c) Existe uma norma ou um conjunto de normas deontológicas
universais, isto é, válidas para a todas as épocas da
história e para
todos os homens, que estabeleçam um bem e, por conseguinte, um mal
absoluto? (absoluto não no sentido de "cósmico", transcendente
à
espécie humana, mas no sentido de que todos os homens possam
discernir como um mal.)

São questões complexas, que se situam hoje no claro-escuro que
demarca a metafísica da ciência. Creio que, um dia, tais
questões
serão cientificamente equacionadas.

Quanto à existência de normas deontológicas a-históricas,
penso que,
assim como existem significantes inatos, como, por exemplo, o
movimento de indicação, ou seja, o ato de designar um objeto com o
dedo "indicador", que é um gesto que toda criança faz, a partir
do
segundo ano de vida, sem que ninguém lhe ensine (um signo,
aliás,
fundamental, pois, segundo o filósofo vietnamita Trân Duc Thao,
trata-
se do signo "cuja significação consiste precisamente em
estabelecer
uma relação direta entre a palavra e a coisa"), do mesmo modo deve
existir uma ou duas normas deontológicas inatas.

Alguém pode objetar: se a norma é inata, então é natural,
e se é
natural, é impossível transgredi-la. Errado. O que separa a
natureza
da cultura não é uma linha, mas uma região, uma
terra-de-ninguém.
Segundo Konrad Lorenz, fundador da etologia, o processo de
humanização do macaco é o processo de domesticação do homem
pelo
homem. Em vista disso, penso que a mutação e a seleção natural
incluiram no nosso patrimônio genético um comportamento
ambivalente
com relação aos nossos semelhantes, a mesma ambivalência com
que
alguns animais domésticos se comportam com relação ao
domesticador,
que os mantém vivo ao mesmo tempo que os explora: amor e terror.
Ora,
se uma norma deontológica estabelece "aja assim!" é porque
existe uma
"resistência", uma tendência contrária para não agir do
modo
estabelecido.

Na humanidade primitiva, o ordenamento jurídico consistia num
sistema
de tabus. Segundo Freud, "a multiplicidade das manifestações do
tabu
(...) ficam reduzidas por nossa tese a uma única unidade: a base
do
tabu é uma ação proibida, para cuja realização existe forte
inclinação do inconsciente." (...) O tabu é uma proibicão
primeva
forçadamente imposta (por alguma autoridade) de fora, e dirigida
contra os anseios mais poderosos a que estão sujeitos os seres
humanos. O desejo de violá-lo persiste no inconsciente; aqueles
que
obedecem ao tabu têm uma atitude ambivalente quanto ao que o tabu
proibe." (Totem e Tabu; Imago; Volume XIII; pp. 52 e 54).

Trocando em miúdos, é isso. Depois escrevo mais.

Abraços,
Manuel Bulcão






SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciencia e Religiao -Historico
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO:
DATE: 27/10/2000 08:43



Roberto Mitsuo Takata wrote:
>
> On Thu, 26 Oct 2000, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> > Vc esta enganado.
> > Veja por exemplo a formula relativistica-quantica de Dirac.
> > EH complexa e podemos apenas "soluciona-la" para um simples atomo de
>
> > hidrogenio !. O que diriamos entao quando aplicada em um sistema
> > complexo como uma molecula de DNA ou mesmo um corpo humano?
> > Sem utilidade nenhuma?
>
> se nao preve nada para o DNA entao efetivamente para o DNA nao tem
> utilidade nenhuma... se ela for proposta para prever o comportamento
> do
> DNA sera' -- pelo q. vc descreve -- um desastre.

Eu nao disse q nao serviria nunca : Eu disse q a complexidade eh grande
o suficiente q , com a tecnologia atual, ela nao se aplicaria
diretamente.
Isso nao quer dizer q, no futuro proximo, ela nao possa ser usada.

Para o texto nao ficar muito grande vou retirar frases desnecessarias
e colocar minhas explicacoes aa suas objecoes.


> primeiro q. prazer nao eh simples oposicao de dor -- nao apenas os
> canais
> de entrada sao diferentes, como o processamento eh diferente e a
> resposta
> nao eh apenas uma troca de sinais.

Eu nao disse que prazer eh o oposto de dor , note q na formula soh
existe a variavel prazer e *nao* existe a variavel dor. E q generalizei
todas as sensacoes que nos causam conforto, alegria, tristeza, dor,
extase, frustracao etc.. na variavel chamada prazer que deveria ser
uma medida instantanea do nivel de excitacao cerebral que mede o nosso
bem estar.


>
> se quer qtficar a felicidade entao eh soh medir os niveis bioquimicos
> dos
> neurotransmissores em cada regiao do cerebro... pronto. voltamos 'a
> solucao quimica.

Eu disse q a formula, para ser teoricamente operacionalizavel,
DEPENDERIA
justamente da quantificacao do nivel instantaneo de felicidade do
cerebro.

Para tal medida eu propus a medida do nivel de excitacao dos neuronios
em determinadas areas cerebrais.(Areas q nos causam sensacoes )


> e veja como a expressao eh vazia: o segredo de uma vida feliz eh ser
> feliz o maximo de tempo possivel... daaaaaan...

Note q a felicdade esta BEM definida desde q saibamos medir o nivel
instantaneo de felicidade cerebral. Se isso for possivel a felicidade
pode ser medida NUMERICAMENTE, e isso, que eu saiba, nunca foi feito
antes.

> ah! sim, vc nao definiu como soma de felicidades, mas como soma de
> prazeres... beeeeeein, resposta errada: primeiro temos os masoquistas,
> segundo temos os entediados.
>
> ah! aih entra a variavel oculta sacada da manga: pro masoquista a dor
> eh o
> prazer... beeeeeein. fim da objetividade.

Nao, se a dor corporal fisica provoca prazer psicologico teremos areas
cerebrais distintas com niveis de excitacoes diferentes.

Nesse caso, a somatoria dos niveis de excitacao cerebral ou dos
neurotransmissores envolvidos, deverao mostrar qual sera a felicidade
total deste masoquista dando um valor numerico ao seus estado de
felicidade.
Bem objetivo.
Todas as areas cerebrais referentes ao bem estar, que causam alguma
sensacao,
deverao ser levadas em conta no computo do prazer total do cerebro.


> brigas... felicidade eh o registro historico de uma vida ou um estado
> momentaneo?

Pela minha formula a felicidade depende do intervalo de tempo em que
ela eh computada. Se vc considera a vida toda, todo o somatorio de
prazer ( no sentido abrangente do termo ) devera ser computado ateh
o momento atual. Assim, vc podera ESTAR feliz hoje mas, no total,
vc pode nao ter tido uma vida feliz.


> embora longe de consenso, a definicao mais promissora de felicidade
> dentro
> de uma perspectiva objetiva eh em relacao a 'estados de fluxo' do
> cerebro
> -- um determinado padrao de atividade cerebral -- se bem entendi (mas
> como nao entendo nada de neurologia sao gdes as chances de eu nao ter
> entendido bem) eh um periodo de atividade intensa q. se assemelha ao
> padrao epiletico. o q. explicaria a ocorrencia de pessoas plenamente
> cientes de suas situacoes miseraveis q. se declaram felizes apesar de
> tudo.

Creio q era mais ou menos o q tinha dito ao Neville :
A felicidade instantanea seria a medida do nivel de excitacao neuronal
das areas do cerebro que provocam sensacoes.

Acho q esta medida poderia ser quantificada e portanto a felicidade
instantanea estaria bem definida numericamente.


>
> nao eh pela formula tbm q entendemos q. a preservacao da vida entra na
> questao dos comportamentos humanos -- isso eh coisa de muito, muito,
> muito
> tempo antes... a sua formula tenta levar isso em consideracao, mas nem
> de
> longe eh a primeira percepcao do fato.

A formula abarca a preservacao da vida pois o tempo de vida entra
como o fator dos limites do calculo integral.


>
> > Agora que sabemos sua origem e podemos, em principio, quantifica-la
> > ( desde q tenhamos uma medida para o nivel de prazer instantaneo ),
> > poderemos tratar a etica do ponto de vista de um problema cientifico
> > de MAXIMIZACAO.
>
> nao... primeiro temos q. estabelecer qual etica eh valida e qual
> nao...
> entre palestinos (e muculmanos de modo geral) e judeus lah pras bandas
> do
> oriente medio trucidar o inimigo em retaliacao eh plenamente etico.....
>
> ...dentro da matriz etica ocidental, jogar bombas A sobre hiroxima e
> nagazaki
> era eticamente valido.
> .....
>.... estuprar a vizinha gostosissima cega, surda e muda eh errado? o cara
> ta'
> na maior secura, esta' pirando porq. nenhuma da' bola pra ele. ninguem
>...
>... roubar 125 milhoes dos cofres publicos eh errado? a imprensa e o
>
> as pessoas nao precisam aceitar uma etica cientifica pelo simples fato
> dela nao existir... como disse, tudo o q. a ciencia poderia dizer eh:
> dado
> q. os parametros sao tais, entao tais e tais acoes podem ou devem ser
> tomadas. a questao eh decidir qual parametro usar e isso nao ha'
> ciencia
> q. decida.


Ok, vc *nao entendeu nada* MAS EU ASSUMO A CULPA !!!

Eu coloquei a formula da felicidade e ao mesmo tempo falava de Etica.

Falava q a etica tem o objetivo nao confesso de maximizar a felicidade
DO GRUPO.

Vc nao entendeu ou eu NAO FUI CLARO que a felicidade do grupo seria
a somatoria das felicidades individuais ! :

Felicidade do grupo = SOMATORIA [ integral( prazer(t) ) dt ]
estendido aa todos os participantes do grupo.

Tinha dito tambem que a etica surgiu porque o q era bom para
um individuo particular NAO NECESSARAIAMENTE era bom para o grupo.

Oras, como a etica visa a felicidade do grupo ela deve levar em
consideracao
a felicidade de TODOS os elementos participantes deste grupo e nao
apenas
de um ou dois.

O q vc fez em seus exemplos foi ISOLAR um elemento, avaliar seu nivel
de felicidade e concluir que a etica como a defini nao funciona !!

Ledo engano !!

Veja os exemplos : No caso do conflito palestino-israelense se
considerarmos
estes elementos todos ( os 2 lados ) uma solucao de consenso devera ser
preferida do que apenas avaliando-se um dos lados.

Claro, se quisermos olhar apenas um dos lados a solucao sera diferente
do que se considerarmos os 2 lados !!

No caso do estuprador VC NAO AVALIOU o lado de prazer da VITIMA !
Assim se considerarmos os 2 individuos eh OBVIO q a felicidade conjunta
VAI DIMINUIR se vc computar o nivel de felicidae da vitima ao ser
estuprada !!

O mesmo acontece para o ladrao/politico que rouba do povo:
O nivel de felicidade do bandido pode aumentar MAS NAO O NIVEL TOTAL
de felicidade do grupo q ele pertence !

Assim levando-se em conta TODOS os individuos envolvidos a
ETICA-CIENTIFICA
eh prefeitamente valida e vc NAO mostrou AINDA nenhum exemplo q a REFUTE
!

Nota : A politica-cientifica deveria ser aquela que estuda as acoes
e investimentos a serem tomados para q se MAXIMIZE a felicidade do
grupo.

Seria possivel, a priori, tambem, instalar-se sensores de felicidade em
cada individuo ( como "Ibope" ) no qual a avaliacao do politico
em termos de felicidade q ele provoca pudesse ser MEDIDO !

A avaliacao do politico poderia ser feita computando o total de
felicidade
numerica da populacao e verificar se esta fazendo um bom governo ou nao
!

> q. o rodeia entender suas acoes como danosas ao grupo. como eu vivo no
> meio de um grupo de etica catolica, se eu brandir uma etica ateia aih,
> eu
> corro risco de ser expulso do grupo. vai depender da importancia q. eu
> dou
> aos elementos desse grupo em relacao a um certo ideal -- pois bem,
> qual a
> previsao q. a formula de jocax faz para essa situacao?
>

Veja bem, digamos q vc queira maximizar a propria felicidade
neste caso se vc achar q vai REALMENTE ser expulso do grupo que
voce PRECISA, entao vc nao deve tentar convence-los.
Faca-o em grupos que vc nao tenha uma dependencia tao visceral.

[]s
jocax
(Ps: Sera q nao eh melhor mudar de lugar ? )


SUBJECT: Ciencia ... visao de futuro
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "Lista_Ci�ncias" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 27/10/2000 09:58

J� est� on-line o trabalho "Ci�ncia - vis�o de futuro" com os coment�rios do
Alberto e do Jocax. Pode ser acessado em:
http://www.feiradeciencias.com.br/sala19/texto21.htm
Apreciaria mais coment�rios (e as autoriza��es para publica-los - nome
completo e e.mail)

Do mesmo modo, est� on-line "A necessidade da divulga��o cient�fica" (ainda
sem coment�rios!):
http://www.feiradeciencias.com.br/sala19/texto22.htm
idem, ibidem.

[ ]'
L�o

Luiz Ferraz Netto
UIN#: 31028111
leo@barretos.com.br
leo@esquinas.com.br
www.feiradeciencias.com.br



SUBJECT: Re: [ciencialist] Ciencia ... visao de futuro
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 27/10/2000 10:08

Ooops!
"Do mesmo modo, est� on-line "A necessidade da divulga��o cient�fica" (ainda
sem coment�rios!" ------ e cheio de erros ortogr�ficos e gramaticais ...
costumeiros) ---------

http://www.feiradeciencias.com.br/sala19/texto22.htm
idem, ibidem.

[ ]'
L�o

Luiz Ferraz Netto
UIN#: 31028111
leo@barretos.com.br
leo@esquinas.com.br
www.feiradeciencias.com.br





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciencia e Religiao -Historico
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 27/10/2000 10:33

On Fri, 27 Oct 2000, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> Eu nao disse q nao serviria nunca : Eu disse q a complexidade eh grande
> o suficiente q , com a tecnologia atual, ela nao se aplicaria
> diretamente.
> Isso nao quer dizer q, no futuro proximo, ela nao possa ser usada.

se ela eh aplicavel eh porq. existem variaveis mensuraveis.

veja bem, no caso da sua formula -- mesmo q. possamos medir o nivel de
felicidade em um dado momento, se vc nao souber o q. causa essa felicidade
e como causa ela nao serve de guia pra maximizacao nenhuma...

> Eu nao disse que prazer eh o oposto de dor , note q na formula soh
> existe a variavel prazer e *nao* existe a variavel dor. E q generalizei
> todas as sensacoes que nos causam conforto, alegria, tristeza, dor,
> extase, frustracao etc.. na variavel chamada prazer que deveria ser
> uma medida instantanea do nivel de excitacao cerebral que mede o nosso
> bem estar.

pois eh, um balaio de gatos q. traz a possibilidade de clamar por
variaveis ocultas sempre q. uma eventual previsao da formula falhar.

aih em vez de previsao de alguma coisa teremos uma 'pos-visao', igualzinho
'as 'teorias' religiosas.

> Para tal medida eu propus a medida do nivel de excitacao dos neuronios
> em determinadas areas cerebrais.(Areas q nos causam sensacoes )

puiseh, apliquemos entao a solucao quimica...

> Note q a felicdade esta BEM definida desde q saibamos medir o nivel
> instantaneo de felicidade cerebral. Se isso for possivel a felicidade
> pode ser medida NUMERICAMENTE, e isso, que eu saiba, nunca foi feito
> antes.

mas nao eh por causa de ausencia de formula... primeiro, deve-se definir a
felicidade, mas nao de forma arbitraria, eh preciso um criterio e q. se
coadune com as observacoes.

> Nao, se a dor corporal fisica provoca prazer psicologico teremos areas
> cerebrais distintas com niveis de excitacoes diferentes.

como disse, olha a variavel oculta aqui...

> Nesse caso, a somatoria dos niveis de excitacao cerebral ou dos
> neurotransmissores envolvidos, deverao mostrar qual sera a felicidade
> total deste masoquista dando um valor numerico ao seus estado de
> felicidade.
> Bem objetivo.

ta' mas o q. isso diz a respeito da etica? tudo o q. vc esta' propondo eh
uma previsao de comportamento. mas vc queira q. isso fornecesse um guia
etico...

> Pela minha formula a felicidade depende do intervalo de tempo em que
> ela eh computada. Se vc considera a vida toda, todo o somatorio de
> prazer ( no sentido abrangente do termo ) devera ser computado ateh
> o momento atual. Assim, vc podera ESTAR feliz hoje mas, no total,
> vc pode nao ter tido uma vida feliz.

ao q. se depreende das observacoes, a felicidade eh um fenomeno do tipo
mais markoviano (sem depender do historico) -- pra pessoa feliz nao
interessa o antes, talvez ateh interesse o depois, mas a questao eh o
agora. eh a historia de 'por uma pedra sobre o passado'.

uma pessoa q. passou 55 anos na miseria e aos 75 redescobre sua familia
pode estar plenamente feliz, ainda q. tenha passado a maior parte de sua
vida infeliz. e nao eh simples questao de '*agora* ele esta' feliz', na
avaliacao dessa pessoa, toda a sua vida tera' valido a pena. (claro,
algumas pessoas terao se tornado amargas demais ateh pra considerar o
reencontro um momento feliz).

se medirmos o padrao de atividade cerebral desse velhinho nao estara' mais
intenso do q. uma crianca q. ganha o brinquedo q. queria ha' muito tempo.

pensemos agora no oposto: uma pessoa viveu uma vida abastada, rodeada de
amigos. aos 40 anos eclodiu uma guerra q. o arruinou. ele amaldicoara' sua
sina.

> Acho q esta medida poderia ser quantificada e portanto a felicidade
> instantanea estaria bem definida numericamente.

e qual a implicacao disso para a etica? como isso diz q. a etica
utilitarista eh a q. deve ser adotada?

> Ok, vc *nao entendeu nada* MAS EU ASSUMO A CULPA !!!

vc eh um ser magnanimo...

vou inverter a ordem dos exemplos:

> No caso do estuprador VC NAO AVALIOU o lado de prazer da VITIMA !
> Assim se considerarmos os 2 individuos eh OBVIO q a felicidade conjunta
> VAI DIMINUIR se vc computar o nivel de felicidae da vitima ao ser
> estuprada !!

em havendo estupro a vitima perde o estupadror ganha, a sociedade nao
ganha nem perde, jah q. nao vai saber. em nao havendo estupro a vitima nao
ganha nem perde, o estuprador perde. o nivel de felicidade diminui ao nao
haver estupro. digamos q. a vitima ganhe ao nao ser estuprada, no final
teremos um empate entre as duas situacoes. e aih?

pensemos no caso de pedofilia. uma crianca com cancer vai morrer dentro de
tres meses. ela eh inocente de tudo e vai sentir prazer ao ser sexualmente
excitada pelo pedofilo. ninguem mais vai saber disso. a crianca nao vai
sofrer as consequencias psicologicas ou fisicas do ato. o pedofilo nao
vai ser pego. e aih?

> Veja os exemplos : No caso do conflito palestino-israelense se
> considerarmos estes elementos todos ( os 2 lados ) uma solucao de
> consenso devera ser preferida do que apenas avaliando-se um dos lados.

o dois lados nao vao sossegar, pros q. sao de fora eh melhor q. isso pare.
se israel vence a coisa cessa, mas com a dizimacao dos palestinos. cruel?
pois sim, claro q. eh. mas como o q. importa eh a felicidade geral, da
humanidade toda e por toda a vida da humanidade, esse ato atroz de agora
garante uma paz duradoura. uma macula na historia? quem se lembra com
horror a subjugacao de povos inteiros por roma? podemos olhar kublay
khan como um grande administrador em lugar de assassino cruel. nada q. o
tempo nao permita ver com um distanciamento asseptico.

> Assim levando-se em conta TODOS os individuos envolvidos a
> ETICA-CIENTIFICA
> eh prefeitamente valida e vc NAO mostrou AINDA nenhum exemplo q a REFUTE
> !

nao eh etica cientifica jah q. depende de criterios eticos exteriores a
ela. eh preciso primeiro estabelecer se os parametros sao ou nao validos.

> Veja bem, digamos q vc queira maximizar a propria felicidade
> neste caso se vc achar q vai REALMENTE ser expulso do grupo que
> voce PRECISA, entao vc nao deve tentar convence-los.
> Faca-o em grupos que vc nao tenha uma dependencia tao visceral.

e o q. vai me dizer se eu quero ou nao maximizar a minha propria
felicidade em relacao ao grupo? quem ou o q. me da' o criterio de se eu
devo considerar a minha felicidade ou a do grupo?

[]s,

roberto takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] Ciencia ... visao de futuro
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 27/10/2000 10:47



Luiz Ferraz Netto wrote:
>
> Do mesmo modo, está on-line "A necessidade da divulgação científica" (ainda
> sem comentários!):
> http://www.feiradeciencias.com.br/sala19/texto22.htm

Gostei de seu texto, mas aproveitando o momento de discussao Etica,
e sua apelacao aa comentarios, gostaria de comentar a frase de seu
artigo :

"..A lógica destes raciocínios seria: se a ciência nem sempre esta’
correta
e não é uma fonte de bens e riquezas morais, então o melhor a fazer
é buscar uma “ciência alternativa.
Uma vez colocada em duvida os conhecimentos fornecidos pela ciência — e
este
é o primeiro passo dos fundamentalistas, magos e apóstolos da “nova
era” —
abre-se caminho para se aferrar a crenças tais como ...."


Etica cientifica :

Sabendo-se que todo codigo de etica visa a felicidade do grupo como
um todo poderemos tratar a etica do ponto de vista cientifico desde
que se de um tratamento objetivo aa felicidade.

Se definirmos felicidade de uma pessoa como :

Felicidade = Integral[ prazer(t) ] dt ( jocax ,27/12/1999)

Formula da felicidade , onde Prazer = Medida quantitativa do bem estar
intantaneo de uma pessoa. Poderia ser quantificado, por exemplo,
tomando-se uma medida do nivel de excitacao neuronal de areas do cerebro
responsaveis pelas sensacoes.
cerebro.

A felicidade portanto eh o somatorio destes estados de prazer ponderados
pelo tempo q eles duram.

Podemos notar que, de modo a maximizar esta integral, deveremos
maximizar
o tempo de vida e tambem o prazer. Contudo, devera existir uma solucao
de compromisso entre estas duas variaveis ja que nem sempre um maior
prazer
resulta em um maior tempo de vida !!

Considerando que todo codogo de etica visa a maximizar a felicidade do
grupo, podemos agora utiliza-la com este objetivo.

Assim, podemos assim tomar a Etica como um problema de maximizacao
da felicidade do Grupo :

Felicidade do Grupo : Somatoria[ integral( prazer(t) ) dt ]

Entao, esta etica-cientifica eh tambem utilitarista e o problema
esta bem definido e podera ser analisado de um modo mais rigoroso.

[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Religiao e Ciencia
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 27/10/2000 12:16

Prezado Manuel Bulcão,

Como comentário geral às suas colocações faria o seguinte: todo a sua argumentação deriva do fato de fazer uma separação entre os humanos e o restante dos animais. É mais ou menos como o faz a religião católica: os homens são filhos de Deus, tem alma e vão para o céu, inferno, purgatório ou limbo (não resisti: seria um bidual?... risos), em quanto que os demais animais não tem nada disto. (Só espero que não seja condenado a arder no fogo do inferno por ter feito esta afirmação... risos...) Os vegetais e os minerais então nem entram na discussão. (Não resisti de novo: humanos, demais animais, vegetais e minerais formariam uma estrutura bidual?

Acho tudo isso uma visão muito restrita da questão. Você vai me dizer que, digamos, um cachorro não tem a sua noção de ética, do que é certo e do que é errado? Será que um cachorro não tem consciência? Ou que uma planta ou pedra não possuem consciência em nível mais rudimentares?

Para mim tudo na natureza é regido por leis universais: o que muda é a graduação da intensidade de cada variável objeto de análise.

Um grande abraço.

Claudio Abreu

----- Original Message -----
From: Manuel Bulcao
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Friday, October 27, 2000 7:21 AM
Subject: [ciencialist] Re: Religiao e Ciencia


Prezados listeiros,

Após ler alguns e-mails do Jocax e do Takata acerca da moral, da
religião e da ciência, não resisti. Segue abaixo algumas
considerações minhas sobre normas jurídicas e morais, e sobre o
bem e
o mal. Coisa breve, pois estou sem saco de escrever.

Decerto que o comportamento humano, como o comportamento de qualquer
animal, é regido por leis "naturais", isto é, leis
geneticamente
deterninadas às quais nos submetemos necessariamente, quer
queiramos
ou não. Mas o comportamento humano, ao contrário do
comportamento do
resto da bicharia, submete-se também a um outro tipo de leis, leis
do
"dever ser", aquelas que determinam: "você `deve' agir
assim e não
assado". Essas leis -- normas jurídicas, de etiqueta ou morais --,
ao
contrário das leis naturais, longe de negar a liberdade, a
pressupõe
(dado que podemos obedecê-las ou transgredi-las), e tais leis
estabelecem por um lado um valor (bem) e um anti-valor (mal).

Não vou considerar aqui as regras de etiqueta ou netiqueta
(frescuragem). Quanto às normas jurídicas e as morais, a
distinção
entre elas é que, no que tange às primeiras, sua eficácia
é
assegurada coercitivamente pelo Estado, ao passo que as segundas
são
normas que o próprio indivíduo impõe à sua conduta,
independentemente
da promessa de um prêmio ou da ameaça de uma coação externa
(a única
satisfação que se obtem ao se obedecer à lei moral, segundo
Kant, é a
satisfação do dever cumprido).

As normas jurídicas e as morais distinguem-se entre si pela forma,
e
não pelo conteúdo. Se sou indiferente ao mandamento "não
robarás" , e
o obedeço apenas pelo medo de ser preso, tal norma jurídica
não é
para mim uma lei moral. Mas se atendo a esta norma porque estou
convencido de que roubar é um "mal em si", então estou a agir
moralmente, e não só em conformidade a um imperativo
jurídico.

Algumas questões importantes a serem investigadas por uma
ciência do
"dever" (deontologia):

a) Por que a sociedade humana não é como a sociedade das
formigas, ou
seja, uma sociedade cujas relações entre os indivíduos são
geneticamente programadas? Ou, dito em outros termos, por que as
normas que regem as sociedades humanas são, em larga medida,
normas
que podem ser "violadas" pelos indivíduos?

b) O que explica essa distinção entre norma jurídica, garantida
coercitivamente por uma autoridade externa, o Estado, e norma moral,
sancionada por uma autoridade interna, a "consciência"? Qual a
razão
desse duplo grau de sanção?

c) Existe uma norma ou um conjunto de normas deontológicas
universais, isto é, válidas para a todas as épocas da
história e para
todos os homens, que estabeleçam um bem e, por conseguinte, um mal
absoluto? (absoluto não no sentido de "cósmico", transcendente
à
espécie humana, mas no sentido de que todos os homens possam
discernir como um mal.)

São questões complexas, que se situam hoje no claro-escuro que
demarca a metafísica da ciência. Creio que, um dia, tais
questões
serão cientificamente equacionadas.

Quanto à existência de normas deontológicas a-históricas,
penso que,
assim como existem significantes inatos, como, por exemplo, o
movimento de indicação, ou seja, o ato de designar um objeto com o
dedo "indicador", que é um gesto que toda criança faz, a partir
do
segundo ano de vida, sem que ninguém lhe ensine (um signo,
aliás,
fundamental, pois, segundo o filósofo vietnamita Trân Duc Thao,
trata-
se do signo "cuja significação consiste precisamente em
estabelecer
uma relação direta entre a palavra e a coisa"), do mesmo modo deve
existir uma ou duas normas deontológicas inatas.

Alguém pode objetar: se a norma é inata, então é natural,
e se é
natural, é impossível transgredi-la. Errado. O que separa a
natureza
da cultura não é uma linha, mas uma região, uma
terra-de-ninguém.
Segundo Konrad Lorenz, fundador da etologia, o processo de
humanização do macaco é o processo de domesticação do homem
pelo
homem. Em vista disso, penso que a mutação e a seleção natural
incluiram no nosso patrimônio genético um comportamento
ambivalente
com relação aos nossos semelhantes, a mesma ambivalência com
que
alguns animais domésticos se comportam com relação ao
domesticador,
que os mantém vivo ao mesmo tempo que os explora: amor e terror.
Ora,
se uma norma deontológica estabelece "aja assim!" é porque
existe uma
"resistência", uma tendência contrária para não agir do
modo
estabelecido.

Na humanidade primitiva, o ordenamento jurídico consistia num
sistema
de tabus. Segundo Freud, "a multiplicidade das manifestações do
tabu
(...) ficam reduzidas por nossa tese a uma única unidade: a base
do
tabu é uma ação proibida, para cuja realização existe forte
inclinação do inconsciente." (...) O tabu é uma proibicão
primeva
forçadamente imposta (por alguma autoridade) de fora, e dirigida
contra os anseios mais poderosos a que estão sujeitos os seres
humanos. O desejo de violá-lo persiste no inconsciente; aqueles
que
obedecem ao tabu têm uma atitude ambivalente quanto ao que o tabu
proibe." (Totem e Tabu; Imago; Volume XIII; pp. 52 e 54).

Trocando em miúdos, é isso. Depois escrevo mais.

Abraços,
Manuel Bulcão





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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciencia e Religiao -Historico
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 27/10/2000 14:33



Roberto Mitsuo Takata wrote:
>
> On Fri, 27 Oct 2000, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> > Eu nao disse q nao serviria nunca : Eu disse q a complexidade eh
> grande
> > o suficiente q , com a tecnologia atual, ela nao se aplicaria
> > diretamente.
> > Isso nao quer dizer q, no futuro proximo, ela nao possa ser usada.
>
> se ela eh aplicavel eh porq. existem variaveis mensuraveis.
>
> veja bem, no caso da sua formula -- mesmo q. possamos medir o nivel de
> felicidade em um dado momento, se vc nao souber o q. causa essa
> felicidade
> e como causa ela nao serve de guia pra maximizacao nenhuma...

EM PRINCIPIO nao eh preciso saber !!! BASTA MEDIR !!!
Foi o tema de meu mestrado : Algoritmos geneticos.

Os algoritmos geneticos resolvem problemas complexos de otimizacao (
maximizacao ou minimizacao ) simplesmente utilizando-se de
uma funcao escalar a FUNCAO DE AVALIACAO.

Assim, em teoria, poderiamos descobrir as melhores atitudes eticas
simplesmene medindo o nivel de felicidade do cerebro. Claro q para isso
precisariamos de um grupo humano de cobaia o q tornaria isto
impraticavel.

Contudo, eh bem sabido o que causa prazer e sofrimento sem recorrer a
tais
experimentos maquiavelicos. Sabemos, por exemplo, que ser roubado traz
sofrimento e ser elogiado eh prazeiroso. Ou seja, temos um conjunto
grande de acoes e sabemos avaliar, de algum modo, o prazer ou
sofrimento que
elas provocam.

Mas, infelizmente, nao temos medidas NUMERICAS para tais e as vezes fica
dificil
comparar duas atitudes. Isso poderia ser feito se tivessemos uma tabela
numerica
do nivel de prazer e dor relativo aas acoes humanas.

E esta tabela poderia ser feita se tivessemos esta medida instantanea
do grau de felicidade.

A tabela serviria para compararmos o grau de felicidade em diferentes
grupos de normas eticas possiveis, selecionando aquelas que maximizariam
a felicidade.

>
> > Nesse caso, a somatoria dos niveis de excitacao cerebral ou dos
> > neurotransmissores envolvidos, deverao mostrar qual sera a
> felicidade
> > total deste masoquista dando um valor numerico ao seus estado de
> > felicidade.
> > Bem objetivo.
>
> ta' mas o q. isso diz a respeito da etica? tudo o q. vc esta' propondo
> eh
> uma previsao de comportamento. mas vc queira q. isso fornecesse um
> guia
> etico...

Aqui surge uma importante BIFURCACAO desta teoria toda.
Vejo dois niveis de codigo etico:
TIPO 1- As regras de bolso, estaticas, imutaveis, rigidas :
as de oredem Pratica.

TIPO 2- As regras dinamicas dependentes do tempo, das circunstancias, da
situacao
de contorno particular.

As primeiras, Tipo 1, sao as convencionais as q estamos acostumados
regras simples e praticas q por serem fixas MUITAS VEZES NAO MAXIMIZAM
a felicidade !! Eh aquela historia q vc colocou do bandido que pergunta
a
vitima onde esta o refem: Se a vitima MENTE o bandido leva o refem e
infringe
a norma se ele nao mente e segue a norma ( nao mentiras ) o refem eh
capturado.
Percebe q estas normas eticas rigidas , Tipo 1, deixam a desejar ?

As do Tipo-2 soh possiveis com a etica dinamica que AVALIA o grau de
felicidade da ACAO NO CONTEXTO EM QUE ELA OCORRE e isto poderia ser
feito considerando o PRINCIPIO DE MAXIMA FELICIDADE DO GRUPO ou seja
maximizar a equacao de felicidade.

SIM, claro q esta avaliacao NEM SEMPRE eh facil de se fazer
mas, assumindo q pocamos avalia-la com algum grau de precisao ja teremos
alguma coisa. As discussoes eticas passariam a ser mais objetivas.

Eh o principio da politica : Qual acao politica trara o maior retorno
de felicidade para a populacao?


>
> > Pela minha formula a felicidade depende do intervalo de tempo em que
>
> > ela eh computada. Se vc considera a vida toda, todo o somatorio de
> > prazer ( no sentido abrangente do termo ) devera ser computado ateh
> > o momento atual. Assim, vc podera ESTAR feliz hoje mas, no total,
> > vc pode nao ter tido uma vida feliz.
>
> ao q. se depreende das observacoes, a felicidade eh um fenomeno do
> tipo
> mais markoviano (sem depender do historico) -- pra pessoa feliz nao
> interessa o antes, talvez ateh interesse o depois, mas a questao eh o
> agora. eh a historia de 'por uma pedra sobre o passado'.

Se isso for verdade toda a teoria da felicidade cai por terra !!
Pela minha formula, se o prazer que a pessoa tem/tera no tempo T1
for o MESMO que no tempo T2 entao seu grau de prazer nestes 2 instantes
diferentes sera o mesmo.

E a felicidade nao leva em consideracao a epoca em que se passou o
estado de prazer, apenas sua duracao.

Eh por isso q sofremos hoje para termos prazer amanha : Avaliamos
o nivel de desconforto hoje e o prazer q obteremos no futuro.
Por isso estudamos duro para o vestibular ao inves de fazermos outra
coisa...

>
> > Acho q esta medida poderia ser quantificada e portanto a felicidade
> > instantanea estaria bem definida numericamente.
>
> e qual a implicacao disso para a etica? como isso diz q. a etica
> utilitarista eh a q. deve ser adotada?

Sim, eh uma etica utilitarista.
Mas agora com "niveis de utilitarismo" bem definidos desde q se tenha
uma
medida do prazer nas varias situacoes possiveis.



>
> vou inverter a ordem dos exemplos:
>
> > No caso do estuprador VC NAO AVALIOU o lado de prazer da VITIMA !
> > Assim se considerarmos os 2 individuos eh OBVIO q a felicidade
> conjunta
> > VAI DIMINUIR se vc computar o nivel de felicidae da vitima ao ser
> > estuprada !!
>
> em havendo estupro a vitima perde o estupadror ganha, a sociedade nao
> ganha nem perde, jah q. nao vai saber. em nao havendo estupro a vitima
> nao
> ganha nem perde, o estuprador perde. o nivel de felicidade diminui ao
> nao
> haver estupro. digamos q. a vitima ganhe ao nao ser estuprada, no
> final
> teremos um empate entre as duas situacoes. e aih?

VC ESQUECEU DE MEDIR O NIVEL DE PRAZER ( dor ) DA VITIMA.
Com certeza o nivel de prazer da vitima eh ( -576376 ) e o nivel de
prazer do estuprador eh ( + 120 ) no momento do estupro.

E alem do mais isso causara uma dor psicologica persistente na vitima q
integrando-se ao longo do tempo causara um prazer (dor ) de ( -33232222
)
ao passo q o estuprador praticamente vai esquecer do assunto ganhando um
prazer
com a lembranca de ( +12 ).

Por isso q digo q a medida numerica de prazer e dor ( tabela dos
prazeres )
eh essencial para avaliarmos esta etica.


>
> pensemos no caso de pedofilia. uma crianca com cancer vai morrer
> dentro de
> tres meses. ela eh inocente de tudo e vai sentir prazer ao ser
> sexualmente
> excitada pelo pedofilo. ninguem mais vai saber disso. a crianca nao
> vai
> sofrer as consequencias psicologicas ou fisicas do ato. o pedofilo nao
> vai ser pego. e aih?

Aih vc tem que verificar o NIVEL DE ETICA que vc esta avaliando
Do tipo-1 ou do tipo-2 ?

>
> > Veja os exemplos : No caso do conflito palestino-israelense se
> > considerarmos estes elementos todos ( os 2 lados ) uma solucao de
> > consenso devera ser preferida do que apenas avaliando-se um dos
> lados.
>
> o dois lados nao vao sossegar, pros q. sao de fora eh melhor q. isso
> pare.
> se israel vence a coisa cessa, mas com a dizimacao dos palestinos.
> cruel?
> pois sim, claro q. eh. mas como o q. importa eh a felicidade geral, da
> humanidade toda e por toda a vida da humanidade, esse ato atroz de
> agora
> garante uma paz duradoura.

Sim mas e a felicidade dos palestinos que morreram ??
Elas foram SUBTRAIDAS da formula da soma da felicidade do grupo.
Precisaria se medir isto. Qual o nivel medio numerico de felicidade
de uma pessoa ( por exemplo ).


> > Assim levando-se em conta TODOS os individuos envolvidos a
> > ETICA-CIENTIFICA
> > eh prefeitamente valida e vc NAO mostrou AINDA nenhum exemplo q a
> REFUTE
> > !
>
> nao eh etica cientifica jah q. depende de criterios eticos exteriores
> a
> ela. eh preciso primeiro estabelecer se os parametros sao ou nao
> validos.

O parametro eh a felicidade.
Note q a unica coisa q esta faltando eh a quantificacao do prazer.
E desta a montagem da tabela de prazer e dor.
Claro q a tabela nao verificara o contexto, mas ja eh uma aproximacao.

>
> > Veja bem, digamos q vc queira maximizar a propria felicidade
> > neste caso se vc achar q vai REALMENTE ser expulso do grupo que
> > voce PRECISA, entao vc nao deve tentar convence-los.
> > Faca-o em grupos que vc nao tenha uma dependencia tao visceral.
>
> e o q. vai me dizer se eu quero ou nao maximizar a minha propria
> felicidade em relacao ao grupo? quem ou o q. me da' o criterio de se
> eu
> devo considerar a minha felicidade ou a do grupo?
>

Sob o ponto de vista etico-cientifico q usei, vc deve pensar no grupo:
O quanto vc ira sofrer e o quanto eles irao ter prazer com a sua
permanencia no grupo?

Se vc ficar as digamos 10 pessoas de la terao o nivel de prazer
aumentado de
5 pontos total = 50 pontos;

O seu estresse em ficar no grupo sera de -47 pontos MAS sua relacao
com as pessoas fora de seu grupo e da ciencialist VAO SOFRER com seu
estresse e mal humor e vc ira causar uma dor de -2 em cerca de 300
pessoas
levando a felicidade do grupo ttal para -600-47 = -647

Ou seja o grupo contribuiu com +50 e vc propagou -647 !!

SAIA JA DESTE GRUPO !! :-)

[]s
jocax


SUBJECT: Bacteria sobreviveria em meteorito
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 27/10/2000 15:47

Bactéria sobreviveria em meteorito
Rocha saiu de Marte a uma temperatura inofensiva para a vida

SALVADOR NOGUEIRA
FREE-LANCE PARA A FOLHA , Sexta-feira, 27 de Outubro de 2000

Se um dia alguém afirmar que as formas de vida da Terra se originaram em
Marte, há cientistas que não se surpreenderão. Um estudo publicado hoje
na revista norte-americana "Science" demonstra que a transferência de
organismos simples -como bactérias- de um planeta a outro é uma hipótese
plausível.
O candidato a táxi interplanetário de bactérias é um velho conhecido do
cenário científico. Trata-se do meteorito ALH84001, em que foram
encontrados, em 1996, os primeiros e polêmicos indícios de vida no
planeta vermelho, em um passado remoto.
Agora, descobre-se que o táxi tinha ar condicionado (não alcançou
temperaturas capazes de matar os microrganismos).
Na ocasião, cientistas da Nasa (agência espacial dos EUA) encontraram
sinais no interior da rocha que atribuíram a atividade bacteriana
marciana. O trabalho foi bastante criticado e até hoje os resultados são
inconclusivos.
"Essa questão ainda não foi resolvida", disse à Folha Benjamin Weiss,
pesquisador da Caltech (Instituto de Tecnologia da Califórnia, EUA) que
liderou os novos estudos com o meteorito.

Pancada a frio

Acredita-se que o fragmento, com idade estimada em 4,5 bilhões de anos,
tenha se desprendido de Marte há 15 milhões de anos, após um choque de
outro objeto contra a superfície do planeta. Depois de vagar pelo espaço
por milhões de anos, o meteorito acabou sendo atraído pela gravidade da
Terra e terminou seus dias na Antártida, onde permaneceu pelos últimos
11 mil anos.
A revelação dos pesquisadores é que o choque que arrancou a rocha da
superfície marciana não causou um aumento de temperatura superior a 40C.
A conclusão veio após a análise do campo magnético gerado pela rocha.
Eles foram aquecendo o meteorito e percebendo como esse padrão era
alterado. Quando a temperatura passou de 40C, o campo começou a se
enfraquecer.
Como a análise também revelou que o padrão magnético do meteorito
permaneceu o mesmo durante todo o percurso entre Marte e Terra, seu
interior não deve ter sido exposto a temperaturas superiores a 40C.
"Como essa temperatura não é capaz de matar a maioria das bactérias,
esses dados apóiam a hipótese de que meteoritos possam transferir vida
entre planetas do Sistema Solar", diz o artigo.
Com base nessa conclusão, os pesquisadores afirmam que talvez nem seja
necessário manter rochas marcianas coletadas por sondas sob quarentena,
com o intuito de proteger a biosfera terrestre de uma contaminação.Eles
sugerem que todo esforço de manter separadas formas de vida terrestres e
marcianas pode ser inútil, já que meteoritos marcianos caem na Terra com
certa constância há 4,5 bilhões de anos.
"Se existiu em algum momento vida em Marte, é provável que já tenha sido
transferida para a Terra", afirma Weiss. Segundo ele, "1 bilhão de
toneladas de rochas marcianas chegou à Terra nos últimos 4,5 bilhões de
anos, sugerindo que Marte poderia ter semeado a Terra com vida".
O pesquisador teme que o excesso de cuidados prejudique o potencial de
pesquisas com amostras trazidas de Marte. "A Nasa está considerando
esterilizar as amostras para que a Terra não seja infectada por nenhuma
abominável criaturinha verde marciana. Esperamos que eles não usem
esterilização por calor, que destruiria valiosas informações
petrográficas, magnéticas e biológicas nas amostras", diz Weiss.

Futuro da exploração

A Nasa anunciou seus planos para a exploração do planeta vermelho na
próxima década. Além da sonda Mars Odyssey, programada para 2001, e dos
robôs móveis gêmeos que serão enviados em 2003 para vasculhar a
superfície, a agência agora anuncia uma nova missão, a Mars
Reconnaissance Orbiter, que fará o sensoriamento remoto do planeta.
A nova missão, marcada para 2005, substitui a cancelada Mars Surveyor,
que iria fazer o primeiro envio de amostras de rochas marcianas para a
Terra. A Nasa diz que dificilmente tal atividade deva ocorrer antes de
2014.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Religiao e Ciencia
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 27/10/2000 15:51

-----Mensagem Original-----
De: "Manuel Bulcao"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Sexta-feira, 27 de Outubro de 2000 07:21
Assunto: [ciencialist] Re: Religiao e Ciencia

> Após ler alguns e-mails do Jocax e do Takata acerca da moral, da
> religião e da ciência, não resisti. Segue abaixo algumas
> considerações minhas sobre normas jurídicas e morais, e sobre o
> bem e o mal. Coisa breve, pois estou sem saco de escrever.

Realmente, é preciso ter saco não só para escrever mas também para ler
discussões que a gente intui, de antemão, que não vão dar em nada. Porém,
como sou adepto do diálogo, até mesmo o improdutivo, pois creio que é num
diálogo despretensioso que surgem os insights, fica aqui apenas registrada
minha opinião, sem demérito pois aos ilustres debatedores citados.
Aprende-se muitas coisas nas entrelinhas.

> Decerto que o comportamento humano, como o comportamento de qualquer
> animal, é regido por leis "naturais", isto é, leis geneticamente
> determinadas

O problema é que a genética está na moda. Se nos darmos conta de que os
genes são formados por macromoléculas, talvez venha-nos a idéia de que o
reducionismo proposto pelos geméticos jocaccianos ainda está muito longe da
unicidade proposta pelas teorias unificantes, se é que tais teorias chegarão
algum dia a se justificar. O gene pode ser pensado, em certas
circunstâncias, como a realidade última do ponto de vista biológico, mas e
antes disso? Não viriam as moléculas, os átomos, as partículas
elementares... os átomos de Demócrito? Proponho então, em substituição à
Gemética do Jocax, a Tijolética de Demócrito :-)). Tudo o que existe no
Universo, incluindo os genes, nada mais é senão um conjunto bem ordenado,
segundo leis naturais, de tijolos elementares ou átomos de Demócrito.
Supondo-se que isto seja verdade... E daí? Estariam resolvidos todos os
problemas que nos atormentam?

> às quais nos submetemos necessariamente, quer
> queiramos ou não. Mas o comportamento humano, ao contrário do
> comportamento do resto da bicharia, submete-se também a um outro tipo de
> leis, leis do "dever ser", aquelas que determinam: "você `deve' agir
> assim e não assado". Essas leis -- normas jurídicas, de etiqueta ou
> morais --, ao contrário das leis naturais, longe de negar a liberdade, a
> pressupõe (dado que podemos obedecê-las ou transgredi-las), e tais leis
> estabelecem por um lado um valor (bem) e um anti-valor (mal).

"No princípio era o Tao" (Caminho). "E o Tao produziu o Um" (átomo de
Demócrito, ou homem, ou civilização, ou seja: o Caminho passou a ser
ocupado). "E o Um deu origem ao Dois" (fóton e neutrinos, civilizações
ocidental e oriental -- os homens seguiram sentidos opostos,
antagônicos-complementares). "E os Dois produziram o Três e tudo o mais"
(síntese e suas conseqüências, partículas elementares, mundo moderno, etc).
Não é por acaso que alguns dizem que o Livro do Tao é "um dos mais profundos
livros do mundo filosófico" (L. Yutang em "Lao-tse ou o Livro do Tao",
1975 -- Obs.: O livro onde está este capítulo de Yutang pertence à ciência
marginal, não chega a ser esotérico mas também não é bem visto nos meios
acadêmicos -- Que se dane o academicismo! :-)) ).

> As normas jurídicas e as morais distinguem-se entre si pela forma,
> e não pelo conteúdo.

Pois aí está o grande engodo do século XX, e a nossa ciência não ficou imune
a isso: a confusão entre conteúdo e continente.

> Algumas questões importantes a serem investigadas por uma ciência do
> "dever" (deontologia):
> a) Por que a sociedade humana não é como a sociedade das
> formigas, ou seja, uma sociedade cujas relações entre os indivíduos são
> geneticamente programadas?

O prof. Wilson Luiz Sanvito, da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa
de São Paulo, expôs, de certa feita (Encontro do Projeto Integração
Universitária, organizado pelo Entreposto Cultural - 29/03/95), e de maneira
magnífica, ser parte da natureza humana o cultivo da generalização e do
conhecimento global dos fatos. O ponto culminante de sua tese, e que
empolgou sobremaneira os presentes, foi quando em meio à temática, e num
lampejo de rara felicidade, fez ver a todos que a especialização é uma
peculiaridade dos animais irracionais, como a abelha, o pica-pau, a formiga,
etc.

Em síntese: a ciência moderna está irracionalizando o homem. Até quando?

> Ou, dito em outros termos, por que as normas que regem as sociedades
> humanas são, em larga medida, normas que podem ser "violadas" pelos
> indivíduos?

Podem enquanto não chegar o 1984 de George Orwell. Aliás, creio que no
academicismo vigente já impera o orwellianismo, sob a denominação de
"avaliação por pares submissos aos donos da ciência" (Financiamentos e
outros trambiques mais. - Se o mundo científico dependesse única e
exclusivamente de agencias de financiamento, não teríamos nem a obra de
Newton nem a de Einstein).

> b) O que explica essa distinção entre norma jurídica, garantida
> coercitivamente por uma autoridade externa, o Estado, e norma moral,
> sancionada por uma autoridade interna, a "consciência"? Qual a
> razão desse duplo grau de sanção?

O que explica? Bem, digamos que o homem não é tão racional quanto julga ser.

> c) Existe uma norma ou um conjunto de normas deontológicas universais,
> isto é, válidas para a todas as épocas da história e para todos os homens,
> que estabeleçam um bem e, por conseguinte, um mal absoluto? (absoluto não
> no sentido de "cósmico", transcendente à espécie humana, mas no sentido de
> que todos os homens possam discernir como um mal.)

É difícil responder, principalmente para um mero palpiteiro da área de
ciências humanas como eu. Acredito que exista tal código, porém sujeito a
regulamentações espaço-temporais e relacionadas à cultura vigente. Ou seja,
assim como existem leis físicas naturais, existiriam também outras leis
naturais absolutas sujeitas a restrições regulamentares. Por exemplo, a lei
física da inércia não se verifica aqui na Terra, a não ser em condições
limites, graças ao atrito.

> Alguém pode objetar: se a norma é inata, então é natural,
> e se é natural, é impossível transgredi-la. Errado. O que separa a
> natureza da cultura não é uma linha, mas uma região, uma
> terra-de-ninguém.

Concordo mas não vou me aprofundar no assunto pois a chance de falar mais
besteira do que já disse acima está sendo proporcional ao comprimento desta
mensagem. :-))

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Biofísica - preciso de ajuda
FROM: "Marcos Borges" <maborges@ccard.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 27/10/2000 21:20

Preciso fazer um trabalho sobre campo gravitacional e sistemas biológicos
(circulação e transporte de seiva) e preciso de ajuda pois tenho encontrado
poucas referências para poder ministrar um seminário.

[]'s
Marcos Borges




[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Religiao e Ciencia
FROM: "Manuel Bulcao" <msbn@daterranet.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 28/10/2000 00:08

--- Em ciencialist@egroups.com, "Claudio Abreu" <bidual@g...> escreveu
Prezado Manuel Bulcão, Como comentário geral às suas colocações faria
o seguinte: todo a sua argumentação deriva do fato de fazer uma
separação entre os humanos e o restante dos animais.

Olá Cláudio,

A oposição que com freqüência se faz entre natureza e cultura não é
real, mas apenas uma convenção. Neste caso, por "natural" se deve
entender "tudo que não é produto da atividade humana". Entre os
historiadores, cientistas políticos e antropólogos fala-se até mesmo
numa humanidade "natural", anterior à civilização. Marx, por exemplo,
fala de uma economia "natural", oposta à economia "monetária".

Concordo com você: o homem e sua cultura são um fenômeno da natureza.
O homem é um bicho, e quem diz que o homem não é um bicho não passa
de um macaco metido a besta. Aliás, muitas coisas que muita gente boa
considerou por muito tempo idiossincrasias da espécie humana (a
fabricação de instrumentos, a consciência de si, a presciência, a
linguagem, etc) verifica-se, numa forma mais ou menos incipiente, em
outros animais. Atualmente, admite-se até mesmo a existência de uma
proto-cultura -- comportamento adquirido pela experiência e
transmitido pela imitação -- entre alguns animais gregários, como,
por exemplo, os chimpanzés.

Só acho que muitos dos que contestam o antropocentrismo terminam
caindo no erro oposto, que é diluir o particular no universal. Caso,
por exemplo, do darwinismo social. Alguns "naturalistas" vão até mais
longe: em sua tentativa de "naturalizar" o homem, terminam
"humanizando" a natureza. Eu adoro (leio e releio) os livros do Carl
Sagan, mas acho que no seu livro "Sombras de Antepassados Esquecidos"
ele exagerou um pouco. Neste livro, que ele escreveu juntamente com
Ann Druyan e com a intenção de fulminar o chauvinismo da espécie
humana, Sagan afirma que no desenvolvimento ontogenético dos
chimpanzés também existe uma "fase edipiana"; que muitas aves têm
"sensibilidade estética"; e que uma "predisposição `religiosa'
generalizada, pronta a ser posta em uso pela estrutura social local",
talvez seja "um fato corrente no reino dos animais." Acho, mas posso
estar enganado, que o nosso saudoso Sagan confunde muitas vezes
analogias entre o homem e outros animais com comportamentos
homólogos. Ou, metaforicamente falando, Sagan confunde morcego com
passarinho.

O homem é bicho, mas nem todo bicho é homem.

E, cá entre nós, o bicho homem tem as suas idiossincrasias, sim. Por
exemplo: ao menos aqui no planeta Terra, não existe nenhum outro ser
particular que, como o homem, seja capaz de conceber o ser genérico
(a Natureza com "N" maiúsculo, o Universo, o Todo) e de inclusive
questionar sua existência: "por que o Ser e não o Nada?". O homem é,
também, o único ser finito para o qual existe o infinito e que, por
isso, está sempre em busca de transcender a sua finitude. Transcrevo
abaixo algumas palavras sobre este tema do matemático e filósofo
inglês Alfred N. Whitehead, extraídas do seu livro "A Função da
Razão" (Ed. UNB, pág. 31):

"(...) o que distingue o homem dos animais, e alguns homens de
outros, é a presença, em sua natureza, ainda que de uma forma
hesitante e vaga, de um elemento perturbador, que é a busca do
inatingível. Esse elemento é aquele toque de infinito que impulsionou
os povos para a frente, muitas vezes ao encontro de sua própria
destruição. É um tropismo pelo facho de luz que acena ao longe --
pelo sol que viaja em direção à finalidade última das coisas, e pelo
sol que ressurge sempre de sua origem. A Razão especulativa se volta
para o leste e para o oeste, para o começo e para o fim, como que
espreitando para além das fronteiras do mundo."

É isso aí.

Um abraço,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Programa Livre
FROM: "Ego " <ego_sun@brasilmail.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 28/10/2000 15:57

Olá!!

Vi q o Daniel vai participar de um debate no Programa Livre, na
próxima quarta-feira, dia 01/11. Qual horário?? Se não me engano é ao
vivo, correto??

[]´s

Ego



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciencia e Religiao -Historico
FROM: "Dr. Omni" <dromni@ieg.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 28/10/2000 18:49

----- Original Message -----
From: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Friday, October 27, 2000 3:33 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Ciencia e Religiao -Historico


[snikt]
> Contudo, eh bem sabido o que causa prazer e sofrimento sem recorrer a
> tais
> experimentos maquiavelicos. Sabemos, por exemplo, que ser roubado traz
> sofrimento e ser elogiado eh prazeiroso. Ou seja, temos um conjunto
> grande de acoes e sabemos avaliar, de algum modo, o prazer ou
> sofrimento que
> elas provocam.
>

Não, não sabemos. O que causa felicidade (ou prazer) em uma pessoa pode
perfeitamente causar infelicidade (ou dor) em outra. Veja o exemplo extremo
do
mazoquista, fornecido pelo Roberto. O único meio de "saber" se os tais
padrões cerebrais que você estaria medindo correspondem a felicidade ou a
tristeza seria *perguntando* para a pessoa. Mas a pessoa estaria respondendo
acerca do estado emocional que ela realmente está experimentando ou o estado
que ela
*pensa* que está experimentando? Bom, mesmo se essa questão da subjetividade
fosse resolvida de alguma maneira obscura, desconfio que os "padrões
cerebrais de felicidade" poderiam ser consideravelmente diferentes de pessoa
para a pessoa, e seria bastante difícil, se não fosse impossível, tirar
regras gerais como as que você parece querer.

[snikt]
> Eh o principio da politica : Qual acao politica trara o maior retorno
> de felicidade para a populacao?
>

Jocax, na boa, freqüentemente você dá a impressão de ser um cara muito,
muito ingênuo mesmo... O princípio da política é levar avante ações que
maximizam seu tempo no poder ou aumentam seu poder.

Em uma sociedade ditatorial, essas ações são controlar a imprensa, torturar
e matar militantes políticos da oposição, etc.

No caso de uma sociedade democrática, essas ações são as que farão a
população apoiar mais o governante ou candidato a governante. Mas note que
isso não assegura que serão ações que vão trazer "o maior retorno de
felicidade para a população". Serão simplesmente as ações que vão ser mais
percebidas pela população. Por exemplo, vamos supor o caso de um canditato A
e um candidato B a uma prefeitura, ambos já tendo tido mandatos anteriores
como prefeito. o candidato A construiu um monte de túneis, viadutos e pontes
durante seu mandato, os quais só beneficiaram diretamente a parte da
população que tem carros, que não deve ser nem 30%; mas os outros 70% pobres
demais para terem um carro lembram que o candidato A "fez alguma coisa pela
cidade", já que obras faraônicas costumam ser impressionantes e vistas por
todos. Já o candidato B concentrou seus esforços em obras de saneamento
básico,
principalmente construção de redes de esgotos, que evitaram uma enorme
quantidade de sofrimento devido a, por exemplo, uma baixa nas taxas de
mortalidade infantil na população mais pobre; mas, a não ser que fizessem
estatísticas, eles não notariam que a mortalidade infantil baixou, não é
mesmo? Resultado, o candidato A ganha a eleição...

[snikt]
> Se isso for verdade toda a teoria da felicidade cai por terra !!

Veja só a subjetividade em ação de novo: do meu ponto de vista, sua teoria
já estava caída desde o começo! ;-)

[snikt]
> VC ESQUECEU DE MEDIR O NIVEL DE PRAZER ( dor ) DA VITIMA.
> Com certeza o nivel de prazer da vitima eh ( -576376 ) e o nivel de
> prazer do estuprador eh ( + 120 ) no momento do estupro.
>
> E alem do mais isso causara uma dor psicologica persistente na vitima q
> integrando-se ao longo do tempo causara um prazer (dor ) de ( -33232222
> )
> ao passo q o estuprador praticamente vai esquecer do assunto ganhando um
> prazer
> com a lembranca de ( +12 ).
>
> Por isso q digo q a medida numerica de prazer e dor ( tabela dos
> prazeres )
> eh essencial para avaliarmos esta etica.
>

Como você mesmo ressaltou, *ninguém* ainda construiu a sua tal "tabela de
felicidade". Assim sendo, vou usar, com o intuito de fazer uma crítica
construtiva bastante clara, o Português que mais claramente expressa as
opiniões de alguém - aquele que usa palavras de baixo calão - e dizer: você
tirou os números acima do cu. Você inventou números díspares por várias
ordens de magnitude para justificar um (pré)conceito ético que está
implantado na sua cabeça, o de que estupros são intrinsicamente ruins, e
ainda assim manter coerência com a sua teoria.

Mas podemos imaginar vários outros cenários onde os números (seja lá qual
for a "unidade de felicidade" que você está usando) poderiam não ser os que
você mostrou. Por exemplo, quem sabe esse foi o melhor sexo que o estuprador
já teve, e ele vai lembrar desse momento por anos a fio e ainda extrair
prazer com isso usando masturbação e fantasias? E quem sabe a vítima, que é
cega, surda e muda e portanto não se comunica muito com os demais membros da
sociedade, não sabe que estupro é uma coisa ruim (a regra de nosso sistema
ético) e até gostou da experiência? Convenhamos, assim ficaria bem mais
difícil inventar números que justificassem o estupro como inerentemente
ruim, na "fórmula de Jocax"...

[snikt]
> Sim mas e a felicidade dos palestinos que morreram ??
> Elas foram SUBTRAIDAS da formula da soma da felicidade do grupo.
> Precisaria se medir isto. Qual o nivel medio numerico de felicidade
> de uma pessoa ( por exemplo ).
>

É verdade. Mas, como se trata de vários milhões de pessoas, que tal usarmos
um raciocínio à la Mecânica Estatística, considerarmos um mesmo valor de
"felicidade média" para todas as pessoas e aplicarmos a Fórmula de Jocax às
massas? Então, se tivermos 10 milhões de israelenses e 1 milhão de
palestinos e exterminarmos os 1 milhão de palestinos, então teremos 10
milhões de pessoas muito mais felizes do que estavam antes, o que
compensaria a "perda de felicidade" do milhão de palestinos e faria com que
a "quantidade total de felicidade" na população aumentasse, a despeito do
genocídio ser uma coisa, digamos, pouco ética. Note que eu supus esses
números - eu não tenho muita idéia dos tamanhos das populações de
israelenses e palestinos - mas, se você quiser um exemplo mais solidamente
baseado em dados reais, podemos dizer que o holocausto dos judeus durante a
Segunda Guerra Mundial foi ótimo segundo a Fórmula de Jocax: 80 milhões de
alemães arianos exterminaram 6 milhões de judeus e ficaram euforicamente
felizes ao ver o país brilhando após a faxina étnica, e assim a quantidade
de felicidade no grupo aumentou apesar da felicidade dos judeus ter sumido
do sistema...

[snikt]
> []s

[]s

> jocax
[snikt]

Dr. Omni
ICQ # 53853815
Fórum Cético Brasileiro: http://www.nitnet.com.br/~kruse/forum.htm
Space Settlers: http://www.egroups.com/group/spacesettlers



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Religiao e Ciencia
FROM: "Dr. Omni" <dromni@ieg.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 28/10/2000 19:23

----- Original Message -----
From: "Manuel Bulcao" <msbn@daterranet.com.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Saturday, October 28, 2000 1:08 AM
Subject: [ciencialist] Re: Religiao e Ciencia


[snikt]
> E, cá entre nós, o bicho homem tem as suas idiossincrasias, sim. Por
> exemplo: ao menos aqui no planeta Terra, não existe nenhum outro ser
> particular que, como o homem, seja capaz de conceber o ser genérico
> (a Natureza com "N" maiúsculo, o Universo, o Todo) e de inclusive
> questionar sua existência: "por que o Ser e não o Nada?". O homem é,
> também, o único ser finito para o qual existe o infinito e que, por
> isso, está sempre em busca de transcender a sua finitude. Transcrevo
> abaixo algumas palavras sobre este tema do matemático e filósofo
> inglês Alfred N. Whitehead, extraídas do seu livro "A Função da
> Razão" (Ed. UNB, pág. 31):
>

Manuel, gostei muito de sua mensagem conciliando as noções "humanistas" e
"naturalistas". Mas acho que neste final você pisou completamente na bola.
Como é que você sabe que os humanos são os únicos animais que questionam a
existência e têm senso de infinito? Para você saber sem sombra de dúvida que
nenhum dos outros animais não tem esses mesmos sensos, você teria de
conversar com eles, não é mesmo? Só que, mesmo com nosso senso de infinito e
questionamento da existência, até hoje não conseguimos uma comunicação
decente com outras espécies, embora existam indícios de que várias delas
usam alguma forma de linguagem. Logo, não podemos afirmar nada sobre os
conceitos de existência e infinito dos animais; qualquer coisa desfavorável
que seja dita a respeito deles nesse campo é mero preconceito
antropocêntrico.

> "(...) o que distingue o homem dos animais, e alguns homens de
> outros, é a presença, em sua natureza, ainda que de uma forma
> hesitante e vaga, de um elemento perturbador, que é a busca do
> inatingível. Esse elemento é aquele toque de infinito que impulsionou
> os povos para a frente, muitas vezes ao encontro de sua própria
> destruição. É um tropismo pelo facho de luz que acena ao longe --
> pelo sol que viaja em direção à finalidade última das coisas, e pelo
> sol que ressurge sempre de sua origem. A Razão especulativa se volta
> para o leste e para o oeste, para o começo e para o fim, como que
> espreitando para além das fronteiras do mundo."
>

Puro romantismo - parece citação de começo de discurso de formatura... -, ao
qual eu poderia contrapor com vários exemplos de comportamento animal. Para
mim, a única coisa que *realmente* distingüe os humanos dos outros animais é
um uso muito mais intenso de tecnologia que entre as outras espécies. E,
mesmo assim, é só uma diferença de grau, e não de natureza, como ressaltou o
Cláudio. (Ah, e eu também acho que outra coisa que distingüe os humanos dos
outros animais é a capacidade de desenhar ou construir formas ortogonais ou
ortoédricas. ;-)

[snikt]
> Um abraço,

Um abraço,

> Manuel Bulcão
[snikt]

Dr. Omni
ICQ # 53853815
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Programa Livre
FROM: "Sociedade da Terra Redonda" <strbrasil@hotmail.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 28/10/2000 19:51

N�o sabemos ao certo. Ser� gravado quarta-feira e o hor�rio normal de
exibi��o � de noite ap�s o Jornal do SBT. Assim que nos informarem a data de
exibi��o farei o aviso na entrada da STR.

Leo Vines
Vines@strbrasil.com.br
Sociedade da Terra Redonda
http://www.strbrasil.com.br

>From: "Ego " <ego_sun@brasilmail.com.br>
>Date: Sat, 28 Oct 2000 18:57:09 -0000
>
>Vi q o Daniel vai participar de um debate no Programa Livre, na
>pr�xima quarta-feira, dia 01/11. Qual hor�rio?? Se n�o me engano � ao
>vivo, correto??
>
>Ego
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SUBJECT: Sociobiologia e Psicanalise
FROM: "Manuel Bulcao" <msbn@daterranet.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 29/10/2000 01:55

Prezados listeiros,

Na mensagem 6636, o Alberto Mesquita escreveu: "a ciência moderna
está irracionalizando o homem. Até quando?"

Manuel - Realmente, virou moda entre sociobiólogos, psicólogos
evolucionistas, etc. a mania de conceber todo o comportamento humano
como "comportamento geneticamente programado para a máxima propagação
dos genes", de modo que, para enquadrar em seus esquemas
comportamentos tais como o altruísmo inter-específico (a defesa do
mico-leão dourado e de outras espécies à beira da extinção), a
atividade artística e o suicídio, esses teóricos lançam mão de
enunciados "ad hoc", isto é, usam o artifício que Popper atribuiu aos
marxistas e aos psicanalistas: o recurso permanente a argumentos "ad
hoc" irrefutáveis (os fatos os confirmam sempre). Ora, já que se
utilizam desta "artimanha anticientífica", por que as comunidades
céticas não incluem tais doutrinas no rol das pseudociências e das
"falcatruas", ao lado da astrologia e da numerologia? Ué, por quê?

Sobre isso, escreveu Marcel Blanc (Os Herdeiros de Darwin; Ed.
Scritta; pág. 202): "É certo que a sociobiologia humana apresenta
defeitos evidentes. E a maior parte dos críticos ( Kitcher, Lewontin,
entre outros) sublinharam a maneira `cavalheiresca' com que os
sociobiólogos falam dos determinismos genéticos do comportamento
humano. Eles não têm, na maioria das vezes, nenhuma prova direta de
que este ou aquele comportamento examinado é determinado
geneticamente. Apenas postulam-no por uma necessidade da teoria. Por
exemplo, se a guerra intertribal permite a um grupo propagar seus
genes de modo mais eficaz (após o extermínio do grupo rival), então
deve haver genes da guerra da conquista."

Postula a sociobiologia aplicada à sociedade humana um férreo
"determinismo genético" do comportamento humano, do mesmo modo que
Freud defendeu a existência de um "determinismo psíquico". Mas a
semelhança entre essas duas "doutrinas" vai mais longe: os
sociobiologistas afirmam que todo comportamento, tanto na formiga
quanto no homem, é precedido por complicados cálculos que o indivíduo
realiza "inconscientemente" para se certificar de que o comportamento
em questão realmente contribui para a máxima propagação dos genes,
sendo que alguns desses pensamentos "inconscientes" pressupõem um
vasto, profundo e erudito conhecimento de genética que só Wilson e
Dawkins possuem. Por exemplo: para que um indivíduo "X" arrisque sua
vida para salvar a de um outro indivíduo "Y" da sua espécie, antes
ele tem que calcular: a) o grau de parentesco entre X e Y; b) o
número de descendentes possível que X ainda pode gerar; c) o número
de descendentes possível que Y pode vir a ter; d) se a prole futura
de Y, o indivíduo em perigo, é provavelmente maior que a de X (vamos
supor, 3 para 1), X ainda terá que se certificar de que os 3
prováveis filhos de Y propagarão mais genes de X do que o único filho
que X ainda pode gerar. Calculozinhos complicados, não? E todos eles
realizados inconscientemente, numa velocidade que deixa na poeira o
"deep blue", aquele supercomputador enxadrista que derrotou o Gary
Kasparov. Brabo! Dentre todos os psicanalistas, o meu é o que tem a
imaginação mais fértil. Mesmo assim, seu poder imaginativo é muito
inferior ao desses psicólogos evolucionistas.

Sobre essas coincidências entre a psicanálise e a "nova ciência da
psicologia evolucionista", Robert Wright, autor do livro "O Animal
Moral", escreveu o seguinte: "A exemplo do neo-darwinismo, o
pensamento freudiano descobre espertos propósitos inconscientes em
nossos atos mais inocentes. E a exemplo do neo-darwinismo, ele vê uma
essência animal no cerne do nosso inconsciente. Tampouco são apenas
essas duas noções que os pensamentos freudiano e darwinista têm em
comum. Apesar de todas as críticas que atraiu nas últimas décadas, o
freudianismo continua a ser o paradigma comportamental mais influente
– acadêmica, moral e espiritualmente – de nosso tempo. E é a essa
posição que o novo paradigma darwinista aspira." (pág. 274)

Mas, de um outro ponto de vista, psicanálise e psicologia
evolucionista também podem ser consideradas irmãs xifópagas: o ponto
de vista da epistemologia popperiana. Com efeito, se os principais
enunciados da psicanálise não são falseáveis, a maioria das crenças
dos psicólogos evolucionistas também não o são, pois não há
comportamento humano que não seja compatível com as idéias
subjacentes à psicologia evolucionista. E, sendo assim, essas idéias,
tal como as idéias psicanalíticas, não equivalem a uma teoria
científica, segundo Popper. Mas ela (a psicologia evolucionista)
pretende erigir-se a condição de novo paradigma, destronando de uma
vez para sempre o freudismo. Se a asserção de Freud de que "as
guerras fratricidas são as mais encarniçadas" for verdadeira...

Nesta guerra, porém, Freud tem uma vantagem sobre Wilson: Freud é
(era) um darwinista. Significa que a psicanálise pode muito bem
utilizar os argumentos da psicologia evolucionista (darwinista) em
seu proveito. Tal como um judoca, Freud pode levar Wilson & Cia. à
lona valendo-se da sua força somada à força do oponente.

Da minha parte, assim como acho que muitos enunciados psicanalíticos
são pertinentes, creio também que a sociobiologia encerra algumas
verdades. Não é uma ambigüidade. Penso assim não porque eu seja um
pseudocientista elevado ao quadrado, mas porque não sou um "cientista
pela metade", para usar uma feliz expressão do Alberto Mesquita.

Creio que a sociobiologia aplicada à sociedade humana avançaria muito
se considerasse a tese de que a maior vantagem seletiva do homem é a
"adaptabilidade", ou seja, a capacidade de se adaptar aos mais
diversos ambientes e a diferentes modos de vida, o que pressupõe um
comportamento determinado em muito maior escala por informações extra-
genéticas, adquiridas por meio da atividade prático-cognitiva do
indivíduo e propagáveis mediante mecanismos tais como a linguagem,
muito mais do que por informações diretamente armazenadas nos genes,
transmitidas via intercurso sexual e sujeitas ao acaso das mutações.
Ganharia também se levasse mais a sério a asserção de que as ações
humanas, longe de serem comportamentos reflexos, "obedecem a um
determinismo particular, o do mundo dos valores" (Philip Kitcher,
"Vaulting Ambition"), de sorte que, se o mecanismo darwiniano da
seleção natural ainda opera no âmbito da espécie humana, o que ele
seleciona são "sistemas de valores" (nada a ver com "memes") e não
tanto genes. A sociobiologia humana sairia lucrando, também, se fosse
um pouco mais cética com relação à tese do "gene egoísta" (e, por
extenção, a do "meme egocêntrico") de Richard Dawkins, ou seja, à
idéia de que a seleção natural opera a triagem dos genes, e não dos
indivíduos. Eu, particularmente, que vos falo de dentro deste poço
profundo que é a minha condição de autoditata, ainda prefiro a tese
mais ortodoxa segundo a qual os genes mutam, os indivíduos são
selecionados e as espécies evoluem. Presumo que a validade dessa
teoria (a do gene egoísta) esteja circunscrita a um período muito
remoto, anterior mesmo ao surgimento das bactérias, quando somente
existiam macromoléculas nuas de RNA replicando-se freneticamente nas
lagunas quentes ou nas proximidades das nascentes hidrotérmicas
submarinas.

A sociobiologia, para progredir, deve também levar em conta algumas
idéias dos darwinistas "heréticos" Motoo Kimura e Stephen Gould, isto
é, a idéia segundo a qual algumas características fenotípicas e
comportamentos não são diretamente selecionados. Vale dizer: "1) Os
organismos são sistemas integrados e uma mudança numa das suas partes
pode levar a modificações não adaptativas de outras características
(`correlação de crescimento', nas palavras de Darwin); 2) Um órgão
construído para um papel específico sob a influência da seleção pode
ser capaz, em conseqüência da sua estrutura, de desempenhar também
muitas outras funções não selecionadas." (S. J. Gould; O Polegar do
Panda; Gradiva; pág. 55.)

E, por fim, a sociobiologia humana bem que poderia incorporar em seus
esquemas o fenômeno da neotenia. Acho até que, por meio desse
fenômeno biológico muito interessante, a guerra entre irmãos inimigos
(psicanálise "versus" psicologia evolucionista) pode muito bem se
transformar num fraterno diálogo. Extraí do Dicionário de Termos
Psiquiátricos, de Isaac Mielnik (ed. Roca, pp. 192/192), a seguinte
definição de neotenia:

"Neotenia. Princípio da. Considera as características físicas do
adulto humano homólogas às do feto ou animal jovem. Acredita-se que o
conceito de neotenia, embora aplicável a certas características
físicas, possa explicar também elementos de conduta. Roheim, e mais
recentemente Weyl, aplicaram este princípio à teoria psicodinâmica do
comportamento, considerando alguns aspectos do dispositivo instintivo
(id) que possam derivar de características do comportamento do animal
jovem. Assim, a continuidade da motivação do processo reprodutivo
humano, sem o caráter cíclico observado nos animais adultos, seria
comparável ao impulso contínuo do comportamento filial de animais
jovens, como conseqüência do princípio da neotenia. O adulto humano
teria que aplicar um dispositivo especial para reprimir os padrões
arcaicos do comportamento sexual. Seria a base biológica da repressão
primária ou primal mediante a qual a criança supera o uso de
atividades orais e anais como sistema de relacionamento com a pessoa
que ama e as substitui por atividades genitais e espirituais
sublimadas."

Por ora chega.

Abraços,
Manuel Bulcão



SUBJECT: 'Evolucao artificial'
FROM: "Luis Roberto Brudna [RS]" <lrb@if.ufrgs.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 29/10/2000 02:59

Achei na internet um interessante programa que simula o surgimento
de um ser que se desenvolve e evolui. Um dos principais parametros
para selecao dos mais aptos eh a capacidade de locomocao.

O programa eh distribuido pela internet e eh possivel haver
migracao de seres entre os participantes do projeto. Faz pouco tempo
(2 dias) que estou rodando o programa, e isto nao eh tempo suficiente
para esse 'fenomeno' acontecer e por isso nao sei ao certo como isso
acontece.

Os seres desenvolvidos no ambiente virtual podem ser construidos, e
funcionam! Existem algumas diferencas de eficiencia, mas as ideias
que surgem disto sao bastante interessantes.

Acho que o Jocax trabalha com alguma coisa nesse sentido... ou
estou enganado? :)

O site oficial do projeto eh
http://golem03.cs-i.brandeis.edu/

O programa pode ser baixado pelo link
http://golem03.cs-i.brandeis.edu/download.html
, ou mais especificamente
http://golem03.cs-i.brandeis.edu/download/Golem244.zip

Jah existe ateh uma lista de discussao no Egroups sobre o projeto,
http://www.egroups.com/group/golem-at-home/
, e o pessoal desenvolveu ateh um programa auxiliar para o projeto. :)

Pra quem tiver curiosidade sobre o projeto, eh soh olhar a pagina
oficial do grupo ( http://golem03.cs-i.brandeis.edu/ ), ou entao ler
a materia que saiu na Nature sobre o projeto. Coloquei uma copia no
Egroups, que pode ser conseguida atraves do link:
http://www.egroups.com/files/ciencialist/naturegolem.pdf

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna






SUBJECT: Re: Religiao e Ciencia
FROM: "Manuel Bulcao" <msbn@daterranet.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 29/10/2000 04:32

--- Em ciencialist@egroups.com, "Dr. Omni" <dromni@i...> escreveu:
Manuel, gostei muito de sua mensagem conciliando as noções
"humanistas" e "naturalistas". Mas acho que neste final você pisou
completamente na bola. Como é que você sabe que os humanos são os
únicos animais que questionam a existência e têm senso de infinito?
Para você saber sem sombra de dúvida que nenhum dos outros animais
não tem esses mesmos sensos, você teria de conversar com eles, não é
mesmo? Só que, mesmo com nosso senso de infinito e questionamento da
existência, até hoje não conseguimos uma comunicação decente com
outras espécies, embora existam indícios de que várias delas usam
alguma forma de linguagem. Logo, não podemos afirmar nada sobre os
conceitos de existência e infinito dos animais; qualquer coisa
desfavorável que seja dita a respeito deles nesse campo é mero
preconceito antropocêntrico.

Manuel - Amigo Omni, para que um animal atinja a consciência do Ser
(do ser genérico) e do infinito, ele tem que ter um altíssimo poder
de abstração, o que pressupõe um neo-córtex muito desenvolvido. Logo,
podemos de antemão excluir os animais que só possuem o chassi neural,
o complexo reptiliano e o sistema límbico, ou seja, a esmagadora
maioria dos bichos. Restariam as aves e os mamíferos. Ora, nosso
parente mais próximo, reconhecidamente o animal mais inteligente
depois do homem, o chimpanzé (dotado, tal como o homem, de
presciência e de uma consciência de si, um "eu"), tem uma capacidade
de abstração relativamente alta, porém muito aquém da capacidade
humana. No entanto, os reiterados experimentos dos primatologistas
com chimpanzés, tanto no cativeiro quanto em seu ambiente natural,
confirmam que nos chimpanzés a consciência é embrionária. Se são
prescientes, se seu comportamento é também determinado por uma
antecipação do futuro, o "projeto" que orienta a conduta desses
animais são, na verdade, pequenos projetos cotidianos. O futuro que a
sua imaginação alcança provavelmente não ultrapassa a fronteira do
dia. No outro dia, serão outros pequenos projetos. O chimpanzé, ao
contrário do homem, não consegue ver a si mesmo numa idade avançada,
quanto mais vislumbrar o pano de fundo do seu futuro individual: a
morte. Segundo Richard Leakey, "os chimpanzés no máximo parecem
intrigados com a morte" (a morte dos outros). Diante do seu bebê
morto, a mãe chimpanzé, que o carrega durante dias, "parece estar
experimentando uma sensação de aturdimento e não o que chamamos de
pesar."

Presciência pressupõe imaginação. Ora, os dados empíricos colhidos
pela etologia até o presente momento não apontam outro animal, a não
ser o homem, com poder imaginativo capaz de conceber um futuro além
da morte individual. Ou seja, tudo nos leva a crer que o homem é o
único animal dotado de imaginação ilimitada, e, por ser ilimitada,
adentra o futuro e recua no passado até o infinito. Daí a consciência
do infinito.

Mas, admito, fui indevidamente "decisivo" em minha afirmação. Pode
ser que exista algum outro animal sobre a face da Terra, além do
homem, que, além de comer, beber, respirar, excretar, copular, dormir
e (mais ocasionalmente) jogar, também se pergunte "Por que o Ser e
não o Nada?" e que sonhe com uma vida eterna. Pode ser. É pouco
provável. Mas, sei lá...

Whitehead - "(...) o que distingue o homem dos animais, e alguns
homens de moutros, é a presença, em sua natureza, ainda que de uma
forma hesitante e vaga, de um elemento perturbador, que é a busca do
inatingível. Esse elemento é aquele toque de infinito que impulsionou
os povos para a frente, muitas vezes ao encontro de sua própria
destruição. É um tropismo pelo facho de luz que acena ao longe --
pelo sol que viaja em direção à finalidade última das coisas, e pelo
sol que ressurge sempre de sua origem. A Razão especulativa se volta
para o leste e para o oeste, para o começo e para o fim, como que
espreitando para além das fronteiras do mundo."

Dr. Omni - Puro romantismo - parece citação de começo de discurso de
formatura... -, ao qual eu poderia contrapor com vários exemplos de
comportamento animal.

Manuel - Pois cite-me um, apenas um exemplo de comportamento animal
que possa invalidar o argumento de Whitehead para a gente continuar
debatendo. Estou imaginando Whitehead, criador, juntamente com B.
Russell, da lógica matemática, discursando para uma turma de físicos
formandos sob risadinhas e vaias. Impagável! :-)

Dr. Omni - Para mim, a única coisa que *realmente* distingüe os
humanos dos outros animais é um uso muito mais intenso de tecnologia
que entre as outras espécies. E, mesmo assim, é só uma diferença de
grau, e não de natureza, como ressaltou o Cláudio.

Manuel - Interessante essa sua tese, mas, como você mesmo afirmou (e
eu concordo), tal diferença é apenas de grau, não de natureza, embora
tal diferença de grau seja enooooorme! Assim como é enorme a
diferença de grau entre a presciência, a consciência, etc. do homem e
a de qualquer outro animal. Você não acha que diferenças
quantitativas muito, muitíssimo acentuadas, levam necessariamente a
alterações qualitativas? Era o que pensava Hegel, e Engels.

Abraços,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: [ciencialist] 'Evolucao artificial'
FROM: Leonardo Stern <roxo@jedi.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 29/10/2000 14:06

Eu nco uso muito o windows, mas achei a ideia curiosa.
Como nco pretendem fazer uma versco para o linux, deixarei meu micro ligado
de noite rodando o windows com o GOLEM instalado (rodando a internet)

Quem sabe meu "pokemon" nco aparecera no computador de algum de vcs ?


SUBJECT: Diabo, Satanaz e outras formacoes
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 29/10/2000 17:35

Oi pessoal,
fugindo e entrando no assunto das religiões.
Se o tal do Diabo, Satanáz, Demônio (e outras denominações folclóricas) está
intimamente ligado à crença em deus (na enorme maioria das religiões), por
que ninguém discute a existência do tal diabinho? É figura insignificante no
contexto? O número de pessoas que acreditam em deus não é o mesmo que
deveria acreditar no 'marvado'? Ou será que o pessoal tem medo de discutir
isso? Será tão misterioso quanto o Livro de Toth?
Ir para o céu ou para o inferno só tem um 'passaporte', a morte. Tanto num
como noutro não entra 'vivo'. Ainda exixtem diabolistas? Será que Freud (na
fase inicial de sua carreira, ao que indica, teria ficado louco furioso) leu
o livro Excalibur?
Se um boa discussão conseguir solapar a base do 'mefistófeles' isso não
comprometeria a base do 'divino'?
Há no FCB um setor 'adiabista'? Não julguem que estou me referindo ao
moderador do grupo; seria satanagem!
[]'
Léo




SUBJECT: Industrial Environment Trade Fairs in Germany
FROM: "Prof. Walter Leal Filho" <leal@tu-harburg.de>
TO: "eeen@realworld.de" <eeen@realworld.de>
DATE: 30/10/2000 06:05

Dear Colleagues,
The events below, namely TerraTec and Enertec to be held in Leipzig,
Germany in March 2001, may be of
interest to those working with environmental technology as a whole and
energy issues in particular.
International delegates are welcome and full contact
addresses are provided below.
Walter Leal Filho

Industrial Trade Fairs in Leipzig / Germany -
Focus on Energy and Environment
March 13-16, 2001

The concurrent trade fairs in Leipzig / Germany

TerraTec - International Trade Fair for Environmental Technologies and
Services
and
enertec - International Trade Fair for Energy

offer you a special opportunity for focusing on supply and disposal as
well as trends in technology and services of the
environment and energy sector!

Already now you can find complete information on the trade fairs and the
highly interesting events of their accompanying
specialized program under: http://www.terratec-leipzig.de and
http://www.enertec-leipzig.de. Please visit these web sites
or contact the organisers directly at:

Leipziger Messe GmbH, Project Team TerraTec/enertec
Messe-Allee 1, D-04356 Leipzig / Germany
Phone 0049-(0)341-678 8298, Fax: 0049-(0)341-678 8292
e-mail: terratec@leipziger-messe.de, enertec@leipziger-messe.de

We are looking forward to hearing from you!


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Religiao e Ciencia
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/10/2000 06:53



Manuel Bulcao wrote:
>
> O homem é bicho, mas nem todo bicho é homem.
>
> E, cá entre nós, o bicho homem tem as suas idiossincrasias, sim. Por
> exemplo: ao menos aqui no planeta Terra, não existe nenhum outro ser
> particular que, como o homem, seja capaz de conceber o ser genérico
> (a Natureza com "N" maiúsculo, o Universo, o Todo) e de inclusive
> questionar sua existência: "por que o Ser e não o Nada?". O homem é,
> também, o único ser finito para o qual existe o infinito e que, por
> isso, está sempre em busca de transcender a sua finitude.

Pode ser verdade, mas poderiamos nos termos tanta certeza disso?

Quero dizer: o fato dos chipanzes nao possuirem uma linguagem
tao complexa quanto a nossa provaria que nao possuem um cerebro
que nao capacite perguntas filosoficas desse tipo tambem ?

[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciencia e Religiao -Historico
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/10/2000 07:36



"Dr. Omni" wrote:
>
> ----- Original Message -----
> From: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
> To: <ciencialist@egroups.com>
> Sent: Friday, October 27, 2000 3:33 PM
> Subject: Re: [ciencialist] Re: Ciencia e Religiao -Historico
>
> [snikt]
> > Contudo, eh bem sabido o que causa prazer e sofrimento sem recorrer
> a
> > tais
> > experimentos maquiavelicos. Sabemos, por exemplo, que ser roubado
> traz
> > sofrimento e ser elogiado eh prazeiroso. Ou seja, temos um conjunto
> > grande de acoes e sabemos avaliar, de algum modo, o prazer ou
> > sofrimento que
> > elas provocam.
> >
>
> Não, não sabemos. O que causa felicidade (ou prazer) em uma pessoa
> pode
> perfeitamente causar infelicidade (ou dor) em outra.

As excessoes, caso hajam, nao inviabilizaria a regra. Isto eh
a partir do principio da Etica-cientifica poderiamos ter uma etica do
TIPO-1 muito mais adequada do que qualquer outra ja inventada.
Quem sabe, ao menos, para 99% das pessoas....



>Veja o exemplo
> extremo
> do
> mazoquista, fornecido pelo Roberto. O único meio de "saber" se os tais
> padrões cerebrais que você estaria medindo correspondem a felicidade
> ou a
> tristeza seria *perguntando* para a pessoa. Mas a pessoa estaria
> respondendo
> acerca do estado emocional que ela realmente está experimentando ou o
> estado
> que ela
> *pensa* que está experimentando? Bom, mesmo se essa questão da
> subjetividade
> fosse resolvida de alguma maneira obscura, desconfio que os "padrões
> cerebrais de felicidade" poderiam ser consideravelmente diferentes de
> pessoa
> para a pessoa, e seria bastante difícil, se não fosse impossível,
> tirar
> regras gerais como as que você parece querer.

Acredito que a maioria das acoes e efeitos que relmente valem a pena
ser
tabuladas, numa tabela numerica de felicidade, sao gerais para a grande
maioria.
Mas para uma resposta precisa necessitariamos de testes em campo.


>
> [snikt]
> > Eh o principio da politica : Qual acao politica trara o maior
> retorno
> > de felicidade para a populacao?
> >
>
> Jocax, na boa, freqüentemente você dá a impressão de ser um cara
> muito,
> muito ingênuo mesmo... O princípio da política é levar avante ações
> que
> maximizam seu tempo no poder ou aumentam seu poder.

Numa sociedade democratica, vc poderia provar q as acoes que garantam
a proxima reeleicao nao sao as acoes que aumentem a felicidade do povo?

De qualquer modo estava falando de uma politica idealista, cientifica.

Nao estava tratando de politicos ou de modos de se ganhar eleicoes.

Pensava na "POLITICA IDEAL" q se situaria na esfera filosofica
da melhor politica possivel para uma sociedade.

> [snikt]
> > Se isso for verdade toda a teoria da felicidade cai por terra !!
>
> Veja só a subjetividade em ação de novo: do meu ponto de vista, sua
> teoria
> já estava caída desde o começo! ;-)

Nao entendi sua objecao.

>
> [snikt]
> > VC ESQUECEU DE MEDIR O NIVEL DE PRAZER ( dor ) DA VITIMA.
> > Com certeza o nivel de prazer da vitima eh ( -576376 ) e o nivel de
> > prazer do estuprador eh ( + 120 ) no momento do estupro.
> >
> > E alem do mais isso causara uma dor psicologica persistente na
> vitima q
> > integrando-se ao longo do tempo causara um prazer (dor ) de (
> -33232222
> > )
> > ao passo q o estuprador praticamente vai esquecer do assunto
> ganhando um
> > prazer
> > com a lembranca de ( +12 ).
> >
> > Por isso q digo q a medida numerica de prazer e dor ( tabela dos
> > prazeres )
> > eh essencial para avaliarmos esta etica.
> >
>
> Como você mesmo ressaltou, *ninguém* ainda construiu a sua tal "tabela
> de
> felicidade". Assim sendo, vou usar, com o intuito de fazer uma crítica
> construtiva bastante clara, o Português que mais claramente expressa
> as
> opiniões de alguém - aquele que usa palavras de baixo calão - e dizer:
> você
> tirou os números acima do cu. Você inventou números díspares por
> várias
> ordens de magnitude para justificar um (pré)conceito ético que está
> implantado na sua cabeça, o de que estupros são intrinsicamente ruins,
> e
> ainda assim manter coerência com a sua teoria.

EH LOGICO QUE EU COLOQUEI OS NUMEROS ACIMA ,CHUTADOS, APENAS,COMO UM
EXEMPLO !
SIMPLESMENTE PARA MOSTRAR QUE O PROBLEMA PODERIA SER RESOLVIDO
CASO TIVESSEMOS UMA TABELA DESTE TIPO.



>
> Mas podemos imaginar vários outros cenários onde os números (seja lá
> qual
> for a "unidade de felicidade" que você está usando) poderiam não ser
> os que
> você mostrou......

Por isso uma tabela de felicidade eh crucial para nao ficarmos
fazendo elucubracoes em cima de numeros hipoteticos.
Dei um numerico exemplo apenas para mostrar COMO a tabela poderia ser
utilizada para montarmos uma etica adequada e cientifica.



>
> [snikt]
> > Sim mas e a felicidade dos palestinos que morreram ??
> > Elas foram SUBTRAIDAS da formula da soma da felicidade do grupo.
> > Precisaria se medir isto. Qual o nivel medio numerico de felicidade
> > de uma pessoa ( por exemplo ).
> >
>
> É verdade. Mas, como se trata de vários milhões de pessoas, que tal
> usarmos
> um raciocínio à la Mecânica Estatística, considerarmos um mesmo valor
> de
> "felicidade média" para todas as pessoas e aplicarmos a Fórmula de
> Jocax às
> massas? Então, se tivermos 10 milhões de israelenses e 1 milhão de
> palestinos e exterminarmos os 1 milhão de palestinos, então teremos 10
> milhões de pessoas muito mais felizes do que estavam antes, o que
> compensaria a "perda de felicidade" do milhão de palestinos e faria
> com que
> a "quantidade total de felicidade" na população aumentasse, a despeito

LEDO ENGANO Veja :
digamos q a media de felicidade de uma pessoa seja 1.000.000.000=1E9
assim um milhao de palestinos forneceriam = 1E15
Seja X a felicidade dos israelenses sem os palestinos.

Mas os palestinos provocarim uma infelicidade nos israelensens de -10000
=-1E4
assim 10 milhoes vao sofrer = X -10E11

Isso quer dizer que com os palestinos vivos o prazer do grupo seria :
X+ 1E15 -1E11 = X + 9E14

E sem os palestinos seria :
X + 0

Ou seja a felicidade eh maior com eles VIVOS.
( Outra vez : os numeros foram chutados apenas para ressaltar
COMO a conta poderia ser feita de modo real )

[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] 'Evolucao artificial'
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/10/2000 08:09



"Luis Roberto Brudna [RS]" wrote:
>
> Achei na internet um interessante programa que simula o surgimento
> de um ser que se desenvolve e evolui. Um dos principais parametros
> para selecao dos mais aptos eh a capacidade de locomocao.
>
> O programa eh distribuido pela internet e eh possivel haver
> migracao de seres entre os participantes do projeto. Faz pouco tempo
> (2 dias) que estou rodando o programa, e isto nao eh tempo suficiente
> para esse 'fenomeno' acontecer e por isso nao sei ao certo como isso
> acontece.
>
> Os seres desenvolvidos no ambiente virtual podem ser construidos, e
> funcionam! Existem algumas diferencas de eficiencia, mas as ideias
> que surgem disto sao bastante interessantes.
>
> Acho que o Jocax trabalha com alguma coisa nesse sentido... ou
> estou enganado? :)

Nao trabalho atualmente com isso mas algo do tipo foi tema
da minha dissertacao de mestrado : Algoritmos geneticos.

A partir de uma populacao inicial gerada aleatoriamente,
o algoritmo resolve problemas complexxxxxiiiiiisssiiimmosss de otimzacao
sem "conhecer" nadica da essencia do problema.

O algoritmos utiliza os principios neo-darwinianos : populacao,variacao,
selecao, mutacao, cruzamentos etc.. para "evoluir" a populacao
em direcao a solucao do problema.

Posso colocar a dissertacao em PDF nos Files do Egroup se vc quiser.

[]s
jocax





>
> O site oficial do projeto eh
> http://golem03.cs-i.brandeis.edu/
>
> O programa pode ser baixado pelo link
> http://golem03.cs-i.brandeis.edu/download.html
> , ou mais especificamente
> http://golem03.cs-i.brandeis.edu/download/Golem244.zip
>
> Jah existe ateh uma lista de discussao no Egroups sobre o projeto,
> http://www.egroups.com/group/golem-at-home/
> , e o pessoal desenvolveu ateh um programa auxiliar para o projeto. :)
>
> Pra quem tiver curiosidade sobre o projeto, eh soh olhar a pagina
> oficial do grupo ( http://golem03.cs-i.brandeis.edu/ ), ou entao ler
> a materia que saiu na Nature sobre o projeto. Coloquei uma copia no
> Egroups, que pode ser conseguida atraves do link:
> http://www.egroups.com/files/ciencialist/naturegolem.pdf
>
> Ateh mais.
> Luis Roberto Brudna
>
> eGroups Sponsor
>
>
> *** --- ***
> Para sair da lista envie um mail para:
> ciencialist-unsubscribe@egroups.com
> *** --- ***


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Religiao e Ciencia
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/10/2000 08:31



Manuel Bulcao wrote:
Ou seja, tudo nos leva a crer que o homem é o
> único animal dotado de imaginação ilimitada, e, por ser ilimitada,
> adentra o futuro e recua no passado até o infinito. Daí a consciência
> do infinito.

Para se ter uma imaginacao infinita eh preciso ter infinitos neoronios.

Estamos mais aquem de termos imaginacao infinita do que "um grao de
areia
de tornar-se praia" .



>
> Whitehead - "(...) o que distingue o homem dos animais, e alguns
> homens de moutros, é a presença, em sua natureza, ainda que de uma
> forma hesitante e vaga, de um elemento perturbador, que é a busca do
> inatingível.

Se por hipotese eh inatingivel isso nao revelaria apenas um
elemento de nonsense, de "loucura" de desperdicio?
Assim sendo, nao seria entao o humano um ser inferior por buscar
algo q nunca podera alcancar?

>Esse elemento é aquele toque de infinito que impulsionou
> os povos para a frente, muitas vezes ao encontro de sua própria
> destruição.

Nao creio. O q impulsionou os povos para frente eh o egoismo genetico
dos indviduos que o formam, e que buscam a fama, o poder, a riqueza
em suma, que buscam egoisticamente a perpetuacao genetica.
Tal qual os animais mas, talvez, mais eficazmente.


[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] Diabo, Satanaz e outras formacoes
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/10/2000 08:37



Luiz Ferraz Netto wrote:
>
> Oi pessoal,
> fugindo e entrando no assunto das religiões.
> Se o tal do Diabo, Satanáz, Demônio (e outras denominações
> folclóricas) está
> intimamente ligado à crença em deus (na enorme maioria das religiões),
> por
> que ninguém discute a existência do tal diabinho?


Acho q eh uma questao de eficacia :

Extirpando o principal : Deus, vc extirpa o diabo junto com ele.
( Uma vez q ele foi criado apenas para abafar as contradicoes de um Deus
)

Eh mais eficiente do q vc acabar com um de cada vez ! :-))

[]s
jocax


SUBJECT: New file uploaded to ciencialist
FROM: <ciencialist@egroups.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/10/2000 09:01


Hello,

This email message is a notification to let you know that
a file has been uploaded to the Files area of the ciencialist
group.

File : /jocax - Joao Carlos Holland de Barcellos/Tag.PDF
Uploaded by : jocax@usp.br
Description : Tese de mestrado sobre Algoritmos Geneticos

You can access this file at the URL

http://www.egroups.com/files/ciencialist/jocax+-+Joao+Carlos+Holland+de+Barcellos/Tag%2EPDF

To learn more about eGroups file sharing, please visit

http://www.egroups.com/help/files.html


Regards,

jocax@usp.br






SUBJECT: Re: [ciencialist] Sociobiologia e Psicanalise
FROM: "Dr. Omni" <dromni@ieg.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 30/10/2000 09:09

----- Original Message -----
From: "Manuel Bulcao" <msbn@daterranet.com.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Sunday, October 29, 2000 2:55 AM
Subject: [ciencialist] Sociobiologia e Psicanalise


> Prezados listeiros,
>

Prezados listeiros,

[snikt]
> Manuel - Realmente, virou moda entre sociobiólogos, psicólogos
> evolucionistas, etc. a mania de conceber todo o comportamento humano
> como "comportamento geneticamente programado para a máxima propagação
> dos genes", de modo que, para enquadrar em seus esquemas
> comportamentos tais como o altruísmo inter-específico (a defesa do
> mico-leão dourado e de outras espécies à beira da extinção), a
> atividade artística e o suicídio, esses teóricos lançam mão de
> enunciados "ad hoc", isto é, usam o artifício que Popper atribuiu aos
> marxistas e aos psicanalistas: o recurso permanente a argumentos "ad
> hoc" irrefutáveis (os fatos os confirmam sempre). Ora, já que se
> utilizam desta "artimanha anticientífica", por que as comunidades
> céticas não incluem tais doutrinas no rol das pseudociências e das
> "falcatruas", ao lado da astrologia e da numerologia? Ué, por quê?

Mas quem disse que não incluem? Eu sou cético de carteirinha e olho muito
enviesado para a sociobiologia. E a atitude que tenho visto entre o pessoal
do FCB é de também não ver essa, hummmmm, "área de conhecimento" como a
coisa mais cientificamente embasada do mundo...

[snikt]
> Abraços,

Abraços,

> Manuel Bulcão
[snikt]

Dr. Omni
ICQ # 53853815
Space Settlers: http://www.egroups.com/group/spacesettlers
"We are the all singing, all dancing crap of the world." - Tyler Durden, in
"Fight Club"



SUBJECT: Re: [ciencialist] 'Evolucao artificial'
FROM: "Dr. Omni" <dromni@ieg.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 30/10/2000 09:25

----- Original Message -----
From: "Luis Roberto Brudna [RS]" <lrb@if.ufrgs.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Sunday, October 29, 2000 3:59 AM
Subject: [ciencialist] 'Evolucao artificial'


[snikt]
> Acho que o Jocax trabalha com alguma coisa nesse sentido... ou
> estou enganado? :)

O Jocax já respondeu, mas acho que posso discorrer um pouco mais sobre o
assunto.

O Jocax trabalhou com Algoritmos Genéticos - evolução de soluções
paramétricas para atender funções objetivo -, que, ao lado da Programação
Genética - evolução de programas de computador para atender a certas
condições desejadas de entrada/saída - formam o ramo da Inteligência
Artificial conhecido como Computação Evolutiva - uso de simulação de
evolução de populações para resolver problemas computacionais complexos. Em
métodos de computação evolutiva, normalmente você tem um "ambiente"
estático - o problema que você quer resolver - e as soluções que você está
evoluindo adaptam-se a esse ambiente sem modificá-lo, o que, como sabemos,
não é o que acontece nos ecossistemas naturais.

Já o programinha de que você falou é mais um exemplo de Vida Artificial (do
Inglês Artificial Life ou, como é abreviadamente conhecida, Alife) - a
simulação de ecossistemas em computador (incluindo ou não evolução) de modo
a estudar e melhor compreender ecossistemas naturais. Ao contrário do que
acontece na Computação Evolutiva, nos sistemas de Alife os organismos
interagem uns com os outros e com o ambiente, modificando-o, o que é uma
melhor aproximação de um ecossistema natural.

É claro que a distinção entre as duas coisas não é tão aguda assim, existem
interseções... Algumas formas mais sofisticadas de Programação Genética
permitem aos programas-organismos alterar os dados-ambiente durante o
processo, e assim aproximam-se de um sistema de Vida Artificial; ao mesmo
tempo, existem sistemas de Vida Artificial conhecidos como "Inteligência de
Enxame" (do Inglês Swarm Intelligence) que têm o objetivo primário de
resolver problemas (por exemplo, problemas de otimização de caminhos em
grafos, aglomeração de dados, etc), e que portanto aproximam-se mais, pelo
menos do ponto de vista finalista, da Computação Evolutiva...

[snikt]
> Ateh mais.

Até mais.

> Luis Roberto Brudna
[snikt]

Dr. Omni
ICQ # 53853815
Space Settlers: http://www.egroups.com/group/spacesettlers
"In a long time range, the survival rate of everyone drops to zero." (The
Narrator, in "Fight Club".)



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Religiao e Ciencia
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/10/2000 09:54



Manuel Bulcao wrote:



> Algumas questões importantes a serem investigadas por uma
> ciência do
> "dever" (deontologia):

Achei suas questoes interessantes e dificeis de responder,
vou tentar dar umas "pinceladas" onde eu acredito poderia
ser um caminho a trilhar para respostas mais detalhadas.


>
> a) Por que a sociedade humana não é como a sociedade das
> formigas, ou
> seja, uma sociedade cujas relações entre os indivíduos são
> geneticamente programadas? Ou, dito em outros termos, por que as
> normas que regem as sociedades humanas são, em larga medida,
> normas
> que podem ser "violadas" pelos indivíduos?

Basicamente porque estas 2 especies seguiram caminhos evolutivos
diferentes ocupando nichos distintos.

As formigas, diferente dos humanos, nao desenvolveram um cerebro
grande e/ou complexo o suficiente para permitir a propagacao memetica.

Assim, a programacao genetica das formigas nao sao conflitadas com
memes de especie alguma e, uma vez que todas herdem a mesma programacao
genetica, todas agirao da mesma forma.

No homem, alem dos genes existem os memes : Forma de instrucoes
culturais
que induzem o ser humano a agir ou se comportar segundo estas
instrucoes.

Como os memes podem ser muito volateis e tambem muito mutaveis :
UMA DAS RAZOES DESTA MUTABILIDADE EH O FATO DE QUE, DIFERENTEMENTE DOS
GENES,
OS MEMES SAO TRANSMITIDOS ANALOGICAMENTE. ( Este insight me ocorreu
agora
e eh preciso verificar com rigor esta assercao )

Esta mutablidade permite q seres sigam camimhos muito discrepantes entre
si. Outro fator q se deve levar em conta eh o conflito intra-comunidade
Como a maioria da formigas (as operararias ) sao estereis um grande foco
de conflito genetico eh eliminado.



>
> b) O que explica essa distinção entre norma jurídica, garantida
> coercitivamente por uma autoridade externa, o Estado, e norma moral,
> sancionada por uma autoridade interna, a "consciência"? Qual a
> razão
> desse duplo grau de sanção?

Note q ambas as normas , a juridica e a moral, atuam muitas vezes no
mesmo objeto ( Por exemplo : nao roubaras, nao mataras.. etc.. )

Acredito q a sancao juridica decorra do pacto social humano que eh
organizado atraves de normas sociais escritas que devem servir de fonte
da moral grupal.

A sancao interna eh uma forma de adequacao cultural social para
que a juventude seja doutrinada ao convivio grupal e ACEITE as normas
sociais com mais naturalidade.


>
> c) Existe uma norma ou um conjunto de normas deontológicas
> universais, isto é, válidas para a todas as épocas da
> história e para
> todos os homens, que estabeleçam um bem e, por conseguinte, um mal
> absoluto? (absoluto não no sentido de "cósmico", transcendente
> à
> espécie humana, mas no sentido de que todos os homens possam
> discernir como um mal.)

Acho q sim. Veja por exemplo estas :
-Nao se deve tomar o filho dos outros.
-Nao se deve roubar pertences alheios.
-etc..

Acho poderia ser compilada uma grande lista destas regras eticas basicas
que serviriam como moldes para as normas jutidicas modernas.


[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Religiao e Ciencia
FROM: "Dr. Omni" <dromni@ieg.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 30/10/2000 10:03

----- Original Message -----
From: "Manuel Bulcao" <msbn@daterranet.com.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Sunday, October 29, 2000 5:32 AM
Subject: [ciencialist] Re: Religiao e Ciencia


[snikt]
> Manuel - Amigo Omni, para que um animal atinja a consciência do Ser
> (do ser genérico) e do infinito, ele tem que ter um altíssimo poder
> de abstração, o que pressupõe um neo-córtex muito desenvolvido. Logo,
> podemos de antemão excluir os animais que só possuem o chassi neural,
> o complexo reptiliano e o sistema límbico, ou seja, a esmagadora
> maioria dos bichos. Restariam as aves e os mamíferos. Ora, nosso
> parente mais próximo, reconhecidamente o animal mais inteligente
> depois do homem, o chimpanzé (dotado, tal como o homem, de
> presciência e de uma consciência de si, um "eu"), tem uma capacidade
> de abstração relativamente alta, porém muito aquém da capacidade
> humana. No entanto, os reiterados experimentos dos primatologistas
> com chimpanzés, tanto no cativeiro quanto em seu ambiente natural,
> confirmam que nos chimpanzés a consciência é embrionária. Se são
> prescientes, se seu comportamento é também determinado por uma
> antecipação do futuro, o "projeto" que orienta a conduta desses
> animais são, na verdade, pequenos projetos cotidianos. O futuro que a
> sua imaginação alcança provavelmente não ultrapassa a fronteira do
> dia. No outro dia, serão outros pequenos projetos. O chimpanzé, ao
> contrário do homem, não consegue ver a si mesmo numa idade avançada,
> quanto mais vislumbrar o pano de fundo do seu futuro individual: a
> morte. Segundo Richard Leakey, "os chimpanzés no máximo parecem
> intrigados com a morte" (a morte dos outros). Diante do seu bebê
> morto, a mãe chimpanzé, que o carrega durante dias, "parece estar
> experimentando uma sensação de aturdimento e não o que chamamos de
> pesar."
>

Você se concentrou nos exemplos de chimpanzés, mas curiosamente ignorou
completamente cetáceos como as baleias e golfinhos. Se existe uma correlação
alta entre tamanho e complexidade de estruturas cerebrais e capacidades de
presciência, consciência, imaginação, blá, blá, etc, como você afirmou,
então onde ficam as baleias que têm cérebros bem maiores e com mais
circunvoluções que os humanos? E os golfinhos que não só têm cérebros tão
grandes quanto os humanos, mas também têm uma maior proporção de massa
cerebral/massa corporal? Estudos com cetáceos são bem mais insipientes que
com primatas, por razões óbvias - é muito mais difícil desenhar e
implementar experimentos conclusivos com criaturas que vivem em um ambiente
bastante diferente e têm uma anatomia também bastante diferente - e eu não
saberia dizer se é possível concluir alguma coisa sobre os graus de
consciência dos mesmos... Alguma informação?

Quanto à opinião do Richard Leakey sobre o "luto dos chimpanzés",
considero-a completamente subjetiva e portanto inválida do ponto de vista
científico. (A menos que ele tenha dados quantitativos que suportem essa
opinião, o que duvido muito.) Outra pessoa observando uma mamãe chimpanzé
poderia se convencer de que ela realmente estava compadecida com a morte do
bebê. Por outro lado, ainda outra pessoa observando uma mãe humana que se
recusa a abandonar o cadáver de um bebê (o que costuma acontecer) poderia
julgar que ela não compreende a noção de morte.

> Presciência pressupõe imaginação. Ora, os dados empíricos colhidos
> pela etologia até o presente momento não apontam outro animal, a não
> ser o homem, com poder imaginativo capaz de conceber um futuro além
> da morte individual. Ou seja, tudo nos leva a crer que o homem é o
> único animal dotado de imaginação ilimitada, e, por ser ilimitada,
> adentra o futuro e recua no passado até o infinito. Daí a consciência
> do infinito.
>

Mas com base em quê você afirma que o ser humano é dotado de imaginação
ilimitada? Acaso não existem coisas que acontecem na realidade e não foram
imaginadas por ninguém? (Um exemplo: a Internet. Mesmo com mais de um século
de livros de ficção científica, não houve um único mísero autor que fosse
capaz de imaginá-la; só começou a aparecer na imaginação humana quando já
era uma realidade embrionária, lá pelo início dos anos 80.) Se é isso o que
você quer dizer com "consciência do infinito", então não posso concordar com
você. Para mim, você estava usando o significado *matemático* do termo.

[snikt]
> Whitehead - "(...) o que distingue o homem dos animais, e alguns
> homens de moutros, é a presença, em sua natureza, ainda que de uma
> forma hesitante e vaga, de um elemento perturbador, que é a busca do
> inatingível. Esse elemento é aquele toque de infinito que impulsionou
> os povos para a frente, muitas vezes ao encontro de sua própria
> destruição. É um tropismo pelo facho de luz que acena ao longe --
> pelo sol que viaja em direção à finalidade última das coisas, e pelo
> sol que ressurge sempre de sua origem. A Razão especulativa se volta
> para o leste e para o oeste, para o começo e para o fim, como que
> espreitando para além das fronteiras do mundo."
[snikt]
> Manuel - Pois cite-me um, apenas um exemplo de comportamento animal
> que possa invalidar o argumento de Whitehead para a gente continuar
> debatendo. Estou imaginando Whitehead, criador, juntamente com B.
> Russell, da lógica matemática, discursando para uma turma de físicos
> formandos sob risadinhas e vaias. Impagável! :-)
>

Como o "argumento" de Whitehead é só uma colcha de retalhos de frases de
efeito de ufanismo antropocêntrico, e portanto repleta de impressões
puramente subjetivas, posso perfeitamente arrumar um monte de exemplos de
outras situações que, do *meu* ponto de vista subjetivo, parecem ser
comportamentos animais que correspondem perfeitamente aos comportamentos
supostamente exclusivamente humanos citados pelo Whitehead. Quando o meu
gato dá pulos tentando alcançar um inseto que está em um ponto da parede
dois metros acima do chão, por exemplo, ele está empreendendo uma "busca
pelo inatingível", não é mesmo? Quanto um grupo de lemingues se joga no
oceano e nadam mar adentro até morrerem afogados, eu não poderia dizer que
eles são um povo impulsionado para a frente, e que inclusive encontrou sua
própria destruição?

É esse o problema dos argumentos subjetivos como os do Whitehead - a
validade deles está (ou não) só na percepção de quem fala e/ou quem ouve. Se
fossem coisas escoradas em dados quantitativos, aí tudo bem, não há como
discutir com números. E digamos que o fato de o Whitehead ser um dos
criadores da lógica matemática só depõe *contra* os argumentos dele -
primeiro, eu esperaria uma opinião bem embasada a respeito desse assunto
vinda de um etologista ou quem sabe um antropólogo, mas não de um
matemático; e, segundo, um matemático falando de etologia me parece alguém
puramente teórico falando de um assunto que requer uma elevada dose de
experimentalismo.

[snikt]
> Manuel - Interessante essa sua tese, mas, como você mesmo afirmou (e
> eu concordo), tal diferença é apenas de grau, não de natureza, embora
> tal diferença de grau seja enooooorme! Assim como é enorme a
> diferença de grau entre a presciência, a consciência, etc. do homem e
> a de qualquer outro animal. Você não acha que diferenças
> quantitativas muito, muitíssimo acentuadas, levam necessariamente a
> alterações qualitativas? Era o que pensava Hegel, e Engels.
>

Não é só *minha* tese - diversas outras pessoas concordam que essa é a única
diferença marcante mesmo, fruto do casamento improvável de termos grandes
cérebros (como os cetáceos) *e* termos mãos que nos permitem manipular o
ambiente (como o resto dos primatas). E não, não acho que diferenças
quantitativas levam necessariamente a diferenças qualitativas. O doce de uma
colher de melado não deixa de ser a mesma característica "doce" de uma
colher de geléia levemente adocicada.

> Abraços,

Abraços,

> Manuel Bulcão
[snikt]

Dr. Omni
ICQ # 53853815
Space Settlers: http://www.egroups.com/group/spacesettlers
"Sem a esperança da imortalidade, ninguém jamais encararia a morte por seu
país." (Cícero, 106-43 A.C.)



SUBJECT: Re: [ciencialist] Ciencia ... visao de futuro
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/10/2000 11:12

Leo ,
vc nao gostou das minhas objecoes ?
Nem da Etica-Cientifica ?
Nem da formula da felicidade ?
Nem da tabela de prazer ?
Nem da minha gramatica nao-ortodoxa (recheada de erros ) ?
Nem da cor da minha camisa ? :-)

[]s
jocax


Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
>
> Luiz Ferraz Netto wrote:
> >
> > Do mesmo modo, está on-line "A necessidade da divulgação científica"
> (ainda
> > sem comentários!):
> > http://www.feiradeciencias.com.br/sala19/texto22.htm
>
> Gostei de seu texto, mas aproveitando o momento de discussao Etica,
> e sua apelacao aa comentarios, gostaria de comentar a frase de seu
> artigo :
>
> "..A lógica destes raciocínios seria: se a ciência nem sempre esta’
> correta
> e não é uma fonte de bens e riquezas morais, então o melhor a fazer
> é buscar uma “ciência alternativa.
> Uma vez colocada em duvida os conhecimentos fornecidos pela ciência —
> e
> este
> é o primeiro passo dos fundamentalistas, magos e apóstolos da “nova
> era” —
> abre-se caminho para se aferrar a crenças tais como ...."
>
> Etica cientifica :
>
> Sabendo-se que todo codigo de etica visa a felicidade do grupo como
> um todo poderemos tratar a etica do ponto de vista cientifico desde
> que se de um tratamento objetivo aa felicidade.
>
> Se definirmos felicidade de uma pessoa como :
>
> Felicidade = Integral[ prazer(t) ] dt ( jocax ,27/12/1999)
>
> Formula da felicidade , onde Prazer = Medida quantitativa do bem estar
> intantaneo de uma pessoa. Poderia ser quantificado, por exemplo,
> tomando-se uma medida do nivel de excitacao neuronal de areas do
> cerebro
> responsaveis pelas sensacoes.
> cerebro.
>
> A felicidade portanto eh o somatorio destes estados de prazer
> ponderados
> pelo tempo q eles duram.
>
> Podemos notar que, de modo a maximizar esta integral, deveremos
> maximizar
> o tempo de vida e tambem o prazer. Contudo, devera existir uma solucao
> de compromisso entre estas duas variaveis ja que nem sempre um maior
> prazer
> resulta em um maior tempo de vida !!
>
> Considerando que todo codogo de etica visa a maximizar a felicidade do
>
> grupo, podemos agora utiliza-la com este objetivo.
>
> Assim, podemos assim tomar a Etica como um problema de maximizacao
> da felicidade do Grupo :
>
> Felicidade do Grupo : Somatoria[ integral( prazer(t) ) dt ]
>
> Entao, esta etica-cientifica eh tambem utilitarista e o problema
> esta bem definido e podera ser analisado de um modo mais rigoroso.
>
> []s
> jocax
>
> eGroups Sponsor
>
>
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> Para sair da lista envie um mail para:
> ciencialist-unsubscribe@egroups.com
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Sociobiologia e Psicanalise
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/10/2000 12:33



Manuel Bulcao wrote:
>
> Prezados listeiros,
>
> Na mensagem 6636, o Alberto Mesquita escreveu: "a ciência moderna
> está irracionalizando o homem. Até quando?"
>
> Manuel - Realmente, virou moda entre sociobiólogos, psicólogos
> evolucionistas, etc. a mania de conceber todo o comportamento humano
> como "comportamento geneticamente programado para a máxima propagação
> dos genes", de modo que, para enquadrar em seus esquemas
> comportamentos tais como o altruísmo inter-específico (a defesa do
> mico-leão dourado e de outras espécies à beira da extinção), a
> atividade artística e o suicídio, esses teóricos lançam mão de
> enunciados "ad hoc", isto é, usam o artifício que Popper atribuiu aos
> marxistas e aos psicanalistas: o recurso permanente a argumentos "ad
> hoc" irrefutáveis (os fatos os confirmam sempre). Ora, já que se
> utilizam desta "artimanha anticientífica", por que as comunidades
> céticas não incluem tais doutrinas no rol das pseudociências e das
> "falcatruas", ao lado da astrologia e da numerologia? Ué, por quê?

Ok, ok, ok !
Suas objecoes sao validas.

Acredito que a *principal* razao motriz de nossos impulsos e vontades
e mesmo de nossos atos esta de fato na maxima propagacao dos genes
ou melhor na sua maxima perpetuacao.

Mas NAO TODA. Devemos considerar as forcas memeticas, a cultura e toda
as crencas em suas varias formas. Claro q a maior parte da cultura eh
sofre influencia genetica, mas nem toda.

O suicidio, por exemplo, pode ser uma forma memetica que vai contra os
genes do individuo. Se o individuo realmente acreditar que "ele" vai
"desta para melhor", isto pode abrandar ou mesmo neutralizar os
instintos de preservacao de sua vida caso ele se encontre em uma
situacao de grande conflito !

Eh uma das razoes do pq eu criei o Genismo : como uma etica cuja funcao
eh minimizar o conflito meme X gene, que eu chamei de conflito gemetico.

>
> Sobre isso, escreveu Marcel Blanc (Os Herdeiros de Darwin; Ed.
> Scritta; pág. 202): "É certo que a sociobiologia humana apresenta
> defeitos evidentes. E a maior parte dos críticos ( Kitcher, Lewontin,
> entre outros) sublinharam a maneira `cavalheiresca' com que os
> sociobiólogos falam dos determinismos genéticos do comportamento
> humano. Eles não têm, na maioria das vezes, nenhuma prova direta de
> que este ou aquele comportamento examinado é determinado
> geneticamente. Apenas postulam-no por uma necessidade da teoria. Por
> exemplo, se a guerra intertribal permite a um grupo propagar seus
> genes de modo mais eficaz (após o extermínio do grupo rival), então
> deve haver genes da guerra da conquista."

Toda nova teoria esta sujeita a aprimoramentos e correcoes.
Mas o interessante da psicologoa evolutiva eh q ela eh cientifica
e nao soh isso, baseada em evidencias e calcada na teoria da evolucao.


>
> Postula a sociobiologia aplicada à sociedade humana um férreo
> "determinismo genético" do comportamento humano, do mesmo modo que
> Freud defendeu a existência de um "determinismo psíquico". Mas a
> semelhança entre essas duas "doutrinas" vai mais longe: os
> sociobiologistas afirmam que todo comportamento, tanto na formiga
> quanto no homem, é precedido por complicados cálculos que o indivíduo
> realiza "inconscientemente" para se certificar de que o comportamento
> em questão realmente contribui para a máxima propagação dos genes,
> sendo que alguns desses pensamentos "inconscientes" pressupõem um
> vasto, profundo e erudito conhecimento de genética que só Wilson e
> Dawkins possuem.

Acredito neste caso que a sua objecao eh improcedente.

Veja bem: os genes prescreveram nada mais nada menos do que seu cerebro,
sua visao. Quao complexo sao estas estruturas em relacao a um calculo
inconsciente de preservacao genetica.

Quero dizer, vc nao fica abismado quando os genes codificam nas
abelhas um modo de construir uma colmeia com a quantidade minma de cera
ou com as aranhas de construir teias quase perfeitas etc..

Ou seja, se tais inumeras formas de comportamentos geneticamente
determinados
existem e envolvem complexissimos calculos geneticamente determinados,
( quais os calculs necessarios para projetar o olho de uma aguia? )
nao eh de se espantar se exista nos humanos ou outros individuos
uma forma de calculo inconsciente que induza aa maxima perpetuacao
genetica !



> Por exemplo: para que um indivíduo "X" arrisque sua
> vida para salvar a de um outro indivíduo "Y" da sua espécie, antes
> ele tem que calcular: a) o grau de parentesco entre X e Y; b) o
> número de descendentes possível que X ainda pode gerar; c) o número
> de descendentes possível que Y pode vir a ter; d) se a prole futura
> de Y, o indivíduo em perigo, é provavelmente maior que a de X (vamos
> supor, 3 para 1), X ainda terá que se certificar de que os 3
> prováveis filhos de Y propagarão mais genes de X do que o único filho
> que X ainda pode gerar. Calculozinhos complicados, não? E todos eles
> realizados inconscientemente, numa velocidade que deixa na poeira o
> "deep blue", aquele supercomputador enxadrista que derrotou o Gary
> Kasparov. Brabo! Dentre todos os psicanalistas, o meu é o que tem a
> imaginação mais fértil. Mesmo assim, seu poder imaginativo é muito
> inferior ao desses psicólogos evolucionistas.

Veja bem este exemplo : se o Kasparov consegue jogar a nivel de um
Deep-Blue eh pq seus genes desenharam um cerebro poderoso o suficiente
para duelar de igual para igual. Qual o nivel de complexidade de um
cerebro em relacao aas estimativas de um calculo genetico simples ?

Um chipanze nao poderia jogar NUNCA nesse nivel pq seus genes
nao sao genes humanos e codificaram um cerebro com menor capacidade.


>
> Sobre essas coincidências entre a psicanálise e a "nova ciência da
> psicologia evolucionista", Robert Wright, autor do livro "O Animal
> Moral", escreveu o seguinte: "A exemplo do neo-darwinismo, o
> pensamento freudiano descobre espertos propósitos inconscientes em
> nossos atos mais inocentes. E a exemplo do neo-darwinismo, ele vê uma
> essência animal no cerne do nosso inconsciente. Tampouco são apenas
> essas duas noções que os pensamentos freudiano e darwinista têm em
> comum. Apesar de todas as críticas que atraiu nas últimas décadas, o
> freudianismo continua a ser o paradigma comportamental mais influente
> – acadêmica, moral e espiritualmente – de nosso tempo. E é a essa
> posição que o novo paradigma darwinista aspira." (pág. 274)
>
> Mas, de um outro ponto de vista, psicanálise e psicologia
> evolucionista também podem ser consideradas irmãs xifópagas: o ponto
> de vista da epistemologia popperiana. Com efeito, se os principais
> enunciados da psicanálise não são falseáveis, a maioria das crenças
> dos psicólogos evolucionistas também não o são, pois não há
> comportamento humano que não seja compatível com as idéias
> subjacentes à psicologia evolucionista.

Nao creio, se a premissa basica eh de q o q impulsiona o homem
em seus desejos e comportamentos esta escrito nos genes, oras,
nao tardara que via projeto genoma ou mesmo outro tipo de
tecnologia, estes genes sejam mapeados ou nao.
Ou seja : A teoria eh falseavel.

>E, sendo assim, essas idéias,
> tal como as idéias psicanalíticas, não equivalem a uma teoria
> científica, segundo Popper. Mas ela (a psicologia evolucionista)
> pretende erigir-se a condição de novo paradigma, destronando de uma
> vez para sempre o freudismo. Se a asserção de Freud de que "as
> guerras fratricidas são as mais encarniçadas" for verdadeira...

Sim, nisso vc tem razao, a psicologia Freudiana esta condenada
para sempre.... Sera vista, talvez, como o maior engodo de todos os
tempos.


>
> Nesta guerra, porém, Freud tem uma vantagem sobre Wilson: Freud é
> (era) um darwinista. Significa que a psicanálise pode muito bem
> utilizar os argumentos da psicologia evolucionista (darwinista) em
> seu proveito. Tal como um judoca, Freud pode levar Wilson & Cia. à
> lona valendo-se da sua força somada à força do oponente.

Nao vejo ONDE, que premissa Freudiana poderia estar alicercada em
bases darwinistas?

[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] Ciencia ... visao de futuro
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 30/10/2000 15:38


>>Leo ,
vc nao gostou das minhas objecoes ?
Nem da Etica-Cientifica ?
Nem da formula da felicidade ?
Nem da tabela de prazer ?
Nem da minha gramatica nao-ortodoxa (recheada de erros ) ?
Nem da cor da minha camisa ? :-)

[]s
jocax<<

Seus comentários da primeira mensagem já estão on-line junto ao artigo na
Sala 19 de Textos Selecionados, no www.feiradeciencias.com.br .
Logo após o artigo coloco:
"Comentários via e.mail

Amiúde, antes de publicar um texto, submeto-o à leitura de diversas
autoridades científicas, nos diversos ramos do saber. Entendo que as
palavras tentam traduzir uma idéia, assim como entendo as divergências entre
as idéias das pessoas. A idéia que entendo como 'correta' e transformo em
palavras pode e deve ser de outro modo para outros. A leitura, comentários e
críticas são o que há de mais salutar na metodologia científica. Na Ciência,
como sabemos, não há a "palavra da autoridade" e, muito menos, o lastramento
baseado no senso comum. Na Ciência prevalece o fato, sua reprodução
parametrizada e a coerência com a Natureza e, as palavras que resultam
disso, essas sim, devem resultam de um consenso de todos. Todos podem
participar, contestando ou aprovando --- isso é o que diferencia a Ciência
das pseudociências.

Reproduzo abaixo os e.mails na ordem em que vão chegando:"

A seguir vem o comentário do Alberto e o seu.
Entenda que não posso colocar para o nível médio 'teorias em gestação'. Se
eu colocar on-line, para essa meninada e professores (até o final da tarde
meu site atinge os 51000 visitantes/contador; 87569 visitantes/reais --
estatística Convex --- e 3634 pagesview/dia), a fórmula da felicidade e a
tabela do prazer, cairão em cima de mim com as 4 ferraduras!!!!! As
perguntas básicas (infelizmente é assim) serão: de onde vc tirou isso? de
que livro saiu isso? É consenso da comunidade científica? Quem é o Jocax?
ETC.
Aqui não é questão de ser 'moderador' democrático, ciência não admite
democracia ... é ditadura pura, assim como a são as leis da Natureza. O que
os pobres mortais podem fazer é se adaptar a ela; divididindo-a e
conquistando-a para sua maior comodidade de vivência. O homem está tão
estupidificado com seus prazeres e felicidade que, breve, será uma massa
orgânica disforme boiando num nutriente líquido. As máquinas e os robôs
cuidarão de manter as coisas assim, proporcionando estímulos de prazer e
felicidade eterna. A morte será vencida (ninguém irá mais para o céu!).

Quanto à gramática não-ortodoxa (e a cor da camisa) não há problema. Minha
gramática, realmente é 'minha', infelizmente pouco parecida com a dos
'imortais' da ABL. A minha ortografia segue o mesmo padrão. Até que o
governo decida por colocar matemáticos, engenheiros-fonéticos e logisticos
para dar uma olhada séria em 'nossa' língua pátria, continuarei usando na
metade do texto as régras e, na outra metade, as exceções. Nas duas partes
errarei em 50% :-)

[]'
Léo









Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
>
> Luiz Ferraz Netto wrote:
> >
> > Do mesmo modo, está on-line "A necessidade da divulgação científica"
> (ainda
> > sem comentários!):
> > http://www.feiradeciencias.com.br/sala19/texto22.htm
>
> Gostei de seu texto, mas aproveitando o momento de discussao Etica,
> e sua apelacao aa comentarios, gostaria de comentar a frase de seu
> artigo :
>
> "..A lógica destes raciocínios seria: se a ciência nem sempre esta'
> correta
> e não é uma fonte de bens e riquezas morais, então o melhor a fazer
> é buscar uma "ciência alternativa.
> Uma vez colocada em duvida os conhecimentos fornecidos pela ciência -
> e
> este
> é o primeiro passo dos fundamentalistas, magos e apóstolos da "nova
> era" -
> abre-se caminho para se aferrar a crenças tais como ...."
>
> Etica cientifica :
>
> Sabendo-se que todo codigo de etica visa a felicidade do grupo como
> um todo poderemos tratar a etica do ponto de vista cientifico desde
> que se de um tratamento objetivo aa felicidade.
>
> Se definirmos felicidade de uma pessoa como :
>
> Felicidade = Integral[ prazer(t) ] dt ( jocax ,27/12/1999)
>
> Formula da felicidade , onde Prazer = Medida quantitativa do bem estar
> intantaneo de uma pessoa. Poderia ser quantificado, por exemplo,
> tomando-se uma medida do nivel de excitacao neuronal de areas do
> cerebro
> responsaveis pelas sensacoes.
> cerebro.
>
> A felicidade portanto eh o somatorio destes estados de prazer
> ponderados
> pelo tempo q eles duram.
>
> Podemos notar que, de modo a maximizar esta integral, deveremos
> maximizar
> o tempo de vida e tambem o prazer. Contudo, devera existir uma solucao
> de compromisso entre estas duas variaveis ja que nem sempre um maior
> prazer
> resulta em um maior tempo de vida !!
>
> Considerando que todo codogo de etica visa a maximizar a felicidade do
>
> grupo, podemos agora utiliza-la com este objetivo.
>
> Assim, podemos assim tomar a Etica como um problema de maximizacao
> da felicidade do Grupo :
>
> Felicidade do Grupo : Somatoria[ integral( prazer(t) ) dt ]
>
> Entao, esta etica-cientifica eh tambem utilitarista e o problema
> esta bem definido e podera ser analisado de um modo mais rigoroso.
>
> []s
> jocax
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SUBJECT: Re: Religiao e Ciencia
FROM: "Manuel Bulcao" <msbn@daterranet.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/10/2000 16:00

--- In ciencialist@egroups.com, Joao Carlos Holland de Barcellos
<jocax@u...> wrote: Para se ter uma imaginacao infinita eh preciso
ter infinitos neoronios.

Olá, Jocax

Um sistema físico aberto, quando muito distante do equilíbrio, conta
com um número infinito de estados possíveis. De um modo semelhante,
um buraco negro, embora tenha uma massa finita, apresenta uma força
gravitacional infinita.

Mas esqueça o que eu disse sobre imaginação ilimitada e consciência
do infinito. Estive reavaliando este meu argumento, e o achei muito
forçado. É o que dá quando se junta a pressa em responder com uma
imaginação sem limites :-)

Abraços,
Manuel Bulcão




SUBJECT: Dindonde errei!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "Ciencia_Lista" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 30/10/2000 16:06

Suponhamos que atualmente, na Terra, exista somente 1 kg de r�dio (cifra
bastante modesta; s� os laborat�rio e hospitais do mundo conservam muito
mais que isso!).
O per�odo de desintegra��o do r�dio � de 1620 anos. Isso significa que
nesses tantos anos atr�s, na Terra, havia 2 kg de r�dio; 3240 anos atr�s
havia 4 kg etc. Se adotarmos 10^10 anos para a Terra, teremos:
anos atr�s --- per�odos --- massa
0 0 1 = 2^0 kg
1620 1 2 = 2^1 kg
3240 2 4 = 2^2 kg
........ .... .................
10^10 10^10/1620 2^10^10/1620
Vejamos quanta massa de r�dio deveria haver na Terra a 10 milh�es de anos
atr�s:

m = 2^10^10/1620 = 2^6,17x10^6 kg
Desenvolvendo por logaritmos vem:
lg m = (6,17x10^6)x lg 2 = 1 857 000

Assim, para a massa da Terra, no momento de sua origem, encontramos:

m = 10^1857000 kg !!!!!!!!!!!

Como conciliar isso, se a massa da Terra � de 'apenas' 6x10^24 kg?

[]'
L�o



Luiz Ferraz Netto [L�o]
UIN#: 31028111
leo@barretos.com.br
leo@esquinas.com.br
www.feiradeciencias.com.br



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Religiao e Ciencia
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/10/2000 16:36



Manuel Bulcao wrote:
>
> --- In ciencialist@egroups.com, Joao Carlos Holland de Barcellos
> <jocax@u...> wrote: Para se ter uma imaginacao infinita eh preciso
> ter infinitos neoronios.
>
> Olá, Jocax
>
> Um sistema físico aberto, quando muito distante do equilíbrio, conta
> com um número infinito de estados possíveis.

Se isso for verdade o cerebro precisaria ser volatilizado neh ?
Por isso q minha cabeca esquenta quando penso muito :-)

> De um modo semelhante,
> um buraco negro, embora tenha uma massa finita, apresenta uma força
> gravitacional infinita.

Isso ja nao concordo.
Uma forca gravitacional infinita engoliria tudo, nao importa o quao
distante estivesse do centro do buraco negro.


[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] Dindonde errei!
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/10/2000 16:55



Luiz Ferraz Netto wrote:
>
> Suponhamos que atualmente, na Terra, exista somente 1 kg de rádio (cifra
> bastante modesta; só os laboratório e hospitais do mundo conservam muito
> mais que isso!).
> O período de desintegração do rádio é de 1620 anos. Isso significa que
> nesses tantos anos atrás, na Terra, havia 2 kg de rádio; 3240 anos atrás
> havia 4 kg etc. Se adotarmos 10^10 anos para a Terra, teremos:
> anos atrás --- períodos --- massa
> 0 0 1 = 2^0 kg
> 1620 1 2 = 2^1 kg
> 3240 2 4 = 2^2 kg
> ........ .... .................
> 10^10 10^10/1620 2^10^10/1620
> Vejamos quanta massa de rádio deveria haver na Terra a 10 milhões de anos
> atrás:
>
> m = 2^10^10/1620 = 2^6,17x10^6 kg
> Desenvolvendo por logaritmos vem:
> lg m = (6,17x10^6)x lg 2 = 1 857 000
>
> Assim, para a massa da Terra, no momento de sua origem, encontramos:
>
> m = 10^1857000 kg !!!!!!!!!!!
>
> Como conciliar isso, se a massa da Terra é de 'apenas' 6x10^24 kg?
>


Gostei Leo! ,
Uma resposta para isso seria :
Outros elementos + pesados que decaem e produzindo Radio tambem
sao formadores deste 1kg de hoje.

Quero dizer q o 1Kg de radio de hoje pode ter origem nao somente
nos 2 Kg de de 1620 anos atras mas tambem como parte de um material
mais pesado que se desintegrou por exemplo o U235 ou Torio..

O q vc acha ?

[]s
jocax


SUBJECT: Re: Ciencia e Religiao -Historico
FROM: rmt@ib.usp.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/10/2000 17:19

> EM PRINCIPIO nao eh preciso saber !!! BASTA MEDIR !!!
> Foi o tema de meu mestrado : Algoritmos geneticos.

algoritmos geneticos tEm o pessimo habito de localizar elevacoes locais de fitness -- se queremos a maximizacao teremos q. ter acesso 'a paisagem de adaptacao
total. lembre-se q. vc mesmo admitia o trade-off entre se prejudicar um pouco para ter ganhos futuros. algoritmos geneticos nao tEm essa capacidade.

> Sim, eh uma etica utilitarista.
> Mas agora com "niveis de utilitarismo" bem definidos desde q se tenha
> uma
> medida do prazer nas varias situacoes possiveis.

vc nao entendeu a pergunta: o q. isso nos diz sobre a validade ou nao da adocao do utilitarismo como regra etica basica?

[]s,

roberto takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciencia e Religiao -Historico
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/10/2000 17:33



rmt@ib.usp.br wrote:
>
> > EM PRINCIPIO nao eh preciso saber !!! BASTA MEDIR !!!
> > Foi o tema de meu mestrado : Algoritmos geneticos.
>
> algoritmos geneticos tEm o pessimo habito de localizar elevacoes
> locais de fitness -- se queremos a maximizacao teremos q. ter acesso
> 'a paisagem de adaptacao
> total. lembre-se q. vc mesmo admitia o trade-off entre se prejudicar
> um pouco para ter ganhos futuros. algoritmos geneticos nao tEm essa
> capacidade.

Tem sim, soh q se ele cair num ponto de otimo local ele leva mais
tempo para sair. Mas sempre sai.

>
> > Sim, eh uma etica utilitarista.
> > Mas agora com "niveis de utilitarismo" bem definidos desde q se
> tenha
> > uma
> > medida do prazer nas varias situacoes possiveis.
>
> vc nao entendeu a pergunta: o q. isso nos diz sobre a validade ou nao
> da adocao do utilitarismo como regra etica basica?
>

A validade eh devido a uma constatacao aa pergunta :

"Pra que serve a Etica ?"

Se a resposta for, como acredito : Para maximizar a felicidade do
grupo,
entao a validade da etica utilitarista estara fundamentada.

[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] Dindonde errei!
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/10/2000 17:34



Luiz Ferraz Netto wrote:
>
> Suponhamos que atualmente, na Terra, exista somente 1 kg de rádio (cifra
> bastante modesta; só os laboratório e hospitais do mundo conservam muito
> mais que isso!).
> O período de desintegração do rádio é de 1620 anos.

Se este dado está certo então radio provem do decaimento de elementos
mais pesados que têm um tempo de vida muito maior.

João
http://www.nonio.com



SUBJECT: Re: Ciencia e Religiao -Historico
FROM: rmt@ib.usp.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/10/2000 17:53

--- In ciencialist@egroups.com, "Dr. Omni" <dromni@i...> wrote:
> Mas podemos imaginar vários outros cenários onde os números (seja lá qual=

> for a "unidade de felicidade" que você está usando) poderiam não ser os q=
ue
> você mostrou. Por exemplo, quem sabe esse foi o melhor sexo que o estupra=
dor
> já teve, e ele vai lembrar desse momento por anos a fio e ainda extrair
> prazer com isso usando masturbação e fantasias? E quem sabe a vítima, que=
é
> cega, surda e muda e portanto não se comunica muito com os demais membros=
da
> sociedade, não sabe que estupro é uma coisa ruim (a regra de nosso sistem=
a
> ético) e até gostou da experiência? Convenhamos, assim ficaria bem mais
> difícil inventar números que justificassem o estupro como inerentemente
> ruim, na "fórmula de Jocax"...

bem, nao precisamos nem apelar para valores precisos: digamos q. a vitima d=
o estuprador esteja em estado de coma.
a sociedade nao sabe -- zero de delta de felicidade; a vitima nao sente - z=
ero de delta de felicidade - e o estuprador tem seu prazer (independente da =
intesidade e da
duracao) - delta positivo (um valor qq).

o delta total sera' positivo e temos assim q. do ponto de vista utilitarist=
a o estupro eh permissivel em certas circunstancias (desde q. ninguem fique =
sabendo
disso)...

vilipendio de cadaver entao tah liberado...

fazendo um jogo de palavras, como a adocao da formula de jocax vai causar u=
m delta negativo na felicidade das pessoas, utilitariamente concluimos q. el=
a deve
ser abandonada. e nao adianta usar algoritmos geneticos para calcular a fel=
icidade futura da adocao da formula, jah q. eles encontrarao apenas o pico l=
ocal q. diz q.
a formula nao deve ser adotada. (sempre q. rodarmos o algoritmo, o mesmo pi=
co sera' retornado como o valor de convergencia -- a menos q. introduzamos u=
ma
variavel aleatoria e aih, adeus objetividade -- q. nem existe de fato, mas =
como eh apenas um jogo de palavras, tah valendo.)

[]s,

roberto takata





SUBJECT: Re: Ciencia e Religiao -Historico
FROM: rmt@ib.usp.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/10/2000 18:15

> Se a resposta for, como acredito : Para maximizar a felicidade do
> grupo,
> entao a validade da etica utilitarista estara fundamentada.

circularidade:

'como concluimos que a busca da felicidade deve ser o guia etico?'
'a etica serve para buscar a felicidade, entao a etica q. busque a felicidade esta' fundamentada...'

veja bem, a etica utilitarista prega exatamente q. a felicidade do individuo ou do grupo deve nortear as acoes, vc esta' baseando-se na aceitacao dessa premissa para
sustentar esse ponto de vista. i.e., vc estah usando uma conclusao como premissa para obter a propria conclusao - apenas da' um certo ar de validade
argumentativa porq. se trocou os termos por expressoes equivalentes: 'maximizar a felicidade', 'buscar a felicidade', 'ser utilitarista'.

nao se preocupe q. *todos* os sistemas eticos sao assim, ou caem em cirularidades menores: o(s) principio(s) fundamental(is) eh(sao) aceito(s) como tal(is), ou
caem em circularidades maiores: uma premissa justifica outra, q. justifica a outra q. justifica a primeira (ou algo assim)... por isso qq sistema etico eh justificado
apenas dentro de si mesmo, por isso nao tem sentido procurar uma etica natural ou uma etica cientifica. e nao se preocupe tbm em ter caido nessa ilusao, muitas
pessoas jah acreditaram nessa possibilidade e sempre havera' outros para trilharem esse caminho sem saida (a unica saida eh a entrada).

[]s,

roberto takata




SUBJECT: Re: Diabo, Satanaz e outras formacoes
FROM: "Manuel Bulcao" <msbn@daterranet.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 31/10/2000 03:58

Olá, Léo

Nas religiões primitivas não existia esse dualismo Deus-Diabo. Os
deuses eram, para os homens, ao mesmo tempo bons e maus: ruim com
eles, pior sem eles. Ou seja, havia uma relação ambivalente, de amor
e ódio, entre os homens e suas divindades. Os homens sequer
questionavam sobre a bondade dos mandamentos divinos (os deuses foram
a primeira fonte do direito), isto é, os tabus (interdições,
proibições) eram para ser cumpridos e ponto final, e os homens o
cumpriam movidos pelo temor. Algo me diz que esta atitude ambivalente
do homem primitivo com relação à divindade é homóloga à ambivalência
que existe entre os indivíduos machos subalternos e o indivíduo alfa
tal como se verifica nas comunidades de primatas evoluídos
(chimpanzés, por exemplo) onde, entre os machos, além de hierarquia,
há também cooperação, sobretudo para a defesa do território.

Parece que as primeiras manifestações do dualismo Deus(bem)-Diabo
(mal) apareceram com as guerras de conquista, ou seja, os povos
escravizados tendiam a "demonizar" ou "malignizar" os deuses dos
povos conquistadores, principalmente quando estes eram muito cruéis.
Sabe-se que a palavra "Belzebu", um dos nomens com os quais os
hebreus batizaram o príncipe dos demônios, é também nome de uma
dinvidade assíria (se não me engano), o "deus das moscas".

A primeira religião em que esse dualismo se cristalizou, pelo que eu
sei, foi o zoroastrismo, religião dos antigos persas, em que se fala
de dois princípios primigênios e gêmeos: Ahura Mazda, o Senhor Bom e
sábio, e Angra-Mayniu, o espírito do mal e da mentira. No Avesta
(Yasna XXX), lê-se os seguintes versículos:

"Há dois Espíritos contrários
no pensamento, na palavra, na ação.
Um escolheu o Bem, o outro o Mal;
um mostra a vida, o outro, a morte.
Assim fizeram desde o tempo do primeiro homem,
assim farão até ao fim do mundo."

Uma observação interessante: no cristianismo popular (frise-se,
popular), às vezes me parece que o Diabo é tão-somente um anjo "feio"
ao qual Deus delegou a função de carcereiro ou carrasco. Se alguém
comete um pecado mortal, Deus envia sua alma a uma prisão, o
"inferno", onde permanecerá para sempre sob a guarda e atenta
vigilância do demônio, um reles "funcionário".

Um abraço,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciencia e Religiao -Historico
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 31/10/2000 06:51



rmt@ib.usp.br wrote:
>
> --- In ciencialist@egroups.com, "Dr. Omni" <dromni@i...> wrote:
> > Mas podemos imaginar vários outros cenários onde os números (seja lá
> qual=
>
> > for a "unidade de felicidade" que você está usando) poderiam não ser
> os q=
> ue
> > você mostrou.


Por isso que eh necessario uma tabela de feliciadade baseada em
dados reais. Sem a tabela ficaremos elucubrando ao leo.


>
> bem, nao precisamos nem apelar para valores precisos: digamos q. a
> vitima d=
> o estuprador esteja em estado de coma.
> a sociedade nao sabe -- zero de delta de felicidade; a vitima nao
> sente - z=
> ero de delta de felicidade - e o estuprador tem seu prazer
> (independente da =
> intesidade e da
> duracao) - delta positivo (um valor qq).
>
> o delta total sera' positivo e temos assim q. do ponto de vista
> utilitarist=
> a o estupro eh permissivel em certas circunstancias (desde q. ninguem
> fique =
> sabendo
> disso)...
>
> vilipendio de cadaver entao tah liberado...

Essa eh boa :)
Soh q vc nao computou o lado negativo da FAMILIA
da vitima q ficaria sabendo. Ela tambem tem q ser levada em conta.
E da familia do estuprador tambem.

Uma coisa que a etica nao pode usar eh de palavras do tipo :
"DESDE QUE NINGUEM FIQUE SABENDO".
Normas eticas que possuem tal sentenca provocariam
perda de felicidade ao gerar STRESSE e INSEGURANCA no grupo.

Usando seu exemplo, seja a norma : "O estupro eh permitido desde que
ninguem
fique sabendo"

Oras, eh claro q isso gerara enorme inseguranca nas familias que possuem
um ente que possa ser vitima desta norma. Isso provocaria uma perda
consideravel de felicidade e, portanto nao poderia ser utilizada.



>
> fazendo um jogo de palavras, como a adocao da formula de jocax vai
> causar u=
> m delta negativo na felicidade das pessoas, utilitariamente concluimos
> q. el=
> a deve
> ser abandonada.

Vc nao provou que vai causar um delta negativo. Eu refutei suas
objecoes.

E a Etica-utilitarista-cientifica, em tese, ainda eh valida.


[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciencia e Religiao -Historico
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 31/10/2000 07:11



rmt@ib.usp.br wrote:
>
> > Se a resposta for, como acredito : Para maximizar a felicidade do
> > grupo,
> > entao a validade da etica utilitarista estara fundamentada.
>
> circularidade:
>
> 'como concluimos que a busca da felicidade deve ser o guia etico?'
> 'a etica serve para buscar a felicidade, entao a etica q. busque a
> felicidade esta' fundamentada...'

SIM !, pois poderiamos ter uma etica que nao atinja este objetivo.
(Ou pelo menos nao tao eficazmente )

>
> veja bem, a etica utilitarista prega exatamente q. a felicidade do
> individuo ou do grupo deve nortear as acoes, vc esta' baseando-se na
> aceitacao dessa premissa para
> sustentar esse ponto de vista. i.e., vc estah usando uma conclusao
> como premissa para obter a propria conclusao - apenas da' um certo ar
> de validade
> argumentativa porq. se trocou os termos por expressoes equivalentes:
> 'maximizar a felicidade', 'buscar a felicidade', 'ser utilitarista'.
>


Caro rmt acho q vc esta se confundindo. Vc perguntou :
"o q. isso nos diz sobre a validade ou nao da adocao do utilitarismo
como regra etica basica?"

Eu disse que como toda etica busca, nao confessadamente,
a felicidade do GRUPO, eh natural entao que estudemos este aspecto
de um ponto de vista cientifico. E por isso propus a etica cientifica.

Etica -> Normas que buscam a felicidade do grupo.


Etica-Cientifica -> As normas sao estudadas e construidas
a partir de uma tabela numerica de felicidade.

A partir de entao a etica passaria a buscar estas normas a partir
de valores NUMERICOS que poderiam ser obtidos de uma tabela de
felicidade.
Esta tabela poderia ser criada medindo-se, *por exemplo*, o nivel
de excitacao dos neuronios em areas cerebrais que provocam sensacoes.

> nao se preocupe q. *todos* os sistemas eticos sao assim, ou caem em
> cirularidades menores: o(s) principio(s) fundamental(is) eh(sao)
> aceito(s) como tal(is), ou
> caem em circularidades maiores: uma premissa justifica outra, q.
> justifica a outra q. justifica a primeira (ou algo assim)... por isso
> qq sistema etico eh justificado
> apenas dentro de si mesmo, por isso nao tem sentido procurar uma etica
> natural ou uma etica cientifica. e nao se preocupe tbm em ter caido
> nessa ilusao, muitas
> pessoas jah acreditaram nessa possibilidade e sempre havera' outros
> para trilharem esse caminho sem saida (a unica saida eh a entrada).
>


Uma etica que NAO esta baseada em nenhum criterio cientifico ou missivel
eh um dogma E portanto, deveria ser repensada.

[]s
jocax


SUBJECT: Raios cosmicos, como aceleram?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 31/10/2000 09:38

Luiz Ferraz Netto wrote:
>
> Suponhamos que atualmente, na Terra, exista somente 1 kg de rádio (cifra
> bastante modesta; só os laboratório e hospitais do mundo conservam muito
> mais que isso!).
> O período de desintegração do rádio é de 1620 anos.

##Se este dado está certo então radio provem do decaimento de elementos
mais pesados que têm um tempo de vida muito maior.

João
http://www.nonio.com##

Tanto o Jocax como o João-do-nônio :-), estão na linha correta do 'enigma'.
O cálculo que expus demonstra 'convincentemente' como conclusões tão
absurdas podem ser obtidas, ao aplicarmos 'mecanicamente' as matemáticas,
sem examinarmos a essência do fenômeno físico que elas descrevem.
O rádio é apenas um dos membros de uma família radioativa. Na cadeia de
transformações da família, ele se encontra entre o tório (cuja desintegração
origina o rádio) e o radônio (que é o produto da desintegração do rádio).
Atualmente são conhecidas três famílias radioativas naturais; são as séries
urânio-tório-actínio. A 'quarta' família, a do netúnio, consta de isótopos
obtidos artificialmente.
Os 'cabeças' das três família existem na natureza até hoje porque seus
períodos de semi-desintegração são muito grandes:
urânio --- 4,5x10^9 anos; tório --- 1,4x10^10 anos e actínio --- 7,1x10^8
anos. Os membros dessas famílias são observados na natureza graças apenas à
formação ininterrupta no processo de formação de outros elementos.

E, já que o tema são os sofismas e paradoxos lá vai (não do verbo lavar!)
outro:

No início de nosso século (tá acabando...), Hess e outros investigadores
demonstraram que, proveniente do espaço circundante, caem sobre a superfície
terrestre um fluxo ininterrupto de 'raios cósmicos': partículas alfa e
prótons rápidos. Sua energia alcança valores colossais (claro, nas dimensões
do micromundo) como 10^19 eV, enquanto que aceleradores modernos e bem
aperfeiçoados as partículas carregadas, com sacrifício, chegam aos 10^10 eV.
Para dar resposta a duas perguntas "de onde provêm os raios cósmicos" e "de
que modo eles conseguem acelerar para poder obter tão alta energia", Fermi
propôs, para a segunda pergunta, a seguinte hipótese (considerada até hoje a
mais provável), (algo assim essas não são as palavras dele):
a) As observações astrofísicas atestam a existência, no universo, de nuvens
de gases interplanetários em movimento, assim como de campos magnéticos
ligados a elas, originados pelas partículas carregadas nessas nuvens.
b) As partículas cósmicas ao 'chocarem-se' com tais campos magnéticos
errantes sofrem as acelerações necessárias para a obtenção de tais altas
energias.

Convenhamos, sabemos que a força que atua na partícula cósmica em movimento,
proveniente de tais campos magnéticos (nossa conhecida força de Lorentz)
está dirigida perpendicularmente ao vetor velocidade e, como tal, não pode
realizar trabalho e conseqüentemente alterar o módulo de tal velocidade.

Como pode, então, tal hipótese de Fermi explicar o processo de aceleração?

[]'
Léo



SUBJECT: Re: Ciencia e Religiao -Historico
FROM: rmt@ib.usp.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 31/10/2000 11:07

--- In ciencialist@egroups.com, Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@u...> wrote:
> Oras, eh claro q isso gerara enorme inseguranca nas familias que possuem
> um ente que possa ser vitima desta norma. Isso provocaria uma perda
> consideravel de felicidade e, portanto nao poderia ser utilizada.

vc parte de um principio nao admitido de q. estupro eh errado e nao se pode admitir em circunstancia nenhuma -- e sempre q. a 'formula da felicidade' indicar a
possibilidade de estupro, vai gerar uma nova variavel pra q., aih sim, o estupro nao seja permitido... entao nao eh uma formula para, colocadas as variaveis,
extrairem-se as prescricoes, mas, dadas as prescricoes, daih retirarmos as variaveis: aqui, sim, podemos falar frouxamente em ciencia ou objetividade... eh como
aquela piada do portugues (com todo respeito 'a comunidade lusitana) apresentando a maquina de fazer linguica ao seu filho.

como disse o Dr. Omni, a sua esperanca ja' estava por terra ao nascer.

> Vc nao provou que vai causar um delta negativo. Eu refutei suas
> objecoes.

refutou nada... voltamos 'aquela discussao sobre a viabilidade ou nao da transposicao das aguas amazonicas para projetos de irrigacao. vc se permite arbitrar
numeros para 'provar' seu ponto de vista, mas exige nas contra-argumentacoes calculos precisos.

q. o delta sera' negativo com a apresentacao da formula eh obvio, soh ver a reacao dos participantes desta lista. vc mesmo admite o confronto com as crencas
correntes -- particularmente a catolica (facil criticar o catolicismo, o judaismo, o budismo, o animismo... jah o islamismo em funcao do fatwa a coisa eh bem
mais complicada...) -- oras, confronto eh uma situacao desagradavel, vc mesmo escreveu q. a critica seria uma situacao ruim. teremos um vale na paisagem de
felicidade e o pico local eh a continuacao do status quo (e nao teremos meios de distinguir o pico global -- q. bem pode ser o pico local).

[]s,

roberto takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciencia e Religiao -Historico
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 31/10/2000 11:34

Prezado Jocax,

Você escreveu:

"Usando seu exemplo, seja a norma : "O estupro eh permitido desde que
ninguem fique sabendo"

E eu me lembrei daquela gafe do Maluf: "Estrupa, mas não mata..."

Como ficaria a equação da felicidade neste caso?

Abraços,

Claudio Abreu

----- Original Message -----
From: Joao Carlos Holland de Barcellos
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Tuesday, October 31, 2000 7:51 AM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Ciencia e Religiao -Historico


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Ciencia e Religiao -Historico
FROM: rmt@ib.usp.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 31/10/2000 11:58

--- In ciencialist@egroups.com, Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@u...> wrote:
> SIM !, pois poderiamos ter uma etica que nao atinja este objetivo.
> (Ou pelo menos nao tao eficazmente )

estudar a etica sob o ponto de vista cientifico eh possivel, vc nao descobriu nada de novo com isso. o q. nao eh possivel, eh a partir desses estudos dizer se uma
etica eh valida ou nao (eh justa ou nao) com criterios objetivos. o q. vc esta' fazendo eh contaminando a sua analise com os seus proprios criterios eticos, mas
nisso tbm vc nao eh o primeiro (e nem sera' o ultimo). no dia em q. vc entender a diferenca entre explicar e justificar isto vai ficar claro: explicacao eh cientifica,
justificativa, nao.

[]s,

roberto takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciencia e Religiao -Historico
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 31/10/2000 12:10



rmt@ib.usp.br wrote:
>
> --- In ciencialist@egroups.com, Joao Carlos Holland de Barcellos
> <jocax@u...> wrote:
> > Oras, eh claro q isso gerara enorme inseguranca nas familias que
> possuem
> > um ente que possa ser vitima desta norma. Isso provocaria uma perda
> > consideravel de felicidade e, portanto nao poderia ser utilizada.
>
> vc parte de um principio nao admitido de q. estupro eh errado e nao se
> pode admitir em circunstancia nenhuma

Nao estou admitindo isso em nenhum lugar.

Simplesmente dizendo que normas que dependem dos outros "acharem
que ninguem esta vendo" geram inseguranca e reduz a felicidade no todo.

>-- e sempre q. a 'formula da
> felicidade' indicar a
> possibilidade de estupro, vai gerar uma nova variavel pra q., aih sim,
> o estupro nao seja permitido...

Nao foi isso q eu disse. Calhou de seu exemplo nao ser feliz.
Ou seja, para extrairmos formulas eticas do tipo-1 nao eh permitido
frases do tipo "se ninguem esta vendo" , mas nao eh o caso em
eticas do tipo-2, q sao dependentes de contexto.


>entao nao eh uma formula para,
> colocadas as variaveis,
> extrairem-se as prescricoes,

Ela ( formula ) pode ser utilizada para isso.

> mas, dadas as prescricoes, daih
> retirarmos as variaveis: aqui, sim, podemos falar frouxamente em
> ciencia ou objetividade... eh como
> aquela piada do portugues (com todo respeito 'a comunidade lusitana)
> apresentando a maquina de fazer linguica ao seu filho.
>
> como disse o Dr. Omni, a sua esperanca ja' estava por terra ao nascer.
>
> > Vc nao provou que vai causar um delta negativo. Eu refutei suas
> > objecoes.
>
> refutou nada... voltamos 'aquela discussao sobre a viabilidade ou nao
> da transposicao das aguas amazonicas para projetos de irrigacao. vc se
> permite arbitrar
> numeros para 'provar' seu ponto de vista, mas exige nas
> contra-argumentacoes calculos precisos.

Eu disse desde o comeco q os numeros q utilizei foram um *exemplo*
de COMO as medicoes poderiam ser feitas e que PARA UM CALCULO
PRECISO, deveriamos ter a "Tabela de felicidade" onde cada tipo de
acao seria computado um valor numerico associado.

>
> q. o delta sera' negativo com a apresentacao da formula eh obvio, soh
> ver a reacao dos participantes desta lista.

Isso nao eh prova da validade da formula em si.
Vc viu a cara dos participantes da igreja quando Galileu disse q a
terra girava em volta do sol ?

>vc mesmo admite o
> confronto com as crencas
> correntes -- particularmente a catolica (facil criticar o catolicismo,
> o judaismo, o budismo, o animismo... jah o islamismo em funcao do
> fatwa a coisa eh bem
> mais complicada...) -- oras, confronto eh uma situacao desagradavel,
> vc mesmo escreveu q. a critica seria uma situacao ruim. teremos um
> vale na paisagem de
> felicidade e o pico local eh a continuacao do status quo (e nao
> teremos meios de distinguir o pico global -- q. bem pode ser o pico
> local).
>


O q eu disse eh q a eliminacao por morte da posicao conflitante
NAO aumenta necessariamente a felicidade do grupo todo.
Uma vez que cada individuo tem um numero medio de cota de felicidade
a ser usufruida esta cota multiplicada pela populacao deve ser
um numero consideravel que talvez demonstre a a aniquilacao NAO
deva ser a solucao pra nenhum dos lados.

[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciencia e Religiao -Historico
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 31/10/2000 12:18



Claudio Abreu wrote:
>
> Prezado Jocax,
>
> Você escreveu:
>
> "Usando seu exemplo, seja a norma : "O estupro eh permitido desde que
> ninguem fique sabendo"
>
> E eu me lembrei daquela gafe do Maluf: "Estrupa, mas não mata..."
>
> Como ficaria a equação da felicidade neste caso?
>

Como a equacao mede estados de bem estar , esta etica diminuiria
o prazer da populacao ( desde q ser estuprado cause mais dor do que
prazer OU que este ato cause repulsa na maioria das pessoas q fiquem
sabendo )

Mas ela provavelmente causara menos INfelicidade do que se Maluf
tivesse dito : "Estupra e mata"

[]
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciencia e Religiao -Historico
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 31/10/2000 12:54



rmt@ib.usp.br wrote:
>
> --- In ciencialist@egroups.com, Joao Carlos Holland de Barcellos
> <jocax@u...> wrote:
> > SIM !, pois poderiamos ter uma etica que nao atinja este objetivo.
> > (Ou pelo menos nao tao eficazmente )
>
> estudar a etica sob o ponto de vista cientifico eh possivel, vc nao
> descobriu nada de novo com isso.

Tah, e a minha formula da felicidade nao eh nova?
Ela eh a BASE para o estudo da etica.

>o q. nao eh possivel, eh a partir
> desses estudos dizer se uma
> etica eh valida ou nao (eh justa ou nao) com criterios objetivos.

SIM EH !!
Se medirmos as varias eticas utilizando-se a formula poderemos
COMPARAR as varias eticas numericamente e objetivamente.

>o q.
> vc esta' fazendo eh contaminando a sua analise com os seus proprios
> criterios eticos,

Nao fiz isto. Onde vc acha q eu contaminei os resultados?

>mas
> nisso tbm vc nao eh o primeiro (e nem sera' o ultimo). no dia em q. vc
> entender a diferenca entre explicar e justificar isto vai ficar claro:
> explicacao eh cientifica,
> justificativa, nao.
>

"A etica soh se justifica se existe uma explicacao
cientifica para ela " ( Jocax 31/10/2000 )

[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] Raios cosmicos, como aceleram?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 31/10/2000 13:12



Luiz Ferraz Netto wrote:
>
>
> Convenhamos, sabemos que a força que atua na partícula cósmica em
> movimento,
> proveniente de tais campos magnéticos (nossa conhecida força de
> Lorentz)
> está dirigida perpendicularmente ao vetor velocidade e, como tal, não
> pode
> realizar trabalho e conseqüentemente alterar o módulo de tal
> velocidade.
>
> Como pode, então, tal hipótese de Fermi explicar o processo de
> aceleração?
>

Descobri uma saida :

Ao entrarem num destes campos ela rodopia e pode se chocar
com outra perpendicularmente ( por exemplo ) aumentando
sua velocidade em modulo. Que tal ?

[]s
jocax


SUBJECT: Eva chegou primeiro
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 31/10/2000 13:36

GENÉTICA
Árvore genealógica mostra que ancestral comum do sexo masculino surgiu
86 milênios após a primeira mulher
Eva chegou primeiro ao Éden, diz estudo
CLAUDIO ANGELO
DA REPORTAGEM LOCAL , Folha de SP, Terça-feira, 31 de Outubro de 2000


Esqueça essa história de costela, maçã e serpente. Uma análise genética
feita por uma equipe internacional de pesquisadores mostra que os
primeiros ancestrais comuns do homem anatomicamente moderno surgiram
cerca de 86 mil anos depois da primeira mulher. Em resumo, Eva chegou ao
Paraíso muito mais cedo.

O estudo foi coordenado pelos geneticistas Peter Underhill e Peter
Oefner, da Universidade Stanford (EUA), e será publicado na edição de
novembro da revista científica "Nature Genetics".
Os pesquisadores traçaram a árvore genealógica mais completa já feita do
cromossomo Y do homem moderno. Descobriram que o ancestral comum mais
antigo do sexo masculino -batizado de "Adão" pelos geneticistas- habitou
a África há 59 mil anos.


Arquivo genético

O cromossomo Y é o pedaço de informação genética que determina o sexo
masculino. Ele não tem par nas mulheres, portanto, escapa do
embaralhamento genético que ocorre na fecundação e só é transmitido do
pai para os filhos homens. Torna-se, assim, um ótimo arquivo da evolução
humana.

As populações se diferenciam devido ao número de mutações genéticas que
ocorrem com o tempo. Contando essas mutações no cromossomo Y de 1.062
homens, o grupo de Underhill conseguiu chegar ao "pai" comum, cujos
descendentes começaram a deixar a África há 44 mil anos.

A idade proposta para "Adão", no entanto, não bate com um estudo
semelhante feito para "Eva". A portadora do primeiro DNA mitocondrial
-uma parte da informação genética transmitida apenas pela mãe- do homem
moderno tinha cerca de 145 mil anos, segundo um trabalho conduzido pelo
americano Douglas Wallace, da Universidade Emory.

À primeira vista a discrepância parece absurda: afinal, todo mundo tem
pai e mãe. Não soa muito convincente que Eva tenha ficado 86 mil anos
sozinha no Éden.

"Mas "Adão" é um conceito matemático, não um indivíduo", disse Oefner à
Folha. "Não é o surgimento de Adão que nós tentamos datar, mas a
primeira diferenciação no código genético em um homem descendente dele."

Em outras palavras, o que os cientistas encontraram foi um "Adão" que
deixou descendentes.
Que as primeiras mulheres modernas estavam acompanhadas, ninguém duvida.
No entanto, as linhagens masculinas originadas há 145 mil anos não
deixaram nenhum traço na população atual. O primeiro ancestral comum dos
cromossomos Y que andam por aí hoje só surgiu muito depois.
Para Oefner, pode ter havido alguma pressão de seleção natural sobre
esses patriarcas extintos, que favoreceu certas linhagens em detrimento
de outras. "Pode ser que as mulheres preferissem um certo tipo de homem,
mais alto, por exemplo", afirmou.

Outra explicação é que o sucesso do "Adão" mais recente tenha se devido
a alguma inovação cultural ou tecnológica. "Um grupo pode ter
desenvolvido habilidades que tornavam seus membros melhores caçadores."


Primeiro americano

O trabalho de Underhill e Oefner também é coerente com a teoria do
"Adão" americano, segundo a qual uma única linhagem de cromossomo Y
teria migrado da Ásia há cerca de 20 mil anos e originado todas as
populações indígenas atuais no continente.

A origem asiática do "pai" dos índios foi traçada pelo geneticista
mineiro Fabrício dos Santos em 1999. "Esse estudo confirma as nossas
análises", afirma Santos.

Os antropólogos, no entanto, vêem com desconfiança as datações feitas
pela genética.
"A árvore de Underhill tem raízes muito rasas", disse o americano Eugene
Harris, do Instituto de Biociências da USP. "Elas não chegam nem até o
primeiro fóssil humano, que tem 150 mil anos."
Segundo Harris, a taxa de mutações que o estudo usa pode ser equivocada.
"Eles supõem que a região do cromossomo Y analisada não tenha sofrido
seleção natural, o que é difícil acontecer."
"Genética e arqueologia não andam sempre juntas", disse Oefner. "Assim
como a genética não consegue explicar por que esse cromossomo Y dominou,
a arqueologia não consegue reconhecer os eventos moleculares que levaram
a essa predominância."


SUBJECT: Re: [ciencialist] Raios cosmicos, como aceleram?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 31/10/2000 14:15


-----Mensagem Original-----
De: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: terça-feira, 31 de outubro de 2000 14:12
Assunto: Re: [ciencialist] Raios cosmicos, como aceleram?


Descobri uma saida :

Ao entrarem num destes campos ela rodopia e pode se chocar
com outra perpendicularmente ( por exemplo ) aumentando
sua velocidade em modulo. Que tal ?

[]s
jocax

Como que tal? Primeiro o campo magnético só pode aplicar forças
perpendiculares à velocidade (e isso não altera o módulo da velocidade);
segundo, a chance de se chocar com outra (?) (outra o que, partícula
cósmica? partícula da nuvem?), na melhor das hipóteses dá rebote com mesmo
valor de velocidade (choque perfeitamente elástico). Essa outra teria massa
maior etc.?
A hipótese do 'rodopio' é uma só; descrever uma trajetória semicircular e
sair do campo.
Olha, que falta faz uma figurinha em anexo!
______
--------------------->--------------|
| \
| |
| /
-------------------------<----|
________


Tente novamente!
[]'
Léo




SUBJECT: Re: [ciencialist] Raios cosmicos, como aceleram?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 31/10/2000 14:57



Luiz Ferraz Netto wrote:
>
> Como que tal? Primeiro o campo magnético só pode aplicar forças
> perpendiculares à velocidade (e isso não altera o módulo da
> velocidade);
> segundo, a chance de se chocar com outra (?) (outra o que, partícula
> cósmica? partícula da nuvem?), na melhor das hipóteses dá rebote com
> mesmo
> valor de velocidade (choque perfeitamente elástico). Essa outra teria
> massa
> maior etc.?


Se temos duas bolinhas com velocidade V1 e V2 com velocidades
perpendiculares
e se chocam elasticamente. como na fig:

I
I
V
I
o -- P1
I
----------------*----------------->
\
\
\
o -- P2 apos o choque perpendicular com P1

A velocidade de P2 eh aumentada em modulo pois sofreu uma colisao
*perpendicularmente* aa sua velocidade original.

[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] Raios cosmicos, como aceleram?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 31/10/2000 15:37


-----Mensagem Original-----
De: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: terça-feira, 31 de outubro de 2000 15:57
Assunto: Re: [ciencialist] Raios cosmicos, como aceleram?



Se temos duas bolinhas com velocidade V1 e V2 com velocidades
perpendiculares
e se chocam elasticamente. como na fig:

I
I
V
I
o -- P1
I
----------------*----------------->
\
\
\
o -- P2 apos o choque perpendicular com P1

A velocidade de P2 eh aumentada em modulo pois sofreu uma colisao
*perpendicularmente* aa sua velocidade original.

[]s
jocax

Sim claro, entendi sua proposta e concordo que isso realmente ocorre ... e
nada tem a ver com a aceleração das partículas cósmicas. A partícula deve ir
e voltar sob a mesma direção (caso do próton que foge da Terra, reflete-se
na nuvem dotada de campo magnético e volta --- com maior velocidade --- para
a Terra). Na sua proposta, sabe lá onde iria parar essa partícula cósmica
após o 'choque'. Com certeza não retornará ao ponto de origem.

[]'
Léo




SUBJECT: Re: Ciencia e Religiao -Historico
FROM: rmt@ib.usp.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 31/10/2000 16:38

--- In ciencialist@egroups.com, Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@u...> wrote:
> "A etica soh se justifica se existe uma explicacao
> cientifica para ela " ( Jocax 31/10/2000 )

uau, essa foi demais... entao eh soh escrever uma coisa e depois citarmos a nos mesmo? puxa tao facil assim e eu nem percebi...

deixe-me ver, ingrid bergman esta' viva na flor da idade e eh minha esposa.

ok, agora eh soh eu reproduzir a frase acima. legal mesmo. ou:

"explicacao eh cientifica, justificativa, nao" [Roberto Takata 31/10/2000]

valeu, Barcellos,

[]s,

roberto takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciencia e Religiao -Historico
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 31/10/2000 17:29



rmt@ib.usp.br wrote:
>
> --- In ciencialist@egroups.com, Joao Carlos Holland de Barcellos
> <jocax@u...> wrote:
> > "A etica soh se justifica se existe uma explicacao
> > cientifica para ela " ( Jocax 31/10/2000 )
>
> uau, essa foi demais... entao eh soh escrever uma coisa e depois
> citarmos a nos mesmo? puxa tao facil assim e eu nem percebi...
>

Eu nao citei nos mesmos, eu sitei o Grande Jocax !! :-)

[]s
jocax


SUBJECT: Cientistas próximos de decifrar cromossomo Y
FROM: "Marcos Borges" <maborges@ccard.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 31/10/2000 18:04

Cientistas próximos de decifrar cromossomo Y
30 de outubro, 2000
Às 8:30 PM hora de Nova York (0130 GMT)

(AP) -- Cientistas norte-americanos anunciaram que deverão publicar no próximo ano os resultados de um estudo feito sobre a seqüência genética do cromossomo Y, responsável pela definição do sexo masculino para os seres humanos.

Além de abrir uma nova porta para a compreensão da evolução e das funções do cromossomo, o trabalho deverá ajudar pesquisadores do mundo inteiro a desvendar mistérios como a infertilidade masculina, e identificar os genes no cromossomo Y que produzem os espermatozóides.

"Tivemos quase um século de ignorância e desconhecimento sobre o cromossomo Y. Não há muitos cromossomos que possuem um histórico intelectual de conclusões e estudos por parte dos cientistas", afirma David Page, do Whitehead Institute em Cambridge, Massachusetts.

Homens e mulheres possuem uma estrutura genética constituída por pares idênticos de cromossomos. Com relação ao cromossomo do sexo, as mulheres possuem um par XX, enquanto os homens têm caprichosamente um par 'descombinado' XY -- o X define o sexo feminino, e o Y o masculino.

O seqüenciamento do cromossomo Y está sendo supervisionado por David Page, e pelos cientistas Robert Waterson e Rick Wilson, da Escola de Medicina da Universidade de Washington, em St. Louis, Missouri.

O trabalho cobrirá somente cerca da metade do total de 60 milhões de elementos fundamentais do cromossomo Y, porque a outra parte, considerada sem efeito, resiste à atual tecnologia de seqüenciamento. Mesmo assim, sob os padrões científicos, a seqüência será considerada completa.

Todo esse esforço faz parte do Projeto Genoma Humano, que busca identificar os três bilhões de elementos fundamentais químicos que constituem todos os 24 cromossomos humanos.

Somente dois deles foram completamente seqüenciados até o momento pelo projeto, que anunciou em junho ter finalizado um rascunho de todos os cromossomos humanos.

A Celera Genomics também anunciou o seqüenciamento, mas é preciso pagar para obter as informações.

Assim, a maioria dos cientistas poderá ter acesso a dados sobre a seqüência do cromossomo Y, através dos esforços de Page, Waterson e Wilson.



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Cientistas próximos de decifrar cromossomo Y
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 31/10/2000 18:36



Marcos Borges wrote:
>
> Cientistas próximos de decifrar cromossomo Y

Já repararam no número de vezes que já foi anunciado
a sequenciação do genoma humano, ou de parte dele?

João
http://www.nonio.com




SUBJECT: Re: Cientistas próximos de decifrar cromossomo Y
FROM: rmt@ib.usp.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 31/10/2000 19:29

--- In ciencialist@egroups.com, João Mário Miranda <jmiranda@e...> wrote:
> Já repararam no número de vezes que já foi anunciado
> a sequenciação do genoma humano, ou de parte dele?

espere soh ateh chegar o proteoma... nao serao apenas as sequencias de prot=
einas q. serao anunciadas intermitentemente, mas as funcoes atribuidas a ela=
s vao
ficar variando por anos.

FSP 30/02/2002 - 'Encontrada a proteina que causa o cancer de pele' - a pro=
posito de proteina X
OESP 31/02/2002 - 'Proteina X estaria associada ao fator de bronzeamento'
JT 32/07/2002 - 'Industria do tabaco patenteia fumo com proteina X'
OGlobo 21/13/2004 - 'Proteina X causa broncomielite'

[]s,

roberto takata




SUBJECT: Re: Biofísica - preciso de ajuda
FROM: rmt@ib.usp.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 31/10/2000 20:02

--- In ciencialist@egroups.com, "Marcos Borges" <maborges@c...> wrote:
> Preciso fazer um trabalho sobre campo gravitacional e sistemas biológicos=

> (circulação e transporte de seiva) e preciso de ajuda pois tenho encontra=
do
> poucas referências para poder ministrar um seminário.

nao sei se chega a tempo ou se sao uteis de todo modo:

ZIMMERMANN U, ZHU JJ, MEINZER FC, GOLDSTEIN G, SCHNEIDER H, ZIMMERMANN G, B=
ENKERT R, THURMER F, MELCHER P, WEBB
D, HAASE A 1994 - HIGH-MOLECULAR-WEIGHT ORGANIC-COMPOUNDS IN THE XYLEM SAP =
OF MANGROVES - IMPLICATIONS FOR
LONG-DISTANCE WATER TRANSPORT. BOTANICA ACTA 107: (4) 218-229.

Hejnowicz Z 1997 - Graviresponses in herbs and trees: A major role for the=
redistribution of tissue and growth stresses. PLANTA 203: S136-S146, Suppl.=
S.

Mas a questao basica eh o transporte de liquido ateh a copa de grandes arvo=
res. O principio da hidrostatica mostra q. uma coluna de agua em funcao da p=
ressao
atmosferica soh pode ser erguida a ateh cerca de 10 m. Aih entram diversas =
teorias.

http://www.sciam.com/askexpert/biology/biology36/biology36.html
http://www.sciam.com/askexpert/biology/biology21.html

bem, tem uma pagina q. nao tem nada a ver com a historia, mas nao vou manda=
r uma mensagem avulsa:

http://serendip.brynmawr.edu
http://serendip.brynmawr.edu/bb/

nao dei uma explorada a fundo, mas 'a primeira vista parece ser bem interes=
sante.

[]s,

roberto takata




SUBJECT: Re: Ciencia e Religiao -Historico
FROM: rmt@ib.usp.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 31/10/2000 21:10

--- In ciencialist@egroups.com, Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@u..=
.> wrote:
em vez de reinventar a roda leia trabalhos clássicos -- claro, devidadement=
e reinterpretados 'a luz de novos conhecimentos.

de uma busca em 'teoria dos jogos', 'dilema do prisioneiro', 'teoria politi=
ca', 'teoria neoclassica da economia', 'principios de filofosia', 'etica' --=
aih sim teremos
um certo embasamento para uma discussao racional.

'o erro de descartes' de antonio damasio, 'como a mente funciona' de steven=
pinker, 'the origins of virtue' de matt ridley (a traducao peca em diversos=
pontos, por
exemplo, traduz 'apes' como simios e 'monkeys' como macacos, como se houves=
se distincao entre simios e macacos em portugues... -- o livro eh pra ser li=
do
mais como uma provocacao -- a visao mais neoliberal em termos de politica e=
conomica do autor provavelmente vai lhe dar um certo desconforto, a fiar-me =
em
sua manifestacao centro-esquerdista ocasional) sao um bom comeco. eu disse =
comeco, vc ainda vai precisar ler as referencias e dar uma consultada nos tr=
abalhos
mais recentes publicados -- mais ou menos como vc fez em seu projeto de mes=
trado.

alguns entre varios (nao tao recentes):

Nowak, MA & Sigmund, K 1992 - Tit for tat in heterogeneous populations. Nat=
ure 355: 250-253.

Nowak, MA; May, RM & Sigmund, K 1995 - The Arithmetics of Mutual Help. Scie=
ntific American (Junho): 76-81.

Burhoe RW 1970 - Science and human values - thermodynamics, information, e=
volution, and ethics. Scienc 170: 891 -- velhinho e portanto desatualizado e=
m
alguns aspectos.

ahan, claro q. numa discussao como a nossa totalmente descompromissada, nao=
se deveria, a principio, fazer uma exigencia dessas. bem, nao eh uma exigen=
cia,
porem mesmo pra falar bobagens soh por falar eh melhor ter um certo conheci=
mento de terreno. eu sei q. vc nao fala essas coisas a serio, porem mesmo pr=
a ser
porra louca eh preciso saber o q. se esta' a combater. uma imagem bastante =
ilustrativa eh q. pintores como Picasso, Miro', Matisse, Monet e todos (eh '=
todos'
mesmo -- ou falho em minha generalizacao?) os reconhecidamente grandes auto=
res q. romperam com a corrente principal conheceram antes bem a fundo a
corrente com a qual romperam -- algumas vezes justamente pelo fato de conhe=
cerem a fundo. claro q. nem vc nem eu somos Picassos ou Matisses, mas enfim =
--
se vamos falar bobagens, falemos bobagens coerentes em vez de ficar inventa=
ndo nomes novos para coisas ha' muito conhecidas -- mesmo q. para nos
(enfurnados em nossos mundinhos estreitos) seja uma bruta novidade -- ou in=
ventando propriedades inexistentes 'as coisas. falei em pintores, mas servem=

escritores: Joyce, Guimaraes Rosa, Saramago. Servem cientistas: Galileu, Ne=
wton, Einstein, Bohr (figurinhas faceis). provavelmente servem filosofos, ma=
s
confesso envergonhado q. pouco sei sobre filosofia (nao q eu manje alguma c=
oisa de artes ou ciencias), Bacon e Descartes me vEm 'a mente, mas nao estou=
certo
qto a isso. ok, esses exemplos, foram dos q. romperam 'a serio... porem pod=
emos estender isso para os q. apenas zoaram o barraco, como o... o... han...=
er... eh,
talvez nao seja mesmo necessario saber do q. se fala mesmo... esqueca esta =
mensagem, bom trabalho...

[]s,

roberto takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciencia e Religiao -Historico
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 01/11/2000 06:21



rmt@ib.usp.br wrote:
>
> --- In ciencialist@egroups.com, Joao Carlos Holland de Barcellos
> <jocax@u..=
> .> wrote:
> em vez de reinventar a roda leia trabalhos clássicos -- claro,
> devidadement=
> e reinterpretados 'a luz de novos conhecimentos.
>
> de uma busca em 'teoria dos jogos', 'dilema do prisioneiro', 'teoria
> politi=
> ca', 'teoria neoclassica da economia', 'principios de filofosia',
> 'etica' --=
> aih sim teremos
> um certo embasamento para uma discussao racional.
>

Nao sei,
mas para mim eles eh que precisariam ouvir o Jocax e nao o Jocax
ouvi-los.

[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] Raios cosmicos, como aceleram?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 01/11/2000 06:39



Luiz Ferraz Netto wrote:
>
> -----Mensagem Original-----
> De: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
> Para: <ciencialist@egroups.com>
> Enviada em: terça-feira, 31 de outubro de 2000 15:57
> Assunto: Re: [ciencialist] Raios cosmicos, como aceleram?
>
> nada tem a ver com a aceleração das partículas cósmicas. A partícula
> deve ir
> e voltar sob a mesma direção (caso do próton que foge da Terra,
> reflete-se
> na nuvem dotada de campo magnético e volta --- com maior velocidade
> --- para
> a Terra).


OK LEO !
Qual a resposta do problema entao ?
Estou curioso ! Nao me torture mais ! :-)

[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciencia e Religiao -Historico
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO:
DATE: 01/11/2000 07:41



rmt@ib.usp.br wrote:
> porem mesmo pra falar bobagens soh por falar eh melhor ter um certo
> conheci=
> mento de terreno. eu sei q. vc nao fala essas coisas a serio, porem
> mesmo pr=
> a ser
> porra louca eh preciso saber o q. se esta' a combater. uma imagem
> bastante =


Nao eh a primeira vez , nem sera a ultima, que para nao levarem em conta
o que digo, as pessoas, como voce, dizem que eu nao estou falando serio.

Eh um modo de fugir do novo paradigma e nao encarar a teoria de frente.

Ao mesmo tempo, busca afugentar qualquer outras pessoas que tentam
perceber algum indicio de verdade no novo paradigma.

"Eu sei que o q vc diz nao eh para se levar a serio!", Eh um modo de
tentar
desacreditar totalmente, perante os outros, o autor revolucionario e
sair da discussao, quem sabe, com uma desculpa para si mesmo.

Existem pessoas que PRECISAM de DOGMAS sejam religiosos sejam eticos.
Eh uma maneira delas se sentirem seguras, uma ilha num oceano memetico
mutante e perigoso : "Onde estas revoltas aguas nos levarao ?".

O Dogma faz o papel desta ilha, deste porto-seguro.
Nada de mais se esta ilha-dogmatica nao evitasse que estas aguas
turbulentas
nos levassem, quem sabe, a alguma praia paradisiaca !!

Quando eu propus um criterio cientifico para a verificacao e mesmo
construcao da etica, eu estava propondo uma REVISAO dos dogmas eticos
atuais atraves de uma nova luz : Uma analise cientifica tendo por base
o criterio comparativo de felicidade.

Verificar se isso ja existe? Nao me importo. O importante eh ter a a
base
teorica construida e, se eu perder a paternidade da ideia, o prejuizo eh
soh meu. Caso contrario ganharemos todos.

Sim, Claro q para a construcao da meta-etica-cienifica ( que deveria
originar todas as eticas ) eu assumi, como principio, que se deve
buscar
a maximizacao da felicidade do grupo. Pode-se argumentar q este eh um
princio etico tambem... Que seja, mas eh o unico, assim como a partir do
principio da conservacao da energia toda(?) a fisica classica pode ser
levantada assim sera tambem para as novas eticas.

A meta-etica-cientifica poe em cheque toda dogmatizacao etica atual
e propoe uma revisao dela com base em criterios objetivos e cientificos.

Claro que nem tudo esta feito. Mas a base ja esta definida, resumindo:

Toda etica deve ter como objetivo maximizar a felicidade do grupo.

A felicidade de cada individuo eh dada pela formula :

Felicidade = Integral( Prazer(t) ) dt

Onde Prazer(t) eh um valor numerioco associado ao bem estar do individuo
no instante t ( que pode ser um mal estar ).

O prazer(t) poderia ser medido atraves do nivel de excitacao neuronal
nas
areas do cerebro responsaveis pelas sensacoes, dores e prazeres.

A medida do bem estar instantaneo eh um topico ainda em aberto.


Podemos observar, pela formula acima, que a felicidade maxima do
individuo, eh dada quando se maximiza o tempo de vida dele e
tambem do seu prazer.

Nem sempre, contudo, maximizando-se o prazer aumenta-se o tempo de vida
e
por vezes ocorre o inverso. Portanto a maximizacao da felicidade esta em
uma solucao de compromisso entre o prazer instantaneo e o tempo de
vida.

O problema principal da maximizacao do prazer do grupo surge da
constatacao
de que nem sempre o que traz mais felicidade para o individuo tambem
traz
para o grupo e, muitas vezes, ocorre o inverso.

O codigo de etica deveria entao procurar maximizar a felicidade do grupo
em
detrimento da felicidade de um individuo particular de modo q todos
possam,
sob esta nova perspectiva restritiva, ter sua felicidade maximizada.

Para q se possa comparar numericamente os efeitos que diversas acoes
causam na felicidade das pessoas, propus um tabelamento destes efeitos
no que chamei de "tabela da felicidade". Esta tabela, construida a
partir
de medicoes quantitativas da funcao prazer(t) serviria para comparar
e mesmo construir uma escala de valores de acoes ou mesmo servir
de base para a construcao de um novo sistema etico.

[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] Raios cosmicos, como aceleram?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 01/11/2000 08:26


### De: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: quarta-feira, 1 de novembro de 2000 07:39
Assunto: Re: [ciencialist] Raios cosmicos, como aceleram?

OK LEO !
Qual a resposta do problema entao ?
Estou curioso ! Nao me torture mais ! :-)

[]s
jocax ###

SEM GRITARIA! Vamos à resposta:

Para 'clarear' bem o propósito, comecemos por examinar o comportamento de um
gás que se encontra num cilindro vedado por um êmbolo. Enquanto o êmbolo
permanece imóvel, a velocidade média 'v' das moléculas de gás se mantém
constante (claro, excluamos a hipótese de troca de calor com o ambiente), já
que as colisões dessas moléculas com as paredes do cilindro e êmbolo são
perfeitamente elásticas; desse modo as velocidades depois da colisão têm
mesmo módulo que antes dela.
Porém, se o êmbolo se desloca ao longo do cilindro com certa velocidade
constante 'u', as moléculas que se chocam com ele apresentarão
(relativamente a ele) a velocidade 'v + u'. Com essa mesma velocidade
relativamente ao êmbolo elas também se refletirão. Porém, como o êmbolo se
desloca com velocidade 'u' relativamente ao cilindro, então a velocidade de
tais moléculas em relação ao cilindro, após a reflexão, será: 'u + (u + v) =
v +2u', ou seja, experimentam um acréscimo de '2u'.
De maneira semelhante ocorre a aceleração das partículas carregadas no
espaço cósmico. Assim, se um próton (equivalente à molécula de gás no
cilindro) escapa da Terra com uma velocidade 'v' e 'bate' em um aglomerado
de gás interestelar (equivalente ao êmbolo) dotado de campo magnético e
movendo-se com velocidade 'u' em relação a Terra, então, após a 'reflexão'
(a reflexão é aqui representada pelo arco de circunferência que o próton faz
ao penetrar no campo magnético) o próton retornará à Terra com velocidade 'v
+ 2u'.
É verdade que esse próton pode encontrar um campo magnético cuja velocidade
tenha o mesmo sentido de movimento da Terra e portanto diminuirá a
velocidade do próton, em lugar de aumenta-la, mas, os cálculos dessa turma
demonstra (eles sempre acham um jeito de justificar suas hipóteses) que as
partículas em movimento encontram, por unidade de tempo, mais campos
aceleradores que os e retardadores e, como resultado, o efeito predominante
é o
da aceleração.

Infelizmente falta-nos o recurso de uma figurinha para ilustrar a coisa.
Será que o LRB já nos liberou alguns poucos anexos?

[]'
Léo






SUBJECT: Ciencia e Religiao
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 01/11/2000 08:46

Esse texto recolhi no Acorda Brasil. Cita algumas situações e a todas elas
apela para deus (ou seja, eu) como única explicação. Vale conferir para ver
a falta de 'imaginação' desse pessoal:

1) O elefante é o único animal cujas pernas dianteiras se dobram a frente.
Por que? Porque de outra forma seria difícil para esse animal levantar-se,
por causa do seu peso.

2) Por que os cavalos, para se erguerem, usam as patas dianteiras, e as
vacas, as traseiras?
Quem orienta esses animais para que ajam dessa maneira?
deus.

3) Esse mesmo Deus que coloca um punhado de argila no coração da terra, e,
através da ação do fogo, transforma-a em formosa ametista de alto valor.

4) Esse mesmo Deus que coloca certa quantidade de carvão nas entranhas do
solo, e, mediante a combinação do fogo e a pressão dos montes e das
rochas,transforma esse carvão em resplandecente diamante, que vai fulgurar
na coroa dos reis ou no diadema dos poderosos!

5) Por que o canário nasce aos 14 dias, a galinha aos 21, os patos e gansos
aos 28, o ganso silvestre aos 35 e os papagaios e avestruzes aos 42 dias?
Por que a diferença entre um período e outro é sempre de sete dias?
Porque o Criador sabe como deve regular a natureza e jamais comete
engano.

6) Ele determinou que as ondas do mar se quebrem na praia à razão de 26 por
minuto, tanto na calma como na tormenta.

7) A sabedoria divina revela-se ainda nas coisas que poucos notam: A
melancia tem número par de franjas.
A laranja possui número par de gomos. A espiga de milho tem número par de
fileiras de grãos.
O cacho de bananas tem, na última fila, número par de bananas,
e cada fila de bananas tem uma a menos que a anterior
Desse modo, se uma fileira tem número par, a seguinte terá número ímpar.
A ciência moderna descobriu que todos os grãos das espigas são em número
par.

8) Outro mistério que a ciência ainda não descobriu: Enormes árvores,
pesando milhares de quilos, apoiadas em apenas poucos centímetros de raízes.
Ninguém até agora conseguiu descobrir esse princípio de sustentação a fim de
aplicá-lo em edifícios e pontes.

9) Mas há maravilha ainda maior. O Criador toma o oxigênio e o hidrogênio,
ambos sem cheiro, sem sabor e sem cor, e os combina com o carvão, que é
insolúvel, negro e sem gosto. O resultado, porém, é o alvo e doce açúcar.
Deus, "que é o mesmo ontem, hoje e sempre", sempre tem a última palavra.
Fim

Tá vendo, vcs cientistas não sabem 'explicar' nada, ficam só 'justificando'
coisinhas. Façam com deus, explique pelo menos 9 coisas (as demais ainda não
há um concenso entre os deuses)! :-)

[]'
Léo






SUBJECT: Re: [ciencialist] Raios cosmicos, como aceleram?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 01/11/2000 09:14



Luiz Ferraz Netto wrote:
> movendo-se com velocidade 'u' em relação a Terra, então, após a
> 'reflexão'
> (a reflexão é aqui representada pelo arco de circunferência que o
> próton faz
> ao penetrar no campo magnético) o próton retornará à Terra com
> velocidade 'v
> + 2u'.
> É verdade que esse próton pode encontrar um campo magnético cuja
> velocidade
> tenha o mesmo sentido de movimento da Terra e portanto diminuirá a
> velocidade do próton, em lugar de aumenta-la, mas, os cálculos dessa
> turma
> demonstra (eles sempre acham um jeito de justificar suas hipóteses)
> que as
> partículas em movimento encontram, por unidade de tempo, mais campos
> aceleradores que os e retardadores e, como resultado, o efeito
> predominante
> é o
> da aceleração.
>

Entendi e achei bastante engenhosa a explicacao mas restam duas
duvidas :

1-Todos sabemos, pelo que mostrou Huble ,que os grande objetos cosmicos
esta se afastando um dos outros ( como uma bolha de sabao ) e nao indo
de encontro. Isso nao refutaria a explicacao?

2-Se a explicacao estiver certa deveriamos ter particulas
PING-PONG que se refletirao em 2 nuvens magneticas distintas num
VAI-E-VEM com velocidades cada vez maiores !!!

[]s
jocax


SUBJECT: Alguém saberia me dizer?
FROM: "Lilian Russo" <liatoria@sti.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 01/11/2000 16:15


Por que a espuma de sabonetes (mesmo que coloridos) é sempre branca?

Não é piada, muito embora eu só tenha encontrado piadas sobre isto...

Obrigada.



SUBJECT: notícias do nonio
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ajc <ajciencia@egroups.com>
DATE: 01/11/2000 16:34

Notícias nonio.com
Notícias recentemente publicadas no nonio.com

Porque é que os animais são simétricos?
Está a decorrer no pt.ciencia.geral uma discussão sobre a origem da
simetria nos animais. A respostas a esta pergunta é: e porque é que
eles
haviam de ser assimétricos. Este texto é baseado em algumas ideias do
livro "Climbing Mount Improbable" de Richard Dawkins.

http://www.nonio.com/article.php3?sid=117

Novo medicamento para a artrite reumatóide
Uma equipa de investigadores britânicos desenvolveu um novo
medicamento para a artrite reumatóide que se baseia numa nova
compreensão da doença. A artrite reumatóide é uma doença autoimune.
Segundo este novo estudo uma reacção do sistema imunitário
desencadeado pelos linfócitos B provoca o ataque aos tecidos ósseos.
Segundo este estudo se for possível eliminar temporariamente os
linfócitos B
da corrente sanguínea seria possível acabar com a doença.

http://www.nonio.com/article.php3?sid=116

Adão e Eva
O Público de hoje publica uma notícia de um estudo de genética das
populações que a partir da análise das variações do cromossoma na
população mundial tentou determinar há quanto tempo é que essas
populações divergiram. O estudo concluiu que isso aconteceu há
59 mil anos. Ou seja, o antepassado masculino de todos os homens
é alguém que viveu há mais 59 mil anos.

http://www.nonio.com/article.php3?sid=114

Enigma do Fósforo Partido
Depois do enigma dos gémeos e do enigma do elevador (já resolvidos
pelos leitores) propomos o enigma do Fósforo Partido. Um homem é
encontrado no chão com um fósforo partido na mão. Como foi que ele
morreu?

http://www.nonio.com/article.php3?sid=113

CUBO
Seis pessoas dentro de uma sala em forma de Cubo. O Cubo tem seis
saídas,
uma em cada face. Cada saída dá para outra sala cubica com seis saídas.
Nós não sabemos como é que essas pessoas foram parar ao
labirinto de cubos, nem para que serve o labirinto, nem quem o
construiu. Vejam o filme antes da leitura dos comentários porque os
comentários estragam o filme e depois contem ao nonio como é que foi.
Foi Grande Prémio do Fantasporto em 1999. Atenção aos detalhes
matemáticos.

http://www.nonio.com/article.php3?sid=112

Opine sobre o nonio
O Livra é um site em que os cibernautas dão opiniões sobre tudo e
mais alguma coisa. Tudo e mais alguma coisa inclui sites de internet
como o nonio. Por isso pedimos aos nossos visitantes que passem
por lá e que digam o que pensam de nós.

http://www.nonio.com/article.php3?sid=111



SUBJECT: Re: [ciencialist] Alguém saberia me dizer?
FROM: "Palhares, Paulo Rogerio" <prpalhares@sti.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 01/11/2000 16:57

Porque o adtivo que faz a espuma é incolor.

Um abraço.
----- Original Message -----
From: "Lilian Russo" <liatoria@sti.com.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Wednesday, November 01, 2000 5:15 PM
Subject: [ciencialist] Alguém saberia me dizer?


>
> Por que a espuma de sabonetes (mesmo que coloridos) é sempre branca?
>
> Não é piada, muito embora eu só tenha encontrado piadas sobre isto...
>
> Obrigada.
>
>
>
> *** --- ***
> Para sair da lista envie um mail para:
> ciencialist-unsubscribe@egroups.com
> *** --- ***
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Alguém saberia me dizer?
FROM: Milton Taidi Sonoda <mtsonoda@if.sc.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 01/11/2000 17:41

O mesmo vale para a espuma da cerveja,
sendo a cerveja amarela?

abracos
Milton

"Palhares, Paulo Rogerio" wrote:

> Porque o adtivo que faz a espuma é incolor.
>
> Um abraço.
> ----- Original Message -----
> From: "Lilian Russo" <liatoria@sti.com.br>
> To: <ciencialist@egroups.com>
> Sent: Wednesday, November 01, 2000 5:15 PM
> Subject: [ciencialist] Alguém saberia me dizer?
>
> >
> > Por que a espuma de sabonetes (mesmo que coloridos) é sempre branca?
> >
> > Não é piada, muito embora eu só tenha encontrado piadas sobre isto...
> >
> > Obrigada.
> >
> >
> >
> > *** --- ***
> > Para sair da lista envie um mail para:
> > ciencialist-unsubscribe@egroups.com
> > *** --- ***
> >
>
>
> *** --- ***
> Para sair da lista envie um mail para:
> ciencialist-unsubscribe@egroups.com
> *** --- ***



SUBJECT: Re: Ciencia e Religiao -Historico
FROM: rmt@ib.usp.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 01/11/2000 17:42

--- In ciencialist@egroups.com, Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@u...> wrote:
> Nao eh a primeira vez , nem sera a ultima, que para nao levarem em conta
> o que digo, as pessoas, como voce, dizem que eu nao estou falando serio.

lah vem o Barcellos brincando de novo. na verdade o Barcellos inventou, sim, algo de novo, nao sei q. nome isso tem, mas eh uma
especie de Calvinball* aplicado a discussoes. ontem me deu esses estalo. eu ficava preocupado com o fato de eu quase nunca
captar o raciocinio dele, mas a resposta obvia estava o tempo todo na minha frente -- nao existe um raciocinio, apenas uma
sequencia arbitraria de afirmacoes. daih das desconexoes e falta de coerencia do q. se falava.

me desculpe mesmo Barcellos, sou meio lerdo pra sacar essas coisas. mas tbm vc nao avisa q. era uma brincadeira...

[]s,

roberto takata

*para os incautos q. chegaram agora de Marte eh aquela brincadeira entre o menino Calvin e seu tigre de pelucia Haroldo (Hobbes)
-- magistrais personagens de tiras de jornal de William Waterson -- q. consiste em nao existir regras fixas para o jogo -- cada hora um
propoem uma regra q. vale ateh o outro mudar a regra.

mais info em:

http://www.calvinandhobbes.com




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciencia e Religiao -Historico
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 01/11/2000 17:47



rmt@ib.usp.br wrote:
>
> --- In ciencialist@egroups.com, Joao Carlos Holland de Barcellos
> <jocax@u...> wrote:
> > Nao eh a primeira vez , nem sera a ultima, que para nao levarem em
> conta
> > o que digo, as pessoas, como voce, dizem que eu nao estou falando
> serio.
>
> lah vem o Barcellos brincando de novo.

Eh... talvez vc esteja mais preso a dogmas ( eticos ) do que eu
(ou vc) possa imaginar... Fazer o que...

[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] Alguém saberia me dizer?
FROM: "Palhares, Paulo Rogerio" <prpalhares@sti.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 01/11/2000 18:04

Isso mesmo, a espuma da cerveja também serve para segurar o gás e a
temperatura.

----- Original Message -----
From: "Milton Taidi Sonoda" <mtsonoda@if.sc.usp.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Wednesday, November 01, 2000 6:41 PM
Subject: Re: [ciencialist] Alguém saberia me dizer?


> O mesmo vale para a espuma da cerveja,
> sendo a cerveja amarela?
>
> abracos
> Milton
>
> "Palhares, Paulo Rogerio" wrote:
>
> > Porque o adtivo que faz a espuma é incolor.
> >
> > Um abraço.
> > ----- Original Message -----
> > From: "Lilian Russo" <liatoria@sti.com.br>
> > To: <ciencialist@egroups.com>
> > Sent: Wednesday, November 01, 2000 5:15 PM
> > Subject: [ciencialist] Alguém saberia me dizer?
> >
> > >
> > > Por que a espuma de sabonetes (mesmo que coloridos) é sempre branca?
> > >
> > > Não é piada, muito embora eu só tenha encontrado piadas sobre isto...
> > >
> > > Obrigada.
> > >
> > >
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> > > *** --- ***
> > > Para sair da lista envie um mail para:
> > > ciencialist-unsubscribe@egroups.com
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> Para sair da lista envie um mail para:
> ciencialist-unsubscribe@egroups.com
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciencia e Religiao -Historico
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 01/11/2000 18:26

-----Mensagem Original-----
De: roberto takata
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Quarta-feira, 1 de Novembro de 2000 18:42
Assunto: [ciencialist] Re: Ciencia e Religiao -Historico

> --- In ciencialist@egroups.com, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> > Nao eh a primeira vez , nem sera a ultima, que para nao levarem em conta
> > o que digo, as pessoas, como voce, dizem que eu nao estou falando serio.

> lah vem o Barcellos brincando de novo.

Barcellos????
Taí, gostei!!! É muito melhor que Jocax. :-))

> na verdade o Barcellos inventou, sim, algo de novo, nao sei q. nome isso
> tem, mas eh uma especie de Calvinball* aplicado a discussoes.

Só não concordo que seja algo novo. No Congresso, em Brasília, utiliza-se
deste artifício há décadas. Em época de eleições o processo vem a público, é
suficiente prestar atenção ao horário eleitoral.

> ontem me deu esses estalo. eu ficava preocupado com o fato de eu quase
> nunca captar o raciocinio dele, mas a resposta obvia estava o tempo todo
> na minha frente -- nao existe um raciocinio, apenas uma sequencia
> arbitraria de afirmacoes. daih das desconexoes e falta de coerencia do q.
> se falava.

Pois é exatamente isso o que acontece em Brasília. Uma seqüência enorme de
afirmações desconexas que ao final resulta em pizzas.

> me desculpe mesmo Barcellos, sou meio lerdo pra sacar essas coisas. mas
> tbm vc nao avisa q. era uma brincadeira...

Pois eu proponho que a ciencialist tente cavar uma legenda para o Barcellos
(gostei!) se canditar a Deputado Federal nas próximas eleições. Assim ele
para de enrolar a gente e vai enrolar o povo. Entre FHC, ACM, Lula, Marta,
Covas, Maluf, eu sou mais Jocax (para a campanha, Jocax soa melhor). Dos
males, o menos pior. Será???

> *para os incautos q. chegaram agora de Marte...

Desculpe-me mas estou chegando de Saturno. Foi por isso que deixei de
escrever nos últimos dias.

> eh aquela brincadeira entre o menino Calvin e seu tigre de pelucia Haroldo
> (Hobbes) -- magistrais personagens de tiras de jornal de William
> Waterson -- q. consiste em nao existir regras fixas para o jogo -- cada
> hora um propoem uma regra q. vale ateh o outro mudar a regra.

Não conhecia as tiras mas conheço o Barcellos o suficiente para entender sua
msg.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: Alguém saberia me dizer?
FROM: rmt@ib.usp.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 01/11/2000 18:55

se permitem um pitaco de uma pessoa q. nao entende bolhufas (falando em bolhas) de fisica.

acho q. o principio nao difere muito de qdo se sobrepoem varias camadas de saquinho plastico transparente.

a bolha de sabao embora translucida, ela reflete um pouco de luz. numa espuma sao varias camadas (na verdade nao formam camadas, mas sao varias
microbolhas uma em cima da outra), cada uma refletindo um pouco de luz. qto mais espessa, mais luz acaba sendo refletida. soh q. como essa reflexao nao ocrre
de modo perfeito como no espelho -- i.e., os raios refletidos voltam cada um numa direcao (ocorre a dispersao da luz refletida), acaba por gerar um padrao
esbranquicado.

repare q. qto mais espessa a espuma, mais branca ela parece. e qto menores as microbolhas q. forma a espuma, mais branca tbm -- jah q. acaba por haver mais
'camadas' refletoras.

bem, ha' ainda um pequeno probleminha -- uma bolha isolada parece ser multicor. isso ocorre por causa da refracao da luz -- desvio de trajetoria de um raio de luz
qdo muda de meio (correto Leo? era isso Miltao?) -- entao de forma grosseiramente analoga ao prisma q. decompoe a luz branca q. incide sobre ela, a bolha tbm
causa uma certa decomposicao da luz q. a atravessa. soh q. como a bolha eh formada por uma pelicula de liquido (agua + detergente) e o meio nao eh exatamente
homogeneo -- um regiao eh ligeiramente mais espessa ou tem uma concentracao ligeiramente diferente de soluto -- acaba havendo uma heterogeneidade das
propriedades opticas de acordo com a regiao da superficie da bolha e essas regioes heterogeneas ficam 'dancando' pela superficie -- aih parece q. as regioes
multicoloridas ficam zanzando pela bolha.

bem, entao porq. na espuma nao se veem essas regioes multicoloridas? eh por causa da dispersao da luz. as bolhas de baixo refletem a luz vermelha numa direcao
e a verde noutra, as q. ficam logo acima a vermelha em outra e a verde em uma outra (falando beeeem grosseiramente), aih no final as cores ficam todas
misturadas e acabam gerando o branco de novo.

acho q. podemos fazer um pequeno modelo -- pegue uma tela de malha bem larga, pelas quais passem facilmente contas de plastico (micangas) coloridas. estenda
essa tela sobre uma armacao de madeira vazada. jogue as micangas sobre a tela -- algumas vao rebater e voltar, mas a maioria vai passar direto. agora vah
acrescentando algumas camadas de tela do mesmo tipo, sobrepondo-as (mas nao pode forcar para q. a disposicao da malha de uma camada coincida com a de
baixo). cada vez mais bolinhas deverao voltar e se espalhar em volta. (claro q. uma bolha ou outra superficie transparente nao eh uma superficie perfurada, nao
eh q. a luz viaje pelos espacos vazios entre os atomos -- quer dizer, ateh viaja, mas nao eh esse o caso -- o q. quero dizer eh q. a transparencia do material nao vai
depender exatamente de sua dendidade, embora isso tbm afete, mas a variavel principal eh como estao distribuidos os eletrons que absorvem e devolvem a energia
luminosa nesse material.)

pagina relacionada:

What determines whether a substance is transparent?
http://www.sciam.com/askexpert/chemistry/chemistry2.html

Leo e Milton vejam se eu falei muitas asneiras.

[]s,

roberto takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] Alguém saberia me dizer?
FROM: "Douglas" <douglas.jpn@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 01/11/2000 19:13

Lilian,

a espuma de sabonetes coloridos parece branca pq ela é um conjunto de pequenas bolhas transparentes misturadas com ar. A mistura com ar diminui a transparência das bolhas e o conjunto aumenta a reflexão da luz branca..

O mesmo fenômeno pode ser observado nas espumas originadas da "quebradura" das ondas do mar.

E em outras espumas...

[]'s

Douglas A F Campos (SP)

-----Mensagem Original-----
De: "Lilian Russo" <liatoria@sti.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Quarta-feira, 1 de Novembro de 2000 17:15
Assunto: [ciencialist] Alguém saberia me dizer?



> Por que a espuma de sabonetes (mesmo que coloridos) é sempre branca?




SUBJECT: Re: Ciencia e Religiao -Historico
FROM: rmt@ib.usp.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 01/11/2000 19:28

--- In ciencialist@egroups.com, "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@u...> wro=
te:
> Só não concordo que seja algo novo. No Congresso, em Brasília, utiliza-se=

> deste artifício há décadas. Em época de eleições o processo vem a público=
, é
> suficiente prestar atenção ao horário eleitoral.

Alberto,

a embromacao corriqueira segue um certo conjunto de regras -- estou ateh si=
stematizando isso. mas as falas de Barcellos nao, daih dela se aproximar mai=
s do caos
do Calvinball.

eu ficava quebrando a cabeca procurando por um padrao, tinha ateh feito um =
esboco da fala jocaxiana:

1 - transfira todo o onus da prova para o oponente. faca afirmacoes gratuit=
as e, se questionado, desafie a provar o contrario.
2 - exija uma prova com 100% de certeza para seus adversarios. exija tbm pr=
ovas numericas para problemas qualitativos. para provar seus pontos de vista=
,
invente valores arbitrarios, mas nao permita q. seus adversarios utilizem d=
a mesma tecnica -- exija valores reais nas contra-argumentacoes. nao aceite =

aproximacoes, mesmo q. a priori sensatas -- sensatez nao eh o q. importa. u=
se argumentacao qualitativa de aproximacao duvidosa para problemas quantitat=
ivos.
se questionado, use o item 1.
3 - para provar seus pontos de vista, use o metodo da logica invertida ou m=
etodo tautologico. crie as premissas a partir das conclusoes. nao perca temp=
o em tirar
as premissas a partir das observacoes, pegue a conclusao a q. se quer chega=
r e deduza as premissas necessarias para se chegar 'a conclusao a q. se quer=
chegar.
4 - use fala grandiloquente e megalomaniaca. refira a si mesmo na terceira =
pessoa. eh um tecnica diversionista e q. costuma irritar os adversarios.
5 - faca citacoes fora de contexto e/ou deturpadas. se o adversario fizer c=
itacoes tbm: a - exija comprovacao da citacao; b - trate como um argumento '=
a autoridade;
c - ignore.

mas aih ha diversas mudancas no decorrer da discussao. nao ha' mais nem cit=
acao deturpada, agora eh prova por auto-citacao... mas isso eh por causa da =
minha
tendencia adquirida de procurar padroes de regularidade em tudo, demorei pr=
a me tocar do fato de q. simplesmente nao ha' padrao. eh a anarquia festiva.=


[]s,

roberto takata




SUBJECT: Obrigada!
FROM: "Lilian Russo" <liatoria@sti.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 01/11/2000 23:06


Nais uma vez, só posso agradecer a todos desta maravilhosa lista!

Obrigada!

Lilian



SUBJECT: (RN) Fatima e religiao
FROM: "Douglas" <douglas.jpn@terra.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 02/11/2000 00:11

Sim, é de 4 meses atrás, mas a bibliografia citada achei bem interessante.

[]'s

Douglas A F Campos (SP)

Diário Econômico, 30/06/2000

Fátima: um problema de superstição
por Baptista-Bastos

Manifesto um medíocre interesse pelo chamado «terceiro segredo» de Fátima, assim como pelo «primeiro» e pelo «segundo». O mesmo grau de curiosidade pode-me ser adjudicado relativamente a Fátima como território de fé, exatamente porque Fátima nada tem a ver com a fé
(no sentido que lhe atribuiu Santo Agostinho), mas sim com a mais tenebrosa das superstições, e com o mais repugnante mercado dos sentimentos...(longo)...

Apostila - Apenas com a idéia de sugerir, nunca com a pretensão de impor; apenas com o intuito de partilhar leituras antigas e novas, nunca com a empáfia de me presumir sei lá muito bem o quê - e com a certeza de que presunção e água benta cada um toma a que quer, aí vão, meu Dilecto, alguns títulos que podem servir a quem lhe aprouver:

«Fátima, Nunca Mais», Padre Mário de Oliveira, Edições Campo das Letras;
«Os Mouros Fatimidas e as Aparições de Fátima» e «Origens do Cristianismo Português», de Moisés Espírito Santo, Edição da Universidade Nova de Lisboa, e «A Religião Popular Portuguesa», do mesmo autor, Edições Assírio & Alvim;
«Bispo de Setúbal - A Vida de um Homem Plural», de António de Sousa Duarte, Editorial Notícias;
«A Agonia do Cristianismo», de Miguel de Unamuno, Arcádia Editora;
«Porque não Sou Cristão», de Bertrand Russell, Brasília Editora; «Os Primeiros Cristãos», de Irina Sventsítskaia, Editorial Caminho;
«Terror e Linguagem - Um Dicionário da Santa Inquisição», Círculo de Leitores; e
«Breve História da Igreja», de August Franzen, Editorial
Presença.

A bibliografia sobre estes assuntos, e assuntos afins, é
infinita. Os livros apontados podem ser-lhe aproveitáveis como
indícios para outras leituras.

Redacção e Produção: Av. Almirante Reis, 113 - Edifício Planasa, 8.º -
Salas 802 e 803 - 1150 LISBOA
Telefones: 21-356 64 00. Fax: 21-356 64 33
e-mail: deconomico@mail.soci.pt



SUBJECT: Bolhas e gelo
FROM: Milton Taidi Sonoda <mtsonoda@if.sc.usp.br>
TO: ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 02/11/2000 08:22

Ola moscada. E ai Roberto

Olhando uma bolha apenas, ela tem faixos coloridos
dançantes devido à variações na espessura da sua
superfície.
Para entender melhor, cosidere uma placa de vidro, e
vc a esta olhando de cima para baixo.
Insidindo-se luz na sua superfície, uma pequena parte de luz
será refletida na primeira superfície (ar-vidro) e outra pequena
parte na segunda superfície (agora o iverso vidro-ar). Essas luzes
se interferem, e alguns comprimentos de onde serão contruidos
e outros destruidos. E como resultado final teremos apenas algumas
cores sendo refletidas. É lógico que as cores que serão refletidas
vão depender da espessura da placa.
Agora imagine uma placa com espessura variável.
A luz refletida vai depender da posição da placa onde se
está observando. Numa bolha acontece o mesmo. A
espessura da bolha varia tanto no espaço como no tempo,
isto é, as regiões mais grossas e mais finas ficam andando
na bolha, dado o aspecto multicolor. Isso é simples e bonito!! :-)

Talvez essa seja a explicação de pq a espuma seja branca.
A soma de todos os comprimentos de onde é braco.

Agora fica uma pergunta minha. Pq o centro do gelo é
branco? Talvez o modelo do Roberto seja esclarecedor
nesse caso!

abraços

Milton





SUBJECT: Re: [ciencialist] Raios cosmicos, como aceleram?
FROM: "Dr. Omni" <dromni@ieg.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 02/11/2000 15:21

----- Original Message -----
From: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Quarta-feira, 1 de Novembro de 2000 10:14
Subject: Re: [ciencialist] Raios cosmicos, como aceleram?


[snikt]
> 1-Todos sabemos, pelo que mostrou Huble ,que os grande objetos cosmicos
> esta se afastando um dos outros ( como uma bolha de sabao ) e nao indo
> de encontro. Isso nao refutaria a explicacao?
>

Não. Os "grandes objetos cósmicos" aos quais Hubble se referia eram as
galáxias, e até onde sei a grande maioria dos raios cósmicos que nos atingem
tem origem dentro de nossa galáxia mesmo, em fenômenos como, por exemplo,
supernovas.

[snikt]
> []s

[]s

> jocax
[snikt]

Dr. Omni
ICQ# 53853815
Space Settlers: http://www.egroups.com/group/spacesettlers
"Foi um homem quem primeiro fez os homens acreditarem em deuses." - Crítias,
480-403 A.C.



SUBJECT: Re: [ciencialist] notícias do nonio
FROM: "Dr. Omni" <dromni@ieg.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 02/11/2000 16:40

----- Original Message -----
From: "João Mário Miranda" <jmiranda@explicacoes.com>
To: "ajc" <ajciencia@egroups.com>
Sent: Quarta-feira, 1 de Novembro de 2000 17:34
Subject: [ciencialist] notícias do nonio


[snikt]
> Adão e Eva
> O Público de hoje publica uma notícia de um estudo de genética das
> populações que a partir da análise das variações do cromossoma na
> população mundial tentou determinar há quanto tempo é que essas
> populações divergiram. O estudo concluiu que isso aconteceu há
> 59 mil anos. Ou seja, o antepassado masculino de todos os homens
> é alguém que viveu há mais 59 mil anos.
>
> http://www.nonio.com/article.php3?sid=114
>

A notícia não fala, mas possivelmente foi um estudo do Cromossomo Y. Convém
ressaltar que estudos desse tipo só fornecem evidências de que a Humanidade
se originou de uma população primordial muito pequena (o que não chega a ser
uma grande surpresa, considerando-se os mecanismos conhecidos de
especiação); dizer que se originou de uma única "Eva" (como no estudo de DNA
mitocondrial feito anos atrás) ou de um único "Adão" (como insinua o título
da notícia) é uma má interpretação sensacionalista - e que, pior de tudo,
depois pode nos ser "retribuída" pelos criacionistas...

[snikt]
Dr. Omni
ICQ# 53853815
Space Settlers: http://www.egroups.com/group/spacesettlers
"Nós acreditamos em qualquer coisa em que queremos acreditar." - Demóstenes
(384-322 A.C.)



SUBJECT: Biotecnologia
FROM: "Douglas" <douglas.jpn@terra.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 02/11/2000 18:37

Será realizado o:

IX CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM BIOTECNOLOGIA
no Anfiteatro de Genética da ESALQ-USP- Piracicaba, SP
dia 08.11.00 das 08;00 as 18;00h.

Informações, Programa e Reservas:
www.geocities.com/petbiotecnologia
e-mail: IX-CAB@bol.com.br

[]'s

Douglas A F Campos (SP)





SUBJECT: Re: [ciencialist] Diabo, Satanaz e outras formacoes
FROM: "Douglas" <douglas.jpn@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 02/11/2000 19:16

Léo e todos,

O padre Quevedo apareceu ontem no Programa do Ratinho e defrontou-se com Dona Vó, uma senhora que diz ouvir a voz de Nossa Senhora e que prognosticou a morte do padre Quevedo para o dia 16.12.00...uma verdadeira baixaria, como sempre.

O interessante é que nesse confronto, o padre disse que a Bíblia nunca citou o Diabo, que apenas em alguns versículos do Velho Testamento se fala dele (Diabo), mas isso devido às traduções enganosas de antigamente; disse que hoje já se sabe que essas citações se referiam ao Deus mesmo; mas das ocasiões em que o Deus se posicionava defendendo seu povo (judeus) e, então, era chamado de "Inimigo" pelos outros povos. Esse termo "Inimigo" é que foi traduzido erradamente por Diabo, mas já está tudo corrigido, explicado e sacramentado.

Tá vendo Léo, conseguiram safar-se dessa também!

Será que ainda existe satanagem no FCB ;) ?

[]'s

Douglas A F Campos (SP)

-----Mensagem Original-----
De: Luiz Ferraz Netto

...Se o tal do Diabo,... está intimamente ligado à crença em deus... por que ninguém discute a existência do tal diabinho?... O número de pessoas que acreditam em deus não é o mesmo que deveria acreditar no 'marvado'? ...
Se um boa discussão conseguir solapar a base do 'mefistófeles' isso não comprometeria a base do 'divino'?...
Há no FCB um setor 'adiabista'? Não julguem que estou me referindo ao moderador do grupo; seria satanagem!
[]'
Léo



SUBJECT: Termodinâmica do Inferno
FROM: "Adriana Valeska Daniel" <adriana_valeska@hotmail.com>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 02/11/2000 22:49






Estou enviando algo que recebi de alguém da UNICAMP (fonte
desconhecida):

Termodinâmica do Inferno

O Dr. Schambaugh, professor da escola de Engenharia Química da
Universidade de Oklahoma é reconhecido por fazer perguntas do tipo: "Por

que os aviões voam?" em suas provas finais. Sua única questão na prova
final de maio de 1997 para sua turma de Transmissão de Momento, Massa e
Calor II foi: "O inferno é endotérmico ou exotérmico? Justifique sua
resposta." Vários alunos justificaram suas opiniões baseados na Lei de
Boyle ou em alguma variante da mesma. Um aluno, entretanto, escreveu o
seguinte:

"Primeiramente, postulamos que se almas existem então elas devem ter
alguma massa. Se elas têm, então um mol de almas também tem massa.
Assim sendo, o estado termodinâmico do inferno é função da grandeza de
seu volume de controle e da taxa do fluxo líquido das almas que passam
pelo mesmo.

Eu acho que podemos assumir seguramente que uma vez que uma alma entra
no inferno ela nunca mais sai. Por isso não há almas saindo. Para as
almas que entram no inferno, vamos dar uma olhada nas diferentes
religiões que existem no mundo hoje em dia. Algumas dessas religiões
pregam que se você não pertencer a ela, você vai para o inferno. Como
há mais de uma religião desse tipo e as pessoas não possuem duas
religiões, podemos assumir que todas as pessoas e almas vão para o
inferno.

Daí tem-se que a integral de superfície do fluxo de almas sobre o volume

de controle do inferno é negativa o que, de acordo com o teorema da
divergência de Gauss implica dizer que a integral de volume da
divergência do fluxo de almas com relação ao volume de controle do
inferno é também negativa.

Com as taxas de natalidade e mortalidade do jeito que estão, podemos
esperar um crescimento exponencial das almas no inferno em função do
tempo.

Agora vamos olhar a taxa de mudança de volume de controle do inferno. A

Lei de Boyle diz que para a temperatura e a pressão no inferno serem
invariantes ao tempo, a relação entre a massa das almas e o volume de
controle do inferno deve ser constante.

Existem então duas opções:

1 - Se o volume de controle do inferno se expandir numa taxa menor do
que a taxa de almas que entram no mesmo, então sua temperatura e
pressão vão aumentar até ele explodir.

2 - Se o volume de controle do inferno estiver se expandindo numa taxa
maior do que a da entrada de almas, então a temperatura e a pressão
irão baixar até que o inferno se congele.
Então, qual das duas?
Se nós aceitarmos o que Theresa Manyam me disse no primeiro ano: "haverá

uma noite fria no inferno antes que e eu me deite com você", e levando
em conta que ainda NÃO obtive sucesso na tentativa de me deitar com ela,

então a opção 2 não é verdadeira.
Por isso, o inferno é exotérmico."
O aluno Tim Graham tirou o único A na turma.

[]`s Adriana Valeska Daniel


SUBJECT: Re: [ciencialist] Eva chegou primeiro
FROM: "Gabriel Antunes de Oliveira" <gabriel101@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 02/11/2000 22:59

> GENÉTICA
> Árvore genealógica mostra que ancestral comum do sexo masculino surgiu
> 86 milênios após a primeira mulher

Gostaria que me explicassem um pouco sobre essa teoria:

Como a primeira mulher se reproduziria sem um homem?

Ou esse homem, a qual a pesquisa se refere (Adão), é apenas o primeiro homem
com cromossomo Y? Ou todos os homens têm que ter o cromosso Y para serem
considerados homens?

Um grande abraço,

Gabriel Antunes



SUBJECT: Ciencia da Etica
FROM: "Manuel Bulcao" <msbn@daterranet.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 03/11/2000 04:32

Olá,

O Takata escreveu: estudar a etica sob o ponto de vista cientifico eh
possivel, vc [o Jocax] nao descobriu nada de novo com isso. o q. nao
eh possivel, eh a partir desses estudos dizer se uma etica eh valida
ou nao (eh justa ou nao) com criterios objetivos. o q. vc esta'
fazendo eh contaminando a sua analise com os seus proprios criterios
eticos, mas nisso tbm vc nao eh o primeiro (e nem sera' o ultimo). no
dia em q. vc entender a diferenca entre explicar e justificar isto
vai ficar claro: explicacao eh cientifica, justificativa, nao.

Manuel: Perfeito. Para ratificar suas palavras, cito Poincaré: "de
premissas no indicativo não se pode extrair conclusões no
imperativo". De modo que, embora seja possível uma ciência da ética
(um estudo científico da norma moral e dos sistemas de valores), não
se pode, entretanto, estabelecer uma ética "científica".

Essa confusão entre "explicar" e "justificar" é muito comum quando é
o homem o objeto de investigação da ciência, e por uma razão muito
simples: a ciência é feita por homens! E como ocorre com qualquer
homem, o cientista "tende" fortemente a observar a realidade humana
sob o ponto de vista do seu status social, dos seus interesses
econômicos e dos valores "morais" que norteiam sua vida. Os valores
do cientista não só selecionam o aspecto da realidade humana a ser
estudado, mas tende a acompanhar todas as fases do processo
cognitivo. Tal identidade entre sujeito e objeto é o que impede o
conhecimento do homem pelo homem de atingir o mesmo grau de
objetividade do conhecimento que temos da natureza exterior.

Sem falar naquele velho e persistente mito segundo o qual "a natureza
é boa e justa", que agir corretamente é agir conforme a natureza e
que, portanto, o conhecimento da natureza (a posse da verdade) é a
condição de possibilidade de uma conduta reta. Esta idéia, embora
seja um mito, uma crença religiosa ("Eu sou o Caminha, a Verdade e a
Vida" - Jesus Cristo), podemos entrevê-lo também no pensamento
secular, entre filósofos idealistas (para Hegel o Bem é o auto-
conhecimento do Espírito); na ideologia da direita laica, que
propugna que a guerra "natural" de todos contra todos seleciona
indivíduos moralmente superiores; entre revolucionários socialistas
("a verdade é sempre revolucionária", disse certa vez Gramsci) e, por
incrível que pareça, entre alguns cientistas da natureza. Há físicos
que, para explicar o porque de as leis da natureza serem estas e não
outras, lançam mão de um tal de "princípio antrópico forte", como se
o movimento do universo fosse adequado a uma finalidade, um processo
regido por um objetivo moral: o aparecimento do homem, este ser
através do qual o universo adquire conhecimento de si mesmo. O homem
como consciência-de-si da Natureza. Lembro-me que, certa vez, quando
eu ainda acreditava nesse antropicismo, repeti várias vezes, feito um
mantra, a frase "eu sou a consciência-de-si do Universo, eu sou a
consciência-de-si do Universo...". Pois não é que, após alguns
minutos, experimentei um êxtase místico, uma sensação de comunhão com
o Todo!

Um exuberante exemplo de cientista que confunde juízos de fato com
juízos de valor é o guru do nosso amigo Jocax: Edward O. Wilson,
fundador da sociobiologia. Este cientista, em seu livro "On Human
Nature", afirmou que a sociobiologia nos fornecerá um dia "um código
ético cientificamente correto porque baseado na sobrevivência dos
genes do patrimônio coletivo da humanidade."

Eu mesmo já gastei muitos neurônios tentando encontrar valores
universais que pudessem ser comprovados por meio da argumentação.
Desisti após ler alguns escritos de Popper. Esse filósofo me
esclareceu que o racionalismo é ele próprio uma opção ética. Com
efeito, o racionalismo pressupõe diálogo, intercâmbio de idéias. Ora,
é condição de possibilidade de qualquer diálogo que os interlocutores
encarem uns aos outros como "iguais"; que seja respeitada a
"liberdade" de questionamento e que o processo dialético (ou
dialógico, segundo Habermas) tenha por meta o estabelecimento de uma
verdade livremente aceita por todos como tal; ou então o acordo entre
as partes, o "consenso", quando o que se questiona são interesses e
não idéias. Em suma, o racionalismo pressupõe a "crença" ou a
aceitação sem questionamento de determinados princípios éticos: a
igualdade (segundo Popper, a crença na unidade da humanidade), a
liberdade e a não-violência.

"...quem quer que adote a atitude racionalista o faz por haver
adotado, sem raciocinar, alguma proposta, decisão, ou crença, ou
hábito, ou comportamento que, portanto, por sua vez, pode ser chamado
irracional. Seja como for, podemos descrevê-lo como uma irracional
`fé' na razão. O racionalismo está necessariamente longe de ser
compreensivo ou auto-restrito. (...) Em conseqüência, nossa escolha
está aberta. Somos livres de escolher alguma forma de irracionalismo,
mesmo alguma forma radical e compreensiva. Mas também somos livres de
escolher uma forma crítica de racionalismo, que francamente admita
suas limitações e sua base numa decisão irracional (admitindo, até
essa extensão, certa prioridade do irracionalismo). [mas] A escolha
que se nos defronta não é apenas um caso intelectual ou uma questão
de gosto. É uma decisão moral. De fato, a questão de adotarmos uma
forma de irracionalismo mais ou menos radical, ou de adotarmos aquela
concessão mínima ao irracionalismo que denominei "racionalismo
crítico", afetará profundamente toda a nossa atitude para com os
outros homens e para com os problemas da vida social." (Karl Popper;
A Sociedade Aberta e Seus Inimigos; Tomo 2; Ed. Itatiaia Ltda., Ed.
Da Universidade de São Paulo; terceira edição; pp. 237/240.)

Creio, porém, que um sistema de valores pode operar a reprodução da
sociedade humana com mais "eficiência" que outros sistemas, e que tal
eficiência aumenta ou diminui dependendo de algumas variáveis, como,
por exemplo, o grau de desenvolvimento das forças produtivas. Não
estou certo de que a ética fundada nos princípios da igualdade e da
liberdade (a que eu professo) seja, do ponto de vista darwineano,
mais vantajosa que à ética que valoriza a hierarquia, a sujeição do
indivíduo ao Estado, a violência e a exploração do homem pelo homem.
Não estou certo disso, mas alguns fatos levam-me a crer que sim. Se
não for, sofrerá uma contra-seleção e pode até desaparecer a médio ou
longo prazo. Mas, independentemente de serem eficientes ou não, um
racionalista convicto sempre defenderá os valores da igualdade e da
liberdade. Pois, como disse Popper, o que move o racionalista é a "fé
irracional na razão". A razão, sem a qual a vida não vale a pena.

Abraços,
Manuel Bulcão






SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciencia e Religiao -Historico
FROM: "Dr. Omni" <dromni@ieg.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 05/11/2000 21:15

----- Original Message -----
From: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Monday, October 30, 2000 8:36 AM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Ciencia e Religiao -Historico


[snikt]
> LEDO ENGANO Veja :
> digamos q a media de felicidade de uma pessoa seja 1.000.000.000=1E9
> assim um milhao de palestinos forneceriam = 1E15
> Seja X a felicidade dos israelenses sem os palestinos.
>
> Mas os palestinos provocarim uma infelicidade nos israelensens de -10000
> =-1E4
> assim 10 milhoes vao sofrer = X -10E11
>
> Isso quer dizer que com os palestinos vivos o prazer do grupo seria :
> X+ 1E15 -1E11 = X + 9E14
>
> E sem os palestinos seria :
> X + 0
>
> Ou seja a felicidade eh maior com eles VIVOS.
> ( Outra vez : os numeros foram chutados apenas para ressaltar
> COMO a conta poderia ser feita de modo real )
>

Outra vez: você chutou números necessários para que os ditames da Ética
Jocaxiana coincidissem com os da ética corrente, que diz que genocídios são
coisas ruins. Mas talvez se a sua Tabela de Felicidade (hum, por algum
motivo estou me sentindo em um desenho do Ren & Stimpy...) fosse realmente
construída, você veria que a quantidade de felicidade ganha pelos
israelenses *realmente* compensaria a felicidade palestina sumida, e
genocídios seriam justificáveis (seria outro "modo real" pelo qual a conta
poderia ser feita; tudo depende dos números). Sinceramente, se você quer
mesmo defender essa sua "nova ética", é melhor começar a aceitar alguns
resultados politicamente incorretos que ela certamente iria fornecer...

> []s

[]s

> jocax
[snikt]

Dr. Omni
ICQ # 53853815
Space Settlers: http://www.egroups.com/group/spacesettlers



SUBJECT: Re: Sociobiologia e Psicanalise
FROM: "Andre Lopes" <murmur@bol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 06/11/2000 00:48

De: "Dr. Omni" <dromni@ieg.com.br> em resposta a "Manuel Bulcao"
<msbn@daterranet.com.br>

> Mas quem disse que não incluem? Eu sou cético de carteirinha e olho muito
> enviesado para a sociobiologia. E a atitude que tenho visto entre o
pessoal
> do FCB é de também não ver essa, hummmmm, "área de conhecimento" como a
> coisa mais cientificamente embasada do mundo...

Esta mistura de Psicologia com Sociobiologia costuma ser conhecida por
"Psicologia Evolucionária", havendo uma análise no Dicionário Cético:

http://www.skepdic.com/evolpsych.html

Um trecho:

"The fundamental assumption of evolutionary psychology is that all human
behavior can be explained in terms of striving to fulfill some evolutionary
goal. Never mind that evolution does not have any goals, but is a blind
process best characterized by purposeless mechanisms that appear purposeful
after the fact."

Ou seja, é incluído e rebatido...
Andre Lopes



SUBJECT: Dawkins antropocentrico?
FROM: "Manuel Bulcao" <msbn@daterranet.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 06/11/2000 03:25

Olá, lista

In ciencialist@egroups.com, "Dr. Omni" <dromni@i...> wrote:
Você se concentrou nos exemplos de chimpanzés, mas curiosamente
ignorou completamente cetáceos como as baleias e golfinhos. Se existe
uma correlação alta entre tamanho e complexidade de estruturas
cerebrais e capacidades de presciência, consciência, imaginação, blá,
blá, etc, como você afirmou, então onde ficam as baleias que têm
cérebros bem maiores e com mais circunvoluções que os humanos? E os
golfinhos que não só têm cérebros tão grandes quanto os humanos, mas
também têm uma maior proporção de massa cerebral/massa corporal?
Estudos com cetáceos são bem mais insipientes que com primatas, por
razões óbvias - é muito mais difícil desenhar e implementar
experimentos conclusivos com criaturas que vivem em um ambiente
bastante diferente e têm uma anatomia também bastante diferente - e
eu não saberia dizer se é possível concluir alguma coisa sobre os
graus de consciência dos mesmos... Alguma informação?

Manuel - Ok, Omni, suas objeções são pertinentes. Eu antes apostava
mil dólares na verdade da afirmação de que nenhum outro animal a não
ser o homem questiona a existência e tem consciência do infinito.
Agora só aposto quinhentos reais e nem um tostão a mais. :-)

Quanto aos cetáceos, tenho uma informação, sim. No livro "Sombras de
Antepassados Esquecidos", Sagan apresenta alguns dados mais recentes
da etologia acerca do fenômeno da autopercepção (a consciência que o
animal tem da sua individualidade) nos mamíferos com cérebros mais
desenvolvidos. Esse fenômeno foi até agora detectado nos chimpanzés,
nos orangotangos e também nos golfinhos. Sim, um golfinho é capaz de
reconhecer a sua própria imagem no espelho, ou seja, ele não confunde
a sua imagem especular com um outro indivíduo. O golfinho também tem
um "eu".

Como a nossa conversa tem por tema a existência ou não de diferenças
qualitativas do homem com relação aos demais bichos, acho que seria
interessante discutirmos aqui uma asserção de Richard Dawkins, por
sinal muito criticada pela comunidade dos sociobiólogos. A asserção é
a seguinte:

"Temos o poder para desafiar os genes egoístas que herdamos e, se
necessário, os memes egoístas que nos foram transmitidos. Podemos até
discutir maneiras de estimular e ensinar deliberadamente o altruísmo
puro e desinteressado -- algo que não existe na natureza e que nunca
existiu na história do mundo. Somos construídos como máquinas de
genes e educados como máquinas de memes, mas temos o poder de nos
revoltar contra os nossos criadores. Só nós, na Terra, temos o poder
de nos rebelar contra a tirania dos replicadores egoístas." (R.
Dawkins; O Gene Egoísta; Gradiva; pág. 283)

O que os colegas acham dessa idéia?

Abraços,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciencia e Religiao -Historico
FROM: Agapito Ribeiro Júnior <agapito@alphanet.ne.jp>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 06/11/2000 04:52

Dr Omni

Os palestinos nào querem acordo, eles querm Israel afogado no mar. Quando tiveram oportunidade de conversar e discutir e instituir seu estado em 1948, nada quiseram senão tudo.

Os árabes tem 90% da Palestina, e não adimitem que os Judeus tenham seu estado lá. Colocam crianças para correr entre atiradores árabes, colocam, aliás, obrigam a crianças a carregarem armas em suas manifestações, e chamam a atenção do mundo gritando que há um genocídio contra eles.

Muito bem, eles esplodem aviões, matam atletas Isrelenses em Munique, crianças Judias e Judeus em mercados, americanos em navios, matam marinheiros em aviões, e, no entanto são as vítimas históricas defendidas por muitos que nem tem idéia de onde eles querem chegar.

Existe no Alcorão, que tenho em minha estante, pois estudei um mês com islâmicos, que após entrar em acordo, forçosamente, com o inimigo, quando puder, ataque-o e destrua-o.

Tivemos Judeus terroristas? Sim. Temos Judeus terroristas. Parece que não. Temos imensos fdp, fundamentalistas? Infelizmente sim. Mas não colocamos nossas crianças no front.

Caro Dr, analise as coisa imparcialmente, e, infelizmente Jocax, vc usou um péssimo exemplo para sua doutrina uma vez que deveria reconhecer por outros ângulos a realidae secular desta guerra que existe entre Povos Irmãos. Sim, são irmãos, por mais que não aceitem.

Quaisuqer dúvidas, entrem em contato em PVT. Esta lista é científica e não política.

Agapito



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciencia e Religiao -Historico
FROM: Agapito Ribeiro Júnior <agapito@alphanet.ne.jp>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 06/11/2000 04:56

Só para confirmar o que escrevi.
---------------------------
A batalha dos meninos palestinos
Ariel Fingerman
Especial para O GLOBO


RAMALLAH, Cisjordânia. A guerra dos meninos está para começar, mais uma vez, na cidade palestina de Ramallah, na Cisjordânia. Crianças de 7 ou 8 anos passam apressadas pelo Centro da cidade, estilingues na mão. Meninos ainda menores, andando em grupos, imitam o gesto de atirar pedras. Outros vasculham o chão à procura de pedras, que põem em suas pastas escolares. Os ambulantes, que ocupam boa parte das calçadas, faturam vendendo para grupos de adolescentes máscaras pretas com abertura apenas nos olhos e na boca.

Abdallah, de 10 anos, está parado vendo outros meninos passarem. Ele já participou várias vezes dos confrontos com o Exército israelense, com aprovação da mãe. Mas desta vez não irá.

- Estou entediado de tanto jogar pedras - diz.

De fato, viraram rotina em Ramallah os violentos confrontos entre Israel e palestinos, com grande participação de crianças. Os enfrentamentos têm até local e hora marcados: na fronteira de Ramallah com a colônia judaica de Beit-El, é sempre à tarde e, não por coincidência, depois do horário escolar. Ali, ninguém parece mais se surpreender com a visão impressionante de dois garotos, não mais de 7 anos cada um, passando com máscaras antigás lacrimogêneo.


Carrinhos de doces já se instalaram no local, atraindo vários fregueses. Alguns lêem jornal, outros disputam espetinhos de churrasco vendidos por um ambulante. Enquanto isso, um grupo de jovens arrasta uma carroceria de carro em direção ao campo de batalha, para servir de proteção. A apenas 200 metros, explodem bombas de efeito moral, pedras são lançadas e algumas rajadas de tiro fazem crescer a tensão por alguns momentos.

No Centro da cidade, distante apenas quatro quilômetros dos confrontos, Mahmoud, de 36 anos, passeia levando nos ombros o filho Muhamad, de 3, que segura uma bandeira verde decorada com passagens do Alcorão. Ele é professor de língua árabe e seus estudantes são pré-adolescentes. Dois deles morreram em recentes confrontos. Mahmoud diz que aconselha os alunos a não participar das batalhas, mas com pouco sucesso.

- Eles querem ir e não podemos proibi-los de participar - afirma.

Ele mesmo não esconde que aprova a participação de jovens nas batalhas.

- Não diria a um filho para ir, mas se ele decidisse participar, não o trancaria em casa, não haveria problema algum.

Para ilustrar isso, Mahmoud pergunta a seu pequeno filho se ele gosta de Israel.

- Não - diz a criança.

Depois, pergunta se ele gostaria de jogar pedras.

- Sim - balbucia o menino.

Essa postura militante não é a única na cidade. Muhamad, de 49 anos, mora a 20 quilômetros de Ramallah e veio fazer compras na cidade com a mulher e um dos quatro filhos pré-adolescentes. Aproveitou para mostrar o lugar dos confrontos ao filho.

- Se morássemos na cidade, acho que ele também estaria participando. Não deixo nenhum deles vir sozinho para cá. Certamente eles iriam para a batalha.


Muhamad diz que as famílias ficam bravas com as crianças que dizem querer participar, mas nada adianta.

- Elas vêem as cenas na TV e depois da aula vão sozinhas para os confrontos.

Muitas pessoas confirmam que a hora crítica é a da volta da escola, quando as crianças se desviam do caminho e vão para o campo de batalha.

- Meus alunos estão participando. Ninguém está conseguindo mais pará-los - diz Ramez, de 22 anos, professor de esportes numa escola de Ramallah.

Há dez anos, quando morava em Gaza, Ramez era uma das crianças que enfrentavam o Exército israelense, na Intifada. Hoje, ele diz que as crianças não obedecem nem aos pais nem aos professores.

- Elas vêem TV e não ligam mais para o que os pais dizem. Falo que é perigoso, mas também ninguém me ouve.

Uma conversa com três meninos de 13, 15 e 16 anos, na praça central de Ramallah, mostra bem o que está acontecendo entre os jovens. Dois dos meninos defendem a participação nos confrontos:

- Vou jogar pedras neles.

- Eu também vou.

O terceiro, inicialmente, diz não querer participar, mas diante da reprovação dos outros dois, muda logo de idéia.

- Sim, sim, eu vou também.

Abdallah Abdul Mun'em, alto funcionário do Ministério de Educação palestino, reconhece o problema.

- As crianças vão para a escola e no fim das aulas algumas vão para os confrontos. Neste hora, não temos controle algum.

Ele diz que as instruções dadas aos professores estão restritas às horas que os alunos passam na escola. Uma delas é a proibição de sair no meio das aulas para ir aos lugares de conflito. Sobre a situação política, afirma, as escolas estão sendo orientadas a não se engajarem.

- Instruímos os professores a não interferir politicamente - diz.


As paredes da cidade estão cobertas de cartazes com retratos de jovens mortos nos recentes confrontos. Muitas fotos são de crianças e, numa delas, um menino veste uniforme de escoteiro. O cartaz traz uma frase do Alcorão, afirmando que os mártires permanecem vivos no céu.

Ghassan Abdallah, diretor do Centro de Pesquisa Aplicada em Educação, uma ONG palestina, reconhece que esses cartazes podem servir de estímulo para as crianças se engajarem em confrontos onde correm risco de vida.

- A intenção desses cartazes é dar conforto às famílias em luto, mas realmente eles podem ser mal interpretados - reconhece.

Abdallah explica que considerar mártires as pessoas que morrem em combates é algo enraizado na cultura islâmica.

- De acordo com o Islã, qualquer pessoa que cai defendendo seus direitos é considerada mártir. E no Alcorão está escrito que um mártir tem garantido um lugar privilegiado no céu, junto com os profetas, com amáveis garotas e alimentos saborosos.

Pouco antes de explodirem os confrontos entre israelenses e palestinos, os dois lados estavam engajados em reavaliar seus livros escolares, principalmente os de História. A idéia era retirar referências negativas à outra parte e começar a educar as novas gerações para uma nova era de paz. Do lado palestino, antigos livros didáticos egípcios e jordanianos estavam começando a ser substituídos por outros produzidos ali.

- A maioria das crianças nem teve tempo de abrir esses novos livros - diz Olmar Abu Humos, funcionário do departamento de currículos do Ministério da Educação. - Esses livros promovem a paz e condenam a violência, mas ninguém teve ainda a oportunidade de lê-los.

----------------

Agapito



SUBJECT: Sabonete, cervejas e cores
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 06/11/2000 05:27

Léo chegando do rancho à beira do Rio Pardo, responde:

A cerveja é amarela vista por transmissão da luz através dela (refração);
nesse experimento diário a cerveja absorve certas freqüências e deixa passar
outras (filtragem) e o resultado da refração é a cor amarelada. O resultado
da absorção é o aquecimento da cerveja!
A espuma é vista por reflexão (a espuma é opaca à refração!) e como tal a
quantidade de freqüências absorvidas é totalmente diferente daquela na
transmissão. O resultado é a cor branca. Além disso, há dois outros
problemas envolvidos com as espumas. As superiores do copo são macro espumas
e as das camadas mais inferiores são microespumas. O comportamento das macro
e micros espumas da cerveja são distintos quanto à reflexão da luz.
O sabonete íntegro pode refletir a cor vermelha, ou rosa ou azul de sua
superfície total; parte da energia luminosa incidente é refratada, parte
dispersa e parte refletida regularmente. Ao converter-se em espuma a
reflexão ocorre apenas na película convexa e a filtragem de freqüências é
praticamente nula devido ao ângulo de incidência.

Em suma, a cor dos objetos ou líquidos é diferente para a refração e
reflexão.
[]'
Léo
==================
-----Mensagem Original-----
De: Lilian Russo <liatoria@sti.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: quarta-feira, 1 de novembro de 2000 17:15
Assunto: [ciencialist] Alguém saberia me dizer?



Por que a espuma de sabonetes (mesmo que coloridos) é sempre branca?

Não é piada, muito embora eu só tenha encontrado piadas sobre isto..

Obrigada.



*** --- ***
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*** --- ***






SUBJECT: Re: [ciencialist] Raios cosmicos, como aceleram?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 06/11/2000 05:53


-----Mensagem Original-----
De: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: quarta-feira, 1 de novembro de 2000 10:14
Assunto: Re: [ciencialist] Raios cosmicos, como aceleram?



>>>Entendi e achei bastante engenhosa a explicacao mas restam duas
duvidas :

1-Todos sabemos, pelo que mostrou Huble ,que os grande objetos cosmicos
esta se afastando um dos outros ( como uma bolha de sabao ) e nao indo
de encontro. Isso nao refutaria a explicacao?

2-Se a explicacao estiver certa deveriamos ter particulas
PING-PONG que se refletirao em 2 nuvens magneticas distintas num
VAI-E-VEM com velocidades cada vez maiores !!!

[]s
jocax<<<

Oi Jocax e turma
vou respondendo às mensagens na 'ordem do dia'

1) Huble referia-se às galáxias ao falar dos 'grandes objetos' e as
pesquisas que citei dizia que as nuvens dotadas de cargas têm maior
incidência de 'estarem vindo contra' aos raios cósmicos do que se afastando
deles.

2) Pensemos novamente no cilindro dotado de êmbolo e aprisionando um gás. Já
vimos que se o êmbolo de move com velocidade u as moléculas do gás sofrem um
incremento 2u em sua velocidade. Agora pensemos no cilindro com dois
êmbolos, um em cada extremidade e o gás aprisionado entre eles. Nesse acaso,
realmente, após duas reflexões perfeitamente elásticas, as moléculas
sofrerão incremento de 4u e a pressão aumentará na mesma proporção da
violência dos impactos contra as paredes. Chamo a atenção para as
velocidades dos êmbolos u em relação às velocidades moleculares v. Por outro
lado, um dos êmbolos poderia ser considerado 'fixo' e o outro movendo-se com
velocidade '2u' e o resultado, para a molécula de gás seria o mesmo.
Agora vamos aos prótons entre as nuvens 'carregadas' e se aproximando com
velocidade u (referencial Terra). Os prótons, em cada reflexão teriam um
sensível aumento em sua velocidade (e energia), conforme vc notou mas, ai
nessa festa entrará efeitos relativistas, dada a tremenda velocidade
adquirida pelos raios cósmicos. Esse acréscimo de velocidade tenderia
assintóticamente a zero!

[]'
Léo



SUBJECT: Re: [ciencialist] Diabo, Satanaz e outras formacoes
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 06/11/2000 06:00

Ois,
e os evangélicos não usam o diabinho diariamente em suas pregações? Para
eles esse marvado não está na bíblia?
Segundo essa bíblia que o Levedo (acrescentarei 'malte' numa próxima
oportunidade) citou, ... então o diabo não existe mais? Ahhh! e aquelas
'curtidas' no inferno (sambão e loiras tostadas no espeto) como ficarão?
Bolas! ... desmancha prazeres!
[]'
Léo
=================
-----Mensagem Original-----
De: Douglas <douglas.jpn@terra.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: quinta-feira, 2 de novembro de 2000 20:16
Assunto: Re: [ciencialist] Diabo, Satanaz e outras formacoes


Léo e todos,

O padre Quevedo apareceu ontem no Programa do Ratinho e defrontou-se com
Dona Vó, uma senhora que diz ouvir a voz de Nossa Senhora e que prognosticou
a morte do padre Quevedo para o dia 16.12.00...uma verdadeira baixaria, como
sempre.

O interessante é que nesse confronto, o padre disse que a Bíblia nunca citou
o Diabo, que apenas em alguns versículos do Velho Testamento se fala dele
(Diabo), mas isso devido às traduções enganosas de antigamente; disse que
hoje já se sabe que essas citações se referiam ao Deus mesmo; mas das
ocasiões em que o Deus se posicionava defendendo seu povo (judeus) e, então,
era chamado de "Inimigo" pelos outros povos. Esse termo "Inimigo" é que foi
traduzido erradamente por Diabo, mas já está tudo corrigido, explicado e
sacramentado.

Tá vendo Léo, conseguiram safar-se dessa também!

Será que ainda existe satanagem no FCB ;) ?

[]'s

Douglas A F Campos (SP)

-----Mensagem Original-----
De: Luiz Ferraz Netto

..Se o tal do Diabo,... está intimamente ligado à crença em deus... por que
ninguém discute a existência do tal diabinho?... O número de pessoas que
acreditam em deus não é o mesmo que deveria acreditar no 'marvado'? ...
Se um boa discussão conseguir solapar a base do 'mefistófeles' isso não
comprometeria a base do 'divino'?...
Há no FCB um setor 'adiabista'? Não julguem que estou me referindo ao
moderador do grupo; seria satanagem!
[]'
Léo



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SUBJECT: Re: Sociobiologia e Psicanalise
FROM: "Manuel Bulcao" <msbn@daterranet.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 06/11/2000 06:20

Manuel - Ora, já que se utilizam desta "artimanha anticientífica",
por que as comunidades céticas não incluem tais doutrinas
[sociobiologia e psicologia evolucionista] no rol das pseudociências
e das "falcatruas", ao lado da astrologia e da numerologia? Ué, por
quê?

Dr. Omni - Mas quem disse que não incluem? Eu sou cético de
carteirinha e olho muito enviesado para a sociobiologia. E a atitude
que tenho visto entre o pessoal do FCB é de também não ver essa,
hummmmm, "área de conhecimento" como a coisa mais cientificamente
embasada do mundo...

Manuel - Eu também queria ser um cético de carteirinha, mas acho que
não posso mais. A não ser que eu venha a fundar o FC do B. :-)
Infelizmente, não tenho credenciais acadêmicas ou científicas para
levar a cabo um empreendimento como este.

Quanto ao "princípio da refutabilidade" como critério do conhecimento
científico, é preciso que se tenha alguns cuidados ao fazer uso dele.
Primeiro, atualmente muitos teóricos da ciência encaram com ceticismo
o teste da falseabilidade "na forma exigente que Popper lhe deu". O
epistemologista brasileiro Hilton Japiassu lembra que Popper relutou
em considerar como científico até mesmo o darwinismo. Por muito tempo
ele dispensou a Darwin o mesmo tratamento que dispensava a Adler,
Marx e Freud. Em segundo lugar, para Popper nem toda disciplina que,
pelos seus critérios, não se enquadra no rol da ciência deve ser
desprezado como "non-sens", "anti"-científico ou ilusões perigosas,
ou seja, para Popper o "não-testável" não é sinônimo de "detestável".
No que tange ao materialismo histórico e à psicanálise, Popper os
encarava não como reles pseudociências, mas como "programas
metafísicos de pesquisa bastante interessantes e fecundos".

Eu também desconfio do embasamento científico da sociobiologia,
mormente a aplicada à sociedade humana. Entretanto, não acho que ela
(nem a psicanálise, nem o materialismo histórico) deva ser combatida
politicamente (lembrem-se: o movimento cético é também um movimento
político!) como uma doutrina irracionalista, um fundamentalismo
religioso ou um charlatanismo em nada diferente da cientologia, da
astrologia, da homeopatia, etc. É preciso separar o joio do trigo
também entre as teorias supostamente não-científicas. Francamente,
mesmo discordando dos biólogos, antropólogos e psicólogos defensores
da sociobiologia e da psicologia evolucionista, não dá para considerá-
los charlatões desprezíveis ou profissionais desonestos. Considerar a
psicanálise e a sociobiologia bobagens pertencentes ao mundo das
"falcatruas" (artifício para burlar, ardil, fraude, logro, embuste) e
pensadores como Freud e Wilson como nada menos que eminentes
charlatões ou mistificadores é, do ponto de vista político, uma
imprudência, além de ser uma clara manifestação de ignorância crônica.

Ceticismo não rima nem combina com intolerância, e o maior erro que
um cético pode cometer é se comportar como um fundamentalista
religioso.

Abraços,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciencia e Religiao -Historico
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 06/11/2000 07:10



rmt@ib.usp.br wrote:
>
> --- In ciencialist@egroups.com, "Alberto Mesquita Filho"
> <albmesq@u...> wro=
> te:
> > Só não concordo que seja algo novo. No Congresso, em Brasília,
> utiliza-se=
>
> > deste artifício há décadas. Em época de eleições o processo vem a
> público=
> , é
> > suficiente prestar atenção ao horário eleitoral.
>
> Alberto,
>
> a embromacao corriqueira segue um certo conjunto de regras -- estou
> ateh si=
> stematizando isso. mas as falas de Barcellos nao, daih dela se
> aproximar mai=
> s do caos
> do Calvinball.
>
> eu ficava quebrando a cabeca procurando por um padrao, tinha ateh
> feito um =
> esboco da fala jocaxiana:


Eh lamentavel que vc tenha saido do nivel da discussao das ideias
para o plano do ataque pessoal.

Nao Eh eticamente justificavel mas eh cientificamente explicavel :
Seus genes da vaidade sao mais fortes do que seus memes eticos.

Vc diz q eu chutei dados.... Isso eh uma declaracao de ma feh.
Eu fui bem claro, no meu exemplo da etica-cientifica, que a tabela de
felicidade NAO tinha sido ainda criada e eh logico que os numeros
que eu cloquei la eram apenas EXEMPLOS ilustrativos de COMO a tabela
poderia esclarecer e mostrar o melhor caminho para uma tomada de
decisao. Qualquer idiota poderia perceber isso.

Com relacao embromatica eh soh as pessoas darem um find nesta lista
e verificarao que a arte da embromatica esta sempre associada ao seu
nome e nao ao meu.

[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] Raios cosmicos, como aceleram?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 06/11/2000 07:59



"Dr. Omni" wrote:
>
> ----- Original Message -----
> From: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
> To: <ciencialist@egroups.com>
> Sent: Quarta-feira, 1 de Novembro de 2000 10:14
> Subject: Re: [ciencialist] Raios cosmicos, como aceleram?
>
> [snikt]
> > 1-Todos sabemos, pelo que mostrou Huble ,que os grande objetos
> cosmicos
> > esta se afastando um dos outros ( como uma bolha de sabao ) e nao
> indo
> > de encontro. Isso nao refutaria a explicacao?
> >
>
> Não. Os "grandes objetos cósmicos" aos quais Hubble se referia eram as
> galáxias,

As galaxias eram as unicas facilmente visiveis no telescopio.
O universo nao separaria leis para os objetos cosmicos :
Vc eh galaxia vc obedece tal lei, vc eh nuvem de gas entao nao.
Todos os corpos devem seguir a lei de Huble sejam galaxias ou nao.
Claro q devido a proximidade, a forca da gravidade mascara este
espalhamento a la "Huble" fazendo-a, em alguns casos, imperceptivel.

>e até onde sei a grande maioria dos raios cósmicos que nos
> atingem
> tem origem dentro de nossa galáxia mesmo, em fenômenos como, por
> exemplo,
> supernovas.

Vc nao entendeu a questao. A pergunta era : Como os raios cosmicos
aceleram
e nao como sao criados

[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] Ciencia da Etica
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 06/11/2000 08:26



Manuel Bulcao wrote:
>
> Olá,
>
> O Takata escreveu: estudar a etica sob o ponto de vista cientifico eh
> possivel, vc [o Jocax] nao descobriu nada de novo com isso. o q. nao
> eh possivel, eh a partir desses estudos dizer se uma etica eh valida
> ou nao (eh justa ou nao) com criterios objetivos. o q. vc esta'
> fazendo eh contaminando a sua analise com os seus proprios criterios
> eticos, mas nisso tbm vc nao eh o primeiro (e nem sera' o ultimo). no
> dia em q. vc entender a diferenca entre explicar e justificar isto
> vai ficar claro: explicacao eh cientifica, justificativa, nao.
>
> Manuel: Perfeito.


Vc parece q tambem NAO entendeu minha Meta-Etica-Cientifica.
Eu sei perfeitamente que Justificar eh comparar um ato com
uma norma moral ou um conjunto de principios eticos.
E que explicar eh exprimir a acao com as leis cientificas
vigentes.

Mas eh precisamente isso que eu estou tentando UNIFICAR.

Ao propor a meta etica-cientifica eu estou assumindo uma unica
etica basica : O principio de maximacao da felicidade, e a partir dela,
deduzir os codigos de eticas mais ajustados a este principio.

Quero dizer que, desta maneira, a justificacao ficaria vinculada
a uma explicacao. Assim, ao inves de termos uma etica "caida do ceu"
terimos uma outra ( OU A MESMA ) com base cientifica.

Deste modo toda justificativa poderia ser explicada.

>
> Um exuberante exemplo de cientista que confunde juízos de fato com
> juízos de valor é o guru do nosso amigo Jocax: Edward O. Wilson,

Quero lembrar-lhe que o guru do jocax nao eh outro se nao o proprio
jocax !


> fundador da sociobiologia. Este cientista, em seu livro "On Human
> Nature", afirmou que a sociobiologia nos fornecerá um dia "um código
> ético cientificamente correto porque baseado na sobrevivência dos
> genes do patrimônio coletivo da humanidade."


O que tem de errado nisso? Desde q a felicidade seja o guia
acho um caminho bastante valido.

[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciencia e Religiao -Historico
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 06/11/2000 08:41



"Dr. Omni" wrote:
>
> ----- Original Message -----
> From: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
> To: <ciencialist@egroups.com>
> Sent: Monday, October 30, 2000 8:36 AM
> Subject: Re: [ciencialist] Re: Ciencia e Religiao -Historico
>
> [snikt]
> > LEDO ENGANO Veja :
> > digamos q a media de felicidade de uma pessoa seja 1.000.000.000=1E9
> > assim um milhao de palestinos forneceriam = 1E15
> > Seja X a felicidade dos israelenses sem os palestinos.
> >
> > Mas os palestinos provocarim uma infelicidade nos israelensens de
> -10000
> > =-1E4
> > assim 10 milhoes vao sofrer = X -10E11
> >
> > Isso quer dizer que com os palestinos vivos o prazer do grupo seria
> :
> > X+ 1E15 -1E11 = X + 9E14
> >
> > E sem os palestinos seria :
> > X + 0
> >
> > Ou seja a felicidade eh maior com eles VIVOS.
> > ( Outra vez : os numeros foram chutados apenas para ressaltar
> > COMO a conta poderia ser feita de modo real )
> >
>
> Outra vez: você chutou números necessários para que os ditames da
> Ética
> Jocaxiana coincidissem com os da ética corrente, que diz que
> genocídios são
> coisas ruins.

Como eu expliquei antes estes numeros foram um exempo de COMO
a logica etica-cientifica poderia ser utilizada DESDE que tivessemos
os numeros corretos ( A tabela de felicidade ) .

Eh *OBVIO* q eu NAO tinha esta tabela e por isso tive q chutar numeros
para fixar ideias e mostrar a UTILIDADE da tabela.


>Mas talvez se a sua Tabela de Felicidade (hum, por algum
> motivo estou me sentindo em um desenho do Ren & Stimpy...) fosse
> realmente
> construída, você veria que a quantidade de felicidade ganha pelos
> israelenses *realmente* compensaria a felicidade palestina sumida, e
> genocídios seriam justificáveis (seria outro "modo real" pelo qual a
> conta
> poderia ser feita; tudo depende dos números).

ESTE "REALMENTE" SEU EH OPINIAO SUA E NAO MINHA.
SEM A TABELA FICAREMOS DISCUTINDO SEXOS DOS ANJOS.


>Sinceramente, se você
> quer
> mesmo defender essa sua "nova ética", é melhor começar a aceitar
> alguns
> resultados politicamente incorretos que ela certamente iria
> fornecer...
>

Soh q *ateh agora* ninguem me apresentou algum exemplo que fosse
politicamente incorreto e, ao mesmo tempo,
corroborasse a etica-cientifica.

[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] Dawkins antropocentrico?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 06/11/2000 08:56



Manuel Bulcao wrote:
>...
> Como a nossa conversa tem por tema a existência ou não de diferenças
> qualitativas do homem com relação aos demais bichos, acho que seria
> interessante discutirmos aqui uma asserção de Richard Dawkins, por
> sinal muito criticada pela comunidade dos sociobiólogos. A asserção é
> a seguinte:
>
> "Temos o poder para desafiar os genes egoístas que herdamos e, se
> necessário, os memes egoístas que nos foram transmitidos. Podemos até
> discutir maneiras de estimular e ensinar deliberadamente o altruísmo
> puro e desinteressado -- algo que não existe na natureza e que nunca
> existiu na história do mundo. Somos construídos como máquinas de
> genes e educados como máquinas de memes, mas temos o poder de nos
> revoltar contra os nossos criadores. Só nós, na Terra, temos o poder
> de nos rebelar contra a tirania dos replicadores egoístas." (R.
> Dawkins; O Gene Egoísta; Gradiva; pág. 283)
>
> O que os colegas acham dessa idéia?
>

Acho verdadeiro ateh certo ponto. Tenho algumas objecoes :

Acho dificil que possamos agir contra os genes e os memes AO MESMO
TEMPO.

Os genes e os memes sao, ao meu ver, os unicos elementos que nos
impulsionam
a agir e/ou pensar. Existem memes conflitantes. Se temos um determinado
comportamento, este comportamento, acredito, eh fruto exclusivo
desta interacao gemetica (meme-gene) e, portanto, nao podemos nunca
nos rebelar contra ambos. ( A propria ideia de rebeldia eh um meme ! )


Tambem nao podemos generalizar q apenas na Terra tao tipo de coisa
ocorre
e nem que os humanos serao SEMPRE os unicos animais com estas
caracteristicas.
SE eles ( homens ) sao os unicos na terra HOJE nao significa que amanha
o mesmo nao acontecera com outras especies.

[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciencia e Religiao -Historico
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 06/11/2000 09:05



Agapito Ribeiro Júnior wrote:
>
>....
> Caro Dr, analise as coisa imparcialmente, e, infelizmente Jocax, vc
> usou um péssimo exemplo para sua doutrina uma vez que deveria
> reconhecer por outros ângulos a realidae secular desta guerra que
> existe entre Povos Irmãos. Sim, são irmãos, por mais que não aceitem.
>

Quem sugeriu este exemplo foi o Roberto :
>" nao... primeiro temos q. estabelecer qual etica eh valida e qual
>nao...entre palestinos (e muculmanos de modo geral) e judeus lah pras
>bandas do oriente medio trucidar o inimigo em retaliacao eh plenamente etico.
>pros judeus e muculmanos das bandas de ca' a situacao eh eticamente
>delicada... uma etica soh eh valida dentro dela mesma.
>veja bem, podemos determinar a origem do odio entre palestinos e
>judeus,...."

Contudo, para uma analise da teoria etica-cientifica, *nao vejo mal
algum*
em usar este exemplo pois eh algo bastante atual ( e quem sabe
poderiamos
ateh chegar em alguma solucao para o conflito ? :-) )

[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] Dawkins antropocentrico?
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 06/11/2000 09:51



Manuel Bulcao wrote:

> "Temos o poder para desafiar os genes egoístas que herdamos e, se
> necessário, os memes egoístas que nos foram transmitidos. Podemos até
> discutir maneiras de estimular e ensinar deliberadamente o altruísmo
> puro e desinteressado -- algo que não existe na natureza e que nunca
> existiu na história do mundo. Somos construídos como máquinas de
> genes e educados como máquinas de memes, mas temos o poder de nos
> revoltar contra os nossos criadores. Só nós, na Terra, temos o poder
> de nos rebelar contra a tirania dos replicadores egoístas." (R.
> Dawkins; O Gene Egoísta; Gradiva; pág. 283)
>
> O que os colegas acham dessa idéia?

O problema desta ideia é que "Nós" segundo Dawkins não existimos.
Somo memes+genes e não há uma espaço para o "eu". Esta ideia é mais
um meme para a confusão.

João
http://www.nonio.com




SUBJECT: RES: [ciencialist] Stress
FROM: "Rodrigo Frizzo Viecilli" <philox@zaz.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 06/11/2000 10:58

Isso aí já existia com leds naquelas revistinhas de eletrônica em plenos
anos 80 (:
É cada enganação que reinventam...


Rodrigo

-----Mensagem original-----
De: Aline Bornausem [mailto:alinecaps@bol.com.br]
Enviada em: Sexta-feira, 17 de Novembro de 2000 10:47
Para: ciencialist@egroups.com
Assunto: [ciencialist] Stress


Simplesmente:

http://www.globalsoftware.com.br

Eu falei que você sairia do Estresse...



*** --- ***
Vote na decisao para configuracao da lista. Mensagens somente texto ou HTML.
Para isso use o endereco:
http://www.egroups.com/polls/ciencialist/
*** --- ***




SUBJECT: Aids produzira 40 milhoes de orfaos
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO:
DATE: 06/11/2000 18:03

SAÚDE
Aids produzirá 40 milhões de órfãos na África nos próximos 10 anos
John Omicinski

USA TODAY, Quinta-feira, 02 de Novembro de 2000

WASHINGTON - A epidemia de HIV-Aids que devasta a África deixará 40
milhões de crianças órfãs no continente ao longo dos próximos 10 anos,
porque deve matar entre um terço e metade dos adultos em diversos países
da região, de acordo com uma nova previsão médica recentemente
divulgada.

As piores perdas estão previstas para Botsuana, Suazilândia, Zimbábue,
Lesoto e África do Sul, de acordo com a pesquisa, países que tiveram
pouca sorte e pouco sucesso no combate à epidemia.

"A menos que ocorra um milagre", disse Lester Brown, diretor do
Worldwatch Institute, uma organização ambientalista, metade dos adultos
de Botsuana terão morrido até 2010, enquanto na África do Sul,
Suazilândia e Zimbábue um em cada três adultos se tornará vítima da
epidemia.
Brown classificou o problema como "uma tragédia de proporções épicas",
que ainda não foi compreendida perfeitamente.

Com seis mil africanos morrendo de Aids a cada dia, e 11 mil moradores
da região infectados com o HIV diariamente, a expectativa de vida em
alguns dos países mais atingidos cairá a níveis jamais vistos desde a
Idade Média, de acordo com Brown. Em Botsuana, a expectativa de vida
deve ser reduzida à metade, de acordo com a pesquisa, de uma média de 66
anos hoje para 33 em 2010.

Na África do Sul, a Aids reduzirá a expectativa de vida a 48 anos, no
mesmo período. A Zâmbia, outro país onde a Aids está se espalhando sem
qualquer controle, deve passar por uma queda espantosa em sua
expectativa de vida, para 30 anos.

Como resultado, as populações dos países africanos estarão caindo muito
mais rápido do que o previsto pelos especialistas das Nações Unidas, e
Brown disse que é bastante provável que "desapareça toda uma geração" de
jovens adultos africanos, já que essa faixa etária concentra os alvos
preferenciais do HIV.

A AIDS está matando muito mais mulheres do que homens, o que
desestabiliza diversas populações africanas. Cerca de 100 mil crianças
na África do Sul já perderam professores para a doença, de acordo com
estatísticas da Worldwatch, e no Quênia o número de alunos que perderam
professoras por causa da Aids já chega a 95 mil.

As populações e os círculos familiares africanos podem ser resistentes o
bastante para cuidar de uma boa parte dos 40 milhões de crianças que
provavelmente serão deixadas órfãs com o avanço da marcha da morte
causada pela Aids. Mesmo assim, diz Brown, parece possível que milhões
de pequenos africanos se tornem "crianças de rua, tentando sobreviver da
melhor maneira que puderem".

No mínimo, milhões de crianças crescerão sem qualquer orientação de
parte dos adultos, diz Brown, e os efeitos desse problema sobre a África
são absolutamente impossíveis de prever. Nas guerras civis que grassam
por todo o continente, muitos dos combatentes já são crianças, que
encontram comida e companheiros nas organizações militares.

Mas a perda de número tão grande de adultos também afetará o suprimento
de alimentos, e com os homens africanos correndo risco menor e capazes
de superar o número de mulheres sobreviventes na proporção de 11 para 9
ou mais, existe a probabilidade de que muitos dos homens dos países
devastados pela Aids se mantenham solteiros ou decidam deixar seus
países à procura de casamentos mais seguros em outros locais.

Em termos mundiais, o número de vítimas da epidemia generalizada de Aids
já atingiu os 16,3 milhões em 1999. Brown disse que parece possível que,
antes que chegue a um fim, essa virulenta epidemia termine custando mais
vidas do que a Segunda Guerra Mundial, durante a qual cerca de 50
milhões de pessoas morreram.

No entanto, ele disse que Uganda e a Zâmbia estão agindo de maneira
vigorosa contra a doença. Especialmente em Uganda, onde o índice de
infecção entre os adultos caiu à metade, ou 8%, em menos de 10 anos, diz
Brown, existem evidências de que programas reforçados de saúde pública
impostos pelos governos possam causar uma reviravolta na situação.

Tradução: Paulo Migliacci


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Sociobiologia e Psicanalise
FROM: "Dr. Omni" <dromni@ieg.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 06/11/2000 20:44

----- Original Message -----
From: "Manuel Bulcao" <msbn@daterranet.com.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Segunda-feira, 6 de Novembro de 2000 07:20
Subject: [ciencialist] Re: Sociobiologia e Psicanalise


[snikt]
> Manuel - Eu também queria ser um cético de carteirinha, mas acho que
> não posso mais. A não ser que eu venha a fundar o FC do B. :-)
> Infelizmente, não tenho credenciais acadêmicas ou científicas para
> levar a cabo um empreendimento como este.
>

A criação de listas de e-mail na E-groups é livre, "aberta ao público", por
assim dizer, independentemente de qualquer tipo de credencial... ;-)

[snikt]
> Abraços,

Abraços,

> Manuel Bulcão
[snikt]

Dr. Omni
ICQ# 53853815
Space Settlers: http://www.egroups.com/group/spacesettlers



SUBJECT: Re: [ciencialist] Dawkins antropocentrico?
FROM: "Dr. Omni" <dromni@ieg.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 06/11/2000 21:07

----- Original Message -----
From: "Manuel Bulcao" <msbn@daterranet.com.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Segunda-feira, 6 de Novembro de 2000 04:25
Subject: [ciencialist] Dawkins antropocentrico?


[snikt]
> Agora só aposto quinhentos reais e nem um tostão a mais. :-)
>

Ocasionalmente, podemos montar o nosso site de apostas a respeito da
capacidade de autoquestionamento e senso de infinito do homem. Fico
imaginando que patrocinadores arranjaríamos para a e-empreitada... ;-)

> Quanto aos cetáceos, tenho uma informação, sim. No livro "Sombras de
> Antepassados Esquecidos", Sagan apresenta alguns dados mais recentes
> da etologia acerca do fenômeno da autopercepção (a consciência que o
> animal tem da sua individualidade) nos mamíferos com cérebros mais
> desenvolvidos. Esse fenômeno foi até agora detectado nos chimpanzés,
> nos orangotangos e também nos golfinhos. Sim, um golfinho é capaz de
> reconhecer a sua própria imagem no espelho, ou seja, ele não confunde
> a sua imagem especular com um outro indivíduo. O golfinho também tem
> um "eu".
>

Interessante! Agora que você falou, lembrei vagamente de um documentário
sobre golfinhos que assisti há anos, na GNT, se não me engano, onde havia
esse experimento do espelho. Ocasionalmente, preciso ler esse "Sombras de
Antepassados Esquecidos". Mas colocando os devidos filtros para as tais
"antropomorfizações", mencionadas por você, que o Sagan usa a torto e a
direito, e que até um cético quanto a diferenças qualitativas entre o homem
e os animais, como eu, tem de levar em consideração em uma leitura crítica.

[snikt]
> "Temos o poder para desafiar os genes egoístas que herdamos e, se
> necessário, os memes egoístas que nos foram transmitidos. Podemos até
> discutir maneiras de estimular e ensinar deliberadamente o altruísmo
> puro e desinteressado -- algo que não existe na natureza e que nunca
> existiu na história do mundo. Somos construídos como máquinas de
> genes e educados como máquinas de memes, mas temos o poder de nos
> revoltar contra os nossos criadores. Só nós, na Terra, temos o poder
> de nos rebelar contra a tirania dos replicadores egoístas." (R.
> Dawkins; O Gene Egoísta; Gradiva; pág. 283)
>
> O que os colegas acham dessa idéia?
>

Lembro vagamente desse finzinho d'"O Gene Egoísta", e lembro que também
torci o nariz para o que Dawkins falou; achei mais uma declaração de fé do
que algo que se apoie em fatos. (Não, não vou entrar nas intermináveis
discussões envolvendo Popper e outras figuras sobre o que é ou não
científico e sobre o que é ou não falseável, verificável ou qualquer outro
adjetivo...) Ou então o Dawkins quis dar um grand finale ao livro dele, como
um compositor fazendo um encerramento triunfal de uma ópera, e perdeu a
sobriedade científica nesse momento de sublime inspiração literária... Bom,
nenhum cientista é perfeito, coitado!

Se a idéia dos memes está correta, então essa idéia em si é um meme, surgido
por mutação (ou talvez por má-formação epigenética) do meme da Evolução. O
conhecimento de que os memes existem e (de que assim, a uma primeira vista,
poderíamos combatê-los) também faz parte da, hum, mecânica memética...
Continuamos "escravos" dos memes do mesmo jeito. Mas note que coloco
"escravos" entre aspas, pois se a idéia dos memes estiver correta, então
nossas mentes (tirando a parte de percepção e de algumas emoções, que é
"pessoal e intransferível") nada mais são do que grandes ecossistemas
meméticos. Nós somos nossos memes, e nossos memes são nós mesmos. (Hum, acho
que essa construção gramatical não está das melhores, mas vai ficar assim
mesmo...)

Curiosamente, falando nos dois assuntos, na Scientific American de outubro a
Susan Blackmore, uma das memeticistas que mais vem fazendo alarde nos
últimos anos, prega que o que nos distingüe dos outros animais é nossa
enorme capacidade de manter e propagar memes, que segundo ela interferiu com
nossa evolução *genética* em um caso singular de co-evolução. Mas aí eu
teria de dizer que mais uma vez é uma diferença de grau, e não de natureza
;-)...

> Abraços,

Abraços,

> Manuel Bulcão
[snikt]

Dr. Omni
ICQ# 53853815
Space Settlers: http://www.egroups.com/group/spacesettlers



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciencia e Religiao -Historico
FROM: "Dr. Omni" <dromni@ieg.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 06/11/2000 21:22

Agapito, aparentemente o exemplo de israelenses e palestinos citado no
debate entre eu e o Jocax o ofendeu pessoalmente, e portanto peço minhas
desculpas. Mas eu não tinha a menor intenção de colocar rótulos de
"bonzinho" ou "malvado" em nenhum dos dois lados, ou tomar partido de um dos
lados, o que parece ter sido, pelo tom de sua mensagem, o que você
interpretou; no meu exemplo, que pensei ter deixado claro que era hipotético
(afinal, em uma população real, existem pessoas que considerariam o
genocídio uma coisa horrível e outras que ficariam muito felizes com ele,
mas não uma única massa informe com uma única opinião), eu poderia ter
escolhido igualmente ou os judeus ou os palestinos como o lado vencedor que
se encheria de júbilo com a aniquilação do outro; foi apenas uma questão de
azar (do seu ponto de vista) que eu tenha escolhido - *aleatoriamente* - os
judeus. Como você disse, esta lista é científica e não política, e eu estava
apenas criticando com um exemplo numérico hipotético as "equações de
felicidade" que o Jocax anda propondo. Mas já que dar nome aos bois causou
animosidade, doravante usarei, se necessário, o recurso de falar em "Povo A"
e "Povo B" - o que servirá como exemplo numérico igualmente.

Finalmente, sei que você pediu contato em PVT, mas achei melhor pedir as
desculpas em público.

Dr. Omni
ICQ# 53853815
Space Settlers: http://www.egroups.com/group/spacesettlers

----- Original Message -----
From: "Agapito Ribeiro Júnior" <agapito@alphanet.ne.jp>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Segunda-feira, 6 de Novembro de 2000 05:52
Subject: Re: [ciencialist] Re: Ciencia e Religiao -Historico


> Dr Omni
>
> Os palestinos nào querem acordo, eles querm Israel afogado no mar. Quando
tiveram oportunidade de conversar e discutir e instituir seu estado em 1948,
nada quiseram senão tudo.
>
> Os árabes tem 90% da Palestina, e não adimitem que os Judeus tenham seu
estado lá. Colocam crianças para correr entre atiradores árabes, colocam,
aliás, obrigam a crianças a carregarem armas em suas manifestações, e chamam
a atenção do mundo gritando que há um genocídio contra eles.
>
> Muito bem, eles esplodem aviões, matam atletas Isrelenses em Munique,
crianças Judias e Judeus em mercados, americanos em navios, matam
marinheiros em aviões, e, no entanto são as vítimas históricas defendidas
por muitos que nem tem idéia de onde eles querem chegar.
>
> Existe no Alcorão, que tenho em minha estante, pois estudei um mês com
islâmicos, que após entrar em acordo, forçosamente, com o inimigo, quando
puder, ataque-o e destrua-o.
>
> Tivemos Judeus terroristas? Sim. Temos Judeus terroristas. Parece que não.
Temos imensos fdp, fundamentalistas? Infelizmente sim. Mas não colocamos
nossas crianças no front.
>
> Caro Dr, analise as coisa imparcialmente, e, infelizmente Jocax, vc usou
um péssimo exemplo para sua doutrina uma vez que deveria reconhecer por
outros ângulos a realidae secular desta guerra que existe entre Povos
Irmãos. Sim, são irmãos, por mais que não aceitem.
>
> Quaisuqer dúvidas, entrem em contato em PVT. Esta lista é científica e não
política.
>
> Agapito
>
>
> *** --- ***
> Para sair da lista envie um mail para:
> ciencialist-unsubscribe@egroups.com
> *** --- ***
>
>
>
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Raios cosmicos, como aceleram?
FROM: "Dr. Omni" <dromni@ieg.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 06/11/2000 21:31

----- Original Message -----
From: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Segunda-feira, 6 de Novembro de 2000 08:59
Subject: Re: [ciencialist] Raios cosmicos, como aceleram?


[snikt]
> As galaxias eram as unicas facilmente visiveis no telescopio.
> O universo nao separaria leis para os objetos cosmicos :
> Vc eh galaxia vc obedece tal lei, vc eh nuvem de gas entao nao.
> Todos os corpos devem seguir a lei de Huble sejam galaxias ou nao.
> Claro q devido a proximidade, a forca da gravidade mascara este
> espalhamento a la "Huble" fazendo-a, em alguns casos, imperceptivel.

Não é só em "alguns casos". Mesmo para aglomerados galáticos inteiros (como
o nosso Grupo Local de galáxias), a gravidade é suficiente para manter um
todo coeso que resiste à expansão do Universo - mesmo se levarmos em
consideração uma Constante Cosmológica não-nula acelerando a expansão do
universo, como parece ter sido detectado em observações recentes. Assim,
para todos os fins práticos, as galáxias (ou melhor, os aglomerados
galácticos) são unidades indivisíveis, e a expansão do universo só faz
sentido quando considerada além desse nível.

Na escala de tamanho de uma galáxia - dezenas ou centenas de vezes menor que
a de um aglomerado galático - o efeito da expansão do universo será
correspondentemente diminuído; juntando esse fato com o outro de que as
fontes de raios cósmicos são intragalácticas em sua maioria, o efeito da
expansão do universo pode perfeitamente ser considerado desprezível para o
cômputo da aceleração de raios cósmicos.

[snikt]
> []s

[]'s

> jocax
[snikt]

Dr. Omni
ICQ# 53853815
Space Settlers: http://www.egroups.com/group/spacesettlers



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciencia e Religiao -Historico
FROM: Agapito Ribeiro Júnior <agapito@alphanet.ne.jp>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 07/11/2000 05:39

Dr Omni

Eu não esperava e nem queria, de forma alguma, seu pedido de desculpas. Também não estava ofendido, mas preocupado com o que tem sido veiculado na mídia colocando meu parecer a respeito. Tanto é que escrevi que considerava péssima a idéia de Jocax, que na verdade era do Takata, de trabalhar um assunto seríssimo e essencialmente político nesta lista de discussão.
Mas confesso que somente agora compreendo o conteúdo de sua mensagem e verifico que não houve parcialidade por sua parte, mas tão somente uma análise citando um exemplo. Eu havia entendido como uma posição política, e, preocupado, quis esclarecer certos fatos.
Eu estudei um mês com islâmicos e aprendi coisas com eles extremamente positivas e humanas, e estudo com judeus a uns dois ou três anos e tenho aprendido coisas maravilhosas, também. Mas fico dececionado que dois Povos irmãos e tão próximos permitam que o fundamentalismo destruam a paz e as vidas de crianças Judias e Árabes. Todas essas crianças mortas dos dois lados, infelizmente mais do lado palestino, são uma perda irrecuperável da esperança da humanidade de viver a paz no amor.
Não são somente dois Povos que se matam, são seres humanos que estão valorizando demais seus líderes ou princípios em detrimento de tudo o que é mais importante: a vida.

Sou eu que lhe peço desculpas doutor Omni. O dr é um homem louvável e de extremo respeito, e, eu devo assumir que entendi muito mal seu e-mail. Não atenha suas colocações por causa de minha pessoa ou quem quer que seja, pois, antes devemos ler com mais atenção antes de espor uma questão. Foi nisso que falhei e agora entendo. Mas, acredito que podemos recomeçar bem daqui.

Peço desculpas por tratar de política mais uma vez e reitero minhas desculpas públicas também.

PS.: isso estende-se a vc Jocax.

Agapito



SUBJECT: Re: [ciencialist] Raios cosmicos, como aceleram?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 07/11/2000 09:46



"Dr. Omni" wrote:
>
> ----- Original Message -----
> From: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
> To: <ciencialist@egroups.com>
> Sent: Segunda-feira, 6 de Novembro de 2000 08:59
> Subject: Re: [ciencialist] Raios cosmicos, como aceleram?
>
> [snikt]
> > As galaxias eram as unicas facilmente visiveis no telescopio.
> > O universo nao separaria leis para os objetos cosmicos :
> > Vc eh galaxia vc obedece tal lei, vc eh nuvem de gas entao nao.
> > Todos os corpos devem seguir a lei de Huble sejam galaxias ou nao.
> > Claro q devido a proximidade, a forca da gravidade mascara este
> > espalhamento a la "Huble" fazendo-a, em alguns casos, imperceptivel.
>
> Não é só em "alguns casos". Mesmo para aglomerados galáticos inteiros
> (como
> o nosso Grupo Local de galáxias), a gravidade é suficiente para manter
> um
> todo coeso que resiste à expansão do Universo - mesmo se levarmos em
> consideração uma Constante Cosmológica não-nula acelerando a expansão
> do
> universo, como parece ter sido detectado em observações recentes.
> Assim,
> para todos os fins práticos, as galáxias (ou melhor, os aglomerados
> galácticos) são unidades indivisíveis, e a expansão do universo só faz
> sentido quando considerada além desse nível.
>
> Na escala de tamanho de uma galáxia - dezenas ou centenas de vezes
> menor que
> a de um aglomerado galático - o efeito da expansão do universo será
> correspondentemente diminuído; juntando esse fato com o outro de que
> as
> fontes de raios cósmicos são intragalácticas em sua maioria, o efeito
> da
> expansão do universo pode perfeitamente ser considerado desprezível
> para o
> cômputo da aceleração de raios cósmicos.
>


Pode ser q vc tenha razao.... mas pode ser que nao....
Durante nosso curto tempo de vida toda a movimentacao dos grandes
corpos que compoe o universo podem parecer em estado estacionario,
mas, na verdade, estao se deslocando em altissimas velocidades.

Nao obstante pertencermos a um conglomerado de galaxias batizado de
grupo local, estas galaxias estao se movimentando umas em relacao aas
outras. Com que velocidade? em que direcao?

Outro ponto que talvez refute a minha ou a sua ideia eh a localizacao
do sistema solar no extremo da via-lactea: Se os raos cosmicos sao
intra-
galaxias deveriamos esperar um fluxo maior deles proveniente do centro
da via-lactea e nao de outra direcao qualquer. Isso se verifica?

[]s
jocax


SUBJECT: O corpo feminino foi feito para o prazer
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO:
DATE: 07/11/2000 15:50

Novas pesquisas revelam aquilo que durante muito tempo homens e mulheres
não conseguiram - ou não quiseram - ver: o corpo feminino foi feito para
o prazer

Por Fábio Peixoto ( revista Superinteressante de outubro)
[ Comentarios do Jocax entre colchetes ]

Está no cinema, nos livros, na educação dos filhos, na postura dos
homens escorados na esquina, no olhar das meninas no shopping: o homem é
o motor sexual da espécie. A mulher vai a reboque. É masculino o
instinto poligâmico de fecundar o maior número de fêmeas que puder e
passar adiante os seus genes. É feminina a tendência monogâmica de
escolher o melhor parceiro possível para gerar a prole de melhor
qualidade. E depois segurar o seu macho no ninho, de modo a melhor
proteger os filhos.

[Jocax: Eh quase isso, mas o macho-homem tambem garantira uma maior
chance
de perpetuar seus genes se tiver ao menos uma familia estavel. Ou seja
pode ser mais seguro ou vantajoso, dependendo do caso, ter uma familia
fixa
e relacionamentos extras do que ser um caixeiro-viajante-sexual ]


Essas premissas têm feito muito sentido e garantido há séculos uma
determinada relação de força entre os sexos. Só que as muralhas de
Jericó estão prestes a ruir. Uma série de descobertas sobre a
sexualidade feminina estão questionando convicções há muito
estabelecidas, como a idéia de que os homens gostam mais de sexo que as
mulheres ou de que os hormônios masculinos são uma bênção enquanto que
os femininos são uma desgraça. Hoje, sabe-se que o estrógeno, a poderosa
substância acendedora da libido feminino, não é só coisa de menina - os
homens também o têm no corpo e precisam dele para evitar doenças como a
osteoporose.

Novas evidências sobre o clitóris e pesquisas de comportamento animal
provaram que a mulher nasceu, sim, para ter prazer no sexo e que sua
propagada vocação para a monogamia não passa de imposição cultural, sem
nada a ver com sua programação natural. O biólogo Tim Birkhead, da
Universidade de Sheffield, Inglaterra, é um dos cientistas que estão se
insurgindo contra Jericó. Ele acabou de lançar o livro Promiscuity
(Promiscuidade), no qual analisa vários animais e conclui: as fêmeas da
maioria das espécies - do gafanhoto ao chimpanzé - acasalam com vários
machos. Entre os bonobos - os primatas mais parecidos com o homem - mais
da metade da prole de uma mãe é composta de filhos que não foram
concebidos pelo seu parceiro habitual. Isso implode o argumento de que
as fêmeas são projetadas pela natureza para serem fiéis.

[Jocax: Depende, nao se pode sempre generalizar um comportamento para
todo
o reino animal. A femea tendera a ser proporcionalmente mais fiel quanto
mais forte for sua relacao de dependencia com o progenitor. Isto eh,
seria de se esperar que quanto mais a prole dependa do pai, maior
o grau de fidelidade da femea. Contudo, sempre havera casos particulares
em que, sob o pto de vista da femea, vale a pena arriscar a fidelidade
se ela encontrar um macho muito qualificado ( paixao ) ]


Outro exemplo é o do caranguejo do gênero Ocypoda, habitante do litoral
brasileiro. Os ocypodas machos produzem uma substância que endurece em
contato com o ar. Essa argamassa é usada para bloquear o canal em que as
fêmeas guardam o esperma recebido e impedir que outros parceiros a
fecundem. Se as fêmeas fossem tão castas, por que o caranguejo ia se
preocupar tanto? (Você está pensando no cinto de castidade? Bingo.)
Depois da Idade Média, os machos humanos passaram a preferir táticas
mais sutis para garantir que os seu genes - e não os dos outros - se
propaguem. Criaram teorias científicas para convencê-las de que ter mais
de um parceiro não é natural.

[Jocax: Eh de se esperar, portanto, que com a independencia financeira e
economica da mulher, o nivel de fidelidade dela caia quase na mesma
proporcao
de sua independencia. Claro q, se parte da fidelidade eh genetica, entao
esta restricao levara mais tempo para se desfazer do que a restricao
cultural]


"A concepção de que só os homens são poligâmicos é o maior mito da
sexualidade", afirmou à Super a antropóloga Helen Fisher, da
Universidade Rutgers, de Nova Jérsei, Estados Unidos. Em seu livro
Anatomia do Amor, Helen estudou o comportamento sexual de homens e
mulheres em 62 sociedades ao redor do planeta e concluiu que o adultério
é tão comum entre nós quanto o casamento. É claro que muitas mulheres (e
homens também) optam por ser fiéis. Mas isso é uma escolha, não uma
imposição biológica. Em seu mais recente livro (The First Sex, lançado
nos EUA no ano passado), Helen avança em suas conclusões, mostrando a
face cultural de muitos axiomas tidos como naturais e sugerindo que a
superação dos mitos vai guindar as mulheres, neste século, à condição de
exercer papéis, inclusive sexuais, equivalentes aos dos homens - ou até
de maior destaque.

[Jocax: Se a mulher realmente ama ou esta apaixonada ela nao tera motivo
(nem desejo) para ser infiel. Como a traicao eh uma forma de aumentar
a variabilidade genetica e tambem, conforme o caso, de aumentar a
qualidade
dos genes, a mulher tanto mais sera impelida aa traicao quanto menor for
seu amor pelo companheiro. A restricao cultural para a fidelidade tera
cada vez menos importancia na sociedade moderna.]


Nos anos 60, as feministas saíram por aí gritando que homens e mulheres
são iguais e, portanto, elas têm tanto direito ao prazer quanto eles. A
tese feminista acerta na conclusão mas erra no argumento: homens e
mulheres não são iguais. De fato, são totalmente diferentes na forma
como lidam com sexo e desejo. Só que essas diferenças não proclamam a
supremacia masculina. Ao contrário: a mulher tem mecanismos de prazer
até mais sofisticados que os dos homens.

"A sexualidade da mulher tem foco amplo. Inclui romance, lençóis
bonitos, dançar, jantar, perfumes. A do homem é concentrada no orgasmo",
diz Helen, a mais destacada autora deste movimento "pós-feminista", que
baseia seus argumentos em pesquisas científicas. O desejo dos homens
seria mais constante; o das mulheres, mais intenso. O que desmonta a
tese de que a busca do prazer seja assunto exclusivamente masculino. Se
fosse assim, como explicar que são as mulheres, e não os homens, que têm
um órgão exclusivamente planejado para o deleite sexual?

O clitóris, para quem não conhece, é uma pequena protuberância
localizada na junção superior dos pequenos lábios da vulva. Ele tem 8
000 fibras nervosas - uma concentração maior do que em qualquer outro
lugar do corpo (o pênis tem metade disso). Mas dissemos "pequena"
protuberância? Não é bem assim. Em 1998, a ginecologista australiana
Helen O'Connell, do Hospital Real de Melbourne, Austrália, descobriu que
o clitóris é bem maior do que imaginava a mais raçuda e aguerrida
feminista. Ele mede até 9 centímetros.

A pesquisa sobre o orgasmo feminino também sofreu com muitos anos de
confusão e conclusões apressadas. O pensador grego Galeno defendia, no
século II, a tese de que as mulheres precisavam ter orgasmo para
engravidar. Essa idéia, que permaneceu viva até o século XVIII, poderia
servir para valorizar o prazer feminino: quem quisesse ter um filho
teria que proporcionar o clímax à parceira.

Mas na prática não foi bem assim. As mulheres continuaram a ter filhos
sem sentir prazer e aquelas que tinham a desventura de engravidar após
um estupro eram acusadas de devassidão - a gravidez funcionava como um
sinal de que elas haviam gostado de ser violentadas. Muitas foram
condenadas à morte por causa disso.

Apesar do engano fatal de Galeno, atualmente os médicos estão
encontrando evidências de que o orgasmo, se não é necessário para
engravidar, pode facilitar a fecundação. Indício disso é a movimentação
do colo do útero durante o êxtase, que "sugaria" o sêmen depositado na
vagina para dentro de si. Dois pesquisadores britânicos, Robin Baker e
Mark Bellis, filmaram recentemente esse fenômeno graças a uma
microcâmera colocada na ponta de um pênis.

A curiosa pesquisa de Baker e Bellis prova que o orgasmo feminino é
fundamental para a reprodução. Segundo eles, por exemplo, é mais fácil
uma mulher engravidar do amante do que do marido porque a relação
extraconjugal teria dois ingredientes em falta no lar: paixão e prazer.
Ou seja, o fato de o homem chegar ao clímax sempre do mesmo jeito e a
mulher dispor de um imenso repertório de orgasmos não é casual. A
capacidade de ter prazer do corpo feminino existe porque tem uma função.
A evolução não costuma dar ponto sem nó.

[Jocax: Concordo. Embora ainda nao tenha chegado a uma conclusao
definitiva,
acredito que o orgasmo na mulher represente mais uma "armadilha
genetica"
para ela do que outra coisa qualquer. O orgasmo teria, entre outras, a
funcao
de fazer com que a mulher se apaixone por aquele em que seus genes
"acham"
que seja um parceiro com qualidades suficiente para q elas possam ter
filhos
com ele. Explico : Mulheres que nao sentem orgasmo com um homem eh pq
este
homem foi "rejeitado" pelo controlde de qualidade genetico da mulher ]


Os mecanismos do orgasmo feminino são tão complicados que os médicos
ainda estão longe de entendê-los. Exemplo: ninguém conseguiu arrumar uma
boa explicação para o fato de haver orgasmos clitorianos e vaginais.
Freud difundiu a idéia de que o êxtase atingido a partir da estimulação
direta do clitóris seria imaturo, comparado ao obtido com a penetração.
Hoje ninguém mais classifica o clímax por ordem de maturidade, mas as
mulheres garantem que há uma diferença. Difícil de entender, já que não
foi identificado nenhum motivo orgânico para isso. "Ambos os estímulos
passam pela mesma rede nervosa", diz Angelo Monesi, psicólogo do
Instituto Paulista de Sexualidade. Segundo ele, só 30% das mulheres são
capazes de ter orgasmo dos dois jeitos. Mas o psicólogo ressalta que
esse não é um sonho impossível - tudo depende de estímulos adequados e,
acima de tudo, do estado emocional e psicológico.

A variedade orgástica feminina não pára aí. Há também os orgasmos
múltiplos - algo que homem nenhum, por mais sensível, vai conseguir
compreender. Quanto mais, sentir. Na verdade, existem dois tipos de
orgasmos múltiplos. Um é o multiorgasmo, no qual a mulher consegue
emendar rapidamente cada clímax em uma nova fase de excitação e, assim,
ter três ou quatro orgasmos seguidos. Mas, sorte mesmo, têm as
poliorgásticas. Essas felizardas têm um êxtase depois do outro, sem
precisar de novas fases de excitação, porque se mantêm num platô de
tensão sexual por muito tempo. Todas as mulheres têm a possibilidade de
ter um multiorgasmo, mas poucas provam um poliorgasmo, que depende de
características inatas.

Tecnicamente, o orgasmo feminino é um reflexo do corpo, que se manifesta
por contrações vaginais. Ele é resultado de uma combinação complexa de
estímulos.
"Podem ser visuais, imaginários, clitorianos, táteis...", diz Sônia
Penteado, ginecologista da Universidade de São Paulo. Algumas vezes o
desejo sexual se reduz por motivos orgânicos, como um tumor na hipófise,
que passa a produzir em excesso a prolactina, hormônio inibidor da
libido (responsável pela perda de apetite sexual durante a amamentação).
Mas esse tipo de problema é raríssimo.
Poucas mulheres são fisicamente incapazes de ter orgasmo. Tal
incapacidade em geral é fruto de condições psicológicas, como traumas
decorrentes de um abuso sexual, de uma educação rígida ou de opressão
social e religiosa. Acredita-se que 14% das mulheres são incapazes de
ter orgasmo - 6% delas têm algum problema mas já experimentaram essa
sensação e 8% jamais vão saber do que se trata.

Mas se as mulheres estão mais sujeitas que os homens aos obstáculos
emocionais que atrapalham o sexo, seu sofisticado mecanismo de prazer é
de fazer inveja a qualquer varão. A mente feminina tanto pode bloquear o
prazer quanto produzi-lo.
"Há casos de mulheres que chegam ao orgasmo só com o pensamento", diz
Sônia. As moças dão uma surra nos homens no quesito fantasia sexual.
Elas tendem a ser bem melhores na hora de manifestar seu desejo. "A
mulher faz curso de sexualidade, de dança do ventre, de strip-tease... O
homem só está preocupado em se manter firme", diz Monesi.

Essa sutileza psicológica feminina impede soluções fisiológicas simples
àquelas que sofrem de distúrbios sexuais. Na maioria dos casos, as
dificuldades das mulheres não estão na excitação, mas na fase anterior:
o desejo, algo puramente emocional. "Por isso não há grande vantagem em
criar um Viagra para mulher", diz Sônia. É que o medicamento atua na
irrigação sangüínea e não no desejo. Testes recentes mostraram que a
pílula azul não tem efeito significativo sobre o prazer da mulher. Não
que o sangue não seja importante para elas: um homem, para ter uma
ereção, precisa de 100 ml de sangue. Já a mulher usa quase 1 litro para
a lubrificação vaginal e o intumescimento do clitóris e dos grandes e
pequenos lábios. Mesmo assim, na menopausa, quando a eficiência da
circulação pélvica cai bastante, muitas mulheres não perdem a capacidade
de sentir prazer, o que indica o quanto a mente é importante na libido
feminina.

Aliás, a menopausa é outro tópico que vem sofrendo revisões. No reino
animal, as fêmeas em idade avançada morrem após perder a fertilidade - a
evolução é impiedosa com quem não contribui para a perpetuação da
espécie. Não é assim com os humanos. Por quê? Recentemente, alguns
antropólogos físicos sugeriram que as fêmeas de nossa espécie vivem
décadas produtivas após a menopausa pois há milênios isso serviria para
manter a taxa de natalidade alta. Nos bandos primitivos, as avós
ajudavam a alimentar os netos, o que permitia a suas filhas amamentar
por menos tempo e ter outras crianças mais rápido.

[Jocax:Nao apenas isso. Qualquer tipo de ajuda das avos que represente
um
acrescimo de vantagem seletiva ou seja, que aumente a probabilidade de
sobrevivencia de seus proprios genes ( q estao nos netos ) selecionara
no sentido de uma maior longevidade. Um feed-back positivo. Talvez
isso explique o fato de as mulheres viverem mais do que os homens ]

Um homem rancoroso poderia argumentar que a exuberância sexual da mulher
é compensada pela tensão pré-menstrual, a famigerada TPM. Muitas
mulheres foram queimadas como bruxas na Idade Média por causa da
ignorância sobre o assunto.

Supunha-se que as atitudes agressivas que iam e vinham eram fruto de
possessão demoníaca. Hoje, a fogueira foi substituída por remédios ou
implantes hormonais subcutâneos. "Algumas mulheres têm uma
irritabilidade tão grande que é necessário medicar", diz Helena Hachul,
ginecologista da Universidade Federal de São Paulo. Também em relação à
TPM, os cientistas estão descobrindo que as coisas não funcionam do modo
como se imaginava. Pesquisas recentes mostram que nem todas as mulheres
sofrem com ela: algumas afirmam ter maior clareza intelectual e desejo
sexual nesse período. "A descarga hormonal pode aguçar a
competitividade", afirma Sônia. Ou seja: as mulheres perceberam que a
TPM traz coisas boas - não é apenas um momento de fragilidade.

Cada vez mais os cientistas entendem como o desejo se manifesta nas
mulheres, o que é ótimo. Para elas, porque ter consciência das
potencialidades do próprio corpo é um grande passo para sentir mais
prazer e ser mais feliz. Para os homens, bem, para os homens porque a
possibilidade de o horizonte deste século estar repleto de mulheres
bem-resolvidas, desejosas e felizes é uma grande notícia.

Na livraria
Anatomia do Amor
Helen Fisher, Editora Eureka, 1995
The First Sex Helen Fisher
Random House, Estados Unidos, 1999
Mulher - Uma Geografia Íntima
Natalie Angier, Rocco, Rio de Janeiro, 2000

Na Internet
Instituto Paulista de Sexualidade

[]s
jocax


SUBJECT: enc: ENC: Curso Jorn.Cient.
FROM: "Daniel Sottomaior [SP]" <cetico@hotmail.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 07/11/2000 17:00

Estão abertas as inscrições para o Curso de Pós-Graduação lato sensu
em Jornalismo Científico na Unicamp. A ficha de inscrição e todas as
informações sobre o curso estão disponíveis na home page do Labjor.

http://www.uniemp.br/labjor

O prazo para as inscrições encerra-se em 05/janeiro/2001. Agradecemos
a divulgação.



SUBJECT: Fwd: jornalismo científico
FROM: "Daniel Sottomaior [SP]" <cetico@hotmail.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 07/11/2000 17:06

Estão abertas as inscrições para o Curso de Pós-Graduação lato sensu
em Jornalismo Científico na Unicamp. A ficha de inscrição e todas as
informações sobre o curso estão disponíveis na home page do Labjor.

http://www.uniemp.br/labjor

O prazo para as inscrições encerra-se em 05/janeiro/2001. Agradecemos
a divulgação.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Religiao e Ciencia
FROM: "Dr. Omni" <dromni@ieg.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 07/11/2000 21:09

Desenterrando esta mensagem que, junto com outras, ficou entalada em outro
micro que uso...

----- Original Message -----
From: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Monday, October 30, 2000 5:36 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Religiao e Ciencia


[snikt]
> Uma forca gravitacional infinita engoliria tudo, nao importa o quao
> distante estivesse do centro do buraco negro.
>

Acho que o Manuel quis dizer que, ao menos de acordo com a Mecânica
Clássica, o campo gravitacional em um ponto "infinitamente próximo" do
centro de um buraco negro tem intensidade infinita - já que toda a matéria
estaria realmente concentrada no centro, em um ponto matemático. (É só usar
a fórmula a=MG/R^2 e ver que, quando o raio vai para zero, a aceleração
gravitacional fica infinita.)

Mas vale lembrar que ninguém sabe ao certo se é isso o que realmente
acontece na singularidade de um buraco negro - não é algo que foi verificado
experimentalmente. Mas simplesmente não conhecemos qualquer força física que
impedisse uma massa de matéria além de certo limite de se contrair
infinitamente até ficar com volume zero e densidade infinita. Existe a
suspeita, no entanto, que uma teoria quântica da gravidade talvez eliminasse
esse infinito incômodo, mostrando que ele é apenas um artefato clássico.
(Pronto, Alberto, pode colocar as suas críticas à busca de uma teoria
quântica da gravidade aqui. ;-)

> []s

[]s

> jocax
[snikt]

Dr. Omni
ICQ# 53853815
Space Settlers - http://www.egroups.com/group/spacesettlers



SUBJECT: Eq.Diferenciais ... help!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 07/11/2000 21:34

Quem tá por dentro das equações diferenciais e desenvolvimento em série de Taylor, dê um help nas questões:
Usando o método de séries, determinar a solução geral:
a) 3y" - 5y' + 3y = 0

b) 2y"+ y'+ 3y = f(x)

onde f(x) = -x para -p < x < 0

+x para 0 < x < p

Eu 'batizei' y = [(somatório) de n=0 até infinito] an.x^n , derivei as duas vezes. Até ai legal, mas quando fui acertar os coeficiente ... não consegui.

[]'

Léo



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: O ponto de mutação
FROM: "Emilson Leite" <emilson@iag.usp.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 07/11/2000 21:48

Olá pessoal,
Gostaria de saber a opnião de vocês sobre o livro e/ou o filme "O ponto de
mutação".
Obrigado,
Emilson P. Leite



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Religiao e Ciencia
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 08/11/2000 00:11

-----Mensagem Original-----
De: "Dr. Omni"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Terça-feira, 7 de Novembro de 2000 21:09
Assunto: Re: [ciencialist] Re: Religiao e Ciencia


> Mas vale lembrar que ninguém sabe ao certo se é isso o que realmente
> acontece na singularidade de um buraco negro - não é algo que foi
> verificado experimentalmente. Mas simplesmente não conhecemos qualquer
> força física que impedisse uma massa de matéria além de certo limite de se
> contrair infinitamente até ficar com volume zero e densidade infinita.
> Existe a suspeita, no entanto, que uma teoria quântica da gravidade talvez
> eliminasse esse infinito incômodo, mostrando que ele é apenas um artefato
> clássico. (Pronto, Alberto, pode colocar as suas críticas à busca de uma
> teoria quântica da gravidade aqui. ;-)

Quem sou eu para criticar tais coisas? Eu sou médico nefrologista. Quem
estuda buraco negro e/ou gravidade (Não seria gravidez?) são os obstetras.
Aliás, com o advento da moderna tecnologia, a teoria quântica foi superada,
juntamente com o seu "Princípio da Indeterminação". No passado o pai chegava
para o obstetra e perguntava: "Quantas"? Hoje em dia ele já sabe com
bastante antecedência o número de crianças gêmeas que vai ter. :-)

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm
Breve: Versão UOL do Espaço Científico Cultural em
http://sites.uol.com.br/albmesq/. Novas seções:
1) Educação Superior
2) Filosofia da Ciência
3) Novas Teorias
4) Diálogos
5) Internet e afins
6) Física
7) Links




SUBJECT: Re: [ciencialist] O ponto de mutação
FROM: "Palhares, Paulo Rogerio" <prpalhares@sti.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 08/11/2000 07:51

Eu gostei muito, assisti o filme, no começo é um pouco chato, mas as
discussões ao longo do filme ficam realmente interessante.

Um abraço.
----- Original Message -----
From: "Emilson Leite" <emilson@iag.usp.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Tuesday, November 07, 2000 9:48 PM
Subject: [ciencialist] O ponto de mutação


> Olá pessoal,
> Gostaria de saber a opnião de vocês sobre o livro e/ou o filme "O ponto de
> mutação".
> Obrigado,
> Emilson P. Leite
>
>
>
> *** --- ***
> Para sair da lista envie um mail para:
> ciencialist-unsubscribe@egroups.com
> *** --- ***
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Eq.Diferenciais ... help!
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 08/11/2000 13:17



Luiz Ferraz Netto wrote:
>
> Quem tá por dentro das equações diferenciais e desenvolvimento em
> série de Taylor, dê um help nas questões:
> Usando o método de séries, determinar a solução geral:
> a) 3y" - 5y' + 3y = 0

Y(x) = sum[n=0][ an.x^n ] = a0 + sum[n=1][ an.x^n ]
Y'(x) = a1 + sum[n=1][ n.an.x^(n-1) ] = a1 + sum[n=1][ (n+1).a(n+1).x^n
]
Y"(x) = 2.a2 + sum[n=1][(n+2).(n+1)a(n+2).x^n]

Todos os coeficientes da serie com o mesmo expoente de X tem q ser zero
->

3.(n+1).(n+2).a(n+2) -5.(n+1).a(n+1) +3.an = 0

n=0 -> 3.a0 -5.a1 + 6.a2 = 0

Dadas as condicoes de contorno y(0)=a0 e Y'(0)=a1 acha-se a2
e daih por diante: n=1 -> a3 ;
n=2 -> a4 etc...

[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] Eq.Diferenciais ... help!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 08/11/2000 20:40

Obritânkquiü!
[]'
Léo
---------------
-----Mensagem Original-----
De: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: quarta-feira, 8 de novembro de 2000 13:17
Assunto: Re: [ciencialist] Eq.Diferenciais ... help!




Luiz Ferraz Netto wrote:
>
> Quem tá por dentro das equações diferenciais e desenvolvimento em
> série de Taylor, dê um help nas questões:
> Usando o método de séries, determinar a solução geral:
> a) 3y" - 5y' + 3y = 0

Y(x) = sum[n=0][ an.x^n ] = a0 + sum[n=1][ an.x^n ]
Y'(x) = a1 + sum[n=1][ n.an.x^(n-1) ] = a1 + sum[n=1][ (n+1).a(n+1).x^n
]
Y"(x) = 2.a2 + sum[n=1][(n+2).(n+1)a(n+2).x^n]

Todos os coeficientes da serie com o mesmo expoente de X tem q ser zero
->

3.(n+1).(n+2).a(n+2) -5.(n+1).a(n+1) +3.an = 0

n=0 -> 3.a0 -5.a1 + 6.a2 = 0

Dadas as condicoes de contorno y(0)=a0 e Y'(0)=a1 acha-se a2
e daih por diante: n=1 -> a3 ;
n=2 -> a4 etc...

[]s
jocax


*** --- ***
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*** --- ***






SUBJECT: Curiosidade
FROM: sedemar@bol.com.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 09/11/2000 10:09

Olá amigos,

Gosta de Novidade.. Dá uma olhada neste site e veja do que a
TECNOLOGIA é capaz de fazer...
Assisti o FANTÁSTICO de domingo na REDE GLOBO, fiquei interessado
sobre o assunto (cérebro) e encontrei este site.
Recomendaria aos amigos que deem uma olhada..

http://www.globalsoftware.com.br/neurotek




SUBJECT: [ciencialist] Questões sobre o século
FROM: "Andrea Braga" <andreabraga@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 09/11/2000 10:58

Bom dia a todos,

esta é a primeira vez que escrevo para a lista. Isso porque não sou
cientista, na verdade sou estudantes de jornalismo e pretente me
especializar em divulgação científica.
Neste momento, estou preparando uma reportagem para um trabalho de faculdade
que aborda o desenvolvimento tecnologico no século XX (em especial
informática e telecomunicações)

Gostaria de obter comentários dos Senhores sobre essa temática.

Quais foram as mudanças mais importantes.
No que esses avanços tecnológicos mudaram a vida das pessoas e as relações
sociais.
Previsões(ou considerações) para o futuro.

agradeço antecipadamente a colaboração dos senhores


abs,
andrea braga



SUBJECT: Mapas magn�ticos
FROM: rbdiniz@terra.com.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 09/11/2000 11:08

Oi! Apareceu um texto muito interessante sobre o campo magn�tico terrestre, suas altera��es e a fabrica��o de mapas magn�ticos no Brasil. Est� em:

http://www.notitia.com.br/mct/newstorm.notitia.apresentacao.ServletDeNoticia?codigoDaNoticia=2469&dataDoJornal=atual

(Cuidado que alguns mailtools podem dividir a linha no meio)
(Isto acima � um texto de um boletim informativo do Minist�rio da Ci�ncia e Tecnologia)

Em tempo: Ainda n�o tive tempo de responder o e-mali sobre a F�sica Estat�stica N�o-Extensiva, mas est� na agenda! Em breve!

At�,
Belis�rio



SUBJECT: Re: [ciencialist] Mapas magn�ticos
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 09/11/2000 12:39

Ser� que o Belis�rio est� nos enviando um sinal de fuma�a? :-)
Que formata��o estar� usando? Ou � problema meu?
[]'
L�o

-----Mensagem Original-----
De: <rbdiniz@terra.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: quinta-feira, 9 de novembro de 2000 11:08
Assunto: [ciencialist] Mapas magn�ticos


Oi! Apareceu um texto muito interessante sobre o campo magn=E9tico terrestr=
e, suas altera=E7=F5es e a fabrica=E7=E3o de mapas magn=E9ticos no Brasil. =
Est=E1 em:

http://www.notitia.com.br/mct/newstorm.notitia.apresentacao.ServletDeNotici=
a?codigoDaNoticia=3D2469&dataDoJornal=3Datual

(Cuidado que alguns mailtools podem dividir a linha no meio)
(Isto acima =E9 um texto de um boletim informativo do Minist=E9rio da Ci=EA=
ncia e Tecnologia)

Em tempo: Ainda n=E3o tive tempo de responder o e-mali sobre a F=EDsica Est=
at=EDstica N=E3o-Extensiva, mas est=E1 na agenda! Em breve!

At=E9,
Belis=E1rio



*** --- ***
Para sair da lista envie um mail para:
ciencialist-unsubscribe@egroups.com
*** --- ***






SUBJECT: Re: [ciencialist] Mapas magnéticos
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 09/11/2000 12:52



Luiz Ferraz Netto wrote:
>
> Será que o Belisário está nos enviando um sinal de fumaça? :-)
> Que formatação estará usando? Ou é problema meu?

Eu consigo ler bem. Provavelmente é problema dos servidores
intermédios.
Repito a mensagem original abaixo.

João
http://www.nonio.com

*********
Oi! Apareceu um texto muito interessante sobre o campo magnético
terrestre,
suas alterações e a fabricação de mapas magnéticos no Brasil. Está em:


http://www.notitia.com.br/mct/newstorm.notitia.apresentacao.ServletDeNoticia?codigoDaNoticia=2469&dataDoJornal=atual

(Cuidado que alguns mailtools podem dividir a linha no meio)
(Isto acima é um texto de um boletim informativo do Ministério da
Ciência e
Tecnologia)

Em tempo: Ainda não tive tempo de responder o e-mali sobre a Física
Estatística Não-Extensiva, mas está na agenda! Em breve!

Até,
Belisário



SUBJECT: Re: [ciencialist] Questões sobre o século
FROM: "Andre Lopes" <murmur@bol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 09/11/2000 14:50

----- Original Message -----
From: "Andrea Braga" <andreabraga@uol.com.br>
> Quais foram as mudanças mais importantes.
> No que esses avanços tecnológicos mudaram a vida das pessoas e as relações
> sociais.
> Previsões(ou considerações) para o futuro.
>
> agradeço antecipadamente a colaboração dos senhores

Tratando-se de um tema desta amplitude, acredito que seria mais proveitoso
se você apresentasse os destaques dentro destes tópicos.Isto facilitaria uma
eventual avaliação dos destaques e sugestões de inclusão ou retirada de
alguns pontos.

asl



SUBJECT: Re: [ciencialist] Mapas magn�ticos
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 09/11/2000 15:06

-----Mensagem Original-----
De: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Quinta-feira, 9 de Novembro de 2000 12:39
Assunto: Re: [ciencialist] Mapas magn�ticos

> Ser� que o Belis�rio est� nos enviando um sinal de fuma�a? :-)
> Que formata��o estar� usando? Ou � problema meu?

Acho que o problema � seu. Como a msg � sobre magnetismo, e dizem que campos
magn�ticos afetam o disco r�gido, talvez o seu computador n�o esteja
devidamente protegido para campos magn�ticos atachados a msgs. :-)

� poss�vel que o efeito esteja relacionado ao que o Belis�rio chamou de
"mailtools, que podem dividir a linha no meio" (as linhas ficam polarizadas,
como os polos norte e sul de um im�). Se for este o caso, os "mailtools"
provavelmente dividiram as linhas do seu computador no meio e n�o resta
fazer mais nada a n�o ser formatar todo o disco r�gido. :-))

Obs.: esta � uma nova teoria que estou desenvolvendo para fazer frente �
Gem�tica do Jocax :-). Trata-se da "Bitm�tica mailtoolizada" que diz que no
Universo tudo � constitu�do de Bits biduais (segundo a tgbd) e polariz�veis
ou n�o conforme o computador que os receba.

Segundo o Jo�o "Provavelmente � problema dos servidores interm�dios."
Parece-me ent�o que neste caso estariam em a��o os Quartos Unos da tgbd. Se
for o caso sugiro que envie uma msg para o Grupo tgbd
http://br.egroups.com/group/tgbd) solicitando esclarecimentos.

Deixando a seriedade de lado, diria que o texto do Belis�rio chegou assim,
no meu computador:

"Oi! Apareceu um texto muito interessante sobre o campo magn�tico terrestre,
suas altera��es e a fabrica��o de mapas magn�ticos no Brasil. Est� em:..."

N�o obstante, o seu computador "leu" a mesma mensagem da seguinte forma:

"Oi! Apareceu um texto muito interessante sobre o campo magn=E9tico
terrestr= e, suas altera=E7=F5es e a fabrica=E7=E3o de mapas magn=E9ticos no
Brasil. =Est=E1 em:..."

Detalhe: a msg do Belis�rio est� em HTML. N�o sei se isso tem alguma coisa a
ver com a aberra��o. Que mal pergunte: A Ciencialist voltou a aceitar msgs
em HTML? Parece-me que esta era uma d�vida que havia ficado pendente por
ocasi�o da elei��o sobre anexos atachados a mensagens. Ou seja, se seria
poss�vel impedir anexos sem bloquear msgs em formata��o HTML.

Obs2: N�o sei se � "atachar" ou "ataxar". Meu Aur�lio n�o tem nenhuma das
duas formas. Esta palavra existe em l�ngua portuguesa?

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: OFF TOPIC Anexar - Attach
FROM: "Andre Lopes" <murmur@bol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 09/11/2000 16:09

> Obs2: N�o sei se � "atachar" ou "ataxar". Meu Aur�lio n�o tem nenhuma das
> duas formas. Esta palavra existe em l�ngua portuguesa?

� um neologismo, adapta��o da forma verbal attached (anexado) para atachado.
� completamente dispens�vel, e at� o Outlook usa os termos "anexo" e
"anexar". No Aur�lio:

anexar:
3. Inform�tica. Vincular (arquivo) a uma mensagem de correio eletr�nico,
determinando que ambos sigam juntos quando esta for enviada [Nesta acep�.,
us. como correspondente do ingl. to attach ] .

asl, que acha "off topic" bem funcional :-)



SUBJECT: Re: Mapas magn�ticos
FROM: rbdiniz@terra.com.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 09/11/2000 17:05

Que coisa! Isso e' por causa dos acentos. O sistema que o Leo esta' usando e' incompativel com o sistema que estou usando, e por isso ele (o computo) nao sabe como interpretar os codigos das letras acentuadas. Ai' da' esse bode. Agora, a minha mensagem aparecer em HTML para mim e' novidade. Infelizmente nesse canto do info-espa�o nao tenho poder para decidir sobre isso - e' o tal Terramail, um site para mandar e-mails para quem tem conta na Terra e insiste em ficar mandando mensagens quando esta' longe de casa.

(Detalhe: o assunto desta mensagem apareceu para mim como:
Re: =?x-user-defined?Q?Re:_=5Bciencialist=5D_Mapas_magn=E9ticos?=

A proposito: nao, nao existe "atachar" nem "ataxar" em Portugues. E' um anglicismo, um dos inumeros que apareceram desde o aparecimento do microcomputador pessoal. Como e' um anglicismo, seria preferivel versao "atachar", pois vem de "attachment". Mas, por mim, eu prefiro a palavra "anexar", que significa exatamente a mesma coisa, ja' existe, e' bonita e charmosa e esta' em portugues.

Inte',
Belisario

> -----Mensagem Original-----
> De: "Luiz Ferraz Netto"
>
> > Ser� que o Belis�rio est� nos enviando um sinal de fuma�a? :-)
> > Que formata��o estar� usando? Ou � problema meu?

Alberto Mesquita:
> Obs2: N�o sei se � "atachar" ou "ataxar". Meu Aur�lio n�o tem nenhuma das
> duas formas. Esta palavra existe em l�ngua portuguesa?
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Questões sobre o século
FROM: "Andrea Braga" <andreabraga@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 09/11/2000 17:05

Caro andré... e demais colegas de lista,
meu grande problema é esse, minha pauta é falar da revolução tecnológica do
século XX de forma ampla. Sob o ponto de vista da mudança comportamental.

Por exemplo: O telefone foi uma invenção do século XIX, mas que trouxe
profundas transformações sociais. O automóvel, os meio de transporte. A
informática em geral trouxe transformações nas relações de trabalho, o
surgimento de novas profissões.
A minha intenção, quando coloquei o questionamento na lista, foi justamente
para apurar diferentes visões, já que a lista é formada por especialista
e/ou estudiosos de diversas áreas de conhecimento.O avanço tecnológico mais
importante para um matemático é diferente do mais importante para um
biólogo e assim por diante.

Obrigada pelo retorno, estou à disposição para maiores esclarecimentos,


abs,
andrea braga


> ----- Original Message -----
> From: "Andrea Braga" <andreabraga@uol.com.br>
> > Quais foram as mudanças mais importantes.
> > No que esses avanços tecnológicos mudaram a vida das pessoas e as
relações
> > sociais.
> > Previsões(ou considerações) para o futuro.
> >
> > agradeço antecipadamente a colaboração dos senhores
>
> Tratando-se de um tema desta amplitude, acredito que seria mais proveitoso
> se você apresentasse os destaques dentro destes tópicos.Isto facilitaria
uma
> eventual avaliação dos destaques e sugestões de inclusão ou retirada de
> alguns pontos.
>
> asl
>
>
>
> *** --- ***
> Para sair da lista envie um mail para:
> ciencialist-unsubscribe@egroups.com
> *** --- ***
>



SUBJECT: Dawkins Antropocentrico? - 2
FROM: "Manuel Bulcao" <msbn@daterranet.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 10/11/2000 00:37

Olá Omni, Jocax, João Miranda e lista,

Em minha mensagem "Dawkins Antropocêntrico?" citei um trecho do livro
"O Gene Egoísta", em que o autor afirma categoricamente que, no
planeta Terra, apenas nós, seres humanos, somos capazes de se rebelar
contra a tirania dos replicadores egoístas, genes e memes. Alguns
colegas da lista criticaram essa afirmação de Dawkins. O João Miranda
afirmou que não existe "eu" – e, portanto, também não existe "nós"
--, mas apenas genes + memes, e que tal asserção dawkineana não passa
de mais um meme para a confusão.

A questão é: o comportamento humano é tão ferreamente determinado
pelos genes (ou genes + memes) ao ponto de não haver nenhuma margem
para uma decisão livre? Será mesmo que toda ação humana, sem exceção,
tem por razão de ser a máxima propagação do complexo gene-meme?

Bem, se a conduta humana obedece a um rígido determinismo, seja
genético (sociobiologia), libidinal (psicanálise) ou de qualquer
outra espécie, não sei ao certo. Mas vamos supor que sim. Neste caso,
esfumaça-se, penso eu, qualquer esperança de que seja criada uma
"verdadeira" ciência do homem, "ciência" no sentido forte ou
popperiano do termo, cujos enunciados podem ser testados, falseados.

Com efeito, supondo como correto o princípio fundamental da
psicologia evolucionista, se o indivíduo X age de uma determinada
forma, o propósito da sua ação, em última análise, é a perpetuação
dos genes. E se ele, porventura, age de uma forma contrária, também
neste caso, em derradeira instância, o propósito é a perpetuação dos
genes. Não há, portanto, como se testar empiricamente a falsidade do
enunciado "todo comportamento visa à perpetuação dos genes". Pode até
ser que tal enunciado seja verdadeiro, mas não se trata de forma
alguma de uma asserção científica no sentido estrito do termo. Pode
ser, quando muito, um enunciado metafísico "bastante interessante e
fecundo".

Em suma: se o comportamento humano (inclusive o do cientista em seu
laboratório) for ferreamente determinado – seja pelos genes
"egoístas", pela libido ou pelo interesse econômico, a natureza do
determinismo não importa tanto –, então a ciência que trata do
comportamento humano não pode jamais passar de uma hermenêutica, ou
seja, sua função não é tanto explicar o fenômeno, mas sobretudo
interpretá-lo ou torná-lo compreensível pela ótica do que se presume
ser a finalidade última do pensamento e da ação.

Se o determinismo "teleonômico" (teleonomia, segundo o bioquímico
Jacques Monod, implica a idéia de uma "atividade orientada, coerente
e construtiva", o que, segundo este cientista, é uma propriedade
comum a todos os organismos vivos), retomando o fio: se o
determinismo teleonômico exclui a possibilidade de uma ciência
"stricto sensu" do comportamento determinado, não se deve,
entretanto, "em nome da ciência", considerar como uma "falsidade
apriorística" o determinismo teleonômico. É possível que nossas
ações, em última análise, sejam determinadas por "algo" que
transcende a nossa vontade, nossas intenções imediatas, nossa
consciência. Pode ser, não é certo mas... sei lá!

A propósito, ao ler o livro "Questões Epistemológicas" de Hilton
Japiassu, tomei conhecimento que Albert Einstein, recusando-se a crer
na liberdade abstrata pregada pelos filósofos, confessou que, desde a
infância, sua vida foi profundamente marcada por esta máxima de
Schopenhauer: "Sem dúvida, o homem pode fazer o que quer, MAS NÃO
PODE QUERER O QUE QUER."

Expus aqui meus pensamentos. Aguardo com impaciência a crítica dos
companheiros. Peço apenas que não se fixem em picuinhas (provocação,
pirraça). Afinal, não estamos aqui para medir conhecimentos ("eu sou
o fodão e tu és o fodido"), mas para trocar idéias e compartilhar
dúvidas. Digo isso porque tenho observado uma degeneração do diálogo
nesta lista. Para ser o melhor não basta estar com a razão: é preciso
respeitar o interlocutor, por mais humilde e insensato que ele seja
ou pareça ser. Aliás, desconfio muito de quem deseja demonstrar para
todo mundo que é o melhor.

Abraços,
Manuel Bulcão




SUBJECT: Dawkins Antropocentrico? - 2
FROM: "Manuel Bulcao" <msbn@daterranet.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 10/11/2000 01:40

Olá Omni, Jocax, João Miranda e lista,

Em minha mensagem "Dawkins Antropocêntrico?" citei um trecho do livro
"O Gene Egoísta", em que o autor afirma categoricamente que, no
planeta Terra, apenas nós, seres humanos, somos capazes de se rebelar
contra a tirania dos replicadores egoístas, genes e memes. Alguns
colegas da lista criticaram essa afirmação de Dawkins. O João Miranda
afirmou que não existe "eu" – e, portanto, também não existe "nós"
--, mas apenas genes + memes, e que tal asserção dawkineana não passa
de mais um meme para a confusão.

A questão é: o comportamento humano é tão ferreamente determinado
pelos genes (ou genes + memes) ao ponto de não haver nenhuma margem
para uma decisão livre? Será mesmo que toda ação humana, sem exceção,
tem por razão de ser a máxima propagação do complexo gene-meme?

Bem, se a conduta humana obedece a um rígido determinismo, seja
genético (sociobiologia), libidinal (psicanálise) ou de qualquer
outra espécie, não sei ao certo. Mas vamos supor que sim. Neste caso,
esfumaça-se, penso eu, qualquer esperança de que seja criada uma
"verdadeira" ciência do homem, "ciência" no sentido forte ou
popperiano do termo, cujos enunciados podem ser testados, falseados.

Com efeito, supondo como correto o princípio fundamental da
psicologia evolucionista, se o indivíduo X age de uma determinada
forma, o propósito da sua ação, em última análise, é a perpetuação
dos genes. E se ele, porventura, age de uma forma contrária, também
neste caso, em derradeira instância, o propósito é a perpetuação dos
genes. Não há, portanto, como se testar empiricamente a falsidade do
enunciado "todo comportamento visa à perpetuação dos genes". Pode até
ser que tal enunciado seja verdadeiro, mas não se trata de forma
alguma de uma asserção científica no sentido estrito do termo. Pode
ser, quando muito, um enunciado metafísico "bastante interessante e
fecundo".

Em suma: se o comportamento humano (inclusive o do cientista em seu
laboratório) for ferreamente determinado – seja pelos genes
"egoístas", pela libido ou pelo interesse econômico, a natureza do
determinismo não importa tanto –, então a ciência que trata do
comportamento humano não pode jamais passar de uma hermenêutica, ou
seja, sua função não é tanto explicar o fenômeno, mas sobretudo
interpretá-lo ou torná-lo compreensível pela ótica do que se presume
ser a finalidade última do pensamento e da ação.

Se o determinismo "teleonômico" (teleonomia, segundo o bioquímico
Jacques Monod, implica a idéia de uma "atividade orientada, coerente
e construtiva", o que, segundo este cientista, é uma propriedade
comum a todos os organismos vivos), retomando o fio: se o
determinismo teleonômico exclui a possibilidade de uma ciência
"stricto sensu" do comportamento determinado, não se deve,
entretanto, "em nome da ciência", considerar como uma "falsidade
apriorística" o determinismo teleonômico. É possível que nossas
ações, em última análise, sejam determinadas por "algo" que
transcende a nossa vontade, nossas intenções imediatas, nossa
consciência. Pode ser, não é certo mas... sei lá!

A propósito, ao ler o livro "Questões Epistemológicas" de Hilton
Japiassu, tomei conhecimento que Albert Einstein, recusando-se a crer
na liberdade abstrata pregada pelos filósofos, confessou que, desde a
infância, sua vida foi profundamente marcada por esta máxima de
Schopenhauer: "Sem dúvida, o homem pode fazer o que quer, MAS NÃO
PODE QUERER O QUE QUER."

Expus aqui meus pensamentos. Aguardo com impaciência a crítica dos
companheiros. Peço apenas que não se fixem em picuinhas (provocação,
pirraça). Afinal, não estamos aqui para medir conhecimentos ("eu sou
o fodão e tu és o fodido"), mas para trocar idéias e compartilhar
dúvidas. Digo isso porque tenho observado uma degeneração do diálogo
nesta lista. Para ser o melhor não basta estar com a razão: é preciso
respeitar o interlocutor, por mais humilde e insensato que ele seja.
Aliás, desconfio muito de quem deseja ser o melhor.

Abraços,
Manuel Bulcão




SUBJECT: En: [ciencialist] Curiosidade
FROM: "Sheila" <hcaprini@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 10/11/2000 02:52

Esse remetente é tão cara-de-pau, que mandou até pra listas sobre segurança
e privacidade na rede essa mesma msgm!

[]'s
Sheila.

-----Mensagem original-----
De: sedemar@bol.com.br <sedemar@bol.com.br>
Para: ciencialist@egroups.com <ciencialist@egroups.com>
Data: Quinta-feira, 9 de Novembro de 2000 10:16
Assunto: [ciencialist] Curiosidade






SUBJECT: Re: [ciencialist] Dawkins Antropocentrico? - 2
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 10/11/2000 04:25

-----Mensagem Original-----
De: "Manuel Bulcao"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Sexta-feira, 10 de Novembro de 2000 00:37
Assunto: [ciencialist] Dawkins Antropocentrico? - 2

> Em minha mensagem "Dawkins Antropocêntrico?" citei um trecho do livro
> "O Gene Egoísta", em que o autor afirma categoricamente que, no
> planeta Terra, apenas nós, seres humanos, somos capazes de se rebelar
> contra a tirania dos replicadores egoístas, genes e memes. Alguns
> colegas da lista criticaram essa afirmação de Dawkins. O João Miranda
> afirmou que não existe "eu" - e, portanto, também não existe "nós"
> --, mas apenas genes + memes, e que tal asserção dawkineana não passa
> de mais um meme para a confusão.

Neste caso "eu", que "não existo", diria que não existem genes nem memes mas
apenas agregados de partículas elementares da física. E, prosseguindo nesta
regressão absurda, não é impossível que um dia venhamos a descobrir que nem
as partículas elementares da física existem, mas apenas os genuínos átomos
de Demócrito. (Creio que já falei algo sobre isso num outro contexto.)

> A questão é: o comportamento humano é tão ferreamente determinado
> pelos genes (ou genes + memes) ao ponto de não haver nenhuma margem
> para uma decisão livre? Será mesmo que toda ação humana, sem exceção,
> tem por razão de ser a máxima propagação do complexo gene-meme?

Isto está me cheirando a outro tipo de regressão. Parece-me que estamos
regredindo para a era do materialismo mecanicista, quando alguém teria
afirmado que o Universo comporta-se como um relógio, e nós apenas seríamos
peças desse relógio. Não sei não mas fica-me a impressão de que essa turma
da "teoria da cultura" ou, como queiram, memética, precisaria estudar um
pouquinho a história das ciências. Do contrário irão "reinventar a roda",
ainda que seja uma roda mais sofisticada e aplicável a ciências menos
exatas.

> Bem, se a conduta humana obedece a um rígido determinismo, seja
> genético (sociobiologia), libidinal (psicanálise) ou de qualquer
> outra espécie, não sei ao certo. Mas vamos supor que sim. Neste caso,
> esfumaça-se, penso eu, qualquer esperança de que seja criada uma
> "verdadeira" ciência do homem, "ciência" no sentido forte ou
> popperiano do termo, cujos enunciados podem ser testados, falseados.

Depende. Em primeiro lugar, quando se fala em determinismo está-se
simplificando em demasia um Universo que não conhecemos em sua totalidade. O
determinismo pode ser caótico e incontrolável ou incompreensível em larga
extensão e assim sendo poderíamos brincar de cientista por muitos séculos.
Por outro lado, corre-se o risco de se chegar a um indeterminismo
determinado, o que aconteceu com a física quântica ao "determinar" o
princípio da indeterminação. A meu ver, com este tipo de indeterminismo
esfumaçou-se qualquer esperança de que se chegasse ao conhecimento da
estrutura íntima da matéria, num sentido pré-metafísico (pois no sentido
metafísico é compreensível esta impossibilidade). E se as demais ciências
tentarem se apoiar na física moderna, prevejo conseqüências do mesmo tipo e
a meu ver desastrosas. Não nos restará outra alternativa a não ser nos
conformarmos com os genes (os quanta de vida) e os memes (os quanta de
comportamento). Logo chegaremos ao princípio memético da indeterminação e a
confusão estará instalada de vez e os meméticos, tal e qual os físicos
quânticos, ficarão falando sozinhos por um século ou mais, até descobrirem
que "não existem" (com a vantagem de que alguns meméticos já assumem a sua
não existência).

Não sou um defensor do determinismo próprio dos físicos da antigüidade
clássica (materialismo mecanicista) porém acho que o indeterminismo da
física quântica é um atraso de vida (pensando não na física, mas nas
disciplinas que poderão vir um dia tentar se apoiar na mesma, como por ex. a
biologia). Enfim, essa é uma opinião de quem não entende muito do assunto.

> Com efeito, supondo como correto o princípio fundamental da
> psicologia evolucionista, se o indivíduo X age de uma determinada
> forma, o propósito da sua ação, em última análise, é a perpetuação
> dos genes. E se ele, porventura, age de uma forma contrária, também
> neste caso, em derradeira instância, o propósito é a perpetuação dos
> genes. Não há, portanto, como se testar empiricamente a falsidade do
> enunciado "todo comportamento visa à perpetuação dos genes". Pode até
> ser que tal enunciado seja verdadeiro, mas não se trata de forma
> alguma de uma asserção científica no sentido estrito do termo. Pode
> ser, quando muito, um enunciado metafísico "bastante interessante e
> fecundo".

O Popper iria gostar dessa sua sacada. Certamente ele iria dizer que esta
teoria não é científica. Eu prefiro dizer que talvez estejamos frente a uma
pré-teoria científica. Por outro lado, poderíamos pensar numa dualidade
comportamental no estilo quântico. Após qualquer escolha o Universo se
"racharia em dois" e permaneceríamos naquele em que os genes se perpetuaram.

> Em suma: se o comportamento humano (inclusive o do cientista em seu
> laboratório) for ferreamente determinado - seja pelos genes
> "egoístas", pela libido ou pelo interesse econômico, a natureza do
> determinismo não importa tanto -, então a ciência que trata do
> comportamento humano não pode jamais passar de uma hermenêutica, ou
> seja, sua função não é tanto explicar o fenômeno, mas sobretudo
> interpretá-lo ou torná-lo compreensível pela ótica do que se presume
> ser a finalidade última do pensamento e da ação.

Vamos ver se consigo axiomatizar esta incerteza. Digamos então que exista o
que chamarei Princípio da Indeterminação Comportamental: "É impossível
conhecer simultaneamente e com exatidão o pensamento e a ação de um ser
humano." Quando ele pensa, ele não age; e quando ele age o pensamento já
era". Aceito críticas mas vejo que a "coisa" é mais ou menos por aí. Ao
passarmos do pensamento para a ação haveria um colapso da função pensamento.
Por outro lado, ao passarmos da ação para o pensamento haveria um descolapso
e a ação iria se expandindo até se extinguir totalmente.

> Se o determinismo "teleonômico" (teleonomia, segundo o bioquímico
> Jacques Monod, implica a idéia de uma "atividade orientada, coerente
> e construtiva", o que, segundo este cientista, é uma propriedade
> comum a todos os organismos vivos), retomando o fio: se o
> determinismo teleonômico exclui a possibilidade de uma ciência
> "stricto sensu" do comportamento determinado, não se deve,
> entretanto, "em nome da ciência", considerar como uma "falsidade
> apriorística" o determinismo teleonômico. É possível que nossas
> ações, em última análise, sejam determinadas por "algo" que
> transcende a nossa vontade, nossas intenções imediatas, nossa
> consciência. Pode ser, não é certo mas... sei lá!

Eu diria então que ao passarmos do pensamento para a ação o colapso é tal
que nem sempre a ação sai como foi planejada, mas ocorre uma interferência
que talvez pudesse ser explicada pela filosofia da "práxis". Mas isso apenas
confirma a idéia de um princípio de indeterminação comportamental. Putz, até
que enfim encontrei uma aplicação para as elucubrações dos quânticos. Tô
começando a gostar da brincadeira. :-))

> A propósito, ao ler o livro "Questões Epistemológicas" de Hilton
> Japiassu, tomei conhecimento que Albert Einstein, recusando-se a crer
> na liberdade abstrata pregada pelos filósofos, confessou que, desde a
> infância, sua vida foi profundamente marcada por esta máxima de
> Schopenhauer: "Sem dúvida, o homem pode fazer o que quer, MAS NÃO
> PODE QUERER O QUE QUER."

Sim, pois quando ele faz (ação) ele já não mais quer (pensamento). E quando
ele volta a querer (descolapso --> novo pensar) ele não mais está a fazer.

> Expus aqui meus pensamentos. Aguardo com impaciência a crítica dos
> companheiros. Peço apenas que não se fixem em picuinhas (provocação,
> pirraça). Afinal, não estamos aqui para medir conhecimentos ("eu sou
> o fodão e tu és o fodido"), mas para trocar idéias e compartilhar
> dúvidas. Digo isso porque tenho observado uma degeneração do diálogo
> nesta lista.

Espero que não considere meus comentários como degenerativos, ainda que
exista um certo humor nas entrelinhas, mas não tem nada a ver com o seu
texto. Quanto às idéias apresentadas, ainda que floreadas por algumas
coincidências sob certo aspectos engraçadas, procurei expor com seriedade o
que penso frente a um assunto que não domino. Mas sob esse aspecto procuro
ser popperiano: "Se não tivesse havido uma torre de Babel, teríamos tido de
construir uma."

> Para ser o melhor não basta estar com a razão: é preciso
> respeitar o interlocutor, por mais humilde e insensato que ele seja
> ou pareça ser. Aliás, desconfio muito de quem deseja demonstrar para
> todo mundo que é o melhor.

Assino embaixo.

Em tempo: Conheci hoje o
Journal of Memetics -
Evolutionary Models of Information Transmission
http://www.cpm.mmu.ac.uk/jom-emit/overview.html

e talvez seja de interesse para os que gostam do tema.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Curiosidade
FROM: Agapito Ribeiro Júnior <agapito@alphanet.ne.jp>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 10/11/2000 05:47

Sheila

Independentemente do indivíduo ser "cara-de-pau", eu dei boas gargalhadas com o sistema hipnótico. Acho que fiquei hipnotizado de tanto rir que não sei quantos dias levei para enviar este e-mail. Ou foram minutos?

Será que os ósculos podem me ajudar na meditação transcendental? Encontrarei algum ET lá?
Puxa, quero hipnotizar o Mestre Mesquita para roubar-lhe uma teoria que ele está escondendo da mídia e fazer o autoral dela para mim! ;0)

Caro sr "cara-de-pau", experimentaste o sistema? Viu Et(s)?

Agapito
-----Mensagem Original-----
De: "Sheila" <hcaprini@uol.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Sexta-feira, 10 de Novembro de 2000 13:52
Assunto: En: [ciencialist] Curiosidade


> Esse remetente é tão cara-de-pau, que mandou até pra listas sobre segurança
> e privacidade na rede essa mesma msgm!
>
> []'s
> Sheila.
>
> -----Mensagem original-----
> De: sedemar@bol.com.br <sedemar@bol.com.br>
> Para: ciencialist@egroups.com <ciencialist@egroups.com>
> Data: Quinta-feira, 9 de Novembro de 2000 10:16
> Assunto: [ciencialist] Curiosidade
>
>
>
>
>
>
> *** --- ***
> Para sair da lista envie um mail para:
> ciencialist-unsubscribe@egroups.com
> *** --- ***



SUBJECT: HTML X texto puro (administrador)
FROM: "Luis Roberto Brudna [RS]" <lrb@if.ufrgs.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 10/11/2000 05:50


Somente 16 pessoas votaram na escolha, entre HTML e texto puro, para
configuracao da lista.

Para votar eh soh ir no endereco
http://www.egroups.com/polls/ciencialist/


Aproveitando o e-mail:
EVITE usar acentuacao no campo SUBJECT (ASSUNTO).


Ateh mais.
Luis Brudna - administrador da ciencialist.




SUBJECT: Re: Questões sobre o século
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO:
DATE: 10/11/2000 09:30

Andrea Braga wrote:
>
> Caro andré... e demais colegas de lista,
> meu grande problema é esse, minha pauta é falar da revolução
> tecnológica do
> século XX de forma ampla. Sob o ponto de vista da mudança
> comportamental.


Ola Andrea, realmente sua questao eh de ampla magnitude. Eu gostaria de
esbocar meu ponto de vista focando minha visao sob alguns aspectos
sociais
e evolutivos do homem no futuro.

O avanco tecnologico atuara de varias maneiras na vida do homem a
medio prazo:

1- Subtrai paulatinamente postos de trabalho, via automacao, gerando
problemas
sociais (ainda nao soluveis) de diversas magnitudes.

2- Acirra a concorrencia impelindo os competidores a uma produtividade
ainda maior. Isso acelera as fusoes de empresas, diminui precos de
mercadorias e tambem de salarios.

3- A competitividade pelos cada vez mais escassos postos de trabalho
gerara uma crescente rivalidade entre colegas e tambem surgira o
"egoismo
do conhecimento" (O conhecimento sera encarado como um "bem-material",
uma riqueza, que diferenciara e privilegiara os individuos que a
possuem).
Ou seja, o relacionamento social devera ir se deteriorando.

4- Claro q a vida dos que AINDA tiverem emprego sera facilitada em
virtude
do barateamento de precos devido a concorrencia predatoria.
Mas as relacoes interpessoais no emprego deverao se deteriorar devido a
competicao e inseguranca.

5- O processo devera ter fim QUANDO as empresas conseguirem monopolizar
o mercado ( objetivo das grandes fusoes empresariais atuais).
Neste caso a concorrencia predatoria deixara de existir mas a automacao
e a produtividade nao.
O mercado tendera a se estabilizar com uma grande massa de desempregados
e uma menor parte empregada e estressada, temerosa de seu "privilegio".

6- Este processo podera levar ao surgimento de castas : Os "sem-emprego"
"Os do estado" e os "da iniciativa privada", por exemplo.

7- Esta pressao aumentara a necessidade de assimilacao de determinadas
culturas, formando um criterio de selecao sexual com base nesta
capacidade de aprender e assimilar tecnologias avancadas. Isso talvez
apresse a especiacao da raca humana.

[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] Dawkins Antropocentrico? - 2
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO:
DATE: 10/11/2000 11:04



Manuel Bulcao wrote:
>
> Olá Omni, Jocax, João Miranda e lista,
>
> Em minha mensagem "Dawkins Antropocêntrico?" citei um trecho do livro
> "O Gene Egoísta", em que o autor afirma categoricamente que, no
> planeta Terra, apenas nós, seres humanos, somos capazes de se rebelar
> contra a tirania dos replicadores egoístas, genes e memes. Alguns
> colegas da lista criticaram essa afirmação de Dawkins. O João Miranda
> afirmou que não existe "eu" – e, portanto, também não existe "nós"
> --, mas apenas genes + memes, e que tal asserção dawkineana não passa
> de mais um meme para a confusão.
>
> A questão é: o comportamento humano é tão ferreamente determinado
> pelos genes (ou genes + memes) ao ponto de não haver nenhuma margem
> para uma decisão livre?

Sim, mas isto nao quer dizer q nao sejamos "livres". A definicao de
liberdade , "ser livre" eh tao filosoficamente complexa quanto a de
"verdade"
ou mesmo a de "Justica". Isso sempre acaba nos levando a discutir sobre
o
determinismo quantico-cientifico e seus limites de atuacao.

Contudo, todos temos alguma nocao do que eh "ser livre",
ser "dono", "senhor" de suas decisoes e atitudes. Assim, mesmo
que sejamos feitos de atomos sujeitos aas leis fisicas que os regem,
O Q NAO NOS IMPEDE DE NOS CONSIDERARMOS "LIVRES", podemos dizer que
da mesma forma tambem somos feitos de genes e memes e das leis que os
regem !!
O que TAMBEM nao nos impede de nos considerarmos "livres" e nao escravos
deles.



>Será mesmo que toda ação humana, sem exceção,
> tem por razão de ser a máxima propagação do complexo gene-meme?

A pergunta eh boa!
A resposta, eu diria, depende do "estado" desse complexo Gemetico
(Gene-Meme).

Veja bem : Embora o acaso e evolucao continue nos moldando para sermos
complexos gemeticos para a maxima propagacao gemetica, isto nem sempre
ocorre,
pois nem sempre estes memes ou genes estao otimizados na sua funcao.

Nos nao somos perfeitos e ainda estamos sendo selecionados. Quero
dizer que a funcao de maxima propagacao NAO se verifica por nao sermos,
ainda, maquinas propagadoras ideais ( nem nunca seremos).

Portanto, conflitos de TODOS os tipos ainda existem e existirao em
graus
variados e dependente do portador. Conflitos do tipo : gene x gene,
meme x meme(cultural), gene x meme (gemetico).



>
> Bem, se a conduta humana obedece a um rígido determinismo, seja
> genético (sociobiologia), libidinal (psicanálise) ou de qualquer
> outra espécie, não sei ao certo. Mas vamos supor que sim.

Esta questao do determinismo ainda nao esta bem definida/determinada,
pelo menos nao para mim. Eh dificil dizer o que seria o determinismo...
Vamos *supor* o caso que *TODOS* os acontecimentos das pessoas no
planeta
terra esteja escrito e determinado mas escondido em um planeta de uma
galaxia distante (o assim chamado DESTINO). Neste caso existe um
determinismo.
Eu pergunto:
Temos liberdade de escolha? ( se esta tudo "escrito" e determinado ?).

Minha resposta a esta questao hipotetica eh :
Para nos tudo se passa como se tivessmos esta liberdade de escolha
uma vez que *sentimos* que a temos e nunca poderemos saber o que nos
reserva !

Ou seja : Para nos nao faria diferenca se estaria ou nao tudo
predeterminado
uma vez que nao poderiamos saber qual seria essa nossa predestinacao.

Entao, a questao da maior ou menor rigidez de nosso determinismo
gemetico
pode cair no caso acima : Mesmo que exista a complexidade pode ser tao
alta que nao poderemos nunca saber o que nos reserva.

Mas isso nao impede que possamos nos aproximar, ao menos em linhas
gerais,
do que nossa natureza gemetica nos reserva. Entender nossa natureza
gemetica
eh entedermos a nos mesmos. Primeiro passo para diminuirmos nossos
conflitos.


>Neste caso,
> esfumaça-se, penso eu, qualquer esperança de que seja criada uma
> "verdadeira" ciência do homem, "ciência" no sentido forte ou
> popperiano do termo, cujos enunciados podem ser testados, falseados.

Nao consigo ver como.

>
> Com efeito, supondo como correto o princípio fundamental da
> psicologia evolucionista, se o indivíduo X age de uma determinada
> forma, o propósito da sua ação, em última análise, é a perpetuação
> dos genes. E se ele, porventura, age de uma forma contrária, também
> neste caso, em derradeira instância, o propósito é a perpetuação dos
> genes.

Nao vejo porque isto. Porque agindo de forma contraria ele estaria
agindo
na mesma direcao ?!? Me parece um contrasenso.

O q pode acontecer eh que algumas atitudes poem ser erroneamente ou
apressadamente interpretadas e, o que parece ir contra a maxima da PE
na verdade nao vai. Mas neste caso seria um erro de interpretacao
e nao uma contradicao intrinseca da teoria ou algo anti-cientifico.

> Não há, portanto, como se testar empiricamente a falsidade do
> enunciado "todo comportamento visa à perpetuação dos genes". Pode até
> ser que tal enunciado seja verdadeiro, mas não se trata de forma
> alguma de uma asserção científica no sentido estrito do termo.

Nao concordo com sua conclusao. Mas tambem nao concordo com a maxima
"todo comportamento..dos genes". O "Todo", nesta assercao, eh muito
forte
e vai alem dos limites da Psicologia Evolutiva (PE).

Veja q o complexo memico tambem pode agir de forma contraria a
perpetuacao
genetica como o caso de seitas religiosas que promovem o suicidio
coletivo.
Este comportamento coletivo suicida vai claramente contra
a perpetuacao genetica.

Contudo, se relaxarmos um pouco o significado de "TODO" na maxima acima
como algo do tipo : A maioria , a grande parte etc.. Entao acredito
q a assercao esta correta.


> Pode
> ser, quando muito, um enunciado metafísico "bastante interessante e
> fecundo".

Nao creio. Acredito q seja ainda cientifico a despeito de determinados
e raros comportamentos serem anti-gene-perpetuadores.
Como disse, cedo ou tarde muitos genes comportamentais deverao ser
identificados permitindo falsear ou nao a PE.



>
> Em suma: se o comportamento humano (inclusive o do cientista em seu
> laboratório) for ferreamente determinado – seja pelos genes
> "egoístas", pela libido ou pelo interesse econômico, a natureza do
> determinismo não importa tanto –, então a ciência que trata do
> comportamento humano não pode jamais passar de uma hermenêutica, ou
> seja, sua função não é tanto explicar o fenômeno, mas sobretudo
> interpretá-lo ou torná-lo compreensível pela ótica do que se presume
> ser a finalidade última do pensamento e da ação.

Se eu entendi direito, nao vejo objecao. A ciencia nao fez sempre isso?
ela sempre nao procurou interpretar os fatos a luz de suas teorias
mais atuais? Isso tambem eh um modo de refuta-las. Se elas nao podem
ser explicadas entao devem ser rejeitadas ( ou aprimoradas ).
Quero dizer q a explicacao do fenomeno eh sua interpretacao sob a
otica de suas teorias consideradas mais verdadeiras.

>
> Se o determinismo "teleonômico" (teleonomia, segundo o bioquímico
> Jacques Monod, implica a idéia de uma "atividade orientada, coerente
> e construtiva", o que, segundo este cientista, é uma propriedade
> comum a todos os organismos vivos), retomando o fio: se o
> determinismo teleonômico exclui a possibilidade de uma ciência
> "stricto sensu" do comportamento determinado, não se deve,
> entretanto, "em nome da ciência", considerar como uma "falsidade
> apriorística" o determinismo teleonômico. É possível que nossas
> ações, em última análise, sejam determinadas por "algo" que
> transcende a nossa vontade, nossas intenções imediatas, nossa
> consciência. Pode ser, não é certo mas... sei lá!

Bom, este "algo" nao poderia ser os "genes" ?


>
> A propósito, ao ler o livro "Questões Epistemológicas" de Hilton
> Japiassu, tomei conhecimento que Albert Einstein, recusando-se a crer
> na liberdade abstrata pregada pelos filósofos, confessou que, desde a
> infância, sua vida foi profundamente marcada por esta máxima de
> Schopenhauer: "Sem dúvida, o homem pode fazer o que quer, MAS NÃO
> PODE QUERER O QUE QUER."

Nao acho q o homem possa fazer o que quer nem querer o que quer !
Mas vc tocou num ponto q foi problematico para mim ha ANOS !

Minha questao crucial era : "Gostamos de certas coisas e nao gostamos de
outras. Porque isso acontece? Se pudessemos escolher o que gostar,
ou nao gostar, QUE TIPO DE COISAS DEVERIAMOS ESCOLHER?"

Este problema me perturbou por anos......
Sempre GOSTEI de NAO GOSTAR de futebol, mas NAO GOSTAVA de GOSTAR de
assistir
corridas de formula 1 pois achava uma perda de tempo.

Finalmente cheguei a uma resposta !! ( Adivinha qual eh ? :-) )

[]s
jocax


SUBJECT: Re: Questões sobre o século
FROM: "Andre Lopes" <murmur@bol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 10/11/2000 11:14

----- Original Message -----
From: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
Sent: Friday, November 10, 2000 9:30 AM
Subject: [ciencialist] Re: Questões sobre o século


> Ola Andrea, realmente sua questao eh de ampla magnitude. Eu gostaria de
> esbocar meu ponto de vista focando minha visao sob alguns aspectos
> sociais
> e evolutivos do homem no futuro.

Humm...creio que por si só isto demonstra o perigo de recolher informações
na internet.

asl, digitando com polegar opositor





SUBJECT: Populacao europia se divide em tres grupos
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO:
DATE: 10/11/2000 14:05

Pesquisa foi feita com base no cromossomo Y
População européia se divide em três grupos genéticos principais
RICARDO BONALUME NETO
ESPECIAL PARA A FOLHA ,10 de Novembro de 2000

Os europeus atuais descendem de três levas de migração na pré-história e
de apenas dez linhagens genéticas distintas, segundo uma pesquisa feita
com 1.007 homens de várias partes do continente. Os estudos envolveram o
cromossomo Y, estrutura genética presente apenas no sexo masculino.

Registros fósseis indicam que o homem com as características físicas
atuais -Homo sapiens sapiens- provavelmente apareceu na África cerca de
150 mil anos atrás, no Período Paleolítico (de 2 milhões a 8.000 anos
a.C). Os fósseis mais antigos do homem moderno na Europa foram datados
em 50 mil anos.

O novo estudo apóia a hipótese de que a população européia atual é uma
mistura daquela que existia no final do Paleolítico, fruto de duas
migrações nesse período, e de outra que veio já no Neolítico (de 8.000 a
3.000 anos a.C.).

"Vários tipos de evidência sugerem que a população européia presente
surgiu da mistura de grupos locais paleolíticos com agricultores do
Neolítico chegando do Oriente Próximo depois da invenção da agricultura
no Crescente Fértil", escrevem os 17 autores do artigo na revista
"Science" (www.sciencemag.org) de hoje.

A equipe de norte-americanos e europeus foi coordenada por Luigi Luca
Cavalli-Sforza e Peter Underhill, da Universidade Stanford, Califórnia.
Os dois principais autores são Ornella Semino e Giuseppe Passarino,
respectivamente das universidades de Pávia e da Calábria, na Itália.

Os resultados indicam que o conjunto de genes vindo dos agricultores do
Neolítico está mais concentrado ao longo da costa do Mediterrâneo do que
no centro do continente. O total de genes indicaria 80% de ascendência
no Paleolítico e 20% no Neolítico.

As diferenças entre o material genético se correlacionam com a região de
origem das migrações e com as áreas que estiveram habitadas durante os
momentos em que uma camada de gelo cobria a maior parte da Europa.

Esses chamados "refúgios glaciais" mantiveram as populações
geograficamente isoladas, criando as diferenças genéticas entre três
"aglomerados" básicos: os bascos e europeus ocidentais, o Oriente
Próximo e a Europa Oriental (incluindo Croácia, Ucrânia, Hungria e
Polônia).


SUBJECT: Re: [ciencialist] Curiosidade
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 10/11/2000 15:45

-----Mensagem Original-----
De: "Agapito Ribeiro Júnior"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Sexta-feira, 10 de Novembro de 2000 05:47
Assunto: Re: [ciencialist] Curiosidade

> Independentemente do indivíduo ser "cara-de-pau", eu dei boas gargalhadas
> com o sistema hipnótico. Acho que fiquei hipnotizado de tanto rir que não
> sei quantos dias levei para enviar este e-mail. Ou foram minutos?

Caro Agapito

Tenho o costume de deletar msgs fora do contexto, como essas, e com isso
perdi as "gargalhadas". Mas não esquenta não, vou dar uma olhadela no Web
Site da Ciencialist afim de reabastecer meu tanque de potencial humorístico.

> Será que os ósculos podem me ajudar na meditação transcendental?
> Encontrarei algum ET lá?
> Puxa, quero hipnotizar o Mestre Mesquita para roubar-lhe uma teoria que
> ele está escondendo da mídia e fazer o autoral dela para mim! ;0)

Teorias são teorias, nada mais que teorias. Via de regra faço uma teoria ou,
pelo menos, um esboço de teoria, por dia e a maioria vai parar no lixo. Não
obstante, algumas chegam a se transformar em msgs, como a última que enviei
em resposta ao Manuel Bulcão (sobre a memética quântica). A qual teoria você
se refere?

Quanto a estar escondendo da mídia, creio que existe aí não exatamente um
erro mas uma certa impropriedade. O que é mídia? A que ou a quem ela se
destina? Procuro não me esconder da mídia mas noto que a mídia simplesmente
me ignora. Então escrevo livros (que, via de regra, e por falta de
patrocinadores, financio) ou Web Sites ou, ainda, simplesmente msgs que
ficam espalhadas por aí, ao sabor da mídia. Recentemente (1995)
transformei-me em editor de uma pequena revista acadêmica (Integração, da
USJT - vide Integração OnLine em
http://www.usjt.br/usjt/centro_pesquisa/revista.asp) e graças a isso posso
ser considerado por alguns como um dos "donos" (ainda que procure opor-me a
esse contexto de "dono") de uma mídia ainda subdesenvolvida.

A esse respeito lembro de uma carta (hoje seria e-mail) enviada por um
físico indiano para Einstein. Dizem que Einstein, que não era nenhum idiota
como muitos acadêmicos que tenho visto por aí avaliando seus pares,
percebeu imediatamente o elevado valor desta msg e tomou a liberdade de
mandá-la publicar, da maneira como estava escrita, numa revista de renome.
Qual é o editor (dono da mídia) que teria coragem de recusar uma solicitação
de Einstein? Pois esta carta foi publicada e parece-me que o autor da msg
recebeu o prêmio Nobel, tendo em seu currículo apenas essa msg como trabalho
de física. Não tenho certeza mas parece-me que este autor é o Bose. Talvez
algum físico possa comentar o que digo e/ou corrigir alguma falha que tenha
cometido ao escrever este parágrafo: Se era realmente Bose, se era indiano,
se realmente foi esse seu único trabalho, se antes de enviar a msg para
Einstein trabalhava ou não em alguma universidade ou, quem sabe, em algum
lugar do tipo "escritório de patentes", se recebeu o prêmio Nobel, etc. Os
bósons são assim chamados em homenagem a Bose.

Obs.: Estou tentando agrupar algumas de minhas msgs relacionadas e
brevemente postá-las-ei em meu Web Site, de forma que ao final de cada uma o
leitor tem a opção de clicar num link que o remete para a msg seguinte
relacionada com a anterior. Muito em breve (final de novembro) isto estará
no meu Web Site, em http://sites.uol.com.br/albmesq/ na seção "Novas
Teorias", juntamente com outras teorias nacionais. Se alguém conhecer alguma
teoria nacional, de qualquer área, postada em algum lugar da Internet, favor
me comunicar (em pvt). A tgbd já está linkada; o "mecanismo da existência"
do Ozelo também; a Gemética do Jocax não porque ele ainda não expôs suas
idéias de forma didático-discursiva num único texto e/ou em textos
facilmente linkáveis (não obstante, em outra seção - "Banco de Teses" - cito
a tese do Jocax).

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm
Abaixo os donos da mídia. Abaixo a avaliação pelos pares. Viva a Internet, o
local onde os pares encontram-se frente a frente e de igual para igual; ou o
local onde ocorre uma verdadeira avaliação dialético-popperiana.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Questões sobre o século
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 10/11/2000 15:59



João Mário Miranda wrote:
>
> Só para mostrar que por cada opinião há uma opinião contrária vou
> responder ao jocax. Não é meu objectivo reiniciar discussões antigas,
> mas se calhar é inevitavel.
>
> Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
>
> > 1- Subtrai paulatinamente postos de trabalho, via automacao, gerando
> > problemas
> > sociais (ainda nao soluveis) de diversas magnitudes.
>
> Esse argumento vem sendo usado há 150 anos e o desemprego nunca
> aumentou tanto quanto isso.

Enquanto a mao de obra podia ser absorvida e a producao nao podia
ser muito automatizada o desemprego nao precisava necessariamente
crescer.

Mas, com o crescente aumento do des. tecnologico e globalizacao, o
mercado
nao conseguira mais absorver a crescente massa de jovens.

Claro q SE o crescimento vegetativo populacional for contido o
problema se amenizara. Mas o controle de natalidade costuma ser uma
especie de tabu na maioria dos paises e dificil controle.


>
> > 2- Acirra a concorrencia impelindo os competidores a uma
> produtividade
> > ainda maior. Isso acelera as fusoes de empresas, diminui precos de
> > mercadorias e tambem de salarios.
>
> Isso só acontece num mundo onde as ideias e as possibilidades são
> limitadas. No nosso mundo as ideias e as possibilidades são
> ilimitadas.

Sao tao ilimitadas q ateh hoje todos os antigos problemas ja foram
resolvidos:
-Epidemia de Aids, Conflito Arabe-Israelense, Efeito estufa, Avanco de
desertos,
desmatamentos, Fome no mundo, Distribuicao de riqueza, Substituicao do
petroleo,
controle populacional, Controle de CO2....
A gama de problemas sem solucao parece aumentar a cada dia ao inves de
diminuir.( Infelizmente )

>
> > 3- A competitividade pelos cada vez mais escassos postos de trabalho
> > gerara uma crescente rivalidade entre colegas e tambem surgira o
> > "egoismo
> > do conhecimento" (O conhecimento sera encarado como um
> "bem-material",
> > uma riqueza, que diferenciara e privilegiara os individuos que a
> > possuem).
> > Ou seja, o relacionamento social devera ir se deteriorando.
>
> "A informação quer ser livre" é o slogan da comunidade Linux e dos
> Hackers. É impossível controlar a informação, vender ideias ou
> conhecimento. Quem tentar vai fracassar. Os modelos economicos como
> o do software livre serão os vencedores.

Isso eh uma previsao sua sobre um caso particular insignificante.
Estou dizendo que as pessoas q tem empregos (ou nao), sendo pressionadas
pela competicao cada vez maior, evitarao de passar seu conhecimento aa
seu competidor imediato pois temera ser substituida. Uma questao talvez
de sobrevivencia.

>
> > 4- Claro q a vida dos que AINDA tiverem emprego sera facilitada em
> > virtude
> > do barateamento de precos devido a concorrencia predatoria.
> > Mas as relacoes interpessoais no emprego deverao se deteriorar
> devido a
> > competicao e inseguranca.
>
> Isso só acontece num mundo onde as ideias e as possibilidades são
> limitadas. No nosso mundo as ideias e as possibilidades são
> ilimitadas.

As ideias soh serao ilimitadas se os neoronios forem ilimitados.
As possibilidades soh serao ilimitadas se o mundo for ilimitado.

> Alguns economistas lançaram a propósito da Nova Economia o conceito
> de "coopetição" = "cooperação entre competidores" como sendo a
> estratégia
> mais provavel e mais estável.
>

A "cooperacao" devera ser, como disse, pela a absorcao via mega-fusao.
Vc nao vai cooperar com seu competidor se vc batalha com ele
na disputa do *mesmo* nicho de mercado.

[]s
jocax
bject:
[fflch] Que riqueza é essa?
Date:
Fri, 10 Nov 2000 12:30:27 -0500
From:
"Diego Azzi" <diego@escola.org>
Reply-To:
fflch@egroups.com
To:
"Fórum FFLCH" <fflch@egroups.com>





DESIGUALDADE

Que riqueza é esta ?

Um estudo da OCDE acaba de demonstrar: os EUA e a Inglaterra, países que
levaram o neoliberalismo mais longe, são também os que reúnem o maior
número
de pobres entre as nações ricas

Jorge Mattoso*

No artigo da semana anterior (Globalização e hierarquia) observávamos
como
nas duas últimas décadas ampliaram-se as diferenças não somente entre os
países ricos e os pobres, mas também entre os países membros da tríade.
Os
EUA teriam emergido como o centro inconteste do processo de
hierarquização
levado a cabo pela globalização financeira. Seu crescimento econômico
foi
bem maior do que o da Europa e do Japão.

No entanto, apesar deste crescimento mais intenso os EUA são os campeões
da
pobreza entre os países mais ricos! É o que nos diz o recente estudo
sobre a
"Dinâmica da pobreza em seis países da OCDE", publicado na Revista
Econômica
da OCDE (nº 30, 2000/1).

Este estudo, produzido por três economistas da instituição que congrega
os
países mais ricos do planeta, apóia-se em uma definição da taxa de
pobreza
que permite comparações entre os diversos países: são consideradas
pobres as
pessoas que vivem em um domicílio no qual o rendimento per capita,
descontados impostos e transferências, seja inferior a mais da metade do
rendimento mediano per capita.

Difícil deixar de ser pobre

Analisando um período médio de seis anos para seis países (EUA,
Inglaterra,
Holanda, Suécia, Canadá e Alemanha), os EUA têm 14% de sua população
vivendo
na pobreza, contra 6,1% na Holanda e 7,4% na Suécia. Os EUA só perdem
para a
Inglaterra (20%), outro país que levou o liberalismo dos anos 80 e 90 a
sério. Além de terem as taxas de pobreza mais elevadas, os EUA e a
Inglaterra são os países nos quais as pessoas menos saem da situação de
pobreza, ou seja, somente 28,6% e 29,1% das pessoas que se encontravam
na
situação de pobreza no início do período conseguiram deixar de ser
pobres ao
final dos anos estudados, contra 43,7% na Holanda e 41,8% no Canadá.

O estudo da OCDE mostra que os dois países mais liberais do mundo são
não
somente os que apresentam a maior porcentagem de pobres entre os seis
países
estudados, mas também o maior número de pessoas que permaneceram na
pobreza
por pelo menos cinco anos. Este foi o caso de 51,8% dos pobres nos EUA e
49,6% dos pobres na Inglaterra, contra 29,1% na Holanda e 30,3% no
Canadá.



A pobreza em seis países da OCDE, em seis anos consecutivos



Taxa de pobreza

(em % da população)
Saíram da pobreza

(em % dos pobres)
Permaneceram pobres por pelo menos cinco anos

(em % dos pobres)

Alemanha (1991-1996)
10,2
37,0
36,4

Canadá (1990-1995)
11,4
41,8
30,3

EUA (1988-1993)
14,2
28,6
51,8

Holanda (1991-1996)
6,1
43,7
29,1

Inglaterra (1991-1996)
20,0
29,1
49,6

Suécia (1991-1996)
7,4
36,3
35,0


Fonte: Revista Econômica da OCDE, nº 30, 2000/1

Em geral, os liberais pretendem que a tirania dos mercados seria capaz
de
melhor alocar recursos e favorecer a mobilidade social. No entanto, este
recente estudo mostra que nada é tão falso como os desejos liberais.
Pelo
contrário, lá onde o mercado tornou-se lei e onde foram combatidas as
regulações públicas e as políticas universais (em favor da desregulação
e as
políticas focalizadas), os pobres são mais numerosos e apresentam
maiores
dificuldades em sair da situação de pobreza.

* Jorge Eduardo Levi Mattoso é professor do Instituto de Economia e
pesquisador do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho
(CESIT), ambos da Unicamp. Endereço eletrônico: jmattoso@eco.unicamp.br




--
Diego Araujo Azzi
diego@escola.org
www.attac.org/brasil
www.forumsocialmundial.org.br
--


SUBJECT: Re: [ciencialist] Dawkins Antropocentrico? - 2
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 10/11/2000 16:15

-----Mensagem Original-----
De: "João Mário MirandaPara: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Domingo, 10 de Setembro de 2000 10:24
Assunto: Re: [ciencialist] Dawkins Antropocentrico? - 2

> - sobre o reducionismo da memética e o determinismo por favor leia a
> minha resposta ao Manuel Bulcao.

A esse respeito eu estava apenas tentando contestar a não existência do
"eu". A meu ver a existência das partes não exclui mas confirma a existência
do todo. É isso o que pretendi dizer ao afirmar que este reducionismo é
absurdo.

> - ao longo do texto sugere que a mecânica quantica é indeterminista.
> Esse não é o consenso geral . Um grupo minoritário acha que isso não
> passa de uma das possíveis interpretações da teoria.

Não. O que eu digo é que a mecânica quântica tem o que chama Princípio da
Indeterminação e, a partir daí brinco com essa Indeterminação, chegando
mesmo a afirmar que é uma indeterminação "determinada" pelo princípio. Num
parágrafo posterior afirmo: "O indeterminismo da física quântica é um atraso
de vida ". Neste caso não estou dizendo que a física quântica é
indeterminista mas que o seu caráter indeterminístico acima citado, haja
vista possuir um princípio da indeterminação" é, repito, um atraso de vida.
Quanto ao mais, diria o que já disse em msg anterior: "Deixo a quântica para
os quânticos" e o meu humor para os amigos da Ciencialist. :-))

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm




SUBJECT: [ciencialist] Re: Questões sobre o século
FROM: "Frederico Bortolato" <frederico@hexasolution.com.br>
TO: "CienciaList" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 10/11/2000 16:20

Esta é minha primeira participação na lista e gostaria de comprimentar a
todos os membros. Espero poder acrescentar alguma coisa às discussões, mesmo
sabendo de minhas limitações, normais e inevitáveis em um leigo.

Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:

>> 1- Subtrai paulatinamente postos de trabalho, via automacao, gerando
>> problemas
>> sociais (ainda nao soluveis) de diversas magnitudes.

>Esse argumento vem sendo usado há 150 anos e o desemprego nunca
>aumentou tanto quanto isso.

Mas é evidente que o avanço tecnológico e consequentemente a substituição da
mão de obra pela automação na produção hoje é muito mais acentuada.
A revolução tecnológica e as consequentes tranformações do mundo talvez só
tenham a invenção da roda como precedente histórico digno de comparação.
Novas relações sociais, econômicas e culturais são criadas, a informação é
gerada e difundida instantaneamente e em tempo real para qualquer ponto do
planeta, e por esses e outros motivos não concordo com a comparação feita.

>> 2- Acirra a concorrencia impelindo os competidores a uma produtividade
>> ainda maior. Isso acelera as fusoes de empresas, diminui precos de
>> mercadorias e tambem de salarios.

>Isso só acontece num mundo onde as ideias e as possibilidades são
>limitadas. No nosso mundo as ideias e as possibilidades são ilimitadas.

Mas não é o que nossa realidade demonstra. As grandes fusões estão aí,
ocorrem aos montes em vários setores da economia, mostrando que esta é uma
tendência irreversível a curto prazo.

>> 3- A competitividade pelos cada vez mais escassos postos de trabalho
>> gerara uma crescente rivalidade entre colegas e tambem surgira o
>> "egoismo
>> do conhecimento" (O conhecimento sera encarado como um "bem-material",
>> uma riqueza, que diferenciara e privilegiara os individuos que a
>> possuem).
>> Ou seja, o relacionamento social devera ir se deteriorando.


>"A informação quer ser livre" é o slogan da comunidade Linux e dos
>Hackers. É impossível controlar a informação, vender ideias ou
>conhecimento. Quem tentar vai fracassar. Os modelos economicos como
>o do software livre serão os vencedores.

Gostaria de acreditar nisso. Mas acho que essa ideologia da "informação
livre" deve durar apenas até quando a previsão do Joao Carlos se
concretizar. A partir do momento que o conhecimento começar a ser encarado
como um bem-material valioso, que as empresas perceberem que o patrimônio
intelectual será o diferencial no novo contexto que segue, acho que a
corrupção dessa ideologia será inevitável.

>> 4- Claro q a vida dos que AINDA tiverem emprego sera facilitada em
>> virtude do barateamento de precos devido a concorrencia predatoria.
>> Mas as relacoes interpessoais no emprego deverao se deteriorar devido a
>> competicao e inseguranca.

>Isso só acontece num mundo onde as ideias e as possibilidades são
>limitadas. No nosso mundo as ideias e as possibilidades são ilimitadas.
>Alguns economistas lançaram a propósito da Nova Economia o conceito
>de "coopetição" = "cooperação entre competidores" como sendo a
>estratégia mais provavel e mais estável.

Na realidade, aqui entra minha opinião estritamente pessoal, acho que
problema é bem maior. Como todo esse contingente de pessoas que não terão
acesso a renda alguma pela total falta de emprego irão sobreviver? Como
serão as relações entre os "empregados" e os "desempregados"? Acho que
deverão ser criados mecanismos para que haja uma distribuição da riqueza de
forma justa mesmo nesse quadro exposto acima. E a única forma de se resolver
esse problema, é a desvinculação da renda de um indivíduo com o que este
produz para a sociedade. Neste sentido, vejo alguns projetos como o ponto
inicial desta idéia que estou tentando transmitir e como exemplo citaria o
Projeto de Renda Mínima do senador Eduardo Suplicy.

Gostaria da opinião dos membros a respeito dessa idéia.


Frederico.




SUBJECT: Re: Questões sobre o século
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 10/11/2000 16:32

Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> Mas, com o crescente aumento do des. tecnologico e globalizacao, o
> mercado
> nao conseguira mais absorver a crescente massa de jovens.

Existem dois setores básicos de emprego: industrial (ou de produção) e
de serviços.

O industrial, por ser quase estritamente mecânico, pode ser amplamente
automatizado, eliminando assim muita mão de obra.

A salvação é o setor de serviços, pois sua regra é simples, quanto mais
pessoas existirem, mais pessoas precisarão de serviços (por exemplo:
comprar pão), haverá então uma maior necessidade de postos de trabalho
nesta área. Ou seja: mais pessoas = mais trabalho.

==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
==========================================================


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Mapas magneticos
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 10/11/2000 16:52

-----Mensagem Original-----
De: rbdiniz
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Quinta-feira, 9 de Novembro de 2000 17:05
Assunto: [ciencialist] Re: Mapas magnéticos

> Agora, a minha mensagem aparecer em HTML para mim e' novidade.
> Infelizmente nesse canto do info-espaço nao tenho poder para decidir sobre
> isso - e' o tal Terramail, um site para mandar e-mails para quem tem conta
> na Terra e insiste em ficar mandando mensagens quando esta' longe de casa.

Olá, Belisário

Não entenda isso como crítica, pois votei a favor do html. Também não sei se
sua msg está realmente em html ou se com formatação em txt mas de forma a
ocupar toda a tela. De qualquer forma existem algumas evidências que para um
leigo no assunto como eu simulam um html.

> A proposito: nao, nao existe "atachar" nem "ataxar" em Portugues. E' um
> anglicismo, um dos inumeros que apareceram desde o aparecimento do
> microcomputador pessoal. Como e' um anglicismo, seria preferivel versao
> "atachar", pois vem de "attachment". Mas, por mim, eu prefiro a palavra
> "anexar", que significa exatamente a mesma coisa, ja' existe, e' bonita e
> charmosa e esta' em portugues.

Concordo plenamente. Utilizei "atachar" seguindo o modismo mas também
prefiro anexar. Aliás, foi bom que tivesse apresentado este fator polêmico
pois assim os "esnobes" do atachar acabam percebendo que estão inventando
uma roda quadrada.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Questões sobre o século
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO:
DATE: 10/11/2000 16:56



TARCISIO BORGES wrote:
>
> Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> > Mas, com o crescente aumento do des. tecnologico e globalizacao, o
> > mercado
> > nao conseguira mais absorver a crescente massa de jovens.
>
> Existem dois setores básicos de emprego: industrial (ou de produção) e
> de serviços.
>
> O industrial, por ser quase estritamente mecânico, pode ser amplamente
> automatizado, eliminando assim muita mão de obra.
>
> A salvação é o setor de serviços, pois sua regra é simples, quanto
> mais
> pessoas existirem, mais pessoas precisarão de serviços (por exemplo:
> comprar pão), haverá então uma maior necessidade de postos de trabalho
> nesta área. Ou seja: mais pessoas = mais trabalho.
>

Eu concordo com vc q o setor de servicos sera menos atingido
inicialmente.

Mas acredito tambem que nem ele se safara desta inexoravel antropofagia
capitalista :-(

Muitos profissionais de areas qualificadas serao substituidos por
programas que incorporarao tecnicas de Inteligencia Artificial que
executara, sem erros, o trabalho de muitos.

Eu concordo q qto + pessoas existirem + pessoas precisarao dos servicos
mas para isso precisarao, infelizmente, pagar por eles !

Note q, mesmo no setor de servicos, a produtividade pode ser alavancada
por
recursos tecnologicos : Um entregador de pao motorizado podera fazer o
trabalho de 10 sem a maquina por exemplo.

A solucao deste problema intrinseco do capitalismo que eu ja discuti com
o Joao nonio :-) nesta lista, estara no que chamo de "MUTIRAO
COOPERATIVO".

O "Mutirao cooperativo" sera criado com o auxilio do estado que
credenciara
, numa rede, pessoas, desempregadas, que poderao oferecer servicos
de graca e que terao portanto tambem direito a estes servicos.

"Eu te ensino fisica e vc me corta o cabelo",
"Eu planto batatas e vc leva minha filha aa escola" etc..

Ou seja, minha visao de solucao para a derrocada do capitalismo
estaria numa rede controlada de desempregados cooperando mutuamente
e inicialmente sem fins lucrativos.
A iniciativa privada capitalista poderia existir concomitantemente.

[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Questões sobre o século
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 10/11/2000 17:10



João Mário Miranda wrote:
>
> Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
>
> > Sao tao ilimitadas q ateh hoje todos os antigos problemas ja foram
> > resolvidos:
> > -Epidemia de Aids, Conflito Arabe-Israelense, Efeito estufa, Avanco
> de
> > desertos,
> > desmatamentos, Fome no mundo, Distribuicao de riqueza, Substituicao
> do
> > petroleo,
> > controle populacional, Controle de CO2....
> > A gama de problemas sem solucao parece aumentar a cada dia ao inves
> de
> > diminuir.( Infelizmente )
>
> Os nossos antepassados trocariam facilmente os seus problemas de
> desnutrição pelos nossos problemas de obesidade.

Soh que hoje nos temos no mundo , devido a ma distribuicao de renda,
os 2 problemas ao inves de um soh.

>
> > Isso eh uma previsao sua sobre um caso particular insignificante.
> > Estou dizendo que as pessoas q tem empregos (ou nao), sendo
> pressionadas
> > pela competicao cada vez maior, evitarao de passar seu conhecimento
> aa
> > seu competidor imediato pois temera ser substituida. Uma questao
> talvez
> > de sobrevivencia.
>
> Não é o conhecimento que é importante. É o uso que se faz dele.
> Conhecimento por si só não vale nada. Se é conhecimento que
> você quer vá ao google:

A condicao necessaria para se utilizar o conhecimento eh te-lo.
Se seu competidor nao tem o conhecimento (que vc tem), ele nao podera
utiliza-lo para te substituir.

>
> http://www.google.com
>
> Se voce quiser ganhar dinheiro vai ter que prestar um serviço util
> aos outros seres humanos.
>
> > > Isso só acontece num mundo onde as ideias e as possibilidades são
> > > limitadas. No nosso mundo as ideias e as possibilidades são
> > > ilimitadas.
> >
> > As ideias soh serao ilimitadas se os neoronios forem ilimitados.
> > As possibilidades soh serao ilimitadas se o mundo for ilimitado.
>
> O mundo (universo) é ilimitado para todos os efeitos praticos e as
> possibilidades e o número de ideias possiveis num mundo com
> 6 bilhoes de pessoas são na pratica ilimitadas.

Para efeitos *praticos* o mundo eh limitado aa nossa biosfera
excluindo-se
aih as regioes inospitas ( que teimam em crescer) : os desertos, os
mares
etc...
A pratica tambem mostra q ao inves de melhorar ( devio ao aumento
massivo
de neuronios agregados aas pessoas q nascem ) os problemas do mundo
estao piorando. Nao existe integracao destes neoronios numa unica massa
cinzenta pensante.

>
> Se você aplicasse as suas ideias à biologia teria que concluir que o
> mundo deveria ser habitado por uma única espécie de alga
> fotosintética.
>

Nao creio. Estes problemas, como disse, sao de medio prazo.
A longo prazo ainda sou confiante que podera existir uma solucao
satisfatoria. Nem q para isso a especie humana tenha q acabar :))

[]s
jocax

(Ps: sendo substituida por uma + "evoluida" )


SUBJECT: Re: [ciencialist] Curiosidade
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 10/11/2000 17:16



Alberto Mesquita Filho wrote:
>... a Gemética do Jocax não porque ele ainda não expôs
> suas
> idéias de forma didático-discursiva num único texto e/ou em textos
> facilmente linkáveis ....

Vc ainda nao percebeu?

O Jocax eh como Cristo que nao publicou nada.

Algum fiel um dia compilara suas ideias formando o
"evangelho Jocaxiano" :-)

[]s
jocax


SUBJECT: criacionismo cientifico
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 10/11/2000 17:48

Imagino que este assunto já tenha sido debatido aqui, mas li algo que
chamou a atenção, pois dentro do contexto é bem interessante.

--==--==--==--==--==--==--==--==--==--==--==--==--==--==--
http://sites.uol.com.br/scm2000/criacionismo.html

Uma teoria da criação sustentada por um grupo religioso pode,
entretanto, ser científica. Por exemplo, se uma teoria afirma que o
mundo foi criado em 4004 A.C, mas as evidências indicam que a terra tem
bilhões de anos de idade, então a teoria é científica se ela for
conseqüentemente tida como refutada pelas evidências. Mas se, por
exemplo, for formulada uma hipótese ad hoc de que Deus criou o mundo em
4004 A.C. completo com fósseis que fazem a Terra parecer muito mais
antiga do que ela realmente é (para testar nossa fé, talvez, ou para
concretizar algum misterioso plano divino), então a teoria religiosa é
metafísica.
--==--==--==--==--==--==--==--==--==--==--==--==--==--==--

==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
==========================================================


SUBJECT: As dez mais
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 10/11/2000 18:22

Vejam o Ranking da Borderlands of Science
(http://www.borderlands.de/physics.php3) ou "Fronteiras da Ciência".

Este site alemão relata Teorias Alternativas em Física nos seguintes campos:

Teorias Gerais:
www.borderlands.de/linklist.php3?a=list&c=9&Section=physics

Física de Partículas:
www.borderlands.de/linklist.php3?a=list&c=7&Section=physics

Cosmologia:
www.borderlands.de/linklist.php3?a=list&c=4&Section=physics

Gravitação e Espaço Tempo:
www.borderlands.de/linklist.php3?a=list&c=6&Section=physics

Física Quântica:
www.borderlands.de/linklist.php3?a=list&c=8&Section=physics

Relatividade e Alternativas:
www.borderlands.de/linklist.php3?a=list&c=5&Section=physics

Existem vários contadores a apontarem quantas vezes a teoria foi visitada a
partir destas páginas do Borderlands of Science. Com os dados obtidos hoje
(10/nov/2000 as 17 horas) construi o seguinte ranking de visitas:

1.° - Die Physik in der Sackgasse? - Teorias Gerais - 230 cliques
Wolfgang Neundorf

2.° - A New Physics for a New Millennium - Teorias Gerais - 175 cliques
Javier de Juan

3.° - Gravitation and Electromagnetism - Gravitação - 178 cliques
Fran De Aquino

4.° - Super Spin Model of the Universe - Teorias Gerais - 173 cliques
A.J. Meyer

5.° - 10 Important Scientific Facts - Teorias Gerais - 170 cliques
Alexander Abian

6.° - 3 Dimensions of Time - Gravitação - 157 cliques
Borut Majcen

7.° - Equivalence of Mass and Time - Gravitação - 147 cliques
Alexander Abian

8.° - The electron equation and electromagnetism - Partículas - 141 cliques
Alberto Mesquita Filho

9.° - Unified Field Theory - Teorias Gerais - 139 cliques
Barry Bridgeford

10.° - Gravitation in neuer Sicht - Gravitação - 135 cliques
Ekkehard Friebe

Obviamente, o ranking não tem valor científico e não qualifica nenhuma das
teorias citadas, retrata apenas o caráter chamativo do título. Por outro
lado, nem todas são realmente teorias mas discussões sobre outras teorias
(vide o quinto colocado acima). Não é impossível ainda que algum autor
esteja clicando seguidamente em sua teoria e/ou convidando seus alunos para
visitarem o Borderlands. Eu mesmo já cheguei fazer propaganda aqui na
Ciencialist e no Uol, com o que consegui no total uns 10 pontos na semana
que se seguiu a esta "publicidade".

Estão referidas no Site 293 Novas Teorias em Física, nas seguintes
categorias: 69 em teorias gerais, 28 em física de partículas, 41 em
Cosmologia, 45 em Gravitação e Espaço/Tempo, 35 em Física Quântica e 75 em
Relatividade e Alternativas. Dentre as dez mais clicadas temos 5 em Teorias
Gerais, 4 em Gravitação, 1 em Partículas, 0 de Cosmologia, 0 em Física
Quântica (um dado à primeira vista curioso), e 0 em Relatividade e
Alternativas (idem). É bem possível que o site esteja sendo visitado em sua
maioria por "alternativos".

Realça também o fato de que entre as dez mais clicadas estão duas teorias
nacionais ignoradas pela grande maioria dos acadêmicos brasileiros. No meu
caso posso afirmar que não consegui encontrar um físico brasileiro que
tivesse coragem suficiente para me taxar em público como crackpot. E não
obstante, insistem em ignorar um fato que cedo ou tarde virá a tona: Ou eu
sou realmente um crackpot ou a física brasileira está dominada por inocentes
úteis a papaguear o que dizem os norte-americanos.

Aguardo comentários (degenerativos ou não), sugestões, críticas, porradas,
picuinhas, pontapés, xingamentos, etc.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Curiosidade
FROM: "Claudio Abreu Bidual" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 10/11/2000 18:31

Prezado Alberto,

Transcrevo a identidicação da mensagem e o trecho a a ser comentado:

----- Original Message -----
From: Alberto Mesquita Filho
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Friday, November 10, 2000 3:45 PM
Subject: Re: [ciencialist] Curiosidade


... Muito em breve (final de novembro) isto estará
no meu Web Site, em http://sites.uol.com.br/albmesq/ na seção "Novas
Teorias", juntamente com outras teorias nacionais. Se alguém conhecer alguma
teoria nacional, de qualquer área, postada em algum lugar da Internet, favor
me comunicar (em pvt). A tgbd já está linkada; o "mecanismo da existência"
do Ozelo também; a Gemética do Jocax não porque ele ainda não expôs suas
idéias de forma didático-discursiva num único texto e/ou em textos
facilmente linkáveis (não obstante, em outra seção - "Banco de Teses" - cito
a tese do Jocax).

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm

----- Final da Original Message -----

Quer dizer que até o final de novembro teremos aTGBD no seu site? Só me resta agradecer a sua iniciativa. Fico devendo-lhe um texto mais elaborado para a TGBD. Ainda não terminei de acertar os arquivos das mensagens que debateram a TGBD na Ciencialist. Mas chegarei lá. A minha idéia é depois fazer uma série de textos meus sintetizando o que foi aqui debatido.

Ando meio afastado das listas, mas tenho acompanhado os debates.

Um grande abraço,

Claudio Abreu

Claudio Abreu



eGroups Sponsor



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Para sair da lista envie um mail para:
ciencialist-unsubscribe@egroups.com
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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: criacionismo cientifico
FROM: "Ronaldo Cordeiro [MG]" <rcordeiro@writeme.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 10/11/2000 19:01

--- In ciencialist@egroups.com, TARCISIO BORGES <TBORGES@B...> wrote:
> Imagino que este assunto já tenha sido debatido aqui, mas li algo
que
> chamou a atenção, pois dentro do contexto é bem interessante.
>
> --==--==--==--==--==--==--==--==--==--==--==--==--==--==--
> http://sites.uol.com.br/scm2000/criacionismo.html

Esse texto foi copiado do Dicionário Céptico:

http://paginas.teleweb.pt/~ceptico/entradas/criacionismo.html

(e eu nem fiquei sabendo disso!). A referência ao autor logo no início
ficou errada. Como se lê no fim do texto, o autor é Robert T. Carroll.
John F. Haught é apenas o autor da segunda citação que existia no
início do artigo original, e foi suprimida na cópia (não conferi se a
cópia suprimiu mais alguma coisa).

[]s
Ronaldo Cordeiro

Dicionário Céptico: http://www.dicceptico.cjb.net




SUBJECT: Re: [ciencialist] criacionismo cientifico
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 10/11/2000 19:35



TARCISIO BORGES wrote:
>
> Imagino que este assunto já tenha sido debatido aqui, mas li algo que
> chamou a atenção, pois dentro do contexto é bem interessante.
>
> --==--==--==--==--==--==--==--==--==--==--==--==--==--==--
> http://sites.uol.com.br/scm2000/criacionismo.html
>
> Uma teoria da criação sustentada por um grupo religioso pode,
> entretanto, ser científica. Por exemplo, se uma teoria afirma que o
> mundo foi criado em 4004 A.C, mas as evidências indicam que a terra tem
> bilhões de anos de idade, então a teoria é científica se ela for
> conseqüentemente tida como refutada pelas evidências. Mas se, por
> exemplo, for formulada uma hipótese ad hoc de que Deus criou o mundo em
> 4004 A.C. completo com fósseis que fazem a Terra parecer muito mais
> antiga do que ela realmente é (para testar nossa fé, talvez, ou para
> concretizar algum misterioso plano divino), então a teoria religiosa é
> metafísica.

Mas não necessáriamente falsa.

João
http://www.nonio.com



SUBJECT: Relogio de merda
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 10/11/2000 20:41

Desculpe-me o 'merda'. Em um dos news do uol (uol carreiras.fisica) coloquei
uma proposição para a turma envolvida na thread "Perfurando a Terra". Talvez
seja do 'agrado' de alguns :-)

"PS: No espaço sideral, coloco a seguinte proposição, bem dentro da thread:

Imagine que um astronauta está lá no espaço sideral, numa grande nave, bem
afastado de quaisquer massas e com o motor desligado ... viajando em linha
reta, por inércia. Suponha que a nave seja cilíndrica e que na região
central apresente na parede duas janelas diametralmente opostas:

--------------| |-------------- ==> V=const.
--------------| |--------------
Agora vou propor a construção de um 'relógio de merda'. O astronauta, como
sabemos, faz 'coco' na fralda. O nosso astronauta (equipado) pegou a fralda
'cheia', fez uma bola, amarrou, abriu uma das janelas e jogou o 'bolo'
perpendicularmente à janela, para fora ... ---"by merde!, como todo bom
americano).

--------------| |-------------- ==> V=const.
--------------| |--------------
|
\ /
|
o (o 'bolo')

Fechou a janela. Horas depois escutou 'tum', algo bateu contra a janela
...... Ah! lá está a merda de volta!
Realmente, como a única massa próxima é a da própria nave, o bolo viajou
alguns quilômetros além, parou e voltou! Apenas o astronauta ficou surpreso
... nós não.
Agora o astronauta, sabendo da volta da merda, abriu as duas janelas e, por
uma delas, atirou o 'bolo' novamente para fora, perpendicularmente à nave.
Eis o que acontece, o bolo vai longe, pára, volta e entra pela janela com a
mesma velocidade (em módulo) com que foi lançada, atravessa a nave e sai
pela outra janela com, praticamente, a mesma velocidade com que entrou,
afasta-se os mesmos tantos quilômetros para o ouro lado, pára e retorna,
entrando por uma
janela e saindo pela outro ... num num período exato.
E lá está o 'bolo' oscilando para cá e para lá, periodicamente, servindo
como um perfeito relógio: um relógio de merda!

[]'
Léo"

Apenas devo acrescentar aqui que, diferentemente do caso do corpo caindo ao
longo de um túnel que atravessa a Terra (condições ideais), o movimento do
'bolo' não é MHS.

[]'
Léo
e, novamente, minhas desculpas pelo 'palavrão' em público.




SUBJECT: Re: [ciencialist] Curiosidade
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 10/11/2000 21:34

-----Mensagem Original-----
De: "Joao Carlos Holland de Barcellos"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Sexta-feira, 10 de Novembro de 2000 17:16
Assunto: Re: [ciencialist] Curiosidade


> O Jocax eh como Cristo que nao publicou nada.
> Algum fiel um dia compilara suas ideias formando o
> "evangelho Jocaxiano" :-)

Quem sabe você consiga converter o Takata ao jocaxianismo. :-)). Já pensou?:
"O Evangelho Jocaxiano segundo Takata."? :-)). Sem dúvida após a conversão
ele seria expulso do FCB e nem mesmo conseguiria ser aceito no FC do B do
Léo, pois lá Léo = Deus e creio que não tem lugar para o Jocax. Ops!
Desculpa Léo por ter usado Seu Santo Nome em vão. :-))

Pô! Nessa lista só tem "mega"?

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Curiosidade
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 10/11/2000 21:58


> E a bíblia traduz alguma realidade sobre cristo? Serão seus 'fiéis'
> compiladores capazes para essa empreitada? Ou o 'evangelho Jocaxiano' trará
> tantos absurdos como a bíblia?
> Teremos no Jocaxiano o equivalente a um novo 'dilúvio universal' ? A Terra é
> plana ? O Sol parou ?
> Me dá a receita do equivalente do 'remédio' que o sansão passava no cabelo
> :-)

Isso é antigo testamento.
João
http://www.nonio.com


SUBJECT: Re: [ciencialist] Curiosidade
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 10/11/2000 21:59


-----Mensagem Original-----
De: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: sexta-feira, 10 de novembro de 2000 17:16
Assunto: Re: [ciencialist] Curiosidade


"Vc ainda nao percebeu?

O Jocax eh como Cristo que nao publicou nada.

{obviamente porque o segundo não sabia ler ou escrever}

Algum fiel um dia compilara suas ideias formando o
"evangelho Jocaxiano" :-)"


E a bíblia traduz alguma realidade sobre cristo? Serão seus 'fiéis'
compiladores capazes para essa empreitada? Ou o 'evangelho Jocaxiano' trará
tantos absurdos como a bíblia?
Teremos no Jocaxiano o equivalente a um novo 'dilúvio universal' ? A Terra é
plana ? O Sol parou ?
Me dá a receita do equivalente do 'remédio' que o sansão passava no cabelo
:-)

[]'
Léo





SUBJECT: Re: [ciencialist] Curiosidade
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 10/11/2000 22:11


-----Mensagem Original-----
De: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: sexta-feira, 10 de novembro de 2000 21:58
Assunto: Re: [ciencialist] Curiosidade



"Isso é antigo testamento.
João
http://www.nonio.com"

E, por ser antigo, caducou a validade? Vou perguntar a um evangélico aqui da
esquina :-)

[]'
Léo





SUBJECT: Re: [ciencialist] Curiosidade - ERREI
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 10/11/2000 22:45

-----Mensagem Original-----
De: "Alberto Mesquita Filho"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Sexta-feira, 10 de Novembro de 2000 21:34
Assunto: Re: [ciencialist] Curiosidade


ERREI !

Na msg supracitada escrevi:

> Sem dúvida após a conversão ele seria expulso do FCB e nem mesmo
> conseguiria ser aceito no FC do B do Léo,...

Na realidade o FC do B é do Manuel Bulcão, conforme pode ser verificado por
sua msg enviada em: Segunda-feira, 6 de Novembro de 2000 07:20 com o
Assunto: [ciencialist] Re: Sociobiologia e Psicanalise:

> Manuel - Eu também queria ser um cético de carteirinha, mas acho que
> não posso mais. A não ser que eu venha a fundar o FC do B. :-)

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Curiosidade - ERREI
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 11/11/2000 07:42

Não há de ser nada ... vira e mexe alguém usa o meu santo nome em vão!
Castigo ... entre numa 'mesquita' e peça perdão!
[]'
deus

PS: assim que esse grupo permitir html e anexo enviarei santinhos para todos
"Vote em mim, o diabo não está com nada!". A eleição aqui no céu começa na
próxima betelgeuze cheia (antes era na minguante, mas o partido diabólico
conseguiu um 'loby' e trocou).


------------------------
-----Mensagem Original-----
De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: sexta-feira, 10 de novembro de 2000 22:45
Assunto: Re: [ciencialist] Curiosidade - ERREI


ERREI !

Na msg supracitada escrevi:

> Sem dúvida após a conversão ele seria expulso do FCB e nem mesmo
> conseguiria ser aceito no FC do B do Léo,...

Na realidade o FC do B é do Manuel Bulcão, conforme pode ser verificado por
sua msg enviada em: Segunda-feira, 6 de Novembro de 2000 07:20 com o
Assunto: [ciencialist] Re: Sociobiologia e Psicanalise:

> Manuel - Eu também queria ser um cético de carteirinha, mas acho que
> não posso mais. A não ser que eu venha a fundar o FC do B. :-)

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



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SUBJECT: Ola, caros colegas de egroup! Tudo bem com voces?
FROM: Adriano Gonçalves Zambon <adrianoraquel@ig.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 11/11/2000 14:27

Olá, amigos, tudo bem?

Bem, como é a minha primeira postagem nesse egroup, eu vou começar do jeito mais ortodoxo: me apresentando. Bom, meu nome é Adriano, mas também sou conhecido como Einstein Jr. Antes que eu deixe uma impressão errada em todos vocês, deixa eu explicar o motivo de meu nick: eu não sou nem acho tão inteligente quanto o inspirador do meu apelido; muito menos conheço tanto de Física. Essa é apenas uma forma de homenagear meu ídolo no campo da ciência. Além disso, eu também consigo andar de bicicleta, e fazer cara de louco e mostrar a língua ao mesmo tempo, assim, como ele.

Bom, mas não foi apenas para me apresentar que eu me inscrevi nesse grupo. Portanto, vou começar pedindo a opinião de vocês sobre um assunto que recentemente surgiu na mídia: a superdotação. Eu fiz as mesmas perguntas em um newsgroup na Internet, mas quanto mais opiniões melhor: vocês acham que só os superdotados podem fazer contribuições importantes para a ciência, e que pessoas comuns, assim como eu, só atrapalham o andamento do processo científico? Ou então que apenas os superdotados podem realmente contribuir, com seus estudos, para o real avanço do conhecimento científico? Será que todas as pessoas consideradas "gênios" são também superdotadas?

Aguardo respostas.

Einstein Jr.


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Ola, caros colegas de egroup! Tudo bem com voces?
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 11/11/2000 17:42

-----Mensagem Original-----
De: Einstein Jr
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Sábado, 11 de Novembro de 2000 14:27
Assunto: [ciencialist] Ola, caros colegas de egroup! Tudo bem com voces?

> Olá, amigos, tudo bem?

Olá, Einstein Jr. Fui um grande admirador de seu ídolo ainda que ache que
a teoria da relatividade já era. Foi boa enquanto durou.

> Antes que eu deixe uma impressão errada em todos vocês,...

Em absoluto. Aqui só tem doido e um a mais é sempre bem vindo. Deixe-me
apresentar-lhe os mais típicos:

1) O Léo é o Deus do grupo. Quando desce do Olimpo traz-nos páginas Web
excelentes (vide a Feira de Ciências).

2) O Luiz é o administrador e/ou moderador e/ou síndico e/ou algo
semelhante. É uma excelente pessoa e não sei como é que ele consegue
administrar essa loucura.

3) O Jocax diz ser o filho de Deus, mas o Léo não concorda com a
paternidade. Já pensou-se num teste de DNA mas deuses não têm DNA (os
cromossomos foram criados pelo Léo). O Jocax é o autor da teoria da
Gemética, uma mistura de genes e memes que eu ainda não consegui entender.

4) O Claudio Abreu é o autor da tgbd (Teoria Geral da Bidualidade). No
momento ele anda um pouco fora do ar (está escrevendo um livro sobre a
tgbd). A tgbd é uma teoria do tudo e nesta teoria o Léo seria o Quarto Uno.
As discussões sobre a tgbd foram sumariamente transferidas para um grupo
específico do Claudio de maneira que aqui você terá apenas alguns flashs a
respeito. Portanto não procure entendê-la aqui mas sim no eGroups específico
da tgbd.

5) O Takata é da área de Biológicas (profundo conhecedor do assunto, ainda
que modesto a respeito - e somente a respeito) e grande amigo do Jocax (eles
vivem se xingando mas não param de trocar mensagens) e do Manuel (vide
abaixo). Como o Jocax é o filho de Deus (obviamente esse é um falso Deus,
pois o Léo recusa a paternidade), já sugeri em mensagem recente que o Takata
escrevesse "O Evangelho jocaxiano segundo Takata". Se fizer isso será
promovido a discípulo do Jocax e/ou apóstolo da Ciencialist.

6) O Manuel é da área de humanas e gosta de escrever mensagens relativas a
filosofia, psicanálise, etc. Suas msgs são muito boas mas o restante do
grupo parece não concordar. Como disse que é grande amigo do Takata você já
pode suspeitar sobre quem seria um dos que discordam do Manuel. Aliás, como
você já deve ter notado, aqui na Ciencialist ninguém concorda com ninguém.
Constituímos uma verdadeira família.

7) O Ozelo é um outro doido que anda meio desaparecido (creio que está se
preparando para o vestibular de física) e que tem uma teoria sobre o
mecanismo da existência e que também explicaria a gravitação.

8) O Belisário é um físico da Unicamp (doutor, por sinal) e um dos poucos
que tentou levar o grupo a sério. No momento ele está em recesso, escrevendo
msgs rápidas, mas logo ele voltará para novamente tentar nos redimir.

9) O Neville também tenta levar o grupo a sério mas acaba entrando na nossa.
Escreve pouco mas suas msgs são de excelente nível.

10) O João Miranda parece-me também levar o grupo a sério mas não tanto.
Gosta de tirar o grupo do sério (Será que é possível isso?) trazendo
questionamentos como por exemplo do tipo se "Deus é godelizável ou não"
(vide msg 5769).

11) O Rodrigo parece-me ser da área de humanas (filosofia, semiótica, ou
algo afim) mas não estou bem certo. Não escreve muito mas sempre nos
surpreende com msgs de valor.

12) O Agapito é o meu fã. Parece-me que reside no Japão e portanto não
estranhe o horário de suas mensagens. Como ele com freqüência me chama de
Guru ou de Mestre Mesquita, é possível que o Léo (o nosso Deus) ou o Jocax
(o filho de outro Deus que não o nosso) fiquem enciumados com isso. De minha
parte eu não ligo muito para isso mas confesso que gosto da brincadeira.

13) A Sheila (creio que é Dr.a Sheila mas não tenho certeza) aparece pouco
mas com bons apartes.

14) O Antônio Queiroz é da área de exatas (fisico ou engenheiro, não sei ao
certo). Tem uma página Web excelente sobre máquinas elétricas.

15) O Dr. Omni é especialista em robótica mas até agora não "robou" ninguém
nem conseguiu nos robotizar. Entende bastante de física e tem uma cultura
científica de altíssimo nível.

Pô, tá faltando gente pacas, mas vou ficar por aqui pois isto já está
cansando. Se alguém quiser completar essa lista seria muito bom. Não tinha
percebido antes como o grupo é grande, interessante, multidisciplinar,
confuso e megalomaníaco.

Por falar em megalomaníaco, esqueci de me apresentar. Sou o Alberto, ou o
Mesquita, ou o Guru (segundo o Agapito). Sou um cientista teorizador e tenho
várias teorias, algumas apresentadas em meu Web Site, citado abaixo, e
outras que estarão comentadas no meu novo Web Site da Uol a ser inaugurado
em breve (fim de novembro/2000). Como você é fã do Einstein é possível que
esteja estudando ou pretenda estudar física. Diria então que você perderá
tempo pois logo logo toda a física moderna será reformulada para adaptar-se
às minhas teorias. Sugiro então que no momento você restrinja-se a ler as
minhas teorias e volte para a escola apenas quando a escola estiver de
acordo com minhas idéias. Até lá sugiro que modifique o seu nick pois
Einstein já era. :-))

> deixa eu explicar o motivo de meu nick: eu não sou nem acho tão
> inteligente quanto o inspirador do meu apelido; muito menos conheço tanto
> de Física.

Pois eu diria que você está começando por baixo. Aqui ninguém quer ser um
mero Einstein. Somos todos verdadeiros deuses da ciência, ainda que
reservemos a maiúscula para o Léo; e, por sinal, "jogamos dados", ao
contrário do que teria sido afirmado por seu ídolo. ;-))

> Essa é apenas uma forma de homenagear meu ídolo no campo da ciência. Além
> disso, eu também consigo andar de bicicleta, e fazer cara de louco e
> mostrar a língua ao mesmo tempo, assim, como ele.

Você ainda chega lá. :-))

> Bom, mas não foi apenas para me apresentar que eu me inscrevi nesse grupo.
> Portanto, vou começar pedindo a opinião de vocês sobre um assunto que
> recentemente surgiu na mídia: a superdotação. Eu fiz as mesmas perguntas
> em um newsgroup na Internet, mas quanto mais opiniões melhor: vocês acham
> que só os superdotados podem fazer contribuições importantes para a
> ciência, e que pessoas comuns, assim como eu, só atrapalham o andamento do
> processo científico? Ou então que apenas os superdotados podem realmente
> contribuir, com seus estudos, para o real avanço do conhecimento
> científico? Será que todas as pessoas consideradas "gênios" são também
> superdotadas?

Como espero ter deixado claro acima, aqui ninguém é superdotado. Falando
sério, somos todos pessoas comuns. Aliás, Einstein considerava-se uma pessoa
comum e jamais entendeu porque o endeusaram. Como ele mesmo teria declarado,
era o produto de muito esforço, de muito estudo, de muita dedicação. A única
superdotação que podemos atribuir a Einstein, se é que podemos chamar assim,
foi o fato dele ter sobrevivido ao clima de imbecilização que paira sobre a
escola moderna. Sob esse aspecto, a escola influenciou muito pouco sobre seu
espírito desbravador e portanto ele conseguiu, apesar de ter passado pela
escola, conservar-se como um homem comum.

Abraços e seja bem vindo à família Ciencialist.

Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: RES: [ciencialist] Ola, caros colegas de egroup! Tudo bem com voces?
FROM: "Emerson Joucoski" <joucoski@onda.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 11/11/2000 21:32

a teoria da relatividade não era, é ainda usada.

---
Emerson Joucoski - joucoski@yahoo.com <mailto:joucoski@yahoo.com> -
+55(41)9981-3430
http://www.geocities.com/joucoski


| -----Mensagem original-----
| De: Alberto Mesquita Filho [mailto:albmesq@uol.com.br]
| Enviada em: sábado, 11 de novembro de 2000 17:42
| Para: ciencialist@egroups.com
| Assunto: Re: [ciencialist] Ola, caros colegas de egroup! Tudo bem com
| voces?
|
|
| -----Mensagem Original-----
| De: Einstein Jr
| Para: <ciencialist@egroups.com>
| Enviada em: Sábado, 11 de Novembro de 2000 14:27
| Assunto: [ciencialist] Ola, caros colegas de egroup! Tudo bem com voces?
|
| > Olá, amigos, tudo bem?
|
| Olá, Einstein Jr. Fui um grande admirador de seu ídolo ainda que ache que
| a teoria da relatividade já era. Foi boa enquanto durou.
|
| > Antes que eu deixe uma impressão errada em todos vocês,...
|
| Em absoluto. Aqui só tem doido e um a mais é sempre bem vindo. Deixe-me
| apresentar-lhe os mais típicos:
|
| 1) O Léo é o Deus do grupo. Quando desce do Olimpo traz-nos páginas Web
| excelentes (vide a Feira de Ciências).
|
| 2) O Luiz é o administrador e/ou moderador e/ou síndico e/ou algo
| semelhante. É uma excelente pessoa e não sei como é que ele consegue
| administrar essa loucura.
|
| 3) O Jocax diz ser o filho de Deus, mas o Léo não concorda com a
| paternidade. Já pensou-se num teste de DNA mas deuses não têm DNA (os
| cromossomos foram criados pelo Léo). O Jocax é o autor da teoria da
| Gemética, uma mistura de genes e memes que eu ainda não consegui entender.
|
| 4) O Claudio Abreu é o autor da tgbd (Teoria Geral da Bidualidade). No
| momento ele anda um pouco fora do ar (está escrevendo um livro sobre a
| tgbd). A tgbd é uma teoria do tudo e nesta teoria o Léo seria o
| Quarto Uno.
| As discussões sobre a tgbd foram sumariamente transferidas para um grupo
| específico do Claudio de maneira que aqui você terá apenas alguns flashs a
| respeito. Portanto não procure entendê-la aqui mas sim no eGroups
| específico
| da tgbd.
|
| 5) O Takata é da área de Biológicas (profundo conhecedor do assunto, ainda
| que modesto a respeito - e somente a respeito) e grande amigo do
| Jocax (eles
| vivem se xingando mas não param de trocar mensagens) e do Manuel (vide
| abaixo). Como o Jocax é o filho de Deus (obviamente esse é um falso Deus,
| pois o Léo recusa a paternidade), já sugeri em mensagem recente
| que o Takata
| escrevesse "O Evangelho jocaxiano segundo Takata". Se fizer isso será
| promovido a discípulo do Jocax e/ou apóstolo da Ciencialist.
|
| 6) O Manuel é da área de humanas e gosta de escrever mensagens relativas a
| filosofia, psicanálise, etc. Suas msgs são muito boas mas o restante do
| grupo parece não concordar. Como disse que é grande amigo do
| Takata você já
| pode suspeitar sobre quem seria um dos que discordam do Manuel.
| Aliás, como
| você já deve ter notado, aqui na Ciencialist ninguém concorda com ninguém.
| Constituímos uma verdadeira família.
|
| 7) O Ozelo é um outro doido que anda meio desaparecido (creio que está se
| preparando para o vestibular de física) e que tem uma teoria sobre o
| mecanismo da existência e que também explicaria a gravitação.
|
| 8) O Belisário é um físico da Unicamp (doutor, por sinal) e um dos poucos
| que tentou levar o grupo a sério. No momento ele está em recesso,
| escrevendo
| msgs rápidas, mas logo ele voltará para novamente tentar nos redimir.
|
| 9) O Neville também tenta levar o grupo a sério mas acaba
| entrando na nossa.
| Escreve pouco mas suas msgs são de excelente nível.
|
| 10) O João Miranda parece-me também levar o grupo a sério mas não tanto.
| Gosta de tirar o grupo do sério (Será que é possível isso?) trazendo
| questionamentos como por exemplo do tipo se "Deus é godelizável ou não"
| (vide msg 5769).
|
| 11) O Rodrigo parece-me ser da área de humanas (filosofia, semiótica, ou
| algo afim) mas não estou bem certo. Não escreve muito mas sempre nos
| surpreende com msgs de valor.
|
| 12) O Agapito é o meu fã. Parece-me que reside no Japão e portanto não
| estranhe o horário de suas mensagens. Como ele com freqüência me chama de
| Guru ou de Mestre Mesquita, é possível que o Léo (o nosso Deus) ou o Jocax
| (o filho de outro Deus que não o nosso) fiquem enciumados com
| isso. De minha
| parte eu não ligo muito para isso mas confesso que gosto da brincadeira.
|
| 13) A Sheila (creio que é Dr.a Sheila mas não tenho certeza) aparece pouco
| mas com bons apartes.
|
| 14) O Antônio Queiroz é da área de exatas (fisico ou engenheiro,
| não sei ao
| certo). Tem uma página Web excelente sobre máquinas elétricas.
|
| 15) O Dr. Omni é especialista em robótica mas até agora não
| "robou" ninguém
| nem conseguiu nos robotizar. Entende bastante de física e tem uma cultura
| científica de altíssimo nível.
|
| Pô, tá faltando gente pacas, mas vou ficar por aqui pois isto já está
| cansando. Se alguém quiser completar essa lista seria muito bom. Não tinha
| percebido antes como o grupo é grande, interessante, multidisciplinar,
| confuso e megalomaníaco.
|
| Por falar em megalomaníaco, esqueci de me apresentar. Sou o Alberto, ou o
| Mesquita, ou o Guru (segundo o Agapito). Sou um cientista
| teorizador e tenho
| várias teorias, algumas apresentadas em meu Web Site, citado abaixo, e
| outras que estarão comentadas no meu novo Web Site da Uol a ser inaugurado
| em breve (fim de novembro/2000). Como você é fã do Einstein é possível que
| esteja estudando ou pretenda estudar física. Diria então que você perderá
| tempo pois logo logo toda a física moderna será reformulada para
| adaptar-se
| às minhas teorias. Sugiro então que no momento você restrinja-se a ler as
| minhas teorias e volte para a escola apenas quando a escola estiver de
| acordo com minhas idéias. Até lá sugiro que modifique o seu nick pois
| Einstein já era. :-))
|
| > deixa eu explicar o motivo de meu nick: eu não sou nem acho tão
| > inteligente quanto o inspirador do meu apelido; muito menos
| conheço tanto
| > de Física.
|
| Pois eu diria que você está começando por baixo. Aqui ninguém quer ser um
| mero Einstein. Somos todos verdadeiros deuses da ciência, ainda que
| reservemos a maiúscula para o Léo; e, por sinal, "jogamos dados", ao
| contrário do que teria sido afirmado por seu ídolo. ;-))
|
| > Essa é apenas uma forma de homenagear meu ídolo no campo da
| ciência. Além
| > disso, eu também consigo andar de bicicleta, e fazer cara de louco e
| > mostrar a língua ao mesmo tempo, assim, como ele.
|
| Você ainda chega lá. :-))
|
| > Bom, mas não foi apenas para me apresentar que eu me inscrevi
| nesse grupo.
| > Portanto, vou começar pedindo a opinião de vocês sobre um assunto que
| > recentemente surgiu na mídia: a superdotação. Eu fiz as mesmas perguntas
| > em um newsgroup na Internet, mas quanto mais opiniões melhor:
| vocês acham
| > que só os superdotados podem fazer contribuições importantes para a
| > ciência, e que pessoas comuns, assim como eu, só atrapalham o
| andamento do
| > processo científico? Ou então que apenas os superdotados podem realmente
| > contribuir, com seus estudos, para o real avanço do conhecimento
| > científico? Será que todas as pessoas consideradas "gênios" são também
| > superdotadas?
|
| Como espero ter deixado claro acima, aqui ninguém é superdotado. Falando
| sério, somos todos pessoas comuns. Aliás, Einstein considerava-se
| uma pessoa
| comum e jamais entendeu porque o endeusaram. Como ele mesmo teria
| declarado,
| era o produto de muito esforço, de muito estudo, de muita
| dedicação. A única
| superdotação que podemos atribuir a Einstein, se é que podemos
| chamar assim,
| foi o fato dele ter sobrevivido ao clima de imbecilização que
| paira sobre a
| escola moderna. Sob esse aspecto, a escola influenciou muito
| pouco sobre seu
| espírito desbravador e portanto ele conseguiu, apesar de ter passado pela
| escola, conservar-se como um homem comum.
|
| Abraços e seja bem vindo à família Ciencialist.
|
| Alberto
| http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm
|
|
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Ola, caros colegas de egroup! Tudo bem com voces?
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 11/11/2000 22:28

-----Mensagem Original-----
De: "Emerson Joucoski"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Sábado, 11 de Novembro de 2000 21:32
Assunto: RES: [ciencialist] Ola, caros colegas de egroup! Tudo bem com
voces?


> a teoria da relatividade não era, é ainda usada.

Claro que ainda é usada. Assim como a teoria do flogisto, a teoria dos
fluidos elétricos incompressíveis, a teoria de Ptolomeu, etc. Eu não disse
que ela não é mais usada, apenas disse que "já era". Tem muita coisa que "já
era" e que "ainda é" usada. Hoje em dia está na moda a reciclagem de
resíduos. Pois a teoria da relatividade é um resíduo de elevado potencial,
assim como a teoria quântica. Outro dia mesmo eu me utilizei do resíduo
quântico para construir uma teoria ultra-nova, a memética quântica (vide msg
6767). Ou seja, sempre há uma utilidade, além da histórica, para algo que
deixou de ser e portanto "já era" mas, não obstante, "continua a ser"
(usado). :-)

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Quarks
FROM: Usuario Universo Online <astecpassos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 11/11/2000 22:44

Estava lendo artigos na Net e encontrei algo interessante:

Teoria dos Quarks

A teoria mais moderna afirma que existe apenas 12 partículas elementares: seis chamadas léptons (o elétron faz parte deste grupo) e outras seis chamadas quarks.

Dois tipos de quarks, o up (para cima) e o down (para baixo), formam os prótons e os nêutrons.

O quark up tem carga +2/3 enquanto o down tem carga -1/3. O próton é um agregado de dois up e um down enquanto o nêutron é constituído por um up e dois down.

Dois outros quarks foram batizados de charm (charme) e strange (estranho). O charm tem carga +2/3 enquanto o strange tem carga -1/3. Existem nos raios cósmicos.

Em 1997, foi descoberto o quinto quark, o bottom, enquanto o sexto e último quark, o top, foi identificado em 1995.

O top tem carga -2/3 e o bottom, -1/3.

O top é o mais pesado dos quarks (200 vezes mais pesado que um próton) e não está presente nem em fenômenos normais da natureza nem em raios cósmicos, devido à alta energia exigida para sua formação. O top deve ter sido produzido no início do universo e depois pode ter desaparecido.

Alguém pode me informar se existe alguma diferença entre os raios cósmicos formados pelos dois tipos de Quarks ?


Diego


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Ola, caros colegas de egroup! Tudo bem com voces?
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 11/11/2000 23:10

Parabéns Alberto....

Há muito não o via tão lúcido e inspirado... Será que é só para fazer média com o nosso Einstein Jr.?

Bela descrição de nosostros...

Um grande abraço para vopcê e para todos os loucos da Ciencialist.

Claudio Abreu

Ps:
Não posso deixar de tentar convencer mais um... Einstein Jr. se você quiser saber o que é TGBD visite o seu site:
http://br.egroups.com/group/tgbd

----- Original Message -----
From: Alberto Mesquita Filho
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Saturday, November 11, 2000 5:42 PM
Subject: Re: [ciencialist] Ola, caros colegas de egroup! Tudo bem com voces?


-----Mensagem Original-----
De: Einstein Jr
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Sábado, 11 de Novembro de 2000 14:27
Assunto: [ciencialist] Ola, caros colegas de egroup! Tudo bem com voces?

> Olá, amigos, tudo bem?

Olá, Einstein Jr. Fui um grande admirador de seu ídolo ainda que ache que
a teoria da relatividade já era. Foi boa enquanto durou.

> Antes que eu deixe uma impressão errada em todos vocês,...

Em absoluto. Aqui só tem doido e um a mais é sempre bem vindo. Deixe-me
apresentar-lhe os mais típicos:

1) O Léo é o Deus do grupo. Quando desce do Olimpo traz-nos páginas Web
excelentes (vide a Feira de Ciências).

2) O Luiz é o administrador e/ou moderador e/ou síndico e/ou algo
semelhante. É uma excelente pessoa e não sei como é que ele consegue
administrar essa loucura.

3) O Jocax diz ser o filho de Deus, mas o Léo não concorda com a
paternidade. Já pensou-se num teste de DNA mas deuses não têm DNA (os
cromossomos foram criados pelo Léo). O Jocax é o autor da teoria da
Gemética, uma mistura de genes e memes que eu ainda não consegui entender.

4) O Claudio Abreu é o autor da tgbd (Teoria Geral da Bidualidade). No
momento ele anda um pouco fora do ar (está escrevendo um livro sobre a
tgbd). A tgbd é uma teoria do tudo e nesta teoria o Léo seria o Quarto Uno.
As discussões sobre a tgbd foram sumariamente transferidas para um grupo
específico do Claudio de maneira que aqui você terá apenas alguns flashs a
respeito. Portanto não procure entendê-la aqui mas sim no eGroups específico
da tgbd.

5) O Takata é da área de Biológicas (profundo conhecedor do assunto, ainda
que modesto a respeito - e somente a respeito) e grande amigo do Jocax (eles
vivem se xingando mas não param de trocar mensagens) e do Manuel (vide
abaixo). Como o Jocax é o filho de Deus (obviamente esse é um falso Deus,
pois o Léo recusa a paternidade), já sugeri em mensagem recente que o Takata
escrevesse "O Evangelho jocaxiano segundo Takata". Se fizer isso será
promovido a discípulo do Jocax e/ou apóstolo da Ciencialist.

6) O Manuel é da área de humanas e gosta de escrever mensagens relativas a
filosofia, psicanálise, etc. Suas msgs são muito boas mas o restante do
grupo parece não concordar. Como disse que é grande amigo do Takata você já
pode suspeitar sobre quem seria um dos que discordam do Manuel. Aliás, como
você já deve ter notado, aqui na Ciencialist ninguém concorda com ninguém.
Constituímos uma verdadeira família.

7) O Ozelo é um outro doido que anda meio desaparecido (creio que está se
preparando para o vestibular de física) e que tem uma teoria sobre o
mecanismo da existência e que também explicaria a gravitação.

8) O Belisário é um físico da Unicamp (doutor, por sinal) e um dos poucos
que tentou levar o grupo a sério. No momento ele está em recesso, escrevendo
msgs rápidas, mas logo ele voltará para novamente tentar nos redimir.

9) O Neville também tenta levar o grupo a sério mas acaba entrando na nossa.
Escreve pouco mas suas msgs são de excelente nível.

10) O João Miranda parece-me também levar o grupo a sério mas não tanto.
Gosta de tirar o grupo do sério (Será que é possível isso?) trazendo
questionamentos como por exemplo do tipo se "Deus é godelizável ou não"
(vide msg 5769).

11) O Rodrigo parece-me ser da área de humanas (filosofia, semiótica, ou
algo afim) mas não estou bem certo. Não escreve muito mas sempre nos
surpreende com msgs de valor.

12) O Agapito é o meu fã. Parece-me que reside no Japão e portanto não
estranhe o horário de suas mensagens. Como ele com freqüência me chama de
Guru ou de Mestre Mesquita, é possível que o Léo (o nosso Deus) ou o Jocax
(o filho de outro Deus que não o nosso) fiquem enciumados com isso. De minha
parte eu não ligo muito para isso mas confesso que gosto da brincadeira.

13) A Sheila (creio que é Dr.a Sheila mas não tenho certeza) aparece pouco
mas com bons apartes.

14) O Antônio Queiroz é da área de exatas (fisico ou engenheiro, não sei ao
certo). Tem uma página Web excelente sobre máquinas elétricas.

15) O Dr. Omni é especialista em robótica mas até agora não "robou" ninguém
nem conseguiu nos robotizar. Entende bastante de física e tem uma cultura
científica de altíssimo nível.

Pô, tá faltando gente pacas, mas vou ficar por aqui pois isto já está
cansando. Se alguém quiser completar essa lista seria muito bom. Não tinha
percebido antes como o grupo é grande, interessante, multidisciplinar,
confuso e megalomaníaco.

Por falar em megalomaníaco, esqueci de me apresentar. Sou o Alberto, ou o
Mesquita, ou o Guru (segundo o Agapito). Sou um cientista teorizador e tenho
várias teorias, algumas apresentadas em meu Web Site, citado abaixo, e
outras que estarão comentadas no meu novo Web Site da Uol a ser inaugurado
em breve (fim de novembro/2000). Como você é fã do Einstein é possível que
esteja estudando ou pretenda estudar física. Diria então que você perderá
tempo pois logo logo toda a física moderna será reformulada para adaptar-se
às minhas teorias. Sugiro então que no momento você restrinja-se a ler as
minhas teorias e volte para a escola apenas quando a escola estiver de
acordo com minhas idéias. Até lá sugiro que modifique o seu nick pois
Einstein já era. :-))

> deixa eu explicar o motivo de meu nick: eu não sou nem acho tão
> inteligente quanto o inspirador do meu apelido; muito menos conheço tanto
> de Física.

Pois eu diria que você está começando por baixo. Aqui ninguém quer ser um
mero Einstein. Somos todos verdadeiros deuses da ciência, ainda que
reservemos a maiúscula para o Léo; e, por sinal, "jogamos dados", ao
contrário do que teria sido afirmado por seu ídolo. ;-))

> Essa é apenas uma forma de homenagear meu ídolo no campo da ciência. Além
> disso, eu também consigo andar de bicicleta, e fazer cara de louco e
> mostrar a língua ao mesmo tempo, assim, como ele.

Você ainda chega lá. :-))

> Bom, mas não foi apenas para me apresentar que eu me inscrevi nesse grupo.
> Portanto, vou começar pedindo a opinião de vocês sobre um assunto que
> recentemente surgiu na mídia: a superdotação. Eu fiz as mesmas perguntas
> em um newsgroup na Internet, mas quanto mais opiniões melhor: vocês acham
> que só os superdotados podem fazer contribuições importantes para a
> ciência, e que pessoas comuns, assim como eu, só atrapalham o andamento do
> processo científico? Ou então que apenas os superdotados podem realmente
> contribuir, com seus estudos, para o real avanço do conhecimento
> científico? Será que todas as pessoas consideradas "gênios" são também
> superdotadas?

Como espero ter deixado claro acima, aqui ninguém é superdotado. Falando
sério, somos todos pessoas comuns. Aliás, Einstein considerava-se uma pessoa
comum e jamais entendeu porque o endeusaram. Como ele mesmo teria declarado,
era o produto de muito esforço, de muito estudo, de muita dedicação. A única
superdotação que podemos atribuir a Einstein, se é que podemos chamar assim,
foi o fato dele ter sobrevivido ao clima de imbecilização que paira sobre a
escola moderna. Sob esse aspecto, a escola influenciou muito pouco sobre seu
espírito desbravador e portanto ele conseguiu, apesar de ter passado pela
escola, conservar-se como um homem comum.

Abraços e seja bem vindo à família Ciencialist.

Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm


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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: RES: [ciencialist] Ola, caros colegas de egroup! Tudo bem com voces?
FROM: "Emerson Joucoski" <joucoski@onda.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 12/11/2000 00:18

o q é memética quântica?

---
Emerson Joucoski - joucoski@yahoo.com <mailto:joucoski@yahoo.com> -
+55(41)9981-3430
http://www.geocities.com/joucoski


| -----Mensagem original-----
| De: Alberto Mesquita Filho [mailto:albmesq@uol.com.br]
| Enviada em: sábado, 11 de novembro de 2000 22:29
| Para: ciencialist@egroups.com
| Assunto: Re: [ciencialist] Ola, caros colegas de egroup! Tudo bem com
| voces?
|
|
| -----Mensagem Original-----
| De: "Emerson Joucoski"
| Para: <ciencialist@egroups.com>
| Enviada em: Sábado, 11 de Novembro de 2000 21:32
| Assunto: RES: [ciencialist] Ola, caros colegas de egroup! Tudo bem com
| voces?
|
|
| > a teoria da relatividade não era, é ainda usada.
|
| Claro que ainda é usada. Assim como a teoria do flogisto, a teoria dos
| fluidos elétricos incompressíveis, a teoria de Ptolomeu, etc. Eu não disse
| que ela não é mais usada, apenas disse que "já era". Tem muita
| coisa que "já
| era" e que "ainda é" usada. Hoje em dia está na moda a reciclagem de
| resíduos. Pois a teoria da relatividade é um resíduo de elevado potencial,
| assim como a teoria quântica. Outro dia mesmo eu me utilizei do resíduo
| quântico para construir uma teoria ultra-nova, a memética
| quântica (vide msg
| 6767). Ou seja, sempre há uma utilidade, além da histórica, para algo que
| deixou de ser e portanto "já era" mas, não obstante, "continua a ser"
| (usado). :-)
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| Alberto
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Ola, caros colegas de egroup! Tudo bem com voces?
FROM: "Daniel Leal Freire" <daniellf@highway.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 12/11/2000 00:31

Alberto e demais colegas da lista,

Estou terminando o 3o ano do ensino medio e pretendo cursar engenharia. Você
falou do "ultrapassamento" (desculpem o neologismo) das teorias da Física.
No ensino médio, onde estudamos a Física Clássica e quase tudo se resolve
pelas Leis de Newton, pergunto: Por que ainda isso? Por que nao houve uma
"evolução"?
Está certo que no ensino médio nao estudamos uma matemática tão avançada,
mas a Teoria da Relatividade Especial (ou Restrita) pode ser deduzida com
uma matemática bem simples. Creio eu que deve haver outras coisas assim
fáceis de se entender e que poderiam muito bem serem ensinadas no ensino
médio.
A "culpa" disso é do vestibular, que cada dia vem "imbecilizando" os alunos
que ficam totalmente voltados para ele e quase sempre esquecem das ciências,
ou melhor, esquecem do estudo e de como é fascinante aprender e descobrir as
coisas. Bom já acabei meu delírio de hoje, espero que entendam o que eu quis
dizer no meio dessa zona gramatical.

[ ]'s


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| Daniel Leal Freire
| daniellf@highway.com.br
| "Imagination is more important than knowledge" Albert Einstein



----- Original Message -----
From: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Saturday, November 11, 2000 10:28 PM
Subject: Re: [ciencialist] Ola, caros colegas de egroup! Tudo bem com voces?


> -----Mensagem Original-----
> De: "Emerson Joucoski"
> Para: <ciencialist@egroups.com>
> Enviada em: Sábado, 11 de Novembro de 2000 21:32
> Assunto: RES: [ciencialist] Ola, caros colegas de egroup! Tudo bem com
> voces?
>
>
> > a teoria da relatividade não era, é ainda usada.
>
> Claro que ainda é usada. Assim como a teoria do flogisto, a teoria dos
> fluidos elétricos incompressíveis, a teoria de Ptolomeu, etc. Eu não disse
> que ela não é mais usada, apenas disse que "já era". Tem muita coisa que
"já
> era" e que "ainda é" usada. Hoje em dia está na moda a reciclagem de
> resíduos. Pois a teoria da relatividade é um resíduo de elevado potencial,
> assim como a teoria quântica. Outro dia mesmo eu me utilizei do resíduo
> quântico para construir uma teoria ultra-nova, a memética quântica (vide
msg
> 6767). Ou seja, sempre há uma utilidade, além da histórica, para algo que
> deixou de ser e portanto "já era" mas, não obstante, "continua a ser"
> (usado). :-)
>
> [ ]'s
> Alberto
> http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm
>
>




SUBJECT: Re: [ciencialist] Curiosidade
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 12/11/2000 00:48



Luiz Ferraz Netto wrote:


> E, por ser antigo, caducou a validade? Vou perguntar a um evangélico aqui da
> esquina :-)

Falava-se de cristo e você só referiu erros do antigo testamento.
Você não pode usar argumentos pré-jacaxianos contra Jocax... Jocax
terá o seu antigo testamento: as teorias cientificas do sec XIX e
XX.
Eu tenho a impressão que alguns protestantes não incluem o antigo
testamento na biblia.

João




SUBJECT: Re: [ciencialist] Ola, caros colegas de egroup! Tudo bem com voces?
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 12/11/2000 01:00



Alberto Mesquita Filho wrote:

> Em absoluto. Aqui só tem doido e um a mais é sempre bem vindo. Deixe-me
> apresentar-lhe os mais típicos:

Adorei a sua caracterização de personagens. Sobre a minha humilde
pessoa só queria acrescentar um detalhe: se o brasileiro é uma espécie
de português à solta é de esperar que eu seja uma espécie de brasileiro
amarrado. Por isso é que levo isto um pouquito mais a sério. :)

João
http://www.nonio.com




SUBJECT: Re: [ciencialist] Ola, caros colegas de egroup! Tudo bem com voces?
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 12/11/2000 03:06

-----Mensagem Original-----
De: "Daniel Leal Freire"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Domingo, 12 de Novembro de 2000 00:31
Assunto: Re: [ciencialist] Ola, caros colegas de egroup! Tudo bem com voces?

> Alberto e demais colegas da lista,
> Estou terminando o 3o ano do ensino medio e pretendo cursar engenharia.
> Você falou do "ultrapassamento" (desculpem o neologismo) das teorias da
> Física.

Olá Daniel

Não leve muito a sério o que eu digo. A esse respeito, costumo utilizar um
pensamento de Einstein (já expus aqui mais de uma vez) e que é válido para
qualquer teorizador, tanto para os medíocres como eu quanto para o autor do
pensamento:

"Se o senhor quer estudar em qualquer dos físicos teóricos os métodos que
emprega, sugiro-lhe firmar-se neste princípio básico: não dê crédito algum
ao que ele diz, mas julgue aquilo que produziu. Porque o criador tem esta
característica: as produções de sua imaginação se impõem a ele, tão
indispensáveis, tão naturais, que não pode considerá-las como imagem de
espírito, mas as conhece como realidades evidentes." (Einstein, "Como Vejo o
Mundo").

Apesar de ter exposto essa idéia aqui na Ciencialist inúmeras vezes, parece
que os colegas não entendem o meu comportamento a primeira vista hostil.
É óbvio que se tenho uma teoria que se contrapõe tanto à teoria quântica
quanto à teoria da relatividade de Einstein, não posso em sã consciência,
pelo menos enquanto acreditar em minha teoria, dizer que concordo com coisas
que parecem-me absurdas (teoria quântica e relatividade). Apesar disso,
ninguém quer julgar o que produzi mas sim, querem que eu justifique porque a
quântica e/ou a relatividade "já eram". Quem tem que se preocupar com a
quântica e/ou com a relatividade não sou eu e sim eles que a defendem. Por
mim estou convencido de que ela é absurda pois apoia-se em uma infinidade de
absurdos e, não obstante, não conseguiu chegar onde seus construtores
pretendiam que chegasse. Heisenberg, por exemplo, assim se referiu:

"Parece-me fascinante pensar que hoje, nos mais modernos países do mundo e
com os meios mais poderosos de que dispõe a moderna tecnologia, se
desenvolve uma luta para resolver em conjunto problemas colocados há dois
milênios e meio pelos filósofos gregos e cuja resposta talvez venhamos a
conhecer dentro de poucos anos ou, quando muito, em uma década ou duas."

Quantas décadas se passaram desde que esta frase foi dita? E não obstante os
problemas continuam sem respostas e sequer avançamos um milímetro no sentido
de obtermos uma solução. A meu ver, sabemos hoje menos do que no tempo de
Newton. Com freqüência confunde-se avanço científico com avanço tecnológico,
e procura-se assim dizer que a física evoluiu. E, não obstante, a física do
século XX não chegou a produzir um décimo dos avanços tecnológicos devidos à
física do século XIX (até mesmo com respeito aos avanços tecnológicos
observados durante o século XX). Confunde-se também precisão com exatidão.
Pois a física moderna apoia-se a meu ver em modelos precisos, porém
inexatos. É como se ao mirarmos um alvo, errássemos sempre no mesmo sentido
e em pontos bem agrupados. Teríamos uma pontaria precisa, porém inexata.
Pois a física moderna está dotada de teorias altamente precisas, porém
inexatas e portanto serão superadas sem deixar vestígio algum. Física
moderna, a meu ver, é pura perda de tempo e dinheiro.

> No ensino médio, onde estudamos a Física Clássica e quase tudo se resolve
> pelas Leis de Newton, pergunto: Por que ainda isso? Por que nao houve uma
> "evolução"?

Simplesmente porque a física moderna não conseguiu superar a física
newtoniana. Alguns hão de dizer que a física clássica é um caso limite da
física moderna e eu digo que os que pensam ou falam assim estão sendo
enganados ou estão tentando nos enganar. A física clássica tem muita coisa
certa, e portanto se perpetuará, e tem muitos pontos que necessitam reparos
mas permanecerá de pé após ligeiras modificações. A física moderna, em
especial a quântica, é uma física "fechada", não admite reparos e só tem um
destino: o lixo.

> Está certo que no ensino médio nao estudamos uma matemática tão avançada,
> mas a Teoria da Relatividade Especial (ou Restrita) pode ser deduzida com
> uma matemática bem simples. Creio eu que deve haver outras coisas assim
> fáceis de se entender e que poderiam muito bem serem ensinadas no ensino
> médio.

O problema é que o jovem é rebelde por natureza. No momento que ele começar
a contestar seu professor com coisas para as quais o professor não tem
resposta, a coisa vira uma baderna pois infelizmente não temos professores
de secundário em número e condições suficientes para segurar essa barra. Por
muito menos os professores ficarão bastante atrapalhados. Por exemplo: O que
é gravitação? O que é campo elétrico? O que é onda eletromagnética? São
coisas que não sabemos o que são e que de uma forma também desconhecida
produzem efeitos que julgamos conhecer. Esses conceitos são ensinados no
secundário mas o aluno sequer percebe que ele aprendeu uma coisa que ele não
sabe o que é. E não sabe não porque seja um ignorante, mas porque a própria
ciência ignora a resposta. Gravitação, campo elétrico e onda
eletromagnética, dentre outros, são nomes que damos para ocultar nossa
ignorância. A partir daí começamos a construir uma ciência e por vezes somos
tentados a postular absurdos. O problema é que as décadas passam, os
absurdos não sempre resolvem os problemas e caímos no marasmo ou na preguiça
de "darmos um passo para trás para a seguir darmos dois passos a frente"
(Lenin).

Na faculdade as coisas ficam mais fáceis pois ou o aluno entra na do
professor ou ele não conseguirá um orientador para sua iniciação científica
e/ou pós-graduação. Infelizmente a educação no país está nesse pé. Ou seja,
na universidade você estará proibido de efetuar perguntas que não tenham
respostas. E a sua criatividade irá para o brejo. Após você ter sido
despersonalizado, o seu orientador virá com uma idéia "dele" para que você
transforme numa tese (existem exceções). E com isso você se transforma num
doutor improdutivo, pois que desaprendeu a ser criativo.

> A "culpa" disso é do vestibular, que cada dia vem "imbecilizando" os
> alunos que ficam totalmente voltados para ele e quase sempre esquecem das
> ciências, ou melhor, esquecem do estudo e de como é fascinante aprender e
> descobrir as coisas.

O vestibular é uma etapa do processo. A meu ver, ainda que concorde contigo,
"o buraco é mais embaixo".

> Bom já acabei meu delírio de hoje, espero que entendam o que eu
> quis dizer no meio dessa zona gramatical.

Idem. Ops, meu delírio ainda não acabou pois chegou uma msg do Emerson. :-)

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Ola, caros colegas de egroup! Tudo bem com voces?
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 12/11/2000 03:07

-----Mensagem Original-----
De: "Emerson Joucoski" <joucoski@onda.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Domingo, 12 de Novembro de 2000 00:18
Assunto: RES: [ciencialist] Ola, caros colegas de egroup! Tudo bem com
voces?

> o q é memética quântica?

Putz, agora você me pegou. :-))

Em primeiro lugar, a memética não está na minha praia. Como existem muitos
especialistas no assunto aqui na Ciencialist, não vou cair na armadilha de
expor conceitos meus, sob pena de que caiam de paulada em cima de mim.
Vou repetir então um trecho que copiei da Internet e está em
http://www.fmb.mmu.ac.uk/jom-emit.

"Richard Dawkins lançou o conceito de "meme" em 1976, quando escreveu O Gene
Egoísta. Como se tratava de uma proposta inédita, a de investigar os fatos
da cultura através da teoria evolutiva de Charles Darwin, despertou adesões
e controvérsias. Com o tempo, estas contribuições e discussões sobre cultura
neste acabaram por delinear um novo campo, auto-nomeado como memética."

Ou seja, o assunto mistura ciências humanas com biológicas (e eu estou
tentando chacoalhar tudo e colocar uma pitada de exatas - vide abaixo). Por
um lado, a memética pertence ao campo da chamada "teoria da cultura"; por
outro, relaciona-se com os genes e, daí, com a teoria da evolução de Darwin.

Ora, cultura tem a ver com pensamento e pensamento com ação. Por outro lado,
pensamento e ação devem estar de alguma maneira relacionados a nosso código
genético. Creio então, e estou aqui palpitando, que os memes seriam uma das
maneira dos genes se expressarem, quando relacionados a pensamentos e/ou
ações.

Daqui para a frente, repetirei o que expus na msg 6767
(http://www.egroups.com/message/ciencialist/6767) em resposta a outra (6764,
http://www.egroups.com/message/ciencialist/6764) do Manuel Bulcão. Foi o
seguinte (desculpem-me pelo reprise):

Alberto (6767):
"Vamos ver se consigo axiomatizar esta incerteza. Digamos então que exista o
que chamarei Princípio da Indeterminação Comportamental: "É impossível
conhecer simultaneamente e com exatidão o pensamento e a ação de um ser
humano." Quando ele pensa, ele não age; e quando ele age o pensamento já
era". Aceito críticas mas vejo que a "coisa" é mais ou menos por aí. Ao
passarmos do pensamento para a ação haveria um colapso da função pensamento.
Por outro lado, ao passarmos da ação para o pensamento haveria um descolapso
e a ação iria se expandindo até se extinguir totalmente.

Manuel (anterior, 6764):
> Se o determinismo "teleonômico" (teleonomia, segundo o bioquímico
> Jacques Monod, implica a idéia de uma "atividade orientada, coerente
> e construtiva", o que, segundo este cientista, é uma propriedade
> comum a todos os organismos vivos), retomando o fio: se o
> determinismo teleonômico exclui a possibilidade de uma ciência
> "stricto sensu" do comportamento determinado, não se deve,
> entretanto, "em nome da ciência", considerar como uma "falsidade
> apriorística" o determinismo teleonômico. É possível que nossas
> ações, em última análise, sejam determinadas por "algo" que
> transcende a nossa vontade, nossas intenções imediatas, nossa
> consciência. Pode ser, não é certo mas... sei lá!

Alberto:
Eu diria então que ao passarmos do pensamento para a ação o colapso é tal
que nem sempre a ação sai como foi planejada, mas ocorre uma interferência
que talvez pudesse ser explicada pela filosofia da "práxis". Mas isso apenas
confirma a idéia de um princípio de indeterminação comportamental. Putz, até
que enfim encontrei uma aplicação para as elucubrações dos quânticos. Tô
começando a gostar da brincadeira. :-))

Manuel:
> A propósito, ao ler o livro "Questões Epistemológicas" de Hilton
> Japiassu, tomei conhecimento que Albert Einstein, recusando-se a crer
> na liberdade abstrata pregada pelos filósofos, confessou que, desde a
> infância, sua vida foi profundamente marcada por esta máxima de
> Schopenhauer: "Sem dúvida, o homem pode fazer o que quer, MAS NÃO
> PODE QUERER O QUE QUER."

Alberto:
Sim, pois quando ele faz (ação) ele já não mais quer (pensamento). E quando
ele volta a querer (descolapso --> novo pensar) ele não mais está a fazer.

Em resumo, é isso. A memética parece-me ser quântica por natureza (ainda que
num sentido clássico), ou seja, relaciona-se com os memes que seriam talvez
os quanta de pensamento e/ou ação. E estou reforçando sua natureza quântica
(agora já num sentido moderno) ao acrescentar o princípio da indeterminação
e o colapso da função pensamento. Só está faltando a constante memética de
Planck para podermos chegar na equação memética de Schrödinger, com o que a
teoria ficaria perfeita. Ficou faltando aqui a possibilidade da adesão com a
teoria dos universos paralelos, mas se houver interesse isso é citado na msg
original (6767).

Quanto às minhas heresias relativistas, não leve muito a sério (vide a msg
que estou postando em resposta ao questionamento do Daniel L. Freire).
Estude a teoria da relatividade e também a teoria quântica antes que elas
acabem. :-))

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Ola, caros colegas de egroup! Tudo bem com voces?
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 12/11/2000 03:20



Alberto Mesquita Filho wrote:


> Ora, cultura tem a ver com pensamento e pensamento com ação. Por outro lado,
> pensamento e ação devem estar de alguma maneira relacionados a nosso código
> genético. Creio então, e estou aqui palpitando, que os memes seriam uma das
> maneira dos genes se expressarem, quando relacionados a pensamentos e/ou
> ações.

Quando você diz que "os memes são uma forma de os genes se expressarem"
está a falhar o alvo. Os memes e os genes são replicantes independentes
que 'agem' de acordo com os seus objectivos egoistas. Não esqueça que os
memes evoluem muito mais rapidamente que os genes.

João
http://www.nonio.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] Ola, caros colegas de egroup! Tudo bem com voces?
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 12/11/2000 04:25

-----Mensagem Original-----
De: "João Mário Miranda"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Domingo, 12 de Novembro de 2000 03:20
Assunto: Re: [ciencialist] Ola, caros colegas de egroup! Tudo bem com voces?


> Alberto Mesquita Filho wrote:
> > Creio então, e estou aqui palpitando, que os memes seriam uma das
> > maneira dos genes se expressarem, quando relacionados a pensamentos e/ou
> > ações.
> Quando você diz que "os memes são uma forma de os genes se expressarem"
> está a falhar o alvo.

Realmente, ainda não entendi o que seriam, do ponto de vista estrutural, os
memes. Afinal, qual é sua estrutura íntima? Em que local (anatômico e/ou
microanatômico) eles estão localizados? Ou seriam agentes hipotéticos e/ou
ainda indeterminados?

> Os memes e os genes são replicantes independentes
> que 'agem' de acordo com os seus objectivos egoistas. Não esqueça que os
> memes evoluem muito mais rapidamente que os genes.

Supondo-se que sejam hipotéticos, esta replicação rápida (e que no caso não
teria sido documentada morfologicamente) seria então suspeitada talvez por
seu mecanismo de ação. E se, como estou pensando, os memes estiverem
relacionados com a unidade do pensamento, essa rapidez faz sentido. Seria
isso? Nesse caso, parte de minha resposta acima está respondida. Os memes
estariam localizados no cortex cerebral. Mas o que seriam? E o que seria
essa reprodução ou replicação?

Há algum tempo discuti (na realidade, mais ouvi do que discuti) algo a
respeito com o Dr. Omni no uol.ciencia. O assunto na época não estava
relacionado a memes mas a algo relativo a memória e sinapses e/ou redes
neuronais e a primeira vista de alguma maneira relacionada. Enfim, como sou
totalmente leigo no assunto, espero apenas entendê-lo na superficialidade.
Muito já foi discutido aqui mas a meu ver as informações jocaxianas e de
seus oponentes estavam permeadas por muitos atritos (nos dois sentidos) e
acabei me desinteressando pelo tema.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Nossa, estou até emocionado...
FROM: Adriano Gonçalves Zambon <adrianoraquel@ig.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 12/11/2000 11:24

Olá, amigos, como vão?

Quero começar essa mensagem agradecendo a atenção e o companheirismo dos senhores. Já participo de vários newsgroups e fóruns pela Internet, mas em nenhum deles fui tão bem recebido como aqui. Nossa, me sinto até emocionado, me dá vontade de chorar... Snif, snif, snif... Bom, deixa para lá. Espero que minha presença sirva pelo menos para aumentar o número de freqüentadores deste egroup.

Bom, com relação à Teoria da Relatividade, de Einstein, que foi dita como ultrapassada aqui neste grupo, eu quero dizer que, apesar de um grande admirador deste cientista, eu ainda não sei muito sobre as teorias dele. Sou apenas um estudante do ensino médio, lutando para entrar em uma faculdade de engenharia. Agora, acredito que, enquanto não for encontrada uma solução melhor (como aquele tal sonho - por enquanto - dos cientistas de unirem os dois grandes patamares da Física moderna, a Relatividade e a Mecânica Quântica) para os problemas apresentados pelos físicos atualmente, a Teoria da Relatividade continua sendo a melhor para explicar o que acontece com a matéria a nível macroscópico. Apesar de alguns buracos e mesmo de alguns erros cometidos pelo próprio Einstein (como aquela constante estacionária usada para demonstrar que o Universo não se expandia), ela é a que melhor descreve situações teóricas e mesmo práticas que vão além da física newtoniana.

Apesar de admirar as teorias e os experimentos de Einstein, o que realmente faz dele meu ídolo é a ousadia que ele demonstrava em relação à ciência. Afinal de contas, não é todo dia que alguém se atreve a desafiar conceitos vigentes há mais de dois séculos só porque crê numa idéia, ainda mais numa idéia que parecia tão estapafúrdia na época e que nem sequer podia ser provada experimentalmente. Eu acredito que é esse tipo de atitude que realmente cria avanços significativos na ciência: a crença em suas próprias idéias acima de qualquer opinião alheia.

Um abraço,

Einstein Jr.



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: RES: [ciencialist] Nossa, estou até emocionado...
FROM: "Emerson Joucoski" <joucoski@onda.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 12/11/2000 15:14

por isso mesmo acho complicado vc tentar ver o todo com o seu pouco
conhecimento sobre a física moderna e suas comparações quanto ao que fora
feito sobre física no século passado e o atual, é triste saber que as
pessoas têm Einstein apenas como um idealizador da teoria da relatividade
(geral e restrita). Há maiores contribuições deste homem em áreas da física.

até...

---
Emerson Joucoski - joucoski@yahoo.com <mailto:joucoski@yahoo.com> -
+55(41)9981-3430
http://www.geocities.com/joucoski


| -----Mensagem original-----
| De: Adriano Gonçalves Zambon [mailto:adrianoraquel@ig.com.br]
| Enviada em: domingo, 12 de novembro de 2000 11:25
| Para: ciencialist@egroups.com
| Assunto: [ciencialist] Nossa, estou até emocionado...
|
|
| Olá, amigos, como vão?
|
| Quero começar essa mensagem agradecendo a atenção e o
| companheirismo dos senhores. Já participo de vários newsgroups e
| fóruns pela Internet, mas em nenhum deles fui tão bem recebido
| como aqui. Nossa, me sinto até emocionado, me dá vontade de
| chorar... Snif, snif, snif... Bom, deixa para lá. Espero que
| minha presença sirva pelo menos para aumentar o número de
| freqüentadores deste egroup.
|
| Bom, com relação à Teoria da Relatividade, de Einstein, que foi
| dita como ultrapassada aqui neste grupo, eu quero dizer que,
| apesar de um grande admirador deste cientista, eu ainda não sei
| muito sobre as teorias dele. Sou apenas um estudante do ensino
| médio, lutando para entrar em uma faculdade de engenharia. Agora,
| acredito que, enquanto não for encontrada uma solução melhor
| (como aquele tal sonho - por enquanto - dos cientistas de unirem
| os dois grandes patamares da Física moderna, a Relatividade e a
| Mecânica Quântica) para os problemas apresentados pelos físicos
| atualmente, a Teoria da Relatividade continua sendo a melhor para
| explicar o que acontece com a matéria a nível macroscópico.
| Apesar de alguns buracos e mesmo de alguns erros cometidos pelo
| próprio Einstein (como aquela constante estacionária usada para
| demonstrar que o Universo não se expandia), ela é a que melhor
| descreve situações teóricas e mesmo práticas que vão além da
| física newtoniana.
|
| Apesar de admirar as teorias e os experimentos de Einstein, o que
| realmente faz dele meu ídolo é a ousadia que ele demonstrava em
| relação à ciência. Afinal de contas, não é todo dia que alguém se
| atreve a desafiar conceitos vigentes há mais de dois séculos só
| porque crê numa idéia, ainda mais numa idéia que parecia tão
| estapafúrdia na época e que nem sequer podia ser provada
| experimentalmente. Eu acredito que é esse tipo de atitude que
| realmente cria avanços significativos na ciência: a crença em
| suas próprias idéias acima de qualquer opinião alheia.
|
| Um abraço,
|
| Einstein Jr.
|
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|
| [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
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| *** --- ***
| Para sair da lista envie um mail para:
| ciencialist-unsubscribe@egroups.com
| *** --- ***
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|



SUBJECT: Edicao de mensagens (administrador)
FROM: "Luis Roberto Brudna [RS]" <lrb@if.ufrgs.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 12/11/2000 15:51


Seria interessante o pessoal cuidar da edicao das mensagens,
observado pontos basicos, como:

- indicar bem onde termina o comentario anterior e inicia a sua
observacao. Isso pode ser feito colocando uma simples linha, ou entao
algum tipo de simbolo no inicio do paragrafo, tipo ##, $$, **.

- evitar deixar TODA a mensagem anterior ao responder o mail. Talvez
metade da mensagem, ou um paragrafo para lembrar qual mensagem voce
estah respondendo.

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna - administrador da Ciencialist.




SUBJECT: Cuidado (administrador)
FROM: "Luis Roberto Brudna [RS]" <lrb@if.ufrgs.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 12/11/2000 16:36


Pessoal, vamos cuidar um pouco pra nao pirar demais nas
brincadeiras. :)

Algumas mensagens tem um senso de humor muito interessante, mas
confudem um leitor desavisado ou que nao acompanhou a lista durante
um certo tempo.

Isso pode criar uma especie de exclusao dos mais novos. Ou seja, o
grupo cria uma linguagem tao propria que ninguem mais vai entender. :)

Adoro piadas relacionadas com a ciencia (tanto eh que fiz o site*),
mas isso confunde. Jah recebi varios e-mails perguntando o que
significavam as piadas
"Gatiiinho... gatiiiinho" - Schrodinger
"Gato de Schrodinger - Procurado vivo ou morto!"

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna - administrador da Ciencialist.

*Humor na ciencia - http://www.humornaciencia.cjb.net






SUBJECT: Re: [ciencialist] Nossa, estou até emocionado...
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 12/11/2000 20:01

-----Mensagem Original-----
De: "Adriano Gonçalves Zambon"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Domingo, 12 de Novembro de 2000 11:24
Assunto: [ciencialist] Nossa, estou até emocionado...

> ...eu quero dizer que, apesar de um grande admirador deste cientista,...

Pois apesar de ter dito em tom de brincadeira "Até lá sugiro que modifique o
seu nick pois Einstein já era. :-))", quero deixar claro aqui que a teoria
da relatividade passará mas Einstein permanecerá sempre como um dos maiores
físicos e/ou filósofos de todos os tempos, ao lado de Galileu, Newton e
Aristóteles. Concordo com o Emerson quando diz: "Há maiores contribuições
deste homem em áreas da física." E acrescentaria: Não só na física mas
também.

Tô contigo e não abro. Espero que saiba honrar o seu nick. A
responsabilidade agora é sua mas... foi você quem quis assim. :-))

> Eu acredito que é esse tipo de atitude que realmente cria avanços
> significativos na ciência: a crença em suas próprias idéias acima de
> qualquer opinião alheia.

Assino embaixo.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Cuidado (administrador)
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 12/11/2000 20:06

LRBrudna modera:

## Pessoal, vamos cuidar um pouco pra nao pirar demais nas
brincadeiras. :)

Isso pode criar uma especie de exclusao dos mais novos. Ou seja, o
grupo cria uma linguagem tao propria que ninguem mais vai entender. :)##

Deus Avisa aos Novatos:
JUÍZES XIV --- É a única lista da qual participo explicitamente, na Terra.
Poucos sabem como eu trabalho na elaboração dos mundos, seus fenômenos e
suas espécies. Tenho assessores competentes e, cada qual, responsável por um
setor. Quando meus fiéis discípulos fazem uma pergunta, em geral, a massa
responde usando meu Santo Nome em Vão. Assim:

"Onde houver trevas, que eu leve a luz!" Sabe quem disse essas palavras? "

Os que conhecem o responsável pelo setor responderão rapidamente: 'Foi T.
A. Edson', outros usarão, erroneamente o meu Nome.

Por que vcs acham que esse é um dos melhores grupos de discussão (se não o
melhor!, mas minha divina modéstia não permite dizer)? Meus fiéis propagam:
"Onde houver discussão, que ele leve a moderação!" Sabe quem disse essas
palavras? Sim, foi o chefe desse setor na Terra, o LRB ... e, muitos
atribuem à Mim!

Entre meus assessores tenho Newton, Huighens, Branly, de Forrest, Fleming
etc. Na verdade (e de verdade em verdade vos digo ... como escrevem meus
fiéis) dividi tanto o divino serviço, que não tenho absolutamente mais nada
a fazer e portanto sobra tempo (segundo o conceito absoluto de Newton) para
participar do Ciencialist.
Portanto saibam todos, daqui prá frente escrevam Ciencialist e não
ciencialist em suas mensagens, posso zangar-me e solicitar os serviços do
esdrúxulo Satã (serviços de limpeza, demolição etc.).

Deus ... the first!

PS (divino): Meu assessor para trabalhos científicos posta como Léo e mantém
o divino site: www.feiradeciencias.com.br .
"Aqueles que o visitarem serão abençoados e conhecerão a alavanca interfixa
(pé-de-cabra) para abrir a porta do Céu"








SUBJECT: notícias do nonio
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ajc <ajciencia@egroups.com>
DATE: 13/11/2000 01:26


Notícias nonio.com
Notícias recentemente publicadas no nonio.com

Florestas consomem CO2
Um novo estudo, que contradiz um outro publicado no nonio
ainda ontem, valoriza o papel das florestas como consumidoras de
CO2. Este estudo defende que as florestas consomem muito CO2
enquanto as florestas estão a crescer. As florestas velhas, com
árvores antigas consomem pouco oxigénio. O que se passa é que as
florestas da América do Norte estão em crescimento devido à
forma como a Terra foi gerida nos últimos 100 anos.


http://dailynews.yahoo.com/h/nm/20001109/sc/environment_forests_dc_1.html

http://www.nonio.com/article.php3?sid=123

Pílula do dia Seguinte
Ao contrário do que é habitual a sondagem está a ter pouco
sucesso. Provavelmente porque as pessoas não votam por falta de
informação. Sugiro por isso uma visita ao Sexualidades
(http://www.sexualidades.com/docs/piluladodiaseguinte.php3) e a este
site brasileiro:
href=http://www.ache.com.br/produtos/postinor2/index.htm

http://www.nonio.com/article.php3?sid=122

Absorção não é Solução para a Poluição
As árvores consomem CO2 e libertam oxigénio. Logo plantar
florestas é uma boa forma de salvar o planeta do efeito de estufa,
certo? Errado!! Pelo menos segundo dois novos estudos publicados
na Nature. Um deles diz que o CO2 libertado pelas plantas e pelos
solos aumentará na eventualidade de a temperatura ambiente
aumentar. Outro diz que plantar florestas em regiões frias como a
Sibéria não é boa ideia. A neve reflecte os raios solares, as florestas
não.

http://dailynews.yahoo.com/h/nm/20001108/sc/climate_forests_dc_1.html

http://www.nonio.com/article.php3?sid=121

LEP fecha
O LEP (Large Electron-Positron colider) vai fechar finalmente.
Após 11 anos de funcionamento este acelerador de partículas vai
fechar para dar lugar dentro de 5 anos ao "Large Hadron Collider".
O encerramento do LEP foi adiado durante alguns meses por causa
do Bosão de Higgs. Alguns dos resultados do LEP pareciam
confirmar a existência desta partícula elementar. Mas todos os
resultados acabaram por ser inconclusivos.

http://news.bbc.co.uk/hi/english/sci/tech/newsid_1005000/1005491.stm
http://www.nonio.com/article.php3?sid=120

números primos
Foi publicado um artigo muito interessante na NewScientist
(http://www.newscientist.com) sobre números primos e a hipótese de
Riemann. O texto relaciona o cálculo de números primos com a modelação
de sistemas quânticos complexos.

http://www.newscientist.com/nlf/1111/prime.html

http://www.nonio.com/article.php3?sid=119

O mistério dos círculos nos campos de trigo
Saiu ontem no Público uma pequena notícia sobre os famosos
círculos nos campos de trigo em Inglaterra. Os círculos nos campos
de trigo começaram a aparecer no inicio dos anos 80 e foram vistos
por muitos como de origem extraterrestre. Provavelmente porque
as marcas circulares pareciam ter sido criados por uma nave
circular tipo disco voador. Segundo a tal notícia no Público um
cidadão inglês foi preso por ter feito um desses círculos.

http://www.nonio.com/article.php3?sid=118

Porque é que os animais são simétricos?
Está a decorrer no pt.ciencia.geral uma discussão sobre a origem
da simetria nos animais. A respostas a esta pergunta é: e porque é
que eles haviam de ser assimétricos? Este texto é baseado em
algumas ideias do livro "Climbing Mount Improbable" de Richard
Dawkins.

http://www.nonio.com/article.php3?sid=117



SUBJECT: Re: [ciencialist] notícias do nonio
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 13/11/2000 04:49

-----Mensagem Original-----
De: "João Mário Miranda"
Para: "ajc" <ajciencia@egroups.com>
Enviada em: Segunda-feira, 13 de Novembro de 2000 01:26
Assunto: [ciencialist] notícias do nonio


> Está a decorrer no pt.ciencia.geral uma discussão sobre a origem
> da simetria nos animais. A respostas a esta pergunta é: e porque é
> que eles haviam de ser assimétricos? Este texto é baseado em
> algumas ideias do livro "Climbing Mount Improbable" de Richard
> Dawkins.

O pt.ciencia.geral é excelente. A meu ver é o melhor newsgroup de ciência em
língua portuguesa. Como todo bom grupo tem de tudo: coisas boas, coisas
regulares, bobagens, etc. De vez em quando surgem spams mas a turma de lá
parece que está conseguindo controlar o processo razoavelmente bem. O
pt.ciencia.geral (newsgroup) só não é melhor que a Ciencialist (lista de
discussão) porque aqui nós temos o Léo com seus divinos assessores. :-))

Quem não tem servidor de newsgroup pode utilizar o Dejanews em
http://www.deja.com/group/pt.ciencia.geral, tanto para ler quanto para
postar msgs (por sinal, é o melhor postador de newsgroups da Usenet - sua
msg chegará na maioria dos servidores de leitura). Obs.: É preciso fazer
login para postar pela Dejanews (gratuito).

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm




SUBJECT: Re: [ciencialist] Ola, caros colegas de egroup! Tudo bem com voces?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 13/11/2000 09:04

Adriano Gonçalves Zambon wrote:

Ola Adriano , seja bem vindo !
Como vc pode ver nesta lista soh tem mitos : Eintein, Jesus, ateh Deus
!! :-)

> melhor: vocês acham que só os superdotados podem fazer contribuições
> importantes para a ciência, e que pessoas comuns, assim como eu, só
> atrapalham o andamento do processo científico?

Dificilmente. Vc soh atrapalharia se explodisse um carro bomba
na frente do CERN no momento q eles detectassem o Boson-Higgs ! :-)

>Ou então que apenas os
> superdotados podem realmente contribuir, com seus estudos, para o real
> avanço do conhecimento científico? Será que todas as pessoas
> consideradas "gênios" são também superdotadas?
>

Superdotados, genios, idiotas e imbecis sao escalas de niveis de QI
adotadas pela psicologia.

Sua pergunta eh interessante e pode ser melhor formulada desta maneira:

Super-dotados estao em menor numero na populacao que pessoas normais.
A probabilidade de alguem descobrir algo novo eh mais provavel
entre os super dotados ou entre os normais ?

A resposta talvez esteja em uma estatistica de cientistas e pensadores
que deram alguma contribuicao aa ciencia.

[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] Ola, caros colegas de egroup! Tudo bem com voces?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 13/11/2000 09:21

Alberto Mesquita Filho wrote:
>
> Em absoluto. Aqui só tem doido e um a mais é sempre bem vindo.

Nunca vi nada mais perfeito q esta linha !! :-)

> 3) O Jocax diz ser o filho de Deus, mas o Léo não concorda com a
> paternidade. Já pensou-se num teste de DNA mas deuses não têm DNA (os
> cromossomos foram criados pelo Léo). O Jocax é o autor da teoria da
> Gemética, uma mistura de genes e memes que eu ainda não consegui
> entender.

Gostaria de ser lembrado como o criador do Genismo, a
religiao-cientifica mais perfeita do planeta !
Se vc se converter ao Genismo a felicidade vira ao teu encontro !

Vc podera dar uma olhada sobre o Genismo,nesta lista em :
www.egroups.com/message/ciencialist/2214?&start=2213
www.egroups.com/message/ciencialist/2325
ou
http://www.egroups.com/messages/Genismo/1

La eu estou colocando as mensagens mais interessantes
para facilitar a compilacao de minhas ideias por algum apostulo no
futuro.

[]s
jocax
(Ps: O jocax se considera o salvador, messias do 3. milenio e tambem
a pessoa mais ateia da face da terra.
Falar em deus eh comprar briga com ele ! :-) )


SUBJECT: Re: [ciencialist] Ola, caros colegas de egroup! Tudo bem com voces?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 13/11/2000 09:38



Alberto Mesquita Filho wrote:
>...ermanecerá de pé após ligeiras modificações. A física moderna, em
> especial a quântica, é uma física "fechada", não admite reparos e só
> tem um
> destino: o lixo.
>....

Caro Einstein, espero q vc nao encare a falta de "replies" a esta
mensagem
como uma concordancia a ela pelos demais membros da lista.

Muitos nao retrucam pois sabem que : "Nao se deve discordar de loucos".

As vezes esta maxima eh esquecida e ocorrem interminaveis "Quebra-Paus"
por aqui. Mas as vezes eh bom para quebrar um pouco a monotonia.

[]s
jocax

> > Bom já acabei meu delírio de hoje, espero que entendam o que eu
> > quis dizer no meio dessa zona gramatical.
>
> Idem. Ops, meu delírio ainda não acabou pois chegou uma msg do
> Emerson. :-)
>
> [ ]'s
> Alberto
> http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm
>


SUBJECT: HC de Ribeirao tera bebe gerado em barriga de aluguel
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 13/11/2000 09:56


----- Original Message -----
From: Agência USP de Notícias
To: Divulgação - Agência
Sent: Friday, November 10, 2000 4:28 PM
Subject: Boletim da Agência USP de Notícias, n. 639/00

Agência USP de Notícias, 10 de novembro de 2000 n.639/00.

HC de Ribeirão terá bebê gerado em barriga de aluguel
O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP de
Ribeirão Preto aguarda, para breve, o nascimento do primeiro
bebê gerado em barriga de aluguel, utilizando a técnica de
Micromanipulação de Gametas e Embriões Humanos.


Destaques
USP de Ribeirão Preto aguarda primeiro bebê de "barriga de aluguel"
A equipe do Setor de Reprodução Humana do Hospital das Clínicas da
Faculdade
de Medicina de Ribeirão Preto (HC-FMRP) espera para os próximos meses o
nascimento
do primeiro bebê do HC gerado em "barriga de aluguel". A técnica
utilizada para a
fecundação foi a Micromanipulação de Gametas e Embriões Humanos, sendo o
HC um dos
primeiros hospitais públicos a empregá-la. A barriga utilizada é da irmã
de uma paciente
que não conseguia engravidar em virtude de abortos repetitivos.
Diferentemente do processo chamado “bebê de proveta”, em que o óvulo e o
espermatozóide se encontram de forma natural na proveta, no método de
fertilização
utilizado na “barriga de aluguel”, o encontro do espermatozóide com o
óvulo não ocorre de
maneira natural. A entrada do espermatozóide no óvulo dá-se
“forçadamente” por meio de
um equipamento.
A Setor de Reprodução Humana, responsável pela “barrida de aluguel”,
oferece
assistência médica à comunidade, atendendo uma média anual de 200
pacientes no
laboratório e 3,6 mil no ambulatório. Além disso, desenvolve pesquisas
que procuram
desvendar o universo reprodutor feminino, abrangendo métodos para
facilitar a fertilidade e
os cuidados com a saúde da mulher, desde seu nascimento até a passagem
para a terceira
idade.
Na área de análise molecular e citogenética de gametas, o Setor
realiza, entre outros,
estudos que consistem na retirada de célula para análise e detecção, por
exemplo, de
doenças genéticas em fase embrionária, como a Síndrome de Down. Ainda
nessa linha, há
estudos sobre os abortos repetitivos, que segundo o pesquisador Marcos
Moura, é de ordem
imunológica, mas que estão relacionadas a fatores de proteção
individual. “Quando a
mulher engravida entra em contato com um tipo de tecido que
imunologicamente não é o
seu, mas existe naturalmente uma adaptação imunológica do sistema
materno para que ele
não rejeite esse tecido. Em algumas mulheres isso não acontece e acaba
havendo a expulsão
do feto”, explica Moura.
O grupo de pesquisadores também se preocupa com a terceira idade. “A
reposição
hormonal traz efeitos benéficos à mulher mas eventualmente pode causar
efeitos
indesejáveis. Existem hormônios que melhoram todos os efeitos da
menopausa, mas podem
provocar alterações no útero”, diz o pesquisador. Há pesquisas, ainda,
que investigam os
efeitos de drogas e as melhoras que podem trazer para se evitar a
osteoporose.
Mais informações: (0XX16) 602-2231 ou 602-2817.


SUBJECT: Meu relogio ...
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 13/11/2000 10:13

Pelo jeito ninguém gostou do meu relógio especial, bom e barato, para a
futura geração de astronautas.
Vou substituir os componentes do relógio pois, pelo jeitão, não gostaram da
fralda cheia do astronauta.
Então vejamos:
Pegamos um asteróide qualquer e nele fazemos um furo de lado a lado,
passando pelo seu centro de massa. Jogamos uma bolinha de gude dentro desse
furo, com velocidade inicial não nula. Pronto! Eis o relógio!
A 'unidade de tempo' ficará por conta dessa velocidade inicial. Se fizermos
vários furos, passando pelo CM podemos jogar bolinhas para as 'horas',
'dias', 'anos', 'séculos'. As bolinhas 'nunca' se encontrarão no CM, fiquem
despreocupados, o asteróide não é esférico!

E, aproveitando o embalo, o texto "A necessidade da divulgação científica",
da Sala 19, do deslumbrante site
www.feiradeciencias.com.br (agora com cara nova na abertura) ainda não foi
lido e comentado pelos colegas. Há no final do texto um local prontinho
esperando pelos comentários.

[]'
Léo
... tentando dar um 'ar' de ciência nesse grupo de idéias mirabolantes,
esdrúxulas etc.
Assim que o Jocax acusar o recebimento do artigo :paradoxo_mares.htm de
09/11/00 e retornar o pedido feito, começarei a colocar aqui uma série de
"Sofismas e Paradoxos da Física". Assim os novatos poderão notar que
realmente trata-se de uma lista de discussão de Ciências (com muitas praias
à disposição) ... e o LRB poderá cair nos braços de Morfeu (sem segundas
intenções) :-)



SUBJECT: Re: [ciencialist] notícias do nonio
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 13/11/2000 10:37



Alberto Mesquita Filho wrote:

>
> Quem não tem servidor de newsgroup pode utilizar o Dejanews em
> http://www.deja.com/group/pt.ciencia.geral, tanto para ler quanto para
> postar msgs (por sinal, é o melhor postador de newsgroups da Usenet - sua
> msg chegará na maioria dos servidores de leitura). Obs.: É preciso fazer
> login para postar pela Dejanews (gratuito).


Eu utilizo o spino:

http://www.spino.org

É bastante mais simples que o dejanews. Acho que as minhas mensagens
chegam a todos os leitores e também é preciso fazer login. Mas não
dá para muitos newsgroups em lingua inglesa.


joao
http://www.nonio.com



SUBJECT: Ao Takata
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist <ciencialist@egroups.com>, Roberto Takata <rmt@ib.usp.br>
DATE: 13/11/2000 11:39

Caro Takata,
Estou sentindo a tua ausencia...

Temo que, devido ao nosso ultimo "quebra-pau", vc tenha ficado magoado
comigo.

Acho que talvez voce seja mais sensivel do que eu possa ter percebido...
Vc sabe q estas "brigas" sao as vezes inevitaveis : somos humanos.

Se eu fui muito cruel com voce eu gostaria que voce me desculpasse.

Precisamos de vc na lista ! (Principalmente eu).

Preciso de sua *oposicao* e palpites inteligentes
pois soh assim poderemos nos aperfeicoar.

Um Abraco
Joao carlos


SUBJECT: RES: [ciencialist] Ola, caros colegas de egroup! Tudo bem com voces?
FROM: "Emerson Joucoski" <joucoski@onda.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 13/11/2000 14:25

| Alberto Mesquita Filho wrote:
| >...ermanecerá de pé após ligeiras modificações. A física moderna, em
| > especial a quântica, é uma física "fechada", não admite reparos e só
| > tem um
| > destino: o lixo.
|

novamente venho discordar de escritas de nosso "ilustre" componente quanto
as palavras duras em relação a quântica, de "fechada" em relação a ela só
existe a cabeça dos q a não conhecem suficientemente e a criticam sem poder
sequer sonhar com os usos magnifícos q ela nos tem trazido, é lamentável q a
física moderna seja vista como um subproduto (o lixo).

Emerson.



SUBJECT: Re: [ciencialist] notícias do nonio
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 13/11/2000 19:15

-----Mensagem Original-----
De: "João Mário Miranda"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Segunda-feira, 13 de Novembro de 2000 10:37
Assunto: Re: [ciencialist] notícias do nonio

> > Quem não tem servidor de newsgroup pode utilizar o Dejanews em
> > http://www.deja.com/group/pt.ciencia.geral,

> Eu utilizo o spino:
> http://www.spino.org
> É bastante mais simples que o dejanews.

Concordo contigo e utilizo o spino com freqüência. Aliás, não o utilizo com
mais freqüência por dois motivos:

1) Eventualmente escrevo para os grupos sci.physics.*, e o spino não nos dá
esta possibilidade, como você afirma em sua msg.

2) Quando a msg é muito longa, mesmo estando no pt.ciencia.geral ela sai
cortada no meu computador e não surge nenhum link para o restante da msg.
Não sei se o problema ocorre apenas no meu computador ou se é geral. Como eu
participei recentemente de uma thread com msgs longas (Velocidade da luz),
isto ocorria com freqüência. Se o problema for geral talvez fosse o caso de
avisar o servidor pois realmente ele é bem mais simples e vantajoso do que o
dejanews.

Existe ainda o Clix (http://webnews.clix.pt/cgi-bin/dnewsweb) que parece-me
ser bom e trabalha com vários grupos pt. Este parece não exigir login.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Ola, caros colegas de egroup! Tudo bem com voces?
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 13/11/2000 20:02

-----Mensagem Original-----
De: "Joao Carlos Holland de Barcellos"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Segunda-feira, 13 de Novembro de 2000 09:21
Assunto: Re: [ciencialist] Ola, caros colegas de egroup! Tudo bem com voces?

> > O Jocax é o autor da teoria da Gemética, uma mistura de genes e memes
> > que eu ainda não consegui entender.
> Gostaria de ser lembrado como o criador do Genismo, a
> religiao-cientifica mais perfeita do planeta !

Submeterei essa emenda ao Léo.

> Vc podera dar uma olhada sobre o Genismo,nesta lista em :
> www.egroups.com/message/ciencialist/2214?&start=2213
> www.egroups.com/message/ciencialist/2325
> ou http://www.egroups.com/messages/Genismo/1
> La eu estou colocando as mensagens mais interessantes
> para facilitar a compilacao de minhas ideias por algum apostulo no
> futuro.

Ótimo. Vou verificar se dá para aproveitar alguma coisa para citar em meu
Web Site.

> (Ps: O jocax se considera o salvador, messias do 3. milenio e tambem
> a pessoa mais ateia da face da terra.
> Falar em deus eh comprar briga com ele ! :-) )

Isto está me cheirando a insubordinação. Se continuar assim vou denunciá-lo
ao Léo (que por sinal já deve estar informado pois Ele é onipresente, ainda
que não godelizável). :-))

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Ola, caros colegas de egroup! Tudo bem com voces?
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 13/11/2000 20:14

-----Mensagem Original-----
De: "Emerson Joucoski" <joucoski@onda.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Segunda-feira, 13 de Novembro de 2000 14:25
Assunto: RES: [ciencialist] Ola, caros colegas de egroup! Tudo bem com
voces?

> novamente venho discordar de escritas de nosso "ilustre" componente quanto
> as palavras duras em relação a quântica, de "fechada" em relação a ela só
> existe a cabeça dos q a não conhecem suficientemente e a criticam sem
> poder sequer sonhar com os usos magnifícos q ela nos tem trazido, é
> lamentável q a física moderna seja vista como um subproduto (o lixo).

Olá, Emerson.

Grato pelo "ilustre" :-)). Quanto ao mais, não esquenta não! :-))

Eu já disse que sou um físico clássico e estou simplesmente utilizando um
dos princípios básicos da física newtoniana (ação e reação) e/ou da
físico-química clássica (princípio de Le Chatelier). E saiba que a esse
respeito levo uma desvantagem enorme pois entre uma pedra e a Terra sabemos
que quem "efetivamente" cai é a pedra, ainda que ambas estejam sujeitas a
uma força igual em módulo. Pior ainda: Na experiência do relógio do Léo quem
cai é a m..., ou seja, é a bolinha de gude. :-)) [Olá, Léo, achei genial seu
relógio mas não comentei nada porque há alguns meses chegaram a provar aqui
que o tempo não existe, então eu fiquei em dúvida a respeito.] E o
tamponamento químico também sempre desfavorece aquelas soluções que têm um
pK afastado do pH da solução tamponante.

Você tem idéia de quantas vezes jogaram a minha teoria no lixo? Tenho
algumas historinhas a respeito mas servem apenas para denegrir a ciência
"nacional" e prefiro guardá-las comigo. Espero um dia poder escrever ciência
nacional sem utilizar-me de aspas.

Quanto a mim, posso mandar as teorias modernas para o lixo [ainda que "em
verdade vos digo", como diria o Léo :-), nunca o tenha realmente feito]
simplesmente utilizando-me de um raciocínio também clássico e voltaireano:

Para construir minhas teorias "não precisei dessas hipóteses" modernas.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Meu relogio ...
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 14/11/2000 04:46

-----Mensagem Original-----
De: "Luiz Ferraz Netto"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Segunda-feira, 13 de Novembro de 2000 10:13
Assunto: [ciencialist] Meu relogio ...

> Pelo jeito ninguém gostou do meu relógio especial, bom e barato, para a
> futura geração de astronautas.

Gostei mas como afirmei em msg anterior não comentei nada porque há alguns
meses chegaram a provar aqui na Ciencialist que o tempo não existe, então eu
fiquei em dúvida a respeito da utilidade do relógio. :-))

> Jogamos uma bolinha de gude dentro desse furo, com velocidade inicial não
> nula.

Putz! Agora é que ninguém vai entender mais nada. Bolinha de gude é do meu
tempo de garoto (final dos anos 40 e início dos anos 50). :-)) Alguém aí da
galera sabe o que é bolinha de gude? :-))

> E, aproveitando o embalo, o texto "A necessidade da divulgação
> científica", da Sala 19, do deslumbrante site www.feiradeciencias.com.br
> (agora com cara nova na abertura) ainda não foi lido e comentado pelos
> colegas. Há no final do texto um local prontinho esperando pelos
> comentários.

Posso comentar aqui? Então lá vai. Na realidade meu comentário é quase que
uma síntese.
_______________________

O artigo está muito bem escrito e coloca inicialmente o leitor frente a
problemas básicos relativos à ciência (a ciência evolutiva, o cientificismo,
o dualismo bem/mal, a ética científica, etc.), mostrando a seguir as
conseqüências de uma avaliação indevida sobre qual seria o verdadeiro
significado da ciência. Seguindo esta linha, o autor parece-me pretender
justificar que o *endeusamento da ciência e dos cientistas* (endeusamento
este de maneira imprópria propalado pela mídia) seguido de uma *divulgação
não muito bem documentada*, nem devidamente esclarecida, das falácias
próprias à evolução da ciência (e/ou até mesmo de atitudes não éticas
assumidas por determinados cientistas e ou academias científicas), seriam os
responsáveis pela grande aceitação, frente ao público leigo, de propostas
alternativas, via de regra impostas pelos aproveitadores da ingenuidade
popular. A partir dessa idéia o autor amplia sua tese até concluir pelo
papel social a ser desempenhado pelas universidades, pelas academias e pelos
cientistas, no sentido de aproximarem-se da população, que efetivamente arca
com as despesas da ciência, para corrigir esta aberração. A conclusão
justifica o título do trabalho. Muito bom, por sinal. AMF
_______________________

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Bonde andando...
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 14/11/2000 06:25


Caros colegas,

acabei de ingressar nesta lista de discussões, pretendia observar um
pouco antes de fazer qualquer consideração. Todavia, um assunto tem me
chamado atenção, são as críticas à física moderna feitas pelo Alberto
Mesquita. Imagino que tal assunto tenha gerado muitas discussões por
aqui. Vou apenas acrescentar uma pequena observação sobre a análise
feita em sua homepage acerca da luz em relatividade especial.
Em rel. especial, a luz sempre viaja em linha reta e com velocidade
constante no vácuo. Alberto, em seu experimento do trem, questiona tal
postulado através de um suposto elemento de volume de luz.
Na minha opinião, tal análise é falha. O erro está justamente na
escolha da velocidade a ser analisada.O elemento de volume de luz criado
não tem natureza física, não transmite informação e portanto sua
velocidade pode ser diferente de c para algum dos observadores. O que
deve ser constante para qq observador é a velocidade dos feixes de luz,
ou seja, aqueles em diagonal desenhados na explicação, pois é esta a
direção de transmissão de energia, em última instância, a direção na
qual viajam os fótons (que não é um conceito relativístico). Inúmeros
experimentos teóricos podem ser criados onde pseudo partículas viajam
com velocidades super luminais, infinitas, etc. (ex, ponto de contato em
uma tesoura cortando, feixe de laser com vel angular w e um aparato
circular com raio r suficientemente grande tal que w.r > c, etc) mas
todas estas partículas são definições matemáticas, não têm natureza
física, não transmitem informações nem destroem teoria alguma.

até mais, Eduardo.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Meu relogio ...
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 14/11/2000 08:05

Leo,
acho q tem uma falha no seu relogio de bolinha classico :
A mecanica quantica ! :-))

Ou seja como vc nunca vai conseguir jogar a bolinha perpendicularmente
ao buraco entao ela fatalmente vai se chocar, apos algumas oscilacoes,
com a parede ou borda da nave.

Eu posso estar errado mas minha intuicao me diz q o movimento da bolinha
ira se distanciar da direcao perpendicular a medida que o tempo passa
ath se chocar com a borda do buraco. Ou estou errado?
[]s
jocax


SUBJECT: Foto Kirlian
FROM: "Raul Sturari Jr." <raulsturari@ig.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 14/11/2000 09:01

Caros colegas,

Gostaria que alguém me explicasse o que é essa tal foto Kirlian (supostamente a foto da "aura") do ponto de vista físico. Como eles conseguem esse efeito? Sou um estudante de medicina e um amigo me mostrou experimentos feitos usando essa tal foto Kirlian com remédios homeopáticos onde havia diferenças antes e após o uso do remédio. Como eu sei que aura e remédio homeopático que funcione não existem, como isto foi possível?

Obrigado,
Raul


[Non-text portions of this message have been removed]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Meu relogio ...
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 14/11/2000 09:12


De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: terça-feira, 14 de novembro de 2000 04:46
Assunto: Re: [ciencialist] Meu relogio ...


> Jogamos uma bolinha de gude dentro desse furo, com velocidade inicial não
> nula.

>>Putz! Agora é que ninguém vai entender mais nada. Bolinha de gude é do meu
tempo de garoto (final dos anos 40 e início dos anos 50). :-)) Alguém aí da
galera sabe o que é bolinha de gude? :-))<<

Tá ... no próximo projeto usarei bolinha de sabugueiro e pó de licopódio.
Mas, será que o pessoal não saberá mesmo o que é uma bolinha de gude, com
'biroca' e tudo! Eles nunca irão saber o jogo dos 4 buraquinhos no chão (e
joelhos idem!)! Pobres 'almas' modernas. É a 'involução' gemética.

Grato pela sua síntese ... já foi pro magnífico site da Feira.

Pincei de sua mensagem ao Emerson:

"E saiba que a esse respeito levo uma desvantagem enorme pois entre uma
pedra e a Terra sabemos
que quem "efetivamente" cai é a pedra, ainda que ambas estejam sujeitas a
uma força igual em módulo. Pior ainda: Na experiência do relógio do Léo quem
cai é a m..., ou seja, é a bolinha de gude. :-))"

No fundo, vc está criticando, como eu o faço, o que os professores de física
(que pululam por esses brasis) julgam pensar sobre a Terceira Lei. A esse
respeito tenho no deslumbrante site o comentário (Sala 19 - Leitura
Recomendada - Corrigindo velhos chavões):

## 1) ___ "toda ação tem uma reação igual e contrária"

Este chavão, usado por inúmeros professores, alunos e até mesmo em anúncios
de televisão é uma tentativa frustrada para tentar enunciar a 3ª lei de
Newton.

"Para toda ação ... NÃO há uma reação igual e oposta"

Sir Isaac Newton publicou suas leis de movimento originalmente em latim. Na
tradução para o inglês (muito anterior à primeira tradução do inglês para o
português), a palavra "ação" era utilizada com um significado diferente do
que é adotamos hoje. Ela não foi usada para sugerir movimento ou uma
conseqüência; ao invés disso foi usada para dar o significado de "uma
atuação sobre algo" ("an acting upon"). Era usada da mesma forma que a
palavra força é usada hoje. É assim que deve ser interpretada a 3ª lei de
Newton:

"para toda força aplicada, uma outra força igual e oposta sempre aparecerá".

A palavra igual, refere-se à intensidade da nova força que surge e a palavra
oposta refere-se ao fato de que esta nova força deverá ter a mesma direção e
sentido contrário ao da força original.

À ação, um pequeno barco bate num transatlântico e afunda, não corresponde
uma reação igual e contrária [um transatlântico bate num pequeno barco e
afunda]. A força que o barco aplica no transatlântico tem mesma intensidade
que a força que o transatlântico aplica no barco (ambas as forças têm mesma
direção; uma de sentido oposto à outra). A massa e a resistência estrutural
do pequeno barco são insignificantes em relação ao transatlântico; a
aceleração momentânea não, por isso ele se esfacela. A aceleração adquirida
pelo navio e a mossa originada no choque serão imperceptíveis.

Quando você comprime um skate para trás o chão o empurra para a frente ...
você anda (ação) e o chão não se move (reação)! Estas ações e reações, em
termos de movimento ou de qualquer outra conseqüência, não eram a
investigação, nem a pretensão da 3ª Lei de Newton. Nesta, ele só pretendia
dizer que, quando você empurra algo, este algo também empurra você, mesmo
que ninguém se mova. Você não pode tocar sem ser tocado; nada pode atrair
sem ser atraído; nada pode repelir sem ser repelido.

Em suma, as forças sempre existem aos pares!

Esta é a Terceira Lei de Newton (para referenciais inerciais).##

É isso ai ........
[]'
Léo








SUBJECT: Re: [ciencialist] Meu relogio ...
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 14/11/2000 09:32


-----Mensagem Original-----
De: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: terça-feira, 14 de novembro de 2000 08:05
Assunto: Re: [ciencialist] Meu relogio ...


Leo,
acho q tem uma falha no seu relogio de bolinha classico :
A mecanica quantica ! :-))

Ou seja como vc nunca vai conseguir jogar a bolinha perpendicularmente
ao buraco entao ela fatalmente vai se chocar, apos algumas oscilacoes,
com a parede ou borda da nave.

Eu posso estar errado mas minha intuicao me diz q o movimento da bolinha
ira se distanciar da direcao perpendicular a medida que o tempo passa
ath se chocar com a borda do buraco. Ou estou errado?
[]s
jocax

Para a felicidade de meu relógio feito do mais puro substrato humano, vc
está errado. Por dois motivos:

(a) a nave está em movimento inercial em região muito afastada de qualquer
astro e, para efeito de estudo do relógio é o próprio referencial de
movimento. Qualquer erro cometido no lançamento da 'bolinha de sabugueiro'
irá afetar apenas a direção original de movimento (ou seja, a bolinha
permanecerá oscilando na direção da velocidade inicial ... que não precisa
ser perpendicular à nave ... qualquer direção serve, é só ter um buraquinho
para a m_, digo bolinha, passar).

(b) O CM (centro de massa) de um corpo não precisa pertencer fisicamente ao
corpo. A nave pode ser um enorme toróide com 20 km de diâmetro interno, e o
CM continuará a ser o centro do toróide. Viu!? é um bruta buraco para a
bolinha passar! Alias nada impede que esse enorme toróide fique girando para
garantir uma gravidade aparente aos astronautas. Já enxergou qual será o
eixo de rotação?

[]'
Léo



SUBJECT: Re: [ciencialist] Meu relogio ...
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 14/11/2000 10:08



Luiz Ferraz Netto wrote:
> Para a felicidade de meu relógio feito do mais puro substrato humano,
> vc
> está errado. Por dois motivos:
>
> (a) a nave está em movimento inercial em região muito afastada de
> qualquer
> astro e, para efeito de estudo do relógio é o próprio referencial de
> movimento. Qualquer erro cometido no lançamento da 'bolinha de
> sabugueiro'
> irá afetar apenas a direção original de movimento (ou seja, a bolinha
> permanecerá oscilando na direção da velocidade inicial ... que não
> precisa
> ser perpendicular à nave ... qualquer direção serve, é só ter um
> buraquinho
> para a m_, digo bolinha, passar).

Estava pensando q a bolinha poderia ( por nao ser lancada exatamente
do CENTRO do buraco, ter alguma orbita eliptica, CUJA ELIPSE
tivesse algum deslocamento. Deu para entender? Ou seja
dada a imprecisao total no nancamento da bolinha em direcao e local
em relacao ao CM, implicara q a orbita da bolinha ao redor do CM
poderia se deslocar e bater na borda.
Ou nao? ( imprecisao no lancamento implica orbita nao "estavel"? )


[]s
jocax

>
> (b) O CM (centro de massa) de um corpo não precisa pertencer
> fisicamente ao
> corpo. A nave pode ser um enorme toróide com 20 km de diâmetro
> interno, e o
> CM continuará a ser o centro do toróide. Viu!? é um bruta buraco para
> a
> bolinha passar! Alias nada impede que esse enorme toróide fique
> girando para
> garantir uma gravidade aparente aos astronautas. Já enxergou qual será
> o
> eixo de rotação?
>
> []'
> Léo
>
> eGroups Sponsor
>
>
> *** --- ***
> Vote na decisao para configuracao da lista. Mensagens somente texto ou
> HTML. Para isso use o endereco:
> http://www.egroups.com/polls/ciencialist/
> *** --- ***


SUBJECT: Alberto x Albert
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 14/11/2000 13:47

Não contente em ser mais um ingrediente na atual sopa de idéias, o
Alberto Mesquita resolveu fazer sua própria sopa. Ótimo, temos uma mente
brilhante aqui nesta lista, afinal ele tem se manifestado constantemente
de forma indignada sobre a não aceitação de suas idéias. Justificável.

Mas não seria então este um lugar para que ele mesmo desse uma breve
explicação sobre suas teorias? Entrei em seu site e vi algumas coisas
interessantes, mas por total falta de tempo não posso ler tudo.

Imagino que muitos novatos da lista também se interessariam. Também
creio que o assunto já tenha sido discutido anteriormente. Se sim, uma
indicação do link seria de grande ajuda.

==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
==========================================================


SUBJECT: Re: [ciencialist] Alberto x Albert
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 14/11/2000 14:10

EU APOIO !!
Poderemos trabalhar todos juntos nas ideias do Alberto !!

Na verdade as ideias NUNCA foram discutidas aqui em profundidade.
Acho q ler todo o site dele desencoraja.

O Alberto poderia expor os BE-A-BA de sua teoria DESDE O INICIO, e todos
amigavelmente, poderiamos discutir cientificamente suas ideias.

E se nos convencer
ele sera promovido de Alberto para Albert o "EINSTEIN Brasileiro" :-)

O q vc acha Alberto?
[]s
jocax

TARCISIO BORGES wrote:
>
> Não contente em ser mais um ingrediente na atual sopa de idéias, o
> Alberto Mesquita resolveu fazer sua própria sopa. Ótimo, temos uma
> mente
> brilhante aqui nesta lista, afinal ele tem se manifestado
> constantemente
> de forma indignada sobre a não aceitação de suas idéias. Justificável.
>
> Mas não seria então este um lugar para que ele mesmo desse uma breve
> explicação sobre suas teorias? Entrei em seu site e vi algumas coisas
> interessantes, mas por total falta de tempo não posso ler tudo.
>
> Imagino que muitos novatos da lista também se interessariam. Também
> creio que o assunto já tenha sido discutido anteriormente. Se sim, uma
> indicação do link seria de grande ajuda.
>
> ==========================================================
> TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
> http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
> ==========================================================
>
> eGroups Sponsor
>
>
> *** --- ***
> Vote na decisao para configuracao da lista. Mensagens somente texto ou
> HTML. Para isso use o endereco:
> http://www.egroups.com/polls/ciencialist/
> *** --- ***


SUBJECT: Re: [ciencialist] Alberto x Albert
FROM: "Palhares, Paulo Rogerio" <prpalhares@sti.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 14/11/2000 14:13

Também concordo, é bom de vez em quando na lista um assunto ser dicutido por
inteiro e por todos.

Vida longa e próspera...
----- Original Message -----
From: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Tuesday, November 14, 2000 2:10 PM
Subject: Re: [ciencialist] Alberto x Albert


> EU APOIO !!
> Poderemos trabalhar todos juntos nas ideias do Alberto !!
>
> Na verdade as ideias NUNCA foram discutidas aqui em profundidade.
> Acho q ler todo o site dele desencoraja.
>
> O Alberto poderia expor os BE-A-BA de sua teoria DESDE O INICIO, e todos
> amigavelmente, poderiamos discutir cientificamente suas ideias.
>
> E se nos convencer
> ele sera promovido de Alberto para Albert o "EINSTEIN Brasileiro" :-)
>
> O q vc acha Alberto?
> []s
> jocax
>
> TARCISIO BORGES wrote:
> >
> > Não contente em ser mais um ingrediente na atual sopa de idéias, o
> > Alberto Mesquita resolveu fazer sua própria sopa. Ótimo, temos uma
> > mente
> > brilhante aqui nesta lista, afinal ele tem se manifestado
> > constantemente
> > de forma indignada sobre a não aceitação de suas idéias. Justificável.
> >
> > Mas não seria então este um lugar para que ele mesmo desse uma breve
> > explicação sobre suas teorias? Entrei em seu site e vi algumas coisas
> > interessantes, mas por total falta de tempo não posso ler tudo.
> >
> > Imagino que muitos novatos da lista também se interessariam. Também
> > creio que o assunto já tenha sido discutido anteriormente. Se sim, uma
> > indicação do link seria de grande ajuda.
> >
> > ==========================================================
> > TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
> > http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
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> > Vote na decisao para configuracao da lista. Mensagens somente texto ou
> > HTML. Para isso use o endereco:
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Bonde andando...
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 14/11/2000 15:05

-----Mensagem Original-----
De: "Eduardo Gueron"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Terça-feira, 14 de Novembro de 2000 06:25
Assunto: [ciencialist] Bonde andando...

> acabei de ingressar nesta lista de discussões, pretendia observar um
> pouco antes de fazer qualquer consideração.

Olá, Eduardo. Bem vindo à família Ciencialist.

> Todavia, um assunto tem me chamado atenção, são as críticas à física
> moderna feitas pelo Alberto Mesquita.

Como disse recentemente (msg ) aqui ninguém concorda com ninguém. Não
obstante, críticas às críticas, pelo menos no que me concerne, são sempre
bem vindas. Procuro, a esse respeito ser popperiano e adotar a seguinte
máxima de "meu ídolo": "Por «discutir com os outros» entendo, mais em
especial, criticá-los; solicitar a crítica deles; e tentar aprender com
isso. A arte da argumentação é uma forma peculiar da arte de combater - com
palavras em vez de espadas -, uma arte inspirada pelo interesse em nos
aproximarmos da verdade acerca do Mundo." Consequentemente, se por um
descuido meu chegar a ser muito duro no que disser, estarei indo contra
idéias, jamais contra pessoas. Estarei meramente "esgrimando" com palavras.

> Imagino que tal assunto tenha gerado muitas discussões por
> aqui. Vou apenas acrescentar uma pequena observação sobre a análise
> feita em sua homepage acerca da luz em relatividade especial.

Com efeito, o que escrevi lá
(http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/Relat/luz01.htm) reflete
idéias que me surgiram após uma série de discussões que tivemos aqui na
Ciencialist, ainda que a essência do artigo esteja relacionada a minha
teoria, que já está completando 17 anos. Se quiser rever as discussões, as
threads são principalmente: "Teorias realistas atuais", iniciada em 15/04/00
(msg 4553), "Feixe de elétrons", iniciada em maio/2000, creio que no dia 9
(msg 4655), e talvez também "As bolinhas elementares", iniciada em 13/05/00
na msg 4717. Estou organizando para breve planilhas de várias de nossas
threads de forma a que possamos chegar às páginas da Ciencialist
seqüencialmente, de mensagem a mensagem, o que inclusive facilitaria a
citação de mensagens. Obviamente estou dando preferência às threads que
participei, mas não só.

> > Em rel. especial, a luz sempre viaja em linha reta e com velocidade
> constante no vácuo. Alberto, em seu experimento do trem, questiona tal
> postulado através de um suposto elemento de volume de luz.
> Na minha opinião, tal análise é falha. O erro está justamente na
> escolha da velocidade a ser analisada.O elemento de volume de luz criado
> não tem natureza física, não transmite informação e portanto sua
> velocidade pode ser diferente de c para algum dos observadores. O que
> deve ser constante para qq observador é a velocidade dos feixes de luz,
> ou seja, aqueles em diagonal desenhados na explicação, pois é esta a
> direção de transmissão de energia, em última instância, a direção na
> qual viajam os fótons (que não é um conceito relativístico).

Parece-me que estamos interpretando a expressão "postulado" sob conotações
diversas. Realmente, estou aceitando a constância da velocidade da luz como
um postulado, ou seja, uma suposição, ou seja, uma hipótese falseável. Pelo
visto você está aceitando-a como uma evidência não sujeita a contestações,
ou seja, um dogma. Sendo assim, não tenho como derrubar sua argumentação.
Por outro lado, discuto cinco versões: três visões clássicas (ingênua, não
ingênua e sofisticada) para as quais o postulado não faz sentido algum; e
duas visões relativistas (ingênua e não ingênua) para as quais "talvez"
(pelo menos a não ingênua) a sua crítica faça sentido. Mas é exatamente aí
que começo com a seguinte observação: "Sabemos, pela teoria da relatividade
especial, que a luz não pode ser pensada como um objeto comum". E creio que
nesta seção não cometi a falácia apontada mas interpretei a luz exatamente
da forma interpretada por um relativista não ingênuo. A referência a
elemento de volume é aí utilizada apenas para deixar nítido o contraste
entre as relatividades clássica e einsteiniana. Quanto ao fóton ser ou não
um conceito relativístico, diria que ou a relatividade assume a existência
dos fótons ou um dos dois (relatividade ou fóton), ou ambos, devem deixar a
seara da física.

> Inúmeros
> experimentos teóricos podem ser criados onde pseudo partículas viajam
> com velocidades super luminais, infinitas, etc. (ex, ponto de contato em
> uma tesoura cortando, feixe de laser com vel angular w e um aparato
> circular com raio r suficientemente grande tal que w.r > c, etc) mas
> todas estas partículas são definições matemáticas, não têm natureza
> física, não transmitem informações nem destroem teoria alguma.

A situação colocada não é em absoluto teórica. A fonte de luz pode existir e
está em repouso em relação a um dos referenciais. E eu pergunto: estando um
observador situado entre as paredes do vagão do trem (na situação 1 ou na
situação 2) e sem enxergar a fonte de luz, a fonte está em repouso ou em
movimento? Note que o orifício é grande o suficiente para que não seja
necessário pensar-se numa fonte de Huyghens secundária e fixa ao orifício.
Experimentalmente seria possível determinar a velocidade da fonte de luz sem
que se olhasse pela janela do trem? Se sim, que dizer da relatividade
especial? Se não, que dizer dos físicos experimentais? O paradoxo é esse.
:-))

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm




SUBJECT: relatividade
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 14/11/2000 15:26

Alberto Mesquita Filho wrote:
> A situação colocada não é em absoluto teórica. A fonte de luz pode existir e
> está em repouso em relação a um dos referenciais. E eu pergunto: estando um
> observador situado entre as paredes do vagão do trem (na situação 1 ou na
> situação 2) e sem enxergar a fonte de luz, a fonte está em repouso ou em
> movimento? Note que o orifício é grande o suficiente para que não seja
> necessário pensar-se numa fonte de Huyghens secundária e fixa ao orifício.
> Experimentalmente seria possível determinar a velocidade da fonte de luz sem
> que se olhasse pela janela do trem? Se sim, que dizer da relatividade
> especial? Se não, que dizer dos físicos experimentais? O paradoxo é esse.

Eu não entendi bem suas perguntas, mas vou tentar imaginar uma hipótese
(hipos = cavalo; tese = idéia; hipótese = idéia de jerico?).

Um trem totalmente fechado com uma pequena janela em qualquer das
paredes, um observador dentro com um feixe de luz e um observador fora.
Não importando a condição de movimento do trem, se acelerado ou não, os
dois observadores medirão a velocidade da luz como "c". Então, a partir
da velocidade da luz que foi medida não se tem como calcular a
velocidade da fonte de luz.

Apenas que se a janela não estiver paralelo ao movimento do trem e este
estiver acelerado o observador interno verá uma curvatura no feixe [a
tal lente gravitacional].

==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
==========================================================


SUBJECT: Re: [ciencialist] Meu relogio ...
FROM: "Douglas" <douglas.jpn@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 14/11/2000 17:03


-----Mensagem Original-----
De: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Terça-feira, 14 de Novembro de 2000 04:46
Assunto: Re: [ciencialist] Meu relogio ...


> Gostei mas como afirmei em msg anterior não comentei nada porque há alguns
> meses chegaram a provar aqui na Ciencialist que o tempo não existe, então eu
> fiquei em dúvida a respeito da utilidade do relógio. :-))

Caro Alberto,
Se vc esta se referindo à mensagem que eu postei:

>From: Douglas <douglas.jpn@t...>
>Date: Fri Jun 23, 2000 10:17pm
>Subject: O tempo realmente flui?

só posso imaginar que vc não leu com atenção ou então não entendeu. Em qquer dos casos, não deveria tentar desmerecê-la ridicularizando-a ou ironizando-a, como fazem os religiosos qdo não têm argumentos contra proposições científicas.

Se vc se der ao trabalho de lê-la novamente, verá que não "provei" que o tempo não existe, apenas argumentei numa tentativa de DESMISTIFICAR o significado que o tempo tem nas cabeças das pessoas e apresentar a conclusão:

""..., o tempo não flui nem escoa, não se esgota nem se finda, não amadurece laranjas nem choca ovos, não favorece reações químicas nem envelhece mulheres...é apenas um referencial útil para as atividades humanas.""

Não misture alhos com bugalhos, todo relógio serve para medir o tempo, assim como toda régua (devidamente graduada) serve para medir um segmento de reta; embora ambos, tempo e reta, só tenham existência dentro da mente humana.

Por outro lado, se ninguém ao menos comentou ou criticou a mensagem na época em que foi postada, deixa-me crer que todos concordaram ou aceitaram os conceitos propostos.

Aproveito a ocasião para reafirmar que acho indispensável que o Ciencialist adote definições para conceitos básicos como: tempo, espaço, matéria..., tenho acompanhado discussões interessantes em que os listeiros utilizam esses conceitos como se todos já estivessem concordes sobre eles.

Só como exemplo cito as dicussões sobre "anti-matéria" e pergunto: como podem discutir sobre "anti-matéria" se ainda não definiram "matéria"?

[]'s

Douglas AF Campos (SP)











SUBJECT: Re: [ciencialist] relatividade
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 14/11/2000 17:09

-----Mensagem Original-----
De: "TARCISIO BORGES"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Terça-feira, 14 de Novembro de 2000 15:26
Assunto: [ciencialist] relatividade

> Eu não entendi bem suas perguntas, mas vou tentar imaginar uma hipótese
> (hipos = cavalo; tese = idéia; hipótese = idéia de jerico?).

:-)) e :-)). Essa "imagem" dá capa de livro :-). Só falta escrevê-lo.

> Um trem totalmente fechado com uma pequena janela em qualquer das
> paredes, um observador dentro com um feixe de luz e um observador fora.
> Não importando a condição de movimento do trem, se acelerado ou não, os
> dois observadores medirão a velocidade da luz como "c". Então, a partir
> da velocidade da luz que foi medida não se tem como calcular a
> velocidade da fonte de luz.

Sim, mas não é apenas a velocidade da luz que sujeita-se a medições. Ao
passarmos de uma "imagem" teórica (experiência de pensamento) para uma
experiência propriamente dita, o experimentador deve trabalhar por cima da
idéia do teorizador. A esse respeito citaria mais uma vez Popper: "O
experimentador não está principalmente empenhado em fazer observações
exatas; seu trabalho é, também, em grande parte, de natureza teórica. A
teoria domina o trabalho experimental, desde o seu planejamento inicial até
os toques finais, no laboratório". [POPPER, K.R., 1959: A Lógica da Pesquisa
Científica, Editora Cultrix, São Paulo, 1975 (trad.)]. A esse respeito vide
a evolução da experiência de pensamento EPR, proposta na década de 30 e que
levou à experiência de Aspect, efetuada na década de 80, por sinal discutida
na thread "Teorias Realistas Atuais" que citei na msg anterior. A minha msg
a respeito, onde sintetizei como vejo o assunto, é a de número 4790, de
21/05/00.

Pense então no seguinte aparato experimental (deve haver meios mais
sofisticados e a analisarem o problema com mais detalhes, mas vou apenas
indicar um caminho possível):

Seja uma fonte de luz e dois anteparos paralelos, um (1) dotado de um
orifício e outro (2) de uma placa onde possa ser registrada a incidência de
luz (figura abaixo). A fonte de luz está em repouso no referencial do
laboratório e os anteparos podem assumir velocidades diversas (não
obrigatoriamente iguais) numa direção paralela aos planos onde estão
contidos os anteparos (ou seja, para baixo ou para cima na figura).
Alternativa experimental: movimentar também a fonte na mesma direção.


| |
| |
| |
o 0 |
| |
| |
| |


o = fonte de luz
0 = orifício no anteparo (1)

Pergunto: As imagens (em especial, sua localização) registradas no anteparo
(2) estarão ou não relacionadas às velocidades relativas dos anteparos (1)
ou (2) [e/ou da fonte, caso ela também se movimente]. Se sim, parece-me que
a velocidade relativa e/ou "absoluta" ("absoluta" = em relação ao
laboratório) da fonte de alguma forma afeta os feixes que emite. Ou não?
Como explicar isso, caso ocorra, relativisticamente? Existe na teoria da
relatividade restrita, ou mesmo na geral, lugar para a aceitação de uma
velocidade absoluta (ainda que entre aspas) para a fonte? Creio que esta
seria uma experiência extremamente fácil de ser efetuada e que a meu ver
falsearia, ou pelo menos colocaria em xeque, a teoria da relatividade. Haja
hipóteses "ad hoc" em número suficiente para defender este xeque!

> Apenas que se a janela não estiver paralelo ao movimento do trem e este
> estiver acelerado o observador interno verá uma curvatura no feixe [a
> tal lente gravitacional].

Na proposta inicial não existem acelerações mas nada impede que a
experiência seja expandida a ponto de desmitificarmos essa idéia de espaço
curvo.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm




SUBJECT: Re: [ciencialist] relatividade
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 14/11/2000 17:47

Alberto Mesquita Filho wrote:
> Seja uma fonte de luz e dois anteparos paralelos, um (1) dotado de um
> orifício e outro (2) de uma placa onde possa ser registrada
> a incidência de
> luz (figura abaixo). A fonte de luz está em repouso no referencial do
> laboratório e os anteparos podem assumir velocidades diversas (não
> obrigatoriamente iguais) numa direção paralela aos planos onde estão
> contidos os anteparos (ou seja, para baixo ou para cima na figura).
> Alternativa experimental: movimentar também a fonte na mesma direção.
>
> | |
> | |
> | |
> o 0 |
> | |
> | |
> | |
>
> o = fonte de luz
> 0 = orifício no anteparo (1)
>
> Pergunto: As imagens (em especial, sua localização) registradas
> no anteparo
> (2) estarão ou não relacionadas às velocidades relativas dos
> anteparos (1)
> ou (2) [e/ou da fonte, caso ela também se movimente].

Demorei mas consegui entender. Dica: tente ser mais didático ;-)

> Se sim, parece-me que
> a velocidade relativa e/ou "absoluta" ("absoluta" = em relação ao
> laboratório) da fonte de alguma forma afeta os feixes que emite.
> Ou não?
> Como explicar isso, caso ocorra, relativisticamente?

No caso da fonte estática o ponto de formação da imagem não é afetado
(estou assumindo que o feixe de luz se comporte de forma corpuscular e
não ondulatório).

Vamos supor que existam duas réguas estáticas e idênticas paralelas ao
movimento do sistema. Se a fonte for estática o feixe sairá em Y0 e será
recebido em Y0.

No caso de uma fonte em MRU, caso o fóton a ser observado saia em Y0 e
demore um tempo X qualquer para ser recebido e neste tempo X a fonte
estiver em Y2 o fóton também estará em Y2. Ou seja, o fóton terá a mesma
velocidade em Y que a fonte.

> Existe na teoria da
> relatividade restrita, ou mesmo na geral, lugar para a aceitação
> de uma
> velocidade absoluta (ainda que entre aspas) para a fonte? Creio
> que esta
> seria uma experiência extremamente fácil de ser efetuada e que a
> meu ver
> falsearia, ou pelo menos colocaria em xeque, a teoria da
> relatividade. Haja
> hipóteses "ad hoc" em número suficiente para defender este xeque!

Não vejo onde poderia haver contradições que colocassem a relatividade
em xeque. Se vc me indicasse exatamente onde está o paradoxo ficaria
imensamente feliz em meditar sobre o assunto :-D

> Na proposta inicial não existem acelerações mas nada impede que a
> experiência seja expandida a ponto de desmitificarmos essa idéia
> de espaço
> curvo.

Mãos à obra!

==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
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SUBJECT: Re: [ciencialist] relatividade
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 14/11/2000 17:55

> 0 = orifício no anteparo (1)
>
> Pergunto: As imagens (em especial, sua localização) registradas no anteparo
> (2) estarão ou não relacionadas às velocidades relativas dos anteparos (1)
> ou (2) [e/ou da fonte, caso ela também se movimente]. Se sim, parece-me que
> a velocidade relativa e/ou "absoluta" ("absoluta" = em relação ao
> laboratório) da fonte de alguma forma afeta os feixes que emite. Ou não?
> Como explicar isso, caso ocorra, relativisticamente? Existe na teoria da
> relatividade restrita, ou mesmo na geral, lugar para a aceitação de uma
> velocidade absoluta (ainda que entre aspas) para a fonte? Creio que esta
> seria uma experiência extremamente fácil de ser efetuada e que a meu ver
> falsearia, ou pelo menos colocaria em xeque, a teoria da relatividade. Haja
> hipóteses "ad hoc" em número suficiente para defender este xeque!
>
Se tudo se movimentar com a mesma velocidade o resultado será o mesmo
que se eles tiverem parado, portanto não mediremos velocidades
absolutas. Se a fonte ou um dos anteparos se movimentar em relação ao
outro vc poderá medir tal velocidade relativa, o que é absolutamente
normal.
Medir velocidades relativas é obviamente possível segundo os princípios
da relatividade de Poincaré ou de Galileu. Não consigo enxergar onde
velocidades absolutas seriam medidas em tal aparato. Devo fazer mais uma
ressalva, um referencial é um ponto não uma parede, para se estudar os
efeitos relativísticos a fundo é necessário considerar o tamanho do
anteparo uma vez que corpos rígidos não existem em relatividade e
eventuais efeitos de curvaturas (quando consideramos acelerações) se
propagarão como ondas.
Eu sou novo na lista mas infelizmente já noto uma certa ingenuidade em
alguns dos seus membros. Novas teorias que desbanquem outras consagradas
como a rel. especial - verificada a partir de inúmeros testes
experimentais - devem, primeiro, apontar falhas nas teorias antigas.
Para se apontar falhas é necessário conhecer os conceitos e definições
da teoria original rigorosamente. Tendo encontrado essas falhas é
necessário solucioná-las de alguma forma e prever tudo que a outra toria
já prevera.
Pergunto, por exemplo, sem se considerar a relatividade do tempo como
detectaríamos partículas atmosféricas na terra cuja meia vida é bem
menor que o tempo que a mesma gasta para viajar da sua fonte até o
detector? A explicação relativística é simples, a part. viaja com
velocidade bem próxima de c de modo que o tempo próprio é sempre menor
ou igual à sua meia vida. (ex: Múons atmosféricos)

até mais, Eduardo.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Meu relogio ...
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 14/11/2000 17:59

-----Mensagem Original-----
De: "Douglas"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Terça-feira, 14 de Novembro de 2000 17:03
Assunto: Re: [ciencialist] Meu relogio ...

> > Gostei mas como afirmei em msg anterior não comentei nada porque há
> > alguns meses chegaram a provar aqui na Ciencialist que o tempo não
> > existe, então eu fiquei em dúvida a respeito da utilidade do relógio.
:-))

> Caro Alberto,
> Se vc esta se referindo à mensagem que eu postei:

Caro Douglas

Sem querer desmerecer a sua msg, que talvez tenha propiciado o início da
discussão, quero deixar claro que estava me referindo a uma série de msgs
aqui postadas (e também na Acrópolis e até mesmo por e-mails que recebi) e
que relacionavam-se ao tema. Obviamente não houve um consenso mas
utilizei-me da nossa "ignorância" coletiva a respeito do que seja o tempo
para tirar o sarro do Léo. Em nenhum momento pensei em ofender ninguém e nem
me lembrava mais quem havia começado a discussão que, a meu ver, foi muito
proveitosa.

As msgs que tenho a respeito (não tenho todas) são:

Ciencialist:
Thread "Tempo": 4367, 4368, 4450, 4454, 4455.
Thread "Tempo encolhe?": 4463, 4469, 4472 4482, 4483, 4484, 4486, 4487.
Thread "Tempo e eternidade": 4793 e 4794.
Thread "O tempo realmente flui?": 4486 e 4899.
Thread "Sobre o tempo": 6031, 6037, 6061, 6063 e 6064.

Acrópolis:
Thread "Espessura do Presente": 3478, 3484, 3486, 3492, 3502, 3567, 3570,
3575, 3576, 3578, 3587, 3590, 3596, 3601, 3610, 3612.

> Por outro lado, se ninguém ao menos comentou ou criticou a mensagem na
> época em que foi postada, deixa-me crer que todos concordaram ou aceitaram
> os conceitos propostos.

Pelo contrário, a temática foi amplamente comentada na época (ainda que não
saiba dizer especificamente se a sua msg chegou a ser valorizada ou não, mas
isso pode ser verificado pela análise do conteúdo das referências acima
expostas). Por outro lado, não aceito a sua conclusão de que "quem cala
concorda".

> Aproveito a ocasião para reafirmar que acho indispensável que o
> Ciencialist adote definições para conceitos básicos como: tempo, espaço,
> matéria..., tenho acompanhado discussões interessantes em que os listeiros
> utilizam esses conceitos como se todos já estivessem concordes sobre eles.

Parece-me que você está sugerindo que se adote na Ciencialist a sistemática
utilizada pelos grupos sci.physics, qual seja, a adoção de FAQs. Isso é
muito bom mas dá um trabalho danado e apenas facilita as discussões pois os
FAQs, mesmo nos grupos sci.physics, não são firmados como dogmas mas como
orientações no sentido de que não se rediscuta a reinvenção da roda. Se
alguém estiver disposto a construir Ciencialists FAQs, "dou o maior apoio".

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Quimica.
FROM: "JH Home Page" <jh-hp@ieg.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 14/11/2000 18:06

Olá a todos! Eu sou novo na lista (entrei ontem) e gostaria de saber se
alguem aqui gosta e fala de quimica, entre as ciências mais conhecidas é a
que eu mais conheço e gosto. Também me dou muito bem em cosmologia,
astronomia e coisas relacionadas a isso mais acho mais dificil encontrar
alguem que entenda dessas ciências, em todo caso se tiver alguem ficaria
muito feliz de trocar ideias com essa(s) pessoa(s) sobre o assunto.

João Henrique (JH_webmaster)



SUBJECT: Re: Ola, caros colegas de egroup! Tudo bem com voces?
FROM: "Andre R. D. Baptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 14/11/2000 22:10

Olá Adriano e pessoal...

-----Mensagem Original----- De: Adriano Gonçalves Zambon

>Bom, mas não foi apenas para me apresentar que eu me inscrevi nesse
grupo. Portanto, vou começar >pedindo a opinião de vocês sobre um
assunto que recentemente surgiu na mídia: a superdotação. Eu fiz as
>mesmas perguntas em um newsgroup na Internet, mas quanto mais
opiniões melhor: vocês acham que só >os superdotados podem fazer
contribuições importantes para a ciência, e que pessoas comuns, assim
>como eu, só atrapalham o andamento do processo científico? Ou então
que apenas os superdotados >podem realmente contribuir, com seus
estudos, para o real avanço do conhecimento científico? Será que
>todas as pessoas consideradas "gênios" são também superdotadas?

Minha boas vindas com um pouco de atraso, Adriano. Quanto a questão
dos superdotados, acho que você não precisa ser uma criança que faz
conta de cabeça com dez casas decimais, masse você tiver facilidade em
matemática, certamente ajuda.

Einstein certamente tinha um talento especial para o raciocínio
matemático, assim como Maxwell, Newton, Gell-Man, Dirac, Lagrange,
etc. mas não sei se eram "superdotados" como essas crianças que
aparecem na televisão. Certamente Einstein não seria bem sucedido numa
área em que tivesse que usar aptidões linguistícas, já que era
bastante limitado nessa área. Por outro lado as habilidades
matemáticas podem ser desenvolvidas com determinação e esforço.

Nada garante também que uma criança "superdotada" será necessariamente
um adulto brilhante. "Fazer contas de cabeça" também não é exatamente
a mesma coisa que fazer matemática. E a estabilidade emocional também
é um fator fundamental (embora muitos gênios, como Newton por exemplo,
sejam capazes de transformar a instabilidade emocional numa mola
propulsora da criação).


Depende do que você entende como "contribuições importantes". Ganhar o
prêmio Nobel? Descobrir a teoria do campo unificado? Mesmo sendo um
superdotado, é mais difícil do que ganhar na Mega-sena. Ficar famoso?
quantos cientistas são realmente famosos, isto é são conhecidos fora
do meio científico? Se pensarmos no século XX, por exemplo, imagino
que apenas dois físicos tem um rosto e um nome razoavelmente
conhecidos: Einstein e Hawking. Quantos outros gênios mirabolantes não
passeariam anônimos em qualquer rua de qualquer cidade?

Para mim, se você se tornar um bom professor de ciências já estará
dando uma contribuição importante.


abraços,

André Baptista



SUBJECT: Re: Dawkins Antropocentrico? - 2
FROM: "Manuel Bulcao" <msbn@daterranet.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 15/11/2000 00:13

--- In ciencialist@egroups.com, João Mário Miranda <jmiranda@e...>
wrote:

Vou clarificar: a teoria memética é uma teoria reducionista. Se você
olhar para o mundo ao nivel dos memes não vai encontrar a consciência
porque a consciência está um nivel acima. É como tentar encontrar
átomos à escala dos quarks. Por isso a sua ideia de que existem os
genes e os memes e para alem disso o 'eu' não faz sentido porque a
este nivel de observação não existe consciencia nem 'eu'. O 'eu' é
formado pelos próprios memes (+genes).

Manuel - um átomo não é uma "soma" de elétrons e núcleons, mas uma
"estrutura" constituída por elétrons e núcleons, e, como tal (uma
estrutura, e não um amálgama), possui propriedades que não
encontramos em seus constituintes isolados. Ou seja, embora o átomo
seja, num certo sentido, uma coleção de quarks e léptons, isso porém
não significa que o átomo "nada mais é" que isso: quarks + léptons.
Pois, quando se juntam quarks e léptons novas qualidades emergem. Do
mesmo modo, o "eu", agente do comportamento consciente, embora seja
formado por informações genéticas e extra-genéticas -- ou meméticas,
como queira --, não se reduz aos seus componentes. Possui ele, tal
como o átomo, novas propriedades; como, por exemplo, a faculdade de
"criar" novos valores (ou memes), os quais, por sua vez, reorientarão
a sua conduta. A história comprova: se homem é um produto do meio, o
meio em que ele vive é, por sua vez, em larga medida, um produto da
sua atividade. Ao modificar o meio, o homem modifica a si mesmo. Se o
"eu" fosse genes + memes e nada mais além, encontraríamo-nos até
hoje, e para sempre, na idade da pedra lascada.

João - O problema que você coloca é o problema do determinismo versus
livre arbitrio. Esse problema já existia antes da invenção dos memes
ou dos genes. Se voce admite que todos os acontecimentos têm uma
causa então o universo é determinista e não há livre arbitrio. Se
voce admite que há acontecimentos sem causa então temos outro
problema: não há nenhuma relação entre a vontade e a acção e logo
também não há livre arbitrio.

Manuel - Afirmar que a liberdade exclui por completo a necessidade
(ou mesmo a causalidade) é imaginar que uma ave voaria mais
livremente se não fosse o atrito do ar. Sabe-se que os sistemas
dinâmicos não-lineares dissipáveis apresentam uma vasta gama (quando
não um número infinito)de estados possíveis. Isso é uma "lei", uma
"necessidade". Pois bem, a liberdade, penso eu, é um atributo de
sistemas que, além de serem não-lineares dissipáveis, são também auto-
referentes, como, por exemplo, o indivíduo humano "auto-consciente"
que, antes de agir, antecipa em sua mente o resultado da sua ação.
Tais sistemas auto-referentes são capazes de "escolher", isto é, de
decidir deliberadamente entre este, aquele ou aquele outro estados
possíveis. Fica, porém, uma pergunda no ar: -- o que determina a
escolha quando as opções são igualmente boas? :-)

João - "todo comportamento visa à perpetuação dos genes" é falseavel.
Basta que você encontre um comportamento que não conduza a esse
objectivo. Quando se afirma que "todo comportamento visa à
perpetuação dos genes" está-se a partir do principio de que esse
comportamento foi afinado ao longo de milhões de anos de evolução. No
entanto a cada geração surgem novos comportamentos que não passaram
pelo crivo da evolução. "todo comportamento visa à perpetuação dos
genes" é um bom instrumento para interpretar a realidade, mas apenas
num sentido geral. Há excepções.

Manuel - "...no entanto a cada geração surgem novos comportamentos
que não passaram pelo crivo da evolução." Muito bom esse seu
argumento. Mas te pergunto: e a asserção "todo comportamento que
passou pelo crivo da seleção natural visa à perpetuação dos genes",
tal enunciado é falseável?

João -Há uma ideia semelhante em relação à teoria das evolução: A
teoria da evolução das espécies baseia-se no principio de que 'os
mais aptos sobrevivem'. Este principio não é falsificável porque
'aptos' é equivalente a 'sobreviventes'.

Manuel - Foi por isso que Popper considerava o darwinismo uma
tautologia. Não o considerava também uma ciência, mas um "programa
metafísico de pesquisa."

Abraços,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Darwin na TV
FROM: "Douglas" <douglas.jpn@terra.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/11/2000 00:32

Ciencialistas,

Hoje, feriado, às 16h no canal P+A um documentário de 50 min sobre a vida de Darwin. Mostra mais seu lado pessoal, humano, sua família, seu sofrimento com doenças, seu isolamento, etc.

[]'s

Douglas AF Campos (SP)



SUBJECT: En: [ciencialist] Re: Ola, caros colegas de egroup! Tudo bem com voces?
FROM: "Sheila" <hcaprini@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/11/2000 00:38


-----Mensagem original-----
De: Andre R. D. Baptista <andrebaptista@uol.com.br>


-----Mensagem Original----- De: Adriano Gonçalves Zambon

>Bom, mas não foi apenas para me apresentar que eu me inscrevi nesse
grupo. Portanto, vou começar >pedindo a opinião de vocês sobre um
assunto que recentemente surgiu na mídia: a superdotação. Eu fiz as
>mesmas perguntas em um newsgroup na Internet, mas quanto mais
opiniões melhor: vocês acham que só >os superdotados podem fazer
contribuições importantes para a ciência, e que pessoas comuns, assim
>como eu, só atrapalham o andamento do processo científico? Ou então
que apenas os superdotados >podem realmente contribuir, com seus
estudos, para o real avanço do conhecimento científico? Será que
>todas as pessoas consideradas "gênios" são também superdotadas?

***Parece-me que de tempos em tempos o que a mídia chama de superdotados
varia um tanto em concepação.
Conheço um grupo de trabalho que se refere aos chamados na mídia de
superdotados, como "portador de talentos especiais". Pelo que me explicaram,
nesse grupo, existem os que possuem talento em todas as áreas, aqueles que
possuem talento em somente algumas, e até mesmo numa única específica,
podendo ter dificuldades maiores do que uma pessoa normal na(as) outra(as)
em que não possue talento especial.
E ainda: pelo que me explicaram, as pessoas de talento especial, podem vir a
desenvolver problemas psicológicos que as torne limitadas por bloqueio, numa
fase de vida.***


Einstein certamente tinha um talento especial para o raciocínio
matemático, assim como Maxwell, Newton, Gell-Man, Dirac, Lagrange,
etc. mas não sei se eram "superdotados" como essas crianças que
aparecem na televisão. Certamente Einstein não seria bem sucedido numa
área em que tivesse que usar aptidões linguistícas, já que era
bastante limitado nessa área. Por outro lado as habilidades
matemáticas podem ser desenvolvidas com determinação e esforço.

***Não sei se é verdade, mas falam e repetem passando à diante, que o
Einstein era dislexo.

[]'s
Sheila.



SUBJECT: Re: [ciencialist] relatividade
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/11/2000 00:43

-----Mensagem Original-----
De: "Eduardo Gueron"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Terça-feira, 14 de Novembro de 2000 17:55
Assunto: Re: [ciencialist] relatividade

> > ...parece-me que
> > a velocidade relativa e/ou "absoluta" ("absoluta" = em relação ao
> > laboratório) da fonte de alguma forma afeta os feixes que emite. Ou não?

> Se tudo se movimentar com a mesma velocidade o resultado será o mesmo
> que se eles tiverem parado, portanto não mediremos velocidades
> absolutas.

Em nenhum momento afirmei que estava medindo velocidades. Afirmei sim que "a
velocidade da fonte de alguma forma afeta os feixes que emite." E afeta os
feixes em sua "morfologia", macro e/ou microscópica, e não numa suposta
velocidade admitida constante através de um dogma (e como espero ter deixado
claro, não necessitei desta hipótese para apresentar o paradoxo). Na figura
original do Web Site
(http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/Relat/trem01.GIF), o feixe
de luz, graças ao movimento da parede esquerda do trem, situa-se numa
direção perpendicular a esta parede. Se o trem estivesse parado, o feixe de
luz seria oblíquo (macromorfologia).

Talvez eu tenha sido ingênuo (ou descuidado pela rapidez em responder a msg
anterior) ao me referir à "localização" da imagem no anteparo (2) como um
dado a falsear a relatividade. Não, não seria esse o caso. O problema é que
essa localização relaciona-se não apenas à velocidade da fonte em relação à
velocidade do trem (o que pode ser visto na figura citada acima) como também
à direção da vibração dos campos magnéticos da "onda eletromagnética"
acoplada (e esta estaria "aparentemente" relacionada à velocidade relativa
entre fonte e parede ou anteparo 2 e não entre paredes ou anteparos 1 e 2).

Se for possível medir, por um mecanismo mais sofisticado mas creio que não
impossível, a direção desta vibração (através de polarizadores, e foi apenas
nesse sentido que substitui o trem pelos anteparos móveis, para que pudesse
mostrar a possibilidade de uma constatação experimental em laboratório),
estaríamos a mostrar que a velocidade da fonte interfere nas propriedades
ópticas do feixe de luz que penetra por um orifício de um trem em movimento.
Ou seja, sem olhar para fora poderíamos dizer se a fonte de luz está em
repouso ou em movimento em relação a nós (que estamos dentro do trem,
acompanhando ou não o seu movimento). Com isso espero ter mostrado que as
propriedades ópticas de um feixe de luz dependem da velocidade "absoluta" da
fonte (na realidade estaríamos frente a algo muito parecido com o efeito
Doppler, apenas que "não" numa direção coincidente com a direção do feixe de
luz).

Com isso, os dois observadores têm condições de determinar se a fonte de luz
está ou não em movimento em relação ao trem. Se a fonte estiver em
movimento, concluirão que a trajetória própria do feixe de luz é oblíqua e a
velocidade da luz "deveria" ser calculada segundo uma oblíqua e nunca na
perpendicular à parede do trem (mesmo porque a fonte está em repouso em
relação ao observador 2 e não em relação ao observador 1; para este último,
quem estaria em repouso seria o orifício e não a fonte).

Na realidade, o trem nem precisaria existir. Seriam suficientes a fonte de
luz e os observadores 1 e 2. Não obstante, a medida que mostramos a fonte
através de apenas um orifício (fonte secundária não puntiforme) percebemos
incoerências relativistas a meu ver muito sérias, pois sequer sabemos em que
direção calcular a velocidade c supostamente constante pela relatividade
restrita. E nem cheguei a falar em aceleração, mas o modelo que nos leva ao
princípio da equivalência (elevador de Einstein) é muito semelhante ao trem
apresentado, apenas que dotado de uma velocidade variável no decorrer do
tempo.

> Não consigo enxergar onde
> velocidades absolutas seriam medidas em tal aparato.

Nem eu. Como afirmei acima, não estou propondo um método para medição de
velocidades e sim para a verificação de incoerências relativistas. É óbvio
que se voltarmos ao passado, deixando os dogmas relativistas de lado,
poderemos pensar em maneiras de calcular velocidades clássicas com dados
obtidos através deste aparato.

> Devo fazer mais uma
> ressalva, um referencial é um ponto não uma parede, para se estudar os
> efeitos relativísticos a fundo é necessário considerar o tamanho do
> anteparo uma vez que corpos rígidos não existem em relatividade

Digamos então que o trem tem o tamanho de um elevador de Einstein. Pode até
ser menor. :-))

> Eu sou novo na lista mas infelizmente já noto uma certa ingenuidade em
> alguns dos seus membros. Novas teorias que desbanquem outras consagradas
> como a rel. especial - verificada a partir de inúmeros testes
> experimentais - devem, primeiro, apontar falhas nas teorias antigas.
> Para se apontar falhas é necessário conhecer os conceitos e definições
> da teoria original rigorosamente. Tendo encontrado essas falhas é
> necessário solucioná-las de alguma forma e prever tudo que a outra toria
> já prevera.

A meu ver uma teoria é uma teoria e outra teoria é outra teoria. Não vou
reiniciar aqui polêmicas relativas a metodologia científica para não cansar
os demais elementos da lista, pois o assunto já foi excessivamente debatido
em passado recente. Não me ocorre que algum, dentre os demais elementos da
lista [o Jocax não vale :-))], tenham me considerado ingênuo em termos de
metodologia científica (em física, sim, já fui considerado ingênuo inúmeras
vezes). Enfim, e como citei recentemente, não concordo com o lema "quem cala
concorda" e portanto é possível que você tenha razão. Lembro apenas que o
seu raciocínio é muito khuniano (de Thomas Khun) para o meu gosto.

> Pergunto, por exemplo, sem se considerar a relatividade do tempo como
> detectaríamos partículas atmosféricas na terra cuja meia vida é bem
> menor que o tempo que a mesma gasta para viajar da sua fonte até o
> detector? A explicação relativística é simples, a part. viaja com
> velocidade bem próxima de c de modo que o tempo próprio é sempre menor
> ou igual à sua meia vida. (ex: Múons atmosféricos)

Com a ingenuidade que me é peculiar, comento alguma coisa a respeito no item
6 (Dilatação do tempo) do artigo
cuja introdução (item 1 - Colocação do problema) gerou essa discussão.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] relatividade
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/11/2000 00:44

-----Mensagem Original-----
De: "TARCISIO BORGES" <TBORGES@BSI.COM.BR>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Terça-feira, 14 de Novembro de 2000 17:47
Assunto: Re: [ciencialist] relatividade

> Demorei mas consegui entender. Dica: tente ser mais didático ;-)

Talvez você tenha razão mas nem sempre é fácil ser didático frente ao fluxo
de msgs postados na Ciencialist. A gente vai escrevendo e aguardando as
respostas com as críticas que se fizerem necessárias. :-) Por sinal,
acrescentei novos argumentos em minha msg anterior (em resposta ao Eduardo,
cuja msg chegou alguns segundos antes da sua) de forma que não vou repetir
aqui o que lá afirmei.

> Não vejo onde poderia haver contradições que colocassem a relatividade
> em xeque. Se vc me indicasse exatamente onde está o paradoxo ficaria
> imensamente feliz em meditar sobre o assunto :-D

O paradoxo é mais ou menos :-) o seguinte: com o trem em movimento e fechado
assumimos o referencial do observador (1) como "próprio" para firmarmos
qualquer imagem relativista; com o trem aberto, o referencial "próprio" é o
do observador (2). No primeiro caso, a fonte é suposta ser o orifício e está
em repouso em relação ao observador (1); no segundo percebe-se nitidamente
que a fonte está em movimento. O paradoxo torna-se mais evidente quando
passamos para as considerações que levaram Einstein a bolar a relatividade
geral (experiências de pensamento: elevador de Einstein, princípio da
equivalência, etc., até culminar com o princípio da relatividade geral que é
válido se e somente se o princípio da equivalência for válido).

Enfim, e como já afirmei, não estou aqui para derrubar teoria nenhuma. Cito
esta experiência de pensamento apenas como uma curiosidade.
Independentemente de estar certo ou errado isto em nada abalará minhas
convicções em minha teoria pois "não precisei das hipóteses da física
moderna" para construí-la. A esse respeito, estou devendo uma resposta a
você, ao Jocax e ao Palhares, mas o fluxo de msgs tem me deixado quase sem
tempo. Para mim é muito mais fácil defender a minha teoria (que entendo
bastante por sinal) frente aos que não a conhecem do que criticar a
relatividade (que entendo pouco) frente aos leôes que a defendem. Não
obstante, se começar a expor aqui e agora a minha teoria irão dizer que
estou fugindo à luta e tentando desviar do assunto. Vamos então deixar o
barco correr ao sabor dos listeiros e tão logo a maré se acalme, e desde que
realmente seja vontade dos demais (neste caso aceitarei o ditado do "quem
cala concorda"), atenderei com prazer a sua solicitação. E espero ser mais
didático, ainda que preveja que não vai ser fácil, mas dá-se um jeito. :-)

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm




SUBJECT: Re: [ciencialist] relatividade
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 15/11/2000 02:10



>
> Se for possível medir, por um mecanismo mais sofisticado mas creio que não
> impossível, a direção desta vibração (através de polarizadores, e foi apenas
> nesse sentido que substitui o trem pelos anteparos móveis, para que pudesse
> mostrar a possibilidade de uma constatação experimental em laboratório),
> estaríamos a mostrar que a velocidade da fonte interfere nas propriedades
> ópticas do feixe de luz que penetra por um orifício de um trem em movimento.
> Ou seja, sem olhar para fora poderíamos dizer se a fonte de luz está em
> repouso ou em movimento em relação a nós (que estamos dentro do trem,
> acompanhando ou não o seu movimento). Com isso espero ter mostrado que as
> propriedades ópticas de um feixe de luz dependem da velocidade "absoluta" da
> fonte (na realidade estaríamos frente a algo muito parecido com o efeito
> Doppler, apenas que "não" numa direção coincidente com a direção do feixe de
> luz).
>
Polarizações em relação a um referencial supostamente absoluto são
medidas, por exemplo, em cosmologia onde se mede a direção do movimento
da nossa galáxia em relação à radiação de fundo via polarização. Em
outras palavras,
o referencial perfeito veria a radiação de fundo perfeitamente
homogênea, simétrica e sem
efeitos de dipolo.
No caso da experiência do trem, as propriedades da onda eletromagnética
(efeito Doppler, polarização, etc) poderiam ser alteradas se a fonte se
movimentasse em relação ao anteparo/trem ou o que for. O que é constante
é a velocidade da luz, não sua frequência, forma de onda,
etc. Um referencial pode ver uma frente de onda perfeitamente esférica
enquanto outro, com movimento
relativo, veria a frente de onda deformada como um elipsóide. No
entanto, cada feixe de luz que compõe
a figura viajaria com velocidade constante para qq referencial.
Honestamente, ainda não consegui ver paradoxos em seus problemas. Os
relativistas, quânticos ou o que for são, teoricamente, físicos antes de
tudo. Se alguém tivesse percebido algum problema sério,
experimentalmente factível nestas teorias o faria, o divulgaria. Quem
não queria ser apresentado como aquele que corrigiu o erro da física
moderna?

A propósito, teria curiosidade de ver suas teorias expostas mais
claramente na lista. Não consegui
entender várias coisas quando fui no seu site. Tudo me pareceu um pouco
confuso, gostaria que vc deixasse
claro, se possível, o que sua teoria prevê que outras não prevêem, ou
erram, e como se usa a sua teoria na
resolução de problemas.

até mais, Eduardo.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Meu relogio ...
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/11/2000 02:21

-----Mensagem Original-----
De: "Luiz Ferraz Netto"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Terça-feira, 14 de Novembro de 2000 09:12
Assunto: Re: [ciencialist] Meu relogio ...

> Sir Isaac Newton publicou suas leis de movimento originalmente em latim.
> Na tradução para o inglês (muito anterior à primeira tradução do inglês
> para o português), a palavra "ação" era utilizada com um significado
> diferente do que é adotamos hoje. Ela não foi usada para sugerir movimento
> ou uma conseqüência; ao invés disso foi usada para dar o significado de
> "uma atuação sobre algo" ("an acting upon"). Era usada da mesma forma que
> a palavra força é usada hoje. É assim que deve ser interpretada a 3ª lei
> de Newton:
> "para toda força aplicada, uma outra força igual e oposta sempre
> aparecerá".

Olá, Léo.

Apenas para reforçar seu argumento vou reproduzir aqui um trecho que peguei
na edição comentada dos Princípia por I. Bernard Cohen (1999, University of
California Press).

página 117 dos comentários (segundo parágrafo):

"Newton's third law has often been a source of confusion. It states that if
a body A exerts a force F on a second body B, then that body B will exert on
body A an oppositely directed force of magnitude equal to F. The common
error is to assume that these two forces, equal in magnitude and opposite in
direction, can produce a condition of equilibrium. Thus, in arguing for a
bicameral legislature at the end of the eighteenth century, John Adams drew
on his faulty recollections of college physics to declare that his opponent,
Benjamin Franklin, had forgotten 'one of the Isaac Newton's law of motion,
namely, --*that reaction must always be equal or contrary to action,* or
there can never be any rest'. Adms believed that for the American Congress
to attain the kind of equilibrium needed for stability, there must be a
balance between an elected House of Representatives and an appointed Senate,
and he quite wrongly supposed that his position was supported by analogy
with Newton's third law. He had forgotten that the forces in the third law
act on differente bodies and so cannot produce a balance or an equilibrium."

Ou seja, assumir que a terceira lei de Newton é uma lei de equilíbrio (e não
dinâmica) seria quase o mesmo que confundir o princípio de Le Chatelier
(dinâmico, e em termodinâmica "deduzido" a partir da segunda lei) com a lei
da ação das massas (lei de equilíbrio químico).

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Quatro em uma
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/11/2000 04:31

Caros amigos ciencialisteiros

Para não me tornar redundante e até mesmo cansativo para vocês, pois
ultimamente tenho respondido a muitas msgs, vou responder quatro msgs em uma
só.

> Tarcísio Borges (14/11/00): Mas não seria então este um lugar para que ele
> mesmo desse uma breve explicação sobre suas teorias?

Alberto: Por mim seria ótimo. Se ninguém chiar, procurarei atender a sua
sugestão. Obviamente, terei que pinçar aspectos interessantes, apresentá-los
e, a seguir, aguardar um feedback, pois caso contrário isso vira um curso a
distância sem controle e, neste caso, o Web Site está melhor do que o que
poderei aqui apresentar. A vantagem de trazer a teoria para cá seria
podermos discutí-la.

> Tarcísio Borges (idem): Imagino que muitos novatos da lista também se
> interessariam.

Alberto: Isso é uma arma de dois gumes. Lembro que muitos novatos estão
prestes a enfrentar um vestibular e a minha teoria até prova em contrário é
alternativa. Isso também poderá comprometer a minha exposição pois terei que
pontuá-la de advertências. Por outro lado, terei também que apresentá-la sem
muitos recursos de cálculo e/ou de figuras. Por um lado, posso dar o URL das
fórmulas e/ou figuras que estão no formato gif. Mas por outro, não posso
avançar muito no cálculo sob pena de afugentar os leitores. Enfim, esse é um
abacaxi que terei que descascar. Não sei se :-( ou :-).

> Tarcísio Borges (idem): Também creio que o assunto já tenha sido discutido
> anteriormente. Se sim, uma indicação do link seria de grande ajuda.

Alberto: A teoria propriamente não. Já avancei muitos aspectos particulares
da mesma mas nunca como a teoria e sim chamando a atenção para a
existência de novas saídas que não as tradicionais. Por outro lado, e como
já me referi, sempre que tento falar alguma coisa sou puxado para justificar
"hipóteses" que não assumi em minha teoria, como por exemplo a constância da
velocidade da luz, a carga elétrica do elétron, o spin quântico, a
incerteza, etc. E a partir daí evoluímos para a discussão sobre a física
moderna, eu atacando, alguns defendendo e a maioria assistindo de camarote.

Quanto à indicação do link dependerá do aspecto escolhido para a abordagem.
A teoria é muito extensa e na realidade relaciona-se ao que chamaria "a
natureza íntima da matéria". Porém, a parte que está melhor axiomatizada é
aquela relacionada ao eletromagnetismo e, em segundo lugar, à termodinâmica.
Se formos começar pelo eletromagnetismo posso sugerir dois links, um para os
que dominam o cálculo e outro para os leigos no assunto. O primeiro seria
"Sobre a Natureza Físico-Matemática do Elétron" que está postado em
www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/Eletron2/eletronfismat1.htm e o
outro seria "A teoria do porco espinho" a partir da msg 2842, a sexta da
página web que está em
www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/Usenet/dialogos11.htm. Percebam que
não vai ser fácil compatibilizar os dois artigos mas o problema é meu. :-(.
Poderíamos também começar pelas hipóteses básicas, mas este é um problema
que terei que resolver.

> Jocax (14/11/00): EU APOIO !! Poderemos trabalhar todos juntos nas ideias
> do Alberto !!

Eu sabia que poderia contar contigo. :-)). Só não espere que após isso eu
venha a escrever o Evangelho jocaxiano. :-))

> Jocax (idem): Na verdade as ideias NUNCA foram discutidas aqui em
> profundidade.

Alberto: Realmente. Não é do meu feitio impor minhas idéias a ninguém. Se
alguém quiser entrar no meu barco, previno que ele pode estar furado mas
acredito que dá para chegar no destino.

> Jocax (idem): O Alberto poderia expor os BE-A-BA de sua teoria DESDE O
> INICIO, e todos amigavelmente, poderiamos discutir cientificamente suas
> ideias. E se nos convencer ele sera promovido de Alberto para Albert o
> "EINSTEIN Brasileiro" :-)

Alberto: Gostei do amigavelmente. :-)). Quanto ao Einstein brasileiro diria
que a vaga está ocupada e não pretendo tirá-la do Adriano. :-)

> Palhares (14/11/00): Também concordo, é bom de vez em quando na lista um
> assunto ser dicutido por inteiro e por todos.

Alberto: Grato pela adesão, ainda que isso aumente a minha responsabilidade.
:-)

> Eduardo (15/11/00): A propósito, teria curiosidade de ver suas teorias
> expostas mais claramente na lista. Não consegui entender várias coisas
> quando fui no seu site.

Alberto: Tentarei. Grato também pelo interesse.

> Eduardo (idem): Tudo me pareceu um pouco confuso, gostaria que vc deixasse
> claro, se possível, o que sua teoria prevê que outras não prevêem, ou
> erram, e como se usa a sua teoria na resolução de problemas.

Começarei parafraseando Faraday: "Para que serve uma criança ao nascer"?
Enfim, como a teoria está já com 17 anos, diria que ela já faz algumas
previsões que falseariam outras teorias. Essas coisas surgem com o tempo e o
tempo não tem sido meu aliado pois estou sozinho desde que abandonei as
idéias consensualmente aceitas no Olimpo Acadêmico.

Não sei o que seria um problema para você. Se me pedir que calcule a carga
elétrica de um elétron diria que independente dos dados que você apresente
será impossível calculá-la pela minha teoria simplesmente porque um elétron,
pela minha teoria, não está dotado do que chamamos carga elétrica. O campo
desse elétron é totalmente diferente do campo coulombiano e os efeitos de um
campo, mesmo coulombiano, sobre um elétron, não são equivalentes ao efeito
que seria apresentado por uma carga elétrica maxwelliana (um conjunto de
elétrons dispostos caprichosamente no espaço). Por outro lado, se aceitarmos
a minha teoria como verdadeira, poderei construir problemas que as demais
teorias não conseguiriam resolver. Isto não significa nada. Isto seria
matemática, não física.

Enfim, com os argumentos acima esboçados, posso lhe apresentar um problema
interessante: Encontre a solução para o campo de uma partícula que ao ser
integrado para uma esfera (partículas dispostas na periferia da esfera) nos
leve à lei de Coulomb e ao ser integrado para um cilindro (partículas
trafegando pelo cilindro) nos leve à lei de Biot-Savart (e, daí, à lei de
Ampère). Obs.: Esta partícula isolada não gera nenhum dos campos assinalados
mas um campo totalmente diferente e de simetria não esférica.

Conhece alguma teoria que resolva este problema? Conhece algum artifício
matemático capaz de levá-lo a uma solução?

Esta é para o Jocax (e acredito que a maioria dos ciencialisteiros entenderá
o porquê): Com um único campo, chego a duas leis de Maxwell. Responda
depressa: Qual das duas teorias é válida: a de Maxwell ou a minha? :-))

E esta é para toda a galera: Se ninguém chiar começarei a apresentar minha
teoria provavelmente amanhã (16/11/00). Se acharem que a coisa está muito
chata é só avisar e recolher-me-ei a minha insignificância. Se após iniciar
a apresentação perceber, pelo silêncio geral, que não estou "emplacando",
idem.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: para Agapito Jr.
FROM: rmt@ib.usp.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 15/11/2000 16:33

--- In ciencialist@egroups.com, Agapito Ribeiro Júnior <agapito@a...>
wrote:
> Eu não esperava e nem queria, de forma alguma, seu pedido de
desculpas. Também não estava ofendido, mas preocupado com o que tem
sido veiculado na mídia colocando meu parecer a respeito. Tanto é que
escrevi que considerava péssima a idéia de Jocax, que na verdade era
do Takata, de trabalhar um assunto seríssimo e essencialmente
político nesta lista de discussão.
-----

bem, queria responder em pvt, mas como estou no modo de leitura via
navegador nao tenho acesso ao seu email.

a ideia nao era defender os palestinos como coitadinhos e os
isralenses como viloes -- nem o contrario. foi apenas uma ilustracao
de como nao existe uma etica objetiva, uma etica cujas premissas
basicas fossem derivadas da natureza, da observacao, dos trabalhos
cientificos.

as derivacoes do exemplo soh terminaram por considerar o exterminio
dos palestinos pelo israelenses por simples questao tecnologica -- os
isralenses tEm armamento e municao para tto. o exemplo apenas mostra
o absurdo de uma etica utilitarista -- temos mesmo q. medir a
felicidade geral da populacao para dizer se eh etico ou nao
exterminar uma populacao? massacrar pessoas? a resposta eh obvia.

poderia ter usado o exemplo da inquisicao, do massacre entre tribos
africanas, dos catolicos e protestantes irlandeses, da pena de morte,
dos massacres bolcheviques, calhou apenas de ter estourado mais uma
onda de violencia no oriente medio... mas isso eh assunto velho,
apenas peco desculpas por ofensas nada intencionais 'as comunidades
judaicas e palestinas e pessoalmente a vc, agapito, pelo desconforto
causado.

volto agora ao meu retiro forcado (o acesso 'a net eh dificil pra
caramba nestas bandas...)

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Que tipo de falacia e' esta ?
FROM: Paulo Sérgio Dias <psdias@zaz.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/11/2000 16:36

Amigos:

- Desculpem se esta questao nao se encaixa
aos objetivos da lista, mas aqui vai:

- Estou estudando "tipos de falacias",
(tarefa de meu curso de Matematica,
na faculdade), e lembrei-me de uma
frase assim:

"Assim como ao olhar-se para um
relogio sabemos que deve existir o
relojoeiro, pois seu mecanismo
complexo nao poderia ter sido
formado ao acaso, tambem ao
observarmos o Universo temos
de admitir a existencia de
um Criador, pois da mesma
forma o conjunto complexo do
Universo nao poderia ser
obra do acaso"

- Pergunta:

- Ha' algum tipo de falacia escondido
nessa frase ? Ou a frase em si,
em termos de logica, e' aceitavel ?


[]'s
Paulo Sérgio Dias
psdias@globo.com.br





SUBJECT: Re:En: [ciencialist] Re: Ola,caros colegas de egroup! Tudo bem com voces?
FROM: "dra_savat"<dra_savat@bol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 15/11/2000 16:47

> ***Parece-me que de tempos em tempos o que a m�dia
chama de superdotados
> varia um tanto em concepa��o.
> Conhe�o um grupo de trabalho que se refere aos chamados
na m�dia de
> superdotados, como "portador de talentos especiais".
Pelo que me explicaram,
> nesse grupo, existem os que possuem talento em todas as
�reas, aqueles que
> possuem talento em somente algumas, e at� mesmo numa
�nica espec�fica,
> podendo ter dificuldades maiores do que uma pessoa
normal na(as) outra(as)
> em que n�o possue talento especial.
> E ainda: pelo que me explicaram, as pessoas de talento
especial, podem vir a
> desenvolver problemas psicol�gicos que as torne
limitadas por bloqueio, numa
> fase de vida.***
>
> []'s
> Sheila.

Outra grande confus�o que fazem � "crian�a precoce" como
sin�nimo de super dotado. Por exemplo: uma crian�a que
faz aos 3 anos o que outra faz aos 8 anos, � apenas
precoce para esta caracter�stica, pq aos 8 anos ela vai
se igualar a todas as outras...
[]'s
T�nia




__________________________________________________________________________
Todo brasileiro tem direito a um e-mail gr�tis
http://www.bol.com.br





SUBJECT: Re: Que tipo de falacia e' esta ?
FROM: "Luis Roberto Brudna [RS]" <lrb@if.ufrgs.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 15/11/2000 20:40

> - Estou estudando "tipos de falacias",
> (tarefa de meu curso de Matematica,
> na faculdade), e lembrei-me de uma
> frase assim:
>
> "Assim como ao olhar-se para um
> relogio sabemos que deve existir o
> relojoeiro, pois seu mecanismo
> complexo nao poderia ter sido
> formado ao acaso, tambem ao
> observarmos o Universo temos
> de admitir a existencia de
> um Criador, pois da mesma
> forma o conjunto complexo do
> Universo nao poderia ser
> obra do acaso"
> - Pergunta:
> > - Ha' algum tipo de falacia escondido
> nessa frase ? Ou a frase em si,
> em termos de logica, e' aceitavel ?
> > []'s
> Paulo Sérgio Dias
> psdias@g...

Tem um texto sobre isso em:
http://www.strbrasil.com.br/Scientia/falacias.htm

Aparentemente se encaixa na "Afirmação do Conseqüente"

"Afirmação do Conseqüente
Essa falácia é um argumento da forma "A implica B, B é verdade,
portanto A é verdade". Para entender porque isso é uma falácia,
examine a tabela verdade para implicação dada anteriormente. Aqui
está um exemplo:

"Se o universo tivesse sido criado por um ser sobrenatural, nós
iríamos ver ordem e organização em todo lugar. E nós vemos ordem, não
aleatoriedade - então está claro que o universo teve um criador.""

Retirei estre trecho do link acima.

O Joao jah falou alguma coisa neste sentido.

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna











SUBJECT: Domando o demônio de Maxwell
FROM: acropolitano@zipmail.com.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 15/11/2000 22:08

Domando o demônio de Maxwell

Marcelo Gleiser
especial para a Folha

Outro dia apareceu na minha sala um senhor muito
bem apessoado, de terno e gravata, portando uma série
de papéis e planos em sua maleta. O visitante abriu
seus planos, complicadíssimos, de uma máquina com
um enorme pêndulo feito de um material magnético
que, segundo seu inventor, poderia funcionar para
sempre, em flagrante violação das leis da
termodinâmica, a parte da física que estuda o efeito da
temperatura no comportamento de sistemas. Se sua
invenção funcionasse como anunciado, ela viraria
mesmo a física ao avesso. Infelizmente, a engenhoca
precisava de um dispositivo descartável bastante
familiar, uma pilha elétrica, consumindo mais energia
do era capaz de gerar.
O desejo de construir uma máquina capaz de
funcionar para sempre, gerando mais energia do que
consome, é um sonho muito antigo. Caso isso fosse
possível, o problema econômico relacionado ao custo
de combustíveis desapareceria, e o mundo seria um
lugar muito diferente. De certa forma, o movimento
perpétuo está relacionado à busca da imortalidade, da
libertação da necessidade de estarmos sempre a
construir o que naturalmente decai.
Esse aspecto castrador da natureza é expresso nas duas
primeiras leis da termodinâmica. A primeira diz que,
em um sistema isolado, não é possível gerar ou
destruir energia, apenas transformá-la: uma pilha
transforma energia química em energia elétrica, por
exemplo. A segunda lei diz que o calor sempre flui de
um corpo mais quente para um mais frio. Só assim o
sistema realiza trabalho.
Em outra versão, ela diz que um sistema isolado
sempre evolui de um estado mais organizado para um
mais desorganizado. Se você pingar uma gota de
mercurocromo em um copo d'água, ela se dispersará.
Mas o contrário -a gota voltar a agregar-se
espontaneamente dentro da água- jamais acontecerá.
Escondido nessa lei está o fato que para criarmos
ordem temos de gastar energia. Uma máquina,
dispositivo capaz de criar ordem, necessariamente
consome energia para fazê-lo.
Na segunda metade do século 19, o grande físico
escocês James Clerk Maxwell achou que podia driblar
a segunda lei. Ele imaginou um ser, seu demônio, que
vivia em uma caixa cheia de um gás a uma
temperatura fixa. A caixa era dividida por uma
partição com uma pequena porta, e o gás inicialmente
estava todo em um lado. A temperatura de um gás
está relacionada à velocidade média de suas
moléculas: há moléculas com velocidades maiores e
menores que a média. O demônio abria a porta apenas
para deixar passar as moléculas mais rápidas. Com
isso, ele conseguiria separar o gás entre as duas
partições, uma com moléculas mais velozes e outra
com as mais lentas. E, como a velocidade está
relacionada à temperatura, o demônio separaria o gás
em uma parte mais quente e outra mais fria, a
condição básica para que um sistema possa realizar
trabalho.
O que Maxwell não incluiu em sua análise foi que seu
demônio, seja ele um ser sobrenatural ou um
dispositivo eletrônico, também precisa de energia para
operar. Quando essa energia extra é incluída, o
sistema caixa-demônio gasta mais energia do que é
capaz de gerar. Venceu a segunda lei.
Recentemente, um par de físicos revisitou esse
problema usando não um demônio, mas uma caixa
minúscula cheia de microondas e um átomo. Esse
sistema é descrito pela mecânica quântica, onde
efeitos que Maxwell consideraria impossíveis são
perfeitamente normais. Aplicando a essa caixa um
campo magnético que varia periodicamente, os
cientistas argumentam que é possível gerar vibrações
que liberam mais energia do que a usada para
causá-las. Isso porque, na física quântica, partículas
não são descritas como bolas de gude, mas como
ondas, que podem interagir de forma coerente,
criando cristas e depressões. A energia depositada
pelas oscilações do campo magnético é distribuída nas
ondas, fazendo com que o átomo oscile como uma
rolha boiando no mar. Essas oscilações geram energia
que pode, em princípio, ser extraída. Será que a
segunda lei foi vencida pela mecânica quântica?
Aparentemente sim, mas por enquanto o sistema só
existe em teoria. E não é claro que a termodinâmica
possa ser aplicada à esse sistema. De qualquer forma,
talvez o demônio de Maxwell venha a existir um dia,
mesmo se apenas no mundo do muito pequeno.



SUBJECT: Consideracoes sobre o eletromagnetismo
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/11/2000 22:15


CONSIDERAÇÕES HISTÓRICAS SOBRE O ELÉTRON E O ELETROMAGNETISMO

Alberto Mesquita Filho

Para dúvidas, emendas, considerações, críticas, debates,
quebra-paus, etc, favor atender a solicitação do Luiz. Não
reproduzam toda esta msg mas apenas os tópicos que se
fizerem necessários. Lembro que as msgs estão sendo
escritas no dia-a-dia e portanto não estão sendo sujeitas a
uma correção rigorosa. Portanto, não interpretem esta msg
como um artigo de revista e/ou de anais de congresso.


O elétron, do ponto de vista clássico, é visto como uma partícula a partir
dos estudos de Thomson com raios catódicos, efetuados no final do século
XIX (1897). Anteriormente a Thomson existiam as leis da eletrólise de
Faraday a sugerirem uma interpretação corpuscular para os fluidos elétricos
da teoria de Maxwell. Tratava-se no entanto de uma idéia apenas abraçada por
alguns químicos, e muito poucos físicos, da época.

Ainda que a teoria de Maxwell tenha sido desenvolvida totalmente
aceitando-se a idéia de fluidos elétricos, onde a ênfase principal residia
na opção pelas teorias de "dois fluidos" vs as teorias de "um único fluido"
(isto está bem descrito no Tratado Sobre Eletricidade e Magnetismo, de
Maxwell), ao que parece a descoberta de Thomson não chegou a propiciar
nenhum estudo na tentativa de que se promovesse a adaptação da teoria de
Maxwell para uma teoria de campos gerados por partículas e não por fluidos.
Ainda hoje estuda-se nas universidades esta teoria totalmente apoiada na
idéia de fluidos, ainda que admita-se que tais fluidos seriam compostos por
"quantas clássicos" de volume e de carga elétrica, a que chamamos elétrons.
Ou seja, um elétron pode ainda hoje ser pensado como a unidade indivisível
dos fluidos elétricos. A esse respeito, a única restrição que a descoberta
de Thomson chegou a fazer ao eletromagnetismo foi impedir a redução do
volume e/ou da carga de um fluido elétrico para valores inferiores ao da
partícula então descoberta. E, com efeito, o elétron é tão pequeno em termos
de volume e/ou de carga que podemos sossegadamente lançar mão de elementos
infinitesimais do fluido elétrico sem que isso traga prejuízo algum para a
matemática do eletromagnetismo de Maxwell. Persistem então as densidades de
carga e de corrente, linear, superficial e volumétrica, a mostrarem que a
teoria dos fluidos elétricos de Maxwell, com pequenas adaptações, é com
efeito a mesma que aprendemos hoje sob o título Eletromagnetismo.

Alguns avanços ocorreram no início do século XX e não poderia deixar de
citar a teoria dos "fluidos incompressíveis" de Drude (1900) e Lorentz
(1909), a tratar um agrupamento de elétrons, já assumido como partículas,
como sendo um "gás de elétrons". De uma maneira sutil, miscigenou-se a idéia
de partícula com a idéia de fluidos, a exemplo do que é feito, com sucesso
diga-se de passagem, do ponto de vista macroscópico, em mecânica dos
fluidos. Da mesma forma que em mecânica dos fluidos podemos falar em
densidade volumétrica, em eletrodinâmica dos fluidos podemos falar em
densidade de carga e/ou de corrente elétrica. Mas... Será que podemos
inferir daí considerações microscópicas a respeito deste hipotético fluido?
Percebam que a mecânica dos fluidos não nos leva a suposição alguma sobre a
constituição da molécula, por exemplo, da água. Apoiado em que argumentos
poderíamos então afirmar que o elétron é idêntico a um elemento de volume de
um "fluido" elétrico? Certamente não deve ser e, arriscaria a dizer, com uma
chance de erro que estimo em um em um milhão, que não é. Mas não é isto o
que se admite ainda hoje. Ainda hoje aceita-se este reducionismo. E no que
ele redundou?

Ainda no início do século XX percebeu-se que a teoria dos fluidos elétricos
de Maxwell não se compatibilizava com este reducionismo. Não vou me referir
à catástrofe do ultravioleta pois isto relaciona-se com as ondas
eletromagnéticas e estas com os campos da teoria de Maxwell. Se bem que
exista um porquê aparentado, deixemos os campos de lado por ora, e com eles
estas falácias; e pensemos apenas nos agentes geradores dos campos, os
fluidos de Maxwell e/ou as partículas de Thomson. É de se notar que no
modelo atômico de Thomson existe ainda um fluido positivo no qual se
assentavam suas partículas negativas (modelo em pudim de passas).

Na segunda década do século XX, e a partir da experiência de Rutherford,
interpretada por Bohr, chegou-se à natureza nucleada do átomo, com os
elétrons dispostos numa eletrosfera. Não obstante, a idéia de "cargas"
negativas orbitando uma "carga" positiva era totalmente incompatível com a
teoria dos fluidos elétricos de Maxwell. Em particular, elementos de volume
de fluidos negativos (supostos elétrons) orbitando um fluido positivo
(núcleo), deveriam emitir ondas eletromagnéticas, pois um fluido elétrico
acelerado assim o faz pela teoria dos fluidos eletromagnéticos de Maxwell.
Isto incompatibilizava a idéia de elétrons fluidos orbitando um núcleo. Pois
corpos em órbita estão sempre sujeitos a acelerações centrípetas. Ou seja, a
teoria de Rutherford foi outra dentre as que falsearam a teoria dos fluidos
elétricos de Maxwell.

A esse respeito, em 1913 Oseen escreveu a Bohr: "... Como muito bem sabe, a
sua teoria levanta várias questões de diferentes espécies. Uma é,
evidentemente, a questão dos espectros. Outra é a de saber como deverá ser
modificada a teoria de Maxwell-Lorentz para que um átomo do tipo que propõe
possa existir. É principalmente com esta última questão que tenho estado
ocupado. Até aqui só posso dizer que cada vez vejo melhor quão profunda
deverá ser essa modificação. Mas creio que é necessária."

Pergunto: Alguma modificação significativa ocorreu na teoria de
Maxwell-Lorentz desde então? Se sim, porque ainda se estuda a teoria dos
fluidos elétricos de Maxwell sem tais modificações. Sim, concordo, existe a
física quântica... Mas... a física quântica substituiu a teoria de Maxwell?
Por outro lado, alguém já pensou na evolução da eletrodinâmica dos fluidos
clássicos para uma eletrodinâmica clássica a apoiar-se no conceito de
partículas clássicas?

Na terceira década do século XX Stern e Gerlach (1924) observaram
experimentalmente uma dualidade no comportamento de átomos de hidrogênio
lançados num campo magnético. Alguns desviavam-se no sentido do polo norte e
outros no sentido do polo sul. Outro efeito não explicável, até então, pela
teoria de Maxwell. Dois anos após Uhlenbeck e Goudsmit tentaram explicar o
espectro da luz emitida por átomos contendo um único elétron admitindo que
este elétron girasse. Não demorou muito para que se tentasse explicar a
experiência de Stern e Gerlach como decorrente deste giro do elétron.

Deixemos as considerações sobre o spin da física quântica para os quânticos.
Se estamos pensando em evoluir para uma eletrodinâmica clássica a apoiar-se
no conceito de partículas clássicas, e se a experiência (que não é clássica
nem moderna mas é simplesmente uma experiência) nos mostra que muito
provavelmente o elétron gira... Pergunto: Uma partícula que gera e responde
a campos eletromagnéticos e além disso gira... e mais, dotada de um giro
que acabou sendo suspeitado e/ou descoberto graças a seu comportamento num
campo magnético... Será que este giro não estaria também relacionado à
gênese de seus próprios campos? Será que os campos elétricos e magnéticos
não seriam gerados por partículas que giram e pelo fato de girarem?

Um pião gira e produz um campo de velocidades capaz de agir sobre outro
pião. Um navio pode ser movido graças a um cilindro girante, desde que
esteja situado num campo de velocidades (vento). Ou seja, um campo de
velocidades da mecânica dos fluidos pode ser pensado como um campo de forças
desde que os elementos de prova sejam partículas que giram. Não seriam os
efeitos eletromagnéticos devidos a alguma coisa análoga a estes efeitos
observados em campos de velocidade? E não seriam partículas girantes (giro
clássico), como os elétrons, os responsáveis pelos fenômenos
eletromagnéticos?

Mas se o elétron é uma partícula que gira e, em virtude de girar, gera e
responde a outros campos semelhantes,... Este campo gerado pelo elétron não
pode ter simetria esférica! Que outra simetria iria se esperar que não a
cilíndrica? Mas, como explicar que uma partícula que gera um campo
eletromagnético de simetria cilíndrica, ao se agrupar com outras semelhantes
e entrar na constituição do que chamamos cargas elétricas, dê como efeito
resultante um campo de simetria esférica (campo de Coulomb de uma carga
elétrica esférica). E como explicar que em determinadas situações esse campo
recupere sua natureza cilíndrica porém agora assumindo outras
características (campo magnético)?

Por hoje é só. Continuarei no próximo número e com outro título (breve,
porém sem data marcada). Para os que gostaram e não têm conhecimentos de
cálculo (para os demais também) sugiro que até lá leiam "A teoria do porco
espinho" (www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/Usenet/dialogos11.htm),
em especial a partir da msg 2842 (a sexta de cima para baixo). Os demais
poderão também curtir a leitura do artigo "Sobre a Natureza
Físico-Matemática do Elétron" que está postado em
www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/Eletron2/eletronfismat1.htm.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm

Para dúvidas, emendas, considerações, críticas, debates,
quebra-paus, etc, favor atender a solicitação do Luiz. Não
reproduzam toda esta msg mas apenas os tópicos que se
fizerem necessários. Lembro que as msgs estão sendo
escritas no dia-a-dia e portanto não estão sendo sujeitas a
uma correção rigorosa. Portanto, não interpretem esta msg
como um artigo de revista e/ou de anais de congresso.



SUBJECT: Horas de sono x genialidade
FROM: Paulo Sérgio Dias <psdias@zaz.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/11/2000 23:21

Amigos:

- Certa vez, li (ou vi na TV)
que Einstein dormia cerca de
12 horas de sono por dia,
pois sua atividade mental
intensa exigia esse periodo
de descanso.

Pergunto:

a) Alguem conhece se esse detalhe
da biografia de Einstein e' realmente
verdade ?

b) Que outros grandes cientistas possuiam
a caracteristica de dormir muito ou muito
pouco ?


[]'s
Paulo Sérgio Dias
psdias@globo.com.br




SUBJECT: Re: [ciencialist] Horas de sono x genialidade
FROM: "Daniel Leal Freire" <daniellf@highway.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 16/11/2000 02:38

Paulo,

Eu li em algum lugar, que Newton quase nao durmia.

--------------------------------
| Daniel Leal Freire
| daniellf@highway.com.br
| "Imagination is more important than knowledge" Albert Einstein


----- Original Message -----
From: Paulo Sérgio Dias <psdias@zaz.com.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Wednesday, November 15, 2000 11:21 PM
Subject: [ciencialist] Horas de sono x genialidade

(...)

> b) Que outros grandes cientistas possuiam
> a caracteristica de dormir muito ou muito
> pouco ?
>
>
> []'s
> Paulo Sérgio Dias
> psdias@globo.com.br




SUBJECT: Re: [ciencialist] Consideracoes sobre o eletromagnetismo
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 16/11/2000 04:51

Caro Alberto,

prometo que esta será minha última interferência acerca de suas
teorias.

Podemos dizer que a mecânica dos fluidos é a base intuitiva das teorias
de campo clássicas. Mas o eletromagnetismo, apesar do nome, não é uma
teoria sobre elétrons ou sobre fluido de elétrons, é sobre campo
eletromagnético que pode ser gerado por elétrons, prótons, pósitrons,
partícula W, buracos e até mesmo sobre fótons (não estou dizendo que vc
não saiba disso).
O elétron não "gira", tem spin -nome associado a giro na interpretação
inicial.
O fóton tem spin (1), outras partículas têm spins diferentes e sempre
quantizados portanto não tem nenhum
fundamento a interpretação clássica para o spin. A teoria
eletromagnética de
Maxwell é perfeita quando nos limitamos a problemas clássicos, mesmo
quando a relatividade especial ou geral está envolvida (nesse caso temos
que escrevê-la na forma tensorial através do tensor eletromagnético e
tal). Um dos exemplos mais interessantes de previsões das leis de
Maxwell é a própria onda eletromagnética, que veio a ser medida tempos
depois por Hertz.
Sobre a simetria do campo, o campo gravitacional gerado por uma esfera
rígida que gira é o mesmo, segundo a gravitação Newtoniana, que o gerado
por uma esfera rígida em repouso portanto, fazendo uma analogia entre a
lei de Coulomb e a de gravitação, qual o problema da simetria esférica?
(Obs: pela relatividade geral são diferentes, há o arrasto dos
referenciais). Além disso, o campo magnético é um conjunto de
componentes do campo eletromagnético, em relatividade fica muito claro
isso, no tensor antissimétrico eletromagnético as componentes 0i
(i=1,2,3) e x0=t, x1=x, x2=y e x3=z são, respectivamente, as componentes
Ex, Ey e Ez do campo elétrico e as componentes ij são as componentes do
campo magnético (a menos de sinais quando se altera a ordem ij-ji,
0i-i0) e as leis de Maxwell não passam de leis de conservação desse
tensor.
Da teoria de Maxwell (para se justo, Faraday, Ampere...)
prevemos efeitos como efeito Hall, toda a ótica
clássica é explicada, circuitos elétricos dos mais complexos mas não é
essa a teoria que explica o elétron, o elétron é uma partícula elementar
e como tal precisa de uma teoria de campo quântica para explicá-lo.
Falando agora um pouco de eletrodinâmica quântica, que no fundo pega a
simetria do lagrangeano eletromagnético (U(1)) e elabora uma teoria de
campo quântica. Vc já viu a precisão de suas previsões? Ela prevê o
momento magnético do elétron com um erro de 2 em 10 bilhões em relação à
medida experimental (é como se errássemos a distância RJ-PE pelo raio de
um fio de cabelo). Nesta previsão está considerada também, além da auto
interação eletromagnética do elétron
a sua interação com o fóton. Não estamos mais na época da quântica
velha onde os resultados eram colocados "a mão" como no átomo de Bohr.
Os conceitos evoluíram e ficaram claros, mais rigorosos. Previsões como
essa são indiretas, portanto, se houver uma falha no meio do caminho ela
morre. Isso é apenas um exemplo da precisão da eletrodinâmica quântica
para com uma cajadada mostrar a importância do eletromagnetismo e da
teoria quântica de campos. O que eu quero insistir apenas é que
não se inventa teorias novas do nada. Pouquíssimos foram capazes disso
e, quando foram, havia uma série de problemas conhecidos nas teorias
anteriores. Os problemas levantados em seu texto são frágeis, pelo que
eu pude entender, vejo apenas falhas na interpretação de conceitos.
Seria bom revolucionar a ciência a cada dia mas é necessário entender
tudo o que vem antes e se ter um pouco mais de humildade, há milhões de
físicos inteligentíssimos e bastante eruditos no mundo que ainda não
perceberam o que só vc percebeu...
O único conselho que dou é: pegue livros clássicos sobre cada uma das
teorias que contesta, procure professores especialistas e pergunte-os
sobre suas dúvidas. Hoje, a ciência é feita por colaborações, mesmo os
gênios singulares do passado trabalharam em cima de vários resultados
menores cujos autores somente são conhecidos por especialistas ou
historiadores da ciência.
Em física se fazem previsões, modelos coerentes, sintéticos e
falseáveis. Um Kuhniano, Poperiano ou Lacatusiano (existe?) que faz
física seriamente concorda sobre isso sempre.

Desculpe-me se peguei um pouco pesado, não o conheço pessoalmente e sou
um intruso nesta lista mas penso que vc (e outros vários) deixa de
aproveitar toda a sua notória criatividade e inteligência por delírios
megalomaníacos. Agora, se tudo o que vc diz está certo, organize cada
pequeno pedaço com muito rigor e comece a publicar artigos se expondo à
comunidade. Se vc acha que "referees" não são confiáveis, publique em
los alamos que é livre: http://xxx.lanl.gov/

um abraço, Eduardo.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Quatro em uma
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 16/11/2000 08:30



Alberto Mesquita Filho wrote:
>
> Esta é para o Jocax (e acredito que a maioria dos ciencialisteiros
> entenderá
> o porquê): Com um único campo, chego a duas leis de Maxwell. Responda
> depressa: Qual das duas teorias é válida: a de Maxwell ou a minha?
> :-))
>

Como vou responder se vc ainda nao postou o Be-a-Ba da teoria?

De qqr modo, sera valida a q nao apresente casos ou experimentos
refutatorios.

Se nenhuma das duas puder ser refutada deveremos escolher a + simples
ou a que requeira um menor numero de hipoteses. Novamente faltam dados
para fazermos esta analise, uma vez q vc ainda nao expos a sua teoria.

[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] Que tipo de falacia e' esta ?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 16/11/2000 08:36



Paulo Sérgio Dias wrote:
>
> Amigos:
>
> - Desculpem se esta questao nao se encaixa
> aos objetivos da lista, mas aqui vai:
>
> - Estou estudando "tipos de falacias",
> (tarefa de meu curso de Matematica,
> na faculdade), e lembrei-me de uma
> frase assim:
>
> "Assim como ao olhar-se para um
> relogio sabemos que deve existir o
> relojoeiro, pois seu mecanismo
> complexo nao poderia ter sido
> formado ao acaso, tambem ao
> observarmos o Universo temos
> de admitir a existencia de
> um Criador, pois da mesma
> forma o conjunto complexo do
> Universo nao poderia ser
> obra do acaso"
>

Devemos notar que o proprio relojoeiro foi produzido
por acaso (ver teoria de Darwin).

Entao, simplificadamente, teremos :

acaso -> vida -> selecao -> relojoeiro -> relogio

Ou :

acaso ---> relogio

[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] Quimica.
FROM: "Palhares, Paulo Rogerio" <prpalhares@sti.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 16/11/2000 09:13

Ola seja bem vindo, eu não conheço muito química, mas cosmologia e
astronomia sim, pode mandar as mensagems a vontade, quase ninguêm discuti
isso aqui na lista, seria interessante ter um parceiro.

Um abraço.
----- Original Message -----
From: "JH Home Page" <jh-hp@ieg.com.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Tuesday, November 14, 2000 6:06 PM
Subject: [ciencialist] Quimica.


> Olá a todos! Eu sou novo na lista (entrei ontem) e gostaria de saber se
> alguem aqui gosta e fala de quimica, entre as ciências mais conhecidas é a
> que eu mais conheço e gosto. Também me dou muito bem em cosmologia,
> astronomia e coisas relacionadas a isso mais acho mais dificil encontrar
> alguem que entenda dessas ciências, em todo caso se tiver alguem ficaria
> muito feliz de trocar ideias com essa(s) pessoa(s) sobre o assunto.
>
> João Henrique (JH_webmaster)
>
>
>
> *** --- ***
> Vote na decisao para configuracao da lista. Mensagens somente texto ou
HTML. Para isso use o endereco:
> http://www.egroups.com/polls/ciencialist/
> *** --- ***
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ola, caros colegas de egroup! Tudo bem com voces?
FROM: "Palhares, Paulo Rogerio" <prpalhares@sti.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 16/11/2000 09:21

Eu acho que só os tolos pensam desta maneira, o que torna uma pessoa comum
"superdotada" e faz com que ela tenha descobrimentos exemplares para a
humanidade é a insistência em querer fazer alguma coisa, e não desistir em
cada tombo que leva, um exemplo pessoal sou eu e meu cunhado, ele é muito,
mas muito mesmo, mais inteligente do que eu e eu sou bem mais sucedido
profissionalmente do que ele, acho que a minha insistência superou a
inteligência dele. hehehe

Um abraço
----- Original Message -----
From: "Andre R. D. Baptista" <andrebaptista@uol.com.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Tuesday, November 14, 2000 10:10 PM
Subject: [ciencialist] Re: Ola, caros colegas de egroup! Tudo bem com voces?


> Olá Adriano e pessoal...
>
> -----Mensagem Original----- De: Adriano Gonçalves Zambon
>
> >Bom, mas não foi apenas para me apresentar que eu me inscrevi nesse
> grupo. Portanto, vou começar >pedindo a opinião de vocês sobre um
> assunto que recentemente surgiu na mídia: a superdotação. Eu fiz as
> >mesmas perguntas em um newsgroup na Internet, mas quanto mais
> opiniões melhor: vocês acham que só >os superdotados podem fazer
> contribuições importantes para a ciência, e que pessoas comuns, assim
> >como eu, só atrapalham o andamento do processo científico? Ou então
> que apenas os superdotados >podem realmente contribuir, com seus
> estudos, para o real avanço do conhecimento científico? Será que
> >todas as pessoas consideradas "gênios" são também superdotadas?
>
> Minha boas vindas com um pouco de atraso, Adriano. Quanto a questão
> dos superdotados, acho que você não precisa ser uma criança que faz
> conta de cabeça com dez casas decimais, masse você tiver facilidade em
> matemática, certamente ajuda.
>
> Einstein certamente tinha um talento especial para o raciocínio
> matemático, assim como Maxwell, Newton, Gell-Man, Dirac, Lagrange,
> etc. mas não sei se eram "superdotados" como essas crianças que
> aparecem na televisão. Certamente Einstein não seria bem sucedido numa
> área em que tivesse que usar aptidões linguistícas, já que era
> bastante limitado nessa área. Por outro lado as habilidades
> matemáticas podem ser desenvolvidas com determinação e esforço.
>
> Nada garante também que uma criança "superdotada" será necessariamente
> um adulto brilhante. "Fazer contas de cabeça" também não é exatamente
> a mesma coisa que fazer matemática. E a estabilidade emocional também
> é um fator fundamental (embora muitos gênios, como Newton por exemplo,
> sejam capazes de transformar a instabilidade emocional numa mola
> propulsora da criação).
>
>
> Depende do que você entende como "contribuições importantes". Ganhar o
> prêmio Nobel? Descobrir a teoria do campo unificado? Mesmo sendo um
> superdotado, é mais difícil do que ganhar na Mega-sena. Ficar famoso?
> quantos cientistas são realmente famosos, isto é são conhecidos fora
> do meio científico? Se pensarmos no século XX, por exemplo, imagino
> que apenas dois físicos tem um rosto e um nome razoavelmente
> conhecidos: Einstein e Hawking. Quantos outros gênios mirabolantes não
> passeariam anônimos em qualquer rua de qualquer cidade?
>
> Para mim, se você se tornar um bom professor de ciências já estará
> dando uma contribuição importante.
>
>
> abraços,
>
> André Baptista
>
>
>
> *** --- ***
> Vote na decisao para configuracao da lista. Mensagens somente texto ou
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>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Meu relogio ...
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 16/11/2000 11:43


-----Mensagem Original-----
De: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: terça-feira, 14 de novembro de 2000 10:08
Assunto: Re: [ciencialist] Meu relogio ...

Luiz Ferraz Netto wrote:

> (a) a nave está em movimento inercial em região muito afastada de
> qualquer
> astro e, para efeito de estudo do relógio é o próprio referencial de
> movimento. Qualquer erro cometido no lançamento da 'bolinha de
> sabugueiro'
> irá afetar apenas a direção original de movimento (ou seja, a bolinha
> permanecerá oscilando na direção da velocidade inicial ... que não
> precisa
> ser perpendicular à nave ... qualquer direção serve, é só ter um
> buraquinho
> para a m_, digo bolinha, passar).

Divindade gênica escreve:

>>(a) Estava pensando q a bolinha poderia ( por nao ser lancada exatamente
do CENTRO do buraco, ter alguma orbita eliptica, CUJA ELIPSE
tivesse algum deslocamento. Deu para entender? Ou seja
dada a imprecisao total no nancamento da bolinha em direcao e local
em relacao ao CM, implicara q a orbita da bolinha ao redor do CM
poderia se deslocar e bater na borda.
Ou nao? ( imprecisao no lancamento implica orbita nao "estavel"? )<<

Sua idéia procede. Vc está pensando no lançamento da b_(olinha) de um ponto
da periferia da nave em movimento inercial e o estabelecimento de uma órbita
'estável'. Parece ser um cálculo simplificado de 'nossas (terrestres)
velocidades de escape'. Podemos estimar tudo pensando assim: uma nave
esférica (raio R), com distribuição uniforme de massa (massa M) e uma
bolinha (massa m) lançado com velocidade tangencial (de módulo V). Qual
deverá ser o valor de V para que a bolinha entre em órbita circular
'rasante' ? Com velocidade maior que esse V obtido, a órbita seria elíptica
e, com valor maior ainda, hiperbólica. Vamos calcular?

> (b) O CM (centro de massa) de um corpo não precisa pertencer
> fisicamente ao
> corpo. A nave pode ser um enorme toróide com 20 km de diâmetro
> interno, e o
> CM continuará a ser o centro do toróide. Viu!? é um bruta buraco para
> a
> bolinha passar! Alias nada impede que esse enorme toróide fique
> girando para
> garantir uma gravidade aparente aos astronautas. Já enxergou qual será
> o
> eixo de rotação?
>
> []'
> Léo
>

[jocax: sem resposta]

[]'
Léo





SUBJECT: Re: [ciencialist] Meu relogio ...
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 16/11/2000 12:14


-----Mensagem Original-----
De: Douglas <douglas.jpn@terra.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: terça-feira, 14 de novembro de 2000 17:03
Assunto: Re: [ciencialist] Meu relogio ...



Alberto:
> Gostei mas como afirmei em msg anterior não comentei nada porque há alguns
> meses chegaram a provar aqui na Ciencialist que o tempo não existe, então
eu
> fiquei em dúvida a respeito da utilidade do relógio. :-))

Douglas:
>>Se vc se der ao trabalho de lê-la novamente, verá que não "provei" que o
tempo não existe, apenas argumentei numa tentativa de DESMISTIFICAR o
significado que o tempo tem nas cabeças das pessoas e apresentar a
conclusão:
""..., o tempo não flui nem escoa, não se esgota nem se finda, não amadurece
laranjas nem choca ovos, não favorece reações químicas nem envelhece
mulheres...é apenas um referencial útil para as atividades humanas.""
..........................
Aproveito a ocasião para reafirmar que acho indispensável que o Ciencialist
adote definições para conceitos básicos como: tempo, espaço, matéria...,
tenho acompanhado discussões interessantes em que os listeiros utilizam
esses conceitos como se todos já estivessem concordes sobre eles.<<

Léo:
Tempo --- coordenada abcissa temporal que se faz corresponder biunivocamente
aos pontos da reta real. A correspondência biunívoca é feita mediante um
'movimento padrão'. Adota-se t=0 a um evento arbitrário associado ao
movimento em questão.

[]'
Léo







SUBJECT: Re: [ciencialist] relatividade
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 16/11/2000 12:48

Alberto Mesquita Filho wrote:
> E afeta os
> feixes em sua "morfologia", macro e/ou microscópica, e não numa suposta
> velocidade admitida constante através de um dogma (e como espero ter deixado
> claro, não necessitei desta hipótese para apresentar o paradoxo). Na figura
> original do Web Site
> (http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/Relat/trem01.GIF), o feixe
> de luz, graças ao movimento da parede esquerda do trem, situa-se numa
> direção perpendicular a esta parede. Se o trem estivesse parado, o feixe de
> luz seria oblíquo (macromorfologia).

Creio que haja alguns erros no desenho. Ele faz supor que os dois
observadores vêem a mesma coisa, o que não é verdade. O observador 1
verá o feixe perpendicular a parede se a velocidade do trem for a mesma
que a componente Y da luz. Já o observador 2 não verá nenhuma alteração
na direção da luz, ela seguirá oblíqua.

==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
==========================================================


SUBJECT: Gostaria que analisasse a TGBD
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 16/11/2000 13:38

Prezado Eduardo Gueron,

Já deu pra perceber, considerando as suas críticas às teorias do Alberto Mesquita Filho, que a sua presença irá enriquecer os debates da Ciencialist.

Gostaria que você conhecesse, e criticasse, a minha proposta denominada Teoria Geral da Bidualidade (TGBD), que a meu ver é a maior candidata a ser a Teoria de Tudo. Deixo o endereço do site que fiz para debate-la no eGroups:
http://br.egroups.com/group/tgbd

Esclareço que já coloquei a TGBD na berlinda aqui na Ciencialist, onde ela foi bastante rebatida e rechaçada por diversas pessoas (em particular, pelo grande Roberto Takata), mas, acredito que sempre consegui mostrar que ela é consistente e verdadeira.

Como o debate sobre a TGBD estava praticamente monopolizando as mensagens da Ciencialist (vide nos Arquivos do site as mensagens organizadas por debatedor), atendendo solicitação do LRB, optei por deixar de debatê-la aqui nesta lista.

Assim, caso você queira criticá-la, solicito que o faça diretamente no seu site, onde a adesão é livre e bem recebida.

Apenas para que você desperte o seu interesse pela TGBD, informo o eletromagnetismo é um bom exemplo de bidualidade.

Um grande abraço,

Claudio Abreu
----- Original Message -----
From: Eduardo Gueron
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Thursday, November 16, 2000 4:51 AM
Subject: Re: [ciencialist] Consideracoes sobre o eletromagnetismo


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Quatro em uma
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 16/11/2000 13:41

Prezados Alberto e Jocax,

Só para provocar:

Alberto Mesquita Filho wrote:
>
> Esta é para o Jocax (e acredito que a maioria dos ciencialisteiros
> entenderá
> o porquê): Com um único campo, chego a duas leis de Maxwell. Responda
> depressa: Qual das duas teorias é válida: a de Maxwell ou a minha?
> :-))
>

A resposta correta é: a que for compatível com a TGBD.

:-))e abraços,

Claudio Abreu



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ola, caros colegas de egroup! Tudo bem com voces?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 16/11/2000 13:56

Andre R. D. escreve:

>Se pensarmos no século XX, por exemplo, imagino
que apenas dois físicos tem um rosto e um nome razoavelmente
conhecidos: Einstein e Hawking.<

Quem é Hawking?
[]'
deus



SUBJECT: Fw: [ciencialist] Quatro em uma
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 16/11/2000 14:15



Prezados Alberto e Jocax,

Só para provocar:

Alberto Mesquita Filho wrote:
>
> Esta é para o Jocax (e acredito que a maioria dos ciencialisteiros
> entenderá
> o porquê): Com um único campo, chego a duas leis de Maxwell. Responda
> depressa: Qual das duas teorias é válida: a de Maxwell ou a minha?
> :-))
>

A resposta correta é: a que for compatível com a TGBD.


:-))e abraços,

Claudio Abreu



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Ola deus!
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 16/11/2000 14:16

Luiz Ferraz Netto wrote:
> conhecidos: Einstein e Hawking.<
> Quem é Hawking?
> []'
> deus

Está explicado porque Hawking foi hospitalizado depois de levar uma
surra da esposa. Ele simplesmente foi ignorado por deus.

==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
==========================================================


SUBJECT: Re: [ciencialist] Consideracoes sobre o eletromagnetismo
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 16/11/2000 14:39

-----Mensagem Original-----
De: "Eduardo Gueron"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Quinta-feira, 16 de Novembro de 2000 04:51
Assunto: Re: [ciencialist] Consideracoes sobre o eletromagnetismo


> Caro Alberto,
> prometo que esta será minha última interferência acerca de suas
> teorias.

Já esperava por isso. Como não haverá respostas, deixarei o dito pelo não
dito e não comentarei suas observações (a maioria das quais já comentei aqui
na Ciencialist).

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] relatividade
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 16/11/2000 14:56

-----Mensagem Original-----
De: "TARCISIO BORGES"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Quinta-feira, 16 de Novembro de 2000 12:48
Assunto: Re: [ciencialist] relatividade


> Creio que haja alguns erros no desenho. Ele faz supor que os dois
> observadores vêem a mesma coisa, o que não é verdade.

No artigo comento alguma coisa a respeito, mas utilzando o que chamei uma
visão clássica sofisticada (item 2.3). Deixando a sofisticação de lado,
diria que os dois observadores, tanto pela relatividade clássica quanto
moderna, vêem exatamente a mesma coisa, como se fosse um cano unindo as
paredes do trem.

> O observador 1
> verá o feixe perpendicular a parede se a velocidade do trem for a mesma
> que a componente Y da luz. Já o observador 2 não verá nenhuma alteração
> na direção da luz, ela seguirá oblíqua.

Veja então a figura
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/Relat/anitrem02.gif, um gif
animado que foi construído exatamente para aqueles que acharem esquisita
essa interpretação. Outros gifs animados a mostrarem as visões segundo os
observadores 1 e 2 são respectivamente
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/Relat/anitrem03.gif e
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/Relat/anitrem04.gif.

O artigo todo está em
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/Relat/luz01.htm

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Elementar meu caro Watson?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO:
DATE: 16/11/2000 14:56

BIOÉTICA
James Watson é criticado por relacionar aspectos biológicos a
comportamentos
"Pai do DNA" escandaliza Califórnia
ÁLVARO PEREIRA JÚNIOR
DE SAN FRANCISCO , folha de SP, 16 de Novembro de 2000

As pessoas bronzeadas têm mais desejo sexual. Os gordos são naturalmente
felizes, por isso não têm ambição. E injeções de melanina, a substância
que dá cor escura à pele, "são melhores que Viagra", porque provocam
ereções prolongadas e involuntárias.

Os comentários, feitos numa palestra por James Watson, um dos maiores
cientistas do século, provocaram a ira de alunos e professores de uma
das principais universidades americanas, a da Califórnia em Berkeley.

Watson, Nobel de Medicina em 1962, é um dos descobridores da estrutura
do DNA, a molécula que carrega toda a informação genética. A cidade de
Berkeley foi o berço do movimento hippie nos anos 60 e hoje é um pilar
do pensamento politicamente correto.

A professora Susan Marqusee, do Departamento de Biologia Molecular,
retirou-se no meio da conferência, assistida por cerca de 200 pessoas.

"Ele pegou alguns estereótipos sexistas e racistas e tentou dizer que
eles têm base biológica, tudo isso sem mostrar nenhum dado", disse à
Folha. "Também não acho adequado, numa palestra científica, mostrar
imagens de mulheres de biquíni."

Watson, 72, usou as fotos de jovens em roupa de banho para ilustrar sua
teoria de que a exposição ao sol aumenta o desejo sexual. Como
contraponto, segundo testemunhas, apresentou imagens de mulheres em
trajes muçulmanos tradicionais, cobertas dos pés à cabeça.

A palestra aconteceu no mês passado, mas seu conteúdo só agora veio a
público, depois que estudantes contaram a história ao "San Francisco
Chronicle", principal jornal da região.

"Watson é conhecido por falar o que pensa, de um jeito honesto, e não
diria nada para intencionalmente ofender alguém", disse à Folha Jeffrey
Picarello, diretor de relações públicas do Laboratório de Cold Spring
Harbor, um renomado centro de pesquisas, do qual James Watson é
presidente.

"Ele já deu essa mesma conferência em vários lugares. E só em Berkeley
houve reação negativa."
A franqueza de Watson já lhe valeu o apelido de "Honest Jim".

"Até que foi bastante divertido, mas não era o tipo de diversão que eu
considero apropriado", criticou a professora Marqusee.

Watson não comenta o caso.

A palestra se chamava "A Busca da Felicidade: Lições da Pom-C". A
proteína pom-C participa da produção de vários hormônios, como melanina
(cor da pele), beta-endorfinas (bem-estar) e leptina (metabolismo de
gorduras).

Dessa origem comum, Watson extrai várias teorias. A principal é que o
comportamento humano buscaria sempre situações em que o corpo produz
mais endorfinas -como depois de um boa refeição ou tomando banho de sol.
Ainda segundo cientistas presentes à conferência, as conclusões de
Watson nem sempre são claras.

Na opinião do pesquisador, por exemplo, as pessoas gordas já teriam um
nível de endorfinas que as satisfaz, por isso seriam menos ambiciosas. E
os magros, com menos endorfinas, seriam mais insatisfeitos, o que lhes
daria mais ambição e melhor perspectiva de sucesso profissional.

"Sempre que entrevisto um gordo em busca de emprego me sinto mal, porque
sei que não vou contratá-lo", afirmou Watson.


Latino X Paciente Inglês

Ele começou sua exposição fazendo referência a uma pesquisa da
Universidade do Arizona, que injetou melanina em homens saudáveis. O
objetivo era escurecer a pele deles, como proteção contra câncer, mas o
efeito obtido foi outro: ereções prolongadas, independente de estímulo.

"É melhor do que Viagra, porque nem é preciso pensar em sexo", teria
dito Watson, segundo a estudante Sarah Tegen relatou ao "Chronicle".
Tegen contou também que Watson disse que por isso se ouve falar em
"amantes latinos", de pele bronzeada, enquanto a imagem dos britânicos,
vitimados pelo tempo ruim, é a do "paciente inglês".

No fim da palestra, de cerca de uma hora, foram feitas só duas ou três
perguntas. "O público ficou tão chocado que nem chegou a contestar
Watson", disse a professora Susan Marqusee, que saiu antes do fim, mas
conversou com várias pessoas que ficaram.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Quatro em uma
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 16/11/2000 15:20

-----Mensagem Original-----
De: "Joao Carlos Holland de Barcellos"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Quinta-feira, 16 de Novembro de 2000 08:30
Assunto: Re: [ciencialist] Quatro em uma


> > Esta é para o Jocax (e acredito que a maioria dos ciencialisteiros
> > entenderá
> > o porquê): Com um único campo, chego a duas leis de Maxwell. Responda
> > depressa: Qual das duas teorias é válida: a de Maxwell ou a minha?
> > :-))

> Como vou responder se vc ainda nao postou o Be-a-Ba da teoria?

Foi por isso que eu disse "Responda depressa". :-))

> De qqr modo, sera valida a q nao apresente casos ou experimentos
> refutatorios.

Assim não vale. Você teve tempo para pensar. :-))

> Se nenhuma das duas puder ser refutada deveremos escolher a + simples
> ou a que requeira um menor numero de hipoteses.

Chegamos então onde pretendi chegar há alguns meses atrás. O "Se nenhuma das
duas puder ser refutada" mostra-nos que a navalha de Occam *por si só* não
nos leva a nada.

> Novamente faltam dados
> para fazermos esta analise, uma vez q vc ainda nao expos a sua teoria.

Com efeito. Espero que após a introdução (Consideracoes sobre o
eletromagnetismo) ainda haja alguns ciencialisteiros interessados na
continuidade da apresentação. Mais uma vez, grato pelo interesse.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm




SUBJECT: Re: [ciencialist] Horas de sono x genialidade
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 16/11/2000 15:37

-----Mensagem Original-----
De: "Daniel Leal Freire"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Quinta-feira, 16 de Novembro de 2000 02:38
Assunto: Re: [ciencialist] Horas de sono x genialidade


> Eu li em algum lugar, que Newton quase nao durmia.

Realmente. Os assessores do Léo não dormem. ;-)

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Que tipo de falacia e' esta ?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 16/11/2000 15:42


Paulo Sérgio escreve:

"Assim como ao olhar-se para um relogio sabemos que deve existir o
relojoeiro, pois seu mecanismo complexo nao poderia ter sido formado ao
acaso, tambem ao observarmos o Universo temos de admitir a existencia de um
Criador, pois da mesma forma o conjunto complexo do Universo nao poderia ser
obra do acaso"
- Pergunta:
- Ha' algum tipo de falacia escondido nessa frase ? Ou a frase em si, em
termos de logica, e' aceitavel ?"

Vejo falha de conteúdo e continente na frase. E, por isso, não há lógica na
proposição. Vejamos:
1. Na primeira premissa usa-se "olhar" e na segunda "observar"; a segunda
não é conforme com a primeira.

2. Na primeira, o relógio é visto externamente e infere-se a existência de
um mecanismo interno como confronto às caixas pretas do dia-a-dia
(televisor, vídeo, ventilador, isqueiro, computador etc.), no segundo o
Universo é 'visto' internamente (pertencemos a um minúsculo setor interno
dele) e não temos confronto de referência.

3. Na primeira o relojoeiro não é visto como 'criador de relógio' e sim como
pessoa (física, existente!) apta na confecção de um relógio, na segunda
aparece um Criador (com maiúscula - sem representação física ou existência)
ao qual não é associada a profissão de "universeiro" ou 'mundeiro' ou
equivalente.

4. Na primeira, o indefinido 'complexo' não se aplica (mecanismo de relógio
não tem absolutamente nada de complexo --- pode ser descrito num simples
parágrafo), na segunda o indefinido 'complexo' (posto pelo mesmo ser humano
que qualificou o mecanismo do relógio de complexo) aparece com outro
significado para opor-se ao 'acaso'.

Ao fim e ao cabo, uma frase evangélica como tantas outras ... sem cunho
lógico.

[]'
Léo




SUBJECT: Re: [ciencialist] Que tipo de falacia e' esta ?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 16/11/2000 15:49

Como vou respondendo as mensagem na ordem em que as leio, vi agora essa
resposta do João M^2. E me toquei que a pergunta é "tipo de falácia".
Acredito que a enquadraria no tipo Falácia Inconseqüente! (realmente prefiro
falácia evangélica :-))

[]'
Léo
=================

João M^2:
É realmente uma falacia. O que se está a dizer é algo do tipo:

A é complexo. A é artificial. B é complexo logo B é artificial.
Se os relógios e o universo partilham uma propriedade não decorre
daí que partilhem todas as outras propriedades.

Qual é o nome da falácia? Não sei... Falacia genética? Falacia da
generalização ?

João
http://www.nonio.com




*** --- ***
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ola deus!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 16/11/2000 15:56

-----Mensagem Original-----
De: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: quinta-feira, 16 de novembro de 2000 14:16
Assunto: [ciencialist] Re: Ola deus!


Luiz Ferraz Netto wrote:
> conhecidos: Einstein e Hawking.<
> Quem é Hawking?
> []'
> deus

>>Está explicado porque Hawking foi hospitalizado depois de levar uma
surra da esposa. Ele simplesmente foi ignorado por deus.<<

AAAAAhhhh...... a esposa eu conheço! E como! [:-)]
deus
===============






SUBJECT: Re: [ciencialist] Horas de sono x genialidade
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 16/11/2000 16:15

Assunto: Re: [ciencialist] Horas de sono x genialidade


Paulo,

>Eu li em algum lugar, que Newton quase nao durmia.<

Eu li em algum lugar (e parece-me que foi até convertido em lei) que eu fiz
uma Terra Plana.
Quanta coisa eu já li!
Já li até que "que Einstein dormia cerca de 12 horas de sono por dia"!
Veja, se ele dormia ...........sono.......... :-)
Esses meus assessores não dormem e não têm 12 horas de sono por dia, eu os
encaminho periodicamente ao braços de Morfeu! é uma orgia merecida!
[]'
deus






SUBJECT: Re: [ciencialist] relatividade
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 16/11/2000 16:20

Alberto Mesquita Filho wrote:
> No artigo comento alguma coisa a respeito, mas utilzando o que chamei uma
> visão clássica sofisticada (item 2.3). Deixando a sofisticação de lado,
> diria que os dois observadores, tanto pela relatividade clássica quanto
> moderna, vêem exatamente a mesma coisa, como se fosse um cano unindo as
> paredes do trem.
> Alberto

Sinto muito, mas mantenho a afirmação de que sua interpretação está
errada.

Você não isolou o observador 2, o que vc interpretou a visão do
observador 2 pelo que o observador 1 viu. Isto está errado. O observador
2 verá a luz em diagonal, como havia afirmado antes.

==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
==========================================================


SUBJECT: Re: [ciencialist] relatividade
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 16/11/2000 17:14

-----Mensagem Original-----
De: "TARCISIO BORGES"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Quinta-feira, 16 de Novembro de 2000 16:20
Assunto: Re: [ciencialist] relatividade

> Sinto muito, mas mantenho a afirmação de que sua interpretação está
> errada.
> Você não isolou o observador 2, o que vc interpretou a visão do
> observador 2 pelo que o observador 1 viu. Isto está errado. O observador
> 2 verá a luz em diagonal, como havia afirmado antes.

Pergunto então se esta sua visão seria uma visão relativista (no sentido
moderno do termo) ou clássica ou, ainda, ambas.

Se relativista (moderna), deixo a questão aos relativistas modernos, apenas
acho que eles não irão concordar contigo. Mas se clássica (ou ambas), sugiro
que responda-me à seguinte questão.

No trem existe um cano (onde pode eventualmente estar havendo um fluxo de
água, se quisermos fazer uma analogia com o fluxo de alguma coisa
responsável pelo evento luz). Este cano é visto pelo observador 2 como
mostrado na figura abaixo. A fonte de água está oculta mas admita que está
situada no próprio trem (não há necessidade de complicar, a esse respeito).

| |
| ___________|
| ___ cano ___|
| |
| |
| |
| |
| a b c |

Qual seria a obliquidade do cano caso o observador 2 (em movimento em
relação ao trem) estivesse ora em a, ora em b e ora em c (mantendo sua
velocidade em relação ao trem). Seria igual em todos os casos? Ou cada um
veria o fenômeno de maneira diferente! Mas... O referencial não seria o
mesmo? E se o cano fosse de vidro permitindo a observação de um pequeno
volume de corante injetado na água? Qual será a trajetória deste pequeno
volume na visão deste observador em a, b ou c? Seria oblíqua em que direção?
Ou seria diferente em cada caso?!

Pense agora neste elemento de volume como uma rajada de metralhadora que
entrou obliquamente no trem e que para o observador 1 assumiu a direção
perpendicular à parede do trem. Como o observador 2 enxergará a trajetória
das balas e/ou o feixe de balas? O problema é eminentemente clássico, ainda
que comporte interpretações relativistas (modernas).

A única coisa que pode não ser clássica no problema original é o conceito de
luz e as considerações relacionadas ao conceito de velocidade limite.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re:Dawkins Antropocentrico? - 2
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO:
DATE: 16/11/2000 17:20

Manuel Bulcao wrote:

> a sua conduta. A história comprova: se homem é um produto do meio, o
> meio em que ele vive é, por sua vez, em larga medida, um produto da
> sua atividade. Ao modificar o meio, o homem modifica a si mesmo. Se o
> "eu" fosse genes + memes e nada mais além, encontraríamo-nos até
> hoje, e para sempre, na idade da pedra lascada.

Nao concordo.
Talvez vc nao tenha entendido o conceito e memes.
Vamos fazer a analogia do homem com um computador.

No computador, seu Hardware ( memoria, processador etc..) seria analogo
ao produto de nossos genes. Uma vez que as intrucoes que formam nosso
corpo fisico estao contidos nos genes, podemos entao abstrair e
considerar
o proprio corpo como uma manifestacao direta dos genes.

Claro que eh uma simplificacao pois os genes sozinhos nai produzem
corpo. Eles (genes) precisam de um ambiente para q seu codigo possa ser
expresso formando o corpo. O proprio desenvolvimento do corpo depende
em grande parte do ambiente. Mas, considerando um ambiente "medio", ou
ideal,
o corpo vai ser expresso segundo seu genotipo.

Alem disso o computador para se inicializar precisa de um pequeno
programa embutido em seu hardware ("bootstrap-loader") para que ele
possa carregar o sistema operacional e entao estar pronto
para executar o SOFTWARE.

Podemos entao considerar o programa inicializador (bootstrap) como
fazendo
parte do hardware e a analogia a isto teremos nossos instintos.

Assim, os instintos seriam comportamentos herdados e tambem codificados
em nossos genes, fazendo parte de nosso Hardware.

O computador opera atraves de codigos chamados de Softwares ou programas
e isso nos humanos seria o equivalente aos MEMES. Ou seja, o que nos
colocamos em nosso cerebro sao memes. Isso equivale ao software do
computador.

Mas o computador, dependendo do software, tambem pode gerar novas
informacoes inclusive softwares !

Nos tambem podemos gerar novos memes que poderao nos "operar" assim
como os programas fazem um computador processar.


Assim o computador eh basicamente constituido por hardware e software.
Equivalentemente nos nao somos outra coisa alem de genes e memes.
( considerando o fenotipo (corpo) como uma manifestacao direta de nossos
genes)

Claro q o computador, para operar, precisa de energia eletrica, ou seja,
em ultima instancia, do ambiente. Nos tambem nao vivemos sem um
ambiente.

O computador opera com dados que sao introduzidos nele ( via teclado,
por
exemplo) os chamados "INPUTS" que vem de fora dele, do meio ambiente e
entra
em sua memoria para processamento.

Nos tambem reagimos ao ambiente que tambem pode alterar nossos memes.

Bom... eh uma analogia. Embora creia q sejamos computadores biologicos,
os computadores de silicio atuais nao sao ainda tao flexiveis
e criativos como nos.

Vemos assim q o EU eh dinamico. Contudo, uma "foto instantanea"
ou o estado atual de nosso "eu" pode ser definido como o conjunto
de memes + genes naquele instante.


>.. Tais sistemas auto-referentes são capazes de "escolher", isto é, de
> decidir deliberadamente entre este, aquele ou aquele outro estados
> possíveis. Fica, porém, uma pergunda no ar: -- o que determina a
> escolha quando as opções são igualmente boas? :-)

As palavras "capacidade de escolher" implica em livre arbitrio?
Nao necessariamente : Um computador enxadristico escolhe uma jogada
entre muitas e nem por isso dizemos q ele possui livre arbitrio.

O mesmo poderia ser dito de nos, humanos, se o determinismo classico
imperasse.
Devemos ter em mente, se quisermos filosofar sobre livre arbitrio ou
liberdade,
que nossa capacidade de escolha, nossa vontade, poderia ser
univocamente
determinada pelas leis fisicas. Poderiamos dizer entao q somos livres?

Acredito q o conceito filosofico de liberdade , de livre arbitrio, sera
mais
util se a definirmos como uma sensacao do estado neurologico do que um
conceito atrelado na possibilidade ( ou nao ) de se determinar o estado
futuro de um sistema complexo.



>
> João - "todo comportamento visa à perpetuação dos genes" é falseavel.
> Basta que você encontre um comportamento que não conduza a esse
> objectivo. Quando se afirma que "todo comportamento visa à
> perpetuação dos genes" está-se a partir do principio de que esse
> comportamento foi afinado ao longo de milhões de anos de evolução. No
> entanto a cada geração surgem novos comportamentos que não passaram
> pelo crivo da evolução. "todo comportamento visa à perpetuação dos
> genes" é um bom instrumento para interpretar a realidade, mas apenas
> num sentido geral. Há excepções.
>
> Manuel - "...no entanto a cada geração surgem novos comportamentos
> que não passaram pelo crivo da evolução." Muito bom esse seu
> argumento. Mas te pergunto: e a asserção "todo comportamento que
> passou pelo crivo da seleção natural visa à perpetuação dos genes",
> tal enunciado é falseável?

Percebo aqui o nosso velho e conhecido erro teleonomico.
(O takata me surrou as cancaras ateh eu aprender isso!)

Veja bem, os comportamentos soh irao *visar* a perpetuacao dos genes
se o individuo for um Genista ( seguidor do Genismo ). Neste caso
ele agira VISANDO a perpetuacao de seus genes.

Caso contrario nao. As pessoas, tais quais os animais ditos irracionais,
agirao,em geral, e se comportarao segundo o criterio de maximizacao do
prazer.

Isto eh, a selecao natural filtrou os comportamentos que se adequavam
aa perpetuacao genetica. Existe uma diferenca : A selecao nao visava a
perpetuacao genetica e sim os comportamentos que NAO perpetuassem genes
eram extintos, sobrando apenas aqueles que tinham esta caracteristica.

Uma vez corrigido o erro e, se encararmos o verbo "visar" sem o sentido
teleonomico e sim no sentido (que eu costumo usar) de "com a
caracteristica
de ter", a questao pode ser respondida.
E assim eu diria q a maioria *esmagadora* dos comportamentos sofre maior
ou
menor influencia desta caracteristica gene-perpetuativa sim.
Mas nao TODO comportamento.

>
> João -Há uma ideia semelhante em relação à teoria das evolução: A
> teoria da evolução das espécies baseia-se no principio de que 'os
> mais aptos sobrevivem'. Este principio não é falsificável porque
> 'aptos' é equivalente a 'sobreviventes'.
>
> Manuel - Foi por isso que Popper considerava o darwinismo uma
> tautologia. Não o considerava também uma ciência, mas um "programa
> metafísico de pesquisa."


Um dos grandes erros da interpretacao Darwinista, q eu vejo, eh
considerar
a sobrevivencia do individuo como o grande trunfo. Nao eh !.

O sucesso evolutivo esta na perpetuacao genetica no sentido de fazer
os seus genes terem a maxima sobrevida possivel. E isso pode implicar a
morte
prematura: O gafanhoto se sacrifica para passar seus genes aa gafanhota.
O mesmo ocorre com alguma especies de aranha. Ou numa luta mortal
entre machos na disputa por uma femea. Ou ... Ou na auto-infeccao para
provar que sua vacina eh eficaz.

O Darwinismo fala da "sobrevivencia do mais apto".
Ok, ok, vamos supor q o que mais sobrevive eh o q mais perpetue genes.

Se traduzirmos "apto" por "aquele que sobrevive", realmente fica algo
ciclico.
Mas, se traduzirmos "apto" por aquele que tem caracteristicas de
perpetuar
seus genes, entao a "sobrevivencia do mais apto" quer dizer :
sobrevivencia
diferencial dos genes daqueles que os portem.
Isto eh, um ser com genes que levem a fenotipos com caracteristicas
gene-perpetuativas devem ter um aumento em sua frequencia relativa
na populacao. Ufa!

[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] relatividade
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 16/11/2000 17:57

Alberto Mesquita Filho wrote:
> Pergunto então se esta sua visão seria uma visão relativista (no sentido
> moderno do termo) ou clássica ou, ainda, ambas.

Este experimento não tem nada a ver com a teoria da relatividade, a
mecânica envolvida é puramente clássica e envolve o princípio da
relatividade usado por Galileu.

Fiz uma página em Flash (versão 5, era a única que eu tinha) para quem
quiser ver o que realmente acontece com o feixe de luz. O flash não tem
nem 5 KB, portanto vale a pena, apenas é necessário o plugin.

http://lab.bsi.com.br/tborges/relatividade.html

Agora, se a questão é calcular a velocidade da luz nos dois casos,
obviamente cai na teoria da relatividade.

[]s
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TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
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SUBJECT: Re:Re: [ciencialist] Quimica.
FROM: "JH Home Page" <jh-hp@ieg.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 16/11/2000 19:05

QUE BOM!! eh até melhor flar sobre cosmologia e astronomia do q sobre
quimica!! Eu tow sem inspiração agora sobre qual assunto podeiramos falar???

Ah! eu tow fazndo uma page sobre astronomia, cosmologia.. tudo ligado a
isso, para ela entrar no ar só falta o conteudo. se vc quizer fzer um texto
sobre alguma coisa eu posso kolokar ess texto no site com seu nome ou e-mail
ou site... sei lah...

bye



SUBJECT: Que tipo de falacia e' esta ?
FROM: "Marcelo Barbosa" <embs@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 16/11/2000 22:39

>Paulo Sérgio Dias wrote:
>
>>
>> "Assim como ao olhar-se para um
>> relogio sabemos que deve existir o
>> relojoeiro, pois seu mecanismo
>> complexo nao poderia ter sido
>> formado ao acaso, tambem ao
>> observarmos o Universo temos
>> de admitir a existencia de
>> um Criador, pois da mesma
>> forma o conjunto complexo do
>> Universo nao poderia ser
>> obra do acaso"
>>
>> - Pergunta:
>>
>> - Ha' algum tipo de falacia escondido
>> nessa frase ? Ou a frase em si,
>> em termos de logica, e' aceitavel ?


Para conhecer melhor sobre o assunto, recomendo o livro "The Blind
Watchmaker" (O Relojoeiro Cego), de Richard Dawkins. Nesse livro,
Dawkins tenta explicar como é possível que a evolução tenha tornado
possível, "ao acaso", que tais coisas "complexas" existam. Do autor,
também há o "A Escalada do Monte Improvável", sobre o mesmo assunto.

Marcelo Barbosa




SUBJECT: show do milh�o
FROM: "Andre R. D. Baptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 16/11/2000 23:05

Olá pessoal,

Alguém sabe o significado exato da palavra "liquefação", e se ela tem
um sentido físico estrito para denominar uma transição de fase?

Procurei em dois dicionários on-line e a resposta é que pode ser tanto
uma passagem gás-líquido (condensação) , quando sólido líquido
(fusão).

Pesquisei em alguns sites de ciências e não obtive uma resposta
conclusiva.

O motivo é que isso foi perguntado no "show do milhão" (confesso, eu
assisto)

o concorrente respondeu "sólido para líquido" enquanto a resposta
considerada correta foi "gasoso para líquido".

Parece que as duas questões estão certas. Agora precisamos ver se o
concorrente vai recorrer de algum modo.

abraços,

André Baptista


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] relatividade
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 16/11/2000 23:53

-----Mensagem Original-----
De: "TARCISIO BORGES"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Quinta-feira, 16 de Novembro de 2000 17:57
Assunto: Re: [ciencialist] relatividade


> Fiz uma página em Flash (versão 5, era a única que eu tinha) para quem
> quiser ver o que realmente acontece com o feixe de luz. O flash não tem
> nem 5 KB, portanto vale a pena, apenas é necessário o plugin.
> http://lab.bsi.com.br/tborges/relatividade.html

A experiência é exatamente a mesma descrita originalmente, apenas que vista
por um observador exterior ao trem (nós, por exemplo). Perceba no entanto
que independente de se tratar do observador 1 ou 2, e desde que estejam
dentro do trem, terão a nítida impressão de que o feixe de luz que entra no
trem atinge a parede oposta ao orifício *exatamente* em oposição ao orifício
mas do outro lado da parede (para nós seria equivalente a dizer na mesma
altura do gráfico que eu apresentei, ainda que não no seu - vide o feixe que
representei em vermelho no gif animado ou figura 2). Aliás, a barra
vermelha, que aparece na sua versão "Obs 1", deixa isso muito bem claro.
"Tudo se passa", para ambos observadores, como se este pequeno feixe de luz
estivesse andando dentro de um cano de espessura igual ao orifício. E, se
realmente for um cano, a luz sairá pelo outro lado do trem, exatamente da
maneira que saiu no seu esquema (nota dez pelo esquema).

O problema é: admita que os dois observadores não sabem se a luz está
entrando pelo orifício, vinda de fora, ou saindo de uma lanterna presa à
parede do trem. Certamente são condições diferentes e acredito ser possível
experimentalmente descobrir se a fonte de luz está em repouso em relação ao
trem ou em movimento. Minha dúvida é se a relatividade moderna aceitaria
esta distinção experimental. Parece-me que não pois, como já disse, isso
provavelmente iria implicar numa necessidade de reinterpretação da
experiência que levou Einstein ao seu princípio da equivalência. Aliás, se
pensar no seu argumento de que a luz segue uma direção obliqua, então diria
também que, no caso do elevador de Einstein, em que existe uma aceleração, a
luz não se curva e portanto essa história de espaço curvo seria ficção (o
que eu realmente acho que é, mas por outro motivo). Mas a esse respeito
prefiro parar por aqui pois a cada vez que digo o que penso sobre a física
moderna "ganho" um inimigo. Infelizmente os físicos modernos são muito
sensíveis para o meu gosto e acho que deveriam deixar de ler Khun e ler
alguma coisa de Popper (que por sinal era também um físico de mão cheia e
aceitava a física moderna, ainda que defendesse o realismo).

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] relatividade
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 17/11/2000 05:12


> http://lab.bsi.com.br/tborges/relatividade.html
>
> Agora, se a questão é calcular a velocidade da luz nos dois casos,
> obviamente cai na teoria da relatividade.
>
Legal o seu esquema Tarcisio, deixou o problema bem claro.

Vou propôr um experimento (conhecido, não é idéia minha) se vc quiser
fazer uma animação pode ficar legal, se não pelo menos ilustra o erro
comum que se faz com a velocidade da luz.

Imaginemos um feixe de laser sobre uma bancada giratória. Suponhamos
que o laser esteja ligado e a velocidade angular da bancada seja W. Na
construção, cerca-se a bancada por uma parede circular branca com um
raio (R) muito grande. O que veremos será um ponto de luz violeta (meu
laser é violeta, e daí? :P ) girando na parede.

Qual a velocidade do pontinho de luz? Resposta: W x R.
Qual a velocidade máxima que esse ponto pode assumir? Resposta:
Ilimitada (maior que c).

A experiência está correta, o laser emite onda eletromagnética, luz.
O ponto é um pontinho de luz mesmo, sem truques.
Um referencial pode ver o ponto passar em A e depois em B e outro pode
ver passar em B antes de A se WxR for maior que c (vel da luz no vacuo).

Estaria então a relatividade especial errada?

R: Não, este "pontinho" não transmite energia, não transmite,
portanto, informação. Consequentemente este pequeno ponto não é uma
partícula ou qualquer coisa física de fato, é uma construção apenas.
Podem existir "coisas" que viajam com velocidade maior do que a da luz
mas não se pode transmitir energia a essa velocidade, esse é de fato o
postulado da relatividade. Para quem não aceitou a direção de propagação
do pontinho, imagine que o laser queima. Se vc colocar a sua mão no
aparato ela será queimada na direção radial e não na direção do
movimento da bolinha, tangencial.

Isto é um exemplo de construções como a feita pelo Alberto, por aquele
cano passa uma "luz" que não é física, é como esse pontinho. A luz, onda
eletromagnética que transmite energia, está se propagando na direção
oblíqua, como bem mostrou o Tarcísio e 35 mil experiências comprovam que
a velocidade desta luz de verdade é sempre c. Um modo bonito de se ver
isso, é pensando que cada feixe tem uma cor, i.e., o comprimento de onda
emitido pela fonte varia com o tempo. Vc verá um arco-íris no tubo mas
um fóton, que tem uma cor definida, não viajará de um lado a outro do
cano.

um abraço, Eduardo.


SUBJECT: Re: [ciencialist] show do milh�o
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 17/11/2000 06:55

Apesar de todo esse 'Champolion' abaixo ........

Sublimação ==> passagem direta de sólido para gasoso ou vice-versa;
Fusão ==> passagem do estado sólido cristalino para o estado líquido;
Cristalização ==> passagem do estado líquido para o sólido cristalino
(solidificação)
Vaporização ==> passagem de líquido para vapor (admitindo 3 variantes:
ebulição, evaporação e calefação);
Liquefação ==> passagem de vapor para líquido
Condensação ==> passagem do estado gasoso para o líquido

[]'
Léo
=================
-----Mensagem Original-----
De: Andre R. D. Baptista <andrebaptista@uol.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: quinta-feira, 16 de novembro de 2000 23:05
Assunto: [ciencialist] show do milhão


Ol=E1 pessoal,

Algu=E9m sabe o significado exato da palavra "liquefa=E7=E3o", e se ela tem
um sentido f=EDsico estrito para denominar uma transi=E7=E3o de fase?

Procurei em dois dicion=E1rios on-line e a resposta =E9 que pode ser tanto
uma passagem g=E1s-l=EDquido (condensa=E7=E3o) , quando s=F3lido l=EDquido
(fus=E3o).

Pesquisei em alguns sites de ci=EAncias e n=E3o obtive uma resposta
conclusiva.

O motivo =E9 que isso foi perguntado no "show do milh=E3o" (confesso, eu
assisto)

o concorrente respondeu "s=F3lido para l=EDquido" enquanto a resposta
considerada correta foi "gasoso para l=EDquido".

Parece que as duas quest=F5es est=E3o certas. Agora precisamos ver se o
concorrente vai recorrer de algum modo.

abra=E7os,

Andr=E9 Baptista


[As partes desta mensagem que n=E3o continham texto foram removidas]



*** --- ***
Vote na decisao para configuracao da lista. Mensagens somente texto ou HTML=
Para isso use o endereco:
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SUBJECT: Re: [ciencialist] show do milh�o
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 17/11/2000 07:08

Complementando: só faltava o sirvosanto ou equipe [ou quem vê o programa
:-)] saber a diferença entre gás e vapor!
[]'
Léo
==============
-----Mensagem Original-----
De: Luiz Ferraz Netto <leo@barretos.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: sexta-feira, 17 de novembro de 2000 06:55
Assunto: Re: [ciencialist] show do milhão


Apesar de todo esse 'Champolion' abaixo ........

Sublimação ==> passagem direta de sólido para gasoso ou vice-versa;
Fusão ==> passagem do estado sólido cristalino para o estado líquido;
Cristalização ==> passagem do estado líquido para o sólido cristalino
(solidificação)
Vaporização ==> passagem de líquido para vapor (admitindo 3 variantes:
ebulição, evaporação e calefação);
Liquefação ==> passagem de vapor para líquido
Condensação ==> passagem do estado gasoso para o líquido

[]'
Léo
=================




SUBJECT: Stress
FROM: "Aline Bornausem" <alinecaps@bol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 17/11/2000 10:47

Simplesmente:

http://www.globalsoftware.com.br

Eu falei que você sairia do Estresse...



SUBJECT: Re: [ciencialist] relatividade
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 17/11/2000 13:17

Alberto Mesquita Filho wrote:
> A experiência é exatamente a mesma descrita originalmente, apenas que vista
> por um observador exterior ao trem (nós, por exemplo). Perceba no entanto
> que independente de se tratar do observador 1 ou 2, e desde que estejam
> dentro do trem, terão a nítida impressão de que o feixe de luz que entra no
> trem atinge a parede oposta ao orifício *exatamente* em oposição ao orifício
> mas do outro lado da parede (para nós seria equivalente a dizer na mesma
> altura do gráfico que eu apresentei, ainda que não no seu - vide o feixe que
> representei em vermelho no gif animado ou figura 2).

Vc continua pisando no mesmo tomate, o fato do feixe de luz atingir o
obstáculo exatamente em oposição à abertura não significa que o
observador 2 verá o tubo perpendicular às paredes do trem, o cérebro
dele pode interpretar como sendo perpendicular, mas não é isso que ele
vê. É como desenhar uma maçã, vc pode desenhar o logo da Apple ou ou
realmente representá-la na perspectiva correta. O segundo é o que se vê,
o primeiro é o que o cérebro interpreta.

> O problema é: admita que os dois observadores não sabem se a luz está
> entrando pelo orifício, vinda de fora, ou saindo de uma lanterna presa à
> parede do trem. Certamente são condições diferentes e acredito ser possível
> experimentalmente descobrir se a fonte de luz está em repouso em relação ao
> trem ou em movimento. Minha dúvida é se a relatividade moderna aceitaria
> esta distinção experimental. Parece-me que não...

Na verdade pode sim. Como já disse, esta experiência não tem a ver com a
teoria da relatividade e pode ser tratada com mecânica clássica e sem
erros.

> Aliás, se
> pensar no seu argumento de que a luz segue uma direção obliqua, então diria
> também que, no caso do elevador de Einstein, em que existe uma aceleração, a
> luz não se curva e portanto essa história de espaço curvo seria ficção (o
> que eu realmente acho que é, mas por outro motivo).

Uma coisa não tem nada a ver com a outra. Caso o trem estivesse
acelerado, o obsevador 1 veria a luz curva e o observador 2 a veria reta
como sempre.

> Mas a esse respeito
> prefiro parar por aqui pois a cada vez que digo o que penso sobre a física
> moderna "ganho" um inimigo.

Se você resolve mostrar o seu belo telhado de vidro para todo mundo,
então é bom estar preparado para levar pedrada. Se os outros se ofendem
por que vc defende uma idéia diferente da deles, então o problema é
deles.

==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
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SUBJECT: Re: [ciencialist] relatividade
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 17/11/2000 13:30

Eduardo Gueron wrote:
> Imaginemos um feixe de laser sobre uma bancada giratória. Suponhamos
> que o laser esteja ligado e a velocidade angular da bancada seja W. Na
> construção, cerca-se a bancada por uma parede circular branca com um
> raio (R) muito grande. O que veremos será um ponto de luz violeta (meu
> laser é violeta, e daí? :P ) girando na parede.
>
> Qual a velocidade do pontinho de luz? Resposta: W x R.
> Qual a velocidade máxima que esse ponto pode assumir? Resposta:
> Ilimitada (maior que c).

Posso propor um exercício mental. Você está com um amigo e tem uma bola
de volei, ficam a uma distância qualquer e vc joga a bola para o seu
amigo, então dá um giro sobre seus calcanhares e vê o amigo antes que
ele pegue a bola. É isso que acontece com o laser, ele vai se curvar até
formar espirais (obviamente cada fóton segue em linha reta na velocidade
"c"), ele pode mandar um novo quanta de luz antes que o primeiro quanta
tenha atingido o alvo.

==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
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SUBJECT: Re: [ciencialist] relatividade
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 17/11/2000 17:30

-----Mensagem Original-----
De: "TARCISIO BORGES"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Sexta-feira, 17 de Novembro de 2000 13:17
Assunto: Re: [ciencialist] relatividade


> Vc continua pisando no mesmo tomate, o fato do feixe de luz atingir o
> obstáculo exatamente em oposição à abertura não significa que o
> observador 2 verá o tubo perpendicular às paredes do trem, o cérebro
> dele pode interpretar como sendo perpendicular, mas não é isso que ele
> vê.

> Como já disse, esta experiência não tem a ver com a
> teoria da relatividade e pode ser tratada com mecânica clássica e sem
> erros.

Caro Tarcísio

Concordo plenamente contigo, apenas não sei se estou pisando num "tomate"
clássico ou relativístico. E creia-me, eles não são iguais. Tudo o que você
afirma é correto do ponto de vista clássico e no meu artigo original
utilizei-me deste argumento (o de um elemento de volume do feixe de luz
seguir uma orientação oblíqua, ainda que o feixe aparentasse sempre ser
perpendicular à parede) quando tentei distinguir o que chamei "uma
interpretação clássica ingênua" de "uma interpretação clássica não ingênua".

Sua interpretação, que como você afirma, é clássica, concorda com o que
denominei "não ingênua". Ótimo, você está classicamente certo. E não vejo
discordância alguma entre nossa maneira de pensar a respeito. Mesmo se
estivéssemos estudando um cano a transportar água, diria que o cano, como
uma estrutura rígida, desloca-se, para o observador 2, numa velocidade v no
sentido do movimento do trem; não obstante, as moléculas de água deslocam-se
na oblíqua, conforme seu desenho para a luz. O cano não se deforma (deixemos
o que chamei "visão sofisticada" de lado, pois trata-se de outro assunto
paralelo e no momento sem importância para o que estamos discutindo).


> Se você resolve mostrar o seu belo telhado de vidro para todo mundo,
> então é bom estar preparado para levar pedrada. Se os outros se ofendem
> por que vc defende uma idéia diferente da deles, então o problema é
> deles.

Talvez você tenha razão. Então vamos aproveitar que você chegou à solução
clássica do problema para reapresentar o "aparente" paradoxo que citei na
mensagem 4800 da Ciencialist de 1 de junho de 2000 (seguida das msgs 4802,
4803, 4804 e 4808). A situação é um pouquinho diferente. Aliás, é bem mais
simples (não existe trem nem fontes externas ao trem) mas deixa claro
porque não posso transpor essa interpretação clássica para a relatividade
moderna. Ainda que o paradoxo apresentado, a meu ver, não tenha sido
devidamente solucionado, você poderá notar que foram feitos alguns
comentários preliminares e, nos aspectos essenciais, não discordam da minha
interpretação. Quem sabe você ou o Eduardo possam apresentar uma solução
convincente.

Para facilitar, coloquei um mapa da thread em meu site uol onde também
postei "as minhas" mensagens (assim elas entram mais rápido). Para as demais
deixei apenas o link que entra diretamente na página respectiva da
ciencialist. O mapa da thread está em
http://sites.uol.com.br/albmesq/Dialogos/rdd.htm.

Obs.: Os links da tabela em anexo (Conheça o ECC) não estão funcionando.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] relatividade
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 17/11/2000 18:01

Caro Alberto Mesquita

Abri sua mensagem na página [
http://sites.uol.com.br/albmesq/Dialogos/varios/ci4800.htm ] e fiquei em
dúvida quanto a segunda imagem. Percebi que na primeira imagem o
observador M está se movendo de cima para baixo no gráfico. Mas vc não
define o que são os ponto vistos na figura 2.

Imagino que o seu erro ainda incorra em associar a visão de um
observador à visão do outro e não o que cada um vê independentemente. O
mérito da teoria da relatividade é calcular as características de
movimento de um objeto qualquer do ponto de vista de um outro objeto
qualquer, estando os dois objetos em qualquer situação de movimento e
com visões independentes do que acontece com o outro.

==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
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SUBJECT: Re: show do milhão
FROM: "Andre R. D. Baptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 17/11/2000 18:39

Olá Leo,

> Liquefação ==> passagem de vapor para líquido
> Condensação ==> passagem do estado gasoso para o líquido

Tem certeza que não é o contrário?? No aurélio consta que liquefação é
gasoso para líquido.

Assim o Senhor Abravanel estaria certo, afinal.

O que forma no vidro do meu Calhambeque é Condensação ou Liquefação?

Abraços,

André Baptista








SUBJECT: Apresentando a teoria
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 17/11/2000 18:41

II - APRESENTANDO A TEORIA

Alberto Mesquita Filho

Para dúvidas, emendas, considerações, críticas, debates,
quebra-paus, etc, favor atender a solicitação do Luiz. Não
reproduzam toda esta msg mas apenas os tópicos que se
fizerem necessários. Lembro que as msgs estão sendo
escritas no dia-a-dia e portanto não estão sendo sujeitas a
uma correção rigorosa. Portanto, não interpretem esta msg
como um artigo de revista e/ou de anais de congresso.


Teoria é um conjunto de hipóteses coerentemente interligadas, tendo por
finalidade explicar, elucidar, interpretar ou unificar um dado domínio do
conhecimento. Comecemos então por este último aspecto, passando a seguir
para as hipóteses.

1, Domínio do conhecimento

A que domínio do conhecimento pertence a teoria que estou pretendendo aqui
apresentar. Nos preâmbulos (msg 6859, "Quatro em uma", de 15/11/00) cheguei
a dizer que a teoria a ser apresentada é abrangente e relaciona-se à
natureza íntima da matéria. Não obstante, iria começar pela parte melhor
axiomatizada e, na primeira msg (6866), tentei evoluir por esta linha,
tecendo então considerações históricas sobre o que chamei "teoria dos
fluidos elétricos de Maxwell". Podemos então, por ora, situar a teoria, ou
esta parcela a ser apresentada, como relativa a eletromagnetismo.

Aliás, devemos tomar certos cuidados ao falarmos em domínio de conhecimento
de uma teoria. Para alguns, a teoria de Maxwell, que sabemos não ser apenas
de Maxwell, mas é assim que ela é conhecida nos meios universitários, seria
uma teoria de campos. Creio que Maxwell não concordaria muito com esta
classificação pois no prefácio da edição de 1873 do Tratado em que apresenta
a teoria chega a subdividí-la em três partes principais, além de outras
subdivisões. Durante todo o transcorrer de seu discurso deixa também
transparecer que sua teoria é muito mais do que uma simples teoria de campo.
Diria então que existe uma "teoria" de Maxwell e existe uma "disciplina" dos
cursos atuais de física, chamada Eletromagnetismo (ou algo equivalente) e
que começa pelas equações de campo da teoria de Maxwell. Não obstante, para
que o aluno adquira o direito de cursar esta "disciplina de campo" num curso
normal de física ele deverá aprender o be-a-bá da "teoria de Maxwell" em
disciplinas outras, pre-requisitos para a primeira citada.

Com grande freqüência chego a ser interrogado sobre como classificaria este
componente eletromagnético de minha teoria. Seria uma teoria de campo? Seria
uma teoria sobre elétrons? Seria uma teoria eletromagnética? Seria uma
física de partículas elementares? Seria uma teoria relativista clássica?...
Ainda que julgue importante este esclarecimento, não sei em que é que isso
afetaria a crítica em si mas parece-me que os críticos não pensam assim.
Como estou prestes a apresentar aqui as hipóteses da teoria, creio ser esta
uma boa hora para esclarecermos este ponto.

A considerarmos as opiniões de terceiros, as poucas vezes que minha teoria
chegou a ser classificada na Internet, ela foi citada ou junto a outras
relativas a física de partículas elementares [por exemplo, "Weburbia", do
Reino Unido (no momento com as páginas de teorias alternativas desativadas),
e "Borderlands of Science", da Alemanha, em pleno funcionamento - neste a
minha teoria é citada na página "Teilchenphysik", no URL
http://www.borderlands.de/linklist.php3?a=list&c=7&Section=physics] ou então
na categoria eletromagnetismo [vide "Theoretical Physics" (EUA) no URL
http://research.spinweb.com/sites/electromagnetism.htm ou "Ecos da Ciência"
(Portugal) no URL http://members.nbci.com/_XMCM/Ogi_Mini/Ecos3201.htm].

Não obstante, costumo dizer que a minha teoria relativa ao elétron nada mais
é senão uma teoria de comunicação. E comunicação de partículas elementares
responsáveis pelo (e/ou relacionadas ao) que chamamos efeitos elétricos e
magnéticos. E por ser uma teoria de comunicação, deve comportar hipóteses
relativas aos seres que se comunicam (emissor e receptor), bem como ao
agente da comunicação (informações, no caso eletromagnéticas) e à maneira
como esse agente ou esta informação é emitida e como trafega pelo espaço
entre o emissor e o receptor. Qualquer tentativa de chamarmos partes desta
teoria como estudo de campos, não apenas retrata uma certa artificialidade
(pois a informação pode ser pensada como algo concreto, mesmo quando não a
conhecemos, enquanto o campo é uma entidade abstrata e/ou artefactual - na
realidade é um construto de alto nível), como também representa uma
simplificação desnecessária. Não obstante, e para efeitos práticos --haja
vista que a teoria da informação e/ou da comunicação ainda é uma criança na
seara dos físicos, conforme citado por Schenberg (Pensando a Física)--
podemos dizer que a teoria relaciona-se, dentre outras coisas, tanto ao
estudo de campos, quanto ao eletromagnetismo (pensado como um todo e não
puramente como disciplina) e à física de partículas.

2. Hipóteses básicas

Dizem os teóricos da teorização que as hipóteses de uma teoria devem ser
simples e em número reduzido. Tanto melhor estará a teoria axiomatizada
quanto mais atender a esses dois requisitos. Uma teoria de comunicação entre
seres semelhantes (por exemplo, elétrons/prótons) deve a meu ver ter pelo
menos 4 hipóteses:

1) uma hipótese relativa aos seres que se comunicam, incluindo, se
possível, dados relativos à estrutura geradora do que será
comunicado (hipótese 1);
2) caso haja ação a distância, uma hipótese relativa à emissão e ao meio
situado entre os seres que se comunicam (hipótese 2);
3) uma hipótese relativa ao agente do que é comunicado (ou emitido) e a
como ele se apresenta neste meio intermediário (hipótese 3); e
4) uma hipótese relativa à recepção ou a como o agente do que é
comunicado exerce sua ação (hipótese 4).

As hipóteses estão em
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/Eletron/eletron22.htm e
comentários em
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/Eletron/eletron23.htm.
Abaixo elas estão ligeiramente simplificadas e com comentários outros e de
maneira bem reduzida.

Tais hipóteses são:

1) H-1: O Elétron Matemático: O elétron (proton) pode ser representado
matematicamente por sua posição P, em relação a um dado
referencial, e por um vetor w, estando este último relacionado à
estrutura interna do elétron (próton).

Alguns comentários sobre críticas já recebidas não só aqui na Ciencialist
como também em outros locais e que relacionam-se com o conteúdo de H-1:

Não há como compatibilizar esta hipótese com a física moderna. Logo, não
esperem encontrar nada de física moderna em minha teoria. É incrível a falta
de percepção de alguns críticos que mesmo após aceitarem para discussão a
hipótese acima apresentada tentam me convencer, por outras vias, que a
teoria que apresento vai contra a física quântica. Outros chegam a dizer que
o vetor w, que afirmo estar relacionado à estrutura interna do elétron, sem
me comprometer excessivamente, pelo menos nesta etapa, com o que seria a
estrutura íntima deste elétron, "não poderia" significar um giro do elétron
pois isso não seria permitido pela física quântica. E gastam seu português,
e também seu inglês, tentando me convencer que o "spin" da física quântica
não significa giro e nem poderia ser representado por um vetor, pois é uma
grandeza "spinorial". E eu com isso? Tudo bem! Se estiverem afim de aparecer
e acharem que é bonito mostrar para os outros que conhecem física quântica,
exponham aqui na Ciencialist e/ou em outros locais da Usenet seus
conhecimentos, mas não passem por ignorantes em lógica e/ou em metodologia
científica.

2) O Elétron emissor: O elétron (próton) emite, para o espaço
circunvizinho, informações eletromagnéticas, as quais polarizam
este espaço.

Seria interessante enfatizar que "informação eletromagnética" não é
sinônimo de "onda eletromagnética". Por outro lado, estou aqui assumindo a
existência de algo totalmente diferente do éter dos físicos do século
passado. Ou seja, estou assumindo a existência de alguma coisa "imaterial" a
se propagar no espaço vazio. Mas isso não seria um éter pois o éter seria o
meio e não o que se propaga no meio; e este meio seria um nada, ou seja,
meramente o espaço (portanto, na minha teoria, a existência do éter não é
postulada - não digo que não exista, digo apenas que parece ser um meio
totalmente desnecessário).

Essa idéia de entidade imaterial propagando-se pelo vazio e simulando um
campo de forças é de Newton e foi abandonada por seus seguidores e
substituída pela malfadada "ação à distância não intermediada por nada",
coisa que muitos aceitam ainda hoje, admitindo-a erroneamente como algo
proposto inicialmente por Newton.

Esta hipótese 2 parece-me ser, por si só, incompatível com a teoria da
relatividade moderna. Portanto não esperem que minha teoria compatibilize-se
com a teoria da relatividade de Einstein nem com nenhuma outra de suas
sucedâneas (alternativas ou não).

3) A Equação do elétron: O espaço polarizado por um elétron (próton)
localizado num ponto P manifesta-se através de um campo vetorial A
cujo valor, em cada ponto Q, depende de w e da distância r entre P
e Q, ou seja, A = A(w, r), e r > e, sendo 'e' o "raio matemático do
elétron".

Esse 'A' não tem nada a ver com o meu nome, ao contrário do que alguns têm
imaginado. O problema é que no futuro este 'A' poderá ser interpretado (com
muito cuidado) como um caso ultra-particular do chamado vetor potencial
magnético que foi batizado por 'A' não sei por quem. Este vetor potencial é
uma grandeza "gauge", ou seja, pode ser calibrado convenientemente. Na minha
teoria não existe a calibração, portanto não é nem "gauge" nem potencial
(ainda que dotado de características semelhantes a um potencial - vide H-4).
O vetor 'A' de minha teoria tem um valor único (no ponto considerado), bem
definido e estimável experimentalmente. Aliás, a hipótese meramente diz que
'A' é função de 'w' e de 'r'. Qualquer nova afirmação a respeito deverá vir
da interpretação de dados experimentais.

4) O Elétron sensor: O elétron (próton) localizado num campo A de
outro(s) elétron (próton)(s), graças a sua estrutura interna, é
sensível a variações direcionais de A.

Por variações direcionais de 'A' entenda-se como 'A' varia nas vizinhanças
do ponto considerado. Para os que entendem de cálculo, seriam as derivadas
direcionais.

Não é demais reproduzir aqui o que relatei no Web Site logo após a citação
das hipóteses: "As hipóteses 1 a 4 constituem, como veremos, um conjunto
necessário e suficiente de enunciados destinados a alicerçar uma teoria
eletromagnética coerente com a realidade física. Qualquer afirmação
adicional deverá decorrer diretamente de dados observacionais. Desta forma,
não suporemos como variantes, nem invariantes, conceitos como massa, tempo,
velocidade, etc. Por exemplo: Ao dizer que as informações eletromagnéticas
propagam-se a uma velocidade c estarei simplesmente querendo dizer que as
informações eletromagnéticas propagam-se a uma velocidade c, nada mais, nada
menos. Nenhuma suposição será feita sobre o possível comportamento de c e
que não decorra diretamente da experimentação."

A teoria em si está apresentada. Daqui prá frente posso assumir várias
direções [procura da equação do elétron, ou seja, decifração da equação A =
A(w,r), tentativa de caracterizar morfologicamente o elétron e/ou o campo do
elétron, decifração da estrutura atômica no que se refere ao conjunto
elétron-próton, previsões, etc.], mas não tenho mais liberdade alguma a não
ser interpretar as experiências à luz das hipóteses apresentadas (sem a
adição de hipóteses "ad hoc"), inclusive verificando possíveis falseamentos
já efetuados e/ou chegar a previsões a sugerirem novas experiências. Estou a
disposição dos interessados, se é que ainda existem, para que me norteiem
quanto à evolução da apresentação (Uma boa opção seria formularem perguntas
ou exporem dúvidas referentes ao que já foi apresentado - não garanto
responder a todas mas poderei com esses dados traçar uma rota a ser
seguida). Obviamente, aqueles que não estiverem dispostos a aceitar (nem que
seja apenas provisoriamente e/ou sob uma conotação crítica) uma que seja
dessas hipóteses, simplesmente pelo fato delas ferirem seus dogmas
religiosos, será perda de tempo continuar. Podemos, sim, tentar falsear as
hipóteses, mas seguindo o método científico, não os cânones
acadêmico-religiosos.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm

Para dúvidas, emendas, considerações, críticas, debates,
quebra-paus, etc, favor atender a solicitação do Luiz. Não
reproduzam toda esta msg mas apenas os tópicos que se
fizerem necessários. Lembro que as msgs estão sendo
escritas no dia-a-dia e portanto não estão sendo sujeitas a
uma correção rigorosa. Portanto, não interpretem esta msg
como um artigo de revista e/ou de anais de congresso.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Apresentando a teoria
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 17/11/2000 19:51


Caro Alberto,

Contradizendo a mim mesmo, retomo a discussão de maneira mais resumida.
Como a sua, há outras milhares de teorias sobre tudo que pipocam nas
universidades do Brasil e do mundo. Por que então escolhem umas teorias
e não outras? Certamente não é por causa do Kuhn ou do Poper.
Eu sei que, pelo volume apresentado, vc deve ter perdido muito tempo em
seus delírios. Se argumentos experimentais não valem, 100 anos de testes
(medidas, o spin quantizado é uma medida independente da teoria) em
física não valem para vc que coloca próton e elétron no mesmo barco. Que
considera spin como giro da partícula, interessante que partículas
neutras (nêutron, neutrinos) têm spin portanto, segundo sua "teoria"
gira não interagem eletromagneticamente mas não é o "giro" que produz
eletromagnetismo?
Se vc discorda de todas as críticas recebidas, divulgue seus trabalhos
no meio científico de fato. Escreva artigos objetivos com erros nas
teorias anteriores e correções da sua. Todos os gênios incompreendidos
do mundo o fizeram.

Eduardo.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Meu relogio ...
FROM: "Douglas" <douglas.jpn@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 17/11/2000 22:58

>-----Mensagem Original-----
>De: Luiz Ferraz Netto
>Para: ciencialist@egroups.com
>Enviada em: Quinta-feira, 16 de Novembro de 2000 12:14
>Assunto: Re: [ciencialist] Meu relogio ...

>Tempo --- coordenada abcissa temporal que se faz >corresponder biunivocamente aos pontos da reta real.
> A correspondência biunívoca é feita mediante um
>'movimento padrão'.
> Adota-se t=0 a um evento arbitrário associado ao movimento >em questão.

Caro Léo,
vc apresentou uma definição definição de "tempo" das cartilhas de física ou de físico-química; observe que a definição que eu apresentei, além de dizer a mesma coisa, é bem mais geral e mais simples:

"MEDIDA DO TEMPO é a observação da sucessão de um conjunto de fenômenos em relação a um movimento uniforme adredemente selecionado."

Para ler o texto todo:
4899 O tempo realmente flui? Douglas Fri 6/23/200

[]'s

Douglas A F Campos (SP)



SUBJECT: Re: [ciencialist] relatividade
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 18/11/2000 03:14

-----Mensagem Original-----
De: "TARCISIO BORGES"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Sexta-feira, 17 de Novembro de 2000 18:01
Assunto: Re: [ciencialist] relatividade


> Caro Alberto Mesquita
> Abri sua mensagem na página [
> http://sites.uol.com.br/albmesq/Dialogos/varios/ci4800.htm ] e fiquei em
> dúvida quanto a segunda imagem. Percebi que na primeira imagem o
> observador M está se movendo de cima para baixo no gráfico. Mas vc não
> define o que são os ponto vistos na figura 2.

Caro Tarcísio

Na figura 2 temos os pontos A e B a caracterizarem a trajetória AB (oblíqua)
relacionada a como M vê um elemento de volume do feixe de luz se deslocar
"em seu referencial", da lanterna até a parede do trem num tempo t2 e na
velocidade c. Este mesmo observador, percebendo que a lanterna, no tempo t2
está em A'' (por exemplo, pelo exame do rastro de fumaça, ou então por notar
que no instante final a lanterna e o ponto do anteparo estão na mesma
perpendicular) dirá que no referencial R a trajetória do feixe é A''B. E por
aceitar que c é uma constante independente do referencial, concluirá que
para o observador R o elemento de volume chegou na parede oposta num tempo
t1 anterior. De qualquer forma, ele consegue estimar o comprimento da
trajetória, o que no caso é igual a A''B pois a velocidade relativística v
não interfere com essa medida.

As duas figuras têm um dos lados com obliqüidades diferentes pois cada uma
representa como cada um dos observadores iria descrever como "ele"
enxergaria um elemento de volume desde que este saiu da lanterna até chegar
na parede oposta. Como os tempos são diferentes, vt1 é diferente de vt2 (v é
a velocidade do observador M, t1 é o tempo que um elemento de volume
atravessa o corredor no referencial de R e t2 idem no referencial de M). Em
outras palavras, os triângulos são diferentes graças à não simultaneidade
(estou assumindo o efeito relativístico). Se pensarmos em termos clássicos,
t1 = t2 e os triângulos das figura 1 e 2 ficam iguais.

Lembro ainda, conforme deixo claro na msg, que esta é uma visão
relativística moderna porém ingênua. E que neste caso, e em virtude deste
erro, t2 será maior do que t1 sempre, o que iria contra a relatividade
especial (a dilatação do tempo é relativa e ocorre sempre no "outro"
referencial - R e M significam repouso e movimento apenas por convenção
inicial - seria melhor chamar 1 e 2).

> Imagino que o seu erro ainda incorra em associar a visão de um
> observador à visão do outro e não o que cada um vê independentemente. O
> mérito da teoria da relatividade é calcular as características de
> movimento de um objeto qualquer do ponto de vista de um outro objeto
> qualquer, estando os dois objetos em qualquer situação de movimento e
> com visões independentes do que acontece com o outro.

Não sei se entendi o que você quis dizer mas acredito que um dos objetivos
da relatividade seria, por exemplo, o observador R, ao observar um
determinado movimento de um corpo X, tentar prever como M (em movimento em
relação a R) enxergaria o movimento deste mesmo corpo X, e vice-versa
(substituindo R por M). Se pensarmos em termos dos parâmetros físicos do
movimento, seria o caso de utilizarmos as transformações conformes (de
Galileu ou de Lorentz). Se pensarmos apenas em trajetórias, podemos tentar
manobras equivalentes, mas deve-se tomar um cuidado extremo (para não
cairmos no que chamei visões ingênuas, tanto clássicas como modernas).

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Apresentando a teoria
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 18/11/2000 03:23

-----Mensagem Original-----
De: "Eduardo Gueron"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Sexta-feira, 17 de Novembro de 2000 19:51
Assunto: Re: [ciencialist] Apresentando a teoria


Olá, Eduardo

> Contradizendo a mim mesmo, retomo a discussão de maneira mais resumida.
> Como a sua, há outras milhares de teorias sobre tudo que pipocam nas
> universidades do Brasil e do mundo.

E que mal há nisso?

> Por que então escolhem umas teorias e não outras? Certamente não é por
> causa do Kuhn ou do Poper.

Certamente não. Não obstante, tenho visto muitas críticas a teorias outras
que não as minhas. Percebe-se que um bom crítico normalmente é um excelente
conhecedor de filosofia da ciência e de metodologia científica, além de
outros assuntos. Como percebi que você gosta de criticar, cheguei a sugerir
que aprenda coisas que você insiste em desconhecer.

Por outro lado, existem muitos jovens como você que se metem a criticar
abstracts. Certa vez postei um abstract de outro autor no uol.ciencia e um
gaiato que fazia pós-graduação em física caiu de pau dizendo um monte de
asneiras. Mostrei a ele, então, que o autor não havia cometido nenhum dos
absurdos que ele havia criticado. E ele foi obrigado a colocar o rabo entre
as pernas. Parece-me que você também tem esse costume e isso não é bom. Um
dia você vai se dar mal e certamente não será comigo pois eu não vou cair na
sua esparrela.

Eu sei que não é possível ler tudo o que se publica em física e acho
excelente que existam abstracts. Mas já que você gosta de aparecer, e a
Ciencialist não deixa de ser um local razoável para o seu intento, procure
pelo menos ler um pouquinho mais daquilo que você tenta despersonalizar, sem
ter conhecimento algum. Ou então exponha temas que domina. E diria mesmo,
sem querer ofendê-lo, e já que você gosta de ser crítico, que seria bom você
estudar um pouquinho mais os capítulos introdutórios das disciplinas que
você julga conhecer, e até mesmo os prefácios. Não é fácil ser crítico e nem
mesmo chega a ser uma tarefa devidamente reconhecida e/ou gratificante. Não
obstante, precisamos de críticos e você pelo menos tem a vontade de
criticar, o que já é um começo.

> Eu sei que, pelo volume apresentado, vc deve ter perdido muito tempo em
> seus delírios. Se argumentos experimentais não valem, 100 anos de testes
> (medidas, o spin quantizado é uma medida independente da teoria) em
> física não valem para vc que coloca próton e elétron no mesmo barco.

Meus delírios costumam me fazer muito bem. Creio que o mesmo não está
ocorrendo com os demais ciencialisteiros mas, como deixei claro no início
desta série, não é impossível que a msg anterior tenha sido a última a
respeito, pois estou sentindo que não estou agradando. Quanto a você,
parece-me pelo estilo adotado que este tipo de diálogo não deve estar lhe
fazendo bem. Cuidado. Você ainda é jovem mas a persistir neste caminho isto
poderá no futuro lhe trazer problemas sérios de saúde.

Quanto ao tempo perdido não se incomode. Sou um cientista amador e minhas
teorias não são financiadas pelo governo e portanto não saem do seu bolso.
Quanto aos 100 anos citados, estou pensando seriamente em aderir à física de
Aristóteles, pois chegou a ser testada por mais de um milênio. :-)

Percebe-se ainda que você certamente não leu a mensagem que está criticando.
Caso contrário teria notado que não discuti as hipóteses mas deixei-as para
que refletissem sobre as mesmas e apontassem possíveis dúvidas. Indiquei
também a página Web onde comento as hipóteses, para o caso algum crítico não
tão afoito como você poder se ilustrar a respeito do tema antes de
combatê-lo com desconhecimento de causa. Se você tivesse se dado ao luxo de
seguir o primeiro desses links teria lido o seguinte: "Nos capítulos
subseqüentes utilizarei a linguagem operacional adotada para as hipóteses 1
a 4. Convém, no entanto, justificá-las fisicamente. Para tanto, nos
comentários apresentados nos itens a seguir (2.3 a 2.6), referir-me-ei a
elétron como um e/ou outro elemento do par elétron-próton; e ainda que
elétrons e prótons difiram, substancialmente, por propriedades outras
alheias ao eletromagnetismo, salvo disposição em contrário, manterei esta
regra nos capítulos que se seguem."

Como você demonstra sequer saber a que domínio do conhecimento estou me
referindo, obviamente estou, a seu ver, confundindo elétrons com prótons.
Seja então um pouquinho menos grosseiro e questione-me, sem fazer acusações
infundadas, porque estou misturando, numa mesma hipótese elétrons e prótons,
que aparentemente são coisas bastante diferentes.

> Que
> considera spin como giro da partícula, interessante que partículas
> neutras (nêutron, neutrinos) têm spin portanto, segundo sua "teoria"
> gira não interagem eletromagneticamente mas não é o "giro" que produz
> eletromagnetismo?

Você não leu o que escrevi. E, não obstante, está assumindo conclusões suas
como sendo minhas.

> Se vc discorda de todas as críticas recebidas,...

Até agora não recebi crítica nenhuma. É muita pretensão sua assumir como
crítica um conjunto de afirmações vagas. Como disse acima, você pode ter
muita vontade de ser crítico mas por enquanto é só o que vejo.

> ...divulgue seus trabalhos
> no meio científico de fato. Escreva artigos objetivos com erros nas
> teorias anteriores e correções da sua. Todos os gênios incompreendidos
> do mundo o fizeram.

Já comentei o que penso a respeito aqui na Ciencialist. Não vou me repetir.
Também não vou procurar os links pois já percebi que você não está
interessado em saber o que penso.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: [ciencialist] Quimica - Discussão JH
FROM: "Celso Rapaci" <rapaci@h8.ita.cta.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 18/11/2000 03:24

Ola JH, eu já estou na lista há algum tempo mas participo pouco das
discussões... mesmo pq eu recebo muitas mensagens para ler todo dia, e acaba
por sobrar pouco tempo para a ciencialist...
Eu gosto muito de quimica, apesar de estar fazendo engenharia mecanica...
mas estou num projeto de iniciação científica em quimica e fui selecionado
para dar aula de quimica num cursinho aqui em sao josé dos campos ano q
vem... então... eu gosto de quimica, apesar disso, como todo aluno com o
mínimo de noção, eu sei q frente ao conteúdo imenso de conhecimento de
quimica, eu sei pouco... cada parte q eu pego para estudar descubro
infinitos ramos para perseguir esse conhecimento... filosófico, não?
Pois então, vc estava querendo alguem para discutir algo em quimica, não?
Depedendo do grau de aprofundamento eu estou disposto a participar dessas
discussões...

Eu estava pensando um pouco sobre a interpretação atomística do calor
específico, e da capacidadecalorífica dos materiais... qual seria a
diferença significativa que tornaria um material mais capaz de absorver
energia e armazenar tal energia do que outros... por enquanto eu estou
pensando...

Eu imagino que deve estar relacionado à estrutura eletrônica dos
átomos... por exemplo eu entendo que o metal possui uma condutividade
térmica térmica maior q o dos não metais pois seus elétrons servem de
"ponte" para a energia térmica, mas pq a água demora mais tempo para perder
sua energia térmica que a areia? nenhum deles é metal, muito pelo
contrário... se fizessemos uma comparação simples, o retículo do silicio (do
emaranhado q é a areia) é mais próximo de o de um isolante do que de um
metal... ???
Não sei... tenho de pensar, pesquisar... bizulentar meus professores...
Espero a opinião do ciencialist...
valeu pessoal...
e meus parabéns pelo alto nivel do mailgroup... é realmente dificil arranjar
qualidade assim na internet...

Até...
Celso Rapaci

----- Original Message -----
From: JH Home Page <jh-hp@ieg.com.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Tuesday, November 14, 2000 6:06 PM
Subject: [ciencialist] Quimica.


> Olá a todos! Eu sou novo na lista (entrei ontem) e gostaria de saber se
> alguem aqui gosta e fala de quimica, entre as ciências mais conhecidas é a
> que eu mais conheço e gosto. Também me dou muito bem em cosmologia,
> astronomia e coisas relacionadas a isso mais acho mais dificil encontrar
> alguem que entenda dessas ciências, em todo caso se tiver alguem ficaria
> muito feliz de trocar ideias com essa(s) pessoa(s) sobre o assunto.
>
> João Henrique (JH_webmaster)
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: show do milh�o
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 18/11/2000 08:21

André escreve:

>>Olá Leo,
> Liquefação ==> passagem de vapor para líquido
> Condensação ==> passagem do estado gasoso para o líquido
Tem certeza que não é o contrário?? No aurélio consta que liquefação é
gasoso para líquido.
Assim o Senhor Abravanel estaria certo, afinal.
O que forma no vidro do meu Calhambeque é Condensação ou Liquefação?<<

(a) Vou verificar, com cuidado. Há uma sutil diferença entre gás e vapor. Em
certas condições de pressão e temperatura os termos se equivalem. Para
corroborar com sua dúvida há a denominação "gás liquefeito de petróleo"
(GLP) e, eu mesmo, por vezes, tenho usado o termo "condensação" para a
passagem de vapor para líquido.

(b) Quem é o Sr. Abravanel? É outro lexista?

(c) Aquilo que se forma no vidro do seu possante não é Condensação ou
Liquefação, é Água!. O vapor d'água existente na atmosfera, na pressão
ambiente, encontra o vidro frio e se "condensa" em minúsculas gotículas de
água. O vidro fica 'embaciado' (perde o brilho e a transparência); embaça.

[]'
Léo






SUBJECT: En: Física Moderna
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: Ciencialist - grupo de discussão <ciencialist@egroups.com>
DATE: 18/11/2000 14:43


----- Original Message -----
From: Roberto Belisario

> From: "Oscar F. de Lima"
>
> Comemorando os 100 anos da Física Quântica foi lançado um volume
> especial do periódico "Beam Line" (
> http://www.ifi.unicamp.br/~delima/QuantumMech.pdf ) que e' editado pelo
> 'Stanford Linear Accelerator Center'. Varios artigos revisam a
> influência da física quântica no estudo do cosmo, lasers,
supercondutividade
> e da matéria em geral. Dentre outros fatos interessantes, aparece uma
> citação ao prêmio nobel Leon Lederman onde afirma que, "mais de 25% do
> produto interno bruto dos EE.UU. depende de alguma tecnologia cuja
essência
> está baseada em fenômenos quânticos."
>
> ------------------------
>
> O site da revista Beam Line é:
>
> http://www.slac.stanford.edu/pubs/beamline/beamline.html
>
> Até,
> Belisário
>
> -----------------------------------------------------
> Roberto Belisário Diniz
> rbdiniz@terra.com.br
> Laboratório de Estudos Avançados de Jornalismo (Labjor)
> http://www.uniemp.br/labjor/
> Veja também: Revista Com Ciência
> http://www.comciencia.br
> -----------------------------------------------------




SUBJECT: Periodicos
FROM: "Luis Roberto Brudna [RS]" <lrb@if.ufrgs.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 18/11/2000 15:09


Um servico importante para quem trabalha com pesquisa eh o acesso
total(todo texto) a publicacoes cientificas.

Isto eh possivel atraves do endereco
http://www.periodicos.capes.gov.br

O acesso total ao servico soh pode ser feito de dentro de alguma
universidade ligada ao projeto. Talvez exista algum modo do usuario
de universidade conseguir uma senha pessoal para poder usar em casa.

A lista de titulos disponiveis estah em
http://www.periodicos.capes.gov.br/Titulos.htm

"As bases de dados referenciais temáticas são 8 e cobrem as áreas de
agronomia, biologia, ciências dos alimentos, economia, engenharia,
geociências, letras, lingüística e sociologia em mais de 29.000
títulos indexados. Além dessas bases temáticas é possível consultar
um índice de patentes, com 18 milhões de registros e a base geral de
referência e citações, Web of Science, com 8.400 títulos indexados.
Simultaneamente estão sendo disponibilizados, aproximadamente, 1.400
títulos, com texto completo, cobrindo essas coleções desde 1995, em
diversas áreas do conhecimento."

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna




SUBJECT: Re: [ciencialist] En: Física Moderna
FROM: "Daniel Leal Freire" <daniellf@highway.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 18/11/2000 15:34

Roberto tome cuidado! Deus talvez nao goste dessa divulgação!

[ ]'s
--------------------------------
| Daniel Leal Freire
| daniellf@highway.com.br
| "Imagination is more important than knowledge" Albert Einstein

----- Original Message -----
From: Roberto Belisario <rbdiniz@terra.com.br>
To: Ciencialist - grupo de discussão <ciencialist@egroups.com>
Sent: Saturday, November 18, 2000 2:43 PM
Subject: [ciencialist] En: Física Moderna


>
> ----- Original Message -----
> From: Roberto Belisario
>
> > From: "Oscar F. de Lima"
> >
> > Comemorando os 100 anos da Física Quântica foi lançado um volume
> > especial do periódico "Beam Line" (
> > http://www.ifi.unicamp.br/~delima/QuantumMech.pdf ) que e' editado
pelo
> > 'Stanford Linear Accelerator Center'. Varios artigos revisam
a
> > influência da física quântica no estudo do cosmo, lasers,
> supercondutividade
> > e da matéria em geral. Dentre outros fatos interessantes, aparece uma
> > citação ao prêmio nobel Leon Lederman onde afirma que, "mais de 25% do
> > produto interno bruto dos EE.UU. depende de alguma tecnologia cuja
> essência
> > está baseada em fenômenos quânticos."
> >
> > ------------------------
> >
> > O site da revista Beam Line é:
> >
> > http://www.slac.stanford.edu/pubs/beamline/beamline.html
> >
> > Até,
> > Belisário
> >
> > -----------------------------------------------------
> > Roberto Belisário Diniz
> > rbdiniz@terra.com.br
> > Laboratório de Estudos Avançados de Jornalismo (Labjor)
> > http://www.uniemp.br/labjor/
> > Veja também: Revista Com Ciência
> > http://www.comciencia.br
> > -----------------------------------------------------
>

>



SUBJECT: Re: [ciencialist] En: Física Moderna
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 18/11/2000 18:22

> ----- Original Message -----
> From: Roberto Belisario

> > From: "Oscar F. de Lima"
> > Comemorando os 100 anos da Física Quântica foi lançado um volume
> > especial do periódico "Beam Line" (
> > http://www.ifi.unicamp.br/~delima/QuantumMech.pdf ) que e' editado
> > pelo 'Stanford Linear Accelerator Center'.

Olá Belisário.

Excelente o volume. Li rapidamente os dois primeiros artigos e posso
garantir que não irão para a minha lixeira mas para uma pasta muito especial
de meu computador. Não vejo a hora de curtir todo o volume numa boa.

De minha parte, indico a leitura dos artigos que li, ainda que
superficialmente, a todos: não apenas os quânticos e relativistas mas
também os hereges como eu.

Grato pelo presente e continue nos brindando com coisas desse tipo.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm


PS.: Quanto ao comentário do Daniel L.Freire...

> Roberto tome cuidado! Deus talvez nao goste dessa divulgação!

... apenas uma adenda. Caro Daniel, deixe o Léo em paz! :-)) Afinal, hoje é
sábado, já fim de tarde, e após 6 dias de intenso trabalho ele merece um
descanso. :-))



SUBJECT: Re: En: Física Moderna
FROM: "Manuel Bulcao" <msbn@daterranet.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 18/11/2000 19:03

--- In ciencialist@egroups.com, "Alberto Mesquita Filho"
albmesq@u...> wrote: ... apenas uma adenda. Caro Daniel, deixe o
Léo
em paz! :-)) Afinal, hoje é sábado, já fim de tarde, e
após 6 dias de
intenso trabalho ele merece um descanso. :-))

Manuel - Sabe como é que o Léo ("Aquele que é o que é")
descansa?
Jogando gamão com o Diabo. (Gamão é uma espécie de jogo
de dados.) O
angustiante problema é: o que Ele anda apostando? Qual o infeliz
cuja
vida, neste sábado fatídico, está em jogo? :-)

[]'s
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: En: F�sica Moderna
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/11/2000 08:23

Erraram!
Hoje (domingo 07:50 h da matina) ELE passou aqui em casa perguntando-me pq
não fui para o rancho nesse fim de semana. ELE estava preocupado pois sou eu
quem lhe forneço os peixes para as célebres 'divisões' do 'truque dos
peixes'. Finalmente ELE abriu o jogo e 'confessou' que o processo básico do
truque é quântico. ELE usa indiscriminadamente o seu assessor Heisenberg
para incutir na platéia que os poucos peixes que forneço podem estar em
todas as mãos. Diz ELE que há outras explicações, mas, o seu recente
assessor Occan, diz que essa é a melhor.
Nem todos seus assessores a aceitam, entre eles há um realmente 'chato',
'pentelho', R.J.E. Clausius, que até criou uma palavra de protesto:
Entropia! E, auxiliado por colegas do PT e MST estão sacudindo cartazes "A
Entropia é Nossa!" nos arredores da platéia.

ELE não joga 'gamão', pois ele não joga 'dados', palavras de um
relativamente pervertido, ex-integrante do PT, que não usa mais uma estrela
vermelha, usa um 'ainsterístico' em sua bandeira.

Eu, particularmente, não necessito de muito descanso, sou 'imorrível' (ou
'imortal') e, nesse sábado (em lugar de estar pescando) estava na Assembléia
Geral da Academia de Letras e Artes de Barretos (ALAB) da qual sou 'membro'
efetivo.

Nós, eu e ELE, não vemos nada de grave na 'publicidade belisária' e "achamos
que é bom". O A. Mesquita também achou e, já que é bom para ambas as partes,
aguardamos o pronunciamento bulcãonico.

[]'
Léo ... enviado especial DELE (o bom, o justo, o único ... estou falando do
terno que usei ontem) :-)
=================


-----Mensagem Original-----
De: Manuel Bulcao <msbn@daterranet.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: sábado, 18 de novembro de 2000 19:03
Assunto: [ciencialist] Re: En: Física Moderna


--- In ciencialist@egroups.com, "Alberto Mesquita Filho"
albmesq@u...> wrote: ... apenas uma adenda. Caro Daniel, deixe o
Léo
em paz! :-)) Afinal, hoje é sábado, já fim de tarde, e
após 6 dias de
intenso trabalho ele merece um descanso. :-))

Manuel - Sabe como é que o Léo ("Aquele que é o que é")
descansa?
Jogando gamão com o Diabo. (Gamão é uma espécie de jogo
de dados.) O
angustiante problema é: o que Ele anda apostando? Qual o infeliz
cuja
vida, neste sábado fatídico, está em jogo? :-)

[]'s
Manuel Bulcão



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Para isso use o endereco:
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SUBJECT: Vamos fazzer um clone de Deus?
FROM: "silvio cordeiro filho" <scf@escelsa.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/11/2000 13:02

Barcellos:

Considerando que a a santa igreja só diz verdades, e que na óstia tem o
corpo de Deus, haverá no grupo um biólogo que poderia tentar tirar de uma
óstia o DNA de Deus e replicá-lo? aí poderiamos fazer muitos Deuses e até
comercializá-los para os emergentes. Imagine o Edir Macedo com um deus
exclusivo? O Bill Gattes financia o experimento.

silvio cordeiro.

----- Original Message -----
From: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Monday, November 13, 2000 9:21 AM
Subject: Re: [ciencialist] Ola, caros colegas de egroup! Tudo bem com voces?


Alberto Mesquita Filho wrote:
>
> Em absoluto. Aqui só tem doido e um a mais é sempre bem vindo.

Nunca vi nada mais perfeito q esta linha !! :-)

> 3) O Jocax diz ser o filho de Deus, mas o Léo não concorda com a
> paternidade. Já pensou-se num teste de DNA mas deuses não têm DNA (os
> cromossomos foram criados pelo Léo). O Jocax é o autor da teoria da
> Gemética, uma mistura de genes e memes que eu ainda não consegui
> entender.

Gostaria de ser lembrado como o criador do Genismo, a
religiao-cientifica mais perfeita do planeta !
Se vc se converter ao Genismo a felicidade vira ao teu encontro !

Vc podera dar uma olhada sobre o Genismo,nesta lista em :
www.egroups.com/message/ciencialist/2214?&start=2213
www.egroups.com/message/ciencialist/2325
ou
http://www.egroups.com/messages/Genismo/1

La eu estou colocando as mensagens mais interessantes
para facilitar a compilacao de minhas ideias por algum apostulo no
futuro.

[]s
jocax
(Ps: O jocax se considera o salvador, messias do 3. milenio e tambem
a pessoa mais ateia da face da terra.
Falar em deus eh comprar briga com ele ! :-) )


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SUBJECT: Crackpot index
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "Ciencia_Lista" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/11/2000 19:18

Recomendo uma olhada na seguinte página:

http://math.ucr.edu/home/baez/crackpot.html

[]'
Léo



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Re:Re: [ciencialist] Quimica.
FROM: "Michelle S. De Marco" <misdm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/11/2000 21:01

Bom , eu adoro química! Esse assunto (infelizmente) não aparece muito aqui
na lista , mas sempre que quiser discutir alguma coisa , será um prazer!

[]´s

Michelle

] Quimica.


>QUE BOM!! eh até melhor flar sobre cosmologia e astronomia do q sobre
>quimica!! Eu tow sem inspiração agora sobre qual assunto podeiramos
falar???
>




SUBJECT: off topic
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "Ciencia_Lista" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/11/2000 22:30

Pessoal,

Esse site http://safescan.safenetworks.com/ vale a pena conferir. A
proposta é verificar em tempo real se você está infectado com algum
trojan, tipo NetBus, Back Orifice etc.... ele pesquisa 176 trojans.

Nesse site não é necessário qualquer tipo de cadastro e ele não mostrará
qualquer tipo de propaganda é só entrar e fazer a analise do seu
equipamento.
[] '
Léo

========================

Luiz Ferraz Netto [Léo]
UIN#: 31028111
leo@barretos.com.br
leo@esquinas.com.br
www.feiradeciencias.com.br



SUBJECT: Re: [ciencialist] Vamos fazzer um clone de Deus?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/11/2000 22:47


De: silvio cordeiro filho <scf@escelsa.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: domingo, 19 de novembro de 2000 13:02
Assunto: [ciencialist] Vamos fazzer um clone de Deus?


Barcellos:

>Considerando que a a santa igreja só diz verdades, e que na óstia tem o
corpo de Deus, haverá no grupo um biólogo que poderia tentar tirar de uma
óstia o DNA de Deus e replicá-lo? aí poderiamos fazer muitos Deuses e até
comercializá-los para os emergentes. Imagine o Edir Macedo com um deus
exclusivo? O Bill Gattes financia o experimento.

silvio cordeiro.<

Prefiro que se atenham ao copo de vinho que acompanha a óstia. É o sangue de
deus! Esse sim vale a pena ser replicado, aos barrís! Se não der certo na
replicação do sangue (e teríamos um divino banco de sangue) pelo menos
teremos um belíssimo vinho (italiano) em boa quantidade (Lambrusco tinto
seco).
[]'
Léo




SUBJECT: Re: [ciencialist] Crackpot index
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 20/11/2000 01:01

-----Mensagem Original-----
De: "Luiz Ferraz Netto"
Para: "Ciencia_Lista" <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Domingo, 19 de Novembro de 2000 19:18
Assunto: [ciencialist] Crackpot index

> Recomendo uma olhada na seguinte página:
> http://math.ucr.edu/home/baez/crackpot.html

Olá, Léo

Essa eu já conhecia há tempos, de minhas andanças pelos news sci.physics.*.
Costuma ser assunto do dia-a-dia nestes newgroups. Já cheguei a me
corresponder tanto com alguns crackpots assumidos quanto com alguns
anti-crackpots, também assumidos, o que é relativamente fácil. E já cheguei
a trocar e-mails com muitos teorizadores que estão na mira dos
anti-crackpots do mundo todo (o último foi um inglês). Aliás, tenho tentado
trazer o crackpotismo e/ou o anti-crackpotismo para o Brasil (creio que já
usei o termo crackpot mais de 10 vezes aqui na Ciencialist), mas ninguém
entrou na minha. :-)). Há questão de um ano divulguei um Congresso
Internacional de Potenciais Crackpots da Física (não me lembro do nome
oficial, este é um apelido que inventei) e que iria ocorrer no Japão,
lembra-se (creio que está ocorrendo agora em novembro).

Embora não seja exatamente uma classificação de crackpots, o melhor estudo
que já li a respeito foi um capítulo do livro do físico Jeremy Bernstein
(1982) chamado Observación de la Ciencia (minha versão é em espanhol e
publicada pelo Fondo de Cultura Económica, México, 1988). O título do
capítulo é "Científicos Chiflados: Cómo reconocer a uno y qué hacer mientras
llega el doctor". Se houver interesse posso postar o capítulo aqui, mas em
espanhol pois ainda que consiga ler o espanhol correntemente, não quero
correr o risco de traduzi-lo com imperfeições (tradução de tradução não
costuma ser bem vista).

Eu tenho impressão de que o assunto não "emplaca" aqui no Brasil pelo fato
de nossa escola inibir o aparecimento de teorizadores em grande escala.
Confunde-se muito físico teórico com físico teorizador o que não é a mesma
coisa. O primeiro especializa-se no conhecimento de teorias e o segundo faz
teorias. Quem faz teorias no Brasil? Eu, o Jocax, o Claudio Abreu, o Ozelo,
o Fran de Aquino, o André Assis e talvez mais uma meia dúzia. Dificilmente
conseguiríamos reunir 10 teorizadores em todas as áreas do saber; e mesmo
supondo-se que os dez fossem crackpots, seria uma classificação que não
daria IBOPE para o autor da tabela.

Creio que no Brasil seria o caso de criarmos uma lista classificatória de
nossos "papagaios cultos". Isso nós temos a "dar com pau" e em número
suficiente para americano nenhum botar defeito. Poderia citar agora mais de
dez respeitáveis livre-docentes de uma de nossas universidades mais
pontuadas e, inclusive, creio que não seria difícil obter prova documentada
(plágio direto) mas, como já disse anteriormente, não me agrada denegrir a
ciência nacional.

Sem demérito aos cariocas, pois estamos todos no mesmo barco, sugiro o nome
zé-carioca-index, em homenagem ao americano (Walt Disney) que mais divulgou
o nome do Brasil e, coincidentemente ou não, através de um papagaio.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Vamos fazzer um clone de Deus?
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 20/11/2000 05:30

-----Mensagem Original-----
De: "Luiz Ferraz Netto"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Domingo, 19 de Novembro de 2000 22:47
Assunto: Re: [ciencialist] Vamos fazzer um clone de Deus?


> Prefiro que se atenham ao copo de vinho que acompanha a óstia. É o sangue
> de deus! Esse sim vale a pena ser replicado, aos barrís!

Pelo visto você já foi coroinha e deve ter tomado o vinho do padre :-)). É
bom mesmo! :-)

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Crackpot index
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 20/11/2000 05:41


De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: segunda-feira, 20 de novembro de 2000 01:01
Assunto: Re: [ciencialist] Crackpot index


Olá, Léo

Essa eu já conhecia há tempos, de minhas andanças pelos news sci.physics.*.
Costuma ser assunto do dia-a-dia nestes newgroups. Já cheguei a me
corresponder tanto com alguns crackpots assumidos quanto com alguns
anti-crackpots, também assumidos, o que é relativamente fácil ..........
------------------------
Ainda não entendi 'na batatulina' a função básica dos crackpots e
anti-crackpots.
Apreciaria ler o seu texto em espanhol a respeito dos 'chiflados'.

Colhi essa mensagem agora pela manhã no news.educacao.ciencia da uol. É um
exemplo de crackpot brasileiro?

===> Einstein estava errado. Quando formulou a teoria da relatividade
cometeu um erro.

VEJA ESTE EXEMPLO:

Um trem vem em velocidade" X". Nele existe o observador "A", ele está de
pé e segura uma bola, proximo ao seus pés existe um buraco, caso solte a
bola ela cairia nesse buraco atingindo o chão. Alguns metros na frente
do trem existe um buraco no meio dos trilhos, vamos chamar esse buraco
de "caçapa". Pois bem o observador "A" deve soltar a bola na tentativa
de encaçapar a bola na caçapa que está logo a sua frente.
FORA DO TREM ESTÁ O OBSERVADOR "B" QUE ESTÁ PARADO.
O observador "A" sabe que quando soltar a bola ela levará o tempo de um
segundo de tempo
para a bola atravessar o buraco que está no piso do vagão e atingir o
chão. Portanto ele deve soltar a bola um pouco antes caso queira
encaçapar a bola. Se soltar a bola um segundo antes certamente
encaçaparia a bola. O observador " A " veria a bola decendo até atingir a
caçapa em um segundo.
Agora a grande pergunta o que o observador "B" veria?
Bem, segundo Einstein o observador "B" veria a bola fazendo um trajeto
maior, portanto a bola demoraria pouco mais de um segumdo para atingir a

caçapa, fazendo com que os dois vissem o mesmo evento em tempos
diferentes, isso parece obvio más não é. Einsten cometeu um erro, ele
esqueceu que a bola está na mesma velocidade do trem, ou seja se
somássemos a velocidade do trem mais a velocidade da gravidade( que puxa

a bola) a bola andaria mais rapido percorrendo um percurso maior no
mesmo tempo. Ou seja o observador "B" realmente veria a bola fazer um
percursso maior, mas, no seu ponto de vista a bola estaria andando mais
rapido percorrendo um percurso maior no mesmo tempo, portanto veria o
evento tambem em um segundo. Perplexo? se não está é porque você ainda
não entendeu, fisica realmente é muito complicado.
Imagine a visão do observador "B" em camêra lenta. "A" esta segurando a
bola, ele solta, a cabeça de "A" segue formando a linha de um cateto, a
bola segue formando a linha da hipotenusa (a soma do quadrado dos
catetos
é = a soma do quadrado da ipotenusa) quando a bola atinge a caçapa
forma-se um triangulo,a linha da cabeça de "A" seria o cateto
horizontal, a linha da bola seria a ipotenuza, "A" seria o cateto
vertical. Esse evento aconteceria no tempo de um segundo para os dois
porque sempre devemos adicionar a velocidade da bola em queda com a velocide
do
trem. Caso o observador estivesse em outro planeta tambem veria o evento
em um segundo pois deveriamos somar a velocidade da terra, se estivesse
em outra galaxia deveriamos somar a velocidade da nossa galaxia. As
velocidades se somam infinitamente para fazer com que a bola saia do seu
ponto de partida e chegue no seu ponto de chegada no tempo de um
segundo. Esse é
o recurso da natureza (somar as velocidades)para manter a
instantaniedade do tempo. COMCLUSÃO : Newton estava certo o tempo é
absoluto. Perplexo? Tudo bem eu entendo, é dificil de engolir uma coisa
dessas de imediato, a teoria da relatividade está ai a quase um seculo e
ninguem contestou.
Caso o trem esteja a velocidade da luz o resultado é o mesmo, apenas
"B" veria a bola numa velocidade maior encaçapando no tempo de um
segundo. A
batida do coração dos dois bateria no mesmo ritimo, uma vez por segundo.

Vamos ao segundo exemplo:

Um foguete viaja na velocidade da luz ."A" está dentro do foguete "B"
fora parado.
Segundo Einstein se "A" joga uma bola em direção a frente do foguete ela
nunca atingiria seu alvo ficaria parada. ou seja o tempo pararia.
Será que isso realmente aconteceria?
Einstein afirmou que a velocidade limite seria a da velocidade da luz,
não existe prova em relação a isso,eu discordo, na minha opinião a
velocidade não tem limite, mas,se você não quer discordar de Einstem
basta reduzir um pouco a velocidade do foguete.
Bem "A" joga a bola em direção a frente do foguete numa velocidade de
100 quilometros por hora, a bola atinge o alvo em um segundo. "B" tambem
veria a bola atingir a frente do foguete em um segundo pois as
velocidades da luz mais a da bola se somariam, ou seja "B" veria a bola
a cem quilometros por hora mais a velocidade da luz atingindo a frente
do foguete no tempo de um segundo. COMCLUSÃO os dois veriam o mesmo
evento em um segundo.

Caso ainda não esteja comvencido faça o teste:
Pegue uma vara de um metro e cutuque seu amigo, ele vai sentir o
cutucão de maneira instantanea. Mande ele se distanciar a dez mil
quilometros, pegue uma vara de dez mil quilometros e cutuque-o
ele sentirá o cutucão de maneira instantanea. Mande-o para outra galaxia
pegue uma vara maior e cutuque-o o resultado será o mesmo ou seja
comunicação instantanea. Agora mande-o entrar numa nave espacial levando
junto a ponta da vara, ele começa a girar em torno de voce na velocidade
da luz , segundo a teoria da relatividade vocês estariam em tempos
diferentes , mas como isso é possivel se voce cutuca seu amigo( se
comunica ) em
tempo real? Caso você ainda não esteja convencido então eu mereço o
premio nobel da fisica pois encontrei o tunel do tempo, consigo me
comunicar com meu amigo em outro tempo em tempo real. Caso essa vara
fosse em forma de ferradura conseguiria cutucar Cleopatra e de quebra
coçar meu umbigo isso valeria dois premios nobel da fisica.

OBS. O fato da teoria da relatividade não estar correta não significa
que Einsten não seja um genio .Einsten é, e sempre será o maior genio de
todos os tempos, E é = a mc2.

Gostaria de receber um e- mail seu, me falando de suas impressoes .Caso
não tenha entendido alguma coisa terei prazer em mandar um documento
WORD com desenhos e maiores explicaçoes.

LUIS CLAUDIO <====

[]'
Léo



















SUBJECT: Re: [ciencialist] Crackpot index
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 20/11/2000 05:46

Oooooopppsssss! Acabei de enviar a mensagem sobre o texto do news e,
retornando lá, já encontrei a resposta do Alberto (que passou a madrugada
vasculhando a rede!). Vou ler o "retorno".
[]'
Léo




SUBJECT: Doação de orgãos.
FROM: "Palhares, Paulo Rogerio" <prpalhares@sti.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 20/11/2000 07:23

Pessoal quem viu o fantastico ontem? Acho que depois do que eu vi acabou a
doação de orgãos no país, uma pessoa que perdeu o filho de 10 anos, deu os
orgãos para doação e teve que pagar uma conta de R$ 11.000.00 da retirada
dos orgãos.

Um abraço.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Vamos fazzer um clone de Deus?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 20/11/2000 08:17



silvio cordeiro filho wrote:
>
> Barcellos:
>
> Considerando que a a santa igreja só diz verdades, e que na óstia tem
> o
> corpo de Deus, haverá no grupo um biólogo que poderia tentar tirar de
> uma
> óstia o DNA de Deus e replicá-lo? aí poderiamos fazer muitos Deuses e
> até
> comercializá-los para os emergentes. Imagine o Edir Macedo com um
> deus
> exclusivo? O Bill Gattes financia o experimento.
>
> silvio cordeiro.


Cara vc nao imagina minha surpresa ao ler este mail.
Vc, sem querer, tocou numa ponta de um enorme Iceberg que
eh exatamente o ultimo capitulo de meu livro sobre Genismo: "Alem do
Genismo"

Que deve terminar com esta frase "Se Deus nao existe, poderemos
cria-lo!"

[]s
jocax
(PS: Claro q nao tem nao a ver com o q vc falou sobre ostias e etc.. )


>
> ----- Original Message -----
> From: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
> To: <ciencialist@egroups.com>
> Sent: Monday, November 13, 2000 9:21 AM
> Subject: Re: [ciencialist] Ola, caros colegas de egroup! Tudo bem com
> voces?
>
> Alberto Mesquita Filho wrote:
> >
> > Em absoluto. Aqui só tem doido e um a mais é sempre bem vindo.
>
> Nunca vi nada mais perfeito q esta linha !! :-)
>
> > 3) O Jocax diz ser o filho de Deus, mas o Léo não concorda com a
> > paternidade. Já pensou-se num teste de DNA mas deuses não têm DNA
> (os
> > cromossomos foram criados pelo Léo). O Jocax é o autor da teoria da
> > Gemética, uma mistura de genes e memes que eu ainda não consegui
> > entender.
>
> Gostaria de ser lembrado como o criador do Genismo, a
> religiao-cientifica mais perfeita do planeta !
> Se vc se converter ao Genismo a felicidade vira ao teu encontro !
>
> Vc podera dar uma olhada sobre o Genismo,nesta lista em :
> www.egroups.com/message/ciencialist/2214?&start=2213
> www.egroups.com/message/ciencialist/2325
> ou
> http://www.egroups.com/messages/Genismo/1
>
> La eu estou colocando as mensagens mais interessantes
> para facilitar a compilacao de minhas ideias por algum apostulo no
> futuro.
>
> []s
> jocax
> (Ps: O jocax se considera o salvador, messias do 3. milenio e tambem
> a pessoa mais ateia da face da terra.
> Falar em deus eh comprar briga com ele ! :-) )
>
> *** --- ***
> Vote na decisao para configuracao da lista. Mensagens somente texto ou
> HTML.
> Para isso use o endereco:
> http://www.egroups.com/polls/ciencialist/
> *** --- ***
>
> eGroups Sponsor
>
>
> *** --- ***
> Vote na decisao para configuracao da lista. Mensagens somente texto ou
> HTML. Para isso use o endereco:
> http://www.egroups.com/polls/ciencialist/
> *** --- ***


SUBJECT: Re: [ciencialist] Vamos fazzer um clone de Deus?
FROM: Milton Taidi Sonoda <mtsonoda@if.sc.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 20/11/2000 09:43

Olá Senhores Naturalistas

Vocês que são sábios ateus me digam:

Quem foi Jesus Cristo e oque ele fez?

abraços
Milton

silvio cordeiro filho wrote:

> Barcellos:
>
> Considerando que a a santa igreja só diz verdades, e que na óstia tem o
> corpo de Deus, haverá no grupo um biólogo que poderia tentar tirar de uma
> óstia o DNA de Deus e replicá-lo? aí poderiamos fazer muitos Deuses e até
> comercializá-los para os emergentes. Imagine o Edir Macedo com um deus
> exclusivo? O Bill Gattes financia o experimento.
>
> silvio cordeiro.
>
> ----- Original Message -----
> From: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
> To: <ciencialist@egroups.com>
> Sent: Monday, November 13, 2000 9:21 AM
> Subject: Re: [ciencialist] Ola, caros colegas de egroup! Tudo bem com voces?
>
> Alberto Mesquita Filho wrote:
> >
> > Em absoluto. Aqui só tem doido e um a mais é sempre bem vindo.
>
> Nunca vi nada mais perfeito q esta linha !! :-)
>
> > 3) O Jocax diz ser o filho de Deus, mas o Léo não concorda com a
> > paternidade. Já pensou-se num teste de DNA mas deuses não têm DNA (os
> > cromossomos foram criados pelo Léo). O Jocax é o autor da teoria da
> > Gemética, uma mistura de genes e memes que eu ainda não consegui
> > entender.
>
> Gostaria de ser lembrado como o criador do Genismo, a
> religiao-cientifica mais perfeita do planeta !
> Se vc se converter ao Genismo a felicidade vira ao teu encontro !
>
> Vc podera dar uma olhada sobre o Genismo,nesta lista em :
> www.egroups.com/message/ciencialist/2214?&start=2213
> www.egroups.com/message/ciencialist/2325
> ou
> http://www.egroups.com/messages/Genismo/1
>
> La eu estou colocando as mensagens mais interessantes
> para facilitar a compilacao de minhas ideias por algum apostulo no
> futuro.
>
> []s
> jocax
> (Ps: O jocax se considera o salvador, messias do 3. milenio e tambem
> a pessoa mais ateia da face da terra.
> Falar em deus eh comprar briga com ele ! :-) )
>
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Vamos fazzer um clone de Deus?
FROM: "Palhares, Paulo Rogerio" <prpalhares@sti.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 20/11/2000 09:51

Jesus foi somente uma pessoa muito avançada e boa para sua época, Jesus foi
uma pessoa normal quem estudar sua vida vai saber que ele ia a escola, teve
problemas como todo aluno e outras coisas que derruba o mito de um homem
santo, uma coisa que eu jogo em discussão é o seguinte, na época o adultério
por parte da mulher era calsa de pena de morte, sendo assim Maria nunca
poderia ser virgem, Jesus era filho de Jose, pois imaginem o que teria
acontecido a ela e a Jesus se José tivesse desconfiado de Maria?

Um abraço.

> Olá Senhores Naturalistas
>
> Vocês que são sábios ateus me digam:
>
> Quem foi Jesus Cristo e oque ele fez?
>
> abraços
> Milton
>
> silvio cordeiro filho wrote:
>
> > Barcellos:
> >
> > Considerando que a a santa igreja só diz verdades, e que na óstia tem o
> > corpo de Deus, haverá no grupo um biólogo que poderia tentar tirar de
uma
> > óstia o DNA de Deus e replicá-lo? aí poderiamos fazer muitos Deuses e
até
> > comercializá-los para os emergentes. Imagine o Edir Macedo com um deus
> > exclusivo? O Bill Gattes financia o experimento.
> >
> > silvio cordeiro.
> >
> > ----- Original Message -----
> > From: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
> > To: <ciencialist@egroups.com>
> > Sent: Monday, November 13, 2000 9:21 AM
> > Subject: Re: [ciencialist] Ola, caros colegas de egroup! Tudo bem com
voces?
> >
> > Alberto Mesquita Filho wrote:
> > >
> > > Em absoluto. Aqui só tem doido e um a mais é sempre bem vindo.
> >
> > Nunca vi nada mais perfeito q esta linha !! :-)
> >
> > > 3) O Jocax diz ser o filho de Deus, mas o Léo não concorda com a
> > > paternidade. Já pensou-se num teste de DNA mas deuses não têm DNA (os
> > > cromossomos foram criados pelo Léo). O Jocax é o autor da teoria da
> > > Gemética, uma mistura de genes e memes que eu ainda não consegui
> > > entender.
> >
> > Gostaria de ser lembrado como o criador do Genismo, a
> > religiao-cientifica mais perfeita do planeta !
> > Se vc se converter ao Genismo a felicidade vira ao teu encontro !
> >
> > Vc podera dar uma olhada sobre o Genismo,nesta lista em :
> > www.egroups.com/message/ciencialist/2214?&start=2213
> > www.egroups.com/message/ciencialist/2325
> > ou
> > http://www.egroups.com/messages/Genismo/1
> >
> > La eu estou colocando as mensagens mais interessantes
> > para facilitar a compilacao de minhas ideias por algum apostulo no
> > futuro.
> >
> > []s
> > jocax
> > (Ps: O jocax se considera o salvador, messias do 3. milenio e tambem
> > a pessoa mais ateia da face da terra.
> > Falar em deus eh comprar briga com ele ! :-) )
> >
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>



SUBJECT: Retorno
FROM: "Ego " <ego_sun@brasilmail.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 20/11/2000 10:07

Olá a todos!!

Acabei de acabar um trabalho monográfico do curso de especialização,
e, bem, estou de volta às discussões (Sem exageros) :o).

[]´s

Ego



SUBJECT: Re: [ciencialist] Vamos fazzer um clone de Deus?
FROM: Milton Taidi Sonoda <mtsonoda@if.sc.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 20/11/2000 10:14

Olá Paulo Rogerio

Obrigado por responder. Pensei que ia ficar falando sozinho.

Eu queria pegar em pontos em outros pontos, e não discutir a
virgindade da Maria.
Por exemplo, diz a bíblia que ele tinha o poder de curar as pessoas com palavras
e toques, e que foi morto e ressucitou, e visto por várias pessoas . Isso
obviamente ciência não pode explicar isso.
Alguns podem questionar a veracidade da história contada na
biblia. Porém, nesse acontecimentos de cura a bíblia diz que ele
estava sempre cercado de uma multidão, de forma que se alguém
começasse a escrever inverdades a respeito de Jesus, esse logo seria
desmascarado.

As perguntas que ficam são:
Isso existiu?
Se existiu, a ciência pode explicar isso?

Um abraço

"Palhares, Paulo Rogerio" wrote:

> Jesus foi somente uma pessoa muito avançada e boa para sua época, Jesus foi
> uma pessoa normal quem estudar sua vida vai saber que ele ia a escola, teve
> problemas como todo aluno e outras coisas que derruba o mito de um homem
> santo, uma coisa que eu jogo em discussão é o seguinte, na época o adultério
> por parte da mulher era calsa de pena de morte, sendo assim Maria nunca
> poderia ser virgem, Jesus era filho de Jose, pois imaginem o que teria
> acontecido a ela e a Jesus se José tivesse desconfiado de Maria?
>
> Um abraço.
>
> > Olá Senhores Naturalistas
> >
> > Vocês que são sábios ateus me digam:
> >
> > Quem foi Jesus Cristo e oque ele fez?
> >
> > abraços
> > Milton
> >
> > silvio cordeiro filho wrote:
> >
> > > Barcellos:
> > >
> > > Considerando que a a santa igreja só diz verdades, e que na óstia tem o
> > > corpo de Deus, haverá no grupo um biólogo que poderia tentar tirar de
> uma
> > > óstia o DNA de Deus e replicá-lo? aí poderiamos fazer muitos Deuses e
> até
> > > comercializá-los para os emergentes. Imagine o Edir Macedo com um deus
> > > exclusivo? O Bill Gattes financia o experimento.
> > >
> > > silvio cordeiro.
> > >
> > > ----- Original Message -----
> > > From: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
> > > To: <ciencialist@egroups.com>
> > > Sent: Monday, November 13, 2000 9:21 AM
> > > Subject: Re: [ciencialist] Ola, caros colegas de egroup! Tudo bem com
> voces?
> > >
> > > Alberto Mesquita Filho wrote:
> > > >
> > > > Em absoluto. Aqui só tem doido e um a mais é sempre bem vindo.
> > >
> > > Nunca vi nada mais perfeito q esta linha !! :-)
> > >
> > > > 3) O Jocax diz ser o filho de Deus, mas o Léo não concorda com a
> > > > paternidade. Já pensou-se num teste de DNA mas deuses não têm DNA (os
> > > > cromossomos foram criados pelo Léo). O Jocax é o autor da teoria da
> > > > Gemética, uma mistura de genes e memes que eu ainda não consegui
> > > > entender.
> > >
> > > Gostaria de ser lembrado como o criador do Genismo, a
> > > religiao-cientifica mais perfeita do planeta !
> > > Se vc se converter ao Genismo a felicidade vira ao teu encontro !
> > >
> > > Vc podera dar uma olhada sobre o Genismo,nesta lista em :
> > > www.egroups.com/message/ciencialist/2214?&start=2213
> > > www.egroups.com/message/ciencialist/2325
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> > > La eu estou colocando as mensagens mais interessantes
> > > para facilitar a compilacao de minhas ideias por algum apostulo no
> > > futuro.
> > >
> > > []s
> > > jocax
> > > (Ps: O jocax se considera o salvador, messias do 3. milenio e tambem
> > > a pessoa mais ateia da face da terra.
> > > Falar em deus eh comprar briga com ele ! :-) )
> > >
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> HTML.
> > > Para isso use o endereco:
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Vamos fazzer um clone de Deus?
FROM: "Palhares, Paulo Rogerio" <prpalhares@sti.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 20/11/2000 10:29


Ai vai.


> Olá Paulo Rogerio
>
> Obrigado por responder. Pensei que ia ficar falando sozinho.
>
> Eu queria pegar em pontos em outros pontos, e não discutir a
> virgindade da Maria.
> Por exemplo, diz a bíblia que ele tinha o poder de curar as pessoas
com palavras
> e toques, e que foi morto e ressucitou, e visto por várias pessoas . Isso
> obviamente ciência não pode explicar isso.

Eu acredito que Jesus não encostava nas pessoas e as pessoas ficavam
curadas, e sim que ele era um tipo de curandeiro, e a ressusitação, acredito
que talvez as pessoas tenham visto o espirito dele, como na época não tinham
conhecimento da espiritualidade pensaram ter visto o corpo.

> Alguns podem questionar a veracidade da história contada na
> biblia. Porém, nesse acontecimentos de cura a bíblia diz que ele
> estava sempre cercado de uma multidão, de forma que se alguém
> começasse a escrever inverdades a respeito de Jesus, esse logo seria
> desmascarado.

Acontece que a bíblia que teria sido o livro que descreve a vida de cristo
como toda a história religiosa do cristianismo, foi traduzida e retraduzida,
quem me prova que é tudo verdade e que não tem diferença do original, eu
tento buscar mais explicações lógicas do que divinas aos acontecimentos
bíblicos e a existência de Deus.

Um abraço.

> As perguntas que ficam são:
> Isso existiu?
> Se existiu, a ciência pode explicar isso?
>
> Um abraço
>
> "Palhares, Paulo Rogerio" wrote:
>
> > Jesus foi somente uma pessoa muito avançada e boa para sua época, Jesus
foi
> > uma pessoa normal quem estudar sua vida vai saber que ele ia a escola,
teve
> > problemas como todo aluno e outras coisas que derruba o mito de um homem
> > santo, uma coisa que eu jogo em discussão é o seguinte, na época o
adultério
> > por parte da mulher era calsa de pena de morte, sendo assim Maria nunca
> > poderia ser virgem, Jesus era filho de Jose, pois imaginem o que teria
> > acontecido a ela e a Jesus se José tivesse desconfiado de Maria?
> >
> > Um abraço.
> >
> > > Olá Senhores Naturalistas
> > >
> > > Vocês que são sábios ateus me digam:
> > >
> > > Quem foi Jesus Cristo e oque ele fez?
> > >
> > > abraços
> > > Milton
> > >
> > > silvio cordeiro filho wrote:
> > >
> > > > Barcellos:
> > > >
> > > > Considerando que a a santa igreja só diz verdades, e que na óstia
tem o
> > > > corpo de Deus, haverá no grupo um biólogo que poderia tentar tirar
de
> > uma
> > > > óstia o DNA de Deus e replicá-lo? aí poderiamos fazer muitos Deuses
e
> > até
> > > > comercializá-los para os emergentes. Imagine o Edir Macedo com um
deus
> > > > exclusivo? O Bill Gattes financia o experimento.
> > > >
> > > > silvio cordeiro.
> > > >
> > > > ----- Original Message -----
> > > > From: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
> > > > To: <ciencialist@egroups.com>
> > > > Sent: Monday, November 13, 2000 9:21 AM
> > > > Subject: Re: [ciencialist] Ola, caros colegas de egroup! Tudo bem
com
> > voces?
> > > >
> > > > Alberto Mesquita Filho wrote:
> > > > >
> > > > > Em absoluto. Aqui só tem doido e um a mais é sempre bem vindo.
> > > >
> > > > Nunca vi nada mais perfeito q esta linha !! :-)
> > > >
> > > > > 3) O Jocax diz ser o filho de Deus, mas o Léo não concorda com a
> > > > > paternidade. Já pensou-se num teste de DNA mas deuses não têm DNA
(os
> > > > > cromossomos foram criados pelo Léo). O Jocax é o autor da teoria
da
> > > > > Gemética, uma mistura de genes e memes que eu ainda não consegui
> > > > > entender.
> > > >
> > > > Gostaria de ser lembrado como o criador do Genismo, a
> > > > religiao-cientifica mais perfeita do planeta !
> > > > Se vc se converter ao Genismo a felicidade vira ao teu encontro !
> > > >
> > > > Vc podera dar uma olhada sobre o Genismo,nesta lista em :
> > > > www.egroups.com/message/ciencialist/2214?&start=2213
> > > > www.egroups.com/message/ciencialist/2325
> > > > ou
> > > > http://www.egroups.com/messages/Genismo/1
> > > >
> > > > La eu estou colocando as mensagens mais interessantes
> > > > para facilitar a compilacao de minhas ideias por algum apostulo no
> > > > futuro.
> > > >
> > > > []s
> > > > jocax
> > > > (Ps: O jocax se considera o salvador, messias do 3. milenio e
tambem
> > > > a pessoa mais ateia da face da terra.
> > > > Falar em deus eh comprar briga com ele ! :-) )
> > > >
> > > > *** --- ***
> > > > Vote na decisao para configuracao da lista. Mensagens somente texto
ou
> > HTML.
> > > > Para isso use o endereco:
> > > > http://www.egroups.com/polls/ciencialist/
> > > > *** --- ***
> > > >
> > > >
> > > > *** --- ***
> > > > Vote na decisao para configuracao da lista. Mensagens somente texto
ou
> > HTML. Para isso use o endereco:
> > > > http://www.egroups.com/polls/ciencialist/
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> > > Vote na decisao para configuracao da lista. Mensagens somente texto ou
> > HTML. Para isso use o endereco:
> > > http://www.egroups.com/polls/ciencialist/
> > > *** --- ***
> > >
> >
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> > *** --- ***
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> > *** --- ***
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> *** --- ***
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HTML. Para isso use o endereco:
> http://www.egroups.com/polls/ciencialist/
> *** --- ***
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] relatividade
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 20/11/2000 12:43

Caro Alberto Mesquita

Finalmente descobri o paradoxo. Eureka!

Me custou muitos neurônios queimados e muitos emails inúteis, mas enfim
encontrei o que vc queria dizer desde o início.

O seu paradoxo é o seguinte: tenho dois objetos, A que está parado e B
que está em MRU. A teoria da relatividade diz que B tem um tempo
alongado [passa mais devagar] que o tempo de A. Mas para B quem está se
movimentando é A e portanto A é que deveria ter o tempo alongado.

Eis o seu paradoxo! O paradoxo dos gêmeos.

OK! Então vamos resolvê-lo. A explicação vem do próprio Einstein [não,
isto não é uma psicografia]. B tem o tempo deformado porque ele foi
acelerado e a acelaração quebra a simetria que deveria haver na
interpretação dos movimentos. Em MRU vc não pode dizer se está em
movimento ou não, mas se vc estiver acelerado sim, vc sente, todas as
partículas do seu corpo "sentem".

Vamos ao experimento mental ;-)

Tenho dois relógios que vão funcionar como meus objetos A e B, estão
sincronizados e tenho os dois em minhas mãos, portanto os dois estão
parados. Mantenho A como relógio padrão e acelero B até uma velocidade
relativística qualquer [acabei de quebrar a simetria dos dois] e o
mantenho nesta velocidade por algum tempo, neste intervado consigo medir
de alguma forma o ritmo do tempo do relógio B e consigo perceber que ele
está mais lento que A [como prevê a teoria da relatividade], desacelero
B e tomo-o nas mãos e percebo que realmente ele está atrasado em relação
a A.

Parece ingênuo mas não é e também não afeta a deformação do espaço
causado pela gravidade como vc sugere.

[]s
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TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Vamos fazzer um clone de Deus?
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 20/11/2000 12:49

silvio cordeiro filho wrote:
> Considerando que a a santa igreja só diz verdades, e que na óstia tem o
> corpo de Deus, haverá no grupo um biólogo que poderia tentar tirar de uma
> óstia o DNA de Deus e replicá-lo?

Excelente idéia!!

Finalmente vamos descobrir que deus é na verdade um pé de trigo!

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SUBJECT: matando deus
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 20/11/2000 13:14

Milton Taidi Sonoda wrote:
> As perguntas que ficam são:
> Isso existiu?

Vc quer saber realmente as respostas??? Mas quer MESMO???

A resposta é: não.

> Se existiu, a ciência pode explicar isso?

A resposta também é não.

Vc pode ler o seguinte texto, ele é muito bom em alguns sentidos, mas
incorre em muitas falácias em todo o texto, o que não o desmerece
totalmente. Mas a advertência que eu lhe faço é: vc realmente quer saber
a reposta?

http://www.geocities.com/realidadebr/textos/jesuscristonuncaexistiu.htm

[]s
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Crackpot index
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 20/11/2000 14:22

-----Mensagem Original-----
De: "Luiz Ferraz Netto"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Segunda-feira, 20 de Novembro de 2000 05:41
Assunto: Re: [ciencialist] Crackpot index

> Ainda não entendi 'na batatulina' a função básica dos crackpots e
> anti-crackpots.

Olá Léo.

Os crackpots existem para atrapalhar a vida dos teorizadores sérios. O
problema é que não há como reconhecer um crackpot genuíno de um ser criativo
e que acredita em seu potencial (talvez haja como reconhecer mas é muito
difícil e não é uma tabelinha feita por um humorista idiota como o Baez --a
esse respeito prefiro o Jô Soares-- que vai nos levar a alguma coisa). O
Baez parece-me ser americano e como todo americano tem suas idéias fixas: ou
matar o presidente, ou ingressar na lista dos dez mais alguma coisa ou então
criar a sua própria lista dos dez mais alguma coisa (estes últimos disputam
a entrada na lista dos dez mais idiotas). Apesar disso, muita coisa do que o
Baez afirma tem sua razão de ser (ele perdeu a chance de escrever um bom
texto a respeito, o que foi feito pelo Bernstein que é um físico de fato).

Logo, ou acabamos com a teorização ou aprendemos a conviver com os
crackpots. Esse é o meu ponto de vista. O texto do Bernstein talvez seja
útil para reconhecermos os mais típicos, aqueles que talvez estejam mesmo
precisando de um médico, pois não é impossível que o genuíno crackpotismo
seja a manifestação inicial de uma doença muito séria. Não concordo com toda
a visão do Bernstein (sou popperiano de carteirinha :-) ) mas acho que é um
bom texto.

> Apreciaria ler o seu texto em espanhol a respeito dos 'chiflados'.

Estou digitando. Como é um pouquinho longo, deve demorar.

> Colhi essa mensagem agora pela manhã no news.educacao.ciencia da uol. É um
> exemplo de crackpot brasileiro?

O LC tem tudo para ser um crackpot na classificação do Baez mas isso não
significa que seja. Como você verá através de um trecho do texto que
enviarei em breve, Einstein em 1905 tinha tudo para ser considerado um
crackpot. A evolução de suas idéias mostrou que ele era o que costumam
chamar por gênio: um sujeito estudioso, persistente que e acreditava no seu
potencial criativo --potencial esse que a maioria dos seres humanos têm ao
nascer.

À primeira vista a idéia do LC parece estar furada (talvez os relativistas
pudessem comentar alguma coisa mas pelo visto a maioria prefere não se
comprometer --os papagaios cultos, que a meu ver são bem piores para a
ciência nacional do que os crackpots genuínos. A minha função é apenas dar
corda ao LC e, se possível, e caso seja verdade, mostrar que ele está errado
(O que não será fácil pois não sou relativista e acho mesmo que a
relatividade está furada). Por exemplo, fazer o que o Tarcísio vem tentando
fazer comigo, o que acho muito bom pois nós dois acabamos aprendendo
bastante.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Vamos fazzer um clone de Deus?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 20/11/2000 16:49

Se vcs observarem essa mensagem do amigo Palhares, tem 6 outras mensagens
penduradas! Céus, Infernos e Terras ... vamos cortar isso! :-)
Não vamos levar tão a sério o bíblico "crescei e multiplicai!". Até o
Genismo sabe as conseqüências disso!
[]'
Léo


-----Mensagem Original-----
De: Palhares, Paulo Rogerio <prpalhares@sti.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: segunda-feira, 20 de novembro de 2000 10:29
Assunto: Re: [ciencialist] Vamos fazzer um clone de Deus?



Ai vai.


> Olá Paulo Rogerio
>
> Obrigado por responder. Pensei que ia ficar falando sozinho.
>




SUBJECT: Re: [ciencialist] Vamos fazzer um clone de Deus?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 20/11/2000 17:03


De: Milton Taidi Sonoda <mtsonoda@if.sc.usp.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: segunda-feira, 20 de novembro de 2000 09:43
Assunto: Re: [ciencialist] Vamos fazzer um clone de Deus?


>Olá Senhores Naturalistas
Vocês que são sábios ateus me digam:
Quem foi Jesus Cristo e o que ele fez?
Milton<

Ele fez não! Fizeram. Ele era o Lula e os seguidores o PT. Roma virou o PSDB
e Cesar virou o ACM. E a religião virou um retiro para a época do Carnaval!
[]'
deus






SUBJECT: Cientificos chiflados
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 20/11/2000 17:22

Olá Léo e demais ciencialisteiros

Em resposta a sua msg "Re: [ciencialist] Crackpot index"...

> Ainda não entendi 'na batatulina' a função básica dos crackpots e
> anti-crackpots.
> Apreciaria ler o seu texto em espanhol a respeito dos 'chiflados'.

...reproduzo abaixo o texto. Apreciaria comentários de todos, pois o tema é
geral, interessante e polêmico.

Obs.: Não sei se no original o "chiflado" (termo espanhol que pode
significar "pateta", tanto que "Os três patetas" são conhecidos como "Los
tres chiflados") corresponde ao que hoje os americanos chamam de crackpots
ou pots, mas parece-me algo enquadrado na mesma categoria. Do espanhol para
o português creio que a melhor tradução seria "cientista aloprado" ou,
talvez, "cientista amalucado" pois embora aloprado reflita mais a idéia,
parece-me ser gíria. Por outro lado, o termo cientista maluco é utilizado em
português com outras conotações. Talvez seja melhor assumir o americanismo
(crackpot).
______________________________________________


CIENTÍFICOS CHIFLADOS
Cómo reconocer a uno y qué hacer mientras llega el doctor.

Jeremy Bernstein (1982), Observación de la Ciencia, cap. XIV, Fondo de
Cultura Económica, México, 1988 (trad).


Conservo en la memoria con bastante claridad, casi con cariño, mi primer
encuentro con un chiflado. Tuvo lugar en la primavera de 1958. En ese
entonces, yo era miembro en el área de física del Instituto de Estudios
Avanzados de Princeton y había adquirido cierta reputación por mis hábitos
de trabajo algo heterodoxos. Cada mañana llegaba al Instituto alrededor de
las 8:30 y salía a eso de las 5:30 de la tarde, justo a tiempo para saludar
a muchos de mis colegas más ortodoxos quienes llegaban al Instituto para
desempeñar su trabajo nocturno normal. Recuerdo que había un joven
matemático francês, muy notable, quien solía trabajar jornadas de veintitrés
horas, y ocasionalmente nuestros horarios de trabajo coincidían --por otra
parte, com excepción de los seminarios, yo era capaz de trabajar
prácticamente sin parar durante las horas diurnas--.

De qualquer forma, una mañana de primavera alrededor de las 9 de mañana,
estando por terminar de leer el New York Times en mi oficina, sonó el
teléfono del vestíbulo. (Era uno de los caprichos del difunto J. Robert
Oppenheimer que los miembros júnior no debían tener teléfono en sus oficinas
para no desconcentrarse, lo que trajo por consecuencia que se tuviera un
solo teléfono en el vestíbulo para todo el piso, el que, huelga decirlo,
molestaba a "todo mundo" cada vez que sonaba.) Era la secretaria de
Oppenheimer informándome que me buscava una persona de algo así como una
fábrica de calderas de la comunidade aledaña de Nueva Jersey. Le aseguré que
debía tratarse de una simple equivocación, y estaba a punto de colgar cuando
me dijo, con cierta insistencia: "No, es alguien que quiere verlo a usted".

Cuando llegué al gran recibidor --en donde se solía tomar té por las
tardes-- me saludó la secretaria de Oppenheimer, quien me presentó, sin
mayor explicación, a un señor como de cincuenta años, creo que vestido com
pantalones de mezclilla y una gruesa chamarra. Su apariencia era común y
corriente a no ser por sus ojos, que parecían moverse independientemente uno
del otro. Este efecto lo he observado en ciertas aves africanas de gran
tamaño (El actor cômico inglés Marty Feldman también lo hace.) El señor me
escudrinó con su ojo derecho mientras el isquierdo recorría pacíficamente el
bosque de la parte de atrás del instituto, en el cual, dicho sea de paso, se
veía a menudo por las tardes desaparecer, con un hacha, al célebre físico
inglês P. A. M. Dirac, quien también estaba de visita ese año. (Dirac nos
dijo que estaba haciendo un sendero en dirección a Trenton.)

Después de lo que pareció una eternidad, el individuo repentinamente me
perguntó: "¿Cuál es la velocidad del magnetismo?" Todo aquel ambiente
semejaba mi examen oral del doctorado y por un momento alimenté la
alucinación paranoica de que se trataba de un ardid de Oppenheimer para
separar la cizaña del trigo entre nosotros. Le expliqué al tipo que si se
refería a las ondas electromagnéticas en el espacio libre, éstas se
propagaban a la velocidad de la luz. Volvió a reinar el silencio, y entonces
dijo "Éste opera por magnetismo" --afirmación que no tuvo ningún comentario
de mi parte, ya que no tenía la más remota idea de a qué se refería con
"éste"--. Nuevo silencio y súbita pregunta, esta vez enfocando ambos ojos
hacia mí: "¿Alguna vez ha visto un platillo volador?" Hube de admitir que
nunca, desafortunadamente. Me explicó que uno había aterrizado cerca de su
casa justo en las afueras de Trenton --que de ser cierto, era lo más
interesante que había escuchado acerca de aquella comunidad durante mi
ejercicio en Princeton-- y se hallaba convencido de que éste lo había
logrado mediante magnetismo. Antes de adentrarnos más en la conversación,
reapareció la secretaria de Oppenheimer y le dijo al tipo que el doctor
Bernstein debia assistir a un importante seminario por lo que debía
excusarlo. Más tarde ella me explicó que era la política del instituto
proporcionar a todos los visitantes cierta clase de audiencia con objeto de
evitar cualquier posible dificultad, y ya que se sabía que yo llegaba a mi
oficina a una hora impía de la mañana, me había tocado en suerte tal tarea.
Esto no volvió a repetirse durante los dos años que pasé en Princeton.

En los anõs subsecuentes proseguí mis actividades dentro de la física sin
tropezarme más que muy esporádicamente con chiflados. Pero cuando comencé a
escribir sobre temas científicos para el público en general y, sobre todo,
después de que escribí un artículo de divulgación sobre Einstein y la teoria
de la relatividade para New Yorker, el escaso caudal de chiflados se
convirtió en una especie de rio Niágara. Éstos se hacen presentes en
tarjetas postales, cartas registradas y telefonemas. Sus comunicados llegan
casi a cualquier hora del día, y no admiten un no como respuesta.
Permítaseme dar dos ejemplos más bien recientes.

Una noche, hace casi un año, sonó el teléfono em mi departamento. Era una
llamada de larga distancia desde alguna parte del suroeste, de un señor a
quien me referiré como X. (Existe un Y que pronto hará su aparición en
escena.) X inició la conversación una vez que hubo verificado que yo era el
autor de cierto libro acerca de la teoría de las partículas elementales.
Declaró que en su opinión, este libro era una de las más grandes
aportaciones al pensamiento moderno desde los Principia de Newton. Me asaltó
el pensamiento "¿Qué querrá?" Pronto se aclaró la incógnita. Me informó que
había escrito un amplio tratado, aún sin publicar, en el cual se resolvían
cada uno de los problemas no resueltos em mi libro (una de las
características de los manuscritos de los chiflados es que solucionan todo),
y que además, para completar, contenía una teoría sobre el origen de la
Luna. (Pensé en decirle "¿Su amada patria?", pero una segunda
característica de los chiflados es que no tienen sentido del humor.) Huelga
decir que quería que yo leyera este documento y que le enviara algún
comentario. Una petición tal puede parecer bastante inocente, pero una vasta
experiencia me ha enseñado que no lo es. En primer lugar, ningún chiflado
quiere, o aceptará, una crítica honesta sobre lo que sea. Consideran que han
resuelto el "problema", cualquiera que éste sea, y sólo buscan una
aprobación. Aun cuando aceptara leerlo, ya no digamos comentarlo, un
manuscrito tal hace que uno se exponga a interminables problemas. Algunas de
las cartas escritas por los chiflados contienen listas de personas,
frecuentemente prestigiosas, quienes han accedido a leer sus trabajos, y
puedo imaginarme a estos desdichados ahogándose en un caudal de
correspondencia cada vez más ofensiva de parte de dichos autores, los
cuales pretenderán que han sido mal comprendidos o que sus ideas les han
sido robadas por las mismas personas a quienes enviaron sus manuscritos.
(Una tercera característica del chiflado es que está seguro de que todo
mundo intenta robarle sus ideas.)

Cortésmente, pero com firmeza, le dije al caballero que no tenía tiempo para
leer su manuscrito (el difunto Wolfgang Pauli solía decirle a dicha clase de
gente que su agudeza visual era muy débil y que el doctor le había prohibido
leer mucho), y que de enviármelo tendría que regresárselo sin abrir. Pensé
que esto era el fin de X. ¡Pero no! Casi seis meses más tarde, mientras
continuaba mi año sabático en otra institución, recibí una llamada
telefónica, nuevamente de la misma ciudad del suroeste pero esta vez de
parte de Y. Me dijo que su amigo X había leído mi libro y lo consideraba
como la mayor aportación al pensamiento humano desde... etcétera. También me
dijo que la teoría de X acerca de la formación de la Luna pronto sería
noticia de primera plana en los periódicos. (Una cuarta característica del
chiflado es que está decidido a llegar a los periódicos a como dé lugar. Una
reciente carta de alguien que "refutaba" la teoria de la relatividade de
Einstein terminaba haciendo notar que si no obtenía una pronta respuesta
enteraría a la prensa.) De nuevo le dije a Y que bajo ninguna circunstancia
leeria el libro de X, y colgué. Pero ahí no concluyó el asunto. Hace sólo
unas cuantas semanas recibí una carta de X informándome que para mí sería
relativamente sencillo leer su libro, ya que "incluye alrededor de un 25% de
dibujos y láminas". Estoy en espera de que en cualquier momento suene el
teléfono y sea Z.

Daré un último ejemplo, ya que se trata de una buena ilustración de lo que
podría llamarse el chiflado solícito. Otra vez sonó el teléfono. Esta vez me
hallaba en casa por la mañana, preparando una clase. La persona que llamaba
comenzó por cerciorarse de que era yo quien había escrito acerca de
Einstein. Debí haber dicho que no, pero uno nunca sabe, podría ser alguien
que quisiera comprar los derechos cinematográficos. Me dijo que había
resuelto el "problema del campo unificado", pero debido a que nunca había
estudiado física buscaba un colaborador --me imagino que con el fin de poner
los puntos sobre las íes. ¿Estaría yo dispuesto a colaborar con él, y de no
ser así podría recomendarle a alguien? Bajo dichas circunstancias es
tentador dar el nombre de un colega, pero es una estrategia contraproducente
ya que los propios colegas se endilgarían a uno sus chiflados. Pronto se
hizo evidente que este hombre estaba resuelto a formalizar telefónicamente
la colaboración en ese momento, a menos que yo pensara en algo. Con
desesperación le pregunté cuál era su campo de trabajo. Resultó que era
asesor financiero. Entonces le pregunté si le parecería que alguien lo
llamara a su casa a media mañana, al encontrarse ocupado tratando de dar
asesoría financiera, y le pidiera que dejara todo a fin de dar principio a
una inmediata colaboración para resolver un problema de física. Señaló que
este caso era diferente: si yo realmente fuera honeste con mi trabajo,
"dejaría" todo y lo escucharia ya que había resuelto EL PROBLEMA. (Una
quinta característica de los chiflados es que emplean una gran cantidade de
mayúsculas.) Le contesté que yo era lo suficientemente honesto y colgué. No
se ha vuelto a saber de él, pero aún es pronto para ello.

No obstante que éstos son ejemplos bastante típicos, plantean una pregunta
interesante: ¿Existe la posibilidad de que alguns de estas personas "haya"
resuelto algo y que, por no prestarle atención, se haya realmente perdido
una oportunidad? Algunas veces imagino lo siguiente. Corre el año de 1905 y
soy profesor de física en la Universidad de Berna. Suena el teléfono, y una
persona a quien nunca había oído se identifica como un examinador de
patentes de la Oficina Nacional de Patentes de Suiza. Dice que ha escuchado
que doy conferencias sobre la teoria electromagnética y que ha desarrollado
algunas ideas que podrían interesarme. Le pregunto con cierta arrogancia
"¿Qué tipo de ideas?" Comienza por exponer algunas ideas extravagantes
acerca del espacio y el tiempo. Las reglas de medir se contraen cuando se
opnen en movimiento; un reloj en el ecuador camina a menor velocidad que uno
idéntico colocado en el Polo Norte; la masa de un electrón se incrementa con
su velocidad; la simultaneidad de dos hechos depende del marco de referencia
del observador; y así sucesivamente. ¿Cómo habría yo reaccionado? Bueno,
muchos contemporáneos de Albert Einstein habrían colgado el teléfono.
¡Después de todo, en 1905, Einstein no tenía siquiera un puesto académico!

Suponiendo que hubiera tenido el buen tino de pedirle a aquel hombre una
copia de su trabajo recientemente publicado, Zur Elektrodynamic bewegter
Körper ("La electrodinámica de los cuerpos en movimiento"), ¿cómo hubiera
podido saber que no se trataba de un trabajo donde se exponía una teoría
disparatada? Opino que hay por lo menos dos claves para ello. En primer
lugar, la teoría --en este caso, la teoria especial de la relatividad--
cumple con lo que Niels Bohr llamaría después, en un contexto más general,
el princípio de correspondencia. La teoria de la relatividad generaliza la
mecánica newtoniana, pero, después de todo, la mecánica de Newton se adapta
maravillosamente bien a un amplio dominio de fenómenos. Por ende, debe haber
algún límite en el que las dos teorías se unan --o "correspondan"--. Una
mirada al trabajo de Einstein de 1905 mostrará que en este caso el límite es
cuando la velocidad de la luz resulta efectivamente infinita en comparación
con las velocidades habituales con que uno tropieza en la mayoría de las
aplicaciones. En consecuencia, las dos teorías dan esencialmente las mismas
respuestas dentro de su dominio común de aplicación --referente a bajas
velocidades--. Las teorías disparatadas, cuando llegan a ser teorías --un
importante punto al que volveré--, generalmente comienzan y terminan
flotando en el aire. No se relacionan de ninguna manera con cosas conocidas.
Una teoría genuina y realmente novedosa puede aparecer, a simple vista,
disparatada, pero toda teoría, cuando en verdad lo es, tiene este aspecto
conectivo. En ese sentido una teoria novedosa --como la relatividad-- ya
incluye un amplio legado de verificación: los mismos experimentos que
verificaron a sus antecesoras también sirven para verificarla.

La segunda clave a la que aludo es que, para decirlo con palabras de Pauli,
las teorías extravagantes "ni siquiera son erróneas". Nunca he sabido de una
teoría física extravagante que ofreciera alguna nueva predicción
cuantitativa susceptible de verificarse o desmentirse. Generalmente este
tipo de teoría está plagada de una confusa verborrea de términos como
"energía", "campo", "partícula", "massa" y sólo Dios sabe qué más, todo ello
adornado como árbol de Navidad. Si es que existen fórmulas en dichas
teorías, normalmente son las fórmulas de teorías conocidas que el chiflado
se proponer refutar. El trabajo de Einstein de 1905, a primera vista, parece
estrambótico, pero está lleno de predicciones. Pide a gritos ser probado en
los laboratorios.

A este respecto, resulta interesante que la primera predicción novedosa de
la teoría de la relatividad que se probó --a saber, la variación de la masa
con velocidad-- haya estado "en desacuerdo" con el experimento. Einstein
esperó, imperturbable, por varios años, hasta que se demonstró que los
experimentos originales estaban equivocados; hubo una fuga en el sistema de
vacío. De algún modo la teoría "debía" ser correcta --tan grande era su
coherencia interna--. De la misma manera, quizás el acontecimiento más
excitante que podría imaginar que ocurriera en la física, sería que un
experimentador encontrara una falla en la teoría de la relatividad. Lo que
realmente sería interesante es descubrir qué suposiciones de Einstein, si
las hubiera, tendrían un margen reducido de validez. En esta empresa no
requerimos los servicios de los chiflados.

Existe, a propósito, cierto número de teorías cuasidisparatadas que merecen
una especial mención ya que algunas veces resultan no serlo tanto. Hay gente
que se las ingenia para descubrir simples fórmulas numéricas, generalmente
de origen oscuro, que "se ajustam" a los datos. Por ejemplo, hace unos
cuantos años, un matemático descubrió una complicada, pero extraordinaria
fórmula para la llamada "constante de estructura fina": el parámetro
numérico que mide la fuerza de la interacción electromagnética con materia
eléctricamente cargada. Sus orígenes fueron --y aún creo que lo son-- más
bien oscuros, y él mismo fue bastante modesto con respecto a todo el asunto;
pero la fórmula allí estaba. Tal vez fue una coincidencia numérica, o quizas
algún día resulte que tiene un profundo significado que aún nadie comprende.
Lo único que puede hacerce cuando se nos presentan dichas fórmulas es
ponerlas en el cajón de nuestro escritorio y ver qué sucede; al menos, eso
es todo lo que yo puedo hacer.

Habiendo dicho todo esto, se corre cierto riesgo al descartar a la ligera
una parte de este tipo de correspondencia disparatada. No es raro recibir
cartas que parecen muy extrañas pero, cuando alguien se toma la molestia de
leerlas, resultan ser sinceras solicitudes de información. Una cosa es que
alguien envíe el diseño de una máquina de movimiento perpetuo, el cual
seguramente resultará erróneo, y otra es que alguien pregunte cómo, en
principio, puede tenerse la certeza de que no existe tal cosa como una
máquina de este tipo. ¿Cuáles son los límites de validez para las leyes
termodinámicas aceptadas actualmente? Ninguno, hasta donde sabemos, pero es
una pregunta que merece una respuesta seria. He entablado cierta
correspondencia muy amena con personas que quieren saber las respuestas a
preguntas como ésa. Contestar este tipo de cartas es una buena práctica para
expresar las propias ideas científicas.

Independientemente de cuáles otras intenciones tengan los chiflados, después
de que se llega a tratar a varios de ellos, queda claro que lo que les
interesa no es realmente hacer ciencia. No están preparados para aceptar la
presión de las críticas científicas; cualquier crítica la consideran como
una provocación y una amenaza. Los chiflados están buscando un ancla
psicológica --algo que quizás podría porporcionarles un psiquiatra, pero no
es plausible que se los porporcione un físico teórico--. En general, no
parecen ser peligrosos --no obstante, sé de un caso en que una de estas
personas hizo su aparición hace algunos años en las oficinas de la Sociedad
Norteamericana de Física, disparando, y matando, a una secretaria porque
habían ignorado sus ideas. Ya que esta gente ha llegado a imponerme su
presencia de manera profusa, he realizado encuestas entre doctores de
diversas tendencias en cuanto a las mejores tácticas para tratarlos. Su
consejo principal ha sido que uno se zafe de la situación tan pronto como
sea posible. No implicarse con dichas personas en situaciones que parezcan
"divertidas" o en las que pueda ayudárseles. Una fórmula que he comprobado
que funciona en la mayoría de los casos, es escribir una nota diciendo que
aunque las ideas de la persona parecen interessantes, están fuera de nuestro
campo de competencia --cualquiera que "éste" sea-- lo cual hace que seamos
incapaces de expresar comentario alguno. Esto da resultado casi siempre.

Existe un caso, y concluiré con él, en que lo mejor es no hacer nada; éste
es el caso del chiflado injurioso. Hace algunos años, después de cada uno de
los artículos que escribía para New Yorker, sobre cualquier tema, recibía
una carta increíblemente injuriosa de un tipo de Nueva York. El motivo
principal era comunicarme que yo era un fraude y el causante de que
dilapidara su dinero por comprar la revista. Cuando recibí la primera de
estas cartas acababa de empezar a escribir para New Yorker, y, teniendo poca
o ninguna experiencia para tratar dichos asuntos, pregunté a algunos de los
colaboradores más experimentados de la revista qué hacer. Me dijeron que lo
ignorara y lo olvidara. En sus cartas subsecuentes, el tipo, además de
zaherirme por ser um fraude, también me insultaba por no contestar sus
cartas anteriores. Casi se volvió como aquellos clásicos chistes judíos
referentes a la definición de "chutzpa". Finalmente, tuve una idea que
propuse a uno de los directores superiores de la revista. Pensé que
deberíamos tener una tarjeta impresa de elegante presentación com el
logotipo de New Yorker de Rea Irvin, que contendría una sencilla frase
impresa en cursivas de New Yorker, la cual rezaría: "En una reciente junta
del consejo de directores de New Yorker se decidió cancelar su suscripción".
Desafortunadamente, los directores pensaron que "ésta" era una chifladura.

* * * * *



SUBJECT: Re: [ciencialist] Vamos fazzer um clone de Deus?
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 20/11/2000 18:17

Prezados amigos hereges e ateus do Ciencialist,

Vocês já se esqueceram que poderão arder eternamente no fogo do inferno?

A propósito, seria o inferno um buraco negro? Será que nele e no céu a teoria de Einstein também funcionaria?

Nessa estória toda de Jesus eu tenho mesmo é pena do José... Acho que Jesus, lá de cima, deve estar muito chateado com a situação em que meteram o seu pai...

Claudio Abreu
----- Original Message -----
From: Alberto Mesquita Filho
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Monday, November 20, 2000 5:30 AM
Subject: Re: [ciencialist] Vamos fazzer um clone de Deus?


-----Mensagem Original-----
De: "Luiz Ferraz Netto"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Domingo, 19 de Novembro de 2000 22:47
Assunto: Re: [ciencialist] Vamos fazzer um clone de Deus?


> Prefiro que se atenham ao copo de vinho que acompanha a óstia. É o sangue
> de deus! Esse sim vale a pena ser replicado, aos barrís!

Pelo visto você já foi coroinha e deve ter tomado o vinho do padre :-)). É
bom mesmo! :-)

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm


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SUBJECT: Re: [ciencialist] matando deus
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 20/11/2000 18:31

Caro Milton Taidi Sonoda

Estou respondendo minha própria mensagem porque encontrei uma página que
fala sobre o mesmo assunto [JC] e sem as tais falácias. Pelo menos não
são tão evidentes ;-)

http://www.strbrasil.com.br/Atheos/existiu.htm

O texto é melhor escrito e é mais curto. Ele faz várias citações que
podem ser pesquisadas para comprovar sua veracidade.

[]s
==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
==========================================================


SUBJECT: Re: [ciencialist] Quimica - Discussão JH
FROM: "JH Home Page" <jh-hp@ieg.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 20/11/2000 20:20

Kra.. muito filosofico! :-)

v soh, com certeza vc está muito mais aprofundado dq eu... Eu soh estudo quimica por conta propria, por isso eh muito dificil conseguir livros e material para testes. Eu ainda estou na 6a série (naum precisa morrer d rir...) e a materia d quimica soh começa na 8a, por isso eh realmente muito dificil aprender. eu vou fazendo oq posso.... No momento eu tow kerendo saber de algumas reações que possam fazer o cloro emitir calor. Sobre as suas questões eu vou tentar achar alguma coisa sobre o assunto e qualquer coisa eu te digo ok?


BYE!


ah, no meu e-mail aparece JH Home Page pq eh o nome do meu site http://www.jh-hp.hpg.com.br mas se quizerem (todos da lista) podem me chamar de JH_webmaster ou de JH mesmo... pq JH_webmaster é o nick q eu uso normalmente no IRC qnd entro no canal #ciencia .

Thanks!


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re:Re: Re:Re: [ciencialist] Quimica.
FROM: "JH Home Page" <jh-hp@ieg.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 20/11/2000 20:28

Concordo com vc... A maioria do pessoal aqui da lista só fala em física. Vamos mudar isso, vamos escolher um assunto sobre quimica e começar a debate-lo!!!

Você tem alguma ideia?
-----Mensagem Original-----
De: Michelle S. De Marco
Para: ciencialist@egroups.com
Enviada em: Domingo, 19 de Novembro de 2000 21:01
Assunto: Re: Re:Re: [ciencialist] Quimica.



Bom , eu adoro química! Esse assunto (infelizmente) não aparece muito aqui
na lista , mas sempre que quiser discutir alguma coisa , será um prazer!

[]´s

Michelle

] Quimica.


>QUE BOM!! eh até melhor flar sobre cosmologia e astronomia do q sobre
>quimica!! Eu tow sem inspiração agora sobre qual assunto podeiramos
falar???
>




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SUBJECT: Re: [ciencialist] Vamos fazzer um clone de Deus?
FROM: "JH Home Page" <jh-hp@ieg.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 20/11/2000 20:35

Gostaria que você reformulasse sua pergunta sobre a virgindade de Maria eu não compreendi onde queres chegar.

E sobre a definição de Jesus ser santo não significa que ele era um gênio e nunca teve problemas (nem preciso falar da cruz), quando se diz que ele era santo, quer dizer que ele nunca havia pecado, nunca havia desobedecido uma lei divina. Foi exatamente para isso que ele veio ao mundo, para mostrar que ele poderia enfrentar os problemas humanos e continuar totalmente obediente ao pai.
-----Mensagem Original-----
De: Palhares, Paulo Rogerio
Para: ciencialist@egroups.com
Enviada em: Segunda-feira, 20 de Novembro de 2000 09:51
Assunto: Re: [ciencialist] Vamos fazzer um clone de Deus?



Jesus foi somente uma pessoa muito avançada e boa para sua época, Jesus foi
uma pessoa normal quem estudar sua vida vai saber que ele ia a escola, teve
problemas como todo aluno e outras coisas que derruba o mito de um homem
santo, uma coisa que eu jogo em discussão é o seguinte, na época o adultério
por parte da mulher era calsa de pena de morte, sendo assim Maria nunca
poderia ser virgem, Jesus era filho de Jose, pois imaginem o que teria
acontecido a ela e a Jesus se José tivesse desconfiado de Maria?

Um abraço.

> Olá Senhores Naturalistas
>
> Vocês que são sábios ateus me digam:
>
> Quem foi Jesus Cristo e oque ele fez?
>
> abraços
> Milton
>
> silvio cordeiro filho wrote:
>
> > Barcellos:
> >
> > Considerando que a a santa igreja só diz verdades, e que na óstia tem o
> > corpo de Deus, haverá no grupo um biólogo que poderia tentar tirar de
uma
> > óstia o DNA de Deus e replicá-lo? aí poderiamos fazer muitos Deuses e
até
> > comercializá-los para os emergentes. Imagine o Edir Macedo com um deus
> > exclusivo? O Bill Gattes financia o experimento.
> >
> > silvio cordeiro.
> >
> > ----- Original Message -----
> > From: Joao Carlos Holland de Barcellos & lt;jocax@usp.br>
> > To: & lt;ciencialist@egroups.com>
> > Sent: Monday, November 13, 2000 9:21 AM
> > Subject: Re: [ciencialist] Ola, caros colegas de egroup! Tudo bem com
voces?
> >
> > Alberto Mesquita Filho wrote:
> > >
> > > Em absoluto. Aqui só tem doido e um a mais é sempre bem vindo.
> >
> > Nunca vi nada mais perfeito q esta linha !! :-)
> >
> > > 3) O Jocax diz ser o filho de Deus, mas o Léo não concorda com a
> > > paternidade. Já pensou-se num teste de DNA mas deuses não têm DNA (os
> > > cromossomos foram criados pelo Léo). O Jocax é o autor da teoria da
> > > Gemética, uma mistura de genes e memes que eu ainda não consegui
> > > entender.
> >
> > Gostaria de ser lembrado como o criador do Genismo, a
> > religiao-cientifica mais perfeita do planeta !
> > Se vc se converter ao Genismo a felicidade vira ao teu encontro !
> >
> > Vc podera dar uma olhada sobre o Genismo,nesta lista em :
> > www.egroups.com/message/ciencialist/2214?&start=2213
> > www.egroups.com/message/ciencialist/2325
> > ou
> > http://www.egroups.com/messages/Genismo/1
> >
> > La eu estou colocando as mensagens mais interessantes
> > para facilitar a compilacao de minhas ideias por algum apostulo no
> > futuro.
> >
> > []s
> > jocax
> > (Ps: O jocax se considera o salvador, messias do 3. milenio e tambem
> > a pessoa mais ateia da face da terra.
> > Falar em deus eh comprar briga com ele ! :-) )
> >
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Cientificos chiflados
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 20/11/2000 21:07


-----Mensagem Original-----
De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: segunda-feira, 20 de novembro de 2000 17:22
Assunto: [ciencialist] Cientificos chiflados


Olá Léo e demais ciencialisteiros

Oi Alberto,
esse texto foi realmente o meu melhor presente de aniversário (hoje 20/11).
Deveria ter tido a oportunidade de ler isso a alguns anos atrás. Teria feito
muito mais por mim que um monte de porcarias de aulas teóricas sem
significado final.
Primeiro apreciei a coerência e desenvolvimento do texto sob o ponto de
vista de uma 'narração didática' --- impecável --- início, propósito ---
exemplificação ---análise --- opinião --- comportamento e finalização.
Segundo, os comportamentos dia-a-dia de personagens famosas que conviveram
com o narrador/divulgador.
Terceiro, serviu para corrigir vários erros que cometo em algumas situações
que nomearia de 'assemelhadas' --- em outro nível, porém eticamente
correspondentes.
Quarto, despertou-me várias dúvidas. E dúvidas são os lastros para a
aprendizagem.
Quinto, fiquei apreensivo se alguma vez não confundi uma boba pergunta de
curioso com uma simples e boa pergunta.
Sexto, acredito que, sem dúvida, o mundo tem muito mais crackpot do que
cientistas teóricos. Será que os 'superdotados' não são meros crackpots de
alguma área do conhecimento, usando suas próprias e ocultas técnicas para a
resolução de problemas?

Bem, agradeço o texto e espero aprender muito mais com os comentários da
thread em andamento.

[]'
Léo




SUBJECT: Re: show do milhão
FROM: "Andre R. D. Baptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: <ciencialist@eGroups.com>
DATE: 20/11/2000 22:32

Ol� L�o

>(a) Vou verificar, com cuidado. H� uma sutil diferen�a entre g�s e
vapor. Em
>certas condi��es de press�o e temperatura os termos se equivalem.
Para
>corroborar com sua d�vida h� a denomina��o "g�s liquefeito de
petr�leo"
>(GLP) e, eu mesmo, por vezes, tenho usado o termo "condensa��o" para
a
>passagem de vapor para l�quido.

Da enciclop�dia Brit�nica:

http://www.britannica.com/bcom/eb/articl
e/0/0,5716,119900+28+110683,00.html?kw=direct%20liquefaction

"Liquefaction

Liquefaction is the process of converting solid coal into liquid
fuels. The main difference between naturally occurring petroleum fuels
and coal is the deficiency of hydrogen in the latter: coal... "

N�o sei se a tradu��o direta para o portugu�s se aplica. Mas a
pergunta do "show do milh�o" foi no m�nimo inadequada, pois liquefa��o
tamb�m � comumente aceito como a obten��o de um l�quido, ou uma
solu��o, a partir de um s�lido (vide o "liquidificador").

>(b) Quem � o Sr. Abravanel? � outro lexista?

� um trocadilho com o nome verdadeiro do S�lvio Santos, Senor
Abravanel.

>(c) Aquilo que se forma no vidro do seu possante n�o � Condensa��o ou
>Liquefa��o, � �gua!. O vapor d'�gua existente na atmosfera, na
press�o
>ambiente, encontra o vidro frio e se "condensa" em min�sculas
got�culas de
>�gua. O vidro fica 'embaciado' (perde o brilho e a transpar�ncia);
emba�a.

� mesmo?? pensei que fosse anti-mat�ria, ou algum tipo de
ecto-plasma... d��... :-)

abra�os,

Andr� Baptista





SUBJECT: Re: [ciencialist] Vamos fazzer um clone de Deus?
FROM: "Marcelo Barbosa" <embs@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 20/11/2000 23:40

> Por exemplo, diz a bíblia que ele tinha o poder de curar as
pessoas com palavras

Disse-o bem: "DIZ a bíblia". Será que tudo o que ela diz é verdade?
Consulte:
http://www.infidels.org/library/modern/paul_carlson/nt_contradictions.
html
e
http://www.infidels.org/library/modern/jim_meritt/bible~contradictions
.html


>e toques, e que foi morto e ressucitou, e visto por várias pessoas .
Isso
>obviamente ciência não pode explicar isso.

Individuos aparentemente mortos podem "ressucitar". Já ouviu falar em
catalepsia? Isso, assumindo que tal episódia tenha realmente
ocorrido...


> Alguns podem questionar a veracidade da história contada na
>biblia. Porém, nesse acontecimentos de cura a bíblia diz que ele
>estava sempre cercado de uma multidão, de forma que se alguém
>começasse a escrever inverdades a respeito de Jesus, esse logo seria
>desmascarado.

Circulus in demonstrando!!! Se queremos demonstrar que a bíblia seja
verdadeira, não podemos partir do princípio que ela seja verdadeira...


> As perguntas que ficam são:
> Isso existiu?

Talvez, algumas partes, corroboradas por outros textos históricos.


> Se existiu, a ciência pode explicar isso?

Sem ter mais informações à mão, para se examinar, fica difícil provar
qualquer coisa...






SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: show do milhão
FROM: "Celso Rapaci" <rapaci@h8.ita.cta.br>
TO: <ciencialist@eGroups.com>
DATE: 21/11/2000 01:12

Segundo alguns livros que eu ja li, a diferença entre gás e vapor esta na
temperatura que define o estado... define-se gás como sendo matéria no
estado gasoso acima da temperatura crítica (e temperatura crítica é a
temperatura acima da qual é impossível se "liquefazer" esse gás apenas por
compressão), e, consequentemente, vapor é matéria no estado gasoso abaixo da
temperatura crítica.
Interessante...
Eu não lembo em que livro eu li isso, mas tenho quase certeza que foi em
algum livro de quimica... os livros de fisica normalmente ficam presos a
cálculos e fórmulas quando se fala de gases, e vapores...

Espero ter ajudado...
Ah, e quanto à água que "liquefaz" no vidro do carro, ela pode ser sim
ecto-plasma... apesar de ser menos provável... já anti-matéria, eu só digo
que se o fosse o motorista não estaria aqui para contar a história... e além
disso a probabilidade de ser antimatéria é ainda menor que a de ser
ecto-plasma, infinitamente menor...

atenciosamente...
Celso Rapaci



----- Original Message -----
From: Andre R. D. Baptista <andrebaptista@uol.com.br>
To: <ciencialist@eGroups.com>
Sent: Monday, November 20, 2000 10:32 PM
Subject: [ciencialist] Re: show do milhão


> Olá Léo
>
> >(a) Vou verificar, com cuidado. Há uma sutil diferença entre gás e
> vapor. Em
> >certas condições de pressão e temperatura os termos se equivalem.
> Para
> >corroborar com sua dúvida há a denominação "gás liquefeito de
> petróleo"
> >(GLP) e, eu mesmo, por vezes, tenho usado o termo "condensação" para
> a
> >passagem de vapor para líquido.
>
> Da enciclopédia Britânica:
>
> http://www.britannica.com/bcom/eb/articl
> e/0/0,5716,119900+28+110683,00.html?kw=direct%20liquefaction
>
> "Liquefaction
>
> Liquefaction is the process of converting solid coal into liquid
> fuels. The main difference between naturally occurring petroleum fuels
> and coal is the deficiency of hydrogen in the latter: coal... "
>
> Não sei se a tradução direta para o português se aplica. Mas a
> pergunta do "show do milhão" foi no mínimo inadequada, pois liquefação
> também é comumente aceito como a obtenção de um líquido, ou uma
> solução, a partir de um sólido (vide o "liquidificador").
>
> >(b) Quem é o Sr. Abravanel? É outro lexista?
>
> É um trocadilho com o nome verdadeiro do Sílvio Santos, Senor
> Abravanel.
>
> >(c) Aquilo que se forma no vidro do seu possante não é Condensação ou
> >Liquefação, é Água!. O vapor d'água existente na atmosfera, na
> pressão
> >ambiente, encontra o vidro frio e se "condensa" em minúsculas
> gotículas de
> >água. O vidro fica 'embaciado' (perde o brilho e a transparência);
> embaça.
>
> É mesmo?? pensei que fosse anti-matéria, ou algum tipo de
> ecto-plasma... dãã... :-)
>
> abraços,
>
> André Baptista
>
>
>
>
>
> *** --- ***
> Vote na decisao para configuracao da lista. Mensagens somente texto ou
HTML. Para isso use o endereco:
> http://www.egroups.com/polls/ciencialist/
> *** --- ***



SUBJECT: Re: [ciencialist] Apresentando a teoria
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 21/11/2000 03:00


Caro Alberto,

Vc tem o direito de discordar de qualquer coisa que eu diga mas apelar
para o meu desmerecimento é triste, me faz pensar que alguém com o seu
poder e na sua posição seja avesso a críticas de "crianças" como eu.
Também me impressiona como alguém que se auto-intitula poeta, cientista,
romancista e médico em seus artigos, e se considera um dos poucos
teorizadores sérios do Brasil, enfim, um gênio, possa chamar outro de
pretensioso . Ademais acho que antes de questionar as teorias devemos
conhecê-las bem. Já pensei em furos na mecânica quântica ou teorias do
gênero, perguntei para várias pessoas, pesquisei o problema - que não
era trivial- descobri que o furo era meu, claro que eu queria ter
resolvido
um problema que ninguém havia pensado mas sei que algo tão fundamental
fora,
provavelmente, discutido incansavelmente pelos cientistas.
Seguindo seus conselhos, eu reli com cuidado algumas de suas teorias ou
discussões diretamente na fonte - sua homepage. Foi lá que vi a
explicação (hipótese) alternativa para o fato de o múon ter meia vida
menor do
que o tempo que ele demora para ser detectado após sua emissão. Lá
estava escrito que o aumento da sua velocidade poderia implicar na
mudança de suas características em virtude, talvez, do seu "spin
clássico". Parece-me claro que tal hipótese seja absurda por vários
aspectos, cito três:
- O referencial do laboratório não pode ser
privilegiado em detrimento do que acompanha o múon, por que os múons "em
repouso" (impossível quanticamente) não teriam esta característica?
-Como o spin poderia ser clássico mas quantizado em seu valor? (não na
sua
direção como vc afirmou com o argumento da orientação do campo)
-Como esse giro eterno se conservaria em uma partícula que não está
isolada?


Outro problema que notei na parte de relatividade foi o seu
questionamento sobre a
precessão de Mercúrio. Quando as primeiras medidas foram feitas, alguns
modelos alternativos previam a precessão de planetas, basicamente se
adicionava um campo à gravitação newtoniana ou se faziam correções tipo
momento de quadrupolo do sol ou interações com corpos menores no meio do
caminho (o que seria quase a mesma coisa matematicamente). O que matou
todas essas hipóteses (inclusive a baseada na eletrodinâmica de Weber
usada por André Assis que vc citou em outra mensagem) foi o fato da
precessão depender do momento angular da massa de teste, há uma espécie
de "momento quadrupolar" no potencial efetivo que depende do momento
angular dos planetas.
Enquanto que, em todas as outras teorias, o momento quadrupolar seria
dado pela deformação do sol ou na vizinhança das órbitas. Relembro que
já é conhecida com uma
precisão razoável a precessão de todos os planetas do sistema solar.
Isso sem falar nos, desvios da luz, nos pulsares...
Saindo da relatividade e entrando um pouco na sua teoria sobre elétrons
(ou prótons), eu quero dizer que vc não pode fazer uma teoria
eletromagnética em torno de partículas desta natureza. Vc deve
considerar sempre a carga que é um escalar de acoplamento em qualquer
teoria eletromagnética. O eletromagnetismo clássico (ou qualquer outro)
deve valer para qualquer coisa que tenha carga, ou seja, elétron,
pósitron, próton, etc... Outra crítica que faço é o seu questionamento
do postulado de Bohr que fala sobre "órbitas permitidas". Este postulado
já não tem sentido em física quântica há tempos uma vez que não existem
órbitas de partículas quânticas mas regiões de probabilidade. Imagino
que, neste caso,
vc argumene que isso é uma interpretação de um quântico, sempre é
interpretação, mas a física
quântica está muito testada, não há nada parecido que dê conta dos
inúmeros resultados
(inclusive uma revolução tecnológica) obtidos através da teoria
quântica. para modificar
alguma coisa nela vc tem que conhecê-la, conhecer os testes. Penso que
talvez tenha se restringido
aos experimentos/observações históricos, iniciais, em tais teorias
desprezando assim a
consolidação das mesmas. Lembre-se que experimentos dos últimos 40 anos
são mais precisos do que quaisquer outros feitos anteriormente (isso
inclui o milênio aristotélico). Um exemplo: como sua teoria explicaria o
nível de Fermi? e as bandas de valência de um material semicondutor? E o
condensado de bósons de Einstein? Não conheço análogos clássicos para
tais efeitos. (Claro que não podemos deixar de falar da clássica
radiação de corpo negro)
Gostaria ainda que vc colocasse claramente um paradoxo não resolvido
pela relatividade, um problema eletromagnético que os cientistas
desconhecem ou fingiram que não viram ou uma falha na mecânica quântica,
tudo isso associado a
experiências, mesmo que mentais. Obviamente, vc tem que poder resolver
tais problemas com uma de suas
teorias já que ainda há vários tópicos abertos em física, e.g.,
existência de matéria escura, sonoluminescência, super condutividade em
alta temperatura crítica, densidade (energia) do vácuo, hipótese de
unificação dos campos, etc. Aliás,
os teóricos mais ambiciosos trabalham na árdua tentativa de resolvê-los
e não inventando uma física alternativa dos perseguidos pelo sistema.
Ainda sobre a relatividade, a curvatura do espaço-tempo que vc tanto
questiona é usada pela incrível elegância e simplicidade que vc obtem ao
associar a teoria de campo gravitacional com a geometria riemanniana. Vc
pode obter todos os resultados já previstos pela relatividade através de
uma complicada teoria de campo clássica com spin 2, há um livro de
gravitação do Feynman onde ele mostra isso, isso sim é um exemplo onde
vc pode
escolher por razões epistemológicas qual interpretação mais lhe agrada
mas creio que, por praticidade matemática, qualquer um prefira a
geometria. A diferença entre as duas estaria
justamente nas ondas gravitacionais que ainda não foram medidas. Se a
velocidade destas ondas for c, a geometria se encaixa perfeitamente
senão devemos mudar para uma teoria de campo. A simplicidade, aliás, é
um dos maiores atrativos nas relatividades de Einstein, na especial
quase todos os resultados já haviam sido obtidos por Lorentz, Poincaré e
cia. sempre considerando correções no éter ou coisas do gênero.
Bem, é isso que eu tinha para falar, àqueles que não estão mais
interessados nessa briga,
peço desculpas.

um abraço, Eduardo.


SUBJECT: Re: [ciencialist] relatividade
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 21/11/2000 03:43

Observação preliminar: Para os que estão chegando agora ao diálogo, as msgs
citadas abaixo (4800 e 4808, bem como outras) podem ser lidas a partir de
http://sites.uol.com.br/albmesq/Dialogos/rdd.htm

-----Mensagem Original-----
De: "TARCISIO BORGES"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Segunda-feira, 20 de Novembro de 2000 12:43
Assunto: Re: [ciencialist] relatividade


> O seu paradoxo é o seguinte: tenho dois objetos, A que está parado e B
> que está em MRU. A teoria da relatividade diz que B tem um tempo
> alongado [passa mais devagar] que o tempo de A. Mas para B quem está se
> movimentando é A e portanto A é que deveria ter o tempo alongado.
> Eis o seu paradoxo! O paradoxo dos gêmeos.

Olá Tarcisio

Até aí, tudo bem. E, com efeito, na msg 4800 cheguei a afirmar: "A conclusão
a que se chega, com esta visão ingênua da relatividade, é a de que o relógio
utilizado (fóton percorrendo a distância AB) não pode ser utilizado como
tal, pois recairíamos num novo paradoxo dos relógios" (paradoxo dos relógios
é outro nome que se dá ao paradoxo dos gêmeos).

> OK! Então vamos resolvê-lo. A explicação vem do próprio Einstein [não,
> isto não é uma psicografia].

Ainda bem, senão a turma do FCB iria cair de pau em você. :-)

> B tem o tempo deformado porque ele foi
> acelerado e a acelaração quebra a simetria que deveria haver na
> interpretação dos movimentos. Em MRU vc não pode dizer se está em
> movimento ou não, mas se vc estiver acelerado sim, vc sente, todas as
> partículas do seu corpo "sentem".

Até aí eu concordo, ainda que ache essa explicação um tanto quanto
artificial. Em primeiro lugar por assumir que dentre dois corpos em
diferentes "estados" de movimento, um dos dois foi, num passado recente,
acelerado. Certamente foi, mas isso, por regressão, nos levaria a pensar em
algo muito parecido (ainda que não do mesmo tipo) a um referencial absoluto
newtoniano. Ora, a relatividade de Einstein acabou com essa idéia!

Posteriormente, e seguindo essa linha, deveríamos lançar mão do princípio da
equivalência de Einstein e igualar a aceleração a um campo gravitacional,
explicando assim qual dos dois relógios teria o seu tempo afetado pela
"experiência". Na "experiência" dos gêmeos pelo menos temos uma mudança de
movimento (ida e volta) a compensar ou mascarar o que chamei regressão
newtoniana. Mas, tudo bem, vamos em frente, pois estou aqui meramente
conjeturando (como se estivesse pensando em voz alta, caso isso fosse um
diálogo oral :-) ).

> Vamos ao experimento mental ;-)
> Tenho dois relógios que vão funcionar como meus objetos A e B, estão
> sincronizados e tenho os dois em minhas mãos, portanto os dois estão
> parados. Mantenho A como relógio padrão e acelero B até uma velocidade
> relativística qualquer [acabei de quebrar a simetria dos dois] e o
> mantenho nesta velocidade por algum tempo, neste intervado consigo medir
> de alguma forma o ritmo do tempo do relógio B e consigo perceber que ele
> está mais lento que A [como prevê a teoria da relatividade], desacelero
> B e tomo-o nas mãos e percebo que realmente ele está atrasado em relação
> a A.

Não sei não... :-)). Alguma coisa permanece esquisita. No "aparente
paradoxo" apresentado o "relógio" não é acelerado, simplesmente estou
interpretando os princípios da relatividade especial ao pé da letra. Se a
luz é independente do referencial, e se considerarmos um elemento de volume
dessa luz (chame-o de fóton, se quiser) como o equipamento básico do
relógio, não preciso acelerá-lo (o que relativisticamente falando seria um
absurdo) para mudá-lo de referencial.

Comentários paralelos: A menos que pensasse na seguinte observação de
Einstein, feita ao evoluir da relatividade especial para a geral: "Vê-se
também que o princípio da constância da velocidade da luz no vazio tem de
ser modificado". Modificação esta que ficou implícita no princípio da
relatividade geral (curvatura da trajetória da luz devida à aceleração, mas
não à velocidade). Mas,... ¿que modificação teria sido essa? Incluiria
também as esquisitices notadas no meu "aparente paradoxo", abaixo citadas?

Voltando ao tema: O elemento de volume é o mesmo para os dois observadores e
o princípio da relatividade me garante poder utilizar o mesmo fóton [em
teoria, pois na prática teríamos que pensar quanticamente, mas essa seria
uma outra história :-)) --e é por isso que prefiro falar em elemento de
volume do feixe e não em apenas um fóton].

A lanterna também é a mesma e não sofre aceleração (quem é acelerado é o
observador); e a parede oposta também permanece em repouso no referencial de
laboratório (ou do observador que não foi acelerado). Logo, volto com meu
questionamento: Aceitando-se a visão mostrada nas figuras 1 e 2 (da msg
4800) não se pode utilizar um fóton como relógio, pois recairíamos num novo
paradoxo dos relógios, agora não explicável pelos métodos tradicionais.

E, como afirmo na msg 4808 (a última da thread): "Pensando
relativisticamente, só não haverá paradoxo se admitirmos que a "trajetória"
do fóton não sofrerá deflexão nenhuma quando observada no sistema M que se
move com velocidade v constante num referencial supostamente inercial em
relação àquele onde está localizada a fonte de luz."

> Parece ingênuo mas não é e também não afeta a deformação do espaço
> causado pela gravidade como vc sugere.

Bem, esse assunto estaria a meu ver relacionado à interpretação segundo a
relatividade geral, o que é bem mais complicado. Pela relatividade especial
o máximo da esquisitice, a meu ver, seria o que chamei na msg 4808 como um
salto "quantum-relativista" entre A e B (se aceitarmos este salto como uma
hipótese "ad hoc", não há paradoxo mas persiste a esquisitice).

Essa é a minha opinião a respeito, o que não implica que esteja correta.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Apresentando a teoria
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 21/11/2000 07:59

-----Mensagem Original-----
De: "Eduardo Gueron"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Terça-feira, 21 de Novembro de 2000 03:00
Assunto: Re: [ciencialist] Apresentando a teoria

Caro Eduardo

Perdoe-me se o feri em demasia. Em minha vida acadêmica aprendi a combater
com palavras e deixei isso claro em nosso primeiro contato (msg 6843),
logo após lhe dar as boas vindas. Disse que seria combativo, se necessário
fosse. E isto porque acreditei estar a frente de alguém de valor e disposto
a me criticar (sua msg 6835). Talvez você tenha interpretado como ofensa a
minha afirmação de que estaria aceitando a constância da velocidade da luz
como um dogma. Enfim, é como eu via a sua crítica inicial e relendo-a ainda
mantenho esta visão, mesmo sem dotá-la de nenhum caráter pejorativo, o que
provavelmente talvez não tenha ficado claro na ocasião, pois pouco nos
conhecemos. A partir daí fui seqüencialmente considerado 1) ingênuo (msg
6847), e aceitei minha ingenuidade (msg 6855); 2) confuso (msg 6857), quando
ignorei o termo e agradeci o interesse por minhas teorias (msg 6859); 3) de
ter criado uma teoria do nada (msg 6869); 4) de não ter sido humilde (msg
6869); 5) de apresentar delírios megalomaníacos (msg 6869). Em resposta,
aproveitei um gancho seu e saí-me com essa: "Já esperava por isso. Como não
haverá respostas, deixarei o dito pelo não dito e não comentarei suas
observações (a maioria das quais já comentei aqui na Ciencialist)."

Em 17/11/00 (msg 6909), não satisfeito, você retornou a carga, quase que em
atitude de desforra por eu ter ignorado sua msg anterior. Sinceramente, o
que esperava que eu fizesse?

> Vc tem o direito de discordar de qualquer coisa que eu diga mas apelar
> para o meu desmerecimento é triste,

Pelo contrário. Minha rigidez costuma ser diretamente proporcional ao
respeito que costumo devotar por meus adversários. E foi você quem deu o
estilo de adversidade. Julguei-o, sim, afoito. E, em decorrência disso, de
ignorar o domínio de conhecimento a que estava me referindo.

> me faz pensar que alguém com o seu poder e na sua posição seja avesso a
> críticas de "crianças" como eu. Também me impressiona como alguém que se
> auto-intitula poeta, cientista, romancista e médico em seus artigos

Não me parece que você seja criança, com ou sem aspas. Jovem, sim, mas
sempre tive um respeito muito grande pelos jovens. Por outro lado, não
confundo humildade com passividade. Não sei o que é que seria de um físico
passivo; um médico e/ou um educador seria o caos. Os jovens que me conhecem
sabem me enfrentar e não raramente me vencem. E isto faz parte não só do
aprendizado deles mas também do meu. Afinal, não tenho tanto poder assim.
Por outro lado, procuro não misturar minha participação na Ciencialist com
minha vida profissional. Aqui eu sou mais eu, e gosto de ser assim, ainda
que minha última msg endereçada a você tenha me deixado profundamente
triste.

> e se considera um dos poucos teorizadores sérios do Brasil,

Se sou ou não um teorizador sério não me cabe responder. O que posso dizer é
que o "academicismo brasileiro bloqueia a criatividade" (e essa frase não é
minha mas de um dos maiores físicos brasileiros, talvez o maior: Mário
Schenberg) e graças a isso não temos quase teorizadores.

> enfim, um gênio, possa chamar outro de pretensioso.

Não sei se existem gênios. Acredito mais que a pedagogia moderna produz uma
"mediocrização deliberada" (expressão do mesmo físico citado acima) e que
alguns conseguem se safar dessa política acadêmica. Quanto a chamá-lo de
pretensioso: Que nome daria a alguém que critica "pesadamente" (termo seu) o
que não leu devidamente (parcialmente reconhecido por esta última msg)?

> Seguindo seus conselhos, eu reli com cuidado algumas de suas teorias ou
> discussões diretamente na fonte - sua homepage. Foi lá que vi a
> explicação (hipótese) alternativa para o fato de o múon ter meia vida
> menor do que o tempo que ele demora para ser detectado após sua emissão.
> Lá estava escrito que o aumento da sua velocidade poderia implicar na
> mudança de suas características em virtude, talvez, do seu "spin
> clássico". Parece-me claro que tal hipótese seja absurda por vários
> aspectos, cito três:
> - O referencial do laboratório não pode ser
> privilegiado em detrimento do que acompanha o múon, por que os múons "em
> repouso" (impossível quanticamente) não teriam esta característica?

Não me interprete mal, Eduardo, mas você está criticando uma idéia que
pretende ser clássica utilizando uma impossibilidade aceita por uma física
não clássica. Tudo bem que você não queira abandonar os paradigmas modernos,
isso é aceitável e louvável. Mas uma idéia não pode ser falseada
simplesmente por contrariar hipóteses de outra teoria com a qual não esteja
compromissada. Essa idéia foi apresentada no sentido de mostrar que a física
de Newton comporta uma explicação para um fenômeno que costuma ser admitido
como explicável somente pela relatividade moderna. Encontre então um
falseamento à idéia a apoiar-se na física de Newton, não na física moderna.

> -Como o spin poderia ser clássico mas quantizado em seu valor? (não na
> sua direção como vc afirmou com o argumento da orientação do campo)
> -Como esse giro eterno se conservaria em uma partícula que não está
> isolada?

Esse tema dá pano prá manga. :-). Podemos discutir durante meses a fio.
Concordo com a sua estranheza mas não com a ênfase dada. Quantização
clássica não é coisa nada absurda. Apenas não será idêntica a uma
"quantização quântica". Quanto ao último questionamento, deixarei outro no
ar: Como as moléculas de um gás conservam um movimento eterno se não estão
isoladas? Quanto ao mais, não esqueça dos princípios de conservação da
física clássica. Sim, existe a irreversibilidade, mas aí não é só a física
clássica que emperra. A quântica também.

> Outro problema que notei na parte de relatividade foi o seu
> questionamento sobre a precessão de Mercúrio. Quando as primeiras medidas
> foram feitas, alguns modelos alternativos previam a precessão de planetas,
> basicamente se adicionava um campo à gravitação newtoniana ou se faziam
> correções tipo momento de quadrupolo do sol ou interações com corpos
> menores no meio do caminho (o que seria quase a mesma coisa
> matematicamente). O que matou todas essas hipóteses (inclusive a baseada
> na eletrodinâmica de Weber usada por André Assis que vc citou em outra
> mensagem) foi o fato da precessão depender do momento angular da massa de
> teste, há uma espécie de "momento quadrupolar" no potencial efetivo que
> depende do momento angular dos planetas. Enquanto que, em todas as outras
> teorias, o momento quadrupolar seria dado pela deformação do sol ou na
> vizinhança das órbitas. Relembro que já é conhecida com uma precisão
> razoável a precessão de todos os planetas do sistema solar. Isso sem falar
> nos, desvios da luz, nos pulsares...

Não vou dizer que você está errado pois não conheço detalhes de todas essas
teorias clássicas alternativas. Esse tópico do meu artigo meramente chama a
atenção do leitor para um assunto que a meu ver está ainda em aberto. A
física clássica ainda é citada como algo a postular a ação a distância. Os
três princípios de Newton, a meu ver encarados como provisórios pelo autor,
têm esse defeito implícito. Logo, qualquer correção relativística clássica a
apoiar-se nas equações de Newton (mas não na filosofia de Newton) estará
sujeita a repetir esses erros.

> Saindo da relatividade e entrando um pouco na sua teoria sobre elétrons
> (ou prótons), eu quero dizer que vc não pode fazer uma teoria
> eletromagnética em torno de partículas desta natureza. Vc deve
> considerar sempre a carga que é um escalar de acoplamento em qualquer
> teoria eletromagnética. O eletromagnetismo clássico (ou qualquer outro)
> deve valer para qualquer coisa que tenha carga, ou seja, elétron,
> pósitron, próton, etc...

Não concordo. Se eu consigo, a partir de "meu" elétron chegar na lei de
Coulomb (para uma população de elétrons), a minha teoria também vale para
qualquer coisa que tenha carga. Apenas digo que o elétron, o pósitron, o
próton, etc. "não têm carga" no sentido adotado para o termo carga. Mas isso
não significa dizer que não sofrem efeitos de um campo elétrico ou
magnético.

> Outra crítica que faço é o seu questionamento
> do postulado de Bohr que fala sobre "órbitas permitidas". Este postulado
> já não tem sentido em física quântica há tempos uma vez que não existem
> órbitas de partículas quânticas mas regiões de probabilidade. Imagino
> que, neste caso, vc argumene que isso é uma interpretação de um quântico,
> sempre é interpretação, mas a física quântica está muito testada, não há
> nada parecido que dê conta dos inúmeros resultados

Ou seja, você diz que o "postulado já não tem sentido" mas após repensar
acha que eu posso considerar como tendo sentido. E aí cai no que os
quânticos mais gostam: a teoria é boa porque funciona. Então assumam de vez
que essa é talvez a única, ainda que importante, peça a convencê-los de sua
aceitação. Os postulados de Bohr são tão fundamentais para a física quântica
que estão todos eles embutidos nos novos postulados da física quântica,
ainda que se dê uma interpretação fantasiosa para estes últimos. Mas como já
disse, isso é problema que os físicos quânticos têm de explicar para eles
mesmos, não para mim. Já comentei muito sobre isso na thread "Teorias
Realistas Atuais" (abril a junho de 2000) aqui da Ciencialist. Não quero
ressuscitar o que dei por encerrado, a menos que surjam fatos novos e
relacionados às teorias que defendo.

> Um exemplo: como sua teoria explicaria o nível de Fermi? e as bandas de
> valência de um material semicondutor? E o condensado de bósons de
> Einstein? Não conheço análogos clássicos para tais efeitos. (Claro que não
> podemos deixar de falar da clássica radiação de corpo negro).

Como posso explicar alguma coisa se você recusa-se terminantemente a
considerar as minhas hipóteses pelo fato delas não concordarem com suas
idéias preconcebidas? Ora, minha teoria foi feita para explicar fenômenos
naturais, e não elucubrações feitas por físicos que, para chegarem nas
mesmas, apoiaram-se rigidamente em hipóteses outras!!! Se não consigo
explicar nem a lei de Coulomb, pois você de antemão recusa-se a admitir que
exista outra explicação que não aquela que lhe foi imposta na escola!!! Se o
elétron é o que você pensa que é, não posso chegar a nada a não ser dizer
que a única saída possível seria contentarmo-nos com a teoria da
relatividade e com a física quântica.

> Gostaria ainda que vc colocasse claramente um paradoxo não resolvido
> pela relatividade, um problema eletromagnético que os cientistas
> desconhecem ou fingiram que não viram

Em janeiro/98 coloquei no sci.physics.relativity dois paradoxos. No primeiro
tentaram me enrolar e deram uma resposta digna de físicos quânticos (pelo
aspecto fantasioso), ainda que fossem relativístas (vide
www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/einstein_equivalence_principle.html
). No segundo me ignoraram, ou seja, "desconheceram ou fingiram que não
viram". Está em www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/EFelevator.html.
Aliás, aqui no Brasil fui ignorado durante anos, até mesmo no primeiro
paradoxo.

> ou uma falha na mecânica quântica, tudo isso associado a experiências,
> mesmo que mentais.

Sugiro que leia a thread "Teorias Realistas Atuais".

> Obviamente, vc tem que poder resolver tais problemas com uma de suas
> teorias já que ainda há vários tópicos abertos em física, e.g.,
> existência de matéria escura, sonoluminescência, super condutividade em
> alta temperatura crítica, densidade (energia) do vácuo, hipótese de
> unificação dos campos, etc. Aliás, os teóricos mais ambiciosos trabalham
> na árdua tentativa de resolvê-los e não inventando uma física alternativa
> dos perseguidos pelo sistema.

:-))

> Ainda sobre a relatividade, a curvatura do espaço-tempo que vc tanto
> questiona é usada pela incrível elegância e simplicidade que vc obtem ao
> associar a teoria de campo gravitacional com a geometria riemanniana. Vc
> pode obter todos os resultados já previstos pela relatividade através de
> uma complicada teoria de campo clássica com spin 2, há um livro de
> gravitação do Feynman onde ele mostra isso, isso sim é um exemplo onde
> vc pode escolher por razões epistemológicas qual interpretação mais lhe
> agrada mas creio que, por praticidade matemática, qualquer um prefira a
> geometria. A diferença entre as duas estaria justamente nas ondas
> gravitacionais que ainda não foram medidas. Se a velocidade destas ondas
> for c, a geometria se encaixa perfeitamente senão devemos mudar para uma
> teoria de campo. A simplicidade, aliás, é um dos maiores atrativos nas
> relatividades de Einstein, na especial quase todos os resultados já haviam
> sido obtidos por Lorentz, Poincaré e cia. sempre considerando correções no
> éter ou coisas do gênero.

Quanto a esses últimos parágrafos, além do riso acima, relacionado à
"perseguição", só posso parabenizá-lo por demonstrar que conhece bastante o
que defende. Apenas não entendi como uma teoria de campo clássica possa ter
spin. Feynman aceita a idéia de spin clássico? Ou ele tem uma nova definição
para o que seja clássico? Esclarecendo: Segundo French, uma teoria não
clássica seria aquela que vai contra o senso comum (ex.: relatividade e
quântica); segundo Hawkins uma teoria não clássica seria aquela que aceita o
princípio da indeterminação (quântica sim e relatividade não). O que
significaria para Feynman, sob esse aspecto, uma teoria de campo clássica
com spin 2? O spin 2 seria equivalente a algo do tipo giro clássico? E, caso
sim, o princípio da indeterminação não entra em jogo?

> Bem, é isso que eu tinha para falar, àqueles que não estão mais
> interessados nessa briga, peço desculpas.

De minha parte, acho que podemos continuar dialogando sem briga. Enfim, você
decide.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: show do milh�o
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@eGroups.com>
DATE: 21/11/2000 08:21


-----Mensagem Original-----
De: Andre R. D. Baptista <andrebaptista@uol.com.br>
Para: <ciencialist@eGroups.com>
Enviada em: segunda-feira, 20 de novembro de 2000 22:32
Assunto: [ciencialist] Re: show do milh�o


Ol� L�o

>(b) Quem � o Sr. Abravanel? � outro lexista?

>>� um trocadilho com o nome verdadeiro do S�lvio Santos, Senor
Abravanel.<<
Grato pela valiosa informa��o.


>�gua. O vidro fica 'embaciado' (perde o brilho e a transpar�ncia);
emba�a.

>>� mesmo?? pensei que fosse anti-mat�ria, ou algum tipo de
ecto-plasma... d��... :-)<<

N�o, n�o pode ser ectoplasma, esse n�o pode existir na presen�a da luz (ela
o 'vaporiza') ... pelo menos essa � a explica��o dos re-encarn�veis (eis pq
toda encena��o de reengana��o � feita do escuro!).:-)

[]'
L�o





SUBJECT: O Genismo no futuro
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO:
DATE: 21/11/2000 08:35


Luiz Ferraz Netto wrote:
>
> Se vcs observarem essa mensagem do amigo Palhares, tem 6 outras
> mensagens
> penduradas! Céus, Infernos e Terras ... vamos cortar isso! :-)
> Não vamos levar tão a sério o bíblico "crescei e multiplicai!". Até o
> Genismo sabe as conseqüências disso!

Ateh vc Léo !!
Ja nao bastasse o Silvio Cordeiro arranhar as ideias do ultimo
capitulo de meu livro imaginario e vc tambem descobre o PENULTIMO!?!?!

Embora na mensagem do Silvio eu NAO tenha resumido como seria
o ult. capitulo do livro, o penultimo poderei resumi-lo agora.

O Penultimo cap devera se intitular : "O Genismo no Futuro"
e devera abordar justamente o comportamento dos genistas frente
o controle do estado sobre o controle da natalidade.

Tal qual ocorre na China atualmente, onde existe um grande grau de
controle
por parte do estado sobre a quantidade de filhos do casal,
eh previsivel que, no futuro, este controle venha a se recrudescer e
tornar-se imperativo em um numero cada vez maior de paises.

Infelizmente tal controle devera ser um mal necessario uma vez que
os recursos naturais do planeta nao sao inesgotaveis e requerem
certo intervalo de tempo para se regenerarem.

Como ficaria os Genistas sob este novo limite nas condicoes de contorno?

Os Genistas saberao que o melhor que terao a fazer eh garantir a
sobrevida
de seus genes. E, uma vez que havera um limite, por lei, na quantidade
de
filhos entao a perpetuacao genetica devera ser buscada por :

1- Um controle atroz no controle de qualidade :

A escolha do parceiro devera ser muito mais seletiva que atualmente.
Um erro na escolha podera significar uma derrocada dos genes envolvidos.
Embora o amor continuara a ser fundamental nesta empreitada, nao sera
impossivel
que o estudo do mapa genetico do parceiro se torne peca fundamental na
decisao de uma futura uniao.

2- Garantia de fidelidade

A garantia de fidelidade desenpenhara papel muito mais importante neste
cenario. No caso do controle estatal ser feito sobre o numero de filhos
da
mulher (e nao do homem) entao:

O marido se esforcara muito mais em manter a esposa fiel antes do
nascimento de seu filho e isso significa que ele devera cuidar bastante
para o relacionamento nao desandar e mante-la fiel e apaixonada.

E ela mais ainda para nao perde-lo no caso de ja ter tido o filho, pois
sabera que apos o nascimento de seu filho, teria muito mais dificuldade
em conseguir um novo parceiro, ja que seu limite reprodutivo, por lei,
ja foi alcancado.

Isso fara com que as mulheres postergarao cada vez para mais tarde o
nascimento
de seu primeiro ( e unico ) filho pois sera um modo de garantir e se
certificar
nao somente do seu amor mas tambem do amor do parceiro para com ela.

3- Batalha masculina
Concomitantemente a isso, prevejo uma luta muda e nao declarada,
entre os homens, para conquistar e fecundar outras mulheres. Mais do
que ocorre atualmente onde a infidelidade e seus riscos competem
para o sucesso reprodutivo.


Claro que para os nao genistas estas atitudes terao um efeito
menor e serao governadas, nao pela razao, mas como o sao atualmente
pelos instintos.

[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] relatividade
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 21/11/2000 09:20


-----Mensagem Original-----
De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: terça-feira, 21 de novembro de 2000 03:43
Assunto: Re: [ciencialist] relatividade

> B tem o tempo deformado porque ele foi
> acelerado e a acelaração quebra a simetria que deveria haver na
> interpretação dos movimentos. Em MRU vc não pode dizer se está em
> movimento ou não, mas se vc estiver acelerado sim, vc sente, todas as
> partículas do seu corpo "sentem".

Léo (que está preparando um brilhante curso de relatividade 'prática', como
divulgação científica) se intromete em praia alheia:

Tentemos compreender porque o 'tempo físico' veio a desviar-se do 'tempo'
como percepção imediata. Chegamos a determinadas conclusões, apressadamente,
e habituamo-nos a encara-las como quase axiomáticas, embora nada haja que
justifique tais conclusões, na nossa percepção imediata do tempo.
Eis aqui uma delas (e volto a salientar o meu noviciado nessa praia):
Assercão: Se duas pessoas se encontram por duas vezes é porque devem ter
vivido o mesmo intervalo de tempo entre esses dois encontros, mesmo no caso
de ter, uma delas, viajado para um lugar distante do Universo e regressado,
nesse interim.
Um experimento absurdamente impossível, dirão alguns. Por enquanto verdade,
está fora de toda experimentação. Portanto, posso perguntar a esses 'alguns'
se não estão se socorrendo da sua experiência de tempo, quando se opõem a
uma teoria que nega a verdade da asserção acima?
E mesmo que insistisse na pergunta, a maioria das pessoas responderia com
impaciência que, naturalmente, a asserção é verdadeira.
Formaram a noção que o tempo se escoa fora de nós, de tal forma que a
asserção parece inevitável. Não perguntam a si próprios se tal conclusão é
justificada por alguma coisa da sua experiência de tempo.
Embora, por enquanto, não possamos tentar o experimento de enviar um homem a
algum recanto do universo, temos conhecimentos científicos suficientes para
podermos calcular as marchas dos processos atômicos e físicos em um corpo em
repouso e em outro que viaja rapidamente. Podemos dizer, definidamente, que
os processos corporais no J.T. Kirk (nosso viajante pelo universo) ocorrem
mais vagarosamente que os correspondentes no homem em repouso (isto é, mais
vagarosamente conforme o tempo médio solar).
Isso nada tem de particularmente misterioso; é sabido teórica e
experimentalmente que a massa (ou inércia) da matéria aumenta à proporção
que a velocidade aumenta. O retardamento é uma consequencia natural da maior
inércia. Até esse ponto, tanto quanto os processos corporais se relacionam
com o Kirk, ele vive mais vagarosamente. Seu ciclo de digestão e fadiga, a
marcha da ação muscular sob o estímulo, os processos materiais de sua mente,
que mais ou menos devem se encadear com a passagem dos pensamentos e
emoções, o relógio que faz zim-zim (som moderno do tique-taque) em seu
bolso, tudo isso deve ter-se retardado na mesma razão.
Se a velocidade da nave for enorme, poderemos descobrir que enquanto o homem
que ficou em casa envelheceu 70 anos, o nosso Kirk só envelheceu 1 ano. Só
teve apetite para 365 almoços, lanches etc., seu intelecto (obstruído por um
miolo de movimento lento) só teve capacidade de absorção para uma quantidade
de raciocínio apropriada para um ano de vida terrestre.
Seu relógio zim-zim, que lhe dá uma base mais científica e exata, confirma
também tal fato. Avaliando pelo tempo que a consciência tenta medir segundo
seu modo grosseiro --- e saliento, esta é a única contagem de tempo que nos
temos direito a esperar como distinta do espaço --- os dois indivíduos *não
viveram* o mesmo tempo entre os seus dois encontros.

Léo, quase se afogando em praia alheia, envia

[] '






SUBJECT: Fw: [acropolis] Cientistas começam a explicar o "mundo dos espíritas"
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 21/11/2000 12:49

Prezados amigos da Ciencialist,

Repasso esta mensagem do Renato Roschel, do Acropolis, por achar seu tema no mínimo intrigante.

Acho que o tema abordado (algo que se move acima da velocidade da luz), é bem adequado para os comentários do Alberto Mesquita Filho, e de todos que não engolem bem essa história que Einstein sacou, de que a velocidade da luz é a velocidade limite do que existe no universo.

Sinceramente, apesar de não dominar bem a teoria da relatividade, sempre achei que esta, digamos, hipótese, não fazia sentido.

A minha idéia é apenas lançar o tema para discussão, para ver se consigo entender mais um pouco sobre ele.

Um grande abraço,

Claudio Abreu


----- Original Message -----
From: Renato Roschel
To: acropolis@egroups.com
Sent: Monday, November 20, 2000 9:34 PM
Subject: [acropolis] Cientistas começam a explicar o "mundo dos espíritas"


Tempo e espaço
Se luz viajar à frente no tempo poderá transportar informação e quebrará verdadeiros dogmas físicos

Eduardo Castor Borgonovi
Agência Estado.
De São Paulo

O experimento foi realizado na Universidade de Princeton, Estados Unidos, e demonstrou que feixes de luz podem ser acelerados mais de 300 vezes acima de sua velocidade normal cerca de 300 mil quilômetros por segundo. As implicações dessa descoberta mudam totalmente nossa visão do Universo e confundem nossa lógica, acostumada à realidade do mundo tridimensional. Uma das implicações possíveis, por exemplo, é que um raio de luz emitido de um ponto qualquer chegará a seu destino antes de ter iniciado sua viagem. Na verdade, essa seria a constatação prática de que o tempo não corre como uma flecha, de um presente em direção a um futuro, mas é circular e eterno.
Os detalhes exatos da descoberta ainda estão sendo mantidos em sigilo, pois foram submetidos à respeitada revista ''Nature'' para serem publicados talvez em sua edição deste mês. Entretanto, o jornal londrino ''Sunday Times'' conseguiu o furo jornalístico e divulgou a informação em sua edição do último domingo, dia 4.
O experimento foi liderado pelo dr. Lijun Wang, pesquisador e professor de Princeton. Ele emitiu um raio de luz na direção de uma câmara preenchida com gás Césio especialmente tratado. Antes que a luz tivesse entrado completamente na câmara, ela já havia, também, cruzado todo o seu destino e viajou, ainda, por cerca de 18 metros dentro do laboratório. Isto é, a luz passou a existir em dois lugares ao mesmo tempo: um feixe caminhando para a câmara, enquanto uma parte dele, acelerada, já havia percorrido toda a câmara e saído dela. Um fenômeno absolutamente incompreensível para nós, porém cientificamente comprovado e várias vezes testado.
Como não poderia deixar de ser, o experimento já está provocando controvérsias entre os físicos de partículas. O que mais os incomoda é que, se a luz realmente puder viajar à frente no tempo, ela poderá transportar informação. Caso isso se confirme, estará quebrado um dos pilares mais básicos da física cartesiana a da causalidade, que diz que a causa sempre tem de vir antes do efeito. A própria Teoria da Relatividade de Einstein também terá de ser revista, pois ela depende em grande parte do conceito de que a velocidade da luz é o limite do universo e não pode ser superada.
O dr. Wang não quis entrar em detalhes com o ''Sunday Times'', mas confirmou: ''Nosso pulso luminoso realmente viaja mais rápido que a velocidade da luz. Espero que isso nos proporcione um melhor entendimento da natureza da luz e de como ela se comporta''.

'Experiência fascinante' impressiona os físicos
Agência Estado
Em entrevista ao ''Sunday Times'', o físico Raymond Chiao, professor de física na Universidade da Califórnia, Berkeley, que conhece bem o trabalho do dr. Wang, disse estar impressionado com as descobertas: uma ''experiência fascinante'', disse ele.
Na Itália, outro grupo de físicos anuncia estar prestes a romper a barreira da velocidade da luz. Eles são pesquisadores do Conselho Nacional de Pesquisas da Itália e afirmam ter conseguido propagar microondas a uma velocidade 25% superior à da luz. O grupo afirma que isso pode provar a possibilidade teórica de transmitir informação mais rápido que a luz.
Para confirmar essa possibilidade, o ''Sunday Times'' ouviu o dr. Guenter Nimtz, da Universidade de Colônia, Alemanha, especialista no estudo dos campos. Ele diz concordar com as conclusões dos pesquisadores e que a informação realmente possa ser transportada em velocidades superiores à da luz.
O experimento dos pesquisadores de Princeton é a mais recente e clara constatação de que o mundo físico não funciona de acordo com o que pensamos e sentimos, nem com as convenções da física newtoniana. A ciência moderna está começando a perceber que as partículas subatômicas aparentemente existem em pelo menos dois lugares ao mesmo tempo, sem fazer distinção entre espaço e tempo.
Em resumo, estamos diante da possibilidade prática de conseguir explicações científicas sobre temas que até agora se limitavam ao terreno das filosofias, ficção ou religiões, como viagens no tempo, telepatia, universos paralelos, existência e imortalidade da alma e muitos outros. De imediato, as viagens espaciais são profundamente afetadas, pois uma tecnologia baseada em velocidades superiores à da luz permitiria viagens a distâncias imensas num transcorrer de tempo muito pequeno. Também estará aberta a possibilidade de criação de computadores com velocidades de transmissão de informações jamais imaginadas, os chamados computadores quânticos.
Alguns experimentos realizados em separado pelo dr. Chiao, da Universidade da Califórnia, Berkeley, ilustram os resultados práticas obtidos em Princeton. Ele demonstrou que, em certas circunstâncias, os fótons (partículas de luz) podem pular entre dois pontos separados por uma barreira em um intervalo de tempo zero. Isto é, passam a existir em dois lugares ao mesmo tempo.
É claro que as conclusões desses experimentos vão provocar violentos debates na comunidade científica. Isso é natural. Cansado de ver esses debates entre cientistas, certa vez o escritor Arthur Clark comentou: ''Primeiro eles dizem que não é nada disso; depois eles dizem que é inviável na prática; por fim brigam para provar quem descobriu primeiro''.



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SUBJECT: Re: [ciencialist] relatividade
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 21/11/2000 13:45

Alberto Mesquita Filho wrote:
> > B tem o tempo deformado porque ele foi
> > acelerado e a acelaração quebra a simetria que deveria haver na
> > interpretação dos movimentos. Em MRU vc não pode dizer se está em
> > movimento ou não, mas se vc estiver acelerado sim, vc sente, todas as
> > partículas do seu corpo "sentem".
> Até aí eu concordo, ainda que ache essa explicação um tanto quanto
> artificial.

Me pareceu artificial também quando a li pela primeira vez, mas o fato é
que a prática concorda com a teoria, sendo ela artificial ou não.
Quântica é artificial mas concorda com a prática.

> Em primeiro lugar por assumir que dentre dois corpos em
> diferentes "estados" de movimento, um dos dois foi, num passado recente,
> acelerado. Certamente foi, mas isso, por regressão, nos levaria a pensar em
> algo muito parecido (ainda que não do mesmo tipo) a um referencial absoluto
> newtoniano. Ora, a relatividade de Einstein acabou com essa idéia!

Einstein usa o "espaço inercial galileano" como espaço local, onde a
teoria da relatividade teoricamente teria que funcionar.

Supondo que A esteja parado no espaço local e B acelerado, embora B
sinta a aceleração, ele pode dizer que A está acelerado, assim como todo
o espaço local e apenas ele [B] está parado em relação a um universo que
está além do espaço local. Ora se o espaço local está acelerado
carregando consigo A, mas não B, então B teria que ser acelerado no
sentido contrário para manter sua posição, o que é o mesmo que dizer que
B está acelerado em relação ao espaço local. Portanto não há simetria.

> Não sei não... :-)). Alguma coisa permanece esquisita. No "aparente
> paradoxo" apresentado o "relógio" não é acelerado, simplesmente estou
> interpretando os princípios da relatividade especial ao pé da letra. Se a
> luz é independente do referencial, e se considerarmos um elemento de volume
> dessa luz (chame-o de fóton, se quiser) como o equipamento básico do
> relógio, não preciso acelerá-lo (o que relativisticamente falando seria um
> absurdo) para mudá-lo de referencial.

A luz é criada pelo decaimento da órbita do elétron, este estando num
estado de energia mais alto decai para um estado mais baixo
[desacelerado] e libera um fóton [acelerado pela conservação do
momento]. O fóton é acelarado na sua criação e não posteriormente, salvo
exceções. Metafisicamente, pelo seu tempo ser zero, ele é uma imagem do
momento de sua criação [muito poético].

Vc pode usar um fóton como relógio em movimento, mas não como um relógio
parado.

> Essa é a minha opinião a respeito, o que não implica que esteja correta.
> Alberto

Se vc afirma que as suaa teorias são melhores que as comumente aceitas,
então o ônus da prova cai sobre vc.

[]s
==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
==========================================================


SUBJECT: Re: [ciencialist] relatividade
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 21/11/2000 15:46

-----Mensagem Original-----
De: "TARCISIO BORGES"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Terça-feira, 21 de Novembro de 2000 13:45
Assunto: Re: [ciencialist] relatividade

> Me pareceu artificial também quando a li pela primeira vez, mas o fato é
> que a prática concorda com a teoria, sendo ela artificial ou não.
> Quântica é artificial mas concorda com a prática.

Gostei da sua sinceridade. Quando digo isso normalmente sou taxado de
preconceituoso. Não obstante, há pouco elogiei um link enviado pelo
Belisário no qual um dos autores, que creio ser quântico de carteirinha,
abraça exatamente essa idéia: Aceita a artificialidade e tenta convencer a
todos que sua opção é a melhor. Um verdadeiro seguidor de Bohr, um
utilitarista por excelência. Posso não concordar com muito do que Bohr tenha
dito mas a admiração que tenho por ele só se compara àquela que dispenso a
Newton, Einstein e Popper.

> > Em primeiro lugar por assumir que dentre dois corpos em
> > diferentes "estados" de movimento, um dos dois foi, num passado recente,
> > acelerado. Certamente foi, mas isso, por regressão, nos levaria a pensar
> > em algo muito parecido (ainda que não do mesmo tipo) a um referencial
> > absoluto newtoniano. Ora, a relatividade de Einstein acabou com essa
> > idéia!

> Einstein usa o "espaço inercial galileano" como espaço local, onde a
> teoria da relatividade teoricamente teria que funcionar.

É verdade, Einstein não partiu do nada. Mas modificou bastante esse conceito
de espaço inercial. Numa sacada genial trouxe-nos a idéia de visualizar a
gravitação sobre o ponto de vista de uma aceleração (princípio da
equivalência). Consequentemente, pelo menos em teoria esse "espaço
acelerado" adquire sua própria inercialidade, podendo ser estudado como
inercial. E na prática é o que aparentemente ocorre: nosso laboratório pode
ser considerado como estando em condições quase inerciais e o "quase"
deve-se a outros fatores que não a aceleração gravitacional.

O problema é que se puder dizer sempre, ainda que em teoria, e dentre dois
referenciais, qual foi aquele efetivamente acelerado, então estaremos
ressuscitando o conceito de espaço absoluto newtoniano. Veja bem, Newton não
chegou a localizar um espaço absoluto, apenas deixou implicitamente claro
que sua física aparentemente dependia da existência de um possível repouso
total. Se for sempre possível, ao compararmos dois referenciais, estimar
qual dos dois foi acelerado, parece-me que estaríamos caminhando na mesma
direção, ou seja, a de privilegiar um referencial em detrimento do outro.

Observação: Não devemos confundir espaço absoluto como aquele sentido, em
condições normais (sem aceleração), por um astronauta. Esse local do espaço
seria "quase" tão absoluto, no sentido newtoniano, quanto aquele observado
aqui na Terra. O espaço absoluto newtoniano por enquanto representa apenas
uma especulação teórica. Afinal, sequer sabemos a velocidade de nossa
Galáxia em relação a este hipotético referencial. E se eu disser que a nossa
Galáxia viaja num espaço absoluto newtoniano na velocidade da luz c?
Absurdo? Parece-me que não, pois *não estou me prendendo aos postulados de
Einstein* e sim às idéias de Newton. E nessa hipotética condição, qual seria
a velocidade do laboratório, em relação a um referencial absoluto, no qual
as equações de Maxwell foram determinadas? Não seria c? Perceba, no entanto,
que aceitas essas condições as equações de Maxwell teriam uma constante c a
representar a velocidade do laboratório e não a velocidade da luz (pois essa
seria variável de laboratório para laboratório - seria suficiente mudar de
galáxia). E, por outro lado, aceitando-se essas hipotéticas condições
iríamos concluir que a velocidade da luz, pelo que observamos na prática,
seria igual à velocidade absoluta da fonte!!! Absurdo? Talvez sim, talvez
não. Quem sabe? Não me pergunte como mudar de galáxia :-))

> Supondo que A esteja parado no espaço local e B acelerado, embora B
> sinta a aceleração, ele pode dizer que A está acelerado, assim como todo
> o espaço local e apenas ele [B] está parado em relação a um universo que
> está além do espaço local. Ora se o espaço local está acelerado
> carregando consigo A, mas não B, então B teria que ser acelerado no
> sentido contrário para manter sua posição, o que é o mesmo que dizer que
> B está acelerado em relação ao espaço local. Portanto não há simetria.

Mas essa não simetria seria aceita por um físico relativista? Se houver
quebra de simetria retornamos ao referencial absoluto newtoniano. Se não
houver creio que não haverá como distinguir dentre dois referenciais (sendo
que um está acelerado) qual está efetivamente acelerado. Porque
"privilegiar" um referencial e não o outro? Mas se não privilegiarmos um
referencial, como você a meu ver está tentando fazer, o paradoxo que apontei
nos leva às soluções que assinalei e "talvez" não tenha solução quando
analisado pela TRG.

> > Não sei não... :-)). Alguma coisa permanece esquisita. No "aparente
> > paradoxo" apresentado o "relógio" não é acelerado, simplesmente estou
> > interpretando os princípios da relatividade especial ao pé da letra. Se
> > a luz é independente do referencial, e se considerarmos um elemento de
> > volume dessa luz (chame-o de fóton, se quiser) como o equipamento básico
> > do relógio, não preciso acelerá-lo (o que relativisticamente falando
> > seria um absurdo) para mudá-lo de referencial.

> A luz é criada pelo decaimento da órbita do elétron, este estando num
> estado de energia mais alto decai para um estado mais baixo
> [desacelerado] e libera um fóton [acelerado pela conservação do
> momento]. O fóton é acelarado na sua criação e não posteriormente, salvo
> exceções. Metafisicamente, pelo seu tempo ser zero, ele é uma imagem do
> momento de sua criação [muito poético].

Sim, não estava me referindo à criação do fóton. De qualquer forma, ele é
criado na lanterna que para nós está em aparente repouso e do ponto de vista
relativístico (mas não clássico), para o problema apresentado este repouso
da lanterna é supérfluo. Em teoria (e até mesmo na prática) poderia pensar
num elemento de volume imediatamente após ter sido criado.

> Vc pode usar um fóton como relógio em movimento, mas não como um relógio
> parado.

Sim mas não estou estudando o fóton e sim utilizando-me do mesmo para
estudar o tempo. Se consigo caracterizá-lo como relógio, e os postulados da
teoria não são violados, posso pensar nesse tempo medido como algo a
corroborar e/ou a falsear a teoria. E creio que foi isso que fiz, até prova
em contrário. :-))

> Se vc afirma que as suaa teorias são melhores que as comumente aceitas,
> então o ônus da prova cai sobre vc.

O ônus da prova de minha teoria, sim. Mas não é isso que estamos discutindo.
Estou meramente apontando uma "possível" falácia da teoria da relatividade e
os argumentos que apresentei não estão apoiados nas hipóteses da minha
teoria e sim nas hipóteses da teoria da relatividade. Logo, e neste caso, a
minha teoria não está em jogo. Quando muito ela poderá ser apontada como uma
alternativa, no caso da falácia, *se houver*, mostrar-se significativamente
importante.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Homem cometeu as maiores atrocidades de sua historia
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO:
DATE: 21/11/2000 16:02

Atencao : Guarde este e-mail em breve "postarei" uma ideia GENIALISSIMA
sobre o assunto aa luz da GEMETICA.
------------------------------------------------------------------


Folha de Sao Paulo 18/11/2000
+ livros

Ensaio revê os cem anos em que o homem cometeu as maiores atrocidades de
sua história
O pior dos séculos
Steven Pinker

especial para "The NYT Book Review"
A barbárie de modo algum foi exclusividade dos últimos cem anos", diz
Jonathan Glover, "mas "ainda" é verdade que a maior parte da história do
século 20 foi uma surpresa muito desagradável".

Este foi o século de Passchendaele, Dresden, Nanquim, Nagasaki e Ruanda;
da "solução final", do gulag, do "grande salto para a frente", do "ano
zero" e da limpeza étnica -palavras que representam matanças de milhares
ou milhões de pessoas e um sofrimento incompreensível. O progresso
tecnológico que inspirou o otimismo dos vitorianos também representou a
multiplicação dos efeitos da maldade à moda antiga e da criminalidade
imbecil.

Glover é um filósofo moral cujo carro-chefe é o dilema moral hipotético
(um bonde está descontrolado. Cinco trabalhadores à sua frente não o
vêem e serão mortos se ele continuar. Você pode acionar uma alavanca e
salvá-los, mas causará a morte de uma pessoa parada no ponto.

O que fazer?). Nessa "história moral do século 20", o autor habilmente
analisa alguns de seus dilemas morais verdadeiros e terríveis. O
bombardeio de civis é justificável se servir para encurtar uma guerra
horrível? Deveriam os aliados ter aceitado a oferta de Adolf Eichmann
(1906-1962) para trocar 1 milhão de judeus por 10 mil caminhões? Que
risco para si mesma e para sua família uma pessoa moral deve assumir
para se opor a um regime aterrorizante?

Mas, no que se refere às opções feitas por Hitler, Stálin, Mao, Pol Pot,
Milosevic e seus asseclas, os dilemas morais são secundários.
Glover quer que sua profissão nos ajude a entender como os grandes males
podem ocorrer e como podem ser evitados.

Isso exige não apenas filosofia, mas também história e psicologia. A
maior parte de "Humanity" é história: um relato das principais
atrocidades do século. Com detalhes novelescos, Glover descreve as
dilacerantes realidades por trás das guerras justas e dos projetos
sociais utópicos.

As descrições são assustadoras, às vezes insuportáveis. Por mais que
você ache que o século foi ruim para os direitos humanos, Glover o
convencerá de que foi pior.

O seguinte trecho, embora não mencione a morte e o sangue de outros,
sintetiza para mim a maneira como os movimentos políticos deste século
conseguiram obliterar tudo o que valorizamos na vida: "Um etnólogo
francês capturado pelo Khmer Vermelho (...) fez amizade com uma menina
de cerca de três anos, cujo pai fora levado provavelmente para a morte.
Ele brincava com ela e criou afeto pela menina, mas esta foi obrigada a
frequentar aulas de doutrinação. Sua reação sorridente a ele foi
substituída pelo silêncio. Certa noite, olhando-o no rosto, a menina
experimentou enfiar o dedo entre o tornozelo dele e a corda que o
amarrava. Ao ver que conseguia, chamou o guarda para apertar as cordas".


Natureza humana

A história de Glover não é original, é claro, mas sua psicologia, sim,
de forma dramática. A visão predominante entre muitos intelectuais é a
de que o mal nada tem a ver com a natureza humana e deve ser atribuído
às instituições políticas.

Numa época em que as cinzas de 35 milhões de vítimas da Segunda Guerra
Mundial ainda estavam mornas (ou radioativas), o antropólogo Ashley
Montagu pediu que a Unesco (Organização das Nações Unidas para a
Educação, Ciência e Cultura) declarasse que "as pesquisas biológicas dão
apoio à ética da fraternidade universal".

Em 1986 a Unesco e várias sociedades eruditas decidiram que "é
cientificamente incorreto dizer que a guerra ou qualquer outro
comportamento violento está geneticamente programado na natureza
humana".

Os cientistas que discordaram dessa opinião adocicada foram boicotados,
insultados e comparados aos nazistas.

Jonathan Glover não absolve nossa espécie tranquilamente. Ele mostra que
os claros padrões de crueldade e frieza surgem repetidamente na
história, atravessando épocas, lugares e sistemas políticos.

Ele afirma que a natureza humana inclui não só os impulsos destrutivos,
mas "recursos morais": impulsos humanos que às vezes contrariam as
intenções dos monstros. O rumo da história e nossas esperanças são
moldados pelos embates entre esses impulsos em mentes incontáveis.

A grande contribuição de "Humanity" é uma dissecação desses motivos. Não
se trata, como alguns poderiam temer, de uma tentativa de reduzir a
história à psicologia. Glover deixa claro que os motivos são reações à
grande comunidade e se manifestam de diversas formas nos diferentes
contextos sociais e políticos.

Eis alguns dos monstros: o interesse próprio puro e amoral. O sadismo e
a emoção do campo de batalha. O tribalismo, que eleva o grupo acima do
indivíduo e transforma a inimizade pessoal em disputa, guerra e
genocídio.

A ideologia, que pode convencer as pessoas de que uma luta entre grupos
-"raças" para os nazistas, "classes" para os marxistas- é inevitável e
necessária para o progresso.


Simpatia e amor-próprio

Glover vê dois recursos morais equivalentes. As reações humanas
-simpatia, empatia e respeito- ocasionalmente se manifestam em pessoas
que cometem atos viciosos.

Às vezes elas são despertadas pelo intelecto. O navegador britânico na
Segunda Guerra que chegou em segurança depois de um bombardeio diz para
o piloto: "E os pobres coitados debaixo dessas bombas?". Os soldados
entrincheirados dizem: "Nós não queremos matá-los e vocês não querem nos
matar, então por que atirar?". Noutras ocasiões, elas são despertadas
pelos sinais tangíveis da humanidade do alvo. Um soldado vê um homem que
foge segurando as calças.

O detalhe corriqueiro transforma o "fascista" em uma "pessoa", e o
soldado perde a vontade de atirar. O outro recurso é a identidade moral,
o amor-próprio. As pessoas resistem à pressão para prejudicar outras
quando ela conflita com o modo como elas querem ver a si mesmas.
A identidade moral pode vir da religião, da cultura, de hábitos
profissionais, de um humanismo cosmopolita ou às vezes é apenas uma voz
insistente dentro de nós.

Na análise de Jonathan Glover, os horrores do século ocorreram quando os
recursos morais foram deliberada ou acidentalmente desarmados.
Repetidamente ele descobre que as atrocidades são acompanhadas de
táticas de humilhação e desumanização -apelidos pejorativos, condições
degradantes, vestimenta humilhante- que acionam um interruptor mental e
reclassificam o outro de "pessoa" para "não-pessoa", tornando tão fácil
torturá-lo ou matá-lo quanto ferver uma lagosta viva.

A simpatia pode ser desligada pela distância física das vítimas, como
num bombardeio aéreo e na guerra por controle remoto. Também pode ser
suprimida pela simples força de vontade.


Decência mínima

Assim como a simpatia, o recurso moral da identidade pode ser
insidiosamente desgastado. A maioria das pessoas calibra sua consciência
segundo um nível de decência mínima esperado das pessoas em seu grupo
social ou sua cultura.

Quando o nível decai, as pessoas são capazes de cometer crimes horríveis
com a confiança de saber que "todo mundo faz isso".

Ao discutir temas de tal gravidade, muitos autores seriam tentados a
exibir uma superioridade moral, mas não é o caso de Glover. Embora
"Humanity" seja um livro apaixonado, a voz é medida e elegante, os
argumentos justos e cuidadosamente pensados.

Há também momentos de humor negro. O retrato mordaz do filósofo nazista
Martin Heidegger (1889-1976) deveria ser leitura obrigatória para muitos
acadêmicos que ainda o levam a sério.

Glover assumiu um assunto temível, que às vezes levou a melhor sobre
ele. Os temas vêm e vão de modo imprevisível; argumentos às vezes se
dissipam sem solução.

Referências literárias importantes em filosofia moral política e em
psicologia social e evolucionária mal são citadas. Não importa. É um
livro extraordinário: brilhante, assustador e de uma importância única.
Gosto de pensar que alguns dos líderes e seguidores de amanhã lerão
"Humanity".


Steven Pinker é professor de psicologia no MIT (Massachusetts Institute
of Technology) e autor de "Como a Mente Funciona" (Cia. das Letras).
Tradução de Luiz Roberto Mendes Gonçalves.
Humanity
464 págs., US$ 27,95 de Jonathan Glover. Yale University Press (EUA).
Onde encomendar
Livros em inglês podem ser encomendados, em SP, à livraria Cultura (tel.
0/xx/11/ 285-4033), e, no Rio, à livraria Marcabru (tel. 0/ xx/21/
294-5994).


SUBJECT: Re: [ciencialist] relatividade
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 21/11/2000 16:27

-----Mensagem Original-----
De: "Luiz Ferraz Netto"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Terça-feira, 21 de Novembro de 2000 09:20
Assunto: Re: [ciencialist] relatividade

Olá, Léo

Ainda que tardiamente, parabéns pelo aniversário. Sabia que você devia ser
de escorpião (Essa é para cutucar os net-amigos céticos do FCB :-) ).

> Léo (que está preparando um brilhante curso de relatividade 'prática',
> como divulgação científica) se intromete em praia alheia:

Chiii!!! Agora fiquei preocupado. ¿O que é que estou fazendo aqui? Pensei
que a praia fosse pública!! :-) Tinha até um velho mostrando a língua no
hall de entrada!!! :-))

> Eis aqui uma delas (e volto a salientar o meu noviciado nessa praia):
> Assercão: Se duas pessoas se encontram por duas vezes é porque devem ter
> vivido o mesmo intervalo de tempo entre esses dois encontros, mesmo no
> caso de ter, uma delas, viajado para um lugar distante do Universo e
> regressado, nesse interim.

Concordo plenamente e penso saber onde você quer chegar com essa afirmação.
Então, vejamos.

> Um experimento absurdamente impossível, dirão alguns. Por enquanto
> verdade, está fora de toda experimentação. Portanto, posso perguntar a
> esses 'alguns' se não estão se socorrendo da sua experiência de tempo,
> quando se opõem a uma teoria que nega a verdade da asserção acima?

Diria que eles estão relativizando o tempo e transformando o relógio em algo
absoluto.

> E mesmo que insistisse na pergunta, a maioria das pessoas responderia com
> impaciência que, naturalmente, a asserção é verdadeira.
> Formaram a noção que o tempo se escoa fora de nós, de tal forma que a
> asserção parece inevitável. Não perguntam a si próprios se tal conclusão
> é justificada por alguma coisa da sua experiência de tempo.
> Embora, por enquanto, não possamos tentar o experimento de enviar um homem
> a algum recanto do universo,

Bem, na minha msg ao Tarcísio já estou até mudando de galáxia :-). Já que a
praia também não é minha, não custa nada apelar um pouquinho para a ficção.
É o que o Hawking, que utiliza a praia ao lado, mais faz quando discute o
tempo. :-)

> temos conhecimentos científicos suficientes para
> podermos calcular as marchas dos processos atômicos e físicos em um corpo
> em repouso e em outro que viaja rapidamente. Podemos dizer, definidamente,
> que os processos corporais no J.T. Kirk (nosso viajante pelo universo)
> ocorrem mais vagarosamente que os correspondentes no homem em repouso
> (isto é, mais vagarosamente conforme o tempo médio solar).
> Isso nada tem de particularmente misterioso; é sabido teórica e
> experimentalmente que a massa (ou inércia) da matéria aumenta à proporção
> que a velocidade aumenta. O retardamento é uma consequencia natural da
> maior inércia. Até esse ponto, tanto quanto os processos corporais se
> relacionam com o Kirk, ele vive mais vagarosamente. Seu ciclo de digestão
> e fadiga, a marcha da ação muscular sob o estímulo, os processos materiais
> de sua mente, que mais ou menos devem se encadear com a passagem dos
> pensamentos e emoções, o relógio que faz zim-zim (som moderno do
> tique-taque) em seu bolso, tudo isso deve ter-se retardado na mesma razão.
> Se a velocidade da nave for enorme, poderemos descobrir que enquanto o
> homem que ficou em casa envelheceu 70 anos, o nosso Kirk só envelheceu 1
> ano. Só teve apetite para 365 almoços, lanches etc., seu intelecto
> (obstruído por um miolo de movimento lento) só teve capacidade de absorção
> para uma quantidade de raciocínio apropriada para um ano de vida
> terrestre. Seu relógio zim-zim, que lhe dá uma base mais científica e
> exata, confirma também tal fato. Avaliando pelo tempo que a consciência
> tenta medir segundo seu modo grosseiro --- e saliento, esta é a única
> contagem de tempo que nos temos direito a esperar como distinta do
> espaço --- os dois indivíduos *não viveram* o mesmo tempo entre os seus
> dois encontros.

Falou e disse.

> Léo, quase se afogando em praia alheia,

Putz!!! Não entre nessa água que tá cheia de tubarão sedento por carne de
elementos estranhos à praia. :-))

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Apresentando a teoria
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 21/11/2000 17:06



Olá,

> Não me interprete mal, Eduardo, mas você está criticando uma idéia que
> pretende ser clássica utilizando uma impossibilidade aceita por uma física
> não clássica. Tudo bem que você não queira abandonar os paradigmas modernos,
> isso é aceitável e louvável. Mas uma idéia não pode ser falseada
> simplesmente por contrariar hipóteses de outra teoria com a qual não esteja
> compromissada. Essa idéia foi apresentada no sentido de mostrar que a física
> de Newton comporta uma explicação para um fenômeno que costuma ser admitido
> como explicável somente pela relatividade moderna. Encontre então um
> falseamento à idéia a apoiar-se na física de Newton, não na física moderna.
>
Não estou criticando a idéia de múon baseado em um argumento de física
moderna. Não há referencial privilegiado em física clássica no que
concerne à fenômenos mecânicos segundo a relatividade de Galileu. E,
mesmo que houvesse, essa experiência do múon é feita em várias
circustâncias diferentes (há uma outra com um relógio atômico) de modo
que em cada uma das experiências estaríamos eu uma
localização/referencial que teria uma relação diferente com o
privilegiado (lembro que eu não aceito referenciais privilegiados mas
isso não está em jogo).

>
> Esse tema dá pano prá manga. :-). Podemos discutir durante meses a fio.
> Concordo com a sua estranheza mas não com a ênfase dada. Quantização
> clássica não é coisa nada absurda. Apenas não será idêntica a uma
> "quantização quântica". Quanto ao último questionamento, deixarei outro no
> ar: Como as moléculas de um gás conservam um movimento eterno se não estão
> isoladas? Quanto ao mais, não esqueça dos princípios de conservação da
> física clássica. Sim, existe a irreversibilidade, mas aí não é só a física
> clássica que emperra. A quântica também.
>
A velocidade das moléculas de uma gás não se conserva se o sistema não
está isolado, isto pode ser visto claramente pelo fato de que a
temperatura (que essencialmente mede a velocidade destas moléculas) de
um sistema muda quando em contato com outro a outra temperatura. Nem a
física clássica (no caso a termodinâmica) nem a quântica emperram quando
tratam da irreversibilidade, entropia é razoavelmente bem resolvida nos
dois casos.


> Não vou dizer que você está errado pois não conheço detalhes de todas essas
> teorias clássicas alternativas. Esse tópico do meu artigo meramente chama a
> atenção do leitor para um assunto que a meu ver está ainda em aberto. A
> física clássica ainda é citada como algo a postular a ação a distância. Os
> três princípios de Newton, a meu ver encarados como provisórios pelo autor,
> têm esse defeito implícito. Logo, qualquer correção relativística clássica a
> apoiar-se nas equações de Newton (mas não na filosofia de Newton) estará
> sujeita a repetir esses erros.

As teorias alternativas não se restringem apenas às equações de Newton
modificadas, repito o exemplo da baseada na eletrodinâmica de Weber.
Claro que sempre alguém pode inventar algo que dê certo, não sei, mas o
efeito que falei do momento angular é estritamente relacionado à
deformação do espaço (aparece nas equações da geodésica na métrica se
Schwarzchild, qq livro de relatividade geral tem essa solução). As
outras teorias tentam sempre escrever um lagrangeano onde a gravitação é
inserida como campo escalar, vetorial ou tensorial mas nunca num campo
geométrico como o caso da rel. geral.
>
> Não concordo. Se eu consigo, a partir de "meu" elétron chegar na lei de
> Coulomb (para uma população de elétrons), a minha teoria também vale para
> qualquer coisa que tenha carga. Apenas digo que o elétron, o pósitron, o
> próton, etc. "não têm carga" no sentido adotado para o termo carga. Mas isso
> não significa dizer que não sofrem efeitos de um campo elétrico ou
> magnético.
>
>
Em relação a lei de Coulomb pode até ser mas e a onda eletromagnética?

> Ou seja, você diz que o "postulado já não tem sentido" mas após repensar
> acha que eu posso considerar como tendo sentido. E aí cai no que os
> quânticos mais gostam: a teoria é boa porque funciona. Então assumam de vez
> que essa é talvez a única, ainda que importante, peça a convencê-los de sua
> aceitação. Os postulados de Bohr são tão fundamentais para a física quântica
> que estão todos eles embutidos nos novos postulados da física quântica,
> ainda que se dê uma interpretação fantasiosa para estes últimos. Mas como já
> disse, isso é problema que os físicos quânticos têm de explicar para eles
> mesmos, não para mim. Já comentei muito sobre isso na thread "Teorias
> Realistas Atuais" (abril a junho de 2000) aqui da Ciencialist. Não quero
> ressuscitar o que dei por encerrado, a menos que surjam fatos novos e
> relacionados às teorias que defendo.
>
Acho que vc não entendeu o que falei. Alguns dos postulados de Bohr
(basicamente o que se refere a órbita) não são postulados da mecânica
quântica atual. Tanto é verdade que vc encontra o elétron em outras
regiões que não nas permitidas por Bohr. Além do mais os postulados de
Bohr se restingem a sistemas totalmente integráveis e fechados. A
maioria dos sistemas não é integrável (basta ter mais que 2 elétrons).
Vamos um pouco mais fundo, resolvendo a equação de Dirac, onde efeitos
relativísticos são inseridos na mecânica quântica, para o átomo de
hidrogênio somos capazes de prever toda a estrutura fina (medida) deste
átomo. Sem querer ofender, acho que talvez vc não conheça muito de
física quântica e seja levado por um preconceito às suas idéias pouco
ortodoxas. De qualquer maneira, interpretações filosóficas da mecânica
quântica são discutíveis (como todas as interpretações em filosofia da
ciência), é verdade, mas a estrutura da teoria é matemática. Vc pode
fazer filosofia da ciência questionando interpretações mas não equações.
Na própria mecânica quântica, podemos obter resultados idênticos
partindo da visão de Heisenberg ou da visão de Schrödinger. A grande
revolução da mecânica quântica que, que eu saiba, não se pode contestar
é o caráter indireto das medidas, ou seja, somos capazes de colapsar um
sistema em uma característica mas nunca temos acesso às suas
propriedades como um todo. Matematicamente falando, as outras teorias
que se utilizam de vetores (acho que todas) geralmente estão preocupadas
apenas com a estrutura vetorial das medidas, a física quântica diz que
devemos sempre levar em conta a álgebra deste espaço de medidas,
comutadores. Uma consequência clara disso é o princípio da incerteza. Se
vc pensar em mecânica newtoniana, podemos obter os mesmos resultados
partindo-se da 2a lei de Newton ou do princípio da mínima ação.


> Como posso explicar alguma coisa se você recusa-se terminantemente a
> considerar as minhas hipóteses pelo fato delas não concordarem com suas
> idéias preconcebidas? Ora, minha teoria foi feita para explicar fenômenos
> naturais, e não elucubrações feitas por físicos que, para chegarem nas
> mesmas, apoiaram-se rigidamente em hipóteses outras!!! Se não consigo
> explicar nem a lei de Coulomb, pois você de antemão recusa-se a admitir que
> exista outra explicação que não aquela que lhe foi imposta na escola!!! Se o
> elétron é o que você pensa que é, não posso chegar a nada a não ser dizer
> que a única saída possível seria contentarmo-nos com a teoria da
> relatividade e com a física quântica.
>
Aí não, Alberto. Eu pedi que vc me explicasse fenômenos medidos, mais
nada. Nível de Fermi, condensado de bósons e bandas de valência não são
elocubrações teóricas. Não interessa o que eu acredito, alternativas à
física quântica têm que explicar tais fatos observados.



> Quanto a esses últimos parágrafos, além do riso acima, relacionado à
> "perseguição", só posso parabenizá-lo por demonstrar que conhece bastante o
> que defende. Apenas não entendi como uma teoria de campo clássica possa ter
> spin. Feynman aceita a idéia de spin clássico? Ou ele tem uma nova definição
> para o que seja clássico? Esclarecendo: Segundo French, uma teoria não
> clássica seria aquela que vai contra o senso comum (ex.: relatividade e
> quântica); segundo Hawkins uma teoria não clássica seria aquela que aceita o
> princípio da indeterminação (quântica sim e relatividade não). O que
> significaria para Feynman, sob esse aspecto, uma teoria de campo clássica
> com spin 2? O spin 2 seria equivalente a algo do tipo giro clássico? E, caso
> sim, o princípio da indeterminação não entra em jogo?
>
O Feynman não só estudou eletrodinâmica quântica na vida, aliás ele até
colaborou em importantes áreas da biologia. Quando vc propõe uma teoria
de campo, clássica ou quântica, ela possui sempre propriedades de
simetria que a classificam. Uma teoria de campo quântica prevê uma
determinada partícula que media a interação com um determinado spin, por
ex, eletrodinâmica é uma teoria de spin 1 (fóton tem spin 1) uma teoria
clássica pode ter a mesma simetria da eletrodinâmica (ex: lagrangeano
eletromagnético que resulta nas equações de Maxwell) mas, por ser
clássica, não prevê partícula alguuma. Desta maneira, vc pode
classificar teorias clássicas ou quânticas como sendo teoria de spin
0,1/2, 1, 3/2, 2... Mas isso não se relacina com o spin da partícula em
jogo. Claro que se a gravitação for quantizado partindo-se (como base
para se escrever a teoria quântica) desta teoria de campo CLÁSSICA
apresentada como curiosidade por Feynmann, o gráviton terá spin 2. Se vc
quiser, esqueça que eu falei de teoria de campo com spin 2, pense apenas
que é uma teoria de campo clássica com simetrias e características
definidas.

Depois eu vejo aquelas teorias mas tenho que trabalhar um pouco nesta
semana...

[]'s Eduardo.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: [acropolis] Cientistas começam a explicar o "mundo dos espíritas"
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 21/11/2000 17:18

-----Mensagem Original-----
De: "Claudio Abreu"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Terça-feira, 21 de Novembro de 2000 12:49
Assunto: [ciencialist] Fw: [acropolis] Cientistas começam a explicar o
"mundo dos espíritas"

> Repasso esta mensagem do Renato Roschel, do Acropolis,...
> Acho que o tema abordado (algo que se move acima da velocidade da luz), é
> bem adequado para os comentários do Alberto Mesquita Filho, e de todos
> que não engolem bem essa história que Einstein sacou, de que a velocidade
> da luz é a velocidade limite do que existe no universo.

Olá, Claudio. Faz tempo que não trocamos msgs.

Vou comentar apenas alguns aspectos a meu ver intrigantes. Os demais, não só
intrigantes mas também, deixo para os freqüentadores habituais dessa praia.
Eu heim!!!

> O que mais os incomoda é que,
> se a luz realmente puder viajar à frente no tempo, ela poderá transportar
> informação. Caso isso se confirme, estará quebrado um dos pilares mais
> básicos da física cartesiana a da causalidade, que diz que a causa sempre
> tem de vir antes do efeito. A própria Teoria da Relatividade de Einstein
> também terá de ser revista, pois ela depende em grande parte do conceito
> de que a velocidade da luz é o limite do universo e não pode ser superada.

Parece-me que essa idéia está recheada de dogmas não clássicos. Por um lado,
aceita-se a teoria de Einstein para a qual c é uma constante majestosamente
absoluta, imutável, venerada e idolatrada. A seguir demonstra-se, com a
utilização dessa hipótese, que não se pode ultrapassar a velocidade da luz
pois inverteríamos o tempo, o que tornaria possível transportar uma
informação para o passado. A seguir aceita-se essa idéia satélite
esquecendo-se que ela decorre da constância absoluta de c, e passa-se a
interpretar experiências nas quais aparentemente c deixa de ser absoluta mas
a idéia satélite continua sendo verdadeira. Constatado laboratorialmente que
c pode não ser absoluta, conclui-se então que o efeito pode vir antes da
causa, mantendo-se uma relatividade moderna a permitir que c deixe de ser
constante e "quebrando-se um dos pilares básicos da física cartesiana e da
causalidade". Ora, não estou aqui para defender a causalidade mas a lógica.
E não vejo lógica alguma nessas afirmações (de jornal, diga-se de passagem).

> Na Itália, outro grupo de físicos anuncia estar prestes a romper a
> barreira da velocidade da luz. Eles são pesquisadores do Conselho Nacional
> de Pesquisas da Itália e afirmam ter conseguido propagar microondas a uma
> velocidade 25% superior à da luz. O grupo afirma que isso pode provar a
> possibilidade teórica de transmitir informação mais rápido que a luz.

O absurdo é o mesmo com a agravante de que o reporter afirma que "o grupo
afirma que..."

Quem sabe dê para pegar um forno de microondas desses para esquentar aquela
coxinha que comi fria esta madrugada, enquanto respondia msgs. :-))

> Para confirmar essa possibilidade, o ''Sunday Times'' ouviu o dr.
> Guenter Nimtz, da Universidade de Colônia, Alemanha, especialista no
> estudo dos campos. Ele diz concordar com as conclusões dos pesquisadores e
> que a informação realmente possa ser transportada em velocidades
> superiores à da luz.

Resta saber o que ele afirma a seguir. Se assumir um retorno ao passado e/ou
o falseamento da causalidade estará caindo no mesmo absurdo lógico. De
qualquer forma, essa afirmação parece-me representar uma negação da
relatividade moderna. Haja hipótese "ad hoc" para manter essa idéia lado a
lado com a relatividade moderna, sem que uma falseie a outra.

> O experimento dos pesquisadores de Princeton é a mais recente e
> clara constatação de que o mundo físico não funciona de acordo com o que
> pensamos e sentimos, nem com as convenções da física newtoniana.

Falta esclarecer quais seriam essas convenções da física newtoniana. Até
agora tudo o que foi apresentado ou é conseqüência de idéias da física
moderna ou falseia afirmações aceitas pelos físicos modernos.

> A ciência
> moderna está começando a perceber que as partículas subatômicas
> aparentemente existem em pelo menos dois lugares ao mesmo tempo, sem fazer
> distinção entre espaço e tempo.

Pois eu nunca precisei estudar física moderna para concluir que Papai Noel
existe em pelo menos dois Shoppings ao mesmo tempo, basta ter um amigo e um
telefone celular e qualquer um pode comprovar isso por ocasião do Natal. Não
venham me dizer que o telefone celular é uma ferramenta quântica. :-))

> Em resumo, estamos diante da possibilidade prática de conseguir
> explicações científicas sobre temas que até agora se limitavam ao terreno
> das filosofias, ficção ou religiões, como viagens no tempo, telepatia,
> universos paralelos, existência e imortalidade da alma e muitos outros.

Pois também já foi provado aqui na Ciencialist (creio que foi o Manuel quem
provou) que o Léo joga gamão.

> Cansado de ver esses debates entre cientistas, certa vez o escritor Arthur
> Clark comentou: ''Primeiro eles dizem que não é nada disso; depois eles
> dizem que é inviável na prática; por fim brigam para provar quem descobriu
> primeiro''.

Após derrubarem a causalidade isso passará a ser irrelevante. :-)). Quem
controlar a máquina do tempo será o primeiro em tudo. :-))

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: [acropolis] Cientistas começam a explicar o "m undo dos espíritas"
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 21/11/2000 17:37



Claudio Abreu wrote:
>
> Prezados amigos da Ciencialist,
>
> Repasso esta mensagem do Renato Roschel, do Acropolis, por achar seu tema no mínimo intrigante.
>
> Acho que o tema abordado (algo que se move acima da velocidade da luz), é bem adequado para os comentários do Alberto Mesquita Filho, e de todos que não engolem bem essa história que Einstein sacou, de que a velocidade da luz é a velocidade limite do que existe no universo.
>
> Sinceramente, apesar de não dominar bem a teoria da relatividade, sempre achei que esta, digamos, hipótese, não fazia sentido.
>
> A minha idéia é apenas lançar o tema para discussão, para ver se consigo entender mais um pouco sobre ele.
>
> Um grande abraço,
>
> Claudio Abreu
>
>
Caro Claudio,

eu possuo o trabalho enviado para a "Nature" citado na reportagem do
Estado, se alguém quiser mando a versão do artigo em formato pdf. A
experiência é, sem dúvida, muito interessante mas não viola a
causalidade segundo a relatividade especial, i.e., não gera absurdos
inexplicáveis pela relatividade.
A grande confusão está na definição da velocidade da frente de onda.
Imagine uma onda de luz (pacote de onda no caso) como uma onda do mar.
Há uma medida muito comum para se definir a velocidadedo sinal da onda
em que é medido o instante de tempo em que o ponto médio da onda passou,
pensando na onda do mar, como se o ponto dividisse a metade do volume de
água carregado pela onda tivesse passado. Nessa experiência eles mediram
que esta velocidade é maior que c.
Essa, no entanto, não é a velocidade em que a informação é transmitida,
ou seja, vc não poderia passar uma informação com a velocidade do tal
ponto médio. Usualmente é aceita a velocidade da frente de onda como
sendo aquela em que a informação é transmitida (o que é razoável de se
pensar). Nesta experiência o autor ressalta que esta velocidade nunca
excedeu c e portanto nem a causalidade nem a relatividade especial são
postas em xeque. Como eu já disse em mensagens anteriores, informações
não podem viajar a velocidade maior que c segundo a relatividade mas
construções matemáticas podem.

para quem acha que estou re-interpretando o artigo vou reproduzir um
pedaço de sua conclusão sem sequer traduzir:
(...) "Finally we note that the observed superluminal light pulse
propagation is not at odds with causality or special relativity" (...)
"It has also been suggested that the true speed at wich information is
carried by a light pulse should be defined as the frontal velocity of a
step-function-shaped signal which has been shown not to exceed c".

[]'s Eduardo.


SUBJECT: Re: [ciencialist] relatividade
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 21/11/2000 18:29


-----Mensagem Original-----
De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: terça-feira, 21 de novembro de 2000 15:46
Assunto: Re: [ciencialist] relatividade



>>É verdade, Einstein não partiu do nada. Mas modificou bastante esse
conceito
de espaço inercial. Numa sacada genial trouxe-nos a idéia de visualizar a
gravitação sobre o ponto de vista de uma aceleração (princípio da
equivalência). Consequentemente, pelo menos em teoria esse "espaço
acelerado" adquire sua própria inercialidade, podendo ser estudado como
inercial. E na prática é o que aparentemente ocorre: nosso laboratório pode
ser considerado como estando em condições quase inerciais e o "quase"
deve-se a outros fatores que não a aceleração gravitacional.<<


Em um artigo meu "Empuxo de Newton nos referenciais acelerados" (item 30 da
Sala 05: http://www.feiradeciencias.com.br/sala05/index5.htm e suas
aplicações práticas (item 31 e 32 da Sala 05) apresento argumentos e
explicações físicas contestando o princípio da equivâlência. Até então não
vejo onde possa ter errado ao *diferenciar* o efeito de uma gravitação e o
de uma aceleração num líquido.
Creio que vou transformar esse trabalho em um texto único para a Sala 19 -
Leitura Recomendada.

Em tempo (já que estou citando o maravilhoso, imperdível, formidável site);
quem se interessar pelo "Paradoxo das Marés" e pelo "Paradoxo da Lata
Furada" não deixe prá depois:
http://www.feiradeciencias.com.br/sala19/index19.htm itens 24 e 25.

[]'
Léo





SUBJECT: Re: [ciencialist] relatividade
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 21/11/2000 21:13

Caro Leo,

antes de mais nada quero deixar bem claro que não sou um defensor cego
da teoria da relatividade, o dia que alguém provar que ela está errada
não cometerei suicídio e usarei a nova teoria para resolver problemas.
Apenas penso que se questiona muito tal teoria, aliás toda a física
moderna, baseada numa idéia de que há um corporativismo dos relativistas
ou quânticos em defesa de seus dogmas. Pode até haver em algumas
situações mas, antes de tudo, são físicos usando a teoria que, por
enquanto, está sendo comprovada.

> Em um artigo meu "Empuxo de Newton nos referenciais acelerados" (item 30 da
> Sala 05: http://www.feiradeciencias.com.br/sala05/index5.htm e suas
> aplicações práticas (item 31 e 32 da Sala 05) apresento argumentos e
> explicações físicas contestando o princípio da equivâlência. Até então não
> vejo onde possa ter errado ao *diferenciar* o efeito de uma gravitação e o
> de uma aceleração num líquido.
> Creio que vou transformar esse trabalho em um texto único para a Sala 19 -
> Leitura Recomendada.
>

Confesso que não tenho certeza se o que explicarei está de acordo com o
seu questionamento do princípio da equivalência.
O princípio da equivalência é local, isto é, pontual no espaço e, às
vezes, no tempo (sistemas gravitacionais não estacionários). O elevador
de Einstein é uma construção que despreza o tamanho do elevador. Se este
fosse considerado, não seria equivalente a aceleração do elevador e a
aceleração da gravidade uma vez que a segunda é radial e aproxima
partículas de teste em um elevador:

Imagine o esquema com um elevador gigante em queda livre partindo de
uma altura elevada: (o interior do elevador é o interior dos colchetes
que está preenchido com 2 partículas de teste *)

Queda livre: Acelerado (a=g)

[* *] posição 1 [* *] posição 1


[ ** ] posição 2 [* *] posição 2.

Este efeito é uma simplificação do efeito de maré que só pode ser
observado em corpos com tamanho considerado. O princípio da
equivalência, repito, é válido para um ponto e portanto fluidos, corpos
rígidos, etc. não obedecem a um princípio de equivalência similar.

um abraço, Eduardo.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Apresentando a teoria
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 22/11/2000 02:41

-----Mensagem Original-----
De: "Eduardo Gueron"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Terça-feira, 21 de Novembro de 2000 17:06
Assunto: Re: [ciencialist] Apresentando a teoria

> > Não me interprete mal, Eduardo, mas você está criticando uma idéia que
> > pretende ser clássica utilizando uma impossibilidade aceita por uma
> > física não clássica.
> Não estou criticando a idéia de múon baseado em um argumento de física
> moderna.

Estou me referindo às seguintes passagens de seu texto: 1) ...por que os
múons "em repouso" (impossível quanticamente)... 2) Como o spin poderia ser
clássico mas quantizado em seu valor?

Talvez eu tenha entendido mal estas colocações no contexto de toda a msg.
Enfim, se você admite que posso pelo menos pensar em tentar estudar o
fenômeno classicamente, isto já um bom começo, e não vou insistir no "não
disse que você disse que eu não disse...etc." ;-)

> Não há referencial privilegiado em física clássica no que
> concerne à fenômenos mecânicos segundo a relatividade de Galileu. E,
> mesmo que houvesse, essa experiência do múon é feita em várias
> circustâncias diferentes (há uma outra com um relógio atômico) de modo
> que em cada uma das experiências estaríamos eu uma
> localização/referencial que teria uma relação diferente com o
> privilegiado (lembro que eu não aceito referenciais privilegiados mas
> isso não está em jogo).

Ou aceitamos um referencial privilegiado ou aceitamos uma luz privilegiada,
a escolha é sua [tá parecendo o "Você Decide" da Globo :-)]:

"Sua Majestade a Luz é, por ela mesma, uma lei, uma constante universal que
sem cessar singra o espaço a uma velocidade de 300 mil quilômetros por
segundo, velocidade à qual nenhuma força conhecida pelo homem pode fazer a
mínima oposição." [H.G. Garbedian, "Einstein, o Criador de Universos",
Liv.José Olympio Ed., RJ, 1942, p.7].

Quanto ao relógio atômico diria que o Léo escreveu uma msg interessante
sobre o tempo, em cima da qual acrescentei: "Diria que eles estão
relativizando o tempo e transformando o relógio em algo absoluto." A
observação vale também para relógios atômicos.

> A velocidade das moléculas de uma gás não se conserva se o sistema não
> está isolado, isto pode ser visto claramente pelo fato de que a
> temperatura (que essencialmente mede a velocidade destas moléculas) de
> um sistema muda quando em contato com outro a outra temperatura.

Pensando em termos de moléculas, uma molécula de um gás, mesmo o gás estando
em equilíbrio, não está isolada mas trocando intensamente energia com as
demais. Por outro lado, mesmo o gás não estando em equilíbrio nem isolado a
energia molecular não desaparece. Com os elétrons acontece a mesma coisa!
Não é necessário se refugiar na física quântica e tapar o Sol com a peneira!
Além do mais, não apenas os gases mas também os elétrons que existem na
natureza estão num campo e nenhuma lei da física clássica ao ser aplicada a
partículas impede que de alguma maneira os elétrons possam extrair energia
deste campo afim de equilibrar-se com o mesmo.

> Nem a física clássica (no caso a termodinâmica) nem a quântica emperram
> quando tratam da irreversibilidade, entropia é razoavelmente bem resolvida
> nos dois casos.

"Ninguém conseguiu até hoje (1984) deduzir o crescimento da entropia a
partir de equações puramente dinâmicas; a lei de crescimento da entropia não
pode ser deduzida nem pela mecânica estatística clássica, nem pela mecânica
quântica. Há aí alguma coisa de fundamental que ainda não compreendemos.
Quando uma coisa começa a se complicar muito, é sinal que é preciso
simplificá-la". Ou então: "Há uma coisa sobre a qual a mecânica quântica não
lançou luz alguma: o segundo princípio da termodinâmica. Este continua tão
misterioso quanto antes."

Os dois textos acima citados não são meus. São de Mário Schenberg.

> As teorias alternativas não se restringem apenas às equações de Newton
> modificadas, repito o exemplo da baseada na eletrodinâmica de Weber.
> Claro que sempre alguém pode inventar algo que dê certo, não sei, mas o
> efeito que falei do momento angular é estritamente relacionado à
> deformação do espaço (aparece nas equações da geodésica na métrica se
> Schwarzchild, qq livro de relatividade geral tem essa solução). As
> outras teorias tentam sempre escrever um lagrangeano onde a gravitação é
> inserida como campo escalar, vetorial ou tensorial mas nunca num campo
> geométrico como o caso da rel. geral.

Por acaso corrigem a ação a distância "não intermediada por nada"? Existe em
gravitação alguma teoria clássica que leve em conta as idéias de potenciais
retardados, do tipo de Lienard e Wiechert (do eletromagnetismo)? Admitindo
que exista, que velocidade usam para o suposto agente clássico a
intermediar essa gravitação? Seria algo a apoiar-se em idéias relativistas
clássicas ou modernas? Se clássica, pergunto: Como se determinou essa
velocidade? Se moderna não precisa responder pois a teoria não é clássica e
portanto não serve para a finalidade proposta no início deste tema.

> > Não concordo. Se eu consigo, a partir de "meu" elétron chegar na lei de
> > Coulomb (para uma população de elétrons), a minha teoria também vale
> > para qualquer coisa que tenha carga.
> Em relação a lei de Coulomb pode até ser mas e a onda eletromagnética?

E qual é o problema? Se o elétron gera e/ou responde a um campo elétrico
e/ou magnético, porque não responderia a uma "onda eletromagnética"? O que é
onda eletromagnética, afinal, senão algo dotado de campos mutantes de mesma
natureza que os demais citados?

> Acho que vc não entendeu o que falei. Alguns dos postulados de Bohr
> (basicamente o que se refere a órbita) não são postulados da mecânica
> quântica atual. Tanto é verdade que vc encontra o elétron em outras
> regiões que não nas permitidas por Bohr.

O elétron não! Pela MQ você imagina conseguir descrever a probabilidade de
sua existência neste local. E ao aceitar essa imagem de espírito acredita
que o elétron possa saltitar de um local para outro sem passar por região
intermediária alguma. Ou seja, excluiu-se as órbitas permitidas através do
Decreto-Lei que revogou o Decreto-Lei que permitia que o elétron ocupasse
apenas determinadas regiões privilegiadas. Mas na prática, podes crer:
Nenhum físico quântico consegue promover a lavagem cerebral em seus alunos
se numa etapa de iniciação não obrigá-los a engolir as órbitas permitidas
pelo Decreto-Lei revogado.

> Sem querer ofender, acho que talvez vc não conheça muito de
> física quântica

Agora você acertou. :-). Também sem querer ofender: Viu como é fácil dizer a
verdade sem ofender? :-) Desse jeito eu aceito numa boa.

> e seja levado por um preconceito às suas idéias pouco ortodoxas.

Discordo.

> De qualquer maneira, interpretações filosóficas da mecânica
> quântica são discutíveis (como todas as interpretações em filosofia da
> ciência), é verdade, mas a estrutura da teoria é matemática. Vc pode
> fazer filosofia da ciência questionando interpretações mas não equações.

Sim mas já cansei de dizer que "para mim" não é suficiente uma teoria
funcionar para ser verdadeira, ainda que seja condição necessária. Alguns
acham que a esse respeito sou muito rigoroso; outros que sou preconceituoso.
Uma teoria matemática, a meu ver, é tão somente uma teoria matemática que
pode ou não funcionar. Se não funcionar, é falsa. Se funcionar, pode ser
fisicamente verdadeira como modelo, mas continua sendo tão somente uma
teoria matemática. E a MQ, a meu ver, sequer é um modelo físico mas
puramente matemático. O Schrödinger que o diga. Já expus suas citações aqui
inúmeras vezes e se o fizer novamente vão dizer que estou forçando a barra.
Na realidade, estou, mas não precisam dizer isso :-).

> Na própria mecânica quântica, podemos obter resultados idênticos
> partindo da visão de Heisenberg ou da visão de Schrödinger.

São duas matemáticas a se apoiarem em interpretações matemáticas idênticas
de fenômenos ainda não bem elucidados fisicamente falando: natureza da luz,
quanta de Planck, leis da difração, relações dualísticas de Einstein-De
Broglie, etc.

> A grande revolução da mecânica quântica que, que eu saiba, não se pode
> contestar é o caráter indireto das medidas, ou seja, somos capazes de
> colapsar um sistema em uma característica mas nunca temos acesso às suas
> propriedades como um todo. Matematicamente falando, as outras teorias
> que se utilizam de vetores (acho que todas) geralmente estão preocupadas
> apenas com a estrutura vetorial das medidas, a física quântica diz que
> devemos sempre levar em conta a álgebra deste espaço de medidas,
> comutadores. Uma consequência clara disso é o princípio da incerteza. Se
> vc pensar em mecânica newtoniana, podemos obter os mesmos resultados
> partindo-se da 2a lei de Newton ou do princípio da mínima ação.

A mecânica newtoniana não tem apenas a 2a lei e se você chegou ao princípio
da incerteza partindo de que hipótese for, certamente você não seguiu nem a
física newtoniana (3 leis) nem a filosofia newtoniana (que apesar de deixar
em aberto uma possível quarta lei e/ou ligeiras modificações de uma ou mais
das leis anteriores, não está aberta a especulações infundadas).

> > Como posso explicar alguma coisa se você recusa-se terminantemente a
> > considerar as minhas hipóteses pelo fato delas não concordarem com suas
> > idéias preconcebidas? Ora, minha teoria foi feita para explicar
> > fenômenos naturais, e não elucubrações feitas por físicos que, para
> > chegarem nas mesmas, apoiaram-se rigidamente em hipóteses outras!!! Se
> > não consigo explicar nem a lei de Coulomb, pois você de antemão
> > recusa-se a admitir que exista outra explicação que não aquela que lhe
> > foi imposta na escola!!! Se o elétron é o que você pensa que é, não
> > posso chegar a nada a não ser dizer que a única saída possível seria
> > contentarmo-nos com a teoria da relatividade e com a física quântica.

> Aí não, Alberto. Eu pedi que vc me explicasse fenômenos medidos, mais
> nada. Nível de Fermi, condensado de bósons e bandas de valência não são
> elocubrações teóricas. Não interessa o que eu acredito, alternativas à
> física quântica têm que explicar tais fatos observados.

Não só esses, mas milhares de outros. Mas utilizando que hipóteses? As que
você quer aceitar, ou as da minha teoria? Pois você não me deixou nem
começar a explanação explicando coisas simples! Falar é fácil. Acima você
deu a entender que a física quântica explica o segundo princípio da
termodinâmica. Pois então explique! Os físicos da Ciencialist ficarão
eternamente agradecidos. De minha parte eu teria que seguir um roteiro
lógico e não meramente ficar atendendo a caprichos de incrédulos. Além do
que, e deixei claro em msg anterior, ainda não tenho explicações para tudo e
nem seria possível. Se a cada semana, desde que me dispus a enfrentar a
tarefa de desenvolver a teoria, conseguisse explicar um fenômeno físico
diferente, ainda assim permaneceriam inúmeras questões a serem explicadas.

> Se vc quiser, esqueça que eu falei de teoria de campo com spin 2, pense
> apenas que é uma teoria de campo clássica com simetrias e características
> definidas.

Já esqueci. :-)

> Depois eu vejo aquelas teorias mas tenho que trabalhar um pouco nesta
> semana...

Não esquenta não. Dê tempo ao tempo. É o que tenho tentado fazer e graças a
isso tenho conseguido evoluir na minha tarefa apesar de estar quase sozinho.
E por estar sozinho, creio que já expliquei coisas até demais.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] relatividade
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 22/11/2000 05:54

-----Mensagem Original-----
De: "Luiz Ferraz Netto"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Terça-feira, 21 de Novembro de 2000 18:29
Assunto: Re: [ciencialist] relatividade

> > Alberto: É verdade, Einstein ... numa sacada genial trouxe-nos a idéia
> > de visualizar a gravitação sobre o ponto de vista de uma aceleração
> > (princípio da equivalência).

Apenas uma adenda. Confirmo a minha opinião de que a sacada de Einstein foi
genialíssima, como aliás quase todas as suas idéias em física. Inclusive em
janeiro de 98 cheguei a manifestar-me, no sci.physics.relativity, favorável
à seguinte idéia apresentada: "a física é mais bonita com o princípio da
equivalência de Einstein". E mantenho esta maneira de pensar. Apesar disso,
vejo o princípio da equivalência com muita desconfiança. Beleza não é tudo
em física. Em primeiro lugar, não vejo uma carga elétrica, mantida num campo
gravitacional, acelerar, o que seria de se esperar caso este campo fosse
igual a uma aceleração. A explicação que me foi dada no
sci.physics.relativity
www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/einstein_equivalence_principle.html
serviu como uma "ducha de água fria" mas em absoluto me convenceu.
Por outro lado, quando questionado a respeito no IFUSP, o eminente prof.
Leite Lopes saiu-se, + ou - em 1992, com uma explicação quântica e até mesmo
os quânticos com quem conversei na época concordaram que ele estava
"enrolando" a platéia, pois não tinha resposta alguma para o paradoxo
apresentado (que, sem dúvida, deveria ser relativista e não quântica). Um
segundo paradoxo que apresentei logo em seguida (jan/1998) no
sci.physics.relativity, após aceitar a explicação anterior, sequer chegou a
merecer respostas significativas
(www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/EFelevator.html). Outro paradoxo,
não exatamente relativo ao princípio da equivalência, mas relacionado, tem
sido objeto de discussões com o Tarcísio e não necessita ser aqui comentado.

> Léo: Em um artigo meu "Empuxo de Newton nos referenciais acelerados" (item
> 30 da Sala 05: http://www.feiradeciencias.com.br/sala05/index5.htm e suas
> aplicações práticas (item 31 e 32 da Sala 05) apresento argumentos e
> explicações físicas contestando o princípio da equivâlência.

Já conhecia esse seu trabalho e também acho genial. Pois eu gosto do
princípio da equivalência, independentemente da relatividade moderna estar
certa ou errada, pelo fato dele relacionar massas gravitacional e inercial.
Então, mesmo que o princípio esteja errado, este relacionamento existe como
fato inquestionável. E você vem com outra versão também interessantíssima a
relacionar aceleração gravitacional com um efeito inercial de uma aceleração
não gravitacional e, sob certos aspectos, desmistificando o absolutismo do
relacionamento anterior.

> Até então não
> vejo onde possa ter errado ao *diferenciar* o efeito de uma gravitação e o
> de uma aceleração num líquido.

Também não vi erro algum. E pelo que senti da crítica do Eduardo, ele está
tentando mostrar que sua explicação não caracterizaria um paradoxo
relacionado ao princípio da equivalência, mas parece concordar que seu
raciocínio está correto. O que o Eduardo diz é repetido, em condições
semelhantes, por eminentes físicos (sob esse aspecto ele está muito bem
acompanhado) mas soa-me como algo bastante artificial. Sinceramente, não me
convence e chega mesmo a confirmar a natureza estritamente matemática da
relatividade geral.

Apenas um detalhe que me deixou em dúvida no início da leitura, mas a seguir
entendi e percebi que era algo supérfluo. É quando você fala em gradiente de
pressão chegando a dar a impressão que seria algo diretamente proporcional
ao volume de fluido deslocado. Isto seria verdade para um corpo de prova de
formato fixo, o que ocorre durante todo o seu trabalho. Mas suponha que um
corpo fosse um cubo e o outro uma esfera de mesmo material e diâmetro igual
ao lado do cubo. O gradiente "máximo" de pressão seria igual nos dois casos
mas o volume deslocado, e portanto o empuxo, seria diferente. Coloquei
"máximo" entre aspas apenas para enfatizar que não existe erro na sua idéia,
apenas algo que me deixou confuso por alguns minutos, pois não sabia de
antemão que o gradiente (ou o volume m') iria desaparecer e portanto não
interferir com a medida - acelerômetro. E certamente ele desaparecerá para
qualquer formato do corpo de prova.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] relatividade
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 22/11/2000 09:47


De: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: terça-feira, 21 de novembro de 2000 21:13
Assunto: Re: [ciencialist] relatividade

Eduardo escreve:
>Caro Leo,

antes de mais nada quero deixar bem claro que não sou um defensor cego
da teoria da relatividade, o dia que alguém provar que ela está errada
não cometerei suicídio e usarei a nova teoria para resolver problemas.
Apenas penso que se questiona muito tal teoria, aliás toda a física
moderna, baseada numa idéia de que há um corporativismo dos relativistas
ou quânticos em defesa de seus dogmas. Pode até haver em algumas
situações mas, antes de tudo, são físicos usando a teoria que, por
enquanto, está sendo comprovada.<

Texto primitivo do Léo:

>> Em um artigo meu "Empuxo de Newton nos referenciais acelerados" (item 30
da
> Sala 05: http://www.feiradeciencias.com.br/sala05/index5.htm e suas
> aplicações práticas (item 31 e 32 da Sala 05) apresento argumentos e
> explicações físicas contestando o princípio da equivâlência Até então não
> vejo onde possa ter errado ao *diferenciar* o efeito de uma gravitação e o
> de uma aceleração num líquido.
> Creio que vou transformar esse trabalho em um texto único para a Sala 19 -
> Leitura Recomendada.<<

Eduardo lança um oportuno "had hoc":

>Confesso que não tenho certeza se o que explicarei está de acordo com o
seu questionamento do princípio da equivalência.
O princípio da equivalência é local, isto é, pontual no espaço e, às
vezes, no tempo (sistemas gravitacionais não estacionários). O elevador
de Einstein é uma construção que despreza o tamanho do elevador. Se este
fosse considerado, não seria equivalente a aceleração do elevador e a
aceleração da gravidade uma vez que a segunda é radial e aproxima
partículas de teste em um elevador:<

Léo 'arrepiado':

Assim não vale, não brinco mais, vou levar as bolas de gude embora! :-)
Até então o princípio da equivalência era aceito e caracterizado em
elevadores, naves espaciais, planetas, sólidos, líquidos etc. (e até tava
interessante, pois lançava certa luz na 'igualdade' massa gravitacional
versus massa inercial). Agora vem uma estória de que só vale para ponto!
Será que não vale para 2 dois pontos? Ou três?. Se vale apenas para ponto,
por que tanta anarquia sobre tal equivalência? Onde vc leu isso? Estou com
alguns volumes aqui explalhado pelo chão ... não li isso em lugar nenhum!
Como fazer medidas ... se o medidor tem mais de um ponto!
Se tivessemos um universo com apenas dois pontos (para atender ao had hoc) a
única interação possível seria 'à distância' a gravitacional! Como eu faria
para acelerar apenas um dos pontos e constatar a equivalência? Dividiria o
ponto em 2 partes e lançaria uma parte para trás? ... e teríamos um universo
de 1 ponto e dois meios pontos!
[Léo, com os braços cruzados, com bicão e emburrado]:-)

Alberto (em mensagem posterior):
>Apenas um detalhe que me deixou em dúvida no início da leitura, mas a
seguir
entendi e percebi que era algo supérfluo. É quando você fala em gradiente de
pressão chegando a dar a impressão que seria algo diretamente proporcional
ao volume de fluido deslocado. Isto seria verdade para um corpo de prova de
formato fixo, o que ocorre durante todo o seu trabalho. Mas suponha que um
corpo fosse um cubo e o outro uma esfera de mesmo material e diâmetro igual
ao lado do cubo. O gradiente "máximo" de pressão seria igual nos dois casos
mas o volume deslocado, e portanto o empuxo, seria diferente. Coloquei
"máximo" entre aspas apenas para enfatizar que não existe erro na sua idéia,
apenas algo que me deixou confuso por alguns minutos, pois não sabia de
antemão que o gradiente (ou o volume m') iria desaparecer e portanto não
interferir com a medida - acelerômetro. E certamente ele desaparecerá para
qualquer formato do corpo de prova.<

Léo esclarece:
Realmente, não me preocupei, nesse texto, com o 'formato' do elemento de
volume pois tinha na cabeça que sua massa (m') iria desaparecer no final do
processo (por isso representei tal elemento de volume com contorno bastante
irregular). Entretanto, com sua observação, acredito que essa parte do texto
merece uma mexida. Tudo indica que a parte relativa ao acelerômetro deve ser
incluída junto ao texto base.
Falar nisso ... alquém já leu em algum lugar esse estudo do 'Empuxo de
Newton nos referenciais acelerados'? Será que, sem querer, incluí um 'novo
exemplo' na física clássica? Com certeza essa denominação "Empuxo de Newton"
é de minha autoria. Estará na minha lápide "Aqui blue (ou jaz) aquele que em
vida foi empurrado pelo Empuxo de Newton":-)

E então? A equivalência vale ou não vale para líquidos? ... estou
preocupado; virar um copo de cerveja e deixar escorrer gravitacionalmente
garganta abaixo (antes dos peristáuticos) é equivalente a tomar um copo de
cerveja numa nave acelerada?

[]'
Léo





Imagine o esquema com um elevador gigante em queda livre partindo de
uma altura elevada: (o interior do elevador é o interior dos colchetes
que está preenchido com 2 partículas de teste *)

Queda livre: Acelerado (a=g)

[* *] posição 1 [* *] posição 1


[ ** ] posição 2 [* *] posição 2.

Este efeito é uma simplificação do efeito de maré que só pode ser
observado em corpos com tamanho considerado. O princípio da
equivalência, repito, é válido para um ponto e portanto fluidos, corpos
rígidos, etc. não obedecem a um princípio de equivalência similar.

um abraço, Eduardo.


*** --- ***
Vote na decisao para configuracao da lista. Mensagens somente texto ou HTML.
Para isso use o endereco:
http://www.egroups.com/polls/ciencialist/
*** --- ***






SUBJECT: En: [physics-online] Desafios Logicos
FROM: "Eduardo Rafael Figueiredo Medeiros" <physics@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 22/11/2000 11:24


-----Mensagem original-----
De: Bergson Freire <bergson@netwaybbs.com.br>
Para: cangaco@egroups.com <cangaco@egroups.com>
Cc: physics-online@egroups.com <physics-online@egroups.com>
Data: Quarta-feira, 22 de Novembro de 2000 10:08
Assunto: [physics-online] Desafios Logicos


>Mais uma que saiu no fanzine "700 km"
>---------------------------------------------------------------------------
-----------------------------------------
>Desafios Lógicos
>++===----------------===++
>Desafios Lógicos era o nome de uma ótima publicação, apenas com
>problemas de lógica, que você deveria resolver com diagramas
>quadriculados. Acho que teve apenas três numeros antes de falir. Eu e
>o Ricardo compramos as três edições, na época. Os problemas eram do
>tipo:
>- O homem de camisa azul não é o dono da bicicleta rosa.
>- Joana tem a camisa verde.
>- Mauro não veste a camisa vermelha, nem tem a bicicleta cinza.
>A capa era de papel cartão e por dentro de papel jornal. O desafio
>consistia em dizer, como no exemplo, qual era a cor da camisa de
>Joana e da bicicleta e, sei lá, a raça do cachorro dela, assim como
>dos demais, sem ferir nenhuma das afirmações iniciais.
>Saudoso daquele tempo, resolvi provocar o mesmo Ricardo com um desafio
>que chegou por email, que consistia no seguinte:
>Com quatro quatros podemos representar qualquer número de 0 a 100
>escrevendo uma expressão que seja igual ao número inteiro dado. O
>exemplo abaixo apresenta o resultado igual a zero.
>44 - 44 = 0
>O desafio consistia em apresentar todas as demais expressões, que
>completassem resultados de 0 a 100. Pois vocês pensam que o Ricardo
>nao se deu por satisfeito em apenas apresentar a solução?
>Na proxima edicao segue, na íntegra, a resposta ;)
>
>---------------------------------------------------------------------------
------------------------------------------------
>Querem tentar?
>Eu jah tenho a resposta e em poucos dias eu envio para voces...
>
>Bergson




SUBJECT: Re: [ciencialist] relatividade
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 22/11/2000 16:44

-----Mensagem Original-----
De: "Luiz Ferraz Netto"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Quarta-feira, 22 de Novembro de 2000 09:47
Assunto: Re: [ciencialist] relatividade

> Assim não vale, não brinco mais,...

Foi exatamente essa a reação que tive quando o Paul Anderson do
sci.physics.relativity, em jan/98 (citado na msg anterior = "ducha de água
fria"), contestou meu raciocínio. :-))

> Até então o princípio da equivalência era aceito e caracterizado em
> elevadores, naves espaciais, planetas, sólidos, líquidos etc. (e até tava
> interessante, pois lançava certa luz na 'igualdade' massa gravitacional
> versus massa inercial). Agora vem uma estória de que só vale para ponto!

Pois é! Os relativistas conseguiram enfear uma das coisas mais bonitas que
seu mestre nos legou.

> Falar nisso ... alquém já leu em algum lugar esse estudo do 'Empuxo de
> Newton nos referenciais acelerados'? Será que, sem querer, incluí um 'novo
> exemplo' na física clássica?

Difícil dizer mas nunca li nada parecido. Enfim, no tempo de Newton
pensava-se muito nessas relações a focalizarem inércia vs aceleração. Newton
mesmo tem duas experiências de pensamento: a do balde e a dos globos
giratórios. Mas nunca vi nada relacionando tais efeitos ao empuxo e muito
menos a este segundo empuxo que muito provavelmente "você descobriu", ainda
que gradientes de pressão sejam bem estudados em mecânica dos fluidos
(Prandtl, Magnus, Rayleigh). Não é impossível também que nos primórdios
dessa disciplina alguns dos Bernoulli tenha pensado em algo semelhante. Vale
a pena dar uma vasculhada na literatura, principalmente na literatura antiga
pois a moderna optou pela matemática, deixando a física de lado. Vou ficar
de olho.

> Com certeza essa denominação "Empuxo de Newton"
> é de minha autoria. Estará na minha lápide "Aqui blue (ou jaz) aquele que
> em vida foi empurrado pelo Empuxo de Newton":-)

Taí! Você me deu uma boa idéia. Já que o empuxo de Newton é irrelevante e/ou
artificial para os relativistas, que tal utilizar aquela cordinha para
testá-lo no pescoço deles? Matamos dois coelhos com apenas uma cajadada.
:-))

> E então? A equivalência vale ou não vale para líquidos? ... estou
> preocupado; virar um copo de cerveja e deixar escorrer gravitacionalmente
> garganta abaixo (antes dos peristáuticos) é equivalente a tomar um copo de
> cerveja numa nave acelerada?

Isto também deixou-me bastante preocupado. Lembro-me de um professor antigo
de cursinho, excelente por sinal (o Roger, talvez você o tenha conhecido)
que valorizava muito (nas horas vagas) a biologia da cerveja. Muito mais
tarde conheci outro professor de cursinho do mesmo nível, o Chico Nery,
especialista em geometria do copo de chope. Pensei na época em me
especializar na física da cerveja mas não encontrei nenhum centro de estudos
avançados que valorizasse o tema. Há um preconceito muito grande a respeito,
somente superado pelo preconceito contra a física clássica. Isto porque a
cerveja também é clássica (ainda não conseguiram superá-la com a cerveja
moderna, por mais que tentassem). Quem sabe você não possa ganhar alguns
trocados vendendo a idéia para a Skol, "a cerveja que lhe garante um empuxo
de Newton que desce redondo". :-)

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: empuxo
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 22/11/2000 17:44

Alberto Mesquita Filho wrote:
> > Com certeza essa denominação "Empuxo de Newton"
> > é de minha autoria. Estará na minha lápide "Aqui blue (ou jaz) aquele que
> > em vida foi empurrado pelo Empuxo de Newton":-)
> Taí! Você me deu uma boa idéia. Já que o empuxo de Newton é irrelevante e/ou
> artificial para os relativistas, que tal utilizar aquela cordinha para
> testá-lo no pescoço deles? Matamos dois coelhos com apenas uma cajadada.
> :-))

Ainda não entendi a piada. Até onde eu saiba, o empuxo só ocorre em
referenciais acelerados.

Aqui estou eu estragando a piada não compreendida.

==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
==========================================================


SUBJECT: Primeira intervenção
FROM: "Marco Aurelio" <logos@pccp.com.ar>
TO: "ciencialist" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 22/11/2000 18:18

Olá gente da lista.

Esta é minha primeira intervenção. Tomei conhecimento da lista por
intermedio da intervenção de um listeiro muito simpático chamado Manuel
Bulcão. Comecei a ler e senti simpatia pela lista. A principal razão foi a
tolerancia da lista. O que notei é que existe cabida para todos os modos de
pensar. Gostaria de saber como seriam recebidas mensagens de
metacomunicação, ou seja de análise do discurso desde diferentes pontos de
vista. Em toda comunicação se podem, entre outras muitas opções, situar dois
níveis de consideração: o conteúdo da mensagem e o aspecto puramente
comunicacional. Em muitas mensagens o conteúdo supera o nível comunicacional
pela correção do pensamento que se manifesta. No entanto, em algumas
ponderações surge um discurso de puro poder, evidentemente com falacias. Um
exemplo são considerações supostamente céticas com um nível comunicacional
profundamente religioso. Quando tentei metacomunicar, fui fortemente
repelido, no entanto, cuando usei o mesmo tipo de estratagema, recebi
respostas muito intensas e claras tentativas de um puro e simples exercicio
de poder. Sempre que ecentuava o aspecto puramente emocional, recebia
respostas emocionais e notava que sempre havia quem quisesse "comprar a
briga". Existe, entre muita genta seria, um "mundinho cético" que alguma dia
mereceu de um listeiro a qualificação de "bitolado" que só vê conteúdos e
ignora certos setores do conhecimento. A atitude puramente emotiva e de
rejeição explícita, sem argumentação é uma das características do discurso
"fiel" (religioso). A gente não é só religiosa pelo conteúdo religioso do
seu discurso. Qualquer conteúdo que não siga mais ou menos rigorosamente um
método, ainda que faça afirmações que a ciencia apoie, se as faz buscando
exercer poder ou defender uma fé cega nesta mesma ciencia, pode ser
qualificado de religioso. A religião é também (quase sempre) um discurso de
poder, negador de tudo o que não reze pelo seu catecismo e completamente
intolerante. Uma resposta do FCB que eu recebi dizia que a instituição tinha
um número suficientemente grande de argumentos para considerar a psicanálise
uma pseudociencia e, por tal motivo, não aprovariam certas mensagensa
minhas. Entendi (pode ser que de modo equivocado) que o tema já não era
vigente. Assim que entendi que não devia tomar o tempo dos membros da lista
com mensagens pseudocientíficas. O pior é que noventa por cento dos artigos
mencionados no FCB criticavam enunciados não psicanalíticos como se fossem
psicanalíticos. É uma pena que se divulgue tanta informação errônea e se
rejeite a correção. Creio que é prejudicial para o progresso do conhecimento
que se insista em ignorar certos setores do conhecimento (como a teoría da
comunicação e outras coisas que possam interessar e que podem ser defendidas
como não pertencentes ao grupo das pseudociencias). Quem sou eu para ir
contra o regulamento (explícito ou implícito) de determinada lista? É lógico
que, por uma questão de coerência, não se diga que o debate é livre, se, em
realidade, não é assim.
Cumprimento a todos e entro na dança.
Marco A. Andrade
logos@pccp.com.ar



Marco A. Andrade
logos@pccp.com.ar



SUBJECT: Re: [ciencialist] relatividade - ERRATA
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 22/11/2000 18:23

-----Mensagem Original-----
De: "Alberto Mesquita Filho"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Quarta-feira, 22 de Novembro de 2000 05:54
Assunto: Re: [ciencialist] relatividade


ERRATA

Na msg anterior, onde se lê:

> Em primeiro lugar, não vejo uma carga elétrica, mantida num campo
> gravitacional, ACELERAR, o que seria de se esperar caso...

Leia-se

> Em primeiro lugar, não vejo uma carga elétrica, mantida num campo
> gravitacional, EMITIR RADIAÇÃO ELETROMAGNÉTICA, o que seria de se esperar
> caso...

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm




SUBJECT: Re: [ciencialist] empuxo
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 22/11/2000 18:52

-----Mensagem Original-----
De: "TARCISIO BORGES"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Quarta-feira, 22 de Novembro de 2000 17:44
Assunto: [ciencialist] empuxo


> Ainda não entendi a piada. Até onde eu saiba, o empuxo só ocorre em
> referenciais acelerados.
> Aqui estou eu estragando a piada não compreendida.

Putz!!! Essa turma da Ciencialist é exigente mesmo! Até piada tem que passar
pelo crivo do Conselho de Logicidade da Ciencialist? A esse respeito o Jô é
menos exigente.

Vou pensar na lógica da piada [se é que tem, ou se é que é piada :-)] mas
agora estou sem tempo. Até lá mil perdões pelo riso que ficou encravado.

Por falar em falta de tempo, deixe-me dar as boas vindas ao Marco Aurélio.
Achei interessante a sua estréia e comentarei oportunamente.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Primeira intervenção
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 22/11/2000 19:07

Marco Aurelio wrote:
> Esta é minha primeira intervenção.

A lista é sua e de todos.

> Gostaria de saber como seriam recebidas mensagens de
> metacomunicação, ou seja de análise do discurso desde diferentes pontos de
> vista. Em toda comunicação se podem, entre outras muitas opções, situar dois
> níveis de consideração: o conteúdo da mensagem e o aspecto puramente
> comunicacional.

Acho que a análise do "conteúdo x forma" é de suma importância. Creio
que muitos aqui se dedicam à divulgação científica e sendo muitas vezes
craques no conteúdo, não o são na forma em que o conteúdo é apresentado.

Quando era crente notava isso nos pastores, aqueles mais populares eram
os que conseguiam falar alternando o chato e o emotivo, como se fossem
ondas [marítimas] de comunicação. Os pastores puramente chatos ou
emotivos eram evitados, não conseguiam manter a atenção da platéia ou a
exaltavam demais, evitando o senso de "ovelhas boazinhas".

A forma também conciste no emprego de palavras usadas [principalmente
quando é escrito]. Um caso clássico é da mulher que cansada de não ser
ouvida no meio de homens, emprega o uso de palavrões para chamar a
atenção.

Tenho um projeto de um pequeno jornal de divulgação científica em que
colocaria artigos de cientistas conhecidos e novidades do que está sendo
feito atualmente. Conteúdo? Tenho de sobra. Forma? Estou aprendendo
design [dtp] para que eu mesmo dê forma ao jornal e não dependa de
amigos. Nada do conteúdo seria de minha autoria.

> Uma resposta do FCB que eu recebi dizia que a instituição tinha
> um número suficientemente grande de argumentos para considerar a psicanálise
> uma pseudociencia e, por tal motivo, não aprovariam certas mensagensa
> minhas.

Eles têm regras bem rígidas e as declaram antes mesmo de vc assinar a
lista. As regras estão corretas? É irrelevante.

> O pior é que noventa por cento dos artigos
> mencionados no FCB criticavam enunciados não psicanalíticos como se fossem
> psicanalíticos.

Então diga isso ao owner da lista. Vc pode chorar o quanto quiser aqui,
mas estará falando para as pessoas erradas. Não podemos fazer nada
contra.

Em suma, seja bem vindo.

==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
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SUBJECT: Re: [ciencialist] relatividade
FROM: Eduardo <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 22/11/2000 19:24

> Léo 'arrepiado':
>
> Assim não vale, não brinco mais, vou levar as bolas de gude embora! :-)
> Até então o princípio da equivalência era aceito e caracterizado em
> elevadores, naves espaciais, planetas, sólidos, líquidos etc. (e até tava
> interessante, pois lançava certa luz na 'igualdade' massa gravitacional
> versus massa inercial). Agora vem uma estória de que só vale para ponto!
> Será que não vale para 2 dois pontos? Ou três?. Se vale apenas para ponto,
> por que tanta anarquia sobre tal equivalência? Onde vc leu isso? Estou com
> alguns volumes aqui explalhado pelo chão ... não li isso em lugar nenhum!
> Como fazer medidas ... se o medidor tem mais de um ponto!
> Se tivessemos um universo com apenas dois pontos (para atender ao had hoc) a
> única interação possível seria 'à distância' a gravitacional! Como eu faria
> para acelerar apenas um dos pontos e constatar a equivalência? Dividiria o
> ponto em 2 partes e lançaria uma parte para trás? ... e teríamos um universo
> de 1 ponto e dois meios pontos!
> [Léo, com os braços cruzados, com bicão e emburrado]:-)
>

Caro Leo, (estou usando um teclado sem acento....)

enunciando o principio de equivalencia de maneira invertida, sempre poderiamos tirar o efeito do
campo gravitacional em um referencial em queda livre (geometricamente, um referencial que se mova ao
longo de uma geodesica). Isso equivale a dizer que podemos ter um referencial localmente minkowskiano,
i.e., localmente plano (nestes termos eh mais facil de se encontrar em livros de RG ex: Ray D'Inverno,
Singer, Robertson-Noonan, Adler e outros).
Um referencial eh sempre um ponto por varios motivos. Um deles eh o proprio fato de que a
simultaneidade eh variavel. Lembre-se, meu olho direito nao ve a mesma coisa que o meu olho esquerdo,
como eu posso coloca-los no mesmo referencial?
Em mecanica newtoniana, tambem estudamos pontos sem dimensao quando nos restringimos as equacoes de
movimento, ou a cinematica. Bonito ou nao, o principio da equivalencia enunciado por Einstein eh de fato
local, o que equivale dizer que um ponto acelerado sente os mesmos efeitos de um outro ponto que esteja
submetido a aceleracao identica da gravidade. Sob acao de um campo distante ou em uma superficie de um
planeta, podemos sempre aproximar o interior de elevadores ou naves por um ponto. Fluidos ou corpos
rigidos nao, ja que as forcas entre suas moleculas dependes da sua estrutura espacial.

um abraco, Eduardo.



SUBJECT: Re: [ciencialist] relatividade
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 22/11/2000 20:09


-----Mensagem Original-----
De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Assunto: Re: [ciencialist] relatividade

Essa resposta é relativamente mais importante que a thread:


>Isto também deixou-me bastante preocupado. Lembro-me de um professor antigo
de cursinho, excelente por sinal (o Roger, talvez você o tenha conhecido)
que valorizava muito (nas horas vagas) a biologia da cerveja.<

"Ao Léo, com admiração e amizade, 21/11/1977 ... Roger"

Um dia depois de meu aniversário, na Alameda Santos, num boteco de esquina
com a Pamplona, O Roger Patti, meu amigo particular por 12 anos, brindou-me
com o livro "Tú y el mundo físico" de Paul Karlson (3a. edição - Editorial
Labor S.A.- 1947). Acompanhava a rodada de chope Tadasi Ito, João Carlos Di
Gênio e Drausilo Varela (o Clésio Morandini chegou quase no final).
Tenho outros 5 livros presenteados por ele, com dedicatórias. Sou (fui)
muito grato ao Roger e ao Tadasi por diversas decisões dentro do Objetivo a
meu favor em nossas reuniões de coordenação.

[] '
Léo

Pensarei a respeito de uma sugestão à SKOL :-)



SUBJECT: Re: [ciencialist] Primeira intervenção
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 23/11/2000 01:58



Marco Aurelio wrote:
> É uma pena que se divulgue tanta informação errônea e se
> rejeite a correção.

Marco,

Tive problemas semelhantes aos seus na FCB. Os promotores da lista
não compreendem que o interesse de uma lista está na diversidade dos
membros e de opiniões. Numa lista é permitido e inevitável dizer
parvoices. Numa lista diversa as parvoices serão corrigidas por
alguém e todos aprendemos mais um pouco. Numa em que todos pensam
da mesma maneira algumas parvoices passam impunes.

Na ciencialist ninguem tem a pretenção de zelar pela pureza das
opiniões dos outros. Aprendemos muito mais e divertimo-nos muito
mais.

João
http://www.nonio.com




SUBJECT: Re: [ciencialist] Primeira intervenção
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 23/11/2000 01:58



Marco Aurelio wrote:
> É uma pena que se divulgue tanta informação errônea e se
> rejeite a correção.

Marco,

Tive problemas semelhantes aos seus na FCB. Os promotores da lista
não compreendem que o interesse de uma lista está na diversidade dos
membros e de opiniões. Numa lista é permitido e inevitável dizer
parvoices. Numa lista diversa as parvoices serão corrigidas por
alguém e todos aprendemos mais um pouco. Numa em que todos pensam
da mesma maneira algumas parvoices passam impunes.

Na ciencialist ninguem tem a pretenção de zelar pela pureza das
opiniões dos outros. Aprendemos muito mais e divertimo-nos muito
mais.

JX-Mozilla-Status: 0009o.com




SUBJECT: Re: [ciencialist] empuxo
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 23/11/2000 07:16

-----Mensagem Original-----
De: "TARCISIO BORGES"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Quarta-feira, 22 de Novembro de 2000 17:44
Assunto: [ciencialist] empuxo

> > Taí! Você me deu uma boa idéia. Já que o empuxo de Newton é irrelevante
> > e/ou artificial para os relativistas, que tal utilizar aquela cordinha
> > para testá-lo no pescoço deles? Matamos dois coelhos com apenas uma
> > cajadada. :-))

> Ainda não entendi a piada. Até onde eu saiba, o empuxo só ocorre em
> referenciais acelerados.

O negócio é o seguinte: O Léo, em seu maravilhoso, imperdível e formidável
site situado em http://www.feiradeciencias.com.br/, chega a sugerir que a
existência do que ele chama empuxo de Newton iria contra o princípio da
equivalência de Einstein. Deixando de lado as considerações "ad hoc" --a
"comprovarem" que o princípio da equivalência de Einstein que teria dado
origem ao postulado da relatividade de Einstein, não é exatamente o
princípio da equivalência de Einstein como teria sido primeiramente
enunciado por Einstein (vide abaixo) quando descreveu suas experiências de
pensamento relativas ao elevador de Einstein--, poderíamos dizer que o
empuxo de Newton, que apesar do nome é do Léo, seria algo a contradizer a
relatividade de Einstein e a favorecer o conceito de espaço absoluto de
Newton.

Ora, dirá você: Será que o Léo está certo? Sem dúvida, ele consegue
brilhantemente provar, seguindo a física newtoniana, que o princípio
considerado realmente está furado. Mas... Será que a física newtoniana está
correta? Por outro lado, como ele é um princípio introdutório da
relatividade (ou postulado, se quiser), não posso utilizar a teoria da
relatividade para comprová-lo. Isto caracterizaria uma tautologia. A única
saída seria realizarmos a experiência.

Vamos então botar a idéia do Léo em prática. Vamos ao espaço sideral, pegar
um líquido situado num recipiente fechado e submetê-lo a uma aceleração. Mas
que objeto de prova iríamos utilizar? Uma bolinha de gude? Um computador? Um
elefante?... Pois eu sugeri que utilizássemos um relativista. Certamente a
fé deles na teoria é tanta que eles iriam colocar o pescoço na corda sem
receio algum. E a minha fé na física newtoniana é tanta, e acredito que a do
Léo, pelo menos no seu empuxo de Newton, seja equivalente, que não tenho
dúvida de que com esta mataremos dois coelhos com uma cajadada. Em primeiro
lugar comprovaremos a existência de uma entidade prevista pela primeira vez
no maravilhoso, imperdível e formidável site do Léo; em segundo lugar,
ficarei com um relativista a menos para contestar minhas idéias (aliás,
creio que pelo bem da ciência a experiência deveria ser repetida pelo menos
umas cem vezes, se possível com alguns quânticos também).

> Aqui estou eu estragando a piada não compreendida.

Nem está estragando e nem é piada. Trata-se de uma experiência fundamental.
E sendo para o bem da ciência creio que todos irão colaborar numa boa. A
piada ainda não foi contada: Nós vamos escolher relativistas que não sabem
nadar. E vamos aproveitar os quânticos para verificar se aquela história do
gato de Schrödinger funciona bem debaixo d'água. :-))

Princípio da Equivalência de Einstein: É impossível descobrir, por
experimento, se um dado sistema de coordenadas é acelerado, ou se
seu movimento é retilíneo e uniforme e os efeitos observados são
devidos a um campo gravitacional.

Mas então, poderiam dizer, o relativista seria enforcado pelo campo de
Einstein (equivalente ao gravitacional). Não, pois o sentido deste
hipotético campo opõe-se ao empuxo de Newton do Léo e a parede do recipiente
não iria permitir que a corda se esticasse. Tá certo isso, Léo? A meu ver,
mais do que ir contra o princípio da equivalência de Einstein, a idéia de
empuxo do Léo favorece a interpretação de Newton sobre a existência de um
espaço absoluto (sob certos aspectos equivale à experiência do balde). Acho
que está na hora de chamar o Mach para explicar o fenômeno. :-) A coisa tá
complicando! Help!

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] empuxo
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 23/11/2000 09:14

Olá a todos,

>
> Princípio da Equivalência de Einstein: É impossível descobrir, por
> experimento, se um dado sistema de coordenadas é acelerado, ou se
> seu movimento é retilíneo e uniforme e os efeitos observados são
> devidos a um campo gravitacional.
>
Sistema de coordenadas implica em origem, centro pontual. Um sistema de
coordenadas é sempre infinitesimal, desta maneira um balde com água não
é um sistema de coordenadas porque o seu volume deve ser considerado.
Explicando de outra maneira, a massa gravitacional (newtoniana ou
einsteiniana) gera um campo no espaço (espaço-tempo no caso
relativístico). O campo nos dá uma função vetorial com uma determinada
simetria e que depende das coordenadas, por exemplo, em coordenadas
cartesianas o campo gravitacional externo (newt) a um corpo esférico é
-GM/r^3(x,y,z). A aceleração é local, uma partícula sofre aceleração. Em
um fluido, cada uma de suas moléculas está sujeita a uma aceleração
diferente e a um campo gravitacional diferente. Comparar aceleração com
campo gravitacional é comparar um ponto com uma distribuição.
Um consequência do princípio da equivalência é que uma partícula em
queda livre não sente gravitação (efeito notado em qualque nave
espacial). Imagine então uma nave em órbita da terra, naturalmente o
efeito gravitacional não será notado. Se a nave soltar fumaça na direção
perpendicular ao seu movimento, vc verá a fumaça ficar para trás se a
fumaça for soltada para cima, ou para frente se a fumaça for soltada
para baixo (considerando que a órbita da nave é um círculo perfeito).
Se, ao invés de queda livre, a nave estivesse em mru, vc veria a fumaça
acompanhando-a. Isso poderia ser outro exemplo de falha no princípio da
equivalência mas não é. Se deve ao fato de que consideramos o volume de
um sistema e não um sistema de coordenadas local.
Não fui eu quem inventou esta definição do princípio de equivalência,
rigorosamente esta É a sua definição. Por trás de um enunciado há sempre
conceitos matemáticos rigorosos, sistema de coordenadas é uma definição
rigorosa.

Agora uma explicação mais específica para o problema do empuxo do Léo:
Vamos considerar o sistema com aceleração da gravidade constante, boa
aproximação para eventos perto da superfície da Terra (por isso podemos
testar o princípio da equivalência em naves espaciais, elevadore, etc.).
Neste caso, aquele fenômeno de aproximação dos asteriscos (veja mensagen
retrasada) seria desprezível e portanto poderiámos também considerar o
elevador como um sistema de referência já seu tamanho é mínimo perante a
variação espacial do campo. O que acontece no caso do balde com água
então? Cada uma das moléculas de água interage entre si, ou seja, sofrem
ação de forças características de um fluido. Desta forma, se
considerarmos o sistema como um todo ( o que é feito na experiência) a
aceleração em cada ponto é diferente e, portanto, não podemos compará-la
com a gravitacional que pode ser considerada constante em todo o
interior do elevador.


um abraço, Eduardo.


SUBJECT: Humanidade : salvacao ( e-mail historico )
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO:
DATE: 23/11/2000 10:01

Humanidade : salvacao ( e-mail historico )
=====================
Por : Joao Carlos Holland de Barcellos ( jocax@usp.br)
em : 23 de Novembro de 2000

(Anotem a data, eh um email historico.)

Com autoproclamado titulo de o messias do terceiro
milenio, venho aqui agora cumprir minha missao :
Apontar o caminho da salvacao. Cabera aos bons e
aos justos segui-lo.

Para que o leitor, pouco familiarizado com as ideias Darwinianas
sobre evolucao, possa compreender meu texto, farei uma pequena
introducao da teoria evolutiva.


1-Um pouco de Neo-Darwinismo
----------------------------

A compreensao da natureza de todo organismo vivo esta na
essencia intrinseca deste organismo de perpetuar seus genes.

A evolucao dos seres vivos passa por um processo que podemos
chamar de ciclo evolutivo, simplificadamente:
gene -> mutacao ou nao -> fenotipo -> selecao -> gene

Os genes sao intrucoes codificadas, via DNA, que podem produzir
um fenotipo. O fenotipo eh o corpo do ser vivo, sua estrutura
fisica.

A expressao dos genes sofrem influencia do meio ambiente mas,
considerando-se um ambiente medio, ou mesmo ideal, poderemos
supor que os genes determinam diretamente a estrutura do organismo.

O novo ser carrega a informacao genetica que herdou de seu(s)
pai(s). A transmissao eh digital ou seja os genes sao transmitidos
exatamente como estavam no corpo de seus pais : Digitalmente.

Eventualmente, contudo, durante o processo reprodutivo,
um ou alguns dos genes podem sofrer mutacao e passar uma
caracteristica diferente das de seu(s) pai(s).

O gene mutante pode conferir uma nova caracteristica vantajosa
ou nao ao seu portador. Uma caracteristica eh considerada
vantajosa se ela traz algum tipo de vantagem seletiva ao
organismo, isto eh, em ultima instancia, se esta caracteristica
aumenta a probabilidade do organismo perpetuar seus genes.

Podem ser varias as caracteristicas que aumentam as chances
do organismo pepetuar seus genes: Um aumento da inteligencia,
da forca, da resistencia aas doencas, da capacidade de perceber
predadores, na capacidade de conseguir alimentos, na sua
capacidade de reproducao etc...

Costuma-se reunir todas estas caracteristicas na sentenca:
"capacidade de sobreviver". Mas isto traz uma ideia erronea
pois a capacidade de sobreviver nao implica necessariamente
na capacidade de perpetuar os genes. Mas nao deixa de ser
uma caracteristica muito importante nesta funcao perpetuativa.

Se o gene mutante eh vantajoso, neste sentido darwiniano,
dizemos que o organismo possui uma vantagem seletiva ( ou
vantagem evolutiva) sobre os demais. E, sendo assim, este gene
tem uma probabilidade grande de se disseminar pela populacao e,
com o passar das geracoes, ele podera fazer parte do genoma
da especie.

Temos entao um passo evolutivo: A especie evoluiu, incorporou
no seu genoma uma nova caracteristica ( ou mudanca de uma
antiga ) que ateh entao nao possuia.

Se nao fossem as mutacoes ateh hoje a vida nao passaria de
uma proto-bacteria.

Devemos perceber que o que filtra as caracteristicas do organismo
eh a capacidade de perpetuar seus genes no meio ambiente em
que ele vive. A interacao do organismo neste ambiente eh que vai
definir quais as caracteristicas ( genes ) que sobreviverao
ou perecerao neste meio.

Se pudermos, artificialmente, mudar o ambiente, por exemplo,
poderemos favorecer genes que de outra forma nao sobreviveriam
ou mesmo desfavorecer outros que soh sobreviveriam no ambiente
original.

A forca do ambiente sobre o genoma, moldando-o e, eventualmente
alterando-o, chama-se de *pressao seletiva*. Dependendo da
pressao seletiva alguns genes serao favorecidos para sobreviver
e outros nao. A caracteristica da especie depende portanto
da pressao seletiva a que ela eh submetida.

O entendimento do exemplo a seguir eh de suma importancia
para o entendimento da teoria que se seguira.

2-Os peixes das cavernas escuras
--------------------------------
Existem peixes que habitam lagos em cavernas onde nao entra luz.
Estes peixes tem uma caracteristica interessante : tem olhos
mas sao cegos.

Porque sao cegos?
Devemos supor que os primeiros peixes habitantes destas
cavernas foram levados talvez por alguma tempestade ou
furacao, ou canal, isolando-os de seu meio ambiente de
origem. Eh natural, entao, supor que todos tinham a capacidade
visual original intacta.

Mas a capacidade da visao pode depender de dezenas ou mesmo
de milhares de genes para sua plena funcionalidade.

Num ambiente normal, onde ha luz, se porventura nascer um
peixe que tem sua capacidade de visao degenerada por uma
mutacao em um dos muitos genes da visao, este peixe dificilmente
sobrevivera e, assim, tambem nao conseguira passar este
gene mutante para a proxima geracao.

Isto quer dizer que a pressao seletiva, num ambiente com luz,
ira agir no sentido de preservar a capacidade visual.

Peixes mutantes que nao enxerguem terao uma sensivel desvantagem
seletiva e estes genes mutantes nao serao preservados.

Mas isso nao acontece num ambiente de uma caverna escura:
Como a capacidade visual nao pode ser utilizada pelos peixes
que habitam seu interior, qualquer mutacao em qualquer dos
genes responsaveis pela visao nao serao percebido pelos
peixes.

Nao ha uma pressao seletiva para que os genes mutantes
da cegueira sejam extintos. Os peixes que nascem cegos e os
peixes que enxergam tem a mesma probabilidade de sobreviver
neste ambiente escuro !

Para que a capacidade visual pudesse ser preservada, nao
poderia acontecer nenhuma mutacao malevola em nenhum dos
muitos genes que codificam o aparelho visual.

Eh previsivel entao que, com o decorrer das geracoes,
cada vez mais genes da visao sofram mutacoes, sem que exista
uma pressao seletiva para preserva-los, pois os peixes
cegos tem a mesma probabilidade de sobreviver que os peixes
nao cegos neste ambiente escuro.

Deste exemplo poderemos derivar duas regras :

- Na ausencia de uma pressao seletiva para um dado traco
(caracteristica fenotipica), este traco tende a perder sua
funcao ou mesmo desaparecer.

- Quanto maior o numero de genes envolvidos em um dado traco,
que deixa de sofrer a pressao seletiva para se manter,
mais rapidamente este traco ( caracteristica ) deixara
de existir.



3-O Homem
----------

Muitas caracteristicas que os genes nos conferem nao sao
fisicas, mas psicologicas. Por vivermos em sociedade, praticamente
desde o aparecimento de nossa especie, eh natural que muitas
destas caracteristicas tenham sido moldadas para o convivio
social.

Isto significa que muitos genes agem no sentido de
facilitar a harmonia social, sobrepondo, muitas vezes,
o impulso gerado por outros genes mais primitivos.

Entre estes tracos psicologicos
podemos destacar nossos impulsos instintivos :os sentimentos.

Costumo dizer que quando toda a populacao tem uma determinada
caracteristica, entao esta caracteristica deve ter uma forte
influencia genetica. Assim, considero tracos geneticos: A fome,
a dor, a sede, a raiva, o ciumes, a vergonha, o amor, a ambicao,
a vinganca, a inveja etc....

A maioria dos impulsos sao ativados como uma reacao a estimulos
externos, provindos do meio ambiente, de nossa interacao social.

Devemos ter sempre em mente que cada um destes sentimentos,
cada impulso instintivo, assim como cada caracteristica fisica,
existe por que de alguma forma auxiliou ( e ainda deve auxiliar)
o portador destes genes a perpetua-los ( sobreviver e passa-los
para a proxima geracao).

Como conclusao podemos dizer que tais sentimentos, que geram
impulsos para a acao, nao existiriam se nao existisse uma
pressao seletiva que os mantivesse, ou, de outro modo, se nao
houver uma pressao seletiva para mante-los eles deixaram de
existir.


4-Os Memes
----------

O Homem eh um ser memetico. Sofremos a influencia de memes
( ideias, cultura ) que podem ser tao variados quanto possiveis.

Os genes permitiram, atraves de um cerebro poderoso
e grande, que pudessemos sofrer a influencia destes memes.

Esta capacidade nao foi sem razao : atraves dos memes podiamos
nos adaptar e sobreviver de forma extremamente rapida a problemas
de sobrevivencia, (na verdade problemas de perpetuacao genetica),
sem que estas informacoes precisassem ser codificadas no genoma
(como ocorre na maior parte das outras especies ).

Alem do mais, a solucao encontrada por um individuo, para
um dado problema, poderia ,via meme, passar para proxima
geracao sem que a roda tivesse que ser re-inventada.


5-A Gemetica
-------------

Podemos perceber que, mesmo estudando o homem apenas
sob o ponto de vista genetico, observamos varios conflitos
geneticos que podem variar desde doencas hereditarias ateh
os que sao devido a necessidade de adequacao social como por
exemplo o respeito ao territorio alheio versus o desejo de
ocupacao; A libido versus respeito.

Em geral, um conjunto de memes especificos para a adequacao ao
convivio social eh criado para normatizar o comportamento em
sociedade. Este conjunto de memes eh chamado de codigo de Etica.

A maioria dos conflitos, contudo, sao gemeticos (genes X memes),
sao conflitos entre os impulsos e desejos codificados nos genes
e os absorvidos pelo cerebro, via memes atraves de um codigo
etico.

Eh uma batalha muitas vezes cruel e dolorosa.
Quando esta batalha eh vencida pelos genes, em detrimento
dos memes eticos, podera sobrevir um sentimento punitivo
(vergonha, remorso, arrependimento) que, dependendo de sua
forca podera evitar uma repeticao do ato.

Quando a batalha eh vencida pelos memes, em detrimento dos
impulsos geneticos, podera emergir outros sentimentos tambem
de carater punitivo ( frustracao, tristeza ), sinal as vezes,
que os memes nao estao muito adequados.

6-Genismo
---------
Os conflitos gemeticos nao podem ser minimizados aa curto
prazo via genes. Mas isso pode ser conseguido via memes.

Uma pergunta natural eh : Qual o meme que minimiza o conflito
gemetico?

Para minimizarmos os conflitos gemeticos propus um meme
chamado Genismo que eh doutrina que estabelece que devemos
agir visando nossa perpetuacao genetica.

O Genismo propoe que assumamos nossa condicao de maquina
de perpetuar genes (que eh o que realmente somos).
Agindo desta maneira estaremos integrando nossos flexiveis memes
com nossos rigidos genes.

O Genismo propoe tambem que devamos encarar nossos genes
como a nossa unica forma de transcendencia pos morte,
de imortalidade.

O Genismo encara o amor como um instinto genetico que faz
o controle de qualidade, que seleciona o parceiro cujos
genes os nossos genes "acham" mais qualificados para se
unirem para a perpetuacao.

Se tivessemos que construir maquinas biologicas inteligentes
que tivessem capacidade de sobreviver e se replicar de forma
a nao se extinguirem, o paradigma que estas maquinas
deveriam adotar, para tal intento, deveria ser o Genismo.


O Genismo eh composto, atualmente, de algumas "regras de bolso"
que eu chamei de os 5 mandamentos:
1- "Os Genes te criaram e a eles vc deve servir"
2-"A felicidade é trilhar o caminho da perpetuação genética"
3-"Deus nao existe e o único modo de transcender a morte
é através de seus genes, principalmente em seus descendentes"
4-"Seus genes sao seu bem mais precioso"
5- "Vc deve respeitar os genes dos outros para que
os outros respeitem os seus."


7-A Origem do Mal
-----------------
Sabemos que os seres vivos se originaram e conseguiram sobreviver
por causa do mecanismo seletivo neo-darwiniano.

Nos organismos nao sociais, os genes foram moldados a se perpetuar
com limitados mecanismos de protecao aos que sao da mesma especie.

O egoismo e todos os sentimentos e impulsos associados, que
consideramos baixos, nestas especies imperam absolutos.

As especies que vivem em sociedade, por outro lado, adotaram
mecanismos geneticos de protecao para que esta convivencia
se tornasse possivel.

Particularmente na nossa, tais mecanismos vieram, infelizmente,
via memes. Isso significa que muitos impulsos e sentimentos
geneticos considerados vis ( odio, ciume, avareza, vinganca,
inveja etc.. ) coexistem no mesmo corpo com os memes que
mostram-nos a direcao contraria. O conflito eh inevitavel.

Eh importante observar que estes, e todos os demais sentimentos,
existentes tem origem genetica. Isso significa que eles
existem por que auxiliavam, e auxiliam, na perpetuacao de nossos
genes (sobrevivencia e sucesso reprodutivo).

Costumamos estudar outras especies menos evoluidas culturalmente
por que eh mais facil isolar o comportamento genetico do
cultural. Como estas especies tem uma cultura muito rudimentar,
ou nao as tem, assume-se que seus impulsos tem origem genetica.

Os chipanzes e outras especies de macacos, por exemplo, possuem
a tatica da guerra para dominar e matar os machos da mesma
especie na disputa pela posse e ocupacao de um territorio.

Como eles nao possuem uma linguagem desenvolvida estas acoes
belicas de ataque matanca e posse devem estar encrustadas em
seus genes. Isso pode ser explicado por que tais genes de
dominacao e colonizacao aumentam as chances perpetuativas dos
genes daqueles que os possuem.

Isso significa que a barbarie, o despotismo, a dominacao
e tudo mais que nossa cultura humanista abomina devem
ser frutos do imperativo genetico perpetuativo.



8-A Salvacao
------------
Nesta sessao final deste artigo historico, proponho um caminho
para a solucao do mal intrinseco da humanidade.

Por incrivel que pareca a solucao sera indolor entretanto,
nao vira a curto prazo.

Claro que, sendo a origem do mal de caracteristica genetica,
a solucao tera que ser, de alguma forma, tambem via genes.

Para entendermos a solucao, deveremos recordar que o que
mantem todos os sentimentos imunes aas mutacoes, que sempre
ocorrem, eh a pressao seletiva.

Individuos que sofrem mutacoes diminuindo ou deixando de possuir
algum destes sentimentos, diminuem de alguma forma o seu poder
perpetuativo. Isso significa que estes genes nao serao tao
bem sucedidos em relacao aos nao mutantes.

Mas esta perda de competitividade NAO OCORRERA se este individuo
mutante possuir memes que facam o trabalho que seus genes faziam!

A pressao seletiva que faz a manutencao de todos os sentimentos
deixara de atuar se os memes fizerem o trabalho de perpetuacao
genetica que os instintos sempre fizeram !

Se a humanidade for seguidora do Genismo, a pressao seletiva
genetica deixara de ter um papel determinante na preservacao
destes genes e os sentimentos baixos irao se extinguir pois,
o que mantem um traco ativo, eh a pressao seletiva para que
ele se mantenha.

Como o Genismo zela pela perpetuacao dos genes, a pressao
seletiva para a perpetuacao genetica nao atuara no sentido
seletivo destes sentimentos : O genista tera tanta vantagem
competitiva (ou mais) quanto o egoista ( que perpetua genes
por instinto).

Vamos fazer uma comparacao. Consideremos um dos sentimentos
como por exemplo o ciumes.

Vamos comparar os homens com os peixes que vivem na
caverna escura.

A capacidade da visao ajudaria os peixes que a possuem
a sobreviver. Num ambiente escuro os peixes que nascem cegos
tem a mesma chance de sobreviver que os peixes que nascem
com a visao intacta. Isto significa que os peixes cegos nao
tem menos probabilidade de sobreviver do que os que enxergam.

Num ambiente genista tambem : os individuos que nascem sem
o sentimento de ciumes vao zelar pelos seus genes tanto
quanto os individuos ciumentos. Estes ultimos nao levariam
vantagem evolutiva sobre os genistas nao dotados de ciumes.

O genista nao cometeria um crime passional enquanto que
o nao genista ciumento poderia comete-lo.

Assim, a pressao seletiva sobre o ciumes, por exemplo,
deixaria de existir e este sentimento se extinguiria da
especie humana !!!!!!!!



Eh o fim do mal !!


O Genismo portanto eh a doutrina que podera salvar a humanidade
do mal. Nao nesta ou na proxima geracao, mas depois de varias
geracoes. Com ela os sentimentos vis se extinguiram.

[]s
jocax

(PS: Desculpem a incontrolavel falta de modestia, mas eu
me divirto muitissimo agindo dessa maneira, mais do que
meus memes podem controlar :) )


SUBJECT: Re: [ciencialist] empuxo
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 23/11/2000 11:40


-----Mensagem Original-----
De: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: quinta-feira, 23 de novembro de 2000 09:14
Assunto: Re: [ciencialist] empuxo


Olá a todos,

>
> Princípio da Equivalência de Einstein: É impossível descobrir, por
> experimento, se um dado sistema de coordenadas é acelerado, ou se
> seu movimento é retilíneo e uniforme e os efeitos observados são
> devidos a um campo gravitacional.
>

Eduardo:

>>Um consequência do princípio da equivalência é que uma partícula em
queda livre não sente gravitação (efeito notado em qualque nave
espacial). Imagine então uma nave em órbita da terra, naturalmente o
efeito gravitacional não será notado. Se a nave soltar fumaça na direção
perpendicular ao seu movimento, vc verá a fumaça ficar para trás se a
fumaça for soltada para cima, ou para frente se a fumaça for soltada
para baixo (considerando que a órbita da nave é um círculo perfeito).<<

A nave em órbita é um sistema acelerado, caso contrário não poderia estar em
órbita (circular, para facilitar).
Nesse sistema acelerado, sob a ação de forças centrais, a velocidade
tangencial é função da distância ao centro da Terra (por exemplo). Na
distância na qual a nave se encontra a velocidade 'permitida' é V; para
distâncias maiores será V' > V e para distâncias menores será V" < V.
A fumaça ao ser lançada da nave terá, na direção atual do movimento, mesma
velocidade V que a nave e, é óbvio que, se vor lançada 'para cima', entrará
'num campo de velocidades' V' > V e consequentemente ficará para trás; se
for lançada 'para baixo', teremos V > V" e a fumaça irá para a frente.

Esses fenômenos, porém são apenas momentaneos! Uma vez que ambas as fumaça
ficarão sujeitas ao campo gravitacional. No momento seguinte, a fumaça que
ficou para trás entrará em órbita com velocidade V e se postará exatamente
no 'rabo' da nave, em órbita de mesmo raio que ela; a fumaça que ia para a
frente também entrará em órbita com velocidade tangencial V e se postará no
'nariz' da nave, na mesma circunferência.
O resultado final será uma nave em órbita com um tufo de fumaça em sua
frente e outro atrás, todos na mesma órbita compatível com a velocidade V.

Imagine, apenas imagine, que a nave estivesse à velocidade da luz! Vc diria
que a fumaça que foi lançada para baixo passará à frente da nave?

Eduardo:

>>Se, ao invés de queda livre, a nave estivesse em mru, vc veria a fumaça
acompanhando-a. Isso poderia ser outro exemplo de falha no princípio da
equivalência mas não é. Se deve ao fato de que consideramos o volume de
um sistema e não um sistema de coordenadas local.<<

Nada a ver com a 'equivalência' ... puro Newton!
Na ausência de campo gravitacional (e/ou nave acelerada) [ MRU ] as fumaças
(e agora não existe 'para cima' ou 'para baixo') lançadas, continuarão com a
mesma velocidade V que a nave, porém, inicialmente, irão se afastando dela,
'param' (em relação à nave) e voltam a se aproximar dela (pois a única massa
'pesada' na região é a massa da nave!). É o problema do meu relógio de
merd_! Onde entraria aqui o princípio da equivalência!?

Eduardo:

>>Não fui eu quem inventou esta definição do princípio de equivalência,
rigorosamente esta É a sua definição. Por trás de um enunciado há sempre
conceitos matemáticos rigorosos, sistema de coordenadas é uma definição
rigorosa.<<

E o sistema de coordenadas abscissas virou um ponto. Não há mais eixos,
direções, sentidos,unidade de medida etc.

Eduardo:

>>Agora uma explicação mais específica para o problema do empuxo do Léo:
Vamos considerar o sistema com *aceleração da gravidade constante*, boa
aproximação para eventos perto da superfície da Terra (por isso podemos
testar o princípio da equivalência em naves espaciais, elevadore, etc).
Neste caso, aquele fenômeno de aproximação dos asteriscos (veja mensagen
retrasada) seria desprezível e portanto poderiámos também considerar o
elevador como um sistema de referência já seu tamanho é mínimo perante a
variação espacial do campo. O que acontece no caso do balde com água
então? Cada uma das moléculas de água interage entre si, ou seja, sofrem
ação de forças características de um fluido. Desta forma, se
considerarmos o sistema como um todo ( o que é feito na experiência) a
aceleração em cada ponto é diferente e, portanto, não podemos compará-la
com a gravitacional que pode ser considerada constante em todo o
interior do elevador.<<

Coloquei (*) para destaque da condição. Isso para confrontar com sua
afirmação "aceleração em cada ponto é diferente".
Se a aceleração fosse diferente para cada ponto (tanto no campo da gravidade
como no caso do elevador com aceleração constante ... usando a possibilidade
da equivalência) cada partícula iria adquirir velocidade relativa, uma
diferente das outras, o sistema iria se desmantelar todo!
No caso do elevador acelerado (por ação externa dos cabos, por exemplo)
todas as partículas terão que ter a mesmíssima aceleração ... a do elevador.
A parede do recipiente aplicará forças nas moléculas encostadas nelas, e
essas nas outras, de modo a ter um conjunto de mesma aceleração. Todas as
moléculas transmissoras de forças para as 'da frente' estarão 'um tanto
achatadas' (deformadas). Isso altera a energia interna do sistema (água) e,
realmente, o volume de água no sistema acelerado é menor que quando em
repouso (água sob compressão). O 'litro' de água acelerada é menor que o
'litro' de água em repouso.
Quando a aceleração do elevador desaparece a energia potencial acumulada é
restituída fazendo a água voltar ao volume normal.
Realmente, não podemos comparar campo gravitacional com sistema acelerado.

[]'
Léo






SUBJECT: Re: [ciencialist] Humanidade : salvacao ( e-mail historico )
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
CC: "TGBD no eGroups" <tgbd@egroups.com>
DATE: 23/11/2000 12:21

Prezado Jocax,

Não resisti à tentação e decidi contrariar a decisão que havia adotado de não mais discutir a TGBD aqui na Ciencialist. Afinal, acho que a Gemética aparenta se enquadrar na TGBD. Senão, vejamos o seguinte bidual:

1. Genes 2. Memes
3. Decisão 4. Ação/Reação ao meio-ambiente

Um ser vivo assim seria composto pelo Dual Interno Genes e Memes, que interagiria com o Dual Externo composto pela Decisão que ele toma para fazer uma Ação ou Reação ao meio-ambiente em que ele vive.

De leve, como diria aquele falecido colunista social...

Por favor, qualquer resposta a esta mensagem deve ser encaminhada para o site da TGBD no eGroups, no endereço abaixo:
tgbd@egroups.com

Um grande abraço,

Claudio Abreu

----- Original Message -----
From: Joao Carlos Holland de Barcellos
Sent: Thursday, November 23, 2000 10:01 AM
Subject: [ciencialist] Humanidade : salvacao ( e-mail historico )


Humanidade : salvacao ( e-mail historico )
=====================
Por : Joao Carlos Holland de Barcellos ( jocax@usp.br)
em : 23 de Novembro de 2000

(Anotem a data, eh um email historico.)

Com autoproclamado titulo de o messias do terceiro
milenio, venho aqui agora cumprir minha missao :
Apontar o caminho da salvacao. Cabera aos bons e
aos justos segui-lo.

Para que o leitor, pouco familiarizado com as ideias Darwinianas
sobre evolucao, possa compreender meu texto, farei uma pequena
introducao da teoria evolutiva.


1-Um pouco de Neo-Darwinismo
----------------------------

A compreensao da natureza de todo organismo vivo esta na
essencia intrinseca deste organismo de perpetuar seus genes.

A evolucao dos seres vivos passa por um processo que podemos
chamar de ciclo evolutivo, simplificadamente:
gene -> mutacao ou nao -> fenotipo -> selecao -> gene

Os genes sao intrucoes codificadas, via DNA, que podem produzir
um fenotipo. O fenotipo eh o corpo do ser vivo, sua estrutura
fisica.

A expressao dos genes sofrem influencia do meio ambiente mas,
considerando-se um ambiente medio, ou mesmo ideal, poderemos
supor que os genes determinam diretamente a estrutura do organismo.

O novo ser carrega a informacao genetica que herdou de seu(s)
pai(s). A transmissao eh digital ou seja os genes sao transmitidos
exatamente como estavam no corpo de seus pais : Digitalmente.

Eventualmente, contudo, durante o processo reprodutivo,
um ou alguns dos genes podem sofrer mutacao e passar uma
caracteristica diferente das de seu(s) pai(s).

O gene mutante pode conferir uma nova caracteristica vantajosa
ou nao ao seu portador. Uma caracteristica eh considerada
vantajosa se ela traz algum tipo de vantagem seletiva ao
organismo, isto eh, em ultima instancia, se esta caracteristica
aumenta a probabilidade do organismo perpetuar seus genes.

Podem ser varias as caracteristicas que aumentam as chances
do organismo pepetuar seus genes: Um aumento da inteligencia,
da forca, da resistencia aas doencas, da capacidade de perceber
predadores, na capacidade de conseguir alimentos, na sua
capacidade de reproducao etc...

Costuma-se reunir todas estas caracteristicas na sentenca:
"capacidade de sobreviver". Mas isto traz uma ideia erronea
pois a capacidade de sobreviver nao implica necessariamente
na capacidade de perpetuar os genes. Mas nao deixa de ser
uma caracteristica muito importante nesta funcao perpetuativa.

Se o gene mutante eh vantajoso, neste sentido darwiniano,
dizemos que o organismo possui uma vantagem seletiva ( ou
vantagem evolutiva) sobre os demais. E, sendo assim, este gene
tem uma probabilidade grande de se disseminar pela populacao e,
com o passar das geracoes, ele podera fazer parte do genoma
da especie.

Temos entao um passo evolutivo: A especie evoluiu, incorporou
no seu genoma uma nova caracteristica ( ou mudanca de uma
antiga ) que ateh entao nao possuia.

Se nao fossem as mutacoes ateh hoje a vida nao passaria de
uma proto-bacteria.

Devemos perceber que o que filtra as caracteristicas do organismo
eh a capacidade de perpetuar seus genes no meio ambiente em
que ele vive. A interacao do organismo neste ambiente eh que vai
definir quais as caracteristicas ( genes ) que sobreviverao
ou perecerao neste meio.

Se pudermos, artificialmente, mudar o ambiente, por exemplo,
poderemos favorecer genes que de outra forma nao sobreviveriam
ou mesmo desfavorecer outros que soh sobreviveriam no ambiente
original.

A forca do ambiente sobre o genoma, moldando-o e, eventualmente
alterando-o, chama-se de *pressao seletiva*. Dependendo da
pressao seletiva alguns genes serao favorecidos para sobreviver
e outros nao. A caracteristica da especie depende portanto
da pressao seletiva a que ela eh submetida.

O entendimento do exemplo a seguir eh de suma importancia
para o entendimento da teoria que se seguira.

2-Os peixes das cavernas escuras
--------------------------------
Existem peixes que habitam lagos em cavernas onde nao entra luz.
Estes peixes tem uma caracteristica interessante : tem olhos
mas sao cegos.

Porque sao cegos?
Devemos supor que os primeiros peixes habitantes destas
cavernas foram levados talvez por alguma tempestade ou
furacao, ou canal, isolando-os de seu meio ambiente de
origem. Eh natural, entao, supor que todos tinham a capacidade
visual original intacta.

Mas a capacidade da visao pode depender de dezenas ou mesmo
de milhares de genes para sua plena funcionalidade.

Num ambiente normal, onde ha luz, se porventura nascer um
peixe que tem sua capacidade de visao degenerada por uma
mutacao em um dos muitos genes da visao, este peixe dificilmente
sobrevivera e, assim, tambem nao conseguira passar este
gene mutante para a proxima geracao.

Isto quer dizer que a pressao seletiva, num ambiente com luz,
ira agir no sentido de preservar a capacidade visual.

Peixes mutantes que nao enxerguem terao uma sensivel desvantagem
seletiva e estes genes mutantes nao serao preservados.

Mas isso nao acontece num ambiente de uma caverna escura:
Como a capacidade visual nao pode ser utilizada pelos peixes
que habitam seu interior, qualquer mutacao em qualquer dos
genes responsaveis pela visao nao serao percebido pelos
peixes.

Nao ha uma pressao seletiva para que os genes mutantes
da cegueira sejam extintos. Os peixes que nascem cegos e os
peixes que enxergam tem a mesma probabilidade de sobreviver
neste ambiente escuro !

Para que a capacidade visual pudesse ser preservada, nao
poderia acontecer nenhuma mutacao malevola em nenhum dos
muitos genes que codificam o aparelho visual.

Eh previsivel entao que, com o decorrer das geracoes,
cada vez mais genes da visao sofram mutacoes, sem que exista
uma pressao seletiva para preserva-los, pois os peixes
cegos tem a mesma probabilidade de sobreviver que os peixes
nao cegos neste ambiente escuro.

Deste exemplo poderemos derivar duas regras :

- Na ausencia de uma pressao seletiva para um dado traco
(caracteristica fenotipica), este traco tende a perder sua
funcao ou mesmo desaparecer.

- Quanto maior o numero de genes envolvidos em um dado traco,
que deixa de sofrer a pressao seletiva para se manter,
mais rapidamente este traco ( caracteristica ) deixara
de existir.



3-O Homem
----------

Muitas caracteristicas que os genes nos conferem nao sao
fisicas, mas psicologicas. Por vivermos em sociedade, praticamente
desde o aparecimento de nossa especie, eh natural que muitas
destas caracteristicas tenham sido moldadas para o convivio
social.

Isto significa que muitos genes agem no sentido de
facilitar a harmonia social, sobrepondo, muitas vezes,
o impulso gerado por outros genes mais primitivos.

Entre estes tracos psicologicos
podemos destacar nossos impulsos instintivos :os sentimentos.

Costumo dizer que quando toda a populacao tem uma determinada
caracteristica, entao esta caracteristica deve ter uma forte
influencia genetica. Assim, considero tracos geneticos: A fome,
a dor, a sede, a raiva, o ciumes, a vergonha, o amor, a ambicao,
a vinganca, a inveja etc....

A maioria dos impulsos sao ativados como uma reacao a estimulos
externos, provindos do meio ambiente, de nossa interacao social.

Devemos ter sempre em mente que cada um destes sentimentos,
cada impulso instintivo, assim como cada caracteristica fisica,
existe por que de alguma forma auxiliou ( e ainda deve auxiliar)
o portador destes genes a perpetua-los ( sobreviver e passa-los
para a proxima geracao).

Como conclusao podemos dizer que tais sentimentos, que geram
impulsos para a acao, nao existiriam se nao existisse uma
pressao seletiva que os mantivesse, ou, de outro modo, se nao
houver uma pressao seletiva para mante-los eles deixaram de
existir.


4-Os Memes
----------

O Homem eh um ser memetico. Sofremos a influencia de memes
( ideias, cultura ) que podem ser tao variados quanto possiveis.

Os genes permitiram, atraves de um cerebro poderoso
e grande, que pudessemos sofrer a influencia destes memes.

Esta capacidade nao foi sem razao : atraves dos memes podiamos
nos adaptar e sobreviver de forma extremamente rapida a problemas
de sobrevivencia, (na verdade problemas de perpetuacao genetica),
sem que estas informacoes precisassem ser codificadas no genoma
(como ocorre na maior parte das outras especies ).

Alem do mais, a solucao encontrada por um individuo, para
um dado problema, poderia ,via meme, passar para proxima
geracao sem que a roda tivesse que ser re-inventada.


5-A Gemetica
-------------

Podemos perceber que, mesmo estudando o homem apenas
sob o ponto de vista genetico, observamos varios conflitos
geneticos que podem variar desde doencas hereditarias ateh
os que sao devido a necessidade de adequacao social como por
exemplo o respeito ao territorio alheio versus o desejo de
ocupacao; A libido versus respeito.

Em geral, um conjunto de memes especificos para a adequacao ao
convivio social eh criado para normatizar o comportamento em
sociedade. Este conjunto de memes eh chamado de codigo de Etica.

A maioria dos conflitos, contudo, sao gemeticos (genes X memes),
sao conflitos entre os impulsos e desejos codificados nos genes
e os absorvidos pelo cerebro, via memes atraves de um codigo
etico.

Eh uma batalha muitas vezes cruel e dolorosa.
Quando esta batalha eh vencida pelos genes, em detrimento
dos memes eticos, podera sobrevir um sentimento punitivo
(vergonha, remorso, arrependimento) que, dependendo de sua
forca podera evitar uma repeticao do ato.

Quando a batalha eh vencida pelos memes, em detrimento dos
impulsos geneticos, podera emergir outros sentimentos tambem
de carater punitivo ( frustracao, tristeza ), sinal as vezes,
que os memes nao estao muito adequados.

6-Genismo
---------
Os conflitos gemeticos nao podem ser minimizados aa curto
prazo via genes. Mas isso pode ser conseguido via memes.

Uma pergunta natural eh : Qual o meme que minimiza o conflito
gemetico?

Para minimizarmos os conflitos gemeticos propus um meme
chamado Genismo que eh doutrina que estabelece que devemos
agir visando nossa perpetuacao genetica.

O Genismo propoe que assumamos nossa condicao de maquina
de perpetuar genes (que eh o que realmente somos).
Agindo desta maneira estaremos integrando nossos flexiveis memes
com nossos rigidos genes.

O Genismo propoe tambem que devamos encarar nossos genes
como a nossa unica forma de transcendencia pos morte,
de imortalidade.

O Genismo encara o amor como um instinto genetico que faz
o controle de qualidade, que seleciona o parceiro cujos
genes os nossos genes "acham" mais qualificados para se
unirem para a perpetuacao.

Se tivessemos que construir maquinas biologicas inteligentes
que tivessem capacidade de sobreviver e se replicar de forma
a nao se extinguirem, o paradigma que estas maquinas
deveriam adotar, para tal intento, deveria ser o Genismo.


O Genismo eh composto, atualmente, de algumas "regras de bolso"
que eu chamei de os 5 mandamentos:
1- "Os Genes te criaram e a eles vc deve servir"
2-"A felicidade é trilhar o caminho da perpetuação genética"
3-"Deus nao existe e o único modo de transcender a morte
é através de seus genes, principalmente em seus descendentes"
4-"Seus genes sao seu bem mais precioso"
5- "Vc deve respeitar os genes dos outros para que
os outros respeitem os seus."


7-A Origem do Mal
-----------------
Sabemos que os seres vivos se originaram e conseguiram sobreviver
por causa do mecanismo seletivo neo-darwiniano.

Nos organismos nao sociais, os genes foram moldados a se perpetuar
com limitados mecanismos de protecao aos que sao da mesma especie.

O egoismo e todos os sentimentos e impulsos associados, que
consideramos baixos, nestas especies imperam absolutos.

As especies que vivem em sociedade, por outro lado, adotaram
mecanismos geneticos de protecao para que esta convivencia
se tornasse possivel.

Particularmente na nossa, tais mecanismos vieram, infelizmente,
via memes. Isso significa que muitos impulsos e sentimentos
geneticos considerados vis ( odio, ciume, avareza, vinganca,
inveja etc.. ) coexistem no mesmo corpo com os memes que
mostram-nos a direcao contraria. O conflito eh inevitavel.

Eh importante observar que estes, e todos os demais sentimentos,
existentes tem origem genetica. Isso significa que eles
existem por que auxiliavam, e auxiliam, na perpetuacao de nossos
genes (sobrevivencia e sucesso reprodutivo).

Costumamos estudar outras especies menos evoluidas culturalmente
por que eh mais facil isolar o comportamento genetico do
cultural. Como estas especies tem uma cultura muito rudimentar,
ou nao as tem, assume-se que seus impulsos tem origem genetica.

Os chipanzes e outras especies de macacos, por exemplo, possuem
a tatica da guerra para dominar e matar os machos da mesma
especie na disputa pela posse e ocupacao de um territorio.

Como eles nao possuem uma linguagem desenvolvida estas acoes
belicas de ataque matanca e posse devem estar encrustadas em
seus genes. Isso pode ser explicado por que tais genes de
dominacao e colonizacao aumentam as chances perpetuativas dos
genes daqueles que os possuem.

Isso significa que a barbarie, o despotismo, a dominacao
e tudo mais que nossa cultura humanista abomina devem
ser frutos do imperativo genetico perpetuativo.



8-A Salvacao
------------
Nesta sessao final deste artigo historico, proponho um caminho
para a solucao do mal intrinseco da humanidade.

Por incrivel que pareca a solucao sera indolor entretanto,
nao vira a curto prazo.

Claro que, sendo a origem do mal de caracteristica genetica,
a solucao tera que ser, de alguma forma, tambem via genes.

Para entendermos a solucao, deveremos recordar que o que
mantem todos os sentimentos imunes aas mutacoes, que sempre
ocorrem, eh a pressao seletiva.

Individuos que sofrem mutacoes diminuindo ou deixando de possuir
algum destes sentimentos, diminuem de alguma forma o seu poder
perpetuativo. Isso significa que estes genes nao serao tao
bem sucedidos em relacao aos nao mutantes.

Mas esta perda de competitividade NAO OCORRERA se este individuo
mutante possuir memes que facam o trabalho que seus genes faziam!

A pressao seletiva que faz a manutencao de todos os sentimentos
deixara de atuar se os memes fizerem o trabalho de perpetuacao
genetica que os instintos sempre fizeram !

Se a humanidade for seguidora do Genismo, a pressao seletiva
genetica deixara de ter um papel determinante na preservacao
destes genes e os sentimentos baixos irao se extinguir pois,
o que mantem um traco ativo, eh a pressao seletiva para que
ele se mantenha.

Como o Genismo zela pela perpetuacao dos genes, a pressao
seletiva para a perpetuacao genetica nao atuara no sentido
seletivo destes sentimentos : O genista tera tanta vantagem
competitiva (ou mais) quanto o egoista ( que perpetua genes
por instinto).

Vamos fazer uma comparacao. Consideremos um dos sentimentos
como por exemplo o ciumes.

Vamos comparar os homens com os peixes que vivem na
caverna escura.

A capacidade da visao ajudaria os peixes que a possuem
a sobreviver. Num ambiente escuro os peixes que nascem cegos
tem a mesma chance de sobreviver que os peixes que nascem
com a visao intacta. Isto significa que os peixes cegos nao
tem menos probabilidade de sobreviver do que os que enxergam.

Num ambiente genista tambem : os individuos que nascem sem
o sentimento de ciumes vao zelar pelos seus genes tanto
quanto os individuos ciumentos. Estes ultimos nao levariam
vantagem evolutiva sobre os genistas nao dotados de ciumes.

O genista nao cometeria um crime passional enquanto que
o nao genista ciumento poderia comete-lo.

Assim, a pressao seletiva sobre o ciumes, por exemplo,
deixaria de existir e este sentimento se extinguiria da
especie humana !!!!!!!!



Eh o fim do mal !!


O Genismo portanto eh a doutrina que podera salvar a humanidade
do mal. Nao nesta ou na proxima geracao, mas depois de varias
geracoes. Com ela os sentimentos vis se extinguiram.

[]s
jocax

(PS: Desculpem a incontrolavel falta de modestia, mas eu
me divirto muitissimo agindo dessa maneira, mais do que
meus memes podem controlar :) )

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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Humanidade : salvacao ( e-mail historico )
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 23/11/2000 12:45

Vcs continuam se esquecendo de 'cortar' a parte (ou o todo) da(s)
mensagem(ns) anterior(es), irrelevantes na mensagem atual. Se isso acontecer
de novo vou fazer uma macumba aqui na encruzilhada (já tenho a garrafa de
pinga e a galinha preta) ... cuidem-se! Meu santo não só é forte como é meu
assessor e escravo!
deus

-----Mensagem Original-----
De: Claudio Abreu <bidual@gbl.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Cc: TGBD no eGroups <tgbd@egroups.com>
Enviada em: quinta-feira, 23 de novembro de 2000 12:21
Assunto: Re: [ciencialist] Humanidade : salvacao ( e-mail historico )


Prezado Jocax,

Não resisti à tentação e decidi contrariar a decisão que havia adotado de
não mais discutir a TGBD aqui na Ciencialist. Afinal, acho que a Gemética
aparenta se enquadrar na TGBD. Senão, vejamos o seguinte bidual:





SUBJECT: Re: [ciencialist] empuxo
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 23/11/2000 13:04

Luiz Ferraz Netto wrote:
> Isso altera a energia interna do sistema (água) e,
> realmente, o volume de água no sistema acelerado é menor que quando em
> repouso (água sob compressão). O 'litro' de água acelerada é menor que o
> 'litro' de água em repouso.

Litro é por definição medida de volume. Vc quer dizer que 1kg de água
acelerada terá um volume menor que o mesmo 1kg de água em repouso.

> Quando a aceleração do elevador desaparece a energia potencial acumulada é
> restituída fazendo a água voltar ao volume normal.
> Realmente, não podemos comparar campo gravitacional com sistema acelerado.
> Léo

Ainda não entendi. Pessoalmente acho que vc está vendo cabelo em cabeça
de sapo.

==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
==========================================================


SUBJECT: Re: [ciencialist] Humanidade : salvacao ( e-mail historico )
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 23/11/2000 13:36

Prezado deus,

Não foi esquecimento não. Explico: como mandei cópia da mensagem para o site da TGBD, fiz questão de manter o texto integral do Jocax na mesma.

Um abraço,

Claudio Abreu
----- Original Message -----
From: Luiz Ferraz Netto
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Thursday, November 23, 2000 12:45 PM
Subject: Re: [ciencialist] Humanidade : salvacao ( e-mail historico )


Vcs continuam se esquecendo de 'cortar' a parte (ou o todo) da(s)
mensagem(ns) anterior(es), irrelevantes na mensagem atual. Se isso acontecer
de novo vou fazer uma macumba aqui na encruzilhada (já tenho a garrafa de
pinga e a galinha preta) ... cuidem-se! Meu santo não só é forte como é meu
assessor e escravo!
deus



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Humanidade- Peixes Cegos
FROM: "Adriana Valeska" <adriana_valeska@hotmail.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 23/11/2000 14:55



Ol�, Jocax e pessoas!

N�o. Os peixes cegos e os que enxergam n�o t�m a mesma probabilidade de
sobreviver. Por manterem uma fun��o metab�lica sem necessidade, os peixes
com capacidade visual desperdi�am energia num ambiente onde o alimento �
tido como fator limitante � sobreviv�ncia. Nesse ambiente competitivo, os
cegos levar�o vantagem por terem preservada sua energia (visual).


[]`s

Adriana Valeska Daniel



>>2-Os peixes das cavernas escuras
>>--------------------------------
>>Existem peixes que habitam lagos em cavernas onde nao entra luz.
>>Estes peixes tem uma caracteristica interessante : tem olhos
>>mas sao cegos.
>>
>>Porque sao cegos?
>>Devemos supor que os primeiros peixes habitantes destas
>>cavernas foram levados talvez por alguma tempestade ou
>>furacao, ou canal, isolando-os de seu meio ambiente de
>>origem. Eh natural, entao, supor que todos tinham a capacidade
>>visual original intacta.
>>
>>Mas a capacidade da visao pode depender de dezenas ou mesmo
>>de milhares de genes para sua plena funcionalidade.
>>
>>Num ambiente normal, onde ha luz, se porventura nascer um
>>peixe que tem sua capacidade de visao degenerada por uma
>>mutacao em um dos muitos genes da visao, este peixe dificilmente
>>sobrevivera e, assim, tambem nao conseguira passar este
>>gene mutante para a proxima geracao.
>>
>>Isto quer dizer que a pressao seletiva, num ambiente com luz,
>>ira agir no sentido de preservar a capacidade visual.
>>
>>Peixes mutantes que nao enxerguem terao uma sensivel desvantagem
>>seletiva e estes genes mutantes nao serao preservados.
>>
>>Mas isso nao acontece num ambiente de uma caverna escura:
>>Como a capacidade visual nao pode ser utilizada pelos peixes
>>que habitam seu interior, qualquer mutacao em qualquer dos
>>genes responsaveis pela visao nao serao percebido pelos
>>peixes.
>>
>>Nao ha uma pressao seletiva para que os genes mutantes
>>da cegueira sejam extintos. Os peixes que nascem cegos e os
>>peixes que enxergam tem a mesma probabilidade de sobreviver
>>neste ambiente escuro !
>>
>>Para que a capacidade visual pudesse ser preservada, nao
>>poderia acontecer nenhuma mutacao malevola em nenhum dos
>>muitos genes que codificam o aparelho visual.
>>
>>Eh previsivel entao que, com o decorrer das geracoes,
>>cada vez mais genes da visao sofram mutacoes, sem que exista
>>uma pressao seletiva para preserva-los, pois os peixes
>>cegos tem a mesma probabilidade de sobreviver que os peixes
>>nao cegos neste ambiente escuro.
>>

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SUBJECT: Re: [ciencialist] Humanidade- Peixes Cegos
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 23/11/2000 15:03

> >>Existem peixes que habitam lagos em cavernas onde nao entra luz.
> >>Estes peixes tem uma caracteristica interessante : tem olhos
> >>mas sao cegos.
> >>
> >>Porque sao cegos?

Ouvi uma vez [notem a falta de argumento científico] que se tomar um
recém nascido da espécie humana que seja saudável e fecharmos os olhos
dele por um mês, o mesmo ficará cego por toda a vida. Porquê? Não sei. É
verdadeiro? Não sei.

Quanto ao argumento do ciúme, pode ser resolvido assim também:

Eu [macho] gosto dela [fêmea] então fico com ela. Ela gosta de mim,
então ela fica comigo. Se ela ficar comigo e ela gostar de outro, então
eu não a quero. Resolvido o ciúme.

==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
==========================================================


SUBJECT: Empuxo de Newton
FROM: "Antonio A. J. Godoy" <prof_godoy@teracom.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 23/11/2000 16:02

Olá a todos, estou de volta à lista. É como dizem "o bom filho a casa
torna", etc. etc. Não resisti ficar só observando as discussões (que por
sinal andam muito animadas e interessantes), e decidi voltar a participar.

Vamos às observações:

>Alberto: Em primeiro lugar comprovaremos a existência de uma entidade
prevista pela primeira vez no maravilhoso, imperdível e formidável site do
Léo; em segundo lugar, ficarei com um relativista a menos para contestar
minhas idéias (aliás, creio que pelo bem da ciência a experiência deveria
ser repetida pelo menos
umas cem vezes, se possível com alguns quânticos também).<

Não quero ser afogado por acreditar na MQ... O inquisidor-mor Alberto
parece estar esquecendo quem é que é herege!

Na verdade, falando agora sobre o assunto em questão, fenômenos
assemelhados e com o mesmo tratamento matemático ao que o Léo denominou de
empuxo inercial de Newton (em seu excelente ensaio) já eram conhecidos, ao
menos dos estudantes russos. No livro "Problems of Elementary Physics", de
B. Bukhovtsev et. al. (Ed. Mir, Moscou, 1978) encontramos um problema (nº
426) em que é necessário calcular-se a pressão hidrostática num ponto de um
líquido em recipiente fechado, submetido a aceleração constante.

Em um livro de Mecânica de Fluidos, de Streeter e Wylie (Ed.
McGraw-Hill, São Paulo, 1982) também encontramos uma discussão sobre os
efeitos da aceleração sobre o gradiente de pressão e sobre a superfície
livre de um líquido. Inclusive, quem tiver acesso ao livro, a discussão e o
desenvolvimento matemático (envolve cálculo dif. e int. com várias
variáveis) são muito interessantes e bem esclarecedores.

Também encontrei uma discussão sobre o porque da esfera menos densa que
o fluido provocar uma inclinação no fio no mesmo sentido de sua aceleração
(nas condições do experimento) em um recente lançamento da Ed. Ática,
"Física", vol. 1 (para o Ensino Médio) de Alberto Gaspar. O que me chamou a
atenção neste livro foi o tratamento matemático baseado principalmente em
efeitos inerciais de Coriolis, adotando-se um referencial acelerado para
explicar a distorção na forma da superfície livre do líquido e o que ocorre
com vasos comunicantes. Embora ache que o autor "derrapou" ao postular
termos como "gravidade inercial (sic!)" e "nova vertical" em sua explanação,
acho que vale a pena ler o trecho do livro.

Não pude, infelizmente, perceber em que sentido o "paradoxo" criado pelo
empuxo inercial pode invalidar o Princípio de Equivalência. Parece-me que se
assim fosse, o fato de um pêndulo não oscilar quando em queda livre (exemplo
também tirado do livrinho russo que citei acima) também seria um argumento
contra o Princípio de Equivalência, e me parece justamente o contrário. Além
disso, não vejo diferença substancial entre o impacto filosófico do empuxo
inercial e o que já se depreende do famoso "Balde de Newton". Concordo com o
Alberto quando afirma que o empuxo de Newton vem complementar a análise do
"Balde", mas me parece que a questão do absoluto já está resolvida há tempos
(viva Mach!)... Ou será que não?

Abraços a todos,

Godoy







SUBJECT: Re: [ciencialist] empuxo
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 23/11/2000 16:06

-----Mensagem Original-----
De: "Eduardo Gueron"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Quinta-feira, 23 de Novembro de 2000 09:14
Assunto: Re: [ciencialist] empuxo

Olá Eduardo

> Sistema de coordenadas implica em origem, centro pontual.

Concordo com sua estranheza, pois estou me referindo a um postulado da
física moderna e portanto devo respeitar as regras do jogo. Mas foi por isso
que disse, na msg anterior: "Deixando de lado as considerações ad hoc..." O
artifício que você apresenta tem sua lógica mas parece-me algo artificial,
exclusivamente matemático e não físico e, acima de tudo, um constructo
utilizado para superproteger uma teoria em detrimento de outras. Em resumo:
um artifício acientífico para não dizer pseudocientífico. É o que penso a
respeito, mas respeito os que pensam o contrário. Parece-me que Einstein
resume sua brilhante explicação (sem gozação) pelo termo "referenciais
gaussianos", isto quando enuncia o princípio da relatividade geral (estou
dizendo isso, e é possível que esteja errado --pois não fui atrás da
definição do que seja referencial de Gauss ou gaussiano-- para mostrar que a
sua linha de raciocínio pode estar perfeita, no tempo e no espaço --o que
não a descaracteriza como consideração ad hoc).

> Um sistema de coordenadas é sempre infinitesimal, desta maneira um balde
> com água não é um sistema de coordenadas porque o seu volume deve ser
> considerado. Explicando de outra maneira, a massa gravitacional
> (newtoniana ou einsteiniana) gera um campo no espaço (espaço-tempo no caso
> relativístico).

Isto vale para a física moderna que considera o campo como entidade
autóctone. A física moderna substituiu um artefato newtoniano, válido em
condições especiais e aproximadas, como a malfadada "ação a distância", por
uma autonomia de campo, no estilo matemático e não físico. É em condições
semelhantes a essa que costumo dizer que um postulado matemático (por
exemplo os postulados da física quântica) pretende substituir, --e,
portanto, responde por suas incoerências, enquanto pensado como físico-- um
postulado físico que mostrou-se conceitualmente falho por ir de encontro a
resultados experimentais por demais conhecidos (por exemplo, os postulados
primitivos de Bohr).

> O campo nos dá uma função vetorial com uma determinada
> simetria e que depende das coordenadas, por exemplo, em coordenadas
> cartesianas o campo gravitacional externo (newt) a um corpo esférico é
> -GM/r^3(x,y,z). A aceleração é local, uma partícula sofre aceleração. Em
> um fluido, cada uma de suas moléculas está sujeita a uma aceleração
> diferente e a um campo gravitacional diferente. Comparar aceleração com
> campo gravitacional é comparar um ponto com uma distribuição.

E substituir física por matemática pura leva-nos a insatisfações
aparentemente insuperáveis, como aquela apontada por Einstein nos seguintes
termos:

"Essas tentativas, no entanto, não têm sido coroadas de êxito. Assim, o alvo
de construir uma teoria de campo eletromagnético da matéria permanece
inatingível por ora, embora em princípio nenhuma objeção possa ser levantada
contra a possibilidade de vir a se alcançar tal objetivo. O que reteve
qualquer tentativa posterior nessa direção foi a falta de qualquer método
sistemático que levasse a uma solução."

> Um consequência do princípio da equivalência é que uma partícula em
> queda livre não sente gravitação (efeito notado em qualque nave
> espacial). Imagine então uma nave em órbita da terra, naturalmente o
> efeito gravitacional não será notado. Se a nave soltar fumaça na direção
> perpendicular ao seu movimento, vc verá a fumaça ficar para trás se a
> fumaça for soltada para cima, ou para frente se a fumaça for soltada
> para baixo (considerando que a órbita da nave é um círculo perfeito).
> Se, ao invés de queda livre, a nave estivesse em mru, vc veria a fumaça
> acompanhando-a. Isso poderia ser outro exemplo de falha no princípio da
> equivalência mas não é. Se deve ao fato de que consideramos o volume de
> um sistema e não um sistema de coordenadas local.

Depende do que você está considerando "soltar". É comum admitirmos certas
idealizações que não chegam a ser explicitadas no problema mas todos os que
lêem aceitam como tais. No caso, no entanto, parece-me importante
esclarecer. Por exemplo: Uma lanterna "solta" um feixe de luz? Ou os fótons
"são lançados"? O vácuo exterior à cabine é para ser levado em conta? A
fumaça pode ser considerada como um aglomerado de partículas, e como tais,
pequenos corpos rígidos, ou a fumaça teria que ser considerada como um
artifício matemático semelhante àquele adotado no estudo da mecânica dos
fluidos? Se pensarmos em fluido, qual a mecânica mais adequada para o caso?
A eulereana ou a lagrangeana? Se utilizarmos uma ou outra, e desde que nosso
problema é físico e não matemático, chegaríamos à mesma solução? Lembre-se
que fluido é uma idealização e não é impossível que seguindo caminhos
diferentes possamos nos deparar com possíveis saídas físico-matemáticas
diferentes, exatamente em cada etapa para a qual tivermos que decidir sobre
a idealização do nosso objeto de estudo, que de um ponto de vista
estritamente matemático seria fixo. Para cada pergunta, um caminho lógico a
ser seguido e um possível leque de soluções clássicas e/ou modernas. Lembro
também a colocação do Léo mostrando que o problema é mais complexo, pois há
ainda, dentre outros, fatores temporais relacionados à atração gravitacional
exercida pela nave, e a serem levados em conta.

> Não fui eu quem inventou esta definição do princípio de equivalência,
> rigorosamente esta É a sua definição. Por trás de um enunciado há sempre
> conceitos matemáticos rigorosos, sistema de coordenadas é uma definição
> rigorosa.

E, em física, por trás de um conceito matemático rigoroso deve haver uma
lógica a enquadrá-lo no que poderíamos chamar "princípios matemáticos da
filosofia natural" ou, simplificadamente, e em latim, Principia.

> Agora uma explicação mais específica para o problema do empuxo do Léo:
> Vamos considerar o sistema com aceleração da gravidade constante, boa
> aproximação para eventos perto da superfície da Terra (por isso podemos
> testar o princípio da equivalência em naves espaciais, elevadore, etc.).
> Neste caso, aquele fenômeno de aproximação dos asteriscos (veja mensagen
> retrasada) seria desprezível e portanto poderiámos também considerar o
> elevador como um sistema de referência já seu tamanho é mínimo perante a
> variação espacial do campo. O que acontece no caso do balde com água
> então? Cada uma das moléculas de água interage entre si, ou seja, sofrem
> ação de forças características de um fluido. Desta forma, se
> considerarmos o sistema como um todo ( o que é feito na experiência) a
> aceleração em cada ponto é diferente e, portanto, não podemos compará-la
> com a gravitacional que pode ser considerada constante em todo o
> interior do elevador.

Não sei não. Parece-me que você está pensando naquela situação a diferenciar
uma condição inicial, de determinado processo, de sua condição subsequente e
estacionária. E, pelo fato do sistema estar sendo acelerado, não chegaria à
estacionaridade, portando-se sempre como em uma hipotética condição
"inicial", ainda que variável no decorrer do tempo. Isto, se existir,
complica a resolução do problema mas a meu ver não resolve o paradoxo nem
vai contra o possível encontro de um resultado experimental a favorecer uma
condição em detrimento de outra (einsteiniana vs newtoniana). Num dos casos
vejo um retorno ao referencial absoluto newtoniano, algo que poderia ser
contestado talvez com as idéias de Mach, mas não sei se sustentariam as de
Einstein. Quanto ao mais, a explicação do Léo (msg de hoje) parece-me
perfeita. O sistema não se desmantela pois vai existir uma condição de
"quase-equilíbrio" (termo este emprestado da termodinâmica) e a se modificar
discretamente enquanto existir a aceleração. Mas isso, a meu ver, apenas
fortalece a física newtoniana em detrimento da einsteiniana, pois qualquer
que fosse o referencial, mesmo pontual, parece-me que num campo
gravitacional todos os pontos estariam em equilíbrio e não em
"quase-equilíbrio".

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Empuxo de Newton
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 23/11/2000 17:48


-----Mensagem Original-----
De: Antonio A. J. Godoy <prof_godoy@teracom.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: quinta-feira, 23 de novembro de 2000 16:02
Assunto: [ciencialist] Empuxo de Newton


>Olá a todos, estou de volta à lista. É como dizem "o bom filho a casa
torna", etc. etc. Não resisti ficar só observando as discussões (que por
sinal andam muito animadas e interessantes), e decidi voltar a participar.<

A^2JG, nossas saudações; re-bem vindo!

>Na verdade, falando agora sobre o assunto em questão, fenômenos
assemelhados e com o mesmo tratamento matemático ao que o Léo denominou de
empuxo inercial de Newton (em seu excelente ensaio) já eram conhecidos, ao
menos dos estudantes russos. No livro "Problems of Elementary Physics", de
B. Bukhovtsev et. al. (Ed. Mir, Moscou, 1978) encontramos um problema (nº
426) em que é necessário calcular-se a pressão hidrostática num ponto de um
líquido em recipiente fechado, submetido a aceleração constante.<

Para citar tais exemplos não é preciso recorrer aos 'tratados' russos, basta
acessar o formidável, imperdível, notório, insubstituível, the best,
maravilhoso site, na página
http://www.feiradeciencias.com.br/sala05/index5.htm; vejamos:

12- A Calha semi-circular
13- Aro flexível (achatamento da Terra)
14- Espelho parabólico (líquido em rotação)
17- Um engenhoso parabolóide
18- O mistério das chamas das velas
19- Verificando uma propriedade
20- Líquido em rotação (exercício prático)
21- Vasos comunicantes na rotação
22- Compressor hidrodinâmico
23- Tacômetro prático
24- Taça hemisférica (exercício tradicional)
25- Questão proposta
42- Determinação de 'g' na rotação
44- Acelerômetro versátil
49- Vela em queda livre


>Em um livro de Mecânica de Fluidos, de Streeter e Wylie (Ed.
McGraw-Hill, São Paulo, 1982) também encontramos uma discussão sobre os
efeitos da aceleração sobre o gradiente de pressão e sobre a superfície
livre de um líquido.<

Assunto completamente detalhado no formidável, imperdível, notório,
insubstituível, the best, maravilhoso site www.feiradeciencias.com.br , na
Sala 05 - Dinâmica ou, diretamente;

http://www.feiradeciencias.com.br/sala05/fcp_liq_rotacao.htm


>Também encontrei uma discussão sobre o porque da esfera menos densa que
o fluido provocar uma inclinação no fio no mesmo sentido de sua aceleração
(nas condições do experimento) em um recente lançamento da Ed. Ática,
"Física", vol. 1 (para o Ensino Médio) de Alberto Gaspar. O que me chamou a
atenção neste livro foi o tratamento matemático baseado principalmente em
efeitos inerciais de Coriolis, adotando-se um referencial acelerado para
explicar a distorção na forma da superfície livre do líquido e o que ocorre
com vasos comunicantes. Embora ache que o autor "derrapou" ao postular
termos como "gravidade inercial (sic!)" e "nova vertical" em sua explanação,
acho que vale a pena ler o trecho do livro.<

Na próxima vez consulte o local adequado para ver as explicações completas,
sem Coriolis, sem gravidade inercial, sem nova vertical etc, no imperdível,
notório, insubstituível, the best, maravilhoso site, que tem na deslumbrante
página http://www.feiradeciencias.com.br/sala05/05_32.htm

"Empuxo nos referenciais não inerciais (líquido em rotação, contendo
acelerômetros)"


>Não pude, infelizmente, perceber em que sentido o "paradoxo" criado pelo
empuxo inercial pode invalidar o Princípio de Equivalência. Parece-me que se
assim fosse, o fato de um pêndulo não oscilar quando em queda livre (exemplo
também tirado do livrinho russo que citei acima) também seria um argumento
contra o Princípio de Equivalência, e me parece justamente o contrário.<

O caro colega realmente não conhece o potencial do imperdível, notório,
insubstituível, the best, maravilhoso, site
http://www.feiradeciencias.com.br. Na Sala 18 - Artigos - temos o título
"VPC - A mecânica de Newton nos referenciais acelerados" e eis um minúsculo
trechinho dele:
"Num ambiente desse, por vezes designado região de imponderabilidade, coisas
estranhas ao que é corriqueiro à Física Terrestre acontece:
as bolhas não surgiriam numa cerveja,
o pêndulo não trabalharia, <=====
você não poderia fazer o bebê arrotar,
a água não permaneceria no fundo do copo,
uma bola de pingue-pongue não flutuaria em água,
num tubo fechado contendo água e óleo, o óleo não estaria na parte de cima,
o barômetro de Torricelli seria um fracasso,
uma vela não poderia queimar etc."

Como tenho certeza de que vc irá ler o trabalho VPC inteirinho (e até ver o
problema do geotropismo em sistema acelerado!), vou parar oc comentários por
aqui.
Mas, sobre as regiões de imponderabilidade tem algo que estou escrevendo:
Como fazer uma sopa no espaço!

Depois de passear por todo o imperdível, notório, insubstituível, the best,
maravilhoso site acredito que o companheiro nas próximas 'brigas' das listas
de discussão citará: "Eu vi no imperdível, notório, insubstituível, the
best, maravilhoso, site ....." :-)))

[]'
Léo






SUBJECT: Re: [ciencialist] Empuxo de Newton
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 23/11/2000 17:52

-----Mensagem Original-----
De: "Antonio A. J. Godoy"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Quinta-feira, 23 de Novembro de 2000 16:02
Assunto: [ciencialist] Empuxo de Newton

> Olá a todos, estou de volta à lista.

Olá, Godoy. Fiquei feliz com seu retorno.

> Não quero ser afogado por acreditar na MQ... O inquisidor-mor Alberto
> parece estar esquecendo quem é que é herege!

Em absoluto! O título de herege é meu, ninguém tasca, eu vi primeiro. :-))
Só não entendi como é que posso ser herege e inquisidor ao mesmo tempo.
Teria dado essa impressão nesta thread? Se sim, explico: Na experiência
proposta creio estar utilizando algo parecido com a justiça de Salomão,
anterior à Inquisição.

Quanto a morrer afogado, na nossa experiência original (que bolei com o Léo
num pvt divino --comunicamo-nos por pensamento, algo não conhecido
devidamente pelos pobres mortais) este seria o destino dos relativistas [e
aqui não é justiça, é sacanagem mesmo :-)]. Para os quânticos pretendemos
testar algumas incertezas e portanto vamos escolher os que sabem nadar, ou
seja, aqueles que na água tem spin 1/2. :-). Os que seguirem o empuxo
sobrevivem (para relatarem o sucesso da experiência), os que nadarem no
sentido contrário não. Se você não sabe nadar já está excluído do teste,
sinto muito, a menos que opte pelo relativismo.

> Na verdade, falando agora sobre o assunto em questão, fenômenos
> assemelhados e com o mesmo tratamento matemático ao que o Léo denominou de
> empuxo inercial de Newton (em seu excelente ensaio) já eram conhecidos, ao
> menos dos estudantes russos. No livro "Problems of Elementary Physics", de
> B. Bukhovtsev et. al. (Ed. Mir, Moscou, 1978) encontramos um problema (nº
> 426) em que é necessário calcular-se a pressão hidrostática num ponto de
> um líquido em recipiente fechado, submetido a aceleração constante.
> Em um livro de Mecânica de Fluidos, de Streeter e Wylie (Ed.
> McGraw-Hill, São Paulo, 1982) também encontramos uma discussão sobre os
> efeitos da aceleração sobre o gradiente de pressão e sobre a superfície
> livre de um líquido. Inclusive, quem tiver acesso ao livro, a discussão e
> o desenvolvimento matemático (envolve cálculo dif. e int. com várias
> variáveis) são muito interessantes e bem esclarecedores.

Suas referências vêm a calhar. Estava esperando por isso e creio que o Léo
mais ainda. Aliás, a brincadeira que levou à "trágica experiência de
pensamento", interpretada pelo Tarcísio como piada, começou na msg 6976
(http://www.egroups.com/message/ciencialist/6976) logo após a apresentação
do seguinte diálogo:
__________________________

Léo (6971): Falar nisso ... alquém já leu em algum lugar esse estudo do
'Empuxo de Newton nos referenciais acelerados'? Será que, sem querer, incluí
um 'novo exemplo' na física clássica?

Alberto (6976): Difícil dizer mas nunca li nada parecido. Enfim, no tempo de
Newton pensava-se muito nessas relações a focalizarem inércia vs aceleração.
Newton mesmo tem duas experiências de pensamento: a do balde e a dos globos
giratórios. Mas nunca vi nada relacionando tais efeitos ao empuxo e muito
menos a este segundo empuxo que muito provavelmente "você descobriu", ainda
que gradientes de pressão sejam bem estudados em mecânica dos fluidos
(Prandtl, Magnus, Rayleigh). Não é impossível também que nos primórdios
dessa disciplina algum dos Bernoulli tenha pensado em algo semelhante. Vale
a pena dar uma vasculhada na literatura, principalmente na literatura antiga
pois a moderna optou pela matemática, deixando a física de lado. Vou ficar
de olho.

Léo (6971): Com certeza essa denominação "Empuxo de Newton" é de minha
autoria. Estará na minha lápide "Aqui blue (ou jaz) aquele que em vida foi
empurrado pelo Empuxo de Newton":-)
__________________________

> Também encontrei uma discussão sobre o porque da esfera menos densa que
> o fluido provocar uma inclinação no fio no mesmo sentido de sua aceleração
> (nas condições do experimento) em um recente lançamento da Ed. Ática,
> "Física", vol. 1 (para o Ensino Médio) de Alberto Gaspar. O que me chamou
> a atenção neste livro foi o tratamento matemático baseado principalmente
> em efeitos inerciais de Coriolis, adotando-se um referencial acelerado
> para explicar a distorção na forma da superfície livre do líquido e o que
> ocorre com vasos comunicantes. Embora ache que o autor "derrapou" ao
> postular termos como "gravidade inercial (sic!)" e "nova vertical" em sua
> explanação, acho que vale a pena ler o trecho do livro.

Acho também interessante. Aliás, você já reparou que todo Alberto tem seu
lado interessante? :-). Essa é digna de Jocax (faz tempo que não mexo com
ele). :-). E a emenda também: O fulano faz a piada, ri e aplaude. :-)

> Não pude, infelizmente, perceber em que sentido o "paradoxo" criado pelo
> empuxo inercial pode invalidar o Princípio de Equivalência. Parece-me que
> se assim fosse, o fato de um pêndulo não oscilar quando em queda livre
> (exemplo também tirado do livrinho russo que citei acima) também seria um
> argumento contra o Princípio de Equivalência, e me parece justamente o
> contrário. Além disso, não vejo diferença substancial entre o impacto
> filosófico do empuxo inercial e o que já se depreende do famoso "Balde de
> Newton". Concordo com o Alberto quando afirma que o empuxo de Newton vem
> complementar a análise do "Balde", mas me parece que a questão do absoluto
> já está resolvida há tempos (viva Mach!)... Ou será que não?

Sim e não. O Mach a meu ver apontou uma possível saída diferente das
tradicionais. Mas logo depois nós entramos na fase do "Cessa tudo o que a
musa antiga canta pois que um valor mais alto se alevanta" [Aqui estou
tentando homenagear ao mesmo tempo Einstein e o nosso net-irmão J.M.
Miranda]. E a minha dúvida é se a saída apontada por Mach (que não conheço
muito por sinal, e também é bastante estratosférica para meu gosto),
interpretada com o exemplo do Léo, comportaria uma compatibilidade com a TRG
(que também conheço pouco, pois haja espaço para ser ocupado por essa
estratosfera). Neste caso voltaríamos à disputa filosófica Mach-Newton, a
meu ver não resolvida em definitivo por motivo que espero ter deixado
implícito acima (mudou-se a visão de física --Mach situa-se entre a física
clássica e a moderna).

Se a idéia é originalmente do Léo ou não, eu não sei. Mas esse empuxo (e
acredito que essa interpretação é dele) vai dar muito o que falar. Que o Léo
nos ouça.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm




SUBJECT: Re: [ciencialist] empuxo
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 23/11/2000 17:56

-----Mensagem Original-----
De: "Eduardo Gueron"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Quinta-feira, 23 de Novembro de 2000 18:06
Assunto: Re: [ciencialist] empuxo


> Caros Alberto, Léo e demais anti-relativistas...

Quem??? Eu??? Como??? Quando???

:-))

Lançado meu protesto, vou trabalhar. Não li o restante da msg mas se for o
caso responderei oportunamente.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Primeira interven��o
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 23/11/2000 17:58

Mais um ... bem vindo ao clube dos excluídos do FCB, eu e deus tivemos o
mesmo fim. deus eu entendo, coitado, entre tantos céticos de carteirinha não
tinha chance mesmo, mas eu!?? Nessa lista já tem uns 3 ou 4 desse clube.
Viram no STR o debate sobre "destino" do qual participou o Daniel
Sottomaior?
[]'
Léo
-----------------
Marco Aurelio wrote:
> É uma pena que se divulgue tanta informação errônea e se
> rejeite a correção.

>>Tive problemas semelhantes aos seus na FCB. Os promotores da lista
não compreendem que o interesse de uma lista está na diversidade dos
membros e de opiniões. Numa lista é permitido e inevitável dizer
parvoices. Numa lista diversa as parvoices serão corrigidas por
alguém e todos aprendemos mais um pouco. Numa em que todos pensam
da mesma maneira algumas parvoices passam impunes.

Na ciencialist ninguem tem a pretenção de zelar pela pureza das
opiniões dos outros. Aprendemos muito mais e divertimo-nos muito
mais.<<

Onde reside esse grupo (ciencialist) ... parece-me interessante.:-))





SUBJECT: Re: [ciencialist] empuxo
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 23/11/2000 18:06

Caros Alberto, Léo e demais anti-relativistas...

Discordo de várias críticas feitas às minhas colocações mas resolvi
adotar outra estratégia de discussão. Analisarei apenas um tópico, no
caso o mais importante, que é a falha do princípio da equivalência
levantada pelo Léo.
Espero que a argumentação que eu darei abaixo seja suficiente:
Um elevador está acelerado para cima com a=g (Caso I). Pelo "pseudo"
princípio da equivalência tudo que ocorre no interior deste elevador
deveria acontecer no caso de o elevador em repouso sob ação do campo
gravitacional g (Caso II). Concordo que, no caso de um balde girante com
um líquido no interior, os dois sistemas serão diferentes.
A explicação é simples:
- No Caso I, supondo que o elevador seja acelerado por um cabo, a força
será transmitida para as moléculas de água via fundo/parede do balde.
Por sua vez, a força será *transmitida* de molécula para molécula por
colisões, viscosidade, etc. A eficiência de transmissão desta força
depende de quão rígido é o contato.
- No Caso II, cada molécula sentirá a força gravitacional independente
do contato com as moléculas vizinhas ou com o balde já que o campo
gravitacional estará distribuído por todo o elevador, independente da
interação entre corpos em seu interior. Se vc pensar em uma bolha
esférica de ar, por exemplo, onde a interação entre as moléculas em seu
interior é bem menor do que no caso de um líquido, vc teria no caso I
uma bolha achatada enquanto que, no caso II, a bolha manteria sua forma
original.
Para que vc possa testar o princípio da equivalência neste sistema, vc
não poderia ter apenas um cabo acelerando o elevador com a=g mas
infinitos cabinhos "sem massa" puxando cada infinitesimal pedaço de
fluido com força F=gm onde m seria a massa deste infinitésimo. Isto
seria "realizável" se o fluido fosse composto por íons de massa idêntica
e um campo eletrostático fosse aplicado de tal modo que Fel=gm. De certa
maneira, vc teria que integrar o princípio da equivalência.
Aí está a importância do infinitesimal, do referencial local. É como o
caso da validade de F=ma em física newtoniana, esta lei é local. Em
problemas de estática, por ex., muitos outros fatores devem ser
considerados em virtude da forma/tamanho do corpo rígido. Mas vc não
pode dizer que F=ma não é válido, só deve tomar cuidado que a lei, neste
caso, é diferencial.

um abraço, Eduardo.


SUBJECT: Re: [ciencialist] empuxo
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 23/11/2000 18:06

Eduardo Gueron wrote:
> Um elevador está acelerado para cima com a=g (Caso I). Pelo "pseudo"
> princípio da equivalência tudo que ocorre no interior deste elevador
> deveria acontecer no caso de o elevador em repouso sob ação do campo
> gravitacional g (Caso II). Concordo que, no caso de um balde girante com
> um líquido no interior, os dois sistemas serão diferentes.

Não concordo. Afirmo que os dois sistemas são idênticos [até me provarem
o contrário].

==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
==========================================================


SUBJECT: Re: [ciencialist] empuxo
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 23/11/2000 18:15


-----Mensagem Original-----
De: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: quinta-feira, 23 de novembro de 2000 18:06
Assunto: Re: [ciencialist] empuxo


>Caros Alberto, Léo e demais anti-relativistas...

Discordo de várias críticas feitas às minhas colocações mas resolvi
adotar outra estratégia de discussão. Analisarei apenas um tópico, no
caso o mais importante, que é a falha do princípio da equivalência
levantada pelo Léo.
Espero que a argumentação que eu darei abaixo seja suficiente:
Um elevador está acelerado para cima com a=g (Caso I). Pelo "pseudo"
princípio da equivalência tudo que ocorre no interior deste elevador
deveria acontecer no caso de o elevador em repouso sob ação do campo
gravitacional g (Caso II). Concordo que, no caso de um balde girante com
um líquido no interior, os dois sistemas serão diferentes.
A explicação é simples:
- No Caso I, supondo que o elevador seja acelerado por um cabo, a força
será transmitida para as moléculas de água via fundo/parede do balde.
Por sua vez, a força será *transmitida* de molécula para molécula por
colisões, viscosidade, etc. A eficiência de transmissão desta força
depende de quão rígido é o contato.
- No Caso II, cada molécula sentirá a força gravitacional independente
do contato com as moléculas vizinhas ou com o balde já que o campo
gravitacional estará distribuído por todo o elevador, independente da
interação entre corpos em seu interior. Se vc pensar em uma bolha
esférica de ar, por exemplo, onde a interação entre as moléculas em seu
interior é bem menor do que no caso de um líquido, vc teria no caso I
uma bolha achatada enquanto que, no caso II, a bolha manteria sua forma
original.
Para que vc possa testar o princípio da equivalência neste sistema, vc
não poderia ter apenas um cabo acelerando o elevador com a=g mas
infinitos cabinhos "sem massa" puxando cada infinitesimal pedaço de
fluido com força F=gm onde m seria a massa deste infinitésimo. Isto
seria "realizável" se o fluido fosse composto por íons de massa idêntica
e um campo eletrostático fosse aplicado de tal modo que Fel=gm. De certa
maneira, vc teria que integrar o princípio da equivalência.
Aí está a importância do infinitesimal, do referencial local. É como o
caso da validade de F=ma em física newtoniana, esta lei é local. Em
problemas de estática, por ex., muitos outros fatores devem ser
considerados em virtude da forma/tamanho do corpo rígido. Mas vc não
pode dizer que F=ma não é válido, só deve tomar cuidado que a lei, neste
caso, é diferencial.<

Vou deixar o texto todo acima, só para ir contra a macumba do deus! Ele não
sabe o que diz.

Boa tentativa Eduardo, realmente muito boa. Trocou um campo (gravitacional)
por outro (eletrostático). Campos!
A tentativa dos 'cabinhos', ligados a cada partícula, foi melhor. Bem
forçado, porém melhor. Uma boa técnica para 'visualizar' as linhas de força
desse novo 'campo de cabinhos aceleradores' sobre cada partícula
individualmente. Tente novamente. Mas, gostei. Estimulante! Essa ciencialist
é realmente compensadora.

[]'
Léo


um abraço, Eduardo.


*** --- ***
Vote na decisao para configuracao da lista. Mensagens somente texto ou HTML.
Para isso use o endereco:
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SUBJECT: En: [ciencialist] Empuxo de Newton
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "Ciencia_Lista" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 23/11/2000 19:39

-----Mensagem Original-----
De: Antonio A. J. Godoy <prof_godoy@teracom.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: quinta-feira, 23 de novembro de 2000 16:02
Assunto: [ciencialist] Empuxo de Newton


>Olá a todos, estou de volta à lista. É como dizem "o bom filho a casa
torna", etc. etc. Não resisti ficar só observando as discussões (que por
sinal andam muito animadas e interessantes), e decidi voltar a participar.<

A^2JG, nossas saudações; re-bem vindo!

>Na verdade, falando agora sobre o assunto em questão, fenômenos
assemelhados e com o mesmo tratamento matemático ao que o Léo denominou de
empuxo inercial de Newton (em seu excelente ensaio) já eram conhecidos, ao
menos dos estudantes russos. No livro "Problems of Elementary Physics", de
B. Bukhovtsev et. al. (Ed. Mir, Moscou, 1978) encontramos um problema (nº
426) em que é necessário calcular-se a pressão hidrostática num ponto de um
líquido em recipiente fechado, submetido a aceleração constante.<

Para citar tais exemplos não é preciso recorrer aos 'tratados' russos, basta
acessar o formidável, imperdível, notório, insubstituível, the best,
maravilhoso site, na página
http://www.feiradeciencias.com.br/sala05/index5.htm; vejamos:

12- A Calha semi-circular
13- Aro flexível (achatamento da Terra)
14- Espelho parabólico (líquido em rotação)
17- Um engenhoso parabolóide
18- O mistério das chamas das velas
19- Verificando uma propriedade
20- Líquido em rotação (exercício prático)
21- Vasos comunicantes na rotação
22- Compressor hidrodinâmico
23- Tacômetro prático
24- Taça hemisférica (exercício tradicional)
25- Questão proposta
42- Determinação de 'g' na rotação
44- Acelerômetro versátil
49- Vela em queda livre


>Em um livro de Mecânica de Fluidos, de Streeter e Wylie (Ed.
McGraw-Hill, São Paulo, 1982) também encontramos uma discussão sobre os
efeitos da aceleração sobre o gradiente de pressão e sobre a superfície
livre de um líquido.<

Assunto completamente detalhado no formidável, imperdível, notório,
insubstituível, the best, maravilhoso site www.feiradeciencias.com.br , na
Sala 05 - Dinâmica ou, diretamente;

http://www.feiradeciencias.com.br/sala05/fcp_liq_rotacao.htm


>Também encontrei uma discussão sobre o porque da esfera menos densa que
o fluido provocar uma inclinação no fio no mesmo sentido de sua aceleração
(nas condições do experimento) em um recente lançamento da Ed. Ática,
"Física", vol. 1 (para o Ensino Médio) de Alberto Gaspar. O que me chamou a
atenção neste livro foi o tratamento matemático baseado principalmente em
efeitos inerciais de Coriolis, adotando-se um referencial acelerado para
explicar a distorção na forma da superfície livre do líquido e o que ocorre
com vasos comunicantes. Embora ache que o autor "derrapou" ao postular
termos como "gravidade inercial (sic!)" e "nova vertical" em sua explanação,
acho que vale a pena ler o trecho do livro.<

Na próxima vez consulte o local adequado para ver as explicações completas,
sem Coriolis, sem gravidade inercial, sem nova vertical etc, no imperdível,
notório, insubstituível, the best, maravilhoso site, que tem na deslumbrante
página http://www.feiradeciencias.com.br/sala05/05_32.htm

"Empuxo nos referenciais não inerciais (líquido em rotação, contendo
acelerômetros)"


>Não pude, infelizmente, perceber em que sentido o "paradoxo" criado pelo
empuxo inercial pode invalidar o Princípio de Equivalência. Parece-me que se
assim fosse, o fato de um pêndulo não oscilar quando em queda livre (exemplo
também tirado do livrinho russo que citei acima) também seria um argumento
contra o Princípio de Equivalência, e me parece justamente o contrário.<

O caro colega realmente não conhece o potencial do imperdível, notório,
insubstituível, the best, maravilhoso, site
http://www.feiradeciencias.com.br. Na Sala 18 - Artigos - temos o título
"VPC - A mecânica de Newton nos referenciais acelerados" e eis um minúsculo
trechinho dele:
"Num ambiente desse, por vezes designado região de imponderabilidade, coisas
estranhas ao que é corriqueiro à Física Terrestre acontece:
as bolhas não surgiriam numa cerveja,
o pêndulo não trabalharia, <=====
você não poderia fazer o bebê arrotar,
a água não permaneceria no fundo do copo,
uma bola de pingue-pongue não flutuaria em água,
num tubo fechado contendo água e óleo, o óleo não estaria na parte de cima,
o barômetro de Torricelli seria um fracasso,
uma vela não poderia queimar etc."

Como tenho certeza de que vc irá ler o trabalho VPC inteirinho (e até ver o
problema do geotropismo em sistema acelerado!), vou parar oc comentários por
aqui.
Mas, sobre as regiões de imponderabilidade tem algo que estou escrevendo:
Como fazer uma sopa no espaço!

Depois de passear por todo o imperdível, notório, insubstituível, the best,
maravilhoso site acredito que o companheiro nas próximas 'brigas' das listas
de discussão citará: "Eu vi no imperdível, notório, insubstituível, the
best, maravilhoso, site ....." :-)))

[]'
Léo







SUBJECT: Re: [ciencialist] empuxo
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 23/11/2000 21:58



TARCISIO BORGES wrote:
>
> Eduardo Gueron wrote:
> > Um elevador está acelerado para cima com a=g (Caso I). Pelo "pseudo"
> > princípio da equivalência tudo que ocorre no interior deste elevador
> > deveria acontecer no caso de o elevador em repouso sob ação do campo
> > gravitacional g (Caso II). Concordo que, no caso de um balde girante com
> > um líquido no interior, os dois sistemas serão diferentes.
>
> Não concordo. Afirmo que os dois sistemas são idênticos [até me provarem
> o contrário].
>

Desisto,

para um tenho que provar que é diferente e para outro que esta
diferença não faz diferença...:P

Vou dar um exemplo mais simples para vc ver que pode haver dois casos
diferentes sem implicar na destruição do princípio da equivalência.
Imagine um campo gravitacional que varie com o tempo. Se vc passar a
observar um bloco sólido no elevador em t=0 tal que o campo seja nulo
neste instante, vc verá que a partícula de cima do bloco receberá a ação
do campo gravitacional, ligado em t>0, com um atraso de dt=h/c em
relação a partúicula localizada na parte de baixo do sólido (h é a
altura do bloco e c a velocidade da luz).
Se vc fizer o equivalente com aceleração, ou seja, impuser ao
elevador, via cabo de aço, uma aceleração exatamente igual a da
gravidade (que no caso depende do tempo) a partir do instante t=0 a
partícula que está no topo do sólido sentirá a aceleração com um atraso
dt=h/vs onde vs será aproximadamente a velocidade do som no sólido,
velocidade esta sempre menor que c e que depende da densidade,
elasticidade e outras propriedades do sólido. Portanto, os sistemas são
diferentes mas o princípio da equivalência não foi violado porque a
força gravitacional atua via um campo que se propaga em todo o espaço
com a velocidade da luz enquanto que a aceleração é obtida por uma força
localizada no cabo de aço do elevador e transmitida a outras partes dele
via onda mecânica ou algo do gênero.
Deve ser a vigésima vez que insisto que o princípio da equivalência é
local.

Mais uma lei de Newton local (Galileu no caso), inércia: Uma partícula
deve seguir em MRU caso nenhuma força externa seja exercida sobre ela
(enunciado porco porque estou com pressa). Se vc jogar um pedaço de pau
girando no vácuo, ele seguirá girando o tempo todo enquanto não lhe for
aplicada força externa alguma. Isso não é MRU o que permanecerá em MRU,
no caso, é o centro de massa.
Claro que a lei continua válida porque estaremos considerando todas as
forças que interagem entre si em um sólido...

[]'s Eduardo.


SUBJECT: Clone de Deus 2
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 23/11/2000 22:44

Aqueles que pensavam que clonar Deus era uma ideia original
estavam enganados. Alguém quer clonar Jesus Cristo (ou seja
1/3 de Deus) a partir do sangue do Santo Sudário. Aqui fica
o site:

http://www.clonejesus.com/

Tem excelente informção cientifica e inclui uma secção sobre
as previsões da Biblia sobre clonagem.


joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] empuxo
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 24/11/2000 02:28



Caro Léo,

na primeira mensagem que postei à lista criticando a sua destruição do
princípio da equivalência disse que não havia percebido certamente onde
estava a falha. Expliquei e construí uma série de exemplos para mostrar
que devemos tomar cuidado com definições locais ou globais uma vez que o
princípio da equivalência é pontual.
Retomei a leitura ao seu texto por temer que estejamos fugindo um pouco
da falha que vc apontou. Continuo, então, com a mesma dúvida inicial..
Onde está a falha? Explico. Em nenhum trecho de seu ensaio vc cita
termos como "princípio da equivalência" ou relatividade geral. Se
possível, explique exatamente em que ponto, em que experimento
específico (escolha o melhor se for mais de um) o princípio da
equivalência fura.
Em toda a minha argumentação, parti do pressuposto que, de fato, a
situação com o fluido em um elevador acelerado é diferente da com o
fluido em um referencial sujeito à ação do campo gravitacional. Construí
exemplos em que isso ocorre para mostrar que tal fenômeno não invalida o
princípio da equivalência. Entretanto, não estou convencido que, na sua
construção, haja tal diferença.

[]'s Eduardo.


SUBJECT: Re: [ciencialist] empuxo
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 24/11/2000 03:00

-----Mensagem Original-----
De: "Eduardo Gueron"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Quinta-feira, 23 de Novembro de 2000 21:58
Assunto: Re: [ciencialist] empuxo

> Desisto,
> para um tenho que provar que é diferente e para outro que esta
> diferença não faz diferença...:P

Isso é porque você nunca assistiu a uma discussão minha com o Jocax. No
momento estamos de bem (e portanto nem trocamos mensagens pois assim não tem
graça) e graças a esse recesso amigável ele chega a ser citado em mais de
uma página de meu site, em especial em:
http://sites.uol.com.br/albmesq/teorias.htm e
http://sites.uol.com.br/albmesq/EduSup/teses.htm. O meu site não é tão
formidável, imperdível, notório, insubstituível, the best e maravilhoso como
o do Léo mas um dia eu chegarei próximo a isso. Não posso igualar porque o
Léo é o Léo. Obs.: ainda não linkei a Home Page mas a partir dessas páginas
dá para percorrer todo o Web. Quem chegar à Home Page só tem saída para a
versão Geocities do meu site. Para retornar à versão Uol use o recurso
Voltar do browser.

Feitos os comerciais, voltemos à discussão:

> Deve ser a vigésima vez que insisto que o princípio da equivalência é
> local.

Prá mim é suficiente, já entendi a sua posição. Seja ele local, seja ele não
local, isto não muda em nada minha maneira de enxergar o restante da física.
Já cheguei a afirmar que a física seria mais bonita se o "pseudo princípio
da equivalência" fosse verdadeiro e ainda assim conseguisse permanecer
newtoniano. O Léo parece ter mostrado que isso não é possível. Então o
princípio que se dane. Se for verdadeiro como local, é feio a beça mas que
seja. Ele é local e não se fala mais nisso. E daí?

Seria esse o único absurdo que teríamos que engolir para que a relatividade
fosse verdadeira? Não!!! Já falei aqui sobre a explicação que o Paul
Anderson deu ao problema da emissão de radiação eletromagnética por uma
carga *pontual* acelerada e/ou num campo gravitacional. Já falei também
sobre um outro problema que não é pontual pois envolve o que chamei
"elevador de Einstein-Faraday", mas acredito ser possível atender a essa
condição como um caso limite (o que talvez Einstein tenha feito com seu
elevador). Mas apenas para mostrar que a coisa pode ser mais complicada, e
os absurdos que temos que engolir não são apenas esses, vou expor aqui a
visão do Fábio Chalub, um físico adepto da física moderna e que chegou a se
expressar assim no antigo uol.ciencia (20/02/98).

_____________________________

"Um assunto que foi levantado pelo Alberto é conhecido como paradoxo da
carga acelerada. Este paradoxo é conhecido e a sua solução é conhecida. Vou
tentar esboçar nas próximas linhas. A solução é um tanto técnica e meio
decepcionante.

O problema é o seguinte. Suponha uma carga caindo livremente sob ação de um
campo gravitacional e, ao seu lado, um observador também caindo (com a mesma
aceleração, é claro). Um observador na superfície da Terra, em relação a
quem ambos caem, detecta a carga em aceleração e portanto emitindo radiação
eletromagnética.

O outro observador, caindo junto com a carga, está em repouso em relação a
esta e portanto não detecta emissão de radiação.

No entanto radiar ou não é um fato absoluto, pois diminui a carga. Quem está
com a razão?

O problema de princípio de equivalência é só dizer que as equações do
eletromagnetismo (eqs de Maxwell) valem em ambos os referenciais, e por
tanto ambos os raciocinios são igualmente válidos. (O princípio de
equivalência diz que todo observador vê a mesma física. É um dos dois
postulados da teoria da relatividade - o outro é a constância da velocidade
da luz no vácuo.)

A solução do paradoxo é a seguinte: a carga irradia, mas o observador em
queda livre é incapaz de detectar esta radiação. Agora a solução vai ficar
muito técnica. Considere um diagrama de espaço-tempo, por simplicidade
considere métrica de Minkowski. Este é um gráfico de quatro dimensões onde
as três primeiras são o espaço e a última o tempo (nem sempre é possível
dizer quem é espaço e quem é tempo). Por simplicidade imagine um
espaço-tempo bidimensional, ou seja, eixo x é o espaço, eixo y o tempo.
Partindo da origem, onde está localizado o observador parado, trace duas
linhas diagonais em forma de X. Isto divide o gráfico em quatro regiões. A
de baixo é o passado (mais rigorosamente: cone de luz passado) e a de cima o
futuro. Considere a carga caindo com aceleração uniforme neste gráfico Sua
trajetória (neste gráfico) é uma hipérbole na região da direita.
Considerando que a radiação emitida viaja no máximo à velocidade da luz,
então não é possível a esta carga emitir na região da esquerda. Como ela
também (pelos mesmos motivos) não recebe radiação desta região diz-se que
ela está causalmente desconectada. O ponto é que o tal observador está
exatamente aí (grosso modo) (A rigor o movimento dele também é hiperbólico,
e não pode ser conectado ao movimento da carga por uma trajetória admissível
da radiação). Como se diz: a carga emite fora do cone de luz.

Repetindo: a carga emite, mas o observador em queda livre junto da carga não
detecta.

Fabio
_____________________________


Em resumo: A matemática tomou conta da física. E os físicos foram na "onda".

Pena que o Fabio não esteja aqui para dizer o que pensa hoje, pois trata-se
de um físico excelente, pra físico clássico nenhum botar defeito. Espero que
ele não fique chateado por ter reproduzido aqui sua msg de três anos atrás.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] empuxo
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 24/11/2000 04:36

-----Mensagem Original-----
De: "Alberto Mesquita Filho"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Quinta-feira, 23 de Novembro de 2000 16:06
Assunto: Re: [ciencialist] empuxo

Olá turma

O Tarcísio chamou a minha atenção, em pvt, para um trecho da msg acima
citada e que ele teria achado um tanto quanto confusa. Relendo-a concordei
plenamente com o Tarcísio, achando mesmo que o texto, por falha minha, está
difícil de ser entendido.

De alguma maneira eu procurei interpretar a visão do Léo frente ao que
cheguei a entender da versão do Eduardo, e expus a minha versão a respeito
recheada de idealidades. Talvez o Léo e/ou o Eduardo tenham entendido
(concordando ou não) o que eu pretendi dizer, mas acho bem difícil que mais
alguém tenha captado alguma coisa. Vou então, a bem da ordem, reproduzir os
esclarecimentos que prestei ao Tarcísio, antes reproduzindo o trecho da msg
anterior que estaria confuso.

> Não sei não. Parece-me que você está pensando naquela situação a
> diferenciar uma condição inicial, de determinado processo, de sua condição
> subsequente e estacionária. E, pelo fato do sistema estar sendo acelerado,
> não chegaria à estacionaridade, portando-se sempre como em uma hipotética
> condição "inicial", ainda que variável no decorrer do tempo. Isto, se
> existir, complica a resolução do problema mas a meu ver não resolve o
> paradoxo nem vai contra o possível encontro de um resultado experimental a
> favorecer uma condição em detrimento de outra (einsteiniana vs
> newtoniana). Num dos casos vejo um retorno ao referencial absoluto
> newtoniano, algo que poderia ser contestado talvez com as idéias de Mach,
> mas não sei se sustentariam as de Einstein. Quanto ao mais, a explicação
> do Léo (msg de hoje) parece-me perfeita. O sistema não se desmantela pois
> vai existir uma condição de "quase-equilíbrio" (termo este emprestado da
> termodinâmica) e a se modificar discretamente enquanto existir a
> aceleração. Mas isso, a meu ver, apenas fortalece a física newtoniana em
> detrimento da einsteiniana, pois qualquer que fosse o referencial, mesmo
> pontual, parece-me que num campo gravitacional todos os pontos estariam em
> equilíbrio e não em "quase-equilíbrio".

ADENDA (esclarecimentos a respeito do texto acima, prestados ao Tarcísio em
24/11/00):

Vamos por partes.

O Eduardo, ao comentar a experiência do Léo (líquido acelerado) escreveu:

"se considerarmos o sistema como um todo (o que é feito na experiência) a
aceleração em cada ponto é diferente..."

Ora, isto é bastante esquisito e, como o Léo disse, poderia desmantelar o
sistema, a menos que ocorresse apenas na fase de acomodação do sistema.

Pensemos num caso mais simples: um líquido inicialmente em repouso é
acelerado durante um intervalo curto de tempo até atingir uma velocidade v.
Tanto no início quanto no fim (atingido o repouso) a aceleração em todos os
pontos será igual a zero. Durante o processo, se o corpo fosse rígido a
aceleração seria diferente de zero porém igual em todos os pontos. Para o
caso do líquido essa aceleração seria diferente de ponto a ponto, pois
haveria como que uma onda interna (transporte de momento) entre as paredes
do recipiente e o interior do líquido. Haveria sempre um atraso a depender
da viscosidade entre a aceleração adquirida pela parede e aquela transmitida
para os elementos de volume do líquido. Ou seja, a aceleração não seria
igual em todos os pontos do líquido mas iria tentando se igualar no decorrer
do tempo.

Se a aceleração for contínua acredito que o processo de desequilíbrio
relativo a aceleração persista, ainda que em nível muito pequeno, de ponto
para ponto, pois como as paredes do recipiente continuam sendo aceleradas,
sua velocidade será continuamente crescente, e esse crescimento irá sendo
transmitido continuamente para o líquido. Não haveria então um verdadeiro
equilíbrio mas admitindo-se que o volume não seja tão grande, podemos dizer
que o efeito é pequeno e, para muitos cálculos, desprezível. Isso
equivaleria ao que chamei "quase-equilíbrio", expressão que às vezes aparece
em termodinâmica dos processos irreversíveis.

Em teoria, e até mesmo para efeitos de cálculo, o processo pode ser pensado
como que realizado em infinitas etapas: acelera um pouquinho, deixa de
acelerar, espera-se o equilíbrio e analisa-se o sistema; acelera mais um
pouquinho, idem, etc. Ou seja, assumimos que o sistema não está em
equilíbrio mas pode ser pensado como que passando por infinitos estados
intermediários de equilíbrio. Como esse desequilíbrio é muito pequeno, quase
infinitesimal, e desde que o volume não seja muito grande (e a relacionar-se
com a distância entre as paredes do recipiente e porções do líquido mais
centrais), o efeito não atrapalhará as medidas porventura efetuadas (posição
da esfera, na experiência do Léo, por exemplo). Tudo se passa como se o
líquido fosse um "quase-corpo-rígido".

Percebam também que a lógica do Eduardo (e que a rigor seria a de Einstein,
se não quando enunciou o princípio pela primeira vez, certamente quando
evoluiu do mesmo para o princípio da TRG), pelo menos em teoria, está
correta. O equilíbrio perfeito somente existiria pensando-se num volume de
líquido do tamanho de um ponto, ou seja, V = 0, ou então para acelerações
nulas. Ou seja, o princípio seria válido para V = 0 ou para a = 0. Na
prática, no entanto, a teoria parece-me ser outra. E a termodinâmica dos
processos irreversíveis que o diga.

O estado estacionário a que me referi complica um pouco pois creio que
retrataria uma idealidade que não estamos considerando, e sob certos
aspectos absurda para o caso citado (mas quis apenas fazer uma analogia e
espero que os demais tenham entendido -- aliás, toda idealidade é absurda, a
menos que como condição limite). Por exemplo, assuma que houvesse o retardo
na transmissão da informação entre parede do recipiente e fluido mas que
este fosse o único fator associado à viscosidade; é como se mantivéssemos
uma das características da "viscosidade" mas eliminássemos o "atrito" e/ou o
aumento de entropia. Neste caso, mesmo cessando a aceleração, o sistema
permaneceria numa situação dinâmica e não de equilíbrio, de maneira
semelhante a uma corda de violino presa por suas extremidades e vibrando
(onde também, e com freqüência, idealizamos a condição como livre de
atritos). Ou seja, haveria um transporte contínuo de momento, prá lá e prá
cá, como uma onda que vai e vem dentro do líquido. Isto seria chamado um
estado estacionário, a diferir de um estado de equilíbrio e também de
quase-equilíbrio. Se a aceleração não cessar, parece-me que teríamos que
definir aqui uma situação de quase-estado-estacionário. Estou inventando,
pois nunca vi essa expressão antes, mas a situação seria bastante
semelhante.

Como disse na mensagem original, qualquer que seja o caso, "isto, se
existir, complica a resolução do problema mas a meu ver não resolve o
paradoxo nem vai contra o possível encontro de um resultado experimental a
favorecer uma condição em detrimento de outra" (newtoniana vs einsteiniana).

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Humanidade- Peixes Cegos
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 24/11/2000 09:45


Ola Adriana, estou com problemas no email e esta dificil controlar
e manusear ....

Eu diria para vc que depende de como a mutacao agiu para tornar o peixe
cego. A mutacao pode agir fazendo-o gastar muito mais energia q o nao cego.
Veja uma mutacao q tem um gasto equivalente de energia :
A retina eh deslocada de posicao de modo q a cornea nao projete mais
os raios luminosos para a retina. Est mutacao o gasto de energia
no ambiente escuro eh o mesmo.
[]s
jocax

On ( Thu, 23 Nov 2000 14:55:00 -0200), ciencialist@egroups.com wrote:

>
>
>
> Olá, Jocax e pessoas!
>
> Não. Os peixes cegos e os que enxergam não têm a mesma probabilidade de
>sobreviver. Por manterem uma função metabólica sem necessidade, os peixes
>com capacidade visual desperdiçam energia num ambiente onde o alimento é
>tido como fator limitante à sobrevivência. Nesse ambiente competitivo, os
>cegos levarão vantagem por terem preservada sua energia (visual).
>
>
>[]`s
>
>Adriana Valeska Daniel
>
>
>
>>>2-Os peixes das cavernas escuras
>>>--------------------------------
>>>Existem peixes que habitam lagos em cavernas onde nao entra luz.
>>>Estes peixes tem uma caracteristica interessante : tem olhos
>>>mas sao cegos.
>>>
>>>Porque sao cegos?
>>>Devemos supor que os primeiros peixes habitantes destas
>>>cavernas foram levados talvez por alguma tempestade ou
>>>furacao, ou canal, isolando-os de seu meio ambiente de
>>>origem. Eh natural, entao, supor que todos tinham a capacidade
>>>visual original intacta.
>>>
>>>Mas a capacidade da visao pode depender de dezenas ou mesmo
>>>de milhares de genes para sua plena funcionalidade.
>>>
>>>Num ambiente normal, onde ha luz, se porventura nascer um
>>>peixe que tem sua capacidade de visao degenerada por uma
>>>mutacao em um dos muitos genes da visao, este peixe dificilmente
>>>sobrevivera e, assim, tambem nao conseguira passar este
>>>gene mutante para a proxima geracao.
>>>
>>>Isto quer dizer que a pressao seletiva, num ambiente com luz,
>>>ira agir no sentido de preservar a capacidade visual.
>>>
>>>Peixes mutantes que nao enxerguem terao uma sensivel desvantagem
>>>seletiva e estes genes mutantes nao serao preservados.
>>>
>>>Mas isso nao acontece num ambiente de uma caverna escura:
>>>Como a capacidade visual nao pode ser utilizada pelos peixes
>>>que habitam seu interior, qualquer mutacao em qualquer dos
>>>genes responsaveis pela visao nao serao percebido pelos
>>>peixes.
>>>
>>>Nao ha uma pressao seletiva para que os genes mutantes
>>>da cegueira sejam extintos. Os peixes que nascem cegos e os
>>>peixes que enxergam tem a mesma probabilidade de sobreviver
>>>neste ambiente escuro !
>>>
>>>Para que a capacidade visual pudesse ser preservada, nao
>>>poderia acontecer nenhuma mutacao malevola em nenhum dos
>>>muitos genes que codificam o aparelho visual.
>>>
>>>Eh previsivel entao que, com o decorrer das geracoes,
>>>cada vez mais genes da visao sofram mutacoes, sem que exista
>>>uma pressao seletiva para preserva-los, pois os peixes
>>>cegos tem a mesma probabilidade de sobreviver que os peixes
>>>nao cegos neste ambiente escuro.
>>>
>
>_______________________________________________________________________________
______
>Get more from the Web. FREE MSN Explorer download : http://explorer.msn.com
>
>
>
>*** --- ***
>Vote na decisao para configuracao da lista. Mensagens somente texto ou HTML.
Para isso use o endereco:
>http://www.egroups.com/polls/ciencialist/
>*** --- ***
>
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Humanidade- Peixes Cegos
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 24/11/2000 09:58


On ( Thu, 23 Nov 2000 15:03:27 -0200), ciencialist@egroups.com wrote:

>
> > >>Existem peixes que habitam lagos em cavernas onde nao entra luz.
> > >>Estes peixes tem uma caracteristica interessante : tem olhos
> > >>mas sao cegos.
> > >>
> > >>Porque sao cegos?
>
> Ouvi uma vez [notem a falta de argumento científico] que se tomar um
> recém nascido da espécie humana que seja saudável e fecharmos os olhos
> dele por um mês, o mesmo ficará cego por toda a vida. Porquê? Não sei.
> É
> verdadeiro? Não sei.

Mas se vc pegar um filho deste baby ele nao sera cego.
Se vc pegar um filho do peixe cego ele sera cego, sinal de que
houve mutacao genetica.


>
> Quanto ao argumento do ciúme, pode ser resolvido assim também:
>
> Eu [macho] gosto dela [fêmea] então fico com ela. Ela gosta de mim,
> então ela fica comigo. Se ela ficar comigo e ela gostar de outro,
> então
> eu não a quero. Resolvido o ciúme.
>

A coisa nao eh tao simples. E se vc amar esta mulher? Estiver apaixonado?
Se vc nao mostrar NENHUM traco de ciumes a companheira ira encarar como
falta de amor.

Note q as condicoes para uma mulher mudar de parceiro, muitas vezes,
eh dada pelo companheiro atual e o excesso ou falta de ciumes eh um dos
motivos.

De qqr modo sua estrategia nao eh errada. Mas nao refuta minha teoria.

[]s
jocax



SUBJECT:
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 24/11/2000 10:08

br>
Subject: Re: [ciencialist] empuxo
Date: Fri, 24 Nov 2000 10:08:26 -0200
MIME-Version: 1.0
Content-Type: multipart/alternative;
boundary="----=_NextPart_000_001D_01C055FE.7C525AC0"
X-Priority: 3
X-MSMail-Priority: Normal
X-Mailer: Microsoft Outlook Express 5.50.4133.2400
X-MimeOLE: Produced By Microsoft MimeOLE V5.50.4133.2400

This is a multi-part message in MIME format.

------=_NextPart_000_001D_01C055FE.7C525AC0
Content-Type: text/plain;
charset="iso-8859-1"
Content-Transfer-Encoding: quoted-printable

Prezado Alberto,

Andei visitando o seu site http://sites.uol.com.br/albmesq/teorias.htm. =
Excelente!!! Que trabalheira deve ter dado reunir e organizar todo este =
material. Andei dando uma parada na organiza=E7=E3o dos debates sobre a =
TGBD na Ciencialist. Mas depois de ver o que voc=EA fez, sinto-me de =
novo motivado para retomar as atividades.=20

Quanto ao segundo endere=E7o, alerto-o que est=E1 com um pequeno erro =
(existe um "." a mais que impede o acesso). Da=ED tomo a liberdade para =
fazer, por voc=EA a seguinte errata:

Onde se l=EA: http://sites.uol.com.br/albmesq/EduSup/teses.htm.=20
Leia-se: http://sites.uol.com.br/albmesq/EduSup/teses.htm

Um grande abra=E7o e meus parab=E9ns.

Claudio Abreu

=20
----- Original Message -----=20
From: Alberto Mesquita Filho=20
To: ciencialist@egroups.com=20
Sent: Friday, November 24, 2000 3:00 AM
Subject: Re: [ciencialist] empuxo


-----Mensagem Original-----
De: "Eduardo Gueron"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Quinta-feira, 23 de Novembro de 2000 21:58
Assunto: Re: [ciencialist] empuxo

> Desisto,
> para um tenho que provar que =E9 diferente e para outro que esta
> diferen=E7a n=E3o faz diferen=E7a...:P

Isso =E9 porque voc=EA nunca assistiu a uma discuss=E3o minha com o =
Jocax. No
momento estamos de bem (e portanto nem trocamos mensagens pois assim =
n=E3o tem
gra=E7a) e gra=E7as a esse recesso amig=E1vel ele chega a ser citado =
em mais de
uma p=E1gina de meu site, em especial em:
http://sites.uol.com.br/albmesq/teorias.htm e
http://sites.uol.com.br/albmesq/EduSup/teses.htm. O meu site n=E3o =E9 =
t=E3o
formid=E1vel, imperd=EDvel, not=F3rio, insubstitu=EDvel, the best e =
maravilhoso como
o do L=E9o mas um dia eu chegarei pr=F3ximo a isso. N=E3o posso =
igualar porque o
L=E9o =E9 o L=E9o. Obs.: ainda n=E3o linkei a Home Page mas a partir =
dessas p=E1ginas
d=E1 para percorrer todo o Web. Quem chegar =E0 Home Page s=F3 tem =
sa=EDda para a
vers=E3o Geocities do meu site. Para retornar =E0 vers=E3o Uol use o =
recurso
Voltar do browser.



------=_NextPart_000_001D_01C055FE.7C525AC0
Content-Type: text/html;
charset="iso-8859-1"
Content-Transfer-Encoding: quoted-printable

<!DOCTYPE HTML PUBLIC "-//W3C//DTD HTML 4.0 Transitional//EN">
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<META http-equiv=3DContent-Type content=3D"text/html; =
charset=3Diso-8859-1">
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<STYLE></STYLE>
</HEAD>
<BODY bgColor=3D#ffffff>
<DIV><FONT face=3DArial size=3D2>Prezado Alberto,</FONT></DIV>
<DIV><FONT face=3DArial size=3D2></FONT>&nbsp;</DIV>
<DIV><FONT face=3DArial size=3D2>Andei visitando o seu site <A=20
href=3D"http://sites.uol.com.br/albmesq/teorias.htm"><FONT =
face=3D"Courier New"=20
size=3D3>http://sites.uol.com.br/albmesq/teorias.htm</FONT></A><FONT=20
face=3D"Courier New" size=3D3><FONT face=3DArial size=3D2>. Excelente!!! =
Que trabalheira=20
deve ter dado reunir e organizar todo este material. Andei dando uma =
parada na=20
organiza=E7=E3o dos debates sobre a TGBD na Ciencialist. Mas depois de =
ver o que=20
voc=EA fez, sinto-me de novo motivado para retomar as=20
atividades.&nbsp;</FONT></FONT></FONT></DIV>
<DIV><FONT face=3DArial size=3D2></FONT>&nbsp;</DIV>
<DIV><FONT face=3DArial size=3D2>Quanto ao segundo endere=E7o, alerto-o =
que est=E1 com=20
um pequeno erro (existe um "." a mais que impede o acesso). Da=ED tomo a =
liberdade=20
para fazer, por voc=EA a seguinte errata:</FONT></DIV>
<DIV><FONT face=3DArial size=3D2></FONT>&nbsp;</DIV>
<DIV><FONT face=3DArial size=3D2>Onde se l=EA: <A=20
href=3D"http://sites.uol.com.br/albmesq/EduSup/teses.htm."><FONT=20
face=3D"Courier New"=20
size=3D3>http://sites.uol.com.br/albmesq/EduSup/teses.htm.</FONT></A><FON=
T=20
face=3D"Courier New" size=3D3> </FONT></FONT></DIV>
<DIV><FONT face=3DArial size=3D2>Leia-se: <A=20
href=3D"http://sites.uol.com.br/albmesq/EduSup/teses.htm"><FONT =
face=3D"Courier New"=20
size=3D3>http://sites.uol.com.br/albmesq/EduSup/teses.htm</FONT></A></FON=
T></DIV>
<DIV><FONT face=3DArial size=3D2></FONT>&nbsp;</DIV>
<DIV><FONT face=3DArial size=3D2>Um grande abra=E7o e meus =
parab=E9ns.</FONT></DIV>
<DIV><FONT face=3DArial size=3D2></FONT>&nbsp;</DIV>
<DIV><FONT face=3DArial size=3D2>Claudio Abreu</FONT></DIV>
<DIV><FONT face=3DArial size=3D2></FONT>&nbsp;</DIV>
<DIV><FONT face=3DArial size=3D2><FONT face=3D"Courier New"=20
size=3D3>&nbsp;</FONT></FONT></DIV>
<BLOCKQUOTE=20
style=3D"PADDING-RIGHT: 0px; PADDING-LEFT: 5px; MARGIN-LEFT: 5px; =
BORDER-LEFT: #000000 2px solid; MARGIN-RIGHT: 0px">
<DIV style=3D"FONT: 10pt arial">----- Original Message ----- </DIV>
<DIV=20
style=3D"BACKGROUND: #e4e4e4; FONT: 10pt arial; font-color: =
black"><B>From:</B>=20
<A title=3Dalbmesq@uol.com.br =
href=3D"mailto:albmesq@uol.com.br">Alberto Mesquita=20
Filho</A> </DIV>
<DIV style=3D"FONT: 10pt arial"><B>To:</B> <A =
title=3Dciencialist@egroups.com=20
href=3D"mailto:ciencialist@egroups.com">ciencialist@egroups.com</A> =
</DIV>
<DIV style=3D"FONT: 10pt arial"><B>Sent:</B> Friday, November 24, 2000 =
3:00=20
AM</DIV>
<DIV style=3D"FONT: 10pt arial"><B>Subject:</B> Re: [ciencialist] =
empuxo</DIV>
<DIV><BR></DIV><TT>-----Mensagem Original-----<BR>De: "Eduardo=20
Gueron"<BR>Para: &lt;<A=20
=
href=3D"mailto:ciencialist@egroups.com">ciencialist@egroups.com</A>&gt;<B=
R>Enviada=20
em: Quinta-feira, 23 de Novembro de 2000 21:58<BR>Assunto: Re: =
[ciencialist]=20
empuxo<BR><BR>&gt; Desisto,<BR>&gt; para um tenho que provar que =E9 =
diferente e=20
para outro que esta<BR>&gt; diferen=E7a n=E3o faz =
diferen=E7a...:P<BR><BR>Isso =E9=20
porque voc=EA nunca assistiu a uma discuss=E3o minha com o Jocax. =
No<BR>momento=20
estamos de bem (e portanto nem trocamos mensagens pois assim n=E3o =
tem<BR>gra=E7a)=20
e gra=E7as a esse recesso amig=E1vel ele chega a ser citado em mais =
de<BR>uma=20
p=E1gina de meu site, em especial em:<BR><A=20
=
href=3D"http://sites.uol.com.br/albmesq/teorias.htm">http://sites.uol.com=
.br/albmesq/teorias.htm</A>=20
e<BR><A=20
=
href=3D"http://sites.uol.com.br/albmesq/EduSup/teses.htm.">http://sites.u=
ol.com.br/albmesq/EduSup/teses.htm.</A>=20
O meu site n=E3o =E9 t=E3o<BR>formid=E1vel, imperd=EDvel, not=F3rio, =
insubstitu=EDvel, the=20
best e maravilhoso como<BR>o do L=E9o mas um dia eu chegarei pr=F3ximo =
a isso. N=E3o=20
posso igualar porque o<BR>L=E9o =E9 o L=E9o. Obs.: ainda n=E3o linkei =
a Home Page mas=20
a partir dessas p=E1ginas<BR>d=E1 para percorrer todo o Web. Quem =
chegar =E0 Home=20
Page s=F3 tem sa=EDda para a<BR>vers=E3o Geocities do meu site. Para =
retornar =E0=20
vers=E3o Uol use o recurso<BR>Voltar do=20
browser.<BR><BR></TT></BLOCKQUOTE></BODY></HTML>

------=_NextPart_000_001D_01C055FE.7C525AC0--



SUBJECT: Fw: [ciencialist] empuxo
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 24/11/2000 10:13

(Não sei porque houve algum erro ao enviar esta mensagem, daí o seu reenvio)

Prezado Alberto,

Andei visitando o seu site http://sites.uol.com.br/albmesq/teorias.htm. Excelente!!! Que trabalheira deve ter dado reunir e organizar todo este material. Andei dando uma parada na organização dos debates sobre a TGBD na Ciencialist. Mas depois de ver o que você fez, sinto-me de novo motivado para retomar as atividades.

Quanto ao segundo endereço, alerto-o que está com um pequeno erro (existe um "." a mais que impede o acesso). Daí tomo a liberdade para fazer, por você a seguinte errata:

Onde se lê: http://sites.uol.com.br/albmesq/EduSup/teses.htm.
Leia-se: http://sites.uol.com.br/albmesq/EduSup/teses.htm

Um grande abraço e meus parabéns.

Claudio Abreu


----- Original Message -----
From: Alberto Mesquita Filho
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Friday, November 24, 2000 3:00 AM
Subject: Re: [ciencialist] empuxo


-----Mensagem Original-----
De: "Eduardo Gueron"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Quinta-feira, 23 de Novembro de 2000 21:58
Assunto: Re: [ciencialist] empuxo

> Desisto,
> para um tenho que provar que é diferente e para outro que esta
> diferença não faz diferença...:P

Isso é porque você nunca assistiu a uma discussão minha com o Jocax. No
momento estamos de bem (e portanto nem trocamos mensagens pois assim não tem
graça) e graças a esse recesso amigável ele chega a ser citado em mais de
uma página de meu site, em especial em:
http://sites.uol.com.br/albmesq/teorias.htm e
http://sites.uol.com.br/albmesq/EduSup/teses.htm. O meu site não é tão
formidável, imperdível, notório, insubstituível, the best e maravilhoso como
o do Léo mas um dia eu chegarei próximo a isso. Não posso igualar porque o
Léo é o Léo. Obs.: ainda não linkei a Home Page mas a partir dessas páginas
dá para percorrer todo o Web. Quem chegar à Home Page só tem saída para a
versão Geocities do meu site. Para retornar à versão Uol use o recurso
Voltar do browser.




[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: ????????????
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 24/11/2000 10:52

Alberto, "traduza' isso e envie novamente. Grato
L�o
----------------
-----Mensagem Original-----
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: sexta-feira, 24 de novembro de 2000 04:13


X-Priority: 3
X-MSMail-Priority: Normal
X-Mailer: Microsoft Outlook Express 5.50.4133.2400
X-MimeOLE: Produced By Microsoft MimeOLE V5.50.4133.2400
From: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
MIME-Version: 1.0
Mailing-List: list ciencialist@egroups.com; contact
ciencialist-owner@egroups.com
Delivered-To: mailing list ciencialist@egroups.com
Precedence: bulk
List-Unsubscribe: <mailto:ciencialist-unsubscribe@egroups.com>
Date: Fri, 24 Nov 2000 03:00:55 -0200
Reply-To: ciencialist@egroups.com
Subject: Re: [ciencialist] empuxo
Content-Type: text/plain; charset=ISO-8859-1
Content-Transfer-Encoding: quoted-printable
X-MIME-Autoconverted: from 8bit to quoted-printable by
festadopeao.barretos.com.br id DAA00088

-----Mensagem Original-----
De: "Eduardo Gueron"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Quinta-feira, 23 de Novembro de 2000 21:58
Assunto: Re: [ciencialist] empuxo

> Desisto,
> para um tenho que provar que =E9 diferente e para outro que esta
> diferen=E7a n=E3o faz diferen=E7a...:P

Isso =E9 porque voc=EA nunca assistiu a uma discuss=E3o minha com o Jocax=
No
momento estamos de bem (e portanto nem trocamos mensagens pois assim n=E3=
o tem
gra=E7a) e gra=E7as a esse recesso amig=E1vel ele chega a ser citado em m=
ais de
uma p=E1gina de meu site, em especial em:
http://sites.uol.com.br/albmesq/teorias.htm e
http://sites.uol.com.br/albmesq/EduSup/teses.htm. O meu site n=E3o =E9 t=E3=
o
formid=E1vel, imperd=EDvel, not=F3rio, insubstitu=EDvel, the best e marav=
ilhoso como
o do L=E9o mas um dia eu chegarei pr=F3ximo a isso. N=E3o posso igualar p=
orque o
L=E9o =E9 o L=E9o. Obs.: ainda n=E3o linkei a Home Page mas a partir dess=
as p=E1ginas
d=E1 para percorrer todo o Web. Quem chegar =E0 Home Page s=F3 tem sa=EDd=
a para a
vers=E3o Geocities do meu site. Para retornar =E0 vers=E3o Uol use o recu=
rso
Voltar do browser.

Feitos os comerciais, voltemos =E0 discuss=E3o:

> Deve ser a vig=E9sima vez que insisto que o princ=EDpio da equival=EAnc=
ia =E9
> local.

Pr=E1 mim =E9 suficiente, j=E1 entendi a sua posi=E7=E3o. Seja ele local,=
seja ele n=E3o
local, isto n=E3o muda em nada minha maneira de enxergar o restante da f=ED=
sica.
J=E1 cheguei a afirmar que a f=EDsica seria mais bonita se o "pseudo prin=
c=EDpio
da equival=EAncia" fosse verdadeiro e ainda assim conseguisse permanecer
newtoniano. O L=E9o parece ter mostrado que isso n=E3o =E9 poss=EDvel. En=
t=E3o o
princ=EDpio que se dane. Se for verdadeiro como local, =E9 feio a be=E7a =
mas que
seja. Ele =E9 local e n=E3o se fala mais nisso. E da=ED?

Seria esse o =FAnico absurdo que ter=EDamos que engolir para que a relati=
vidade
fosse verdadeira? N=E3o!!! J=E1 falei aqui sobre a explica=E7=E3o que o P=
aul
Anderson deu ao problema da emiss=E3o de radia=E7=E3o eletromagn=E9tica p=
or uma
carga *pontual* acelerada e/ou num campo gravitacional. J=E1 falei tamb=E9=
m
sobre um outro problema que n=E3o =E9 pontual pois envolve o que chamei
"elevador de Einstein-Faraday", mas acredito ser poss=EDvel atender a ess=
a
condi=E7=E3o como um caso limite (o que talvez Einstein tenha feito com s=
eu
elevador). Mas apenas para mostrar que a coisa pode ser mais complicada, =
e
os absurdos que temos que engolir n=E3o s=E3o apenas esses, vou expor aqu=
i a
vis=E3o do F=E1bio Chalub, um f=EDsico adepto da f=EDsica moderna e que c=
hegou a se
expressar assim no antigo uol.ciencia (20/02/98).

_____________________________

"Um assunto que foi levantado pelo Alberto =E9 conhecido como paradoxo da
carga acelerada. Este paradoxo =E9 conhecido e a sua solu=E7=E3o =E9 conh=
ecida. Vou
tentar esbo=E7ar nas pr=F3ximas linhas. A solu=E7=E3o =E9 um tanto t=E9cn=
ica e meio
decepcionante.

O problema =E9 o seguinte. Suponha uma carga caindo livremente sob a=E7=E3=
o de um
campo gravitacional e, ao seu lado, um observador tamb=E9m caindo (com a =
mesma
acelera=E7=E3o, =E9 claro). Um observador na superf=EDcie da Terra, em re=
la=E7=E3o a
quem ambos caem, detecta a carga em acelera=E7=E3o e portanto emitindo ra=
dia=E7=E3o
eletromagn=E9tica.

O outro observador, caindo junto com a carga, est=E1 em repouso em rela=E7=
=E3o a
esta e portanto n=E3o detecta emiss=E3o de radia=E7=E3o.

No entanto radiar ou n=E3o =E9 um fato absoluto, pois diminui a carga. Qu=
em est=E1
com a raz=E3o?

O problema de princ=EDpio de equival=EAncia =E9 s=F3 dizer que as equa=E7=
=F5es do
eletromagnetismo (eqs de Maxwell) valem em ambos os referenciais, e por
tanto ambos os raciocinios s=E3o igualmente v=E1lidos. (O princ=EDpio de
equival=EAncia diz que todo observador v=EA a mesma f=EDsica. =C9 um dos =
dois
postulados da teoria da relatividade - o outro =E9 a const=E2ncia da velo=
cidade
da luz no v=E1cuo.)

A solu=E7=E3o do paradoxo =E9 a seguinte: a carga irradia, mas o observad=
or em
queda livre =E9 incapaz de detectar esta radia=E7=E3o. Agora a solu=E7=E3=
o vai ficar
muito t=E9cnica. Considere um diagrama de espa=E7o-tempo, por simplicidad=
e
considere m=E9trica de Minkowski. Este =E9 um gr=E1fico de quatro dimens=F5=
es onde
as tr=EAs primeiras s=E3o o espa=E7o e a =FAltima o tempo (nem sempre =E9=
poss=EDvel
dizer quem =E9 espa=E7o e quem =E9 tempo). Por simplicidade imagine um
espa=E7o-tempo bidimensional, ou seja, eixo x =E9 o espa=E7o, eixo y o te=
mpo.
Partindo da origem, onde est=E1 localizado o observador parado, trace dua=
s
linhas diagonais em forma de X. Isto divide o gr=E1fico em quatro regi=F5=
es. A
de baixo =E9 o passado (mais rigorosamente: cone de luz passado) e a de c=
ima o
futuro. Considere a carga caindo com acelera=E7=E3o uniforme neste gr=E1f=
ico Sua
trajet=F3ria (neste gr=E1fico) =E9 uma hip=E9rbole na regi=E3o da direita.
Considerando que a radia=E7=E3o emitida viaja no m=E1ximo =E0 velocidade =
da luz,
ent=E3o n=E3o =E9 poss=EDvel a esta carga emitir na regi=E3o da esquerda.=
Como ela
tamb=E9m (pelos mesmos motivos) n=E3o recebe radia=E7=E3o desta regi=E3o =
diz-se que
ela est=E1 causalmente desconectada. O ponto =E9 que o tal observador est=
=E1
exatamente a=ED (grosso modo) (A rigor o movimento dele tamb=E9m =E9 hipe=
rb=F3lico,
e n=E3o pode ser conectado ao movimento da carga por uma trajet=F3ria adm=
iss=EDvel
da radia=E7=E3o). Como se diz: a carga emite fora do cone de luz.

Repetindo: a carga emite, mas o observador em queda livre junto da carga =
n=E3o
detecta.

Fabio
_____________________________


Em resumo: A matem=E1tica tomou conta da f=EDsica. E os f=EDsicos foram n=
a "onda".

Pena que o Fabio n=E3o esteja aqui para dizer o que pensa hoje, pois trat=
a-se
de um f=EDsico excelente, pra f=EDsico cl=E1ssico nenhum botar defeito. E=
spero que
ele n=E3o fique chateado por ter reproduzido aqui sua msg de tr=EAs anos =
atr=E1s.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



*** --- ***
Vote na decisao para configuracao da lista. Mensagens somente texto ou HT=
ML. Para isso use o endereco:
http://www.egroups.com/polls/ciencialist/
*** --- ***






SUBJECT: Empuxo de Newton
FROM: "Antonio A. J. Godoy" <prof_godoy@teracom.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 24/11/2000 11:41

Fala, povo ciencialisteiro!!!

Lá vou eu de novo:

>Léo (6971): Falar nisso ... alquém já leu em algum lugar esse estudo do
'Empuxo de Newton nos referenciais acelerados'? Será que, sem querer, incluí
um 'novo exemplo' na física clássica?<

E sobre as minhas observações bibliográficas:

>Para citar tais exemplos não é preciso recorrer aos 'tratados' russos,
basta
acessar o formidável, imperdível, notório, insubstituível, the best,
maravilhoso site, na página
http://www.feiradeciencias.com.br/sala05/index5.htm;<

O meu prezado Léo deve saber que o primeiro lugar onde fui buscar
informações completas sobre o "Empuxo de Newton" foi exatamente o
maravilhoso, completo e imperdível site. Só que eu não li tudo, apenas as
três páginas referentes ao empuxo inercial. Devido à mensagem 6971 acima
reproduzida em parte (apud Alberto) é que eu fui dar uma olhada nos meus
livrinhos se não havia alguma referência sobre o assunto.

De qualquer maneira, a interpretação do Léo a respeito dos efeitos da
aceleração nos líquidos realmente me parece ser nova. Talvez, como já disse
o Alberto, algum dos "velhos lobos" da física clássica já tivesse pensado a
respeito, mas a verdade é que se isto ocorreu tal pensamento se perdeu no
espaço-tempo (viva Einstein!). Como disse na msg anterior, existe um monte
de exemplos relacionados na literatura, mas o Léo de fato interpretou e
criou o termo "empuxo inercial", a meu ver. Inclusive, a explanação do
maravilhoso e imperdível site é sem sombra de dúvida a melhor e mais
completa que encontrei sobre as razões físicas do surgimento do empuxo de
Newton.

Ainda assim, para quem gosta de cálculo vetorial, é interessante dar uma
olhada na segunda referência que indiquei (Streeter e Wylie). Lá, em um dos
diagramas, aparece de forma explícita o vetor força de empuxo inercial
(indicado como -pA->). Só escapou aos autores o fato de que a força surgida
é de fato um empuxo (e isto realmente foi uma linda conclusão a que nosso
amigo Léo chegou).

Vou dar uma olhada no maravilhoso e imperdível mais detalhada, para ver
se consigo entender de que forma o empuxo inercial pode se contrapor ao
princípio de equivalência... Ainda não atinei com a coisa.

Um abraço,

Godoy



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: ????????????
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 24/11/2000 11:45

Desculpem-me a mensagem ao Alberto, parece-me, ap�s tentativa de tradu��o,
que a mensagem � do F�bio. Bolas! de todo modo n�o entendi ... muita
codifica��o para complicar a compreens�o do texto.
[]'
L�o
-----------
-----Mensagem Original-----
De: Luiz Ferraz Netto <leo@barretos.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: sexta-feira, 24 de novembro de 2000 10:52
Assunto: [ciencialist] Re: ????????????


Alberto, "traduza' isso e envie novamente. Grato
L�o
----------------
-----Mensagem Original-----
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: sexta-feira, 24 de novembro de 2000 04:13


X-Priority: 3
X-MSMail-Priority: Normal
X-Mailer: Microsoft Outlook Express 5.50.4133.2400
X-MimeOLE: Produced By Microsoft MimeOLE V5.50.4133.2400
From: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
MIME-Version: 1.0
Mailing-List: list ciencialist@egroups.com; contact
ciencialist-owner@egroups.com
Delivered-To: mailing list ciencialist@egroups.com
Precedence: bulk
List-Unsubscribe: <mailto:ciencialist-unsubscribe@egroups.com>
Date: Fri, 24 Nov 2000 03:00:55 -0200
Reply-To: ciencialist@egroups.com
Subject: Re: [ciencialist] empuxo
Content-Type: text/plain; charset=ISO-8859-1
Content-Transfer-Encoding: quoted-printable
X-MIME-Autoconverted: from 8bit to quoted-printable by
festadopeao.barretos.com.br id DAA00088

-----Mensagem Original-----
De: "Eduardo Gueron"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Quinta-feira, 23 de Novembro de 2000 21:58
Assunto: Re: [ciencialist] empuxo

> Desisto,
> para um tenho que provar que =E9 diferente e para outro que esta
> diferen=E7a n=E3o faz diferen=E7a...:P

Isso =E9 porque voc=EA nunca assistiu a uma discuss=E3o minha com o Jocax=
No
momento estamos de bem (e portanto nem trocamos mensagens pois assim n=E3=
o tem
gra=E7a) e gra=E7as a esse recesso amig=E1vel ele chega a ser citado em m=
ais de
uma p=E1gina de meu site, em especial em:
http://sites.uol.com.br/albmesq/teorias.htm e
http://sites.uol.com.br/albmesq/EduSup/teses.htm. O meu site n=E3o =E9 t=E3=
o
formid=E1vel, imperd=EDvel, not=F3rio, insubstitu=EDvel, the best e marav=
ilhoso como
o do L=E9o mas um dia eu chegarei pr=F3ximo a isso. N=E3o posso igualar p=
orque o
L=E9o =E9 o L=E9o. Obs.: ainda n=E3o linkei a Home Page mas a partir dess=
as p=E1ginas
d=E1 para percorrer todo o Web. Quem chegar =E0 Home Page s=F3 tem sa=EDd=
a para a
vers=E3o Geocities do meu site. Para retornar =E0 vers=E3o Uol use o recu=
rso
Voltar do browser.

Feitos os comerciais, voltemos =E0 discuss=E3o:

> Deve ser a vig=E9sima vez que insisto que o princ=EDpio da equival=EAnc=
ia =E9
> local.

Pr=E1 mim =E9 suficiente, j=E1 entendi a sua posi=E7=E3o. Seja ele local,=
seja ele n=E3o
local, isto n=E3o muda em nada minha maneira de enxergar o restante da f=ED=
sica.
J=E1 cheguei a afirmar que a f=EDsica seria mais bonita se o "pseudo prin=
c=EDpio
da equival=EAncia" fosse verdadeiro e ainda assim conseguisse permanecer
newtoniano. O L=E9o parece ter mostrado que isso n=E3o =E9 poss=EDvel. En=
t=E3o o
princ=EDpio que se dane. Se for verdadeiro como local, =E9 feio a be=E7a =
mas que
seja. Ele =E9 local e n=E3o se fala mais nisso. E da=ED?

Seria esse o =FAnico absurdo que ter=EDamos que engolir para que a relati=
vidade
fosse verdadeira? N=E3o!!! J=E1 falei aqui sobre a explica=E7=E3o que o P=
aul
Anderson deu ao problema da emiss=E3o de radia=E7=E3o eletromagn=E9tica p=
or uma
carga *pontual* acelerada e/ou num campo gravitacional. J=E1 falei tamb=E9=
m
sobre um outro problema que n=E3o =E9 pontual pois envolve o que chamei
"elevador de Einstein-Faraday", mas acredito ser poss=EDvel atender a ess=
a
condi=E7=E3o como um caso limite (o que talvez Einstein tenha feito com s=
eu
elevador). Mas apenas para mostrar que a coisa pode ser mais complicada, =
e
os absurdos que temos que engolir n=E3o s=E3o apenas esses, vou expor aqu=
i a
vis=E3o do F=E1bio Chalub, um f=EDsico adepto da f=EDsica moderna e que c=
hegou a se
expressar assim no antigo uol.ciencia (20/02/98).

_____________________________

"Um assunto que foi levantado pelo Alberto =E9 conhecido como paradoxo da
carga acelerada. Este paradoxo =E9 conhecido e a sua solu=E7=E3o =E9 conh=
ecida. Vou
tentar esbo=E7ar nas pr=F3ximas linhas. A solu=E7=E3o =E9 um tanto t=E9cn=
ica e meio
decepcionante.

O problema =E9 o seguinte. Suponha uma carga caindo livremente sob a=E7=E3=
o de um
campo gravitacional e, ao seu lado, um observador tamb=E9m caindo (com a =
mesma
acelera=E7=E3o, =E9 claro). Um observador na superf=EDcie da Terra, em re=
la=E7=E3o a
quem ambos caem, detecta a carga em acelera=E7=E3o e portanto emitindo ra=
dia=E7=E3o
eletromagn=E9tica.

O outro observador, caindo junto com a carga, est=E1 em repouso em rela=E7=
=E3o a
esta e portanto n=E3o detecta emiss=E3o de radia=E7=E3o.

No entanto radiar ou n=E3o =E9 um fato absoluto, pois diminui a carga Qu=
em est=E1
com a raz=E3o?

O problema de princ=EDpio de equival=EAncia =E9 s=F3 dizer que as equa=E7=
=F5es do
eletromagnetismo (eqs de Maxwell) valem em ambos os referenciais, e por
tanto ambos os raciocinios s=E3o igualmente v=E1lidos. (O princ=EDpio de
equival=EAncia diz que todo observador v=EA a mesma f=EDsica. =C9 um dos =
dois
postulados da teoria da relatividade - o outro =E9 a const=E2ncia da velo=
cidade
da luz no v=E1cuo.)

A solu=E7=E3o do paradoxo =E9 a seguinte: a carga irradia, mas o observad=
or em
queda livre =E9 incapaz de detectar esta radia=E7=E3o. Agora a solu=E7=E3=
o vai ficar
muito t=E9cnica. Considere um diagrama de espa=E7o-tempo, por simplicidad=
e
considere m=E9trica de Minkowski. Este =E9 um gr=E1fico de quatro dimens=F5=
es onde
as tr=EAs primeiras s=E3o o espa=E7o e a =FAltima o tempo (nem sempre =E9=
poss=EDvel
dizer quem =E9 espa=E7o e quem =E9 tempo). Por simplicidade imagine um
espa=E7o-tempo bidimensional, ou seja, eixo x =E9 o espa=E7o, eixo y o te=
mpo.
Partindo da origem, onde est=E1 localizado o observador parado, trace dua=
s
linhas diagonais em forma de X. Isto divide o gr=E1fico em quatro regi=F5=
es. A
de baixo =E9 o passado (mais rigorosamente: cone de luz passado) e a de c=
ima o
futuro. Considere a carga caindo com acelera=E7=E3o uniforme neste gr=E1f=
ico Sua
trajet=F3ria (neste gr=E1fico) =E9 uma hip=E9rbole na regi=E3o da direita.
Considerando que a radia=E7=E3o emitida viaja no m=E1ximo =E0 velocidade =
da luz,
ent=E3o n=E3o =E9 poss=EDvel a esta carga emitir na regi=E3o da esquerda.=
Como ela
tamb=E9m (pelos mesmos motivos) n=E3o recebe radia=E7=E3o desta regi=E3o =
diz-se que
ela est=E1 causalmente desconectada. O ponto =E9 que o tal observador est=
=E1
exatamente a=ED (grosso modo) (A rigor o movimento dele tamb=E9m =E9 hipe=
rb=F3lico,
e n=E3o pode ser conectado ao movimento da carga por uma trajet=F3ria adm=
iss=EDvel
da radia=E7=E3o). Como se diz: a carga emite fora do cone de luz.

Repetindo: a carga emite, mas o observador em queda livre junto da carga =
n=E3o
detecta.

Fabio
_____________________________


Em resumo: A matem=E1tica tomou conta da f=EDsica. E os f=EDsicos foram n=
a "onda".

Pena que o Fabio n=E3o esteja aqui para dizer o que pensa hoje, pois trat=
a-se
de um f=EDsico excelente, pra f=EDsico cl=E1ssico nenhum botar defeito. E=
spero que
ele n=E3o fique chateado por ter reproduzido aqui sua msg de tr=EAs anos =
atr=E1s.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



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Vote na decisao para configuracao da lista. Mensagens somente texto ou HT=
ML. Para isso use o endereco:
http://www.egroups.com/polls/ciencialist/
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Para isso use o endereco:
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Clone de Deus 2
FROM: Milton Taidi Sonoda <mtsonoda@if.sc.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 24/11/2000 12:27

Quanto à previsões:

O ruim não é acreditar ou não acreditar.
O ruim é transformar aquilo que se lê naquilo
que se quer acreditar.

E previsão por previsão, existe uma passagem
bíblica em Lucas em que Jesus disse explicitamente
que não retornaria antes que o evangélho não fosse
levado à todos os povos.

[ ]'s

João Mário Miranda wrote:

> Aqueles que pensavam que clonar Deus era uma ideia original
> estavam enganados. Alguém quer clonar Jesus Cristo (ou seja
> 1/3 de Deus) a partir do sangue do Santo Sudário. Aqui fica
> o site:
>
> http://www.clonejesus.com/
>
> Tem excelente informção cientifica e inclui uma secção sobre
> as previsões da Biblia sobre clonagem.
>
> joão
> http://www.nonio.com
> http://www.explicacoes.com
>
>
> *** --- ***
> Vote na decisao para configuracao da lista. Mensagens somente texto ou HTML. Para isso use o endereco:
> http://www.egroups.com/polls/ciencialist/
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Clone de Deus 2
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 24/11/2000 12:51


-----Mensagem Original-----
De: Milton Taidi Sonoda <mtsonoda@if.sc.usp.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: sexta-feira, 24 de novembro de 2000 12:27
Assunto: Re: [ciencialist] Clone de Deus 2


>E previsão por previsão, existe uma passagem
bíblica em Lucas em que Jesus disse explicitamente
que não retornaria antes que o evangélho não fosse
levado à todos os povos.< Nota:JC=Jesus Cristo

O que se pretende não é uma previsão ou a 'volta voluntária', a la Lucas, do
JC. Muito menos especula-se da opção de 'espera que o evangelho seja levado
a todos os povos'; o que se pretende é 'fazer' um 'new JC'. Esse 'new' teria
uma primeira função, destronar Edir Macedo, Papa e outros 'cabeças de
seitas'. Sua segunda função, essa sim, uma luta mais séria, destronar o
Jocax. E, em terceiro lugar, vir a mim assim que nascer: 'vinde a mim os
pequeninos, porque deles será o reino do léo' :-)

[]'
Léo





SUBJECT: Re: [ciencialist] empuxo
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 24/11/2000 13:02

Eduardo Gueron wrote:
> Desisto,
> Vou dar um exemplo mais simples para vc ver que pode haver dois casos
> diferentes sem implicar na destruição do princípio da equivalência.

Na verdade vc complicou a coisa. O exemplo pode ser ainda mais simples.

> Imagine um campo gravitacional que varie com o tempo. Se vc passar a
> observar um bloco sólido no elevador em t=0 tal que o campo seja nulo
> neste instante, vc verá que a partícula de cima do bloco receberá a ação
> do campo gravitacional, ligado em t>0, com um atraso de dt=h/c em
> relação a partúicula localizada na parte de baixo do sólido (h é a
> altura do bloco e c a velocidade da luz).
> Se vc fizer o equivalente com aceleração, ou seja, impuser ao
> elevador, via cabo de aço, uma aceleração exatamente igual a da
> gravidade (que no caso depende do tempo) a partir do instante t=0 a
> partícula que está no topo do sólido sentirá a aceleração com um atraso
> dt=h/vs onde vs será aproximadamente a velocidade do som no sólido,
> velocidade esta sempre menor que c e que depende da densidade,
> elasticidade e outras propriedades do sólido.

Discordo, pois em relação ao chão do elevador a partícula de poeira será
acelerada em um dt=h/c, exatamente como deveria de se esperar. No seu
caso, vc está considerando a deformação do tijolo e não a velocidade do
elevador.

Vamos simplificar: imagine uma bola de gude :-D suspenso no elevador em
um "referencial inercial galileano" sem que ela encoste em nada, ou
seja, sua velocidade é a mesma do elevador. O elevador começa a ser
acelerado [para cima, é que eu gosto deste sentido] e a bola, para um
referencial de dentro do elevador, será acelerada [para baixo] atrasada
em um dt=h/c onde h é a altura da bola em relacão ao chão do elevador
[onde está sendo aplicada a força para cima, neste caso, para
desconsiderar a deformação do elevador].

[]s
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Clone de Deus 2
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 24/11/2000 13:05

João Mário Miranda wrote:
> Aqueles que pensavam que clonar Deus era uma ideia original
> estavam enganados. Alguém quer clonar Jesus Cristo (ou seja
> 1/3 de Deus) a partir do sangue do Santo Sudário. Aqui fica
> o site:

Então quer dizer que deus é um pé de trigo e jesus uma margarida do
século XIII ou XIV.

De repente a religião está se tornando muito clara para mim. Acho que
estou sendo iluminado.

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SUBJECT: Re: [ciencialist] Humanidade- Peixes Cegos
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 24/11/2000 13:26

Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> Mas se vc pegar um filho deste baby ele nao sera cego.
> Se vc pegar um filho do peixe cego ele sera cego, sinal de que
> houve mutacao genetica.

Ah é? E vc tem o tal filhote em mãos???

> De qqr modo sua estrategia nao eh errada. Mas nao refuta minha teoria.
> jocax

Não quis refutar, apenas dar outra alternativa.

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SUBJECT: Re: [ciencialist] Clone de Deus 2
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 24/11/2000 13:32



Milton Taidi Sonoda wrote:
>
> Quanto à previsões:
>
> O ruim não é acreditar ou não acreditar.
> O ruim é transformar aquilo que se lê naquilo
> que se quer acreditar.
>
> E previsão por previsão, existe uma passagem
> bíblica em Lucas em que Jesus disse explicitamente
> que não retornaria antes que o evangélho não fosse
> levado à todos os povos.

Talvez isto prove que a Biblia é realmente a palavra de Deus.
Deus certamente que aprovaria a nossa diversidade de interpretações
e a nossa criatividade.

joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: empuxo
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 24/11/2000 13:36

Se eu pego um balde na cozinha de minha casa, pego uma mangueira e encho
o balde com água, ele vai se comportar da maneira que todos conhecemos.

Se eu estiver no elevador de Einstein [que já está acelerado a 9,81
m/s^2], pegar o mesmo balde [que passou pela alfândega] e a mesma
mangueira e encher com a mesma água, ele vai se comportar da mesma
maneira [que todos conhecemos].

O problema de se começar uma aceleração [como querem sugerir], é que
para um referencial sobre a superfície da Terra, vc teria que estar em
queda livre em um avião para então este avião começar a voar
normalmente. Assim teríamos aceleração zero e depois de forma crescente.
Lembrem-se do treinamento para astronautas.

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SUBJECT: RE: [ciencialist] Primeira intervenção
FROM: "Marco Aurelio" <logos@pccp.com.ar>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 24/11/2000 13:48

TARCISIO BORGES wrote:
> Então diga isso ao owner da lista. Vc pode chorar o quanto quiser aqui,
> mas estará falando para as pessoas erradas. Não podemos fazer nada
> contra. ...

A verdade é que me agradou sua pronta resposta. É realmente ampla a postura
do "choro livre". É realmente uma coisa importante. Creio que nem eles podem
fazer nada. Nas ordens religiosas a regra é tudo, nem o religioso a pode
mudar. Enfim...

>Conteúdo? Tenho de sobra. Forma? Estou aprendendo
>design [dtp] para que eu mesmo dê forma ao jornal e não dependa de
>amigos. Nada do conteúdo seria de minha autoria.

Não sei exatamente a que vc se dedica, mas a divulgação das idéias e
hipóteses cietntíficas é uma grande coisa. É um tema muito serio e muitas
vezes os cientista não são os que melhor o fazem. Sempre vai ser útil um bom
tradutor. Creio que vc poderia treinar este aspecto que seria muito
proveitoso para todos. A cortesia não impede a valentia. Podem vir juntas.
Os cientistas escrevendo e vc divulgando. Desejo-lhe muito êxito, que o que
se propões já é de grande valor.




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: ????????????
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 24/11/2000 14:12

> Alberto, "traduza' isso e envie novamente. Grato
> L�o
> ----------------

L� vai. Espero que a msg chegue em portugu�s. Est�o acontecendo coisas
estranhas na Internet. Hoje mesmo recebi uma msg do Claudio Abreu com o
mesmo defeito. Desta vez copiei a mensagem para o bloco de notas (que s�
escreve no txt do antigo DOS) e recopiei para o Outlook.

-----Mensagem Original-----
De: "Eduardo Gueron"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Quinta-feira, 23 de Novembro de 2000 21:58
Assunto: Re: [ciencialist] empuxo

> Desisto,
> para um tenho que provar que � diferente e para outro que esta
> diferen�a n�o faz diferen�a...:P

Isso � porque voc� nunca assistiu a uma discuss�o minha com o Jocax. No
momento estamos de bem (e portanto nem trocamos mensagens pois assim n�o tem
gra�a) e gra�as a esse recesso amig�vel ele chega a ser citado em mais de
uma p�gina de meu site, em especial em:
http://sites.uol.com.br/albmesq/teorias.htm e
http://sites.uol.com.br/albmesq/EduSup/teses.htm. O meu site n�o � t�o
formid�vel, imperd�vel, not�rio, insubstitu�vel, the best e maravilhoso como
o do L�o mas um dia eu chegarei pr�ximo a isso. N�o posso igualar porque o
L�o � o L�o. Obs.: ainda n�o linkei a Home Page mas a partir dessas p�ginas
d� para percorrer todo o Web. Quem chegar � Home Page s� tem sa�da para a
vers�o Geocities do meu site. Para retornar � vers�o Uol use o recurso
Voltar do browser.

Feitos os comerciais, voltemos � discuss�o:

> Deve ser a vig�sima vez que insisto que o princ�pio da equival�ncia �
> local.

Pr� mim � suficiente, j� entendi a sua posi��o. Seja ele local, seja ele n�o
local, isto n�o muda em nada minha maneira de enxergar o restante da f�sica.
J� cheguei a afirmar que a f�sica seria mais bonita se o "pseudo princ�pio
da equival�ncia" fosse verdadeiro e ainda assim conseguisse permanecer
newtoniano. O L�o parece ter mostrado que isso n�o � poss�vel. Ent�o o
princ�pio que se dane. Se for verdadeiro como local, � feio a be�a mas que
seja. Ele � local e n�o se fala mais nisso. E da�?

Seria esse o �nico absurdo que ter�amos que engolir para que a relatividade
fosse verdadeira? N�o!!! J� falei aqui sobre a explica��o que o Paul
Anderson deu ao problema da emiss�o de radia��o eletromagn�tica por uma
carga *pontual* acelerada e/ou num campo gravitacional. J� falei tamb�m
sobre um outro problema que n�o � pontual pois envolve o que chamei
"elevador de Einstein-Faraday", mas acredito ser poss�vel atender a essa
condi��o como um caso limite (o que talvez Einstein tenha feito com seu
elevador). Mas apenas para mostrar que a coisa pode ser mais complicada, e
os absurdos que temos que engolir n�o s�o apenas esses, vou expor aqui a
vis�o do F�bio Chalub, um f�sico adepto da f�sica moderna e que chegou a se
expressar assim no antigo uol.ciencia (20/02/98).

_____________________________

"Um assunto que foi levantado pelo Alberto � conhecido como paradoxo da
carga acelerada. Este paradoxo � conhecido e a sua solu��o � conhecida. Vou
tentar esbo�ar nas pr�ximas linhas. A solu��o � um tanto t�cnica e meio
decepcionante.

O problema � o seguinte. Suponha uma carga caindo livremente sob a��o de um
campo gravitacional e, ao seu lado, um observador tamb�m caindo (com a mesma
acelera��o, � claro). Um observador na superf�cie da Terra, em rela��o a
quem ambos caem, detecta a carga em acelera��o e portanto emitindo radia��o
eletromagn�tica.

O outro observador, caindo junto com a carga, est� em repouso em rela��o a
esta e portanto n�o detecta emiss�o de radia��o.

No entanto radiar ou n�o � um fato absoluto, pois diminui a carga. Quem est�
com a raz�o?

O problema de princ�pio de equival�ncia � s� dizer que as equa��es do
eletromagnetismo (eqs de Maxwell) valem em ambos os referenciais, e por
tanto ambos os raciocinios s�o igualmente v�lidos. (O princ�pio de
equival�ncia diz que todo observador v� a mesma f�sica. � um dos dois
postulados da teoria da relatividade - o outro � a const�ncia da velocidade
da luz no v�cuo.)

A solu��o do paradoxo � a seguinte: a carga irradia, mas o observador em
queda livre � incapaz de detectar esta radia��o. Agora a solu��o vai ficar
muito t�cnica. Considere um diagrama de espa�o-tempo, por simplicidade
considere m�trica de Minkowski. Este � um gr�fico de quatro dimens�es onde
as tr�s primeiras s�o o espa�o e a �ltima o tempo (nem sempre � poss�vel
dizer quem � espa�o e quem � tempo). Por simplicidade imagine um
espa�o-tempo bidimensional, ou seja, eixo x � o espa�o, eixo y o tempo.
Partindo da origem, onde est� localizado o observador parado, trace duas
linhas diagonais em forma de X. Isto divide o gr�fico em quatro regi�es. A
de baixo � o passado (mais rigorosamente: cone de luz passado) e a de cima o
futuro. Considere a carga caindo com acelera��o uniforme neste gr�fico Sua
trajet�ria (neste gr�fico) � uma hip�rbole na regi�o da direita.
Considerando que a radia��o emitida viaja no m�ximo � velocidade da luz,
ent�o n�o � poss�vel a esta carga emitir na regi�o da esquerda. Como ela
tamb�m (pelos mesmos motivos) n�o recebe radia��o desta regi�o diz-se que
ela est� causalmente desconectada. O ponto � que o tal observador est�
exatamente a� (grosso modo) (A rigor o movimento dele tamb�m � hiperb�lico,
e n�o pode ser conectado ao movimento da carga por uma trajet�ria admiss�vel
da radia��o). Como se diz: a carga emite fora do cone de luz.

Repetindo: a carga emite, mas o observador em queda livre junto da carga n�o
detecta.

Fabio
_____________________________


Em resumo: A matem�tica tomou conta da f�sica. E os f�sicos foram na "onda".

Pena que o Fabio n�o esteja aqui para dizer o que pensa hoje, pois trata-se
de um f�sico excelente, pra f�sico cl�ssico nenhum botar defeito. Espero que
ele n�o fique chateado por ter reproduzido aqui sua msg de tr�s anos atr�s.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Clone de Deus 2
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 24/11/2000 14:22

-----Mensagem Original-----
De: "TARCISIO BORGES"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Sexta-feira, 24 de Novembro de 2000 13:05
Assunto: Re: [ciencialist] Clone de Deus 2


> De repente a religião está se tornando muito clara para mim. Acho que
> estou sendo iluminado.

Seja bem vindo à Ciencialist, o reino do léo.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] empuxo
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 24/11/2000 14:56



TARCISIO BORGES wrote:
>
> Eduardo Gueron wrote:
> > Um elevador está acelerado para cima com a=g (Caso I). Pelo
> "pseudo"
> > princípio da equivalência tudo que ocorre no interior deste elevador
> > deveria acontecer no caso de o elevador em repouso sob ação do campo
> > gravitacional g (Caso II). Concordo que, no caso de um balde girante
> com
> > um líquido no interior, os dois sistemas serão diferentes.
>
> Não concordo. Afirmo que os dois sistemas são idênticos [até me
> provarem
> o contrário].


Num referencial em rotacao devem aparecer as forcas de coriolis que
nao ocorrem noutro em m.r.u.a.
( recordacoes retiradas da memoria de + de 20 anos : sujeita a erros )

[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] empuxo
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 24/11/2000 15:04

Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> > Eduardo Gueron wrote:
> > > Um elevador está acelerado para cima com a=g (Caso I). Pelo
> > "pseudo"
> > > princípio da equivalência tudo que ocorre no interior deste elevador
> > > deveria acontecer no caso de o elevador em repouso sob ação do campo
> > > gravitacional g (Caso II). Concordo que, no caso de um balde girante
> > com
> > > um líquido no interior, os dois sistemas serão diferentes.
> > Não concordo. Afirmo que os dois sistemas são idênticos [até me
> > provarem
> > o contrário].
>
> Num referencial em rotacao devem aparecer as forcas de coriolis que
> nao ocorrem noutro em m.r.u.a.
> ( recordacoes retiradas da memoria de + de 20 anos : sujeita a erros )
> jocax

Ah. Agora entendi. Concordo.

Estava pensando em um balde girando dentro do elevador, o que não tem
nada a ver. Mas vcs podiam ser mais claros, afinal, nem todo mundo é
Champollion.

==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
==========================================================


SUBJECT: Re: Humanidade- Peixes Cegos
FROM: "Joao Carlos Holland Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 24/11/2000 15:53

--- In ciencialist@egroups.com, TARCISIO BORGES <TBORGES@B...> wrote:
> Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> > Mas se vc pegar um filho deste baby ele nao sera cego.
> > Se vc pegar um filho do peixe cego ele sera cego, sinal de que
> > houve mutacao genetica.
>
> Ah é? E vc tem o tal filhote em mãos???

A net existe para estas coisas :

Born Blind
A fish known as Astyanax mexicanus lives deep inside
caves off the coast of Mexico where there is no
light.
Millions of years ago it had eyes; but now, soon
after it
starts growing in the egg, the eyes start to
degenerate and
the fish are born blind.
Fish of the same species that live on the
surface, where
there is light, grow eyes and see normally.
"Our system deals with fish of the exact same
species,
but their living space and behavior greatly differ,"
Yoshiyuki Yamamoto of the University of Maryland said
in a statement.
He and biology professor William Jeffery did
tests to
see what it would take to get the eyes back in the
cave
fish.

http://www.abcnews.go.com/sections/science/DailyNews/cavefish_000728.h
tml

[]s
jocax




SUBJECT: Re: [ciencialist] Clone de Deus 2
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 24/11/2000 15:58


Tarcisio pondera:

> De repente a religião está se tornando muito clara para mim. Acho que
> estou sendo iluminado.

Alberto saúda:

>>Seja bem vindo à Ciencialist, o reino do léo.

E Newon disse: Faça-se a luz!
... e alguém acendeu o candieiro.
Nesse momento tudo ficou 'claro', a escuridão (que teme a luz) foi empurrada
para debaixo do sofá e para trás da porta, encolhendo-se e escondendo-se.
Mas, ela está lá, encolhida (armazenando energia potencial), prester a
atacar assim que a luz declinar!
Acautelem-se pois os iluminados, serão momentos de ataxia, o benévolo da luz
é efêmero!

[]'
Léo




SUBJECT: Re: [ciencialist] empuxo
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 24/11/2000 16:11


-----Mensagem Original-----
De: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: sexta-feira, 24 de novembro de 2000 15:04
Assunto: Re: [ciencialist] empuxo


Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> Num referencial em rotacao devem aparecer as forcas de coriolis que
> nao ocorrem noutro em m.r.u.a.
> ( recordacoes retiradas da memoria de + de 20 anos : sujeita a erros )
> jocax

Tarcisio wrote:
>>Ah. Agora entendi. Concordo.
>>Estava pensando em um balde girando dentro do elevador, o que não tem
nada a ver. Mas vcs podiam ser mais claros, afinal, nem todo mundo é
Champollion.

Como a disputa está baseada em recordações de + de 20 anos, vamos
respeitar.:-)
Mas, para o entendimento da atualidade, quem está girando? O elevador? o
Coriolis?, o 'que não tem nada a ver'?, o Champolion? o observador? o balde
em relação a um eixo que passa pelo seu centro e tem direção do movimento? o
balde preso a um cordel e girando à volta do observador? o cabo do elevador?
o '4' do botão do quarto andar?
Ufa! finalmente um descanso para a cuca!
[]'
Léo


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TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
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SUBJECT: bolinha de gude
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 24/11/2000 16:54



TARCISIO BORGES wrote:

> Vamos simplificar: imagine uma bola de gude :-D suspenso no elevador em
> um "referencial inercial galileano" sem que ela encoste em nada, ou
> seja, sua velocidade é a mesma do elevador. O elevador começa a ser
> acelerado [para cima, é que eu gosto deste sentido] e a bola, para um
> referencial de dentro do elevador, será acelerada [para baixo] atrasada
> em um dt=h/c onde h é a altura da bola em relacão ao chão do elevador
> [onde está sendo aplicada a força para cima, neste caso, para
> desconsiderar a deformação do elevador].
>

Não. Supondo que o elevador seja acelerado por uma corda externa
amarrada a seu teto, considerando que v0=0, a bolinha de gude só
começará a se movimentar com um atraso de dt=h/v em relação ao início do
movimento do teto, já que a força recebida pelo teto será transmitida
pela bolinha através do fio que a pendura e a velocidade de propagação
desta força dentro da corda depende das propriedades elásticas da mesma
e sempre será menor que c.

Eduardo.


SUBJECT: Evitar excesso de mensagens (administrador)
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 24/11/2000 17:03


Percebi que a lista estah apresentando uma alto fluxo de mensagens nos
ultimos dias, por isso acho melhor evitar mensagens sem conteudo relevante.
Ou seja, mensagens do tipo:
"Obrigado fulano, isso me ajudou muito"
" hehehehe"

Preferencialmente, mensagens de agradecimento devem ser enviadas
diretamente para a pessoa e nao para a lista.

MAIS UMA VEZ! Evite usar acentucao no campo Assunto (subject).

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna - administrador da Ciencialist.




SUBJECT: Re: [ciencialist] bolinha de gude
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 24/11/2000 17:10

Eduardo Gueron wrote:
> TARCISIO BORGES wrote:
> > Vamos simplificar: imagine uma bola de gude :-D suspenso no elevador em
> > um "referencial inercial galileano" sem que ela encoste em nada, ou
> > seja, sua velocidade é a mesma do elevador. O elevador começa a ser
> > acelerado [para cima, é que eu gosto deste sentido] e a bola, para um
> > referencial de dentro do elevador, será acelerada [para baixo] atrasada
> > em um dt=h/c onde h é a altura da bola em relacão ao chão do elevador
> > [onde está sendo aplicada a força para cima, neste caso, para
> > desconsiderar a deformação do elevador].
> Não. Supondo que o elevador seja acelerado por uma corda externa
> amarrada a seu teto, considerando que v0=0, a bolinha de gude só
> começará a se movimentar com um atraso de dt=h/v em relação ao início do
> movimento do teto, já que a força recebida pelo teto será transmitida
> pela bolinha através do fio que a pendura e a velocidade de propagação
> desta força dentro da corda depende das propriedades elásticas da mesma
> e sempre será menor que c.
> Eduardo.

Para um referencial que esteja fora do elevador? Depende. Se a corda
estiver esticada...

Para um referencial que está dentro do elevador? Se a corda estiver
esticada, a bola irá puxar a corda aplicando uma tensão e é só. A bola
não se movimenta [essencialmente].

Vc quer na verdade me fazer compreender os efeitos da aceleração em
líquidos. Vai depender da situação, se a aceleração for costante, o
comportamento será igual que na superfície da Terra. Se não for
constante, vai depender de outros fatores que precisam ser explicitados.

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http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Humanidade : salvacao ( e-mail historico )
FROM: "JH Home Page" <jh-hp@ieg.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 24/11/2000 17:12

Você é mesmo muito inteligente e sua idéia foi o Maximo mas tenho algumas duvidas.

-Você já pensou que essa "tecnologia" de retirar sentimentos nas pessoas poderia ser usada como meios terroristas e acabar com a raça humana?

- Poderíamos dessa forma descobrir ou criar um novo sentimento?

- Uma pessoa que não tivesse mais o sentimento de ciúmes não conseguiria senti-lo? Desperta-lo? Tem certeza que mesmo querendo alguém não conseguiria sentir ciúmes?

Por enquanto é só e parabéns.
-----Mensagem Original-----
De: Joao Carlos Holland de Barcellos
Enviada em: Quinta-feira, 23 de Novembro de 2000 10:01
Assunto: [ciencialist] Humanidade : salvacao ( e-mail historico )



Humanidade : salvacao ( e-mail historico )
=====================
Por : Joao Carlos Holland de Barcellos ( jocax@usp.br)
em : 23 de Novembro de 2000

(Anotem a data, eh um email historico.)

Com autoproclamado titulo de o messias do terceiro
milenio, venho aqui agora cumprir minha missao :
Apontar o caminho da salvacao. Cabera aos bons e
aos justos segui-lo.

Para que o leitor, pouco familiarizado com as ideias Darwinianas
sobre evolucao, possa compreender meu texto, farei uma pequena
introducao da teoria evolutiva.


1-Um pouco de Neo-Darwinismo
----------------------------

A compreensao da natureza de todo organismo vivo esta na
essencia intrinseca deste organismo de perpetuar seus genes.

A evolucao dos seres vivos passa por um processo que podemos
chamar de ciclo evolutivo, simplificadamente:
gene -> mutacao ou nao -> fenotipo -> selecao -> gene

Os genes sao intrucoes codificadas, via DNA, que podem produzir
um fenotipo. O fenotipo eh o corpo do ser vivo, sua estrutura
fisica.

A expressao dos genes sofrem influencia do meio ambiente mas,
considerando-se um ambiente medio, ou mesmo ideal, poderemos
supor que os genes determinam diretamente a estrutura do organismo.

O novo ser carrega a informacao genetica que herdou de seu(s)
pai(s). A transmissao eh digital ou seja os genes sao transmitidos
exatamente como estavam no corpo de seus pais : Digitalmente.

Eventualmente, contudo, durante o processo reprodutivo,
um ou alguns dos genes podem sofrer mutacao e passar uma
caracteristica diferente das de seu(s) pai(s).

O gene mutante pode conferir uma nova caracteristica vantajosa
ou nao ao seu portador. Uma caracteristica eh considerada
vantajosa se ela traz algum tipo de vantagem seletiva ao
organismo, isto eh, em ultima instancia, se esta caracteristica
aumenta a probabilidade do organismo perpetuar seus genes.

Podem ser varias as caracteristicas que aumentam as chances
do organismo pepetuar seus genes: Um aumento da inteligencia,
da forca, da resistencia aas doencas, da capacidade de perceber
predadores, na capacidade de conseguir alimentos, na sua
capacidade de reproducao etc...

Costuma-se reunir todas estas caracteristicas na sentenca:
"capacidade de sobreviver". Mas isto traz uma ideia erronea
pois a capacidade de sobreviver nao implica necessariamente
na capacidade de perpetuar os genes. Mas nao deixa de ser
uma caracteristica muito importante nesta funcao perpetuativa.

Se o gene mutante eh vantajoso, neste sentido darwiniano,
dizemos que o organismo possui uma vantagem seletiva ( ou
vantagem evolutiva) sobre os demais. E, sendo assim, este gene
tem uma probabilidade grande de se disseminar pela populacao e,
com o passar das geracoes, ele podera fazer parte do genoma
da especie.

Temos entao um passo evolutivo: A especie evoluiu, incorporou
no seu genoma uma nova caracteristica ( ou mudanca de uma
antiga ) que ateh entao nao possuia.

Se nao fossem as mutacoes ateh hoje a vida nao passaria de
uma proto-bacteria.

Devemos perceber que o que filtra as caracteristicas do organismo
eh a capacidade de perpetuar seus genes no meio ambiente em
que ele vive. A interacao do organismo neste ambiente eh que vai
definir quais as caracteristicas ( genes ) que sobreviverao
ou perecerao neste meio.

Se pudermos, artificialmente, mudar o ambiente, por exemplo,
poderemos favorecer genes que de outra forma nao sobreviveriam
ou mesmo desfavorecer outros que soh sobreviveriam no ambiente
original.

A forca do ambiente sobre o genoma, moldando-o e, eventualmente
alterando-o, chama-se de *pressao seletiva*. Dependendo da
pressao seletiva alguns genes serao favorecidos para sobreviver
e outros nao. A caracteristica da especie depende portanto
da pressao seletiva a que ela eh submetida.

O entendimento do exemplo a seguir eh de suma importancia
para o entendimento da teoria que se seguira.

2-Os peixes das cavernas escuras
--------------------------------
Existem peixes que habitam lagos em cavernas onde nao entra luz.
Estes peixes tem uma caracteristica interessante : tem olhos
mas sao cegos.

Porque sao cegos?
Devemos supor que os primeiros peixes habitantes destas
cavernas foram levados talvez por alguma tempestade ou
furacao, ou canal, isolando-os de seu meio ambiente de
origem. Eh natural, entao, supor que todos tinham a capacidade
visual original intacta.

Mas a capacidade da visao pode depender de dezenas ou mesmo
de milhares de genes para sua plena funcionalidade.

Num ambiente normal, onde ha luz, se porventura nascer um
peixe que tem sua capacidade de visao degenerada por uma
mutacao em um dos muitos genes da visao, este peixe dificilmente
sobrevivera e, assim, tambem nao conseguira passar este
gene mutante para a proxima geracao.

Isto quer dizer que a pressao seletiva, num ambiente com luz,
ira agir no sentido de preservar a capacidade visual.

Peixes mutantes que nao enxerguem terao uma sensivel desvantagem
seletiva e estes genes mutantes nao serao preservados.

Mas isso nao acontece num ambiente de uma caverna escura:
Como a capacidade visual nao pode ser utilizada pelos peixes
que habitam seu interior, qualquer mutacao em qualquer dos
genes responsaveis pela visao nao serao percebido pelos
peixes.

Nao ha uma pressao seletiva para que os genes mutantes
da cegueira sejam extintos. Os peixes que nascem cegos e os
peixes que enxergam tem a mesma probabilidade de sobreviver
neste ambiente escuro !
Para que a capacidade visual pudesse ser preservada, nao
poderia acontecer nenhuma mutacao malevola em nenhum dos
muitos genes que codificam o aparelho visual.

Eh previsivel entao que, com o decorrer das geracoes,
cada vez mais genes da visao sofram mutacoes, sem que exista
uma pressao seletiva para preserva-los, pois os peixes
cegos tem a mesma probabilidade de sobreviver que os peixes
nao cegos neste ambiente escuro.

Deste exemplo poderemos derivar duas regras :

- Na ausencia de uma pressao seletiva para um dado traco
(caracteristica fenotipica), este traco tende a perder sua
funcao ou mesmo desaparecer.

- Quanto maior o numero de genes envolvidos em um dado traco,
que deixa de sofrer a pressao seletiva para se manter,
mais rapidamente este traco ( caracteristica ) deixara
de existir.


3-O Homem
----------

Muitas caracteristicas que os genes nos conferem nao sao
fisicas, mas psicologicas. Por vivermos em sociedade, praticamente
desde o aparecimento de nossa especie, eh natural que muitas
destas caracteristicas tenham sido moldadas para o convivio
social.

Isto significa que muitos genes agem no sentido de
facilitar a harmonia social, sobrepondo, muitas vezes,
o impulso gerado por outros genes mais primitivos.

Entre estes tracos psicologicos
podemos destacar nossos impulsos instintivos :os sentimentos.

Costumo dizer que quando toda a populacao tem uma determinada
caracteristica, entao esta caracteristica deve ter uma forte
influencia genetica. Assim, considero tracos geneticos: A fome,
a dor, a sede, a raiva, o ciumes, a vergonha, o amor, a ambicao,
a vinganca, a inveja etc....

A maioria dos impulsos sao ativados como uma reacao a estimulos
externos, provindos do meio ambiente, de nossa interacao social.

Devemos ter sempre em mente que cada um destes sentimentos,
cada impulso instintivo, assim como cada caracteristica fisica,
existe por que de alguma forma auxiliou ( e ainda deve auxiliar)
o portador destes genes a perpetua-los ( sobreviver e passa-los
para a proxima geracao).

Como conclusao podemos dizer que tais sentimentos, que geram
impulsos para a acao, nao existiriam se nao existisse uma
pressao seletiva que os mantivesse, ou, de outro modo, se nao
houver uma pressao seletiva para mante-los eles deixaram de
existir.


4-Os Memes
----------

O Homem eh um ser memetico. Sofremos a influencia de memes
( ideias, cultura ) que podem ser tao variados quanto possiveis.

Os genes permitiram, atraves de um cerebro poderoso
e grande, que pudessemos sofrer a influencia destes memes.

Esta capacidade nao foi sem razao : atraves dos memes podiamos
nos adaptar e sobreviver de forma extremamente rapida a problemas
de sobrevivencia, (na verdade problemas de perpetuacao genetica),
sem que estas informacoes precisassem ser codificadas no genoma
(como ocorre na maior parte das outras especies ).

Alem do mais, a solucao encontrada por um individuo, para
um dado problema, poderia ,via meme, passar para proxima
geracao sem que a roda tivesse que ser re-inventada.


5-A Gemetica
-------------

Podemos perceber que, mesmo estudando o homem apenas
sob o ponto de vista genetico, observamos varios conflitos
geneticos que podem variar desde doencas hereditarias ateh
os que sao devido a necessidade de adequacao social como por
exemplo o respeito ao territorio alheio versus o desejo de
ocupacao; A libido versus respeito.

Em geral, um conjunto de memes especificos para a adequacao ao
convivio social eh criado para normatizar o comportamento em
sociedade. Este conjunto de memes eh chamado de codigo de Etica.

A maioria dos conflitos, contudo, sao gemeticos (genes X memes),
sao conflitos entre os impulsos e desejos codificados nos genes
e os absorvidos pelo cerebro, via memes atraves de um codigo
etico.

Eh uma batalha muitas vezes cruel e dolorosa.
Quando esta batalha eh vencida pelos genes, em detrimento
dos memes eticos, podera sobrevir um sentimento punitivo
(vergonha, remorso, arrependimento) que, dependendo de sua
forca podera evitar uma repeticao do ato.

Quando a batalha eh vencida pelos memes, em detrimento dos
impulsos geneticos, podera emergir outros sentimentos tambem
de carater punitivo ( frustracao, tristeza ), sinal as vezes,
que os memes nao estao muito adequados.

6-Genismo
---------
Os conflitos gemeticos nao podem ser minimizados aa curto
prazo via genes. Mas isso pode ser conseguido via memes.

Uma pergunta natural eh : Qual o meme que minimiza o conflito
gemetico?

Para minimizarmos os conflitos gemeticos propus um meme
chamado Genismo que eh doutrina que estabelece que devemos
agir visando nossa perpetuacao genetica.

O Genismo propoe que assumamos nossa condicao de maquina
de perpetuar genes (que eh o que realmente somos).
Agindo desta maneira estaremos integrando nossos flexiveis memes
com nossos rigidos genes.

O Genismo propoe tambem que devamos encarar nossos genes
como a nossa unica forma de transcendencia pos morte,
de imortalidade.

O Genismo encara o amor como um instinto genetico que faz
o controle de qualidade, que seleciona o parceiro cujos
genes os nossos genes "acham" mais qualificados para se
unirem para a perpetuacao.

Se tivessemos que construir maquinas biologicas inteligentes
que tivessem capacidade de sobreviver e se replicar de forma
a nao se extinguirem, o paradigma que estas maquinas
deveriam adotar, para tal intento, deveria ser o Genismo.


O Genismo eh composto, atualmente, de algumas "regras de bolso"
que eu chamei de os 5 mandamentos:
1- "Os Genes te criaram e a eles vc deve servir"
2-"A felicidade é trilhar o caminho da perpetuação genética"
3-"Deus nao existe e o único modo de transcender a morte
é através de seus genes, principalmente em seus descendentes"
4-"Seus genes sao seu bem mais precioso"
5- "Vc deve respeitar os genes dos outros para que
os outros respeitem os seus."


7-A Origem do Mal
-----------------
Sabemos que os seres vivos se originaram e conseguiram sobreviver
por causa do mecanismo seletivo neo-darwiniano.

Nos organismos nao sociais, os genes foram moldados a se perpetuar
com limitados mecanismos de protecao aos que sao da mesma especie.

O egoismo e todos os sentimentos e impulsos associados, que
consideramos baixos, nestas especies imperam absolutos.

As especies que vivem em sociedade, por outro lado, adotaram
mecanismos geneticos de protecao para que esta convivencia
se tornasse possivel.

Particularmente na nossa, tais mecanismos vieram, infelizmente,
via memes. Isso significa que muitos impulsos e sentimentos
geneticos considerados vis ( odio, ciume, avareza, vinganca,
inveja etc.. ) coexistem no mesmo corpo com os memes que
mostram-nos a direcao contraria. O conflito eh inevitavel.

Eh importante observar que estes, e todos os demais sentimentos,
existentes tem origem genetica. Isso significa que eles
existem por que auxiliavam, e auxiliam, na perpetuacao de nossos
genes (sobrevivencia e sucesso reprodutivo).

Costumamos estudar outras especies menos evoluidas culturalmente
por que eh mais facil isolar o comportamento genetico do
cultural. Como estas especies tem uma cultura muito rudimentar,
ou nao as tem, assume-se que seus impulsos tem origem genetica.

Os chipanzes e outras especies de macacos, por exemplo, possuem
a tatica da guerra para dominar e matar os machos da mesma
especie na disputa pela posse e ocupacao de um territorio.

Como eles nao possuem uma linguagem desenvolvida estas acoes
belicas de ataque matanca e posse devem estar encrustadas em
seus genes. Isso pode ser explicado por que tais genes de
dominacao e colonizacao aumentam as chances perpetuativas dos
genes daqueles que os possuem.

Isso significa que a barbarie, o despotismo, a dominacao
e tudo mais que nossa cultura humanista abomina devem
ser frutos do imperativo genetico perpetuativo.


8-A Salvacao
------------
Nesta sessao final deste artigo historico, proponho um caminho
para a solucao do mal intrinseco da humanidade.

Por incrivel que pareca a solucao sera indolor entretanto,
nao vira a curto prazo.

Claro que, sendo a origem do mal de caracteristica genetica,
a solucao tera que ser, de alguma forma, tambem via genes.

Para entendermos a solucao, deveremos recordar que o que
mantem todos os sentimentos imunes aas mutacoes, que sempre
ocorrem, eh a pressao seletiva.

Individuos que sofrem mutacoes diminuindo ou deixando de possuir
algum destes sentimentos, diminuem de alguma forma o seu poder
perpetuativo. Isso significa que estes genes nao serao tao
bem sucedidos em relacao aos nao mutantes.

Mas esta perda de competitividade NAO OCORRERA se este individuo
mutante possuir memes que facam o trabalho que seus genes faziam!

A pressao seletiva que faz a manutencao de todos os sentimentos
deixara de atuar se os memes fizerem o trabalho de perpetuacao
genetica que os instintos sempre fizeram !

Se a humanidade for seguidora do Genismo, a pressao seletiva
genetica deixara de ter um papel determinante na preservacao
destes genes e os sentimentos baixos irao se extinguir pois,
o que mantem um traco ativo, eh a pressao seletiva para que
ele se mantenha.

Como o Genismo zela pela perpetuacao dos genes, a pressao
seletiva para a perpetuacao genetica nao atuara no sentido
seletivo destes sentimentos : O genista tera tanta vantagem
competitiva (ou mais) quanto o egoista ( que perpetua genes
por instinto).

Vamos fazer uma comparacao. Consideremos um dos sentimentos
como por exemplo o ciumes.

Vamos comparar os homens com os peixes que vivem na
caverna escura.

A capacidade da visao ajudaria os peixes que a possuem
a sobreviver. Num ambiente escuro os peixes que nascem cegos
tem a mesma chance de sobreviver que os peixes que nascem
com a visao intacta. Isto significa que os peixes cegos nao
tem menos probabilidade de sobreviver do que os que enxergam.

Num ambiente genista tambem : os individuos que nascem sem
o sentimento de ciumes vao zelar pelos seus genes tanto
quanto os individuos ciumentos. Estes ultimos nao levariam
vantagem evolutiva sobre os genistas nao dotados de ciumes.

O genista nao cometeria um crime passional enquanto que
o nao genista ciumento poderia comete-lo.

Assim, a pressao seletiva sobre o ciumes, por exemplo,
deixaria de existir e este sentimento se extinguiria da
especie humana !!!!!!!!



Eh o fim do mal !!

O Genismo portanto eh a doutrina que podera salvar a humanidade
do mal. Nao nesta ou na proxima geracao, mas depois de varias
geracoes. Com ela os sentimentos vis se extinguiram.

[]s
jocax

(PS: Desculpem a incontrolavel falta de modestia, mas eu
me divirto muitissimo agindo dessa maneira, mais do que
meus memes podem controlar :) )


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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Empuxo de Newton
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 24/11/2000 17:16

Depois dessa maravilhosa e acalentadora massagem em meu ego, Antonio, pode
ficar a vontade! Muito à vontade! E ai de quem ataca-lo ... meus servos
angelicais os estraçalharão!

Para facilitar sua leitura completa do exuberante "Empuxo de Newton nos
referenciais acelerados" recorra à:
http://www.feiradeciencias.com.br/sala19/texto26.htm

E, por favor, qualquer crítica/sugestão/inclusão/complementação etc. sobre
qualquer linha do texto é comportamento obrigatório. Será acrescentado ao
texto com os devidos créditos. Isso vale para todo o lindo, imperdível,
maravilhoso, etc. site e para todos os colegas listeiros. Com esses
acréscimos ... quem sai ganhando são nossos jovens estudantes (além de nós
mesmos!).

Deixarei todo texto abaixo para que a posteridade possa vê-lo 2 vezes.

[]'
Léo
==================
-----Mensagem Original-----
De: Antonio A. J. Godoy <prof_godoy@teracom.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: sexta-feira, 24 de novembro de 2000 11:41
Assunto: [ciencialist] Empuxo de Newton


Fala, povo ciencialisteiro!!!

Lá vou eu de novo:

>Léo (6971): Falar nisso ... alquém já leu em algum lugar esse estudo do
'Empuxo de Newton nos referenciais acelerados'? Será que, sem querer, incluí
um 'novo exemplo' na física clássica?<

E sobre as minhas observações bibliográficas:

>Para citar tais exemplos não é preciso recorrer aos 'tratados' russos,
basta
acessar o formidável, imperdível, notório, insubstituível, the best,
maravilhoso site, na página
http://www.feiradeciencias.com.br/sala05/index5.htm;<

O meu prezado Léo deve saber que o primeiro lugar onde fui buscar
informações completas sobre o "Empuxo de Newton" foi exatamente o
maravilhoso, completo e imperdível site. Só que eu não li tudo, apenas as
três páginas referentes ao empuxo inercial. Devido à mensagem 6971 acima
reproduzida em parte (apud Alberto) é que eu fui dar uma olhada nos meus
livrinhos se não havia alguma referência sobre o assunto.

De qualquer maneira, a interpretação do Léo a respeito dos efeitos da
aceleração nos líquidos realmente me parece ser nova. Talvez, como já disse
o Alberto, algum dos "velhos lobos" da física clássica já tivesse pensado a
respeito, mas a verdade é que se isto ocorreu tal pensamento se perdeu no
espaço-tempo (viva Einstein!). Como disse na msg anterior, existe um monte
de exemplos relacionados na literatura, mas o Léo de fato interpretou e
criou o termo "empuxo inercial", a meu ver. Inclusive, a explanação do
maravilhoso e imperdível site é sem sombra de dúvida a melhor e mais
completa que encontrei sobre as razões físicas do surgimento do empuxo de
Newton.

Ainda assim, para quem gosta de cálculo vetorial, é interessante dar uma
olhada na segunda referência que indiquei (Streeter e Wylie). Lá, em um dos
diagramas, aparece de forma explícita o vetor força de empuxo inercial
(indicado como -pA->). Só escapou aos autores o fato de que a força surgida
é de fato um empuxo (e isto realmente foi uma linda conclusão a que nosso
amigo Léo chegou).

Vou dar uma olhada no maravilhoso e imperdível mais detalhada, para ver
se consigo entender de que forma o empuxo inercial pode se contrapor ao
princípio de equivalência... Ainda não atinei com a coisa.

Um abraço,

Godoy





SUBJECT: Re: [ciencialist] Empuxo de Newton
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 24/11/2000 17:25

"Antonio A. J. Godoy" wrote:
> Vou dar uma olhada no maravilhoso e imperdível mais detalhada, para ver
> se consigo entender de que forma o empuxo inercial pode se contrapor ao
> princípio de equivalência... Ainda não atinei com a coisa.

Não se envarete tanto. Fora alguns iluminados [com a mente bem adubada,
ou talvez defumada] ninguém realmente entende o que é que o empuxo tem a
ver com a equivalência.

Ninguém é porque eu falo de mim, que não sou ninguém ;-)

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SUBJECT: Re: [ciencialist] Clone de Deus 2
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 24/11/2000 17:32



Luiz Ferraz Netto wrote:

>
> E Newon disse: Faça-se a luz!
> ... e alguém acendeu o candieiro.
> Nesse momento tudo ficou 'claro', a escuridão (que teme a luz) foi empurrada
> para debaixo do sofá e para trás da porta, encolhendo-se e escondendo-se.
> Mas, ela está lá, encolhida (armazenando energia potencial), prester a
> atacar assim que a luz declinar!
> Acautelem-se pois os iluminados, serão momentos de ataxia, o benévolo da luz
> é efêmero!

A sua teoria da luz parece consistente. Mas infelizmente está errada.
Pelo menos não se aplica à luz electrica. Descobriu-se recentemente
que as lampadas electricas absorvem energia da escuridão gerando luz
como efeito secundário. A energia captada desta forma é depois revendida
pelas companhias electricas com um chorudo lucro. Centrais nucleares
e hidroelectricas são coberturas usadas pelas companhias electricas
para esconder o verdadeira origem da sua riqueza.

Divulgue este email, exponha a verdade e lute contra o capitalismo!!

joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: Duvidas atrozes
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 24/11/2000 18:11

Caros colegas ciencialisteiros e
em especial aqueles que manjam
alguma coisa de computação e
das possívels bilgates-ratas.

Recentemente recebemos aqui na Ciencialist uma msg do nosso Magnífico Léo
queixando-se de que uma das msgs do Belisário havia chegado a ele naquele
código estranho, onde as acentuações ou os cedilhas ou outros detalhes
próprios ao nosso "karma" latino, são substituídos por hieróglifos do tipo
=E7=E3o (no lugar de "ção") ou =EA (no lugar de "cê"), etc.

Hoje o mesmo Estupendo e Insubstituível Léo queixou-se de que uma das msgs
deste humilde súdito que vos escreve havia chegado a Ele (e não sei se a
mais alguém) com a mesma falha.

Ainda hoje o Claudio Abreu enviou uma msg que chegou ao meu computador com o
mesmo defeito. E creio que ao dele também, tanto que ele recorrigiu de
alguma forma o texto e reenviou a msg que chegou corretamente. Ou seja, a
falha parece não residir apenas no reino do léo, mas também aqui entre os
mortais.

Pensei então com os meus botões: O que há de comum entre as três msgs e a
distinguirem-nas das demais. Obviamente, eu estava de alguma maneira
seguindo o método científico e, intuitivamente, apoiando-me na velha e
conhecida regra da repetitividade.

Lembrei-me então que na minha msg eu havia reproduzido uma outra msg do
Fabio e que eu havia copiado de uma página Web e colado em meio ao que havia
escrito. Como costumo fazer páginas Web, via de regra me vejo passando msgs
do Word para o FrontPage ou deste para o NotePad (Bloco de Notas) ou de um
destes para o Outlook e assim por diante. Com muita freqüência vejo-me em
apuros e quando tal acontece minha saída é copiar o texto para o NotePad
(que é o editor mais elementar, escreve apenas em txt e descende diretamente
dos antigos editores DOS) e daí para onde quer que eu queira colocar o texto
e desta forma os apuros acabam por resolverem-se (deste que não haja, por
exemplo, trechos em códigos Symbol, os quais às vezes necessitam ser
refeitos).

Lembrei-me também que o Belisário com freqüência brinda-nos com Links que
ele recebe de seus correspondentes do "Ofjor Ciência" e até mesmo faz
questão de citar a fonte. Não é impossível, portanto, que na msg citada ele
tenha colado alguma dessas referências, o que desencadeou o processo de
mistura de códigos de editores do Ruindows. Lembro também que assinalei na
época que o Belisário havia enviado a msg em html e ele disse que
aparentemente não e eu acabei ficando em dúvida, pois parecia ser mais acho
que realmente não era html.

O Claudio Abreu, por outro lado, estava sendo gentil em corrigir um possível
erro que eu havia cometido em outra de minhas msgs, e com isso deve ter
copiado e colado um trecho desta minha msg na dele.

Em resumo: As três msgs que deram problemas provavelmente têm algo em comum:
utilizaram em alguns de seus parágrafos o recurso Copiar/Colar. O estranho,
para um leigo como eu, é que a falha tenha se propagado para os demais
parágrafos, mas isso talvez retrate um comportamento quântico ondulatório do
texto, enquanto a minha visão a respeito costuma ser clássico corpuscular, a
imaginar um texto como constituído por sub-quanta clássicos, o que
normalmente denominamos parágrafos; e portanto podemos solucionar esta
questiúncula de pouca importância pela mera aplicação do princípio da
complementaridade de Bohr. :-))

A pergunta que fica é: Do ponto de vista computacional o que afirmei faz
sentido? Quanticamente falando talvez não faça (não existem sub-quanta
clássicos) mas esse é outro assunto.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Duvidas atrozes
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 24/11/2000 18:24

Alberto Mesquita Filho wrote:
> A pergunta que fica é: Do ponto de vista computacional o que afirmei faz
> sentido? Quanticamente falando talvez não faça (não existem sub-quanta
> clássicos) mas esse é outro assunto.

Usando "MIME quoted printable" e forçando o envio de emails em formato
de texto, creio que os efeitos quânticos seriam minimizados ou até mesmo
eliminados.

[]s
==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
==========================================================


SUBJECT: Re: [ciencialist] bolinha de gude
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 24/11/2000 18:35




> Para um referencial que esteja fora do elevador? Depende. Se a corda
> estiver esticada...
>
Para um referencial fora do elevador (que coincide com o elevador em
t=0) a bola demorará um pouco a começa a se movimentar

> Para um referencial que está dentro do elevador? Se a corda estiver
> esticada, a bola irá puxar a corda aplicando uma tensão e é só. A bola
> não se movimenta [essencialmente].

Para um referencial no *teto* do elevador, a bola terá sempre uma
velocidade para baixo (em t>0). Se a corda estiver esticada ou não este
déficit será diferente mas, considerando o caso esticado, a força não se
propaga com velocidade maior ou igual a da luz em material algum, exceto
em campos como o eletromagnético ou o gravitacional onde, no vácuo,
alterações no campo se propagam com a velocidade da luz (No
eletromagnético isso já é medido no gravitacional -que eu saiba- ainda é
apenas a hipótese mais aceita).

Eduardo.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Duvidas atrozes
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 24/11/2000 18:36

-----Mensagem Original-----
De: "TARCISIO BORGES" <TBORGES@BSI.COM.BR>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Sexta-feira, 24 de Novembro de 2000 18:24
Assunto: Re: [ciencialist] Duvidas atrozes


> Usando "MIME quoted printable" e forçando o envio de emails em formato
> de texto, creio que os efeitos quânticos seriam minimizados ou até mesmo
> eliminados.

Putz! A minha msg nem havia saído por completo da pasta "Caixa de Saída" e a
sua resposta já estava entrando na pasta "Caixa de Entrada". Você estagiou
com o Wrang? (Não sei se é assim que se escreve --Wrang-- mas como o negócio
é ser rápido (até o JMM entrou nessa, pois chegou também uma msg dele), vai
assim mesmo).

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm




SUBJECT: Re: [ciencialist] Clone de Deus 2
FROM: "Gabriel Antunes de Oliveira" <gabriel101@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 24/11/2000 18:52

> Aqueles que pensavam que clonar Deus era uma ideia original
> estavam enganados. Alguém quer clonar Jesus Cristo (ou seja > 1/3 de Deus)
a partir do sangue do Santo Sudário. Aqui fica
> o site:

1/3? Que furada...

Eu li um livro ("O DNA de Deus?" de Valdez Garza) onde ele fez os testes
mais recentes com o Santo Sudário, inclusive a cópia do DNA do tecido. Ele
conseguiu copiar 750 pares de bases nitrogenadas...

O DNA têm quantos pares mesmo estimados? Se não me engano são 2 bilhões...

Um grande abraço,

Gabriel Antunes



SUBJECT: Re: [ciencialist] Duvidas atrozes
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 24/11/2000 19:13

O problema da mensagem do Claudio está relacionada com esta linha
no código do email:

Content-Type: text/plain; charset=US-ASCII

Quando as mensagens trazem esta linha os acentos dão origem aquele
lixo todo.

As mensagens correctas aparecem com esta linha:

Content-Type: text/plain; charset=ISO-8859-1

Não tem nada a ver com os copy/paste que se fazem.

joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] Duvidas atrozes
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 24/11/2000 19:17

O problema da mensagem do Claudio está relacionada com esta linha
no código do email:

Content-Type: text/plain; charset=US-ASCII

Quando as mensagens trazem esta linha os acentos dão origem aquele
lixo todo.

As mensagens correctas aparecem com esta linha:

Content-Type: text/plain; charset=ISO-8859-1

Não tem nada a ver com os copy/paste que se fazem.

joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


Alberto Mesquita Filho wrote:
>
> Caros colegas ciencialisteiros e
> em especial aqueles que manjam
> alguma coisa de computação e
> das possívels bilgates-ratas.
>
> Recentemente recebemos aqui na Ciencialist uma msg do nosso Magnífico Léo
> queixando-se de que uma das msgs do Belisário havia chegado a ele naquele
> código estranho, onde as acentuações ou os cedilhas ou outros detalhes
> próprios ao nosso "karma" latino, são substituídos por hieróglifos do tipo
> =E7=E3o (no lugar de "ção") ou =EA (no lugar de "cê"), etc.
>
> Hoje o mesmo Estupendo e Insubstituível Léo queixou-se de que uma das msgs
> deste humilde súdito que vos escreve havia chegado a Ele (e não sei se a
> mais alguém) com a mesma falha.
>
> Ainda hoje o Claudio Abreu enviou uma msg que chegou ao meu computador com o
> mesmo defeito. E creio que ao dele também, tanto que ele recorrigiu de
> alguma forma o texto e reenviou a msg que chegou corretamente. Ou seja, a
> falha parece não residir apenas no reino do léo, mas também aqui entre os
> mortais.
>
> Pensei então com os meus botões: O que há de comum entre as três msgs e a
> distinguirem-nas das demais. Obviamente, eu estava de alguma maneira
> seguindo o método científico e, intuitivamente, apoiando-me na velha e
> conhecida regra da repetitividade.
>
> Lembrei-me então que na minha msg eu havia reproduzido uma outra msg do
> Fabio e que eu havia copiado de uma página Web e colado em meio ao que havia
> escrito. Como costumo fazer páginas Web, via de regra me vejo passando msgs
> do Word para o FrontPage ou deste para o NotePad (Bloco de Notas) ou de um
> destes para o Outlook e assim por diante. Com muita freqüência vejo-me em
> apuros e quando tal acontece minha saída é copiar o texto para o NotePad
> (que é o editor mais elementar, escreve apenas em txt e descende diretamente
> dos antigos editores DOS) e daí para onde quer que eu queira colocar o texto
> e desta forma os apuros acabam por resolverem-se (deste que não haja, por
> exemplo, trechos em códigos Symbol, os quais às vezes necessitam ser
> refeitos).
>
> Lembrei-me também que o Belisário com freqüência brinda-nos com Links que
> ele recebe de seus correspondentes do "Ofjor Ciência" e até mesmo faz
> questão de citar a fonte. Não é impossível, portanto, que na msg citada ele
> tenha colado alguma dessas referências, o que desencadeou o processo de
> mistura de códigos de editores do Ruindows. Lembro também que assinalei na
> época que o Belisário havia enviado a msg em html e ele disse que
> aparentemente não e eu acabei ficando em dúvida, pois parecia ser mais acho
> que realmente não era html.
>
> O Claudio Abreu, por outro lado, estava sendo gentil em corrigir um possível
> erro que eu havia cometido em outra de minhas msgs, e com isso deve ter
> copiado e colado um trecho desta minha msg na dele.
>
> Em resumo: As três msgs que deram problemas provavelmente têm algo em comum:
> utilizaram em alguns de seus parágrafos o recurso Copiar/Colar. O estranho,
> para um leigo como eu, é que a falha tenha se propagado para os demais
> parágrafos, mas isso talvez retrate um comportamento quântico ondulatório do
> texto, enquanto a minha visão a respeito costuma ser clássico corpuscular, a
> imaginar um texto como constituído por sub-quanta clássicos, o que
> normalmente denominamos parágrafos; e portanto podemos solucionar esta
> questiúncula de pouca importância pela mera aplicação do princípio da
> complementaridade de Bohr. :-))
>
> A pergunta que fica é: Do ponto de vista computacional o que afirmei faz
> sentido? Quanticamente falando talvez não faça (não existem sub-quanta
> clássicos) mas esse é outro assunto.
>
> [ ]'s
> Alberto
> http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm
>
>
> *** --- ***
> Vote na decisao para configuracao da lista. Mensagens somente texto ou HTML. Para isso use o endereco:
> http://www.egroups.com/polls/ciencialist/
> *** --- ***

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: Re: [ciencialist] Duvidas atrozes
FROM: Jo�o M�rio Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 24/11/2000 19:29

O problema da mensagem do Claudio est� relacionada com esta linha
no c�digo do email:

Content-Type: text/plain; charset=US-ASCII

Quando as mensagens trazem esta linha os acentos d�o origem aquele
lixo todo.

As mensagens correctas aparecem com esta linha:

Content-Type: text/plain; charset=ISO-8859-1

N�o tem nada a ver com os copy/paste que se fazem.

jo�o
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



TARCISIO BORGES wrote:
>
> Alberto Mesquita Filho wrote:
> > A pergunta que fica �: Do ponto de vista computacional o que afirmei faz
> > sentido? Quanticamente falando talvez n�o fa�a (n�o existem sub-quanta
> > cl�ssicos) mas esse � outro assunto.
>
> Usando "MIME quoted printable" e for�ando o envio de emails em formato
> de texto, creio que os efeitos qu�nticos seriam minimizados ou at� mesmo
> eliminados.
>
> []s
> ==========================================================
> TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
> http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
> ==========================================================
>
>
> *** --- ***
> Vote na decisao para configuracao da lista. Mensagens somente texto ou HTML. Para isso use o endereco:
> http://www.egroups.com/polls/ciencialist/
> *** --- ***

--
jo�o
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: Problema dos acentos
FROM: Jo�o M�rio Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 24/11/2000 20:12

Desde j� pe�o desculpa pelas mensagens repetidas. Estava a fazer uns
testes.

Bem, estive a analisar o problema dos acentos e eu acho que o erro
tem a ver com a op��o 'charset' que pode ser configurada pelo
utilizador. A op��o correcta deve ser "charset=Western(ISO-8859-1)".

N�o encontrei nenhuma rela��o com a op��o Content-Transfer-Encoding,
embora ache que o mais seguro � usar

Content-Transfer-Encoding: quoted-printable - MIME

e n�o

Content-Transfer-Encoding: 8bit

A diferen�a entre estas duas op��e parece ter a ver com os
servidores por onde passa a mensagem e por isso pessoas
diferentes ver�o a mesma mensagem de maneira diferente.
Alguma das minhas tr�s mensagens com o subject "duvidas
atrozes" continha erros?


jo�o
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: Re: Clone de Deus 2
FROM: "Ego " <ego_sun@brasilmail.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 24/11/2000 20:20

Olá a todos,

O Santo Sudário não era uma fraude feita com pigmentos que continham
ferro, sem traços de sangue verdadeiro??

[]´s

Ego


--- In ciencialist@egroups.com, "Gabriel Antunes de Oliveira"
<gabriel101@u...> wrote:
> > Aqueles que pensavam que clonar Deus era uma ideia original
> > estavam enganados. Alguém quer clonar Jesus Cristo (ou seja > 1/3
de Deus)
> a partir do sangue do Santo Sudário. Aqui fica
> > o site:
>
> 1/3? Que furada...
>
> Eu li um livro ("O DNA de Deus?" de Valdez Garza) onde ele fez os
testes
> mais recentes com o Santo Sudário, inclusive a cópia do DNA do
tecido. Ele
> conseguiu copiar 750 pares de bases nitrogenadas...
>
> O DNA têm quantos pares mesmo estimados? Se não me engano são 2
bilhões...
>
> Um grande abraço,




SUBJECT: Re: [ciencialist] Problema dos acentos
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 24/11/2000 20:43

As tr�s mensagens do JM^2 chegaram perfeitas. Ap�s todas essas explica��es
t�cnicas, ficaram faltando:

a) Onde e como de localiza esse campo que permite a sele��o do "charset ="?

b) Onde e como se localiza esse campo que permite 'ver' esse
"Content-Transfer-Encoding: quoted-printable - MIME" e *altera-lo*, se
necess�rio?

c) Pergunta particular aos usu�rios do FrontPage: Onde, por cargas d'�gua,
est� o 'travess�o' para colocar nos textos?
Como eu n�o o acho no FP tenho usado "---" e quando copio o travess�o do
Word, ele aparece no FrontPage como "3/4". Se vcs lerem meus textos no
imperd�vel, maravilhoso, the best ............. etc. site, ir�o encontrar em
v�rios lugares esses "---" ou "3/4".

[]'
L�o





SUBJECT: Sobre as atrocidades humanas
FROM: "Marco Aurelio" <logos@pccp.com.ar>
TO: "ciencialist" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 24/11/2000 21:09

João Carlos Holland de Barcellos wrote:

"Isso exige não apenas filosofia, mas também história e psicologia."

Creio que João Carlos se refere aos fundamentos de uma ética. É interessante que sempres que as pessoas se referem a genocidios, crimes multitudinarios ou individuais são forçados a utilizar muitos adjetivos ou substantivos derivados de adjetivos que implicam quase sempre sentimentos.Ex., atrocidade, crueldade, maldade, terrivel, assustador, etc. Sempre desembocamos no famoso problema do bem e do mal ou do que é bom e o que e mau. A ideia de que a ética é um sentimento é muito forte e antiga. David Hume dizia que a ética não tinha nada que ver com a razão. Que não se originava nela, ja que a razão diz o que é verdadeiro ou falso, embora algo verdadeiro possa ser mau e algo falso poderia até, desde determinado ângulo, ser bom. Há todo um capítulo na sua obra sobre o entendimento humano em que ele trata de refutar a falacia de uma suposta ética racional. Utiliza também muitas páginas para postular que a ética é um sentimento. Creio que a psicologia psicanalítica (uma contibuição psicológica ao problema ético) tem algo interessante para dizer. A psicanálise postula que o sentimento de identidade do ego se forma por um mecanismo chamado identificação. Freud, num trabalho chamado Projeto de Psicologia, afirma que um dos primeiros reconhecimentos do sujeito é o do semelhante, por identificação (um mecanismo muito importante em muitos enunciados psicanalíticos). A identificação com o semelhante se efetua em condições ue podem ser favoraveis e prazeirosas para o sujeito ou marcada por violencia, dor ou qualquer outro aspecto desfavoravel. Assim, junto com a identificação se incorpora angustia, odio, etc., ou sentimentos e emoções opostas ao odio ou à violência. É também um postulado psicanalítico que existe uma espécie de força coesiva do ego que induz o sujeito a incorporar coisas que terminam por enriquecê-lo e a repelir tudo o que considera prejudicial para sí (inclusive algo que pode objetivamente favorecê-lo, mas que ele julga desfavorável). Freud denominou esta tendencia de narcisismo. Não é um conceito essencialmente negativo. A grosso modo, o narcisismo que favorece ao sujeito é um narcisismo de vida ou vital e cuando o desfavorece se chama narcisismo de morte ou tanático.

Todos sabemos que a etologia diz que existe um instinto vincular no ser humano (que a psicanálise reconhece como relação de objeto). A vinculação é instrumentada desde os primeiros contactos com a mãe. Quando se dá uma relação em que predomina a calidez, o carinho e a segurança, o futuro adulto forma bases para uma boa vinculação com os outros (o semelhante). Quando a relação se estabelece com experiências dolorosas, a vinculação se compromete. A gente pode inferir o sentimento ético do paciente em tratamento em função dessa vicissitude. O narcisismo é para o ego algo parecido ao instinto territorial de certos animais. Quando a pessoa se sente invadida, tende a repelir o invasor. A vinculação tem muito que ver com as identificações do individuo ao longo de sua vida e forma a base de seu sentimento ético. Creio que não é tudo, mas parece uma boa contribuição para o estudo histórico e psicológico do sentimento ético.

Esta foi nada mais que uma síntese à qual falta muita coisa e com excessiva generalização. Espero que sirva para intercambiar opiniões.

Marco A. Andrade
logos@pccp.com.ar


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Problema dos acentos
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 24/11/2000 22:26

-----Mensagem Original-----
De: "Luiz Ferraz Netto"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Sexta-feira, 24 de Novembro de 2000 20:43
Assunto: Re: [ciencialist] Problema dos acentos

> c) Pergunta particular aos usu�rios do FrontPage: Onde, por cargas d'�gua,
> est� o 'travess�o' para colocar nos textos?
> Como eu n�o o acho no FP tenho usado "---" e quando copio o travess�o do
> Word, ele aparece no FrontPage como "3/4". Se vcs lerem meus textos no
> imperd�vel, maravilhoso, the best ............. etc. site, ir�o encontrar
> em v�rios lugares esses "---" ou "3/4".

Em primeiro lugar selecione a fonte Symbol.(onde normalmente aparece
"default font"). A seguir pressione "Ctrl+Alt+8" e o travess�o surgir�.
Perceba que se voc� fizer isso no Outlook em "texto sem formata��o"
aparecer� �. Selecionando este � (ou mesmo aquele que veio do Word) no
FrontPage e ao modificar a fonte de "default" (ou outro tipo qualquer) para
"Symbol" aparecer� tamb�m o travess�o. A maioria dos meus textos no
quase-imperd�vel, quase-maravilhoso, quase-the-best..... etc. site, tamb�m
cont�m esta imperfei��o, pois aprendi isso muito recentemente.

Por falar no quase-imperd�vel, quase-maravilhoso, quase-the-best... etc
site, fiz ligeiras modifica��es hoje na p�gina de Links promovendo algumas
pequenas corre��es e adicionei um link para outro quase-imperd�vel etc site
do J.M.Miranda, o "Nonio.com". Vide
http://sites.uol.com.br/albmesq/EduSup/links1.htm em "Sites Informativos"
com a descri��o "Not�cias sobre Ci�ncia e Tecnologia".

Se mais algu�m da Ciencialist tiver um site relacionado � tem�tica do
quase-maravilhoso, etc. site, e quiser fazer parte do meu rol (se � que j�
n�o faz) de outros quase-maravilhosos sites, ao lado do maravilhoso etc site
do L�o, � s� dar um al�. A tem�tica principal �: "Ci�ncia", "Filosofia da
Ci�ncia", "Novas Teorias", "Educa��o Superior", "Internet e Universidade" e
temas relacionados.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Problema dos acentos
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 24/11/2000 22:55



Luiz Ferraz Netto wrote:
>
> As três mensagens do JM^2 chegaram perfeitas. Após todas essas explicações
> técnicas, ficaram faltando:
>
> a) Onde e como de localiza esse campo que permite a seleção do "charset ="?

No Outlook Express:

Menu Ferramentas
opções
enviar
botão "definições internacionais"
idiomas da europa ocidental (ISO)


> b) Onde e como se localiza esse campo que permite 'ver' esse
> "Content-Transfer-Encoding: quoted-printable - MIME" e *altera-lo*, se
> necessário?

No Outlook Express:

Menu Ferramentas
opções
enviar
botão "definições de texto simples"
formato de mensagem :MIME; codificar texto com "quoted-printable"

Acho que é assim. Mas eu fiz os meus testes com o netscape.


> c) Pergunta particular aos usuários do FrontPage: Onde, por cargas d'água,
> está o 'travessão' para colocar nos textos?

<strike>&nbsp;&nbsp;&nbsp; </strike>

joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: ciclo de vida das mailing lists
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 25/11/2000 00:57

Uma página muito interessante que descreve o ciclo de vida das
mailing lists:

http://catalog.com/vivian/lifecycle.html

Como nascem, como vivem e como eventualmente morrem (ou não).

joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] Primeira intervenção
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 25/11/2000 08:09

-----Mensagem Original-----
De: "Marco Aurelio"
Enviada em: Quarta-feira, 22 de Novembro de 2000 18:18
Assunto: [ciencialist] Primeira intervenção

Olá Marco. Vou aproveitar que estamos entrando em mais um recesso de fim de
semana, quando as coisas aqui começam a se acalmar, para responder a sua
primeira msg.

> Tomei conhecimento da lista por intermedio da intervenção de um listeiro
> muito simpático chamado Manuel Bulcão.

Sendo assim, acho que vamos nos dar bem.

> Comecei a ler e senti simpatia pela lista. A principal razão foi a
> tolerancia da lista.

Realmente. Nada é perfeito e a tolerância acaba sendo fundamental para que a
lista atinja seus objetivos. Como a lista já está com quase dois anos de
existência, formou-se uma coletividade grupal de base, que por sinal vem
crescendo, de tal forma que quando um desses sai dos trilhos os demais
contornam a situação e o equilíbrio se restabelece. Os atritos são muitos
mas isto faz parte da arte de dialogar.

> Gostaria de saber como seriam recebidas mensagens de
> metacomunicação, ou seja de análise do discurso desde diferentes pontos de
> vista.

Sinceramente eu não sei. Particularmente, gosto do tema, ainda que não seja
a minha praia, mas sou aventureiro. E além do mais, gosto dos fundamentos ou
dos princípios fundamentais da comunicação, tanto que tento com freqüência
dar uma sapiada no como as demais áreas do saber encaram esses problemas no
sentido de aproveitá-lo de alguma forma nos meus estudos. Costumo, para
proveito próprio, e às vezes até acadêmico, dividir as áreas do conhecimento
em três grandes sub-áreas: Estrutura, Dinâmica e Comunicação. A partir
destas chego a todas as demais, assumindo uma classificação essencialmente
multidisciplinar, uma verdadeira torre de Babel.

Quanto à receptividade pelos demais, e dependendo do assunto a ser abordado,
não é impossível que lhe cobrem alguma justificativa a enquadrá-lo no que
consideram ciência e/ou em temas de interesse dos que estudam ciência. Se o
assunto envolver filosofia pura, é possível que sugiram sua discussão na
lista Acropolis. Política partidária, dogmas religiosos, preconceitos e
temas afins não costumam ser bem vistos. Quanto ao mais, é só tentar. Se a
gente sair muito dos trilhos, o Luis Brudna, nosso "moderador", com a
delicadeza que lhe é peculiar, saberá chamar a nossa atenção.

> Em toda comunicação se podem, entre outras muitas opções, situar
> dois níveis de consideração: o conteúdo da mensagem e o aspecto puramente
> comunicacional. Em muitas mensagens o conteúdo supera o nível
> comunicacional pela correção do pensamento que se manifesta. No entanto,
> em algumas ponderações surge um discurso de puro poder, evidentemente com
> falacias. Um exemplo são considerações supostamente céticas com um nível
> comunicacional profundamente religioso. Quando tentei metacomunicar, fui
> fortemente repelido, no entanto, cuando usei o mesmo tipo de estratagema,
> recebi respostas muito intensas e claras tentativas de um puro e simples
> exercicio de poder.

Nestes casos às vezes vale a pena utilizar o estratagema popperiano: "Todos
conhecem, com certeza, a história do soldado que descobriu que todo o seu
batalhão (exceto ele, é claro) estava com o passo trocado. Dou
constantemente comigo nessa posição divertida. E tenho muita sorte, pois,
regra geral, alguns dos outros membros do batalhão estão dispostos a acertar
o passo. Isto aumenta a confusão; e, como não sou um admirador da disciplina
filosófica, fico satisfeito enquanto suficientes membros do batalhão estão
com o passo suficientemente trocado uns em relação aos outros." (Popper,
1956).

> Sempre que ecentuava o aspecto puramente emocional,
> recebia respostas emocionais e notava que sempre havia quem quisesse
> "comprar a briga". Existe, entre muita genta seria, um "mundinho cético"
> que alguma dia mereceu de um listeiro a qualificação de "bitolado" que só
> vê conteúdos e ignora certos setores do conhecimento. A atitude puramente
> emotiva e de rejeição explícita, sem argumentação é uma das
> características do discurso "fiel" (religioso). A gente não é só religiosa
> pelo conteúdo religioso do seu discurso. Qualquer conteúdo que não siga
> mais ou menos rigorosamente um método, ainda que faça afirmações que a
> ciencia apoie, se as faz buscando exercer poder ou defender uma fé cega
> nesta mesma ciencia, pode ser qualificado de religioso. A religião é
> também (quase sempre) um discurso de poder, negador de tudo o que não reze
> pelo seu catecismo e completamente intolerante.

Não sei se captei o seu pensamento mas lembrei-me de algo que escrevi há
quatorze anos: "...o homem de hoje, como regra, é sábio apenas até os sete
anos de idade. A partir de então ele passa a ser um jogador de xadrez; e
julga absurda qualquer manobra que vá contra as regras que ele próprio
criou. E qualquer um que jogue xadrez de maneira "errada" é taxado de
subversivo, ou de criança, ou então não entende nada do assunto. E se de
alguma forma este agente subversivo conseguir modificar as regras, as coisas
começam novamente, seguindo as mesmas trilhas, apenas que com novas regras.
E se você continuar aceitando as regras velhas, dirão que você está
esclerosado ou, então, que passou para a segunda infância."

> Uma resposta do FCB que eu recebi dizia que a instituição
> tinha um número suficientemente grande de argumentos para considerar a
> psicanálise uma pseudociencia e, por tal motivo, não aprovariam certas
> mensagensa minhas.

Creio que leram Popper sem o entender. Assim como os positivistas do século
passado leram Kant e não o entenderam. Isso é muito comum. Na minha praia
tem muita gente que se diz seguidora de Newton e, como tal, "não faz
hipóteses". E eu fico pensando com os meus botões: Que Newton seria esse? Se
insistir, eles chegam a me mostrar um texto de Isaac Newton onde realmente
ele afirma que não faz hipóteses. Algo escrito há mais de trezentos anos, no
contexto da época e num latim que posteriormente foi traduzido para o inglês
e daí para o português. E os meus botões me questionam: O que significava
hipótese para Newton? O que seriam seus princípios? E as dezenas ou centenas
de conjecturas que levantou em sua Óptica? E eu acabo concluindo que meus
botões são mais sábios que muita gente que anda por aí vendendo sua
sabedoria.

> Entendi (pode ser que de modo equivocado) que o tema já não era
> vigente. Assim que entendi que não devia tomar o tempo dos membros da
> lista com mensagens pseudocientíficas. O pior é que noventa por cento dos
> artigos mencionados no FCB criticavam enunciados não psicanalíticos como
> se fossem psicanalíticos. É uma pena que se divulgue tanta informação
> errônea e se rejeite a correção. Creio que é prejudicial para o progresso
> do conhecimento que se insista em ignorar certos setores do conhecimento
> (como a teoría da comunicação e outras coisas que possam interessar e que
> podem ser defendidas como não pertencentes ao grupo das pseudociencias).
> Quem sou eu para ir contra o regulamento (explícito ou implícito) de
> determinada lista? É lógico que, por uma questão de coerência, não se diga
> que o debate é livre, se, em realidade, não é assim.

Pelo visto não é. Pelo visto, estão jogando xadrez. E você está querendo
mudar as regras do jogo. :-))

> Cumprimento a todos e entro na dança.

Pois espero que as nossas regras sejam menos bitoladas e não o aborreçam
tanto. De qualquer forma, alguns irão encrencar com a "sua" psicanálise. Mas
não liga não. Aqui ninguém aceita as minhas teorias mas de certa forma me
respeitam bastante. E eu acabo me sentindo bem e não vejo a hora de ligar o
meu computador para trocar figurinhas com os sábios da Ciencialist.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Problema dos acentos
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 25/11/2000 09:37

N�o posso mais agradecer �s informa��es pois o LRB t� de 'olho'! Como o LRB j� faz p�ginas maravilhosas e destrincha o FP ele n�o tem esses problemas de 'meros principiantes'.

O travess�o (via simbol, Ctrl+Alt+8) ajudar� bastante.
Outra coisa, eu uso a font arial-12 pontos em todos meus textos mas, o 'default' fonte padr�o sempre fica na espreita e se bobear, na hora de visualizar o texto l� est� o indesej�vel 'fonte padr�o' (tenho v�rios inconvenientes desse tipo no majestoso, hom�rico, avassalador etc. site). J� tentei ajustar o FP para ficar como 'fonte padr�o' o arial-12pontos ... e ele insiste em retornar ao default.

Essas informa��es, tais quais aquelas do JMM, apesar de off-topic, s�o importantes para aqueles que, al�m de participarem do ciencialist, dedicam-se � divulga��o, exposi��o e dilata��o de id�ias na via virtual.

Essa express�o 'dilata��o de id�ias' n�o � fortuita, � a que sempre usei para alunos que perguntavam (e perguntam ainda!) "Professor, pr� que servir� isso que estou aprendendo, durante minha vida ou futura profiss�o? Ser� que sendo m�dico vou usar 'estrutura alg�brica de an�is abelianos'?".

Dif�cil fazer os jovens entenderem o processo discreto da aprendizagem. N�o 'enxergam' a evolu��o das id�ias em saltos ou patamares de pequenas extens�es. E continuamos tentando!

[]'
L�o
============



SUBJECT: Infidelidade: A safadeza está nos genes?
FROM: "Raul Sturari Jr." <raulsturari@ig.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 25/11/2000 11:20

Infidelidade: A safadeza está nos genes?
Quarta, 28 de Fevereiro de 2001.

Quantas vezes você já se perguntou: "Por que diabos ele tem de ficar de olho em toda gostosa que aparece pela frente?". Uma corrente que estuda o comportamento humano a partir de sua origem biológica, a tal chamada psicobiologia, defende uma polêmica teoria sobre a questão. Segundo esses especialistas, a "safadeza" masculina pode ter explicação científica, e o fascínio deles por peitos, bundas e corpos diferentes seria provocado por um desejo natural, independente da vontade.

"Essa corrente acredita que os homens têm necessidade de espalhar seus genes para garantir a reprodução da espécie, por isso a troca frequente de parceiras", explica o psicólogo Otávio Campregher Júnior.

Segundo essa teoria, o homem buscaria, desde os tempos ancestrais, fecundar o maior número de "fêmeas" possível para garantir a preservação da espécie. As mulheres, por sua vez, procuram um "macho" que, depois de fecundá-la, permaneça ao seu lado para proteger a "cria".

Além disso, o homem valorizaria mulheres que têm características físicas que parecem garantir a sobrevivência da prole. Assim, as que têm bumbum grande (ancas que garantem um bom parto) e seios fartos (alimentação abundante para a cria) seriam os alvos preferidos dos homens. Já as mulheres deixariam a aparência em segundo plano e dariam preferência por um macho de poder, que demonstra força para proteger seu filho.

Mas, antes que você fique de cabelo em pé, um aviso: essa teoria não é salvo conduto para ele sair por aí atrás de toda "fêmea" que vê pela frente. Afinal, ao contrário dos outros animais, o ser humano é capaz de pensar e avaliar as consequências de suas ações, e a cultura da sociedade ocidental não aceita o comportamento poligâmico. Além disso, quem disse que você não pode ter os mesmos desejos que ele?

Há quem ache essa teoria uma grande balela. Para a antropóloga Maria Filomena Gregori, não há nada que justifique a traição masculina na nossa sociedade. "O que há é uma maior tolerância com a poligamia masculina."

A necessidade de se afirmar como macho pode estar por trás da obsessão por várias mulheres, explica outra antropóloga, Maria Coleta Oliveira, da Unicamp. "No ocidente é comum encontrarmos na socialização masculina a idéia de provar ou reafirmar que se é homem de verdade pelo fato de fazer muito sexo. Em várias situações documentadas por pesquisas, penetrar com sucesso é mais importante, porque é prova de virilidade, do que o sexo com a parceira."


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SUBJECT: RES: [ciencialist] Humanidade : salvacao ( e-mail historico )
FROM: "Rodrigo Frizzo Viecilli" <philox@zaz.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 25/11/2000 12:56

Baseado nisso o cristianismo tambem poderia ser a solucao da humanidade,
apenas com uma "explicação" diferente.
O que é mais importante, se o genismo é o unico caminho pra salvaçao da
humanidade: contrariar e punir (até com a morte) um não genista ou
converte-lo ao genismo? Converte-lo ao genismo, pelo que vc propoe,
bloquearia a seleção. E matá-lo seria contra a preservação dos genes e
contra o quinto mandamento do genismo.
Nesse sentido, se o problema é "memético" , o catolicismo eh muito mais
eficiente, já que preserva a vida sem necessidade de seleção.
Quanto ao exemplo do ciúmes, a argumentação é fraquíssima. Primeiro, porque
um indivíduo ciumento pode preservar mais o seu "patrimônio", conforme a
circunstância. Isto pode ser e é efetivamente em alguns casos uma
característica positiva para a procriação da espécie (um bom exemplo é que
para relacionamentos o ciúme em algum grau pode mostrar o quanto se gosta de
alguém). Segundo, porque um problema "memético" não pode ser resolvido
apenas com seleção genética, mesmo porque não temos uma correlação direta
comprovada entre um gene e um sentimento qualquer.

Por favor, pare com essas mensagens ridículas para esta lista e desista
deste besteirol, porque JA ENCHEU O SACO. Crie uma lista de genistas ou seja
o que for, mas longe daqui.


Rodrigo, que vai sair da lista se continuar essa baboseira de TGBD e
genismo. Já passou dos limites.



-----Mensagem original-----
De: JH Home Page [mailto:jh-hp@ieg.com.br]
Enviada em: Sexta-feira, 24 de Novembro de 2000 17:12
Para: ciencialist@egroups.com
Assunto: Re: [ciencialist] Humanidade : salvacao ( e-mail historico )


Você é mesmo muito inteligente e sua idéia foi o Maximo mas tenho algumas
duvidas.

-Você já pensou que essa "tecnologia" de retirar sentimentos nas pessoas
poderia ser usada como meios terroristas e acabar com a raça humana?

- Poderíamos dessa forma descobrir ou criar um novo sentimento?

- Uma pessoa que não tivesse mais o sentimento de ciúmes não conseguiria
senti-lo? Desperta-lo? Tem certeza que mesmo querendo alguém não conseguiria
sentir ciúmes?

Por enquanto é só e parabéns.
-----Mensagem Original-----
De: Joao Carlos Holland de Barcellos
Enviada em: Quinta-feira, 23 de Novembro de 2000 10:01
Assunto: [ciencialist] Humanidade : salvacao ( e-mail historico )



Humanidade : salvacao ( e-mail historico )
=====================
Por : Joao Carlos Holland de Barcellos ( jocax@usp.br)
em : 23 de Novembro de 2000

(Anotem a data, eh um email historico.)

Com autoproclamado titulo de o messias do terceiro
milenio, venho aqui agora cumprir minha missao :
Apontar o caminho da salvacao. Cabera aos bons e
aos justos segui-lo.

Para que o leitor, pouco familiarizado com as ideias Darwinianas
sobre evolucao, possa compreender meu texto, farei uma pequena
introducao da teoria evolutiva.


1-Um pouco de Neo-Darwinismo
----------------------------

A compreensao da natureza de todo organismo vivo esta na
essencia intrinseca deste organismo de perpetuar seus genes.

A evolucao dos seres vivos passa por um processo que podemos
chamar de ciclo evolutivo, simplificadamente:
gene -> mutacao ou nao -> fenotipo -> selecao -> gene

Os genes sao intrucoes codificadas, via DNA, que podem produzir
um fenotipo. O fenotipo eh o corpo do ser vivo, sua estrutura
fisica.

A expressao dos genes sofrem influencia do meio ambiente mas,
considerando-se um ambiente medio, ou mesmo ideal, poderemos
supor que os genes determinam diretamente a estrutura do organismo.

O novo ser carrega a informacao genetica que herdou de seu(s)
pai(s). A transmissao eh digital ou seja os genes sao transmitidos
exatamente como estavam no corpo de seus pais : Digitalmente.

Eventualmente, contudo, durante o processo reprodutivo,
um ou alguns dos genes podem sofrer mutacao e passar uma
caracteristica diferente das de seu(s) pai(s).

O gene mutante pode conferir uma nova caracteristica vantajosa
ou nao ao seu portador. Uma caracteristica eh considerada
vantajosa se ela traz algum tipo de vantagem seletiva ao
organismo, isto eh, em ultima instancia, se esta caracteristica
aumenta a probabilidade do organismo perpetuar seus genes.

Podem ser varias as caracteristicas que aumentam as chances
do organismo pepetuar seus genes: Um aumento da inteligencia,
da forca, da resistencia aas doencas, da capacidade de perceber
predadores, na capacidade de conseguir alimentos, na sua
capacidade de reproducao etc...

Costuma-se reunir todas estas caracteristicas na sentenca:
"capacidade de sobreviver". Mas isto traz uma ideia erronea
pois a capacidade de sobreviver nao implica necessariamente
na capacidade de perpetuar os genes. Mas nao deixa de ser
uma caracteristica muito importante nesta funcao perpetuativa.

Se o gene mutante eh vantajoso, neste sentido darwiniano,
dizemos que o organismo possui uma vantagem seletiva ( ou
vantagem evolutiva) sobre os demais. E, sendo assim, este gene
tem uma probabilidade grande de se disseminar pela populacao e,
com o passar das geracoes, ele podera fazer parte do genoma
da especie.

Temos entao um passo evolutivo: A especie evoluiu, incorporou
no seu genoma uma nova caracteristica ( ou mudanca de uma
antiga ) que ateh entao nao possuia.

Se nao fossem as mutacoes ateh hoje a vida nao passaria de
uma proto-bacteria.

Devemos perceber que o que filtra as caracteristicas do organismo
eh a capacidade de perpetuar seus genes no meio ambiente em
que ele vive. A interacao do organismo neste ambiente eh que vai
definir quais as caracteristicas ( genes ) que sobreviverao
ou perecerao neste meio.

Se pudermos, artificialmente, mudar o ambiente, por exemplo,
poderemos favorecer genes que de outra forma nao sobreviveriam
ou mesmo desfavorecer outros que soh sobreviveriam no ambiente
original.

A forca do ambiente sobre o genoma, moldando-o e, eventualmente
alterando-o, chama-se de *pressao seletiva*. Dependendo da
pressao seletiva alguns genes serao favorecidos para sobreviver
e outros nao. A caracteristica da especie depende portanto
da pressao seletiva a que ela eh submetida.

O entendimento do exemplo a seguir eh de suma importancia
para o entendimento da teoria que se seguira.

2-Os peixes das cavernas escuras
--------------------------------
Existem peixes que habitam lagos em cavernas onde nao entra luz.
Estes peixes tem uma caracteristica interessante : tem olhos
mas sao cegos.

Porque sao cegos?
Devemos supor que os primeiros peixes habitantes destas
cavernas foram levados talvez por alguma tempestade ou
furacao, ou canal, isolando-os de seu meio ambiente de
origem. Eh natural, entao, supor que todos tinham a capacidade
visual original intacta.

Mas a capacidade da visao pode depender de dezenas ou mesmo
de milhares de genes para sua plena funcionalidade.

Num ambiente normal, onde ha luz, se porventura nascer um
peixe que tem sua capacidade de visao degenerada por uma
mutacao em um dos muitos genes da visao, este peixe dificilmente
sobrevivera e, assim, tambem nao conseguira passar este
gene mutante para a proxima geracao.

Isto quer dizer que a pressao seletiva, num ambiente com luz,
ira agir no sentido de preservar a capacidade visual.

Peixes mutantes que nao enxerguem terao uma sensivel desvantagem
seletiva e estes genes mutantes nao serao preservados.

Mas isso nao acontece num ambiente de uma caverna escura:
Como a capacidade visual nao pode ser utilizada pelos peixes
que habitam seu interior, qualquer mutacao em qualquer dos
genes responsaveis pela visao nao serao percebido pelos
peixes.

Nao ha uma pressao seletiva para que os genes mutantes
da cegueira sejam extintos. Os peixes que nascem cegos e os
peixes que enxergam tem a mesma probabilidade de sobreviver
neste ambiente escuro !
Para que a capacidade visual pudesse ser preservada, nao
poderia acontecer nenhuma mutacao malevola em nenhum dos
muitos genes que codificam o aparelho visual.

Eh previsivel entao que, com o decorrer das geracoes,
cada vez mais genes da visao sofram mutacoes, sem que exista
uma pressao seletiva para preserva-los, pois os peixes
cegos tem a mesma probabilidade de sobreviver que os peixes
nao cegos neste ambiente escuro.

Deste exemplo poderemos derivar duas regras :

- Na ausencia de uma pressao seletiva para um dado traco
(caracteristica fenotipica), este traco tende a perder sua
funcao ou mesmo desaparecer.

- Quanto maior o numero de genes envolvidos em um dado traco,
que deixa de sofrer a pressao seletiva para se manter,
mais rapidamente este traco ( caracteristica ) deixara
de existir.


3-O Homem
----------

Muitas caracteristicas que os genes nos conferem nao sao
fisicas, mas psicologicas. Por vivermos em sociedade, praticamente
desde o aparecimento de nossa especie, eh natural que muitas
destas caracteristicas tenham sido moldadas para o convivio
social.

Isto significa que muitos genes agem no sentido de
facilitar a harmonia social, sobrepondo, muitas vezes,
o impulso gerado por outros genes mais primitivos.

Entre estes tracos psicologicos
podemos destacar nossos impulsos instintivos :os sentimentos.

Costumo dizer que quando toda a populacao tem uma determinada
caracteristica, entao esta caracteristica deve ter uma forte
influencia genetica. Assim, considero tracos geneticos: A fome,
a dor, a sede, a raiva, o ciumes, a vergonha, o amor, a ambicao,
a vinganca, a inveja etc....

A maioria dos impulsos sao ativados como uma reacao a estimulos
externos, provindos do meio ambiente, de nossa interacao social.

Devemos ter sempre em mente que cada um destes sentimentos,
cada impulso instintivo, assim como cada caracteristica fisica,
existe por que de alguma forma auxiliou ( e ainda deve auxiliar)
o portador destes genes a perpetua-los ( sobreviver e passa-los
para a proxima geracao).

Como conclusao podemos dizer que tais sentimentos, que geram
impulsos para a acao, nao existiriam se nao existisse uma
pressao seletiva que os mantivesse, ou, de outro modo, se nao
houver uma pressao seletiva para mante-los eles deixaram de
existir.


4-Os Memes
----------

O Homem eh um ser memetico. Sofremos a influencia de memes
( ideias, cultura ) que podem ser tao variados quanto possiveis.

Os genes permitiram, atraves de um cerebro poderoso
e grande, que pudessemos sofrer a influencia destes memes.

Esta capacidade nao foi sem razao : atraves dos memes podiamos
nos adaptar e sobreviver de forma extremamente rapida a problemas
de sobrevivencia, (na verdade problemas de perpetuacao genetica),
sem que estas informacoes precisassem ser codificadas no genoma
(como ocorre na maior parte das outras especies ).

Alem do mais, a solucao encontrada por um individuo, para
um dado problema, poderia ,via meme, passar para proxima
geracao sem que a roda tivesse que ser re-inventada.


5-A Gemetica
-------------

Podemos perceber que, mesmo estudando o homem apenas
sob o ponto de vista genetico, observamos varios conflitos
geneticos que podem variar desde doencas hereditarias ateh
os que sao devido a necessidade de adequacao social como por
exemplo o respeito ao territorio alheio versus o desejo de
ocupacao; A libido versus respeito.

Em geral, um conjunto de memes especificos para a adequacao ao
convivio social eh criado para normatizar o comportamento em
sociedade. Este conjunto de memes eh chamado de codigo de Etica.

A maioria dos conflitos, contudo, sao gemeticos (genes X memes),
sao conflitos entre os impulsos e desejos codificados nos genes
e os absorvidos pelo cerebro, via memes atraves de um codigo
etico.

Eh uma batalha muitas vezes cruel e dolorosa.
Quando esta batalha eh vencida pelos genes, em detrimento
dos memes eticos, podera sobrevir um sentimento punitivo
(vergonha, remorso, arrependimento) que, dependendo de sua
forca podera evitar uma repeticao do ato.

Quando a batalha eh vencida pelos memes, em detrimento dos
impulsos geneticos, podera emergir outros sentimentos tambem
de carater punitivo ( frustracao, tristeza ), sinal as vezes,
que os memes nao estao muito adequados.

6-Genismo
---------
Os conflitos gemeticos nao podem ser minimizados aa curto
prazo via genes. Mas isso pode ser conseguido via memes.

Uma pergunta natural eh : Qual o meme que minimiza o conflito
gemetico?

Para minimizarmos os conflitos gemeticos propus um meme
chamado Genismo que eh doutrina que estabelece que devemos
agir visando nossa perpetuacao genetica.

O Genismo propoe que assumamos nossa condicao de maquina
de perpetuar genes (que eh o que realmente somos).
Agindo desta maneira estaremos integrando nossos flexiveis memes
com nossos rigidos genes.

O Genismo propoe tambem que devamos encarar nossos genes
como a nossa unica forma de transcendencia pos morte,
de imortalidade.

O Genismo encara o amor como um instinto genetico que faz
o controle de qualidade, que seleciona o parceiro cujos
genes os nossos genes "acham" mais qualificados para se
unirem para a perpetuacao.

Se tivessemos que construir maquinas biologicas inteligentes
que tivessem capacidade de sobreviver e se replicar de forma
a nao se extinguirem, o paradigma que estas maquinas
deveriam adotar, para tal intento, deveria ser o Genismo.


O Genismo eh composto, atualmente, de algumas "regras de bolso"
que eu chamei de os 5 mandamentos:
1- "Os Genes te criaram e a eles vc deve servir"
2-"A felicidade é trilhar o caminho da perpetuação genética"
3-"Deus nao existe e o único modo de transcender a morte
é através de seus genes, principalmente em seus descendentes"
4-"Seus genes sao seu bem mais precioso"
5- "Vc deve respeitar os genes dos outros para que
os outros respeitem os seus."


7-A Origem do Mal
-----------------
Sabemos que os seres vivos se originaram e conseguiram sobreviver
por causa do mecanismo seletivo neo-darwiniano.

Nos organismos nao sociais, os genes foram moldados a se perpetuar
com limitados mecanismos de protecao aos que sao da mesma especie.

O egoismo e todos os sentimentos e impulsos associados, que
consideramos baixos, nestas especies imperam absolutos.

As especies que vivem em sociedade, por outro lado, adotaram
mecanismos geneticos de protecao para que esta convivencia
se tornasse possivel.

Particularmente na nossa, tais mecanismos vieram, infelizmente,
via memes. Isso significa que muitos impulsos e sentimentos
geneticos considerados vis ( odio, ciume, avareza, vinganca,
inveja etc.. ) coexistem no mesmo corpo com os memes que
mostram-nos a direcao contraria. O conflito eh inevitavel.

Eh importante observar que estes, e todos os demais sentimentos,
existentes tem origem genetica. Isso significa que eles
existem por que auxiliavam, e auxiliam, na perpetuacao de nossos
genes (sobrevivencia e sucesso reprodutivo).

Costumamos estudar outras especies menos evoluidas culturalmente
por que eh mais facil isolar o comportamento genetico do
cultural. Como estas especies tem uma cultura muito rudimentar,
ou nao as tem, assume-se que seus impulsos tem origem genetica.

Os chipanzes e outras especies de macacos, por exemplo, possuem
a tatica da guerra para dominar e matar os machos da mesma
especie na disputa pela posse e ocupacao de um territorio.

Como eles nao possuem uma linguagem desenvolvida estas acoes
belicas de ataque matanca e posse devem estar encrustadas em
seus genes. Isso pode ser explicado por que tais genes de
dominacao e colonizacao aumentam as chances perpetuativas dos
genes daqueles que os possuem.

Isso significa que a barbarie, o despotismo, a dominacao
e tudo mais que nossa cultura humanista abomina devem
ser frutos do imperativo genetico perpetuativo.


8-A Salvacao
------------
Nesta sessao final deste artigo historico, proponho um caminho
para a solucao do mal intrinseco da humanidade.

Por incrivel que pareca a solucao sera indolor entretanto,
nao vira a curto prazo.

Claro que, sendo a origem do mal de caracteristica genetica,
a solucao tera que ser, de alguma forma, tambem via genes.

Para entendermos a solucao, deveremos recordar que o que
mantem todos os sentimentos imunes aas mutacoes, que sempre
ocorrem, eh a pressao seletiva.

Individuos que sofrem mutacoes diminuindo ou deixando de possuir
algum destes sentimentos, diminuem de alguma forma o seu poder
perpetuativo. Isso significa que estes genes nao serao tao
bem sucedidos em relacao aos nao mutantes.

Mas esta perda de competitividade NAO OCORRERA se este individuo
mutante possuir memes que facam o trabalho que seus genes faziam!

A pressao seletiva que faz a manutencao de todos os sentimentos
deixara de atuar se os memes fizerem o trabalho de perpetuacao
genetica que os instintos sempre fizeram !

Se a humanidade for seguidora do Genismo, a pressao seletiva
genetica deixara de ter um papel determinante na preservacao
destes genes e os sentimentos baixos irao se extinguir pois,
o que mantem um traco ativo, eh a pressao seletiva para que
ele se mantenha.

Como o Genismo zela pela perpetuacao dos genes, a pressao
seletiva para a perpetuacao genetica nao atuara no sentido
seletivo destes sentimentos : O genista tera tanta vantagem
competitiva (ou mais) quanto o egoista ( que perpetua genes
por instinto).

Vamos fazer uma comparacao. Consideremos um dos sentimentos
como por exemplo o ciumes.

Vamos comparar os homens com os peixes que vivem na
caverna escura.

A capacidade da visao ajudaria os peixes que a possuem
a sobreviver. Num ambiente escuro os peixes que nascem cegos
tem a mesma chance de sobreviver que os peixes que nascem
com a visao intacta. Isto significa que os peixes cegos nao
tem menos probabilidade de sobreviver do que os que enxergam.

Num ambiente genista tambem : os individuos que nascem sem
o sentimento de ciumes vao zelar pelos seus genes tanto
quanto os individuos ciumentos. Estes ultimos nao levariam
vantagem evolutiva sobre os genistas nao dotados de ciumes.

O genista nao cometeria um crime passional enquanto que
o nao genista ciumento poderia comete-lo.

Assim, a pressao seletiva sobre o ciumes, por exemplo,
deixaria de existir e este sentimento se extinguiria da
especie humana !!!!!!!!



Eh o fim do mal !!

O Genismo portanto eh a doutrina que podera salvar a humanidade
do mal. Nao nesta ou na proxima geracao, mas depois de varias
geracoes. Com ela os sentimentos vis se extinguiram.

[]s
jocax

(PS: Desculpem a incontrolavel falta de modestia, mas eu
me divirto muitissimo agindo dessa maneira, mais do que
meus memes podem controlar :) )


*** --- ***
Vote na decisao para configuracao da lista. Mensagens somente texto ou
HTML. Para isso use o endereco:
http://www.egroups.com/polls/ciencialist/
*** --- ***




[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



*** --- ***
Vote na decisao para configuracao da lista. Mensagens somente texto ou HTML.
Para isso use o endereco:
http://www.egroups.com/polls/ciencialist/
*** --- ***




SUBJECT: Ponte Salina
FROM: "Antonio A. J. Godoy" <prof_godoy@teracom.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 25/11/2000 14:05

Oi, povo!

Mudando de água para vinho a discussão, será que alguém tem uma explicação
convincente para o funcionamento de uma ponte salina nas células galvânicas?

Tenho tido dificuldades de encontrar explicações convincentes na literatura
científica que tenho à minha disposição.

Um abraço,

Godoy



SUBJECT: Re: [ciencialist] Ponte Salina
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 25/11/2000 15:19


De: Antonio A. J. Godoy <prof_godoy@teracom.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: sábado, 25 de novembro de 2000 14:05
Assunto: [ciencialist] Ponte Salina


>Oi, povo!
Mudando de água para vinho a discussão, será que alguém tem uma explicação
convincente para o funcionamento de uma ponte salina nas células galvânicas?<
>Tenho tido dificuldades de encontrar explicações convincentes na literatura
científica que tenho à minha disposição.<


Oi Godoi,
O problema todo é que na literatura científica não há nada de química. As notas de rodapé da Física, englobadas sob o título 'química', relativas a coisas que acontecem apenas com os elétrons periféricos dos átomos, são tão superficiais que a literatura não se preocupa com isso :-) Isso é para descontar o 'pito' que o LRB nos passou essa semana.

Mas, sem brincar com o LRB, bem no fundo, o problema está ai. Os químicos usam jargões tais como "pressão dos elétrons" e que tais e dai resulta, para a ponte salina, ou mais especificamente, para a força eletromotriz, as notórias dificuldades de entendimento. Vc não está sozinho nessa dúvida, creio que a maioria dos professores de química do ensino médio o acompanham, mas eles não se aperceberam disso, vc sim. Quando as coisas em química não vão bem, a saída é usar coisas como "existe uma 'certa tendência' dos átomos de zinco da plaqueta de perderem elétrons, para poderem formar íons de zinco".

Bem, chega de críticas e vamos às poucas sugestões.
De início, examinar qual o objetivo da ponte. Os dois eletrodos não poderiam ser mergulhados diretamente no mesmo eletrólito? Por quê? Será que fazendo assim a pilha de Daniel fica apenas mais didática? No 'acumulador chumbo/ácido existe alguma 'ponte salina'?
O interessante da coisa é que tais células (a primeira foi apresentada por Volta, em 1800; a de Daniel em 1836) foram preparadas e usadas um século antes da descoberta do elétron! No entanto, o uso do 'fluxo de elétrons' (hoje a eletrônica) expandiu-se inacreditavelmente desde 1890.
Moral da história: não é preciso conhecer a natureza de um fenômeno para fazer uso dele; mas como ajuda quando existe uma compreensão! E viva Gibbs!

[]'
Léo





SUBJECT: Re: [ciencialist] Problema dos acentos
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 25/11/2000 18:05

-----Mensagem Original-----
De: "Luiz Ferraz Netto"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Sábado, 25 de Novembro de 2000 09:37
Assunto: Re: [ciencialist] Problema dos acentos

> Não posso mais agradecer às informações pois o LRB tá de 'olho'! Como o
> LRB já faz páginas maravilhosas e destrincha o FP ele não tem esses
> problemas de 'meros principiantes'.

Olá Léo, Luis (LRB) e demais ciencialisteiros

Em msg recente (thread "Primeira intervenção", em resposta ao Marco) cheguei
a afirmar: "Se a gente sair muito dos trilhos, o Luis Brudna, nosso
"moderador", com a delicadeza que lhe é peculiar, saberá chamar a nossa
atenção."

Quero aqui enfatizar, haja vista que brinco muito, que estava sendo sincero
quanto à moderação do Luis. Recentemente o LRB deu uma "bronca", que suponho
tenha sido dirigida a mim, a menos que tenha havido outras em pvt
("incertezas" que não estou em condições de elucidar); e aceitei numa boa,
posto que havia lógica na "bronca". Aqui até bronca tem que ter lógica. :-))

Não obstante, o Léo, que com freqüência, e como eu, aceita e/ou adota o
estilo jocoso ao expor suas maravilhosas e avassaladoras idéias, interpretou
de maneira diferente. E, a menos que eu esteja errado, valorizou em demasia
o exemplo que o Luis utilizou, qual seja: "Preferencialmente, mensagens de
agradecimento devem ser enviadas diretamente para a pessoa e não para a
lista. Ou seja, mensagens do tipo: 'Obrigado fulano, isso me ajudou muito' -
'hehehehe' "

O exemplo é bom mas creio que a visão do LRB fosse outra. A verdade é que
alguns minutos antes eu havia mandado o seguinte comentário, em resposta a
uma msg do Tarcísio:

"Putz! A minha msg nem havia saído por completo da pasta "Caixa de Saída" e
a sua resposta já estava entrando na pasta "Caixa de Entrada". Você estagiou
com o Wrang? (Não sei se é assim que se escreve --Wrang-- mas como o negócio
é ser rápido (até o JMM entrou nessa, pois chegou também uma msg dele), vai
assim mesmo)."

Vocês já pensaram se a moda pegasse? E se os demais que estavam conectados à
Internet entrassem na minha brincadeira e começassem a mandar msgs sem
sentido apenas para testar se na Ciencialist seria possível as mesmas
viajarem numa velocidade igual a 300c? Haja caixa postal!!! E é por isso que
digo que a observação do LRB, a meu ver, foi muito pertinente. E ele foi
bastante delicado pois me fez ver, sem exatamente chamar a minha atenção em
público (e nem mesmo em pvt) que eu havia me excedido nas brincadeiras. E
talvez tenha utilizado um exemplo sutil com a finalidade de não me denunciar
mas que fizesse com que "eu me tocasse". Mas, talvez com isso, tenha dado a
impressão dele estar chamando a atenção de outros. O JMM também entrou na
dança pois havia enviado três msgs quase iguais e quase ao mesmo tempo. E é
bem possível que a "bronca" do Luis estivesse também relacionada a essas
msgs, e o JMM também assim entendeu ao se desculpar de seus testes.

Bem, essa foi a minha impressão, e acho que, a bem da verdade, deveria aqui
relatar.

Espero ter deixado claro que com a msg que enviei em resposta à do Marco não
estava nem contradizendo a opinião do Léo e muito menos satirizando a
seriedade de nosso moderador, pois que admiro a ambos.

> Outra coisa, eu uso a font arial-12 pontos em todos meus textos mas, o
> 'default' fonte padrão sempre fica na espreita e se bobear, na hora de
> visualizar o texto lá está o indesejável 'fonte padrão' (tenho vários
> inconvenientes desse tipo no majestoso, homérico, avassalador etc. site).
> Já tentei ajustar o FP para ficar como 'fonte padrão' o arial-12pontos ...
> e ele insiste em retornar ao default.

Sinto não poder ajudá-lo nessa dúvida.

Concordo com o restante do texto do Léo.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Humanidade : salvacao ( e-mail historico )
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 25/11/2000 19:04

Rodrigo escreveu:

>>>
----- Original Message -----
From: Rodrigo Frizzo Viecilli
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Saturday, November 25, 2000 12:56 PM
Subject: RES: [ciencialist] Humanidade : salvacao ( e-mail historico )


Rodrigo, que vai sair da lista se continuar essa baboseira de TGBD e
genismo. Já passou dos limites.

Apesar de sua mensagem ter sido dirigida para o Jocax, você acbou por me atingir diretamente. Afinal qual é a sua Rodrigo: é o dono da verdade e da Ciencialist?

>>>>

E Claudio, infelizmente, se sente obrigado a rebater:

Como você deve ter observado, tirando uma única inserção recente, nunca mais discuti a TGBD aqui na Ciencialist. E isto se deu por eu ter concluído que aqui não é o fórum mais adequado para fazê-lo, particularmente porque desta lista participam pessoas arrogantes e prepotentes entre as quais incluo você. Tudo bem, pois, afinal, tem de tudo neste mundo, e a Ciencialist é parte deste mesmo mundo . E por ser uma lista democrática, ela deve abriga-las no seu seio.

Não aceito contudo essa sua maneira deselegante e grosseira de ser, chegando ao cúmulo de chamar a TGBD de baboseira. Sugiro que peça desculpas pela sua investida totalmente fora do espírito desta lista. E caso não o faça e reconheça o seu erro, informo-lhe que, a meu ver, a melhor solução seria você se auto-afastar desta lista, tal como você mesmo colocou.

Olha aí o nível da prosa... Lamento profundamente ter de ficar escrevendo coisas como esta. Afinal, estamos aqui para discutir idéias e propostas e não para ficarmos nos agredindo emocionalmente.

Claudio Abreu



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Humanidade : salvacao ( e-mail historico )
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 25/11/2000 20:59

-----Mensagem Original-----
De: "Claudio Abreu"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Sábado, 25 de Novembro de 2000 19:04
Assunto: Re: [ciencialist] Humanidade : salvacao ( e-mail historico )

> Como você deve ter observado, tirando uma única inserção recente, nunca
> mais discuti a TGBD aqui na Ciencialist. E isto se deu por eu ter
> concluído que aqui não é o fórum mais adequado para fazê-lo,

Olá Claudio

Sem querer entrar no mérito da questão, concordo e apoio totalmente a sua
revolta.

E aos demais:

Todos são testemunhas de que o Claudio aceitou com galhardia as regras do
jogo impostas consensualmente por uma maioria da qual não fiz parte mas
aceitei, como democrata que procuro ser. E não fiz parte pois, ainda que
sentisse que a Ciencialist não seria o local apropriado para discutir
*detalhes* da tgbd, acreditei ser possível levar as discussões para o
terreno da demarcação da ciência, usando a tgbd como o exemplo típico de uma
teoria que poderia estar nas fronteiras da ciência.

E o Claudio aceitou essas regras que procurei adotar, tanto que discutimos
bastante sobre metafísica e epistemologia (vide
http://sites.uol.com.br/albmesq/Dialogos/tgbd.htm ), o que acredito ter sido
útil para a maioria. Nosso diálogo, reproduzido na página Web acima
indicada, é muito mais uma discussão sobre filosofia da ciência do que sobre
esta ou aquela teoria.

Apesar disso, não creio que ninguém aqui na Ciencialist tenha questionado a
cientificidade da tgbd mais do que eu. Tudo isso dentro de um clima muito
grande de cordialidade e respeito que tenho pelo Claudio Abreu como
teorizador. Respeito esse extensivo ao Rodrigo conforme expus recentemente
(11/11/00) nos seguintes termos: "...sempre nos surpreende com msgs de
valor."

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Ciencia forense e afins
FROM: "Peterson L. S. M." <peterlsm@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 25/11/2000 21:02

Cuiabá, 25 de Novembro de 2000.

Como é minha primeira mensagem, vou fazer uma apresentação.
Estudei Física por algum tempo com um doutorado nesta ciência, mas
por motivos pessoais acabei interrompendo o aprendizado e continuei
como autodidata. Atualmente estou bacharelando em Direito e continuo
meus estudos em Sociologia e Ciência Política através de um projeto de
extensão promovido pelo Círculo dos Pensadores do Direito de Cuiabá,
por professores da UFMT.
Sou um adepto da Teoria Crítica do Direito, e em alguns casos na
forma dos entusiastas do movimento do Direito Alternativo como o
desembargador Amilton Bueno de Carvallho, procurador prof. Lênio Luis
Streck, Afrânio Silva Jardim e demais pensadores do modelo na
Associação de Magistrados do Rio de Janeiro, da Dinamarca, Itália,
França, Argentina (países onde há mais militantes).
Para mim, na maioria dos casos, o método científico é certamente o
mais indicado na conquista eficaz de um objetivo ou na busca da
compreensão de um fenômeno.
Sem dúvida, a metodologia das Ciências Sociais não é a mesma que
da Ciências Naturais. Dois mais dois serão quatro em qualquer lugar do
mundo, por outro lado não existe um "modelo" único de sociedade que
seja, lato sensu, comprovadamente melhor ou pior. O que temos é muita
especulação e presunção, mas pouquíssimas predições ou leis (se é que
podemos usar esse termo ao analisar as sociedades) definidas.
Agora eu vou sugerir um assunto.
Especialmente em tratando-se do Direito, e analisando-o como
ciência (ou seja, considerando seu contexto dentro da Economia,
Administração, Sociologia, Política, Psicologia, Educação, etc.) nós
temos graves problemas com um dos princípios básicos do método
científico: a busca da contradição de seus próprios modelos. No
Direito, o domímio ideológico de um Positivismo tradicional e
dominante procura, na maioria das vezes, transmitir o direito sem que
lhe mostre qualquer imperfeição.
Por outro lado, a crise da epistemologia e da hermenêutica
jurídica é evidente ao se considerar nossa realidade social e a função
do direito como instrumento de pacificação dos conflitos sociais.
Tomar o Direito apenas stricto sensu poderia fazer isso paracer uma
falácia de argumento de consequências adversas(1), mas estou tomando-o
aqui como ciência no sentido amplo.
Gostaria de comentários sobre o tema proposto.

Peterson Leal.
www.coluna3.hpg.com.br
===========================
(1) SAGAN, Carl. O Mundo Assombrado pelos Demônios, in "A Refinada
Arte de Detectar Mentiras", pag. 211, Cap. XII. São Paulo: Companhia
das Letras, 2000.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Ciencia forense e afins
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 26/11/2000 01:04


-----Mensagem Original-----
De: Peterson L. S. M. <peterlsm@terra.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: sábado, 25 de novembro de 2000 21:02
Assunto: [ciencialist] Ciencia forense e afins


Cuiabá, 25 de Novembro de 2000.

> Como é minha primeira mensagem, vou fazer uma apresentação.
Estudei Física por algum tempo com um doutorado nesta ciência, mas
por motivos pessoais acabei interrompendo o aprendizado e continuei
como autodidata. Atualmente estou bacharelando em Direito e continuo
meus estudos em Sociologia e Ciência Política através de um projeto de
extensão promovido pelo Círculo dos Pensadores do Direito de Cuiabá,
por professores da UFMT.
Sou um adepto da Teoria Crítica do Direito, e em alguns casos na<

Olá Peterson, receba minhas saudações ... e do grupo, com certeza.
De minha parte devo avisá-lo que sou um nadador aprendiz. Treino em minha praia e uso boia salva-vidas em praias alheias.
Direito é uma dessas praias alienígenas. Mas, posto essa mensagem, por decorrência 'caseira'; há certa semelhança comportamental entre vc e minha esposa. Permitam-me.
Minha esposa fez bacharelado em química na USP, aperfeiçoou-se em quimica fina e fez alguns estágios na Oxiteno(?). Findo isso, mudamo-nos para Barretos para que o Léo pudesse desfrutar o "Outono do Patriarca". E eis que, aqui chegando , a cara-metade decidiu ser promotora. Fez vestibular, passou em 2o lugar, hoje cursa o 4o ano e é estagiária no Fórun de Barretos.
Seu curso de direito está 'sendo divino', função de sua boa cabeça e lastro na metodologia científica.
E me pergunto (assim como já perguntei a ela): uai? (inglês), because, por quê?
Não entendo como pode um médico decidir tornar-se enfermeiro ou um engenheiro optar pela ex-profissão do Lula!
É como vejo vc e ela. Tudo isso que posto, decorreu de sua justificativa: "mas por motivos pessoais acabei ...".

Aqui ao lado de meu PC tem o PC dela, partilhamos a mesma impressora mas não o mesmo scanner ... e ao lado do PC dela pilhas de livros de Direito, cada um mais volumoso que outro (um tipo de concurso --- quem escreve ou copia mais um do outro!):
Direito Constitucional (Alexandre de Moraes) [770 páginas]
Curso de Direito Constitucional Positivo (Jose Afonso da Silva) [872 páginas]
Curso de Direito Constitucional (Celso Barros Bastos) [501 páginas]
Aspectos Polêmicos e Atuais dos Recursos (Eduardo Pellegrini et al.) [705 páginas]
Direito Administrativo Brasileiro (Hely Lopes Meirelles) [750 páginas]
Curso de Direito Administrativo (Celso A.B. de Melo) [720 páginas]
Manual de Direito Administrativo ( José dos Santos C. Filho) [756 páginas]
Ufa! não acabou não! isso está sobre um única cadeira! tem mais duas delas e 3 estantes! ... eu é quem me cansei de levantar essas barbaridades.

Aqui do meu lado tem coisas assim:
Demonstração Elementar da Theoria Especial da Relatividade (C. R. Hillman) (com abertura com carta de Sir Arthur S. Eddington - M.A., L. L., D. Sc, F. R. S.-) [ 62 páginas]
Introdução à Cibernética (W. Ross Ashby) [200 páginas]
Conceitos Fundamentais da Matemática (Bento de Jesus Caraça) [300 páginas]
El método de coordenadas (I. Gelfand et al.) [92 páginas]
Análise Matemática (Leonida Tonelli - escrito a mão) [ 120 páginas]
...... etc.

Percebeu!
Nem entrei no mérito da temática proposta em sua mensagem.
Seja bem vindo

[]'
Léo








SUBJECT: Re: [ciencialist] Ciencia forense e afins
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 26/11/2000 04:49

-----Mensagem Original-----
De: "Peterson L. S. M."
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Sábado, 25 de Novembro de 2000 21:02
Assunto: [ciencialist] Ciencia forense e afins

Olá, Peterson

Como o Léo já deu as boas vindas, chegou a hora do médico que virou "físico
metido a filósofo" dizer alguma coisa.

> Sem dúvida, a metodologia das Ciências Sociais não é a mesma que
> da Ciências Naturais.

Será que não é mesmo? Às vezes eu fico pensando que os cientistas
naturalistas --e creio que o positivismo favoreceu isso, ainda que o
positivismo tenha florescido em meio aos cientistas das áreas humanas--,
apossaram-se do que chamam método científico e criaram o mito de que os
demais cientistas não estavam devidamente capacitados a medir com precisão
os fenômenos relacionados a seu objeto de estudo. O que sob certos aspectos
é verdadeiro mas... quem disse que o método científico apoia-se na "regra"
do medir com precisão?

> Dois mais dois serão quatro em qualquer lugar do
> mundo, por outro lado não existe um "modelo" único de sociedade que
> seja, lato sensu, comprovadamente melhor ou pior. O que temos é muita
> especulação e presunção, mas pouquíssimas predições ou leis (se é que
> podemos usar esse termo ao analisar as sociedades) definidas.

Pois é! Você disse "temos pouquíssimas..." mas não disse que "não possamos
vir a ter". Aqui você já está falando em leis e predições, coisas essas que
lembram-me teorias. Lembro-me então daquela visão popperiana, a meu ver não
muito bem compreendida, mas "senduvidamente" :-) colocada, e a demarcar como
ciência, no sentido de conformar-se ao chamado método científico, apenas
aquelas áreas do conhecimento dotadas de teorias falseáveis.

Parece-me que Popper define o método e, a partir do método científico,
define ou demarca a ciência através de seu critério de cientificidade, a
apoiar-se na falseabilidade; a partir daí, define o cientista. Seria esta a
única maneira de relacionarmos ciência e método científico? Ora, método
significa caminho e método científico seria o caminho percorrido pelo
cientista ao produzir ciência. A meu ver seria mais lógico definir ciência e
cientistas e, a partir daí, verificar o caminho percorrido por estes. Se
percebermos que todos os cientistas assim definidos, ao produzirem
conhecimento científico, seguem um caminho dotado de traços comuns,
poderemos sossegadamente concluir que realmente existe um método científico.
E não há porque ser diferente para o biólogo, físico ou sociólogo, se é que
estes foram realmente incluídos na categoria de cientistas ao definirmos a
ciência. O problema então resume-se na resposta à pergunta: O que é a
ciência, afinal?

É chegada a hora então de fazer os meus comerciais. Ou você pensou que eu
iria dar as boas vindas sem cobrar nada? :-))

Convido então a todos, e não apenas ao Peterson, para que conheçam o esboço
de minha teoria sobre o método científico (chego apenas até as hipóteses
mas, e graças a isso, já posso falar em teoria) que está em
http://sites.uol.com.br/albmesq/artigos/metcien1.htm . Como tema
complementar a esse artigo, exponho também o que chamo "A práxis
científica", já postada aqui na Ciencialist mas que agora pode ser lida em
páginas Web em http://sites.uol.com.br/albmesq/FilCien/cap03.htm , ao lado
de outros capítulos sobre Filosofia da Ciência (vide os links anterior e
posterior pois a Home Page ainda não está funcionando para essa finalidade).
Quanto à unicidade do método científico e sua aplicação às ciências humanas,
lembro que comentei aqui a opinião do professor Severino exposta em palestra
a que assisti, e a mensagem pode ser lida em
http://sites.uol.com.br/albmesq/Dialogos/tgbd.htm#5617 (ou então na
Ciencialist, msg 5617). Comento ainda alguma coisa sobre o que denomino
"Macrométodo Científico" no item 3 do artigo "Integração
ensino-pesquisa-extensão" que pode ser lido em
http://sites.uol.com.br/albmesq/artigos/epe.htm

> Agora eu vou sugerir um assunto.
> Especialmente em tratando-se do Direito, e analisando-o como
> ciência (ou seja, considerando seu contexto dentro da Economia,
> Administração, Sociologia, Política, Psicologia, Educação, etc.) nós
> temos graves problemas com um dos princípios básicos do método
> científico: a busca da contradição de seus próprios modelos. No
> Direito, o domímio ideológico de um Positivismo tradicional e
> dominante procura, na maioria das vezes, transmitir o direito sem que
> lhe mostre qualquer imperfeição.

No início da msg falei sobre uma certa "igrejinha" dos cientistas
naturalistas, como que a empurrarem os cientistas sociais para um outro lado
e a constituírem a sua própria "igrejinha". Agora vou comentar sobre um
outro aspecto e talvez bastante relacionado e, também, à conceituação do que
seja cientista e do que seja ciência.

Por exemplo: o médico, no exercício de sua profissão, ao atender um
paciente, não está propriamente "fazendo" ciência mas "utilizando-se" da
ciência. Não obstante, a medicina precisa de cientistas médicos, caso
contrário a ciência médica estacionaria no tempo e no espaço. O mesmo deve
ocorrer nas ciências sociais. O advogado, por exemplo, ao ouvir dizer que o
médico "é um cientista", e muitas vezes nossa mídia burra assim o considera,
também quer usufruir do mesmo título; afinal, para o leigo ambos são
"doutores". Mas esse sentido de doutor é outro e não tem nada a ver com o
doutoramento obtido nos "regimes de formação de cientistas" (pós-graduação).
Não só o médico não é, por si só, um cientista, como também não é nenhum
outro especialista que não esteja no exercício da "produção de conhecimentos
científicos".

O cientista não é. O cientista posta-se como tal. Eu posso hoje produzir
ciência e amanhã utilizar-me da ciência. Neste caso, eu estaria hoje
comportando-me como cientista mas amanhã não. Se o cientista estiver
meramente aplicando conhecimentos científicos ele, enquanto tal, é um
usuário da ciência, não um cientista. Isto num sentido rígido do que seja
ciência e imposto não no sentido discriminativo mas no sentido de podermos a
partir daí conceituar o método científico. Creio que só assim poderemos
perceber que o método científico é algo comum a todas as ciências.

Digamos então que existiria um senso estrito, para o conceito de cientista,
e um senso lato, a considerar também como cientista todos aqueles que de
alguma forma utilizam-se da ciência. O senso estrito seria, então, aquele a
ser utilizado para que pudéssemos conceituar o método científico.

As variabilidades e/ou pequenas diferenças a serem encontradas entre o
caminho percorrido por cientistas de áreas diferentes, são próprias ao que
denomino micrométodo científico, mas esse ainda não escrevi a não ser em
rápidas pinceladas. Talvez o seu questionamento (contradição de seus
próprios modelos) relacione-se a esse micrométodo científico, pois é aí que
vejo aparecerem as diferenças. Mesmo assim, enxergo uma
multidisciplinaridade muito grande, razão pela qual visualizo uma divisão da
ciência de maneira diferente da tradicional, sem obrigatoriamente separar
Direito, Medicina, Física, etc. Ou seja, a divisão da ciência não deve ser
obrigatoriamente igual à divisão do ensino. Com isso consigo entender como
um físico, como você, conseguiu pular para o Direito, e como um médico como
eu, conseguiu se transformar num físico metido a filósofo.

> Por outro lado, a crise da epistemologia e da hermenêutica
> jurídica é evidente ao se considerar nossa realidade social e a função
> do direito como instrumento de pacificação dos conflitos sociais.

Pois ainda que não tenha entendido devidamente o parágrafo, parece-me que
aqui você está concordando comigo que existe uma ciência do Direito e a ser
exercida por aqueles que se propõem a produzir novos conhecimentos na área.

> Tomar o Direito apenas stricto sensu poderia fazer isso parecer uma
> falácia de argumento de consequências adversas(1), mas estou tomando-o
> aqui como ciência no sentido amplo.

É isso aí.

> Gostaria de comentários sobre o tema proposto.

Já comentei e já providenciei o guarda-chuva pois, se bem conheço a
Ciencialist, prevejo chuva e trovoada para a semana entrante. :-))

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Humanidade : salvacao ( e-mail historico )
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 26/11/2000 12:15



Rodrigo Frizzo Viecilli wrote:
>
> Baseado nisso o cristianismo tambem poderia ser a solucao da humanidade,
> apenas com uma "explicação" diferente.
> O que é mais importante, se o genismo é o unico caminho pra salvaçao da
> humanidade: contrariar e punir (até com a morte) um não genista ou
> converte-lo ao genismo? Converte-lo ao genismo, pelo que vc propoe,
> bloquearia a seleção. E matá-lo seria contra a preservação dos genes e
> contra o quinto mandamento do genismo.
> Nesse sentido, se o problema é "memético" , o catolicismo eh muito mais
> eficiente, já que preserva a vida sem necessidade de seleção.
> Quanto ao exemplo do ciúmes, a argumentação é fraquíssima. Primeiro, porque
> um indivíduo ciumento pode preservar mais o seu "patrimônio", conforme a
> circunstância. Isto pode ser e é efetivamente em alguns casos uma
> característica positiva para a procriação da espécie (um bom exemplo é que
> para relacionamentos o ciúme em algum grau pode mostrar o quanto se gosta de
> alguém). Segundo, porque um problema "memético" não pode ser resolvido
> apenas com seleção genética, mesmo porque não temos uma correlação direta
> comprovada entre um gene e um sentimento qualquer.
>
> Por favor, pare com essas mensagens ridículas para esta lista e desista
> deste besteirol, porque JA ENCHEU O SACO. Crie uma lista de genistas ou seja
> o que for, mas longe daqui.
>
> Rodrigo, que vai sair da lista se continuar essa baboseira de TGBD e
> genismo. Já passou dos limites.
>

Caros membros da lista,

entrei há pouco nesta lista e ainda não vi discussões sobre a
famigerada "TGBD", apenas citações. Confesso que possuo uma certa
antipatia a esta teoria (a começar pelo nome) todavia, como jamais a li,
prefiro evitar qualquer comentário.
Quanto ao genismo, evitara entrar nesta polêmica visto que
estava entretido com outra. Entretanto, mantive-me razoavelmente atento
ao que se comentava. Acho lamentável alguém propôr, mesmo que de
brincadeira, tal "opção de vida". Genismo tem um parente muito próximo
conhecido como *Eugenia* e um de seus colaboradores mais ilustres
atendia pelo nome de Josef Mengele.

Voltando às ciências, levanto um ponto... Tenho visto por aqui novas
teorias mirabolantes que procuram corrigir possíveis falhas naquelas
aceitas pela comunidade. Obviamente, nenhuma teoria é perfeita e erros
podem ser encontrados, porém, usando as teorias padrões, muitos
cientistas pelo mundo realizam novas descobertas, explicam novos
fenômenos ou fazem surpreendentes predições. Por que tais fatos jamais
aparecem nesta lista que, supostamente, é sobre ciências?

Quando aqui entrei esperava ter acesso a problemas ou soluções
interessantes em áreas que desconheço. É triste que a única discussão
sobre genética (o assunto da moda) que tenha presenciado seja sobre
genismo...

um abraço, Eduardo.


SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Humanidade : salvacao ( e-mail historico )
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 26/11/2000 15:51


-----Mensagem Original-----
De: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: domingo, 26 de novembro de 2000 12:15
Assunto: Re: RES: [ciencialist] Humanidade : salvacao ( e-mail historico )



Olá Eduardo e demais,

Certos assuntos, de pertinência relativa dentro da ciência, aqui propalados, já tiveram seu encaminhamento adequado: lista de discussão à parte. É o caso do Genismo e do TGBD. Esporadicamente, resultados e sinópses desses assuntos retornam ao ciencialist (berço de suas primeiras discussões, acredito). Comportamento aprovado pela maioria. Nesses eventuais retornos, de interesse a alguns (que os discutiram), não é de estranhar o comportamento de outros que, por motivos particulares, caem com todo o arsenal sobre eles; tais como:

> Por favor, pare com essas mensagens ridículas para esta lista e desista
> deste besteirol, porque JA ENCHEU O SACO. Crie uma lista de genistas ou seja
> o que for, mas longe daqui.

> Rodrigo, que vai sair da lista se continuar essa baboseira de TGBD e
> genismo. Já passou dos limites.

>Confesso que possuo uma certa antipatia a esta teoria (a começar pelo nome) todavia, como jamais a li,
prefiro evitar qualquer comentário.

>Acho lamentável alguém propôr, mesmo que de brincadeira, tal "opção de vida". Genismo tem um parente muito próximo
conhecido como *Eugenia* e um de seus colaboradores mais ilustres atendia pelo nome de Josef Mengele.

Não me cabe discutir tais 'motivos particulares', mas de minha parte, como aprecio o método das 'dilatações de idéias', continuo apreciando os esporádicos comentários de um (genismo) e outro (tgbd). Ler 'genismo' não significa aprová-lo e adotá-lo (afinal o Jocax ainda não publicou a tabela de rendimentos para seus seguidores :-)) e sim seguir a métrica do raciocínio. O mesmo vale em relação ao tgbd. Quem quiser, leia os resumos, quem quiser discutir vá para as listas apropriadas (já existentes), quem quiser 'deletá-los' que o faça. Mas, grosserias não cabem aqui!

Cabem aqui propostas/inquisições tal qual:

>Tenho visto por aqui novas teorias mirabolantes que procuram corrigir possíveis falhas naquelas
aceitas pela comunidade. Obviamente, nenhuma teoria é perfeita e erros
podem ser encontrados, porém, usando as teorias padrões, muitos
cientistas pelo mundo realizam novas descobertas, explicam novos
fenômenos ou fazem surpreendentes predições. Por que tais fatos jamais
aparecem nesta lista que, supostamente, é sobre ciências?<

Pertinente, muito pertinente. E eis o motivo da ciencialist. Cada qual que entra, que participa, que lê e não participa diretamente, tem todo o direito de postar assuntos novos, novos memes, nova interpretação etc. Faça isso! Traga-nos as idéias, novos fenômenos etc. Agradeceremos, ou melhor, particularmente agradeço.

Há o direito de criticar os temas acima, não haverá uma postura para 'elogiar' os temas aqui já postados? Já leu todas as mensagens do Alberto, do Takata etc.? Não aprecia as discussões sobre a relatividade? (eu particularmente aprendi bastante)?
Não gostou do Empuxo de Newton? Essa ciencialist produziu mais que seus próprios frutos e levou esse assunto até um jornal do Rio de Janeiro, o qual, entrando em contato comigo solicitou permissão para publicar a 'novidade' do Empuxo Inercial. Outro, distribuído gratuitamente aos professores do Brasil (o Folhetim) já está preparando o 'furo' para a próxima edição.

E, como de hábito, aproveitarei essa mensagem para mais um 'flash' mental meu:
Hoje, escrevendo o trabalho 'Curvando a água', mediante o uso de um bastão eletrizado (entrará no esplendoroso, imperdível etc. site na próxima semana --- junto com outros 22 temas de eletrostática), que utiliza da indução eletrostática para explicar a atração, veio a idéia do nêutron na cuca.
O nêutron é neutro por encerrar em seu 'miolo' cargas opostas de mesma quantidade. Mas, na presença de um próton ou de um elétron deveria sofrer o fenômeno da atração por indução ... e isso parece-me que não é o que ocorre! Que houve?

Veja Eduardo ... isso é o ciencialist! Vc deve participar e propor.

[ ] '

Léo





SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Humanidade : salvacao ( e-mail historico )
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>, "TGBD no eGroups" <tgbd@egroups.com>
DATE: 26/11/2000 19:27

Prezados Leo, Eduardo e lista,

Meus comentários sobre:

----- Original Message -----
From: Luiz Ferraz Netto
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Sunday, November 26, 2000 3:51 PM
Subject: Re: RES: [ciencialist] Humanidade : salvacao ( e-mail historico )

Leo:
"Não me cabe discutir tais 'motivos particulares', mas de minha parte, como aprecio o método das 'dilatações de idéias', continuo apreciando os esporádicos comentários de um (genismo) e outro (tgbd). Ler 'genismo' não significa aprová-lo e adotá-lo (afinal o Jocax ainda não publicou a tabela de rendimentos para seus seguidores :-)) e sim seguir a métrica do raciocínio. O mesmo vale em relação ao tgbd. Quem quiser, leia os resumos, quem quiser discutir vá para as listas apropriadas (já existentes), quem quiser 'deletá-los' que o faça. Mas, grosserias não cabem aqui!"

Claudio:
É mais ou menos tudo que penso a respeito, lembrando que o site da TGBD já está no ar. Quando uma mensagem na lista não me interessa, simplesmente não leio. Só não costumo deletar porque sou preguiçoso e meu HD está com muito espaço...risos. Mas para que grosserias? Elas não levam a nada.

Para os novos listeiros informo que eu o Rodrigo já tivemos alguns diálogos ou melhor trombadas em torna da TGBD. Quem quiser conhece-los, basta ir ao endereço:
http://br.egroups.com/files/tgbd/5.TGBD.no.Ciencialist/5.1.3.RFV.doc

O Rodrigo tem uma visão, a meu ver, excessivamente matemática do mundo. Direito dele. A minha visão já um pouco mais abrangente. Apesar de tudo, com as nossas divergências tivemos a oportunidade de termos tido dialogos ao meu ver interesssantes, com ele na posição do advogado matemático do diabo, e eu defendo aTGBD. De minha parte, acredito que consegui me sair bem. Contudo, acho que para ele não valeu a pena... Fazer o que?

Acho, realmente, que o melhor lugar para debater a TGBD é no seu site. Mas é uma pena que, contudo, ao retirar a TGBD da Ciencialist, acabei por interromper o seu debate em torno dela, para não cansar os demais da lista. E isto, confesso me dá uma certa saudade daqueles tempos conturbados...

Leo reproduz texto do Eduardo:
"Confesso que possuo uma certa antipatia a esta teoria (a começar pelo nome) todavia, como jamais a li, prefiro evitar qualquer comentário."

Claudio:
Ainda bem que o Eduardo aparenta não ser do tipo não li, mas não gostei... Realmente o nome da TGBD - Teoria Geral da Bidualidade talvez não seja o melhor em termos de marketing... Mas caso ele queira saber do que se trata, é só ir lá no site da TGBD:
http://br.egroups.com/group/tgbd

Leo:
"E, como de hábito, aproveitarei essa mensagem para mais um 'flash' mental meu:
Hoje, escrevendo o trabalho 'Curvando a água', mediante o uso de um bastão eletrizado (entrará no esplendoroso, imperdível etc. site na próxima semana --- junto com outros 22 temas de eletrostática), que utiliza da indução eletrostática para explicar a atração, veio a idéia do nêutron na cuca.
O nêutron é neutro por encerrar em seu 'miolo' cargas opostas de mesma quantidade. Mas, na presença de um próton ou de um elétron deveria sofrer o fenômeno da atração por indução ... e isso parece-me que não é o que ocorre! Que houve?"

Claudio:
Sem querer reintroduzir a TGBD na Ciencialist, mas já o fazendo... :))..
Não sei qual explicação você irá dar para a questão, mas posso lhe mostrar, do ponto de vista da TGBD, como se dá interação da estrutura de, digamos, um Deutério, igual a 1 proton + 1 eletron + 1 neutron. É o seguinte:

Um proton é um terno de quarks, onde dois up (2*2/3) e um down (-1/3), do que resulta carga +1. Um proton ea e um eletron (que faz o papel de Quarto Uno e que tem carga -1) formam um atómo de Hidrogênio (que é uma Quadra), que tem carga elétrica nula.

Um neutron é também, tal como um proton, um Terno de dois quarks down (2*-1/3=-2/3)e um up (+2/3), só que resulta carga nula. Ora um Terno procura o Quarto Uno para formar uma Quadra. E quem seria este Quarto?

Resposta elementar, meu caro Léo: é o átomo de Hidrogênio (=1 proton +1 eletron)que também tem carga nula.

De leve, como já dizia o falecido colunista social...

Leo:
"Veja Eduardo ... isso é o ciencialist! Vc deve participar e propor.
[ ] '
Léo"

Claudio:
É isso aí Léo... Mas, conforme já combinado, qualquer comentário sobre a minha proposta acima que envolve a TGBD deve ser enviada para o site dela no endereço:
tgbd@egroups.com.br

Um grande abraço

Claudio Abreu




[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Humanidade : salvacao ( e-mail historico )
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 26/11/2000 20:24

Prezado Alberto,

Realmente é muito interessante esta demarcação do que seja ou não seja ciência. Tal demarcação aparenta direcionar o comportamento da classe científica. Acho, contudo, que isto leva a discussão para longe do que para mim interessa que é o fato de uma teoria (seja ela científica ou metafísica) ser verdadeira ou não. Esta é, a meu ver, a real questão.

Se TGBD é científica ou metafísica não sei. Mas o fato é que eu acredito piamente, e cada vez mais, que ela é verdadeira. E isto para mim é o que interessa.

O período que a debati aqui no Ciencialist para mim servir para aumentar esta convicção, pois consegui enquadrar diversos casos dentro da sua estrutura, e, também, fazer várias indicações de como poderiam ser encaradas diversos assuntos. Mas depois concluí que aqui não seria o fórum mais adequado para fazê-lo. E informo que não pretendo voltar a faze-lo.

Atualmente não tenho me dedicado às atividades relacionadas à TGBD. Mas quando voltar a fazê-lo, pretendo sempre encaminhar meus textos para o conhecimento da Ciencialist, queira o Rodrigo ou não.

Um grande abraço,

Claudio Abreu

----Mensagem Original-----
De: "Claudio Abreu"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Sábado, 25 de Novembro de 2000 19:04
Assunto: Re: [ciencialist] Humanidade : salvacao ( e-mail historico )

> Como você deve ter observado, tirando uma única inserção recente, nunca
> mais discuti a TGBD aqui na Ciencialist. E isto se deu por eu ter
> concluído que aqui não é o fórum mais adequado para fazê-lo,

Olá Claudio

Sem querer entrar no mérito da questão, concordo e apoio totalmente a sua
revolta.

E aos demais:

Todos são testemunhas de que o Claudio aceitou com galhardia as regras do
jogo impostas consensualmente por uma maioria da qual não fiz parte mas
aceitei, como democrata que procuro ser. E não fiz parte pois, ainda que
sentisse que a Ciencialist não seria o local apropriado para discutir
*detalhes* da tgbd, acreditei ser possível levar as discussões para o
terreno da demarcação da ciência, usando a tgbd como o exemplo típico de uma
teoria que poderia estar nas fronteiras da ciência.

E o Claudio aceitou essas regras que procurei adotar, tanto que discutimos
bastante sobre metafísica e epistemologia (vide
http://sites.uol.com.br/albmesq/Dialogos/tgbd.htm ), o que acredito ter sido
útil para a maioria. Nosso diálogo, reproduzido na página Web acima
indicada, é muito mais uma discussão sobre filosofia da ciência do que sobre
esta ou aquela teoria.

Apesar disso, não creio que ninguém aqui na Ciencialist tenha questionado a
cientificidade da tgbd mais do que eu. Tudo isso dentro de um clima muito
grande de cordialidade e respeito que tenho pelo Claudio Abreu como
teorizador. Respeito esse extensivo ao Rodrigo conforme expus recentemente
(11/11/00) nos seguintes termos: "...sempre nos surpreende com msgs de
valor."

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Fw: RES: [ciencialist] Humanidade : salvacao ( e-mail historico )
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 26/11/2000 20:29

Prezados Leo, Eduardo e lista,

Meus comentários sobre:

----- Original Message -----
From: Luiz Ferraz Netto
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Sunday, November 26, 2000 3:51 PM
Subject: Re: RES: [ciencialist] Humanidade : salvacao ( e-mail historico )

Leo:
"Não me cabe discutir tais 'motivos particulares', mas de minha parte, como aprecio o método das 'dilatações de idéias', continuo apreciando os esporádicos comentários de um (genismo) e outro (tgbd). Ler 'genismo' não significa aprová-lo e adotá-lo (afinal o Jocax ainda não publicou a tabela de rendimentos para seus seguidores :-)) e sim seguir a métrica do raciocínio. O mesmo vale em relação ao tgbd. Quem quiser, leia os resumos, quem quiser discutir vá para as listas apropriadas (já existentes), quem quiser 'deletá-los' que o faça. Mas, grosserias não cabem aqui!"

Claudio:
É mais ou menos tudo que penso a respeito, lembrando que o site da TGBD já está no ar. Quando uma mensagem na lista não me interessa, simplesmente não leio. Só não costumo deletar porque sou preguiçoso e meu HD está com muito espaço...risos. Mas para que grosserias? Elas não levam a nada.

Para os novos listeiros informo que eu o Rodrigo já tivemos alguns diálogos ou melhor trombadas em torna da TGBD. Quem quiser conhece-los, basta ir ao endereço:
http://br.egroups.com/files/tgbd/5.TGBD.no.Ciencialist/5.1.3.RFV.doc

O Rodrigo tem uma visão, a meu ver, excessivamente matemática do mundo. Direito dele. A minha visão já um pouco mais abrangente. Apesar de tudo, com as nossas divergências tivemos a oportunidade de termos tido dialogos ao meu ver interesssantes, com ele na posição do advogado matemático do diabo, e eu defendo aTGBD. De minha parte, acredito que consegui me sair bem. Contudo, acho que para ele não valeu a pena... Fazer o que?

Acho, realmente, que o melhor lugar para debater a TGBD é no seu site. Mas é uma pena que, contudo, ao retirar a TGBD da Ciencialist, acabei por interromper o seu debate em torno dela, para não cansar os demais da lista. E isto, confesso me dá uma certa saudade daqueles tempos conturbados...

Leo reproduz texto do Eduardo:
"Confesso que possuo uma certa antipatia a esta teoria (a começar pelo nome) todavia, como jamais a li, prefiro evitar qualquer comentário."

Claudio:
Ainda bem que o Eduardo aparenta não ser do tipo não li, mas não gostei... Realmente o nome da TGBD - Teoria Geral da Bidualidade talvez não seja o melhor em termos de marketing... Mas caso ele queira saber do que se trata, é só ir lá no site da TGBD:
http://br.egroups.com/group/tgbd

Leo:
"E, como de hábito, aproveitarei essa mensagem para mais um 'flash' mental meu:
Hoje, escrevendo o trabalho 'Curvando a água', mediante o uso de um bastão eletrizado (entrará no esplendoroso, imperdível etc. site na próxima semana --- junto com outros 22 temas de eletrostática), que utiliza da indução eletrostática para explicar a atração, veio a idéia do nêutron na cuca.
O nêutron é neutro por encerrar em seu 'miolo' cargas opostas de mesma quantidade. Mas, na presença de um próton ou de um elétron deveria sofrer o fenômeno da atração por indução ... e isso parece-me que não é o que ocorre! Que houve?"

Claudio:
Sem querer reintroduzir a TGBD na Ciencialist, mas já o fazendo... :))..
Não sei qual explicação você irá dar para a questão, mas posso lhe mostrar, do ponto de vista da TGBD, como se dá interação da estrutura de, digamos, um Deutério, igual a 1 proton + 1 eletron + 1 neutron. É o seguinte:

Um proton é um terno de quarks, onde dois up (2*2/3) e um down (-1/3), do que resulta carga +1. Um proton ea e um eletron (que faz o papel de Quarto Uno e que tem carga -1) formam um atómo de Hidrogênio (que é uma Quadra), que tem carga elétrica nula.

Um neutron é também, tal como um proton, um Terno de dois quarks down (2*-1/3=-2/3)e um up (+2/3), só que resulta carga nula. Ora um Terno procura o Quarto Uno para formar uma Quadra. E quem seria este Quarto?

Resposta elementar, meu caro Léo: é o átomo de Hidrogênio (=1 proton +1 eletron)que também tem carga nula.

De leve, como já dizia o falecido colunista social...

Leo:
"Veja Eduardo ... isso é o ciencialist! Vc deve participar e propor.
[ ] '
Léo"

Claudio:
É isso aí Léo... Mas, conforme já combinado, qualquer comentário sobre a minha proposta acima que envolve a TGBD deve ser enviada para o site dela no endereço:
tgbd@egroups.com.br

Um grande abraço

Claudio Abreu




[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: gostaria de modificar meu e-mail
FROM: B®uscas <bruscas@wmonline.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 26/11/2000 22:16

gostaria de mudar o meu e-mail do newsgroup
de bruscas@wmonline.com.br
para xf1@zipmail.com.br
obrigado


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: O Sudario e a Ciencia
FROM: "sa gredo" <sagredus@hotmail.com>
TO: sagredus@hotmail.com
DATE: 26/11/2000 22:58

Ol� amigos listeiros,
Essa � a minha primeira participa��o na lista. E vem na forma de uma
d�vida:
Gostaria de saber se foi feita outra experi�ncia envolvendo o Sud�rio.
Ouvi coment�rios de que a NASA teria feito tal experi�ncia. E n�o somente
isto, mas que a nova teria tido resultados contr�rios ao obtido na do
carbono 14 feita anteriormente.
Sei que a autenticidade do pano em nada tem a ver com a prova de que existe
c�u ou inferno. Ou, menos ainda, de que Jesus teria feito algum milagre em
sua �poca.
Gostaria de saber mesmo assim se houve falha na primeira experi�ncia ou
n�o.

Agrade�o desde j� pela informa��o.

_____________________________________________________________________________________
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Clone de Deus 2
FROM: "Gabriel Antunes de Oliveira" <gabriel101@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 26/11/2000 23:20


> O Santo Sudário não era uma fraude feita com pigmentos
> que continham
> ferro, sem traços de sangue verdadeiro??

Definitivamente, não.

Leia o livro "O DNA de Deus?", de Valdez Garza. Você fica atualizado sobre
todos os testes que já ocorreram no Santo Sudário.

Um grande abraço,

Gabriel Antunes



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Humanidade : salvacao ( e-mail historico )
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 26/11/2000 23:27

-----Mensagem Original-----
De: "Eduardo Gueron"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Domingo, 26 de Novembro de 2000 12:15
Assunto: Re: RES: [ciencialist] Humanidade : salvacao ( e-mail historico )

> Tenho visto por aqui novas teorias mirabolantes que procuram corrigir
> possíveis falhas naquelas aceitas pela comunidade.

Excetuando o genismo e a tgbd, comentados nos parágrafos anteriores e que
cortei, restou como mirabolante a minha teoria. Em nome de minha megalomania
assumida e contumaz, vou aceitar para mirabolante o conceito 2 do Aurélio:
Surpreendente, espantoso. Grato então pela consideração.

Obs.: Ninguém falou nada sobre a teoria do Ozelo mas como as idéias do Ozelo
não têm sido aqui discutidas ultimamente, creio que a teoria mirabolante,
surpreendente, espantosa, quase-maravilhosa, quase-imperdível,
quase-estupenda, etc. é realmente a minha. E ela está a um clique de seu
mouse em http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/electron.html . Não
resista à tentação. :-))

> Obviamente, nenhuma teoria é perfeita...

Realmente não é. Mas a minha é mirabolante, surpreendente, espantosa,
quase-maravilhosa, quase-imperdível, quase-estupenda, etc.. E está a um
clique de seu mouse em
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/electron.html . Não resista
à tentação. :-))

> e erros podem ser encontrados, porém, usando as teorias padrões, muitos
> cientistas pelo mundo realizam novas descobertas, explicam novos
> fenômenos ou fazem surpreendentes predições.

Sim mas nenhuma faz predições tão mirabolantes, surpreendentes, espantosas,
quase-maravilhosas, quase-imperdíveis, quase-estupendas quanto a minha que
está a um clique de seu mouse em
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/electron.html . Não resista
à tentação. :-))

> Por que tais fatos jamais
> aparecem nesta lista que, supostamente, é sobre ciências?

Porque tais fatos aparecem em qualquer lugar, em qualquer jornal, em
qualquer revista científica, em qualquer newsgroup, em qualquer bate papo de
botequim. Mas apenas na Ciencialist você será devidamente informado a
respeito de teorias tão surpreendentes, tão espantosas, tão
quase-maravilhosas, tão quase-imperdíveis, tão quase-estupendas, etc. quanto
as minhas e outras que estão a dois cliques de seu mouse em
http://sites.uol.com.br/albmesq/autor.htm . Não resista à tentação. :-))

> Quando aqui entrei esperava ter acesso a problemas ou soluções
> interessantes em áreas que desconheço.

Estaria você pedindo demais? Não. Aqui na Ciencialist você tem tudo isso e
muito mais. Se não acredita visite a mais que surpreendente, mais que
espantosa, maravilhosa, imperdível, estupenda Feira da Ciências do Léo que
também está a um clique do seu mouse em http://www.feiradeciencias.com.br/ .
Não resista à tentação. :-))

E mais do que isso: Por pertencer à Ciencialist você poderá questionar
diretamente os autores destes Webs (além de muitos outros) numa boa.

Mas, se nada disso o satisfaz, e se você realmente está disposto a batalhar
para que a Ciencialist fique melhor a cada dia que passa, junte-se a nós.
Apresente também problemas ou soluções interessantes. Ou cale-se para
sempre.

[]'s

Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378



SUBJECT: Re: [ciencialist] Humanidade : salvacao ( e-mail historico )
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 27/11/2000 07:57



JH Home Page wrote:
>
> Você é mesmo muito inteligente e sua idéia foi o Maximo mas tenho
> algumas duvidas.

Obrigado, ainda bem q nao foi soh eu que percebi isso ! :-)))

>
> -Você já pensou que essa "tecnologia" de retirar sentimentos nas
> pessoas poderia ser usada como meios terroristas e acabar com a raça
> humana?

Acho q vc nao entendeu a teoria :-( .
Nenhum grupo terrorista pode impor uma doutrina em alguem sem o
consentimento deste alguem. Lembre-se "Pode-se levar um cavalo ao rio
mas nao se pode forca-lo a ter sede".
Quanto a acabar com a raca humana bom, de certa forma : SIM !
Surgiria uma outra, menos mal. Eh o q proponho.


>
> - Poderíamos dessa forma descobrir ou criar um novo sentimento?

Talvez.... Como a teoria que propus eh um meio de "concertar" o homem,
eh possivel que novos sentimentos venham a surgir.


>
> - Uma pessoa que não tivesse mais o sentimento de ciúmes não
> conseguiria senti-lo? Desperta-lo? Tem certeza que mesmo querendo
> alguém não conseguiria sentir ciúmes?


Esta pessoa nao teria mais.
Uma mutacao poderia faze-lo surgir novamente mas, provavelmente, tal
"re-mutante" , nesta sociedade "boa" poderia ser discriminado e seus
genes teriam menos chances de se popagar que os nao ciumentos.

Note q o ciumes foi apenas UM dos sentimentos que seria extirpado, e
que usei como exemplo. Junto com ele muitos outros ( cobica, inveja ,
avareza etcc) tambem seriam.

Nao eh possivel ter um sentimento sem que este nao esteja codificado de
alguma forma pelos genes.

[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] Sobre as atrocidades humanas
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 27/11/2000 08:16



Marco Aurelio wrote:
>
> João Carlos Holland de Barcellos wrote:
>
> "Isso exige não apenas filosofia, mas também história e psicologia."
>
> Creio que João Carlos se refere aos fundamentos de uma ética. É
> interessante que sempres que as pessoas se referem a genocidios,
> crimes multitudinarios ou individuais são forçados a utilizar muitos
> adjetivos ou substantivos derivados de adjetivos que implicam quase
> sempre sentimentos.Ex., atrocidade, crueldade, maldade, terrivel,
> assustador, etc. Sempre desembocamos no famoso problema do bem e do
> mal ou do que é bom e o que e mau. A ideia de que a ética é um
> sentimento é muito forte e antiga. David Hume dizia que a ética não
> tinha nada que ver com a razão. Que não se originava nela, ja que a
> razão diz o que é verdadeiro ou falso, embora algo verdadeiro possa
> ser mau e algo falso poderia até, desde determinado ângulo, ser bom.
> Há todo um capítulo na sua obra sobre o entendimento humano em que ele
> trata de refutar a falacia de uma suposta ética racional. Utiliza
> também muitas páginas para postular que a ética é um sentimento.

Ola Marco, tambem acredito que a etica tenha origem num sentimento
de justica. Mas dizer q ela nao pode ser racionalizavel, do meu ponto
de vista, eh uma extrapolacao erronea.

Veja uma discussa que tivemos sobre exatamente este tema :
Sim, Claro q para a construcao da meta-etica-cienifica ( que deveria
originar todas as eticas ) eu assumi, como principio, que se deve
buscar
a maximizacao da felicidade do grupo. Pode-se argumentar q este eh um
princio etico tambem... Que seja, mas eh o unico, assim como a partir do
principio da conservacao da energia toda(?) a fisica classica pode ser
levantada assim sera tambem para as novas eticas.

A meta-etica-cientifica poe em cheque toda dogmatizacao etica atual
e propoe uma revisao dela com base em criterios objetivos e cientificos.

Claro que nem tudo esta feito. Mas a base ja esta definida, resumindo:

Toda etica deve ter como objetivo maximizar a felicidade do grupo.

A felicidade de cada individuo eh dada pela formula :

Felicidade = Integral( Prazer(t) ) dt

Onde Prazer(t) eh um valor numerioco associado ao bem estar do individuo
no instante t ( que pode ser um mal estar ).

O prazer(t) poderia ser medido atraves do nivel de excitacao neuronal
nas
areas do cerebro responsaveis pelas sensacoes, dores e prazeres.

A medida do bem estar instantaneo eh um topico ainda em aberto.


Podemos observar, pela formula acima, que a felicidade maxima do
individuo, eh dada quando se maximiza o tempo de vida dele e
tambem do seu prazer.

Nem sempre, contudo, maximizando-se o prazer aumenta-se o tempo de vida
e
por vezes ocorre o inverso. Portanto a maximizacao da felicidade esta em
uma solucao de compromisso entre o prazer instantaneo e o tempo de
vida.

O problema principal da maximizacao do prazer do grupo surge da
constatacao
de que nem sempre o que traz mais felicidade para o individuo tambem
traz
para o grupo e, muitas vezes, ocorre o inverso.

O codigo de etica deveria entao procurar maximizar a felicidade do grupo
em
detrimento da felicidade de um individuo particular de modo q todos
possam,
sob esta nova perspectiva restritiva, ter sua felicidade maximizada.

Para q se possa comparar numericamente os efeitos que diversas acoes
causam na felicidade das pessoas, propus um tabelamento destes efeitos
no que chamei de "tabela da felicidade". Esta tabela, construida a
partir
de medicoes quantitativas da funcao prazer(t) serviria para comparar
e mesmo construir uma escala de valores de acoes ou mesmo servir
de base para a construcao de um novo sistema etico.


http://www.egroups.com/message/ciencialist/6598
http://www.egroups.com/message/ciencialist/6693

[]s
jocax
(PS: nao sei se vc percebeu que meu ultmo e-mail sobre a salvacao humana
eh exatamente a solucao para o problema das atrocidades humanas.... )


SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Humanidade : salvacao ( e-mail historico )
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 27/11/2000 09:56



Rodrigo Frizzo Viecilli wrote:
>
> Baseado nisso o cristianismo tambem poderia ser a solucao da
> humanidade,
> apenas com uma "explicação" diferente.

Acho q vc nao entendeu minha teoria.

Uma etica que simplesmente diga q vc deva se comportar de uma "boa"
maneira
nao implica que, ao longo das geracoes, os genes maus serao extirpados.

Eu mostrei que o Genismo podera levar aa extirpacao do mal justamente
por
remover a pressao seletiva que faz com que os genes egoistas possuam
vantagem
seletiva sobre os altruistas.

A recomendacao catolica :"crescei-vos e multiplicai-vos" nao implica
necessariamente em perpetuacao genetica.
Todos sabemos que uma prole muito numerosa de uma geracao pode acarretar
a derrocada das geracoes seguintes. Isto pode ocorrer justamente por
decair
a quota minima de nutrientes, educacao etc necessaria a uma
sobrevivencia
digna.

> O que é mais importante, se o genismo é o unico caminho pra
> salvaçao da
> humanidade: contrariar e punir (até com a morte) um não genista ou
> converte-lo ao genismo?

Veja bem, voce nao pode converter ninguem a nenhuma doutrina contra
a vontade desta pessoa. Alguem pode obrigar outra pessoa a acreditar que
o sol gira ao redor da terra? Quando a igreja obrigou Galileu a dizer
que acreditava nisso, ela (igreja) obviamente nao impos esta crenca a
ele.

O Genismo soh surtira efeito, para a eliminacao dos genes "maus" da
especie,
se realmente as pessoas seguirem-no *por vontade propria*. Caso
contrario
este efeito secundario e benevolo do Genismo nao vira.


> Converte-lo ao genismo, pelo que vc propoe,
> bloquearia a seleção. E matá-lo seria contra a preservação dos genes e
> contra o quinto mandamento do genismo.

Eu nunca propus matar ninguem, por favor nao deturpe as ideias.


> Nesse sentido, se o problema é "memético" , o catolicismo eh
> muito mais
> eficiente, já que preserva a vida sem necessidade de seleção.

Como expliquei acima o Genismo nao prope a morte de ninguem e nem o
catolicismo
implica em maximizar a perpetuacao genetica.


> Quanto ao exemplo do ciúmes, a argumentação é fraquíssima.

Note que eu nao disse especificamente COMO o individuo deveria proceder
para preservar seus genes talvez ateh emulando um comportamento
ciumento.

Mas com certeza nao seria matando o objeto amado como muitas vezes
ocorre
com as crises de ciumes.

> Primeiro, porque
> um indivíduo ciumento pode preservar mais o seu "patrimônio", conforme
> a
> circunstância. Isto pode ser e é efetivamente em alguns casos uma
> característica positiva para a procriação da espécie (um bom exemplo é
> que
> para relacionamentos o ciúme em algum grau pode mostrar o quanto se
> gosta de
> alguém).


Conforme a circunstancia, como disse, um crime passional pode levar a
prisao (ou morte) o que por certo nao contribuiria para a
perpetuacao dos genes do ciumento.

Com relacao aa "prova de amor" vc deve reler meu texto e verificar que o
amor deve ainda permanecer como filtro principal de selecao genetica.
Nao eh apenas atraves do ciumes que se prova o amor mas, principalmente,
atraves de acoes naturais de quem ama.

Talvez, uma coisa q vc NAO tenha observado, eh que o Genismo eliminaria
nao soh o ciumes mas, concomitantemente, todos os outros maus
sentimentos
que acompanham a especie humana. Vc nao acha isso importante?


>Segundo, porque um problema "memético" não pode ser resolvido
> apenas com seleção genética, mesmo porque não temos uma correlação
> direta
> comprovada entre um gene e um sentimento qualquer.

Definitivamente vc nao leu o texto com atencao.

Os problemas memeticos sao soluveis muito mais facilmente do que
problemas gemeticos, pois os primeiros, envolvem apenas memes, que sao
flexiveis.
Os problemas gemeticos sao mais complexos e dolorosos pois envolvem
conflitos de genes e memes.

Os piores problemas gemeticos podem ser resolvidos com a solucao genista
como propus.

A correlacao direta entre sentimentos e genes nao pode atualmente ser
comprovada diretamente pelos estudo, ainda incipiente, do genoma humano.
Mas pode ser evidenciada atraves de experimentos sociais.
Se os sentimentos fossem tranmitidos culturalmente eles tambem poderiam
ser retirados culturalmente. Nao eh o q acontece.


>
> Por favor, pare com essas mensagens ridículas para esta lista e
> desista
> deste besteirol, porque JA ENCHEU O SACO.

Eh uma pena que vc nao tenha entendido a importancia desta teoria para
a compreensao e solucao dos problemas humanos mais graves.

Eu acredito que o Genismo deve ter batido de frente com alguns de seus
memes
religiosos provocando conflitos memeticos daih este comportamento
ofensivo.

Veja que , pela teoria exposta, o Genismo tambem eliminaria estes
comportamentos agressivos ( como o seu ) trazendo a paz para a
humanidade.

[]s
jocax


SUBJECT: Re: O Sudario e a Ciencia
FROM: "Ronaldo Cordeiro [MG]" <rcordeiro@writeme.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 27/11/2000 10:52

--- In ciencialist@egroups.com, "sa gredo" <sagredus@h...> wrote:
> Olá amigos listeiros,
> Essa é a minha primeira participação na lista. E vem na forma
de uma
> dúvida:
> Gostaria de saber se foi feita outra experiência envolvendo o
Sudário.
> Ouvi comentários de que a NASA teria feito tal experiência. E
não somente
> isto, mas que a nova teria tido resultados contrários ao obtido na
do
> carbono 14 feita anteriormente.
> Sei que a autenticidade do pano em nada tem a ver com a prova
de que existe
> céu ou inferno. Ou, menos ainda, de que Jesus teria feito algum
milagre em
> sua época.
> Gostaria de saber mesmo assim se houve falha na primeira
experiência ou
> não.
>
> Agradeço desde já pela informação.
>

A "primeira experiência" na verdade foram 3. Amostras do sudário foram
enviadas em 1988 para 3 laboratórios independentes: a Universidade de
Oxford, a Universidade do Arizona, e o Instituto Federal de Tecnologia
Suíço. Foi fornecida aos laboratórios uma amostra do linho do sudário,
juntamente com outras amostras de linho de idades conhecidas
(incluindo material usado na múmia de Cleópatra) e identificadas por
números para que funcionassem como controles da experiência. Os
laboratórios foram unânimes em datar o tecido como sendo da idade
média, por volta de 1350.

Alguns defensores da autenticidade apareceram com um argumento de que
bactérias recentes, presentes no tecido, poderiam ter elevado a
quantidade do Carbono-14 e assim resultado numa data mais recente
(quanto maior a quantidade de C-14, mais recente é o material). Essa
bobagem é facilmente desmistificável pelo fato de que a quantidade de
contaminação necessária para produzir um erro de 1300 anos seria tão
grande que pesaria quase o dobro do próprio sudário (seria mais
correto dizer que teríamos bactérias contaminadas por um sudário, e
não um sudário contaminado por bactérias).

Dê uma lida em:
http://paginas.teleweb.pt/~ceptico/entradas/sudario.html

Desconheço esses testes da NASA a que vc se refere. Pelo que eu sei, o
Vaticano nunca mais permitiu que o sudário fosse testado.

No mais, muito cuidado com os defensores do "santo sudário". Eles às
vezes usam argumentos que soam impressionantes, mas que não têm
qualquer fundamento. Uma vez chegaram até a citar uma afirmação que
teria sido feita pelo Dr. Libby, criador do processo de datação pelo
C-14, criticando os testes de 1988. Só que o Dr. Libby morreu em 1980.

[]s
Ronaldo Cordeiro
Dicionário Céptico : http://www.dicceptico.cjb.net



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Humanidade : salvacao ( e-mail historico )
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 27/11/2000 10:59



Eduardo Gueron wrote:
>
> Caros membros da lista,
>
> entrei há pouco nesta lista e ainda não vi discussões sobre a
> famigerada "TGBD", apenas citações. Confesso que possuo uma certa
> antipatia a esta teoria (a começar pelo nome) todavia, como jamais a
> li,
> prefiro evitar qualquer comentário.
> Quanto ao genismo, evitara entrar nesta polêmica visto que
> estava entretido com outra. Entretanto, mantive-me razoavelmente
> atento
> ao que se comentava. Acho lamentável alguém propôr, mesmo que de
> brincadeira, tal "opção de vida". Genismo tem um parente muito próximo
> conhecido como *Eugenia* e um de seus colaboradores mais ilustres
> atendia pelo nome de Josef Mengele.

Caro Eduardo,
Obviamente vc esta palpitando sem absolutamente *nenhum* conhecimento de
causa.
Nada contra, direito seu, ateh as vezes eh bom para se fazer alguns
esclarecimentos a respeito da teoria.

Caso vc esteja interessado, eu estou armazenando as mensagens mais
interessantes sobre o tema em :www.egroups.com/messages/Genismo

De qualquer modo, o que eu gostaria de salientar eh que as pessoas,
como todos os animais, tem suas principais acoes baseadas em impulsos
e sentimentos que visam a perpetuacao de seus genes. E isto eh a base
cientifica da compreensao das atitudes humanas que eh tambem estudada
pela
psicologia evolutiva.

O Genismo quer, principalmente, que a aceitemos esta nossa condicao,
de maquina perpetuadora de genes, e ajamos de acordo com isso.
Ativando este meme, evitara que conflitos gemeticos venham solapar
nossas
vidas tornando-nos, as vezes, infelizes.

O Genismo eh uma teoria cientifica social.
Eu propus que, de todas as doutrinas que o ser humano pode adotar,
esta eh que lhe traria maior felicidade : Justamente por minimizar os
conflitos gemeticos existentes uma vez que assume que a condicao do
homem,
como de todos os seres vivos, eh perpetuar genes.



>
> Voltando às ciências, levanto um ponto... Tenho visto por aqui
> novas
> teorias mirabolantes que procuram corrigir possíveis falhas naquelas
> aceitas pela comunidade. Obviamente, nenhuma teoria é perfeita e erros
> podem ser encontrados, porém, usando as teorias padrões, muitos
> cientistas pelo mundo realizam novas descobertas, explicam novos
> fenômenos ou fazem surpreendentes predições. Por que tais fatos jamais
> aparecem nesta lista que, supostamente, é sobre ciências?
>
> Quando aqui entrei esperava ter acesso a problemas ou soluções
> interessantes em áreas que desconheço. É triste que a única discussão
> sobre genética (o assunto da moda) que tenha presenciado seja sobre
> genismo...
>

Eu acho sua frustracao eh devido ao nao entendimento da teoria.

Como vc nao acompanhou as varias discussoes sobre o tema nesta lista
( que se iniciou na mensagem 2214 ), vc nao pode compreender o grau de
abrangencia dela.

Vc poderia questionar o que vc especificamente observa CONTRA esta
teoria
e eu talvez possa ajuda-lo.

Assim, eu te pergunto :
Que pontos vc tem contra o Genismo?
De que modo vc nao entendeu que o efeito colateral do Genismo eh
a salvacao da humanidade pela eliminacao de genes anti-sociais?

[]s
jocax


SUBJECT: Manifestacoes (administrador)
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 27/11/2000 12:20


Peco desculpas por nao estar respondendo as mensagens referentes a
assuntos de administracao da lista.

Sei que muitas vezes o grupo espera um comentario para uma certa
mensagem (ou parte dela), mas isto toma muito tempo e acaba
causando mais confusao na lista.

Na medida do possivel vou tentar conduzir a lista em relacao a parte
tecnica. Prefiro nao me manifestar em relacao a
desentendimentos entre os integrantes, gostaria de acreditar que somos um
grupo de pessoas educadas que conseguem resolver as diferencas de uma
forma adequada.

Quanto a questao de acentuacao, vou continuar praticando meu tradutor
instantaneo de mails esquisitos. :) Jah me acostumei ler letras trocadas
e mails usando tecnicas de escrita onde acentos sao substituidos por H.
Soh fica ruim quando aparecem codigos muito estranhos e longos no lugar
da acentuacao... mas paciencia.

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna - administrador da Ciencialist.



SUBJECT: Tchau.
FROM: "Rodrigo Frizzo Viecilli" <philox@zaz.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 27/11/2000 14:59

Escrevo aos amigos com os quais convivi em mais de um ano de lista, com
assuntos bem agradáveis e discussões sadias, como a longa que tive com o
nobre, inteligente mas intransigente Takata, sobre cores.
Ela perdeu o seu propósito. Parece que estamos numa espécie de idade média
da lista onde "ciência", na mesma medida que o espiritismo e outras crenças
o são, nos envolvem com uma retórica supostamente elegante. Uma retórica
elegante e recheada de subjetividade, em filosofia ou em ciência, serve
apenas para camuflar os verdadeiros interesses da religião ou de qualquer
seita, dentro dos que o dominam: egolatria e política.
Tudo o que pode ser dito, seja em ciência ou filosofia, pode ser dito
claramente e objetivamente. Isto é algo que não podemos esquecer,
principalmente quando se trata de ciência.
A subjetividade leva a problemas comunicativos de primeira ordem, ou seja,
de ordem lingüística. Isto é péssimo em filosofia, apesar de ocorrer muitas
vezes em várias doutrinas. Em ciência também acontece, no entanto nesta
última temos menos problemas porque os referentes normalmente estão ligados
de forma ostensiva a objetos ou circunstâncias.
Esta é a minha opinião. Sou um homem ocupado e me é bastante desagradável
receber mensagens de uma lista que não tinha inicialmente o objetivo de
divulgar revoluções científicas partidas de um ponto de vista aéreo ou
superficial.
Tendo em vista que fracassei ao tentar provocar o repúdio coletivo dos
membros em relação a assuntos como a TGBD ou GENISMO, atacando pontos
centrais de uma lógica argumentativa que não existe ao menos fechada e
consistente em si mesma, não resta outra alternativa a não ser abandonar
este fórum e desejar aos que ficam muita paciência.

Abraço aos amigos,


Rodrigo





SUBJECT: Re: [ciencialist] Tchau.
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 27/11/2000 16:11



Rodrigo Frizzo Viecilli wrote:
>
> Escrevo aos amigos com os quais convivi em mais de um ano de
> lista, com
> assuntos bem agradáveis e discussões sadias, como a longa que tive com
> o
> nobre, inteligente mas intransigente Takata, sobre cores.
> Ela perdeu o seu propósito.

Puxa Rodrigo espero que vc volte um dia para a lista !

Eh importante todos os tipos de opinioes principalmente as CONTRA.

Eu me sinto especialmente favorecido com todos os ataques recebidos
principalmente do Takata, Andreba, Bulcao e outros que apontaram pontos
fracos ou dubios da teoria. O quinto mandamento do genismo se deve aos
inteligentes ataques provenientes desta lista !

Eu acho q vc nao deveria se excluir da lista simplesmente por nao
conseguir q os outros integrantes banissem a TGBD e o Genismo da lista.

Acho q a pluralidade de ideias eh importante para abrirmos nossas mentes
ou vislumbrarmos novos caminhos do conhecimento ainda nao totalmente
explorados.

Eu tambem nao concordo com muita teoria ( como a TGBD ) mas, a menos que
se
prove que a teoria esta errada ( coisa q eu nao consegui fazer com a
TGBD
tal a combatividade e argucia de seu perseverante criador !), eu
defendo o
direito dos que nela creem de defende-la ( enquanto existir defesa).

No mais.... boa sorte !

Abracos
jocax
(PS: E nao se constranja em retornar, da minha parte sera bem vindo !)


SUBJECT: fendas quanticas e outras coisas
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 27/11/2000 17:06

Caro Alberto

Li em seu site uma breve explicação sobre a experiência quântica das
duas fendas. Vc fala que o elétron envia uma espécie de onda de
informação [não sei se é bem isso] que causa a interferência da luz
sobre a placa fotográfica.

Gostaria que explicasse melhor isso, não precisa começar do zero, apenas
a experiência e algumas outras implicações de sua teoria.

Gostaria de saber sua opinião sobre a não-interferência quando os fótons
são observados.

Outra pergunta: Se o elétron não tem carga elétrica, o que ele tem? De
onde vem a carga elétrica?

[]s
==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
==========================================================


SUBJECT: Re: [ciencialist] Humanidade : salvacao ( e-mail historico )
FROM: "JH Home Page" <jh-hp@ieg.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 27/11/2000 18:25

Apesar de o ciume ser considerado "mal" pense nas consequencias da ausência dele... A falta de amor ou pelomenos aparentaria isso...


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]




SUBJECT: [ciencialist] Metodos cientificos
FROM: "Peterson L. S. M." <peterlsm@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 27/11/2000 19:14

Querido Alberto:
Saudações fraternais.

[Ao se colocar a frase "Sem dúvida, a metodologia das Ciências Sociais
não é a mesma que das Ciências Naturais"], você escreveu:

>> Será que não é mesmo?

Ao ler sua mensagem, confesso que me vi há uns três anos atrás,
quando eu achava que o método científico é (ou obedece) uma espécie de
padrão ou arquétipo em todos os campos de conhecimento que podem ser
estudados pelo homem. Isso se devia, em partes, ao meu conhecimento de
Física e mais do que isso, à minha pretensão de que o método das
ciências naturais não lhe era peculiar, e sim quase um arquétipo de
ritualística e procedimentalismo técnico pertinente às outras
ciências. Exatamente como você colocou em sua mensagem, e procurou
justificar (o que é idôneo).

>> Pois é! Você disse "temos pouquíssimas..." mas não
>> disse que "não possamos vir a ter". Aqui você já está
>> falando em leis e predições, coisas essas que
>> lembram-me teorias.

Mas isso é lógico! Nós temos milhares, na verdade em Direito
(ciência social lato sensu) temos, comparativamente, tanto ou mais
teorias do que nas ciências naturais, o que não quer dizer que o
método seja igual. Se fosse dois ou duas mil teorias, isso não é um
argumento para identificar um método com a outra. A assumimos isso no
sentido de que as "teorias" chamam-se, no Direito, de Doutrinas (eu
chamaria isso de honestidade, em reconhecimento à natureza objeto
estudado em confrontação com a realidade). Ademais, isso é uma
discussão etimológica e, francamente, eu não quero ficar aqui
discutindo o "sexo dos anjos".
É exatamente isso que ocorre quando se desvia a objetividade de
alguma coisa até suas partes ficarem reduzidas a meros subjetivismos
"filosóficos" que não contribuem muito com a realidade. Por favor, não
interprete isso como algo pessoal, apenas quero salientar que conheço
muitas das "teorias", até mesmo sobre o campo axiológico de
delimitação desta ou daquela pesquisa. Nós temos isso aos milhões em
ciências sociais. Tem inclusive aqueles que descem às minúcias de
buscar descobertas etimológicas para verificar onde podem ser
encaixadas novas "teorias" e definições sobre o conhecimento, método
ou hermenêutica. Isso pode ser muito interessante como entretenimento
filosófico e até produzir alguns "orgasmos" intelectuais.
Mas contribuir para realmente modificar a realidade social dentro
de um contexto nitidamente em crise, isso poucos sugerem em termos
práticos.

>> A meu ver seria mais lógico definir ciência e cientistas
>> e, a partir daí, verificar o caminho percorrido por estes. Se
>> percebermos que todos os cientistas assim definidos, ao
>> produzirem conhecimento científico, seguem um caminho
>> dotado de traços comuns, poderemos sossegadamente
>> concluir que realmente existe um método científico

Analisando isso como contexto basilar do pensamento que o método
das ciências naturais e sociais é o mesmo, percebe-se claramente se
tratar de uma falácia conhecida como "Afirmação do Consequente" (dizer
que A implica B, B é verdade portanto A é verdade), e portanto não
trouxe nenhuma informação prática (ou nova) no limite das ciências
naturais ou, do ponto de vista das ciências sociais, nada de relevante
(BOBBIO, Norberto. Studi per una Teoria Generale del Derecho. Torino,
G. Giappichelli, 1999).

>> E não há porque ser diferente para o biólogo, físico ou
>> sociólogo,se é que estes foram realmente incluídos na
>> categoria de cientistas ao definirmos a ciência.
>> O problema então resume-se na resposta à pergunta:
>> O que é a ciência, afinal?

É fácil dizer que não há diferença entre dois métodos quando se
conhece apenas um ramo de conhecimento a que eles se aplicam.
Analisando sob outro aspecto, é também também fácil concluir que uma
regra aplicável a um objetivo seja aplicada a um outro objetivo do
qual temos mera suposição de sua realidade ou apenas sua definição.
Vou mais adiante ainda, dizendo que é mais fácil definir do que tentar
compreender e tentar englobar dentro dessa definição a plasticidade de
uma coisa que talvez gostaríamos que fosse mais compreensível e
empírica. E então nos tornamos reducionistas e positivistas. Mesmo
dizendo que o positivismo tenha se "apossado" (?) do método científico
["creio que o positivismo favoreceu isso, ainda que o positivismo
tenha florescido em meio aos cientistas das áreas humanas--,
apossaram-se do que chamam método científico]" (sic) isso não torna o
que você colocou sensivel aos fatos sociais e a uma maneira mais ou
menos científica de analisar as estruturas humanas. Nem as infra nem
as superestruturas. E também não vejo como problema a criação mais
uma(!) definição de ciência.

>> No início da msg falei sobre uma certa "igrejinha" dos
>> cientistas naturalistas, como que a empurrarem os
>> cientistas sociais para um outro lado e a constituírem
>> a sua própria "igrejinha".

De qualquer forma, o que pensam ou deixam de pensar os cientistas
naturalistas realmente não importa para a questão das ciências socias,
neste particular. Seria o mesmo que físicos, biólogos e químicos
fazerem uma assembléia para discutir seus métodos (não estou falando
em pesquisas!) ou se sentirem aborrecidos porque alguns juristas
pensam que o método das ciências naturais não é o mesmo que o método
das ciências sociais. Ora, isso nós (nas ciências sociais) já sabemos
(COHN, Gabriel. Crítica e Resignação), e nossa mera opinião não iria
"empurrar" cientistas naturais para um outro lado. Não se trata de
igrejinhas. Tratam-se de fatos que precisamos levar em consideração
devido à NATUREZA do objeto estudado. Imagine a situação de um
sociólogo que, baseado nas ciências naturais encontre membros de
tribos asiáticas que dormem em pé e com uma das pernas levantadas
(esse é um fato real, e há outras diferenças gritantes de várias
sociedades, como revela um estudo básico de sociedades comparadas).
Esse "sociólogo" (que utiliza a metodologia das ciências naturais) irá
dizer que isso será incompatível com as leis da física como efeito na
fragilidade biológica (...), e que o modo de sociedade deles está
estruturado de maneira errada, que isso lhes causará problemas, etc...
Esse é o papel do sociólogo? OU SERÁ que os juristas de Louisiana
(EUA), em cujo Estado é proibido o sexo oral (e cuja sociedade local
reitera essa vontade), iriam realmente encontrar motivos falseaveis ou
empíricos para convencer os juristas brasileiros (ou cientistas do
Direito) que realmente o sexo oral é uma coisa ruim???

>> Não obstante, a medicina precisa de cientistas médicos,
>> caso contrário a ciência médica estacionaria no tempo e
>> no espaço. O mesmo deve ocorrer nas ciências sociais.
>> O advogado, por exemplo, ao ouvir dizer que o médico
>> "é um cientista", e muitas vezes nossa mídia burra assim
>> o considera, também quer usufruir do mesmo título; afinal,
>> para o leigo ambos são "doutores". Mas esse sentido de
>> doutor é outro e não tem nada a ver com o doutoramento
>> obtido nos "regimes de formação de cientistas"
>> (pós-graduação). Não só o médico não é, por si só, um
>> cientista, como também não é nenhum outro especialista
>> que não esteja no exercício da "produção de conhecimentos
>> científicos".

O que isso tem a ver com um argumento de diferença de métodos?
Novamente tratou-se de uma falácia de "Afirmação do Consequente"
seguida de uma "Ignorantio Elenchi" (Conclusão Irrelevante-- consiste
em exigir que um argumento suporte uma conclusão particular quando
realmente não tem nada a ver com a conclusão ou com o contexto do
objetivo em algo que se pretenda demonstrar). Em outras palavras, se
houver consideração desse bloco como base do assunto relacionado aos
métodos, é algo vago e sem conotações práticas novamente. Não pode ter
sido premissa menor, pois não houve um generalizante correlato até o
momento no texto. Se trata-se de uma preparação de base teórica para
evidência posterior, está fora do assunto e mais uma vez seria
cometida a Conclusão Irrelevante (in "Sofisma e Refutação", Lógica
Aplicada, por Edmundo Dantes, Saraiva). Vou considerar que trata-se de
uma instrução a parte, uma vez que isso está dentro da definição de
ciência e cientista independente do método.

>> Creio que só assim poderemos perceber que o
>> método científico é algo comum a todas as ciências.

Aaqui percepção é algo individual, em que pese o fato das
"teorias" em contrário, de algo que não é palpável ou materialmente
manipulável em termos de realidade social.

>> Talvez o seu questionamento (contradição de seus
>> próprios modelos) relacione-se a esse micrométodo
>> científico, pois é aí que vejo aparecerem as diferenças.

Não. Na verdade, isso tem a ver com o que Karl Marx, Hegels e,
mais recentemente e de forma brilhante Max Weber (um dos mais
renomados autores na área de Sociologia e Filosofia do Direito)
colocou ("todo modelo [social] caminha para sua própria contradição"),
também chamado "Princípio da Dialética", um princípio que todo modelo
criado acaba gerando um conflito interno devido à problemática do
desequilibrio fatal entre meio e modo de produção, infra e
superestrutura e a as variáveis de alienação e hegemonia ideológica de
um grupo dominante em uma sociedade. Além disso, a própria mobilidade
social (TUMIN, Melvin M in "Extratificação Social) e o fenômeno da
extratificação (mobilidade vertical e horizontal--LAKATOS, Eva Maria
in "Sociologia Geral") é um determinante da imprevisibilidade fática
da sustentação de qualquer "status quo", sendo portanto o próprio
"método" utilizado para lhe estudar algo temporário e respectivo ao
modelo que se pretende.
Veja que isso é completamente diferente do que se poderia fazer em
uma analogia (que seria uma falácia de Analogia Estendida, mas vamos
considerar como exemplo) do princípio da Indeterminação Quântica em
velocidade/posição de elétrons. Exatamente porque elétrons continuam
sendo elétrons por mais que se descubra que são formados por quarks ou
outra coisa. Além disso, elétrons são regidos por leis constantes (o
que muda é nossa compreensão dessas leis e de seus pormenores) ou que
no mínimo permitem termos uma razoável segurança de que nosso universo
continuará existindo por alguns milhões de anos, porque os elétrons
não irão decidir fazer uma revolução para modificar as "leis do
universo", querendo agir como pósitrons em antimatéria e aniquilando
nosso mundo.
Você imagina estudar a sociologia grupos religiosos como ciência?
Ok. De qual ponto de vista? Sim, pois aqui podemos fazer isso, uma vez
que nas ciências sociais nós temos uma perspectiva cultural e
histórica (o que é diferente de saber e considerar que átomos não eram
átomos nos primeiros segundos do big-bang) e, mais do que isso, nós
fazemos as "leis" que irão reger nossa própria vida e convivio.
Em ciências naturais, nós temos este ou aquele modelo para dizer
que há mais ou menos possibilidade da teoria quântica estar mais
correta do que a teoria do universo estático ou dos átomos
indivisíveis de Dalton. Nós podemos ter algumas suposições
interessantes sobre buracos negros porque podemos captar a radiação
que eles emanam. Podemos olhar para o céu e projetar nossos
telescópios a galáxias que supostamente (considerando fótons de
velocidade estática, "teoria" que já está sendo revista embora não
seja o momento de entrar nessa questão) existem a milhares de anos.
Nossas teorias de ciências naturais podem muitas vezes ser repetidas
em laboratórios até fornecer as leis e predições temporalmente
justificáveis, mas realmente admitir modelos de sociedade (que
PODERIAM ser corretos--não se sabe!) ou teorias sociais e colocá-las
em prática apenas porque deram certo na teoria, isso realmente ainda
1) não aconteceu. Ainda não deu certo. (E aqui entra a crise da
hermenêutica que eu mencionei que você também não entendeu mas eu
explicarei adiante). 2) Há teorias (e, acredite, o Sr. Corbelino
"Wicca", secretário de Segurança Pública de MT e bacharel em Geografia
que disse na imprensa que em sua "teoria" bastaria colocar uma bomba
em cada presídio para matar os presos que criminalidade acabaria) que
jamais poderiam ter o benefício da dúvida em uma aplicabilidade
prática se quisesse buscar a pacificação dos conflitos sociais (outro
tema que eu coloquei em minha mensagem original) ou até mesmo
efetividade em seu objetivo continuando a funcionar (sem entrar em
"contradição", princípio da dialética--agora acho que você está
entendendo) 3) Isso jamais iria garantir seu sucesso, pois isso seria
apenas uma modificação de UM modelo de sociedade restrito a um espaço
geográfico ou ideológico, portanto não é um sistema de regras fixas (o
que, pelos motivos já expostos não poderia ser análogo à uma
"entropia"). Além disso, eu falei em sucesso. Sucesso??? No gosto de
quem? Um copo d'agua irá matar a sede de qualquer pessoa. A biologia
nos mostra como e porque. Mas se a monarquia, presidencialismo,
socialismo, capitalismo, parlamentarismo, marxismo, terceira via,
liberalismo, e outros "ismos" (isso apenas do ponto de vista
OCIDENTAL, baseado em uma razão "particular", não estamos considerando
aqui as sociedades ocidentais e as facções minoritárias de
representação autônomas e alhures) não passa de uma questão de gosto
pessoal ou de estudo interno com um método próprio e particular na
JUSTIFICAÇÃO DAS "FERRAMENTAS" utilizadas pelo seu estudo ou
aplicação. E exatamente aqui inicia uma outra questão chamada
IDEOLOGIA DE CLASSES E DE MODELOS, o que desviaria o objetivo no
momento.
Já disse o autor de Metodologia da Pesquisa Científica (em "O
Método das Ciências Sociais") A. Severino sobre os níveis de
conhecimento científico, tal qual o inorgânico (estudado pelas
ciências físicas), o orgânico (pelas ciências biológicas) e o
super-orgânico (abrangido pelas ciências Sociais). Você deverá
compreender de maneira melhor verificando que pelo método das ciências
naturais há uma forma de NÃO SE ESTAR DENTRO DO CAMPO OBSERVADO. Há
uma clara distinção (embora algumas correntes "filosóficas" da física
e da neurologia alegam uma "ordem implícita" e um "domínio de
frequências" que a tudo une em sentido atemporal--David Bohm e Karl
Pribal). Eu fico imaginando como seria o caso de estudarmos ciências
sociais de fora desta ou de outra sociedade, e as implicações deste
ser ou não ser nas conclusões obtidas nos campos como religião,
linguagem, filosofia, ciência, ética, uso, costumes, conduta, etc.
Percebeu?
Há uma Sociologia Sistemática, divida em Estática e Dinâmica, há
uma Sociologia Descritiva, uma chamada Comparada, Diferencial,
Aplicada e finalmente a Sociologia Geral. Há ainda as Sociologias
Especiais. Se formos estudar Direito lato sensu, teremos então tantos
modelos quanto há sociedades, e se consideramos strictu sensu (o
Estado como um complexo de normas de conduta social) passaremos a
modelos de ordem *grupal*. Aplicando-se todas as sociologias descritas
no início deste parágrafo, a partindo-se para os métodos diferentes de
cada um na visão dos diversos modelos você percebe como não há o menor
fundamento em imaginar um único método para ciências naturais e
ciências sociais. Podemos ter métodos dominantes (como é o caso do
modelo positivo-funcionalista) neste ou naquele lugar, mas uma
investigação na realidade social da aplicação desse modelo nos leva
exatamente à CRISE EPISTEMOLÓGICA justamente daqueles que mais se
assemelham (mera semelhança!) à princípios mecanicistas ou métodos
naturalistas (no sentido de ciências naturais). E, se você perceber, é
exatamente isso que está acontecendo em nossa sociedade.
AH! Vale lembrar FHC... nosso presidente sociólogo que disse ter
passado de Social-Democracia à Terceira-Via (esse é um termo técnico
em Ciência Política, mas você pode imaginar a Terceira Via como uma
espécie de "Neoliberalismo Global"), pois era um modelo que se baseava
em questões e hipóteses "verdadeiramente" científicas (baseado no
progresso das ciências naturais--ou seria seleção natural?-- e de seu
emprego na percepção social) de encarar os problemas sociais e
resolvê-los...
Eu realmente não gosto de escrever muito. Na verdade, eu estaria
plenamente satisfeito de estivesse debatendo sobre o problema que
propus, mas de qualquer forma é um prazer poder fazer algum tipo de
esclarecimento, uma vez que eu já disse que quando começei a estudar
ciências sociais (estou bacharelando em Direito e faço extensão em
Sociologia e Ciência Política) não compreendia (e até me revoltava)
tanta diferença de métodos. Isso fica explícito em uma mensagem que
enviei ao Dr. Paulo (mestre em Sociologia e Doutor em Ciências
Sociais, prof da UFRJ) após uma longa conversa que tive com ele (quase
seis horas) motivada pela pergunta que lhe fiz, confuso: "Em sua
opinião, há alguma diferença entre o método das ciências naturais e
sociais?" (em um evento de três dias, em sistema de internato, que
tratava também desse tema). O e-mail dele é rio38067@terra.com.br
De qualquer forma, sugiro que leia:
* DUARTE Jr. Joao Francisco. O que é a Realidade. São Paulo:
Brasiliense, 1994.
* KOZIK, Karel. A Dialética do Concreto. Rio de Janeiro: Paz e Terra,
1984.
* KANT, Emmanuel. Crítica da Razão Pura. Lisboa: Fundação Calouste,
1994.
* KELSEN, Hans. Teoria Pura do Direito. [purismo e positivismo]
* CASTANHEIRA, Antônio Neves. Metodologia Jurídica-Problemas
Fundamentais. Coimbra: Coimbra Editores, 1993.
* SMITH, Plinio Junqueira. O Ceticismo de Hume. São Paulo: Loyola,
1995.
* BLEICHER, Josef. Hermenêutica Contemporânea. Losboa, Edições 70,
1992.
* STRECK, Lênio Luiz. Hermenêutica Jurídica em Crise. Porto Alegre:
Livraria do Advogado, 2000.
* WOLKMER, A. Carlos. Introdução ao Pensamento Crítico do Direito.
Porto Alegre, 2000.

Finalmente (e agora para todos), como nada foi discutido sobre o
tema que propus, gostaria de reiterar o tema e colocar em discussão:

"A crise da epistemologia e da hermenêutica jurídica é evidente ao se
considerar nossa realidade social e a função do direito como
instrumento de pacificação dos conflitos sociais".
Ou ainda, e melhor:

"A INSUFICIÊNCIA DO DIREITO POSITIVO COMO INTRUMENTO DE PACIFICAÇÃO
DOS CONFLITOS SOCIAIS"

Leitura sugerida para debate: textos dispostos no meu site,
acessados no botão "Direito Alternativo". A url é
www.coluna3.hpg.com.br
Abraços a todos.
Peterson Leal S. Mello.



SUBJECT: Sociedade civilizada x sociedade primitiva
FROM: Paulo Sérgio Dias <psdias@zaz.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 28/11/2000 00:48

Prezados amigos:

- Nao sei se fujo muito aos propositos da lista,
pois o assunto a seguir talvez seja mais
do ambito da "sociologia", "religiao",
"antropologia' e areas afins.

- Entretanto, talvez esse e-mail abra
a possibilidade para uma abordagem
ate' mesmo sob o ponto de vista biologico do
ser humano...

- Gostaria de ouvir a opiniao de voces
a respeito de um assunto que me ocupou
a mente nos ultimos dias, e que por falta
de maiores conhecimentos ainda me causam
algumas duvidas:

a) Frequentemente leio comentarios
sobre "ser humano civilizado" x
"ser humano primitivo"
Alguns consideram por "civilizado"
ao ser humano que vive na sociedade
"moderna", "tecnologica", morador das
cidades, das telecomunicacoes, hipermercados,
cinemas, teatros, restaurantes, automoveis...
Essas mesmas pessoas consideram como "primitivo"
ou "menos evoluido" o ser humano das florestas,
tal como os habitantes das tribos africanas,
os aborigines australianos, os "indios" brasileiros

b) Pergunto a voces se o criterio de "evolucao"
sob o ponto de vista "tecnologico" e' valido
ou se se trata apenas de um preconceito cultural
de nossa parte. Em outras palavras, e' "licito"
de nossa parte considerarmo-nos superiores aos
selvicolas, por exemplo, apenas por que temos
uma tecnologia mais avancada ?

c) Por outro lado, admitir que os seres humanos
mais "atrasados tecnologicamente" sao "iguais
ao ser humano" mais bem dotado de tecnologias
nao e' raciocinar sob o prisma da religiosidade ?

d) Sei que os termos que estou usando podem
nao estar bem delimitados. Afinal, utilizar
palavras como "licito", "evoluido", "avancada",
"igualdade" exigiria uma definicao muito bem
precisa, para que uma analise isenta pudesse
ser feita. Aqui, utilizo os termos de forma
livre, apenas com o intuito de iniciar um debate,
esperando que os amigos mais experientes
venham a precisar melhor esses conceitos.


e) Aqui vai uma questao "provocativa", se me permitem
o termo: Se pedirmos a um religioso para decidir
entre o mais evoluido - um cientista ou um selvicola -
talvez ele alegue que, sendo ambos humanos, possuem
um valor "igual" diante da vida. Sob o ponto de vista
humanistico, acredito que eu tambem pense assim.
No entanto, sob um ponto de vista mais objetivo,
tendo a considerar os conhecimentos do cientista
mais "evoluidos" (mais "complexos" ? mais "sofisticados" ?)
que os conhecimentos de um selvicola. Por acaso
estou sendo preconceituoso ao pensar assim ?

Bem, correndo o risco de parecer um pouco pedante, coloco-me
na posicao de "nao-evoluido": Entre os conhecimentos
de Albert Einstein e os meus conhecimentos, tenho plena
conviccao de que o famoso fisico tinha um desenvolvimento
maior que o meu, pelo menos na maioria dos ramos do conhecimento.
O fato de eu me considerar "menos evoluido" que Einstein
nao fere minha humanidade. Sera' que considerar os povos
menos dotados de tecnologia como "inferiores" (a nivel
intelectual e cultural, e' claro) constitui um preconceito ?


- Tais duvidas me ocorreram recentemente, ao ouvir uma discussao
entre duas amigas, a respeito do que seria um ser humano
"evoluido" e um ser humano "nao-evoluido" (ou "menos evoluido").
Uma delas nao tinha pudores em afirmar que um selvicola
era menos evoluido que um ser humano civilizado, ao passo que a
outra defendia a posicao de que nao podemos estabelecer criterios
de comparacao, pois estariamos sempre tendentes a sermos
parciais, em favor de nossa propria cultura.

- Existe algum modo de abordar esse assunto mais objetivamente,
sem recairmos em "racismo", "religiosidade" ou "preconceito barato" ?

[]'s
Paulo Sérgio Dias
psdias@globo.com.br





SUBJECT: Re: [ciencialist] Sociedade civilizada x sociedade primitiva
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 28/11/2000 02:09



Paulo Sérgio Dias wrote:


> - Existe algum modo de abordar esse assunto mais objetivamente,
> sem recairmos em "racismo", "religiosidade" ou "preconceito barato" ?

Eu acho que a questão acaba por ser pouco importante porque não tem
consequências práticas.

1 - as culturas primitivas acabarão provavelmente por se extinguir
porque a nossa cultura é mais forte. Isto é um facto da vida, mas
não é nenhum motivo de orgulho para ninguém. O mundo só tem a perder
se essas culturas desaparecerem. A diversidade é melhor que a
unicidade.

2 - um membro de uma cultura primitiva é um membro da comunidade
humana e todos, religiosos ou ateus, reconhecemos a sua pertença
a essa comunidade. Reconhecemos-lhes os mesmos direitos básicos
que reconhecemos ao resto da humanidade.

Se concordamos com o que eu expus acima então saber se uma civilização
primitiva é superior ou inferior à nossa é um exercicio inconsequente.
É como discutir se quem vai à opera é melhor ou pior que quem vai ao
futebol.

joão
http://www.nonio.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] fendas quanticas e outras coisas
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 28/11/2000 03:09

-----Mensagem Original-----
De: "TARCISIO BORGES"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Segunda-feira, 27 de Novembro de 2000 17:06
Assunto: [ciencialist] fendas quanticas e outras coisas

Olá Tarcísio

> Li em seu site uma breve explicação sobre a experiência quântica das
> duas fendas. Vc fala que o elétron envia uma espécie de onda de
> informação [não sei se é bem isso] que causa a interferência da luz
> sobre a placa fotográfica.

Com efeito. Informação eletromagnética, ou i.e.m., é o nome que dou para a
"entidade física", emitida por partículas que geram campos de efeitos
elétricos e magnéticos, e que trafega por um campo eletromagnético. Do ponto
de vista do eletromagnetismo de Maxwell, e como Feynmann afirma, essas
entidades são de existência *matematicamente* impossível. No século passado
os físicos teorizadores em vão tentaram encontrar algo deste tipo. No século
atual, e com o advento da física moderna, esta impossibilidade foi deixada
na gaveta e ninguém mais se preocupou com isso. Esta impossibilidade
matemática não é observada na minha teoria e, portanto, posso admitir a
existência das i.e.m.

Pense então na possibilidade de emissão de i.e.m., e tal que essas i.e.m.
sejam os agentes geradores dos campos de efeitos elétrico e magnético.
Examine agora as figuras mostradas na página Web
http://sites.uol.com.br/albmesq/artigos/dfenda.htm que espero sejam
esclarecedoras a respeito. Quanto ao mais, vide abaixo as respostas aos
demais questionamentos.

> Gostaria que explicasse melhor isso, não precisa começar do zero, apenas
> a experiência e algumas outras implicações de sua teoria.

As i.e.m. são comentadas no item 2.4 de minha teoria, comentário sobre a
hipótese 2 (H-2), em
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/Eletron/eletron23.htm , cujo
enunciado é: "O elétron (próton) emite, para o espaço circunvizinho,
informações eletromagnéticas, as quais polarizam este espaço." Comentarei
abaixo sobre a justificativa matemática para o que afirmei acima.

> Gostaria de saber sua opinião sobre a não-interferência quando os fótons
> são observados.

Até agora estava falando sobre elétrons, ainda que possa admitir algo
semelhante para os fótons. Não exatamente o mesmo campo mas algo do mesmo
tipo - essa idéia é genuinamente newtoniana, tendo sido bastante comentada
em sua Óptica III.

O problema do fóton ser observado, e as possíveis conseqüências dessa
observação, são bem comentadas por Heisenberg e/ou Bohr e o efeito em si não
tem nada de quântico, ainda que tenha sido utilizado para justificar a
incerteza quântica. Comento alguma coisa a respeito nos itens II e III de
meu artigo "Considerações sobre a Incerteza", localizado em
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/Eletron2/incerteza1.htm

Não sei exatamente a que é que você está se referindo ao falar em
"não-interferência" pois os métodos utilizados para uma observação anterior
ao registro da imagem, despersonalizam, a meu ver, a experiência original.
Logo creio que não seria de se esperar um resultado idêntico com aquele no
qual esta observação não tenha sido feita. Se o que você afirma é
verdadeiro, provavelmente o equipamento laboratorial está borrando e/ou
tornando o efeito da interferência pouco significativo. Tal e qual o desvio
provocado em uma bala de canhão ao cruzar com um mosquito.

> Outra pergunta: Se o elétron não tem carga elétrica, o que ele tem? De
> onde vem a carga elétrica?

O elétron gera um campo que pode ser pensado como vetorial, A = w/r, ou
escalar, ø = K/r, e tais que A = ø vezes versor de w. O relacionamento
matemático entre "A" e "ø" está mostrado em "Sobre a natureza
físico-matemática do elétron" localizado em
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/Eletron2/eletronfismat1.htm

Tanto o campo de efeitos elétricos do elétron, num ponto P qualquer, quanto
o campo de efeitos magnéticos (que curiosamente não é dependente da
velocidade), estão relacionados ao gradiente de ø. Em virtude dos campos de
efeitos do elétron, poderem ser expressos em termos de gradiente de uma
função de posição ø , podemos conjeturar sobre a existência real de "alguma
coisa" emitida pelo elétron, a que chamo informação eletromagnética (i.e.m),
e que se propaga para o espaço circunvizinho. O caráter de ø , dado por K/r,
sugere ainda mais: que as i.e.m., uma vez emitidas, se conservam, a menos
que surja um sorvedouro em seu caminho. Em outras palavras, o elétron é uma
fonte emissora de i.e.m. e tal que o fluxo de i.e.m. que atravessa uma
superfície qualquer se identifica com o fluxo de um campo vetorial h dado
por h = - grad ø. Esse assunto é discutido na última das referências acima
citadas.

Imagine os elétrons dispostos na superfície de um condutor esférico com seus
vetores w perpendiculares à superfície como mostrado na figura
www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/Usenet/pesp03.gif . Nessas
condições é possível efetuar-se a integração dos campos de efeitos
elétricos chegando-se à lei de Coulomb válida para uma carga elétrica
(elétrons dispostos na superfície de um condutor segundo seus vetores w
perpendiculares à superfície - o que mantém essa disposição é o próprio
campo A de cada elétron, ao gerar efeitos eletromagnéticos e de indução
eletromagnética sobre seus semelhantes). A demonstração (que exige uma
integração em duas etapas) começa no item 4.2
www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/Eletron/eletron42.htm e
termina no item 4.3.1 de meu artigo principal.

Ou seja, o elétron gera um campo totalmente diferente do campo da lei de
Coulomb. E responde a campos coulombianos (de outras cargas elétricas) de
maneira totalmente anômala, ou seja, diferente da maneira sofrida por outras
cargas de prova macroscópicas (agrupamentos de elétrons). Não obstante, os
elétrons agrupam-se de maneira a que o efeito do conjunto (carga elétrica)
gere um campo elétrico coulombiano e todos os efeitos magnéticos dos
elétrons anulam-se por pares (na carga elétrica em repouso) gerando um campo
magnético nulo.

Estou à disposição de todos para maiores esclarecimentos pois sei que o
assunto não é elementar, principalmente para os que não dominam o cálculo.
Mas não se assustem pois quando tive o insight meus conhecimentos de cálculo
eram bastante rudimentares.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Metodos cientificos
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 28/11/2000 06:43

-----Mensagem Original-----
De: "Peterson L. S. M."
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Segunda-feira, 27 de Novembro de 2000 19:14
Assunto: [ciencialist] Metodos cientificos

Olá Peterson

> Ao ler sua mensagem, confesso que me vi há uns três anos atrás,
> quando eu achava que o método científico é (ou obedece) uma espécie de
> padrão ou arquétipo em todos os campos de conhecimento que podem ser
> estudados pelo homem.

Pois eu avisei! :-) "Chegou a hora do médico que virou 'físico metido a
filósofo' dizer alguma coisa" :-). Estou ciente de que o fato de ter algumas
idéias publicadas e relativas ao método científico não me dá conhecimentos
em outras áreas, ainda que, e por estudar este método, pressinta, com
freqüência, a corroboração de minhas intuições, ainda que recheadas de
falácias. Quanto ao mais, e como diria o Léo, "é muita areia para o meu
caminhãozinho" :-)).

> Mas isso é lógico! Nós temos milhares, na verdade em Direito
> (ciência social lato sensu) temos, comparativamente, tanto ou mais
> teorias do que nas ciências naturais, o que não quer dizer que o
> método seja igual. Se fosse dois ou duas mil teorias, isso não é um
> argumento para identificar um método com a outra. A assumimos isso no
> sentido de que as "teorias" chamam-se, no Direito, de Doutrinas (eu
> chamaria isso de honestidade, em reconhecimento à natureza objeto
> estudado em confrontação com a realidade). Ademais, isso é uma
> discussão etimológica e, francamente, eu não quero ficar aqui
> discutindo o "sexo dos anjos".

Perdoe-me a ignorância, mas eu prefiro pensar, sem no entanto pretender
postular, que algumas doutrinas evoluem para teorias "científicas". De
qualquer forma, alguma coisa me diz que nossa maneira diferente de enxergar
o problema reside no fato de estarmos conceituando ciência de forma
diferente. Se pensarmos em ciência como sinônimo de conhecimento e fazer
ciência como sinônimo de produzir conhecimento, então dou-lhe inteira razão.
Mas existe uma conceituação mais limitada para a ciência, utilizada pelos
naturalistas, e por sinal, foi aquela que Popper tentou demarcar com seu
falsificacionismo. Neste caso as teorias científicas devem ser falseáveis.

O problema que eu tentei colocar é se, seguindo a visão de Popper, seria
justo afirmar que uma área não pertence a ciência (no sentido restrito ou
limitado) pelo simples fato de não possuir teorias científicas. E, sob esse
aspecto, doutrina não se enquadraria neste critério popperiano. O que tentei
dizer é que esse critério popperiano, a meu ver, mesmo utilizando-se o
sentido restrito para a ciência, é falho. E acredito que mesmo áreas que não
possuem hoje teorias científicas, no sentido de não terem teorias
falseáveis, possam vir um dia a ter.

Apoiados em argumentos como esses, os jovens de hoje acreditam que a
ciência do século XX começou com o renascimento, e que não existia ciência
na antigüidade. E ao estudar os verdadeiros cientistas da antigüidade
(Arquimedes, Zenão, Eratóstenes, para citar, propositalmente, apenas os que
se destacaram como experimentais), julgo essa visão ensinada em nossas
universidades como absurda.

> Por favor, não
> interprete isso como algo pessoal, apenas quero salientar que conheço
> muitas das "teorias", até mesmo sobre o campo axiológico de
> delimitação desta ou daquela pesquisa.

Em absoluto. Nada pessoal. E volto a dizer que sou um leigo completo na área
de humanas e, portanto, posso errar a vontade e agradeço as correções. Não
interprete minha maneira de me expressar como uma confiança excessiva no que
falo mas meramente como um estilo de dialogar. Do contrário, se me julgasse
um perito no assunto, não estaria dialogando, mas dando uma aula, e não
estou habilitado para tal. Estou mais afim de aprender do que de ensinar.

> Mas contribuir para realmente modificar a realidade social dentro
> de um contexto nitidamente em crise, isso poucos sugerem em termos
> práticos.

Essa dificuldade seria própria ao método ou à complexidade da população
estudada? Por exemplo, quando vou estudar um gás, tenho três variáveis: P, V
e T. Ainda assim, posso fixar uma para verificar como as outras duas se
interelacionam. Qual é o número de variáveis de uma sociedade? Dez? Vinte?
Cem? Mil?... Suponhamos, para simplificar, que fossem vinte. Se fixarmos uma
destas vinte, o problema fica mais fácil? Certamente não. É nesse sentido
que eu penso (e estou apenas pensando) que possa existir um método de estudo
populacional semelhante, porém muito difícil de ser aplicado para populações
com muitas variáveis. E a minha dúvida é se essa impossibilidade seria
insuperável ou se poderia um dia ser posta em prática.

O que eu tentei expor, e talvez não tenha sido claro, é que aceitando-se o
conceito amplo de ciência, mesmo sem entender devidamente a área de humanas,
chego à conclusão de que existe, por exemplo, uma ciência jurídica (alguns
de meus colegas talvez não concordassem comigo, e já assisti discussões a
respeito de algumas das ciências humanas ou sociais renegadas por alguns
naturalistas). Porém eu vou mais além: acho que até mesmo no sentido
restrito, definido pelos naturalistas, as ciências jurídicas comportariam
sua inclusão no rol das ciências, pois pelo menos em teoria poderia pensar
em sua sujeição ao método científico utilizado pelos naturalistas. A meu
ver, o método científico é mais complexo do que aquele aceito pelos
naturalistas, mas é mais complexo para todas as ciências, ainda que essa
complexidade possa ser desprezada, como numa aproximação, nas ciências
mais simples (metodologicamente falando) sem grandes prejuízos.

> Analisando isso como contexto basilar do pensamento que o método
> das ciências naturais e sociais é o mesmo, percebe-se claramente se
> tratar de uma falácia conhecida como "Afirmação do Consequente" (dizer
> que A implica B, B é verdade portanto A é verdade), e portanto não
> trouxe nenhuma informação prática (ou nova) no limite das ciências
> naturais ou, do ponto de vista das ciências sociais, nada de relevante
> (BOBBIO, Norberto. Studi per una Teoria Generale del Derecho. Torino,
> G. Giappichelli, 1999).

Pelo contrário. Estou esperando que os cientistas sociais completem o método
que aí está. E acredito que quando o fizerem perceberemos que este será o
verdadeiro método científico. E aquele que utilizamos hoje como tal nada
mais é senão uma simplificação deste, e que funciona em condições especiais,
como tem funcionado nas ciências naturais.

> Analisando sob outro aspecto, é também também fácil concluir que uma
> regra aplicável a um objetivo seja aplicada a um outro objetivo do
> qual temos mera suposição de sua realidade ou apenas sua definição.
> Vou mais adiante ainda, dizendo que é mais fácil definir do que tentar
> compreender e tentar englobar dentro dessa definição a plasticidade de
> uma coisa que talvez gostaríamos que fosse mais compreensível e
> empírica. E então nos tornamos reducionistas e positivistas.

Se eu tentasse explicar o funcionamento do ser vivo a partir dos princípios
observados no comportamento de uma pedra, creio que o reducionismo seria
absurdo. O que tem menos não pode conter o que tem mais. Mas estou pensando
justamente no oposto. E ao estudar os princípios observados no comportamento
de um ser vivo consigo encontrar aqueles que seriam válidos também para uma
pedra. E é este o reducionismo a que me refiro. Talvez seja utópico, mas não
me parece, em teoria, absurdo, ainda que não possa afirmar ser verdadeiro.

> isso não torna o
> que você colocou sensivel aos fatos sociais e a uma maneira mais ou
> menos científica de analisar as estruturas humanas. Nem as infra nem
> as superestruturas. E também não vejo como problema a criação mais
> uma(!) definição de ciência.

Se o reducionismo for realmente impraticável, concordo contigo: estarmos
frente de uma mera discussão etimológica e sem interesse. Neste caso, e se
necessário for, não vejo mal algum que se criem novas ciências.

> nossa mera opinião não iria
> "empurrar" cientistas naturais para um outro lado.

Sim, mas talvez reduzisse a empáfia de muitos de meus colegas.

> Não se trata de
> igrejinhas. Tratam-se de fatos que precisamos levar em consideração
> devido à NATUREZA do objeto estudado. Imagine a situação de um
> sociólogo que, baseado nas ciências naturais encontre membros de
> tribos asiáticas que dormem em pé e com uma das pernas levantadas
> (esse é um fato real, e há outras diferenças gritantes de várias
> sociedades, como revela um estudo básico de sociedades comparadas).
> Esse "sociólogo" (que utiliza a metodologia das ciências naturais) irá
> dizer que isso será incompatível com as leis da física como efeito na
> fragilidade biológica (...), e que o modo de sociedade deles está
> estruturado de maneira errada, que isso lhes causará problemas, etc...

Esse "sociólogo" estaria simplificando o método de maneira inadequada. Como
você afirmou, devemos levar em consideração a natureza do objeto estudado.
Já o naturalista iria tomar o mesmo método complexo e perceber que para
determinadas populações que estuda ele pode deixar de lado determinadas
considerações, chegando assim ao método simplificado. O problema é: Será que
o naturalista pode sempre fazer essas simplificações? Perceba que entre a
física e a sociologia existem disciplinas de complexidade intermediária, ora
encaixadas na área de exatas ou biológicas, ora encaixadas na área de
humanas. O erro não está no físico julgar que existe um único método; o erro
está no sociólogo entender que o físico está julgando que as leis da física
explicariam a sociologia (e não é impossível que você encontre médicos ou
físicos que pensem assim, mas não é o meu caso, e nem é uma atitude a meu
ver correta).

> Esse é o papel do sociólogo? OU SERÁ que os juristas de Louisiana
> (EUA), em cujo Estado é proibido o sexo oral (e cuja sociedade local
> reitera essa vontade), iriam realmente encontrar motivos falseaveis ou
> empíricos para convencer os juristas brasileiros (ou cientistas do
> Direito) que realmente o sexo oral é uma coisa ruim???

As leis dos gases não valem para os líquidos, ainda que ambos sejam
constituídos pelas mesmas moléculas. Americano não é brasileiro nem
vice-versa, ainda que muitos não pensem assim.

> >> Não só o médico não é, por si só, um
> >> cientista, como também não é nenhum outro especialista
> >> que não esteja no exercício da "produção de conhecimentos
> >> científicos".

> O que isso tem a ver com um argumento de diferença de métodos?

Espero ter dito que ou definimos o método científico a partir da definição
de ciência (e de cientista) ou definimos ciência a partir da definição de
método. Não sei se existiria alguém a definir ambos independentemente, mas
soa-me como algo absurdo.

> Novamente tratou-se de uma falácia de "Afirmação do Consequente"
> seguida de uma "Ignorantio Elenchi" (Conclusão Irrelevante-- consiste
> em exigir que um argumento suporte uma conclusão particular quando
> realmente não tem nada a ver com a conclusão ou com o contexto do
> objetivo em algo que se pretenda demonstrar). Em outras palavras, se
> houver consideração desse bloco como base do assunto relacionado aos
> métodos, é algo vago e sem conotações práticas novamente. Não pode ter
> sido premissa menor, pois não houve um generalizante correlato até o
> momento no texto. Se trata-se de uma preparação de base teórica para
> evidência posterior, está fora do assunto e mais uma vez seria
> cometida a Conclusão Irrelevante (in "Sofisma e Refutação", Lógica
> Aplicada, por Edmundo Dantes, Saraiva). Vou considerar que trata-se de
> uma instrução a parte, uma vez que isso está dentro da definição de
> ciência e cientista independente do método.

Pois então você define ciência a partir do método científico. Tudo bem,
existe muita gente boa que opta por esta via (aliás, creio que a maioria),
mas então nosso papo se esfria, pois devo refazer os argumentos utilizando,
por exemplo, a lógica popperiana ou alguma equivalente.

> Não. Na verdade, isso tem a ver com o que Karl Marx, Hegels e,
> mais recentemente e de forma brilhante Max Weber (um dos mais
> renomados autores na área de Sociologia e Filosofia do Direito)
> colocou ("todo modelo [social] caminha para sua própria contradição"),
> também chamado "Princípio da Dialética", um princípio que todo modelo
> criado acaba gerando um conflito interno devido à problemática do
> desequilibrio fatal entre meio e modo de produção, infra e
> superestrutura e a as variáveis de alienação e hegemonia ideológica de
> um grupo dominante em uma sociedade. Além disso, a própria mobilidade
> social (TUMIN, Melvin M in "Extratificação Social) e o fenômeno da
> extratificação (mobilidade vertical e horizontal--LAKATOS, Eva Maria
> in "Sociologia Geral") é um determinante da imprevisibilidade fática
> da sustentação de qualquer "status quo", sendo portanto o próprio
> "método" utilizado para lhe estudar algo temporário e respectivo ao
> modelo que se pretende.
> Veja que isso é completamente diferente do que se poderia fazer em
> uma analogia (que seria uma falácia de Analogia Estendida, mas vamos
> considerar como exemplo) do princípio da Indeterminação Quântica em
> velocidade/posição de elétrons.

Se quisermos fazer alguma analogia entre dialética e física, sugiro que
deixe a quântica de lado. Existem coisas mais simples e talvez mais
próximas, ainda que não resolvam a problemática. Sugiro o princípio de Le
Chatelier, a segunda lei da termodinâmica, o eletromagnetismo, com sua lei
de Lenz, etc. E, para ser sincero, optaria pela filosofia oriental antiga
que a meu ver explica tudo isso em física, mas não sei se seria extensiva à
área de humanas, se bem que os orientais antigos julgassem que sim. Comparar
dialética com física moderna é valorizar o esoterismo de Fritjof Kapra, que
dista muito de uma genuína filosofia oriental.

> Você imagina estudar a sociologia grupos religiosos como ciência?

Depende. Até mesmo a arte pode ser encarada cientificamente, postura esta
que foi freqüentemente adotada por Leonardo da Vinci, e defendida em sua
Teoria do Conhecimento. Isto não é o mesmo que dizer que todo artista é um
cientista.

> Ok. De qual ponto de vista? Sim, pois aqui podemos fazer isso, uma vez
> que nas ciências sociais nós temos uma perspectiva cultural e
> histórica (o que é diferente de saber e considerar que átomos não eram
> átomos nos primeiros segundos do big-bang) e, mais do que isso, nós
> fazemos as "leis" que irão reger nossa própria vida e convivio.

Ok, existe um ponto de transição inexplicável, como se fosse um "elo
perdido". E a mostrar que pelo menos o ser humano parece contrapor-se à
idéia de que o Universo é um relógio. Mas é como disse acima: um método
que vale para o mais (homem), não é impossível que valha para o menos
(átomo). Simplesmente o método seria mais complexo do que aquele imaginado
pelos cientistas que estudam o menos.

> Em ciências naturais, nós temos este ou aquele modelo para dizer
> que há mais ou menos possibilidade da teoria quântica estar mais
> correta do que a teoria do universo estático ou dos átomos
> indivisíveis de Dalton.

Pô! O bate-papo tava tão bom! Tinha que entrar a teoria quântica no meio? Me
estragou o dia. :-)). Essa talvez você não entenda, mas é para os amigos
quânticos da Ciencialist. :-))

> Nossas teorias de ciências naturais podem muitas vezes ser repetidas
> em laboratórios até fornecer as leis e predições temporalmente
> justificáveis, mas realmente admitir modelos de sociedade (que
> PODERIAM ser corretos--não se sabe!) ou teorias sociais e colocá-las
> em prática apenas porque deram certo na teoria, isso realmente ainda
> 1) não aconteceu. Ainda não deu certo. (E aqui entra a crise da
> hermenêutica que eu mencionei que você também não entendeu mas eu
> explicarei adiante). 2) Há teorias (e, acredite, o Sr. Corbelino
> "Wicca", secretário de Segurança Pública de MT e bacharel em Geografia
> que disse na imprensa que em sua "teoria" bastaria colocar uma bomba
> em cada presídio para matar os presos que criminalidade acabaria) que
> jamais poderiam ter o benefício da dúvida em uma aplicabilidade
> prática se quisesse buscar a pacificação dos conflitos sociais (outro
> tema que eu coloquei em minha mensagem original) ou até mesmo
> efetividade em seu objetivo continuando a funcionar (sem entrar em
> "contradição", princípio da dialética--agora acho que você está
> entendendo) 3) Isso jamais iria garantir seu sucesso, pois isso seria
> apenas uma modificação de UM modelo de sociedade restrito a um espaço
> geográfico ou ideológico, portanto não é um sistema de regras fixas (o
> que, pelos motivos já expostos não poderia ser análogo à uma
> "entropia"). Além disso, eu falei em sucesso. Sucesso??? No gosto de
> quem? Um copo d'agua irá matar a sede de qualquer pessoa. A biologia
> nos mostra como e porque. Mas se a monarquia, presidencialismo,
> socialismo, capitalismo, parlamentarismo, marxismo, terceira via,
> liberalismo, e outros "ismos" (isso apenas do ponto de vista
> OCIDENTAL, baseado em uma razão "particular", não estamos considerando
> aqui as sociedades ocidentais e as facções minoritárias de
> representação autônomas e alhures) não passa de uma questão de gosto
> pessoal ou de estudo interno com um método próprio e particular na
> JUSTIFICAÇÃO DAS "FERRAMENTAS" utilizadas pelo seu estudo ou
> aplicação. E exatamente aqui inicia uma outra questão chamada
> IDEOLOGIA DE CLASSES E DE MODELOS, o que desviaria o objetivo no
> momento.

Tudo isso é muito bonito mas reforça a minha idéia de que você está
considerando ciência num amplo sentido, quase que como sinônimo de produção
de conhecimento. Eu costumo dizer que fazer ciência deixando de lado a
filosofia é equivalente a tomar água sem utilizar-se do copo. Pois você não
está utilizando-se de ciência e filosofia, você está somando as duas e
chamando a resultante de ciência. Desse jeito sou obrigado a concordar
contigo e mesmo a concluir que não existe unicidade do método científico. E
diria mesmo que sequer sei o que seria esse pretenso método científico.

> Já disse o autor de Metodologia da Pesquisa Científica (em "O
> Método das Ciências Sociais") A. Severino sobre os níveis de
> conhecimento científico, tal qual o inorgânico (estudado pelas
> ciências físicas), o orgânico (pelas ciências biológicas) e o
> super-orgânico (abrangido pelas ciências Sociais).

Conheço o trabalho do Severino e lembro também que atualmente ele considera
um quarto nível a isolar a Educação e a Política das demais ciências
sociais. E já discuti com ele a minha posição. Ele não concordou plenamente
mas também não discordou [E a platéia esboçou aquela expressão: Como ninguém
pensou nisso antes?]. Pelo contrário, o Severino pareceu-me ter visto a
idéia com simpatia. Comentei alguma coisa a respeito aqui na Ciencialist
(msg 5617). A única diferença entre a minha maneira de pensar e a do
Severino, a esse respeito, é que ele diz existirem três métodos científicos
("ciências naturais", a englobar os dois primeiros níveis, "ciências
sociais" e "educação e política") e eu digo que os mais simples são casos
particulares do mais complexo.

> Você deverá
> compreender de maneira melhor verificando que pelo método das ciências
> naturais há uma forma de NÃO SE ESTAR DENTRO DO CAMPO OBSERVADO. Há
> uma clara distinção (embora algumas correntes "filosóficas" da física
> e da neurologia alegam uma "ordem implícita" e um "domínio de
> frequências" que a tudo une em sentido atemporal--David Bohm e Karl
> Pribal). Eu fico imaginando como seria o caso de estudarmos ciências
> sociais de fora desta ou de outra sociedade, e as implicações deste
> ser ou não ser nas conclusões obtidas nos campos como religião,
> linguagem, filosofia, ciência, ética, uso, costumes, conduta, etc.
> Percebeu?

Se da Vinci pode estudar a arte cientificamente, creio que também podemos
estudar religião, linguagem, filosofia e ética cientificamente. Mas isso não
implica em dizer que religião, linguagem, filosofia e ética são ciências. A
menos que tudo seja ciência!!! Tudo bem, aceito as regras do jogo, se é
assim que você quer, mas volto a dizer: Nada do que disse aqui e/ou em outra
msg tem valor, pois estamos discutindo coisas diferentes. Não é esta a
ciência a que estou me referindo. E neste caso nem precisaríamos nos
preocupar em demarcar a ciência pois "qualquer" jogador de futebol seria
também cientista.

> Podemos ter métodos dominantes (como é o caso do
> modelo positivo-funcionalista) neste ou naquele lugar, mas uma
> investigação na realidade social da aplicação desse modelo nos leva
> exatamente à CRISE EPISTEMOLÓGICA justamente daqueles que mais se
> assemelham (mera semelhança!) à princípios mecanicistas ou métodos
> naturalistas (no sentido de ciências naturais). E, se você perceber, é
> exatamente isso que está acontecendo em nossa sociedade.

Sim, mas exatamente porque estão cometendo o absurdo de mirar-se no mais
simples para explicar o mais complexo. Além do que existe o grande absurdo
do século XX e que consistiu na confusão generalizada de conteúdo com
continente, de ciência com filosofia, de tecnologia com ciência, de
individualismo com socialismo, etc.

> AH! Vale lembrar FHC... nosso presidente sociólogo...

Recuso-me a comentar. :-))

> Eu realmente não gosto de escrever muito.

Não parece. :-)) Putz, já estou cansado. :-)) Grato pelas referências.

> Finalmente (e agora para todos), como nada foi discutido sobre o
> tema que propus, gostaria de reiterar o tema e colocar em discussão:
> "A crise da epistemologia e da hermenêutica jurídica é evidente ao se
> considerar nossa realidade social e a função do direito como
> instrumento de pacificação dos conflitos sociais".
> Ou ainda, e melhor:
> "A INSUFICIÊNCIA DO DIREITO POSITIVO COMO INTRUMENTO DE PACIFICAÇÃO
> DOS CONFLITOS SOCIAIS"
> Leitura sugerida para debate: textos dispostos no meu site,
> acessados no botão "Direito Alternativo". A url é
> www.coluna3.hpg.com.br

É possível que você encontre alguém aqui que entenda desse assunto, mas não
vai ser fácil. Enfim, como a Ciencialist tem cerca de 150 inscritos, tem
muita gente escondida por aí e... quem sabe?

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Cientistas acabam com a vidraria do laboratorio
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 28/11/2000 09:35

From: Agência USP de Notícias
To: Divulgação - Agência
Sent: Monday, November 27, 2000 3:43 PM
Subject: Boletim da Agência USP de Notícias, n. 649/00

Agência USP de Notícias, 27 de novembro de 2000 n.649/00.

Cientistas acabam com a vidraria do laboratório
Pesquisador do Cena é premiado pela descoberta de um conceito
pioneiro, que permitiu a automação das análises químicas. Hoje
as análises são feitas em sistemas que podem até caber num chip,
oferecendo resultados quase instantâneos e mais precisos.


Destaques
Pesquisador do Cena é premiado pela descoberta de novo conceito na
química
Na quarta-feira (29), o pesquisador Elias Ayres Guidetti Zagatto, que
integrou a
equipe brasileira que descobriu um conceito pioneiro na química
analítica, recebe o prêmio
“Rheinboldt-Hauptmann 2000”, concedido pela Comissão de Pós-graduação do
Instituto de
Química (IQ) da USP todo ano a um químico, bioquímico ou a cientistas de
áreas correlatas
por se destacarem em suas contribuições. O grupo do Centro de Energia
Nuclear na
Agricultura (Cena) da USP de Piracicaba é hoje reconhecido
internacionalmente pela
análise química por injeção em fluxo. "Foi a primeira vez que o Brasil
descobriu um
conceito em química analítica", afirma Zagatto. "O encanto dessa técnica
é que ela
possibilita a automação dos sistemas e lida com microvolumes, da ordem
de bilionésimos
de mililitros. Assim, o sistema economiza amostras e reagentes e
contribui com a química
limpa, já que libera resíduos mínimos". O professor Ivano Gutz, docente
do IQ, "é um
sistema mais confiável, que melhora a qualidade dos resultados. É
possível fazer até 200
determinações por hora — manualmente dava para fazer uma ou duas nesse
mesmo
tempo".
Desenvolvido no Cena na década de 70 pela equipe chefiada pelo
professor
Henrique Bergamin, a análise por injeção em fluxo é, como define Gutz,
"um sistema que
permite fazer a química entrar pelo cano": os reagentes e amostras são
impulsionados em
tubulações, onde reagem e têm seus resultados medidos em poucos
segundos. Zagatto
compara o processo com um rio: "a amostra segue seu fluxo e em um ponto
encontra um
afluente, ou seja, o reagente, com o qual segue o percurso reagindo, até
passar pelo
instrumento de medida. Como toda aquela química de buretas, pipetas,
balões, acontece
neste percurso, o sistema acaba com a vidraria do laboratório", explica
Zagatto. Todas as
amostras são tratadas exatamente da mesma maneira, por isso o processo
se torna mais
preciso, além de ser mais rápido e mais barato. As tubulações são
capilares da espessura de
um fio de cabelo, os sistemas são flexíveis, podem ter várias aplicações
— e são cada vez
menores. No Canadá, há sete anos, os cientistas trabalham com o "Lab on
Chip", ou seja,
constroem um sistema completo de análise num chip de computador.
"Com esse sistema nós pudemos fazer análises em poucos segundos, o que
não
existia antes em química analítica", destaca Zagatto. Na última pesquisa
industrial feita
pelo Cena, a implantação de um sistema de análise em fluxo permitiu que
a análise do teor
de alumínio nas chapas de aço feitas pela Usiminas para confeccionar
latarias de carros
fosse feita por duas pessoas em trinta segundos, quando antes era feita
por oito pessoas em
vinte minutos, economizando toneladas de aço por dia, segundo Zagatto.
As aplicações do sistema, afirma Zagatto, "vão além da imaginação". O
Cena, por
exemplo, tem sistemas em barcos, o que permite analisar a água do rio
durante a
navegação. Um ex-aluno de Zagatto hoje trabalha na Inglaterra instalando
sistemas em
torpedos que descem às fossas abissais do oceano, permitindo determinar
a composição da
água a mais de 500 metros de profundidade, enviando resultados via rádio
para o
laboratório central. Em Portugal, um sistema do tamanho de uma pílula
monitora
instantaneamente a qualidade do vinho enquanto ele fermenta nas dornas.
Por tudo isso, o nome de Zagatto foi um consenso na indicação dos
cientistas para a
premiação deste ano, e ele recebeu cerca de 80% dos votos da comissão
que elege os
homenageados. “O prêmio pretende distinguir os cientistas que tenham se
destacado por
suas pesquisas, contribuições, e marca seu reconhecimento acadêmico”,
define Paulo
Sérgio Santos, diretor do IQ. A premiação, na qual Zagatto fará uma
conferência sobre
“Análises em fluxo: contribuições para o avanço da Química Analítica”,
acontece às 16h30
no Anfiteatro do Pavimento Superior do bloco 6 do IQ. O endereço é Av.
Prof. Lineu
Prestes, 748, Cidade Universitária.

Mais informações: Prof. Elias Zagatto: (0XX19) 429-4650; e-mail
ezagatto@cena.usp.br ou Silvana (0XX11) 3818-2053; e-mail
shlopes@iq.usp.br.


SUBJECT: "Re: [ciencialist] Sociedade civilizada x sociedade primitiva
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 28/11/2000 09:57


----- Original Message -----
From: Paulo Sérgio Dias


> Prezados amigos:
>
> - Nao sei se fujo muito aos propositos da lista,
> pois o assunto a seguir talvez seja mais
> do ambito da "sociologia", "religiao",
> "antropologia' e areas afins.

Não foge não, porque Antropologia e Sociologia também são Ciências - eu
uso o termo "Ciências Naturais" para a Química, Física e Biologia, e alguns
usam "Hard Science" ou "Ciência Pesada". São Ciências porque usam algum
método sistemático de investigação, usam abordagem crítica, exigem
comprovação das afirmações até onde é possível comprová-las, e exigem
objetividade até onde o sistema que estudam permite esta objetividade.

Ao contrário do que disse o João Mário, não é uma questão irrelevante.
Traz conseqüências, sim. E não é porque achemos que seja inevitável que as
"civilizações" "primitivas" venham a desaparecer que podemos ignorar estas
questões - simplesmente porque, até onde eu sei, ainda não desapareceram...
(por este raciocínio, ninguém precisaria se preocupar com a Amazônia, porque
vai desaparecer mesmo, um dia...). Mais sobre isso no último parágrafo.

E existe um meio de abordarmos mais objetivamente esta questão, sem cair
no racismo, religiosidade, etc., como você perguntou no final da mensagem.
Creio que a abordagem que dou abaixo vai além do mero racismo e da
religiosidade (claro que é impossível nos despojarmos totalmente de nossos
preconceitos, mas sempre é possível tentar despojar-nos mais e mais). O
aumento da objetividade reside justamente em relativizar os conceitos de
superioridade e complexidade, que, se tornados absolutos, não permitem
objetividade nenhuma.

Sim, estamos sendo preconceituosos se nos consideramos superiores aos
silvícolas por termos uma civilização avançada tecnicamente. Até mesmo usar
o termo "civilização" exclusivamente para civilizações técnicas é
preconceituoso. Isso porque o conceito de civilização que temos em nossas
cabeças não se aplica à técnica, mas à cultura. Qualquer sociedade humana
que possua algum tipo de cultura é uma civilização. Há o termo "civilização
técnica" para designar o nosso tipo de sociedade.

Os silvícolas também são uma civilização. Os índios Urubu-Kaapor, do
Maranhão, adoram fazer trabalhos com plumagens de pássaros. Eles fazem as
mais belas plumagens do país. Nossos conhecimentos são mais "complexos" que
os desses índios? Nós não sabemos fazer tais plumagens. Também não sabemos
fazer múmias como os egípcios. Os gregos antigos eram muito mais atrasados
tecnicamente do que nós. Mas conseguiam fazer malabarismos com matemática
que hoje pouquíssimos "ocidentais" conseguem fazer.

Os africanos são muito mais atrasados tecnicamente do que nós, mas sua
música é de tal modo incrementada que mudaram profundamente e para sempre a
cara da música de todo o continente americano - spirituals, jazz, blues,
samba, maracatu, e uma pletora de outros ritmos brasileiros, música de
candomblé, músicas caribenhas, etc... Sobre esse negócio de considerar Arte
em pé de igualdade com Ciência, ver uns parágrafos mais abaixo.

Há diversas direções para uma sociedade avançar. Veja: nossa civilização
caracteriza-se por ter desenvolvido seu conhecimento sobre a matéria até as
(pen)últimas conseqüências. Em conseqüência, largamos quase completamente o
conhecimento relativo ao espírito. Isso é traído pelo nosso vocabulário:
temos um nome para cada automóvel, e para cada pino do motor de um
automóvel, mas chamamos quase todas as diferentes manifestações afetivas
pelo mesmo nome: "amor". Amor fraternal, paternal, de amigo, de uma criança
para um cachorro, entre namorados, entre casados, para com um retrato,
etc... tudo é amor, ao ponto de chegar ao paroxismo de se usar a expressão
"fazer amor" quando se realiza o ato sexual. (Essa idéia eu tirei do Erich
Fromm).

Outras civilizações trilharam caminhos diversos. As orientais -
budistas, taoístas - fizeram o oposto: desenvolveram muitíssimo seu
conhecimento sobre a mente (não sobre a psicologia ou a neurologia - estas
contém conhecimento muito parcial sobre a mente, e o dos orientais também é
parcial, e os dois conhecimentos não coincidem). Entretanto, desenvolveram
pouquíssimo o conhecimento sobre a matéria.

Então eu pergunto: é razoável chamar de "superior" uma sociedade que
conhece paca a matéria, não conhece o próprio espírito e por isso, mesmo que
por vezes use esse conhecimento para desenvolver sua humanidade - cultura em
rádios, TVs, por exemplo - ainda assim o resultado é a potencialização da
morte e da destruição? É superior um modo de vida que faz com que as pessoas
se tratem cada vez mais fria e desrespeitosamente, como acontece nas cidades
grandes? (as pessoas da roça e das civilizações "atrasadas" tratam-se com
muito mais respeito - podem cometer atos bárbaros contra outros grupos, mas
nada que nós também não cometamos). A superioridade aqui só pode ser
entendida num modo relativo - por exemplo, "superioridade técnica".

Não estou dizendo que nossa civilização seja "degenerada" - isto é o
preconceito oposto. Apenas que há diferentes direções para se "avançar" numa
sociedade, não apenas a técnica. Se só avançamos na técnica e deixamos
outras direções de lado, jamais poderemos nos considerar "superiores".

Outra coisa: você citou o termo "conhecimento complexo". "Complexidade"
aqui é muito relativo. O conhecimento sobre a Física Moderna é mais complexo
por um lado, porque sua quantidade é maior. Mas, por outro lado, o sistema
estudado é muito mais simples do que, por exemplo, o abordado pelas Ciências
Humanas, ou mesmo a mente humana. Então quem tem o conhecimento mais
"complexo": quem sabe paca sobre a matéria ou quem sabe muito sobre a mente
humana, ou sobre sociedades? Obviamente a questão não tem resposta, pois
estamos comparando duas coisas incomensuráveis.

Os ritmos musicais dos "atrasados" africanos não são mais complexos do
que os dos europeus? Ah, mas música não é Ciência. Então estamos
privilegiando a Ciência como atividade intelectual humana digna de nota, em
detrimento das outras. Arte, Religião, Ciência, são atividades intelectuais.
A Arte é fundamental - imagine morando numa cidade onde os prédios fossem
todos da mesma cor, onde as pessoas andassem com roupas iguais, onde os
anúncios comerciais fossem idênticos e os neons coloridos à noite não
existisse, onde as pessoas não ouvissem música, onde não houvesse quadros
nas paredes. Não manteríamos nossa sanidade - e perderíamos nossa humanidade
e o pouco respeito que ainda temos uns pelos outros. Assim, uma sociedade
que tem uma arte muito incrementada (complexa) mas nenhum conhecimento
técnico ou científico teoricamente tem mais condições de desenvolver sua
"humanidade" - de novo, temos que usar termos relativos, como "superioridade
técnica", "superioridade rítmica", etc.

Você citou, num dos últimos parágrafos, o termo "objetividade". Espero
ter mostrado que qualquer tentativa de objetividade que leve a colocar nossa
civilização como superior às demais, em sentido absoluto, é ilusória. Para
sermos objetivos temos que relativizar os conceitos de superioridade e mesmo
o de complexidade.

E por que eu discordo do João Mário quanto à relevância destas questões?
Porque isto nos ajuda a entender melhor o "outro". O que aconteceu quando os
europeus chegaram na América, e o que está acontecendo agora na Amazônia, na
Palestina, no sul dos EUA e no Brasil, entre classes e entre raças - só
acontece porque as pessoas não compreendem até que ponto são superiores ou
opostos ao outro grupo.

Para respeitar o "outro", devemos primeiro conhecê-lo, para saber como
nos posicionar diante dele. A pessoa que se acha superior aos demais não os
respeita - no máximo, trata-os com uma benevolência paternalista, o que é
muito mau. Na pior das hipóteses, vê-os como inimigo ou como seres
desprezíveis. Na "média hipótese", surge o "racismo velado" brasileiro.

Assim como a tecnologia serve para melhorar nossa vida, as respostas às
tuas questões também o servem.

> a) Frequentemente leio comentarios
> sobre "ser humano civilizado" x
> "ser humano primitivo"
> Alguns consideram por "civilizado"
> ao ser humano que vive na sociedade
> "moderna", "tecnologica", morador das
> cidades, das telecomunicacoes, hipermercados,
> cinemas, teatros, restaurantes, automoveis...
> Essas mesmas pessoas consideram como "primitivo"
> ou "menos evoluido" o ser humano das florestas,
> tal como os habitantes das tribos africanas,
> os aborigines australianos, os "indios" brasileiros
>
> b) Pergunto a voces se o criterio de "evolucao"
> sob o ponto de vista "tecnologico" e' valido
> ou se se trata apenas de um preconceito cultural
> de nossa parte. Em outras palavras, e' "licito"
> de nossa parte considerarmo-nos superiores aos
> selvicolas, por exemplo, apenas por que temos
> uma tecnologia mais avancada ?
>
> c) Por outro lado, admitir que os seres humanos
> mais "atrasados tecnologicamente" sao "iguais
> ao ser humano" mais bem dotado de tecnologias
> nao e' raciocinar sob o prisma da religiosidade ?
>
> d) Sei que os termos que estou usando podem
> nao estar bem delimitados. Afinal, utilizar
> palavras como "licito", "evoluido", "avancada",
> "igualdade" exigiria uma definicao muito bem
> precisa, para que uma analise isenta pudesse
> ser feita. Aqui, utilizo os termos de forma
> livre, apenas com o intuito de iniciar um debate,
> esperando que os amigos mais experientes
> venham a precisar melhor esses conceitos.
>
>
> e) Aqui vai uma questao "provocativa", se me permitem
> o termo: Se pedirmos a um religioso para decidir
> entre o mais evoluido - um cientista ou um selvicola -
> talvez ele alegue que, sendo ambos humanos, possuem
> um valor "igual" diante da vida. Sob o ponto de vista
> humanistico, acredito que eu tambem pense assim.
> No entanto, sob um ponto de vista mais objetivo,
> tendo a considerar os conhecimentos do cientista
> mais "evoluidos" (mais "complexos" ? mais "sofisticados" ?)
> que os conhecimentos de um selvicola. Por acaso
> estou sendo preconceituoso ao pensar assim ?
>
> Bem, correndo o risco de parecer um pouco pedante, coloco-me
> na posicao de "nao-evoluido": Entre os conhecimentos
> de Albert Einstein e os meus conhecimentos, tenho plena
> conviccao de que o famoso fisico tinha um desenvolvimento
> maior que o meu, pelo menos na maioria dos ramos do conhecimento.
> O fato de eu me considerar "menos evoluido" que Einstein
> nao fere minha humanidade. Sera' que considerar os povos
> menos dotados de tecnologia como "inferiores" (a nivel
> intelectual e cultural, e' claro) constitui um preconceito ?
>
>
> - Tais duvidas me ocorreram recentemente, ao ouvir uma discussao
> entre duas amigas, a respeito do que seria um ser humano
> "evoluido" e um ser humano "nao-evoluido" (ou "menos evoluido").
> Uma delas nao tinha pudores em afirmar que um selvicola
> era menos evoluido que um ser humano civilizado, ao passo que a
> outra defendia a posicao de que nao podemos estabelecer criterios
> de comparacao, pois estariamos sempre tendentes a sermos
> parciais, em favor de nossa propria cultura.
>
> - Existe algum modo de abordar esse assunto mais objetivamente,
> sem recairmos em "racismo", "religiosidade" ou "preconceito barato" ?
>
> []'s
> Paulo Sérgio Dias




SUBJECT: E=mc2
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: Ciencialist - grupo de discussão <ciencialist@egroups.com>
DATE: 28/11/2000 10:29

Não entre em nenhum dos links, mas ainda assim arrisco a postar isto
aqui.
Saiu do jornal português "O Público":

http://jornal.publico.pt/publico/2000/11/25/MilFolhas/TLCIBER.html

Inté,
Bel

>A Equação Mais Famosa do Mundo
>Por Isabel Coutinho
>Sábado, 25 de Novembro de 2000
>
>David Bodanis, na introdução do seu novo livro - "E=mc2: A Biography of
>the World's Most Famous Equation" -, diz que a ideia de o escrever lhe
>surgiu quando estava a ler uma entrevista de Cameron Diaz em que um
>jornalista lhe perguntava se havia alguma coisa que ela tivesse
>curiosidade de saber ou perceber. A actriz respondeu que gostava de saber
>"o que realmente significa E=mc2". Mesmo que se saiba que "e" é de
>energia, "m" de massa, e "c" de velocidade da luz, a grande maioria não
>tem uma ideia precisa sobre o que verdadeiramente significa esta equação.
>E assim surgiu o livro de David Bodanis, "E=mc2", que antes de ser
>publicado já tinha sido comprado por editores de 15 países diferentes e
>tem todos os ingredientes para se tornar um "best-seller".
>
>Bodanis formou-se em matemática e economia na Universidade de Chicago,
>viveu em França durante 10 anos e actualmente vive em Londres. Publicou
>vários livros, entre os quais uma colecção de ensaios sobre a sociedade
>americana "Web of Words: The Ideas Behind Politics"; o "best-seller" "The
>Secret House" (em 1986) e o divertido "The Secret Family : Twenty-Four
>Hours Inside the Mysterious World of Our Minds and Bodies", no ano
>seguinte. Todos podem ser comprados através da Internet na livraria
>Amazon inglesa.
>
>"Take the E train" é o nome do artigo de Robert Matthews sobre o livro de
>Bodanis e pode ser lido na Internet. "Que brilhante ideia para um livro:
>um pequeno e divertido relato de E=mc2, a equação mais famosa da Ciência.
>De admirar é que ninguém se tenha lembrado disto mais cedo", escreve
>Robert para quem o livro satisfaz a curiosidade latente das pessoas
>quanto a esta equação, é acessível e divertido mas tem algumas
>inexactidões.
>Uma das quais é o facto de "para ilustrar as implicações mais negras de
>E= mc2, Bodanis não se fixa nos esforços dos aliados para construir a
>bomba atómica, mas nos esforços da Alemanha nazi. Ora, isto poderia dar
>um novo ângulo à questão só que os nazis nunca tiveram um Projecto
>Manhattan", explica Robert Matthews, especialista em ciência do "The
>Sunday Telegraph"e cujo artigo foi publicado na "New Scientist"em
>Setembro passado. Esta revista tem um "site" na Internet e o artigo em
>causa pode ser lido em http://www.newscientist.com/ . Por sua vez o
>"site" da CNN, na sua secção dedicada aos livros, também refere esta
>obra. Vá a
>http://www.cnn.com/2000/books/reviews/11/14/review.emc2/index.html .
>
>O livro foi publicado em Outubro em Inglaterra e saiu um artigo no jornal
>"The Guardian", que pode ser consultado em
>http://www.guardianunlimited.co.uk/Print/0 ,3858,4069142,00.html.
>
>Mas se quiser ficar a saber mais sobre a obra anterior de David Bodanis
>vá espreitar à revista norte-americana "Salon". Está lá um artigo sobre o
>livro "The Secret Family" e leia um excerto intitulado "Junk Mail". Muito
>divertido. A morada é
>http://www.salonmag.com/mwt/feature/1997/10/28junk.html .
>
>Ficará a saber que na América são os afro-americanos quem mais recebem
>cartas com propostas de compra de enciclopédias, que as caixas-de-correio
>dos hispânicos são cheias de papéis com propostas de mobílias para jardim
>(mesmo os que não têm terraço) e que os chino-americanos recebem cartas
>relacionadas com seguros para a velhice e os seus descendentes. E também
>que as pessoas ricas recebem mais "junk mail" do que as pobres. Fique
>também a saber que o dinheiro é um dos grandes temas de discussão entre
>casais: discute-se mais por causa do dinheiro do que para escolher qual o
>programa a ver na televisão.
>
>


-----------------------------------------------------
Roberto Belisário Diniz
rbdiniz@terra.com.br
Laboratório de Estudos Avançados de Jornalismo (Labjor)
http://www.uniemp.br/labjor/
Veja também: Revista Com Ciência
http://www.comciencia.br
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Tchau.
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 28/11/2000 10:35

Prezado Rodrigo,

Comento a sua despedida na mensagem abaixo.
>>>
----- Original Message -----
From: Rodrigo Frizzo Viecilli
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Monday, November 27, 2000 2:59 PM
Subject: [ciencialist] Tchau.
Tendo em vista que fracassei ao tentar provocar o repúdio coletivo dos
membros em relação a assuntos como a TGBD ou GENISMO, atacando pontos
centrais de uma lógica argumentativa que não existe ao menos fechada e
consistente em si mesma, não resta outra alternativa a não ser abandonar
este fórum e desejar aos que ficam muita paciência.
Abraço aos amigos,
Rodrigo
>>>

Lamento, sinceramente, a decisão que você tomou, e muito mais que ela, o que a provocou, a meu ver, a postura antidemocrática de quem a tomou.

A sua saída da lista me lembra a renuncia do Janio, que esperava que ela seria revertida em função de uma aclamação popular ou de uma apelação nesse sentido por parte do Congresso. Nada disso ocorreu e a renuncia se confirmou. É a vida...

Cresça Rodrigo.

Um grande abraço, apesar dos pesares

Claudio Abreu



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Sociedade civilizada x sociedade primitiva
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 28/11/2000 10:36



Paulo Sérgio Dias wrote:
>
> Prezados amigos:
>
> - Nao sei se fujo muito aos propositos da lista,
> pois o assunto a seguir talvez seja mais
> do ambito da "sociologia", "religiao",
> "antropologia' e areas afins.
>
> - Entretanto, talvez esse e-mail abra
> a possibilidade para uma abordagem
> ate' mesmo sob o ponto de vista biologico do
> ser humano...

Ah.. Evolucao.... meu prato predileto ! :-)

>
> - Gostaria de ouvir a opiniao de voces
> a respeito de um assunto que me ocupou
> a mente nos ultimos dias, e que por falta
> de maiores conhecimentos ainda me causam
> algumas duvidas:
>
> a) Frequentemente leio comentarios
> sobre "ser humano civilizado" x
> "ser humano primitivo"
> Alguns consideram por "civilizado"
> ao ser humano que vive na sociedade
> "moderna", "tecnologica", morador das
> cidades, das telecomunicacoes, hipermercados,
> cinemas, teatros, restaurantes, automoveis...
> Essas mesmas pessoas consideram como "primitivo"
> ou "menos evoluido" o ser humano das florestas,
> tal como os habitantes das tribos africanas,
> os aborigines australianos, os "indios" brasileiros

Talvez evoluidos culturalmente mas, nao necessariamente,
biologicamente.

>
> b) Pergunto a voces se o criterio de "evolucao"
> sob o ponto de vista "tecnologico" e' valido
> ou se se trata apenas de um preconceito cultural
> de nossa parte. Em outras palavras, e' "licito"
> de nossa parte considerarmo-nos superiores aos
> selvicolas, por exemplo, apenas por que temos
> uma tecnologia mais avancada ?


Note que o termo "superior", em se tratando de evolucao biologica,
eh bastante perigoso: Nao podemos dizer que somos superires aas baratas,
por exemplo, uma vez que ambas especies sobrevivem e nao dao indicios
de que se extinguirao a curto prazo.

Mas, se considerarmos superiores no sentido de capacidade de armazenar
e criar conhecimentos e tecnologia, entao, neste caso somos superiores
aas
baratas ( e elas superiores a nos no sentido de poderem sobreviver em
ambientes inospitos).

Claro q nossa sociedade tecnologica eh relativamente nova e a pressao
seletiva talvez nao tenha AINDA nos moldado geneticamente de maneira
a sermos mais eficientes que os aborigenes na tarefa de assimilar
conhecimento e tecnologia.

>
> c) Por outro lado, admitir que os seres humanos
> mais "atrasados tecnologicamente" sao "iguais
> ao ser humano" mais bem dotado de tecnologias
> nao e' raciocinar sob o prisma da religiosidade ?

Se mantivermos um suficiente isolamento entre os aborigenes e
nos, a diferenciacao genetica fatalmente se fara.

Eh natural que apos algumas ( ou muitas ) geracoes o ser civilizado sera
geneticamente superior ao aborigene no sentido de assimilar e se adaptar
aas novas tecnologias. E o aborigene superior a nos no sentido de se
adaptar
e sobreviver em um ambiente selvagem.

Mas dizer que tal diferenciacao, ou melhor, se tal adaptacao ja eh
perceptivel
eh algo, digamos assim, arriscado de se dizer.

Eu acredito que nos *ainda* somos iguais aos aborigenes com relacao
a capacidade intelectual. Se pegarmos um bebe aborigene e o educarmos
em nossa civilizacao ele se adaptara tao bem, acredito, quanto qualquer
um de nos.

>
> d) Sei que os termos que estou usando podem
> nao estar bem delimitados. Afinal, utilizar
> palavras como "licito", "evoluido", "avancada",
> "igualdade" exigiria uma definicao muito bem
> precisa, para que uma analise isenta pudesse
> ser feita. Aqui, utilizo os termos de forma
> livre, apenas com o intuito de iniciar um debate,
> esperando que os amigos mais experientes
> venham a precisar melhor esses conceitos.
>
> e) Aqui vai uma questao "provocativa", se me permitem
> o termo: Se pedirmos a um religioso para decidir
> entre o mais evoluido - um cientista ou um selvicola -
> talvez ele alegue que, sendo ambos humanos, possuem
> um valor "igual" diante da vida.

Dificil definir o "valor" de um ser humano.
Eh, contudo, um problema que pode ser pensado.

> Sob o ponto de vista
> humanistico, acredito que eu tambem pense assim.
> No entanto, sob um ponto de vista mais objetivo,
> tendo a considerar os conhecimentos do cientista
> mais "evoluidos" (mais "complexos" ? mais "sofisticados" ?)
> que os conhecimentos de um selvicola. Por acaso
> estou sendo preconceituoso ao pensar assim ?

Talvez. Note q, em principio, este indio poderia adquirir os mesmos
conhecimentos do cientista. Igualando-se a ele em conhecimentos, desde
que seja educado em uma idade compativel.

>
> Bem, correndo o risco de parecer um pouco pedante, coloco-me
> na posicao de "nao-evoluido": Entre os conhecimentos
> de Albert Einstein e os meus conhecimentos, tenho plena
> conviccao de que o famoso fisico tinha um desenvolvimento
> maior que o meu, pelo menos na maioria dos ramos do conhecimento.

Aih eu nao compararia apenas a nivel de conhecimento.
Muitos fisicos da epoca de Einstein tinham o mesmo conhecimento que ele
mas ele desenvolveu e criou em cima destes conhecimentos.

Quero dizer q ele, assim como muitos outros genios, provavelmente, era
realmente + evoluido, geneticamente talvez, que a maioria das pessoas
no sentido de criatividade e compreensao.


> O fato de eu me considerar "menos evoluido" que Einstein
> nao fere minha humanidade. Sera' que considerar os povos
> menos dotados de tecnologia como "inferiores" (a nivel
> intelectual e cultural, e' claro) constitui um preconceito ?

Depende como vc utiliza esta informacao.
Como disse eh perigoso dizer q, como raca, eles nao tenham a mesma
capacidade de nos de adquirir e processar informacoes.
Nao obstante isto podera ocorrer no futuro.


>
> - Tais duvidas me ocorreram recentemente, ao ouvir uma discussao
> entre duas amigas, a respeito do que seria um ser humano
> "evoluido" e um ser humano "nao-evoluido" (ou "menos evoluido").
> Uma delas nao tinha pudores em afirmar que um selvicola
> era menos evoluido que um ser humano civilizado, ao passo que a
> outra defendia a posicao de que nao podemos estabelecer criterios
> de comparacao, pois estariamos sempre tendentes a sermos
> parciais, em favor de nossa propria cultura.
>
> - Existe algum modo de abordar esse assunto mais objetivamente,
> sem recairmos em "racismo", "religiosidade" ou "preconceito barato" ?
>


Eu acho q eles estao mais adaptados culturalmente a sobreviver
no seu meio assim como nos, no nosso.

Sua cultura pode parecer primitiva para nos mas na verdade ela pode ser
mais natural que a nossa permitindo-lhes ter uma existencia mais feliz
que a nossa.

Uma boa comparacao seria o grau de felicidade entre estes povos
aborigenes
e o nosso, dito civilizado.

Se as estatisticas mostrarem q eles sao mais felizes que nos ,
poderiamos
dizer que, de algum modo, eles sao superiores a nos no sentido de ter
conseguido uma boa adaptacao social.

[]s
jocax


SUBJECT: Re: "Re: [ciencialist] Sociedade civilizada x sociedade primitiva
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 28/11/2000 10:40



Roberto Belisario wrote:

>
> E por que eu discordo do João Mário quanto à relevância destas questões?
> Porque isto nos ajuda a entender melhor o "outro".

Nós não discordamos. Eu acho que a questão não é relevante porque tem
subjacente
a ela a consequencia de que os civilizados (supostamente nós) temos mais
direitos
por sermos superiores. Mesmo que fosse verdade (e eu acho que não é) que
alguns
humanos são superiores a outra daí não decorrem consequências sobre os
direitos.
Também tem subjacente a ideia de que as culturas primitivas não têm nada
de
bom a dar ao mundo e que se eles se extinguirem não se perde nada. Eu
acho que
as culturas primitivas dão um contributo original e positivo à
comunidade
humana e por isso é irrelevante se a nossa cultura é em algum sentido
superior
à deles. A questão da superioridade só faz sentido e só tem interesse
quando
os elementos concorrem uns com os outros. No entanto a nossa cultura não
concorre com , antes é complementada pelas culturas primitivas.


joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] fendas quanticas e outras coisas
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 28/11/2000 14:20

Sobre informação eletromagnética

Alberto Mesquita Filho wrote:
> No século
> atual, e com o advento da física moderna, esta impossibilidade foi deixada
> na gaveta e ninguém mais se preocupou com isso. Esta impossibilidade
> matemática não é observada na minha teoria e, portanto, posso admitir a
> existência das i.e.m.

Imagino que a tal impossibilidade matemática seja relacionada a
velocidades superiores a da luz que resultariam em raízes negativas. Até
aí tudo bem, apenas não se encontrou explicação física [palpável] para
os resultados complexos.

Mas o que tem sua teoria de especial? Trata os números complexos de
forma "natural"? Velocidade da luz não é o limite? O que é o limite?

Pela sua teoria, a i.e.m. viajaria acima de c. OK, teorias mais modernas
tentam enquadrar os possíveis táquions nisto, mas enquanto não se puder
medí-los [mesmo que indiretamente] eles não passam de teoria beirando a
metafísica.

> > Gostaria de saber sua opinião sobre a não-interferência quando os fótons
> > são observados.
> Até agora estava falando sobre elétrons, ainda que possa admitir algo
> semelhante para os fótons.

Nesta experiência os fótons e elétrons se comportam da mesma forma.

> Não sei exatamente a que é que você está se referindo ao falar em
> "não-interferência" pois os métodos utilizados para uma observação anterior
> ao registro da imagem, despersonalizam, a meu ver, a experiência original.

Esta experiência é comentada por Feynman em Lectures on Physics e na
versão de bolso ;-) Física em 6 Lições [em português também]. Na Física
em 6 Lições é o último capítulo.

Resumidamente ele diz o seguinte, tenho um gerador de fótons [ou
elétrons] que atravessam duas fendas e geram um padrão de interferência
na película fotográfica, ou seja, forma interferência construtiva [sinal
mais forte] ou interferência destrutiva [sinal mais fraco] e seguindo
pela película estas interferências se alternam. Este comportamento é
tipicamente ondulatório, qualquer um pode fazer a experiência com uma
forma de bolo cheia de água e um obstáculo com duas fendas [buracos por
onde passam as ondas].

Mas espera aí, eu sei que os fótons [ou elétrons] são partículas e não
ondas. Então eu reduzo a quantidade de fótons que sai a ponto de sair
apenas um de cada vez. O padrão de interferência continua o mesmo. Mas
ele vai interferir com o quê, se só sai um de cada vez?

Não contente, resolvo saber qual fenda o fóton atravessa se a fenda A ou
a fenda B. Coloco então um "observador" depois das fendas para ter
certeza de qual das fendas o fóton sai. Mas então descubro que o padrão
de interferência não mais existe. FRAUDE!!! Os fótons são na verdade
partículas como era esperado. Então eu retiro o observador e o padrão de
interferência volta. Mas então eles são ondas??? O que eles são na
verdade?

A física moderna diz que eles possuem uma dualidade onda-partícula. Se
observados, seu padrão é tipicamente de partículas [semelhante a balas
de revólver], mas se não observados, eles se comportam como ondas.

Aí então surge a pergunta que não quer calar: como a teoria do Alberto
explica isto?

==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
==========================================================


SUBJECT: Re: [ciencialist] Sociedade civilizada x sociedade primitiva
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 28/11/2000 18:16


-----Mensagem Original-----
De: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: terça-feira, 28 de novembro de 2000 10:36
Assunto: Re: [ciencialist] Sociedade civilizada x sociedade primitiva




> - Entretanto, talvez esse e-mail abra
> a possibilidade para uma abordagem
> ate' mesmo sob o ponto de vista biologico do
> ser humano...

##Ah.. Evolucao.... meu prato predileto ! :-)

Não conheço esse prato, mas deve ser algo notável, no início da refeição é sopa de girino, durante é o elo perdido e, no final, é sapo cibernético! :-)

>
> a) Frequentemente leio comentarios
> sobre "ser humano civilizado" x
> "ser humano primitivo"
> Alguns consideram por "civilizado"
> ao ser humano que vive na sociedade
> "moderna", "tecnologica", morador das
> cidades, das telecomunicacoes, hipermercados,
> cinemas, teatros, restaurantes, automoveis...
> Essas mesmas pessoas consideram como "primitivo"
> ou "menos evoluido" o ser humano das florestas,
> tal como os habitantes das tribos africanas,
> os aborigines australianos, os "indios" brasileiros

##Talvez evoluidos culturalmente mas, nao necessariamente,
biologicamente.

Falta uma opinião. A deles (os alborígenas)! Como será que eles fazem esse julgamento cultural? Somos 'mais civilizados'? Ou para eles, acostumados á magia o que fazemos (nós os 'civilizados') não passa de mais uma magia?
Vcs estão perdendo a oportunidade de ler algo sobre isso no insuperável, esse magnífico tem de tudo, só pode ser considerado civilizado alguém que já leu : "O Jovem Novo Selvagem". E onde tem iso? Onde? Onde? Ora, no imperdível, majestoso, 65 600 ésimo visitado, imperdível site www.feiradeciencias.com.br/sala19/index19.htm , item 1.:-) Sejam civilizados, atualizem-se!:-)
Depois dessa façanha cultural voltaremos aos comentários.

[]'
Léo





SUBJECT: Holanda autoriza eutanasia
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO:
DATE: 28/11/2000 18:40

From:
"Michael Mohallem" <michael.m@uol.com.br>


Holanda aprova lei histórica que autoriza eutanásia
12h52 - 28/11/2000



AMSTERDÃ (Reuters) - A Holanda, que há décadas tolera a indução
da morte em
pacientes terminais, aprovou na terça-feira a legalização da
eutanásia. Com a
decisão da Câmara Baixa do Parlamento, o país torna-se o primeiro
do mundo a
liberar o procedimento.

Segundo uma porta-voz do Parlamento, a Câmara Baixa votou por 104
votos a 40 a
favor do projeto de lei, que contou com o apoio dos três partidos
da coalizão
governista nos debates da semana passada.

Defensores do projeto de lei holandês, entre os quais muitos
médicos, afirmam que
as novas diretrizes melhoram a proteção aos direitos humanos.
Opositores dele,
incluindo pequenos partidos de oposição calvinistas, dizem temer
abusos.

Uma série de decisões jurídicas e diretrizes na área de saúde
tomadas desde os
anos 70 tornaram cada vez mais fácil que os médicos ajudassem
seus pacientes a
morrer, mas o código criminal nunca foi reformado. Essa zona
cinzenta deixa em
aberto a possibilidade de os médicos serem processados por
homicídio.

A nova lei manda que os pacientes terminais adultos façam um
pedido voluntário e
substancioso para morrer em face da perspectiva de uma doença
incurável e
penosa.

Os médicos devem informar os pacientes sobre suas chances futuras
e devem
chegar à conclusão inquestionável de que não há uma alternativa
de cura. Uma
segunda opinião deve ser tomada. Caso o diagnóstico seja
confirmado e seja essa
a vontade do paciente, ele poderá ser morto.

Depois da aprovação pela Câmara Baixa do Parlamento, o projeto
será votado pela
Câmara Alta no próximo ano. A aprovação ali é considerada uma
formalidade.

Os médicos holandeses ajudaram, no ano passado, 2.216 pacientes a
morrer por
meio da eutanásia ou do suicídio assistido (quando os médicos
fornecem
substâncias letais, mas não as administram), disseram
organizações de defesa da
prática. Cerca de 90% dos casos eram de vítimas de câncer.

Os números reais, porém, devem ser muito maiores, já que grande
parte dos casos
não são relatados devido à possibilidade de sanção penal.

O Território do Norte, na Austrália, havia legalizado o suicídio
assistido para
pacientes terminais em 1996, mas suspendeu a lei no ano seguinte.


SUBJECT: Imperdivel entrara em greve!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 28/11/2000 18:41

Olá pessoal,

Uma vez comprovodo o ato, o imperdível, fenomenal, majestoso site entrará em greve por uma semana, em sinal de protesto ao Ministério da Educação. Vejamos:

Ontem recebi visita de dois professores de Florianópolis (vieram de avião até Rio Preto e de lá até em casa - Barretos - de carro). Eles representam um grande indústria de equipamento para laboratório e queriam duas coisas: que eu escreve os manuais de instrução descrevendo os experimentos adaptados a seus materiais (cerca de 500 experimentos) e que eu colocasse em meu site a devida propaganda disso.

Negócios á parte, estavam totalmente chocados com a atitude do Ministério da Educação, conforme documento dirigido a todas as escolas, que a partir de então elas passariam a receber uma determinada quantia (até muito boa!) mas, explicitamente dito, *tal verba não deverá ser usada para laboratórios ou equipamentos similares, pois está visto que nunca serão usados e seria um desperdício* etc. etc.

Ora, direis ouvir estrelas, estou labutando a 45 anos em pról da juventude, lutando para a obtenção de um laboratório mínimo que seja, de física, química e biologia para todas as escolas, trabalhando textos e mais textos mostrando a necessidade da experimentação no ensino das ciencias naturais, tentando mostrar que a loja + giz tem aspéctos destrutivos (veja artigo paradóxo da lata furada e dezenas de outros).

E agora, mais um desestímulo, mais uma mordaça, mais tapa-olhos para a juventude!

Estou indo atrás desse documento e, tendo-o em mãos, colocarei o Feira de Ciências em greve deixando apenas a página de abertura com um tremendo texto de repulsa a mais essa atrocidade da educação brasileira.

Conto com a colaboração de vcs no levantamento dessa bandeira.

Grato a todos,

[]'
Léo




SUBJECT: Re: [ciencialist] fendas quanticas e outras coisas
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 28/11/2000 19:12

-----Mensagem Original-----
De: "TARCISIO BORGES"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Terça-feira, 28 de Novembro de 2000 14:20
Assunto: Re: [ciencialist] fendas quanticas e outras coisas

> Alberto Mesquita Filho wrote:
> > No século atual, e com o advento da física moderna, esta impossibilidade
> > foi deixada na gaveta e ninguém mais se preocupou com isso. Esta
> > impossibilidade matemática não é observada na minha teoria e, portanto,
> > posso admitir a existência das i.e.m.
> Imagino que a tal impossibilidade matemática seja relacionada a
> velocidades superiores a da luz que resultariam em raízes negativas. Até
> aí tudo bem, apenas não se encontrou explicação física [palpável] para
> os resultados complexos.

Não, o buraco é um pouquinho mais embaixo e não envolve nem a velocidade da
luz nem raízes negativas. Trata-se de uma impossibilidade, segundo a visão
de Feynmann, de evoluirmos das equações de campo da teoria de Maxwell
(independentemente de qualquer interpretação relativística e/ou quântica)
para uma explicação física do que seria o campo, algo que a partir de Newton
(se bem que não utilizando o nome campo) chegou a preocupar a grande maioria
dos físicos do século passado mas que poucos, a exemplo de Einstein,
procuraram, ainda que de forma atípica, valorizar no século XX.

A idéia de Feynmann associa-se a tentarmos imaginar as linhas de campo como
trajetórias de hipotéticas entidades viajando pelas mesmas e responsáveis
pelo campo. A idéia em si não é de Feynmann e sua origem talvez esteja
perdida no tempo e no espaço. Talvez deva-se a Faraday ou a algum físico ou
matemático de seu tempo, dentre aqueles que imaginaram as "linhas de campo".

O que Feynmann deixa implícito, em primeiro lugar, é que isto seria por
demais abstrato e irreal, o que eu, dentro de minha visão realista clássica
interpreto como não físico. Suponha, por exemplo, o campo magnético de um
fio pelo qual passa uma corrente. Suas linhas de campo são fechadas e não
começam no objeto (fio) que as geram. Se pensarmos numa entidade hipotética
viajando pelas linhas de campo não poderíamos dizer que essas entidades são
emitidas pela fonte, pois sequer passam pela fonte. A menos que diga que
elas efetuam um salto não quântico mas tão absurdo "quanto", entre a fonte e
as linhas de campo. Não obstante, se pensarmos fisicamente perceberemos que
quando o campo foi efetivamente criado (início da corrente elétrica) as
linhas de campo sim, foram lançadas para o espaço até ocuparem o estado de
equilíbrio (corrente contínua). Mas a idéia de Feynmann não segue esta
abordagem, ainda que mostra que a anterior é absurda e realmente é. Ou seja,
primeiramente tentam compatibilizar a matemática de campos com a física; a
seguir, e através de uma idéia por demais ingênua, chegam à conclusão que
isto é impossível. E a seguir concluem que a física clássica (no caso o
eletromagnetismo clássico) incompatibiliza-se com dados experimentais,
necessitando pois de modelos "físicos" esdrúxulos e puramente matemáticos
para explicar o que acreditam ser uma realidade física.

Acima disse "em primeiro lugar". Vamos então para o segundo lugar: Feynmann
demonstra a razão matemática desta impossibilidade. Uma entidade física
conservativa e que flui deve, de alguma maneira, poder ser interpretada como
fluxo de alguma coisa emitida por uma fonte e absorvida por um sorvedouro.
Isto pode ser feito, por exemplo, em mecânica dos fluidos. Pode-se pensar
também no fluxo de elétrons em linhas de campo: os elétrons seguem as linhas
do campo elétrico (observe que este campo não é aquele gerado pelos próprios
elétrons que estão seguindo as linhas, e portanto não estou entrando em
contradição com a idéia de "entidades" a gerarem os campos). Em qualquer um
desses casos, o fluxo pode ser pensado como algo relacionado ao gradiente de
um campo matemático cujas linhas prestam-se como trajetórias. E chega-se
matematicamente a essa conclusão. Feynmann então conclui que
matematicamente, e pela análise das linhas de campo da teoria de Maxwell,
não poderíamos pensar em "alguma coisa" emitida por elétrons e a trafegar
pelas linhas dos campos E e B da teoria de Maxwell. Ou seja, matematicamente
conclui pelo que fisicamente parece-nos óbvio, como espero ter mostrado no
parágrafo anterior. Brilhante, porém apenas servindo para mais uma vez
mostrar que é possível a matemática adequar-se à filosofia natural, coisa
que Newton, por linhas retas, propôs há mais de três séculos.

> Mas o que tem sua teoria de especial?

Ela demonstra que é possível matematicamente pensarmos numa entidade física
(i.e.m.) que propaga-se por um campo eletromagnético "A", do qual derivo os
campos de efeitos tanto elétrico quanto magnético de minha teoria, chegando
também à conclusão que macroscopicamente a "somatória destes campos de
efeitos" produzidos por todos os elétrons componentes de uma carga ou de uma
corrente elétrica nos leva às equações de Maxwell, válidas portanto para
entidades macroscópicas (cargas elétricas e correntes elétricas). Esta
entidade física "concreta" responde pelos campos em si, abstratos e, como
tais, construtos puramente matemáticos.

Obviamente, as i.e.m. obrigam-nos a repensarmos no absurdo que está por trás
da malfadada ação a distância que foi embutida, juntamente com outros
fatores (partículas puntiformes, por exemplo) em todas as teorias da física
moderna o que, em decorrência, responde por uma infinidade de seus problemas
filosófico-epistemológicos: incerteza, localidade,
determinismo/indeterminismo, efeito túnel, contração do espaço, dilatação do
tempo, etc.

Ainda que eu não tenha conseguido, sozinho, explicar tudo o que a
"maravilhosa" física moderna "explicou" com o trabalho de milhares de
pesquisadores em seus 100 anos de existência, percebo dia a dia que esses
absurdos da física moderna vão se esfacelando a meus olhos um a um, à medida
que, em meu passo de tartaruga, vou tentando destrinchar, por via de minhas
teorias, os segredos relativos à natureza íntima da matéria.

> Trata os números complexos de
> forma "natural"? Velocidade da luz não é o limite? O que é o limite?

Não, não utilizei estas hipóteses em minha teoria. Em teoria, não vejo
restrições para a velocidade de objeto algum. Na prática, percebo que parte
da energia fornecida a um objeto quando este passa de um referencial para
outro (ao acelerar-se) é captada como energia interna (por exemplo, de
rotação). De alguma maneira, tudo isso leva-me ao velhíssimo conceito de
espaço absoluto newtoniano. E em relação a esse espaço absoluto, nenhuma
lanterna poderia emitir luz numa velocidade superior a sua própria
velocidade. Conclusão: a lâmpada que ora está iluminando meu escritório está
viajando no Universo pelo menos na velocidade da luz c, pois esta foi a
velocidade desta luz medida em nossos laboratórios. Apenas repito que esta
hipótese não faz parte da minha teoria eletromagnética e nem é uma hipótese
ad hoc, pois não necessitei dela para explicar nada decorrente da teoria em
si. Apenas estou aqui tentando responder a seu questionamento, que extrapola
os objetivos da teoria e avança em direção à minha teoria primitiva,
relativa à natureza íntima da matéria, bem mais complexa por sinal e ainda
não totalmente axiomatizada nem resolvida.

> Pela sua teoria, a i.e.m. viajaria acima de c.

Essa conclusão é sua. :-). Pelo contrário, acredito que as i.e.m. viajam
exatamente na velocidade c. Apenas não postulei a constância de c e afirmei
na teoria que "se tal acontecer" isto deverá surgir como conseqüência da
interpretação de experiências a luz das hipóteses apresentadas. Em nenhum
momento vejo a necessidade, nem teórica, nem experimental (analisando as
experiência já efetuadas) para, aceitando as hipóteses da minha teoria,
concluirmos pelo absurdo (no sentido de que vai contra o senso comum) de uma
velocidade c independente do referencial. A minha teoria é totalmente
compatível com a relatividade clássica e com a física "genuinamente"
newtoniana, ou seja, a física de Newton mas não obrigatoriamente a de seus
seguidores.

> OK, teorias mais modernas
> tentam enquadrar os possíveis táquions nisto, mas enquanto não se puder
> medí-los [mesmo que indiretamente] eles não passam de teoria beirando a
> metafísica.

Táquions são imagens de espírito que ainda não necessitei para evoluir minha
teoria. São entidades que poderão ou não existir se a relatividade de
Einstein for verdadeira. Não existe nada em minha teoria a necessitar de
partículas a viajarem para trás no tempo. A luz não é uma entidade
estratosférica, miraculosa, majestosa e soberana a separar o universo em
dois, tomando-se por base a sua velocidade. Por que privilegiar a luz? Ao
ultrapassarmos a luz estaremos tão somente ultrapassando a luz, jamais
invertendo o tempo!!! Da mesma forma que ao ultrapassarmos o som podemos
ouvir um som do passado sem necessitar inverter o tempo. Existe, sim, um
problema de natureza físico epistemológica a distinguir esses dois efeitos,
e que relaciona-se à velocidade da fonte de luz em relação a um referencial
absoluto newtoniano. Mas esse é um outro assunto e a ser explicado em outra
teoria. Quando muito poderia dizer que a inversão do tempo "talvez" sirva
para falsear a minha teoria eletromagnética, mas esse também é outro assunto
e, a meu ver, de pouca importância teórica pois que de praticidade quase
nula nos dias atuais.

> > Não sei exatamente a que é que você está se referindo ao falar em
> > "não-interferência"...
> Esta experiência é comentada por Feynman em Lectures on Physics e na
> versão de bolso ;-) Física em 6 Lições [em português também]. Na Física
> em 6 Lições é o último capítulo.

O Feynmann é um excelente físico e que, como tal, usa e abusa de
experiências de pensamento. Ele pode se dar ao luxo pois conhece as
experiências em que está se baseando, mas nem sempre deixa isso muito claro
para o leitor (e nem chega a ser necessário na maioria das vezes). O
problema é que ao tentarmos interpretar as idéias de Feynmann à luz de novas
teorias, precisamos efetivamente conhecer este interelacionamento entre o
que é efetivamente experiência e o que é pensamento a refletir experiências
outras interpretadas à luz das teorias então aceitas.

> Resumidamente ele diz o seguinte, tenho um gerador de fótons [ou
> elétrons] que atravessam duas fendas e geram um padrão de interferência
> na película fotográfica, ou seja, forma interferência construtiva [sinal
> mais forte] ou interferência destrutiva [sinal mais fraco] e seguindo
> pela película estas interferências se alternam. Este comportamento é
> tipicamente ondulatório, qualquer um pode fazer a experiência com uma
> forma de bolo cheia de água e um obstáculo com duas fendas [buracos por
> onde passam as ondas].

Concordo com a analogia mas daí a dizer que ela se aplique vai uma
interpretação a meu ver inconseqüente pois estaria admitindo que tudo o que
se comporta como a água tem propriedades íntimas semelhantes à da água.
Pense no seguinte: uma rajada de metralhadora cujas balas estão de alguma
maneira eletrizadas e atravessando um orifício cujas bordas estão de alguma
maneira magnetizadas. Ao analisar os furos provocados numa parede
posterior ao orifício, e admitindo-se que fossem tais a mostrarem zonas
"claras" e "escuras", eu poderia dizer que houve interferência construtiva
ou destrutiva? E desta forma concluir que a rajada de metralhadora nada mais
é senão uma onda? É esta a lógica a ser adotada ao contrastarmos fenômenos
ondulatórios e corpusculares?

> Mas espera aí, eu sei que os fótons [ou elétrons] são partículas e não
> ondas. Então eu reduzo a quantidade de fótons que sai a ponto de sair
> apenas um de cada vez. O padrão de interferência continua o mesmo. Mas
> ele vai interferir com o quê, se só sai um de cada vez?

A meu ver, com as bordas do orifício.

> Não contente, resolvo saber qual fenda o fóton atravessa se a fenda A ou
> a fenda B. Coloco então um "observador" depois das fendas para ter
> certeza de qual das fendas o fóton sai. Mas então descubro que o padrão
> de interferência não mais existe. FRAUDE!!!

Isto que você chama observador entre aspas parece-me estar relacionado a uma
agulha magnetizada qual bobina de extensão infinita e a produzir o chamado
efeito de Aharonov-Bhom. Pode ser que eu me engane, mas creio que é isso.
Pois bem, o efeito dessa agulha deveria ser nulo, pois o campo magnético é
nulo. Não obstante, essa mesma experiência que é utilizada para supor esse
hipotético "observador" que, para efeitos de ataques à física clássica, não
interfere com o fenômeno, é também utilizado para justificar as maravilhosas
"previsões" da teoria quântica, e agora sim, mostrando que efetivamente
interfere. Obviamente, não existe nem previsão nem explicação. O que se fez
foi justificar, pela introdução de hipóteses "ad hoc", idéias a
compatibilizarem-se com o que se queria que fosse explicado, após
Aharonov-Bhom terem apontado seu efeito. Bhom é um dissidente da física
quântica e não creio que teria concordado que tenha feito uma previsão
quântica (talvez uma previsão de suas teorias não-locais), mas enfim esse é
um assunto sobre o qual estou apenas especulando e é possível que esteja
errado.

Classicamente diria que o elétron (ou fóton) está realmente num campo
magnético nulo (campo este da teoria de Maxwell). Porém, pela minha teoria,
não está numa zona de efeitos eletromagnéticos nulos. Caso esse efeito não
fosse conhecido, seria exatamente algo do tipo que esperaria encontrar pela
minha teoria (a agulha magnetizada interferir com a trajetória). Como já é
conhecido, não posso dizer que seria uma previsão da minha teoria. Não
obstante, exponho um campo de natureza totalmente semelhante (campo de
Maxwell nulo) no qual o elétron deve seguir uma trajetória prevista pela
minha teoria e a falsear a idéia de elétron carga elétrica. Este campo é o
campo de Maxwell sabidamente nulo e que existe no interior de uma superfície
condutora fechada e eletrizada. Para os que afirmam que a minha teoria não
faz predições, esta é uma delas.

> Os fótons são na verdade
> partículas como era esperado. Então eu retiro o observador e o padrão de
> interferência volta. Mas então eles são ondas??? O que eles são na
> verdade?

Pela minha teoria a luz está intimamente relacionada às i.e.m. e nada mais
seria do que eu chamo um campo mutante, região do espaço em que o campo está
em transformação, pois sua fonte foi acelerada e esta informação responsável
pelo campo não é emitida em velocidade infinita, mas na velocidade c. Esta
idéia, acoplada à idéia de elétron preso ao átomo, seria à primeira vista
suficiente para chegar a um tipo de quantização a justificar o conceito de
fóton. E portanto, por esta via de raciocínio diria que a luz não é nem
corpuscular nem ondulatória. :-)). Não obstante, não é impossível que exista
um componente corpuscular a acompanhar a luz. Não diga que trata-se de uma
hipótese ad hoc, pois não estou utilizando-a para justificar possíveis
falácias da minha teoria mas para entender fenômenos outros a se apoiarem em
teorias mais abrangentes. Comento alguma coisa a respeito no final do
diálogo apresentado em
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/Usenet/dialogos04.htm , cujo
título, por sinal, é "O que são ondas eletromagnéticas?".

> A física moderna diz que eles possuem uma dualidade onda-partícula.

E eu digo com freqüência que Papai Noel existe e sua existência vem sendo
comprovada experimentalmente ano a ano há vários séculos. :-))

> Se observados, seu padrão é tipicamente de partículas [semelhante a balas
> de revólver], mas se não observados, eles se comportam como ondas.

Se observado por crianças Papai Noel dá balas, nos Shoppings. Quando não
observado ele trás presentes de Natal. :-))

> Aí então surge a pergunta que não quer calar: como a teoria do Alberto
> explica isto?

Espero ter explicado parcialmente, mas não tenho dúvida de que muita coisa
ainda precisa ser explicada. Pois não tenho a resposta para tudo. De
qualquer forma, grato pelo gancho e, se possível, continue me testando, pois
preciso disso.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Imperdivel entrara em greve!
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 28/11/2000 19:59

-----Mensagem Original-----
De: "Luiz Ferraz Netto"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Terça-feira, 28 de Novembro de 2000 18:41
Assunto: [ciencialist] Imperdivel entrara em greve!

> Negócios á parte, estavam totalmente chocados com a atitude do Ministério
> da Educação, conforme documento dirigido a todas as escolas, que a partir
> de então elas passariam a receber uma determinada quantia (até muito boa!)
> mas, explicitamente dito, *tal verba não deverá ser usada para
> laboratórios ou equipamentos similares, pois está visto que nunca serão
> usados e seria um desperdício* etc. etc.

Pô, Léo? Quem vai testar a minha teoria nos próximos 20 anos? E quem vai
testar o seu empuxo usurpado pelo Newton [mau caráter esse Newton, não
acha? :-) ].

> Estou indo atrás desse documento e, tendo-o em mãos, colocarei o Feira de
> Ciências em greve deixando apenas a página de abertura com um tremendo
> texto de repulsa a mais essa atrocidade da educação brasileira.
> Conto com a colaboração de vcs no levantamento dessa bandeira.

Se, pelo motivo apontado e devidamente documentado, o imperdível entrar em
greve, não tenha dúvida de que o quase-imperdível também entrará. Se não em
greve geral --pois dá um trabalho danado retirar para depois recolocar todas
as páginas no servidor-- pelo menos as páginas principais de entrada
indicarão estarmos de luto e, portanto, sem links.

E creio que a coisa não deve ficar apenas nisso, mas gostaria de ouvir o que
a galera (incluindo os demais webmasters da Ciencialist) pensa da idéia do
Léo e da extensão para outros sites científicos.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm




SUBJECT: Re: [ciencialist] Imperdivel entrara em greve!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 28/11/2000 20:26


Alberto wrote:
>Se, pelo motivo apontado e devidamente documentado, o imperdível entrar em
greve, não tenha dúvida de que o quase-imperdível também entrará Se não em
greve geral --pois dá um trabalho danado retirar para depois recolocar todas
as páginas no servidor-- pelo menos as páginas principais de entrada
indicarão estarmos de luto e, portanto, sem links.<

A coisa é simples:
a) altere nome de sua página de abertura de index.html para xxindex.html
b) insira outra página em fundo preto (luto) com a memsagem de protesto e arquive-a no site como "index.html" (ou o nome da página original oficial)

>E creio que a coisa não deve ficar apenas nisso, mas gostaria de ouvir o que
a galera (incluindo os demais webmasters da Ciencialist) pensa da idéia do
Léo e da extensão para outros sites científicos.<

E conto, também, com aqueles que tiverem acessos a jornais etc., tal qual o Roberto Belisário, para nos dar uma força!
É o fim da picada!

[]'
Léo




SUBJECT: En: No global warming
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: Ciencialist - grupo de discussão <ciencialist@egroups.com>
DATE: 28/11/2000 20:33

Falou-se pouquíssimo (ou nada) sobre a Conferência de Haia por aqui.
Existe uma notícia sobre isso, com uma série de links esclarecedores (ainda
que um tanto desatualizada - uma cobertura mais atualizada aparecerá na
sexta de noite), em:

http://www.comciencia.br/noticias/24nov00/haia.htm

Mas eu vim aqui para dizer outra coisa. Olhem só este texto, sobre a
opinião de um certo cientista presente na Conferência, que nega o fenômeno
do aquecimento global.

Até,
Belisário

> ------------------------------------
> THE WORLD HAS NOT WARMED SINCE 1940
> Source: The Telegraph , November 23, 2000.
>
> THE world has not warmed since 1940, according to tree rings, coral reef
and
> ice core boreholes, one of the world's leading "global warming" skeptics
> told a meeting at the Hague climate change conference.
>
> Prof Fred Singer, a meteorologist at the University of Virginia, used
> temperature data assembled by James Hanson of Nasa, who first highlighted
> the problem of climate change, to challenge the findings of the
> Inter-governmental Panel on the subject which underpin the Kyoto climate
> treaty.
>
> He said: "The climate has warmed in the last century but this took place
> before 1940. The hottest years in America were around 1940. We don't know
> the cause of the warming but we don't think it was human activity."
>
> Mr Singer says he has found no evidence suggesting future extreme weather
> events, such as severe storms or droughts, increases in infectious
diseases,
> or changes to forests and other ecosystems. He accepts there has been an
> increase in greenhouse gases but believes this has led to "a greening of
the
> planet, improved agricultural yields and more vigorous forest growth".
>
> He also accepts evidence from temperature records all over the world that
> there appears to have been a pronounced warming since 1975, with some of
the
> hottest years in the 1990s. But he says that satellite records of the
> temperature three miles up, which should show a warming, do not show a
> warming at all.
>
> He said: "One explanation is that the satellites are wrong. The other
> explanation - that is my hypothesis - is that the surface appears to be
> warming but isn't really warming at all."
>
> Bob Watson, chairman of the IPCC (Intergovernmental Panel on Climate
> Change), has used the surface temperature records of the past 20 years to
> claim that the 20th century is the warmest for 1,000 years, but Mr Singer
> disagrees. He places greater faith in the "proxy" records of temperature,
> contained in tree rings, ocean sediments, ice cores and so on, which he
says
> show no warming since 1940.
>
> He said: "Thermometers may not be quite correct. Proxy records say the
> global temperature has not increased in the past 20 years." He believes
that
> "heat islands" caused by urbanisation have distorted thermometer readings.
> He produced graphs from research conducted by the University of East
Anglia
> and analysis of Greenland ice cores over 100,000 years published in
> scientific papers to support his point.
>
> Mr Singer is one of several scientists to challenge the broad conclusions
of
> the IPCC, a distillation of the work of 3,000 scientists from most of the
> leading meteorological institutes. He shared a platform with Richard
> Coutney, from Britain's Institute of Economic Affairs, who suggested that
> the summary and conclusions of the IPCC's assessment of the climate had
been
> manipulated by politicians.
>
> Geoff Jenkins, head of the Met Office's Hadley Centre for Climate
Prediction
> and Research, and a leading figure in IPCC, said: "To say that politicians
> wrote the summary report of the Inter-govermental Panel on Climate Change
is
> rubbish." As to satellite data, he said neither this, nor balloon data,
> showed the expected warming in the upper atmosphere.
>
> "There is warming but the models say it should be the same as the surface.
> Prof Singer has an issue here that we need to resolve. We don't believe it

> invalidates the model's predictions of the future. But it's a weakness and
> we need to sort it out."
>
> Fonte:
> Environline - Issue No.50 - 27 November 2000
> Bi-weekly newsletter brought to you by:
> Israel Export Institute - Environmental Technology - www.export.gov.il
>
> -----------------------------------------------------
> Roberto Belisário Diniz
> rbdiniz@terra.com.br
> Laboratório de Estudos Avançados de Jornalismo (Labjor)
> http://www.uniemp.br/labjor/
> Veja também: Revista Com Ciência
> http://www.comciencia.br
> -----------------------------------------------------
>





SUBJECT: Re: [ciencialist] Imperdivel entrara em greve!
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 28/11/2000 21:26


----- Original Message -----
From: Alberto Mesquita Filho

> E creio que a coisa não deve ficar apenas nisso, mas gostaria de ouvir o
que
> a galera (incluindo os demais webmasters da Ciencialist) pensa da idéia do
> Léo e da extensão para outros sites científicos.

Muito interessante a idéia do Léo. A página dele é assaz popular, e
colocar uma mensagem assim é um excelente modo de divulgação, que inclusive
atinge automaticamente um público selecionado.

Agora, gostaria de saber mais sobre esse negócio. Diz o Léo:

"(...) a atitude do Ministério da Educação, conforme documento dirigido a
todas as escolas, que a partir de então elas passariam a receber uma
determinada quantia (até muito boa!) mas, explicitamente dito, *tal verba
não deverá ser usada para laboratórios ou equipamentos similares, pois está
visto que nunca serão usados e seria um desperdício* etc. etc."

Precisamos ir atrás e ver se algum de nós encontra uma cópia deste
documento e postá-lo na Internet - e berrar na imprensa, se for o caso. É
sempre bom ter acesso à fonte.

Até,
Belisário




SUBJECT: Sono e evolução
FROM: "Raul Sturari Jr." <raulsturari@ig.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 28/11/2000 21:48

Caros colegas,

Uma pergunta vem me atormentando por alguns dias e decidi pedir ajuda a voc�s. Por que dormimos? Teoricamente, dormir confere uma desvantagem do ponto de vista evolutivo pois o animal fica mais vulner�vel aos predadores. Vejam que n�o estou discutindo as fun��es do sono, que apesar de um tanto obscuras aos poucos est�o sendo desvendadas. O que eu n�o entendo � por que um organismo que estaria mais vulner�vel durante o sono foi selecionado pela natureza?

[ ]'s
Raul


[Non-text portions of this message have been removed]



SUBJECT: Sociedade civilizada x sociedade primitiva
FROM: "Marcelo Barbosa" <embs@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 28/11/2000 22:22

> Os africanos são muito mais atrasados tecnicamente do que nós,
mas sua
>música é de tal modo incrementada que mudaram profundamente e para
sempre a
>cara da música de todo o continente americano - spirituals, jazz,
blues,
>samba, maracatu, e uma pletora de outros ritmos brasileiros, música
de
>candomblé, músicas caribenhas, etc...
> Os ritmos musicais dos "atrasados" africanos não são mais
complexos do
>que os dos europeus?

Apenas um comentário sobre música: música não é formada apenas pelo
ritmo. É uma junção de ritmo + melodia + harmonia. O ritmo africano
com certeza é bem complexo, mas perde para a melodia e harmonia
européias. Portanto, é dificil de se dizer que uma é superior a outra
em termos gerais.

Marcelo Barbosa




SUBJECT: Re: [ciencialist] Off-topic: Sociedade civilizada x sociedade primitiva
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 28/11/2000 23:00

Corretíssimo. Na verdade, eu não quis dizer que a "música" dos africanos
é mais complexa que a dos europeus, mas apenas seu lado rítmico - mesmo que
tenha eventualmente dado a entender outra coisa pelo texto. Aliás, nem só de
ritmo vive a música deles. No sul da África, notadamente na África do Sul,
existe uma tradição de grupos vocais - corais, madrigais, etc. muito grande.
Tome-se como exemplo o ótimo grupo vocal sul-africano Ladysmith Black
Mambazo, que faz certo sucesso internacional. Enquanto, no Brasil,
aproveitamos a tradição rítimca, nos EUA, os negros spirituals, cantados
originalmente pelos escravos - e que originaram o jazz e o blues e, por
tabela, o rock e derivados - aproveitaram muito da tradição vocal.

Desculpe-me pelo "off-topic", não resisti.
Até,
Belisário

----- Original Message -----
From: Marcelo Barbosa

> > Os africanos são muito mais atrasados tecnicamente do que nós,
> mas sua
> >música é de tal modo incrementada que mudaram profundamente e para
> sempre a
> >cara da música de todo o continente americano - spirituals, jazz,
> blues,
> >samba, maracatu, e uma pletora de outros ritmos brasileiros, música
> de
> >candomblé, músicas caribenhas, etc...
> > Os ritmos musicais dos "atrasados" africanos não são mais
> complexos do
> >que os dos europeus?
>
> Apenas um comentário sobre música: música não é formada apenas pelo
> ritmo. É uma junção de ritmo + melodia + harmonia. O ritmo africano
> com certeza é bem complexo, mas perde para a melodia e harmonia
> européias. Portanto, é dificil de se dizer que uma é superior a outra
> em termos gerais.
>
> Marcelo Barbosa




SUBJECT: Re: [ciencialist] Imperdivel entrara em greve!
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 28/11/2000 23:10



Alberto Mesquita Filho wrote:

> E creio que a coisa não deve ficar apenas nisso, mas gostaria de ouvir o que
> a galera (incluindo os demais webmasters da Ciencialist) pensa da idéia do
> Léo e da extensão para outros sites científicos.

O meu semi-imperdivel também poderá participar com uma
qualquer forma de protesto se a ideia for para a frente.

joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] Tchau.
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 29/11/2000 00:05



Caros membros (mão, pé, etc...:P)

> A sua saída da lista me lembra a renuncia do Janio, que esperava que ela seria revertida em função de uma aclamação popular ou de uma apelação nesse sentido por parte do Congresso. Nada disso ocorreu e a renuncia se confirmou. É a vida...<

Já chamei mais de uma vez alguns membros desta lista de megalomaníacos
ou exagerados mas nada se compara ao trecho exibido acima retirado da
mensagem do Cláudio sobre a saída do Rodrigo...

[]'s Eduardo.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Tchau.
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 29/11/2000 00:35

Prezado Eduardo,

Se eu bati mais forte, é porque já levei forte do Rogrigo, que até já me chamou indiretamente de insano.

Quanto ao caso presente não é megalomania, nem exagero. É semelhança. Senão vejamos:
>>>
Rodrigo:
Tendo em vista que fracassei ao tentar provocar o repúdio coletivo dos
membros em relação a assuntos como a TGBD ou GENISMO... não resta outra alternativa a não ser abandonar este fórum...
>>>
>>
Claudio:
A sua saída da lista me lembra a renuncia do Jânio, que esperava que ela seria revertida em função de uma aclamação popular ou de uma apelação nesse sentido por parte do Congresso. Nada disso ocorreu e a renuncia se confirmou. É a vida...<
>>

Bem na verdade, a situação só não será semelhante se o quadro político da Ciencialist se reverter. E nesse campo todo é possível. Mas acredito que a probabilidade é baixa, pois a turma da Ciencialist é bem democrática.

Quanto ao Rodrigo, gostaria, sinceramente, que ele retornasse à lista, pois as divergências técnicas não me fazem mal, pelo contrário, geralmente são produtivas. E ele é uma pessoa capacitada e sábia. Mas partir para o emocional é dose. Não se pode esquecer que a decisão de sair da lista foi dele. E que a de voltar é dele também. Afinal ele tem o direito de ir e vir. Ele é soberano. E se voltar, terá minhas boas vindas.

Um grande abraço,

Claudio Abreu



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Clonar Einstein
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO:
DATE: 29/11/2000 07:40

Amigos ( e inimigos :P ) ,
Aproveitando a mare de discussao sobre clonagem (de Jesus e etc...)
proponho um movimento para a clonagem do Einstein, cujo cerebro, q eu
saiba,
esta conservado em formol.

Boa ideia?

[]s
jocax
( PS: O mesmo poderia ser feito com outros grandes Genios da humanidade
como Descartes, Da vinci, Darwin, Newton ( este o Mesquita vai gostar )
etc.. "ressuscitariamos" todos !! )


SUBJECT: RE: [ciencialist] Clonar Einstein
FROM: "Palhares, Paulo Rogerio" <prpalhares@sti.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 29/11/2000 07:42

E ai, queres colocar o cerebro que esta no formol no novo corpo? hehehe

(Vida Longa e Prospera) Nurf!!!



Amigos ( e inimigos :P ) ,
Aproveitando a mare de discussao sobre clonagem (de Jesus e etc...)
proponho um movimento para a clonagem do Einstein, cujo cerebro, q eu
saiba,
esta conservado em formol.

Boa ideia?

[]s
jocax
( PS: O mesmo poderia ser feito com outros grandes Genios da humanidade
como Descartes, Da vinci, Darwin, Newton ( este o Mesquita vai gostar )
etc.. "ressuscitariamos" todos !! )


*** --- ***
Vote na decisao para configuracao da lista. Mensagens somente texto ou HTML.
Para isso use o endereco:
http://www.egroups.com/polls/ciencialist/
*** --- ***



SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar Einstein
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 29/11/2000 07:53



"Palhares, Paulo Rogerio" wrote:
>
> E ai, queres colocar o cerebro que esta no formol no novo corpo?
> hehehe


Nao, a ideia eh usar o genotipo ( q ja se provou util ) para a criacao
de um novo corpo com o mesmo potencial genetico criativo, e nao os memes
q ja se foram... junto com a vida.

[]s
jocax

>
> (Vida Longa e Prospera) Nurf!!!
>
> Amigos ( e inimigos :P ) ,
> Aproveitando a mare de discussao sobre clonagem (de Jesus e etc...)
> proponho um movimento para a clonagem do Einstein, cujo cerebro, q eu
> saiba,
> esta conservado em formol.
>
> Boa ideia?
>
> []s
> jocax
> ( PS: O mesmo poderia ser feito com outros grandes Genios da
> humanidade
> como Descartes, Da vinci, Darwin, Newton ( este o Mesquita vai gostar
> )
> etc.. "ressuscitariamos" todos !! )
>
> *** --- ***
> Vote na decisao para configuracao da lista. Mensagens somente texto ou
> HTML.
> Para isso use o endereco:
> http://www.egroups.com/polls/ciencialist/
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> Vote na decisao para configuracao da lista. Mensagens somente texto ou
> HTML. Para isso use o endereco:
> http://www.egroups.com/polls/ciencialist/
> *** --- ***


SUBJECT: Utilidade
FROM: luana_cs@hotmail.com
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 29/11/2000 09:56



==================================================
VISITE - http://www.globalsoftware.com.br/neurotek
==================================================

Atenciosamente: Luana Candemil Souza



SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar Einstein
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 29/11/2000 10:03

Bem, vamos ter que clonar também o ambiente familiar e social em que ele
viveu... senão, nada de Einstein...!
Inté,
Belisário

----- Original Message -----
From: Joao Carlos Holland de Barcellos

> Amigos ( e inimigos :P ) ,
> Aproveitando a mare de discussao sobre clonagem (de Jesus e etc...)
> proponho um movimento para a clonagem do Einstein, cujo cerebro, q eu
> saiba,
> esta conservado em formol.
>
> Boa ideia?
>
> []s
> jocax
> ( PS: O mesmo poderia ser feito com outros grandes Genios da humanidade
> como Descartes, Da vinci, Darwin, Newton ( este o Mesquita vai gostar )
> etc.. "ressuscitariamos" todos !! )




SUBJECT: Clonar??
FROM: Milton Taidi Sonoda <mtsonoda@if.sc.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 29/11/2000 10:20

Ola CienciaListers

Obviamente essas pessoas que propõe-se clonar são
aquelas cujas idéias e ações mudaram a sociedade. Porém
clona-las não seria uma forma de parar a evolução? Não
seriam os gênios de hoje diferentes dos do passado?

[ ]'s
Milton

Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:

> Amigos ( e inimigos :P ) ,
> Aproveitando a mare de discussao sobre clonagem (de Jesus e etc...)
> proponho um movimento para a clonagem do Einstein, cujo cerebro, q eu
> saiba,
> esta conservado em formol.
>
> Boa ideia?
>
> []s
> jocax
> ( PS: O mesmo poderia ser feito com outros grandes Genios da humanidade
> como Descartes, Da vinci, Darwin, Newton ( este o Mesquita vai gostar )
> etc.. "ressuscitariamos" todos !! )
>
>
> *** --- ***
> Vote na decisao para configuracao da lista. Mensagens somente texto ou HTML. Para isso use o endereco:
> http://www.egroups.com/polls/ciencialist/
> *** --- ***



SUBJECT: RE: [ciencialist] Clonar??
FROM: "Palhares, Paulo Rogerio" <prpalhares@sti.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 29/11/2000 10:28


Eu acho que esse papo de clonagem de pessoas importantes ou até mesmo Jesus,
é perca de tempo. Vamos nos preocupar em melhorar o futuro do planeta,
porque se bobiar daqui a alguns anos não temos mais planeta e teremos que
começar a procurar outro por ai..

Um abraço...

-----Original Message-----
From: milton@if.sc.usp.br [mailto:milton@if.sc.usp.br]On Behalf Of
Milton Taidi Sonoda
Sent: quarta-feira, 29 de novembro de 2000 10:20
To: ciencialist@egroups.com
Subject: [ciencialist] Clonar??


Ola CienciaListers

Obviamente essas pessoas que propõe-se clonar são
aquelas cujas idéias e ações mudaram a sociedade. Porém
clona-las não seria uma forma de parar a evolução? Não
seriam os gênios de hoje diferentes dos do passado?

[ ]'s
Milton

Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:

> Amigos ( e inimigos :P ) ,
> Aproveitando a mare de discussao sobre clonagem (de Jesus e etc...)
> proponho um movimento para a clonagem do Einstein, cujo cerebro, q eu
> saiba,
> esta conservado em formol.
>
> Boa ideia?
>
> []s
> jocax
> ( PS: O mesmo poderia ser feito com outros grandes Genios da humanidade
> como Descartes, Da vinci, Darwin, Newton ( este o Mesquita vai gostar )
> etc.. "ressuscitariamos" todos !! )
>
>
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> Vote na decisao para configuracao da lista. Mensagens somente texto ou
HTML. Para isso use o endereco:
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Metodos cientificos
FROM: "Peterson L. S. M." <peterlsm@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 29/11/2000 10:43

Caríssimo Alberto:
Saudações fraternas.

======================
* Antes de mais nada, e para não haver uma confusão de termos no
futuro, é preciso que se atente que o termo "naturalismo" relativo à
ciências naturais (e que será o utilizado aqui nesta mensagem) não tem
nada ha ver com o naturalismo relativo às ciências sociais. Nesta
última, possui o significado de uma idéia de conceitos gerais provindo
do chamado "campo ético" ou "ética superior das esferas morais", ou
ainda "termo comum da moral natural", uma espécie de inconsciente
coletivo anterior ao homem e do qual este absorveria de forma quase
metafísica alguns princípios gerais. Ver jusnaturalismo e
consuetodinário.
======================

>> Perdoe-me a ignorância, mas eu prefiro pensar, sem
>> so entanto pretender postular, que algumas doutrinas
>> evoluem para teorias "científicas".

Na verdade, toda doutrina social é uma teoria científica. Assim se
pensa. Veja por exemplo o Liberalismo Clássico e a Social-Democracia.
São teorias científicas, mas dentro da definição diferente gerada pelo
método particular das ciências Sociais. Pode-se dizer, então que
dentro das várias teorias, as maiores seriam as chamadas "Modelos de
Sociedade".

>> Apoiados em argumentos como esses, os jovens de hoje acreditam
>> que a ciência do século XX começou com o renascimento, e que não
>> existia ciência na antigüidade.

Sim, ainda bem há mais de 2.500 anos atrás os romanos já pensaram
em alguma forma de obter eficácia para organizar uma sociedade.
Inclusive, na ciência do Direito há uma frase humorística sobre
influência mecanicista de um positivismo imperante: "Se um romano de
2.000 anos atrás viesse para o tempo presente, é bem possível que ele
fosse atropelado pela primeira bicicleta que estivesse passando. Mas
esse mesmo romano iria dar aulas de Direito muito bem em muitas
faculdades por aí"... :-)

>> Essa dificuldade seria própria ao método ou à complexidade da
>> população estudada? Por exemplo, quando vou estudar um gás,
>> tenho três variáveis: P, V e T. Ainda assim, posso fixar uma para
>> verificar como as outras duas se interelacionam. Qual é o número
>> de variáveis de uma sociedade? Dez? Vinte? Cem? Mil?..
>> Suponhamos, para simplificar, que fossem vinte.
>> (...) E a minha dúvida é se essa impossibilidade seria
>> insuperável ou se poderia um dia ser posta em prática.

(rs)... Parece que gostaria muito que existisse uma espécie de
"Teoria Geral da Sociedade", resumida em algum tipo de fórmula. Ou que
pelo menos houvesse a possibilidade disso... Sim, seria bem mais
simples assim, e então não haveria motivo para eu lhe dizer que o
método das ciências Sociais é diferente das Naturais. Isso pode
parecer um tanto desanimador, mas é preciso ficar atento que para cada
modelo de sociedade, muitas variáveis irão desaparecer ou ser
modificadas. E eu não estou falando do conteúdo delas, e sim de todo o
esquema. Em ciências Naturais, sempre haverá alguma coisa a ser
aproveitada e adaptada em um raciocínio lógico. Há valores relativos e
absolutos dos números. Mas relatividade pressupõe uma outra coisa, em
comparação. Quando você utiliza um padrão relacional no estudo de
sociedades, ou pior, quando se utiliza mecanicismos aparentamente
absolutos nesta ou naquela parte, você estará sendo, na melhor das
hipóteses, leviano. O relativismo pode ser útil para o estudo de
sociologia comparada, mas o objetivo a se alcançar (e mais ainda, o
resultado da abstraçao) é muito diferente da comparação feita em
matemática, por exemplo. Não há analogia porque as naturezas não são
realmente análogas.

>> O que eu tentei expor, e talvez não tenha sido claro, é que
>> aceitando-se o conceito amplo de ciência, mesmo sem
>> entender devidamente a área de humanas, chego à conclusão
>> de que existe, por exemplo, uma ciência jurídica (alguns de meus
>> colegas talvez não concordassem comigo, e já assisti discussões
>> respeito de algumas das ciências humanas ou sociais renegadas
>> por alguns naturalistas).

Novamente, se os naturalistas endossam ou não o método social (e
veja como aqui realmente a diferença nos métodos se mostra), isso não
irá acrescentar ou modificar a natureza do estudo. Na verdade, seria
muito divertido imaginar um naturalista elaborando teorias para
explicar as diferenças no pensamento de Marx, Maquiavel, Hegel, Locke
ou Hobbes... Assim como você deve imaginar a situação de Betinho (o
sociólogo--e supondo que ele fosse apenas sociólogo) tentando explicar
o comportamento dos fótons como onda ou partícula. Mais ainda, imagine
ele tentando explicar um sonho no qual viu um terceito (ou quarto)
tipo de energia ou forma para tudo isso, como sociólogo...

>> Porém eu vou mais além: acho que até mesmo no sentido
>> restrito, definido pelos naturalistas, as ciências jurídicas
>> comportariam sua inclusão no rol das ciências, pois pelo
>> menos em teoria poderia pensar em sua sujeição ao
>> método científico utilizado pelos naturalistas.

Imaginar as ciências jurídicas sujeitas ao "método científico
utilizado pelos naturalistas" é, sendo muito, mas muito otimista,
utopia. Na verdade, isso seria um desnecessário sacrifício do elemento
cultura e da particularidade de toda uma sociedade. Em alguma parte do
seu texto, você disse que acha possível uma compreensão científica da
arte. Mas, aí eu te pergunto, ciência pra quê??? Bem, você deve saber
das "pesquisas científicas" (e isso é verdade, foi noticiado em alguns
jornais, mas eu peguei em "Discovery Channel--Fique por Dentro,
Rosalind Arden, Miami/Flórida, EUA") realizadas para saber exatamente
e com precisão, o tempo que uma bolacha deve ficar no chá quente antes
que quebre... Bem, se há ou não tempo (e motivo) para ficar nesse tipo
de pesquisa, é uma questão de gosto pessoal. Esses critérios de
utilidade são muito discutíveis. É exatamente por isso que eu
coloquei, a despeito da discordância de alguns naturalistas quanto aos
métodos sociais, que "... Mas contribuir para realmente modificar a
realidade social dentro de um contexto nitidamente em crise, isso
poucos sugerem em termos práticos". Além do mais, as contestações são
quase sempre cheias de falácias e não apontam nada realmente
relevante.

>> As leis dos gases não valem para os líquidos, ainda que ambos
>> sejam constituídos pelas mesmas moléculas. Americano não é
>> brasileiro nem vice-versa, ainda que muitos não pensem assim.

É uma comparação de Analogia Estendida. Trata-se de um defeito
técnico que pode, aparentemente parecer um argumento real, mas não se
tratam de situações realmente análogas e portanto a comparação não tem
sentido.

>> Espero ter dito que ou definimos o método científico a partir da
>> definição de ciência (e de cientista) ou definimos ciência a partir
>> da definição de método. Não sei se existiria alguém a definir
>> ambos independentemente, mas soa-me como algo absurdo.

Então você acabou de concordar que, se há ciências diferentes,
podem haver métodos diferentes.

>> Comparar dialética com física moderna é valorizar o
>> esoterismo de Fritjof Kapra, que dista muito de uma
>> genuína filosofia oriental.

Eu jamais me atreveria comparar a dialética weberiana com física
moderna. Isso está dentro de um conceito limitado e inútil em termos
práticos. Além do mais, se Capra dista ou não da "genuína" filosofia
oriental é apenas uma questão de ponto de vista.

>> Até mesmo a arte pode ser encarada cientificamente, postura
>> esta que foi freqüentemente adotada por Leonardo da Vinci, e
>> defendida em sua Teoria do Conhecimento. Isto não é o mesmo
>> que dizer que todo artista é um cientista.

Citar Leonardo da Vinci como um exemplo de visão científica da
arte trata-se de um "Ad Verecundiam" (suporte para afirmação) e não
prova nada como argumento. da Vinci também acreditava todo um conjunto
de coisas muito improváveis e cujos fundamentos não ultrapassavam a
credulidade (fonte: Bibliografia de Leonardo da Vinci, Ed. Europa).
Por outro lado, é certo que se considerarmos arte como a expressão
humana, então a ciência pode ajudar NISSO.

>> um método que vale para o mais (homem), não é
>> impossível que valha para o menos (átomo).

Ah mas pode ser! Novamente, isso parece soar como verdadeiro
porque é uma Analogia Estendida. As situações não são realmente
análogas. Os critérios de determinação do caráter social da ação
(afetiva e tradicional, por exemplo) são muitas vezes independentes,
mesmo aqui não valeria essa regra de valores.

>> Desse jeito sou obrigado a concordar contigo e mesmo
>> a concluir que não existe unicidade do método científico. E
>> diria mesmo que sequer sei o que seria esse pretenso método
>> científico.

Os próprios métodos podem mudar nas especificidades de uma mesma
ciência. Não precisamos ter medo disso, contanto que os resultados
perseguidos sejam alcançados com efetividade. Nesse sentido, ao ler
seu site, eu me sinto a vontade para colocar aqui a sua idéia de macro
e micrométodo científico (no caso das especificidades). Gostei. Vamos
dizer que, em termos de práxis científica (regra geral) nas ciências
naturais seja, como você colocou no arquivo "figura01.gif", tal como
seja: "hipótese - análise - experiência - indução - lei - síntese -
concretização". Justamente pela impossibilidade dos elementos análise
e experiência (ou pela sua enorme diferença) nas ciências sociais
(pelos motivos expostos em minha última mensagem), essa práxis não
corresponde à mesma das ciências naturais.

Finalmente, devo confessar que passei algumas horas lendo seus
artigos e gostei muito. É mesmo ótimo poder ver exposições colocadas
dessa forma, abertas à crítica e explanadas da maneira como foram. Não
vou entrar no mérito da veracidade das fórmulas porque já estou me
divertindo com isso ao ver a "chuva" (ainda bem que você está com
guarda-chuvas preparado, como me disse na primeira mensagem
:-))Parabéns!

Sincera e fraternalmente,

Peterson Leal S. Mello.




SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar??
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 29/11/2000 10:46



Milton Taidi Sonoda wrote:
>
> Ola CienciaListers
>
> Obviamente essas pessoas que propõe-se clonar são
> aquelas cujas idéias e ações mudaram a sociedade. Porém
> clona-las não seria uma forma de parar a evolução? Não
> seriam os gênios de hoje diferentes dos do passado?

De forma alguma, muito pelo contrario.

Em Algoritmos Geneticos, que eh um algoritmo baseado em evolucao natural
para solucao de problemas de alta complexidade, existe uma tecnica q faz
exatamente isso: clona o melhor individuo do grupo , uma tecnica
conhecida
como "tecnica elitista". A performance do sistema avanca estrondosamente
utilizando-se esta clonagem.

Eh claro q Einstein como os grandes cientistas nao eram genistas pois
eu ainda nao tinha nascido ! :-)) E por isso eles nao conheciam o
Genismo.
Se conhecessem teriam deixado muuuuuuito mais descendentes.

Lembre-se q a clonagem destes genios obviamente nao vai trazer a mente
deles de volta ! Mas, trara a possibilidade de que eles, atraves de sua
genialidade incrustrada em seus genes, possam desenvolver e avancar o
conhecimento da humanidade.

Eles nao merecem esta chance?


[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar Einstein
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 29/11/2000 10:51



Roberto Belisario wrote:
>
> Bem, vamos ter que clonar também o ambiente familiar e social em que ele
> viveu... senão, nada de Einstein...!
> Inté,
> Belisário
>

Mas isso é inutil. Se voce clonar Einstein + ambiente o clone vai acabar
por descobrir a teoria da relatividade. Mas isso já foi descoberto.


joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar??
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 29/11/2000 11:08


-----Mensagem Original-----
De: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: quarta-feira, 29 de novembro de 2000 10:46
Assunto: Re: [ciencialist] Clonar??


>Lembre-se q a clonagem destes genios obviamente nao vai trazer a mente
deles de volta ! Mas, trara a possibilidade de que eles, atraves de sua
genialidade incrustrada em seus genes, possam desenvolver e avancar o
conhecimento da humanidade.

Eles nao merecem esta chance?<


Será que eles conseguirão melhorar o insubstituível, imperdível, maravilhoso, 'modesto', the best .......etc.? :-)

Uma vez que seus memes estão definitivamente perdidos, que chance teremos de que tais clones dediquem-se ao desenvolvimento científico e avanço da humanidade nessa área? Seus genes não trazem a importante informação "estude física e visite o imperdível, maravilhoso,...".
Poderão 'descambar' para outras praias.
Imaginou um New Einstein dedicado ao Direito, onde as 'leis' já padecem do maior surto de caráter 'relativo' já imaginado !? Gostaria de saber como seria o equivalente ao E=MC2 nas 'doutrinas' dos manuais de direito :^)

[]'
Léo






SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar??
FROM: Milton Taidi Sonoda <mtsonoda@if.sc.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 29/11/2000 11:15

Ola João

Minha opinião sobre a ação dos genes
sobre o comportamento humano diverge
muito da sua. Não acredito que o comportamento
humano seja tão fortemente correlacionado
com a programação genética que existe em nós.
Na verdade nós somos um dos poucos (senão os únicos)
animais que podemos negar os nossos genes
para agirmos de acordo com aquilo que
chamamos de consciencia. Isso vai de encontro com
o seu genismo, pois não acho que os genes
tenham consciencia alguma de nossa existencia,
e sim nós deles.
Na verdade eles não tem consciencia de nada,
pois molécula, por mais complexas que
seja, não pensam.

Além do mais, só pelo fato de que clonagem
utilizado na técnica algorítimos genéticos aumenta
a performance da abordagem que isso justifica sua
aplicação na evolução biológica. Vc está estrapolando
os pontos do seu computador para a vida real.
Cuidado, amigo!!
[ ]'s
Milton

Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:

> Milton Taidi Sonoda wrote:
> >
> > Ola CienciaListers
> >
> > Obviamente essas pessoas que propõe-se clonar são
> > aquelas cujas idéias e ações mudaram a sociedade. Porém
> > clona-las não seria uma forma de parar a evolução? Não
> > seriam os gênios de hoje diferentes dos do passado?
>
> De forma alguma, muito pelo contrario.
>
> Em Algoritmos Geneticos, que eh um algoritmo baseado em evolucao natural
> para solucao de problemas de alta complexidade, existe uma tecnica q faz
> exatamente isso: clona o melhor individuo do grupo , uma tecnica
> conhecida
> como "tecnica elitista". A performance do sistema avanca estrondosamente
> utilizando-se esta clonagem.
>
> Eh claro q Einstein como os grandes cientistas nao eram genistas pois
> eu ainda nao tinha nascido ! :-)) E por isso eles nao conheciam o
> Genismo.
> Se conhecessem teriam deixado muuuuuuito mais descendentes.
>
> Lembre-se q a clonagem destes genios obviamente nao vai trazer a mente
> deles de volta ! Mas, trara a possibilidade de que eles, atraves de sua
> genialidade incrustrada em seus genes, possam desenvolver e avancar o
> conhecimento da humanidade.
>
> Eles nao merecem esta chance?
>
> []s
> jocax
>
>
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SUBJECT: Retorno indesejavel
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 29/11/2000 11:26

Está ocorrendo um retorno constante (e indesejável) nas postagens para o ciencialist:

"Sua mensagem com assunto [Re: [ciencialist] Clonar??] nao foi entregue ao seguinte
destinatario: [pauli]. A caixa-postal deste destinatario esta' cheia.

by ubatuba.terra.com.br (8.9.3/8.9.3) with ESMTP id LAA11063
for <pauli@poa.terra.com.br>; Wed, 29 Nov 2000 11:12:10 -0200
Received: from cj.egroups.com (cj.egroups.com [208.50.144.68])
by laguna.terra.com.br (8.11.0/8.11.1) with SMTP id eATDC8a13747
for <pauli@terra.com.br>; Wed, 29 Nov 2000 11:12:09 -0200"

Oi Luis, verifique isso. Agradecemos,

[]'
Léo



SUBJECT: Re:Clonar ou esperar??
FROM: Milton Taidi Sonoda <mtsonoda@if.sc.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 29/11/2000 11:36

Ola moscada

Quem determina que é o mais adaptado
dos indivíduos existentes?
Na minha opinião é o tempo. Não dá
para saber à priori quem vai ganhar a
corrida, ou quem vai ficar com a mocinha
bonita.
Descrever o processo de evolução não
nos permite fazer previsões (num sentido
físico e não astrológico ou numerológico, ok?)
de quem deve ser clonado ou não.
Esse é meu ponto de vista.

[ ]'s
Milton

Milton Taidi Sonoda wrote:

> Ola CienciaListers
>
> Obviamente essas pessoas que propõe-se clonar são
> aquelas cujas idéias e ações mudaram a sociedade. Porém
> clona-las não seria uma forma de parar a evolução? Não
> seriam os gênios de hoje diferentes dos do passado?
>
> [ ]'s
> Milton
>
> Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
>
> > Amigos ( e inimigos :P ) ,
> > Aproveitando a mare de discussao sobre clonagem (de Jesus e etc...)
> > proponho um movimento para a clonagem do Einstein, cujo cerebro, q eu
> > saiba,
> > esta conservado em formol.
> >
> > Boa ideia?
> >
> > []s
> > jocax
> > ( PS: O mesmo poderia ser feito com outros grandes Genios da humanidade
> > como Descartes, Da vinci, Darwin, Newton ( este o Mesquita vai gostar )
> > etc.. "ressuscitariamos" todos !! )
> >
> >
> > *** --- ***
> > Vote na decisao para configuracao da lista. Mensagens somente texto ou HTML. Para isso use o endereco:
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SUBJECT: clonar??
FROM: Milton Taidi Sonoda <mtsonoda@if.sc.usp.br>
TO: ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 29/11/2000 11:50


Ola João

Minha opinião sobre a ação dos genes
sobre o comportamento humano diverge
muito da sua. Não acredito que o comportamento
humano seja tão fortemente correlacionado
com a programação genética que existe em nós.
Na verdade nós somos um dos poucos (senão os únicos)
animais que podemos negar os nossos genes
para agirmos de acordo com aquilo que
chamamos de consciencia. Isso vai de encontro com
o seu genismo, pois não acho que os genes
tenham consciencia alguma de nossa existencia,
e sim nós deles.
Na verdade eles não tem consciencia de nada,
pois molécula, por mais complexas que
seja, não pensam.

Além do mais, só pelo fato de que clonagem
utilizado na técnica algorítimos genéticos aumenta
a performance da abordagem que isso justifica sua
aplicação na evolução biológica. Vc está estrapolando
os pontos do seu computador para a vida real.
Cuidado, amigo!!
[ ]'s
Milton

Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:

> Milton Taidi Sonoda wrote:
> >
> > Ola CienciaListers
> >
> > Obviamente essas pessoas que propõe-se clonar são
> > aquelas cujas idéias e ações mudaram a sociedade. Porém
> > clona-las não seria uma forma de parar a evolução? Não
> > seriam os gênios de hoje diferentes dos do passado?
>
> De forma alguma, muito pelo contrario.
>
> Em Algoritmos Geneticos, que eh um algoritmo baseado em evolucao
natural
> para solucao de problemas de alta complexidade, existe uma tecnica q
faz
> exatamente isso: clona o melhor individuo do grupo , uma tecnica
> conhecida
> como "tecnica elitista". A performance do sistema avanca
estrondosamente
> utilizando-se esta clonagem.
>
> Eh claro q Einstein como os grandes cientistas nao eram genistas pois
> eu ainda nao tinha nascido ! :-)) E por isso eles nao conheciam o
> Genismo.
> Se conhecessem teriam deixado muuuuuuito mais descendentes.
>
> Lembre-se q a clonagem destes genios obviamente nao vai trazer a mente

> deles de volta ! Mas, trara a possibilidade de que eles, atraves de
sua
> genialidade incrustrada em seus genes, possam desenvolver e avancar o

> conhecimento da humanidade.
>
> Eles nao merecem esta chance?
>
> []s
> jocax
>



SUBJECT: A Hipnose e o New Age
FROM: Leonardo Stern <roxo@jedi.com.br>
TO: excalibur2@egroups.com
DATE: 29/11/2000 11:53

Este é o trecho de um email que recebi falando sobre hipnose.
Achei interessante esse trecho em especial por ir contra o mito de vidas
passadas.
--
"A aproximação da "New Age" e a incrível capacidade do paciente apresentar
fenômenos de hipermnésia (exacerbação da memória) levou a uma maior
exploração das técnicas de regressão às fases infantis e de adolescência,
para instigar terapeutas pouco conscientes a buscar regressões fantásticas a
outras dimensões, vida fetal e até...outras vidas, jogando esta séria técnica
médica ao limbo do esoterismo. Pessoas até vivem e "revivem" outras vidas.
Esqueceram-se os pseudo-terapeutas, que, entre as incríveis propriedades
desta técnica, existe a deliriogênica, capaz de transformar fantasias
latentes do paciente e bem-elaborados delírios de autoreferência.

O único perigo da hipnose, de fato, é o seu mau uso: querer "navegar" por
outras vidas, formar delírios e neles acreditar. Tornar a difícil vida de
hoje em um inferno pior ou, no mínimo, ingenuamente mergulhar numa fantasia
irreal, sem chance de retorno. Abrir para si mesmo, com a ajuda de um
profissional aético, as portas da percepção de uma psicose de difícil
controle.

(Vladimir Bernik, MD. foi professor regente de Psiquiatria da Faculdade de
Ciências Médicas de Santos (até 1995) e  presidente da Sociedade de Hipnose
Médica de São Paulo e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Hipnose
Médica. É Organizador da primeira diretoria do comitê de Psicoterapias
Clínicas (em formação) do Departamento de Psiquiatria da Associação Paulista
de medicina. Editor e editor associado da Revista Paulista de Medicina da
APM. Editor e presidente do Conselho Editorial da Revista Brasileira de
Clínica e Terapêutica e editor da edição Psiquiatria da Revista Brasileira de
Medicina.)"

--
You will never amount to much.
-- Munich Schoolmaster, to Albert Einstein, age 10



SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar??
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 29/11/2000 12:33



"Palhares, Paulo Rogerio" wrote:
>
> Eu acho que esse papo de clonagem de pessoas importantes ou até mesmo
> Jesus,
> é perca de tempo. Vamos nos preocupar em melhorar o futuro do planeta,
> porque se bobiar daqui a alguns anos não temos mais planeta e teremos
> que
> começar a procurar outro por ai..
>
Vc prefere um "Einstein" pensando e resolvendo os problemas de
nosso mundo-ambiente ou um "Idi Amin Dada" ?

[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar??
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 29/11/2000 12:36



Luiz Ferraz Netto wrote:
>
> -----Mensagem Original-----
> De: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
> Para: <ciencialist@egroups.com>
> Enviada em: quarta-feira, 29 de novembro de 2000 10:46
> Assunto: Re: [ciencialist] Clonar??
>
> >Lembre-se q a clonagem destes genios obviamente nao vai trazer a
> mente
> deles de volta ! Mas, trara a possibilidade de que eles, atraves de
> sua
> genialidade incrustrada em seus genes, possam desenvolver e avancar o
>
> conhecimento da humanidade.
>
> Eles nao merecem esta chance?<
>
> Será que eles conseguirão melhorar o insubstituível, imperdível,
> maravilhoso, 'modesto', the best .......etc.? :-)
>
> Uma vez que seus memes estão definitivamente perdidos, que chance
> teremos de que tais clones dediquem-se ao desenvolvimento científico e
> avanço da humanidade nessa área? Seus genes não trazem a importante
> informação "estude física e visite o imperdível, maravilhoso,...".
> Poderão 'descambar' para outras praias.
> Imaginou um New Einstein dedicado ao Direito, onde as 'leis' já
> padecem do maior surto de caráter 'relativo' já imaginado !? Gostaria
> de saber como seria o equivalente ao E=MC2 nas 'doutrinas' dos manuais
> de direito :^)
>


Eh o risco que teremos que correr !! :-)

Mas a pergunta eh : Nao vale a pena arriscar ?

[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar??
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO:
DATE: 29/11/2000 12:50



Milton Taidi Sonoda wrote:
>
> Ola João
>
> Minha opinião sobre a ação dos genes
> sobre o comportamento humano diverge
> muito da sua. Não acredito que o comportamento
> humano seja tão fortemente correlacionado
> com a programação genética que existe em nós.

(In)felizmente eh. Pesquisas recentes mostraram que pelo menos
70% de nosso QI eh de origem genetica.
Claro q cada comportamento eh uma mescla de genetica e meio ambiente,
mas eu pergunto : O q distingue um Einstein daquela Melancia?
A resposta eh : Os genes do Einstein nunca fenotipariam uma melancia
e nem os genes da melancia poderiam fenotipar um Einstein.

Um Einstein eh um Einstein pq seu genoma assim o permitiu.

Se clonarmos o Einstein teremos a *possibilidade* de termos um genio da
ordem de grandeza do mesmo Einsteinm ,mas se clonarmos a melancia nao.


> Na verdade nós somos um dos poucos (senão os únicos)
> animais que podemos negar os nossos genes
> para agirmos de acordo com aquilo que
> chamamos de consciencia.

Sim, podemos e, em muitos casos, devemos!
Mas deveremos faze-lo, segundo minha visao, o minimo possivel.

>Isso vai de encontro com
> o seu genismo, pois não acho que os genes
> tenham consciencia alguma de nossa existencia,
> e sim nós deles.
> Na verdade eles não tem consciencia de nada,
> pois molécula, por mais complexas que
> seja, não pensam.

Eh, infelizmente vc nao entendeu realmente o Genismo :(
Quando eu digo que vc deve seguir os genes eu obviamente nao
estava falando que eles genes tem consciencia ou tem bocas ou cerebros.

Mas eles codificam impulsos e sentimentos em nos de maneira que nos
temos
estes sentimentos e impulsos *exatemente como* se eles quisessem isso.


>
> Além do mais, só pelo fato de que clonagem
> utilizado na técnica algorítimos genéticos aumenta
> a performance da abordagem que isso justifica sua
> aplicação na evolução biológica. Vc está estrapolando
> os pontos do seu computador para a vida real.
> Cuidado, amigo!!

Veja bem, vc pode supor que o Algoritmo Genetico (AG) seja uma
SIMULACAO de um ambiente vivo. Se o estudo sobre AGs apontam que
a clonagem aumenta a performance do sistema,entao, obviamente,
nao ha porque supor que na vida real ocorra o inverso !

A pergunta eh : A quem prejudicaria a clonagem dos grandes genios a
nao ser a vaidade dos que nao tiveram este privilegio?

[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:Clonar ou esperar??
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 29/11/2000 12:55



Milton Taidi Sonoda wrote:
>
> Ola moscada
>
> Quem determina que é o mais adaptado
> dos indivíduos existentes?

Alguma duvida que os grandes genios da humanidade como :
Da vinci, Newton, Einstein, Galileu etc....
realmente contribuiram de forma especial para o conhecimento
humano??

Pq entao nao dar-lhes, de algum modo, como a clonagem, a chance
de NOS BENEFICIAR, talvez, de sua genialidade mais uma vez?


[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar??
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 29/11/2000 13:21

Milton Taidi Sonoda wrote:
> Não acredito que o comportamento
> humano seja tão fortemente correlacionado
> com a programação genética que existe em nós.
> Na verdade nós somos um dos poucos (senão os únicos)
> animais que podemos negar os nossos genes
> para agirmos de acordo com aquilo que
> chamamos de consciencia.

Isso mesmo. Vamos acabar com a fome do mundo, vamos negar a fome! Vamos
negar a síndrome de down! Vamos negar a endocomplasia [acho que é assim
que escreve]! Vamos negar a displasia ectodérmica!

Abaixo a diabetes! Abaixo a calvice! Abaixo as doenças coronárias!

Viva o niilismo!

==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
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SUBJECT: Genetica e comportamento
FROM: "Luis Roberto Brudna [RS]" <lrb@if.ufrgs.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 29/11/2000 14:04

Para a questao de relacao entre genetica e comportamento. Indico o
link:
http://www.epoca.com.br/edic/ed230598/cientec1.htm

-" Surpreendente? Não, dizem os psiquiatras. "A influência dos genes
sobre a personalidade é indiscutível para a psiquiatria há pelo menos
dez anos", confirma Jair Mari, professor da Universidade Federal de
São Paulo. A dança entre genética e meio social explica desordens
mentais como psicose (43% dos casos ligados à herança dos pais),
doença obsessivo-compulsiva (40%), esquizofrenia (26%) e depressão
(10%). Nos Estados Unidos, 7 mil pares de irmãos gêmeos foram
analisados pelo Centro de Pesquisas de Gêmeos e Adoção de Minnesota.
Descobriu-se que temperamento forte é 60% resultado de herança
genética. Curiosas também são as conclusões sobre a atração por
experiências estéticas. O envolvimento provocado por obras de arte,
música e livros é herdado dos pais em 55% dos casos. "

O restante do texto estah no link que indiquei.

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna



SUBJECT: Clonar ??
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 29/11/2000 14:04

Se esta moda de clone prosperar, como eu gostaria,
prevejo um CORRIDA MALUCA AOS DESPOJOS E RESTOS MORTAIS
DOS GRANDES PENSADORES !!

Provavelmente seus restos serao transferidos dos cemiterios para
grandes cofres estatais, serao guardados como uma verdadeira riqueza,
talvez a maior delas, patrimonio historico do pais em que nasceram.

Que país nao gostaria de ter, entre seus habitantes, estes
promissores clones destes grandes pensadores?

Que familias nao dariam tudo para educar um Newton, por exemplo?

Parece q a ficcao podera se tornar uma realidade....

[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] fendas quanticas e outras coisas
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 29/11/2000 14:20

Alberto Mesquita Filho wrote:
> > A física moderna diz que eles possuem uma dualidade onda-partícula.
> E eu digo com freqüência que Papai Noel existe e sua existência vem sendo
> comprovada experimentalmente ano a ano há vários séculos. :-))

Então quer dizer que sua teoria não responde [ou pelo menos vc ainda não
estudou este assunto] a este experimento?

> > Se observados, seu padrão é tipicamente de partículas [semelhante a balas
> > de revólver], mas se não observados, eles se comportam como ondas.
> Se observado por crianças Papai Noel dá balas, nos Shoppings. Quando não
> observado ele trás presentes de Natal. :-))

Responder com gracinhas não muda um fato científico.

Vc não tem respostas e diz que a quântica também não traz respostas. Mas
ela pelo menos diz que isto faz parte da natureza da matéria no qual
algus aspectos de medida não podem ser determinados com certeza [tipo
posição/momento].

> > Aí então surge a pergunta que não quer calar: como a teoria do Alberto
> > explica isto?
> Espero ter explicado parcialmente, mas não tenho dúvida de que muita coisa
> ainda precisa ser explicada. Pois não tenho a resposta para tudo. De
> qualquer forma, grato pelo gancho e, se possível, continue me testando, pois
> preciso disso.
> Alberto

Acho que o melhor exercício que vc pode fazer é ser didático. Cara, vc
ainda é muito confuso, quem não entende de eletromag bóia do início ao
fim até que no ponto final ele afunda. Pegue um coitado que faça 2o grau
e o use de cobaia.

Dicas:
- Defina TUDO.
- Explique da forma mais visual possível.
- Ao comparar duas experiências buscando suas equivalências use pontos
de vista equivalentes.
- JAMAIS USE JARGÃO, se for usar uma determinada palavra, defina-a
antes.

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TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
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SUBJECT: Greve
FROM: "Antonio A. J. Godoy" <prof_godoy@teracom.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 29/11/2000 14:26

Olá a todos.

Se o documento realmente expõe uma besteira como a que o Léo citou, é hora
de protestarmos.

Colocarei também uma nota em meu site de repúdio a tal atitude do MEC. Não
divulgo aqui a URL por se tratar do site comercial de minha empresa que
representa, importa e vende equipamentos para laboratórios didáticos.

Abraços,

Godoy



SUBJECT: Re: [ciencialist] Sobre as atrocidades humanas
FROM: "Marco Aurelio" <logos@pccp.com.ar>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 29/11/2000 15:17


"Joao Carlos Holland de Barcellos" wrote:

> Mas dizer q ela nao pode ser racionalizavel, do meu ponto
> de vista, eh uma extrapolacao erronea.

Olá J. Carlos

Sigo sem entender porque se pode dizer que um fundamento ético tem que ser
falso ou verdadeiro. Afirmar simplesmente que a ética pode ser
racionalizavel é simplesmente uma opinião e, como tal, podemos aceitar ou
não e até poderia dizer que pode ser por gostar ou não da opinião. Creio que
seria util explicar o que vc entende por racionalizavel. Se significa algo
que seja corretamente formulado, até poderia aceitar que vc denomina
racionalizavel o que tradicionalmente significa logicamente correto. Embora
eu não goste do emprego da palavra racional para estas questões. Assim, a
extrapolação é erronea desde que o significado do seu racionalizavel seja o
mesmo que o meu. No meu caso (de meu termo não coincidir com o seu) nem se
aplicaria a palavra "extrapolação". Não entendo como (no meu sentido) um
sentimento pode ser completamente racional. Pode ter coisas racionais, mas
outras não serão racionais, serão corretas, dignas de ser valorizadas ou
não. Não creio que valor seja sempre algo racional, embora seja
universalmente aceito e indiscutivelmente bom.

A proposito:

> Felicidade = Integral( Prazer(t) ) dt

Vc tambem disse.

> "Onde Prazer(t) eh um valor numerico associado ao bem estar do individuo
> no instante t ( que pode ser um mal estar ).", etc., etc.

Acho muito divertido pensar uma equação para abordar o tema. No entanto
teremos que estar de acordo mais uma vez com o significado da palavra
prazer. É muito dificil falar cientificamente se não revelamos, pelo menos
operacionalmente, nossas definições. Dizer simplesmente que prazer é bem
estar, é tautologico. Seria o mesmo que dizer que prazer, por definição
é...prazer. Um concepção clássica de prazer é diminuição de tensão (alivio),
ou seja, medir tensão neuronal ou simplesmente tecidual pode significar
medir mal estar, porque a tensão sem alivio, não será jamais prazer. A
tensão só pode relacionar-se com prazer se traz implícita sua diminuição.
Por outro lado não significa que tensão, embora significa mal estar, não
seja útil. Estar alerta para defenderse não é um prazer, mas é útil. Como se
poderia medir algo que tem valor tão subjetivo como o grau de tensão. Nunca
nenhum médico, em nenhum lugar do mundo se atreveu a medir a dor. Tampoco
se pode fazer com o prazer. O que para uma pessoa é dor, para outra pode não
ser, embora o grau de tensão possa ser o mesmo. A tensão de espera de um
fato demasiado significativo e positivo para uma pessoa pode provocar uma
tensão considerada como agradavel. Se estivesse esta mesma tensão
relacionada com um fato muito significativo e negativo para esta mesma
pessoa, esta tensão poderia ser considerada insuportavel. Um exemplo é a
ereção do penis, tão valorizada por todos nós. Ela é agradavel e esperada
sempre que a perspectiva é um orgasmo com uma boa ejaculada. É uma tensão
esperada e valorizada. Quando falta é sinônimo de desgosto e preocupação. Se
a tensão não cai com o orgasmo, o sujeito pode estar sendo vítima de um
quadro denominado priapismo, que, seja por que causas forem, é extremamente
doloroso e totalmente indesejavel (por sorte é raro). A tensão sem esperança
de alivio é sinônimo de dor. Por outro lado não existe uma tensão zero. Esta
é incompativel com a vida. Assim, cada individuo possui sua tensão vital e
os niveis são bastante heterogeneos. Poderiamos usar sua equação se
pudéssemos unificar o valor do prazer. Uma obra de arte, como por exemplo
uma tragedia, pode provocar uma tensão dolorosíssima e mesmo assim todos
estaríamos de acordo com o prazer estético que produz. Só porque está
acompanhada do adjetivo "estético" deixa de ser uma realidade, embora
provoque as mesmas reações biológicas? Os casos patológicos de masoquismo
foram estudados há muito tempo e se descobriu, entre outras coisas, que o
masoquista não disfruta com a dor. O que faz com que ele a busque é sua
cessação. Necessita elevar a tensão até uma qualidade sensitiva altamente
dolorosa para sentir o alivio no momento da queda da tensão álgica. Ele so
esta ligado nesta queda, mesmo que tenha que suportar a dor. Esta se torna
desejada e suportada pela cessação momentânea da mesma. Só com pensar no
prazer, que é algo tão simples como palavra e tão complicado como conceito,
entramos numa selva amazônica de significações. Creio que não convém ser
reducionistas neste campo, para não cair no toalitarismo. Creio que também
devemos evitar toda atitude holista extrema, para não cair no animismo.

Também as pesquisas não tão atuais demonstaram que a felicidade é um
conceito muito mais complexo que o de prazer. Além disso é só um instante, é
só um degrau dentro da existencia. A escada da existencia é mais longa.
Teoricamente não tem fim (termina com a morte).

Marco A. Andrade
logos@pccp.com.ar




SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar ??
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 29/11/2000 16:19



Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
>
> Se esta moda de clone prosperar, como eu gostaria,
> prevejo um CORRIDA MALUCA AOS DESPOJOS E RESTOS MORTAIS
> DOS GRANDES PENSADORES !!

O verdadeiro interessa está nos restos mortais dos milionários.
Um clone de um milionário é tecnicamente seu irmão gêmeo e logo
seu herdeiro ou herdeiro dos pais do milionário.
Um clone da rainha vitória seria herdeiro da coroa britânica
e de toda a sua fortuna. E um clone de Tutankamon seria herdeiro
da coroa egipcia e poderia reclamar a prpriedade das piramides.


joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar??
FROM: Milton Taidi Sonoda <mtsonoda@if.sc.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 29/11/2000 16:49

TARCISIO BORGES wrote:

> Milton Taidi Sonoda wrote:
> > Não acredito que o comportamento
> > humano seja tão fortemente correlacionado
> > com a programação genética que existe em nós.
> > Na verdade nós somos um dos poucos (senão os únicos)
> > animais que podemos negar os nossos genes
> > para agirmos de acordo com aquilo que
> > chamamos de consciencia.
>
> Isso mesmo. Vamos acabar com a fome do mundo, vamos negar a fome! Vamos
> negar a síndrome de down! Vamos negar a endocomplasia [acho que é assim
> que escreve]! Vamos negar a displasia ectodérmica!
>
> Abaixo a diabetes! Abaixo a calvice! Abaixo as doenças coronárias!
>
> Viva o niilismo!
>

A cima ao gene egoista!!


Antes de mais nada, desculpe-me se vc ou alguem da sua
família é afligido por algumas dessas doenças.

Eu não disse que nossa estrutura física não depende
de nossos genes. Pelo contrário, nossa fisiologia depende
totalmente dos genes. Eu disse sim que nosso comportamento
pode, por meio da consciencia, negar nossa programação genética.

[]'s
Milton



SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar??
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 29/11/2000 17:11


----- Original Message -----
From: Joao Carlos Holland de Barcellos
>
> Milton Taidi Sonoda wrote:
> >
> > Ola João
> >
> > Minha opinião sobre a ação dos genes
> > sobre o comportamento humano diverge
> > muito da sua. Não acredito que o comportamento
> > humano seja tão fortemente correlacionado
> > com a programação genética que existe em nós.
>
> (In)felizmente eh. Pesquisas recentes mostraram que pelo menos
> 70% de nosso QI eh de origem genetica.

O que significa "70% de nosso QI e de origem genetica"?
Quero dizer, como e que se mede QI para estabelecer esses 70%?
Belisário




SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar??
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 29/11/2000 17:15

Milton Taidi Sonoda wrote:
> Eu não disse que nossa estrutura física não depende
> de nossos genes. Pelo contrário, nossa fisiologia depende
> totalmente dos genes. Eu disse sim que nosso comportamento
> pode, por meio da consciencia, negar nossa programação genética.

Nosso colega Milton merece uma resposta simples e direta

- Mas a que preço?

O cristianismo e outras religiões vem a anos tentando negar a nossa
sexualidade a custos psicológicos altíssimos. Em muitos casos não vale a
pena negar nossos genes, mas quando eles nos prejudicam de alguma forma
nega-los é muitas vezes questão de sobrevivência.

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TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar??
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO:
DATE: 29/11/2000 17:16



Milton Taidi Sonoda wrote:
>
> Eu não disse que nossa estrutura física não depende
> de nossos genes. Pelo contrário, nossa fisiologia depende
> totalmente dos genes. Eu disse sim que nosso comportamento
> pode, por meio da consciencia, negar nossa programação genética.
>

E eh justamente aih que reside o todo o problema neurotico humano !

Ao negarmos nossos genes estaremos negando a nos mesmos !

Devemos nos afastar ao minimo possivel de nossa programacao genetica:
O segredo da felicidade estaria justamente em agir ao maximo de acordo
com nossos genes *sem*, contudo, infringir as normas eticas, isto eh,
respeitando ao proximo.

[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar ??
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 29/11/2000 17:26



João Mário Miranda wrote:
>
> Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> >
> > Se esta moda de clone prosperar, como eu gostaria,
> > prevejo um CORRIDA MALUCA AOS DESPOJOS E RESTOS MORTAIS
> > DOS GRANDES PENSADORES !!
>
> O verdadeiro interessa está nos restos mortais dos milionários.
> Um clone de um milionário é tecnicamente seu irmão gêmeo e logo
> seu herdeiro ou herdeiro dos pais do milionário.
> Um clone da rainha vitória seria herdeiro da coroa britânica
> e de toda a sua fortuna. E um clone de Tutankamon seria herdeiro
> da coroa egipcia e poderia reclamar a prpriedade das piramides.
>

Para um país e para o povo, o mais importante seria os genes dos seus
grandes
homens do que de seus milionarios.

Uma coisa q eles ( milionarios ) poderiam arguir eh q o DNA
mitocondrial,
que nao eh clonado, pois vem do ovulo da mae, deveria ser o principal
guia na partilha de bens ou na distribuicao da heranca ...

[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar??
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 29/11/2000 17:33

Sinceramente, acho que nao precisamos clonar Einstein nenhum, nem
Newton, etc. Pelas seguintes razões:

(1) Primeiro, porque já temos pessoas inteligentíssimas o suficiente na
Terra hoje. Tenho certeza de que há muitos gênios por aí; clonar Einstein
será apenas colocar mais um na praça. E, se os nossos gênios de hoje não são
suficientes, não será mais um que resolverá o problema. A não ser que se
resolva clonar Einsteins em massa - mas aí teremos um problema porque também
clonaremos seus defeitos, que não são poucos.

(2) Segundo, porque Einstein e os outros não ajudariam a resolver os
problemas do mundo mais do que ajudaram a resolvê-los na sua época. E o que
eles fizeram na sua época? Einstein, por exemplo, fez enormes avanços na
Pesquisa Básica. Mas isso nós já temos gênio suficientes que fazem - aliás,
temos uma massa de cientistas muito maior hoje que naquela época. Para que
então clonar Einstein?

(3) Terceiro, porque a evolução acontece por causa de gente que trabalha
muito, e não por causa de gênios. Einstein trabalhava como um cavalo. E é
por isso que ele conseguiu potencializar sua genialidade a tal ponto.
Talvez, com outro ambiente, não pudesse desenvolver tal capacidade e sua
genialidade ficasse oculta como deve estar oculta tantas outras genialidades
em corpos preguiçosos.

Também não creio que seja necessário clonar pessoas trabalhadoras:
temos-nas em boa quantidade atualmente.

(4) Quarto, porque os gênios que mais conhecemos - Einstein, Newton,
Descartes - são os gênios dos grandes desenvolvimentos teóricos. Mas quem
faz o progresso tecnológico não são esses, são os gênios escondidos que
trabalham com a mão na massa. Por exemplo, para conseguir obter a fusão
nuclear controlada, é necessário gente que tenha boas idéias e em profusão.
Ou seja, gênios. Mas gênios de outro tipo, e que existiram e existem, mas
não são conhecidos, estão ocultos na massa de cientistas que leva adiante os
projetos. Não podemos cloná-los porque não sabemos quem são.

(5) Quinto: com esse raciocínio - clonemos os nossos heróis para que
eles nos salvem - essa atitude tem um forte componente de "tirar o corpo
fora" e "transferir os problemas que nós mesmos ajudamos a criar para uns
poucos salvadores da pátria". Creio que esse é o fundamento, o pano de fundo
psicológico de nosso fascínio por clonar gênios...

Até,
Belisário



SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar??
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: Ciencialist - grupo de discussão <ciencialist@egroups.com>
DATE: 29/11/2000 17:41

Em tempo: estão querendo clonar Einsteins em massa, e usando a evolução
biológica pela seleção do mais apto como argumento? Não se esqueçam de que
ele teve um filho retardado...
Belisário





SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar??
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 29/11/2000 17:44



Milton Taidi Sonoda wrote:

> A cima ao gene egoista!!
>
> Antes de mais nada, desculpe-me se vc ou alguem da sua
> família é afligido por algumas dessas doenças.
>
> Eu não disse que nossa estrutura física não depende
> de nossos genes. Pelo contrário, nossa fisiologia depende
> totalmente dos genes. Eu disse sim que nosso comportamento
> pode, por meio da consciencia, negar nossa programação genética.

Esse argumento é circular. Não se pode alegar contra a programação
genética alegando a nossa consciência. Esse argumento pressupõe
à partida que a hipótese que estamos a rebater está errada.
Consciencia e livre arbitrio é coisa que não existe se a hipótese
de programação genética estiver certa.

joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com




SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar ??
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 29/11/2000 17:53



Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:

> Para um país e para o povo, o mais importante seria os genes dos seus
> grandes
> homens do que de seus milionarios.

Sinceramente não acredito que existam grandes homens nem que um
unico homem possa ser determinante para o futuro de um povo. Isso
já não é possivel num mundo de comunicação como o nosso. Vivemos
num mundo em que predomina a inteligencia de enxame e não a
inteligencia individual.
Newton seria um homem comum nos dias de hoje. Ele teve, no seu tempo,
oportunidades que eram negadas à esmagadora maioria da população e
a grande vantagem de as coisas mais simples estarem por descobrir.

> Uma coisa q eles ( milionarios ) poderiam arguir eh q o DNA
> mitocondrial,
> que nao eh clonado, pois vem do ovulo da mae, deveria ser o principal
> guia na partilha de bens ou na distribuicao da heranca ...

Não creio que fosse dificil modificar o processo de clonagem
para contornar esse problema. Bastaria inseminar o ovulo com
mitocondrias de milionário.
--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: paradigmas da mente
FROM: gilbertodepaiva@bol.com.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 29/11/2000 18:04

Olá Sr(a)s da ciencialist,

eu conheci este espaço recentemente e gostaria de saber o que vocês
pensam sobre o estágio atual do estudo da mente (humana, animal ou
artificial). Gostaria que as pessoas que tem alguma opinião, ou
acompanham o estudo da mente/cérebro, postassem a sua opinião sobre o
assunto que escrevo abaixo:

Os pensadores e a comunidade científica se ocupam de tentar
compreender a mente desde as épocas mais remotas. A partir da década
de 50 deste século, intensificou-se o estudo da mente em várias áreas
da pesquisa científica (neurologia, filosofia, matemática, física,
lógica, ... , e principalmente a biologia (neuros e psis) e a
computação). O conjunto desse esforço multidisciplinar de estudo da
mente (possível graças ao avanço científico nessas demais áreas) fez
surgir o que muitos consideram um novo ramo (independente) da ciência
denominado de ciência cognitiva (cogsci).

Houve um grande avanço nesta área, principalmente porque o estudo da
mente passou a ser encarado de forma "científica" (o que muitos
relutavam, ou relegavam anteriormente, por considerar o problema
muito complexo, ou impossível de se tratar cientificamente). Três
desses avanços que creio ser digno de citação são o estabeleciemento
de um modelo e teoria conexionista (onde um ramo são as redes
neurais), o estabelecimento de diversos modelos computacionais da
mente (incluindo aí talvez os modelos da linguística), e
principalmente (na minha opinião) devido ao estabelecimento de
técnicas experimentais de estudo do cérebro/mente (neurobiologia e
psicologia experimental).

Porém, a comunidade científica em geral (incluso a cogsci) considera
que não há nenhum paradigma científico atual que nos dê uma indicação
com boa margem de segurança de que se possa estabelecer um modelo
para se explicar a mente. Salvo algumas notáveis, mas raras excessões
(Dennet, Pinker, que eu conheço), a maioria dos pensadores acham que
uma explicação da mente humana necessita de um novo paradigma, ou uma
nova descoberta "fenomenal", para que possa ser alcançada com um
certo grau de satisfação.

Eu pessoalmente acho que acho que a luz do conhecimento científico
atual temos condições de se estabelecer um "modelo de mente" (sem
trocadilhos)(e estou pensando em um), mas também que atualmente o
estudo da mente/cérebro entrou na fase experimental, e ao meu ver
toda nova "ciência" que chega no estágio experimental tende a
ser "resolvida" rapidamente.


Assim, eu tenho uma curiosidade de saber o que vcs acham sobre o
assunto.
Quem se interessar, está convidado a dar a sua opinião.

Saudações,
Gilberto de Paiva



SUBJECT: Re: [ciencialist] fendas quanticas e outras coisas
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 29/11/2000 19:49

-----Mensagem Original-----
De: "TARCISIO BORGES"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Quarta-feira, 29 de Novembro de 2000 14:20
Assunto: Re: [ciencialist] fendas quanticas e outras coisas

Caro Tarcísio

Creio que você não entendeu o estilo que adotei em minhas respostas a sua
penúltima msg e talvez isso o tenha ofendido. Com efeito, não costumo adotar
o caráter pessoal pois estou ciente de que estou numa lista de discussão e o
que disse não era dirigido a você mas a uma comunidade da qual nós fazemos
parte. Além do que, com raríssimas exceções, e não era o caso, combato
idéias genéricas e não idéias pessoais; e muito menos pessoas. Mas já que
você assumiu meu discurso como um ataque pessoal e levou o debate para o
lado pessoal, vou tentar seguir as regras, tomando então o cuidado de não
ofendê-lo.

> Alberto Mesquita Filho wrote:
> > > A física moderna diz que eles possuem uma dualidade onda-partícula.
> > E eu digo com freqüência que Papai Noel existe e sua existência vem
> > sendo comprovada experimentalmente ano a ano há vários séculos. :-))
> Então quer dizer que sua teoria não responde [ou pelo menos vc ainda não
> estudou este assunto] a este experimento?

A dualidade onda-partícula não me parece ser um dado observacional e/ou
experimental. Retrata a *interpretação* de experiências efetuadas por alguns
físicos do século XX. A única lógica a apoiar esta interpretação duvidosa do
que realmente se vê (e o que se vê não é a dualidade onda-partícula, mas uma
"foto" ou imagem a ser interpretada) é que a física clássica tradicional não
explica determinados fenômenos da maneira que alguns físicos gostariam que
ela explicasse. Consequentemente, quando "a física moderna diz que eles
possuem uma dualidade onda-partícula" ela não está dizendo absolutamente
nada, da mesma forma que quando "eu digo que Papai Noel existe" também não
estaria dizendo absolutamente nada, a menos que definisse o que seria esse
Papai Noel. Em momento algum critiquei uma idéia sua mas sim uma idéia
amplamente defendida nos meios universitários do mundo todo e há quase cem
anos. Portanto não interprete meu gesto como uma agressão de natureza
pessoal.

Talvez eu tenha sido indelicado por não ter me expressado, por exemplo, da
seguinte forma: "Já que a física moderna diz isso, eu poderia talvez dizer
aquilo." Mas eu acredito que esse caráter de diplomacia excessiva já foi
abolido aqui na Ciencialist há mais de um ano e substituído por um
fraternalismo às vezes até mesmo abusivo e eu fui entrando nessa onda; ou,
até mesmo, participado da construção desta onda.

Quanto a seu questionamento atual, ou da forma como está acima indicado, o
que eu teria a dizer é que se a dualidade sequer existe como fato comprovado
em si, porque é que a minha teoria deveria explicar esse inexistente? A
minha teoria não pode responder pelo que aparentemente não existe. Quando
muito ela poderá deixar patente que, seguindo uma linha clássica, eu posso
explicar os fenômenos que sugerem essa dualidade sem precisar assumir sua
existência como tal. É possível que comente, abaixo, mais alguma coisa a
respeito.

> > > Se observados, seu padrão é tipicamente de partículas [semelhante a
> > > balas de revólver], mas se não observados, eles se comportam como
> > > ondas.
> > Se observado por crianças Papai Noel dá balas, nos Shoppings. Quando não
> > observado ele trás presentes de Natal. :-))
> Responder com gracinhas não muda um fato científico.

Isto se assumirmos que o fato científico realmente existe. Pois estou
tentando desmistificar esse "fato científico", mostrando que ele é tão
absurdo quanto a idéia de um duplo Papai Noel. Novamente é possível que não
tenha me expressado diplomaticamente, mas estava utilizando uma
analogia, talvez jocosa, na esperança de reforçar uma didática que você
afirma, talvez com razão, que eu não possuo.

Volto a dizer: a dualidade onda-partícula não é de maneira alguma um fato
comprovado experimentalmente. Trata-se meramente de uma visão parcialmente
cega de fenômenos que podem ser interpretados por uma física genuinamente
newtoniana, a utilizar-se da lógica dedutiva newtoniana (método científico)
e a apoiar-se na filosofia natural dos tempos newtonianos (século XVII),
ainda não totalmente destronada.

> Vc não tem respostas e diz que a quântica também não traz respostas.

Não! Eu digo que a quântica não faz perguntas. Respostas ela tem aos montes.
Se "eu" perguntar a um físico quântico o que é a dualidade onda partícula
ele terá uma infinidade de respostas. Uma das que já me deram foi a
seguinte: Sua pergunta não faz sentido. Não deixa de ser uma resposta; e
muito "lógica" por sinal.

> Mas ela pelo menos diz que isto faz parte da natureza da matéria no qual
> algus aspectos de medida não podem ser determinados com certeza [tipo
> posição/momento].

Sim, o seu argumento é inteligente e a sua resposta é melhor do que aquela
apresentada em meu parágrafo anterior. E está muito em acordo com a sacada
genial de Bohr quando diz que a quântica é boa não por ser lógica mas porque
funciona. Tanto você quanto Bohr estão sendo sinceros e não posso exigir
mais do que isso. Não obstante, a resposta não me satisfaz! "Eu" quero mais,
e não espero que "você" tenha a resposta mas procuro pela mesma! E essa é a
meu ver a função do cientista. E mais do que isso: É função do educador
chamar a atenção do jovem no sentido de que ele não deva se contentar apenas
com o que funciona. Mesmo que, e por um problema operacional e momentâneo,
ele possa aceitar provisoriamente essa justificativa como boa.

> Acho que o melhor exercício que vc pode fazer é ser didático. Cara, vc
> ainda é muito confuso, quem não entende de eletromag bóia do início ao
> fim até que no ponto final ele afunda. Pegue um coitado que faça 2o grau
> e o use de cobaia.

Pois então eu acho que você também não foi muito claro desde o início desta
thread, inclusive ao levantar o questionamento. Pois lê-se em sua msg:
"Gostaria que explicasse melhor isso, não precisa começar do zero, apenas a
experiência e algumas outras implicações de sua teoria."

Lembro também que você estava solicitando-me explicações sobre o elétron e a
seguir entrou com o fóton, como se ambos pudessem ser vistos por um mesmo
prisma. Na msg seguinte você me vem com as idéias de Feynman sobre a
experiência da dupla fenda onde também se aceita, como recurso de
pensamento, e para a finalidade exposta, a identidade fóton-elétron. Afinal,
o que é ser didático em tais condições? Devo ou não assumir que você já leu
o livro do Feynman?

É comum aparecer aqui na Ciencialist alunos do 2o grau e, sem dúvida, eles
devem ficar perdidos em meio a muitos debates, mas alguns até entram no
debate e isso nos orienta sobre o que fazer a seguir. E conquanto isso seja
bom até mesmo para a formação científica deste secundarista, quase nada do
que eu disser a respeito ele poderá repetir no vestibular, sob pena de ter
sua questão anulada. Perceba ainda que, se eu fosse seguir esse caminho,
deveria em primeiro lugar tentar desmistificar essa dualidade comportamental
elétron-fóton. Pois o elétron é realmente uma partícula e o fóton não é nem
partícula nem onda. O que eles têm de comum são determinadas imagens
"parecidas" que surgem em determinadas experiências laboratoriais. Mas isso
não é o Feynman quem diz! Sou eu que estou dizendo, e a apoiar-me na minha
teoria. E você quer que eu explique a minha teoria sem começar do zero, mas
a partir de uma experiência de pensamento descrita no livro do Feynman.
Então parece-me que, em nome da didática, você me pede que reescreva os
tratados do Feynman à luz das minhas teorias. Quem sabe algum dia eu tente
ou mesmo venha a cultivar a pretensão de chegar a fazer isso, mas não seria
o caso de postar esses tratados aqui na Ciencialist. No momento, o que mais
se aproxima disso está em livros que escrevi para o leigo e, principalmente,
no meu Web Site. Ele não é tão bom e didático quanto o do Léo mas é
quase-imperdível. :-) E a partir de hoje está também em
http://sites.uol.com.br/albmesq/

Perdoe-me se em alguma de minhas msgs o ofendi, pois não era minha intenção.

[ ]'s
Alberto
http://sites.uol.com.br/albmesq/
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar ??
FROM: Flávio Mendonça <fefemendonca@uol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 29/11/2000 20:01

Paz e Luz João Carlos,

Estão querendo clonar Jesus a partir do pano de Turim. Claro que dificilmente a igreja permitirá. Agora, o
problema é saber se clonando estas personalidades, suas caracterísitcas personalisticas se assemelham as
originais. Aposto que jamais terão:-)

Flávio Mendonça, o mais recente participante da lista.


Joao Carlos Holland de Barcellos gravada:

> Se esta moda de clone prosperar, como eu gostaria,
> prevejo um CORRIDA MALUCA AOS DESPOJOS E RESTOS MORTAIS
> DOS GRANDES PENSADORES !!
>
> Provavelmente seus restos serao transferidos dos cemiterios para
> grandes cofres estatais, serao guardados como uma verdadeira riqueza,
> talvez a maior delas, patrimonio historico do pais em que nasceram.
>
> Que país nao gostaria de ter, entre seus habitantes, estes
> promissores clones destes grandes pensadores?
>
> Que familias nao dariam tudo para educar um Newton, por exemplo?
>
> Parece q a ficcao podera se tornar uma realidade....
>
> []s
> jocax
>
>
> *** --- ***
> Vote na decisao para configuracao da lista. Mensagens somente texto ou HTML. Para isso use o endereco:
> http://www.egroups.com/polls/ciencialist/
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar ??
FROM: Flávio Mendonça <fefemendonca@uol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 29/11/2000 20:01

Paz e Luz João Mário,

Isso nos faz pensar como ficariam as leis que regem as heranças:-)

Abraços !

Flávio Mendonça

João Mário Miranda gravada:

> Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> >
> > Se esta moda de clone prosperar, como eu gostaria,
> > prevejo um CORRIDA MALUCA AOS DESPOJOS E RESTOS MORTAIS
> > DOS GRANDES PENSADORES !!
>
> O verdadeiro interessa está nos restos mortais dos milionários.
> Um clone de um milionário é tecnicamente seu irmão gêmeo e logo
> seu herdeiro ou herdeiro dos pais do milionário.
> Um clone da rainha vitória seria herdeiro da coroa britânica
> e de toda a sua fortuna. E um clone de Tutankamon seria herdeiro
> da coroa egipcia e poderia reclamar a prpriedade das piramides.
>
> joão
> http://www.nonio.com
> http://www.explicacoes.com
>
>
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar??
FROM: Flávio Mendonça <fefemendonca@uol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 29/11/2000 20:01

Paz e Luz Roberto Belisario,

Parece-me que já é admitido que a pessoa, através de auto-sugestão, pode modificar suas informações
genéticas.

[(())]'s

Flávio Mendonça

Roberto Belisario gravada:

> ----- Original Message -----
> From: Joao Carlos Holland de Barcellos
> >
> > Milton Taidi Sonoda wrote:
> > >
> > > Ola João
> > >
> > > Minha opinião sobre a ação dos genes
> > > sobre o comportamento humano diverge
> > > muito da sua. Não acredito que o comportamento
> > > humano seja tão fortemente correlacionado
> > > com a programação genética que existe em nós.
> >
> > (In)felizmente eh. Pesquisas recentes mostraram que pelo menos
> > 70% de nosso QI eh de origem genetica.
>
> O que significa "70% de nosso QI e de origem genetica"?
> Quero dizer, como e que se mede QI para estabelecer esses 70%?
> Belisário
>
>
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar??
FROM: Flávio Mendonça <fefemendonca@uol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 29/11/2000 20:01

Paz e Luz João Carlos,

Uma só pergunta, pq ?

[(())]'s

Flávio Mendonça

Joao Carlos Holland de Barcellos gravada:

>
> E eh justamente aih que reside o todo o problema neurotico humano !
>
> Ao negarmos nossos genes estaremos negando a nos mesmos !
>
> Devemos nos afastar ao minimo possivel de nossa programacao genetica:
> O segredo da felicidade estaria justamente em agir ao maximo de acordo
> com nossos genes *sem*, contudo, infringir as normas eticas, isto eh,
> respeitando ao proximo.
>
> []s
> jocax
>
>
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar??
FROM: Flávio Mendonça <fefemendonca@uol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 29/11/2000 20:01

Paz e Luz Roberto Belisário,

Peço-lhe licença para criar uma parágrafo único.

Parágrafo Único - Nenhum clone possui os mesmos atributos personalisticos do original, assemelhando-se
apenas na forma exterior.

Revoga-se todas as disposições em contrário.

[(())]'s


Flávio Mendonça

Roberto Belisario gravada:

> Sinceramente, acho que nao precisamos clonar Einstein nenhum, nem
> Newton, etc. Pelas seguintes razões:
>
> (1) Primeiro, porque já temos pessoas inteligentíssimas o suficiente na
> Terra hoje. Tenho certeza de que há muitos gênios por aí; clonar Einstein
> será apenas colocar mais um na praça. E, se os nossos gênios de hoje não são
> suficientes, não será mais um que resolverá o problema. A não ser que se
> resolva clonar Einsteins em massa - mas aí teremos um problema porque também
> clonaremos seus defeitos, que não são poucos.
>
> (2) Segundo, porque Einstein e os outros não ajudariam a resolver os
> problemas do mundo mais do que ajudaram a resolvê-los na sua época. E o que
> eles fizeram na sua época? Einstein, por exemplo, fez enormes avanços na
> Pesquisa Básica. Mas isso nós já temos gênio suficientes que fazem - aliás,
> temos uma massa de cientistas muito maior hoje que naquela época. Para que
> então clonar Einstein?
>
> (3) Terceiro, porque a evolução acontece por causa de gente que trabalha
> muito, e não por causa de gênios. Einstein trabalhava como um cavalo. E é
> por isso que ele conseguiu potencializar sua genialidade a tal ponto.
> Talvez, com outro ambiente, não pudesse desenvolver tal capacidade e sua
> genialidade ficasse oculta como deve estar oculta tantas outras genialidades
> em corpos preguiçosos.
>
> Também não creio que seja necessário clonar pessoas trabalhadoras:
> temos-nas em boa quantidade atualmente.
>
> (4) Quarto, porque os gênios que mais conhecemos - Einstein, Newton,
> Descartes - são os gênios dos grandes desenvolvimentos teóricos. Mas quem
> faz o progresso tecnológico não são esses, são os gênios escondidos que
> trabalham com a mão na massa. Por exemplo, para conseguir obter a fusão
> nuclear controlada, é necessário gente que tenha boas idéias e em profusão.
> Ou seja, gênios. Mas gênios de outro tipo, e que existiram e existem, mas
> não são conhecidos, estão ocultos na massa de cientistas que leva adiante os
> projetos. Não podemos cloná-los porque não sabemos quem são.
>
> (5) Quinto: com esse raciocínio - clonemos os nossos heróis para que
> eles nos salvem - essa atitude tem um forte componente de "tirar o corpo
> fora" e "transferir os problemas que nós mesmos ajudamos a criar para uns
> poucos salvadores da pátria". Creio que esse é o fundamento, o pano de fundo
> psicológico de nosso fascínio por clonar gênios...
>
> Até,
> Belisário
>
>
> *** --- ***
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar??
FROM: Flávio Mendonça <fefemendonca@uol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 29/11/2000 20:02

Paz e Luz Roberto,

Exceto se este retardamento mental se deu por má formação genética, nenhuma garantia teríamos de que os
Einsteinzinhos nasceriam também retardados.

[(())]'s


Flávio Mendonça

Roberto Belisario gravada:

> Em tempo: estão querendo clonar Einsteins em massa, e usando a evolução
> biológica pela seleção do mais apto como argumento? Não se esqueçam de que
> ele teve um filho retardado...
> Belisário
>
>
> *** --- ***
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar??
FROM: Flávio Mendonça <fefemendonca@uol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 29/11/2000 20:02

Paz e Luz João Mário,

Isso é uma opinião ?

[(())]'s

Flávio Mendonça

João Mário Miranda gravada:

> Milton Taidi Sonoda wrote:
>
> > A cima ao gene egoista!!
> >
> > Antes de mais nada, desculpe-me se vc ou alguem da sua
> > família é afligido por algumas dessas doenças.
> >
> > Eu não disse que nossa estrutura física não depende
> > de nossos genes. Pelo contrário, nossa fisiologia depende
> > totalmente dos genes. Eu disse sim que nosso comportamento
> > pode, por meio da consciencia, negar nossa programação genética.
>
> Esse argumento é circular. Não se pode alegar contra a programação
> genética alegando a nossa consciência. Esse argumento pressupõe
> à partida que a hipótese que estamos a rebater está errada.
> Consciencia e livre arbitrio é coisa que não existe se a hipótese
> de programação genética estiver certa.
>
> joão
> http://www.nonio.com
> http://www.explicacoes.com
>
>
> *** --- ***
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> http://www.egroups.com/polls/ciencialist/
> *** --- ***



SUBJECT: Re: [ciencialist] paradigmas da mente
FROM: Flávio Mendonça <fefemendonca@uol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 29/11/2000 20:02

Paz e Luz Gilberto Paiva,

Não darei uma opinião. Darei apenas uma sugestão a quem deseja basear-se em algum paradígma para início
dos estudos. Procurem qual a origem do pensamento:-)

[(())]'s

Flávio Mendonça

gilbertodepaiva@bol.com.br gravada:

> Olá Sr(a)s da ciencialist,
>
> eu conheci este espaço recentemente e gostaria de saber o que vocês
> pensam sobre o estágio atual do estudo da mente (humana, animal ou
> artificial). Gostaria que as pessoas que tem alguma opinião, ou
> acompanham o estudo da mente/cérebro, postassem a sua opinião sobre o
> assunto que escrevo abaixo:
>
> Os pensadores e a comunidade científica se ocupam de tentar
> compreender a mente desde as épocas mais remotas. A partir da década
> de 50 deste século, intensificou-se o estudo da mente em várias áreas
> da pesquisa científica (neurologia, filosofia, matemática, física,
> lógica, ... , e principalmente a biologia (neuros e psis) e a
> computação). O conjunto desse esforço multidisciplinar de estudo da
> mente (possível graças ao avanço científico nessas demais áreas) fez
> surgir o que muitos consideram um novo ramo (independente) da ciência
> denominado de ciência cognitiva (cogsci).
>
> Houve um grande avanço nesta área, principalmente porque o estudo da
> mente passou a ser encarado de forma "científica" (o que muitos
> relutavam, ou relegavam anteriormente, por considerar o problema
> muito complexo, ou impossível de se tratar cientificamente). Três
> desses avanços que creio ser digno de citação são o estabeleciemento
> de um modelo e teoria conexionista (onde um ramo são as redes
> neurais), o estabelecimento de diversos modelos computacionais da
> mente (incluindo aí talvez os modelos da linguística), e
> principalmente (na minha opinião) devido ao estabelecimento de
> técnicas experimentais de estudo do cérebro/mente (neurobiologia e
> psicologia experimental).
>
> Porém, a comunidade científica em geral (incluso a cogsci) considera
> que não há nenhum paradigma científico atual que nos dê uma indicação
> com boa margem de segurança de que se possa estabelecer um modelo
> para se explicar a mente. Salvo algumas notáveis, mas raras excessões
> (Dennet, Pinker, que eu conheço), a maioria dos pensadores acham que
> uma explicação da mente humana necessita de um novo paradigma, ou uma
> nova descoberta "fenomenal", para que possa ser alcançada com um
> certo grau de satisfação.
>
> Eu pessoalmente acho que acho que a luz do conhecimento científico
> atual temos condições de se estabelecer um "modelo de mente" (sem
> trocadilhos)(e estou pensando em um), mas também que atualmente o
> estudo da mente/cérebro entrou na fase experimental, e ao meu ver
> toda nova "ciência" que chega no estágio experimental tende a
> ser "resolvida" rapidamente.
>
> Assim, eu tenho uma curiosidade de saber o que vcs acham sobre o
> assunto.
> Quem se interessar, está convidado a dar a sua opinião.
>
> Saudações,
> Gilberto de Paiva
>
>
> *** --- ***
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> http://www.egroups.com/polls/ciencialist/
> *** --- ***



SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar ??
FROM: Flávio Mendonça <fefemendonca@uol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 29/11/2000 20:02

Paz e Luz João Mário,

Engraçado, todos aqui partem de um pressuposto que o clonado nasceria com as mesmas características
personalisticas que o original, desprezando assim a experiência individual de cada ser vivente.

[(())]'s

Flávio Mendonça

João Mário Miranda gravada:

> Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
>
> > Para um país e para o povo, o mais importante seria os genes dos seus
> > grandes
> > homens do que de seus milionarios.
>
> Sinceramente não acredito que existam grandes homens nem que um
> unico homem possa ser determinante para o futuro de um povo. Isso
> já não é possivel num mundo de comunicação como o nosso. Vivemos
> num mundo em que predomina a inteligencia de enxame e não a
> inteligencia individual.
> Newton seria um homem comum nos dias de hoje. Ele teve, no seu tempo,
> oportunidades que eram negadas à esmagadora maioria da população e
> a grande vantagem de as coisas mais simples estarem por descobrir.
>
> > Uma coisa q eles ( milionarios ) poderiam arguir eh q o DNA
> > mitocondrial,
> > que nao eh clonado, pois vem do ovulo da mae, deveria ser o principal
> > guia na partilha de bens ou na distribuicao da heranca ...
>
> Não creio que fosse dificil modificar o processo de clonagem
> para contornar esse problema. Bastaria inseminar o ovulo com
> mitocondrias de milionário.
> --
> joão
> http://www.nonio.com
> http://www.explicacoes.com
>
>
> *** --- ***
> Vote na decisao para configuracao da lista. Mensagens somente texto ou HTML. Para isso use o endereco:
> http://www.egroups.com/polls/ciencialist/
> *** --- ***



SUBJECT: Teste
FROM: Flávio Mendonça <fefemendonca@uol.com.br>
TO: ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 29/11/2000 20:46

Teste. Favor verifiquem se meu email
chegou normal



SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar??
FROM: Flavio Mendonça <fefemendonca@uol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 29/11/2000 20:53

O que é fato ?

João Mário Miranda gravada:

> Flávio Mendonça wrote:
> >
> > Paz e Luz João Mário,
> >
> > Isso é uma opinião ?
>
> Não! É uma facto.
>
> joão
> http://www.nonio.com
> http://www.explicacoes.com
>
>
> *** --- ***
> Vote na decisao para configuracao da lista. Mensagens somente texto ou HTML. Para isso use o endereco:
> http://www.egroups.com/polls/ciencialist/
> *** --- ***



SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar??
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 29/11/2000 21:16



Flávio Mendonça wrote:
>
> Paz e Luz João Mário,
>
> Isso é uma opinião ?

Não! É uma facto.

joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar ??
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 29/11/2000 21:17



Flávio Mendonça wrote:
>
> Paz e Luz João Mário,
>
> Engraçado, todos aqui partem de um pressuposto que o clonado nasceria com as mesmas características
> personalisticas que o original, desprezando assim a experiência individual de cada ser vivente.
>

Não, pelo menos no que me diz respeito. Essa é apenas uma hipótese de
discussão.
Se ...então ...

joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar ??
FROM: Flavio Mendonça <fefemendonca@uol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 29/11/2000 21:24

Todas as influência, inclusive aquela provinda da sua "origem":-)

Roberto Belisario gravada:

> Oi, Flávio. Nem todos, nem todos. Já vi algumas mensagens defendendo
> exatamente isso que diz. Veja, por exemplo, esta mensagem, do dia 29/11,
> hora 10:06:
>
> -------------
> Bem, vamos ter que clonar também o ambiente familiar e social em que ele
> viveu... senão, nada de Einstein...!
> Inté,
> Belisário
> -------------
>
> Paz e Luz pra você também,
> Belisário
>
> ----- Original Message -----
> From: Flávio Mendonça
>
> > Paz e Luz João Mário,
> >
> > Engraçado, todos aqui partem de um pressuposto que o clonado nasceria com
> as mesmas características
> > personalisticas que o original, desprezando assim a experiência individual
> de cada ser vivente.
> >
> > [(())]'s
> >
> > Flávio Mendonça
>
>
> *** --- ***
> Vote na decisao para configuracao da lista. Mensagens somente texto ou HTML. Para isso use o endereco:
> http://www.egroups.com/polls/ciencialist/
> *** --- ***



SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar??
FROM: "Bruno Marques" <brumarques@hotmail.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 29/11/2000 21:38

Desculpe, mas quando vc diz que "O segredo da felicidade estaria justamente
em agir ao maximo de acordo com nossos genes", vc quer dizer instinto ?
Negar nossos instintos(ou pelo menos concilia-los com convivencia social)
n�o � o que nos faz racionais ?


>From: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
>Reply-To: ciencialist@egroups.com
>Subject: Re: [ciencialist] Clonar??
>Date: Wed, 29 Nov 2000 17:16:32 -0200
>
>
>
>Milton Taidi Sonoda wrote:
> >
> > Eu n�o disse que nossa estrutura f�sica n�o depende
> > de nossos genes. Pelo contr�rio, nossa fisiologia depende
> > totalmente dos genes. Eu disse sim que nosso comportamento
> > pode, por meio da consciencia, negar nossa programa��o gen�tica.
> >
>
>E eh justamente aih que reside o todo o problema neurotico humano !
>
>Ao negarmos nossos genes estaremos negando a nos mesmos !
>
>Devemos nos afastar ao minimo possivel de nossa programacao genetica:
>O segredo da felicidade estaria justamente em agir ao maximo de acordo
>com nossos genes *sem*, contudo, infringir as normas eticas, isto eh,
>respeitando ao proximo.
>
>[]s
>jocax
>
>
>*** --- ***
>Vote na decisao para configuracao da lista. Mensagens somente texto ou
>HTML. Para isso use o endereco:
>http://www.egroups.com/polls/ciencialist/
>*** --- ***
>

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SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar??
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 29/11/2000 22:01

Flavio Mendonça wrote:
>
> O que é fato ?

É um facto que se a hipótese de programação genética esiver certa
não existe consciencia.

joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] Sono e evolução
FROM: "Raul Sturari Jr." <raulsturari@ig.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 29/11/2000 22:01

Caros colegas,

Muito obrigado por responderem minha pergunta com excelentes argumentos. Alías, não poderia esperar outra coisa dessa lista. Os diferentes pontos de vista e opiniões me ajudaram muito por razões óbvias. Meu sono nunca mais será o mesmo... : - )

[ ]'s
Raul


[Non-text portions of this message have been removed]



SUBJECT: Re: [ciencialist] paradigmas da mente
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 29/11/2000 22:02


----- Original Message -----
From: <gilbertodepaiva@bol.com.br

> Olá Sr(a)s da ciencialist,

Olá, Gilberto.

> Houve um grande avanço nesta área, principalmente porque o estudo da
> mente passou a ser encarado de forma "científica" (o que muitos
> relutavam, ou relegavam anteriormente, por considerar o problema
> muito complexo, ou impossível de se tratar cientificamente). Três
> desses avanços que creio ser digno de citação são o estabeleciemento
> de um modelo e teoria conexionista (onde um ramo são as redes
> neurais), o estabelecimento de diversos modelos computacionais da
> mente (incluindo aí talvez os modelos da linguística), e
> principalmente (na minha opinião) devido ao estabelecimento de
> técnicas experimentais de estudo do cérebro/mente (neurobiologia e
> psicologia experimental).

Eu não conheço grande coisa desses assuntos - e a sua exposição foi
muito interessante -, mas tenho olhado certas pesquisas físicas sobre
consciência que talvez se enquadrem no modelo computacional da mente, ou
talvez sejam um quarto modelo. Trata-se do uso da Física Quântica para
estudar a mente.

Isso é um campo perigoso, porque há muita pseudociência a respeito. Na
verdade, há todo um espectro de abordagens, desde os mais tresloucados, até
as mais científicas, passando por vários graus intermediários.

No extremo pseudo-científico estão aqueles doidos que misturam quântica
com zen-budismo com consciência e tudo o mais.

Num nível intermediário estão trabalhos como o da Danah Zohar, que tenta
dar uma abordagem científica para a aplicação da quântica no estudo da
consciência, mas sua abordagem me parece absolutamente insatisfatória. Ela
escreveu o livro "O Ser Quântico", que fez certo sucesso na época, e que
pode ser encomendado nas livrarias de esoterismo.

No extremo mais científico está o trabalho de pessoas como Stuart
Hameroff e o famoso físico Roger Penrose, mais conhecido por seus trabalhos
com Relatividade Geral. Essa é a que eu acho mais interessante. Uma
exposição deste trabalho pode ser vista nos artigos presentes no site:

http://www.consciousness.arizona.edu/hameroff/

Um outro artigo em português, mostrando uma recente discussão de
cientistas pró e contra a teoria, pode ser encontrado num dos artigos do
Radar da Ciência, de autoria do físico da Unicamp Carlos Giles:

http://www.ifi.unicamp.br/~knobel/radar/menquan.html

Basicamente, pelo que pude entender é o seguinte. Permita-me ser um
pouco técnico e denso. Existem estruturas nas células chamadas microtúbulos,
que têm função estrutural. Penrose e cia. acreditam que os modelos atuais de
transmissão de impulsos nervosos estão errados. Não se dá, ou não se dá
apenas, pela tal bomba de sódio e potássio, mas também envolve um certo
fenômeno quântico nos microtúbulos - e os microtúbulos dos neurônios assim
teriam função não apenas estrutural, mas também de transmissão de impulsos
nervosos.

Os microtúbulos são formados de uma proteína chamada tubulina. Suas
moléculas têm algumas configurações possíveis - existem alguns formatos
possíveis que ela pode assumir. Quem exerce o papel de "bits" de informação
no microtúbulo são as configurações dessas moléculas. Ocorre que, pela
teoria de Penrose e cia., há uma interação entre as moléculas tal que é
capaz de gerar fenômenos coletivos, de forma que um grupo de moléculas pode
estar numa configuração, e isso induz as moléculas vizinhas a mudarem sua
configuração - e o resultado é que pode-se ter ondas atravessando o
microtúbulo longitudinalmente, da mesma forma como a bomba de sódio e
potássio produz "ondas" de concentrações de sódio e potássio atravessando os
axônios longitudinalmente. Essas ondas constituem o impulso nervoso.

A consciência é produzida quando existe uma coerência entre as
configurações das moléculas dos microtúbulos por todo o cérebro, ou em vasta
região dele, de forma que, além do comportamento coletivo dos microtúbulos
envolvendo um grupo de moléculas vizinhas, existe também um comportamento
coletivo envolvendo microtúbulos de neurônios através do cérebro como um
todo. Essa correlação entre os microtúbulos é de um tipo especial conhecido
"correlação quântica".

A Danah Zohar também usa esse conceito em sua teoria. Ou seja, eles
supõem a existência de uma correlação quântica em nível macroscópico
envolvendo todo o cérebro. O cérebro inteiro, ou pelo menos o conjunto de
todos os seus microtúbulos, estariam no que os físicos chamam de "estado
emaranhado". (Aos físicos escandalizados com isso - como eu -, esperem mais
dois parágrafos).

Mudanças súbitas de estado do cérebro como um todo, conhecidas na Física
Quântica como "colapso da função de onda", estariam associadas à formação de
idéias e à sucessão dos pensamentos no cérebro. No nível da correlações
locais de grupos de tubulinas no microtúbulo, isso se dá por um processo que
Penrose e cia. chamam de "Redução Objetiva Orquestrada" (Orch-OR). Esse
processo envolve flutuações quânticas no espaço-tempo (ou seja, flutuações
no campo gravitacional), especialidade de Penrose. Então há aqui uma mistura
de Física Quântica e Relatividade Geral (que aborda campos gravitacionais).
São essas flutuações que "detonam" o colapso (estados emaranhados em nível
macroscópicos são tão instáveis que perturbações minúsculíssimas como essas
podem induzir o colapso).

Tudo isso é uma explicação simplista e "por cima"; as dúvidas que esse
texto suscitará entre os listeiros serão inúmeras, e não vou poder
respondê-las em sua maior parte porque eu teria que ler muito para conhecer
direito o assunto. Por exemplo, os físicos podem lembrar que o tal estado
emaranhado não ocorre em corpos macroscópicos como o cérebro, porque ele é
tão instável nessa escala que não duraria uma fração miserabilíssima de
segundo (o fenômeno da "decoerência"). O cérebro teria que estar à
temperatura de zero absoluto - e completamente isolado do ambiente - para
isso subsistir. (Então, se os microtúbulos estão isolados, o que induz o
colapso? As flutuações do espaço-tempo, responde Penrose).

Eu, particularmente, não estou convencido de que a abordagem do Penrose
& Hameroff é correta. (Até porque não me ficou claro por que eles
identificam a consciência com os fenômenos sobre os quais teorizam).

> Porém, a comunidade científica em geral (incluso a cogsci) considera
> que não há nenhum paradigma científico atual que nos dê uma indicação
> com boa margem de segurança de que se possa estabelecer um modelo
> para se explicar a mente. Salvo algumas notáveis, mas raras excessões
> (Dennet, Pinker, que eu conheço), a maioria dos pensadores acham que
> uma explicação da mente humana necessita de um novo paradigma, ou uma
> nova descoberta "fenomenal", para que possa ser alcançada com um
> certo grau de satisfação.
>
> Eu pessoalmente acho que acho que a luz do conhecimento científico
> atual temos condições de se estabelecer um "modelo de mente" (sem
> trocadilhos)(e estou pensando em um), mas também que atualmente o
> estudo da mente/cérebro entrou na fase experimental, e ao meu ver
> toda nova "ciência" que chega no estágio experimental tende a
> ser "resolvida" rapidamente.

Hm... acho que depende. Considere quanto tempo (séculos) a Mecânica
ficou no estágio experimental, antes de Galileu e Newton, até que surgisse
um modelo razoável que a explicasse (o galileano-newtoniano). Acho que a
coisa depende da massa de conhecimento que se tem sobre o assunto. Se
tivermos o suficiente sobre a mente, um modelo está próximo. Se não...

A propósito, você já leu os livros do Antônio Damasio? O que você acha
das teorias dele sobre a mente?

Até,
Belisário





SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar ??
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 29/11/2000 22:12

Oi, Flávio. Nem todos, nem todos. Já vi algumas mensagens defendendo
exatamente isso que diz. Veja, por exemplo, esta mensagem, do dia 29/11,
hora 10:06:

-------------
Bem, vamos ter que clonar também o ambiente familiar e social em que ele
viveu... senão, nada de Einstein...!
Inté,
Belisário
-------------

Paz e Luz pra você também,
Belisário


----- Original Message -----
From: Flávio Mendonça

> Paz e Luz João Mário,
>
> Engraçado, todos aqui partem de um pressuposto que o clonado nasceria com
as mesmas características
> personalisticas que o original, desprezando assim a experiência individual
de cada ser vivente.
>
> [(())]'s
>
> Flávio Mendonça




SUBJECT: Re: [ciencialist] Teste
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>, <fefemendonca@uol.com.br>
DATE: 29/11/2000 22:17

Normalíssimo.
Belisário

----- Original Message -----
From: Flávio Mendonça

> Teste. Favor verifiquem se meu email
> chegou normal




SUBJECT: Re: [ciencialist] Sono e evolução
FROM: "Raul Sturari Jr." <raulsturari@ig.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 30/11/2000 02:23

Interessante você haver mencionado a caso deste soldado francês. Existe uma
mulher na Itália, citada pelo meu professor de neurofisiologia que também
nunca dorme. Gostaria de saber se há estudos prospectivos a respeito desses
casos. Será que a capacidade de formar memória a longo prazo foi afetada?
Será que o aprendizado motor foi prejudicado? Será que eles tiveram mais
dificuldades em resolver problemas? Todas essas são funções atualmente
atribuídas ao sono. Será que eles viveram menos por que aumentaram sua
ingestão calórica? Tudo bem, eu sei o que o "n" é ridículo para qualquer
abordagem estatística confiável que sugira alguma coisa, mas seria
interessante estuda-los. As funções que fossem, eventualmente, suprimidas
nesses pacientes poderiam nos ajudar a elucidar o motivo pelo qual dormimos,
como foi sugerido pelo Takata. A propósito, a experiência sobre a restrição
calórica feita desde organismos unicelulares até a mosca da banana, funciona
no homem? Existem estudos que mostram que restrição calórica ( comer menos
que o mínimo necessário )aumenta a longevidade em humanos? Qual seria o
limite entre restrição calórica e desnutrição (que mata)? Por que habitantes
da Etiópia não são os campeões em longevidade? Claro, desconsiderando os que
morrem por doenças ou fatores inerentes ao lugar onde vivem que não a
escassez de comida, como a AIDS e as guerras.

[ ]'s
Raul

-----Mensagem Original-----
De: "Neville Martins" <neville@catanduva.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: quarta-feira, 7 de março de 2001 01:43
Assunto: Re: [ciencialist] Sono e evolução


> Assunto: Sono e evolução.
>
> Durante a 1a. guerra mundial, um soldado francês foi atingido por um
> estilhaço de granada, o qual ficou-lhe embutido no cérebro. Daí em diante
> nunca mais teve sono, sem que isso lhe prejudicasse, a não ser por um
> detalhe prosaico: Ele reclamou um aumento na sua pensão de guerra alegando
> ter despesas extras pois necessitava fazer 6 ou mais refeições a cada 24
> horas.
>
> Segundo o que o Médico Cláudio Varela, a longevidade das células (e dos
> organismos em geral) diminue com o aumento da taxa de processamento de
> calorias ingeridas.
>
> As informações acima sugerem que se não ocorrer períodos de repouso, a
taxa
> de consumo de alimentos aumenta e portanto diminue a longevidade do
> indivíduo.
>
> Por outro lado considerando que se todas as espécies terrestres comessem
dia
> e noite sem dar trégua para crescimento diurno dos vegetais, teríamos uma
> redução exponencial na produção de alimentos, e freqüentes crises de
> escassez (os criadores de gado conhecem bem a drástica influencia do
> manuseio das
> pastagem na sua capacidade de suporte).
>
> Daí, mais essa hipótese: O ritmo circadiano é mais um mecanismo para
manter
> um relativo equilíbrio das espécies na nossa velha Gaia.
>
> abraços
> neville
>
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Your use of Yahoo! Groups is subject to http://docs.yahoo.com/info/terms/
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar?? & Sociedade civilizada x sociedade primitiva
FROM: "curitibahp" <curitibahp@yahoo.com>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 30/11/2000 02:42

Venho a alguns dias apenas acompanhando os debates da lista, por fim resolvi participar.
Fazendo um 2 em 1 desses 2 temas do topico atualmente abordados na lista, que podem ser tranquilamente relacionados...
Ao invés de invetirmos para clonar um Einstein, ou outros(favor desconsiderar Jesus deste raciocínio por motivos óbvios), será que não seria melhor investirmos mais na educação e condições de vida dignas do máximo de pessoas possível? Afinal, em média nascem 3 crianças super dotadas a cada grupo de 1000(não tenho certeza absoluta destes números, mas sei que é aproximadamente essa a proporção). Ou seja, só no Brasil nascem milhares de crianças super-dotadas por ano. Será que dessa forma os novos gênios, adaptados a nossa época e realidade não surgiriam naturalmente? Ou será que na época dos gênios já citados havia algo de especial no meio ou sociedade que os fazia se tornarem gênios? Acho que não, já existem muitos gênios por aí, com capacidade natural igual ou superior a de Einstein e outros... Mas a GRANDE maioria está sendo "desperdiçada" pela nossa sociedade, assim como também ocorria naquela época. A questão foi que tivemos a sorte de que esses gênios tivessem vivido no meio e condições em que viveram. Você já pensou se Einstein tivesse nascido na África? "E será que não nasceu nenhum por lá"? Creio que sim. Várias mentes brilhantes que apenas não foram descobertas e "aproveitadas", e isso continua acontecendo.** Prova irrefutável disso é o fato de termos a grande maioria de Homens(sexo) envolvidos nas grandes descobertas, invenções...em fim, os grandes nomes da ciência e etc... Porque será? Porque, como sabemos, ao longo da nossa história as mulheres sempre foram oprimidas. Resumindo, falta apenas que estes gênios sejam descobertos e aproveitados, e não que sejam clonados os anteriores. Até porque segundo a evoluçao das espécies, teoricamente os gênios atuais deveriam ser "melhores" que os antigos, geneticamente falando. Proporcionar então a estes "neo-gênios" condições de evoluirem em conhecimentos e formação para então contribuirem com a evolução da humanidade seria o mais correto a se fazer. Por isso defendo sempre a idéia de que a Educação é a maior "arma" em pró da evolução humana. E é por isso que nós vivemos em uma constante involução, principalmente nos países subdesenvolvidos, devido principalmente a falta de incentivo governamental na educação. É lógico que este é um processo lento e difícil, mas é o unico caminho em busca da nossa verdadeira evolução, tanto pessoal quanto da nossa sociedade. Quisera Deus que todos também pensasem assim, o caminho seria muito mais fácil. Mas aposto que até mesmo dentro desta própria lista existirão os que vão discordar de minha opinião. É natural, e por isso a evolução humana caminha a passos de formiga. Se em um grupo seleto como este, provávelmente existam essas divergências, a respeito de um tema tão humanitário e absoluto, e não só neste tema, mas também em outros, imagine então em uma sociedade cheia de contrastes, carente de educação, dignidade e respeito ao próximo como é a nossa? Se houver algum neo-nazista(consciente ou não) por aqui, desculpe incomodar...

"Culturas não são superiores ou inferiores, são apenas diferentes."

** Abordando também o tema de /ciencialist] Sociedade civilizada x sociedade primitiva/

A todos os membros da lista,
Prazer. Lucas.

Informativo: Fonte, Terra (www.terra.com.br)

Vida na Terra pode ter surgido há 2,7 bilhões de anos



Quarta, 29 de novembro de 2000, 21h12min
O surgimento da vida na Terra pode ter acontecido 1,4 bilhão de anos antes do que os cientistas acreditavam até agora, segundo um estudo que será publicado na edição desta quinta-feira na revista Nature. Calcula-se que a vida começou a manifestar-se nos oceanos há mais 3,8 bilhões de anos, mas o surgimento da vida na Terra é muito mais difícil de ser situado com precisão e continua sendo objeto de debates, recorda a revista científica britânica.

Yumiko Watanabe, da Universidade da Pensilvânia (EUA), e seus colegas da Universidade de Sendai (Japão) e do Geological Survey da África do Sul descobriram nos antigos maciços rochosos da África do Sul material orgânico que podem ser vestígios de microorganismos que colonizaram a Terra e formaram um solo há 2,6 ou 2,7 bilhões de anos.

Atualmente, a discutida prova de existência da vida terrestre são os microfósseis de 1,2 bilhão de anos encontrados no Arizona (Estados Unidos).


----- Original Message -----

From: Joao Carlos Holland de Barcellos
Sent: Wednesday, November 29, 2000 12:50 PM
Subject: Re: [ciencialist] Clonar??




Milton Taidi Sonoda wrote:
>
> Ola João
>
> Minha opinião sobre a ação dos genes
> sobre o comportamento humano diverge
> muito da sua. Não acredito que o comportamento
> humano seja tão fortemente correlacionado
> com a programação genética que existe em nós.

(In)felizmente eh. Pesquisas recentes mostraram que pelo menos
70% de nosso QI eh de origem genetica.
Claro q cada comportamento eh uma mescla de genetica e meio ambiente,
mas eu pergunto : O q distingue um Einstein daquela Melancia?
A resposta eh : Os genes do Einstein nunca fenotipariam uma melancia
e nem os genes da melancia poderiam fenotipar um Einstein.

Um Einstein eh um Einstein pq seu genoma assim o permitiu.

Se clonarmos o Einstein teremos a *possibilidade* de termos um genio da
ordem de grandeza do mesmo Einsteinm ,mas se clonarmos a melancia nao. ...




[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] fendas quanticas e outras coisas
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/11/2000 03:10

Olá,

mesmo sem ser convidado, resolvi entrar nesta briga. (Aquela sobre
clonar gênios mortos está enchendo o saco...)

Alberto Mesquita Filho wrote:

> A dualidade onda-partícula não me parece ser um dado observacional e/ou
> experimental. Retrata a *interpretação* de experiências efetuadas por alguns
> físicos do século XX. A única lógica a apoiar esta interpretação duvidosa do
> que realmente se vê (e o que se vê não é a dualidade onda-partícula, mas uma
> "foto" ou imagem a ser interpretada) é que a física clássica tradicional não
> explica determinados fenômenos da maneira que alguns físicos gostariam que
> ela explicasse. Consequentemente, quando "a física moderna diz que eles
> possuem uma dualidade onda-partícula" ela não está dizendo absolutamente
> nada, da mesma forma que quando "eu digo que Papai Noel existe" também não
> estaria dizendo absolutamente nada, a menos que definisse o que seria esse
> Papai Noel.

A dualidade onda partícula é uma interpretação, mais que isso, é uma
resposta à pergunta se a luz (elétron) é uma onda ou uma partícula. Este
termo só existe porque um dia dividimos o mundo em dois: ondas (luz,
som, etc...) e partículas (elétron, bolinha, etc...). A quântica acaba
com esta divisão sem postular nada a respeito mas desfazendo o que
havia. Se a ótica clássica e a mecânica newtoniana não existissem antes
da física quântica, creio que não se usaria o termo "dualidade
onda-partícula".
A evolução da quântica neste século derruba seus postulados iniciais,
ou seja, eles passam a ser consequência de princípios mais fundamentais.
Exemplos claros são os de Bohr que derivam simplesmente da resolução da
equação de Schrödinger para o átomo de hidrogênio (outros, inclusive,
são falseados). A grande mudança da mecânica quântica está na sua visão
de medida. A medida é um operador matemático e não uma característica
intrínseca ao sistema. Quando tentamos extrair alguma informação temos
que obrigar o sistema a se adequar ao nosso observável e é nesta
operação que aparece a famigerada dualidade onda-partícula.
O fóton, por exemplo, se comporta como partícula na experiência da
fenda dupla quando queremos localizá-lo, ou seja, saber por que fenda
ele atravessou. A localização no espaço é uma característica inerentae
às partícula, na realidade, associada historicamente a corpúsculos.
Quando não queremos medir a sua localização mas a figura de
interferência formada estamos analisando no sistema uma característica
tipicamente ondulatória, neste caso, diríamos que o fóton é uma onda. O
mesmo vale para elétrons ou qualquer partícula real (i.e. que possa
existir no vácuo). Diga-se de passagem, experiências que medem
interferências em elétrons há várias na literatura.
No caso da luz (ou de qq onda eletromagnética), a característica
corpuscular é mais clara quando a frequência de onda é maior e,
portanto, o comprimento de onda menor. Por exemplo, é muito difícil de
se medir a posição de um fóton de uma onda de rádio, ou seja, um
*quanta* de rádio. No caso de raios gama, acontece o oposto. É muito
mais notória a sua característica corpuscular, medir interferência de
partículas gama é bem difícil. Lembre-se que ambos são ondas
eletromagnéticas. Se vc fizer uma conta, usando a definição de momento
associado a comprimento de onda de de Broglie, para tentar medir a
interferência em objetos macroscópicos verá que o seu comprimento de
onda é mínimo e a fenda necessária para se medir tal interferência é
muuuito menor que o próprio tamanho do corpo.
Resumindo, a mecânica quântica não relativística só precisa da equação
de Schrodinger e de se descobrir como operadores se relacionam. O resto
a gente pode tirar tranquilamente da formulação hamiltoniana da mecânica
analítica.
Como, segundo o próprio Alberto, o excesso de cordialidade é
dispensável em discussões nesta lisa (concordo com isso) posso afirmar o
que penso a seguir...Creio que todo este questionamento sobre a mecânica
quântica vem de uma certa ignorância sobre o assunto. Há muito picareta
interpretando a mecânica quântica de maneira torta para satisfazer os
seus interesses (espíritas, auto-ajudeiros, etc) e isto desperta muita
antipatia daqueles que não a dominam. A mecânica quântica não é
fantasiosa, o que complica é que queremos sempre interpretá-la a luz dos
conceitos clássicos tornando-a artificial e forçada como o caso do termo
dualidade onda-partícula. Não é onda nem partícula, é estado colapsado
ou estado de interferência. Vc faz uma medida ou não e só.
Tudo o que falei está restrito a primeira quantização que é a
quantização de operadores. A segunda quantização, quantiza os campos.
Nesta etapa o que se procura é estudar a natureza dos campos e
partículas que, na primeira parte, eram tratados classicamente. Por
exemplo, no átomo de hidrogênio consideramos o bom e velho potencial
eletrostático para se escrever a hamiltoniana a fim de se resolver a
equação de Schrödinger. O estudo do momento magnético de elétron, no
entanto, depende da quantização do eletromagnetismo feita na
eletrodinâmica quântica.

[]'s Eduardo.



[]'s Eduardo.


SUBJECT: Re: [ciencialist] fendas quanticas e outras coisas
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 30/11/2000 03:19

-----Mensagem Original-----
De: "Eduardo Gueron"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Quinta-feira, 30 de Novembro de 2000 03:10
Assunto: Re: [ciencialist] fendas quanticas e outras coisas


> Olá,
> mesmo sem ser convidado, resolvi entrar nesta briga. (Aquela sobre
> clonar gênios mortos está enchendo o saco...)

Olá, Eduardo

Até que enfim concordamos numa!!! :-)). Pois eu já "desclonei" todas essas
msgs do meu computador. Aliás, concordo também com muito do que você disse a
seguir mas, como já falei certa vez no uol.ciencia, a essa hora da madrugada
costumo concordar até mesmo com a teoria da relatividade. Por que então não
iria concordar com a quântica? Deixarei para responder amanhã mas creio que
a partir desse seu texto podemos começar a entrar em acordo.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] fendas quanticas e outras coisas
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 30/11/2000 04:01

Prezado Alberto, Eduardo, Tarcísio e outros,

Também vou me permitir entrar nesse papo, apesar de pouco entender de mecânica quântica.

Pelo que sei, com o advento do princípio da incerteza, se concluiu que é impossível se medir a exata posição e velocidade de uma partícula e velocidade à própria interferência do aparato de medição no objeto em observação. Daí teve-se que evoluir para um modelo matemático para se determinar a probabilidade da partícula estar num certa posição num determinado tempo. Assim, tal com na estatística (também calcada em probabilidade), se construiu um modelo matemático que aparentemente funciona bem para determinar quantitativamente o microuniverso.

Repare que existe uma certa analogia entre a mecânica quântica:
1) ambas se utilizam de probabilidade;
2) em ambas o objeto em observação não pode ser medido (na estatística, pela inviabilidade de se medir todo o conjunto em observação, e na mecânica quântica por um questão técnica, pois o medidor interfere na medida)
3) em ambas os resultados dos modelos matemáticos chegam a resultados satisfatórios.

Agora concluir que a estrutura da matéria é tão incerta quanto indica ser a mecânica quântica é tão absurdo quanto achar que os resultados colhidos em uma amostra estatística refletem integralmente a estrutura do conjunto-universo em observação.

Acredito que a impossibilidade de se efetuar a medição precisa no microuniverso da matéria e energia é decorrente do atual estágio da ciência. Afinal, no nível intermediário em que nós humanos nos encontramos um aparelho de medição não interfere significativamente no valor da medida ( um exemplo: o relógio do juiz não interfere no tempo do jogo de futebol ). Tal fato também aparenta não se verificar no macro universo.

Ora, se a ciência evoluir a nível que consiga produzir medidores de tamanho tão pequeno que não interfiram significativamente na medida, o princípio da incerteza deixará de ser verdadeiro, e, então, a formação da matéria-energia deixará de ser tão incerta, complexa e imprecisa quanto o é hoje.

Aprendi uma coisa importante na vida: o que é bom é simples. E a mecânica quântica, a meu ver é uma forma muito complicada de explicar a formação da matéria e energia. E, sendo complicada, não é boa. Pode dar até bons resultados, tal como dá o processamento de dados de uma amostra estatística, mas, convenhamos, não nos explica como as coisas se dão efetivamente no microuniverso.

É como eu penso, na minha santa ignorância. E submeto esta minha visão da questão para avaliação de vocês. Ressalto, que consegui desenvolver todo este raciocínio sem fazer uso da TGBD, apesar de que poderia tê-lo feito. Não acham que estou melhorando? :-))

Um grande abraço,

Claudio Abreu


----- Original Message -----
From: Eduardo Gueron
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Thursday, November 30, 2000 3:10 AM
Subject: Re: [ciencialist] fendas quanticas e outras coisas


Olá,

mesmo sem ser convidado, resolvi entrar nesta briga. (Aquela sobre
clonar gênios mortos está enchendo o saco...)

Alberto Mesquita Filho wrote:

> A dualidade onda-partícula não me parece ser um dado observacional e/ou
> experimental. Retrata a *interpretação* de experiências efetuadas por alguns
> físicos do século XX. A única lógica a apoiar esta interpretação duvidosa do
> que realmente se vê (e o que se vê não é a dualidade onda-partícula, mas uma
> "foto" ou imagem a ser interpretada) é que a física clássica tradicional não
> explica determinados fenômenos da maneira que alguns físicos gostariam que
> ela explicasse. Consequentemente, quando "a física moderna diz que eles
> possuem uma dualidade onda-partícula" ela não está dizendo absolutamente
> nada, da mesma forma que quando "eu digo que Papai Noel existe" também não
> estaria dizendo absolutamente nada, a menos que definisse o que seria esse
> Papai Noel.

A dualidade onda partícula é uma interpretação, mais que isso, é uma
resposta à pergunta se a luz (elétron) é uma onda ou uma partícula. Este
termo só existe porque um dia dividimos o mundo em dois: ondas (luz,
som, etc...) e partículas (elétron, bolinha, etc...). A quântica acaba
com esta divisão sem postular nada a respeito mas desfazendo o que
havia. Se a ótica clássica e a mecânica newtoniana não existissem antes
da física quântica, creio que não se usaria o termo "dualidade
onda-partícula".
A evolução da quântica neste século derruba seus postulados iniciais,
ou seja, eles passam a ser consequência de princípios mais fundamentais.
Exemplos claros são os de Bohr que derivam simplesmente da resolução da
equação de Schrödinger para o átomo de hidrogênio (outros, inclusive,
são falseados). A grande mudança da mecânica quântica está na sua visão
de medida. A medida é um operador matemático e não uma característica
intrínseca ao sistema. Quando tentamos extrair alguma informação temos
que obrigar o sistema a se adequar ao nosso observável e é nesta
operação que aparece a famigerada dualidade onda-partícula.
O fóton, por exemplo, se comporta como partícula na experiência da
fenda dupla quando queremos localizá-lo, ou seja, saber por que fenda
ele atravessou. A localização no espaço é uma característica inerentae
às partícula, na realidade, associada historicamente a corpúsculos.
Quando não queremos medir a sua localização mas a figura de
interferência formada estamos analisando no sistema uma característica
tipicamente ondulatória, neste caso, diríamos que o fóton é uma onda. O
mesmo vale para elétrons ou qualquer partícula real (i.e. que possa
existir no vácuo). Diga-se de passagem, experiências que medem
interferências em elétrons há várias na literatura.
No caso da luz (ou de qq onda eletromagnética), a característica
corpuscular é mais clara quando a frequência de onda é maior e,
portanto, o comprimento de onda menor. Por exemplo, é muito difícil de
se medir a posição de um fóton de uma onda de rádio, ou seja, um
*quanta* de rádio. No caso de raios gama, acontece o oposto. É muito
mais notória a sua característica corpuscular, medir interferência de
partículas gama é bem difícil. Lembre-se que ambos são ondas
eletromagnéticas. Se vc fizer uma conta, usando a definição de momento
associado a comprimento de onda de de Broglie, para tentar medir a
interferência em objetos macroscópicos verá que o seu comprimento de
onda é mínimo e a fenda necessária para se medir tal interferência é
muuuito menor que o próprio tamanho do corpo.
Resumindo, a mecânica quântica não relativística só precisa da equação
de Schrodinger e de se descobrir como operadores se relacionam. O resto
a gente pode tirar tranquilamente da formulação hamiltoniana da mecânica
analítica.
Como, segundo o próprio Alberto, o excesso de cordialidade é
dispensável em discussões nesta lisa (concordo com isso) posso afirmar o
que penso a seguir...Creio que todo este questionamento sobre a mecânica
quântica vem de uma certa ignorância sobre o assunto. Há muito picareta
interpretando a mecânica quântica de maneira torta para satisfazer os
seus interesses (espíritas, auto-ajudeiros, etc) e isto desperta muita
antipatia daqueles que não a dominam. A mecânica quântica não é
fantasiosa, o que complica é que queremos sempre interpretá-la a luz dos
conceitos clássicos tornando-a artificial e forçada como o caso do termo
dualidade onda-partícula. Não é onda nem partícula, é estado colapsado
ou estado de interferência. Vc faz uma medida ou não e só.
Tudo o que falei está restrito a primeira quantização que é a
quantização de operadores. A segunda quantização, quantiza os campos.
Nesta etapa o que se procura é estudar a natureza dos campos e
partículas que, na primeira parte, eram tratados classicamente. Por
exemplo, no átomo de hidrogênio consideramos o bom e velho potencial
eletrostático para se escrever a hamiltoniana a fim de se resolver a
equação de Schrödinger. O estudo do momento magnético de elétron, no
entanto, depende da quantização do eletromagnetismo feita na
eletrodinâmica quântica.

[]'s Eduardo.



[]'s Eduardo.

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SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar??
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/11/2000 07:29



Roberto Belisario wrote:
>
> ----- Original Message -----
> From: Joao Carlos Holland de Barcellos
> >
> > Milton Taidi Sonoda wrote:
> > >
> > > Ola João
> > >
> > > Minha opinião sobre a ação dos genes
> > > sobre o comportamento humano diverge
> > > muito da sua. Não acredito que o comportamento
> > > humano seja tão fortemente correlacionado
> > > com a programação genética que existe em nós.
> >
> > (In)felizmente eh. Pesquisas recentes mostraram que pelo menos
> > 70% de nosso QI eh de origem genetica.
>
> O que significa "70% de nosso QI e de origem genetica"?
> Quero dizer, como e que se mede QI para estabelecer esses 70%?
> Belisário
>

Um teste de QI eh uma serie de problemas em que o raciocinio logico,
racicinio abstrato, espacial, etc.. sao propostos para serem resolvidos
em um determinado intervalo de tempo.


[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] fendas quanticas e outras coisas
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 30/11/2000 07:58

Após longo e tenebroso inverno, aventuro-me também por estas questões.

----- Original Message -----
From: Claudio Abreu

> Pelo que sei, com o advento do princípio da incerteza, se concluiu que é
impossível se medir a exata posição e velocidade de uma partícula e
velocidade à própria interferência do aparato de medição no objeto em
observação. Daí teve-se que evoluir para um modelo matemático para se
determinar a probabilidade da partícula estar num certa posição num
determinado tempo. Assim, tal com na estatística (também calcada em
probabilidade), se construiu um modelo matemático que aparentemente funciona
bem para determinar quantitativamente o microuniverso.
>
> Repare que existe uma certa analogia entre a mecânica quântica:
> 1) ambas se utilizam de probabilidade;
> 2) em ambas o objeto em observação não pode ser medido (na estatística,
pela inviabilidade de se medir todo o conjunto em observação, e na mecânica
quântica por um questão técnica, pois o medidor interfere na medida)
> 3) em ambas os resultados dos modelos matemáticos chegam a resultados
satisfatórios.
>
> Agora concluir que a estrutura da matéria é tão incerta quanto indica ser
a mecânica quântica é tão absurdo quanto achar que os resultados colhidos em
uma amostra estatística refletem integralmente a estrutura do
conjunto-universo em observação.
>
> Acredito que a impossibilidade de se efetuar a medição precisa no
microuniverso da matéria e energia é decorrente do atual estágio da ciência.
Afinal, no nível intermediário em que nós humanos nos encontramos um
aparelho de medição não interfere significativamente no valor da medida ( um
exemplo: o relógio do juiz não interfere no tempo do jogo de futebol ). Tal
fato também aparenta não se verificar no macro universo.
>
> Ora, se a ciência evoluir a nível que consiga produzir medidores de
tamanho tão pequeno que não interfiram significativamente na medida, o
princípio da incerteza deixará de ser verdadeiro, e, então, a formação da
matéria-energia deixará de ser tão incerta, complexa e imprecisa quanto o é
hoje.

A coisa não é tão simples: a Física Quântica prevê seus resultados
probabilísticos, em particular a forma do Princípio da Incerteza, sem levar
em consideração os aspectos detalhados dos aparelhos de medida. Se fazemos a
experiência do fóton passando pelas duas fendas, os aparelhos de medida
seguem a fórmula do princípio da incerteza independentemente de que
aparelhos usamos... como pode ser isso? Se realmente fosse apenas uma
questão de aumentar a precisão dos aparelhos, não poderia haver um limite
teórico para a precisão das medidas que fosse *universal* para todos eles -
e muito menos um que batesse com os experimentos.

Se fizermos uma analogia com a estatística, poderíamos supor que a
quântica só dá resultados indeterminados por causa de falta de informação.
Considere, entretanto, um fóton passando por um orifício num anteparo e
batendo em uma tela mais adiante, esta última coberta com um material
fotoluminescente - esse material produz uma cintilação quando um fóton o
atinge, que pode ser vista com um microscópio. Faça duas experiências dessas
com dois fótons com a mesma energia e eis que eles produzem cintilações em
lugares bem diferentes da tela. Se os fótons são idênticos, como pode ser
isso?

Poderíamos supor que os anteparos e a tela não são perfeitamente iguais.
Porém, a quântica não faz nenhuma suposição a respeito da estrutura
detalhada dos anteparos, e mesmo assim suas previsões concordam com os
experimentos...!

Mesmo que supuséssemos que a Ciência evoluirá e poderemos ter acesso a
essa informação que falta, o argumento permanece: a Física Quântica não faz
suposição absolutamente nenhuma a respeito dessa informação que falta, e os
resultados probabilísticos continuam batendo com a experiência. Este é que é
o dado crucial. Como a Quântica poderia "adivinhar" o conteúdo de um avanço
futuro da Ciência que ainda nem ocorreu?

> Aprendi uma coisa importante na vida: o que é bom é simples. E a mecânica
quântica, a meu ver é uma forma muito complicada de explicar a formação da
matéria e energia. E, sendo complicada, não é boa. Pode dar até bons
resultados, tal como dá o processamento de dados de uma amostra estatística,
mas, convenhamos, não nos explica como as coisas se dão efetivamente no
microuniverso.

O problema é que algo nunca é apenas "complicado", só é complicado em
relação a outra coisa mais simples. Além disso, a complexidade muitas vezes
é devida a uma maneira inadequada de ver as coisas. Com um aparato
matemático adequado, as equações da quântica (e de outras partes da Física)
ficam bem mais simples. Os conceitos parecem complicados apenas porque
sempre tentamos enquadrá-los nos nossos esquemas conceituais tradicionais de
espaço, tempo, causalidade e matéria, e então surgem os paradoxos.

Comento ainda o seguinte: A expressão "a quântica não nos explica como
as coisas se dão efetivamente no microuniverso" já pressupõe que exista
informação a mais além da considerada pela Quântica, ou seja, já pressupõe
que a quântica seja incompleta (a pressuposição está embutida na palavra
"efetivamente"). Logo, o argumento não poderia ser usado para demonstrar que
a quântica não está correta, pois fica um argumento circular: algo como
"supondo que a quântica está incompleta, logo ela está incompleta...".

> É como eu penso, na minha santa ignorância. E submeto esta minha visão da
questão para avaliação de vocês. Ressalto, que consegui desenvolver todo
este raciocínio sem fazer uso da TGBD, apesar de que poderia tê-lo feito.
Não acham que estou melhorando? :-))
>
> Um grande abraço,
>
> Claudio Abreu





SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar??
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 30/11/2000 08:03


----- Original Message -----
From: Joao Carlos Holland de Barcellos
>
> Roberto Belisario wrote:
> >
> > ----- Original Message -----
> > From: Joao Carlos Holland de Barcellos
> > >
> > > Milton Taidi Sonoda wrote:
> > > >
> > > > Ola João
> > > >
> > > > Minha opinião sobre a ação dos genes
> > > > sobre o comportamento humano diverge
> > > > muito da sua. Não acredito que o comportamento
> > > > humano seja tão fortemente correlacionado
> > > > com a programação genética que existe em nós.
> > >
> > > (In)felizmente eh. Pesquisas recentes mostraram que pelo menos
> > > 70% de nosso QI eh de origem genetica.
> >
> > O que significa "70% de nosso QI e de origem genetica"?
> > Quero dizer, como e que se mede QI para estabelecer esses 70%?
> > Belisário
> >
>
> Um teste de QI eh uma serie de problemas em que o raciocinio logico,
> racicinio abstrato, espacial, etc.. sao propostos para serem resolvidos
> em um determinado intervalo de tempo.

OK, mas o que me intriga é: se o QI é um teste, o que significam esses
70% que são de origem genética? Que, se eu tenho QI de 100 pontos, então 70
pontos têm origem genética...? Não vejo como se pode discriminar os pontos
de QI desta forma. Parece-me um dado abstrato demais.

Além disso, pelo que tenho ouvido/lido o teste de QI é deveras
impreciso...

Até,
Belisário




SUBJECT: Re: [ciencialist] Sobre as atrocidades humanas
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/11/2000 08:20



Marco Aurelio wrote:
>
> "Joao Carlos Holland de Barcellos" wrote:
>
> > Mas dizer q ela nao pode ser racionalizavel, do meu ponto
> > de vista, eh uma extrapolacao erronea.
>
> Olá J. Carlos
>
> Sigo sem entender porque se pode dizer que um fundamento ético tem que
> ser
> falso ou verdadeiro.

Nao falso ou verdadeiro, mas sim discernir, cientificamente, se um
preceito etico eh melhor do que um outro preceito etico.


>Afirmar simplesmente que a ética pode ser
> racionalizavel é simplesmente uma opinião e, como tal, podemos aceitar
> ou
> não e até poderia dizer que pode ser por gostar ou não da opinião.

hummmm, nao se definirmos o que seja a etica e os conceitos nela
envolvidos!

Por exemplo, a etica deveria ser definida como o conjunto de normas de
comportamento que maximizam a felicidade do grupo.
Sendo assim, e, definindo felicidade do meu modo, a etica esta bem
definida
e pode ser comparada matematicamente ( desde q algumas outras medidas
sejam estabelecidas na formula da felicidade ).


> Creio que
> seria util explicar o que vc entende por racionalizavel. Se significa
> algo
> que seja corretamente formulado, até poderia aceitar que vc denomina
> racionalizavel o que tradicionalmente significa logicamente correto.


Racionalizavel eu expliquei acima : Uma definicao que possa , em
principio,
ser mensuravel, ou ao menos, comparavel, dos preceitos eticos.



> Embora
> eu não goste do emprego da palavra racional para estas questões.
> Assim, a
> extrapolação é erronea desde que o significado do seu racionalizavel
> seja o
> mesmo que o meu. No meu caso (de meu termo não coincidir com o seu)
> nem se
> aplicaria a palavra "extrapolação".

Eu diria q a racionalizacao, no caso, seria um mode de 2 pessoas
diferentes
mas que adotem os mesmos conceitos possam chegar aa mesma conclusao
de maneira objetiva. Acho q este eh um bom conceito de racionalizavel
em termos eticos.


>Não entendo como (no meu sentido)
> um
> sentimento pode ser completamente racional. Pode ter coisas racionais,
> mas
> outras não serão racionais, serão corretas, dignas de ser valorizadas
> ou
> não. Não creio que valor seja sempre algo racional, embora seja
> universalmente aceito e indiscutivelmente bom.

Em relacao aos sentimentos temos 2 formas de analisa-los :
-A priori:De forma completamente racional se fizermos uma abordagem
evolutiva de sua origem e evolucao.
-A posteriori: Analisando as consequencias dele decorrentes.Poderia
entao se
dizer q eles nao sao racionais sob este ponto de vista: Um crime
passional
eh racional? Sob um ponto de vista sim : pode ser explicado. Sob outro
ponto
de vista nao : Nao deveria ser cometido.

>
> A proposito:
>
> > Felicidade = Integral( Prazer(t) ) dt
>
> Vc tambem disse.
>
> > "Onde Prazer(t) eh um valor numerico associado ao bem estar do
> individuo
> > no instante t ( que pode ser um mal estar ).", etc., etc.
>
> Acho muito divertido pensar uma equação para abordar o tema. No
> entanto
> teremos que estar de acordo mais uma vez com o significado da palavra
> prazer. É muito dificil falar cientificamente se não revelamos, pelo
> menos
> operacionalmente, nossas definições. Dizer simplesmente que prazer é
> bem
> estar, é tautologico. Seria o mesmo que dizer que prazer, por
> definição
> é...prazer.

Por isso q eu disse q a medida do prazer deveria ser uma funcao
do nivel de ecitacao, por exemplo, de areas especificas do cerebro
responsaveis pelas sensacoes. A medida do prazer poderia estar
associada
a uma medida quantitativa destas varias areas. Claro q a medida final
poderia
ser um VETOR numerico de sensacao e nao um simples numero. Mas isso deve
abrir uma nova linha de pesquisa e teriamos o problema de comparar
vetores.


>Um concepção clássica de prazer é diminuição de tensão
> (alivio),
> ou seja, medir tensão neuronal ou simplesmente tecidual pode
> significar
> medir mal estar, porque a tensão sem alivio, não será jamais prazer.

Depende, isso eh possivel? Eh possivel uma tensao q nunca se alivia de
um
modo ou de outro? Acredito q a propria tensao cause um aumento ou
diminuicao
do praze em determinadas areas. Filmes de suspense provocam prazer
justamente
por manter a tensao alta. Claro q ha, em geral, o susto, as a propria
tensao
e medo eh uma forma de prazer.

>A
> tensão só pode relacionar-se com prazer se traz implícita sua
> diminuição.

So poderiamos validar esta sentenca se definissemos com precisao o
prazer.
Contudo, como eu estou generalizando o prazer junto com sofrimento, na
avaliacao da integral da felicidade, entao a tensao eh uma forma de
prazer
neste sentido matematico do termo.


> Por outro lado não significa que tensão, embora significa mal estar,
> não
> seja útil. Estar alerta para defenderse não é um prazer, mas é útil.

Se estamos discutindo o que pode maximizar a felicidade, eh claro que
o q eh util eh pq, de alguma forma, leva a um aumento da felicidade e,
por isso, nao devera ser desprezado.

> Como se
> poderia medir algo que tem valor tão subjetivo como o grau de tensão.
> Nunca
> nenhum médico, em nenhum lugar do mundo se atreveu a medir a dor.

Mas eh exatemante isso q estou propondo ! Sempre existe uma primeira
vez.
O Genismo tambem nunca foi inventado antes de mim :-)


> Tampoco
> se pode fazer com o prazer. O que para uma pessoa é dor, para outra
> pode não
> ser, embora o grau de tensão possa ser o mesmo.

De fato, o fato que gera dor para uma pessoa pode nao gerar para outra.
Mas, em se tratando de principios eticos estaticos de caracter geral,
talvez NUNCA se chegue a um nivel tao especifico e detalhado de acoes de
modo
q tal diferenca se faca necessaria especificar.


>A tensão de espera de
> um
> fato demasiado significativo e positivo para uma pessoa pode provocar
> uma
> tensão considerada como agradavel. Se estivesse esta mesma tensão
> relacionada com um fato muito significativo e negativo para esta mesma
> pessoa, esta tensão poderia ser considerada insuportavel. Um exemplo é
> a
> ereção do penis, tão valorizada por todos nós. Ela é agradavel e
> esperada
> sempre que a perspectiva é um orgasmo com uma boa ejaculada. É uma
> tensão
> esperada e valorizada. Quando falta é sinônimo de desgosto e
> preocupação. Se
> a tensão não cai com o orgasmo, o sujeito pode estar sendo vítima de
> um
> quadro denominado priapismo, que, seja por que causas forem, é
> extremamente
> doloroso e totalmente indesejavel (por sorte é raro). A tensão sem
> esperança
> de alivio é sinônimo de dor.

Mas isso nao refuta a medida instantanea do prazer:
O quadro de tensao, neste caso, pode ser em principio agradavel
mas com o decorrer do tempo , visto q a tensao nao eh saciada, a propria
tensao torna-se desagradavel e NOS DOIS CASOS, em principio, poderia ser
detectado,e medido, como uma funcao de excitacao neuronal.


>Por outro lado não existe uma tensão
> zero. Esta
> é incompativel com a vida.

Depende, podemos adotar um sistema referencial tal que, um nivel de
excitacao
X dos neuronios seja mapeada no valor zero de nossa escala de prazer....

>Assim, cada individuo possui sua tensão
> vital e
> os niveis são bastante heterogeneos. Poderiamos usar sua equação se
> pudéssemos unificar o valor do prazer. Uma obra de arte, como por
> exemplo
> uma tragedia, pode provocar uma tensão dolorosíssima e mesmo assim
> todos
> estaríamos de acordo com o prazer estético que produz. Só porque está
> acompanhada do adjetivo "estético" deixa de ser uma realidade, embora
> provoque as mesmas reações biológicas? Os casos patológicos de
> masoquismo
> foram estudados há muito tempo e se descobriu, entre outras coisas,
> que o
> masoquista não disfruta com a dor. O que faz com que ele a busque é
> sua
> cessação. Necessita elevar a tensão até uma qualidade sensitiva
> altamente
> dolorosa para sentir o alivio no momento da queda da tensão álgica.
> Ele so
> esta ligado nesta queda, mesmo que tenha que suportar a dor. Esta se
> torna
> desejada e suportada pela cessação momentânea da mesma. Só com pensar
> no
> prazer, que é algo tão simples como palavra e tão complicado como
> conceito,
> entramos numa selva amazônica de significações. Creio que não convém
> ser
> reducionistas neste campo, para não cair no toalitarismo. Creio que
> também
> devemos evitar toda atitude holista extrema, para não cair no
> animismo.


Nesta conversa eu evolui meu conceito de prazer.
O prazer eh realmente um vetor onde cada componente deste vetor esta
associado
a um nivel de escitacao ( ou outra medida ) de uma area especifica do
cerebro.

Assim um preceito etico poderia afetar varias areas cerebrais e,
portanto,
alterar o valor de varios componentes do vetor. Se este preceito aumenta
todos os componentes em relacao ao outro, entao poderemos dizer q este
preceito
eh melhor q o outro. Se acontecer de aumentar alguns e diminuir outros
entao a comparacao dos vetores eh mais complicada e portanto deveremos
talvez
definir uma metrica para medir o MODULO do vetor prazer e utiliza-lo
como funcao de comparacao.



>
> Também as pesquisas não tão atuais demonstaram que a felicidade é um
> conceito muito mais complexo que o de prazer. Além disso é só um
> instante, é
> só um degrau dentro da existencia. A escada da existencia é mais
> longa.
> Teoricamente não tem fim (termina com a morte).

Mas vc nao percebeu q a felicidade, do modo q eu defini, envolve o
somatorio
no periodo compreendido por toda a vida do individuo?

A felicidade NAO EH O PRAZER mas sim a soma destes ponderados pelo
tempo , Felicidade = somatoria (prazer x duracao do prazer ) durante a
vida

Onde prazer eh uma generalizacao de prazer que engloba a dor tambem.

Com a nova definicao de prazer , VETORIAL, vemos q que definir
uma nova metrica para a felicidade em funcao do vetor prazer.
Uma sugestao seria a raiz das somas dos quadrados de cada componente
ponderado por um peso especifico de cada emocao.

[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar??
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/11/2000 08:34



Roberto Belisario wrote:
>
> Sinceramente, acho que nao precisamos clonar Einstein nenhum, nem
> Newton, etc. Pelas seguintes razões:

Qual o sentido do termo "precisar"?
O melhor sentido seria : Sera uma vantagem ou nao?

>
> (1) Primeiro, porque já temos pessoas inteligentíssimas o
> suficiente na
> Terra hoje. Tenho certeza de que há muitos gênios por aí; clonar
> Einstein
> será apenas colocar mais um na praça. E, se os nossos gênios de hoje
> não são
> suficientes, não será mais um que resolverá o problema. A não ser que
> se
> resolva clonar Einsteins em massa - mas aí teremos um problema porque
> também
> clonaremos seus defeitos, que não são poucos.


A razao dos defeitos nao eh sufiiciente. Todos sabemos q as vantagens
superaram os defeitos em muitos anos luz.

Dizer q nao sera + um q resolvera o problema nao eh verdade. Sempre foi
UM genio q bolou uma dada teoria e nao os outros. Cada um eh diferente
do
outro. Nao eh pq existiu Leibnitz que poderiamos descartar Newton.


>
> (2) Segundo, porque Einstein e os outros não ajudariam a resolver
> os
> problemas do mundo mais do que ajudaram a resolvê-los na sua época.

E ja nao fizeram bastante em seu campo de estudo?. Vc esta duvidando q
Einstein
nao ajudou a resolver muitos problemas fisicos ?

O q poderiam fazer em nossa epoca? Vc tem bola de cristal para dizer q
nao poderiam fazer nada?

> E
> o que
> eles fizeram na sua época? Einstein, por exemplo, fez enormes avanços
> na
> Pesquisa Básica. Mas isso nós já temos gênio suficientes que fazem -
> aliás,
> temos uma massa de cientistas muito maior hoje que naquela época. Para
> que
> então clonar Einstein?

Como vc tem certeza q ele nao poderia dar uma contribuicao deveras
importante,
por exemplo, na teoria da unificacao?

A vantagem de se clonar eh q ja sabemos de antemao q a pessoa tem
potencial
criativo suficiente e por isso pode ter uma educacao especial.
Isso poderia "turbinar" o avanco do conhecimento humano.


A pergunta q faco eh :
Quem seria prejudicado com a clonagem dos grandes genios?


[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar??
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/11/2000 08:37



Roberto Belisario wrote:
>
> Em tempo: estão querendo clonar Einsteins em massa, e usando a
> evolução
> biológica pela seleção do mais apto como argumento?

Nao,
O argumento eh : Se a pessoa deu contribuicoes significativas no passado
tem grande chances de dar tambem no presente.

A base para o argumento eh : Grande parte da capacidade cognitiva do ser
humano
eh determinada pelos genes.

[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar ??
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/11/2000 08:42



João Mário Miranda wrote:
>
> Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
>
> > Para um país e para o povo, o mais importante seria os genes dos
> seus
> > grandes
> > homens do que de seus milionarios.
>
> Sinceramente não acredito que existam grandes homens nem que um
> unico homem possa ser determinante para o futuro de um povo.

Isso nao eh verdade. Lembre-se da teoria do Caos.
Cada grande homem influenciou definitivamente o destino de toda a
humanidade.


>Isso
> já não é possivel num mundo de comunicação como o nosso. Vivemos
> num mundo em que predomina a inteligencia de enxame e não a
> inteligencia individual.
> Newton seria um homem comum nos dias de hoje.

Ele definitivamente NAO seria comum justamente por todos saberem que ele
eh o clone de Newton !!

>Ele teve, no seu tempo,
> oportunidades que eram negadas à esmagadora maioria da população e
> a grande vantagem de as coisas mais simples estarem por descobrir.
>

E tera estas mesmas vantagens, em triplicata, ao ser clonado.

[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] fendas quanticas e outras coisas
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 30/11/2000 08:43

-----Mensagem Original-----
De: "Claudio Abreu"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Quinta-feira, 30 de Novembro de 2000 04:01
Assunto: Re: [ciencialist] fendas quanticas e outras coisas

> Agora concluir que a estrutura da matéria é tão incerta quanto indica ser
> a mecânica quântica é tão absurdo quanto achar que os resultados colhidos
> em uma amostra estatística refletem integralmente a estrutura do
> conjunto-universo em observação.

Esse seu argumento parece-me ser poderoso mas deixaria essa confirmação a
critério dos especialistas em lógica ou logicidade. Porém vejo uma diferença
conceitual:

Na estatística pode-se visualizar o que você afirmou como absurdo. Ou seja,
a estatística não nos induz, através de suas hipóteses, a acreditar que os
resultados colhidos da amostras refletem integralmente a estrutura do
universo estudado. Apenas o leigo (para não dizer os aproveitadores da
ingenuidade popular) em estatística ou o iniciante caem nesse engodo, ao
serem enganados pelo senso comum. Em resumo, o que parece ser verdadeiro à
primeira vista, é um absurdo conceitual.

Na quântica acontece o oposto. Com os conhecimentos da teoria quântica
primitiva deduziu-se uma incerteza que após ser axiomatizada transformou-se
em hipótese. A ser verdadeira essa hipótese, a física quântica moderna nos
induz a aceitar a sua incerteza como absoluta (note que é uma incerteza
totalmente diferente das outras incertezas estudadas nas demais teorias e/ou
ciências). Ao aceitarmos a física quântica, estamos implicitamente admitindo
que o que parece absurdo à primeira vista é uma verdade conceitual (note que
inverti os termos da conclusão anterior).

Perceba então que quando dizemos que a física moderna contraria o senso
comum, estamos pretendendo dizer algo totalmente diferente do que quando
dizemos que outra teoria qualquer (como por exemplo, a de Copérnico)
contraria o senso comum. Em qualquer área do conhecimento, a exceção da
física moderna, contrariar o senso comum significa constatar que nem tudo o
que é óbvio é certo, mas tudo o que é certo tem um lado óbvio. A física
moderna mostra-nos que aquilo que aparenta ser óbvio é errado mas mostra-nos
também, e por princípio, que não existe um lado óbvio a justificar seus
algoritmos que dão certo.

> Acredito que a impossibilidade de se efetuar a medição precisa no
> microuniverso da matéria e energia é decorrente do atual estágio da
> ciência.

Neste caso você está admitindo não aceitar a física quântica como uma teoria
física, mas como um conjunto de algoritmos que dão certo. Pois ao fazer esta
afirmação você está implicitamente indo contra os princípios da teoria. E a
minha visão sobre a física quântica é exatamente esta. Com a diferença que,
ao constatar estas falácias, procuro por novas saídas.

> Afinal, no nível intermediário em que nós humanos nos encontramos um
> aparelho de medição não interfere significativamente no valor da medida
> (um exemplo: o relógio do juiz não interfere no tempo do jogo de futebol).
> Tal fato também aparenta não se verificar no macro universo.

Pois a física moderna pretende nos garantir que no micro universo é
exatamente assim que as coisas acontecem. E só não transparece no macro
universo porque o efeito chega a ser desprezível.

> Ora, se a ciência evoluir a nível que consiga produzir medidores de
> tamanho tão pequeno que não interfiram significativamente na medida, o
> princípio da incerteza deixará de ser verdadeiro, e, então, a formação da
> matéria-energia deixará de ser tão incerta, complexa e imprecisa quanto o
> é hoje.

Que o Léo te ouça. :-) Mas o que você está dizendo é que mais cedo ou mais
tarde a física quântica será falseada, se não por seus absurdos lógicos,
certamente pela experimentação. Aliás, quase todo físico moderno espera por
uma revolução. O que eles não querem admitir é que esta revolução se dará no
sentido de provar que em algum lugar do passado eles cometeram um erro muito
grave. E então não restará nada a fazer a não ser ressuscitar a física
newtoniana depurada dos outros erros, que não foram poucos, cometidos pelos
seguidores de Newton.

> Aprendi uma coisa importante na vida: o que é bom é simples. E a mecânica
> quântica, a meu ver é uma forma muito complicada de explicar a formação da
> matéria e energia. E, sendo complicada, não é boa. Pode dar até bons
> resultados, tal como dá o processamento de dados de uma amostra
> estatística, mas, convenhamos, não nos explica como as coisas se dão
> efetivamente no microuniverso.

Falou e disse.

> É como eu penso, na minha santa ignorância. E submeto esta minha visão da
> questão para avaliação de vocês.

Pois viva a santa ignorância.

> Ressalto, que consegui desenvolver todo
> este raciocínio sem fazer uso da TGBD, apesar de que poderia tê-lo feito.

Não duvido. Aliás, numa das mensagens recentes, não pretendi insistir no
fato da tgbd ser ou não metafísica. Apenas disse que para atender aos
insistentes apelos de muitos, limitamo-nos a estudar aspectos relacionados à
demarcação da ciência, e não meramente à tgbd. E, por sinal, o debate foi
muito interessante ainda que inconclusivo. No final cheguei a admitir que
não podia afirmar categoricamente minha suposição inicial sobre a tgbd. E
isto por si só revela que o debate não foi em vão, que tinha sua razão de
ser e que, se não foi explicitamente útil para a tgbd, foi bastante útil
para nós dois; e acredito que também para os demais ciencialisteiros.

> Não acham que estou melhorando? :-))

Tá querendo elogio? Sai prá lá. :-)

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Alberto
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SUBJECT: Re: [ciencialist] fendas quanticas e outras coisas
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 30/11/2000 08:43

-----Mensagem Original-----
De: "Eduardo Gueron"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Quinta-feira, 30 de Novembro de 2000 03:10
Assunto: Re: [ciencialist] fendas quanticas e outras coisas

> A dualidade onda partícula é uma interpretação, mais que isso, é uma
> resposta à pergunta se a luz (elétron) é uma onda ou uma partícula. Este
> termo só existe porque um dia dividimos o mundo em dois: ondas (luz,
> som, etc...) e partículas (elétron, bolinha, etc...). A quântica acaba
> com esta divisão sem postular nada a respeito mas desfazendo o que
> havia.

Perfeito! Você não apenas deu uma resposta melhor ao questionamento em pauta
como também justificou a *realidade* quântica. E ao mesmo tempo deu-me um
gancho para que eu pudesse aqui justificar como posso ser tão avesso à
teoria quântica e ao mesmo tempo ser um profundo admirador de seus
construtores (Planck, Einstein, Bohr, De Broglie, Schrodinger, Heisenberg,
Dirac e tantos outros), quase que sem exceção.

> Se a ótica clássica e a mecânica newtoniana não existissem antes
> da física quântica, creio que não se usaria o termo "dualidade
> onda-partícula".

Também concordo com a idéia ainda que a considere utópica demais. Ninguém
iria pensar "no dois em um" sem ter antes a idéia dos "uns separados". Mas
você está indo além: está querendo que alguém tivesse pensado nesse "dois em
um" como se fosse apenas "um" mas dotado de propriedades particulares a
caracterizá-lo como um sistema de dois níveis [corrija-me se estiver
empregando os termos incorretamente, pois além da dualidade existe a
história dos spins up e down e às vezes eu embaralho os termos - esta não é
efetivamente a minha praia]. Ora, por mais que pense na não existência do
"um isolado" (idéia essa defendida ferozmente por Bohr), de alguma forma
temos o "dois em um", que se manifesta ora como um, ora como o outro
(colapso ou descolapso), mas nunca das duas maneiras no mesmo contexto. Como
alguém iria pensar nisso antes de De Broglie? Ou seja, nem só a ótica
clássica e a mecânica newtoniana foram necessárias (no sentido de
"necessariamente" pré-existirem), como também a teoria quântica primitiva
(já cheguei a relatar isso num outro contexto, talvez um pouco agressivo).

> A evolução da quântica neste século derruba seus postulados iniciais,
> ou seja, eles passam a ser conseqüência de princípios mais fundamentais.

Sim, mas de alguma maneira ela conserva, ou carrega em seu bojo, estes
postulados. Tanto é que nos permite a construção de imagens que dão certo
dentro de certos contextos, ainda que estas imagens sejam reconhecidas como
sem significado físico. Por exemplo, ninguém sabe exatamente o que está por
trás da incerteza, mas entendemos perfeitamente a explicação (quase
justificativa física) de Bohr. Ninguém sabe realmente o significado físico
de uma entidade spinorial, mas conseguimos para muitos efeitos práticos
considerá-lo como um tipo especial ou quase mágico de vetor. Da mesma forma
que num salto quântico (teoria primitiva) este vetor pode ser pensado como
efetuando um giro de 180 graus sem passar por nenhum de seus valores
intermediários. Isso tudo é muito bonito mas inimaginável, ainda que na
prática a teoria seja outra; ou melhor, na prática não existe nenhuma teoria
a nos mostrar por que as coisas dão certo.

> Exemplos claros são os de Bohr que derivam simplesmente da resolução da
> equação de Schrödinger para o átomo de hidrogênio (outros, inclusive,
> são falseados). A grande mudança da mecânica quântica está na sua visão
> de medida. A medida é um operador matemático e não uma característica
> intrínseca ao sistema. Quando tentamos extrair alguma informação temos
> que obrigar o sistema a se adequar ao nosso observável e é nesta
> operação que aparece a famigerada dualidade onda-partícula.

Sim, mas ela é famigerada por que estamos estudando física. Se eu estivesse
estudando matemática pura eu não a chamaria de famigerada mas um resultado
exótico, e até mesmo bonito, mas sem significado real e até mesmo sem
interferir com os resultados. Não obstante, e por estar estudando física e
não matemática, o que é famigerado é exatamente o que há de fundamental. O
resto são algoritmos, ou ferramentas a me ajudarem a compreender a natureza
do famigerado. E o que essas ferramentas me dizem? Que o que estou
pretendendo resolver não tem solução. Que é impossível conhecer a natureza
íntima da matéria. Que eu devo me contentar com as ferramentas pois elas
funcionam. E aí eu chego no que afirmei na msg anterior: A resposta não me
satisfaz! 'Eu' quero mais, e não espero que 'você' tenha a resposta mas
procuro pela mesma! E essa é a meu ver a função do cientista. E mais do que
isso: É função do educador chamar a atenção do jovem no sentido de que ele
não deva se contentar apenas com o que funciona. Mesmo que, e por um
problema operacional e momentâneo, ele possa aceitar provisoriamente essa
justificativa como boa."

Perceba então que os físicos quânticos, em especial os seguidores de Bohr ou
da escola de Copenhagen, acreditam estarem esbarrando com o limite do
conhecimento e só lhes resta polir esta superfície que a seu ver seria
impenetrável. Eu, por outro lado, acredito que cometemos um erro ao
valorizarmos a matemática em detrimento da física. Certamente existem grupos
intermediários e, dentre esses, até mesmo aqueles que acreditam na
possibilidade de atravessarmos essa hipotética superfície através de um
salto quântico. :-) E são esses últimos que estão a um passo da ficção. Os
demais são os picaretas a que você, com propriedade, se refere em algum
lugar de sua msg.

> O fóton, por exemplo, se comporta como partícula na experiência da
> fenda dupla quando queremos localizá-lo, ou seja, saber por que fenda
> ele atravessou. A localização no espaço é uma característica inerentae
> às partícula, na realidade, associada historicamente a corpúsculos.

Sim, mas sua natureza corpuscular é inerente a outros efeitos (fotoelétrico,
Compton, etc). Ele é corpúsculo não porque é localizável pela fenda mas
supõe-se que seja localizável pela fenda pelo fato de em outras condições
comportar-se como corpúsculo. Experiências com fendas são utilizadas para
justificar a luz ondulatória e não obstante servem para localizar o que a
própria experiência, no outro contexto, serve para negar. Durma-se com um
barulho desses? :-).

Por outro lado, se eu quiser assumir que o fóton não é um corpúsculo,
através de uma visão clássica (e não quântica), eu devo estudar experiências
que nos tem levado a acreditar em sua natureza corpuscular (efeitos citados
acima). Já com as fendas devo utilizar o raciocínio contrário. Se eu quero
acreditar que os fótons podem ser corpúsculos, devo explicar a difração ou
outros efeitos através de raciocínios clássicos do tipo do comportamento de
rajadas de metralhadora passando por orifícios especiais e capazes de
interferirem com a trajetória das balas.

> Quando não queremos medir a sua localização mas a figura de
> interferência formada estamos analisando no sistema uma característica
> tipicamente ondulatória, neste caso, diríamos que o fóton é uma onda. O
> mesmo vale para elétrons ou qualquer partícula real (i.e. que possa
> existir no vácuo). Diga-se de passagem, experiências que medem
> interferências em elétrons há várias na literatura.

Concordo. Mas como disse, e você parece deixar claro em toda a msg, não é a
dualidade que está sendo medida e sim estamos realmente medindo algo que
existe mas não sabemos o que é; e a nossa mente associa a uma dualidade
comportamental. Nada impede que eu possa, por caminhos diferentes, concluir
que o elétron é realmente um corpúsculo físico clássico e que o fóton não é
nem corpúsculo nem onda mas algo do tipo que Newton chamou de "vibrações
imateriais emitidas pela matéria e relacionadas a efeitos eletromagnéticos
não bem conhecidos" (a frase não é de Newton mas reflete o seu pensamento;
na realidade estou resumindo páginas e páginas de considerações newtonianas
sobre essas vibrações). Lembro que Newton assumiu essas vibrações mas não as
associou com a luz e sim a algo que interferisse com a luz (como a matéria
atrai ou repele a luz, que para Newton era corpuscular) e também com o que
hoje chamamos campos de força.

> Creio que todo este questionamento sobre a mecânica
> quântica vem de uma certa ignorância sobre o assunto. Há muito picareta
> interpretando a mecânica quântica de maneira torta para satisfazer os
> seus interesses (espíritas, auto-ajudeiros, etc) e isto desperta muita
> antipatia daqueles que não a dominam. A mecânica quântica não é
> fantasiosa, o que complica é que queremos sempre interpretá-la a luz dos
> conceitos clássicos tornando-a artificial e forçada como o caso do termo
> dualidade onda-partícula. Não é onda nem partícula, é estado colapsado
> ou estado de interferência. Vc faz uma medida ou não e só.
> Tudo o que falei está restrito a primeira quantização que é a
> quantização de operadores. A segunda quantização, quantiza os campos.
> Nesta etapa o que se procura é estudar a natureza dos campos e
> partículas que, na primeira parte, eram tratados classicamente. Por
> exemplo, no átomo de hidrogênio consideramos o bom e velho potencial
> eletrostático para se escrever a hamiltoniana a fim de se resolver a
> equação de Schrödinger. O estudo do momento magnético de elétron, no
> entanto, depende da quantização do eletromagnetismo feita na
> eletrodinâmica quântica.

Tudo isso é muito bonito e funciona, mas é só e não me satisfaz. Se estou
certo ou se estou errado, só o futuro dirá. E a menos que tenha cometido
incoerências lógicas em minhas teorias, coisa que até agora ninguém
conseguiu demonstrar, só a experimentação poderá me convencer de que estou
errado. E enquanto isso continuo a dizer: Não há como afirmar que uma teoria
é mais correta do que outra se não lançarmos mão da experimentação. Existem
critérios de simplicidade (navalha de Occam), critérios de beleza
(defendidos por Dirac), critérios a valorizarem o senso comum, critérios
políticos, critérios econômicos, critérios espúrios, etc. Porém nenhum
desses critérios substitui o método científico. Até mesmo Khun que aceita
que a ciência deve passar por períodos de manutenção do "status quo", acaba
por fim concluindo que a ciência somente evolui de fato quando um dos
contestadores desse "status quo" consegue impor suas idéias frente à
comunidade científica.

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Alberto
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar??
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/11/2000 08:53



Flávio Mendonça wrote:
>
> Paz e Luz João Carlos,
>
> Uma só pergunta, pq ?

Pq o conflito gera sofrimento.
E se quisermos diminuir o sofrimento, devemos diminuir o conflito.
E se quisermos diminuir o conflito deveremos nos entrosar com nossos
genes.
E para entrosarmos ao maximo com nossos genes deveremos adotar o Genismo
! :-))

[]s
jocax


>
> [(())]'s
>
> Flávio Mendonça
>
> Joao Carlos Holland de Barcellos gravada:
>
> >
> > E eh justamente aih que reside o todo o problema neurotico humano !
> >
> > Ao negarmos nossos genes estaremos negando a nos mesmos !
> >
> > Devemos nos afastar ao minimo possivel de nossa programacao
> genetica:
> > O segredo da felicidade estaria justamente em agir ao maximo de
> acordo
> > com nossos genes *sem*, contudo, infringir as normas eticas, isto
> eh,
> > respeitando ao proximo.
> >
> > []s
> > jocax
> >
> >
> > *** --- ***
> > Vote na decisao para configuracao da lista. Mensagens somente texto
> ou HTML. Para isso use o endereco:
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> Vote na decisao para configuracao da lista. Mensagens somente texto ou
> HTML. Para isso use o endereco:
> http://www.egroups.com/polls/ciencialist/
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar??
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/11/2000 09:02



Bruno Marques wrote:
>
> Desculpe, mas quando vc diz que "O segredo da felicidade estaria justamente
> em agir ao maximo de acordo com nossos genes", vc quer dizer instinto ?

Nao soh instintos. A rigor seriam as regras epigeneticas (RE).
As RE seriam predisposicoes mentais herediarias para agirmos ou
adotarmos
determinadas formas de comportamento e nao outras. Os instintos
seriam formas HARD das RE. As RE sao mais flexiveis e podem se adaptar
aa
cultura.
Nao sabemos ao certo todas as RE que nos predispoe para determinadas
crencas ou acoes.
Mas como estas RE foram evoluidas pq de alguma forma auxiliava a
perpetuacao
genetica dos que as possuissem, eh nattural pensar q se agirmos no
sentido
de perpetuarmos nossos genes estaremos, de alguma forma, em sincronia
com nossas RE. Eh a essencia do Genismo.

[]s
jocax



> Negar nossos instintos(ou pelo menos concilia-los com convivencia social)
> não é o que nos faz racionais ?
>
> >From: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
> >Reply-To: ciencialist@egroups.com
> >Subject: Re: [ciencialist] Clonar??
> >Date: Wed, 29 Nov 2000 17:16:32 -0200
> >
> >
> >
> >Milton Taidi Sonoda wrote:
> > >
> > > Eu não disse que nossa estrutura física não depende
> > > de nossos genes. Pelo contrário, nossa fisiologia depende
> > > totalmente dos genes. Eu disse sim que nosso comportamento
> > > pode, por meio da consciencia, negar nossa programação genética.
> > >
> >
> >E eh justamente aih que reside o todo o problema neurotico humano !
> >
> >Ao negarmos nossos genes estaremos negando a nos mesmos !
> >
> >Devemos nos afastar ao minimo possivel de nossa programacao genetica:
> >O segredo da felicidade estaria justamente em agir ao maximo de acordo
> >com nossos genes *sem*, contudo, infringir as normas eticas, isto eh,
> >respeitando ao proximo.
> >
> >[]s
> >jocax
> >
> >
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> >Vote na decisao para configuracao da lista. Mensagens somente texto ou
> >HTML. Para isso use o endereco:
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> http://www.egroups.com/polls/ciencialist/
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar??
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/11/2000 09:17



Roberto Belisario wrote:
> >
> > Um teste de QI eh uma serie de problemas em que o raciocinio logico,
> > racicinio abstrato, espacial, etc.. sao propostos para serem
> resolvidos
> > em um determinado intervalo de tempo.
>
> OK, mas o que me intriga é: se o QI é um teste, o que significam
> esses
> 70% que são de origem genética? Que, se eu tenho QI de 100 pontos,
> então 70
> pontos têm origem genética...?

Nao sou especialista na area mas eu entendo que eh isso mesmo.

>Não vejo como se pode discriminar os
> pontos
> de QI desta forma. Parece-me um dado abstrato demais.
>

Vc poderia pensar assim, ja que estamos falando de clones:
Um clone seu, supondo q vc tem QI=100, nao poderia ter QI menor que
70 nem maior que 143.

Veja q isto representa uma medida limitante do potencial de inteligencia
do individuo.

[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar??
FROM: Milton Taidi Sonoda <mtsonoda@if.sc.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/11/2000 09:30

> A pergunta q faco eh :
> Quem seria prejudicado com a clonagem dos grandes genios?
>
> []s
> jocax

A priori nínguem. O problema é quais seriam os próximos
passos depois disso.

[ ]'s

Milton



SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar??
FROM: Flavio Mendonça <fefemendonca@uol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/11/2000 09:35

Qual o fundamento desta hipótese ?

João Mário Miranda gravada:

> Flavio Mendonça wrote:
> >
> > O que é fato ?
>
> É um facto que se a hipótese de programação genética esiver certa
> não existe consciencia.
>
> joão
> http://www.nonio.com
> http://www.explicacoes.com
>
>
> *** --- ***
> Vote na decisao para configuracao da lista. Mensagens somente texto ou HTML. Para isso use o endereco:
> http://www.egroups.com/polls/ciencialist/
> *** --- ***



SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar??
FROM: Flavio Mendonça <fefemendonca@uol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/11/2000 09:41

Qual o fundamento desta hipótese ?

João Mário Miranda gravada:

> Flavio Mendonça wrote:
> >
> > O que é fato ?
>
> É um facto que se a hipótese de programação genética esiver certa
> não existe consciencia.
>
> joão
> http://www.nonio.com
> http://www.explicacoes.com
>
>
> *** --- ***
> Vote na decisao para configuracao da lista. Mensagens somente texto ou HTML. Para isso use o endereco:
> http://www.egroups.com/polls/ciencialist/
> *** --- ***



SUBJECT: inteligências
FROM: Milton Taidi Sonoda <mtsonoda@if.sc.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/11/2000 09:43

> Um teste de QI eh uma serie de problemas em que o raciocinio logico,
> racicinio abstrato, espacial, etc.. sao propostos para serem resolvidos
> em um determinado intervalo de tempo.
>
> []s
> jocax

Será que todos os tipos de inteligência são contemplados
nestes testes? Será que se conhece todos os tipos de inteligência?
Será que existe tipos de inteligência mais importantes que outros?
Por exemplo, será a inteligência lógico-dedutiva mais importante
que a inteligência musical?

Acho que todas as respostas são não.

Pior. Acho que poucos tipos de inteligência são estimulados
na formação escolar do ser humano, com conscequencias
graves para o indivíduo e para a sociedade como um todo.

[ ]'s
Milton




SUBJECT: RE: [ciencialist] inteligências
FROM: "Palhares, Paulo Rogerio" <prpalhares@sti.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 30/11/2000 09:54



Aproveitando, alguêm conhece na net algum teste de QI legal?

Um abraço

-----Original Message-----
From: milton@if.sc.usp.br [mailto:milton@if.sc.usp.br]On Behalf Of
Milton Taidi Sonoda
Sent: quinta-feira, 30 de novembro de 2000 09:44
To: ciencialist@egroups.com
Subject: [ciencialist] inteligências


> Um teste de QI eh uma serie de problemas em que o raciocinio logico,
> racicinio abstrato, espacial, etc.. sao propostos para serem resolvidos
> em um determinado intervalo de tempo.
>
> []s
> jocax

Será que todos os tipos de inteligência são contemplados
nestes testes? Será que se conhece todos os tipos de inteligência?
Será que existe tipos de inteligência mais importantes que outros?
Por exemplo, será a inteligência lógico-dedutiva mais importante
que a inteligência musical?

Acho que todas as respostas são não.

Pior. Acho que poucos tipos de inteligência são estimulados
na formação escolar do ser humano, com conscequencias
graves para o indivíduo e para a sociedade como um todo.

[ ]'s
Milton




*** --- ***
Vote na decisao para configuracao da lista. Mensagens somente texto ou HTML.
Para isso use o endereco:
http://www.egroups.com/polls/ciencialist/
*** --- ***



SUBJECT: +genismo
FROM: Milton Taidi Sonoda <mtsonoda@if.sc.usp.br>
TO: ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 30/11/2000 09:58

Ola moscada

Assumindo que todo o comportameto humano
se deve aos genes, então ninguem tem nenhuma
responsabilidade dos seus próprios atos. Isso causaria
um colapso da sociedade, ou uma mudança radical
nas leis.
Outra, se tudo que somos se resume aos nossos
genes, então, como diz o genismo, teremos que nos
resignar aos nossos genes. Se todos entrarem nessa
onda de genismo, isso a médio prazo criará uma espécie
de casta de genes, e a longo prazo, seleção artificial da
espécie humana.
E muitas outras....

[ ]'s

Milton




SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar??
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/11/2000 10:06



Milton Taidi Sonoda wrote:
>
> > A pergunta q faco eh :
> > Quem seria prejudicado com a clonagem dos grandes genios?
> >
> > []s
> > jocax
>
> A priori nínguem. O problema é quais seriam os próximos
> passos depois disso.


Bom, se a clogame der certo , isto eh, se os clones forem realmente
produtivos e geniais, o q veria a seguir seriam.... MAIS CLONES !! :-)

[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] inteligências
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/11/2000 10:25



Milton Taidi Sonoda wrote:
>
> > Um teste de QI eh uma serie de problemas em que o raciocinio logico,
> > racicinio abstrato, espacial, etc.. sao propostos para serem
> resolvidos
> > em um determinado intervalo de tempo.
> >
> > []s
> > jocax
>
> Será que todos os tipos de inteligência são contemplados
> nestes testes?

Provavelmente nao.

>Será que se conhece todos os tipos de inteligência?

Idem.

> Será que existe tipos de inteligência mais importantes que outros?


Depende. A importancia de um tipo de inteligencia estaria correlacionado
com a utilizacao desta inteligencia. Um genio para musica nao seria
o mesmo genio, talvez, para a fisica por exemplo.

> Por exemplo, será a inteligência lógico-dedutiva mais importante
> que a inteligência musical?

Depende se vc vai trabalhar numa orquestra ou num laboratorio de
fisica...

>
> Acho que todas as respostas são não.
>
> Pior. Acho que poucos tipos de inteligência são estimulados
> na formação escolar do ser humano, com conscequencias
> graves para o indivíduo e para a sociedade como um todo.
>

Sim, a vantagem do clone eh q NAO precisariamos procurar uma agulha
num palheiro : ja temos a agulha e portanto ela poderia ser trabalhada
(ensinada ) para uma funcao q se ja se mostrou adaptada.

[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] +genismo
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/11/2000 10:47



Milton Taidi Sonoda wrote:
>
> Ola moscada

Essa de moscada eh um barato ! ( ou melhor barata ! :-) )

>
> Assumindo que todo o comportameto humano
> se deve aos genes, então ninguem tem nenhuma
> responsabilidade dos seus próprios atos.

Nunca, que eu saiba, alguem disse isso.
O ser humano eh regido por memes e genes.
Vc nao leu os artigos que o Joao "nonio" e eu postamos sobre memetica?
:-(((

>Isso causaria
> um colapso da sociedade, ou uma mudança radical
> nas leis.
> Outra, se tudo que somos se resume aos nossos
> genes, então, como diz o genismo, teremos que nos
> resignar aos nossos genes.

O Genismo nao diz q vc tem q se resignar aos genes, mas sim se adaptar
a eles da melhor forma possivel: Adotando culturas que nao vao
diretamente
contra o seu imperativo perpetuativo. Claro q o Genismo diz, em seu
quinto mandamento, que existe limites e, o respeito ao proximo eh
mandatorio.

Ou seja, da intrincada e complexa batalha entre genes ( regras
epigeneticas
e instintos ) e os memes ( moral e etica ), deve existir um ponto de
otimo,
que minimiza este conflito. O Genismo eh o meme que se propoe a ser este
ponto de otimo e apaziguador deste conflito.

>Se todos entrarem nessa
> onda de genismo, isso a médio prazo criará uma espécie
> de casta de genes, e a longo prazo, seleção artificial da
> espécie humana.


Muito pelo contrario !!
Pelo jeito, e infelizmente vc nao leu meu artigo historico, a teoria
mais importante escrita dos ultimos 100 anos, que esta em :
http://www.egroups.com/message/ciencialist/6988

que eu provei que o Genismo , uma vez adotado por todos,
LEVARA INEXORAVELMENTE A EXTIRPACAO DO MAL DA ESPECIE HUMANA!!

[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] inteligências
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/11/2000 10:50



"Palhares, Paulo Rogerio" wrote:
>
> Aproveitando, alguêm conhece na net algum teste de QI legal?
>

Este é um rápido teste, divertido e esquisito.
Nao trapaceie!!! Se você fizer isso o teste vai
perder a graça.
Garanto que nao há truques nesse teste. Leia a frase
abaixo:



FINISHED FILES ARE THE RE-
SULT OF YEARS OF SCIENTIF-
IC STUDY COMBINED WITH
THE EXPERIENCE OF YEARS.



Agora conte APENAS UMA VEZ os numero de letras "F"
na frase.
A SEGUNDA CONTAGEM NAO VALERA!!
Olhe a resposta abaixo após ter contado.












RESPOSTA:







Há seis F's na frase.

Pessoas com inteligência mediana acham três deles.

Se você achou quatro, esta acima da media.

Se você achou cinco, pode torcer o nariz na frente
de quase todo mundo.

Se você achou os seis, você é um gênio!!!
Nao é uma pegadinha. Muitas pessoas esquecem os "OF".
O cérebro humano tem a tendência de vê-los como V's, e nao como "F".


[]s
jocax
(Ps: Eu achei 3 :-(( )


SUBJECT: Re: [ciencialist] inteligências
FROM: "Emilson Leite" <emilson@iag.usp.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 30/11/2000 10:55

Se não me engano isso já rolou na lista há algum tempo.
Eu achei 6 Fs, mas pra mim isso não quer dizer muito.
Esse teste me parece que foi feito para falantes da língua
inglesa que pronunciam V no lugar de F nos artigos OF e
acabam se confundindo. Para nós, que falamos português,
não há tanta dificuldade.

Emilson.

----- Original Message -----
From: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Thursday, November 30, 2000 10:50 AM
Subject: Re: [ciencialist] inteligências


>
>
> "Palhares, Paulo Rogerio" wrote:
> >
> > Aproveitando, alguêm conhece na net algum teste de QI legal?
> >
>
> Este é um rápido teste, divertido e esquisito.
> Nao trapaceie!!! Se você fizer isso o teste vai
> perder a graça.
> Garanto que nao há truques nesse teste. Leia a frase
> abaixo:
>
>
>
> FINISHED FILES ARE THE RE-
> SULT OF YEARS OF SCIENTIF-
> IC STUDY COMBINED WITH
> THE EXPERIENCE OF YEARS.
>
>
>
> Agora conte APENAS UMA VEZ os numero de letras "F"
> na frase.
> A SEGUNDA CONTAGEM NAO VALERA!!
> Olhe a resposta abaixo após ter contado.
>
>
>
>
>
>
>
>
>
>
>
>
> RESPOSTA:
>
>
>
>
>
>
>
> Há seis F's na frase.
>
> Pessoas com inteligência mediana acham três deles.
>
> Se você achou quatro, esta acima da media.
>
> Se você achou cinco, pode torcer o nariz na frente
> de quase todo mundo.
>
> Se você achou os seis, você é um gênio!!!
> Nao é uma pegadinha. Muitas pessoas esquecem os "OF".
> O cérebro humano tem a tendência de vê-los como V's, e nao como "F".
>
>
> []s
> jocax
> (Ps: Eu achei 3 :-(( )
>
>
> *** --- ***
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HTML. Para isso use o endereco:
> http://www.egroups.com/polls/ciencialist/
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>
>



SUBJECT: Pesquisas sobre clonagem?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 30/11/2000 10:57

GENÉTICA -
França autoriza mais pesquisas com embriões
DE PARIS

A França mudou sua política sobre o tema da clonagem humana. Anteontem,
o primeiro-ministro Lionel Jospin anunciou que o país revisará sua
legislação sobre uso de células embrionárias. Pesquisas sobre clonagem
reprodutiva continuarão proibidas.
"Nada nos impede de pesquisar para conseguir células que ajudem na busca
de novos tratamento médicos", disse Jospin.
Deve ser permitida a implantação de óvulos com espermatozóides de
parceiros mortos há menos de um ano. (CLAUDIA ASSEF)


SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar??
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 30/11/2000 11:07


----- Original Message -----
From: Joao Carlos Holland de Barcellos

Milton Taidi:
> > > > Minha opinião sobre a ação dos genes
> > > > sobre o comportamento humano diverge
> > > > muito da sua. Não acredito que o comportamento
> > > > humano seja tão fortemente correlacionado
> > > > com a programação genética que existe em nós.

João:
> > > (In)felizmente eh. Pesquisas recentes mostraram que pelo menos
> > > 70% de nosso QI eh de origem genetica.

João:
> > >
> > > Um teste de QI eh uma serie de problemas em que o raciocinio logico,
> > > racicinio abstrato, espacial, etc.. sao propostos para serem
> > resolvidos
> > > em um determinado intervalo de tempo.

Belisário:
> > OK, mas o que me intriga é: se o QI é um teste, o que significam
> > esses
> > 70% que são de origem genética? Que, se eu tenho QI de 100 pontos,
> > então 70
> > pontos têm origem genética...?
>
> Nao sou especialista na area mas eu entendo que eh isso mesmo.

Nesse caso eu desconfio enormemente dessas tais "pesquisas recentes",
pelo seguinte:

Primeiro, porque sabe-se que os testes de QI são extremamente
imprecisos, e não se pode afirmar que pesquisas sobre o teste de QI não
dizem algo minimamente confiável sobre a inteligência humana.

Segundo: se alguém faz um teste de QI, sai uma certa pontuação. Como
fazer para discriminar que 70 desses pontos são de origem genética? Seria
algo equivalente a: alguns testes de QI são resolvidos com o potencial
genético, e outros com a inteligência derivada do ambiente. Isso parece-me
estranhíssimo.

Até,
Belisário




SUBJECT: Re: [ciencialist] +genismo
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/11/2000 11:10



Milton Taidi Sonoda wrote:
>
> Ola moscada
>
> Assumindo que todo o comportameto humano
> se deve aos genes, então ninguem tem nenhuma
> responsabilidade dos seus próprios atos. Isso causaria
> um colapso da sociedade, ou uma mudança radical
> nas leis.

O paradigma actual já não é o genismo mas a gemética.
Genes+ memes determinam o comportamento humano. Como
o comportamento humano é determinado por alguma coisa,
quer sejam os genes, quer sejam os memes, quer seja
a sociedade, quer seja o ambiente o argumento de que
ninguém é responsável pelos seus actos acabará por
fazer sentido para alguém.


joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com




SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar??
FROM: Flavio Mendonça <fefemendonca@uol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/11/2000 11:11

Paz e Luz João Carlos,

A pergunta é.... Pode se clonar a genialidade de alguém ?

[(())]'s

Flávio Mendonça

Joao Carlos Holland de Barcellos gravada:

> A pergunta q faco eh :
> Quem seria prejudicado com a clonagem dos grandes genios?
>
> []s
> jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar??
FROM: Flavio Mendonça <fefemendonca@uol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/11/2000 11:11

Paz e Luz João Carlos,

Não sei se percebi certo, mas você sugere que o destino da pessoa já está determminado no nosso genes ?
Não temos livre-arbítrio, não criamos nossas situações futuras ? Determinimos é isso ?

[(())]'s

Flávio Mendonça

Joao Carlos Holland de Barcellos gravada:

> Flávio Mendonça wrote:
> >
> > Paz e Luz João Carlos,
> >
> > Uma só pergunta, pq ?
>
> Pq o conflito gera sofrimento.
> E se quisermos diminuir o sofrimento, devemos diminuir o conflito.
> E se quisermos diminuir o conflito deveremos nos entrosar com nossos
> genes.
> E para entrosarmos ao maximo com nossos genes deveremos adotar o Genismo
> ! :-))
>
> []s
> jocax
>
> >
> > [(())]'s
> >
> > Flávio Mendonça
> >
> > Joao Carlos Holland de Barcellos gravada:
> >
> > >
> > > E eh justamente aih que reside o todo o problema neurotico humano !
> > >
> > > Ao negarmos nossos genes estaremos negando a nos mesmos !
> > >
> > > Devemos nos afastar ao minimo possivel de nossa programacao
> > genetica:
> > > O segredo da felicidade estaria justamente em agir ao maximo de
> > acordo
> > > com nossos genes *sem*, contudo, infringir as normas eticas, isto
> > eh,
> > > respeitando ao proximo.
> > >
> > > []s
> > > jocax
> > >
> > >
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar??
FROM: Flavio Mendonça <fefemendonca@uol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/11/2000 11:12

Paz e Luz João Carlos,

Onde nos levaria tal sistema ?

Joao Carlos Holland de Barcellos gravada:

> Bruno Marques wrote:
> >
> > Desculpe, mas quando vc diz que "O segredo da felicidade estaria justamente
> > em agir ao maximo de acordo com nossos genes", vc quer dizer instinto ?
>
> Nao soh instintos. A rigor seriam as regras epigeneticas (RE).
> As RE seriam predisposicoes mentais herediarias para agirmos ou
> adotarmos
> determinadas formas de comportamento e nao outras. Os instintos
> seriam formas HARD das RE. As RE sao mais flexiveis e podem se adaptar
> aa
> cultura.
> Nao sabemos ao certo todas as RE que nos predispoe para determinadas
> crencas ou acoes.
> Mas como estas RE foram evoluidas pq de alguma forma auxiliava a
> perpetuacao
> genetica dos que as possuissem, eh nattural pensar q se agirmos no
> sentido
> de perpetuarmos nossos genes estaremos, de alguma forma, em sincronia
> com nossas RE. Eh a essencia do Genismo.
>
> []s
> jocax
>
> > Negar nossos instintos(ou pelo menos concilia-los com convivencia social)
> > não é o que nos faz racionais ?
> >
> > >From: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
> > >Reply-To: ciencialist@egroups.com
> > >Subject: Re: [ciencialist] Clonar??
> > >Date: Wed, 29 Nov 2000 17:16:32 -0200
> > >
> > >
> > >
> > >Milton Taidi Sonoda wrote:
> > > >
> > > > Eu não disse que nossa estrutura física não depende
> > > > de nossos genes. Pelo contrário, nossa fisiologia depende
> > > > totalmente dos genes. Eu disse sim que nosso comportamento
> > > > pode, por meio da consciencia, negar nossa programação genética.
> > > >
> > >
> > >E eh justamente aih que reside o todo o problema neurotico humano !
> > >
> > >Ao negarmos nossos genes estaremos negando a nos mesmos !
> > >
> > >Devemos nos afastar ao minimo possivel de nossa programacao genetica:
> > >O segredo da felicidade estaria justamente em agir ao maximo de acordo
> > >com nossos genes *sem*, contudo, infringir as normas eticas, isto eh,
> > >respeitando ao proximo.
> > >
> > >[]s
> > >jocax
> > >
> > >
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar?? & Sociedade civilizada x sociedade primitiva
FROM: Flavio Mendonça <fefemendonca@uol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/11/2000 11:12

Paz e Luz Lucas,

Permites uns pitacos e indagações ?

curitibahp gravada:

> Venho a alguns dias apenas acompanhando os debates da lista, por fim resolvi participar.
> Fazendo um 2 em 1 desses 2 temas do topico atualmente abordados na lista, que podem ser tranquilamente relacionados...
> Ao invés de invetirmos para clonar um Einstein, ou outros(favor desconsiderar Jesus deste raciocínio por motivos óbvios)

Não entendi este "óbvio", poderia esclarecer-me ?

> , será que não seria melhor investirmos mais na educação e condições de vida dignas do máximo de pessoas possível?

Certamente que sim. Com a educação se promoveria a cidadania, e com ela a extinsão de todas as mazelas que dá fragelo a humanidade.

> Afinal, em média nascem 3 crianças super dotadas a cada grupo de 1000(não tenho certeza absoluta destes números, mas sei que é aproximadamente essa a proporção). Ou seja, só no Brasil nascem milhares de crianças super-dotadas por ano. Será que dessa forma os novos gênios, adaptados a nossa época e realidade não surgiriam naturalmente? Ou será que na época dos gênios já citados havia algo de especial no meio ou sociedade que os fazia se tornarem gênios?

Por isso não creio na clonagem com este propósito, pois para que um gênio clonado tenha genialidade terá que passar pelas mesmas experiências do original desde sua formação "original", e sabe-se lá Deus quando isso se deu. Como espiritualista não preciso expor minha opinião, não ?

> Acho que não, já existem muitos gênios por aí, com capacidade natural igual ou superior a de Einstein e outros... Mas a GRANDE maioria está sendo "desperdiçada" pela nossa sociedade, assim como também ocorria naquela época. A questão foi que tivemos a sorte de que esses gênios tivessem vivido no meio e
> condições em que viveram. Você já pensou se Einstein tivesse nascido na África? "E será que não nasceu nenhum por lá"? Creio que sim. Várias mentes brilhantes que apenas não foram descobertas e "aproveitadas", e isso continua acontecendo.** Prova irrefutável disso é o fato de termos a grande maioria de Homens(sexo) envolvidos nas grandes descobertas, invenções...em fim, os grandes nomes da ciência e etc... Porque será?

Pois é, vc está coberto de razão.

> Porque, como sabemos, ao longo da nossa história as mulheres sempre foram oprimidas. Resumindo, falta apenas que estes gênios sejam descobertos e aproveitados, e não que sejam clonados os anteriores. Até porque segundo a evoluçao das espécies, teoricamente os gênios atuais deveriam ser "melhores" que os antigos, geneticamente falando.

O que para mim me faz acreditar que a genialidade não está no genes, mas sim na experiência individual de cada ser.

> Proporcionar então a estes "neo-gênios" condições de evoluirem em conhecimentos e formação para então contribuirem com a evolução da humanidade seria o mais correto a se fazer. Por isso defendo sempre a idéia de que a Educação é a maior
> "arma" em pró da evolução humana. E é por isso que nó
> o, principalmente nos países subdesenvolvidos, devido principalmente a falta de incentivo governamental na educação. É lógico que este é um processo lento e difícil, mas é o unico caminho em busca da nossa verdadeira evolução, tanto pessoal quanto da nossa sociedade. Quisera Deus que todos também pensasem assim, o caminho seria muito mais fácil.

Até seria, mas ainda chegaremos lá:-) Não evoluímos ainda tanto, a esse ponto:-)

> Mas aposto que até mesmo dentro desta própria lista existirão os que vão discordar de minha opinião. É natural, e por isso a evolução humana caminha a passos de formiga

Taí, neste ponto eu discordo mesmo:-) Imagine um mundo todo azul. O que seria do amarelo, vermelho e outras cores ? O aprendizado e a experiência advém das diferenças. Sem elas não haveriam parâmetros para conclusão alguma. Por isso viva as diferenças)))

> . Se em um grupo seleto como este, provávelmente existam essas divergências, a respeito de um tema tão humanitário e absoluto, e não só neste tema, mas também em outros, imagine então em uma sociedade cheia de contrastes, carente de educação, dignidade e respeito ao próximo como é a nossa? Se houver algum neo-nazista(consciente ou não) por aqui, desculpe incomodar...
>
> "Culturas não são superiores ou inferiores, são apenas diferentes."

[(())]'s

Flávio Mendonça



SUBJECT: Re: [ciencialist] fendas quanticas e outras coisas
FROM: Flavio Mendonça <fefemendonca@uol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/11/2000 11:12

Paz e Luz Eduardo,

Dentro desta explanação, teria vc condições de nos mostrar qual a origem da menor partícula já encontrada
? E outra, como se estrutura a matéria ?

[(())]'s

Flávio Mendonça

Eduardo Gueron gravada:

> Olá,
>
> mesmo sem ser convidado, resolvi entrar nesta briga. (Aquela sobre
> clonar gênios mortos está enchendo o saco...)
>
> Alberto Mesquita Filho wrote:
>
> > A dualidade onda-partícula não me parece ser um dado observacional e/ou
> > experimental. Retrata a *interpretação* de experiências efetuadas por alguns
> > físicos do século XX. A única lógica a apoiar esta interpretação duvidosa do
> > que realmente se vê (e o que se vê não é a dualidade onda-partícula, mas uma
> > "foto" ou imagem a ser interpretada) é que a física clássica tradicional não
> > explica determinados fenômenos da maneira que alguns físicos gostariam que
> > ela explicasse. Consequentemente, quando "a física moderna diz que eles
> > possuem uma dualidade onda-partícula" ela não está dizendo absolutamente
> > nada, da mesma forma que quando "eu digo que Papai Noel existe" também não
> > estaria dizendo absolutamente nada, a menos que definisse o que seria esse
> > Papai Noel.
>
> A dualidade onda partícula é uma interpretação, mais que isso, é uma
> resposta à pergunta se a luz (elétron) é uma onda ou uma partícula. Este
> termo só existe porque um dia dividimos o mundo em dois: ondas (luz,
> som, etc...) e partículas (elétron, bolinha, etc...). A quântica acaba
> com esta divisão sem postular nada a respeito mas desfazendo o que
> havia. Se a ótica clássica e a mecânica newtoniana não existissem antes
> da física quântica, creio que não se usaria o termo "dualidade
> onda-partícula".
> A evolução da quântica neste século derruba seus postulados iniciais,
> ou seja, eles passam a ser consequência de princípios mais fundamentais.
> Exemplos claros são os de Bohr que derivam simplesmente da resolução da
> equação de Schrödinger para o átomo de hidrogênio (outros, inclusive,
> são falseados). A grande mudança da mecânica quântica está na sua visão
> de medida. A medida é um operador matemático e não uma característica
> intrínseca ao sistema. Quando tentamos extrair alguma informação temos
> que obrigar o sistema a se adequar ao nosso observável e é nesta
> operação que aparece a famigerada dualidade onda-partícula.
> O fóton, por exemplo, se comporta como partícula na experiência da
> fenda dupla quando queremos localizá-lo, ou seja, saber por que fenda
> ele atravessou. A localização no espaço é uma característica inerentae
> às partícula, na realidade, associada historicamente a corpúsculos.
> Quando não queremos medir a sua localização mas a figura de
> interferência formada estamos analisando no sistema uma característica
> tipicamente ondulatória, neste caso, diríamos que o fóton é uma onda. O
> mesmo vale para elétrons ou qualquer partícula real (i.e. que possa
> existir no vácuo). Diga-se de passagem, experiências que medem
> interferências em elétrons há várias na literatura.
> No caso da luz (ou de qq onda eletromagnética), a característica
> corpuscular é mais clara quando a frequência de onda é maior e,
> portanto, o comprimento de onda menor. Por exemplo, é muito difícil de
> se medir a posição de um fóton de uma onda de rádio, ou seja, um
> *quanta* de rádio. No caso de raios gama, acontece o oposto. É muito
> mais notória a sua característica corpuscular, medir interferência de
> partículas gama é bem difícil. Lembre-se que ambos são ondas
> eletromagnéticas. Se vc fizer uma conta, usando a definição de momento
> associado a comprimento de onda de de Broglie, para tentar medir a
> interferência em objetos macroscópicos verá que o seu comprimento de
> onda é mínimo e a fenda necessária para se medir tal interferência é
> muuuito menor que o próprio tamanho do corpo.
> Resumindo, a mecânica quântica não relativística só precisa da equação
> de Schrodinger e de se descobrir como operadores se relacionam. O resto
> a gente pode tirar tranquilamente da formulação hamiltoniana da mecânica
> analítica.
> Como, segundo o próprio Alberto, o excesso de cordialidade é
> dispensável em discussões nesta lisa (concordo com isso) posso afirmar o
> que penso a seguir...Creio que todo este questionamento sobre a mecânica
> quântica vem de uma certa ignorância sobre o assunto. Há muito picareta
> interpretando a mecânica quântica de maneira torta para satisfazer os
> seus interesses (espíritas, auto-ajudeiros, etc) e isto desperta muita
> antipatia daqueles que não a dominam. A mecânica quântica não é
> fantasiosa, o que complica é que queremos sempre interpretá-la a luz dos
> conceitos clássicos tornando-a artificial e forçada como o caso do termo
> dualidade onda-partícula. Não é onda nem partícula, é estado colapsado
> ou estado de interferência. Vc faz uma medida ou não e só.
> Tudo o que falei está restrito a primeira quantização que é a
> quantização de operadores. A segunda quantização, quantiza os campos.
> Nesta etapa o que se procura é estudar a natureza dos campos e
> partículas que, na primeira parte, eram tratados classicamente. Por
> exemplo, no átomo de hidrogênio consideramos o bom e velho potencial
> eletrostático para se escrever a hamiltoniana a fim de se resolver a
> equação de Schrödinger. O estudo do momento magnético de elétron, no
> entanto, depende da quantização do eletromagnetismo feita na
> eletrodinâmica quântica.
>
> []'s Eduardo.
>
>
>
> []'s Eduardo.
>
>
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SUBJECT: Re: [ciencialist] fendas quanticas e outras coisas
FROM: Flavio Mendonça <fefemendonca@uol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/11/2000 11:12

Perfeito!

Roberto Belisario gravada:

> O problema é que algo nunca é apenas "complicado", só é complicado em
> relação a outra coisa mais simples. Além disso, a complexidade muitas vezes
> é devida a uma maneira inadequada de ver as coisas. Com um aparato
> matemático adequado, as equações da quântica (e de outras partes da Física)
> ficam bem mais simples. Os conceitos parecem complicados apenas porque
> sempre tentamos enquadrá-los nos nossos esquemas conceituais tradicionais de
> espaço, tempo, causalidade e matéria, e então surgem os paradoxos.
>
> Comento ainda o seguinte: A expressão "a quântica não nos explica como
> as coisas se dão efetivamente no microuniverso" já pressupõe que exista
> informação a mais além da considerada pela Quântica, ou seja, já pressupõe
> que a quântica seja incompleta (a pressuposição está embutida na palavra
> "efetivamente"). Logo, o argumento não poderia ser usado para demonstrar que
> a quântica não está correta, pois fica um argumento circular: algo como
> "supondo que a quântica está incompleta, logo ela está incompleta...".
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] inteligências
FROM: Flavio Mendonça <fefemendonca@uol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/11/2000 11:12

Paz e Luz a todos,

Engraçado, embora tenha falado e perguntado o contrário, ainda estão levando em conta a hipótese de que o
clone teria a mesma genialidade do original. Não estão SUPERVALORIZANDO os genes ?

Joao Carlos Holland de Barcellos gravada:

>
> Sim, a vantagem do clone eh q NAO precisariamos procurar uma agulha
> num palheiro : ja temos a agulha e portanto ela poderia ser trabalhada
> (ensinada ) para uma funcao q se ja se mostrou adaptada.
>
> []s
> jocax
>
>
> *** --- ***
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SUBJECT: Re: [ciencialist] inteligências
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/11/2000 11:13



Milton Taidi Sonoda wrote:

> Será que todos os tipos de inteligência são contemplados
> nestes testes?

Claro que não. Estes testes medem o tipo de inteligência de quem os
faz de modo que quem os faça pareça inteligente aos olhos dos outros.
Como todos os sistemas de classificação, os testes de inteligência
também são um instrumento de poder.

joão
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http://www.explicacoes.com




SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar??
FROM: Flavio Mendonça <fefemendonca@uol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/11/2000 11:14

Conclusão: Não é fato.

João Mário Miranda gravada:

> Flavio Mendonça wrote:
> >
> > Qual o fundamento desta hipótese ?
>
> Fundamenta-se na observação de que nós e as aranhas temos personalidades
> diferentes e que isso se deve muito provavelmente aos genes. Se a
> hipotese está correcta ou não só é possível saber se se fizer algumas
> experiências.
>
> --
> joão
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> http://www.explicacoes.com
>
>
> *** --- ***
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar??
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/11/2000 11:16



Flavio Mendonça wrote:
>
> Qual o fundamento desta hipótese ?

Fundamenta-se na observação de que nós e as aranhas temos personalidades
diferentes e que isso se deve muito provavelmente aos genes. Se a
hipotese está correcta ou não só é possível saber se se fizer algumas
experiências.

--
joão
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar??
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/11/2000 11:19



Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:

> Pq o conflito gera sofrimento.
> E se quisermos diminuir o sofrimento, devemos diminuir o conflito.
> E se quisermos diminuir o conflito deveremos nos entrosar com nossos
> genes.
> E para entrosarmos ao maximo com nossos genes deveremos adotar o Genismo
> ! :-))

E a gemética? De qualquer das formas o sofrimento é uma fonte de
criatividade. É a nossa necessidade de superar o sofrimento que nos
torna por vezes maiores que nós próprios.

joão
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar ??
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/11/2000 11:23



Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:


> Ele definitivamente NAO seria comum justamente por todos saberem que ele
> eh o clone de Newton !!

Bem, nesse caso não precisamos de clonar Newton. Basta criar a ilusão
publica que de facto o clonamos.


>
> E tera estas mesmas vantagens, em triplicata, ao ser clonado.

Para quê esperar 20 anos por um Newton. Deem-me essas vantagens a
mim que eu faço coisas extraordinárias. Ou a você, claro ...


joão
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar??
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/11/2000 12:32



Roberto Belisario wrote:
>
> ----- Original Message -----
> From: Joao Carlos Holland de Barcellos
>
> Milton Taidi:
> > > > > Minha opinião sobre a ação dos genes
> > > > > sobre o comportamento humano diverge
> > > > > muito da sua. Não acredito que o comportamento
> > > > > humano seja tão fortemente correlacionado
> > > > > com a programação genética que existe em nós.
>
> João:
> > > > (In)felizmente eh. Pesquisas recentes mostraram que pelo menos
> > > > 70% de nosso QI eh de origem genetica.
>
> João:
> > > >
> > > > Um teste de QI eh uma serie de problemas em que o raciocinio
> logico,
> > > > racicinio abstrato, espacial, etc.. sao propostos para serem
> > > resolvidos
> > > > em um determinado intervalo de tempo.
>
> Belisário:
> > > OK, mas o que me intriga é: se o QI é um teste, o que
> significam
> > > esses
> > > 70% que são de origem genética? Que, se eu tenho QI de 100 pontos,
> > > então 70
> > > pontos têm origem genética...?
> >
> > Nao sou especialista na area mas eu entendo que eh isso mesmo.
>
> Nesse caso eu desconfio enormemente dessas tais "pesquisas
> recentes",
> pelo seguinte:
>
> Primeiro, porque sabe-se que os testes de QI são extremamente
> imprecisos, e não se pode afirmar que pesquisas sobre o teste de QI
> não
> dizem algo minimamente confiável sobre a inteligência humana.

Bom, sem entrar no merito da questao, eu acho que deve existir um
correlacionamento claro entre capacidade de resolver problemas e
testes de QI. Nao saberia te dizer a precisao de tais testes, contudo
se capacidade de resoler problemas eh uma forma de inteligencia, entao
os testes de QI fazem uma estimativa desta inteligencia.



>
> Segundo: se alguém faz um teste de QI, sai uma certa pontuação.
> Como
> fazer para discriminar que 70 desses pontos são de origem genética?
> Seria
> algo equivalente a: alguns testes de QI são resolvidos com o potencial
> genético, e outros com a inteligência derivada do ambiente. Isso
> parece-me
> estranhíssimo.

Eu acho q eles poderiam examinar centenas de pais e centenas de filhos e
fazer um correlacionamento estatistico com a pontuaco dos pais, nestes
testes,
e a de seus respectivos filhos em varias e muitas familias.


[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] +genismo
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/11/2000 12:36



João Mário Miranda wrote:
>
> Milton Taidi Sonoda wrote:
> >
> > Ola moscada
> >
> > Assumindo que todo o comportameto humano
> > se deve aos genes, então ninguem tem nenhuma
> > responsabilidade dos seus próprios atos. Isso causaria
> > um colapso da sociedade, ou uma mudança radical
> > nas leis.
>
> O paradigma actual já não é o genismo mas a gemética.
> Genes+ memes determinam o comportamento humano. Como
> o comportamento humano é determinado por alguma coisa,
> quer sejam os genes, quer sejam os memes, quer seja
> a sociedade, quer seja o ambiente o argumento de que
> ninguém é responsável pelos seus actos acabará por
> fazer sentido para alguém.
>


Soh uma observacao,
A Gemetica eh uma area do conhecimento que estuda os problemas do
inter-relacionamento de memes e genes.

O Genismo eh um meme que prope a responder a seguinte questao basica da
gemetica :

Qual o meme que minimizaria o conflito gemetico? ( genes X memes )

[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar??
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/11/2000 12:41




Flavio Mendonça wrote:

>A pergunta é.... Pode se clonar a genialidade de alguém ?

Sim se este alguem tem uma inteligencia tal que 70% dela
caia na faixa do QI considerado genio.


> Onde nos levaria tal sistema ?

Se vc esta falando do Genismo a resposta eh :
O genismo levria a uma sociedade sem o mal.

Uma vez que os genes anti-sociais seriam naturalmente extintos
da especie, a sociedade seria boa por natureza
e todos viveriam em paz e harmonia.

Uma vez adotado o Genismo, nesta sociedade boa, ele nao poderia jamais
ser renegado sob a pena de a sociedade voltar a BARBARIE (como eh a
nossa).

[]s
jocax


>
> Joao Carlos Holland de Barcellos gravada:
>
> > Bruno Marques wrote:
> > >
> > > Desculpe, mas quando vc diz que "O segredo da felicidade estaria
> justamente
> > > em agir ao maximo de acordo com nossos genes", vc quer dizer
> instinto ?
> >
> > Nao soh instintos. A rigor seriam as regras epigeneticas (RE).
> > As RE seriam predisposicoes mentais herediarias para agirmos ou
> > adotarmos
> > determinadas formas de comportamento e nao outras. Os instintos
> > seriam formas HARD das RE. As RE sao mais flexiveis e podem se
> adaptar
> > aa
> > cultura.
> > Nao sabemos ao certo todas as RE que nos predispoe para determinadas
> > crencas ou acoes.
> > Mas como estas RE foram evoluidas pq de alguma forma auxiliava a
> > perpetuacao
> > genetica dos que as possuissem, eh nattural pensar q se agirmos no
> > sentido
> > de perpetuarmos nossos genes estaremos, de alguma forma, em
> sincronia
> > com nossas RE. Eh a essencia do Genismo.
> >
> > []s
> > jocax
> >
> > > Negar nossos instintos(ou pelo menos concilia-los com convivencia
> social)
> > > não é o que nos faz racionais ?
> > >
> > > >From: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
> > > >Reply-To: ciencialist@egroups.com
> > > >Subject: Re: [ciencialist] Clonar??
> > > >Date: Wed, 29 Nov 2000 17:16:32 -0200
> > > >
> > > >
> > > >
> > > >Milton Taidi Sonoda wrote:
> > > > >
> > > > > Eu não disse que nossa estrutura física não depende
> > > > > de nossos genes. Pelo contrário, nossa fisiologia depende
> > > > > totalmente dos genes. Eu disse sim que nosso comportamento
> > > > > pode, por meio da consciencia, negar nossa programação
> genética.
> > > > >
> > > >
> > > >E eh justamente aih que reside o todo o problema neurotico humano
> !
> > > >
> > > >Ao negarmos nossos genes estaremos negando a nos mesmos !
> > > >
> > > >Devemos nos afastar ao minimo possivel de nossa programacao
> genetica:
> > > >O segredo da felicidade estaria justamente em agir ao maximo de
> acordo
> > > >com nossos genes *sem*, contudo, infringir as normas eticas, isto
> eh,
> > > >respeitando ao proximo.
> > > >
> > > >[]s
> > > >jocax
> > > >
> > > >
> > > >*** --- ***
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> texto ou
> > > >HTML. Para isso use o endereco:
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SUBJECT: Re: [ciencialist] fendas quanticas e outras coisas
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/11/2000 12:43

Claudio Abreu wrote:
> Agora concluir que a estrutura da matéria é tão incerta quanto indica ser a mecânica quântica é tão absurdo quanto achar que os resultados colhidos em uma amostra estatística refletem integralmente a estrutura do conjunto-universo em observação.

Vc está certo. Eu pisei na bola, queria dizer o que vc explicou muito
bem, mas acabei errando o alvo. O velho erro de ao tentar simplificar
acabo simplificando demais e incorrendo em erro.

==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
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SUBJECT: Re: [ciencialist] fendas quanticas e outras coisas
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/11/2000 12:49

TARCISIO BORGES wrote:
>
> Claudio Abreu wrote:
> > Agora concluir que a estrutura da matéria é tão incerta quanto indica ser a mecânica quântica é tão absurdo quanto achar que os resultados colhidos em uma amostra estatística refletem integralmente a estrutura do conjunto-universo em observação.
> Vc está certo. Eu pisei na bola, queria dizer o que vc explicou muito
> bem, mas acabei errando o alvo. O velho erro de ao tentar simplificar
> acabo simplificando demais e incorrendo em erro.

ERRATA:

Aqui vc está pensando como Einstein. Existem outras experiências que
demonstram que a incerteza faz parte da natureza da matéria. O fato de
serem observadas interfere no resultado independente do aparelho de
observação.

Depois que mandei o email me lembrei que não era bem assim. Mas minha
última frase ainda vale.

==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar??
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/11/2000 12:50



Flavio Mendonça wrote:
>
> Paz e Luz João Carlos,
>
> Não sei se percebi certo, mas você sugere que o destino da pessoa já
> está determminado no nosso genes ?


Nao o destino, mas a propensao para certas respostas ao meio ambiente,
para o caracter psicologico etc..
Veja o artigo q o Brudna indicoui em:
http://www.epoca.com.br/edic/ed230598/cientec1.htm


> Não temos livre-arbítrio, não criamos nossas situações futuras ?

O q vc entende por livre-arbitrio?

Flavio, antes q o Brudna passe um pito, vc nao poderia fazer as
perguntas
todas num soh email ao inves de passar uma pergunta por e-mail?
Isso evitaria um alto trafego de mails nas caixas postais e transtornos
diversos.

[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar??
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/11/2000 13:06


João Mário Miranda wrote:
>
> Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
>
> > Pq o conflito gera sofrimento.
> > E se quisermos diminuir o sofrimento, devemos diminuir o conflito.
> > E se quisermos diminuir o conflito deveremos nos entrosar com nossos
> > genes.
> > E para entrosarmos ao maximo com nossos genes deveremos adotar o
> Genismo
> > ! :-))
>
> E a gemética?

A Gemetica eh uma area de estudos, assim como a genetica e a memetica,
do qual o Genismo faz parte. A gemetica, entre outras coisas estuda a
evolucao genetica num universo memetico ( sociedade ).
Estuda tambem como evolucao genetica eh influenciada pelos genes e
como os memes sofrem a influencia dos genes?
Qual seria o ponto de equilibrio destas forcas? etc...

>De qualquer das formas o sofrimento é uma fonte de
> criatividade.
Nao o sofrimento inutil fruto da adocao de memes errados, exemplo:
-Reze 500 ave marias e 600 pai-nosso todos os dias q iras para o ceu.
-Se açoite com 500 chibatadas todos os meses e teras o paraiso eterno.
Sao memes q induzem ao sofrimento sem levar a nenhuma criatividade.
Agora : - estude 2hs por dia ao menos todos os fins de semana q poderas
passar no vestibular, por exemplo, eh um meme mais util.

>É a nossa necessidade de superar o sofrimento que nos
> torna por vezes maiores que nós próprios.
>
Veja bem : vc ja notou q o objetivo na frase eh *superar* o
sofrimento???
Se o Genismo age nessa direcao por vc, entao vc podera ter tempo para
sofrer
por coisas mais nobres do que ficar lutando contra seus genes.

[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar ??
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/11/2000 13:07



João Mário Miranda wrote:
>
> Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
>
> > Ele definitivamente NAO seria comum justamente por todos saberem que
> ele
> > eh o clone de Newton !!
>
> Bem, nesse caso não precisamos de clonar Newton. Basta criar a ilusão
> publica que de facto o clonamos.
>
> >
> > E tera estas mesmas vantagens, em triplicata, ao ser clonado.
>
> Para quê esperar 20 anos por um Newton. Deem-me essas vantagens a
> mim que eu faço coisas extraordinárias. Ou a você, claro ...
>

Eu ja fiz !
Conhece o Genismo?? :-))


[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar ??
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/11/2000 13:29



Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:


> Eu ja fiz !
> Conhece o Genismo?? :-))

Então você fica de fora. Resto eu...
Venha o dinheiro para as minhas pesquisas malucas.

joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: Re: [ciencialist] fendas quanticas e outras coisas
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/11/2000 14:16



Claudio Abreu wrote:

> Pelo que sei, com o advento do princípio da incerteza, se concluiu que é impossível se medir a exata posição e velocidade de uma partícula e velocidade à própria interferência do aparato de medição no objeto em observação. Daí teve-se que evoluir para um modelo matemático para se determinar a probabilidade da partícula estar num certa posição num determinado tempo. Assim, tal com na estatística (também calcada em probabilidade), se construiu um modelo matemático que aparentemente funciona bem para determinar quantitativamente o microuniverso.

> Agora concluir que a estrutura da matéria é tão incerta quanto indica ser a mecânica quântica é tão absurdo quanto achar que os resultados colhidos em uma amostra estatística refletem integralmente a estrutura do conjunto-universo em observação.
>
> Acredito que a impossibilidade de se efetuar a medição precisa no microuniverso da matéria e energia é decorrente do atual estágio da ciência. Afinal, no nível intermediário em que nós humanos nos encontramos um aparelho de medição não interfere significativamente no valor da medida ( um exemplo: o relógio do juiz não interfere no tempo do jogo de futebol ). Tal fato também aparenta não se verificar no macro universo.
>

Caro Cláudio,

o princípio da incerteza vale para pares de variáveis onde o
parênteses de Poisson não é nulo, conceito que não é proveniente da
física quântica mas da mecânica hamiltoniana. Ou seja, basicamente, o
princípio da incerteza está definido para alguns pares de medidas. Não
podemos, por exemplo, medir com precisão absoluta simultaneamente o
momento na direção x (por exemplo) e a posição x da partícula mas
podemos medir de uma maneira tão precisa quanto permita a tecnologia da
época um dos dois observáveis citado ou mesmo pares de observáveis que
não estão canonicamente conjugados, e.g. o momento na direção y e a
posição x da partícula.
Portanto, a física quântica não nos impõe um limite geral de imprecisão
mas uma precisão teórica máxima quando queremos medir simultaneamente
determinados pares de observáveis.
Quer ver uma aplicação bem simples do princípio da incerteza? Escreva a
energia de um elétron submetido a um potencial coulombiano gerado por
uma carga q=|e| na forma hamiltoniana (Energia cinética=p^2/2m) +
Energia potencial=-ke^2/r), k é uma constante positiva que depende da
unidade escolhida. Se vc supuser que a precisão da medida de momento e
posição obedece exatamente ao princípio da incerteza, usando = no lugar
de >=, e quiser achar o raio da órbita do elétron onde a energia é a
menor possível para r=dr e p=dp vc obtem exatamente o raio de Bohr.
Mudando de assunto, em uma mensagem anterior o Alberto diz que a
mecânica quântica será falseada. A mecânica quântica a que nos referimos
de um modo geral é a não relativística. Ela já nasceu limitada, está
restrita a determinados fenômenos e só a busca não é exatamente
falseá-la mas entrar em campos que se afastam desta formulação como, por
exemplo, melhorar (e muito) o modelo padrão para as partículas
fundamentais.


[]'s Eduardo.


SUBJECT: Valeu!
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 30/11/2000 14:27

Olá, turma do Clonar.

Valeu a tentativa. Vocês conseguiram melhorar o número de msgs do mês, que
andava muito baixo por sinal. Daí a quererem bater o recorde de fevereiro
(574 msgs) já é um pouco de exagero, mesmo porque hoje é o último dia de
novembro e no momento (14:30) estão faltando 46 msgs para o feito (45 após
esta). Enfim, vocês decidem.

Princípio da Ciencialist: Quando o número de msgs aumenta muito, sem o
aumento concomitante do número de participantes, o interesse pela leitura
cai a zero.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] fendas quanticas e outras coisas
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/11/2000 14:31

Alberto Mesquita Filho wrote:
> Creio que você não entendeu o estilo que adotei em minhas respostas a sua
> penúltima msg e talvez isso o tenha ofendido.

Na verdade não me ofendi nem levei para o lado pessoal. Na verdade
gostaria que vc também não levasse isso para o lado pessoal. Estávamos
discutindo um determinado assunto e eu falaria a mesma coisa para
qualquer um que estivesse na minha frente conversando. O que eu tentei
foi dar um puxão de orelha pois havia interpretado sua resposta como uma
tentativa de fuga da pergunta, o que agora sei que não é verdade, mas
que também não estava óbvio na sua resposta.

> Mas já que
> você assumiu meu discurso como um ataque pessoal e levou o debate para o
> lado pessoal, vou tentar seguir as regras, tomando então o cuidado de não
> ofendê-lo.

Vc não precisa ter medo de me atacar pessoalmente, imagino que vc, assim
como eu, tentamos levar uma discussão em um "nível profissional". Espero
que a questão em si já tenha sido respondida. Meu email está disponível
caso sobre alguma aresta.

> A dualidade onda-partícula não me parece ser um dado observacional e/ou
> experimental.

Na verdade é um dado observável, mas, depois de mais de 60 emails em um
único dia, isto já foi respondido por outros.

> Consequentemente, quando "a física moderna diz que eles
> possuem uma dualidade onda-partícula" ela não está dizendo absolutamente
> nada, da mesma forma que quando "eu digo que Papai Noel existe" também não
> estaria dizendo absolutamente nada, a menos que definisse o que seria esse
> Papai Noel.

Agora sei o que vc quis dizer com o papai noel.

> Novamente é possível que não
> tenha me expressado diplomaticamente, mas estava utilizando uma
> analogia, talvez jocosa, na esperança de reforçar uma didática que você
> afirma, talvez com razão, que eu não possuo.

Todo mundo no fundo é de alguma forma didático pois precisamos nos
expressar de alguma forma e precisamos que os outros nos entendam.

Não quis afirmar que vc não era didático, mas que suas explicações sobre
determinados assuntos [como eletromag, i.e.m. e relatividade] são muito
obscuras e carecem dos pontos que havia explicitado.

Creio que a informação seja democrática, fazer uma campanha sobre a
importância da higiene é importante, mas o fulano não sabe o que
significa a palavra higiene, conhece apenas limpeza. É a mesma coisa,
mas a campanha já começou complicando.

> Sim, o seu argumento é inteligente e a sua resposta é melhor do que aquela
> apresentada em meu parágrafo anterior. E está muito em acordo com a sacada
> genial de Bohr quando diz que a quântica é boa não por ser lógica mas porque
> funciona. Tanto você quanto Bohr estão sendo sinceros e não posso exigir
> mais do que isso. Não obstante, a resposta não me satisfaz! "Eu" quero mais,
> e não espero que "você" tenha a resposta mas procuro pela mesma!

Mas se vc procura a resposta dentro da lógica ou usando lógica vai
"acabar dando com os burros n'água".

A física não é lógica [esta citação não é minha].

Se vc quer buscar uma resposta que satisfaça a sua razão, então boa
sorte, mas acabará exponencialmente fora da física real.

> E essa é a
> meu ver a função do cientista. E mais do que isso: É função do educador
> chamar a atenção do jovem no sentido de que ele não deva se contentar apenas
> com o que funciona.

Concordo. Mas às vezes é tudo o que temos.

> Mesmo que, e por um problema operacional e momentâneo,
> ele possa aceitar provisoriamente essa justificativa como boa.

Os novos paradigmas [não sei porque, mas acho que gosto desta palavra]
da ciência são que talvez a matemática não seja, no estado atual,
suficiente para resolver os problemas físicos. Qual rumo se deve tomar,
ninguém sabe.

> Lembro também que você estava solicitando-me explicações sobre o elétron e a
> seguir entrou com o fóton, como se ambos pudessem ser vistos por um mesmo
> prisma. Na msg seguinte você me vem com as idéias de Feynman sobre a
> experiência da dupla fenda onde também se aceita, como recurso de
> pensamento, e para a finalidade exposta, a identidade fóton-elétron. Afinal,
> o que é ser didático em tais condições? Devo ou não assumir que você já leu
> o livro do Feynman?

Estava a perguntar sobre a i.e.m. que sua teoria usa para explicar a
interferência dos elétrons na esperiência. Como conheço a experiência
[pelo livro de Feynman], eu queria saber como a i.e.m. agia na
não-interferência quando usado um observador. A indentidade
fóton-elétron se deve que nesta experiência eles se comportam da mesma
forma.

> Pois o elétron é realmente uma partícula e o fóton não é nem
> partícula nem onda.

Até onde sei o fóton é uma partícula e assim como o elétron ele possui
características ondulatórias, que torna a coisa toda, para o ponto de
vista clássico, uma grande salada.

> Então parece-me que, em nome da didática, você me pede que reescreva os
> tratados do Feynman à luz das minhas teorias.

Dizendo desta forma dá a impressão que exagerei, mas apenas queria que
vc descrevesse de forma clara e breve como sua teoria explica a
realidade. Não estou duvidando de sua teoria [mesmo porque não a
compreendi direito] nem duvidando de sua capacidade para ser até mais
genial que Feynman. Ele escreveu um capítulo inteiro para descrever uma
experiência quando poderia tê-la descrito em dois parágrafos [na verdade
o texto vem de uma palestra ditada]. Eu só queria os dois parágrafos.

> Perdoe-me se em alguma de minhas msgs o ofendi, pois não era minha intenção.

Nem a minha.

[]s
==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
==========================================================


SUBJECT: Cosmologia
FROM: "Daniel Leal Freire" <daniellf@highway.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 30/11/2000 14:56

"Diz a mecânica quântica que as partículas atômicas se comportam de um jeito
quando são observadas e de outro quando estão sós (como alias, todos nós). E
quem nos assegura que o Universo que está aí não é como aí está quando
ninguém está olhando? E que quando astrônomos se viram do telescópio para a
prancheta o Universo não faz uma careta?"

Luis Fernando Veríssimo, O Globo, 8 de outubro de 2000

O Veríssimo fez uma brincadeira, mas será que ela tem algum fundo de
verdade? Gostaria de saber a opinião dos colégas da lista sobre esse
parágrafo e seus fundamentos físicos e cosmológicos.

[ ]'s

--------------------------------
| Daniel Leal Freire
| Rio de Janeiro - Brasil
| daniellf@scientist.com daniellf@highway.com.br
| "Imagination is more important than knowledge" Albert Einstein

PS: Desejem-me sorte no vestibular amanhã!



SUBJECT: Re: [ciencialist] Cosmologia
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/11/2000 15:08



Daniel Leal Freire wrote:
>
> "Diz a mecânica quântica que as partículas atômicas se comportam de um jeito
> quando são observadas e de outro quando estão sós (como alias, todos nós). E
> quem nos assegura que o Universo que está aí não é como aí está quando
> ninguém está olhando? E que quando astrônomos se viram do telescópio para a
> prancheta o Universo não faz uma careta?"
>
> Luis Fernando Veríssimo, O Globo, 8 de outubro de 2000
>
> O Veríssimo fez uma brincadeira, mas será que ela tem algum fundo de
> verdade? Gostaria de saber a opinião dos colégas da lista sobre esse
> parágrafo e seus fundamentos físicos e cosmológicos.
>

Pelo que eu entendo de mecânica quantica as partículas têm uma
propriedade chamada estado quantico. Não têm posição nem velocidade.
A interacção entre as particulas é que define aquilo que é conhecido
por posição e velocidade. Uma observação em mecanica quantica não
é só uma experiência realisada por um cientista. É também qualquer
interacção entre particulas. Por isso, desde que exista matéria
suficiente o universo é tal qual o vemos.

Por outro lado a mecânica quantica não é demonstravel. Ou seja,
a teoria afirma que as paticulas não têm uma posição e uma
velocidade definidas. A experiência está de acordo com a teoria.
Só que é impossível de se saber se a experiência está de acordo
com a teoria porque a realidade é mesmo assim, ou se a experiencia
está de acordo com a teoria porque a experiência interfere com
a realidade.

joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] fendas quanticas e outras coisas
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 30/11/2000 15:32

-----Mensagem Original-----
De: "TARCISIO BORGES"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Quinta-feira, 30 de Novembro de 2000 14:31
Assunto: Re: [ciencialist] fendas quanticas e outras coisas


> Na verdade não me ofendi...
> Vc não precisa ter medo de me atacar pessoalmente, imagino que vc, assim
> como eu, tentamos levar uma discussão em um "nível profissional".

Ótimo. Assim eu me sito mais a vontade. Questão esclarecida.

> Meu email está disponível caso sobre alguma aresta.

No momento não vejo necessidade. De qualquer forma, o meu também está
disponível. Use e abuse.

> Mas se vc procura a resposta dentro da lógica ou usando lógica vai
> "acabar dando com os burros n'água".
> A física não é lógica [esta citação não é minha].

A física que está por aí realmente não é lógica. Mas por que haveria de não
ser? Não gosto desta afirmação e também já ouvi esta citação mas não sei
quem é o autor. Apenas acho que está inclusa no que chamo mal do século XX,
o século da mentira (em todos os sentidos, não apenas em física). Até 1900,
e seguindo a lógica, existiam em física somente duas grandes dúvidas. Para
responder a essas perguntas desprezou-se a lógica. As duas perguntas
continuam sem resposta definitiva e hoje, em termos de estrutura da matéria
ou do Universo sabe-se menos do que em 1900 [Essa opinião é minha e pode ser
malhada a vontade :-), pois não é um postulado e não está livre de erros,
retrata apenas dados subjetivos e de observação pessoal].

> Os novos paradigmas [não sei porque, mas acho que gosto desta palavra]

Também não gosto. Mas quando tento substituir por dogma (seguindo Khun em
pós script) sempre alguém sente-se ofendido. Então, para amenizar a situação
falo em paradigma, que a princípio não seria sinônimo de dogma estando mais
próximo de modismo (e quem fala em modismo, no sentido de criticá-lo, é
Popper). Paradigma, dogma e modismo são três termos que têm muito em comum e
via de regra um substitui o outro sem problema outro que não seja o impacto
emocional que causa no leitor. Sob esse aspecto, paradigma é mais simpático.
Se você não vê simpatia, isso para mim é um bom sinal, pois retrata que você
não gosta de ser enganado.

> Estava a perguntar sobre a i.e.m. que sua teoria usa para explicar a
> interferência dos elétrons na experiência. Como conheço a experiência
> [pelo livro de Feynman], eu queria saber como a i.e.m. agia na
> não-interferência quando usado um observador. A identidade
> fóton-elétron se deve que nesta experiência eles se comportam da mesma
> forma.

Pois eu cheguei a dizer que aquele "observador" está embutindo um campo
magnético aparentemente nulo (pequeno solenóide de extensão infinita). Ou
seja, existe um agente produtor de um campo magnético mas esse campo é zero
nas periferias do orifício. Não obstante o agente produtor do campo está lá
e é graças a sua presença que verifica-se o que você estranhou (mudança do
padrão de interferência, a simular a não existência do outro orifício ou
fenda). E o que eu digo é que esse campo só é zero na versão do
eletromagnetismo de Maxwell, que a meu ver não vale para partículas
elementares pois, e como decorre das hipóteses de minha teoria, o elétron
não é uma carga elétrica e responde a campos outros.

> > Pois o elétron é realmente uma partícula e o fóton não é nem
> > partícula nem onda.
> Até onde sei o fóton é uma partícula e assim como o elétron ele possui
> características ondulatórias, que torna a coisa toda, para o ponto de
> vista clássico, uma grande salada.

A meu ver a salada é quântica e não sou eu quem digo isso. Leia por exemplo
uma das últimas msgs do Eduardo onde ele retrata corretamente o que os
físicos quânticos entendem por dualidade. Rigorosamente falando, eles
assumem que tanto elétron quanto fóton não são nem uma coisa nem outra.
Dualidade é uma maneira de expressarmos o que não tem sentido físico algum.
É uma enganação tolerada (essa maneira de ver é minha e não do Eduardo).

> > Então parece-me que, em nome da didática, você me pede que reescreva os
> > tratados do Feynman à luz das minhas teorias.
> Dizendo desta forma dá a impressão que exagerei, mas apenas queria que
> vc descrevesse de forma clara e breve como sua teoria explica a
> realidade. Não estou duvidando de sua teoria [mesmo porque não a
> compreendi direito] nem duvidando de sua capacidade para ser até mais
> genial que Feynman. Ele escreveu um capítulo inteiro para descrever uma
> experiência quando poderia tê-la descrito em dois parágrafos [na verdade
> o texto vem de uma palestra ditada]. Eu só queria os dois parágrafos.

Tudo isso é verdade mas ainda assim gosto da didática do Feynman. E, por
paradoxal que possa parecer, ele também está no rol dos físicos por quem
nutro profunda admiração e respeito. Como vê, aquela história de mandar a
física quântica para o lixo era uma brincadeira provocativa. E pelo visto
deu resultado pois muita gente, alguns diretamente, outros indiretamente,
entrou na "briga". E isso é bom.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] fendas quanticas e outras coisas
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/11/2000 15:54

Alberto Mesquita Filho wrote:
> > Os novos paradigmas [não sei porque, mas acho que gosto desta palavra]
> Também não gosto.

Vc não entendeu. Eu disse que gosto da palavra. É uma destas palavras
que ninguém sabe o real significado e se usa como um coringa sem na
realidade querer dizer alguma coisa.

> Pois eu cheguei a dizer que aquele "observador" está embutindo um campo
> magnético aparentemente nulo (pequeno solenóide de extensão infinita). Ou
> seja, existe um agente produtor de um campo magnético mas esse campo é zero
> nas periferias do orifício. Não obstante o agente produtor do campo está lá
> e é graças a sua presença que verifica-se o que você estranhou (mudança do
> padrão de interferência, a simular a não existência do outro orifício ou
> fenda).

Existem outras experiências que indicam que não depende do observador,
mas do fato de se estar observando ou não. O observador está ali, mas se
ele não estiver observando, a interferência ocorre normalmente.

Mas para isso eu teria que usar mais que dois parágrafos. Posso fazer em
um email posterior.

==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
==========================================================


SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar??
FROM: Flavio Mendonça <fefemendonca@uol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/11/2000 16:06

Paz e Luz João Carlos,

Joao Carlos Holland de Barcellos gravada:

> Flavio Mendonça wrote:
> >
> > Paz e Luz João Carlos,
> >
> > Não sei se percebi certo, mas você sugere que o destino da pessoa já
> > está determminado no nosso genes ?
>
> Nao o destino, mas a propensao para certas respostas ao meio ambiente,
> para o caracter psicologico etc..

Não estais de todo longe da verdade:-) Propensões originam-se onde e porque ?

>
> Veja o artigo q o Brudna indicoui em:
> http://www.epoca.com.br/edic/ed230598/cientec1.htm
>
> > Não temos livre-arbítrio, não criamos nossas situações futuras ?
>
> O q vc entende por livre-arbitrio?
>

Nossa capacidade em nos criarmos.

>
> Flavio, antes q o Brudna passe um pito, vc nao poderia fazer as
> perguntas
> todas num soh email ao inves de passar uma pergunta por e-mail?
> Isso evitaria um alto trafego de mails nas caixas postais e transtornos
> diversos.

Posso sim, porém, acho mais didático assim, pois, além de ficar mais fácil aos outros acompanhar, também
é mais fácil, por não ter que procurar a questão que gerou cada pergunta.

>
> []s
> jocax

[(())]'s

Flávio Mendonça



SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar??
FROM: Flavio Mendonça <fefemendonca@uol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/11/2000 16:06

Paz e Luz João Carlos,

A partir de que se toma tais juizo de valores ?

Joao Carlos Holland de Barcellos gravada:

> >De qualquer das formas o sofrimento é uma fonte de
> > criatividade.
> Nao o sofrimento inutil fruto da adocao de memes errados, exemplo:
> -Reze 500 ave marias e 600 pai-nosso todos os dias q iras para o ceu.
> -Se açoite com 500 chibatadas todos os meses e teras o paraiso eterno.
> Sao memes q induzem ao sofrimento sem levar a nenhuma criatividade.
> Agora : - estude 2hs por dia ao menos todos os fins de semana q poderas
> passar no vestibular, por exemplo, eh um meme mais util.
>
> >É a nossa necessidade de superar o sofrimento que nos
> > torna por vezes maiores que nós próprios.
> >
> Veja bem : vc ja notou q o objetivo na frase eh *superar* o
> sofrimento???
> Se o Genismo age nessa direcao por vc, entao vc podera ter tempo para
> sofrer
> por coisas mais nobres do que ficar lutando contra seus genes.
>
> []s
> jocax
>
>
> *** --- ***
> Vote na decisao para configuracao da lista. Mensagens somente texto ou HTML. Para isso use o endereco:
> http://www.egroups.com/polls/ciencialist/
> *** --- ***



SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar??
FROM: Flavio Mendonça <fefemendonca@uol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/11/2000 16:06

Paz e Luz João Carlos,

Joao Carlos Holland de Barcellos gravada:

> Flavio Mendonça wrote:
>
> >A pergunta é.... Pode se clonar a genialidade de alguém ?
>
> Sim se este alguem tem uma inteligencia tal que 70% dela
> caia na faixa do QI considerado genio.

Supondo que o clonado adquira a genialidade do original. Mas como pode ele adquirir sem vivenciar as
mesmas experiências que o outro viveu ?
Olha gente, a ovelha Dolle era semelhante e não "igual":-)
Características de personalidade individuais e pessoais são intransferíveis.

>
>
> > Onde nos levaria tal sistema ?
>
> Se vc esta falando do Genismo a resposta eh :
> O genismo levria a uma sociedade sem o mal.

Tá vendo ? Por isso mando mensagens individuais. Não lembro mais o pq da pergunta. A coisa toda fica
confusa. Melhor mesmo é mandar mensagens separadas afim de compreendermos a didática da coisa.

>
>
> Uma vez que os genes anti-sociais seriam naturalmente extintos
> da especie, a sociedade seria boa por natureza
> e todos viveriam em paz e harmonia.
>

Uma única pergunta. Neste meio virtual a única forma permitida de expor as questões são de forma
materialista, não admitindo assim outra possibilidade ?

>
> Uma vez adotado o Genismo, nesta sociedade boa, ele nao poderia jamais
> ser renegado sob a pena de a sociedade voltar a BARBARIE (como eh a
> nossa).

Pelo que vejo, vc despreza totalmente qualquer teoria que leve adiante a idéia de consciência, e que ela
possa evoluir através das experiências, correto ?

>
>
> []s
> jocax

[(())]'s

Flávio Mendonça



SUBJECT: Re: paradigmas da mente
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO:
DATE: 30/11/2000 16:24

gilbertodepaiva@bol.com.br wrote:

> Porém, a comunidade científica em geral (incluso a cogsci) considera
> que não há nenhum paradigma científico atual que nos dê uma indicação
> com boa margem de segurança de que se possa estabelecer um modelo
> para se explicar a mente. Salvo algumas notáveis, mas raras excessões
> (Dennet, Pinker, que eu conheço), a maioria dos pensadores acham que
> uma explicação da mente humana necessita de um novo paradigma, ou uma
> nova descoberta "fenomenal", para que possa ser alcançada com um
> certo grau de satisfação.
>

EU li, ha uns 10 anos atras, parte de um livro, classico, intitulado
"A sociedade da mente", ou algo assim, escrito pelo eminente computologo
Marvin Minsky. Se bem me recordo, ele propunha que a mente funciona como
um agregado de agencias ( colonias de neuronios ) algumas com controle
hierarquico e outras nao, que disputavam o controle do cerebro.

Realmente ele nao estava de todo errado visto que partes do cerebro sao
responsaveis por tarefas bem especializadas.

Acredito ( exatamente agora me veio esta infeliz crenca ) que o nosso
cerebro,
seja, de algum modo, diferente da maioria dos animais. Aqui vem uma
teoria
minha q eu nao sei se ja existe em algum lugar:

Um animal considerado muito primitivo, como um jacare, tem um cerebro
que
deve agir movido essencialmente por eventos externos ou necessidades
internas.

Do contrario deve ficar em estado de espera "stand by", dormindo ou
esperando.

Quando vier um estimulo interno ( a fome ) ou externo ( um bicho cai
no rio )
o cerebro eh estimulado a reagir a estes impulsos conforme
uma pre-programacao genetica basica ( procurando comida ou atacando).

Ou seja eh um cerebro movido a eventos perifericos, ou a reacao.

Nestes tipos de cerebro a consciencia ( se existir ), que eh uma forma
do
cerebro imaginar a interacao do individuo com o ambiente, para planejar
um ataque futuro por exemplo, deve ser bastante incipiente.

Nos seres humanos a consciencia evoluiu bastante, e, o que antes servia
como um meio de planejar estrategias de caça ou emboscada, agora serve
para planejar como construir um foguete ou resolver um problema
matematico.

Devemos notar q o cerebro foi moldado inicialmente para responder,
com certa precisao, a estimulos internos e externos e, que estas
respostas
eram codificadas, via genes, como algoritmos mentais para a solucao
destes
problemas de perpetuacao genetica ( "sobrevivencia" ). Estes algoritmos
mentais pre-programados sao as Regras Epigeneticas e os instintos.

Nos ainda os possuimos. Com o decorrer da evolucao e, devido ao sucesso
constante deste equipamento de planejamento de estrategias de caça,
os eventos que antes faziam o cerebro responder de imediato, fizeram com
que o controle passasse cada vez mais do instintivo para este controle
superior, o controle memetico.


Este foi o ponto de mutacao. O ponto basico da diferencicao do homem :
A capacidade de adiar reacoes imediatas a estimulos, para obter maior
sucesso
no planejamento estrategico de longo prazo.
O sucesso obtido na capacidade de planejar e nao reagir de imediato a
estimulos sensorios, foi a quebra principal na distincao da evolucao do
homem
da dos outros animais.

Contudo, com este sucesso, este novo aparato planejador ganhou
totalmente
o controle das acoes sobre o cerebro primitivo. E, tambem permitiu que
outras
ideias (memes), nao necessariamente ligadas ao processo de perpetuacao
genetica, tivessem lugar!

Assim o homem passou a ser controlado por uma parte do cerebro, de certo
modo,
independente das demais. Foi o inicio de seu sofrimento.

Os memes,as ideias, habitam agora esta area do cerebro (inicialmente
reservada ao planejamento de sua sobrevivencia), e dirigem as acoes
humanas
segundo estas crencas.

Existe portanto uma batalha entre o cerebro primitivo responsavel pelas
acoes imediatas decorrentes de estimulos internos e externos, e o novo
cerebro planejador e armazenador de memes.

Mas o conflito nem sempre ocorre. Quando ha cooperacao, isto eh, o
cerebro
controlador age no sentido de permitir, desbloqueando o antigo cerebro,
ou mesmo auxiliando-o, a executar seu algoritmo de resposta aos
impulsos,
o corpo recebe prazer.

Eh natural entao que o "cerebro planejador" planeje a busca de prazer de
longo
prazo. E isso pode levar ao sofrimento, pois o cerebro planejador pode
acreditar, por exemplo, que, se ele levar o corpo ao martirio e ao
sofrimento
continuado, podera obter a vida eterna e o paraiso. E, se este paraiso
nao
existir, todo o organismo sofrera inutilmente.

[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] Cosmologia
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/11/2000 16:48



Daniel Leal Freire wrote:
>
> "Diz a mecânica quântica que as partículas atômicas se comportam de um jeito
> quando são observadas e de outro quando estão sós (como alias, todos nós). E
> quem nos assegura que o Universo que está aí não é como aí está quando
> ninguém está olhando? E que quando astrônomos se viram do telescópio para a
> prancheta o Universo não faz uma careta?"
>
> Luis Fernando Veríssimo, O Globo, 8 de outubro de 2000
>
> O Veríssimo fez uma brincadeira, mas será que ela tem algum fundo de
> verdade? Gostaria de saber a opinião dos colégas da lista sobre esse
> parágrafo e seus fundamentos físicos e cosmológicos.
>
> [ ]'s

Caro Daniel

No caso de medidas astronômicas estamos, de um modo geral, observando a
luz emitida por um determinado astro. Podemos até interferir de altguma
maneira no fóton observado mas a proporção é mínima como nos exemplos
clássicos. Na realidade, em sistemas clássicos, o estado de
interferência inexiste ou dura muito pouco tempo. Por isso estamos
observando o sistema já colapsado. Usualmente, quando falamos em
observador estamos querendo dizer interação. Se colocarmos um aparelho
para medir o lugar por onde o fóton passa na experiência da fenda dupla
teremos já destruído o estado de interferência mesmo que o experimento
venha a explodir sem termos acesso aos resultados. No caso de sistemas
clássicos, é exatamente isso que acontece, pela complexidade de sistemas
macroscópicos há infinitas interações entre seus componentes que acabam
por colapsá-lo como um todo. Cada célula do corpo, por exemplo, pode ser
pensada como um medidor e nós como um sistema clássico como um todo.
Cosmologia, particularmente, não é uma ciência experimental como a
física. Não podemos isolar um pedaço do cosmos para testá-lo, podemos,
no máximo, tentar reproduzir situações em laboratório para testar a
aplicabilidade da lei física em questão. Além disso, tudo que observamos
na física é relativo (no caráter mais geral que esta palavra pode ter),
por exemplo, medimos diferença de energia, diferença de velocidade mas
não sabemos, de fato a energia total de um sistema. Uma pergunta que
intriga os cosmólogos atuais é: Qual a energia do vácuo? No estudo de
partículas elementares ou sistemas semelhantes, assumimos a energia do
vácuo como a mínima e portanto lhe atribuímos zero. Medimos a diferença
entre um estado excitado e um de vácuo e resolvemos a questão sem
problema. No entanto, energia, segundo a relatividade geral, gravita.
Energia do vácuo terá, portanto, um papel importante no equilíbrio e na
forma de expansão do universo.

[]'s Eduardo.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Cosmologia
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/11/2000 17:04

Eduardo Gueron wrote:
> Se colocarmos um aparelho
> para medir o lugar por onde o fóton passa na experiência da fenda dupla
> teremos já destruído o estado de interferência mesmo que o experimento
> venha a explodir sem termos acesso aos resultados.

Se não tivermos acesso aos resultados a interferência ocorre
normalmente. Na verdade não se se tal ocorre nesta experiência, mas
conheço outra que o que afirmei é verdadeiro.

Literalmente, a observação [ou não] dos dados no futuro altera a geração
dos dados no presente. O fluxo do tempo neste caso corre no sentido
inverso do habitual.

==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
==========================================================


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: paradigmas da mente
FROM: Flavio Mendonça <fefemendonca@uol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/11/2000 17:51

Paz e Luz João Carlos,

Não sei se somos os mais ativos aqui, ou se os assuntos se interagem, pois a maioria das minhas respostas,
coincidentemente, vai para vc:-) Vamos a elas......

João Carlos Holland de Barcellos gravada:

> Acredito ( exatamente agora me veio esta infeliz crenca ) que o nosso
> cerebro,
> seja, de algum modo, diferente da maioria dos animais. Aqui vem uma
> teoria
> minha q eu nao sei se ja existe em algum lugar:

Mais ou menos assim. Mas a chamam de crença, mistificação, embustes e outros nomes simpáticos:-)

>
> Um animal considerado muito primitivo, como um jacare, tem um cerebro
> que
> deve agir movido essencialmente por eventos externos ou necessidades
> internas.

É o que chamamos de instinto. É pré-condição ao pensamento lógico racional.

>
> Do contrario deve ficar em estado de espera "stand by", dormindo ou
> esperando.

Assim não haveria progresso nas espécies. A idéia anterior é a mais adequada.

>
>
> Quando vier um estimulo interno ( a fome ) ou externo ( um bicho cai
> no rio )
> o cerebro eh estimulado a reagir a estes impulsos conforme
> uma pre-programacao genetica basica ( procurando comida ou atacando).
>

É o instinto desejando transcender a condição de cérebro pensante.

>
> Ou seja eh um cerebro movido a eventos perifericos, ou a reacao.

Isso. Ainda não desenvolveu-se o ego.

>
> Nestes tipos de cerebro a consciencia ( se existir ), que eh uma forma
> do
> cerebro imaginar a interacao do individuo com o ambiente, para planejar
> um ataque futuro por exemplo, deve ser bastante incipiente.

Por não haver o ego, ainda não se pode considerar consciente. Age assim pelo instinto.

>
> Nos seres humanos a consciencia evoluiu bastante, e, o que antes servia
> como um meio de planejar estrategias de caça ou emboscada, agora serve
> para planejar como construir um foguete ou resolver um problema
> matematico.

Veja que aqui vc saltou do primitivo para o homem, deixando uma grande lacuna entre os dois. Entre um e
outro, há fases intermediárias, onde as espécies desenvolvem suas consciências. Vejamos o chimpazé por
exemplo, já demonstra sinais de racionalidade e pensamento contínuo. Segundo dizem os pesquisadores,
pensam como humanos até 4 anos, quando bem desenvolvido. Percebe-se que as espécies se desenvolvem, e que
de alguma forma, passam suas experiências a uma outra.

>
> Devemos notar q o cerebro foi moldado inicialmente para responder,
> com certa precisao, a estimulos internos e externos e, que estas
> respostas
> eram codificadas, via genes, como algoritmos mentais para a solucao
> destes
> problemas de perpetuacao genetica ( "sobrevivencia" ). Estes algoritmos
> mentais pre-programados sao as Regras Epigeneticas e os instintos.

Vc parti do pressuposto que aqui se deu a origem das coisas. Mas poderíamos regredir mais um pouco e
chegarmos a uma simples larva, como condição de início desta formação, digamos cerebral, desconsiderando é
claro, fases ainda mais primitivas. Onde se quer a criatura tivesse resposta a estímulos externos. Pelo
menos aparentemente observados.

>
> Nos ainda os possuimos. Com o decorrer da evolucao e, devido ao sucesso
> constante deste equipamento de planejamento de estrategias de caça,
> os eventos que antes faziam o cerebro responder de imediato, fizeram com
> que o controle passasse cada vez mais do instintivo para este controle
> superior, o controle memetico.

É o que chamamos de mente superior. Mas observe que os instintos ainda existem, e nunca se corrompem,
enquanto a razão ainda conjectura, ou seja, desenvolve-se.

>
> Este foi o ponto de mutacao. O ponto basico da diferencicao do homem :
> A capacidade de adiar reacoes imediatas a estimulos, para obter maior
> sucesso
> no planejamento estrategico de longo prazo.
> O sucesso obtido na capacidade de planejar e nao reagir de imediato a
> estimulos sensorios, foi a quebra principal na distincao da evolucao do
> homem
> da dos outros animais.

Tomou ai o homem consciência do seu existir. Deixou a fase animal, e adentrou definitivamente na fase
hominal, onde irá desenvolver-se através do ego até a fase atual, onde já existe a fase premente de
abandona-lo. Vemos exemplos de pessoas quase que totalmente desapegada. Chamamo-as, austruísta. São
pessoas que agem em função da comunidade, e não somente de si. Tem uma pespectiva mais abrangente. É uma
espécie de consciência maior. Ou como chamam alguns, Elevados, Iluminados. E por ai vai......

>
> Contudo, com este sucesso, este novo aparato planejador ganhou
> totalmente
> o controle das acoes sobre o cerebro primitivo.

O que chamas de aparato controlador ? Não seria a conciência formada neste estágio ?

> E, tambem permitiu que
> outras
> ideias (memes), nao necessariamente ligadas ao processo de perpetuacao
> genetica, tivessem lugar!

Qual a utilidade disso ?

>
> Assim o homem passou a ser controlado por uma parte do cerebro, de certo
> modo,
> independente das demais. Foi o inicio de seu sofrimento.

É a fase da maturidade. Ter que enxergar as suas próprias necessidades. É a auto-reparação. É a fase que
mais dói, pois não trata-se de dor física, mas aquela voz lhe convidando a se arrumar, a se reparar. Tome
jeito rapaz, diz ela:-)

>
> Os memes,as ideias, habitam agora esta area do cerebro (inicialmente
> reservada ao planejamento de sua sobrevivencia), e dirigem as acoes
> humanas
> segundo estas crencas.
>
> Existe portanto uma batalha entre o cerebro primitivo responsavel pelas
> acoes imediatas decorrentes de estimulos internos e externos, e o novo
> cerebro planejador e armazenador de memes.
>

Chamamos de fase animal em conflito com a fase hominal. Instintos X Inteligência

>
>
> []s
> jocax



[(())]'s

Flávio Mendonça



SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar??
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/11/2000 18:08


Flavio Mendonça wrote:
>
> Paz e Luz João Carlos,
>
> Joao Carlos Holland de Barcellos gravada:
>
> > Flavio Mendonça wrote:
> > >
> > > Paz e Luz João Carlos,
> > >
> > > Não sei se percebi certo, mas você sugere que o destino da pessoa
> já
> > > está determminado no nosso genes ?
> >
> > Nao o destino, mas a propensao para certas respostas ao meio
> ambiente,
> > para o caracter psicologico etc..
>
> Não estais de todo longe da verdade:-) Propensões originam-se onde e
> porque ?

Propensoes, e impulsos originam-se no nosso cerebro como fruto de um
estimulo
externo ou interno.( as vezes de memes tambem )
Estes impulsos foram codificados, geneticamente, pois auxiliavam a
perpetuacao dos genes de quem os possuia.


>
> >
> > Veja o artigo q o Brudna indicoui em:
> > http://www.epoca.com.br/edic/ed230598/cientec1.htm
> >
> > > Não temos livre-arbítrio, não criamos nossas situações futuras ?
> >
> > O q vc entende por livre-arbitrio?
> >
>
> Nossa capacidade em nos criarmos.

Mas um robo bem programado pode se "criar".
Uma maquina de lava-roupa tambem se cria, se entendermos por "criar"
realizar seu papel do inicio ao fim...
E ela escolhe as tarefas que ela tem q executar, atraves de instrucoes
armazenadas em seu diminuto cerebro eletronico.
E o homem tambem tem instrucoes que, sao armazenadas via memes ou genes,
e tambem escolhe as acoes segundo seu nao tao diminuto cerebro
biologico.


>A partir de que se toma tais juizo de valores ?

A partir da etica jocaxiana que tem por base que toda etica deve
maximizar a felicidade do grupo.


> >De qualquer das formas o sofrimento é uma fonte de
> > criatividade.
> Nao o sofrimento inutil fruto da adocao de memes errados, exemplo:
> -Reze 500 ave marias e 600 pai-nosso todos os dias q iras para o ceu.
> -Se açoite com 500 chibatadas todos os meses e teras o paraiso eterno.
> Sao memes q induzem ao sofrimento sem levar a nenhuma criatividade.
> Agora : - estude 2hs por dia ao menos todos os fins de semana q poderas
> passar no vestibular, por exemplo, eh um meme mais util.
>
> >É a nossa necessidade de superar o sofrimento que nos
> > torna por vezes maiores que nós próprios.
> >
> Veja bem : vc ja notou q o objetivo na frase eh *superar* o
> sofrimento???
> Se o Genismo age nessa direcao por vc, entao vc podera ter tempo para
> sofrer
> por coisas mais nobres do que ficar lutando contra seus genes.




> Flavio Mendonça wrote:
>
> >A pergunta é.... Pode se clonar a genialidade de alguém ?
>
> Sim se este alguem tem uma inteligencia tal que 70% dela
> caia na faixa do QI considerado genio.

>Supondo que o clonado adquira a genialidade do original. Mas como pode ele
>adquirir sem vivenciar as
>mesmas experiências que o outro viveu ?
>Olha gente, a ovelha Dolle era semelhante e não "igual":-)
>Características de personalidade individuais e pessoais são intransferíveis.


Pelo seu potencial criativo conferido por seus genes.
Pela mesma razao que uma aranha nao pode aprender a ler
e nos podemos: genes.



>
>
> Uma vez que os genes anti-sociais seriam naturalmente extintos
> da especie, a sociedade seria boa por natureza
> e todos viveriam em paz e harmonia.
>

>Uma única pergunta. Neste meio virtual a única forma permitida de expor as
>questões são de forma
>materialista, não admitindo assim outra possibilidade ?

Nao entendi a pergunta....

>
> Uma vez adotado o Genismo, nesta sociedade boa, ele nao poderia jamais
> ser renegado sob a pena de a sociedade voltar a BARBARIE (como eh a
> nossa).

>Pelo que vejo, vc despreza totalmente qualquer teoria que leve adiante a
>idéia de consciência, e que ela
>possa evoluir através das experiências, correto ?>

Claro que nao !
A consciencia existe por que auxiliou ao homem a sobreviver,
as experiencias ajudam-no a aprender tambem.

[]s
jocax


SUBJECT: Lista temporariamente moderada (administrador)
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/11/2000 18:19


VOU colocar a Ciencialist em modo moderado devido ao elevado numero de
mensagens que apareceram na lista nos ultimos dias.

Nao vou influenciar de forma direta no conteudo das mensagens, o maximo
que farei eh apagar as partes da mensagem que sao totalmente inuteis para
a discussao, por exemplo, rodapeh e propaganda do Egroups. Nao eh
necessario panico.

Essa moderacao serah temporaria.

Ainda nao ativei o modo moderado pq nao encontrei nenhum terminal de
internet livre aqui na universidade. OBS: estou usando telnet (somente
texto) para enviar este mail.

Qualquer tipo de reclamacao deve ser enviada diretamente para o
administrador da lista atraves do endereco lrb@if.ufrgs.br .

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna - admin da Ciencialist.


SUBJECT: Re: [ciencialist] fendas quanticas e outras coisas
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 30/11/2000 19:09

-----Mensagem Original-----
De: "TARCISIO BORGES"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Quinta-feira, 30 de Novembro de 2000 15:54
Assunto: Re: [ciencialist] fendas quanticas e outras coisas

> Alberto Mesquita Filho wrote:
> > > Os novos paradigmas [não sei porque, mas acho que gosto desta palavra]
> > Também não gosto.
> Vc não entendeu. Eu disse que gosto da palavra.

Realmente. Então fica o dito pelo não dito. Só não inverta meu raciocínio
pois neste caso acho que o que vale é "gosto não se discute". Procurei
agradar e me dei mal. :-)

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar??
FROM: Flavio Mendonça <fefemendonca@uol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/11/2000 21:12

Paz e Luz João Carlos,

Joao Carlos Holland de Barcellos gravada:

> >
> > Não estais de todo longe da verdade:-) Propensões originam-se onde e
> > porque ?
>
> Propensoes, e impulsos originam-se no nosso cerebro como fruto de um
> estimulo
> externo ou interno.( as vezes de memes tambem )

Como são os internos ?

>
> Estes impulsos foram codificados, geneticamente, pois auxiliavam a
> perpetuacao dos genes de quem os possuia.

Qual a origem destes impulsos codificados ?

>
> >
> > >
> > > Veja o artigo q o Brudna indicoui em:
> > > http://www.epoca.com.br/edic/ed230598/cientec1.htm
> > >
> > > > Não temos livre-arbítrio, não criamos nossas situações futuras ?
> > >
> > > O q vc entende por livre-arbitrio?
> > >
> >
> > Nossa capacidade em nos criarmos.
>
> Mas um robo bem programado pode se "criar".

Aí está a diferença. Um robô tem que ser previamente programado. Ele não se cria, apenas repete funções
programadas. Processa dados a partir de uma programação. É diferente de tomar decisões sem programação
alguma.

>
> Uma maquina de lava-roupa tambem se cria, se entendermos por "criar"
> realizar seu papel do inicio ao fim...

Bom, não é desta forma que concebo o termo criar. Criar para mim é agir com liberdade, sem programação.

>
> E ela escolhe as tarefas que ela tem q executar, atraves de instrucoes
> armazenadas em seu diminuto cerebro eletronico.

Certamente. Mas só isso:-) Ela, após, programada não finca o pé e diz: Não trabalho mais hj, pois, meu
filho vai jogar bola, e irei torcer por ele.

>
> E o homem tambem tem instrucoes que, sao armazenadas via memes ou genes,
> e tambem escolhe as acoes segundo seu nao tao diminuto cerebro
> biologico.

É só a isso que vc resume o homem ? De toda forma, quem o programou, Deus ou o caos ?

>
>
> >A partir de que se toma tais juizo de valores ?
>
> A partir da etica jocaxiana que tem por base que toda etica deve
> maximizar a felicidade do grupo.
>

Esta sociedade é moral ? Como se fez o código moral, desta sociedade ?

>
> > >De qualquer das formas o sofrimento é uma fonte de
> > > criatividade.
> > Nao o sofrimento inutil fruto da adocao de memes errados, exemplo:
> > -Reze 500 ave marias e 600 pai-nosso todos os dias q iras para o ceu.
> > -Se açoite com 500 chibatadas todos os meses e teras o paraiso eterno.
> > Sao memes q induzem ao sofrimento sem levar a nenhuma criatividade.
> > Agora : - estude 2hs por dia ao menos todos os fins de semana q poderas
> > passar no vestibular, por exemplo, eh um meme mais util.
> >
> > >É a nossa necessidade de superar o sofrimento que nos
> > > torna por vezes maiores que nós próprios.
> > >
> > Veja bem : vc ja notou q o objetivo na frase eh *superar* o
> > sofrimento???
> > Se o Genismo age nessa direcao por vc, entao vc podera ter tempo para
> > sofrer
> > por coisas mais nobres do que ficar lutando contra seus genes.
>
> > Flavio Mendonça wrote:
> >
> > >A pergunta é.... Pode se clonar a genialidade de alguém ?
> >
> > Sim se este alguem tem uma inteligencia tal que 70% dela
> > caia na faixa do QI considerado genio.
>
> >Supondo que o clonado adquira a genialidade do original. Mas como pode ele
> >adquirir sem vivenciar as
> >mesmas experiências que o outro viveu ?
> >Olha gente, a ovelha Dolle era semelhante e não "igual":-)
> >Características de personalidade individuais e pessoais são intransferíveis.
>
> Pelo seu potencial criativo conferido por seus genes.

Então vc supõe que o homem é uma máquina biológica pré-programada e nada na sua existência será mudado em
termos de personalidade ? Mas e os traumas, complexos, medos, encorajamentos, estimulos....Tudo que
através de alguma terapia se modifica, para onde vai ?

>
> Pela mesma razao que uma aranha nao pode aprender a ler
> e nos podemos: genes.

Qto tempo vc deu para a aranha criar consciência de si mesma e modificar-se neste sentido ?

>
> >
> >
> > Uma vez que os genes anti-sociais seriam naturalmente extintos
> > da especie, a sociedade seria boa por natureza
> > e todos viveriam em paz e harmonia.
> >
>
> >Uma única pergunta. Neste meio virtual a única forma permitida de expor as
> >questões são de forma
> q>materialista, não admitindo assim outra possibilidade ?
>
> Nao entendi a pergunta....
>

Tenho teorias espiritualistas, e tenho receio de ser inconveniente neste meio. Entendeu ?

>
> >
> > Uma vez adotado o Genismo, nesta sociedade boa, ele nao poderia jamais
> > ser renegado sob a pena de a sociedade voltar a BARBARIE (como eh a
> > nossa).
>
> >Pelo que vejo, vc despreza totalmente qualquer teoria que leve adiante a
> >idéia de consciência, e que ela
> >possa evoluir através das experiências, correto ?>
>
> Claro que nao !
> A consciencia existe por que auxiliou ao homem a sobreviver,
> as experiencias ajudam-no a aprender tambem.
>

E a consciência terá fim ?

>
> []s
> jocax

[(())]'s

Flávio Mendonça




SUBJECT: Clonar?? & Sociedade civilizada x sociedade primitiva
FROM: "Marcelo Barbosa" <embs@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 30/11/2000 22:08


>> Afinal, em média nascem 3 crianças super dotadas a cada grupo de
1000(não tenho certeza absoluta destes números, mas sei que é
aproximadamente essa a proporção). Ou seja, só no Brasil nascem
milhares de crianças super-dotadas por ano. Será que dessa forma os
novos gênios, adaptados a nossa época e realidade não surgiriam
naturalmente? Ou será que na época dos gênios já citados havia algo de
especial no meio ou sociedade que os fazia se tornarem gênios?

O problema seria identificar quem são essas 3 em 1000 !!! Por outro
lado, sabe-se que existe também uma certa quantidade de pessoas que
são resistentes à AIDS, que mesmo portando o vírus não desenvolvem a
doença (não sei se a proporção é parecida), e nem por isso deixamos de
pesquisar a cura dessa doença e e apenas esperamos que tais pessoas
surjam...


>> Acho que não, já existem muitos gênios por aí, com capacidade
natural igual ou superior a de Einstein e outros... Mas a GRANDE
maioria está sendo "desperdiçada" pela nossa sociedade, assim como
também ocorria naquela época. A questão foi que tivemos a sorte de que
esses gênios tivessem vivido no meio e
>> condições em que viveram. Você já pensou se Einstein tivesse
nascido na África? "E será que não nasceu nenhum por lá"? Creio que
sim. Várias mentes brilhantes que apenas não foram descobertas e
"aproveitadas", e isso continua acontecendo.** Prova irrefutável disso
é o fato de termos a grande maioria de Homens(sexo) envolvidos nas
grandes descobertas, invenções...em fim, os grandes nomes da ciência e
etc... Porque será?

A grande vantagem de clonar-se alguém que sabe-se ter sido um gênio é
garantir a parte genética. No mínimo, seria uma experiência muito
interessante, que ajudaria muito a descobrirmos até que ponto os genes
realmente determinam nossa capacidade intelectual.


>> Porque, como sabemos, ao longo da nossa história as mulheres sempre
foram oprimidas. Resumindo, falta apenas que estes gênios sejam
descobertos e aproveitados, e não que sejam clonados os anteriores.
Até porque segundo a evoluçao das espécies, teoricamente os gênios
atuais deveriam ser "melhores" que os antigos, geneticamente falando.

E como se descobre uma criança que tem o genótipio de um gênio??? A
não ser quando ela já não é mais criança e provavelmente já ganou
algum Nobel... Aí não seria meio tarde?

E a escala de tempo envolvida não é suficientemente grande para
garantir que os gênios de hoje sejam melhores que os de 400 anos
atrás. Mesmo porque isso não é vantagem evolutiva alguma. Normalmente
as mulheres (e homens também) preferem se casar com não-gênios, e os
gênios não ligam muito para a "vida terrena", sendo mais isolados e
introspectivos. Sendo assim, não espalhariam seus genes por aí tanto
quanto outras pessoas, "normais".


Marcelo Barbosa





SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar?? & Sociedade civilizada x sociedade primitiva
FROM: Jor Jorge <curitibahp@yahoo.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 01/12/2000 01:05

Ola caro Flavio.

I com prazer que respondo as seus "pitacos e
indagagues" :) Afinal i para isso que aqui
estamos...

> Nco entendi este "sbvio", poderia esclarecer-me ?

I simples, meu raciocmnio de investir em educagco e
qualidade de vida da populagco ao invis de investir em
clonagem serveria para o aparecimento natural de novos
genios... Mas obviamente nao para o aparecimento de um
novo Jesus. Isto i claro, somente i valido se
concordarmos com quem a bmblia fala que foi Jesus...
Mas isso tambim nco vale a pena ser discutido, ja que
mesmo que a Igreja permitisse testes com o suposto
sangue de Cristo, e que aquele fosse realmente o
sangue de Cristo, nco seria possmvel sua clonagem. Mas
caso fosse eu a defenderia, ja a de antigos genios
nco, o porque eu ja citei no mail anterior.
Existe tambim outro detalhe relevante a ser destacado
sobre isso, i o fato de que mesmo que Jesus fosse
clonado, como essa crianga seria criada? Provavelmente
seria criada justamente para se tornar um novo
messias...

> Mas aposto que ati mesmo dentro desta prspria lista
existirco os que vco discordar de minha opinico. I
natural, e por isso a evolugco humana caminha a passos
de formiga
>>Tam, neste ponto eu discordo mesmo:-) Imagine um
mundo todo azul. O que seria do amarelo, vermelho e
outras cores ? O aprendizado e a experijncia advim das
diferengas. Sem elas nco haveriam parbmetros para
conclusco alguma. Por isso viva as diferengas)))

Concordo que as diferjngas sco positivas em alguns
aspectos. Mas nem em todos, por exemplo. I otimo que
tenhamos duas teorias cientificas a respeito do mesmo
tema discordantes, para que ambas possam ser
analisadas e se chegue uma terceira mais coerente com
a realidade que as duas iniciais. Nesses casos as
diferengas sco positivas. Mas as diferengas sociais,
os preconceitos, a vida de luxo de alguns poucos e a
misiria de milhoes? As guerras, matanga pro ganancia,
gerando fome, terror, etc... Sera que essas diferengas
sco necessarias, sao positivas de alguma forma? Eu
sempre acreditei que em uma guerra ninguem ganha. Um
apenas perde menos que o outro. Mas todos saem
perdendo. Afinal fica a pergunta: De que vale tanta
ganbncia e maldade em uma vida tco curta, passageira?
Quem ganha com isso? Vale a pena refletir sobre...

[ ]'s e ati...


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Metodos cientificos
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 01/12/2000 01:38

-----Mensagem Original-----
De: "Peterson L. S. M." <peterlsm@terra.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Quarta-feira, 29 de Novembro de 2000 10:43
Assunto: Re: [ciencialist] Metodos cientificos


Caro Peterson

Começarei respondendo ao final de sua msg anterior. Quando falei do
guarda-chuva e da tempestade que estaria por vir, imaginei que minhas
palavras iriam provocar um cumulo-nimbo no território que estamos aceitando
designar por seara dos cientistas naturalistas, em especial aquele das áreas
de exatas e biológicas. Pelo visto, meu serviço meteorológico não é dos
melhores e ficamos dialogando numa boa, sem apartes outros.

Quanto ao mais, embora discordemos em muitos detalhes, e nem poderia ser
diferente, creio que nossa troca de idéias foi muito proveitosa. E abriu-me
os olhos para algumas coisas que ainda não conseguia bem visualizar e
relativas ao comportamento dos cientistas da área de humanas.

Como já disse, acredito na unicidade do método científico. Porém não no
método que está aí nos tratados de metodologia científica ou de filosofia
da ciência, mas aquele método que virá a ser, e que percebo estar sendo
construído e/ou reformulado exatamente pelos cientistas das áreas de
humanas. A nós só resta esperar e torcer para que vocês venham a ser bem
sucedidos. Como sei que os colegas que "freqüentam a minha praia ou as
praias próximas", não concordam em absoluto com essa idéia, previ a
tempestade que não houve. Não sei se isso foi bom, a indicar que eles
estariam propensos a meditar sobre o assunto, ou se foi mal, caso em que eu
ficaria em dúvida se estariam me ignorando, o que seria triste, ou se
simplesmente acharam que minha idéia é tão tola que não merece comentários,
o que, dentre os males, seria o menor.

De qualquer forma, cumpre-me esclarecer também que embora tenha sido
enfático no separar áreas do conhecimento, no sentido de poder evoluir
pensamentos relativos a aspectos metodológicos, vejo uma certa
artificialidade nisso. Nas ciências naturais isso nem chega a ser notado e o
cientista pode se dar ao luxo de desprezar o copo para tomar água,
acreditando na existência de uma ciência absolutamente independente. Na área
de humanas isso parece não se dar, o que complica sobremaneira a
axiomatização do método que, por si só, não é tarefa fácil, haja vista a
complexidade do objeto de estudo.

Espero que a troca de msgs tenha sido proveitosa para você tanto quanto foi
para mim e sinto apenas não ter podido entrar na temática inicialmente
proposta e que, pelo visto, não chegou a interessar aos demais participantes
da Ciencialist. Enfim, estou aqui a disposição do amigo para o que der e
vier.

[ ]'s
Alberto
http://sites.uol.com.br/albmesq/
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm




SUBJECT: Re: [ciencialist] fendas quanticas e outras coisas
FROM: "Neville" <neville@catanduva.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 01/12/2000 02:00

Caros ciencialouquistas:

Após longa hibernação ca estou eu as voltas com quase 2000 e-mails diversos
para vistar. Começando pelos mais recentes, vamos ver até onde conseguirei
chegar.

-> Cláudio Abreu:
>Ressalto, que consegui desenvolver todo este raciocínio sem fazer uso da
TGBD, apesar de que poderia tê-lo feito. Não acham que estou melhorando?
:-))

nm ->
Caro Cláudio: Se ninguém ainda lhe deu, aqui vão meus parabéns. Embora não
concorde completamente com algumas das colocações, você expôs com
objetividade e clareza um ponto de vista que eu endosso.

Me parece que a MQ contribui pouco para que tenhamos uma melhor concepção do
que seja a realidade física, mas, ela continua sendo um excelente algoritmo
de cálculo; sua parte menos deglutível continua sendo o dogma da incerteza.
[já disse que MQ ainda acaba virando religião].

Na verdade, acho que faltou um pouco de coragem aos quânticos em refutar
algumas idéias fundamentais aceitas a priori, como o da NÃO existência de
movimento retilíneo de partícula a nível microscópico ou até mesmo a
propagação da luz em linha reta; talvez pudesse ser assumido que os fotons
se deslocam segundo uma trajetória helicoidal ou espiral, justificando assim
a incerteza do seu posicionamento.

Que tal definir matéria [microscopicamente] como "singularidades de
descontinuidade
do espaço " ! [ afinal, conceituar matéria como "tudo que ocupa lugar no
espaço" parece tão tautológico quanto dizer que "a Terra tem a forma de um
geoide"].
Uma definição deste tipo traria a vantagem de se ter algumas propriedades
implícitas, como a impenetrabilidade da matéria..
Mais ainda: e se assumirmos que existe um campo gravitacional, dual do
atrativo, que seja repulsivo a distâncias microscópicas !

Quanto à incerteza transcendente da natureza [ em oposição ao determinismo],
creio ser conseqüência da impossibilidade de podermos manipular um modelo
completo [ que seria a representação do próprio universo] ; pelo que
entendo, até o momento, temos teorias microscópicas fundamentadas na
incerteza, que, paradoxalmente, tem como conseqüências teorias macroscópicas
absolutamente deterministas.

Bem, essa não é minha praia, mas, quis apenas sugerir que a eliminação de
paradoxos e manutenção da integridade das atuais teorias talvez implique em
se fazer uma profunda revisão em conceitos historicamente aceitos.

[s] Neville





SUBJECT: Metodologia cientifica
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 01/12/2000 03:01

Prezado Alberto,

Acredito que, em função dos retornos recebidos, eu tenha sido feliz na minha última mensagem, quando fiz uma analogia ente estatística e mecânica quântica. Embora com suas limitações, ambas aparentam ser de grande utilidade prática. Mas tal como você falou em uma outra mensagem, eu também quero mais, pois a mecânica quântica não me satisfaz quanto a um perfeito entendimento da estrutura do microcosmo.

Acredito que quanto a isto eu, você e Einstein estejamos de acordo, pois achamos que não foi jogando dados que Deus equacionou esta questão do microcosmo. Deus, nesta frase, tem um significado relacionado a uma lei maior que eu acredito que existe e rege tudo o que existe e/ou não existe.

Eu tinha escrito:
<Ressalto, que consegui desenvolver todo este raciocínio sem fazer uso da TGBD, apesar de que poderia tê-lo feito.>

E você respondeu:
<Não duvido.>

Quando falei que podia abordar este assunto pela TGBD, não estava blefando. Afinal o Objeto e o Observador formam o Dual Interno e o Medidor e a Medida formam o Dual Externo, onde o Quarto é a Medida, que pelo princípio da incerteza, no caso do microcosmos é incerta. A Mecânica Quântica equaciona a questão via atribuição da probalidade da medida estar certa. Mas não vou me alongar nessa rota senão daqui a pouco um novo Leonardo ou um novo Rodrigo sairão da lista, dizendo que a TGBD está "enchendo o saco", que aqui não é o lugar de discutí-la, que aqui é um local para discutir ciência e não pseudociência ou metafísica, etc... etc...

O que eu gostaria de voltar a discutir com você é o tema que você abordou no seguinte trecho:

<Aliás, numa das mensagens recentes, não pretendi insistir no fato da tgbd ser ou não metafísica. Apenas disse que para atender aos insistentes apelos de muitos, limitamo-nos a estudar aspectos relacionados à demarcação da ciência, e não meramente à tgbd.>

Em mensagens anteriores cheguei a dizer que acredito ser mais importante o fato de uma teoria ser verdadeira do que ela ser científica ou metafísica. Continuo achando. Mas, parodiando a história da mulher de César, para que seja reconhecida uma teoria, além de ser verdadeira, tem de parecer ser verdadeira. O que no caso, em se tratando do reconhecimento da comunidade científica, se possa dizer que uma teoria tem que parecer ser científica, para que possa ser aceita como verdadeira.

Tento ser prático. Para mim só faz sentido fazer um esforço no sentido de desenvolver uma teoria, se tal teoria vier a ser reconhecida por todos como verdadeira, para que possa ser de utilidade. De que adianta, por exemplo, eu e você nos dedicarmos a desenvolver uma teoria se ninguém vier a acreditar nela? A o que ela levará?

Por diversas vezes aqui na Ciencialist fiquei querendo mostrar que a TGBD era verdadeira, e acabei levando paulada de diversos participantes até que desisti. Alguns deles inclusive se retiraram da lista, colocando a culpa na TGBD. Ora, convenhamos, isto não é nada estimulante. É apenas desgastante. Epa!! Isto até rima. Assim, pode ser até que dê num samba... :-))

Vi no seu site (embora não tenha tido tempo para ler tudo) que você já escreveu sobre método científico. E assim gostaria que analisasse se o caminho que tracei para o desenvolvimento da TGBD se enquadra dentro do método científico. A seguir apresento meu plano de vôo:

(1) com base em observação de fatos naturais (por exemplo: as ondas do mar) e científicos (por exemplo: a reta é um circunferência de raio infinito) venho desenvolvendo, há mais de 30 anos uma teoria, que denominei de TGBD, cujo "modesto" objetivo é explicar a estrutura de tudo o que existe e/ou não existe no universo e fora dele;

(2) a partir de quase 10 anos atras o desenvolvimento desta teoria vem se dando, em grande parte, a partir dela mesma, na medida em que se ela objetiva explicar a estrutura de tudo, ela por ser algo, também que se auto-obedecer;

(3) isto, contudo, não impede que a observação de novos fatos científicos e naturais, demande e indique ajustes e novos desenvolvimentos da teoria; a química, por exemplo, tem me mostrado que talvez existam mais do que uma única alternativa para o Quarto Uno, o que, com aplicação da própria TGBD, me levar a crer que devam existir quatro alternativas;

(4) parti do pressuposto que se a TGBD se aplicar no enquadramento da essência das principais ciências, ela tem grande possibilidade de ser verdadeira; aliás, conforme dito em (3), tal atividade pode inclusive levar à necessidade de serem feitos ajustes na própria teoria, nos casos em que ela não consiga proceder tais enquadramentos;

(5) dentro do exposto em (4) fiz o que pude para tentar analisar a veracidade da TGBD principalmente na física, química, biologia, e matemática, e em menor grau, informática, direito, economia, política, entre outras ciências; os resultados até agora tem sido animadores, como por exemplo: a mecânica quântica e o modelo padrão das partículas elementares aparenta ter uma estrutura bidual, assim como a tabela periódica da química, o DNA, a lógica matemática, a regra de três, entre outras centenas de exemplos (muitos deles apresentados aqui na Ciencialist);

(6) devo continuar pesquisando o maior número de exemplos fundamentais para a TGBD nestas e em outras ciências, e, pela experiência que tenho, acho que a TGBD deverá passar com louvor por esta fase;

(7) é certo que as atividades de (4), (5) e (6) nunca terminarão, mas em algum momento, acredito eu, terei a quase certeza que a TGBD é verdadeira, e espero que a comunidade científica também a veja como verdadeira, tentarei mostrar isto escrevendo um livro narrando todas estas constatações;

(8) tudo o que foi visto até agora poderia ser definido como sendo o desenvolvimento e a tentativa de comprovação da veracidade da TGBD, e, a partir daí virá a sua fase seguinte que deverá ser a comprovação definitiva da sua veracidade enquanto ciência; para tanto, conforme já li nesta lista, será necessário a TGBD poder prever o comportamento de eventos em experimentos e a realizar descoberta de novos conhecimentos;

(9) vale dizer que nada impede que o que esta definido em (8) não possa vir a ser feito concomitantemente com os passos anteriores; a propósito já apresentei aqui na Ciencialist indicações da TGBD para a unificação das forças eletromagnética e da gravidade, bem como necessidade de ajustes na Cromodinâmica Quântica para que esta se enquadre na estrutura da TGBD;

(10) finalmente, cumpridas todas estas etapas, que acredito ainda demandarão uns 10 anos (e espero ter força, disposição, vida e saúde para tanto), torço para que chegue lá e alcance o meu objetivo que é o completo desenvolvimento da TGBD, que seria a Teoria de Tudo, da teoria de todas as teorias e a síntese do conhecimento, cujas principais aplicações seriam:
(a) conhecer o desconhecido a partir do que se conhece;
(b) testar toda e qualquer teoria científica;
(c) simplificar a ciência.

Certamente irei chocar muitas pessoas aqui na Ciencialist com as minhas afirmações do item (10). Certamente muitos irão me chamar de megalomaníaco, insano e outros adjetivos depreciativos e agressivos. Mas isto certamente me abalará, nem irá me desviar da minha intenção de fazer tal empreitada. Posso ter muitos defeitos, mas também tenho muitas qualidades, entre as quais a perseverança e a ambição de realizar grandes coisas. Afinal a vida é uma só, e tenho que ao menos tentar dar a minha contribuição antes que me vá deste mundo.

Mas retomando o rumo da prosa: Alberto, como você avalia o meu plano de vôo? Será que depois de tudo isto feito a TGBD poderá ser considerada como científica?

Esse assunto todo começou com o debate da mecânica quântica e o princípio da incerteza, que por mais paradoxais e complexos que sejam, são considerados como científicos e são respeitados na comunidade acadêmica pelos resultados favoráveis que eles apresentam na quantificação do microuniverso.

Repare que, muito provavelmente, será impossível comprovar que a TGBD é verdadeira, pois sempre haverão novos testes para tentar falseá-la. Mas se ela vier a apontar novos caminhos para a ciência nunca dantes imaginados, será que ela poderá deixar de ser tachada de metafísica, para ser reconhecida como científica? Será que o caminho que estou pretendendo percorrer poderá atingir este objetivo? Repare: quanto à TGBD eu não tenho qualquer dúvida quanto à sua veracidade. O que me preocupa é que talvez eu não consiga demostrar isto para a comunidade científica, e assim, todo meu esforço dê com os burros n´água.

Você pode me dar sua opinião sincera ( não quanto a TGBD, que aparentemente não conta com a sua simpatia e crença) se a rota que tracei para desenvolver e divulgar a TGBD está correta e poderá chegar ao seu objetivo maior?

Apesar de ter me dirigido ao Aberto, informo que qualquer outro comentário de integrantes da Ciencialist será benvindo.

Um grande abraço,

Claudio Abreu.


----- Original Message -----
From: Alberto Mesquita Filho
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Thursday, November 30, 2000 8:43 AM
Subject: Re: [ciencialist] fendas quanticas e outras coisas

Respondendo a:

-----Mensagem Original-----
De: "Claudio Abreu"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Quinta-feira, 30 de Novembro de 2000 04:01
Assunto: Re: [ciencialist] fendas quanticas e outras coisas



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]




SUBJECT: Re: [ciencialist] Sono e evolução
FROM: "Raul Sturari Jr." <raulsturari@ig.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 01/12/2000 03:39

> Oi,

> Um ser humano sedentário vive menos por estar mais sujeito a doenças
>relacionadas ao acúmulo de gordura, má circulação, etc, entretanto
>alguém que pratica muito exercício vive em média menos do que aqueles
>que dão apenas duas caminhadas por semana. Um atleta competitivo é, de
>um modo geral, menos saudável do que a maioria de nós. Não sei
>exatamente a explicação, vi recentemente o Dráuzio Varela falando sobre
>isso e havia lido alguma coisa do gênero que relacionava o excesso de
>exercício com acúmulos de radicais livres organismo (um bando de
>carinhas do PSTU vagando pelo corpo)

Eu vejo tal afirmação como uma falácia de analogia extendida a favor do impacto do gasto energético na saúde. Onde você leu que atletas são menos saudáveis do que a maioria de nós? Existem estudos que demonstram isso? Que eu saiba sempre foi o contrário. Além disso o papel dos radicais livres por não estar devidamente elucidado pode levar a conclusões precipitadas. A chamada medicina "ortomolecular" vem se aproveitando disso há algum tempo.

[ ]'s
Raul



[Non-text portions of this message have been removed]



SUBJECT: paradigmas da mente
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO:
DATE: 01/12/2000 08:26



Flavio Mendonça wrote:
>
> Paz e Luz João Carlos,
>
> Não sei se somos os mais ativos aqui, ou se os assuntos se interagem,
> pois a maioria das minhas respostas,
> coincidentemente, vai para vc:-) Vamos a elas......

Talvez Vc nao deva por o nome da pessoa (Paz e Luz Pessoa ) pois as
pessoas
podem pensar q so aquela pessoa especifica q recebeu sua a luz
deveria responder..

>
> João Carlos Holland de Barcellos gravada:
>
> > Acredito ( exatamente agora me veio esta infeliz crenca ) que o
> nosso
> > cerebro,
> > seja, de algum modo, diferente da maioria dos animais. Aqui vem uma
> > teoria
> > minha q eu nao sei se ja existe em algum lugar:
>
> Mais ou menos assim. Mas a chamam de crença, mistificação, embustes e
> outros nomes simpáticos:-)
>
> >
> > Um animal considerado muito primitivo, como um jacare, tem um
> cerebro
> > que
> > deve agir movido essencialmente por eventos externos ou necessidades
> > internas.
>
> É o que chamamos de instinto. É pré-condição ao pensamento lógico
> racional.
>
> >
> > Do contrario deve ficar em estado de espera "stand by", dormindo ou
> > esperando.
>
> Assim não haveria progresso nas espécies. A idéia anterior é a mais
> adequada.

Vc deve notar q o "progresso" nao depende da atitude do animal ficar
ou nao em stand-by mas sim dos genes que codificaram este comportamento
nele, ja que seu comportamento eh diretamente determinado pelos genes.
Alguns animais, que nao os repteis, talvez sejam geneticamente
codificados para nao ficarem em stand-by se isto lhes conferir alguma
vantagem darwiniana.


>
> >
> >
> > Quando vier um estimulo interno ( a fome ) ou externo ( um bicho
> cai
> > no rio )
> > o cerebro eh estimulado a reagir a estes impulsos conforme
> > uma pre-programacao genetica basica ( procurando comida ou
> atacando).
> >
>
> É o instinto desejando transcender a condição de cérebro pensante.

Nao vejo q o instinto "deseje" transcender aa condicao de cerebro
pensante.
E sim uma forma adaptativa de sobrevivencia gastando o minimo de
energia.


>
> >
> > Ou seja eh um cerebro movido a eventos perifericos, ou a reacao.
>
> Isso. Ainda não desenvolveu-se o ego.
>
> >
> > Nestes tipos de cerebro a consciencia ( se existir ), que eh uma
> forma
> > do
> > cerebro imaginar a interacao do individuo com o ambiente, para
> planejar
> > um ataque futuro por exemplo, deve ser bastante incipiente.
>
> Por não haver o ego, ainda não se pode considerar consciente. Age
> assim pelo instinto.

Eu queria dizer q a flexibilidade cerebral necessaria para prever com
alguma antecedencia os passos que a vitima do predador poderia tomar
daria ao primitivo cerebro certa autonomia para um principio de
inconsciencia e independencia.


>
> >
> > Nos seres humanos a consciencia evoluiu bastante, e, o que antes
> servia
> > como um meio de planejar estrategias de caça ou emboscada, agora
> serve
> > para planejar como construir um foguete ou resolver um problema
> > matematico.
>
> Veja que aqui vc saltou do primitivo para o homem, deixando uma grande
> lacuna entre os dois. Entre um e
> outro, há fases intermediárias, onde as espécies desenvolvem suas
> consciências. Vejamos o chimpazé por
> exemplo, já demonstra sinais de racionalidade e pensamento contínuo.
> Segundo dizem os pesquisadores,
> pensam como humanos até 4 anos, quando bem desenvolvido. Percebe-se
> que as espécies se desenvolvem, e que
> de alguma forma, passam suas experiências a uma outra.

Sim saltei, mas logo em seguida eu salto para tras de novo :-)

>
> >
> > Devemos notar q o cerebro foi moldado inicialmente para responder,
> > com certa precisao, a estimulos internos e externos e, que estas
> > respostas
> > eram codificadas, via genes, como algoritmos mentais para a solucao
> > destes
> > problemas de perpetuacao genetica ( "sobrevivencia" ). Estes
> algoritmos
> > mentais pre-programados sao as Regras Epigeneticas e os instintos.
>
> Vc parti do pressuposto que aqui se deu a origem das coisas. Mas
> poderíamos regredir mais um pouco e
> chegarmos a uma simples larva, como condição de início desta formação,
> digamos cerebral, desconsiderando é
> claro, fases ainda mais primitivas. Onde se quer a criatura tivesse
> resposta a estímulos externos. Pelo
> menos aparentemente observados.

Sim, mas aonde quero chegar nao eh necessario regredir tanto.
Quero colocar uma teoria evolutiva que explique de onde surgiu um
cerebro consciente e memetico sendo que sua origem eh totalmente
pre-programada : instintiva.

>
> >
> > Nos ainda os possuimos. Com o decorrer da evolucao e, devido ao
> sucesso
> > constante deste equipamento de planejamento de estrategias de caça,
> > os eventos que antes faziam o cerebro responder de imediato, fizeram
> com
> > que o controle passasse cada vez mais do instintivo para este
> controle
> > superior, o controle memetico.
>
> É o que chamamos de mente superior. Mas observe que os instintos ainda
> existem, e nunca se corrompem,
> enquanto a razão ainda conjectura, ou seja, desenvolve-se.

Sim e nao, devemos notar que os genes continuam a nos moldar e foram
eles que permitiram o crescimento do cerebro. As regras epigeneticas,
fonte da origem do amor, por exemplo, tambem evoluiram
concomitantemente.


>
> >
> > Este foi o ponto de mutacao. O ponto basico da diferencicao do homem
> :
> > A capacidade de adiar reacoes imediatas a estimulos, para obter
> maior
> > sucesso
> > no planejamento estrategico de longo prazo.
> > O sucesso obtido na capacidade de planejar e nao reagir de imediato
> a
> > estimulos sensorios, foi a quebra principal na distincao da evolucao
> do
> > homem
> > da dos outros animais.
>

Aqui gostaria de me corrigir. Outras especies, como os macacos,
tem este aparato cerebral tambem. Mas nao de forma tao desenvolvida.
Fica uma quentao: Ateh q ponto uma mudanca quantitativa pode levar a
uma mudanca qualitativa? Um ponto demarcante a favor do paradigma
qualitativo eh o fato q o homem eh o unico animal q se suicida.

> Tomou ai o homem consciência do seu existir.

Talvez nao soh o homem tem consciencia disso.

>Deixou a fase animal, e
> adentrou definitivamente na fase
> hominal, onde irá desenvolver-se através do ego até a fase atual, onde
> já existe a fase premente de
> abandona-lo.

Note q embora o novo aparato ( neocortex? ) tenha ganho o controle das
acoes, o cerebro primitivo ( limbico+reptilico) ainda atuam e
influenciam
e, as vezes, ganham o controle do individuo.


>Vemos exemplos de pessoas quase que totalmente
> desapegada. Chamamo-as, austruísta. São
> pessoas que agem em função da comunidade, e não somente de si. Tem uma
> pespectiva mais abrangente. É uma
> espécie de consciência maior. Ou como chamam alguns, Elevados,
> Iluminados. E por ai vai......

Minha teoria NAO PERMITE crer que tais pessoas sao de fato altruistas
no sentido puro do termo: O altruismo instintivo.
Sim, elas podem seguir memes altruistas sobrepondo seus desejos
egoistas.
Mas o que ela esta fazendo eh simplesmente abafar seus desejos mais
arraigados, impedindo q o vulcao interno exploda. Seriam pessoas, de
alguma forma, anti-naturais, e talvez infelizes, mas nem por isso falsas
:
Agem de acordo com sua crenca.

Um outro modo de explicar tais comportamentos seria justamente sobre a
otica egoista-evolutiva : Sendo consideradas pessoas altruistas, estas
pessoas teriam um determinado status que garantiria uma vantagem
evolutiva
sobre as demais.
O altruismo puro soh viria com a extirpacao dos genes egoistas, via
Genismo.

>
> >
> > Contudo, com este sucesso, este novo aparato planejador ganhou
> > totalmente
> > o controle das acoes sobre o cerebro primitivo.
>
> O que chamas de aparato controlador ? Não seria a conciência formada
> neste estágio ?

O aparato, a q me refiro, seria a regiao cerebral responsavel pela
consciencia, talvez o neo-cortex.

>
> > E, tambem permitiu que
> > outras
> > ideias (memes), nao necessariamente ligadas ao processo de
> perpetuacao
> > genetica, tivessem lugar!
>
> Qual a utilidade disso ?

Lembre-se q a evolucao nao trilha caminhos retos. Existem efeitos
colaterais.

Qdo os genes permitiram o crescimento do cerebro e o
surgimento da consciencia, permitiram tambem q esta consciencia se
insurgisse contra seu criador(genes) : O suicidio, o celibato e
outras formas memeticas de comportamento anti-genetico sao estes
efeitos colaterais.

Claro que nem todos seguem comportamentos anti-perpetuativos e, por
isso,
o cerebro consciente ainda se mantem.
Mas, nao eh de todo impossivel que este cerebro consciente leve aa
derrocada
da especie e dos genes que o criaram: Existe uma seita que propoe
justamente
o fim da especie atraves do nao nascimento de nenhum novo ser humano.
Este eh um exemplo de como os memes podem ir contra os genes,
destruindo-os.


>
> >
> > Assim o homem passou a ser controlado por uma parte do cerebro, de
> certo
> > modo,
> > independente das demais. Foi o inicio de seu sofrimento.
>
> É a fase da maturidade. Ter que enxergar as suas próprias
> necessidades. É a auto-reparação. É a fase que
> mais dói, pois não trata-se de dor física, mas aquela voz lhe
> convidando a se arrumar, a se reparar. Tome
> jeito rapaz, diz ela:-)

Esta crenca no que eh bom, pode na verdade nao o ser do ponto de vista
perpetuativo ou mesmo de felicidade.
( As vezes o rapaz estava "certo" em nao tomar jeito e ela "errada" )

>
> >
> > Os memes,as ideias, habitam agora esta area do cerebro
> (inicialmente
> > reservada ao planejamento de sua sobrevivencia), e dirigem as acoes
> > humanas
> > segundo estas crencas.
> >
> > Existe portanto uma batalha entre o cerebro primitivo responsavel
> pelas
> > acoes imediatas decorrentes de estimulos internos e externos, e o
> novo
> > cerebro planejador e armazenador de memes.
> >
>
> Chamamos de fase animal em conflito com a fase hominal. Instintos X
> Inteligência
>

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Lista temporariamente moderada (administrador)
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 01/12/2000 08:48



lrb@if.ufrgs.br wrote:
>
> VOU colocar a Ciencialist em modo moderado devido ao elevado numero
> de
> mensagens que apareceram na lista nos ultimos dias.
>
> Nao vou influenciar de forma direta no conteudo das mensagens, o
> maximo
> que farei eh apagar as partes da mensagem que sao totalmente inuteis
> para
> a discussao, por exemplo, rodapeh e propaganda do Egroups. Nao eh
> necessario panico.
>
> Essa moderacao serah temporaria.
>

Nao eh uma reclamacao mas uma manifestacao:
Venho de uma epoca onde a ditadura tinha o controle politico do pais e
a censura imperava.
Por isso fico preocupado e frustrado qdo a lista passa ao estado
moderado:
Sinto-me censurado de novo !, como o povo o era nas decadas de 60-70 !
Os mais jovens talvez nao sintam tal repulsa como eu....
Mas.. Cést La vie.... :-(
[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar??
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 01/12/2000 13:21

Uauuuuu!. Fui pro rancho na 4a. feira pela tarde, voltei hoje ao meio-dia e ........ 111 mensagens da pasta do ciencialist! Eta turma boa de papo :-)
Vejamos alguns senões:

Tarcisio wrote:
>O cristianismo e outras religiões vem a anos tentando negar a nossa
sexualidade a custos psicológicos altíssimos. Em muitos casos não vale a
pena negar nossos genes, mas quando eles nos prejudicam de alguma forma
nega-los é muitas vezes questão de sobrevivência.<

Como o cristianismo pode tentar negar a sexualidade se tudo, conforme "gênese, JC et. al.", começou com Adão versus Eva? Aliás posso até imaginar o monólogo inicial: "Querida, afaste-se, não tenho a mínima idéia até onde 'isso' vai crescer!"
[]
'Léo








SUBJECT: Re: [ciencialist] Cosmologia
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 01/12/2000 14:38


João do nônio:
> A experiência está de acordo com a teoria.
Só que é impossível de se saber se a experiência está de acordo
com a teoria porque a realidade é mesmo assim, ou se a experiencia
está de acordo com a teoria porque a experiência interfere com
a realidade.<


Não é apenas no modelo quântico que a 'dúvida instrumental' ocorre; na física clássica temos muito disso. Termômetro não 'mede' a temperatura de ninguém, e sim a dele própria. Com exatidão, nunca ocorrerá equilíbrio térmico entre o termômetro e o meio onde ele está imerso; as duas temperaturas tendem assintoticamente ao mesmo valor, mas jamais se igualam! Como exemplo clássico.
Na experiência da fenda, como exemplo quântico, aparecem, outrossim, dois problemas: *um* o aparelho que disse que os fótons são idênticos e *outro* a particular partícula da tela fotoluminescente que exibe sua própria transformação química em luz ... e nunca a informação precisa do fóton que a atingiu.

[]'
Léo






SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar?? & Sociedade civilizada x sociedade primitiva
FROM: Flavio Mendonça <fefemendonca@uol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 01/12/2000 14:49

Paz e Luz Jor Jorge,

Jor Jorge gravada:

> Olá caro Flavio.
>
> É com prazer que respondo as seus "pitacos e
> indagações" :) Afinal é para isso que aqui
> estamos...
>

O prazer é todo meu, pois, é grande a oportunidade de aprender mais um pouco.

>
> > Não entendi este "óbvio", poderia esclarecer-me ?
>
> É simples, meu raciocínio de investir em educação e
> qualidade de vida da população ao invés de investir em
> clonagem serveria para o aparecimento natural de novos
> genios... Mas obviamente nao para o aparecimento de um
> novo Jesus. Isto é claro, somente é valido se
> concordarmos com quem a bíblia fala que foi Jesus...
> Mas isso também não vale a pena ser discutido, já que
> mesmo que a Igreja permitisse testes com o suposto
> sangue de Cristo, e que aquele fosse realmente o
> sangue de Cristo, não seria possível sua clonagem. Mas
> caso fosse eu a defenderia, já a de antigos genios
> não, o porque eu já citei no mail anterior.
> Existe também outro detalhe relevante a ser destacado
> sobre isso, é o fato de que mesmo que Jesus fosse
> clonado, como essa criança seria criada? Provavelmente
> seria criada justamente para se tornar um novo
> messias...

Vc é daqueles que também acham que a clonagem traria ao clonado as mesmas características personalísticas
que o original ? Pergunto isso, pq independente de ser ou não possível clonar Jesus a partir do pano de
Turim, não vejo a menor possibilidade de se ter uma personalidade igual numa clonagem. No máximo poderiam
fazer um lunático semelhante em características físicas acreditando ser Jesus. Nada mais.

>
>
> > Mas aposto que até mesmo dentro desta própria lista
> existirão os que vão discordar de minha opinião. É
> natural, e por isso a evolução humana caminha a passos
> de formiga
> >>Taí, neste ponto eu discordo mesmo:-) Imagine um
> mundo todo azul. O que seria do amarelo, vermelho e
> outras cores ? O aprendizado e a experiência advém das
> diferenças. Sem elas não haveriam parâmetros para
> conclusão alguma. Por isso viva as diferenças)))
>
> Concordo que as diferênças são positivas em alguns
> aspectos. Mas nem em todos, por exemplo. É otimo que
> tenhamos duas teorias cientificas a respeito do mesmo
> tema discordantes, para que ambas possam ser
> analisadas e se chegue uma terceira mais coerente com
> a realidade que as duas iniciais. Nesses casos as
> diferenças são positivas. Mas as diferenças sociais,
> os preconceitos, a vida de luxo de alguns poucos e a
> miséria de milhoes? As guerras, matança pro ganancia,
> gerando fome, terror, etc... Será que essas diferenças
> são necessarias, sao positivas de alguma forma? Eu
> sempre acreditei que em uma guerra ninguem ganha. Um
> apenas perde menos que o outro. Mas todos saem
> perdendo. Afinal fica a pergunta: De que vale tanta
> ganância e maldade em uma vida tão curta, passageira?

Isso de vida tão curta fica por sua conta:-)

>
> Quem ganha com isso? Vale a pena refletir sobre...

Olha, moralmente falando, não me identifico com as guerras, porém, como tudo na natureza existe utilidade,
acredito que mesmo nela, haverá progresso para os que ainda não tem consciência. A partir da dor,
erguem-se grandes consciências.

>
> [ ]'s e até...

[(())]'s

Flávio Mendonça




SUBJECT: Re: [ciencialist] Cientistas acabam com a vidraria do laboratorio
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 01/12/2000 16:09


Somente agora consegui ler essa mensagem. :)

Se alguem quiser mais detalhes sobre essa tecnica eh soh falar, porque
no laboratorio onde trabalho uma parte da pesquisa utiliza esse sistema
de injecao em fluxo.

Eh interessante algumas adaptacoes que sao feitas, como por exemplo, um
chip de computador tem a superficie lixada ateh aparecerem as pontas dos
fios de ouro que existem no interior do componente e que servem de
contato para os pinos externos. Assim essa superficie do chip com varios
pontos de ouro e com contato eletrico, servem como diversos
ultramicroeletrodos. Os ultramicroeletrodos sao muito importantes em
analises envolvendo eletroquimica por apresentam caracteristicas
interessantes para certos requisitos.

Outra curiosidade eh que eles utilizam as finas camadas de metais
dentro de CDs (normais, gravaveis, regravaveis, etc) para confeccionar
eletrodos de dimensoes microscopicas.

Ateh mais.
Luis Brudna

PS: deixei o mail original para lembrar o conteudo da noticia.

> Agjncia USP de Notmcias, 27 de novembro de 2000 n.649/00.
>
> Cientistas acabam com a vidraria do laboratsrio
> Pesquisador do Cena i premiado pela descoberta de um conceito
> pioneiro, que permitiu a automagco das analises qummicas. Hoje
> as analises sco feitas em sistemas que podem ati caber num chip,
> oferecendo resultados quase instantbneos e mais precisos.
>
>
> Destaques
> Pesquisador do Cena i premiado pela descoberta de novo conceito na
> qummica
> Na quarta-feira (29), o pesquisador Elias Ayres Guidetti Zagatto, que
> integrou a
> equipe brasileira que descobriu um conceito pioneiro na qummica
> analmtica, recebe o prjmio
> Rheinboldt-Hauptmann 2000, concedido pela Comissco de Pss-graduagco do
> Instituto de
> Qummica (IQ) da USP todo ano a um qummico, bioqummico ou a cientistas de
> areas correlatas
> por se destacarem em suas contribuigues. O grupo do Centro de Energia
> Nuclear na
> Agricultura (Cena) da USP de Piracicaba i hoje reconhecido
> internacionalmente pela
> analise qummica por injegco em fluxo. "Foi a primeira vez que o Brasil
> descobriu um
> conceito em qummica analmtica", afirma Zagatto. "O encanto dessa ticnica
> i que ela
> possibilita a automagco dos sistemas e lida com microvolumes, da ordem
> de bilionisimos
> de mililitros. Assim, o sistema economiza amostras e reagentes e
> contribui com a qummica
> limpa, ja que libera resmduos mmnimos". O professor Ivano Gutz, docente
> do IQ, "i um
> sistema mais confiavel, que melhora a qualidade dos resultados. I
> possmvel fazer ati 200
> determinagues por hora  manualmente dava para fazer uma ou duas nesse
> mesmo
> tempo".
> Desenvolvido no Cena na dicada de 70 pela equipe chefiada pelo
> professor
> Henrique Bergamin, a analise por injegco em fluxo i, como define Gutz,
> "um sistema que
> permite fazer a qummica entrar pelo cano": os reagentes e amostras sco
> impulsionados em
> tubulagues, onde reagem e tjm seus resultados medidos em poucos
> segundos. Zagatto
> compara o processo com um rio: "a amostra segue seu fluxo e em um ponto
> encontra um
> afluente, ou seja, o reagente, com o qual segue o percurso reagindo, ati
> passar pelo
> instrumento de medida. Como toda aquela qummica de buretas, pipetas,
> balues, acontece
> neste percurso, o sistema acaba com a vidraria do laboratsrio", explica
> Zagatto. Todas as
> amostras sco tratadas exatamente da mesma maneira, por isso o processo
> se torna mais
> preciso, alim de ser mais rapido e mais barato. As tubulagues sco
> capilares da espessura de
> um fio de cabelo, os sistemas sco flexmveis, podem ter varias aplicagues
>  e sco cada vez
> menores. No Canada, ha sete anos, os cientistas trabalham com o "Lab on
> Chip", ou seja,
> constroem um sistema completo de analise num chip de computador.
> "Com esse sistema nss pudemos fazer analises em poucos segundos, o que
> nco
> existia antes em qummica analmtica", destaca Zagatto. Na zltima pesquisa
> industrial feita
> pelo Cena, a implantagco de um sistema de analise em fluxo permitiu que
> a analise do teor
> de alummnio nas chapas de ago feitas pela Usiminas para confeccionar
> latarias de carros
> fosse feita por duas pessoas em trinta segundos, quando antes era feita
> por oito pessoas em
> vinte minutos, economizando toneladas de ago por dia, segundo Zagatto.
> As aplicagues do sistema, afirma Zagatto, "vco alim da imaginagco". O
> Cena, por
> exemplo, tem sistemas em barcos, o que permite analisar a agua do rio
> durante a
> navegagco. Um ex-aluno de Zagatto hoje trabalha na Inglaterra instalando
> sistemas em
> torpedos que descem `s fossas abissais do oceano, permitindo determinar
> a composigco da
> agua a mais de 500 metros de profundidade, enviando resultados via radio
> para o
> laboratsrio central. Em Portugal, um sistema do tamanho de uma pmlula
> monitora
> instantaneamente a qualidade do vinho enquanto ele fermenta nas dornas.
> Por tudo isso, o nome de Zagatto foi um consenso na indicagco dos
> cientistas para a
> premiagco deste ano, e ele recebeu cerca de 80% dos votos da comissco
> que elege os
> homenageados. O prjmio pretende distinguir os cientistas que tenham se
> destacado por
> suas pesquisas, contribuigues, e marca seu reconhecimento acadjmico,
> define Paulo
> Sirgio Santos, diretor do IQ. A premiagco, na qual Zagatto fara uma
> conferjncia sobre
> Analises em fluxo: contribuigues para o avango da Qummica Analmtica,
> acontece `s 16h30
> no Anfiteatro do Pavimento Superior do bloco 6 do IQ. O enderego i Av.
> Prof. Lineu
> Prestes, 748, Cidade Universitaria.
>
> Mais informagues: Prof. Elias Zagatto: (0XX19) 429-4650; e-mail
> ezagatto@cena.usp.br ou Silvana (0XX11) 3818-2053; e-mail
> shlopes@iq.usp.br.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Metodologia cientifica
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 01/12/2000 16:11

Claudio Abreu wrote:
> Mas retomando o rumo da prosa: Alberto, como você avalia o meu plano de vôo? Será que depois de tudo isto feito a TGBD poderá ser considerada como científica?

A questão é: sua teoria já passou por um referee? Já tentou publicar na
Nature ou na Physical Review ou outro periódico sério?

Sem isso, dificilmente será reconhecida.

==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
==========================================================



SUBJECT: Interessante
FROM: luana_cs@hotmail.com
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 01/12/2000 16:34


http://www.globalsoftware.com.br/neurotek




SUBJECT: Re: [ciencialist] fendas quanticas e outras coisas
FROM: "Claudio Abreu Bidual" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 01/12/2000 17:13

Prezado Eduardo,


Você escreveu:

> O princípio da incerteza vale para pares de variáveis onde o
parênteses de Poisson não é nulo, conceito que não é proveniente da
física quântica mas da mecânica hamiltoniana. Ou seja, basicamente, o
princípio da incerteza está definido para alguns pares de medidas.
Não podemos, por exemplo, medir com precisão absoluta simultaneamente o
momento na direção x (por exemplo) e a posição x da partícula mas
podemos medir de uma maneira tão precisa quanto permita a tecnologia da
época um dos dois observáveis citado ou mesmo pares de observáveis que
não estão canonicamente conjugados, e.g. o momento na direção y e a
posição x da partícula.
> Portanto, a física quântica não nos impõe um limite geral de imprecisão
mas uma precisão teórica máxima quando queremos medir simultaneamente
determinados pares de observáveis.

Sinceramente não domino quase nada sobre mecânica quântica e teoria da incerteza em termos quantitativos e matemáticos. Os livros que li a respeito, os autores (Walking, Gell-Mann, Simonsen, Luis Gleiser, entre outros) sempre procuraram aprsentar o tema sem uma abordagem matemática para não espantar o leitor. Desta forma gostaria de saber mais a respeito do que você falou acima. No livro do Gell-Mann (O quark e o jaguar) ele aborda o assunto no item Hisória de Eventos, se não me engano, onde cita quatro equações, e me lembro que na quarta surge a questão da indeterminação. Será que isto tem a ver com a sua colocação?

Um grande abraço,

Claudio Abreu


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]




SUBJECT: Re: [ciencialist] fendas quanticas e outras coisas
FROM: "Claudio Abreu Bidual" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 01/12/2000 17:38

Prezado Neville,

Você propos:

>Que tal definir matéria [microscopicamente] como "singularidades de
descontinuidade do espaço " ! [ afinal, conceituar matéria como "tudo que
ocupa lugar no espaço" parece tão tautológico quanto dizer que "a Terra tem
a forma de um
geoide"].
> Uma definição deste tipo traria a vantagem de se ter algumas propriedades
implícitas, como a impenetrabilidade da matéria..

Não me parece ser uma boa proposta, pelo menos do ponto de vista da TGBD,
onde o dual formado pela energia e a matéria é de natureza concreta,
enquanto que o dual formado pelo espaço e tempo é de natureza abstrata.
Repare que assim seria impossível se substituir o espaço, que é de natureza
abstrata, pela matéria que é de naturezaé concreta.. Por outro lado, se você
fizesse isto, pela TGBD você estaria acabando com o bidual que do fato em
observação, o que por si só impediria que tal fato pudesse existir enquanto
algo em equilíbrio total, por falta de um dos quatro unos. Quanto à
impenetrablidade da matéra acredito que ela se justifique pelo simples
fatodela ser de natureza concreta.

Um grande abraço,

Claudio Abreu




SUBJECT: Sem muita paz e um pouco de escuridao
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 01/12/2000 18:04

Flavio Mendonça wrote:
>
> Paz e Luz João Carlos,

Jocax wrote:
>Talvez Vc nao deva por o nome da pessoa (Paz e Luz Pessoa ) pois as
pessoas podem pensar q so aquela pessoa especifica q recebeu sua a luz
deveria responder..<


Para começar, parece-me que duas de minhas mensagens de hoje (13 h 21 min e 14h 38 min) não passaram pelo crivo moderador, uma vez que as mensagens de hoje começaram a baixar desde as 15h 16min. Sem problemas, aceitemos a moderação. Vejamos se essa passa:

Não sei quem começou com esse "Paz e Luz", típico do jornalzinho de domingo ás 7h e 30min, o "Despertai" (meu despertador domingueiro!) :-)

Um mundo de pura Paz é utopia não desejada (imagino um discurso desse no momento que a guepardo vai atacar a gazela --- essa paz só é conseguida na Ilha do Éden do Fantasma!) e um de eterna Luz seria catastrófico (a Terra teria que parar de girar, ficando meu hemisfério sempre voltado para o Sol ... os coitados do outro lado teriam Paz e Escuridão.
Prefiro os Olá, Oi, Caros amigos etc. Entendo os significados desse intróito, no contexto, apenas me parecem 'dogmáticos' demais. Não vejo 'guerra' como antônimo de 'paz' e sim de 'harmonia' entre povos. Paz lembra-me, entre os homens, um 'sossego profundo', algo a acobertar a 'garra', a criatividade e a busca pelo desconhecido. Por sua vez, Luz 'a me iluminar' parece-me coisa 'divina e angelical'. O meu outro lado (deus) já tem isso em excesso:^). Entretanto, se 'Paz e Luz" = "Olá vcs, saudações", falou e disse.

[]'
Léo





SUBJECT: Re: [ciencialist] fendas quanticas e outras coisas
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 01/12/2000 18:39




> Me parece que a MQ contribui pouco para que tenhamos uma melhor concepção do
> que seja a realidade física, mas, ela continua sendo um excelente algoritmo
> de cálculo; sua parte menos deglutível continua sendo o dogma da incerteza.
> [já disse que MQ ainda acaba virando religião].
>
> Na verdade, acho que faltou um pouco de coragem aos quânticos em refutar
> algumas idéias fundamentais aceitas a priori, como o da NÃO existência de
> movimento retilíneo de partícula a nível microscópico ou até mesmo a
> propagação da luz em linha reta; talvez pudesse ser assumido que os fotons
> se deslocam segundo uma trajetória helicoidal ou espiral, justificando assim
> a incerteza do seu posicionamento.
>
Olá,

será que ninguém nesta lista aceita a teoria mais testada deste século?
Já pensaram na hipótese de que os problemas citados são estranhos porque
talvez não o tenham compreendido? Creio que um pouco mais de humildade
não faria mal a ninguém.
Além de tudo que escrevi nas duas mensagens anteriores (aliás sem
nenhum reply), há alguns comentários a se fazer. Primeiro, trajetória de
partículas microscópicas não existe em mecânica quântica (o que mais se
aproxima é uma região de probabilidade segundo integrais de caminho de
Feynman), portanto acho que sobrou coragem até demais aos quânticos :P.
Segundo, o princípio da incerteza não se aplica quando é feita uma
medida isolada mas *determinados pares de medidas*. Pode-se,
teoricamente (não tecnicamente), precisar exatamente a posição de um
elétron o que é impossível -segundo o princípio da incerteza- é medir
com a mesma precisão simultaneamente o seu momento (é importante
ressaltar que o princípio da incerteza vale para posição e momento e não
para velocidade como se costuma dizer).
O princípio da incerteza é consequência da estrutura matemática da
mecânica quântica onde definimos uma medida como um operador.
Fisicamente, equivale a dizer que toda medida implica em uma interação
como o objeto a ser medido, esta interação nunca pode ser desprezada e
há determinadas medidas que interferem em outras seguindo uma estrutura
já conhecida em grande parte na mecânica analítica. Se vc pensar bem,
isto é muito mais natural do que a insipidez do processo de medida em
física clássica. Obviamente, não podemos medir a velocidade de um carro
sem interagir com ele e, obviamente, essa interação o altera de alguma
forma. O mundo newtoniano que percebemos no cotidiano é um mundo
aproximado, correções quânticas são desprezíveis e somente por isso os
seus conceitos são contrários à nossa intuição. Lembrem-se que a nossa
observação diária mostra que o Sol gira em torno da Terra...
Por favor, parem de falar besteiras e estudem um pouco mais de mecânica
quântica. Quem aprendeu física na universidade há mais de 30 anos não
teve, provavelmente, cursos básicos de MQ como aqueles que estudaram
mais tarde. Não dá para aprender e aceitar a mecânica quântica sem
bastante estudo, o mesmo destinado a partes fundamentais da física
clássica como mecânica e eletromagnetismo.

[]'s Eduardo.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Metodologia cientifica
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 02/12/2000 00:18

-----Mensagem Original-----
De: "Claudio Abreu"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Sexta-feira, 1 de Dezembro de 2000 03:01
Assunto: [ciencialist] Metodologia cientifica

Olá Claudio

> Acredito que, em função dos retornos recebidos, eu tenha sido feliz na
> minha última mensagem...

Com efeito, você não só acertou como também agradou.

> <Ressalto, que consegui desenvolver todo este raciocínio sem fazer uso da
> TGBD, apesar de que poderia tê-lo feito.>
> E você respondeu:
> <Não duvido.>

E respondi com a maior sinceridade e sem segundas intenções.

> Mas, parodiando a história da mulher de César, para que seja reconhecida
> uma teoria, além de ser verdadeira, tem de parecer ser verdadeira. O que
> no caso, em se tratando do reconhecimento da comunidade científica, se
> possa dizer que uma teoria tem que parecer ser científica, para que possa
> ser aceita como verdadeira.

Eu creio que as coisas não são bem assim. A meu ver são bem piores. Uma
teoria, para ser aceita, tem que estar na moda. Tem que satisfazer aos
caprichos da moda ditados pelos donos da ciência. Parece que você ainda não
entendeu que tanto eu como você somos "personas non grata" no mundo da
ciência simplesmente porque contestamos aquilo que ninguém quer que seja
contestado. A sua teoria, sob certos aspectos, leva uma vantagem muito
grande sobre a minha: ela permite que se questione sobre seu valor
científico e/ou metafísico. A minha nem para isso serve. Ela é colocada à
margem da ciência simplesmente porque aborda questionamentos que contrariam
a moda vigente.

> De que adianta, por exemplo, eu e você nos dedicarmos a desenvolver uma
> teoria se ninguém vier a acreditar nela? A o que ela levará?

Já desisti de me questionar a esse respeito. Hoje eu procuro lutar no
sentido de deixar um mundo melhor, onde jovens teorizadores não tenham que
passar pelo que passei. Concluo então que o meu ideal hoje é bem diverso
daquele de 30 anos atrás quando descobri que transportava um cientista
dentro de mim. E que "tudo vale a pena quando a alma não é pequena". No
mais, faço teorias com a mesma displicência quanto outros resolvem palavras
cruzadas. Sem esperar nada a não ser a satisfação pessoal por conseguir
manifestar a contento os talentos que me foram destinados.

> Vi no seu site (embora não tenha tido tempo para ler tudo) que você já
> escreveu sobre método científico. E assim gostaria que analisasse se o
> caminho que tracei para o desenvolvimento da TGBD se enquadra dentro do
> método científico. A seguir apresento meu plano de vôo:

Em virtude de mudança da temática, vou deixar para responder o restante da
msg em outro contexto. Talvez demore um pouco, pois o assunto pareceu-me ser
bastante complexo e delicado. Até lá.

[ ]'s
Alberto
http://sites.uol.com.br/albmesq/
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm




SUBJECT: Re: [ciencialist] Metodologia cientifica
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 02/12/2000 04:45

-----Mensagem Original-----
De: "Claudio Abreu"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Sexta-feira, 1 de Dezembro de 2000 03:01
Assunto: [ciencialist] Metodologia cientifica

> Vi no seu site (embora não tenha tido tempo para ler tudo) que você já
> escreveu sobre método científico. E assim gostaria que analisasse se o
> caminho que tracei para o desenvolvimento da TGBD se enquadra dentro do
> método científico.

Lembro apenas que o método científico é algo bem mais complexo do que aquele
que se encontra em livros de metodologia científica ou de filosofia da
ciência. Uma das falhas, a meu ver, reside justamente em não enfatizar
convenientemente a metodologia da teorização em ciência. E fica-se então com
aquela impressão de que o teorizador, quando bem sucedido, nada mais é senão
um mago a ter sempre uma carta escondida nas mangas. Por outro lado, o
método em si costuma valorizar apenas etapas bem sistematizadas como
dedução, análise, indução e síntese, desprezando a intuição e outros
procedimentos relacionados à criatividade própria aos cientistas. Mesmo
porque é muito difícil axiomatizar estes procedimentos. Procurando chamar a
atenção a esta falha, costumo dizer que existe um método propriamente dito,
que nada mais é senão aquele já axiomatizado pelos cientistas das áreas de
exatas e biológicas, um macrométodo científico, a incluir principalmente a
intuição e a divulgação, e um micrométodo científico, a meu ver intimamente
relacionado aos princípios filosóficos que norteiam a produção de
conhecimentos, em especial a teorização. Lembro ainda que acredito na
unicidade do método científico, ou seja, que existe um método científico
mais complexo, único e aplicável a todas as áreas científicas. Porém, e ao
que tudo indica, e se o que penso for verdade, esse método ainda está em
construção, pois o método que temos por aí tem-se mostrado incapaz de
incluir muitas teorias, em especial aquelas a embasarem as ciências chamadas
humanas e sociais.

> A seguir apresento meu plano de vôo:

> (1) com base em observação de fatos naturais (por exemplo: as ondas do
> mar) e científicos (por exemplo: a reta é um circunferência de raio
> infinito) venho desenvolvendo, há mais de 30 anos uma teoria, que
> denominei de TGBD, cujo "modesto" objetivo é explicar a estrutura de tudo
> o que existe e/ou não existe no universo e fora dele;

Perceba que aqui reside a intuição e/ou o insight. Ou seja, de alguma
maneira você observou coisas que milhares de pessoas já observaram e o seu
inconsciente notou algo de extraordinário e que ou passou despercebido pelos
demais ou não chegou a ser valorizado pelos mesmos. A intuição é algo que
está a margem do método científico nos livros. Não obstante, tudo em ciência
começa pela intuição, embora nem toda intuição nos leve a conhecimentos
científicos.

> (2) a partir de quase 10 anos atras o desenvolvimento desta teoria vem se
> dando, em grande parte, a partir dela mesma, na medida em que se ela
> objetiva explicar a estrutura de tudo, ela por ser algo, também que se
> auto-obedecer;

É muito difícil analisar teorias do tudo tomando por base o método
científico. Existem as chamadas teorias do tudo restritas à ciência, como
por exemplo as teorias unificadoras. Parece-me, no entanto, e pelo que você
mesmo diz, que a sua teoria relaciona-se a um tudo absoluto. Logo ela está
acima da ciência e talvez seja esse o aspecto que me faz enxergá-la como
metacientífica. Ou seja, ela deve explicar os fenômenos científicos e também
os não-científicos, desde que "verdadeiros". E tanto assim é que, como você
próprio diz, ela deve se auto-obedecer. Não sei se existe no âmbito das
ciências alguma outra teoria formulada com tal rigidez. E digo mais: não é o
método científico quem tem que justificar a sua teoria, mas o inverso. Pois
o método científico faz parte desse tudo.

> (3) isto, contudo, não impede que a observação de novos fatos científicos
> e naturais, demande e indique ajustes e novos desenvolvimentos da teoria;
> a química, por exemplo, tem me mostrado que talvez existam mais do que uma
> única alternativa para o Quarto Uno, o que, com aplicação da própria TGBD,
> me levar a crer que devam existir quatro alternativas;

Do ponto de vista da metodologia da teorização, diria que a sua teoria ainda
está em aberto. Isto não é uma crítica pois existem muitas teorias em
aberto. Digo, com freqüência, que a mecânica de Newton é uma teoria deixada
em aberto por Newton e até hoje ninguém se atreveu a pelo menos tentar
completá-la. Quanto ao Quarto Uno eu já cheguei a dizer que existe alguma
coisa esquisita com o mesmo e é isto que deve estar trazendo complicações
para o fechamento.

> (4) parti do pressuposto que se a TGBD se aplicar no enquadramento da
> essência das principais ciências, ela tem grande possibilidade de ser
> verdadeira; aliás, conforme dito em (3), tal atividade pode inclusive
> levar à necessidade de serem feitos ajustes na própria teoria, nos casos
> em que ela não consiga proceder tais enquadramentos;

Eu já disse que vejo a sua teoria com muita simpatia mas não sei até que
ponto o número quatro não está lhe atrapalhando. E já que você admite que a
teoria está em aberto, pergunto: Você já pensou alguma vez em uma teoria
geral da tri-dualidade? Eu só queria perguntar, não precisa responder. :-)
Aliás, não responda, a não ser em pvt ou então no grupo tgbd (como você deve
saber, eu recebo os e-mails da tgbd). Caso contrário nós dois seremos
expulsos da Ciencialist. :-)))

> (5) dentro do exposto em (4) fiz o que pude para tentar analisar a
> veracidade da TGBD principalmente na física, química, biologia, e
> matemática, e em menor grau, informática, direito, economia, política,
> entre outras ciências; os resultados até agora tem sido animadores, como
> por exemplo: a mecânica quântica e o modelo padrão das partículas
> elementares aparenta ter uma estrutura bidual, assim como a tabela
> periódica da química, o DNA, a lógica matemática, a regra de três, entre
> outras centenas de exemplos (muitos deles apresentados aqui na
> Ciencialist);

Eu entendo que uma teoria do tudo deve explicar tudo o que é verdadeiro. Mas
ela deve também nos dar indícios de que alguma coisa está errada em algum
lugar. Por exemplo, soaria esquisito ouvir que ela compatibiliza-se com
teorias incompatíveis como, por exemplo, a relatividade de Galileu e a de
Einstein. Eu já ouvi você dizer que ela compatibiliza-se com a física
moderna e com a física clássica. Até aí, tudo bem, pois eu não sei quais
elementos das duas físicas foram testados, e elas não são incompatíveis em
tudo. Porém a tgbd deveria também se prestar a nos orientar nos aspectos
discordantes entre as teorias antagônicas. Se ela fizer isso teremos pelo
menos uma característica falseável. Bunge costuma classificar as teorias
científicas em teorias de alto risco (as representacionais) e teorias de
baixo risco (as fenomenológicas). No entanto todas elas são dotadas de algum
risco, o que seria quase o mesmo que dizer que sujeitam-se à falseabilidade.
Outra maneira de se sujeitar à falseabilidade seria a teoria fazer previsões
testáveis experimentalmente (às vezes até por experiências de pensamento).

> (6) devo continuar pesquisando o maior número de exemplos fundamentais
> para a TGBD nestas e em outras ciências, e, pela experiência que tenho,
> acho que a TGBD deverá passar com louvor por esta fase;

Isso é muito bom para a teoria e para o autor da teoria mas nem sempre
convence os críticos. Na realidade você está falseando a teoria com
experimentos ou teorias que se adaptam a experimentos já conhecidos. Quanto
mais melhor mas é como disse acima: uma teoria do tudo não deve explicar
tudo mas tão somente tudo o que é verdadeiro. O difícil é saber o que é
verdadeiro, pois nenhuma teoria científica até hoje chegou a essa perfeição.
Eu tenho a impressão que quando você diz que a tgbd explica tudo você quer
dizer que ela explica todos os fenômenos observáveis mas não todas as
teorias plantadas sobre esses fenômenos. É importante deixar clara essa
distinção para os possíveis críticos. Um conselho: preocupe-se menos com as
teorias consagradas e mais com os fenômenos que chegam a ser explicados por
essas teorias consagradas.

> (7) é certo que as atividades de (4), (5) e (6) nunca terminarão, mas em
> algum momento, acredito eu, terei a quase certeza que a TGBD é verdadeira,
> e espero que a comunidade científica também a veja como verdadeira,
> tentarei mostrar isto escrevendo um livro narrando todas estas
> constatações;

Isso é bom apesar de que hoje ficou mais fácil chegar ao público através da
Internet do que através de livros. Mas eu ainda acredito no poder do livro.

> (8) tudo o que foi visto até agora poderia ser definido como sendo o
> desenvolvimento e a tentativa de comprovação da veracidade da TGBD, e, a
> partir daí virá a sua fase seguinte que deverá ser a comprovação
> definitiva da sua veracidade enquanto ciência; para tanto, conforme já li
> nesta lista, será necessário a TGBD poder prever o comportamento de
> eventos em experimentos e a realizar descoberta de novos conhecimentos;

De alguma forma ela deve ser falseável. Esta é uma condição necessária mas
talvez não suficiente. Este talvez não é para desanimá-lo mas para chamar a
atenção para o que disse acima: a meu ver o verdadeiro método científico
ainda está na fase de projeto. Por outro lado, não esqueça do que eu disse
acima sobre teorias do tudo absoluto: elas, por definição, devem estar acima
da ciência e do método científico. O que é mais engloba o menos mas não é o
menos.

> (9) vale dizer que nada impede que o que esta definido em (8) não possa
> vir a ser feito concomitantemente com os passos anteriores; a propósito já
> apresentei aqui na Ciencialist indicações da TGBD para a unificação das
> forças eletromagnética e da gravidade, bem como necessidade de ajustes na
> Cromodinâmica Quântica para que esta se enquadre na estrutura da TGBD;

Perceba que você está preocupando-se demais com teorias consagradas e não
com os fenômenos em si. O que é gravidade? O que é Cromodinâmica Quântica?
Para a primeira pergunta a resposta mais fidedigna é: Não sei. A
Cromodinâmica Quântica é uma teoria construída para explicar fenômenos
observáveis através de símbolos imaginários (quarks e outros bichos). Nada
contra que a sua teoria possua entidades imaginárias. O esquisito para mim é
ela explicar entidades hipotéticas e imaginárias de outras teorias. Ou seja,
você está assumindo esses imaginários como reais mas a única coisa que
efetivamente é real é a experiência que levou os construtores dessa teoria a
imaginá-los. Enfim, como você já manifestou aqui que a tgbd é incompatível
com a teoria das supercordas, é possível que conscientemente ou não já
esteja tomando esses cuidados.

> (10) finalmente, cumpridas todas estas etapas, que acredito ainda
> demandarão uns 10 anos (e espero ter força, disposição, vida e saúde para
> tanto), torço para que chegue lá e alcance o meu objetivo que é o completo
> desenvolvimento da TGBD, que seria a Teoria de Tudo, da teoria de todas as
> teorias e a síntese do conhecimento, cujas principais aplicações seriam:
> (a) conhecer o desconhecido a partir do que se conhece;
> (b) testar toda e qualquer teoria científica;
> (c) simplificar a ciência.

Pois estou torcendo pelo seu sucesso. Contentar-me-ia com o item b. :-)

> Certamente irei chocar muitas pessoas aqui na Ciencialist com as minhas
> afirmações do item (10). Certamente muitos irão me chamar de
> megalomaníaco, insano e outros adjetivos depreciativos e agressivos.

Os piores não são aqueles que tem coragem de dizer o que pensam.

> Mas retomando o rumo da prosa: Alberto, como você avalia o meu plano de
> vôo?

Ninguém me ensinou a teorizar e eu nunca li nada sobre qual seria o melhor
método ou plano a ser aplicado nesta atividade. Ainda assim creio que as
condições necessárias e suficientes para a teorização são três: fé, amor e
palavra. Em especial: fé em si mesmo, o que acredito que você tenha na
quantidade certa; amor ao próximo no sentido não só de potencializar a sua
fé, para que possa produzir alguma coisa em benefício da comunidade, mas
também no sentido de suportar os críticos; e palavra, no sentido de que
tenha coragem para divulgar o produto dessa fé e desse amor.

> Será que depois de tudo isto feito a TGBD poderá ser considerada como
> científica?

Se os donos da ciência quiserem você não precisará de nada disso e ela será
considerada hoje como científica. Caso contrário... não desanime. Um
pouquinho de Popper para animá-lo: "Acho que só há um caminho para a
ciência - ou para a filosofia: encontrar um problema, ver a sua beleza e
apaixonarmo-nos por ele; casarmo-nos com ele, até que a morte nos separe - a
não ser que obtenhamos uma solução. Mas ainda que encontremos uma solução,
poderemos descobrir, para nossa satisfação, a existência de toda uma família
de encantadores, se bem que talvez difíceis, problemas-filhos, para cujo
bem-estar poderemos trabalhar, com uma finalidade em vista, até ao fim dos
nossos dias."

> Repare que, muito provavelmente, será impossível comprovar que a TGBD é
> verdadeira, pois sempre haverão novos testes para tentar falseá-la. Mas
> se ela vier a apontar novos caminhos para a ciência nunca dantes
> imaginados, será que ela poderá deixar de ser tachada de metafísica, para
> ser reconhecida como científica? Será que o caminho que estou pretendendo
> percorrer poderá atingir este objetivo? Repare: quanto à TGBD eu não
> tenho qualquer dúvida quanto à sua veracidade. O que me preocupa é que
> talvez eu não consiga demostrar isto para a comunidade científica, e
> assim, todo meu esforço dê com os burros n´água.

Esqueça-se da metafísica. Sua missão é provar se a tgbd é ou não verdadeira,
se é ou não útil para a ciência. A meu ver, se você conseguir atingir esse
objetivo, a tgbd não será científica pois ela estará acima da ciência.

> Você pode me dar sua opinião sincera ( não quanto a TGBD, que
> aparentemente não conta com a sua simpatia e crença)

Não sei de onde você tirou essa idéia.

> se a rota que tracei
> para desenvolver e divulgar a TGBD está correta e poderá chegar ao seu
> objetivo maior?

Repito: fé, amor e palavra. Este é o segredo para que você sinta-se
satisfeito consigo mesmo. Os outros são os outros e em nome do amor só nos
resta aceitá-los como são.

[ ]'s
Alberto
http://sites.uol.com.br/albmesq/
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm




SUBJECT: Re: [ciencialist] Metodologia cientifica
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 02/12/2000 05:29

-----Mensagem Original-----
De: "TARCISIO BORGES"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Sexta-feira, 1 de Dezembro de 2000 16:11
Assunto: Re: [ciencialist] Metodologia cientifica

> Claudio Abreu wrote:
> > Mas retomando o rumo da prosa: Alberto, como você avalia o meu plano de
> > vôo? Será que depois de tudo isto feito a TGBD poderá ser considerada
> > como científica?
> A questão é: sua teoria já passou por um referee? Já tentou publicar na
> Nature ou na Physical Review ou outro periódico sério?
> Sem isso, dificilmente será reconhecida.

Olá, Tarcísio. Isso que você diz eu já ouvi milhares de vezes. Aqui na
Ciencialist creio que já foi dito mais de vinte vezes. Na década de 60,
quando estudava medicina, meus professores diziam a mesma coisa porém
referiam-se obviamente a revistas outras tais como o New England Journal of
Medicine (USA), o Lancet (UK), o Journal of Clinical Investigation (USA),
etc. Na década seguinte continuei ouvindo o mesmo papo tanto no Hospital das
Clínicas quanto na Cidade Universitária (Instituto de Ciências Biomédicas).
Na década de 90 ouvi a mesma ladainha inúmeras vezes no IFUSP agora
citando-se dentre outras, as revistas a que você se referiu. Essa história
nunca me convenceu e achava mesmo que o cientista brasileiro estava sendo
induzido a permanecer no subdesenvolvimento científico. Aqueles que iam para
o exterior eram treinados para ao chegarem aqui valorizarem as revistas de
lá. Em 1996, ao participar como moderador de um debate sobre "O que é uma
revista científica", ao final de uma das sessões sobrou-me um tempo e
aproveitei para improvisar o que ao ser gravado e publicado intitulei
"Revistas Científicas e a Realidade Nacional". O artigo está em
http://sites.uol.com.br/albmesq/artigos/MR03.txt e acho que ele fala por si
só e portanto solicito aos amigos para que comentem a respeito. Se não o
artigo todo, pelo menos os quatro primeiros parágrafos mais diretamente
relacionados ao tema em pauta. Será que estou sendo muito pessimista com
relação à política científica brasileira?Coincidência ou não, de 1996 para
cá tem aumentado o número de periódicos nacionais publicados em inglês. Mas
ainda estamos longe do dia em que o universitário brasileiro irá valorizar
publicações de seu país.

[ ]'s
Alberto
http://sites.uol.com.br/albmesq/
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm




SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar??
FROM: "Marcelo Barbosa" <embs@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 02/12/2000 13:06

>Qual a origem destes impulsos codificados ?
>É só a isso que vc resume o homem ? De toda forma, quem o programou,
Deus ou o caos ?
>Esta sociedade é moral ? Como se fez o código moral, desta sociedade
?

Todas as perguntas parecem querer levar à conclusão de que algum deus
tenha criado os impulsos, o homem, o código moral, etc...

Primeiramente, pode-se encará-la como uma "falácia da bifurcação", ou
seja: ou foi deus que fez, ou surgiu do nada. Por que somente
existiriam essas duas alternativas? Como por exemplo: tudo ter sempre
existido, universo pulsante, universos dentro de universos, e outras
coisas difícieis até de se imaginar.

Por outro lado, se aceitarmos as perguntas como tendo resposta "deus",
isso nos leva a outras perguntas cruciais: Quem originou deus? Quem
programou deus? Quem incutiu moral em deus? Se podemos aceitar
respostas do tipo "deus criou a si mesmo", qual seria a dificuldade de
aceitarmos "o universo se criou a si mesmo", ou "o universo sempre
existiu"?

Marcelo Barbosa





SUBJECT: Re: [ciencialist] Sono e Sonho
FROM: "Raul Sturari Jr." <raulsturari@ig.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 02/12/2000 13:24

Peterson wrote:

>O que eu digo mesmo, e não sei se é apenas eu que conheço estes, é
>que encontram-se entre os psicanalistas um número muito maior de
>pessoas dispostas a aceitar e a recomendar toda sorte de terapias
>alternativas, inclusive a tal homeopatia e coisas do tipo

Pobre Freud. Os terapeutas alternativos demoraram, mas já conseguiram perverter o que ele disse, introduzir isso em uma orgia de terapias alternativas e usar esse bacanal para realizar pseudocuras. Culpa do nosso absoluto analfabetismo científico.

[]'s
Raul


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Metodologia cientifica
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 02/12/2000 15:37

Prezado Tarcísio,

Você escreveu:

>A questão é: sua teoria já passou por um refere? Já tentou publicar na Nature ou na Physical Review ou outro periódico sério?
Sem isso, dificilmente será reconhecida.

Certamente a TGBD não passou ainda por um refere. A única tentativa que fiz neste sentido foi submetê-la à avaliação aqui na Ciencialist, que acredito ser, digamos, uma amostra do meio científico. E conforme já disse, os resultados disso deixaram muito a desejar. Talvez por ter apresentando o tema sob a forma de diversas inserções soltas, abordando uma série de assuntos dentro de uma forma desordenada; e, também, ao natural ceticismo dos integrantes da lista. Nenhuma culpa deles, afinal o objetivo da TGBD é muito amplo e ambicioso, e certamente espantaria a rapaziada de qualquer forma. Ainda mais se apresentado dentro de uma forma imperfeita.

Acredito que eu necessito de elaborar um texto mais completo, consistente e elaborado para que possa transmitir o que já sei a respeito da TGBD. Chegando lá, talvez seja possível aos leitores terem uma visão integral da minha proposta, e aí sim, as suas opiniões poderão ser melhor fundamentadas e conscientes. Daí a importância de escrever o livro da TGBD, e de ter a força para fazê-lo.

Mas para tanto, tenho minhas limitações. Uma delas é a falta de tempo. Não sou um cientista, digamos, profissional, e, sim, amador. Para sobreviver tenho de exercer outras atividades. Se eu pudesse me dedicar totalmente a essa tarefa, teria mais chance de fazê-la. Outra limitação é o fato de eu achar que a TGBD ainda está incompleta, e, assim, ainda não me sinto seguro para encarar a empreitada. Contudo, sei que se me dedicasse integralmente ao assunto teria muito mais chances de equacioná-lo. É como a história do ovo e da galinha...

Quanto à publicação no "Nature ou na Physical Review ou outro periódico sério" acho que ainda não é a hora. E nem sei como conseguirei fazer isso ao chegar a hora, pois não deve ser fácil... Afinal, se aqui na Ciencialist já levei uma série de pauladas, que me dirá lá... Mas, tudo bem. Quem entra na chuva tem que se molhar. Tentarei chegar lá pois será necessário. É como escrevi numa mensagem anterior, com alguns erros, e que repito agora, com alguns acertos, numa espécie de errata:

"Em mensagens anteriores cheguei a dizer que acredito ser mais importante o fato de uma teoria ser verdadeira do que ela ser científica ou metafísica. E continuo achando. Mas, fazendo uma parodia com a história da mulher de César, para que uma teoria seja reconhecida não basta que uma seja verdadeira, ela tem de parecer verdadeira. O que no caso, em se tratando da comunidade acadêmica, para que possa ser reconhecida como verdadeira uma teoria, além de científica, tem que parecer ser científica."

E, dentro dos padrões vigentes, a divulgação de uma teoria numa publicação científica séria é obrigatória para que seja considerada científica, e, assim, reconhecida como verdadeira. Não adianta remar contra a maré, pois é assim que é. E espero que algum dia eu chegue lá. Não sou do tipo rebelde sem causa, e sei me submeter aos padrões vigentes. Este é o lado político da coisa, tão importante quanto o lado científico. E é como já disse anteriormente: de nada adianta uma teoria ser verdadeira se ninguém, além de quem a formulou, souber disso e acreditar nisso. De que adianta fazer uma linda música se ninguém puder ouví-la?

Um grande abraço.

Claudio Abreu

----- Original Message -----
From: TARCISIO BORGES
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Friday, December 01, 2000 4:11 PM
Subject: Re: [ciencialist] Metodologia cientifica


Claudio Abreu wrote:
> Mas retomando o rumo da prosa: Alberto, como você avalia o meu plano de vôo? Será que depois de tudo isto feito a TGBD poderá ser considerada como científica?


==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
==========================================================



SUBJECT: Re: Lista temporariamente moderada (administrador)
FROM: "Luis Roberto Brudna [RS]" <lrb@if.ufrgs.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 02/12/2000 16:23

Nao estou fazendo NENHUM tipo de censura em relacao ao conteudo das
mensagens!

Nao rejeitei NENHUMA mensagem ateh agora, todas passaram.

Os objetivos que tenho com essa moderacao eh evitar o fluxo elevado
de mensagens e cuidar para que mensagens sem conteudo sejam enviadas
para a lista.

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna - administrador(atualmente moderando) Ciencialist


<jocax@u...> wrote:
>
>
> lrb@i... wrote:
> >
> > VOU colocar a Ciencialist em modo moderado devido ao elevado
numero
> > de
> > mensagens que apareceram na lista nos ultimos dias.
> >
> > Nao vou influenciar de forma direta no conteudo das mensagens, o
> > maximo
> > que farei eh apagar as partes da mensagem que sao totalmente
inuteis
> > para
> > a discussao, por exemplo, rodapeh e propaganda do Egroups. Nao eh
> > necessario panico.
> >
> > Essa moderacao serah temporaria.
> >
>
> Nao eh uma reclamacao mas uma manifestacao:
> Venho de uma epoca onde a ditadura tinha o controle politico do
pais e
> a censura imperava.
> Por isso fico preocupado e frustrado qdo a lista passa ao estado
> moderado:
> Sinto-me censurado de novo !, como o povo o era nas decadas de 60-
70 !
> Os mais jovens talvez nao sintam tal repulsa como eu....
> Mas.. Cést La vie.... :-(
> []s
> jocax




SUBJECT: apresentacao
FROM: "sa gredo" <sagredus@hotmail.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 02/12/2000 16:23

Prezados ciencialisteiros,

Meu nome � Joabner, tenho 26 anos e sou formado em f�sica.
Estou gostando da lista e dos temas por voc�s abordados aqui;
Mas os que mais me chamam a aten��o s�o os relacionados � f�sica e � sobre
esses que eu mais comentarei.

Meu email pessoal �

sagredus@hotmail.com,

para eventuais discuss�es que fujam do interesse geral da lista que queiram
ter em particular.

Sagredus, foi uma altera��o ao nome "Sagredo" que fiz. E, Sagredo foi um
personagem de um livro que Galileu Galilei escreveu. O livro se tratava de
um di�logo entre tr�s personagens: Simpl�cio, Salviatti e Sagredo. A
personalidade de cada um era a mola mestra da discuss�o:
Simpl�cio tinha um comportamento conservador, tanto do ponto de vista
cient�fico quanto religioso.
Salviatti era o "revolucion�rio". Suas id�ias estavam em desacordo com
tanto da ci�ncia da �poca quanto da religi�o.
Sagredo representava a postura de todo bom investigador: era imparticial e
tentava sempre investigar todos os lados de uma discuss�o e por vezes at�
propunha algo diferente que os outros dois personagens n�o haviam proposto.
Sagredo era na verdade Galileu Galilei que o usava para expressar suas
id�ias.
O personagem Sagredo foi o que eu mais me pareceu consistente nas
discuss�es pois ele n�o assumia nem um lado conservador e nem um lado
revolucion�rio muito comum nos amantes de uma id�ia em particular.
Ele procurava ser um investigador, um cientista. E acabou sendo (pelo menos
no di�logo).
Um escritor, cujo nome minha mem�ria n�o ajuda, "ressussitou" os tr�s
personagens para escrever o livro com o t�tulo "S�o os quanta reais? - um
di�logo galileiano".
Alguns cr�ticam essa postura, dizendo que talvez Galileu Galilei n�o
emprestaria seus personagens (principalmente Sagredo) para escrever o livro.
Mas, se Sagredo pudesse criar vida, com certeza, ele iria pensar do mesmo
jeito com rela��o a qu�ntica.

Vou ficando por aqui.

[]'s
Joabner.
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SUBJECT: sao os quanta reais?
FROM: "sa gredo" <sagredus@hotmail.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 02/12/2000 16:46

Prezados ciencilistas,

Gostei de ver voc�s discutirem sobre qu�ntica.
Embora ela consiga explicar de maneira precisa v�rios fen�menos, � uma
parte de f�sica que n�o � de todo trivial.
De fato, vezes por outra temos que apelar para alguma equa��o para
solucionar alguma d�vida que temos . Assim, �s vezes, acabamos que concluir
que a intui��o que t�nhamos anteriormente estava errada.
Na verdade, a intui��o nos engana quase sempre que estamos come�ando a
estudar mec�nica qu�ntica e somente o amadurecimento das id�ias nos faz
intuir melhor e vemos que certas perguntas simplesmente n�o fazem sentido
via mec�nica qu�ntica.
Por fim, se realmente quisermos resolver ou n�o uma quest�o, temos que
fazer como dizem os matem�ticos:

"Tem um problema? Chame-o de "x" e resolva-o!"

Isso cria um certo rancor �s vezes, principalmente por parte dos leigos que
nunca lidaram com equa��es envolvidas na quest�o em que um especialista
conseguiria lidar com destreza.
Mas isso n�o torna a f�sica mais matem�tica do que qualquer outra �rea das
exatas. Todas as ci�ncias exatas, acabam usando equa��es matem�ticas de
algum tipo para serem o "tira-teima" da d�vida. Mas as equa��es acabam
servindo como "tira-leigo" tamb�m.
Na verdade, a intui��o nunca foi confi�vel em ci�ncia alguma, de modo que
n�o o seria na f�sica tamb�m.
E, se por um lado, a qu�ntica n�o parece intuitiva, problemas, cuja solu��o
envolvem equa��es cl�ssicas tamb�m n�o s�o muitas vezes intuitivos.

Ao que parece, perguntas do tipo "s�o os quanto reais?" v�o ganhando
respostas "sim" at� onde conhecemos a mat�ria e o vazio.



[]'s
Joabner.
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Metodologia cientifica
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 02/12/2000 18:10

Prezados amigos da Ciencialist,

Acabo de receber uma mensagem de retorno do Alberto Mesquita Filho, que contudo, a enviou para o site da TGBD. Ela está no endereço:

http://br.egroups.com/message/tgbd/39

Vale a pena dar uma olhada. Peço que qualquer comentário seja feito no próprio site da TGBD.

Um grande abraço,

Claudio Abreu
----- Original Message -----
From: Claudio Abreu
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Friday, December 01, 2000 3:01 AM
Subject: [ciencialist] Metodologia cientifica


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]




SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar Einstein
FROM: "JH Home Page" <jh-hp@ieg.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 02/12/2000 18:19

e você ta achando que vai ser facilimo de todos eles se adaptarem aos dias de hoje...
-----Mensagem Original-----
De: Roberto Belisario
Para: ciencialist@egroups.com
Enviada em: Quarta-feira, 29 de Novembro de 2000 10:03
Assunto: Re: [ciencialist] Clonar Einstein



Bem, vamos ter que clonar também o ambiente familiar e social em que ele
viveu... senão, nada de Einstein...!
Inté,
Belisário

----- Original Message -----
From: Joao Carlos Holland de Barcellos

> Amigos ( e inimigos :P ) ,
> Aproveitando a mare de discussao sobre clonagem (de Jesus e etc...)
> proponho um movimento para a clonagem do Einstein, cujo cerebro, q eu
> saiba,
> esta conservado em formol.
>
> Boa ideia?
>
> []s
> jocax
> ( PS: O mesmo poderia ser feito com outros grandes Genios da humanidade
> como Descartes, Da vinci, Darwin, Newton ( este o Mesquita vai gostar )
> etc.. "ressuscitariamos" todos !! )




SUBJECT: Re: [ciencialist] Sem muita paz e um pouco de escuridao
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 02/12/2000 18:23

-----Mensagem Original-----
De: "Luiz Ferraz Netto"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Sexta-feira, 1 de Dezembro de 2000 18:04
Assunto: [ciencialist] Sem muita paz e um pouco de escuridao

> Não sei quem começou com esse "Paz e Luz", típico do jornalzinho de
> domingo

:-)). Eu também não sei e também sou do tempo em que no domingo as 11 horas,
íamos esperar as garotas, com o jornalzinho na mão, sairem da igreja. Logo
depois veio o tempo do "Paz e amor, bicho", e o ponto de encontro mudou de
endereço. Mas aí eu já estava casado e não aprendi a pular o muro.

> Um mundo de pura Paz é utopia não desejada (imagino um discurso desse no
> momento que a guepardo vai atacar a gazela --- essa paz só é conseguida na
> Ilha do Éden do Fantasma!) e um de eterna Luz seria catastrófico (a Terra
> teria que parar de girar, ficando meu hemisfério sempre voltado para o Sol
> ... os coitados do outro lado teriam Paz e Escuridão.

Tem lógica.

> Prefiro os Olá, Oi, Caros amigos etc. Entendo os significados desse
> intróito, no contexto, apenas me parecem 'dogmáticos' demais. Não vejo
> 'guerra' como antônimo de 'paz' e sim de 'harmonia' entre povos.

Também tem lógica mas a esse ponto eu sou mais reticente. Durante quase todo
o final do século XX, enquanto pairou a guerra fria e/ou a ameaça dos
esotéricos sobre um possível fim do mundo, uma única coisa chegou a me
preocupar de fato, a que eu chamei "O Princípio do Fim". E cheguei a me
referir a esse princípio da seguinte maneira: "Há quem diga que um dos
sinais dos últimos tempos "será" a preocupação excessiva com a pregação da
paz. Pode não ser verdadeiro, mas é um pensamento sábio. Se existem homens
de boa vontade preocupados com a paz, isto significa que vivemos em guerra;
e visualizamos a autodestruição. Que sejam bem sucedidos os pregadores da
paz. Mas que se diga também que melhor do que defender a paz é não vivermos
em guerra e, assim sendo, não nos preocuparmos com a paz."

> Paz lembra-me, entre os homens, um 'sossego profundo'...

E bastante letárgico para o meu gosto.

> ...algo a acobertar a 'garra', a criatividade e a busca pelo desconhecido.

Falou o lado popperiano do Léo. :-)). Revolução permanente, é isso aí.

> Por sua vez, Luz 'a me iluminar' parece-me coisa 'divina e angelical'. O
> meu outro lado (deus) já tem isso em excesso:^). Entretanto, se 'Paz e
> Luz" = "Olá vcs, saudações", falou e disse.

Quem sou eu para contestar o Todo Poderoso Léo? :-))

[ ]'s
Alberto
http://sites.uol.com.br/albmesq/
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm




SUBJECT: Re: [ciencialist] intelig�ncias
FROM: "JH Home Page" <jh-hp@ieg.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 02/12/2000 18:31

Se alguém conseguir me dizer quais saum as perguntas feitas num teste d Q.I e me disser quanto vale (pontos) cada pergunta eu posso fzer um... Seria até engraçado porque não acredito muito nesse teste... É meio impreciso...

-----Mensagem Original-----
De: Palhares, Paulo Rogerio
Para: ciencialist@egroups.com
Enviada em: Quinta-feira, 30 de Novembro de 2000 09:54
Assunto: RE: [ciencialist] inteligências


Aproveitando, alguêm conhece na net algum teste de QI legal?

Um abraço

-----Original Message-----
From: milton@if.sc.usp.br [ mailto:milton@if.sc.usp.br]On Behalf Of
Milton Taidi Sonoda
Sent: quinta-feira, 30 de novembro de 2000 09:44
To: ciencialist@egroups.com
Subject: [ciencialist] inteligências


> Um teste de QI eh uma serie de problemas em que o raciocinio logico,
> racicinio abstrato, espacial, etc.. sao propostos para serem resolvidos
> em um determinado intervalo de tempo.
>
> []s
> jocax

Será que todos os tipos de inteligência são contemplados
nestes testes? Será que se conhece todos os tipos de inteligência?
Será que existe tipos de inteligência mais importantes que outros?
Por exemplo, será a inteligência lógico-dedutiva mais importante
que a inteligência musical?

Acho que todas as respostas são não.

Pior. Acho que poucos tipos de inteligência são estimulados
na formação escolar do ser humano, com conscequencias
graves para o indivíduo e para a sociedade como um todo.

[ ]'s
Milton




SUBJECT: Re: [ciencialist] apresentacao
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 02/12/2000 18:40

-----Mensagem Original-----
De: "sa gredo" <sagredus@hotmail.com>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Sábado, 2 de Dezembro de 2000 16:23
Assunto: [ciencialist] apresentacao

> Meu nome é Joabner, tenho 26 anos e sou formado em física.

Olá Sagredo e/ou Joabner. Seja bem vindo à Ciencialist, o reino do léo.

> Simplício tinha um comportamento conservador, tanto do ponto de vista
> científico quanto religioso.
> Salviatti era o "revolucionário". Suas idéias estavam em desacordo com
> tanto da ciência da época quanto da religião.
> Sagredo representava a postura de todo bom investigador: era imparticial e
> tentava sempre investigar todos os lados de uma discussão e por vezes até
> propunha algo diferente que os outros dois personagens não haviam
> proposto. Sagredo era na verdade Galileu Galilei que o usava para
> expressar suas idéias.

Creio então que teremos que criar aqui um quarto personagem, o Salplício: um
revolucionário que pretende reinstaurar uma física newtoniana devidamente
remodelada e condizente com as experiências observadas no século XX. E
alguém que é também bastante cético quanto a religião dos tempos modernos, o
cientificismo.

[ ]'s
Salplício,
o quarto cavaleiro do apocalipse.
http://sites.uol.com.br/albmesq/
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm




SUBJECT: Re: [ciencialist] clonar??
FROM: "JH Home Page" <jh-hp@ieg.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 02/12/2000 18:41

Vocês estão brincando com a ideia de clonagem! Não podem apenas falar: vamos clonar e pronto e isso tem que ser altamente pensado.


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]




SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar??
FROM: "JH Home Page" <jh-hp@ieg.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 02/12/2000 18:47

Eu só passei 3 dias sem ver meu e-mail e recebi 157 mensagens da lista... pense...

-----Mensagem Original-----
De: Luiz Ferraz Netto
Para: ciencialist@egroups.com
Enviada em: Sexta-feira, 1 de Dezembro de 2000 13:21
Assunto: Re: [ciencialist] Clonar??



Uauuuuu!. Fui pro rancho na 4a. feira pela tarde, voltei hoje ao meio-dia e ........ 111 mensagens da pasta do ciencialist! Eta turma boa de papo :-)
Vejamos alguns senões:

Tarcisio wrote:
>O cristianismo e outras religiões vem a anos tentando negar a nossa
sexualidade a custos psicológicos altíssimos. Em muitos casos não vale a
pena negar nossos genes, mas quando eles nos prejudicam de alguma forma
nega-los é muitas vezes questão de sobrevivência.<

Como o cristianismo pode tentar negar a sexualidade se tudo, conforme "gênese, JC et. al.", começou com Adão versus Eva? Aliás posso até imaginar o monólogo inicial: "Querida, afaste-se, não tenho a mínima idéia até onde 'isso' vai crescer!"
[]
'Léo








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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]




SUBJECT: TGBD e modelo padrao
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 02/12/2000 18:57

Prezado Alberto,

Gostaria, no momento, de apenas fazer um comentário a uma colocação sua:

>E já que você admite que a teoria está em aberto, pergunto: Você já pensou alguma vez em uma teoria geral da tri-dualidade? Eu só queria perguntar, não precisa responder. :-)


Boa pergunta. Segue uma tentativa de resposta.

A sua tal tri-dualidade aparenta aparecer no modelo padrão das partículas elementares. Senão vejamos.

Existem três famílias de férmions:

1) A primeira família, que é a encontrada naturalmente, é formada por:
elétron, neutrino do tipo elétron, e dois sabores de quarks coloridos (up e down)
2) A segunda família é formada por:
muon, neutrino do tipo muon e dois sabores de quarks coloridos (strange e charmed)
3) A terceira família é formada por:
Táuon, neutrino do tipo táuon e dois sabores de quarks coloridos (top e bottom)

Repare que podemos definir um bidual para o caso da primeira família, que, por analogia, poderia ser estendida para as demais duas:
Dual Interno : 1. quark up 2. quark down
Dual Externo: 3. elétron 4. neutrino

Desta forma, vemos que, como é obvio, o Bidual é um Dual de Duais. Assim, uma família de fermions pode ser vista como uma dualidade de duais. E como são três famílias de férmions, chegaríamos a sua "tri-dualidade". :-))

Segundo Gell-Mann não haveria uma quarta família de fermions, pois "não há espaço para um quarto o tipo de neutrino, a menos que ele tenha uma massa gigantesca, ao contrário dos outros três que são muito leves. Assim, a quarta família está excluída, a menos que seu neutrino seja muito diferente". (O quark e o Jaguar, paginas, 204 e 205). Isto confirmaria a sua "tri-dualidade".

E qual seria o Quarto Uno desta história, se não pode haver a quarta família de férmions? Me parece que é a família das partículas de forças, que também formam um bidual, a saber:

Dual Interno:
1. W+, W- e Zo (fraca)
2. fóton (eletromagnética)
Dual externo:
3. 8 gluons coloridos (forte)
4. gráviton (gravidade)

Repare que o Dual Interno é composto por forças que dependem do sabor (carga eletromagnética), e o Dual Externo compostos por forças que independem do sabor: os gluons são relacionados à cor e o graviton se relacionam à massa.

Afinal, com quem as partículas de matéria (dispostas em tri-dualidade") iriam interagir, se não com as força?

Vale dizer que as três famílias de férmions apresentam a estrutura de um Terno, dado que a segunda e terceira se referem a fermions que não são encontrados facilmente na natureza, enquanto que a primeira é encontrada facilmente na natureza, na medida em que responde pela quase totalidade da matéria. Lembro que apenas há alguns anos o quark top, da terceira família foi identificado em laboratório. Desta forma, poderíamos dizer que a estrutura do bidual da formação da matéria-e energia poderia ser a seguinte:

Dual Interno:
1. 2ª Família de Férmions
2. 3ª Família de Férmions
Dual Externo:
3. 1ª Família de Férmions
4. Família das partículas de força.

Não é interessante tal estrutura? Repare que a família das partículas de força é uma só.

Poderia avançar em mais um bidual que seria as quatros características fundamentais das partículas elementares:

Dual Interno ( que talvez definam o "sabor")
1. carga
2. spin
Dual Externo :
3. cor
4. massa

Quanto a sua tri-dualidade acredito que ela possa apenas ser uma forma incorreta de enquadrar o objeto em observação.

Um grande abraço,

Claudio Abreu
----- Original Message -----
From: Alberto Mesquita Filho
To: tgbd@egroups.com
Sent: Saturday, December 02, 2000 3:00 PM
Subject: [tgbd] Re: [ciencialist] Metodologia cientifica




[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]




SUBJECT: Re: [ciencialist] Cosmologia
FROM: "JH Home Page" <jh-hp@ieg.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 02/12/2000 19:00

Eu não sou expert em mecânica quântica mas acho que se o universso age de alguma maneira diferente (ou agia porque hoje a humanidade observa o universo) nunca iriamos descobrir por causa do tempo que a luz demora para chegar aos nossos telescopios teriamos quer ter MUITA tecnologia de observação para isso, será que nossa observação pode causar mudanças em particulas atômicas?


-----Mensagem Original-----
De: João Mário Miranda
Para: ciencialist@egroups.com
Enviada em: Quinta-feira, 30 de Novembro de 2000 15:08
Assunto: Re: [ciencialist] Cosmologia





Daniel Leal Freire wrote:
>
> "Diz a mecânica quântica que as partículas atômicas se comportam de um jeito
> quando são observadas e de outro quando estão sós (como alias, todos nós). E
> quem nos assegura que o Universo que está aí não é como aí está quando
> ninguém está olhando? E que quando astrônomos se viram do telescópio para a
> prancheta o Universo não faz uma careta?"
>
> Luis Fernando Veríssimo, O Globo, 8 de outubro de 2000
>
> O Veríssimo fez uma brincadeira, mas será que ela tem algum fundo de
> verdade? Gostaria de saber a opinião dos colégas da lista sobre esse
> parágrafo e seus fundamentos físicos e cosmológicos.
>

Pelo que eu entendo de mecânica quantica as partículas têm uma
propriedade chamada estado quantico. Não têm posição nem velocidade.
A interacção entre as particulas é que define aquilo que é conhecido
por posição e velocidade. Uma observação em mecanica quantica não
é só uma experiência realisada por um cientista. É também qualquer
interacção entre particulas. Por isso, desde que exista matéria
suficiente o universo é tal qual o vemos.

Por outro lado a mecânica quantica não é demonstravel. Ou seja,
a teoria afirma que as paticulas não têm uma posição e uma
velocidade definidas. A experiência está de acordo com a teoria.
Só que é impossível de se saber se a experiência está de acordo
com a teoria porque a realidade é mesmo assim, ou se a experiencia
está de acordo com a teoria porque a experiência interfere com
a realidade.

joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Lista temporariamente moderada (administrador)
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 02/12/2000 19:17

Prezado LRB,

Acredito que a melhor maneira de você moderar a lista seja deixar as mensagens fluírem normalmente na Ciencialist, mas entrar em contato em pvt com que você acha que deva ser moderado. Se for o caso, e somente em casos muito especiais, você poderia moderar especificamente as mensagens de algum participante. Digo isto por experiência própria, pois você já procedeu assim comigo, e acredito que deu bons resultados.

Moderar todas as mensagens me parece muito ruim, pois elas demoram a ficar disponíveis na lista. Além do que se você não pretende fazer "NENHUM tipo de censura em relação ao conteúdo das mensagens", e que não rejeitou "NENHUMA mensagem ateh agora, todas passaram", não dá para entender aonde você quer chegar com isso.

Por outro lado você diz:
"Os objetivos que tenho com essa moderação eh evitar o fluxo elevado de mensagens e cuidar para que mensagens sem conteudo sejam enviadas para a lista."

Que mal existe em haver muitas mensagens? Acho até salutar. Quanto a decidir se uma mensagem tem conteúdo ou não me parece uma atividade estranha. Não é melhor deixar que os próprios participantes naturalmente decidam sobre isto? Afinal, aqui não é o FCB (Forum Cético Brasileiro)...

Um grande abraço,

Claudio Abreu



----- Original Message -----
From: Luis Roberto Brudna [RS]
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Saturday, December 02, 2000 4:23 PM
Subject: [ciencialist] Re: Lista temporariamente moderada (administrador)


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]




SUBJECT: Re: Lista temporariamente moderada (administrador)
FROM: "Luis Roberto Brudna [RS]" <lrb@if.ufrgs.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 02/12/2000 20:25

> Que mal existe em haver muitas mensagens? Acho até salutar. Quanto
a decidir se uma mensagem tem conteúdo ou não me parece uma atividade
estranha. Não é melhor deixar que os próprios participantes
naturalmente decidam sobre isto? Afinal, aqui não é o FCB (Forum
Cético Brasileiro)...
> > Um grande abraço,
> > Claudio Abreu

Voce pode conseguir ler 100 mails em um dia. Mas muita gente NAO
vai conseguir e consequentemente vai perder o interesse pela lista.
Lembre essa lista nao eh somente sua, mas de todos.

VOU continuar moderando a quantidade diaria de mensagens. E vou
deixar seguir normalmente (sem moderacao de fluxo), quando eu julgar
necessario.

Nao vamos entrar na questao do FCB, cada lista tem a sua dinamica.
Alias parece que o pessoal confude um pouco as coisas. O FCB nao eh
uma lista de discussao nos moldes normais, eh uma 'reuniao' de
pessoas interessadas em um mesmo assunto.

Manifestacoes sobre a politica do FCB nao sao adequadas na
Ciencialist. Se alguem nao gostar da politica deles eh soh reclamar
com o Jeferson (moderador da FCB) e nao na Ciencialist. Caso
encerrado.

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna - admin da Ciencialist.






SUBJECT: Clonemos os bons professores
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 02/12/2000 21:28

Clonar. Clonar. Clonar Einstein cujo cérebro está no formol. ... por que não clonar o formol?
Minha reprovação geral (e arquibancada!).

Se tivermos que clonar alguém, que sejam os bons e dedicados professores de outrora. Lembro com saudades meu professor de Química do científico, que personalidade, que garra, que dedicação. Não havia apostilas (a Nobel só começou isso 4 anos após eu trminar o científico), a matéria era explicada e 'ditada', não antes de passarmos pelo laboratório e testar tudo que foi dito. Meu velho professor de Física ... levou-nos até em oficinas auto-elétricas para vermos, de perto, a bobina de indução, os relés e os circuitos. Emprestou-me (e depois presenteou-me) os 3 volumes do Mario Faccini ... só consegui o Sears, como presente de natal, dois anos depois (comprado no Rio de Janeiro!).

Pense nos jovens atuais, pensem nos professores que têm, pensem como estão de conhecimento ao adentrarem em uma faculdade, pensem nas aulas experimentais atuais (indiquem-me 5 escolas públicas do ensino médio!).

Vamos clonar? Vamos, ... é moda mesmo. E vamos parar com isso com clonar óstia para obter mais um pé-de-trigo, clonar vinho do padre para obter mais lambrusco tinto, clonar a maça da eva, clonar silvosanto, hebe, mallandro............

Dediquemo-nos a dar nossa parcela de orientação e cultura sadia aos jovens (se não for Sadia, pelo menos que seja Perdigão! :-).

[]'
Léo





SUBJECT: Re: [ciencialist] Sobre as atrocidades humanas
FROM: "Iane Maria" <logos@pccp.com.ar>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 02/12/2000 21:44


João Carlos Holland de Barcellos wrote:

> Nao falso ou verdadeiro, mas sim discernir, cientificamente, se um
> preceito etico eh melhor do que um outro preceito etico.

Olá J. Carlos

Creio que estou começando a entendê-lo, pouco a pouco. Como discernir
"cientificamente" qual dos preceitos é melhor? O conceito "melhor" é
qualitativo ou quantitativo? Pode ser que dizer "cientificamente" seja
demasiada generalização? En todo caso, que método científico serviria para
medir o que é "melhor"?

> Racionalizavel eu expliquei acima : Uma definicao que possa , em
> principio,
> ser mensuravel, ou ao menos, comparavel, dos preceitos eticos.

Seu raciocinio é correto se entende "racionalizável" como "mensurável". No
entanto se presta a confusão porque nem tudo o que é racionalizável é
mensurável, embora tudo o que é mensuravel é racionalizável. Creio que
existe um certo fervor com as palavras "razão", "racional", e seus
derivados. Até me atrevería a sugerir (oh sacrilegio) que a usam com
(perdão...) fervor religioso.

> Eu diria q a racionalizacao, no caso, seria um mode de 2 pessoas
> diferentes mas que adotem os mesmos conceitos possam chegar aa mesma
conclusao
> de maneira objetiva. Acho q este eh um bom conceito de racionalizavel em
termos eticos.

Novamente o uso de um derivado de "razão" se presta a confusão. Não tenho
antipatia pelo termo, mas talvez eu tenha uma concepção demasiado rígida em
relação a ele. Por outro lado, seus argumentos não são nada banais e se eu
peço esclarecimento é porque os considero sarios. Creio que vale a pena
esclarecer que, dependendo de quem leia, a palavra racionalização pode
sugerir um mecanismo psicológico de justificação forçada, como o exemplo da
fábula da raposa e as uvas que, não podendo, por impossibilidade física,
alcançá-las, se contentou com uma racionalização: "estão verdes".
Normalmente duas pessoas sempre serão diferentes. Aqui haveria que
esclarecer que diferenças existiria entre elas. Se são conhecidas e estão
num mesmo territorio ou não. Novamente o reducionismo sugere (não
necessariamente) um certo mecanicismo simplista. Creio que vc não é assim e
numa lista não se pode esclarecer de uma vez, tudo o que se pensa, por isso
peço-lhe esclarecimentos.


> Em relacao aos sentimentos temos 2 formas de analisa-los :
> -A priori:De forma completamente racional se fizermos uma abordagem
> evolutiva de sua origem e evolucao.
> -A posteriori: Analisando as consequencias dele decorrentes.Poderia
> entao se dizer q eles nao sao racionais sob este ponto de vista: Um crime
> passional eh racional? Sob um ponto de vista sim : pode ser explicado. Sob
outro
> ponto de vista nao : Nao deveria ser cometido.


> > A proposito:
> >
> > > Felicidade = Integral( Prazer(t) ) dt
> >
> > Vc tambem disse.
> >
> > > "Onde Prazer(t) eh um valor numerico associado ao bem estar do
> > individuo
> > > no instante t ( que pode ser um mal estar ).", etc., etc.
> >
> > Acho muito divertido pensar uma equação para abordar o tema. No
> > entanto
> > teremos que estar de acordo mais uma vez com o significado da palavra
> > prazer. É muito dificil falar cientificamente se não revelamos, pelo
> > menos
> > operacionalmente, nossas definições. Dizer simplesmente que prazer é
> > bem
> > estar, é tautologico. Seria o mesmo que dizer que prazer, por
> > definição
> > é...prazer.
>
> ******
Acredito q a propria tensao cause um aumento ou diminuicao do prazer em
determinadas areas. Filmes de suspense provocam prazer justamente por manter
a tensao alta.

Se prazer é, por definição, queda de tensão,como entender que a propria
tensão cause um aumento ou diminuição do prazer? O engano talvez surja do
fato de as pessoas dizerem que "gostam" do filme de terror ( o que seria uma
forma mitigada de dizer que o masoquista "gosta" da dor). A pesquisa destes
fenômenos é difícil porque está muito influenciada por fatores subjetivos.
As pessoas não se dão conta de que o que as faz buscar a tensão é a
perspectiva
de sua diminuição. Hoje em dia se faz muita investigação sobre a obesidade.
Ha estudos relacionados com o apetite. Se sabe, por exemplo que, entre o
apetite e a fome propiamente dita ha uma grande diferença. Cessar qualquer
um deles é denominado saciedade. Os obesos de carteirinha tendem a dizer que
não gostam dos alimentos que produzem rápida saciedade. O que eles rejeitam
é a rapidez da saciedade. Preferem, na verdade, alimentos que permitem a
prolongação do estado de apetite porque a queda da tensão do apetite é mais
prolongada e a sensação de ir mitigando o
desejo de comer é mais lenta. Por isso é tão dificil fazer com que os gordos
comam menos. Estão geneticamente programados para gozar com esta condição.
Passar a vida inteira, se fosse possível, comendo, ou seja, diminuindo
indefinidamente uma tensão.
No entanto, se a tensão não cai, não é prazeirosa. Se cai muito rapidamente,
é vivida como sem graça. O que faz pensar equivocadamente que a tensão pode
causar prazer é verdadeiramente a espectativa de que vai cessar. Assim, se
vc disser que a percepção da tensão aumentada, em determinada area do
cérebro se acompanha da excitação de esperança de queda em outra area, até
poderia concordar com vc.

> So poderiamos validar esta sentenca se definissemos com precisao o
> prazer.

Prazer é a percepção de uma queda de tensão. É uma percepção dela, não é a
queda. Quero corrigir miha má definição.

> Contudo, como eu estou generalizando o prazer junto com sofrimento, na
> avaliacao da integral da felicidade, entao a tensao eh uma forma de
> prazer neste sentido matematico do termo.

Como poderíamos harmonizar o sentido matemático do termo com o sentido
subjetivo? Qualquer pessoa estaria feliz se segue as normas éticas
prescritas a partir da fórmula? Acontece que seguir normas éticas é às vezes
muito penoso. Se juntamos todas as normas penosas se torna insuportável.

>
> Se estamos discutindo o que pode maximizar a felicidade, eh claro que
> o q eh util eh pq, de alguma forma, leva a um aumento da felicidade e,
> por isso, nao devera ser desprezado.
Leva a um aumento de felicidade onde?


> Mas eh exatemante isso q estou propondo ! Sempre existe uma primeira
> vez.


Estas afirmações não são explicativas. Não estou seguro que a expressão
"sempre existe uma primeira vez" é consistente. Me cheira a falacia de
inconsistencia, porque é uma afirmação que serve para qualquer coisa. É
obvio também que sempre poderá existir uma segunda vez.

> O Genismo tambem nunca foi inventado antes de mim

Será por isso que ainda não foram encontradas todas as soluções?

>
> Mas isso nao refuta a medida instantanea do prazer:
> O quadro de tensao, neste caso, pode ser em principio agradave

Permíta-me corrigir: a esperança ligada à tensão é agradável. Podería ser um
enunciado aceitável.


> ...podemos adotar um sistema referencial tal que, um nivel de
> excitacao X dos neuronios seja mapeada no valor zero de nossa escala de
prazer....

Estaria bem com um valor zero em relação a escala do prazer. Numa escala
relativa é concebível.

>...deveremos talvez definir uma metrica para medir o MODULO do vetor
prazer e utiliza-lo
> como funcao de comparacao.

Não é uma ideia descabelada. Vc poderia tentar imaginar um MODO de fazer
esta medição?
Devo confessar que vc é bastante engenhoso. O desafio está lançado.

> Mas vc nao percebeu q a felicidade, do modo q eu defini, envolve o
> somatorio

Vc tem razão, eu não percebi o somatorio. No entanto fiquei muito
interessado na medição da felicidade. Sigo pensando que é mais difícil medir
o prazer que a felicidade. Esta é um instante da vida. Depois deste instante
deixa de ser felicidade. Vc poderia explicar COMO se mediria a felicidade ?
Não lhe peço detalhes técnicos, porque vc já teria ganhado o premio Nobel se
tivesse os meios. Gostaria de saber quando medir, de quem medir, se se faria
uma só medida ou varias, etc.,etc. Também queria saber se como resultado a
gente teria imperativos. Porque a ética é sempre perscritiva continuo
pensando na dificuldade do valor em relação aos atos. Não é difícil pensar
sobre o imperativo "não matarás", mas pensar, por exemplo em "sê cortês".
Ainda acho que aplicar a equação a uma mãe para que eduque o seu bebê...
A gente pode perfeitamente meter os gens até onde normalmente não entrariam.
Seus raciocinios são bastantes corretos. O que eu penso é até que ponto o
genismo é verdadeiro. Às vezes o vejo como excessivamente reducionista, mas
quando entro na voragem dedutiva, me parece uma concepção holística. Como um
principio supremo orientando a biologia. O que não se pode provar não
importa tanto. É uma hipótese plausível. No entanto nem tudo o que é
plausível é verdadeiro. Os memes são uma invenção muito boa. o Dawkins,
genio literario e cientista serio, às vezes "empulha" (não é nada grave) e
os epistemólogos sabem que é um reducionista genial, mas... reducionista.

> Uma sugestao seria a raiz das somas dos quadrados de cada componente
> ponderado por um peso especifico de cada emocao.

É uma hipótese fascinante. Mas, como fazê-lo? Até sería bom que venha a ser
verdadeira. Por enquanto é puro engenho da imaginação. Tente escrever como o
Dawkins e garanto que vc vai ter sucesso, ainda que seja literario. Estes
conteúdos, com uma forma esteticamente interessante, daria premio. É muito
divertido conversar com vc.
Sorte é o que lhe desejo.

Marco A. Andrade
logos@pccp.com.ar







SUBJECT: Re: [ciencialist] fendas quanticas e outras coisas
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 02/12/2000 22:02

-----Mensagem Original-----
De: "Eduardo Gueron"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Sexta-feira, 1 de Dezembro de 2000 18:39
Assunto: Re: [ciencialist] fendas quanticas e outras coisas

> Olá,
> será que ninguém nesta lista aceita a teoria mais testada deste século?

Olá.
Eu acho que a coisa não é bem assim. Tá cheio de gente por aqui que concorda
com as testadas que os físicos quânticos deram neste século. Dores de cabeça
a parte, acho mesmo que eles foram bastante corajosos. Os demais quânticos
da Ciencialist provavelmente estão achando que nós estamos fazendo chover no
molhado e desta forma não valorizaram as minhas críticas nem as suas
defesas. Mas de vez em quando dão um sutil alô que eu percebo pelo fato de
estar aqui a mais tempo e de ter enfrentado outros quebra-paus, mas é
possível que você não tenha se tocado.

> Já pensaram na hipótese de que os problemas citados são estranhos porque
> talvez não o tenham compreendido? Creio que um pouco mais de humildade
> não faria mal a ninguém.

Eu já penso diferente. Ninguém está aqui afim de expor sua sabedoria mas em
dialogar numa boa. E até mesmo a quebrar o pau, se preciso. Pois é assim que
se aprende. A hora em que todo o mundo entrar em acordo a Ciencialist perde
a sua razão de ser.

> Além de tudo que escrevi nas duas mensagens anteriores (aliás sem
> nenhum reply),...

Eu particularmente não respondi pois estaria colaborando para aumentar o
"chover no molhado". No que me consta, a única novidade dessas duas msgs foi
você ter mostrado que existem outras saídas quânticas (a quântica
relativista) mas com outras palavras também já havia assumido a existência
dessas saídas. Então interpretei isso como uma exemplificação sem
conseqüências novas e a merecerem considerações outras. Mesmo porque não sou
contra nem a favor, muito pelo contrário, acho que todo o mundo tem o
direito de optar por suas crenças, novas ou antigas.

> O princípio da incerteza é consequência da estrutura matemática da
> mecânica quântica onde definimos uma medida como um operador.
> Fisicamente, equivale a dizer que toda medida implica em uma interação
> como o objeto a ser medido, esta interação nunca pode ser desprezada e
> há determinadas medidas que interferem em outras seguindo uma estrutura
> já conhecida em grande parte na mecânica analítica. Se vc pensar bem,
> isto é muito mais natural do que a insipidez do processo de medida em
> física clássica. Obviamente, não podemos medir a velocidade de um carro
> sem interagir com ele e, obviamente, essa interação o altera de alguma
> forma.

Isso porque você está desconsiderando as idéias fundamentais e desprezadas
da filosofia newtoniana. Ao desconsiderar o elemento responsável pela ação a
distância, ao supervalorizar a idéia de corpúsculo puntiforme e ao ignorar a
entidade imaterial e responsável pelo que hoje chamamos campos de força, a
física clássica transformou-se na física anti-newtoniana dos séculos XVIII e
XIX e nos "absurdos que funcionam" do século XX.

> Por favor, parem de falar besteiras e estudem um pouco mais de mecânica
> quântica.

Que tal ler também um pouquinho do Principia ou da Óptica de Newton?

> Quem aprendeu física na universidade há mais de 30 anos não
> teve, provavelmente, cursos básicos de MQ como aqueles que estudaram
> mais tarde. Não dá para aprender e aceitar a mecânica quântica sem
> bastante estudo, o mesmo destinado a partes fundamentais da física
> clássica como mecânica e eletromagnetismo.

Pensei ter lido acima algo do tipo: "Creio que um pouco mais de humildade
não faria mal a ninguém." Acho que me enganei.

[ ]'s
Alberto
http://sites.uol.com.br/albmesq/
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm

PS.: Há 30 anos eu estudei medicina, não física.




SUBJECT: Livros digitais
FROM: "Thiago Maia" <thiago_m_santos@hotmail.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 02/12/2000 22:07

Os livros digitais a cada vem se tornando uma realidade cada vez mais
palpável. Além da leitura na tela da computador, existem aparelhos
portáteis feito especificamente para isso. Os "e-books" são mais ecológicos
e baratos, sendo que as obras que estão em domínio público não tem
praticamente nenhum custo para o leitor.
Abaixo, reproduzo alguns links úteis para os interessados:

Ebooks Brasil: muito útil para os amantes da leitura, onde
se pode "downloadear" mais de 100 livros em português no formato rocket
e-book, entre outros formatos:
http://www.ebooksbrasil.com/nacionais/index.html

Outra página, também muita boa, bastante interativa e com espaço para novos
autores:
http://ww10.terra.com.br/virtualbooks/

Página promissora, não tão ampla como as primeiras, mas conta com alguns
títulos raros no mundo digital, entre eles, "O Banquete", de Platão, e o
livro "Tópicos", de Aristóteles.

http://www.ciberfil.f2s.com/


Progamas para rodar os livros digitais em seus diferentes formatos: (Links
para download)

http://www.rocket-ebook.com/eRocket/erkthdcinstall.exe (para abrir arquivos
em formato rocket e-book - extensão ".rb")

http://www.ciberfil.f2s.com/manual.html (outros formatos)


Thiago Maia

_____________________________________________________________________________________
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Cosmologia
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 02/12/2000 23:30



JH Home Page wrote:
>
> Eu não sou expert em mecânica quântica mas acho que se o universso age de alguma maneira diferente (ou agia porque hoje a humanidade observa o universo) nunca iriamos descobrir por causa do tempo que a luz demora para chegar aos nossos telescopios teriamos quer ter MUITA tecnologia de observação para isso, será que nossa observação pode causar mudanças em particulas atômicas?

Não é a nossa observação que é importante. O termo 'observação'
a meu ver é mal comprrendido. Basta que várias particulas interajam
entre si para se poder dizer que se produziu uma observação.

joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com





SUBJECT: Re: [ciencialist] Lista temporariamente moderada (administrador)
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 02/12/2000 23:51



Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:

> Sinto-me censurado de novo !, como o povo o era nas decadas de 60-70 !
> Os mais jovens talvez nao sintam tal repulsa como eu....

Nunca vivi em ditadura mas sinto o mesmo. Entretanto este
tópico acabou por gerar ainda mais mensagens. Publicitar
o silêncio não funciona, porque isso cria ainda mais motivos
de conversa. Aqui está um caso para a memética estudar.

Entretanto lembrei-me de pegar em algumas listas do egroups
e fazer um gráfico do número de mensagens em função do número
de utilizadores. O que será que dá?


joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com




SUBJECT: Re: [ciencialist] TGBD e modelo padrao
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 03/12/2000 00:05

Caro Cláudio,

> E qual seria o Quarto Uno desta história, se não pode haver a quarta família de férmions? Me parece que é a família das partículas de forças, que também formam um bidual, a saber:
>
> Dual Interno:
> 1. W+, W- e Zo (fraca)
> 2. fóton (eletromagnética)
> Dual externo:
> 3. 8 gluons coloridos (forte)
> 4. gráviton (gravidade)
>
>
No meio desta loucura teórica uma observação...

As partículas acima citadas são bósons, não férmions além de serem
frutos de uma possível evolução das forças com o esfriamento do
universo. Já se sabe (Weinberg e Salam) que a força eletromagnética e a
fraca são oriundas de um mesmo campo a altas temperaturas, a força
eletrofraca. Há possibilidade (ainda não vefificada) de a força forte se
unir a altíssimas temperaturas também com a eletrofraca em algum campo
com simetria maior, deste modo não há critérios para se agrupar as
partículas que mediam interação em famílias.


mudando um pouco de assunto e aproveitando para mandar duas mensagens em
uma...

>Prezado Eduardo,

>Sinceramente não domino quase nada sobre mecânica quântica e teoria da incerteza em termos quantitativos e >matemáticos. Os livros que li a respeito, os autores (Walking, Gell-Mann, Simonsen, Luis Gleiser, entre >outros) sempre procuraram aprsentar o tema sem uma abordagem matemática para não espantar o leitor. Desta >forma gostaria de saber mais a respeito do que você falou acima. No livro do Gell-Mann (O quark e o jaguar) >ele aborda o assunto no item Hisória de Eventos, se não me engano, onde cita quatro equações, e me lembro que >na quarta surge a questão da indeterminação. Será que isto tem a ver com a sua colocação?

O princípio da incerteza foi originalmente proposto para momento (tb
conhecido como quantidade de movimento) e posição. Ele dizia,
basicamente que

(dp)^2 * (dx)^2 >= h

dp e dx são os desvios de medidas de momento e posição respectivamente
e h é a constante de Planck. (Pode haver um dois ou um pi multiplicando
mas a forma é mais ou menos essa)

Depois que os conceitos em mecânica quântica foram se definindo e a
teoria se tornando menos postulada, o princípio da incerteza passou a
ser uma consequência da sua estrutura matemática. Além disso, ele é
válido (com algumas modificações) para todos os pares de coordenadas que
não comutam (às vezes o que tem do lado direito da inequação não é uma
constante apenas).

Comutar é o seguinte:

[P,X] é o comutador de P e X. Matematicamente, tal símbolo representa a
operação PX-XP. Fisicamente, podemos interpretar como a diferença entre
medir posição antes de momento e medir momento antes da posição, neste
caso a ordem dos fatores altera o resultado. No caso particular citado,
[P,X]=ih (i é raiz[-1]). Estudando, por exemplo,o momento na direção x e
momento na direção y (componentes do vetor) teríamos [Px,Py]=0, ou seja,
Px e Py comutam e portanto não há limite inferior para o erro quando as
duas medidas forem tomadas simultaneamente.

Comutadores formam uma estrutura matemática conhecida como álgebra e é
a partir desta estrutura que definimos simetrias de campos e coisas do
gênero. A sua forma é definida por valores conhecidos como constantes de
estrutura. Um resultado muito interessante vem da teoria de campo sobre
a força fraca, por toda a simetria envolvida no problema se imaginava
que eram necessárias, 3 partículas mediadoras já que havia 3 constantes
de estruturas
entretanto só se havia encontrado o par W+, W- até que, com o avanço da
tecnologia, se achou a partícula Z0.

Cláudio, vc diz não saber muito de MQ, tudo bem, mas como pode querer
derrubá-la sem conhecê-la a fundo?

[]'s Eduardo.



SUBJECT: Cepticismo na Ciencialist
FROM: "Manuel Bulcao" <msbn@daterranet.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 03/12/2000 02:03

Olá Roberto Brudna e lista,

Tarcisio Borges - Eles [o FCB] têm regras bem rígidas e as declaram
antes mesmo de vc assinar a lista. As regras estão corretas? É
irrelevante.

Roberto Brudna - Manifestacoes sobre a politica do FCB nao sao
adequadas na Ciencialist. Se alguem nao gostar da politica deles eh
soh reclamar com o Jeferson (moderador da FCB) e nao na Ciencialist.
Caso encerrado.

Manuel - Não, Brudna, não é caso encerrado (a não ser que você me
"modere", mas como o colega é um sujeito aberto à crítica, estou
certo que isso não acontecerá). De fato, O FCB (Fórum Cético
Brasileiro) não é uma simples lista de discussão, mas o embrião de
uma organização política. Não um partido, é claro, mas um "grupo de
pressão" constituido por adeptos do ceticismo científico,
racionalistas e seculares.

Ou seja, essa incipiente organização pretende ser o porta-voz do
pensamento científico e do racionalismo. Em razão disso, não é
irrelevante se suas regras são corretas ou não. Devem elas ser
"discutidas" pela comunidade científica, mormente nessa fase em que o
FCB é tão-somente um embrião. Caso contrário, após o "parto" iremos
nos deparar não com um autêntico movimento racionalista, mas com uma
seita sectária, ou melhor, um braço político de mais uma intolerante
"ideologia cientificista" da mesma estirpe do darwinismo social e do
materialismo dialético de Deborin e Stalin (a ciência transformada em
sucedâneo da religião).

E como a "ciencialist" é uma lista de discussão sobre ciência e seus
corolários (políticos, ideológicos, etc.), equivoca-se o amigo Brudna
ao afirmar que "manifestações sobre a política do FCB nao são
adequadas na Ciencialist". Ora, se eles – os dirigentes do FCB –
pretendem ser o arauto da cosmovisão científica e racionalista junto
à sociedade, então por que nós, ciencialisteiros, vamos poupar-lhes
da nossa crítica? Essa nossa crítica é necessária até porque os
"caras" são incapazes de uma autocrítica, infelizmente.

Eu sou apenas um diletante. Mas vocês, cientistas e candidatos a
cientista membros da Ciencialist, devem ficar atentos e vigilantes
para que o FCB -- que pretende falar em vosso nome -- não faça mau
uso da ciência.

Abraços,
Manuel Bulcão




SUBJECT: Hipnose
FROM: "Raul Sturari Jr." <raulsturari@ig.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 03/12/2000 03:22

Caros colegas,

Hipnose funciona?

[ ]'s
Raul


[Non-text portions of this message have been removed]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Lista temporariamente moderada (administrador)
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 03/12/2000 07:10

Prezado LRB,

Você não comentou o seguinte trecho da minha mensagem e peço que o faça:

"Prezado LRB,
Acredito que a melhor maneira de você moderar a lista seja deixar as mensagens fluírem normalmente na Ciencialist, mas entrar em contato em pvt com que você acha que deva ser moderado. Se for o caso, e somente em casos muito especiais, você poderia moderar especificamente as mensagens de algum participante. Digo isto por experiência própria, pois você já procedeu assim comigo, e acredito que deu bons resultados.

Moderar todas as mensagens me parece muito ruim, pois elas demoram a ficar disponíveis na lista. Além do que se você não pretende fazer "NENHUM tipo de censura em relação ao conteúdo das mensagens", e que não rejeitou "NENHUMA mensagem ateh agora, todas passaram", não dá para entender aonde você quer chegar com isso."

Talvez você não tenha achado minhas colocações relevantes. Poderia eu saber porque?

Além disto você disse:
"O FCB nao eh uma lista de discussao nos moldes normais, eh uma 'reuniao' de pessoas interessadas em um mesmo assunto."

Sendo assim, o que está realmente acontecendo com você e com a lista? Afinal, você acha que moderar todas mensagens na Ciencialist - o que nunca havia ocorrido antes - é algo normal? Você está com algum problema pessoal? O que estã acontecendo realmente? Você talvez tenha informações ( por exemplo, mensagens em pvt...) que nós não temos. Contudo, acho que seu comportamento está causando inquetações na lista. E ao invés de apenas moderar você está interferindo no andamento das atividades da lista. Poderia explicar o que está havendo?

Depois você diz:
"Voce pode conseguir ler 100 mails em um dia. Mas muita gente NAO vai conseguir e consequentemente vai perder o interesse pela lista.

E eu pergunto:
O que é melhor: receber 100 mensagens diárias, ou não receber nenhuma, porque o moderador acha que 100 mensagens diárias é muita coisa?

Você abaixa o nível da prosa ao dizer:
"Lembre essa lista nao eh somente sua, mas de todos."

Epa!!. Você agora vai querer dizer que eu sou o responsável pelo pelo elevado número de mensagens nesta lista? Tinha de sobrar pra alguém e, sobrou pra mim... E eu agora lhe pergunto a queima roupa: O fato de você ter criado e ser ser o moderador desta lista lhe dá a condição de ser o dono dela?


E você insiste:
"VOU continuar moderando a quantidade diaria de mensagens. E vou deixar seguir normalmente (sem moderacao de fluxo), quando eu julgar necessario.

Nãp se esqueça que você é apenas o moderador, e não o dono ou censor, desta lista que, até aqui, sempre funcionou muito bem. Relaxa, e volte a ser o LRB que sempre admiramos. Afinal a Ciencialist não é o FCB. E seu nome é Luiz Roberto Brudna e não Jeferson (moderador do FCB).

Por favor volte a ser o LRB, por quem - me permito com segurança falar em nome de todos - temos uma grande admiração por ter criado e tão bem administrado esta lista até hoje. Não complique e pare com isso. Afinal se existe algum deus nesta lista é o Léo e não você... :-))

Talvez eu tenha sido um pouco agressivo. Mas se isto ocorreu, foi porque você o foi e eu apenas reagi,pois afinal, existe a terceira lei de Newton.

Não me queira mal. Saiba que eu eu não lhe quero mal. Muito pelo contrário: tenho muita admiração por você. Mas de vez em quando a gente precisa dar alguns toques quando alguém pisa na bola. Tal como você já me deu.

Um grande abraço,

Claudio Abreu
----- Original Message -----
From: Luis Roberto Brudna [RS]
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Saturday, December 02, 2000 8:25 PM
Subject: [ciencialist] Re: Lista temporariamente moderada (administrador)


> Que mal existe em haver muitas mensagens? Acho até salutar. Quanto
a decidir se uma mensagem tem conteúdo ou não me parece uma atividade
estranha. Não é melhor deixar que os próprios participantes
naturalmente decidam sobre isto? Afinal, aqui não é o FCB (Forum
Cético Brasileiro)...
> > Um grande abraço,
> > Claudio Abreu

Voce pode conseguir ler 100 mails em um dia. Mas muita gente NAO
vai conseguir e consequentemente vai perder o interesse pela lista.
Lembre essa lista nao eh somente sua, mas de todos.

VOU continuar moderando a quantidade diaria de mensagens. E vou
deixar seguir normalmente (sem moderacao de fluxo), quando eu julgar
necessario.

Nao vamos entrar na questao do FCB, cada lista tem a sua dinamica.
Alias parece que o pessoal confude um pouco as coisas. O FCB nao eh
uma lista de discussao nos moldes normais, eh uma 'reuniao' de
pessoas interessadas em um mesmo assunto.

Manifestacoes sobre a politica do FCB nao sao adequadas na
Ciencialist. Se alguem nao gostar da politica deles eh soh reclamar
com o Jeferson (moderador da FCB) e nao na Ciencialist. Caso
encerrado.

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna - admin da Ciencialist.




[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]




SUBJECT: Brudna
FROM: "Agapito Ribeiro Jr" <agapito@alphanet.ne.jp>
TO: <ciencialist@egroups.com>, <jh-hp@ieg.com.br>, <milton@if.sc.usp.br>, <jocax@usp.br>, <albmesq@uol.com.br>
DATE: 03/12/2000 11:03

Caro Moderador Brudna

Eu concordo com os seus motivos para moderar a lista, mas achei seu último e-mail autoritário ao considerar o "caso encerrado". Parece que o senhor trata da lista como se fosse sua e não de "todos" como vossa senhoria afirmou em seu e-mail.

Meter a tesoura em textos dos outros é ferir a liberdade de expressão de um indivíduo e por mais que o senhor queira justificar-se, está agindo como um déspota. Acredito em sua capacidade e raciocínio e espero, também, que não meta a tesoura neste meu e-mail.

Agapito




SUBJECT: En: [ciencialist] Clonemos os bons professores
FROM: "Sheila" <hcaprini@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 03/12/2000 12:42

Concordo com vc que há muito a área de educação vai mal. No entanto, Léo,
não acredito que seja por falta de bons professores, ou melhor, que não haja
material humano que possa ser, ou se tornar competente como professor, pra
que seja necessária a clonagem de velhos exemplares dessa espécie tão
preciosa. O mundo é que é muito diferente.
Por isso, talvez mais eficiente voltarmos no tempo. Porém voltaríamos tb a
viver outras coisas que não nos são muito agradáveis...

[]s,

Sheila.

-----Mensagem original-----
De: Luiz Ferraz Netto <leo@barretos.com.br>


Clonar. Clonar. Clonar Einstein cujo cérebro está no formol. ... por que não
clonar o formol?
Minha reprovação geral (e arquibancada!).

Se tivermos que clonar alguém, que sejam os bons e dedicados professores de
outrora. Lembro com saudades meu professor de Química do científico, que
personalidade, que garra, que dedicação. Não havia apostilas (a Nobel só
começou isso 4 anos após eu trminar o científico), a matéria era explicada e
'ditada', não antes de passarmos pelo laboratório e testar tudo que foi
dito. Meu velho professor de Física ... levou-nos até em oficinas
auto-elétricas para vermos, de perto, a bobina de indução, os relés e os
circuitos. Emprestou-me (e depois presenteou-me) os 3 volumes do Mario
Faccini ... só consegui o Sears, como presente de natal, dois anos depois
(comprado no Rio de Janeiro!).

Pense nos jovens atuais, pensem nos professores que têm, pensem como estão
de conhecimento ao adentrarem em uma faculdade, pensem nas aulas
experimentais atuais (indiquem-me 5 escolas públicas do ensino médio!).

Vamos clonar? Vamos, ... é moda mesmo. E vamos parar com isso com clonar
óstia para obter mais um pé-de-trigo, clonar vinho do padre para obter mais
lambrusco tinto, clonar a maça da eva, clonar silvosanto, hebe,
mallandro............

Dediquemo-nos a dar nossa parcela de orientação e cultura sadia aos jovens
(se não for Sadia, pelo menos que seja Perdigão! :-).

[]'
Léo




SUBJECT: Moderacao (administrador)
FROM: "Luis Roberto Brudna [RS]" <lrb@if.ufrgs.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 03/12/2000 12:59

Eu tentei.

Estou comecando a achar que muitos integrantes dessa lista gostam
mesmo de uma confusao, quanto mais brigas melhor.

Realmente nao entendi qual o motivo de tanta *paranoia* em relacao
ao meu estilo de moderacao da lista. Eu tentei ao maximo explicar
como eu iria fazer para tornar a lista mais legivel, mas o pessoal
estah desconfiando da minha integridade. Estou triste com isso.

Vou continuar moderando a lista e liberando todos os e-mails.
Modero simplesmente para evitar excesso de e-mails e editar as
mensagens em relacao as partes inuteis.

Se alguem quiser continuar me criticando... vai em frente. Mas
fique sabendo que isso eh extremamente desagradavel depois de ter
demonstrado por tanto tempo meu estilo de administracao da lista. Aos
geradores de polemica vazia e briguinhas... boa sorte.

Ateh mais.
Luis Brudna - extremamente chateado.




SUBJECT: Re: [ciencialist] TGBD e modelo padrao
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 03/12/2000 16:23

Prezado Eduardo,

Eu tinha escrito:
> E qual seria o Quarto Uno desta história, se não pode haver a quarta família de
> férmions? Me parece que é a família das partículas de forças, que
> também formam um bidual, a saber:
> Dual Interno:
> 1. W+, W- e Zo (fraca)
> 2. fóton (eletromagnética)
> Dual externo:
> 3. 8 gluons coloridos (forte)
> 4. gráviton (gravidade)

E então você escreveu:
>No meio desta loucura teórica uma observação...

Bem pelo jeito você ainda não deve ter lido nada sobre a TGBD.

Você escreveu:
>As partículas acima citadas são bósons, não férmions além de serem
frutos de uma possível evolução das forças com o esfriamento do
universo. Já se sabe (Weinberg e Salam) que a força eletromagnética e a fraca são oriundas de um mesmo campo a altas temperaturas, a força eletrofraca. Há possibilidade (ainda não vefificada) de a força forte se unir a altíssimas temperaturas também com a eletrofraca em algum campo com simetria maior, deste modo não há critérios para se agrupar as partículas que mediam interação em famílias.


Em nenhum momento eu disse que as particulas citadas eram fermions. Repare que chamei-as de partículas de força (desculpe pois havia me esquecido do nome bósons).

Quanto ao foton e W+, W- e Zo se unificarem na força eletrofraca é uma comprovação de que elas possuem a mesma natureza e formam um Dual. Quanto a unificação deste dual com os gluons da força forte, a tal da GUT, é uma confirmação a mais da TGBD, pois elas formariam um Terno. Aliás todas estas partículas possuem spin 1. E este Terno formaria uma Quadra com o graviton (que seria o Quarto Uno, e que tem spin 2) em mais uma confirmação da TGBD. Você não abordou que se busca atualmente a unificação das quatro forças. E para tanto, está sendo desenvolvida a tal da teoria das supercordas, talvez o maior delírio da física moderna, já que nela se prevê que o espaço-tempo teria 11 ou 13 dimensões, ao invés das 4 usuais e palpáveis. Vale dizer que o espaço-tempo usual com 4 dimensões também possui uma estrutura bidual (eixo x e eixo y formando o Dual interno, e junto com o eixo z - este na direção da gravidade -formando um Terno, que interage com o tempo que é Quarto).

Desta forma, o qual seria a loucura teórica, a TGBD ou a Teoria das Supercordas?

Quanto à sua, digamos, aula sobre a quantificação do princípio da incerteza, agradeço sinceramente. Foi muito bem feita e esclarecedora.

>Cláudio, vc diz não saber muito de MQ, tudo bem, mas como pode querer derrubá-la sem conhecê-la a fundo?

Realmente pouco endendo de MQ. Agora não sei porque você entendeu que eu estou querendo derrubá-la. Acho que você está me confundido com o Alberto. Eu apenas acho que a MQ, apesar de equacionar a questão da quantificação do microcosmo, não fornece uma explicação melhor de como as coisas realmente se passam por lá. E acredito que alguma nova teoria irá fazê-lo algum dia. Digo isto mais na intuição do que calcado em conhecimento mais aprofundado da questão.

Um grande abraço,

Claudio Abreu


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]




SUBJECT: Re: [ciencialist] Moderacao (administrador)
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 03/12/2000 16:30

Prezado LRB,

Mil desculpas se fiz alguma colocação mais forte ou desagrável. Eu apenas queria mostrar a você que prefiro a Ciencialist como ela sempre funcionou. Você tem a minha alta consideração e respeito.

Um grande abraço,

Claudio Abreu
----- Original Message -----
From: Luis Roberto Brudna [RS]
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Sunday, December 03, 2000 12:59 PM
Subject: [ciencialist] Moderacao (administrador)


Eu tentei.

Estou comecando a achar que muitos integrantes dessa lista gostam
mesmo de uma confusao, quanto mais brigas melhor.

Realmente nao entendi qual o motivo de tanta *paranoia* em relacao
ao meu estilo de moderacao da lista. Eu tentei ao maximo explicar
como eu iria fazer para tornar a lista mais legivel, mas o pessoal
estah desconfiando da minha integridade. Estou triste com isso.

Vou continuar moderando a lista e liberando todos os e-mails.
Modero simplesmente para evitar excesso de e-mails e editar as
mensagens em relacao as partes inuteis.

Se alguem quiser continuar me criticando... vai em frente. Mas
fique sabendo que isso eh extremamente desagradavel depois de ter
demonstrado por tanto tempo meu estilo de administracao da lista. Aos
geradores de polemica vazia e briguinhas... boa sorte.

Ateh mais.
Luis Brudna - extremamente chateado.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar??
FROM: Flavio Mendonca <fefemendonca@uol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 03/12/2000 17:28

Paz e Luz Marcelo,

Marcelo Barbosa gravada:

> >Qual a origem destes impulsos codificados ?
> >É só a isso que vc resume o homem ? De toda forma, quem o programou,
> Deus ou o caos ?
> >Esta sociedade é moral ? Como se fez o código moral, desta sociedade
> ?
>
> Todas as perguntas parecem querer levar à conclusão de que algum deus
> tenha criado os impulsos, o homem, o código moral, etc...
>

Falaste bem, parecem:-)

>
> Primeiramente, pode-se encará-la como uma "falácia da bifurcação", ou
> seja: ou foi deus que fez, ou surgiu do nada. Por que somente
> existiriam essas duas alternativas? Como por exemplo: tudo ter sempre
> existido, universo pulsante, universos dentro de universos, e outras
> coisas difícieis até de se imaginar.

Bem, há quem assim pense. Porém, qdo falamos de criação de espécies, estamos falando da criação terrestre.
Qto a pré-existência do universo, nada podemos falar, ainda é para todos nós um dogma a ser desvendado.
Particularmente creio em uma causa primária para todos os efeitos, porém, como tudo neste mundo de
consciência relativa, trata-se apenas de minha percepção da realidade.

>
>
> Por outro lado, se aceitarmos as perguntas como tendo resposta "deus",
> isso nos leva a outras perguntas cruciais:

Responderei a cada uma das perguntas, não dentro de uma verdade que, creio não ser absoluta. Muito pelo
contrário, é relativa a minha perspectivas.

> Quem originou deus?

Dentro desta minha perspectiva, Deus não foi originado, ele existe na eternidade. Ele é o absoluto, causa
inicial de todos os efeitos.

> Quem
> programou deus?

Sendo Deus causa primária, sua programação não faria sentido, pois o que viesse depois dele já seria
efeito.

> Quem incutiu moral em deus?

A moral é uma tentativa humana de atingir uma harmonia com o Cosmo. É criação humana e não divina. Um ser
após atingir uma condição integral, já não mais necessitaria da moral, pois já seria harmônico com o
Cosmo.

> Se podemos aceitar
> respostas do tipo "deus criou a si mesmo", qual seria a dificuldade de
> aceitarmos "o universo se criou a si mesmo", ou "o universo sempre
> existiu"?

Nenhuma, trata-se de um dogma e como tal qualquer um responde essas questões.

>
>
> Marcelo Barbosa

[(())]'s

Flávio Mendonça




SUBJECT: Re: [ciencialist] Sem muita paz e um pouco de escuridao
FROM: Flavio Mendonca <fefemendonca@uol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 03/12/2000 17:28

Senhor,

Respondo as questões abaixo.

Luiz Ferraz Netto gravada:

> Flavio Mendonça wrote:
> >
> > Paz e Luz João Carlos,
>
> Jocax wrote:
> >Talvez Vc nao deva por o nome da pessoa (Paz e Luz Pessoa ) pois as
> pessoas podem pensar q so aquela pessoa especifica q recebeu sua a luz
> deveria responder..<
>

Esclareço a todos, então, que qdo desejo paz ao meu interlocutor, não restringe a resposta apenas a ele, mas a qualquer um que se interesse pela questão, mesmo pq, sendo aqui um lista de discussão, já está implícito no objetivo da lista isso.

>
> Não sei quem começou com esse "Paz e Luz", típico do jornalzinho de domingo ás 7h e 30min, o "Despertai" (meu despertador domingueiro!) :-)

Quem começou com o desejo de paz e luz aqui fui eu, assim continuarei até que não seja mais aceito pelos participantes da lista. Neste caso serei obrigado a reconhecer que não estou sendo bem vindo. Nunca fiz parte de nenhum jornalzinho dominical, logo qualquer semelhança é mera coincidência.

>
> Um mundo de pura Paz é utopia não desejada (imagino um discurso desse no momento que a guepardo vai atacar a gazela --- essa paz só é conseguida na Ilha do Éden do Fantasma!)

Paz, para esclarecimento de todos, na minha forma de proferir, trata-se apenas um desejo sincero que meu interlocutor encontre-se em equilíbrio emocional.

> e um de eterna Luz seria catastrófico (a Terra teria que parar de girar, ficando meu hemisfério sempre voltado para o Sol ... os coitados do outro lado teriam Paz e Escuridão.

De outra forma, qdo desejo luz, estou na realidade desejando ao meu interlocutor clareza as respostas e perguntas, as quais se submeterá.

>
> Prefiro os Olá, Oi, Caros amigos etc. Entendo os significados desse intróito, no contexto, apenas me parecem 'dogmáticos' demais.

A preferência é de quem deseja ou de quem recebe ? O que manda o código de boa conduta?
Uma vez esclarecido o sentido empregado por mim na questão, creio não ser necessário mudar minha forma de comprimento.

> Não vejo 'guerra' como antônimo de 'paz' e sim de 'harmonia' entre povos. Paz lembra-me, entre os homens, um 'sossego profundo', algo a acobertar a 'garra', a criatividade e a busca pelo desconhecido. Por sua vez, Luz 'a me iluminar' parece-me coisa 'divina e angelical'. O meu outro lado (deus) já tem isso em excesso:^). Entretanto, se 'Paz e Luz" = "Olá vcs, saudações", falou e disse.

Um momento cordial muitas vezes cria uma psicosfera favorável ao bom entendimento e harmonia dos diálogos travados. A cordialidade e gentileza tem esse propósito.

>
>
> []'
> Léo

Assim, Paz e Luz

Flávio Mendonça




SUBJECT: Marcelo ataca novamente
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "Ciencia_Lista" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 03/12/2000 17:55

Quem quiser saber tudo sobre física basta perguntar ao M. Gleiser :-)

3. Ministro Sardenberg e o fisico Marcelo Gleiser conversam sobre
popularizacao da ciencia

Marcelo Gleiser sugeriu ao ministro a criacao de estrategias de
popularizacao da ciencia.

Sardenberg recebeu Marcelo na quarta-feira, dia 6/9.

O desejo do cientista coincide com o projeto de Sardenberg de desencadear
ampla campanha entre instituicoes de pesquisa federais e estaduais para
divulgacao cientifica entre os jovens.

"E' importante que os projetos tenham conteudo nacional, porque esse
interesse pela C&T vem sendo registrado em todas as regioes do pais",
declarou Sardenberg.

O ministro anunciou que pretende levar o assunto ao Forum de Secretarios
Estaduais de C&T, marcado para os dias 26 e 27 de outubro, em Macapa'.

Acrescentou que, alem dos governos, devem estar envolvidos tambem nessa
mobilizacao os reitores das Universidades e os proprios individuos.

"Cada pessoa esta' diretamente tocada pela ciencia e pela tecnologia",
comentou ele, lembrando da necessidade de que esta campanha atinja o
cotidiano das pessoas.

Palestras em escolas publicas, com a participacao de pesquisadores de
diversas areas, e canais de discussao atraves da internet, foram algumas
das sugestoes apresentadas por Gleiser.

"Diariamente sou assediado por criancas e adolescentes avidos por saciar a
vontade de entender melhor de ciencia", falou o pesquisador ao ministro.

Com base na sua propria experiencia, Gleiser - que consome duas horas
diarias respondendo perguntas via internet - avalia que ha' hoje nos
brasileiros grande apetite por assuntos ligados 'a sua area de atuacao,
"especialmente por parte de criancas e adolescentes".

Marcelo reside ha' 14 anos nos EUA, onde e' professor da Dartmouth College,
em Boston.
(Dados da Assessoria de Imprensa do MCT)
Luiz Ferraz Netto [Léo]
UIN#: 31028111
leo@barretos.com.br
leo@esquinas.com.br
www.feiradeciencias.com.br




SUBJECT: Re: [ciencialist] fendas quanticas e outras coisas
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 03/12/2000 19:53


Caro Alberto,

> Eu particularmente não respondi pois estaria colaborando para aumentar o
> "chover no molhado". No que me consta, a única novidade dessas duas msgs foi
> você ter mostrado que existem outras saídas quânticas (a quântica
> relativista) mas com outras palavras também já havia assumido a existência
> dessas saídas. Então interpretei isso como uma exemplificação sem
> conseqüências novas e a merecerem considerações outras. Mesmo porque não sou
> contra nem a favor, muito pelo contrário, acho que todo o mundo tem o
> direito de optar por suas crenças, novas ou antigas.
>
Eu não propus nenhuma saída nova, apenas citei que as equações da
quântica que
discutimos não são relativísticas, ou seja, vale para partículas a
baixas
velocidades. Na quântica relativística se complicam as equações e novos
entes matemáticos como spinores devem ser considerados mas, em termos
fundamentais, é a mesma teoria. Por comodidade matemática, usamos em
problemas simples a quântica não relativística, só isso.

> Isso porque você está desconsiderando as idéias fundamentais e desprezadas
> da filosofia newtoniana. Ao desconsiderar o elemento responsável pela ação a
> distância, ao supervalorizar a idéia de corpúsculo puntiforme e ao ignorar a
> entidade imaterial e responsável pelo que hoje chamamos campos de força, a
> física clássica transformou-se na física anti-newtoniana dos séculos XVIII e
> XIX e nos "absurdos que funcionam" do século XX.
>

A física quântica, como tentei mostrar em algumas mensagens, é menos
arbitrária do que a física newtoniana (aliás, a física de Galileu que
foi
quem, de fato, revolucionou a mecânica).

> Que tal ler também um pouquinho do Principia ou da Óptica de Newton?

Belíssimas obras, apenas não sei porque vc insiste na Óptica de Newton,
sem dúvida é
uma elegante teoria, pena que esteja errada. Vc deve saber que o poder
de Newton e de
sua óptica atrasaram em alguns séculos o estudo de fenômenos
ondulatórios.

> > Quem aprendeu física na universidade há mais de 30 anos não
> > teve, provavelmente, cursos básicos de MQ como aqueles que estudaram
> > mais tarde. Não dá para aprender e aceitar a mecânica quântica sem
> > bastante estudo, o mesmo destinado a partes fundamentais da física
> > clássica como mecânica e eletromagnetismo.
>
> Pensei ter lido acima algo do tipo: "Creio que um pouco mais de humildade
> não faria mal a ninguém." Acho que me enganei.

Se isso te incomoda, sinto muito. Acho natural, se alguém inventar uma
teoria nova hoje e esta for bem aceita daqui a uns 20 anos,
provavelmente um estudante recém formado em um bom curso de física
conhecerá muito mais desta teoria do que eu. Não é um crime desconhecer
alguma teoria, estranho apenas estas revoluções teóricas que as pessoas
propõem em cima de falsos erros. Se vc quiser, posso ser cordial e puxar
o saco do Cláudio, por exemplo, falando que a TGBD é bonita e tal. Mas
não sou falso e tenho convicção que a TGBD não se pode ser levada a
sério como ele acredita e se ilude (vide crítica em outra mensagem). E
falo isso independente da mágoa que pode causar. Aliás, já falei o mesmo
sobre suas teorias.
Não sou um especialista em física quântica, tudo o que sei vem de
cursos ou estudos normais todavia não faço pesquisa em uma área afim.
Por
isso mesmo, garanto que todas as críticas que faço aos erros cometidos
por aqueles que a criticam poderiam ter sido feitas por qualquer aluno
que cursou física em uma universidade mediana.
Ademais, a física jamais foi feita por pessoas isoladas, principalmente
nos últimos duzentos anos. Por isso insiste que os novos teóricos se
exponham
aos críticos (coisa que, segundo vc, eu não tenho capacidade) nas
universidades ou centros de pesquisa
e não aos puxa-sacos (isto vale para vc ou para qq um que acha que tem
em mãos uma grande revolução teórica).
Finalizando, creio que se devia estudar e entender mais a física antes
de tentar inovar.

um abraço, Eduardo.



SUBJECT: moderacao
FROM: sagredus@hotmail.com
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 03/12/2000 20:53

Sobre as críticas com relação à moderação eu penso que algumas foram
injustas, outras até mesmo exageradas.
Se o moderador não impedir que nos manifestemos sobre um determinado
assunto e se ele quer cortar pedaços dos emails para ocupar menos
memória de nossas contas de email, será uma idéia boa.
Impedir opiniões que sejam contrárias à do moderador, aí será um
abuso.
Afinal ele disse no email no. 7234

"Nao vou influenciar de forma direta no conteudo das mensagens, o
maximo que farei eh apagar as partes da mensagem que sao totalmente
inuteis para a discussao, por exemplo, rodapeh e propaganda do
Egroups. Nao eh necessario panico."

Penso contudo que o moderador deveria dizer o significado de

"... o maximo que farei eh apagar as partes da mensagem que sao
totalmente inuteis para a discussao ..."

Por mais que tenha dado 1(um) exemplo, seria melhor dizer TODOS os
casos passíveis de corte.

Pensei em mandar o email em particular, mas na "main" da ciencialist
vinha o email "lrb@if.ufrgs.b" e penso que esteja escrito errado.

[]'s
Joabner






SUBJECT: Re: [ciencialist] paradigmas da mente
FROM: Flavio Mendonça <fefemendonca@uol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 03/12/2000 23:47

Paz e Luz João,

Joao Carlos Holland de Barcellos gravada:

> Flavio Mendonça wrote:
> >
> > Paz e Luz João Carlos,
> >
> > Não sei se somos os mais ativos aqui, ou se os assuntos se interagem,
> > pois a maioria das minhas respostas,
> > coincidentemente, vai para vc:-) Vamos a elas......
>
> Talvez Vc nao deva por o nome da pessoa (Paz e Luz Pessoa ) pois as
> pessoas
> podem pensar q so aquela pessoa especifica q recebeu sua a luz
> deveria responder..
>

Neste caso esclareço a todos, uso paz e luz como comprimento, não especificando que apenas o interlocutor
deva responder, até pq estamos numa lista, caso contrário usaria o pvt, correto ?

>
> >
> > João Carlos Holland de Barcellos gravada:
> >
> > > Acredito ( exatamente agora me veio esta infeliz crenca ) que o
> > nosso
> > > cerebro,
> > > seja, de algum modo, diferente da maioria dos animais. Aqui vem uma
> > > teoria
> > > minha q eu nao sei se ja existe em algum lugar:
> >
> > Mais ou menos assim. Mas a chamam de crença, mistificação, embustes e
> > outros nomes simpáticos:-)
> >
> > >
> > > Um animal considerado muito primitivo, como um jacare, tem um
> > cerebro
> > > que
> > > deve agir movido essencialmente por eventos externos ou necessidades
> > > internas.
> >
> > É o que chamamos de instinto. É pré-condição ao pensamento lógico
> > racional.
> >
> > >
> > > Do contrario deve ficar em estado de espera "stand by", dormindo ou
> > > esperando.
> >
> > Assim não haveria progresso nas espécies. A idéia anterior é a mais
> > adequada.
>
> Vc deve notar q o "progresso" nao depende da atitude do animal ficar
> ou nao em stand-by mas sim dos genes que codificaram este comportamento
> nele, ja que seu comportamento eh diretamente determinado pelos genes.

Creio que neste caso, atribuíamos apenas ao genes a capacidade de evoluir. Porém, apesar do genes ser
primordial no processo, há de existir mais alguma coisa que o programe e também o faça modificar-se, uma
vez haver mudanças nas perspectivas durante esse progresso, haja vista o homem em dado instante
bifurcar-se e deixar de ser primata para transforma-se em hominídeo.

>
> Alguns animais, que nao os repteis, talvez sejam geneticamente
> codificados para nao ficarem em stand-by se isto lhes conferir alguma
> vantagem darwiniana.

Diga-me quem faria essa programação ? Digo, quem manipularia o genes ? Que lei ?

>
> >
> > >
> > >
> > > Quando vier um estimulo interno ( a fome ) ou externo ( um bicho
> > cai
> > > no rio )
> > > o cerebro eh estimulado a reagir a estes impulsos conforme
> > > uma pre-programacao genetica basica ( procurando comida ou
> > atacando).
> > >
> >
> > É o instinto desejando transcender a condição de cérebro pensante.
>
> Nao vejo q o instinto "deseje" transcender aa condicao de cerebro
> pensante.
> E sim uma forma adaptativa de sobrevivencia gastando o minimo de
> energia.
>

Esse "deseje" é a tal forma adaptativa. É a lei que rege a evolução.

>
> >
> > >
> > > Ou seja eh um cerebro movido a eventos perifericos, ou a reacao.
> >
> > Isso. Ainda não desenvolveu-se o ego.
> >
> > >
> > > Nestes tipos de cerebro a consciencia ( se existir ), que eh uma
> > forma
> > > do
> > > cerebro imaginar a interacao do individuo com o ambiente, para
> > planejar
> > > um ataque futuro por exemplo, deve ser bastante incipiente.
> >
> > Por não haver o ego, ainda não se pode considerar consciente. Age
> > assim pelo instinto.
>
> Eu queria dizer q a flexibilidade cerebral necessaria para prever com
> alguma antecedencia os passos que a vitima do predador poderia tomar
> daria ao primitivo cerebro certa autonomia para um principio de
> inconsciencia e independencia.
>

É o que chamo de instinto:-) É a inteligência na sua fase primitiva.

>
> >
> > >
> > > Nos seres humanos a consciencia evoluiu bastante, e, o que antes
> > servia
> > > como um meio de planejar estrategias de caça ou emboscada, agora
> > serve
> > > para planejar como construir um foguete ou resolver um problema
> > > matematico.
> >
> > Veja que aqui vc saltou do primitivo para o homem, deixando uma grande
> > lacuna entre os dois. Entre um e
> > outro, há fases intermediárias, onde as espécies desenvolvem suas
> > consciências. Vejamos o chimpazé por
> > exemplo, já demonstra sinais de racionalidade e pensamento contínuo.
> > Segundo dizem os pesquisadores,
> > pensam como humanos até 4 anos, quando bem desenvolvido. Percebe-se
> > que as espécies se desenvolvem, e que
> > de alguma forma, passam suas experiências a uma outra.
>
> Sim saltei, mas logo em seguida eu salto para tras de novo :-)
>
> >
> > >
> > > Devemos notar q o cerebro foi moldado inicialmente para responder,
> > > com certa precisao, a estimulos internos e externos e, que estas
> > > respostas
> > > eram codificadas, via genes, como algoritmos mentais para a solucao
> > > destes
> > > problemas de perpetuacao genetica ( "sobrevivencia" ). Estes
> > algoritmos
> > > mentais pre-programados sao as Regras Epigeneticas e os instintos.
> >
> > Vc parti do pressuposto que aqui se deu a origem das coisas. Mas
> > poderíamos regredir mais um pouco e
> > chegarmos a uma simples larva, como condição de início desta formação,
> > digamos cerebral, desconsiderando é
> > claro, fases ainda mais primitivas. Onde se quer a criatura tivesse
> > resposta a estímulos externos. Pelo
> > menos aparentemente observados.
>
> Sim, mas aonde quero chegar nao eh necessario regredir tanto.
> Quero colocar uma teoria evolutiva que explique de onde surgiu um
> cerebro consciente e memetico sendo que sua origem eh totalmente
> pre-programada : instintiva.
>

Na experimentação da vida, isso se dá. Existe uma fórmula acumulava das experiências e que são passadas de
geração em geração. Uma forma de registro transferível. O problema está em sabermos onde encontra-se esta
caixa preta.

>
> >
> > >
> > > Nos ainda os possuimos. Com o decorrer da evolucao e, devido ao
> > sucesso
> > > constante deste equipamento de planejamento de estrategias de caça,
> > > os eventos que antes faziam o cerebro responder de imediato, fizeram
> > com
> > > que o controle passasse cada vez mais do instintivo para este
> > controle
> > > superior, o controle memetico.
> >
> > É o que chamamos de mente superior. Mas observe que os instintos ainda
> > existem, e nunca se corrompem,
> > enquanto a razão ainda conjectura, ou seja, desenvolve-se.
>
> Sim e nao, devemos notar que os genes continuam a nos moldar e foram
> eles que permitiram o crescimento do cerebro. As regras epigeneticas,
> fonte da origem do amor, por exemplo, tambem evoluiram
> concomitantemente.
>

Pois é. Mas ao que atribui isso ?

>
> >
> > >
> > > Este foi o ponto de mutacao. O ponto basico da diferencicao do homem
> > :
> > > A capacidade de adiar reacoes imediatas a estimulos, para obter
> > maior
> > > sucesso
> > > no planejamento estrategico de longo prazo.
> > > O sucesso obtido na capacidade de planejar e nao reagir de imediato
> > a
> > > estimulos sensorios, foi a quebra principal na distincao da evolucao
> > do
> > > homem
> > > da dos outros animais.
> >
>
> Aqui gostaria de me corrigir. Outras especies, como os macacos,
> tem este aparato cerebral tambem. Mas nao de forma tao desenvolvida.
> Fica uma quentao: Ateh q ponto uma mudanca quantitativa pode levar a
> uma mudanca qualitativa?

Pois é. De uma certa forma esta mudança qualitativa denota uma inteligência, não ?

> Um ponto demarcante a favor do paradigma
> qualitativo eh o fato q o homem eh o unico animal q se suicida.

Não sei, mas já ouvi relatos de espécies de macacos e elefantes. Só não lembro a fonte.

>
>
> > Tomou ai o homem consciência do seu existir.
>
> Talvez nao soh o homem tem consciencia disso.
>

É pelo menos os que dizem todos os profissionais da área. O homem tem consciência de sua existência, da
existência dos outros, e até ensaiam transcendências conscienciais. Já ouviu falar do instituto de
projeciologia e conscienciologia ? E antes que digam algo a respeito, procurem ver se o fenômeno procede
ou não. Pelo visto, neste meio virtual, percebo um cheiro de falta de espírito investigativo. Digo sem
intenção de ofensa, mas de uma provocação, pois, ser científico é buscar nos fenômenos uma justificativa,
e não simplesmente negá-lo.

>
> >Deixou a fase animal, e
> > adentrou definitivamente na fase
> > hominal, onde irá desenvolver-se através do ego até a fase atual, onde
> > já existe a fase premente de
> > abandona-lo.
>
> Note q embora o novo aparato ( neocortex? ) tenha ganho o controle das
> acoes, o cerebro primitivo ( limbico+reptilico) ainda atuam e
> influenciam
> e, as vezes, ganham o controle do individuo.
>

Na forma de instinto ?

>
> >Vemos exemplos de pessoas quase que totalmente
> > desapegada. Chamamo-as, austruísta. São
> > pessoas que agem em função da comunidade, e não somente de si. Tem uma
> > pespectiva mais abrangente. É uma
> > espécie de consciência maior. Ou como chamam alguns, Elevados,
> > Iluminados. E por ai vai......
>
> Minha teoria NAO PERMITE crer que tais pessoas sao de fato altruistas
> no sentido puro do termo: O altruismo instintivo.

Isso pq vc despreza que seres possam evoluir a este estágio de consciência. No entanto, se percebesses
isso, veria que existem pessoas que são REALMENTE diferentes.

>
> Sim, elas podem seguir memes altruistas sobrepondo seus desejos
> egoistas.

Certos estágios, já se admite não haver mais o ego.

>
> Mas o que ela esta fazendo eh simplesmente abafar seus desejos mais
> arraigados, impedindo q o vulcao interno exploda.

Imagine uma cebola. Cada casca representa uma conquista consciencial. Ora, na perda das camadas mais
superficiais estaria a mudança de hábito. No caso uma pessoa REALMENTE altruísta, seria aquela que perdeu
a camada mais externa, agindo, agora, com base na camada mais interna. É o que chamamos consciência
superior.

> Seriam pessoas, de
> alguma forma, anti-naturais, e talvez infelizes, mas nem por isso falsas
> :
> Agem de acordo com sua crenca.

Acontece que tem pessoas que mesmo contrariando suas crenças ( Religiões ), demostram uma "necessidade" de
agir de conformidade com sua consciência. Isso pq, embora esteja ligado aquela entidade, já demonstra
sinais de evolução interior ( Consciencial ).

>
> Um outro modo de explicar tais comportamentos seria justamente sobre a
> otica egoista-evolutiva : Sendo consideradas pessoas altruistas, estas
> pessoas teriam um determinado status que garantiria uma vantagem
> evolutiva
> sobre as demais.

Pode-se enganar aos outros, mas a nossa condição consciencial, não. Como disse, o instinto não transvia.
Ele é completamente íntegro.

>
> O altruismo puro soh viria com a extirpacao dos genes egoistas, via
> Genismo.

Olha ainda não entendi o que vem a ser Genismo, mas o exemplo das cascas da cebola demonstra muito bem o
processo.

>
> >
> > >
> > > Contudo, com este sucesso, este novo aparato planejador ganhou
> > > totalmente
> > > o controle das acoes sobre o cerebro primitivo.
> >
> > O que chamas de aparato controlador ? Não seria a conciência formada
> > neste estágio ?
>
> O aparato, a q me refiro, seria a regiao cerebral responsavel pela
> consciencia, talvez o neo-cortex.
>

E é. Veja o seu desenvolvimento desde a era primitiva até os dias atuais. Antes o frontal mal existia, no
entanto, hj é bem desenvolvido. Porém, ainda assim, creio numa consciência extra-física, imaterial,
refletida é claro, fisicamente, no neo-cortex.

>
> >
> > > E, tambem permitiu que
> > > outras
> > > ideias (memes), nao necessariamente ligadas ao processo de
> > perpetuacao
> > > genetica, tivessem lugar!
> >
> > Qual a utilidade disso ?
>
> Lembre-se q a evolucao nao trilha caminhos retos. Existem efeitos
> colaterais.
>

O problema é que damos nomes diferentes a estes "efeitos colaterais". Ambos não comprovamos isso, mas cada
um acredita da sua forma.

>
> Qdo os genes permitiram o crescimento do cerebro e o
> surgimento da consciencia, permitiram tambem q esta consciencia se
> insurgisse contra seu criador(genes) : O suicidio, o celibato e
> outras formas memeticas de comportamento anti-genetico sao estes
> efeitos colaterais.

Foi bom falar nisso. Dar-me oportunidade de lhe perguntar, o que transvia essa "vontade" genética ? Vc
dirá, os efeitos colaterais. Mas o que motiva esses efeitos colaterais ?

>
>
> Claro que nem todos seguem comportamentos anti-perpetuativos e, por
> isso,
> o cerebro consciente ainda se mantem.

Quem disse que a mente consciente é isso ? É o que parece racional, mas será de fato ? São os loucos,
loucos ?

>
> Mas, nao eh de todo impossivel que este cerebro consciente leve aa
> derrocada
> da especie e dos genes que o criaram: Existe uma seita que propoe
> justamente
> o fim da especie atraves do nao nascimento de nenhum novo ser humano.

A natureza tem segredos que não nos conta, exceto qdo pudermos entede-la:-) Creio que ela se refaz.

>
> Este eh um exemplo de como os memes podem ir contra os genes,
> destruindo-os.

O que mostra que existe aquilo que chamei de mente criativa.

>
> >
> > >
> > > Assim o homem passou a ser controlado por uma parte do cerebro, de
> > certo
> > > modo,
> > > independente das demais. Foi o inicio de seu sofrimento.
> >
> > É a fase da maturidade. Ter que enxergar as suas próprias
> > necessidades. É a auto-reparação. É a fase que
> > mais dói, pois não trata-se de dor física, mas aquela voz lhe
> > convidando a se arrumar, a se reparar. Tome
> > jeito rapaz, diz ela:-)
>
> Esta crenca no que eh bom, pode na verdade nao o ser do ponto de vista
> perpetuativo ou mesmo de felicidade.
> ( As vezes o rapaz estava "certo" em nao tomar jeito e ela "errada" )
>

Sim, o conceito que damos de bem e mal, bom e ruim é completamente relativo. Porém, observe, dizemos que
tudo aquilo que não obedece as leis naturais, está em desarmonia com ela. Daí aquilo que não obedece,
dizemos ser mal ou ruim.

>
> >
> > >
> > > Os memes,as ideias, habitam agora esta area do cerebro
> > (inicialmente
> > > reservada ao planejamento de sua sobrevivencia), e dirigem as acoes
> > > humanas
> > > segundo estas crencas.
> > >
> > > Existe portanto uma batalha entre o cerebro primitivo responsavel
> > pelas
> > > acoes imediatas decorrentes de estimulos internos e externos, e o
> > novo
> > > cerebro planejador e armazenador de memes.
> > >
> >
> > Chamamos de fase animal em conflito com a fase hominal. Instintos X
> > Inteligência
> >
>
> []s
> jocax
>

[(())]'s

Flávio Mendonça




SUBJECT: Re: [ciencialist] sao os quanta reais?
FROM: "Gabriel Antunes de Oliveira" <gabriel101@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 04/12/2000 00:22


> Na verdade, a intuição nos engana quase sempre que
> estamos começando a estudar mecânica quântica e
> somente o amadurecimento das idéias nos faz intuir
> melhor e vemos que certas perguntas simplesmente não
> fazem sentido via mecânica quântica.
(...)
> Na verdade, a intuição nunca foi confiável em ciência
> alguma, de modo que não o seria na física também.

Gostaria de saber como você conclui isso: que a intuição nunca foi confiável
em ciência alguma.

Imagino que a intuição determine o resultado. Se você fosse partir para a
formulação de uma teoria analisando dados apenas com o lado racional,
conclusão nenhuma você chegaria, penso eu. (com relação as questões gerais,
"clássicas", não referentes a mecânica quântica).

Imagine como você chegaria a conclusão científica de que um cachorro não
voa... Se fosse partir para a experimentação, você teria que fazer um bom
número de observações (com MUITOS cachorros), e ainda por cima, só
conseguiria observar o momento presente... Agora imagine quantas observações
existem no passado e no futuro... O número de observações que você poderá
fazer, será com certeza insuficiete para formular um boa teoria sobre (que
nesse caso, seria só escolher entre a resposta "SIM, eles voam" ou "NÃO,
eles não voam").

Existe uma certeza interna, uma intuição muito forte de que cachorros nunca
voarão.

Acho que essa intervanção intuitiva (não racional), sempre entra na
formulação de uma teoria científica. O fato é que não formularíamos teoria
científica nenhuma, se não tivéssemos um direionamente de idéias. Se
fossêmos partir só para probabilidades racionais, acho que nenhuma teoria
boa seria formulada.

> E, se por um lado, a quântica não parece intuitiva,
> problemas, cuja solução envolvem equações clássicas
> também não são muitas vezes intuitivos.

Acho que na mecânica quântica as coisas não são nem um pouco intuitivas...
Mas para situações clássicas, imagino eu, a intuição está sempre presente.

Um grande abraço,

Gabriel Antunes




SUBJECT: Re: Moderacao (administrador)
FROM: "Manuel Bulcao" <msbn@daterranet.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 04/12/2000 02:56

--- In ciencialist@egroups.com, "Luis Roberto Brudna [RS]" <lrb@i...>
wrote: Eu tentei. Estou comecando a achar que muitos integrantes
dessa lista gostam mesmo de uma confusao, quanto mais brigas melhor.

Manuel - Eu diria: quanto mais "polêmica" melhor. O antagonismo é
fecundo.

Brudna - Realmente nao entendi qual o motivo de tanta *paranoia* em
relacao ao meu estilo de moderacao da lista. Eu tentei ao maximo
explicar como eu iria fazer para tornar a lista mais legivel, mas o
pessoal estah desconfiando da minha integridade. Estou triste com
isso.

Manuel - Não desconfio da sua integridade. Estou certo que você é uma
pessoa íntegra e aberta à crítica. Caso contrário, a Ciencialist não
seria esse fórum democrático, agradável e que não sacrifica o senso
de humor em prol do que Sartre denominou de o "espírito da
seriedade". Tal "espírito" combina muito bem com desembargadores,
ministros do Supremo Tribunal Federal e outros que vivem na sombra de
cargos públicos honoríficos e vitalícios. Não se coaduna, entretanto,
com o "espírito da curiosidade" sem o qual a pesquisa científica é
impossível.

Brudna - Vou continuar moderando a lista e liberando todos os e-
mails. Modero simplesmente para evitar excesso de e-mails e editar as
mensagens em relacao as partes inuteis.

Manuel - Confio no amigo. Obviamente que você não vai fazer do seu
ponto-de-vista (sobre a psicanálise, por exemplo) o "critério" do que
é útil ou inútil.

Brudna - Se alguem quiser continuar me criticando... vai em frente.
Mas fique sabendo que isso eh extremamente desagradavel depois de ter
demonstrado por tanto tempo meu estilo de administracao da lista. Aos
geradores de polemica vazia e briguinhas... boa sorte.

Manuel - Não o critico. Sua preocupação com o fluxo de mensagens é
pertinente e razoável. Mas lhe pergunto: quem são os membros da
ciencialist "geradores de polêmica vazia e briguinhas"? Por acaso
estou eu incluso neste rol? Admito que polemizei e briguei com os
dirigentes do FCB. Mas não creio que tal polêmica foi vazia e que
tudo não passou de uma "briguinha". No debate que suscitei o que
estava em questão era, precisamente, o critério que distingue a
ciência/razão da pseudociência/irracionalismo. Um assunto bastante
complexo, que envolve conhecimentos de epistemologia e que, portanto,
nada tem de vazio, tolo, bizantino ou superficial. Tudo começou com
uma avaliação simplista e idiota do freudismo por parte de alguns
dirigentes do FCB, segundo a qual a psicanálise é uma "falcatrua" e
Freud é um charlatão.

Abraços,
Manuel Bulcão




SUBJECT: Re: [ciencialist] fendas quanticas e outras coisas
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 04/12/2000 03:58

-----Mensagem Original-----
De: "Eduardo Gueron"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Domingo, 3 de Dezembro de 2000 19:53
Assunto: Re: [ciencialist] fendas quanticas e outras coisas


> Finalizando, creio que se devia estudar e entender mais a física antes
> de tentar inovar.

Concordo. Proponho que se comece pela definição de física e pela real
importância da matemática como FERRAMENTA a ser utilizada pelos físicos. Por
exemplo: a vassoura é um objeto útil para a limpeza de uma casa; as
bruxas, no entanto, utilizam-na como meio de transporte. Os bruxos da física
têm tentado fazer a mesma coisa com a matemática e isso a meu ver não é
física, é ficção. E você pelo visto está entrando na onda e propondo que eu
estude ficção. Pois estude você, já que isso lhe agrada.

Alguém aqui se habilita a definir física? E a partir dessa definição
discorrer alguma coisa sobre a utilidade da matemática como tal e não
algo a substituir os objetos de estudo da física? Representar é uma coisa.
Substituir é ficção. A partir daí poderemos dizer quem está inovando.

[ ]'s
Alberto
http://sites.uol.com.br/albmesq/
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm




SUBJECT: Re: [ciencialist] sao os quanta reais?
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 04/12/2000 06:13

-----Mensagem Original-----
De: "Gabriel Antunes de Oliveira"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Segunda-feira, 4 de Dezembro de 2000 00:22
Assunto: Re: [ciencialist] sao os quanta reais?

> Gostaria de saber como você conclui isso: que a intuição nunca foi
> confiável em ciência alguma.

Olá Gabriel

Eu tenho a impressão que ninguém concluiu isso. E não obstante em minha vida
universitária ouvi isso centenas de vezes. E a maioria dos que assim se
manifestou jamais demonstrou saber sequer o significado da palavra intuição.
E eu diria que essa idéia é antiga. Cajal, por exemplo, que foi um grande
pesquisador da área de biológicas, escreveu em seu livro "Regra e Conselhos
Sobre a Investigação Científica", logo na introdução: "Nas ciências naturais
já foram definitivamente abandonados os princípios apriorísticos, a
intuição, a inspiração e o dogmatismo". Veja em meio a que ele foi colocar a
intuição e a inspiração. E pior, isso que ele diz, e que talvez valesse para
o seu tempo, hoje foi bastante modificado. Continua-se propugnando pelo
abandono da intuição e da inspiração, ao mesmo tempo em que fortalece-se, no
dia-a-dia, o dogmatismo. Existe até mesmo uma filosofia, a de Thomas Khun,
amplamente defendida nas universidades brasileiras, pelo menos entre os
chamados cientistas naturalistas, e que propõe o dogmatismo (vulgarmente
cognominado paradigma) como regra fundamental da ciência. E esta mesma
filosofia adota como regra acessória a tática do não inovar em ciências, a
não ser em períodos excepcionais (algo amplamente defendido por muitos
jovens universitários, a exemplo do Eduardo em sua última msg). Afim de
exemplificar, vou colocar abaixo um trecho de Thomas Khun que já citei aqui
num contexto mais amplo:

"A minha posição ficará ainda mais clara se eu agora perguntar o que é que
fica para a comunidade científica fazer quando existe um paradigma. A
resposta - tendo em vista a resistência a inovações que existe e que é
escondida freqüentemente debaixo do tapete - é que, dado um paradigma, os
cientistas esforçam-se, usando todas as suas capacidades e todos os seus
conhecimentos para o pôr cada vez mais de acordo com a natureza." [Thomas
Khun, em "A Crítica da Ciência" (organizador: Jorge Dias de Deus), texto n.º
2, Zahar Editores, Rio, 1974].

Essa tática não é inerente aos jovens mas é ensinada nas universidades, qual
uma lavagem cerebral e à qual Mário Schenberg se referiu como "mediocrização
deliberada" de nossas universidades. O discurso de Mário Schenberg a
respeito é magnífico e, como tal, foi parar na gaveta. Como desmediocrizar
uma entidade cuja política está hoje nas mãos de medíocres?

> Imagine como você chegaria a conclusão científica de que um cachorro não
> voa...

Como você está se referindo à física quântica, eu diria que tem muito
quântico por aí que não vai concordar inteiramente com essa idéia. Eles
dirão, apoiando-se na equação de onda do cachorro, que existe uma
probabilidade praticamente nula, porém real, de encontrarmos um cachorro
voando por aí. Essa probabilidade aumenta bastante depois do quinto copo de
chope, mas esse é um outro departamento.

> Se fosse partir para a experimentação, você teria que fazer um bom
> número de observações (com MUITOS cachorros), e ainda por cima, só
> conseguiria observar o momento presente...

Dá-se um jeitinho para tudo. Se você soltar um bando de cachorros, assim que
eles passarem por uma cancela irão se difratar. Isso comprova
experimentalmente a natureza ondulatória do cachorro e justifica a aplicação
da equação de onda. O mais é fazer uns acertos aqui e outros ali, aplicando
a regra de Thomas Khun acima citada (e não esqueça do tapete).

> Agora imagine quantas observações
> existem no passado e no futuro... O número de observações que você poderá
> fazer, será com certeza insuficiete para formular um boa teoria sobre (que
> nesse caso, seria só escolher entre a resposta "SIM, eles voam" ou "NÃO,
> eles não voam").

Isto não é relevante. Certamente os cachorros voam mas pelo princípio da
complementaridade de Bohr, num mesmo contexto experimental ele não pode voar
e não voar ao mesmo tempo. Quando você olha para o cachorro você está
examinando sua natureza corpuscular, logo há um colapso da função de onda e
ele se mostrará como não voando.

> Existe uma certeza interna, uma intuição muito forte de que cachorros
> nunca voarão.

Não, é exatamente o contrário. O que existe é uma incerteza, não uma
certeza. Faça o seguinte: dê as costas para o seu cachorro e vire-se para
ele bruscamente. Quanto mais rápido você girar (menor o delta-t), maior será
a chance de observá-lo (maior o delta-vê) em pleno ar, antes do colapso da
função de onda. Quanto menor o delta-t maior será o delta-vê, ou seja, o
tempo em que você "vê" o cachorro voando. Certamente existem manobras mais
simples mas eles só ensinam para os iniciados em esoterismo quântico.

> Acho que na mecânica quântica as coisas não são nem um pouco intuitivas...
> Mas para situações clássicas, imagino eu, a intuição está sempre presente.

Concordo em gênero, número e grau e desculpe-me pelas brincadeiras (que por
sinal destinam-se a tirar o sarro dos quânticos que vivem pegando no meu pé)
pois não resisti. :-))

Aliás, existe uma outra versão do princípio da complementaridade aplicável
não só ao cachorro, mas também, e que diz: cachorro que late não morde.
Entenda-se: enquanto ele emite uma onda (som) ele não consegue abocanhar
nada material (ou corpuscular).

[ ]'s
Alberto
http://sites.uol.com.br/albmesq/
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm




SUBJECT: Ausencia
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 04/12/2000 06:42

Caros listeiros,
este mes de dezembro estarei em um curso externo
e soh poderei responder e-mails por um curto periodo de tempo por dia
por isso nao estranhem minhas respostas muito curtas durante
estas proximas 3 semanas.

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] fendas quanticas e outras coisas
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 04/12/2000 13:36

Alberto Mesquita Filho wrote:
> Alguém aqui se habilita a definir física?

Física é a ciência que estuda os fenômenos físicos.

Definição geral e ambígua? Talvez. Mas talvez por isso mesmo que ela
possa estudar quase todos os aspectos do cotidiano que não estão
aparentemente relacionados, como por exemplo a economia.

> E a partir dessa definição
> discorrer alguma coisa sobre a utilidade da matemática como tal e não
> algo a substituir os objetos de estudo da física? Representar é uma coisa.
> Substituir é ficção. A partir daí poderemos dizer quem está inovando.

A utilidade da matemática é inquestionável, mas insistir numa diferença
entre representar e substituir é errar o alvo. Creio que a física
utiliza os dois sentidos usados pelo Alberto, mas discutir o que
significa cada um é filosofia.

[]s
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TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar??
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 04/12/2000 13:50

Luiz Ferraz Netto wrote:
> Como o cristianismo pode tentar negar a sexualidade se tudo, conforme "gênese, JC et. al.", começou com Adão versus Eva?

Nega no ponto em que lhe reduz o sentido para algo puramente
reprodutivo. O que for fora disso é pecaminoso. O sentido de pecado é
que causa a confusão mental, se quer fazer mas não se pode fazer porque
vai para o inferno. Isto gera muita frustração e em alguns casos algum
tipo de psicose. Freud tem muitos casos interessantes. Antes que me
ataquem, não sou defensor da psicanálise, mas também não sou contra.

Fora o machismo latente [em muitos casos patente] e o total preconceito
contra o homossexualismo e prostituição.

Um exemplo claro contra os dogmas sexuais cristãos é a Suécia, onde a
educação sexual é muito forte há vários anos e tem taxas baixíssimas de
problemas sociais relacionados ao sexo, como aborto e AIDS.

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TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar??
FROM: "Bruno Marques" <brumarques@hotmail.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 04/12/2000 14:43

Fl�vio,
Me interrompendo um pouco na discu��o de vcs, tenho uma pergunta, segundo me
parecem os sues argumentos, na sua no��o de Deus ele � (seria) perfeiro e
como tal, entendo que um ser perfeito n�o tem necessidades ou desejos
(perfeito = completo). Como ent�o justificar a cria��o de qualquer coisa
(cria-se o que se necessita ou se tem vontade de criar) ? Da forma que eu
vejo, se Deus criou algo, � porque precisava / queria, se precisava / queria
n�o era perfeito, como ent�o criou ?
Abra�os,
Bruno


>From: Flavio Mendonca <fefemendonca@uol.com.br>
>Reply-To: ciencialist@egroups.com
>To: ciencialist@egroups.com
>Subject: Re: [ciencialist] Clonar??
>Date: Sun, 03 Dec 2000 17:28:17 -0200
>
>Paz e Luz Marcelo,
>
>Marcelo Barbosa gravada:
>
> > >Qual a origem destes impulsos codificados ?
> > >� s� a isso que vc resume o homem ? De toda forma, quem o programou,
> > Deus ou o caos ?
> > >Esta sociedade � moral ? Como se fez o c�digo moral, desta sociedade
> > ?
> >
> > Todas as perguntas parecem querer levar � conclus�o de que algum deus
> > tenha criado os impulsos, o homem, o c�digo moral, etc...
> >
>
>Falaste bem, parecem:-)
>
> >
> > Primeiramente, pode-se encar�-la como uma "fal�cia da bifurca��o", ou
> > seja: ou foi deus que fez, ou surgiu do nada. Por que somente
> > existiriam essas duas alternativas? Como por exemplo: tudo ter sempre
> > existido, universo pulsante, universos dentro de universos, e outras
> > coisas dif�cieis at� de se imaginar.
>
>Bem, h� quem assim pense. Por�m, qdo falamos de cria��o de esp�cies,
>estamos falando da cria��o terrestre.
>Qto a pr�-exist�ncia do universo, nada podemos falar, ainda � para todos
>n�s um dogma a ser desvendado.
>Particularmente creio em uma causa prim�ria para todos os efeitos, por�m,
>como tudo neste mundo de
>consci�ncia relativa, trata-se apenas de minha percep��o da realidade.
>
> >
> >
> > Por outro lado, se aceitarmos as perguntas como tendo resposta "deus",
> > isso nos leva a outras perguntas cruciais:
>
>Responderei a cada uma das perguntas, n�o dentro de uma verdade que, creio
>n�o ser absoluta. Muito pelo
>contr�rio, � relativa a minha perspectivas.
>
> > Quem originou deus?
>
>Dentro desta minha perspectiva, Deus n�o foi originado, ele existe na
>eternidade. Ele � o absoluto, causa
>inicial de todos os efeitos.
>
> > Quem
> > programou deus?
>
>Sendo Deus causa prim�ria, sua programa��o n�o faria sentido, pois o que
>viesse depois dele j� seria
>efeito.
>
> > Quem incutiu moral em deus?
>
>A moral � uma tentativa humana de atingir uma harmonia com o Cosmo. �
>cria��o humana e n�o divina. Um ser
>ap�s atingir uma condi��o integral, j� n�o mais necessitaria da moral, pois
>j� seria harm�nico com o
>Cosmo.
>
> > Se podemos aceitar
> > respostas do tipo "deus criou a si mesmo", qual seria a dificuldade de
> > aceitarmos "o universo se criou a si mesmo", ou "o universo sempre
> > existiu"?
>
>Nenhuma, trata-se de um dogma e como tal qualquer um responde essas
>quest�es.
>
> >
> >
> > Marcelo Barbosa
>
>[(())]'s
>
>Fl�vio Mendon�a
>
>
>
>
>*** --- ***
>Vote na decisao para configuracao da lista. Mensagens somente texto ou
>HTML. Para isso use o endereco:
>http://www.egroups.com/polls/ciencialist/
>*** --- ***
>

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SUBJECT: referees
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 04/12/2000 14:56

Este texto se refere à publicação de artigos científicos em revistas
americanas.

Este texto foi retirado da seguinte página por indicaçãop de Alberto
Mesquita Filho.
http://sites.uol.com.br/albmesq/artigos/MR03.txt

O que se encontra no seguinte forma é de autoria de Alberto M.F.
vvvvvvvvvvvvv
>>>Texto do Alberto...
^^^^^^^^^^^^^

Então vamos lá.

vvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvv
>>>Dentre os aspectos comentados pelo Pedro eu anotei publicação em revistas
estrangeiras. Por que é tão importante para a universidade brasileira
estimular ou até mesmo defender uma política que estimula seus
pesquisadores
a se preocuparem, quase que única e exclusivamente, em publicar os
resultados de suas pesquisas em revistas estrangeiras?
^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^

Porque simplesmente não existe revista brasileira que tenha o mesmo
âmbito mundial que as revistas americanas. Voce quer saber o que os
cientistas tailandeses estão fazendo a respeito de células
fotovoltaicas? Então leia uma revista de divulgação científica
reconhecida mundialmente, quase todas atualmente são norte americanas.

vvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvv
>>>Mas por que não termos, em grande profusão, revistas nossas, ainda que
editadas em inglês; ou então revistas nas quais o pesquisador possa
optar
pela língua em que pretenda ser lido?
^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^

Porque custa muito caro, teria que ser financiado pelo governo e o
retorno de uma indexação no web of science não é garantido. Além do
jeitinho brasileiro que põe tudo a perder. O sobrinho do namorado da
afilhada do editor é químico e gostaria de publicar...

vvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvv
>>>Ou melhor, por que não valorizarmos o
que temos aqui no país, estimulando, dessa forma, o desenvolvimento de
revistas cada vez mais gabaritadas?
^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^

A única revista de divulgação científica [para leigos] que temos é a
Ciência Hoje, que não é lá grandes coisas e que ninguém lê. Ninguém está
realmente interessado em manter um periódico científico sério. Aliado
aos custos de se manter referees sérios que é muito alto.

vvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvv
>>>Até quando permaneceremos na menoridade
científica? Até quando precisaremos submeter nosso potencial criativo
aos
caprichos de editores estrangeiros?
^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^

Minoridade científica? Nunca produzimos tanto em ciência e a tendência é
aumentar, ao contrário dos boicotes governamentais.

Editores extrangeiros? Os referees estão espalhados pelo mundo, eu mesmo
tenho professores que são referees da Nature e da Math Reviews.

vvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvv
>>>O Pflugers, por exemplo, é uma revista alemã, da área de medicina, e a
maioria de seus artigos são escritos em inglês, com resumo em alemão. E
vejam que a Alemanha é um país historicamente nacionalista, e ainda
assim
aceita a condição de que uma de suas melhores revistas na área de
medicina
seja publicada numa língua estrangeira. Eu também já li alguns artigos
de
física publicados em inglês na Itália, outro país historicamente
nacionalista.
--...--
Essa história de que um bom
artigo deve ser publicado nos EUA é um mito: os próprios
norte-americanos
reconhecem que os artigos publicados nos EUA por autores brasileiros são
de
baixa qualidade.
^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^

Aí é que está. No Brasil, por não haver periódicos sérios, tudo o que é
feito aqui, mesmo que seja no fundo do quintal, é publicado fora [em
revistas sérias ou não, conheço muitos]. Na Alemanha, Itália [Dinamarca,
etc] eles só publicam na Nature [ou similar] quando é algo bombástico e
precisam de avaliação científica global e instantânea para comprovação
de suas pesquisas, senão, basta o periódico local.

vvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvv
>>>Mais ou menos nessa época do ano, por volta de abril ou maio, costuma sair,
na imprensa nacional, a lista dos "cientistas produtivos". O que é essa
lista? É uma lista baseada em revistas na sua maioria norte-americanas,
retratando um catálogo de autores brasileiros que "colaboram" com a
ciência
norte-americana.
^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^

A lista é obviamente um erro crasso, simplesmente porque este é o único
meio deles [governo brasileiro] catalogarem o que está sendo feito no
Brasil. Eles não tem idéia do que está sendo feito nos porões das
universidades e o quanto de ciência real está sendo feita lá. Eles não
se preocupam com nada que não seja política e economia. Se eles
realmente se preocupassem, por exemplo, com agricultura, não existiria
MST.

Mas ao contrário do que vc afirma não estamos colaborando com a ciência
americana, as revistas têm um âmbito mundial e ultrapassam as fronteiras
americanas. Estamos sim colaborando com a ciência mundial, melhorando a
vida de bilhões de pessoas que precisam daquilo que fazemos em nossos
porões e sótãos.

[]s
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TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
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SUBJECT: Re: [ciencialist] fendas quanticas e outras coisas
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 04/12/2000 15:38

-----Mensagem Original-----
De: "TARCISIO BORGES"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Segunda-feira, 4 de Dezembro de 2000 13:36
Assunto: Re: [ciencialist] fendas quanticas e outras coisas

> > Alguém aqui se habilita a definir física?
> Física é a ciência que estuda os fenômenos físicos.

Já é um bom começo.

> Definição geral e ambígua? Talvez. Mas talvez por isso mesmo que ela
> possa estudar quase todos os aspectos do cotidiano que não estão
> aparentemente relacionados, como por exemplo a economia.

Pois se eu disser isso em meio a meus amigos economistas, em especial
aqueles bem ortodoxos e que gostam de falar sobre a história do pensamento
econômico, vou levar paulada de todos os lados. E se persistir nesse
argumento, só para chateá-los [adoro chatear os outros :-) principalmente em
áreas que não domino -- não deixa de ser uma maneira eficiente de aprender],
creio que acabaremos discutindo metodologia científica, unicidade ou não
unicidade do método científico, etc, coisa que já comentei de passagem em
algumas msgs recentes.

> > E a partir dessa definição
> > discorrer alguma coisa sobre a utilidade da matemática como tal e não
> > algo a substituir os objetos de estudo da física? Representar é uma
> > coisa. Substituir é ficção. A partir daí poderemos dizer quem está
> > inovando.
> A utilidade da matemática é inquestionável,...

Assino embaixo.

> ...mas insistir numa diferença
> entre representar e substituir é errar o alvo.

Não sei o que é que você entende por alvo. O meu, no caso, resume-se em
entender os fenômenos físicos em direção ao perfeito entendimento, se
possível, da natureza íntima da matéria. É evoluir no sentido de teorias
fenomenológicas para teorias cada vez mais representacionais. E esta é a
meta perseguida por um cientista que se diz realista (e daí a aparente
contradição entre teoria quântica --uma teoria fechada, segundo Bohr, idéia
esta não desposada por todos os quânticos-- e o realismo científico). À
medida em que nos contentamos única e exclusivamente com a matemática que dá
certo, deixamos o objetivo realista de lado e caminhamos da física em
direção à ficção, o que mais têm sido feito por muitos quânticos nas últimas
décadas. Se este é o seu alvo, realmente estou atirando no sentido oposto e
desta forma errando "o alvo" conscientemente.

> Creio que a física
> utiliza os dois sentidos usados pelo Alberto, mas discutir o que
> significa cada um é filosofia.

Sim, mas o problema inicial era definir a física. E esse é exatamente um dos
pontos onde termina a física e começa a filosofia.

[ ]'s
Alberto
http://sites.uol.com.br/albmesq/
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm




SUBJECT: Re: [ciencialist] fendas quanticas e outras coisas
FROM: "Claudio Abreu Bidual" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 04/12/2000 16:33

Prezado Eduardo,

Você escreveu:
"Não é um crime desconhecer alguma teoria, estranho apenas estas revoluções teóricas que as pessoas propõem em cima de falsos erros. Se vc quiser, posso ser cordial e puxar o saco do Cláudio, por exemplo, falando que a TGBD é bonita e tal. Mas não sou falso e tenho convicção que a TGBD não se pode ser levada a sério como ele acredita e se ilude (vide crítica em outra mensagem). E falo isso independente da mágoa que pode causar. Aliás, já falei o mesmo
sobre suas teorias."

"Falso erros" não é algo redundante? Afinal, um falso erro não poderia ser um verdadeiro acerto? :-))

Realmente não é crime desconhecer alguma teoria, mas acho que muito questionável se posicionar de antemão contra alguma teoria sem ao menos conhecê-la. E este parece ter sido o seu posicionamento em relação à TGBD.

Também não acho que seja bom alguém ser cordial e puxar o meu saco e dizer que a TGBD é bonita e coisa e tal. Eu também destesto falsidade. Contudo, o que eu questiono é como você que mal conhece a TGBD já de antemão tenha a convicção de que ela "não pode ser levada a sério", sem ao menos apontar o porque deste se prematuro posicionamento.

Quanto a mágoa que este seu comportamento possa me causar saiba que ela é nenhuma. Pode ficar tranquilo. Primeiro porque não me magoarei nunca em função de uma opinião embasada e consistente tecnicamente que venha a contestar um proposta minha (pois afinal estou em busca da verdade, e se eu, através desta opinião, estiver errado saberei corrigir o rumo). E muito menos com uma opinião sem tais características, tal como a sua em relação à TGBD. Quem me conhece um pouco mais aqui na Ciencialist sabe que nunca me magoei em função de alguma discordância técnica bem fundamentada. Pelo contrário, acredito que as divergências são salutares e necessárias. Em geral sempre procurei responder contraargumentando tecnicamente. Afinal este é o objetivo de listas como a Ciencialist.

Contudo, não vou dizer que não nunca tenha perdido o controle da emoção aqui na lista. Mas quando o fiz foi em reação a alguma colocação mais agressiva. Acredito que por maior que seja a divergência técnica ela nunca deve resvalar para o lado emocional. Portanto, sugiro-lhe que nunca deixe de expor as suas opiniões, mesmo as não de todo fundamentadas. Mas tente escolher melhor as suas palavras para que o faça do modo mais cordial posível. É bem mais agradável e evoluído.

Finalizando exclareço que como a outra mensagem citada no texto acima me foi enviada em pvt, será em pvt que ela será respondida. Talvez em pvt, e sem platéia, possamos nos entender melhor. Não custa a gente tentar.

Um grande abraço,

Claudio Abreu



----- Original Message -----
From: TARCISIO BORGES
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Monday, December 04, 2000 1:36 PM
Subject: Re: [ciencialist] fendas quanticas e outras coisas


Alberto Mesquita Filho wrote:
> Alguém aqui se habilita a definir física?

Física é a ciência que estuda os fenômenos físicos.

Definição geral e ambígua? Talvez. Mas talvez por isso mesmo que ela
possa estudar quase todos os aspectos do cotidiano que não estão
aparentemente relacionados, como por exemplo a economia.

> E a partir dessa definição
> discorrer alguma coisa sobre a utilidade da matemática como tal e não
> algo a substituir os objetos de estudo da física? Representar é uma coisa.
> Substituir é ficção. A partir daí poderemos dizer quem está inovando.

A utilidade da matemática é inquestionável, mas insistir numa diferença
entre representar e substituir é errar o alvo. Creio que a física
utiliza os dois sentidos usados pelo Alberto, mas discutir o que
significa cada um é filosofia.

[]s
==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
==========================================================



SUBJECT: apresentacao e paradigmas da mente
FROM: "Fernanda A. Sais" <lifer@iconet.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 04/12/2000 17:21

Sauda��es a todos da Ciencialist,

H� algum tempo tive a sorte de encontrar na internet esta lista de discuss�o
e, desde ent�o, acompanho com interesse as discuss�es aqui travadas (embora
nunca tenha me manifestado, em boa parte por falta de tempo mas tamb�m por
falta de conhecimentos mais aprofundados...). Sou estudante em �poca de
vestibular, pretendo dedicar-me aos estudos de Ci�ncias Biol�gicas e
Moleculares, mas interesso-me por tudo, de Exatas a Humanas.

Bem, para estrear na lista, vou me intrometer um pouquinho ...
(Mantive na msg apenas as partes que pretendo comentar, da maneira mais
organizada que consegui...)

----- Original Message -----
From: Flavio Mendon�a
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Sunday, December 03, 2000 11:47 PM
Subject: Re: [ciencialist] paradigmas da mente


Jocax:
>Alguns animais, que nao os repteis, talvez sejam geneticamente
>codificados para nao ficarem em stand-by se isto lhes conferir alguma
>vantagem darwiniana.

Flavio Mendon�a:
Diga-me quem faria essa programa��o ? Digo, quem manipularia o genes ? Que
lei ?

Fernanda: Penso que n�o h� nada que manipule os genes... A codifica��o
gen�tica � resultado do acaso, assim como todas as outras combina��es
qu�micas.

(...)

Jocax:
>Um ponto demarcante a favor do paradigma
>qualitativo eh o fato q o homem eh o unico animal q se suicida.

Fl�vio Mendon�a:
N�o sei, mas j� ouvi relatos de esp�cies de macacos e elefantes. S� n�o
lembro a fonte.

Fernanda: Realmente, o homem n�o � o �nico animal a cometer suic�dio. Ali�s,
o suic�dio � uma tend�ncia natural (ser� gen�tica?) de muitos animais para
acabar com um sofrimento inevit�vel a que estejam submetidos. Sei de casos
de cobras que mataram-se depois de serem atropeladas, e, recentemente, na
cidade onde moro (Ubatuba) houve um caso em que se suspeita ter ocorrido o
mesmo. N�o sei se ouviram falar de uma baleia morta por aqui... Bi�logos
cr�em que ela estivasse debilitada por res�duos qu�micos da Petrobr�s em S�o
Sebati�o e tenha se matado...

(....)

Jocax:
>Talvez nao soh o homem tem consciencia disso [do seu existir].

Fl�vio Mendon�a:
� pelo menos os que dizem todos os profissionais da �rea. O homem tem
consci�ncia de sua exist�ncia, da
exist�ncia dos outros, e at� ensaiam transcend�ncias conscienciais. J� ouviu
falar do instituto de
projeciologia e conscienciologia ? E antes que digam algo a respeito,
procurem ver se o fen�meno procede
ou n�o. Pelo visto, neste meio virtual, percebo um cheiro de falta de
esp�rito investigativo. Digo sem
inten��o de ofensa, mas de uma provoca��o, pois, ser cient�fico � buscar nos
fen�menos uma justificativa,
e n�o simplesmente neg�-lo.

Fernanda: Concordo com vc, Fl�vio, quanto � sua defini��o de ser cient�fico.
J� visitei o site do IIPC (Instituto Internacional de Projeciologia e
Concienciologia, cujo endere�o � www.iipc.org.br , se algu�m se
interessar...). N�o li muito a respeito, mas creio ser um assunto que
geralmente n�o � tratado com a considera��o que merece em discuss�es
cient�ficas, ou melhor, n�o � sequer tratado...
N�o que eu pense que se deva acreditar nisso, mas, sim, investigar o que d�
origem a determinados fen�menos. Penso que deve haver uma explica��o
cient�fica para tudo. A interpreta��o que se d� aos fen�menos pode n�o ser
verdadeira, mas o fen�meno existe e, assim, deve haver alguma explica��o.
(Ali�s, isso me remete a uma quest�o sobre a qual penso frequentemente...
Ser� o c�rebro o �nico respons�vel pelos fen�menos tidos como paranormais?
Como ser� que isso se d�? O Genismo tem alguma id�ia sobre isso, jocax?).
Ser� que algu�m j� postulou que "Todo fen�meno � digno de investiga��o
cient�fica"?

(...)

Jocax:
>Minha teoria NAO PERMITE crer que tais pessoas sao de fato altruistas
>no sentido puro do termo: O altruismo instintivo.

Fl�vio Mendon�a:
Isso pq vc despreza que seres possam evoluir a este est�gio de consci�ncia.
No entanto, se percebesses
isso, veria que existem pessoas que s�o REALMENTE diferentes.

Fernanda: � dif�cil saber at� onde as pessoas que *parecem* realmente
diferentes *s�o realmente* diferentes... Vc consegue penetrar na consci�ncia
alheia? At� onde sei, isso n�o � poss�vel, e, assim, vc pode apenas julgar
os atos dos outros, n�o sua consci�ncia, e n�o pode saber *com certeza* se
eles s�o altru�stas no sentido puro do termo... o que tb n�o prova que o
altru�smo instintivo n�o seja poss�vel (embora eu, particularmente, o creia
improv�vel... N�o se esque�am que a nossa consci�ncia n�o percebe a maior
parte dos processos realizados pelo nosso c�rebro... o altru�smo pode ser
apenas um disfarce ocasionado por algum dos mecanismos cerebrais).

(...)

Jocax:
>Mas o que ela esta fazendo eh simplesmente abafar seus desejos mais
>arraigados, impedindo q o vulcao interno exploda.

Fl�vio Mendon�a:
Imagine uma cebola. Cada casca representa uma conquista consciencial. Ora,
na perda das camadas mais
superficiais estaria a mudan�a de h�bito. No caso uma pessoa REALMENTE
altru�sta, seria aquela que perdeu
a camada mais externa, agindo, agora, com base na camada mais interna. � o
que chamamos consci�ncia
superior.

Fernanda: Fl�vio, isso exemplifica muito bem uma evolu��o no *modo de agir*
de uma pessoa considerada altru�sta, mas... mesmo que a pessoa n�o tenha
consci�ncia disso, em �ltima an�lise, � poss�vel que tudo n�o passe de um
"embuste cerebral" (que, em �ltima an�lise, � um "embuste gen�tico"... tudo
depende de at� onde a an�lise for aprofundada... )

(...)

Jocax:
>O altruismo puro soh viria com a extirpacao dos genes egoistas, via
>Genismo.

Fl�vio Mendon�a:
Olha ainda n�o entendi o que vem a ser Genismo, mas o exemplo das cascas da
cebola demonstra muito bem o
processo.

Fernanda: Extirpa��o dos genes ego�stas via Genismo? Estou enganada, ou o
Genismo � uma teoria? Uma teoria n�o pode "extirpar" genes, mas apenas os
usos e t�cnicas decorrentes dela podem faz�-lo... De qualquer forma, creio
que o termo "extirpa��o de genes ego�stas" necessite de maiores
esclarecimentos... Como seria essa extirpa��o via Genismo? (a prop�sito,
aproveito a oportunidade para lhe dizer que tenho me interessado bastante
por essa teoria, embora eu tenha minhas d�vidas quanto a sua total
veracidade, e tb quanto a muitos pontos dela que permanecem obscuros para
mim... h�, em algum lugar, uma explana��o sobre o Genismo de forma mais ou
menos did�tica - uma introdu��o, termos b�sicos, etc... ?)

(...)

Jocax:
>Claro que nem todos seguem comportamentos anti-perpetuativos e, por
>isso,
>o cerebro consciente ainda se mantem.

Fl�vio Mendon�a:
Quem disse que a mente consciente � isso ? � o que parece racional, mas ser�
de fato ? S�o os loucos,
loucos ?

Fernanda: Talvez todos n�s sejamos loucos... :-)


Cordialmente,
Fernanda Sais.


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar??
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 04/12/2000 18:59

Flavio Mendonça wrote:
>
> Paz e Luz João Carlos,
>
> Joao Carlos Holland de Barcellos gravada:
>
> > >
> > > Não estais de todo longe da verdade:-) Propensões originam-se onde
> e
> > > porque ?
> >
> > Propensoes, e impulsos originam-se no nosso cerebro como fruto de um
> > estimulo
> > externo ou interno.( as vezes de memes tambem )
>
> Como são os internos ?

Internos : Fome, um pensamento ou recordacao excitante ou
amedrontadora.

>
> >
> > Estes impulsos foram codificados, geneticamente, pois auxiliavam a
> > perpetuacao dos genes de quem os possuia.
>
> Qual a origem destes impulsos codificados ?

A origem eh a mutacao genetica.
Os impulsos sao uma reacao do organismo aos impulsos.
Tais impulsos sao codificados via genes

>
> >
> > >
> > > >
> > > > Veja o artigo q o Brudna indicoui em:
> > > > http://www.epoca.com.br/edic/ed230598/cientec1.htm
> > > >
> > > > > Não temos livre-arbítrio, não criamos nossas situações futuras
> ?
> > > >
> > > > O q vc entende por livre-arbitrio?
> > > >
> > >
> > > Nossa capacidade em nos criarmos.
> >
> > Mas um robo bem programado pode se "criar".
>
> Aí está a diferença. Um robô tem que ser previamente programado. Ele
> não se cria, apenas repete funções
> programadas. Processa dados a partir de uma programação. É diferente
> de tomar decisões sem programação
> alguma.

Nao, eh a mesma coisa.
Nos tambem fomos previamente programados pelos genes.
Os memes fazem o papel de "peso da roupa" na maq q pode alterar um pouco
a prog basica.
Nos temos uma programacao e nao sabemos qual sera nossa escolha
a maq de lava roupas tbem nao sabe qual vai ser sua escolha.


>
> >
> > Uma maquina de lava-roupa tambem se cria, se entendermos por "criar"
> > realizar seu papel do inicio ao fim...
>
> Bom, não é desta forma que concebo o termo criar. Criar para mim é
> agir com liberdade, sem programação.

Mas nos tambem fomos programados, onde esta a liberdade ?
A propria escolha dos memes que seguimos eh uma programacao.
Eh como um braco mecanico q aperta o botao de 10kg qdo a roupa pesa
10kg.

>
> >
> > E ela escolhe as tarefas que ela tem q executar, atraves de
> instrucoes
> > armazenadas em seu diminuto cerebro eletronico.
>
> Certamente. Mas só isso:-) Ela, após, programada não finca o pé e diz:
> Não trabalho mais hj, pois, meu
> filho vai jogar bola, e irei torcer por ele.

Mas sua decisao de nao trabaljhar tambem esta programada pelo conjunto
de memes
q vc foi levado a ativar.

Se vc puser muita roupa na maq ela tbem poderia escolher nao trabalhar.

>
> >
> > E o homem tambem tem instrucoes que, sao armazenadas via memes ou
> genes,
> > e tambem escolhe as acoes segundo seu nao tao diminuto cerebro
> > biologico.
>
> É só a isso que vc resume o homem ? De toda forma, quem o programou,
> Deus ou o caos ?

Como Deus nao existe , entao foi o caos.


>
> >
> >
> > >A partir de que se toma tais juizo de valores ?
> >
> > A partir da etica jocaxiana que tem por base que toda etica deve
> > maximizar a felicidade do grupo.
> >
>
> Esta sociedade é moral ? Como se fez o código moral, desta sociedade ?

O q vc entende por uma sociedade moral?

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar??
FROM: Flavio Mendonca <fefemendonca@uol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 04/12/2000 18:59

Paz e Luz Bruno,

Bela tentativa ! Mas criar determina que houve desejo de Deus ? Tentamos de toda forma entender Deus, mas
não nos é possível ainda. Falta-nos propriedade, assim como falta a uma ameba entender o raciocínio
humano. Colocamos em Deus propriedade nossas para efeito de analogia, porém, não passa de tentativas
quiméricas. A melhor coisa a se fazer nesta questão de Deus, é deixa-lo de lado e nos atermos as nossas
necessidades mais prementes de evolução.

Abraços !

Flávio Mendonça

PS - A propósito já começou o desafio ?

Bruno Marques gravada:

> Flávio,
> Me interrompendo um pouco na discução de vcs, tenho uma pergunta, segundo me
> parecem os sues argumentos, na sua noção de Deus ele é (seria) perfeiro e
> como tal, entendo que um ser perfeito não tem necessidades ou desejos
> (perfeito = completo). Como então justificar a criação de qualquer coisa
> (cria-se o que se necessita ou se tem vontade de criar) ? Da forma que eu
> vejo, se Deus criou algo, é porque precisava / queria, se precisava / queria
> não era perfeito, como então criou ?
> Abraços,
> Bruno
>
> >From: Flavio Mendonca <fefemendonca@uol.com.br>
> >Reply-To: ciencialist@egroups.com
> >To: ciencialist@egroups.com
> >Subject: Re: [ciencialist] Clonar??
> >Date: Sun, 03 Dec 2000 17:28:17 -0200
> >
> >Paz e Luz Marcelo,
> >
> >Marcelo Barbosa gravada:
> >
> > > >Qual a origem destes impulsos codificados ?
> > > >É só a isso que vc resume o homem ? De toda forma, quem o programou,
> > > Deus ou o caos ?
> > > >Esta sociedade é moral ? Como se fez o código moral, desta sociedade
> > > ?
> > >
> > > Todas as perguntas parecem querer levar à conclusão de que algum deus
> > > tenha criado os impulsos, o homem, o código moral, etc...
> > >
> >
> >Falaste bem, parecem:-)
> >
> > >
> > > Primeiramente, pode-se encará-la como uma "falácia da bifurcação", ou
> > > seja: ou foi deus que fez, ou surgiu do nada. Por que somente
> > > existiriam essas duas alternativas? Como por exemplo: tudo ter sempre
> > > existido, universo pulsante, universos dentro de universos, e outras
> > > coisas difícieis até de se imaginar.
> >
> >Bem, há quem assim pense. Porém, qdo falamos de criação de espécies,
> >estamos falando da criação terrestre.
> >Qto a pré-existência do universo, nada podemos falar, ainda é para todos
> >nós um dogma a ser desvendado.
> >Particularmente creio em uma causa primária para todos os efeitos, porém,
> >como tudo neste mundo de
> >consciência relativa, trata-se apenas de minha percepção da realidade.
> >
> > >
> > >
> > > Por outro lado, se aceitarmos as perguntas como tendo resposta "deus",
> > > isso nos leva a outras perguntas cruciais:
> >
> >Responderei a cada uma das perguntas, não dentro de uma verdade que, creio
> >não ser absoluta. Muito pelo
> >contrário, é relativa a minha perspectivas.
> >
> > > Quem originou deus?
> >
> >Dentro desta minha perspectiva, Deus não foi originado, ele existe na
> >eternidade. Ele é o absoluto, causa
> >inicial de todos os efeitos.
> >
> > > Quem
> > > programou deus?
> >
> >Sendo Deus causa primária, sua programação não faria sentido, pois o que
> >viesse depois dele já seria
> >efeito.
> >
> > > Quem incutiu moral em deus?
> >
> >A moral é uma tentativa humana de atingir uma harmonia com o Cosmo. É
> >criação humana e não divina. Um ser
> >após atingir uma condição integral, já não mais necessitaria da moral, pois
> >já seria harmônico com o
> >Cosmo.
> >
> > > Se podemos aceitar
> > > respostas do tipo "deus criou a si mesmo", qual seria a dificuldade de
> > > aceitarmos "o universo se criou a si mesmo", ou "o universo sempre
> > > existiu"?
> >
> >Nenhuma, trata-se de um dogma e como tal qualquer um responde essas
> >questões.
> >
> > >
> > >
> > > Marcelo Barbosa
> >
> >[(())]'s
> >
> >Flávio Mendonça





SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar??
FROM: Flavio Mendonca <fefemendonca@uol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 04/12/2000 19:00

Paz e Luz Tarcísio,


TARCISIO BORGES gravada:

> Luiz Ferraz Netto wrote:
> > Como o cristianismo pode tentar negar a sexualidade se tudo, conforme "gênese, JC et. al.", começou com Adão versus Eva?

Creio que esta noção de Adão e Eva, trata-se de uma questão alegórica. Simboliza o início da fase hominal na terra.

>
> Nega no ponto em que lhe reduz o sentido para algo puramente
> reprodutivo. O que for fora disso é pecaminoso. O sentido de pecado é
> que causa a confusão mental, se quer fazer mas não se pode fazer porque
> vai para o inferno.

Isso é terrível, mas também não podemos negar que sexolatria proporciona um grande desequilíbrio emocional na pessoa. O sexo é
uma grande potência psíquica. Nos serve, tanto para a procriação, como nos mostra que existe por trás dela grande energia
criativa. É como uma usina energética a nos impulsionar, e é válido aprendermos a dominar seus impulsos, afim de mantermos
controle sobre ele. Com isso evitamos uma séries de somatizações por causa desses possíveis desequilíbrios. O homem de posse
de todas as suas faculdades e potenciais, agirá com muito mais satisfação, e logrará muito mais êxito no processo evolutivo
consciencial.

> Isto gera muita frustração e em alguns casos algum
> tipo de psicose.

Qualquer sentimento de fixação mental gera desequilíbrios psíquicos. Principalmente o sexo, pois, é grande usina criadora de
energia.

> Freud tem muitos casos interessantes. Antes que me
> ataquem, não sou defensor da psicanálise, mas também não sou contra.
>
> Fora o machismo latente [em muitos casos patente] e o total preconceito
> contra o homossexualismo e prostituição.
>

Todos frutos de descompensadas atitudes sexolatras. Talvez a última potência que o homem dominará seja o sexualidade. Daí
resultará numa nova fase consciencial.

>
> Um exemplo claro contra os dogmas sexuais cristãos é a Suécia, onde a
> educação sexual é muito forte há vários anos e tem taxas baixíssimas de
> problemas sociais relacionados ao sexo, como aborto e AIDS.

Veja o que a mente esclarecida proporciona de vantagens para o homem. Qtos conflitos evitam-se apenas pelo esclarecimento
desde a infância. Quem dera fossemos assim.....

>
> []s
> ==========================================================
> TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
> http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
> ==========================================================

[(())]'s

Flávio Mendonça




SUBJECT: Re: [ciencialist] Moderacao (administrador)
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 04/12/2000 19:31

De certa maneira vc tem razao.....

Vc poderia, para as pessoas nao pensarem q vc esta sendo autoritario,
ou sectario, dizer q a lista entra em modo "automatico" de moderacao
sempre q a mesma ultrapassar uma determinada taxa de emails por dia.

Aih ninguem podera reclamar, ja q a medida eh uma forma automatica
de se evitar excessos e frear o trafego .
Boa ideia?

[]s
jocax

"Luis Roberto Brudna [RS]" wrote:
>
> Eu tentei.
>
> Estou comecando a achar que muitos integrantes dessa lista gostam
> mesmo de uma confusao, quanto mais brigas melhor.
>
> Realmente nao entendi qual o motivo de tanta *paranoia* em relacao
> ao meu estilo de moderacao da lista. Eu tentei ao maximo explicar
> como eu iria fazer para tornar a lista mais legivel, mas o pessoal
> estah desconfiando da minha integridade. Estou triste com isso.
>
> Vou continuar moderando a lista e liberando todos os e-mails.
> Modero simplesmente para evitar excesso de e-mails e editar as
> mensagens em relacao as partes inuteis.
>
> Se alguem quiser continuar me criticando... vai em frente. Mas
> fique sabendo que isso eh extremamente desagradavel depois de ter
> demonstrado por tanto tempo meu estilo de administracao da lista. Aos
> geradores de polemica vazia e briguinhas... boa sorte.
>
> Ateh mais.
> Luis Brudna - extremamente chateado.
>
> eGroups Sponsor
> [Click Here!]
>
> *** --- ***
> Vote na decisao para configuracao da lista. Mensagens somente texto ou
> HTML. Para isso use o endereco:
> http://www.egroups.com/polls/ciencialist/
> *** --- ***



SUBJECT: Re: [ciencialist] Sobre as atrocidades humanas
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 04/12/2000 20:28



Iane Maria wrote:
>
> João Carlos Holland de Barcellos wrote:
>
> > Nao falso ou verdadeiro, mas sim discernir, cientificamente, se um
> > preceito etico eh melhor do que um outro preceito etico.
>
> Olá J. Carlos
>
> Creio que estou começando a entendê-lo, pouco a pouco. Como discernir
> "cientificamente" qual dos preceitos é melhor?

Depende dos preceitos, mas , de um modo geral eles poderiam ser
analisados
atraves de uma comparacao numerica feita atraves da avaliacao da
integral
da felicidade calculada com base na tabela de prazer que poderia ser
construida atraves de medidas da excitacao neuronal de determinadas
areas do cerebro.

>O conceito "melhor" é
> qualitativo ou quantitativo?

Deveria ser, em principio, quantitativo, mas , nesta impossibilidade
tecnica
poderia ser feita uma analise estimada e, esta analise, por ser
estimada,
nao poderia ser considerada quantitativa.


>Pode ser que dizer "cientificamente" seja
> demasiada generalização? En todo caso, que método científico serviria
> para
> medir o que é "melhor"?

Eu nao sei se vc acompanhou a discussao sobre a meta-etica cientifica:
www.egroups.com/message/ciencialist/6598
www.egroups.com/message/ciencialist/6693
Mas, atraves de 2 preceitos eticos concorrentes, uma avaliacao poderia
ser
feita e o mehor preceito adotado.

> >
> > ******
> Acredito q a propria tensao cause um aumento ou diminuicao do prazer
> em
> determinadas areas. Filmes de suspense provocam prazer justamente por
> manter
> a tensao alta.
>

Prazer nao eh queda de tensao.
O prazer deveria, para nao ser subjetivo, ser uma medida eletrica
neuronal.
A propria tensao poderia ter um nivel de excitacao q cause ou nao prazer
em determinadas areas e nao em outras...

Veja bem : Pelo cerebro ter varias regioes diferentes, um dado estimulo
pode ser prazeroso em algumas areas e nao em outras. Por isso q eu disse
q o prazer seria um VETOR onde cada componente do vetor poderia ser
mapeada numa regiao cerebral. A prazer resultante seria uma METRICA
deste vetor, algo como o seu modulo, definido como uma somatoria
ponderada por fatores a serem escolhidos por experimentacao.


>
> > So poderiamos validar esta sentenca se definissemos com precisao o
> > prazer.
>
> Prazer é a percepção de uma queda de tensão. É uma percepção dela, não
> é a
> queda. Quero corrigir miha má definição.
>
> > Contudo, como eu estou generalizando o prazer junto com sofrimento,
> na
> > avaliacao da integral da felicidade, entao a tensao eh uma forma de
> > prazer neste sentido matematico do termo.
>
> Como poderíamos harmonizar o sentido matemático do termo com o sentido
> subjetivo?

Atraves dos pesos que se coloca na avaliacao do modulo do vetor de
prazer:
Seja o vetor exemplo V= ( 10, 30, 2, 1 , 117 )
correspondentes aas medicoes eletricas de varias areas do cerebro
responsaveis
por sencacoes, no caso 5 areas.

O prazer resultante deste vetor seria o produto escalar do Vetor Prazer
com o subjetivo Vetor Peso = ( 13, 100, 60,20,10 )
Entao o prazer associado seria = V*Vpeso= 10*13+30*100+2*60+1*20+117*10

>Qualquer pessoa estaria feliz se segue as normas éticas
> prescritas a partir da fórmula?

Veja bem, vc nao entendeu o dilema etico.
O dilema etico eh maximizar a felicidade DO GRUPO em detrimento
da felicidade individual. Por isso nem sempre seguir a etica eh
prazeroso.

>Acontece que seguir normas éticas é às
> vezes
> muito penoso. Se juntamos todas as normas penosas se torna
> insuportável.

Entao eh pq as normas etica NAO SAO adequadas ao grupo.


>
> >
> > Se estamos discutindo o que pode maximizar a felicidade, eh claro
> que
> > o q eh util eh pq, de alguma forma, leva a um aumento da felicidade
> e,
> > por isso, nao devera ser desprezado.
> Leva a um aumento de felicidade onde?
>
> > Mas eh exatemante isso q estou propondo ! Sempre existe uma primeira
> > vez.
>
> Estas afirmações não são explicativas. Não estou seguro que a
> expressão
> "sempre existe uma primeira vez" é consistente. Me cheira a falacia de
> inconsistencia, porque é uma afirmação que serve para qualquer coisa.

Mas as vezes tem sentido. Como netse caso.

> É
> obvio também que sempre poderá existir uma segunda vez.
>
> > O Genismo tambem nunca foi inventado antes de mim
>
> Será por isso que ainda não foram encontradas todas as soluções?

Bem provavel ! :-)

>
> >
> > Mas isso nao refuta a medida instantanea do prazer:
> > O quadro de tensao, neste caso, pode ser em principio agradave
>
> Permíta-me corrigir: a esperança ligada à tensão é agradável. Podería
> ser um
> enunciado aceitável.
>
> > ...podemos adotar um sistema referencial tal que, um nivel de
> > excitacao X dos neuronios seja mapeada no valor zero de nossa escala
> de
> prazer....
>
> Estaria bem com um valor zero em relação a escala do prazer. Numa
> escala
> relativa é concebível.
>
> >...deveremos talvez definir uma metrica para medir o MODULO do
> vetor
> prazer e utiliza-lo
> > como funcao de comparacao.
>
> Não é uma ideia descabelada. Vc poderia tentar imaginar um MODO de
> fazer
> esta medição?
> Devo confessar que vc é bastante engenhoso. O desafio está lançado.


Atraves de eletrodos implantados em determinadas areas cerebrais o
nivel de excitacao poderia ser medido em varias situacoes de estresse,
dor, prazer, alegria etc... em funcao do estimulo q o gerou.

Deste modo a tabela de felicidade poderia ser construida.


>
> > Mas vc nao percebeu q a felicidade, do modo q eu defini, envolve o
> > somatorio
>
> Vc tem razão, eu não percebi o somatorio. No entanto fiquei muito
> interessado na medição da felicidade. Sigo pensando que é mais difícil
> medir
> o prazer que a felicidade. Esta é um instante da vida. Depois deste
> instante
> deixa de ser felicidade. Vc poderia explicar COMO se mediria a
> felicidade ?

Veja a felicidade como o somatorio do prazer. Ja postei a formula
nos links q te passei.

> Não lhe peço detalhes técnicos, porque vc já teria ganhado o premio
> Nobel se
> tivesse os meios. Gostaria de saber quando medir, de quem medir, se se
> faria
> uma só medida ou varias, etc.,etc.


Como te expus acima. Varias pessoas poderiam participar destas
avaliacoes.


>Também queria saber se como
> resultado a
> gente teria imperativos. Porque a ética é sempre perscritiva continuo
> pensando na dificuldade do valor em relação aos atos. Não é difícil
> pensar
> sobre o imperativo "não matarás", mas pensar, por exemplo em "sê
> cortês".
> Ainda acho que aplicar a equação a uma mãe para que eduque o seu
> bebê...
> A gente pode perfeitamente meter os gens até onde normalmente não
> entrariam.
> Seus raciocinios são bastantes corretos. O que eu penso é até que
> ponto o
> genismo é verdadeiro.

Ateh agora o unico modo de ver a correlacao do Genismo com a Felicidade
esta no artigo imortal :
http://www.egroups.com/message/ciencialist/6988


>Às vezes o vejo como excessivamente
> reducionista, mas
> quando entro na voragem dedutiva, me parece uma concepção holística.
> Como um
> principio supremo orientando a biologia. O que não se pode provar não
> importa tanto. É uma hipótese plausível. No entanto nem tudo o que é
> plausível é verdadeiro. Os memes são uma invenção muito boa. o
> Dawkins,
> genio literario e cientista serio, às vezes "empulha" (não é nada
> grave) e
> os epistemólogos sabem que é um reducionista genial, mas...
> reducionista.

Nao sei o q vc tem contra o reducionismo se ele consegue explicar o que
se quer.... caso nao, se for necessario,
subiremos um degrao no reducionismo.

>
> > Uma sugestao seria a raiz das somas dos quadrados de cada componente
> > ponderado por um peso especifico de cada emocao.
>
> É uma hipótese fascinante. Mas, como fazê-lo? Até sería bom que venha
> a ser
> verdadeira. Por enquanto é puro engenho da imaginação. Tente escrever
> como o
> Dawkins e garanto que vc vai ter sucesso, ainda que seja literario.
> Estes
> conteúdos, com uma forma esteticamente interessante, daria premio. É
> muito
> divertido conversar com vc.
> Sorte é o que lhe desejo.
>

[]s
jocax



SUBJECT: STR no Programa Livre novamente
FROM: "Sociedade da Terra Redonda" <strbrasil@hotmail.com>
TO: fcb@egroups.com, ciencialist@egroups.com, despertar@egroups.com, pensamento@egroups.com, ateus-br@egroups.com
CC: Editores@strbrasil.com.br
DATE: 04/12/2000 21:44

Caros amigos de lista,

Recebi hoje um convite para participar amanh� (05/12) da grava��o do
Programa Livre no SBT com o tema apocalipse, com �nfase nas previs�es de
Nostradamus. Ser� nossa segunda participa��o representando o racionalismo
c�tico na televis�o. A primeira participa��o foi de Daniel Sottomaior ,
falando sobre destino (http://www.strbrasil.com.br/Str/destino.htm).

Como o tempo � curto e eu n�o conhe�o muito a fundo as profecias (e
erros) de Nostradamus, pe�o a quem tiver boas informa��es sobre o assunto,
que por favor me envie. O formato do programa provavelmente ser� o mesmo
quando o Daniel participou (bastante tempo pros enganadores e pouco para n�s
c�ticos), portanto devemos aproveitar ao m�ximo. Pe�o que enviem as
informa��es diretamente para o endere�o da STR em strbrasil@hotmail.com

Desde j� agrade�o a colabora��o de todos. Irei publicar na p�gina
principal da STR a data da exibi��o da grava��o assim que a produ��o do SBT
me informar.

Sinceramente,
Leo Vines, Presidente
Vines@strbrasil.com.br
Sociedade da Terra Redonda
http://www.strbrasil.com.br



SUBJECT: En: Movimento helicoidal
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "Ciencia_Lista" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 04/12/2000 22:17

Oi pessoal,
recebi hoje esse pedido (entre outros 20!, via maravilhoso, imperdível, the best etc.).
O solicitante pretende algo a respeito de cargas elétricas lançadas em campo magnético uniforme com velocidade V fazendo certo ângulo (teta) com a direção do campo. Ainda não coloquei a teoria do "movimento de cargas em campos magnéticos" no imperdível, maravilhoso etc. Se alguém tiver alguma referência a respeito, favor indicar.

Sobre a parte experimental eu me encarrego; há uma boa experiência de se colocar uma lâmpada fluorescente (acesa com tensão crítica) nas proximidades de um forte ímã.

Agradecemos,

[]'
Léo


-----Mensagem Original-----
De: Pedro <pedro1980@net.sapo.pt>
Para: <leo@esquinas.com.br>
Enviada em: segunda-feira, 4 de dezembro de 2000 13:51


Dr. Professor Luis Ferraz Netto

Eu sou de Portugal e estou a contacta-lo pois gostava que
me desse uma ajuda, estou a fazer um estudo sobre o
movimento Helicoidal, será que me pode indicar um sitio
onde posso encontrar informaçao sobre este movimento, a
finalidade deste estudo +e saber o r, v, a, at e an
vectorialmente. Se me poder ajudar agradecia
Fico a espera da sua resposta o + rapido possivel,mesmo
sendo negativa
obrigado pelo seu tempo.
Pedro Martins
_____________________________________________________________________
netsapo, tudo por nada em http://webnet.sapo.pt. Internet Grátis da Telepac.





SUBJECT: notícias do nonio
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ajc <ajciencia@egroups.com>, ciencialist <ciencialist@egroups.com>, excalibur <excalibur2@egroups.com>, ficcao-cientifica <ficcao-cientifica@egroups.com>
DATE: 04/12/2000 22:42

Notícias nonio.com
Notícias recentemente publicadas no nonio.com

Faleceu Eurico da Fonseca
Eurico da Fonseca, investigador, comunicador e autodidacta morreu
ontem com 79 anos, na sequência de uma trombose. Eurico da
Fonseca foi um dos pioneiros da aeronáutica em Portugal e
comentador sobre assuntos relacionados com a exploração espacial na
televisão, rádio e nos jornais. Foi responsável pelo primeiro foguete
concebido e lançado em Portugal. Colaborou com a NASA e elaborou
um estudo sobre viagens espaciais.

adicione os seus comentários a esta notícia:
emhttp://www.nonio.com/article.php?sid=158

Mais um Transneptuniano
Foi descoberto mais um planetoide para lá da órbita de Neptuno. O
tamanho exacto deste planeta ainda não é conhecido mas sabe-se que
varia entre 530 e 1200 km de diâmetro. Este planetoide gira à volta do
Sol como qualquer planeta mas tem metade do diâmetro do mais
pequeno dos Planetas que é Plutão. É um dos muitos objectos
planetários identificados para lá da órbita de Neptuno e o maior depois
de Plutão. A descoberta de um objecto similar foi divulgada pelo
nonio há pouco tempo .

href= http://spaceflightnow.com/news/n0012/02spacewatch/

adicione os seus comentários a esta notícia:
http://www.nonio.com/article.php?sid=157

O mais antigo fóssil de um hominídeo encontrado no Quénia
Cientistas franceses e quenianos encontraram restos fossilizados de
vários hominideos que viveram há mais de 6 milhões de anos. O mais
antigo fóssil deste género conhecido até hoje tem cerca de 4.5 milhões
de anos. Os cientistas chamaram a este Homem (no sentido colectivo
do termo) o Homem do Milénio. Provavelmente um excelente golpe
de Marketing, mas não deixa de ser irónico denominar-se de Homem
do Milénio um Homem com 6 milhões de anos.

http://www.nonio.com/article.php?sid=156

Rochas Sedimentares em Marte
A NASA antecipou para hoje a divulgação da grande notícia sobre
Marte depois de alguns jornais a terem publicado ontem. As
fotografias tiradas pela Mars Global Surveyor mostram formações
rochosas sedimentares formadas há mais de 3.5 biliões de anos,
algumas destas com quilómetros de espessura.

http://www.nonio.com/article.php?sid=155

Feliz Natal
Para quem é de Natal, claro ...
Não estamos propriamente no Natal. Mas já estamos na quadra
natalícia. Fizemos um upgrade. O nonio passou a usar a versão 4.2 do
Php-Nuke (http://www.phpnuke.org) desenvolvido por Francisco
Burzi e outros colaboradores. O Php-Nuke é um software livre sob
licença GPL.

http://www.nonio.com/article.php?sid=154

Provas de um Grande Oceano em Marte?
A NASA vai anunciar uma importante descoberta sobre Marte no
próximo dia 7 de Dezembro. É a mais importante descoberta feita
sobre Marte este ano. Recorde-se que a NASA em Agosto anunciou a
descoberta de indícios de água corrente naquele planeta. Por isso, o
que quer que eles anunciem no próximo dia 7 tem que ser ainda mais
importante.


http://www.nonio.com/article.php?sid=153

Vida em terra firme tem 2,6 bilhões de anos
WASHINGTON - Uma equipe da Penn State University identificou
em amostras desolo da África do Sul, restos de matéria orgânica que
datam de 2,6 bilhões de anos e podem ser a prova mais antiga de vida
terrestre. ''Nossa pesquisa mostra que a matéria orgânica neste solo
provavelmente é o que restou de micróbios que se desenvolveram na
Terra entre 2,6 bilhões e 2,7 bilhões de anos'', escreve na revista
Nature destas semana Hiroshi Ohmoto, diretor do Centro de
Astrobiologia da universidade...

href=http://www.jb.com.br/jb/papel/ciencia/2000/11/30/jorcie20001130005.html

http://www.nonio.com/article.php?sid=152

Catástrofe Lunar
Um novo estudo de meteoritos provenientes da Lua confirma a
hipótese de que o nosso satélite tenha sofrido um bombardeamento de
meteoritos há 3.9 biliões de anos tão intenso que toda a sua superfície
derreteu.
http://www.nonio.com/article.php3?sid=151

Vacina contra Ebola Protege Macacos
Um equipa liderada por Gary Nabel, director do Centro de
Investigação de Vacinas dos Institutos Nacionais de Saúde dos
Estados Unidos, anunciou a descoberta de uma vacina contra o vírus
Ebola eficaz em macacos. A vacina baseia-se na imunização por ADN
em que o ADN.
http://www.nonio.com/article.php3?sid=150

Baleias aprendem novas músicas
Cientistas australianos observaram que um grupo de Baleias do
Pacífico Sul adoptou, num processo que durou três anos, o canto de
outras baleias provenientes do oceano Indico.

http://www.nonio.com/article.php3?sid=149

Mãos, pés, pénis …
Nam Cheol Park, um cientista coreano passou 4 meses a medir o
pénis de 665 coreanos adultos para chegar à conclusão que não há
nenhuma correlação entre o tamanho do pénis e o tamanho das mãos
ou dos pés.

http://www.nonio.com/article.php3?sid=148

Godel, Escher, Bach, Laços Eternos
A Gradiva </a> acaba de publicar em Portugal o livro de Douglas
Hofstadter "Godel, Escher, Bach, Laços Eternos". Eu gostava de
escrever um texto profundo sobre este livro, e no entanto não consigo.
Já li o livro quase todo, mas como muitos dos leitores não li o livro
até
ao fim. E não li o livro todo até ao fim porque não tenha gostado do
livro.

http://www.nonio.com/article.php3?sid=147

Do lado oposto ao daltonismo
Cientistas da universidade de Cambridge encontraram uma mulher
tetracromata, isto é, com capacidade para visualizar as cores através
de 4 canais distintos. A maior parte de nós visualiza as cores através
de 3 tipos de sensores que existem nas retinas. Estes sensores são
sensíveis a 3 cores: vermelho, verde e azul. Os daltónicos são apenas
sensíveis ao azul e a uma das outras cores. Os tetracromatas são
sensíveis a 4 cores distintas. São sensíveis a uma cor adicional, algo
entre o vermelho e o verde.
http://www.redherring.com/mag/issue86/mag-mutant-86.html

http://www.nonio.com/article.php3?sid=146

Borland Promete Kylix para dezembro

A Borland tem a previsão de lançar o Kylix, o Delphi para Linux no
mês de dezembro. O Delphi é uma ótima ferramenta para o
desenvolvimento de diversos programas, muito conhecido e usado,
principalmente, para o desenvolvimento de programas empresariais,
como controle de estoque, etc. O lançamento do Kylix deverá abrir
para o Linux uma fatia bem maior de mercado.
http://www.borland.com/kylix/

http://www.nonio.com/article.php3?sid=145

Problema dos Lógicos Dorminhocos
Até ao momento ainda ninguém se aproximou da solução do
problema dos monges . O problema dos monges é muito parecido
com o problema dos lógicos dorminhocos.

http://www.nonio.com/article.php3?sid=144

Água com Gelo
Estive a pensar num problema físico para colocar aos leitores do
nonio. Resolvi começar por um problema simples. Considere-se um
copo de água com gelo. Após o gelo derreter o que é que acontece ao
nível de água no copo? Sobe, desce ou mantém-se? É possível que em
determinadas situações desça e noutras suba? E o que é que tudo isto
nos diz sobre aquecimento global e subida do nível do mar?

http://www.nonio.com/article.php3?sid=143

Bonecas Russas
Segundo o Times of India um feto de 230 g foi extraído de um
bebé com 40 dias de vida após uma operação para com o objectivo de
o extrair. O Bebé é de Calcutá, India e encontra-se em recuperação.

http://www.nonio.com/article.php3?sid=142

Positivo Informática passará a distribuir o Conectiva Linux 6.0 em todo
o Brasil

Pelo acordo, a Positivo Informática passa a abastecer seu canal
revendedor com os produtos Conectiva Linux.

href=http://www.conectiva.com.br/noticias/jornal/974980397/index_html

http://www.nonio.com/article.php3?sid=141

Encontrada bactéria extraterrestre ?
A equipa do Prof. Chandra Wickramasinghe está a estudar uma
bactéria recolhida a 16 mil km de altitude e que é completamente
diferente das bactérias terrestres. O Prof. Chandra Wickramasinghe
está a estudar a hipótese de esta bactéria ser proveniente do espaço
exterior ( o que explicaria o facto de a bactéria ser diferente de todas
as bactérias conhecidas). O Chandra Wickramasinghe é juntamente
com Fred Hoyle um dos principais proponentes da Teoria da Panspermia

http://www.nonio.com/article.php3?sid=140

http://www.nonio.com
notícias de ciência e tecnologia


--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com





SUBJECT: Re: [ciencialist] referees
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 04/12/2000 23:11

-----Mensagem Original-----
De: "TARCISIO BORGES"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Segunda-feira, 4 de Dezembro de 2000 14:56
Assunto: [ciencialist] referees

Textos selecionados da msg do Tarcísio.

> Além do jeitinho brasileiro que põe tudo a perder. O sobrinho do namorado
> da afilhada do editor é químico e gostaria de publicar...
> A única revista de divulgação científica [para leigos] que temos é a
> Ciência Hoje, que não é lá grandes coisas e que ninguém lê.
> Ninguém está realmente interessado em manter um periódico científico
> sério.
> Aliado aos custos de se manter referees sérios que é muito alto.
> No Brasil, por não haver periódicos sérios, tudo o que é
> feito aqui, mesmo que seja no fundo do quintal, é publicado fora.
> A lista é obviamente um erro crasso, simplesmente porque este é o único
> meio deles [governo brasileiro] catalogarem o que está sendo feito no
> Brasil.
> Eles não se preocupam com nada que não seja política e economia. Se eles
> realmente se preocupassem, por exemplo, com agricultura, não existiria
> MST.

Que país é esse? Publica-se no exterior porque funciona (até parece a
MQ!). E continuamos nesse marasmo porque nossa educação não funciona. Mas...
de quem é a culpa? Certamente dos generais, dos políticos, dos jornalistas,
dos... A exceção dos cientistas e educadores que ficam nos porões
produzindo. E de tanto produzir até esqueceram da nossa taxa de
desnutrição e de mortalidade infantil; das possíveis causas de banditismo,
assaltos, seqüestros, estupros; dos jovens que se matam nas FEBEMs, sem
alternativa outra para que possam optar por uma vida decente. Enfim, quem
sabe um dia eles consigam, com essas produções desenfreadas, e que tantos
prêmios já deu à ciência nacional, exterminar com a praga que infesta as
laranjas da Flórida; e talvez e graças a isso consigamos alguma verba vinda
do exterior para que possamos manter a maioria dos nossos jovens num estado
de subnutrição tolerada.

[ ]'s
Alberto
http://sites.uol.com.br/albmesq/
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm




SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar??
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 04/12/2000 23:24

Bruno ao Flávio:
>Me interrompendo um pouco na discução de vcs, tenho uma pergunta, segundo me
parecem os sues argumentos, na sua noção de Deus ele é (seria) perfeiro e
como tal, entendo que um ser perfeito não tem necessidades ou desejos
(perfeito = completo). Como então justificar a criação de qualquer coisa
(cria-se o que se necessita ou se tem vontade de criar) ? Da forma que eu
vejo, se Deus criou algo, é porque precisava / queria, se precisava / queria
não era perfeito, como então criou ?<

Bruno, que adianta ser deus (ou rei, ou imperador ou equivalente) se não tiver um 'reino' para reinar? Para reinar deve-se ter o reino físico e 'cabeças-de-bagres' para serem comandados e alguns escravos para deliciarem as necessidades dos 'cabeças-de-bagres'.
Imagine um deus sentado no nada, pertencendo ao nada (que vai até o infinito) e sem nada para fazer (deus não coça o saco e nem joga dados, pois ambos são inúteis --- prá que deus necessitaria de ter saco?) ... tudo perfeito! Conto isso com conhecimento de causa, dada minha natureza divina. Já passei por essa situação a zilhões de anos!
Que faz um deus? Inventa!
Primeiro inventa um cérebro, lugar para armazenar dados relativos às suas invenções [o primeiro cérebro dele era enorme e precisava de algo para diferenciar uma coisa da outra, algo como hoje diríamos os zeros (0) dos uns (1) --- dai a necessidade de inventar também as bolinhas].
Segundo, faz bolinhas, depois bolonas (o insight vem do saco) ... agora temos o nada - (menos) bolinhas e bolonas. Mas, com enxergá-las ... ai foram inventados os olhos com a finalidade de 'ver'. Tudo isso, passo a passo, leva milhões de anos, pois o pensamento divino, baseado na enormidade do cérebro primitivo, é lento ... onde não há bolinha é zero, onde tem bolinha é 1.

Depois de zilhões de anos inventando coisas (agora as invenções são mais rápidas --- o cérebro tem circuitos quânticos e pode trabalhar sem necessidade de verificar se é bom ou não ... essa incerteza já faz parte das criações --- chegamos ao estágio atual. Muita coisa física (galáxias e mais galáxias), planetas habitados ou não (incerteza) e, nos que parecem habitados (mas não se tem certeza onde estão) tem 'cabeças-de-bagres' á vontade.
O reino está completo!
[]'

deus




SUBJECT: Re: [ciencialist] fendas quanticas e outras coisas
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 04/12/2000 23:41


-----Mensagem Original-----
De: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: segunda-feira, 4 de dezembro de 2000 13:36
Assunto: Re: [ciencialist] fendas quanticas e outras coisas


Alberto Mesquita Filho wrote:
> Alguém aqui se habilita a definir física?

Tarcísio rebate:

>>Física é a ciência que estuda os fenômenos físicos.

Definição geral e ambígua? Talvez. Mas talvez por isso mesmo que ela
possa estudar quase todos os aspectos do cotidiano que não estão
aparentemente relacionados, como por exemplo a economia.<<

Digamos que se saiba, no contexto, o que é fenômeno físico: aquele que não altera a constuição e propriedade da matéria envolvida no fenômeno (exemplo, o vidro de uma garrafa de vidro que quebrou). Explique-me, por gentileza, na economia, onde está a matéria envolvida no fenômeno, qual sua constituição e propriedade antes e depois do fenômeno físico ocorrer.

Alberto:
> E a partir dessa definição
> discorrer alguma coisa sobre a utilidade da matemática como tal e não
> algo a substituir os objetos de estudo da física? Representar é uma coisa.
> Substituir é ficção. A partir daí poderemos dizer quem está inovando.

Tarcísio:
>>A utilidade da matemática é inquestionável, mas insistir numa diferença
entre representar e substituir é errar o alvo. Creio que a física
utiliza os dois sentidos usados pelo Alberto, mas discutir o que
significa cada um é filosofia.<<

Na teoria da caixa preta, já discutida em algumas mensagens (e, como não poderia ser diferente, tem um resumo lá ... lá no imperdível, maravilhoso, insubstituível, the best, o mió, o mais bão etc., com endereço: http://www.feiradeciencias.com.br/sala17/17_10.htm ), há o isomorfismo para explicar a matemática na física.

[]'
Léo






SUBJECT: Até mais Brudna
FROM: "Agapito Ribeiro Jr" <agapito@alphanet.ne.jp>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 05/12/2000 00:48

Caro Senhor Brudna

Pelo visto temos um momento triste em que vemos nosso administrador, agora, ofender os integrantes de "sua" lista de discussão. O problema é que duvido muito que, realmente, os que se manifestaram, cabem na afirmação do moderador:

"Aos
geradores de polemica vazia e briguinhas... boa sorte."

Eu não sou gerador de polêmica, pois, não fui eu que decidi moderar uma lista que considerava democrática.

Até mais moderador, fique com a "sua" lista. Tenho mais o que fazer. E agora sim, estou "brigando".

Adeus companheiros, e, sigam-me os bons.

Agapito






SUBJECT: Re: [ciencialist] Até mais Brudna
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 05/12/2000 01:18



Agapito Ribeiro Jr wrote:
>
> Até mais moderador, fique com a "sua" lista. Tenho mais o que fazer. E agora sim, estou "brigando".
>
> Adeus companheiros, e, sigam-me os bons.

Brincamos ? Se a lista não é do moderador não deviamos agir como
se fosse.

joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com





SUBJECT: Re: Até mais Brudna
FROM: "Luis Roberto Brudna [RS]" <lrb@if.ufrgs.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 05/12/2000 01:37


Nao eh possivel! Serah que eu vou ter que repetir mais 200.000
vezes que eu NAO estou influenciando o conteudo das mensagens?! Que
eu NAO estou bloqueando mails?!

Vou explicar o que estou fazendo com a 'moderacao':
- controlando o fluxo de mensagens. Ou serah que todos aqui conseguem
ler 100(ou +) mensagens diarias?!
- limpando os rodapes de propaganda do Hotmail, Egroups, etc.
- monitorando spams.
- controlando para mensagens que soh contem um
simples 'obrigado' ... 'concordo' ... 'hehehe'. OBS: nao ocorreu mais
nenhum caso destes desde que comecei a 'moderar' a lista.

Agora, se alguem acha que por causa dos motivos acima nao suporta
participar da Ciencialist... tudo bem. Agradeco a participacao e ateh
mais.

Eh estranho como alguns integrantes da Ciencialist acham que eu sou
alguma especie de tirano. Em algum momento de toda a administracao da
Ciencialist eu demonstrei algo deste tipo?! Alguem pode citar o caso
do meu pedido de transferencia dos debates sobre TGBD para a lista do
Claudio Abreu, mas neste caso achei que realmente era necessario
separar um pouco as ideias.

Muitos ao ler essa mensagem podem pensar... 'O Luis estah
irritado!'... eh realmente eu estou irritado. Estou irritado com a
desconfianca que estao colocando sobre minha integridade ao 'moderar'
a lista. Eu tentei de todas as maneiras explicar o que eu iria fazer,
mas parece que estao fazendo questao de deturpar.

Posso nao ter sido extremamente claro nas explicacoes de como eu
iria proceder, se esse foi o motivo de tanta confusao... peco
desculpas.

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna - administrador da Ciencialist.





SUBJECT: Re: intelig�ncias
FROM: deoliveira@ig.com.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 05/12/2000 01:59

Acho que o melhor teste de QI que existe é o Show do Milhão do Silvio
Santos. Alguém viu as duas ultimas perguntas valendo 1 milhão??
Para responder aquelas perguntas matemáticas em 20 segundos o cara
tem que ter um QI elevadíssimo.




--- In ciencialist@egroups.com, "Palhares, Paulo Rogerio"
<prpalhares@s...> wrote:
>
>
> Aproveitando, alguêm conhece na net algum teste de QI legal?
>
> Um abraço
>
> -----Original Message-----
> From: milton@i... [mailto:milton@i...]On Behalf Of
> Milton Taidi Sonoda
> Sent: quinta-feira, 30 de novembro de 2000 09:44
> To: ciencialist@egroups.com
> Subject: [ciencialist] inteligências
>
>
> > Um teste de QI eh uma serie de problemas em que o raciocinio
logico,
> > racicinio abstrato, espacial, etc.. sao propostos para serem
resolvidos
> > em um determinado intervalo de tempo.
> >
> > []s
> > jocax
>
> Será que todos os tipos de inteligência são contemplados
> nestes testes? Será que se conhece todos os tipos de inteligência?
> Será que existe tipos de inteligência mais importantes que outros?
> Por exemplo, será a inteligência lógico-dedutiva mais importante
> que a inteligência musical?
>
> Acho que todas as respostas são não.
>
> Pior. Acho que poucos tipos de inteligência são estimulados
> na formação escolar do ser humano, com conscequencias
> graves para o indivíduo e para a sociedade como um todo.
>
> [ ]'s
> Milton





SUBJECT: Re: STR no Programa Livre novamente
FROM: deoliveira@ig.com.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 05/12/2000 02:31

> quando o Daniel participou (bastante tempo pros enganadores e pouco
para nós
> céticos), portanto devemos aproveitar ao máximo. Peço que enviem as
> informações diretamente para o endereço da STR em strbrasil@h...
>

O que você quer dizer com "nós céticos" ??
Céticos da Bíblia, do Apocalipso, ou do que??
Se for isso eu não me incluo nisto, eu acredito na Bíblia e no
Apocalipse, mesmo admitindo que eles possam ter sido modificados ou
má interpretados.






SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Até mais Brudna
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 05/12/2000 03:28

Prezado LRB,

Tudo é uma questão de custo e benefício. O seu custo (com a trabalheira que está tendo para fazer a tal moderação) e o nosso (que não podemos dialogar com maior velocidade) a meu ver é muito maior do que os benefícios que VOCÊ ALEGA estar trazendo para a lista ( reduzir número excessivo de mensagens, cortar mensagens do tipo "muito obrigado", eliminar repetições de texto etc...). Afinal, você poderia ficar aí de plantão 24 horas para fazer o que tem se proposto a fazer sem prejudicar o andamento dos debates?

Acho que sinceramente você está totalmente equivocado. Que fique claro que por nenhum momento levantei qualquer suspeição de você quanto a exercer papel de censor. Quando fiz analogia com o FCB foi mais para reclamar do tempo que as mensagens passaram a demorar para serem expostas na lista, e não quanto à lamentável censura que existe no tal FCB.

Como você é, sem dúvida, democrático por que não faz mais uma pesquisa:
Ciencialist com moderação ou sem moderação?

Sinceramente, acho que você está trabalhando a toa e atrapalhando o andamento dos nossos debates. Já falei aqui. O que é bom é simples. E você está complicando.

Quanto a saída da TGBD daqui da Ciencialist está tudo bem. Não vamos mais falar sobre isto.

Não fique irritado por nada. Afinal acho que é você é que está nos irritando com esse seu excesso de zelo.

Você inclusive alegou que era para resguardar a lista que estava fazendo isto. O Agatipo acaba de sair e outros poderão fazê-lo. Será que você não está dando um tiro no próprio pé?

Um grande abraço, e que Deus o ilumine.

Parodiando um participante da lista: Paz e Luz LRB!!!

Claudio Abreu




[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]




SUBJECT: Genialidade
FROM: "Raul Sturari Jr." <raulsturari@ig.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 05/12/2000 06:07

Caros colegas,

Assistindo a televis�o esta semana me chamou a aten��o uma reportagem sobre um garoto americano superdotado de 11 anos que estava cursando medicina. Durante a reportagem o rep�rter entrevistou seus pais, que eram pessoas normais sem qualquer tra�o de genialidade. Palavras deles mesmos. Ent�o me lembrei de Einstein, cujo os tr�s filhos eram dotados de intelig�ncia mediana. Nada que se comparasse ao pai. Estes s�o apenas dois exemplos mais n�o s�o casos isolados. Atrav�s da hist�ria temos exemplos de g�nios que nasceram e morreram sem deixar herdeiros intelectuais. N�o h� fam�lias de superdotados. Por que isso acontece ? Ajudem-me!

[ ]'s
Raul


[Non-text portions of this message have been removed]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: STR no Programa Livre novamente
FROM: "Emilson Leite" <emilson@iag.usp.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 05/12/2000 10:16

Você poderia me dizer em relação a que você é cético?
A maioria dos céticos que eu conheço tem o ceticismo
como filosofia de vida, ou seja, aplicam o ceticismo em
todas as áreas e até mesmo na vida cotidiana.

Abraços,
Emilson.

----- Original Message -----
From: <deoliveira@ig.com.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Tuesday, December 05, 2000 2:31 AM
Subject: [ciencialist] Re: STR no Programa Livre novamente


> > quando o Daniel participou (bastante tempo pros enganadores e pouco
> para nós
> > céticos), portanto devemos aproveitar ao máximo. Peço que enviem as
> > informações diretamente para o endereço da STR em strbrasil@h...
> >
>
> O que você quer dizer com "nós céticos" ??
> Céticos da Bíblia, do Apocalipso, ou do que??
> Se for isso eu não me incluo nisto, eu acredito na Bíblia e no
> Apocalipse, mesmo admitindo que eles possam ter sido modificados ou
> má interpretados.





SUBJECT: deoliveira e demais
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 05/12/2000 10:22

Olá 'deoliveira' e amigos terrestres.

###"deoliveira": O que você quer dizer com "nós céticos" ??
Céticos da Bíblia, do Apocalipso, ou do que??
Se for isso eu não me incluo nisto, eu acredito na Bíblia e no
Apocalipse, mesmo admitindo que eles possam ter sido modificados ou
má interpretados.###

a) 'nós céticos' são 'nós' dados por pessoas que não acreditam que algo ou alguém 'divino' possam desatá-los. Assim, universo, galáxias, planetas, animais, animais 'especiais' são 'nós' que os 'especiais' contemplam (e participam) e sabem que a solução de desatagem dependerá deles mesmos.
Identificar o 'nó' e mesmo providenciar outros é relativamente simples, o problema é achar a solução boa (falseável). 12,68% dos 'especiais' dedicam-se a essa procura.

b) Quem não quer pensar sobre os 'nós', pode encontrar soluções simples, maravilhosas e imediatas; basta acreditar em poderes divinos e místicos; para tais há compêndios recheados de estórias fantásticas, entre os quais, a bíblia (o livro mais vendido do mundo --- um comércio sempre florescente).

c) Não concordo com vc que tais livros tenham sido modificados ou má interpretados, eles são perfeitos para os fins para os quais foram escritos. Não só vc, mas, 87,32% dos 'especiais' acreditam na veracidade de deus, da bíblia, do apocalípse, das elípses, das parábolas e das hipérboles. Afinal, que outra solução, a não ser a mais simples (Occan) existiria?

d) Além da bíblia e do apocalipse, temos ainda o "ou do que??". É um vasto 'mundo' que não vale a pena mexer com isso.

Resumindo as grandes verdades absolutas postas em (a), (b), (c) e (d),
estou consigo e não abro,
meu reinado depende de 'especiais' como vc,
continue assim, defenda seu mestre,
'reze por mim ... não reze por ele' (isso dá música sacra!),
[]'
deus





SUBJECT: RE: [ciencialist] apresentacao e paradigmas da mente
FROM: "Dr. Zerdax" <zerdax@bigfoot.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 05/12/2000 11:54

------Original Message------
From: "Fernanda A. Sais" <lifer@iconet.com.br>
To: ciencialist@egroups.com
Sent: December 4, 2000 7:21:04 PM GMT
Subject: [ciencialist] apresentacao e paradigmas da mente


Fl�vio Mendon�a:
Quem disse que a mente consciente � isso ? � o que parece racional,
mas ser� de fato ? S�o os loucos,loucos ?

Fernanda: Talvez todos n�s sejamos loucos... :-)

Dr. Zerdax citando Freud: "As pessoas normais s�o loucos cuja neurose
deu certo." O maior sonho dele era escrever uma psicopatologia da vida
humana provando isso.


[]'s


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SUBJECT: Re: [ciencialist] referees
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 05/12/2000 13:13

Alberto Mesquita Filho wrote:
> Que país é esse? Enfim, quem
> sabe um dia eles consigam, com essas produções desenfreadas, e que tantos
> prêmios já deu à ciência nacional, exterminar com a praga que infesta as
> laranjas da Flórida;

Ou quem sabe produzir uma mísera espiga de trigo na Somália.

==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
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SUBJECT: Re: [ciencialist] fendas quanticas e outras coisas
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 05/12/2000 13:22

Luiz Ferraz Netto wrote:
> Digamos que se saiba, no contexto, o que é fenômeno físico: aquele que não altera a constuição e propriedade da matéria envolvida no fenômeno (exemplo, o vidro de uma garrafa de vidro que quebrou). Explique-me, por gentileza, na economia, onde está a matéria envolvida no fenômeno, qual sua constituição e propriedade antes e depois do fenômeno físico ocorrer.

E porque um fenômeno físico não alteraria as propriedades da matéria? A
fissão nuclear não altera as propriedades da matéria? Então a fissão
nuclear não é um fenômeno físico? Vou riscar de todos os meus livros a
equação "E=mc^2".

O modelo físico que serve parta estudar a economia é a termodinâmica.

[]s
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TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
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SUBJECT: Re: [ciencialist] apresentacao e paradigmas da mente
FROM: Flavio Mendonça <fefemendonca@uol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 05/12/2000 13:36

Paz e Luz Fernanda,

"Fernanda A. Sais" gravada:

>
> Bem, para estrear na lista, vou me intrometer um pouquinho ...
> (Mantive na msg apenas as partes que pretendo comentar, da maneira mais
> organizada que consegui...)

Seja bem vinda !


> Jocax:
> >Alguns animais, que nao os repteis, talvez sejam geneticamente
> >codificados para nao ficarem em stand-by se isto lhes conferir alguma
> >vantagem darwiniana.
>
> Flavio Mendonça:
> Diga-me quem faria essa programação ? Digo, quem manipularia o genes ? Que
> lei ?
>
> Fernanda: Penso que não há nada que manipule os genes... A codificação
> genética é resultado do acaso, assim como todas as outras combinações
> químicas.
>

Até isso, o acaso, se quisermos rigor, teremos que comprovar. Não se pode afirmar ou negar algo sem o
mesmo rigor de comprovação, caso contrário, estaremos sendo parciais num sentido ou noutro.

>
> (...)
>
> Jocax:
> >Um ponto demarcante a favor do paradigma
> >qualitativo eh o fato q o homem eh o unico animal q se suicida.
>
> Flávio Mendonça:
> Não sei, mas já ouvi relatos de espécies de macacos e elefantes. Só não
> lembro a fonte.
>
> Fernanda: Realmente, o homem não é o único animal a cometer suicídio. Aliás,
> o suicídio é uma tendência natural (será genética?) de muitos animais para
> acabar com um sofrimento inevitável a que estejam submetidos. Sei de casos
> de cobras que mataram-se depois de serem atropeladas, e, recentemente, na
> cidade onde moro (Ubatuba) houve um caso em que se suspeita ter ocorrido o
> mesmo. Não sei se ouviram falar de uma baleia morta por aqui... Biólogos
> crêem que ela estivasse debilitada por resíduos químicos da Petrobrás em São
> Sebatião e tenha se matado...
>

Mas há que se separar os dois, pois os animais são estimulados pelos seus instintos, enquanto que o homem
tem consciência do que está fazendo, mesmo que parcialmente.

>
> (....)
>
> Jocax:
> >Talvez nao soh o homem tem consciencia disso [do seu existir].
>
> Flávio Mendonça:
> É pelo menos os que dizem todos os profissionais da área. O homem tem
> consciência de sua existência, da
> existência dos outros, e até ensaiam transcendências conscienciais. Já ouviu
> falar do instituto de
> projeciologia e conscienciologia ? E antes que digam algo a respeito,
> procurem ver se o fenômeno procede
> ou não. Pelo visto, neste meio virtual, percebo um cheiro de falta de
> espírito investigativo. Digo sem
> intenção de ofensa, mas de uma provocação, pois, ser científico é buscar nos
> fenômenos uma justificativa,
> e não simplesmente negá-lo.
>
> Fernanda: Concordo com vc, Flávio, quanto à sua definição de ser científico.
> Já visitei o site do IIPC (Instituto Internacional de Projeciologia e
> Concienciologia, cujo endereço é www.iipc.org.br , se alguém se
> interessar...). Não li muito a respeito, mas creio ser um assunto que
> geralmente nào é tratado com a consideração que merece em discussões
> científicas, ou melhor, não é sequer tratado...

Impera um preconceito no meio, infelizmente.

>
> Não que eu pense que se deva acreditar nisso, mas, sim, investigar o que dá
> origem a determinados fenômenos.

O verdadeiro cientista não se prende a isso. Fará a investigação desnudo de qualquer idéia preconcebida,
baseando apenas no experimento e suas conseqüências.

> Penso que deve haver uma explicação
> científica para tudo. A interpretação que se dá aos fenômenos pode não ser
> verdadeira, mas o fenômeno existe e, assim, deve haver alguma explicação.
> (Aliás, isso me remete a uma questão sobre a qual penso frequentemente...

E há, afinal todos os fenômenos são naturais. A ignorância das causas é que traz os preconceitos. Daí que
eu digo para buscarmos em nós aquele espírito investigativo, o qual é método de todo cientista verdadeiro.

>
> Será o cérebro o único responsável pelos fenômenos tidos como paranormais?
> Como será que isso se dá? O Genismo tem alguma idéia sobre isso, jocax?).
> Será que alguém já postulou que "Todo fenômeno é digno de investigação
> científica"?

Sim, grande literatura há neste campo, porém, no meio cientificista há uma tendência de negar os fatos,
atribuindo-lhes a eles mistificações. É certo que muitos embustes e enganos existem, porém, há muita gente
séria buscando soluções, teorizações e comprovações neste campo. Aos fenômenos mediúnicos já existem
teorias super atuais no sentido de que trata-se de um fenômeno eletromagnético, o qual através de cristais
condutores localizado na pineal, o fenômeno se dá. Mas claro, outras coisas devem ser levadas em conta.
Sabemos que longe estamos de provar alguns fenômenos, mas para base de teorização muitas hipóteses são
levadas em conta. Nisto consiste o espírito investigativo ao qual me referi.


>
>
> (...)
>
> Jocax:
> >Minha teoria NAO PERMITE crer que tais pessoas sao de fato altruistas
> >no sentido puro do termo: O altruismo instintivo.
>
> Flávio Mendonça:
> Isso pq vc despreza que seres possam evoluir a este estágio de consciência.
> No entanto, se percebesses
> isso, veria que existem pessoas que são REALMENTE diferentes.
>
> Fernanda: É difícil saber até onde as pessoas que *parecem* realmente
> diferentes *são realmente* diferentes... Vc consegue penetrar na consciência
> alheia? Até onde sei, isso não é possível, e, assim, vc pode apenas julgar
> os atos dos outros, não sua consciência, e não pode saber *com certeza* se
> eles são altruístas no sentido puro do termo...

Isso é correto, assim como qualquer observação fenoménica, pois a observação é relativa a um campo
experimental. Porém, como toda observação, leva-se em conta as análises e seus resultados, daí conclui-se
a teoria. Mas veja que esta teoria estará sempre submetida a novas investigações, o que não faz dela
absoluta. No caso em questão, as análises também ocorrem da mesma forma, ou seja, observa-se os
experimentos, e ver-se que existe uma progressão no sentido de haver conscientizações em níveis mais
depurados. Daí conclui-se, como em qualquer matéria, as teorias expostas. No caso em questão, não se
determina com exatidão os níveis conscienciais, mas tem-se deles análise comparativas, concluindo daí que
a consciência atinge sim, um altruísmo relativo.

> o que tb não prova que o
> altruísmo instintivo não seja possível (embora eu, particularmente, o creia
> improvável...

Crer vc crer, mas com base em que ?

> Não se esqueçam que a nossa consciência não percebe a maior
> parte dos processos realizados pelo nosso cérebro...

Qdo falo em consciência, refiro-me a maior, a geral, aquela que domina todo ser. Podemos subdividi-las em
níveis. Neste caso falemos apenas do incosnciente e do consciente. O consciente não possui domínio sobre o
todo, apenas percebe a parte mais superficial das impressões ( Sentimento, desejo, etc ), porém, o
subconsciente sim, este tem absoluta noção do ser, do existir. É a verdadeira memória da nossa existência,
onde guardamos todos os registros do nosso existir.

> o altruísmo pode ser
> apenas um disfarce ocasionado por algum dos mecanismos cerebrais).

Pode, e normalmente é. A cada circunstância podemos manifestarmos de uma forma ou de outra. Estamos
dependendo de duas coisas basicamente. Da condição real desta consciência e dos estímulos impostos pela
situação. Exemplificando a questão, observamos nosso comportamento diante fatos cotidianos como "normais",
logo somos considerados "normais". Porém, se estivermos sobre uma intensa pressão, nosso comportamento
podem alterar-se. Isso se dá qdo não somos realmente conscientes naquela situação. De outra forma uma
pessoa consciente, apesar das pressões intensas, não se alteram. Ocorre que sua consciência por ser real,
não se transvia. Ela passa a ser incorruptível naquele sentido.

>

>
> (...)
>
> Jocax:
> >Mas o que ela esta fazendo eh simplesmente abafar seus desejos mais
> >arraigados, impedindo q o vulcao interno exploda.
>
> Flávio Mendonça:
> Imagine uma cebola. Cada casca representa uma conquista consciencial. Ora,
> na perda das camadas mais
> superficiais estaria a mudança de hábito. No caso uma pessoa REALMENTE
> altruísta, seria aquela que perdeu
> a camada mais externa, agindo, agora, com base na camada mais interna. É o
> que chamamos consciência
> superior.
>
> Fernanda: Flávio, isso exemplifica muito bem uma evolução no *modo de agir*
> de uma pessoa considerada altruísta, mas... mesmo que a pessoa não tenha
> consciência disso, em última análise, é possível que tudo não passe de um
> "embuste cerebral" (que, em última análise, é um "embuste genético"... tudo
> depende de até onde a análise for aprofundada... )
>

Neste caso, não é a consciência formada, mas ainda em formação. Por isso, qdo formada, jamais se transvia.
É como o instinto. Diante de certas situações é que percebemos o nosso real estágio consciencial. Não
adianta dizermos somos assim ou assado. O que realmente somos, apresenta-se em situações instintivas. Uma
pessoa pretensiosamente altruísta, manifesta a sua ação em função de uma reação a um estimulo. Por
exemplo: Querendo eu, mostrar-me caridoso, faço de forma exibicionista, deixando a entender a todos que
sou uma ótima pessoa e que todos devem perceber meu altruísmo. Qdo não é assim, é por crença em
recompensas divinas. De toda forma busca a recompensa como estímulo. No entanto, uma pessoa realmente
altruísta faz por impulso, por instinto. É condição natural dela. Não busca recompensas dos outros, mas
antes age por uma necessidade, como usamos o respirar para conservamo-nos vivos.

>
> (...)
>
>
> (...)
>
> Jocax:
> >Claro que nem todos seguem comportamentos anti-perpetuativos e, por
> >isso,
> >o cerebro consciente ainda se mantem.
>
> Flávio Mendonça:
> Quem disse que a mente consciente é isso ? É o que parece racional, mas será
> de fato ? São os loucos,
> loucos ?
>
> Fernanda: Talvez todos nós sejamos loucos... :-)
>

Eu não diria loucos, mas aparentemente à deriva:-)

>
> Cordialmente,
> Fernanda Sais.

Beijos !

Flávio Mendonça




SUBJECT: O que é ciência ?
FROM: Flavio Mendonça <fefemendonca@uol.com.br>
TO: ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 05/12/2000 13:37

Caros Flávio Mendonça, Arthur e amigos,


Também me parece que os resultados possam
ser mesmo apenas
semelhantes, e não absolutamente iguais, o
que, claro, não invalida a
prospecção científica.

O que há de ser passível de repetição em
ciência, penso, é a
observação e não os resultados. Estes, os
resultados, devem permitir
estabelecer certos comportamentos e
padrões, sendo determinísticos ou
probabilísticos, o que é diferente de
afirmar-se ser necessário serem
iguais.

A finalidade da ciência , creio, é
procurar as relações entre os
observáveis (ou variáveis) e, para isto,
grupos de resultados, não
necessariamente iguais, são suficientes.

Creio que percebo o que você, caro Flávio,
quer dizer com os campos de
observação, e que os resultados são
válidos dentro dessa área
circunscrita previamente. De fato,
parece-me que cada seção do real, o
todo, é um novo reino e, sendo um novo
reino, nem todas os
observáveis, definições e princípios são
extrapoláveis de um
subdomínio das ciências da matéria para
outro, imagine-se então quando
falamos de um domínio diferente de
matéria-energia e tempo-espaço,
como o domínio espiritual, por exemplo.

É possível falar-se da cor ou da
temperatura de um pedaço de cobre
mas não teria sentido nenhum a referência
à cor de um átomo de cobre
ou à temperatura desse átomo. O que
difere, no caso, é o campo de
observação, ou o que chamei de seção da
realidade.

Assim, o mundo dos objetos apreendidos
sensorialmente, ou com
instrumentos, constitui um domínio da
realidade - um reino da
realidade, uma seção da realidade,
desdobrável arbitrariamente em
subdomínios - para o qual se definem
certos observáveis e um sistema
metafísico único, de modo a se conseguir
que os dados da observação
pareçam coerentes através de certos
modelos e de certas relações entre
os observáveis.

Outros domínios - outros reinos da
realidade-, nos quais os
observáveis sejam diferentes e o sistema
metafísico tenha estrutura
diferente, constituem outras seções da
totalidade, outras regiões da
realidade.

Esses "cortes" da realidade, que se tornam
objetos e domínios de
estudo das várias ciências, são
arbitrariamente escolhidos e não
correspondem a qualquer fracionamento da
própria totalidade.

Um exemplo rudimentar disto, desta
delimitação arbitrária do campo de
observação, e exatamente por isto
ilustrativo, poderíamos tomar de um
monte.
Um monte, fazendo parte de uma cadeia de
montanhas, é um objeto? Se é,
onde começa e onde termina? O mesmo
raciocínio para a própria cadeia
de montanhas. E uma onda do mar?

Essa é nossa vocação para dividir o mundo
em pedaços separados, mas
essa segmentação é apenas teórica e não a
realidade.

Todos os objetos se alteram continuamente,
devido a mecanismos de
interação contínua com o ambiente externo
e por degradação interna.
As pedras e as montanhas são gastas pela
erosão, os objetos
tecnológicos oxidam, quebram,
desgastam-se, os corpos biológicos
morrem e decompõem-se, as estrelas entram
em colapso e caem sobre si
próprias.

Então, na realidade, os objetos são
processos lentos, quando vistos à
nossa escala, terrestre, humana, ou,
melhor dizendo, na escala do
mesocosmo, em que o domínio do mundo
sensorial, isto é, a faixa de
realidade na qual decorre a nossa
percepção, e que é constituída por
objetos e por fenômenos físico-químicos.

As mesmas coisas, vistas entretanto à
escala do átomo, ao nível do
microcosmo, os objetos transformam-se num
exame prodigioso de
partículas, interagindo fortemente por
intermédio de campos de grande
energia e com uma estrutura espacial
imensamente complexa. A placidez
das coisas, ao nível mesocosmo, é só uma
aparência enganadora.

Assim, no reino da matéria física, a
divisão do mundo em objetos e em
fenômenos separados é arbitrária e apenas
se justifica pela
necessidade de análise das partes.

No domínio do imensamente pequeno, os
átomos, ou suas partículas
elementares, atualmente visualizados pelos
orbitais eletrônicos, pelos
campos elétricos que os rodeiam, ou pelas
chamadas funções de onda,
não terminam em nenhuma fronteira
definida.

Num exemplo simples, uma cadeira tem, na
realidade, um limite
indeterminado. Está sempre emitindo ou
absorvendo moléculas de água e
uma molécula que era cadeira é agora
atmosfera. Emite e absorve fótons
e o fóton que se afasta ainda é cadeira ou
é já a radiação do
ambiente?

Essa inseparabilidade intrínseca dos seres
do mundo físico é imposta
pela ditadura das impressões sensoriais,
mas não são a realidade.
Hoje, para a física quântica, as partes
integrantes do mundo
observável - partículas, objetos, campos
-, são apenas manifestações
locais aparentes de uma totalidade não
fracionável.

Isto posto, os resultados possivelmente
serão, quando muito,
semelhantes, nunca iguais.






SUBJECT: O papel da ciência
FROM: Flavio Mendonça <fefemendonca@uol.com.br>
TO: ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 05/12/2000 13:38

Paz e Luz a todos os Ciencilisteiros,

Segue abaixo a opinião de um amigo, o qual
subscrevo integralmente. Omite seu nome
por não ter solicitado sua autorização
para expor noutra lista.
Serve como base e crítica aquela forma de
cientista não investigativo citado por mim
noutro email. Qualquer semelhança com sua
forma de pensar não é mera coincidência.

Flávio Mendonça

O papel da ciência é procurar e definir as
variáveis do domínio
analisado que possam ser observadas
repetitivamente e, se possível,
medidas e quantificadas; através da
observação, procurar as
inter-relações entre os observáveis que se
repetem segundo certos
comportamentos e estabelecer os padrões,
as leis dessas relações.
Essas leis permitem previsões -
determinísticas ou probabilísticas -
nesse domínio.

O espectro dessa singela tentativa de
definição suplanta a pura visão
mecanicista e materialista do que seja
ciência, ou, num jargão talvez
mais apropriado, suplanta a clássica visão
newtoniana-cartesiana,
verificada a partir do início do século
XVII.

Neste conceito, o clássico, apenas tem
realidade o que pode ser
apreendido por via dos sentidos. O real
fica reduzido àquilo que pode
produzir estímulos sensoriais, isto é, ao
mundo de matéria-energia, ao
domínio dos objetos e dos fenômenos
observáveis objetivamente,
degenerando assim na hipótese mecanicista.

No mecanicismo do século XIX, o conceito
de realidade é ainda pior e
cruamente materialista. Neste conceito não
existe alma nenhuma, apenas
a matéria, e, mais tarde, também os
campos, são o único ingrediente
que constitui a totalidade do real.
Infelizmente, esse modelo domina
ainda as concepções científicas, neste
final do século vinte.

Este modelo fisicalista, a meu ver, expõe
a ciência a absurdos e
paradoxos, especialmente quando ela tenta
teorizar sobre as gêneses do
Universo, planetas, da vida e da
consciência. Aí, a ciência
materialista cai nas explicações que
sempre recorrem a acasos de
improbabilidade incomensurável, isto é,
refugia-se nas teorias de
milagre neguentrôpico, vale dizer, a
quebra da cadeia causa-efeito, o
que, com um mínimo de boa vontade, é
difícil de admitir.

Ainda que Descartes tenha admitido a
existência da alma imaterial, e
que possivelmente fez essa concessão
apenas por receio da Igreja
Católica, visto a condenação de Galileu, e
mesmo depois Hobbes,
Leibniz e Spinoza a tenham admitido,
inobstante alterados os
conceitos, o fato é que a ciência, e em
especial a Física, tomou, como
premissa inicial, a idéia materialista e
mecanicista de um real só
moldado com matéria isenta de qualquer
princípio inteligente, de
matéria morta sujeita a leis
determinísticas ou probabilísticas,
expressando uma ordem surgida não se sabe
como.

Como em qualquer silogismo, essa ciência
não pode chegar a nenhuma
conclusão que contrarie esta idéia de
partida. E, quando chega a algum
fenômeno que pareça refletir a existência
de uma vasta inteligência,
foge desta visão ameaçadora às suas
estruturas de pensamento,
defendendo-se em uma oratória confusa.

Exemplo dessa oratória é visto nas
teorias comportamentais,
desenvolvidas por Pavlov, Skinner e
outros, em que é renegada qualquer
discussão sobre a realidade existencial
dos sistemas psicológicos, sob
a alegação de que, não sendo o pensamento
acessível ao estudo
científico pela observação direta, nada é
possível afirmar sobre a sua
realidade. Os positivistas, assim, adotam
como objeto de observação
apenas as ações objetivas do comportamento
humano, em face das
condições externas impostas.

Essa concepção, limitada, um limitado
paradigma, é fruto de um meio
cultural, resultado de uma poderosa
pressão da ciência ortodoxa, e que
ainda é preponderante, necessitando uma
imagem do mundo na qual o
espírito (mente-consciência) tem que
aparecer encaixado no modelo
imposto.

Em outras palavras, face ao modelo
ortodoxo existente, tenta-se, quase
sempre, transplantar para o domínio
consciência-espírito, certas
propriedades e leis válidas no domínio da
matéria física. Entretanto,
isto n&atilda;o é possível nem lógico, e
aí possivelmente reside todo o
problema.

O reino da consciência constitui um
domínio da realidade total
diferente do domínio dos objetos físicos e
que seus observáveis e leis
são de natureza profundamente diferente.

Esses eventos e observáveis da
consciência, sendo diferentes dos
observáveis do domínio físico, não se
situam num espaço geométrico,
nem sequer no tempo físico dos relógios.
Assim, não é lícito
extrapolar as leis do domínio dos objetos,
onde há distância, tempo,
energia e massa para o domínio dos
fenômenos da consciência.

Assim, exemplificando, dizer que uma idéia
é x vezes maior do que a
outra ou que dois sentimentos de amor se
dispõem em ângulo reto são
disparates sem qualificação. Considerar a
distância entre duas mentes
no evento telepático é um disparate
idêntico.

É preciso entendermos que a consciência
(ou mente, ou espírito) não se
situa nem no espaço e nem no tempo do
mundo físico.

Neste ponto, para melhor compreensão
dessas idéias ora abordadas,
precisaríamos discorrer melhor sobre a
questão da informação sensorial
e os observáveis, assim como sobre o fato
de que cada seção do real é
um novo reino, mas o tamanho do mail, e
possívelmente a paciência dos
caros amigos, já não o permitem, mas o
que, se eventualmente houver
interesse, podemos seguir em outro mail.






SUBJECT: super admira��o
FROM: "Peterson L. S. M." <peterlsm@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 05/12/2000 13:53

> > > Paz e Luz João Carlos

>> Um momento cordial muitas vezes cria uma psicosfera
>> favorável ao bom entendimento e harmonia dos diálogos
>> travados. A cordialidade e gentileza tem esse propósito.

A saudação ou a despedida "Paz e Luz" não me irrita de forma
alguma. Não imagino o menor motivo ao se criticar a forma de saudação
de uma pessoa. Pode me parecer simplesmente neutro em relação às
minhas convicções pessoais. Afinal, o que que eu tenho que dizer se o
cara termina a mensagem dele com "paz e luz", "um abraço", "tchau"???
Até que ponto eu iria ser minucioso (ou seria mesquinho?) para ficar
achando defeito nesse tipo de coisa? Além disso, eu nem ia me
manifestar nesse ponto, mas aproveito a oportunidade para ressaltar
que observei essas dezenas de mensagens de "clones" e "moderação na
lista", etc. O casamento do ceticismo com admiração falado por Carl
Sagan é realmente interessante.
Mas até que ponto a admiração passa de um recurso de interesse
para a banalização? É o que quero dizer com essa tal de clonagem do
Einstein, ou do Newton, ou Marx, ou seja lá quem for. O pior é que me
sinto bobo falando dessas coisas que me renderam tantas utilizações na
tecla "Delete". Quando vi a primeira mensagem, sobre a reprodução
genética desse mito jesus jamais poderia imaginar que alguém levasse
isso a sério, ou desse tanta importância a ponto de terem dias em que
a lista girava praticamente em torno de um tema tão inútil (em termos
práticos de discussão científica) assim.
Vi algumas mensagens inteligentes, sobre o homem sempre desejando
um "salvador", seja ele um cientista para o racionalista ou um
mito/mártir para um religioso. Fico pensando, e prefiro acreditar que
a maioria aqui falou sobre o tal clone apenas por brincadeira, para
descontrair um pouco, como uma maneira de ironia inteligente sobre o
"clone de jesus". É pelo menos enfadonho pensar que alguns realmente
também "viajaram" nessa idéia e disperdiçaram seu tempo para pensar
(pensar???) sobre isso. Mas se realmente isso é ou não verdade, não é
problema meu.
Se houve realmente quem parou para considerar válido a "clonagem"
de algum cientista, ou se o filho de Einstein poderia ser normal ou
retardado, ou se iria redescobrir uma coisa ou outra, ou se Newton
reescreveria suas teorias, se Marx seria capitalista ou socialista...
se alguém realmente quis usar a CiênciaList para discutir
"cientificamente" ou mesmo hipotéticamente isso, então me desculpe se
passei por um chato, estraga-prazeres ou materialista. Não foi minha
intenção. Quis apenas manifestar o que penso. Além disso, cada um tem
seus motivos para acreditar ou pensar em bíblias, saint germains,
fraternidades brancas, clonagens de jesus, jeovás, iemanjás, orixás,
mãe-d'água, retorno de gente que já morreu, psicanálise, homeopatias,
astrologias, misticismos, metafísicas, etc.
Mesmo que eu tenha meus motivos para não acreditar (ou ter uma
atitude neutra), todos tem o direito de manifestar suas opiniões ou
acreditar nessas coisas (ou em outras). E discuti-las. Se querem fazer
isso nessa ou naquela lista, independente do assunto da lista, também
não é problema meu. Ficando assim, viva a diferença.

Peterson.




SUBJECT: Re: [ciencialist] deoliveira e demais
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 05/12/2000 14:00

Luiz Ferraz Netto wrote:
> b) Quem não quer pensar sobre os 'nós', pode encontrar soluções simples, maravilhosas e imediatas; basta acreditar em poderes divinos e místicos; para tais há compêndios recheados de estórias fantásticas, entre os quais, a bíblia (o livro mais vendido do mundo --- um comércio sempre florescente).

Sinto muito mas já faz décadas que o livro mais vendido do mundo é o
Reader's Digest, que em português é conhecido como Seleções.

==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
==========================================================



SUBJECT: Vida Vívida
FROM: Flavio Mendonça <fefemendonca@uol.com.br>
TO: ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 05/12/2000 15:53


"Vida Vívida"


Quem disse que sou um covarde
sucumbindo ante as dificuldades?

Quem disse que sou corpo feito de
alimentos?

A Vida não é figura de cera, não é figura
de gesso.

Eu sou ciclone, sou furacão, sou
redemoinho.

Eu transformo o ambiente,
como se dobrasse um arame,
no aspecto que eu desejo.

Eu sou uno com a poderosa força
que criou o Universo.

Eu sou a própria energia
que da atmosfera faz o relâmpago,
que transforma os raios solares em
arco-íris,
que faz eclodir do negro solo as rubras
flores,
que faz explodir os vulcões.

E que criou o sistema solar a
partir da nebulosa.

Que é ambiente?

Que é destino?

Na hora exata, quando eu quiser,
eu me liberto do mais triste destino
como o peixe que se esgueira
pelas fendas.

Não sou ferro,

Não sou argila,

Sou Vida.

Sou energia viva.

Não sou matéria inerte
moldado pela situação
ou pelo destino.

Eu sou como o ar:-
quanto mais comprimido for,
mais força manifesto.

Tal como a bomba explode a rocha,
eu sou Vida que,
no momento certo,
rompe impetuosamente
a situação ou destino.

Sou também como a água.

Nenhuma barreira poderá represar-me.

Se barrarem a minha passagem
colocando grandes pedras no meu leito,
converter-me-ei em torrente, cachoeira,

e saltarei impetuosamente.

Se me fecharem todas as saídas,
eu me infiltrarei no subsolo.

Permanecerei oculto por algum tempo,

mas não tardarei a reaparecer.

Em breve estarei jorrando
através de fontes cristalinas
para saciar deliciosamente a
sede dos transeuntes.

Se me impedirem também de penetrar
no subsolo,
eu me transformarei em vapor,
Formarei nuvens e cobrirei o céu.

E, chegando a hora,
atrairei furacão, provocarei
relâmpagos e trovões,
desabarei torrencialmente,
inundarei e romperei
quaisquer diques e serei finalmente um
grande oceano."

(Masaharu Taniguchi)




SUBJECT: Ceticismo e B�blia?
FROM: "Peterson L. S. M." <peterlsm@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 05/12/2000 16:23

Deoliveira:

>> O que você quer dizer com "nós céticos" ??
>> Céticos da Bíblia, do Apocalipso, ou do que??
>> Se for isso eu não me incluo nisto, eu acredito na Bíblia
>> e no Apocalipse, mesmo admitindo que eles possam ter
>> sido modificados ou má interpretados.

É possível se dizer cético e acreditar em fábulas? Me pareceu que
você não cético de nenhuma forma. Posso estar equivocado, e estou
apenas querendo saber o que você quis dizer. Você acredita na bíblia,
como disse. E quando acredita na bíblia, rejeita automaticamente (se a
considera válida) as outras religiões. Você então não deveria
acreditar em vacas podendo conter a alma de sua avó ou de qualquer
ancestral seu, ou que se banhando no Ganges estaria ajudando a
compensar seu "Karma" (Hinduísmo). Você não deveria acreditar que
Siddartha Gautama representa o máximo nível de iluminação cósmica
(Budismo). Você não acreditaria que a Meca dos islâmicos é mais
sagrada que outros lugares. Você não acreditaria nos duendes, gnomos
cristais e outras coisas da Nova Era. Então você acredita em coisas
assim:

Ao descrever as curas de Jesus, o Novo Testamento afirma que os
seguintes fatos teriam sido produzidos por demônios: cegos (Mateus
12:22), mudos (Mateus 9:32-33), aleijado (Lucas 13:11,16), epilepsia
(Mateus 17:14-18) e insanidade (Marcos 5:1-13).
Na Bíblia, há histórias fabulosas de cobras falantes (Gênesis
3:4-5); uma árvore com frutos que quando comidos proporcionam o
conhecimento do bem e do mal (Gênesis 2:17;3:5-7); outra árvore cujos
frutos dão a imortalidade (Gênesis 3:22); uma voz vinda de um arbusto
em chamas (Êxodos 3:4); um jumento falante (Números 22:28); rodas que
se transformam em serpentes (Êxodos 7:10-12); água se transformando em
sangue (Êxodos 7:19-22); água nascendo da pedra (Números 20:11); um
defunto que renasce quando seu corpo toca os ossos de um profeta (Reis
II 13:21); pessoas ressuscitando dos mortos (Reis I 17:21-22; Reis II
4:32-35; Atos 9:37-40). Há também relatos do Sol parando (Jó 10:13); a
divisão do mar (Êxodos 14:21-22); ferro flutuando (Reis II 6:5-6); a
sombra retrocedendo dez degraus (Reis II 20:9-11); uma bruxa trazendo
a alma de Samuel de volta do mundo dos mortos (Samuel I 28:3-15);
dedos sem um corpo escrevendo num muro (Daniel 5:5); um homem que
viveu por três dias e três noites no estômago de um peixe (Jonas
1:17); pessoas andando sobre as águas (Mateus 14:26-29); uma virgem
fecundada por Deus (Mateus 1:20); a cegueira curada por cuspe (Marcos
8:23-25); uma piscina que curava os que nela mergulhassem (João 5:2-4)
e anjos e demônios interferindo nos assuntos terrestres (Atos 5:17-20;
Lucas 11:24-26).
A Bíblia também diz que o morcego é um pássaro [e não um mamífero]
(Levítico 11:13,19), que o coelho e a lebre ruminam (Levítico 11:5-6),
e que a semente de mostarda "é a menor de todas as sementes"(Mateus
13:32).

SE você acredita na bíblia

>> Se for isso eu não me incluo nisto, eu acredito na Bíblia
>> e no Apocalipse, mesmo admitindo que eles possam ter
>> sido modificados ou má interpretados.

Então você deveria ter um método "científico" (???) para dizer que
o MOTIVO pelo todas essas coisas da bíblia deveriam ser acreditados e
porque as outras religiões não. Ah, não seria um motivo ou método
científico? Seria o quê? Fé? Claro.
Leia bem tudo o que a bíblia fala e que está no grande bloco
acima. Há muito mais coisas nesse sentido, mas que iria precisar muito
para escrever. Acho que o exemplo deve ter bastado. Por isso não
compreendi como pode haver alguém cético e acreditar em tudo isso.
Epistemológicamente não existe um ceticismo assim.
Veja, a Ciência mostra que o sudário é falso. Diz que os 29
historiadores que viveram no tempo de "jesus" nada falaram sobre tudo
o que aconteceu na época. Menos sobre "ele"
(http://www.infidels.org/library/historical/robert_ingersoll/) As
datações de C14 mostram que "joão" escreveu seus livretos 110 anos
APÓS a morte de "jesus" (que idade ele teria quando "jesus" era
vivo?). As versões em Grego Koiné estão na P2002 (pra você ter uma
idéia, na P156 sequer havia a menção das palavras "pai", "filho" e
"espirito santo"). "marcos", "mateus", "joão", "lucas" jamais teriam
qualquer autoridade histórica para falar sobre alguém. Aliás, eles só
existem na referência desse livro conhecido como bíblia.
(http://www.coluna3.hpg.com.br/jesusnaoexistiu.zip) Assim como Osíres
e Toth existem no Livro dos Mortos do Egito, e assim como Krishna
existiu "comprovadamente" no Bagavad Gitã. Ou como Mitra "existiu" nos
mistérios de Elêusis.
(http://www.coluna3.hpg.com.br/omitodojesushistorico.zip) . Então, seu
cetismo seria contra a ciência (não acreditar no que a ciência diz
sobre esses assuntos)?
Infelizmente temos que nos deparar todos os dias com
pseudociência. São pessoas que dizem que "cientistas comprovaram que a
terra é oca", ou que "o movimento do mundo está atrazado 24 horas", ou
ainda que "a ciência comprovou a existência de gnomos, fadas e
duendes", ou "a ciência comprovou o espiritismo" ou "a bíblia" ou
ainda "o diabo". Porém, quando examinamos quem são esses cientistas,
verificamos que eles não existem ou não tem formação científica, ou
suas pesquisas não demonstram nada. Veja que não estou lhe criticando,
apenas fazendo um diálogo que pode ser importante se você tem a mente
aberta para considerar isso. Estamos sob um enxurrada de
"conspiracionistas" e pseudocientistas, e isso me preocupa muito. O
mundo tem mistérios realmente maravilhosos, e nos tornamos cientistas
por que isso nos admira e nos atrai. Mas não podemos ser desonestos
dizendo que é uma verdade científica aquilo que apenas gostaríamos que
fosse verdade.
Eu apenas estou mostrando algumas coisas, não estou dizendo que
você está errado em acreditar nisso. Nem que os hindús, nem islâmicos,
satanistas, espíritas, ou qualquer forma de teístas. As religiões tem
seus "gurus", "mestres", "salvadores" próprios de cada uma. O diálogo
e ônus da prova deveria ser, primeiramente, entre elas.
Cada um tem um motivo para acreditar em discos voadores,
maçonarias, saint germains, animais fabulosos, projeciologias,
triângulo das bermudas, saint germains, exús, eguns, caboclos, zeus,
cristos, virgens, vestais, nova era, homeopatias, lobisomens,
arquivo-X, fraternidades brancas, cristais, duendes verdes,
pseudo-ciência, alás, devaneios, sonhos acordados, fadas,
papais-noéis, astrologias, bíblias, auras, passes, chupacabras, chamas
violetas, mestres ascensos, mulas-sem-cabeça, jeovás, iemanjás,
orixás, jesus, sereias, sacis-pererês e outras coisas. Se são ou não
verdadeiras é outro assunto. Na verdade, isso seria um assunto para os
TEÍSTAS resolverem ENTRE ELES. Quem está ou não com a razão, o que é
ou não verdade sobre tudo isso.
Só que há um ponto, ACIMA de tudo isso que escrevi. Eu considero
assim. Este ponto é que tentamos reformar a vida e a compreensão das
pessoas segundo o modelo que acreditamos ser melhor. Muitos de nós
tentam quase que de forma autoritária lhes dizer o que é e o que não é
melhor para suas próprias vidas. E quando fazemos isso, acabamos por
nos tornar um instrumento de perseguição ideológica e de egoísmo.
Portanto, não veja isso como uma tentativa de querer lhe convencer
de algo. Na verdade, como você mesmo disse, já está convencido.
Eu tenho um pensamento que é o seguinte: SE "pedro" acredita que
uma pedra lhe trará sorte, e é feliz com isso, então eu não tenho
realmente nada a acrescentar na natureza de sua felicidade que esteja
relacionado à sua crença.
Por último, e apenas reiterando o que eu já disse... se a "pedra"
é verdadeira ou não, é um assunto para ser resolvido pelos (e entre)
os teístas (os outros "pedros" que acreditam em outras pedras
diferentes). Enfim, todos devem ser respeitados, e a minha crítica não
está na sua crença ou na forma dela, como já mostrei. Isso é uma
liberdade unilateral, pessoal, sua. Porém, se está ou não no escopo
desta lista, não me agride, mas não sei como os outros verão.
Um sincero e fraterno abraço.

Peterson.




SUBJECT: Re : Ateh mais Brudna
FROM: Leonardo Stern <roxo@jedi.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 05/12/2000 17:04

> Vou explicar o que estou fazendo com a 'moderacao':
> - controlando o fluxo de mensagens. Ou serah que todos aqui conseguem
> ler 100(ou +) mensagens diarias?!

Eu mesmo tive que mudar minha assinatura de "emails individuais" para "digest
diário" devido ao grande número de emails.

> - limpando os rodapes de propaganda do Hotmail, Egroups, etc.

Desnecessário

> - monitorando spams.

A ideia que tenho, menos drástica para controle de spam é moderar os novos
membros e para os antigos (que já falaram algo e sabemos que não fazem spam e
são responsáveis por mais de 80% da movimentação da lista) deixa-se sem
moderação. Eu mesmo ia fazer isto em minha lista, mas o moderador-auxiliar
achou paranoico e desnecessário.

> - controlando para mensagens que soh contem um
> simples 'obrigado' ... 'concordo' ... 'hehehe'. OBS: nao ocorreu mais
> nenhum caso destes desde que comecei a 'moderar' a lista.

Esse tipo de mensagem deve ser enviada diretamente ao autor, mas infelizmente
são responsáveis por muito trafego desnecessário em listas de discussão.

> Eh estranho como alguns integrantes da Ciencialist acham que eu sou
> alguma especie de tirano. Em algum momento de toda a administracao da
> Ciencialist eu demonstrei algo deste tipo?!

Não, a administração sempre foi feita de maneira cautelosa e democrática.

> Alguem pode citar o caso
> do meu pedido de transferencia dos debates sobre TGBD para a lista do
> Claudio Abreu, mas neste caso achei que realmente era necessario
> separar um pouco as ideias.

Realmente foi necessário.

O problema de trafego de emails é uma questão muito importante, toda lista
(deste tipo) quer ter novos membros, novas ideias e ser aberta a todos.
Entretanto é impossivel que isto aconteça sem o aumento do trafego de email.

Recomendações de postagem se fazem necessária, elevam a qualidade das
mensagens e reduzem o trafego mas quase nunca são seguidas aa risca e mesmo
assim só retardam o dia em que a lista chegara ao trafego límite de emails
(quando os emails começam a não ter a devida atenção)

Mesmo administrando uma lista pequena (~ 48 membros), tenho grande interesse
nas soluções que serão propostas / aplicadas na Ciencialist para saber como
proceder quando atingir um elevado trafego (digamos 400 msg/mes). A medida
que acho ser (teoricamente) mais aplicavel é divisão da lista por área
científica.

As discussões de memética, gemetica, Deus / capeta e que envolvam o social
(essas discussões que volta e meia alguem fala que não devem ser discutidas
na ciencialist) podem fazer parte de uma divisão da Ciencialist.

O restante das discussões ainda consegue se manter em uma outra divisão.

Com a experiencia que tenho, recomendaria ainda que a transição seja feita da
seguinte forma : uma outra lista é criada e todos os inscritos seriam
inscritos na nova lista (automaticamente pelo LRB), essa nova lista recebe
uma descrição mais propria e é adicionada no diretório do egroups em local
apropriado.

Adicionalmente em cada uma das listas o rodapé informará que os assinantes
que nào desejarem participar dessa ou daquela divisão podem sair fazendo ...
(bla bla bla)

No mais quero manifestar meu total apoio ao LRB neste momento de , digamos
"moderação emergencial".
--
On a paper submitted by a physicist colleague:

"This isn't right. This isn't even wrong."
-- Wolfgang Pauli



SUBJECT: Re: [ciencialist] paradigmas da mente
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 05/12/2000 17:54


Flavio Mendonça wrote:
>
> Paz e Luz João,
>
> Joao Carlos Holland de Barcellos gravada:
> >
> > Vc deve notar q o "progresso" nao depende da atitude do animal ficar
> > ou nao em stand-by mas sim dos genes que codificaram este
> comportamento
> > nele, ja que seu comportamento eh diretamente determinado pelos
> genes.
>
> Creio que neste caso, atribuíamos apenas ao genes a capacidade de
> evoluir. Porém, apesar do genes ser
> primordial no processo, há de existir mais alguma coisa que o programe
> e também o faça modificar-se, uma
> vez haver mudanças nas perspectivas durante esse progresso, haja vista
> o homem em dado instante
> bifurcar-se e deixar de ser primata para transforma-se em hominídeo.

Sim ha, a capacidade conferida pelos genes ao homem de processar
memes. Entao, neste sentido, ele podera tambem evoluir seus memes.


>
> >
> > Alguns animais, que nao os repteis, talvez sejam geneticamente
> > codificados para nao ficarem em stand-by se isto lhes conferir
> alguma
> > vantagem darwiniana.
>
> Diga-me quem faria essa programação ? Digo, quem manipularia o genes ?
> Que lei ?

O acaso e selecao : As mutacoes ocorrem ao acaso e sao selecionadas
etc... Vc ja leu algo sobre a teor. evolutiva?


>
> É pelo menos os que dizem todos os profissionais da área. O homem tem
> consciência de sua existência, da
> existência dos outros, e até ensaiam transcendências conscienciais. Já
> ouviu falar do instituto de
> projeciologia e conscienciologia ? E antes que digam algo a respeito,
> procurem ver se o fenômeno procede
> ou não. Pelo visto, neste meio virtual, percebo um cheiro de falta de
> espírito investigativo. Digo sem
> intenção de ofensa, mas de uma provocação, pois, ser científico é
> buscar nos fenômenos uma justificativa,
> e não simplesmente negá-lo.

Mas acredito q ja temos justificativas o bastante, o q vc acha q ainda
nao
esta justificado?


>
> >
> > Mas o que ela esta fazendo eh simplesmente abafar seus desejos mais
> > arraigados, impedindo q o vulcao interno exploda.
>
> Imagine uma cebola. Cada casca representa uma conquista consciencial.
> Ora, na perda das camadas mais
> superficiais estaria a mudança de hábito. No caso uma pessoa
> REALMENTE altruísta, seria aquela que perdeu
> a camada mais externa, agindo, agora, com base na camada mais interna.
> É o que chamamos consciência
> superior.

Nao se perde toda camada instintiva da noite para o dia , estas
pessoas nao existem. Elas devem abafar as camadas mais primitivas.

>
> Olha ainda não entendi o que vem a ser Genismo, mas o exemplo das
> cascas da cebola demonstra muito bem o
> processo.
>
> >
> > >
> > > >
> > > > Contudo, com este sucesso, este novo aparato planejador ganhou
> > > > totalmente
> > > > o controle das acoes sobre o cerebro primitivo.
> > >
> > > O que chamas de aparato controlador ? Não seria a conciência
> formada
> > > neste estágio ?
> >
> > O aparato, a q me refiro, seria a regiao cerebral responsavel pela
> > consciencia, talvez o neo-cortex.
> >
>
> E é. Veja o seu desenvolvimento desde a era primitiva até os dias
> atuais. Antes o frontal mal existia, no
> entanto, hj é bem desenvolvido. Porém, ainda assim, creio numa
> consciência extra-física, imaterial,
> refletida é claro, fisicamente, no neo-cortex.
>
> >
> > >
> > > > E, tambem permitiu que
> > > > outras
> > > > ideias (memes), nao necessariamente ligadas ao processo de
> > > perpetuacao
> > > > genetica, tivessem lugar!
> > >
> > > Qual a utilidade disso ?
> >
> > Lembre-se q a evolucao nao trilha caminhos retos. Existem efeitos
> > colaterais.
> >
>
> O problema é que damos nomes diferentes a estes "efeitos colaterais".
> Ambos não comprovamos isso, mas cada
> um acredita da sua forma.
>
> >
> > Qdo os genes permitiram o crescimento do cerebro e o
> > surgimento da consciencia, permitiram tambem q esta consciencia se
> > insurgisse contra seu criador(genes) : O suicidio, o celibato e
> > outras formas memeticas de comportamento anti-genetico sao estes
> > efeitos colaterais.
>
> Foi bom falar nisso. Dar-me oportunidade de lhe perguntar, o que
> transvia essa "vontade" genética ? Vc
> dirá, os efeitos colaterais. Mas o que motiva esses efeitos colaterais
> ?
>
> >
> >
> > Claro que nem todos seguem comportamentos anti-perpetuativos e, por
> > isso,
> > o cerebro consciente ainda se mantem.
>
> Quem disse que a mente consciente é isso ? É o que parece racional,
> mas será de fato ? São os loucos,
> loucos ?
>
> >
> > Mas, nao eh de todo impossivel que este cerebro consciente leve aa
> > derrocada
> > da especie e dos genes que o criaram: Existe uma seita que propoe
> > justamente
> > o fim da especie atraves do nao nascimento de nenhum novo ser
> humano.
>
> A natureza tem segredos que não nos conta, exceto qdo pudermos
> entede-la:-) Creio que ela se refaz.
>
> >
> > Este eh um exemplo de como os memes podem ir contra os genes,
> > destruindo-os.
>
> O que mostra que existe aquilo que chamei de mente criativa.
>
> >
> > >
> > > >
> > > > Assim o homem passou a ser controlado por uma parte do cerebro,
> de
> > > certo
> > > > modo,
> > > > independente das demais. Foi o inicio de seu sofrimento.
> > >
> > > É a fase da maturidade. Ter que enxergar as suas próprias
> > > necessidades. É a auto-reparação. É a fase que
> > > mais dói, pois não trata-se de dor física, mas aquela voz lhe
> > > convidando a se arrumar, a se reparar. Tome
> > > jeito rapaz, diz ela:-)
> >
> > Esta crenca no que eh bom, pode na verdade nao o ser do ponto de
> vista
> > perpetuativo ou mesmo de felicidade.
> > ( As vezes o rapaz estava "certo" em nao tomar jeito e ela "errada"
> )
> >
>
> Sim, o conceito que damos de bem e mal, bom e ruim é completamente
> relativo. Porém, observe, dizemos que
> tudo aquilo que não obedece as leis naturais, está em desarmonia com
> ela. Daí aquilo que não obedece,
> dizemos ser mal ou ruim.
>
> >
> > >
> > > >
> > > > Os memes,as ideias, habitam agora esta area do cerebro
> > > (inicialmente
> > > > reservada ao planejamento de sua sobrevivencia), e dirigem as
> acoes
> > > > humanas
> > > > segundo estas crencas.
> > > >
> > > > Existe portanto uma batalha entre o cerebro primitivo
> responsavel
> > > pelas
> > > > acoes imediatas decorrentes de estimulos internos e externos, e
> o
> > > novo
> > > > cerebro planejador e armazenador de memes.
> > > >
> > >
> > > Chamamos de fase animal em conflito com a fase hominal. Instintos
> X
> > > Inteligência
> > >
> >
> > []s
> > jocax
> >
>
> [(())]'s
>
> Flávio Mendonça



SUBJECT: Re: [ciencialist] apresentacao e paradigmas da mente
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 05/12/2000 18:12



"Fernanda A. Sais" wrote:
>
> Flavio Mendonça:
> Diga-me quem faria essa programação ? Digo, quem manipularia o genes ? Que
> lei ?
>
> Fernanda: Penso que não há nada que manipule os genes... A codificação
> genética é resultado do acaso, assim como todas as outras combinações
> químicas.
>

Sim a codificacao genetica eh devido ao acaso mas existe a selecao
natural
tambem que influencia no processo.

> (...)
>
>
>
>
> Jocax:
> >O altruismo puro soh viria com a extirpacao dos genes egoistas, via
> >Genismo.
>
> Flávio Mendonça:
> Olha ainda não entendi o que vem a ser Genismo, mas o exemplo das cascas da
> cebola demonstra muito bem o
> processo.
>
> Fernanda: Extirpação dos genes egoístas via Genismo? Estou enganada, ou o
> Genismo é uma teoria?

Se todos adotarem o Genismo o mal sera extirpado , veja em :

http://www.egroups.com/message/ciencialist/6988


>Uma teoria nào pode "extirpar" genes, mas apenas os
> usos e técnicas decorrentes dela podem fazê-lo...

Leia e depois me giga o q acha.

>De qualquer forma, creio
> que o termo "extirpação de genes egoístas" necessite de maiores
> esclarecimentos... Como seria essa extirpação via Genismo? (a propósito,
> aproveito a oportunidade para lhe dizer que tenho me interessado bastante
> por essa teoria, embora eu tenha minhas dúvidas quanto a sua total
> veracidade, e tb quanto a muitos pontos dela que permanecem obscuros para
> mim... há, em algum lugar, uma explanação sobre o Genismo de forma mais ou
> menos didática - uma introdução, termos básicos, etc... ?)
>
O brudna ja me sugeriu um FAQ sobre Genismo mas este mes estou sem tempo
deverei faze-lo no fim do mes. Mas posso te mandar algo em PVT.

> (...)
>
> Jocax:
> >Claro que nem todos seguem comportamentos anti-perpetuativos e, por
> >isso,
> >o cerebro consciente ainda se mantem.
>
> Flávio Mendonça:
> Quem disse que a mente consciente é isso ? É o que parece racional, mas será
> de fato ? São os loucos,
> loucos ?

Loucos, costuma-se dizer, eh qdo a pessoa julga real o q nao eh.


>
> Fernanda: Talvez todos nós sejamos loucos... :-)


[]s
jocax



SUBJECT: call for news
FROM: Jo�o M�rio Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ajc <ajciencia@egroups.com>
DATE: 05/12/2000 23:20

O nonio.com � um site de not�cias de ci�ncia e tecnologia cujo
objectivo � servir a comunidade cientifica de lingua portuguesa.

Estou a fazer um "call for news"! Quem estiver interessado em
divulgar os seus projectos, sejam eles associa��es, webpages,
congressos, cursos de divulga��o, livros, teses ou outros est�
convidado a submeter not�cias dos mesmos nesta p�gina do nonio:

http://www.nonio.com/submit.php

Para alem de not�cias sobre projectos de caracter cientifico s�o
aceites not�cias sobre filosofia, direitos humanos, fic��o cientifica
e fantastico, politica etc desde que estejam relacionadas de alguma
forma com ci�ncia e tecnologia.

jo�o
http://www.nonio.com




SUBJECT: Re: [ciencialist] STR no Programa Livre novamente
FROM: "Bruno Marques" <brumarques@hotmail.com>
TO: ciencialist@egroups.com, fcb@egroups.com, despertar@egroups.com, pensamento@egroups.com, ateus-br@egroups.com
CC: Editores@strbrasil.com.br
DATE: 06/12/2000 00:34

N�o sei se falo por todos, mas pelo menos de minha parte gostaria de receber
tb uma c�pia das informa��es enviadas ao Leo sobre Nostradamus, porque � um
assunto sobre o qual os crentes muito falam, mas pouco se escuta uma voz
c�tica.
L�o,
Eu j� vi algo sobre o assunto no site da Skeptical Inquirer, vale dar uma
tentada por l�.

Abra�os,
Bruno


>From: "Sociedade da Terra Redonda" <strbrasil@hotmail.com>
>Reply-To: ciencialist@egroups.com
>To: fcb@egroups.com, ciencialist@egroups.com, despertar@egroups.com,
>pensamento@egroups.com, ateus-br@egroups.com
>CC: Editores@strbrasil.com.br
>Subject: [ciencialist] STR no Programa Livre novamente
>Date: Mon, 04 Dec 2000 21:44:49 -0200
>
>Caros amigos de lista,
>
> Recebi hoje um convite para participar amanh� (05/12) da grava��o do
>Programa Livre no SBT com o tema apocalipse, com �nfase nas previs�es de
>Nostradamus. Ser� nossa segunda participa��o representando o racionalismo
>c�tico na televis�o. A primeira participa��o foi de Daniel Sottomaior ,
>falando sobre destino (http://www.strbrasil.com.br/Str/destino.htm).
>
> Como o tempo � curto e eu n�o conhe�o muito a fundo as profecias (e
>erros) de Nostradamus, pe�o a quem tiver boas informa��es sobre o assunto,
>que por favor me envie. O formato do programa provavelmente ser� o mesmo
>quando o Daniel participou (bastante tempo pros enganadores e pouco para
>n�s
>c�ticos), portanto devemos aproveitar ao m�ximo. Pe�o que enviem as
>informa��es diretamente para o endere�o da STR em strbrasil@hotmail.com
>
> Desde j� agrade�o a colabora��o de todos. Irei publicar na p�gina
>principal da STR a data da exibi��o da grava��o assim que a produ��o do SBT
>me informar.
>
>Sinceramente,
> Leo Vines, Presidente
> Vines@strbrasil.com.br
> Sociedade da Terra Redonda
> http://www.strbrasil.com.br
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] call for news
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 06/12/2000 01:27

Prezado Jo�o Miranda,

N�o sei se voc� v� a TGBD como ci�ncia e se acha que ela poderia ser
difundida no site.

Em caso afirmativo os endere�os dela s�o:

http://br.egroups.com./group/tgbd

e

http://ppessoa.zaz.com.br/paginas/poafefarah2200.htm

Fique a vontade.

Um grande abra�o.

Claudio Abreu


----- Original Message -----
From: "Jo�o M�rio Miranda" <jmiranda@explicacoes.com>
To: "ajc" <ajciencia@egroups.com>
Sent: Tuesday, December 05, 2000 11:20 PM
Subject: [ciencialist] call for news

> O nonio.com � um site de not�cias de ci�ncia e tecnologia cujo
> objectivo � servir a comunidade cientifica de lingua portuguesa.
>
> Estou a fazer um "call for news"! Quem estiver interessado em
> divulgar os seus projectos, sejam eles associa��es, webpages,
> congressos, cursos de divulga��o, livros, teses ou outros est�
> convidado a submeter not�cias dos mesmos nesta p�gina do nonio:
>
> http://www.nonio.com/submit.php
>
> Para alem de not�cias sobre projectos de caracter cientifico s�o
> aceites not�cias sobre filosofia, direitos humanos, fic��o cientifica
> e fantastico, politica etc desde que estejam relacionadas de alguma
> forma com ci�ncia e tecnologia.
>
> jo�o
> http://www.nonio.com



SUBJECT: Fendas quanticas, fisica e outras coisas
FROM: "Manuel Bulcao" <msbn@daterranet.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 06/12/2000 02:06

> Alberto Mesquita Filho wrote: Alguém aqui se habilita a definir
física?

Tarcísio - Física é a ciência que estuda os fenômenos físicos.

Deus, ou seja, o Léo ou vice-versa :-)- Definição geral e ambígua?
Talvez. Mas talvez por isso mesmo que ela possa estudar quase todos
os aspectos do cotidiano que não estão aparentemente relacionados,
como por exemplo a economia. (...) Digamos que se saiba, no contexto,
o que é fenômeno físico: aquele que não altera a constuição e
propriedade da matéria envolvida no fenômeno (exemplo, o vidro de uma
garrafa de vidro que quebrou). Explique-me, por gentileza, na
economia, onde está a matéria envolvida no fenômeno, qual sua
constituição e propriedade antes e depois do fenômeno físico ocorrer.

Manuel - A física tem por objeto de estudo a energia (os campos de
força), a relação energia/matéria (matéria = partículas de spin-1/2
e/ou que possuem massa inercial), bem como as propriedades ou leis
fundamentais dos sistemas "materiais". A afirmação do Léo é correta.
De fato, pode-se explicar "todos" os fenômenos pela ótica da física,
e sem resvalar no que Steven Weinberg denominou de "reducionismo
ingênuo". Podemos, por exemplo, dizer que o fenômeno "liberdade"
(esse termo tão caro a todos os subjetivistas e irracionalistas que
hostilizam as ciências naturais) é uma propriedade dos sistemas
dinâmicos não-lineares dissipáveis e auto-referentes. Ou seja, um
fenômeno plenamente explicável pela termodinâmica do não-equilíbrio,
um ramo da física.

Mas a ciência da física explica os fenômenos por meio daquelas leis
mais "gerais". Ora, "geral" não é sinônimo de "essencial" (é preciso
um conhecimento rudimentar de filosofia para distinguir uma coisa da
outra). Existem, por exemplo, propriedades comuns, isto é, "gerais",
entre o homem e os macacos. Propriedades ainda mais "gerais" que os
homens compartilham com os demais mamíferos, e outras mais gerais
ainda em relação aos vertebrados, animais, etc. Ademais, neste
universo em que vivemos é possível que existam outras formas de vida
que, como os homens, comportam-se "livremente", ou seja, pode ser que
haja outras modalidades de "sistemas dinâmicos não-lineares
dissipáveis auto-referentes".

Mas nós, seres humanos, somos livres "ao nosso modo", e se somos
macacos, nem todo macaco é homem. Vale dizer, nós, a espécie Homo
sapiens sapiens, temos lá as nossas "idiossincrasias", propriedades
que não compartilhamos com mais ninguém, de modo que podemos
denominar o conjunto de tais propriedades de "essência" ou "natureza"
humana.

A matéria viva distingue-se "essencialmente" da matéria inanimada,
embora ambas sejam regidas pelas mesmas leis "gerais". Do mesmo modo,
há uma diferença "essencial" entre o fenômeno humano e o resto da
matéria viva. Por isso que nem toda "ciência" é física, ou melhor,
existem outras ciências para lá da física. Além da física existe a
química, a biologia, a sociobiologia ... e a sociologia (sociologia =
estudo da sociedade humana). Estou caindo no antropocentrismo? :-)

Alberto Mesquita: E a partir dessa definição discorrer alguma coisa
sobre a utilidade da matemática como tal e não algo a substituir os
objetos de estudo da física? Representar é uma coisa. Substituir é
ficção. A partir daí poderemos dizer quem está inovando.

Manuel: A matemática, para mim, é um grande mistério (talvez por não
conhecê-la a fundo). A matemática trata de regras -- ou leis -- ainda
mais gerais que as da física. A matemática é a ciência tanto do
"factual" quanto do "contrafactual". De acordo com a matemática, um
espaço-tempo plano é tão possível quanto um espaço-tempo hiperbólico
ou mesmo esférico. O problema é que a teia espácio-temporal na qual
estamos inseridos só pode ter uma, e somente uma, das três formas
citadas.

Talvez todo tipo de universo que não seja matematicamente impossível
exista paralelamente ao nosso. É uma idéia louca (talvez mais louca
que a idéia de Deus). Mas, sei lá!...

Abraços,
Manuel Bulcão




SUBJECT: Re: Re : Ateh mais Brudna
FROM: "Manuel Bulcao" <msbn@daterranet.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 06/12/2000 04:39

--- In ciencialist@egroups.com, Leonardo Stern <roxo@j...> wrote: As
discussões de memética, gemetica, Deus / capeta e que envolvam o
social (essas discussões que volta e meia alguem fala que não devem
ser discutidas na ciencialist) podem fazer parte de uma divisão da
Ciencialist. O restante das discussões ainda consegue se manter em
uma outra divisão.

Manuel: Meu caro colega Leonardo Stern: quem são esses que "volta e
meia" falam que assuntos tais como a memética ou os que envolvem o
"social" (por acaso, o social não é objeto de ciência?) não devem ser
discutidos na ciencialist? A minha opinião é que se trata de uma
turba de palermas que não sabem sequer o que é ciência. Eles se
revoltam, reclamam, ameaçam sair da lista, esperneiam... Uma coisa
que percebi: esses ruidosos "ultra-cientistas" geralmente colaboram
muito pouco. Quando intervêm, é para atacar pessoalmente o Jocax, o
Claudio, o Mesquita, o Manuel e outros cientistas "malucos". :-)
parecem até essas comadres que adoram falar "dos outros", uma vez que
são incapazes de formar uma frase inteligível quando o assunto é uma
idéia, um pensamento mais abstrato.

Leonardo Stern: Com a experiencia que tenho, recomendaria ainda que a
transição seja feita da seguinte forma: uma outra lista é criada e
todos os inscritos seriam inscritos na nova lista (automaticamente
pelo LRB), essa nova lista recebe uma descrição mais propria e é
adicionada no diretório do egroups em local apropriado.
Adicionalmente em cada uma das listas o rodapé informará que os
assinantes que não desejarem participar dessa ou daquela divisão
podem sair fazendo ... (bla bla bla)

Manuel: Não gostei da sua maneira "céptica" de separar o joio do
trigo. O trigo é sub-repticiamente abandonado no porão do egroups,
aonde criará bolor e será destruído pelos vírus, enquanto o joio --
os oligofrênicos diplomados -- apossam-se da autêntica Ciencialist,
doravante rigidamente "moderada", no estilo do FCB. Acho a proposta
inicial do Brudna muito mais saudável: moderar a lista, sim, não
permitir que mensagens vazias sejam postadas. Mas que as regras de
postagem fiquem bem claras, e que nenhum assunto polêmico seja
burocraticamente encerrado. (Nada de "casos encerrados"!)

Abraços,
Manuel Bulcão






SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Lista temporariamente moderada (administrador)
FROM: Flavio Mendonça <fefemendonca@uol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 06/12/2000 08:38

Paz e Luz Luis Roberto,

Liberdade é decidir o que se deve ou não ler.

Posso ler 100, 300 ou 1000. Posso também deleta-los, e também posso ler aqueles mais interessantes e
deixar os outros em stand by.

Existe algum inconveniente em se ter muitos emails para a adm da lista ?

[(())]'s

Flávio Mendonça

"Luis Roberto Brudna [RS]" gravada:

>
> Voce pode conseguir ler 100 mails em um dia. Mas muita gente NAO
> vai conseguir e consequentemente vai perder o interesse pela lista.
> Lembre essa lista nao eh somente sua, mas de todos.



SUBJECT: Re: [ciencialist] deoliveira e demais
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 06/12/2000 11:03


Luiz Ferraz Netto wrote:
> b) Quem não quer pensar sobre os 'nós', pode encontrar soluções simples, maravilhosas e imediatas; basta acreditar em poderes divinos e místicos; para tais há compêndios recheados de estórias fantásticas, entre os quais, a bíblia (o livro mais vendido do mundo --- um comércio sempre florescente).

Tarcísio lembra que:
Sinto muito mas já faz décadas que o livro mais vendido do mundo é o
Reader's Digest, que em português é conhecido como Seleções.

Devo acreditar em vc, mesmo porque, nessa última década não tenha comprado nenhum dos dois!
Mas, isso não é um sinal evidente de queda de procura pela bíblia? Ou Seleções será, no futuro, a nova bíblia da humanidade? Mas, mesmo assim gostaria de ser o representante oficial para as vendas de bíblias no mundo (apenas com 2% de lucro líquido!); com certeza nos próximos 5 anos teremos 'nova versão, revista e ampliada, com novas fotos verídicas e provas científicas irrefutáveis'. Estou 'louco' para ver a nova versão Sansão x Dalila em sexo explícito com suas novas aplicações para a queixada de burro(?):-)

[]'
'Léo' ... com autorização de deus!




SUBJECT: Re: [ciencialist] call for news
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 06/12/2000 12:20

João (do nônio) simpaticamente apresenta:

>O nonio.com é um site de notícias de ciência e tecnologia cujo
objectivo é servir a comunidade cientifica de lingua portuguesa.

Estou a fazer um "call for news"! Quem estiver interessado em
divulgar os seus projectos, sejam eles associações, webpages,
congressos, cursos de divulgação, livros, teses ou outros está
convidado a submeter notícias dos mesmos nesta página do nonio:
http://www.nonio.com/submit.php<

Caro João,
apreciaria 'nessas maUtraçadas linhas' de discorrer sobre o www.feiradeciencias.com.br , mas, o tempo, o espaço disponível nesse e.mail, a modéstia, a leitura pelos demais colegas, a inibição e o tremer dos dedos impedem-me de falar sobre esse site. (parem de rir e continuem a leitura). Entretanto, para não dizer que não falei das rosas, acredito que as 10 horas mínimas/diárias que dispenso a ele, merecem uma vistoria por parte de sua equipe ("convidado a submeter notícias dos mesmos"). Não desanimem, são apenas 23 Salas de Exposições com cerca de 1 000 temas! Hoje ou amanhã a Sala 15 - Eletrônica - ganha um (quase que ia escrever 'soberbo', mas contive-me a tempo) Curso de Eletrônica à la léo.
Se aprovado, agradeço a inclusão.

[ ]'
Léo
leo@barretos.com.br
leo@esquinas.com.br
www.feiradeciencias.com.br
icq #: 31028111
NetMet-áudio e vídeo on-line





SUBJECT: Re: [ciencialist] Fendas quanticas, fisica e outras coisas
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 06/12/2000 13:14

Manuel -
>A física tem por objeto de estudo a energia (os campos de
força), a relação energia/matéria (matéria = partículas de spin-1/2
e/ou que possuem massa inercial), bem como as propriedades ou leis
fundamentais dos sistemas "materiais". A afirmação do Léo é correta.
De fato, pode-se explicar "todos" os fenômenos pela ótica da física, ...<

Já são dois que concordam comigo; vc e deus :^).

Manuel -
>Mas a ciência da física explica os fenômenos por meio daquelas leis
mais "gerais". Ora, "geral" não é sinônimo de "essencial" (é preciso
um conhecimento rudimentar de filosofia para distinguir uma coisa da
outra).<

Minha 'filosofia', como todos sabem, é bem rudimentar e, ainda assim, vejo certa ambiguidade no emprego da palavra 'essencial' no contexto. Está posta como 'mais importante; os fundamentais'? como 'essência das coisas, sua natureza e substância'?


Manuel -
>Por isso que nem toda "ciência" é física, ou melhor,
existem outras ciências para lá da física. Além da física existe a
química, a biologia, a sociobiologia ... e a sociologia (sociologia =
estudo da sociedade humana.>

Que entende por 'para lá da física' e 'além da física'? Significa que esses outros segmentos do conhecimento humano seguem 'religiosamente' as orientações da física (postulados, teorias e tecnologias) mas tropeçam no método científico? Um médico psicanalista ao atender um paciente com 'ansiedade' usa o método científico ou tenta colocar o paciente dentro de algum 'quadro estabelecido empiricamente' e, ao final, acaba receitando algo recomendado pelo Frontal Alprazolam?


Alberto Mesquita (sob referência) -
>E a partir dessa definição discorrer alguma coisa
sobre a utilidade da matemática como tal e não algo a substituir os
objetos de estudo da física? Representar é uma coisa. Substituir é
ficção. A partir daí poderemos dizer quem está inovando.<

Manuel:
>A matemática, para mim, é um grande mistério (talvez por não
conhecê-la a fundo). A matemática trata de regras -- ou leis -- ainda
mais gerais que as da física. A matemática é a ciência tanto do
"factual" quanto do "contrafactual". De acordo com a matemática, um
espaço-tempo plano é tão possível quanto um espaço-tempo hiperbólico
ou mesmo esférico. O problema é que a teia espácio-temporal na qual
estamos inseridos só pode ter uma, e somente uma, das três formas
citadas.<

No Ciencialist está faltando um Matemático, com M. E, lembro aqui, os amigos Angelo Barone Neto, Waldir Oliva, Paulo Bolus, Mauro de Oliveira Cesar que nas 'rodadas' noturnas discutiam 'matemática' (o grupo Burbaki, por vezes, era o prato do dia).
Vcs não têm idéia do que é a matemática para os matemáticos! Nada, absolutamente nada tem a ver com a física, a ciência e muito menos a Natureza. É absolutamente desconexo com isso tudo, é outro mundo! Nenhum matemático sério vai teorizar em cima de um espaço-tempo plano ou outra tranqueira física do gênero; ele faz estruturas lastradas em bases matemáticas já demonstradas e novas incursões obedecendo à estrutura algébrica onde tais demonstrações são válidas. Jamais, jamais, jamais associam aquilo sobre o qual estão trabalhando com qualquer aplicação física que possa ter ou vir a ter!!!!
Que falta faz um matemático aqui!

[]'
Léo

Em tempo: Vamos parar com essas 'ataxias' sobre a moderação dessa lista. A cada 5 meses, na calmaria, é salutar uma boa briga ideológica ... mas. já passou! Parem de procurar 'vírgulas' fora do lugar nas mensagens do LRB; nós o conhecemos, mais que suficiente, para reconhecer o honesto propósito de melhorar cada vez mais a ciencialist. A parte 'cruel' das mensagens, a meu ver, é a negligência aos cuidados mínimos. Vejam essa mensagem que aqui postei; minha tradicional modéstia impede-me de solicitar a todos que a usem como modelo: sequencia límpíssima, nome do interlocutor, texto mínimo e fundamental, resposta, cortar pé-de-página etc.
E, por gentileza, não procurem 'vírgulas' fora do lugar nesse meu texto final :-)







SUBJECT: Evolução da consciência
FROM: Flavio Mendonça <fefemendonca@uol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 06/12/2000 14:29

Paz e Luz João Carlos,

Permita-me mudar o título do debate, pois nada mais tem haver com o original.

Joao Carlos Holland de Barcellos gravada:


> > Como são os internos ?
>
> Internos : Fome, um pensamento ou recordacao excitante ou
> amedrontadora.
>
> >
> > Qual a origem destes impulsos codificados ?
>
> A origem eh a mutacao genetica.
> Os impulsos sao uma reacao do organismo aos impulsos.
> Tais impulsos sao codificados via genes
>

Mas suas origens encontra-se onde, vieram do nada ?

>
> >
> > Aí está a diferença. Um robô tem que ser previamente programado. Ele
> > não se cria, apenas repete funções
> > programadas. Processa dados a partir de uma programação. É diferente
> > de tomar decisões sem programação
> > alguma.
>
> Nao, eh a mesma coisa.
> Nos tambem fomos previamente programados pelos genes.
> Os memes fazem o papel de "peso da roupa" na maq q pode alterar um pouco
> a prog basica.

Esses memes já existiam antes da consciência ? Se não, como poderiam influenciar ? Se sim, qual a sua
origem ? E como originou-se esta programação básica ? Veja que vc fala que o genes criou, mas quem ou que
criou o genes ? Insisto nisso, pois gostaria de saber, baseado neste conceito o que deu origem ao
processo.

>
> Nos temos uma programacao e nao sabemos qual sera nossa escolha
> a maq de lava roupas tbem nao sabe qual vai ser sua escolha.

Mas escolheremos cedo ou tarde, no momento que a consciência estiver integral. Mas a máquina não. Será,
desde que se mantenha assim, eternamente máquina.

>
> > Bom, não é desta forma que concebo o termo criar. Criar para mim é
> > agir com liberdade, sem programação.
>
> Mas nos tambem fomos programados, onde esta a liberdade ?

Vc diz isso. Não é o mesmo que digo. No meu modo de ver fomos criados simples e ignorantes, e através da
experimentação, fomos adquirindo atributos nas várias oportunidades reencarnatórias. Qdo digo fomos
criados, é uma forma simbólica de falarmos de uma origem a qual não podemos determinar. Falta-nos esse
elo, que creio não podermos saber, pois só sabemos a partir da origem das nossas consciências. Só tomamos
consciência a partir dela mesma, antes não tínhamos como saber, pois que não a possuíamos ainda.

>
> A propria escolha dos memes que seguimos eh uma programacao.
> Eh como um braco mecanico q aperta o botao de 10kg qdo a roupa pesa
> 10kg.

Acontece que mudamos sempre os nossos destinos. A história está aí para provar. Enquanto a máquina, não.
Entendo onde quer chegar, mudemos, então o objeto de exemplo e falemos em um mineral. Uma pedra. Ela
permaneci pedra, porém, ao passar dos tempos, irá transformando-se. Nela há um princípio que a faz se
transformar. Que nome daremos a esse princípio ? Como se chama este gatilho que deu impulso a sua
transformação ?

>
> >
> > Certamente. Mas só isso:-) Ela, após, programada não finca o pé e diz:
> > Não trabalho mais hj, pois, meu
> > filho vai jogar bola, e irei torcer por ele.
>
> Mas sua decisao de nao trabaljhar tambem esta programada pelo conjunto
> de memes
> q vc foi levado a ativar.

Diga-me, esse memes é inteligente ? Quem é que ativa esse memes, quem determina essa "vontade" ?

>
>
> Se vc puser muita roupa na maq ela tbem poderia escolher nao trabalhar.
>

Mas ai estarei eu mudando a programação, enquanto que no outro exemplo, a decisão foi minha. Ninguém mudou
a programação. Houve uma "vontade" intrínseca ao processo.

>
> >
> > É só a isso que vc resume o homem ? De toda forma, quem o programou,
> > Deus ou o caos ?
>
> Como Deus nao existe , entao foi o caos.
>

Veja que aqui podemos inverter as coisas. Como o caos não existe, então foi Deus.
Ora a que isso nos levará ? Por isso proponho deixar de lado esses sistemas, e procurar as coisas que nos
toca mais de perto. Admitir Deus, criador ou qualquer coisa que o valha é tão impossível qto qualquer
negação. Ambas necessitam de fundamentos, os quais a nossa razão não percebe. Na minha forma de ver, isso
se dá pq nossa consciência ainda não é integral. Vivemos uma realidade relativista.

>
> > Esta sociedade é moral ? Como se fez o código moral, desta sociedade ?
>
> O q vc entende por uma sociedade moral?

Aquela que se esforça pelo beneficio de todos. Porém, nossa forma de entender o benefício é que são elas.
Historicamente vemos surgirem no mundo sentimentos mais elevados, mais sublimes, enquanto os sentimentos
mais baixos continuam os mesmos. O que propõe haver um progresso no primeiro. Daí se conclui que havendo
um progresso no sentimento humano, um dia ele será dominante, e fará disso aqui, um mundo mais moralizado.
É essa moral que nós enquanto humanos, necessitamos afim de progredirmos à vôos mais altos da consciência.

>
>
> []s
> jocax

[(())]'s

Flávio Mendonça



SUBJECT: Re: [ciencialist] paradigmas da mente
FROM: Flavio Mendonça <fefemendonca@uol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 06/12/2000 14:32

Paz e Luz João Carlos,

Joao Carlos Holland de Barcellos gravada:

> >
> > Creio que neste caso, atribuíamos apenas ao genes a capacidade de
> > evoluir. Porém, apesar do genes ser
> > primordial no processo, há de existir mais alguma coisa que o programe
> > e também o faça modificar-se, uma
> > vez haver mudanças nas perspectivas durante esse progresso, haja vista
> > o homem em dado instante
> > bifurcar-se e deixar de ser primata para transforma-se em hominídeo.
>
> Sim ha, a capacidade conferida pelos genes ao homem de processar
> memes. Entao, neste sentido, ele podera tambem evoluir seus memes.
>

Pois é. Note que estamos andando em círculos. Vc diz que algo confere, eu o chamo de PI, princípio
inteligente na sua fase primária. Hj, na atual condição consciencial, chamo de espírito.

>
> >
> > Diga-me quem faria essa programação ? Digo, quem manipularia o genes ?
> > Que lei ?
>
> O acaso e selecao : As mutacoes ocorrem ao acaso e sao selecionadas
> etc... Vc ja leu algo sobre a teor. evolutiva?
>

Alguma coisa, mas parece-me que aí falta o elo perdido. No meu modo de ver, esse elo é o PI.

>
> >
> > É pelo menos os que dizem todos os profissionais da área. O homem tem
> > consciência de sua existência, da
> > existência dos outros, e até ensaiam transcendências conscienciais. Já
> > ouviu falar do instituto de
> > projeciologia e conscienciologia ? E antes que digam algo a respeito,
> > procurem ver se o fenômeno procede
> > ou não. Pelo visto, neste meio virtual, percebo um cheiro de falta de
> > espírito investigativo. Digo sem
> > intenção de ofensa, mas de uma provocação, pois, ser científico é
> > buscar nos fenômenos uma justificativa,
> > e não simplesmente negá-lo.
>
> Mas acredito q ja temos justificativas o bastante, o q vc acha q ainda
> nao
> esta justificado?
>

Já tem o bastante ? Poxa qta presunção, em ? Quem foi o nobel nesta ocasião ? Quem determinou a origem do
universo ? Para que serve esta lista, não estaríamos perdendo tempo, uma vez já termos todas as respostas
?

>
> >
> > Imagine uma cebola. Cada casca representa uma conquista consciencial.
> > Ora, na perda das camadas mais
> > superficiais estaria a mudança de hábito. No caso uma pessoa
> > REALMENTE altruísta, seria aquela que perdeu
> > a camada mais externa, agindo, agora, com base na camada mais interna.
> > É o que chamamos consciência
> > superior.
>
> Nao se perde toda camada instintiva da noite para o dia , estas
> pessoas nao existem. Elas devem abafar as camadas mais primitivas.
>

Ahammmm )))) Aí está o elo. A consciência não poderia realmente evoluir a estágios transcendentes apenas
de uma noite para o dia, pois que lhe faltaria a experiência, a experimentação das coisas. É nesta hora
que entra a ciência Espírita, explicando através da pluralidade das existências como se dá o processo de
conscientização. Sei que muitos aqui irão tremer ao ler isto. Mas garanto-lhe que ela obedece aos
princípios científicos. Contém, método próprio, experimentos, teoria formulada, e avanço dessas teorias.
Mas ai entra outra questão que não vale a pena recomeçar. Trata-se de definirmos o que é e o que não é
ciência.

[(())]'s

Flávio Mendonça



SUBJECT: Evolução da consciência
FROM: Flavio Mendonça <fefemendonca@uol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 06/12/2000 14:32

Paz e Luz João Carlos,

Permita-me mudar o título do debate, pois nada mais tem haver com o original.

Joao Carlos Holland de Barcellos gravada:


> > Como são os internos ?
>
> Internos : Fome, um pensamento ou recordacao excitante ou
> amedrontadora.
>
> >
> > Qual a origem destes impulsos codificados ?
>
> A origem eh a mutacao genetica.
> Os impulsos sao uma reacao do organismo aos impulsos.
> Tais impulsos sao codificados via genes
>

Mas suas origens encontra-se onde, vieram do nada ?

>
> >
> > Aí está a diferença. Um robô tem que ser previamente programado. Ele
> > não se cria, apenas repete funções
> > programadas. Processa dados a partir de uma programação. É diferente
> > de tomar decisões sem programação
> > alguma.
>
> Nao, eh a mesma coisa.
> Nos tambem fomos previamente programados pelos genes.
> Os memes fazem o papel de "peso da roupa" na maq q pode alterar um pouco
> a prog basica.

Esses memes já existiam antes da consciência ? Se não, como poderiam influenciar ? Se sim, qual a sua
origem ? E como originou-se esta programação básica ? Veja que vc fala que o genes criou, mas quem ou que
criou o genes ? Insisto nisso, pois gostaria de saber, baseado neste conceito o que deu origem ao
processo.

>
> Nos temos uma programacao e nao sabemos qual sera nossa escolha
> a maq de lava roupas tbem nao sabe qual vai ser sua escolha.

Mas escolheremos cedo ou tarde, no momento que a consciência estiver integral. Mas a máquina não. Será,
desde que se mantenha assim, eternamente máquina.

>
> > Bom, não é desta forma que concebo o termo criar. Criar para mim é
> > agir com liberdade, sem programação.
>
> Mas nos tambem fomos programados, onde esta a liberdade ?

Vc diz isso. Não é o mesmo que digo. No meu modo de ver fomos criados simples e ignorantes, e através da
experimentação, fomos adquirindo atributos nas várias oportunidades reencarnatórias. Qdo digo fomos
criados, é uma forma simbólica de falarmos de uma origem a qual não podemos determinar. Falta-nos esse
elo, que creio não podermos saber, pois só sabemos a partir da origem das nossas consciências. Só tomamos
consciência a partir dela mesma, antes não tínhamos como saber, pois que não a possuíamos ainda.

>
> A propria escolha dos memes que seguimos eh uma programacao.
> Eh como um braco mecanico q aperta o botao de 10kg qdo a roupa pesa
> 10kg.

Acontece que mudamos sempre os nossos destinos. A história está aí para provar. Enquanto a máquina, não.
Entendo onde quer chegar, mudemos, então o objeto de exemplo e falemos em um mineral. Uma pedra. Ela
permaneci pedra, porém, ao passar dos tempos, irá transformando-se. Nela há um princípio que a faz se
transformar. Que nome daremos a esse princípio ? Como se chama este gatilho que deu impulso a sua
transformação ?

>
> >
> > Certamente. Mas só isso:-) Ela, após, programada não finca o pé e diz:
> > Não trabalho mais hj, pois, meu
> > filho vai jogar bola, e irei torcer por ele.
>
> Mas sua decisao de nao trabaljhar tambem esta programada pelo conjunto
> de memes
> q vc foi levado a ativar.

Diga-me, esse memes é inteligente ? Quem é que ativa esse memes, quem determina essa "vontade" ?

>
>
> Se vc puser muita roupa na maq ela tbem poderia escolher nao trabalhar.
>

Mas ai estarei eu mudando a programação, enquanto que no outro exemplo, a decisão foi minha. Ninguém mudou
a programação. Houve uma "vontade" intrínseca ao processo.

>
> >
> > É só a isso que vc resume o homem ? De toda forma, quem o programou,
> > Deus ou o caos ?
>
> Como Deus nao existe , entao foi o caos.
>

Veja que aqui podemos inverter as coisas. Como o caos não existe, então foi Deus.
Ora a que isso nos levará ? Por isso proponho deixar de lado esses sistemas, e procurar as coisas que nos
toca mais de perto. Admitir Deus, criador ou qualquer coisa que o valha é tão impossível qto qualquer
negação. Ambas necessitam de fundamentos, os quais a nossa razão não percebe. Na minha forma de ver, isso
se dá pq nossa consciência ainda não é integral. Vivemos uma realidade relativista.

>
> > Esta sociedade é moral ? Como se fez o código moral, desta sociedade ?
>
> O q vc entende por uma sociedade moral?

Aquela que se esforça pelo beneficio de todos. Porém, nossa forma de entender o benefício é que são elas.
Historicamente vemos surgirem no mundo sentimentos mais elevados, mais sublimes, enquanto os sentimentos
mais baixos continuam os mesmos. O que propõe haver um progresso no primeiro. Daí se conclui que havendo
um progresso no sentimento humano, um dia ele será dominante, e fará disso aqui, um mundo mais moralizado.
É essa moral que nós enquanto humanos, necessitamos afim de progredirmos à vôos mais altos da consciência.

>
>
> []s
> jocax

[(())]'s

Flávio Mendonça



SUBJECT: Entre mortos e feridos escaparam todos
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 06/12/2000 16:32

Já está no ar, no quase imperdível Espaço Científico Cultural, o que sobrou
da mais recente guerra travada na Ciencialist sob o título: Debates Física
Clássica vs Moderna. Entre mortos e feridos consegui reunir 162 mensagens
(incluindo a última do Léo, enviada hoje) em mapas de threads que só mesmo o
quase maravilhoso Site consegue proporcionar. Para efeito de clareza a
guerra foi subdividida em cinco batalhas principais:

1) Contendores se apresentando
2) Apresentando uma nova teoria
3) Relatividade
4) O empuxo de Newton que, por sinal, é do Léo
5) A realidade quântica.

Tudo isso e muito mais você pode desfrutar clicando em:
http://sites.uol.com.br/albmesq/Dialogos/dialogos.htm

Não deixe de conhecer o quase magnânimo e quase estupendo Espaço Científico
Cultural. Um local onde os saudosistas poderão aprender as teorias físicas
obsoletas que vingaram no século XX. E onde, neste final de milênio, você
poderá admirar as teorias físicas que irão vingar no terceiro milênio.

[ ]'s
Alberto
http://sites.uol.com.br/albmesq/
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: En: for�a de atrito
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "Ciencia_Lista" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 06/12/2000 17:45

Help!
Poderiam me ajudar a deslindar isso?
Depois de responder 23 mensagens de visitantes do imperdível, perdi o fôlego.
[]'
Léo
------------
-----Mensagem Original-----
De: Supermercado Morais
Para: leo@barretos.com.br
Cc: Supermercado Morais
Enviada em: quarta-feira, 6 de dezembro de 2000 16:34
Assunto: força de atrito


Estou precisando de um explicação, gostaría de saber se você pode nos ajudar, estou fazendo um trabalho de física sobre um bloco de madeira inclinado, em que um esfera desse em velocidade constante V0.um pessoa joga a esfera p/cima e ela para. por favor voce poderia me explicar por que ela vai para lá em cima se a madeira está inclinada. pode me ajudar, responda-me estou precisando urgente. obrigada
Beatriz



SUBJECT: Re: Ao Takata
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
CC: ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 06/12/2000 17:48

> Estou sentindo a tua ausencia...

Ih, sai pra lah bofe... eu hein... re re...

> Temo que, devido ao nosso ultimo "quebra-pau", vc tenha ficado magoado
> comigo.

Se nem dor de corno tem me magoado, vai ser uma discussaozinha
incosequente q. vai me deixar cabrero? Sai dessa, rapaz.

> Acho que talvez voce seja mais sensivel do que eu possa ter percebido...

Soh falta vc dizer com todas as palavras: 'Vc eh um veado!' Sensivel, vc
pode imaginar quem eu chamaria de sensivel -- com todo o respeito a sua
dignissima genitora. (Como esse paragrafo pode ser mal interpretado,
leia-o com um tom jocoso, daqueles com os quais folgamos com os outros...
nao ha' nenhuma referencia real a sua mae.)

> Vc sabe q estas "brigas" sao as vezes inevitaveis : somos humanos.

Eu sou... vc eh? Nao seria uma daquelas 'artes' perpetradas por alunos
desocupados de Ciencias da Computacao em q. criam um programa simulador de
personalidade q. passasse pelo teste de Turing? To bit or not to bit, that
is the [real] question!

> Se eu fui muito cruel com voce eu gostaria que voce me desculpasse.

Cruel eh vc espetar palitos de dentes sob as unhas de uma gravida, esposa
de um revolucionario socialista, e deporta'-la para a Italia fascista.

> Precisamos de vc na lista ! (Principalmente eu).

Nao precisam, nao. E eu continuo na lista. Apenas estou ocupado demais.

> Preciso de sua *oposicao* e palpites inteligentes
> pois soh assim poderemos nos aperfeicoar.

'Oposicao' vc jah tem de sobra na lista. Mas nao se preocupe q. logo, logo
vc arranja outro escada.

Provavelmente a partir da semana q. vem eu volte a palpitar.

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] paradigmas da mente
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 06/12/2000 19:15

Flavio Mendonça wrote:
> >
> > >
> > > Diga-me quem faria essa programação ? Digo, quem manipularia o
> genes ?
> > > Que lei ?

Acho q vc ainda esta meio cru na teoria , aqui vai um texto q talvez
te ajude a entender....

DO "Gene Egoista" De Richard Dawkins

Prefácio , Pag 17 :

"Este livro deveria ser lido quase como se fosse
ficcao cientifica. Ele destina-se a agradar a imaginacao. Mas nao e'
ficcao cientifica : É CIÊNCIA. Seja ou nao um lugar comum,
"mais estranho do que ficcao" exprime exatamente como me sinto com
relacao aa verdade. Somos máquinas de de sobrevivencia - veiculos
robo PROGRAMADOS CEGAMENTE PARA PRESERVAR as moleculas egoistas
conhecidas como GENES. Esta eh uma verdade que ainda me enche de
surpresa.
Embora a conheça a anos, parece que nunca me acostumo completamente com
ela."

Capitulo 1 ('Por que sao as pessoas?' ), Pag 21:
"A vida inteligente em um planeta torna-se amadurecida quando pela
primeira vez compreende a razao de sua propria existencia.Se criaturas
superiores provindas do espaço algum dia visitarem a terra, a primeira
pergunta que farão, a fim de avaliar o nível de nossa civilizacao será :
'Eles ja descobriram a evolucao?'.... Darwin nos tornou possivel dar
uma resposta sensata à crianca curiosa cuja pergunta serve de titulo
a este capitulo. Nao mais teremos de recorrer aa supersticao quando
defrontados com problemas profundos : ha um sentido para a vida?
Para que existimos? O que eh o homem? Depois de formular a ultima destas
questoes, o eminente zoologo G.G.Simpson assim se expressa :'O que
quero esclarecer agora eh que todas as tentativas de responder
esta pergunta antes de 1859 sao inuteis e que sera melhor para nos
ignora-las completamente'. Hoje a teoria da evolucao está tao
sujeita aa duvida aa duvida quanto a teoria de que a terra gira ao
redor do sol, mas as IMPLICAÇÕES plenas da revolucao de Darwin
AINDA ESTÃO PARA SEREM AMPLAMENTE COMPREENDIDAS. A zoologia ainda é
uma materia minoritaria na universidades e ateh mesmo aqueles q a
escolhem frequentemente tomam esta decisao sem perceber seu significado
filosofico profundo. A filosofia e as materias conhecidas como
Humanidades
ainda sao ensinadas como se Darwin nunca houvesse existido...."

Cap 2 Pg 40 :
Fala sobre a origem da vida algo que comecou com o que Dawlkins
chamou de 'replicadores' ( moleculas q conseguiam se replicar ):

".... Houve luta pela sobrevivencia entre as variedades de replicador.
Elas nao sabiam q estavam lutando nem se preocupavam com isto.
A luta foi conduzida sem quaisquer mal sentimentos, de fato, sem
sentimentos de quaisquer especie. Mas elas estavam lutando , no sentido
de que qualquer copia erronea que resultasse em um novo nivel de
estabilidade mais alto ou uma nova maneira de reduzir a estabilidade
dos rivais era automaticamente preservada e multiplicada.
O processo de melhoramento era cumulativo.As maneiras de aumentar
a estabilidade e diminuir aa dos rivais tornaram-se mais elaboradas
e mais eficientes.....Os replicadores começaram nao apenas a existir,
mas a costruir envoltórios para si, veícuos para sua existencia
ininterrupta. Os replicadores que sobreviveram foram aqueles que
construiram maquinas de sobrevivencia para aí morarem. As primeiras
maquinas de sobrevivencia consistiram em nada mais do que um
revestimento
protetor.....Haveria um fim para o melhoramento gradual das tecnicas e
artificios utilizados pelos replicadores para garantir sua propria
permanencia no mundo? Que maquinas estranhas de auto-sobrevivencia
os milenios produziram ? Quatro bilhoes de anos mais tarde, qual
seria o destino dos antigos replicadores? Eles nao morreram pois
sao antigos mestres das artes de sobrevivência. Mas nao os procure
flutuando livremente no mar. Eles abandonaram esta liberdade nobre
ha muito tempo. Agora eles apinham-se em colonias imensas, em seguranca
dentro de robos desajeitados gigantescos, murados do mundo exterior,
comunicando-se com ele por meio de vias indiretas e tortuosas,
manipulando-o por controle remoto. Eles estao em mim e em você.
ELES NOS CRIARAM CORPO E MENTE. E SUA PRESERVAÇÃO EH A RAZÃO ULTIMA
DE NOSSA EXISTENCIA. Transformaram-se muito, esses replicadores.
AGORA ELES RECEBEM O NOME DE GENES E NÓS SOMOS SUAS
MÁQUINAS DE SOBREVIVÊNCIA.".


[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] deoliveira e demais
FROM: "Dr. Zerdax" <zerdax@bigfoot.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 06/12/2000 20:32

------Original Message------
From: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
To: ciencialist@egroups.com
Sent: December 5, 2000 4:00:27 PM GMT
Subject: Re: [ciencialist] deoliveira e demais


Luiz Ferraz Netto wrote:
> b) Quem n�o quer pensar sobre os 'n�s', pode encontrar solu��es
simples, maravilhosas e imediatas; basta acreditar em poderes divinos
e m�sticos; para tais h� comp�ndios recheados de est�rias fant�sticas,
entre os quais, a b�blia (o livro mais vendido do mundo --- um
com�rcio sempre florescente).

Tarcisio Borges wrote:
>Sinto muito mas j� faz d�cadas que o livro mais vendido do mundo � o
Reader's Digest, que em portugu�s � conhecido como Sele��es.

Na verdade toda publica��o peri�dica � uma revista, e se n�o me engano
o Reader's Digest � uma publica��o mensal, logo n�o � o livro mais
vendido do mundo... Talvez seja a revista mais vendida do mundo :-))


______________________________________________
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar??
FROM: "Marcelo Barbosa" <embs@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 06/12/2000 22:33

>Qto a pré-existência do universo, nada podemos falar, ainda é para
todos nós um dogma a ser desvendado.

Dogma a ser desvendado??? Dogmas não são desvendados, são criados ou
"revelados" por algum ser divino.

E se nada podemos falar da pré-existência do universo, como dizer que
foi Deus que o criou? Isso por si só já pressupõe que o universo não
existia antes.


>Particularmente creio em uma causa primária para todos os efeitos,
porém, como tudo neste mundo de
>consciência relativa, trata-se apenas de minha percepção da
realidade.

Sim, é a nossa percepção comum, o que não quer dizer que seja a
realidade.



>> Quem originou deus?
>
>Dentro desta minha perspectiva, Deus não foi originado, ele existe na
eternidade. Ele é o absoluto, causa
>inicial de todos os efeitos.

Por que o próprio universo não pode "existir na eternidade"? Ser
absoluto? Por que deus pode? Só porque muita gente crê que isso seja
verdade, não significa que seja. A realidade é uma só. Dizer que há um
deus eterno que originou tudo é bastante cômodo. Poderia-se pensar que
são 21 deuses, eternos, que criaram tudo. E daí?


>A moral é uma tentativa humana de atingir uma harmonia com o Cosmo. É
criação humana e não divina. Um ser
>após atingir uma condição integral, já não mais necessitaria da
moral, pois já seria harmônico com o
>Cosmo.

O que é uma condição integral? O que é estar em harmonia com o Cosmo?
Por favor, não use expressões vazias de sentido, que dão margem aos
leitores a interpretarem como quiserem.



>> Se podemos aceitar
>> respostas do tipo "deus criou a si mesmo", qual seria a dificuldade
de
>> aceitarmos "o universo se criou a si mesmo", ou "o universo sempre
>> existiu"?
>
>Nenhuma, trata-se de um dogma e como tal qualquer um responde essas
questões.

E justamente o dogma é o que a ciência luta para extinguir. Não basta
explicar as coisas através de dogmas e achar que está tudo bem. Como
disse, a realidade é só uma. Eu poderia acreditar em um dogma que
dissesse que o universo é eterno, sem haver a necessidade de deus; que
fizesse o universo ser a única exceção à regra de causalidade, assim
sem mais nem menos. E nós não chegaríamos a lugar nenhum! Você
acreditando no dogma deus (causa última) e eu no dogma universo (sem
precisar de causa).

Você pagaria cem mil reais por meu fusca se eu dissesse que esse preço
é um dogma relevado a mim por deus? Vendo já! Não? Por que não? Por
que vc não pode crer em mim quando falo em dogmas e crê nos fundadores
das religiões?





SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar??
FROM: "Marcelo Barbosa" <embs@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 06/12/2000 22:46

>Bela tentativa ! Mas criar determina que houve desejo de Deus ?
Tentamos de toda forma entender Deus, mas
>não nos é possível ainda. Falta-nos propriedade, assim como falta a
uma ameba entender o raciocínio
>humano.

Deixa eu ver se entendi a analogia:

1) Ameba não compreende humano
Mas...
2) Humanos existem
Então...
3) Humano não compreende deus
Logo...
4) Deuses existem (???)

Sinto, mas não tem lógica...


>Colocamos em Deus propriedade nossas para efeito de analogia, porém,
não passa de tentativas
>quiméricas. A melhor coisa a se fazer nesta questão de Deus, é
deixa-lo de lado e nos atermos as nossas
>necessidades mais prementes de evolução.

Pois é, nós ateus deixamos deus tão de lado que nem mesmo achamos que
seja necessária sua existência...






SUBJECT: Separacao dos assuntos (Re : Ateh mais Brudna)
FROM: Leonardo Stern <roxo@jedi.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 06/12/2000 22:50

Manuel: Meu caro colega Leonardo Stern: quem são esses que "volta e
meia" falam que assuntos tais como a memética ou os que envolvem o
"social" (por acaso, o social não é objeto de ciência?) não devem ser
discutidos na ciencialist?

LS : O social é uma ciência, pode não ser tão exata como a Física ou Química
por suas variaveis serem menos conhecidas e mais numerosas. Entretanto
devemos observar os possíveis benefícios do alvo de estudo e a seriedade com
que vem sendo tratado certo campo de pesquisa antes de contestarmos a
validade do mesmo.

O estudo da sociedade e do pensamento humano tem grande potencial para
contribuir com o desenvolvimento da humanidade contanto que ganhe mais espaço
e atenção da sociedade.

MB : A minha opinião é que se trata de uma
turba de palermas que não sabem sequer o que é ciência. Eles se
revoltam, reclamam, ameaçam sair da lista, esperneiam... Uma coisa
que percebi: esses ruidosos "ultra-cientistas" geralmente colaboram
muito pouco. Quando intervêm, é para atacar pessoalmente o Jocax, o
Claudio, o Mesquita, o Manuel e outros cientistas "malucos". :-)
parecem até essas comadres que adoram falar "dos outros", uma vez que
são incapazes de formar uma frase inteligível quando o assunto é uma
idéia, um pensamento mais abstrato.

LS : Sua observação é importante e deve ser discutida com cautela em busca de
uma solução para as "crises" atuais entre os membros do Ciencialist. De fato
os "ultra-cientistas" colaboraram pouco e sairam da lista de maneira
infantil.

O problema todo pode ser apenas interpretativo .... julgam "uma lista de
discussão científica" como sendo *uma lista de discussão de ciencias exatas*
e exigem que somente os assuntos "pertinentes a lista" sejam discutidos tal
problema poderia ser sanado alterando a descrição da ciencialist no diretório
do egroups para algo como "uma lista de discussão de ciencias exatas e
sociais"

LS : Com a experiencia que tenho, recomendaria ainda que a
transição seja feita da seguinte forma:  uma outra lista é criada e
todos os inscritos seriam inscritos na nova lista (automaticamente
pelo LRB)
[snip]

MB : Não gostei da sua maneira "céptica" de separar o joio do
trigo. O trigo é sub-repticiamente abandonado no porão do egroups,
aonde criará bolor e será destruído pelos vírus, enquanto o joio --
os oligofrênicos diplomados -- apossam-se da autêntica Ciencialist,
doravante rigidamente "moderada", no estilo do FCB. Acho a proposta
inicial do Brudna muito mais saudável: moderar a lista, sim, não
permitir que mensagens vazias sejam postadas. Mas que as regras de
postagem fiquem bem claras, e que nenhum assunto polêmico seja
burocraticamente encerrado. (Nada de "casos encerrados"!)

LS : Devemos lembrar que a maioria dos participantes apenas leem as mensagens
postadas, muitos são professores de Biologia, Quimica, Física e dispoem de
pouco tempo para leitura de emails. Propus a separação pensando nisso, mas as
duas listas resultantes do processo continuariam sendo ciencialist e
administradas pelo LRB .... inicialmente todos os inscritos na ciencialist
estariam inscritos nas 2 listas resultantes, evitando o que ocorreu com a
TGBD, que depois de separada da ciencialist foi muito menos discutida.

Não encare minha proposta de separação como um "racismo" apenas tentei
dividir a lista em 2 da melhor forma que encontrei : calando os reclamões e
separando os assuntos por natureza (social ou exata).

De toda forma a vontade da maioria deve prevalescer e a manifestação de
opniões se torna muito importante para solucionar o problema de excesso de
emails.

--
This is the theory that Jack built.
This is the flaw that lay in the theory that Jack built.
This is the palpable verbal haze that hid the flaw that lay in...


SUBJECT: apresentacao e paradigmas da mente
FROM: "Fernanda A. Sais" <f_sais@hotmail.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 07/12/2000 00:09


Sauda��es Fl�vio e lista.


>----- Original Message ----- From: Flavio Mendon�a To:
>ciencialist@egroups.com
>Subject: Re: [ciencialist] apresentacao e paradigmas da mente
>Date: Tue, 05 Dec 2000 13:36:19 -0200
>
>Paz e Luz Fernanda,
>
>"Fernanda A. Sais" gravada:

> > Flavio Mendon�a:
> > Diga-me quem faria essa programa��o ? Digo, quem manipularia o genes ?
>Que
> > lei ?
> >
> > Fernanda: Penso que n�o h� nada que manipule os genes... A codifica��o
> > gen�tica � resultado do acaso, assim como todas as outras combina��es
> > qu�micas.
> >
>
>At� isso, o acaso, se quisermos rigor, teremos que comprovar. N�o se pode
>afirmar ou negar algo sem o
>mesmo rigor de comprova��o, caso contr�rio, estaremos sendo parciais num
>sentido ou noutro.

O fato de a codifica��o gen�tica ser uma obra do acaso (posteriormente
selecionada pelo ambiente, como frisou o jocax) j� � consenso entre os
cientistas estudiosos da evolu��o...

>
> >
> > (...)
> >
> > Jocax:
> > >Um ponto demarcante a favor do paradigma
> > >qualitativo eh o fato q o homem eh o unico animal q se suicida.
> >
> > Fl�vio Mendon�a:
> > N�o sei, mas j� ouvi relatos de esp�cies de macacos e elefantes. S� n�o
> > lembro a fonte.
> >
> > Fernanda: Realmente, o homem n�o � o �nico animal a cometer suic�dio.
>Ali�s,
> > o suic�dio � uma tend�ncia natural (ser� gen�tica?) de muitos animais
>para
> > acabar com um sofrimento inevit�vel a que estejam submetidos. Sei de
>casos
> > de cobras que mataram-se depois de serem atropeladas, e, recentemente,
>na
> > cidade onde moro (Ubatuba) houve um caso em que se suspeita ter ocorrido
>o
> > mesmo. N�o sei se ouviram falar de uma baleia morta por aqui... Bi�logos
> > cr�em que ela estivasse debilitada por res�duos qu�micos da Petrobr�s em
>S�o
> > Sebati�o e tenha se matado...
> >
>
>Mas h� que se separar os dois, pois os animais s�o estimulados pelos seus
>instintos, enquanto que o homem
>tem consci�ncia do que est� fazendo, mesmo que parcialmente.

Tem raz�o :-)

>
> >
> > N�o que eu pense que se deva acreditar nisso, mas, sim, investigar o que
>d�
> > origem a determinados fen�menos.
>
>O verdadeiro cientista n�o se prende a isso. Far� a investiga��o desnudo de
>qualquer id�ia preconcebida,
>baseando apenas no experimento e suas conseq��ncias.
>

Sim, o modelo de cientista ideal em voga na nossa �poca � mesmo esse
(interessante notar que nem sempre foi assim, e que nada garante que esse
perfil de cientista n�o v� se modificar no futuro...). Mas, tb, sabemos que
o cientista � antes de mais nada um ser humano, e, como tal, � dotado de
subjetividade. N�o podemos afirmar com certeza que um cientista, ao
interpretar as consequ�ncias do seu experimento, n�o esteja sendo
influenciado por suas pr�prias id�ias (inconscientemente)... � preciso ter
sempre muito cuidado com isso.


>
> >
> > Ser� o c�rebro o �nico respons�vel pelos fen�menos tidos como
>paranormais?
> > Como ser� que isso se d�? O Genismo tem alguma id�ia sobre isso,
>jocax?).
> > Ser� que algu�m j� postulou que "Todo fen�meno � digno de investiga��o
> > cient�fica"?
>
>Sim, grande literatura h� neste campo, por�m, no meio cientificista h� uma
>tend�ncia de negar os fatos,
>atribuindo-lhes a eles mistifica��es. � certo que muitos embustes e enganos
>existem, por�m, h� muita gente
>s�ria buscando solu��es, teoriza��es e comprova��es neste campo. Aos
>fen�menos medi�nicos j� existem
>teorias super atuais no sentido de que trata-se de um fen�meno
>eletromagn�tico, o qual atrav�s de cristais
>condutores localizado na pineal, o fen�meno se d�. Mas claro, outras coisas
>devem ser levadas em conta.
>Sabemos que longe estamos de provar alguns fen�menos, mas para base de
>teoriza��o muitas hip�teses s�o
>levadas em conta. Nisto consiste o esp�rito investigativo ao qual me
>referi.
>
>
> >
> >
> > (...)
> >
> > Jocax:
> > >Minha teoria NAO PERMITE crer que tais pessoas sao de fato altruistas
> > >no sentido puro do termo: O altruismo instintivo.
> >
> > Fl�vio Mendon�a:
> > Isso pq vc despreza que seres possam evoluir a este est�gio de
>consci�ncia.
> > No entanto, se percebesses
> > isso, veria que existem pessoas que s�o REALMENTE diferentes.
> >
> > Fernanda: � dif�cil saber at� onde as pessoas que *parecem* realmente
> > diferentes *s�o realmente* diferentes... Vc consegue penetrar na
>consci�ncia
> > alheia? At� onde sei, isso n�o � poss�vel, e, assim, vc pode apenas
>julgar
> > os atos dos outros, n�o sua consci�ncia, e n�o pode saber *com certeza*
>se
> > eles s�o altru�stas no sentido puro do termo...
>
>Isso � correto, assim como qualquer observa��o fenom�nica, pois a
>observa��o � relativa a um campo
>experimental. Por�m, como toda observa��o, leva-se em conta as an�lises e
>seus resultados, da� conclui-se
>a teoria. Mas veja que esta teoria estar� sempre submetida a novas
>investiga��es, o que n�o faz dela
>absoluta. No caso em quest�o, as an�lises tamb�m ocorrem da mesma forma, ou
>seja, observa-se os
>experimentos, e ver-se que existe uma progress�o no sentido de haver
>conscientiza��es em n�veis mais
>depurados. Da� conclui-se, como em qualquer mat�ria, as teorias expostas.
>No caso em quest�o, n�o se
>determina com exatid�o os n�veis conscienciais, mas tem-se deles an�lise
>comparativas, concluindo da� que
>a consci�ncia atinge sim, um altru�smo relativo.
>

Entendo o que vc quer dizer... Mas a quest�o � que, embora seja poss�vel
obter an�lises comparativas, s�o an�lises das maneiras como as pessoas
reagem �s situa��es... an�lises desse tipo nos permitem chegar a conclus�es
l�gicas, mas n�o se pode ter certeza que essa conclus�o corresponda
fielmente � realidade do indiv�duo em quest�o... Explico-me: n�o estou
questionando o fato de o indiv�duo ser altru�sta (no sentido comumente
aceito da palavra), mas o pr�prio conceito de altru�smo. Todas as
caracter�sticas da personalidade humana s�o resultado de rea��es qu�micas (a
n�o ser que se admita uma exist�ncia espiritual, mas como o assunto �
controverso acho melhor n�o consider�-lo para evitar complica��es
desnecess�rias), e, admitindo-se que a nossa personalidade seja uma ilus�o
resultante de mecanismos biol�gicos de sobreviv�ncia, at� onde podemos saber
o que gera determinada caracter�stica (no caso, o altru�smo)? O sentido
final do altru�smo pode fugir � nossa compreens�o. Mas, no caso de um
altru�smo *relativo*, voc� pode ter raz�o.


> > o que tb n�o prova que o
> > altru�smo instintivo n�o seja poss�vel (embora eu, particularmente, o
>creia
> > improv�vel...
>
>Crer vc crer, mas com base em que ?
>

J� esperava por essa pergunta... eu usei o verbo crer de prop�sito,
justamente para que ficasse entendido que n�o sei de evid�ncia alguma que o
torne improv�vel (desde que altru�smo seja definido como uma caracter�stica
comportamental humana resultante de mecanismos biol�gicos ainda n�o
compreendidos e n�o investigados como deveriam).


> > N�o se esque�am que a nossa consci�ncia n�o percebe a maior
> > parte dos processos realizados pelo nosso c�rebro...
>
>Qdo falo em consci�ncia, refiro-me a maior, a geral, aquela que domina todo
>ser. Podemos subdividi-las em
>n�veis. Neste caso falemos apenas do incosnciente e do consciente. O
>consciente n�o possui dom�nio sobre o
>todo, apenas percebe a parte mais superficial das impress�es ( Sentimento,
>desejo, etc ), por�m, o
>subconsciente sim, este tem absoluta no��o do ser, do existir. � a
>verdadeira mem�ria da nossa exist�ncia,
>onde guardamos todos os registros do nosso existir.
>

Chegamos mais ou menos onde eu queria: como voc� pode saber que o
subconsciente de um indiv�duo seja realmente altru�sta? Voc� determina o
altru�smo de algu�m com base em caracter�sticas acess�veis ao consciente, ou
n�o?


> > o altru�smo pode ser
> > apenas um disfarce ocasionado por algum dos mecanismos cerebrais).
>
>Pode, e normalmente �. A cada circunst�ncia podemos manifestarmos de uma
>forma ou de outra. Estamos
>dependendo de duas coisas basicamente. Da condi��o real desta consci�ncia e
>dos est�mulos impostos pela
>situa��o. Exemplificando a quest�o, observamos nosso comportamento diante
>fatos cotidianos como "normais",
>logo somos considerados "normais". Por�m, se estivermos sobre uma intensa
>press�o, nosso comportamento
>podem alterar-se. Isso se d� qdo n�o somos realmente conscientes naquela
>situa��o. De outra forma uma
>pessoa consciente, apesar das press�es intensas, n�o se alteram. Ocorre que
>sua consci�ncia por ser real,
>n�o se transvia. Ela passa a ser incorrupt�vel naquele sentido.
>

Receio n�o ter compreendido a analogia existente entre o altru�smo ser
ocasionado por mecanismos biol�gicos ainda n�o compreendidos e o fato de nos
comportarmos de diferentes maneiras dependendo da circunst�ncia.



> >
>
> >
> > (...)
> >
> > Jocax:
> > >Mas o que ela esta fazendo eh simplesmente abafar seus desejos mais
> > >arraigados, impedindo q o vulcao interno exploda.
> >
> > Fl�vio Mendon�a:
> > Imagine uma cebola. Cada casca representa uma conquista consciencial.
>Ora,
> > na perda das camadas mais
> > superficiais estaria a mudan�a de h�bito. No caso uma pessoa REALMENTE
> > altru�sta, seria aquela que perdeu
> > a camada mais externa, agindo, agora, com base na camada mais interna. �
>o
> > que chamamos consci�ncia
> > superior.
> >
> > Fernanda: Fl�vio, isso exemplifica muito bem uma evolu��o no *modo de
>agir*
> > de uma pessoa considerada altru�sta, mas... mesmo que a pessoa n�o tenha
> > consci�ncia disso, em �ltima an�lise, � poss�vel que tudo n�o passe de
>um
> > "embuste cerebral" (que, em �ltima an�lise, � um "embuste gen�tico"...
>tudo
> > depende de at� onde a an�lise for aprofundada... )
> >
>
>Neste caso, n�o � a consci�ncia formada, mas ainda em forma��o. Por isso,
>qdo formada, jamais se transvia.
>� como o instinto. Diante de certas situa��es � que percebemos o nosso real
>est�gio consciencial. N�o
>adianta dizermos somos assim ou assado. O que realmente somos, apresenta-se
>em situa��es instintivas. Uma
>pessoa pretensiosamente altru�sta, manifesta a sua a��o em fun��o de uma
>rea��o a um estimulo. Por
>exemplo: Querendo eu, mostrar-me caridoso, fa�o de forma exibicionista,
>deixando a entender a todos que
>sou uma �tima pessoa e que todos devem perceber meu altru�smo. Qdo n�o �
>assim, � por cren�a em
>recompensas divinas. De toda forma busca a recompensa como est�mulo. No
>entanto, uma pessoa realmente
>altru�sta faz por impulso, por instinto. � condi��o natural dela. N�o busca
>recompensas dos outros, mas
>antes age por uma necessidade, como usamos o respirar para conservamo-nos
>vivos.
>

Antes de mais nada, o que significa dizer "jamais se transvia"? O que voc�
considera uma consci�ncia transviada?
Gostaria de esclarecer um ponto: quando questiono a exist�ncia de um
indiv�duo realmente altru�sta, n�o estou supondo que as pessoas que nossa
sociedade consideraria altru�stas estejam, consientemente, agindo em prol de
qualquer interesse como exibicionismo, recompensa, ou coisas do g�nero.
Admito que elas possivelmente n�o tenham nenhum motivo para fingirem ser
altru�stas, e realmente n�o o fa�am. A minha d�vida � quanto ao fato de o
altru�smo ser ocasionado por mecanismos biol�gicos bem menos singelos que as
concep��es morais que se t�m a respeito... (tenho consci�ncia que essa
talvez n�o seja a maneira usual de discutir o assunto... mas penso que uma
an�lise das caracter�sticas psicol�gicas do ser humano deve levar em
considera��o a constitui��o biol�gica, pois � dela que elas resultam).

Cordialmente,
Fernanda Sais.
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SUBJECT: apresentacao e paradigmas da mente
FROM: "Fernanda A. Sais" <f_sais@hotmail.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 07/12/2000 00:18


Sauda��es jocax e lista


>----- Original Message ----- From: Joao Carlos Holland de Barcellos To:
>ciencialist@egroups.com
>Subject: Re: [ciencialist] apresentacao e paradigmas da mente
>Date: Tue, 05 Dec 2000 18:12:58 -0200
>
>
>
>"Fernanda A. Sais" wrote:
> >
> > Flavio Mendon�a:
> > Diga-me quem faria essa programa��o ? Digo, quem manipularia o genes ?
>Que
> > lei ?
> >
> > Fernanda: Penso que n�o h� nada que manipule os genes... A codifica��o
> > gen�tica � resultado do acaso, assim como todas as outras combina��es
> > qu�micas.
> >
>
>Sim a codificacao genetica eh devido ao acaso mas existe a selecao
>natural
>tambem que influencia no processo.
>

Muito bem lembrado :-)


> > (...)
> >
> >
> >
> >
> > Jocax:
> > >O altruismo puro soh viria com a extirpacao dos genes egoistas, via
> > >Genismo.
> >
> > Fl�vio Mendon�a:
> > Olha ainda n�o entendi o que vem a ser Genismo, mas o exemplo das cascas
>da
> > cebola demonstra muito bem o
> > processo.
> >
> > Fernanda: Extirpa��o dos genes ego�stas via Genismo? Estou enganada, ou
>o
> > Genismo � uma teoria?
>
>Se todos adotarem o Genismo o mal sera extirpado , veja em :
>
>http://www.egroups.com/message/ciencialist/6988
>
>
> >Uma teoria n�o pode "extirpar" genes, mas apenas os
> > usos e t�cnicas decorrentes dela podem faz�-lo...
>
>Leia e depois me giga o q acha.
>

Bem, eu estava enganada... segundo o que entendi, o Genismo n�o se limita a
uma teoria cient�fica... Antes, prop�e um modo de agir (e pensar), e modos
de agir podem... extirpar genes? ou seria extirpar a manifesta��o desses
genes?

De qualquer forma, creio ter entendido o que vc queria dizer. Realmente,
isso *talvez* fosse poss�vel caso o Genismo fosse verdadeiro... na verdade,
mesmo se n�o o fosse, uma vez que religi�o (refiro-me � religiosidade das
massas, que a humanidade conheceu at� o momento) funciona para muita coisa
mesmo sem ser verdade. (interessante esse car�ter do Genismo, que une
religi�o, ci�ncia e filosofia... a meu ver, esse � o caminho certo, posto
que a verdade � uma s� deve haver uma �nica teoria que a explique. Mas,
embora do ponto de vista religioso e filos�fico ele seja aceit�vel, penso
que falta-lhe um pouco de rigor cient�fico). Se aceita um conselho, quando
estiver falando do Genismo como ci�ncia, evite afirma��es que n�o sejam bem
fundamentadas. �s vezes uma afirma��o � at� verdadeira, mas n�o est�
integrada ao contexto de forma adequada, n�o resulta de uma linha de
racioc�nio v�lida (no sentido de n�o existirem argumentos suficientes que
justifiquem determinada conclus�o). Quando vc afirma que o altru�smo puro s�
viria com a extirpa��o dos genes ego�stas via Genismo, por exemplo, est�
desconsiderando uma s�rie de fatores e fazendo uma afirma��o que baseia-se
na f� no Genismo. Afirma��es como essa tiram um pouco a credibilidade
cient�fica de uma teoria que, em si, me parece muito boa.


> >De qualquer forma, creio
> > que o termo "extirpa��o de genes ego�stas" necessite de maiores
> > esclarecimentos... Como seria essa extirpa��o via Genismo? (a prop�sito,
> > aproveito a oportunidade para lhe dizer que tenho me interessado
>bastante
> > por essa teoria, embora eu tenha minhas d�vidas quanto a sua total
> > veracidade, e tb quanto a muitos pontos dela que permanecem obscuros
>para
> > mim... h�, em algum lugar, uma explana��o sobre o Genismo de forma mais
>ou
> > menos did�tica - uma introdu��o, termos b�sicos, etc... ?)
> >
>O brudna ja me sugeriu um FAQ sobre Genismo mas este mes estou sem tempo
>deverei faze-lo no fim do mes. Mas posso te mandar algo em PVT.
>

Obrigada! :-)


> > (...)
> >
> > Jocax:
> > >Claro que nem todos seguem comportamentos anti-perpetuativos e, por
> > >isso,
> > >o cerebro consciente ainda se mantem.
> >
> > Fl�vio Mendon�a:
> > Quem disse que a mente consciente � isso ? � o que parece racional, mas
>ser�
> > de fato ? S�o os loucos,
> > loucos ?
>
>Loucos, costuma-se dizer, eh qdo a pessoa julga real o q nao eh.
>

Muito bem, e o que � real?


>
> >
> > Fernanda: Talvez todos n�s sejamos loucos... :-)
>
>

Cordialmente,
Fernanda Sais.
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Metodologia cientifica
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
CC: "TGBD no eGroups" <tgbd@egroups.com>
DATE: 07/12/2000 05:49

Prezado Alberto,

Esta mensagem já foi enviada para o site da TGBD numa versão preliminar. A
seguir envio-a numa segunda versão com algumas correções de texto e forma.

----- Original Message -----
From: Alberto Mesquita Filho
To: tgbd@egroups.com
Sent: Saturday, December 02, 2000 3:00 PM
Subject: [tgbd] Re: [ciencialist] Metodologia cientifica

Prezado Alberto,

Desculpe o atraso em comentar esta sua bela mensagem. Vamos lá.

CBAS-mensagem anterior:
(2) a partir de quase 10 anos atras o desenvolvimento desta teoria vem se
dando, em grande parte, a partir dela mesma, na medida em que se ela
objetiva explicar a estrutura de tudo, ela por ser algo, também que se
auto-obedecer;

AMF:
É muito difícil analisar teorias do tudo tomando por base o método
científico. Existem as chamadas teorias do tudo restritas à ciência, como
por exemplo as teorias unificadoras. Parece-me, no entanto, e pelo que você
mesmo diz, que a sua teoria relaciona-se a um tudo absoluto.

CBAS:
Realmente a idéia é definir o tudo absoluto. Você acredita que possa existir
uma teoria que defina o tudo absoluto? Eu acho que deve haver, mesmo que não
seja a TGBD. E acho que tal teoria deve ser simples, talvez até mesmo óbvia.
Pois senão não poderia definir o simples e o óbvio.

AMF:
Logo ela está acima da ciência e talvez seja esse o aspecto que me faz
enxergá-la como metacientífica. Ou seja, ela deve explicar os fenômenos
científicos e também os não-científicos, desde que "verdadeiros". E tanto
assim é que, como você próprio diz, ela deve se auto-obedecer. Não sei se
existe no âmbito das ciências alguma outra teoria formulada com tal rigidez.

CBAS:
Interessante este termo "metacientifica". Nunca tinha ouvido falar nele.
Você que inventou-o ou ele já existia? Acho que ele cai como uma luva para a
TGBD, que pretende ser a teoria de todas as teorias. Realmente também não
conheço nenhuma teoria com tamanha rigidez. A visão da auto-obediência e da
auto-consistência foi uma grande sacação minha, não acha? Acredito que isto
nunca tenha sido tentado antes. Me lembra a história da cobra que engole o
próprio rabo. Mas acho que ela é mais poderosa ferramenta para o
desenvolvimento da TGBD.

Foi com a auto-consistência que eu fechei a fase 1 da TGBD, que foi o texto
do meu CD (outubro/96), que estava com um erro na definição de equilíbrio
total, e que só veio a ser sanado em março/99, também com o auxílio de tal
ferramenta. Agora estou tentando equacionar a questão das quatro
alternativas para o Quarto Uno também fazendo uso da auto-consistência.
Acredito que se conseguir ser rigoroso com a questão da auto-consistência, a
TGBD será plenamente desenvolvida. Os maiores avanços que fiz na TGBD
coincidentemente sempre se deram em março. Quem sabe em março de 2001 faço o
avanço que falta?

AMF:
E digo mais: não é o método científico quem tem que justificar a sua teoria,
mas o inverso. Pois o método científico faz parte desse tudo.

CBAS:
Realmente não tinha pensado nisto. Mas logicamente o que você diz está
correto, por mais absurdo e pretencioso que possa parecer. Talvez o único
método científico que possa ser utilizado para TGBD seja o da
auto-consistência, que inclusive talvez só possa ser aplicado a ela.

CBAS-mensagem anterior:
(3) isto, contudo, não impede que a observação de novos fatos científicos e
naturais, demande e indique ajustes e novos desenvolvimentos da teoria; a
química, por exemplo, tem me mostrado que talvez existam mais do que uma
única alternativa para o Quarto Uno, o que, com aplicação da própria TGBD,
me levar a crer que devam existir quatro alternativas;

AMF:
Do ponto de vista da metodologia da teorização, diria que a sua teoria ainda
está em aberto. Isto não é uma crítica pois existem muitas teorias em
aberto. Digo, com freqüência, que a mecânica de Newton é uma teoria deixada
em aberto por Newton e até hoje ninguém se atreveu a pelo menos tentar
completá-la. Quanto ao Quarto Uno eu já cheguei a dizer que existe alguma
coisa esquisita com o mesmo e é isto que deve estar trazendo complicações
para o fechamento.

CBAS:
Quando fui analisar a estrutura da formação da matéria do Hidrogênio até o
Hélio é que começou a surgir a necessidade de existir quatro tipos de Quarto
Uno.

No Hidrogênio (H), o Quarto Uno é o elétron, com o Terno sendo o próton (2
quarks up e 1 quark down) . Ora o elétron aparentemente não se divide em
mais ninguém. (Acho que pela sua teoria ele se dividiria, ou teria dois
pólos, não é isso? Contudo, não posso considerar esta hipótese, senão fico
sem referência, na medida em que sua teoria ainda não está reconhecida como
verdadeira.) Como H não está em equilíbrio, este me parece ser o caso em que
o Quarto Uno é formado por um único elemento, do que resulta um estado de
equilíbrio digamos instável.

A molécula do H é H2, que se dá numa ligação de convalencia, onde os dois
elétrons, de spins contrários compartilham a mesma orbital esférica 1s. Ela
está em equilíbrio, mas não é ainda um equilíbrio total, pois o H tem muita
facilidade de reagir com outros elementos químicos, e assim tal molécula
logo pode se desfazer.

A seguir vem o Deutério (D), com um H mais um neutron, ou D = H + n, onde n
é o neutron. Repare que o H, se considerado como um só elemento é o Quarto
Uno do Terno que é o neutron (2 quarks down e 1 quark up). Aqui vale uma
explicação: pela TGBD devemos enxergar as coisas em diversos níveis. Neste
caso os quatro componentes do H, na medida que formam um bidual, pode ser
considerado como sendo um só, de um nível superior. O D também não é
estável. E este me parece ser o caso do Quarto Uno quando formado por 4
componentes.

O passo seguinte é o Hélio 3 (He-3), que é formado por um Deutério e um H, o
que pode ser visto também como He-3 = D + H = n + H + H. Repare que aqui
temos um Terno, onde o Dual Interno é formado por H + H (onde o sentido é
diferente porque os spins dos dois H tem que ser diferentes) e o Terceiro é
o neutron. O Hélio 3 também é instável e só vai atingir o equilíbrio, que
neste caso é total, quando interagir com mais um neutron para formar o
Hélio, nosso primeiro gás nobre, e o elemento químico mais abundante do
Universo, onde responde por quase 1/3 da sua matéria conhecida.

Vejamos agora o caso do Hélio, que é muito importante pois é um caso de
equilíbrio total. Um átomo de He pode ser dado por um Hélio3 mais um
neutron, ou He = He-3 + n . Neste caso temos o Quarto Uno sendo formado
pelos 3 componentes do neutron (2 quarks down e 1 quark up). Repare que
aqui temos a mesma estrutura que defini para o Quarto Uno para o caso de
equilíbrio total, onde ele se desdobra no Anti-Terno, que neste caso é o
segundo neutron. E como o Hélio está em equilíbrio total tudo aparenta estar
correto neste caso com a TGBD.

Em resumo, já temos três situações para o Quarto Uno, a saber:

Quarto Uno = 1 : elétron no caso do H (equilíbrio instável)
Quarto Uno = 2 : ??????? (falta descobrir que é)
Quarto Uno = 3 : segundo neutron no caso do Hélio (equilíbrio total)
Quarto Uno = 4 : H no caso do Deutério (equilíbrio instável)

Repare que a quarta situação para o Quarto Uno é o meu Quarto Uno na
questão... :-)).

Ele poderia talvez ser o caso da molécula de Hidrogênio (H2). Repare que
como é uma ligação de covalência, os dois elétrons são compartilhados pelos
dois átomos de H para completar a orbital 1s. Desta forma, o Quarto Uno de
um átomo de H seriam 2: o seu elétron e o outro átomo de H, visto aqui como
1 só.

Vale dizer que eu nunca havia feito este raciocínio até hoje. E talvez possa
ser a solução para a questão. Pensando bem, na primeira análise foi feita a
evolução dos elementos químicos do H até o He, se bem que D e He3 não são
considerados como tal. Repare que não deixa de ser uma estrutura bidual, com
dois elementos químicos mesmo e dois "elementos químicos", no qual o Hélio
se diferencia dos demais três por estar em equilíbrio total, enquanto
aqueles estão em desequilíbrio. O que não deixa de ser mais um exemplo de
bidualidade.

Façamos agora uma segunda análise, estudando-se a formação de moléculas ou,
digamos, "moléculas" com os elementos e "elementos" químicos de H até He.
Poderíamos chegar à seguintes conclusão:

Dual Interno:
1. Uma molécula de H é o H2, que é um caso onde o Quarto Uno possui 2
componentes
2. Uma "molécula" de D é o D2 que é o próprio He.

Dual Externo:
3. Uma molécula de He3 é próprio He3
4. Uma molécula de He é o próprio He

É aparentemente a estrutura bidual está se verificando, pois no Dual
interno, a molécula de H e a "molécula" de D são formadas por dois átomos do
mesmo elemento ou "elemento" químico. E no Dual Externo a "moléculas" são
os proprios "elemento" e elemento químico, com o Qurto Uno sendo o He por
estar em equilíbrio total, diferentemente dos 3 demais.

Vamos supor que a quarta situação para o Quarto Uno seja a molécula de H2,
par ver no que dá: Retomando o que vimos teríamos e colocando dentro de uma
nova estrutura teríamos:

Dual Interno:
1. Quarto Uno = 1 : elétron no caso do H (equilíbrio instável)
2. Quarto Uno = 4 : H no caso do Deutério (equilíbrio instável)

Dual Externo:
3. Quarto Uno = 2 : uma molécula de H2 (equilíbrio semi-estável)
4. Quarto Uno = 3 : segundo neutron no caso do Hélio (equilíbrio total)

Bem vou pensar melhor no assunto. Mas aparenta ser um bom começo.

Alberto e demais da lista, gostaria muito que pensassem nesta minha primeira
abordagem. Quem sabe não estejamos diante da solução?

Quem quiser fazer qualquer comentário, favor dirigir as mensagens para o
endereço: http://br.egroups.com/group/tgbd

Bem agora, que já são 5:41 da manhã, vou dormir. Com a consciência tranqüila
e feliz por ter tentado mais um pouco no desenvolvimento da TGBD.

Alberto, depois continuo a discutir a sua mensagem sobre Metodologia
Científica.

Um grande abraço,

Claudio Abreu



SUBJECT: Re: Ao Takata
FROM: rmt@ib.usp.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 07/12/2000 07:56

ups! mais uma mensagem privativa que deixo vazar para fora dos canais pertinentes.

mil desculpas a todos os demais. nao q. houvesse algo q. nao pudesse ser de conhecimento publico, mas o tom nao era adequado para uma divulgacao ampla.

desculpem-me mesmo... (tenho pedido desculpas demais ultimamente, preciso tomar jeito)

ao q. noto de passagem eh q. a lista esta' passando por um tipo de crise interna (se eh q. chega a ser uma crise), isso eh mau, muito mau (crise ou nao). espero
que tenhamos superado isso neste momento em q. escrevo esta mensagem.

[]s a todos,

roberto takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] apresentacao e paradigmas da mente
FROM: Flavio Mendonça <fefemendonca@uol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 07/12/2000 09:42

Paz e Luz Fernanda,

Vamos com o texto...........

"Fernanda A. Sais" gravada:

> Saudações Flávio e lista.

> >
> >Até isso, o acaso, se quisermos rigor, teremos que comprovar. Não se pode
> >afirmar ou negar algo sem o
> >mesmo rigor de comprovação, caso contrário, estaremos sendo parciais num
> >sentido ou noutro.
>
> O fato de a codificação genética ser uma obra do acaso (posteriormente
> selecionada pelo ambiente, como frisou o jocax) já é consenso entre os
> cientistas estudiosos da evolução...

Mesmo que fosse consenso, ainda não prova. Trata-se apenas de uma teoria, e aceita por alguns e negadas
por outros. Por isso falei que com rigor, nada é admitido absolutamente.

> >O verdadeiro cientista não se prende a isso. Fará a investigação desnudo de
> >qualquer idéia preconcebida,
> >baseando apenas no experimento e suas conseqüências.
> >
>
> Sim, o modelo de cientista ideal em voga na nossa época é mesmo esse
> (interessante notar que nem sempre foi assim, e que nada garante que esse
> perfil de cientista não vá se modificar no futuro...). Mas, tb, sabemos que
> o cientista é antes de mais nada um ser humano, e, como tal, é dotado de
> subjetividade. Não podemos afirmar com certeza que um cientista, ao
> interpretar as consequências do seu experimento, não esteja sendo
> influenciado por suas próprias idéias (inconscientemente)... é preciso ter
> sempre muito cuidado com isso.
>

E por compreender isso é digo que ninguém tem autoridade suficiente para se considerar perfeito.

>
> >
> >Isso é correto, assim como qualquer observação fenoménica, pois a
> >observação é relativa a um campo
> >experimental. Porém, como toda observação, leva-se em conta as análises e
> >seus resultados, daí conclui-se
> >a teoria. Mas veja que esta teoria estará sempre submetida a novas
> >investigações, o que não faz dela
> >absoluta. No caso em questão, as análises também ocorrem da mesma forma, ou
> >seja, observa-se os
> >experimentos, e ver-se que existe uma progressão no sentido de haver
> >conscientizações em níveis mais
> >depurados. Daí conclui-se, como em qualquer matéria, as teorias expostas.
> >No caso em questão, não se
> >determina com exatidão os níveis conscienciais, mas tem-se deles análise
> >comparativas, concluindo daí que
> >a consciência atinge sim, um altruísmo relativo.
> >
>
> Entendo o que vc quer dizer... Mas a questão é que, embora seja possível
> obter análises comparativas, são análises das maneiras como as pessoas
> reagem às situações... análises desse tipo nos permitem chegar a conclusões
> lógicas, mas não se pode ter certeza que essa conclusão corresponda
> fielmente à realidade do indivíduo em questão... Explico-me: não estou
> questionando o fato de o indivíduo ser altruísta (no sentido comumente
> aceito da palavra), mas o próprio conceito de altruísmo.

O conceito é absoluto, a análise que é relativa.

> Todas as
> características da personalidade humana são resultado de reações químicas (a
> não ser que se admita uma existência espiritual, mas como o assunto é
> controverso acho melhor não considerá-lo para evitar complicações
> desnecessárias), e, admitindo-se que a nossa personalidade seja uma ilusão
> resultante de mecanismos biológicos de sobrevivência, até onde podemos saber
> o que gera determinada característica (no caso, o altruísmo)?

O problema é esse. As bases para análise leva-se em conta o espírito, e não um fenômeno puramente
químico-biológico. Estes sim, são instrumentos, assim como todo o resto do organismo. Como disse, o
altruísmo é uma fase mais depurada da consciência. Isso acontece em função das várias existências
corporais. A tal história da cebola:-) Veja que a ciência convencional não admitindo essa existência
espiritual, trata a questão a partir de um ponto, e toma isso como base para teorizar a origem. Passando
através da genética de geração em geração pode o homem evoluir consciencialmente. Isso realmente é
verdadeiro, mas como mecanismo de base. De resto quem determina o processo, no meu modo de ver é o
espírito. Agora, só não me peça as provas, se não serei obrigado a solicitar as suas. Podemos no máximo
fazer experimentos, e concluir teorias, assim como toda a ciência. Neste caso veremos então que nem um nem
outro prova nada em absoluto.

> O sentido
> final do altruísmo pode fugir à nossa compreensão. Mas, no caso de um
> altruísmo *relativo*, você pode ter razão.

Foge pq no mundo consciencial em que estamos inseridos ( O relativo ), nos escapa o sentido do absoluto em
todos os níveis. Somos seres em formação consciencial. Logo, imperfeitos.

>
>
> >
> >Crer vc crer, mas com base em que ?
> >
>
> Já esperava por essa pergunta... eu usei o verbo crer de propósito,
> justamente para que ficasse entendido que não sei de evidência alguma que o
> torne improvável (desde que altruísmo seja definido como uma característica
> comportamental humana resultante de mecanismos biológicos ainda não
> compreendidos e não investigados como deveriam).
>

Isso é assim mesmo, embora existam pessoas que a presunção faz o iludir a ponto de pensar que o absoluto é
compreensível. Em qualquer ramo da ciência nos deparamos com um "limite". Esse "limite" não indica um fim,
mas uma incapacidade consciencial para se resolver questões mais transcendentes às nossas condições. É aí
que entram os dogmas, paradigmas e axiomas, que tanto alguns "cientistas" combatem, mas que é obrigado a
usar, pois parte daí qualquer princípio. Observe que toda teoria parti deste ponto, e a partir daí se
desenvolvi. Assim é também com a religião, embora algumas ainda se agarrem a dogmas tão antigos, o qual a
ciência já conseguiu desvendar, mesmo que relativamente, e ainda assim não conseguem progredir. Ouvi outro
dia uma bela frase que foi proferida por Santo Agostinho que diz assim, "A fé busca, o intelecto
encontra". O que seria da ciência sem esta intuição indicando-lhe caminhos alternativos na busca das
verdades ?

>
> >
> >Qdo falo em consciência, refiro-me a maior, a geral, aquela que domina todo
> >ser. Podemos subdividi-las em
> >níveis. Neste caso falemos apenas do incosnciente e do consciente. O
> >consciente não possui domínio sobre o
> >todo, apenas percebe a parte mais superficial das impressões ( Sentimento,
> >desejo, etc ), porém, o
> >subconsciente sim, este tem absoluta noção do ser, do existir. É a
> >verdadeira memória da nossa existência,
> >onde guardamos todos os registros do nosso existir.
> >
>
> Chegamos mais ou menos onde eu queria: como você pode saber que o
> subconsciente de um indivíduo seja realmente altruísta? Você determina o
> altruísmo de alguém com base em características acessíveis ao consciente, ou
> não?
>

Em primeiro lugar esse "realmente" significa relativamente e não absolutamente, pois que isso só é
possível num mundo consciencial absoluto. Qto as análises, estão aí as ciências metais que observam os
fenômenos e teorizam seus estudos. Realizaram experimentos desde de sua descoberta, e através deles
chegaram as conclusões. Não é assim com toda ciência ?

>
> >
> >Pode, e normalmente é. A cada circunstância podemos manifestarmos de uma
> >forma ou de outra. Estamos
> >dependendo de duas coisas basicamente. Da condição real desta consciência e
> >dos estímulos impostos pela
> >situação. Exemplificando a questão, observamos nosso comportamento diante
> >fatos cotidianos como "normais",
> >logo somos considerados "normais". Porém, se estivermos sobre uma intensa
> >pressão, nosso comportamento
> >podem alterar-se. Isso se dá qdo não somos realmente conscientes naquela
> >situação. De outra forma uma
> >pessoa consciente, apesar das pressões intensas, não se alteram. Ocorre que
> >sua consciência por ser real,
> >não se transvia. Ela passa a ser incorruptível naquele sentido.
> >
>
> Receio não ter compreendido a analogia existente entre o altruísmo ser
> ocasionado por mecanismos biológicos ainda não compreendidos e o fato de nos
> comportarmos de diferentes maneiras dependendo da circunstância.
>

Observe que temos sensores, e estes enviam comandos para o cérebro, que processa tudo e responde aos
estímulos. A função biológica é apenas parte deste processo, o qual se origina nos sensores (?).
Considerando uma mesma circunstância, o que faz haver reações diferentes em duas ou mais pessoas ? Para
mim o estado consciencial de cada pessoa. Uma pessoa com nível mais baixo irá irritar-se, reagir com mais
violência, chorar etc. O contrário acontecerá com uma pessoa mais consciente. Isso pq ele já suporta
certos tipos de pressão, pois já experenciou tais situações fazendo dele mais consciente das coisas.

>
> >Neste caso, não é a consciência formada, mas ainda em formação. Por isso,
> >qdo formada, jamais se transvia.
> >É como o instinto. Diante de certas situações é que percebemos o nosso real
> >estágio consciencial. Não
> >adianta dizermos somos assim ou assado. O que realmente somos, apresenta-se
> >em situações instintivas. Uma
> >pessoa pretensiosamente altruísta, manifesta a sua ação em função de uma
> >reação a um estimulo. Por
> >exemplo: Querendo eu, mostrar-me caridoso, faço de forma exibicionista,
> >deixando a entender a todos que
> >sou uma ótima pessoa e que todos devem perceber meu altruísmo. Qdo não é
> >assim, é por crença em
> >recompensas divinas. De toda forma busca a recompensa como estímulo. No
> >entanto, uma pessoa realmente
> >altruísta faz por impulso, por instinto. É condição natural dela. Não busca
> >recompensas dos outros, mas
> >antes age por uma necessidade, como usamos o respirar para conservamo-nos
> >vivos.
> >
>
> Antes de mais nada, o que significa dizer "jamais se transvia"? O que você
> considera uma consciência transviada?

Tudo que se mantém no mesmo estado não se transvia. Ora qdo assim falo é para mostrar que o instinto não
usa de razão, apenas agi ou reagi por condição natural. É nata.
Não é propriamente a consciência que se transvia, mas a condição que ela se encontra. Veja bem, qdo uma
pessoa é atacada seu instinto a defende por automatismo. Porém, a razão responde após as suas conjecturas.
Isso significa que a razão usou de lógica, bom senso, enquanto o instinto foi automático. A reação
automática é a verdadeira condição consciencial que se encontra a pessoa. A razão é o intelecto fazendo
alavanca para o crescimento consciencial da pessoa. Poderíamos dizer assim, o instinto é o ser, a razão o
vir a ser.

>
> Gostaria de esclarecer um ponto: quando questiono a existência de um
> indivíduo realmente altruísta, não estou supondo que as pessoas que nossa
> sociedade consideraria altruístas estejam, consientemente, agindo em prol de
> qualquer interesse como exibicionismo, recompensa, ou coisas do gênero.
> Admito que elas possivelmente não tenham nenhum motivo para fingirem ser
> altruístas, e realmente não o façam. A minha dúvida é quanto ao fato de o
> altruísmo ser ocasionado por mecanismos biológicos bem menos singelos que as
> concepções morais que se têm a respeito...

Bem, ai voltamos a questão dos princípios. Partindo de bases diferentes não haverá consenso. Em ciência
todas as possibilidades devem ser consideradas, caso contrário a teoria ficará capenga. Vc parti de um
modelo puramente materialista onde a partir da biologia a coisa origina-se. Enquanto que eu, considero a
biologia como um meio intermediário no processo. Eu realmente creio ( Não se prova absolutamente ) na
existência de uma vontade que parti de uma entidade espiritual individualizada. Daí a moral é fundamental
no crescimento desta entidade consciencial. É a moral que lhe fará agir em sintonia com as leis naturais.
Claro que até se chegar ao conceito verdadeiro de moral, muitas ações descompensadas serão realizadas,
porém, faz parte do processo. No prórprio Cosmo existem leis que "conspiram" no sentido do equilíbrio.
Afinal o que faz o homem ter moral, não é a experiência de erros anteriores ? Não é a dor uma ferramenta
cósmica de reparação, convidando as espécies a se depurarem ?

> (tenho consciência que essa
> talvez não seja a maneira usual de discutir o assunto... mas penso que uma
> análise das características psicológicas do ser humano deve levar em
> consideração a constituição biológica, pois é dela que elas resultam).

Diria de forma um pouco diferente. Originando-se na necessidade de evolução, passando pela constituição
biológica, resultam os processos psicológicos.

>
> Cordialmente,
> Fernanda Sais.

É sempre um prazer !

Flávio Mendonça



SUBJECT: str urgente
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 07/12/2000 13:45

Já fazem três dias que não consigo entrar na página da STR. Aconteceu
alguma coisa? Alguém, sabe a respeito?

http://www.strbrasil.com.br/

==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
==========================================================


SUBJECT: Forca de atrito --- traduzida
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "Ciencia_Lista" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 07/12/2000 13:53

Primeira mensagem de Beatriz:
## Estou precisando de um explicação, gostaría de saber se você pode nos ajudar, estou fazendo um trabalho de física sobre um bloco de madeira inclinado, em que um esfera desse em velocidade constante V0.um pessoa joga a esfera p/cima e ela para. por favor voce poderia me explicar por que ela vai para lá em cima se a madeira está inclinada. pode me ajudar, responda-me estou precisando urgente. obrigada
Beatriz##

Segunda mensagem de Beatriz (após solicitarmos 'tradução do texto'):

>>Um plano inclinado, onde temos um esfera, e essa esfera desse em velocidade constante, V0, quando ele termina de descer, você joga a esfera para cima e ela vai parar.Quero que você me explique por que ela vai parar e não descer.
Muito obrigada.
Atenciosamente
Beatriz<<

Explicação do Léo:

Olá Beatriz,
agora sim ... clareza total!

Vejamos: vc diz que colocando a esfera sobre o plano ela desce com velocidade constante. Isso deixa claro que a resultante das forças que agem sobre ela é nula. Essas forças são: a componente do peso na direção do movimento (P.senx) e a força de atrito (x é o ângulo de inclinação do plano). Ao colocar a esfera no alto do plano teremos, Psenx = (Fat)máx., a esfera fica em repouso e é preciso dar uns piparotes (pancadinhas) no plano para iniciar o deslocamento com movimento uniforme.

Se vc diminuir um pouco mais o ângulo do plano (x'<x), a Fat vai ficar ligeiramente menor que seu valor crítico, mas novamente igual a Psenx' e será necessário dar uma ligeira empurradinha na esfera para que desça com velocidade Vo. Enquanto desce, a Psenx' é para baixo e Fat é para cima (na direção da linha de maior declive do plano inclinado).

Vamos á segunda parte.
Lançando a esfera de baixo para cima, as forças que agem nelas são as mesmas (Psenx') e (Fat), só que agora, ambas têm sentido para baixo (voltadas para o início do plano inclinado). Essas duas forças tendem a diminuir a velocidade de lançamento até parar. Quando parou, nesse instante, a Fat desaparece (a Fsenx' continua). A Fsenx' tende a trazer a esfera para o início do plano inclinado mas, nessa tentativa a Fat máxima aparece (voltada agora para cima) e tem intensidade exatamente igual á Fsenx' ... a esfera permanece em repouso! (dessa vez não houve pancadinhas ou empurradinha para baixo).

Trabalhando com ângulo crítico x, em lugar de x'>x, o fator predominante no experimento é a diferença que existe entre o coeficiente de atrito estático (u) e o coeficiente de atrito dinâmico (u'); u > u'. Como isso, a esfera sobe (vale u') até parar e tentar descer (vale u); como u>u', a esfera não descerá.

Um abraço, (na dúvida, retorne)

Léo
==================
-----Mensagem Original-----


Luiz Ferraz Netto [Léo]
UIN#: 31028111
leo@barretos.com.br
leo@esquinas.com.br
www.feiradeciencias.com.br



SUBJECT: Re: [ciencialist] deoliveira e demais
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 07/12/2000 14:05

1) Luiz Ferraz Netto wrote:
> b) Quem não quer pensar sobre os 'nós', pode encontrar soluções
simples, maravilhosas e imediatas; basta acreditar em poderes divinos
e místicos; para tais há compêndios recheados de estórias fantásticas,
entre os quais, a bíblia (o livro mais vendido do mundo --- um
comércio sempre florescente).

2) Tarcisio Borges wrote:
>>Sinto muito mas já faz décadas que o livro mais vendido do mundo é o
Reader's Digest, que em português é conhecido como Seleções.

3) Dr. Zerdax wrote:
>>>Na verdade toda publicação periódica é uma revista, e se não me engano
o Reader's Digest é uma publicação mensal, logo não é o livro mais
vendido do mundo... Talvez seja a revista mais vendida do mundo :-))

Léo lembra:
E, tal qual a bíblia, em cada edição, "revista e ampliada', sempre com fatos 'cientificamente provados'!
Mas, como disse, a bíblia é o livro mais vendido do mundo. Não sei se é o material mais lido ... afinal, o imperdível........:-)

[]'
Léo

[estão aprendendo como se organiza uma mensagem? cortaram o pé-de-página? Deixaram a sequencia necessária e suficiente?] he he ... léo ataca novamente!





SUBJECT: STR urgente
FROM: "Peterson L. S. M." <peterlsm@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 07/12/2000 14:07

Pois é, Tarcisio, eu também não sei o que realmente aconteceu com
a STR.
Tenho no meu winchester todos os arquivos necessários para o
funcionamento das áreas principais (Atheos, Debate, Scientia,
Libertas, Frases, Junte-se a Nós, STR e algumas outras). Alguns amigos
também notaram que o alvo da url simplesmente desapareceu.
Embora alguns já cogitem sobre ataques causados por religiosos e
fanáticos, penso que a causa deve ser diretamente com problemas
técnicos ou burocráticos na hospedagem.
Abraços.



SUBJECT: Re: [ciencialist] STR urgente
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 07/12/2000 14:25


Eh um problema tecnico relacionado com o servico de hospedagem. O Leo
Vines (presidente da STR) jah entrou em contato com eles, mas parece
que o problema ainda nao foi solucionado.

Qualquer duvida sobre a STR, eh soh me perguntar, pois faco parte do
grupo e sou editor da area de links.

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna


> Pois i, Tarcisio, eu tambim nco sei o que realmente aconteceu com
> a STR.
> Tenho no meu winchester todos os arquivos necessarios para o
> funcionamento das areas principais (Atheos, Debate, Scientia,
> Libertas, Frases, Junte-se a Nss, STR e algumas outras). Alguns amigos
> tambim notaram que o alvo da url simplesmente desapareceu.
> Embora alguns ja cogitem sobre ataques causados por religiosos e
> fanaticos, penso que a causa deve ser diretamente com problemas
> ticnicos ou burocraticos na hospedagem.
> Abragos.


SUBJECT: Re: deoliveira e demais
FROM: "Roberto Oliveira" <deoliveira@ig.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 07/12/2000 14:37

Desculpe-me senhor Luiz Netto, mas não entendi muito bem sua mensagem! Estava meio que cifrada, sem clareza de idéias e um tanto
quanto confusa.
Mas , esta idéia de que a Bíblia foi escrita por homens sem a ajuda de inspiração divina é uma ficção. Uma armação deste tipo é
quase que impossível. Quem teria tantos conhecimentos sobre a "alma" humana para poder inventar tudo isto? Os apóstolos acredito que
não, que eu saiba eles não eram doutos e sim pescadores, agricultores e poraí vai.Alguém muito culto escrevia os textos e atribuía a
autoria aos discipulos de Cristo? Também não vejo qual seria o objetivo para tal e com certeza saberíamos logo que se tratava de uma
farsa. E, para quem conhece a Bíblia, percebe logo de cara que há ali um conhecimento muito profundo que trata dos problemas humanos
em qualquer época.
Enfim, a não veracidade da Bíblia não se sustenta como algo forjado.
E é claro que ela sempre foi o livro mais vendido no mundo em todos os tempos , mas proporcionadamente é um dos menos lidos e
entendidos. Ademais você acha que quem escreveu estava interessado, há dois mil anos atrás, quando escrever um livro era trabalho
para Hércules, em vender milhões de livros? Gutenberg ainda nem havia existido!!
Mas o que não duvido é que aos longos dos anos pessoas com objetivos perversos possam tentado mudar certas passagens e dizeres com
intenção perversa.Isto'sim é bem possível!!

[]'s


Roberto de Oliveira
oliveirar@hotmail.com


-----Mensagem original-----
De: Luiz Ferraz Netto <leo@barretos.com.br>
Para: ciencialist@egroups.com <ciencialist@egroups.com>
Data: Terça-feira, 5 de Dezembro de 2000 14:04
Assunto: [ciencialist] deoliveira e demais


Olá 'deoliveira' e amigos terrestres.

###"deoliveira": O que você quer dizer com "nós céticos" ??
Céticos da Bíblia, do Apocalipso, ou do que??
Se for isso eu não me incluo nisto, eu acredito na Bíblia e no
Apocalipse, mesmo admitindo que eles possam ter sido modificados ou
má interpretados.###

a) 'nós céticos' são 'nós' dados por pessoas que não acreditam que algo ou alguém 'divino' possam desatá-los. Assim, universo,
galáxias, planetas, animais, animais 'especiais' são 'nós' que os 'especiais' contemplam (e participam) e sabem que a solução de
desatagem dependerá deles mesmos.
Identificar o 'nó' e mesmo providenciar outros é relativamente simples, o problema é achar a solução boa (falseável). 12,68% dos
'especiais' dedicam-se a essa procura.

b) Quem não quer pensar sobre os 'nós', pode encontrar soluções simples, maravilhosas e imediatas; basta acreditar em poderes
divinos e místicos; para tais há compêndios recheados de estórias fantásticas, entre os quais, a bíblia (o livro mais vendido do
mundo --- um comércio sempre florescente).

c) Não concordo com vc que tais livros tenham sido modificados ou má interpretados, eles são perfeitos para os fins para os quais
foram escritos. Não só vc, mas, 87,32% dos 'especiais' acreditam na veracidade de deus, da bíblia, do apocalípse, das elípses, das
parábolas e das hipérboles. Afinal, que outra solução, a não ser a mais simples (Occan) existiria?

d) Além da bíblia e do apocalipse, temos ainda o "ou do que??". É um vasto 'mundo' que não vale a pena mexer com isso.

Resumindo as grandes verdades absolutas postas em (a), (b), (c) e (d),
estou consigo e não abro,
meu reinado depende de 'especiais' como vc,
continue assim, defenda seu mestre,
'reze por mim ... não reze por ele' (isso dá música sacra!),
[]'
deus





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Vote na decisao para configuracao da lista. Mensagens somente texto ou HTML. Para isso use o endereco:
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SUBJECT: Re: [ciencialist] apresentacao e paradigmas da mente
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 07/12/2000 16:01

> > Flavio Mendonga:
> > I pelo menos os que dizem todos os profissionais da area. O homem tem
> > conscijncia de sua existjncia, da
> > existjncia dos outros, e ati ensaiam transcendjncias conscienciais. Ja ouviu
> > falar do instituto de
> > projeciologia e conscienciologia ? E antes que digam algo a respeito,
> > procurem ver se o fentmeno procede
> > ou nco. Pelo visto, neste meio virtual, percebo um cheiro de falta de
> > espmrito investigativo. Digo sem
> > intengco de ofensa, mas de uma provocagco, pois, ser cientmfico i buscar nos
> > fentmenos uma justificativa,
> > e nco simplesmente nega-lo.

Desculpe se peguei o bonde andando e estou querendo sentar na janela!
:).. nao acompanhei toda a discussao e talvez esteja chovendo no molhado.

Lembre que o onus da prova normalmente recai sobre quem faz a afirmacao
(nao confunda com 'afirmar' inexistencia). *Por exemplo*, eu afirmo que
existem cogumelos telepatas roxos em cavernas na superficie de Marte. E
afirmo que eles existem porque conversam comigo telepaticamente e mandam
mensagens do tipo 'os seres humanos devem viver em harmonia'. Agora
pergunto... quem deve correr atras das 'provas' da existencia ou nao
desses cogumelos?

Concordo que a simples negacao e fuga da pesquisa desses
supostos cogumelos nao eh adequada. Mas de quem eh a 'obrigacao' primeira
de meter a mao na massa?

Tambem eh preciso ter o cuidado para nao haver afirmacoes de carater
totalmente subjetivo e pessoal do tipo... 'os cogumelos de Marte existem
pq eu sinto eles'... 'existem pq conversam comigo' ... 'ninguem provou
que nao existem.. entao existem..' .. 'eles existem pq me amam e eu tenho
eles no coracao' ... 'existem! pq sem eles a vida nao teria sentido!'.


ps: sei que podem surgir piadas pelo fato de eu ter usado cogumelo como
exemplo... mas se alguem fizer uma piada... pelo menos tem que ser
engracada. :)

ps2: talvez nao consiga acompanhar o restante do debate de maneira
adequada... nem sempre tenho tempo disponivel.

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna


SUBJECT: Re: [ciencialist] apresentacao e paradigmas da mente
FROM: Flavio Mendonça <fefemendonca@uol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 07/12/2000 19:14

Paz e Luz Luis,

lrb@if.ufrgs.br gravada:

> > > Flávio Mendonça:
> > > É pelo menos os que dizem todos os profissionais da área. O homem tem
> > > consciência de sua existência, da
> > > existência dos outros, e até ensaiam transcendências conscienciais. Já ouviu
> > > falar do instituto de
> > > projeciologia e conscienciologia ? E antes que digam algo a respeito,
> > > procurem ver se o fenômeno procede
> > > ou não. Pelo visto, neste meio virtual, percebo um cheiro de falta de
> > > espírito investigativo. Digo sem
> > > intenção de ofensa, mas de uma provocação, pois, ser científico é buscar nos
> > > fenômenos uma justificativa,
> > > e não simplesmente negá-lo.
>
> Desculpe se peguei o bonde andando e estou querendo sentar na janela!
> :).. nao acompanhei toda a discussao e talvez esteja chovendo no molhado.
>
> Lembre que o onus da prova normalmente recai sobre quem faz a afirmacao
> (nao confunda com 'afirmar' inexistencia).

Ah ! E só vale pra um e para o outro não ? Onde está o equilíbrio ? Quem afirmou não existir algo também
deve provar que não existe, pois, neste mundo relativista, provar é uma belíssima quimera:-)

> *Por exemplo*, eu afirmo que
> existem cogumelos telepatas roxos em cavernas na superficie de Marte. E
> afirmo que eles existem porque conversam comigo telepaticamente e mandam
> mensagens do tipo 'os seres humanos devem viver em harmonia'. Agora
> pergunto... quem deve correr atras das 'provas' da existencia ou nao
> desses cogumelos?

Quem afirmou ou quem negou. Eu particularmente não afirmo, apenas digo que acredito. Trata-se de uma
convicção pessoal. Aliás nem tão pessoal assim, parece existir uns punhados pensando como eu.

>
>
> Concordo que a simples negacao e fuga da pesquisa desses
> supostos cogumelos nao eh adequada. Mas de quem eh a 'obrigacao' primeira
> de meter a mao na massa?
>

E quem disse que já não fizeram ? O problema reside justamente aí. Alguns acham que detém a verdade, pois
sua maneira absolutista de pensar os leva a crer nisso. Pedem a todo tempo provas, mas provas de quê meu
Jesus cristinho, se estas não podem ser absolutas ?

>
> Tambem eh preciso ter o cuidado para nao haver afirmacoes de carater
> totalmente subjetivo e pessoal do tipo... 'os cogumelos de Marte existem
> pq eu sinto eles'... 'existem pq conversam comigo' ... 'ninguem provou
> que nao existem.. entao existem..' .. 'eles existem pq me amam e eu tenho
> eles no coracao' ... 'existem! pq sem eles a vida nao teria sentido!'.

Olha, podem dizer e pensar o que quiserem. Não existe nada que os impeçam. O mundo pode não ser nada disso
que pensam. Ele pode ser apenas uma subjetividade absoluta, ou não:-)

>
> ps: sei que podem surgir piadas pelo fato de eu ter usado cogumelo como
> exemplo... mas se alguem fizer uma piada... pelo menos tem que ser
> engracada. :)
>
> ps2: talvez nao consiga acompanhar o restante do debate de maneira
> adequada... nem sempre tenho tempo disponivel.
>

Pena ! Mas vc não me respondeu se começou o desafio ao qual se comprometeu.

>
> Ateh mais.
> Luis Roberto Brudna

Abraços !

Flávio Mendonça



SUBJECT: Re: apresentacao e paradigmas da mente
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ifusp-ex-alunos <ifusp-ex-alunos@egroups.com>, Regina Lucia Rosalino Ferreira <REGINA@fgv.br>, "José Carlos Moratelli" <jcmorate@yahoo.com.br>, fflch <fflch@egroups.com>, Rogeria ffc <rffc@prover.com.br>, Angela-RS <Angelaf@pangea.com.br>, movimento-filo <movimento-filo@egroups.com>, Genismo <Genismo@egroups.com>, scientia_una <scientia_una@egroups.com>, Ronaldo Ferreira Ramos <rfr@uol.com.br>, "R.alexandre" <Ricardo_Alexandre/RF04/SRF%SRF@receita.fazenda.gov.br>, filosofia <filosofia@egroups.com>
DATE: 07/12/2000 19:29



"Fernanda A. Sais" wrote:
>
> Saudações jocax e lista
> >"Fernanda A. Sais" wrote:
> > >
> > > Flavio Mendonça:
> > > Diga-me quem faria essa programação ? Digo, quem manipularia o genes ?
> >Que
> > > lei ?
> > >
> > > Fernanda: Penso que não há nada que manipule os genes... A codificação
> > > genética é resultado do acaso, assim como todas as outras combinações
> > > químicas.
> > >
> >
> >Sim a codificacao genetica eh devido ao acaso mas existe a selecao
> >natural
> >tambem que influencia no processo.
> >
>
> Muito bem lembrado :-)
>
> > > Jocax:
> > > >O altruismo puro soh viria com a extirpacao dos genes egoistas, via
> > > >Genismo.
> > >
> > > Flávio Mendonça:
> > > Olha ainda não entendi o que vem a ser Genismo, mas o exemplo das cascas
> >da
> > > cebola demonstra muito bem o
> > > processo.
> > >
> > > Fernanda: Extirpação dos genes egoístas via Genismo? Estou enganada, ou
> >o
> > > Genismo é uma teoria?

O Genismo eh uma teoria , uma filosofia e uma religiao.
Assim q tiver tempo , como propos o Brudna, vou fazer um FAQ sore o
Genismo.

> >
> >Se todos adotarem o Genismo o mal sera extirpado , veja em :
> >
> >http://www.egroups.com/message/ciencialist/6988
> >
> >
> > >Uma teoria nào pode "extirpar" genes, mas apenas os
> > > usos e técnicas decorrentes dela podem fazê-lo...

Sim, foi o q quis dizer qdo escrevi "se todos o adotarem".
Eu ainda nao tive tempo de estudar todas as implicacoes decorrentes da
adocao do Genismo pel humanidade, mas, uma delas, eh a extirpacao de
genes
anti-sociais como eu demonstrei na URL acima.

> >
> >Leia e depois me diga o q acha.
> >
>
> Bem, eu estava enganada... segundo o que entendi, o Genismo não se limita a
> uma teoria científica... Antes, propõe um modo de agir (e pensar), e modos
> de agir podem... extirpar genes?

Sim!, vc nao entendeu meu artigo "Humanidade : Salvacao" ??
Eu mostro exatamente o mecanismo de COMO isso acontece !

>ou seria extirpar a manifestação desses
> genes?

Nao, seria a extirpacao dos *proprios* genes malevolos !
leia o artigo de novo e diga-me o q vc nao entendeu.


>
> De qualquer forma, creio ter entendido o que vc queria dizer. Realmente,
> isso *talvez* fosse possível caso o Genismo fosse verdadeiro...

Eu demonstrei q o Genismo levaria inexoravelmente a isso se todos o
adotassem.

>na verdade,
> mesmo se não o fosse, uma vez que religião (refiro-me à religiosidade das
> massas, que a humanidade conheceu até o momento) funciona para muita coisa
> mesmo sem ser verdade. (interessante esse caráter do Genismo, que une
> religião, ciência e filosofia... a meu ver, esse é o caminho certo, posto
> que a verdade é uma só deve haver uma única teoria que a explique.

Note q o Genismo nao se propoe a descobrir a verdade uma vez que o
Genismo
nao eh uma teoria fisica.

Ela eh uma teoria Gemetica e esta vinculada ao problema da felicidade
humana.

O Genismo eh uma teoria q propoe responder a uma
pergunta da Gemetica : "Qual o meme que maximiza o prazer do grupo?"
A resposta a esta pergunta nao eh uma verdade mas uma doutrina de
valores.

Portanto eh uma teoria filosofica, ja que uma resposta a esta questao
esta necessariamente ligada a etica. A etica eh um conjunto de normas
que visa
exatamente maximizar a felicidade do grupo.

>Mas,
> embora do ponto de vista religioso e filosófico ele seja aceitável, penso
> que falta-lhe um pouco de rigor científico). Se aceita um conselho, quando
> estiver falando do Genismo como ciência, evite afirmações que não sejam bem
> fundamentadas.

O Genismo esta bem fundamentado : Ele parte da assercao de que todos
os organismos vivos tem como "objetivo" perpetuar seus genes.
Onde o termo "objetivo" nao deve ser lido no sentido de "ter a
consciencia"
mas sim de que eles (organismos) foram evoluidos e selecionados de modo
q esta caracteristica se destacasse entre TODAS as outras.

O Genismo quer que tiremos as aspas do "objetivo" e assumamos nossa
condicao de maquinas de perpetuar genes. Assim :
Os humanos devem ter como objetivo ( sem aspas ) o mesmo "objetivo" (
com aspas)
de seus genes.
Eu demonstrei tambem q alem desta maneira de pensar minimizar os
conflitos
internos gemeticos ( culturaXgenes ), ela tambem levaria a aniquilacao
do mal na especie humana.
Os 5 mandamentos do Genismo foi simplesmente uma tentativa de resumir a
teoria genista em um formato doutrinario simples de se entender e
seguir.


>Ás vezes uma afirmação é até verdadeira, mas não está
> integrada ao contexto de forma adequada, não resulta de uma linha de
> raciocínio válida (no sentido de não existirem argumentos suficientes que
> justifiquem determinada conclusão). Quando vc afirma que o altruísmo puro só
> viria com a extirpação dos genes egoístas via Genismo, por exemplo, está
> desconsiderando uma série de fatores e fazendo uma afirmação que baseia-se
> na fé no Genismo.

Nao creio. Veja definindo altruismo puro como sendo qdo memes e *genes*
buscam o mesmo bem de uma outra pessoa em seu proprio detrimento, entao
a ciencia mostra q isto acontece qdo existe um beneficio genetico para
quem
pratica o altruismo: Ou eh um parente, ou a pessoa ou seus genes irao
se beneficiar deste altruismo. Ou seja nao existe, atualmente, altruismo
totalmente desinteressado. Sei q isso ira suscitar muita controversia
mas em geral eh isso mesmo. Claro q pode haver um altruismo MEMETICO e a
pessoa podera ateh se sentir bem mas, este comportamento nao podera ser
permanente. A discussao vai longe e nao gostaria de ficar discutindo
detalhes.
Mas posso adiantar algo: Se uma pessoa acreditar q se auto-flagelar ira
ganhar a vida eterna no paraiso, isso podera faze-la um pouco feliz
mas nao totalmente uma vez q seus genes "nao irao gostar" muito....



> Afirmações como essa tiram um pouco a credibilidade
> científica de uma teoria que, em si, me parece muito boa.

Que afirmacoes?

[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar??
FROM: Flavio Mendonça <fefemendonca@uol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 07/12/2000 21:49

Paz e Luz Marcelo,

Olha nós aqui outra vez.....

Marcelo Barbosa gravada:

> >Bela tentativa ! Mas criar determina que houve desejo de Deus ?
> Tentamos de toda forma entender Deus, mas
> >não nos é possível ainda. Falta-nos propriedade, assim como falta a
> uma ameba entender o raciocínio
> >humano.
>
> Deixa eu ver se entendi a analogia:
>
> 1) Ameba não compreende humano
> Mas...
> 2) Humanos existem
> Então...
> 3) Humano não compreende deus
> Logo...
> 4) Deuses existem (???)
>
> Sinto, mas não tem lógica...
>

Claro, pois não alcançasses o que eu disse. Sofismaste apenas.
O que quis dizer é que não temos capacidade sensorial, não temos nenhuma propriedade para entender Deus.
Somos completamente incompletos para entende-lo, porém, estamos todos tentando. Eu qdo falo de sua
propriedade e natureza, você, qdo as nega. Logo, a melhor coisa que temos a fazer é estudar as coisas que
nos tocam mais de perto, e deixar os sistemas sobre Deus, de lado.

>
> >Colocamos em Deus propriedade nossas para efeito de analogia, porém,
> não passa de tentativas
> >quiméricas. A melhor coisa a se fazer nesta questão de Deus, é
> deixa-lo de lado e nos atermos as nossas
> >necessidades mais prementes de evolução.
>
> Pois é, nós ateus deixamos deus tão de lado que nem mesmo achamos que
> seja necessária sua existência...
>

É um caminho. No entanto muitos, tanto qto nós teístas, tentam vez por outra provar a sua inexistência.
Alguns chegam a ficar indignados. Veja que a indignação parte dos dois lados. Eu particularmente, nem
estou aí pra isso. Deus é um dogma que não se pode provar muito menos negar. Aceito apenas, por efeito de
limitação consciencial, que ele seja a causa primária de todas as coisas. Já vc concebe de outra forma. O
que fazer ? Na minha opinião avançar mais na tentativa de descobrirmos esse labirinto. Adianta discutir ?
Veja qta energia desperdiçada nesta tentativa.

Inté !

Flávio Mendonça



SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar??
FROM: Flavio Mendonça <fefemendonca@uol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 07/12/2000 21:50

Paz e Luz Marcelo,

Marcelo Barbosa gravada:

> >Qto a pré-existência do universo, nada podemos falar, ainda é para
> todos nós um dogma a ser desvendado.
>
> Dogma a ser desvendado??? Dogmas não são desvendados, são criados ou
> "revelados" por algum ser divino.
>

Revelado não significa algo relativo a divindade. Uma descoberta é uma revelação. Povo místico, sô)))

>
> E se nada podemos falar da pré-existência do universo, como dizer que
> foi Deus que o criou? Isso por si só já pressupõe que o universo não
> existia antes.

Não se vc acreditar que Deus é a causa primária de tudo. A partir dele teria se iniciado a criação.

>
>
> >Particularmente creio em uma causa primária para todos os efeitos,
> porém, como tudo neste mundo de
> >consciência relativa, trata-se apenas de minha percepção da
> realidade.
>
> Sim, é a nossa percepção comum, o que não quer dizer que seja a
> realidade.
>

Bingo ! Trata-se apenas de um dogma. A não existência também.

>
> >> Quem originou deus?
> >
> >Dentro desta minha perspectiva, Deus não foi originado, ele existe na
> eternidade. Ele é o absoluto, causa
> >inicial de todos os efeitos.
>
> Por que o próprio universo não pode "existir na eternidade"?

Pq o universo seria efeito desta causa primária.

> Ser
> absoluto? Por que deus pode? Só porque muita gente crê que isso seja
> verdade, não significa que seja.

Exatamente. Não significa mesmo.

> A realidade é uma só.

Qual é ela ?

> Dizer que há um
> deus eterno que originou tudo é bastante cômodo.

Vc acha, e pq o mistério continua ?

> Poderia-se pensar que
> são 21 deuses, eternos, que criaram tudo. E daí?

Ora, podes pensar o que quiser afinal o pensamento é seu.

>
> >A moral é uma tentativa humana de atingir uma harmonia com o Cosmo. É
> criação humana e não divina. Um ser
> >após atingir uma condição integral, já não mais necessitaria da
> moral, pois já seria harmônico com o
> >Cosmo.
>
> O que é uma condição integral?

É compreender o todo, e sintonizar com ele. Seria compreender o absoluto.

> O que é estar em harmonia com o Cosmo?

Está em harmonia com as leis naturais. Não infringi-las. Como dizem os místicos orientais, seguir o fluxo.

>
> Por favor, não use expressões vazias de sentido, que dão margem aos
> leitores a interpretarem como quiserem.

Não existe expressões concretas. Isso é uma ilusão. Só o pensamento é real. Não se pode expressar-se sem
macular o pensamento. Apenas o sentir pode vivenciar esta experiência. Veja que qdo nos aprofundamos nas
propriedades da matéria, vemos o qto é infinito concebe-la como algo realmente material, pois que a
matéria é apenas um evento dinâmico que não encontra ordem nem no tempo nem no espaço.

>
> >> Se podemos aceitar
> >> respostas do tipo "deus criou a si mesmo", qual seria a dificuldade
> de
> >> aceitarmos "o universo se criou a si mesmo", ou "o universo sempre
> >> existiu"?
> >
> >Nenhuma, trata-se de um dogma e como tal qualquer um responde essas
> questões.
>
> E justamente o dogma é o que a ciência luta para extinguir. Não basta
> explicar as coisas através de dogmas e achar que está tudo bem.

Pena, pois da forma que é feita jamais extinguirá. Mas como um otimista incorrigível, creio que ela
trilhará por caminhos outros que nos levará a esta compreensão.

> Como
> disse, a realidade é só uma.

Qual é a realidade ?

> Eu poderia acreditar em um dogma que
> dissesse que o universo é eterno, sem haver a necessidade de deus; que
> fizesse o universo ser a única exceção à regra de causalidade, assim
> sem mais nem menos. E nós não chegaríamos a lugar nenhum! Você
> acreditando no dogma deus (causa última) e eu no dogma universo (sem
> precisar de causa).

Parabéns ! Já estás saindo do estado estático:-) Isso é bom demais !

>
> Você pagaria cem mil reais por meu fusca se eu dissesse que esse preço
> é um dogma relevado a mim por deus?

Se assim eu concebesse, claro que pagaria. Talvez desse a vida por isso. Não damos todos a vida por nossas
reais convicções ?

> Vendo já! Não? Por que não? Por
> que vc não pode crer em mim quando falo em dogmas e crê nos fundadores
> das religiões?

Quem disse que acredito neles ? Vc está na defensiva ou é impressão minha ?

Até mais,

Flávio Mendonça



SUBJECT: Re: [ciencialist] paradigmas da mente
FROM: "Marcelo Barbosa" <embs@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 07/12/2000 22:39


>Já tem o bastante ? Poxa qta presunção, em ? Quem foi o nobel nesta
ocasião ? Quem determinou a origem do
>universo ? Para que serve esta lista, não estaríamos perdendo tempo,
uma vez já termos todas as respostas
>?

Eu é que pergunto: se admitimos que deus é o início de tudo, o
criador, para que esta lista?


>Ahammmm )))) Aí está o elo. A consciência não poderia realmente
evoluir a estágios transcendentes apenas
>de uma noite para o dia, pois que lhe faltaria a experiência, a
experimentação das coisas. É nesta hora
>que entra a ciência Espírita, explicando através da pluralidade das
existências como se dá o processo de
>conscientização.

Explicando? Colocar um monte de fantasma dentro das pessoas você chama
de "explicar"? Colocar um deus no início do universo é explicar? Da
mesma maneira que as pessoas, há alguns séculos, explicavam calmamente
a origem dos trovões como sendo a voz dos deuses...


>Sei que muitos aqui irão tremer ao ler isto. Mas garanto-lhe que ela
obedece aos
>princípios científicos.

Garante? Boa essa... Quais são as garantias?


> Contém, método próprio, experimentos, teoria formulada, e avanço
dessas teorias.
>Mas ai entra outra questão que não vale a pena recomeçar. Trata-se de
definirmos o que é e o que não é
>ciência.

Avanço das teorias religiosas? Que avanços? Que experimentos?





SUBJECT: Re: [ciencialist] Evolução da consciência
FROM: "Marcelo Barbosa" <embs@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 07/12/2000 22:55

>> A origem eh a mutacao genetica.
>> Os impulsos sao uma reacao do organismo aos impulsos.
>> Tais impulsos sao codificados via genes
>>
>
>Mas suas origens encontra-se onde, vieram do nada ?

Lá vem você com a preocupação da origem... Se deus pode ser auto
criado, por que a mutação genética também não pode ser auto criada?
(se formos pensar de uma forma "religiosa").


>Esses memes já existiam antes da consciência ? Se não, como poderiam
influenciar ? Se sim, qual a sua
>origem ? E como originou-se esta programação básica ? Veja que vc
fala que o genes criou, mas quem ou que
>criou o genes ? Insisto nisso, pois gostaria de saber, baseado neste
conceito o que deu origem ao
>processo.

Quem criou os genes? EU poderia até contar uma longa história
envolvendo moléculas, reações, radiações, estrelas, etc. Mas nem
começarei porque eu sei que a cada passo você perguntará "e quem criou
isso?", até chegarmos finalmente no Big Bang e você vier com a mesma
pergunta... Enquanto você acreditar que a causa última de tudo é deus,
não há porque discutir com você, pois parece que nada mais importa.


>Vc diz isso. Não é o mesmo que digo. No meu modo de ver fomos criados
simples e ignorantes, e através da
>experimentação, fomos adquirindo atributos nas várias oportunidades
reencarnatórias. Qdo digo fomos
>criados, é uma forma simbólica de falarmos de uma origem a qual não
podemos determinar. Falta-nos esse
>elo, que creio não podermos saber, pois só sabemos a partir da origem
das nossas consciências. Só tomamos
>consciência a partir dela mesma, antes não tínhamos como saber, pois
que não a possuíamos ainda.

Oportunidades reencarnatórias? Oportunidades dadas por quem? Não
precisa dizer...


>Acontece que mudamos sempre os nossos destinos. A história está aí
para provar. Enquanto a máquina, não.

Mudamos nossos destinos? Como sabemos que há destino? Como sabemos que
o que estamos fazendo agora é diferente de algo que já estava
planejado, ou que simplesmente nunca houve nada planejado?


>Veja que aqui podemos inverter as coisas. Como o caos não existe,
então foi Deus.
>Ora a que isso nos levará ? Por isso proponho deixar de lado esses
sistemas, e procurar as coisas que nos
>toca mais de perto. Admitir Deus, criador ou qualquer coisa que o
valha é tão impossível qto qualquer
>negação. Ambas necessitam de fundamentos, os quais a nossa razão não
percebe.

Ambas necessitam fundamentos? Você precisa de algum fundamento para
admitir que não há um IBM-PC com Windows 2000 agora orbitando a
estrela Sirius?


> Na minha forma de ver, isso
>se dá pq nossa consciência ainda não é integral. Vivemos uma
realidade relativista.

Realidade relativista, consciência não integral... Explique.






SUBJECT: apresentacao e paradigmas da mente
FROM: "Fernanda Amadei Sais" <lifer@iconet.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 07/12/2000 23:03

Olá, Flávio e lista

Segue-se um comentário que estou receosa em postar, mas não resisto...



Fernanda:
> Todas as
> características da personalidade humana são resultado de reações químicas
(a
> não ser que se admita uma existência espiritual, mas como o assunto é
> controverso acho melhor não considerá-lo para evitar complicações
> desnecessárias), e, admitindo-se que a nossa personalidade seja uma ilusão
> resultante de mecanismos biológicos de sobrevivência, até onde podemos
saber
> o que gera determinada característica (no caso, o altruísmo)?

Flávio:
O problema é esse. As bases para análise leva-se em conta o espírito, e não
um fenômeno puramente
químico-biológico. Estes sim, são instrumentos, assim como todo o resto do
organismo. Como disse, o
altruísmo é uma fase mais depurada da consciência. Isso acontece em função
das várias existências
corporais. A tal história da cebola:-) Veja que a ciência convencional não
admitindo essa existência
espiritual, trata a questão a partir de um ponto, e toma isso como base para
teorizar a origem. Passando
através da genética de geração em geração pode o homem evoluir
consciencialmente. Isso realmente é
verdadeiro, mas como mecanismo de base. De resto quem determina o processo,
no meu modo de ver é o
espírito. Agora, só não me peça as provas, se não serei obrigado a solicitar
as suas. Podemos no máximo
fazer experimentos, e concluir teorias, assim como toda a ciência. Neste
caso veremos então que nem um nem
outro prova nada em absoluto.

Fernanda:
Percebo que temos pontos de vista diferentes sobre características
relacionadas à consciência, Flávio. Por isso, gostaria de esclarecer qual o
método que eu geralmente uso para tratar do assunto. Penso que existem,
*inicialmente*, duas possibilidades: ou a consciência que possuímos deve-se
ao espírito (caso ele exista) ou é, sim, um fenômeno químico-biológico
nenhuma das hipóteses pode ser descartada inicialmente. Afinal, creio que
já concordamos que o cientista não deve ser influenciado por suas convicções
em seu trabalho investigativo :-) - tarefa difícil, mas podemos sempre
tentar ). Até aqui estamos no óbvio.

Mas, toda vez que analiso qualquer característica consciencial acho
necessário trabalhar as mesmas idéias com as duas possibilidades, uma para a
existência do espírito (ou algo que o valha) e outra que independa disso. É
simples: se os espíritos existirem, devem enquadrar-se nos fenômenos
naturais (é certo que estou abolindo a possibilidade de seres que estejam
além de qualquer lei natural, por falta de evidências a favor mas,
principalmente, porque "todos os fenômenos são naturais e dignos de
investigação *científica*" ). Seguindo esse raciocício, a mesma teoria deve
servir às duas possibilidades, uma vez que, embora não a conheçamos, há uma
só verdade a respeito (a afirmativa ou a negativa da consciência como
resultado de fenômenos puramente químico-biológicos). Concedo aos dois lados
o benefício da dúvida até que se prove o contrário. ( essa maneira de ver a
questão origina-se justamente do fato de nenhum dos lados opostos conseguir
provar nada de absoluto - ou quase - e de uma convicção - olha ela de novo
:-) nunca nos livramos completamente dela... - de que a solução dos
problemas não reside nos opostos - geralmente inflexíveis - mas no
meio-termo sensato - mais propício a análises e "re-análises")

A partir disso começo a pensar no assunto, o que muitas vezes traz
consequências desastrosas: geralmente eu "compro briga" com os dois lados,
pois, de uma forma geral, os religiosos não admitem uma análise racional (e
que nege seus dogmas) baseada em conhecimentos científicos, e os cientistas
(céticos) não admitem que se fale no assunto sem abolir completamente a
possibilidade de discutir científicamente fenômenos tidos como espirituais.
(note-se que me considero cética - talvez não no sentido filosófico do
termo, que remete ao humanismo secular - quanto às religiões atuais e quanto
à ciência tradicional tb... ). Apesar disso, chego, por enquanto, à
conclusão de que a partir da análise dos fenômenos naturais, propondo-se
explicações fundamentadas na ciência natural - devidamente reformulada e
atualizada com novas interpretações - pode se chegar a uma espécie de fusão
científico-"religiosa" , não baseada em crenças mas em resultados, que torne
enfim desnecessárias as controvérsias radicais entre ciência e religião -
uma vez que nenhuma das duas existirá na sua forma atual, mas serão uma só
muito mais evoluída. Nesse sentido admiro muito o Genismo do jocax, que é um
passo nessa direção, a meu ver, a mais acertada possível.

Espero não ter aborrecido ninguém com esses comentários :-)


Só mais uma coisinha...

Flávio, quanto ao fato de a codificação genética ser obra do acaso -em que
ocorrem as mutações gênicas - e seleção natural (afirmação da teoria
evolucionista *aceita pela maior parte dos cientistas* - tudo bem q isso não
vale, pois é um argumento q baseia-se na autoridade dos tais cientistas...
mas é falha minha, não da teoria:-) ), você comentou que:

"Mesmo que fosse consenso, ainda não prova. Trata-se apenas de uma teoria, e
aceita por alguns e negadas
por outros. Por isso falei que com rigor, nada é admitido absolutamente."

Tudo bem que não prova, mas negá-la seria mais ou menos como negar que a
Terra gire ao redor do Sol, dadas as evidências... E, só por curiosidade,
você conhece alguma teoria melhor?


Amistosamente,
Fernanda Sais.




SUBJECT: apresentacao e paradigmas da mente
FROM: "Fernanda Amadei Sais" <lifer@iconet.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 08/12/2000 00:40

Olá, Flávio e lista

Segue-se um comentário que estou receosa em postar, mas não resisto...



Fernanda:
> Todas as
> características da personalidade humana são resultado de reações químicas
(a
> não ser que se admita uma existência espiritual, mas como o assunto é
> controverso acho melhor não considerá-lo para evitar complicações
> desnecessárias), e, admitindo-se que a nossa personalidade seja uma ilusão
> resultante de mecanismos biológicos de sobrevivência, até onde podemos
saber
> o que gera determinada característica (no caso, o altruísmo)?

Flávio:
O problema é esse. As bases para análise leva-se em conta o espírito, e não
um fenômeno puramente
químico-biológico. Estes sim, são instrumentos, assim como todo o resto do
organismo. Como disse, o
altruísmo é uma fase mais depurada da consciência. Isso acontece em função
das várias existências
corporais. A tal história da cebola:-) Veja que a ciência convencional não
admitindo essa existência
espiritual, trata a questão a partir de um ponto, e toma isso como base para
teorizar a origem. Passando
através da genética de geração em geração pode o homem evoluir
consciencialmente. Isso realmente é
verdadeiro, mas como mecanismo de base. De resto quem determina o processo,
no meu modo de ver é o
espírito. Agora, só não me peça as provas, se não serei obrigado a solicitar
as suas. Podemos no máximo
fazer experimentos, e concluir teorias, assim como toda a ciência. Neste
caso veremos então que nem um nem
outro prova nada em absoluto.

Fernanda:
Percebo que temos pontos de vista diferentes sobre características
relacionadas à consciência, Flávio. Por isso, gostaria de esclarecer qual o
método que eu geralmente uso para tratar do assunto. Penso que existem,
*inicialmente*, duas possibilidades: ou a consciência que possuímos deve-se
ao espírito (caso ele exista) ou é, sim, um fenômeno químico-biológico
nenhuma das hipóteses pode ser descartada inicialmente. Afinal, creio que
já concordamos que o cientista não deve ser influenciado por suas convicções
em seu trabalho investigativo :-) - tarefa difícil, mas podemos sempre
tentar ). Até aqui estamos no óbvio.

Mas, toda vez que analiso qualquer característica consciencial acho
necessário trabalhar as mesmas idéias com as duas possibilidades, uma para a
existência do espírito (ou algo que o valha) e outra que independa disso. É
simples: se os espíritos existirem, devem enquadrar-se nos fenômenos
naturais (é certo que estou abolindo a possibilidade de seres que estejam
além de qualquer lei natural, por falta de evidências a favor mas,
principalmente, porque "todos os fenômenos são naturais e dignos de
investigação *científica*" ). Seguindo esse raciocício, a mesma teoria deve
servir às duas possibilidades, uma vez que, embora não a conheçamos, há uma
só verdade a respeito (a afirmativa ou a negativa da consciência como
resultado de fenômenos puramente químico-biológicos). Concedo aos dois lados
o benefício da dúvida até que se prove o contrário. ( essa maneira de ver a
questão origina-se justamente do fato de nenhum dos lados opostos conseguir
provar nada de absoluto - ou quase - e de uma convicção - olha ela de novo
:-) nunca nos livramos completamente dela... - de que a solução dos
problemas não reside nos opostos - geralmente inflexíveis - mas no
meio-termo sensato - mais propício a análises e "re-análises")

A partir disso começo a pensar no assunto, o que muitas vezes traz
consequências desastrosas: geralmente eu "compro briga" com os dois lados,
pois, de uma forma geral, os religiosos não admitem uma análise racional (e
que nege seus dogmas) baseada em conhecimentos científicos, e os cientistas
(céticos) não admitem que se fale no assunto sem abolir completamente a
possibilidade de discutir científicamente fenômenos tidos como espirituais.
(note-se que me considero cética - talvez não no sentido filosófico do
termo, que remete ao humanismo secular - quanto às religiões atuais e quanto
à ciência tradicional tb... ). Apesar disso, chego, por enquanto, à
conclusão de que a partir da análise dos fenômenos naturais, propondo-se
explicações fundamentadas na ciência natural - devidamente reformulada e
atualizada com novas interpretações - pode se chegar a uma espécie de fusão
científico-"religiosa" , não baseada em crenças mas em resultados, que torne
enfim desnecessárias as controvérsias radicais entre ciência e religião -
uma vez que nenhuma das duas existirá na sua forma atual, mas serão uma só
muito mais evoluída.

Espero não ter aborrecido ninguém com esses comentários :-)


Só mais uma coisinha...

Flávio, quanto ao fato de a codificação genética ser obra do acaso -em que
ocorrem as mutações gênicas - e seleção natural (afirmação da teoria
evolucionista *aceita pela maior parte dos cientistas* - tudo bem q isso não
vale, pois é um argumento q baseia-se na autoridade dos tais cientistas...
mas é falha minha, não da teoria:-) ), você comentou que:

"Mesmo que fosse consenso, ainda não prova. Trata-se apenas de uma teoria, e
aceita por alguns e negadas
por outros. Por isso falei que com rigor, nada é admitido absolutamente."

Tudo bem que não prova, mas negá-la seria mais ou menos como negar que a
Terra gire ao redor do Sol, dadas as evidências... E, só por curiosidade,
você conhece alguma teoria melhor?


Amistosamente,
Fernanda Sais.






SUBJECT: apresentacao e paradigmas da mente
FROM: "Fernanda Amadei Sais" <lifer@iconet.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 08/12/2000 00:40

Olá a todos.

jocax, antes de mais nada, tenha paciência comigo... :-) o Genismo não
está ainda muuuiiito claro para mim, só estou comentando pq sou intrometida.



----- Original Message -----
From: Joao Carlos Holland de Barcellos

> >
> >Se todos adotarem o Genismo o mal sera extirpado , veja em :
> >
> >http://www.egroups.com/message/ciencialist/6988
> >
> >
> > >Uma teoria nào pode "extirpar" genes, mas apenas os
> > > usos e técnicas decorrentes dela podem fazê-lo...

Sim, foi o q quis dizer qdo escrevi "se todos o adotarem".
Eu ainda nao tive tempo de estudar todas as implicacoes decorrentes da
adocao do Genismo pel humanidade, mas, uma delas, eh a extirpacao de
genes
anti-sociais como eu demonstrei na URL acima.

> >
> >Leia e depois me diga o q acha.
> >
>
> Bem, eu estava enganada... segundo o que entendi, o Genismo não se limita
a
> uma teoria científica... Antes, propõe um modo de agir (e pensar), e modos
> de agir podem... extirpar genes?

Sim!, vc nao entendeu meu artigo "Humanidade : Salvacao" ??
Eu mostro exatamente o mecanismo de COMO isso acontece !

==> Acredito ter entendido, mas não ter concordado com tudo.

>ou seria extirpar a manifestação desses
> genes?

Nao, seria a extirpacao dos *proprios* genes malevolos !
leia o artigo de novo e diga-me o q vc nao entendeu.

==> Tudo bem. Para evitar confusões, então, vou separar as coisas. Primeiro,
vamos ao seu artigo: vc parte do pressuposto que, se o indivíduo possuir
memes que façam o papel dos genes malévolos, a mutação genética que diminua
a ocorrência de tais genes não levará o indivíduo a sofrer a pressão
seletiva que sofreria sem esses memes. (certo?) Mas isso apenas o torna em
iguais condições de competição com o indivíduo que possua os genes, sendo a
única diferença que um vai agir por instinto genético e o outro por causa
dos memes adquiridos com o Genismo, mas... daí a concluir que isso vá
necessariamente conferir ao último uma vantagem evolutiva que levará o
primeiro à extinção é forçar um pouco a barra, eu acho... (humilde opinião,
não leve a mal).

Mas a minha dúvida é: as mutações ocorrem ao acaso. Como vc pode garantir
que vá haver uma mutação genética diminuindo ou extirpando tal sentimento,
que esse ser mutante vá conseguir se reproduzir mais do que o não mutante,
etc...? Segundo o que sei (corrija-me caso esteja equivocada),
estatisticamente, as mutações são mais frequentemente desfavoráveis do que
favoráveis. Agora, caso ocorra tudo exatamente de acordo com as suas
previsões, está tudo correto, mas... Quanto tempo demoraria para que isso
ocorresse, e para que esssa mutação se propagasse por toda a humanidade?
Quem garante que, ao final, não conviveriam seres humanos mutantes sem os
genes malévolos juntamente com os portadores desses genes (acho que faltam
bases para garantir que ocorreria a extinção desses genes...)

>
> De qualquer forma, creio ter entendido o que vc queria dizer. Realmente,
> isso *talvez* fosse possível caso o Genismo fosse verdadeiro...

Eu demonstrei q o Genismo levaria inexoravelmente a isso se todos o
adotassem.

>na verdade,
> mesmo se não o fosse, uma vez que religião (refiro-me à religiosidade das
> massas, que a humanidade conheceu até o momento) funciona para muita coisa
> mesmo sem ser verdade. (interessante esse caráter do Genismo, que une
> religião, ciência e filosofia... a meu ver, esse é o caminho certo, posto
> que a verdade é uma só deve haver uma única teoria que a explique.

Note q o Genismo nao se propoe a descobrir a verdade uma vez que o
Genismo
nao eh uma teoria fisica.

Ela eh uma teoria Gemetica e esta vinculada ao problema da felicidade
humana.

O Genismo eh uma teoria q propoe responder a uma
pergunta da Gemetica : "Qual o meme que maximiza o prazer do grupo?"
A resposta a esta pergunta nao eh uma verdade mas uma doutrina de
valores.

Portanto eh uma teoria filosofica, ja que uma resposta a esta questao
esta necessariamente ligada a etica. A etica eh um conjunto de normas
que visa
exatamente maximizar a felicidade do grupo.

==> Bem, vc afirmou que o Genismo é uma teoria, uma filosofia e uma
religião, e agora diz que ele não se propõe a descobrir a verdade. A que
verdade vc se refere? pq se nada do que ele afirme for verdade, talvez eu
tenha me entusiasmado mais do que deveria com ele... Além disso, eu não
sabia que só uma teoria física pode se propor a descobrir a verdade... por
que?

>Mas,
> embora do ponto de vista religioso e filosófico ele seja aceitável, penso
> que falta-lhe um pouco de rigor científico). Se aceita um conselho, quando
> estiver falando do Genismo como ciência, evite afirmações que não sejam
bem
> fundamentadas.

O Genismo esta bem fundamentado

==> eu não disse que o Genismo não está bem fundamentado, disse apenas que
algumas afirmações que vc faz usando "seu santo nome em vão" não são muito
bem fundamentadas.

>Ás vezes uma afirmação é até verdadeira, mas não está
> integrada ao contexto de forma adequada, não resulta de uma linha de
> raciocínio válida (no sentido de não existirem argumentos suficientes que
> justifiquem determinada conclusão). Quando vc afirma que o altruísmo puro

> viria com a extirpação dos genes egoístas via Genismo, por exemplo, está
> desconsiderando uma série de fatores e fazendo uma afirmação que
baseia-se
> na fé no Genismo.

Nao creio. Veja definindo altruismo puro como sendo qdo memes e *genes*
buscam o mesmo bem de uma outra pessoa em seu proprio detrimento, entao
a ciencia mostra q isto acontece qdo existe um beneficio genetico para
quem
pratica o altruismo: Ou eh um parente, ou a pessoa ou seus genes irao
se beneficiar deste altruismo. Ou seja nao existe, atualmente, altruismo
totalmente desinteressado. Sei q isso ira suscitar muita controversia
mas em geral eh isso mesmo. Claro q pode haver um altruismo MEMETICO e a
pessoa podera ateh se sentir bem mas, este comportamento nao podera ser
permanente. A discussao vai longe e nao gostaria de ficar discutindo
detalhes.
Mas posso adiantar algo: Se uma pessoa acreditar q se auto-flagelar ira
ganhar a vida eterna no paraiso, isso podera faze-la um pouco feliz
mas nao totalmente uma vez q seus genes "nao irao gostar" muito....

==> Tudo bem, só queria dizer uma coisa: nesse ponto não discordamos em
nada. Considero convincente essa afirmação do Genismo sobre a nossa
condição atual (de que não existe atualmente altruísmo totalmente
desinteressado), só acho as previsões que vc faz das consequencias da adoção
dele no futuro um pouco exageradas.

> Afirmações como essa tiram um pouco a credibilidade
> científica de uma teoria que, em si, me parece muito boa.

Que afirmacoes?

==> Afirmações reducionistas, que desconsiderem outros fatores secundários e
não sejam baseadas em argumentos resultantes de um racioncínio lógico.
Quando vc afirma que o altruísmo puro só
viria com a extirpação dos genes egoístas via Genismo, por exemplo, está
desconsiderando uma série de fatores e fazendo uma afirmação que baseia-se
na fé no Genismo. Em suma, na minha opinião, as considerações sobre os
acontecimentos futuros deveriam ser mais cautelosas, uma vez que dependem de
fatores como o acaso.


Cordialmente,
Fernanda Sais.



SUBJECT: Ciencia e Poder
FROM: "Marco Aurelio" <logos@pccp.com.ar>
TO: "ciencialist" <ciencialist@egroups.com>
CC: "Manuel Bulcao" <msbn@daterranet.com.br>
DATE: 08/12/2000 02:10

Quando li a msg do companheiro de lista Manuel Bulcão fiquei um poco preocupado. Creio que a ação moderadora é muito útil e prudente para prevenir os ataques inter-listas.

É bastante são, desde um ponto de vista ético, que uma lista não seja principalmente utilizada para atacar outras listas. No entanto temos que ser muito prudentes. Esta não pode, de modo algum, constituir-se como uma norma absoluta. Deve ser, como todas as normas, para garantir um mínimo de bem estar sem prejudicar a convivencia e a liberdade de expressão. Existem regulamentos que, quando são claros, as pessoas se aderem ou não, mas, uma vez aderidas, os aceitam. Jamais pode nenhuma regra ser mais que as pessoas, desde que estas não faltem com a correção. Corre-se o risco de transformar-se em seita ou algo parecido a uma ordem religiosa. Mas este não é o pior defeito.

Creio que a neutralidade de uma lista deve ser respeitada até um ponto em que entra em jogo o poder. A vontade de exercer o poder é bastante real em muitas pessoas e o manejo do mesmo é sempre algo que deve ser bem regulamentado. O poder tem seus limites e, quando se expande muito, pode se tornar perigoso.

De nenhuma maneira penso que nenhuma lista vai rejeitar nenhuma física "por ser judía" (sic). Tampouco creio que tenhamos talibans na política.

No entanto, uma organização, com seus membros, pode estar exercendo uma fascinação sobre o público e as pessoas que se dão conta disso, se não fazem a sua propria lista (não é coisa muito fácil) para protestar, ficam sem voz.

Verdadeiramente o FCB vai-se tornando uma lista bastante poderosa. Escolheram um nome sedutor, são combativos, entusiastas de uma atitude e defendem a ciencia. Mas nós todos sabemos que a ciencia tem muitos adeptos e muitos ângulos para ser cultivada.

Gente que participou do FCB pode estar descontente e creio que poderia ser ouvida. Às vezes dizer "va chorar na porta deles" pode ser cômodo e até conveniente, mas se, em nome de uma regra severa, um dos donos da lista se arvora ao direito de suspender por falta de ética ou de tomar decisões arbitrarias, faz pensar que, se tiverem o poder, podem ser perigosos. Se a gente elimina alguem de uma lista por uma determinação demasiado subjetiva, quem pode afirmar que se estas pessoas tem o poder, não o exerçam, eliminando em diferentes níveis?

Os médicos se defendem mutuamente, mas quando um se torna perigoso, se fazem denuncias. A maior ofensa que qualquer pessoa pode dirigir a um cético é dizer que seu discurso é religioso. A vingança será terrível. Não importa se o discurso é ou não religioso. Não se pode dizer. Em seguida surgirão talibans cortando cabeças (espero que seja sempre uma metáfora).

Que sejam os porta-vozes da ciencia brasileira ou de onde seja, não é aconselhavel. Que se critique como uma coisa apaixonada e sem limite é fazer as coisas mal. Tampouco servem os ataques apaixonados. Esta lista se transformaria num lixo cheio de críticas.

Alexis de Toqueville disse que as arbitrariedades das minorias são prejudiciais, mas disse que tão sangrenta e execrável como as minorias, é a arbitrariedade das maiorias. É muito difícil fazer uma crítica. A crítica fala do valor dos enunciados para o conhecimento. Não é fácil falar de poder, mas é o que mais prejudica. Enquanto podemos nos manifestar, tudo bem. Até para defender estupidez, a gente deve ser livre. No entanto se deve cuidar para limitar todos os que se arvorem em atacar a liberdade de expressar-se. Então, da mesma forma que se baniu a "física judia", se pode decretar que tal ou qual coisa não é válida, só por uma vontade de poder. Alguém, na velha Inglaterra disse que todo poder corrompe e o poder absoluto corrompe absolutamente. Quanta arbitrariedade devemos aceitar em nome da ciencia? Creio que a gente deve ter cuidado com as críticas. Talvez a melhor atitude é mudar de lista, mas quem é simplesmente passivo, pode ser um simples fascinado. Creio que se devem sempre abrir os olhos da gente para os abusos e perigos do poder concentrado. Depois, que se faça o que se queira, mas nunca enganado.

A neutralidade é boa e deve ser cultivada, mas, pode chegar a um ponto em que se tem que rompê-la e tomar uma posição. Se a gente denuncia a religião, não é só pelo fato de ser errônea, mas também pelas atrocidades de que foi responsável. A melhor medicina é a preventiva. Espero não estar comprometendo demasiado a lista. Não me importaria que meus escritos não fossem publicados. O que verdadeiramente me importa é que alguém o leia.

Não é a primeira vez que concordo com Manuel Bulcão. Publicamente já somos dois. Tampouco penso que ciencialist deva ser comprometida.

Um abraço

Marco A. Andrade
logos@pccp.com.ar


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Metodologia cientifica
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 08/12/2000 04:29

Prezado Alberto,

Continuo na presente respondendo a sua mensagem abaixo identificada:

----- Original Message -----
From: Alberto Mesquita Filho
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Saturday, December 02, 2000 4:45 AM
Subject: Re: [ciencialist] Metodologia cientifica

CBAS- da mensagem anterior:
> (5) dentro do exposto em (4) fiz o que pude para tentar analisar a
> veracidade da TGBD principalmente na física, química, biologia, e
> matemática, e em menor grau, informática, direito, economia, política,
> entre outras ciências; os resultados até agora tem sido animadores, como
> por exemplo: a mecânica quântica e o modelo padrão das partículas
> elementares aparenta ter uma estrutura bidual, assim como a tabela
> periódica da química, o DNA, a lógica matemática, a regra de três, entre
> outras centenas de exemplos (muitos deles apresentados aqui na
> Ciencialist);

AMF
Eu entendo que uma teoria do tudo deve explicar tudo o que é verdadeiro. Mas
ela deve também nos dar indícios de que alguma coisa está errada em algum
lugar.

CBAS:
Perfeito. Existe, por exemplo, uma total impossibilidade da TGBD e a Teoria
das Supercordas (TSC) serem ambas verdadeiras, dado que a primeira explica e
obriga que o espaço-tempo tenha 4 e somente 4 dimensões (3 de espaço e 1 de
tempo), enquanto que pela TSC ele deva ter 11 ou até 13 dimensões. Daí se
conclui que uma das duas está errada. É lógico que eu advogo que é a TGBD
que está certa. Vale dizer que a TGBD tem o poder de concluir que o
espaço-tempo tem 4 e só dimensões de uma maneira muito mais consistente do
que o chamado princípio antrópico ao faz.

AMF:
Por exemplo, soaria esquisito ouvir que ela compatibiliza-se com teorias
incompatíveis como, por exemplo, a relatividade de Galileu e a de Einstein.
Eu já ouvi você dizer que ela compatibiliza-se com a física moderna e com a
física clássica. Até aí, tudo bem, pois eu não sei quais elementos das duas
físicas foram testados, e elas não são incompatíveis em tudo.

CBAS:
Infelizmente quase nada sei sobre a relativiade de Galileu e pouco sei sobre
a de Einstein. Mas se não me falha a memória, a incompatibilidade surge
devido a considerar a ocorrencia instantânea de interação, enquanto que na
de Einstein tal interação não é instantânea dado que velocidade máxima que
ela pode ocorrer é na mesma velocidade da luz. Não é isto mesmo? Talvez
exista aqui a questão do observador no meio destas duas alternativas.
Infelizmente, como não conheço bem as duas teorias não vou me atrever a
aplicar a TGBD nesta questão por ora. Mas acho que é uma boa rota de
investigação. Vou ter de estudar mais um pouco as duas teorias para poder me
pronunciar.

Quanto as físicas moderna e classica me parece que a as duas maiores
diferenças se referem:

1) primeiro na questão do espaço-tempo ser absoluto (Newton) ou relativo
(Einstein). Acredito que no ambiente em que vivemos o espaço-tempo seja
relativo, contudo, pela TGBD, conclui-se que fora do ambiente em que
vivemos, que seria o Terno Universo/Anti-Universo e leis universais, haveria
o Quarto Uno (seria ele Deus?) onde o espaço-tempo seria absoluto, tal como
o de Newton. Ora, aí você vai me dizer que o Claudio Abreu agora pirou de
vez. Já escrevi aqui na Ciencialist a respeito e também na Acropolis. Mas
não vou volatr ao tema. Em resumo é o seguinte: o dualismo obriga a que só
pode existir relativo se também existir o absoluto. O fato é que se a TGBD
for verdadeira, por uma dedução lógica igualmente será verdadeira tal
afirmação. Note que a existência do espaço-tempo absoluto também inplicará
que no espaço-tempo absoluto a relatividade de Galileu seja verdadeira
também. Afinal, não faria sentido que para Deus a velocidade de interação
fosse absoluta? E isto é que justifica o esforço que estou fazendo para
desenvolver a TGBD: se ela for verdadeira poderemos com ela conhecer o
desconhecido a partir do que se conhece. Pela TGBD a existência de Deus é
necessária. Alerto contudo que o Deus talcomo eu o defino via TGBD nada tem
a ver com conceito usual de Deus. Pela TGBD ele é o Quarto Uno.

2) segundo na questão da mecânica quântica que está calcada em modelos
probablíticos, fundamentados pelo princípio da incerteza. Ora por mais que
eu ache estranho tudo isto, e já declarei isto aqui na Ciencialist, pela
TGBD a incerteza é necessária, tal como o espaço-tempo absoluto e Deus. Isto
porque se existe a certeza tem que existir também a incerteza. Agora, pelo
pouco conhecimento que tenho do assunto não me atrevo a dizer que a
incerteza esteja bem equacionada pelo seu famoso e intrigante princípio. Mas
por tudo que já li sobre ele, aparenta funcionar bem.

AMF:
Porém a tgbd deveria também se prestar a nos orientar nos aspectos
discordantes entre as teorias antagônicas. Se ela fizer isso teremos pelo
menos uma característica falseável. Bunge costuma classificar as teorias
científicas em teorias de alto risco (as representacionais) e teorias de
baixo risco (as fenomenológicas). No entanto todas elas são dotadas de algum
risco, o que seria quase o mesmo que dizer que sujeitam-se à falseabilidade.
Outra maneira de se sujeitar à falseabilidade seria a teoria fazer previsões
testáveis experimentalmente (às vezes até por experiências de pensamento).

CBAS:
Acredito que se conseguir fechar a TGBD, ela certamente será capaz de "nos
orientar nos aspectos discordantes entre as teorias antagônicas". Mas acho
que ela ainda não chegou ao ponto de fazer isto com todas e quaisquer
teorias antagônicas, mesmo porque ela ainda não está concluída, e portanto
ainda tem o risco de não ser verdadeira. Em alguns casos, contudo, tal como
a Teoria da Supercordas, visto acima, ela já é capaz de definir a questão.

CBAS - mensagem anterior
> (6) devo continuar pesquisando o maior número de exemplos fundamentais
> para a TGBD nestas e em outras ciências, e, pela experiência que tenho,
> acho que a TGBD deverá passar com louvor por esta fase;

AMF:
Isso é muito bom para a teoria e para o autor da teoria mas nem sempre
convence os críticos. Na realidade você está falseando a teoria com
experimentos ou teorias que se adaptam a experimentos já conhecidos. Quanto
mais melhor mas é como disse acima: uma teoria do tudo não deve explicar
tudo mas tão somente tudo o que é verdadeiro. O difícil é saber o que é
verdadeiro, pois nenhuma teoria científica até hoje chegou a essa perfeição.

CBAS:
Alberto esta realmente é uma questão complexa. Ao tentar testar a
veraciadede da TGBD eu devo dar preferencia absoluta aos exemplos
fundamentais das diversas ciências e que sejam tidos como verdadeiros com
toda certeza. Se não que garantia eu teria de que a TGBD passou no teste?
Assim, somente teorias científicas provadas e comprovadas poderão contribuir
par atis teste. Vou lhe dar um exemplo: existe alguma duvida quanto a
veracidade dos princícios de contabilidade. Com certeza que não. E a TGBD se
enquadra totalmente na contabilidade. Veja alguns exemplos:

1) Ativo, passivo, receita e despesa;

2) a uma partida dobrada em uma espresa corresponde outra partida dobrada na
outra empresa relacionada ao lançamento; por exemplo um empresa E pede um
emprestimo no R$V a um banco B: na empresa temos um débito de R$V na conta
caixa (ativo) e um crédito de R$V valor na conta empréstimo junto ao banco B
(passivo); já no banco temos um debito de R$V na conta empréstimo concedido
a empresa E (ativo) e um crédito de R$V na conta caixa (também ativo)
Pergunto: pode o exemplo estar errado? Ora como a TGBD se enquadrou no fato
observado ela passou em mais um teste.

Vejamos agora uma teoria ainda não totalmente aceita como verdeira com a
Cromodinâmica Quântica CQD em inglês. Pela TGBD os três quarks coloridos
devem formar um Terno e a CQD é totalmente omissa (pelo menos no que eu já
li sobre ela, inclusive no livro de um pais dela que é o Gell-Mann) quanto a
isto, pois das três "cores" dos quarks (vermelha, verde e azul)
apresentam-se totalmente independentes das demais. Por outro lado os gluons,
partículas que transmitem a força forte, podem ser de apenas 8 "cores" e não
9 como deveriam ser. Repare que aqui temos uma evidência de que algo deve
estar errado com a CQD. Este me parece ser um caso em que a TGBD testa uma
teoria e não é testada por ela.

Nesse dois exemplos vemos como a TGBD, ainda que não concluída, já esta
mostrando a que veio: conhecer o que não se conhece a partir do que se
conhece e testar a consistência de toda e qualquer teoria científica. Isto
contudo só será possível se ela for verdadeira.


AMF:
Eu tenho a impressão que quando você diz que a tgbd explica tudo você quer
dizer que ela explica todos os fenômenos observáveis mas não todas as
teorias plantadas sobre esses fenômenos. É importante deixar clara essa
distinção para os possíveis críticos. Um conselho: preocupe-se menos com as
teorias consagradas e mais com os fenômenos que chegam a ser explicados por
essas teorias consagradas.

CBAS:
Uma brilhante constatação e uma sábia sugestão. è sempre muito difícil
separar o joio do trigo.

CBAS -Mensagem anterior
> (7) é certo que as atividades de (4), (5) e (6) nunca terminarão, mas em
> algum momento, acredito eu, terei a quase certeza que a TGBD é verdadeira,
> e espero que a comunidade científica também a veja como verdadeira,
> tentarei mostrar isto escrevendo um livro narrando todas estas
> constatações;

AMF:
Isso é bom apesar de que hoje ficou mais fácil chegar ao público através da
Internet do que através de livros. Mas eu ainda acredito no poder do livro.

CBAS:
Ressalto que estou tentando escrever um livro na própria Internet através do
site da TGBD. Mas o Livro é o livro, e ele será de fundamental importância
para a divulgação, debate e falseamento da TGBD.

CBAS - Mensagem anterior:
> (8) tudo o que foi visto até agora poderia ser definido como sendo o
> desenvolvimento e a tentativa de comprovação da veracidade da TGBD, e, a
> partir daí virá a sua fase seguinte que deverá ser a comprovação
> definitiva da sua veracidade enquanto ciência; para tanto, conforme já li
> nesta lista, será necessário a TGBD poder prever o comportamento de
> eventos em experimentos e a realizar descoberta de novos conhecimentos;

AMF:
De alguma forma ela deve ser falseável. Esta é uma condição necessária mas
talvez não suficiente. Este talvez não é para desanimá-lo mas para chamar a
atenção para o que disse acima: a meu ver o verdadeiro método científico
ainda está na fase de projeto. Por outro lado, não esqueça do que eu disse
acima sobre teorias do tudo absoluto: elas, por definição, devem estar acima
da ciência e do método científico. O que é mais engloba o menos mas não é o
menos.

CBAS:
Sempre vejo esta questão da necesidade de falseabilidade aqui na
Ciencialist, mas sinceramente não a domino. Pode me dar uma explicação sobre
isto.
Quanto ao método científico se ele ainda está em fase de projeto, e se, como
já vimos, ele deve ser enquadrado pela TGBD, repare que fiquei sem
referência nesta história e nummato sem cachorro... :-)) . Só me resta então
me agarrar o principio da auto-consistência que nasceu com a TGBD e dará os
rumos para o seu desenvolvimento até aqui... É a história da cobra que
engole o próprio rabo...Poxa em que desafio eu fui me meter, sô... :-))

CBAS - Mensagem anterior:
> (9) vale dizer que nada impede que o que esta definido em (8) não possa
> vir a ser feito concomitantemente com os passos anteriores; a propósito já
> apresentei aqui na Ciencialist indicações da TGBD para a unificação das
> forças eletromagnética e da gravidade, bem como necessidade de ajustes na
> Cromodinâmica Quântica para que esta se enquadre na estrutura da TGBD;

AMF:
Perceba que você está preocupando-se demais com teorias consagradas e não
com os fenômenos em si. O que é gravidade? O que é Cromodinâmica Quântica?
Para a primeira pergunta a resposta mais fidedigna é: Não sei. A
Cromodinâmica Quântica é uma teoria construída para explicar fenômenos
observáveis através de símbolos imaginários (quarks e outros bichos). Nada
contra que a sua teoria possua entidades imaginárias. O esquisito para mim é
ela explicar entidades hipotéticas e imaginárias de outras teorias. Ou seja,
você está assumindo esses imaginários como reais mas a única coisa que
efetivamente é real é a experiência que levou os construtores dessa teoria a
imaginá-los. Enfim, como você já manifestou aqui que a tgbd é incompatível
com a teoria das supercordas, é possível que conscientemente ou não já
esteja tomando esses cuidados.

CBAS:
Você foi muito preciso Alberto. Aqui mesmo na Ciencialist me aventurei,
provocado pelo Léo a esclarecer o que seja gravidade. Foi na mensagem
http://www.egroups.com/message/ciencialist/5686
de 28/08/2000, a qual foi rescrita em busca de uma maior clareza, na forma a
seguir:

A explicação dada pela TGBD para a Gravitação:

Pela TGBD um Terno é a expressão maior do desequilíbrio (tanto interno
quanto externo) e tende para interagir com o Quarto Uno para fazer uma
Quadra. Se este Quarto Uno desta Quadra se decompuzer num Anti-Terno tem-se
a condição para o equilíbrio seja total, pois aí se tem uma estrutura
Bidual, que é estrutura de uma Unidade. Uma Unidade por sua vez interage com
a Anti-Unidade, o que na verdade pode ser visto como a interação do Terno da
Unidade com o Anti-Terno da Anti-Unidade, na qual este segundo é o Quarto
Uno do primeiro, que por sua vez vem a ser o Quarto Anti-Uno do segundo.

Ao enquadrarmos as quatro forças fundamentais na TGBD, a gravidade aparece
como sendo o Quarto Uno. Isto porque é a única que tem spin 2 e que atua
preponderantemente entre dois corpos, enquanto que a ação da três demais se
faz maior no interior dos corpos, moléculas e átomos.

Um corpo, que é uma porção de matéria que ocupa um certo lugar no
espaço-tempo, pode ser visto do ponto de vista da energia como sendo um
Terno, já que no seu interior atuam com maior intensidade as forças
eletromagnética, fraca e forte. A quarta força que atua num corpo é da
gravidade que atrai o que esteja fora dele. E porque isto ocorre?

Vimos acima que um Terno (Anti-Terno) tende a interagir com o Anti-Terno
(Terno) para que para que atinja a situação de equilíbrio total. Desta
forma, um corpo (que é um Terno) tende a interagir com outro corpo (que é o
Anti-Terno) para que atinja a situação de equiíbrio total. E isto se dá
através da atração do que esteja fora dele, ao que se deu o nome de força de
gravidade.

Repare que Newton ao propor a teoria da gravidade (que diz que seu modulo é
diretamente proporcional ao produto das massas dos dois corpos envolvidos e
inversamente proporcional ao quadrado da distância que os separam) partiu do
pressuposto que os corpos se atraiam, sem se preocupar porque isto
acontecia. Acho que a TGBD está oferecendo agora, séculos depois, a
explicação de porque isto acontece. Ainda bem que não tive de passar pelo
fato de levar uma "maçazada" na cabeça para descobrir isto.. risos...

E então Alberto, esta explicação dada pela TGBD para a força de gravidade o
satisfaz? Sei que o português está meio enrolado, mas a argument5ação não é
consistente?

Quanto às suas demais colocações, CQD e Supercordas, acho que já comentei: a
TGBD obriga a primeira a reformulada e enterra a segunda. :-))

CBAS - Mensagem anterior:
> (10) finalmente, cumpridas todas estas etapas, que acredito ainda
> demandarão uns 10 anos (e espero ter força, disposição, vida e saúde para
> tanto), torço para que chegue lá e alcance o meu objetivo que é o completo
> desenvolvimento da TGBD, que seria a Teoria de Tudo, da teoria de todas as
> teorias e a síntese do conhecimento, cujas principais aplicações seriam:
> (a) conhecer o desconhecido a partir do que se conhece;
> (b) testar toda e qualquer teoria científica;
> (c) simplificar a ciência.

AMF:
Pois estou torcendo pelo seu sucesso. Contentar-me-ia com o item b. :-)

CBAS:
Obrigado pela força e pelo crédito. Contudo se a TGBD chegar lá ela terá as
três aplicações.

CBAS - Mensagem anterior:
> Certamente irei chocar muitas pessoas aqui na Ciencialist com as minhas
> afirmações do item (10). Certamente muitos irão me chamar de
> megalomaníaco, insano e outros adjetivos depreciativos e agressivos.

AMF:
Os piores não são aqueles que tem coragem de dizer o que pensam.

CBAS:
Franquesa é sempre bom. Mas teimosia e falta de capacidade para assimilar e
analisar novas idéias certamente atrapalham.

CBAS - Mensagem anterior:
> Mas retomando o rumo da prosa: Alberto, como você avalia o meu plano de
vôo?
AMF:
Ninguém me ensinou a teorizar e eu nunca li nada sobre qual seria o melhor
método ou plano a ser aplicado nesta atividade. Ainda assim creio que as
condições necessárias e suficientes para a teorização são três: fé, amor e
palavra. Em especial: fé em si mesmo, o que acredito que você tenha na
quantidade certa; amor ao próximo no sentido não só de potencializar a sua
fé, para que possa produzir alguma coisa em benefício da comunidade, mas
também no sentido de suportar os críticos; e palavra, no sentido de que
tenha coragem para divulgar o produto dessa fé e desse amor.

CBAS:
Falou e disse.

CBAS - Mensagem anterior:
> Será que depois de tudo isto feito a TGBD poderá ser considerada como
> científica?

AMF:
Se os donos da ciência quiserem você não precisará de nada disso e ela será
considerada hoje como científica. Caso contrário... não desanime. Um
pouquinho de Popper para animá-lo: "Acho que só há um caminho para a
ciência - ou para a filosofia: encontrar um problema, ver a sua beleza e
apaixonarmo-nos por ele; casarmo-nos com ele, até que a morte nos separe - a
não ser que obtenhamos uma solução. Mas ainda que encontremos uma solução,
poderemos descobrir, para nossa satisfação, a existência de toda uma família
de encantadores, se bem que talvez difíceis, problemas-filhos, para cujo
bem-estar poderemos trabalhar, com uma finalidade em vista, até ao fim dos
nossos dias."

CBAS - Mensagem anterior:
> Repare que, muito provavelmente, será impossível comprovar que a TGBD é
> verdadeira, pois sempre haverão novos testes para tentar falseá-la. Mas
> se ela vier a apontar novos caminhos para a ciência nunca dantes
> imaginados, será que ela poderá deixar de ser tachada de metafísica, para

> ser reconhecida como científica? Será que o caminho que estou pretendendo
> percorrer poderá atingir este objetivo? Repare: quanto à TGBD eu não
> tenho qualquer dúvida quanto à sua veracidade. O que me preocupa é que
> talvez eu não consiga demostrar isto para a comunidade científica, e
> assim, todo meu esforço dê com os burros n´água.

AMF:
Esqueça-se da metafísica. Sua missão é provar se a tgbd é ou não verdadeira,
se é ou não útil para a ciência. A meu ver, se você conseguir atingir esse
objetivo, a tgbd não será científica pois ela estará acima da ciência.

CBAS:
Acho que chegamos a um consenso.

CBAS - Mensagem anterior:
> Você pode me dar sua opinião sincera ( não quanto a TGBD, que
> aparentemente não conta com a sua simpatia e crença)

AMF:
Não sei de onde você tirou essa idéia.

CBAS:
Desculpas. Hoje eu tenho a certeza que você é a pessoa que mais conheçe a
TGBD e mais acredita na possibilidade de que ela seja verdadeira. Depois de
mim mesmo, é claro... :-))

CBAS - Mensagem anterior:
> se a rota que tracei
> para desenvolver e divulgar a TGBD está correta e poderá chegar ao seu
> objetivo maior?
AMF:
Repito: fé, amor e palavra. Este é o segredo para que você sinta-se
satisfeito consigo mesmo. Os outros são os outros e em nome do amor só nos
resta aceitá-los como são.
[ ]'s
Alberto

CBAS:
Muito obrigado por toda a atenção e estímulo que tem me dado.

Um grande abraço.

Claudio Abreu



SUBJECT: Brain/Einstein...
FROM: "mr. sagredo" <sagredus@hotmail.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 08/12/2000 12:17

Fonte:
>http://www.estadao.com.br/tecnologia/coluna/orsi/2000/nov/23/179.htm

[]'s
Joabner.
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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Auto-moderacao
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 08/12/2000 12:27

Prezados LRB e amigos da Ciencialist,

Pelo jeito a paz e a luz voltou a reinar sobre nós. Se vocês forem na página principal da Ciencialist irão verificar que ela voltou a funcionar sem moderação. Sábia decisão LRB!!

Contudo, para que não voltemos a passar por uma nova fase de desencontros, sugiro que o LRB faça uma espécie de tábua dos dez mandamentos da Ciencialist, com o objetivo que os seus próprios participantes se auto-moderem. Seria uma espécie de Constituição da lista, incluindo pontos como:
- assuntos abordados
- formatação das mensagens
- número de mensagens
- controle da agressão e emoção
- outros temas a definir.

Teríamos assim um referencial para nossa participação na lista, e todos sairíamos ganhando.

O que acha da idéia LRB? Não parece ser a mais sensata para que você atinja os seus objetivos de moderação da lista?

Um grande abraço,

Claudio Abreu


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: O Tudo Absoluto
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 08/12/2000 13:01

Prezados amigos da Ciencialist,

Aos poucos o site da TGBD vai se consolidando. Já possui 9 participantes,
contando comigo. Maioria deles (7 comigo) é da Ciencialist: Alberto Mesquita
Filho, Jocax, Leonardo Stern, Neville, PetronioDTN e Fernanda Sais. Estive
um pouco afastado das atividades relacionadas TGBD, mas nesta semana andei
produzindo alguma coisa.

O Alberto Mesquita Filho propôs uma discussão sobre o tema O Tudo Absoluto
que está muito interessante, pois envolve a possibilidade de existir uma
teoria de tudo ou não.

Poderia mandar as mensagens desta thread aqui para a Ciencialist, mas não
vou fazê-lo. Primeiro, porque o tema acaba tendo por assunto principal a
TGBD, e me comprometi a não mais discutí-la aqui. E segundo porque tenho de
privilegiar o site da TGBD, o que implica em transferir ao máximo para lá as
discussões sobre ela.

Desta forma convido todos da Ciencialist a se participarem da discussão
proposta pelo Alberto. Os endereços das mensagens até agora existentes são:

http://www.egroups.com/message/tgbd/44
http://www.egroups.com/message/tgbd/45
http://www.egroups.com/message/tgbd/46
http://www.egroups.com/message/tgbd/47
http://www.egroups.com/message/tgbd/49

Ressalto que ao discutir o tema acabei por fazer um relato mais simplificado
sobre a TGBD que vale a pena se lido, pois clareia o entendimento sobre ela.

Apenas solicito que qualquer mensagem deva ser enviada diretamente para o
site da TGBD, o que pode ser feito diretamente pela rotina Reply.

Repito que a associação ao site da TGBD é livre e benvinda. Deixo o seu
endereço:
http://www.egroups.com/group/tgbd

Um grande abraço,

Claudio Abreu




SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar??
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 08/12/2000 13:04

Flavio Mendonça wrote:
> > E se nada podemos falar da pré-existência do universo, como dizer que
> > foi Deus que o criou? Isso por si só já pressupõe que o universo não
> > existia antes.
>
> Não se vc acreditar que Deus é a causa primária de tudo. A partir dele teria se iniciado a criação.

Então deus é a causa primeira? Quem foi a causa primeira de deus?
Literalmente: quem criou deus? Se deus é um ser acriado [não criado]
então porque não podemos parar um pouquinho antes e dizermos que o
universo também não é um ser acriado? O universo é a causa primeira, não
deus, não há necessidade de deus.

É ilógico pensar em um universo tão complexo sem a existência de um
criador? Mas quão mais complexo teria que ser este criador para criar o
universo? Quem é mais IMPROVÁVEL existir? Um universo complexo ou um
deus ainda mais complexo?

Deus não existe e isto é um fato. A total e completa ausência de provas
de sua existência não é a existência de uma prova de sua ausência? O
ônus da prova ainda cai sobre os crentes, há milênios sem resposta.

http://www.strbrasil.com.br/

O link acima é leitura obrigatória. [voltou ao ar!!]

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SUBJECT: Re: [ciencialist] Metodologia cientifica
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 08/12/2000 13:15

Claudio Abreu wrote:
> AMF
> Eu entendo que uma teoria do tudo deve explicar tudo o que é verdadeiro. Mas
> ela deve também nos dar indícios de que alguma coisa está errada em algum
> lugar.
>
> CBAS:
> Perfeito. Existe, por exemplo, uma total impossibilidade da TGBD e a Teoria
> das Supercordas (TSC) serem ambas verdadeiras, dado que a primeira explica e
> obriga que o espaço-tempo tenha 4 e somente 4 dimensões (3 de espaço e 1 de
> tempo), enquanto que pela TSC ele deva ter 11 ou até 13 dimensões. Daí se
> conclui que uma das duas está errada. É lógico que eu advogo que é a TGBD
> que está certa. Vale dizer que a TGBD tem o poder de concluir que o
> espaço-tempo tem 4 e só dimensões de uma maneira muito mais consistente do
> que o chamado princípio antrópico ao faz.

Até onde eu sei, já existem provas de que o universo tem 11 dimensões,
portanto a TGBD está fora do páreo.

Vc está limitando a TGBD a visão humano-centrista, tudo gira ao redor do
ser humano, se ele não enxergar então não existe. Não vemos mais que 4
dimensões, então as super-cordas estão fora.

Mas aí é que está, *existem 11 dimensões*, então a TGBD está fora.

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SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar??
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 08/12/2000 13:43

Prezado Tarcísio,

Sem querer entrar no papo mas já entrando...:-))

Do ponto de vista da TGBD, a existência de Deus é necessária. Contudo, Deus
seria o que existisse fora do Terno formado pelo Dual Universo e
Anti-Universo e pelas Leis Universais que regem os dois. Observe que a
existência do Universo (e ele existe mesmo!!) implica também a existência do
Anti-Universo (seja lá o que ele for), assim como, segundo Dirac, não pode
existir partícula elementar sem a correspondente anti-partícula elementar.

Deus assim seria o Quarto Uno, num espécie de energia pura e abstrata
(talvez informação) a ocupar um espaço-tempo absoluto, tal como o de Newton.
Não vou demonstrar como chego a esta conclusão para não ter que me
aprofundar em questões relativas à TGBD e não cansar os demais da lista.
Assim, em resumo, pela TGBD, Deus seria o Quarto Uno do Terno representativo
do nosso ambiente, ou do que já podemos, ou poderemos, ter acesso
científicamente.

Uma outra conclusão que se tira disto tudo é que se a existência de Deus é
para nós necessária, a nossa existência também é necessria para ele...
Afinal, nós, pela TGBD, seríamos o Quarto Anti-Uno do Anti-Terno de Deus,
formado pelo espaço-tempo absoluto e pela informação (?). Afinal, faz
sentido acreditar na existência de Deus sem a nossa existência?

O tema é cabeludo e, assim, a proposta de como abordá-lo certamente também
teria de sê-lo. Mas tudo isto não lhe parece lógico, apesar de parecer
absurdo?

Um grande abraço,

Claudio Abreu

----- Original Message -----
From: TARCISIO BORGES
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Friday, December 08, 2000 1:04 PM
Subject: Re: [ciencialist] Clonar??


Flavio Mendonça wrote:
> > E se nada podemos falar da pré-existência do universo, como dizer que
> > foi Deus que o criou? Isso por si só já pressupõe que o universo não
> > existia antes.
>
> Não se vc acreditar que Deus é a causa primária de tudo. A partir dele
teria se iniciado a criação.

Então deus é a causa primeira? Quem foi a causa primeira de deus?
Literalmente: quem criou deus? Se deus é um ser acriado [não criado]
então porque não podemos parar um pouquinho antes e dizermos que o
universo também não é um ser acriado? O universo é a causa primeira, não
deus, não há necessidade de deus.

É ilógico pensar em um universo tão complexo sem a existência de um
criador? Mas quão mais complexo teria que ser este criador para criar o
universo? Quem é mais IMPROVÁVEL existir? Um universo complexo ou um
deus ainda mais complexo?

Deus não existe e isto é um fato. A total e completa ausência de provas
de sua existência não é a existência de uma prova de sua ausência? O
ônus da prova ainda cai sobre os crentes, há milênios sem resposta.

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SUBJECT: Re: [ciencialist] Metodologia cientifica
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 08/12/2000 13:58

Prezado Tarcísio,

Você escreveu:
Até onde eu sei, já existem provas de que o universo tem 11 dimensões, portanto a TGBD está fora do páreo.

CBAS:
Poxa, você deve saber de tudo mesmo... :-)) Onde estão tais provas de que o Universo tem 11 dimensões? Alguém aqui da lista sabe algo sobre tais provas?

Pelo o que eu sei, e é pouco, a Teoria das Supercordas ainda é uma elucubração teórica, que ainda não teve a sua veracidade comprovada, a não ser na mente de alguns iluminados.

Tarcísio:
Vc está limitando a TGBD a visão humano-centrista, tudo gira ao redor do ser humano, se ele não enxergar então não existe. Não vemos mais que 4 dimensões, então as super-cordas estão fora.

CBAS:
Não é nada disto. Isto aí que você está falando talvez seja o tal princípio antróprico. A TGBD nada tem a ver com isto. O que é disse é que pela TGBD se chega a mesma conclusão sobre as quatro dimensões do espaço-tempo que se chega via o tal princípio.

Tarcísio:
Mas aí é que está, *existem 11 dimensões*, então a TGBD está fora.

CBAS:
Então me prove que existem as tais 11 dimensões, a não ser nas elucubrações teóricas. De onde você teve essa informação? A fonte é fidedigna?

Um grande abraço,

Claudio Abreu



----- Original Message -----
From: TARCISIO BORGES
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Friday, December 08, 2000 1:15 PM
Subject: Re: [ciencialist] Metodologia cientifica


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar??
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 08/12/2000 14:02

Claudio Abreu wrote:
> O tema é cabeludo e, assim, a proposta de como abordá-lo certamente também
> teria de sê-lo. Mas tudo isto não lhe parece lógico, apesar de parecer
> absurdo?

Não, não me parece lógico.

Mas OK... vamos supor sua existência.

Para nós humanos sabermos que deus existe, então ele tem que se
manifestar de alguma forma [milagres, revelação, etc], como somos seres
físicos ele teria que se manifestar fisicamente deixando assim um traço
palpável de sua manifestação [os tais milagres, não as relíquias
medievais notadamente falsas].

Mas até que ponto este milagres não são falsos também? Até que ponto
eles não são ilusão de ótica? Ou ainda frutos de alucinação?

São conhecidos da medicina os casos de alucinação por excesso de calor,
falta de água ou falta de comida. Não são exatamente estas privações a
que estamos sujeitos quando em um deserto? Onde é mesmo que ocorreram os
milagres e as revelações?

Apoiar a TGBD na existência de deus... sinceramente...

Além do que, suas 4 dimensões já foram pro saco.

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SUBJECT: Re: [ciencialist] Metodologia cientifica
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 08/12/2000 14:05

Claudio Abreu wrote:
> CBAS:
> Então me prove que existem as tais 11 dimensões, a não ser nas elucubrações teóricas. De onde você teve essa informação? A fonte é fidedigna?

Fonte fidedigna? Foi um PhD em Física que me disse, um dos tais que é
referee para revistas científicas americanas. Posso perguntar para ele
onde estão as provas.

[]s
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Metodologia cientifica
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 08/12/2000 14:28

Prezado Tarcísio,

Não sou dono da verdade, apenas acredito que a TGBD é verdadeira,. E se assim o for a Teoria da s Supercordas não faz sentido.

Realmente a Teoria das Supercordas é depositária das maiores atenções dos grandes físicos da atualidade com o objetivo de unificar as quatro forças fundamentais, incluindo a gravidade, o que não é possível via modelo padrão.

Na mesma mensagem Metodologia Científica tentei explicar a gravidade pela TGBD, no texto reproduzido abaixo, que me parece ser uma abordagem bem mais simples e palpável do que a da via Supercordas. Não gostaria de comentá-lo? Acho contudo que para fazê-lo deveria conhecer mais sobre a TGBD.

Acho muito boa idéia procurar pela informação com o físico PHD. Somente acho difícil que ela exista. Você deve ter entendido mal. Se ela existisse já estaria divulgada em todos jornais do mundo e não apenas nas publicações científicas, na medida em que as Supercordas é a bola da vez da física moderna.

Um grande abraço.

Claudio Abreu


============
Trecho reproduzido da mensagem Metodologia Científica


AMF:
Perceba que você está preocupando-se demais com teorias consagradas e não com os fenômenos em si. O que é gravidade? O que é Cromodinâmica Quântica?
Para a primeira pergunta a resposta mais fidedigna é: Não sei.

CBAS:
Você foi muito preciso Alberto. Aqui mesmo na Ciencialist me aventurei,
provocado pelo Léo a esclarecer o que seja gravidade. Foi na mensagem
http://www.egroups.com/message/ciencialist/5686
de 28/08/2000, a qual foi rescrita em busca de uma maior clareza, na forma a
seguir:

A explicação dada pela TGBD para a Gravitação:

Pela TGBD um Terno é a expressão maior do desequilíbrio (tanto interno
quanto externo) e tende para interagir com o Quarto Uno para fazer uma
Quadra. Se este Quarto Uno desta Quadra se decompuser num Anti-Terno tem-se
a condição para o equilíbrio seja total, pois aí se tem uma estrutura
Bidual, que é estrutura de uma Unidade. Uma Unidade por sua vez interage com
a Anti-Unidade, o que na verdade pode ser visto como a interação do Terno da
Unidade com o Anti-Terno da Anti-Unidade, na qual este segundo é o Quarto
Uno do primeiro, que por sua vez vem a ser o Quarto Anti-Uno do segundo.

Ao enquadrarmos as quatro forças fundamentais na TGBD, a gravidade aparece
como sendo o Quarto Uno. Isto porque é a única que tem spin 2 e que atua
preponderantemente entre dois corpos, enquanto que a ação da três demais se
faz maior no interior dos corpos, moléculas e átomos.

Um corpo, que é uma porção de matéria que ocupa um certo lugar no
espaço-tempo, pode ser visto do ponto de vista da energia como sendo um
Terno, já que no seu interior atuam com maior intensidade as forças
eletromagnética, fraca e forte. A quarta força que atua num corpo é da
gravidade que atrai o que esteja fora dele. E porque isto ocorre?

Vimos acima que um Terno (Anti-Terno) tende a interagir com o Anti-Terno
(Terno) para que para que atinja a situação de equilíbrio total. Desta
forma, um corpo (que é um Terno) tende a interagir com outro corpo (que é o
Anti-Terno) para que atinja a situação de equilíbrio total. E isto se dá
através da atração do que esteja fora dele, ao que se deu o nome de força de
gravidade.

Repare que Newton ao propor a teoria da gravidade (que diz que seu modulo é
diretamente proporcional ao produto das massas dos dois corpos envolvidos e
inversamente proporcional ao quadrado da distância que os separam) partiu do
pressuposto que os corpos se atraiam, sem se preocupar porque isto
acontecia. Acho que a TGBD está oferecendo agora, séculos depois, a
explicação de porque isto acontece. Ainda bem que não tive de passar pelo
fato de levar uma "maçâzada" na cabeça para descobrir isto.. risos...

E então Alberto, esta explicação dada pela TGBD para a força de gravidade o
satisfaz? Sei que o português está meio enrolado, mas a argumentação não é
consistente?



----- Original Message -----
From: TARCISIO BORGES
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Friday, December 08, 2000 2:05 PM
Subject: Re: [ciencialist] Metodologia cientifica


Claudio Abreu wrote:
> CBAS:
> Então me prove que existem as tais 11 dimensões, a não ser nas elucubrações teóricas. De onde você teve essa informação? A fonte é fidedigna?

Fonte fidedigna? Foi um PhD em Física que me disse, um dos tais que é
referee para revistas científicas americanas. Posso perguntar para ele
onde estão as provas.



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Auto-moderacao
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 08/12/2000 14:34

> Prezados LRB e amigos da Ciencialist,
> Pelo jeito a paz e a luz voltou a reinar sobre nss. Se vocjs forem
na pagina principal da Ciencialist irco verificar que ela voltou a
funcionar sem moderagco. Sabia decisco LRB!!

A 'moderacao' foi utilizada somente para resolver problemas que
surgiram naquele momento, mas como a lista acalmou... resolvi voltar ao
modo anterior.


> Contudo, para que nco voltemos a passar por uma nova fase de
desencontros, sugiro que o LRB faga uma espicie de tabua dos dez
mandamentos da Ciencialist, com o objetivo que os seus prsprios
participantes se auto-moderem. Seria uma espicie de Constituigco da
lista, incluindo pontos como:
> - assuntos abordados
> - formatagco das mensagens
> - nzmero de mensagens
> - controle da agressco e emogco
> - outros temas a definir.

A Ciencialist jah possui um arquivo de dicas, jah a algum tempo todos
os novos integrantes da lista estao recebendo automaticamente esse
arquivo. Se alguem ainda nao leu, ele estah disponivel na area 'Files' do
Egroups ( http://www.egroups.com/group/ciencialist/ ).

Neste arquivo de dicas, existem principalmente orientacoes tecnicas de
funcionamento da lista. Nao tem muita indicacao sobre a tematica e
conduta.

Acho que eh OBVIO que em listas de discussao deve prevalecer o
respeito... acho que nao preciso escrever isso em nenhum lugar.

Quanto a tematica... esse eh um ponto MUITO delicado na Ciencialist.
Pena que eu nao posso dar a minha opiniao quanto aos assuntos da
Ciencialist. As criticas quanto ao meu posicionamento seriam enormes.
Varios integrantes da lista ficariam 'mordidos' com o que eu iria
dizer... entao pelo bem da democracia.. sou *obrigado* a ficar quieto.


> Termamos assim um referencial para nossa participagco na lista,
e todos sairmamos ganhando.

Nao sei nao... a critica eh uma constante. Cada virgula escrita seria
motivo para brigas.

> O que acha da idiia LRB? Nco parece ser a mais sensata para que
vocj atinja os seus objetivos de moderagco da lista?

Eu cansei de tentar organizar a lista... tentei fazer isso com a
moderacao e fui criticado. Serah que resta animo para mais alguma
tentativa?

> Um grande abrago,
>
> Claudio Abreu

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna



SUBJECT: a intuicao nunca foi confiavel em ciencia alguma
FROM: "mr. sagredo" <sagredus@hotmail.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 08/12/2000 14:37

"a intui��o nunca foi confi�vel em ci�ncia alguma"

Ol� membros do ciencialist.
Pe�o desculpas pela demora na resposta.
Disse eu certa vez que a intui��o n�o � bem-vinda na ci�ncia.
N�o fui claro no que queria dizer. Os membros que discordaram na ocasi�o,
se eu tivesse sido mais claro, penso que concordariam. Afinal, creio que
pensemos da mesma maneira e apenas estamos nos confundindo com as palavras.
Pode-se imaginar experimentos cujos resultados n�o s�o intuitivos na
f�sica:

. Numa experi�ncia de p�ndulos amortecidos acoplados na qual perguntata-se
por exemplo o tempo que demorariam para parar. D�-se os dados suficientes
para resolver o problema (p.e. massa dos p�ndulos, comprimento dos fios
(quando n�o se tratar de corpos r�gidos), etc.).
De fato, nossa intui��o para o problema fatalmente nos levar� a previs�es
erradas. A menos que estivermos acostumados a lidar com esse tipo de
problema (via treinamento com as equa��es e suas condi��es de contorno,
etc.). Nesse caso, a intui��o � qual me refiro, seria aquele
"pressentimento; conhecimento claro e imediato, sem utiliza��o do
racioc�nio" . Ali�s n�o estou acostumado com outra conota��o com a palavra.
Ali�s, se estivermos estudado sistemas an�logos anteriormente, n�o faz
sentido dizer que o resolvemos intuitivamente.
. Problemas envolvendo atrito.
De fato, problemas de muitas vari�veis podem ser encontrados aqui. Ali�s o
conceito claro do que seria atrito, somente come�ou com Galileu Galilei na
Idade M�dia. Se essa f�sica fosse t�o trivial, porque ent�o muitos
acreditaram na porposta de Arist�teles? Teorias da conspira��o � parte,
qualquer leigo achar� a proposta dele a mais coerente (a menos que ele
conhe�a outros problemas e contradi��es advindos do modelo aristoteliano -
mas a� ele ser� menos leigo :o) ). O atrito pode depender de v�rios fatores
num determinado problema: for�a tangente � normal, velocidade do objeto,
temperatura, material do qual � feito o corpo, do meio o qual o corpo est�
imerso, etc... creio que nossa intui��o n�o nos leve � um bom n�mero de
vari�veis que envolvam o problema... se uma pessoa cita todas (ou
quase-todas) as vari�veis envolvidas, com certeza, a intui��o n�o foi o que
ela usou e sim, um racioc�nio advindo da pr�tica com a teoria. ( intui��o
com a conota��o dada pelos dicion�rios da palavra � a qual me refiro: "
conhecimento claro e imediato, sem utiliza��o do racioc�nio;,
pressentimento").
. Problemas envolvendo lan�amento de proj�teis. Suponha que se queira
enviar a sonda Galileu a J�piter. V�rias vari�veis est�o envolvidas. Se
nossa intui��o fosse t�o boa assim, a Nasa economizaria em sal�rios se
chamassem qualquer um para tomar conta do projeto e n�o especilistas no
assunto (ou seja, aqueles que trocam o palpites por boa hora de estudo).
Como se v� � necess�rio certo tempo de estudo para lidar mesmo com
movimentos n�o relativ�sticos e/ou que n�o estejam no limite at�mico da
mat�ria, onde s�o mais precisas as mec�nicas relativ�stica e qu�ntica
respectivamente. Eu poderia citar uma quantidade enorme de problemas nos
quais v�-se que a intui��o n�o � bem-vinda na f�sica.
Lembrando-se que � necess�rio tamb�m muita dedica��o para se entender
relatividade ou qu�ntica.
Na verdade, tem mais uma conota��o da palavra "intui��o". Por exemplo,
suponha que se tenha que escolher pela profiss�o de sua vida, ou escolher se
estuda ou n�o uma teoria que n�o conhece a n�o ser conceitos b�sicos ou
mesmo o nome!!!, se faz ou n�o mestrado... mas, nessa altura de seu
conhecimento, se acertar JAMAIS poderia dizer no futuro que sua intui��o o
ajudou a decidir... dizer que nosso sexto-sentido � primordial em pesquisa
cient�fica s� serviria para mostrar que a pessoa que defende esse ponto de
vista, ainda n�o entendeu que isso n�o � ci�ncia e sim pseudo-ci�ncia.
Ci�ncia se faz com estudo e dedica��o e n�o com intui��o. Deixemos a
intui��o para os m�diuns, cartomantes, necromantes, quiromantes,
astr�logos... aonde ela pode ser mais �til e aonde ela j� � por demais
aplicada.
Ali�s pode-se encontrar uma enorme quantidade de exemplos outros nos quais
a intuicao nunca foi confiavel em ciencia alguma. E nenhum contra exemplo.
Afinal, intui��o quando funciona n�o se consegue provar que n�o fa�a parte
do acaso. Num grande n�mero de lan�amento de moedas "honestas" a intui��o
n�o acertar� mais do que os 50% previstas pela estat�stica.
Outros exemplos podem ser encontrados.

[]'s
Joabner.
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar??
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 08/12/2000 14:40

Prezado Tarcísio,

Você escreveu:

Mas OK... vamos supor sua existência.

Para nós humanos sabermos que deus existe, então ele tem que se
manifestar de alguma forma [milagres, revelação, etc], como somos seres físicos ele teria que se manifestar fisicamente deixando assim um traço palpável de sua manifestação [os tais milagres, não as relíquias medievais notadamente falsas].

Mas até que ponto este milagres não são falsos também? Até que ponto
eles não são ilusão de ótica? Ou ainda frutos de alucinação?

São conhecidos da medicina os casos de alucinação por excesso de calor, falta de água ou falta de comida. Não são exatamente estas privações a que estamos sujeitos quando em um deserto? Onde é mesmo que ocorreram os milagres e as revelações?

Claudio:

Você realmente não entendeu nada. As tais manifestações de Deus (tal como o defino) seriam as Leis Universais que regem o Universo e o Anti-Universo.

Você está dando uma conotação religiosa à questão, e aí testou fora, pois não é a minha praia.


Tarcísio:
Apoiar a TGBD na existência de deus... sinceramente...

CBAS:

De onde você tirou isto? Pelo contrário, o que eu disse foi que pela TGBD a existência de Deus, ou que nome tenha, é necessária.

Tarcísio:
Além do que, suas 4 dimensões já foram pro saco.

CBAS:
Não seja tão afoito. Procure saber mais sobre a TGBD.

Um grande abraço

Claudio Abreu
----- Original Message -----
From: TARCISIO BORGES
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Friday, December 08, 2000 2:02 PM
Subject: Re: [ciencialist] Clonar??


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Humor
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 08/12/2000 14:41


Como muitos aqui jah sabem, tenho um site de Humor na Ciencia. Falo
pouco dele pq nao constumo misturar as coisas. Mas como o restante dos
integrantes anda usando a lista pra divulgar os seus sites... vou comecar
tambem.

Aos poucos vou colocando alguns textos do site e pedindo novas ideias.
Vou periodicamente colocar links para cartuns e para outros sites de humor
na ciencia. Tambem vou informar as atualizacoes que ocorrem no site.

Alguem contra?

O endereco eh http://www.humornaciencia.cjb.net

ps: ainda nesse final de semana pretendo fazer uma atualizacao.

Luis Brudna




SUBJECT: Re: [ciencialist] Metodologia cientifica
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 08/12/2000 14:45

-----Mensagem Original-----
De: "TARCISIO BORGES"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Sexta-feira, 8 de Dezembro de 2000 13:15
Assunto: Re: [ciencialist] Metodologia cientifica

> Até onde eu sei, já existem provas de que o universo tem 11 dimensões...

?, ? e ??

Que provas seriam essas? Alguém aqui na Ciencialist já captou algum indício
de alguma dessas dimensões que excedem nosso espaço (3) e tempo (1)?

Um pouquinho de Popper para aclarar as idéias:

1) Não há um método para descobrir uma teoria científica;
2) Não há um método para averiguar a verdade de uma hipótese científica,
ou seja, não há um método de verificação;
3) Não há um método para determinar se uma hipótese é «provável», ou
provavelmente verdadeira.

Digamos então que a frase exata seria mais ou menos esta: Já existem
SUSPEITAS de que o universo tem pelo menos quatro dimensões e de que a
cabeça de um matemático pode comportar infinitas outras.

E já existem também fortes suspeitas de que as revistas científicas
americanas aceitam referees brasileiros medíocres apenas para fazer média
com a nossa política científica (que está nas mãos de salafrários), pois
eles querem continuar nos dominando, mantendo assim nossa menoridade
científica.

[ ]'s
Alberto
http://sites.uol.com.br/albmesq/
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: TGBD e deus
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 08/12/2000 14:46


Relacionar TGBD e deus parece como dizer que 'dragoes existem pq eles
lutam com unicornios'.

:) ..

Mail curto... rapido e rasteiro.

Luis Brudna -


SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar??
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 08/12/2000 14:54

Claudio Abreu wrote:
> Você realmente não entendeu nada. As tais manifestações de Deus (tal como o defino) seriam as Leis Universais que regem o Universo e o Anti-Universo.

As tais leis podem muito bem existir sem deus.

> Você está dando uma conotação religiosa à questão, e aí testou fora, pois não é a minha praia.

Quando se fala de deus, fatalmente se cai em questões religiosas. Este
tal deus existe por causa da religião e não além dela.

> Tarcísio:
> Apoiar a TGBD na existência de deus... sinceramente...
>
> De onde você tirou isto? Pelo contrário, o que eu disse foi que pela TGBD a existência de Deus, ou que nome tenha, é necessária.

Quer dizer, é necessário que haja milagres vindo de ninguém sabe onde
para que a sua teoria tenha consistência.
... Sinceramente...

Dizer que pela TGBD, deus é necesário, é o mesmo que dizer que a TGBD se
apóia na existência dele.

> CBAS:
> Não seja tão afoito. Procure saber mais sobre a TGBD.

Perdi o pouco interesse que tinha pela sua teoria.

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TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Metodologia cientifica
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 08/12/2000 14:58

Alberto Mesquita Filho wrote:
> Digamos então que a frase exata seria mais ou menos esta: Já existem
> SUSPEITAS de que o universo tem pelo menos quatro dimensões e de que a
> cabeça de um matemático pode comportar infinitas outras.

Porque? As 11 dimensões também poriam suas teorias em xeque?

Só falta também me dizer que para que as suas teorias tenham
consistência é neccessária a exsistência de *algo divino* atuando de
forma milagrosa.

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TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Metodologia cientifica
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 08/12/2000 15:12

Tarcísio,

Pois é, baixou o nível da prosa...

É melhor eu parar por aqui, senão o LRB vai se sentir no direito, e desta vez com razão, de moderar de novo a lista.

Quando um não quer dois não brigam

Claudio Abreu
----- Original Message -----
From: TARCISIO BORGES
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Friday, December 08, 2000 2:58 PM
Subject: Re: [ciencialist] Metodologia cientifica


Alberto Mesquita Filho wrote:
> Digamos então que a frase exata seria mais ou menos esta: Já existem
> SUSPEITAS de que o universo tem pelo menos quatro dimensões e de que a
> cabeça de um matemático pode comportar infinitas outras.

Porque? As 11 dimensões também poriam suas teorias em xeque?

Só falta também me dizer que para que as suas teorias tenham
consistência é neccessária a exsistência de *algo divino* atuando de
forma milagrosa.

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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar??
FROM: "Marco Aurelio" <logos@pccp.com.ar>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 08/12/2000 15:14

TARCISIO BORGES wrote:


> ... não há necessidade de deus.
É exatamente o que se poderia perguntar: qual a necessidade de sua
existencia. Não estou considerando a oposição necessario-contingente. Não
vejo utilidade objetiva na consideração da existencia de deus. Dizer que é
lógico pensar que a complexidade do universo deve supor uma criação me
cheira a falacia. Só porque a gente não entende certas coisas, tem que supor
que existe alguém superior que criou? Não creio que seja necessario.

Às vezes creio que a debilidade psicológica das pessoas cria uma necessidade
de um ser supremo.

O ser humano é bastante nidícola. Sua imaturidade ao nacer é escandalosa. O
abismo existente entre um recém nacido e um adulto é um dos maiores no reino
animal. Alguns estudos demonstraram que o grau de maturidade psicomotora de
um chipanzé ao nascer é equivalente ao de um bebe de 36 meses.

O sentimento de desvalimento e desamparo de um bebê, quando comparado com um
adulto gera uma tendencia a exagerar os valores do adulto. É lógico que um
bebezinho sente que a importancia do adulto para sua vida é crucial. O que
os seres humanos sempre confundimos é a relatividade dos fenômenos.

A importancia do adulto é grande para o bebê, mas não é um ser onipotente em
si. Esta tendencia a exagerar a importancia do adulto em si fica gravada no
psiquismo humano por ser uma experiencia traumática.

Quando crecemos e nos damos conta que somos adultos e não somos onipotentes,
como ninguém tampouco o é, nos desiludimos. Onde vamos pôr a onipotencia e
este sentimento de desamparo que muitas vezes sentimos e não nos damos conta
de que é uma simples repetição do desamparo infantil?

Se cria uma necesidade de que existencia de um ser onipotente. Isto não quer
dizer que realmente exista um.

Creio que o desamparo infantil do ser humano é a origem da necessidade de
formar ideais. Penso também que é uma tendencia prejudicial. Os ideais são
sempre perigosos. Quanta gente matou enorme quantidade de gente só por
ideais? Não creio que o fato de ser ideal torne algo bom. Prefiro que seja
real, bom e possivel. Creio que sempre se deve desconfiar de um ideal. São
uma herança e uma semente de servidão irracional.

Marco A. Andrade
logos@pccp.com.ar









SUBJECT: Re: [ciencialist] Metodologia cientifica
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 08/12/2000 15:21

Claudio Abreu wrote:
> Tarcísio,
> Pois é, baixou o nível da prosa...

Eu tentei não baixar, mas a coisa está descambando feio aqui.

Mas minhas questões são sérias e espero que o Alberto as responda, nem
que seja em particular.

> Alberto Mesquita Filho wrote:
> > Digamos então que a frase exata seria mais ou menos esta: Já existem
> > SUSPEITAS de que o universo tem pelo menos quatro dimensões e de que a
> > cabeça de um matemático pode comportar infinitas outras.
>
> Porque? As 11 dimensões também poriam suas teorias em xeque?
>
> Só falta também me dizer que para que as suas teorias tenham
> consistência é neccessária a exsistência de *algo divino* atuando de
> forma milagrosa.

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TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
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SUBJECT: Scidev.net
FROM: Clovis Maia <gytuin@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 08/12/2000 15:25

Ola Ciencialisters,


Quem tiver interesse em ganhar um belo portal de informacoes
cientificas quentinhas, com direito a acesso a papers de varias areas e
ainda debates voltados justamente aos problemas e dificuldades enfrentados
em se fazer ciencia no Terceiro Mundo, passe em http://www.scidev.net e
responda a um questionario que ha por la. Trata-se de um projeto da Nature
(a maior revista cientifica do mundo) em conjunto com a Third World Academy
of Science e outros pesos pesados para se fazer um portal com os fins ja
citados. Por enquanto o site se limita a divulgar o projeto e apresentar um
questionario que vai influir muito na cara final que o ele tera (e ate se o
dito cujo sera concluido).

Ate, e um grande abraco!


Clovis Maia


SUBJECT: RE: [ciencialist] Metodologia cientifica
FROM: Moacir Alves Schmidt <moacir.schmidt@softtek.com>
TO: "'ciencialist@egroups.com '" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 08/12/2000 16:07

Tarcisio Borges Escreveu:
> Até onde eu sei, já existem provas de que o universo tem 11 dimensões...

Provas, provas mesmo nao existem nao, porque a quantidade de energia
necessaria para observar algum fenonemo "previsto" pela teoria das
supercordas e' muito maior do que a humanidade tem capacidade para gerar
hoje. O que se define como "suspeitas" de existencia das 11 dimensoes e' um
conjunto de equacoes que se comportam com bastante "elegancia" ao serem
reduzidas para explicar os comportamentos conhecidos das particulas (aqueles
do "Modelo Padrão", por exemplo). Em outras palavras, o mesmo conjunto de
equações, se adaptado para 14, 17 ou 20 dimensoes nao se comporta tao bem
matematicamente. Isto faz com que os fisicos teoricos "suspeitem" de um
universo em 11 dimensoes.

Sei que e' uma explicacao extremamente subjetiva mas e' mais ou menos o
sentimento que rola entre os fisicos teoricos que abracaram a teoria das
supercordas e do universo em 11 dimensoes.

Abracos,

P.S.: O mesmo conjunto de equacoes tambem se comporta de forma "elegante"
quando adaptado para 26 dimensoes, mas esta ja' e' outra historia :-)))



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar??
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 08/12/2000 16:18

-----Mensagem Original-----
De: "Claudio Abreu"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Sexta-feira, 8 de Dezembro de 2000 14:40
Assunto: Re: [ciencialist] Clonar??

Olá, Claudio

Em resposta ao Tarcísio você afirmou:

> Você realmente não entendeu nada. As tais manifestações de Deus (tal como
> o defino) seriam as Leis Universais que regem o Universo e o
> Anti-Universo. Você está dando uma conotação religiosa à questão, e aí
> estou fora, pois não é a minha praia.

A existência ou não de Deus é algo que está totalmente fora do âmbito
científico e o fato de discutirmos este assunto na Ciencialist apenas
reflete o baixo nível de nossa ciência e a pouca fé de nossos religiosos.
Houve um tempo em que ciência e religião andavam de mãos dadas e os bons
cientistas, cientes de que não se mistura ciência com religião, utilizavam
uma conotação diversa e não religiosa para Deus, como aquela que você está
pretendendo fazer: a representar princípios universais desconhecidos. Os
leitores então entendiam que esse Deus nada mais era senão uma imagem
alegórica, às vezes a reforçar a idéia de uma certa impotência da ciência da
época.

Nesse contexto Aristóteles falou em motores "divinos" principais, ao intuir
a existência de uma propriedade para os corpos celestes, o que Galileu,
milênios após, traduziu por inércia. Newton, sob um pretexto semelhante,
chegou a afirmar que "o espaço é o sensório de Deus" e, não obstante, jamais
utilizou-se desta afirmação como "hipótese" em lugar algum de sua obra. Num
outro contexto, e de maneira magnífica, demonstra sua crença num princípio
de conservação da matéria e da energia, apelando também para esse suposto
Deus. Chegou então a afirmar:

"...parece provável para mim que Deus no começo formou a matéria em
partículas movíveis, impenetráveis, duras, volumosas, sólidas, de tais
formas e figuras, e com tais outras propriedades e em tal proporção ao
espaço, e mais conduzidas ao fim para o qual Ele as formou; e que estas
partículas primitivas, sendo sólidas, são incomparavelmente mais duras do
que quaisquer corpos porosos compostos delas; mesmo tão duras que nunca se
consomem ou se quebram em pedaços; nenhum poder comum sendo capaz de dividir
o que Deus Ele próprio, fez na primeira criação."

Agora pergunto: em que capítulo de sua obra Newton utilizou-se desta
"hipótese" sobre a existência de Deus? Em nenhum. E tanto assim é que,
apesar deste parágrafo, sua obra é aceita tanto por religiosos quanto por
céticos e/ou ateus.

Outro notável cientista a referir-se a Deus foi Einstein e todos conhecem
sua célebre frase, utilizada a ir contra os princípios da mecânica quântica:
"Deus não joga dados". Tratou-se apenas de um argumento utilizado na
tentativa de mostrar uma incoerência e a reforçar sua lógica que, na
realidade, apoiava-se não na existência de Deus mas na existência de um
método científico e no realismo científico (doutrina filosófica que, se
negada, levaria à aposentadoria compulsória todos os cientistas
experimentais --tanto assim é que os quânticos dos dias atuais aceitam a
existência de um realismo quântico, um pouco diverso daquele proposto por
Einstein).

Hoje os maus cientistas pretendem substituir uma religião, que jamais
influenciou os verdadeiros cientistas, por outra religião que está, sem
dúvida alguma, influenciando uma gama imensa de jovens cientistas. Esta nova
religião, que está tentando destruir uma ciência milenar construída com base
na filosofia e na lógica, chama-se cientificismo. E, por ser religião, não
comporta uma ciência livre de um pensamento religioso.

Na realidade existe uma "ciência livre" e cientistas, estes sim, religiosos
ou ateus. Hoje pretendem os falsos cientistas, que invadiram as
universidades do mundo todo, que exista uma "ciência presa" a seus dogmas
religiosos. Mas, por ser uma religião, o cientificismo não tolera que possam
existir concorrentes e desta forma tentam confundir ciência com religião
tradicional, procurando desta forma convencer-nos de que esta ciência
tradicional precisaria se livrar de uma influência deletéria que, a meu ver,
nunca houve. E sempre que você fala em um Deus universal, meramente tentando
impor a existência de princípios universais, dirão que você está se apoiando
na existência de um Deus que não existe; e de nada adiantará você dizer que
não está extraindo conclusões dessas possíveis afirmações. Pois o que eles
querem não é ir contra as suas afirmações, mas simplesmente defender os
dogmas que professam.

Então, o conselho que lhe dou --já que a verdadeira ciência não comporta
religião alguma e, muito menos, entra em conflito com religiões tradicionais
e não cientificizantes-- é o mesmo que Bohr teria dado a Einstein: "Claudio,
pare de dizer a Deus o que fazer!". :-) E já que o seu Deus pode ser, em sua
teoria, referido como leis universais, refira-se a ele como Leis Universais,
com ou sem maiúsculas. Não tente justificar o seu Deus. Eles é que devem
justificar suas Onze Dimensões, sem evidentemente apoiar-se no princípio da
autoridade pastoral (ou de referees, como preferem). Pois estas absurdas
Onze Dimensões estão efetivamente apoiando teorias "científicas", ao
contrário de seu Deus.

[ ]'s
Alberto
http://sites.uol.com.br/albmesq/
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Metodologia cientifica
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 08/12/2000 17:10

-----Mensagem Original-----
De: "TARCISIO BORGES"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Sexta-feira, 8 de Dezembro de 2000 15:21
Assunto: Re: [ciencialist] Metodologia cientifica

> Claudio Abreu wrote:
> > Tarcísio,
> > Pois é, baixou o nível da prosa...
> Eu tentei não baixar, mas a coisa está descambando feio aqui.

Pelo visto quem baixou o nível então fui eu, não sei se por ter citado
Popper (um herege de carteirinha) ou os salafrários que pretendem dominar a
universidade brasileira. Tudo bem, quem diz o que quer, ouve o que merece
ouvir como resposta. É uma outra maneira de enunciar o princípio de Le
Chatelier.

> Mas minhas questões são sérias e espero que o Alberto as responda, nem
> que seja em particular.

Como regra só respondo em particular quando sou questionado em particular.
Minha vida é um livro aberto e não tenho nada a esconder (Obs.: não sou
político e qualquer semelhança com o que eles costumam dizer é mera
coincidência). Como exceção a regra, respondo em particular caso haja
comprometimento de terceiros que, conforme o caso, são notificados em Cc.

> > Alberto Mesquita Filho wrote:
> > > Digamos então que a frase exata seria mais ou menos esta: Já existem
> > > SUSPEITAS de que o universo tem pelo menos quatro dimensões e de que
> > > a cabeça de um matemático pode comportar infinitas outras.
> > Porque? As 11 dimensões também poriam suas teorias em xeque?

Até agora nada colocou a minha teoria em xeque. Aliás, para que se monte um
xeque é necessário que se saiba jogar xadrez. Que os jogadores se
apresentem, armem suas jogadas e me coloquem em xeque. Verei então o que
fazer a seguir.

Quanto às 11 dimensões diria apenas que não me utilizei dessas hipóteses.
Não obstante, se elas se justificarem experimentalmente, procurarei analisar
de que maneira esta suposta existência falsearia ou não as minhas teorias.
Por enquanto não vejo porque me preocupar com conjecturas infundadas e
acientíficas. Até o momento, apenas algumas doutrinas religiosas falam em
onze dimensões. O dia que o assunto retratar um mínimo de caráter científico
irei verificar se há ou não interesse em justificar minha teoria a respeito.

> > Só falta também me dizer que para que as suas teorias tenham
> > consistência é neccessária a exsistência de *algo divino* atuando de
> > forma milagrosa.

Não. Essa característica é própria às doutrinas religiosas que sustentam a
fé no cientificismo. Eu não misturo ciência com religião, logo não preciso
justificar milagres, se é que existem. Não obstante, e já que você afirma
não ter baixado o nível, diria que suas frases soam como agressões
gratuitas. Este "só falta dizer" sugere possíveis outras acusações que não
consegui localizar. Gostaria que você fosse mais explícito. Quais foram as
imposições que cheguei a fazer (além de 4 hipóteses, a meu ver embasadas na
lógica da teorização científica) sem justificativas científicas?

[ ]'s
Alberto
http://sites.uol.com.br/albmesq/
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar??
FROM: "Claudio Abreu Bidual" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 08/12/2000 17:53

Prezado Alberto,

Você foi muito sábio e esclarecedor ao escrever:

AMF:
E sempre que você fala em um Deus universal, meramente tentando
impor a existência de princípios universais, dirão que você está se apoiando
na existência de um Deus que não existe; e de nada adiantará você dizer que
não está extraindo conclusões dessas possíveis afirmações. Pois o que eles
querem não é ir contra as suas afirmações, mas simplesmente defender os
dogmas que professam.

Então, o conselho que lhe dou --já que a verdadeira ciência não comporta
religião alguma e, muito menos, entra em conflito com religiões tradicionais
e não cientificizantes-- é o mesmo que Bohr teria dado a Einstein: "Claudio,
pare de dizer a Deus o que fazer!". :-) E já que o seu Deus pode ser, em sua
teoria, referido como leis universais, refira-se a ele como Leis Universais,
com ou sem maiúsculas. Não tente justificar o seu Deus. Eles é que devem
justificar suas Onze Dimensões, sem evidentemente apoiar-se no princípio da
autoridade pastoral (ou de referees, como preferem). Pois estas absurdas
Onze Dimensões estão efetivamente apoiando teorias "científicas", ao
contrário de seu Deus.

[ ]'s
Alberto

CBAS:
Realmente, acho que eu usar o termo Deus para representar o que seria o
Quarto Uno do Terno Universo/Anti-Universo/Leis Universais é inoportuno e
contraproducente, e não mais o farei. Vou passar a chamá-lo por outro nome,
digamos, Mr. X, por exemplo... :-)).

Isto porque por mais que eu ressalte que esteja usando tal termo dentro de
conceito muito diferente do que usualmente se associa a palavra Deus, sempre
alguém poderá desconsiderar tal ressalva e levar a questão para a
interpretação bem diferente da que eu quis dar. De um lado poderão surgir
pessoas, tal como o Tarcísio, dizendo que estou me apoiando em Deus para
mostrar a veracidade da TGBD.. E, de outro, poderão surgir pessoas
religiosas que poderão até me condenar a arder no fogo do inferno eterno por
eu estar incorrendo em grave heresia...

Realmente é bem melhor não misturar religião com ciência - ou, como você
disse, metaciência :-)) .

Agora que o Mr. X, ou que nome tenha, existe, não tenho dúvida que existe. E
o que seria ele? Talvez informação pura, já que se relacionaria às Leis
Universais.

Lembro-me de que no início de um livro de Cosmologia o autor precisou de
mais de um capítulo para tentar definir qual seria a abrangência do objeto
daquela ciência. E ele depois de muito divagar acabou se rendendo ao obvio e
acabou definindo o cosmos como sendo o maior que queiramos, tal como no
conceito de infinito. Esta é realmente uma limitação do alcance da ciência e
da humanidade: poderemos ir, física ou teoricamente até um certo ponto, mas
nunca conseguiremos chegar ao Quarto Uno, ou Mr. X, ou Deus, ou que nome
tenha, e que existe fora do nosso alcance. Afinal se o conseguíssemos ele
estaria dentro do nosso alcance, e não fora dele. A analogia aqui talvez
seja a incerteza, tal como a da mecânica quântica, que você tanto desaprova,
e que eu, mesmo não concordando, acabo aceitando-a. É, meu caro amigo
Alberto, nos temos nossas limitações.

Um grande abraço,

Claudio Abreu


----- Original Message -----
From: Alberto Mesquita Filho
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Friday, December 08, 2000 4:18 PM
Subject: Re: [ciencialist] Clonar??




SUBJECT: Re: [ciencialist] Auto-moderacao
FROM: "Claudio Abreu Bidual" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 08/12/2000 18:06

Prezado LRB,

Você escreveu:
A 'moderacao' foi utilizada somente para resolver problemas que
surgiram naquele momento, mas como a lista acalmou... resolvi voltar ao
modo anterior.

CBAS:
Ao escrever a minha primeira mensagem, na qual sugeri uma "Constituição"
para a Ciencialist o fiz tentanto ajudar, mas sem pensar direito em todas a
suas impluicações, em particular quanto ao conteúdo das mensagens.

Ainda bem que você as rechaçou em sua maioria, ressalando apenas a
importância das questões tecnicas das mensagens. Que bom que você tenha
voltado a ser o LRB sensato que sempre admiramos.

Desconsidere aquela minha proposta. Afinal ela poderia ser vista como uma
alternativa ao rumo que estava sendo dado por você à Ciencialist.

Um grande abraço,

Claudio Abrteu

---- Original Message -----
From: <lrb@if.ufrgs.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Friday, December 08, 2000 2:34 PM
Subject: Re: [ciencialist] Auto-moderacao



SUBJECT: Re: [ciencialist] TGBD e deus
FROM: "Claudio Abreu Bidual" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 08/12/2000 18:19

Prezado LRB

É pelo jeito você está curado, de bem com a vida e com senso de humor.

Com relação à sua mensagem, informo, tal como nos jogo do Maracanã:
" A ADEG informa: sai Deus e entra Mr. X "

A vida é realmente bela.

Um grande abraço,

Claudio Abreu

----- Original Message -----
From: lrb@if.ufrgs.br
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Friday, December 08, 2000 2:46 PM
Subject: [ciencialist] TGBD e deus



Relacionar TGBD e deus parece como dizer que 'dragoes existem pq eles
lutam com unicornios'.

:) ..

Mail curto... rapido e rasteiro.

Luis Brudna -

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http://www.egroups.com/polls/ciencialist/
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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: apresentacao e paradigmas da mente
FROM: "Joao Carlos Holland Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 08/12/2000 22:09

--- In ciencialist@egroups.com, "Fernanda Amadei Sais" <lifer@i...>
wrote:
> Olá a todos.
>
>

>jocax, antes de mais nada, tenha paciência comigo... :-) o
Genismo não
> está ainda muuuiiito
>claro para mim, só estou comentando pq sou intrometida.

EH Otimo vc comentar criticar e discordar pois assim eu poderei
verificar os pontos dificeis ou incorretos e , quem sabe,
poderemos corrigi-los :).


>
>
>
> ----- Original Message -----
>
From: Joao Carlos Holland de Barcellos
>
> > >
> > >Se todos adotarem o Genismo o mal sera
extirpado , veja em :
> > >
> > >http://www.egroups.com/message/ciencialist/6988
> > >
> > >
> > >
>Uma teoria nào pode "extirpar" genes, mas apenas os
> > > > usos e técnicas decorrentes dela
podem fazê-lo...
>
> Sim, foi o q quis dizer qdo escrevi "se todos o adotarem".
> Eu ainda nao tive tempo de estudar todas as implicacoes decorrentes
da
> adocao do Genismo pel humanidade, mas,uma delas, eh a extirpacao de
> genes
> anti-sociais como eu demonstrei na URL acima.
>
> > >
> >
>Leia e depois me diga o q acha.
> > >
> >
> > Bem, eu estava enganada... segundo o que entendi, o
Genismo não se limita
> a
> > uma teoria científica... Antes, propõe um modo de agir (e
pensar), e
modos
> > de agir podem... extirpar genes?
>
> Sim!, vc nao entendeu meu artigo "Humanidade :
Salvacao" ??
> Eu mostro exatamente o mecanismo de COMO isso acontece !
>
> ==> Acredito ter
>entendido, mas não ter concordado com tudo.
>
> >ou seria extirpar a manifestação desses
> >
genes?
>
> Nao, seria a extirpacao dos *proprios* genes malevolos !
> leia o artigo de novo e diga-me o q vc nao entendeu.
>
> ==> Tudo bem. Para evitar confusões, então, vou separar as
>coisas. Primeiro,
> vamos ao seu artigo: vc parte do pressuposto que, se o indivíduo
possuir
>memes que façam o papel dos genes malévolos,

JOCAX:
Quase isso !
Note q os genes malevolos assim como TODOS os outros agem no sentido
de
que o organismo perpetue seus genes. Isso quer dizer que a Inveja,
Ciumes,
o Odio, a avareza, o egoismo, a vinganca etc.... existem e se mantem
na especie pq estes sentimentos auxiliam na perpetuacao dos
genes de quem os possuem.

E mais, pessoas desprovidas destes sentimentos levam uma desvantagem
evolutiva em relacao as pessoas portadoras deles.

Um genista NAO TEM q se comportar como um ser que possua estes
sentimentos
(no estrito sentido da palavra), o genista deve sim se preocupar com
a
perpetuacao de seus genes, seu comportamento perpetuativo deve ser
memeticamente tao eficaz quanto os que possuem estes genes:

Por exemplo, se um genista for um mutante altruista NATO ele NAO
devera doar
seu salario aos outros pois isto diminuira as chances de
sobrevivencia
de seus filhos (emulando "avareza").

Se um genista mutante, sem a capacidade de sentir raiva, devera
diminuir
as chances perpetuativas de alguem que lhe arranque um braco,
denunciando-o
aa policia , por exemplo ( emulando "vinganca" ).

Entendeu estes exemplos de memes que agem no sentido de substituir os
sentimentos?




> a mutação genética que diminua
> a ocorrência de tais genes não levará o indivíduo a sofrer a pressão
> seletiva que sofreria sem esses memes. (certo?)

JOCAX:
"..seletiva que sofreria sem esses GENES." ( aih fica certo )
Isso, ele nao sofreria a pressao seletiva sem estes memes desde que
ele adote uma politica perpetuativa q tenha a mesma eficiencia.


>Mas isso apenas o torna em
> iguais condições de competição com o indivíduo que possua os genes,
>sendo a
> única diferença que um vai agir por instinto genético e o outro por
causa
> dos memes adquiridos com o Genismo, mas... daí a concluir que isso

> necessariamente conferir ao último uma vantagem evolutiva que
levará o
> primeiro à extinção é forçar um pouco a barra, eu acho...
> (humilde opinião,
> não leve a mal).
>

JOCAX:
Vc tem todo o direito de duvidar mas eh isso mesmo !
Note q os memes, sendo RACIONAIS podem ter uma EFICACIA muito
maior do que o comportamento INSTINTIVO, certo ? :-))



> Mas a minha dúvida é: as mutações ocorrem ao acaso. Como
>vc pode garantir
> que vá haver uma mutação genética diminuindo ou extirpando tal
sentimento,
>que esse ser mutante vá conseguir se reproduzir mais do que o não
mutante,
> etc...?

JOCAX:
Note q os genes que codificam um sentimento, como a inveja por
exemplo,
podem ser extintos EXATAMENTE com no exemplo dos peixes das cavernas.
Qto maior o numero de genes responsaveis por um sentimento maior a
probabilidade
desta caracteristica sofrer mutacao e portanto mais rapidamente ela
deveria
ser anulada.


> Segundo o que sei (corrija-me caso esteja equivocada),
> estatisticamente, as mutações são mais frequentemente desfavoráveis
do que
> favoráveis.

JOCAX:
SIM, por isso q as mutacoes favoraveis aa caracteristica ou que
aumentem
sua forca sao muito mais dificeis do q aquelas q as degenerem,
percebe agora?

>Agora, caso ocorra tudo exatamente de acordo com as suas
>previsões, está tudo correto, mas... Quanto tempo demoraria para que
isso
> ocorresse, e para que
>esssa mutação se propagasse por toda a humanidade?

JOCAX:
Note q para os genistas NAO eh necessario q a mesma mutacao em uma
caracteristica degenerada passe para toda humanidade.
Dois mutantes podem sofrer mutacoes em genes diferentes q codificam o
odio,
por exemplo, acarretando a perda deste sentimento, para q o
sentimento deixe
de existir nestes mutantes, embora ambos acabem por ter o mesmo
fenotipo
para este sentimento.

Acredito q o numero de geracoes necessarias poderia ser calculada
para cada
sentimento levando-se em conta :
-O numero de pares de bases (genes) responsaveis pelo sentimento,
-O numero medio de mutacoes por par de base.

> Quem garante que, ao final, não conviveriam seres humanos mutantes
sem os
> genes malévolos juntamente com os portadores desses genes (acho
> que faltam
> bases para garantir que ocorreria a extinção desses genes...)

JOCAX:
Mas eh certeza que isto FATALMENTE deveria ocorrer.
Veja bem, suponha que surja um genista sem um destes sentimentos
malevolos.
Vc percebe q ele nasceu em um mundo onde a maioria possui este
sentimento?
O processo eh o mesmo q ocorre numa mudanca de especie durante a
evolucao,
eh possivel tambem q a partir de uma massa CRITICA de individuos nao
"geneticamente malevolos" a discriminacao contra os malevolos se faca
sentir e, a partir dai, a pressao seletiva se faca NO SENTIDO INVERSO,
privilegiando os individuos geneticamente nao maus, percebe?

>
> >
> > De qualquerforma, creio ter entendido o que vc queria dizer.
Realmente,
> > isso *talvez* fosse possível caso o Genismo fosse verdadeiro...
>

JOCAX:
Como doutrina, o Genismo nao eh falso nem verdadeiro eh uma doutrina
e cabera aas
pessoas adotarem-no ou nao.
Agora como uma teoria cientifica q propoe ser a resposta para a
maximizacao
da felicidade humana SIM, ele poderia ser falso ou verdadeiro como
resposta
a esta pergunta e tambem poderia ser falseado em suas BASES caso, por
exemplo,
a teoria neodarwiniana fosse provada falsa. Neste caso, sua
conjectura sobre
a falsidade ou nao do Genismo teria sentido. Mas devo lembrar tambem
q uma teoria cientifica nunca pode ser provada verdadeira....


> Eu demonstrei q o Genismo levaria inexoravelmente a isso se todos o
> adotassem.
>
> >na verdade,
> > mesmo se não o fosse, uma vez que religião (refiro-me à
religiosidade das
> > massas, que a humanidade conheceu até o momento) funciona para
muita coisa
>
> mesmo sem ser verdade. (interessante esse caráter do Genismo, que
une
> > religião, ciência e filosofia... a meu ver, esse é o caminho
certo, posto
> > que a verdade é uma só deve haver uma única teoria que a explique.
>
> Note q o Genismo nao se propoe a descobrir a verdade uma vez que o
> Genismo > nao eh uma teoria fisica.
>
> Ela eh uma teoria Gemetica e esta vinculada ao problema da
felicidade
> humana.
>
> O Genismo eh uma teoria q propoe responder a uma
> pergunta da Gemetica : "Qual o meme que maximiza o prazer do grupo?"
> A resposta a esta pergunta nao eh uma verdade mas uma doutrina de
> valores.
>
> Portanto eh uma teoria filosofica, ja que uma resposta a esta
questao
> esta necessariamente ligada a etica. A etica eh um conjunto de
normas
> que visa > exatamente maximizar a felicidade do grupo.
>
> ==> Bem, vc afirmou que o Genismo é uma teoria, uma filosofia e uma
>religião, e agora diz que ele não se propõe a descobrir a verdade. A
que
> verdade vc se refere?

Note q a verdade, como te falei, eh sobre as teorias que dizem algo a
respeito
da natureza. A teoria corresponde aos fatos?
Se nao corresponde, nao eh verdade.

Uma doutrina q diz : "Vc deve comer uma laranja ao dia", eh uma
verdade?
Uma doutrina nao se propoe a ser uma verdade mas simplesmente mostrar
um caminho.
O Genismo se propoe a mostrar um caminho.

Qdo eu afirmo "se vc comer uma laranja ao dia vc vai ter menos gripe"
neste
caso eu estou fazendo uma afirmacao passivel de verificacao e
portanto pode
ou nao ser verdade. Neste caso o Genismo cai no mesmo caso pois pode
ser
passivel de verificacao pois eu digo q esta eh a doutrina q maximiza
a felicidade
do individuo e, portanto, tambem pode ser verdadeira ou falsa.

Por isso dependendo do enfoque q vc de ao Genismo como uma doutrina
ou como
uma teoria cientifica ela assume diferentes conotacoes.....



>pq se nada do que ele afirme for verdade, talvez eu
> tenha me entusiasmado mais do que deveria com ele... Além disso,
eu não
> sabia que só uma teoria física pode se propor a descobrir a
verdade... por
> que?

Fisica eu quis dizer no sentido de ciencia. Aquilo q se pode falsear.
A base da ciencia moderna reside neste paradigma : Falseabilidade.
E a falseabilidade esta ligada aas decisoes nao subjetivas ou q se
possa
medir ( por isso disse "fisica"=ligada a realidade fisica ).


>
> >Mas,
> > embora do ponto de vista religioso e filosófico ele seja
aceitável, penso
> > que falta-lhe um pouco de rigor científico). Se aceita um
conselho, quando
> >estiver falando do Genismo como ciência, evite afirmações que não
sejam
> bem
> > fundamentadas.
>

> O Genismo esta bem fundamentado
>
> ==> eu não disse que o Genismo não está bem fundamentado,disse
apenas que
> algumas afirmações que vc faz usando "seu santo nome em vão" não
são muito
>bem fundamentadas.
>

Nao entendi...

> >Ás vezes uma afirmação é até verdadeira, mas não está
> > integrada ao contexto de forma adequada, não resulta de uma linha
de
> > raciocínio válida (no sentido de não existirem argumentos
suficientes que
> > justifiquem determinada conclusão). Quando vc afirma que o
altruísmo puro
> só
> > viria com a extirpação dos genes egoístas via Genismo, por
exemplo, está
> > desconsiderando uma série de fatores e fazendo uma afirmação que
> baseia-se
> > na fé noGenismo.
>
> Nao creio. Veja definindo altruismo puro como sendo qdo memes e
*genes*
> buscam o mesmo bem de uma outra pessoa em seu proprio detrimento,
entao
> a ciencia mostra q isto acontece qdo existe um beneficio genetico
para
> quem
> pratica o altruismo: Ou eh um parente, ou a pessoa ou seus genes
irao
> se beneficiar deste altruismo. Ou seja nao existe, atualmente,
altruismo
>totalmente desinteressado. Sei q isso ira suscitar muita controversia
> mas em geral eh isso mesmo.Claro q pode haver um altruismo MEMETICO
e a
> pessoa podera ateh se sentir bem mas, este comportamento nao podera
ser
> permanente. A discussao vai longe e nao gostaria de ficar discutindo
> detalhes.
> Mas posso adiantar algo: Se uma pessoa acreditar q se auto-flagelar
ira
>ganhar a vida eterna no paraiso, isso podera faze-la um pouco feliz
> mas nao totalmente uma vez q seus genes "nao irao gostar" muito....
>
> ==> Tudo bem, só queria dizer uma coisa: nesse ponto não
discordamos em
> nada. Considero convincente essa afirmação do Genismo sobre a nossa
>condição atual (de que não existe atualmente altruísmo totalmente
> desinteressado), só acho as previsões que vc faz das consequencias
da adoção
> dele no futuro um pouco exageradas.
>
> >Afirmações como essa tiram um pouco a credibilidade
> > científica de uma teoria que, em si, me parece muito boa.
>
JOCAX:
Muito boa??
Eh simplesmente a coisa + importante q apareceu nos ultimos 100 anos
!!! :-)

> Que afirmacoes?
>
> ==> Afirmações reducionistas, que desconsiderem outros fatores
secundários e
> não sejam baseadas em argumentos resultantes de um racioncínio
lógico.

Mas se este eh o caminho + cientifico e menos subjetivo....?

>Quando vc afirma que o altruísmo puro só
> viria com a extirpação dos genes egoístas via Genismo,

JOCAX:
Nao soh com o Genismo, mas COM o Genismo ( suficiente mas nao
necessario ateh
prova em contrario )

>por exemplo, está
> desconsiderando uma série de fatores e fazendo uma afirmação que
baseia-se
>na fé no Genismo.

Nao vejo onde, eu acho q eu dei as razoes de todas minhas
afirmacoes...

>Em suma, na minha opinião, as considerações sobre os
> acontecimentos futuros deveriam ser mais cautelosas, uma vez que
dependem de
> fatores como o acaso.
>

Sim, o mundo pode acabar antes de a humanidade poder se aproveitar do
Genismo...

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] apresentacao e paradigmas da mente
FROM: Flavio Mendonça <fefemendonca@uol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 08/12/2000 22:41

Paz e Luz Fernanda,

Farei meus apartes cortando as mensagens para o papo evolua didaticamente, o.k. ?

Fernanda Amadei Sais gravada:

> Olá, Flávio e lista
>
> Segue-se um comentário que estou receosa em postar, mas não resisto...

Cara amiga, agradeço seu zelo, porém, não sou melindroso. A única coisa que me faz deixar um bom papo é
qdo a outra parte fecha uma questão, demonstrando a irracionalidade do preconceito. Como não está sendo
seu caso, creio que nossa conversa fluirá agradavelmente.

>
>
> Fernanda:
> > Todas as
> > características da personalidade humana são resultado de reações químicas
> (a
> > não ser que se admita uma existência espiritual, mas como o assunto é
> > controverso acho melhor não considerá-lo para evitar complicações
> > desnecessárias), e, admitindo-se que a nossa personalidade seja uma ilusão
> > resultante de mecanismos biológicos de sobrevivência, até onde podemos
> saber
> > o que gera determinada característica (no caso, o altruísmo)?
>
> Flávio:
> O problema é esse. As bases para análise leva-se em conta o espírito, e não
> um fenômeno puramente
> químico-biológico. Estes sim, são instrumentos, assim como todo o resto do
> organismo. Como disse, o
> altruísmo é uma fase mais depurada da consciência. Isso acontece em função
> das várias existências
> corporais. A tal história da cebola:-) Veja que a ciência convencional não
> admitindo essa existência
> espiritual, trata a questão a partir de um ponto, e toma isso como base para
> teorizar a origem. Passando
> através da genética de geração em geração pode o homem evoluir
> consciencialmente. Isso realmente é
> verdadeiro, mas como mecanismo de base. De resto quem determina o processo,
> no meu modo de ver é o
> espírito. Agora, só não me peça as provas, se não serei obrigado a solicitar
> as suas. Podemos no máximo
> fazer experimentos, e concluir teorias, assim como toda a ciência. Neste
> caso veremos então que nem um nem
> outro prova nada em absoluto.
>
> Fernanda:
> Percebo que temos pontos de vista diferentes sobre características
> relacionadas à consciência, Flávio. Por isso, gostaria de esclarecer qual o
> método que eu geralmente uso para tratar do assunto. Penso que existem,
> *inicialmente*, duas possibilidades: ou a consciência que possuímos deve-se
> ao espírito (caso ele exista) ou é, sim, um fenômeno químico-biológico
> nenhuma das hipóteses pode ser descartada inicialmente. Afinal, creio que
> já concordamos que o cientista não deve ser influenciado por suas convicções
> em seu trabalho investigativo :-) - tarefa difícil, mas podemos sempre
> tentar ). Até aqui estamos no óbvio.

Concordo em gênero, número e grau.

>
>
> Mas, toda vez que analiso qualquer característica consciencial acho
> necessário trabalhar as mesmas idéias com as duas possibilidades, uma para a
> existência do espírito (ou algo que o valha) e outra que independa disso. É
> simples: se os espíritos existirem, devem enquadrar-se nos fenômenos
> naturais (é certo que estou abolindo a possibilidade de seres que estejam
> além de qualquer lei natural, por falta de evidências a favor mas,
> principalmente, porque "todos os fenômenos são naturais e dignos de
> investigação *científica*" ).

Os fenômenos espirituais nada tem de sobrenatural, muito pelo contrário, se existem é pq são naturais.
Foram investigados, pesquisados, experimentados, e deles se formou não só uma teoria, mas toda uma
doutrina que nos fala não só do fenômeno de interação ao domínio físico, mas ao que se refere ao domínio
deles. Não falarei muito a respeito, pois trata-se de uma longa história, mas em síntese sucedeu que
fenômenos inteligentes ficaram evidenciados através de uma pesquisa, e dele concluiu-se que se era
inteligente é pq por trás dele existia uma inteligência a produzi-los. Ora, qual cientista percebendo
nisso uma inteligência não iria pesquisar as causas. Foi o que ocorreu, e daí seguiram uma vasta seqüência
de fatos, originando assim, toda a Doutrina Espírita.

> Seguindo esse raciocício, a mesma teoria deve
> servir às duas possibilidades, uma vez que, embora não a conheçamos, há uma
> só verdade a respeito (a afirmativa ou a negativa da consciência como
> resultado de fenômenos puramente químico-biológicos).

Aí é que está, a ciência espírita concluiu que as duas estavam relativamente corretas. Percebeu que a
teoria evolutiva desvendou uma grande questão relacionada a nossa origem, porém, não levou em conta uma
questão mais aprofundada, qual seja, o Espírito. Veja que a teoria de Darwin é lógica e racional, mas
incompleta, pois que faltam elos para concluirmos. A seqüência de estudos espíritas nos levou a perceber
onde estava este elo faltante. Por isso eu dizer que influência química-biológica refere-se parte
integrante do processo, e não a origem deste mesmo processo.

> Concedo aos dois lados
> o benefício da dúvida até que se prove o contrário. ( essa maneira de ver a
> questão origina-se justamente do fato de nenhum dos lados opostos conseguir
> provar nada de absoluto - ou quase - e de uma convicção - olha ela de novo
> :-) nunca nos livramos completamente dela...

É prudente considerar sempre as questões que envolvem o processo, porém, como a ciência convencional, o
Espiritismo também formulou sua teoria, mesmo que relativa a um campo de observação. Por isso não se trata
meramente de crença, mas de uma teoria formulada a partir da compreensão destes experimentos.

> - de que a solução dos
> problemas não reside nos opostos - geralmente inflexíveis - mas no
> meio-termo sensato - mais propício a análises e "re-análises")

Sabias palavras !

>
> A partir disso começo a pensar no assunto, o que muitas vezes traz
> consequências desastrosas: geralmente eu "compro briga" com os dois lados,
> pois, de uma forma geral, os religiosos não admitem uma análise racional (e
> que nege seus dogmas) baseada em conhecimentos científicos, e os cientistas
> (céticos) não admitem que se fale no assunto sem abolir completamente a
> possibilidade de discutir científicamente fenômenos tidos como espirituais.

Por isso que eu tentei mostrar que o Espiritismo não é uma religião, mas sim uma ciência. Claro que sendo
ela, também, uma filosofia tem uma parte moral com conseqüências religiosas. Porém, como em tudo na vida,
há os que percebem nela uma doutrina completa, mas outros assim não a compreendem. Por falta de um estudo
mais profundo, agi como qualquer religioso dogmático, proferindo coisas falsas que nada tem haver com o
Espiritismo. Não obstante também haver pessoas que se denominam de Espíritas, ou que são adeptos do
Espiritismo, porém são pessoas ligadas, ou aos fenômenos mediúnicos ou as crenças espiritualistas
existentes no mundo. Por isso muitos, por não conhecerem este fato, atribuem tudo ser Espiritismo. Daí
origina-se um preconceito tão grande que muitas mentes capazes de auferir os fenômenos, simplesmente dão
as costas para a questão achando que o Espiritismo é coisa fantasiosa, coisa que lamento profundamente.

>
> (note-se que me considero cética - talvez não no sentido filosófico do
> termo, que remete ao humanismo secular - quanto às religiões atuais e quanto
> à ciência tradicional tb... ). Apesar disso, chego, por enquanto, à
> conclusão de que a partir da análise dos fenômenos naturais, propondo-se
> explicações fundamentadas na ciência natural - devidamente reformulada e
> atualizada com novas interpretações - pode se chegar a uma espécie de fusão
> científico-"religiosa" , não baseada em crenças mas em resultados, que torne
> enfim desnecessárias as controvérsias radicais entre ciência e religião -
> uma vez que nenhuma das duas existirá na sua forma atual, mas serão uma só
> muito mais evoluída. Nesse sentido admiro muito o Genismo do jocax, que é um
> passo nessa direção, a meu ver, a mais acertada possível.

Veja que as pessoas que se prendem aos conceitos concebidos e que não atualizam-se neste sentido, quase
sempre se tornam pessoas dogmáticas. Isso não acontece só na religião, mas também em todos os ramos do
conhecimento humano. Os conceitos atualizam-se sobremaneira, e isto independe apenas da nossa boa vontade.
É que a medida que a nossa consciência avança, novos véus nos caem dos olhos, nos fazendo enxergar outros
horizontes nunca antes percebido. É a evolução a que estamos subordinados.

>
> Espero não ter aborrecido ninguém com esses comentários :-)

De forma alguma. Me dá o maior prazer em debater com uma pessoa tão sensata qto vc.

>
> Só mais uma coisinha...
>
> Flávio, quanto ao fato de a codificação genética ser obra do acaso -em que
> ocorrem as mutações gênicas - e seleção natural (afirmação da teoria
> evolucionista *aceita pela maior parte dos cientistas* - tudo bem q isso não
> vale, pois é um argumento q baseia-se na autoridade dos tais cientistas...
> mas é falha minha, não da teoria:-) ), você comentou que:
>
> "Mesmo que fosse consenso, ainda não prova. Trata-se apenas de uma teoria, e
> aceita por alguns e negadas
> por outros. Por isso falei que com rigor, nada é admitido absolutamente."
>
> Tudo bem que não prova, mas negá-la seria mais ou menos como negar que a
> Terra gire ao redor do Sol, dadas as evidências... E, só por curiosidade,
> você conhece alguma teoria melhor?
>

Não é questão de ser melhor ou pior, apenas vejo que uma complementa a outra. O que seria das teorias
físicas, se não existisse a matemática ? Veja que uma complementa a outra. Da mesma forma outras ciências
se completam. A ciência Espírita é um manancial de conhecimento que complementa tantas quantas ciências
existirem. E como vc disse que gosta de comprar brigas, sugiro um estudo sério sobre Espiritismo. Para se
formular uma base de conhecimentos inicie pelas obras básicas, onde explica tudo desde o início. Claro que
vc encontrará alguns conceitos desatualizados, pois toda a base doutrinária foi formulada no século XIX,
onde as perspectivas eram todas centradas num modelo mecanicista. Porém, as respostas encontradas tem toda
ela um cunho relativista, pois que foi a forma encontrada para responder a perguntas da forma que foram
feitas. Inicialmente, leia o Livro dos Espíritos. Ele contém 1019 perguntas e respostas, além de um
prefácio que conta toda a história que originou a doutrina. Super didático. Depois é interessante ler o
Livro dos Médiuns, onde encontramos toda a base fenomenológica. Depois desta base, outras obras mais
atualizadas e mais específicas foram efetivadas. Bons livros para quem tem bases científicas são os de
Hermínio de Miranda.

>
> Amistosamente,
> Fernanda Sais.

Fraternalmente,

Flávio Mendonça



SUBJECT: Re: [ciencialist] paradigmas da mente
FROM: Flavio Mendonça <fefemendonca@uol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 08/12/2000 22:41

Paz e Luz Marcelo,

Marcelo Barbosa gravada:

> >Já tem o bastante ? Poxa qta presunção, em ? Quem foi o nobel nesta
> ocasião ? Quem determinou a origem do
> >universo ? Para que serve esta lista, não estaríamos perdendo tempo,
> uma vez já termos todas as respostas
> >?
>
> Eu é que pergunto: se admitimos que deus é o início de tudo, o
> criador, para que esta lista?
>

Inicialmente não sou proselitista, logo admita se encontrar razão para isso. Eu encontrei. Outra, a lista
é religilist ou ciencilist ?

>
> >Ahammmm )))) Aí está o elo. A consciência não poderia realmente
> evoluir a estágios transcendentes apenas
> >de uma noite para o dia, pois que lhe faltaria a experiência, a
> experimentação das coisas. É nesta hora
> >que entra a ciência Espírita, explicando através da pluralidade das
> existências como se dá o processo de
> >conscientização.
>
> Explicando? Colocar um monte de fantasma dentro das pessoas você chama
> de "explicar"? Colocar um deus no início do universo é explicar? Da
> mesma maneira que as pessoas, há alguns séculos, explicavam calmamente
> a origem dos trovões como sendo a voz dos deuses...
>

Pelo visto vc não conhece:(

>
> >Sei que muitos aqui irão tremer ao ler isto. Mas garanto-lhe que ela
> obedece aos
> >princípios científicos.
>
> Garante? Boa essa... Quais são as garantias?
>

Façamos o seguinte, estude e depois tire suas conclusões. Não tenho a mínima intenção de convencê-lo a
nada.

>
> > Contém, método próprio, experimentos, teoria formulada, e avanço
> dessas teorias.
> >Mas ai entra outra questão que não vale a pena recomeçar. Trata-se de
> definirmos o que é e o que não é
> >ciência.
>
> Avanço das teorias religiosas? Que avanços? Que experimentos?
>

Realmente vc não conhece. Fica difícil de manter um diálogo desta forma. O Espiritismo é uma ciência
experimental. É também uma filosofia e com isso tem conseqüências religiosas. Mas debater com uma pessoa
que demonstra não conhecer da matéria e ainda mantém idéias preconcebidas a respeito, não é interessante,
nem pra mim, nem pra você.

Até...

Flávio Mendonça



SUBJECT: Re: [ciencialist] Evolução da consciência
FROM: Flavio Mendonça <fefemendonca@uol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 08/12/2000 22:41

Paz e Luz Marcelo,

Marcelo Barbosa gravada:

> >> A origem eh a mutacao genetica.
> >> Os impulsos sao uma reacao do organismo aos impulsos.
> >> Tais impulsos sao codificados via genes
> >>
> >
> >Mas suas origens encontra-se onde, vieram do nada ?
>
> Lá vem você com a preocupação da origem... Se deus pode ser auto
> criado, por que a mutação genética também não pode ser auto criada?
> (se formos pensar de uma forma "religiosa").
>

Veja que não disse que acredito num Deus auto-criado, vc põe palavras na minha boca. Disse que acredito
num Deus eterno. Qto a sua teoria, faça dela o que desejar. És livre pra isso.

>
> >Esses memes já existiam antes da consciência ? Se não, como poderiam
> influenciar ? Se sim, qual a sua
> >origem ? E como originou-se esta programação básica ? Veja que vc
> fala que o genes criou, mas quem ou que
> >criou o genes ? Insisto nisso, pois gostaria de saber, baseado neste
> conceito o que deu origem ao
> >processo.
>
> Quem criou os genes? EU poderia até contar uma longa história
> envolvendo moléculas, reações, radiações, estrelas, etc. Mas nem
> começarei porque eu sei que a cada passo você perguntará "e quem criou
> isso?", até chegarmos finalmente no Big Bang e você vier com a mesma
> pergunta... Enquanto você acreditar que a causa última de tudo é deus,
> não há porque discutir com você, pois parece que nada mais importa.
>

Creio como causa primária e não como última. Qto a discutirmos, até podemos, mas o que não devemos é impor
qualquer idéia, pois trata-se apenas de crenças, minhas e sua. Por isto sugeri que deixassem estes
sistemas sobre Deus de lado. Há coisas bem mais necessárias para se debater.

>
> >Vc diz isso. Não é o mesmo que digo. No meu modo de ver fomos criados
> simples e ignorantes, e através da
> >experimentação, fomos adquirindo atributos nas várias oportunidades
> reencarnatórias. Qdo digo fomos
> >criados, é uma forma simbólica de falarmos de uma origem a qual não
> podemos determinar. Falta-nos esse
> >elo, que creio não podermos saber, pois só sabemos a partir da origem
> das nossas consciências. Só tomamos
> >consciência a partir dela mesma, antes não tínhamos como saber, pois
> que não a possuíamos ainda.
>
> Oportunidades reencarnatórias? Oportunidades dadas por quem? Não
> precisa dizer...
>

Sabe o que lhe impede raciocinar a respeito ? Seu preconceito sobre a questão. Veja que eu não disse nada,
mas vc, infelizmente já sabe o que irei dizer. Pena:(

>
> >Acontece que mudamos sempre os nossos destinos. A história está aí
> para provar. Enquanto a máquina, não.
>
> Mudamos nossos destinos? Como sabemos que há destino? Como sabemos que
> o que estamos fazendo agora é diferente de algo que já estava
> planejado, ou que simplesmente nunca houve nada planejado?
>

Usei destino não num sentido determinista, mas no sentido de caminho. Trilhamos os nossos caminhos em
função das nossas decisões. É disto que falo.

>
> >Veja que aqui podemos inverter as coisas. Como o caos não existe,
> então foi Deus.
> >Ora a que isso nos levará ? Por isso proponho deixar de lado esses
> sistemas, e procurar as coisas que nos
> >toca mais de perto. Admitir Deus, criador ou qualquer coisa que o
> valha é tão impossível qto qualquer
> >negação. Ambas necessitam de fundamentos, os quais a nossa razão não
> percebe.
>
> Ambas necessitam fundamentos? Você precisa de algum fundamento para
> admitir que não há um IBM-PC com Windows 2000 agora orbitando a
> estrela Sirius?
>

Preciso responder isso ?

>
> > Na minha forma de ver, isso
> >se dá pq nossa consciência ainda não é integral. Vivemos uma
> realidade relativista.
>
> Realidade relativista, consciência não integral... Explique.
>

Agora ficou melhor, demonstrou algum interesse na questão. Observe que partindo do princípio que nossa
consciência vem sendo formada, e que ainda não se encontra pronta, ela apenas percebe parte de um todo
cósmico. Neste caso nossa percepção é relativa a forma de percebermos o Cosmo. No entanto se já tivéssemos
formado totalmente esta consciência, perceberíamos ela de forma absoluta, ou seja integral. Por isso falo
em consciência relativista e integral, entendeu ?

Abraços !

Flávio Mendonça



SUBJECT: Esprito
FROM: "Eduardo" <dgueron@mailbr.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 09/12/2000 02:02

Flavio disse:
> Os fenômenos espirituais nada tem de sobrenatural, muito pelo contrário,
se existem é pq são naturais.
> Foram investigados, pesquisados, experimentados, e deles se formou não só
uma teoria, mas toda uma
> doutrina que nos fala não só do fenômeno de interação ao domínio físico,
mas ao que se refere ao domínio
> deles. Não falarei muito a respeito, pois trata-se de uma longa história,
mas em síntese sucedeu que
> fenômenos inteligentes ficaram evidenciados através de uma pesquisa, e
dele concluiu-se que se era
> inteligente é pq por trás dele existia uma inteligência a produzi-los.
Ora, qual cientista percebendo
> nisso uma inteligência não iria pesquisar as causas. Foi o que ocorreu, e
daí seguiram uma vasta seqüência
> de fatos, originando assim, toda a Doutrina Espírita.
>
de fenômenos puramente químico-biológicos).
>
> Aí é que está, a ciência espírita concluiu que as duas estavam
relativamente corretas. Percebeu que a
> teoria evolutiva desvendou uma grande questão relacionada a nossa origem,
porém, não levou em conta uma
> questão mais aprofundada, qual seja, o Espírito. Veja que a teoria de
Darwin é lógica e racional, mas
> incompleta, pois que faltam elos para concluirmos. A seqüência de estudos
espíritas nos levou a perceber
> onde estava este elo faltante. Por isso eu dizer que influência
química-biológica refere-se parte
> integrante do processo, e não a origem deste mesmo processo.
>

Caro Flavio,

não há um experimento científico sério que demonstre a existência do
espiritismo ou que dê subsídio a tal doutrina. Pode até ser que tenha
havido tal tentativa (era essa a intenção original de Kardec) mas quase tudo
o que foi feito com rigor foi desmascarado. Por mais que se diga o
contrário, o espiritismo é uma doutrina tão pouco testada como qualquer
seita/religão. Se vc conhece algum fenômeno que somente o espiritismo pode
explicar me inquira que eu investigo a resposta dada pelos céticos. Claro
que não pode inventar algo do nada ou frases como "o espiritismo explica a
razão da minha existência"...:P

[]´s Eduardo.

PS: Não tenho respondido mensagens a mim direcionadas porque não tenho
acesso completo a minha conta de e-mail já que estou viajando. A partir de
domingo, postarei respostas àqueles que têm me enviado mensagens
particulares ou públicas.



SUBJECT: Re: apresentacao e paradigmas da mente
FROM: "Fernanda Sais" <lifer@iconet.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 09/12/2000 02:42


Olá Flávio e lista.

--- In ciencialist@egroups.com, Flavio Mendonça
<fefemendonca@u...>
wrote:

(...)
>
> Os fenômenos espirituais nada tem de sobrenatural, muito pelo
contrário, se existem é pq são naturais.
> Foram investigados, pesquisados, experimentados, e deles se formou
não só uma teoria, mas toda uma
> doutrina que nos fala não só do fenômeno de interação
ao domínio
físico, mas ao que se refere ao domínio
> deles. Não falarei muito a respeito, pois trata-se de uma longa
história, mas em síntese sucedeu que
> fenômenos inteligentes ficaram evidenciados através de uma
pesquisa, e dele concluiu-se que se era
> inteligente é pq por trás dele existia uma inteligência a
produzi-
los. Ora, qual cientista percebendo
> nisso uma inteligência não iria pesquisar as causas. Foi o
que
ocorreu, e daí seguiram uma vasta seqüência
> de fatos, originando assim, toda a Doutrina Espírita.

Certo, então concordamos que, se os fenômenos conhecidos como
espirituais existem, enquadram-se entre os fenômenos naturais.
Essa
seria, então, a primeira premissa básica aceita pelos dois
lados,
segundo a maneira que propus de se analisar a questão.

Mas assim não vale! :-) Eu ainda estava tentando fazer uma
análise
desde o começo... mas vc utilizou como argumento as conclusões
da
teoria Espírita... (explico qual é o problema que vejo em
consider
essas conclusões *a princípio*: se ficarmos nos alternando
entre os
dois lados da questão, você argumentando com base na teoria
Espírita
e eu rebatendo com base nas teorias céticas e materialistas, vamos
entrar num círculo vicioso e não saimos mais disso, como ocorre
na
maior parte das discussões a respeito...) - o fato de não
considerarmos nem o Espiritismo nem o Ceticismo no início da
análise
é simplesmente para não discriminar nenhuma das duas, não
deixar que
as análises que estamos fazendo sejam influenciadas por elas e
tentar
o máximo possível fazer as análises sem nos baseramos nas
convicções
e conclusões que já temos (sejam essas conclusões
científicas,
lógicas e verdadeiras ou não).


>
> > Seguindo esse raciocício, a mesma teoria deve
> > servir às duas possibilidades, uma vez que, embora não a
conheçamos, há uma
> > só verdade a respeito (a afirmativa ou a negativa da
consciência
como
> > resultado de fenômenos puramente químico-biológicos).
>
> Aí é que está, a ciência espírita concluiu que as
duas estavam
relativamente corretas. Percebeu que a
> teoria evolutiva desvendou uma grande questão relacionada a
nossa
origem, porém, não levou em conta uma
> questão mais aprofundada, qual seja, o Espírito. Veja que a
teoria
de Darwin é lógica e racional, mas
> incompleta, pois que faltam elos para concluirmos. A seqüência
de
estudos espíritas nos levou a perceber
> onde estava este elo faltante. Por isso eu dizer que influência
química-biológica refere-se parte
> integrante do processo, e não a origem deste mesmo processo.

Não vou afirmar categoricamente que isso não seja válido,
porque
ainda não avancei o suficiente nos meus estudos a respeito, mas,
pelo
que já vi e pensei no assunto, deve haver alguma falha nessa
sequencia de estudos espíritas, em termos de método
científico, pois
do contrário ela seria melhor aceita entre os cientistas do que
é. É
por isso que tento realizar todo o raciocínio desde o início,
tentando estabelecer premissas que teriam condições de ser aceitas
pelos dois lados (e quando isso não for possível trabalhar com
duas
possilidades, uma admitindo a existência de espíritos e outra
puramente materialista)e a partir daí tento construir um
raciocínio
compatível com os dois, baseado apenas nas premissas com as quais
os
dois lados concordam.

Assim, não valem as conclusões da teoria Espírita, mesmo que
seja
científica, porque estou deixando também as conclusões
científicas
céticas e materialistas, na tentativa de prolongar o raciocínio
até o
ponto máximo em que nào há discordância entre dois pontos
de vista
conflitantes, para ver onde está o erro que gera esses conflitos.
Note que o erro, como partimos de premissas neutras, podem estar
tanto no ponto de vista Espírita, como no Cético, como nos
dois, e o
fato dos erros serem encontrados não iria desestruturar
completamente
nenhuma das duas partes, mas corrigi-las e/ou fundi-las. Por termos
que admitir que não sabemos onde está o erro por enquanto,
não
devemos admitir como verdades na análise (embora possamos
acreditar
que seja verdade) as conclusões de nenhum dos dois lados. Por
exemplo, pelo que percebo, você acredita que o "erro" gerador do
conflito entre a teoria Espírita e a visão cética está na
linha de
raciocínio materialista, e eu acredito que esses erros estejam na
metodologia Espírita; mas essas nossas opiniões não devem
influenciar
a análise racional, porque do contrário, como já disse,
não saimos do
lugar.


>
> > Concedo aos dois lados
> > o benefício da dúvida até que se prove o contrário. (
essa
maneira de ver a
> > questão origina-se justamente do fato de nenhum dos lados
opostos
conseguir
> > provar nada de absoluto - ou quase - e de uma convicção - olha
ela de novo
> > :-) nunca nos livramos completamente dela...
>
> É prudente considerar sempre as questões que envolvem o
processo,
porém, como a ciência convencional, o
> Espiritismo também formulou sua teoria, mesmo que relativa a um
campo de observação. Por isso não se trata
> meramente de crença, mas de uma teoria formulada a partir da
compreensão destes experimentos.
>

A que experimentos você está se referindo? Receio não ter
conhecimento deles. Esse é um ponto primordial para chegar a
qualquer
conclusão... será que esses experimentos foram suficientes,
será que
não deveriam ser realizados de outra maneira... ? Você deve
estar
falando de experimentos espíritas, realizados por pessoas que
acreditam na doutrina espírita. Sabe o que me incomoda , quando se
trata desse ponto? Nunca soube de experimentos realizados por pessoas
céticas quanto à existência de espíritos... esse
desinteresse pela
questão não me parece justificável, pois nega-se uma coisa
que ainda
não foi devidamente experimentada (refiro-me ao lado materialista,
que deve ter bases para afirmar a impossibilidade de espíritos,
mas o
faz sem bases).


> > - de que a solução dos
> > problemas não reside nos opostos - geralmente inflexíveis -
mas
no
> > meio-termo sensato - mais propício a análises e
"re-análises")
>
> Sabias palavras !
>
> >
> > A partir disso começo a pensar no assunto, o que muitas vezes
traz
> > consequências desastrosas: geralmente eu "compro briga" com os
dois lados,
> > pois, de uma forma geral, os religiosos não admitem uma
análise
racional (e
> > que nege seus dogmas) baseada em conhecimentos científicos, e
os
cientistas
> > (céticos) não admitem que se fale no assunto sem abolir
completamente a
> > possibilidade de discutir científicamente fenômenos tidos
como
espirituais.
>
> Por isso que eu tentei mostrar que o Espiritismo não é uma
religião, mas sim uma ciência. Claro que sendo
> ela, também, uma filosofia tem uma parte moral com
conseqüências
religiosas. Porém, como em tudo na vida,
> há os que percebem nela uma doutrina completa, mas outros assim
não
a compreendem. Por falta de um estudo
> mais profundo, agi como qualquer religioso dogmático, proferindo
coisas falsas que nada tem haver com o
> Espiritismo. Não obstante também haver pessoas que se
denominam de
Espíritas, ou que são adeptos do
> Espiritismo, porém são pessoas ligadas, ou aos fenômenos
mediúnicos
ou as crenças espiritualistas
> existentes no mundo. Por isso muitos, por não conhecerem este
fato,
atribuem tudo ser Espiritismo. Daí
> origina-se um preconceito tão grande que muitas mentes capazes
de
auferir os fenômenos, simplesmente dão
> as costas para a questão achando que o Espiritismo é coisa
fantasiosa, coisa que lamento profundamente.
>

Realmente, conheço pessoas espíritas que são tão
dogmáticas quanto as
de qualquer outra religião (assim como já encontrei céticos
que
baseiam-se em dogmas, por incrível que pareça...), mas sei que

espíritas mais racionais (assim como tenho esperanças que haja
também
céticos racionais, flexíveis e dispostos à investigação),
e isso é
importante para estabelecer um diálogo entre ceticismo e
religião. (é
como já disse... nenhum dos dois lados inflexíveis é
favorável a
análises cautelosas...)

> >
> > (note-se que me considero cética - talvez não no sentido
filosófico do
> > termo, que remete ao humanismo secular - quanto às
religiões
atuais e quanto
> > à ciência tradicional tb... ). Apesar disso, chego, por
enquanto,
à
> > conclusão de que a partir da análise dos fenômenos
naturais,
propondo-se
> > explicações fundamentadas na ciência natural - devidamente
reformulada e
> > atualizada com novas interpretações - pode se chegar a uma
espécie de fusão
> > científico-"religiosa" , não baseada em crenças mas em
resultados, que torne
> > enfim desnecessárias as controvérsias radicais entre
ciência e
religião -
> > uma vez que nenhuma das duas existirá na sua forma atual, mas
serão uma só
> > muito mais evoluída.
>
> Veja que as pessoas que se prendem aos conceitos concebidos e que
não atualizam-se neste sentido, quase
> sempre se tornam pessoas dogmáticas. Isso não acontece só
na
religião, mas também em todos os ramos do
> conhecimento humano. Os conceitos atualizam-se sobremaneira, e isto
independe apenas da nossa boa vontade.
> É que a medida que a nossa consciência avança, novos
véus nos caem
dos olhos, nos fazendo enxergar outros
> horizontes nunca antes percebido. É a evolução a que estamos
subordinados.
>

Sim, essa evolução do ponto de vista espírita explica esse
avanço,
mas... E se trabalharmos a hipótese do "não sabemos se os
espíritos
existem ou não, portanto devemos ter hipóteses condizentes com
as
duas possibilidades"?

> >
> > Espero não ter aborrecido ninguém com esses comentários
:-)
>
> De forma alguma. Me dá o maior prazer em debater com uma pessoa
tão
sensata qto vc.
>
> >
> > Só mais uma coisinha...
> >
> > Flávio, quanto ao fato de a codificação genética ser
obra do
acaso -em que
> > ocorrem as mutações gênicas - e seleção natural
(afirmação da
teoria
> > evolucionista *aceita pela maior parte dos cientistas* - tudo bem
q isso não
> > vale, pois é um argumento q baseia-se na autoridade dos tais
cientistas...
> > mas é falha minha, não da teoria:-) ), você comentou
que:
> >
> > "Mesmo que fosse consenso, ainda não prova. Trata-se apenas de
uma teoria, e
> > aceita por alguns e negadas
> > por outros. Por isso falei que com rigor, nada é admitido
absolutamente."
> >
> > Tudo bem que não prova, mas negá-la seria mais ou menos
como
negar que a
> > Terra gire ao redor do Sol, dadas as evidências... E, só
por
curiosidade,
> > você conhece alguma teoria melhor?
> >
>
> Não é questão de ser melhor ou pior, apenas vejo que uma
complementa a outra. O que seria das teorias
> físicas, se não existisse a matemática ? Veja que uma
complementa a
outra. Da mesma forma outras ciências
> se completam. A ciência Espírita é um manancial de
conhecimento que
complementa tantas quantas ciências
> existirem.

O fato de as teorias físicas serem complementadas (ou
fundamentadas)
pela matemática não implica que todas as ciências
obedeçam à mesma
relação da mesma maneira... mesmo que seja certo o que você
afirmou
quanto à ciência espírita, esse raciocínio não
proporciona bases
suficientes para ser justificado com essa comparação.


E como vc disse que gosta de comprar brigas, sugiro um estudo
sério
sobre Espiritismo. Para se
> formular uma base de conhecimentos inicie pelas obras básicas,
onde
explica tudo desde o início. Claro que
> vc encontrará alguns conceitos desatualizados, pois toda a base
doutrinária foi formulada no século XIX,
> onde as perspectivas eram todas centradas num modelo mecanicista.
Porém, as respostas encontradas tem toda
> ela um cunho relativista, pois que foi a forma encontrada para
responder a perguntas da forma que foram
> feitas. Inicialmente, leia o Livro dos Espíritos. Ele contém
1019
perguntas e respostas, além de um
> prefácio que conta toda a história que originou a doutrina.
Super
didático. Depois é interessante ler o
> Livro dos Médiuns, onde encontramos toda a base
fenomenológica.
Depois desta base, outras obras mais
> atualizadas e mais específicas foram efetivadas. Bons livros
para
quem tem bases científicas são os de
> Hermínio de Miranda.
>

Sim, esse estudo fatalmente se fará necessário (não se pode
ser
contra ou a favor do que não se conhece com certa profundidade -
pelo
menos se houver uma tentativa de encontrar um posicionamento com
alguma base racional e científica).


Amigavelmente,

Fernanda Sais.



SUBJECT: paradigmas da mente
FROM: gilbertodepaiva@bol.com.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 09/12/2000 03:29

Olá pessoal da ciencialist,

está interessante ver o rumo do tema que propus dias atrás. Pena que
não dá para eu acompanhar diariamente.

Eu estive nessa semana no Congresso Brasileiro/Internacional de
Ciência Cognitiva na UNESP em Marília. Foi interessante e com um
nível razoável de qualidade em se tratando de que a comunidade aqui
no Brasil ser pequena e ainda em formação (e parecer ser um pouco
dominada pelos filósofos). O bom é que deu para eu consolidar o meu
conceito sobre a discussão que a comunidade trava atualmente.

Para mim, pude reforçar a minha opinião de que o atual nível do
conhecimento científico nos permite trabalhar na elaboração de uma
explicação para o que é comumente denominado de mente (humano, animal
e/ou artificial).

Na verdade, estou a algum tempo pesquisando uma explicação para a
mente, e estou escrevendo um "artigo" das minhas conclusões. Após
terminar postarei nesta lista de discussões. É um modelo baseado na
neuroanatomia e na psicologia experimental, entre outros.

Para tentar dar um incentivo àqueles que consideram ser difícil
construir uma teoria da mente, basta lembrarmos que na época de
Darwin, explicar a evolução dos seres vivos era talvel uma tarefa tão
difícil ou mais do que explicar a mente hoje. E ele o fez de modo
simples.

Um abraço a todos, e valeu porque a participação de vcs me ajudou
nessa pesquisa que estou fazendo.

Gilberto de Paiva



SUBJECT: Re: [ciencialist] a intuicao nunca foi confiavel em ciencia alguma
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 09/12/2000 05:25

-----Mensagem Original-----
De: "mr. sagredo"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Sexta-feira, 8 de Dezembro de 2000 14:37
Assunto: [ciencialist] a intuicao nunca foi confiavel em ciencia alguma

> Disse eu certa vez que a intuição não é bem-vinda na ciência.
> Não fui claro no que queria dizer. Os membros que discordaram na ocasião,
> se eu tivesse sido mais claro, penso que concordariam.

Já cheguei a dizer aqui que grande parte das discordâncias nos diálogos são
de natureza semântica ou do significado das palavras. Mas também já disse
que isso é bom: "se não tivesse havido uma torre de Babel, teríamos tido de
construir uma". (Popper, 1956)

> Pode-se imaginar experimentos cujos resultados não são intuitivos na
> física:
> De fato, nossa intuição para o problema fatalmente nos levará a previsões
> erradas.

O Léo comenta muito a esse respeito mas, se não me engano, ele utiliza a
expressão senso comum. E no seu magnífico Web Site ele tem uma infinidade de
exemplos a respeito (recentemente ele falou aqui alguma coisa sobre o
paradoxo da lata furada, e aconselho a todos que a leiam). Tanto intuição
quanto senso comum têm um duplo sentido. E quero crer que os físicos
modernos criaram um terceiro sentido para senso comum e pretendem nos vender
a imagem que uma teoria, para ser boa, deve contrariar o senso comum. Não
sou contra essa maneira de pensar (o que aliás poderia utilizar até mesmo
para defender, e não atacar, a intuição) mas costumo completar esse
pensamento com a seguinte frase: nem tudo o que é óbvio é certo mas tudo o
que é certo deve ter um lado óbvio.

> A menos que estivermos acostumados a lidar com esse tipo de
> problema (via treinamento com as equações e suas condições de contorno,
> etc.).

Na resolução de um problema "montado por alguém", o papel da intuição é
pequeno e acredito que nem mesmo relaciona-se àquela intuição que costumo
apontar: a intuição que desencadeia novos conhecimentos e dá origem a novas
interpretações que, via de regra, vão contra o senso comum e/ou a própria
intuição daqueles que examinaram o processo e não viram nada de novo. Um
problema bem montado via de regra só tem uma possível solução. E quem o
montou procura, nesta montagem, despertar o raciocínio de seus alunos. Você
é induzido pelo problema a andar num trilho e numa única direção (ainda que
às vezes possa se utilizar de algoritmos diferentes, porém análogos). E é
por isso que digo que não se ensina ninguém a ser cientista através da
resolução de problemas deste tipo (problemas montados). Quando muito
treina-se o indivíduo a utilizar algoritmos complicados. Conheço muitos
físicos e matemáticos que acreditam que ser cientista é saber resolver
problemas de livro; outros acreditam que ser cientista implica em seguir a
onda e, neste caso, substituir a intuição ou o senso por um determinado
consenso (paradigma ou dogma). Se aceitarmos que a ciência deve congregar
apenas indivíduos desses dois tipos, então a intuição perde sua importância,
a ser revigorada apenas nos períodos revolucionários quando, efetivamente, a
ciência evolui.

> Nesse caso, a intuição à qual me refiro, seria aquele
> "pressentimento; conhecimento claro e imediato, sem utilização do
> raciocínio". Aliás não estou acostumado com outra conotação com a palavra.

Ainda que a intuição possa ser referida em outros contextos, a intuição a
que me refiro também coincide com a sua pois é o "ato de ver, perceber,
discernir, pressentir"; é a "contemplação pela qual se atinge a verdade por
meio não racional". Comento alguma coisa em
http://sites.uol.com.br/albmesq/FilCien/cap02.htm#item2.3 e também no item
3.1.3 (Observação pura) de http://sites.uol.com.br/albmesq/FilCien/cap03.htm

> Aliás, se estivermos estudado sistemas análogos anteriormente, não faz
> sentido dizer que o resolvemos intuitivamente. Problemas envolvendo
> atrito.

Sim, e conforme afirmei acima, problemas montados podem quando muito induzir
o aluno a se utilizar de um grau muito baixo de intuição.

> Problemas envolvendo lançamento de projéteis. Suponha que se queira
> enviar a sonda Galileu a Júpiter. Várias variáveis estão envolvidas. Se
> nossa intuição fosse tão boa assim, a Nasa economizaria em salários se
> chamassem qualquer um para tomar conta do projeto e não especilistas no
> assunto (ou seja, aqueles que trocam o palpites por boa hora de estudo).

Aqui você já está pretendendo aplicar a intuição não para a ciência nascente
mas para aplicações decorrentes de uma ciência já bem desenvolvida.
Conquanto em determinados projetos a intuição possa ser útil, deve-se tomar
um cuidado extremo ao se confiar na intuição. Ciência e tecnologia são
interdependentes mas nem sempre se prestam a comparações. As diferenças são
brutais e a começarem por problemas éticos. Se o médico se guiar unicamente
pela intuição ao tratar um paciente, ele acabará utilizando seus pacientes
como cobaias. O mesmo se diga de um engenheiro que constrói um viaduto ou
que idealiza um projeto espacial. Para que entendam a distinção entre
ciência e tecnologia vou citar aqui uma frase de Carlo Rubbia, físico
agraciado com o prêmio Nobel (década de 80):

"Nós somos a primeira etapa do sistema. Uma etapa absolutamente essencial,
mas que é baseada, sobretudo, na falta de um fim específico. Outras pessoas
retomarão o que fizemos, e serão elas que tornarão as coisas práticas. Sem
nós, essas pessoas não existiriam, e nós, por outro lado, sem elas, não
teríamos nenhuma razão de ser".

> Eu poderia citar uma quantidade enorme de problemas nos
> quais vê-se que a intuição não é bem-vinda na física.

Veja que em quase todo o seu texto você se refere a problemas (em geral
montados e comportando uma única solução) ou projetos (também visando a uma
única aplicação). Ciência não é isso! Não se faz ciência resolvendo-se
problemas de livro e/ou em gabinetes da NASA. Resolvendo problemas treinamos
nossa habilidade na utilização de algoritmos. Executando projetos estamos
aplicando uma ciência já fabricada e portanto cuja intuição ficou no
passado. Mas o verdadeiro cientista é aquele que produz novos conhecimentos.
E não há como produzir novos conhecimentos se não confiarmos em nossa
intuição.

Mas mesmo para aqueles que acham que a resolução de problemas é
não-intuitiva, vou deixar aqui um texto de Mário Shenberg (1984):

"... a mesma moça que não sabia as leis de Newton, e notem que
ela era bastante inteligente e sagaz, disse que não sabia também integrais,
porque o professor no curso de Análise Matemática tinha saltado de Cálculo
Diferencial para a teoria das funções analíticas, sem passar pelo Cálculo
Integral. Mas ela disse nunca haver tido dificuldades pois sempre se saia
bem nos exames, por saber resolver problemas. E resolver problemas para ela
era o seguinte: eram dados uma fórmula e certos valores numéricos, e a
resolução seria introduzir estes valores naquela fórmula e tirar os valores
resultantes por um cálculo numérico. Isto era resolver problema. E não se
precisava conhecer leis de Newton, Cálculo Integral, etc. Era só substituir
na fórmula e tirar os valores numéricos. É inacreditável o ponto a que
chegou o ensino de física e matemática aqui na USP."

Na década de 90, na condição de aluno, testemunhei isso que Mario
Schenberg comentou, e assino embaixo: "É inacreditável o ponto a que chegou
o ensino de física e matemática na USP". E através da Internet venho notando
que esta falha não é exclusiva da USP dos dias atuais.

> dizer que nosso sexto-sentido é primordial em pesquisa
> científica só serviria para mostrar que a pessoa que defende esse ponto de
> vista, ainda não entendeu que isso não é ciência e sim pseudo-ciência.

O que diferencia a ciência da pseudo-ciência não reside na intuição mas na
lógica. A intuição precisa ser trabalhada e é neste processo que surgem
teorias científicas. Se o lixo falasse você veria que os grandes cientistas
produziram muito mais coisas que foram para o lixo do que para revistas e/ou
congressos. Aliás, gosto de lembrar que Newton recusou-se inúmeras vezes a
publicar seus Principia e só o fez após muita insistência de Halley (21 anos
após ter tido a primeira intuição que desencadeou uma série de outras que
resultou em sua obra). Caso contrário, toda a sua obra teria ido parar no
lixo.

> Ciência se faz com estudo e dedicação e não com intuição. Deixemos a
> intuição para os médiuns, cartomantes, necromantes, quiromantes,
> astrólogos... aonde ela pode ser mais útil e aonde ela já é por demais
> aplicada.

Sinto dizer que você está totalmente errado a respeito. Estudo e dedicação
são fundamentais. Mas intuição é condição necessária e suficiente para
desencadear um processo numa mente estudiosa e disposta a confiar nessa
intuição através de sua dedicação. Você não está sabendo separar o joio do
trigo. E sequer está percebendo que fazer ciência não se resume em resolver
problemas montados e/ou em desenvolver projetos encomendados.

> Aliás pode-se encontrar uma enorme quantidade de exemplos outros nos quais
> a intuicao nunca foi confiavel em ciencia alguma. E nenhum contra exemplo.
> Afinal, intuição quando funciona não se consegue provar que não faça parte
> do acaso. Num grande número de lançamento de moedas "honestas" a intuição
> não acertará mais do que os 50% previstas pela estatística.

Pois eu diria que a chance de acertarmos pela intuição é inferior a 1%. Não
obstante, e graças à intuição, temos obras como as de Newton, Galileu,
Faraday, Maxwell, Einstein, Bohr, Heisenberg, etc. Não fosse a intuição
estaríamos ainda comendo bananas. Com casca e tudo.

Vou concluir com mais um pensamento de Mario Shenberg bastante relacionado a
este tema:

"E como já estou no fim de minha carreira, há um conselho que dou a vocês:
não tenham medo, não só de levar pancada, mas também de expor suas idéias.
Porque se tiverem medo, nunca poderão criar nada de original. É preciso que
não tenham medo de dizer alguma coisa que possa ser considerada como erro.
Porque tudo que é novo, aparece aos olhos antigos como coisa errada. É
sempre nesta violação do que é considerado certo, que nasce o novo e há a
criação. E este espírito deve ser redescoberto pela juventude brasileira.
Acredito que já estão sendo dados alguns passos. Talvez este progresso se
acelere agora, e desejo que as novas gerações ultrapassem tudo aquilo que
fizemos antes e com mais coragem e mais decisão."

[ ]'s
Alberto
http://sites.uol.com.br/albmesq/
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: a intuicao nunca foi confiavel em ciencia alguma
FROM: "Manuel Bulcao" <msbn@daterranet.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 09/12/2000 06:48

Olá, lista

Não me lembro de ter postado nesta lista as minhas "diletantes"
considerações acerca do papel da intuição no processo do
conhecimento. Por via das dúvidas, e como o assunto está sendo mais
uma vez discutido, submeto um resumo do meu ponto-de-vista à
apreciação de vocês.


A INTUIÇÃO NO PROCESSO DO CONHECIMENTO


1. HIPÓTESES APARENTEMENTE ABSURDAS


Muitas hipóteses levantadas pelos físicos são rejeitadas
"instintivamente" pelas pessoas (inclusive muitos cientistas), sob a
alegação de que são idéias "absurdas".

Na lista de filosofia da UOL, discutindo com um colega sobre o fluxo
do tempo (estava eu a defender a hipótese, sustentada por Roger
Penrose, de que o fluxo temporal é apenas uma sensação, que o tempo,
como uma quarta coordenada do espaço, na verdade não flui), meu
interlocutor argumentou que o cientista deve, em algumas situações,
considerar o que lhe diz a intuição, para não ficar postulando
disparates, absurdos, bobagens sem limites.

A minha contra-argumentação foi a seguinte:

"A intuição é muito útil para nos orientar neste mundo mediano em que
vivemos, situado entre o muito pequeno e o extremamente grande. A
propósito, é bom lembrar que o nosso aparelho mental é, antes de
tudo, um instrumento de sobrevivência, e que esse conhecimento
antepredicativo que temos da realidade – o conhecimento dito
"intuitivo" – não é outra coisa que o momento subjetivo da mais
imediata forma de atividade que o indivíduo desenvolve na natureza e
na sociedade e com vista à mera reprodução da sua existência.

Ora, não é no mundo subatômico que o indivíduo humano labora, e nem
necessita ele, para manter-se vivo, de se deslocar mais de algumas
centenas de milhares de quilômetros durante toda a sua vida — uma
vida que dura, em média, 70 anos —. De sorte que o que se passa no
mundo dos quarks, léptons e fótons, bem como naquele outro mundo cuja
unidade de medida é o megaparsec, ou, dito em outros termos, o que se
passa além das fronteiras desse nosso mundo medíocre em que os
objetos se movem a uma velocidade muito inferior a da luz é,
realmente, de desorientar os sentidos e dar curto-circuito em
neurônios.

Nosso cérebro não foi projetado para "compreender" a realidade dos
"quanta" ou a macroestrutura do espaço-tempo. Querer que este mundo
que não é o mundo da nossa atividade do dia-a-dia condiga com a nossa
intuição é querer o impossível.

Einstein, graças à sua imaginação e criatividade, teve grandes
"insights"
acerca da natureza do espaço, do tempo, da matéria e da energia. No
entanto, sua intuição o fez aferrar-se à crença de que, nos fenômenos
quânticos, existem parâmetros ocultos, isto é, o conhecimento
"intuitivo" de que tudo tem uma causa e que a cada causa corresponde
um único efeito o fez defender a idéia de que existem determinadas
variáveis ainda não acessíveis ao conhecimento humano, e que é
precisamente o desconhecimento desta causalidade subjacente que faz
com que a realidade quântica nos pareça indeterminista. Vale dizer,
Einstein, por causa da sua intuição acerca da relação causa-efeito,
não aceitou a incerteza como algo intrínseco ao mundo dos "quanta".
Bohr, ao contrário, não só aceitou como demonstrou que os fenômenos
subatômicos podem ser "explicados" satisfatoriamente sem que seja
necessário recorrer ao determinismo laplaceano.

Mas é bom que se ressalve que o termo "incompreensível" não é
sinônimo de "inexplicável". O mundo do infinitamente pequeno e o do
incomensuravelmente grande podem ser explicados, sim, porém não com
os meios que dispõe a linguagem ou mesmo (talvez) a lógica
aristotélica. Essas realidades extremas e inóspitas deixam-se revelar
através da matemática, que, segundo Galileu, é a linguagem da
Natureza. Infelizmente, Johann Von Neumann tem razão quando diz que
"em matemática você não compreende as coisas. Simplesmente se
acostuma a elas."

Com efeito, sempre que um fenômeno subatômico é comunicado na
linguagem corrente, deparamo-nos com paradoxos do tipo "uma partícula
está e não está em vários lugares ao mesmo tempo". Isso
é um disparate, porém um disparate que a matemática "explica" e a
experiência comprova."

Em miúdos: o que tem coerência matemática e ainda não foi (ou não
pode ser) refutado pela experiência encerra uma possibilidade de
verdade.


2. A INTUIÇÃO NAS CIÊNCIAS SOCIAIS


Em outro ensaio, argumentei que o processo do conhecimento é análogo
ao processo de trabalho, sendo a matéria-bruta os dados sensórios; os
instrumentos "de trabalho" — no caso, instrumentos de cognição — as
formas inatas do pensamento e da linguagem; e o produto final o
conhecimento. Disse também que o que forjou a "identidade" entre a
estrutura da mente humana e a estrutura da realidade objetiva (sem
essa identidade não haveria como o juízo se adequar ao fato, isto é,
não existiria a "verdade", essa poderosa arma de sobrevivência) foi o
mesmo mecanismo responsável pela adaptação dos organismos vivos ao
meio ambiente, a saber: a seleção natural.

Mas será que existe alguma maneira alternativa de se aceder à
verdade? Ou seja, será que existe uma outra forma de gnose que não
seja essa combinação experiência/raciocínio lógico-matemático?

Penso que sim, e acho que tal alternativa — a intuição — tem um papel
importante naquelas ciências cujo objeto de investigação é
precisamente os "universais formais" do pensamento e da linguagem.
Por quê? Ora, se há em nossas mentes formas e princípios inatos e a
priori, então o conhecimento de tais princípios é, em larga medida,
um reconhecimento. Os matemáticos e os lógicos, cientistas que se
distinguem pelo acentuado pendor ao catesianismo, são também, via de
regra, homens altamente intuitivos.

A bem da verdade, a intuição é essencial em todas as ciências
"humanas", dado que, nessas ciências, o ser humano é ao mesmo tempo
sujeito e objeto do conhecimento. Ou seja, o que distingue a
metodologia das ciências naturais da metodologia das ciências humanas
é, precisamente, a função de destaque que a intuição desempenha nesta
última. Com efeito, um físico, ao olhar para o céu, não sabe o que lá
vai encontrar: aquele ponto luminoso pode ser uma estrela, um
planeta, uma galáxia distante, um longínquo quasar ou algo
absolutamente desconhecido. Somente após um laborioso processo de
confronto com uma profusão de dados já registrado é que o físico
começará a ter uma idéia do que seja tal ponto de luz. Já um
cientista da sociedade, um economista, por exemplo, ao debruçar-se
sobre o objeto de estudo "mercadoria", já sabe de antemão do que se
trata; ou seja, antes mesmo de uma análise minuciosa, tem ele uma
idéia — vaga, sem contornos, "intuitiva" — do que seja uma
mercadoria. Dito em outros termos, nas ciências humanas o ponto de
partida do processo cognitivo é sempre uma idéia vaga e imprecisa,
uma verdade meramente esboçada, aquilo que Kant denominou de
conhecimento "antepredicativo" da realidade — em oposição ao
conhecimento "teórico-predicativo", que advém após os procedimentos
da análise.

No plano epistemológico, o que distingue um racionalista de um
irracionalista não é o fato de os racionalistas menosprezarem a
intuição como "momento" do processo cognitivo. Todos os "bons"
racionalistas conhecem a função da intuição em tal processo. Para
eles, a antítese intuição/razão é uma falácia. Aliás, quem busca a
verdade sabe, por intuição, que a verdade existe, não é mesmo?

Marx, que, sem sombra de dúvida, foi um grande pensador racionalista
do século XIX, quer concorde com ele ou não, disse certa vez que
"tudo que é humano não me é estranho". Significa dizer que, ao menos
nas ciências da sociedade e do espírito, o cientista jamais parte do
absolutamente zero.

Realmente, o que distingue o racionalista do irracionalista é que
este último tende a exagerar o papel da intuição no processo do
conhecimento, às vezes negligenciando por completo os rigores da
análise. Para essa turma, todo conhecimento "profundo" da realidade é
sempre fruto de uma grande "sacação". E como as sacações geniais
pressupõem gênios, os irracionalistas estão sempre idolatrando
"grandes homens", sendo Nietzsche, atualmente, o dileto guru. Diante
de um Nietzsche, o irracionalista queda-se hipnotizado, absolutamente
desprovido de senso-crítico, que é o que distingue o filósofo
verdadeiro do seu arremedo.


3. A INTUIÇÃO NO PROCESSO DO CONHECIMENTO


"Newton contemplou a natureza com conhecimentos adquiridos em seus
estudos, o que é diferente de "observar" um fenômeno sem conhecimento
algum." (Alberto Mesquita; Física e Teorização)

Com certeza observamos o mundo não apenas com nossos sentidos, mas
também com a memória. Percepção = sensação + memória.

Sabe-se, no entanto, que temos dois tipos de memória: uma memória que
se forma no transcurso da vida individual, mediante a interação do
indivíduo com o meio e através do processo de aprendizado; e uma
outra memória, mais primitiva, que se transmite de uma geração a
outra por meio da herança genética.

Trata-se esta última de uma memória "arquetípica", que começou a se
formar no exato momento em que o primeiro organismo vivo surgiu sobre
a face da Terra (logo, uma memória que, em larga medida, é anterior
ao gênero humano), e por meio daqueles mecanismos mais gerais: a
mutação genética e a seleção natural.

Essas informações arquetípicas do meio ambiente que, antes de
constarem no cérebro, já estavam presentes nos genes, constituem
aquele conhecimento "a priori" da realidade ("a priori" com relação
ao indivíduo, frise-se) que, para a imensa maioria das pessoas, é
inquestionável.

Quando falo em intuição, refiro-me àquela percepção do mundo
intimamente associada à esse conhecimento inato: um conhecimento cuja
função é orientar o indivíduo "dentro das fronteiras do seu habitat"
e que é, portanto, "um instrumento de sobrevivência".

Essas informações genéticas são, para nós, "evidências" (para
Descartes, a intuição é a visão da evidência). Mas tais evidências,
tais verdades "apriorísticas" são, em larga medida, verdades
"regionais", isto é, verdades atinentes aos fatos do nosso mundo
mediano (alguns diriam, newtoneano), situado entre o mundo dos quanta
e o dos aglomerados de galáxias. É por isso que os físicos, ao
estudarem o mundo subatômico ou a macroestrutura do espaço-tempo,
devem ter o máximo cuidado com sua intuição "primária".

Claro que podemos falar de uma intuição "secundária", associada aos
conhecimentos ditos "culturais" que obtemos graças à nossa interação
com o mundo ou que nos são transmitidos pela sociedade através da
linguagem.

A intuição "secundária", ao meu ver, não é um ato, mas um "processo"
perceptivo subconsciente (nada a ver com "inconsciente") em que o
sujeito se vale mais da imagem e menos do conceito e cujos resultados
prorrompem na consciência sob a forma de "insights". Ademais, a
intuição é um raciocínio não tanto por indução ou por dedução, mas
por "abdução".

A "abdução" é um raciocínio por analogia. Foi o semioticista Peirce
quem primeiro utilizou o termo "abdução" para designar esse tipo de
raciocínio, que em inglês significa "rapto", "rapinagem". Umberto
Eco, em seu ensaio A Abdução em Uqbar, explica essa modalidade de
operação mental do seguinte modo: "Se tenho um resultado curioso num
campo de fenômenos ainda não estudado, não posso procurar uma Lei
daquele campo (…). Preciso `raptar' ou `tomar emprestada' uma lei
noutro lugar. Como vêem, devo raciocinar por analogia."

Em um ensaio que escrevi há uns sete anos (e que jaz incompleto e a
criar bolor em algum lugar do meu disco rígido), tem um trecho em que
falo das "abduções de Darwin". Sabe-se que o grande "insight" de
Darwin adveio após ter ele lido o livro de Malthus sobre população.
Segue o texto:

"Darwin, ao regressar da sua viagem a bordo do Beagle, e tendo em
mãos uma riquíssima coletânea de dados a respeito da fauna e da flora
de várias regiões do mundo, pôs-se então a refletir mais acuradamente
sobre aquilo tudo. Mas, diante de tão rico catálogo, seu cérebro
reagia não como uma tábula rasa; ao contrário, por trás da rigorosa
análise científica dos fatos operava, também, a sua intuição, ou
seja, aquilo que Edmond Husserl chamou de consciência
antepredicativa, esta muito mais sintética do que analítica, e que,
segundo as palavras de André Dartigues, define-se como "o liame que
liga a ciência ao mundo da vida, isto é, ao mundo cotidiano em que
vivemos, agimos, fazemos projetos, entre outros, o da ciência, em que
somos felizes ou infelizes." Pois bem, o mundo cotidiano de Darwin —
que, com toda certeza, funcionou como pano de fundo da sua pesquisa —
não era outro que a
industriosa Inglaterra do Século XIX; um mundo caracterizado por um
dinamisno jamais visto, dinamismo este fundado em leis tão objetivas
quanto as que presidem o movimento dos astros, o que equivale a dizer
que não foram criadas "deliberadamente" pelo homem (ou seja, não
foram outorgadas à sociedade pelas suas instituições de Estado). Em
outros termos, o mundo de Darwin é este nosso mundo capitalista
regido pelas "férreas" e impiedosas leis da oferta e da procura; leis
que, como as regras de qualquer jogo de azar, dividem os homens em
vencedores e perdedores (estes a grande maioria); que transformam a
sociedade humana num cruel campo de batalha, mas que, graças aos
antagonismos que criam, reproduzem sempre de uma forma ampliada a
riqueza dos homens, conferindo deste modo à história um sentido que
ela antes não tinha: o sentido do progresso.

"A abdução de Darwin consistiu, pois, em atribuir à vida em geral o
modus vivendi dos seus compatriotas; ele entreviu no mundo tumultuoso
das criaturas vivas a mesma luta encarniçada pela existência e a
"sobrevivência dos mais aptos" que então imperava em sua Inglaterra
vitoriana. Aquela ilação de Adam Smith que, em resumo, traduz-se na
máxima "cada um por si e o mercado por todos" foi reelaborada muito
criativamente por Darwin, que passou a enunciá-la mais ou menos nos
seguintes termos: na natureza, cada organismo vivo age
"egoisticamente", isto é, unicamente em benefício próprio e tendo por
meta otimizar a propagação do seus gens — tal como o Homo oeconomicus
que subordina a sua vida à consecução de um único objetivo: a
maximização do lucro da sua atividade empresarial —. Quanto à
harmonia do Todo, a ordem que jaz sob a desordem aparente da
biosfera, o que a garante é um mecanismo denominado "seleção natural"
— o equivalente biológico das leis do mercado —, que, como a própria
expressão sugere, consiste em que, nesse conflito que envolve todos
os viventes, somente os mais aptos sobrevivem e conseguem disseminar
seus genes, ao passo que os inaptos ou são mortos e comidos ou então
são transformados em objeto de exploração — uma analogia aos
resultados da concorrência intercapitalista, a saber: a quebra e
subseqüente proletarização dos ineficientes, a distribuição desigual
da riqueza, etc." (Manuel Bulcão; A Gênese do Sentido)

Abraços,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: Humor
FROM: "Manuel Bulcao" <msbn@daterranet.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 09/12/2000 08:26

--- Em ciencialist@egroups.com, lrb@i... escreveu Como muitos aqui
jah sabem, tenho um site de Humor na Ciencia. Falo pouco dele pq nao
costumo misturar as coisas. Mas como o restante dos integrantes anda
usando a lista pra divulgar os seus sites... vou comecar tambem. Aos
poucos vou colocando alguns textos do site e pedindo novas ideias.
Vou periodicamente colocar links para cartuns e para outros sites de
humor na ciencia. Tambem vou informar as atualizacoes que ocorrem no
site. Alguem contra?

Manuel - Quanto a mim, absolutamente nada contra, muito pelo
contrário. O humor combina muito bem com a curiosidade científica.
Afinal, quem tem um senso crítico aguçado (marca registrada dos
autênticos cientistas) não leva muito "a sério" as idéias que
defende, ou seja, ao contrário do dogmático, o cientista é capaz de
rir quando suas hipóteses são falseadas.

Hawking apostou com Kip Thorne que os buracos negros não são apenas
uma abstração da física matemática, que eles realmente existem. O
objeto da aposta: a assinatura por um ano da revista masculina
"Penthouse".

E esses nomes esquisitos e bem humorados que eles dão às partículas
subatômicas: quark, quark "estranho", "charmoso", etc. Com certeza,
esses nomes lhes vêm à mente durante as descontraídas reuniões na
cantina do laboratório, enquanto bebem café e fumam um cigarrinho.

Amigo Brudna: os cientistas são aqueles que não perdem, na idade
adulta, a curiosidade da criança, a capacidade de aprender e de se
encantar. Os cientistas são "criançonas"; por isso que gostam de rir
e de brincar. (existem exceções, é claro.)

Esses carrancudos que levam tudo demasiadamente a sério são, em
geral, os mais políticos, no sentido pérfido da palavra; isto é, são
aqueles que gastam o grosso do seu tempo e energia fomentando
intrigas e estabelecendo alianças com vistas a ocuparem funções
administrativas estratégicas dentro das universidades. Os chefes das
"panelinhas".

Abraços,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: Separacao dos assuntos (Re : Ateh mais Brudna)
FROM: "Manuel Bulcao" <msbn@daterranet.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 09/12/2000 09:50

Meu amigo Leonardo Stern,

Compreendi as suas colocações. Realmente, a mídia tende a estabelecer
uma identidade absoluta entre a "ciência" e as "ciências naturais".
Como se todo o esforço para se compreender "cientificamente" a
sociedade e a história dos homens fosse uma empreitada vã. Como se a
sociedade humana não fosse um fenômeno natural. E, deste modo, o
fenômeno humano é entregue na bandeja ao irracionalismo, ao
subjetivismo filosófico, à mitologia religiosa. E quem o entrega
assim de bandeja? -- Os supostos defensores do pensamento científico.
Não é uma contradição?

Eu acho que o termo "ciência" é por demais genérico. Ele compreende
um arco amplo, que vai da mais exata das ciências, a matemática, até
a ciência do direito. Embora esta última não seja uma ciência
"exata", o estudo desse "objeto" por homens como Hans Kelsen,
Norberto Bobbio e John Rawls foi e/ou está sendo realizado com a mais
rigorosa objetividade e seriedade científicas.

Acho que a Ciencialist não deve tratar apenas de assuntos atinentes
às ciências naturais. Deve a Ciencialist ser um fórum
"interdisciplinar", um lugar para troca de informações entre todas as
regiões do espectro científico -- ciências exatas, naturais e
humanas. A ciência e a razão não devem abandonar nenhum aspecto da
realidade ao irracionalismo.

Um forte abraço,
Manuel bulcão



SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar??
FROM: Flavio Mendonça <fefemendonca@uol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 09/12/2000 15:07

Paz e Luz Tarcísio,

TARCISIO BORGES gravada:

> Flavio Mendonça wrote:
> > > E se nada podemos falar da pré-existência do universo, como dizer que
> > > foi Deus que o criou? Isso por si só já pressupõe que o universo não
> > > existia antes.
> >
> > Não se vc acreditar que Deus é a causa primária de tudo. A partir dele teria se iniciado a criação.
>
> Então deus é a causa primeira? Quem foi a causa primeira de deus?
> Literalmente: quem criou deus? Se deus é um ser acriado [não criado]
> então porque não podemos parar um pouquinho antes e dizermos que o
> universo também não é um ser acriado? O universo é a causa primeira, não
> deus, não há necessidade de deus.
>

Inicialmente esclareço que a minha opinião pessoal é um dogma, uma crença. Embora encontre nela uma boa
razão para concordar. Assim como qualquer negação também o é. Na medida que alguém questiona a existência
de Deus, e atribui a ele uma condição, já está sendo dogmático.
Veja que vc atribui ao Universo como sendo a causa primária. Dê o nome que quiser. A única diferença que
creio termos é que considero esta causa primária como sendo inteligente, pois que para um efeito
inteligente há que haver uma causa também inteligente. Creio realmente neste axioma.

>
> É ilógico pensar em um universo tão complexo sem a existência de um
> criador?

Para mim é, pois que os sistemas obedecem leis, e elas são ordens cósmicas, as quais creio ter sido criada
a partir de Deus.

> Mas quão mais complexo teria que ser este criador para criar o
> universo? Quem é mais IMPROVÁVEL existir? Um universo complexo ou um
> deus ainda mais complexo?

Para mim, Deus é o mais provável, e sua complexidade é incapacidade nossa de entende-lo.

>
>
> Deus não existe e isto é um fato.

Não é fato. É sua crença:-)

> A total e completa ausência de provas
> de sua existência não é a existência de uma prova de sua ausência?

Pelo contrário, há evidências em todo universo para se acreditar em Deus. Porém, como venho dizendo, nossa
condição consciencial nos faz não percebermos.

> O
> ônus da prova ainda cai sobre os crentes, há milênios sem resposta.

Na medida que alguém afirma ou nega sua existência, cabe a ambos o ônus. Veja que não só Deus que continua
sem respostas a milênios, a própria ciência continua sem resposta para muitas questões, também, a
milênios. Eu particularmente sou honesto comigo mesmo, e não afirmo nada em absoluto. Compreendo minhas
limitações, e apenas creio nesta existência divina, sem que com isso faça prosélitos.

Abraços !

Flávio Mendonça



SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar??
FROM: Flavio Mendonça <fefemendonca@uol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 09/12/2000 15:08

Paz e Luz Tarcísio,

TARCISIO BORGES gravada:

> Claudio Abreu wrote:
> > O tema é cabeludo e, assim, a proposta de como abordá-lo certamente também
> > teria de sê-lo. Mas tudo isto não lhe parece lógico, apesar de parecer
> > absurdo?
>
> Não, não me parece lógico.
>
> Mas OK... vamos supor sua existência.
>
> Para nós humanos sabermos que deus existe, então ele tem que se
> manifestar de alguma forma [milagres, revelação, etc], como somos seres
> físicos ele teria que se manifestar fisicamente deixando assim um traço
> palpável de sua manifestação [os tais milagres, não as relíquias
> medievais notadamente falsas].

Os "milagres" estão aí, a vida. Até hj, absolutamente, inexplicável. As revelações também, a ciência dia
a dia desvenda o véu da ignorância. De resto toda a manifestação divina está em toda criação, física,
metafísica, enfim, tudo.

>
>
> Mas até que ponto este milagres não são falsos também? Até que ponto
> eles não são ilusão de ótica? Ou ainda frutos de alucinação?
>

Milagres como vc concebe inexiste, pois que se é real é natural. O fato de não dominarmos o fenômeno não
indica que ele seja milagroso. Imagine que com toda a nossa capacidade mental de manipulação da matéria,
transformássemos algum objeto. Certamente chamariam isso de milagre. Um homem do início do século passado
ficaria espantado com a nossa atual tecnologia, acharia um verdadeiro milagre a telefonia celular. Porém,
com as explicações cabíveis, aceitaria como um fenômeno natural sem grandes resistências.

>
> São conhecidos da medicina os casos de alucinação por excesso de calor,
> falta de água ou falta de comida. Não são exatamente estas privações a
> que estamos sujeitos quando em um deserto? Onde é mesmo que ocorreram os
> milagres e as revelações?

Qta ingenuidade ! Ou será outra coisa ? A revelação que Albert Sabein, Einstein e o pai do universo dos
microorganismo foi no deserto ?

Até,

Flávio Mendonça



SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar??
FROM: Flavio Mendonça <fefemendonca@uol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 09/12/2000 15:08

Paz e Luz Tarcísio,

TARCISIO BORGES gravada:

> Claudio Abreu wrote:
> > Você realmente não entendeu nada. As tais manifestações de Deus (tal como o defino) seriam as Leis Universais que regem o Universo e o Anti-Universo.
>
> As tais leis podem muito bem existir sem deus.
>

Desde que vc indique como originou-se as leis, tudo bem. Podes ?

>
> > Você está dando uma conotação religiosa à questão, e aí testou fora, pois não é a minha praia.
>
> Quando se fala de deus, fatalmente se cai em questões religiosas. Este
> tal deus existe por causa da religião e não além dela.
>

Infelizmente não é assim. O homem busca Deus a partir da sua tomada de consciência, da onde venho, quem sou etc ? Daí veio a Religião, a Filosofia, a
Ciência. Dizer que Deus é fruto da Religião é inverter a história.

Inté !

Flávio Mendonça



SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar??
FROM: Flavio Mendonça <fefemendonca@uol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 09/12/2000 15:08

Paz e Luz Cláudio,

Claudio Abreu Bidual gravada:

> É, meu caro amigo
> Alberto, nos temos nossas limitações.
>
> Um grande abraço,
>
> Claudio Abreu

O fato de se admitir isso já é um grande avanço para a ciência, que apesar dos céticos, andará à passos
largos neste próximo milênio. Por isso que eu insisto que estamos numa fase consciencial relativa, e com
estas limitações não pudemos encontrar explicações absolutas para Deus. Pena que a presunção de muitos
lhes fazem ficar cegos em relação a isso. Negando, acomodam-se diante do infinito. É a insegurança de um
mundo a ser desvendado. Na realidade, todos nós por sermos cegos e coxos, necessitamos de bengalas. Daí
toda sorte de fixações mentais.

Abraços !

Flávio Mendonça



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: deoliveira e demais
FROM: Flavio Mendonça <fefemendonca@uol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 09/12/2000 15:08

Paz e Luz Roberto,

Primeiro é necessário separar o que é velho e novo testamento. O segundo não foi escrita por nenhum apóstolo, pois que na época a
tradição era de se passar as mensagens adiante de família para família através das gerações. Os evangelhos começaram a ser escrito muito
depois da morte de Cristo, baseados em relatos dos mais velhos. A bíblia era as escrituras do povo Judeu. Durante o mandato de
Justiniano foi elaborado a bíblia contendo os quatro evangelhos. Vale ressalvar que todo texto bíblico sofreu modificações por vários
aspectos. Interpretação das expressões hebraica e do aramaico, traduções, e talvez o principal, os interesses de quem juntou todos os
textos. A história bíblica não é nada fácil de se entender, haja visto os historiadores tentarem até hoje entrar em consenso em vários
aspectos.

Abraços !

Flávio Mendonça

Roberto Oliveira gravada:

> Desculpe-me senhor Luiz Netto, mas não entendi muito bem sua mensagem! Estava meio que cifrada, sem clareza de idéias e um tanto
> quanto confusa.
> Mas , esta idéia de que a Bíblia foi escrita por homens sem a ajuda de inspiração divina é uma ficção. Uma armação deste tipo é
> quase que impossível. Quem teria tantos conhecimentos sobre a "alma" humana para poder inventar tudo isto? Os apóstolos acredito que
> não, que eu saiba eles não eram doutos e sim pescadores, agricultores e poraí vai.Alguém muito culto escrevia os textos e atribuía a
> autoria aos discipulos de Cristo? Também não vejo qual seria o objetivo para tal e com certeza saberíamos logo que se tratava de uma
> farsa. E, para quem conhece a Bíblia, percebe logo de cara que há ali um conhecimento muito profundo que trata dos problemas humanos
> em qualquer época.
> Enfim, a não veracidade da Bíblia não se sustenta como algo forjado.
> E é claro que ela sempre foi o livro mais vendido no mundo em todos os tempos , mas proporcionadamente é um dos menos lidos e
> entendidos. Ademais você acha que quem escreveu estava interessado, há dois mil anos atrás, quando escrever um livro era trabalho
> para Hércules, em vender milhões de livros? Gutenberg ainda nem havia existido!!
> Mas o que não duvido é que aos longos dos anos pessoas com objetivos perversos possam tentado mudar certas passagens e dizeres com
> intenção perversa.Isto'sim é bem possível!!
>
> []'s
>
> Roberto de Oliveira
> oliveirar@hotmail.com
>
> -----Mensagem original-----
> De: Luiz Ferraz Netto <leo@barretos.com.br>
> Para: ciencialist@egroups.com <ciencialist@egroups.com>
> Data: Terça-feira, 5 de Dezembro de 2000 14:04
> Assunto: [ciencialist] deoliveira e demais
>
> Olá 'deoliveira' e amigos terrestres.
>
> ###"deoliveira": O que você quer dizer com "nós céticos" ??
> Céticos da Bíblia, do Apocalipso, ou do que??
> Se for isso eu não me incluo nisto, eu acredito na Bíblia e no
> Apocalipse, mesmo admitindo que eles possam ter sido modificados ou
> má interpretados.###
>
> a) 'nós céticos' são 'nós' dados por pessoas que não acreditam que algo ou alguém 'divino' possam desatá-los. Assim, universo,
> galáxias, planetas, animais, animais 'especiais' são 'nós' que os 'especiais' contemplam (e participam) e sabem que a solução de
> desatagem dependerá deles mesmos.
> Identificar o 'nó' e mesmo providenciar outros é relativamente simples, o problema é achar a solução boa (falseável). 12,68% dos
> 'especiais' dedicam-se a essa procura.
>
> b) Quem não quer pensar sobre os 'nós', pode encontrar soluções simples, maravilhosas e imediatas; basta acreditar em poderes
> divinos e místicos; para tais há compêndios recheados de estórias fantásticas, entre os quais, a bíblia (o livro mais vendido do
> mundo --- um comércio sempre florescente).
>
> c) Não concordo com vc que tais livros tenham sido modificados ou má interpretados, eles são perfeitos para os fins para os quais
> foram escritos. Não só vc, mas, 87,32% dos 'especiais' acreditam na veracidade de deus, da bíblia, do apocalípse, das elípses, das
> parábolas e das hipérboles. Afinal, que outra solução, a não ser a mais simples (Occan) existiria?
>
> d) Além da bíblia e do apocalipse, temos ainda o "ou do que??". É um vasto 'mundo' que não vale a pena mexer com isso.
>
> Resumindo as grandes verdades absolutas postas em (a), (b), (c) e (d),
> estou consigo e não abro,
> meu reinado depende de 'especiais' como vc,
> continue assim, defenda seu mestre,
> 'reze por mim ... não reze por ele' (isso dá música sacra!),
> []'
> deus
>
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SUBJECT: "quanto a quanta" : evolução quântica : meio esquisito...
FROM: roncolato.s@c4.com
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 09/12/2000 15:30

Em continuidade àquela discussão de "evoluçõa quantica", ainda
algumas leituras sugerem que as espécies adaptadas são aquelas
adaptadas nos vários universos...quando digo universos falo
didáticamente pois o universo já condiz com todos os estados...mas
para facilitar o
pensamento, tomemos como multiuniverso essa totalidade e de universos
seus fascículos que só sabemos que estão lá por meio das relações de
interferência.

Essas mesmas leituras sugerem que os animais mais adaptados e que
evoluiram às espécies atuais são aqueles que conseqüentemente possuem
as seqüências de DNA que mais se repetem igualmente nos universos
semelhantes...

Levando isso em consideração:

p.ex.:quando uma molécula de DNA é atingida por qualquer tipo de
radiação (sendo que tanto o DNA como a radiação possui sua semelhante
em um universo paralelo) pode estar causando uma mutação em outro
universo colaborando diretamente para a evolução?





SUBJECT: 11 Dimensoes e TGBD
FROM: Clovis Maia <gytuin@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 09/12/2000 17:34

Ola,

Realmente, a situacao da fisica teorica de particulas e campos
atualmente eh essa. Estao alem das capacidades de verificacao experimental:
algo como 16 ordens de grandeza de energia eh a diferenca entre teoria e
pratica. Porem, faltou dizer que o brilho da joia pelo qual se orientam os
fisicos teoricos se chama Simetria, e ela fala por si soh. No passado foram
varias as particulas previstas, teoricamente (e depois confirmadas
experimentalmente!), usando tao somente conceitos de simetria.
Para ser mais especifico, o nome aqui eh Gauge. Simetrias de Gauge.
Ou, para usar a nossa lingua mae, Simetrias de Calibre. Historicamente
verificou-se que uma das melhores teorias ja feitas (na minha opiniao,
claro :-), o Eletromagnetismo de Maxwell, possui a tal simetria de calibre.
A grande descoberta aqui eh que se voce partir da simetria de calibre, somada
aas transformacoes de Lorentz (sim, as mesmas da relatividade especial),
consegue-se *deduzir* as quatro equacoes de Maxwell. Trocando em miudos, a
partir do simples requerimento de uma simetria (no caso, a de gauge) voce
pode deduzir campos, que por sua vez significam interacoes. Por favor,
enxerguem aqui a grande diferenca da fisica teorica, em materia de
interacoes, da fisica feita em seculos passados. Ao inves de formular uma
equacaozinha (como a da gravitacao de Newton) para representar a interacao
entre corpos, voce parte tao somente de requerimentos de simetria, e por
meio dela consegue deduzir as equacoes que te darao a interacao entre os
corpos e elementos da sua teoria (como as cargas eletricas, no caso do
eletromag.)
E nao para por ai. Isso eh apenas para dar uma ideia do porque os
tais argumentos de simetria tem autoridade suficiente para que os fisicos
teoricos cheguem ao ponto de acreditar em 11 dimensoes, e demais coisas
esquisitas.
Mas nao escrevi essa mensagem para idolotrar os principios que estao
por tras da fisica atual, e sim para dizer que tudo isso tem por tras uma
estrutura matematica rigorosa (a ferramente basica para se lidar com
simetrias se chama teoria de grupos). Eh, para mim, muito estranho ler uma
mensagem da CienciaList com uma conversa sobre "Quarto Uno que da conta de
interacoes de spin 2" e coisa do tipo. Para quem nao sabe, Spin eh uma
propriedade que surgiu em Teoria Quantica de Campos, que tambem eh toda
baseada em simetria - pegaram a mecanica quantica, embutiram os
requerimentos de simetria necessarios para que ela atendesse a relatividade
especial, e viram que surgia o spin (foi Dirac quem primeiro fez a brincadeira).
Ali ha uma definicao clara de spin. E na TGBD, o que eh spin?
O Tarcisio pode nao ter razao quando diz que provaram que existem
11 dimensoes. O que ele ouviu do tal fisico PHD (ei Tarcisio, foi o Felice
que lhe disse isso, nao?) apenas mostra que eles, os fisicos que trabalham
na area, tem motivos concretos para defenderem o que dizem. Se,
experimentalmente (que, no final, eh o que importa) nao ha prova das
dimensoes extras, tudo bem. Niniguem vai chorar se as tais dimensoes, no
final, se mostrarem inexistentes. Ao menos estao tentando, por meios
concretos, chegar em algum lugar no entendimento da natureza. Sera que os
teoricos TGBDistas estao tentanto entender algo que nao seja tao somente o
que eles querem que seja verdade (como "Deus")??

Ate,

Clovis

PS.: nao tenho nada contra os que acreditem e defendam a TGBD. Mas, como
estudante de fisica, me sinto na obrigacao de lembrar que tem gente
que faz coisas melhores. E que estas coisas merecem um pouquinho mais de
atencao, antes de serem consideradas elocubracoes sem sentido. Como ja disse
outro fisico, em outra mensagem dessa mesma lista, eh preciso *Estudar* um
pouco o que ja se fez para criticar. Com a ressalva de que Estudar significa
ler mais do que livros de digulgacao.

> Mensagem: 20
> Data: Fri, 8 Dec 2000 12:07:54 -0600
> De: Moacir Alves Schmidt <moacir.schmidt@softtek.com>
> Assunto: RE: Metodologia cientifica
>
> Tarcisio Borges Escreveu:
> > Até onde eu sei, já existem provas de que o universo tem 11 dimensões...
>
> Provas, provas mesmo nao existem nao, porque a quantidade de energia
> necessaria para observar algum fenonemo "previsto" pela teoria das
> supercordas e' muito maior do que a humanidade tem capacidade para gerar
> hoje. O que se define como "suspeitas" de existencia das 11 dimensoes e' um
> conjunto de equacoes que se comportam com bastante "elegancia" ao serem
> reduzidas para explicar os comportamentos conhecidos das particulas (aqueles
> do "Modelo Padrão", por exemplo). Em outras palavras, o mesmo conjunto de
> equações, se adaptado para 14, 17 ou 20 dimensoes nao se comporta tao bem
> matematicamente. Isto faz com que os fisicos teoricos "suspeitem" de um
> universo em 11 dimensoes.
>
> Sei que e' uma explicacao extremamente subjetiva mas e' mais ou menos o
> sentimento que rola entre os fisicos teoricos que abracaram a teoria das
> supercordas e do universo em 11 dimensoes.
>
> Abracos,
>
> P.S.: O mesmo conjunto de equacoes tambem se comporta de forma "elegante"
> quando adaptado para 26 dimensoes, mas esta ja' e' outra historia :-)))
>
>
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]


SUBJECT: Re: [ciencialist] apresentacao e paradigmas da mente
FROM: "Marcelo Barbosa" <embs@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 09/12/2000 18:23

>> Lembre que o onus da prova normalmente recai sobre quem faz a
afirmacao
>> (nao confunda com 'afirmar' inexistencia).
>
>Ah ! E só vale pra um e para o outro não ? Onde está o equilíbrio ?
Quem afirmou não existir algo também
>deve provar que não existe, pois, neste mundo relativista, provar é
uma belíssima quimera:-)

Provar que não existe? Isso é impossível, sob todos os aspectos! Só se
pode provar a existência de algo, nunca sua inexistência!


>Quem afirmou ou quem negou. Eu particularmente não afirmo, apenas
digo que acredito. Trata-se de uma
>convicção pessoal. Aliás nem tão pessoal assim, parece existir uns
punhados pensando como eu.

Importa se são uns punhados ou o mundo todo? Isso torna algo falso
verdadeiro? Cada um pode acreditar no que quiser, desde que isso não
afete os outros, principalmente de maneira negativa. Mas não é de
crenças que a ciência é feita. Não se pode inventar uma quimera
qualquer para se explicar um fenômeno se não há evidências suficientes
para sua existência, só porque ninguém consegue provar sua
inexistência.


>E quem disse que já não fizeram ? O problema reside justamente aí.
Alguns acham que detém a verdade,

Os religiosos...

>pois
>sua maneira absolutista de pensar os leva a crer nisso. Pedem a todo
tempo provas, mas provas de quê meu
>Jesus cristinho, se estas não podem ser absolutas ?

O fato de uma prova não ser absoluta não quer dizer que não devamos
requerer prova alguma! Prova no sentido religioso é diferente de prova
científica. A prova científica, realmente não é absoluta. Por mais que
acreditemos que a teoria da gravidade seja verdadeira, nunca poderá se
afirmar com certeza de que um corpo cairá da próxima vez que o
largarmos, embora as chances sejam esmagadoras. Mas em que você
acreditaria se te dissessem para pular da janela do apartamento? Você
pularia, já que a teoria da gravidade é apenas uma teoria, nunca tendo
sido "realmente provada"?


Marcelo Barbosa




SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar??
FROM: "Marcelo Barbosa" <embs@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 09/12/2000 18:54

>> >Qto a pré-existência do universo, nada podemos falar, ainda é para
>> todos nós um dogma a ser desvendado.
>>
>> Dogma a ser desvendado??? Dogmas não são desvendados, são criados
ou
>> "revelados" por algum ser divino.
>>
>
>Revelado não significa algo relativo a divindade. Uma descoberta é
uma revelação. Povo místico, sô)))

Descoberta não é revelação. Mas o assunto não é exatamente a
revelação, mas a descoberta de algum dogma.


>Não se vc acreditar que Deus é a causa primária de tudo. A partir
dele teria se iniciado a criação.

Por que chegamos a acreditar que é necessário um deus para criar o
universo? Por causa da lei da causalidade, que diz que tudo tem que
ter uma causa anterior, certo? E é seguindo esse pensamento que se
chega à idéia de um ser (objetivamente indetectado) que seria a causa
do universo tal qual o detectamos. Me admitirmos que deus não precisa
causa outra que si mesmo, aí se esvai a lei da causalidade! E aí
também se esvai a necessidade de se chegar a um criador. Se não temos
um paradoxo, pois para provar a necessidade de deus, teríamos pensar
que a causalidade sempre existe, mas se ela sempre existe, não haveria
ter um deus sem causa...


>Bingo ! Trata-se apenas de um dogma. A não existência também.

Para você a não existência de algo também é um dogma? Explique
melhor.



>> A realidade é uma só.
>
>Qual é ela ?

Isso é o que a ciência luta por descobrir.


>> Dizer que há um
>> deus eterno que originou tudo é bastante cômodo.
>
>Vc acha, e pq o mistério continua ?

O mistério continua para quem é cético ou se guia pela ciênia, claro.
Para quem aceita religiões, já não há tanto mistério assim.

E o fato de haver mistério não quer dizer que não tenhamos trilhado um
longo caminho de sucessos na descoberta da verdade. Mistérios sempre
existirão, pois podem ser criados à vontade por nossa imaginação. Mas
a realidade não pode ser criada, é finita. Portanto, mesmo depois de
termos descoberto tudo o que se há por descobrir (se isso for
alcançado algum dia), ainda haverá mistérios.


>
>> Poderia-se pensar que
>> são 21 deuses, eternos, que criaram tudo. E daí?
>
>Ora, podes pensar o que quiser afinal o pensamento é seu.

Sim, posso pensar o que eu quiser, o que não posso é achar que esse
meu pensamento é mais verdadeiro só porque eu "sinto" que seja. Não
posso enfiar 21 deuses do nada só para justificar algum comportamento
de algum fenômeno natural.


>> O que é uma condição integral?
>
>É compreender o todo, e sintonizar com ele. Seria compreender o
absoluto.

SIntonizar? Como uma estação de rádio? Compreender o absoluto? O que é
o absoluto, o universo inteiro e todas as suas leis?


>> O que é estar em harmonia com o Cosmo?
>
>Está em harmonia com as leis naturais. Não infringi-las. Como dizem
os místicos orientais, seguir o fluxo.

As leis naturais não podem ser infringidas. Se, p.ex., diz-se que um
grama de matéria é igual a uma quantidade de energia igual à sua massa
multiplicada pela velocidade da luz ao quadrado (E=mc2), não se pode
mudar isso a nosso bel prazer. E assim acontece com todas as outras
leis naturais. Agora, se você fala das leis éticas ou morais, elas
variam muito de sociedade em sociedade, são especificadas pelo ser
humano. Nesse caso, não infringi-las seria apenas se comportar dentro
lei (sentido comum, do Direito) para não irmos "para a cadeia", e
seguir o fluxo seria sempre baixar a cabeça para os governantes...



>Não existe expressões concretas. Isso é uma ilusão. Só o pensamento é
real. Não se pode expressar-se sem
>macular o pensamento. Apenas o sentir pode vivenciar esta
experiência. Veja que qdo nos aprofundamos nas
>propriedades da matéria, vemos o qto é infinito concebe-la como algo
realmente material, pois que a
>matéria é apenas um evento dinâmico que não encontra ordem nem no
tempo nem no espaço.

Não seja tão extremista. Embora a linguagem seja apenas um simbolismo,
existe muita diferença entre dizer algo dúbio e algo que não dê tanta
margem assim a desentendimentos. Existe muita diferença entre dizer
"aquele carro é azul e pesa 2 ton" e dizer "aquele carro se harmoniza
com as idéias altruistas da paixão indomada que sentimos pelo cosmo,
seguindo a unidade com o espírito subjacente". A primeira passa uma
grande certeza com relação ao que queremos dizer, já a segunda pode
ser interpretada de milhares de maneiras diferentes por pessoas
diferentes.



>> E justamente o dogma é o que a ciência luta para extinguir. Não
basta
>> explicar as coisas através de dogmas e achar que está tudo bem.
>
>Pena, pois da forma que é feita jamais extinguirá.

Eu diria que é da forma que a ciência é entendida (ou não entendida)
por muitos é que ele (o dogma) jamais se extinguirá.


>Mas como um otimista incorrigível, creio que ela
>trilhará por caminhos outros que nos levará a esta compreensão.

Tomara!


>> Você pagaria cem mil reais por meu fusca se eu dissesse que esse
preço
>> é um dogma relevado a mim por deus?
>
>Se assim eu concebesse, claro que pagaria. Talvez desse a vida por
isso. Não damos todos a vida por nossas
>reais convicções ?

Aí é que mora o perigo. Convicções baseadas em dogmas (e não na razão)
já mataram muitos, em muitas guerras e atos terroristas. Além de
enriquecer outro tanto de exploradores da fé.


Marcelo Barbosa





SUBJECT: Re: Separacao dos assuntos (Re : Ateh mais Brudna)
FROM: "Roberto Oliveira" <deoliveira@ig.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 09/12/2000 19:00

Como sou novinho na lista ;-) não sei muito bem como ela funciona, mas estou numa lista de ficção cientifica que, pelo excesso de
OFF-TOPIC's, resolveu dividir a lista em FC pura e uma lista de generalidades onde não existem OFF-TOPIC's. O resultado foi o
enfraquecimento das duas listas, portanto penso que qualquer tentativa de diáspora é prejudicial à todos.
E gostaria que esta lista discutisse qualquer assunto científico, menos é claro a ciência para fazer um bolo ou para melhor cuidar
de um jardim, eheheh....


Roberto de Oliveira
oliveirar@hotmail.com

-----Mensagem original-----
De: Manuel Bulcao <msbn@daterranet.com.br>
Para: ciencialist@egroups.com <ciencialist@egroups.com>
Data: Sábado, 9 de Dezembro de 2000 09:51
Assunto: [ciencialist] Re: Separacao dos assuntos (Re : Ateh mais Brudna)


Meu amigo Leonardo Stern,

Compreendi as suas colocações. Realmente, a mídia tende a estabelecer
uma identidade absoluta entre a "ciência" e as "ciências naturais".
Como se todo o esforço para se compreender "cientificamente" a
sociedade e a história dos homens fosse uma empreitada vã. Como se a
sociedade humana não fosse um fenômeno natural. E, deste modo, o
fenômeno humano é entregue na bandeja ao irracionalismo, ao
subjetivismo filosófico, à mitologia religiosa. E quem o entrega
assim de bandeja? -- Os supostos defensores do pensamento científico.
Não é uma contradição?

Eu acho que o termo "ciência" é por demais genérico. Ele compreende
um arco amplo, que vai da mais exata das ciências, a matemática, até
a ciência do direito. Embora esta última não seja uma ciência
"exata", o estudo desse "objeto" por homens como Hans Kelsen,
Norberto Bobbio e John Rawls foi e/ou está sendo realizado com a mais
rigorosa objetividade e seriedade científicas.

Acho que a Ciencialist não deve tratar apenas de assuntos atinentes
às ciências naturais. Deve a Ciencialist ser um fórum
"interdisciplinar", um lugar para troca de informações entre todas as
regiões do espectro científico -- ciências exatas, naturais e
humanas. A ciência e a razão não devem abandonar nenhum aspecto da
realidade ao irracionalismo.

Um forte abraço,
Manuel bulcão



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SUBJECT: Re: [ciencialist] 11 Dimensoes e TGBD
FROM: "Roberto Oliveira" <deoliveira@ig.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 09/12/2000 19:04

Esta teoria das Supercordas é mesmo muito interessante e também tenho algumas questões à respeito. Admitindo que ela esteja correta
e consiga a unificação de todas as forças(GUT), até consigo imaginar um mundo com 11 dimensões e talvez com uma dimensão a mais de
tempo. Mas o que não consigo imaginar é como é este modelo de uma teoria fundamental. Por exemplo, no modelo de partículas
imaginamos pequenas bolinhas de matéria, mas no caso das cordas é diferente não podemos imaginar pequeníssimos laços de matéria
porque, assim, ela não seria fundamental. A grosso modo as cordas não podem ser formadas por nada ainda menor, então o que seriam
elas: energia?
Se alguém puder este ponto eu agradeço, pois não obtive, até agora, uma explicação razoável.

E desculpe a ignorância, mas o que é TGBD??

Roberto de Oliveira
oliveirar@hotmail.com

-----Mensagem original-----
De: Clovis Maia <gytuin@mailbr.com.br>
Para: ciencialist@egroups.com <ciencialist@egroups.com>
Data: Sábado, 9 de Dezembro de 2000 16:34
Assunto: [ciencialist] 11 Dimensoes e TGBD


Ola,

Realmente, a situacao da fisica teorica de particulas e campos
atualmente eh essa. Estao alem das capacidades de verificacao experimental:
algo como 16 ordens de grandeza de energia eh a diferenca entre teoria e
pratica. Porem, faltou dizer que o brilho da joia pelo qual se orientam os
fisicos teoricos se chama Simetria, e ela fala por si soh. No passado foram
varias as particulas previstas, teoricamente (e depois confirmadas
experimentalmente!), usando tao somente conceitos de simetria.
Para ser mais especifico, o nome aqui eh Gauge. Simetrias de Gauge.
Ou, para usar a nossa lingua mae, Simetrias de Calibre. Historicamente
verificou-se que uma das melhores teorias ja feitas (na minha opiniao,
claro :-), o Eletromagnetismo de Maxwell, possui a tal simetria de calibre.
A grande descoberta aqui eh que se voce partir da simetria de calibre, somada
aas transformacoes de Lorentz (sim, as mesmas da relatividade especial),
consegue-se *deduzir* as quatro equacoes de Maxwell. Trocando em miudos, a
partir do simples requerimento de uma simetria (no caso, a de gauge) voce
pode deduzir campos, que por sua vez significam interacoes. Por favor,
enxerguem aqui a grande diferenca da fisica teorica, em materia de
interacoes, da fisica feita em seculos passados. Ao inves de formular uma
equacaozinha (como a da gravitacao de Newton) para representar a interacao
entre corpos, voce parte tao somente de requerimentos de simetria, e por
meio dela consegue deduzir as equacoes que te darao a interacao entre os
corpos e elementos da sua teoria (como as cargas eletricas, no caso do
eletromag.)
E nao para por ai. Isso eh apenas para dar uma ideia do porque os
tais argumentos de simetria tem autoridade suficiente para que os fisicos
teoricos cheguem ao ponto de acreditar em 11 dimensoes, e demais coisas
esquisitas.
Mas nao escrevi essa mensagem para idolotrar os principios que estao
por tras da fisica atual, e sim para dizer que tudo isso tem por tras uma
estrutura matematica rigorosa (a ferramente basica para se lidar com
simetrias se chama teoria de grupos). Eh, para mim, muito estranho ler uma
mensagem da CienciaList com uma conversa sobre "Quarto Uno que da conta de
interacoes de spin 2" e coisa do tipo. Para quem nao sabe, Spin eh uma
propriedade que surgiu em Teoria Quantica de Campos, que tambem eh toda
baseada em simetria - pegaram a mecanica quantica, embutiram os
requerimentos de simetria necessarios para que ela atendesse a relatividade
especial, e viram que surgia o spin (foi Dirac quem primeiro fez a brincadeira).
Ali ha uma definicao clara de spin. E na TGBD, o que eh spin?
O Tarcisio pode nao ter razao quando diz que provaram que existem
11 dimensoes. O que ele ouviu do tal fisico PHD (ei Tarcisio, foi o Felice
que lhe disse isso, nao?) apenas mostra que eles, os fisicos que trabalham
na area, tem motivos concretos para defenderem o que dizem. Se,
experimentalmente (que, no final, eh o que importa) nao ha prova das
dimensoes extras, tudo bem. Niniguem vai chorar se as tais dimensoes, no
final, se mostrarem inexistentes. Ao menos estao tentando, por meios
concretos, chegar em algum lugar no entendimento da natureza. Sera que os
teoricos TGBDistas estao tentanto entender algo que nao seja tao somente o
que eles querem que seja verdade (como "Deus")??

Ate,

Clovis

PS.: nao tenho nada contra os que acreditem e defendam a TGBD. Mas, como
estudante de fisica, me sinto na obrigacao de lembrar que tem gente
que faz coisas melhores. E que estas coisas merecem um pouquinho mais de
atencao, antes de serem consideradas elocubracoes sem sentido. Como ja disse
outro fisico, em outra mensagem dessa mesma lista, eh preciso *Estudar* um
pouco o que ja se fez para criticar. Com a ressalva de que Estudar significa
ler mais do que livros de digulgacao.

> Mensagem: 20
> Data: Fri, 8 Dec 2000 12:07:54 -0600
> De: Moacir Alves Schmidt <moacir.schmidt@softtek.com>
> Assunto: RE: Metodologia cientifica
>
> Tarcisio Borges Escreveu:
> > Até onde eu sei, já existem provas de que o universo tem 11 dimensões...
>
> Provas, provas mesmo nao existem nao, porque a quantidade de energia
> necessaria para observar algum fenonemo "previsto" pela teoria das
> supercordas e' muito maior do que a humanidade tem capacidade para gerar
> hoje. O que se define como "suspeitas" de existencia das 11 dimensoes e' um
> conjunto de equacoes que se comportam com bastante "elegancia" ao serem
> reduzidas para explicar os comportamentos conhecidos das particulas (aqueles
> do "Modelo Padrão", por exemplo). Em outras palavras, o mesmo conjunto de
> equações, se adaptado para 14, 17 ou 20 dimensoes nao se comporta tao bem
> matematicamente. Isto faz com que os fisicos teoricos "suspeitem" de um
> universo em 11 dimensoes.
>
> Sei que e' uma explicacao extremamente subjetiva mas e' mais ou menos o
> sentimento que rola entre os fisicos teoricos que abracaram a teoria das
> supercordas e do universo em 11 dimensoes.
>
> Abracos,
>
> P.S.: O mesmo conjunto de equacoes tambem se comporta de forma "elegante"
> quando adaptado para 26 dimensoes, mas esta ja' e' outra historia :-)))
>
>
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar??
FROM: "Marcelo Barbosa" <embs@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 09/12/2000 19:05

>> >Bela tentativa ! Mas criar determina que houve desejo de Deus ?
>> Tentamos de toda forma entender Deus, mas
>> >não nos é possível ainda. Falta-nos propriedade, assim como falta
a
>> uma ameba entender o raciocínio
>> >humano.
>>
>> Deixa eu ver se entendi a analogia:
>>
>> 1) Ameba não compreende humano
>> Mas...
>> 2) Humanos existem
>> Então...
>> 3) Humano não compreende deus
>> Logo...
>> 4) Deuses existem (???)
>>
>> Sinto, mas não tem lógica...
>>
>
>Claro, pois não alcançasses o que eu disse. Sofismaste apenas.

Eu apenas falei o mesmo que você no seu parágrafo inicial. Somente de
outra forma.


>O que quis dizer é que não temos capacidade sensorial, não temos
nenhuma propriedade para entender Deus.

Claro! Se dizemos que deus é uma criatura onisciente, onipresente,
onipotente (e outros onis...), por definição ele já será
imcompreensível. Eu poderia dizer que existe um ser que é ao mesmo
tempo alto e baixo, gordo e magro, bom e ruim. Não temos como
compreender isso, mas isso não quer dizer que eu possa usar isso como
argumento para o fato de ele existir apesar do fato de nunca podermos
ter a capacidade de entendê-lo...


>Somos completamente incompletos para entende-lo, porém, estamos todos
tentando. Eu qdo falo de sua
>propriedade e natureza, você, qdo as nega. Logo, a melhor coisa que
temos a fazer é estudar as coisas que
>nos tocam mais de perto, e deixar os sistemas sobre Deus, de lado.

Então deixêmo-lo!


>> Pois é, nós ateus deixamos deus tão de lado que nem mesmo achamos
que
>> seja necessária sua existência...
>>
>
>É um caminho. No entanto muitos, tanto qto nós teístas, tentam vez
por outra provar a sua inexistência.

Como disse, não tem como provar a inexistência de nada! Nós todos
podemos aceitar o fato de não existir um frasco de perfume One
enterrado no solo de Plutão neste momento, mas como podemos provar
isso? Só indo lá e escavando o planeta todo, mas...Precisa? Portanto,
não tem como provar. Apesar disso, assumimos sua inexistência, justame
nte por falta de evidência.


>Alguns chegam a ficar indignados. Veja que a indignação parte dos
dois lados. Eu particularmente, nem
>estou aí pra isso. Deus é um dogma que não se pode provar muito menos
negar. Aceito apenas, por efeito de
>limitação consciencial, que ele seja a causa primária de todas as
coisas. Já vc concebe de outra forma. O
>que fazer ? Na minha opinião avançar mais na tentativa de
descobrirmos esse labirinto. Adianta discutir ?
>Veja qta energia desperdiçada nesta tentativa.

Não acho que seja desperdício. Estamos conhecendo melhor o pensamento
uns dos outros, e isso é positivo!


Marcelo Barbosa





SUBJECT: apresentacao e paradigmas da mente
FROM: "Fernanda Amadei Sais" <lifer@iconet.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 09/12/2000 19:10


--- In ciencialist@egroups.com, "Joao Carlos Holland Barcellos
" <jocax@u...>
wrote:

JOCAX:
Quase isso !
Note q os genes malevolos assim como TODOS os outros agem no sentido
de
que o organismo perpetue seus genes. Isso quer dizer que a Inveja,
Ciumes,
o Odio, a avareza, o egoismo, a vinganca etc.... existem e se mantem
na especie pq estes sentimentos auxiliam na perpetuacao dos
genes de quem os possuem.

E mais, pessoas desprovidas destes sentimentos levam uma desvantagem
evolutiva em relacao as pessoas portadoras deles.

Um genista NAO TEM q se comportar como um ser que possua estes
sentimentos
(no estrito sentido da palavra), o genista deve sim se preocupar com
a
perpetuacao de seus genes, seu comportamento perpetuativo deve ser
memeticamente tao eficaz quanto os que possuem estes genes:

Por exemplo, se um genista for um mutante altruista NATO ele NAO
devera doar
seu salario aos outros pois isto diminuira as chances de
sobrevivencia
de seus filhos (emulando "avareza").

Se um genista mutante, sem a capacidade de sentir raiva, devera
diminuir
as chances perpetuativas de alguem que lhe arranque um braco,
denunciando-o
aa policia , por exemplo ( emulando "vinganca" ).

Entendeu estes exemplos de memes que agem no sentido de substituir os
sentimentos?

Fernanda:
==> Sim, agora ficou claro. Mas suponho que, desse jeito, chegaríamos a
uma sociedade composta por indivíduos frios e calculistas... será que
essas pessoas serão felizes, ou simplesmente indiferentes? Ausência de
sofrimento é sinônimo de felicidade? (não sei se o objetivo do Genismo é
a felicidade ou somente a ausência de sofrimento). Não seria melhor uma
sociedade de robôs, já que tudo deve ser tão programado e calculado?



> a mutação genética que diminua
> a ocorrência de tais genes não levará o indivíduo a sofrer a pressão
> seletiva que sofreria sem esses memes. (certo?)

JOCAX:
"..seletiva que sofreria sem esses GENES." ( aih fica certo )
Isso, ele nao sofreria a pressao seletiva sem estes memes desde que
ele adote uma politica perpetuativa q tenha a mesma eficiencia.

Fernanda:
==> presão seletiva que sofreria sem os genes malévolos e sem os memes
adquiridos via genismo (era a esses memes q eu me referia) para
perpetuar seus genes, não é? Se o indivíduo não tiver os genes dos tais
sentimentos, e tb não tiver os memes que o façam agir de forma adequada
à perpetuação genética, como ele teria vantagem evolutiva?


JOCAX:
Vc tem todo o direito de duvidar mas eh isso mesmo !
Note q os memes, sendo RACIONAIS podem ter uma EFICACIA muito
maior do que o comportamento INSTINTIVO, certo ? :-))

Fernanda:
Certo... mas isso não permite concluir que vá *necessariamente* haver
extinção dos genes que determinem esse comportamento instintivo, mas sim
que há possibilidades de que isso ocorra, e então seira necessário um
estudo de quais são as probabilidades.



JOCAX:
Note q os genes que codificam um sentimento, como a inveja por
exemplo,
podem ser extintos EXATAMENTE com no exemplo dos peixes das cavernas.
Qto maior o numero de genes responsaveis por um sentimento maior a
probabilidade
desta caracteristica sofrer mutacao e portanto mais rapidamente ela
deveria
ser anulada.

Fernanda:
Se vc admite que há grandes probabilidades (ou probabilidades razoáveis)
de ocorra uma mutação em genes responsáveis por um sentimento (o
altruísmo, por exemplo), então essa mutação pode ocorrer agora, ou ter
ocorrido em pessoas que nunca tenham ouvido falar no Genismo. Então, se
isso é verdade, é também possível que existam pessoas com um altruísmo
instintivo nesse momento... sem Genismo (e assim vc teria tb que admitir
que o genismo não é a única maneira de obter o altruísmo intintivo...).
E, mesmo que ela esteja em desvantagem evolutiva, pode sobreviver,
embora em pequenas quantidades, pois, pelo que sei, nem sempre seres em
desvantagem evolutiva são necessariamente extintos, podem apenas ter
quantidades dramaticamente restritas. Como um exemplo entre os seres
humanos, podemos citar o albinismo (estou citando uma característica
física, por ser mais facilmente verificável), que confere, creio eu, até
mais desvantagens evolutivas que o altruísmo poderia conferir na nossa
sociedade, e no entanto está presente na nossa espécie. Além disso, o
fato dos genes poderem ser extintos como no exemplo da caverna não
significa que isso tenha necessariamente de acontecer.



JOCAX:
Note q para os genistas NAO eh necessario q a mesma mutacao em uma
caracteristica degenerada passe para toda humanidade.
Dois mutantes podem sofrer mutacoes em genes diferentes q codificam o
odio,
por exemplo, acarretando a perda deste sentimento, para q o
sentimento deixe
de existir nestes mutantes, embora ambos acabem por ter o mesmo
fenotipo
para este sentimento.

Fernanda: Então essas mutações são mesmo frequentes... e temos
indivíduos assim. Quem garante que eles não conseguem se reproduzir? É
como disse, podem ter desvantagem evolutiva e existir em pequena
quantidade, mas existem.

JOCAX:
Acredito q o numero de geracoes necessarias poderia ser calculada
para cada
sentimento levando-se em conta :
-O numero de pares de bases (genes) responsaveis pelo sentimento,
-O numero medio de mutacoes por par de base.

Fernanda:
Sim, e é preciso que tenhamos esses dados... :-)


JOCAX:
Mas eh certeza que isto FATALMENTE deveria ocorrer.
Veja bem, suponha que surja um genista sem um destes sentimentos
malevolos.
Vc percebe q ele nasceu em um mundo onde a maioria possui este
sentimento?
O processo eh o mesmo q ocorre numa mudanca de especie durante a
evolucao,
eh possivel tambem q a partir de uma massa CRITICA de individuos nao
"geneticamente malevolos" a discriminacao contra os malevolos se faca
sentir e, a partir dai, a pressao seletiva se faca NO SENTIDO INVERSO,
privilegiando os individuos geneticamente nao maus, percebe?

Fernanda:
Mas e enquanto o genista não portador de sentimentos malévolos for
minoria? Ele será discriminado? Conseguirão os seres assim se perpetuar
mais que os não mutantes, a ponto de ter força para discriminar estes
últimos?



JOCAX:
Como doutrina, o Genismo nao eh falso nem verdadeiro eh uma doutrina
e cabera aas
pessoas adotarem-no ou nao.
Agora como uma teoria cientifica q propoe ser a resposta para a
maximizacao
da felicidade humana SIM, ele poderia ser falso ou verdadeiro como
resposta a esta pergunta ...

Fernanda:
Sim, eu estou me referindo ao genismo como teoria científica.

JOCAX:
... e tambem poderia ser falseado em suas BASES caso, por
exemplo,
a teoria neodarwiniana fosse provada falsa. Neste caso, sua
conjectura sobre
a falsidade ou nao do Genismo teria sentido. Mas devo lembrar tambem
q uma teoria cientifica nunca pode ser provada verdadeira....

Fernanda:
Atualmente acreditamos que uma teoria científica nunca pode ser provada
verdadeira, mas ao longo da história já acreditamos em muitas coisas e
nem sempre estávamos certos. Tenho dúvidas quanto ao fato de que daqui a
décadas ou séculos essa visão possa estar modificada e os cientistas
pensem de outra maneira e, à luz de novos conhcimentos, não descubram um
modo de provar uma teoria científica. Mas, como hoje não podemos
fazê-lo, vamos deixar isso de lado...

Seria interessante encontrar outras maneiras de falsear o Genismo.
Afinal, quanto mais testado ele puder ser, e se a cada teste não for
provada a sua falsidade, mais aceito como teoria científica bem
fundamentada ele será (é o que tem acontecido com outras teorias, que
apesar de não serem comprovadas são aceitas).


JOCAX:
Note q a verdade, como te falei, eh sobre as teorias que dizem algo a
respeito
da natureza. A teoria corresponde aos fatos?
Se nao corresponde, nao eh verdade.

Fernanda:
Sim, mas apenas corresponder aos fatos não é garantia que seja verdade.

JOCAX:
Uma doutrina q diz : "Vc deve comer uma laranja ao dia", eh uma
verdade?
Uma doutrina nao se propoe a ser uma verdade mas simplesmente mostrar
um caminho.
O Genismo se propoe a mostrar um caminho.

Fernanda:
Não pode ser considerada uma verdade, mas pode ser considerada uma
mentira, se ficar comprovado que uma pessoa não deva comer uma laranja.
A doutrina do Genismo, quando se propõe a mostrar um caminho, o faz
baseado em crenças ou a partir de conclusões racionais?

JOCAX:
Qdo eu afirmo "se vc comer uma laranja ao dia vc vai ter menos gripe"
neste
caso eu estou fazendo uma afirmacao passivel de verificacao e
portanto pode
ou nao ser verdade. Neste caso o Genismo cai no mesmo caso pois pode
ser
passivel de verificacao pois eu digo q esta eh a doutrina q maximiza
a felicidade
do individuo e, portanto, tambem pode ser verdadeira ou falsa.

Por isso dependendo do enfoque q vc de ao Genismo como uma doutrina
ou como
uma teoria cientifica ela assume diferentes conotacoes.....

Fernanda:
Sim... e vc assegura-se de que essas diferentes conotações não sejam
conflitantes? Será que não é estranho uma mesma teoria que proponha
afirmações passíveis de verificação (como teoria científica que pode ser
falseável) também faça afirmações que não possam ser comprovadas falsas
(como doutrina que se propõe a mostrar um caminho e, segundo vc disse,
não pode ser considerado verdadeiro ou falso)?


Fernanda:
> ==> eu não disse que o Genismo não está bem fundamentado,disse
apenas que
> algumas afirmações que vc faz usando "seu santo nome em vão" não
são muito
>bem fundamentadas.
>

JOCAX:
Nao entendi...

Fernanda:
Eu estava me referindo às afirmações que vc faz segundo o aspécto
doutrinário do Genismo, que poderiam entrar em conflito com o seu
caráter de teoria científica.


JOCAX:
Muito boa??
Eh simplesmente a coisa + importante q apareceu nos ultimos 100 anos
!!! :-)

Fernanda:
Puxa, quanta modéstia! :-) Tanta modéstia lhe confere vantagens
adaptativas? :-)


Fernanda:
> ==> Afirmações reducionistas, que desconsiderem outros fatores
secundários e
> não sejam baseadas em argumentos resultantes de um racioncínio
lógico.

JOCAX:
Mas se este eh o caminho + cientifico e menos subjetivo....?

Fernanda:
Por que esse é o caminho menos subjetivo? Reduzir as possibilidades é
mais científico que considerá-las de maneira mais amplas? O raciocínio
lógico não é sempre subjetivo, e ele deve ser baseado em dados e
resultados. Aliás, creio ser esse o problema, faltam experimentos em
relação ao Genismo, dados concretos. Afianal, a única coisa concreta
nele é a evolução, o restante esta fundamentado no raciocínio e numa
teorização que não é baseada em experimentações.

Fernanda:
>Quando vc afirma que o altruísmo puro só
> viria com a extirpação dos genes egoístas via Genismo,

JOCAX:
Nao soh com o Genismo, mas COM o Genismo ( suficiente mas nao
necessario ateh
prova em contrario )

Fernanda:
>por exemplo, está
> desconsiderando uma série de fatores e fazendo uma afirmação que
baseia-se
>na fé no Genismo.

JOCAX:
Nao vejo onde, eu acho q eu dei as razoes de todas minhas
afirmacoes...

Fernanda:
Vc deu as razões, mas às vezes as razões das suas afirmações doutriárias
confundem-se com as científicas... seria interessante não misturar as
duas. (uma pessoa pode aceitar a teoria científica mas não a doutrina,
entende?)


Cordialmente,

Fernanda Sais.



SUBJECT: Re: [ciencialist] paradigmas da mente
FROM: "Marcelo Barbosa" <embs@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 09/12/2000 19:26

>Realmente vc não conhece. Fica difícil de manter um diálogo desta
forma. O Espiritismo é uma ciência
>experimental. É também uma filosofia e com isso tem conseqüências
religiosas. Mas debater com uma pessoa
>que demonstra não conhecer da matéria e ainda mantém idéias
preconcebidas a respeito, não é interessante,
>nem pra mim, nem pra você.

Amigos do ciencialist: espiritismo é uma ciência experimental?

Concordo que aqui não seja o lugar para se discutir religião, nem
quero. Mas ao proclamar o espiritismo como ciência, automaticamente
isso faria com que o assunto pudesse ser discutido aqui. Daí a
relevância em se definir se espiritismo é ciência ou não.

Marcelo Barbosa




SUBJECT: Re: [ciencialist] 11 Dimensoes e TGBD
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 09/12/2000 19:42

Prezado Clovis Maia (CM),

Respondo a sua mensagem, sempre precedendo minhas colocações com CBAS.

CM:
Realmente, a situação da física teórica de partículas e campos atualmente eh
essa. Estão alem das capacidades de verificação experimental: algo como 16
ordens de grandeza de energia eh a diferença entre teoria e pratica. Porem,
faltou dizer que o brilho da jóia pelo qual se orientam os físicos teóricos
se chama Simetria, e ela fala por si soh.

CBAS:
Não sei se você já teve a oportunidade de conhecer a TGBD. Se não, dê um
olhada no endereço abaixo, que traz um breve resumo dela:
http://ppessoa.zaz.com.br/paginas/poafefarah2200.htm
Se você for lá e conhecê-la, vai ver que a TGBD no fundo nada mais é do que
uma proposta de simetria para tudo o que existe no universo e fora dele, e
não só para o tema partículas elementares e campos. Repare que um Dual é uma
estrutura simétrica: é formado por dois Unos de mesma natureza mas de
sentidos opostos. E um Bidual é um Dual de Duais, um o primeiro de natureza
concreta e o segundo de natureza abstrata. Existe sempre a simetria nos
componentes de uma Unidade e os componentes da sua simétrica Anti-Unidade,
que são: Duais e Anti-Duais, Terno e Anti-Terno, Quadra e Anti-Quadra,9 E o
Quarto Uno de uma Unidade é o Anti-Terno da Anti-Unidade, e que o Quarto
Anti-Uno é o Terno. Em suma, simetria é a base da TGBD.

CM:
No passado foram varias as partículas previstas, teoricamente (e depois
confirmadas experimentalmente!), usando tao somente conceitos de simetria.
Para ser mais especifico, o nome aqui eh Gauge. Simetrias de Gauge. Ou, para
usar a nossa lingua mae, Simetrias de Calibre. Historicamente verificou-se
que uma das melhores teorias ja feitas (na minha opiniao, claro :-), o
Eletromagnetismo de Maxwell, possui a tal simetria de calibre. A grande
descoberta aqui eh que se você partir da simetria de calibre, somada aas
transformacoes de Lorentz (sim, as mesmas da relatividade especial),
consegue-se *deduzir* as quatro equacoes de Maxwell.

CBAS:
Você sabia que as quatro equações de Maxwell tem um estrutura Bidual? Repare
que são 4 e somente 4. E que o próprio eletromagnetismo tem uma estrutura
bidual? Para maiores detalhes sobre isto vide a mensagem:
http://br.egroups.com/message/ciencialist/907

CM:
Trocando em miúdos, a partir do simples requerimento de uma simetria (no
caso, a de Gauge) você
pode deduzir campos, que por sua vez significam interações. Por favor,
enxerguem aqui a grande diferença da física teórica, em materia de
interações, da física feita em seculos passados. Ao inves de formular uma
equacaozinha (como a da gravitacao de Newton) para representar a interacao
entre corpos, você parte tao somente de requerimentos de simetria, e por
meio dela consegue deduzir as equacoes que te darao a interacao entre os
corpos e elementos da sua teoria (como as cargas eletricas, no caso do
eletromag.)


CBAS:
Você já tinha percebido que a "equaçãozinha da gravitação de Newton" também
tem uma estrutura Bidual? Senão vejamos:

G=k*m1*m2/(d^2)

Ou se consideraramos que k é uma constante, que depende das unidade
utilizadas para medir, G, m1, m2 e d (e que pode assim ser 1, caso se adotem
as unidades necessárias para tanto), temos:

G=f(m1,m2,d)

Daí podemos ver o Bidual:

Dual Interno:
1. massa m1 do corpo 1
2. massa m2 do corpo 2
Dual externo:
3. distancia entre os corpos 1 e 2
4. força de gravidade G entre os dois corpos.

CM:
E nao para por ai. Isso eh apenas para dar uma ideia do porque os
tais argumentos de simetria tem autoridade suficiente para que os físicos
teóricos cheguem ao ponto de acreditar em 11 dimensoes, e demais coisas
esquisitas.

CBAS:
Discordo totalmente, e explico porque. Primeiro vejamos uma série de Biduais
relacionados aos quatro componentes de em evento físico (Matéria, Energia,
Espaço e Tempo), e depois os Biduais de cada um.

Um Evento Físico é um Bidual:

Dual Interno
1.Matéria 2.Energia
Dual Externo:
3.Espaço 4.Tempo

Repare que o Quarto Uno é o Tempo. Outra coisa: a interação de algo
(matéria-energia que ocupa um certo espaço-tempo) com o quer não seja algo,
digamos o não algo, só é possível se o terno {(mateira-energia)-espaço} do
algo for diferente do terno {(matéria-energia)-espaço} do não algo, mas
que estejam no mesmo tempo. Se o tempo de algo for diferente do tempo do não
algo, não pode haver interação de algo com o não algo.

Vamos agora descer mais um nível, decompondo o matéria, a energia, o espaço
e o tempo num nível inferior. Primeiro analisaremos o Dual Interno
Matéria-Energia, que é concreto, e , depois, o Dual Externo Espaço-Tempo,
que é abstrato.

A) Dual Matéria-Energia:

1) do ponto de vista da Matéria:

Dual Interno
1.Sólido 2. Líquido
Dual Externo:
3.Gasoso 4. Plasma

Ressalte-se que a matéria é tudo aquilo que ocupa volume no Espaço. Notar
ainda que o Plasma, que é o Quarto, é a Matéria em forma de Energia

2) do ponto de vista da Energia:

Dual Interno:
1. Força Eletromagnética 2. Força Fraca
Dual Externo:
3. Força Forte 4. Força da Gravidade

Notar que a Força da Gravidade, que é o Quarto, aponta para a massa do algo
e do não algo (Matéria) e para a distância entre eles (Espaço).

B) Dual Espaço-Tempo:

3) do ponto de vista da Espaço:

Dual Interno:
1. Eixo X 2. Eixo Y

Dual Externo:
3.Eixo Z 4. Tempo

Ressalte-se que o Espaço pela TGBD possui o Eixo Z na direção do Força de
Gravidade. Notar ainda que o Tempo, que é o Quarto, se relaciona ao Tempo
Presente, o da interação de algo com o não algo, que é o mesmo para os dois.

4) do ponto de vista da Tempo:
Dual Interno:
1. Passado 2. Futuro
Dual Externo
3. Presente 4. Espaço

Notar que o Espaço, que é o Quarto, é o ocupado pela Matéria e Energia do
algo e do não algo.

Vejamos agora algumas bidualidades do modelo padrão, já mostradas aqui na
Ciencialist.

Existem três famílias de férmions:

1) A primeira família, que é a encontrada naturalmente, é formada por:
elétron, neutrino do tipo elétron, e dois sabores de quarks coloridos (up e
down)
2) A segunda família é formada por:
muon, neutrino do tipo muon e dois sabores de quarks coloridos (strange e
charmed)
3) A terceira família é formada por:
Táuon, neutrino do tipo táuon e dois sabores de quarks coloridos (top e
bottom)

Repare que podemos definir um bidual para o caso da primeira família, que,
por analogia, poderia ser estendida para as demais duas:
Dual Interno : 1. quark up 2. quark down
Dual Externo: 3. elétron 4. neutrino

Desta forma, vemos que, como é obvio, o Bidual é um Dual de Duais. Assim,
uma família de fermions pode ser vista como uma dualidade de duais.

Segundo Gell-Mann não haveria uma quarta família de fermions, pois "não há
espaço para um quarto o tipo de neutrino, a menos que ele tenha uma massa
gigantesca, ao contrário dos outros três que são muito leves. Assim, a
quarta família está excluída, a menos que seu neutrino seja muito
diferente". (O quark e o Jaguar, paginas, 204 e 205). Isto confirmaria a sua
"tri-dualidade".

E qual seria o Quarto Uno desta história, se não pode haver a quarta família
de férmions? Me parece que é a família das partículas de forças, que também
formam um bidual, a saber:

Dual Interno:
1. W+, W- e Zo (fraca)
2. fóton (eletromagnética)
Dual externo:
3. 8 gluons coloridos (forte)
4. gráviton (gravidade)

Repare que o Dual Interno é composto por forças que dependem do sabor (carga
eletromagnética), e o Dual Externo compostos por forças que independem do
sabor: os gluons são relacionados à cor e o graviton se relacionam à massa.

Afinal, com quem as partículas de matéria iriam interagir, se não com as
força?

Vale dizer que as três famílias de férmions apresentam a estrutura de um
Terno, dado que a segunda e terceira se referem a fermions que não são
encontrados facilmente na natureza, enquanto que a primeira é encontrada
facilmente na natureza, na medida em que responde pela quase totalidade da
matéria. Lembro que apenas há alguns anos o quark top, da terceira família
foi identificado em laboratório. Desta forma, poderíamos dizer que a
estrutura do bidual da formação da matéria-e energia poderia ser a seguinte:

Dual Interno:
1. 2ª Família de Férmions 2. 3ª Família de Férmions
Dual Externo:
3. 1ª Família de Férmions 4. Família das partículas de força.

Não é interessante tal estrutura? Repare que a família das partículas de
força é uma só, enquanto a dos férmions são três.

Poderia avançar em mais um bidual que seria as quatros características
fundamentais das partículas elementares:

Dual Interno ( que talvez definam o "sabor")
1. carga 2. spin
Dual Externo :
3. cor 4. massa

Meu caro Clovis Maia, feita esta necessária mas maçante exposição vem a
pergunta à queima roupa: se são sempre 4 e apenas 4 todas as variáveis que
forma mostradas a seguir, porque seriam 11 as dimensões do Espaço-Tempo? Não
seria uma quebra de simetria? Ou melhor, não seria uma (com o seu perdão
pela palavra) "porra-mouquice" imaginar que o Espaço-Tempo poderia ter 11
dimensões?

CM:
Mas nao escrevi essa mensagem para idolotrar os principios que estao por
tras da física atual, e sim para dizer que tudo isso tem por tras uma
estrutura matematica rigorosa (a ferramente basica para se lidar com
simetrias se chama teoria de grupos).

CBAS:
Poís é... Quem sabe daqui a alguns anos você venha a escrever: "(a
ferramenta basica para se lidar com
simetrias se chama Teoria Geral da Bidualidade, mais conhecida como TGBD)" ?
:-))

CM:
Eh, para mim, muito estranho ler uma mensagem da CienciaList com uma
conversa sobre "Quarto Uno que da conta de interações de spin 2" e coisa do
tipo. Para quem nao sabe, Spin eh uma propriedade que surgiu em Teoria
Quantica de Campos, que tambem eh toda baseada em simetria - pegaram a
mecanica quantica, embutiram os requerimentos de simetria necessarios para
que ela atendesse a relatividade especial, e viram que surgia o spin (foi
Dirac quem primeiro fez a brincadeira). Ali ha uma definicao clara de spin.
E na TGBD, o que eh spin?

CBAS:
E por acaso o spin do graviton não é 2? Aliás, é por causa disto mesmo que
ele não é abrangido pelo Modelo Padrão, onde toda as partículas de força tem
spin 1, e que é por causa disto que ele é associado ao que você denominou de
"Simetrias de Gauge, ou, para usar a nossa lingua mae, Simetrias de Calibre"
? Saiba que a tentativa de desenvolver a Teoria das Supercordas advem
justamente desta limitação, que leva a ocorrência das chamadas
singularidades. Ora, ora, pois, pois. Pela TGBD as singularidades são
necessárias (vide o caso do +/-infinito da reta).

Quanto ao spin a TGBD não tem uma definição para ele, que é uma variável
específica. A TGBD é uma teoria geral e não especifica, e objetiva definir a
estrutura (incluída aí a simetria) de tudo o que existe no universo e fora
dele. Pelo que vejo você nada sabe de TGBD.

CM:
O Tarcisio pode nao ter razao quando diz que provaram que existem 11
dimensoes. O que ele ouviu do tal fisico PHD (ei Tarcisio, foi o Felice que
lhe disse isso, nao?) apenas mostra que eles, os físicos que trabalham na
area, tem motivos concretos para defenderem o que dizem. Se,
experimentalmente (que, no final, eh o que importa) nao ha prova das
dimensoes extras, tudo bem. Niniguem vai chorar se as tais dimensoes, no
final, se mostrarem inexistentes.

CBAS:
Pois acho melhor eles desistirem desta louca empreitada. E se insistirem
nela que realmente não chorem por não encontrarem as tais 11 dimensões,
pois, tal como demonstrei aqui, elas, simetricamente ou não, nada mais são
do que uma quebra de simetria em relação ao mundo real.

CM:
Ao menos estao tentando, por meios concretos, chegar em algum lugar no
entendimento da natureza. Sera que os teóricos TGBDistas estao tentanto
entender algo que nao seja tao somente o que eles querem que seja verdade
(como "Deus")??
Ate,
Clovis

CBAS:
Eles podem estar tentando, mas não por meios concretos. Mas eles vão tentar,
tentar, e tentar, é té verificarem que deram com os burros n´água... A
questão não é só tentar, e sim de tentar na direção correta.

Vejo que você pegou o barco andando ao dizer:" Sera que os teóricos
TGBDistas... ". Poxa, Clovis, que bom seria se já existissem os teóricos
TGBDdistas.... Que eu saiba só existe um TGBDista que sou eu, que a estou
desenvolvendo e propondo.... Talvez o Alberto Mesquita seja mais um deles,
com o correr do tempo, mas que ele ainda não chegou lá... :-))

Veja bem. Vimos acima que a TGBD é compatível com tudo o que se conhece em
termos de evento físico e seus componentes, modelo padrão e outros baratos
mais. Apenas discordo que a rota da Teoria das Supercordas esteja certa.
Quanto a Deus, apenas tentei definí-lo ao meu jeito de ver pela TGBD. Mas
deu já deu tanto mal entendido nesta questão, resolvi renomeá-lo de Mr. X e
sair fora do tema, que é muito "cabeludo"...

CM:
PS.: nao tenho nada contra os que acreditem e defendam a TGBD. Mas, como
estudante de física, me sinto na obrigacao de lembrar que tem gente que faz
coisas melhores. E que estas coisas merecem um pouquinho mais de atencao,
antes de serem consideradas elocubracoes sem sentido.

CBAS:
Eu apenas falei que a TGBD e a Teoria das Supercordas são incompatíveis e
mostrei porque. Daí a saber que está com a razão, deixo para os demais, da
lista ou, não decidirem. Vamos dar tempo ao tempo. Você diz que é estudante.
Só espero que não obriguem você estudar esta teorias das supercordas, pois
ela tem tudo para ser uma canoa furada... :-))

CM:
Como ja disse outro fisico, em outra mensagem dessa mesma lista, eh preciso
*Estudar* um
pouco o que ja se fez para criticar. Com a ressalva de que Estudar significa
ler mais do que livros de digulgacao.


CBAS:
Que tal você "Estudar" mais um pouco sobre a TGBD antes de fazer tais
colocações? Venha conhecer o seu site, onde será muito benvindo:

http://br.egroups.co./group/tgbd

Um grande abraço,

Claudio Abreu


----- Original Message -----
From: Clovis Maia
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Saturday, December 09, 2000 5:34 PM
Subject: [ciencialist] 11 Dimensoes e TGBD



SUBJECT: Re: [ciencialist] 11 Dimensoes e TGBD
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 09/12/2000 23:36

-----Mensagem Original-----
De: "Clovis Maia"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Sábado, 9 de Dezembro de 2000 17:34
Assunto: [ciencialist] 11 Dimensoes e TGBD

> Porem, faltou dizer que o brilho da joia pelo qual se orientam os
> fisicos teoricos se chama Simetria, e ela fala por si soh.

Olá, Clóvis

Concordo plenamente. Aliás, andam espalhando por aqui mensagens sobre um
espiritismo científico ou algo deste tipo que também fala por si só. E tão
por si só que não afeta minha maneira de ver a física ou a ciência e
portanto deixo o dito pelo não dito. Mas essa história de 11 dimensões tem
profundas implicações sócio-econômicas pois são financiadas com um dinheiro
que sai do nosso bolso via governo/Capes/Cnpq e outros bichos e apesar de
falarem por si só, fica-se com a nítida impressão de que também não vão dar
em nada. Que os americanos brinquem de esconde-esconde com partículas
elementares, tudo bem, afinal eles não têm onde aplicar o dinheiro que
sucatearam do resto do mundo. Mas daí a praticamente forçarmos nossos jovens
a entrarem nessa brincadeira, sob pena de não conseguirem seguir uma
carreira universitária, a conversa é bem diferente.

> A grande descoberta aqui eh que se voce partir da simetria de calibre,
> somada aas transformacoes de Lorentz (sim, as mesmas da relatividade
> especial), consegue-se *deduzir* as quatro equacoes de Maxwell.

Pois eu consigo deduzir que Papai Noel existe apelando para coisas bem mais
simples. Proponho que modifique-se o nome do curso de física atual para
curso de matemática em n-dimensões, ou de matemática estratosférica ou
alguma coisa semelhante e que dê ibope. Assim a galera não vai sair por aí
dizendo que estuda física.

> Por favor, enxerguem aqui a grande diferenca da fisica teorica, em materia
> de interacoes, da fisica feita em seculos passados.

E quem disse que não enxergo? Antigamente fazia-se física. Hoje sei apenas
gastam nosso dinheiro com elucubrações que aparentemente não vão dar em
nada. E sequer são elucubrações novas. Os físicos estão brincando com essas
bobagens há cerca de 70 anos e a única coisa que conseguiram visualizar até
agora foram as supercordas com que muito em breve irão se enforcar. Se eu
fosse místico-esotérico diria que a física do século XX representou a praga
que Boltzman lançou a seus futuros colegas pouco antes de se suicidar.

Não venha me dizer que este computador onde escrevo é quântico pois isso é
conversa de quem não sabe distinguir conteúdo de continente. Uma coisa é um
fenômeno ser explicável por uma teoria; outra coisa é esse fenômeno
acontecer se e somente se a teoria for verdadeira (coisa muito difícil de se
demonstrar).

> Ao inves de formular uma
> equacaozinha (como a da gravitacao de Newton)

Essa piada foi muito boa. Digna de um "físico" do século XX. Meus parabéns.
Você aprendeu bem a lição que lhe ensinaram no curso de matemática quântica.

> Mas nao escrevi essa mensagem para idolotrar os principios que estao
> por tras da fisica atual, e sim para dizer que tudo isso tem por tras uma
> estrutura matematica rigorosa

E o que mais além disso?

> Eh, para mim, muito estranho ler uma
> mensagem da CienciaList com uma conversa sobre "Quarto Uno que da conta de
> interacoes de spin 2" e coisa do tipo.

Também não gosto disso. Vejo com muita desconfiança uma teoria que pretende
apoiar-se em "achados" da física moderna. Não obstante, não tenho
preconceitos (nem mesmo contra a física moderna, pois no passado cheguei a
estudá-la até convencer-me de que era perda de tempo e dinheiro) e procuro
por outras coisas nas idéias do Claudio Abreu. Quase sempre recuso-me a
discutir estes aspectos místicos que, por motivos que ignoro, também afetam
a praia particular do Claudio Abreu.

> Para quem nao sabe, Spin eh uma propriedade que surgiu em Teoria Quantica
> de Campos, que tambem eh toda baseada em simetria - pegaram a mecanica
> quantica, embutiram os requerimentos de simetria necessarios para que ela
> atendesse a relatividade especial, e viram que surgia o spin (foi Dirac
> quem primeiro fez a brincadeira).

Tenho a impressão que você foi enfeitiçado pelos defensores dessa idéia. A
história do spin que conheço não é bem essa. Putz, já falei isso umas cinco
vezes aqui na ciencialist, mas lá vai: O spin começou a entrar em cena
(ainda não com esse nome) em 1924 através da experiência de Stern e Gerlach.
Uma experiência como outra qualquer e, como tal, não é nem clássica nem
moderna mas simplesmente uma constatação laboratorial. Em 1926 outra dupla
de físicos, Uhlenbeck e Goudsmit, tentou explicar o espectro da luz emitida
por átomos contendo um único elétron, admitindo que este girasse, e daí
surgiu o nome spin. Não demorou muito para que se tentasse explicar os
achados de Stern e Gerlach através da idéia de Uhlenbeck e Goudsmit, o que
não se conseguiu pois a idéia de giro ia contra os dogmas aceitos pelos que
tentaram explicar o fenômeno (a rigor, a experiência de Stern e Gerlach
representa uma das inúmeras experiências feitas no século XX e que falsearam
a física quântica primitiva). Dois anos mais tarde, em 1928, Dirac conseguiu
finalmente adequar a matemática quântica ao spin, que agora não significava
mais giro mas uma entidade matemática que ninguém sabe até hoje o que
representa fisicamente falando. Ou seja, Dirac adicionou uma hipótese ad hoc
a superproteger uma teoria que mostrou-se incompatível com a experimentação.
Graças a sua habilidade como matemático, conseguiu embelezar seus argumentos
com considerações de simetria e os físicos foram na onda. Ao mesmo tempo
(década de 20) desenvolveram-se os demais dogmas da "física" quântica que,
incorporados à hipótese matemática ad hoc de Dirac deu origem à matemática
quântica dos dias atuais. É interessante observar que tanto Dirac quanto
Schrödinger procuraram em vão explicar fisicamente suas equações e deixaram
transparecer, em seus últimos escritos, uma certa desconfiança para com a
física que dava certo através de suas equações. Certamente tiveram a
percepção de que colaboraram bastante para a construção desses ídolos de
barro.

> Ao menos estao tentando, por meios
> concretos, chegar em algum lugar no entendimento da natureza. Sera que os
> teoricos TGBDistas estao tentanto entender algo que nao seja tao somente o
> que eles querem que seja verdade (como "Deus")??

Que eu saiba o único teórico da tgbd é o Claudio Abreu. Eu tenho me colocado
na posição de um crítico não preconceituoso. Vejo muita coisa na tgbd com
simpatia e vejo muitos absurdos, não exatamente na tgbd mas na tentativa do
Claudio em tentar apoiar a tgbd numa física absurda e que já está com seus
dias contados. Já fiz inúmeras críticas à tgbd e sinto que aqui na
Ciencialist ninguém tenha seguido meu exemplo a não ser para demonstrar um
preconceito muito grande por aquilo que recusam-se a conhecer. Idéias devem
ser combatidas com idéias, jamais com preconceitos. Ao criticar a tgbd em
público eu estou gratuitamente expondo-me a cometer erros, coisa que os
universitários medíocres dos dias atuais têm medo de fazer. E tanto eu
quanto o Claudio, e outros teorizadores que por aqui aparecem, acabamos
ficando à mercê dos jovens a apelarem para a autoridade de seus mestres que
ficam escondidos atrás de seus ídolos de barro.

> Como ja disse outro fisico, em outra mensagem dessa mesma lista, eh
> preciso *Estudar* um pouco o que ja se fez para criticar. Com a ressalva
> de que Estudar significa ler mais do que livros de digulgacao.

Sem dúvida. Mas essa é a crítica que tenho feito aos que atacam minhas
idéias sem conhecê-las devidamente. Por outro lado, tentam dizer que minhas
idéias são incompatíveis com uma física que no passado já estudei muito mais
do que o fizeram os meus supostos oponentes, mas que já me convenci de que
não nos levará a nada. Porque haveria de reestudar um assunto que
inicialmente não estava em jogo mas que entrou em pauta apenas para
satisfazer o ego de quem não tem argumentos outros para atacar minhas
teorias? E digo mais: Nunca tentei impingir minhas idéias a ninguém, ainda
que, vez por outra, tenha feito meus comerciais sem gastar o tempo de
ninguém. Estou há quase dois anos na Ciencialist e somente coloquei aqui a
minha teoria após insistentes pedidos de pessoas que, não obstante, se
recusaram a discutí-la. E esse físico a que você se refere foi um destes que
nada mais fez senão fugir do assunto através de argumentos quânticos ou
relativistas e que inicialmente não estavam em jogo. Veja em "Debates Física
Clássica vs Moderna"
(http://sites.uol.com.br/albmesq/Dialogos/dialogos.htm ) quantos
efetivamente se dispuseram a discutir o que apresentei "A PEDIDO DELES"; e
quantos fugiram do assunto levando-me a discutir temas que aceitei discutir
apenas para fazer jus ao que aprendi na universidade dos anos 60-70: Um
cientista que se preza não foge à luta.

[ ]'s
Alberto
http://sites.uol.com.br/albmesq/
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Espirito cientifico
FROM: Flavio Mendonça <fefemendonca@uol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 10/12/2000 01:04

Paz e Luz a todos os ciencilisteiros,

Aos que se interessarem pelas questões expostas, solicito paciência, pois devido as várias formas, ora
levianas , ora dentro de um padrão de ignorância de quem se diz conhecedor de uma extensa doutrina, tive
que expor caso a caso, as refutações levantadas aqui. Apenas sinto por ter que irmos tão longe em relação
a um questão mais simplista. Desde já peço desculpas pelo email tão longo, mas necessário para formular a
questão com total esclarecimento. Aos que de imediato não acharem interessante, sugiro colocar em
suspenso, para que posteriormente se possa estudar com mais disposição. Ao meu interlocutor, desejo melhor
empenho no trato da questão para que se poste com mais dignidade diante de uma Doutrina realmente séria, e
que merece de todos, a profundidade exigida. Aos verdadeiros cientistas, sugiro a leitura deste email com
a maior gravidade e seriedade possível, pois que depois dele talvez se sintam estimulados a investigar os
tais fenômenos espíritas. São fenômenos inteligentes, e como tais merecem investigação séria, de quem se
acha sério.
Também peço licença para mandar a mensagem original e esta resposta a uma lista espírita da qual faço
parte, afim de verificarmos também algumas possíveis refutações por eles proferidas.

Da experiência hora vivida aqui, apenas veio reforçar as minhas desconfianças de que o cético só é cético
por duas razões. Por não ter estudado a fundo os fenômenos espirituais ou por puro preconceito de quem
prefere ficar na ignorância dos conhecimentos, se mostrando tão orgulhoso qto as suas teorias
pre-fabricadas.

"Peterson L. S. M." gravada:

>
> Ufa... ainda bem que eu estudei o espiritismo (Federação Espírita
> do Paraná--GEDE e ESDE), e posteriormente li os livros do "Evangelho
> Segundo do Espiritismo", "O Livro dos Espíritos", "O Livro dos
> Médiuns", "A Gênese" e alguns outros. Pouco antes de me tornar um
> cético, ainda tentei o conhecimento que diz ter uma abordagem
> "científica" dos fenômenos espíritas e "sem explicação", popularmente
> conhecido como parapsicologia.

Perdão, mas os fenômenos aos quais o Espiritismo se ocupa são chamados de mediúnicos. Parapsicologia é a
ciência que estuda os fenômenos parapsicológicos.

>
> O chamado "espiritismo ortodoxo" tal como definido em sua fase
> antes da codificação por Allan Kardek deve ser, presumo, ignorado.

Interessante é que o vocábulo Espirita, espiritista, espiritismo foram denominados por Kardec durante a
elaboração da Doutrina Espírita. Isso para designar o nome com a propriedade que lhe cabia, na tentativa
de não ser confundido com o termo Espiritualismo, que significa outra coisa. vejamos....

I N T R O D U Ç Ã O
ao estudo da
DOUTRINA ESPÍRITA
I

Para se designarem coisas novas são precisos termos novos. Assim o exige a clareza
da linguagem, para evitar a confusão inerente à variedade de sentidos das mesmas palavras.
Os vocábulos espiritual, espiritualista, espiritualismo têm acepção bem definida. Dar-lhes
outra, para aplicá-los à doutrina dos Espíritos, fora multiplicar as causas já numerosas de
anfibologia. Com efeito, o espiritismo é o oposto do materialismo. Quem quer que acredite
haver em si alguma coisa mais do que matéria, é espiritualista. Não se segue daí, porém,
que creia na existência dos Espíritos ou em suas comunicações com o mundo visível. Em
vez das palavras espiritual, espiritualismo, empregamos, para indicar a crença a que vimos
de referir-nos, os termos espírita e espiritismo, cuja forma lembra a origem e o sentido
radical e que, por isso mesmo, apresentam a vantagem de ser perfeitamente inteligíveis,
deixando ao vocábulo espiritualismo a acepção que lhe é própria. Diremos, pois, que a
doutrina espírita ou o Espiritismo tem por princípio as relações do mundo material com os
Espíritos ou seres do mundo invisível. Os adeptos do Espiritismo serão os espíritas, ou, se
quiserem, os espiritistas.

> Ele
> fala de gnomos, fadas, demônios que estupram mulheres e nelas geram
> filhos, unicórnios e outras coisas que, penso, não precisamos debater
> para mostrar sua invalidade.

Toda forma por vc relatada, pode ter qualquer denominação, menos Espiritismo, muito menos ortodoxo, pois
como ficou evidenciado, foi criado durante a codificação, logo após o período citado.

> Motivado por um espírito
> pseudopositivista pós-Saint Simon e logo depois consolidado por
> Augusto Comte, Kardek queria algo mais "científico" e para tanto
> acreditou ter estudado os fenômenos "espíritas" segundo essa ótica.

Perdão, isso é apenas uma opinião puramente pessoal, e só pode ser levado em conta da mesma maneira. Para
nós, ele não só fez como também demonstrou. Interessante é que Kardec segue curso diferente do seu, ele
era cético e se transformou em crente após o advento do Espiritismo. Tinha um notável espírito
investigativo.

>
> Quando houve o rompimento de uma classe inconformada com a falta de
> critérios e metodologia científica no Kardecismo

Também opinião pessoal.

> criou-se a
> parapsicologia, QUE NÃO É ESPIRITISMO pois em sua teoria principal
> afirma que os fenômenos "mediúnicos" podem ser explicados por forças
> atuantes e desconhecidas do subconsciente e de uma natureza particular
> dos seres vivos.

Aqui cabe um esclarecimento. O termo Kardecismo foi popularmente divulgado, apesar de não ter nenhuma
conexão com o Espiritismo, pois sendo ela elaborada pelos próprios espíritos, assim se denomina. De outra
forma, kardecismo seria a doutrina de kardec, e essa não existe. Não existe nenhum adepto ou seguidor de
tal doutrina.

> Essa distinção deve ser muito bem feita, pois a
> parapsicologia não pretende qualquer ligação com a filosofia ou as
> crenças espíritas.

Pelo contrário, nega-as veementemente.

>
> De qualquer maneira, uma investigação na própria parapsicologia
> mostraria sua inefetividade na consecução de aplicação do método
> científico, causada por falhas ideológicas em resultados de análises,
> interpretação e elaboração de experimentos. Tive a oportunidade de
> verificar o "espiricom" e outras invenções do tipo que visavam
> "comprovar" os espíritos. Para se saber, escolhe-se entre milhões de
> amostras de chuviscos em interferência de TV justamente a que de longe
> se assemelha com um semblante humano. Mexe-se em fatores como correção
> gama, matiz, brilho, contraste, etc. e diz-se que "encontrou-se um
> espírito"... da mesma forma que alguns deduziram sobre as "faces de
> marte" (SAGAN, Carl. O Mundo Assombrado pelos Demônios, in Cap. III.
> São Paulo: Companhia das Letras, 1996). As gravações de vozes, que
> segundo eles é uma prova "científica" são simplesmente arranjos
> manipulados em equipamentos de edição sonora, colhidos também de
> enésimas amostras até se achar algo que lembre uma voz ou uma frase (o
> método de evangélicos procurarem mensagens satânicas ouvindo discos ao
> contrário...). Amostras colhidas para análise estatística simplesmente
> não obedecem um critério de neutralidade ou aleatoriedade exigidas
> pelo método científico. (http://www.geocities.com/paraciencia/).

Vale aqui um reforço de esclarecimento. A transcomunicação instrumental nada tem haver com Espiritismo,
pois que nega um princípio básico, ou seja, não admite influência alguma do que chamamos fluido mediúnico
( Termo genérico usado qdo ainda não se tinha o conceito atual de fluido ). Consiste em que para todo
fenômeno mediúnico, existe para fazer o intercâmbio entre os domínios espirituais e físicos, um fluido
orgânico encontrado no médium, especificamente na glândula pineal. Admitem os Transcomunicadores que a
comunicação é realizada diretamente através de ondas de rádios interligando os domínios, desprezando
completamente a utilização do referido fluído.

>
> "Minha prática como um cientista é ateística. Isso quer dizer que,
> quando eu faço um experimento eu assumo que nenhum deus, anjo, ou
> demônio vai intervir no seu curso e essa assunção fui justificada pelo
> tamanho sucesso que eu alcancei na minha carreira profissional.

O que não nega a possibilidade de ter havido alguma influência espiritual.

> Eu
> seria portanto intelectualmente desonesto se eu não fosse também
> ateístico nos negócios do mundo. E eu seria um covarde se eu não
> declarasse minhas visões teóricas em público." J. B. S. Haldane
> Vamos então a um estudo bibliográfico.
> Em "O Livro dos Espíritos" capítulo "Introdução", diz-se: "A
> ciência espírita compreende duas partes: uma experimental, sobre as
> manifestações em geral, outras filosófica, sobre as manifestações
> inteligentes". Ora, exatamente sobre a parte experimental da qual
> poderia constar o método científico, este não existe.

Perdão, mas existem sim. O fato de vc nega-las ou não concordar com os métodos abordados é outra coisa.

> As sessões
> espíritas que estão ligadas à parte experimental tem que ser feitas
> com pouca luz.

Qdo vc se refere a parte experimental, quer dizer aos fenômenos de efeitos físicos. Estes dependem de
condições especiais, pois descobriram os pesquisadores que tratava-se um substância orgânica chamada
ectoplasma, e este se mostra sensíveis a certas condições, como por exemplo a luz. Agora pergunto, os
experimentos observados pela física não exigem condições especiais para observações ? Um fenômeno
analisado em determinado lugar sem a influência da gravidade, não se mostra de forma diversa da
influenciada pela gravidade ?

> Segundo o Dicionário Cético
> (http://paginas.teleweb.pt/~ceptico/abc/todas.html), afirma-se: "Uma
> sessão é um encontro de espirististas para receberem comuniacções dos
> mortos. Geralmente, o grupo é dirigido por um medium num quarto escuro
> (para melhor criar a ilusão) que, muitas vezes com um assistente,
> produz sons e vozes, move coisas no quarto, afirmando sempre que são
> manifestações dos espiritos dos mortos".

Isso demosntra o espírito não investigativo dos céticos e o preconceito evidenciado nas coisas do domínio
espiritual. Disso eu só tenho a lamentar. Claro que não generalizo, pois sei que alguns céticos só são pq
ainda não perceberam de outra forma, mas continuam a busca. São pelo menos intelectualmente honestos.

> Essa afirmação é foi
> justamente o que comprovei em todo o tempo que tive contato com o
> espiritismo ou com experiências pretensamente científicas nesse
> sentido.

O que denota sua pouca seriedade na busca do conhecimento experimental sobre espiritismo. Vc diz que
comprovou, porém desejava dizer, "foi o que percebi", coisa bem distinta da primeira. Veja que uma coisa é
perceber, outra bem diferente é comprovar.

>
> Terremotos, vulcões, furações e maremotos seriam causados por
> influências de espíritos. No "Livro dos Espíritos", Livro II, Cap I,
> fala-se dos "espíritos batedores" que provocam manifestações físicas,
> movem objetos, causam barulhos, etc. Ainda diz que são eles que os
> "agentes principais das perturbações dos elementos do globo, quer
> atuem sobre o ar, a água, o fogo, os corpos duros ou nas entranhas da
> terra". Outros espíritos também produziriam os fenômenos das "mesas
> girantes" (Introdução II, IV e Conclusão I). Talvez os cientistas
> japoneses estejam perdendo tempo na tentativa de prever terremotos,
> uma vez que eles são causados por espíritos. Talvez as previsões
> feitas com análise de ciclos em desvios de placas tectônicas seja
> apenas uma ilusão. Será que tudo deu certo até agora por pura
> coincidência?

Os pesquisadores em questão pensam que estudam as causas. Mas consideremos que as causas não está só ai,
percebem apenas um efeito de uma causa inicial. Há como negar isso de forma absoluta ?

> E sobre as tais manifestações, até hoje se fala muito,
> mas nada de concreto foi apresentado. Nenhum objeto que se move
> sozinho ou algo contrariando as leis da natureza tal como podemos
> verificar aconteceu.

Veja que os fenômenos espirituais não contrariam as leis da natureza, pois como tais são absolutamente
naturais. Qto as suas comprovações, dependerá sempre do interesse dos espíritos em se manifestar, pois que
como seres iguais a nós em inteligência, servem apenas a propósitos de afinidades próprias, ou seja tem
vontade própria. Um pesquisador sério, em qualquer ramo do conhecimento humano, tem que ser antes de tudo
perseverante no seu intento, pois nada cai do céu. Da mesma forma é um pesquisador espírita, com um
agravante, não depende exclusivamente dele, mas também da vontade do espírito comunicante.

> Isso só "acontece" mesmo nas conhecidas salas
> escuras...

De forma alguma, as comunicações, as materializações acontecem também em condições diversas.

>
> Em "O Evangelho segundo o Espiritismo" tenta-se utilizar a bíblia
> para comprovar a reencarnação.

Outro engano. O Evangelho Segundo o Espiritismo faz críticas veemente aos evangelhos bíblicos, indicando
onde encontra-se as alegorias, interpretando-as à luz do conhecimento Espírita. Serve claramente ao seu
propósito, qual seja, mostrar na íntegra a moral contida na mensagem do Cristo, a qual parte dela,
encontra-se nos evangelhos bíblicos. Apesar das traduções, possíveis adulterações, má interpretações dos
textos hebraicos e aramaico, o evangelho bíblico contém na forma de parábolas, implicitamente, a moral do
Cristo. Veja que aqui faço questão de distinguir a moral do Cristo com a moral cristã, essa última advinda
das instituições cristãs.

> Utiliza-se Nicodemus em seu diálogo com
> jesus conforme João 3,1-12: "Se um homem não renascer da água e do
> espírito, não pode entrar no reino de deus". Ao que me parece conta-se
> com a ignorância desse livro para empurrar essas definições parciais.

De forma alguma, mostra como já falei, que apesar das possíveis distorções evangélicas, existem coisas nos
textos, totalmente coerentes com os preceitos da Doutrina Espírita. Como por exemplo este citado abaixo.
Vale observar também o seguinte, qdo o ESE foi elaborado já existia na íntegra e já editado e vendido no
mundo inteiro o Livro dos Espíritos, que contém toda a base desta Doutrina.

5. Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo que, se um homem não
renascer da água e do Espírito, não poderá entrar no reino de Deus. O que é nascido da
carne é carne e o que é nascido do Espírito é Espírito. Não te admires de que eu te tenha
dito: é necessário que torneis a nascer.

>
> Apesar de ateu, passei por várias religiões, e tanto dentro das
> doutrinas que se conhece como em uma interpretação puramente
> gramatical dentro do contexto do restante dos evangelhos, sabe-se
> claramente que com "renascer água e do espírito" jesus quis dizer o
> batismo em águas e o batismo no chamado espírito santo.

Outra interpretação sua da bíblia. Ela como é exposta, sem a metodologia adequada pode ser interpretada de
várias formas, e é exatamente isso que faz o Espiritismo, dá a sua interpretação da passagem evangélica.

> Além disso, o
> espiritismo se diz "a terceira revelação da lei de deus",
> respectivamente ao antigo e novo testamento, conforme o Capítulo I,
> ítem 5 do livro em questão. No ítem 7, ipse literis: "Da mesma forma
> que cristo disse que não veio para destruir e a lei de moisés, mas
> dar-lhe cumprimento, o espiritismo diz igualmente que não vem a
> destruir a lei cristã, mas cumpri-la". Aqui fica um impasse
> interessante. SE o novo testamento não veio destruir a lei de moisés e
> sim cumpri-la, e SE o espiritismo diz não ter vindo destruir o novo
> testamento e sim cumpri-lo, ENTÃO o espiritismo também apoia o antigo
> testamento (A=B, B=C então A=C).

A isso dou o nome de sofisma. Para bons entendedores, uma só palavra basta. Aos que não entenderem o que
digo, sugiro , a luz da sua própria razão, ler o referido capítulo todo, afim de ter um entendimento maior
da questão.

>
> Decorrente disso, o espiritismo careceria de explicar a
> interpretação da igreja católica (que diz ser ela que veio a cumprir o
> evangelho pela presumida sucessão papal de Pedro) e das demais igrejas
> protestantes (isso só considerando as confusões que geram no
> Cristianismo, sem considerar as outras religiões!). Ora, sabe-se que
> as doutrinas do céu, inferno, vida e morte católicas são diferentes
> das espíritas.

Sofismas muitíssimo bem para as pessoas que não estão atentas ou por dentro do conhecimento espírita. Veja
que uma coisa é a lei de Deus, proferida e ensinada através das mensagens do Cristo, outra bem diferente é
a cristã, conforme expliquei acima. Jesus veio ao mundo clarear as idéias deixadas no decálogo mosaico (
Código moral ), porém utilizou de parábolas, pois a simbologia era a linguagem mais abrangente e mais
acessível para aqueles seres ignorantes. Enquanto que os cristãos como instituição pregam as várias formas
interpretadas pelas diversas correntes existentes ( Protestantismo e catolicismo ). Qdo no Espiritismo
vemos a confirmação das leis divinas e das mensagens do Cristo, significa dizer que esta Doutrina é a
terceira revelação ao mundo de como se comportam essas leis. O Espiritismo é a primeira letra deste grande
alfabeto chamado Cosmo, o qual cabe aos homens, principalmente aos espíritas, dar continuidade, fazendo
avançar os estudos e a propagação dos esclarecimentos destas leis. Leis estas absolutamente naturais, as
quais encontramos em todo meio científico como forma de demonstração.

> Sabe-se também que protestantes, especialmente
> evangélicos petencostais dizem que os "espíritos" e "manifestações" do
> espiritismo são obras do diabo para enganar as pessoas. Eu gostaria
> muito de saber qual conclusão "científica" (ou religiosa) que se
> usaria para dizer que a doutrina espírita não é mesmo coisa do diabo,
> e para um pastor evangélico, ainda por cima... todos imaginam a cena.

A razão nos indica que tal coisa não passa de alegoria, pois que se existisse uma força que faz
contra-posição a Deus, esse não seria onipotente, pois que se existisse tal demônio, ele seria um poder
oposto. Como eles também admitem que tudo advém de Deus, seria ele criador de sua própria destruição ?
Ora, a Doutrina Espírita nos mostra justamente o contrário, todos os seres que ainda se encontram em
formação consciencial estão sujeitos as vicissitudes da existência, mostrando-se assim, em estágios ainda
primitivos. Desta forma é que dependendo das condições em que se encontra cada espírito, as suas ações
correspondem a esse estágio consciencial.

>
> É preciso apenas bom senso para reconhecer que isso é conversa de
> nível teológico, e não científico.

Teologia é coisa totalmente dogmática, baseia-se nas escrituras bíblicas, sem nenhuma base que a
fundamente, exceto a partir do princípio que a bíblia é a palavra de Deus, expressa em palavras através
das revelações dos seus profetas. O Espiritismo admite Deus a partir de um axioma usado pela própria
ciência e pela razão. "Deus, inteligência suprema, causa primária de todas as coisas". Existindo efeitos
inteligentes, há de existir também uma causa inteligente. Pura lógica, pura razão. Veja que ela apenas dá
o conceito, deixando as questões mais específicas para uma ocasião onde as consciências possam alcançar.

> Há ainda os aspectos puramente
> lógicos no tocante à considerações envolvidas em neutralidade,
> baseadas em hermenêutica gramatical. E para justificar as atrocidades
> do antigo testamento autorizadas por "deus".

Veja que as expressões bíblicas evoluem no tempo. Isso se dá pq a consciência humana também evolui.
Inicialmente difundiram um Deus punitivo e perverso. Era a formação dos primeiros conceitos morais, onde o
homem necessitava impor limites as ações deletérias dos outros menos moralizados. Depois surgiu, através
do decálogo mosaico, a expressão de um Deus que dava como alternativa o bom proceder, dando-lhes, um
código moral de conduta, também objetivando o progresso moral. Tudo isso no antigo testamento. Daí nos
veio o Cristo, mostrando-nos um Deus de amor, onde já não havia necessidade de punição, mas de recompensas
pelos feitos benéficos. "Amai-vos uns aos outros", "Amar a seu próximo como a si mesmo", "Bem-aventurados
os aflitos, pois que serão consolados.".... e por aí vai...... Porém Jesus, nos disse, conforme evangelho
bíblico, que enviaria um consolador, o qual viria como nova revelação para a humanidade, conforme texto
colado abaixo.

Se me amais, guardai os meus mandamentos; e eu rogarei a meu Pai e ele vos
enviará outro Consolador, a fim de que fique eternamente convosco: - O Espírito de
Verdade, que o mundo não pode receber, porque o não vê e absolutamente o não
conhece. Mas, quanto a vós, conhecê-lo-eis, porque ficará convosco e estará em vós. -Porém,
o Consolador, que é o Santo Espírito, que meu Pai enviará em meu nome, vos
ensinará todas as coisas e vos fará recordar tudo o que vos tenho dito. (S. JOÃO, cap.
XIV, vv. 15 a 17 e 26.)

É isso que o Espiritismo diz a respeito do consolador prometido. Mas podemos ir mais além, Disse Jesus nos
textos bíblicos, "Só a verdade vos fará livres". Tem alguma mente científica que discorde deste preceito
do Cristo ? Ora, se para nós a Doutrina Espírita dá início a revelação de toda uma verdade a respeito das
leis da natureza, e também serve de grande consolo a quem teve seus entes queridos mortos, além de nos
mostrar pela razão, que ninguém queima no inferno para a eternidade, como disseram os cristãos (
Instituição ). É natural que achemos, como nos foi dito pelos Espíritos da Codificação, que seja ela o
consolador prometido por Jesus.

> Ou dos tormentos eternos
> sugeridos por jesus,

Jesus nunca poderia falar em tormentos eternos, sendo ele a mais pura expressão de amor na terra. Sem
contar que ele falava de um Deus infinitamente bom e justo. O que contraria qualquer forma de justiça e
bondade infinita, deixar seus filhos queimarem no inferno para todo sempre. A questão está justamente na
má interpretação dos textos bíblicos, aos quais os cristãos ( Instituição ) lançam mão, afim de amedrontar
seus seguidores e angariar poder para domínio deles mesmos, os seguidores. E neste sentido o Evangelho
Segundo o Espiritismo, esclarece perfeitamente esta questão, demonstrando através da razão que isso jamais
poderia ser concebido pelo princípio do amor de Jesus.

> ou das outras doutrinas e passagens como Salmos
> 115,17 "Os mortos não louvam ao Senhor, nem os que descem ao silêncio;
> Pois os vivos sabem que morrerão, mas os mortos não sabem coisa
> nenhuma, nem tampouco têm eles daí em diante recompensa; porque a sua
> memória ficou entregue ao esquecimento." Marcos 12,27 "Ora, ele não é
> Deus de mortos, mas de vivos. Estais em grande erro." Especialmente em
> Levítico. 19, 31 "Não vos voltareis para os que consultam os mortos
> nem para os feiticeiros; não os busqueis para não ficardes
> contaminados por eles. Eu sou o Senhor vosso Deus." Para um
> espiritismo que diz basear-se na bíblia, seja em seu ponto doutrinário
> ou nos objetivos de suas suas pesquisas "científicas", não há
> realmente uma ligação lógica.

Claro que não é, e neste ponto vc se denuncia nunca ter estudado mesmo o Espiritismo, pois que jamais esta
Doutrina pronunciou basear-se na bíblia. Que trata-se da Doutrina dos Espíritos, ou seja revelada por
eles, e não por algum homem ou sistema formado anteriormente. Agora qual o problema da Doutrina fazer
analogias nas bases bíblicas, demostrando que o fenômeno da mediunidade é tão antigo qto a civilização, e
que jamais tinha sido estudada sistematicamente como foi após as pesquisas de Kardec ? Assim não faz a
ciência calçando-se nos fatos históricos para se complementar ?

>
> Há também casos fabulosos e afirmações fantasiosas. Em "O Livro
> dos Médiuns" encontra-se ainda casos de espíritos dizendo lugares de
> tesouros ocultos (Parte II, Cap. XXVI, P30 e 31),

Colo aqui as questões referidas para que se tire as conclusões por si mesmo.

30ª Podem os Espíritos fazer que se descubram tesouros?
"Os Espíritos superiores não se ocupam com essas coisas; mas, os zombeteiros
freqüentemente indicam tesouros que não existem, ou se comprazem em apontá-los num
lugar, quando se acham em lugar oposto. Isso tem a sua utilidade, para mostrar que a
verdadeira riqueza está no trabalho. Se a Providência destina tesouros ocultos a alguém,
esse os achará naturalmente; de outra forma, não."
31ª Que se deve pensar da crença nos Espíritos guardiães de tesouros ocultos?
"Os Espíritos que ainda não estão desmaterializados se apegam às coisas.
Avarentos, que ocultaram seus tesouros, podem, depois de mortos, vigiá-los e guardá-los;
e o temor em que vivem, de que alguém os venha arrebatar, constitui um de seus
castigos, até que compreendam a inutilidade dessa atitude. Também há os Espíritos da
Terra, incumbidos de lhe dirigirem as transformações interiores, dos quais, por alegoria,
hão feito guardas das riquezas naturais."

> casas
> mal-assombradas (Parte II, Cap IX, P10)

10ª Os lugares assombrados sempre o são por antigos habitantes deles?

"Sempre, não - às vezes, porquanto, se o antigo habitante de um desses lugares é
Espírito elevado, tão pouco se preocupará com a sua habitação terrena, quanto com o seu corpo. Os
Espíritos que assombram certos lugares muitas vezes não têm,
para assim procederem, outro motivo que não simples capricho, a menos que para lá
sejam atraídos pela simpatia que lhes inspirem determinadas pessoas."
a) Podem estabelecer-se num lugar desses com o fito de protegerem uma pessoa,
ou a própria família?

"Certamente, se forem Espíritos bons; porém, neste caso, nunca manifestam sua
presença por meios desagradáveis."

> , casos de "mulher de branco"
> como coisas reais (P11),

11ª Haverá alguma coisa de real na história da Dama Branca'?

"Mero conto, extraído de mil fatos verdadeiros."


> pessoas detendo o movimento do sol (!!!) com
> poderes espíritas vindo de deus (Parte I, Cap. II, ítem 15),

15. Pronunciamos há pouco a palavra milagre; uma ligeira observação sobre isso
não virá fora de propósito, neste capítulo que trata do maravilhoso.
Na sua acepção primitiva e pela sua etimologia, o termo milagre significa coisa
extraordinária, coisa admirável de se ver. Mas como tantas outras, essa palavra se
afastou do seu sentido originário e hoje, por milagre, se entende (segundo a Academia)
um ato do poder divino, contrário às leis comuns da Natureza. Tal, com efeito, a sua
acepção usual e apenas por comparação e por metáfora é ela aplicada às coisas vulgares
que nos surpreendem e cuja causa se desconhece. De nenhuma forma entra em nossas
cogitações indagar se Deus há julgado útil, em certas circunstâncias, derrogar as leis que
Ele próprio estabelecera; nosso fim é, unicamente, demonstrar que os fenômenos
espíritas, por mais extraordinários que sejam, de maneira alguma derrogam essas leis,
que nenhum caráter têm de miraculosos, do mesmo modo que não são maravilhosos, ou
sobrenaturais.
O milagre não se explica; os fenômenos espíritas, ao contrário, se explicam
racionalissimamente. Não são, pois, milagres, mas simples efeitos, cuja razão de ser se
encontra nas leis gerais. O milagre apresenta ainda outro caráter, o de ser insólito e
isolado. Ora, desde que um fato se reproduz, por assim dizer, à vontade e por diversas
pessoas, não pode ser um milagre.
Todos os dias a ciência opera milagres aos olhos dos ignorantes. Por isso é que,
outrora, os que sabiam mais do que o vulgo passavam por feiticeiros; e, como se enten-
dia, então, que toda ciência sobre-humana vinha do diabo, queimavam-nos. Hoje, que já
estamos muito mais civilizados, eles apenas são mandados para os hospícios.
Se um homem realmente morto, como dissemos em começo, ressuscitar por
intervenção divina, haverá aí verdadeiro milagre, porque isso é contrário às leis da
Natureza. Se, porém, tal homem só aparentemente está morto, se ainda há nele um resto
de vitalidade latente e a ciência ou uma ação magnética consegue reanimá-lo, um
fenômeno natural é o que isso será para pessoas instruídas. Todavia, aos olhos do vulgo
ignorante, o fato passará por milagroso, e o autor se verá perseguido a pedradas, ou
venerado, conforme o caráter dos indivíduos. Solte um físico, em campo de certa
natureza, um papagaio elétrico e faça, por esse meio, cair um raio sobre uma árvore e o
novo Prometeu será tido certamente como senhor de um poder diabólico. E, seja dito de
passagem, Prometeu nos parece, muito singularmente, ter sido um precursor de
Franklin; mas, Josué, detendo o movimento do Sol, ou, antes, da Terra, esse teria
operado verdadeiro milagre, porquanto não conhecemos magnetizador algum dotado de
tão grande poder, para realizar tal prodígio.

>
> levitações (ítem 16)

16. Os fenômenos espíritas, assim como os fenômenos magnéticos, antes que se
lhes conhecesse a causa, tiveram que passar por prodígios. Ora, como os cépticos, os
espíritos fortes, isto é, os que gozam do privilégio exclusivo da razão e do bom-senso,
não admitem que uma coisa seja possível, desde que não a compreendam, de todos os
fatos considerados prodigiosos fazem objeto de suas zombarias. Pois que a religião
conta grande número de fatos desse gênero, não crêem na religião e daí à incredulidade
absoluta o passo é curto. Explicando a maior parte deles, o Espiritismo lhes assina uma
razão de ser.
Vem, pois, em auxílio da religião, demonstrando a possibilidade de muitos que,
por perderem o caráter de miraculosos, não deixam, contudo, de ser extraordinários, e
Deus não fica sendo menor, nem menos poderoso, por não haver derrogado suas leis.
De quantas graçolas não foi objeto o fato de São Cupertino se erguer nos ares! Ora, a
suspensão etérea dos corpos graves é um fenômeno que a lei espírita explica. Fomos
dele pessoalmente testemunha ocular, e o Sr. Home, assim como outras pessoas de
nosso conhecimento, repetiram muitas vezes o fenômeno produzido por São Cupertino.
Logo, este fenômeno pertence à ordem das coisas naturais.

> , fantasmas interferindo em assuntos humanos
> (Parte II, Cap. XVI, P189),

Médiuns tiptólogos: aqueles pela influência dos quais se produzem os ruídos, as
pancadas. Variedade muito comum, com ou sem intervenção da vontade.

> receitas médicas do além (P193)

193. 3º - Segundo o gênero e a particularidade
das comunicações

Médiuns receitistas: têm a especialidade de servirem mais facilmente de
intérpretes aos Espíritos para as prescrições médicas. Importa não os confundir com os
médiuns curadores, visto que absolutamente não fazem mais do que transmitir o
pensamento do Espírito, sem exercerem por si mesmos influência alguma. Muito
comuns.

> objetos
> passeando sozinhos (Parte II, Cap. V, ítem 96 a 98) e outras coisas do
> tipo.

Fenômeno de transporte

96. Este fenômeno não difere do de que vimos de falar, senão pela intenção
benévola do Espírito que o produz, pela natureza dos objetos, quase sempre graciosos,
de que ele se serve e pela maneira suave, delicada mesmo, por que são trazidos.
Consiste no trazimento espontâneo de objetos inexistentes no lugar onde estão os
observadores. São quase sempre flores, não raro frutos, confeitos, jóias, etc.

97. Digamos, antes de tudo, que este fenômeno é dos que melhor se prestam à
imitação e que, por conseguinte, devemos estar de sobreaviso contra o embuste. Sabe-se
qaté onde pode ir a arte da prestidigitação, em se tratando de experiências deste gênero.
Porém, mesmo sem que tenhamos de nos haver com um verdadeiro prestidigitador,
poderemos ser facilmente enganados por uma manobra hábil e interessada. A melhor de
todas as garantias se encontra no caráter, na honestidade notória, no absoluto
desinteresse das pessoas que obtêm tais efeitos. Vem depois, como meio de resguardo,
o exame atento de todas as circunstâncias em que os fatos se produzem; e, finalmente, o
conhecimento esclarecido do Espiritismo poderá descobrir o que fosse suspeito.

>
> Se esse é tipo de coisa explica o mundo de forma satisfatória para
> alguém, é uma questão de religião e de gosto pessoal.

O pior é que não. Demonstra através da realidade do fenômeno. Porém, em Espiritismo é necessário entender
uma coisa. Os Espíritos não se prestam a matar curiosidades frívolas, antes servem a propósitos elevados,
e para isso precisamos está imbuídos de reais sentimentos elevados, caso contrário, os fenômenos das duas
uma, ou não acontecem ou os observadores passarão a ser objeto de vulgaridades de toda ordem. Além do que,
como dito antes, deve ele ser acima de tudo, perseverante afim de concluir seu intento.

> Nesse caso eu
> não tenho nada que interferir nisso. Como há aqueles que acreditam em
> animais fabulosos, exús, eguns, caboclos, zeus, cristos, virgens,
> lobisomens, arquivo-x, cristais milagrosos, duendes, fadas, jeovás,
> iemanjás, sereias e sacis pererês, devo respeitar tanto essa crença
> quanto as outras formas de religião que não acreditam, ou que tem
> argumentos contra alguma dessas coisas, ou que acreditam em coisas
> diferentes. Porém, admitir simplesmente que este ou aquele modelo
> religioso implica em modelos mais ou menos científicos entre si, isso
> eu realmente não posso. Não posso dizer que as coisas citadas até
> agora pertencem à esfera da ciência ou que até hoje tenham sido
> realmente estudadas através do método científico.

E pq vc mesmo não averigua ? Pq não se imbui de espírito investigativo, e tenta explicar certos fenômenos
não explicados ? Se eles existem é pq alguma explicação deve haver. Nega-los sem auferir é esquivar-se aos
verdadeiros propósitos científicos.

> Isso deve ter ficado
> bem claro para todos que refletiram atentamente sobre tudo o que foi
> mostrado.

Que fique mais claro após a verdadeira investigação científica por mim sugerida, pois nada foi mostrado,
exceto a leviandade de quem deseja mostrar os possíveis embustes.

>
> Agora um ponto muito discutivel e intrigante.
> Ante mestres, médiuns e gurus que se conhece por renome nacional
> ou internacional, que afirmam a veracidade desta ou daquela doutrina
> por possíveis comprovações de telepatia, projeciologia, consulta de
> "memória universal", consulta de espíritos, desdobramentos ou viagens
> astrais, posso afirmar que NADA até hoje foi comprovado, pelo menos
> não dentro do chamado método científico.

Método materilaista, vc quer dizer.

> Esse desafio eu mesmo fiz e
> faço a qualquer um destes. Vou além disso, digo que estou disposto a
> mais uma dessas provas. Pode-se chamar Chico Xavier, Uri Gueller,
> Thomas Green Morton (homem do rá), Gasparetto, todas essas pessoas que
> dizem poder provar ou realizar algum desses fenômenos.

Não são eles que provarão, mas os espíritos através de uma pesquisa séria com propósitos elevados no
sentido do bem. Pelo visto não está sendo o seu caso.

> Não podemos
> ficar no que eles querem, como "descobrir a cor da cueca", ou "da
> camisa", ou "quantos anos tem", etc. Porém, numa mostra de boa-fé, o
> que proponho seria igualmente simples para demonstrar esse tipo de
> poder.

Está vendo como vc se denuncia a cada instante ? No Espiritismo jamais houve proposta de super-poderes ou
coisa que o valha. Todas as questões são tratadas como fenômenos naturais.

> Trata-se de um sorteio aleatório (de preferência nos dados) de
> quatro números e cinco letras, escritos posteriormente nessa ordem,
> sequencialmente. Só o realizador do sorteio sabe dos resultados e
> ainda por cima os escreve em um papel e caneta dele. Agora vamos
> facilitar ainda mais. Poderia-se colocar esse mesmo papel em algum
> lugar inviolável, e ainda dar um ou dois dias para que o "espírito"
> contasse, ou que a "telepatia" funcionasse, ou que a "projeção astral"
> pudesse ser realizada com calma.

A este fenômeno dar-se o nome de escrita direta. Mas não é o médium que escreve por telepatia, e sim
direto pelo espírito comunicante, e isso não se pode determinar qdo e se vai acontecer, pois trata-se da
vontade dele.

> Isso nunca aconteceu.

Sim, aconteceu. Vc infelizmente nunca levou a sério.

> SE isso
> acontecesse, e os números e letras fossem descritos pelo
> mestre/médium/guru sem erros, sendo possível de ser submetido à
> análise, então é possível que estivéssemos diante de um fenômeno
> realmente interessante de ser estudado, e algumas coisas poderiam ser
> reavaliadas. Bastaria isso. Porém, sempre que sugiro este breve
> experimento para aqueles que se dizem mestres/médiuns/gurus, nunca há
> resposta.

Claro que não. Vc acha que um médium sério, doutrinariamente coerente , se prestaria a lhe servir sem que
com isso vc ao menos se dispusesse a estudos sérios e efetivos ? Há de se ter determinação, presteza,
gravidade no trato do assunto e sentimento elevado para se experimentar as boas coisas. Eles jamais se
prestam a frivolidades, exceto os espíritos perturbadores. Vá a um terreiro de pai de santo, e verás
alguns deles.

>
> Não somos céticos por simples birra.

Não, por orgulho.

> Muitos de nós percebem os
> fatos sociais compreendidos pela religião como uma liberdade de
> decisão pessoal de cada um. Cada um é livre para decidir os critérios
> de veracidade das coisas que quer acreditar. Porém, se a ciência é
> invocada para comprovar alguma coisa, é de seus seus métodos e
> critérios de realidade que devemos estudar essa coisa.

E é com base em 4 fundamentos que denominamos o Espiritismo de ciência: "O espiritismo é ciência se.....

1. define um objeto formal, o fenômeno da mediunidade;
2. emprega o método experimental;
3. enuncia uma teoria para explicar seu objeto, atribuindo aos espíritos ou seres do mundo invisível a
produção dos fenômenos que observa;
4. define uma epistemologia [...]. Kardec, Richet, Guldenstubbé, Crookes fizeram o corte epistemológico
com o Magnetismo, uma tecnologia inventada por Paracelso e Mesmer, e fundou-se a ciência espírita"

Como podem ver, ela serve ao esquema metodológico científico. Logo, é ciência.


Flávio Mendonça


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Esprito
FROM: Flavio Mendonça <fefemendonca@uol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 10/12/2000 01:05

Paz e Luz Eduardo,

Eduardo gravada:

>
> Caro Flavio,
>
> não há um experimento científico sério que demonstre a existência do
> espiritismo ou que dê subsídio a tal doutrina.

Estas enganado. Existem vários ensaios, experimentos e uma imensa literatura teorizando estes
experimentos.

> Pode até ser que tenha
> havido tal tentativa (era essa a intenção original de Kardec) mas quase tudo
> o que foi feito com rigor foi desmascarado.

Isso é hilário. Onde está o desmascaramento ? Amigo, vc parece ser mais um que nunca adentrou na questão
com profundidade, mas se acha o dono da razão para contestar tudo que pensa saber. Diga-me, qtos anos tem
de estudos sobre Espiritismo ? Quais experimentos tentou fazer levando em conta a teoria espírita ? Veja
que para saber de física tenho que estudar a matéria, me tornar doutor nela, e depois combatê-la com bases
nos conhecimento específicos, e ainda me utilizar dos métodos proposto pela cadeira afim de chegar a
alguma conclusão. Ora, se eu não fizer isso como terei bases para combater qualquer teoria. Serei no
mínimo leviano, não acha ? Pois é, quem desejar combater as teorias espíritas deverá antes conhece-la a
fundo, criar base suficiente e possuir honestidade intelectual. Só assim será possível.

> Por mais que se diga o
> contrário, o espiritismo é uma doutrina tão pouco testada como qualquer
> seita/religão.

De fato vc não a conhece:-)

> Se vc conhece algum fenômeno que somente o espiritismo pode
> explicar me inquira que eu investigo a resposta dada pelos céticos. Claro
> que não pode inventar algo do nada ou frases como "o espiritismo explica a
> razão da minha existência"...:P

Olha amigo, o espiritismo, como qualquer ramo da ciência tem metodologia própria. Para concebe-la, deverás
conhece-la. Não me peças provas, terás que busca-las usando de sua metodologia.

>
>
> []´s Eduardo.

Abraços !

Flávio Mendonça



SUBJECT: Espirito cientifico
FROM: "Peterson L. S. M." <peterlsm@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 10/12/2000 05:14

Queridos amigos da lista...

Tivemos aqui certamente na resposta de nosso amigo Flávio uma aula
de doutrina espírita, com a clara intenção de, citando livros como "O
Evangelho Segundo os Espiritismo", "O Livro dos Médiuns" e "O Livro
dos Espíritos" afirmar que eles contém a base de um método científico.
Infelizmente, como se pode perceber, houve muito mais explicações
sobre a doutrina espírita do que qualquer argumento, postura conhecida
como "Ad Hoc". Porém, não tão infeliz seria se fossem apenas as meras
explicações fora do tópico dessa lista. O que se mostrou, e todos
podem verificar, foram inúmeros ataques à minha pessoa:

>> pois devido as várias formas, ora levianas , ora
>> dentro de um padrão de ignorância de quem se
>> diz conhecedor de uma extensa doutrina
(...)
>> para que se poste com mais dignidade diante de
>> uma Doutrina realmente séria, e que merece de todos,
>> a profundidade exigida
(...)
>> Por não ter estudado a fundo os fenômenos espirituais
>> ou por puro preconceito de quem prefere ficar na ignorância
>> dos conhecimentos, se mostrando tão orgulhoso qto as suas
>> teorias pre-fabricadas.
(...)
>> Isso demosntra o espírito não investigativo dos céticos e o
>> preconceito evidenciado nas coisas do domínio espiritual.
(...)
>> O que denota sua pouca seriedade na busca do conhecimento
>> experimental sobre espiritismo.
(...)
>> neste ponto vc se denuncia nunca ter estudado mesmo
>> o Espiritismo,
(...)
>> Que fique mais claro após a verdadeira investigação científica
>> por mim sugerida, pois nada foi mostrado, exceto a leviandade
>> de quem deseja mostrar os possíveis embustes.
(...)
>> Não são eles que provarão, mas os espíritos através de uma
>> pesquisa séria com propósitos elevados no sentido do bem.
>> Pelo visto não está sendo o seu caso.
(...)

Ora, o que escrevi foi com a intenção básica de postular o caráter
não científico das afirmações contidas em minha mensagem anterior,
confirmadas em sua maioria pelo nosso caríssimo amigo espírita. Agora
vamos a um caso interessante, e que muitos irão lembrar de alguma
ocasião assim na vida. Quando discutimos pontos de vista científicos,
discute-se idéias. Mas percebemos a diferença quando se trata de uma
doutrina: quantas vezes ao falar sobre as idéias de um religioso ele
nos ataca pessoalmente?
Há um livro utilizado por evangélicos (especialmente da igreja
Assembléia de Deus) chamado "Princípio--Rumo ao Começo da Vida",
escrito por Wilson Milarch, biólogo e evangélico. No livro, o sr.
Wilson busca evidências científicas para mostrar que sua religião tem
bases também nesse tipo de conhecimento. Quando questionado sobre a
veracidade de suas afirmações, ele simplesmente responde: "Vejam, está
escrito no livro, a referência que usei! É um esquema científico, logo
é ciência!". Isso me chamou a atenção, pois é muito semelhante ao
final da mensagem encaminhada a mim, para provar o espiritismo.
Mas todos nós sabemos que o espiritismo e as religiões evangélicas
são antagônicas, especialmente a igreja Assembléia de Deus. Só que
também não nos é incomum verificarmos o quanto aumenta a busca da
chamada "comprovação científica" pelas religiões. E o papel das
ciências naturais, diante de tudo isso, qual seria? Escolher uma
religião? Porque? Como já abordei e mostrei em uma mensagem anterior,
a bíblia fala sobre unicórnios, planeta criado a menos de 6.000 anos,
corpos ressussitando, vigas de ferro flutuando, etc. O espiritismo,
conforme nosso amigo já demonstrou em maiores detalhes, também fala de
coisas fabulosas como as casas mal-assombradas, estórias de "mulheres
de branco" pela noite (o interessante é que nosso amigo ainda mostrou
o que eu não quis detalhar--o espiritismo considera este como uma
estória verdadeira entre outras de gênero semelhante!! ["Mero conto,
extraído de mil fatos verdadeiros."]), a levitação (e nosso amigo
ainda fez questão de explicar e citar: ["Ora, a suspensão etérea dos
corpos graves é um fenômeno que a lei espírita explica. Fomos dele
pessoalmente testemunha ocular, e o Sr. Home, assim como outras
pessoas de nosso conhecimento, repetiram muitas vezes o fenômeno
produzido por São Cupertino. Logo, este fenômeno pertence à ordem das
coisas naturais"]), os fantasmas, receitas médicas do além, objetos
passeando sozinhos, etc.
A diferença é que, como os caríssimos puderam verificar, nosso
amigo Flávio decidiu colocar os detalhes (seria essa a base
científica?) de como se procederiam tais fatos. Vale a pena reiterar
uma das explicações que nosso amigo colocou sobre a levitação:

>> Este fenômeno não difere do de que vimos de falar,
>> senão pela intenção benévola do Espírito que o produz,
>> pela natureza dos objetos, quase sempre graciosos,
>> de que ele se serve e pela maneira suave, delicada mesmo,
>> por que são trazidos. Consiste no trazimento espontâneo de
>> objetos inexistentes no lugar onde estão os observadores.
>> São quase sempre flores, não raro frutos, confeitos, jóias, etc.

Flávio querido, você não me conhece pessoalmente, e no entanto diz
que estou dentro de um "padrão de ignorância" daqueles que não
conhecem o espiritismo... eu estava mostrando o que eu aprendi e a
maneira pela qual percebi os chamados fenômenos mediúnicos. Pode não
ser a sua maneira de ter percebido, pois eu realmente não tive fé. Na
verdade, eu não queria acreditar, eu queria saber. Veja, em ciência,
quando discutimos uma teoria que se pretenda científica, ela deve ser
submetida a um crivo para que possa ser aceita. Muitas vezes as
pessoas discordam de nosso pensamento ou de nossa compreensão sobre
alguma coisa, mas isso não é motivo para ataques pessoais.
De certa forma não seria uma atitude científica e nem mesmo ética
que, pelo fato de você discordar de mim em algum ponto que eu
acredito, eu simplesmente diga que "você é um ignorante sobre o
assunto". Veja que sem mesmo eu lhe conhecer (e bem antes de surgir
esse tema), eu lhe defendi certa vez em uma mensagem que alguém tinha
criticado sua maneira de saudar com "Paz e Luz". Estaria esse tipo de
crítica dentro de um escopo de discussão científica? Bastaria o
próprio Dr. Steven Halking dizer para seus colegas que lhe discordavam
nas idéias que "eles eram ignorantes sobre o assunto" para que a
teoria fosse provada? Ou será que pelo fato de uma pessoa mostrar os
pontos que discorda de alguma doutrina ela está tratando com pouca
dignidade essa doutrina, como você colocou???
Sempre fiz questão de frizar (e isso pode ser verificado em todas
as minhas mensagens postadas) que, apesar de meu ateísmo e de minha
discordância das idéias religiosas, todas as crenças devem ser
respeitadas, e que minha crítica nunca foi dirigida ao suposto bem que
essa religião ou crença faria em seus crentes, simplesmente porque,
como também coloquei em todas as mensagens sobre esse assunto é uma
questão para teístas resolverem entre si, pois nunca quis alongar os
textos com os detalhes para não fugir ao escopo da lista e não ser
interpretado de maneira a parecer querer ofender a honra que tanto
prezo ao queridos membros que aqui participam.
Apesar dos ataques pessoais, à alegações de ignorância sobre o
assunto que eu e muitos dos quais partilharam comigo meu tempo no
espiritismo e que sabem do conhecimento que tenho, de minha "falta de
seriedade" ao estudar as coisas, eu não estou nem um pouco chateado
com você. Infelizmente acho que ofendi suas crenças, suas religião,
suas doutrinas. Em circunstâncias normais eu jamais faria isso, pois
em todo meu tempo de ateísmo você não imagina (e digo isso porque você
não é ateu) o número de religiosos das mais diversas facções que me
trouxeram todos os tipos de supostas comprovações de que as suas
religiões tinham a tão disputada base científica... e todas as vezes
que eu procurei gentilmente mostrar que aquilo tratava-se de falácias
como "Non Causa pro Causa" e outras, fui hostilizado por "não
acreditar".
Cheguei, e permitam-me presumir a experiência de muitos colegas
aqui, muitos de nós já chegamos a ser chamados de "maus cientistas"
por religiosos que diziam (acho que vocês reconhecerão essas palavras)
"um cientista tem que considerar tudo, você não está agindo como um
cientista... você não está empenhado em buscar a verdade sobre nossa
religião... isso é orgulho", etc... a clássica falácia de tentativa de
desmoralização "nenhum escocês de verdade". "Ah, mas nenhum cientista
de verdade iria negar uma coisa dessas"...
Há (e ocorreu na mensagem que me foi enviada, especialmente no
final) geralmente nesse tipo de mensagem a falácia "Ad Verecundiam",
ou seja, "porque fulano disse" alguma coisa, essa coisa deveria ser
considerada mais correta.
Querido Flávio! Quando eu disse que não houve um experimento
científico nas condições que citei, é simplesmente porque após muito
tempo na religião espírita percebi que simplesmente nada daquilo
realmente ocorria. Mesmo que você insista em mostrar que os livros de
doutrina espírita falem sobre as levitações, materializações e coisas
do tipo, eu ultrapassei a simples leitura e passei a procurar algum
médium que pudesse fazer qualquer coisa que provasse algo, e isso não
apenas eu, mas muitos cético que percorreram o mesmo caminho jamais
encontraram as mesas girantes, o ectoplasma, os objetos voadores, as
casas mal-assombradas e as damas de branco. Em centros espíritas de
todos os tamanhos e com todo tipo de médium, percebi que em um
ambiente realmente despreparado para conter truques NADA acontecia e
nunca aconteceu!
Por outro lado, eu imagino o que você deve ter sentido para dizer
todas aquelas coisas sobre mim. Como eu disse, eu apenas me senti
livre por estar em uma lista de ciência e refutar cientificamente (e
mais do que isso, estar disposto a qualquer forma de confronto com
evidências ou confrontar esses médiuns com a possibilidade de
evidências) aquilo que não está sob o domínio das ciências!
Meu amigo, TALVEZ você não tenha tido muitos amigos evangélicos e
católicos, mas muitos podem dizer o quanto católicos afirmam que
evangélicos são dogmáticos, e o quanto evangélicos dizem que espíritas
e católicos não tem nenhuma base que os fundamente. E isso foi muito
parecido com o que você colocou!

>> Teologia é coisa totalmente dogmática, baseia-se
>> nas escrituras bíblicas, sem nenhuma base que a
>> fundamente, exceto a partir do princípio que a bíblia
>> é a palavra de Deus, expressa em palavras através
>> das revelações dos seus profetas.

Eu realmente não me sinto bem criticando a teologia ou crença
dessa ou daquela religião, porque considero isso como um fator
cultural e foro íntimo de cada um. Essa coisa de religião ficar
dizendo que "a minha é verdadeira, porque está com deus e até a
ciência explica", complementado pelo velho discurso "a religião X ou Y
não tem fundamento, é dogmática" é fato conhecido de todos! NOVAMENTE
eu não vou entrar no mérito dessa questão simplesmente porque isso é
assunto para teístas e está fora do escopo dessa lista.

>> Ao meu interlocutor, desejo melhor empenho no trato
>> da questão para que se poste com mais dignidade diante
>> de uma Doutrina realmente séria, e que merece de todos,
>> a profundidade exigida.

### Essa doutrina, caro amigo, eu não tratei com menos dignidade
pelo fato de simplesmente ter dito o que não concordava. CARÍSSIMO, E
SE ESSA DOUTRINA É REALMENTE SÉRIA E MERECE DE TODOS A PROFUNDIDADE
EXIGIDA, QUE ARGUMENTOS DESSA MESMA NATUREZA NÓS TERÍAMOS PARA DIZER
QUE AS MESMAS RELIGIÕES QUE NÃO CONCORDAM COM A SUA MERECEM MENOS
PROFUNDIDADE OU SEJAM MENOS SÉRIAS??? ###
Quando UM TOTAL NUMERICAMENTE MUITO SUPERIOR (E ISSO NÃO PROVA
NADA) DE DESCRENTES DE SUA DOUTRINA TRABALHAM PELA NEGAÇÃO DELA EM
TODOS OS SENTIDOS, PORQUE DEVERÍAMOS SIMPLESMENTE DIZER QUE DEVIDO A
ESSE FATO ELAS ESTARIAM ERRADAS EM SUA CRÍTICA, SE FORMOS ANALISAR OS
FATOS PELA NATUREZA E FORMA DAS EVIDÊNCIAS QUE VOCÊ USOU PARA
JUSTIFICAR A SUA, DIZER ELAS "NÃO TEM NENHUMA BASE", COMO VOCÊ
COLOCOU????
Como fazer o pedido aos "verdadeiros cientistas", como você
mencionou em sua frase (uma vez que você disse que eu sou
"preconceituoso e sem profundidade") para que eles ajam sem
preconceito ou não sejam supérfluos, e ainda assim decidam QUAL
RELIGIÃO (e se for assim, porque não ideologia política, cultural e
outras formas de percepções psicológicas) A CIÊNCIA DEVE ESTUDAR,
CONCORDAR OU DECLARAR FALSA????

Não, meu amigo... não foram minhas as teorias "pré-fabricadas"
como você quis fazer acreditar. Não foi minha a arrogância de tentar
promover uma forma de ceticismo, advindo em grande parte do modo pelo
qual os teístas resolvem seus conflitos doutrinários e atacam-se
utilizando os mesmos argumentos.
Muito além disso, não foi por falta de "espírito investigativo"
que eu ou muitos céticos deixaram de ter uma crença pessoal na sua ou
em outras religiões. Não é porque algúem aceita ou não aceita uma
doutrina ou outra doutrina que essa ou qualquer pessoa deva ser
avaliada em seu grau de conhecimento científico.
E como derradeiro, não foi por "leviandade" que eu apenas citei os
pontos principais do que queria esclarecer (e que você divulgou nos
detalhes). Foi apenas porque eu JÁ ESTOU ENCABULADO de escrever tanto
sobre um tema inoportuno aqui, diante dos leitores que assinam essa
lista POR SER A CIENCIALIST e não por ser a RELIGIALIST ou
ESPIRITALIST.

PELO MOTIVO EXPOSTO, NÃO VOLTAREI MAIS A ESSE ASSUNTO, pois isso
já está desgastado. Deixarei que os colegas o façam caso achem
oportuno.

Um abraço a todos.

Peterson Leal S. Mello.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Espirito cientifico
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 10/12/2000 07:03

-----Mensagem Original-----
De: "Peterson L. S. M."
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Domingo, 10 de Dezembro de 2000 05:14
Assunto: [ciencialist] Espirito cientifico

> JÁ ESTOU ENCABULADO de escrever tanto
> sobre um tema inoportuno aqui, diante dos leitores que assinam essa
> lista POR SER A CIENCIALIST e não por ser a RELIGIALIST ou
> ESPIRITALIST.
> PELO MOTIVO EXPOSTO, NÃO VOLTAREI MAIS A ESSE ASSUNTO, pois isso
> já está desgastado. Deixarei que os colegas o façam caso achem
> oportuno.

Concordo plenamente quanto ao caráter inoportuno das mensagens desta thread
apontado pelo Peterson. Não tenho a pretensão de dizer que ciência é apenas
aquilo que estudo. Não obstante, a Ciencialist não foi criada com o objetivo
de discutir política partidária e nem religião. Se a "ciência" do Sr. Flávio
opõe-se à religião de A ou B, qualquer que ela seja e pelo motivo que for, a
meu ver ela não se enquadra nos critérios de ciência a serem aceitos para
discussão na Ciencialist. Por muito menos o Claudio Abreu foi quase obrigado
a criar sua própria lista de discussão.

É o que penso a respeito.

Paz e Luz e Saravá meu irmão. Se manca, tá?

[ ]'s
Alberto
http://sites.uol.com.br/albmesq/
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm




SUBJECT: Re: apresentacao e paradigmas da mente
FROM: "Joao Carlos Holland Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 10/12/2000 09:59

JOCAX:
Quase isso ! Note q os genes malevolos assim como TODOS os outros
agem no sentido de que o organismo perpetue seus genes. Isso quer
dizer que a Inveja, Ciumes, o Odio, a avareza, o egoismo, a vinganca
etc.... existem e se mantem na especie pq estes sentimentos auxiliam
na perpetuacao dos genes de quem os possuem.


E mais, pessoas desprovidas destes sentimentos levam uma desvantagem
evolutiva em relacao as pessoas portadoras deles.


Um genista NAO TEM q se comportar como um ser que possua estes
sentimentos (no estrito sentido da palavra), o genista deve sim se
preocupar com a perpetuacao de seus genes, seu comportamento
perpetuativo deve ser memeticamente tao eficaz quanto os que possuem
estes genes:


Por exemplo, se um genista for um mutante altruista NATO ele NAO
devera doar seu salario aos outros pois isto diminuira as chances de
sobrevivencia de seus filhos (emulando "avareza").


Se um genista mutante, sem a capacidade de sentir raiva, devera
diminuir as chances perpetuativas de alguem que lhe arranque um
braco, denunciando-o aa policia , por exemplo ( emulando "vinganca" ).


Entendeu estes exemplos de memes que agem no sentido de substituir os
sentimentos?


Fernanda:

==> Sim, agora ficou claro. Mas suponho que, desse jeito, chegaríamos
a uma sociedade composta por indivíduos frios e calculistas... será
que essas pessoas serão felizes, ou simplesmente indiferentes?
Ausência de sofrimento é sinônimo de felicidade? (não sei se o
objetivo do Genismo é a felicidade ou somente a ausência de
sofrimento). Não seria melhor uma sociedade de robôs, já que tudo
deve ser tão programado e calculado?

---------------
Jocax->
Sua pergunta eh boa e ja tinha pensado antes sobre o assunto...

Veja bem q eu nao falei dos sentimentos nao-malevolos como e
principalmente o amor. O Genismo nao devera afetar como afetara
os outros pois o amor ainda devera continuar como o principal
filtro no selecionamento do parceiro(a).

Mas meus estudos ainda nao sao conclusivos a respeito....

Em principio poderiamos, via Genismo, eliminar os maus sentimentos
e deixar os bons incolumes. A pergunta basica eh: Como ?

Sendo o amor o criterio de qualidade genetico para selecao
e uniao de gametas, entao, se adotarmos um criterio memetico
satisfatorio para ele(amor), entao o amor tbem deixara de sofrer
pressao seletiva e tbem acabar e teremos uma sociedade de robos !

Portanto, para manter o amor, deveremos selecionar parceiros
utilizando-nos deste sentimento. Mas devo dizer q soh este topico
deveria demandar varios livros para ser bem analisado.
(Resumnido: *Pelo menos* um dos parceiros deve ter filhos com
o outro por amor, e isto eliminaria uma sociedade de robos)
------------------



a mutação genética que diminua a ocorrência de tais genes não
levará o indivíduo a sofrer a pressão seletiva que sofreria sem esses
memes. (certo?)



JOCAX:
"..seletiva que sofreria sem esses GENES." ( aih fica certo ) Isso,
ele nao sofreria a pressao seletiva sem estes memes desde que ele
adote uma politica perpetuativa q tenha a mesma eficiencia.


Fernanda:

==> presão seletiva que sofreria sem os genes malévolos e sem os
memes adquiridos via genismo (era a esses memes q eu me referia) para
perpetuar seus genes, não é? Se o indivíduo não tiver os genes dos
tais sentimentos, e tb não tiver os memes que o façam agir de forma
adequada à perpetuação genética, como ele teria vantagem evolutiva?

-----------
Jocax---> Ele pereceria, seus genes seriam aniquilados neste caso!
Sem os genes e sem os memes : No chance. :-(
------------


JOCAX:
Vc tem todo o direito de duvidar mas eh isso mesmo ! Note q os memes,
sendo RACIONAIS podem ter uma EFICACIA muito maior do que o
comportamento INSTINTIVO, certo ? :-))


Fernanda:
Certo... mas isso não permite concluir que vá *necessariamente* haver
extinção dos genes que determinem esse comportamento instintivo, mas
sim que há possibilidades de que isso ocorra, e então seira
necessário um estudo de quais são as probabilidades.
------------------
Jocax->
Se existe uma probailidade P nao nula de ocorrer basta termos um
numero
suficiente de geracoes para garantir q ela ocorrera com
probailidade P'.
--------------

JOCAX:
Note q os genes que codificam um sentimento, como a inveja por
exemplo, podem ser extintos EXATAMENTE com no exemplo dos peixes das
cavernas. Qto maior o numero de genes responsaveis por um sentimento
maior a probabilidade desta caracteristica sofrer mutacao e portanto
mais rapidamente ela deveria ser anulada.


Fernanda:
Se vc admite que há grandes probabilidades (ou probabilidades
razoáveis) de ocorra uma mutação em genes responsáveis por um
sentimento (o altruísmo, por exemplo), então essa mutação pode
ocorrer agora, ou ter ocorrido em pessoas que nunca tenham ouvido
falar no Genismo. Então, se isso é verdade, é também possível que
existam pessoas com um altruísmo instintivo nesse momento...

Jocax --> Sim!, assim como existem individuos q nao sentem dor...

sem Genismo (e assim vc teria tb que admitir que o genismo não é a
única maneira de obter o altruísmo intintivo...).

Jocax --> Eh uma das maneiras de ele ser PRESERVADO e tomar conta
de toda a humanidade. Se o Genismo este tipo de mutacao NAO
sobreviveria.

E, mesmo que ela esteja em desvantagem evolutiva, pode sobreviver,
embora em pequenas quantidades, pois, pelo que sei, nem sempre seres
em desvantagem evolutiva são necessariamente extintos, podem apenas
ter quantidades dramaticamente restritas.

Jocax--> Isso poderia ocorrer para UM gene recessivo. Um gene
dominante
deleterio seria fatal e nao sobreviveria.

Como um exemplo entre os seres humanos, podemos citar o albinismo
(estou citando uma característica física, por ser mais facilmente
verificável), que confere, creio eu, até mais desvantagens evolutivas
que o altruísmo poderia conferir na nossa sociedade, e no entanto
está presente na nossa espécie.


--=
Jocax --> Note q isso nao significa q toda a humanidade ira se tornar
albina. E eh precisamente este o meu intuito : A salvacao da
humanidade
estaria completa qdo todos perdessem os genes malevolos. Claro
q para isso um meme, como o Genismo, seria necessario. De qqr
modo o processo necessariamente deveria comecar com alguns
poucos individuos mutantes....
---

Além disso, o fato dos genes poderem ser extintos como no exemplo da
caverna não significa que isso tenha necessariamente de acontecer.

Jocax --> Sim teria, eh questao de tempo, postarei na semana
um artigo q te explicara este processo.


JOCAX:
Note q para os genistas NAO eh necessario q a mesma mutacao em uma
caracteristica degenerada passe para toda humanidade. Dois mutantes
podem sofrer mutacoes em genes diferentes q codificam o odio, por
exemplo, acarretando a perda deste sentimento, para q o sentimento
deixe de existir nestes mutantes, embora ambos acabem por ter o mesmo
fenotipo para este sentimento.


Fernanda: Então essas mutações são mesmo frequentes... e temos
indivíduos assim. Quem garante que eles não conseguem se reproduzir?
É como disse, podem ter desvantagem evolutiva e existir em pequena
quantidade, mas existem.

-----
Jocax --> Eles podem e devem existir, mas como levam uma desvantagem
evolutiva ( por nao serem genistas) sua frequencia na populacao
nao pode aumentar.
-----


JOCAX:
Mas eh certeza que isto FATALMENTE deveria ocorrer. Veja bem,
suponha que surja um genista sem um destes sentimentos malevolos. Vc
percebe q ele nasceu em um mundo onde a maioria possui este
sentimento? O processo eh o mesmo q ocorre numa mudanca de especie
durante a evolucao, eh possivel tambem q a partir de uma massa
CRITICA de individuos nao "geneticamente malevolos" a discriminacao
contra os malevolos se faca sentir e, a partir dai, a pressao
seletiva se faca NO SENTIDO INVERSO, privilegiando os individuos
geneticamente nao maus, percebe?


Fernanda:
Mas e enquanto o genista não portador de sentimentos malévolos for
minoria? Ele será discriminado? Conseguirão os seres assim se
perpetuar mais que os não mutantes, a ponto de ter força para
discriminar estes últimos?

----
Jocax --> Ele NAO sera discriminado por nao portar os genes malevolos,
ele poderia ser discriminado por ser um genista. Um genista "puro"
eh ateu e este eh um motivo, muitas vezes, de discriminacao.
Com relacao a ultima pergunta a resposta eh SIM, ninguem hoje
em dia deixa de ter um filho com outra pessoa pelo fato desta
pessoa nao ser da mesma religiao q ela ( desde q a ame).
(No meu caso, qqr mulher q queira ter um filho comigo eu terei)
----




Fernanda:
Seria interessante encontrar outras maneiras de falsear o Genismo.
Afinal, quanto mais testado ele puder ser, e se a cada teste não for
provada a sua falsidade, mais aceito como teoria científica bem
fundamentada ele será (é o que tem acontecido com outras teorias, que
apesar de não serem comprovadas são aceitas).

Jocax--> Uma maneira, como ja disse eh um levantamento estatistico
do grau de felicidade medio dos genistas em relacao aos nao
genistas...
Como , q eu saiba, sou o unico, fica dificil fazer este teste.


JOCAX:
Uma doutrina q diz : "Vc deve comer uma laranja ao dia", eh uma
verdade? Uma doutrina nao se propoe a ser uma verdade mas
simplesmente mostrar um caminho. O Genismo se propoe a mostrar um
caminho.


Fernanda:
Não pode ser considerada uma verdade, mas pode ser considerada uma
mentira, se ficar comprovado que uma pessoa não deva comer uma
laranja. A doutrina do Genismo, quando se propõe a mostrar um
caminho, o faz baseado em crenças ou a partir de conclusões racionais?

----
Jocax --> O Cristianismo faz a partir de crencas racionais?
Uma doutrina nao precisa, em principio, ser baseado em ciencia
como o genismo o eh. Entretanto, o Genismo eh baseado na razao:
Pq nao compatibilizar seus memes com seus genes e garantir a
melhor integracao corpo-mente?
------

JOCAX:
Qdo eu afirmo "se vc comer uma laranja ao dia vc vai ter menos gripe"
neste caso eu estou fazendo uma afirmacao passivel de verificacao e
portanto pode ou nao ser verdade. Neste caso o Genismo cai no mesmo
caso pois pode ser passivel de verificacao pois eu digo q esta eh a
doutrina q maximiza a felicidade do individuo e, portanto, tambem
pode ser verdadeira ou falsa.


Por isso dependendo do enfoque q vc de ao Genismo como uma doutrina
ou como uma teoria cientifica ela assume diferentes conotacoes.....


Fernanda:
Sim... e vc assegura-se de que essas diferentes conotações não sejam
conflitantes? Será que não é estranho uma mesma teoria que proponha
afirmações passíveis de verificação (como teoria científica que pode
ser falseável) também faça afirmações que não possam ser comprovadas
falsas (como doutrina que se propõe a mostrar um caminho e, segundo
vc disse, não pode ser considerado verdadeiro ou falso)?

-----
Jocax --> Veja bem, Deus nao existe e nem por isso as pessoas
deixam de seguir religioes ! Vc pode seguir uma doutrina mesmo
qdo ela seja totalmente anti-cientifica ou falsa. Basta crer ...
Claro q se o Genismo for provado falso ele perdera sua forca
mas nao creio q isso venha a ocorrer...
-------

Fernanda:
Eu estava me referindo às afirmações que vc faz segundo o aspécto
doutrinário do Genismo, que poderiam entrar em conflito com o seu
caráter de teoria científica.

Jocax --> Nao creio principalmente se em qto teoria nao for
falseada.

JOCAX:
Muito boa?? Eh simplesmente a coisa + importante q apareceu nos
ultimos 100 anos !!! :-)

Fernanda:
Puxa, quanta modéstia! :-) Tanta modéstia lhe confere vantagens
adaptativas? :-)

Jocax --> Lembre-se q nem todas pessoas genios e por isso as vezes
eh bom mostrar a elas, q nao conseguem perceber a importancia, q
a teoria eh importante ! ( soh por esta frase ja irei arranjar
mais uns 50 oponentes : "como este cara eh convencido ele vai ver!"
A oposicao a mim se faz atraves de ataques a teoria q irao, por fim,
fortalece-la... :-)


Fernanda:
Por que esse é o caminho menos subjetivo? Reduzir as possibilidades é
mais científico que considerá-las de maneira mais amplas? O
raciocínio lógico não é sempre subjetivo, e ele deve ser baseado em
dados e resultados. Aliás, creio ser esse o problema, faltam
experimentos em relação ao Genismo, dados concretos. Afianal, a única
coisa concreta nele é a evolução, o restante esta fundamentado no
raciocínio e numa teorização que não é baseada em experimentações.

-------
Jocax --> Veja q os peixes cegos sao uma evidencia e sao como
se fossem uma experimentacao da natureza q estamos a utilizar...
Mas a origem do genismo nao foi o de salvar a humanidade e sim
de maximizar a felicidade so individuo. E neste caso nao ha
experimentacao pq nao ha genistas em numero suficiente.
-------

Fernanda:
Quando vc afirma que o altruísmo puro só viria com a extirpação dos
genes egoístas via Genismo,

Jocax --> Nao soh com o Genismo, mas o Genismo seria uma das formas.
Acho q eu expus claramente o mecanismo...

JOCAX:
Nao soh com o Genismo, mas COM o Genismo ( suficiente mas nao
necessario ateh prova em contrario )


Fernanda:
Vc deu as razões, mas às vezes as razões das suas afirmações
doutriárias confundem-se com as científicas... seria interessante não
misturar as duas. (uma pessoa pode aceitar a teoria científica mas
não a doutrina, entende?)

Jocax --> Onde vc ve afirmacoes de cunhos doutrinarios sem
um embasamento logico-cientifico?

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Espirito cientifico
FROM: "Fernanda Amadei Sais" <lifer@iconet.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 10/12/2000 12:54


"Alberto Mesquita" escreveu:
Concordo plenamente quanto ao caráter inoportuno das mensagens desta
thread
apontado pelo Peterson. Não tenho a pretensão de dizer que ciência é
apenas
aquilo que estudo. Não obstante, a Ciencialist não foi criada com o
objetivo
de discutir política partidária e nem religião. Se a "ciência" do Sr.
Flávio
opõe-se à religião de A ou B, qualquer que ela seja e pelo motivo que
for, a
meu ver ela não se enquadra nos critérios de ciência a serem aceitos
para
discussão na Ciencialist. Por muito menos o Claudio Abreu foi quase
obrigado
a criar sua própria lista de discussão.
-----------------------------------


Desculpem, mas, apenas para esclarecer uma dúvida, gostaria de saber
quais são os "critérios de ciência a serem aceitos para discussão na
Ciencialist", pois não encontrei nenhuma restrição a respeito na página
da lista.

Há algumas discussões científicas que não são bem-vindas aqui? Quais
são?

Como eu posso saber o que é considerado ciência pelos demais
participantes e o que não se enquadra nesses critérios? São eles
subjetivos ou tem alguma referência?

Desculpem-me, mais uma vez, se eu estiver "chovendo no molhado", mas
gostaria de esclarecer esse ponto para evitar futuros problemas.


Um abraço a todos,

Fernanda Sais.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: apresentacao e paradigmas da mente
FROM: Flavio Mendonça <fefemendonca@uol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 10/12/2000 14:24

Paz e Luz Fernanda,

Fernanda Sais gravada:

> Olá Flávio e lista.

Oi, Fernanda.

> >
> > Os fenômenos espirituais nada tem de sobrenatural, muito pelo
> contrário, se existem é pq são naturais.
> > Foram investigados, pesquisados, experimentados, e deles se formou
> não só uma teoria, mas toda uma
> > doutrina que nos fala não só do fenômeno de interação
> ao domínio
> físico, mas ao que se refere ao domínio
> > deles. Não falarei muito a respeito, pois trata-se de uma longa
> história, mas em síntese sucedeu que
> > fenômenos inteligentes ficaram evidenciados através de uma
> pesquisa, e dele concluiu-se que se era
> > inteligente é pq por trás dele existia uma inteligência a
> produzi-
> los. Ora, qual cientista percebendo
> > nisso uma inteligência não iria pesquisar as causas. Foi o
> que
> ocorreu, e daí seguiram uma vasta seqüência
> > de fatos, originando assim, toda a Doutrina Espírita.
>
> Certo, então concordamos que, se os fenômenos conhecidos como
> espirituais existem, enquadram-se entre os fenômenos naturais.
> Essa
> seria, então, a primeira premissa básica aceita pelos dois
> lados,
> segundo a maneira que propus de se analisar a questão.
>

Sim, ambos partem da mesma premissa.

>
> Mas assim não vale! :-) Eu ainda estava tentando fazer uma
> análise
> desde o começo... mas vc utilizou como argumento as conclusões
> da
> teoria Espírita... (explico qual é o problema que vejo em
> consider
> essas conclusões *a princípio*: se ficarmos nos alternando
> entre os
> dois lados da questão, você argumentando com base na teoria
> Espírita
> e eu rebatendo com base nas teorias céticas e materialistas, vamos
> entrar num círculo vicioso e não saimos mais disso, como ocorre
> na
> maior parte das discussões a respeito...)

Realmente, iríamos ficar sem conexão. Por isso para um análise que aborda os fenômenos espirituais, ter
sucesso, terá que seguir a metodologia apropriada. Talvez um dia, através dos estudos da matéria, possa a
ciência encontrar evidências neste sentido. Por enquanto apenas encontramos indícios para uma ou outra
teoria. Nos estudos da matéria, vemos o comportamento das subpartículas, como não pudemos conclui-la, fica
a dúvida.

> - o fato de não
> considerarmos nem o Espiritismo nem o Ceticismo no início da
> análise
> é simplesmente para não discriminar nenhuma das duas, não
> deixar que
> as análises que estamos fazendo sejam influenciadas por elas e
> tentar
> o máximo possível fazer as análises sem nos baseramos nas
> convicções
> e conclusões que já temos (sejam essas conclusões
> científicas,
> lógicas e verdadeiras ou não).

Sua proposta é começar do zero ? Neste caso levaríamos milhões de anos, pois que a ciência antes de
qualquer coisa é uma continuidade de experiências históricas. A ciência evoluiu com a mente humana, assim
como ajudou neste processo. Não há como despreza-la. Vc já teve oportunidade de ler algo sobre a história
da física ? É muito interessante ver o encadeiamento do processo, seguindo passo a passo, a sua evolução.
Hoje para o homem penetrar nas propriedades da matéria, teve antes que imaginar e pesquisar muitas coisas.
Foi uma luta continua de vários abnegados a favor da ciência e consequentemente da humanidade. Onde cada
um deixava seu legado para que outro posteriormente levasse ao curso. Uma verdadeira olimpíada de 4 por
100:-)

>
> >
> > > Seguindo esse raciocício, a mesma teoria deve
> > > servir às duas possibilidades, uma vez que, embora não a
> conheçamos, há uma
> > > só verdade a respeito (a afirmativa ou a negativa da
> consciência
> como
> > > resultado de fenômenos puramente químico-biológicos).
> >
> > Aí é que está, a ciência espírita concluiu que as
> duas estavam
> relativamente corretas. Percebeu que a
> > teoria evolutiva desvendou uma grande questão relacionada a
> nossa
> origem, porém, não levou em conta uma
> > questão mais aprofundada, qual seja, o Espírito. Veja que a
> teoria
> de Darwin é lógica e racional, mas
> > incompleta, pois que faltam elos para concluirmos. A seqüência
> de
> estudos espíritas nos levou a perceber
> > onde estava este elo faltante. Por isso eu dizer que influência
> química-biológica refere-se parte
> > integrante do processo, e não a origem deste mesmo processo.
>
> Não vou afirmar categoricamente que isso não seja válido,
> porque
> ainda não avancei o suficiente nos meus estudos a respeito, mas,
> pelo
> que já vi e pensei no assunto, deve haver alguma falha nessa
> sequencia de estudos espíritas, em termos de método
> científico, pois
> do contrário ela seria melhor aceita entre os cientistas do que
> é.

Acontece que existem variáveis outras que não são levadas em conta. Os que não admitem, e não são poucos,
geralmente incorre em treis formas de visão:

1) Partem do pressuposto que tudo encontra guarita nas propriedades da matéria, desprezando totalmente a
possibilidade de existência de uma dimensão adversa. Faltam-lhes o espirito investigativo que eu
mencionei.

2) Estão sujeitos a só admitir aquilo que já se acha formado em sua mente curta. E que qualquer fenômeno
só pode existir dentro do seu ângulo de visão. Estes são os dogmáticos.

3) São aqueles que consideram o absolutismo como forma de perceber o mundo. A esses chamo-os de cientistas
frustados, pois que não percebendo a relatividade das coisas, frustam-se constatemente.

De toda forma, os materialistas partem de um pressuposto inverso aos espiritualistas, o qual os fazem
totalmente a verso as questões por nós abordadas. E neste ponto não há o que fazer. Se este for o seu
caso, paremos por aqui, pois certamente não progrediremos um só passo.

> É
> por isso que tento realizar todo o raciocínio desde o início,
> tentando estabelecer premissas que teriam condições de ser aceitas
> pelos dois lados (e quando isso não for possível trabalhar com
> duas
> possilidades, uma admitindo a existência de espíritos e outra
> puramente materialista)e a partir daí tento construir um
> raciocínio
> compatível com os dois, baseado apenas nas premissas com as quais
> os
> dois lados concordam.

Neste aspecto, é como disse, pode ater haver possibilidades, porém, as premissas se contrariam.

>
> Assim, não valem as conclusões da teoria Espírita, mesmo que
> seja
> científica, porque estou deixando também as conclusões
> científicas
> céticas e materialistas, na tentativa de prolongar o raciocínio
> até o
> ponto máximo em que nào há discordância entre dois pontos
> de vista
> conflitantes, para ver onde está o erro que gera esses conflitos.

Veja que a teoria espírita não desmente a materialista, antes complementa-a. Porém, o mesmo não se dá com
a materialista, pois, que parte de um pressuposto de não existir um domínio espiritual. É a negação pura e
simples de coisas ainda não percebidas, mas que possivelmente possa existir. Observe que toda descoberta
antes foi uma intuição, e só depois, com o auxílio do intelecto, foi demonstrada. Não é assim na ficção,
onde a vida imita a arte ? Um dia, creio nisto, a humanidade dominará tão bem a matéria, através da mente,
que realizará feitos hoje admitidos como maravilhosos, mas que num futuro será corriqueiro. Um deste é o
teletrasnporte de matéria. Quem viver verá ( Palavras proféticas de um humilde pesquisador ).

>
> Note que o erro, como partimos de premissas neutras, podem estar
> tanto no ponto de vista Espírita, como no Cético, como nos
> dois, e o
> fato dos erros serem encontrados não iria desestruturar
> completamente
> nenhuma das duas partes, mas corrigi-las e/ou fundi-las.

O problema está ai, nós concebemos a teoria materialista até onde ela se limita, mas o mesmo não se dá ao
contrário, pois que o materialismo é o inverso do espiritualismo. Admitimos por exemplo, a matéria como
sendo um evento dinâmico da combinação de um fluido cosmico universal que se encontra em determinado
estado e condição. Mas também admitimos que este fluido sofre uma manipulação inteligente. Achamos que
matéria é estruturada a partir disso. Veja que neste caso, os materialistas admitem parte do processo,
negando o complemento. Já nós, por admitirmos a existência de um domínio espiritual, admitimos outras
possibilidades além das materialistas.

> Por termos
> que admitir que não sabemos onde está o erro por enquanto,
> não
> devemos admitir como verdades na análise (embora possamos
> acreditar
> que seja verdade) as conclusões de nenhum dos dois lados. Por
> exemplo, pelo que percebo, você acredita que o "erro" gerador do
> conflito entre a teoria Espírita e a visão cética está na
> linha de
> raciocínio materialista, e eu acredito que esses erros estejam na
> metodologia Espírita; mas essas nossas opiniões não devem
> influenciar
> a análise racional, porque do contrário, como já disse,
> não saimos do
> lugar.

Veja por exemplo. Eu lhe falo sobre o princípio da incerteza, mas vc só admite o modelo mecanicista. Onde
poderemos chegar se não houver da sua parte a tentativa de compreender um teoria que já transcendeu a
mecanicista ? Não se admitindo o relativismo das coisas, vc jamais admitiria a outra. É por isso que eu
digo, falta a alguns o espírito investigativo até seu total esgotamento. Daí conclui-se nada existir além
do que ele não admite.

>
> >
> > > Concedo aos dois lados
> > > o benefício da dúvida até que se prove o contrário. (
> essa
> maneira de ver a
> > > questão origina-se justamente do fato de nenhum dos lados
> opostos
> conseguir
> > > provar nada de absoluto - ou quase - e de uma convicção - olha
> ela de novo
> > > :-) nunca nos livramos completamente dela...
> >
> > É prudente considerar sempre as questões que envolvem o
> processo,
> porém, como a ciência convencional, o
> > Espiritismo também formulou sua teoria, mesmo que relativa a um
> campo de observação. Por isso não se trata
> > meramente de crença, mas de uma teoria formulada a partir da
> compreensão destes experimentos.
> >
>
> A que experimentos você está se referindo?

Existe uma vasta literatura sobre eles. São necessárias alguns condições para analisa-los, por isso lhe
aconselhei a se aprofundar nos estudos, pois dissestes que gosta de comprar tais brigas.

> Receio não ter
> conhecimento deles. Esse é um ponto primordial para chegar a
> qualquer
> conclusão...

Pelo visto não tens. Realmente é primordial para qualquer ciência o conhecimento básico.

> será que esses experimentos foram suficientes,
> será que
> não deveriam ser realizados de outra maneira... ?

Talvez, por isso estou sempre convidando e desafiando mentes capazes de analisá-los com segurança, pois
que qto mais mentes capazes, menos possibilidades de embustes e enganos. O verdadeiro cientista,
encontra-se pre-disposto, em qualquer ramo do conhecimento humano, a investigar um fenômeno até o seu
total esgotamento. Porém, não pense que eles sejam em grande quantidade, pois que na maioria, prevalece a
preguiça e a acomodação. É que a busca muitas vezes lhes proporcionam dores incalculáveis.

> Você deve
> estar
> falando de experimentos espíritas, realizados por pessoas que
> acreditam na doutrina espírita.

Não. Muitos eram totalmente céticos. O próprio codificador da Doutrina Espírita, Allan Kardec, era cético
de carteirinha, porém, diante das evidências se rendeu. Claro que isso lhe custou caro, pois a partir daí
passou a receber adjetivações não muito interessantes, incluindo também a perda do status quo. Alias
observe que ninguém nasce crente, nasce primeiro cético.

> Sabe o que me incomoda , quando se
> trata desse ponto? Nunca soube de experimentos realizados por pessoas
> céticas quanto à existência de espíritos... esse
> desinteresse pela
> questão não me parece justificável, pois nega-se uma coisa
> que ainda
> não foi devidamente experimentada (refiro-me ao lado materialista,
> que deve ter bases para afirmar a impossibilidade de espíritos,
> mas o
> faz sem bases).

Realmente até aqui, ainda não encontrei um único cético que levasse a cabo este desafio. Negam
categoricamente toda teoria espírita sem ao menos se dá ao trabalho de estudar com profundidade as
questões levantadas. Qdo falo em profundidade, é ir até o fim, até ao esgotamento, onde se possa comprovar
ou simplesmente negar comprovadamente as teorias. No muito qdo aparece é como o Sr Peterson Leal S. Mello,
que nos enviou email demonstrando onde nasce o ceticismo em relação ao Espiritismo. Infelizmente é um tipo
de postura comum entre os céticos. Professa muito conhecimento doutrinário, porém, qdo inquirido sobre os
aprofundamentos, e suas conclusões demonstra o desastre que promoveu. Pena que poucos tem o conhecimento
doutrinário para perceber tal fato.

>
>
> > > - de que a solução dos
> > > problemas não reside nos opostos - geralmente inflexíveis -
> mas
> no
> > > meio-termo sensato - mais propício a análises e
> "re-análises")
> >
> > Sabias palavras !
> >
> > >
> > > A partir disso começo a pensar no assunto, o que muitas vezes
> traz
> > > consequências desastrosas: geralmente eu "compro briga" com os
> dois lados,
> > > pois, de uma forma geral, os religiosos não admitem uma
> análise
> racional (e
> > > que nege seus dogmas) baseada em conhecimentos científicos, e
> os
> cientistas
> > > (céticos) não admitem que se fale no assunto sem abolir
> completamente a
> > > possibilidade de discutir científicamente fenômenos tidos
> como
> espirituais.
> >
> > Por isso que eu tentei mostrar que o Espiritismo não é uma
> religião, mas sim uma ciência. Claro que sendo
> > ela, também, uma filosofia tem uma parte moral com
> conseqüências
> religiosas. Porém, como em tudo na vida,
> > há os que percebem nela uma doutrina completa, mas outros assim
> não
> a compreendem. Por falta de um estudo
> > mais profundo, agi como qualquer religioso dogmático, proferindo
> coisas falsas que nada tem haver com o
> > Espiritismo. Não obstante também haver pessoas que se
> denominam de
> Espíritas, ou que são adeptos do
> > Espiritismo, porém são pessoas ligadas, ou aos fenômenos
> mediúnicos
> ou as crenças espiritualistas
> > existentes no mundo. Por isso muitos, por não conhecerem este
> fato,
> atribuem tudo ser Espiritismo. Daí
> > origina-se um preconceito tão grande que muitas mentes capazes
> de
> auferir os fenômenos, simplesmente dão
> > as costas para a questão achando que o Espiritismo é coisa
> fantasiosa, coisa que lamento profundamente.
> >
>
> Realmente, conheço pessoas espíritas que são tão
> dogmáticas quanto as
> de qualquer outra religião (assim como já encontrei céticos
> que
> baseiam-se em dogmas, por incrível que pareça...), mas sei que
> há
> espíritas mais racionais (assim como tenho esperanças que haja
> também
> céticos racionais, flexíveis e dispostos à investigação),
> e isso é
> importante para estabelecer um diálogo entre ceticismo e
> religião. (é
> como já disse... nenhum dos dois lados inflexíveis é
> favorável a
> análises cautelosas...)
>

Certamente as intransigências são os obstáculos aos quais devemos vencer. Mas para isso, as partes devem
está imbuídos de bons propósitos, deixando o preconceito de lado, e adentrando no conhecimento com um
interesse religioso. Só assim, podemos levar a cabo, tais questões.

>
> > >
> > > (note-se que me considero cética - talvez não no sentido
> filosófico do
> > > termo, que remete ao humanismo secular - quanto às
> religiões
> atuais e quanto
> > > à ciência tradicional tb... ). Apesar disso, chego, por
> enquanto,
> à
> > > conclusão de que a partir da análise dos fenômenos
> naturais,
> propondo-se
> > > explicações fundamentadas na ciência natural - devidamente
> reformulada e
> > > atualizada com novas interpretações - pode se chegar a uma
> espécie de fusão
> > > científico-"religiosa" , não baseada em crenças mas em
> resultados, que torne
> > > enfim desnecessárias as controvérsias radicais entre
> ciência e
> religião -
> > > uma vez que nenhuma das duas existirá na sua forma atual, mas
> serão uma só
> > > muito mais evoluída.
> >
> > Veja que as pessoas que se prendem aos conceitos concebidos e que
> não atualizam-se neste sentido, quase
> > sempre se tornam pessoas dogmáticas. Isso não acontece só
> na
> religião, mas também em todos os ramos do
> > conhecimento humano. Os conceitos atualizam-se sobremaneira, e isto
> independe apenas da nossa boa vontade.
> > É que a medida que a nossa consciência avança, novos
> véus nos caem
> dos olhos, nos fazendo enxergar outros
> > horizontes nunca antes percebido. É a evolução a que estamos
> subordinados.
> >
>
> Sim, essa evolução do ponto de vista espírita explica esse
> avanço,
> mas... E se trabalharmos a hipótese do "não sabemos se os
> espíritos
> existem ou não, portanto devemos ter hipóteses condizentes com
> as
> duas possibilidades"?
>

Mas o avanço ao qual me referi, é um fenômeno natural que ambas as partes admitem. Trata-se da evolução do
conhecimento humano.

>
> > >
> > > Espero não ter aborrecido ninguém com esses comentários
> :-)
> >
> > De forma alguma. Me dá o maior prazer em debater com uma pessoa
> tão
> sensata qto vc.
> >
> > >
> > > Só mais uma coisinha...
> > >
> > > Flávio, quanto ao fato de a codificação genética ser
> obra do
> acaso -em que
> > > ocorrem as mutações gênicas - e seleção natural
> (afirmação da
> teoria
> > > evolucionista *aceita pela maior parte dos cientistas* - tudo bem
> q isso não
> > > vale, pois é um argumento q baseia-se na autoridade dos tais
> cientistas...
> > > mas é falha minha, não da teoria:-) ), você comentou
> que:
> > >
> > > "Mesmo que fosse consenso, ainda não prova. Trata-se apenas de
> uma teoria, e
> > > aceita por alguns e negadas
> > > por outros. Por isso falei que com rigor, nada é admitido
> absolutamente."
> > >
> > > Tudo bem que não prova, mas negá-la seria mais ou menos
> como
> negar que a
> > > Terra gire ao redor do Sol, dadas as evidências... E, só
> por
> curiosidade,
> > > você conhece alguma teoria melhor?
> > >
> >
> > Não é questão de ser melhor ou pior, apenas vejo que uma
> complementa a outra. O que seria das teorias
> > físicas, se não existisse a matemática ? Veja que uma
> complementa a
> outra. Da mesma forma outras ciências
> > se completam. A ciência Espírita é um manancial de
> conhecimento que
> complementa tantas quantas ciências
> > existirem.
>
> O fato de as teorias físicas serem complementadas (ou
> fundamentadas)
> pela matemática não implica que todas as ciências
> obedeçam à mesma
> relação da mesma maneira...

Não foi isso que disse. Falei que muitas ciências dão subsídios a outras, e delas se servem para
demonstrar ou aperfeiçoar seus postulados. Por exemplo, o que seria da física sem a história ? Como uma
cientista recente elaboraria uma teoria sem partir de uma outra que a antecedeu. É disso que falo,
entendeu ?

> mesmo que seja certo o que você
> afirmou
> quanto à ciência espírita, esse raciocínio não
> proporciona bases
> suficientes para ser justificado com essa comparação.

Isso pq vc assim não admite. Porém, outros profissionais admitiram e lograram êxito nas suas
investigações. Não podemos confundir a parte pelo todo. Somos uma parte de um todo, temos sempre esta
tendência de julgar o todo a partir de nós. Incapacidade nossa de perceber o todo.

>
> E como vc disse que gosta de comprar brigas, sugiro um estudo
> sério
> sobre Espiritismo. Para se
> > formular uma base de conhecimentos inicie pelas obras básicas,
> onde
> explica tudo desde o início. Claro que
> > vc encontrará alguns conceitos desatualizados, pois toda a base
> doutrinária foi formulada no século XIX,
> > onde as perspectivas eram todas centradas num modelo mecanicista.
> Porém, as respostas encontradas tem toda
> > ela um cunho relativista, pois que foi a forma encontrada para
> responder a perguntas da forma que foram
> > feitas. Inicialmente, leia o Livro dos Espíritos. Ele contém
> 1019
> perguntas e respostas, além de um
> > prefácio que conta toda a história que originou a doutrina.
> Super
> didático. Depois é interessante ler o
> > Livro dos Médiuns, onde encontramos toda a base
> fenomenológica.
> Depois desta base, outras obras mais
> > atualizadas e mais específicas foram efetivadas. Bons livros
> para
> quem tem bases científicas são os de
> > Hermínio de Miranda.
> >
>
> Sim, esse estudo fatalmente se fará necessário (não se pode
> ser
> contra ou a favor do que não se conhece com certa profundidade -
> pelo
> menos se houver uma tentativa de encontrar um posicionamento com
> alguma base racional e científica).
>

Sim, e é por isso que não se pode levar a sério a negação dos fenômenos sem antes haver uma verdadeira
investigação até seu total esgotamento. Há que se aprofundar com seriedade, afim de admiti-los ou
nega-los.

>
> Amigavelmente,
>
> Fernanda Sais.

Beijos !

Flávio Mendonça



SUBJECT: Re: 11 Dimensoes e TGBD
FROM: "Roberto Oliveira" <deoliveira@ig.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 10/12/2000 14:57


>Concordo plenamente. Aliás, andam espalhando por aqui mensagens sobre um
>espiritismo científico ou algo deste tipo que também fala por si só. E tão
>por si só que não afeta minha maneira de ver a física ou a ciência e
>portanto deixo o dito pelo não dito. Mas essa história de 11 dimensões tem
>profundas implicações sócio-econômicas pois são financiadas com um >dinheiro
>que sai do nosso bolso via governo/Capes/Cnpq e outros bichos e apesar de
>falarem por si só, fica-se com a nítida impressão de que também não vão >dar
>em nada. Que os americanos brinquem de esconde-esconde com partículas
>elementares, tudo bem, afinal eles não têm onde aplicar o dinheiro que
>sucatearam do resto do mundo. Mas daí a praticamente forçarmos nossos >jovens
>a entrarem nessa brincadeira, sob pena de não conseguirem seguir uma
>carreira universitária, a conversa é bem diferente.


Esta é uma posição de alguém sem espirito científico que só gera atraso e retrocesso. Qualquer especulação científica deve ser
estudada
e ter ao menos um especialista no país, seja na área de genética , de formigas, minhocas ou supercordas. Mesmo porque na área da
física ao formar alguém no estudo das 11 dimensões esta se formando também um especialista em matemática. E de uma forma ou de
outra esta mão de obra especializada vai render frutos seja na área de pesquisa ou na formação de novos especialistas. Tudo bem que
os americanos tem inúmeros outros recursos para investir alto em pesquisas especulativas e inovadoras, sorte deles!! É porisso que
eles são superpotência e não querem perder esta posição. E não é verdade que os recursos deles venham diretamente dos cofres
públicos.
Lá quem financia as pesquisas são principalmente os milionários e as empresas, mas é claro que para a pesquisa básica que exija a
construção de por exemplo um acelerador de particulas de bilhões de dólares, só o governo pode bancar. Se nós tivéssemos(talvez até
já tenhamos) um mestre especialista na teoria das supercordas, este estaria agrupando em torno de sí mais alguns alunos de
pós-graduação, portanto mão de obra em técnicas físicas e matemáticas avançadas. Se a teoria estiver certa, ótimo, se não estiver,
tudo bem os especialistas foram formados e podem ser aproveitados em outras pesquisas avançadas. Portanto o fato da teoria em sí dar
ou não em nada não é relevante em sí, já que os especialistas em ferramentas matematicas avançadas foram treinados. Ademais, o custo
em se financiar este tipo de estudo é muito pequeno se comparado aos riscos do benefício que podem advir. É claro que em pesquisas
onde se necessite construir aparelhos caros a coisa muda de figura , pois aí sim se necessita altos investimentos que nosso país
deva medir se o investimento realmente vale à pena, mas em estudos teóricos o investimento é muito pequeno. Caso o país ache que
isto é muito para que necessite um mínimo de investimento , lamento em dizer que nós jamais sairemos da condição de terceiro
mundistas.
E não sei se você é da área de pesquisa, mas se for sabe muito bem que em pesquisa básica só se obtém resultados práticos ou
comerciais uns quinze ou vinte anos depois. Portanto, este joguinho de "esconde-esconde de partículas" dos americanos podem daquí a
vinte anos gerar empresas que vão,talvez, arrecadar bilhões na venda de , por exemplo, computadores quânticos infinitamente mais
rápidos que os atuais. E nós estaremos mais uma vez gastando muito mais em comprar tecnologia pronta do que seria necessário para
desenvolvê-la, aumentando ainda mais o "gap" tecnológico.
Os americanos não estão jogando dinheiro fora, estão sim investindo na sua liderança daquí a vinte anos, mesmo que alguns dos seus
investimentos não dêem em produtos comerciais.
Com isso não quero dizer que coisas mais urgentes como o estudo de doenças típicas do Brasil ou de melhores condições da água dos
rios devam ser relegadas . Pelo contrário, nisto os investimentos deveriam ser maiores, mas sem descuidar dos projetos mais
avançados. Porisso, acho que a pesquisa do lançamento do nosso foguete espacial deveria ser retomado com toda força. Estivémos a um
passo de conseguir elevá-lo à órbita. Talvez com um pouco mais de investimentos pudéssemos ter conseguido, conseguindo nossa
independência tecnológica neste campo. Quanto vale isso para um país? A China acha que vale muito e porisso todos apostam nela como
uma superpotência no próximo milênio. E nós? Quando se tem oportunidade de desenvolver algo inédito e se perde a oportunidade é
sinal de falta de uma política estratégica. Quem se lembra do fiasco do SIVAM??



>E quem disse que não enxergo? Antigamente fazia-se física. Hoje sei apenas
>gastam nosso dinheiro com elucubrações que aparentemente não vão dar em
>nada. E sequer são elucubrações novas. Os físicos estão brincando com >essas
>bobagens há cerca de 70 anos e a única coisa que conseguiram visualizar >até
>agora foram as supercordas com que muito em breve irão se enforcar.

Então o que você sugere? Que se abandone as pesquisas , que se pare de ler livros , que se suprima a intelectualidade , que não se
busquem mais as respostas para o inexplicado ou que simplesmente se pare de pensar ??
Me desculpe, mas esta não é uma posição condizente com o espírito científico e humano, mas sim uma posição de acomodação , preguiça
e covardia. Mesmo que as atuais teorias estejam erradas, cedo ou tarde vai se chegar a uma teoria que explique a unificação. Tomara
que os físicos se enforquem mesmo com as cordas, assim saberemos que eles estavam errados e terão que buscar uma outra solução. Caso
estejam certos é ponto final acabou a grande buscar, então eles terão que requerer suas aposentadorias e ir pescar nos finais de
semana e o dinheiro que eles recebiam para suas pesquisas agora vai para o bolso dos ladrões de colarinho branco e políticos
desonestos e não para os pobres como se supõe.




>> Ao inves de formular uma
>> equacaozinha (como a da gravitacao de Newton)

>Essa piada foi muito boa. Digna de um "físico" do século XX. Meus >parabéns.
>Você aprendeu bem a lição que lhe ensinaram no curso de matemática >quântica.

Disto também não gostei, Newton era um gênio e deve ser respeitado. Mesmo que alguns o achassem insuportável.


[]'s

Roberto de Oliveira
oliveirar@hotmail.com




SUBJECT: Guia para leitura de artigos cientificos [humor]
FROM: "Luis Roberto Brudna [RS]" <lrb@if.ufrgs.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 10/12/2000 15:27


O que eu colocar de humor aqui, vai ter o [humor] no campo subject
(assunto).
Aceito contribuicoes.
---
Guia para leitura de artigos científicos

Muitos autores, de artigos publicados em revistas cientificas, tentam
esconder algumas coisas. Mas este é um guia que desvenda tudo!

-Texto original e -O que significa na verdade

- Como a muito tempo se sabe. - Não tive vontade de procurar a
referência.

- Isto é conhecido - Eu acho que é assim.

- Geralmente se afirma isso. - Eu e meus colegas pensamos assim.

- Há algumas discussões em torno do assunto. - Ninguém acredita em
mim.

- Isto pode ser demostrado. - Acredite em mim.

- De grande importância teórica. - Eu acho isso interessante.

- De grande importância prática. - Isto justifica o meu emprego.

- De grande importância histórica. - Isto pode me tornar famoso.

- O resultados típicos mostram. - Escolhemos os melhores resultados.

- Correto em uma certa ordem de grandeza. - Errado.

- Valores obtidos de forma empírica. - Valores obtidos acidentalmente.

- Os resultados não são conclusivos. - Os resultados poderiam
destruir minha hipótese.

- Trabalho adicional é necessário. - Preciso de mais dinheiro para o
projeto.

- Sintetizado de acordo com os protocolos padrões. - Comprado da
Merck.

- Obrigado João Silva pela assistência na parte técnica e obrigado
Maria Soares pelas valiosas discussões. - Obrigado João Silva por ter
feito todo o trabalho e obrigado Maria Soares por ter me explicado o
que tudo significa.

- Por enquanto não é possível se obter respostas precisas para este
problema. - Mesmo não tendo a resposta eu achei que poderia publicar
um artigo com essas besteiras.

- Embora alguns detalhes desta imagem foram perdidos na cópia, o
original apresenta bem esses detalhes. - Impossível de se visualisar
os detalhes mesmo no original.

- Presumidamente isso acontece em intervalos mais longos de tempo. -
Não tive paciência para realizar um experimento mais demorado.

- A concordância com a curva esperada é :
1.excelente
2.bom
3.satisfatório
4.regular
5.como esperado
- A concordância com a curva esperada é :
1.regular
2.fraco
3.duvidoso
4.péssimo
5.inexistente

- Geralmente se diz que... - Somente alguns pesquisadores pensam
assim.

- Trabalho adicional é requerido para elucidar o trabalho. - Eu não
entendi os resultados.

- Lamentávelmente uma teoria com abordagem quantitativa não foi ainda
formulada. - Todo mundo já percebeu que isso não faz sentido.

- Eu espero que este trabalho estimule outras pessoas a investir
neste campo de conhecimento. - Não me abandonem!!

- Composto de alta pureza. - Isto é o que afirmava o rótulo.

- Os resultados estarão em uma próxima publicação. - Não vou mais me
arriscar nessa linha de pesquisa, estou fora!

- Algumas amostras foram escolhidas para o estudo - As outras não
faziam sentido.

Original em
http://www.geocities.com/humornaciencia/Conteudo/Laboratorio/guia.htm

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna
Humor na ciencia - http://www.humornaciencia.cjb.net




SUBJECT: Re: Espirito cientifico
FROM: "Manuel Bulcao" <msbn@daterranet.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 10/12/2000 15:39

Olá,

O Peterson escreveu - Esse desafio eu mesmo fiz e faço a qualquer um
destes. Vou além disso, digo que estou disposto a mais uma dessas
provas. Pode-se chamar Chico Xavier, Uri Gueller, Thomas Green Morton
(homem do rá), Gasparetto, todas essas pessoas que dizem poder provar
ou realizar algum desses fenômenos.

O Flávio replicou - Não são eles que provarão, mas os espíritos
através de uma pesquisa séria com propósitos elevados no sentido do
bem. Pelo visto não está sendo o seu caso.

Manuel - Desde quanto uma pesquisa científica tem que ser realizada
com propósitos elevados no sentido do bem? O homem é um animal moral,
isto é, todos os homens têm a sua ação orientada por imperativos
éticos, e os cientistas não constituem uma exceção. Entretanto, o
cientista, no exercício da atividade "científica", "deve" ter uma e
apenas uma preocupação: a veracidade, ou melhor, a correspondência
entre a hipótese e o fato. Se há um valor "ético" sem o qual é
impossível a atividade científica, essa valor é "o compromisso com a
verdade". Ora, a "verdade" não é necessariamente "boa". A "verdade"
não é uma categoria moral, mas um conceito epistemológico. Essa
identidade forçada entre juízos de fato e juízos de valor é típica do
pensamento religioso. Logo, ao submeter a investigação científica a
crivos extra-científicos (propósitos "elevados" no sentido do bem), o
espiritismo demonstra o que realmente é: uma religião como qualquer
outra, e não uma ciência.

Nesta época de revolução científico-tecnológica permanente, muitas
religiões lastreiam-se como "ciência" com o claro intuito de se
imporem às demais. A pretensa "cientificidade" de seus enunciados é o
emblema da sua "superioridade". Isso é uma faca de dois gumes. Ora,
já que pretendem que suas "crenças" sejam enunciados científicos,
devem então, para serem coerentes, encará-las com o devido ceticismo
científico, ou seja, como meras hipóteses falseáveis, provisórias e
"incertas", pois é desta forma que os homens de ciência consideram
toda e qualquer idéia acerca da realidade. A ciência não serve para
conferir certeza a uma crença, uma vez que, para a ciência, não
existe verdade absoluta ou conhecimento indubitável.

Muito boa a intervenção do Peterson. O Peterson critica as religiões
ditas "científicas" sem sucumbir à tentação de transformar a própria
ciência em mais uma (intolerante) religião. Eis um cético à altura do
termo.

Abraços,
Manuel Bulcão




SUBJECT: Re: [ciencialist] Espirito cientifico
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 10/12/2000 16:33

-----Mensagem Original-----
De: "Fernanda Amadei Sais"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Domingo, 10 de Dezembro de 2000 12:54
Assunto: Re: [ciencialist] Espirito cientifico

> > Concordo plenamente quanto ao caráter inoportuno das mensagens desta
> > thread apontado pelo Peterson. a Ciencialist não foi criada com o
> > objetivo de discutir política partidária e nem religião. Se a "ciência"
> > do Sr. Flávio opõe-se à religião de A ou B, qualquer que ela seja e pelo
> > motivo que for, a meu ver ela não se enquadra nos critérios de ciência a
> > serem aceitos para discussão na Ciencialist.

> Desculpem, mas, apenas para esclarecer uma dúvida, gostaria de saber
> quais são os "critérios de ciência a serem aceitos para discussão na
> Ciencialist", pois não encontrei nenhuma restrição a respeito na página
> da lista.

Olá, Fernanda.

A Ciencialist sempre foi aberta a amplas discussões relativas às várias
áreas do conhecimento, mas sempre houve queixas e demonstrações de
preconceitos, por parte de alguns membros, sobre temas não muito bem aceitos
no Olimpo Acadêmico. Tanto assim é que embora participe da lista há muito
tempo, sempre me senti pouco à vontade para colocar aqui minhas teorias.
Noto que algo semelhante deve ocorrer com o Claudio Abreu e um pouco menos
com o Jocax, talvez devido a ele ser o mais cara de pau entre os
teorizadores da lista.

Não existem muitas regras mas uma sempre foi encarada, quase que por
consenso, como óbvia: não discutir política partidária nem religiosa.
Oficialmente só encontrei uma mensagem do Luis Brudna a respeito, de
23/08/00, onde ele diz: "Devem ser evitadas mensagens que tenham caráter
somente religioso e/ou político e que não tenham nenhuma relação com
ciência."

Dizer que espiritismo é ciência, para mim é ou agir de má fé, na tentativa
de iludir pessoas simples, ou então apelar para o cientificismo, o que é
comum entre religiosos de pouca fé, ou seja, aqueles que necessitam de uma
bengala para sustentar essa pouca fé. Enfim esse é um problema pessoal,
ainda que incomodativo para os demais. Acredito que esses indivíduos
deveriam ir procurar essa bengala em outro tipo de listas (voltadas talvez a
tratamento e não a discussões). Aqui, quando muito, e ainda que não seja o
objetivo primeiro da lista, alguns especialistas procuram orientar os jovens
cientistas que aparecem com dúvidas de natureza acadêmica e/ou científica.
Note, por outro lado, que todos são obrigados a ler msgs sem interesse para
a grande maioria que procura a Ciencialist com finalidades outras.

A msg do Sr. Flávio de 10/12/00, além de inoportuna, como relatado pelo
Peterson, por fugir ao objetivo da lista, continha outros inconvenientes:
excessivamente longa, excessivamente repetitiva, atacava um de nossos
colegas não por suas idéias mas por atitudes de natureza pessoal e adotava
uma postura como que a demonstrar que uma religião, por se julgar
científica, seria melhor do que outras explicitadas na mensagem. Além
disso, esta msg tinha cerca de 40 Kb (o que é bastante incomum em msgs txt)
e estava totalmente impregnada com propaganda de natureza religiosa ao lado
de argumentos a caracterizarem-na, de maneira sobremaneira duvidosa, como
científica. Creio que ninguém aqui enriqueceu seus conhecimentos sobre
método científico através da leitura da msg.

Em épocas de pico, como observamos recentemente, as coisas se complicam,
surgindo a necessidade da intervenção de nosso moderador. Nessas condições
deve-se também evitar msgs curtas, em especial aquelas em que a única
informação é do tipo: "Concordo com o que você falou" ou "Muito interessante
a sua posição", etc.

Há algum tempo (26/09/00) o Luis Brudna esclareceu: "A opiniao que tenho eh
que em alguns casos eh necessario cuidar um pouco para a quantidade de
mensagens nao se tornar desnecessariamente elevada, e por isso coloquei nas
dicas de participacao da lista o item -evite prolongar discussoes
infrutiferas. Acho que a Ciencialist jah passou por episodios bastante
conturbados e nao quero repetir a dose novamente."

Discussões religiosas e/ou entre religiosos e ateus, são realmente
infrutíferas e poderiam ser feitas em pvt pois não interessam a mais
ninguém, a menos que existam outras intenções por uma ou mais das partes.

> Há algumas discussões científicas que não são bem-vindas aqui? Quais são?

Além das minhas teorias ou da teoria do Claudio Abreu, creio que todas as
demais discussões científicas têm sido bem vindas.

> Como eu posso saber o que é considerado ciência pelos demais
> participantes e o que não se enquadra nesses critérios? São eles
> subjetivos ou tem alguma referência?

Não quero impor meu critério de ciência para ninguém, ainda que tenha
algumas idéias a respeito e expressas em meu Web Site. Porém, acredito que
seria suficiente respeitarem o que afirmei na msg anterior: evitar
discussões político-partidárias ou inter-religiosas. Qualquer "ciência" que
vá contra qualquer partido político legalmente estabelecido ou contra
determinada religião professada por fiéis não deve, a meu ver, merecer
espaço na Ciencialist. Em casos de dúvidas --partidos e/ou religiões
deletérias para a sociedade (por ex. nazismo ou religiões suicidas)-- creio
que todos aqui saberão o que fazer e/ou dizer a respeito quando solicitados.

> Desculpem-me, mais uma vez, se eu estiver "chovendo no molhado", mas
> gostaria de esclarecer esse ponto para evitar futuros problemas.

É sempre bom "chover no molhado" em coisas relativas a manutenção da ordem.
Por outro lado, estou acima expondo a minha posição que não é a oficial e,
portanto, sujeita a chuvas e trovoadas. Já estou abrindo o guarda-chuvas.
:-))

[ ]'s
Alberto
http://sites.uol.com.br/albmesq/
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Ego�smo gen�tico(ex: apresentacao e paradigmas da mente)
FROM: "Roberto Oliveira" <deoliveira@ig.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 10/12/2000 16:34

A idéia de genismo além de revolucionária é muito perigosa, por ela não há razão alguma para eu ter respeito , consideração, piedade
por ninguém além dos meus filhos. Para um cristão isto soa como a descoberta do anti-cristo, tudo é permitido em nome da preservação
dos MEUS genes(mas não nos esqueçamos que o mesmo também é válido para os outros). Isto me soa como um nazismo individual, um
pensamento de destruição coletiva e mesmo de gerador apocaliptico. E no entanto parece que a natureza realmente funciona
geneticamente desta maneira. A pergunta que fica é se o nosso espirito ou alma não seria um contra-peso neste egoísmo genético. Uma
espécie de equilíbrio para evitar que nos matemos uns aos outros. Sem a existência do espírito realmente não vejo como o mundo
poderia obter consciência e escapar do final apocaliptico que se vislumbra com este pensamento. Por este pensamento a rota final é
de uma sociedade extremamente egoísta, profundamente infeliz e sem esperança. ~Simplesmente não há como ser feliz num mundo assim,
onde a consciência coletiva esta morta. Também não acredito que neste mundo possa existir um mundo onde todos se amem, seria pedir
demais. Mas, uma evolução da consciência que nos permitisse co-existir com respeito, acho que poderia ser possível a longo prazo.
Mas pelo egoísmo genético não vejo nenhuma esperança para este mundo, e só prevejo mágoas, injustiças, ganância, ódio, loucura e
sofrimento. Portanto se isto não for o anti-cristo, então o que é? Se um pensamento como este se solidifica, não darei mais
esmolas, não praticarei a justiça, não terei um mínimo de respeito por colegas de trabalho que não gosto e que não me tragam
benefícios, porque tudo isso estará prejudicando minha descedência.
Num dia destes ouvi um religioso dizer que o pecado original era transmitido genéticamente para a humanidade...parece que ele tinha
razão.
Se nosso destino é mesmo ser estes seres egoístas que os genes nos dizem que somos, acho que merecemos mesmo ser consumidos até os
ossos numa grande explosão nuclear ou algo do gênero. E de preferência, que nem mesmo pó sobre.

Roberto de Oliveira
oliveirar@hotmail.com


-----Mensagem original-----
De: Joao Carlos Holland Barcellos <jocax@usp.br>
Para: ciencialist@egroups.com <ciencialist@egroups.com>
Data: Domingo, 10 de Dezembro de 2000 09:59
Assunto: [ciencialist] Re: apresentacao e paradigmas da mente


JOCAX:
Quase isso ! Note q os genes malevolos assim como TODOS os outros
agem no sentido de que o organismo perpetue seus genes. Isso quer
dizer que a Inveja, Ciumes, o Odio, a avareza, o egoismo, a vinganca
etc.... existem e se mantem na especie pq estes sentimentos auxiliam
na perpetuacao dos genes de quem os possuem.


E mais, pessoas desprovidas destes sentimentos levam uma desvantagem
evolutiva em relacao as pessoas portadoras deles.


Um genista NAO TEM q se comportar como um ser que possua estes
sentimentos (no estrito sentido da palavra), o genista deve sim se
preocupar com a perpetuacao de seus genes, seu comportamento
perpetuativo deve ser memeticamente tao eficaz quanto os que possuem
estes genes:


Por exemplo, se um genista for um mutante altruista NATO ele NAO
devera doar seu salario aos outros pois isto diminuira as chances de
sobrevivencia de seus filhos (emulando "avareza").


Se um genista mutante, sem a capacidade de sentir raiva, devera
diminuir as chances perpetuativas de alguem que lhe arranque um
braco, denunciando-o aa policia , por exemplo ( emulando "vinganca" ).


Entendeu estes exemplos de memes que agem no sentido de substituir os
sentimentos?


Fernanda:

==> Sim, agora ficou claro. Mas suponho que, desse jeito, chegaríamos
a uma sociedade composta por indivíduos frios e calculistas... será
que essas pessoas serão felizes, ou simplesmente indiferentes?
Ausência de sofrimento é sinônimo de felicidade? (não sei se o
objetivo do Genismo é a felicidade ou somente a ausência de
sofrimento). Não seria melhor uma sociedade de robôs, já que tudo
deve ser tão programado e calculado?

---------------
Jocax->
Sua pergunta eh boa e ja tinha pensado antes sobre o assunto...

Veja bem q eu nao falei dos sentimentos nao-malevolos como e
principalmente o amor. O Genismo nao devera afetar como afetara
os outros pois o amor ainda devera continuar como o principal
filtro no selecionamento do parceiro(a).

Mas meus estudos ainda nao sao conclusivos a respeito....

Em principio poderiamos, via Genismo, eliminar os maus sentimentos
e deixar os bons incolumes. A pergunta basica eh: Como ?

Sendo o amor o criterio de qualidade genetico para selecao
e uniao de gametas, entao, se adotarmos um criterio memetico
satisfatorio para ele(amor), entao o amor tbem deixara de sofrer
pressao seletiva e tbem acabar e teremos uma sociedade de robos !

Portanto, para manter o amor, deveremos selecionar parceiros
utilizando-nos deste sentimento. Mas devo dizer q soh este topico
deveria demandar varios livros para ser bem analisado.
(Resumnido: *Pelo menos* um dos parceiros deve ter filhos com
o outro por amor, e isto eliminaria uma sociedade de robos)
------------------



a mutação genética que diminua a ocorrência de tais genes não
levará o indivíduo a sofrer a pressão seletiva que sofreria sem esses
memes. (certo?)



JOCAX:
"..seletiva que sofreria sem esses GENES." ( aih fica certo ) Isso,
ele nao sofreria a pressao seletiva sem estes memes desde que ele
adote uma politica perpetuativa q tenha a mesma eficiencia.


Fernanda:

==> presão seletiva que sofreria sem os genes malévolos e sem os
memes adquiridos via genismo (era a esses memes q eu me referia) para
perpetuar seus genes, não é? Se o indivíduo não tiver os genes dos
tais sentimentos, e tb não tiver os memes que o façam agir de forma
adequada à perpetuação genética, como ele teria vantagem evolutiva?

-----------
Jocax---> Ele pereceria, seus genes seriam aniquilados neste caso!
Sem os genes e sem os memes : No chance. :-(
------------


JOCAX:
Vc tem todo o direito de duvidar mas eh isso mesmo ! Note q os memes,
sendo RACIONAIS podem ter uma EFICACIA muito maior do que o
comportamento INSTINTIVO, certo ? :-))


Fernanda:
Certo... mas isso não permite concluir que vá *necessariamente* haver
extinção dos genes que determinem esse comportamento instintivo, mas
sim que há possibilidades de que isso ocorra, e então seira
necessário um estudo de quais são as probabilidades.
------------------
Jocax->
Se existe uma probailidade P nao nula de ocorrer basta termos um
numero
suficiente de geracoes para garantir q ela ocorrera com
probailidade P'.
--------------

JOCAX:
Note q os genes que codificam um sentimento, como a inveja por
exemplo, podem ser extintos EXATAMENTE com no exemplo dos peixes das
cavernas. Qto maior o numero de genes responsaveis por um sentimento
maior a probabilidade desta caracteristica sofrer mutacao e portanto
mais rapidamente ela deveria ser anulada.


Fernanda:
Se vc admite que há grandes probabilidades (ou probabilidades
razoáveis) de ocorra uma mutação em genes responsáveis por um
sentimento (o altruísmo, por exemplo), então essa mutação pode
ocorrer agora, ou ter ocorrido em pessoas que nunca tenham ouvido
falar no Genismo. Então, se isso é verdade, é também possível que
existam pessoas com um altruísmo instintivo nesse momento...

Jocax --> Sim!, assim como existem individuos q nao sentem dor...

sem Genismo (e assim vc teria tb que admitir que o genismo não é a
única maneira de obter o altruísmo intintivo...).

Jocax --> Eh uma das maneiras de ele ser PRESERVADO e tomar conta
de toda a humanidade. Se o Genismo este tipo de mutacao NAO
sobreviveria.

E, mesmo que ela esteja em desvantagem evolutiva, pode sobreviver,
embora em pequenas quantidades, pois, pelo que sei, nem sempre seres
em desvantagem evolutiva são necessariamente extintos, podem apenas
ter quantidades dramaticamente restritas.

Jocax--> Isso poderia ocorrer para UM gene recessivo. Um gene
dominante
deleterio seria fatal e nao sobreviveria.

Como um exemplo entre os seres humanos, podemos citar o albinismo
(estou citando uma característica física, por ser mais facilmente
verificável), que confere, creio eu, até mais desvantagens evolutivas
que o altruísmo poderia conferir na nossa sociedade, e no entanto
está presente na nossa espécie.


--=
Jocax --> Note q isso nao significa q toda a humanidade ira se tornar
albina. E eh precisamente este o meu intuito : A salvacao da
humanidade
estaria completa qdo todos perdessem os genes malevolos. Claro
q para isso um meme, como o Genismo, seria necessario. De qqr
modo o processo necessariamente deveria comecar com alguns
poucos individuos mutantes....
---

Além disso, o fato dos genes poderem ser extintos como no exemplo da
caverna não significa que isso tenha necessariamente de acontecer.

Jocax --> Sim teria, eh questao de tempo, postarei na semana
um artigo q te explicara este processo.


JOCAX:
Note q para os genistas NAO eh necessario q a mesma mutacao em uma
caracteristica degenerada passe para toda humanidade. Dois mutantes
podem sofrer mutacoes em genes diferentes q codificam o odio, por
exemplo, acarretando a perda deste sentimento, para q o sentimento
deixe de existir nestes mutantes, embora ambos acabem por ter o mesmo
fenotipo para este sentimento.


Fernanda: Então essas mutações são mesmo frequentes... e temos
indivíduos assim. Quem garante que eles não conseguem se reproduzir?
É como disse, podem ter desvantagem evolutiva e existir em pequena
quantidade, mas existem.

-----
Jocax --> Eles podem e devem existir, mas como levam uma desvantagem
evolutiva ( por nao serem genistas) sua frequencia na populacao
nao pode aumentar.
-----


JOCAX:
Mas eh certeza que isto FATALMENTE deveria ocorrer. Veja bem,
suponha que surja um genista sem um destes sentimentos malevolos. Vc
percebe q ele nasceu em um mundo onde a maioria possui este
sentimento? O processo eh o mesmo q ocorre numa mudanca de especie
durante a evolucao, eh possivel tambem q a partir de uma massa
CRITICA de individuos nao "geneticamente malevolos" a discriminacao
contra os malevolos se faca sentir e, a partir dai, a pressao
seletiva se faca NO SENTIDO INVERSO, privilegiando os individuos
geneticamente nao maus, percebe?


Fernanda:
Mas e enquanto o genista não portador de sentimentos malévolos for
minoria? Ele será discriminado? Conseguirão os seres assim se
perpetuar mais que os não mutantes, a ponto de ter força para
discriminar estes últimos?

----
Jocax --> Ele NAO sera discriminado por nao portar os genes malevolos,
ele poderia ser discriminado por ser um genista. Um genista "puro"
eh ateu e este eh um motivo, muitas vezes, de discriminacao.
Com relacao a ultima pergunta a resposta eh SIM, ninguem hoje
em dia deixa de ter um filho com outra pessoa pelo fato desta
pessoa nao ser da mesma religiao q ela ( desde q a ame).
(No meu caso, qqr mulher q queira ter um filho comigo eu terei)
----




Fernanda:
Seria interessante encontrar outras maneiras de falsear o Genismo.
Afinal, quanto mais testado ele puder ser, e se a cada teste não for
provada a sua falsidade, mais aceito como teoria científica bem
fundamentada ele será (é o que tem acontecido com outras teorias, que
apesar de não serem comprovadas são aceitas).

Jocax--> Uma maneira, como ja disse eh um levantamento estatistico
do grau de felicidade medio dos genistas em relacao aos nao
genistas...
Como , q eu saiba, sou o unico, fica dificil fazer este teste.


JOCAX:
Uma doutrina q diz : "Vc deve comer uma laranja ao dia", eh uma
verdade? Uma doutrina nao se propoe a ser uma verdade mas
simplesmente mostrar um caminho. O Genismo se propoe a mostrar um
caminho.


Fernanda:
Não pode ser considerada uma verdade, mas pode ser considerada uma
mentira, se ficar comprovado que uma pessoa não deva comer uma
laranja. A doutrina do Genismo, quando se propõe a mostrar um
caminho, o faz baseado em crenças ou a partir de conclusões racionais?

----
Jocax --> O Cristianismo faz a partir de crencas racionais?
Uma doutrina nao precisa, em principio, ser baseado em ciencia
como o genismo o eh. Entretanto, o Genismo eh baseado na razao:
Pq nao compatibilizar seus memes com seus genes e garantir a
melhor integracao corpo-mente?
------

JOCAX:
Qdo eu afirmo "se vc comer uma laranja ao dia vc vai ter menos gripe"
neste caso eu estou fazendo uma afirmacao passivel de verificacao e
portanto pode ou nao ser verdade. Neste caso o Genismo cai no mesmo
caso pois pode ser passivel de verificacao pois eu digo q esta eh a
doutrina q maximiza a felicidade do individuo e, portanto, tambem
pode ser verdadeira ou falsa.


Por isso dependendo do enfoque q vc de ao Genismo como uma doutrina
ou como uma teoria cientifica ela assume diferentes conotacoes.....


Fernanda:
Sim... e vc assegura-se de que essas diferentes conotações não sejam
conflitantes? Será que não é estranho uma mesma teoria que proponha
afirmações passíveis de verificação (como teoria científica que pode
ser falseável) também faça afirmações que não possam ser comprovadas
falsas (como doutrina que se propõe a mostrar um caminho e, segundo
vc disse, não pode ser considerado verdadeiro ou falso)?

-----
Jocax --> Veja bem, Deus nao existe e nem por isso as pessoas
deixam de seguir religioes ! Vc pode seguir uma doutrina mesmo
qdo ela seja totalmente anti-cientifica ou falsa. Basta crer ...
Claro q se o Genismo for provado falso ele perdera sua forca
mas nao creio q isso venha a ocorrer...
-------

Fernanda:
Eu estava me referindo às afirmações que vc faz segundo o aspécto
doutrinário do Genismo, que poderiam entrar em conflito com o seu
caráter de teoria científica.

Jocax --> Nao creio principalmente se em qto teoria nao for
falseada.

JOCAX:
Muito boa?? Eh simplesmente a coisa + importante q apareceu nos
ultimos 100 anos !!! :-)

Fernanda:
Puxa, quanta modéstia! :-) Tanta modéstia lhe confere vantagens
adaptativas? :-)

Jocax --> Lembre-se q nem todas pessoas genios e por isso as vezes
eh bom mostrar a elas, q nao conseguem perceber a importancia, q
a teoria eh importante ! ( soh por esta frase ja irei arranjar
mais uns 50 oponentes : "como este cara eh convencido ele vai ver!"
A oposicao a mim se faz atraves de ataques a teoria q irao, por fim,
fortalece-la... :-)


Fernanda:
Por que esse é o caminho menos subjetivo? Reduzir as possibilidades é
mais científico que considerá-las de maneira mais amplas? O
raciocínio lógico não é sempre subjetivo, e ele deve ser baseado em
dados e resultados. Aliás, creio ser esse o problema, faltam
experimentos em relação ao Genismo, dados concretos. Afianal, a única
coisa concreta nele é a evolução, o restante esta fundamentado no
raciocínio e numa teorização que não é baseada em experimentações.

-------
Jocax --> Veja q os peixes cegos sao uma evidencia e sao como
se fossem uma experimentacao da natureza q estamos a utilizar...
Mas a origem do genismo nao foi o de salvar a humanidade e sim
de maximizar a felicidade so individuo. E neste caso nao ha
experimentacao pq nao ha genistas em numero suficiente.
-------

Fernanda:
Quando vc afirma que o altruísmo puro só viria com a extirpação dos
genes egoístas via Genismo,

Jocax --> Nao soh com o Genismo, mas o Genismo seria uma das formas.
Acho q eu expus claramente o mecanismo...

JOCAX:
Nao soh com o Genismo, mas COM o Genismo ( suficiente mas nao
necessario ateh prova em contrario )


Fernanda:
Vc deu as razões, mas às vezes as razões das suas afirmações
doutriárias confundem-se com as científicas... seria interessante não
misturar as duas. (uma pessoa pode aceitar a teoria científica mas
não a doutrina, entende?)

Jocax --> Onde vc ve afirmacoes de cunhos doutrinarios sem
um embasamento logico-cientifico?

[]s
jocax



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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: 11 Dimensoes e TGBD
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 10/12/2000 16:37

-----Mensagem Original-----
De: "Roberto Oliveira"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Domingo, 10 de Dezembro de 2000 14:57
Assunto: [ciencialist] Re: 11 Dimensoes e TGBD

> > Que os americanos brinquem de esconde-esconde com partículas
> > elementares, tudo bem, afinal eles não têm onde aplicar o dinheiro que
> > sucatearam do resto do mundo. Mas daí a praticamente forçarmos nossos
> > jovens a entrarem nessa brincadeira, sob pena de não conseguirem seguir
> > uma carreira universitária, a conversa é bem diferente.

> Esta é uma posição de alguém sem espirito científico que só gera atraso e
> retrocesso.

Pois acho que você interpretou o meu texto indevidamente.

> Qualquer especulação científica deve ser estudada
> e ter ao menos um especialista no país, seja na área de genética...

Você confirma não ter entendido o texto.

> E não é verdade que os recursos deles venham diretamente dos cofres
> públicos. Lá quem financia as pesquisas são principalmente os milionários
> e as empresas

Meu caro, você não leu o que escrevi!!!

> E não sei se você é da área de pesquisa, mas se for sabe muito bem que em
> pesquisa básica só se obtém resultados práticos ou
> comerciais uns quinze ou vinte anos depois. Portanto, este joguinho de
> "esconde-esconde de partículas" dos americanos podem daquí a
> vinte anos gerar empresas que vão,talvez, arrecadar bilhões na venda de ,
> por exemplo, computadores quânticos infinitamente mais
> rápidos que os atuais.

Você faz uma série de afirmações verdadeiras em meio a um texto que soa-me
sem sentido. O que eu disse é que não se deve forçar um jovem a andar nos
trilhos. Se quisermos desenvolver a pesquisa básica devemos dar aos jovens
opções. Caso contrário estaremos formando doutores que somente serão
efetivamente produtivos após concluírem um pós-doutoramento no exterior e
úteis somente para trabalhar no exterior, e isso é o que efetivamente ocorre
hoje no Brasil.

> E nós estaremos mais uma vez gastando muito mais em
> comprar tecnologia pronta do que seria necessário para
> desenvolvê-la, aumentando ainda mais o "gap" tecnológico.

Você parece não conseguir distinguir pesquisa básica de pesquisa aplicada e
de tecnologia, se não em teoria, pelo menos no caráter evolutivo de uma para
a outra.

> Os americanos não estão jogando dinheiro fora, estão sim investindo na sua
> liderança daquí a vinte anos, mesmo que alguns dos seus
> investimentos não dêem em produtos comerciais.

E você está propondo que o Brasil colabore para que daqui a vinte anos
continuemos na dependência dos americanos. Pois seguindo a sua leitura
estamos formando especialistas adaptados à cultura tecnológica americana e
desprezando a formação de uma cultura tecnológica nacional.

> Então o que você sugere? Que se abandone as pesquisas , que se pare de ler
> livros , que se suprima a intelectualidade , que não se
> busquem mais as respostas para o inexplicado ou que simplesmente se pare
> de pensar ??

Exatamente o contrário. Que se busquem respostas para o inexplicado.
Atualmente os "físicos" estão buscando equações e estou propondo que se
busque "expliquações". E quanto à leitura de livros, o que estou propondo
agora é que se ensine a ler, para que no futuro eu não tenha que responder a
uma msg absurda como esta.

> Me desculpe, mas esta não é uma posição condizente com o espírito
> científico e humano, mas sim uma posição de acomodação , preguiça
> e covardia.

Meu caro, vá aprender a ler antes de estudar física e criticar os outros.

> Caso estejam certos é ponto final acabou a grande buscar, então eles terão
> que requerer suas aposentadorias e ir pescar nos finais de
> semana e o dinheiro que eles recebiam para suas pesquisas agora vai para o
> bolso dos ladrões de colarinho branco e políticos
> desonestos e não para os pobres como se supõe.

E esta "é uma posição condizente com o espírito científico e humano"? Não
seria "uma posição de acomodação, preguiça e covardia"? Tenha paciência. Se
quer aparecer vá pegar no pé de outro. E não deixe de seguir o meu conselho:
faça um cursinho de leitura e, se possível, também de lógica.

[ ]'s
Alberto
http://sites.uol.com.br/albmesq/
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Resumo 256
FROM: Clovis Maia <gytuin@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 10/12/2000 17:45

Ola Sr. Alberto Mesquita,

Infelizmente nao possuo nem a capacidade dialetica e nem o tempo
necessario para discutir sua mensagem como ela merece, de modo que serei um
tanto breve.

> > Porem, faltou dizer que o brilho da joia pelo qual se orientam os
> > fisicos teoricos se chama Simetria, e ela fala por si soh.
> Olá, Clóvis
> Concordo plenamente. Aliás, andam espalhando por aqui mensagens sobre um
> espiritismo científico ou algo deste tipo que também fala por si só. E tão
> por si só que não afeta minha maneira de ver a física ou a ciência e
> portanto deixo o dito pelo não dito. Mas essa história de 11 dimensões tem
> profundas implicações sócio-econômicas pois são financiadas com um dinheiro
> que sai do nosso bolso via governo/Capes/Cnpq e outros bichos e apesar de
> falarem por si só, fica-se com a nítida impressão de que também não vão dar
> em nada. Que os americanos brinquem de esconde-esconde com partículas
> elementares, tudo bem, afinal eles não têm onde aplicar o dinheiro que
> sucatearam do resto do mundo. Mas daí a praticamente forçarmos nossos jovens
> a entrarem nessa brincadeira, sob pena de não conseguirem seguir uma
> carreira universitária, a conversa é bem diferente.
Na minha opiniao talvez seja um pouco de pretensao julgar, por si
soh, se os caminhos da atual fisica de particulas e campos sao certos ou
errados. Como nao me julgo com capacidade para tal, nao vou discutir a
questao aqui. Deixo-a aos que sejam, ou julgam-se ser, capacitados.
Agora, posso garantir que ainda nao presenciei nenhum jovem sendo
obrigado a estudar o assunto. Pra falar a verdade, eh ate dificil para um
jovem estudante de fisica sequer entrar na area, visto que sao poucos os
profissionais nela que podem orienta-lo no Brasil.

> > A grande descoberta aqui eh que se voce partir da simetria de calibre,
> > somada aas transformacoes de Lorentz (sim, as mesmas da relatividade
> > especial), consegue-se *deduzir* as quatro equacoes de Maxwell.
> Pois eu consigo deduzir que Papai Noel existe apelando para coisas bem mais
> simples. Proponho que modifique-se o nome do curso de física atual para
> curso de matemática em n-dimensões, ou de matemática estratosférica ou
> alguma coisa semelhante e que dê ibope. Assim a galera não vai sair por aí
> dizendo que estuda física.
Acho infeliz essa colocacao. Soh estuda esse assunto quem realmente
corre atras - ele nao eh, de maneira alguma, parte do curriculo de fisica e
nao eh ensinado em nenhuma materia da graduacao.

> > Por favor, enxerguem aqui a grande diferenca da fisica teorica, em materia
> > de interacoes, da fisica feita em seculos passados.
> E quem disse que não enxergo? Antigamente fazia-se física. Hoje sei apenas
> gastam nosso dinheiro com elucubrações que aparentemente não vão dar em
> nada. E sequer são elucubrações novas. Os físicos estão brincando com essas
> bobagens há cerca de 70 anos e a única coisa que conseguiram visualizar até
> agora foram as supercordas com que muito em breve irão se enforcar. Se eu
> fosse místico-esotérico diria que a física do século XX representou a praga
> que Boltzman lançou a seus futuros colegas pouco antes de se suicidar.
Nao faz jus a realidade afirmar que nada resultou de todo esse
trabalho. Como seria perda de tempo tentar enumerar todos os resultados
(mesmo porque voce faria questao de rebaixa-los), nao vou faze-lo. Apenas
quero deixar registrado, aos outros que leem essa mensagem e nao tem maior
contato com o assunto, que esta muito longe da realidade essa afirmacao.
Quanto a Boltzman, eh muito bonito evocar seu nome, mas pioneiro
como ele foi em introduzir novos conceitos e ideias na fisica (e criticado
como foi por faze-lo), creio que seu tumulo estremece ao ver que o
envolvem em meio a afirmacoes da mesma especie que o levaram ao suicidio.

> > Ao inves de formular uma
> > equacaozinha (como a da gravitacao de Newton)
> Essa piada foi muito boa. Digna de um "físico" do século XX. Meus parabéns.
> Você aprendeu bem a lição que lhe ensinaram no curso de matemática quântica.
Obrigado. Considerando que nunca fiz esse curso, devo ser um bom
aluno :-)

> > Mas nao escrevi essa mensagem para idolotrar os principios que estao
> > por tras da fisica atual, e sim para dizer que tudo isso tem por tras uma
> > estrutura matematica rigorosa
> E o que mais além disso?
Fora a verificacao experimental de muito do que ja foi feito, nada.

> > Para quem nao sabe, Spin eh uma propriedade que surgiu em Teoria Quantica
> > de Campos, que tambem eh toda baseada em simetria - pegaram a mecanica
> > quantica, embutiram os requerimentos de simetria necessarios para que ela
> > atendesse a relatividade especial, e viram que surgia o spin (foi Dirac
> > quem primeiro fez a brincadeira).
> Tenho a impressão que você foi enfeitiçado pelos defensores dessa idéia. A
> história do spin que conheço não é bem essa. Putz, já falei isso umas cinco
> vezes aqui na ciencialist, mas lá vai: O spin começou a entrar em cena
> (ainda não com esse nome) em 1924 através da experiência de Stern e Gerlach.
> Uma experiência como outra qualquer e, como tal, não é nem clássica nem
> moderna mas simplesmente uma constatação laboratorial. Em 1926 outra dupla
> de físicos, Uhlenbeck e Goudsmit, tentou explicar o espectro da luz emitida
> por átomos contendo um único elétron, admitindo que este girasse, e daí
> surgiu o nome spin. Não demorou muito para que se tentasse explicar os
> achados de Stern e Gerlach através da idéia de Uhlenbeck e Goudsmit, o que
> não se conseguiu pois a idéia de giro ia contra os dogmas aceitos pelos que
> tentaram explicar o fenômeno (a rigor, a experiência de Stern e Gerlach
> representa uma das inúmeras experiências feitas no século XX e que falsearam
> a física quântica primitiva). Dois anos mais tarde, em 1928, Dirac conseguiu
> finalmente adequar a matemática quântica ao spin, que agora não significava
> mais giro mas uma entidade matemática que ninguém sabe até hoje o que
> representa fisicamente falando. Ou seja, Dirac adicionou uma hipótese ad hoc
> a superproteger uma teoria que mostrou-se incompatível com a experimentação.
Desculpe, mas meu conceito de hipotese ad hoc difere do seu. Dirac
tentou adequar a mec. quantica feita ate entao aa relatividade especial. E
de la viu que o spin saia naturalmente. Ou seja, ele nao foi introduzido by
hand, mas deduzido a partir de primeiros principios. E, antes que voce volte
ao argumento de deduzir o Papai Noel, soh quero lembrar que ha diferencas em
se deduzir algo com verificacao experimental ou algo fantasioso. Como voce
bem sabe disso, peco que nao recorra ao ironismo ja praticado acima.

> Graças a sua habilidade como matemático, conseguiu embelezar seus argumentos
> com considerações de simetria e os físicos foram na onda. Ao mesmo tempo
"Embelezar seus argumentos" de modo matematico foi feito por todo
grande fisico teorico que se preze. Classico, quantico, ou de qualquer outra
epoca da fisica. Dificilmente voce encontrara alguem que nao concorde que um
dos maiores meritos de Newton foi a sua habilidade de aplicar (e inventar) a
matematica na fisica. Particularmente, vejo com os mesmos olhos o fato de
voce inventar o calculo diferencial e integral e usa-lo em fisica (como fez
Newton) ou voce introduzir argumentos de simetria e a matematica de teoria de
grupos na mesma (como fez Einstein, Dirac, e tantos outros). Nao eh coerente
atacar a ultima opcao se voce concorda com a primeira.

> preconceito muito grande por aquilo que recusam-se a conhecer. Idéias devem
> ser combatidas com idéias, jamais com preconceitos. Ao criticar a tgbd em
> público eu estou gratuitamente expondo-me a cometer erros, coisa que os
> universitários medíocres dos dias atuais têm medo de fazer. E tanto eu
> quanto o Claudio, e outros teorizadores que por aqui aparecem, acabamos
> ficando à mercê dos jovens a apelarem para a autoridade de seus mestres que
> ficam escondidos atrás de seus ídolos de barro.
Dotada de uma dramaticidade interessante suas colocacoes. Embora
sejam de um certo talento literario, fogem ao contexto do que acontece
nessas discussoes. E escrever bem nao significa estar certo. Representar
seus interlocutores como criancas que chamam pelos pais na hora do aperto eh
uma rapida maneira de pedir para que eles se retirem da conversa. Sera que
pararam de discutir com voce por falta de argumentos?

> > Como ja disse outro fisico, em outra mensagem dessa mesma lista, eh
> > preciso *Estudar* um pouco o que ja se fez para criticar. Com a ressalva
> > de que Estudar significa ler mais do que livros de digulgacao.
> Sem dúvida. Mas essa é a crítica que tenho feito aos que atacam minhas
> idéias sem conhecê-las devidamente. Por outro lado, tentam dizer que minhas
> idéias são incompatíveis com uma física que no passado já estudei muito mais
> do que o fizeram os meus supostos oponentes, mas que já me convenci de que
> não nos levará a nada. Porque haveria de reestudar um assunto que
> inicialmente não estava em jogo mas que entrou em pauta apenas para
> satisfazer o ego de quem não tem argumentos outros para atacar minhas
> teorias? E digo mais: Nunca tentei impingir minhas idéias a ninguém, ainda
> que, vez por outra, tenha feito meus comerciais sem gastar o tempo de
> ninguém. Estou há quase dois anos na Ciencialist e somente coloquei aqui a
> minha teoria após insistentes pedidos de pessoas que, não obstante, se
> recusaram a discutí-la. E esse físico a que você se refere foi um destes que
> nada mais fez senão fugir do assunto através de argumentos quânticos ou
> relativistas e que inicialmente não estavam em jogo. Veja em "Debates Física
> Clássica vs Moderna"
E voce nao acha natural recorrer a argumentos do conhecimento
normalmente mais aceito para se discutir um assunto menos conhecido? Nenhum
topico eh fechado em si mesmo. Se o eh, nao tem o minimo valor.

> (http://sites.uol.com.br/albmesq/Dialogos/dialogos.htm ) quantos
> efetivamente se dispuseram a discutir o que apresentei "A PEDIDO DELES"; e
> quantos fugiram do assunto levando-me a discutir temas que aceitei discutir
> apenas para fazer jus ao que aprendi na universidade dos anos 60-70: Um
> cientista que se preza não foge à luta.
Bravo.


Ate,

Clovis


SUBJECT: Re: [ciencialist] Resumo 256
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 10/12/2000 18:51


> > Sem dúvida. Mas essa é a crítica que tenho feito aos que atacam minhas
> > idéias sem conhecê-las devidamente. Por outro lado, tentam dizer que minhas
> > idéias são incompatíveis com uma física que no passado já estudei muito mais
> > do que o fizeram os meus supostos oponentes, mas que já me convenci de que
> > não nos levará a nada. Porque haveria de reestudar um assunto que
> > inicialmente não estava em jogo mas que entrou em pauta apenas para
> > satisfazer o ego de quem não tem argumentos outros para atacar minhas
> > teorias? E digo mais: Nunca tentei impingir minhas idéias a ninguém, ainda
> > que, vez por outra, tenha feito meus comerciais sem gastar o tempo de
> > ninguém. Estou há quase dois anos na Ciencialist e somente coloquei aqui a
> > minha teoria após insistentes pedidos de pessoas que, não obstante, se
> > recusaram a discutí-la. E esse físico a que você se refere foi um destes que
> > nada mais fez senão fugir do assunto através de argumentos quânticos ou
> > relativistas e que inicialmente não estavam em jogo. Veja em "Debates Física
> > Clássica vs Moderna"

Caro Alberto,

jamais fugi do assunto. Talvez, ao escrever esta mensagem, vc pensasse
que eu havia saído da lista. Estava apenas viajando (no sentido original
da palavra). Fico feliz de o Clóvis ter escrito muito do que eu deveria
ter lhe falado. Já afirmei que vc desconhece o que critica, já mostrei
alguns absurdos levantados por vc que jamais reconheceu o erro e
preferiu desmerecer os meus argumentos (e também de toda comunidade
acadêmica brasileira). Por estas razões e por falta de tempo, desisti da
discussão e não respondi às milhares de indiretas suas em mensagens
anteriores.

um abraço, Eduardo.


SUBJECT: Re: Fendas quanticas, fisica e outras coisas
FROM: "Manuel Bulcao" <msbn@daterranet.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 10/12/2000 19:05

Olá, Léo e lista,

Manuel - Mas a ciência da física explica os fenômenos por meio
daquelas leis mais "gerais". Ora, "geral" não é sinônimo de
"essencial" (é preciso um conhecimento rudimentar de filosofia para
distinguir uma coisa da outra).

Léo - Minha 'filosofia', como todos sabem, é bem rudimentar e, ainda
assim, vejo certa ambiguidade no emprego da palavra 'essencial' no
contexto. Está posta como 'mais importante; os fundamentais'? como
'essência das coisas, sua natureza e substância'?

Manuel - Seus conhecimentos de filosofia podem até ser rudimentares
(não sei, é o que você diz), mas sua intuição filosófica é bastante
aguçada, tanto quanto o seu senso de humor. :-) No contexto, o termo
"essencial" significa aquela característica, ou complexo de
caracteres, que distingue um fenômeno dos demais. Por exemplo: tanto
a matéria inanimada quanto a matéria viva são explicáveis pelas leis
da física (daí o caráter 'geral' ou 'genérico' dessas leis), mas
"algo" distingue uma da outra: os sistemas 'vivos' apresentam
"particularidades", isto é, caracteres que não se encontram numa
pedra, por exemplo. Esses caracteres constituem a "essência" ou
"natureza" da matéria viva. Ademais, tal essência biológica é
compartilhada por uma vasta gama de formas de vida, que vai do vírus
ao homem. Vale dizer, o que é "essencial" no fenômeno "vida" é,
precisamente, aqueles caracteres "gerais" que se verificam nos vírus,
moneras, protistas, fungos, plantas e animais. Conceitos tais como
"geral" e "essencial" são relativos. A título de ilustração: -- "a
'essência'do fenômeno humano são aquelas características 'gerais'a
todos os homens, independentemente de raça, sexo, cultura, etnia,
localização geográfica ou época histórica." Espero ter sido
claro.

Manuel - Por isso que nem toda "ciência" é física, ou melhor, existem
outras ciências para lá da física. Além da física existe a química, a
biologia, a sociobiologia ... e a sociologia (sociologia = estudo da
sociedade humana.

Léo - Que entende por 'para lá da física' e 'além da física'?
Significa que esses outros segmentos do conhecimento humano seguem
'religiosamente' as orientações da física (postulados, teorias e
tecnologias) mas tropeçam no método científico? Um médico
psicanalista ao atender um paciente com 'ansiedade' usa o método
científico ou tenta colocar o paciente dentro de algum 'quadro
estabelecido empiricamente' e, ao final, acaba receitando algo
recomendado pelo Frontal Alprazolam?

Manuel - Num universo "possível" cuja elevada temperatura não permite
a interação entre as partículas elementares de modo a formarem
moléculas e, muito menos, macromoléculas "vivas", neste universo
inóspito nada existe "para lá" ou "além" da física. Não empreguei a
expressão "além da física" para designar aquilo que Aristóteles
chamou de "metafísica" (do grego, 'metá tá physiká': depois dos
tratados da física). No contexto, a expressão "além da física"
significa que, além da ciência da física, existem outras ciências, as
quais compartilham com a física, 'grosso modo', o mesmo conjunto de
regras metodológicas. Léo, não complica, pô! :-)

Alberto Mesquita (sob referência) - E a partir dessa definição
discorrer alguma coisa sobre a utilidade da matemática como tal e não
algo a substituir os objetos de estudo da física? Representar é uma
coisa. Substituir é ficção. A partir daí poderemos dizer quem está
inovando.

Manuel: A matemática, para mim, é um grande mistério (talvez por não
> conhecê-la a fundo). A matemática trata de regras -- ou leis --
ainda mais gerais que as da física. A matemática é a ciência tanto do
"factual" quanto do "contrafactual". De acordo com a matemática, um
espaço-tempo plano é tão possível quanto um espaço-tempo hiperbólico
ou mesmo esférico. O problema é que a teia espácio-temporal na qual
estamos inseridos só pode ter uma, e somente uma, das três formas
citadas.

Léo - No Ciencialist está faltando um Matemático, com M. E, lembro
aqui, os amigos Angelo Barone Neto, Waldir Oliva, Paulo Bolus, Mauro
de Oliveira Cesar que nas 'rodadas' noturnas discutiam 'matemática'
(o grupo Burbaki, por vezes, era o prato do dia). Vcs não têm idéia
do que é a matemática para os matemáticos! Nada, absolutamente nada
tem a ver com a física, a ciência e muito menos a Natureza. É
absolutamente desconexo com isso tudo, é outro mundo! Nenhum
matemático sério vai teorizar em cima de um espaço-tempo plano ou
outra tranqueira física do gênero; ele faz estruturas lastradas em
bases matemáticas já demonstradas e novas incursões obedecendo à
estrutura algébrica onde tais demonstrações são válidas. Jamais,
jamais, jamais associam aquilo sobre o qual estão trabalhando com
qualquer aplicação física que possa ter ou vir a ter!!!!
Que falta faz um matemático aqui!

Manuel - Eu avisei: meus conhecimentos matemáticos são rasos, quase
inexistentes. Mas, correndo o risco de a emenda ser pior que o
soneto, lembro a vocês que Einstein recorreu à geometria não-
euclidiana ou riemanniana, que estuda espaços de 4,5, 'n' dimensões,
para fundamentar a teoria geral da relatividade, a 'geografia' do
espaço-tempo. De fato, "nenhum matemático sério vai teorizar em cima
de um espaço-tempo plano ou outra tranqueira física do gênero". O
problema, meu amigo Léo, é que não existem matemáticos sérios (ainda
bem!). E os físicos matemáticos, essa combinação interessante de
cientista e filósofo, adoram teorizar sobre universos com onze
dimensões espaciais e duas temporais.

Léo - Em tempo: Vamos parar com essas 'ataxias' sobre a moderação
dessa lista. A cada 5 meses, na calmaria, é salutar uma boa briga
ideológica ... mas. já passou! Parem de procurar 'vírgulas' fora do
lugar nas mensagens do LRB; nós o conhecemos, mais que suficiente,
para reconhecer o honesto propósito de melhorar cada vez mais a
ciencialist. A parte 'cruel' das mensagens, a meu ver, é a
negligência aos cuidados mínimos. Vejam essa mensagem que aqui
postei; minha tradicional modéstia impede-me de solicitar a todos que
a usem como modelo: sequencia límpíssima, nome do interlocutor, texto
mínimo e fundamental, resposta, cortar pé-de-página etc. E, por
gentileza, não procurem 'vírgulas' fora do lugar nesse meu texto
final :-)

Manuel - Assino embaixo! :-)

Abraços,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: [ciencialist] Resumo 256
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 10/12/2000 19:13

-----Mensagem Original-----
De: "Clovis Maia"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Domingo, 10 de Dezembro de 2000 17:45
Assunto: Re: [ciencialist] Resumo 256

> Infelizmente nao possuo nem a capacidade dialetica e nem o tempo
> necessario para discutir sua mensagem como ela merece, de modo que serei
> um tanto breve.

Olá, Clóvis. Não concordo com a incapacidade mas apoio sua brevidade.
Procurarei então reduzir o conteúdo indo aos tópicos a meu ver mais
fundamentais. Se julgar que deixei algo importante de lado é só dar um alô e
retornarei ao tema.

Lembro-me em primeiro lugar que estávamos discutindo dois temas
interdependentes: a teoria das cordas e a física moderna. Quando disse
que o estudante atual sente-se obrigado a perseguir a vocação de seus
mestres, não pensei na teoria das cordas mas na física moderna. Não conheço
hoje, dentre as universidades brasileiras de renome, local onde eu possa
apresentar a minha teoria e/ou onde os jovens possam perseguir vocações no
sentido de, por exemplo, completar a física newtoniana (coisa que, com
raríssimas exceções, não se faz há pelo menos 100 anos, e no Brasil, nem
pensar). Há alguns anos eu cheguei a brincar com os mestres e doutores do
Ifusp e apresentei, num seminário, tópicos da minha teoria de uma maneira
disfarçada e sem contrariar nenhum dos dogmas vigentes. Esse trabalho está
apresentado na íntegra em
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/Eletron2/flettner1.htm .
Conclusão: fui aprovado no seminário com louvor e com a nota 10, o único 10
entre os que participaram da rodada. Animado com o feito tentei retirar o
disfarce. Deixaram-me falando sozinho. Isso não aconteceu comigo apenas na
Usp mas também em outras universidades de renome nacional. Se eu fosse um
jovem e necessitasse da carreira universitária para sustentar minha família
eu teria de me sujeitar aos dogmas vigentes. Não há amparo algum à
criatividade e/ou ao incentivo a novas idéias. Isso já foi denunciado por
Mário Schenberg em 1984 onde ele demonstrou que efetivamente existe uma
mediocrização deliberada em nossas universidades. E mantém-se a mediocridade
pois que ela é muito conveniente para que os medíocres continuem utilizando
o dinheiro de nossos impostos em pesquisas que não darão em nada. Isso não
tem nada a ver com minhas diferenças com a física moderna. E acontece também
em outras áreas como, por exemplo, em medicina, terreno que conheço com mais
profundidade.

> Nao faz jus a realidade afirmar que nada resultou de todo esse
> trabalho. Como seria perda de tempo tentar enumerar todos os resultados
> (mesmo porque voce faria questao de rebaixa-los), nao vou faze-lo. Apenas
> quero deixar registrado, aos outros que leem essa mensagem e nao tem maior
> contato com o assunto, que esta muito longe da realidade essa afirmacao.

Concordo em parte, pois defendo o lema de que "o saber não ocupa lugar".
Porém lembro que o contexto é outro. Além do não apoio à criatividade acima
comentado, existe também o aspecto sócio-econômico-cultural. Não sou
especialista nesse contexto mas observo que para a manutenção do "status
quo" denunciado por Mário Schenberg (mediocrização deliberada), os políticos
e/ou especialistas no assunto ignoram-no totalmente.

> Quanto a Boltzman, eh muito bonito evocar seu nome, mas pioneiro
> como ele foi em introduzir novos conceitos e ideias na fisica (e criticado
> como foi por faze-lo), creio que seu tumulo estremece ao ver que o
> envolvem em meio a afirmacoes da mesma especie que o levaram ao suicidio.

Pois estou invocando Boltzman justamente por afirmar que os físicos de hoje
não aceitam a introdução de novos conceitos e idéias na física. Ou você acha
que a mecânica quântica foi inventada nos últimos dez anos? Se Boltzman
hoje estivesse vivo ele já teria tentado introduzir centenas de outras
idéias e seria novamente ridicularizado pelos acadêmicos dos dias atuais. Ou
será que você só enxerga como novas idéias aquelas que sujeitam-se aos
dogmas da física quântica? Como, POR EXEMPLO, a teoria das supercordas?
Entenda que ser revolucionário hoje é ir contra as idéias de hoje e que
apoiam-se nos paradigmas (ou dogmas) da atualidade. Deixando a física de
lado, Fidel Castro e FHC foram revolucionários no passado. Hoje eles são
ultra-conservadores.

> Desculpe, mas meu conceito de hipotese ad hoc difere do seu. Dirac
> tentou adequar a mec. quantica feita ate entao aa relatividade especial. E
> de la viu que o spin saia naturalmente. Ou seja, ele nao foi introduzido
> by hand, mas deduzido a partir de primeiros principios. E, antes que voce
> volte ao argumento de deduzir o Papai Noel, soh quero lembrar que ha
> diferencas em se deduzir algo com verificacao experimental ou algo
> fantasioso. Como voce bem sabe disso, peco que nao recorra ao ironismo ja
> praticado acima.

Desculpe-me se deixei alguma ironia no ar mas acho que, além de hipótese ad
hoc, o nosso conceito de fantasia também não está em acordo.

> "Embelezar seus argumentos" de modo matematico foi feito por todo
> grande fisico teorico que se preze.

A natureza é matematicamente bela mas nem tudo o que é matematicamente belo
corresponde a fenômenos naturais (a não ser no sentido em que a cabeça do
matemático também faz parte da natureza).

> Particularmente, vejo com os mesmos olhos o fato de
> voce inventar o calculo diferencial e integral e usa-lo em fisica (como
> fez Newton) ou voce introduzir argumentos de simetria e a matematica de
> teoria de grupos na mesma (como fez Einstein, Dirac, e tantos outros). Nao
> eh coerente atacar a ultima opcao se voce concorda com a primeira.

Newton percebeu que a natureza é matemática (aliás, antes dele Galileu já
havia percebido). Isso é diferente de inventar. A expressão inventar
parece-me que surgiu com Einstein mas isso ele fez numa época crítica,
quando a física realmente estava num atoleiro e necessitando de algumas
invenções. Não obstante, tanto ele quanto Dirac, e quase ninguém mais,
passaram o resto de suas vidas tentando justificar fisicamente suas
invenções matemáticas, o que não conseguiram.

> E escrever bem nao significa estar certo. Representar
> seus interlocutores como criancas que chamam pelos pais na hora do aperto
> eh uma rapida maneira de pedir para que eles se retirem da conversa. Sera
> que pararam de discutir com voce por falta de argumentos?

Não foi essa a minha intenção. Via de regra costumo ouvir e aprender mais
com os jovens do que com aqueles que já se dogmatizaram de maneira
definitiva. Não obstante, com freqüência os jovens apelam para a autoridade
daqueles que, em condições de apuro, jamais virão ajudá-los. Foi isso
pretendi chamar a atenção e talvez tenha me expressado de maneira errada.

> > Estou há quase dois anos na Ciencialist e somente coloquei aqui
> > a minha teoria após insistentes pedidos de pessoas que, não obstante, se
> > recusaram a discutí-la. E esse físico a que você se refere foi um destes
> > que nada mais fez senão fugir do assunto através de argumentos quânticos
> > ou relativistas e que inicialmente não estavam em jogo. Veja em "Debates
> > Física Clássica vs Moderna"
> E voce nao acha natural recorrer a argumentos do conhecimento
> normalmente mais aceito para se discutir um assunto menos conhecido?
> Nenhum topico eh fechado em si mesmo. Se o eh, nao tem o minimo valor.

O que você diz é válido para discussões onde o que se pretende é comparar
resultados entre duas teorias. Porém eu não posso atacar uma teoria, sem
conhecê-la devidamente, simplesmente porque uma das hipóteses dessa teoria é
incompatível com uma das hipóteses da outra teoria. Isso é um absurdo
lógico. O máximo que posso dizer é que as duas teorias são incompatíveis,
mas isso já era conhecido "a priori"; e pelo simples exames das hipóteses.
Enfim, a crítica que recebi foi do seguinte tipo: Eu não aceito A porque eu
aceito B e não quero conhecer A. Isso não é crítica! Não! Isso é ou uma
opção, que deve ser explicitada como tal, e neste caso não haveria o que
criticar, ou uma fuga ao tema em pauta, se a negação de A apoiar-se única e
exclusivamente no critério da autoridade, o que foi feito na ocasião. E,
como já disse:

> > Um cientista que se preze não foge à luta.
> Bravo.

Grato pela sutil correção do "preza", pois acho que estava errado na minha
msg anterior. Do contrário, estou errando agora :-). Realmente, fiquei em
dúvida, mas acho que o seu emprego é o correto. Help! Tem algum especialista
na linha?

[ ]'s
Alberto
http://sites.uol.com.br/albmesq/
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Resumo 256
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 10/12/2000 19:53

-----Mensagem Original-----
De: "Eduardo Gueron" <dgueron@mailbr.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Domingo, 10 de Dezembro de 2000 18:51
Assunto: Re: [ciencialist] Resumo 256

> Caro Alberto,
> jamais fugi do assunto. Talvez, ao escrever esta mensagem, vc pensasse
> que eu havia saído da lista.

Prezado Eduardo

Não, não pensei. E a fuga a que me referi foi assumida como tal. Você
simplesmente mudou de assunto e não entrou no mérito da questão. Seria mais
simpático se você dissesse que não estava interessado na minha teoria (como
você fez com o Claudio Abreu ou com o Jocax), mas você tentou utilizar-se do
argumento da autoridade (no caso, a autoridade da física moderna) tentando
dar a impressão de que estava criticando a minha teoria, quando na verdade
queria apenas mostrar para os demais que conhece física moderna.

> Já afirmei que vc desconhece o que critica

E eu já aceitei esse argumento. Não precisa ficar espalhando por aí que eu
não entendo nada de física moderna. Toda a galera da Ciencialist já percebeu
isso.

> já mostrei alguns absurdos levantados por vc que jamais reconheceu o erro

Esses você pode repetir porque eu não estou lembrado. Se relacionados à
física moderna não precisa pois já reconheci que não entendo nada do assunto
e portanto o que digo é sem importância. Mas talvez não seja, pois você
afirma que jamais reconheci o erro. Então gostaria de ser relembrado sobre
meus defeitos para que possa no futuro não mais cometê-los; ou, pelo menos,
cometê-los conscientemente.

> e preferiu desmerecer os meus argumentos (e também de toda comunidade
> acadêmica brasileira).

A comunidade acadêmica brasileira não está nem aí para com o que eu penso.
Quanto aos seus argumentos eu não sei a que se refere. Se você ainda julga
que criticou a minha teoria, sinto muito. Você simplesmente fugiu do assunto
e entrou com temas outros no sentido de sua autopromoção frente aos demais.
Tudo bem, isso faz parte do processo. Apenas digo que se você quer me
utilizar como trampolim eu acho que existem pessoas melhores para isso aqui
na Ciencialist. De qualquer forma, não me importo e espero que seja bem
sucedido.

> Por estas razões e por falta de tempo, desisti da
> discussão e não respondi às milhares de indiretas suas em mensagens
> anteriores.

Não sei quais seriam essas indiretas. Em minha resposta ao Clovis fui direto
ao assunto colocado por ele. Foi ele quem se referiu a você, ainda que não
tenha citado seu nome (e nem eu). Por outro lado, se a cada vez que eu falar
alguma coisa sobre física moderna você achar que é uma indireta, parece-me
que você está pretendendo ocupar o meu posto de megalomaníaco mor da
Ciencialist. Aí já é demais e não vou permitir. Você ainda precisa escrever
muitas msgs para pretender esse posto.

[ ]'s
Alberto
http://sites.uol.com.br/albmesq/
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] a intuicao nunca foi confiavel em ciencia alguma
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 10/12/2000 20:36

Léo, retornando do rancho nesse delicioso fim de semana de 5a. a domingo, como sói acontecer, encontra a ciencialist pipocando. Virar do avesso seria pouco para descrever mas, com satisfação vejo a 'reconciliação' LRB e todos. Vejamos 'a parte que me toca':

Bom senso, intuição e perspicácia.
Meu 'senso comum' não é igual ao 'senso comum' de outras pessoas (da maioria das pessoas, com certeza). Mas há uma interseção não vazia nesses dois conjuntos. Nessa interseção está, por exemplo, não deixar uma criança sozinha na beira do estaleiro de pesca ou não permitir que atravesse os restos de uma fogueira, pisando em brasas!
Meu senso comum, a parte que difere da maioria das demais pessoas, foi laboriosamente cultivado e encaminhado para o comportamento dos fenômenos físicos. Muita observação cuidadosa, muita atenção para os fatos, exagerada atenção para detalhes minuciosos (que o bom senso do outro grupo não vê). Esse senso comum, produto de estudo, observação e manuseio das coisas levam à construção de uma 'intuição própria e particular'. Acredito que uma 'intuição' seja construída, e pode ser dirigida a intermináveis fases do conhecimento humano. Essa perspicácia na 'previsão', base dessa intuição é que tento com todo vigor ampliar, ao 'educar' meu senso comum.
Sinto que isso não é, em absoluto, característica exclusiva minha. Há pessoas 'com esse' bom senso comum em vários campos.
Esse senso comum de que lhes falo é salutar ... e não é nada fácil cultiva-lo! Ele é útil numa vasta gama de aplicações e, quando digo em meus textos do imperdível, "A queda da Autoridade e do Senso Comum" refiro-me a aquele outro conjunto dos sensos comuns. Os alunos são tremendos candidatos desses sensos comuns 'poluidores' e, muitos, ainda acreditam na palavra da autoridade.

Vejamos mais um exemplo do que chamo de senso comum (claro que esse exemplo não será entendido por grande parte da população mundial!):

Usarei uma dica sugerida pelo amigo Alberto:
"Um problema bem montado via de regra só tem uma possível solução. E quem o
montou procura, nesta montagem, despertar o raciocínio de seus alunos. Você
é induzido pelo problema a andar num trilho e numa única direção (ainda que
às vezes possa se utilizar de algoritmos diferentes, porém análogos)."

==> O peso dos vagões deve ser igual ao peso da locomotiva.
Sabemos que, se não existir atrito entre as rodas dianteiras da locomotiva e os trilhos, o trem não será capaz de por-se em movimento.
De acordo com a terceira lei de Newton, a força de tração, durante o movimento uniforme, é exatamente igual à força de atrito entre as rodas da locomotiva (que, para simplificar, suporemos como sendo as dianteiras) e os trilhos: Ftr = Fat = k.P (1), onde k é o coeficiente de atrito entre as rodas de tração da locomotiva e os trilhos, e P é o peso da locomotiva.
Ainda, com base na terceira lei de Newton, a força de tração deverá ser igual á força contra a qual a locomotiva realiza trabalho, ou seja, em movimento uniforme, deverá ser igual á força de atrito entre as rodas dos vagões e os trilhos: Ftr = k'.P' (2),
onde P' é o peso dos vagões e k' o coeficiente de atrito entre as rodas e os trilhos.
Comparando (1) e (2) obtemos: k.P = k'.P'.
Simplificando k'=k (ambos coeficientes de atrito de aço com aço), obtemos um absurdo evidente: P = P', ou seja, "o peso da locomotiva é igual ao peso dos vagões".

Isso era o senso comum na época em que se inicia a história das locomotivas: primeira década de 1800.

[]'
Léo
Claro que vcs tentarão achar onde 'fura' o senso comum dos engenheiros da época.

=============



SUBJECT: Re: Egoísmo genético(ex: apresentacao e paradigmas da mente)
FROM: "Manuel Bulcao" <msbn@daterranet.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 10/12/2000 20:48

--- In ciencialist@egroups.com, "Roberto Oliveira" <deoliveira@i...>
wrote: A idéia de genismo além de revolucionária é muito perigosa,
por ela não há razão alguma para eu ter respeito , consideração,
piedade por ninguém além dos meus filhos. Para um cristão isto soa
como a descoberta do anti-cristo, tudo é permitido em nome da
preservação dos MEUS genes(mas não nos esqueçamos que o mesmo também
é válido para os outros). Isto me soa como um nazismo individual, um
pensamento de destruição coletiva e mesmo de gerador apocaliptico. E
no entanto parece que a natureza realmente funciona geneticamente
desta maneira. A pergunta que fica é se o nosso espirito ou alma não
seria um contra-peso neste egoísmo genético. Uma espécie de
equilíbrio para evitar que nos matemos uns aos outros. Sem a
existência do espírito realmente não vejo como o mundo poderia obter
consciência e escapar do final apocaliptico que se vislumbra com
este pensamento. Por este pensamento a rota final é de uma sociedade
extremamente egoísta, profundamente infeliz e sem esperança.
Simplesmente não há como ser feliz num mundo assim, onde a
consciência coletiva esta morta. Também não acredito que neste mundo
possa existir um mundo onde todos se amem, seria pedir demais. Mas,
uma evolução da consciência que nos permitisse co-existir com
respeito, acho que poderia ser possível a longo prazo. Mas pelo
egoísmo genético não vejo nenhuma esperança para este mundo, e só
prevejo mágoas, injustiças, ganância, ódio, loucura e sofrimento.
Portanto se isto não for o anti-cristo, então o que é? Se um
pensamento como este se solidifica, não darei mais esmolas, não
praticarei a justiça, não terei um mínimo de respeito por colegas de
trabalho que não gosto e que não me tragam benefícios, porque tudo
isso estará prejudicando minha descedência. Num dia destes ouvi um
religioso dizer que o pecado original era transmitido genéticamente
para a humanidade...parece que ele tinha razão. Se nosso destino é
mesmo ser estes seres egoístas que os genes nos dizem que somos, acho
que merecemos mesmo ser consumidos até os ossos numa grande explosão
nuclear ou algo do gênero. E de preferência, que nem mesmo pó sobre.

Manuel - Gostaria de saber qual a explicação "científica" dos que
postulam a hipótese do 'gene egoísta' para a revolta do Roberto
Oliveira contra o egoísmo genético. Tal revolta seria impossível,
caso o Roberto nada mais fosse que um "veículo-robô cegamente
programado para preservar as moléculas egoístas conhecidas pelo nome
de genes", segundo uma célebre definição do organismo vivo dada por
Dawkins.

Alguém pode aventar: o Roberto é teleguiado não só pelos genes
egoístas, mas também pelos "memes" igualmente egoístas, os quais a
miúde contradizem as determinações genética. Ok. Vamos supor que
Dawkins esteja certo. Mas, mesmo assim, resta uma dúvida: -- Como
explicar a revolta do próprio Dawkins (quem diria!), o teorizador de
toda essa panacéia, contra esses replicadores egoístas (genes +
memes), manifestada na seguinte asserção: "temos o poder para
desafiar os genes egoístas que herdamos e, se necessário, os memes
egoístas que nos foram transmitidos. (...) Só nós, na Terra, temos o
poder de nos rebelar contra a tirania dos replicadores egoístas."
(Dawkins; O Gene Egoísta; Gradiva; 2a. Edição Revista e Ampliada;
pág. 283)

A explicação do próprio Dawkins para tal fenômeno (a revolta do
organismo contra aquilo que determina seu comportamento) é que os
genes e os memes exercem uma influência "estatística" no
comportamento humano, e que "esta influência pode ser modificada,
sobreposta ou revertida por outras influências." (idem; pág. 447)

Se alguém tem a explicação para tais incongruências, aventurem-se!

Abraços,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: [ciencialist] Esprito
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 10/12/2000 21:22


> > Se vc conhece algum fenômeno que somente o espiritismo pode
> > explicar me inquira que eu investigo a resposta dada pelos céticos. Claro
> > que não pode inventar algo do nada ou frases como "o espiritismo explica a
> > razão da minha existência"...:P
>
> Olha amigo, o espiritismo, como qualquer ramo da ciência tem metodologia própria. Para concebe-la, deverás
> conhece-la. Não me peças provas, terás que busca-las usando de sua metodologia.

Caro Flavio,

não vou perder o meu tempo tentando provar nada. Vc afirmou que o
espiritismo tem um caráter científico e é testado. Eu apenas pedi um
experimento sério. Já que vc não me apresentou nenhum, eu lhe dou um
site (o famoso scicop) onde inúmeras experiências clássicas do
espiritismo são desmascaradas http://www.csicop.org . Há inúmeros outros
links que, se vc quiser, posso passar. Se vc quiser discutir
espiritismo, entre no fcb e discuta lá.

[]'s Eduardo.


SUBJECT: Re: Egoísmo genético(ex: apresentacao e paradigmas da mente)
FROM: "Joao Carlos Holland Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 10/12/2000 22:05

--- In ciencialist@egroups.com, "Roberto Oliveira" <deoliveira@i...>
wrote:
> A idéia de genismo além de revolucionária é muito perigosa, por ela
não há razão alguma para eu ter respeito , consideração, piedade
> por ninguém além dos meus filhos.

Caro Roberto, estou meio sem tempo e vou tentar te responder
meio apressadamente, espero nao errar muito....

Veja bem vc esta certo em dizer q os genes agem egoisticamente para
se preservareme isto IMPLICA em "altruismo-egoistico" TAMBEM.
Ateh formigas cultivam insetos q geram com suas fezes o alimento
(fungo) q elas irao precisar para se alimentarem.

A maioria das especies NAO eh antropofaga justamente pq um membro
da propria especie compartilha muitos genes com ela.
Isso eh um um "acordo-genetico" q impede o auto-aniquilamento.

Compartilhamos muitos genes com nosso vizinho e por isso nao eh
natural q aniquilemos membros da mesma especie.

Assim se vc defender, ou ajudar, outros da mesma especie vc
nao ira totalmente contra seus genes pois eles tambem os tem.

Sendo seres sociais, existem varios instintos que nos fazem
ter comportamentos sociais e isso INCLUI o respeito com o
outro.

O egoismo so aflora forte em momento de necessidade, de fome, etc..
nestes casos a preferencia genetica vira sempre para preservar
os genes mais proximos : Filhos, parentes etc...
E nestes casos o altruismo eh bastante seletivo.

Como a populacao aumenta eh natural q os recursos
escasseiem e o egoismo animal acabe aflorando.

Se eliminarmos o egoismo genetico tais barbaridades deixaram
de existir.

Um modo de eliminarmos o egoismo genetico eh atraves da adocao
do Genismo pela humanidade conforme eu provei no meu e-mail
"Humanidade:salvacao" e que pelo jeito vc nao entendeu nada.

[]s
jocax ( o messias salvador :-) )





> JOCAX:
> Muito boa?? Eh simplesmente a coisa + importante q apareceu nos
> ultimos 100 anos !!! :-)
>
> Fernanda:
> Puxa, quanta modéstia! :-) Tanta modéstia lhe confere vantagens
> adaptativas? :-)
>
> Jocax --> Lembre-se q nem todas pessoas genios e por isso as vezes
> eh bom mostrar a elas, q nao conseguem perceber a importancia, q
> a teoria eh importante ! ( soh por esta frase ja irei arranjar
> mais uns 50 oponentes : "como este cara eh convencido ele vai ver!"
> A oposicao a mim se faz atraves de ataques a teoria q irao, por fim,
> fortalece-la... :-)
>

Nao disse ?!? :-))


[]
jocax





SUBJECT: Re: Egoísmo genético(ex: apresentacao e paradigmas da mente)
FROM: "Joao Carlos Holland Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 10/12/2000 22:21

--- In ciencialist@egroups.com, "Manuel Bulcao" <msbn@d...> wrote:
>
> Manuel - Gostaria de saber qual a explicação "científica" dos que
> postulam a hipótese do 'gene egoísta' para a revolta do Roberto
> Oliveira contra o egoísmo genético. Tal revolta seria impossível,
> caso o Roberto nada mais fosse que um "veículo-robô cegamente
> programado para preservar as moléculas egoístas conhecidas pelo
nome
> de genes", segundo uma célebre definição do organismo vivo dada por
> Dawkins.
>
> Alguém pode aventar: o Roberto é teleguiado não só pelos genes
> egoístas, mas também pelos "memes" igualmente egoístas, os quais a
> miúde contradizem as determinações genética. Ok.

SIM ! Acertou na mosca, nem sempre memes e genes estao na mesma
direcao.

>Vamos supor que
> Dawkins esteja certo. Mas, mesmo assim, resta uma dúvida: -- Como
> explicar a revolta do próprio Dawkins (quem diria!), o teorizador
de
> toda essa panacéia, contra esses replicadores egoístas (genes +
> memes), manifestada na seguinte asserção: "temos o poder para
> desafiar os genes egoístas que herdamos e, se necessário, os memes
> egoístas que nos foram transmitidos. (...) Só nós, na Terra, temos
o
> poder de nos rebelar contra a tirania dos replicadores egoístas."
> (Dawkins; O Gene Egoísta; Gradiva; 2a. Edição Revista e Ampliada;
> pág. 283)

Acho q nesta ultima frase ele se referia aos genes, ja que
nada mais somos do que genes e memes (Nao existe outra forca que
nos guie).
Logico que existem todos os tipo de memes, um deles eh o Genismo
que, como mostrei, podera aniquilar os genes RUINS em beneficio
dos genes BONS e, com isso, eliminar a barbarie da face da terra.


>
> A explicação do próprio Dawkins para tal fenômeno (a revolta do
> organismo contra aquilo que determina seu comportamento) é que os
> genes e os memes exercem uma influência "estatística" no
> comportamento humano, e que "esta influência pode ser modificada,
> sobreposta ou revertida por outras influências." (idem; pág. 447)

Meu livro do "Gene egoista" termina na pagina 230 :-(
E portanto nao posso comentar em q contexto esta a frase acima.
De qqr modo ninguem eh infalivel e ele mesmo poderia estar
enganado.

[]jocax



SUBJECT: Re: apresentacao e paradigmas da mente (rumos da discussao - p/ Flavio)
FROM: "Fernanda Sais" <lifer@iconet.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 10/12/2000 23:07

Olá Flávio e lista.


Flávio, vou comentar apenas uma pequena parte da sua última
mensagem,
pois acredito ter notado que o assunto que estávamos discutindo, -
apesar do cuidado que tenho tido para mantê-lo dentro do
aceitável em
ciência (e vc também)- não é do agrado da maior parte dos
participantes da lista. E, como não gosto de incomodar ninguém,
não
me sinto a vontade para cotinuar esse debate aqui...

Se vc quiser, podemos continuar a discutir isso em pvt, pois eu
estava achando os rumos para os quais estava avançando a
discussão
bastante interessantes e proveitosos (para quem se interessa pelo
assunto, é claro).


Flávio:
> Sua proposta é começar do zero ? Neste caso levaríamos
milhões de
anos, pois que a ciência antes de
> qualquer coisa é uma continuidade de experiências
históricas. A
ciência evoluiu com a mente humana, assim
> como ajudou neste processo.


Fernanda:
Bem, em primeiro lugar, não levaríamos *milhões* de anos,
talvez apenas
alguns poucos milhares, que é o tempo que a ciência existe,
aliás, a
nossa espécie surgiu há mais ou menos 200 000 anos e há
pouquíssimo
tempo (cerca de 40 000 anos) começou a produzir suas primeiras
ferramentas... Acho que em uns dois ou três mil anos nós já
teríamos
feito avanços consideráveis na questão! :-)

Flávio:
Não há como despreza-la.

Fernanda:
Minha intenção não era desprezá-la, apenas estabelecer como
zero um
ponto máximo onde não haveria nenhuma discordância e, a
partir desse
ponto, continuar a análise, desprezando, *somente desse ponto em
diante*,
as
conclusões previamente existentes sobre o assunto.


Flávio:
Vc já teve oportunidade de ler algo sobre a história
da física ? É muito interessante ver o encadeiamento do
processo,
seguindo passo a passo, a sua evolução.
Hoje para o homem penetrar nas propriedades da matéria, teve
antes
que imaginar e pesquisar muitas coisas.
Foi uma luta continua de vários abnegados a favor da ciência
e
consequentemente da humanidade. Onde cada
um deixava seu legado para que outro posteriormente levasse ao
curso. Uma verdadeira olimpíada de 4 por 100:-)


Fernanda:
Realmente, é fascinante o processo de evolução do conhecimento
científico da humanidade, não só na física, mas nas
outras áreas
também. Notamos que, muitas vezes, em seu tempo, os cientistas
não
eram bem compreendidos e não tinham suas idéias aceitas pelos seus
comtemporâneos. Interessante notar
que
nós criticamos essa falta de tolerância que houve no passado,
mas, na
nossa vez de construir a história, fazemos a mesma coisa!


Um grande abraço,

Fernanda Sais.





SUBJECT: Re: Esprito
FROM: "Manuel Bulcao" <msbn@daterranet.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 10/12/2000 23:08

--- In ciencialist@egroups.com, Eduardo Gueron <dgueron@m...> wrote:
Se vc [o Flávio] quiser discutir espiritismo, entre no fcb e discuta
lá.

Manuel (gargalhando escancaradamente, para toda a vizinhança ouvir) -
Discutir espiritismo no FCB? Meu amigo Eduardo Gueron, se naquele
"templo" não se discute a psicanálise (tida por seus dirigentes como
uma falcatrua "a priori", uma fraude que rima com Freud), por que
eles vão discutir o espiritismo?...

...Pensando melhor, acho que eles não se recusariam a discutir o
espiritismo. Afinal, trata-se de uma doutrina tão tola que até os
mais obtusos céticos de carteirinhas, os que no fundo não passam de
pastores enrustidos, são capazes de pôr em xeque (xeque apenas, não
xeque-mate).

Quanto à psicanálise, o marketing dos psicofármacos (esses cosméticos
da alma) convenceu-os - os céticos 'oficiais' - de que se trata de
uma pseudociência e ponto final (a maioria foi convencida, mas não
descarto a hipótese de alguns terem sido "comprados"). E como lhes
faltam argumentos, proíbem a discussão. Quero ver eles discutirem a
psicanálise comig... com o Marco Aurélio Andrade. Eu fico na
arquibancada, organizando a torcida. :-)

Abraços,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: 11 Dimensoes e TGBD
FROM: "Roberto Oliveira" <deoliveira@ig.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 10/12/2000 23:13


> Os americanos não estão jogando dinheiro fora, estão sim investindo na sua
> liderança daquí a vinte anos, mesmo que alguns dos seus
> investimentos não dêem em produtos comerciais.

>E você está propondo que o Brasil colabore para que daqui a vinte anos
>continuemos na dependência dos americanos. Pois seguindo a sua leitura
>estamos formando especialistas adaptados à cultura tecnológica americana e
>desprezando a formação de uma cultura tecnológica nacional.

Eu propondo que o Brasil ajude os americanos?? Acho que agora é você quem esta precisando de umas aulinhas de boa leitura eheheh....
Cultura Tecnológica americana!!??
Isso existe?
Por acaso existe uma física quântica americana e uma brasileira ou uma genética inglesa e outra tupiniquim??
No caso da genética, ainda se pode dar preferência à estudos de microorganismos tipicamente tropicais que afetam-nos mais
diretamente, mas o princípio seguido é mesmo do praticado nos países desenvolvidos, só o objeto de pesquisa é que difere.



> Então o que você sugere? Que se abandone as pesquisas , que se pare de ler
> livros , que se suprima a intelectualidade , que não se
> busquem mais as respostas para o inexplicado ou que simplesmente se pare
> de pensar ??

>Exatamente o contrário. Que se busquem respostas para o inexplicado.
>Atualmente os "físicos" estão buscando equações e estou propondo que se
>busque "expliquações".

Não entendo aonde você quer chegar!
Não sou físico, mas qual a diferença de se tentar chegar à uma realidade através de equações ou de "expliquações"(o quer que isto
seja). Se você insinua , com isso, que os físicos estão modificando equações e mexendo em suas variáveis para ver se chegam em algo
interessante, num caminho inverso, ao que começa num pensamento abstrato para depois chegar-se às equações, não vejo nisso uma coisa
muito relevante. Cada um se vira com a capacidade intelectual que a natureza lhe brindou ;-)
Muita coisa importante foi descoberta em se especular e modificar equações já estabelecidas, se não me engano as especulações dos
buracos negros partiu daí.

> E quanto à leitura de livros, o que estou propondo
>agora é que se ensine a ler, para que no futuro eu não tenha que responder >a uma msg absurda como esta.


Aproveitando a deixa, também seria bom que as pessoas soubessem escrever claramente e com objetividade, evitando-se assim, possíveis
má interpretações ;-)

> Me desculpe, mas esta não é uma posição condizente com o espírito
> científico e humano, mas sim uma posição de acomodação , preguiça
> e covardia.



>E esta "é uma posição condizente com o espírito científico e humano"? Não
>seria "uma posição de acomodação, preguiça e covardia"? Tenha paciência. >Se
>quer aparecer vá pegar no pé de outro. E não deixe de seguir o meu >conselho:
>faça um cursinho de leitura e, se possível, também de lógica.


Eu aparecer?
Pegar no pé?
Ora,ora....você falou claramente que uma das mais promissoras teorias GUT da atuallidade, cuja busca absorveu a mente de teóricos
brilhantes como Einstein e Hawking, é mera perda de tempo e de dinheiro. Será que eles são imbecís em gastarem tanto num modelo que
talvez não dê em nada ou aceitam a incerteza porque estão dispostos a correr o risco e se estiverem certos dominarem a industria
imaginada e ,ainda,não imaginadas, provindas deste tipo de pesquisa. Esteja certo que eles não estão brincando!
Ou será que também não soube ler, também, esta parte?
;-)

Roberto de Oliveira
oliveirar@hotmail.com



SUBJECT: Re: Egoísmo genético(ex: apresentacao e paradigmas da mente)
FROM: "Manuel Bulcao" <msbn@daterranet.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 11/12/2000 00:20

--- In ciencialist@egroups.com, "Joao Carlos Holland Barcellos"
<jocax@u...> wrote:

Jocax - SIM ! Acertou na mosca, nem sempre memes e genes estao na
mesma direcao.

Manuel - Mas, em qualquer direção que estejam, pouco ou nada conta
para eles o bem-estar ou mesmo a sobrevivência do indivíduo. Para
esses "escrotinhos", segundo Dawkins, o que lhes interessa é a
replicação de si mesmos "ad aeternum", custe o que custar. Ou seja, o
indivíduo não é um fim, mas um meio, mero instrumento para a
reprodução ampliada dos genes e memes. Uma galinha é um artifício que
o ovo usa para produzir outro ovo. E um erudito é um instrumento do
qual se vale uma biblioteca para criar uma outra biblioteca. Isso é
alienação!

Manuel - Vamos supor que Dawkins esteja certo. Mas, mesmo assim,
resta uma dúvida: -- Como explicar a revolta do próprio Dawkins (quem
diria!), o teorizador de toda essa panacéia, contra esses
replicadores egoístas (genes + memes), manifestada na seguinte
asserção: "temos o poder para desafiar os genes egoístas que herdamos
e, se necessário, os memes egoístas que nos foram transmitidos. (...)
Só nós, na Terra, temos o poder de nos rebelar contra a tirania dos
replicadores egoístas." (Dawkins; O Gene Egoísta; Gradiva; 2a. Edição
Revista e Ampliada; pág. 283)

Jocax - Acho q nesta ultima frase ele se referia aos genes, ja que
nada mais somos do que genes e memes (Nao existe outra forca que
nos guie). Logico que existem todos os tipo de memes, um deles eh o
Genismo que, como mostrei, podera aniquilar os genes RUINS em
beneficio dos genes BONS e, com isso, eliminar a barbarie da face da
terra.

Manuel - Se existem genes "bons", esses são aqueles que contribuem
para a reprodução da espécie, e a espécie com freqüência se reproduz
tendo por contraprestação o sofrimento e a morte prematura do grosso
dos indivíduos. Veja o caso dos peixes teleósteos: para cada um
milhão de ovos postos e fecundados, apenas um vinga e sobrevive até a
idade adulta, de maturidade sexual. Por isso que a política de
aniquilar os genes ruins em benefício dos genes bons (eugenia), ao
invés de eliminar a barbárie, tende a incrementá-la, não importa se
levada a cabo pela direita ou pela esquerda. Mas, voltando ao
assunto, você não explicou cientificamente a revolta do Dawkins
contra o pérfido conluio genes-memes egoístas.

Manuel - A explicação do próprio Dawkins para tal fenômeno (a revolta
do organismo contra aquilo que determina seu comportamento) é que os
genes e os memes exercem uma influência "estatística" no
comportamento humano, e que "esta influência pode ser modificada,
sobreposta ou revertida por outras influências." (idem; pág. 447)

Jocax - Meu livro do "Gene egoista" termina na pagina 230 :-( E
portanto nao posso comentar em q contexto esta a frase acima. De qqr
modo ninguem eh infalivel e ele mesmo poderia estar enganado.

Manuel - Decerto, ninguém é infalível, nem mesmo você. Mas aconselho-
o a comprar a edição revista e ampliada do livro "O Gene Egoísta",
pela Gradiva.

Abraços,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Egoísmo genético(ex: apresentacao e paradigmas da mente)
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 11/12/2000 00:29



Manuel Bulcao wrote:

> Manuel - A explicação do próprio Dawkins para tal fenômeno (a revolta
> do organismo contra aquilo que determina seu comportamento) é que os
> genes e os memes exercem uma influência "estatística" no
> comportamento humano, e que "esta influência pode ser modificada,
> sobreposta ou revertida por outras influências." (idem; pág. 447)
>
> Jocax - Meu livro do "Gene egoista" termina na pagina 230 :-( E
> portanto nao posso comentar em q contexto esta a frase acima. De qqr
> modo ninguem eh infalivel e ele mesmo poderia estar enganado.
>
> Manuel - Decerto, ninguém é infalível, nem mesmo você. Mas aconselho-
> o a comprar a edição revista e ampliada do livro "O Gene Egoísta",
> pela Gradiva.

Parece que o próprio Dawkins foi ultrapassado pela sua própria
invenção. Pois, como é obvio, se o ser são apenas genes e memes,
não há lá nada para se revoltar.


joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: Re: Egoismo genetico(ex: apresentacao e paradigmas da mente)
FROM: "Manuel Bulcao" <msbn@daterranet.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 11/12/2000 03:04


João - Parece que o próprio Dawkins foi ultrapassado pela sua própria
invenção. Pois, como é obvio, se o ser são apenas genes e memes, não
há lá nada para se revoltar.

Manuel - Não obstante essa sua interessante observação, as pessoas
continuam se revoltando, inclusive o Dawkins, e não há enunciados
científicos que sirvam de consolo. Explique essa revolta, pela ótica
da memética.

Abraços,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: Fendas quanticas, fisica e outras coisas
FROM: "Manuel Bulcao" <msbn@daterranet.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 11/12/2000 03:40

Olá, Léo, de novo!

Eu quase me esqueço. Você escreveu: "... Um médico psicanalista ao
atender um paciente com 'ansiedade' usa o método científico ou tenta
colocar o paciente dentro de algum 'quadro estabelecido
empiricamente' e, ao final, acaba receitando algo recomendado pelo
Frontal Alprazolam?

Manuel - Um médico psicanalista? E por que não um médico
simplesmente, um clínico geral? Imagine: você vai ao médico, e este,
um autêntico cientista, acha que seus sintomas não se enquadram
satisfatoriamente em nenhuma doença empiricamente estabelecida.
Então, ele resolve testar suas hipóteses fazendo de você a cobaia. E
aí? Você muda de médico ou, em nome da ciência, submete-se às
experimentações?

Ora, ora... um psicanalista é um médico como qualquer outro. Se sua
intenção é questionar a psicanálise, tudo bem. Mas não me venha com
"dois pesos e duas medidas".

Abraços,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Separacao dos assuntos (Re : Ateh mais Brudna)
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 11/12/2000 04:19

-----Mensagem Original-----
De: "Manuel Bulcao"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Sábado, 9 de Dezembro de 2000 09:50
Assunto: [ciencialist] Re: Separacao dos assuntos (Re : Ateh mais Brudna)


> Eu acho que o termo "ciência" é por demais genérico. Ele compreende
> um arco amplo, que vai da mais exata das ciências, a matemática, até
> a ciência do direito.

Vejo essa idéia com muita simpatia. E costumo ir além: acredito, como já
citei aqui, na unicidade do método científico. Não obstante, a cada vez que
manifesto esse pensamento costumo levar paulada dos dois lados (não
exatamente aqui mas onde quer que me manifeste a respeito). A turma da área
de humanas crê que estou falando daquele "metodozinho" que funciona na área
de ciências naturais, e vem com aquela história que seu objeto de estudo é
bem mais complexo que o das demais áreas. E a turma da área de exatas, que
não quer perder a primazia de ser dona absoluta do "metodozinho"; e assim
sendo, não aceitam que este possa ser um caso particularíssimo de algo bem
mais complexo, ainda não elucidado e que está totalmente nas mãos dos
cientistas da área de humanas. As menores pauladas que levo são da turma da
área de biológicas e da saúde. Não sei se em respeito por minhas origens ou
se pelo fato de realmente os biólogos (mas não os médicos) serem, dentre os
cientistas, aqueles de comportamento mais humilde.

> Acho que a Ciencialist não deve tratar apenas de assuntos atinentes
> às ciências naturais. Deve a Ciencialist ser um fórum
> "interdisciplinar", um lugar para troca de informações entre todas as
> regiões do espectro científico -- ciências exatas, naturais e
> humanas. A ciência e a razão não devem abandonar nenhum aspecto da
> realidade ao irracionalismo.

Assino embaixo.

[ ]'s
Alberto
http://sites.uol.com.br/albmesq/
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: Espirito cientifico
FROM: "Luis Roberto Brudna [RS]" <lrb@if.ufrgs.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 11/12/2000 06:14

Observacoes importantes.


> Olá, Fernanda.
>
> A Ciencialist sempre foi aberta a amplas discussões relativas às
várias
> áreas do conhecimento, mas sempre houve queixas e demonstrações de
> preconceitos, por parte de alguns membros, sobre temas não muito
bem aceitos
> no Olimpo Acadêmico. Tanto assim é que embora participe da lista há
muito
> tempo, sempre me senti pouco à vontade para colocar aqui minhas
teorias.
> Noto que algo semelhante deve ocorrer com o Claudio Abreu e um
pouco menos
> com o Jocax, talvez devido a ele ser o mais cara de pau entre os
> teorizadores da lista.

Perai. Mais do que se fala em TGBD, Genismo e 'anti-einstein' nesta
lista... dificil. Quer dizer que temos que ter uma
tgbdgenismoantienistenlist ?

Eh claro que eu pedi para que as mensagens sobre TGBD fossem
direcionadas para a lista da Claudio. Tambem solicitei para o Jocax
criar um FAQ sobre o Genismo. E voce, Alberto, tem a sua pagina. Ou
seja, nao ha tanta necessidade de a Ciencialist ficar remoendo esses
assuntos. Acho que devemos encontrar coisas novas pra debater.

Talvez seria interessante criar uma lista tipo 'Fronteiras da
ciência' onde teorias totalmente novas sao debatidas. Ou eu estou
dando mais uma opiniao furada?



> Não existem muitas regras mas uma sempre foi encarada, quase que por
> consenso, como óbvia: não discutir política partidária nem
religiosa.
> Oficialmente só encontrei uma mensagem do Luis Brudna a respeito, de
> 23/08/00, onde ele diz: "Devem ser evitadas mensagens que tenham
caráter
> somente religioso e/ou político e que não tenham nenhuma relação com
> ciência."

Realmente escrevi isso e ainda continuo com esta posicao. Deixei o
debate sobre 'espiritismo' correr solto pra nao ser taxado de
ditador. Agora resta os integrantes da lista decidirem se o debate eh
valido ou nao. Pimenta nos olhos dos outros....


> Dizer que espiritismo é ciência, para mim é ou agir de má fé, na
tentativa
> de iludir pessoas simples, ou então apelar para o cientificismo, o
que é
> comum entre religiosos de pouca fé, ou seja, aqueles que necessitam
de uma
> bengala para sustentar essa pouca fé. Enfim esse é um problema
pessoal,
> ainda que incomodativo para os demais. Acredito que esses indivíduos
> deveriam ir procurar essa bengala em outro tipo de listas (voltadas
talvez a
> tratamento e não a discussões).

Tambem vou pela ideia de que misturar religiao e ciencia neste
estilo, nao eh adequado.


> Aqui, quando muito, e ainda que não seja o
> objetivo primeiro da lista, alguns especialistas procuram orientar
os jovens
> cientistas que aparecem com dúvidas de natureza acadêmica e/ou
científica.

Certo.

> Note, por outro lado, que todos são obrigados a ler msgs sem
interesse para
> a grande maioria que procura a Ciencialist com finalidades outras.

Esse eh o velho problema de se ter uma lista sobre ciencia. Um
assunto muito amplo. Cada um acha que o que pensa eh ciencia e
pronto.. vai pra Ciencialist. :) Por isso.... sofremos.


> A msg do Sr. Flávio de 10/12/00, além de inoportuna, como relatado
pelo
> Peterson, por fugir ao objetivo da lista, continha outros
inconvenientes:
> excessivamente longa, excessivamente repetitiva, atacava um de
nossos
> colegas não por suas idéias mas por atitudes de natureza pessoal e
adotava
> uma postura como que a demonstrar que uma religião, por se julgar
> científica, seria melhor do que outras explicitadas na mensagem.
Além
> disso, esta msg tinha cerca de 40 Kb (o que é bastante incomum em
msgs txt)
> e estava totalmente impregnada com propaganda de natureza religiosa
ao lado
> de argumentos a caracterizarem-na, de maneira sobremaneira
duvidosa, como
> científica. Creio que ninguém aqui enriqueceu seus conhecimentos
sobre
> método científico através da leitura da msg.

Confesso que nao tenho tido tempo pra ler todas as mensagens na
integra, e acho que ninguem aqui consegue. POrtanto nao tenho
comentarios para essas observacoes.


> Em épocas de pico, como observamos recentemente, as coisas se
complicam,
> surgindo a necessidade da intervenção de nosso moderador.

Eh... quando nao tem ninguem mais pra levar paulada... sobra pra
mim. :)


> Nessas condições
> deve-se também evitar msgs curtas, em especial aquelas em que a
única
> informação é do tipo: "Concordo com o que você falou" ou "Muito
interessante
> a sua posição", etc.

Acho que esse problema jah foi resolvido. Isso acontece normalmente
com integrantes novos em listas de discussao. Muitos estao
acostumados com newsgroups no qual mensagens curtas nao incomodam
tanto. Agora mudei a configuracao da Ciencialist para moderar somente
os novos integrantes da lista, assim posso guiar as primeiras
mensagens. Isso tbem impede que spammers invadam a lista.


> Há algum tempo (26/09/00) o Luis Brudna esclareceu: "A opiniao que
tenho eh
> que em alguns casos eh necessario cuidar um pouco para a quantidade
de
> mensagens nao se tornar desnecessariamente elevada, e por isso
coloquei nas
> dicas de participacao da lista o item -evite prolongar discussoes
> infrutiferas. Acho que a Ciencialist jah passou por episodios
bastante
> conturbados e nao quero repetir a dose novamente."
>
> Discussões religiosas e/ou entre religiosos e ateus, são realmente
> infrutíferas e poderiam ser feitas em pvt pois não interessam a mais
> ninguém, a menos que existam outras intenções por uma ou mais das
partes.

Para debates sobre religiao indico a lista Ateus-br
http://www.egroups.com/list/ateus-br/

e o newsgroup do UOL uol.sociedade.ateismo


>
> > Há algumas discussões científicas que não são bem-vindas aqui?
Quais são?
>
> Além das minhas teorias ou da teoria do Claudio Abreu, creio que
todas as
> demais discussões científicas têm sido bem vindas.

A lista precisa de variedades. Centrar em certos assuntos causa
aborrecimento.

Nao tenho culpa se as listas de discussao paralelas a Ciencialist
nao estao apresentando fluxo adequado de mensagens, mas lembre... uma
lista nao cresce sozinha!! Eu LUTEI MUITO pra conseguir manter a
Ciencialist, principalmente no inicio. Mandei mal para varias
pessoas, varios foruns... me tornei quase um spammer. :) Claro que
tive a excelente colaboracao de todos os integrantes da Ciencialist.
Tive muitas surpresas. Sinceramente, nao esperava que a ideia de uma
lista de discussao sobre ciencia desse tao certa.



> > Como eu posso saber o que é considerado ciência pelos demais
> > participantes e o que não se enquadra nesses critérios? São eles
> > subjetivos ou tem alguma referência?
>
> Não quero impor meu critério de ciência para ninguém, ainda que
tenha
> algumas idéias a respeito e expressas em meu Web Site. Porém,
acredito que
> seria suficiente respeitarem o que afirmei na msg anterior: evitar
> discussões político-partidárias ou inter-religiosas.
Qualquer "ciência" que
> vá contra qualquer partido político legalmente estabelecido ou
contra
> determinada religião professada por fiéis não deve, a meu ver,
merecer
> espaço na Ciencialist. Em casos de dúvidas --partidos e/ou religiões
> deletérias para a sociedade (por ex. nazismo ou religiões suicidas)-
- creio
> que todos aqui saberão o que fazer e/ou dizer a respeito quando
solicitados.

Tai uma coisa dificil de explicar... 'o que eh ciencia'. Eu tenho
minhas ideias. Soh que eh extremamente dificil explicar... ainda mais
se eu for abrir a minha boca aqui.. na lista... sempre vai ter alguem
pra descer o sarrafo... prefiro ficar na minha. :) Sei que discussoes
sao sempre interessantes, mas aprendi que em certos assuntos eh
melhor nao se meter. Ainda mais quando o pessoal leu Popper de cabo a
rabo e eu nao li. Dai se falo algo... logo tascam um Popper e sou
obrigado a ficar quieto. :)


>Já estou abrindo o guarda-chuvas.

Jah comecou a tempestade... dessa vez acho que ateh tornado vai
ter. :)

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna - observacoes pessoais e de administrador





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Espirito cientifico
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 11/12/2000 09:57

LRB:
>Realmente escrevi isso e ainda continuo com esta posicao. Deixei o
debate sobre 'espiritismo' correr solto pra nao ser taxado de
ditador. Agora resta os integrantes da lista decidirem se o debate eh
valido ou nao. Pimenta nos olhos dos outros....<

Oi Luis, deixa a coisa rolar, adoro essa coisa de dar pancadinha em baixo da mesa, ficar todo mundo no escuro de mão dada etc. Essa de reencarnação então é supimpa! É o Espírito da Ciência! É a Ciência do Espírito! Você nunca participou dessas reuniões onde 'desce' ou 'baixa' o 'negro velho', o índio, o senhor da casa grande? é genial! Pura ciência! Comprovado cientificamente! Tem até fotografias de espíritos e reencarnados ... e fazendo poses! Depois te conto uma em que a prima da vizinha, a que levou a avó da dona da venda na casa da cunhada do homem do carrinho de lanche, ... é genial! Arrepiante. Estou esperando ser convidado para uma nova sessão de reencarnação. Pedi para 'baixarem' o Galileu, pois adoraria bater um papo científico com ele. Pena que, até agora, só conseguem baixar 'pessoas comuns' que não sabem nada de ciencias ... só sabem dar conselhos gerais (e arquibancadas!) para os 'irmãos'.

Fernanda:
>> Dizer que espiritismo é ciência, para mim é ou agir de má fé, na
tentativa de iludir pessoas simples, ou então apelar para o cientificismo, o
que é comum entre religiosos de pouca fé, ou seja, aqueles que necessitam
de uma bengala para sustentar essa pouca fé. Enfim esse é um problema
pessoal, ainda que incomodativo para os demais. Acredito que esses indivíduos deveriam ir procurar essa bengala em outro tipo de listas (voltadas talvez a tratamento e não a discussões).<<

Esse negócio de religiosos de poucacafé me lembra de garçons. Interessantíssima a maneira como servem o café.
Cientificamente,
[]'
Léo
---------------



SUBJECT: Re: [ciencialist] Espirito cientifico
FROM: Flavio Mendonça <fefemendonca@uol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 11/12/2000 10:27

Paz e Luz Perterson,

Vamos as questões por vc levantadas......

"Peterson L. S. M." gravada:

> Queridos amigos da lista...
>
> Tivemos aqui certamente na resposta de nosso amigo Flávio uma aula
> de doutrina espírita, com a clara intenção de, citando livros como "O
> Evangelho Segundo os Espiritismo", "O Livro dos Médiuns" e "O Livro
> dos Espíritos" afirmar que eles contém a base de um método científico.
> Infelizmente, como se pode perceber, houve muito mais explicações
> sobre a doutrina espírita do que qualquer argumento, postura conhecida
> como "Ad Hoc".

Pelo contrário, quem fez todas as negativas foi vc. De minha parte expus as coisas em contra-partida as
suas investidas mal fundamentadas.

> Porém, não tão infeliz seria se fossem apenas as meras
> explicações fora do tópico dessa lista.

Vc considera fora do tópico desta lista ? Então pq a fez e pôs o título Espírito científico ? Engraçado,
conversava num harmonioso debate com a Fernanda qdo houve de sua parte afirmativas levianas como por
exemplo, "estudei espiritismo e não há demonstração alguma científica como comprovei". Ora, demonstrei a
todos que seu conhecimento foi bastante superficial para pudesse afirma tal coisa.

> O que se mostrou, e todos
> podem verificar, foram inúmeros ataques à minha pessoa:

Não formulei ataque a sua pessoa, não se melindre. Formulei refutações demonstrando a forma que tratou as
questões. Veja que falei em formas levianas ou ignorância do saber. Em momento algum lhe adjetivei.

>
> >> pois devido as várias formas, ora levianas , ora
> >> dentro de um padrão de ignorância de quem se
> >> diz conhecedor de uma extensa doutrina
> (...)

Viu só ?

>
> >> para que se poste com mais dignidade diante de
> >> uma Doutrina realmente séria, e que merece de todos,
> >> a profundidade exigida
> (...)

Viu novamente ?

>
> >> Por não ter estudado a fundo os fenômenos espirituais
> >> ou por puro preconceito de quem prefere ficar na ignorância
> >> dos conhecimentos, se mostrando tão orgulhoso qto as suas
> >> teorias pre-fabricadas.
> (...)

Mas uma vez, viu ? E olha que está não foi nem dirigida a vc.

>
> >> Isso demosntra o espírito não investigativo dos céticos e o
> >> preconceito evidenciado nas coisas do domínio espiritual.
> (...)

Viu aqui alguma ofensa pessoal ?

>
> >> O que denota sua pouca seriedade na busca do conhecimento
> >> experimental sobre espiritismo.
> (...)

Perceba que uma vez alguém falando de algo sem a bagagem exigida, há de se notar nesta postura, falta de
seriedade. Jamais afirmei que vc ou outra pessoa não fosse séria.

>
> >> neste ponto vc se denuncia nunca ter estudado mesmo
> >> o Espiritismo,
> (...)

E se denunciou mesmo. O problema é que poucos talvez notem:-)

>
> >> Que fique mais claro após a verdadeira investigação científica
> >> por mim sugerida, pois nada foi mostrado, exceto a leviandade
> >> de quem deseja mostrar os possíveis embustes.
> (...)

Vc aqui sugere que nada no Espiritismo ficou comprovado conforme sua explicação. Ora, como se pode
comprovar algo fazendo refutações levianas como estas ? Vc tentou através de sofismas comprovar o embuste
ao qual uma doutrina séria está submetida.

>
> >> Não são eles que provarão, mas os espíritos através de uma
> >> pesquisa séria com propósitos elevados no sentido do bem.
> >> Pelo visto não está sendo o seu caso.
> (...)

E não está mesmo, pois falou da questão com tanta autoridade que realmente pensei que encontraria uma
oposição realmente a altura. No entanto, denunciou-se diante da falta de compromisso com a verdade e com o
conhecimento superficial demonstrado.

>
>
> Ora, o que escrevi foi com a intenção básica de postular o caráter
> não científico das afirmações contidas em minha mensagem anterior,
> confirmadas em sua maioria pelo nosso caríssimo amigo espírita.

E com isso, usou de sofismas e tentou mostrar possíveis embustes, ironizando os postulados de pessoas
sérias e abnegadas. Qto a confirmação de minha parte é mais um sofisma seu. Chego a pensar que ou vc o faz
intencionalmente ou é dono de uma inocência sui generes.

> Agora
> vamos a um caso interessante, e que muitos irão lembrar de alguma
> ocasião assim na vida. Quando discutimos pontos de vista científicos,
> discute-se idéias.

E assim o fiz, e ainda estou fazendo. Mas qdo o interlocutor se melindra a coisa fica difícil.

> Mas percebemos a diferença quando se trata de uma
> doutrina: quantas vezes ao falar sobre as idéias de um religioso ele
> nos ataca pessoalmente?

Outro sofisma. Amigo, vc conduz as pessoas a formular o raciocínio a sua maneira. Daria um excelente
advogado ou ator. Fico sempre indignado com esta forma de conduzir o assunto. Veja que já travei vários
debates, e todos se mostraram perfeitamente harmoniosos. Pq este seria diferente ? Se está sendo é pq vc
usa de uma forma sofismática para provar suas teorias contrárias as minhas. A isso chamei de leviandade.

>
> Há um livro utilizado por evangélicos (especialmente da igreja
> Assembléia de Deus) chamado "Princípio--Rumo ao Começo da Vida",
> escrito por Wilson Milarch, biólogo e evangélico. No livro, o sr.
> Wilson busca evidências científicas para mostrar que sua religião tem
> bases também nesse tipo de conhecimento. Quando questionado sobre a
> veracidade de suas afirmações, ele simplesmente responde: "Vejam, está
> escrito no livro, a referência que usei! É um esquema científico, logo
> é ciência!". Isso me chamou a atenção, pois é muito semelhante ao
> final da mensagem encaminhada a mim, para provar o espiritismo.

Esta analogia compete a vc. Eu pessoalmente tentei apenas refutar as suas contra-posições.

>
> Mas todos nós sabemos que o espiritismo e as religiões evangélicas
> são antagônicas, especialmente a igreja Assembléia de Deus.

Quem são todos "nós" ? Ora tenha paciência. Julgas saber de tudo ? Vejo que sua forma leviana no trato da
questão deve-se a ignorância nos postulados espíritas.

> Só que
> também não nos é incomum verificarmos o quanto aumenta a busca da
> chamada "comprovação científica" pelas religiões.

A busca não é da Religiões, mas sim de cada ser individualmente. A ciência espírita esclarece através de
teoria racional, metodológica e experimental. Porém, vc e alguns desconsideram tais métodos, dando-lhes um
sentido de pseu-ciência. No entanto, esquecem que em ciência nada se prova de forma absoluta, apenas
observa de maneira relativa um fenômeno e daí se conclui uma teorização deste experimento. Assim também é
com o Espiritismo.

> E o papel das
> ciências naturais, diante de tudo isso, qual seria? Escolher uma
> religião? Porque?

Não, seria descortinar as verdades que toda a humanidade almeja conhecer.

> Como já abordei e mostrei em uma mensagem anterior,
> a bíblia fala sobre unicórnios, planeta criado a menos de 6.000 anos,
> corpos ressussitando, vigas de ferro flutuando, etc. O espiritismo,
> conforme nosso amigo já demonstrou em maiores detalhes, também fala de
> coisas fabulosas como as casas mal-assombradas, estórias de "mulheres
> de branco" pela noite (o interessante é que nosso amigo ainda mostrou
> o que eu não quis detalhar--o espiritismo considera este como uma
> estória verdadeira entre outras de gênero semelhante!!

O Espiritismo mostra que o fenômeno nada tem de maravilhoso, e sim o contrário, que estes fatos não passam
de fenômenos absolutamente naturais, faltando-lhes apenas a explicação natural para que seja admitido
desta forma.

> ["Mero conto,
> extraído de mil fatos verdadeiros."]), a levitação (e nosso amigo
> ainda fez questão de explicar e citar: ["Ora, a suspensão etérea dos
> corpos graves é um fenômeno que a lei espírita explica. Fomos dele
> pessoalmente testemunha ocular, e o Sr. Home, assim como outras
> pessoas de nosso conhecimento, repetiram muitas vezes o fenômeno
> produzido por São Cupertino. Logo, este fenômeno pertence à ordem das
> coisas naturais"]), os fantasmas, receitas médicas do além, objetos
> passeando sozinhos, etc

Sim, são fenômenos perfeitamente explicáveis pela ciência espírita. Ou embustes também explicáveis.

> .
> A diferença é que, como os caríssimos puderam verificar, nosso
> amigo Flávio decidiu colocar os detalhes (seria essa a base
> científica?)

Não coloquei a obra, nem a formulação do método. Para isso estou sugerindo a todos, especificamente a
Fernanda, o aprofundamento das bases. Quem realmente desejar, vá a fonte e sirva-se, caso contrário se
cale para sempre, pois de resto é pura leviandade.

> de como se procederiam tais fatos. Vale a pena reiterar
> uma das explicações que nosso amigo colocou sobre a levitação:
>
> >> Este fenômeno não difere do de que vimos de falar,
> >> senão pela intenção benévola do Espírito que o produz,
> >> pela natureza dos objetos, quase sempre graciosos,
> >> de que ele se serve e pela maneira suave, delicada mesmo,
> >> por que são trazidos. Consiste no trazimento espontâneo de
> >> objetos inexistentes no lugar onde estão os observadores.
> >> São quase sempre flores, não raro frutos, confeitos, jóias, etc.
>

Já imaginou se vc pudesse manipular a matéria com os atributos atuais ? Transformaria e transportaria tudo
a sua conveniência. O problema é que vc não conhece o fenômeno, e nem se acha capaz para fazê-lo, e por
isso admiti ser impossível. Age como os índios diante do fogo.

>
> Flávio querido, você não me conhece pessoalmente, e no entanto diz
> que estou dentro de um "padrão de ignorância" daqueles que não
> conhecem o espiritismo...

Vc demonstrou isso na sua exposição. Não preciso lhe conhecer, pois não formulei juízo sobre vc, formulei
sobre a forma que expos.

> eu estava mostrando o que eu aprendi e a
> maneira pela qual percebi os chamados fenômenos mediúnicos.

Claro. Percebi bem isso. Apenas aconselho a se aprofundar mais, pois diante de uma platéia conhecedora de
certos assuntos, vc pagaria o maior mico.

> Pode não
> ser a sua maneira de ter percebido, pois eu realmente não tive fé. Na
> verdade, eu não queria acreditar, eu queria saber.

Diga-me, onde vc encontra este saber de forma absoluta ? Toda e qualquer teoria, provas e experimentos já
realizados na história da humanidade não passam da relação da nossa consciência com o relativismo
consciencial a que estamos submersos. Enfim, teorias. Há algum cientista que mostre o contrário ?

> Veja, em ciência,
> quando discutimos uma teoria que se pretenda científica, ela deve ser
> submetida a um crivo para que possa ser aceita.

Isso é verdade, tanto que o Espiritismo foi submetido a isso.

> Muitas vezes as
> pessoas discordam de nosso pensamento ou de nossa compreensão sobre
> alguma coisa, mas isso não é motivo para ataques pessoais.

Concordo em gênero, número e grau.

>
> De certa forma não seria uma atitude científica e nem mesmo ética
> que, pelo fato de você discordar de mim em algum ponto que eu
> acredito, eu simplesmente diga que "você é um ignorante sobre o
> assunto".

Tudo aquilo que eu proferir sobre uma questão sem ter uma boa base, poderá me alertar neste sentido. Serei
sempre grato !

> Veja que sem mesmo eu lhe conhecer (e bem antes de surgir
> esse tema), eu lhe defendi certa vez em uma mensagem que alguém tinha
> criticado sua maneira de saudar com "Paz e Luz".

O que lhe agradeço atrasado, pois viste nos meus argumentos, coerência ética.

> Estaria esse tipo de
> crítica dentro de um escopo de discussão científica?

Qual ?

> Bastaria o
> próprio Dr. Steven Halking dizer para seus colegas que lhe discordavam
> nas idéias que "eles eram ignorantes sobre o assunto" para que a
> teoria fosse provada?

De forma alguma, muito menos o contrário, certo ?

> Ou será que pelo fato de uma pessoa mostrar os
> pontos que discorda de alguma doutrina ela está tratando com pouca
> dignidade essa doutrina, como você colocou???

As discordância são aceitas e bem vindas, porém refutar com sofismas é uma apelação indigna de quem deseja
ser um interlocutor sério. Com isso eu não comungo.

>
> Sempre fiz questão de frizar (e isso pode ser verificado em todas
> as minhas mensagens postadas) que, apesar de meu ateísmo e de minha
> discordância das idéias religiosas, todas as crenças devem ser
> respeitadas, e que minha crítica nunca foi dirigida ao suposto bem que
> essa religião ou crença faria em seus crentes, simplesmente porque,
> como também coloquei em todas as mensagens sobre esse assunto é uma
> questão para teístas resolverem entre si, pois nunca quis alongar os
> textos com os detalhes para não fugir ao escopo da lista e não ser
> interpretado de maneira a parecer querer ofender a honra que tanto
> prezo ao queridos membros que aqui participam.

Para se respeitar aos postulados alheios há que se ter antes de tudo seriedade no trato das questões não
realizando refutações irônicas e nem sofismáticas.

>
> Apesar dos ataques pessoais, à alegações de ignorância sobre o
> assunto que eu e muitos dos quais partilharam comigo meu tempo no
> espiritismo e que sabem do conhecimento que tenho, de minha "falta de
> seriedade" ao estudar as coisas, eu não estou nem um pouco chateado
> com você.

No seu caso eu também não ficaria, até agradeceria por ser vítima de tamanha crítica, pois que isso me
faria rever toda a base que professo ter. Deixando-me mais atento nas questões por mim entendidas.

> Infelizmente acho que ofendi suas crenças, suas religião,
> suas doutrinas.

Não ofendeu a minha religião, pois não a tenho. Acredito apenas num código moral contido na Doutrina dos
Espíritos, pois julgo ser de elevado teor, sublime mesmo, pois quem a proferiu demonstrou bastante zelo e
superioridade nos seus postulados. A leviandade, repito, saiu da forma a que vc conduziu as questões. Se
desejas realmente reparar-se quanto a isso, é simples, modifique a forma e tudo estará na mais perfeita
harmonia. De minha parte lhe garanto que não me permito ofender-me com tais coisas, apenas indignar-me
diante de fatos semelhantes.

> Em circunstâncias normais eu jamais faria isso, pois
> em todo meu tempo de ateísmo você não imagina (e digo isso porque você
> não é ateu) o número de religiosos das mais diversas facções que me
> trouxeram todos os tipos de supostas comprovações de que as suas
> religiões tinham a tão disputada base científica... e todas as vezes
> que eu procurei gentilmente mostrar que aquilo tratava-se de falácias
> como "Non Causa pro Causa" e outras, fui hostilizado por "não
> acreditar".

Claro, pois faltou-lhe caridade. Respeite as crenças alheias deixando crer naquilo que realmente crêem,
pois nada neste mundo o autoriza a dizer o que é certo ou verdadeiro. O fato de vc acreditar de outra
forma não lhe dá esta autoridade. E veja que coloquei a palavra "acreditar", pois é isso de uma maneira ou
de outra que todos nós, cientistas, céticos, ateus, espiritualistas, maria vai com as outras, fazemos. Não
dominamos o saber absoluto. Somos apenas crianças de fraudas diante da imensidão do infinito cósmico.

>
> Cheguei, e permitam-me presumir a experiência de muitos colegas
> aqui, muitos de nós já chegamos a ser chamados de "maus cientistas"
> por religiosos que diziam (acho que vocês reconhecerão essas palavras)
> "um cientista tem que considerar tudo, você não está agindo como um
> cientista... você não está empenhado em buscar a verdade sobre nossa
> religião... isso é orgulho", etc... a clássica falácia de tentativa de
> desmoralização "nenhum escocês de verdade". "Ah, mas nenhum cientista
> de verdade iria negar uma coisa dessas"...

E é fato, pois a presunção quase sempre vai a frente destas coisas. Como disse, ninguém está autorizado a
afirmar qualquer coisa que fira a crença alheia. A todas devemos respeitar, desde que centrada no
benefício deste comunidade.

>
> Há (e ocorreu na mensagem que me foi enviada, especialmente no
> final) geralmente nesse tipo de mensagem a falácia "Ad Verecundiam",
> ou seja, "porque fulano disse" alguma coisa, essa coisa deveria ser
> considerada mais correta.

Não sei a que vc está se referindo. Seja mais específico, por favor.

>
> Querido Flávio! Quando eu disse que não houve um experimento
> científico nas condições que citei, é simplesmente porque após muito
> tempo na religião espírita percebi que simplesmente nada daquilo
> realmente ocorria.

Amigo, talvez resida aí a falácia. Procure na ciência espírita. Por esta eu garanto, mas pela religião
espírita como professas, esta eu desconheço.

> Mesmo que você insista em mostrar que os livros de
> doutrina espírita falem sobre as levitações, materializações e coisas
> do tipo, eu ultrapassei a simples leitura e passei a procurar algum
> médium que pudesse fazer qualquer coisa que provasse algo, e isso não
> apenas eu, mas muitos cético que percorreram o mesmo caminho jamais
> encontraram as mesas girantes, o ectoplasma, os objetos voadores, as
> casas mal-assombradas e as damas de branco.

Vc realmente ficou em nível muito superficial. Buscou nos médiuns qualquer forma de provas, qdo na
verdade, como cientista que diz ser, devia investigar os fenômenos. E se eles não aconteceram é pq vc não
teve a determinação suficiente para confirma-los.

> Em centros espíritas de
> todos os tamanhos e com todo tipo de médium, percebi que em um
> ambiente realmente despreparado para conter truques NADA acontecia e
> nunca aconteceu!

Bom ! Por não achar, julgas todo o resto embustes ? Imagino o que seria da ciência com um cientista do seu
quilate. Possivelmente os microorganismos ainda estavam a matar muitas pessoas por vc não os vê. E talvez
ainda seu descobridor ( Fugiu-me o nome ) estivesse queimado numa fogueira inquisitória.

>
> Por outro lado, eu imagino o que você deve ter sentido para dizer
> todas aquelas coisas sobre mim.

Já o disse, não falei contra vc pessoalmente, pois não lhe conheço, mas sim em relação a sua forma de
expressar-se. Porém, de toda forma fiquei apenas indignado, e por isso expressei toda a minha indignação.
Espero que não se ofendas por isso, pelo contrário, tome isso como uma crítica construtiva. Afinal vc já
viu inimigo tentar melhorar o seu opositor ?

> Como eu disse, eu apenas me senti
> livre por estar em uma lista de ciência e refutar cientificamente (e
> mais do que isso, estar disposto a qualquer forma de confronto com
> evidências ou confrontar esses médiuns com a possibilidade de
> evidências) aquilo que não está sob o domínio das ciências!

O que vc chama de refutação científica não passou de uma tentativa presunçosa de desmentir uma doutrina
séria que levou anos a ser construída e que necessitou de muitas pessoas abnegadas a trabalhar por esta
causa. Qdo a fizer, conheça-a mais a fundo, e com fundamentos muito mais embasados, refute-as.

>
> Meu amigo, TALVEZ você não tenha tido muitos amigos evangélicos e
> católicos, mas muitos podem dizer o quanto católicos afirmam que
> evangélicos são dogmáticos, e o quanto evangélicos dizem que espíritas
> e católicos não tem nenhuma base que os fundamente.

Olha, faço parte de uma forma de pensar um pouco, "esotérica" para as pessoas comuns ( Católicos
fervorosos, protestantes apaixonados pelo senhor, e outras formas mais céticas de ser ). Por isso sei
muito bem o que é isso. Mas num caso desses faço sempre o que lhe aconselhei, calo-me diante deles:-)
Respeito-os, pois percebo que no final de tudo, somos todos coxos e cegos diante da infinita imensidão
cósmica.

> E isso foi muito
> parecido com o que você colocou!

De forma alguma, veja...

>
> >> Teologia é coisa totalmente dogmática, baseia-se
> >> nas escrituras bíblicas, sem nenhuma base que a
> >> fundamente, exceto a partir do princípio que a bíblia
> >> é a palavra de Deus, expressa em palavras através
> >> das revelações dos seus profetas.

Não é nisso que se baseia a teologia ? Não são nos textos profetizadas pelos seus personagens bíblicos ?
Levando em conta que eles transmitiram a palavra de Deus ?

>
> Eu realmente não me sinto bem criticando a teologia ou crença
> dessa ou daquela religião, porque considero isso como um fator
> cultural e foro íntimo de cada um.

É certo, e assim também procuro proceder. O fato de definir a teologia não significa que esteja
desrespeitando-os, pois eles mesmo dizem isso.

> Essa coisa de religião ficar
> dizendo que "a minha é verdadeira, porque está com deus e até a
> ciência explica", complementado pelo velho discurso "a religião X ou Y
> não tem fundamento, é dogmática" é fato conhecido de todos!

Olha, eu vou mais além que isso. Digo categoricamente que até a ciência é dogmática, pois acredita em
axiomas, e esses não são provas, mas princípios. Agora uma coisa precisa ser entendida, manter-se na
ignorância de alguns dogmas já superados pela razão é não evoluir consciencialmente. É contra-senso,
embora digno de respeito qdo não imposto a liberdade de pensamento.

> NOVAMENTE
> eu não vou entrar no mérito dessa questão simplesmente porque isso é
> assunto para teístas e está fora do escopo dessa lista.

Muito menos eu vou insistir nisso. Pelo contrário, se vc acompanhou minhas mensagens, percebeu que é isso
que venho pedindo desde o começo.

>
> >> Ao meu interlocutor, desejo melhor empenho no trato
> >> da questão para que se poste com mais dignidade diante
> >> de uma Doutrina realmente séria, e que merece de todos,
> >> a profundidade exigida.
>
> ### Essa doutrina, caro amigo, eu não tratei com menos dignidade
> pelo fato de simplesmente ter dito o que não concordava.

Por isso não, pela forma leviana que a tratou.

> CARÍSSIMO, E
> SE ESSA DOUTRINA É REALMENTE SÉRIA E MERECE DE TODOS A PROFUNDIDADE
> EXIGIDA, QUE ARGUMENTOS DESSA MESMA NATUREZA NÓS TERÍAMOS PARA DIZER
> QUE AS MESMAS RELIGIÕES QUE NÃO CONCORDAM COM A SUA MERECEM MENOS
> PROFUNDIDADE OU SEJAM MENOS SÉRIAS??? ###

Insisto mais uma vez, o Espiritismo não é religião, e sim uma doutrina com conseqüências religiosa. E qto
a forma de tratar outras crenças já deixei claro lá em cima.

>
> Quando UM TOTAL NUMERICAMENTE MUITO SUPERIOR (E ISSO NÃO PROVA
> NADA) DE DESCRENTES DE SUA DOUTRINA TRABALHAM PELA NEGAÇÃO DELA EM
> TODOS OS SENTIDOS, PORQUE DEVERÍAMOS SIMPLESMENTE DIZER QUE DEVIDO A
> ESSE FATO ELAS ESTARIAM ERRADAS EM SUA CRÍTICA, SE FORMOS ANALISAR OS
> FATOS PELA NATUREZA E FORMA DAS EVIDÊNCIAS QUE VOCÊ USOU PARA
> JUSTIFICAR A SUA, DIZER ELAS "NÃO TEM NENHUMA BASE", COMO VOCÊ
> COLOCOU????

Não coloquei que elas não tem nenhuma base. Falei que a teologia estuda a partir de um pressuposto que a
bíblia é a palavra de Deus. Essa é a base da teologia e deixei claro isso. Não questionei se era ou não
era a palavra de Deus. Particularmente acho um valiosíssimo livro histórico.

>
> Como fazer o pedido aos "verdadeiros cientistas", como você
> mencionou em sua frase (uma vez que você disse que eu sou
> "preconceituoso e sem profundidade") para que eles ajam sem
> preconceito ou não sejam supérfluos, e ainda assim decidam QUAL
> RELIGIÃO (e se for assim, porque não ideologia política, cultural e
> outras formas de percepções psicológicas) A CIÊNCIA DEVE ESTUDAR,
> CONCORDAR OU DECLARAR FALSA????

Não existe e nem solicitei que a ciência mostrasse a Religião verdadeira. Quase supliquei para que os
verdadeiros cientistas buscassem a verdade de forma mais metódica e sem preconceitos, com o verdadeiro
espírito investigativo. Religião é uma crença e como tal deve ser sempre respeitada, porém, não respeito a
qualquer religioso que tente impor a sua verdade para mim.

>
> Não, meu amigo... não foram minhas as teorias "pré-fabricadas"
> como você quis fazer acreditar.

Não quis fazer acreditar, falei de forma genérica sem me dirigir especificamente a quem quer que seja.

> Não foi minha a arrogância de tentar
> promover uma forma de ceticismo, advindo em grande parte do modo pelo
> qual os teístas resolvem seus conflitos doutrinários e atacam-se
> utilizando os mesmos argumentos.

Mostre-me a quem eu ataquei de forma arrogante . Refutei com veemência as suas considerações levianas.

>
> Muito além disso, não foi por falta de "espírito investigativo"
> que eu ou muitos céticos deixaram de ter uma crença pessoal na sua ou
> em outras religiões.

Então pq foi ? Mostrou-se provas dos embustes ? Olha até aqui estou para encontrar um cético que não seja
preconceituoso. Pode existir e almejo por conhecê-lo para que as questões sejam tratadas com a devida
seriedade.

> Não é porque alguém aceita ou não aceita uma
> doutrina ou outra doutrina que essa ou qualquer pessoa deva ser
> avaliada em seu grau de conhecimento científico.

De forma alguma, apenas qdo fica evidenciado a idéia preconcebida e a inércia em buscar novas
possibilidades para a explicação dos fenômenos.

>
> E como derradeiro, não foi por "leviandade" que eu apenas citei os
> pontos principais do que queria esclarecer (e que você divulgou nos
> detalhes). Foi apenas porque eu JÁ ESTOU ENCABULADO de escrever tanto
> sobre um tema inoportuno aqui, diante dos leitores que assinam essa
> lista POR SER A CIENCIALIST e não por ser a RELIGIALIST ou
> ESPIRITALIST.

Foi leviano sim, e para isso não significa que foi doloso. Qto ao Espiritismo, quem levantou a questão
para ser inoportuna foi vc. Trato-a como ciência, e assim estou fazendo desde o dia que aqui entrei. E
sendo ciência está inteiramente em consonância com a lista. Porém, se a lista for particular e o
proprietário me julgar inoportuno, das duas uma ou sairei dela ou ficarei caladinho aqui até entender o
que venha a ser oportuno.

>
>
> PELO MOTIVO EXPOSTO, NÃO VOLTAREI MAIS A ESSE ASSUNTO, pois isso
> já está desgastado. Deixarei que os colegas o façam caso achem
> oportuno.

Poxa ! Foi a sua segunda investida contra meus argumentos e já vai deixar os debates ? Deduzo que este
desgaste já vem de outros debates, não ?

>
>
> Um abraço a todos.
>
> Peterson Leal S. Mello.

Da mesma forma !

Flávio Mendonça



SUBJECT: Re: [ciencialist] Espirito cientifico
FROM: Flavio Mendonça <fefemendonca@uol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 11/12/2000 10:27

Paz e Luz Alberto Mesquita,

Fernanda Amadei Sais gravada:

> "Alberto Mesquita" escreveu:
> Concordo plenamente quanto ao caráter inoportuno das mensagens desta
> thread
> apontado pelo Peterson. Não tenho a pretensão de dizer que ciência é
> apenas
> aquilo que estudo. Não obstante, a Ciencialist não foi criada com o
> objetivo
> de discutir política partidária e nem religião. Se a "ciência" do Sr.
> Flávio
> opõe-se à religião de A ou B, qualquer que ela seja e pelo motivo que
> for, a
> meu ver ela não se enquadra nos critérios de ciência a serem aceitos
> para
> discussão na Ciencialist.

Gostaria, por favor, que me mostrasse onde eu disse que o Espiritismo se opõe a religião A ou B. Poderia
citar para mim ?

Paz e Luz Fernanda,

Peço licença para vc, e fazer a mesma indagação ao moderador sobre até onde vai o limite de discutir-se
ciência na ciencilist. Se existe uma determinação definindo o que é ou não ciência aqui. Pois, que o meu
interesse é debater ciência, porém se a forma como vejo ciência não se adequar aos propósitos da
cienclist, gostaria de ser esclarecido, pois poderei me posicionar melhor aqui.

Grato !

Flávio Mendonça

>
> Desculpem, mas, apenas para esclarecer uma dúvida, gostaria de saber
> quais são os "critérios de ciência a serem aceitos para discussão na
> Ciencialist", pois não encontrei nenhuma restrição a respeito na página
> da lista.
>
> Há algumas discussões científicas que não são bem-vindas aqui? Quais
> são?
>
> Como eu posso saber o que é considerado ciência pelos demais
> participantes e o que não se enquadra nesses critérios? São eles
> subjetivos ou tem alguma referência?
>
> Desculpem-me, mais uma vez, se eu estiver "chovendo no molhado", mas
> gostaria de esclarecer esse ponto para evitar futuros problemas.
>
> Um abraço a todos,
>
> Fernanda Sais.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar??
FROM: Flavio Mendonça <fefemendonca@uol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 11/12/2000 10:28

Paz e Luz Marco Aurélio,

Marco Aurelio gravada:

>
> Às vezes creio que a debilidade psicológica das pessoas cria uma necessidade
> de um ser supremo.

Isso é uma teoria psicológica ou apenas uma forma própria de perceber as coisas ?

>
> O ser humano é bastante nidícola.

Como estou sem dicionário aqui, peço que traduza em palavras mais acessíveis.

> Sua imaturidade ao nacer é escandalosa. O
> abismo existente entre um recém nacido e um adulto é um dos maiores no reino
> animal.

Embora veja lógica nesta assertiva, como chegou a esta conclusão ?

> Alguns estudos demonstraram que o grau de maturidade psicomotora de
> um chipanzé ao nascer é equivalente ao de um bebe de 36 meses.

Isso faz sentido, mas veja que em relação a parte psicomotora. Qto a consciência parece que a do homem se
desenvolve, enquanto que a do animal para.

>
>
> O sentimento de desvalimento e desamparo de um bebê, quando comparado com um
> adulto gera uma tendencia a exagerar os valores do adulto. É lógico que um
> bebezinho sente que a importancia do adulto para sua vida é crucial.

Terá o bebê consciência disso para chegar a se traumatizar neste sentido ?

> O que
> os seres humanos sempre confundimos é a relatividade dos fenômenos.

Fala isso em que sentido ?

>
> A importancia do adulto é grande para o bebê, mas não é um ser onipotente em
> si. Esta tendencia a exagerar a importancia do adulto em si fica gravada no
> psiquismo humano por ser uma experiencia traumática.

Donde veio esta conclusão ?

>
> Quando crecemos e nos damos conta que somos adultos e não somos onipotentes,
> como ninguém tampouco o é, nos desiludimos.

Isso se passa em que nível da consciência ?

> Onde vamos pôr a onipotencia e
> este sentimento de desamparo que muitas vezes sentimos e não nos damos conta
> de que é uma simples repetição do desamparo infantil?

Não sei, pois nunca tive consciência desse desamparo.

>
>
> Se cria uma necesidade de que existencia de um ser onipotente. Isto não quer
> dizer que realmente exista um.
>

Existe uma teoria formada neste sentido no meio da psicanálise ? Está em pauta ou é só uma teoria isolada
?

>
> Creio que o desamparo infantil do ser humano é a origem da necessidade de
> formar ideais.

Trata-se apenas de uma crença ou é algo mais substancialmente estudado ?

> Penso também que é uma tendencia prejudicial. Os ideais são
> sempre perigosos. Quanta gente matou enorme quantidade de gente só por
> ideais?

Ao mesmo tempo eu penso, qtos não morreriam sem ideal ? Percebo que não é no ideal que reside o mal, mas
numa forma anti-ética e desequilibrada de se comportar diante das convicções e ideais.

> Não creio que o fato de ser ideal torne algo bom.

Não creio que o fato de ser ideal torne algo ruim.

> Prefiro que seja
> real, bom e possivel.

Mas veja, onde encontramos o real, como sabermos de fato o que é real e o que não é ?

> Creio que sempre se deve desconfiar de um ideal.

Pq ?

> São
> uma herança e uma semente de servidão irracional.

Talvez se usada em desequilíbrio. Porém de forma racional e equilibrada, promove o progresso humano.

>
>
> Marco A. Andrade
> logos@pccp.com.ar

Abraços !

Flávio Mendonça



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Humor
FROM: Flavio Mendonça <fefemendonca@uol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 11/12/2000 10:28

Paz e Luz Manuel Bulcao,

Manuel Bulcao gravada:

>
> Manuel - Quanto a mim, absolutamente nada contra, muito pelo
> contrário. O humor combina muito bem com a curiosidade científica.
> Afinal, quem tem um senso crítico aguçado (marca registrada dos
> autênticos cientistas) não leva muito "a sério" as idéias que
> defende, ou seja, ao contrário do dogmático, o cientista é capaz de
> rir quando suas hipóteses são falseadas.

É desse tipo de cientista que venho falando. E qto ao humor penso que até estimula a criatividade e a
curiosidade. Sem contar que faz um bem danado:-)

>
> Hawking apostou com Kip Thorne que os buracos negros não são apenas
> uma abstração da física matemática, que eles realmente existem. O
> objeto da aposta: a assinatura por um ano da revista masculina
> "Penthouse".

São tão abnegados que não se prendem a teorias. Muito pelo contrário, busca incansavelmente aperfeiçoar a
teoria.

>
> E esses nomes esquisitos e bem humorados que eles dão às partículas
> subatômicas: quark, quark "estranho", "charmoso", etc. Com certeza,
> esses nomes lhes vêm à mente durante as descontraídas reuniões na
> cantina do laboratório, enquanto bebem café e fumam um cigarrinho.
>
> Amigo Brudna: os cientistas são aqueles que não perdem, na idade
> adulta, a curiosidade da criança, a capacidade de aprender e de se
> encantar. Os cientistas são "criançonas"; por isso que gostam de rir
> e de brincar. (existem exceções, é claro.)
>

Uma excelente definição de um verdadeiro cientista. Parabéns !

>
> Esses carrancudos que levam tudo demasiadamente a sério são, em
> geral, os mais políticos, no sentido pérfido da palavra; isto é, são
> aqueles que gastam o grosso do seu tempo e energia fomentando
> intrigas e estabelecendo alianças com vistas a ocuparem funções
> administrativas estratégicas dentro das universidades. Os chefes das
> "panelinhas".

São os que detestam perder o Status quo, por isso tanto se prendem e brigam por formulações teóricas. O
verdadeiro cientista só tem um único compromisso, a busca da verdade, mesmo que tenha que se conformar com
a relativa.

>
> Abraços,
> Manuel Bulcão

Abraços !

Flávio Mendonça



SUBJECT: Re: [ciencialist] "quanto a quanta" : evolução quântica : meio esquisito...
FROM: Flavio Mendonça <fefemendonca@uol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 11/12/2000 10:28

Paz e Luz rocolato,

Aqui vc está admitindo a possibilidade de um outro domínio diferente deste percebido por nós, dito físico
?

roncolato.s@c4.com gravada:

> Em continuidade àquela discussão de "evoluçõa quantica", ainda
> algumas leituras sugerem que as espécies adaptadas são aquelas
> adaptadas nos vários universos...quando digo universos falo
> didáticamente pois o universo já condiz com todos os estados...mas
> para facilitar o
> pensamento, tomemos como multiuniverso essa totalidade e de universos
> seus fascículos que só sabemos que estão lá por meio das relações de
> interferência.
>
> Essas mesmas leituras sugerem que os animais mais adaptados e que
> evoluiram às espécies atuais são aqueles que conseqüentemente possuem
> as seqüências de DNA que mais se repetem igualmente nos universos
> semelhantes...
>
> Levando isso em consideração:
>
> p.ex.:quando uma molécula de DNA é atingida por qualquer tipo de
> radiação (sendo que tanto o DNA como a radiação possui sua semelhante
> em um universo paralelo) pode estar causando uma mutação em outro
> universo colaborando diretamente para a evolução?



SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar??
FROM: Flavio Mendonça <fefemendonca@uol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 11/12/2000 10:34

Paz e Luz Marco Aurélio,

Marco Aurelio gravada:

>
> Às vezes creio que a debilidade psicológica das pessoas cria uma necessidade
> de um ser supremo.

Isso é uma teoria psicológica ou apenas uma forma própria de perceber as coisas ?

>
> O ser humano é bastante nidícola.

Como estou sem dicionário aqui, peço que traduza em palavras mais acessíveis.

> Sua imaturidade ao nacer é escandalosa. O
> abismo existente entre um recém nacido e um adulto é um dos maiores no reino
> animal.

Embora veja lógica nesta assertiva, como chegou a esta conclusão ?

> Alguns estudos demonstraram que o grau de maturidade psicomotora de
> um chipanzé ao nascer é equivalente ao de um bebe de 36 meses.

Isso faz sentido, mas veja que em relação a parte psicomotora. Qto a consciência parece que a do homem se
desenvolve, enquanto que a do animal para.

>
>
> O sentimento de desvalimento e desamparo de um bebê, quando comparado com um
> adulto gera uma tendencia a exagerar os valores do adulto. É lógico que um
> bebezinho sente que a importancia do adulto para sua vida é crucial.

Terá o bebê consciência disso para chegar a se traumatizar neste sentido ?

> O que
> os seres humanos sempre confundimos é a relatividade dos fenômenos.

Fala isso em que sentido ?

>
> A importancia do adulto é grande para o bebê, mas não é um ser onipotente em
> si. Esta tendencia a exagerar a importancia do adulto em si fica gravada no
> psiquismo humano por ser uma experiencia traumática.

Donde veio esta conclusão ?

>
> Quando crecemos e nos damos conta que somos adultos e não somos onipotentes,
> como ninguém tampouco o é, nos desiludimos.

Isso se passa em que nível da consciência ?

> Onde vamos pôr a onipotencia e
> este sentimento de desamparo que muitas vezes sentimos e não nos damos conta
> de que é uma simples repetição do desamparo infantil?

Não sei, pois nunca tive consciência desse desamparo.

>
>
> Se cria uma necesidade de que existencia de um ser onipotente. Isto não quer
> dizer que realmente exista um.
>

Existe uma teoria formada neste sentido no meio da psicanálise ? Está em pauta ou é só uma teoria isolada
?

>
> Creio que o desamparo infantil do ser humano é a origem da necessidade de
> formar ideais.

Trata-se apenas de uma crença ou é algo mais substancialmente estudado ?

> Penso também que é uma tendencia prejudicial. Os ideais são
> sempre perigosos. Quanta gente matou enorme quantidade de gente só por
> ideais?

Ao mesmo tempo eu penso, qtos não morreriam sem ideal ? Percebo que não é no ideal que reside o mal, mas
numa forma anti-ética e desequilibrada de se comportar diante das convicções e ideais.

> Não creio que o fato de ser ideal torne algo bom.

Não creio que o fato de ser ideal torne algo ruim.

> Prefiro que seja
> real, bom e possivel.

Mas veja, onde encontramos o real, como sabermos de fato o que é real e o que não é ?

> Creio que sempre se deve desconfiar de um ideal.

Pq ?

> São
> uma herança e uma semente de servidão irracional.

Talvez se usada em desequilíbrio. Porém de forma racional e equilibrada, promove o progresso humano.

>
>
> Marco A. Andrade
> logos@pccp.com.ar

Abraços !

Flávio Mendonça



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fendas quanticas, fisica e outras coisas
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 11/12/2000 10:43

Manuel, referindo-se ao Léo:
> Eu quase me esqueço. Você escreveu: "... Um médico psicanalista ao
atender um paciente com 'ansiedade' usa o método científico ou tenta
colocar o paciente dentro de algum 'quadro estabelecido
empiricamente' e, ao final, acaba receitando algo recomendado pelo
Frontal Alprazolam? <

Manuel, vestindo a fantasia de 'médico cientista':
>> Um médico psicanalista? E por que não um médico
simplesmente, um clínico geral? Imagine: você vai ao médico, e este,
um autêntico cientista, acha que seus sintomas não se enquadram
satisfatoriamente em nenhuma doença empiricamente estabelecida.
Então, ele resolve testar suas hipóteses fazendo de você a cobaia. E
aí? Você muda de médico ou, em nome da ciência, submete-se às
experimentações? <<

Médico (clínico geral e/ou ...ista), assim como Engenheiro (civil e/ou ...ista) não é um cientista. É um usuário de parte da Ciência que já lhes preparou uma 'caderneta de campo' que deve ser seguida à risca. O médico tenta enquadrar suas 'vitimas' dentro de um quadro já conhecido (que deve estar na sua caderneta de campo); não conseguindo isso, ou tendo dúvida se enquadrou corretamente ou não, envia a 'vitima' para outro colega de branco com outra terminação 'ista'. Esse, por sua vez abre sua própria caderneta de campo e, com a 'bula' do anterior, tenta enquadrar a 'vitima' em algum de seus quadros empíricos. Não achando, passa para outro 'ista' ... e nesse trajeto todo, até chegar á morge, há muitos jantares e reuniões na 'casa dos médicos'.

Ora bolas! Imagine um médico fazendo hipóteses científicas! Tente imaginar dois psiquiatras conversando sobre hipótese científica! Isso me lembra duas loiras conversando sem a presença de uma morena como intérprete! :-)

Quer que descreva o mesmo quadro para os engenheiros?, ou para os advogados?
Um cientista não trabalha assim!
Há cientistas que são/foram médicos ... também! Há cientistas que no passado foram engenheiros ... também! Não há cientistas que no passado ou presente foram/são advogados trabalhistas! Claro ... nunca houve cientistas pesquisando se espíritos ou almas ou auras existem!
Recomendo leitura especializada sobre: "Como trabalham os cientistas" ou "Os detetives da Ciência" e, em último e desesperado caso, consulte o imperdível, majestoso, estrondoso, culminante, apocalíptico, dilúvico, insubstituível site.:^)

Manuel, num desespero total, arrancando fios de cabelo .........
>>>Ora, ora... um psicanalista é um médico como qualquer outro. Se sua
intenção é questionar a psicanálise, tudo bem. Mas não me venha com
"dois pesos e duas medidas".<<<

Sim, psicanalista é um médico como qualquer outro psicanalista. Como são dois, cada um tem seu peso e sua medida. Jamais as opiniões de dois psicanalistas irão 'bater'. Entre eles há n pesos e n medidas ... todas erradas!

Abraços,
Léo



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: apresentacao e paradigmas da mente (rumos da discussao - p/ Flavio)
FROM: Flavio Mendonça <fefemendonca@uol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 11/12/2000 12:40

Paz e Luz Fernanda,

Não sei se é a maioria que estaria achando inoportuna o debate, pois quem não desejar é só deletar. Super
simples)))))
Mandarei então em pvt, e se alguém desejar manifeste-se, se o número for substancial voltarei aos debates
aqui mesmo.

Flávio Mendonça

Fernanda Sais gravada:

> Olá Flávio e lista.
>
> Flávio, vou comentar apenas uma pequena parte da sua última
> mensagem,
> pois acredito ter notado que o assunto que estávamos discutindo, -
> apesar do cuidado que tenho tido para mantê-lo dentro do
> aceitável em
> ciência (e vc também)- não é do agrado da maior parte dos
> participantes da lista. E, como não gosto de incomodar ninguém,
> não
> me sinto a vontade para cotinuar esse debate aqui...
>
> Se vc quiser, podemos continuar a discutir isso em pvt, pois eu
> estava achando os rumos para os quais estava avançando a
> discussão
> bastante interessantes e proveitosos (para quem se interessa pelo
> assunto, é claro).
>
> Flávio:
> > Sua proposta é começar do zero ? Neste caso levaríamos
> milhões de
> anos, pois que a ciência antes de
> > qualquer coisa é uma continuidade de experiências
> históricas. A
> ciência evoluiu com a mente humana, assim
> > como ajudou neste processo.
>
> Fernanda:
> Bem, em primeiro lugar, não levaríamos *milhões* de anos,
> talvez apenas
> alguns poucos milhares, que é o tempo que a ciência existe,
> aliás, a
> nossa espécie surgiu há mais ou menos 200 000 anos e há
> pouquíssimo
> tempo (cerca de 40 000 anos) começou a produzir suas primeiras
> ferramentas... Acho que em uns dois ou três mil anos nós já
> teríamos
> feito avanços consideráveis na questão! :-)
>
> Flávio:
> Não há como despreza-la.
>
> Fernanda:
> Minha intenção não era desprezá-la, apenas estabelecer como
> zero um
> ponto máximo onde não haveria nenhuma discordância e, a
> partir desse
> ponto, continuar a análise, desprezando, *somente desse ponto em
> diante*,
> as
> conclusões previamente existentes sobre o assunto.
>
> Flávio:
> Vc já teve oportunidade de ler algo sobre a história
> da física ? É muito interessante ver o encadeiamento do
> processo,
> seguindo passo a passo, a sua evolução.
> Hoje para o homem penetrar nas propriedades da matéria, teve
> antes
> que imaginar e pesquisar muitas coisas.
> Foi uma luta continua de vários abnegados a favor da ciência
> e
> consequentemente da humanidade. Onde cada
> um deixava seu legado para que outro posteriormente levasse ao
> curso. Uma verdadeira olimpíada de 4 por 100:-)
>
>
> Fernanda:
> Realmente, é fascinante o processo de evolução do conhecimento
> científico da humanidade, não só na física, mas nas
> outras áreas
> também. Notamos que, muitas vezes, em seu tempo, os cientistas
> não
> eram bem compreendidos e não tinham suas idéias aceitas pelos seus
> comtemporâneos. Interessante notar
> que
> nós criticamos essa falta de tolerância que houve no passado,
> mas, na
> nossa vez de construir a história, fazemos a mesma coisa!
>
> Um grande abraço,
>
> Fernanda Sais.
>
>
> *** --- ***
> Vote na decisao para configuracao da lista. Mensagens somente texto ou HTML. Para isso use o endereco:
> http://www.egroups.com/polls/ciencialist/
> *** --- ***



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: apresentacao e paradigmas da mente (rumos da discussao - p/ Flavio)
FROM: Flavio Mendonça <fefemendonca@uol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 11/12/2000 12:40

Paz e Luz Fernanda,

Vai em pvt então a continuação do papo.....

Fernanda Sais gravada:

> Olá Flávio e lista.
>
> Flávio, vou comentar apenas uma pequena parte da sua última
> mensagem,
> pois acredito ter notado que o assunto que estávamos discutindo, -
> apesar do cuidado que tenho tido para mantê-lo dentro do
> aceitável em
> ciência (e vc também)- não é do agrado da maior parte dos
> participantes da lista. E, como não gosto de incomodar ninguém,
> não
> me sinto a vontade para cotinuar esse debate aqui...
>
> Se vc quiser, podemos continuar a discutir isso em pvt, pois eu
> estava achando os rumos para os quais estava avançando a
> discussão
> bastante interessantes e proveitosos (para quem se interessa pelo
> assunto, é claro).
>
> Flávio:
> > Sua proposta é começar do zero ? Neste caso levaríamos
> milhões de
> anos, pois que a ciência antes de
> > qualquer coisa é uma continuidade de experiências
> históricas. A
> ciência evoluiu com a mente humana, assim
> > como ajudou neste processo.
>
> Fernanda:
> Bem, em primeiro lugar, não levaríamos *milhões* de anos,
> talvez apenas
> alguns poucos milhares, que é o tempo que a ciência existe,
> aliás, a
> nossa espécie surgiu há mais ou menos 200 000 anos e há
> pouquíssimo
> tempo (cerca de 40 000 anos) começou a produzir suas primeiras
> ferramentas... Acho que em uns dois ou três mil anos nós já
> teríamos
> feito avanços consideráveis na questão! :-)

Até lá não sei se ainda esse assunto será abordado de forma científica ou já será cotidiano em nossas
vidas. Todavia, os assuntos já estão adiantados, e a sugestão é levar em conta as duas situações. No
entanto, veja que eu disse que o Espiritismo não nega o materialismo num todo, apenas, como fez a teoria
da relatividade, mostras novas perspectivas, dando-lhes novos encaminhamentos para a ciência. Porém, se
até assim os materialistas não estiverem dispostos a aceitar tais evidências, assim como ainda fazem com a
teoria da relatividade, nada podemos fazer, certo ?
O problema que vejo no ceticismo que de tanto negarem as coisas, acabarão negando a própria existência e a
própria matéria. Estão tão obcecados em demonstrar sua teses que viraram religiosos dogmáticos do
materialismo. Um verdadeiro cientista é cético e crente ao mesmo tempo. Como disse o outro numa mensagem
na ciencilist, são como crianças brincando de descobrir as coisas. A busca é seu único objetivo, observa
qualquer possibilidade e nunca as nega de forma absoluta. Enquanto que os "cientistas" interessados numa
posição dentro da comunidade científica se mostra preso a conceitos. Detestam imaginar perder seu Status
quo.

>
>
> Flávio:
> Não há como despreza-la.
>
> Fernanda:
> Minha intenção não era desprezá-la, apenas estabelecer como
> zero um
> ponto máximo onde não haveria nenhuma discordância e, a
> partir desse
> ponto, continuar a análise, desprezando, *somente desse ponto em
> diante*,
> as
> conclusões previamente existentes sobre o assunto.
>

Isto não existe. Esta controvérsia é tão antiga qto a história do homem. Desde que o homem se descobriu e
buscou, o antagonismo se formou. Como disse, melhor é conferir ambas e se ater a que lhe parecer mais
racional. Infelizmente é tudo que podemos fazer, pois com a relatividade das coisas, só aí podemos chegar.
No entanto, com a evolução da consciência, poderemos desvendar o que para nós ainda é mistério. É só vê o
rumo da história para perceber como se desenrolará os fatos futuros.

>
> Flávio:
> Vc já teve oportunidade de ler algo sobre a história
> da física ? É muito interessante ver o encadeiamento do
> processo,
> seguindo passo a passo, a sua evolução.
> Hoje para o homem penetrar nas propriedades da matéria, teve
> antes
> que imaginar e pesquisar muitas coisas.
> Foi uma luta continua de vários abnegados a favor da ciência
> e
> consequentemente da humanidade. Onde cada
> um deixava seu legado para que outro posteriormente levasse ao
> curso. Uma verdadeira olimpíada de 4 por 100:-)
>
>
> Fernanda:
> Realmente, é fascinante o processo de evolução do conhecimento
> científico da humanidade, não só na física, mas nas
> outras áreas
> também. Notamos que, muitas vezes, em seu tempo, os cientistas
> não
> eram bem compreendidos e não tinham suas idéias aceitas pelos seus
> comtemporâneos. Interessante notar
> que
> nós criticamos essa falta de tolerância que houve no passado,
> mas, na
> nossa vez de construir a história, fazemos a mesma coisa!
>

É o que tento dizer a todos. O descobridor do telefone ( Grampell ?) foi ridicularizado no meio
cientifico, dito como ilusionista, pois faria a voz andar por um fio. Veja onde chega a presunção dos
cientistas. Acontece que ele já tinha percebido que o átomo se propagava formando ondas, e os outros
desprezando as leis naturais, o rechaçaram. Qdo a energia foi descoberta a partir de uma simples rã, os
cientistas da época achavam que o corpo humano era um mecanismo exclusivamente hidráulico, onde o sistema
nervoso eram tubos hidráulicos e seus impulsos corriam todo o tubo para realizar o reflexo no final.
Imagine o que disseram da tal teoria da energia ? Olha, qualquer forma de fixação mental nos atrasa, seja
religiosa ou científica, pois não permitem ao homem refletir para poder criar. Disse Einstein que apesar
de sua luta por anos a fio, foi através da intuição que pode concluir sua idéia ( Criar ). Claro que ele
não desprezou o seu intelecto, muito pelo contrário, admitiu que ele lhe serviu como alavanca, pois só
poderia atingir tal intuição qdo as bases estivessem prontas. Porém, os céticos continuam a negar tudo,
fazer o que ?

>
> Um grande abraço,
>
> Fernanda Sais.
>

Beijos !

Flávio Mendonça



SUBJECT: Re: [ciencialist] Espirito cientifico
FROM: Flavio Mendonça <fefemendonca@uol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 11/12/2000 12:40

Paz e Luz a todos Ciencilisteiros,

Em virtude do posicionamento de dois colegas listeiros, e por não ter havido da parte do moderador nenhuma
censura, gostaria de pegar a opinião dos outros colegas afim de me posicionar a respeito. Não gostaria de
está num meio onde o ceticismo impera, e sim num meio realmente científico, onde o espírito da coisa está
na busca abnegada e determinada, ou seja o verdadeiro cientista investigativo ( Pleonasmo ). Qto a minha
longa mensagem, caro Alberto, foi em função das colocações do outro interlocutor que a fez também longa.
No que se refere a agressões vc parece não ter percebido que não a fiz diretamente a pessoa, e sim a forma
exposta por ele nas questões pertinentes. Releia atentamente e sem paixão, e perceberás o que estou
afirmando.

Aguardo novos posicionamentos !

Grato !

Flávio Mendonça

Alberto Mesquita Filho gravada:

> -----Mensagem Original-----
> De: "Fernanda Amadei Sais"
> Para: <ciencialist@egroups.com>
> Enviada em: Domingo, 10 de Dezembro de 2000 12:54
> Assunto: Re: [ciencialist] Espirito cientifico
>
> > > Concordo plenamente quanto ao caráter inoportuno das mensagens desta
> > > thread apontado pelo Peterson. a Ciencialist não foi criada com o
> > > objetivo de discutir política partidária e nem religião. Se a "ciência"
> > > do Sr. Flávio opõe-se à religião de A ou B, qualquer que ela seja e pelo
> > > motivo que for, a meu ver ela não se enquadra nos critérios de ciência a
> > > serem aceitos para discussão na Ciencialist.
>
> > Desculpem, mas, apenas para esclarecer uma dúvida, gostaria de saber
> > quais são os "critérios de ciência a serem aceitos para discussão na
> > Ciencialist", pois não encontrei nenhuma restrição a respeito na página
> > da lista.
>
> Olá, Fernanda.
>
> A Ciencialist sempre foi aberta a amplas discussões relativas às várias
> áreas do conhecimento, mas sempre houve queixas e demonstrações de
> preconceitos, por parte de alguns membros, sobre temas não muito bem aceitos
> no Olimpo Acadêmico. Tanto assim é que embora participe da lista há muito
> tempo, sempre me senti pouco à vontade para colocar aqui minhas teorias.
> Noto que algo semelhante deve ocorrer com o Claudio Abreu e um pouco menos
> com o Jocax, talvez devido a ele ser o mais cara de pau entre os
> teorizadores da lista.
>
> Não existem muitas regras mas uma sempre foi encarada, quase que por
> consenso, como óbvia: não discutir política partidária nem religiosa.
> Oficialmente só encontrei uma mensagem do Luis Brudna a respeito, de
> 23/08/00, onde ele diz: "Devem ser evitadas mensagens que tenham caráter
> somente religioso e/ou político e que não tenham nenhuma relação com
> ciência."
>
> Dizer que espiritismo é ciência, para mim é ou agir de má fé, na tentativa
> de iludir pessoas simples, ou então apelar para o cientificismo, o que é
> comum entre religiosos de pouca fé, ou seja, aqueles que necessitam de uma
> bengala para sustentar essa pouca fé. Enfim esse é um problema pessoal,
> ainda que incomodativo para os demais. Acredito que esses indivíduos
> deveriam ir procurar essa bengala em outro tipo de listas (voltadas talvez a
> tratamento e não a discussões). Aqui, quando muito, e ainda que não seja o
> objetivo primeiro da lista, alguns especialistas procuram orientar os jovens
> cientistas que aparecem com dúvidas de natureza acadêmica e/ou científica.
> Note, por outro lado, que todos são obrigados a ler msgs sem interesse para
> a grande maioria que procura a Ciencialist com finalidades outras.
>
> A msg do Sr. Flávio de 10/12/00, além de inoportuna, como relatado pelo
> Peterson, por fugir ao objetivo da lista, continha outros inconvenientes:
> excessivamente longa, excessivamente repetitiva, atacava um de nossos
> colegas não por suas idéias mas por atitudes de natureza pessoal e adotava
> uma postura como que a demonstrar que uma religião, por se julgar
> científica, seria melhor do que outras explicitadas na mensagem. Além
> disso, esta msg tinha cerca de 40 Kb (o que é bastante incomum em msgs txt)
> e estava totalmente impregnada com propaganda de natureza religiosa ao lado
> de argumentos a caracterizarem-na, de maneira sobremaneira duvidosa, como
> científica. Creio que ninguém aqui enriqueceu seus conhecimentos sobre
> método científico através da leitura da msg.
>
> Em épocas de pico, como observamos recentemente, as coisas se complicam,
> surgindo a necessidade da intervenção de nosso moderador. Nessas condições
> deve-se também evitar msgs curtas, em especial aquelas em que a única
> informação é do tipo: "Concordo com o que você falou" ou "Muito interessante
> a sua posição", etc.
>
> Há algum tempo (26/09/00) o Luis Brudna esclareceu: "A opiniao que tenho eh
> que em alguns casos eh necessario cuidar um pouco para a quantidade de
> mensagens nao se tornar desnecessariamente elevada, e por isso coloquei nas
> dicas de participacao da lista o item -evite prolongar discussoes
> infrutiferas. Acho que a Ciencialist jah passou por episodios bastante
> conturbados e nao quero repetir a dose novamente."
>
> Discussões religiosas e/ou entre religiosos e ateus, são realmente
> infrutíferas e poderiam ser feitas em pvt pois não interessam a mais
> ninguém, a menos que existam outras intenções por uma ou mais das partes.
>
> > Há algumas discussões científicas que não são bem-vindas aqui? Quais são?
>
> Além das minhas teorias ou da teoria do Claudio Abreu, creio que todas as
> demais discussões científicas têm sido bem vindas.
>
> > Como eu posso saber o que é considerado ciência pelos demais
> > participantes e o que não se enquadra nesses critérios? São eles
> > subjetivos ou tem alguma referência?
>
> Não quero impor meu critério de ciência para ninguém, ainda que tenha
> algumas idéias a respeito e expressas em meu Web Site. Porém, acredito que
> seria suficiente respeitarem o que afirmei na msg anterior: evitar
> discussões político-partidárias ou inter-religiosas. Qualquer "ciência" que
> vá contra qualquer partido político legalmente estabelecido ou contra
> determinada religião professada por fiéis não deve, a meu ver, merecer
> espaço na Ciencialist. Em casos de dúvidas --partidos e/ou religiões
> deletérias para a sociedade (por ex. nazismo ou religiões suicidas)-- creio
> que todos aqui saberão o que fazer e/ou dizer a respeito quando solicitados.
>
> > Desculpem-me, mais uma vez, se eu estiver "chovendo no molhado", mas
> > gostaria de esclarecer esse ponto para evitar futuros problemas.
>
> É sempre bom "chover no molhado" em coisas relativas a manutenção da ordem.
> Por outro lado, estou acima expondo a minha posição que não é a oficial e,
> portanto, sujeita a chuvas e trovoadas. Já estou abrindo o guarda-chuvas.
> :-))
>
> [ ]'s
> Alberto
> http://sites.uol.com.br/albmesq/
> http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm
>
>
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> Vote na decisao para configuracao da lista. Mensagens somente texto ou HTML. Para isso use o endereco:
> http://www.egroups.com/polls/ciencialist/
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Espirito cientifico
FROM: Flavio Mendonça <fefemendonca@uol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 11/12/2000 12:40

Paz e Luz Léo,

O amigo parece que gosta de uma ironia. Deve se sentir muito interessante. O problema é que mostrar-se irônico não faz da pessoa um ser grave e sério. Conheça do que fala e depois aja com mais dignidade diante dos outros. Para falar de Espiritismo precisa conhecer. O que vc relata ai em baixo nada tem haver com esta Doutrina.

Flávio Mendonça

Luiz Ferraz Netto gravada:

>
> Oi Luis, deixa a coisa rolar, adoro essa coisa de dar pancadinha em baixo da mesa, ficar todo mundo no escuro de mão dada etc. Essa de reencarnação então é supimpa! É o Espírito da Ciência! É a Ciência do Espírito! Você nunca participou dessas reuniões onde 'desce' ou 'baixa' o 'negro velho', o índio, o senhor da casa grande? é genial! Pura ciência! Comprovado cientificamente! Tem até fotografias de espíritos e reencarnados ... e fazendo poses!



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Esprito
FROM: Flavio Mendonça <fefemendonca@uol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 11/12/2000 12:42

Paz e Luz Manuel Bulcao,

Para não sermos inconveniente, poderá responder-me em pvt. Mas diga-me, qual a experiência que tens no
Espiritismo para falar com esta autoridade ? Quanto tempo e grau de conhecimento ? Ah ! Diante mão lhe
peço, não faça como o Sr Perterson, mostre-me o verdadeiro embasamento da questão, caso contrário terei
que fazer da mesma forma.

Grato !

Flávio Mendonça

Manuel Bulcao gravada:

>
> ...Pensando melhor, acho que eles não se recusariam a discutir o
> espiritismo. Afinal, trata-se de uma doutrina tão tola que até os
> mais obtusos céticos de carteirinhas, os que no fundo não passam de
> pastores enrustidos, são capazes de pôr em xeque (xeque apenas, não
> xeque-mate).



SUBJECT: Re: [ciencialist] Esprito
FROM: Flavio Mendonça <fefemendonca@uol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 11/12/2000 12:53

Por favor, vc teria algum em português ?

Eduardo Gueron gravada:

> > > Se vc conhece algum fenômeno que somente o espiritismo pode
> > > explicar me inquira que eu investigo a resposta dada pelos céticos. Claro
> > > que não pode inventar algo do nada ou frases como "o espiritismo explica a
> > > razão da minha existência"...:P
> >
> > Olha amigo, o espiritismo, como qualquer ramo da ciência tem metodologia própria. Para concebe-la, deverás
> > conhece-la. Não me peças provas, terás que busca-las usando de sua metodologia.
>
> Caro Flavio,
>
> não vou perder o meu tempo tentando provar nada. Vc afirmou que o
> espiritismo tem um caráter científico e é testado. Eu apenas pedi um
> experimento sério. Já que vc não me apresentou nenhum, eu lhe dou um
> site (o famoso scicop) onde inúmeras experiências clássicas do
> espiritismo são desmascaradas http://www.csicop.org . Há inúmeros outros
> links que, se vc quiser, posso passar. Se vc quiser discutir
> espiritismo, entre no fcb e discuta lá.
>
> []'s Eduardo.
>
>
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> Vote na decisao para configuracao da lista. Mensagens somente texto ou HTML. Para isso use o endereco:
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> *** --- ***



SUBJECT: Receita de sopa
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 11/12/2000 13:21

Roberto de Oliveira escreve:

>>Como sou novinho na lista ;-) não sei muito bem como ela funciona, mas estou numa lista de ficção cientifica que, pelo excesso de
OFF-TOPIC's, resolveu dividir a lista em FC pura e uma lista de generalidades onde não existem OFF-TOPIC's. O resultado foi o
enfraquecimento das duas listas, portanto penso que qualquer tentativa de diáspora é prejudicial à todos.
E gostaria que esta lista discutisse qualquer assunto científico, menos é claro a ciência para fazer um bolo ou para melhor cuidar
de um jardim, eheheh....<<

Para deixar claro ao R. de Oliveira, que receita de bolo (ou qual a melhor técnica para cuidar de um jardim --- assunto que ainda abordarei) é algo bem científico e justinho para o ciencialist, vou oferecer uma receita de sopa, mais especificamente,
==> Como Fazer Sopa no Espaço.<==

Estamos numa nave em órbita ou num trajeto imposto unicamente pela lei da inércia. queremos fazer uma sopa com os ingredientes que já vieram em saquinhos plásticos, da Terra.

Precisamos de um fogão a gás ... ah! lá está ele ... flutuando em algum canto da nave. Para nos orientar, devemos fixa-lo no que chamaremos de 'chão horizontal'. Pronto, ai está ele amarrado ao chão. Ei, vc ai, amarre também o bujão de gás aqui ao lado do bujão, para termos a impressão que estamos na cosinha caseira. E assim foi feito.

Próxima etapa, acender o fogo. Fósforo riscado próximo à boca do gás que sai. Oba fogo feito ... uéééé' apagou ... tentemos de novo! Caramba, não consigo acender o fogo. Tente acender essa vela primeiro, assim já teremos uma chama sem ficar riscando fósforos! Certo, vamos lá. Bolas, não consigo manter a chama da vela ... acende um pouquinho e depois apaga!
Ah! ... claro .... claro!!! Aqui a gravidade aparente é nula, as coisas têm peso específico zero, aqui não tem aquela história contada na Terra de que o ar quente é menos denso que o ar frio e sobe fazendo as tais correntes de convecção que mantêm as velas acesas trazendo novas golfadas de oxigênio para a chama. A chama da vela extingue-se nos próprios gases ... não pode ficar acesa!
Que fazer para renovar o ar ao redor da boca de gás do fogão para manter a chama acesa? Ah!, vamos colocar um pequeno ventilador adaptado abaixo do bico de gás ... oba, funcionou, agora temos uma convecção forçada! Em fim ... fogo aceso.

Agora vamos colocar a panela de pirex transparente sobre o fogo. Há, há há ..... a panela subiu! O jatinho de ar jogou a dita cuja para cima ... devemos amarrar a panela sobre o bico de gás aceso. Feito, panela amarrada com arame sobre o 'fogo!

Vamos colocar água dentro da panela .... vamos, vire a garrafa d'água sobre a panela ... estou fazendo isso .... não grite ... a água não quer cair dentro da panela ... olha olha ... está fazendo uma grande bolha d'água suspensa ..... que beleza! um grande glóbulo de água paira dentro da nave. Que fazer bolas.... que fazer? Ah!, tentemos o seguinte, com a tampa da panela vamos levando devagarzinho o glóbulo para dentro da panela .... assim, com cuidado .... issso .......iiiiiiissssso, .yes .. yes!.. tudo dentro! Oba! não large a tampa! O que vc fez foi transformadar, apertando pela tampa uma esfera de água em uma porção de água que lembra um formato de panela! Assim que vc largar a tampa a tensão superficial vai levar a água à energia mínima, volume mínimo ... uma esfera! Temos que amarar a tampa para ficar em cima da panela ... traga mais arame. Ali, aperte bem.

Mas, e os ingredientes? Não vamos fazer uma sopa? Ora bolas, com essa trabalheira toda quase ia esquecendo ... vamos fazer assim, abra cuidadosamente a tampa e eu irei colocando os pedaços de repolho, batata, cenoura, alho, (uma boa pitada de sal a gosto), carne moída, tomate e macarrão. Feito ... FEITO? Não grite ... tá tudo lá dentro... tampa amarrada ... fogo aceso.

Ops! Que legal essa panela transparente! Podemos ficar olhando tudo que se passa lá dentro ... mas, pelo que vejo ... não se passa nada! Ou melhor, não se passa nada daquilo que poderíamos esperar! ... claro .... claro .... não há corrente de convecção para permitir o aquecimento progressivo da água e, por contato, dos ingredientes! A água é mau condutor de calor e, o calor transferido pelo fundo da panela fica apenas restrito à fina camada de água que toca o interior da panela ... veja, só sai vaporzinho de lado! Essa água não vai fazer sopa nunca desse jeito ... temos que providenciar uma convecção forçada! Que tal introduzir na tampa um mexedor que nem aqueles de mexer a pipoca. A gente fica girando a manivela e fazendo a água ir mudando de posição dentro da panela ... com tempo conseguiremos ferver a água e cozinhar os ingredientes. Mãos à obra! Como a pressão do ar no interior da nave é de 760 mm de Hg ..... 100 graus célsius ... um bom tempo ..... sopa pronta!

Cuidado! Dessamarre a tampa com cuidado ... isso ..... iiiiissssso! eis a sopa servida! Um belíssimo glóbulo todo deformado com vapor saíndo por toda superfície livre ... mas vai demorar para esfriar ..... não há a maldita corrente de convecção ... só podemos contar com a radiação térmica ..... não, não sopre ..... vai jogar a sopa na cara de alguém!

Muito tempo depois ... a sopa se acalmou. Veja, está mais quietinha ai flutuando. Vamos nos servir? Oba! sopa ... deixe eu experimentar .... NNÃO ... Não .... não toque ........ tarde demais, o apressadinho não come crú e sim ele próprio virou o cozido! Ao tocar na sopa com seu dedo 'limpo' diminuiu ali a tensão superficial e toda sopa avançou pelo dedo, pelo braço, pelo corpo, revestindo o apressadinho com uma camada de sopa!

Quem quiser sopa agora terá que ficar lambendo o apressadiho!

Fazer sopa no espaço não é sopa!

Aguardem a próxima receita espacial orbital e algumas explicações de como fazer para dormir e não respirar o próprio ar que exalou, asfixiando-se.

[]'
Léo







SUBJECT: Re: [ciencialist] Receita de sopa
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 11/12/2000 13:34



Luiz Ferraz Netto wrote:

>
> Aguardem a próxima receita espacial orbital e algumas explicações de como fazer para dormir e não respirar o próprio ar que exalou, asfixiando-se.

Nos anos 50 uns russos meteram-se dentro de uma capsula hermeticamente
fechada juntamente com algumas plantas. Raciocinio: nós consumimos O2
que as plantas libertam quando consomem o CO2 que nós libertamos. Os
russos quase que morreram intoxicados com os próprios gases. Os nossos
intestinos produzem grandes quantidades de metano que as plantas não
absorviam.

joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Espirito cientifico
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 11/12/2000 13:57


Flávio Mendonça

Paz e Luz Léo,

>>O amigo parece que gosta de uma ironia. Deve se sentir muito interessante O problema é que mostrar-se irônico não faz da pessoa um ser grave e sério. Conheça do que fala e depois aja com mais dignidade diante dos outros. Para falar de Espiritismo precisa conhecer. O que vc relata ai em baixo nada tem haver com esta Doutrina.<<

Luz é o que falta nessas reuniões 'cabalísticas'. Paz é o que sinto ao retornar essa mensagem. Não sou grave, nem sério e, se insitir, vou lhe mostrar quem é e lhe apresentar o Secretário Geral do Espiritismo no Brasil.

[]'
Léo
--------------------



SUBJECT: Receita de sopa
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "Ciencia_Lista" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 11/12/2000 14:04

Pedidos em pvt, que leram a resposta do João (do nonio), pediram que reenviasse a 'receita de sopa' pois não a haviam recebido.
Curiosamente ... eu também não recebi essa mensagem que enviei!
Segue o reenvio:
[]'
Léo
=====================
-----Mensagem Original-----
De: Luiz Ferraz Netto <leo@barretos.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: segunda-feira, 11 de dezembro de 2000 13:21
Assunto: Receita de sopa


Roberto de Oliveira escreve:

>>Como sou novinho na lista ;-) não sei muito bem como ela funciona, mas estou numa lista de ficção cientifica que, pelo excesso de
OFF-TOPIC's, resolveu dividir a lista em FC pura e uma lista de generalidades onde não existem OFF-TOPIC's. O resultado foi o
enfraquecimento das duas listas, portanto penso que qualquer tentativa de diáspora é prejudicial à todos.
E gostaria que esta lista discutisse qualquer assunto científico, menos é claro a ciência para fazer um bolo ou para melhor cuidar
de um jardim, eheheh....<<

Para deixar claro ao R. de Oliveira, que receita de bolo (ou qual a melhor técnica para cuidar de um jardim --- assunto que ainda abordarei) é algo bem científico e justinho para o ciencialist, vou oferecer uma receita de sopa, mais especificamente,
==> Como Fazer Sopa no Espaço.<==

Estamos numa nave em órbita ou num trajeto imposto unicamente pela lei da inércia. queremos fazer uma sopa com os ingredientes que já vieram em saquinhos plásticos, da Terra.

Precisamos de um fogão a gás ... ah! lá está ele ... flutuando em algum canto da nave. Para nos orientar, devemos fixa-lo no que chamaremos de 'chão horizontal'. Pronto, ai está ele amarrado ao chão. Ei, vc ai, amarre também o bujão de gás aqui ao lado do bujão, para termos a impressão que estamos na cosinha caseira. E assim foi feito.

Próxima etapa, acender o fogo. Fósforo riscado próximo à boca do gás que sai. Oba fogo feito ... uéééé' apagou ... tentemos de novo! Caramba, não consigo acender o fogo. Tente acender essa vela primeiro, assim já teremos uma chama sem ficar riscando fósforos! Certo, vamos lá. Bolas, não consigo manter a chama da vela ... acende um pouquinho e depois apaga!
Ah! ... claro .... claro!!! Aqui a gravidade aparente é nula, as coisas têm peso específico zero, aqui não tem aquela história contada na Terra de que o ar quente é menos denso que o ar frio e sobe fazendo as tais correntes de convecção que mantêm as velas acesas trazendo novas golfadas de oxigênio para a chama. A chama da vela extingue-se nos próprios gases ... não pode ficar acesa!
Que fazer para renovar o ar ao redor da boca de gás do fogão para manter a chama acesa? Ah!, vamos colocar um pequeno ventilador adaptado abaixo do bico de gás ... oba, funcionou, agora temos uma convecção forçada! Em fim ... fogo aceso.

Agora vamos colocar a panela de pirex transparente sobre o fogo. Há, há há ..... a panela subiu! O jatinho de ar jogou a dita cuja para cima ... devemos amarrar a panela sobre o bico de gás aceso. Feito, panela amarrada com arame sobre o 'fogo!

Vamos colocar água dentro da panela .... vamos, vire a garrafa d'água sobre a panela ... estou fazendo isso .... não grite ... a água não quer cair dentro da panela ... olha olha ... está fazendo uma grande bolha d'água suspensa ..... que beleza! um grande glóbulo de água paira dentro da nave. Que fazer bolas.... que fazer? Ah!, tentemos o seguinte, com a tampa da panela vamos levando devagarzinho o glóbulo para dentro da panela .... assim, com cuidado .... issso .......iiiiiiissssso, .yes .. yes!.. tudo dentro! Oba! não large a tampa! O que vc fez foi transformadar, apertando pela tampa uma esfera de água em uma porção de água que lembra um formato de panela! Assim que vc largar a tampa a tensão superficial vai levar a água à energia mínima, volume mínimo ... uma esfera! Temos que amarar a tampa para ficar em cima da panela ... traga mais arame. Ali, aperte bem.

Mas, e os ingredientes? Não vamos fazer uma sopa? Ora bolas, com essa trabalheira toda quase ia esquecendo ... vamos fazer assim, abra cuidadosamente a tampa e eu irei colocando os pedaços de repolho, batata, cenoura, alho, (uma boa pitada de sal a gosto), carne moída, tomate e macarrão. Feito ... FEITO? Não grite ... tá tudo lá dentro... tampa amarrada ... fogo aceso.

Ops! Que legal essa panela transparente! Podemos ficar olhando tudo que se passa lá dentro ... mas, pelo que vejo ... não se passa nada! Ou melhor, não se passa nada daquilo que poderíamos esperar! ... claro .... claro .... não há corrente de convecção para permitir o aquecimento progressivo da água e, por contato, dos ingredientes! A água é mau condutor de calor e, o calor transferido pelo fundo da panela fica apenas restrito à fina camada de água que toca o interior da panela ... veja, só sai vaporzinho de lado! Essa água não vai fazer sopa nunca desse jeito ... temos que providenciar uma convecção forçada! Que tal introduzir na tampa um mexedor que nem aqueles de mexer a pipoca. A gente fica girando a manivela e fazendo a água ir mudando de posição dentro da panela ... com tempo conseguiremos ferver a água e cozinhar os ingredientes. Mãos à obra! Como a pressão do ar no interior da nave é de 760 mm de Hg ..... 100 graus célsius ... um bom tempo ..... sopa pronta!

Cuidado! Dessamarre a tampa com cuidado ... isso ..... iiiiissssso! eis a sopa servida! Um belíssimo glóbulo todo deformado com vapor saíndo por toda superfície livre ... mas vai demorar para esfriar ..... não há a maldita corrente de convecção ... só podemos contar com a radiação térmica ..... não, não sopre ..... vai jogar a sopa na cara de alguém!

Muito tempo depois ... a sopa se acalmou. Veja, está mais quietinha ai flutuando. Vamos nos servir? Oba! sopa ... deixe eu experimentar .... NNÃO ... Não .... não toque ........ tarde demais, o apressadinho não come crú e sim ele próprio virou o cozido! Ao tocar na sopa com seu dedo 'limpo' diminuiu ali a tensão superficial e toda sopa avançou pelo dedo, pelo braço, pelo corpo, revestindo o apressadinho com uma camada de sopa!

Quem quiser sopa agora terá que ficar lambendo o apressadiho!

Fazer sopa no espaço não é sopa!

Aguardem a próxima receita espacial orbital e algumas explicações de como fazer para dormir e não respirar o próprio ar que exalou, asfixiando-se.

[]'
Léo








SUBJECT: En: Returned message - mailbox size exceeded
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "Ciencia_Lista" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 11/12/2000 14:06

Oi LRB, mais uma para vc. Toda mensagem que envio ao CL vem essa de retorno. Ainda não identifiquei o destinatário.
Léo
---------------------
-----Mensagem Original-----
De: Mensagem Automatica do ZAZ <null@zaz.com.br>
Para: Luiz Ferraz Netto <leo@barretos.com.br>
Enviada em: segunda-feira, 11 de dezembro de 2000 15:00
Assunto: Returned message - mailbox size exceeded


Your message with subject [Re: [ciencialist] Re: Espirito cientifico] was not delivered to the
following recipient: [serque]. This recipient's mailbox is full.

Sua mensagem com assunto [Re: [ciencialist] Re: Espirito cientifico] nao foi entregue ao seguinte
destinatario: [serque]. A caixa-postal deste destinatario esta' cheia.





SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: apresentacao e paradigmas da mente (rumos da discussao - p/ Flavio)
FROM: Moacir Alves Schmidt <moacir.schmidt@softtek.com>
TO: "'ciencialist@egroups.com'" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 11/12/2000 15:37

Flávio Mendonça:

> Não sei se é a maioria que estaria achando inoportuna o debate, pois quem
não desejar é só deletar. Super

> simples)))))



Não, senhor Flávio. Não é tão simples assim. Encher nossas caixas postais de
mensagens que não têm nada a ver com ciência é extremamente desagradável.



Flávio Mendonça:

> Mandarei então em pvt, e se alguém desejar manifeste-se, se o número for
substancial voltarei aos debates

> aqui mesmo.



Estou me manifestando no sentido de pedir que você permaneça com este debate
em pvt.



Obrigado,



<Moacir>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: apresentacao e paradigmas da mente (rumos da discussao - p/ Flavio)
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 11/12/2000 15:53



Flávio Mendonça:

> Não sei se é a maioria que estaria achando inoportuna o debate, pois quem
não desejar é só deletar. Super simples)))))

Moacir:
Não, senhor Flávio. Não é tão simples assim. Encher nossas caixas postais de
mensagens que não têm nada a ver com ciência é extremamente desagradável.

Flávio Mendonça:

> Mandarei então em pvt, e se alguém desejar manifeste-se, se o número for
substancial voltarei aos debates aqui mesmo.

Moacir:
Estou me manifestando no sentido de pedir que você permaneça com este debate
em pvt.


Léo:
Esse debate não poderia ser feito com a participação de espíritos? Não seria necessário nem mesmo usar da www! Não há um 'espírito mensageiro'? Será que tal seita não tem nada de prático e útil?


[]'
Léo




SUBJECT: Re: [ciencialist] Espirito cientifico
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 11/12/2000 15:58

-----Mensagem Original-----
De: "Flavio Mendonça"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Segunda-feira, 11 de Dezembro de 2000 10:27
Assunto: Re: [ciencialist] Espirito cientifico

> Paz e Luz Alberto Mesquita,

Paz e Luz mermão

> Gostaria, por favor, que me mostrasse onde eu disse que o Espiritismo se
> opõe a religião A ou B. Poderia citar para mim?

Esta não é a minha praia (teologia) mas já que insiste, vamos lá (como já
afirmei aqui, não fujo a luta). Numa das msgs de 10/12/00 (a mais longa
delas) você afirma, dentre outras coisas (Obs.: estou considerando o
ceticismo como uma "religião sem Deus", o que explica sua inclusão na
lista).

Extraído de sua mensagem (de 1 a 8):

1) Isso demosntra o espírito não investigativo dos céticos e o preconceito
evidenciado nas coisas do domínio espiritual.

2) O Evangelho Segundo o Espiritismo faz críticas veemente aos evangelhos
bíblicos, indicando onde encontra-se as alegorias, interpretando-as à luz do
conhecimento Espírita.

3) Veja que aqui faço questão de distinguir a moral do Cristo com a moral
cristã, essa última advinda das instituições cristãs.

4) Outra interpretação sua da bíblia [do interlocutor, quero crer]. Ela como
é exposta, sem a metodologia adequada pode ser interpretada de várias
formas, e é exatamente isso que faz o Espiritismo, dá a sua interpretação da
passagem evangélica.

5) Veja que uma coisa é a lei de Deus, proferida e ensinada através das
mensagens do Cristo, outra bem diferente é a cristã, conforme expliquei
acima.

6) Enquanto que os cristãos como instituição pregam as várias formas
interpretadas pelas diversas correntes existentes (Protestantismo e
catolicismo).

7) Ora, se para nós a Doutrina Espírita dá início a revelação de toda uma
verdade a respeito das leis da natureza, e também serve de grande consolo a
quem teve seus entes queridos mortos, além de nos mostrar pela razão, que
ninguém queima no inferno para a eternidade, como disseram os cristãos
(Instituição).

8) A questão está justamente na má interpretação dos textos bíblicos, aos
quais os cristãos (Instituição) lançam mão, afim de amedrontar seus
seguidores e angariar poder para domínio deles mesmos, os seguidores.

Note-se que algumas oposições estão explícitas e, portanto, não dão margem a
discussões. Você falou e disse. Outras estão implícitas e podem ferir algum
crente e não outro, dependendo de seu grau de cultura. De qualquer forma, o
que pretendi deixar claro em minha msg foi o seguinte: A Ciencialist não é o
local adequado para discutirmos msgs onde a fé das pessoas, quaisquer que
sejam elas, mesmo aquelas que adotam o ceticismo como religião, esteja em
jogo. Existem listas adequadas para esse propósito, tanto a defender o
ceticismo quanto a discutir outras religiosidades.

Obs.: Como já disse, não é a minha praia, portanto não peça que justifique
cada uma dessas colocações. A meu ver, são colocações que podem ofender uma
ou outra pessoa e isso para mim é suficiente como argumento. Em particular,
sua msg não me tocou, mas não gosto de ver meus irmãos ofendidos. Da mesma
forma que achei um absurdo aquele pastor imbecil que chutou uma imagem na
televisão. Em menor grau, você está cometendo o mesmo erro.

Às vezes eu brinco a respeito da "religiosidade" dos físicos quânticos.
Porém se algum dia eu perceber que isso está tomando uma conotação
verdadeiramente religiosa, passarei a respeitar a "fé dos quânticos" e me
calarei. Até o momento eles não atingiram esse extremo, logo brinco com suas
idéias, sem pretender ofendê-los como pessoas (o que não seria o caso se
realmente a física quântica fosse um objeto de fé religiosa).

Para mim, o simples dizer que espiritismo é ciência retrata duas falácias:
1) Quem afirma isso adota uma conotação para ciência que não corresponde à
realidade aceita pela sociedade (o conceito de ciência pode até mesmo ser
impreciso e dar margem a fronteiras amplas, porém não tão amplas quanto
pretendem os espíritas); 2) Quem afirma isso coloca a ciência acima de sua
própria fé e portanto nega não apenas a sua própria religiosidade mas também
posta-se como que a zombar de todas as demais pessoas que cultivam alguma
outra fé.

[ ]'s
Alberto
http://sites.uol.com.br/albmesq/
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Simposio Comemorativo: Fisica Quantica
FROM: sagredus@hotmail.com
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 11/12/2000 15:58

Olá ciencialisteiros,

Dias 14 e 15 de dezembro de 2000 acontece o

"100 anos de física quântica"
Simpósio comemorativo.
Local: Auditório Abrão de Moraes
Organização: Comissão de Pesquisa do IFUSP

palestrantes convidados

Henrique Fleming - Planck e a Idéia do Quantum de Energia
Antônio F. R. de Toledo Piza - Schroedinger e Decoerência
Paulo Nussesveig - Mecânica Quântica em ação: Experiências
Ilustrativas dos Fundamentos Básicos
Sylvio Canuto - Física Atômica e Molecular
Mahir S. Hussein - As Estrelas e a Mecânica Quântica
João C. P. Barata - As desigualdades de Bell
Élcio Abdalla - O Universo e a Mecânica Quântica
Maurício P. Pato - Caos Quântico

___________________________________________________________

Será uma oportunidade de os ciencialisteiros aumentarem seu
conhecimento em quântica e enriquecer nossas discussões por aqui.


[]'s
Joabner.



SUBJECT: te deum
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 11/12/2000 16:03

Flavio Mendonça wrote:
> > As tais leis podem muito bem existir sem deus.
> Desde que vc indique como originou-se as leis, tudo bem. Podes ?

As tais leis são chamadas de leis porque a natureza sempre se comporta
da mesma maneira e nós querendo entender este comportamento descobrimos
que existe alguma lógica matemática que consegue descrever o
comportamento das coisas. O fato da natureza ser previsível
matematicamente, não significa que exista realmente uma lei a qual a
natureza se submeta e esta lei sendo ditada por um ser superior, ela é
apenas previsível matematicamente, nada mais.

Se existe um ser superior ele é a espécie humana que criou a matemática
e faz bom uso dela.


> > Quando se fala de deus, fatalmente se cai em questões religiosas. Este
> > tal deus existe por causa da religião e não além dela.
>
> Infelizmente não é assim.

Infelizmente é assim sim.


> O homem busca Deus a partir da sua tomada de consciência, da onde venho, quem sou etc ? Daí veio a Religião, a Filosofia, a
> Ciência. Dizer que Deus é fruto da Religião é inverter a história.

O meu caminho foi inverso, a crença religiosa sempre me foi imposta eu
acreditava em deus porque me diziam que era para acreditar e nunca
questionei isto. A minha busca pela consciência foi que me mostrou que
deus não existe, assim como aconteceu com Darwin.

[]s
==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
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SUBJECT: Re: [ciencialist] 11 Dimensoes e TGBD
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 11/12/2000 16:11

Folgo em vê-lo aqui, Sr. Clovis.

Clovis Maia wrote:
> O Tarcisio pode nao ter razao quando diz que provaram que existem
> 11 dimensoes. O que ele ouviu do tal fisico PHD (ei Tarcisio, foi o Felice
> que lhe disse isso, nao?) apenas mostra que eles, os fisicos que trabalham
> na area, tem motivos concretos para defenderem o que dizem.

Não, quem disse isso foi o seu teacher Adonai.

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TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
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SUBJECT: Re: [ciencialist] 11 Dimensoes e TGBD
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 11/12/2000 16:13

Roberto Oliveira wrote:
> E desculpe a ignorância, mas o que é TGBD??

Não se preocupe, ninguém aqui sabe.

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TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Espirito cientifico
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 11/12/2000 16:23

-----Mensagem Original-----
De: "Flavio Mendonça"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Segunda-feira, 11 de Dezembro de 2000 12:40
Assunto: Re: [ciencialist] Re: Espirito cientifico

De Flavio para o Léo:
> O amigo parece que gosta de uma ironia.
> Deve se sentir muito interessante.

E agora o metido entrando em conversa alheia:

Paz e Luz mermão

Existem dois tipos de cientistas (além de outros): o carrancudo e o irônico.
Tudo indica que o Léo é do segundo tipo.

> O problema é que mostrar-se irônico não faz da pessoa um ser grave e
> sério.

Mas às vezes dá um ibope desgraçado. O Web dele (o imperdível) é mais
visitado que o do Jô Soares.

> Conheça do que fala e depois aja com mais dignidade diante dos outros.
> Para falar de Espiritismo precisa conhecer.

Talvez seja essa uma das diferenças fundamentais entre ciência e religião
:-). Quando brincamos com ciência as pessoas não ficam tão ofendidas assim,
ainda que isso possa dar um quebra-pau desgraçado. Afinal, estamos indo
contra idéias, e não contra crenças pessoais! E a esse respeito costumo
citar Popper (já é a biliocentésima vez que cito esse texto, desta vez vou
encurtar): "Não acredito na teoria corrente segundo a qual, para tornarem
uma discussão fecunda, os opositores têm de ter muita coisa em comum. Pelo
contrário, creio que quanto mais diferem os seus backgrounds, mais fecunda é
a argumentação." Ou seja, para falar de ciência não é preciso conhecer
muito, segundo Popper. Basta ter vontade de aprender e/ou de brincar
aprendendo e/ou ainda aprender brincando e ir lascando brasa no outro.

> O que vc relata ai em baixo nada tem haver com esta Doutrina.

Ops, desculpe. Pensei que estávamos falando sobre alguma "Teoria"
científica. Fica então o dito pelo não dito.

[ ]'s
Alberto
http://sites.uol.com.br/albmesq/
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] O Tudo Absoluto
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 11/12/2000 17:49



Claudio Abreu wrote:
>
> Prezados amigos da Ciencialist,
>
> Aos poucos o site da TGBD vai se consolidando. Já possui 9
> participantes,
> contando comigo. Maioria deles (7 comigo) é da Ciencialist: Alberto
> Mesquita
> Filho, Jocax, ..............

Claudio, eu nao estou no grupo da TGDB pois eu NAO concordo com ela
como ja te expliquei.
Eu, francamente, acho a TGBD um sistema classificatorio arbitrario e sem
utilidade.

Me desculpa,
Um forte abraco
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: 11 Dimensoes e TGBD
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 11/12/2000 17:58

-----Mensagem Original-----
De: "Roberto Oliveira"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Domingo, 10 de Dezembro de 2000 23:13
Assunto: [ciencialist] Re: 11 Dimensoes e TGBD

> Eu propondo que o Brasil ajude os americanos?? Acho que agora é você quem
> esta precisando de umas aulinhas de boa leitura eheheh....

À medida em que você, na minha maneira de interpretar seu texto, defende a
manutenção do "status quo", é como vejo a questão. Enfim, não quero desviar
o assunto para uma discussão de natureza política (o tema talvez caísse bem
na lista Acrópolis).

> Cultura Tecnológica americana!!??
> Isso existe?

A partir do momento que citei, se não existia passou a existir :-). Mas não
quero opinar mais a respeito pois já percebi que divergimos ideologicamente
e a Ciencialist não é o local para discutirmos ideologias.

> Por acaso existe uma física quântica americana e uma brasileira ou uma
> genética inglesa e outra tupiniquim??

A ciência básica é universal. A ciência aplicada, enquanto existirem nações
e/ou culturas distintas, não. Tecnologia não se importa, tecnologia se
desenvolve, como você mesmo parece concordar pelo teor de sua outra msg. O
problema é que para desenvolvermos uma tecnologia que se adapte a nossa
realidade, não apenas geográfica mas também cultural, devemos dar condições
a que surja uma consciência voltada para questões básicas a apoiarem essa
tecnologia própria. Essa consciência está no ar e os indivíduos de
mentalidade jovem, e não bitolada, captam-na com facilidade. À medida em que
colocamos os jovens nos trilhos, destruímos esse potencial e passamos a
vivenciar uma realidade americana (que já impregnou nosso país por mais de
meio século).

> > Então o que você sugere? Que se abandone as pesquisas, que se pare de
> > ler livros, que se suprima a intelectualidade, que não se
> > busquem mais as respostas para o inexplicado ou que simplesmente se pare
> > de pensar ??
> >Exatamente o contrário. Que se busquem respostas para o inexplicado.
> >Atualmente os "físicos" estão buscando equações e estou propondo que se
> >busque "expliquações".
> Não entendo aonde você quer chegar!
> Não sou físico, mas qual a diferença de se tentar chegar à uma realidade
> através de equações ou de "expliquações"(o quer que isto
> seja).

Seria apenas um trocadilho no sentido de mostrar que os físicos deveriam
parar de inventar "equações que dão certo" sabe-se lá porquê e passar a
procurar entender os fenômenos (ou, de alguma forma, tentar explicar
fisicamente os fenômenos) para depois equacioná-los (como se fazia nos
séculos anteriores ao século XX). Newton, por exemplo, não "inventou"
equações mas entendeu fisicamente um fenômeno e posteriormente percebeu que
haviam equações que caiam como uma luva no sentido de simplificarem seus
achados. Hoje não é impossível até mesmo negarmos todas equações de Newton e
conservarmos a quase totalidade das idéias que o levaram a essas equações
(aliás, sob certos aspectos, é o que tenho tentado fazer no desenvolvimento
de minhas teorias). Maxwell também seguiu por um caminho muito parecido. Se
eliminarmos a idéia de fluidos elétricos (que não era de Maxwell, mas aceita
em sua época) chegamos a equações diversas sem precisarmos destruir a
essência da teoria de Maxwell.

> Se você insinua, com isso, que os físicos estão modificando
> equações e mexendo em suas variáveis para ver se chegam em algo
> interessante, num caminho inverso, ao que começa num pensamento abstrato
> para depois chegar-se às equações, não vejo nisso uma coisa
> muito relevante. Cada um se vira com a capacidade intelectual que a
> natureza lhe brindou ;-)

Tudo bem. Estão utilizando o método da tentativa e erro. Por um lado,
trata-se de um método bastante feio e deselegante (ainda mais para eles,
físicos modernos, que gostam de enfatizar a beleza da simetria de sua
matemática). Por outro, trata-se de um método restrito a determinadas áreas
do saber. Imagine por exemplo um cientista médico utilizando este
procedimento (aliás, dizem que os cientistas médicos nazistas adotavam esse
procedimento em suas vítimas). E, por fim, trata-se de um método bastante
dispendioso; e lembre-se: quem arca com essas despesas somos nós que pagamos
imposto de renda. Se não existissem outras saídas eu até concordaria com o
processo. Porém é suficiente estudarmos um pouquinho de história das
ciências para verificarmos que as grandes descobertas e que resultaram nas
maiores aplicações tecnológicas, não surgiram dessa maneira (tentativa e
erro). Algumas exceções existem para confirmar a regra (talvez a
termodinâmica, em poucos de seus conceitos básicos).

> Muita coisa importante foi descoberta em se especular e modificar equações
> já estabelecidas, se não me engano as especulações dos
> buracos negros partiu daí.

Não só mas também. A idéia em si é muito anterior a qualquer equação que não
a de Newton. Parece-me que você está entrando na onda dos físicos modernos e
confundindo conteúdo com continente. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é
outra coisa. :-)

> Aproveitando a deixa, também seria bom que as pessoas soubessem escrever
> claramente e com objetividade, evitando-se assim, possíveis
> má interpretações ;-)

Hoje em dia isso é quase impossível. Ou respondemos a todas as msgs na
medida do possível, ou optamos pela clareza, deixando a maioria de nossos
colegas sem resposta alguma. No passado os cientistas correspondiam-se por
cartas e entre ida e volta transcorriam meses. Hoje entre msg e resposta
passam-se poucas horas, às vezes minutos. Precisamos então aprender a
enfrentar esse problema. E saber ler significa também entender em que
condições a msg foi escrita. Criticar um texto sem compreendê-lo
devidamente, ainda que tenha sido mal escrito, parece-me próprio de quem
quer comprar briga. Alguns também vivem se queixando de que não sou didático
em minhas msgs. Ora, quem disse que vim aqui para dar aulas? Estou mais afim
de aprender e à medida em que vocês dão uma dura nas minhas msgs quem mais
aprende sou eu. :-) E é por isso que sou provocativo. Já dei muitas pancadas
mas jamais levei meu oponente a nocaute. Mesmo porque estou ciente de que
neste tipo de briga, quem ganha perde. :-))

> Esteja certo que eles não estão brincando!

Então não captaram a verdadeira essência da ciência: "Além da mente humana e
como um impulso livre, cria-se a ciência. Esta se renova, assim como as
gerações, frente a uma atividade que constitui o melhor jogo do 'homo
ludens': a ciência é, no mais estrito e melhor dos sentidos, uma gloriosa
diversão." (Jacques Barzun)

[ ]'s
Alberto
http://sites.uol.com.br/albmesq/
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: paradigmas da mente
FROM: gilbertodepaiva@bol.com.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 11/12/2000 18:08

E aí pessoal,

é interessante ver o rumo (Darwinista) que o assunt está indo. E acho
que de acordo com esse modelo (memes), então bem simplificadamente,
uma explicação p/ a mente humana pode ser feita a partir do progresso
em que for caracterizado a evolução dos memes/genes que caracterizam
a mente (isso é uma pergunta aos que defendem esse modelo aqui).

Porém eu vim mais p/ mostrar como a neurobiologia experimental do
cérebro/mente humanos (já podemos fazer experiências elaboradas com
seres humanos). É por isso que eu acho que uma explicação p/ a mente
está "prestes" a ser obtida (meu palpite). Vejam a reportagem
(www.terra.com.br/noticias) sobre a observação dos fenômenos neuro-
bioquimicos de reações emotivas:

Cientistas conseguem pela primeira vez mapear as emoções

Segunda, 11 de dezembro de 2000, 11h01min
Cientistas pesquisam sistematicamente a anatomia da emoção. Mapeando
a paisagem emocional do cérebro, os pesquisadores estão aprendendo
como o amor, por exemplo, altera a atividade neural dessa região da
cabeça. Eles detectaram a turbulência interna que as palavras fortes
podem provocar. Eles podem ver como a bioquímica dos sentimentos
embota a capacidade do cérebro de pensar claramente ou de criar
lembranças exatas. Eles estão descobrindo como o cérebro tem de mudar
seus caminhos emocionais para dominar as obscuras perturbações da
depressão.
O estudo da emoção assumiu nos últimos anos uma nova respeitabilidade
com os avanços técnicos que tornam possível monitorar de forma
confiável os sutis estados mentais. A tomografia por emissão de
pósitron, ou PET, e os exames de ressonância magnética funcional
tornaram-se elementos opcionais para a dissecação indolor da emoção
humana. "Até recentemente, o estudo da emoção era algo suspeito em
comparação com o estudo do conhecimento", disse Steven Hyman, diretor
do Instituto Nacional de Saúde Mental. "Agora, estamos vendo que as
emoções - como o pensamento - contam com circuitos neurais
específicos. Estamos apenas começando a entender como esses circuitos
interagem, como o pensamento e as emoções interagem."
Os pesquisadores estão aprendendo com detalhes como o cérebro trata a
emoção humana como um tipo de informação. Essa informação é
processada por meio de circuitos neurais criados pela evolução para
melhorar a sobrevivência individual ou regular o bem-estar bioquímico
do corpo. Eles estão descobrindo que a emoção não está centralizada
numa parte do cérebro, mas se espalha por quase todas as dobras desse
dinâmico e caprichoso órgão do pensamento. "A emoção não está
confinada em um lugar; é uma rede de áreas", disse Helen Mayberg,
neuropsiquiatra da Universidade de Toronto, que usa uma variedade de
técnicas de diagnóstico por imagens para estudar a neurobiologia da
depressão e outras desordens emocionais. A emoção é a forma como o
corpo liga entre si uma série de respostas físicas, mentais e
bioquímicas, disse ela.
"É preciso que haja um sistema capaz de ligar seu pensamento, seu
sentimento, sua reação visceral, suas reações inconscientes, para
coordenar seu pensamento com as partes automáticas de seu cérebro."
Conheça as primeiras descobertas sobre as emoções
Segunda, 11 de dezembro de 2000, 11h04min
Cada emoção gera um padrão único no cérebro. Antonio Damasio, da
Universidade de Iowa, identificou padrões distintos de atividade das
células nervosas, mensuráveis em tomografia por emissão de pósitron,
que aparecem durante cada estado emocional, incluindo áreas
normalmente não associadas aos sentimentos. "O padrão pode ser
provocado automaticamente", disse Damasio.
As emoções podem distorcer poderosamente o pensamento, as recordações
e as percepções de uma pessoa. Emoções extremas provocam uma
atividade neural mais elevada que parece interferir com a capacidade
do cérebro de processar a informação, afirmou Marcus Raichle, médico
pioneiro no emprego da tomografia do cérebro da Universidade
Washington, em St. Louis. "Essa descoberta ajuda a explicar, em nível
científico, por que às vezes as emoções obscurecem o pensamento."
O amor muda tudo, até mesmo algumas respostas neurais no cérebro.
Andreas Bartels e Semir Zeki, do University College de Londres,
detectaram um padrão distinto de atividade cerebral entre os que
estão profundamente apaixonados. Isso sugere que um sistema cerebral
especializado está por trás da elevação eufórica do romance amoroso.
Eles examinaram os cérebros de 17 voluntários que afirmaram estar
profundamente apaixonados e depois compararam-nos com os de pessoas
que eram simplesmente amigas.
Danos sutis à máquina mental do medo podem ser responsáveis por
muitas desordens psiquiátricas comuns, até mesmo de insensibilidade
em relação ao bem-estar dos outros. Experimentos em animais
realizados por Joseph LeDoux, do Centro de Ciência Neural da
Universidade de Nova York, e outros pesquisadores estão revelando os
caminhos que o medo percorre dentro da memória e do pensamento.
A negra cortina da depressão só se levanta quando o cérebro pode
recalibrar-se. Mayberg e seus colegas tentaram entender por que
certas drogas antidepressivas, como o Prozac, levam semanas para
funcionar em algumas pessoas, mas nunca têm efeito em outras. Eles
encontraram padrões generalizados de mudança nos cérebros daqueles
que eram ajudados pelo Prozac, em comparação com os que não eram
ajudados, numa transformação que levou semanas para se completar. "Há
uma série de mudanças que precisam acontecer para o cérebro
estabelecer um caminho de recuperação", disse Mayberg.






SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Egoísmo genético(ex: apresentacao e paradigmas da mente)
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO:
DATE: 11/12/2000 18:42



Manuel Bulcao wrote:
>
> --- In ciencialist@egroups.com, "Joao Carlos Holland Barcellos"
> <jocax@u...> wrote:
>
> Jocax - SIM ! Acertou na mosca, nem sempre memes e genes estao na
> mesma direcao.
>
> Manuel - Mas, em qualquer direção que estejam, pouco ou nada conta
> para eles o bem-estar ou mesmo a sobrevivência do indivíduo.

Nao eh bem assim. Os genes dirigem o organismo , fora o homem,
atraves do instinto e do prazer. *Em geral* o q da prazer ao organismo
primitivo eh algo q auxilia a perpetuacao dos genes.
Se o organismo *nao sente* o bem-estar, em geral, eh por que algo
*nao favoravel* aos genes esta ocorrendo.

No homem ocorre algo parecido , ja q somos animais. Mas os memes tambem
interferem no processo tornando as coisas + complicadas.


> Para
> esses "escrotinhos", segundo Dawkins, o que lhes interessa é a
> replicação de si mesmos "ad aeternum", custe o que custar. Ou seja, o
> indivíduo não é um fim, mas um meio, mero instrumento para a
> reprodução ampliada dos genes e memes. Uma galinha é um artifício que
> o ovo usa para produzir outro ovo. E um erudito é um instrumento do
> qual se vale uma biblioteca para criar uma outra biblioteca. Isso é
> alienação!

Nao entendi a palavra "alienacao" no contexto....
Embora seja mais ou menos isso mesmo , isso NAO impede que criemos uma
etica e evitemos o sofrimento..
A COMPREENSAO DO QUE SOMOS EH O INICIO DE NOSSA LIBERTACAO.

>
> Manuel - Vamos supor que Dawkins esteja certo. Mas, mesmo assim,
> resta uma dúvida: -- Como explicar a revolta do próprio Dawkins (quem
> diria!), o teorizador de toda essa panacéia, contra esses
> replicadores egoístas (genes + memes), manifestada na seguinte
> asserção: "temos o poder para desafiar os genes egoístas que herdamos
> e, se necessário, os memes egoístas que nos foram transmitidos. (...)
> Só nós, na Terra, temos o poder de nos rebelar contra a tirania dos
> replicadores egoístas." (Dawkins; O Gene Egoísta; Gradiva; 2a. Edição
> Revista e Ampliada; pág. 283)
>
> Jocax - Acho q nesta ultima frase ele se referia aos genes, ja que
> nada mais somos do que genes e memes (Nao existe outra forca que
> nos guie). Logico que existem todos os tipo de memes, um deles eh o
> Genismo que, como mostrei, podera aniquilar os genes RUINS em
> beneficio dos genes BONS e, com isso, eliminar a barbarie da face da
> terra.
>
> Manuel - Se existem genes "bons", esses são aqueles que contribuem
> para a reprodução da espécie,

A conotacao de BOM q usei sao os genes q, alem de contribuir para a
perpetuacao
genetica, nao contribuem para o sofrimento dos outros.
Assim os genes responsaveis pelo instinto do AMOR sao bons e os
responsaveis
pelo ODIO sao maus ( neste contexto etico ). Claro q todos eles,
biologicamente
falando, sao UTEIS no sentido de auxiliar a preservacao genetica.


>e a espécie com freqüência se reproduz
> tendo por contraprestação o sofrimento e a morte prematura do grosso
> dos indivíduos. Veja o caso dos peixes teleósteos: para cada um
> milhão de ovos postos e fecundados, apenas um vinga e sobrevive até a
> idade adulta, de maturidade sexual. Por isso que a política de
> aniquilar os genes ruins em benefício dos genes bons (eugenia), ao
> invés de eliminar a barbárie, tende a incrementá-la, não importa se
> levada a cabo pela direita ou pela esquerda.

A conotacao de "bom" e "mau" q vc usa nao esta claro.
Note bem, do pto de vista biologico, de perpetuacao genetica, existem
genes eficazes e outros nem tanto. E neste sentido biologico esta
conotacao
de gene "bom" e "mau" eh equivalente a de eficaz e ineficaz. Nao eh
neste
sentido q estou me referindo. Eu me refiro aos genes q aumentam ou
diminuem
a felicidade do GRUPO que exatamente onde opera a etica.

ESTAMOS NUM ESTAGIO DE EVOLUCAO EM QUE PODEMOS PRESCINDIR DOS GENES
ANTI-ETICOS
Se antes eles eram INDISPENSAVEIS aa sobrevivenvia da especie AGORA
JA NAO EH MAIS E ISTO EH MUITIIIIIISSSSSSSSSSIIIIIIIIMOOOOOOOO
IMPORTANTE
SERA Q NINGUEM PERCEBEU ISSO PORRA ! :-)))


>Mas, voltando ao
> assunto, você não explicou cientificamente a revolta do Dawkins
> contra o pérfido conluio genes-memes egoístas.

A revolta pode ser conseguida atraves de outros MEMES q lutam
contra os outros MEMES ( e genes ) em beneficio da felicidade humana.

>
> Manuel - A explicação do próprio Dawkins para tal fenômeno (a revolta
> do organismo contra aquilo que determina seu comportamento) é que os
> genes e os memes exercem uma influência "estatística" no
> comportamento humano, e que "esta influência pode ser modificada,
> sobreposta ou revertida por outras influências." (idem; pág. 447)
>
> Jocax - Meu livro do "Gene egoista" termina na pagina 230 :-( E
> portanto nao posso comentar em q contexto esta a frase acima. De qqr
> modo ninguem eh infalivel e ele mesmo poderia estar enganado.
>
> Manuel - Decerto, ninguém é infalível, nem mesmo você. Mas aconselho-
> o a comprar a edição revista e ampliada do livro "O Gene Egoísta",
> pela Gradiva.
>

Acho q sim,
[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] Espirito cientifico
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 11/12/2000 18:52


Apreciaria complementar a finalização do Alberto:

>>Para mim, o simples dizer que espiritismo é ciência retrata duas falácias:
1) Quem afirma isso adota uma conotação para ciência que não corresponde à
realidade aceita pela sociedade (o conceito de ciência pode até mesmo ser
impreciso e dar margem a fronteiras amplas, porém não tão amplas quanto
pretendem os espíritas); 2) Quem afirma isso coloca a ciência acima de sua
própria fé e portanto nega não apenas a sua própria religiosidade mas também
posta-se como que a zombar de todas as demais pessoas que cultivam alguma
outra fé.<<

Do mesmo modo, como a mensagem toda, cuja parte acima destaquei, advirto que minha intenção não é ferir fé alheia, mas defender os limites da ciência.

Todo mundo quer ser 'científico' e usar o tradicional 'está cientificamente provado que', além de outras balelas como 'dedicou-se a estudar cientificamente o assunto' e coisas que tais.
Será que essas coisas 'agora que viraram ciência' não percebem que não basta querer ser, é preciso participar.
Dizer que a seita espírita e outras é algo científico poderei até aceitar, a partir do dia em que eles começarem a colaborar com o desenvolvimento científico e tecnológico, e começarem a fazer algo útil á comunidade.
Apreciaria imensamente começar a ler nos jornais, a partir de amanhã, que:

a) os espíritas, ativos adeptos da ciência, acabaram de lançar no mercado excelentes liquidificadores movidos a ectoplasma; esse material até então sob domínio eclusivo dessa 'comunidade tão prolífera' foi liberado ... blá ... blá ... blá.

b) novamente os espíritas tornam real o mundo culinário das mulheres, tanto esperado. Os espíritos batedores foram canalizados para um aparelho mil vezes melhor que a tradicional batedeira de bolo; batem rebatem e a comando mental realizam toda espécie de movimento com a massa .... blá ... blá ....

c) a comunicação Terra/Lua via espírito comunicador supera nossas transmissões eletromagnéticas. A quem diga que as ondas eletromagnéticas já são coisas do passado. Agora, com a tecnologia espírita, um novo mundo abre-se para todos e .... blá ... blá ... blá....

d) renovada a esperança dos doentes. A nova máquina espiritotécnica baseada em ectoplasmas e espíritos penetrantes acaba de ser utilizada com sucesso em 12 hospitais da capital. E, ... blá ... blá .... blá ....

e) Universidade Espírita, agora com mais alunos que a Rede Objetivo, oferece bolsas espirituais de 20 salários mínimos a seus alunos/pesquisadores na área de controle digital dos espíritos. Muitos deles, ainda renitentes, dificultaram todo um .......blá .. bl' ... blá ....

f) Kardec retorna á Terra. Antes mantido por forças ocultas no mundo dos espíritos, agora com a nova máquina de transporte de matéria desenvolvida na Universidade Espírita é .... blá, blá blá.........

g) Importante! Comunidade científica concede prêmio Nobel ao pesquisador espírita pela descoberta da comunicação áudio/vídeo entre vivos e mortos. A comunicação áudio, desenvolvida com duas membranas ectoplasmáticas ativadas por espíritos giradores de mesa e impulsionadores de objetos, agora estereofônica .........

h) Muito importante! Levitação colocada para uso pessoal. Espíritas do Núcleo de Projetos e Desenvolvimentos projetaram mediante simples adaptações de suas antigas técnicas, um modo de locomoção surpreendente e ... blá blá blá.....


Enquanto não tivermos nada disso teremos que conviver com charlatanismos afagando as mentes dos pobres coitados e sofridos terráqueos sobre espíritos, almas, áuras, ectoplasmas, renganação e tudo isso que temos pela frente.

Com a devida vênia,

[]'
Léo





SUBJECT: Re: [ciencialist] Humanidade : salvacao ( e-mail historico )
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO:
DATE: 11/12/2000 19:25



JH Home Page wrote:
>
> Apesar de o ciume ser considerado "mal" pense nas consequencias da
> ausência dele... A falta de amor ou pelomenos aparentaria isso...
>

Como ja disse antes, todos os sentimentos anti-sociais ou anti-eticos
a q me referi ( ciumes, vinganca, odio, avareza, inveja etc.. ) existem
pq auxiliavam e auxiliam a perpetuacao dos genes daqueles que o possuem.

O mecanismo eh o mesmo daqueles q nao sentem fome : se nao possuirem
esta
sensacao poderao morrer de inanicao.

Agora, com a cultura genista ( q prega a perpetuacao genetica consciente
)
estes sentimentos nao teriam mais utilidade ja que existiria uma cultura
(o meme do Genismo ) que podera substitui-los !

Eu mostrei (resumindo ) q fazendo esta substituicao do instinto pelo
consciente para buscar a perpetuacao genetica, os genes malevolos
deixariam
de ser selecionados e tenderiam a desaparecer e a humanidade ficaria
geneticamente boa e a barbarie nao mais ocorreria.

O amor nao sofreria esta anti pressao seletiva *desde que* continuemos
a
nos unir utilizando-se deste criterio instintivo para a geracao de
filhos.

[]s
jocax
(PS: parece q soh eu consigo me entender :-(( )
(Ps2: Sera q estou pirando? )
[]s
jocax ( O messias pirado :) )


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Egoismo genetico(ex: apresentacao e paradigmas da mente)
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO:
DATE: 11/12/2000 19:33



Manuel Bulcao wrote:
>
> João - Parece que o próprio Dawkins foi ultrapassado pela sua própria
> invenção. Pois, como é obvio, se o ser são apenas genes e memes, não
> há lá nada para se revoltar.
>
> Manuel - Não obstante essa sua interessante observação, as pessoas
> continuam se revoltando, inclusive o Dawkins, e não há enunciados
> científicos que sirvam de consolo. Explique essa revolta, pela ótica
> da memética.
>

Simples :
Existem memes que dizem que o homem eh o suprasumo do universo,
o MAXIMO, o BONZAO !, A imagem de Deus ( mesmo q ele nao exista )
e etc...
Mas outros memes (mais cientificos) dizem que os homens sao conjuntos
de genes e de memes e q os homens NADA MAIS SAO do que MEIOS destes
replicantes se perpetuarem.

TEMOS AIH UM CONFLITO MEMETICO : Memes lutando entre si.

E, ateh q uma das gangues de memes venca, isso ira provocar
mal estar....
simples............


[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] paradigmas da mente
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 11/12/2000 19:45

Marcelo escreve:

>>Amigos do ciencialist: espiritismo é uma ciência experimental?

Concordo que aqui não seja o lugar para se discutir religião, nem
quero. Mas ao proclamar o espiritismo como ciência, automaticamente
isso faria com que o assunto pudesse ser discutido aqui. Daí a
relevância em se definir se espiritismo é ciência ou não.<<

Espiritismo não é Ciência. Mas, os espíritas não sabem discutir isso, e ante qualquer tentativa eles dizem que é preciso estudar muito e superar todos os graus do espiritismo ... ai sim, poderão concluir que não é ciência. Vc já visitou algum laboratório espírita? Já leu algum documento científico espírita em alguma revista científica notória? Vc já viu alguma descoberta ou desenvolvimento espírito-científico?
Como ninguém jamais atingirá o tal grau de perfeição sobre os estudos espíritos (são profundíssimos!), ninguém poderá discutir com eles ad eternum!

E então proponho ... vamos parar de discutir seita espírita aqui? Ou vamos prosseguir com "Gotas de Sabedoria".
Ou vamos esperar uma proposta de um experimento espírita que possa ser testado aqui no meu laboratório?

Levitação eu já domino sobejamente e quem quiser aprender como se faz isso é só visitar o imperdível: item 04 da Sala 13: www.feiradeciencias.com.br/sala13/index13.htm . Sessões de levitação faço toda quarta feira ás 20:00 horas.
Agora estou aperfeiçoando um óculos de infravermelho para que os visitantes dos templos de reencarnação possam ver como o 'encarnado' desde do teto ou entra pela portinhola por traz da mesa de som (onde está a fita do negro velho).

Saudações,
Fato e Teste,
Léo




SUBJECT: Re: [ciencialist] O Tudo Absoluto
FROM: "Claudio Abreu (Bidual)" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 11/12/2000 19:49

Prezado Jocax,

Citei o seu nome por que ele aparece na lista de participantes do site da TGBD.

Lembra-se que você me pediu, em pvt, para retirá-lo da lista porque você não estava conseguindo fazê-lo? Pois é, eu fui lá e retirei-o, mas ele continua lá... Eu não sei o que houve. Coisas inexplicáveis do eGroups. Se quiser vá lá e confira:
http://br.egroups.com/group/tgbd

Vou dar um tempo para você ir lá e verificar o que estou dizendo, e mesmo tentar você mesmo retirar-se do grupo. Caso não consiga, prometo que depois que vou voltar a tentar retirá-lo de lá.

Comento agora as suas afirmações abaixo:

"Claudio, eu nao estou no grupo da TGDB pois eu NAO concordo com ela
como ja te expliquei.
Eu, francamente, acho a TGBD um sistema classificatorio arbitrario e sem
utilidade."

Apenas relembro-lhe que você falou numa mensagem, há alguns dias atras que não gostava da TGBD, mas que nunca havia conseguido "derrubá-la" ou algo semelhante. Pergunto eu: não existe um contradição entre o que você falou na época e o que está falando agora?

Outra coisa. Acho que não fica bem você ficar xingando na lista. Reproduzo abaixo uma frase sua:
"SERA Q NINGUEM PERCEBEU ISSO PORRA ! :-)))"

Que que é isso companheiro? Olha o nível. Não perca a classe.

Um grande abraço,

Claudio Abreu



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Espirito cientifico
FROM: Flavio Mendonça <fefemendonca@uol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 11/12/2000 22:21

Sr Léo,

De reuniões cabalisticas nada entendo, logo me abstenho. Qto ao secretário geral do Espiritismo no Brasil, este cargo está desocupado. Aliás nunca existiu. Logo, não podes me mostrar nada.

Que continue em Paz !

Flávio Menodonça

Luiz Ferraz Netto gravada:

> Flávio Mendonça
>
>
> Luz é o que falta nessas reuniões 'cabalísticas'. Paz é o que sinto ao retornar essa mensagem. Não sou grave, nem sério e, se insitir, vou lhe mostrar quem é e lhe apresentar o Secretário Geral do Espiritismo no Brasil.
>
> []'
> Léo
> --------------------
>
>
> *** --- ***
> Vote na decisao para configuracao da lista. Mensagens somente texto ou HTML. Para isso use o endereco:
> http://www.egroups.com/polls/ciencialist/
> *** --- ***



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: apresentacao e paradigmas da mente (rumos da discussao - p/ Flavio)
FROM: Flavio Mendonça <fefemendonca@uol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 11/12/2000 22:21

Sr Léo,

Luiz Ferraz Netto gravada:

> Léo:
> Esse debate não poderia ser feito com a participação de espíritos?

Embora vc não admita, ele está tendo nossa participação, pois somos espíritos:-)

> Não seria necessário nem mesmo usar da www! Não há um 'espírito mensageiro'?

Eles não necessitam de www, já dominam um meio mais rápido, o pensamento:-)

> Será que tal seita não tem nada de prático e útil?

Seita ? Vc não entendi mesmo da coisa, em ?

> []'
> Léo

Até !

Flávio Mendonça



SUBJECT: Re: [ciencialist] Espirito cientifico
FROM: Flavio Mendonça <fefemendonca@uol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 11/12/2000 22:21

Paz e Luz Alberto Mesquita,

Alberto Mesquita Filho gravada:

>
> Esta não é a minha praia (teologia) mas já que insiste, vamos lá (como já
> afirmei aqui, não fujo a luta). Numa das msgs de 10/12/00 (a mais longa
> delas) você afirma, dentre outras coisas (Obs.: estou considerando o
> ceticismo como uma "religião sem Deus", o que explica sua inclusão na
> lista).

Ceticismo é religião ? Para ser religião é necessário antes de tudo crer-se numa ou em várias divindades.
Como não é o caso dos céticos, não se inclui.

>
> Extraído de sua mensagem (de 1 a 8):
>
> 1) Isso demosntra o espírito não investigativo dos céticos e o preconceito
> evidenciado nas coisas do domínio espiritual.
>

Mesma assim não houve ofensa, mas a constatação de que, pelo menos muitos céticos, agem desta forma.

>
> 2) O Evangelho Segundo o Espiritismo faz críticas veemente aos evangelhos
> bíblicos, indicando onde encontra-se as alegorias, interpretando-as à luz do
> conhecimento Espírita.

Ó My God ! Fazer críticas aos textos bíblicos é ofender alguma religião ? E não fazem todos os religiosos
críticas a biblia ou outra escritura ?

>
> 3) Veja que aqui faço questão de distinguir a moral do Cristo com a moral
> cristã, essa última advinda das instituições cristãs.

Onde está a ofensa ? Uma coisa é a moral universal do Cristo, outra bem diferente é o cristianismo como
instituição.

>
> 4) Outra interpretação sua da bíblia [do interlocutor, quero crer]. Ela como
> é exposta, sem a metodologia adequada pode ser interpretada de várias
> formas, e é exatamente isso que faz o Espiritismo, dá a sua interpretação da
> passagem evangélica.

Vc viu ofensa onde, meu caríssimo ?

>
> 5) Veja que uma coisa é a lei de Deus, proferida e ensinada através das
> mensagens do Cristo, outra bem diferente é a cristã, conforme expliquei
> acima.

Cara, vc precisa fazer um curso de interpretação de texto. Não houve nenhuma ofensa neste texto:-)

>
>
> 6) Enquanto que os cristãos como instituição pregam as várias formas
> interpretadas pelas diversas correntes existentes (Protestantismo e
> catolicismo).

Idem ao anterior:-)

>
>
> 7) Ora, se para nós a Doutrina Espírita dá início a revelação de toda uma
> verdade a respeito das leis da natureza, e também serve de grande consolo a
> quem teve seus entes queridos mortos, além de nos mostrar pela razão, que
> ninguém queima no inferno para a eternidade, como disseram os cristãos
> (Instituição).
>

Idem ao anterior:-)

>
> 8) A questão está justamente na má interpretação dos textos bíblicos, aos
> quais os cristãos (Instituição) lançam mão, afim de amedrontar seus
> seguidores e angariar poder para domínio deles mesmos, os seguidores.

Aqui também não há uma ofensa direta a crença alguma. Apenas se constata historicamente como se processa o
poder pelo clero.

>
> Note-se que algumas oposições estão explícitas e, portanto, não dão margem a
> discussões. Você falou e disse. Outras estão implícitas e podem ferir algum
> crente e não outro, dependendo de seu grau de cultura. De qualquer forma, o
> que pretendi deixar claro em minha msg foi o seguinte: A Ciencialist não é o
> local adequado para discutirmos msgs onde a fé das pessoas, quaisquer que
> sejam elas, mesmo aquelas que adotam o ceticismo como religião, esteja em
> jogo.

Observe e leia as mensagens que tratávamos de Deus ou mesmo sobre evolução, que a todo instante eu dizia:
"Deus é um dogma que não se pode provar muito menos negar. Aceito apenas,
por efeito de limitação consciencial, que ele seja a causa primária de todas as coisas. Já vc concebe de
outra forma. O que fazer ? Na minha opinião avançar mais na tentativa de descobrirmos esse labirinto.
Adianta discutir ?
Veja qta energia desperdiçada nesta tentativa."

> Existem listas adequadas para esse propósito, tanto a defender o
> ceticismo quanto a discutir outras religiosidades.

OK, mas onde se especifica que Espiritismo não é ciência ? Desejas argumentos ? Então vá ao site
http://www.geae.org/pt/entrevistas/chibeni.html ou
http://www.geocities.com/Athens/Academy/8482/procie.html. Tem um mundo de argumentos para mostrar que
Espiritismo é ciência, quera vc aceite ou não.

>
> Obs.: Como já disse, não é a minha praia, portanto não peça que justifique
> cada uma dessas colocações. A meu ver, são colocações que podem ofender uma
> ou outra pessoa e isso para mim é suficiente como argumento. Em particular,
> sua msg não me tocou, mas não gosto de ver meus irmãos ofendidos. Da mesma
> forma que achei um absurdo aquele pastor imbecil que chutou uma imagem na
> televisão. Em menor grau, você está cometendo o mesmo erro.

Então poderei dizer aqui que estou extremamente ofendido por vc ter me interpretado mau.

>
> Às vezes eu brinco a respeito da "religiosidade" dos físicos quânticos.
> Porém se algum dia eu perceber que isso está tomando uma conotação
> verdadeiramente religiosa, passarei a respeitar a "fé dos quânticos" e me
> calarei. Até o momento eles não atingiram esse extremo, logo brinco com suas
> idéias, sem pretender ofendê-los como pessoas (o que não seria o caso se
> realmente a física quântica fosse um objeto de fé religiosa).

Claro que não é. E talvez por isso vc não compreenda o pq Espiritismo é ciência.

>
>
> Para mim, o simples dizer que espiritismo é ciência retrata duas falácias:
> 1) Quem afirma isso adota uma conotação para ciência que não corresponde à
> realidade aceita pela sociedade (o conceito de ciência pode até mesmo ser
> impreciso e dar margem a fronteiras amplas, porém não tão amplas quanto
> pretendem os espíritas);

Opinião sua . Tanto que nos sites indicados, outra forma também é abordado.

> 2) Quem afirma isso coloca a ciência acima de sua
> própria fé e portanto nega não apenas a sua própria religiosidade mas também
> posta-se como que a zombar de todas as demais pessoas que cultivam alguma
> outra fé.

Não vejo pq.

>
>
> [ ]'s
> Alberto

[(())]'s

Flávio Mendonça



SUBJECT: Espirito cientifico - O FIM
FROM: Flavio Mendonça <fefemendonca@uol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 11/12/2000 22:21

Prezados Senhores,

Com esta eu me despeço dos listeiros da Ciencilist. Gostaria de dizer aos que comigo conseguiram levar um bom papo, os meus agradecimentos e meus votos de muito discernimento, e que continuem a encarar seus estudos como uma forma de evoluir afim de poderem beneficiar a sua comunidade de alguma forma. Aos que com minha
forma de pensar desagradei, peço desculpas, pois o intuito era exatamente falar sobre uma forma diferente de pensar e que poderia lhes ser útil de alguma forma. Todavia não foi possível. De toda maneira coloco a todos o meu endereço eletrônico a disposição daqueles que de uma forma ou de outra queira ou necessite de
algum esclarecimento. Ao moderador agradeço pela paciência e pelo convite, no entanto, não foi possível manter-me nos padrões imposto por alguns ou pela possível omissão de outros. De toda forma foi bom !

Aproveito para solicitar meu desligamento da Ciencilist.

E como não poderia deixar de ser, me despeço com o quase tradicional,

Paz e Luz a todos !

Flávio Mendonça

Luiz Ferraz Netto gravada:

> Apreciaria complementar a finalização do Alberto:
>
> >>Para mim, o simples dizer que espiritismo é ciência retrata duas falácias:
> 1) Quem afirma isso adota uma conotação para ciência que não corresponde à
> realidade aceita pela sociedade (o conceito de ciência pode até mesmo ser
> impreciso e dar margem a fronteiras amplas, porém não tão amplas quanto
> pretendem os espíritas); 2) Quem afirma isso coloca a ciência acima de sua
> própria fé e portanto nega não apenas a sua própria religiosidade mas também
> posta-se como que a zombar de todas as demais pessoas que cultivam alguma
> outra fé.<<
>
> Do mesmo modo, como a mensagem toda, cuja parte acima destaquei, advirto que minha intenção não é ferir fé alheia, mas defender os limites da ciência.
>
> Todo mundo quer ser 'científico' e usar o tradicional 'está cientificamente provado que', além de outras balelas como 'dedicou-se a estudar cientificamente o assunto' e coisas que tais.
> Será que essas coisas 'agora que viraram ciência' não percebem que não basta querer ser, é preciso participar.
> Dizer que a seita espírita e outras é algo científico poderei até aceitar, a partir do dia em que eles começarem a colaborar com o desenvolvimento científico e tecnológico, e começarem a fazer algo útil á comunidade.
> Apreciaria imensamente começar a ler nos jornais, a partir de amanhã, que:
>
> a) os espíritas, ativos adeptos da ciência, acabaram de lançar no mercado excelentes liquidificadores movidos a ectoplasma; esse material até então sob domínio eclusivo dessa 'comunidade tão prolífera' foi liberado ... blá ... blá ... blá.
>
> b) novamente os espíritas tornam real o mundo culinário das mulheres, tanto esperado. Os espíritos batedores foram canalizados para um aparelho mil vezes melhor que a tradicional batedeira de bolo; batem rebatem e a comando mental realizam toda espécie de movimento com a massa .... blá ... blá ....
>
> c) a comunicação Terra/Lua via espírito comunicador supera nossas transmissões eletromagnéticas. A quem diga que as ondas eletromagnéticas já são coisas do passado. Agora, com a tecnologia espírita, um novo mundo abre-se para todos e .... blá ... blá ... blá....
>
> d) renovada a esperança dos doentes. A nova máquina espiritotécnica baseada em ectoplasmas e espíritos penetrantes acaba de ser utilizada com sucesso em 12 hospitais da capital. E, ... blá ... blá .... blá ....
>
> e) Universidade Espírita, agora com mais alunos que a Rede Objetivo, oferece bolsas espirituais de 20 salários mínimos a seus alunos/pesquisadores na área de controle digital dos espíritos. Muitos deles, ainda renitentes, dificultaram todo um .......blá .. bl' ... blá ....
>
> f) Kardec retorna á Terra. Antes mantido por forças ocultas no mundo dos espíritos, agora com a nova máquina de transporte de matéria desenvolvida na Universidade Espírita é .... blá, blá blá.........
>
> g) Importante! Comunidade científica concede prêmio Nobel ao pesquisador espírita pela descoberta da comunicação áudio/vídeo entre vivos e mortos. A comunicação áudio, desenvolvida com duas membranas ectoplasmáticas ativadas por espíritos giradores de mesa e impulsionadores de objetos, agora estereofônica .........
>
> h) Muito importante! Levitação colocada para uso pessoal. Espíritas do Núcleo de Projetos e Desenvolvimentos projetaram mediante simples adaptações de suas antigas técnicas, um modo de locomoção surpreendente e ... blá blá blá.....
>
> Enquanto não tivermos nada disso teremos que conviver com charlatanismos afagando as mentes dos pobres coitados e sofridos terráqueos sobre espíritos, almas, áuras, ectoplasmas, renganação e tudo isso que temos pela frente.
>
> Com a devida vênia,
>
> []'
> Léo
>
>
> *** --- ***
> Vote na decisao para configuracao da lista. Mensagens somente texto ou HTML. Para isso use o endereco:
> http://www.egroups.com/polls/ciencialist/
> *** --- ***



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Espirito cientifico
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 11/12/2000 23:59

Mensagem Original-----
De: "Luis Roberto Brudna [RS]"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Segunda-feira, 11 de Dezembro de 2000 06:14
Assunto: [ciencialist] Re: Espirito cientifico

> Perai. Mais do que se fala em TGBD, Genismo e 'anti-einstein' nesta
> lista... dificil. Quer dizer que temos que ter uma
> tgbdgenismoantienistenlist?

Olá Luis. Minha bronca não é nem para as regras da lista e muito menos para
o moderador. E concordo 100% com a sua afirmação. Não obstante, se a turma
não tivesse sido tão tacanha a respeito da tgbd e do genismo creio que
teríamos gasto muito menos Kb do que o que foi gasto. Falou-se tanto de tgbd
e de genismo e no entanto, e por algumas msgs que têm surgido ultimamente,
nota-se que quase ninguém sabe o que é tgbd ou genismo. Ou seja, foram msgs
totalmente improdutivas. De minha parte, procurei valorizar a metodologia
científica inerente à teorização, tanto ao discutir a tgbd quando a suposta
prova jocaxiana da inexistência de Deus, tema esse que surgiu, parece-me,
durante a discussão sobre o genismo.

O suposto "anti-einsteinismo", e isto posso falar com mais propriedade,
deve-se à mentalidade tacanha daqueles que não conseguem livrar-se de seus
dogmas e obrigam-me a falar sobre relatividade moderna, uma hipótese que
nunca assumi em minhas teorias, que por sinal nunca recebeu uma crítica
sequer de meus pretensos opositores. Por outro lado, e brincadeiras à parte,
já cansei de falar aqui que sou um profundo admirador de Einstein e creio
mesmo que poucos, dentre os que navegam por estas paragens, leram tanto
Einstein quanto eu (via de regra gosto de bons autores e não me satisfaço
com afirmações de terceiros). Concordo com o título que foi dado a Einstein
de melhor físico do século XX e apenas acho que deveriam dar também o título
de melhor cientista do milênio (quiçá de todos os tempos) a Isaac Newton.

> Eh claro que eu pedi para que as mensagens sobre TGBD fossem
> direcionadas para a lista do Claudio.

No que fez muito bem. Ainda que não seja contra a tgbd, não creio que aqui
seja o lugar para ficarmos discutindo uma única teoria. E como a tgbd era
(ou ainda é) desconhecida de todos, no ritmo que a coisa estava indo
teríamos que ficar um ou dois anos discutindo-a, sem espaço para mais nada.

> Tambem solicitei para o Jocax
> criar um FAQ sobre o Genismo. E voce, Alberto, tem a sua pagina. Ou
> seja, nao ha tanta necessidade de a Ciencialist ficar remoendo esses
> assuntos. Acho que devemos encontrar coisas novas pra debater.

Também concordo mas a grande maioria dos temas que tenho aqui debatido
referem-se a responder a críticas de pessoas que, por falta de conhecimento
do que seja teorização, insistem em afirmar que a minha teoria não é boa
porque vai contra outras teorias sabidamente incompatíveis. Ora, que me
resta fazer se não mostrar que eles estão incorrendo em falácias lógicas? A
única vez que expus algo explicitamente relativo a minha teoria foi
atendendo a pedido de quatro colaboradores ativos da lista e assim mesmo
parei na segunda msg, pois vi que os quatro perderam o interesse pela
exposição. E expus a teoria de uma forma bastante diferente daquela
apresentada em páginas Web, na esperança que pudessem surgir coisas novas. O
que se seguiu foram discussões sobre relatividade e mecânica quântica,
coisas amplamente conhecidas e que não têm nada a ver com a minha teoria em
si.

> Talvez seria interessante criar uma lista tipo 'Fronteiras da
> ciência' onde teorias totalmente novas sao debatidas. Ou eu estou
> dando mais uma opiniao furada?

A idéia não é má, mas também cheia de riscos. O grupo da Usenet
alt.sci.physics.new-theories foi criado com essa finalidade, mas
despersonalizou-se totalmente. É mais fácil encontrar msgs de novas teorias
em grupos específicos como sci.physics.relativity, sci.physics,
sci.physics.particle, etc.

> > Em épocas de pico, como observamos recentemente, as coisas se
> > complicam, surgindo a necessidade da intervenção de nosso moderador.
> Eh... quando nao tem ninguem mais pra levar paulada... sobra pra
> mim. :)

Ossos do ofício. :-))

> A lista precisa de variedades. Centrar em certos assuntos causa
> aborrecimento.
> Nao tenho culpa se as listas de discussao paralelas a Ciencialist
> nao estao apresentando fluxo adequado de mensagens, mas lembre... uma
> lista nao cresce sozinha!! Eu LUTEI MUITO pra conseguir manter a
> Ciencialist, principalmente no inicio. Mandei mal para varias
> pessoas, varios foruns... me tornei quase um spammer. :) Claro que
> tive a excelente colaboracao de todos os integrantes da Ciencialist.
> Tive muitas surpresas. Sinceramente, nao esperava que a ideia de uma
> lista de discussao sobre ciencia desse tao certa.

Apesar de ter pego o bonde andando, também não acreditei que a lista
chegasse ao que chegou em tão curto tempo. Demorei para aderir pois naquela
época eu era fanático por newsgroups. Parabéns. Poucos países do mundo tem
uma lista como a Ciencialist. E certamente isso não se deve nem ao nosso
governo nem a nossa política universitária. Creio que todos nós podemos nos
orgulhar de pertencer à Ciencialist e você muito mais.

> Tai uma coisa dificil de explicar... 'o que eh ciencia'. Eu tenho
> minhas ideias. Soh que eh extremamente dificil explicar... ainda mais
> se eu for abrir a minha boca aqui.. na lista... sempre vai ter alguem
> pra descer o sarrafo... prefiro ficar na minha. :) Sei que discussoes
> sao sempre interessantes, mas aprendi que em certos assuntos eh
> melhor nao se meter. Ainda mais quando o pessoal leu Popper de cabo a
> rabo e eu nao li. Dai se falo algo... logo tascam um Popper e sou
> obrigado a ficar quieto. :)

A grande vantagem em ler Popper é que ele desperta nosso espírito crítico. E
nos mostra que o importante não é vencer, o importante é brigar. :-)). Pois
é brigando que se aprende. :-) Quando um dos dois vence, quase sempre os
dois acabam perdendo um adversário com quem teriam ainda muito o que
aprender. Alguns chamam a isso de dialética, ainda que existam outras faces
da dialética que não apenas essa.

> >Já estou abrindo o guarda-chuvas.
> Jah comecou a tempestade... dessa vez acho que ateh tornado vai
> ter. :)

Adoro andar na chuva. :-))

[ ]'s
Alberto
http://sites.uol.com.br/albmesq/
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: noticias do nonio
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ajc <ajciencia@egroups.com>, ciencialist <ciencialist@egroups.com>, excalibur <excalibur2@egroups.com>
DATE: 12/12/2000 00:14

Notícias nonio.com

Notícias recentemente publicadas no nonio.com

Análise de Fósseis Apoia Teoria Multiregional
Um novo estudo publicado na revista Science comparou
entre si vários crânios de fósseis humanos. O estudo
concluiu em favor da teoria multiregional segundo a qual os
seres humanos evoluíram em simultâneo em vários locais do
mundo (África, Ásia, Europa). A teoria da origem Africana
do Homem Moderno é mais uma vez posta em causa.

http://www.nonio.com/article.php?sid=219


Ponto da Situação
Este artigo serve para pôr alguns assuntos em dia. Há
enigmas e problemas de física que ainda não foram
resolvidos e outros artigos que sofreram desenvolvimentos
interessantes. Entretanto está a decorrer um concurso de
artigos, até agora com pouca aderência.

http://www.nonio.com/article.php?sid=218


Pergunta sobre Antibióticos
Porque é que a maior parte dos antibióticos provem de
bactérias e fungos que vivem no solo? Esta página
responde a esta questão. Há pelo menos 3 possíveis razões.
A mais simples das quais afirma que estas bactérias
precisam dos antibióticos para impedir que os concorrentes
lhes comam a comida. Mas há outras razões.

http://www.nonio.com/article.php?sid=217


Somos Enfadonhos
Esta notícia da Ananova sugere uma nova teoria para
explicar o "Grande Silencio Cósmico ". Porque é que
ainda não fomos contactados por extraterrestres?
Porque somos extremamente enfadonhos. Eles são tão
evoluídos que não teriam nada para conversar connosco.

http://www.nonio.com/article.php?sid=216


Teoria da Formação da Lua em Causa
Um cristal de zircónio com 4400 milhões de anos foi
descoberto na Austrália e é agora a rocha terrestre mais
antiga que se conhece. As proporções de isótopos de
oxigénio sugerem que este cristal se formou em contacto
com a água. Coloca-se então a hipótese de já existir água
liquida nessa altura. Este facto contraria os modelos da
história inicial do planeta.

http://www.nonio.com/article.php?sid=215


CiberAstronomia
SAN DIEGO -- Qualquer pessoa, com auxílio de um
computador, poderá explorar o universo através de um
observatório espacial virtual, é o que os astrónomos
prevêem para um futuro bem próximo.

http://www.nonio.com/article.php?sid=214


Australianos questionam origem do Homem
Cientistas australianos afirmaram nesta terça-feira que os
resultados da análise da mais antiga amostra de DNA tirada
de restos humanos questionavam a tese de que os seres
humanos modernos surgiram apenas na África.

http://www.nonio.com/article.php?sid=213


http://www.nonio.com
notícias de ciência e tecnologia
__________________________________
Para deixar de receber notícias do nonio visite:
http://www.explicacoes.com/lista/nonio_remover.htm
__________________________________

--
joão
http://www.nonio.com


SUBJECT: "Doutrina com consequencias religiosas"
FROM: "Peterson L. S. M." <peterlsm@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 12/12/2000 01:08

(Essa mensagem contém algumas referências às mensagens do Alberto,
Léo, Moacir e Tarcisio)

Caríssimos amigos desta lista, para expor meu pensamento acerca
das idéias gerais colocadas pelos colegas sobre a religião tomada por
nosso amigo Flávio Mendonça como ciência, peço vênia para retornar
"aquele" assunto e lançar minhas conclusões finais.

Querido Flávio, você colocou:

>> demonstrei a todos que seu conhecimento foi
>> bastante superficial para pudesse afirma tal coisa.

Na verdade, caro colega, o que você demonstrou foi simplesmente
que acredita em coisas que reiterou pela terceira vez em sua última
mensagem. Também faço essa questão para mais uma vez demonstrar a
natureza de suas crenças e a possibilidade de tomá-las como alvo de
estudo de ciência:

Eu tinha já colocado:
######### **BLOCO PRINCIPAL** #############
>> O espiritismo também fala de coisas fabulosas como as casas
>> mal-assombradas, estórias de "mulheres de branco" pela noite,
>> a levitação, os fantasmas, receitas médicas do além,
>> objetos passeando sozinhos, etc

E, exatamente sobre esse assunto, você concordou:
>> Sim, são fenômenos perfeitamente explicáveis pela ciência
>> espírita. Ou embustes também explicáveis.
(...)
>> O Espiritismo mostra que o fenômeno nada tem de
>> maravilhoso, e sim o contrário, que estes fatos não passam
>> de fenômenos absolutamente naturais, faltando-lhes apenas a
>> explicação natural para que seja admitido desta forma.
###################################

Caríssimos!!! Vejam o que nosso amigo Flávio quer tornar uma
ciência! E vejam exatamente que tipo de fenômenos ele classifica como
"absolutamente naturais"!!! E nosso companheiro de lista ainda diz que
eu trato o assunto com "levianidade"...

>> pois falou da questão com tanta autoridade que
>> realmente pensei que encontraria uma oposição realmente
>> a altura. No entanto, denunciou-se diante da falta de
>> compromisso com a verdade e com o conhecimento
>> superficial demonstrado.

Digníssimo colega, se eu falei com alguma autoridade sobre
espiritismo, isso está de certa forma ligado ao fato do grande número
de livros espíritas que lí, da Federação Espírita do Brasil e do
Paraná que frequentei, cursos, centros espíritas dos mais diversos e
depois de muito lutar comigo mesmo para me libertar de todos esses
fantasmas colocados no **bloco principal**. É por isso que coloco com
muita tranquilidade e serenidade meu desafio a QUALQUER espírita
disposto a me mostrar quaisquer das coisas endossadas por você no
**bloco principal** e superar a barreira entre a fantasia vivida aí e
a realidade.

>> Amigo, vc conduz as pessoas a formular o raciocínio a
>> sua maneira. Daria um excelente advogado ou ator. Fico
>> sempre indignado com esta forma de conduzir o assunto. Veja
>> que já travei vários debates, e todos se mostraram perfeitamente
>> harmoniosos. Pq este seria diferente ? Se está sendo é pq vc
>> usa de uma forma sofismática para provar suas teorias contrárias
>> as minhas. A isso chamei de leviandade.

Estimado, ou você já "desenvolveu" seus dons telepatas, ou os
"espíritos" lhe contaram ou, como eu sei, você deve ter lido em minha
mensagem inicial que, apesar de ter estudado Física, atualmente sou
mesmo bacharelando em Direito, membro do Círculo dos Filósofos e
Pensadores do Direito de Cuiabá e faço extensão em Sociologia e
Ciência Política. Quanto ao fato de você ter travado vários debates e
serem harmoniosos (em seu ponto de vista), e comigo a coisa ter sido
diferente, isso é realmente muito discutível. Pode ser que, até então,
você não tenha colocado um tema tão fraco e fácil de demonstrar
falácias e fantasias (**bloco principal**) quanto o assunto que tentou
rebater de meus argumentos. E é isso mesmo. Verificamos que após esse
tema, não fui apenas eu, mas outros membros também não digiriram
críticas tão "harmoniosas" à tentativa de você mostrar sua religião
como ciência.

>> Apenas aconselho a se aprofundar mais, pois diante de uma
>> platéia conhecedora de certos assuntos, vc pagaria o maior mico.

Pagar mico na frente de pessoas em uma sala escura, produzindo
sons tipo "mmmmmmm", de mãos dadas, mexendo mesas com os pés,
colocando gaze em ouvidos e nas bocas, atirando objetos pelos ares,
temendo coisas como no **bloco principal**...? Não, obrigado... eu já
fiz isso por muito tempo...

>> Porém, de toda forma fiquei apenas indignado, e por isso
>> expressei toda a minha indignação. Espero que não se
>> ofendas por isso, pelo contrário, tome isso como uma crítica
>> construtiva. Afinal vc já viu inimigo tentar melhorar o seu
opositor ?

Ilustre colega, que você ficou indignado todos perceberam. Do lado
de cá, devo confessar que a alegria foi geral. Desde sua retórica
inicial sobre o tema, alguns amigos que sempre estão a me acompanhar e
que costumam analisar textos divertiram-se muito com cada análise sua
sobre meus argumentos. Agora é interessante, e isso deve ter ficado
muito evidente, que eu não quis analisar menos de 10 por cento de seus
textos. As falácias foram tantas, em tantas linhas que eu ia precisar
simplesmente de escrever quase quinze vezes mais para demonstrar
alguma coisa. As pouquíssimas que eu demonstrei você já não entendeu
("Não sei a que vc está se referindo", "Seja mais específico, por
favor", etc). Uma amostra muito pequena, mas que poderia servir de
exemplo básico você poderia encontrar no capítulo "A arte refinada de
detectar mentiras", em "O Mundo Assombrado pelos Demônios", Carl
Sagan.

>> Foi a sua segunda investida contra meus argumentos
>> e já vai deixar os debates ?

Sim... já o deixarei e a seguir você entenderá o motivo. Como era
de se esperar, não precisou mais de três mensagens para atingir meus
objetivos.

CONCLUSÃO:
======================================
>> o Espiritismo não é religião, e sim uma doutrina com
>> conseqüências religiosa.

"NÃO É RELIGIÃO. É UMA DOUTRINA COM CONSEQUÊNCIAS RELIGIOSAS".
#### FINALMENTE #### Você admitiu. Só colocou sob outras palavras.
Semanticamente, "doutrina com consequências religiosas" é
exatamente... religião ("em sentido amplo de SEITA"!) Aqui você pode
espernear, e fazer muita ginástica teleológica para "esticar" ou
"comprimir" os sentidos, mas você admitiu tudo o que poderia ter
admitido desde o começo e ter poupado muita coisa.
*** Conclusão final *** Sendo religião ou "DOUTRINA com
consequências religiosas", e ainda mais juntando as crenças descritas
no **bloco principal** já não tenho mais nada a demonstrar quanto à
possibilidade de sua religião ser um dia aceita como "ciência".
Essas foram minhas alegações finais sobre o assunto. Com a
declaração expressa de meu debatedor, atingi o objetivo colocado em
minha primeira mensagem sobre o assunto. Em concordância sobre o que
falei acerca de seitas, religiões e crendiçes, e exatamente sobre o
que foi delimitado como "ciência" dentro relativo ao tópico da
Ciêncialist quando vi o convite desta , agora posso colocar como
opinião e fato:
### Que o tema tem natureza puramente religiosa (ou "doutrina com
consequências religiosas") tal como colocado pelo próprio debatedor e,
portanto, não está acima nem abaixo de todas as outras religiões,
apenas aspira uma "comprovação científica" como todas as outras, e da
mesma forma utiliza argumentos de fé e combate à nível teológico ou
espiritualista... não sendo portanto objeto de discussão "científica".
======================================

Agradeço ao Flávio, debatedor que tornou possível essa discussão
que, apesar de ocupar o tempo dos amigos listeiros, certamente veio a
trazer alguma forma de veredicto mais sólido ou a confirmar os
pensamentos já delineados nesse sentido.
Gostaria de registrar aqui a participação do Alberto, Léo, Moacir
e Tarcisio (além de outros) no debate. Léo, com aquela mensagem de
11/12, 18:56 você quase me fez acreditar em telepatia!!! rs...
Certamente novos comentários sobre o assunto desses e de outros
membros da lista serão muito bem vindos.
Um abraço a todos!

**** Referências Bibliográficas: ****
Segundo a Federação Espírita do Brasil e grupos locais, os livros
a seguir são os mais indicados para quem quer compreender o "método
científico" do Espiritismo. Foram livros que lí há anos atrás, quando
pertenci a essa religião. Os preços são atuais, tabela recomendada
pela Federação Espírita do Brasil.

LANNE, Gabriel de. "O Espiritismo perante a Ciência". 3° Ed. Brasília:
Federação Espírita do Brasil. R$10,00

KÜHL, Eurípedes. "Genética e Espiritismo". 2° Ed. Brasília: Federação
Espírita do Brasil. R$8,00

ANDRÉA, Jorge. "Lastro Espiritual nos fatos Científicos". Rio de
Janeiro: Lorenz, 1999. R$9,90

FACURE, Nubor O. "A Ciência da Alma-de Mésmer a Kardec". São Paulo:
Ed. Jornalística, 2000. R$12,00

LANNE, Gabriel de. "A Evolução Anímica". 8° Ed. Brasília: Federação
Espírita do Brasil, 1998. R$8,00

KARDEC, Allan. "O que é o Espiritismo: noções elementares do mundo
invisível pelas manifestações dos espíritos". Tradição direta do
original francês por Wallace Leal. 1° Ed. São Paulo: Lake, 1998.

SAKOF, Alexandre A. "Animismo Espiritual". Ed. Federação Espírita do
Brasil. R8,00.
================================

Peterson Leal S. Mello.



SUBJECT: Re:apresentacao e paradigmas da mente (genismo)
FROM: "Fernanda Amadei Sais" <lifer@iconet.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 12/12/2000 01:49

Olá Jocax e lista


Olha... deve haver algum problema com o egroups... tem um monte de msgs
que eu não recebi nos últimos dias (não recebo entre 20 e 30% das msgs
do dia!) , entre elas essa do Jocax que estou comentando agora... (só
percebi isso qdo notei uma certa descontinuidade nas msgs e fui conferir
no site da lista no egroups...) Ou será que o problema é comigo?


Meus comentários estão indicados por ==> (os outros indicados pelo
meu nome
são de msgs anteriores que achei necessário manter para que o texto nào
ficasse incompreensível...).

---------------
Jocax->
Sua pergunta eh boa e ja tinha pensado antes sobre o assunto...

Veja bem q eu nao falei dos sentimentos nao-malevolos como e
principalmente o amor. O Genismo nao devera afetar como afetara
os outros pois o amor ainda devera continuar como o principal
filtro no selecionamento do parceiro(a).

Mas meus estudos ainda nao sao conclusivos a respeito....

==> Também acho :-) >>


Em principio poderiamos, via Genismo, eliminar os maus sentimentos
e deixar os bons incolumes. A pergunta basica eh: Como ?

==> Sim, como? >>

Sendo o amor o criterio de qualidade genetico para selecao
e uniao de gametas, entao, se adotarmos um criterio memetico
satisfatorio para ele(amor), entao o amor tbem deixara de sofrer
pressao seletiva e tbem acabar e teremos uma sociedade de robos !

Portanto, para manter o amor, deveremos selecionar parceiros
utilizando-nos deste sentimento. Mas devo dizer q soh este topico
deveria demandar varios livros para ser bem analisado.
(Resumnido: *Pelo menos* um dos parceiros deve ter filhos com
o outro por amor, e isto eliminaria uma sociedade de robos)

==> É verdade, o tópico é delicado, mas o processo em relação ao amor
deverá ser análogo ao que pode ocorrer com os outros sentimentos, como o
altruísmo, a inveja, e outros... ou não? >>
------------------



Fernanda:
Certo... mas isso não permite concluir que vá *necessariamente* haver
extinção dos genes que determinem esse comportamento instintivo, mas
sim que há possibilidades de que isso ocorra, e então seira
necessário um estudo de quais são as probabilidades.
------------------
Jocax->
Se existe uma probailidade P nao nula de ocorrer basta termos um
numero
suficiente de geracoes para garantir q ela ocorrera com
probailidade P'.
--------------

==> Suponho que a probabilidade de mutação seja constante ao longo das
gerações. Vamos utilizar como exemplo uma mutação que elimine o
sentimento de inveja. Supondo que isso ocorra, digamos, em 5% das
pessoas (estou chutando, pois não tenho a menor idéia do número...). Se
a cada geração, 5% das pessoas não possuir a inveja em seu código
genético, vc pode concuir que haverá extinção desse sentimento? O que
faria a taxa de mutações aumentar? >>



Jocax --> Sim!, assim como existem individuos q nao sentem dor...

sem Genismo (e assim vc teria tb que admitir que o genismo não é a
única maneira de obter o altruísmo intintivo...).

Jocax --> Eh uma das maneiras de ele ser PRESERVADO e tomar conta
de toda a humanidade. Se o Genismo este tipo de mutacao NAO
sobreviveria.

E, mesmo que ela esteja em desvantagem evolutiva, pode sobreviver,
embora em pequenas quantidades, pois, pelo que sei, nem sempre seres
em desvantagem evolutiva são necessariamente extintos, podem apenas
ter quantidades dramaticamente restritas.

Jocax--> Isso poderia ocorrer para UM gene recessivo. Um gene
dominante
deleterio seria fatal e nao sobreviveria.

==> Exatamente, mas isso não invalida o problema levantado. >>


Como um exemplo entre os seres humanos, podemos citar o albinismo
(estou citando uma característica física, por ser mais facilmente
verificável), que confere, creio eu, até mais desvantagens evolutivas
que o altruísmo poderia conferir na nossa sociedade, e no entanto
está presente na nossa espécie.


--=
Jocax --> Note q isso nao significa q toda a humanidade ira se tornar
albina. E eh precisamente este o meu intuito : A salvacao da
humanidade
estaria completa qdo todos perdessem os genes malevolos. Claro
q para isso um meme, como o Genismo, seria necessario. De qqr
modo o processo necessariamente deveria comecar com alguns
poucos individuos mutantes....

==> Qualquer hora eu me acostumo com esse caráter salvador do Genismo...
:)


Além disso, o fato dos genes poderem ser extintos como no exemplo da
caverna não significa que isso tenha necessariamente de acontecer.

Jocax --> Sim teria, eh questao de tempo, postarei na semana
um artigo q te explicara este processo.

==> Pode explicar, mas talvez não me convença... :-)


-----------------
Fernanda:
Mas e enquanto o genista não portador de sentimentos malévolos for
minoria? Ele será discriminado? Conseguirão os seres assim se
perpetuar mais que os não mutantes, a ponto de ter força para
discriminar estes últimos?

----
Jocax --> Ele NAO sera discriminado por nao portar os genes malevolos,
ele poderia ser discriminado por ser um genista. Um genista "puro"
eh ateu e este eh um motivo, muitas vezes, de discriminacao.
Com relacao a ultima pergunta a resposta eh SIM, ninguem hoje
em dia deixa de ter um filho com outra pessoa pelo fato desta
pessoa nao ser da mesma religiao q ela ( desde q a ame).
(No meu caso, qqr mulher q queira ter um filho comigo eu terei)
----

==> Bom, já que é uma previsão do messias salvador... ;-)
Mas, quanto ao fato de que ele consiga se reproduzir, tudo bem, é certo.
Mas vc se esquece de que os não genistas e os não mutantes também vão se
reproduzir? Por que os genistas mutantes se reproduziriam mais?


-----------------------------
Fernanda:
Seria interessante encontrar outras maneiras de falsear o Genismo.
Afinal, quanto mais testado ele puder ser, e se a cada teste não for
provada a sua falsidade, mais aceito como teoria científica bem
fundamentada ele será (é o que tem acontecido com outras teorias, que
apesar de não serem comprovadas são aceitas).

Jocax--> Uma maneira, como ja disse eh um levantamento estatistico
do grau de felicidade medio dos genistas em relacao aos nao
genistas...
Como , q eu saiba, sou o unico, fica dificil fazer este teste.

==> Bem, veja o lado bom: vc pode comprovar 100% a sua teoria! :-)


--------------------
JOCAX:
Qdo eu afirmo "se vc comer uma laranja ao dia vc vai ter menos gripe"
neste caso eu estou fazendo uma afirmacao passivel de verificacao e
portanto pode ou nao ser verdade. Neste caso o Genismo cai no mesmo
caso pois pode ser passivel de verificacao pois eu digo q esta eh a
doutrina q maximiza a felicidade do individuo e, portanto, tambem
pode ser verdadeira ou falsa.


Por isso dependendo do enfoque q vc de ao Genismo como uma doutrina
ou como uma teoria cientifica ela assume diferentes conotacoes.....


Fernanda:
Sim... e vc assegura-se de que essas diferentes conotações não sejam
conflitantes? Será que não é estranho uma mesma teoria que proponha
afirmações passíveis de verificação (como teoria científica que pode
ser falseável) também faça afirmações que não possam ser comprovadas
falsas (como doutrina que se propõe a mostrar um caminho e, segundo
vc disse, não pode ser considerado verdadeiro ou falso)?

-----
Jocax --> Veja bem, Deus nao existe e nem por isso as pessoas
deixam de seguir religioes ! Vc pode seguir uma doutrina mesmo
qdo ela seja totalmente anti-cientifica ou falsa. Basta crer ...
Claro q se o Genismo for provado falso ele perdera sua forca
mas nao creio q isso venha a ocorrer...

==> Para o lado doutrinário do Genismo, relamente, basta crer, mas, e o
seu aspecto de teoria científica, como fica? Para uma doutrina é
vantajoso ser também considerada uma teoria científica, mas, e para uma
teoria, é vantajoso ser tida como uma doutrina?


----------------
Fernanda:
Vc deu as razões, mas às vezes as razões das suas afirmações
doutriárias confundem-se com as científicas... seria interessante não
misturar as duas. (uma pessoa pode aceitar a teoria científica mas
não a doutrina, entende?)

Jocax --> Onde vc ve afirmacoes de cunhos doutrinarios sem
um embasamento logico-cientifico?

==> Eu não vi afirmações de cunho doutrinário sem embasamento
lógico-científico. Muito pelo contrário, suas afirmações de cunho
doutrinário são inquestionáveis, primeiro, por que são afirmações
doutrinárias e isso não se discute, depois, pq o que o messias revela
também não se discute ( não sinta desmerecido com o segundo lugar em
importância... quem vem primeiro, o messias ou a doutrina? :-) ) e,
por fim, pq elas estão realmente bem fundamentadas nos aspectos teoricos
do Genismo. E é a esses aspectos que estou me referindo.

Primeiro, eu disse que suas afirmações doutrinárias confundem-se com as
científicas... Onde termina a teoria e começa a doutrina (ou
vice-versa)? Vc tem evidências de que nós somos uma máquina de perpetuar
genes? (não vale o argumento da autoridade... ) Sérá que isso não é uma
interpretação pessoal? Será que dá para basear uma teoria em uma
interpretação pessoal?

Quando digo que uma pessoa pode aceita a teoria mas não a doutrina,
penso na possibilidade de não darmos importância a o que querem nossos
genes. Por exemplo (apenas para fazer uma analogia...), muito se falou
em robôs que tomaria o posto dos seres humanos na Terra... máquinas que
nós criamos e poderiam nos destronar, provar-se superior a nós, assumir
o comando. Bem, nós, como máquinas construídas pelos genes para sua
perpetuação, não podemos, também, "tomarmos as rédeas" da situação?


Atá mais,

Fernanda Sais.




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Espirito cientifico
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 12/12/2000 02:00

Prezados amigos do Ciencialist,

Tenho visto continuamente o meu nome e o da TGBD ocuparem espaço em diversas mensagens, em especial aquelas em que se debate o que deveria ser objeto de discussão na Ciencialist. E tenho me reservado a respeito. Mas agora acho que devo me pronunciar e passo a fazer alguns comentários.

Vejo que é uma opinião unânime (pois saibam que eu também comungo dela) dos participantes da lista que teorias como a TGBD, Genismo e Anti-Einstismo não devam mais frequentar este fórum. Reconheço que andei tendo umas recaídas e, após ausente por um bom período, andei recentemente enviando algumas mensagens para a lista relacionadas a assuntos da TGBD. Mas passou...

Vou voltar a me afastar voluntariamente, sem ódio e sem rancor, dando a minha contribuição para a melhoria dos temas debatidos nesta lista, bem como redução do seu número de mensagens. Só espero que outros assuntos que também fogem do seu escopo sejam também dela retirados por livre iniciativa de quem os propõem, numa espécie de auto-moderação.

Acredito que se dedicar mais meu tempo para assuntos relacionados à TGBD, seja lendo mais ou escrevendo, será melhor para mim e para todos. Não vejam isto como uma saída minha da lista. Apenas como uma submergida espontânea.

Um grande abraço,

Claudio Abreu

OBS:
A mensagem abaixo foi deixada aí de propósito para que saibam porque reamadureci minha visão sobre a questão.
----- Original Message -----
From: Alberto Mesquita Filho
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Monday, December 11, 2000 11:59 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Espirito cientifico


Mensagem Original-----
De: "Luis Roberto Brudna [RS]"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Segunda-feira, 11 de Dezembro de 2000 06:14
Assunto: [ciencialist] Re: Espirito cientifico

> Perai. Mais do que se fala em TGBD, Genismo e 'anti-einstein' nesta
> lista... dificil. Quer dizer que temos que ter uma
> tgbdgenismoantienistenlist?

Olá Luis. Minha bronca não é nem para as regras da lista e muito menos para
o moderador. E concordo 100% com a sua afirmação. Não obstante, se a turma
não tivesse sido tão tacanha a respeito da tgbd e do genismo creio que
teríamos gasto muito menos Kb do que o que foi gasto. Falou-se tanto de tgbd
e de genismo e no entanto, e por algumas msgs que têm surgido ultimamente,
nota-se que quase ninguém sabe o que é tgbd ou genismo. Ou seja, foram msgs
totalmente improdutivas. De minha parte, procurei valorizar a metodologia
científica inerente à teorização, tanto ao discutir a tgbd quando a suposta
prova jocaxiana da inexistência de Deus, tema esse que surgiu, parece-me,
durante a discussão sobre o genismo.

O suposto "anti-einsteinismo", e isto posso falar com mais propriedade,
deve-se à mentalidade tacanha daqueles que não conseguem livrar-se de seus
dogmas e obrigam-me a falar sobre relatividade moderna, uma hipótese que
nunca assumi em minhas teorias, que por sinal nunca recebeu uma crítica
sequer de meus pretensos opositores. Por outro lado, e brincadeiras à parte,
já cansei de falar aqui que sou um profundo admirador de Einstein e creio
mesmo que poucos, dentre os que navegam por estas paragens, leram tanto
Einstein quanto eu (via de regra gosto de bons autores e não me satisfaço
com afirmações de terceiros). Concordo com o título que foi dado a Einstein
de melhor físico do século XX e apenas acho que deveriam dar também o título
de melhor cientista do milênio (quiçá de todos os tempos) a Isaac Newton.

> Eh claro que eu pedi para que as mensagens sobre TGBD fossem
> direcionadas para a lista do Claudio.

No que fez muito bem. Ainda que não seja contra a tgbd, não creio que aqui
seja o lugar para ficarmos discutindo uma única teoria. E como a tgbd era
(ou ainda é) desconhecida de todos, no ritmo que a coisa estava indo
teríamos que ficar um ou dois anos discutindo-a, sem espaço para mais nada.

> Tambem solicitei para o Jocax
> criar um FAQ sobre o Genismo. E voce, Alberto, tem a sua pagina. Ou
> seja, nao ha tanta necessidade de a Ciencialist ficar remoendo esses
> assuntos. Acho que devemos encontrar coisas novas pra debater.

Também concordo mas a grande maioria dos temas que tenho aqui debatido
referem-se a responder a críticas de pessoas que, por falta de conhecimento
do que seja teorização, insistem em afirmar que a minha teoria não é boa
porque vai contra outras teorias sabidamente incompatíveis. Ora, que me
resta fazer se não mostrar que eles estão incorrendo em falácias lógicas? A
única vez que expus algo explicitamente relativo a minha teoria foi
atendendo a pedido de quatro colaboradores ativos da lista e assim mesmo
parei na segunda msg, pois vi que os quatro perderam o interesse pela
exposição. E expus a teoria de uma forma bastante diferente daquela
apresentada em páginas Web, na esperança que pudessem surgir coisas novas. O
que se seguiu foram discussões sobre relatividade e mecânica quântica,
coisas amplamente conhecidas e que não têm nada a ver com a minha teoria em
si.

> Talvez seria interessante criar uma lista tipo 'Fronteiras da
> ciência' onde teorias totalmente novas sao debatidas. Ou eu estou
> dando mais uma opiniao furada?

A idéia não é má, mas também cheia de riscos. O grupo da Usenet
alt.sci.physics.new-theories foi criado com essa finalidade, mas
despersonalizou-se totalmente. É mais fácil encontrar msgs de novas teorias
em grupos específicos como sci.physics.relativity, sci.physics,
sci.physics.particle, etc.

> > Em épocas de pico, como observamos recentemente, as coisas se
> > complicam, surgindo a necessidade da intervenção de nosso moderador.
> Eh... quando nao tem ninguem mais pra levar paulada... sobra pra
> mim. :)

Ossos do ofício. :-))

> A lista precisa de variedades. Centrar em certos assuntos causa
> aborrecimento.
> Nao tenho culpa se as listas de discussao paralelas a Ciencialist
> nao estao apresentando fluxo adequado de mensagens, mas lembre... uma
> lista nao cresce sozinha!! Eu LUTEI MUITO pra conseguir manter a
> Ciencialist, principalmente no inicio. Mandei mal para varias
> pessoas, varios foruns... me tornei quase um spammer. :) Claro que
> tive a excelente colaboracao de todos os integrantes da Ciencialist.
> Tive muitas surpresas. Sinceramente, nao esperava que a ideia de uma
> lista de discussao sobre ciencia desse tao certa.

Apesar de ter pego o bonde andando, também não acreditei que a lista
chegasse ao que chegou em tão curto tempo. Demorei para aderir pois naquela
época eu era fanático por newsgroups. Parabéns. Poucos países do mundo tem
uma lista como a Ciencialist. E certamente isso não se deve nem ao nosso
governo nem a nossa política universitária. Creio que todos nós podemos nos
orgulhar de pertencer à Ciencialist e você muito mais.

> Tai uma coisa dificil de explicar... 'o que eh ciencia'. Eu tenho
> minhas ideias. Soh que eh extremamente dificil explicar... ainda mais
> se eu for abrir a minha boca aqui.. na lista... sempre vai ter alguem
> pra descer o sarrafo... prefiro ficar na minha. :) Sei que discussoes
> sao sempre interessantes, mas aprendi que em certos assuntos eh
> melhor nao se meter. Ainda mais quando o pessoal leu Popper de cabo a
> rabo e eu nao li. Dai se falo algo... logo tascam um Popper e sou
> obrigado a ficar quieto. :)

A grande vantagem em ler Popper é que ele desperta nosso espírito crítico. E
nos mostra que o importante não é vencer, o importante é brigar. :-)). Pois
é brigando que se aprende. :-) Quando um dos dois vence, quase sempre os
dois acabam perdendo um adversário com quem teriam ainda muito o que
aprender. Alguns chamam a isso de dialética, ainda que existam outras faces
da dialética que não apenas essa.

> >Já estou abrindo o guarda-chuvas.
> Jah comecou a tempestade... dessa vez acho que ateh tornado vai
> ter. :)

Adoro andar na chuva. :-))

[ ]'s
Alberto
http://sites.uol.com.br/albmesq/
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm




[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Problemas na lista(?) (administrador)
FROM: "Luis Roberto Brudna [RS]" <lrb@if.ufrgs.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 12/12/2000 03:53

Ainda nao consegui conferir se todas as mensagens chegaram na minha
caixa de mensagens, pois estou lendo e respondendo pela pagina do
Egroups.

A administracao da lista eu realizo com a conta lrb@if.ufrgs.br que
apresenta problemas de leitura dos mails fora a UFRGS. De casa soh
consigo acessar via telnet, o que dificulta bastante as coisas.

O Egroups estah constantemente passando por alteracoes devido a
compra pelo Yahoo!. Em caso de falha de mensagem resta a paciencia e
a utilizacao do endereco
http://www.egroups.com/group/ciencialist/
para conferir se a mensagem realmente existe. Normalmente na pagina
estao todas as mensagens recebidas pelo sistema.

Ateh os dois sistemas (Egroups antigo e Yahoo) estarem totalmente
integrados, novos problemas podem ocorrer.

Qualquer problema mais grave, eh soh entrar em contato comigo.

Meu ICQ eh 19286734.

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna - administrador da Ciencialist



SUBJECT: Sobre a Ciencialist
FROM: "Fernanda Sais" <lifer@iconet.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 12/12/2000 04:08

Saudações a todos.

Sei que acabei de chegar aqui e existem membros muito antigos e que
talvez se considerem mais aptos a dizerem o que acham da lista,
mas... como é uma lista pública e, teoricamente, todos os
participantes tem os mesmos direitos, e em vista do grande número de
mensagens "discutindo o que se deve discutir ou não na lista", não
pude deixar de me sentir impelida a dar a minha opinião.

Em primeiro lugar, uma pergunta: por que posições tão radicais? Ou
discute-se muito um assunto (andei dando uma olhada nos arquivos da
lista...) ou ele é completamente abandonado na lista? Não dá para ter
um meio-termo? Acabei de ler a msg do Cláudio Abreu sobre a
participação da TGBD na lista, e foi uma das coisas que me motivou a
escrever esta. Tudo bem que ele já tenha espontaneamente tirado o
assunto daqui e criado outra lista, mas, sabem o que eu acho? Duas ou
três mensagens sobre TGBD não poderiam ser discutidas,
esporadicamente, na lista? O mesmo vale para o Genismo e as teorias
do Alberto Mesquita. Afinal, é ciência, não é?

Não consigo entender o por que de tantas restrições... Sabem o que eu
notei, também? Perde-se muito mais tempo, e há um volume muito maior
de mensagens, questionando o que está dentro ou fora dos assuntos que
deveriam ou não ser discutidos na lista do que discutindo os tais
assuntos que, segundo entendi, são polêmicos na lista. A conclusão a
que chego é que, se esses assuntos fossem tratados normalmente, como
qualquer outro, o fluxo de mensagens seria menor e o tempo gasto por
quem não se interessa por eles também, afinal, é muito mais rápido
deletar alguns e-mails que eventualmente não interessem do que ficar
escrevendo mensagens criticando o assunto que os outros estão
discutindo e tentando demonstrar que não deveriam discutí-lo. (claro
que isso não se aplica quando há um grande número de msgs diárias
sobre o tema... mas se for uma discussão saudável, com um número
razoável de msgs a respeito, que mal há nisso??? - estaremos, como na
inquisição, com uma lista de obras (na Ciencialist, teorias)
proibidas?)

Não pretendo me estender muito no assunto, mas sugiro que que se faça
uma FAQ da Ciencialist... Tenho algumas sugestões de peguntas: O que
deve ser entendido como ciência na Ciencialist? O que determina que
um assunto deva ou não ser discutido na lista? Por que novas e
interessantes teorias não são bem vindas? Qual o número médio de msgs
sobre um mesmo assunto que deve ser remetido à lista?... e por aí
vai... (ter mais ou menos uma idéia do número de msgs diárias sobre
determinado assunto seria interessante porque desgastaria menos os
tais assuntos polêmicos e tornaria possível sua discussão aqui sem
incomodar muito os mais... bem, sei lá como definí-los, e tb não
compete a mim fazer isso. Diria apenas que há uma intolerância
desnecessária quanto a determinados assuntos).

Espero não estar incomodando ninguém (mas fatalmente devo ter
incomodado, pois parece que aqui isso é quase inevitável... portanto
já peço desculpas desde já), mas estou meio perdida aqui... Nunca sei
se a msg que acabo de postar é daquelas que os outros membros
consideram inoportunas...

Um abraço a todos,

Fernanda Sais.



SUBJECT: Sobre a Ciencialist
FROM: "Peterson L. S. M." <peterlsm@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 12/12/2000 04:41

Querida Fernanda:

>> Em primeiro lugar, uma pergunta: por que posições
>> tão radicais?

Isso depende da forma como você compreende a palavra "radical". Se
você tomá-la no sentido vulgar, então eu confesso que tudo que vi até
agora por aqui não teve nada desse atributo popular de radical.
Observei apenas comentários bem humorados e discussões bem acaloradas
(e muito boas, por sinal). Mas, se tomarmos esse adjetivo em seu
sentido etimológico, logo veremos que radical significa "ir à raiz",
buscar os aspectos fundamentais, essenciais de alguma coisa. E aí eu
concordaria.
Os temas são muito interessantes. São também teorias que podem
surgir a qualquer momento, e essa forma de discussão radical faz parta
exatamente do método científico que determina se as mudanças tem base
suficiente para serem suplantadas. E como se verifica isso? Através de
refutações, discussões e colocações de um problema. Para muitas
pessoas, discussão de cientistas, acadêmicos ou mesmo leigos sobre um
assunto de apaixonante para alguém pode parecer "briga", mas é apenas
uma maneira de examinar sob vários todos os aspectosum tema. Da mesma
forma, a defesa desse tema é uma posição assumida por quem o propõe,
assim como as discussões são colocadas porquem discorda ou procura
compreender. Nesse caso, ser radical trata-se de ter um espírito
crítico e investigativo necessário à qualquer cientista.

>> Perde-se muito mais tempo, e há um volume muito maior
>> de mensagens, questionando o que está dentro ou fora dos
>> assuntos que deveriam ou não ser discutidos na lista do
>> que discutindo os tais assuntos que, segundo entendi, são
>> polêmicos na lista. A conclusão a que chego é que, se
>> esses assuntos fossem tratados normalmente, como
>> qualquer outro, o fluxo de mensagens seria menor e o tempo
>> gasto por quem não se interessa por eles também, afinal,
>> é muito mais rápido deletar alguns e-mails que eventualmente
>> não interessem do que ficar escrevendo mensagens criticando
>> o assunto que os outros estão discutindo e tentando
>> demonstrar que não deveriam discutí-lo.

De certa forma, isso está exatamente dentro do contexto de minha
colocação anterior. Veja, se há questionamento de algo, é justamente
porque estamos exercendo aqui nossa maior liberdade: a de contestação.
A liberdade de pensamento é algo realmente maravilhoso. Mas percebo
que há pessoas que gostariam de simplesmente postar mensagens com a
certeza de que elas serão aceitas, sem serem contestadas. Essa postura
é anticientífica, e é justamente por isso que surgem muitas
pseudociências. Pseudocientistas são pessoas que encontram "muros em
branco" para pixar seus pensamentos, colocam a marca "científico" e
ficam desejando que ninguém vá contestá-los. Só que aqui não estamos
em um terreno completamente neutro em relação a esse tipo de coisa. Se
alguém gostaria de simplesmente postar mensagens sem correr o risco de
ser perguntado sobre algo ou que seu tema seja submetido à discussão,
então porque escolher uma lista justamente de ciência??? Afinal, é na
caixa de correios de todos os membros que serão postadas essas mesmas
mensagens, sobre as coisas que concordamos ou discordamos **e que
gostaríamos de dar nossa opinião**, tratá-las de forma neutra por
sentir-se pressionado de qualquer forma ou impossilitado seria
exatamente como receber SPAMS comerciais ou religiosos.

>> Por que novas e interessantes teorias não são bem
>> vindas? Diria apenas que há uma intolerância
>> desnecessária quanto a determinados assuntos.

O que alguém deve fazer se alguma (teoria "nova") ou ("teoria"
nova) não é bem vinda, e a pessoa quer se manifestar a respeito?
Calar-se por medo de ser chamado de "intolerante"? De jeito nenhum. Se
eu postar alguma coisa e alguém discordar de mim, será mesmo
interessante que "desça o sarrafo" na idéia. Se gostar, que opine
também! Aqui procuramos discutimos idéias, e por isso não há ofensa
pessoal, salvo em raros casos de alguns que se sentem ofendidos por
ter as idéias que acreditam contrariadas.

>> Espero não estar incomodando ninguém.

Não vejo incômodo algum. É até interessante para que eu e outros
membros possam esclarecer seus pontos de vista sobre o assunto.

Abraços!

Peterson Leal S. Mello.



SUBJECT: Re:evolu��o qu�ntica
FROM: "................ ..........................." <roncolato.s@c4.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 12/12/2000 09:10

On Mon, 11 Dec 2000 10:28:29 -0200 Mendon�a <fefemendonca@uol.com.br> wrote:
>Paz e Luz rocolato,
>
>Aqui vc est� admitindo a possibilidade de um outro dom�nio diferente deste percebido por n�s, dito f�sico
>?
>
Sauda��es Mendon�a,

Levo em considera��o a Teoria Qu�ntica. Ela direciona-nos a participar de "outros universos" (universos paralelos) que formariam o "Multiuniverso" (didaticamente) pois, a totalidade dos estados j� perfaz o Universo.

O dom�nio destes universos tamb�m s�o f�sicos(essencialmente f�sicos), mas s� percept�veis por meio da interfer�ncia qu�ntica...

Como sabemos q eles(estes universos) est�o l�? Foi feito um c�lculo de um fatorial de 250 d�gitos por meio de interfer�ncia qu�ntica(a filosofia � a seguinte: v�rios universos trabalham juntos para dar a resposta em um �nico universo - neste caso o nosso). Para fatorar esse n�mero seria impratic�vel s� dispondo do nosso universo pois a resposta seria gerada por um processo de computar 10 elevado a 500 c�lculos (todos nossos computadores tarbalhando juntos e sem parar levariam + de 1 bilh�o de anos para faz�-lo; e se empreg�ssemos toda a mat�ria dispon�vel em nosso universo ainda assim seria imposs�vel (s� temos estimadamente 10 elevado a 80 �tomos no nosso universo), ent�o como foi feito o c�lculo?? (prometo mandar a refer�ncia desse argumento!)






>roncolato.s@c4.com gravada:
>
>> Em continuidade �quela discuss�o de "evolu��a quantica", ainda
>> algumas leituras sugerem que as esp�cies adaptadas s�o aquelas
>> adaptadas nos v�rios universos...quando digo universos falo
>> did�ticamente pois o universo j� condiz com todos os estados...mas
>> para facilitar o
>> pensamento, tomemos como multiuniverso essa totalidade e de universos
>> seus fasc�culos que s� sabemos que est�o l� por meio das rela��es de
>> interfer�ncia.
>>
>> Essas mesmas leituras sugerem que os animais mais adaptados e que
>> evoluiram �s esp�cies atuais s�o aqueles que conseq�entemente possuem
>> as seq��ncias de DNA que mais se repetem igualmente nos universos
>> semelhantes...
>>
>> Levando isso em considera��o:
>>
>> p.ex.:quando uma mol�cula de DNA � atingida por qualquer tipo de
>> radia��o (sendo que tanto o DNA como a radia��o possui sua semelhante
>> em um universo paralelo) pode estar causando uma muta��o em outro
>> universo colaborando diretamente para a evolu��o?
>
>
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SUBJECT: Re:evolu��o qu�ntica
FROM: "................ ..........................." <roncolato.s@c4.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 12/12/2000 09:32

On Mon, 11 Dec 2000 10:28:29 -0200 Mendon�a <fefemendonca@uol.com.br> wrote:
>Paz e Luz rocolato,
>
>Aqui vc est� admitindo a possibilidade de um outro dom�nio diferente deste percebido por n�s, dito f�sico
>?
>
>roncolato.s@c4.com gravada:
>
>> Em continuidade �quela discuss�o de "evolu��a quantica", ainda
>> algumas leituras sugerem que as esp�cies adaptadas s�o aquelas
>> adaptadas nos v�rios universos...quando digo universos falo
>> did�ticamente pois o universo j� condiz com todos os estados...mas
>> para facilitar o
>> pensamento, tomemos como multiuniverso essa totalidade e de universos
>> seus fasc�culos que s� sabemos que est�o l� por meio das rela��es de
>> interfer�ncia.
>>
>> Essas mesmas leituras sugerem que os animais mais adaptados e que
>> evoluiram �s esp�cies atuais s�o aqueles que conseq�entemente possuem
>> as seq��ncias de DNA que mais se repetem igualmente nos universos
>> semelhantes...
>>
>> Levando isso em considera��o:
>>
>> p.ex.:quando uma mol�cula de DNA � atingida por qualquer tipo de
>> radia��o (sendo que tanto o DNA como a radia��o possui sua semelhante
>> em um universo paralelo) pode estar causando uma muta��o em outro
>> universo colaborando diretamente para a evolu��o?
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Metodologia cientifica
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 12/12/2000 12:54

Perdoem-me pelo atraso, mas ando sem tempo, estou em exames finais e só
poderei responder brevemente aos próximos emails.

Alberto Mesquita Filho wrote:
> > Eu tentei não baixar, mas a coisa está descambando feio aqui.
> Pelo visto quem baixou o nível então fui eu,

Não, na verdade não foi vc.


> Até agora nada colocou a minha teoria em xeque.

Então ponto prá vc. Mas... ninguém lhe deu um xeque ou vc nunca aceitou
um xeque?


> Quanto às 11 dimensões diria apenas que não me utilizei dessas hipóteses.
> Não obstante, se elas se justificarem experimentalmente, procurarei analisar
> de que maneira esta suposta existência falsearia ou não as minhas teorias.

Louvável.


> Por enquanto não vejo porque me preocupar com conjecturas infundadas e
> acientíficas. Até o momento, apenas algumas doutrinas religiosas falam em
> onze dimensões. O dia que o assunto retratar um mínimo de caráter científico
> irei verificar se há ou não interesse em justificar minha teoria a respeito.

Então o que é ciência para vc?


> > > Só falta também me dizer que para que as suas teorias tenham
> > > consistência é neccessária a exsistência de *algo divino* atuando de
> > > forma milagrosa.
> Não. Essa característica é própria às doutrinas religiosas que sustentam a
> fé no cientificismo. Eu não misturo ciência com religião, logo não preciso
> justificar milagres, se é que existem.

Noto o espírito científico, mas a afirmação anterior tem um tom de falta
de respeito com o que se é produzido atualmente em ciência.


> Não obstante, e já que você afirma
> não ter baixado o nível, diria que suas frases soam como agressões
> gratuitas. Este "só falta dizer" sugere possíveis outras acusações que não
> consegui localizar.

Na verdade tentei ser irônico e acabei usando palavra duras demais. Peço
desculpas pelo exagero.

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TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Resumo 256
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 12/12/2000 13:58

Alberto Mesquita Filho wrote:
> > Já afirmei que vc desconhece o que critica
> E eu já aceitei esse argumento. Não precisa ficar espalhando por aí que eu
> não entendo nada de física moderna. Toda a galera da Ciencialist já percebeu
> isso.

Então que tal começar estudando um pouco de relatividade, vai ver que é
mais fácil do que parece. Um bom livro para começar é "O Enigma do
Tempo" [Paul Davies], trata-se de um livro de divulgação e portanto
extremamente acecível para qualquer um da lista.


> > e preferiu desmerecer os meus argumentos (e também de toda comunidade
> > acadêmica brasileira).
> A comunidade acadêmica brasileira não está nem aí para com o que eu penso.

E vc não está nem aí para a comunidade acadêmica brasileira. Vc quer o
reconhecimento de suas teorias mas acabou dando o primeiro passo para
trás. Não vai muito longe assim.

[]s
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http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Sobre a Ciencialist
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 12/12/2000 14:30

Fernanda Sais wrote:
> Duas ou
> três mensagens sobre TGBD não poderiam ser discutidas,
> esporadicamente, na lista? O mesmo vale para o Genismo e as teorias
> do Alberto Mesquita. >>> Afinal, é ciência, não é? <<<

TGBD? Não.

As teorias do Alberto? Uma boa tentativa, talvez frustrada.

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SUBJECT: Re: [ciencialist] Sobre a Ciencialist
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 12/12/2000 14:39

Prezado Tarcísio,

Você é mesmo uma pessoa arrogante e dona da verdade, hein?

Detalhe: você não respondeu a última mensagem que escrevi para você. Já encontrou as suas 11 dimensões?


Claudio Abreu
----- Original Message -----
From: TARCISIO BORGES
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Tuesday, December 12, 2000 2:30 PM
Subject: Re: [ciencialist] Sobre a Ciencialist


Fernanda Sais wrote:
> Duas ou
> três mensagens sobre TGBD não poderiam ser discutidas,
> esporadicamente, na lista? O mesmo vale para o Genismo e as teorias
> do Alberto Mesquita. >>> Afinal, é ciência, não é? <<<

TGBD? Não.

As teorias do Alberto? Uma boa tentativa, talvez frustrada.

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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Bobagem quantica
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 12/12/2000 14:55

> Afirmagues totalmente infundadas como essa levam o Alberto a duvidar da
> mecbnica qubntica. Alias, entendo ati a sua antipatia. Depois de ver
> coisas como psicoterapia qubntica, espiritualidade qubntica, auto-ajuda
> qubntica o nome "qubntica" da nos nervos.
> []'s Eduardo.

Alguem tem ideia da forma como eh usada a quantica nessas afirmacoes
doidas. Qual eh o motivo para o uso e abuso da palavra quantica? Serah
que usam porque eh uma ideia complicada e poucos tem como argumentar contra?

Alguem tem em mente as varias doideras quanticas? Seria insteressante
fazer uma listagem disso... :)

Ateh mais.
Luis Brudna



SUBJECT: Re: [ciencialist] Sobre a Ciencialist
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 12/12/2000 14:55

Claudio Abreu wrote:
> Você é mesmo uma pessoa arrogante e dona da verdade, hein?

Não sou dono nem do corpo que me carrega.

Mas é óbvio que sua teoria carece de consistência científica. Necessita
de uma existência divina qualquer para manter uma "simetria de
bidualidade". Basear toda a sua teoria em um negócio chamado "quatro
unos" é apelar para a numerologia e dizer que as equações de Maxwell
encaixam em sua teoria porque são quatro equações é falacioso.

Até hoje vc não me disse nada que contradicesse o que afirmo acima e em
outros emails.

Seria mais romântico criar uma teoria baseado nos quatro elementos
[terra, água, ar e fogo], pelo menos não atirariam pedras no seu
telhado. O estudo acadêmico formal não faz mal a ninguém.

> Detalhe: você não respondeu a última mensagem que escrevi para você. Já encontrou as suas 11 dimensões?

Ontem recebi uma reposta do tal fulano, ei-la:

[[[[ Nao se prova a existencia de
dimensoes. Mas ha teorias de super-cordas (ou D-branas) que admitem 11
dimensoes para o Universo fisico. Vou procurar referencias a respeito e
depois respondo a voce com mais cuidado. ]]]]

Portanto aguardo resposta. Obviamente se nota que ele nega o que havia
afirmado que ele havia dito.

[]s
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TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Metodologia cientifica
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 12/12/2000 15:59

-----Mensagem Original-----
De: "TARCISIO BORGES"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Terça-feira, 12 de Dezembro de 2000 12:54
Assunto: Re: [ciencialist] Metodologia cientifica

> > Até agora nada colocou a minha teoria em xeque.
> Então ponto prá vc. Mas... ninguém lhe deu um xeque ou vc nunca aceitou
> um xeque?

Estou me referindo à Ciencialist, um grupo que conta hoje com cerca de 160
testemunhas que poderão me desmentir, caso fuja com a verdade. Aqui talvez
já tenha sido colocado em xeque inúmeras vezes quanto a meus conhecimentos
de relatividade e/ou mecânica quântica (o Belisário, por exemplo, já chegou
a me questionar de maneira inteligente, principalmente com relação a meus
parcos conhecimentos de mecânica quântica). Quanto à minha teoria, a crítica
mais inteligível que aqui recebi foi no estilo da sua (em outra msg de
hoje): "Uma boa tentativa, talvez frustrada". Diria que isso é uma opinião,
jamais uma crítica e muito menos um xeque à teoria. Fora da Ciencialist, o
único físico que se dispôs a criticar minha teoria eletromagnética foi o
Fábio Chalub, no news uol.ciencia, em fevereiro e março de 1998. Trocamos
cerca de 30 msgs a respeito, mas não posso postá-las no meu Web sem a
autorização do Fábio e o news uol da época não mantinha msgs antigas e
portanto não posso mapear a thread como costumo fazer com as threads da
Ciencialist (vide http://sites.uol.com.br/albmesq/Dialogos/dialogos.htm ).
Se houver interesse posso enviá-las em arquivo zip de 121 Kb (após deszipado
fornece arquivos nws do Outlook).

> Então o que é ciência para vc?

O Chalmers é um cientista e filósofo da ciência e escreveu um livro para o
leigo (O que é ciência, afinal?) mostrando que a resposta não é tão simples
quanto você pretende. Modéstia a parte, escrevi um texto bem mais curto onde
acredito ir além das idéias do Chalmers; e ainda que deixe muitas dúvidas,
em especial para os cientistas da área de humanas, consigo satisfazer alguns
naturalistas. Você poderá encontrá-lo em
http://sites.uol.com.br/albmesq/artigos/metcien1.htm . Se pretender ir além
do exposto aí, você encontrará alguma coisa mais em
http://sites.uol.com.br/albmesq/FilCien/cap01.htm e nos capítulos que se
seguem. Está faltando apenas descrever a lógica transcendental de Kant e as
experiências de pensamento (o que costumo chamar por "teorexis", em
contraposição à "práxis").

> Noto o espírito científico, mas a afirmação anterior tem um tom de falta
> de respeito com o que se é produzido atualmente em ciência.

Os jovens sempre se chocam com essa "aparente" falta de respeito própria dos
acadêmicos. Se você prosseguir na carreira acadêmica, após freqüentar uns 20
congressos científicos talvez venha a entender melhor minha conduta. Por ora
sugiro que leia a msg que o Peterson enviou hoje e endereçada à Fernanda,
onde ele expõe essa conduta própria aos cientistas (msg 7514, "Sobre a
Ciencialist", http://sites.uol.com.br/albmesq/FilCien/cap01.htm ).

> Na verdade tentei ser irônico e acabei usando palavra duras demais. Peço
> desculpas pelo exagero.

Às vezes a dureza faz-se necessária; por outras acontece graças à
precipitação própria à comunicação via Internet (rapidez na resposta, o que
também acontece em congressos, como dei a entender acima). Não há porque se
desculpar.

Em outra msg (da thread Resumo 256) você afirma:

> > Alberto repondendo ao Eduardo: Não precisa ficar espalhando por aí que
> > eu não entendo nada de física moderna. Toda a galera da Ciencialist já
> > percebeu isso.
> Tarcísio: Então que tal começar estudando um pouco de relatividade, vai
> ver que é mais fácil do que parece. Um bom livro para começar é "O Enigma
> do Tempo" [Paul Davies], trata-se de um livro de divulgação e portanto
> extremamente acecível para qualquer um da lista.

Grato pelo interesse. Já li sobre relatividade mais do que muitos
relativistas que militam na área. O suficiente para perceber que havia
entrado num barco furado e que não me levaria a lugar algum (até mesmo
Einstein perdeu seus últimos 30 anos tentando encontrar um porto seguro, sem
sucesso). Minha ignorância atual situa-se mais em aplicações de algoritmos,
pois com o correr do tempo a gente perde essa habilidade. O Paul Davies, que
conheço de outros livros, é um físico que vai nas origens das coisas e não
aos algoritmos, e graças a isso é um excelente autor; não obstante, quanto à
relatividade já li até demais (ainda que volte a afirmar que a sabedoria não
ocupa lugar, mas dependendo do assunto e/ou do autor do livro, às vezes
ocupa o nosso tempo de maneira improdutiva). De vez em quando dou uma
sapiada no sci.physics.relativity para verificar as coisas que estão
entrando moda e/ou acompanho abstracts.

> > Alberto: A comunidade acadêmica brasileira não está nem aí para com o
> > que eu penso.
> Tarcísio: E vc não está nem aí para a comunidade acadêmica brasileira. Vc
> quer o reconhecimento de suas teorias mas acabou dando o primeiro passo
> para trás. Não vai muito longe assim.

É possível que cada cientista tenha a comunidade acadêmica que merece.
Talvez eu mereça o que já me fizeram mas também já cansei de dizer que hoje
em dia, e graças a essa comunidade, sou um cientista amador. Não dependo
dessa comunidade, nem do governo, nem da Capes, nem do Cnpq, nem da Fapesp,
para ir onde quer que queira ir. Satisfaço o meu ego curtindo a Ciencialist
ou outras listas ou newsgroups e não nado contra a correnteza pois aprendi
que os que assim o fazem morrem afogados (o Boltzman que o diga). Apesar de
dizer que não nado contra a correnteza, adoro andar na chuva. :-)). E isso é
o que mais faço aqui na Ciencialist. :-)

[ ]'s
Alberto
http://sites.uol.com.br/albmesq/
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Metodologia cientifica - ERRATA
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 12/12/2000 16:08

Mensagem Original-----
De: "Alberto Mesquita Filho"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Terça-feira, 12 de Dezembro de 2000 15:59
Assunto: Re: [ciencialist] Metodologia cientifica


Na msg acima, ONDE SE LÊ:

Por ora
sugiro que leia a msg que o Peterson enviou hoje e endereçada à Fernanda,
onde ele expõe essa conduta própria aos cientistas (msg 7514, "Sobre a
Ciencialist", http://sites.uol.com.br/albmesq/FilCien/cap01.htm ).

LEIA-SE:

Por ora
sugiro que leia a msg que o Peterson enviou hoje e endereçada à Fernanda,
onde ele expõe essa conduta própria aos cientistas (msg 7514, "Sobre a
Ciencialist", http://www.egroups.com/message/ciencialist/7514


[ ]'s
Alberto
http://sites.uol.com.br/albmesq/
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:evolução quântica
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 12/12/2000 16:17



"................ ..........................." wrote:

> Como sabemos q eles(estes universos) estão lá? Foi feito um cálculo de um fatorial de 250 dígitos por meio de interferência quântica(a filosofia é a seguinte: vários universos trabalham juntos para dar a resposta em um único universo - neste caso o nosso). Para fatorar esse número seria impraticável só dispondo do nosso universo pois a resposta seria gerada por um processo de computar 10 elevado a 500 cálculos (todos nossos computadores tarbalhando juntos e sem parar levariam + de 1 bilhão de anos para fazê-lo; e se empregássemos toda a matéria disponível em nosso universo ainda assim seria impossível (só temos estimadamente 10 elevado a 80 átomos no nosso universo), então como foi feito o cálculo?? (prometo mandar a referência desse argumento!)
>

De onde vc tirou isso? Quem disse que a física quântica prevê vários
universos?

Isto não existe, não é científico, não é mensurável e não segue a
estrutura lógica da física quântica. Esta história da fatoração não tem
nada a ver com multi universos. Tá parecendo o Gilberto Gil e a
Cristiane Torloni que afirmaram que a mecânica quântica nos aproxima
mais de Deus...

Afirmações totalmente infundadas como essa levam o Alberto a duvidar da
mecânica quântica. Aliás, entendo até a sua antipatia. Depois de ver
coisas como psicoterapia quântica, espiritualidade quântica, auto-ajuda
quântica o nome "quântica" dá nos nervos.

[]'s Eduardo.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Clonar??
FROM: "Marco Aurelio" <logos@pccp.com.ar>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 12/12/2000 16:18

Alô Flavio

"Flavio Mendonça wrote:

> Isso é uma teoria psicológica ou apenas uma forma própria de perceber as
coisas ?

Não entendo a razão da pergunta. Em todo caso a resposta é "ambas". É uma
antiga teoria psicológica (1913 o seu primeiro enunciado) com muitas
repetições ao longo do século XX. Confesso que também é uma forma propria de
conceber as coisas (se é que a gente pode tranquilamente afirmar que tem uma
forma propria, pois quase tudo já foi dito por alguém). Não é uma forma de
perceber, porque perceber não é uma palavra correta. São concepções e não
percepções. Para sua tranquilidade, não é de minha autoria. Este tipo de
preparação para a polêmica me cheira a falacia do tipo argumentum ad
verecundiam. Oxalá esteja enganado. Em todo caso vc pode aproveitar e dizer
que sim, que eu estava enganado e ficará bem colocado.

> Como estou sem dicionário aqui, peço que traduza em palavras mais
acessíveis.

Nidícola é oposto a nidífugo. Também são termos antigos. São termos que
explicam que certos animais permanecem durante mais tempo sob estrita
dependencia dos progenitores (nidícolas) que outros que, nem bem nascem, ja
possuem certa independencia. Os filhotes de certas aves, como a galinha,
saem do ovo com plena capacidade deambulatoria e discriminatoria para
distinguir o que comer e o que não. Dispensam ser alimentados pela mãe. Os
seres humanos nacem prematuramente. Estão entre os que mais necessitam
durante muito tempo a assistencia dos pais. Este fato os torna mais
vulneraveis a certas coisas. Nosso colega de lista Manuel Bulcão
msbn@daterranet.com.br escreveu sobre a neotenia, com uma boa polêmica na
ciencialist. Qualquer estudante de primeiro ano de medicina, quando estuda
anatomia comparada, toma contacto com estes fatos (não são meras teorias),
como o do nascimento prematuro dos humanos em função, por exemplo, da
desproporção céfalo-pélvica, a necessidade de incorporação prematura de
informação, a aptidão para o aprendizado (do que é bom e do que é
prejudicial), etc. Como vc é amigo dos livros, lhe dou duas indicações:
MONTAGU, Ashley (1976): The Nature of Human Aggression. Oxford Univ. Press.
Capítulo 7, sobre a cooperação. Também LORENZ, Konrad (1968): Das Sogenannte
Böse. Verlag. É um livro sobre a agressão humana. Existe em Inglês e
Espanhol, da Editorial Alianza. Se pode entender bastante sobre esta
debilidade para criar ideais.

> Embora veja lógica nesta assertiva, como chegou a esta conclusão ?

Sobre o abismo entre um adulto e um bebê, não se trata de algo simplesmente
lógico. Este é um fato estudado e com conseqëncias importantes no terreno da
medicina.

> Isso faz sentido, mas veja que em relação a parte psicomotora. Qto a
consciência parece que a do homem se desenvolve, enquanto que a do animal
para.

Para o que eu quero afirmar, não importa, porque se trata de um simples
registro de memoria. O ser humano começa a aprender precocemente, antes
mesmo de que estejam todas as fibras nervosa mielinizadas e guarda e usa a
informação recebida (aprende). Aprende todas, inclusive as versões de
exagerada importancia do adulto. Não vejo porque aprenderia umas coisas e
outras não, sobretudo se são da mesma complexidade.

> Terá o bebê consciência disso para chegar a se traumatizar neste sentido ?

Se pode aprender a falar e a controlar esfínteres e outras coisa mais
complexas, por que não reter admirações exageradas. Não vejo a necessidade
de consciencia no caso dos traumas. Estes são simples e irracionalmente
repetidos ainda que dolorosos. A gente pode comprovar nas terapias
psicológicas. Dou fé.

> Fala isso em que sentido ?

No sentido de que as informações do tipo traumáico também são aprendidas.
Quando falo da relatividade dos fenômenos quero dizer de que algo que se
relaciona com o desamparo natural do bebe (o adulto é visto como grande só
porque ele é exageradamente pequeno e não porque o adulto seja realmente
onipotente) é vivido de modo absoluto: não é grandioso porque eu sou pequeno
e sim porque é realmente grandioso. Não alcança a criança a avaliar a
operação de comparação porque sua mente não é operativa, é simplesmente
sensorio-motora.

> Donde veio esta conclusão ?

A conclusão se impõe pela propria lógica. Quem se sente desvalido por
propria natureza se sente muito mal. O desvalimento é muito desagradavel.
Gera uma sentimento de aniquilamento e uma sesação de ameaça constante. Isto
é altamente traumático. Por que o bebê sentiria tantas outras coisas e isto
não?

> Isso se passa em que nível da consciência ?

Às vezes sim, é consciente e outras vezes não, fica na esfera inconsciente.
Quando não é consciente, gera sintomas mentais neuróticos que necessitam
intervenção especializada.


> Não sei, pois nunca tive consciência desse desamparo.

Vc nunca se sentiu infeliz,nem por um segundo? Nunca sentiu que as coisas
fora de vc são imensas e grandiosas e que geram a necessidade de algo
grandioso. Se isto não é sentimento de desamparo, então confesso que tudo o
que ando estudando é lixo. Sentir-se pequeno ante coisas grandiosas é
desamparo e do tipo mais fino e insidioso. Realmente, se vc nunca sentiu
desamparo, é um extraterrestre. Eu, já, e muitas vezes. Não é o fim do
mundo. Meu desamparo não dá para tanto. Ainda bem.

> Existe uma teoria formada neste sentido no meio da psicanálise ? Está em
pauta ou é só uma teoria isolada ?

Não existe uma teoria nem no meio nem na extremidade da psicanálise. Muita
religiosidade se vai por agua abaixo quando o sujeito se da conta de que tem
que ver com este problema. Não sou tão onipotente para afirmar que é o único
modo de ser religioso, mas que este é o mais freqüente, não restan dúvidas.
Quem cai no divã, se tem coragem, põe sob exame este ponto de vista. Se não
existe, não tem nada que analisar, mas se existe, vai assumir se quer ou não
mantê-lo. Cada um busca o que lhe parece mais conveniente. Se é consciente e
não gera sintoma, que siga com a ideia, ainda que seja errada. Estará
errado, mas não, além disso, neurótico. É malhor errado são da cabeça que
errado neurótico. O fato de permanecer com a ideia não garante que seja
verdadeira.


> Trata-se apenas de uma crença ou é algo mais substancialmente estudado ?

Muitos epistemólogos definem a ciência como crença justificada. Os
enunciados científicos sempre nacem de crenças que se tornan justificadas.
Nesse caso eu lhe digo que sim. É uma crença, mas muito justificada. É muito
estudado e ha muitos anos. As vezes me surprendo que vc, que demonstra tanta
soberba no seu discurso quando usa como argumento chamar os oponentes de
ignorantes, pergunte estas coisas tão comuns. Será que entende só de
espiritismo ou é uma tática para fazer com que eu pise no pausinho e me
delate. Não sei o que é melhor.

> Ao mesmo tempo eu penso, qtos não morreriam sem ideal ? Percebo que não é
no ideal que reside o mal, mas
> numa forma anti-ética e desequilibrada de se comportar diante das
convicções e ideais.

Quando se conduzem as coisa de modo não ético é porque não se é racional. A
gente não deve viver por ideais. Deve ter principios compativeis com a
propria existencia, a de terceiros e da humanidade como um todo. Isto não é
nenhum ideal. É uma regra prática, conveniente para qualquer, seja ou não
religioso. Eu trato, na medida do possivel de ser correto para comigo, com
meus semelhantes e para o mundo como um todo. Não preciso de nenhuma
divindade. Creio que a bondade é melhor que a verdade e que a propria
crença. Posso morrer agora e, se existe ou não algo além, não me importa. Eu
estaria bem de todos modos, porque trato de ser bom. Nem sempre o consigo,
mas me perdoo e trato de não repetir. Para que religião?


> Não creio que o fato de ser ideal torne algo ruim.

Eu sim posso provar que o fato de ser ideal pode ser muito prejudicial. Se é
fonte de neurose e atrocidades humanas, é ruim. Deve ser combatido. Se é
ideal sem ética, é feio, porque dizer que para limitar um ideal se necessita
outro mais ideal e controlador do outro é pouco serio como argumentação.
Então seríamos como bonecas russas. Um ideal dentro de outro, para
controlar, com outro dentro e assim pr diante. Raciocinio circular.

Prefiro que seja
> > real, bom e possivel.

Se é real, não é ideal. Concodamos.

> Mas veja, onde encontramos o real, como sabermos de fato o que é real e o
que não é ?

Não podemos saber. Podemos quando muito, inferir. Quem pode dizer é a
justificação da ciencia. Fora disso é mera conjetura.

> > Creio que sempre se deve desconfiar de um ideal.
> Pq ?

Pelo fato de que não traz inscrito o grau de atuação do individuo para que a
gente se aproxime de seu cumprimento. Pode gerar fanatismo e
fundamentalismo.
Os talibans são idealistas de carteirinha.


> Talvez se usada em desequilíbrio. Porém de forma racional e equilibrada,
promove o progresso humano.

Então não necessita ser ideal.

Esta é uma conversa que me agradou manter com vc. Sabe por que? Porque se
limitou simplesmente a argumentar sobre o que eu afirmei, sobre o que queria
esclarecer, sobre o que via como pouco claro no que eu falei. També veria
com bons olhos se criticasse meu discurso. Eu não gosto de usar táticas de
poder. Vc não me chamou de ignorante, não disse que sou pouco profundo ou
que nnão sou verdadeiro cientista. Este argumentos cheio de adjetivos
irritam o pessoal e não servem para debates.
Agradeço-lhe ter merecido bom nível
Um abraço.

Marco A. Andrade
logos@pccp.com.ar




SUBJECT: Re: [ciencialist] Metodologia cientifica
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 12/12/2000 16:41

Alberto Mesquita Filho wrote:
> > Então o que é ciência para vc?
> O Chalmers é um cientista e filósofo da ciência e escreveu um livro para o
> leigo (O que é ciência, afinal?) mostrando que a resposta não é tão simples
> quanto você pretende.

Então reformulo a pergunta:

Se o grupo acadêmico que estuda as supercordas não passa de um grupo
religioso, então o que é ciência para vc?

Não consigo ver onde está o cunho religioso de se estudar supercordas,
se ele existir, então estudar sua teoria também é religião.

Só para lembrar, a i.e.m. está longe de ser algo concreto.

[]s
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TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:evolução quântica
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 12/12/2000 16:51

-----Mensagem Original-----
De: "Eduardo Gueron"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Terça-feira, 12 de Dezembro de 2000 16:17
Assunto: Re: [ciencialist] Re:evolução quântica


> De onde vc tirou isso? Quem disse que a física quântica prevê vários
> universos?
> Afirmações totalmente infundadas como essa levam o Alberto a duvidar da
> mecânica quântica. Aliás, entendo até a sua antipatia. Depois de ver
> coisas como psicoterapia quântica, espiritualidade quântica, auto-ajuda
> quântica o nome "quântica" dá nos nervos.

Não sei se alguma vez utilizei-me dessas "afirmações totalmente infundadas"
(sic) para justificar uma possível ojeriza que aparento sentir pela mecânica
quântica. Se o fiz, talvez tenha sido no calor de uma discussão. Obviamente,
reconheço que existem *alguns* quânticos sérios que aceitam a idéia de
vários universos. Como também sei que existem muitos ilusionistas que, em
nome de uma hipotética medicina, associada à física moderna, falam em "cura
quântica". Não obstante, entendo que esses últimos estejam beirando ao
charlatanismo e os primeiros estão sendo iludidos por uma física que, em
princípio, apoia-se em outros absurdos por sua raiz. Estes absurdos estão
explícitos na física quântica primitiva (fluidos elétricos, órbitas
permitidas etc.) e foram parar debaixo do tapete quando a teoria evoluiu, na
década de 20, para a matemática quântica. Aceitando-se os novos absurdos
(incerteza, spin que não é giro, dualidade, etc) como verdades
incontestáveis, vejo não só a previsão de vários universos mas também os
problemas relativos a localidade, determinismo/indeterminismo etc. como
idéias perfeitamente lógicas (ainda que não físicas). Não sou perito nesse
assunto mas talvez fosse o caso de verificar como a idéia se encaixaria na
lógica paraconsistente, a lógica da contradição de Newton Costa (um
filósofo-matemático brasileiro muito bom, por sinal).

[ ]'s
Alberto
http://sites.uol.com.br/albmesq/
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Metodologia cientifica
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 12/12/2000 17:48

-----Mensagem Original-----
De: "TARCISIO BORGES"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Terça-feira, 12 de Dezembro de 2000 16:41
Assunto: Re: [ciencialist] Metodologia cientifica


> > O Chalmers é um cientista e filósofo da ciência e escreveu um livro para
> > o leigo (O que é ciência, afinal?) mostrando que a resposta não é tão
> > simples quanto você pretende.
> Então reformulo a pergunta:
> Se o grupo acadêmico que estuda as supercordas não passa de um grupo
> religioso, então o que é ciência para vc?

Deixando a religiosidade de lado (vide abaixo), a resposta não é tão simples
quanto você pretende. Se quiser realmente penetrar na profundidade da
complexidade do tema sugiro que comece por ler os 3 volumes (algo do tipo de
800 páginas ou mais) sobre Realismo escritos por Popper (o último deles é
dedicado à física quântica, mas os dois anteriores são prerequisitos para
que se entenda o terceiro; e talvez seja também prerequisito a leitura da
"Lógica da Investigação Científica", do mesmo autor). Após se ilustrar sobre
o assunto você certamente perceberá que apenas multiplicou suas dúvidas (o
que por sinal é muito bom) mas acredito que não obterá a resposta que espera
que eu dê. Isso é o máximo que posso fazer. Do contrário, estarei te
iludindo, como aquele sujeito que disse que está provada a existência de 11
dimensões.

> Não consigo ver onde está o cunho religioso de se estudar supercordas,
> se ele existir, então estudar sua teoria também é religião.

Pelo visto você não está acompanhando as threads voltadas às "ciências do
esprito" (sic). Então vou repetir aqui o que escrevi recentemente: Às vezes
eu brinco a respeito da "religiosidade" dos físicos quânticos. Porém se
algum dia eu perceber que isso está tomando uma conotação verdadeiramente
religiosa, passarei a respeitar a "fé dos quânticos" e me calarei. Até o
momento eles não atingiram esse extremo, logo brinco com suas idéias, sem
pretender ofendê-los como pessoas (o que não seria o caso se realmente a
física quântica fosse um objeto de fé religiosa).

> Só para lembrar, a i.e.m. está longe de ser algo concreto.

É estranho ouvir isso de um físico que supervaloriza a matemática, pois as
i.e.m. são tão concretas, matematicamente falando, quanto a suspeita de que
exista algo a mediar a gravitação ou o eletromagnetismo. E mais do que isso:
comportam leis de conservação. E ao justificarem matematicamente um fenômeno
físico que qualquer criança é capaz de constatar (e não apenas o produto de
uma ilusão quântica), há aí um certo sabor de concretismo físico ou natural.
Da mesma forma que o éter dos físicos do século passado (algo colocado
debaixo do tapete por Einstein - vide
http://www.tu-harburg.de/rzt/rzt/it/Ether.html ). No que diz respeito às
supercordas, parece-me que a única coisa concreta é a esperança de que algum
dia possa reverter em algo útil para a sociedade. Já é alguma coisa. Cá
entre nós, e que ninguém nos ouça: Não vejo muita diferença entre estudar
"física" quântica e "ciência do esprito". :-))

[ ]'s
Alberto
http://sites.uol.com.br/albmesq/
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] O Tudo Absoluto
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 12/12/2000 17:50



"Claudio Abreu (Bidual)" wrote:
>
> Prezado Jocax,
>
> Citei o seu nome por que ele aparece na lista de participantes do site
> da TGBD.
>
> Lembra-se que você me pediu, em pvt, para retirá-lo da lista porque
> você não estava conseguindo fazê-lo? Pois é, eu fui lá e retirei-o,
> mas ele continua lá... Eu não sei o que houve. Coisas inexplicáveis do
> eGroups. Se quiser vá lá e confira:
> http://br.egroups.com/group/tgbd

Bom , de qqr modo eu nao estou recebendo msg desta lista e por isso
acho q nao estou cadastrado la na realidade...

>
> Vou dar um tempo para você ir lá e verificar o que estou dizendo, e
> mesmo tentar você mesmo retirar-se do grupo. Caso não consiga, prometo
> que depois que vou voltar a tentar retirá-lo de lá.
>
> Comento agora as suas afirmações abaixo:
>
> "Claudio, eu nao estou no grupo da TGDB pois eu NAO concordo com ela
> como ja te expliquei.
> Eu, francamente, acho a TGBD um sistema classificatorio arbitrario e
> sem
> utilidade."
>
> Apenas relembro-lhe que você falou numa mensagem, há alguns dias atras
> que não gostava da TGBD, mas que nunca havia conseguido "derrubá-la"
> ou algo semelhante. Pergunto eu: não existe um contradição entre o que
> você falou na época e o que está falando agora?

Eu disse isso pq na verdade eu nunca tentei faze-lo com veemencia,
pq acho q nao vale a pena pois ela nao esta bem definida :
lembra qdo eu disse q vc deveria definir o q seja EQULILIBRIO
e tudo o mais q existe nela ?
Como a teoria nao esta bem definida eu nao acho q vale a pena
tentar derruba-la, por isso nunca consegui.

>
> Outra coisa. Acho que não fica bem você ficar xingando na lista.
> Reproduzo abaixo uma frase sua:
> "SERA Q NINGUEM PERCEBEU ISSO PORRA ! :-)))"
>

Foi na brincadeira , claro, ateh na televisao eles falam isso !
Mas de qqr modo eu peco desculpas para os q se sentirem ofendidos
com esta brincadeira.

[]s
jocax


SUBJECT: radiacao no vacuo
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: undisclosed-recipients:;
DATE: 12/12/2000 17:59

Encrontrei um tempinho para digitar isso, que gostaria de compartilhar
com todos. Aproveitem.

--
[O Que Falta Descobrir - John Maddox - pág 38]

Como poderia um espaço vazio, mesmo que muito quente, semear a matéria
da qual se formaram as galáxias, estrelas e pessoas? George Gamow tinha
imaginação suficiente para encontrar uma explicação. Em temperaturas
maiores que zero absoluto (273 graus centígrados abaixo de zero), todos
os espaços supostamente vazios contêm radiação. Foi isso o que Planck
descobriu em 1900. Mais ainda: a intensidade da radiação aumenta
rapidamente com a temperatura. (Se multiplicarmos por dois a
temperatura, a energia da radiação aumentará dezesseis vezes.) Acontece
que a radiação exerce pressão sobre qualquer recipiente usado para
contê-la. Assim, se uma pequena bolha de espaço estiver recheada de
radiação a uma temperatura muito elevada, ela tenderá a se expandir
muito rapidamente. Foi assim que o big bang de Gamow iniciou uma
expansão que continua até hoje. Tudo isso podia ser deduzido com base na
física do século XIX.
De onde, porém, veio a matéria que nos cerca? Gamow precisou da física
do século XX para encontrar uma resposta para esta pergunta. O
reconhecimento de que a radiação pode se comportar como uma onda ou como
uma coleção de partículas que se movem com a velocidade da luz data da
primeira década deste século. Se tiverem energia suficiente, as
partículas de radiação, chamadas fótons, podem criar matéria a partir do
espaço vazio. Em 1947, os físicos sabiam que um único fóton, se tivesse
energia suficiente, seria capaz de criar um par de partículas no espaço
vazio: um elétron comum, de carga negativa, e um elétron positivo,
chamado pósitron, cuja a existência tinha sido prevista em 1928 [por
Dirac]. Sendo assim, porque a radiação extremamente intensa do big bang
não seria capaz de criar não apenas elétrons, mas também os prótons e
nêutrons que são os ingredientes da matéria nuclear?
--
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TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Metodologia cientifica
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 12/12/2000 18:14

Alberto Mesquita Filho wrote:
> Pelo visto você não está acompanhando as threads voltadas às "ciências do
> esprito" (sic).

Na verdade não. Extenso demais e subjetivo demais.


> > Só para lembrar, a i.e.m. está longe de ser algo concreto.
>
> É estranho ouvir isso de um físico que supervaloriza a matemática, pois as
> i.e.m. são tão concretas, matematicamente falando, quanto a suspeita de que
> exista algo a mediar a gravitação ou o eletromagnetismo.

Vc está falando de gravitação quântica, onde existem miríades de
partículas, uma para cada interação física [no caso os grávitrons]. A
gravitação clássica [relativística no caso] trata a gravidade como uma
deformação espacial, sem troca de partículas.

A gravitação e o eletromagnetismo são concretos no sentido físico,
porque podem ser medidos e re-medidos experimentalmente, aplique os 4
axiomas de Popper e eles estarão lá, funcionando. Para que a i.e.m. seja
concreta, teria que ser experimentada.

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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:apresentacao e paradigmas da mente (genismo)
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO:
DATE: 12/12/2000 18:21



Fernanda Amadei Sais wrote:
>
> Olá Jocax e lista
>
> Olha... deve haver algum problema com o egroups... tem um monte de
> msgs
> que eu não recebi nos últimos dias (não recebo entre 20 e 30% das msgs
> do dia!) , entre elas essa do Jocax que estou comentando agora... (só
> percebi isso qdo notei uma certa descontinuidade nas msgs e fui
> conferir
> no site da lista no egroups...) Ou será que o problema é comigo?
>
> Meus comentários estão indicados por ==> (os outros indicados
> pelo
> meu nome
> são de msgs anteriores que achei necessário manter para que o texto
> nào
> ficasse incompreensível...).
>
> ---------------
> Jocax->
> Sua pergunta eh boa e ja tinha pensado antes sobre o assunto...
>
> Veja bem q eu nao falei dos sentimentos nao-malevolos como e
> principalmente o amor. O Genismo nao devera afetar como afetara
> os outros pois o amor ainda devera continuar como o principal
> filtro no selecionamento do parceiro(a).
>
> Mas meus estudos ainda nao sao conclusivos a respeito....
>
> ==> Também acho :-) >>
>
> Em principio poderiamos, via Genismo, eliminar os maus sentimentos
> e deixar os bons incolumes. A pergunta basica eh: Como ?
>
> ==> Sim, como? >>
>
> Sendo o amor o criterio de qualidade genetico para selecao
> e uniao de gametas, entao, se adotarmos um criterio memetico
> satisfatorio para ele(amor), entao o amor tbem deixara de sofrer
> pressao seletiva e tbem acabar e teremos uma sociedade de robos !
>
> Portanto, para manter o amor, deveremos selecionar parceiros
> utilizando-nos deste sentimento. Mas devo dizer q soh este topico
> deveria demandar varios livros para ser bem analisado.
> (Resumnido: *Pelo menos* um dos parceiros deve ter filhos com
> o outro por amor, e isto eliminaria uma sociedade de robos)
>
> ==> É verdade, o tópico é delicado, mas o processo em relação ao amor
> deverá ser análogo ao que pode ocorrer com os outros sentimentos, como
> o
> altruísmo, a inveja, e outros... ou não? >>

JOcax=> A resposta generica para isso eh : Os bons sentimentos NAO devem
ser substituidos por memes. O MAUS devem ser substituidos por memes
e assim a ausencia dde pressao seletiva sobre eles os eliminara.



> ------------------
>
> Fernanda:
> Certo... mas isso não permite concluir que vá *necessariamente* haver
> extinção dos genes que determinem esse comportamento instintivo, mas
> sim que há possibilidades de que isso ocorra, e então seira
> necessário um estudo de quais são as probabilidades.

Jocax ==> Vc esta enganada. Veja como funciona a selecao natural,
Nao eh necessario q o homem apareca pronto e acabado, uma vez
q nao haja + pressao seletiva para a permanencia dos genes maus
eles inexoravelmente se extinguirao. Veja o titulo da msg nesta
lista : "O Teorema do macaco".



> ------------------
> Jocax->
> Se existe uma probailidade P nao nula de ocorrer basta termos um
> numero
> suficiente de geracoes para garantir q ela ocorrera com
> probailidade P'.
> --------------
>
> ==> Suponho que a probabilidade de mutação seja constante ao longo das
> gerações. Vamos utilizar como exemplo uma mutação que elimine o
> sentimento de inveja. Supondo que isso ocorra, digamos, em 5% das
> pessoas (estou chutando, pois não tenho a menor idéia do número...).
> Se
> a cada geração, 5% das pessoas não possuir a inveja em seu código
> genético, vc pode concuir que haverá extinção desse sentimento? O que
> faria a taxa de mutações aumentar? >>

Perfeito !
Posso concluir isso DESDE que os q nao possuem a inveja SEJAM GENISTAS.
Ja que estes genistas conseguirao preservar seus genes da NAO inveja.


>
> Jocax --> Sim!, assim como existem individuos q nao sentem dor...
>
> sem Genismo (e assim vc teria tb que admitir que o genismo não é a
> única maneira de obter o altruísmo intintivo...).
>
> Jocax --> Eh uma das maneiras de ele ser PRESERVADO e tomar conta
> de toda a humanidade. Sem o Genismo este tipo de mutacao NAO
> sobreviveria.
>
> E, mesmo que ela esteja em desvantagem evolutiva, pode sobreviver,
> embora em pequenas quantidades, pois, pelo que sei, nem sempre seres
> em desvantagem evolutiva são necessariamente extintos, podem apenas
> ter quantidades dramaticamente restritas.
>
> Jocax--> Isso poderia ocorrer para UM gene recessivo. Um gene
> dominante
> deleterio seria fatal e nao sobreviveria.
>
> ==> Exatamente, mas isso não invalida o problema levantado. >>
Veja q eh necessario q exista pessoas inicialmente sem o sentimento
malevolo para q ele deva ser preservado.

>
> Como um exemplo entre os seres humanos, podemos citar o albinismo
> (estou citando uma característica física, por ser mais facilmente
> verificável), que confere, creio eu, até mais desvantagens evolutivas
> que o altruísmo poderia conferir na nossa sociedade, e no entanto
> está presente na nossa espécie.
>
> --=
> Jocax --> Note q isso nao significa q toda a humanidade ira se tornar
> albina. E eh precisamente este o meu intuito : A salvacao da
> humanidade
> estaria completa qdo todos perdessem os genes malevolos. Claro
> q para isso um meme, como o Genismo, seria necessario. De qqr
> modo o processo necessariamente deveria comecar com alguns
> poucos individuos mutantes....
>
> ==> Qualquer hora eu me acostumo com esse caráter salvador do
> Genismo...
> :)

Qdo vc se tornar uma genista me avisa ! :-)

>
> Além disso, o fato dos genes poderem ser extintos como no exemplo da
> caverna não significa que isso tenha necessariamente de acontecer.
>
> Jocax --> Sim teria, eh questao de tempo, postarei na semana
> um artigo q te explicara este processo.
>
> ==> Pode explicar, mas talvez não me convença... :-)

Eh matematico , nao ha pq nao se convencer....:)

>
> -----------------
> Fernanda:
> Mas e enquanto o genista não portador de sentimentos malévolos for
> minoria? Ele será discriminado? Conseguirão os seres assim se
> perpetuar mais que os não mutantes, a ponto de ter força para
> discriminar estes últimos?
>
> ----
> Jocax --> Ele NAO sera discriminado por nao portar os genes malevolos,
> ele poderia ser discriminado por ser um genista. Um genista "puro"
> eh ateu e este eh um motivo, muitas vezes, de discriminacao.
> Com relacao a ultima pergunta a resposta eh SIM, ninguem hoje
> em dia deixa de ter um filho com outra pessoa pelo fato desta
> pessoa nao ser da mesma religiao q ela ( desde q a ame).
> (No meu caso, qqr mulher q queira ter um filho comigo eu terei)
> ----
>
> ==> Bom, já que é uma previsão do messias salvador... ;-)
> Mas, quanto ao fato de que ele consiga se reproduzir, tudo bem, é
> certo.
> Mas vc se esquece de que os não genistas e os não mutantes também vão
> se
> reproduzir? Por que os genistas mutantes se reproduziriam mais?

A hipotese para a salvacao eh se TODOS adotarem o Genismo.
De qqr modo, cedo ou tarde, desde q eu consiga publicar meu livro,
o genismo FATALMENTE tomara conta da populacao pois as pessoas genistas
TEM O DEVER de perpetuar seus genes e portanto tem uma VANTAGEM SELETIVA
ENORME
sobre os nao genistas.(Por isso eles devem aumentar na pop )


>
> -----------------------------
> Fernanda:
> Seria interessante encontrar outras maneiras de falsear o Genismo.
> Afinal, quanto mais testado ele puder ser, e se a cada teste não for
> provada a sua falsidade, mais aceito como teoria científica bem
> fundamentada ele será (é o que tem acontecido com outras teorias, que
> apesar de não serem comprovadas são aceitas).
>
> Jocax--> Uma maneira, como ja disse eh um levantamento estatistico
> do grau de felicidade medio dos genistas em relacao aos nao
> genistas...
> Como , q eu saiba, sou o unico, fica dificil fazer este teste.
>
> ==> Bem, veja o lado bom: vc pode comprovar 100% a sua teoria! :-)
>
> --------------------
> JOCAX:
> Qdo eu afirmo "se vc comer uma laranja ao dia vc vai ter menos gripe"
> neste caso eu estou fazendo uma afirmacao passivel de verificacao e
> portanto pode ou nao ser verdade. Neste caso o Genismo cai no mesmo
> caso pois pode ser passivel de verificacao pois eu digo q esta eh a
> doutrina q maximiza a felicidade do individuo e, portanto, tambem
> pode ser verdadeira ou falsa.
>
> Por isso dependendo do enfoque q vc de ao Genismo como uma doutrina
> ou como uma teoria cientifica ela assume diferentes conotacoes.....
>
> Fernanda:
> Sim... e vc assegura-se de que essas diferentes conotações não sejam
> conflitantes? Será que não é estranho uma mesma teoria que proponha
> afirmações passíveis de verificação (como teoria científica que pode
> ser falseável) também faça afirmações que não possam ser comprovadas
> falsas (como doutrina que se propõe a mostrar um caminho e, segundo
> vc disse, não pode ser considerado verdadeiro ou falso)?
>
> -----
> Jocax --> Veja bem, Deus nao existe e nem por isso as pessoas
> deixam de seguir religioes ! Vc pode seguir uma doutrina mesmo
> qdo ela seja totalmente anti-cientifica ou falsa. Basta crer ...
> Claro q se o Genismo for provado falso ele perdera sua forca
> mas nao creio q isso venha a ocorrer...
>
> ==> Para o lado doutrinário do Genismo, relamente, basta crer, mas, e
> o
> seu aspecto de teoria científica, como fica? Para uma doutrina é
> vantajoso ser também considerada uma teoria científica, mas, e para
> uma
> teoria, é vantajoso ser tida como uma doutrina?

NAO NAO EH :-((
Uma teoria q eh uma doutrina AFASTA os ceticos e cientistas
Mas como talvez seja a primeira a ser as 2 coisas eh dificil dizer....


>
> ----------------
> Fernanda:
> Vc deu as razões, mas às vezes as razões das suas afirmações
> doutriárias confundem-se com as científicas... seria interessante não
> misturar as duas. (uma pessoa pode aceitar a teoria científica mas
> não a doutrina, entende?)
>
> Jocax --> Onde vc ve afirmacoes de cunhos doutrinarios sem
> um embasamento logico-cientifico?
>
> ==> Eu não vi afirmações de cunho doutrinário sem embasamento
> lógico-científico. Muito pelo contrário, suas afirmações de cunho
> doutrinário são inquestionáveis, primeiro, por que são afirmações
> doutrinárias e isso não se discute, depois, pq o que o messias revela
> também não se discute ( não sinta desmerecido com o segundo lugar em
> importância... quem vem primeiro, o messias ou a doutrina? :-) )
> e,
> por fim, pq elas estão realmente bem fundamentadas nos aspectos
> teoricos
> do Genismo. E é a esses aspectos que estou me referindo.
>
> Primeiro, eu disse que suas afirmações doutrinárias confundem-se com
> as
> científicas... Onde termina a teoria e começa a doutrina (ou
> vice-versa)? Vc tem evidências de que nós somos uma máquina de
> perpetuar
> genes? (não vale o argumento da autoridade... )

Simples, basta estudar a origem da vida como esta descrito no livro
do R. Dawkins. e vera q o mecanismo eh simples.
Claro q com o advento dos memes as coisas se complicaram um pouco
mas nem tanto.


>Sérá que isso não é
> uma
> interpretação pessoal? Será que dá para basear uma teoria em uma
> interpretação pessoal?

Nao eh interpret. pessoal. Leia o Livro "O Gene egoista" q vc entendera
o mecanismo.

>
> Quando digo que uma pessoa pode aceita a teoria mas não a doutrina,
> penso na possibilidade de não darmos importância a o que querem nossos
> genes. Por exemplo (apenas para fazer uma analogia...), muito se falou
> em robôs que tomaria o posto dos seres humanos na Terra... máquinas
> que
> nós criamos e poderiam nos destronar, provar-se superior a nós,
> assumir
> o comando. Bem, nós, como máquinas construídas pelos genes para sua
> perpetuação, não podemos, também, "tomarmos as rédeas" da situação?
>

SIm e fazemos isso frequentemente , esta aih a origem de nossos
sofrimentos !!
Contudo, podemos tomar a redea via GENISMO e DOMA-LOS deixando-os
DOCEIS E BONDOSOS !! :-))

[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:evolução quântica
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 12/12/2000 18:56



Alberto Mesquita Filho wrote:

> Não sei se alguma vez utilizei-me dessas "afirmações totalmente infundadas"
> (sic) para justificar uma possível ojeriza que aparento sentir pela mecânica
> quântica. Se o fiz, talvez tenha sido no calor de uma discussão. Obviamente,
> reconheço que existem *alguns* quânticos sérios que aceitam a idéia de
> vários universos. Como também sei que existem muitos ilusionistas que, em
> nome de uma hipotética medicina, associada à física moderna, falam em "cura
> quântica". Não obstante, entendo que esses últimos estejam beirando ao
> charlatanismo e os primeiros estão sendo iludidos por uma física que, em
> princípio, apoia-se em outros absurdos por sua raiz. Estes absurdos estão
> explícitos na física quântica primitiva (fluidos elétricos, órbitas
> permitidas etc.) e foram parar debaixo do tapete quando a teoria evoluiu, na
> década de 20, para a matemática quântica.

Bem Alberto, toda teoria séria evolui para uma matematização mais
rigorosa. Não sei qual o problema que vc tem contra a matemática na
física. Na matemática estão todos os conceitos de uma teoria e a sua
formulação mais correta é sempre matematizada. Vc qua gosta tanto de
filosofia da ciência, deveria ler um pouco mais de Lacatus para ver o
conceito sobre realidade de uma teoria científica. Isto é uma visão,
claro, mas creio que a realidade da física não existe. O que se faz,
essencialmente, é criar uma imagem onde os fenômenos são medidos sob
determinadas condições e aproximações. Lembre-se da discussão que
tivemos sobre relatividade geral e a teoria de spin 2. Se as duas se
equivalem em previsão, optemos pela mais simples, pela mais falseável
mas não podemos jamais dizer que a realidade equivale a uma e não a
outra teoria física.

A complexidade da matemática existente na mecânica quântica não a torna
menos física, é a evolução natural das teorias que se propõem a explicar
um maior número de fenômenos.

>Aceitando-se os novos absurdos
> (incerteza, spin que não é giro, dualidade, etc) como verdades
> incontestáveis, vejo não só a previsão de vários universos mas também os
> problemas relativos a localidade, determinismo/indeterminismo etc. como
> idéias perfeitamente lógicas (ainda que não físicas).

Vc ache absurdo o que bem entender. Insisto que um pouco de estudo
talvez tire o preconceito que vc tem das novas idéias da física
quântica. De qq maneira, não misture a mecânica quântica altamente
testada com elocubrações teóricas ambiciosas e, às vezes, totalmente
incoerentes e sem sentido. Spin, por exemplo, é um conceito rigoroso e
claro na mecânica quântica, universo paralelo, entretanto, é um chute
especulativo de primeira ordem.

> Não sou perito nesse
> assunto mas talvez fosse o caso de verificar como a idéia se encaixaria na
> lógica paraconsistente, a lógica da contradição de Newton Costa (um
> filósofo-matemático brasileiro muito bom, por sinal).
>

Não tenho idéia se a hipótese de universo paralelo se encaixa na lógica
para-consistente ou em qualquer outra lógica não clássica. De qq
maneira, uma teoria pode se adaptar a uma lógica mas não descrever coisa
alguma como, aliás, qualquer teoria equivocada do passado que, de um
modo geral, continha uma estrutura lógica clássica como a mecânica
newtoniana.

Para finalizar, uma provocação... Newton não foi o revolucionário que
vc tanto apregoa. Insisto que o grande inovador da física foi Galileu,
Newton teve o mérito indiscutível de equacionar suas idéias. Além do que
Newton foi um chato que passava a maior parte do tempo estudando e
escrevendo teologia além de usar o seu poder a favor de teorias
equivocadas como a óptica.

[]'s Eduardo.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Metodologia cientifica
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 12/12/2000 19:01

-----Mensagem Original-----
De: "TARCISIO BORGES"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Terça-feira, 12 de Dezembro de 2000 18:14
Assunto: Re: [ciencialist] Metodologia cientifica

> Vc está falando de gravitação quântica, onde existem miríades de
> partículas, uma para cada interação física [no caso os grávitrons]. A
> gravitação clássica [relativística no caso] trata a gravidade como uma
> deformação espacial, sem troca de partículas.

Não, não e não, mil vezes não. Estamos discutindo as i.m.e., definidas em
minha teoria. Já cansei de dizer que não me utilizei de nenhuma hipótese da
física moderna, seja ela quântica seja ela "Hawking-clássica". Minha teoria
é 100% clássica e 100% a apoiar-se na filosofia newtoniana, e não se
compromete com nenhum dos absurdos propostos no século XX. Se para você só
existe a gravitação quântica, então é melhor você ir discutir com o fulano
que afirma que as 11 dimensões já estão cientificamente provadas.

> A gravitação e o eletromagnetismo são concretos no sentido físico,
> porque podem ser medidos e re-medidos experimentalmente, aplique os 4
> axiomas de Popper e eles estarão lá, funcionando. Para que a i.e.m. seja
> concreta, teria que ser experimentada.

Para que minha teoria seja científica ela deve fazer previsões falseáveis. E
ela faz. Mas a pergunta que você fez não era essa, e eu respondi de maneira
coerente. Alguma coisa deve explicar o eletromagnetismo (ou a gravitação).
Sejam ou não as i.e.m., trata-se de algo físico ou concreto, e não apenas
matemático. Estou supondo que essa alguma coisa sejam i.e.m. através de uma
teoria que faz previsões que outras teorias não fazem. Que outro axioma você
quer que aplique no caso?

[ ]'s
Alberto
http://sites.uol.com.br/albmesq/
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: Metodologia cientifica
FROM: "Ego " <ego_sun@brasilmail.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 12/12/2000 19:15

Olá pessoal, olá Alberto,

Primeiramente, gostaria de dizer que acho muito interessantes suas
idéias, independente de considerá-las válidas ou não, já que,
cncordando com vc, é necessário que alguém exercite a criatividade e
a imaginação remando contra a maré. O problema de conhecer ou não as
modernas teorias da física não é tão linear, considerando a
complexidade das mesmas. De repente poderíamos gastar toda a vida
estudando-as, sem nos considerarmos 'prontos'. Por outro lado, quando
as instituições produzem um sistema relativamente complexo como as
matemáticas utilizadas na moderna física teórica, e sua progênie,
pode ser que percamos o sentido primitivo da física, e, pensando que
estamos lidando com fundamentos, ficarmos presos em uma construção
simbólica de segunda ou terceira geração.

Também não me agrada a Física Quântica. Sem entrar em questões de
'mensurabilidae', 'precisão', 'previsões', etc, que são um lugar
comum nessas discussões (Não que não seja pertinente, mas seria muito
chato começar logo com esse tópico), a pouca intuitividade é o grande
ponto fraco dela. Pode-se dizer que a ciência trabalha com fatos e
não interpretações. Vamos deixar em aberto essa parte. Mas basta
dizer que não se trata de abstração, ou de incapacidade cognitiva. As
geometrias matemáticas estão repletas de figuras não-cognitivas que,
embora não possamos imaginar, podemos conceber por analogia. E,
pessoalmente, me parece que falta um pouco de coragem para ousar
criar analogias. Suas idéias sobre sistemas clássicos-relativistas
são muitíssimo interessantes, e seria um bom exercício criar algo em
quântica. Acho que era o mário Schenberg que tinha algo nesse
sentido, não?

A presença de pessoas conhecedoras das teorias ortodoxas sera útil,
mas que papel elas teriam exatamente? Claro, podem ter muitos. Em
particular, suprir os vícios que o autodidata quase invariavelmente
desenvolve em seu processo criativo, algumas vezes olhando por pontos
de vista equivocados, outras vezes reinventando a roda.

A questão é que embora a ciência trabalhe com 'fatos' e 'medidas', a
mente humana trabalha com conceitos e imagens mentais. Uma questão
que lançaria aqui é, afinal de contas, a MQ permite a criação de
imagens?? Me parece que as coisas mais interessantes nesse sentido
dependeram sempre de imagens. Feynman e suas trajetórias, De Broglie
e suas ondas-piloto, as supercordas, e sua imagem de cordas, etc.
Porém parece haver uma cultura de contestação dessas imagens, como se
fosse chique ser anti-intuitivo. Acabamos complicando tudo (Prá que
simplificar se podemos complicar não é??).

Um exercício interessante, para começar, seria listar as imagens
sugeridas nas teorias, como as já citadas. Em mecânica quântica,
creio que a mais conhecida é a onda-piloto, que não me parece estar
definitivamente morta, apesar dos Bellólatras.

[]´s

Ego





SUBJECT: Re:evolução quântica
FROM: "Clovis Maia" <gytuin@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 12/12/2000 19:20

Ola Alberto,

Tenho duas perguntas:

1 - Ao ler suas mensagems e seus escritos em sua home page, vejo que
voce parece ser fortemente arraigado a fisica classica e seus
conceitos. Tendo em vista toda aquela argumentacao (que tenho a
certeza que voce conhece bem) que acompanha uma introducao a mec.
quantica no sentido de tornar algo mais aceitavel as diferencas que
ela introduz em relacao a fis. classica, gostaria de saber sua
opiniao. Ou seja, quero saber diretamente que pontos principais voce
critica no que a quantica tem a dizer sobre determinismo, localidade,
incerteza, etc e etc.

2 - Ja que voce tocou no nome do Newton da Costa, gostaria de saber
se tem conhecimento sobre seus trabalhos de logica aplicada a fisica.
Tenho contato com alguns professores que trabalham ativamente com o
prof. Newton, e pelo que pude aprender com eles ha dois porens no que
voce disse em sua mensagem: A logica classica nao se aplica de modo
geral nem a fisica classica, e nem a quase nada que se refira a
teorias que tentem descrever fenomenos naturais. Ha que se tomar
cuidado quando se diz que a fisica classica segue a logica classica -
eh um erro amplamente apontado pelo Newton da Costa. Quanto a logica
paraconsistente, a ideia de aplica-la em mec. quantica eh coisa ja
pensada por ele e seus colaboradores ha um bom tempo. Como esse
assunto rende pano pra manga, prefiro poupar os ciencialisters dele e,
caso seja de seu interesse, discuti-lo em privado (ou talvez
indicar-lhe o email de algum dos professores que conheco que, com
certeza, serao mais esclarecedores).


Ate, e um grande abraco.
Clovis

--- In ciencialist@egroups.com, "Alberto Mesquita Filho"
<albmesq@u...> wrote:
> -----Mensagem Original-----
> De: "Eduardo Gueron"
> Para: <ciencialist@egroups.com>
> Enviada em: Terça-feira, 12 de Dezembro de 2000 16:17
> Assunto: Re: [ciencialist] Re:evolução quântica
>
>
> > De onde vc tirou isso? Quem disse que a física quântica prevê
vários
> > universos?
> > Afirmações totalmente infundadas como essa levam o Alberto a
duvidar da
> > mecânica quântica. Aliás, entendo até a sua antipatia. Depois de
ver
> > coisas como psicoterapia quântica, espiritualidade quântica,
auto-ajuda
> > quântica o nome "quântica" dá nos nervos.
>
> Não sei se alguma vez utilizei-me dessas "afirmações totalmente
infundadas"
> (sic) para justificar uma possível ojeriza que aparento sentir pela
mecânica
> quântica. Se o fiz, talvez tenha sido no calor de uma discussão.
Obviamente,
> reconheço que existem *alguns* quânticos sérios que aceitam a idéia
de
> vários universos. Como também sei que existem muitos ilusionistas
que, em
> nome de uma hipotética medicina, associada à física moderna, falam
em "cura
> quântica". Não obstante, entendo que esses últimos estejam beirando
ao
> charlatanismo e os primeiros estão sendo iludidos por uma física
que, em
> princípio, apoia-se em outros absurdos por sua raiz. Estes absurdos
estão
> explícitos na física quântica primitiva (fluidos elétricos, órbitas
> permitidas etc.) e foram parar debaixo do tapete quando a teoria
evoluiu, na
> década de 20, para a matemática quântica. Aceitando-se os novos
absurdos
> (incerteza, spin que não é giro, dualidade, etc) como verdades
> incontestáveis, vejo não só a previsão de vários universos mas
também os
> problemas relativos a localidade, determinismo/indeterminismo etc.
como
> idéias perfeitamente lógicas (ainda que não físicas). Não sou perito
nesse
> assunto mas talvez fosse o caso de verificar como a idéia se
encaixaria na
> lógica paraconsistente, a lógica da contradição de Newton Costa (um
> filósofo-matemático brasileiro muito bom, por sinal).
>
> [ ]'s
> Alberto
> http://sites.uol.com.br/albmesq/
> http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Salvacao , Genismo, e O teorema do macaco
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 12/12/2000 19:24

------------------
Jocax->
Se existe uma probailidade P nao nula de ocorrer basta termos um
numero
suficiente de geracoes para garantir q ela ocorrera com
probailidade P'.
--------------
Fernanda:
==> Suponho que a probabilidade de mutação seja constante ao longo das
gerações. Vamos utilizar como exemplo uma mutação que elimine o
sentimento de inveja. Supondo que isso ocorra, digamos, em 5% das
pessoas (estou chutando, pois não tenho a menor idéia do número...). Se
a cada geração, 5% das pessoas não possuir a inveja em seu código
genético, vc pode concuir que haverá extinção desse sentimento? O que
faria a taxa de mutações aumentar? >>
---------------------
Jocax :
EH facil mostrar q se 5% da populacao sofrem mutacao no(s) seu(s)
gene(s) de
responsaveis pela ,por exemplo, inveja de modo a deixa-la inoperante,
entao em algumas geracoes ela ficara em minoria na populacao :

Geracao Com inveja Sem inveja
------ ---------- ----------
00-> 100% 0%
01-> 95% 5%
02-> 90% 9%
03-> 86% 14%
04-> 82% 18%
05-> 78% 22%
06-> 74% 26%
...
14-> 48%

Ou seja, a partir da 14 geracao os invejosos ja seriam minoria e,
pode-se supor, q a partir daih, teriam um vertiginoso decrescimento na
sua taxa de fecundidade, uma vez q seriam discriminados por serem
portadores
de um gene ruim....

E como prometi aqui vai o teorema do macaco:
------------------------------------------------------------
E por falar em entropia...
Estava na fisica 3. ano quando um "bafafa" do pessoal do
4. ano chegou a nossa turma:

Era o "teorema do macaco" :
http://www.egroups.com/message/ciencialist/2789
-------------------------------------

[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:evolução quântica
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 12/12/2000 19:57

-----Mensagem Original-----
De: "Eduardo Gueron"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Terça-feira, 12 de Dezembro de 2000 18:56
Assunto: Re: [ciencialist] Re:evolução quântica

> Bem Alberto, toda teoria séria evolui para uma matematização mais
> rigorosa.

Pelo visto a física quântica primitiva não é tão fosfórica quanto você deu a
entender em outra msg? Seria então uma teoria séria? Acredito que sim, mas
como tal era uma teoria incompleta (como apontado por Oseen na época -
1913). Pois o que foi matematizado foi a física quântica primitiva. Ao invés
de completarem a teoria, mandaram algumas coisas para debaixo do tapete,
deixando no lugar algumas fórmulas matemáticas. Isso é evolução? Para mim
isso chama-se axiomatização de uma teoria que ainda não se completou por
apresentar inúmeras falácias. Claro, com algumas hipóteses ad hoc
adicionadas (para justificar o que foi para debaixo do tapete).

> Não sei qual o problema que vc tem contra a matemática na física.

Nenhum. Tanto que a minha teoria tem uma matemática própria e ainda não
utilizada por nenhuma outra (e bastante simétrica, por sinal). Já apresentei
inclusive na Unesp de Rio Claro (obviamente não para os físicos, pois estes
fazem questão de me ignorar). Aliás, foi quando tive a oportunidade de
conhecer o Newton Costa (dei carona para ele que foi fazer uma palestra
antes da minha - excelente pessoa, ainda que, como já notei, alguns não
concordem comigo a respeito - fofocas de bastidores do mundo acadêmico -
algum dia escreverei um livro sobre o assunto :-)) ).

> Na matemática estão todos os conceitos de uma teoria e a sua
> formulação mais correta é sempre matematizada. Vc qua gosta tanto de
> filosofia da ciência, deveria ler um pouco mais de Lacatus para ver o
> conceito sobre realidade de uma teoria científica. Isto é uma visão,
> claro, mas creio que a realidade da física não existe. O que se faz,
> essencialmente, é criar uma imagem onde os fenômenos são medidos sob
> determinadas condições e aproximações.

Xxiiihhhhh!!! Essa história dá pano prá manga. Deixa isso prá lá se não
daqui a pouco chegamos ao Berkeley e logo mais em Platão. Realmente eu gosto
da filosofia da ciência mas parei no realismo (que, por sinal, também tem
muito de Platão). Se gosta do assunto sugiro que freqüente a lista
Acrópolis.

> Lembre-se da discussão que tivemos sobre relatividade geral e a teoria de
> spin 2. Se as duas se equivalem em previsão, optemos pela mais simples,
> pela mais falseável mas não podemos jamais dizer que a realidade equivale
> a uma e não a outra teoria física.

A meu ver a realidade não equivale a nenhuma das duas. :-)). Mas estou em
outra praia.

> A complexidade da matemática existente na mecânica quântica não a torna
> menos física, é a evolução natural das teorias que se propõem a explicar
> um maior número de fenômenos.

Nem menos nem mais, muito pelo contrário, a matemática é um meio, não um
fim.

> Vc ache absurdo o que bem entender.

Ainda bem. :-)

> Insisto que um pouco de estudo talvez tire o preconceito que vc tem das
> novas idéias da física quântica. De qq maneira, não misture a mecânica
> quântica altamente testada com elocubrações teóricas ambiciosas e, às
> vezes, totalmente incoerentes e sem sentido.

Vc ache com sentido o que bem entender.

> Spin, por exemplo, é um conceito rigoroso e claro na mecânica quântica,

Sim, mas apenas na "mecânica" quântica. :-)
Alô turma da galera: mais alguém aí acha o spin um conceito claro? :-)

> Não tenho idéia se a hipótese de universo paralelo se encaixa na lógica
> para-consistente ou em qualquer outra lógica não clássica. De qq
> maneira, uma teoria pode se adaptar a uma lógica mas não descrever coisa
> alguma como, aliás, qualquer teoria equivocada do passado que, de um
> modo geral, continha uma estrutura lógica clássica como a mecânica
> newtoniana.

Concordo com a premissa e lamento que alguém chegue à conclusão que você
chegou. Vou atribuir isso à sua "religiosidade quântica". :-))

> Para finalizar, uma provocação... Newton não foi o revolucionário que
> vc tanto apregoa. Insisto que o grande inovador da física foi Galileu,
> Newton teve o mérito indiscutível de equacionar suas idéias. Além do que
> Newton foi um chato que passava a maior parte do tempo estudando e
> escrevendo teologia além de usar o seu poder a favor de teorias
> equivocadas como a óptica.

Essa história de dizer que o Newton é um mau caráter ou que tenha roubado as
idéias do Hooke (conhece essa história?) não afetam em nada minha admiração
pelo que chamamos física de Newton, mesmo que não seja dele. Quanto a suas
afirmações, diria que o Newton, apesar de mau caráter, as fez de uma maneira
muito mais bonita e elegante: "Se pude enxergar tão longe foi porque soube
apoiar-me nos ombros de gigantes". Aliás, já ouvi muita gente dizer que o
Einstein batia na mulher, que abandonou a filha, que apoiou a construção da
bomba atômica, que não freqüentava a sinagoga, etc. Nada disso modifica o
teor de suas teorias. E quanto à óptica de Newton a única coisa que posso
dizer é que você leu artigos de quinta geração. A Óptica de Newton não é
nada do que você dá a entender por essa e por outra msg que escreveu
recentemente. São pouquíssimos os livros confiáveis sobre o assunto. O
melhor mesmo é ir à fonte (Previno que não é leitura fácil e nem agradável,
pelo menos no início).

[ ]'s
Alberto
http://sites.uol.com.br/albmesq/
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: vida extra-terrestre
FROM: sagredus@hotmail.com
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 12/12/2000 20:31

Não sei se foi confirmado, mas localizaram microorganismos
extra-terrestres.



____________________________________________________________________
An international team of scientists has recovered microorganisms
in the upper reaches of the atmosphere that could have originated
from outer space.

Fonte:
www.cnn.com/2000/TECH/space/11/24/alien.microbe.claim/index.html
____________________________________________________________________

[]'s
Joabner.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:evolução quântica
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 12/12/2000 21:03



> Pelo visto a física quântica primitiva não é tão fosfórica quanto você deu a
> entender em outra msg? Seria então uma teoria séria? Acredito que sim, mas
> como tal era uma teoria incompleta (como apontado por Oseen na época -
> 1913). Pois o que foi matematizado foi a física quântica primitiva. Ao invés
> de completarem a teoria, mandaram algumas coisas para debaixo do tapete,
> deixando no lugar algumas fórmulas matemáticas. Isso é evolução? Para mim
> isso chama-se axiomatização de uma teoria que ainda não se completou por
> apresentar inúmeras falácias. Claro, com algumas hipóteses ad hoc
> adicionadas (para justificar o que foi para debaixo do tapete).
>
Alberto,

vc insiste em dizer que algo foi para baixo do tapete, mas o quê? Que
hipótese ad hoc foi colocada na matematização da mecânica quântica?


> > Lembre-se da discussão que tivemos sobre relatividade geral e a teoria de
> > spin 2. Se as duas se equivalem em previsão, optemos pela mais simples,
> > pela mais falseável mas não podemos jamais dizer que a realidade equivale
> > a uma e não a outra teoria física.
>
> A meu ver a realidade não equivale a nenhuma das duas. :-)). Mas estou em
> outra praia.
>

Mas é exatamente isso que eu afirmo. A realidade não equivale a nenhuma
imagem extraída de uma teoria física.

>
> Sim, mas apenas na "mecânica" quântica. :-)
> Alô turma da galera: mais alguém aí acha o spin um conceito claro? :-)
>

Bem, vc tirou uma parte importante da frase começada com Spin... De qq
maneira, está bem definido e bem testado tal conceito diferentemente de
universos paralelos ou algo do gênero.

> > Não tenho idéia se a hipótese de universo paralelo se encaixa na lógica
> > para-consistente ou em qualquer outra lógica não clássica. De qq
> > maneira, uma teoria pode se adaptar a uma lógica mas não descrever coisa
> > alguma como, aliás, qualquer teoria equivocada do passado que, de um
> > modo geral, continha uma estrutura lógica clássica como a mecânica
> > newtoniana.
>
> Concordo com a premissa e lamento que alguém chegue à conclusão que você
> chegou. Vou atribuir isso à sua "religiosidade quântica". :-))

Assim não dá para discutir. Seu comentário nem mesmo se encaixa com a
frase por mim dita (por sinal, há um erro segundo a mensagem do Clóvis
que diz que a física newtoniana não obedece à lógica clássica).
Ainda não consegui entender o porquê da "religiosidade quântica" quando
nem mesmo falo de quântica nesse trecho. Releia com cuidado...

> Essa história de dizer que o Newton é um mau caráter ou que tenha roubado as
> idéias do Hooke (conhece essa história?) não afetam em nada minha admiração
> pelo que chamamos física de Newton, mesmo que não seja dele. Quanto a suas
> afirmações, diria que o Newton, apesar de mau caráter, as fez de uma maneira
> muito mais bonita e elegante: "Se pude enxergar tão longe foi porque soube
> apoiar-me nos ombros de gigantes". Aliás, já ouvi muita gente dizer que o
> Einstein batia na mulher, que abandonou a filha, que apoiou a construção da
> bomba atômica, que não freqüentava a sinagoga, etc. Nada disso modifica o
> teor de suas teorias. E quanto à óptica de Newton a única coisa que posso
> dizer é que você leu artigos de quinta geração.

Não misture, estou enfatizando a importância das idéias de Galileu na
base da física newtoniana. E o uso que Newton fez do seu prestígio para
impedir outras teorias alternativas na física da época.

>A Óptica de Newton não é
> nada do que você dá a entender por essa e por outra msg que escreveu
> recentemente. São pouquíssimos os livros confiáveis sobre o assunto. O
> melhor mesmo é ir à fonte (Previno que não é leitura fácil e nem agradável,
> pelo menos no início).
>

Talvez o escrito pelo próprio seja confiável, não?

[]'s Eduardo.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Metodologia cientifica
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 12/12/2000 21:05

-----Mensagem Original-----
De: "Ego "
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Terça-feira, 12 de Dezembro de 2000 19:15
Assunto: [ciencialist] Re: Metodologia cientifica

Olá Ego

> Por outro lado, quando
> as instituições produzem um sistema relativamente complexo como as
> matemáticas utilizadas na moderna física teórica, e sua progênie,
> pode ser que percamos o sentido primitivo da física, e, pensando que
> estamos lidando com fundamentos, ficarmos presos em uma construção
> simbólica de segunda ou terceira geração.

Parece-me que você foi muito feliz nessa colocação. Ao contrário do que
alguns aqui têm enfatizado, não sou em absoluto contra a matematização, a
não ser pelo fato dela, talvez devido a uma complexidade progressivamente
crescente, afastar-nos da realidade física e, no extremo, levar-nos à
ficção. E parece-me que os físicos deste século, após Schrödinger e Dirac
(não inclusos), não têm tomado os devidos cuidados a respeito.

> E, pessoalmente, me parece que falta um pouco de coragem para ousar
> criar analogias. Suas idéias sobre sistemas clássicos-relativistas
> são muitíssimo interessantes, e seria um bom exercício criar algo em
> quântica. Acho que era o mário Schenberg que tinha algo nesse
> sentido, não?

Em "Pensando a Física" ele parece demonstrar que alguma coisa nesse sentido
estaria faltando à física moderna. Aliás, muitos pensaram nisso (Einstein,
David Bohm, Schrödinger, De Broglie e creio que até Dirac). O problema é que
a física quântica, como proposta por Heisenberg e Bohr, parece representar
um túnel sem saída. Logo não há como encontrar uma luz que não existe.
Voltando a Schenberg, uma frase dele que gosto de repetir, e que ele cita ao
mostrar que a física quântica é incapaz de justificar o segundo princípio da
termodinâmica, é a seguinte: "Quando uma coisa começa a se complicar muito,
é sinal que é preciso simplificá-la".

> A presença de pessoas conhecedoras das teorias ortodoxas sera útil,
> mas que papel elas teriam exatamente?

Difícil dizer. A meu ver, se uma teoria adquiriu a aceitação por ser mais
completa que a anterior, não vejo mal em que seja ortodoxa e/ou que existam
Escolas ortodoxas a apoiarem-na. O mal reside na não procura por outras
saídas. Uma boa teoria é aquela que nasce, cresce, vence, envelhece e morre.
Algumas frutificam e deixam teorias descendentes ou filhas, outras não (a
teoria do calórico, por ex., não nos deixou nada). Essa balela que uma
teoria deve conter a anterior como caso limite é história que só os físicos
modernos acreditam. E por acreditarem nesta falácia eles acham absurdo que
eu tente revigorar a física clássica, simplesmente depurando-as de seus
erros com os dados experimentais observados no século XX.

> A questão é que embora a ciência trabalhe com 'fatos' e 'medidas', a
> mente humana trabalha com conceitos e imagens mentais. Uma questão
> que lançaria aqui é, afinal de contas, a MQ permite a criação de
> imagens?? Me parece que as coisas mais interessantes nesse sentido
> dependeram sempre de imagens. Feynman e suas trajetórias, De Broglie
> e suas ondas-piloto, as supercordas, e sua imagem de cordas, etc.

As imagens da física moderna são todas construídas com finalidades meramente
didáticas. Constrói-se determinadas imagens e explica-se um conceito.
Entendido o conceito mostra-se ao aluno que a coisa não é exatamente desse
jeito mas possui uma fórmula matemática mais precisa do que a imagem, e o
aluno chega a ser quase obrigado a engolir a fórmula. Alguns dias após a
"azia" passa e o aluno fica enfeitiçado com a fórmula que dá certo. E começa
a realizar prodígios. As vezes o pai deste aluno chama a vizinhança para
mostrar que o filho aprendeu mecânica quântica. Eu diria que todo esse
processo equivale a uma lavagem cerebral light.

Das imagens citadas, a única que não deu muito certo e caiu em desgraça foi
a de "ondas-piloto" de David Bohm [não sei se De Broglie, após tornar-se
herege, chegou a colaborar para essa imagem - De Broglie, em seu período
"áureo", imaginou elétrons com dupla personalidade: corpúsculo-onda]. David
Bohm começou a cair em desgraça quando perceberam que suas "ondas-piloto"
explicavam coisas de maneira diferente do que o previsto pela mecânica
quântica. Dizem as más línguas que ele não recebeu o prêmio Nobel pelo fato
de ter descoberto coisas a mais do que o necessário e suficiente para tal.
Até então ele era um respeitadíssimo físico quântico.

> Porém parece haver uma cultura de contestação dessas imagens, como se
> fosse chique ser anti-intuitivo. Acabamos complicando tudo (Prá que
> simplificar se podemos complicar não é??).

Falou e disse.

> Um exercício interessante, para começar, seria listar as imagens
> sugeridas nas teorias, como as já citadas. Em mecânica quântica,
> creio que a mais conhecida é a onda-piloto, que não me parece estar
> definitivamente morta, apesar dos Bellólatras.

Se morreram ou não, não sei. Mas sem dúvida elas puxam as pernas dos físicos
quânticos à noite. :-)) Quanto a listar as imagens, creio que seria
necessário alguém neutro e não sei se existe esse alguém. Do contrário irão
dizer que estou puxando a sardinha para o meu lado, o que certamente irei
fazer :-)).

[ ]'s
Alberto
http://sites.uol.com.br/albmesq/
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Metodologia cientifica
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 12/12/2000 22:16


Oi!!

Alberto Mesquita Filho wrote:

> Alberto
> http://sites.uol.com.br/albmesq/

Há uns tempos que tento aceder a este seu site, mas nunca consigo.
Será que só os usuários da UOL é que conseguem?


joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:evolução quântica
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 12/12/2000 22:17

-----Mensagem Original-----
De: "Eduardo Gueron" <dgueron@mailbr.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Terça-feira, 12 de Dezembro de 2000 21:03
Assunto: Re: [ciencialist] Re:evolução quântica

> vc insiste em dizer que algo foi para baixo do tapete, mas o quê? Que
> hipótese ad hoc foi colocada na matematização da mecânica quântica?

Quem fala em tapete é o Thomas Khun e quem gosta do Thomas Khun são os
físicos modernos (acho que a turma da área de humanas também gosta, mas por
outros motivos e também não sei ao certo). Já falei que a quântica não é a
minha praia e você insiste em querer que eu entre nessa água repleta de
tubarões que se transformam em ondas ou vice-versa. Eu, heim!!! A última vez
que estive aí o tapete estava tão cheio de quinquilharias que nem dava para
andar em cima dele. Pô, vocês poderiam cuidar um pouquinho melhor dessa
praia. :-)) Aliás, eu só entrei nessa thread (evolução quântica) porque fui
citado (msg 7522, http://www.egroups.com/message/ciencialist/7522 ) e
precisava esclarecer alguma coisa a respeito. E a sua primeira pergunta
é totalmente sem sentido pois em msg anterior
(http://www.egroups.com/message/ciencialist/7526 ) eu já comentei sobre
coisas que foram para debaixo do tapete e você, para não perder o
costume, colocou meus questionamentos debaixo do mesmo tapete.

> > > Lembre-se da discussão que tivemos sobre relatividade geral e a teoria
> > > de spin 2. Se as duas se equivalem em previsão, optemos pela mais
> > > simples, pela mais falseável mas não podemos jamais dizer que a
> > > realidade equivale a uma e não a outra teoria física.
> > A meu ver a realidade não equivale a nenhuma das duas. :-)). Mas estou
> > em outra praia.
> Mas é exatamente isso que eu afirmo. A realidade não equivale a nenhuma
> imagem extraída de uma teoria física.

De nenhuma física. vírgula, de nenhuma física moderna. A física clássica não
tem esse spin (Só se for a física Hawking-clássica).

> > Sim, mas apenas na "mecânica" quântica. :-)
> > Alô turma da galera: mais alguém aí acha o spin um conceito claro? :-)
> Bem, vc tirou uma parte importante da frase começada com Spin... De qq
> maneira, está bem definido e bem testado tal conceito diferentemente de
> universos paralelos ou algo do gênero.

Então reformulo a pergunta:
Alô turma da galera: mais alguém aí acha o spin um conceito bem definido?
:-)

Melhor, vamos seguir o Show do Milhão: Consulta às placas: Quem achar que é
um conceito claro levante a placa número 1; quem achar que é bem definido, a
placa número 2; quem achar que foi bem testado levante a placa número 3; e
quem não achar nada vai para debaixo do tapete.

> > Concordo com a premissa e lamento que alguém chegue à conclusão que você
> > chegou. Vou atribuir isso à sua "religiosidade quântica". :-))
> Assim não dá para discutir.

Foi o que eu tentei dizer ao Flávio. :-))

> Ainda não consegui entender o porquê da "religiosidade quântica" quando
> nem mesmo falo de quântica nesse trecho. Releia com cuidado...

Uai! [tem algum mineiro por aí? :-))]. Tudo bem que você não aceite a idéia
de universos paralelos. Mas quem inventou isso foi algum freqüentador da sua
praia, não da minha. Paz e Luz, mermão. Se vocês quânticos não se entendem
eu não tenho nada com isso. Aliás, existem mais seitas quânticas do que em
qualquer outra religião. Se não acredita visite o http://xxx.lanl.gov/ ou o
http://newton.ex.ac.uk/aip/

> Não misture, estou enfatizando a importância das idéias de Galileu na
> base da física newtoniana. E o uso que Newton fez do seu prestígio para
> impedir outras teorias alternativas na física da época.

Mas e daí? Você está pretendendo que algumas dessas teorias alternativas
ressurjam das cinzas? Tudo bem, vamos colocar Galileu no lugar de Newton. E
daí? As idéias de Galileu estão em acordo com a física quântica? Pô, você
está querendo discutir história da ciência ou, então, problemas relativos ao
comportamento de cientistas? Isso é relevante para o que estamos discutindo?

> >A Óptica de Newton não é
> > nada do que você dá a entender por essa e por outra msg que escreveu
> > recentemente. São pouquíssimos os livros confiáveis sobre o assunto. O
> > melhor mesmo é ir à fonte (Previno que não é leitura fácil e nem
> > agradável, pelo menos no início).
> Talvez o escrito pelo próprio seja confiável, não?

Qual a diferença entre "ir à fonte" ou ler "o escrito pelo próprio"? A menos
que você diga que Newton plagiou, mas aí caímos na discussão anterior.
Plagio ou não plagio, estou julgando a obra, não o autor. Uma obra vale pelo
conteúdo, não pelo autor (essa idéia é também de Einstein, se quiser posso
repetí-la aqui - pela n-ésima vez - também não sei dizer se pelos seus
critérios Einstein seria uma pessoa confiável).

[ ]'s
Alberto
http://sites.uol.com.br/albmesq/
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Esprito
FROM: "Marcelo Barbosa" <embs@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 12/12/2000 22:41


>> não há um experimento científico sério que demonstre
a existência do
>> espiritismo ou que dê subsídio a tal doutrina.
>
>Estas enganado. Existem vários ensaios, experimentos e uma
imensa literatura teorizando estes
>experimentos.

Escritos por espíritas, claro... Assim como inúmemos
tratados ufológicos escritos por ufólogos... Se é ciência,
deve ser divulgado por cientistas, e nas publicações
científicas, independentemente do ramos científico. Veja a
Nature: lá são publicados artigos sobre física, química,
astronomia, biologia, etc. De todos os ramos. Mas nunca
houve nada de nenhum cientista espírita, sobre espiritismo
científico...


>Veja
>que para saber de física tenho que estudar a matéria, me
tornar doutor nela, e depois combatê-la com bases
>nos conhecimento específicos, e ainda me utilizar dos
métodos proposto pela cadeira afim de chegar a
>alguma conclusão. Ora, se eu não fizer isso como terei
bases para combater qualquer teoria. Serei no
>mínimo leviano, não acha ? Pois é, quem desejar combater as
teorias espíritas deverá antes conhece-la a
>fundo, criar base suficiente e possuir honestidade
intelectual. Só assim será possível.

Sinto muito, mas não preciso estudar a fundo mulas sem
cabeças, saci pererês, fadas do oeste, etc, para
contestá-las. Se quero contestar algo como sendo não
científico, basta conhecer ciência. Da mesma forma, será que
um padre católico deve estudar a fundo mitologia
greco-romana para convencer seus fieis que seu deus é o
verdadeiro, e não Zeus e sua turma?

Veja que isso é diferente de dizer que algo não é
espírita!!! É claro que nesse caso tenho que estudar
espiritismo a fundo. Só então poderei refutar argumentos
como sendo espíritas ou não. Mas não é esse o caso! Estamos
querendo refutar o espiritismo como sendo científico, e para
tanto precisamos sabermos muito bem sobre ciência!


>Olha amigo, o espiritismo, como qualquer ramo da ciência
tem metodologia própria. Para concebe-la, deverás
>conhece-la. Não me peças provas, terás que busca-las usando
de sua metodologia.

Não sabia que cada ramo da ciência tem uma metodologia
própria! Até onde eu sei elas são todas baseadas na mesma
metodologia básica, variam apenas as naturezas dos
experimentos, claro (não se pode colocar um macaco num
acelerador de partículas!), mas as leis de inferência,
estatística, grupos de controle, etc, são comuns.


Marcelo Barbosa





SUBJECT: Re: [ciencialist] Espirito cientifico
FROM: "Marcelo Barbosa" <embs@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 12/12/2000 22:45

Desculpe Flávio,

Mas acho que você não percebeu ainda que esté é o
[ciencialist], e não o [espitismolist] ou [religiaolist]!
Ficar tentando convencer todo mundo aqui que espiritismo é
ciência é o mesmo que algum cientista ir a um newsgroup de
religião de xingar todos de fanáticos! Não tem cabimento!

Por isso, encerro minha discussão como senhor, com todo o
respeito. Até adoraria discutir os conceitos religiosos, mas
aqui realmente isso não cabe (desculpe-me, LRB...).

Marcelo Barbosa

>
> I N T R O D U Ç
à O
> ao estudo da
> DOUTRINA
ESPÍRITA




SUBJECT: Re: radiacao no vacuo
FROM: sagredus@hotmail.com
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 12/12/2000 23:05

Olá Tarcísio Borges e demais ciencialisteiros.



[Borges]> [O Que Falta Descobrir - John Maddox - pág 38]

John Maddox é o antigo editor da revista Nature?


[Borges]> [...]
> De onde, porém, veio a matéria que nos cerca? Gamow precisou da
física
> do século XX para encontrar uma resposta para esta pergunta. O
> reconhecimento de que a radiação pode se comportar como uma onda ou
como
> uma coleção de partículas que se movem com a velocidade da luz data
da
> primeira década deste século. Se tiverem energia suficiente, as
> partículas de radiação, chamadas fótons, podem criar matéria a
partir do
> espaço vazio. Em 1947, os físicos sabiam que um único fóton, se
tivesse
> energia suficiente, seria capaz de criar um par de partículas no
espaço
> vazio: um elétron comum, de carga negativa, e um elétron positivo,
> chamado pósitron, cuja a existência tinha sido prevista em 1928 [por
> Dirac]. Sendo assim, porque a radiação extremamente intensa do big
bang
> não seria capaz de criar não apenas elétrons, mas também os prótons
e
> nêutrons que são os ingredientes da matéria nuclear?

Pelo que eu entendo, fótons NÃO criam criam matéria e antimatéria
como prevê a famosa equação de Einstein.
Esse processo não ocorre devido a não-conservação do momento linear.
Todos os processos em física não podem violar nenhuma conservação (da
energia, momento linear, angular, carga, spin...). A mecânica quântica
prevê a violação não-permanente da conservação da energia por exemplo.
Quando diz-se "não-permanente" quer-se dizer que a violação somente
poderia ocorrer num intervalo muito pequeno do tempo. De tal forma que
em média, aí sim, nenhuma violação ocorreria.
Então vem a pergunta:
Se fóton criando um par elétron-pósitron conserva a energia e não o
momento linear, então tal processo não ocorre?
A resposta é que não. A menos que tenha um outra partícula (ou núcleo
atômico) na qual esse fóton incidisse e daí sim, o par
elétron-pósitron seria criado e a partículo (ou o núcleo que esteja
envolvido no processo) carregue o momento de tal forma que este seja
conservado.

[]'s
Joabner.




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:evolução quântica
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 12/12/2000 23:18

-----Mensagem Original-----
De: "Clovis Maia"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Terça-feira, 12 de Dezembro de 2000 19:20
Assunto: [ciencialist] Re:evolução quântica

Olá, Clóvis

>Tendo em vista toda aquela argumentacao (que tenho a
> certeza que voce conhece bem) que acompanha uma introducao a mec.
> quantica no sentido de tornar algo mais aceitavel as diferencas que
> ela introduz em relacao a fis. classica, gostaria de saber sua
> opiniao. Ou seja, quero saber diretamente que pontos principais voce
> critica no que a quantica tem a dizer sobre determinismo, localidade,
> incerteza, etc e etc.

A rigor, a minha teoria antecede a física quântica, ainda que tenha sido
concebida a partir de 1983. A minha teoria pretende substituir os fluidos
elétricos da teoria de Maxwell por um eletromagnetismo apoiado na idéia de
partículas geradoras de campos. Percebo então que esse eletromagnetismo
compatibiliza-se totalmente com a física clássica e portanto não há
necessidade alguma de apelar nem para relatividade de Einstein nem para
física quântica para explicar coisas que até agora apenas a física moderna
explicava (obviamente ainda não tudo, mas já consigo explicar muito mais do
que pensei que seria capaz de fazer trabalhando sozinho). Note que tanto a
relatividade quanto a física quântica foram construídas para explicar coisas
que a física newtoniana, à luz da teoria de Maxwell, não conseguia explicar
(principalmente a incompatibilidade de referenciais, a experiência de
Michelson-Morley, a catástrofe do ultra-violeta e as órbitas permitidas de
Bohr). Não houvessem essas incompatibilidades não existiria o que hoje
chamamos física moderna.

Minhas críticas a respeito da quântica devem-se muito mais à mente bitolada
de alguns físicos quânticos (e um exemplo típico é o Eduardo, como você pode
perceber pela insistência dele em querer que eu prove que ele está errado)
do que propriamente pela minha vontade de criticar a teoria. Não precisei da
quântica para nada e portanto não estou comprometido com suas hipóteses. Se
deixei alguma crítica em meu texto original foi porque no passado, quando o
escrevi, enfrentei muitos Eduardo's e numa fase em que ainda estava
fascinado pela idéia de mostrar que a teoria incompatibilizava-se com a
teoria quântica (o que, na realidade, está implícito em suas hipóteses).

O determinismo da física quântica parece-me ser algo ainda não muito bem
explicado. Enfim, não sou a pessoa ideal para comentar. Digo apenas que a
minha teoria nos levaria aos problemas relacionados ao determinismo como
visualizados no século XIX. Se existir alguma incerteza, e acredito que
exista, ela será de um tipo totalmente diferente daquele preconizado pela
física moderna. O que penso sobre a incerteza da física moderna está exposto
em www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/Eletron2/incerteza1.htm . Como
não estou compromissado com a física moderna, posso pensar num teorema da
indeterminação, fundamental para que se entenda que muitas das questões,
supostamente explicáveis apenas pela física moderna, têm também uma
explicação clássica. O problema da localidade também é complexo e discuto
alguma coisa a respeito em
www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/Relat/espaco_curvo01.htm ,
inclusive relacionando-o a algumas falácias que nos levaram do
eletromagnetismo à teoria da relatividade e desta à explicação do desvio do
perihélio de Mercúrio.

> 2 - Ja que voce tocou no nome do Newton da Costa, gostaria de saber
> se tem conhecimento sobre seus trabalhos de logica aplicada a fisica.

Não, essa também não é a minha praia. Respeito o prof. Newton da Costa e
sinto que ele não seja respeitado no Brasil tanto quanto no exterior. Aliás,
traduzi minha teoria para o inglês por recomendação dele que afirmou: "Aqui
no Brasil você não encontrará físico algum em condições de criticar a sua
teoria". Lembro-me que na época respondi: "Hei de vencer, apesar de ser
brasileiro." E ele riu. Alguns anos após conclui que ele estava certo e
deixei meu orgulho nacionalista de lado.

> Tenho contato com alguns professores que trabalham ativamente com o
> prof. Newton, e pelo que pude aprender com eles ha dois porens no que
> voce disse em sua mensagem: A logica classica nao se aplica de modo
> geral nem a fisica classica, e nem a quase nada que se refira a
> teorias que tentem descrever fenomenos naturais. Ha que se tomar
> cuidado quando se diz que a fisica classica segue a logica classica -
> eh um erro amplamente apontado pelo Newton da Costa.

É preciso primeiro saber o que ele chama de física clássica. Existem
inúmeras e mesmo sem conhecer os trabalhos de Newton da Costa diria sem
receio de errar que ele acertaria em quase todas essas físicas clássicas
menos em uma: a física clássica genuinamente newtoniana e a apoiar-se não
exatamente nas três leis de Newton mas na filosofia de Newton que pode ser
captada parte nos Princípia, parte na Óptica (em especial na Óptica III) e
parte em cartas que escreveu a amigos (particularmente Bentley). Newton
deixa claro que assumiu seus princípios como provisórios e que sua teoria
era uma teoria a ser completada, o que jamais foi feito. Em particular, os
absurdos lógicos da física clássica não genuinamente newtoniana seriam: ação
a distância não intermediada por nada, o conceito de corpúsculo puntiforme e
algo que foi assumido como clássico nos séculos seguintes, os fluidos
elétricos.

> Quanto a logica
> paraconsistente, a ideia de aplica-la em mec. quantica eh coisa ja
> pensada por ele e seus colaboradores ha um bom tempo. Como esse
> assunto rende pano pra manga, prefiro poupar os ciencialisters dele e,
> caso seja de seu interesse, discuti-lo em privado (ou talvez
> indicar-lhe o email de algum dos professores que conheco que, com
> certeza, serao mais esclarecedores).

A lógica paraconsistente nunca me atraiu não porque não veja interesse, mas
por absoluta falta de tempo. Existem muitas outras coisas que preciso ainda
aprender no sentido de ampliar o campo de ação de minhas teorias e ainda não
vi de que maneira essa lógica poderia me ajudar. De qualquer forma, fico-lhe
grato pela oferta.

[ ]'s
Alberto
http://sites.uol.com.br/albmesq/
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: Fendas quanticas, fisica e outras coisas
FROM: "Manuel Bulcao" <msbn@daterranet.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 12/12/2000 23:26

--- In ciencialist@egroups.com, "Luiz Ferraz Netto" <leo@b...> wrote:
Léo - Há cientistas que são/foram médicos ... também! Há cientistas
que no passado foram engenheiros ... também! Não há cientistas que no
passado ou presente foram/são advogados trabalhistas! Claro ... nunca
houve cientistas pesquisando se espíritos ou almas ou auras existem!
Recomendo leitura especializada sobre: "Como trabalham os cientistas"
ou "Os detetives da Ciência" e, em último e desesperado caso,
consulte o imperdível, majestoso, estrondoso, culminante,
apocalíptico, dilúvico, insubstituível site.:^)

Manuel - Não entendo essa sua agressividade. Eu, certa vez nesta
lista, dei ciência a todos que sou um advogado. Você agora afirma:
"não há cientistas que no passado ou presente foram/são advogados
trabalhistas!", e tenta equiparar advogados a espíritas. E ainda,
abandonando todo o senso de humor que lhe é peculiar, arrogantemente,
diz o que devo ler.

Pelo que sei, sua mulher é advogada, ou estudante de Direito. É por
isso que você está agindo desta forma irracional? É ciúme, então?
Você, Léo, é um caso psicanalítico.


Manuel[segundo o Léo, "num desespero total, arrancando fios de
cabelo"]: Ora, ora... um psicanalista é um médico como qualquer
outro. Se sua intenção é questionar a psicanálise, tudo bem. Mas não
me venha com "dois pesos e duas medidas".

Léo, fazendo das tripas cérebro - Sim, psicanalista é um médico como
qualquer outro psicanalista. Como são dois, cada um tem seu peso e
sua medida. Jamais as opiniões de dois psicanalistas irão 'bater'.
Entre eles há n pesos e n medidas ... todas erradas!

Manuel - Todas erradas? Se você for o analisado, acho que todos os
médicos psicanalistas vão concordar. Você é um caso muuuuito típico.
Mas presumo que você não sabe nada do que seja psicanálise. Recomendo
algumas leituras sobre o tema, não precisam ser especializadas.
Existe um livro muito bom, mas de cujo autor ou editora não me lembro
agora: "Psicanálise Para Asnos".

Abraços fraternos,
Manuel Bulcão

PS: Existem muito professores de física que, como "todos" os
advogados, não conseguem jamais erigir-se à condição de cientistas.
São criaturas trágicas, cuja luta contra a mediocridade está
condenada à derrota.

PS2: Léo, não fique chateado. Tudo que disse acima é piada. Meu senso
de humor é tão aguçado quanto o seu. :-)



SUBJECT: Por que a saliva ferve, quando o organismo e' exposto ao vacuo ?
FROM: Paulo Sérgio Dias <psdias@zaz.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 12/12/2000 23:27

Amigos:

- No ultimo domingo, o Discovery
Channel (canal de TV a cabo) apresentou
um documentario sobre a construcao
da Estacao Espacial Internacional

- Numa parte, mostraram um filme
realizado na decada de 60, onde
um astronauta entrou numa camara de
vacuo (aqui na Terra mesmo) para
testar um traje espacial

- O traje apresentou problemas
de despressurizacao, e o astronauta
acabou ficando atordoado e desmaiou

- Retiraram-no rapidamente da camara,
e ele foi salvo. Porem, o documentario
informou que ao ser retirado a saliva
dentro da boca do astronauta estava
fervendo, e ja' evaporando

Pergunta:
===========

- Por que a agua do organismo ferve,
quando este e' "exposto" ao vacuo ?

- Todo liquido do corpo ferve ?

- Quais seriam os outros efeitos
de um organismo vivo (ser humano,
planta, microorganismos) ao
serem expostos ao vacuo ?

- Se nao me engano, alguem ja' comentou
aqui na lista que o filme do Arnold
Shwazenegger (?) em que ele e' exposto
ao vacuo e o seu olho parece saltar
das orbitas nao poderia ocorrer de verdade.
Alguem tem essa resposta para me enviar ?

- Pelo que entendi do documentario,
quando os astronautas em orbita estao
do lado "em que o Sol bate", a "temperatura"
exterior e' elevada, e quando estao
"do lado oposto ao Sol", a "temperatura"
e' muito baixa. E' isso mesmo ?

- A temperatura nao significa "moleculas em
movimento rapido" ? Como pode haver
temperatura no vacuo ?

- Ha' algum site na Internet onde eu possa
ler mais sobre o assunto ?

[]'s
Paulo Sérgio Dias
psdias@globo.com.br




SUBJECT: Re: [ciencialist] Metodologia cientifica
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 12/12/2000 23:32

-----Mensagem Original-----
De: "João Mário Miranda"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Terça-feira, 12 de Dezembro de 2000 22:16
Assunto: Re: [ciencialist] Metodologia cientifica


> > http://sites.uol.com.br/albmesq/
> Há uns tempos que tento aceder a este seu site, mas nunca consigo.
> Será que só os usuários da UOL é que conseguem?

Que eu saiba, não, mas agora você deixou-me preocupado.

HELP! Mais alguém da Ciencialist está tendo esse problema? Para xecar,
clique no link de cima ou no de baixo. Se isso estiver acontecendo (ainda
que seja em Portugal ou outro país de língua portuguesa) eu gostaria de
saber, pois mandarei todo o material para a Geocities. Meu e-mail é
albmesq@uol.com.br

É isso que dá confiar na tecnologia nacional. :-))


[ ]'s
Alberto
http://sites.uol.com.br/albmesq/



SUBJECT: RE: evolu��o qu�ntica
FROM: "................ ..........................." <roncolato.s@c4.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 12/12/2000 23:36

Bem, confesso que tive a id�ia de levantar uma discuss�o - at� que vigorosa - sobre a qu�ntica por uma �nica raz�o: "a propriedade intr�nseca de alguns conceitos qu�nticos causarem 'rebuli�o'" :)

Por outro lado, quero seriamente discutir sobre este assunto pois sou Bi�logo (formado este ano!), e uma recemte publica��o me chamou a aten��o pois trata a evolu��o de um prisma diferente: a partir de explica��es qu�nticas. Mas para n�o assustar quanto a origem dessas id�ias vou referenciar a obra:

A ESS�NCIA DA REALIDADE publicado em 2000
T�tulo original: The fabric of reality

O livro foi escrito por DAVID DEUSTSCH te�rico em Universos Paralelos, membro do Grupo de Pesquisa em Computa��o Qu�ntica e Criptografia do Laborat�rio Clarendon da Universidade de Oxford. O livro foi revisado pelo Prof. Andr� Kock Torres Assis(q n�o conhe�o) do Instituto de F�sica e Pesquisador de Eletromagnetismo, Gravita��o e Cosmologia da Unicamp.

Os manuscritos do livro foram lidos e comentados (a n�o ser q ele mentiu rs.) inclusive por RICHARD DAWKINS E FRANK TIPLER, os quais ele trabalha e desenvolve em seu texto.

O livro trabalha centrado em 4 autores principais: POPPER, DAWKINS, TURING E EVERETT, os quais ele denomina de "os 4 elementos", e discorre de assuntos, dentre outros, como evolu��o, tempo, teoria de tudo, fim do universo, matem�tica, realidade virtual e computa��o qu�ntica.

Gostaria de coment�rios sobre este assunto pois confesso q ainda n�o estou enterado em f�sica qu�ntica.


Sauda��es a todos.

--------------------------------------------------
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http://www.C4.com - Total Search Technology


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:evolução quântica
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 13/12/2000 00:35



>
> Minhas críticas a respeito da quântica devem-se muito mais à mente bitolada
> de alguns físicos quânticos (e um exemplo típico é o Eduardo, como você pode
> perceber pela insistência dele em querer que eu prove que ele está errado)


Um Eduardo incomoda muita gente ...


> do que propriamente pela minha vontade de criticar a teoria. Não precisei da
> quântica para nada e portanto não estou comprometido com suas hipóteses. Se
> deixei alguma crítica em meu texto original foi porque no passado, quando o
> escrevi, enfrentei muitos Eduardo's e numa fase em que ainda estava
> fascinado pela idéia de mostrar que a teoria incompatibilizava-se com a
> teoria quântica (o que, na realidade, está implícito em suas hipóteses).
>

muitos Eduardo's (sic) incomodam muito mais...


Caro Alberto,

eu não sou um físico especialista em quântica. Estudei mecânica
quântica em cursos regulares como qualquer aluno de física. Entretanto,
a cada mensagem sua a física quântica é atacada, me senti no direito de
questionar seus ataques. Não quero que vc prove que estou errado até
porque não dei nenhuma contribuição para tal teoria, tinha apenas a
esperança que suas críticas fossem mais fundamentadas.
Se vc reler algumas mensagens, verá que fui mais a fundo na discussão
sobre relatividade questionando os paradoxos por vc levantados, por
exemplo o dos trens (não sei de cor o link) onde vc comete um erro
elementar de interpretação sobre o movimento da luz.


[]'s Eduardo.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Por que a saliva ferve, quando o organismo e' exposto ao vacuo ?
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 13/12/2000 00:46



Paulo Sérgio Dias wrote:
>
>
> - Por que a agua do organismo ferve,
> quando este e' "exposto" ao vacuo ?
>

Caro Paulo,

uma possível explicação estaria no fato de que a baixas pressões (como
na câmara de vácuo) a temperatura de ebulição da água (e de quase todos
os líquidos) diminui. Portanto, a saliva do astronauta poderia ferver a
temperaturas inferiores a de seu corpo, 37ºC. O mecanismo inverso é
observado na panela de pressão onde a temperatura de ebulição da água
aumenta um bocado devido a alta pressão possibilitando, assim, o
cozimento mais rápido do alimento.

> - Todo liquido do corpo ferve ?
>

depois de um tempo maior, talvez.

> - A temperatura nao significa "moleculas em
> movimento rapido" ? Como pode haver
> temperatura no vacuo ?
>
A temperatura em um gás é interpretada como tal. Mas há uma associação
direta entre temperatura e energia via constante de Boltzman. No vácuo
há ondas eletromagnéticas com uma energia média que podemos associar a
temperatura. Por exemplo, a temperatura de fundo do Universo (da
radiação eletromagnética de fundo) é aproximadamente 3K (-270ºC).

[]'s Eduardo.

PS: A resposta às perguntas cortadas em meu reply é: não sei, não sei,
...


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:evolução quântica
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 13/12/2000 01:18

-----Mensagem Original-----
De: "Eduardo Gueron"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Quarta-feira, 13 de Dezembro de 2000 00:35
Assunto: Re: [ciencialist] Re:evolução quântica

> Um Eduardo incomoda muita gente ...
> muitos Eduardo's (sic) incomodam muito mais...

Eu que o diga. :-))

> eu não sou um físico especialista em quântica. Estudei mecânica
> quântica em cursos regulares como qualquer aluno de física. Entretanto,
> a cada mensagem sua a física quântica é atacada, me senti no direito de
> questionar seus ataques. Não quero que vc prove que estou errado até
> porque não dei nenhuma contribuição para tal teoria, tinha apenas a
> esperança que suas críticas fossem mais fundamentadas.

Sinto decepcioná-lo mas disse desde o início que esta não era a minha praia.

> Se vc reler algumas mensagens, verá que fui mais a fundo na discussão
> sobre relatividade questionando os paradoxos por vc levantados, por
> exemplo o dos trens (não sei de cor o link) onde vc comete um erro
> elementar de interpretação sobre o movimento da luz.

Há controvérsias. :-))

Não sei a qual link você se refere mas deve ser um desses três:

1) O fenômeno luz e as falácias relativas à relatividade, em
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/Relat/luz01.htm

2) Relatividade em duas dimensões, em
http://sites.uol.com.br/albmesq/Dialogos/rdd.htm

3) Diálogos Física Clássica vs Moderna 3 - Relatividade, em
http://sites.uol.com.br/albmesq/Dialogos/dsfcvm3.htm


[ ]'s
Alberto
http://sites.uol.com.br/albmesq/
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Memorização
FROM: "Alexsandro" <zector@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 13/12/2000 01:59

Por favor, estava vendo um site que tem um curso de memorização
(www.ankh.com.br) e fiquei curioso sobre o tema, alguém da lista conhece
sobre ou tem informações científicas sobre o tema? Agradeceria se alguém
pudesse me ajudar...

Obrigado
Alexsandro



SUBJECT: Re: Clonar??
FROM: "Manuel Bulcao" <msbn@daterranet.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 13/12/2000 02:21

Olá,

Marco Aurélio Andrade, sobre os argumentos do Flávio Mendonça - Esta
é uma conversa que me agradou manter com vc. Sabe por que? Porque se
limitou simplesmente a argumentar sobre o que eu afirmei, sobre o que
queria esclarecer, sobre o que via como pouco claro no que eu falei.
També veria com bons olhos se criticasse meu discurso. Eu não gosto
de usar táticas de poder. Vc não me chamou de ignorante, não disse
que sou pouco profundo ou irritam o pessoal e não servem para debates.
Agradeço-lhe ter merecido bom nível. Um abraço.

Manuel - E por que não discutir sobre o Karma e a reencarnação na
Ciencialist? Eu não creio nessa boba... nessas coisas. Entretanto,
trata-se da mais antiga crença religiosa pós-totemista da qual se tem
notícia. Ela remonta aos jainistas, sacordotes dos povos dravidianos,
que oculpavam o Sul da Índia mesmo antes dos arianos indo-europeus e
sua mitologia védica terem lá se instalado ( em 600-500 A.C.). Ou
seja, trata-se de uma crença tão antiga quanto a civilização, já que
a civilização egípcia e a babilônica lhe são contemporâneas.

Pitágoras, o nome mais famoso da filosofia pré-socrática e grande
matemático da época, foi um defensor da crença da transmigração da
alma. Ele era tão cara-de-pau que chegou a afirmar que se lembrava de
todas as suas vidas passadas, inclusive quando ele era apenas um
verme, um anelídeo, rastejando na imundície.

Francamente, não vejo por que se esquivar da discussão acerca da
veracidade ou não da tese da transmigração. Mas, que fique bem
esclarecido: o ônus da prova é de quem a defende.

Abraços,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Teoria das Cegonhas [humor]
FROM: "Luis Roberto Brudna [RS]" <lrb@if.ufrgs.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 13/12/2000 02:26

HUMOR-HUMOR-HUMOR-HUMOR-HUMOR-HUMOR-HUMOR
A teoria das cegonhas



Existem duas teorias que tratam da origem das crianças; a teoria
sexual e a teoria das cegonhas.

Muitas pessoas acreditam na teoria sexual, porque assim lhes foi
ensinado na escola.

Na verdade muitos cientistas no mundo são favoráveis a teoria das
cegonhas, e assim sendo as escolas deveriam estar cientes desta
realidade.

As evidências que dão crédito a teoria da cegonha são:

1 - É cientificamente provado que as cegonhas existem. E isto foi
feito por muitos ornitólogos.

2 - O alegado desenvolvimento humano fetal contém vários pontos que a
teoria sexual de reprodução não é capaz de explicar.

3 - De acordo com a teoria sexual de reprodução, as crianças são
resultado de relação sexual. Há, contudo, vários casos muito bem
relatados nos quais a relação sexual não resultou no nascimento de
uma criança.

4 - Estudos estatísticos realizados na Holanda têm mostrado que tanto
o número de nascimentos como o número de cegonhas tem decaído.

5 - A teoria das cegonhas pode ser estudada com rigorosos métodos
cientificos. Na qual a única suposição assumida é de que as crianças
são entregues pelas cegonhas.

Humor na ciencia - http://www.humornaciencia.cjb.net

Ateh mais.
Luis Brudna




SUBJECT: inflamabilidade
FROM: "Daniel Leal Freire" <daniellf@highway.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 13/12/2000 03:13

Não sei se todos da lista tiveram uma infância, alguns podem ter sido
enviador por um Deus mas não quero discutir sobre isso. Quando eu era menor,
uma vez vi na TV um cara soltando gazes e colocando um esqueiro na "saída",
o que eu vi foi um "jato" de fogo. Uma vez lembro de ter perguntado a alguém
e me disseram que era o gás metano o responsável pelo "lança chamas". Isso é
verdade? Agora tenho outra dúvida: são as fezes inflamáveis?

Creio que muitos, a maioria para dizer a verdade, vão achar a minha mensagem
ridícula, inútil, etc... mas como sou curioso, gostaria de saber se há algum
biólogo, médico, ou qualquer um que saiba a resposta.

Aos ofendidos de alguma maneira com a mensagem peço desculpas, e aos que
riram (eu também ri um pouco quando escrevi) dou parabéns ao humor, e a quem
responder serei muito grato. :)

--------------------------------
| Daniel Leal Freire
| Rio de Janeiro - Brasil
| daniellf@scientist.com daniellf@highway.com.br
| "Imagination is more important than knowledge" Albert Einstein



SUBJECT: "Status Quo" em fisica
FROM: Clovis Maia <gytuin@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 13/12/2000 05:02

Ola Ciencialisters,

Tento em vista as afirmacoes do Alberto Mesquita sobre a manutencao
de "status quo" em fisica, e uma ou outra mensagem criticando alguns pobres
aspirantes a fisicos (ou fisicos ja feitos, como o Eduardo) por falarem em
nome de teorias atualmente mais aceitas, resolvi fazer um breve comentario a
respeito.
Para quem pensa que a comunidade academica eh composta tao somente
de Seres Bitolados, tenho a dizer que a minha opiniao eh a de que eles nao
conhecem nem a comunidade por inteiro, nem a literatura atual.
O espaco para discussao de diferentes assuntos, novas teorias ou
criticas aas teorias vigentes existe, eh aberto a quem quiser usa-lo e tem
receptividade por muita gente (seria ou nao) que se interessa pelo assunto.
Soh para ficar em Mecanica Quantica, basta dizer que nao sao poucos
os fisicos que nao se satisfazem com a interpretacao habitual (a chamada
interpretacao de Copenhagem) dada a esta teoria. Muitas sao as
interpretacoes dadas por ai aa mec. quantica, sendo famosas as tentativas de
gente como David Bohm de adapta-la de modo a torna-la "realista".
Nesse meio ha gente que defende uma teoria possuidora de "variaveis ocultas"
que tem por fim mascarar os resultados de modo a faze-los "somente parecerem"
probabilisticos. Ha gente que defende coisas estranhas como o fato do
colapso da funcao de onda ser uma manifestacao do modo como o cerebro humano
percebe o mundo, ou que espaco e tempo nao existem, e por dai em diante...
para quem nao sabe, um atual critico da mec. quantica se chama Roger
Penrose, cidadao este que todos associam, ao lado de Stephen Hawking, como
um dos papas da area de Cosmologia e Gravitacao (e que trabalhou a vida
inteira com coisas como a Relat. Geral e variantes, tambem rebatida
pelo Alberto).
Sao todas essas pessoas torturadas e condenadas a morte, como afirma
o Alberto? Negativo. Publicam suas ideias e resultados em revistas
internacionais de renome (vide abaixo) e participam ativamente da comunidade
academica mundial.
E, quem sao os tais que tanta ojeriza causam ao Alberto? Bem, na
comunidade academica, assim como na vida do dia a dia, ha pessoas e pessoas.
Tem gente que gosta de tratar dos fundamentos da fisica, tem gente que gosta
de tratar de outras coisas. Sempre existirao (ainda bem!!) pessoas para
criticar o trabalho dos outros e apontar erros e solucoes. Se todos fossemos
aceitar quaisquer ideias, nao haveria como discernir o certo do errado.
Todas as pessoas que trabalham com novas ideias sofrem, hora ou outra,
questionamentos (e, pela dureza da vida, nem sempre questionamentos
amigaveis). Mas, via de regra, pelo que tenho acompanhado, os que mais
sofrem sao os que menos percebem que, apesar de seu trabalho poder ser
interessante, nao eh a obra prima e solucao maxima da fisica. Tambem aqui ha
que se ter um pouco de humildade.
Para quem quiser ir a uma universidade local e conferir o que falei,
aconselho que olhe revistas como:
Foundatios of Physics e Foundations of Physics Letters, (Kluwer
Press), American Journal of Physics (volta e meia aparece lah algo de
interpretacooes para mec. quantica), Physics Letters A, Physics Letters B,
International Journal of Theoretical Physics, etc, etc...
Para provar que o assunto tem receptividade, basta comentar que todas estas
revistas tem coeficientes de impacto de razoaveis para bons.
E, para quem nao conhece estas publicacoes, basta comentar que revistas como
Foundatios of Physics teve gente como Richard P. Feynmann no corpo editorial
que a fundou, alem de outros Premios Nobel ainda ativos.

Aqui vale uma dica: ate (se nao me engano) dia 22 de dezembro quem
for a www.iop.org tera a chance de se cadastrar e ganhar acesso gratis (de
novo, soh ate dia 22) a uma grande quantidade de publicacoes desta
instituicao. Entre elas esta o Physics Letters A (que muito publica sobre
diferentes alternativas em fisica e coisas do tipo) e outras publicacoes
classicas de varias areas. Ao amigo Alberto, que muito parece gostar de
historia e filosofia da ciencia, aconselho a olhar la a Studies in History
and Philosophy of Science (A e Modern History, publicada pela Pergamon -
Elsevier), que eh excelente. Ao ciencialister que bem entende ingles e ja
comeu muitos livros de divulgacao, vale dizer que essa ultima publicacao
representa uma excelente fonte de estudos, visto que esta num nivel entre
textos de divulgacao e textos propriamente tecnicos.

E, para finalizar, quero dizer algo sobre a comunidade academica
brasileira, embora muito pouco a conheca. Talvez seja verdade o que aponta o
Alberto (sobre a mediocridade citada pelo Schenberg), mas nem tudo esta
perdido. Ao exemplo:
Quem abrir a Ciencia Hoje de setembro/2000 vera uma entrevista com
Jean Paul Vigier, um fisico frances que trabalhou com De Broglie e David Bohm,
participou da resistencia francesa durante a 2a Guerra Mundial, se recusou a
participar da guerra na Argelia, do lado da Franca, pela independencia
daquele pais, se recusou a disponibilizar ao grande Charles de Gaulle um
projeto para iniciar a construcao da bomba atomica quando presidia a agencia
nuclear francesa do pos-2a Guerra, ajudou o Vietnam diretamente na guerra
contra os EUA, e etc. Hoje esse homem eh editor da parte de Mec. Quantica da
revista Physics Letters A (ja citada acima) e, ao ler sua entrevista, vera o
leitor que ele defende ideias como o spin do eletron ser uma rotacao real, o
foton ter massa, o eter existir, e demais "loucuras", no bom sentido da
palavra.
Esta certo ele? Bem, nao eh esse merito que quero julgar aqui. O
que quero dizer eh que essa visao de que o mundo academico eh um lugar
lotado de bitolados e os poucos iluminados que pensam diferente sao
condenados aa forca nao corresponde aa realidade que eu tenho presenciado
como estudante de fisica que sou. Se ha uma parcela de pessoas mais mediocres
(no sentido que o Alberto e o Schenberg chamaram a atencao), eh preciso ter
em mente que em todo lugar ha os 10% mais dificeis de se lidar (tudo bem,
talvez no Brasil a percentagem seja maior :-).
Em tempo, os entrevistadores do Sr. Vigier foram dois professores.
Um da UFES e outro da UNESP - talvez o lugar no Brasil onde mais se estude
supercordas, 11 ou n-dimensoes e coisas do tipo, atualmente.

Ate, e um grande abraco.

Clovis Maia


SUBJECT: Re: [ciencialist] Por que a saliva ferve, quando o organismo e' exposto ao vacuo ?
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 13/12/2000 06:47



Paulo Sérgio Dias wrote:

>
> - Por que a agua do organismo ferve,
> quando este e' "exposto" ao vacuo ?

Porque a água ferve quando a sua pressão de vapor é maior que
a pressão do ar em volta. No vacuo a pressão do ar em volta
é zero logo todos os liquidos fervem.

>
> - Todo liquido do corpo ferve ?

sim

> - Pelo que entendi do documentario,
> quando os astronautas em orbita estao
> do lado "em que o Sol bate", a "temperatura"
> exterior e' elevada, e quando estao
> "do lado oposto ao Sol", a "temperatura"
> e' muito baixa. E' isso mesmo ?

sim

>
> - A temperatura nao significa "moleculas em
> movimento rapido" ? Como pode haver
> temperatura no vacuo ?

Não há. Mas se vocé colocar lá matéria ela vai ficar em equilibrio
termico com a radiação que atinge esse local e fica a uma
determinada temperatura.



joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com




SUBJECT: Re: [ciencialist] "Status Quo" em fisica
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 13/12/2000 07:49

-----Mensagem Original-----
De: "Clovis Maia"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Quarta-feira, 13 de Dezembro de 2000 05:02
Assunto: [ciencialist] "Status Quo" em fisica

Olá Clovis

Mesmo não concordando com muito do que você falou na msg supracitada, achei
importante a sua manifestação. Longe de querer aparecer, como outros têm
feito, expondo detalhes que poucos dos Ciencialisteiros não físicos (e as
vezes até mesmo físicos) poderiam entender, você expôs sua maneira de pensar
sobre a realidade nacional e internacional de maneira clara e relacionada a
muitas de minhas críticas. Não vou acrescentar nada pois estaria fazendo
chover no molhado. Todos já conhecem a minha posição e é importante que
novas visões sejam apresentadas. Apenas dois comentários.

Muito boa a sua dica sobre o site www.iop.org e recomendo-o aos demais,
ainda que, e pelo que entendi de sua msg, a licença é válida apenas até o
dia 22 (Será que os que conseguirem agora irão perdê-la depois do dia 22?).
Aliás não sei se foi você ou o Belisário quem forneceu essa dica
recentemente aqui na Ciencialist mas naquele dia o trânsito estava
congestionado e não consegui obter a inscrição, o que se deu hoje. Grato
pela mesma. Seguindo sua dica encontrei um texto interessante do Feynmann
que já conhecia mas que estava perdido em minha memória:

What I am going to tell you about is what we teach our physics students
in the third or fourth year of graduate school-and you think I'm going
to explain it to you so that you can understand it? No, you're not going
to be able to understand it. Why then am I going to bother you with all
this? Why are you going to sit here all this time, when you won't be
able to understand what I am going to say? It is my task to convince you
not to turn away because you don't understand it. You see, my physics
students don't understand it either. That is because I don't understand
it. Nobody does.
[Feynman R 1985 QED: The Strange Theory of Light and Matter (London:
Penguin)].

Outro aspecto interessante de sua mensagem:

> Jean Paul Vigier...
> Hoje esse homem eh editor da parte de Mec. Quantica da revista Physics
> Letters A e, ao ler sua entrevista, vera o leitor que ele defende ideias
> como o spin do eletron ser uma rotacao real, o foton ter massa, o eter
> existir, e demais "loucuras", no bom sentido da palavra.

A "loucura" dos proponentes dessas idéias, a meu ver, está em que eles
realmente acreditam na possibilidade de compatibilizar esses dados com a
física quântica, sem alterar seus postulados básicos. Isso Bohr já quase
demonstrou ser impossível. Enfim, e citando novamente Bohr, nenhuma idéia é
boa se não for suficientemente absurda (ou louca, ou algo equivalente,
também no bom sentido da palavra).

[ ]'s
Alberto
http://sites.uol.com.br/albmesq/
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Saliva, temperatura, gases e m_rda
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 13/12/2000 07:56

Vejamos se consigo sanar as dúvidas atrozes ... uma atroz da outra.

Pergunta:
- Por que a agua do organismo ferve,
quando este e' "exposto" ao vacuo ?
- Todo liquido do corpo ferve ?

A ebulição (substituindo o ferver) é a passagem do estado líquido para o estado de vapor, ocorrendo em toda a massa da substância pura sob ensaio e numa temperatura e pressão bem determinadas. Assim, quando a pressão é normal (1 atm) a temperatura de ebulição da água é de 373K (100 C). A ebulição ocorre quando a pressão de vapor iguala-se á pressão reinante.
Baixando-se a pressão baixa-se concomitantemente a pressão de vapor e a pressão atmosférica reinante e desse modo baixa também a temperatura de ebulição. Pode-se ferver água á 333K (60 C), basta tentar fazer café no alto do Monte Everest! Pode-se ferver água em qqer temperatura desde 0 C até perto de 3 000 C ... basta ajustar a pressão.
A tal roupa espacial apresentou um vazamento de ar do seu interior (pressão mantida ligeiramente acima da pressão atmosférica normal) e assim a pressão foi diminuíndo lentamente (algo como um pneu com pequeno furo) e como tal foi baixando a temperatura em que ocorre a ebulição. Saliva e demais 'humores aguosos' do organismo não são substâncias puras e, como tal, não têm 'exata' temperatura de ebulição sob 'exata' pressão. Seria mais adequado falar-se de 'evaporação forçada', ocorrendo nas superfícies dos líquidos expostos.
Baixando-se a pressão convenientemente toda a 'parte líquida' do corpo humano 'ferverá', mas, antes disso, o corpo explodirá uma vez que os gases de seu interior estão numa pressão muito maior que a externa. É algo como peixes da região abissal dos oceanos conseguirem chegar até as regiões continentares ... não chegam, explodem!
Entretanto, há um ponto importante a ser destacado, a saliva ao começar a emitir vapores, naquela pressão, não significa que está 'quente'; a água no Everest 'ferve' a 60 graus célsius ... e o café será servido a 60 graus célsius ou pouco menos! Aquele vapor da saliva, com certeza estava em temperatura abaixo daquela do corpo do astronauta!


- Quais seriam os outros efeitos
de um organismo vivo (ser humano,
planta, microorganismos) ao
serem expostos ao vacuo ?

Todos morrerão (sobre os tais microorganismos há ressalvas) e, se não passaram por uma descompressão lenta, explodirão!

- Se nao me engano, alguem ja' comentou
aqui na lista que o filme do Arnold
Shwazenegger (?) em que ele e' exposto
ao vacuo e o seu olho parece saltar
das orbitas nao poderia ocorrer de verdade.
Alguem tem essa resposta para me enviar ?

Minha opinião é que esse é um efeito 'holliudiano'; é mais facil fazer máscaras de borracha inflarem e depois desinflarem do que fazer explodir e depois juntar os restos do ator:-) Desses efeitos 'holliudianos' o que mais me impressiona não é esse, nem os sons dos tiros no espaço e sim os 'caras' que são jogados longe ao receberem um tiro de .38 e a arma na mão do 'mocinho' nem sai do lugar. Imagine só qual deveria ser a arma do mocinho (e como fixá-lo no solo) para conseguir lançar um homem de 80 kg a 5m para a frente após o tiro!

- Pelo que entendi do documentario,
quando os astronautas em orbita estao
do lado "em que o Sol bate", a "temperatura"
exterior e' elevada, e quando estao
"do lado oposto ao Sol", a "temperatura"
e' muito baixa. E' isso mesmo ?

Trabalhando no espaço não há atmosfera para equalizar a temperatura; isso ocorre também nos planetas e asteróides desprovidos de atmosfera. Na superfície de Mercúrio, por exemplo, temos o maior contraste do sistema solar: na face voltada para o Sol a temperatura é elevadíssima (vaporizaria um ser humano desprotegido em segundos) e na outra face a temperatura é próxima do zero absoluto. No sol é quente, na sombra é frio. Não há meio termo! Não há atmosfera para, com suas correntes de convecção transferir massas quentes para regiões frias e vice-versa.
Para os astronautas temos o mesmo efeito; sua parte da frente voltada para o sol está recebendo fortes doses de ondas térmicas e as costas nada ... pelo contrário, perdendo por emissão térmica sob a forma de ondas. Dentro da roupa deve haver mecanismo que força a circulação de ar pelo contorno todo do corpo ou a roupa deve ser próxima á parede adiabática ideal.

- A temperatura nao significa "moleculas em
movimento rapido" ? Como pode haver
temperatura no vacuo ?

Temperatura é caracterizada pela amplitude de vibração das partículas ... e existe uma pancada delas onde chamamos de 'vácuo'. Uma partícula pode estar vibrando com amplitude que lhe caracterize uma temperatura de 2000 graus célsius (coisa mais comum no espaço sideral e mesmo a 200 km acima da superfície da Terra) e, nem por isso, deve 'queimar'. Lembre-se das fagulhas 'vivas' que saem do esmeril ... estão incandescentes, mas não queimam a mão do operador! Sua massa é muito pequena, assim como seu calor específico, o que lhe confere baixíssima capacidade térmica.
No espaço, um astronauta com o braço exposto o congelará ... apesar de que na região as partículas estejam a 2000 graus célsius... é o famoso 'frio do espaço' ... o braço perde calor por radiação térmica e congela --- não é o "frio que veio do espaço"!


- Ha' algum site na Internet onde eu possa
ler mais sobre o assunto ?

Só o imperdível www.feiradeciencias.com.br tem as respostas para o mundo :^)

GASES

>Não sei se todos da lista tiveram uma infância, alguns podem ter sido
enviador por um Deus mas não quero discutir sobre isso. Quando eu era menor,
uma vez vi na TV um cara soltando gazes e colocando um esqueiro na "saída",
o que eu vi foi um "jato" de fogo. Uma vez lembro de ter perguntado a alguém
e me disseram que era o gás metano o responsável pelo "lança chamas". Isso é
verdade? Agora tenho outra dúvida: são as fezes inflamáveis?<

Minha infância é permanente (não como as 'permanentes' dos cabelos das mulheres, feitas mensalmente --- mas, são mulheres, uma discussão á parte porque agora elas são iguais aos homens --- parece-me que houve uma lei regulamentando isso!) e não sou enviado 'por um Deus' --- eu sou o próprio, disfarçado de terráqueo, para enviar mensagem á trinca de ases que me enviou [não tente entender e, como dizem os espíritas (e advogados --- não resisti, tinha que dar uma cutucada no Bulcao, para lembrá-lo que adoro nossas brincadeiras) é preciso estudar muito!].
Mas, como tudo pertence ao mesmo parágrafo, falemos de infância, de Deus, de gazes fétidos e de fezes.
Realmente, tais gases são inflamáveis (os biogestores(?) funcionam na mesma técnica) e não é de se estranhar o 'efeito lança-chamas'. Aliás, qaundo alguém solta um 'pum' é tradicional pedir-se que acenda um palito de fósforo ... não, não é macumba, é para queimar os gases.
Tais gazes, essencialmente H2S, têm outro efeito --- escurecimento da prataria ---, num local onde há muitos utensílios de prata (inclusive molduras de quadros) deve-se proibir a presença dos comedores de couve.
Fezes são inflamáveis? Ora bolas ... já viu alguém ser incinerados e só restar fezes? Isso é até ofensivo! Imaginou como seria dificil incinerar a cabeça de uma loira! [ :-)))))) ]

[]'

Léo




SUBJECT: Evolução Quântica
FROM: "André Roncolato Siano" <roncolato.s@c4.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 13/12/2000 08:22


Caros Não simpatizantes do "Multiuniverso", :)

Bem, confesso que tive a idéia de levantar uma discussão - até que
vigorosa - sobre a quântica por uma única razão: "a propriedade
intrínseca de alguns conceitos quânticos causarem 'rebuliço'" :)

Por outro lado, quero seriamente discutir sobre este assunto
pois sou Biólogo (formado este ano!), e uma recemte publicação me
chamou a atenção pois trata a evolução de um prisma diferente: a
partir de explicações quânticas. Mas para não assustar quanto a
origem dessas idéias vou referenciar a obra:

A ESSÊNCIA DA REALIDADE publicado em 2000 (Brasil)
Título original: The fabric of reality

O livro foi escrito por DAVID DEUSTSCH teórico em Universos
Paralelos, membro do Grupo de Pesquisa em Computação Quântica e
Criptografia do Laboratório Clarendon da Universidade de Oxford. O
livro foi revisado pelo Prof. André Kock Torres Assis(q não conheço)
do Instituto de Física e Pesquisador de Eletromagnetismo, Gravitação
e Cosmologia da Unicamp.

Os manuscritos do livro foram lidos e comentados (a não ser q ele
mentiu rs.) inclusive por RICHARD DAWKINS E FRANK TIPLER, os quais
ele trabalha e desenvolve em seu texto.

O livro trabalha centrado em 4 autores principais: POPPER,
DAWKINS, TURING E EVERETT, os quais ele denomina de "os 4 elementos",
e discorre de assuntos, dentre outros, como evolução, tempo, teoria
de tudo, fim do universo, matemática, realidade virtual e computação
quântica.

Gostaria de comentários sobre este assunto pois confesso q ainda não
estou enterado em física quântica.


Saudações a todos.





SUBJECT: En: Saliva, temperatura, gases e m_rda
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "Ciencia_Lista" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 13/12/2000 08:39

Ops! cometi algum erro, a mensagem original não foi enviada.

-----Mensagem Original-----
De: Luiz Ferraz Netto <leo@barretos.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: quarta-feira, 13 de dezembro de 2000 07:56
Assunto: Saliva, temperatura, gases e m_rda


Vejamos se consigo sanar as dúvidas atrozes ... uma atroz da outra.

Pergunta:
- Por que a agua do organismo ferve,
quando este e' "exposto" ao vacuo ?
- Todo liquido do corpo ferve ?

A ebulição (substituindo o ferver) é a passagem do estado líquido para o estado de vapor, ocorrendo em toda a massa da substância pura sob ensaio e numa temperatura e pressão bem determinadas. Assim, quando a pressão é normal (1 atm) a temperatura de ebulição da água é de 373K (100 C). A ebulição ocorre quando a pressão de vapor iguala-se á pressão reinante.
Baixando-se a pressão baixa-se concomitantemente a pressão de vapor e a pressão atmosférica reinante e desse modo baixa também a temperatura de ebulição. Pode-se ferver água á 333K (60 C), basta tentar fazer café no alto do Monte Everest! Pode-se ferver água em qqer temperatura desde 0 C até perto de 3 000 C ... basta ajustar a pressão.
A tal roupa espacial apresentou um vazamento de ar do seu interior (pressão mantida ligeiramente acima da pressão atmosférica normal) e assim a pressão foi diminuíndo lentamente (algo como um pneu com pequeno furo) e como tal foi baixando a temperatura em que ocorre a ebulição. Saliva e demais 'humores aguosos' do organismo não são substâncias puras e, como tal, não têm 'exata' temperatura de ebulição sob 'exata' pressão. Seria mais adequado falar-se de 'evaporação forçada', ocorrendo nas superfícies dos líquidos expostos.
Baixando-se a pressão convenientemente toda a 'parte líquida' do corpo humano 'ferverá', mas, antes disso, o corpo explodirá uma vez que os gases de seu interior estão numa pressão muito maior que a externa. É algo como peixes da região abissal dos oceanos conseguirem chegar até as regiões continentares ... não chegam, explodem!
Entretanto, há um ponto importante a ser destacado, a saliva ao começar a emitir vapores, naquela pressão, não significa que está 'quente'; a água no Everest 'ferve' a 60 graus célsius ... e o café será servido a 60 graus célsius ou pouco menos! Aquele vapor da saliva, com certeza estava em temperatura abaixo daquela do corpo do astronauta!


- Quais seriam os outros efeitos
de um organismo vivo (ser humano,
planta, microorganismos) ao
serem expostos ao vacuo ?

Todos morrerão (sobre os tais microorganismos há ressalvas) e, se não passaram por uma descompressão lenta, explodirão!

- Se nao me engano, alguem ja' comentou
aqui na lista que o filme do Arnold
Shwazenegger (?) em que ele e' exposto
ao vacuo e o seu olho parece saltar
das orbitas nao poderia ocorrer de verdade.
Alguem tem essa resposta para me enviar ?

Minha opinião é que esse é um efeito 'holliudiano'; é mais facil fazer máscaras de borracha inflarem e depois desinflarem do que fazer explodir e depois juntar os restos do ator:-) Desses efeitos 'holliudianos' o que mais me impressiona não é esse, nem os sons dos tiros no espaço e sim os 'caras' que são jogados longe ao receberem um tiro de .38 e a arma na mão do 'mocinho' nem sai do lugar. Imagine só qual deveria ser a arma do mocinho (e como fixá-lo no solo) para conseguir lançar um homem de 80 kg a 5m para a frente após o tiro!

- Pelo que entendi do documentario,
quando os astronautas em orbita estao
do lado "em que o Sol bate", a "temperatura"
exterior e' elevada, e quando estao
"do lado oposto ao Sol", a "temperatura"
e' muito baixa. E' isso mesmo ?

Trabalhando no espaço não há atmosfera para equalizar a temperatura; isso ocorre também nos planetas e asteróides desprovidos de atmosfera. Na superfície de Mercúrio, por exemplo, temos o maior contraste do sistema solar: na face voltada para o Sol a temperatura é elevadíssima (vaporizaria um ser humano desprotegido em segundos) e na outra face a temperatura é próxima do zero absoluto. No sol é quente, na sombra é frio. Não há meio termo! Não há atmosfera para, com suas correntes de convecção transferir massas quentes para regiões frias e vice-versa.
Para os astronautas temos o mesmo efeito; sua parte da frente voltada para o sol está recebendo fortes doses de ondas térmicas e as costas nada ... pelo contrário, perdendo por emissão térmica sob a forma de ondas. Dentro da roupa deve haver mecanismo que força a circulação de ar pelo contorno todo do corpo ou a roupa deve ser próxima á parede adiabática ideal.

- A temperatura nao significa "moleculas em
movimento rapido" ? Como pode haver
temperatura no vacuo ?

Temperatura é caracterizada pela amplitude de vibração das partículas ... e existe uma pancada delas onde chamamos de 'vácuo'. Uma partícula pode estar vibrando com amplitude que lhe caracterize uma temperatura de 2000 graus célsius (coisa mais comum no espaço sideral e mesmo a 200 km acima da superfície da Terra) e, nem por isso, deve 'queimar'. Lembre-se das fagulhas 'vivas' que saem do esmeril ... estão incandescentes, mas não queimam a mão do operador! Sua massa é muito pequena, assim como seu calor específico, o que lhe confere baixíssima capacidade térmica.
No espaço, um astronauta com o braço exposto o congelará ... apesar de que na região as partículas estejam a 2000 graus célsius... é o famoso 'frio do espaço' ... o braço perde calor por radiação térmica e congela --- não é o "frio que veio do espaço"!


- Ha' algum site na Internet onde eu possa
ler mais sobre o assunto ?

Só o imperdível www.feiradeciencias.com.br tem as respostas para o mundo :^)

GASES

>Não sei se todos da lista tiveram uma infância, alguns podem ter sido
enviador por um Deus mas não quero discutir sobre isso. Quando eu era menor,
uma vez vi na TV um cara soltando gazes e colocando um esqueiro na "saída",
o que eu vi foi um "jato" de fogo. Uma vez lembro de ter perguntado a alguém
e me disseram que era o gás metano o responsável pelo "lança chamas". Isso é
verdade? Agora tenho outra dúvida: são as fezes inflamáveis?<

Minha infância é permanente (não como as 'permanentes' dos cabelos das mulheres, feitas mensalmente --- mas, são mulheres, uma discussão á parte porque agora elas são iguais aos homens --- parece-me que houve uma lei regulamentando isso!) e não sou enviado 'por um Deus' --- eu sou o próprio, disfarçado de terráqueo, para enviar mensagem á trinca de ases que me enviou [não tente entender e, como dizem os espíritas (e advogados --- não resisti, tinha que dar uma cutucada no Bulcao, para lembrá-lo que adoro nossas brincadeiras) é preciso estudar muito!].
Mas, como tudo pertence ao mesmo parágrafo, falemos de infância, de Deus, de gazes fétidos e de fezes.
Realmente, tais gases são inflamáveis (os biogestores(?) funcionam na mesma técnica) e não é de se estranhar o 'efeito lança-chamas'. Aliás, qaundo alguém solta um 'pum' é tradicional pedir-se que acenda um palito de fósforo ... não, não é macumba, é para queimar os gases.
Tais gazes, essencialmente H2S, têm outro efeito --- escurecimento da prataria ---, num local onde há muitos utensílios de prata (inclusive molduras de quadros) deve-se proibir a presença dos comedores de couve.
Fezes são inflamáveis? Ora bolas ... já viu alguém ser incinerados e só restar fezes? Isso é até ofensivo! Imaginou como seria dificil incinerar a cabeça de uma loira! [ :-)))))) ]

[]'

Léo





SUBJECT: Re: [ciencialist] En: Saliva, temperatura, gases e m_rda
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 13/12/2000 09:11



Luiz Ferraz Netto wrote:

> Baixando-se a pressão convenientemente toda a 'parte líquida' do corpo humano 'ferverá', mas, antes disso, o corpo explodirá uma vez que os gases de seu interior estão numa pressão muito maior que a externa. É algo como peixes da região abissal dos oceanos conseguirem chegar até as regiões continentares ... não chegam, explodem!

A explicação pormenorizada é um pouco mais complicada. Os gases, como
o exigénio ou o CO2, estão dissolvidos nos liquidos do corpo. A água do
mar, por exemplo, tem oxigénio dissolvido. A concentração do oxigénio
dissolvido é proporcional à pressão parcial de oxigénio que ao nivel
do mar é 0.21 atmosferas. Se a pressão do oxigénio baixar a concentração
na água também tem que baixar formando-se bolhas de oxigénio na água.
Quando um ser humano é exposto ao vácuo provavelmente explode porque
se formam bilhões de bolhas no seu interior.

É por este motivo que os mergulhadores não podem subir rapidamente do
fundo do mar para a superficie. Se o fizerem o azoto em excesso
dissolvido
no sangue acaba por formar bolhas no seu interior.

joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Clonar??
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 13/12/2000 09:39

Ao Manuel (que vira-e-mexe sente as agulhadas que coloco em sua almofada --- e as retira galhardamente) e demais (alguns, para os quais as ironias soam como ferro em brasa, dentro da thread espiritismo/reencarnação e demais quimeras), vamos aos 'ki-pro-cós':


>Manuel - E por que não discutir sobre o Karma e a reencarnação na
Ciencialist? Eu não creio nessa boba... nessas coisas. Entretanto,
trata-se da mais antiga crença religiosa pós-totemista da qual se tem
notícia. Ela remonta aos jainistas, sacordotes dos povos dravidianos,
que oculpavam o Sul da Índia mesmo antes dos arianos indo-europeus e
sua mitologia védica terem lá se instalado ( em 600-500 A.C.). Ou
seja, trata-se de uma crença tão antiga quanto a civilização, já que
a civilização egípcia e a babilônica lhe são contemporâneas.<

Acredito que, quanto mais antiga seja a idéia, mais afastada da ciência ela estará. Que condições de testes e falseabilidades existia em 600-500 A.C.? O deus-raio poderia ser contestado? O deus-vento? Eram os jainistas cientistas? Novamente o senso comum e a palavra da autoridade imperavam. E não é o senso comum trabalhado, desenvolvido, treinado (como eu, muito sem qualquer modéstia, exaltei em mensagem anterior --- e acredito que fui desculpado por todos nessa explosão do debate sobre o senso comum, instinto etc.) como sempre me refiro, era o senso comum ou mero bom senso de ignorantes profundos (hoje ainda somos todos ignorantes, apenas não tão profundos!)[ uma thread "A profundidade da ignorância" viria bem a calhar].
Não me espanta saber que nessa época acreditassem em reencarnação pois todos tinham a mesma profundidade de pensamento das atuais pessoas do auditório da Hebe, Mallandro e quetais. Locais ideais para se discutir quântica e reencarnação.

>>Pitágoras, o nome mais famoso da filosofia pré-socrática e grande
matemático da época, foi um defensor da crença da transmigração da
alma. Ele era tão cara-de-pau que chegou a afirmar que se lembrava de
todas as suas vidas passadas, inclusive quando ele era apenas um
verme, um anelídeo, rastejando na imundície.
Francamente, não vejo por que se esquivar da discussão acerca da
veracidade ou não da tese da transmigração. Mas, que fique bem
esclarecido: o ônus da prova é de quem a defende. <<

Esse é meu ponto de vista (por que se esquivar) e de muitos outros, acredito; até um de nossos colegas lançou um desafio para apresentarem uma dessas cenas de reencarnação ou de atos de espíritos para que se possa comentar sobre ele e, de preferência (como é de minha índole) testá-lo aqui no meu laboratório particular onde tenho até um acelerador de partículas para exibir aos professores das escolas da região, por ocasião de suas visitas. Posso passar o projeto a quem interessar ... não é dificil construi-lo.
Parece-me que o ponto "não é ciência" já foi vencido, resta provar o que?

[]'
Léo




SUBJECT: Re: [ciencialist] Saliva, temperatura, gases e m_rda
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 13/12/2000 09:44

Uéée! Envio essa mensagem ás 07:56 da matina, constato que houve algum erro de minha parte, reenvio ás 09:49 e chega alguns segundos depois ... e agora aparece ás 10:43 aquela enviada ás 07:56.
Sem dúvida, a thread espiritismo, reencarnação de mensagens e que tais devem voltar ao ciencialist urgentemente!
[]'
Léo
================
-----Mensagem Original-----
De: Luiz Ferraz Netto <leo@barretos.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: quarta-feira, 13 de dezembro de 2000 07:56
Assunto: [ciencialist] Saliva, temperatura, gases e m_rda


Vejamos se consigo sanar as dúvidas atrozes ... uma atroz da outra.

Pergunta:
================



SUBJECT: Buuummmmmmmm!!!!!!!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 13/12/2000 10:22

Chegou agora via Convex Internet Provider.
Comemoração ........ imperdível ...... jornal de Rib. Preto!

"Hoje de madrugada 70 000 visitas no contador de abertura (não são contadas as aberturas com cachê do PC do visitante); 187 000 visitas reais, MEIO MILHÃO de páginas/views nesse segundo semestre de 2000!"

É o imperdível ...... é o bom ........ viva!

Desculpem-se a emoção incontida mas, creio que os amigos devem participar disso.
Abraço a todos que, de modo ou outro, estão envolvidos nessa empreitada.

Léo




SUBJECT: Re: [ciencialist] Sobre a Ciencialist
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 13/12/2000 11:05

Prezado Tarcísio,

Estou tentando não comentar mais TGBD aqui na Ciencialist, seja para não
congestinar a segunda, seja para tentar levar a discussão da primeira para o
seu site. Contudo, não posso deixar de responder esta sua mensagem, pois
senão poderia parecer que ao me calar estraria consentindo com as
impropriedades que você colocou. Assim, vamos combinar o seguinte: caso
queira me responder, por favor envie uma cópia da mensagem para o site da
TGBD ( tgbd@egroups.com ). Vamos lá.

Tarcísio:
Mas é óbvio que sua teoria carece de consistência científica.

Claudio:
O que para mim é obvio é o fato de você não conhecer o que é a TGBD.

Tarcísio:
Necessita de uma existência divina qualquer para manter uma "simetria de
bidualidade".

Claudio:
Era só que estava faltando... Depois da TGBD já ter sido considerada aqui na
Ciencialist de metafísica, esotérica e outros babados mais, ela agora ganhou
o status de divina... É mole?

E por acaso não existe simetria na TGBD, tal como foi demonstrado na
mensagem http://br.egroups.com/message/ciencialist/7430 que ninguém aqui na
lista comentou ou rebateu? Tarcísio, me aponte, se for capaz, alguma
incoerência que eu tenha feito na citada mensagem.

Tarcísio:
Basear toda a sua teoria em um negócio chamado "quatro unos" é apelar para a
numerologia e dizer que as equações de Maxwell encaixam em sua teoria porque
são quatro equações é falacioso.
Até hoje vc não me disse nada que contradicesse o que afirmo acima e em
outros emails.

Claudio:
Ora a proposta central da TGBD é que algo em equilíbrio total é um bidual,
que por sua vez é formado, entre outras condições, por quatro Unos. Onde
entra a numerologia neste caso se tudo que se observa neste mundo que esteja
em equilíbrio sempre possue quatro componentes, a exemplo das 4 equações de
Maxwell. Onde está a falacia nesta afirmação?

Desafio você, e a todos aqui desta lista, a me dar um exemplo de algo que
esteja em equilíbrio total e que não tenha os quatro Unos. Aliás, informo
que aqui na Ciencialist, por maior que seja o ceticismo quanto à TGBD, que
nunca ninguém conseguiu tal proeza.

Ora, que culpa tenho eu de tudo ter uma estrutura bidual. Vai lá reclamar
com Deus, ou com quem quer que seja, por feito esta coisa toda em que
vivemos desta forma...

Tarcísio:
Seria mais romântico criar uma teoria baseado nos quatro elementos
[terra, água, ar e fogo], pelo menos não atirariam pedras no seu
telhado. O estudo acadêmico formal não faz mal a ninguém.

Claudio:
Terra, agua, ar e fogo nada mais são do que uma visão antiga do que
atualmente se define por Sólido, Líquido, Gasoso e Plasma, e que pela TGBD,
são os quatros Unos do Bidual da Matéria, onde o Plasma é o Quarto Uno, por
ser a matéria sob forma de energia. E aí eu lhe pergunto:
1) quais são as pedras que você vai poder atirar no meu telhado;
2) por acaso este não é um estudo acadêmico formal da questão, que só faz
mal a quem não o vê, tal como você?

Claudio- mensagen anterior:
> Detalhe: você não respondeu a última mensagem que escrevi para você.
> Já encontrou as suas 11 dimensões?

Tarcísio:
Ontem recebi uma reposta do tal fulano, ei-la:
[[[[ Nao se prova a existencia de dimensoes. Mas ha teorias de super-cordas
(ou D-branas) que admitem 11dimensoes para o Universo fisico. Vou procurar
referencias a respeito e
depois respondo a voce com mais cuidado. ]]]]
Portanto aguardo resposta. Obviamente se nota que ele nega o que havia
afirmado que ele havia dito.

Claudio:
Existe duas possibilidades. Você não entendeu o que a sua fonte lhe disse,
ou a sua fonte passou-lhe uma informação errada, e agora está arranjando uma
forma de tirar o corpo fora, tal como você insinua.

Quanto a aguardar uma resposta que confirme que as 11 dimensões já foram
encontradas, tenho certeza que ela nunca virá. Isto porque as tais 11
dimensões não existem, a não ser na imaginação fértil de quem as propos. Mas
se você ainda tem alguma esperança que tal resposta virá, é melhor sentar e
relaxar, pois no mínimo irá demorar.... ;-))

Um grande abraço

Claudio Abreu




SUBJECT: RES: [ciencialist] Buuummmmmmmm!!!!!!!
FROM: Moacir Alves Schmidt <moacir.schmidt@softtek.com>
TO: "'ciencialist@egroups.com'" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 13/12/2000 11:40

Parabens, professor! Fico feliz em ter colaborado com algumas unidades
destes 187.000!



<Moacir>





SUBJECT: Re: [ciencialist] O Tudo Absoluto
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 13/12/2000 13:00

Prezado Jocax,

Voltei lá no site da TGBD e seu nome não estava mais na lista de
participantes. Só para esclarecer: você chegou ir lá e deletá-lo? De
qualquer forma o fato de não estar mais recebendo mensagens, indica que
você, definitivamente, não maios participa dele. Ufa!! conseguimos.... :-))

Vamos agora para o que interessa. Reproduzo primeiro os meus textos e os
seus das mensagens anteriores.

Claudio- Mensagem anterior:

Comento agora as suas afirmações abaixo:
"Claudio, eu nao estou no grupo da TGDB pois eu NAO concordo com ela
como ja te expliquei.
Eu, francamente, acho a TGBD um sistema classificatorio arbitrario e
sem utilidade."
Apenas relembro-lhe que você falou numa mensagem, há alguns dias atras que
não gostava da TGBD, mas que nunca havia conseguido "derrubá-la" ou algo
semelhante. Pergunto eu: não existe um contradição entre o que você falou na
época e o que está falando agora?

Jocax:

Eu disse isso pq na verdade eu nunca tentei faze-lo com veemencia,
pq acho q nao vale a pena pois ela nao esta bem definida:
lembra qdo eu disse q vc deveria definir o q seja EQULILIBRIO
e tudo o mais q existe nela ?

Claudio - mensagem atual:

Acredito que realmente a TGBD ainda não está bem definida, e estou devendo
um texto mais atualizado e claro sobre ela. Quanto à questão do que seja
EQULIBRIO, acho que você vai encontrar alguma resposta no endereço:
http://br.egroups.com/files/tgbd/2.O.livro.da.TGBD/2.03.O.Equilibrio.Total.d
oc

Nele comento que Equibrio Total é uma Bidualidade, nas direções macro e
micro, e nas direções laterais, para a mesma natureza e para a natureza
oposta.

Jocax:
Como a teoria nao esta bem definida eu nao acho q vale a pena
tentar derruba-la, por isso nunca consegui.

Claudio - mensagem atual:
Se você que já tentou e nunca conseguiu derrubar a TGBD, que ainda está
nesta sua fase indefinida, que me dirá quando ela tiver chegado num nível
adequado de definição. Só para desafiá-lo, reformulo um exemplo de
bidualidade que encaminhei para você, o qual nunca foi respondido. E olha
que ele se refere a maior paixão e aposta da sua vida que é a sua chamada
Gemética, uma evolução do seu Genismo. Pela TGBD, um Ser Vivo interagere com
o Meio Ambiente em que vive da seguinte forma:

a) Fazendo Acão para o Meio Ambiente

Dual Interno:
1. Genes
2. Memes
Dual Externo:
3. Decisão
4. Acão para o Meio Ambiente

b) Recebendo Acão do Meio Ambiente
Dual Interno:
1. Genes
2. Memes
Dual Externo:
3. Recepção
4. Acão do Meio Ambiente

Alerto que se você conseguir falsear isto talvez esteja falseando as suas
próprias teorias.

Um grande abraço,

Claudio Abreu



SUBJECT: Re: [ciencialist] Metodologia cientifica
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 13/12/2000 13:21

Alberto Mesquita Filho wrote:
> Não, não e não, mil vezes não. Estamos discutindo as i.m.e., definidas em
> minha teoria.

Mas na mensagem original vc estava comparando a i.e.m. [que ninguém
conhece] com a gravidade quântica [que ninguém conhece] e diz qe as duas
são matemáticamente válidas. Aí sim eu concordo contigo, mas vale
lembrar que a gravidade aceita não é a quântica e sim a relativística.

> Para que minha teoria seja científica ela deve fazer previsões falseáveis. E
> ela faz.

Ótimo, vamos por mãos à obra.

> Alguma coisa deve explicar o eletromagnetismo (ou a gravitação).
> Sejam ou não as i.e.m., trata-se de algo físico ou concreto, e não apenas
> matemático.

Por isso eu disse que havia a necessidade do experimento.

[]s
==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
==========================================================


SUBJECT: Re: [ciencialist] inflamabilidade
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 13/12/2000 13:53

Daniel Leal Freire wrote:
> Uma vez lembro de ter perguntado a alguém
> e me disseram que era o gás metano o responsável pelo "lança chamas". Isso é
> verdade?

Um amigo meu fez uma vez e ficou com o fiofó chamuscado. Aliás o Metano
é que é o grande vilão da camada de ozônio, mas contra ele não há muito
o que se fazer, a não ser usar uma rolha :-)

> Agora tenho outra dúvida: são as fezes inflamáveis?

As fezes secas de alguns ruminantes podem servir como combustível
[camelos e vacas por exemplo].

[]s
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TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
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SUBJECT: Inflamavel
FROM: sleeper@musician.org
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 13/12/2000 14:07

Em uma mensagem de 13/12/00 12:00:56 Hor. de verão leste da Am. Sul,
daniellf@highway.com.br escreveu:

> Não sei se todos da lista tiveram uma infância, alguns podem ter sido
> enviador por um Deus mas não quero discutir sobre isso. Quando eu era
menor,
> uma vez vi na TV um cara soltando gazes e colocando um esqueiro na "saída",
> o que eu vi foi um "jato" de fogo. Uma vez lembro de ter perguntado a
alguém
> e me disseram que era o gás metano o responsável pelo "lança chamas". Isso
é
> verdade? Agora tenho outra dúvida: são as fezes inflamáveis?
>
> Creio que muitos, a maioria para dizer a verdade, vão achar a minha
mensagem
> ridícula, inútil, etc... mas como sou curioso, gostaria de saber se há
algum
> biólogo, médico, ou qualquer um que saiba a resposta.
>
> Aos ofendidos de alguma maneira com a mensagem peço desculpas, e aos que
> riram (eu também ri um pouco quando escrevi) dou parabéns ao humor, e a
quem
> responder serei muito grato. :)
>


Bom, primeiramente gostaria de me apresentar para os demais colegas da lista.
Meu nome é Felipe Tadeu e apesar de já assinar a lista há um bom tempo,
apenas agora posto a minha primeira msg aqui.

Qto a essa dúvida dos gases inflamáveis, até onde sei, o que realmente
acontece é o seguinte:

As fezes nao sao inflamaveis. Em ambientes sem oxigenio, como o intestino
grosso, o hidrogenio é quem realmente começa a decompor a matéria organica,
formando o CH4, ou gás metano, altamente inflamavel.

Inclusive, algumas pessoas jah ouviram historias sobre labaredas, chamas,
bolas de fogo em cemitérios. Isso eh devido ao fato do ATP (especie de
combustivel para o nosso organismo) das pessoas mortas começar a ser
decomposto e o fósforo se despreender das moleculas. O fósforo em contato com
o oxigenio entra em combustao espontanea e mais o CH4 encontrado em corpos em
decomposicao, ambos acabam queimando-se por completo, formando uma bela chama
azul. Como a maioria das pessoas que presencia isso acaba molhando as calcas
e saindo correndo, cria-se um vacuo atras dela, fazendo com que a chama
"corra" atras da pessoa.

A combustao espontanea do fósforo é um fenomeno muito interessante. O P4,
conhecido como fósforo branco, tem sua venda controlada pelo exército e como
meu pai trabalha para o exército da inglaterra, tive a oportunidade uma vez
de manipular esse fósforo. É impressionante, inclusive, ele é o principal
ingrediente do Napalm. Ele ao ser jogado nos campos inimigos, na guerra do
vietnam, queimava até que se acabasse todo o fósforo. Vietnamitas, tentando
apagar o fogo, pulavam dentro de rios. De fato, o fogo se extinguia, mas ao
sair da agua, a pessoa começava a pegar fogo novamente, sozinha.

Correçoes sao bem vindas :-)

Felipe Tadeu
UIN# 12346393
sleeper@musician.org
felipetadeu@aol.com




SUBJECT: Re: [ciencialist] inflamabilidade
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 13/12/2000 14:11



TARCISIO BORGES wrote:
>
> Daniel Leal Freire wrote:
> > Uma vez lembro de ter perguntado a alguém
> > e me disseram que era o gás metano o responsável pelo "lança chamas". Isso é
> > verdade?
>
> Um amigo meu fez uma vez e ficou com o fiofó chamuscado. Aliás o Metano
> é que é o grande vilão da camada de ozônio, mas contra ele não há muito
> o que se fazer, a não ser usar uma rolha :-)

Não é a camada de ozono. É o efeito de estufa.
O problema são as vacas. Essas é que produzem montes de metano.
Por isso, ser-se vegetariano evita o efeito de estufa. Está a
porta aberta para mais um nazismo culinário.

joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: RES: [ciencialist] O Tudo Absoluto
FROM: Moacir Alves Schmidt <moacir.schmidt@softtek.com>
TO: "'ciencialist@egroups.com'" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 13/12/2000 15:15

Carissimo Cláudio,



Ao contrario de outros aqui na lista que parecem ja ter perdido a paciencia
com a TGBD eu ainda estou naquela fase de ter saco para discutir. Sendo
assim tive a curiosidade de tentar entender o que e' a tal da TGBD. Li a
documentacao disponivel no e-groups e sou obrigado a dar razao as opiniões e
ao comportamento dos outros membros da lista. Para comecar, no seu texto
abaixo:



Claudio:

Acredito que realmente a TGBD ainda não está bem definida, e estou devendo

um texto mais atualizado e claro sobre ela. Quanto à questão do que seja

EQULIBRIO, acho que você vai encontrar alguma resposta no endereço:

http://br.egroups.com/files/tgbd/2.O.livro.da.TGBD/2.03.O.Equilibrio.Total.d
oc





Moacir:

Tive a curiosidade de ler o documento em questao e descobri que sua
definicao de equilibrio TOTAL e uma definicao recorrente que depende da
definicao de equilibrio interno e externo. Sendo assim, nao ha uma definicao
de equilibrio valida. Eu gostaria que voce explicasse isto.



P.S.: Por favor, responda em pvt (moacir.schmidt@softtek.com) porque eu sou
novo na lista e nao acompanhei o bombardeio pelo qual a TGBD deve ter
passado quando comecou a rolar por aqui. E com certeza os membros mais
antigos ja devem estar de saco cheio destas discussoes...



Abracos,



<Moacir>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Clonar??
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 13/12/2000 15:55

-----Mensagem Original-----
De: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Quarta-feira, 13 de Dezembro de 2000 09:39
Assunto: Re: [ciencialist] Re: Clonar??

> Acredito que, quanto mais antiga seja a idéia, mais afastada da ciência
> ela estará. Que condições de testes e falseabilidades existia em 600-500
> A.C.?

Nessa época o conceito de ciência era um pouquinho diferente do observado
nos dias atuais. Ainda assim eu acho que praticava-se alguma ciência, onde
as teorias "físicas" ainda miscigenavam-se com as doutrinas (mais ou menos
como temos hoje em algumas áreas das ciências humanas, onde o objeto de
estudo é bem mais complexo que os nossos. A esse respeito gosto muito de
citar Demócrito:

"Existem duas formas de conhecimento: o conhecimento autêntico e a opinião.
Correspondem à opinião: a visão, a audição, o olfato, o paladar e o tato. O
conhecimento autêntico é completamente distinto: quando o objeto é demasiado
pequeno e não pode ser conhecido através da opinião, não pode ser visto,
ouvido, cheirado nem tocado; quando se exige maior profundidade ao
conhecimento, então atua o autêntico, que possui um instrumento para captar
a verdade: o pensamento." (Demócrito de Abdera, 460-370 a.C)

No que ele chama ciência da opinião creio que poderíamos acrescentar os
aparelhos de medida, ainda que esses desfaçam muito da subjetividade. O que
ele chama conhecimento autêntico relacionar-se-ia, por exemplo, com muito de
teorização (ainda que o teorizador apoie-se fundamentalmente na
experimentação, ou seja, na ciência da opinião), com os experimentos de
pensamento (Galileu e Einstein, dentre outros) e/ou com a lógica
transcendental de Kant.

Experiência, no sentido atual do termo, talvez pudéssemos citar alguma coisa
de Eratóstenes, Arquimedes e Herón, ainda que a fé na experimentação não
fosse tão grande quanto hoje. A experimentação era encarada como algo
acessório e a complementar as encucações cerebrais, estas últimas traduzindo
o conceito de ciência verdadeira da época.

> Esse é meu ponto de vista (por que se esquivar) e de muitos outros,
> acredito; até um de nossos colegas lançou um desafio para apresentarem uma
> dessas cenas de reencarnação ou de atos de espíritos para que se possa
> comentar sobre ele e, de preferência (como é de minha índole) testá-lo
> aqui no meu laboratório particular onde tenho até um acelerador de
> partículas

A sociedade protetora do meio ambiente de Barretos está sabendo disso? :-))

> para exibir aos professores das escolas da região, por ocasião de suas
> visitas. Posso passar o projeto a quem interessar ... não é dificil
> construi-lo.

Sai prá lá, mermão. Não passo perto dessa geringonça nem vestido de
astronauta. :-)) Paz e Luz.

> Parece-me que o ponto "não é ciência" já foi vencido, resta provar o que?

Boa pergunta. Agora sem brincadeira, que raio de acelerador é esse? Por
acaso você está acelerando os átomos de Demócrito? Voltamos a era da ciência
autêntica? :-))

[ ]'s
Alberto
http://sites.uol.com.br/albmesq/
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm




SUBJECT: Re: [ciencialist] Metodologia cientifica
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 13/12/2000 16:13

-----Mensagem Original-----
De: "TARCISIO BORGES"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Quarta-feira, 13 de Dezembro de 2000 13:21
Assunto: Re: [ciencialist] Metodologia cientifica

> Alberto Mesquita Filho wrote:
> > Não, não e não, mil vezes não. Estamos discutindo as i.m.e., definidas
> > em minha teoria.
> Mas na mensagem original vc estava comparando a i.e.m. [que ninguém
> conhece] com a gravidade quântica [que ninguém conhece] e diz qe as duas
> são matemáticamente válidas. Aí sim eu concordo contigo, mas vale
> lembrar que a gravidade aceita não é a quântica e sim a relativística.

Então vou reconstruir o diálogo. Procure verificar quem utilizou a expressão
"gravitação quântica" pela primeira vez:

_________________________________________

Tarcísio (msg http://www.egroups.com/message/ciencialist/7524 ):
Não consigo ver onde está o cunho religioso de se estudar supercordas,
se ele existir, então estudar sua teoria também é religião.
Só para lembrar, a i.e.m. está longe de ser algo concreto.

Alberto (msg http://www.egroups.com/message/ciencialist/7529 ):
É estranho ouvir isso de um físico que supervaloriza a matemática, pois as
i.e.m. são tão concretas, matematicamente falando, quanto a suspeita de que
exista algo a mediar a gravitação ou o eletromagnetismo. E mais do que isso:
comportam leis de conservação. E ao justificarem matematicamente um fenômeno
físico que qualquer criança é capaz de constatar (e não apenas o produto de
uma ilusão quântica), há aí um certo sabor de concretismo físico ou natural.
Da mesma forma que o éter dos físicos do século passado (algo colocado
debaixo do tapete por Einstein - vide
http://www.tu-harburg.de/rzt/rzt/it/Ether.html ). No que diz respeito às
supercordas, parece-me que a única coisa concreta é a esperança de que algum
dia possa reverter em algo útil para a sociedade. Já é alguma coisa. Cá
entre nós, e que ninguém nos ouça: Não vejo muita diferença entre estudar
"física" quântica e "ciência do esprito". :-))

Tarcísio (msg http://www.egroups.com/message/ciencialist/7530 ):
Vc está falando de gravitação quântica, onde existem miríades de
partículas, uma para cada interação física [no caso os grávitrons]. A
gravitação clássica [relativística no caso] trata a gravidade como uma
deformação espacial, sem troca de partículas.

Alberto (msg http://www.egroups.com/message/ciencialist/7533): Não, não e
não, mil vezes não. Estamos discutindo as i.m.e., definidas em minha teoria.
Já cansei de dizer que não me utilizei de nenhuma hipótese da física
moderna, seja ela quântica seja ela "Hawking-clássica". Minha teoria é 100%
clássica e 100% a apoiar-se na filosofia newtoniana, e não se compromete com
nenhum dos absurdos propostos no século XX.
_________________________________________

E então? Quando você interpreta a expressão "quanto a suspeita de que exista
algo a mediar a gravitação" por "quanto a suspeita de que exista gravitação
quântica (= grávitons)", sinto muito, mas você está demonstrando que a
lavagem cerebral por que você passou na sua universidade foi muito intensa e
não tão light quanto me referi em outras msgs.

Estou fazendo questão de reproduzir os textos apenas para demonstrar para os
demais Ciencialisteiros que quando eu falo em lavagem cerebral eu estou me
referindo a um grande número de situações semelhantes a essa que observei em
muitos estudantes universitários e que não observei em estudantes de nível
secundário.

E não bastasse tudo isso, percebam o absurdo do final do texto da msg atual
(acima reproduzida): "Aí sim eu concordo contigo, mas vale lembrar que a
gravidade aceita não é a quântica e sim a relativística."

Ou seja, quem não é quântico deve ser obrigatoriamente relativista e quem
não for nenhum dos dois está excluído do Olimpo acadêmico. E depois eu é que
sou pessimista.

[ ]'s
Alberto
http://sites.uol.com.br/albmesq/
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Mecânica Quântica
FROM: "Antonio A. J. Godoy" <prof_godoy@teracom.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 13/12/2000 16:13

Olá, amigos ciencialisteiros.

Acompanhando a discussão (infindável) sobre a MQ, pensei que seria
interessante postar (como hiperlink) para os membros da lista um pequeno
resumo contendo os principais pontos da teoria quântica. Acredito que muitos
não-físicos estejam perdendo bastante da discussão, sem poder emitir
opiniões ou fazer comentários sobre o assunto, visto que a maioria dos
professores de ensino médio simplesmente ignora a física moderna em seus
cursos.

Será que o Léo não teria alguma coisa já pronta no imperdível, the best,
etc., para os nossos não-físicos se informarem?

Um abraço,

Godoy

PS: Alberto, você ainda vai ser queimado nas fogueiras da Inquisição! Aceite
a MQ, ela funciona bem demais, eu já lhe disse algumas vezes... :)



SUBJECT: Re: [ciencialist] Metodologia cientifica
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 13/12/2000 16:42

Alberto Mesquita Filho wrote:
> Então vou reconstruir o diálogo. Procure verificar quem utilizou a expressão
> "gravitação quântica" pela primeira vez:

Fui eu que usei primeiro, nunca disse o contrário. Estava interpretando
o que vc havia dito.

> E então? Quando você interpreta a expressão "quanto a suspeita de que exista
> algo a mediar a gravitação" por "quanto a suspeita de que exista gravitação
> quântica (= grávitons)", sinto muito, mas você está demonstrando que a
> lavagem cerebral por que você passou na sua universidade foi muito intensa e
> não tão light quanto me referi em outras msgs.

Não conheço sua teoria de gravitação, eu só conheço duas, a
relativística e a quântica. Portanto quando vc falou de "algo a mediar a
gravitação" supus que fosse algo quântico, visto que na gravidade
clássica não existe mediação.

Se tivesse sido mais claro... :-) o velho problema de conversa de
surdos.

> Estou fazendo questão de reproduzir os textos apenas para demonstrar para os
> demais Ciencialisteiros que quando eu falo em lavagem cerebral eu estou me
> referindo a um grande número de situações semelhantes a essa que observei em
> muitos estudantes universitários e que não observei em estudantes de nível
> secundário.

Sei que vc está bastante frustrado com o ensino superior brasileiro.
Alguns podem achá-lo bem medíocre, então está ótimo, pois eu me acho bem
medíocre, literalmente, na média, então o ensino superior medíocre
brasileiro foi feito justo para mim.

Mas ficar nesta de coitado e reclamando pelos cotovelos não vai ajudar
em nada, faz com que todos pensem que o ensino não está tão ruim, está
pior. A conseqüência disto, é que se joga no lixo cada vez mais o pouco
que temos de bom, ao invés de mudar para melhor como vc gostaria que
acontecesse. Temos sim que valorizar o pouco que temos de bom e avaliar
o que temos de ruim para que possamos mudá-lo, ficar chorando as
pitangas de não ser compreendido não melhora em nada, pelo contrário.

Quando disse que sua teoria poderia ser frustrada, não era pela teoria e
sim por sua atitude perante ela.


> E não bastasse tudo isso, percebam o absurdo do final do texto da msg atual
> (acima reproduzida): "Aí sim eu concordo contigo, mas vale lembrar que a
> gravidade aceita não é a quântica e sim a relativística."
> Ou seja, quem não é quântico deve ser obrigatoriamente relativista e quem
> não for nenhum dos dois está excluído do Olimpo acadêmico. E depois eu é que
> sou pessimista.

Vc reinterpretou o que eu disse e acabou não dizendo nada.

É bom não pôr os dois pés atrás quando ler os emails do Clovis e do
Eduardo. Leia com carinho e veja que a coisa não é tão negra como vc
apregoa.

[]s
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TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Metodologia cientifica
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 13/12/2000 17:52

-----Mensagem Original-----
De: "TARCISIO BORGES"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Quarta-feira, 13 de Dezembro de 2000 16:42
Assunto: Re: [ciencialist] Metodologia cientifica

> Não conheço sua teoria de gravitação, eu só conheço duas, a
> relativística e a quântica. Portanto quando vc falou de "algo a mediar a
> gravitação" supus que fosse algo quântico, visto que na gravidade
> clássica não existe mediação.

Isaac Newton, século XVII: "É inconcebível que a matéria bruta inanimada
possa, sem a mediação de alguma coisa, que não é material, atuar sobre, e
afetar outra matéria sem contato mútuo, como deve ser, se a gravitação no
sentido de Epicuro for essencial e inerente a ela. E esta á uma razão pela
qual desejo não me seja atribuída a gravidade inata. Que a gravitação seja
inata, inerente e essencial à matéria, de modo que um corpo possa atuar
sobre outro a distância, através do vácuo, sem a mediação de mais nenhuma
coisa, pela qual e através da qual sua ação e sua força fosse transportada
de um até outro, é para mim absurdo tão grande, que acredito que homem algum
que tenha em questões filosóficas competente faculdade de pensar, possa cair
nele. A gravidade deve ser causada por um agente que atua constantemente, de
acordo com certas leis; mas deixo à consideração de meus leitores se este
agente é material ou imaterial."

> Sei que vc está bastante frustrado com o ensino superior brasileiro.
> Alguns podem achá-lo bem medíocre, então está ótimo, pois eu me acho bem
> medíocre, literalmente, na média, então o ensino superior medíocre
> brasileiro foi feito justo para mim.

Tá querendo elogio? Não vou fazer mas também não vou concordar contigo. E
digo mais: o erro do ensino superior tem raízes bem profundas, mas creio que
não haveria mal algum se um "jardineiro" desse um trato nas folhas da
árvore. Por outro lado, as queixas que tenho apontado não dizem respeito a
nível de ensino (o que seria bom que se melhorasse) mas sim a bitolação e/ou
massificação e/ou mediocrização "de cima para baixo". E essa mediocrização é
de cunho político-econômico (não só dentro das universidades mas também) e
como tal deve ser denunciada.

> Mas ficar nesta de coitado e reclamando pelos cotovelos não vai ajudar
> em nada, faz com que todos pensem que o ensino não está tão ruim, está
> pior. A conseqüência disto, é que se joga no lixo cada vez mais o pouco
> que temos de bom, ao invés de mudar para melhor como vc gostaria que
> acontecesse. Temos sim que valorizar o pouco que temos de bom e avaliar
> o que temos de ruim para que possamos mudá-lo, ficar chorando as
> pitangas de não ser compreendido não melhora em nada, pelo contrário.

Pois eu tenho proposto saídas e tenho colocado as mesmas em prática, dentro
de minha área de atuação e de minhas possibilidades. Aqui na Ciencialist só
me resta mostrar aos demais que muita coisa está errada e que alguma coisa
deve ser feita (com a colaboração de cada um em seu setor). Ou você acha que
a política de um país muda da noite para o dia? Quando eu tinha oito anos de
idade diziam que o Brasil seria o país do futuro. Cinqüenta anos se passaram
e hoje ouço de meu neto, que talvez tenha "aprendido" isso na escola ou na
televisão, o que ouvia de meus avós. Será isso o que você chama "valorizar o
pouco que temos"? Permanecer à espera de que o "Gigante pela própria
natureza" desperte enfim do sono que desfruta "deitado em berço esplêndido"?
Abaixo o marasmo!

> Quando disse que sua teoria poderia ser frustrada, não era pela teoria e
> sim por sua atitude perante ela.

Há muito tempo atrás, quando percebi que transportava um teorizador dentro
de mim (década de 70), levei trombada de todos os lados no Olimpo acadêmico
(na área de medicina). Por questões outras, fui obrigado a seguir o rumo da
vida e deixei a medicina de lado. Mas conservei o ideal do teorizador e
transformei-me num cientista amador. Hoje utilizo-me de minhas teorias como
distração, não como fim. Para mim tanto faz o que pensem ou o que deixem de
pensar sobre minhas teorias. O que mais me chateia é verificar que o ensino
superior brasileiro está nas mãos de um bando de papagaios que só sabem
valorizar o que é escrito no exterior. Sequer lêem o que um brasileiro
escreve, a menos que o texto tenha sido lido por um estrangeiro ou por um
"referee" que passou por uma lavagem cerebral no exterior. Não é atoa que
Walt Disney nos homenageou simbolizando o brasileiro com um papagaio, o Zé
Carioca. A minha teoria pode ser uma droga, e é bem possível que seja. Porém
a frase de Newton Costa exprime bem o que é o universitário brasileiro:
"Aqui no Brasil você não encontrará um físico em condições de criticar a sua
teoria". Ou seja, não existe neste país um físico capaz de encontrar falhas
numa teoria feita por um medíocre como eu. Que mais dizer?

> > E não bastasse tudo isso, percebam o absurdo do final do texto da msg
> > atual (acima reproduzida): "Aí sim eu concordo contigo, mas vale lembrar
> > que a gravidade aceita não é a quântica e sim a relativística."
> > Ou seja, quem não é quântico deve ser obrigatoriamente relativista e
> > quem não for nenhum dos dois está excluído do Olimpo acadêmico. E depois
> > eu é que sou pessimista.
> Vc reinterpretou o que eu disse e acabou não dizendo nada.

Palavras são palavras, nada mais que palavras. Em não se dizendo nada,
diz-se tudo (aplicação do princípio da "não-ação" de Lao Tse, quero crer).
Se você não entendeu, não tem importância. Existem muitas coisas que eu ouvi
e só fui entender após 10, 20 ou 30 anos. E outras eu ainda não entendi até
hoje, mas não perco as esperanças.

> É bom não pôr os dois pés atrás quando ler os emails do Clovis e do
> Eduardo. Leia com carinho e veja que a coisa não é tão negra como vc
> apregoa.

Não entendi a indireta mas sempre leio as msgs com carinho. Até mesmo as do
Eduardo. O problema é que ele gosta de pegar no meu pé, então eu acabo dando
corda. A não ser por uma dura que dei, e com razão, e que ele se queixou,
parece-me que ele entrou na "brincadeira". E não deixa de ser uma
brincadeira séria.

[ ]'s
Alberto
http://sites.uol.com.br/albmesq/
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Sobre a TGBD
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 13/12/2000 18:19

Claudio Abreu wrote:
> impropriedades que você colocou. Assim, vamos combinar o seguinte: caso
> queira me responder, por favor envie uma cópia da mensagem para o site da
> TGBD ( tgbd@egroups.com ). Vamos lá.

Sem querer insultar, mas a TGBD é uma impropriedade. Até prova em
contrário estarei aqui para contestá-la.

> Tarcísio:
> Mas é óbvio que sua teoria carece de consistência científica.
> Claudio:
> O que para mim é obvio é o fato de você não conhecer o que é a TGBD.

Não me interessava por ela pois era abstrata demais para o meu gosto.
Mas a partir do momento que vc começou a citar absurdos para sustentar
sua teoria, então comecei a prestar mais atenção no que vc dizia.

> Era só que estava faltando... Depois da TGBD já ter sido considerada aqui na
> Ciencialist de metafísica, esotérica e outros babados mais, ela agora ganhou
> o status de divina... É mole?

Eu não disse que ela era divina, disse que ela precisava de "algo
divino" para se sustentar. Ou seja, colocar deus no meio da equação.

> E por acaso não existe simetria na TGBD, tal como foi demonstrado na
> mensagem http://br.egroups.com/message/ciencialist/7430 que ninguém aqui na
> lista comentou ou rebateu? Tarcísio, me aponte, se for capaz, alguma
> incoerência que eu tenha feito na citada mensagem.

Não há o que comentar na sua mensagem [7430] pois não há nada lá que
fuja do padrão que vc incorre desde o início, misturar teorias físicas
sérias com misticismo e a partir daí extrair uma teoria
pseudo-científica absurda e totalmente sem nexo.

> Ora a proposta central da TGBD é que algo em equilíbrio total é um bidual,
> que por sua vez é formado, entre outras condições, por quatro Unos.

Mas vc não define nada disso. Além de limitar a sua teoria a dois duais
[totalizando quadro unidades] o que é realmente suspeito, pois uma única
experimentação que prove que, em um único detalhe, esta simetria
quádrupla não existe e toda a sua teoria vai por água a baixo.

Einstein quiz limitar a sua teoria dizendo que o universo não se
expandia e acabou fazendo cagada. Vc está indo pelo mesmo caminho. A
sorte de Einstein é que era apenas um detalhe em sua teoria, mas no seu
caso é toda a teoria, toda ela se baseia nisso.

> Onde
> entra a numerologia neste caso se tudo que se observa neste mundo que esteja
> em equilíbrio sempre possue quatro componentes, a exemplo das 4 equações de
> Maxwell. Onde está a falacia nesta afirmação?

Sei que é horrível ouvir que sua teoria está errada, pois vc é o pai
dela, mas o fato é que, se vc se basear no que vc está dizendo para
defendê-la, então ela está errada. Se Einstein usasse seus argumentos
jamais teríamos a relatividade, por mais precisa e útil que ela seja.

> Desafio você, e a todos aqui desta lista, a me dar um exemplo de algo que
> esteja em equilíbrio total e que não tenha os quatro Unos.

O que é equilíbrio total e o que são so quatro unos? Vc desafia que nós
coloquemos sua teoria em xeque, mas aqui o único que suspeita conhecer a
TGBD é vc mesmo.

> Aliás, informo
> que aqui na Ciencialist, por maior que seja o ceticismo quanto à TGBD, que
> nunca ninguém conseguiu tal proeza.

É fácil dizer isto de boca cheia, gostaria de saber se os outros
concordam com isso.

> Ora, que culpa tenho eu de tudo ter uma estrutura bidual.

Vc tem a culpa de ter criado tudo isto na sua cabeça.

> Vai lá reclamar
> com Deus, ou com quem quer que seja, por feito esta coisa toda em que
> vivemos desta forma...

Estou reclamando com o próprio.

> Terra, agua, ar e fogo nada mais são do que uma visão antiga do que
> atualmente se define por Sólido, Líquido, Gasoso e Plasma, e que pela TGBD,
> são os quatros Unos do Bidual da Matéria, onde o Plasma é o Quarto Uno, por
> ser a matéria sob forma de energia. E aí eu lhe pergunto:
> 1) quais são as pedras que você vai poder atirar no meu telhado;

O quinto estado da matéria: aglomerado de Bose-Eintein.

Pronto, sua teoria está em xeque. Lembro que não é fictício, ele já foi
criado em laboratório, portanto real e reproduzível.

> 2) por acaso este não é um estudo acadêmico formal da questão, que só faz
> mal a quem não o vê, tal como você?

TGBD não é formal, nem acadêmico e a afirmação de que isto se trata de
uma teoria científica faz mal para a minha saúde mental.

> Portanto aguardo resposta. Obviamente se nota que ele nega o que havia
> afirmado que ele havia dito.
> Claudio:
> Existe duas possibilidades. Você não entendeu o que a sua fonte lhe disse,
> ou a sua fonte passou-lhe uma informação errada, e agora está arranjando uma
> forma de tirar o corpo fora, tal como você insinua.

Eu não insinuei nada, as duas interpretações são plenamente válidas.

> Quanto a aguardar uma resposta que confirme que as 11 dimensões já foram
> encontradas, tenho certeza que ela nunca virá.

É claro que nunca virá, vc leu isto no que eu transcrevi da resposta do
tal fulano. Mas isto não significa que ela não possa ser provada de
forma indireta, com os axiomas popperianos [alô Alberto! vc conseguiu
ler até aqui?].

> Isto porque as tais 11
> dimensões não existem, a não ser na imaginação fértil de quem as propos.

O tempo é a sua quarta dimensão? Então prove. Nem Einstein fez isso.

> Mas
> se você ainda tem alguma esperança que tal resposta virá, é melhor sentar e
> relaxar, pois no mínimo irá demorar.... ;-))

Estou sentado e relaxado. Se demorar não importa, ainda estarei aqui.

[]s
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TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Metodologia cientifica
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 13/12/2000 18:28

Alberto Mesquita Filho wrote:
> > visto que na gravidade
> > clássica não existe mediação.
> Isaac Newton, século XVII: "É inconcebível que a matéria bruta inanimada
> possa, sem a mediação de alguma coisa, que não é material, atuar sobre, e
> afetar outra matéria sem contato mútuo, como deve ser, se a gravitação no
> sentido de Epicuro for essencial e inerente a ela.

Eu já havia dito antes que a gravidade clássica não é a de Newton, ele
não qualificou a gravidade, apenas quantificou. Quem qualificou e
quantificou de forma mais aprimorada foi Einstein, portanto a gravidade
clássica é a relativísica. Sua citação não tem nenhum valor pois apenas
reflete a mentalidade científica da época e a necessidade do éter e
interações com contato físico direto.

[]s
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TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
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SUBJECT: Re: [ciencialist] O Tudo Absoluto
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 13/12/2000 18:42



Claudio Abreu wrote:
>
> Prezado Jocax,
>
> Voltei lá no site da TGBD e seu nome não estava mais na lista de
> participantes. Só para esclarecer: você chegou ir lá e deletá-lo?

Claro que nao. Eu ja nao recebia msg de la ha muito tempo.
Se vc nao deletou quem sabe algum espirito o fez :-)



De
> qualquer forma o fato de não estar mais recebendo mensagens, indica
> que
> você, definitivamente, não maios participa dele. Ufa!! conseguimos....
> :-))
>
> Vamos agora para o que interessa. Reproduzo primeiro os meus textos e
> os
> seus das mensagens anteriores.
>
> Claudio- Mensagem anterior:
>
> Comento agora as suas afirmações abaixo:
> "Claudio, eu nao estou no grupo da TGDB pois eu NAO concordo com ela
> como ja te expliquei.
> Eu, francamente, acho a TGBD um sistema classificatorio arbitrario e
> sem utilidade."
> Apenas relembro-lhe que você falou numa mensagem, há alguns dias atras
> que
> não gostava da TGBD, mas que nunca havia conseguido "derrubá-la" ou
> algo
> semelhante. Pergunto eu: não existe um contradição entre o que você
> falou na
> época e o que está falando agora?
>
> Jocax:
>
> Eu disse isso pq na verdade eu nunca tentei faze-lo com veemencia,
> pq acho q nao vale a pena pois ela nao esta bem definida:
> lembra qdo eu disse q vc deveria definir o q seja EQULILIBRIO
> e tudo o mais q existe nela ?
>
> Claudio - mensagem atual:
>
> Acredito que realmente a TGBD ainda não está bem definida, e estou
> devendo
> um texto mais atualizado e claro sobre ela. Quanto à questão do que
> seja
> EQULIBRIO, acho que você vai encontrar alguma resposta no endereço:
> http://br.egroups.com/files/tgbd/2.O.livro.da.TGBD/2.03.O.Equilibrio.Total.d
> oc
>
> Nele comento que Equibrio Total é uma Bidualidade, nas direções macro
> e
> micro, e nas direções laterais, para a mesma natureza e para a
> natureza
> oposta.
>
> Jocax:
> Como a teoria nao esta bem definida eu nao acho q vale a pena
> tentar derruba-la, por isso nunca consegui.
>
> Claudio - mensagem atual:
> Se você que já tentou e nunca conseguiu derrubar a TGBD, que ainda
> está
> nesta sua fase indefinida, que me dirá quando ela tiver chegado num
> nível
> adequado de definição. Só para desafiá-lo, reformulo um exemplo de
> bidualidade que encaminhei para você, o qual nunca foi respondido.

Vou ficar te devendo essa !
Tenho a humanidade toda para salvar e estou super sem tempo ! :-)))
Abracos !
[]s
jocax


E
> olha
> que ele se refere a maior paixão e aposta da sua vida que é a sua
> chamada
> Gemética, uma evolução do seu Genismo. Pela TGBD, um Ser Vivo
> interagere com
> o Meio Ambiente em que vive da seguinte forma:
>
> a) Fazendo Acão para o Meio Ambiente
>
> Dual Interno:
> 1. Genes
> 2. Memes
> Dual Externo:
> 3. Decisão
> 4. Acão para o Meio Ambiente
>
> b) Recebendo Acão do Meio Ambiente
> Dual Interno:
> 1. Genes
> 2. Memes
> Dual Externo:
> 3. Recepção
> 4. Acão do Meio Ambiente
>
> Alerto que se você conseguir falsear isto talvez esteja falseando as
> suas
> próprias teorias.
>
> Um grande abraço,
>
> Claudio Abreu
>
> eGroups Sponsor
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>
> *** --- ***
> Vote na decisao para configuracao da lista. Mensagens somente texto ou
> HTML. Para isso use o endereco:
> http://www.egroups.com/polls/ciencialist/
> *** --- ***


SUBJECT: Re: [ciencialist] Metodologia cientifica
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 13/12/2000 18:59

-----Mensagem Original-----
De: "TARCISIO BORGES"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Quarta-feira, 13 de Dezembro de 2000 18:28
Assunto: Re: [ciencialist] Metodologia cientifica

> Quem qualificou e
> quantificou de forma mais aprimorada foi Einstein, portanto a gravidade
> clássica é a relativísica.

Sem comentários.

> Sua citação não tem nenhum valor pois apenas
> reflete a mentalidade científica da época e a necessidade do éter e
> interações com contato físico direto.

Também sem comentários. Apenas uma sugestão de leitura de Einstein em
http://www.tu-harburg.de/rzt/rzt/it/Ether.html

Não havendo mais o que comentar, encerro minha participação nesta thread.
Grato por ter aguentado minhas irreverências. Não aguardo respostas sobre a
leitura sugerida pois trata-se de um assunto muito extenso e que jaz numa
praia muito distante da minha e tenho assuntos mais importantes no momento
para dedicar meu tempo.

[ ]'s
Alberto
http://sites.uol.com.br/albmesq/
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm




SUBJECT: Re: [ciencialist] Mecânica Quântica
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 13/12/2000 19:07

-----Mensagem Original-----
De: "Antonio A. J. Godoy"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Quarta-feira, 13 de Dezembro de 2000 16:13
Assunto: [ciencialist] Mecânica Quântica


> PS: Alberto, você ainda vai ser queimado nas fogueiras da Inquisição!
> Aceite a MQ, ela funciona bem demais, eu já lhe disse algumas vezes... :)

Fala baixo senão alguém vai perceber que os livros de MQ têm, enfim, alguma
utilidade. E vai ser um tal de queimar gente adoidado, pois o que tem de
material na praça!!! :-))

[ ]'s
Alberto
http://sites.uol.com.br/albmesq/
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Clonar??
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 13/12/2000 19:51

Alberto, após belas considerações 'democráticas' escreve:
>Experiência, no sentido atual do termo, talvez pudéssemos citar alguma coisa
de Eratóstenes, Arquimedes e Herón, ainda que a fé na experimentação não
fosse tão grande quanto hoje. A experimentação era encarada como algo
acessório e a complementar as encucações cerebrais, estas últimas traduzindo
o conceito de ciência verdadeira da época.<

Hoje, as experimentações não são mais acessórios e/ou complementares, estão embutidas solidamente no método científico.

Léo (msg anterior):
> Esse é meu ponto de vista (por que se esquivar) e de muitos outros,
> acredito; até um de nossos colegas lançou um desafio para apresentarem uma
> dessas cenas de reencarnação ou de atos de espíritos para que se possa
> comentar sobre ele e, de preferência (como é de minha índole) testá-lo
> aqui no meu laboratório particular onde tenho até um acelerador de
> partículas

Alberto:
>>A sociedade protetora do meio ambiente de Barretos está sabendo disso? :-))<<
Sabe e participa. O instrumental de que me utilizei para a construção do acelerador de partículas é usado diariamente, tanto em casa como nas ruas, para higienização do meio ambiente.

Léo (anterior):
> para exibir aos professores das escolas da região, por ocasião de suas
> visitas. Posso passar o projeto a quem interessar ... não é dificil
> construi-lo.

Alberto:
>>Sai prá lá, mermão. Não passo perto dessa geringonça nem vestido de
astronauta. :-)) Paz e Luz.<<

Passa sim, com certeza passa perto de um deles diariamente!

Léo (anterior):
> Parece-me que o ponto "não é ciência" já foi vencido, resta provar o que?

Alberto:
>>Boa pergunta. Agora sem brincadeira, que raio de acelerador é esse? Por
acaso você está acelerando os átomos de Demócrito? Voltamos a era da ciência
autêntica? :-))<<

Está bem, descrevo o acelerador de partículas: consta de uma vassoura comum disposta na horizontal em cujo cabo foram instalados 2 mancais de rolamento e uma polia fixa. Uma correia de máquina de costura liga essa polia fixa com a polia de um motor de máquina de costura. Ligando-se o motor a vassoura põe-se a girar loucamente atirando partículas de poeira e sujeira prá todo lado! Um autêntico acelerador de partículas!
Que queria que tivesse em casa? Um Betatron? Um Proto-síncroton? :-)))

Mas, ... pensarei seriamente num acelerador linear.....

[]'
Léo
PS: ok (tanquiu)




SUBJECT: Re: [ciencialist] Mec�nica Qu�ntica
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 13/12/2000 20:41

Meu Santo Nome, não em vão ....

Antonio A.J.Godoy escreve:
>Será que o Léo não teria alguma coisa já pronta no imperdível, the best,
etc., para os nossos não-físicos se informarem?<

Pronta, prontinha não ... em fase de elocubração sim. Não é 'simples' colocar temas no 'imperdível'.

Primeiro por ser site cujo acesso "deveria" ser quase que exclusivo de professores e alunos do ensino médio (os 'domingueiros' da ciência também o acessam ... e enviam um bocado de mensagens incríveis).
E aqui aparece algo estranho, a visita de universitários cresce dia-a-dia e, segundo mensagens que recebo (além dos tradicionais e bem recebidos 'parabéns', 'excelente' etc.), fico abismado em saber que os 'coitados' nunca jamais, em tempo algum, viram quaisquer daquelas experiências em seus anos de ensino médio. Muitos trabalhos de monografias estão baseados integralmente do Imperdível!
E isso assusta, pensava que o ensino médio no Brasil está apenas ruim, fiz o site no sentido de colaborar com a minha parte, ... mas a coisa tá bem pior, declaradamente pior!
No meu modo de pensar, a 'derrubada' do ensino ocorreu por conta do Sr Isaias Raw, quando propos a substituição da Escola Européia então em curso no Brasil (acentuadamente a Escola Francesa --- pela qual estudei) pela Escola Americana, instituindo o CESCEA, CESCEM e coisas que tais na nova técnica das 'cruzinhas', 'múltipla escolha', 'razão asserção' etc. Dai prá frente, deu no que deu.
Com essa metodologia americana bossal os alunos ingressam no nível superior ... e lá se bossabilizam mais ainda! Colocarei, muito breve, no imperdível uma coletânea de exercícios de física, seguindo a escola francesa que sempre trilhei, ... vai ser um rebú para as escolas, livros e professores. Postarei aqui (ciencialist) alguns exemplares desses exercícios, se o permitirem e, se não permitirem postarei assim mesmo :-)

Segundo, o cuidado que deve ser dado aos textos. Procuro ser o mais didático possível, escrever frases curtas, pouca ou nenhum palavra fora do 'dicionário diário' (exceto quando a denominação é essencialmente parte do assunto) etc.
Já tenho pronto meia dúzia de "Leituras sobre Relatividade Restrita" 'prontas'. Deste 'prontas' até 'on-line' tem muita cucada pela frente. Apreciaria sobejamente que os colegas lessem as Leituras já prontas e me presenteassem com críticas/sugestões, acréscimos, retiradas de itens, ajustes da língua pátria, exemplos etc.

Terceiro, NÃO ME ATREVO a escrever experimentos e textos para o nível básico (1a. a 4a.série). Não tenho competência para isso! É a coisa mais difícil do mundo! Ainda não ví um livro digno e decente de ser apresentado á essa maravilhosa meninada. Adoraria ter capacidade para tanto. Já pensou em escrever algo relativo ao movimento, tempo e energia para essa turminha?

Depois da relatividade on-line, começarei a pensar como escrever a palavra Quântica ... sem acrescentar nenhum grau de incerteza para o Imperdível! :-)


[]'
Léo





SUBJECT: Egoismo genetico(ex: apresentacao e paradigmas da mente)
FROM: "Marcelo Barbosa" <embs@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 13/12/2000 22:23

>João - Parece que o próprio Dawkins foi ultrapassado pela
sua própria
>invenção. Pois, como é obvio, se o ser são apenas genes e
memes, não
>há lá nada para se revoltar.
>
>Manuel - Não obstante essa sua interessante observação, as
pessoas
>continuam se revoltando, inclusive o Dawkins, e não há
enunciados
>científicos que sirvam de consolo. Explique essa revolta,
pela ótica
>da memética.

Não creio que os memes possuam consciência, assim como os
genes, são artefatos "burros", replicadores. Assim como
surgem genes "ruins", que não contribuem nada para a
sobrevivência da espécie (alguns podem até levar a sua
extinção, outros são inócuos), não poderiam surgir memes
ruins ou inócuos, com as mesmas características? Ou seja,
essa revolta poderia ser apenas mais um meme! Como não têm
consciência, apenas "agem", de maneira "cega" às suas
consequências. Tais memes sobreviverão se conseguirem se dar
bem na competição com outros memes (os não revoltados,
p.ex.).

Marcelo Barbosa




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Clonar??
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 13/12/2000 22:57

-----Mensagem Original-----
De: "Luiz Ferraz Netto"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Quarta-feira, 13 de Dezembro de 2000 19:51
Assunto: Re: [ciencialist] Re: Clonar??


> >>Sai prá lá, mermão. Não passo perto dessa geringonça nem vestido de
> astronauta. :-)) Paz e Luz.<<
> Passa sim, com certeza passa perto de um deles diariamente!
> Está bem, descrevo o acelerador de partículas: consta de uma vassoura
> comum disposta na horizontal...

Esse acelerador eu já conhecia. É do tempo em que eu pegava carona com a
Madame Min e íamos estudar mecatrônica mântrica, lá com os bruxos do
If-cuspe. O arranque dele é fantástico.

> Que queria que tivesse em casa? Um Betatron? Um Proto-síncroton? :-)))
> Mas, ... pensarei seriamente num acelerador linear.....

Eu já estava até pensando em ir acelerar meus elétrons no CERN de Barretos.
Ou então fazer com que a dupla de quarks clássicos da minha home page
pulsasse um pouquinho mais rápida.

[ ]'s
Alberto
http://sites.uol.com.br/albmesq/
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Clonar??
FROM: "Neville" <neville@catanduva.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 14/12/2000 00:42

->>Manuel Bulcão Pitágoras, o nome mais famoso da filosofia pré-socrática e
grande matemático da época, foi um defensor da crença da transmigração da
alma. Ele era tão cara-de-pau que chegou a afirmar que se lembrava de todas
as suas vidas passadas, inclusive quando ele era apenas um verme, um
anelídeo, rastejando na imundície.

nm -> Pelo que se percebe, Pitágoras já acreditava na evolução das espécies
2000 anos antes de Darwin !

mb -> Francamente, não vejo por que se esquivar da discussão acerca da
veracidade ou não da tese da transmigração. Mas, que fique bem
esclarecido: o ônus da prova é de quem a defende

nm -> Certo ... mas, antes de disso é preciso definir alma e mostrar que
existe ! Prefiro enfrentar os quanta.

[s] neville




SUBJECT: Re: Leituras sobre Relatividade Restrita ([ciencialist] Mec�nica Qu�ntica)
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "Daniel Leal Freire" <daniellf@highway.com.br>, "Ciencia_Lista" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 14/12/2000 08:51



Daniel Leal Freire escreve:
>Acabei o ensino médio esse ano, estou fazendo vestinbular para engenharia,
mas gostaria de me oferecer para ler os textos e tentar "ditatizar", já fiz
um curso sobre a Teoria da Relatividade no Planetário do Rio
(www.rio.rj.gov.br/planetario) e leio bastante sobre, li o livro do Einstein
da editora Contraponto e me interesso bastante sobre Cosmologia e Física em
geral.
Bom, se quiser ajuda, é só gritar<

Já gritei. Toda participação é bem vinda. Já lhe enviei em PVT as 4 primeiras Leituras em Relatividade. 'São textos que ainda devem ser trabalhados, inclusive deve-se fazer a inserção da parte 'experimental' usando o equipamento que inventei (acho que a 'patente' é minha mesmo) para ilustrar alguns pontos da relatividade na prática.
O Alberto já colaborou com a animação de algumas figuras, o que falta é adaptar essas figuras com o texto.
Aos interessados enviarei também essa parte experimental para tentar 'juntar as coisas'. Em suma ... nada está pronto para on-line ...mas, deverá ficar supimpa pro Imperdível, ou seja, poderá ser recomendado por amigos e professores, para quem quiser tomar os primeiros contatos com a Relatividade Restrita (ou Especial).

>>PS: Pq Léo e os mails vem em nome de Luiz Ferraz Netto?<<

Luiz Ferraz Netto é meu nome; Léo é meu apelido desde a infância; Léo é meu nome de guerra como professor (foi, agora delicio o Outono do Patriarca) ... Eu sou o que sou.
[]'
Léo

Léo, reforçando:
***Já tenho pronto meia dúzia de "Leituras sobre Relatividade Restrita"
'prontas'. Deste 'prontas' até 'on-line' tem muita cucada pela frente.
Apreciaria sobejamente que os colegas lessem as Leituras já prontas e me
presenteassem com críticas/sugestões, acréscimos, retiradas de itens,
ajustes da língua pátria, exemplos etc.***





SUBJECT: Re: Leituras sobre Relatividade Restrita ([ciencialist] Mec�nica Qu�ntica)
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>, "Daniel Leal Freire" <daniellf@highway.com.br>
DATE: 14/12/2000 09:04

Começaram os 'hieróglifos' novamente? Todos receberam assim? Ou será que, como dei reply sobre a mensagem do Daniel, peguei a 'formatação da máquina dele'? Essa mensagem foi enviada com: Content-Type: text/plain; charset=ISO-8859-1 ... está correto?

[]'
Léo


========================================
J=E1 gritei. Toda participa=E7=E3o =E9 bem vinda. J=E1 lhe enviei em PVT as=
4 primeiras Leituras em Relatividade. 'S=E3o textos que ainda devem ser tr=
abalhados, inclusive deve-se fazer a inser=E7=E3o da parte 'experimental' u=
sando o equipamento que inventei (acho que a 'patente' =E9 minha mesmo) par=
a ilustrar alguns pontos da relatividade na pr=E1tica.
O Alberto j=E1 colaborou com a anima=E7=E3o de algumas figuras, o que falta=
=E9 adaptar essas figuras com o texto.
Aos interessados enviarei tamb=E9m essa parte experimental para tentar 'jun=
tar as coisas'. Em suma ... nada est=E1 pronto para on-line ...mas, dever=
=E1 ficar supimpa pro Imperd=EDvel, ou seja, poder=E1 ser recomendado por a=
migos e professores, para quem quiser tomar os primeiros contatos com a Rel=
atividade Restrita (ou Especial).

>>PS: Pq L=E9o e os mails vem em nome de Luiz Ferraz Netto?<<
========================



SUBJECT: Captando ETs e 'mensagens do al�m'
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "Ciencia_Lista" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 14/12/2000 09:53

Quem quiser captar:

a) estalos e explosões ao nascer e ao pôr-do-Sol;

b) a aproximação de uma tempestade (a mais de 100 km), ela pode ser detectada pelas descargas elétricas atmosféricas que se produzem;

c) explosões solares (variações nas manchas solares) podem ser captadas;

d) explosões nucleares (programadas, para que se saiba o horário) também não escapam.

basta recorrer ao Imperdível. Coloquei on-line ontem um projeto de um "receptor de muito baixa freqüência" de fácil construção, é uma belezinha para escutar coisas que não se vê ou se escuta no dia-a-dia.
http://www.feiradeciencias.com.br/sala15/15_receptor_baixa.htm
Quem quiser procurar ETs, mensagens do além, conversas de pessoas mortas e gravar em fitas, tem ai um prato cheio! :-)

[]'
Léo

Luiz Ferraz Netto [Léo]
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leo@barretos.com.br
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www.feiradeciencias.com.br



SUBJECT: Hieroglifos e Eletronica
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "Ciencia_Lista" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 14/12/2000 10:09

Os hieróglifos continuam chegando para mim nas mensagens do ciencialist. Passei a formatação para ocidental-windows ... vejamos se chega corretamente.

Sobre os textos que vão on-line no Imperdível, sugiro, suplico e recomendo, que se dê uma chegada em

http://www.feiradeciencias.com.br/sala15/index15.htm

e percorram os textos:

01- Teoria I - Circuitos Eletrônicos
02- Práticas da Teoria I
03- Teoria II - Resistores
04- Práticas da Teoria II
05- Teoria III - Divisores de Tensão
06- Práticas da Teoria III

para terem uma idéia do tempo e cuidado que deve ser tomado.
Em particular, para seus filhos e netos de idade adequada, recomendo essas leituras pois transformam aquela 'massificação' boba da eletrodinâmica dada no ensino médio em algo agradável, inteligível e útil (e a modéstia que vá pro inferno! --- excelente local para o estudo da física térmica).:-)

[]'
Léo

E agora ... ao trabalho de 12 horas seguidas........


Luiz Ferraz Netto [Léo]
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SUBJECT: Bibbliografia de F. Quântica
FROM: "André Roncolato Siano" <roncolato.s@c4.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 14/12/2000 11:27

Saudações,



Gostaria de saber se alguém pode me indicar bibliografias/
sites credítáveis para a compreensão da Física Quântica.



Paz e luz.







SUBJECT: receita para se criar materia
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 14/12/2000 13:06

sagredus@hotmail.com wrote:
> [Borges]> [O Que Falta Descobrir - John Maddox - pág 38]
> John Maddox é o antigo editor da revista Nature?

Este mesmo. O livro é muito bom, embora esteja sem tempo para ele.


> Pelo que eu entendo, fótons NÃO criam criam matéria e antimatéria
> como prevê a famosa equação de Einstein.
> Esse processo não ocorre devido a não-conservação do momento linear.

Se o fóton criasse apenas matéria [elétron] não haveria conservação de
energia, pois um fóton no vácuo não pode andar a menos do que c e o
elétron não pode andar a c. Mas estamos falando de duas partículas, um
elétron e um pósitron e neste caso há conservação de momento, pois cada
uma é jogada para um lado.

Bem vamos então calcular a energia mínima para que um fóton crie um
elétron/pósitron, ou seja para que sua massa esteja supostametne em
repouso, ou seja ainda, será a energia mínima que o fóton precisa ter
para criar matéria.

Para tanto clamo a todos que estejam interessados em ativar a
calculadora do windows e mãos à obra.

A energia do fóton é igual a sua freqüência [vezes uma constante],
portanto temos a equação para a energia do fóton [E=f.h] onde h é a
constante de Planck. Temos também a famosa equação de Einstein [E=m.c^2]
que nos será muito útil para calcular a energia da massa. Vamos aos
dados:

F1 >> E=2m.c^2 [temos 2m pois a massa do elétron é igual a do pósitron]

F2 >> E=f.h

C1 >> m=510999,1 eVs [usarei 2m=1000000 elétrons Volts segundo]
[massa do elétron]

C2 >> c=2,99792458.10^8 m/s [usarei c=3.10^8 metros por segundo]
[velocidade da luz]

C3 >> h=4,135669.10^-15 eVs [usarei h=4.10^-15 elétrons Volts segundo]
[constante de Planck]

Aplicando F1 eu tenho
E=1000000.(3.10^8)^2= 9.10^22 eV [esta é a energia mínima do
elétron/pósitron]

Jogando em F2 teremos a freqüência:
E=f.h >> f=E/h >> f=9.10^22/4.10^-15= 2,25.10^37 Hz

Obviamente estamos falando de radiação gama. Se usarmos os números
corretos teremos 2,22.10^37 Hz, por isso arredondei.

O que acontece? O raio gama gera as duas partículas e elas saem voando
por aí até se chocarem de novo frontalmente ou orbitando em espiral até
se chocarem então é gerado dois fótons com metade da energia do fóton
original, ou seja, metade da freqüência [lembre-se E=f].

Esperei não ter complicado.

[]s
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TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
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SUBJECT: um pouco de genismo
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 14/12/2000 14:32

Acabei de receber este email de uma mailing list sobre memética.


Who knew genes could get mean?

By Globe Staff, 12/12/2000

Why do we humans so often fail miserably at losing weight, saving money,
remaining sexually faithful, or quitting smoking?

Terry Burnham and Jay Phelan, two researchers armed with a wildly
diverse
array of data and a sly sense of humor, say we can blame it on the genes
we've inherited from our hunter-gatherer forebears.

Our genes, the pair argue, encourage us to behave in ways that were
helpful to our early ancestors but that today put us at risk of obesity,
addiction, and divorce. In ''Mean Genes,'' Burnham, an economist at
Harvard's Kennedy School of Government, and Phelan, a biology professor
at the University of California, set out to explain why we do the things
we do, and to help us short-circuit some of these impulses by
understanding them better.

Globe reporter Vicki Croke talked with Burnham about wealth, happiness,
and romance.

Q. You make the point that, in many ways, our genes are outdated for
current society: We want to eat as much as we can in times of plenty, we
have trouble saving money, we can be sexual cheats. How does
understanding our genetic impulses help us curb our behavior? Can a fat
person become thin after reading ''Mean Genes''?

A. When giving advice on a topic like weight loss, it is impossible to
come up with entirely novel suggestions. By more clearly seeing the
problem, however, we predict which routes are likely to lead to success.
While I can't summarize our whole chapter in a few words, one of the key
conclusions is that people will not succeed in remaining hungry. In
other
words, calorie restriction is not the road to health and fitness, or
even
to losing weight.

Better to outsmart your passions than to attempt to overpower them with
willpower alone. We provide the insights to help people outsmart their
destructive passions. [For instance, since humans are genetically
programmed to eat more than they should, the book suggests that people
plan ahead and have a low-calorie snack available to avoid temptation by
chocolate when the urge strikes.]

Q. What about comparing ourselves to other animals? (Burnham and Phelan
compare human gender relations to those of the animals, noting that the
gender that does the most nurturing of young tends to live the longest.)

It seems this is dicey business - picking and choosing certain behaviors
from a huge repertoire in the animal kingdom. Can we really compare our
romantic partners to aggressive elephant seals who are the size of, as
you put it, fully-loaded Cadillacs? Or male bush crickets who lose a
quarter of their body weight during sex?

A. Throughout ''Mean Genes,'' we have selected stories that are true and
are representative of the vast scientific literature. For example, male
moorhens provide the bulk of baby bird care. Female moorhens are bigger
than males, females compete for males, and females are particularly
picky
when it comes to male body shapes. Females prefer small fat males ideal
for sitting on eggs. If moorhens had prisons, we speculate that all the
inmates would be female.

The lesson isn't that males should take care of the offspring; it's that
if one sex has the higher minimum investment (i.e., gestation in mammals
or egg-sitting in moorhens), then the sex that does the investment is
sought after and the sex that does the seeking dies at an earlier age
because of the pursuit itself.

Q. ''Mean Genes'' is a surprisingly fun read, filled with amazing data
that could keep any reader talking through many cocktail parties: The
Mayan practice of using a ''toad enema''; the fact that the total energy
investment of one pregnancy for one woman equals about 300 McDonald's
hamburgers; a tablespoon of semen is enough to impregnate every woman in
North America. What's your favorite ''Mean Genes'' factoid?

A. I love the attempts animals make to keep their mates from cheating.
Most people know that female black widow spiders eat their mates. Less
well known is that male black widow spiders break their sex organs off
in
females, forming a primitive but effective chastity belt.

In some species, a male will sit upon a female for days after sex
seeking
to prevent her from having sex with his rivals. In other species, males
seeking paternity carry females on their backs for prolonged periods. In
one species of worms, males use ''cement glands'' to seal their rivals'
sperm tubes shut.

Q. You are an economist, and you say that understanding genetic impulses
helps inform your field. Are you saying all disciplines could benefit
from a healthy dose of ''Mean Genes'' 101?

A. Absolutely. Anyone interested in behavior of organisms that arose by
natural selection should understand genetic evolution and science.
Psychology is the furthest along in this process, called ''Consilience''
by E.O. Wilson. Economics, sociology, philosophy, and political science
are still working with models of human nature that don't incorporate
Darwin's insights.

And I've devoted my life to improving economics, also known as ''the
dismal science.'' One of my research projects looked at why negotiations
so often fail. The answer, in my study, is that high-testosterone men
are
willing to walk away from deals that low-testosterone men accept.
Negotiation breakdowns of the sort that I studied are not supposed to
occur (according to standard economics). The role of testosterone in
this
area removes the paradox. More generally, the rebuilding of economics on
a better model of human nature will produce more accurate and useful
results.

Q. Could this help us understand the political battle between Gore and
Bush?

A. There's no data, as far as I know, on testosterone levels in
politicians.

Q. You take a potshot at the loyalty of dogs. Do you believe there is no
such thing as altruism in dogs or, for that matter, in people?

A. Both humans and dogs sometimes help others without any expectation of
repayment. So, at one level, both we and they are altruistic. These
behaviors evolved, however, for different reasons.

Dogs are domesticated versions of wolves and they have accompanied
humans
for at least the last 10,000 years. Those dogs that were nice to
ancestral humans lived long enough to have puppies. Those that didn't
pay
attention to their owners, didn't have puppies, or at least not as many.
Over many generations, human selective breeding has produced dogs that
are keenly sensitive to their owners.

So dogs are built to care about people because caring paid off for
ancestral dogs in the only currency that genes care about - offspring.
Similarly, we know that humans evolved as the great cooperators. By
working in groups, ancestral humans were able to eat, and avoid being
eaten. Accordingly, we - the descendants of those who survived - are
built with instincts that mediate cooperation.

As a consequence, humans are altruistic in certain settings. Not random
acts of altruism, but specifically the sorts of behaviors that redounded
to the benefit of ancestral humans.

Q. The book isn't really a self-help guide. And it's too funny to be a
dry text on evolution and human impulse. What is it?

A. Short, sassy and bold was our goal in the writing of ''Mean Genes.''
We hope it will be the first of a new genre of books. It provides advice
built on a bedrock of scientific knowledge without being boring.
Furthermore, it allows people to generate their own solutions, built
upon
a better understanding of human nature.

Q. What do you think is ''Mean Genes'''s most elegant solution to an
everyday human impulse problem?

A. In order to save, people need to hide the money from themselves. In
fact, ''hidden'' money is the only source of retirement funds for
average
Americans. That is, Social Security, pensions, and accumulated home
equity. The median American head of a household who is nearing
retirement
has under $10,000 in liquid financial savings. In other words, no
savings
at all that can be spent.

While there's no simple cure for drugs or obesity, savings rates are
easy
to improve. At the national level, we've done this by forcibly setting
aside a chunk of income. At the individual level, we can do this by
setting up payroll deductions that go to accounts that can't be touched
for years.

This story ran on page D1 of the Boston Globe on 12/12/2000. © Copyright
2000 Globe Newspaper Company.
--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: Re: [ciencialist] Sobre a TGBD
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 14/12/2000 14:49

Prezado Tarcísio,

Espero com esta mensagem encerrar esta nossa discussão sobre a TGBD aqui na
Ciencialist. Acredito que ela não está levando a nada, e apenas "enchendo o
saco" dos demais participantes da lista. Caso você queira continuar este
nosso debate onde temos profundas discordância, sugiro que o façamos em pvt
ou no site da TGBD. A seguir faço minhas contraargumentações finais,
ressalatndo que as farases precedidas por > são minhas, feitas na mensagem
anterior.

Tarcísio:
Sem querer insultar, mas a TGBD é uma impropriedade. Até prova em contrário
estarei aqui para contestá-la.

Claudio:
Saiba que nunca será considerado por mim um insulto algém dizer que a TGBD é
uma impropiedade desde que este alguem o faça de forma fundamentada. Saberei
assimilar tal fato, e crescerei com ele. Ocorre que você nunca o fez de
forma fundamentada. Assim, não vejo isto como um insulto seu e sim apenas
como uma impropridade sua... :-))

Tarcísio:
> O que para mim é obvio é o fato de você não conhecer o que é a TGBD.
Não me interessava por ela pois era abstrata demais para o meu gosto. Mas a
partir do momento que vc começou a citar absurdos para sustentar sua teoria,
então comecei a prestar mais atenção no que vc dizia.

Claudio:
Não sei quais são os absurdos a que se refere. Mas em nome de tentar dar um
fim a este debate, informo que você está desobrigado de tem tentar
enumerá-los. Se quiser faze-lo, faça-o em pvt, ou no site da TGBD se achar
que deva ser uma discussão pública. Ressalto que eu o Eduardo Gueron temos
mantido um bom debate sobre a TGBD em pvt. Eles me parecem ser bem mais
produtivos e menos emocionais (de parte a parte).

Tarcísio:
Eu não disse que ela era divina, disse que ela precisava de "algo divino"
para se sustentar. Ou seja, colocar deus no meio da equação.

Claudio:
Ainda bem que você esclarece que foi você que disse isso.

Tarcísio:
> E por acaso não existe simetria na TGBD, tal como foi demonstrado na
> mensagem http://br.egroups.com/message/ciencialist/7430 que ninguém aqui
na
> lista comentou ou rebateu? Tarcísio, me aponte, se for capaz, alguma
> incoerência que eu tenha feito na citada mensagem.

Não há o que comentar na sua mensagem [7430] pois não há nada lá que
fuja do padrão que vc incorre desde o início, misturar teorias físicas
sérias com misticismo e a partir daí extrair uma teoria
pseudo-científica absurda e totalmente sem nexo.

Claudio:
Esta é uma "boa" forma de debater: negar no atacado e se omitir no varejo.
Me sinto obrigado a refazer o desafio:
"Tarcísio, me aponte, se for capaz, alguma incoerência que eu tenha feito na
citada mensagem."

Lembro-lhe que com exceção da minha proposta para a explicação do porque da
gravidade, todas as demais colocações feitas naquela mensagem se
relacionaram a testar a TGBD com fatos que a ciência considera com
verdadeiros. Não sei de onde você concluiu que me utilisei de misticismo
para desenvolver a TGBD. O que acho é que se um misticismo for verdadeiro
ele também deve ser enquadrado pela TGBD.

Tarcísio:
> Ora a proposta central da TGBD é que algo em equilíbrio total é um bidual,
> que por sua vez é formado, entre outras condições, por quatro Unos.
Mas vc não define nada disso. Além de limitar a sua teoria a dois duais
[totalizando quadro unidades] o que é realmente suspeito, pois uma única
experimentação que prove que, em um único detalhe, esta simetria quádrupla
não existe e toda a sua teoria vai por água a baixo.

Claudio:
Bem talvez você nada tenha lido o suficiente sobre a TGBD para dizer "vc não
define nada disso" e alegar a tal suspeição.

Quanto a sua afirmação "uma única experimentação que prove que, em um único
detalhe, esta simetria quádrupla não existe e toda a sua teoria vai por água
a baixo." concordo em gênero número e grau. E foi por causa disto nunca ter
acontecido é que eu continuo acreditando que a TGBD é verdadeira,
independentemente de qualquer outro adjetivo que seus céticos queiram
carimbá-la (metafísica, mistica, esotérica, divina.... )

Tarcísio:
Einstein quiz limitar a sua teoria dizendo que o universo não se expandia e
acabou fazendo cagada. Vc está indo pelo mesmo caminho. A sorte de Einstein
é que era apenas um detalhe em sua teoria, mas no seu caso é toda a teoria,
toda ela se baseia nisso.

Claudio:
Sem querer desmerecer o nosso maior cientista do século e a sua notável
teoria, devo dizer que o objetivo da TGBD é muito mais amplo que a teoria de
Einstein, conforme, inclusive, fica implícito na sua afirmação acima. A
Teoria Geral da Relatividade na verdade não é geral, dado que se aplica a
apenas uma determinada área do conhecimento. Já a TGBD pretende ser geral
mesmo e se aplicar a tudo o que existe no universo e fora dele. Por outro
lado, concordo como você que se em apenas um detalhe falhar na TGBD, toda
ela irá de agua a baixo. É uma questão do tipo "tudo ou nada", mas por
enquanto tem sido o 'tudo".

Tarcísio:
Sei que é horrível ouvir que sua teoria está errada, pois vc é o pai dela,
mas o fato é que, se vc se basear no que vc está dizendo para defendê-la,
então ela está errada.Se Einstein usasse seus argumentos jamais teríamos a
relatividade, por mais precisa e útil que ela seja.

Claudio:
Lembro-lhe que esta é apenas uma opinão sua, com a qual não concordo, e
muito menos a considero horrível, e muito menos ela ve leva a concluir que a
TGBD está errada. A meu ver sua opinião não está fundamentada, pois se apega
até na presunção de que exite a necessidade de algo divino para validar a
TGBD, o que nunca foi por mim dito. E por favor não coloque Einstein nesta
história.

Tarcísio:
> Aliás, informo que aqui na Ciencialist, por maior que seja o ceticismo
quanto à TGBD, que
> nunca ninguém conseguiu tal proeza.
É fácil dizer isto de boca cheia, gostaria de saber se os outros concordam
com isso.

Claudio:
Também gostaria de saber a opinião dos demais da lista. Mas para que a TGBD
saia definitivamente da Ciencialist, que eles remetam as suas mensagens com
cópia para o site da TGBD, onde a discussão é publica e sem qualquer
censura, tal como aqui na Ciencialist. O objetivo disto é desviar esta
discussão para o seu forum apropriado. Senão este debate não acabará nunca,
pois me sentirei na obrigação de contraargumentar aqui na Ciencialist, para
o desespero daqueles que não se interessam pela TGBD.

Tarcísio:
> Desafio você, e a todos aqui desta lista, a me dar um exemplo de algo que
> esteja em equilíbrio total e que não tenha os quatro Unos.
O que é equilíbrio total e o que são so quatro unos? Vc desafia que nós
coloquemos sua teoria em xeque, mas aqui o único que suspeita conhecer a
TGBD é vc mesmo.

Claudio:
Aqui reconheço que você está certo, pois estou devendo um texto mais
elaborado para a TGBD. E talvez seja esta a maior causa de repulsas à TGBD,
tal como a sua.

Tarcísio:
O quinto estado da matéria: aglomerado de Bose-Eintein.
Pronto, sua teoria está em xeque. Lembro que não é fictício, ele já foi
criado em laboratório, portanto real e reproduzível.

Claudio:
Opa, não é bem assim. Por acaso o tal aglomerado de Bose-Einstein existe em
equilíbrio na natureza, mesmo após ter sido "parido" em laboratório? Ou
existe apenas por curto espaço de tempo para logo se transformar em outra
forma de matéria, o que demonstra que não é uma estrutura em desequilíbrio?
O mal de muitas pessoas é achar que a TGBD trata apenas do que esteja em
equilíbrio. Assim, se jurge um quinto estado físico da matéria, dentro de
uma situação de desequilíbrio, tal fato é colocado como sendo capaz de
derrubar a TGBD. Talvez isto ocorra por uma falha minha ao não esclarecer
bem este ponto nos textos que já escrevi sobre ela.

Tarcísio:
TGBD não é formal, nem acadêmico e a afirmação de que isto se trata de uma
teoria científica faz mal para a minha saúde mental.

Claudio:
Reafirmo que estou devendo um texto melhor e mais claro sobre a TGBD. Depois
que o fizer gostaria que você viesse a analisá-lo e quem sabe tavez mudasse
de opinião.

Tarcísio:
> Quanto a aguardar uma resposta que confirme que as 11 dimensões já foram
> encontradas, tenho certeza que ela nunca virá.
É claro que nunca virá, vc leu isto no que eu transcrevi da resposta do tal
fulano. Mas isto não significa que ela não possa ser provada de forma
indireta, com os axiomas popperianos [alô Alberto! vc conseguiu ler até
aqui?].

Claudio:
Não acha tudo isto uma contradição? Pelo jeito, essa forma indireta de
provar as coisas você vê como ciência. Por outro lado, você não vê como
ciência a forma direta com que eu por diversas vezes demonstrei que a TGBD
se aplica aos fatos considerados como verdadeiros. Repito: tente refutar o
que está escrito na mensagem
http://br.egroups.com/message/ciencialist/7430

Tarcísio:
> Isto porque as tais 11dimensões não existem, a não ser na imaginação
> fértil de quem as propos.
O tempo é a sua quarta dimensão? Então prove. Nem Einstein fez isso.

Claudio:
Existem duas formas de se ver a questão. Uma é você propor a TGBD e tentar
falseá-la através do seu enquadramento ou não na questão do espaço tempo. Se
você fiser isto ela passa no teste, concorda? E além de passar no teste ela
ainda induz a um aperfeiçoamento do definição do espaço, na medida em que
sendo um Terno, deva ter dois eixos formando o Dual Interno (X e Y) e o
terceiro na direção da gravidade (Z), o que é uma questão óbvia que qualquer
engenheiro sabe ao construir uma obra, mas que nunca foi visto desta forma
pela Física.

Suponhamos, agora um outro procedimento. Suponhamos que a TGBD seja
verdadeira e que, por absurdo, não soubéssemos que existisse o tempo, e que
apenas o espaço fosse conhecido. Nesta situação hipotética e absurda, se
considerada a TGBD como verdadeira, o espaço seria o Terno, com as suas três
dimensões e ficaria faltando definir qual seria o Quarto Uno. Na falta de
outro nome, suponhamos que se definisse este quarto Uno como sendo o tempo.
Pronto: estaria demostrado que o Tempo existe por ser necessária a
existência do Quarto Uno, como decorreência da veracidade da TGBD. Tudo por
uma questão de lógica.

Tarcísio:
> Mas se você ainda tem alguma esperança que tal resposta virá, é melhor
sentar e
> relaxar, pois no mínimo irá demorar.... ;-))
Estou sentado e relaxado. Se demorar não importa, ainda estarei aqui.
[]s

Claudio:
Sugiro que o faça num lugar bem bonito, de preferencia em frente ao mar,
chame uma boa amiga para lhe fazer companhia, coloque uma boa música, peça
um chopinho e alguns aperitivos, enfim escolha o que melhor que existir na
vida para tornar esta espera a mais agradável possível, pois certamente ela
será duradoura, senão eterna... :-))

A propósito, você não quer vir fazer parte do site da TGBD? Lá poderemos
continuar a nos degladiar tecnicamente, mas sem encher o saco dos demais
céticos da TGBD que existem aqui na Ciencialist. Assumi o compromisso de não
mais importuná-los com este tema. Caso contrário, sugiro que continuemos a
discuitir a TGBD em pvt. Meu email é: bidual@gbl.com.br

Paz e Luz, Tarcísio!

Um grande abraço

Claudio Abreu



SUBJECT: Re: [ciencialist] Sobre a TGBD
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 14/12/2000 15:01

Claudio Abreu wrote:
> Espero com esta mensagem encerrar esta nossa discussão sobre a TGBD aqui na
> Ciencialist.

OK. Manterei a discussão fora da lista.

==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
==========================================================


SUBJECT: Re: Bibbliografia de F. Quântica
FROM: "Clovis Maia" <gytuin@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 14/12/2000 16:19

Ola Andre,


Em materia de livros de divulgacao, ha varios por ai. Um bem light se
chama Alice no Pais do Quantum, onde o autor faz uma parodia de Alice
no Pais das Maravilhas orientada para mostrar como seria um mundo
quantico. Eh de leitura muito agradavel, por sinal.

Ate,
Clovis



--- In ciencialist@egroups.com, "André Roncolato Siano"
<roncolato.s@c...> wrote:
> Saudações,
>
>
>
> Gostaria de saber se alguém pode me indicar bibliografias/
> sites credítáveis para a compreensão da Física Quântica.
>
>
>
> Paz e luz.



SUBJECT: Re:_Bibbliografia_de_F._Qu�ntica
FROM: "................ ..........................." <roncolato.s@c4.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 14/12/2000 16:22

On Thu, 14 Dec 2000 18:19:28 -0000 Clovis Maia <gytuin@mailbr.com.br> wrote:
> Ola Andre,
>
>
> Em materia de livros de divulgacao, ha varios por ai. Um bem light se
>chama Alice no Pais do Quantum, onde o autor faz uma parodia de Alice
>no Pais das Maravilhas orientada para mostrar como seria um mundo
>quantico. Eh de leitura muito agradavel, por sinal.
>
> Ate,
>Clovis
>
>


At� sei de que livro est� falando...Agrade�o a sugest�o.


Sauda��es,

Andr�.

>
>--- In ciencialist@egroups.com, "Andr� Roncolato Siano"
><roncolato.s@c...> wrote:
>> Sauda��es,
>>
>>
>>
>> Gostaria de saber se algu�m pode me indicar bibliografias/
>> sites cred�t�veis para a compreens�o da F�sica Qu�ntica.
>>
>>
>>
>> Paz e luz.
>
>
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SUBJECT: Re: Leituras sobre Relatividade Restrita ([ciencialist] Mecânica Quântica)
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 14/12/2000 17:20

-----Mensagem Original-----
De: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>; "Daniel Leal Freire"
<daniellf@highway.com.br>
Enviada em: Quinta-feira, 14 de Dezembro de 2000 09:04
Assunto: Re: Leituras sobre Relatividade Restrita ([ciencialist] Mecânica
Quântica)


> Começaram os 'hieróglifos' novamente? Todos receberam assim?

Não. Pra mim chegou em formato normal. Acho que você deveria trocar seu
computador clássico por um computador quântico. O computador relativista não
é nenhuma Brastemp mas também quebra o galho. O grande problema é que ele
não consegue enviar msgs em 300c e portanto você jamais receberá respostas a
perguntas ainda não formuladas.

[ ]'s
Alberto




SUBJECT: RES: [ciencialist] Bibbliografia de F. Quântica
FROM: Moacir Alves Schmidt <moacir.schmidt@softtek.com>
TO: "'ciencialist@egroups.com'" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 14/12/2000 17:44

Caro André,



Você nao especificou o nivel da bibliografia que procura. Para um texto
introdutorio eu sugiro o "FISICA QUANTICA" de Robert Eisberg e Robert
Resnick. Este livro é adotado em boa parte das universidades brasileiras.
(requer conhecimentos de calculo diferencial e integral).



Abracos,



<Moacir>





-----Mensagem original-----
De: André Roncolato Siano [mailto:roncolato.s@c4.com]
Enviada em: Quinta-feira, 14 de Dezembro de 2000 10:28
Para: ciencialist@egroups.com
Assunto: [ciencialist] Bibbliografia de F. Quântica


Saudações,







Gostaria de saber se alguém pode me indicar bibliografias/

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Paz e luz.
















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SUBJECT: Re: [ciencialist] Bibliografia de F. Quântica
FROM: "Antonio A. J. Godoy" <prof_godoy@teracom.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 14/12/2000 17:56

Olá, Roncolato e demais membros

Bem, como já foi citado por alguém, um livro introdutório (para estudantes
de ensino superior) é o do Eisberg-Resnick. Se você domina matemática em
nível BEM avançado, tem também o "Mecânica Quântica", cujo autor é o prêmio
Nobel Lev Davidovitch Landau, da ed. Mir (o meu é em francês, mas acho que
existe a tradução portuguesa). Este livro é pesado, mas alguns capítulos
tratam o assunto de forma qualitativa, além de que o Landau coloca alguns
questionamentos que o nosso anti-quântico Alberto iria adorar!

Embora não sejam de forma alguma completos (e nem poderiam ser, acho... será
que estou errado?), alguns livros mais recentes de ensino médio trazem
fundamentos de MQ segundo a interpretação mais aceita pela comunidade
científica. Um exemplo é o livro que já citei aqui antes, de Alberto Gaspar
(Ed. Ática), "Física", vol. 3. Mais da metade do volume é sobre o que se
chama geralmente de "Física Moderna", i.e., relatividade restrita e MQ.

Os livros de físico-química e química inorgânica norte-americanos em nível
universitário quase sempre trazem operacionalizações importantes da teoria
quântica, com nível que varia de fácil até muito difícil. É interessante
perceber a diferença entre a MQ dos físicos e a operacionalização usada
pelos químicos, isto amplia bastante os horizontes de quem gosta do assunto.
A TOM (Teoria do Orbital Molecular) e o campo ligante são importantes
trunfos da MQ. Sobre este assunto (química quântica), os capítulos iniciais
do "Ligação Química" de Companion (Ed. Edgard Blücher) dão uma boa visão
geral.

Para os interessados em filosofia e fundamentos da ciência (Alberto, você
precisa ler este), recomendo um excelente livro da Dover Books chamado
"Perspectives in Quantum Theory", de Yourgrau e Van der Merwe(orgs.). É uma
publicação em honra aos 80 anos de Alfred Landé (que teve um grande papel na
elaboração da física quântica), com ensaios originais de figurões como Max
Born (ensaio histórico, mas muito estimulante), e "papers" de nada mais,
nada menos que De Broglie, Bohm e até Karl Popper.

O Feynman dedica a maior parte do terceiro volume de seu espetacular
"Lectures on Physics" à MQ, propondo o assunto de forma magistral; vale a
pena dar uma olhada, quem puder. A maioria das universidades deve ter o
livro do Feynman na biblioteca.

Afora estes livros que citei, tem também o "Física Moderna", do Tipler, o
terceiro volume do Alonso-Finn... Qualquer obra universitária de física
geral tem fundamentos da MQ. Alguns livros de eletrônica também abordam o
assunto, de forma simplificada.

Espero poder ter ajudado,

Godoy


----- Original Message -----
From: "André Roncolato Siano" <roncolato.s@c4.com>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Thursday, December 14, 2000 1:27 PM
Subject: [ciencialist] Bibbliografia de F. Quântica


Saudações,



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SUBJECT: Re: [ciencialist] Bibbliografia de F. Quântica
FROM: "Daniel Leal Freire" <daniellf@highway.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 14/12/2000 18:20

O livro nao fala só sobre Física Quântica, mas eu li e achei um relato muito
interessante. O lívro é A PARTE E O TODO de Werner Heisenberg (aquele do
Princípio da Incerteza). Ele conta toda sua vida como físico e a evolução da
Física das Partículas e da Quântica também. É da editora Contraponto, que
alias lançou uma série muito interessante com livros de grandes homens da
ciência, eu já nas prateleiras escritos de Einstein (Teoria da Relatividade
Especial e Geral), Poincaré (O Valor da Ciência), Bohr (Física Atômica e
Conhecimento Humano), Bacherlard (não lembro o nome do livro nem sei se é
assim que escreve o nome do autor, corrijam-me o erro por favor) e a
autobiografia do Darwin que estou lendo agora.

[ ]'s

--------------------------------
| Daniel Leal Freire
| Rio de Janeiro - Brasil
| daniellf@scientist.com daniellf@highway.com.br
| "Imagination is more important than knowledge" Albert Einstein

----- Original Message -----
From: André Roncolato Siano <roncolato.s@c4.com>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Thursday, December 14, 2000 11:27 AM
Subject: [ciencialist] Bibbliografia de F. Quântica


Saudações,


Gostaria de saber se alguém pode me indicar bibliografias/
sites credítáveis para a compreensão da Física Quântica.


Paz e luz



SUBJECT: Re: [ciencialist] RE: evolução quântica
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 14/12/2000 18:50



"................ ..........................." wrote:
>
> Bem, confesso que tive a idéia de levantar uma discussão - até que vigorosa - sobre a quântica por uma única razão: "a propriedade intrínseca de alguns conceitos quânticos causarem 'rebuliço'" :)
>
> Por outro lado, quero seriamente discutir sobre este assunto pois sou Biólogo (formado este ano!), e uma recemte publicação me chamou a atenção pois trata a evolução de um prisma diferente: a partir de explicações quânticas. Mas para não assustar quanto a origem dessas idéias vou referenciar a obra:
>
> A ESSÊNCIA DA REALIDADE publicado em 2000
> Título original: The fabric of reality
>
> O livro foi escrito por DAVID DEUSTSCH teórico em Universos Paralelos, membro do Grupo de Pesquisa em Computação Quântica e Criptografia do Laboratório Clarendon da Universidade de Oxford. O livro foi revisado pelo Prof. André Kock Torres Assis(q não conheço) do Instituto de Física e Pesquisador de Eletromagnetismo, Gravitação e Cosmologia da Unicamp.
>
> Os manuscritos do livro foram lidos e comentados (a não ser q ele mentiu rs.) inclusive por RICHARD DAWKINS E FRANK TIPLER, os quais ele trabalha e desenvolve em seu texto.
>
> O livro trabalha centrado em 4 autores principais: POPPER, DAWKINS, TURING E EVERETT, os quais ele denomina de "os 4 elementos", e discorre de assuntos, dentre outros, como evolução, tempo, teoria de tudo, fim do universo, matemática, realidade virtual e computação quântica.
>
> Gostaria de comentários sobre este assunto pois confesso q ainda não estou enterado em física quântica.
>
> Saudações a todos.
>

Caro pontinhos,

até discutiria o assunto se tivesse acesso ao texto que vc se refere.
Se vc souber de algum artigo ou mesmo trecho de tal livro com acesso via
internete, por favor divulgue. Confesso que tantos nomes importantes me
fazem desconfiar do livro além do que universos paralelos é, por
enquanto, uma mera especulação metafísica.

[]'s Eduardo.


SUBJECT: Alma do négocio...
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 14/12/2000 19:01


Caros teóricos alternativos,

alguns dos membros desta lista (eu, por exemplo) questionaram algumas
das teorias elternativas aqui levantadas e alguns dos paradoxos
apontados em teorias modernas aceitas atualmente.
Independente de qualquer coisa, gostaria de deixar claro que não
concordo com nenhuma das novas teorias que estudei um pouco melhor e
questiono os paradoxos a que tive acesso. Os autores das novas teorias,
particularmente o Alberto e o Cláudio, insistem em dizer que ninguém
conseguiu mostrar falhas ou explicar os paradoxos. Gostaria, apenas, que
ambos tivessem a humildade de dizer simplesmente que não foram
convencidos.
Isto pode ser uma bobagem mas, após uma insistente propaganda, fica a
impressão que todos os opositores foram convencidos ou, citando uma
mensagem antiga, "colocaram o rabo entre as pernas".
Notem que não entrei no mérito de quem está certo ou errado. Só peço
que não distorçam as discussões.

[]'s Eduardo.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Alma do négocio...
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/12/2000 06:08

Prezado Eduardo (e também LRB),

A seguir comento a sua mensagem.

Eduardo:
Alguns dos membros desta lista (eu, por exemplo) questionaram algumas das teorias alternativas aqui levantadas e alguns dos paradoxos apontados em teorias modernas aceitas atualmente.

Claudio:
Eu me incluo mais entre os formuladores de teorias alternativas, embora questione em parte a mecânica quântica (não quanto aos seus resultados, e sim quanto à sua complexidade, que para mim é sinônimo de que algo precisa ser aprimorado, pois o que é bom é simples) e discorde totalmente a teoria das supercordas (pela complexidade que ela envolve, e muito mais pelos descaminhos de um fantasioso espaço-tempo de 11 dimensões a que ela nos leva).

Eduardo:
Independente de qualquer coisa, gostaria de deixar claro que não concordo com nenhuma das novas teorias que estudei um pouco melhor e questiono os paradoxos a que tive acesso. Os autores das novas teorias, particularmente o Alberto e o Cláudio, insistem em dizer que ninguém conseguiu mostrar falhas ou explicar os paradoxos. Gostaria, apenas, que ambos tivessem a humildade de dizer simplesmente que não foram convencidos.

Claudio:
Não vejo por aí.

Eu e você, Eduardo, tivemos um bom diálogo em pvt, que como você me autorizou, deverá está disponível no site da TGBD, o que é sinônimo de estar disponível na Ciencialist. Aliás, acho que finalmente descobri uma forma de debater a TGBD com pessoas da Ciencialist que queiram fazê-lo, em "encher o saco" de quem não quer saber da minha proposta. Espero repetir esta experiência com o Tarcísio Borges (também grande cético da TGBD) e com o Moacir Alves Schmit (que ainda não chegou lá e espero que não chegue... :-)) ) e torço para que eles também concordem com a divulgação de nossos debates no site da TGBD, tal como você concordou. Acho que debater em pvt é muito mais produtivo, pois reduz ao mínimo a tendência a emoção a que normalmente leva um debate público.

Meu grande moderador LRB, esta não é uma boa solução?

Na nossa conversa em pvt você tentou me convencer que a TGBD não está com nada, e eu tentei convencê-lo que ela está com tudo, e assim ninguém convenceu ninguém. Desta forma, eu também poderia lhe dizer que você deveria ter a "humildade de dizer simplesmente que não" foi convencido.

Nunca se esqueça que sempre existem dois lados da questão. Ressalto que a discordância é válida e necessária, e que para mim foi muito proveitoso debater em pvt com você. Quanto a dizer quem está com a razão, somente o tempo dirá. De qualquer forma, qualquer pessoa da Ciencialist que quiser avaliar o nosso debate e ver quem "ganhou" poderá fazê-lo, e também se manifestar sobre as temas discutidos. É uma forma bem inteligente e democrática de debater ciência não acha?

Eduardo:
Isto pode ser uma bobagem mas, após uma insistente propaganda, fica a impressão que todos os opositores foram convencidos ou, citando uma mensagem antiga, "colocaram o rabo entre as pernas".

Claudio:
Não vejo desta forma.

Respeito sua opinião divergente, mas me reservo o direito de continuar acreditando nas minhas idéias. Na última mensagem que escrevi para o Tarcísio, e também nas que escrevi para você em pvt, reconheci que realmente estou devendo um texto melhor elaborado sobre a TGBD. Acredito que se eu conseguir transmitir tudo que já sei sobre a TGBD, de uma forma mais clara e precisa, o nível de aceitação da minha teoria será maior e menor o nível de repulsas duras mas sinceras.

Veja que você e o Tarcísio me ajudaram a chegar a esta conclusão. Afinal, acabo me esquecendo que as pessoas não sabem quase nada sobre a TGBD, simplesmente porque eu ainda não consegui transmitir o que sei sobre ela, e mesmo porque ela ainda tem seus buracos a tampar e falhas a corrigir. Nenhuma culpa maior sua Eduardo, a não ser o seu estilo afoito e rude de contestar novas idéias que você ainda não teve a oportunidade de conhecer. A culpa maior é minha e do estado de desenvolvimento da TGBD.

Eduardo:
Notem que não entrei no mérito de quem está certo ou errado. Só peço que não distorçam as discussões.
[]'s Eduardo.

Claudio:
Espero que com esta mensagem tenha colocado as coisas no seu devido lugar.

Finalizando, gostaria muito que você, Eduardo, aceitasse participar do site da TGBD. Já o convidei em pvt, mas você ainda não aceitou, talvez por achar que entrar nele é sinal de que concorda com a TGBD. Saiba que lá você sempre poderá expressar a sua opinião na sua plenitude, para contestar ou para concordar. E este convite e condições é válido para todos participantes da Ciencialist, por mais céticos que possam ser com relação à TGBD. Sinceramente, saibam todos que eu estou em busca da verdade e não de carícias no meu ego. Apenas saibam que nunca deixarei de defender com todo o empenho aquilo em que acredito.

Um grande abraço,

Claudio Abreu




[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Alma do négocio...
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/12/2000 06:50

-----Mensagem Original-----
De: "Eduardo Gueron"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Quinta-feira, 14 de Dezembro de 2000 19:01
Assunto: [ciencialist] Alma do négocio...

> Os autores das novas teorias,
> particularmente o Alberto e o Cláudio, insistem em dizer que ninguém
> conseguiu mostrar falhas ou explicar os paradoxos. Gostaria, apenas, que
> ambos tivessem a humildade de dizer simplesmente que não foram
> convencidos.

Não respondo pelo Cláudio. Quanto a mim, a msg está dúbia, creio que
propositalmente, necessitando pois de um esclarecimento. Discutimos teorias
minhas e paradoxos que eu apresentei. Disse e repito que nenhuma crítica, no
sentido verdadeiro da palavra, foi apresentada pelo Sr. Eduardo a qualquer
de minhas teorias. Ele simplesmente se limitou a dizer coisas do tipo:

________________________

Eduardo:
1) O que eu quero insistir apenas é que não se inventa teorias novas do
nada. Pouquíssimos foram capazes disso e, quando foram, havia uma série de
problemas conhecidos nas teorias anteriores. Os problemas levantados em seu
texto são frágeis, pelo que eu pude entender, vejo apenas falhas na
interpretação de conceitos. http://www.egroups.com/message/ciencialist/6869

Alberto: Nada a comentar.
________________________

Eduardo:
2) Como a sua, há outras milhares de teorias sobre tudo que pipocam nas
universidades do Brasil e do mundo. Por que então escolhem umas teorias e
não outras? Certamente não é por causa do Kuhn ou do Poper.
Eu sei que, pelo volume apresentado, vc deve ter perdido muito tempo em seus
delírios. Se argumentos experimentais não valem, 100 anos de testes
(medidas, o spin quantizado é uma medida independente da teoria) em física
não valem para vc que coloca próton e elétron no mesmo barco. Que considera
spin como giro da partícula, interessante que partículas neutras (nêutron,
neutrinos) têm spin portanto, segundo sua "teoria" gira não interagem
eletromagneticamente mas não é o "giro" que produz
eletromagnetismo? http://www.egroups.com/message/ciencialist/6909

Alberto:
Quanto ao primeiro parágrafo, nada a comentar. Quanto ao segundo, apenas
revela a vontade do autor do texto em aparecer, supondo efetuar críticas a
algo que demonstra efetivamente não ter lido. A resposta a essas asneiras
foram dadas na msg http://www.egroups.com/message/ciencialist/6914 . Por
essa resposta fui acusado de "apelar para o desmerecimento" pelo Sr. Eduardo
o qual, diminuindo-se ainda mais, acusou-me também de "avesso a críticas de
'crianças'" conforme exposto em
http://www.egroups.com/message/ciencialist/6952
________________________

3) Na msg 6914 (link acima) o Sr. Eduardo faz considerações sobre a
partícula múon, partícula não descrita na minha teoria em discussão (ainda
que comento alguma coisa no meu Web no capítulo relativo a falácias da
relatividade) e evolui numa mistura total entre a minha teoria e a
relatividade, concluindo que o spin clássico, que comento de passagem (mas
não na teoria em si) seria absurdo pois vai contra os postulados da teoria
da relatividade e da mecânica quântica. Ou seja, o Sr. Eduardo deixa patente
que desconhece a minha teoria e desconhece a lógica da teorização e portanto
não é pessoa, na atualidade, confiável para emitir juízo de valor a qualquer
teoria que seja. O único conselho que posso dar a respeito é: Já que se
julga "criança" (msg 6952), cresça e apareça.

Na mesma msg comete erros do mesmo tipo (mistura a minha teoria com a de
Maxwell) quando afirma: "entrando um pouco na sua teoria sobre elétrons (ou
prótons), eu quero dizer que vc não pode fazer uma teoria eletromagnética em
torno de partículas desta natureza. Vc deve considerar sempre a carga que é
um escalar de acoplamento em qualquer teoria eletromagnética. O
eletromagnetismo clássico (ou qualquer outro) deve valer para qualquer coisa
que tenha carga, ou seja, elétron, pósitron, próton, etc..."

Estas e outras afirmações foram respondidas, a meu ver de maneira
excessivamente delicada, coisa que o Sr. Eduardo tem demonstrado não
merecer, em http://www.egroups.com/message/ciencialist/6954
________________________

4) Na msg http://www.egroups.com/message/ciencialist/6962 o Sr. Eduardo
parece perceber a mancada que cometeu anteriormente quando diz: "Claro que
sempre alguém pode inventar algo que dê certo, não sei,...". Não obstante,
continua insistindo no mesmo erro ao afirmar: "mas o efeito que falei do
momento angular é estritamente relacionado à deformação do espaço..." Ou
seja, dá a entender que eu posso inventar alguma coisa desde que não invente
algo que destrua outras invenções do passado (deformação do espaço) e que
não supus como hipótese de minha teoria. Persiste pois a incoerência do Sr.
Eduardo, a demonstrar que em termos de teorização e/ou crítica de teorias o
único conselho que posso dar a ele é que permaneça calado, pois diz asneiras
atrás de asneiras (mesmo quando mistura frases que isoladamente poderiam
estar corretas).

Na mesma msg pede-me que responda, através de minhas teorias, assuntos que
sabidamente iriam me levar a gastar algo próximo a 30 mensagens longas até
que colocasse todos os demais ciencialisteiros a par de entender o que ele
pretende que eu explique. Como, por exemplo, justificar as bandas de
valência? Pergunto aos professores de química de segundo grau: Quantas
aulas vocês gastam para colocar seus alunos em condições de poderem entender
o que sejam bandas de valência a ponto de poderem ser "explicadas" pela
física quântica? Transformando em páginas Web, em quantas mensagens, digamos
de 20 Kb, isso poderia ser feito? Pois o Sr Eduardo crê que me colocou em
xeque através de um questionamento deste tipo, pois a minha teoria não
explica o que a teoria quântica o faz, a seu ver de maneira extremamente
elementar. É ou não é um perfeito idiota que está apenas querendo aparecer
frente aos demais?

Apesar disso dei-me ao trabalho de responder, com argumentos outros, a essas
e a outras idiotices, e a resposta está em
http://www.egroups.com/message/ciencialist/6969
________________________

Com respeito aos paradoxos, creio que o Sr. Eduardo refere-se às discussões
cujas msgs estão mapeadas em
http://sites.uol.com.br/albmesq/Dialogos/dsfcvm3.htm . Se alguém não estiver
conseguindo acessar o meu Web as msgs da thread são, principalmente: 6835,
6843, 6844, 6846, 6847, 6855, 6857, 6874, 6885, 6891, 6892, 6894, 6898, 6904
(algumas dessas msgs são do Tarcísio).

Quanto a esses paradoxos e à falta de humildade referida pelo Sr. Eduardo,
qual seja, "Gostaria, apenas, que ambos tivessem a humildade de dizer
simplesmente que não foram convencidos", o que tenho a dizer é que existem
pessoas que não merecem essa consideração e ele, desde sua primeira msg na
Ciencialist, tem demonstrado seu mau caráter e portanto não tem o direito de
cobrar nada de ninguém. É lamentável que existam brasileiros tão mau
preparados para o diálogo quanto o Sr. Eduardo. E mais lamentável é eu
precisar recorrer à opinião de um estrangeiro para demonstrar que quando
estou em meio a uma discussão com pessoas respeitáveis, sei perfeitamente
demonstrar essa humildade que ele gostaria que eu tivesse para com ele.
Neste caso sugiro que leiam o que afirmou o Paul Draper, em 1998, após eu
ter reconhecido que realmente o Paul Andersen (do sci.physics.relativity)
havia me colocado em xeque (e percebam que não foi um xeque mate). Esta
opinião está em
www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/einstein_equivalence_principle.html
(vide última msg).

Quanto à "explicação" que o Sr. Eduardo teria dado a algun(s) de meus
paradoxos, o que afirmei em msg recente foi apenas: "Há controvérsias.
:-))". Ora, isso é quase equivalente a "dizer simplesmente que não fui
convencido", o que, "na visão dele", retrataria um comportamento humilde de
minha parte. Ou seja, mais uma vez o Sr. Eduardo está demonstrando sua total
falta de caráter.

Perdoe-me Sr. Eduardo mas também em termos de humildade o Sr. tem ainda
muito o que aprender. Estou quase concordando contigo: Sua arrogância é
própria de "crianças" mimadas e mau educadas de cerca de 8 anos de idade (o
termo entre aspas é seu, msg 6952).

> Isto pode ser uma bobagem mas, após uma insistente propaganda, fica a
> impressão que todos os opositores foram convencidos ou, citando uma
> mensagem antiga, "colocaram o rabo entre as pernas".
> Notem que não entrei no mérito de quem está certo ou errado. Só peço
> que não distorçam as discussões.

Caro Sr. Eduardo, não há como distorcer as discussões. Todas elas foram
realizadas em público e felizmente o e-Groups mantém as msgs arquivadas. O
que é muito bom pois sempre existem indivíduos de mau caráter, como o Sr.,
disposto a distorcer a realidade. Não gosto de chegar a esse extremo mas o
único que posso fazer por ora é dizer: Responda o que quiser a esta mensagem
e considere o nosso papo encerrado. Em outras palavras: "Vá procurar a sua
turma". Paz e Luz, mermão.

[ ]'s
Alberto
http://sites.uol.com.br/albmesq/
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Bibliografia de F. Quântica
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/12/2000 08:38

-----Mensagem Original-----
De: "Antonio A. J. Godoy"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Quinta-feira, 14 de Dezembro de 2000 17:56
Assunto: Re: [ciencialist] Bibliografia de F. Quântica

Olá, Godoy

> Este livro é pesado, mas alguns capítulos
> tratam o assunto de forma qualitativa, além de que o Landau coloca alguns
> questionamentos que o nosso anti-quântico Alberto iria adorar!

Se for do Landau deve ser coisa boa, mas realmente é pesado (aliás, existe
um livrinho leve que ele escreveu para o leigo sobre a relatividade, mas não
sei se chegou a fazer o mesmo para com a quântica).

Quanto ao anti-quântico, permita-me discordar. Com respeito à física
quântica eu me considero mais um agnóstico. O problema é que não é toda hora
que aparece por aqui quânticos (ou pelo menos amantes da quântica, pois não
sei se esta é realmente a sua praia preferida) de nível igual ao seu ou
igual ao do Belisário (vale o mesmo comentado no entre parênteses anterior).
Via de regra sou questionado por moleques que decoraram a equação de
Schrödinger, aprenderam a resolvê-la graficamente e se julgam profundos
conhecedores de algo que efetivamente desconhecem. E mais: procuram me
atacar pelo que reconhecidamente deixo claro não saber, julgando que para
teorizar em física eu deveria aprender o que eles não conseguiram, por mais
que tentassem. Nestes momentos procuro deixar claro que não assumi as
hipóteses da teoria quântica nem da relatividade, mas eles insistem em
demonstrar que são ou ignorantes ou estão agindo de má fé. Começo então a
tirar o sarro deles com assuntos relativos à física quântica que, modéstia a
parte, e para finalidades humorísticas, domino muito mais do que eles. E as
vezes noto, com pesar, que você ou o Belisário ou outros físicos de respeito
que por aqui aparecem, ficam chateados com o que digo, certamente com razão.
Já cheguei a comentar algo desse tipo com o Belisário (sobre o mau ensino
vigente em nossas universidades, mesmo aquelas consideradas de ponta) e até
mesmo em outras msgs que postei aqui recentemente (ao me referir à opinião
de Mário Schenberg). Enfim, não tenho nada contra a física quântica e muito
menos contra os físicos quânticos de respeito. E até mesmo aqueles que estão
aprendendo física quântica, desde que também me respeitem. Sinto se alguns
de vocês se sentiram ofendidos com as minhas brincadeiras, mas não foi essa
a minha intenção.

Embora não tenha nada contra a física quântica, perceba também que não é
justo que a universidade proponha a formação de uma espécie de Partidão
(partido único) a impossibilitar o desenvolvimento de novas teorias. E não
digo dificultar, digo proibir mesmo (poderia relatar episódios que fariam o
mundo ridicularizar nossas universidades). Procure, por exemplo, entre seus
amigos físicos, quantos optaram pela teorização (não confundir físico
teorizador com físico teórico, pois isso é outra coisa). Por outro lado, não
sei porque todo mundo está preocupado em me aconselhar a que estude teoria
da relatividade e/ou mecânica quântica (recentemente é o conselho que mais
tenho recebido aqui na Ciencialist). Saibam que já estudei muito mais do que
o necessário para o desenvolvimento das minhas teorias. Mesmo porque, se
voltássemos ao passado, mas precisamente ao ano de 1897, quando Thompson
descobriu os raios catódicos, eu poderia desenvolver uma teoria quase
idêntica àquela que apresento em meu Web Site. Ou seja, não utilizei nenhuma
hipótese das teorias que surgiram no século XX e, quando muito, percebi que
muitas das experiências realizadas nesse século compatibilizavam-se com as
minhas idéias (e essas experiência não são nem clássicas nem modernas, são
simplesmente observações experimentais não compromissadas com teoria
nenhuma).

> Para os interessados em filosofia e fundamentos da ciência (Alberto, você
> precisa ler este), recomendo um excelente livro da Dover Books chamado
> "Perspectives in Quantum Theory", de Yourgrau e Van der Merwe(orgs.). É
> uma publicação em honra aos 80 anos de Alfred Landé (que teve um grande
> papel na elaboração da física quântica), com ensaios originais de figurões
> como Max Born (ensaio histórico, mas muito estimulante), e "papers" de
> nada mais, nada menos que De Broglie, Bohm e até Karl Popper.

Esses livros sempre me atraem, principalmente se tiver artigos destes quatro
citados além de outros, como Heisenberg, Schrodinger, Einstein, Dirac, etc.
Perceba, no entanto, que trata-se de um interesse de natureza filosófica
e/ou histórica, jamais algo a me convencer mais do que os seus trabalhos
originais. Via de regra me estimulam a que persista pelo caminho que tracei.
A grande maioria desses autores demonstra, nestes artigos, a insatisfação
por não terem conseguido chegar onde pretenderam, o que é próprio de autores
de respeito. Ou seja, nenhum deles me aconselharia a que abandonasse minhas
idéias, como tem tentado fazer a quase totalidade dos físicos brasileiros
que se dignam a conversar comigo.

[ ]'s
Alberto
http://sites.uol.com.br/albmesq/
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: T. do Alberto, F. Quântica e a bibliografia (era: Bibliografia de F. Quântica)
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/12/2000 10:43

Fala, negada. Não tenho tido tempo de ler todas as mensagens, nem mesmo
as sobre quântica, que são as que mais me causam espécie, e muito menos de
respondê-las, para minha infelicidade. Mas, faz-se o que pode, tenho lido
algumas coisas. Vamos a isto:

---- Original Message -----
From: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>

> (...) E as
> vezes noto, com pesar, que você ou o Belisário ou outros físicos de
respeito
> que por aqui aparecem, ficam chateados com o que digo, certamente com
razão.
> Já cheguei a comentar algo desse tipo com o Belisário (sobre o mau ensino
> vigente em nossas universidades, mesmo aquelas consideradas de ponta) e
até
> mesmo em outras msgs que postei aqui recentemente (ao me referir à opinião
> de Mário Schenberg).

Bem, se houve algo, nada ficou. Continuo às mil maravilhas.

Quero dizer também que a teoria do Alberto parte de pressupostos
diferentes que a Relatividade e a Quântica. O propósito da teoria parece-me
ser justamente reproduzir as previsões experimentais da Relatividade e da
Quântica através de uma teoria alternativa, que não exiba um rompimento
conceitual com a Física Clássica tão agudo como aquelas duas (corrija-me,
Alberto, se eu estiver enganado). E, ao que parece, que também seja
epistemologicamente mais "aceitável" - o "defeito epistemológico" das outras
teorias seria o privilégio da matematização em detrimento do conteúdo físico
(vejo com muitas reservas esse "defeito", entretanto).

Há tempos tivemos, eu e o Alberto, uma boa conversa envolvendo e-mails
de 14 Kb escritos às 5 da manhã que me divertiu às pampas, mas que não pude
sustentar devido à escassez de tempo. E também devido ao reconhecimento de
que dificilmente poderia contestar a teoria do Alberto através de críticas
pontuais, concentrando-me em um ou outro fenômeno físico específico. Pois,
como a teoria forma um todo, a discussão em relação a um único fenômeno
sempre acabava se ramificando muito e era difícil manter o fio da meada.
(Não sei como Bohr e Einstein conseguiam discutir entre si aquelas coisas,
mas, enfim, quem pode, pode...).

A coisa que percebi através da tentativa de concentrar-me em fenômenos
específicos foi o seguinte. Na maior parte das vezes, não dá para falsear a
previsão de uma teoria com relação a um fenômeno específico (Popper adoraria
ouvir isto), pois os fenômenos em geral dependem de uma parte considerável
da teoria. É necessário encontrar fenômenos "cruciais" que dependem de um
único princípio da teoria, a fim de isolar esse princípio e tentar
falseá-lo. Assim, toda vez que tentamos falsear a teoria do Alberto
fixando-nos a um fenômeno específico que sabemos que tem essa característica
"crucial" com relação à relatividade ou a quântica (exp. de Stern-Gerlach,
de Michelson-Morley, etc.), não conseguimos, porque na teoria do Alberto
provavelmente esses experimentos não exercem esse papel epistemológico. Deve
haver outros experimentos que permitam fazer isso.

Pergunto então ao Alberto (não resisto a não esperar para ler seu site):
já existe alguma formulação axiomática para sua teoria?

Em tempo: fiz meu mestrado e doutorado em Física Atômica e Molecular, na
teoria de espalhamento entre elétrons e moléculas - portanto, um banho de
Física Quântica. Isso só para resolver um parênteses que o Alberto pôs em
sua mensagem. Porém, a esta altura mandei ao diabo a pesquisa direta com
Física e agora trabalho com divulgação científica. Isso porque o grau de
especialização da Física está tão alto que estava muito insatisfeito com a
impossibilidade de chafurdar em outras áreas desta ciência.

A Física Quântica parece-me uma teoria completa com relação à sua
dimensão "operacional" (dentro de suas limitações de aplicabilidade, claro -
nada de campos gravitacionais intensos, etc.): ela prevê os fenômenos. Mas
qualquer um que tenha estudado mais ou menos a fundo a epistemologia da
Quântica reconhece que não há um aparato conceitual satisfatório dando
"roupagem" às equações. Esse aparato está incompleto. A Interpretação de
Copenhague parece ser o melhor que nós temos - apesar de nas últimas décadas
ter havido algum "sincretismo" com outras interpretações, como a
interpretação dos múltiplos universos de Everett (por ex., os diagramas de
Feynmann, largamente usados na Física das Partículas, parecem se inspirar
nesta interpretação). A Interpretação de Copenhague, porém, possui, sim, eu
não diria inconsistências, mas pontos epistemologicamente confusos. A
questão do colapso da função de onda e do papel do observador, por exemplo.
Todo mundo sabe usar, mas, quando se pensa no que significa... Tentativas de
"ajustar" a Interpretação de Copenhague e torná-la consistente foram feitas,
não sei com que grau de sucesso (vide "The Interpretation of Quantum
Mechanics", de Charles Omnès). Segundo andei ouvindo em um seminário do
epistemólogo unicampestre Silvio Seno Chibeni, a teoria de David Bohm,
apesar das Desigualdades de Bell e da experiência de Alain Aspect (1981),
parece que ainda continua possível, porque a experiência de Aspect contrapôs
Relatividade e as teorias de variáveis ocultas locais, e a de Bohm é uma
teoria de variáveis ocultas não-local. (Perdoem-me os tecnicismos deste
parágrafo.)

Além disso, prejudica muito a compreensão da Quântica o fato de seu
sistema axiomático ser tão hermético. Os sitemas axiomáticos expostos em
livros universitários em geral são improvisações utilitárias. Os rigorosos,
como por exemplo o de d'Espagnat, estão ocultos em densos livros de
epistemologia e longe do conhecimento dos físicos comuns - que, aliás, não
parecem se interessar muito por isso, o que parece ir contra a tese de que a
Física Moderna dá ênfase demais à Matemática (adianto que eu nunca me
aprofundei em tais sistemas).

Fiz o "download" e imprimi quase toda o site do Alberto e estou prestes
a degluti-lo aos poucos. Se eu puder entendê-la como um conjunto, talvez
possamos dirigir melhor uma discussão. Enquanto não há uma formulação
axiomática, acho que esta é a única saída. Ademais, causa-me muita
curiosidade quando alguém afirma que construiu uma teoria inteira que
reproduz os resultados experimentais da Física Moderna sem suas
idiossincrasias conceituais mais graves - e curiosidade talvez tão grande
por saber que preço foi pago para tanto.

Em tempo II: o Alberto reclama do caráter epistemológico esquisito das
teorias atuais, que parecem inverter as coisas ao privilegiar a Matemática
em detrimento da Física. Mas vejo que a sua teoria também é um tanto
heterodoxa do ponto de vista epistemológico (se eu a estiver interpretando
corretamente), pois foi parece ter sido construída por motivos estéticos:
para não haver os trementos rompimentos conceituais da Física Moderna,
apelou-se para outro aparato teórico que prevê os mesmos resultados.

Até a próxima,
Belisário




SUBJECT: Re: [ciencialist] Empuxo de Newton
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/12/2000 11:03

Hm... chafurdando rapidamente pelas mensagens que não havia lido,
encontrei isto aqui:

----- Original Message -----
From: Antonio A. J. Godoy
Sent: Thursday, November 23, 2000 4:02 PM
Subject: [ciencialist] Empuxo de Newton


> Concordo com o
> Alberto quando afirma que o empuxo de Newton vem complementar a análise do
> "Balde", mas me parece que a questão do absoluto já está resolvida há
tempos
> (viva Mach!)... Ou será que não?
>
> Abraços a todos,
>
> Godoy

Depois que descobriram a radiação cósmica de fundo (radiação homogênea
que permeia todo o Universo e que parece ser remanescente de eras próximas
ao Big-Bang), parece que a questão voltou à tona, ou deveria ter voltado.
Porque podemos eleger o "sistema absoluto" como aquele no qual a radiação
cósmica de fundo é isotrópica. Se estamos num referencial a velocidade
constante em relação a esse referencial absoluto, então o efeito Doppler se
manifestará e haverá deslocamento para o vermelho de um lado e para o azul
do outro, uma assimetria na radiação de fundo.

No livro "Dobras do Tempo", de George Smoot e Keay Davison, (Editora
Rocco, 1995) encontrei o seguinte dado: a velocidade da galáxia em relação à
radiação cósmica de fundo (ou em relação ao sistema no qual essa radiação é
isotrópica) é de cerca de 600 quilômetros por segundo (pág. 151).

Inté,
Belisário




SUBJECT: Re: [ciencialist] Alma do négocio...
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/12/2000 11:10


----- Original Message -----
From: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>

> Neste caso sugiro que leiam o que afirmou o Paul Draper, em 1998, após eu
> ter reconhecido que realmente o Paul Andersen (do sci.physics.relativity)
> havia me colocado em xeque (e percebam que não foi um xeque mate). Esta
> opinião está em
>
www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/einstein_equivalence_principle.html
> (vide última msg).

A mensagem do Paul Draper é a seguinte:

------------
Now this is the kind of thing that doesn't happen often enough in this
newsgroup:

Paul Draper
01/08/98

Alberto Mesquita Filho wrote:

> Thanks to all the ones that answered to the presented theme and,
especially, to Paul Andersen for convincing me that I was wrong and that the
subject is much more complex than I was imagining.
> I also thank Nathan Urban by the links. I agree with Ken Fischer's
opinion:
> > I don't think so. And I would not like to think the Equivalence
Principle is wrong.
> and I increase: Physics is more beautiful with Einstein Equivalence
Principle.
> Sincerely
> Alberto Mesquita Filho
------------

Se o Paul Draper estivesse nesta lista, creio que ele diria exatamente o
mesmo.

Até,
Belisário




SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Pergunta Banal - Vida, e o que mais?
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 15/12/2000 12:08



Moacir Alves Schmidt wrote:
>
> Sabe-se que não há nenhuma definição de vida que satisfaça todos os
> cientistas. Mas
> uma boa aproximação seria dizer que um organismo vivo é aquele que tem a
> capacidade
> de se reproduzir, mantendo a maior parte das suas características. Além
> disso, deveria
> haver reações químicas em seu interior (isto exclui os vírus, inclusive os
> de computador).

Mas porque haveriamos de querer excluir os virus? Acho que a
inclusão do item das reacções quimicas só serve para que a
nossa definição de vida se ajuste à vida que nós conhecemos.

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com




SUBJECT: Re: [ciencialist] Pergunta Banal - Vida, e o que mais?
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 15/12/2000 12:09



Roberto Fernando wrote:
>
> Vida não é aquilo que : nasce, cresce, envelhece e morre ?

Como um incendio numa floresta ??

Ou como uma discussão na ciencialist sobre o que é a vida?

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com




SUBJECT: Re: [ciencialist] Resultados da pesquisa de opinião para ciencialist
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 15/12/2000 12:11



Luiz Ferraz Netto wrote:
>
> Sob protesto aceitarei o resultado da pesquisa. Preferia que houvesse ganho o uso do html com bom senso ou o uso de texto simples + anexo. Algumas figuras .gif, como anexo, seriam bem vindas em algumas explicações (nos mais variados temas). Temos nos sacrificados com textos em situações onde uma simples figura explanaria tudo!
> Mas, vá lá ... antes texto puro do que código Morse ou sinais de fumaça!

Pode-se criar uma lista paralela para enviar esse tipo de coisas.
Só subscreve quem quer e só recebe quem quer.
Só que se corre o risco de dividir a lista em duas.

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com




SUBJECT: Re: [ciencialist] Bibliografia de F. Quântica
FROM: "Antonio A. J. Godoy" <prof_godoy@teracom.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/12/2000 12:31

Olá, povo. Vou comentar alguns trechos da msg do Alberto.

----- Original Message -----
From: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Friday, December 15, 2000 10:38 AM
Subject: Re: [ciencialist] Bibliografia de F. Quântica


> Quanto ao anti-quântico, permita-me discordar. Com respeito à física
> quântica eu me considero mais um agnóstico. O problema é que não é toda
hora
> que aparece por aqui quânticos (ou pelo menos amantes da quântica, pois
não
> sei se esta é realmente a sua praia preferida) de nível igual ao seu ou
> igual ao do Belisário (vale o mesmo comentado no entre parênteses
anterior).

O "anti-quântico" é só para não perder o hábito de pegar no pé do Alberto.
Na verdade, quando travamos conhecimento através do extinto newsgroup
uol.ciencia.fisica, divergimos de maneira contundente em nossas opiniões.
Percebendo posteriormente que de fato ele possui uma sólida base filosófica,
passei a prestar mais atenção em seus argumentos e encontrei certa
ressonância com o pensamento de alguns dos mais eminentes quânticos. Fui, de
certa forma, estimulado a estudar mais quântica do que o que ordinariamente
se estuda na universidade, desde então (acho que em nov. de 99 travamos
nossa primeira "briga"), lendo e estudando livros que estavam à espera há
anos em minha biblioteca. Meu conhecimento não é, de forma nenhuma, no nível
do Belisário (interrompi meu bacharelado em física no último ano), e
quântica não é exatamente minha praia. Tenho apenas 25 anos e sou professor
de Ensino Médio e pré-vestibulares no norte do Paraná desde que comecei o
curso de Física; mas gosto muito de discutir sobre epistemologia e filosofia
da ciência, também desde o início de minha graduação em Física na UEL em
1993. Assim, toda a física do séc. XX me interessa muito e sou fã da teoria
quântica por sua grande operacionalidade e resultados precisos. Hoje estudo
Química na UEM, e cada vez mais gosto de quântica e de suas aplicações,
inúmeras na química como citei na msg anterior. E acho que, com todo
respeito e que me perdoem as exceções, foi o pensamento do tipo "partidão"
imperante na academia que me desestimulou muito durante o curso de física. A
prática pedagógica ensinou-me ao longo desses anos que não é proibido pensar
independentemente, como tentaram me fazer crer. E acredito também que na
minha praia (ensino de ciências) - "minha" praia sem pretensão, por favor -
muitos títulos não são sempre sinônimo de competência profissional. Tive
professores ótimos, alguns sem Ph.Ds, e toupeiras, melhor, papagaios cheios
de títulos e pós-docs. É verdade que andei meio injuriado algum tempo atrás
com a intensidade e o volume das msgs sobre filosofia da ciência aqui no
ciencialist, e fui embora. Pensando melhor, posteriormente, vi que mesmo
acompanhando as discussões da lista quase sempre à distância (sem tomar
parte), eu me incentivava a estudar mais um pouco, aprofundar mais meu
conhecimento; então decidi retornar e não me arrependo da decisão. É sempre
edificante conversar com ícones do ensino de física como o Léo e pensadores
como o Alberto. Isto sem falar nos demais membros, que vez por outra nos
brindam com suas opiniões.

> Via de regra sou questionado por moleques que decoraram a equação de
> Schrödinger, aprenderam a resolvê-la graficamente e se julgam profundos
> conhecedores de algo que efetivamente desconhecem. E mais: procuram me
> atacar pelo que reconhecidamente deixo claro não saber, julgando que para
> teorizar em física eu deveria aprender o que eles não conseguiram, por
mais
> que tentassem.

Acho que a primeira reação que todos os físicos têm quando o Alberto
questiona a MQ é violenta. Afinal, são pelo menos dois semestres na
faculdade enfiados em operadores, autofunções e o caramba-a-quatro, e mais
todas as matérias que envolvem MQ (nuclear, partículas e campos, estado
sólido, etc.), e mais um monte de coisas que para aprendermos temos de ralar
um monte; aí chega um médico e diz que discorda epistemologicamente da MQ? É
pra deixar qualquer um doido de raiva... No entanto, como fã assumido deste
ramo da física, encontrei em minhas leituras mais recentes, como já afirmei,
muitas ressonâncias de "figurões" com a discordância epistemológica acerca
da MQ. O que considero inquestionável é o sucesso experimental das previsões
baseadas neste modelo não-clássico. Não conheço a teoria do Alberto na
íntegra, apenas alguns excertos ocasionalmente postados nesta lista ou em
alguns news, portanto não posso comentá-la. Limito-me a participar vez por
outra de discussões e encher o saco com a história da fogueira da
Inquisição!

> as vezes noto, com pesar, que você ou o Belisário ou outros físicos de
respeito
> que por aqui aparecem, ficam chateados com o que digo, certamente com
razão.

No meu caso, especificamente, a chateação passou quando percebi que seus
questionamentos me induziam a buscar respostas e estudar mais física para
poder compreendê-los e contestá-los de forma racional e coerente.

> Já cheguei a comentar algo desse tipo com o Belisário (sobre o mau ensino
> vigente em nossas universidades, mesmo aquelas consideradas de ponta) e
até
> mesmo em outras msgs que postei aqui recentemente (ao me referir à opinião
> de Mário Schenberg). Enfim, não tenho nada contra a física quântica e
muito
> menos contra os físicos quânticos de respeito. E até mesmo aqueles que
estão
> aprendendo física quântica, desde que também me respeitem. Sinto se alguns
> de vocês se sentiram ofendidos com as minhas brincadeiras, mas não foi
essa
> a minha intenção.

Na minha última postagem, eu também estava brincando quando chamei você de
anti-quântico, não fique chateado por favor. Não quis ser de forma nenhuma
pejorativo.

> Embora não tenha nada contra a física quântica, perceba também que não é
> justo que a universidade proponha a formação de uma espécie de Partidão
> (partido único) a impossibilitar o desenvolvimento de novas teorias. E não
> digo dificultar, digo proibir mesmo (poderia relatar episódios que fariam
o
> mundo ridicularizar nossas universidades). Procure, por exemplo, entre
seus
> amigos físicos, quantos optaram pela teorização (não confundir físico
> teorizador com físico teórico, pois isso é outra coisa). Por outro lado,
não
> sei porque todo mundo está preocupado em me aconselhar a que estude teoria
> da relatividade e/ou mecânica quântica (recentemente é o conselho que mais
> tenho recebido aqui na Ciencialist).

Isto faz parte do pensamento comum, acredito, a todos os físicos da
ciencialist e talvez da maioria do físicos em geral: para podermos
questionar alguma teoria é preciso estudar muito, mas muuuito mesmo aquela
teoria e conhecer a fundo sua estrutura matemática para além da conceitual.
Isto porque, como todos sabem, às vezes a interpretação da estrutura
matemática de uma teoria leva a resultados (observáveis, geralmente) que
contradizem o senso comum, sendo o conceito puro e simples insuficiente na
descrição dos fenômenos.

>Saibam que já estudei muito mais do que
> o necessário para o desenvolvimento das minhas teorias.

Ooooops... os antigos gregos chamavam isto de "nêmesis"... :)

> Mesmo porque, se
> voltássemos ao passado, mas precisamente ao ano de 1897, quando Thompson
> descobriu os raios catódicos, eu poderia desenvolver uma teoria quase
> idêntica àquela que apresento em meu Web Site. Ou seja, não utilizei
nenhuma
> hipótese das teorias que surgiram no século XX e, quando muito, percebi
que
> muitas das experiências realizadas nesse século compatibilizavam-se com as
> minhas idéias (e essas experiência não são nem clássicas nem modernas, são
> simplesmente observações experimentais não compromissadas com teoria
> nenhuma).

Isto é para mim fato novo e interessante. Nestas férias vou dar uma olhada
com carinho em suas teorias.

Godoy: > > Para os interessados em filosofia e fundamentos da ciência
(Alberto, você
> > precisa ler este),...

Alberto: > Esses livros sempre me atraem, principalmente se tiver artigos
destes quatro
> citados além de outros, como Heisenberg, Schrodinger, Einstein, Dirac,
etc.
> Perceba, no entanto, que trata-se de um interesse de natureza filosófica
> e/ou histórica, jamais algo a me convencer mais do que os seus trabalhos
> originais.

Mas é por isso mesmo que você deve ler este livro! Ele contém subsídios
filosóficos que irão talvez incentivá-lo mais ainda a prosseguir em sua
busca de uma forma clássica de descrever os fenômenos quânticos. Eu, por
minha vez, apesar dos fortes argumentos existentes nos "papers"
(especialmente o de Popper), acho que talvez os argumentos clássicos não
sejam suficientes para descrever tais fenômenos e realmente necessitemos da
MQ. Me permito discordar dos "figurões" questionadores assim como você se
permite discordar da interpretação "oficial". Talvez tenhamos que melhorar a
teoria, completá-la (acho que os demais físicos irão concordar comigo... ou
não?), mas nunca abandoná-la completamente.

Que diria Planck se soubesse que sua primitiva hipótese iria se desdobrar
tanto e dar tanta dor-de-cabeça para nós, ciencialisteiros? Só Ele (Deus,
onde anda vc estes últimos dois dias?) pode nos responder com segurança...

Forte abraço a todos,

Godoy
--
Prof. Antonio A. J. Godoy
High School teacher of Physics and Chemistry
Amateur Physicist - Chemistry Student
Mandaguari - Paraná - Brasil

+55 44 9962 3455
ICQ #28370022

prof_godoy@teracom.com.br

" Se pude ver mais longe do que outros, é porque estive apoiado em ombros de
gigantes..."
Isaac Newton--



SUBJECT: [ciencialist] Empuxo de Newton
FROM: "Antonio A. J. Godoy" <prof_godoy@teracom.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/12/2000 12:51

Olá, Belisário

> >a velocidade da galáxia em relação à
> >radiação cósmica de fundo (ou em relação ao sistema no qual essa radiação
é
> >isotrópica) é de cerca de 600 quilômetros por segundo

Eu não sabia disto, mas realmente um fato como este pode reacender a vela
da busca pelo "absoluto". E o éter, seria também passível de ser
ressuscitado graças a esse fenômeno?

Um abraço,

Godoy






SUBJECT: Queda livre
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/12/2000 13:11

Estava eu a pensar sobre a inconsistência apontada pelo Alberto sobre o
princípio da equivalência [a da carga caindo, ainda não resolvido] e
mais sobre o empuxo de Newton descrito pelo nosso professor Leo e mais
também ao elevador de Einstein ao qual sempre recorro quando se trata de
gravidade e então chego a seguinte conclusão:

"Um objeto em queda livre não está acelerado"

Bem, os dados estão lançados... façam suas apostas e depois eu demonstro
como a coisa funciona. Quero que discordem ou concordem e digam o
porque.

[]s
==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
==========================================================


SUBJECT: Re: [ciencialist] Alma do négocio...
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 15/12/2000 13:52



Caro Alberto,

me impressiona a sua falta de capacidade (ou intenção) de entender uma
mensagem. Veja que o Cláudio, igualmente criticado em minha mensagem,
não se ofendeu com minhas colocações. Simplesmente, caro professor
Alberto, pedi que vcs respeitassem as opiniões contrárias e, da mesma
maneira que vc não foi convencido de nada, os seus opositores também não
se convenceram.

Outra coisa, vamos parar de editar mensagens para fortalecer seus
ataques estúpidos, isto é desonesto. Engraçado a mania que vc tem de
responder distorcendo a pergunta ou a afirmação, me lembra um certo
prefeito de SP ...

Vamos corrigir então suas asneiras...

> 3) Na msg 6914 (link acima) o Sr. Eduardo faz considerações sobre a
> partícula múon, partícula não descrita na minha teoria em discussão (ainda
> que comento alguma coisa no meu Web no capítulo relativo a falácias da
> relatividade) e evolui numa mistura total entre a minha teoria e a
> relatividade, concluindo que o spin clássico, que comento de passagem (mas
> não na teoria em si) seria absurdo pois vai contra os postulados da teoria
> da relatividade e da mecânica quântica. Ou seja, o Sr. Eduardo deixa patente
> que desconhece a minha teoria e desconhece a lógica da teorização e portanto
> não é pessoa, na atualidade, confiável para emitir juízo de valor a qualquer
> teoria que seja. O único conselho que posso dar a respeito é: Já que se
> julga "criança" (msg 6952), cresça e apareça.

Eu comento a clássica observação dos múons, veja bem OBSERVAÇÃO. Sua
teoria, como vc admite em seu site, não explica tal FATO. Vc supõe que a
alteração da vida média do múon pode existir devido a um "giro" que
seria uma espécie de spin clássico. Eu questiono dizendo que a
conservação deste giro seria absurda. Argumento ainda que existem outras
EXPERIÊNCIAS que mostram que um relógio atômico funciona diferente em
uma nave em órbita do espaço. E vc tenta desmerecer o meu argumento
dizendo que são explicações baseadas em mecânica quântica ou
relatividade. Note que, já na mensagem por vc citada, eu insistia que
estava descrevendo experimentos.



> Eduardo:
> 1) O que eu quero insistir apenas é que não se inventa teorias novas do
> nada. Pouquíssimos foram capazes disso e, quando foram, havia uma série de
> problemas conhecidos nas teorias anteriores. Os problemas levantados em seu
> texto são frágeis, pelo que eu pude entender, vejo apenas falhas na
> interpretação de conceitos. http://www.egroups.com/message/ciencialist/6869

Me referia basicamente aos paradoxos por vc levantados tanto que, a
partir daí, passamos a discutir o problema dos dois trens. Argumentei
que a sua idéia de velocidade da luz era diferente da dos outros.

>
> Na mesma msg comete erros do mesmo tipo (mistura a minha teoria com a de
> Maxwell) quando afirma: "entrando um pouco na sua teoria sobre elétrons (ou
> prótons), eu quero dizer que vc não pode fazer uma teoria eletromagnética em
> torno de partículas desta natureza. Vc deve considerar sempre a carga que é
> um escalar de acoplamento em qualquer teoria eletromagnética. O
> eletromagnetismo clássico (ou qualquer outro) deve valer para qualquer coisa
> que tenha carga, ou seja, elétron, pósitron, próton, etc..."
>

> Estas e outras afirmações foram respondidas, a meu ver de maneira
> excessivamente delicada, coisa que o Sr. Eduardo tem demonstrado não
> merecer, em http://www.egroups.com/message/ciencialist/6954
> ________________________
>
> 4) Na msg http://www.egroups.com/message/ciencialist/6962 o Sr. Eduardo
> parece perceber a mancada que cometeu anteriormente quando diz: "Claro que
> sempre alguém pode inventar algo que dê certo, não sei,...".

Não, caro Alberto, estava deixando claro que alguma teoria alternativa
no mundo pode funcionar, é apenas a introdução de um parágrafo.

>Não obstante,
> continua insistindo no mesmo erro ao afirmar: "mas o efeito que falei do
> momento angular é estritamente relacionado à deformação do espaço..." Ou
> seja, dá a entender que eu posso inventar alguma coisa desde que não invente
> algo que destrua outras invenções do passado (deformação do espaço) e que
> não supus como hipótese de minha teoria. Persiste pois a incoerência do Sr.
> Eduardo, a demonstrar que em termos de teorização e/ou crítica de teorias o
> único conselho que posso dar a ele é que permaneça calado, pois diz asneiras
> atrás de asneiras (mesmo quando mistura frases que isoladamente poderiam
> estar corretas).
>
Bem, a sua desonestidade (na argumentação, claro) está muitíssimo
evidente nesta edição. Eu citei que a precessão dos planetas, e não
somente a de Mercúrio, já havia sido bem observada e que algumas teorias
que até conseguiram explicar bem a de Mercúrio falhavam redondamente
quando outros planetas eram considerados. A razão teórica disso é que
foi medido que a precessão depende do momento angular dos planetas de
uma maneira que só a relatividade geral prevê (aí eu ressaltei que
outras teorias podem ser inventadas ainda) quando estuda a geometria do
espaço-tempo. O contexto da discussão era a ausência de uma teoria
alternativa de gravitação que explicasse fenômenos simples OBSERVADOS
como o citado. Referia-me, inclusive, a teoria do Andre Assis.

> Na mesma msg pede-me que responda, através de minhas teorias, assuntos que
> sabidamente iriam me levar a gastar algo próximo a 30 mensagens longas até
> que colocasse todos os demais ciencialisteiros a par de entender o que ele
> pretende que eu explique. Como, por exemplo, justificar as bandas de
> valência? Pergunto aos professores de química de segundo grau: Quantas
> aulas vocês gastam para colocar seus alunos em condições de poderem entender
> o que sejam bandas de valência a ponto de poderem ser "explicadas" pela
> física quântica? Transformando em páginas Web, em quantas mensagens, digamos
> de 20 Kb, isso poderia ser feito? Pois o Sr Eduardo crê que me colocou em
> xeque através de um questionamento deste tipo, pois a minha teoria não
> explica o que a teoria quântica o faz, a seu ver de maneira extremamente
> elementar. É ou não é um perfeito idiota que está apenas querendo aparecer
> frente aos demais?
>

Caro Alberto, creio que o perfeito idiota aqui é o senhor mas é somente
uma opinião, não interessa.
Citei o exemplo da banda de valência para lhe mostrar que há inúmeras
teorias que chegam a fenômenos simples mas o mérito da mecânica quântica
está em explicar muito mais. Se vc propõe uma nova teoria tem que
explicar, no mínimo, todos os EXPERIMENTOS que as outras explicam.
Vc não reproduziu aqui o meu pedido para que sua teoria eletromagnética
prevesse um fenômeno mais simples - a onda eletromagnética. Sabe, pelo
que pude ver da sua teoria, ela não chega a tanto. Pode ser que eu tenha
errado, mas isto seria suficiente para mostrar que a sua teoria está
equivocada, nada mais é necessário, nem Popper, nem Kuhn, nem Lacatus.


>
> Quanto a esses paradoxos e à falta de humildade referida pelo Sr. Eduardo,
> qual seja, "Gostaria, apenas, que ambos tivessem a humildade de dizer
> simplesmente que não foram convencidos", o que tenho a dizer é que existem
> pessoas que não merecem essa consideração e ele, desde sua primeira msg na
> Ciencialist, tem demonstrado seu mau caráter e portanto não tem o direito de
> cobrar nada de ninguém. É lamentável que existam brasileiros tão mau
> preparados para o diálogo quanto o Sr. Eduardo. E mais lamentável é eu
> precisar recorrer à opinião de um estrangeiro para demonstrar que quando
> estou em meio a uma discussão com pessoas respeitáveis, sei perfeitamente
> demonstrar essa humildade que ele gostaria que eu tivesse para com ele.
> Neste caso sugiro que leiam o que afirmou o Paul Draper, em 1998, após eu
> ter reconhecido que realmente o Paul Andersen (do sci.physics.relativity)
> havia me colocado em xeque (e percebam que não foi um xeque mate). Esta
> opinião está em
> www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/einstein_equivalence_principle.html
> (vide última msg).
>

Então não afirme em mensagens anteriores que ninguém havia conseguido
contestar sua teoria.

> Quanto à "explicação" que o Sr. Eduardo teria dado a algun(s) de meus
> paradoxos, o que afirmei em msg recente foi apenas: "Há controvérsias.
> :-))". Ora, isso é quase equivalente a "dizer simplesmente que não fui
> convencido", o que, "na visão dele", retrataria um comportamento humilde de
> minha parte. Ou seja, mais uma vez o Sr. Eduardo está demonstrando sua total
> falta de caráter.
>
> Perdoe-me Sr. Eduardo mas também em termos de humildade o Sr. tem ainda
> muito o que aprender. Estou quase concordando contigo: Sua arrogância é
> própria de "crianças" mimadas e mau educadas de cerca de 8 anos de idade (o
> termo entre aspas é seu, msg 6952).
>

Não há referees capazes de julgar a minha humildade... Aliás, vc
insiste em dizer que eu uso a ciencialist para aparecer. No entanto,
aparecer como? Mostrando que vc tá errado? Nesse caso, sou apenas mais
um citando os conhecimentos básicos de um iniciado em física, não de um
gênio.


> Caro Sr. Eduardo, não há como distorcer as discussões. Todas elas foram
> realizadas em público e felizmente o e-Groups mantém as msgs arquivadas.

E todo mundo vai todos os dias verificar as mensagens de uma lista com
mais de 20 mensagens por dia... Aliás, a do "rabo entre as pernas" nem
era do egroups. Também não foram documentados as discussões em que vc
deixava todos os pós graduandos do IFUSP sem argumentos...

> O que é muito bom pois sempre existem indivíduos de mau caráter, como o Sr.,
> disposto a distorcer a realidade. Não gosto de chegar a esse extremo mas o
> único que posso fazer por ora é dizer: Responda o que quiser a esta mensagem
> e considere o nosso papo encerrado. Em outras palavras: "Vá procurar a sua
> turma". Paz e Luz, mermão.
>

Para mim, realmente, o papo com o senhor está encerrado. Mas pode ficar
tranquilo que há muito trouxa no mundo capaz de ser iludido.

Além do que, vc pertence a uma família influente e será capaz de editar
quantos livros forem necessários com suas novas, revolucionárias e
geniais teorias.

Eduardo.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Queda livre
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 15/12/2000 13:59



TARCISIO BORGES wrote:
>
> Estava eu a pensar sobre a inconsistência apontada pelo Alberto sobre o
> princípio da equivalência [a da carga caindo, ainda não resolvido] e
> mais sobre o empuxo de Newton descrito pelo nosso professor Leo e mais
> também ao elevador de Einstein ao qual sempre recorro quando se trata de
> gravidade e então chego a seguinte conclusão:
>
> "Um objeto em queda livre não está acelerado"
>
> Bem, os dados estão lançados... façam suas apostas e depois eu demonstro
> como a coisa funciona. Quero que discordem ou concordem e digam o
> porque.
>
> []s

Caro Tarcisio,

um objeto em queda livre está acelerado mas a sua aceleração é
exatamente igual a aceleração da gravidade a que ele está submetido, é o
que se chama de referencial localmente plano.
Portanto os experimentos medidos em tal referencial (a menos de
problemas relacionados ao seu tamanho como a aproximação de bolinhas
citada em uma de minhas mensagens anteriores) chegarão aos mesmos
resultados se forem feitos em um referencial inercial com velocidade
constante.

[]'s Eduardo.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Queda livre
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 15/12/2000 14:47

Eduardo Gueron wrote:
> um objeto em queda livre está acelerado mas a sua aceleração é
> exatamente igual a aceleração da gravidade a que ele está submetido, é o
> que se chama de referencial localmente plano.

Ahnnn... Uma resposta interessante.


> Portanto os experimentos medidos em tal referencial (a menos de
> problemas relacionados ao seu tamanho como a aproximação de bolinhas
> citada em uma de minhas mensagens anteriores) chegarão aos mesmos
> resultados se forem feitos em um referencial inercial com velocidade
> constante.

Não me lembro exatamente do negócio das bolinhas, mas acho que se deve a
atração gravitacional entre elas.

Me diga então qual é a sua interpretação para um objeto em repouso sobre
a superfície da Terra. Já que o objeto em queda livre está
necessariamente acelerado. Gostaria de saber.

[]s
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TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
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SUBJECT: Re: Alma do negocio
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 15/12/2000 15:26

Bem, nao tenho acompanhado a discussao (ou, antes, as discussoes) q. tem
rolado aqui no ciencialist.

Achei q. a mensagem abaixo reproduzida vem bem a calhar. Nao q. eu
concorde absolutamente com ela, mas tem alguns pontos interessantes.

Qto ao Mesquita em particular. Nao quero puxar o saco de ninguem, nem
bancar o advogado, mas junto-me ao Belisario para confirmar sua
honestidade na defesa de suas ideias. Ideias com as quais nao concordo,
mas aih jah eh outra opiniao, jah q. nao tenho conhecimento de causa
suficiente para julgar o merito.

Ressalto a honestidade apresentada daquele (pelo menos ateh hoje) *sem*
detrimento sobre a honestidade de outrem, particularmente entre os q. nao
foram citados.

Claro, nao q. o meu depoimento valha alguma coisa, soh pra constar.

[]s,

roberto takata

---------- Forwarded message ----------
Date: Thu, 14 Dec 2000 16:51:29 -0200
From: ****
Reply-To: biologia@ib.usp.br
Subject: [Lista da Bio] achei muito ilustrativo...

Gente, este texto saiu na folha de hoje;

Acho que diz muito sobre o comportamento de todos nós, em todo e qualquer tipo de debate.
Pessoalmente, preferia ser diferente. Um abraço a todos.

Rodolfo

CONTARDO CALLIGARIS


O paradoxo da razão e de Narciso

"Será que o Timor Leste deve mesmo ser independente?" Estava
voltando de Dili, quando um amigo me colocou essa pergunta.
Respondi, sem refletir, que não havia mais escolha. É o argumento
óbvio, que vale nos lugares onde a brutalidade da repressão deixou
um passivo inesquecível.
Onde isso não aconteceu, tomar partido é complicado. Será que a
Catalunha deve se separar da Espanha? E a Córsega da França?
Em geral, aplaudimos a idéia de que todos têm direito de decidir seu
destino. Que as pessoas e os povos escolham livremente se querem
associar-se ou dissociar-se! Viva a autodeterminação.
Por outro lado, acreditamos que a razão deveria sugerir caminhos
de convivência e de harmonia universais. Compartilhando uma
mesma faculdade de pensar, poderíamos apaziguar todos os nossos
dissídios à condição de argumentar segundo a santa razão.
Isso em tese, pois, de fato, sempre nos acompanha o sentimento de
diferenças irreconciliáveis, que só serão resolvidas a facadas.
Tendemos a explicar essa contradição da forma seguinte: no
caminho da razão e da paz universal, nos perdemos correndo atrás
de ódios étnicos e religiosos, racismos, egoísmos e oportunismos -
paixões alimentadas por nosso narcisismo doentio. Extraviados, em
vez de raciocinar, gritamos: "A minha (etnia, religião, opinião) é
melhor que a sua...". "
Sujeitos racionais poderiam calmamente decidir quem jogou melhor
no domingo passado. Agora, se você tiver uma paixão (irracional)
para o Corinthians, e eu para o Palmeiras, não haverá diálogo.
Pois bem, esse iluminismo espontâneo, pelo qual nossa razão seria
uma sábia conselheira, leva chumbo no relatório de Richard Nisbett
sobre "Cultura e Sistemas de Pensamento", que já comentei aqui na
semana passada.
Nisbett e seus colegas conceberam uma experiência para verificar
se ocidentais e orientais lidam de maneiras diferentes com os
argumentos que contestam suas opiniões. Os pesquisadores
reuniram dois grupos, ambos compostos por coreanos e
norte-americanos.
Ao primeiro grupo, eles apresentaram uma série de argumentos a
favor de subvencionar uma pesquisa científica. Todos os membros
desse primeiro grupo (coreanos ou americanos) foram
uniformemente convencidos. Ao segundo grupo, eles apresentaram
os mesmos argumentos a favor, mas acrescentaram uma outra série
de argumentos (mais fracos) contra o projeto de pesquisa.
Aqui apareceu a diferença: os coreanos levaram em conta os
argumentos contrários e ficaram menos convencidos da
necessidade de fundar a pesquisa. Os americanos, longe disso, uma
vez examinados os argumentos contrários, ficaram mais favoráveis
ainda ao projeto que estava sendo criticado. De fato, eles ficaram
mais entusiastas que seus conterrâneos que não foram expostos a
nenhuma contestação do projeto.
Nisbett e colegas concluem: quando lhes forem apresentados
argumentos contra, os orientais questionam sua própria opinião,
enquanto os ocidentais, paradoxalmente, exaltam sua posição inicial.
A lógica da reação é esta: quanto mais você me critica, tanto mais
me convenço de que estou certo.
Está assim refutada a idéia de que o diálogo e o debate possam
resolver nossos conflitos. Aparece uma propriedade inesperada da
conduta racional ocidental: a oposição não produz argumentação,
mas um fortalecimento "paixonal" da posição inicial.
Estávamos acostumados a perceber a razão como árbitro imparcial
que tenta conciliar nossas diferenças raivosas. Eis que, segundo a
experiência de Nisbett, a própria razão alimenta a divisão e o
conflito.
Podíamos imaginar ingenuamente que houvesse dois sujeitos dentro
de cada um de nós: por um lado, o idiota de Narciso, apaixonado por
sua própria imagem e cuidadoso apenas de seu interesse. Pelo
outro, um sujeito nobre e desinteressado que gostaria de obedecer à
razão. A superioridade desse último brilharia num conflito moral
resumido pela pergunta: você gosta mais da sua cara ou da
verdade? Ora, a experiência proposta por Nisbett mostra que
Narciso e a razão caminham juntos, indissociáveis e sem
contradição. Aliás, nosso racionalismo fomenta nosso narcisismo:
longe de controlar nossas paixões, a razão tem paixões por conta
própria.
Curioso paradoxo: somos dotados de um formidável instrumento de
debate, mas esse instrumento é sem muita eficácia para nós, pois,
no fundo, pouco nos interessa que a razão triunfe. Só nos interessa
ter razão.
P.S.: Há uma explicação possível desse paradoxo. A razão
ocidental é fundada na certeza subjetiva: em princípio, os sujeitos
sabem intuitivamente o que é racional ou não. Por exemplo, "uma
afirmação não pode ser ao mesmo tempo verdadeira e falsa": essa
certeza não vem dos livros nem da autoridade da tradição. Ela está
em cada um de nós. Exercer a razão significa confiar em nossa
intuição subjetiva. Talvez não seja de estranhar que o exercício da
razão acabe encorajando um gigantismo do sujeito, o qual, uma vez
que é dono da verdade, confunde facilmente suas razões com "a"
razão.
E-mail - ccalligari@uol.com.br



SUBJECT: Re: [ciencialist] Empuxo de Newton
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/12/2000 15:36

Oi, Antônio:

----- Original Message -----
From: Antonio A. J. Godoy

> Olá, Belisário
>
> > >a velocidade da galáxia em relação à
> > >radiação cósmica de fundo (ou em relação ao sistema no qual essa
radiação
> é
> > >isotrópica) é de cerca de 600 quilômetros por segundo
>
> Eu não sabia disto, mas realmente um fato como este pode reacender a vela
> da busca pelo "absoluto". E o éter, seria também passível de ser
> ressuscitado graças a esse fenômeno?

Acho que não, por causa das propriedades singulares do éter: viscosidade
zero, elasticidade infinita, e coisas assim. Mesmo nesta situação, ele
introduz mais problemas do que resolve...

Mas é fantástico existir um sistema de referência onde o universo está
"em repouso em média"...

Inclusive, agora nós temos uma definição mais precisa para o que Mach e
outros chamavam de "referencial das estrelas fixas". Trata-se na verdade do
"referencial da isotropia da radiação de fundo", que pode ser determinado
com alguma precisão medindo-se o desvio do espectro desta radiação para
diferentes direções.

Até,
Belisário




SUBJECT: Re: [ciencialist] Empuxo de Newton
FROM: "Pablo de Camargo Cerdeira" <pablo@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/12/2000 15:42


Ola Todos:

Acho interessante notar, quando tratamos desse assunto, o éter, dos
bósons de higgs (acho que se escreve assim, nao me lembro). Segundo estudos,
essa "matéria" - se assim pudermos falar - teria tao pouca massa que
praticamente nao influiria no universo, mas quando somadas as massas de
todos os bosons existentes teriamos solucionados alguns grandes problemas,
como da massa escura, curvatura do Universo, e até mesmo uma grande
incognita da Natureza, como as ondas eletromagnéticas se propagam no vácuo!
Com os bosons, nao existiria vacuo, e assim tudo teria sempre algum suporte,
mesmo que quase nulo.

Alguem sabe mais detalhes sobre esse misterioso "fantasma" do
Universo?


Obrigado
[]s
Pablo
----- Original Message -----
From: Roberto Belisario <rbdiniz@terra.com.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Friday, December 15, 2000 3:36 PM
Subject: Re: [ciencialist] Empuxo de Newton


> Oi, Antônio:
>
> ----- Original Message -----
> From: Antonio A. J. Godoy
>
> > Olá, Belisário
> >
> > > >a velocidade da galáxia em relação à
> > > >radiação cósmica de fundo (ou em relação ao sistema no qual essa
> radiação
> > é
> > > >isotrópica) é de cerca de 600 quilômetros por segundo
> >
> > Eu não sabia disto, mas realmente um fato como este pode reacender a
vela
> > da busca pelo "absoluto". E o éter, seria também passível de ser
> > ressuscitado graças a esse fenômeno?
>
> Acho que não, por causa das propriedades singulares do éter:
viscosidade
> zero, elasticidade infinita, e coisas assim. Mesmo nesta situação, ele
> introduz mais problemas do que resolve...
>
> Mas é fantástico existir um sistema de referência onde o universo está
> "em repouso em média"...
>
> Inclusive, agora nós temos uma definição mais precisa para o que Mach
e
> outros chamavam de "referencial das estrelas fixas". Trata-se na verdade
do
> "referencial da isotropia da radiação de fundo", que pode ser determinado
> com alguma precisão medindo-se o desvio do espectro desta radiação para
> diferentes direções.
>
> Até,
> Belisário
>
>
>
>
> *** --- ***
> Vote na decisao para configuracao da lista. Mensagens somente texto ou
HTML. Para isso use o endereco:
> http://www.egroups.com/polls/ciencialist/
> *** --- ***
>




SUBJECT: radiação de fundo
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 15/12/2000 15:54

Roberto Belisario wrote:
> Inclusive, agora nós temos uma definição mais precisa para o que Mach e
> outros chamavam de "referencial das estrelas fixas". Trata-se na verdade do
> "referencial da isotropia da radiação de fundo", que pode ser determinado
> com alguma precisão medindo-se o desvio do espectro desta radiação para
> diferentes direções.

Mais precisa, mas não totalmente precisa. Segundo o texto de Maddox que
enviei recentemente, pelo fato do universo ter esta radiação de fundo
ele se expande e portanto esta radiação também se expande e se esfria.

Não seria o big bang uma flutuação quântica? Segundo o que é comumente
aceito esta flutuação teria que durar um tempo brevíssimo e até agora o
universo durou algo em torno de 20 bilhões de anos. Mas qual é o tempo
visto de fora do universo? Qual é o tempo visto de dentro de uma
flutuação quântica? De fora, um tempo brevíssimo, de dentro, 40/60
bilhões de anos?

[]s
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http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Empuxo de Newton
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/12/2000 16:44

----- Original Message -----
From: Pablo de Camargo Cerdeira
>
> Ola Todos:
>
> Acho interessante notar, quando tratamos desse assunto, o éter,
dos
> bósons de higgs (acho que se escreve assim, nao me lembro). Segundo
estudos,
> essa "matéria" - se assim pudermos falar - teria tao pouca massa que
> praticamente nao influiria no universo, mas quando somadas as massas de
> todos os bosons existentes teriamos solucionados alguns grandes problemas,
> como da massa escura, curvatura do Universo, e até mesmo uma grande
> incognita da Natureza, como as ondas eletromagnéticas se propagam no
vácuo!
> Com os bosons, nao existiria vacuo, e assim tudo teria sempre algum
suporte,
> mesmo que quase nulo.
>
> Alguem sabe mais detalhes sobre esse misterioso "fantasma" do
> Universo?

Hm... sobre a influência dos bósons de Higgs na massa escura, etc. eu
não ouvi falar. Eu tenho ouvido é na influência dos neutrinos nesse assunto.

De fato, o número de neutrinos no Universo é enorme. Mas a teoria atual
("Modelo Standart", de c. 1973) aceita que eles têm massa de repouso zero,
como os fótons (toda sua inércia advém de sua energia). Porém, as tentativas
de reunir as forças eletromagnética, fraca e nuclear forte em uma só -
chamadas Teorias da Grande Unificação - desembocam no fato de que a massa do
neutrino não é zero. As Teorias da Grande Unificação (ou GUTs), assim, vão
além do Modelo Standart, ou Padrão, atual - que unifica o eletromagnetismo e
as forças fracas e trata também das nucleares fortes, mas sem unificá-las
com as outras duas. Um dos grandes problemas das GUTs é que suas previsões
experimentais envolvem grandezas por demais inacessíveis aos aparelhos. Por
isso todo mundo voltou os olhos para sua previsão de massa do neutrino -
eventualmente ela poderia ser detectada.

Além disso, há a conseqüência cosmológica importante que você mencionou:
são tantos os neutrinos que, se eles tiverem realmente uma massa, ela pode
ser suficiente para inverter as expectativas em relação ao futuro do
Universo: hoje tudo indica que sua expansão durará para sempre; com
neutrinos, o campo gravitacional adicional devido a sua massa pode ser
suficiente para inverter o movimento e gerar um Big Crunch (o inverso do
Big-Bang) no futuro.

Nunca se conseguiu experimentos precisos o suficiente para detectar a
massa do neutrino. Porém, já se concluiu indiretamente que eles devem ter
uma massa! O negócio é o seguinte: existem três tipos de neutrinos, chamados
neutrino do elétron, neutrino do múon e neutrino do tau. (Esses nomes
curiosos advém de uma simetria entre a tríade de neutrinos e a tríade de
partículas: elétron, múon e tau, explorada no Modelo Standart.) Pois bem,
acontece que o pessoal do Laboratório Super Kamiokande, no Japão, anunciou
em 5 de junho de 1998 que eles detectaram experimentalmente uma diferença
entre as massas do neutrino do elétron e do neutrino do múon. Só a diferença
entre as massas, não as massas. A diferença está entre 0,022 e 0,077
elétron-volts (eV).

Para se ter uma idéia do tamanho disso, a massa de um elétron é de cerca
de 511 mil elétron-volts.

Ora, se há uma diferença entre as massas, pelo menos um deles tem que
ter massa não-nula!

Os caras do laboratório Super Kamiokande fizeram um site explicando o
be-a-bá da coisa. Está em:

http://www.ps.uci.edu/~superk/

Quanto aos bósons de Higgs, eles ainda não foram detectados, porém os
caras construíram um enorme acelerador de partículas nos Estados Unidos para
isso, o Relativistic Heavy Ion Collider (RHIC), no laboratório de
Brookhaven. Este acelerador já começou a funcionar recentemente e, se os
bósons de Higgs existirem mesmo (como prevê o Modelo Padrão), deveremos ter
a confirmação de sua observação no ano que vem. O pessoal do CERN está
apostando uma corrida com o povo do Brookhaven. Estão construindo um outro
aceleradorzão chamado Large Hadron Collider, perto de Genebra, também para,
entre outras coisas, detectar os bósons de Higgs.

Até a próxima,
Bel

P.S. - Mais detalhes sobre a experiência no Super Kamiokande: Eles
apontaram seu detector para o Sol e detectaram os neutrinos que vinham de
lá. Observaram que os neutrinos solares são uma mistura de neutrino do
elétron com neutrino do múon. E mais: que essa mistura oscila com o tempo:
ora prevalece o neutrino do elétron, ora prevalece o neutrino do múon. Eles
então obtiveram uma fórmula que associava a freqüência dessa oscilação com a
diferença das massas entre os dois tipos de neutrinos. Se as massas fossem
iguais, a freqüência seria zero e não haveria oscilação alguma. Mas a
oscilação existia! Os caras mediram a freqüência da oscilação e, através da
fórmula, inferiram qual seria a diferença entre as massas dos dois tipos de
neutrinos. E encontraram o número entre 0,022 e 0,077 eV.




SUBJECT: Re: [ciencialist] Empuxo de Newton
FROM: "Pablo de Camargo Cerdeira" <pablo@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/12/2000 16:52


Ola Belisário:

Obrigado pela pronta resposta...mas...
Conheço a relação massa do neutrino X efeitos no Modelo Padrão, o
que já vem sendo estudado, como vc bem mencionou, e vem nos mostrando
resultados interessantes, quase que provando a existencia de massa nos
neutrinos, mesmo quando "sem energia"...
Acontece que o que eu ouvi falar eh que os Bosons teriam uma
participação semelhante se tambem for provado que eles tem massa, poderiam
somar às massas dos neutrinos.
So que nao entendi bem como ele funcionam, como podem ocupar o
"nada", fazendo com que o vácuo não exista, e até hoje não terem sido
detectados. Voce teria mais detalhes sobre os Bosons de Higgs? Saberia
explicar para esse pessoal da lista (inclusive para os adoradores do TGDB,
que acho, teriam interesse especial no assunto) alguma coisa mais "certa",
mesmo que teorica, sobre eles?


Obrigado mais uma vez...
[]s
Pablo
----- Original Message -----
From: Roberto Belisario <rbdiniz@terra.com.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Friday, December 15, 2000 4:44 PM
Subject: Re: [ciencialist] Empuxo de Newton


> ----- Original Message -----
> From: Pablo de Camargo Cerdeira
> >
> > Ola Todos:
> >

> Quanto aos bósons de Higgs, eles ainda não foram detectados, porém os
> caras construíram um enorme acelerador de partículas nos Estados Unidos
para
> isso, o Relativistic Heavy Ion Collider (RHIC), no laboratório de
> Brookhaven. Este acelerador já começou a funcionar recentemente e, se os
> bósons de Higgs existirem mesmo (como prevê o Modelo Padrão), deveremos
ter
> a confirmação de sua observação no ano que vem. O pessoal do CERN está
> apostando uma corrida com o povo do Brookhaven. Estão construindo um outro
> aceleradorzão chamado Large Hadron Collider, perto de Genebra, também
para,
> entre outras coisas, detectar os bósons de Higgs.
>
> Até a próxima,
> Bel
>




SUBJECT: Interessante
FROM: graziela_matos@hotmail.com
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 15/12/2000 17:05

Você que utiliza o computador para trabalhar, agora poderá usá-lo em
beneficio de sua saúde, um produto denominado Sistema Neurotek
oferece a oportunidade desta utilização. Trata-se de um software com
óculos especiais conectados ao computador, que sintetiza ondas
cerebrais, sendo capaz de combater o stress, obtendo assim
resultados positivos, proporcionando vitalidade e descanso. Outras
informações inclusive de como adquirir você encontra no site da
empresa abaixo.

Página http://www.globalsoftware.com.br/neurotek



SUBJECT: sabedoria cientifica
FROM: "Marcos " <bastosm@zipmail.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 15/12/2000 17:49

Uma vez um cientista colocou a aranha em cima da mesa e gritou com
ela:
- "anda!"
A bichinha saiu correndo.
Pegou, de novo, a aranha, tirou-lhe duas patas e tornou a gritar.
Ela tornou a sair correndo.
Fez a experiência até tirar as duas últimas patas e então tornou a
gritar: - "anda". A aranha nem se mexeu.
O cientista; então, concluiu que, sem patas, a aranha não ouve.






SUBJECT: RE: [ciencialist] Empuxo de Newton
FROM: BRUNO MARQUES <brunomarques@bbmbank.com.br>
TO: "'ciencialist@egroups.com'" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/12/2000 18:17



-----Original Message-----
From: Roberto Belisario [mailto:rbdiniz@terra.com.br]
Sent: Friday, December 15, 2000 3:45 PM
To: ciencialist@egroups.com
Subject: Re: [ciencialist] Empuxo de Newton


>
BELISARIO :

Hm... sobre a influência dos bósons de Higgs na massa escura, etc. eu
não ouvi falar. Eu tenho ouvido é na influência dos neutrinos nesse assunto.

De fato, o número de neutrinos no Universo é enorme. Mas a teoria atual
("Modelo Standart", de c. 1973) aceita que eles têm massa de repouso zero,
como os fótons (toda sua inércia advém de sua energia). Porém, as tentativas
de reunir as forças eletromagnética, fraca e nuclear forte em uma só -
chamadas Teorias da Grande Unificação - desembocam no fato de que a massa do
neutrino não é zero. As Teorias da Grande Unificação (ou GUTs), assim, vão
além do Modelo Standart, ou Padrão, atual - que unifica o eletromagnetismo e
as forças fracas e trata também das nucleares fortes, mas sem unificá-las
com as outras duas. Um dos grandes problemas das GUTs é que suas previsões
experimentais envolvem grandezas por demais inacessíveis aos aparelhos. Por
isso todo mundo voltou os olhos para sua previsão de massa do neutrino -
eventualmente ela poderia ser detectada.

Além disso, há a conseqüência cosmológica importante que você mencionou:
são tantos os neutrinos que, se eles tiverem realmente uma massa, ela pode
ser suficiente para inverter as expectativas em relação ao futuro do
Universo: hoje tudo indica que sua expansão durará para sempre; com
neutrinos, o campo gravitacional adicional devido a sua massa pode ser
suficiente para inverter o movimento e gerar um Big Crunch (o inverso do
Big-Bang) no futuro.

BRUNO:
Belisário,

Aproveitando a sua explicação, gostaria de fazer algumas perguntas: eu me
lembro de há algum tempo atrás ter lido algo (acho q foi na Super
Interessante ) sobre já haverem medido o peso dos neutrinos (algo utilizando
um aparato com água, eu acho...), vc sabe alguma coisa sobre isso ? Ainda,
existe algum tipo de estudo sobre qual deve ser a massa crítica do Universo
para que ocorra o "BIg Crunch" ? Ele seria cíclico (Big Bang - Big Crunch,
Big Bang novamente) ?
Uma última pergunta, e os gravitrons (acho q era assim que escrevia)? Eu
lembro de ter lido algo sobre um tipo de partícula "virtual" que
"transmitiria" a gravidade e permearia todo o cosmo (?)

Desculpe a qtde de perguntas e se falei algo fora de propósito....

Abraços,

Bruno


SUBJECT: Re: [ciencialist] Empuxo de Newton
FROM: "Claudio Abreu (Bidual)" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/12/2000 18:24

Prezado Roberto Belisário e demais da lista,

Você escreveu:
Além disso, há a conseqüência cosmológica importante que você mencionou:
são tantos os neutrinos que, se eles tiverem realmente uma massa, ela pode
ser suficiente para inverter as expectativas em relação ao futuro do
Universo: hoje tudo indica que sua expansão durará para sempre; com
neutrinos, o campo gravitacional adicional devido a sua massa pode ser
suficiente para inverter o movimento e gerar um Big Crunch (o inverso do
Big-Bang) no futuro.

Claudio:
Não sei qual a sua opinião quanto a TGBD, dado que não me lembro de nenhuma
manifestação sua a respeito. Eu adoraria que você manifestasse sobre ela,
pois com certeza seria um posicionamento bem centrado e sem carga emocional,
por tudo que já vi escrito por você, como por exemplo seus últimos
comentários sobre a mensagem do Alberto em resposta ao Eduardo.

Muita gente acha que a TGBD não tem nada a ver, e que ela não serviria para
nada e coisa e tal... (E é bastante possível que você uma delas, embora
nunca tenha emitido a sua opinião a respeito). Lógico que eu discordo
totalmente disto. Afinal se eu não defender a TGBD quem irá defendê-la?

Posso lhe afirmar com segurança que se aTGBD for verdadeira, a questão ainda
sem resposta para a evolução do universo já teria uma resposta:
obrigatóriamente o universo que hoje está em expansão desde o Big Bang
fatamente em algum instante teria de começar a se contrair até chegar no Big
Crunch. Você acha que neste caso ela estaria tendo utilidade ou não?

Repare que eu estou condicionando esta conclusão ao fato da TGBD ser
verdadeira, como aparentemente ela o é. Afinal seriam apenas meras
"coincidências" o fato das estruturas do modelo padrão das particulas
elementares, da tabela periódica dos elementos químicos, incluída aqui a
estrutura das orbitais eletronicas, do estrutura do DNA e dos componentes de
um evento físico qualquer ( matéria, energia, espaço e tempo ) serem sempre
biduais?

Afinal, você acredita que existe uma teoria que possa definir a estrutura de
tudo o que existe no universo e fora dele? Se acha que existe, mas que não é
TGBD, o que você acha que poderia ser?

Que fique claro que apesar de eu acreditar que existe uma teoria de tudo, e,
mais do que isto, que esta teoria é a TGBD, eu sempre coloco no condicional
qualquer afirmação que faço nos moldes "segundo a TGBD" ou "se a TGBD for
verdadeira"....

Agora se ponha no meu lugar: se até agora a TGBD nunca deixou de se adequar
a questões fundamentais da ciência por que haveria eu de não acreditar nela?

Roberto Belisário:
Nunca se conseguiu experimentos precisos o suficiente para detectar a massa
do neutrino. Porém, já se concluiu indiretamente que eles devem ter uma
massa! O negócio é o seguinte: existem três tipos de neutrinos, chamados
neutrino do elétron, neutrino do múon e neutrino do tau. (Esses nomes
curiosos advém de uma simetria entre a tríade de neutrinos e a tríade de
partículas: elétron, múon e tau, explorada no Modelo Standart.)

Claudio:
Repito o que já disse numa mensagem anterior, que a estrutura do modelo
padrão é bidual. Existem três familias de partículas elementares, que
obdecem a mesma estrutura. Analisarei apenas a primeira que é a que forma a
quase totalidade da matéria que existe. As demais são apenas verificadas
em laboratório. Vamos lá. Vou dar diversos exemplos, rápidos e rasteiros:

1) no nível das partículas de matéria
1. quark up 2. quark down
3. eletron 4. neutrino

3) no nível dos átomos de H
1. quark up1 2. quark down
3. Quark up2 4. eletron

3) no nível dos átomos em geral
1. proton 2. neutron
3. eletron 4. neutrino

4) no nivel das partticulas de força da eletrofraca
1. W+ 2. W-
3. Zo 4. fóton

5) no interior dos protons e neutrons
1. quark verde 2. quark azul
3. quark vermelho 4. gluon

6) no nível das familias de partículas de matéria e de força
1. 1ª Famíla 2. 2ª Família
3. 3ª Família 4. partículas de força

7) partículas de forca
1. foton 2. W+, W - e Zo
3. gluons 4. graviton

Bem vou parar por aqui para não ficar enfadonho... :-))

E daí pergunto a você meu caro Belisário:

1) é tudo coincidência e a TGBD é falsa; ou,
2) é tudo "coincidência" e a TGBD é aparentemente verdadeira?

Não preciso dizer o que eu acho disto, não é?

Um grande abraço.

Claudio Abreu



SUBJECT: Relatividade Restrita ... sob pauladas!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "Ciencia_Lista" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/12/2000 18:32


Oi pessoal,

Estou pronto para receber as primeiras porretas sobre as Leituras em Relatividade Restrita.
As 6 primeiras leituras podem ser 'saboreadas' em
http://www.feiradeciencias.com.br/sala23/relatividadeI.htm
no final de cada leitura tem link para a leitura seguinte (parei na relatividadeVI.htm).
IMPORTANTE: Essas leituras não estão disponíveis para o público em geral (a sala 23 - Mundo Atômico e Relatividade - é, por enquanto, uma "Sala Secreta") e nem de perto serão as Leituras que entrarão definitivamente on-line. Estão lá para receberem pauladas!
Postarei ainda hoje os pedaços de textos e a parte experimental (do meu invento mecânico para estudar relatividade, do qual o Alberto já participou produzindo gifs animados) a serem inseridos no texto base. Preciso de ajuda para isso.
O que pretendo, com ajuda de vcs, muito mais experts no assunto do que eu (certeza absoluta - com "referencial da isotropia da radiação de fundo") é obter um texto introdutório sobre relatividade que possa ser absorvido por 'mentalidades' do ensino médio em diante.
Em suma, um texto que será recomendado por todos vcs para alguém que queira 'começar' nessas loucuras relativistas.

Depois dessas Leituras básicas prontas, com os títulos:
01- Introdução
02- A relatividade de Galileu
03- A velocidade da luz
04- A teoria da relatividade restrita e as transformações de Lorentz
05- Transformação de velocidades entre dois referenciais inerciais
06- Variação da massa com a velocidade e momento linear relativístico
07- Momentos lineares relativístico e clássico
08- Equivalência entre massa e energia
09- Algumas conseqüências dessa equivalência
10- Relação entre energia e momento linear

poderão aparecer links para aprofundamento do tema tais como:
Queda livre na relatividade, Efeitos Doppler e Bradley, alguns exercícios resolvidos, tais como:
1- A partir da transformação de Lorentz, mostrar que dois eventos simultâneos em locais diferentes no referencial S (t1 = t2, x1 =/=x2) não são simultâneos no referencial S'.
2- A contração relativística de uma barra é r = 25%. Qual é a sua velocidade?
3- Os referenciais são S e S'(u) como de hábito; u = (beta).c. A S' é solidário um cubo de aresta 'a', tendo faces paralelas a Ox; o volume é a^3. Demonstrar que o correspondente volume visto de S é (a^3)/(gama).
etc.

Em prol de nossos sofridos, desgastados e mal orientados jovens (e professores) na atual conjuntura educacional, tento contribuir com minha (mais do que modesta) parcela (normalmente mando a modéstia pro inferno :-)) e, mais de uma vez, contei com ajuda de vcs. E sempre encontrei o devido amparo para contornar minhas falhas (o Alberto que o diga da falha que cometi essa semana!).

[]'
Léo

Luiz Ferraz Netto [Léo]
UIN#: 31028111
leo@barretos.com.br
leo@esquinas.com.br
www.feiradeciencias.com.br



SUBJECT: Re: [ciencialist] Relatividade Restrita ... sob pauladas!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/12/2000 18:46

Em tempo ......... erros da língua pátria também devem ser observados nas Leituras!
[]'
Léo

-----Mensagem Original-----
De: Luiz Ferraz Netto <leo@barretos.com.br>
Para: Ciencia_Lista <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: sexta-feira, 15 de dezembro de 2000 18:32
Assunto: [ciencialist] Relatividade Restrita ... sob pauladas!



SUBJECT: Re: [ciencialist] Empuxo de Newton
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 15/12/2000 18:47

"Claudio Abreu (Bidual)" wrote:
> Muita gente acha que a TGBD não tem nada a ver, e que ela não serviria para
> nada e coisa e tal...

E realmente não tem.

>(E é bastante possível que você uma delas, embora
> nunca tenha emitido a sua opinião a respeito). Lógico que eu discordo
> totalmente disto. Afinal se eu não defender a TGBD quem irá defendê-la?

E aquela história de não falar mais em tgbd na ciencialist? Ninguém até
agora falou na tgbd e lá vem o Claudio metendo a sua colher sem ser
chamado.

> Posso lhe afirmar com segurança que se aTGBD for verdadeira,

O que ela não é.

> a questão ainda
> sem resposta para a evolução do universo já teria uma resposta:
> obrigatóriamente o universo que hoje está em expansão desde o Big Bang
> fatamente em algum instante teria de começar a se contrair até chegar no Big
> Crunch. Você acha que neste caso ela estaria tendo utilidade ou não?

Baseado em que vc afirmaria isto? Tudo que começou tem que ter um fim?
Ou está relacionado de alguma forma a numerologia cabalística do
equilíbrio dos quatro unos???

> Repare que eu estou condicionando esta conclusão ao fato da TGBD ser
> verdadeira, como aparentemente ela o é.

Aparências enganam, não tente enganar os outros.

> Afinal seriam apenas meras
> "coincidências" o fato das estruturas do modelo padrão das particulas
> elementares, da tabela periódica dos elementos químicos, incluída aqui a
> estrutura das orbitais eletronicas, do estrutura do DNA e dos componentes de
> um evento físico qualquer ( matéria, energia, espaço e tempo ) serem sempre
> biduais?

O primeiro orbital não é bidual. Tempo e espaço são a mesma coisa
[portanto: matéria, energia e espaço-tempo]. O DNA não revela os
segredos do universo [ela é irrelevante em sua exposição]. Que modelo
padrão das particulas elementares vc está falando? O que a tabela
periódica tem a ver com isto? [ela nem é divisível por 4]

> Afinal, você acredita que existe uma teoria que possa definir a estrutura de
> tudo o que existe no universo e fora dele?

Pode ser que exista tal teoria e pode ser que ela não exista.

> Se acha que existe, mas que não é
> TGBD, o que você acha que poderia ser?

Não, pois uma teoria para descrever o universo teria que ser científica
e a tgbd não é científica. É uma teoria mística que pega dados
científicos para dar um ar de seriedade.

> Que fique claro que apesar de eu acreditar que existe uma teoria de tudo, e,
> mais do que isto, que esta teoria é a TGBD, eu sempre coloco no condicional
> qualquer afirmação que faço nos moldes "segundo a TGBD" ou "se a TGBD for
> verdadeira"...

Pare de se iludir.

> Agora se ponha no meu lugar: se até agora a TGBD nunca deixou de se adequar
> a questões fundamentais da ciência por que haveria eu de não acreditar nela?

Porque ela não é científica. Eu poderia criar uma teoria baseada em
gnomos e elfos que manipulam todo o universoe taxá-la de científica. É
exatamente isto que vc está fazendo.

> 1) é tudo coincidência e a TGBD é falsa; ou,
> 2) é tudo "coincidência" e a TGBD é aparentemente verdadeira?

Resposta 1

> Não preciso dizer o que eu acho disto, não é?

Todos aqui conhecem muito bem o que vc acha disso.

==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
==========================================================


SUBJECT: RE: [ciencialist] Empuxo de Newton
FROM: BRUNO MARQUES <brunomarques@bbmbank.com.br>
TO: "'ciencialist@egroups.com'" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/12/2000 20:36

CLAUDIO :

E daí pergunto a você meu caro Belisário:

1) é tudo coincidência e a TGBD é falsa; ou,
2) é tudo "coincidência" e a TGBD é aparentemente verdadeira?


BRUNO :

Cláudio,

Eu nem entro no mérito de discutir a física da teoria em questão (até porque
meu nível de entendimento é raso e eu nem consigo entender o que venha a ser
a TGBD), mas não é uma falácia recorrente esse tipo de pergunta "a resposta
para isso ou é A ou B" (do tipo, ou Deus organiza o universo ou não exite
ordem em lugar algum?)
Vc não acha que sempre é cabível alguma outra hipótese para resolver isso (
ou qualquer outro problemas) ?

Abraços,

Bruno


SUBJECT: Busca de compreensao
FROM: "Peterson L. S. M." <peterlsm@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/12/2000 22:31

Queridos amigos da Lista sei que, apesar do assunto estar
presumidamente desgastado (pelo menos na opinião de boa parte dos
listeiros), sinto que devo prosseguir com minha mensagem pois preciso
de esclarecimento naquilo que ora questiono.

Prezado Cláudio Abreu:
Saudações fraternas.

Li atentamente o resumo da TGBD, refleti e ficaria agradecido se
você pudesse me explicar algumas coisas que me chamaram a atenção:

Você colocou que a teoria:
===============================
>> objetiva definir cientificamente a estrutura de tudo
>> que existe no Universo e fora dele.

Ainda que essa fosse uma teoria que pudesse explicar a estrutura
de "tudo" que existe no universo, como poderíamos saber como é a
estrutura fora dele por sua teoria? Veja, o que garante que a
estrutura do fora corresponde à estrutura do dentro e que, portanto,
pode ser explicada por um mesmo tipo de lei?
Como você explicaria sua definição de "fora", no contexto de sua
teoria e também da impropriedade da percepçào do domínio das
frequências? Me parece que sua teoria estaria contrariando a teoria da
Ordem Implícita do Dr. Bohm (embora eu o considere mais um místico do
que um físico), uma vez que na visão deste último as "leis" seriam
apenas determinadas a partir da emergência do holomovimento e de sua
percepção através da construção da realidade pelo em nossos cérebros.
Você poderia dizer se essa presumida contradição existe ou é devida a
uma exposição incompleta sua no resumo, ou ainda em minha má
compreensão sobre o mesmo?
===============================

Sobre sua teoria, você continua:
>> A sua grande inovação é ter unificado e generalizado,
>> de uma forma geral e logicamente consistente, alguns
>> conhecimentos científicos do mundo ocidental e alguns
>> princípios do misticismo oriental.

Não estou fazendo qualquer referência aos comentário de nosso
amigo Tarcisio, mas isso que você colocou não poderia ser interpretado
de outra forma: algo místico.
Amigo, eu te pergunto: ONDE ESTÁ O BENEFÍCIO CIENTÏFICO DE UMA
TEORIA PELO FATO DELA BUSCAR A UNIFICAÇÃO COM UM SISTEMA DE
"MISTICISMO ORIENTAL"??? Afinal, isso seria "mais" cientificamente do
que buscar a unificação com o misticismo ocidental ou da idade
média???
Porque justamente do Oriente? E porque não do ocidente, ou do
médio-oriente? De uma forma ou de outra, essa frase sobre a TGBD
deixou uma inequívoca expressão de predileção mística. E isso pode
suscitar em questões como --Por qual motivo o misticismo de Lao Tsé,
Dalai Lama ou Confúcio seria "mais científico" (ou mais próximo de
conclusões científicas, inclusive da TGBD, OU MAIS APROPRIADO A ESTA)
do que a de Zoroastro, Krisnha, Jesus, Blavatski, Saint Germain ou
outros-- ???
Já que eu não acredito na superioridade científica, espiritual ou
humana de nenhum deles, gostaria de saber (e certamente aqueles que
acreditam em um deles mais ainda) porque a escolha de um sistema de
crenças, por favor.
===============================

Você escreveu também que a TGBD tem por princípio:
>> ser geral, ou seja, aplicável a tudo que existe e ao que
>> não existe (ou seja, que existe fora do nosso alcance);

Essa pergunta está mais ou menos relacionada a primeira. Se algo
não existe (ou está fora de nosso alcançe), como concluir
antecipadamente que sua estrutura e as leis que a regem sem que
tenhamos conhecimento de sua natureza (já que se ela não é conhecida
ou está fora do nosso alcançe, escapa também a especulação
teleológica)?
Não seria isso uma falácia antecipada de Acidente Inverso?
===============================

Por fim, você escreve no resumo:

>> Ressalto que os princípios das diversas ciências que
>> pesquisados (a saber: Física, Biologia, Química,
>> Matemática, Economia, Informática, Contabilidade,
>> Música, Psicologia, Biologia, Direito, Ciências Políticas,
>> entre outras) se enquadram e obedecem à TGBD.

Por favor, eu ficaria agradecido se você desse um (ou mais, se
souber) exemplo da aplicação da TGBD na ciência do Direito E nas
Ciências Políticas.
===============================

Como eu quero compreender sua teoria, e concordar com ela se me
parecer lógica ou adequada, tudo isso são apenas questionamentos que
realmente me chamaram a atenção, pelo fato de que eu me dediquei a ler
o resumo de sua teoria e a refletir sobre ele, sem pré-conceitos.
Desde já, agradeço suas respostas.

Um abraço.

Peterson Leal S. Mello.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Queda livre
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 16/12/2000 00:45



TARCISIO BORGES wrote:

> Não me lembro exatamente do negócio das bolinhas, mas acho que se deve a
> atração gravitacional entre elas.
>
Duas bolinhas em um elevador em queda livre tendem a se aproximar (sem
considerarmo o atrito com o chão). É mais ou menos o mesmo efeito da
gravidade da Lua sobre a maré (há de se considerar interações internas
da água do mar nesse caso).

[* *] t=0

[ ** ] t>>0


> Me diga então qual é a sua interpretação para um objeto em repouso sobre
> a superfície da Terra. Já que o objeto em queda livre está
> necessariamente acelerado. Gostaria de saber.
>
> []s

Um objeto em repouso na superfície da Terra está em repouso por causa de
um equilíbrio de forças- gravidade e repulsão eletromagnética com o chão
(força normal). Todavia, um objeto macroscópico, como o nosso corpo,
sente os efeitos da gravidade já que a força normal é exercida somente
sobre a planta do pé (se estivermos em pé). Os nossos cabelos, nossos
líquidos internos e tudo mais (não pense besteira) tendem a "cair".

Sendo um pouco mais técnico, há uma diferença no tensor de estresse (ou
de tensões) de um corpo sobre a superfície da Terra em relação a um
corpo em repouso no vazio absoluto. (Aliás, isso pode ser usado também
na explicação sobre o paradoxo do empuxo no elevador levantado pelo Léo)

[]s Eduardo.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Empuxo de Newton
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 16/12/2000 01:36


----- Original Message -----
From: BRUNO MARQUES

> BRUNO:
> Belisário,
>
> Aproveitando a sua explicação, gostaria de fazer algumas perguntas: eu me
> lembro de há algum tempo atrás ter lido algo (acho q foi na Super
> Interessante ) sobre já haverem medido o peso dos neutrinos (algo
utilizando
> um aparato com água, eu acho...), vc sabe alguma coisa sobre isso ?

Não, não ouvi nada sobre isso... Você sabe se você leu isto ainda neste
ano? O que me lembro é dessa experiência do Super Kamiokande, onde mediram
não o peso do neutrino, mas a diferença entre as massas dos dois tipos de
neutrinos.

> Ainda,
> existe algum tipo de estudo sobre qual deve ser a massa crítica do
Universo
> para que ocorra o "BIg Crunch" ? Ele seria cíclico (Big Bang - Big Crunch,
> Big Bang novamente) ?

Sim, existe. Na verdade, fala-se em "densidade crítica", porque é a
densidade média da matéria no universo quem vai determinar se haverá ou não
o Big Crunch. Segundo Alan Guth, no livro "O Universo Inflacionário"
(Editora Campus, 1997) (pág. 17), a densidade crítica está entre 4,5 x
10**(-30) e 1,8 x 10**(-29) gramas por centímetro cúbico. Isso equivale a
algo perto de 1 átomo de hidrogênio por metro cúbico (é só fazer as contas:
um próton pesa 1,67 x 10**(-24) gramas). Em abril deste ano saiu na revista
Nature (Nature 404, pág. 955, 27 de abril de 2000) o resultado de uma série
de observações do grupo Boomerang que concluiu que a densidade média do
Universo deve estar entre 88% e 112% da densidade crítica. Ou seja, bem
próximo do valor exato da densidade crítica. Parece então que, se houver um
Big Crunch, demorará muuuuito...

Esse estudo do Boomerang até repercutiu nos jornais da época, que saíram
por aí dizendo que o Universo era "plano".

E, se houver um Big Crunch, muito provavelmente o Universo será cíclico.
Mas não indefinidamente, porque a entropia total do Universo vai
aumentando - pela segunda lei da Termodinâmica, em qualquer sistema isolado
a entropia ou permanece constante ou aumenta (e o Universo é, quase por
definição, um sistema isolado). Mas só permanece constante se o processo for
reversível. Ora, sabemos que queimas de estrelas, por exemplo, são processos
irreversíveis, de forma que a entropia do Universo está aumentando. Um dia
os ciclos irão parar e a entropia chegará a um máximo. Teríamos então o
verdadeiro fim do Cosmos...

> Uma última pergunta, e os gravitrons (acho q era assim que escrevia)? Eu
> lembro de ter lido algo sobre um tipo de partícula "virtual" que
> "transmitiria" a gravidade e permearia todo o cosmo (?)

O nome correto é gráviton. Essa partícula exerceria para a gravidade o
mesmo papel que o fóton para o eletromagnetismo: ele seria a partícula que
"carrega" a força gravitacional. Isto significa que dois corpos que estão se
atraindo gravitacionalmente estariam trocando grávitons entre si.

Mas o gráviton ainda é uma partícula hipotética. Toda vez que se aplica
a Mecânica Quântica a um campo obtém-se uma ou mais partículas que
"carregam" a força correspondente a esse campo. Por exemplo, ao aplicarmos a
Quântica ao Eletromagnetismo, para encontrar um Eletromagnetismo Quântico,
aparece o fóton - dois objetos que se atraem ou se repelem
eletromagneticamente estão trocando fótons. No caso das forças nucleares
fortes, as partículas são os glúons. No caso das forças fracas, são as
partículas W+, W- e Z0. Tais partículas "intermediadoras" chamam-se
partículas virtuais, e são também chamadas "bósons de gauge".

Porém, ainda não se conseguiu aplicar a Quântica à gravitação (isso
equivaleria a encontrar uma teoria que unificasse a Quântica e a
Relatividade Geral, que trata da gravitação). Mas supõe-se que coisa
semelhante aconteceria se essa teoria fosse encontrada: apareceria uma
partícula, chamada gráviton, que seria o veículo da força gravitacional.
(Logo, o gráviton não faz parte do esquema do Modelo Padrão, a teoria atual
da Física das Partículas, que não inclui a gravitação).

Tenta-se detectar o gráviton mesmo sem a teoria, mas ainda não se obteve
sucesso.

É isso aí. Até a próxima,
Belisário




SUBJECT: Re: [ciencialist] Empuxo de Newton
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 16/12/2000 02:03


----- Original Message -----
From: Claudio Abreu (Bidual) <bidual@gbl.com.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Friday, December 15, 2000 6:24 PM
Subject: Re: [ciencialist] Empuxo de Newton


> Prezado Roberto Belisário e demais da lista,
>
> Claudio:
> Não sei qual a sua opinião quanto a TGBD, dado que não me lembro de
nenhuma
> manifestação sua a respeito. Eu adoraria que você manifestasse sobre ela,
> pois com certeza seria um posicionamento bem centrado e sem carga
emocional,
> por tudo que já vi escrito por você, como por exemplo seus últimos
> comentários sobre a mensagem do Alberto em resposta ao Eduardo.

Oi, Claudio. Confesso, até meio envergonhado, que não sei nada sobre a
TGBD, porque não li os e-mails a respeito. Não porque eu não me interesse,
mas porque ultimamente tenho lido muito pouco os e-mails da lista - até pela
discussão sobre quântica passei batido. Sobre a teoria do Alberto conheço
bem mais porque há alguns meses tivemos uma conversona sobre isso. Estou
dando bastante atenção à lista hoje, mas é improvável que eu vá conseguir
manter esse ritmo na semana que vem.

Mas gostaria, sim, de conhecer a tal TGBD. Alguma sugestão sobre por
onde começar?

> Muita gente acha que a TGBD não tem nada a ver, e que ela não serviria
para
> nada e coisa e tal... (E é bastante possível que você uma delas, embora
> nunca tenha emitido a sua opinião a respeito). Lógico que eu discordo
> totalmente disto. Afinal se eu não defender a TGBD quem irá defendê-la?
>
> Posso lhe afirmar com segurança que se aTGBD for verdadeira, a questão
ainda
> sem resposta para a evolução do universo já teria uma resposta:
> obrigatóriamente o universo que hoje está em expansão desde o Big Bang
> fatamente em algum instante teria de começar a se contrair até chegar no
Big
> Crunch. Você acha que neste caso ela estaria tendo utilidade ou não?

Uma teoria que é capaz de prever coisas como essa certamente seria uma
teoria útil.

> Repare que eu estou condicionando esta conclusão ao fato da TGBD ser
> verdadeira, como aparentemente ela o é. Afinal seriam apenas meras
> "coincidências" o fato das estruturas do modelo padrão das particulas
> elementares, da tabela periódica dos elementos químicos, incluída aqui a
> estrutura das orbitais eletronicas, do estrutura do DNA e dos componentes
de
> um evento físico qualquer ( matéria, energia, espaço e tempo ) serem
sempre
> biduais?
>
> Afinal, você acredita que existe uma teoria que possa definir a estrutura
de
> tudo o que existe no universo e fora dele? Se acha que existe, mas que não
é
> TGBD, o que você acha que poderia ser?

Existe uma séria candidata a esse tipo de teoria: a teoria das
Supercordas, que clama ser a unificação final de todas as forças
fundamentais: eletromagnéticas, fracas, fortes e gravitacionais. Atingiu um
grau de maturidade suficiente para atrair a atenção de toda a comunidade
científica por volta de 1994. Seria uma "teoria de tudo".

Eu tenho fé em que exista uma "teoria de tudo": simplesmente porque a
Natureza é uma só, de forma que é epistemologicamente muito insatisfatório
ter-se uma teoria diferente para cada tipo de fenômeno.

Bem, como eu disse, ainda não li nada sobre a TGBD, mas pelo pouco que
você colocou abaixo vejo que a TGBD parece ter muito a ver com o
reconhecimento de uma simetria oculta na Natureza. Vejo que você fez um
paralelo entre diversos sistemas físicos, agrupando seus elementos quatro a
quatro. Porém, vejamos com mais detalhe:

> Claudio:
> Repito o que já disse numa mensagem anterior, que a estrutura do modelo
> padrão é bidual. Existem três familias de partículas elementares, que
> obdecem a mesma estrutura. Analisarei apenas a primeira que é a que forma
a
> quase totalidade da matéria que existe. As demais são apenas verificadas
> em laboratório. Vamos lá. Vou dar diversos exemplos, rápidos e rasteiros:
>
> 1) no nível das partículas de matéria
> 1. quark up 2. quark down
> 3. eletron 4. neutrino

OK. Cada família tem quatro elementos.

> 3) no nível dos átomos de H
> 1. quark up1 2. quark down
> 3. Quark up2 4. eletron

Perfeito.

> 3) no nível dos átomos em geral
> 1. proton 2. neutron
> 3. eletron 4. neutrino

Não entendi muito bem. No átomo tem elétron, próton e nêutron, mas
neutrino? O neutrino aparece em reações nucleares (decaimento beta, por
exemplo). Mas não há neutrinos dentro dos átomos, eles só são produzidos
quando há decaimentos radioativos.

> 4) no nivel das partticulas de força da eletrofraca
> 1. W+ 2. W-
> 3. Zo 4. fóton

Perfeito.

> 5) no interior dos protons e neutrons
> 1. quark verde 2. quark azul
> 3. quark vermelho 4. gluon

OK. Mas repare que você está se restringindo às forças nucleares fortes.
Os quarks também trocam fótons, pois têm carga elétrica. E, se o gráviton
existir, também trocarão grávitons, porque têm massa. Tudo isto também tem
dentro de prótons e nêutrons.

> 6) no nível das familias de partículas de matéria e de força
> 1. 1ª Famíla 2. 2ª Família
> 3. 3ª Família 4. partículas de força

Hm... aqui você se esqueceu do famigerado bóson de Higgs, que não se
enquadra em nenhum desses grupos.

> 7) partículas de forca
> 1. foton 2. W+, W - e Zo
> 3. gluons 4. graviton

Ou seja, cada elemento desse grupo corresponde a uma das quatro
interações fundamentais. Mas repare que o gráviton não está incluído no
Modelo Padrão (pelo que você disse acima, você está usando esses esquemas
para mostrar que o Modelo Padrão tem estrutura bidual). Para incluí-lo,
devemos unificar o Modelo Padrão com a Relatividade Geral, mas aí poderemos
ter coisa bem diferente.

> Bem vou parar por aqui para não ficar enfadonho... :-))
>
> E daí pergunto a você meu caro Belisário:
>
> 1) é tudo coincidência e a TGBD é falsa; ou,
> 2) é tudo "coincidência" e a TGBD é aparentemente verdadeira?

Bom, pelo que eu vi acima, alguns grupos funcionam, mas dois deles (o 3
e o 6) parecem não se encaixar. Outros dois (o 5 e o 7) parecem ter algumas
restrições.

Pelo que você disse, andaram discutindo sobre a utilidade dessa teoria.
Se for realmente o reconhecimento de uma simetria oculta na Natureza, e se
ela estiver certa, há enorme possibilidade de ser útil, pois novas simetrias
são sempre achados muito prolíficos. Mas estou falando sem saber do que
estou falando, melhor dar uma olhada antes.

Até,
Belisário




SUBJECT: André Assis (era: Evolução Quântica)
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 16/12/2000 02:15


----- Original Message -----
From: André Roncolato Siano

> A ESSÊNCIA DA REALIDADE publicado em 2000 (Brasil)
> Título original: The fabric of reality
>
> O livro foi escrito por DAVID DEUSTSCH teórico em Universos
> Paralelos, membro do Grupo de Pesquisa em Computação Quântica e
> Criptografia do Laboratório Clarendon da Universidade de Oxford. O
> livro foi revisado pelo Prof. André Kock Torres Assis(q não conheço)
> do Instituto de Física e Pesquisador de Eletromagnetismo, Gravitação
> e Cosmologia da Unicamp.

Eu o conheço bem. Ele tem uma teoria formidável que pretende substituir
a Teoria da Relatividade Geral. Um dia falo sobre ela aqui. Agora já escrevi
demais. Mas é verdadeiramente formidável. Para os curiosos, recomendo o
livro "Uma Nova Física", do próprio André Koch Torres Assis, editora
Perspectiva.

Rapidamente, ela tenta implementar o princípio de Mach. Ela assume que
todo movimento é relativo, inclusive os acelerados, e que as forças de
inércia são provocadas pelo movimento relativo entre os sistemas físicos e o
restante do Universo. Ele supõe que a força gravitacional seja um pouco
diferente do inverso do quadrado da distância - ele acrescenta um termo à
fórmula original. Este termo faz com que a ação gravitacional do restante do
Universo tomado como um todo, sobre um sistema físico em movimento,
reproduza exatamente as expressões as forças inerciais (ma), centrífuga, de
Coriolis e a força de inércia angular. Ou seja, todas as forças inerciais
seriam devidas à atração gravitacional do restante do Universo. Além disso,
com essa teoria ele explica coisas que a Relatividade explicava e que a
Física Clássica não explica. Por exemplo, ele obtém para a precessão do
periélio de Mercúrio uma expressão idêntica à obtida pela Relatividade
Geral!!! (Mas só para uma órbita complelta; para o caso geral não
concordam). Assim, ele clama que essa teoria pode substituir a Relatividade
Geral. Porém, até onde sei nenhuma medida conseguiu dar uma resposta
conclusiva se esse termo a mais do Assis na força gravitacional existe ou
não.

A essa teoria o Assis dá o nome de "Mecânica Relacional". Estou
esperando ansiosamente uma medida conclusiva sobre o termo a mais na força
gravitacional do Assis...

Até,
Belisário





SUBJECT: Re: [ciencialist] Empuxo de Newton
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 16/12/2000 02:19


----- Original Message -----
From: Pablo de Camargo Cerdeira
>
> Ola Belisário:
>
> Obrigado pela pronta resposta...mas...
> Conheço a relação massa do neutrino X efeitos no Modelo Padrão, o
> que já vem sendo estudado, como vc bem mencionou, e vem nos mostrando
> resultados interessantes, quase que provando a existencia de massa nos
> neutrinos, mesmo quando "sem energia"...
> Acontece que o que eu ouvi falar eh que os Bosons teriam uma
> participação semelhante se tambem for provado que eles tem massa, poderiam
> somar às massas dos neutrinos.
> So que nao entendi bem como ele funcionam, como podem ocupar o
> "nada", fazendo com que o vácuo não exista, e até hoje não terem sido
> detectados. Voce teria mais detalhes sobre os Bosons de Higgs? Saberia
> explicar para esse pessoal da lista (inclusive para os adoradores do TGDB,
> que acho, teriam interesse especial no assunto) alguma coisa mais "certa",
> mesmo que teorica, sobre eles?

Oi, Pablo,

Eu não conheço essa curiosa relação entre os bósons de Higgs e o vácuo.
Na verdade, sei pouco sobre eles. Eles são previstos pelo Modelo Padrão, e
na verdade constituem as últimas partículas previstas por esse modelo que
ainda não foram detectadas de forma nenhuma (algumas, como os quarks, foram
detectadas só indiretamente). E isso aconteceu por eles terem uma massa
muito grande. Para se detectar esse tipo de partícula, é necessário
produzi-las. Produz-se-as através de colisões entre outras partículas mais
comuns, como prótons. Assim: se os prótons colidirem entre si com energia
suficiente, sua energia cinética pode se transformar em outras partículas
(energia transformando-se em matéria pela relação E = mc2). Desta forma, se
a partícula que queremos produzir tiver muita massa, temos que acelerar os
prótons muito para que a sua energia cinética seja suficiente para produzir
tal partícula. Nenhum acelerador atual é capaz de acelerar tanto um próton.
Por isto estão construindo o RHIC e o LHC.

Desta forma, ao contrário dos neutrinos, a teoria já prevê que os bósons
de Higgs têm uma massa e tanto.

Também não ouvi falar de uma participação cosmológica dos bósons de
Higgs semelhante à dos neutrinos. Mas posso simplesmente estar mal
informado, como estou de fato, a respeito dessas partículas.

Há também um fenômeno chamado "mecanismo de Higgs", que envolve os
bósons de Higgs; por esse "mecanismo", os bósons de Higgs participariam de
um processo que seria responsável por as outras partículas terem a massa que
têm. Mas não posso dar detalhes sobre isto porque não conheço o assunto
direito. Talvez outra pessoa por aí saiba melhor.

Até a próxima,
Belisário




SUBJECT: matéria escura e radiação de fundo.
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 16/12/2000 02:41



Caros todo mundo,

devido ao movimento de nossa galáxia em relação à radiação de fundo,
algumas pessoas associaram esta idéia ao éter porque teríamos um
referencial absoluto comológico. Digo cosmológico porque o movimento da
nossa galáxia em relação à radiação de fundo, que faz com que a vejamos
sem a sua isotropia característica, é, de certa maneira, a diferença
entre a nossa galáxia e a velocidade de afastamento média entre os
corpos astrofísicos no universo por causa do big-bang.
Há também a idéia de associar o éter ao vácuo, a motivação neste caso
não é de referencial absoluto mas de meio onde a luz se propaga. Hoje em
dia se acredita que o vácuo tem uma energia própria intrínseca não nula
e repele gravitacionalmente os corpos massivos. Portanto seria um meio
material e não um vazio.

Matéria escura é, como o nome já diz, tudo aquilo que não emite luz
ou cuja emissão de luz é desprezível do ponto de vista observacional.
Neste caso podemos incluir anãs brancas (o futuro do sol), estrelas de
nêutrons (o futuro de uma estrela um pouco mais pesada do que o sol),
buracos negros (futuro de estrelas muito mais pesadas do que o sol) e
anãs marrons (ou júpiters).
No entanto não são esses os entes de matéria escura que perturbam a
comunidade mas os de matéria não bariônica (ou matéria não usual). Esta
matéria escura não usual seria, hipoteticamente, responsável por cerca
de 90% da matéria existente no universo (entre escura e luminosa). As
hipóteses da matéria não bariônica vão desde os simples neutrinos (se
eles possuirem massa inercial não nula) e gravitinos até estranhezas
como axions e partículas supersimétricas (não me perguntem o que são
essas coisas). As observações dizem que a densidade do universo é um
pouco menor ou igual a densidade crítica (citada em uma mensagem
anterior do Roberto Belisario) mas a densidade de matéria bariônica
(estrelas, buracos negros, planetas, etc..) ocuparia no máximo 10% desta
densidade crítica. A matéria escura não usual preencheria os 80-90%
faltantes.
Medidas recentes (Boomerang e Hubble) mostram que as galáxias se
afastam com velocidades maiores do que previstas devido a uma possível
repulsão gravitacional desconhecida. Aí entra a hipótese de contribuição
da densidade do vácuo ou da constante cosmológica que, como disse acima,
tem efeito gravitacional repulsivo. Ao mesmo tempo esta densidade do
vácuo (ou const. cosm.) preencheria parte dos 90% de matéria não usual
junto com a matéria escura.
Um artigo muito recente diz que as observações do Boomerang sugerem,
pela primeira vez nos últimos 20 anos, que não existe matéria escura não
bariônica, ou seja, toda a densidade de matéria do universo seria
preenchida por massa usual e pela densidade do vácuo.
Ainda há controvérsias e se espera que novas observações esclareçam tal
dúvida uma vez que a matéria escura é necessária (até que provem o
contrário) para explicar a estabilidade e a formação de várias
estruturas astrofísicas como, por exemplo, todas as galáxias espirais.

Obs; este artigo por mim citado pode ser pego gratuitamente pela
internet em formato pdf ou ps. Basta ir no endereço http://xxx.if.usp.br
e na seção astro-ph do ano 2000 baixar o artigo com o código
astro-ph/0008188. Este artigo foi publicado na "Astrophysical Journal"
que está entre as 3 revistas mais importantes da área e é a mais
importante publicada nos EUA.

[]'s Eduardo.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Empuxo de Newton
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 16/12/2000 07:06

Prezado Roberto Belisário,

É com muita emoção que escrevo esta mensagem. Saiba que pela primeira vez, concretamente, alguém do meio científico (e em particular da Física, que a meu ver a ciência-mãe), me acenou com a possibilidade de acreditar que a TGBD possa ser verdadeira e portanto, útil para a ciência. Até então somente o Alberto Mesquita (por quem tenho enorme admiração, respeito e simpatia), e mais ninguém, tinha se candidatado a ser o primeiro a fazê-lo. Não posso negar que ele o fez, mas não tão concretamente quanto você o fez. O Alberto tem sido o meu maior interlocutor para assuntos da TGBD e é quem tem mais me estimulado a continuar a árdua e fascinante missão de desenvolvê-la.

Árdua porque tenho de constantemente me deparar com Alvaros Augustos, Robertos Takatas, Rodrigos, Jocax´s, Leandros, LRB´s e, mais recentemente, com Eduardos e Tarcísios, e outros céticos sinceros em relação à minha iniciativa de tentar desenvolver, há mais de 32 anos, uma teoria que defina a estrutura de tudo o que existe no universo e fora dele. Já tive "pegas" homéricos na Ciencialist ao defender as minha proposta, que já foi aqui classificada de metafísica, mística, pseudo-científica, esotérica, divina, e até mesmo cabalística. Mas nunca ninguém aqui, exceção feita ao Alberto, procurou saber se ela acima de tudo isto é verdadeira ou não, que para mim é o que interessa. A TGBD resultou em tanta confusão na Ciencialist, que a pedido do LRB (que a meu ver se respaldou, além do seu próprio ceticismo, nos pedidos de outros participantes da lista) decidi retirar sua discussão da lista, embora ainda não o tenha conseguido.

Fascinante, porque se a TGBD for verdadeira, ela poderá representar um grande salto na ciência do início do século XXI. O adjetivo que o Alberto sugeriu para classificar a TGBD foi dela ser metacientífica, o que talvez seja um neologismo, mas que é a meu ver o termo mais apropriado para qualificar a TGBD. Explico porque: sendo ela candidata a ser a teoria de tudo, a teoria de todas as teorias e a síntese do conhecimento, ela teria de ser algo além da ciência atual. Acredito, contudo, que com o passar do tempo ela passe a ser de domínio público e assim acabe por ser rebaixada a teoria científica, simplesmente. O que eu tenho a certeza é que a ciência nunca mais será a mesma caso se comprove a veracidade da TGBD.

Bem agora chega de emoção e vamos para a razão. Passo a responder a sua mensagem a seguir.

Claudio - mensagens anterior:
> Não sei qual a sua opinião quanto a TGBD, dado que não me lembro de nenhuma
> manifestação sua a respeito.

Roberto Belisário:
Oi, Claudio. Confesso, até meio envergonhado, que não sei nada sobre a TGBD, porque não li os e-mails a respeito. Não porque eu não me interesse, mas porque ultimamente tenho lido muito pouco os e-mails da lista - até pela discussão sobre quântica passei batido. ....
Mas gostaria, sim, de conhecer a tal TGBD. Alguma sugestão sobre por
onde começar?

Claudio:
Elementar, meu caro Belisário....:-)) . Ressalto que criei um grupo para discussão específica da TGBD no eGroups, onde existem vários texto sobre ela disponíveis nos seus Arquivos. Deixo abaixo os endereços de interesse, numa espécie de comercial, válido para todos da lista que queira saber mais sobre a TGBD.

1) o desenvolvimento da TGBD:
http://br.egroups.com/files/tgbd/2.O.livro.da.TGBD/2.02.O.Desenvolvimento.da.TGBD.doc


2) texto resumido sobre a TGBD na minha home page do ZAZ:
http://ppessoa.zaz.com.br/paginas/poafefarah2200.htm

3) texto constante do livreto do meu CD de 1996:
http://br.egroups.com/files/tgbd/2.O.livro.da.TGBD/2.04.A.TGBD.no.CD.de.1996.doc


4) pagina principal do site da TGBD no eGroups:
http://br.egroups.com/groups/tgbd

5) Arquivos disponíveis no site no eGroups:
http://br.egroups.com/groups/tgbd

Claudio - mensagens anterior:
> Posso lhe afirmar com segurança que se a TGBD for verdadeira, a questão ainda
> sem resposta para a evolução do universo já teria uma resposta:
> obrigatoriamente o universo que hoje está em expansão desde o Big Bang e
> fatalmente em algum instante teria de começar a se contrair até chegar no Big
> Crunch. Você acha que neste caso ela estaria tendo utilidade ou não?


Roberto Belisário:
Uma teoria que é capaz de prever coisas como essa certamente seria uma teoria útil.

Claudio:
Esta é a questão. De que adianta desenvolver uma teoria se ela não for útil?

Claudio - mensagens anterior:
> Afinal, você acredita que existe uma teoria que possa definir a estrutura de
> tudo o que existe no universo e fora dele? Se acha que existe, mas que não é
> TGBD, o que você acha que poderia ser?


Roberto Belisário:
Existe uma séria candidata a esse tipo de teoria: a teoria das Supercordas, que clama ser a unificação final de todas as forças fundamentais: eletromagnéticas, fracas, fortes e gravitacionais. Atingiu um
grau de maturidade suficiente para atrair a atenção de toda a comunidade científica por volta de 1994. Seria uma "teoria de tudo".

Claudio:
Pois é Belisário, existe uma questão aqui: a Teoria das Supercordas (TSC) é totalmente incompatível com a TGBD. A TSC nos leva a necessidade de que o espaço-tempo tenha 11 dimensões, enquanto que a TGBD obriga que ele tenha somente 4 dimensões, sem ter de se recorrer ao Princípio Antrópico. Em suma: é uma ou outra. Pelo que li a TSC busca eliminar as singularidades (situações em que se tem indeterminações matemáticas do tipo 0/0, infinito/infinito, etc). Pela TGBD as singularidades são necessárias. Aliás o nascimento da TGBD se deu justamente em função de uma delas, que é o fato de uma reta ser uma circunferência de raio infinito, pois o +infinito se encontra com o - infinito no, digamos +/- infinito, que nada mais é do que uma singularidade. Afinal, poderia existir uma reta sem o +/-infinito?

Roberto Belisário:
Eu tenho fé em que exista uma "teoria de tudo": simplesmente porque a Natureza é uma só, de forma que é epistemologicamente muito insatisfatório ter-se uma teoria diferente para cada tipo de fenômeno.

Claudio:
Assino embaixo! E informo que foi isto que me levou a tentar desenvolver a TGBD.

Roberto Belisário:
Bem, como eu disse, ainda não li nada sobre a TGBD, mas pelo pouco que você colocou abaixo vejo que a TGBD parece ter muito a ver com o reconhecimento de uma simetria oculta na Natureza. Vejo que você fez um paralelo entre diversos sistemas físicos, agrupando seus elementos quatro a
quatro. Porém, vejamos com mais detalhe:


Claudio:
Perfeito. Tudo isso começou quando eu associei o caso da reta ser uma circunferência de raio infinito com o movimento das ondas do mar. De um lado, matemática pura e abstrata; do outro a natureza bela e concreta. Insisto vale a pena ver esta história no endereço:
http://br.egroups.com/files/tgbd/2.O.livro.da.TGBD/2.02.O.Desenvolvimento.da.TGBD.doc

Claudio - mensagens anterior:
> Repito o que já disse numa mensagem anterior, que a estrutura do modelo
> padrão é bidual. Existem três famílias de partículas elementares, que
> obedecem a mesma estrutura. Analisarei apenas a primeira que é a que forma a
> quase totalidade da matéria que existe. As demais são apenas verificadas
> em laboratório. Vamos lá. Vou dar diversos exemplos, rápidos e rasteiros:
>
> 1) no nível das partículas de matéria
> 1. quark up 2. quark down
> 3. elétron 4. neutrino


Roberto Belisário:
OK. Cada família tem quatro elementos.

Claudio - mensagens anterior:
> 3) no nível dos átomos de H
> 1. quark up1 2. quark down
> 3. Quark up2 4. elétron


Roberto Belisário:
Perfeito.

Claudio - mensagens anterior:
> 3) no nível dos átomos em geral
> 1. próton 2. neutron
> 3. elétron 4. neutrino


Roberto Belisário:
Não entendi muito bem. No átomo tem elétron, próton e nêutron, mas neutrino? O neutrino aparece em reações nucleares (decaimento beta, por exemplo). Mas não há neutrinos dentro dos átomos, eles só são produzidos quando há decaimentos radioativos.

Claudio:
Explico melhor: talvez o termo átomo não seja o mais apropriado. De qualquer forma o que eu quis dizer foi que se subirmos um nível, das partículas elementares para o dos átomos (ou talvez melhor fosse elementos químicos) temos um Terno formado pelo Dual Interno (próton-neutron) e pelo Terceiro Uno que é o elétron.

Aliás este Terno é um átomo do Deutério, que nada mais é que a diferença entre um determinado elemento químico e o imediatamente seguinte na tabela periódica. Mas e o neutrino, onde entra nesta história? Ele não faz parte do interior dos átomos, que são, como vimos, um conjunto de Deutérios, ou Ternos (as únicas exceções aqui são o H e o Hélio 3). Assim, os neutrinos são os Quartos Unos dos Ternos que são os átomos. E por serem Quartos Unos eles não poderiam estar no interior dos átomos, que são Ternos.

Por outro lado, na TGBD o Quarto Uno é sempre o mais difícil de ser entendido, o que está de acordo com a realidade, na medida em que pouco se sabe sobre os neutrinos. Repare que átomos não poderiam existir sem os neutrinos, na medida que eles "aparecem" nas interações fracas, onde prótons se transformam em neutrons e vice-versa, em interações das quais também participam os elétrons. Em suma, ou existem os quatro (prótons, neutrons, elétrons e neutrinos, com estes últimos "correndo por fora") ou não poderiam existir nenhum deles. Ressalto que não sou físico, apenas engenheiro civil e mestre em Administração, mas é como, quase que como leigo, vejo a questão.


Claudio - mensagens anterior:
> 4) no nível das partículas de força da eletrofraca
> 1. W+ 2. W-
> 3. Zo 4. fóton

Roberto Belisário:
Perfeito.


Claudio:
Neste caso o bidual é perfeito, e talvez por isso mesmo já se tenha conseguidos unificar as forças eletromagnética e fraca na chamada eletrofraca. Repare que o Dual Interno (W+ e W-) é de partículas que tem carga, enquanto que no Dual Externo ( Zo e fóton) elas não o tem.


Claudio - mensagens anterior:
> 5) no interior dos prótons e neutrons
> 1. quark verde 2. quark azul
> 3. quark vermelho 4. gluon

Roberto Belisário:
OK. Mas repare que você está se restringindo às forças nucleares fortes. Os quarks também trocam fótons, pois têm carga elétrica. E, se o gráviton existir, também trocarão grávitons, porque têm massa. Tudo isto também tem dentro de prótons e neutrons.


Claudio:
A idéia foi me restringir aos núcleos atômicos e às forças nucleares, na medida em que estas somente naqueles atuam. Notar que a gravidade também atuam nos elétrons e também nos neutrinos se estes tiverem massa. E que também a força fraca atua no interior nos núcleos, na medida que transforma neutros em prótons e vice versa. Desta forma não vejo o porque da sua objeção.

O interessante aqui é que a TGBD força a diferenciação entre as "cores" dos quarks, de forma que os três possam forma um Terno, enquanto que na Cromodinâmica Quântica (CQD) isto não é levado em conta. Explico melhor: pela TGBD um Terno é sempre a interação do Dual Interno com o Terceiro Uno. Assim, pela TGBD duas das "cores", digamos o azul o verde deveriam ser de mesma natureza , mas de sentidos opostos, em quanto que o Terceiro deveria ter sua natureza diferente da "cores" do Dual Interno. Isto aparenta não estar sendo levado em conta em tudo que li sobre ela, inclusive no livro de "O quark e o jaguar", do Gell-Mann, um dos pais da CQD. E talvez seja esta questão que faz com que a CQD ainda não tenha sido totalmente desenvolvida, sendo ainda uma teoria em aberto. Repare que o fato de existirem apenas 8 e não 9 gluons "coloridos" aparenta indicar que esta indicação da TGBD seja verdadeira. Você poderia me dizer o que acha desta proposta e me dizer porque a diferenciação das cores não é levada em conta pela CQD, e por que são apenas 8 e não 9 gluons?

Claudio - mensagens anterior:
> 6) no nível das famílias de partículas de matéria e de força
> 1. 1ª Família 2. 2ª Família
> 3. 3ª Família 4. partículas de força


Roberto Belisário:
Hm... aqui você se esqueceu do famigerado bóson de Higgs, que não se enquadra em nenhum desses grupos.

Claudio:
Bem não sei se foi esquecimento não, pois talvez eles simplesmente não existam, e por causa disto talvez num tenham sido localizados. Repare que os tais bósons de Higgs decorrem de uma formulação matemática necessária para resolver a chamada queda de simetria por ocasião da interação entre as forças fraca e eletromagnética, não é isso. Precisaria consultar minhas fontes para me certificar disto.

Ocorre que existem duas indicações por parte da TGBD para que os bosons de Higgs não existam. A primeira é que eles não se encaixam na bidualidade 6) vista acima. E a segunda é que segundo Alberto Mesquita me falou em pvt no início do ano a TGBD eliminaria essa questão da quebra de simetria. Confesso que não me lembro bem de como ele chegou a esta conclusão e que teria que procurar o email que ela propôs isto. Mas agora estou morrendo de sono e prefiro fazer isto depois. Aproveito a oportunidade para pedir ao Alberto que volte a esta questão.

Claudio - mensagem anterior:
> 7) partículas de forca
> 1. foto 2. W+, W - e Zo
> 3. gluons 4. graviton


Roberto Belisário:
Ou seja, cada elemento desse grupo corresponde a uma das quatro interações fundamentais. Mas repare que o gráviton não está incluído no Modelo Padrão (pelo que você disse acima, você está usando esses esquemas para mostrar que o Modelo Padrão tem estrutura bidual). Para incluí-lo,
devemos unificar o Modelo Padrão com a Relatividade Geral, mas aí poderemos ter coisa bem diferente.

Claudio:
Realmente o graviton não está incluído no Modelo Padrão, e foi um falha minha não ter feito esta ressalva. E é por causa desta exclusão que Modelo Padrão é tido como incompleto, do que resultou a necessidade de desenvolver a TSC para incluí-lo. Mas pela TGBD ele tem de ser incluído, tal como chegarm a conclusão os físicos. Até aqui a TGBD e TSC estão de acordo, mas depois, quando se chega às 11 dimensões para o espaço-tempo é que a incompatibilidae surge entre elas. Sugirio que você leia e analise dois textos quer escrevi sobre este tema.

No primeiro proponho, por indicação da TGBD, a alternativa nova para a unificação da força da gravidade com a força eletromagnética, mediante a simples obrigação da orientação dos eixos das orbitais eletronicas em função da direção da força de gravidade, que está no endereço:
http://br.egroups.com/files/tgbd/2.O.livro.da.TGBD/2.09.Unificacao.das.Forcas.Eletromgnetica.e.Gravidade.doc
No segundo, comento sobre a incompatibilidade entre a TGBD e a TSC, que está disponível no endereço:
http://br.egroups.com/files/tgbd/2.O.livro.da.TGBD/2.08.A.Unificacao.das.4.Forcas.Naturais.doc

Claudio - mensagem anterior:
> E daí pergunto a você meu caro Belisário:
> 1) é tudo coincidência e a TGBD é falsa; ou,
> 2) é tudo "coincidência" e a TGBD é aparentemente verdadeira?


Roberto Belisário:
Bom, pelo que eu vi acima, alguns grupos funcionam, mas dois deles (o 3 e o 6) parecem não se encaixar. Outros dois (o 5 e o 7) parecem ter algumas restrições.

Claudio:
Não sei se as considerações que fiz serviram para sanar estas questões, mas acredito que sim.

Roberto Belisário:
Pelo que você disse, andaram discutindo sobre a utilidade dessa teoria. Se for realmente o reconhecimento de uma simetria oculta na Natureza, e se ela estiver certa, há enorme possibilidade de ser útil, pois novas simetrias são sempre achados muito prolíficos. Mas estou falando sem saber do que estou falando, melhor dar uma olhada antes.
Até,
Belisário


Claudio:
Gostei deste termo: simetrias ocultas da natureza. Só acho engraçado o fato de que, apesar de na verdade a simetria bidual proposta pela TGBD sempre esteve na cara de todo mundo, em tenha sido o primeiro a enxergá-la, há mais de 32 anos atrás, analisando, primeiro, o caso da reta ser uma circunferencia de raio infinito e, segundo, as ondas do mar. E que tudo isto tenha começado na letra da minha música Cinerama, de 1968.


Gostaria muito que encontrasse um tempo para discutir comigo a TGBD. Preciso da ajuda de algúem que entenda bem de Física e você parece ser a pessoa certa. E assim, gostaria que participasse do site da TGBD, pois aqui na Ciencialist ela apenas aparenta estar enchendo o saco de muita gente e, com certeza, o meu também. Afinal, tenho de ficar suportando muitas colocações desagradáveis e infundadas, tais como as que tem sido feitas ultimamente pelo Tarcísio. Também quem manda eu meter uma empreitada tão ambiciosa... :-))

Muito obrigado pelo seu interesse pela TGBD, e, insisto, visite o seu site no eGpoups:
http://br.egroups.com/groups/tgbd

Um grande abraço,

Claudio Abreu


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] matéria escura e radiação de fundo.
FROM: "Antonio A. J. Godoy" <prof_godoy@teracom.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 16/12/2000 09:01

Olá, Eduardo e demais amigos,

----- Original Message -----
From: "Eduardo Gueron" <dgueron@mailbr.com.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Saturday, December 16, 2000 4:41 AM
Subject: [ciencialist] matéria escura e radiação de fundo.


> devido ao movimento de nossa galáxia em relação à radiação de fundo,
> algumas pessoas associaram esta idéia ao éter porque teríamos um
> referencial absoluto comológico. Digo cosmológico porque o movimento da
> nossa galáxia em relação à radiação de fundo, que faz com que a vejamos
> sem a sua isotropia característica, é, de certa maneira, a diferença
> entre a nossa galáxia e a velocidade de afastamento média entre os
> corpos astrofísicos no universo por causa do big-bang.

Algumas pessoas... (eu no caso :)) imaginei que pudesse ser ressuscitado o
éter pela sua característica de ser um referencial absoluto (segundo já li
em vários lugares). Minha dúvida é: há evidência de que não haja
anisotropismo da radiação de fundo em escala considerável? Se houver, me
parece que a idéia cai por terra novamente. Além disso, parece que no que se
refere à quantidade de matéria o Universo não é homogêneo e isotrópico... De
que forma poderíamos separar a radiação de fundo e o acúmulo não-homogêneo
de matéria no sentido de criar um referencial absoluto? Me parece incoerente
dissociar a matéria e a energia... ou não é nada disto e falei um monte de
asneiras?

> Há também a idéia de associar o éter ao vácuo, a motivação neste caso
> não é de referencial absoluto mas de meio onde a luz se propaga. Hoje em
> dia se acredita que o vácuo tem uma energia própria intrínseca não nula
> e repele gravitacionalmente os corpos massivos. Portanto seria um meio
> material e não um vazio.

Há comprovação experimental? Esta repulsão gravitacional é mensurável? Como
se pode medir a energia intrínseca do vácuo? Existiriam "quanta" de energia
intrínseca? Pergunto porque fiquei surpreso com a informação, e me parece
que se tudo for real terá implicações bem amplas.

> Medidas recentes (Boomerang e Hubble) mostram que as galáxias se
> afastam com velocidades maiores do que previstas devido a uma possível
> repulsão gravitacional desconhecida. Aí entra a hipótese de contribuição
> da densidade do vácuo ou da constante cosmológica que, como disse acima,
> tem efeito gravitacional repulsivo.

Detesto a constante cosmológica. Parece uma "gambiarra" teórica, e a
hipótese de existir uma repulsão gravitacional devido ao vácuo e sua
densidade (se mensurável) seria bem mais aceitável. O problema é: como medir
tal repulsão? Alguém propõe um experimento?

> Ao mesmo tempo esta densidade do
> vácuo (ou const. cosm.) preencheria parte dos 90% de matéria não usual
> junto com a matéria escura.
> Um artigo muito recente diz que as observações do Boomerang sugerem,
> pela primeira vez nos últimos 20 anos, que não existe matéria escura não
> bariônica, ou seja, toda a densidade de matéria do universo seria
> preenchida por massa usual e pela densidade do vácuo.

Você afirma que a densidade do vácuo "é" a própria constante cosmológica? É
esta a interpretação da comunidade astrofísica?

> Ainda há controvérsias e se espera que novas observações esclareçam tal
> dúvida uma vez que a matéria escura é necessária (até que provem o
> contrário) para explicar a estabilidade e a formação de várias
> estruturas astrofísicas como, por exemplo, todas as galáxias espirais.

Alguém mais além dos que você citou têm publicado algo a respeito?

> Obs; este artigo por mim citado pode ser pego gratuitamente pela
> internet em formato pdf ou ps. Basta ir no endereço http://xxx.if.usp.br
> e na seção astro-ph do ano 2000 baixar o artigo com o código
> astro-ph/0008188. Este artigo foi publicado na "Astrophysical Journal"
> que está entre as 3 revistas mais importantes da área e é a mais
> importante publicada nos EUA.

Vou dar uma olhada no artigo. Obrigado pelas informações e desculpe pela
enorme quantidade de perguntas.

Abraços,

Godoy



SUBJECT: Re: [ciencialist] Empuxo de Newton
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 16/12/2000 10:51

Oi, Cláudio. Obrigado pelas suas referências. Antes de lê-las,
entretanto, já posso comentar o seguinte:

----- Original Message -----
From: Claudio Abreu

> Claudio - mensagens anterior:
> > 5) no interior dos prótons e neutrons
> > 1. quark verde 2. quark azul
> > 3. quark vermelho 4. gluon
>
> Roberto Belisário:
> OK. Mas repare que você está se restringindo às forças nucleares fortes.
Os quarks também trocam fótons, pois têm carga elétrica. E, se o gráviton
existir, também trocarão grávitons, porque têm massa. Tudo isto também tem
dentro de prótons e neutrons.
>
>
> Claudio:
> A idéia foi me restringir aos núcleos atômicos e às forças nucleares, na
medida em que estas somente naqueles atuam. Notar que a gravidade também
atuam nos elétrons e também nos neutrinos se estes tiverem massa. E que
também a força fraca atua no interior nos núcleos, na medida que transforma
neutros em prótons e vice versa. Desta forma não vejo o porque da sua
objeção.
>
> O interessante aqui é que a TGBD força a diferenciação entre as "cores"
dos quarks, de forma que os três possam forma um Terno, enquanto que na
Cromodinâmica Quântica (CQD) isto não é levado em conta. Explico melhor:
pela TGBD um Terno é sempre a interação do Dual Interno com o Terceiro Uno.
Assim, pela TGBD duas das "cores", digamos o azul o verde deveriam ser de
mesma natureza , mas de sentidos opostos, em quanto que o Terceiro deveria
ter sua natureza diferente da "cores" do Dual Interno. Isto aparenta não
estar sendo levado em conta em tudo que li sobre ela, inclusive no livro de
"O quark e o jaguar", do Gell-Mann, um dos pais da CQD. E talvez seja esta
questão que faz com que a CQD ainda não tenha sido totalmente desenvolvida,
sendo ainda uma teoria em aberto. Repare que o fato de existirem apenas 8 e
não 9 gluons "coloridos" aparenta indicar que esta indicação da TGBD seja
verdadeira. Você poderia me dizer o que acha desta proposta e me dizer
porque a diferenciação das cores não é levada em conta pela CQD, e por que
são apenas 8 e não 9 gluons?

Belisário:

Bem, não vejo razão para que a QCD não trate todas as cores em pé de
igualdade, uma vez que nunca ouvi falar de evidências experimentais e/ou
necessidades teóricas dentro do Modelo Padrão em contrário.

Por que são 8 e não 9 glúons parece ser um dos vários pontos
problemáticos no Modelo Padrão. Há algumas explicações técnicas que tornam
menos estranho o sumiço do nono glúon, mas no final das contas a explicação
acaba sendo a mesma: porque o nono glúon nunca foi observado. E não é só uma
questão de procurar: a teoria prevê que, se esse nono glúon existisse, ele
seria mais ou menos tão abundante quanto o fóton; e, como ele não tem massa,
andaria por aí livre e solto por grandes distâncias como os fótons,
interagindo com todo mundo pela força nuclear forte. O mundo iria ser muito
diferente do que é. Ou seja, a presença do nono glúon na teoria iria
bagunçá-la bastante. Então suprimiu-se o nono glúon da teoria.

> Claudio - mensagens anterior:
> > 6) no nível das famílias de partículas de matéria e de força
> > 1. 1ª Família 2. 2ª Família
> > 3. 3ª Família 4. partículas de força
>
>
> Roberto Belisário:
> Hm... aqui você se esqueceu do famigerado bóson de Higgs, que não se
enquadra em nenhum desses grupos.
>
> Claudio:
> Bem não sei se foi esquecimento não, pois talvez eles simplesmente não
existam, e por causa disto talvez num tenham sido localizados. Repare que os
tais bósons de Higgs decorrem de uma formulação matemática necessária para
resolver a chamada queda de simetria por ocasião da interação entre as
forças fraca e eletromagnética, não é isso. Precisaria consultar minhas
fontes para me certificar disto.
>
> Ocorre que existem duas indicações por parte da TGBD para que os bosons de
Higgs não existam. A primeira é que eles não se encaixam na bidualidade 6)
vista acima. E a segunda é que segundo Alberto Mesquita me falou em pvt no
início do ano a TGBD eliminaria essa questão da quebra de simetria. Confesso
que não me lembro bem de como ele chegou a esta conclusão e que teria que
procurar o email que ela propôs isto. Mas agora estou morrendo de sono e
prefiro fazer isto depois. Aproveito a oportunidade para pedir ao Alberto
que volte a esta questão.

Belisário:

Então, meu amigo, você é muito sortudo, porque, pelo jeito, sua teoria
passará por uma prova de fogo experimental no ano que vem. Os caras do CERN
na Europa e do Laboratório Brookhaven nos Estados Unidos estão construindo
(o do Brookhaven já começou a funcionar) dois aceleradores de partículas
enormes que vão procurar o bóson de Higgs. Se o bóson de Higgs existir
mesmo, não há razão para que ele não tenha sido observado até o fim de 2001.
Se não for observado, o bóson não existe, e sua teoria passou pelo teste. Se
for observado, ou você reformula sua teoria ou babau para ela...

> Claudio - mensagem anterior:
> > E daí pergunto a você meu caro Belisário:
> > 1) é tudo coincidência e a TGBD é falsa; ou,
> > 2) é tudo "coincidência" e a TGBD é aparentemente verdadeira?
>
>
> Roberto Belisário:
> Bom, pelo que eu vi acima, alguns grupos funcionam, mas dois deles (o 3 e
o 6) parecem não se encaixar. Outros dois (o 5 e o 7) parecem ter algumas
restrições.
>
> Claudio:
> Não sei se as considerações que fiz serviram para sanar estas questões,
mas acredito que sim.

Belisário:

Ainda tenho dúvidas, mas vou dar uma olhada nos textos antes.

Até,
Belisário




SUBJECT: Tgbd e Física (era: Empuxo de Newton)
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 16/12/2000 12:14

Oi. Dei uma olhada nos seus textos. Como você estende sua teoria às mais
diferentes dimensões do conhecimento, vou restringir-me à Física aqui na
Ciencialist e falar sobre outras coisas na lista da TGBD.

Primeiramente, saliento que é necessário você axiomatizar um pouco mais
a apresentação da teoria. O ideal seria, cada vez que você introduzir um
termo novo, dar-lhe uma definição precisa. Como no caso de equilíbrio
interno e externo, interações, positivo, negativo, concreto, abstrato, etc.
E também definir a sua "operacionalidade": por exemplo, em certo ponto você
diz que um terno pode ser positivo ou negativo, porque é constituído sempre
de dois Unos positivos e um negativo, ou vice-versa. Aqui você está
implicitamente supondo que existe uma "álgebra de sentidos", isto é, podemos
somar positivos e negativos como se fossem números. Numa teoria bem
elaborada, deve-se reduzir ao máximo o número de regras e definições
tácitas, explicitando-as.

Mas deu para sacar que trata-se de um esquema geral de ordenação das
coisas.

Bem, vamos tentar entender por partes.

Dúvida número um: pelo que entendi, em um Bidual, cada Uno deve ser
também um Bidual de nível inferior - para estar em equilíbrio na direção do
micro. Mas aí teremos uma seqüência infinita de Biduais na direção do micro,
o que me parece muito estranho. Em particular, vejamos isto aqui:

----- Original Message -----
From: Claudio Abreu >

Claudio - mensagens anterior:
> > 3) no nível dos átomos em geral
> > 1. próton 2. neutron
> > 3. elétron 4. neutrino

Se cada um desses quatro unos (as partículas 1, 2, 3 e 4) for também um
bidual de nível inferior, não vejo como montar um esquema de quatro unos com
nenhuma dessas partículas, em particular com o elétron e o neutrino, que são
partículas fundamentais.

Belisário




SUBJECT: Quociente de Encefalizacao
FROM: "Manuel Bulcao" <msbn@daterranet.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 16/12/2000 13:49

Caros ciencialisteiros,

O prof. Harry Jerison, da Universidade da Califórnia, visando obter
um meio para avaliar a inteligência dos animais extintos, inventou o
QE (quociente de encefalização). O QE mede o peso do cérebro do
animal (deduzido a partir do tamanho da sua caixa craneana) em
relação ao corpo, isto é, o tamanho cerebral relativo, e tem por
padrão o peso do cérebro médio de um mamífero de determinado peso.
Segundo Carl Zimmer, autor do livro "À Beira D'água", do qual extraí
os dados constantes nesta mensagem, "com um QE de 1, um mamífero (um
cavalo, por exemplo) tem todo o cérebro necessário para levar uma
vida padrão de mamífero. Se o seu QE é mais alto, ele dispõe de
células nervosas extras que geralmente se encontram amontoadas no
neocórtex, para onde os órgãos dos sentidos enviam seus dados e o
cérebro os analisa."

Pois bem, cerca de dois milhões de anos atrás viveu na Terra o Homo
habilis, provavelmente a primeira espécie do gênero Homo. Naquela
época, era o Homo habilis a espécie mais "cerebrada"? A resposta é
não. Os golfinhos contemporâneos do Homo habilis superavam este em
Quociente de encefalização. Agora, se um QE maior significa
"necessariamente" maior inteligência, não sei. Eis um bom assunto
para debate.

Vejam a tabela de Quocientes de Encefalização, elaborada por Jerison:

Homo sapiens - 7,06
Homo erectus - 5,50
Boto Tucuxi (golfinho fluvial brasileiro) - 4,56
Golfinho de flanco branco do Pacífico - 4,55
Golfinho comum - 4,26
Baleia-negra (golfinho de nariz inchado) - 4,14
golfinho de Risso - 4,01
Homo habilis - 4,00
Toninha de Dall - 3,54
Australopithecus afarensis - 3,00
Baleia assassina - 2,57
Chimpanzé - 2,34

Abraços,
Manuel Bulcão

PS: Segundo Jerison, os golfinhos atingiram o atual quociente de
encefalização no Mioceno, há aproximadamente 15 milhões de anos.



SUBJECT: Re: Quociente de Encefalizacao
FROM: rmt@ib.usp.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 16/12/2000 19:14

--- In ciencialist@egroups.com, "Manuel Bulcao" <msbn@d...> wrote:
> Pois bem, cerca de dois milhões de anos atrás viveu na Terra o Homo
> habilis, provavelmente a primeira espécie do gênero Homo. Naquela
> época, era o Homo habilis a espécie mais "cerebrada"? A resposta é
> não. Os golfinhos contemporâneos do Homo habilis superavam este em
> Quociente de encefalização. Agora, se um QE maior significa
> "necessariamente" maior inteligência, não sei. Eis um bom assunto
> para debate.

se nao me engano (estou sem o livro aqui) o proprio Zimmer alerta para o fa=
to desse indice ser util, mas precisar ser visto com cautela.

um QE simplesmente maior poderia ser devido, por exemplo, a um aumento das =
porcoes responsaveis pelo equilibrio, sem ter nenhuma correlacao direta com =

capacidades intelectuais abstratas...

e outro ponto eh q. nao ha' necessidade das acoes motoras serem coordenadas=
todas no encefalo -- eh de razoavel conhecimento de muitos q. dinossauros c=
omo os
estegossauros possuiam um nodulo nervoso na altura da bacia maior do q. o p=
roprio cerebro. alguns animais exibem padroes semelhantes - os insetos possu=
em
diversos ganglios nervosos ao longo de seu cordao nervoso (seu cerebro apar=
entemente eh formado pela fusao de tres desses ganglios q. estavam presentes=
em
seus ancestrais). o q. viabilizaria q mesmo um cerebro menor (dentro de lim=
ites, claro) pudesse especializar-se em abstracoes.

mas na falta de indicadores melhores, eh um bom ponto de partida. (mas nao =
fiquem medindo o tamanho de suas caixas cranianas pra ver quem eh mais
inteligente -- isso jah eh frenologia lambrosiana, re re...)

[]s,

roberto takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] Busca de compreensao
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 16/12/2000 19:34

Prezado Peterson,

Respondo à sua interessante mensagem.

Peterson:
Li atentamente o resumo da TGBD, refleti e ficaria agradecido se você
pudesse me explicar algumas coisas que me chamaram a atenção:
Você colocou que a teoria:
>> objetiva definir cientificamente a estrutura de tudo
>> que existe no Universo e fora dele.
Ainda que essa fosse uma teoria que pudesse explicar a estrutura de "tudo"
que existe no universo, como poderíamos saber como é a estrutura fora dele
por sua teoria? Veja, o que garante que a
estrutura do fora corresponde à estrutura do dentro e que, portanto, pode
ser explicada por um mesmo tipo de lei?

Claudio:
Acho que trecho que existe na página principal do site da TGBD me ajuda a
iniciar a responder a sua questão:

"A Teoria Geral da Bidualidade (TGBD) objetiva definir a estrutura de tudo o
que existe e/ou não existe, no universo e/ou fora dele. A expressão "e/ou" é
a própria síntese da TGBD. Notar que o dual "ser ou não ser", de
Shakespeare, é apenas uma visão usual e restrita da questão, pois se refere
apenas às duas fases relacionadas ao conceito de existência. Para que exista
o dual "ser ou não ser" é necessário existir também dual "ser e não ser",
referente às duas mutações associadas: o próprio "ser e não ser" (quando
algo que é deixa de sê-lo) e o "não ser e ser" (quando algo que não é passa
a sê-lo). Senão o ciclo não fecha. E para ser geral a TGBD tem que se
aplicar tanto ao dual das fases do universo e do não-universo, quanto ao
dual das mutações do universo para o não-universo e vice-versa."

Notar que pela TGBD ao se falar em universo fica-se obrigado a se falar no
que existe fora dele, pois pela 2ª Lei da TGBD não poderia existir algo sem
que existisse o que não fosse algo, ou que estivesse fora dele, sendo a
recíproca verdadeira. Esta 2ª Lei (que define um Dual como sendo um
conjunto de dois Unos de mesma natureza, mas de sentidos opostos ) guarda
relação com a 3ª Lei de Newton, a da ação e da reação, bem como com a
proposta de Dirac de que a toda partícula deve corresponder uma
antipartícula.

Repare que se a 2ª Lei da TGBD funcionar para o que existe no universo
porque não iria funcionar para o não universo (ou o que esteja fora do
universo), dado que o universo não poderia existir sem o não universo, e
vice-versa. Faria algum sentido que não é o universo tivesse uma estrutura
diferente do universo, se a existencia de um depende a existencia do outro?

Peterson:
Como você explicaria sua definição de "fora", no contexto de sua teoria e
também da impropriedade da percepçào do domínio das frequências? Me parece
que sua teoria estaria contrariando a teoria da Ordem Implícita do Dr. Bohm
(embora eu o considere mais um místico do que um físico), uma vez que na
visão deste último as "leis" seriam apenas determinadas a partir da
emergência do holomovimento e de sua percepção através da construção da
realidade pelo em nossos cérebros.

Claudio:
Poxa Peterson, voei legal nesta sua pergunta, pois infelizmente nada sei,
nem nunca ouvi falar, sobre da "impropriedade da percepçào do domínio das
frequências", sobre "a teoria da Ordem Implícita do Dr. Bohm" e sobre o
"emergência do holomovimento". De qualquer forma acredito que o universo e
as leis universais que o regem não dependeriam da "sua percepção através da
construção da realidade pelos nossos cérebros". Acredito, sim, no inverso,
ou seja, que a "percepção" do universo "através da construção da realidade"
dele "pelos nossos cérebros" é que dependeria das chamadas leis universais.
Você não acha isto mais lógico?

Afinal nós humanos poderíamos ser considerados apenas como uma feliz
conjugação de fatores que resultaram na nossa existência... Você não acha
que o universo existiria mesmo na hipotese de que nós não estivéssemos aqui
para observá-lo? Acho que o Dr. Bohm, pelo pouco que me falou sobre as suas
teorias, possa estar invertendo a ordem das coisas, e talvez se
fundamentando execessivamente no chamado Princípio Antrópico.

Peterson:
Você poderia dizer se essa presumida contradição existe ou é devida a uma
exposição incompleta sua no resumo, ou ainda em minha má compreensão sobre o
mesmo?

Claudio:
Acho que tal contradição não existe, tal como expus acima. Agora concordo
que o meu resumo sobre a TGBD está deixando muito a desejar, o que pode ter
contribuído para que você não tenha conseguido captar tudo o que eu queria
(e podia pelo curto espaço de texto) falar sobre ela.

Peterson:
Sobre sua teoria, você continua:
>> A sua grande inovação é ter unificado e generalizado,
>> de uma forma geral e logicamente consistente, alguns
>> conhecimentos científicos do mundo ocidental e alguns
>> princípios do misticismo oriental.
Não estou fazendo qualquer referência aos comentário de nosso amigo
Tarcisio, mas isso que você colocou não poderia ser interpretado de outra
forma: algo místico.
Amigo, eu te pergunto: ONDE ESTÁ O BENEFÍCIO CIENTÏFICO DE UMA
TEORIA PELO FATO DELA BUSCAR A UNIFICAÇÃO COM UM SISTEMA DE
"MISTICISMO ORIENTAL"??? Afinal, isso seria "mais" cientificamente do que
buscar a unificação com o misticismo ocidental ou da idade média???
Porque justamente do Oriente? E porque não do ocidente, ou do médio-oriente?
De uma forma ou de outra, essa frase sobre a TGBD deixou uma inequívoca
expressão de predileção mística. E isso pode suscitar em questões como --Por
qual motivo o misticismo de Lao Tsé,
Dalai Lama ou Confúcio seria "mais científico" (ou mais próximo de
conclusões científicas, inclusive da TGBD, OU MAIS APROPRIADO A ESTA) do que
a de Zoroastro, Krisnha, Jesus, Blavatski, Saint Germain ou outros-- ???
Já que eu não acredito na superioridade científica, espiritual ou humana de
nenhum deles, gostaria de saber (e certamente aqueles que acreditam em um
deles mais ainda) porque a escolha de um sistema de crenças, por favor.

Claudio:
Não vejo por aí. Esta frase consta do texto que escrevi no livreto do meu
CD, de outubro de 1996. Realmente, em 1988, ao ler primeira vez, sobre o
Taoismo no livro o "O Tao da Física" de Frijot Capra, tive uma certa
segurança de que o que eu vinha pensando desde 1968, que ainda não tinha o
nome de TGBD, tinha tudo a ver. Repare que o símbolo do Tao é, de certo
modo, uma forma de representar um bidual. Veja maiores detalhes sobre isto
no endereço abaixo, onde conto sobre o desenvolvimento da TGBD, de 1968 até
hoje:
http://br.egroups.com/files/tgbd/2.O.livro.da.TGBD/2.02.O.Desenvolvimento.da
.TGBD.doc

Ressalto, contudo, que tudo o que me fundamentei para desenvolver a TGBD foi
relacionado à, digamos, visão ocidental, ou seja no que consideramos como
ciência. Ressalto que, embora isto de nada interfira com a TGBD, acredito
que a maneira com que a filosofia oriental vê o mundo seja, talvez, muito
mais evoluída do que a filosofia ocidental no que se relaciona ao religioso
e ao místico.

Mas reconheço que eu falar que a TGBD unifica princípios orientais e
ocidentais, tal como o disse no texto de 1996, aparenta estar sendo
contraproducente, na medida em que muitas pessoas veem isto como uma
agressão aos chamados princípios científicos ocidentais. Desta forma,
prefiro passar a omitir tal fato daqui para frente, pois tal colocação não é
relevante para a TGBD, e aparentemente só resulta em um aumento na rejeição
a ela. Afinal, a TGBD não se apoia no misticismo oriental e sim indica que
este aparenta se enquadrar na estrutura da primeira, tendo assim tudo para
ser verdadeiro se a TGBD o for.

Peterson:
Você escreveu também que a TGBD tem por princípio:
>> ser geral, ou seja, aplicável a tudo que existe e ao que
>> não existe (ou seja, que existe fora do nosso alcance);
Essa pergunta está mais ou menos relacionada a primeira. Se algo não existe
(ou está fora de nosso alcançe), como concluir antecipadamente que sua
estrutura e as leis que a regem sem que
tenhamos conhecimento de sua natureza (já que se ela não é conhecida ou está
fora do nosso alcançe, escapa também a especulação teleológica)?
Não seria isso uma falácia antecipada de Acidente Inverso?

Claudio:
Acredito que já respondi tal questão no início. Faria sentido o que estiver
dentro e fora do que está ao nosso alcance tivessem estruturas diferenciadas
se a existência de um depende da existência do outro? Quanto a "especulação
teleológica" e "Acidente Inverso", desculpe-me pela minha ignorância, mas
não sei do que tratam.

Peterson:
Por fim, você escreve no resumo:
>> Ressalto que os princípios das diversas ciências que
>> pesquisados (a saber: Física, Biologia, Química,
>> Matemática, Economia, Informática, Contabilidade,
>> Música, Psicologia, Biologia, Direito, Ciências Políticas,
>> entre outras) se enquadram e obedecem à TGBD.
Por favor, eu ficaria agradecido se você desse um (ou mais, se
souber) exemplo da aplicação da TGBD na ciência do Direito E nas
Ciências Políticas.

Claudio:
Com todo prazer.

No direito temos o seguinte bidual:

Dual Interno (das partes em conflito)
1. Parte Autora 2. Parte Ré

Dual Externo (do julgamento):
3. Aparato Legal 4. Sentença

Entendo aqui como Aparato Legal o conjunto das leis e dos juízes que as
interpretam pra julgar uma ação proposta pela Parte Autora contra a Parte
Ré, para definir uma Sentença, que é o Quarto Uno, e, portanto, sempre a
mais difícil de ser alcançada pautada no que seja justo e legal.

Quanto as Ciências Políticas o exemplo que me ocorre é o dos Três Poderes e
o povo numa democracia, que é a estrutura do poder político que a humanidade
acabou por adotar após milênios,ou milhões, de existência:

Dual Interno (dos que governam)
1. Poder Executivo 2. Poder Legislativo

Dual Externo (dos dos que julgam):
3. Poder Judiciário 4. Povo (eleitores)

Peterson:
Como eu quero compreender sua teoria, e concordar com ela se me parecer
lógica ou adequada, tudo isso são apenas questionamentos que realmente me
chamaram a atenção, pelo fato de que eu me dediquei a ler o resumo de sua
teoria e a refletir sobre ele, sem pré-conceitos.
Desde já, agradeço suas respostas.
Um abraço.
Peterson Leal S. Mello.

Claudio:
Gostaria de lhe agradecer pelo seu interesse pela TGBD, e espero que tenha
respondido as questões que me formulou, e com isto esclarecido mais um pouco
sobre ela. Quaisquer novas questões sempre contarão com a minha atenção em
respondê-las.

Um grande abraço,

Claudio Abreu



SUBJECT: Re: [ciencialist] matéria escura e radiação de fundo.
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 16/12/2000 19:54

Caro Godoy,



> Algumas pessoas... (eu no caso :)) imaginei que pudesse ser ressuscitado o
> éter pela sua característica de ser um referencial absoluto (segundo já li
> em vários lugares). Minha dúvida é: há evidência de que não haja
> anisotropismo da radiação de fundo em escala considerável? Se houver, me
> parece que a idéia cai por terra novamente. Além disso, parece que no que se
> refere à quantidade de matéria o Universo não é homogêneo e isotrópico... De
> que forma poderíamos separar a radiação de fundo e o acúmulo não-homogêneo
> de matéria no sentido de criar um referencial absoluto? Me parece incoerente
> dissociar a matéria e a energia... ou não é nada disto e falei um monte de
> asneiras?
>

Pelo que se observa, a ordem de grandeza da flutuação de densidade na
radiação de fundo é menor igual a 10^-4, portanto muito pequena. Se
acredita que, antes do desacoplamento matéria-radiação, esta seria a
flutuação inicial que originou as estruturas observadas hoje em dia. A
diferença é que se vc pega um bando de fótons e põe uma pequena
flutuação de frequências ela se estabiliza enquanto que uma pequena
flutuação na densidade de um mar de partículas pode gerar um ponto de
atração onde a matéria se acumulará e, postariormente, formará
estruturas como galáxias e aglomerados.
A idéia de associar a radiação de micro-ondas (CMB) a um referencial
absoluto é complicada porque ela está espalhada por todo o universo e
portanto não poderia ser um referencial na essência da palavra. Se
escolhêssemos como referencial um ponto do universo que acompanhasse a
expansão (ou seja, em que a CMB fosse homogênea) ele, da mesma maneira,
teria uma velocidade em relação a outro ponto do universo que tb
acompanhasse a expansão. Portanto nenhum poderia ser escolhido como
referencial absoluto. Por isso eu chamei-a de referencial cosmológico
absoluto uma vez que ela serve para sabermos o quanto a nossa galáxia
(ou qq outra) possui uma velocidade diferente da média de afastamento
entre os corpos astrofísicos.

> > Há também a idéia de associar o éter ao vácuo, a motivação neste caso
> > não é de referencial absoluto mas de meio onde a luz se propaga. Hoje em
> > dia se acredita que o vácuo tem uma energia própria intrínseca não nula
> > e repele gravitacionalmente os corpos massivos. Portanto seria um meio
> > material e não um vazio.
>
> Há comprovação experimental? Esta repulsão gravitacional é mensurável? Como
> se pode medir a energia intrínseca do vácuo? Existiriam "quanta" de energia
> intrínseca? Pergunto porque fiquei surpreso com a informação, e me parece
> que se tudo for real terá implicações bem amplas.
>

Que eu saiba, há indícios observacionais como eu citei na msg anterior.
Não entendo direito como são feitas essas observações mas, se não me
engano, a primeira medida foi feita pelo Hubble quando apontava para uma
supernova. Há algumas outras medidas do Boomerang não restritas a
supernovas. No endereço que eu escrevi na parte de baixo da msg
original, procure por boomerando em artigos de 2000 que vc achará
algumas coisas do assunto. O problema tb é que há hipóteses que devem
ser assumidas quando se analisa dados experimentais nesse caso.


> Detesto a constante cosmológica. Parece uma "gambiarra" teórica, e a
> hipótese de existir uma repulsão gravitacional devido ao vácuo e sua
> densidade (se mensurável) seria bem mais aceitável. O problema é: como medir
> tal repulsão? Alguém propõe um experimento?
>
> > Ao mesmo tempo esta densidade do
> > vácuo (ou const. cosm.) preencheria parte dos 90% de matéria não usual
> > junto com a matéria escura.
> > Um artigo muito recente diz que as observações do Boomerang sugerem,
> > pela primeira vez nos últimos 20 anos, que não existe matéria escura não
> > bariônica, ou seja, toda a densidade de matéria do universo seria
> > preenchida por massa usual e pela densidade do vácuo.
>
> Você afirma que a densidade do vácuo "é" a própria constante cosmológica? É
> esta a interpretação da comunidade astrofísica?
>

Não afirmo nada..:P Se o vácuo de fato possuir um efeito gravitacional
ele terá que aparecer de alguma maneira nas equações de Einstein. Algo
semelhanto com a constante cosmológica seria a forma mais simples de
introduzi-lo. Mas há várias tentativas teóricas para tanto. Há um termo
(que eu não gosto) para denominar o vácuo que gravita chamado de
"quintessence". De qq maneira, chamar a quintessence de vácuo já é uma
interpretação. A verdade honesta é que há evidências da existência de um
repelente gravitacional mas o que seria isso são ainda hipóteses.

> > Ainda há controvérsias e se espera que novas observações esclareçam tal
> > dúvida uma vez que a matéria escura é necessária (até que provem o
> > contrário) para explicar a estabilidade e a formação de várias
> > estruturas astrofísicas como, por exemplo, todas as galáxias espirais.
>
> Alguém mais além dos que você citou têm publicado algo a respeito?
>

Muita gente tem publicado no assunto. Mas aí tem que se fazer uma
pesquisa mas cuidadosa. Palavras chaves seriam, por ex: "quintessence",
"boomerang", "non-baryonic matter".

[]'s Eduardo.


SUBJECT: Re: [ciencialist] T. do Alberto, F. Quantica e a bibliografia
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 16/12/2000 19:55

-----Mensagem Original-----
De: "Roberto Belisario"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Sexta-feira, 15 de Dezembro de 2000 10:43
Assunto: [ciencialist] T. do Alberto, F. Quântica e a bibliografia (era:
Bibliografia de F. Quântica)

Olá Belisário e demais Ciencialisteiros

Estou com a minha pasta Ciencialist abarrotada de msgs que fui acumulando
nas últimas 30 horas em que abstive-me de lê-las e portanto desculpem-me
pela demora nas respostas. Agradeço os comentários de uns ou os conselhos de
outros [por exemplo, o da maracujina :-), do Tarcísio] a respeito da minha
penúltima msg, cujo assunto dou por encerrado. Vamos então a sua msg:

> Quero dizer também que a teoria do Alberto parte de pressupostos
> diferentes que a Relatividade e a Quântica. O propósito da teoria
> parece-me ser justamente reproduzir as previsões experimentais da
> Relatividade e da Quântica através de uma teoria alternativa, que não
> exiba um rompimento conceitual com a Física Clássica tão agudo como
> aquelas duas (corrija-me, Alberto, se eu estiver enganado).

Nada a corrigir.

> Pergunto então ao Alberto (não resisto a não esperar para ler seu site):
> já existe alguma formulação axiomática para sua teoria?

Depende do que consideramos "teoria". Durante muito tempo eu achei que
estava desenvolvendo uma teoria. Hoje não tenho dúvidas de que estou
tentando recuperar a física genuinamente newtoniana. Não se trata pois de
uma teoria e sequer é minha, ainda que neste processo existam algumas idéias
minhas, parcelas de um todo que foi deixado na gaveta por muito tempo e que,
na realidade, é de Newton.

Dentre essas teorias que seriam "minhas", a que está mais axiomatizada
"relaciona-se" ao eletromagnetismo. Acredito que em termos de hipóteses seja
uma teoria já fechada. Coloquei o "relaciona-se" entre aspas para chamar a
atenção de que embora seja uma teoria fechada, não estou totalmente
convencido de que englobe todo o eletromagnetismo. A meu ver, trata-se de
uma teoria de comunicação entre partículas elementares e passível de
extensão para outros fenômenos que não os eletromagnéticos. E do ponto de
vista eletromagnético estou devendo ainda uma explicação melhor a
relacioná-la ao fenômeno de indução, tanto elétrica quanto magnética. A
indução estaria intimamente relacionada a um "campo de torques" a agir sobre
partículas elementares mas não cargas, e este associado também aos campos de
efeitos elétricos e magnéticos através do vetor A, muito semelhante, ainda
que não idêntico, ao vetor potencial magnético do eletromagnetismo
"clássico". Parece-me ser perfeitamente possível avançar por este terreno
sem a necessidade da adição de nenhuma hipótese, apenas pela análise das
experiências e/ou leis já bem estabelecidas a partir da experimentação
(Faraday, Lenz, etc). Comento alguma coisa a respeito nas msgs
http://www.egroups.com/message/ciencialist/6866 e
http://www.egroups.com/message/ciencialist/6907 e esta teoria está em
www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/Eletron/eletron0.htm . Uma síntese
(quase um resumo), a valorizar os aspectos matemáticos inerentes à teoria,
está apresentada em
www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/Eletron2/eletronfismat1.htm

Alguns aspectos interessantes e relativos a uma possível abordagem evolutiva
da teoria está descrito em
www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/Eletron2/emissor01.htm . Percebe-se
por aí alguma coisa relativa a um pareamento elétron-próton, abrindo portas
a novos estudos direcionados à determinação da estrutura atômica (decifração
do significado das órbitas "permitidas" de Bohr, à luz de um
eletromagnetismo clássico, ainda que não maxwelliano). Em nível atômico
existiriam os campos eletromagnéticos estacionários, variáveis no tempo
porém sem emissão alguma de luz. Percebe-se também em que condições um
elétron poderia ser acelerado sem efetivamente emitir radiação
eletromagnética (luz).

Abordagens relativistas são mostradas em
www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/Relat/espaco_curvo01.htm . Embora o
artigo não trate especificamente sobre o eletromagnetismo, mas sobre o
problema da localidade, ao final mostra-se alguns aspectos relativos ao
comprometimento entre o eletromagnetismo de Maxwell e a relatividade de
Einstein e como a nova teoria eletromagnética safa-se deste comprometimento
e torna-se compatível com a relatividade de Galileu. Além disso eu aproveito
o artigo para corrigir um "ângulo gama" que provavelmente foi assumido de
maneira errônea no desenvolvimento da teoria original (gama é o ângulo que
utilizo para justificar algo relativo ao efeito Lienard e Wiechert corrigido
para elétrons).

Em termos de eletromagnetismo é tudo o que tenho por escrito até o momento.
Além disso, e relacionado à proposta geral, mas não compromissado com as 4
hipóteses da teoria da comunicação (ou, até o momento, eletromagnética),
existe ainda algo relativo à termodinâmica (vide
www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/Eletron2/termodinamica.htm ). Sob
esse aspecto, a grande modificação proposta relaciona-se não à segunda, mas
à primeira lei da termodinâmica. Procuro não modificar a lei mas sim a
interpretação do significado dos termos. Existiria como que, em todos
processos irreversíveis, o desaparecimento de uma fração energética do
sistema sob a forma de partículas não captáveis experimentalmente (talvez
neutrinos) e que seriam "lançados para o espaço". Como essa partícula seria
a verdadeira responsável pela constatação de um aumento da entropia, dei-lhe
o nome de entropino. A segunda lei seria portanto decorrente da primeira
interpretada sob este ângulo. E na realidade seria uma lei apenas pelo fato
dos entropinos não serem captáveis, pois sob esse ponto de vista a entropia
do Universo seria constante, ainda que a entropia dos sistemas laboratoriais
fosse sempre aparentemente crescente (é como se uma parte do laboratório
desaparecesse de nós, podendo eventualmente ser substituída por radiação
eletromagnética - reversão laboratorial do processo). Ao "revertermos" um
sistema, nada mais fazemos se não substituir os entropinos perdidos por
radiação eletromagnética ou fótons. Se pensarmos em termos de partículas,
poderia dizer que os entropinos nada mais seriam senão fótons viajando numa
direção perpendicular à sua direção própria, mas aí já vai um pouco de
imaginação desnecessária para a situação atual da teoria (mesmo porque,
teríamos que decifrar o caráter estrutural e dual dos fótons, o que deveria
ser feito em outro capítulo da física proposta).

Quanto à natureza da luz, escrevo alguma coisa em termos bem elementares em
www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/Usenet/dialogos04.htm . O assunto
está em aberto mas creio, pelo comentado ao final neste artigo, não haver
muito o que acrescentar no terreno das idéias. A luz seria em essência um
fenômeno "nem corpuscular nem ondulatório" mas relativo única e
exclusivamente a propagação de campos eletromagnéticos. Existiriam então 1)
campos estáticos; 2) campos variáveis no tempo de maneira estacionária; e 3)
campos variáveis no tempo de maneira não estacionária e, portanto em
propagação. Estes últimos retratariam o que chamamos radiação
eletromagnética ou luz. Eventualmente estes campos poderiam ser acompanhados
por partículas, emitidas quando da aceleração de elétrons em determinadas
direções. A natureza dual da luz estaria relacionada a este efeito
(existiria então uma dualidade no sentido campo-corpúsculo e não
propriamente onda-corpúsculo -- isto interpretando-se onda no sentido
clássico).

Além dos artigos assinalados, tenho também em arquivos nws (do Outlook
Express) um diálogo bastante interessante que travei com o Fábio Chalub em
1998 no news.uol a respeito da teoria eletromagnética. Não creio que seria
ético publicá-lo no Web Site sem a autorização do Fábio mas não vejo
inconveniente algum em enviar o diálogo em pvt para quem o desejar (afinal,
o diálogo foi público). O arquivo zipado tem cerca de 120 Kb e contém 33
msgs.

> Fiz o "download" e imprimi quase todo o site do Alberto e estou prestes
> a degluti-lo aos poucos. Se eu puder entendê-la como um conjunto, talvez
> possamos dirigir melhor uma discussão.

Espero ter ajudado com o disposto acima e coloco-me à disposição para o
esclarecimento de possíveis dúvidas mesmo que anteriores à leitura de um ou
de outro artigo.

> Em tempo II: o Alberto reclama do caráter epistemológico esquisito das
> teorias atuais, que parecem inverter as coisas ao privilegiar a Matemática
> em detrimento da Física. Mas vejo que a sua teoria também é um tanto
> heterodoxa do ponto de vista epistemológico (se eu a estiver interpretando
> corretamente), pois foi parece ter sido construída por motivos estéticos:
> para não haver os trementos rompimentos conceituais da Física Moderna,
> apelou-se para outro aparato teórico que prevê os mesmos resultados.

A coisa não começou bem assim. Como já disse, entrei na física pela porta
dos fundos. Até então eu era estudioso de biofísica e bioquímica (ou do que
alguns chamam bio-físico-química). Nesta época (final da década de 70),
mesmo sem entender muito do assunto, achava fantástica aquela história dos
saltos quânticos observados em elétrons, no que chamamos "cadeia de
transporte de elétrons" que leva à transformação do ADP em ATP (uma das
moléculas que os seres vivos utilizam para armazenar energia). Percebia que
a quântica acoplava-se ao mecanismo e a muitas outras coisas (valência, etc)
mas queria entender mais a respeito e a coisa sempre me fugia à percepção.
Contentei-me então com a termodinâmica clássica e procurei dar uma sapiada
na relatividade, e foi esta a época que tornei-me um fã incondicional de
Einstein (com quem já havia cruzado de passagem em meus parcos estudos de
termodinâmica dos processos irreversíveis - força termodinâmica). Cinco anos
após acreditar ter entendido a relatividade restrita (mais precisamente em
1983) tive um insight que me jogou para um Universo paralelo e do qual
retornei, creio que uns seis meses após, totalmente newtoniano. Descrevi
algo relativo a esse insight numa msg endereçada à Acropolis e em resposta
ao Manuel Bulcão (vide
http://sites.uol.com.br/albmesq/Dialogos/varios/ac_3612.htm ). Foi então que
resolvi estudar física. Comecei a perceber a importância da estética bem
mais tarde, e nem creio que seja tão fundamental, pois a natureza é estética
e, portanto, não conseguimos fugir à mesma. Não é necessário dizer que
consegui trilhar esse caminho graças ao fato que no final da década de 50,
quando fiz o colegial, estudava-se uma física relativamente avançada. Creio
que o aluno saia do colegial sabendo uma física equivalente à física básica
que hoje é dada em 4 semestres na universidade, num curso normal de física.
Apenas a matemática não era equivalente (noções de derivada e integral eram
vistas no último ano) mas isso era até mesmo uma vantagem pois obrigava o
professor a dar uma física mais descritiva e/ou fenomenológica, coisa que o
aluno de hoje, via de regra, desconhece.

[ ]'s
Alberto
http://sites.uol.com.br/albmesq/
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: PERDI TUDO!!!
FROM: "Peterson L. S. M." <peterlsm@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 16/12/2000 21:32

Prezados amigos da CiênciaList

################################
Gostaria de pedir a todos aqueles me endereçaram alguma mensagem,
o favor de me reenvia-las, se possível (inclusive a última do Cláudio
Abreu).
Estou escrevendo há poucos segundos depois de ter acontecido o que
para mim é motivo de bastante tristeza. Havia uma mensagem que ia
excluir, só que o sistema não estava apontando para a mensagem em si,
e sim para a pasta "### CiênciaList", que criei exclusivamente para
receber as mensagens da lista. Portanto, perdi TUDO, todas as
mensagens.
A última mensagem que recebi foi a do Alberto Mesquisa, intitulada
"Re: [ciencialist] T. do Alberto, F. Quantica e a bibliografia",
16/12/00, 20:02, e a única que tenho. As anteriores já eram. Perdi
inclusive as informações referentes à lista, que vem logo que nosso
pedido de entrada é aceito. Gostaria ainda de saber de nosso amigo
Brudna se é possível alguma forma de download por blocos das
mensagens, ou se preciso baixá-las uma por uma, o que seria bastante
enfadonho. E o que ele sugere a respeito.
Peço pelo menos uma mensagem de cada membro, se possível, para que
possa lembrar de todos os nomes (o único que tenho é o do Alberto).
As mensagens devem ser enviadas em pvt, para meu e-mail pessoal
peterlsm@terra.com.br
Fico imensamente agradecido por aqueles que puderem fazer esse
favor (podem compactar os blocos em Winzip, fica até mais prático para
mim, se quiserem)
Peço que compreendam minha situação.

Agradeço desde já aqueles que se atreverem me ajudar.
Um sincero e fraterno abraço a todos.

Peterson Leal S. Mello.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Bibliografia de F. Quântica
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 17/12/2000 03:25

-----Mensagem Original-----
De: "Antonio A. J. Godoy"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Sexta-feira, 15 de Dezembro de 2000 12:31
Assunto: Re: [ciencialist] Bibliografia de F. Quântica

> O "anti-quântico" é só para não perder o hábito de pegar no pé do Alberto.

Eu mereço. :-))

> Acho que a primeira reação que todos os físicos têm quando o Alberto
> questiona a MQ é violenta. Afinal, são pelo menos dois semestres na
> faculdade enfiados em operadores, autofunções e o caramba-a-quatro, e mais
> todas as matérias que envolvem MQ (nuclear, partículas e campos, estado
> sólido, etc.), e mais um monte de coisas que para aprendermos temos de
> ralar um monte; aí chega um médico e diz que discorda epistemologicamente
> da MQ? É pra deixar qualquer um doido de raiva... No entanto, como fã
> assumido deste ramo da física, encontrei em minhas leituras mais recentes,
> como já afirmei, muitas ressonâncias de "figurões" com a discordância
> epistemológica acerca da MQ.

Isto é verdade. E tanto assim é que, na tentativa de deixar isto claro para
o estudante, estão se multiplicando os métodos didáticos de abordagem da
física quântica a se apoiarem num ponto de vista filosófico. Recentemente li
um artigo de Gesche Pospiech (Uncertainty and complementarity: the heart of
quantum physics), no Phys. Educ. 35(6) November 2000, que trata exatamente
desse assunto. O autor cita, dentre os vários métodos de abordagem da física
quântica, os seguintes (deixei como no original, em inglês):

1) From a practical point of view. This means teaching atomic physics,
perhaps with computer simulations of the Schrödinger equation and
training in the use of these tools, in order to explain related
phenomena. This approach is related to the many semiclassical
descriptions that exist and work very well to quite an extent.
2) From a pragmatic point of view. Physics tries to describe natural
phenomena and wants to make predictions about them. In quantum
theory predictions about a single quantum object in a single
measurement can only be made as a probability. Therefore in this
case the probability description of quantum theory is the relevant
one.
3) From a philosophical point of view. Quantum theory has had a deep
influence on many people's views concerning reality and
objectivity. For an insight into the 'why's of the behaviour of
quantum objects the fundamental structures of quantum theory have to
be treated, mainly the nature of uncertainty.

E logo a seguir, o autor se propõe a seguir este último ponto de vista para
elucidar o que chama "as diferenças ontológicas fundamentais entre as
físicas quântica e clássica".

> Não conheço a teoria do Alberto na íntegra, apenas alguns excertos
> ocasionalmente postados nesta lista ou em alguns news, portanto não posso
> comentá-la. Limito-me a participar vez por outra de discussões e encher o
> saco com a história da fogueira da Inquisição!

Não tem nada não. O dia em que a minha teoria se tornar vitoriosa vou botar
todos vocês no paredão. E minha metralhadora fotônica de dois canos vai
disparar adoidado e ninguém vai nem saber por qual dos canos passou o
"fóton" que o atingiu. :-)) A menos que utilizem um óculos especial que
estará a venda na barraquinha que vou montar na super e imperdível Feira de
Ciências do Léo.

> Na minha última postagem, eu também estava brincando quando chamei você de
> anti-quântico, não fique chateado por favor. Não quis ser de forma nenhuma
> pejorativo.

Levarei isso em consideração. Talvez teste em você um fóton virtual. :-))

> Isto faz parte do pensamento comum, acredito, a todos os físicos da
> ciencialist e talvez da maioria do físicos em geral: para podermos
> questionar alguma teoria é preciso estudar muito, mas muuuito mesmo aquela
> teoria e conhecer a fundo sua estrutura matemática para além da
> conceitual.

Concordo, mas a minha posição não é a de questionador e sim a de
alternativo. Tenho uma teoria que não depende nem da física quântica nem da
teoria da relatividade. Tenho mais é que apresentá-la. Se estiver
incomodando alguém, e parece-me que os quânticos são os que mais se
incomodam com isso, eles que me perdoem, mas eles somente dispõem de duas
alternativas: ou torçam para que alguém prove que estou errado, ou que eles
mesmo executem este papel. Do contrário, que me agüentem, pois os dias
passarão e mais e mais os incomodarei. Como já disse, sou um cientista
amador e desta forma o tempo joga a meu favor. Não tenho pressa para nada e
nem sei se estarei vivo quando do veredicto final, mas a moeda está lançada.

> Nestas férias vou dar uma olhada com carinho em suas teorias.

Pois estarei aqui para, dentro do possível, esclarecer as dúvidas que
surgirem ou, até mesmo, apontar possíveis pontos ainda duvidosos da teoria.

> Que diria Planck se soubesse que sua primitiva hipótese iria se desdobrar
> tanto e dar tanta dor-de-cabeça para nós, ciencialisteiros? Só Ele (Deus,
> onde anda vc estes últimos dois dias?) pode nos responder com segurança...

Eu tenho a impressão que Planck era um pouco Mago e sabia perfeitamente o
que estava aprontando para as futuras gerações de físicos. Durante muito
tempo ele foi um dos maiores incrédulos quanto a evolução de suas próprias
idéias. Ele estava ciente de que havia descoberto uma equação fantástica mas
que ia de encontro a toda a sua ideologia a respeito do significado da
física.

> "Se pude ver mais longe do que outros, é porque estive apoiado em ombros
> de gigantes..." Isaac Newton--

Se não consigo enxergar mais longe é porque os quânticos não saem do meu pé.
:-))
[ ]'s
Alberto
http://sites.uol.com.br/albmesq/
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Relatividade Restrita ... sob pauladas!
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 17/12/2000 04:07

-----Mensagem Original-----
De: "Luiz Ferraz Netto"
Para: "Ciencia_Lista" <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Sexta-feira, 15 de Dezembro de 2000 18:32
Assunto: [ciencialist] Relatividade Restrita ... sob pauladas!

> Estou pronto para receber as primeiras porretas sobre as Leituras em
> Relatividade Restrita.
> Postarei ainda hoje os pedaços de textos e a parte experimental (do meu
> invento mecânico para estudar relatividade, do qual o Alberto já
> participou produzindo gifs animados) a serem inseridos no texto base.

Leram todos? Depois não digam que tenho preconceitos contra a relatividade.
É verdade que eu inseri uns vírus nos gifs animados, mas o Léo só irá
descobrir quando a tranqueira for para o ar. :-)))

> IMPORTANTE: Essas leituras não estão disponíveis para o público em geral
> (a sala 23 - Mundo Atômico e Relatividade - é, por enquanto, uma "Sala
> Secreta")

Sugiro que o Luis comece a utilizar este jargão: Inscreva-se na Ciencialist
e conheça com exclusividade os bastidores do imperdível.

> e nem de perto serão as Leituras que entrarão definitivamente on-line.
> Estão lá para receberem pauladas! Preciso de ajuda para isso.

Paulada não seria o caso, pois dei uma leitura geral e pareceu-me muito bom.
Não capricha tanto, não!!! :-) Afinal, é só relatividade!!! :-) Se tiver
saco para uma leitura mais completa :-)) [afinal, está no imperdível mas não
deixa de ser relatividade restrita ;-) ] e encontrar alguma coisa,
escreverei em pvt.

> Em suma, um texto que será recomendado por todos vcs para alguém que
> queira 'começar' nessas loucuras relativistas.

Tem louco pra tudo neste mundo. :-))

[ ]'s
Alberto
http://sites.uol.com.br/albmesq/
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Principio da Equivalencia
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 17/12/2000 11:52

Em Sexta-feira, 15 de Dezembro de 2000 13:11
Assunto: [ciencialist] Queda livre
TARCISIO BORGES escreveu:

> Estava eu a pensar sobre a inconsistência apontada pelo Alberto sobre o
> princípio da equivalência [a da carga caindo, ainda não resolvido] e
> mais sobre o empuxo de Newton descrito pelo nosso professor Leo e mais
> também ao elevador de Einstein ao qual sempre recorro quando se trata de
> gravidade e então chego a seguinte conclusão:
> "Um objeto em queda livre não está acelerado"

E em Sexta-feira, 15 de Dezembro de 2000 14:47
Assunto: Re: [ciencialist] Queda livre
Novamente escreveu:

> Não me lembro exatamente do negócio das bolinhas, mas acho que se deve a
> atração gravitacional entre elas.

Olá, Tarcísio

Eu acho que o negócio é mais ou menos assim:

Imagine um elevador suficientemente grande e no campo gravitacional
terrestre. No interior do elevador e distanciadas uma de outra, existem duas
bolinhas (Adoro física de bolinhas) numa mesma horizontal. Esteja o elevador
em queda ou em repouso, as bolinhas estarão sujeitas a uma força
gravitacional direcionada para o centro da Terra. Como o elevador é
suficientemente grande e as bolinhas estão suficientemente afastadas, as
forças peso não serão exatamente paralelas mas formarão um ínfimo ângulo,
tanto maior quanto maior a distância considerada. Se o elevador estiver em
repouso, quando as bolinhas atingirem o solo elas estarão mais próximas do
que quando foram soltas, não apenas pela atração gravitacional da interação
delas entre si mas também pela componente da atração gravitacional na
direção horizontal (Afinal, a Terra é redonda, até prova em contrário).

Pense agora nas bolinhas presas ao teto por um fio e nas três condições
seguintes. 1) Se o elevador estiver em repouso em terra firme, a soma destas
forças será constante e o sistema atingirá o equilíbrio, graças à tração no
fio; 2) Se o elevador estiver em queda livre, g aumenta no decorrer do tempo
(as bolinhas aproximam-se do centro da Terra) e, concomitantemente, o ângulo
entre g e a horizontal diminui (ou seja, a componente horizontal de g
aumenta proporcionalmente mais). Neste caso o sistema não atinge o
equilíbrio; 3) Se o elevador estiver acelerado no espaço sideral, a única
força presente será a atração de interação gravitacional entre as bolinhas,
e seria de se esperar um equilíbrio com um efeito menor do que no caso 1.
Lembre-se de que nos três casos você deverá utilizar pelo menos um relógio,
e as coisas complicam-se um pouco pensando-se relativisticamente. Porém é de
se esperar que os casos 1 e 3 afetem os relógios de maneira idêntica, desde
que os valores de g (campo que age sobre as bolinhas ou então aceleração do
elevador) sejam os mesmos nos dois casos. Será possível desta forma, pelo
menos em teoria, um físico experimental decidir se o elevador está em
repouso no campo gravitacional terrestre ou em movimento acelerado no espaço
sideral.

Em 1916 Einstein enunciou, apoiado em experiências de pensamento [descritas
em Einstein A., Os Fundamentos da Teoria da Relatividade Geral] o princípio
da equivalência. Este chegou a ser enunciado por Einstein como [Einstein,
A., Pensamento Político e Últimas Conclusões]: É impossível descobrir, por
experimento, se um dado sistema de coordenadas é acelerado, ou se seu
movimento é retilíneo e uniforme e os efeitos observados são devidos a um
campo gravitacional.

Se pensarmos na aplicação deste princípio para o caso mostrado
anteriormente, verificamos que a experiência falsearia o mesmo. Não
obstante, Einstein não diz que o campo gravitacional seria o terrestre nem o
de nenhum outro planeta, mas simplesmente um campo gravitacional. E, da
mesma forma que não diz que o movimento acelerado é uniformemente acelerado,
parece assumir que o campo gravitacional também seria uniforme. Logo,
qualquer tentativa de aplicar o princípio, da forma como está enunciado,
para o campo gravitacional terrestre, retrata uma certa ingenuidade
relativística.

Quando Einstein descreve suas experiências de pensamento, o objeto de estudo
é outro, um raio de luz que entrou no elevador. A situação é bem diferente e
creio que pode-se desprezar, numa primeira instância e para as finalidades
propostas (explicação didática da curvatura hipotética do raio de luz) esta
pequena exigência (campo homogêneo ou uniforme).

Ao evoluir do princípio da equivalência para o princípio da relatividade
geral, Einstein levou em consideração este efeito. Tanto é que no enunciado
deste último princípio fala em "sistemas coordenados gaussianos" [Einstein,
A., Relativity, the Special and the General Theory, 1916]. Estes sistemas
são comentados pelo próprio Einstein em
www.marxists.org/reference/archive/einstein/works/1910s/relative/ch25.htm .
Ao assumir estes sistemas gaussianos, creio que as coordenadas estariam de
alguma forma relacionadas com a direção das linhas de campo, havendo pois
fatores de correção (os fatores g11, g12 e g22 com g de Gauss), e o sistema
seria tal que poderíamos, graças a artifícios matemáticos, raciocinar como
se o campo fosse uniforme (talvez um relativista geral pudesse comentar algo
mais a respeito e corrigir-me, caso esteja errada esta maneira de encarar o
problema). Por outro lado, se a distância considerada for pequena,
aproximando-se de puntiforme, esta correção torna-se desnecessária. Pode-se,
portanto, utilizar um sistema euclideano "puntiforme", se bem que de pouca
utilidade prática e/ou sujeito a malabarismos matemáticos outros (no final
do texto indicado Einstein comenta alguma coisa sobre estes sistemas
euclideanos puntiformes).

Os grandes desafios ao princípio da equivalência (e, por tabela, à
relatividade geral) surgem quando o objeto de estudo pode ser considerado
como puntiforme ou então o problema comporta um análogo (ainda que como
experiência de pensamento) a ocorrer em campos gravitacionais uniformes.

No primeiro caso teríamos que explicar, de forma convincente, por exemplo,
porque uma carga acelerada puntiforme emite radiação, quando não observamos
esta emissão no campo gravitacional terrestre. Foi este o problema que
apresentei no sci.physics.relativity
(www.geocities.com/ecientificocultural/einstein_equivalence_principle.html )
e recebi uma explicação fantástica demais, para o meu gosto, de Paul
Anderson, porém lógica, e portanto tive que "enfiar a viola no saco". Tentei
me safar do xeque 5 dias após, com um novo paradoxo, agora já não tão
puntiforme, mas creio que legítimo (vide
www.geocities.com/ecientificocultural/EFelevator.html ) e fiquei a ver
navios, pois ninguém respondeu ao mesmo [se algum relativista quiser
explicar o paradoxo, certamente será o primeiro].

Uma outra explicação para o primeiro paradoxo, diferente porém não menos
fantástica, foi dada pelo Fábio Chalub e está reproduzida no final da msg
http://www.egroups.com/message/ciencialist/7010

No segundo caso (campos gravitacionais uniformes) creio que se aplicaria o
empuxo de Newton do Léo, pois seria de se esperar que a distinção ocorresse
ao compararmos acelerações não gravitacionais (sistema acelerado por um
foguete) com acelerações gravitacionais uniformes (sistema em repouso).
Enfim, deixo a última palavra com os relativistas pois acho que já fui longe
demais e o mar nesta praia não é dos mais calmos.

[ ]'s
Alberto
http://sites.uol.com.br/albmesq/
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] PERDI TUDO!!!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 17/12/2000 13:07

Não se desespere! Reconstituir tudo é de uma simplicidade transilvânica!
Veja, no diretório do Windows/Application Data/Microsoft/Outlook Express estão os arquivos de suas pastas com a terminação 'dbx'. Quando vc deletou sua pasta, deletou o correspondente arquivo dbx. Primeiro, dê uma olhadinha na lixeira ... ele pode até estar lá, mas, o tio Bill pode não ter pensado no caso específico do Peterson .....

Bem a solução é a seguinte, meu arquivo dbx de minha pasta Lista_Ciências (que é Ciencialist) tem 31,5 Mb e quando zippado vai para 9,245 Mb (já zippei e está á disposição). Se vc topar, envio como anexo tal arquivo zippado e o que vc terá que fazer é: abrir no outlook express uma pasta com o título 'Lista_Ciências", isso automaticamente abrirá lá no Windows o arquivo "Lista_Ciências.dbx". Vá lá e renomei o arquivo como, por exemplo, ListaCiências.dbx (tirei apenas o _) e, após dezippar o arquivo Lista-Ciências.zip (que poderei lhe enviar) coloque-o nessa pasta do windows com o mesmo nome e sufixo dbx. Feito isso, pode deletar o "ListaCiências.dbx" renomeado.

Se topar, é só avisar.
[]'
Léo



-----Mensagem Original-----
De: Peterson L. S. M. <peterlsm@terra.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: sábado, 16 de dezembro de 2000 21:32
Assunto: [ciencialist] PERDI TUDO!!!


Prezados amigos da CiênciaList

################################
Gostaria de pedir a todos aqueles me endereçaram alguma mensagem,
o favor de me reenvia-las, se possível (inclusive a última do Cláudio
Abreu



SUBJECT: MAIS!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "Ciencia_Lista" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 17/12/2000 13:10

Folha de São Paulo --- mais! tem vários artigos sobre O discreto charme do ÁTOMO --- cem anos de Física Quântica.(17/12/2000).
[]
'Léo

Luiz Ferraz Netto [Léo]
UIN#: 31028111
leo@barretos.com.br
leo@esquinas.com.br
www.feiradeciencias.com.br



SUBJECT: Re: PERDI TUDO!!!
FROM: "Luis Roberto Brudna [RS]" <lrb@if.ufrgs.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 17/12/2000 13:47


Eh possivel ler TODAS (as 7500) mensagens da Ciencialist atraves da
pagina

http://www.egroups.com/group/ciencialist/

Nao sei se existe algum modo de 'baixar' as mensagens da pagina para
o computador. Jah tentei algo parecido com programas de captura de
paginas, mas as dificuldades de controle de captura sao grandes.

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna



SUBJECT: Novamente
FROM: "Peterson L. S. M." <peterlsm@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 17/12/2000 15:37

Prezados amigos,

=========================
Neville:
>> Se voce ainda não fechou seu outlook, ainda
>> há chance de recuperar sua pasta perdida

Meu Outloock somente salva arquivos excluídos, e não pastas
inteiras. Por isso, a perda foi irremediável. Mesmo assim, obrigado
pela atenção.

=========================
Alberto:
>> Estou enviando os arquivos que estavam em meu
>> Outlook na minha pasta

Sua contribuição fui valiosa, e agradeço. Já recoloquei os
arquivos que você me enviou em minha pasta.

=========================
Luiz Ferraz (Léo):
>> Primeiro, dê uma olhadinha na lixeira ... ele pode até
>> estar lá, mas, o tio Bill pode não ter pensado no caso
>> específico do Peterson

Léo, infelizmente o Bill me deixou na mão dessa vez (aliás, de
várias outras também, afinal, se não fosse irritante, não seria o
Windows :-).

>> Se vc topar, envio como anexo tal arquivo zippado
Léo, fico imensamente agradecido por sua proposta.
Já estou mais conformado com a perda e, portanto, não precisarei
mais do processo para reconstituir minha pasta. Tudo será reconstruído
novamente, aos poucos. Mesmo assim, reitero meus agradecimentos!

De qualquer forma, agora isso não vai mais ocorrer. Fui em um
daqueles templos de reencarnação e contratei um bom "cientista" de
negros velhos. Ele já deu umas benzidas, rezas, passes e até uma
defumadinha para completar o processo de proteção do orixá do meu PC.
Veio também uma amiga da ciência mística e completou o trabalho. O
único incômodo são os numerosos cristais, incensos e duendes que ficam
por aqui, além do fato de que agora o PC está "canalizando" mensagens
de Saint Germain através do 6° Raio da verde Grande Fraternidade
Branca. Finalmente, um amigo arquiteto, que é da "nova era" disse que
tudo foi causado por causa de um desalinhamento de chackras, que pode
ser resolvido por um bom trabalho com o método do feng-shui, também
comprovado cientificamente :-)))

Gente, agora é sério. Meus sinceros agradecimentos a vocês.
Um abraço!

Peterson Leal S. Mello.



SUBJECT: TGBD e bosons de Higgs
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 17/12/2000 17:38

Prezado Roberto Belisário,

Nesta mensagem vou me aprofundar mais na questão da existencia ou não dos
bosons de Higgs.

Acho bom começar esta história do começo.

> Roberto Belisário:
> Hm... aqui você se esqueceu do famigerado bóson de Higgs, que não
> se enquadra em nenhum desses grupos.

> Claudio:
> Bem não sei se foi esquecimento não, pois talvez eles simplesmente não
> existam, e por causa disto talvez num tenham sido localizados. Repare que
os
> tais bósons de Higgs decorrem de uma formulação matemática necessária para
> resolver a chamada queda de simetria por ocasião da interação entre as
> forças fraca e eletromagnética, não é isso. Precisaria consultar minhas
> fontes para me certificar disto.
> Ocorre que existem duas indicações por parte da TGBD para que os bosons de
> Higgs não existam. A primeira é que eles não se encaixam na bidualidade 6)
> vista acima. E a segunda é que segundo Alberto Mesquita me falou em pvt no
> início do ano a TGBD eliminaria essa questão da quebra de simetria. ....

Bem, recorri às minhas fontes e passo a fazer considerações com maior
conhecimento de causa agora.

A seguir transcrevo um trecho constante das páginas 36 e 37 do livro "A
Unificação das Forças Fundamentais", de Abdus Salam (editora Jorge Zahar
Editor), um dos formuladores da chamada força eletrofraca, que trata da
questão dos bósons de Higgs:

==================

"Na física de partículas, uma transição de fase como essa poderia ser
produzida supondo-se a existência de partículas extras - os chamados bósons
de Higgs,' de spin zero (que não são de gauge). Propusemos que, antes da
ocorrência da transição de fase, o W*, W, Z' e o fóton seriam todos
desprovidos de massa. Além disso, deveria haver um dubleto de partículas de
Higgs (H+, H+o) e seu antidubleto (H-, H-o), sendo que todas estas quatro
partículas carregariam helicidade zero. Após a transição de fase, em que a
simetria é espontaneamente quebrada, o fóton permanece sem massa, mas W+ e
W- adquirem massa incorporando em si mesmos as partículas de Higgs H+ e H-,
enquanto Zo adquire massa pela incorporação de urna parte das partículas
neutras de Higgs (H+o, H-o), deixando a outra parte integrante (H+o - H-o)
com um valor específico como um objeto vivo a ser experimentalmente
descoberto. É isto que fornece números precisos como 87 para massas de W± ,
e 97 para a massa de Zo. (A emergência de valor não-zero das massas de W e Z
é a essência da quebra espontânea de simetria.)

"O número total dos estados de helicidade no sistema W, Z e partículas de
Higgs permanece o mesmo antes e depois da transição de fase. Antes dela, W+-
e Zo não têm massa e têm apenas duas helicidades (+-h), ao passo que os
quatro objetos de Higgs correspondem a quatro estados de helicidade zero, de
tal modo que o total é 6 + 4 = 10. Após a transição de fase (numa
temperatura mais baixa), há três helicidades (h, -h, 0) para cada objeto
massivo W e Z, mais uma para a partícula neutra de Higgs ativa remanescente
(isto é, 3 x 3 + 1 - 10, novamente).

"Com relação à temperatura crítica, verifica-se que essa transição de fase
eletrofraca deve ter ocorrido quando o universo tinha uma temperatura de
cerca de 300 massas do próton. Essa temperatura é uma conseqüência do desejo
de unificar o eletromagnetismo com forças fracas. Com base no trabalho de
Friedmann esta era de fato a temperatura do universo cerca de 10^(-12)
segundo após o Hot Bang.

"Antes que a transição de fase ocorresse (isto é, quando a temperatura era
maior que 300 massas do próton) havia apenas uma única força eletrofraca.
Imediatamente depois, ela se cindiu em duas forças distintas - o
eletromagnetismo e a nuclear fraca -, tendo W', W- e Z' adquirido massas.

"Permitam-me resumir. A seqüência de idéias que sugerimos foi mais ou menos
a seguinte: Começa-se com mensageiros, W+ e W-, que devem ter spin um, pelo
que indicam os experimentos de violação da paridade sugeridos por Yang e
Lee. Se estes são mensageiros de gauge, é preciso supor um terceiro
mensageiro, semelhante ao fóton, , Zo. O Zo produz novos tipos de forças
fracas.

"É preciso misturar o velho fóton f e o novo Zo para expurgar a teoria de
quantidades infinitas e inconsistências no sentido de Dirac. Nessa etapa,
todas as quatro partículas W+, W- e Zo, bem como o fóton, teriam massas de
repouso zero.

"As massas dos objetos pesados (W+, W- e Zo) surgem em decorrência de uma
transição de fase que ocorre a uma temperatura de cerca de 300 massas do
próton nos primórdios do universo. Para ocasionar essa transição de fase,
precisamos, antes de mais nada, de um dubleto e de um antidubleto de
partículas de Higgs de spin zero (que não são de gauge). "

===========================

Faço agora meus comentários.

Como vimos acima, da boca de um dos formuladores da força unificada
eletrofraca, Abdus Salam, os bósons de Higgs nada mais são do que uma
tentativa matemática teórica de explicar o peso das partículas W+, W- e Zo
que na fase anterior à da temperatura crítica do universo teriam
supostamente massa nula, e que, após a chamada quebra espontânea de simetria
ocorrida, passaram a possuir a massa, de respectivamente, 87 (W+/-) e 97
(Zo) da massa do proton.

Repare que esta história toda me parece poder ser resumida assim: adotou-se
uma suposição (a existência dos bosons de Higgs) para tentar equacionar as
implicações de uma outra suposição (a de que antes da temperatura crítica
W+, W- e Zo deveriam ter massa nula). Reparem que os tais bosons de Higgs
são um espécie de catalizador no processo: eles entram apenas para terem as
suas massas absorvidas pelos W+, W- e Zo. Nas palavras do próprio Salam,
isto se daria assim:

"Após a transição de fase, em que a simetria é espontaneamente quebrada, o
fóton permanece sem massa, mas W+ e W- adquirem massa incorporando em si
mesmos as partículas de Higgs H+ e H-, enquanto Zo adquire massa pela
incorporação de uma parte das partículas neutras de Higgs (H+o + H-o) ,
deixando a outra parte integrante (H+o - H-o) com um valor específico como
um objeto vivo a ser experimentalmente descoberto."

Desta forma, acredito que os físicos estejam procurando um Ho ou um H-o, que
sabe-se lá porque não teria sido absorvido pelo Zo. Sinceramente, acho que
eles não irão encontrar nem um nem outro. E tento explicar o porque disto
fazendo e respondendo as seguintes perguntas:

a) poderiam antes da temperatura crítica os bosons W+, W- e Zo ter massa
nula tal como o fóton?

Repare que pela TGBD se os quatro W+, W-, Zo e o foton não tivessem massa,
não poderíamos colocá-los dentro de uma estrutura bidual, pois eles não
teriam entre si diferenças que permitissem enquadrá-los dentro de tal
estrutura. Explico melhor: com W+, W- e Zo tendo massa, tal como são
encontrados no nível de temperatura após o crítico, é fácil ver que eles
podem formar um Terno dos bósons da força fraca, pois o Dual Interno seria
formado pelo W+ e W -, que tem massa e carga, enquanto o Terceiro Uno Zo
teria massa porém carga nula. Já o Quarto Uno, o fóton, formaria o Dual
Externo com o Zo devido a ambos não terem carga, e o foton se diferenciaria
dos três demais (que é uma condição 3ª sub-Lei da 1ª Lei da TGBD) por não
ter massa. Repito: caso os quatro bósons não tivessem massa, como eles
poderiam formar um bidual se nenhum deles poderia ser diferenciado para ser
definido como sendo o Quarto Uno?

b) poderiam antes da temperatura crítica existir o bósons de Higgs (H+, H-
H+o e H-o), todos com massas elevadas?

Certamente pela TGBD a resposta é não, e o motivo é o mesmo que foi
apresentado acima. O que iria difrenciá-los de forma a permitir que
formassem uma Quadra, que é formada por um Terno e pelo o Quarto Uno, que
por definição teria de ter uma característica diferente das dos demais três?
Repare que o próprio Salam corrobora tal questão ao não especificar direito
de quem o Zo absorveria a carga, se do H+o ou do H-o, saindo-se com essa:
"Zo adquire massa pela incorporação de urna parte das partículas neutras de
Higgs (Ho + H-o) , deixando a outra parte integrante (H+o - H-o)".

Ressalto o que não entendi o que ele quis dizer com a soma ( Ho + H-o ) e
com a diminuição ( Ho - H-o), mas também não explicou...

c) haveria mesmo a chamada quebra de simetria espontânea ao se passar pela
temperatura crítica?

Não tenho conhecimento para responder esta pergunta, e talvez você o tenha,
e, se for o caso, gostaria de saber o porque disto. Repare que, no mesmo
livro, Abdus Salam diz que no caso da força nuclear forte não existe tal
quebra de simetria. Não parece ser uma contradição, existir em uma e não
existir na outra?

Pelo pouco que vi desta história, essa tal quebra de simetria também foi
imaginada pelos físicos, ao partirem do presuposto de que no ínicio do
universo, antes da temperatura crítica, W+, W-, Zo e o foton deveriam ter
massa nula, para que assim se unificassem na chamada força eletro fraca. Mas
seria que eles teriam mesmo de ter massa nula para que existisse essa
unificação? Vimos que pela TGBD seria impossivel os quatro terem
simultaneamente suas massas nulas. E daqui pode-se até mesmo concluir que
não haveria tal unificação, pelo menos nesses moldes.

Estive aqui pensando cá com meus botões... Esses físicos estão tentando
unificar forças que já podem estar unificadas. Será que a forças
eletromagnética e nuclear fraca já não estariam unificadas pela TGBD, na
medida em que seus componentes já formam uma estrutura bidual perfeita? E
mais ainda; eles querem unificar a eletrofraca com a nuclear forte, fazendo
uso da tal teoria GUT. E além disto, querem unificar o Terno
eletrofraca-nuclear forte oriundo da GUT com força da gravidade através da
tal Teoria das Supercordas, que nos levariam a um espaço-tempo de 11 ou mais
dimensões... E de novo vem a pergunta, será que a TGBD já não fez isto, e
que as quatro forças já não estariam unificadas em sua estrutura. Afinal,
aonde os físicos estão querendo chegar com essa tal unificação?

Repare Belisário, que posso estar falando uma besteira danada. Mas será que
todos estes aceleradores de partículas construídos para se tentar provar
teorias que unifiquem as quatro forças fundamentais não seriam um esforço
inútil e muito dispendioso, na medida em que a TGBD pode indicar como se
daria tal unificação? Observe que todo um esforço pode estar sendo feito com
o objetivo de tentar comprovar a existência dos tais bósons de Higgs, que
muito provalvemente não existem, na medida em que foram formulados a partir
de uma hipótese questionável ( w+, w- zo e foton terem massa nula para se
unificar as forças eletromagnetica e nuclear), hipótese esta, além disto,
inconsistente, do ponto de vista da TGBD, por não apresentar uma estrutura
bidual.

Prezado Belisário, transcrevo agora um trecho da sua mensagem:

Roberto Belisário:
>Então, meu amigo, você é muito sortudo, porque, pelo jeito, sua teoria
>passará por uma prova de fogo experimental no ano que vem. Os caras do CERN
>na Europa e do Laboratório Brookhaven nos Estados Unidos estão construindo
>(o do Brookhaven já começou a funcionar) dois aceleradores de partículas
>enormes que vão procurar o bóson de Higgs. Se o bóson de Higgs existir
>mesmo, não há razão para que ele não tenha sido observado até o fim de
2001.
>Se não for observado, o bóson não existe, e sua teoria passou pelo teste.
Se
>for observado, ou você reformula sua teoria ou babau para ela...

Bem faço questão de dizer agora com uma certa segurança que o atual estágio
da TGBD já me confere que os tais bósons de Higgs não serão encontrados,
simplesmente pelo fato de que nunca existiram, a não ser nas mentes ferteis
que os imaginaram, a exemplo das tais 11 dimensões ou mais do espaço-tempo.

Por fim gostaria de dizer que tudo que afirmei nesta mensagem é verdadeiro
na suposição de que a TGBD o seja. Mas como vimos, os bósons de Higgs também
foram imaginados a partir de suposições. Desta forma, a questão é se saber
qual das suposições é verdadeira. E é lógico que eu fico com a TGBD. E você
com quem fica?

Um grande abraço,

Claudio Abreu




SUBJECT: Re: [ciencialist] TGBD e bosons de Higgs
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 17/12/2000 18:22

Prezado Roberto Belisário,

Em complemento a minha mensagem anterior, faço apenas um breve comentário:

Roberto Belisário:
Se o bóson de Higgs existir mesmo, não há razão para que ele não tenha sido
observado até o fim de 2001. Se não for observado, o bóson não existe, e sua
teoria passou pelo teste. Se for observado, ou você reformula sua teoria ou
babau para ela...

Claudio:
Bem tudo é possível, até mesmo se descobrir esses tais bosons de Higgs. Como
sou precavido, não custa me preparar para esta eventual e absurda hipótese.

Suponhamos que tais bosons venham a ser descobertos. Se isso ocorrer também
será mais um exemplo de comprovação da veracidade da TGBD, pois afinal eles
também formariam um estrutura bidual. Senão vejamos:

Dual Interno:
1. H+ 2. H-

Dual Externo:
3. H+o 4. H-o

Repare que o Quarto Uno seria o que seria encontrado, conforme supos Abdus
Salam, pelo fato de não ter sido absorvido no processo, nem pelo W+ (que
absorveria o H+), nem pelo W- (que absorveria o H-) e nem pelo Zo (que
absorveria, digamos, o H+o). Restaria assim o H-o, que pelo fato de não ter
sido absorvido, poderia ser considerado como sendo o Quarto Uno, pois se
diferenciarias dos demais três que seriam absorvidos

Não deu pra tirar, antecipadamente, o meu da reta? ;-)))

Que venham ou não os ditos cujos.....

Bem, esta foi apenas um excesso de precaução, pois não acredito que serão
encontrados os tais bósons de Higgs, simplesmente por que pela TGBD eles não
existem. O interessante é que até para serem feitas suposições tais como
estas, os cientistas, sem perceber, e intuitivamente, fazem uso da TGBD, sem
nem saber que ela existe. Porque se daria isto?

Um grande abraço,

Claudio Abreu





SUBJECT: Re: [ciencialist] Evolução Quântica
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 17/12/2000 19:23

-----Mensagem Original-----
De: "André Roncolato Siano"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Quarta-feira, 13 de Dezembro de 2000 08:22
Assunto: [ciencialist] Evolução Quântica

Olá, André

> Caros Não simpatizantes do "Multiuniverso", :)

Bem, esse não é exatamente o meu caso. Como me referi em msg anterior, sou
agnóstico quanto à física quântica, o que inclui as idéias de Everett. Não
obstante, se algum dia tiver que engolir a teoria quântica, creio que
passada a azia não será difícil engolir mais nada. Haja antiácido!! :-))

> Bem, confesso que tive a idéia de levantar uma discussão - até que
> vigorosa - sobre a quântica por uma única razão: "a propriedade
> intrínseca de alguns conceitos quânticos causarem 'rebuliço'" :)

Verdade! Pois eu nem tinha reparado nisso. :-)

> A ESSÊNCIA DA REALIDADE publicado em 2000 (Brasil)
> Título original: The fabric of reality
> O livro foi escrito por DAVID DEUSTSCH teórico em Universos
> Paralelos, membro do Grupo de Pesquisa em Computação Quântica e
> Criptografia do Laboratório Clarendon da Universidade de Oxford. O
> livro foi revisado pelo Prof. André Kock Torres Assis(q não conheço)
> do Instituto de Física e Pesquisador de Eletromagnetismo, Gravitação
> e Cosmologia da Unicamp.

Muito bom por sinal. O André Assis é um dos hereges tolerados no meio
acadêmico. Se a Inquisição dos Tempos Modernos atingir o grau imaginado pelo
Godoy, creio que ele será um dos últimos a ir para a fogueira.

Conheci o André Assis numa palestra que ele deu no Ifusp (creio que em 1993)
e fiquei abismado com a frieza com que ele foi recebido (chegamos a comentar
isso na rodinha em que estava na platéia). Alguns meses após fui, junto com
dois outros colegas do curso de física do Ifusp, visitá-lo na Unicamp (fui
levar o meu livro sobre A Equação do Elétron) e percebi que ele lá estava na
sua praia feliz da vida. Conversamos durante cerca de 2 horas, numa das
cantinas da Unicamp, e ele sequer comentou sobre a frieza que eu havia
reparado. Parece-me que a física da Unicamp é um pouquinho mais aberta a
heresias. Talvez seja influência do Cesar Lattes.

> Os manuscritos do livro foram lidos e comentados (a não ser q ele
> mentiu rs.) inclusive por RICHARD DAWKINS E FRANK TIPLER, os quais
> ele trabalha e desenvolve em seu texto.
> O livro trabalha centrado em 4 autores principais: POPPER,
> DAWKINS, TURING E EVERETT, os quais ele denomina de "os 4 elementos",
> e discorre de assuntos, dentre outros, como evolução, tempo, teoria
> de tudo, fim do universo, matemática, realidade virtual e computação
> quântica.
> Gostaria de comentários sobre este assunto pois confesso q ainda não
> estou enterrado em física quântica.

Tem gosto para tudo neste mundo e a idéia de Everett a meu ver não contradiz
os postulados básicos da física quântica. Não é nem mais nem menos absurda
do que a não-localidade, a complementaridade, o espaço curvo, a constância
absoluta da velocidade da luz, as viagens no tempo, o gato morto-vivo de
Schrödinger, etc. Aliás, parece-me que trata-se de uma tentativa de
"resolver" o paradoxo do gato por uma via racional, ainda que aparentemente
absurda. Lembro que estou utilizando o termo absurdo sem nenhuma conotação
pejorativa, ou seja, para enfatizar uma idéia que vai contra o senso comum e
que não possui nenhum lado óbvio conhecido que não seja sua possível
justificativa matemático-lógica. Algumas dessas idéias chegam mesmo a
comportar previsões que dão certo, graças a essa perfeição
matemático-lógica.

[ ]'s
Alberto
http://sites.uol.com.br/albmesq/
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Principio da Equivalencia
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 17/12/2000 21:08

Oi banhistas da praia da relatividade,
lendo as mensagens, pipocaram coisas na cuca; vejamos:

Na sexta-feira, 15 de Dezembro de 2000 13:11 - Queda livre
TARCISIO BORGES escreveu:

> Estava eu a pensar sobre a inconsistência apontada pelo Alberto sobre o
> princípio da equivalência [a da carga caindo, ainda não resolvido] e
> mais sobre o empuxo de Newton descrito pelo nosso professor Leo e mais
> também ao elevador de Einstein ao qual sempre recorro quando se trata de
> gravidade e então chego a seguinte conclusão:
> "Um objeto em queda livre não está acelerado"

Essa conclusão final é que deu margem á novas ligações entre meus 3 neurônios, sobre comprimentos, tempo e movimento.

ligação neurônica 1)- Temos na Terra certos e determinados padrões de comprimento e de marcha de tempo e, se observadores de outros planetas (?) os acharem diferentes dos que possuem, somente a eles tal fato poderá interessar.

ligação neurônica 2)- Tudo isso, variações de comprimento e tempo, nada mais são que uma ilusão de óptica causada pelo movimento.

ligação neurônica3)- Suponhamos que nós da Terra, observados de um outro sistema, estejamos em movimento com uma velocidade igual á luz. Como pode acontecer que nossos comprimentos, na direção do movimento, sejam anulados e nossos movimentos suspensos?

Como o máximo de ligações neurônicas que posso ter é 3! = 6, sobraram 3 para tentar as respostas, ás quais aguardo opiniões:

resposta para a 1)- Isso é verdade, mas o interessante da coisa é que acharíamos as mesmas diferenças se observarmos os padrões desses outros planetas!

resposta para a 2)- Sendo realmente tais efeitos causados pelo movimento, não podem os mesmos serem classificados como uma ilusão, porque funda-se na descoberta da não existência do comprimento absoluto, e também porque a existência do mesmo efeito pode ser achada pelo raciocínio lógico e matemático e sua realidade ser tão grande quanto somos capazes de conceber.

resposta para a 3)- Relativamente a tal sistema de referência, tais efeitos realmente ocorrem. O comprimento e o tempo não possuem objetividade senão comparados com concepções semelhantes de outro sistema. As condições desse caso considerado são o ambiente normal do sistema móvel (Terra) quando comparadas com as do sistema de referência. Na Terra julgamos as nossas condições perfeitamente normais, mas não há motivo para que tais condições, * quando observadas de outro sistema *, não possam ser consideradas tão anormais na armação de espaço existente nesse sistema, de não termos dimensão na direção do movimento e de serem nossos movimentos tão lentos ao ponto de se comportarem quase que em suspensão total.
A diferença de opinião sobre o que é rápido e o que é lento, o que é grande e o que é pequeno, na discussão de processos e tamanhos definidos só faz parte de nossa experiência diária.

Encerrados os 6 caminhos neurônicos possíveis. Para a próxima mensagem, sobre a thread, devo esperar tais neurônios descansarem. Vou comentar o assunto das bolinhas!

[]'
Léo







SUBJECT: Estranhos Viventes
FROM: "Manuel Bulcao" <msbn@daterranet.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 17/12/2000 21:47

Caros ciencialisteiros,

Richard Dawkins, em seu best-seller "O Gene Egoísta", afirma que, no
universo, talvez existam formas de vida não baseadas no carbono, mas
no silício; ou até mesmo formas de vida "que não se baseiam de
maneira nenhuma em química, mas em circuitos eletrônicos
reverberantes". Porém, malgrado essa variedade, existe um princípio
geral aplicável a todos, o qual seria a lei de que toda a vida evolui
pela sobrevivência diferencial das entidades replicadoras.

A hipótese da existência de vida baseada na química do silício e do
amoníaco não é mais novidade. E a criação de máquinas programadas
para se replicarem e se auto-reprogramarem é, hoje, uma possibilidade
teórica.

Só que, atualmente, muitos cientistas sustentam hipóteses de formas
de vida ainda mais bizarras. Gostaria que os físicos desta lista
(Belisário, Mesquita, Léo, etc.) e o nosso biólogo Takata
comentassem, se possível, a seguinte asserção de Paul Davies, físico,
divulgador da ciência e professor de filosofia natural da
Universidade de Adelaide, Austrália:

"Começa a surgir entre os cientistas a noção de que nem a mente nem a
vida necessitam de se limitar à matéria orgânica. Num livro recente e
altamente especulativo, mas também mentalmente estimulante -- "Life
Beymond Earth" – as possibilidades de vida extraterrestre são
passadas em revista por Gerard Feinberg, físico, e Robert Shapiro,
bioquímico. Argumentam a favor da vida baseada em plasmas, energia de
campos eletromagnéticos, domínios magnéticos em estrelas de neutrons
e numa variedade de outros sistemas bizarros. A consciência e a
inteligência são conceitos de `software'; só o padrão – a organização
– conta, e não o meio de expressão." (P. Davies; Deus e a Nova
Física; Edições 70; pág. 221)

Abraços,
Manuel Bulcão




SUBJECT: Re: [ciencialist] Estranhos Viventes
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 18/12/2000 06:49

-----Mensagem Original-----
De: "Manuel Bulcao"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Domingo, 17 de Dezembro de 2000 21:47
Assunto: [ciencialist] Estranhos Viventes

> Gostaria que os físicos desta lista
> (Belisário, Mesquita, Léo, etc.) e o nosso biólogo Takata
> comentassem, se possível, a seguinte asserção de Paul Davies:
> "Começa a surgir entre os cientistas a noção de que nem a mente nem a
> vida necessitam de se limitar à matéria orgânica."

Olá, Manuel

A idéia inicial repousa nas fronteiras a distinguirem o que chamamos matéria
inanimada, matéria animada e, num outro nível, matéria animada dotada de
sensações. Sem dúvida existe uma hierarquia que para muitos seria de ordem
organizacional, e esta é a tendência que está na moda. De qualquer forma
persiste a idéia de um princípio vital e um princípio de um nível mais alto
e a justificar a mente. Não seriam princípios mágicos ou alquímicos, como
pensou-se nos primórdios da ciência moderna mas alguma coisa a retratar o
comportamento de objetos efetivamente distintos do ponto de vista físico:
uma pedra e uma minhoca, por exemplo.

Ainda no terreno exclusivo da matéria inanimada pode-se pensar em níveis
organizacionais e lembro-me, a respeito, dos trabalhos de David Bohm (ordem
superimplícita), motivados por sua procura incessante por explicações dos
fenômenos quânticos. Inicialmente tem-se a idéia de que ele está evoluindo
por um lado bastante promissor mas, a partir de um certo ponto, as coisas
começam a se complicar em demasia, ficando difícil acompanhar suas idéias.

Que esta ordem existe, pelo menos no reino da matéria inanimada, parece não
haver dúvidas. Um cristal é mais do que um conjunto de átomos ou moléculas.
Ele tem algo a mais e a nos apontar para novas propriedades, leis ou até
mesmo "princípios" aparentemente ausentes em meros agrupamentos dos mesmos
átomos ou moléculas. E às vezes observamos agrupamentos diferentes de um
mesmo tipo de átomo a nos mostrarem propriedades ou leis totalmente
diferentes: por exemplo, diamante e grafite. O líquido água também mostra
propriedades ou leis relacionadas à maneira como suas moléculas se agrupam e
que nem sempre poderiam ser imaginadas única e exclusivamente pelo estudo
superficial das propriedades observáveis da molécula de água. Em minha
teoria eletromagnética tenho também tentado demonstrar que é a maneira como
as partículas elementares se agrupam que dá origem ao que chamamos carga
elétrica ou carga magnética. Ou seja, carga elétrica ou magnética existiriam
apenas a partir de um nível organizacional, assim como o que chamamos de
cristal ou de líquido. Não existiriam pois as leis de Maxwell ou os
princípios do eletromagnetismo de Maxwell no nível das partículas
elementares.

Como vê, não vejo absurdo nenhum em que se expanda essa idéia de organização
para níveis mais complexos, chegando-se à matéria viva e, num segundo
patamar, à matéria viva dotada de sensações, ou mente se quiser assim
chamar. Como também não vejo porque supor que isso seria uma exclusividade
de aglomerados de compostos do carbono, ainda que do ponto de vista
observacional nada nos leve até agora a garantir que existam outros tipos de
vida que não essas conhecidas.

> Paul Davies: "Num livro recente e
> altamente especulativo, mas também mentalmente estimulante -- "Life
> Beymond Earth" - as possibilidades de vida extraterrestre são
> passadas em revista por Gerard Feinberg, físico, e Robert Shapiro,
> bioquímico. Argumentam a favor da vida baseada em plasmas, energia de
> campos eletromagnéticos, domínios magnéticos em estrelas de neutrons
> e numa variedade de outros sistemas bizarros.

Todas essas bizarrices parecem adaptar-se ao conceito de matéria organizada.
No caso de plasmas não parece ser difícil evoluir neste sentido, pelo menos
em idéias. No caso de campos chego a pensar numa "matéria 2", ou seja, na
existência de algo imaterial ou, como alguns pretendem, um novo tipo de
matéria de características totalmente distintas do que hoje chamamos por
matéria. No passado falou-se muito sobre éter. Newton creio ter sido o
primeiro a pensar em campo como resultante de algo imaterial viajando pelo
espaço (o que não seria um éter, pois viajaria através do vácuo ou mesmo
através deste hipotético éter -- Newton parece ter deixado nítido que o
conceito de éter era totalmente supérfluo para a sua física). Os quânticos
assumem a existência de um vácuo dotado de características fantásticas onde
pululam partículas virtuais (o que seria também esse algo imaterial, ainda
que em condições de se materializar). A verdade é que o estudo dos campos
exige a existência de alguma coisa diferente da matéria, seja um éter, seja
o que Newton chamou por espírito da matéria, seja o que defino por
informações eletromagnéticas e gravitacionais, seja o que os físicos
modernos chamam de vácuo quântico. Se esta "matéria 2" sujeita-se a níveis
organizacionais distintos e a ponto de evoluir para uma "matéria viva 2",
vai muito de especulação, pois sequer conhecemos de maneira conveniente o
nível mais elementar desta "matéria 2", qual seja, os agentes efetivos dos
campos de força.

> A consciência e a
> inteligência são conceitos de `software'; só o padrão - a organização
> - conta, e não o meio de expressão."

Pelo que expus acima, nada contra essa maneira de pensar. Apenas acho que,
se tal for possível, estamos muito longe de escalar essa montanha. Antes
disso acho que a tecnologia atual ainda está devendo muito às idéias de
Júlio Verne. Quem sabe nos próximos 1000 anos cheguemos lá.

[ ]'s
Alberto
http://sites.uol.com.br/albmesq/
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Estranhos Viventes
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 18/12/2000 07:43

Manuel Bulcao, encerrando um domingo tranquilo e reparador, vendo que tudo corria bem ao seu redor decidiu expandir o pensamento para além do além.
Divagando (apoiado em outras opiniões) sobre outras formas de vida, pede comentários para outros simples terráqueos.

>Só que, atualmente, muitos cientistas sustentam hipóteses de formas
| de vida ainda mais bizarras. Gostaria que os físicos desta lista
| (Belisário, Mesquita, Léo, etc.) e o nosso biólogo Takata
| comentassem, se possível, a seguinte asserção de Paul Davies<

Terráqueos comentam entre terráqueos a existência de não-terráqueos, homens comentam com outros homens a necessidade de outros observadores para que o universo exista! Tudo indica que a conversa gira ao redor do princípio antrópico --- o homem é necessário à existência do universo, na qualidade de observador.
A questão é que, para agir como observador, será que há necessidade restrita de ser 'homem'?

Até a pouco hospitaleira teoria quântica, ou melhor, até aquilo que meus 3 neurônios conseguem absorver da TQ, sugere que 'observadores' são indispensáveis. Isso está seriamente 'embutido' no princípio da incerteza: há condições em que é impossível saber exatamente o que um elétron está fazendo, a não ser que o observemos diretamente. Quando ele não está sendo observado, nem teoricamente é possível dizer o que está fazendo. Alguns 'cientistas' interpretam isso como se o universo não pudesse existir sem observadores ... mas não afirmam que tais observadores devem ter 'base no carbono'!

Mas, mesmo os 'seres' humanos mais simples só evoluiram depois que o universo estava com 15 bilhões de anos. A própria Terra só foi formada quando o universo tinha 10 bilhões de anos. Será que isso significa que em outros planetas existiam (e existem) formas de vida que fizeram as observações?

Bem, o argumento para justificar a existência de tipos e formas de vidas 'com outras bases, além da carbônica', continua a ser a necessidade de observadores antes, agora e depois. Acredito que é a isso que foi dado o nome de princípio antrópico 'fraco'.

[]'
Léo




SUBJECT: GENETICA : gene "Indy" (I'm not dead yet)
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 18/12/2000 08:48



GENÉTICA : gene "Indy" (I'm not dead yet)

Estudo com drosófilas reforça elo entre metabolismo e longevidade;
quanto menos calorias, mais tempo de vida

Moscas mutantes vivem o dobro do normal

RICARDO BONALUME NETO
ESPECIAL PARA A FOLHA , 15 de Dezembro de 2000


Com mudanças em apenas um gene, cientistas conseguiram quase dobrar o
tempo de vida de mosquinhas de fruta, as drosófilas. E, apesar de
viverem bem mais, as mutantes não tiveram funções importantes afetadas.

A descoberta abre a possibilidade de um dia serem criados medicamentos
para prolongar a vida, pois uma proteína semelhante à que o gene
codifica também existe no organismo humano. E com uma vantagem extra: a
droga também poderia auxiliar no controle de peso.

"Nossas moscas parecem viver mais sem sacrificar qualquer das funções
normais da vida -elas não são nem mais lentas nem inférteis. Na verdade,
elas permanecem ativas e férteis bem mais tempo que as normais", disse à
Folha o principal autor do estudo, Stephen Helfand, do Centro de Saúde
da Universidade de Connecticut, em Farmington (EUA).

A descoberta está publicada na edição de hoje da revista científica
norte-americana "Science" (www.sciencemag.org) por Helfand e mais três
colegas.

O gene cujas mutações foram responsáveis pela longevidade foi batizado
pelos pesquisadores de "Indy", sigla para a frase em inglês "I'm not
dead yet" (eu ainda não morri). A frase foi tirada de uma cena de um dos
filmes do grupo de comediantes Monty Python, dita por um sujeito tido
como morto pela peste que estava sendo levado para ser enterrado.

O gene Indy fez com que a média de vida das drosófilas passasse de 37
dias para 71, os mais espetaculares resultados obtidos até agora com
esse animal. Segundo os pesquisadores, as mutações do Indy podem criar
no organismo da mosca um estado de metabolismo semelhante ao da chamada
restrição calórica.

Um fenômeno que caracteriza o envelhecimento das drosófilas é o
aparecimento da infertilidade nas fêmeas. Em moscas de laboratório, é
possível selecionar linhagens longevas, mas, em compensação, o
amadurecimento da fêmea também demora mais -uma "puberdade" tardia.
Já nas drosófilas mutantes do gene Indy o período total de fertilidade
foi aumentado para 23,3 dias durante toda a vida, comparado com 16,5
dias das moscas não-modificadas.

Ingerir menos calorias é o único modo comprovado de ampliar a duração da
vida, incluindo a de mamíferos como o homem.

Ao comparar a sequência do material genético com os dados de outros
organismos, os cientistas notaram que a proteína associada com o gene é
parente de uma que, nos mamíferos, está ligada ao ciclo de Krebs
-reações bioquímicas do metabolismo.

Em 1998 foi descoberto nas drosófilas outro gene capaz de prolongar a
vida, batizado apropriadamente de Matusalém (sigla "mth"). Sua função é
desconhecida, e ele aumentou a vida das moscas em 35% -contra os 80% a
quase 100% do Indy.

"Ele pode representar uma nova classe de genes da longevidade porque,
apesar de um vínculo entre metabolismo e duração da vida já ser
conhecido há bastante tempo, essa é a primeira mutação de gene que se
pode hipoteticamente dizer que está diretamente envolvida no metabolismo
que prolonga a vida", diz Helfand.

Mecanismo misterioso

O mecanismo pelo qual a restrição calórica influencia a duração da vida
ainda é desconhecido. "Os Institutos Nacionais de Saúde nos EUA
iniciaram um plano multimilionário para tentar descobrir", diz Helfand.
Entre as possíveis explicações é provável que esteja a redução dos danos
químicos, oxidativos, no material genético.

Um dos trunfos nessa pesquisa é a facilidade de trabalho com as
drosófilas, cujo material genético tem também uma grande homologia
-correspondência- com o genoma humano.

"Embora exista uma homologia de 80% entre os genomas da mosca-das-frutas
e do ser humano, nós ainda estamos muitos passos distantes de entender
como a restrição calórica pode afetar a duração da vida do homem",
afirmou o pesquisador David Finkelstein, do Instituto Nacional do
Envelhecimento dos EUA, comentando a pesquisa de Helfand e colegas.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Estranhos Viventes
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO:
DATE: 18/12/2000 09:00



Manuel Bulcao wrote:
>
> Caros ciencialisteiros,
>
> Richard Dawkins, em seu best-seller "O Gene Egoísta", afirma que, no
> universo, talvez existam formas de vida não baseadas no carbono, mas
> no silício; ou até mesmo formas de vida "que não se baseiam de
> maneira nenhuma em química, mas em circuitos eletrônicos
> reverberantes". Porém, malgrado essa variedade, existe um princípio
> geral aplicável a todos, o qual seria a lei de que toda a vida evolui
> pela sobrevivência diferencial das entidades replicadoras.
>
> A hipótese da existência de vida baseada na química do silício e do
> amoníaco não é mais novidade. E a criação de máquinas programadas
> para se replicarem e se auto-reprogramarem é, hoje, uma possibilidade
> teórica.
>
> Só que, atualmente, muitos cientistas sustentam hipóteses de formas
> de vida ainda mais bizarras. Gostaria que os físicos desta lista
> (Belisário, Mesquita, Léo, etc.) e o nosso biólogo Takata
> comentassem, se possível, a seguinte asserção de Paul Davies, físico,
> divulgador da ciência e professor de filosofia natural da
> Universidade de Adelaide, Austrália:
>
> "Começa a surgir entre os cientistas a noção de que nem a mente nem a
> vida necessitam de se limitar à matéria orgânica. Num livro recente e
> altamente especulativo, mas também mentalmente estimulante -- "Life
> Beymond Earth" – as possibilidades de vida extraterrestre são
> passadas em revista por Gerard Feinberg, físico, e Robert Shapiro,
> bioquímico. Argumentam a favor da vida baseada em plasmas, energia de
> campos eletromagnéticos, domínios magnéticos em estrelas de neutrons
> e numa variedade de outros sistemas bizarros. A consciência e a
> inteligência são conceitos de `software'; só o padrão – a organização
> – conta, e não o meio de expressão." (P. Davies; Deus e a Nova
> Física; Edições 70; pág. 221)
>

Eu acredito q sim, isto eh a consciencia e a inteligencia sao
funcoes da organizacao e nao do meio.
EU acho q muito mais bizarro seria termos todo um universo em um
computador como escrevi em :

http://www.egroups.com/message/ciencialist/2142

[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] Empuxo de Newton
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 18/12/2000 12:42

Prezado Alberto Mesquita Filho,

Embora tenha feito as mensagens desta thread endereçadas ao Roberto Belisário, gostaria que você se manifestasse sobre ela também, bem como qualquer um da lista. Repare que no início deste assunto você apareceu:

> Claudio - mensagens anterior:
> > 6) no nível das famílias de partículas de matéria e de força
> > 1. 1ª Família 2. 2ª Família
> > 3. 3ª Família 4. partículas de força

> Roberto Belisário:
> Hm... aqui você se esqueceu do famigerado bóson de Higgs,
> que não se enquadra em nenhum desses grupos.

> Claudio:
> Bem não sei se foi esquecimento não, pois talvez
> eles simplesmente não existam, e por causa disto
> talvez num tenham sido localizados. Repare que os
> tais bósons de Higgs decorrem de uma formulação matemática
> necessária para resolver a chamada queda de simetria
> por ocasião da interação entre as forças fraca
> e eletromagnética, não é isso. Precisaria consultar minhas
> fontes para me certificar disto.
>
> Ocorre que existem duas indicações por parte da TGBD para
> que os bósons de Higgs não existam. A primeira é que eles
> não se encaixam na bidualidade 6)vista acima.
> E a segunda é que segundo Alberto Mesquita me falou
> em pvt no início do ano a TGBD eliminaria essa
> questão da quebra de simetria. Confesso que não me
> lembro bem de como ele chegou a esta conclusão e
> que teria que procurar o email que ela propôs isto.
> Mas agora estou morrendo de sono e prefiro fazer isto depois.
> Aproveito a oportunidade para pedir ao Alberto
> que volte a esta questão.

Pois bem Alberto. Não consegui localizar no meu micro a mensagem acima referida. Lembra que tive de formatar meu HD? Você me enviou em pvt tudo que você tinha das nossas conversas, mas não consegui localizar esta mensagem em especial.

Daria para você retomar aquele assunto? Repare que desenvolvi toda uma argumentação de que, pela TGBD, os bósons de Higgs não poderiam existir, sem recorrer ao que você havia dito sobre a quebra de simetria x TGBD. Mas acho que seria importante e esclarecedor para mim rever aquela sua visão.

Um grande abraço,

Claudio Abreu




[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: neutrino
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 18/12/2000 13:55

Roberto Belisario wrote:
> > Aproveitando a sua explicação, gostaria de fazer algumas perguntas: eu me
> > lembro de há algum tempo atrás ter lido algo (acho q foi na Super
> > Interessante ) sobre já haverem medido o peso dos neutrinos (algo
> utilizando
> > um aparato com água, eu acho...), vc sabe alguma coisa sobre isso ?
>
> Não, não ouvi nada sobre isso... Você sabe se você leu isto ainda neste
> ano? O que me lembro é dessa experiência do Super Kamiokande, onde mediram
> não o peso do neutrino, mas a diferença entre as massas dos dois tipos de
> neutrinos.

A questão é justamente esta. Se há diferença entre massas, então algum
deles tem que ter massa. As pesquisas continuam devido às difíceis
observações e experimentações com o neutrino.

[]s
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SUBJECT: QCD
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 18/12/2000 14:36

Não comentarei sua teoria, apenas alguns detalhes:

Claudio Abreu wrote:
> O interessante aqui é que a TGBD força a diferenciação entre as "cores" dos quarks, de forma que os três possam forma um Terno, enquanto que na Cromodinâmica Quântica (CQD) isto não é levado em conta.

Na Cromodinâmica Quântica [QCD Quantum ChromoDynamics] há a necessidade
das partículas serem "brancas", ou seja sempre são a mistura das três
cores vermelho-verde-azul, ou no caso de apenas dois quarks, terão que
ser cor-anticor.

> Repare que o fato de existirem apenas 8 e não 9 gluons "coloridos" aparenta indicar que esta indicação da TGBD seja verdadeira. Você poderia me dizer o que acha desta proposta e me dizer porque a diferenciação das cores não é levada em conta pela CQD, e por que são apenas 8 e não 9 gluons?

No livro de John Maddox ele cita apenas seis cores de gluons:

vermelho; anti-vermelho;
verde; anti-verde;
azul; anti-azul.

[]s
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SUBJECT: Re: Estranhos Viventes
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 18/12/2000 14:49

Manuel Bulcao,

A questao principal eh de conceituacao e definicao do q. seja um ser vivo.

Ha' algum tempo saiu publicado na revista New Scientist um artigo q.
discuste esse problema. Fiz uma pequena adaptacao desse artigo para o
portugues:

http://www.ib.usp.br/~rmt/biologia/vida/definicao/vida.html

Antes q. condenem os biologos por nao chegarem a um consenso sobre Vida,
chamo a atencao para o fato dos matematicos nos deverem uma definicao
fechada de numero, dos fisicos de energia, dos literatos de poema e assim
por diante.

Mas pra nao falarem q. estou em cima do muro, eu particularmente aceito q.
sob um certo aspecto Gaia seja um organismo vivo -- embora reconheca q.
haja problemas serios (nada impediria q. se estendesse esse conceito para
clamar pelo englobamento de toda a cosmosfera... e aih chamamos de q:
Theos Pantobiontos?).

Apesar da confusao, tres conceitos q. deverao estar por tras de uma
definicao de vida - se houver uma possivel - sao:

- Entropia/Metabolismo/Compartimentalizacao/Homeostase

- Reproducao

- Evolucao

Ha' duas parodias possiveis para explicitar a complicacao disso. Uma eh q.
a geladeira eh um ser vivo:

*ela apresenta um processo metabolico, mantendo sua entropia interna baixa
'as expensas do aumento da entropia externa (ela organiza a distribuicao
de calor entre o seu interior -- mais frio -- e o exterior -- mais quente
-- com o uso de uma fonte externa de energia: eletrica);

*ela se reproduz, mas como os virus utiliza de um hospedeiro, os seres
humanos. Todos os anos milhares e milhares de geladeiras novas sao
produzidas.

*ela evolui. Os projetos da geladeira sofrem modificacoes a cada geracao -
adaptando-se 'as pressoes seletivas do ambiente: maior economia de
energia, eliminacao do CFC como agente refrigerante, ligacao com a
Internet, etc...

A geladeira eh um meme dawkiniano? talvez, mas apresenta uma constituicao
fisica q. a torna mais tangivel q. os memes comuns - diria ateh mais
proxima de um organismo 'classico'. (Substitua a geladeira por qq
eletrodomestico padrao e teremos a mesma questao.)

Outra parodia possivel, jah entrando no terreno ainda mais nebuloso, eh
uma extensao de Gaia, um conceito 'matrioska' de vida:

*a Terra apresenta processos biogeofisicos de escalas globais e locais
analogos aos processos fisiologicos de metabolismo e homeostase.

*a Terra se reproduz? Bem, a partir de meteoritos marcianos com possiveis
indicios fosseis marcianos (sementes de Ares?) poderemos especular -
juntamente com outras teorias de panespermia (de q. a vida da Terra se
originou em outro ponto do universo sendo trazida para ca' posteriormente)
- uma intensa troca de material genetico entre planetas proximos e
distantes. Os (componentes bioticos dos) planetas nao apenas se
reproduziriam como tbm realizariam sexo. Nessa reproducao haveria a
reconstituicao de todo o nivel de organizacao do agente reprodutor: qdo
nos reproduzimos, nao ha' uma reproducao apenas no nivel de celulas (ou
dos genes), mas tbm das organizacoes dessas celulas em tecidos, desses
tecidos em orgaos e assim ateh a organizacao do individuo.

*posto q. se reproduza e q. a reproducao gerara' variacoes, teremos a
possibilidade de uma selecao diferencial (ou antes, de sobrevivencia
diferencial). E trazendo a reproducao informacoes sobre o organismo
gerador (i.e., haja hereditariedade), teremos a possibilidade de evolucao.

E por q. seria entao um conceito 'matrioska'? 'Matrioska' ou 'matruska'
sao aquelas bonecas russas q. se encaixam uma dentro da outra (nao estou
certo qto 'a grafia da palavra). Essa visao de vida permite um aninhamento
de niveis vivos dentro de outro:

- uma mula nao se reproduz, mas ela eh fruto de uma reproducao em nivel
celular - nesse aspecto a mula eh um ser vivo; mas ela como uma populacao
nao gera novas populacoes - nesse nivel a mula nao eh um ser vivo.

- uma colmeia eh capaz de reproduzir-se gerando uma nova entidade q.
adquire organizacao em nivel de uma colmeia completa. Uma colmeia eh um
ser vivo. E tbm seus componentes: as abelhas, q. se reproduzem em nivel de
novas abelhas.

- podemos descer a escala ateh o nivel molecular. Mas ao contrario de
dawkins, ela nao pa'ra nos genes (ou em pedacos de DNA), ela segue ateh
os componentes organicos: as bases nitrogenadas, os aminoacidos - desde q.
haja uma modificacao possivel desses componentes ao longo das geracoes.

Ha' quem aceite seriamente essa(s) parodia(s) como tendo um fundo de
verdade, mesmo entre pesquisadores q. trabalham com areas correlatas.

Trata-se apenas de uma questao de gosto pessoal? Por eqto parece q. sim.
Mas em geral as pessoas q. optam por uma ou outra visao aparentemente nao
tEm se importado com os problemas q. elas geram -- nao apenas em termos
filosoficos, mas praticos tbm: a questao do conversacionismo passa pela
preservacao de biodiversidade e tbm de individuos vivos; a abrangencia e
delimitacao da bioetica depende do conceito de vida; a questao da morte
clinica tbm depende do conceito de vida.

------
comentario marginal:
Por outro lado, se hovesse um Hal 8000, um Number Five, iriamos negar-lhes
o reconhecimento como seres vivos, ainda q. nao se reproduzissem e
portanto nao fizessem parte de uma cadeia evolutiva? Eh provavel q. lhe
reconhecessemos ateh mesmo a condicao de 'humanos' de alguma forma. Os
nossos conceitos de similaridade e etica possivelmente estao mais
atrelados a aspectos de proximidade cultural do q. genetica (genetica no
sentido de origem mesmo e nao tto dos genes): suponho q. reconheceriamos
mais direitos a um alienigena 'inteligente' com origem totalmente
diferente da nossa, do q. a uma samambaia ou a um rato de laboratorio.
------

Me desculpem por mais essa 'viagem', pensei em escrever bem menos do q.
isso, mas saiu esse monstro. E como em relacao a qq outra mensagem minha -
nao eh pra ser levada muito a serio, nao.

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Principio da Equivalencia
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 18/12/2000 15:28

Alberto Mesquita Filho wrote:
> Imagine um elevador suficientemente grande e no campo gravitacional
> terrestre. No interior do elevador e distanciadas uma de outra, existem duas
> bolinhas (Adoro física de bolinhas) numa mesma horizontal. Esteja o elevador
> em queda ou em repouso, as bolinhas estarão sujeitas a uma força
> gravitacional direcionada para o centro da Terra
[....]
> (Afinal, a Terra é redonda, até prova em contrário).

AH!!!! Agora sim entendi, acho que não havia prestado a devida atenção
anteriormente.

Quanto a terra ser redonda, há aqui alguns que contestam, mas enfim...

> Pense agora nas bolinhas presas ao teto por um fio e nas três condições
> seguintes. 1) Se o elevador estiver em repouso em terra firme, a soma destas
> forças será constante e o sistema atingirá o equilíbrio, graças à tração no
> fio;

OK, nada demais.

> 2) Se o elevador estiver em queda livre, g aumenta no decorrer do tempo
> (as bolinhas aproximam-se do centro da Terra) e, concomitantemente, o ângulo
> entre g e a horizontal diminui (ou seja, a componente horizontal de g
> aumenta proporcionalmente mais). Neste caso o sistema não atinge o
> equilíbrio;

Se o elevador estiver em queda livre a corda não está esticada, portanto
é impossível medir o ângulo. Lembre-se dos aviões de treinamento para
astronauta, lá é uma zona, quando estão em queda livre nada fica no
lugar, é como a sopa no espaço.

> 3) Se o elevador estiver acelerado no espaço sideral, a única
> força presente será a atração de interação gravitacional entre as bolinhas,
> e seria de se esperar um equilíbrio com um efeito menor do que no caso 1.

Neste caso sim.

> Lembre-se de que nos três casos você deverá utilizar pelo menos um relógio,
> e as coisas complicam-se um pouco pensando-se relativisticamente. Porém é de
> se esperar que os casos 1 e 3 afetem os relógios de maneira idêntica, desde
> que os valores de g (campo que age sobre as bolinhas ou então aceleração do
> elevador) sejam os mesmos nos dois casos.

Concorda plenamente com a relatividade.

> Será possível desta forma, pelo
> menos em teoria, um físico experimental decidir se o elevador está em
> repouso no campo gravitacional terrestre ou em movimento acelerado no espaço
> sideral.

Vc está considerando a experiência 2? Neste caso sinto muito mas não dá
não. Na experiência 1 e 3 possivelmente sim, mas o ângulo seria muito
pequeno [ousaria dizer um ângulo quântico].

> Se pensarmos na aplicação deste princípio para o caso mostrado
> anteriormente, verificamos que a experiência falsearia o mesmo.

Considere-se então num imenso balão que infla aceleradamente [esta idéia
não é minha e sim de Scott Adams]. Se vc pular na superfície do balão vc
foge dele em velocidade constante, mas ele infla aceleradamente e
consegue alcançá-lo. Quando vc está em repouso sobre a superfície vc
está acelerado e portanto sente a "gravidade" do balão. Neste caso as
bolinhas iriam se comportar de forma idêntica [dependendo do caso] com a
gravidade terrestre.

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SUBJECT: Re: [ciencialist] TGBD e bosons de Higgs
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 18/12/2000 15:35

Claudio Abreu wrote:
> O interessante é que até para serem feitas suposições tais como
> estas, os cientistas, sem perceber, e intuitivamente, fazem uso da TGBD, sem
> nem saber que ela existe. Porque se daria isto?

Vc não estaria vendo cabelo em cabeça de sapo?

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SUBJECT: Re: [ciencialist] QCD
FROM: "Claudio Abreu (Bidual)" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 18/12/2000 16:14

Prezado Tarcísio,

Desculpas por haver trocado as letras ao chamar a Cromodinâmica Quantica de
CQD, quando o certo é CDQ em português ou QCD em inglês.

Passo a comentar a sua mensagem.

Claudio - mensagem anterior:
O interessante aqui é que a TGBD força a diferenciação entre as "cores" dos
quarks, de forma que os três possam forma um Terno, enquanto que na
Cromodinâmica Quântica (CQD) isto não é levado em conta.

Tarcísio:
Na Cromodinâmica Quântica [QCD Quantum ChromoDynamics] há a necessidade
das partículas serem "brancas", ou seja sempre são a mistura das três
cores vermelho-verde-azul, ou no caso de apenas dois quarks, terão que
ser cor-anticor.

Claudio:
Correto. Os protons e neutrons que, pela CDQ, são formados por três quarks
seriam "incolores", ou "brancos", porque tais quarks deveriam ser de o
resultado de três "cores" diferentes, vermelho, azul e verde, digamos. Já um
cinjunto de quark e um anti-quark, que possuem um nome que não me lembro,
também seriam brancos, pois se um tivesse uma cor o outro teria de ter a
anti-cor, do que resultaria também o branco.

Claudio - mensagem anterior:
Repare que o fato de existirem apenas 8 e não 9 gluons "coloridos" aparenta
indicar que esta indicação da TGBD seja verdadeira. Você poderia me dizer o
que acha desta proposta e me dizer porque a diferenciação das cores não é
levada em conta pela CQD, e por que são apenas 8 e não 9 gluons?

Tarcísio:
No livro de John Maddox ele cita apenas seis cores de gluons:
vermelho; anti-vermelho;
verde; anti-verde;
azul; anti-azul.
[]s

Claudio:
Bem no livro "O quark e jaguar" do Gell-Mann, que é um dos formuladores da
CDQ, não é bem assim, pois ele diz que os gluons seriam 8, e não 6, nem 9.
Não estou com o livro aqui agora no trabalho. Assim, vou tentar me lembrar
como ele define os seus "gluons coloridos" que são sempre bicolores, da
seguinte forma:

Azul->Verde e Verde->Azul
Vermelho>Verde e Verde-Vermelho
Vermelho-Azul e Azul-vermelho

Haveriam ainda dois gluons de uma cor com a sua anti-cor, que seriam:
Azul->AntiAzul
Verde->AntiVerde

E para supresa de todos não existiria o gluon Vermelho-AntiVermelho, que
seria o nono.

E a pergunta que fiz para o Roberto Belisário, e faço para todos, é por que
não existe este nono gluon? O Gell-Mann não explica nada sobre isto, talvez
porque ele não consiga uma explicação plausível para isto. O Roberto
Belisário me deu uma justificativa, a meu ver insatisfatória, pois disse que
o nono gluon iria complicar a CDQ, e que ele nunca tinha sido encontrado, ou
algo assim (se fosse assim, por que não sumiram com o tal bóson de Higgs da
teoria da força eletro-fraca, dado que ele também nunca foi encontrado?)

Acredito que a não existência do nono gluon se relacione ao fato que a CDQ
não diferencie as três cores dos quarks de modo que eles se enquadrassem na
estrutura de um Terno da TGBD, que é sempre formado pelo Dual Interno (dois
Unos de merma natureza mas sentidos opostos) pelo Terceiro Uno, que deve ter
naturteza diferente das dos dois Unos do Dual. Pela TGBD não existiria outra
alternativa para um conjunto formado por três componentes.

Ressalto que tudi o que escrevi acima foi feito de memória, pois não estou
com o livro dp Gell-Mann na mão. assim, posso ter incorrido em erros no
detalhe, mas não no geral.

Um grande abraço,

Claudio Abreu



----- Original Message -----
From: TARCISIO BORGES
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Monday, December 18, 2000 2:36 PM
Subject: [ciencialist] QCD


Não comentarei sua teoria, apenas alguns detalhes:


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SUBJECT: Re: [ciencialist] TGBD e bosons de Higgs
FROM: "Claudio Abreu (Bidual)" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 18/12/2000 16:43

Prezado Tarcísio,

Claudio Abreu mensagem anterior:
> O interessante é que até para serem feitas suposições tais como
> estas, os cientistas, sem perceber, e intuitivamente, fazem uso da TGBD,
sem
> nem saber que ela existe. Porque se daria isto?

Tarcísio:
Vc não estaria vendo cabelo em cabeça de sapo?

Claudio:
Afinal, neste caso, os caras não acabaram fazendo uma suposição quanto a
existência dos tais bosons de Higgs dentro de uma estrutura bidual ou não?
Onde está o cabelo e a cabeça do sapo nesta história a não ser na sua mente
iluminada? Me poupe...

Acho que o seu negócio e me agredir pelo simples desejo de me agredir. Acho
que isto não leva a nada. Eu pergunto: por que você comentou (e bem ao seu
estilo pobre e sem nada a acrescentar tecnicamente...) somente este trecho
das minhas duas mensagens sobre os bósons de Higgs? E sobre todo o resto do
que foi dito, qual é a sua opinião? Seja racional, Tarcísio, para que
possamos debater idéias e não ficarmos trocando más emoções.

Ressalto que você vive falando uma porção de coisas erradas tal com na sua
mensagem sobre a CDQ, quando repassou uma informação falsa de que os gluons
seriam 6 e não 8 como você pode checar em qualquer livro sério sobre ela, e
não em publicações jornalísticas.

SE você não gosta e não aceita a TGBD, porque não deixa de fazer comentários
puramente emocionais sobre ela? Não estou pedindo que você não comente mais
sobre o que eu escrevo, mas sim que seja se atenha a colocações racionais.

Repare bem: o que você está acrescentando n9o debate que me propus a ter com
o Roberto Belisário sobre a existência ou não dos bósons de Higgs, com esta
tola frase: "Vc não estaria vendo cabelo em cabeça de sapo?". Afinal, aonde
você quer chegar com isto? Fale alguma coisa que se aproveite, Tarcísio. Não
fique jogando palavras fora.

Claudio Abreu



SUBJECT: Re: [ciencialist] Estranhos Viventes
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 18/12/2000 17:54

-----Mensagem Original-----
De: "João Mário Miranda"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Segunda-feira, 18 de Setembro de 2000 09:58
Assunto: Re: [ciencialist] Estranhos Viventes

> Alberto Mesquita Filho wrote:
> > Que esta ordem existe, pelo menos no reino da matéria inanimada, parece
> > não haver dúvidas. Um cristal é mais do que um conjunto de átomos ou
> > moléculas. Ele tem algo a mais e a nos apontar para novas propriedades,
> > leis ou até mesmo "princípios" aparentemente ausentes em meros
> > agrupamentos dos mesmos átomos ou moléculas.

João Mário Miranda wrote:
> Um cristal é aquilo que ele tem que ser dadas as lei da física e os
> átomos que o constituem. Não há por onde fugir a isto. Um bom cientista
> com um bom computador conseguiria prever as propriedades de um cristal a
> partir das propriedades dos átomos que o constitui. Da mesma forma, o
> mesmo cientista conseguiria prever as propriedades de um ser humano a
> partir da posição das particulas elementares que o constituem. O todo e as
> partes são a mesma coisa.

Olá, João

Com exceção da última frase, creio não haver diferenças significativas em
nossa maneira de pensar. Pois você está considerando a existência de um "bom
cientista" a decifrar os "princípios" aos quais me referi como
"aparentemente ausentes" nas estruturas elementares. Isto "talvez" seja
válido para um cristal (se bem que exista ainda um número imenso de
perguntas a serem respondidas a respeito) e está começando a se consolidar
para os seres vivos; mas acho que estamos há pelo menos 100 anos de entender
detalhes íntimos e inerentes a este processo. Diria mesmo que os biólogos,
nas últimas décadas, conseguiram visualizar a ponta de um iceberg. Mas, de
qualquer forma, e em teoria, suas afirmações fazem sentido e não discordam
das minhas. Há, não obstante, em suas considerações, um certo ar de certeza
a lembrar do materialismo mecanicista e determinista dos séculos XIX ou
anteriores. Embora eu seja um agnóstico em termos de física quântica, e
portanto relutante quanto à aceitação do princípio da incerteza, creio que
existe alguma coisa ainda desconhecida pelos cientistas e a condimentar a
união das partes em um todo e a contradizer a idéia de que o Universo seria
um mero relógio.

Vejamos agora sua conclusão ao parágrafo: "O todo e as partes são a mesma
coisa". Deixando de lado considerações sobre incertezas ou indeterminismos,
parece-me estar havendo aqui uma identificação de ato a potência. Neste caso
lembraria um pensamento de Poincaré: "A ciência é constituída de fatos como
uma casa é de pedras; mas um conjunto de fatos não é mais ciência do que um
conjunto de pedras é uma casa".

> Existem vários programas de computador onde vivem organismos que têm
> todos as caracteristicas de seres vivos. O facto de nós não os
> reconhecermos como seres vivos não tem nada a ver com as suas
> caracteristicas. Tem a ver com os nossos preconceitos de aceitarmos como
> vivo apenas os seres vivos baseados em carbono.

Não sei até que ponto isso seria uma questão de preconceito ou de meio
ambiente. A meu ver estes programas de computador "vivem" no que alguns
chamam mundo virtual ou, se quiser, e talvez seja uma expressão mais
apropriada, num "universo paralelo". Além disso, parece-me faltar neste
universo, ou meio ambiente, algo equivalente à nossa entropia física e à
nossa neguentropia biológica. Não digo que não exista alguma coisa afim, mas
parece-me que esta seria como que sugada de nosso universo. E um universo
sem esta autonomia não me parece conter nada além do que poderíamos chamar
por vida virtual. Estou apenas indo à essência do problema pois o Takata já
apontou dados outros interessantes e a avançarem na questão.

> Em 1997 o computador Deep Blue derrotou o Kasparov e tornou-se o
> campeão mundial de xadrez. A partir desse momento jogar xadrex deixou de
> ser considerado um sinal de inteligencia.

O dia em que o Deep Blue, por si só, construir um Kasparov, a viver em
"nosso meio ambiente", pode ser que eu mude de idéia a respeito. E esse
Kasparov nem precisará vencer uma partida de xadrez para provar mais nada.
Até lá, direi que o Deep Blue nada mais é senão uma máquina sofisticada
capaz de realizar tarefas para as quais foi programada por um ser
inteligente.

Perceba um detalhe interessante: Nós (a exceção do Jocax) não sabemos se
Deus existe ou não. É possível que o Deep Blue não saiba se nós existimos ou
não, ainda que ele satisfaça os nossos caprichos. Porém "nós sabemos"
(Será?) que o Deep Blue existe. Parece haver aí uma quebra de simetria a
justificar o possível preconceito assinalado. De qualquer forma, o assunto é
bastante interessante e, sem dúvida alguma, bastante polêmico. Só não sei se
passível de uma convergência de idéias através do diálogo pois até mesmo o
preconceito soa-me, em alguns casos, como relativo; e onde há qualquer tipo
de preconceito, de qualquer das partes, o diálogo se desfaz.

Parafraseando o Takata, concluo dizendo: "E como em relacao a qq outra
mensagem minha - nao eh pra ser levada muito a serio, nao." :-)). Afinal, eu
nem sei se vocês existem mesmo ou se não seriam produtos de minha imaginação
criadora :-)).

[ ]'s
Alberto
http://sites.uol.com.br/albmesq/
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] TGBD e bosons de Higgs
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 18/12/2000 17:54

"Claudio Abreu (Bidual)" wrote:
> Tarcisio:
> Vc não estaria vendo cabelo em cabeça de sapo?
>
> Claudio:
> Afinal, neste caso, os caras não acabaram fazendo uma suposição quanto a
> existência dos tais bosons de Higgs dentro de uma estrutura bidual ou não?
> Onde está o cabelo e a cabeça do sapo nesta história a não ser na sua mente
> iluminada? Me poupe...

Está no fato de vc enxergar isto em tudo o que vc vê. Vc quer acreditar,
a qualquer custo, que sua teoria é verdadeira. Tudo em que existe uma
sugestão de 4 então é porque segue [falaciosamente] o princípio da tgbd
se for menor que 4 então existirá [forçosamente] um quarto elemento a
completar sua teoria [pois afinal ela não pode estar errada] e se for
mais que 4 então é irrelevante pois está fora de equilíbrio.

> Acho que o seu negócio e me agredir pelo simples desejo de me agredir. Acho
> que isto não leva a nada.

Então porque vc mesmo faz isso? Eu não achei meu comentário irrelevante,
nem pessoalmente agressivo, estou combatendo suas idéias e apenas isso.

> Eu pergunto: por que você comentou (e bem ao seu
> estilo pobre e sem nada a acrescentar tecnicamente...) somente este trecho
> das minhas duas mensagens sobre os bósons de Higgs? E sobre todo o resto do
> que foi dito, qual é a sua opinião?

Sua preocupação em proteger a tgbd só prova que ela não é falseável.
Portanto é uma teoria irrelevante. Forçar uma correção só para
satisfazer a realidade? Até que ponto a tgbd é assim tão elástica?

> Seja racional, Tarcísio, para que
> possamos debater idéias e não ficarmos trocando más emoções.

Que tal dar um tempo antes de me responder? Eu costumo fazer isso.

> Ressalto que você vive falando uma porção de coisas erradas tal com na sua
> mensagem sobre a CDQ, quando repassou uma informação falsa de que os gluons
> seriam 6 e não 8 como você pode checar em qualquer livro sério sobre ela, e
> não em publicações jornalísticas.

Se são falsas eu não sei, sei que estou com o livro do meu lado e ele
diz o que havia escrito anteriormente. Pelo menos o que Maddox escreveu
faz sentido.

Noto que no email anterior vc mesmo descreve para mim quantos e quais
são os gluons [o que achei muito útil] e neste surge em um rompante de
fúria descontrolada.

> SE você não gosta e não aceita a TGBD, porque não deixa de fazer comentários
> puramente emocionais sobre ela? Não estou pedindo que você não comente mais
> sobre o que eu escrevo, mas sim que seja se atenha a colocações racionais.

Colocações racionais? Hmmm... A lógica que vc usa para basear a tgbd é
falsa, não importa de a quarta dimensão existe ou não [ou ainda se são
mais de quatro dimensões], se ela não existir vc simplesmente diz que
ela TEM que existir pois a tgbd assim o exige. Para vc a tgbd é mais
real que a própria realidade. Aliás vc cria a realidade baseado na tgbd
como se estivesse escrevendo um livro de ficção científica.

A dimensão é só um detalhe, tudo para a tgbd tem que ser 4, não importa
o preço a pagar por isso, nem que para satisfazer a tgbd vc tenha que
criar deus [como fez anteriormente].

Seus contra-argumentos são baseados unicamente em "voce nao entendeu
nada do que eu disse".

> Repare bem: o que você está acrescentando n9o debate que me propus a ter com
> o Roberto Belisário sobre a existência ou não dos bósons de Higgs, com esta
> tola frase: "Vc não estaria vendo cabelo em cabeça de sapo?". Afinal, aonde
> você quer chegar com isto?

Mostrar para os outros [porque para vc não adianta mesmo] que a tgbd é
uma furada.

> Fale alguma coisa que se aproveite, Tarcísio.

Pense algo que se aproveite.

> Não
> fique jogando palavras fora.

Não jogue seus neurônios fora.

[]s
==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
==========================================================


SUBJECT: Re: [ciencialist] Principio da Equivalencia
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 18/12/2000 18:49

-----Mensagem Original-----
De: "TARCISIO BORGES"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Segunda-feira, 18 de Dezembro de 2000 15:28
Assunto: Re: [ciencialist] Principio da Equivalencia

> > 2) Se o elevador estiver em queda livre, g aumenta no decorrer do tempo
> > (as bolinhas aproximam-se do centro da Terra) e, concomitantemente, o
> > ângulo entre g e a horizontal diminui (ou seja, a componente horizontal
> > de g aumenta proporcionalmente mais). Neste caso o sistema não atinge o
> > equilíbrio;
> Se o elevador estiver em queda livre a corda não está esticada, portanto
> é impossível medir o ângulo. Lembre-se dos aviões de treinamento para
> astronauta, lá é uma zona, quando estão em queda livre nada fica no
> lugar, é como a sopa no espaço.

Com efeito, a corda é importante apenas para os casos 1 e 3. Este caso 2
surge apenas como uma variedade do problema e a enfatizar um isolamento da
componente de g segundo a horizontal. Ele não é utilizado para as conclusões
relativas ao que interessa no caso (princípio da equivalência).

> > Será possível desta forma, pelo
> > menos em teoria, um físico experimental decidir se o elevador está em
> > repouso no campo gravitacional terrestre ou em movimento acelerado no
> > espaço sideral.
> Vc está considerando a experiência 2? Neste caso sinto muito mas não dá
> não. Na experiência 1 e 3 possivelmente sim, mas o ângulo seria muito
> pequeno [ousaria dizer um ângulo quântico].

Não. Os casos 1 e 3 são suficientes para o propósito assinalado, qual seja,
"falseamento aparente" do princípio da equivalência. Digo "aparente" pois o
princípio em si não está sendo falseado, apenas estamos comparando, de
maneira imprópria, uma situação uniforme (aceleração uniforme) com uma
situação não uniforme (campo gravitacional terrestre). Quanto ao tamanho do
ângulo diria que ele pode variar de um "ângulo quântico" até quase 180
graus, tudo depende do tamanho do elevador em relação ao diâmetro terrestre,
da distância entre as bolas, e do tempo disponível para a experiência.
Lembro que trata-se de uma experiência de pensamento, onde a imaginação
corre solta (desde que não contrarie os princípios da filosofia natural).

> > Se pensarmos na aplicação deste princípio para o caso mostrado
> > anteriormente, verificamos que a experiência falsearia o mesmo.
> Considere-se então num imenso balão que infla aceleradamente [esta idéia
> não é minha e sim de Scott Adams]. Se vc pular na superfície do balão vc
> foge dele em velocidade constante, mas ele infla aceleradamente e
> consegue alcançá-lo. Quando vc está em repouso sobre a superfície vc
> está acelerado e portanto sente a "gravidade" do balão. Neste caso as
> bolinhas iriam se comportar de forma idêntica [dependendo do caso] com a
> gravidade terrestre.

Realmente. Agora, por outro artifício, o Scott Adams torna a aceleração sob
certos aspectos equivalente ao campo terrestre, ainda que num sentido
oposto. Mas se pensarmos no esvaziamento acelerado, e com as bolas presas ao
balão, parece-me que a analogia se completa. As duas situações (aceleração e
campo terrestre) deixam de ser espacialmente uniformes e ideais para a
comparação do processo, e podemos aplicar o princípio da equivalência sem
precisarmos nos preocupar com a característica gaussiana do referencial
e/ou com referenciais euclideanos puntiformes. Observe, no entanto, que uma
pessoa fixa a este balão, teria a sensação de estar num campo
antigravitacional (com linhas de campo fugindo do centro). Qualquer objeto
que ela soltasse "cairia para cima" :-).

Gostei do exemplo!!! Parabéns pelo encontro do mesmo.

[ ]'s
Alberto
http://sites.uol.com.br/albmesq/
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] QCD
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 18/12/2000 21:21


----- Original Message -----
From: Claudio Abreu (Bidual)

> Claudio - mensagem anterior:
> Repare que o fato de existirem apenas 8 e não 9 gluons "coloridos"
aparenta
> indicar que esta indicação da TGBD seja verdadeira. Você poderia me dizer
o
> que acha desta proposta e me dizer porque a diferenciação das cores não é
> levada em conta pela CQD, e por que são apenas 8 e não 9 gluons?
>
> Tarcísio:
> No livro de John Maddox ele cita apenas seis cores de gluons:
> vermelho; anti-vermelho;
> verde; anti-verde;
> azul; anti-azul.
> []s
>
> Claudio:
> Bem no livro "O quark e jaguar" do Gell-Mann, que é um dos formuladores da
> CDQ, não é bem assim, pois ele diz que os gluons seriam 8, e não 6, nem 9.
>
> Azul->Verde e Verde->Azul
> Vermelho>Verde e Verde-Vermelho
> Vermelho-Azul e Azul-vermelho
>
> Haveriam ainda dois gluons de uma cor com a sua anti-cor, que seriam:
> Azul->AntiAzul
> Verde->AntiVerde
>
> E para supresa de todos não existiria o gluon Vermelho-AntiVermelho, que
> seria o nono.

Belisário:

Acho que o John Maddox errou. Não sei se o livro dele é de divulgação; o
do Gell-Mann o é; mas tenho um aqui que é um livro técnico: "Introduction to
Elementary Particles", de David Griffiths, John Wiley & Sons, 1987. Na
página 280-281, ele diz que são 8 glúons e dá a "justificativa" de por que
não serem 9, que eu concordo plenamente com o Cláudio de não ser
satisfatória. E apresenta quem seriam os 9 glúons, se fossem 9:

1) Vermelho-antivermelho
2) Vermelho-antiazul
3) Vermelho-antiverde
4) Azul-antivermelho
5) Azul-antiazul
6) Azul-antiverde
7) Verde-antivermelho
8) Verde-antiazul
9) Verde-antiverde

Reparem que são 9 porque há 9 combinações de "cor-anticor". E é por isso
que deveriam ser 9 ao invés de 8. Se uma coisa é permitida, deve existir. Se
não existe, é necessário explicar por quê.

Agora, o Gell-Mann simplificou as coisas, para não fazer o leitor sonhar
muito de noite. Os glúons na verdade não são nada parecidos com pares de
cores tipo "azul-verde", etc.; eles são superposições quânticas, ou
combinações, desses pares. O nono glúon é uma combinação dos glúons
vermelho-antivermelho, azul-antiazul e verde-antiverde. (A Física Quântica
permite que os sistemas físicos possam se encontrar em estados físicos
constituídos de "combinações" de outros estados - como o famoso Gato de
Schrödinger, que é colocado hipoteticamente numa combinação de estado vivo
com estado morto). Todos os outros glúons também são combinações dos 9
listados acima.

> E a pergunta que fiz para o Roberto Belisário, e faço para todos, é por
que
> não existe este nono gluon? O Gell-Mann não explica nada sobre isto,
talvez
> porque ele não consiga uma explicação plausível para isto. O Roberto
> Belisário me deu uma justificativa, a meu ver insatisfatória, pois disse
que
> o nono gluon iria complicar a CDQ, e que ele nunca tinha sido encontrado,
ou
> algo assim (se fosse assim, por que não sumiram com o tal bóson de Higgs
da
> teoria da força eletro-fraca, dado que ele também nunca foi encontrado?)

Na verdade eu não dei uma justificativa, apenas o porquê de os físicos
terem descartado o nono glúon. Eu concordo plenamente que a justificativa é
insatisfatória. É, na verdade, mais um ponto fraco no Modelo Padrão, entre
os vários que já existem.

Como disse o Tarcício, na QCD há uma necessidade de as partículas livres
serem brancas - ou seja, quem não é branco só pode existir em estados
ligados com outras partículas - como os quarks formando prótons e nêutrons
(estes últimos são brancos, e por isso podem subsistir sem estarem ligados
com outras partículas). Dos 9 glúons, o nono é o único que está num estado
branco. Por isso, pode existir livremente, e teríamos um glúon livre por aí
estabelecendo interações nucleares fortes com todo mundo, trazendo o caos ao
Universo. Por isso a QCD o descartou - foi um artifício ad hoc para adequar
a teoria à realidade. Não sei se foi simples assim, mas é mais ou menos o
que o Griffiths conta. Talvez alguém aí saiba de mais detalhes. Novamente,
se uma coisa não existe, é preciso explicar o porquê. O Modelo Padrão não
explica.

Inté,
Belisário




SUBJECT: Indice de Incredibilidade
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 18/12/2000 21:31

Pessoal, nao resisti, faco uma traducao/versao de uma brincadeira bem
interessante desenvolvida por um certo John Baez:

http://www.math.ucr.edu/home/baez/crackpot.html

------
o Indice de Incredibilidade (na verdade era 'excentricidade' - crackpot)

um metodo simples de classificar contribuicoes potencialmente
revolucionarias para a Fisica (e as Ciencias).

1) credito inicial de -5 pontos (pts);
2) 1 pt para cada reafirmacao sobre o que eh amplam e consensualmente
tido como falso;
3) 2 pts para cada afirmacao que seja claramente vazia de sentido;
4) 3 pts para cada afirmacao logicamente inconsistente;
5) 5 pts para cada afirmacao mantida a despeito de correcoes cuidadosas;
6) 5 pts por uso de experimentos mentais que contradizem os resultados de
experimentos reais amplamente aceitos;
7) 5 pts para cada palavra em maiusculas (exceto para defeitos no
teclado);
8) 5 pts para cada referencia a "Einstein", "Hawkins" ou "Feymann";
9) 10 pts para cada alegacao de que a mecanica quantica esta'
fundamentalmente errada (sem um bom indicio em apoio);
10) 10 pts para cada vez que se disser ao proponente q. este precisa
estudar mais o assunto, como se isso fora indicio de sanidade;
11) 10 pts por iniciar a descricao da teoria dizendo qto tempo ja'
esta' o proponente trabalhando nela;
12) 10 pts por enviar a teoria para alguem q. nao se conhece pessoalmente
e pedindo-lhe para nao contar a mais ninguem, por medo de que as ideias
sejam roubadas;
13) 10 pts por oferecer premio em dinheiro para quem provar e/ou encontrar
qq falha na teoria;
14) 10 pts para cada afirmacao na linha de "nao sou bom em matematica, mas
minha teoria esta' conceitualmente correta, entao so' preciso de alguem
para expressa'-la em forma de equacoes";
15) 10 pts por argumento de que uma teoria corrente bem estabelecida eh
"apenas uma teoria", como se isso fosse algum ponto contra ela;
16) 10 pts por argumento de que embora uma teoria corrente bem
estabelecida prediga um fenomeno corretamente, ela nao explica "por que"
eles ocorrem ou deixa de fornecer um "mecanismo";
17) 10 pts para cada auto-comparacao favoravel por parte do proponente com
Einstein ou alegacao de que a relatividade especial ou geral esta'
fundamentalmente errada (sem um bom indicio para isso);
18) 10 pts por alegacao de que o trabalho esta' nos limiares de uma
"mudanca de paradigma";
19) 20 pts por insinuacao por parte do proponente de que ele merece o
Premio Nobel;
20) 20 pts para cada auto-comparacao favoravel com Newton ou alegacao de
que a mecaninca classica esta' fundamentalmente errada (sem bom indicio
para tto);
21) 20 pts para cada uso de trabalho de ficcao cientifica ou mitos como se
fossem fatos;
22) 20 pts por auto-defesa relembrando de ridicularizacoes (reais ou
imaginarias) contra suas proprias teorias anteriores;
23) 20 pts por uso da frase "reacionario cabeca-dura";
24) 20 pts por uso da frase "defensor auto-proclamado da ortodoxia";
25) 30 pts por sugestao de que uma figura famosa secretamente
desacreditava uma teoria que ela publicamente apoiava (e.g. que Feymann
era um oponente intimo da relatividade especial, conforme se deduziria
pela leitura das entrelinhas de seus livros textos de fisica);
26) 30 pts por insinuacao de que Einstein, em seus ultimos anos, caminhava
em direcao 'as ideias que agora o proponente defende;
27) 30 pts por alegacao de que a teoria foi desenvolvida por uma
civilizacao extraterrestre (sem um bom indicio para isso);
28) 40 pts por comparacao daqueles que argumentam contra a teoria com
nazistas ou camisas pardas;
29) 40 pts por alegacao de que o "establishment cientifico" esta' engajado
em uma "conspiracao" para impedir a teoria de ganhar o bem merecido
reconhecimento ou algo do genero;
30) 40 pts por comparacao com Galileo, sugerindo que uma Inquisicao atual
esta' em pleno funcionamento no caso do proponente e assim por diante;
31) 40 pts por alegacao de que a teoria for finalmente apreciada, a
ciencia atual sera vista como a fraude que ela realmente eh (30 pts extras
por fantasia sobre mostrar processos em que os cientistas que
ridicularizaram a teoria serao forcados a reconhecer publicamente o erro);
32) 50 pts por alegacao de que se tem uma teoria revolucionaria, mas sem
fornecer uma unica predicao concretamente testavel.

-------

como esta mensagem jah esta' bastante comprida, noutra hora eu apresento
os indices de incredibilidade para as ideias de Peter Duesberg (de q. a
Aids nao eh causada pelo HIV), para a ufologia e as desculpas para o
futebol de fim de semana.

[]s,

roberto takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] TGBD e bosons de Higgs
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 18/12/2000 22:41


----- Original Message -----
From: Claudio Abreu

> Prezado Roberto Belisário,
>
> Em complemento a minha mensagem anterior, faço apenas um breve comentário:
>
> Roberto Belisário:
> Se o bóson de Higgs existir mesmo, não há razão para que ele não tenha
sido
> observado até o fim de 2001. Se não for observado, o bóson não existe, e
sua
> teoria passou pelo teste. Se for observado, ou você reformula sua teoria
ou
> babau para ela...
>
> Claudio:
> Bem tudo é possível, até mesmo se descobrir esses tais bosons de Higgs.
Como
> sou precavido, não custa me preparar para esta eventual e absurda
hipótese.

Primeiro de tudo, devo advertir que esta hipótese só é absurda se
partirmos do princípio que a TGBD está correta. E só poderemos saber se ela
está correta se houver previsões testáveis em laboratório que sejam
corroboradas pela experimentação. Enquanto não houver isso, a TGBD é apenas
mais uma teoria entre tantas outras, mesmo que pareça a mais plausível de
todas. Não estou me posicionando nem contra nem a favor, mas apenas tentando
manter uma atitude rigorosamente científica.

> Suponhamos que tais bosons venham a ser descobertos. Se isso ocorrer
também
> será mais um exemplo de comprovação da veracidade da TGBD, pois afinal
eles
> também formariam um estrutura bidual. Senão vejamos:
>
> Dual Interno:
> 1. H+ 2. H-
>
> Dual Externo:
> 3. H+o 4. H-o
>
> Repare que o Quarto Uno seria o que seria encontrado, conforme supos Abdus
> Salam, pelo fato de não ter sido absorvido no processo, nem pelo W+ (que
> absorveria o H+), nem pelo W- (que absorveria o H-) e nem pelo Zo (que
> absorveria, digamos, o H+o). Restaria assim o H-o, que pelo fato de não
ter
> sido absorvido, poderia ser considerado como sendo o Quarto Uno, pois se
> diferenciarias dos demais três que seriam absorvidos

Bem, primeiro: com isso você elimina a mais interessante previsão
experimental da TGBD, que é a inexistência do bóson de Higgs. E temos que
procurar novamente uma previsão testável em laboratório para poder
corroborá-la.

Segundo: integrando o bóson de Higgs na teoria, volta o problema com
aquele bidual:

> 6) no nível das famílias de partículas de matéria e de força
> 1. 1ª Família 2. 2ª Família
> 3. 3ª Família 4. partículas de força

Novamente, o bóson de Higgs fica sem lugar no esquema. E agora...?

> Não deu pra tirar, antecipadamente, o meu da reta? ;-)))

Sim, mas aos preços acima... :)

> Que venham ou não os ditos cujos.....
>
> Bem, esta foi apenas um excesso de precaução, pois não acredito que serão
> encontrados os tais bósons de Higgs, simplesmente por que pela TGBD eles
não
> existem. O interessante é que até para serem feitas suposições tais como
> estas, os cientistas, sem perceber, e intuitivamente, fazem uso da TGBD,
sem
> nem saber que ela existe. Porque se daria isto?

Mistérios... :)

>
> Um grande abraço,
>
> Claudio Abreu

Outro,
Belisário




SUBJECT: Re: [ciencialist] TGBD e bosons de Higgs
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: Ciencialist - grupo de discussão <ciencialist@egroups.com>
DATE: 18/12/2000 22:42

----- Original Message -----
From: Claudio Abreu

> Prezado Roberto Belisário,
>
> Nesta mensagem vou me aprofundar mais na questão da existencia ou não dos
> bosons de Higgs.
>
> Bem, recorri às minhas fontes e passo a fazer considerações com maior
> conhecimento de causa agora.
>
> A seguir transcrevo um trecho constante das páginas 36 e 37 do livro "A
> Unificação das Forças Fundamentais", de Abdus Salam (editora Jorge Zahar
> Editor), um dos formuladores da chamada força eletrofraca, que trata da
> questão dos bósons de Higgs:
>
> ==================
>
(...)
> "Permitam-me resumir. A seqüência de idéias que sugerimos foi mais ou
menos
> a seguinte: Começa-se com mensageiros, W+ e W-, que devem ter spin um,
pelo
> que indicam os experimentos de violação da paridade sugeridos por Yang e
> Lee. Se estes são mensageiros de gauge, é preciso supor um terceiro
> mensageiro, semelhante ao fóton, , Zo. O Zo produz novos tipos de forças
> fracas.
>
> "É preciso misturar o velho fóton f e o novo Zo para expurgar a teoria de
> quantidades infinitas e inconsistências no sentido de Dirac. Nessa etapa,
> todas as quatro partículas W+, W- e Zo, bem como o fóton, teriam massas de
> repouso zero.
>
> "As massas dos objetos pesados (W+, W- e Zo) surgem em decorrência de uma
> transição de fase que ocorre a uma temperatura de cerca de 300 massas do
> próton nos primórdios do universo. Para ocasionar essa transição de fase,
> precisamos, antes de mais nada, de um dubleto e de um antidubleto de
> partículas de Higgs de spin zero (que não são de gauge). "
>
> ===========================
>
> Faço agora meus comentários.
>
> Como vimos acima, da boca de um dos formuladores da força unificada
> eletrofraca, Abdus Salam, os bósons de Higgs nada mais são do que uma
> tentativa matemática teórica de explicar o peso das partículas W+, W- e Zo
> que na fase anterior à da temperatura crítica do universo teriam
> supostamente massa nula, e que, após a chamada quebra espontânea de simetr
ia
> ocorrida, passaram a possuir a massa, de respectivamente, 87 (W+/-) e 97
> (Zo) da massa do proton.
>
> Repare que esta história toda me parece poder ser resumida assim:
adotou-se
> uma suposição (a existência dos bosons de Higgs) para tentar equacionar as
> implicações de uma outra suposição (a de que antes da temperatura crítica
> W+, W- e Zo deveriam ter massa nula).

Oi, Cláudio. Eu li o livro do Salam. Eu acho que o Salam deu uma
simplificada e parece-me que as coisas ocorrem de uma forma diferente. O
Griffiths (David Griffiths, "Introduction to Elementary Particles", John
Wiley & Sons, 1997, capítulo 11) mostra algumas fórmulas; o que transparece
por ele é que os bósons de Higgs aparecem naturalmente quando as equações da
teoria eletrofraca de Glashow-Salam-Weinberg são interpretadas. A situação
não é: "os W e Z não tem massa; queremos que eles a tenham, e por isso
postulamos os bósons de Higgs", mas sim: "temos esta equação aqui, como ela
pode ser interpretada? Assim: os bósons de Higgs associam-se (de certa
forma) a partículas W e Z sem massa para resultarem em partículas W e Z com
massa." Quando Salam disse: "para ocasionar a transição de fase [necessária
para as massas de W e Z] precisamos de bósons de Higgs", ele estava
interpretando a situação real, usando a palavra "precisamos" de uma forma
metafórica. Afinal, trata-se de um livro de divulgação, com as metáforas,
omissões e inversões da história inevitáveis para se traduzir do "fisiquês"
para o "português". (Temos que tomar cuidado quando tomamos ao pé da letra
certos trechos de livros de divulgação; eles não são tão rigorosos e
objetivos assim).

> "Após a transição de fase, em que a simetria é espontaneamente quebrada, o
> fóton permanece sem massa, mas W+ e W- adquirem massa incorporando em si
> mesmos as partículas de Higgs H+ e H-, enquanto Zo adquire massa pela
> incorporação de uma parte das partículas neutras de Higgs (H+o + H-o) ,
> deixando a outra parte integrante (H+o - H-o) com um valor específico como

> um objeto vivo a ser experimentalmente descoberto."
>
> Desta forma, acredito que os físicos estejam procurando um Ho ou um H-o,
que
> sabe-se lá porque não teria sido absorvido pelo Zo. Sinceramente, acho que
> eles não irão encontrar nem um nem outro. E tento explicar o porque disto
> fazendo e respondendo as seguintes perguntas:

E eu vou aproveitá-las para levantar algumas questões sobre a TGBD.

> a) poderiam antes da temperatura crítica os bosons W+, W- e Zo ter massa
> nula tal como o fóton?
>
> Repare que pela TGBD se os quatro W+, W-, Zo e o foton não tivessem
massa,
> não poderíamos colocá-los dentro de uma estrutura bidual, pois eles não
> teriam entre si diferenças que permitissem enquadrá-los dentro de tal
> estrutura. Explico melhor: com W+, W- e Zo tendo massa, tal como são
> encontrados no nível de temperatura após o crítico, é fácil ver que eles
> podem formar um Terno dos bósons da força fraca, pois o Dual Interno seria
> formado pelo W+ e W -, que tem massa e carga, enquanto o Terceiro Uno Zo
> teria massa porém carga nula. Já o Quarto Uno, o fóton, formaria o Dual
> Externo com o Zo devido a ambos não terem carga, e o foton se
diferenciaria
> dos três demais (que é uma condição 3ª sub-Lei da 1ª Lei da TGBD) por não
> ter massa. Repito: caso os quatro bósons não tivessem massa, como eles
> poderiam formar um bidual se nenhum deles poderia ser diferenciado para
ser
> definido como sendo o Quarto Uno?

Primeira questão. Acho que é necessário que você defina alguns termos de
forma mais precisa, principalmente "semelhança" e "diferença". Porque W+,
W-, Z0 e o fóton seriam totalmente diferentes entre si mesmo se não tivessem
massa (por exemplo, W+ e W- têm carga). Porém, eu posso vislumbrar pelo
menos uma maneira de diferenciar o fóton mesmo nesse caso: o fóton é a única
dessas partículas que não participa da interação fraca e só participa da
eletromagnética. Então poderia classificá-lo como quarto uno e eu teria um
bidual mesmo com todos eles com massa zero. Agora, eu não sei se é esse tipo
de diferenciação que é necessária para classificar um elemento como quarto
uno. Ou seja, não sei que critérios usar para determinar se um elemento deve
ser classificado no terno ou como quarto uno. Acho que essa falta de clareza
nos critérios é a razão pela qual o Eduardo implica tanto com a TGBD: sem
critérios objetivos, dependendo de que semelhanças e diferenças escolhemos,
poderíamos talvez construir biduais para qualquer coisa, ou então, se
escolhermos diferente, provar que não existem biduais para nada... Isto é,
se é que entendi bem a TGBD. Eu acabo de utilizar um critério meu e consegui
aparentemente enquadrar W+, W-, Z0 e o fóton num bidual, mesmo que sem
massa...

> b) poderiam antes da temperatura crítica existir o bósons de Higgs (H+, H-
> H+o e H-o), todos com massas elevadas?
>
> Certamente pela TGBD a resposta é não, e o motivo é o mesmo que foi
> apresentado acima. O que iria difrenciá-los de forma a permitir que
> formassem uma Quadra, que é formada por um Terno e pelo o Quarto Uno, que
> por definição teria de ter uma característica diferente das dos demais
três?
> Repare que o próprio Salam corrobora tal questão ao não especificar
direito
> de quem o Zo absorveria a carga, se do H+o ou do H-o, saindo-se com essa:
> "Zo adquire massa pela incorporação de urna parte das partículas neutras
de
> Higgs (Ho + H-o) , deixando a outra parte integrante (H+o - H-o)".
>
> Ressalto o que não entendi o que ele quis dizer com a soma ( Ho + H-o ) e
> com a diminuição ( Ho - H-o), mas também não explicou...

Eu explico. São superposições quânticas. Como eu disse num outro e-mail:
A Física Quântica permite que os sistemas físicos possam se encontrar em
estados físicos constituídos de "combinações" de outros estados - como o
famoso Gato de Schrödinger, que é colocado hipoteticamente numa combinação
de estado vivo com estado morto. Então o H0 + anti-H0 é uma superposição,
uma combinação dessas duas partículas. A mesma coisa com o H0 - anti-H0; e
os dois pares de coeficientes, (1,1) no primeiro caso e (1,-1) no segundo,
indicam diferentes formas de fazer a combinação, que resultam em diferentes
estados físicos do par (H0, anti-H0). (Aqui eu chamo de anti-H0 o que você
chama de H-o).

Desta forma, não é que o Salam não deixa claro se é o H0 ou o anti-H0
que é absorvido pela Z0: ele deixa claro que não é nenhuma das duas, mas a
combinação H0 + anti-H0 que é absorvida. Os físicos então estão procurando o
H0 - anti-H0.

> c) haveria mesmo a chamada quebra de simetria espontânea ao se passar pela
> temperatura crítica?
>
> Não tenho conhecimento para responder esta pergunta, e talvez você o
tenha,
> e, se for o caso, gostaria de saber o porque disto. Repare que, no mesmo
> livro, Abdus Salam diz que no caso da força nuclear forte não existe tal
> quebra de simetria. Não parece ser uma contradição, existir em uma e não
> existir na outra?

Na verdade, o Modelo Padrão fala da quebra de simetria só nesse caso
porque ele não unifica junto com a interação eletrofraca as outras duas, a
forte e a gravitacional. Se unificasse, falaria também em quebra de simetria
nesses casos. As GUTs, que o fazem, falam de quebra de simetria para a força
nuclear. As quebras de simetria seriam responsáveis pela diferenciação entre
as forças nos primórdios do Universo, como você aponta no parágrafo abaixo:
primeiro, teria havido um tipo de força só; depois, quebrada a primeira
simetria, teria se diferenciado a forte; quebrada a segunda, teria se
diferenciado a força fraca - a gravitacional não sei e não sei se alguém
sabe quando teria se diferenciado, porque ela não faz parte das GUTs.

> Pelo pouco que vi desta história, essa tal quebra de simetria também foi
> imaginada pelos físicos, ao partirem do presuposto de que no ínicio do
> universo, antes da temperatura crítica, W+, W-, Zo e o foton deveriam ter
> massa nula, para que assim se unificassem na chamada força eletro fraca.
Mas
> seria que eles teriam mesmo de ter massa nula para que existisse essa
> unificação? Vimos que pela TGBD seria impossivel os quatro terem
> simultaneamente suas massas nulas. E daqui pode-se até mesmo concluir que
> não haveria tal unificação, pelo menos nesses moldes.

Eu não sei dar detalhes, mas parece-me, lendo o Griffiths rapidamente,
que a massa nula "original" do W e Z é uma necessidade imposta pela teoria
da forma como ela foi feita. Outras teorias feitas de outra forma poderiam
prever algo diferente. Infelizmente, não posso tecer maiores justificativas,
porque teria que estudar aquelas equações a fim de tentar explicar em
palavras. Mas, se não convence, fica aí a minha impressão.

> Estive aqui pensando cá com meus botões... Esses físicos estão tentando
> unificar forças que já podem estar unificadas. Será que a forças
> eletromagnética e nuclear fraca já não estariam unificadas pela TGBD, na
> medida em que seus componentes já formam uma estrutura bidual perfeita?

Isso só a experimentação poderá dizer. Se você conseguir extrair da TGBD
alguma previsão experimental testável em laboratório, que seja diferente das
previsões das teorias atuais, então poderemos demonstrá-la
experimentalmente, e só então poderemos dizer que as forças estariam
unificadas. A inexistência do bóson de Higgs poderia ser uma delas, se não
fosse pelo seu outro e-mail que conseguiu enquadrá-los na TGBD.

Agora, não está claro para mim o que significa "forças unificadas" no
contexto da TGBD. Não me parece que simplesmente enquadrando as partículas
virtuais em esquemas quatro-a-quatro é suficiente para unificar as forças.
Você pode esclarecer esse ponto?

> Repare Belisário, que posso estar falando uma besteira danada. Mas será
que
> todos estes aceleradores de partículas construídos para se tentar provar
> teorias que unifiquem as quatro forças fundamentais não seriam um esforço
> inútil e muito dispendioso, na medida em que a TGBD pode indicar como se
> daria tal unificação? Observe que todo um esforço pode estar sendo feito
com
> o objetivo de tentar comprovar a existência dos tais bósons de Higgs, que
> muito provalvemente não existem, na medida em que foram formulados a
partir
> de uma hipótese questionável ( w+, w- zo e foton terem massa nula para se
> unificar as forças eletromagnetica e nuclear), hipótese esta, além disto,
> inconsistente, do ponto de vista da TGBD, por não apresentar uma estrutura
> bidual.
(...)
> Por fim gostaria de dizer que tudo que afirmei nesta mensagem é verdadeiro
> na suposição de que a TGBD o seja. Mas como vimos, os bósons de Higgs
também
> foram imaginados a partir de suposições. Desta forma, a questão é se
saber
> qual das suposições é verdadeira. E é lógico que eu fico com a TGBD. E
você
> com quem fica?

Bem, como deve ter transparecido pelo acima, ainda tenho muitas dúvidas
sobre a TGBD para lhe dizer se concordo ou não com ela - ou seja, as dúvidas
não me deixam conhecê-la o suficiente para emitir esse juízo. São muitas,
vamos ver se as esclarecemos aos poucos. As expostas nesse e-mail são:

1) Como classificar os elementos como pertencentes ao terno e como
quarto uno de forma objetiva (talvez eu não tenha lido com bastante atenção
os seus textos, mas arrisco-me mesmo assim a expor essa dúvidia)?
2) Por que a abordagem da TGBD no caso das partículas elementares pode
ser interpretada como uma "unificação" das forças fundamentais?
3) Há alguma previsão da TGBD que possa ser testada em laboratório? (A
inexistência do bóson de Higgs não vale, porque essa previsão foi "anulada"
no seu outro e-mail...).

> Um grande abraço,

Outro,

> Claudio Abreu

Belisário





SUBJECT: Re: [ciencialist] Indice de Incredibilidade
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/12/2000 00:47

-----Mensagem Original-----
De: "Roberto Mitsuo Takata"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Segunda-feira, 18 de Dezembro de 2000 21:31
Assunto: [ciencialist] Indice de Incredibilidade

> Pessoal, nao resisti, faco uma traducao/versao de uma brincadeira bem
> interessante desenvolvida por um certo John Baez:

A tradução está muito boa e creio que irá enriquecer sobremaneira o
conhecimento nacional sobre o assunto.

Já expus o que penso a respeito do método do Baez em resposta ao Léo de
19/11/00 (http://www.egroups.com/message/ciencialist/6922 ). Em decorrência
da mensagem do Léo surgiu a thread "Crackpot index" com as seguintes msgs:

http://www.egroups.com/message/ciencialist/6927
http://www.egroups.com/message/ciencialist/6929
http://www.egroups.com/message/ciencialist/6930
http://www.egroups.com/message/ciencialist/6942
http://www.egroups.com/message/ciencialist/6945 (Cientificos chiflados)
http://www.egroups.com/message/ciencialist/6946
http://www.egroups.com/message/ciencialist/6949 (Cientificos chiflados)

> como esta mensagem jah esta' bastante comprida, noutra hora eu apresento
> os indices de incredibilidade para as ideias de Peter Duesberg (de q. a
> Aids nao eh causada pelo HIV), para a ufologia e as desculpas para o
> futebol de fim de semana.

Essa teoria eu não conheço (desculpas para o futebol de fim de semana). Se
for adaptável para a pesca a coisa já começa a me interessar. Neste caso, e
haja vista que todo pescador é um crackpot em potencial, creio que seria
interessante dar um crédito inicial de -50 pontos. Seria uma espécie de
handicap ;-)

[ ]'s
Alberto
http://sites.uol.com.br/albmesq/
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm
Avanti crackpotpoli!



SUBJECT: Nova pagina (administrador)
FROM: "Luis Roberto Brudna [RS]" <lrb@if.ufrgs.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 19/12/2000 03:57

Estou lancando uma nova pagina para apoiar a Ciencialist. Coloquei
uma versao experimental no endereco

http://www.ciencialist.hpg.com.br

Todos os comentarios, material, sugestoes, criticas, etc. Devem ser
enviadas para o endereco

ciencialist@MAIL.com ( CIENCIALIST arroba MAIL ponto COM )

A area que estah mais desenvolvida eh a de debates, estou coletando
as principais polemicas da lista. Peco a colaboracao nesta tarefa. A
sequencia que coloquei na pagina, estah por ordem de data a
organizada por Thread. Na minha varredura cheguei ateh a mensagem
numero 1900, com o tempo vou avancando.

Ateh mais.
Luis Brudna - administrador da Ciencialist.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Empuxo de Newton
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/12/2000 04:40

-----Mensagem Original-----
De: "Claudio Abreu"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Segunda-feira, 18 de Dezembro de 2000 12:42
Assunto: Re: [ciencialist] Empuxo de Newton

> Prezado Alberto Mesquita Filho,
> Embora tenha feito as mensagens desta thread endereçadas ao Roberto
> Belisário, gostaria que você se manifestasse sobre ela também, bem como
> qualquer um da lista. Repare que no início deste assunto você apareceu.

É verdade. Mas acontece que na ocasião estávamos falando em português. Agora
vocês estão fazendo altas considerações a respeito de teorias quânticas,
tgbd e bóson de Higgs! Eu tenho mais é que recolher-me a minha
insignificância e ficar na platéia curtindo o debate. :-))

> > segundo Alberto Mesquita me falou
> > em pvt no início do ano a TGBD eliminaria essa
> > questão da quebra de simetria. Confesso que não me
> > lembro bem de como ele chegou a esta conclusão e
> > que teria que procurar o email que ela propôs isto.
> Pois bem Alberto. Não consegui localizar no meu micro a mensagem acima
> referida.

O que eu cheguei a afirmar, em 27/04/00, é que determinadas imagens de
quebras de simetria, e relacionadas à quiralidade, na realidade parecem-me
fictícias e a retratarem impropriedade relativísticas ou erro
interpretacional de fatos. Algo do tipo a dizermos que o carro que acabamos
de ultrapassar está andando de marcha a ré. A msg é relativamente longa e
acompanhada de figuras, portanto estou enviando-a em pvt.

> Daria para você retomar aquele assunto? Repare que desenvolvi toda uma
> argumentação de que, pela TGBD, os bósons de Higgs não poderiam existir,
> sem recorrer ao que você havia dito sobre a quebra de simetria x TGBD. Mas
> acho que seria importante e esclarecedor para mim rever aquela sua visão.

Não sei em que ponto se encaixariam os bósons de Higgs, pois pelo que sei a
imagem no espelho de um bóson é o próprio bóson. Mas como vocês estão
conjeturando sobre a existência ou não desses bósons, é possível que no
processo de formação dos mesmos esteja implicada alguma coisa do que
comentei. Infelizmente não sei nada sobre a gênese dos bósons de Higgs.

[ ]'s
Alberto
http://sites.uol.com.br/albmesq/
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] André Assis
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 19/12/2000 06:18

Olá

Comento, a seguir, um pouco da teoria do André K. T. Assis que usa
forças tipo Weber em uma mecânica relacional para a gravitação e um
problema razoavelmente elementar já encontrado nesta teoria.
As forças tipo Weber se caracterizam por depender de derivadas
temporais. Elas derivam, portanto, de um potencial que dependa da
velocidade. No problema de dois corpos, a força tipo Weber proposta pelo
André depende exclusivamente de r e de suas derivadas temporais. Em seu
trabalho original (algo em torno de 1989) ele propõe uma fórmula para
tal força que, após alguns cálculos, não prevê a precessão do perihélio
de Mercúrio conforme é observado (se não me engano, ele obtem algo em
torno de 1/3 da precessão). Em uma correção posterior, Raguza modifica a
expressão da força tipo Weber usada por Assis de modo a obter tanto a
precessão do perihélio quanto o desvio da luz (é usado, neste caso, que
a força depende de r, dr/dt e d2r/dt2). Há problemas quando outros
planetas são estudados mas os dados experimentais para planetas além de
Mercúrio são muito pouco precisos de modo que sempre se pode
descreditá-los além do que a influência do campo gravitacional de cada
planeta deve ser considerada em um cálculo tão preciso.
Em um trabalho de 1997 F. Bunchaft e S. Carneiro mostram que uma força
tipo Weber (que depende da velocidade) não pode ser ao mesmo tempo
conservativa e prever tanto a precessão do perihelio quanto o desvio da
luz. Vale ressaltar que em um problema de dois corpos a força deve
derivar de um potencial e, portanto, ser conservativa para que o sistema
possa ser considerado isolado (de outro modo precisaríamos de uma força
externa para manter o sistema em equilíbrio). Com esse resultado, a
teoria do Assis falha nos primeiros testes quando trata de gravitação.
Os autores do artigo são delicados com o autor supondo que formas mais
generalizadas de uma força tipo Weber podem ser criadas para solucionar
tal problema.

Este artigo pode ser obtido em http://xxx.if.usp.br com o código
gr-qc/9708047

[]s Eduardo


SUBJECT: Re: [ciencialist] Nova pagina (administrador)
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/12/2000 08:11

Visitei o URL. Excelente iniciativa; parabéns!

Vejo nas páginas, inicialmente 2 'defeitos': primeiro a seção de links não indica o IMPERDÍVEL ... logo, 'um site que não está dentro do contexto mundial dos grandes sites científicos' ; segundo, a técnica de percorrer as threads usando o egroups é laboriosa (lenta e chata!).

Para o primeiro 'defeito' não tenho sugestão, praticamente invalida o site [:-)].
Para o segundo, minha sugestão é, já que vc tá tendo toda essa trabalheira, percorra cada thread logicamente e copie os textos usando um 'recortador direto de texto' (eu uso o SnagIt32 4.3 - vc enquadra o texto e o programa salva em seqüência, em local indicado e devidamente numerado). Copie esses textos (na seqüência correta) dentro de uma única página do site. Clicando no índice de threads chega-se direto á toda troca de mensagens numa só página (use o 'indicador' do FrontPage ou equivalente do dreams). Isso é o que farei no Imperdível quando for 'ligar' a Sala de Threads. Colocando-se a thread na devida seqüência não será necessário toda aquela baboseira utilizada pelo egroups para identificar a mensagem.

A seguir, uma sugestão: Dado o impasse de se usar ou não o html no ciencialist, e como 'vira e mexe' uma figura ou um anexo formatado é imprescindível, que tal abrir uma 'pasta oculta' nesse URL e uma senha para os participantes do ciencialist para colocar lá os arquivos tais figuras (gifs) ou anexos (html). Assim todos teríamos um local direto para colocar suas figuras (quando estritamente necessárias a um contexto) e textos via CUTFTP. Bastaria vc nos enviar o nick da pasta, o endereço e a senha (pvt) e todos teríamos uma página de apoio do ciencialist.

Nota: Nas páginas do Alberto, quanto a seguir as threads, observei o mesmo 'defeito' aliás, ia enviar para ele em pvt uma seqüência completa (uma thread) numa única página html para ele ver como fica tudo mais prático ... e não consome tantos kb do site como pode-se pensar! Acredito que a maioria das pessoas que visitam a página dele e tentam seguir as threads desistem antes do meio do caminho! Nessa técnica da sugestão acima ficaria 'uma barbada'!

Já que críticas/sugestões são sempre grátis (e bem vindas!),
[]'
Léo




-----Mensagem Original-----
De: Luis Roberto Brudna [RS] <lrb@if.ufrgs.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: terça-feira, 19 de dezembro de 2000 03:57
Assunto: [ciencialist] Nova pagina (administrador)


| Estou lancando uma nova pagina para apoiar a Ciencialist. Coloquei
| uma versao experimental no endereco
|
| http://www.ciencialist.hpg.com.br
|




SUBJECT: Modelo mecanico na relatividade
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "Ciencia_Lista" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/12/2000 10:37

http://www.feiradeciencias.com.br/sala23/index23.htm

Esse é o URL da sala secreta do imperdível, não disponível ao público em geral.
No item 00- Modelo mecânico, está o experimento mecânico que bolei para ser usado como 'laboratório de relatividade'. Ainda não está devidamente ajustado ... muitas falhas no texto ... apreciaria comentários e sugestões para adaptar esse modelo como introdução á relatividade restrita.

[]'
Léo

PS: Agradeço as sugestões (e correções do 'português') já enviadas pelo amigo Moacir A. Schmidt, em pvt.
============
Luiz Ferraz Netto [Léo]
UIN#: 31028111
leo@barretos.com.br
leo@esquinas.com.br
www.feiradeciencias.com.br



SUBJECT: A TGBD e o Quarto Uno
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/12/2000 12:40

Prezado Roberto Belisário,

Segue abaixo a transcrição de um trecho de uma mensagem que enviei para o Alberto Mesquita no site da TGBD que aborda a questão da definição das possíveis quatro possibilidades para o Quarto Uno. Gostaria da sua crítica, sempre precisa e sábia. Quem sabe você não me ajuda a definir o que acredito ser o que está faltando para fechar a TGBD?

Um grande abraço,

Claudio Abreu


=============
(Trecho da mensagem de 07/12/00 para Alberto Mesquita Filho no site da TGBD)

Quando fui analisar a estrutura da formação da matéria do Hidrogênio até o Hélio é que começou a surgir a necessidade de existir quatro tipos de Quarto Uno.

No Hidrogênio (H), o Quarto Uno é o elétron, com o Terno sendo o próton (2 quarks up e 1 quark down) . Ora o elétron aparentemente não se divide em mais ninguém. (Acho que pela sua teoria ele se dividiria, não é isso? . Contudo, não posso considerar esta hipótese, senão fico sem referência, na medida em que ela ainda não está definida como verdadeira.) Como H não está em equilíbrio, este me parece ser o caso em que o Quarto Uno é formado por um único elemento, do que resulta um estado de equilíbrio digamos instável, ou desequilibrado, ou do nível 1.

A molécula do H é H2, que se dá numa ligação de convalescia, onde os dois elétrons, de spins contrários compartilham a mesma orbital esférica 1s. Ela está em equilíbrio, mas não é ainda um equilíbrio total, pois o H tem muita facilidade de reagir com outros elementos químicos, e assim tal molécula logo pode se desfazer.

A seguir vem o Deutério (D), com um H mais um neutron, ou D = H + n, onde n é o neutron. Repare que o H, se considerado como um só elemento é o Quarto Uno do Terno que é o neutron (2 quarks down e 1 quark up). Aqui vale uma explicação: pela TGBD devemos enxergar as coisas em diversos níveis. Neste caso os quatro componentes do H, na medida que formam um bidual, pode ser considerado como sendo um só de um nível superior. O D também não é estável. E este me parece ser o caso do Quarto Uno formado por quatro componentes.

O passo seguinte é o Hélio 3 (He-3), que é formado por um Deutério e um H, o que pode ser visto também como He-3= D + H= (n + H) + H. Repare que aqui temos mais um Terno, onde o Dual Interno é formado por H+H (onde o sentido é diferente porque os spins dos dois H tem que ser diferentes) e o Terceiro é o neutron. O Hélio 3 também é instável e só vai atingir o equilíbrio, que neste caso é total, quando interagir com mais um neutron para formar o Hélio, nosso primeiro gás nobre, e o elemento químico mais abundante do Universo, onde responde por quase 1/3 da sua matéria conhecida.

Vejamos agora o caso do Hélio, que é muito importante pois é um caso de equilíbrio total. Um átomo de He pode ser dado por um Hélio3 mais um neutron, ou He = He-3 + n . Neste caso temos o Quarto Uno sendo formado pelo três componentes do neutron (2 quarks down e 1 quark up). Repare que aqui temos a mesma estrutura que defini para o Quarto Uno para o caso de equilíbrio total, onde ele se desdobra no Anti-Terno, que neste caso é o segundo neutron. E como o Hélio está em equilíbrio total está tudo correto neste caso com a TGBD.

Em resumo, já temos três situações para o Quarto Uno, a saber:

Quarto Uno = 1 : elétron no caso do H (equilíbrio instável)
Quarto Uno = 2 : ??????? (falta descobrir que é)
Quarto Uno = 3 : segundo neutron no caso do Hélio (equilíbrio total)
Quarto Uno = 4 : H no caso do Deutério (equilíbrio instável)

Repare que a quarta situação para o Quarto Uno é o meu Quarto Uno na questão... :-)).

Ele poderia talvez ser o caso da molécula de Hidrogênio (H2). Repare que como é uma ligação de covalência, os dois elétrons são compartilhados pelos dois átomos de H para completar a orbital 1s. Desta forma, o Quarto Uno de um átomo de H seriam dois: o seu elétron e o outro átomo de H, visto aqui como um só. Vale dizer que eu nunca havia feito este raciocínio até hoje.

Talvez possa ser a solução. Pensando bem, na primeira análise foi feita a evolução dos elementos químicos do H até o He, se bem que D e He3 não são considerados como tal. Repare que não deixa de ser uma estrutura bidual, com dois elementos químicos mesmo e dois "elementos químicos", no qual o Hélio se diferencia dos demais três por estar em equilíbrio total, enquanto aqueles estão em desequilíbrio.

Na segunda análise se fez a análise de formação de moléculas com os elementos químicos de H a He, e chegamos às seguintes conclusões:

Uma molécula de H é o H2 que é um caso onde o Quarto Uno possui 2 componentes
Uma molécula de D é o D2 que é o próprio He.
Uma molécula de He3 não existe
Uma molécula de He é o próprio He

Trocando de posição:
Dual Interno:
1. Uma molécula de H é o H2, que é um caso onde o Quarto Uno possui 2 componentes
1. Uma molécula de D é o D2 que é o próprio He.
Dual Externo:
3. Uma molécula de He3 é próprio He3
2. Uma molécula de He é o próprio He

É aparentemente a estrutura bidual está se verificando.

Vamos supor que a quarta situação para o Quarto Uno seja a molécula de H2, par ver no que dá: Retomando o que vimos teríamos:

Quarto Uno = 1 : elétron no caso do H (equilíbrio instável)
Quarto Uno = 2 : uma molécula de H2 (equilíbrio não muito estável)
Quarto Uno = 3 : segundo neutron no caso do Hélio (equilíbrio total)
Quarto Uno = 4 : H no caso do Deutério (equilíbrio instável)

Bem vou pensar melhor no assunto. E gostaria que você Alberto e vocês demais da lista pensassem nesta abordagem também. Quem sabe não estejamos diante da solução?








[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] QCD
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 19/12/2000 13:18

Roberto Belisario wrote:
> Acho que o John Maddox errou.

É a hipótese mais provável, mas eu também não descartaria erro na
tradução, já li outros erros de tradução como chamar supercordas de
fibras e coisas assim.

> Não sei se o livro dele é de divulgação; o
> do Gell-Mann o é;

Os dois são de divulgação. Li o Quark e o Jaguar, mas já faz muito
tempo.

==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Queda livre
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 19/12/2000 13:51

Eduardo Gueron wrote:
> Um objeto em repouso na superfície da Terra está em repouso por causa de
> um equilíbrio de forças- gravidade e repulsão eletromagnética com o chão
> (força normal).

[[[ um objeto em queda livre está acelerado mas a sua aceleração é
exatamente igual a aceleração da gravidade a que ele está submetido, é o
que se chama de referencial localmente plano. ]]]

As duas explicações são de certa forma contraditórias, a de baixo é
sensata [eu até gostei dela], mas a de cima não. Em seguida vc lança um
patch:

> Todavia, um objeto macroscópico, como o nosso corpo,
> sente os efeitos da gravidade já que a força normal é exercida somente
> sobre a planta do pé (se estivermos em pé). Os nossos cabelos, nossos
> líquidos internos e tudo mais (não pense besteira) tendem a "cair".

Como se estivessem acelerados. Se eu estou sentado num carro acelerado,
meu corpo está em repouso [pela sua explicação] pois a força
eletromagnética do assento equilibra tudo.

> Sendo um pouco mais técnico, há uma diferença no tensor de estresse (ou
> de tensões) de um corpo sobre a superfície da Terra em relação a um
> corpo em repouso no vazio absoluto. (Aliás, isso pode ser usado também
> na explicação sobre o paradoxo do empuxo no elevador levantado pelo Léo)
> []s Eduardo.

Há a diferença entre tensores pois, segundo minha hipótese, o objeto em
repouso sobre a Terra está na verdade acelerado.

Quanto ao paradoxo do empuxo eu não me lembro, se puder me indicar o
texto na web...

[]s
==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
==========================================================


SUBJECT: Re: [ciencialist] Nova pagina (administrador)
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 19/12/2000 14:08

** Antes de falar sobre a pagina, quero lembrar que a votacao sobre a
decisao entre HTML e somente texto continua aberta no Egroups. Na area
POLLS. Na quinta ou sexta vou encerrar a votacao.... portanto quem nao
votou... corre. :)



> Visitei o URL. Excelente iniciativa; parabins! > > Vejo nas paginas,
inicialmente 2 'defeitos': primeiro a segco de links nco indica o
IMPERDMVEL ... logo, 'um site que nco esta dentro do contexto mundial dos
grandes sites cientmficos'

**Aproveitando a sua observacao, quero pedir a todos integrantes da lista
que tem sites relacionados a ciencia que enviem o nome do site, link e
comentario para que eu possa inserir na area de links. Acho que isso
ficou claro na mensagem original.
**Isso deve ser enviado para CIENCIALIST arroba MAIL ponto COM . (coloquei
deste modo pq em alguns casos o Egroups esconde o endereco de mail por
motivos de seguranca)



; segundo, a ticnica de percorrer as threads
usando o egroups i laboriosa (lenta e chata!). > > Para o primeiro
'defeito' nco tenho sugestco, praticamente invalida o site [:-)]. > Para
o segundo, minha sugestco i, ja que vc ta tendo toda essa trabalheira,
percorra cada thread logicamente e copie os textos usando um 'recortador
direto de texto' (eu uso o SnagIt32 4.3 - vc enquadra o texto e o programa
salva em seq|jncia, em local indicado e devidamente numerado). Copie esses
textos (na seq|jncia correta) dentro de uma znica pagina do site. Clicando
no mndice de threads chega-se direto a toda troca de mensagens numa ss
pagina (use o 'indicador' do FrontPage ou equivalente do dreams).

**Nao entendi muito bem como funciona esse programa... vou procurar ela..
e ver como eh. Mas lembre sao mais de 7500 mensagens. Eu NAO vou ficar
coletando uma por uma. Isso vai tomar MUITO tempo.



Isso i o
que farei no Imperdmvel quando for 'ligar' a Sala de Threads. Colocando-se
a thread na devida seq|jncia nco sera necessario toda aquela baboseira
utilizada pelo egroups para identificar a mensagem.

**Que baboseira?



> > A seguir, uma
sugestco: Dado o impasse de se usar ou nco o html no ciencialist, e como
'vira e mexe' uma figura ou um anexo formatado i imprescindmvel, que tal
abrir uma 'pasta oculta' nesse URL e uma senha para os participantes do
ciencialist para colocar la os arquivos tais figuras (gifs) ou anexos
(html). Assim todos termamos um local direto para colocar suas figuras
(quando estritamente necessarias a um contexto) e textos via CUTFTP.
Bastaria vc nos enviar o nick da pasta, o enderego e a senha (pvt) e todos
termamos uma pagina de apoio do ciencialist.

**O Egroups tem um servico que disponibiliza 20MB de espaco para
colocar arquivos. Eh soh entrar na pagina da Ciencialist NO EGROUPS e ir
na area Files.



> > Nota: Nas paginas do
Alberto, quanto a seguir as threads, observei o mesmo 'defeito' alias, ia
enviar para ele em pvt uma seq|jncia completa (uma thread) numa znica
pagina html para ele ver como fica tudo mais pratico ... e nco consome
tantos kb do site como pode-se pensar!

** No HPG o espaco de disco eh ilimitado. :) Posso colocar todo Egroups
lah dentro. hahahaha Mas eles deixam transferir 'somente' 10MB de upload
por dia. E nao deixam colocar arquivos maiores do que 2MB (isso nao eh
problema).
Alguns lembram que eu tinha colocado uma pagina da Ciencialist no
Virtualave (http://ciencia.virtualave.net ), mas resolvi deixar de lado
aquele servico pq eh lento e coloca um banner pop up enorme e que fica em
reload cada pouco.


Acredito que a maioria das pessoas
que visitam a pagina dele e tentam seguir as threads desistem antes do
meio do caminho! Nessa ticnica da sugestco acima ficaria 'uma barbada'! >
> Ja que crmticas/sugestues sco sempre gratis (e bem vindas!), > []' > Lio

** Vamos ver que retorno vai ter a pagina da Ciencialist... sei que nao
vai ser enorme o numero de visitas... mas eh por uma boa causa. :)

Ateh mais.
Lembre... todas as informacoes que devem ser colocadas na pagina de apoio
devem ser enviadas para CIENCIALIST arroba MAIL ponto COM .


SUBJECT: Re: [ciencialist] TGBD e bosons de Higgs
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/12/2000 14:16

Prezado Roberto Belisário,

Este nosso debate está ótimo, não acha? Vamos lá.

Transcrevo o trecho abaixo de Abdus Salam para você ver como ele foi
"aplicando" a TGBD, sem saber que ela existia:

Abdus Salam
> "Permitam-me resumir. A seqüência de idéias que sugerimos foi mais ou
menos
> a seguinte: Começa-se com mensageiros, W+ e W-, que devem ter spin um,
pelo
> que indicam os experimentos de violação da paridade sugeridos por Yang e
Lee.

Claudio:
W+ e W- formam o Dual Interno, pois são mensageiros de spin 1 e tem cargas
(neste caso, ter ou não ter carga seria a natureza, pela TGBD) oposta +1
e -1 (seriam os sentidos pela TGBD). Repare que eles já "nascem" juntos na
teoria de Yang e Lee.

Abdus Salam:
> Se estes são mensageiros de gauge, é preciso supor um terceiro
> mensageiro, semelhante ao fóton, , Zo. O Zo produz novos tipos de forças
> fracas.

Claudio:
Pela TGBD o Dual Interno (W+, W-) interage com o Terceiro Uno (Zo, que não
tem carga), que tem de ter natureza diferente das dos Unos do Dual Interno
(que tem cargas +1 e -1), tem que ter natureza igual a do Quarto Uno (o
foton, que também não tem carga)

Abdus Salam:
> "É preciso misturar o velho fóton f e o novo Zo para expurgar a teoria de
> quantidades infinitas e inconsistências no sentido de Dirac.

Claudio:
Será que "para expurgar as quantidades infinitas e inconsisteências no
sentido de Dirac" não poderia ser visto como seria previsto pela TGBD que se
já existia o fóton, teria que existir algo que pudesse com ele formar um
Dual, no caso o Externo?

Abdus Salam:
> Nessa etapa, todas as quatro partículas W+, W- e Zo, bem como
> o fóton, teriam massas de repouso zero.

Claudio:
Esta é uma suposição ou não?

Abdus Salam:
> "As massas dos objetos pesados (W+, W- e Zo) surgem em decorrência de uma
> transição de fase que ocorre a uma temperatura de cerca de 300 massas do
> próton nos primórdios do universo.

Claudio:
Esta é uma outra suposição, ou não?

Abdus Salam:
> Para ocasionar essa transição de fase, precisamos,
> antes de mais nada, de um dubleto e de um antidubleto de
> partículas de Higgs de spin zero (que não são de gauge). "

Claudio:
Esta é uma outra suposição, ou não? O porque do spin zero eu não sei, mas
deve ter alguma explicação. O interessante é que esta suposição se dá
novamente aplicando-se uma estrutura bidual, um dubleto de partículas e o
antidubleto de antipartículas

Claudio - mensagem anterior:
> Repare que esta história toda me parece poder ser resumida assim:
> adotou-se uma suposição (a existência dos bosons de Higgs) para
> tentar equacionar as implicações de uma outra suposição
> (a de que antes da temperatura crítica W+, W- e Zo deveriam ter massa
nula).

Roberto Belisário:
Oi, Cláudio. Eu li o livro do Salam. Eu acho que o Salam deu uma
simplificada e parece-me que as coisas ocorrem de uma forma diferente. O
Griffiths (David Griffiths, "Introduction to Elementary Particles", John
Wiley & Sons, 1997, capítulo 11) mostra algumas fórmulas; o que transparece
por ele é que os bósons de Higgs aparecem naturalmente quando as equações da
teoria eletrofraca de Glashow-Salam-Weinberg são interpretadas.
A situação não é: "os W e Z não tem massa; queremos que eles a tenham, e por
isso
postulamos os bósons de Higgs", mas sim: "temos esta equação aqui, como ela
pode ser interpretada? Assim: os bósons de Higgs associam-se (de certa
forma) a partículas W e Z sem massa para resultarem em partículas W e Z com
massa."

Claudio:
O que eu gostaria de saber, se você souber, é ou não uma suposição o fato
das particulas W e Z não terem massa antes da temperatura crítica.

Roberto Belisário:
Quando Salam disse: "para ocasionar a transição de fase [necessária
para as massas de W e Z] precisamos de bósons de Higgs", ele estava
interpretando a situação real, usando a palavra "precisamos" de uma forma
metafórica. Afinal, trata-se de um livro de divulgação, com as metáforas,
omissões e inversões da história inevitáveis para se traduzir do "fisiquês"
para o "português". (Temos que tomar cuidado quando tomamos ao pé da letra
certos trechos de livros de divulgação; eles não são tão rigorosos e
objetivos assim).

Claudio:
Por tudo o que você disse, procede.

Claudio - mensagem anterior:
> a) poderiam antes da temperatura crítica os bosons W+, W- e Zo ter massa
> nula tal como o fóton?
>
> Repare que pela TGBD se os quatro W+, W-, Zo e o foton não tivessem
massa,
> não poderíamos colocá-los dentro de uma estrutura bidual, pois eles não
> teriam entre si diferenças que permitissem enquadrá-los dentro de tal
> estrutura. Explico melhor: com W+, W- e Zo tendo massa, tal como são
> encontrados no nível de temperatura após o crítico, é fácil ver que eles
> podem formar um Terno dos bósons da força fraca, pois o Dual Interno seria
> formado pelo W+ e W -, que tem massa e carga, enquanto o Terceiro Uno Zo
> teria massa porém carga nula. Já o Quarto Uno, o fóton, formaria o Dual
> Externo com o Zo devido a ambos não terem carga, e o foton se
diferenciaria
> dos três demais (que é uma condição 3ª sub-Lei da 1ª Lei da TGBD) por não
> ter massa. Repito: caso os quatro bósons não tivessem massa, como eles
> poderiam formar um bidual se nenhum deles poderia ser diferenciado
> para ser definido como sendo o Quarto Uno?

Roberto Belisário:
Primeira questão. Acho que é necessário que você defina alguns termos de
forma mais precisa, principalmente "semelhança" e "diferença". Porque W+,
W-, Z0 e o fóton seriam totalmente diferentes entre si mesmo se não tivessem
massa (por exemplo, W+ e W- têm carga). Porém, eu posso vislumbrar pelo
menos uma maneira de diferenciar o fóton mesmo nesse caso: o fóton é a única
dessas partículas que não participa da interação fraca e só participa da
eletromagnética. Então poderia classificá-lo como quarto uno e eu teria um
bidual mesmo com todos eles com massa zero.

Claudio:
Reconheço que errei, se mesmo com massa zero W+, W- e Zo pudessem ser
considerados como participantes da interação fraca e o foton da
eletromagnética, pois nesse caso se estaria com o Quarto Uno bem definido
pela sua diferenciação. REpare que fiz exatamente isto no trecho acima,
quando comentei os trchos de Abdus Salam. Mas questiono se de fato antes da
temperatura crítica eles interagiriam entre si. O que eu não consigo
entender é porque somente no instante da quebra de simetria as partículas W
e Z interagiriam com os bosons de Higgs. Afinal porque eles (W e Z e os H)
não poderiam interagir entre antes da quebra espontânea de simetria? Em
outras palavras, W e Z interagiriam só com o foton ou também com bósons de
Higgs antes da quebra de simetria? Você sabe algo a respeito disto?

Roberto Belisário:
Agora, eu não sei se é esse tipo de diferenciação que é necessária para
classificar um elemento como quarto uno. Ou seja, não sei que critérios usar
para determinar se um elemento deve ser classificado no terno ou como quarto
uno. Acho que essa falta de clareza nos critérios é a razão pela qual o
Eduardo implica tanto com a TGBD: sem critérios objetivos, dependendo de que
semelhanças e diferenças escolhemos, poderíamos talvez construir biduais
para qualquer coisa, ou então, se
escolhermos diferente, provar que não existem biduais para nada... Isto é,
se é que entendi bem a TGBD. Eu acabo de utilizar um critério meu e consegui
aparentemente enquadrar W+, W-, Z0 e o fóton num bidual, mesmo que sem
massa...

Claudio:
Sua crítica procede. A questão do Quarto Uno é para mim a questão que falta
definir para fechar a TGBD. Já a coloquei em discussão aqui na Ciencialist e
no site da TGBD. Acredito que devam existir, pela autoconsistência da TGBD,
quatro possibilidades para o Quarto Uno. Tenho tentado dar uma solução para
isto ao tentar equacionar a evolução da matéria do átomo de Hidrogênio até o
do Helio, passando pelo Deutério e pelo Helio 3. Este é mais um grande
exemplo de aplicação da TGBD e gostaria muito que você o analisasse, pois
vale a pena. Acabo de enviar uma nova mensagem para você na Ciencialist que
contém um trecho de uma mensagem que enviei para o Alberto em 07/12/00 sobre
o tema.

Ao tentar definir a TGBD adotei, por convenção, os termos natureza (concreta
e abstrata) e sentido (positivo e negativo) para tentar caracterizar as
caracteística dos quatro Unos. Repare que a natureza poderia ser uma outra
variável, bem como sentido. O que importa é que a TGBD necessita da
definição de duas grandezas diferentes entre si, e que cada uma destas
grandezas tem duas possibilidade de ocorrência. Digamos que é algo parecido
como os "sabores" e "cores" da Cromodinâmica Quantica.Vamos pensar em termos
de natureza, tal como eu adotei para a TGBD. Além da clasificação adotada
(concreta-abstrata) você poderia associar à natureza diversos outros pares
de possibilidades, como por exemplos: fixo-móvel, fêmea-macho e mesmo
concreto-abstrato. Quanto ao sentido, além de positivo-negativo se poderia
também pensar também em: fixo-móvel, fêmea-macho e também concreto-abstrato.
Como se vê, o que importa para a TGBD é que se tenha duas qualificações
associadas e complementares (ou digamos opostas) e que cada uma destas
qualificações também tenham se queberem em duas qualificações associadas e
complementares (ou digamos opostas), de forma que possamos definir os quatro
Unos dentro de uma estrutura bidual.

Pela minha experiência com a TGBD sempre é possivel de enquadrar qualquer
objeto em observação pela TGBD e mais do que isto, pode-se geralmente, para
não dizersempre, enquadrar bidualmente o objeto em observação de diversas
formas. Isto explica o porque enquadramos o mesmo exemplo de duas formas
diferentes.

Claudio - mensagem anterior:
> Repare que o próprio Salam corrobora tal questão ao não especificar
direito
> de quem o Zo absorveria a carga, se do H+o ou do H-o, saindo-se com essa:
> "Zo adquire massa pela incorporação de urna parte das partículas neutras
de
> Higgs (Ho + H-o) , deixando a outra parte integrante (H+o - H-o)".
>
> Ressalto o que não entendi o que ele quis dizer com a soma ( Ho + H-o ) e
> com a diminuição ( Ho - H-o), mas também não explicou...

Roberto Belisário:
Eu explico. São superposições quânticas. Como eu disse num outro e-mail:
A Física Quântica permite que os sistemas físicos possam se encontrar em
estados físicos constituídos de "combinações" de outros estados - como o
famoso Gato de Schrödinger, que é colocado hipoteticamente numa combinação
de estado vivo com estado morto. Então o H0 + anti-H0 é uma superposição,
uma combinação dessas duas partículas. A mesma coisa com o H0 - anti-H0; e
os dois pares de coeficientes, (1,1) no primeiro caso e (1,-1) no segundo,
indicam diferentes formas de fazer a combinação, que resultam em diferentes
estados físicos do par (H0, anti-H0). (Aqui eu chamo de anti-H0 o que você
chama de H-o).

Claudio:
Deixe-me ver se eu entendi. Será que é mais uam Bidualidade?
Dual Interno:
1. Ho 2. antiHo
Dual Externo:
3. Ho+antiHo 4. Ho - antiHo

Haveria outras possibilidades além das mostradas acima? Ou seriam somente
estas 4, formando um bidual?

Roberto Belisário:
Desta forma, não é que o Salam não deixa claro se é o H0 ou o anti-H0
que é absorvido pela Z0: ele deixa claro que não é nenhuma das duas, mas a
combinação H0 + anti-H0 que é absorvida. Os físicos então estão procurando o
H0 - anti-H0.

Claudio:
Entendi. Agora você sabe me explicar o porque da diferença do W+ absorver o
H+ e o W- absorver o H- e não superposições deles, tal com no caso do Zo?

Claudio - mensagem anterior:
> c) haveria mesmo a chamada quebra de simetria espontânea ao se passar pela
> temperatura crítica?
>
> Não tenho conhecimento para responder esta pergunta, e talvez você o
tenha,
> e, se for o caso, gostaria de saber o porque disto. Repare que, no mesmo
> livro, Abdus Salam diz que no caso da força nuclear forte não existe tal
> quebra de simetria. Não parece ser uma contradição, existir em uma e não
> existir na outra?

Roberto Belisário:
Na verdade, o Modelo Padrão fala da quebra de simetria só nesse caso
porque ele não unifica junto com a interação eletrofraca as outras duas, a
forte e a gravitacional. Se unificasse, falaria também em quebra de simetria
nesses casos. As GUTs, que o fazem, falam de quebra de simetria para a força
nuclear. As quebras de simetria seriam responsáveis pela diferenciação entre
as forças nos primórdios do Universo, como você aponta no parágrafo abaixo:
primeiro, teria havido um tipo de força só; depois, quebrada a primeira
simetria, teria se diferenciado a forte; quebrada a segunda, teria se
diferenciado a força fraca - a gravitacional não sei e não sei se alguém
sabe quando teria se diferenciado, porque ela não faz parte das GUTs.

Claudio:
O Abdus Salam diz que não haveria quebra de simetria na Cromodinâmica
Quantica. Mas ela está dentro do tal Modelo Padrão, que só exclui a
gravidade. Foi por isto que eu levantei a possibilidade de contradição.
Afinal a força fraca interage com os quarks, protons e neutrons, eletrons e
neutrinos. Ora não fica difícil de achar que só haveria quebra de simetria
no caso da eletrofraca?

Claudio - mensagem anterior:
> Pelo pouco que vi desta história, essa tal quebra de simetria também foi
> imaginada pelos físicos, ao partirem do presuposto de que no ínicio do
> universo, antes da temperatura crítica, W+, W-, Zo e o foton deveriam ter
> massa nula, para que assim se unificassem na chamada força eletro fraca.
Mas
> seria que eles teriam mesmo de ter massa nula para que existisse essa
> unificação?

Roberto Belisário:
Eu não sei dar detalhes, mas parece-me, lendo o Griffiths rapidamente,
que a massa nula "original" do W e Z é uma necessidade imposta pela teoria
da forma como ela foi feita. Outras teorias feitas de outra forma poderiam
prever algo diferente. Infelizmente, não posso tecer maiores justificativas,
porque teria que estudar aquelas equações a fim de tentar explicar em
palavras. Mas, se não convence, fica aí a minha impressão.

Claudio:
O Abdus Salam dá a entender que foi feita esta suposição:
> "Nessa etapa, todas as quatro partículas W+, W- e Zo, bem como
> o fóton, teriam massas de repouso zero."

Claudio - mensagem anterior:
> Estive aqui pensando cá com meus botões... Esses físicos estão tentando
> unificar forças que já podem estar unificadas. Será que a forças
> eletromagnética e nuclear fraca já não estariam unificadas pela TGBD, na
> medida em que seus componentes já formam uma estrutura bidual perfeita?

Roberto Belisário:
Isso só a experimentação poderá dizer. Se você conseguir extrair da TGBD
alguma previsão experimental testável em laboratório, que seja diferente das
previsões das teorias atuais, então poderemos demonstrá-la
experimentalmente, e só então poderemos dizer que as forças estariam
unificadas. A inexistência do bóson de Higgs poderia ser uma delas, se não
fosse pelo seu outro e-mail que conseguiu enquadrá-los na TGBD.

Claudio:
Reconheço que da forma que cheguei a conclusão de que os bósons de Higgs não
poderiam existir na mensagem anterior o foi feito de uma forma arbritária,
ao levantar a questão da massa para definir o Quarto Uno. Mas repare que não
encaixar os bosons de Higgs no bidual do exemplo 6) da mensagem anterior (3
familias X partículas de força) aparentemente não tem tal forçação de barra.

Robert Belisário:
Agora, não está claro para mim o que significa "forças unificadas" no
contexto da TGBD. Não me parece que simplesmente enquadrando as partículas
virtuais em esquemas quatro-a-quatro é suficiente para unificar as forças.
Você pode esclarecer esse ponto?

Claudio:
Acredito que o fato da eletrofraca ter uma estrutura bidual já a trnasforma
numa Unidade em equilíbrio total, e portanto "unificada". Gostaria de saber
o que representaria para os físicos a tal unificação das forças: seria um
unificação física mesmo ou apenas uma unificação teórica, que validadesse as
teorias existentes? Se for uma unificação teórica, acho que a TGBD já o faz.
O que acho interessante é dar como unificada a eletro-fraca se ainda não se
confirmou a existência dos tais bosons de Higgs

Claudio - mensagem anterior:
> Por fim gostaria de dizer que tudo que afirmei nesta mensagem é verdadeiro
> na suposição de que a TGBD o seja. Mas como vimos, os bósons de Higgs
também
> foram imaginados a partir de suposições. Desta forma, a questão é se
saber
> qual das suposições é verdadeira. E é lógico que eu fico com a TGBD. E
você
> com quem fica?

Roberto Belisário:
Bem, como deve ter transparecido pelo acima, ainda tenho muitas dúvidas
sobre a TGBD para lhe dizer se concordo ou não com ela - ou seja, as dúvidas
não me deixam conhecê-la o suficiente para emitir esse juízo. São muitas,
vamos ver se as esclarecemos aos poucos. As expostas nesse e-mail são:

1) Como classificar os elementos como pertencentes ao terno e como
quarto uno de forma objetiva (talvez eu não tenha lido com bastante atenção
os seus textos, mas arrisco-me mesmo assim a expor essa dúvidia)?

Claudio:
Ressalto que já reconheci que errei ao tentar associar a definição do foton
com o Quarto Uno a massa.

Roberto Belisário:
2) Por que a abordagem da TGBD no caso das partículas elementares pode
ser interpretada como uma "unificação" das forças fundamentais?

Claudio:
Já tentei responder isto: porque se estaria diante de uma Unidade que está
em equilíbrio total. Repare que como na eletrofraca o Quarto Uno é apenas
um, que é o foton, ela não estaria em equilíbrio total, dado que para tanto
o Quarto Uno teria de se decompor no Anti-Terno. Isto mostra que a
eletrofraca seria digamos um equilíbrio parcial e não total, que somente
seria atingido se considerarmos as quatro forças em conjunto, ou seja, a
eletro-magnética, a fraca, a forte e a gravidade. Vou tentar me aprofundar
mais nesta questão e depois retornarei ao assunto.

Roberto Belisário:
3) Há alguma previsão da TGBD que possa ser testada em laboratório? (A
inexistência do bóson de Higgs não vale, porque essa previsão foi "anulada"
no seu outro e-mail...).

Claudio:
Não vejo assim. Aquela segunda mensagem foi uma espécie de gozação. Quis
mostrar o fato interessante de também os bosons de Higss, que são uma
suposição, terem uma estrutura bidual. Mas isto por si só não assegura que
eles estão validados pela TGBD, na medida que eles naõ se encaixam na
bidualidade 3 Familias X Partículas de Força. Desta forma, é como você
falou: se eles não forem encontrados é ponto para a TGBD, se sim será
necessário reformular a TGBD ou talvez o enquadramento do bidual do caso 3
Familias X Partículas de Força.

Prezado Roberto, saiba que é muito bom dialogar com você, pois suas
colocações são sempre precisas e ricas em informações. É certo que na
mensagem anterior andei apelando para fazer valer a TGBD. Mas repare que ela
se aplicou muito bem por diversdas vezes neste caso que debatemos. Gostaria
muito ver seus comentários para a questão das quatro alternativas para o
Quarto Uno. Acho que você poderá me ajudar a resolver aquela questão.

Um grande abraço.

Claudio Abreu





SUBJECT: Re: [ciencialist] TGBD e bosons de Higgs
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/12/2000 15:05

Prezado Roberto Belisário,

Claudio - mensagem anterior:
> Bem tudo é possível, até mesmo se descobrir esses tais bosons de Higgs.
> Como sou precavido, não custa me preparar
> para esta eventual e absurda hipótese.

Roberto Belisário:
Primeiro de tudo, devo advertir que esta hipótese só é absurda se
partirmos do princípio que a TGBD está correta. E só poderemos saber se ela
está correta se houver previsões testáveis em laboratório que sejam
corroboradas pela experimentação. Enquanto não houver isso, a TGBD é apenas
mais uma teoria entre tantas outras, mesmo que pareça a mais plausível de
todas. Não estou me posicionando nem contra nem a favor, mas apenas tentando
manter uma atitude rigorosamente científica.

Claudio:
Repare que eu sempre digo "segundo a TGBD", o que implícitamente inclui a
hipotese dela ser verdadeira. O que ocorre é que a TGBD aparenta se aplicar
a tudo o que seja fundamental e essencial em totas as ciências que tenho
estudado. Agora fazer qualquer indicação a partir da TGBD sempre estará
condicionado a que ela seja verdadeira. É semelhante a ser dizer que os
bósons de Higgs devam existem se aceita como verdadeira a hipotese da massa
nula de W´s e Z antes da quebra de simetria.

Claudio - Mensagem anterior:
Suponhamos que tais bosons venham a ser descobertos. Se isso ocorrer
também será mais um exemplo de comprovação da veracidade da TGBD, pois
afinal
eles também formariam um estrutura bidual. Senão vejamos:
Dual Interno:
1. H+ 2. H-
Dual Externo:
3. H+o 4. H-o
Repare que o Quarto Uno seria o que seria encontrado, conforme supos Abdus
Salam, pelo fato de não ter sido absorvido no processo, nem pelo W+ (que
absorveria o H+), nem pelo W- (que absorveria o H-) e nem pelo Zo (que
absorveria, digamos, o H+o). Restaria assim o H-o, que pelo fato de não
ter sido absorvido, poderia ser considerado como sendo o Quarto Uno, pois se
diferenciaria dos demais três que seriam absorvidos

Roberto Belisário:
Bem, primeiro: com isso você elimina a mais interessante previsão
experimental da TGBD, que é a inexistência do bóson de Higgs. E temos que
procurar novamente uma previsão testável em laboratório para poder
corroborá-la.
Segundo: integrando o bóson de Higgs na teoria, volta o problema com
aquele bidual:
> 6) no nível das famílias de partículas de matéria e de força
> 1. 1ª Família 2. 2ª Família
> 3. 3ª Família 4. partículas de força
Novamente, o bóson de Higgs fica sem lugar no esquema. E agora...?

Claudio:
Na mensagem anterior reconheci que errei ao concluir pela não existência dos
bosons de Higgs ao colocar a massa como necesária para se definir o Quarto
Uno no bidual da eletrofraca.
Como já disse na mensagem anterior o fato dos bósons de Higgs terem uma
estrutura bidual não é suficiente para dizer que eles sejam verdadeiros,
mesmo se a TGBD o for. Afinal, como eles irima se enquadrar no bidual 3
Famílias x Párticulas de Força?

Claudio - Mensagem anterior:
> Bem, esta foi apenas um excesso de precaução, pois não acredito que serão
> encontrados os tais bósons de Higgs, simplesmente por que pela TGBD eles
não
> existem. O interessante é que até para serem feitas suposições tais como
> estas, os cientistas, sem perceber, e intuitivamente, fazem uso da TGBD,
sem
> nem saber que ela existe. Porque se daria isto?

Roberto Belisário:
Mistérios... :)

Claudio:
É talvez este seja mais um caso do você chamou de "uma simetria oculta na
Natureza"...

Aproveito para fazer uma pequena errata da mensagem anterior. Em algum
momento eu falei, de forma errada, que a eletrofraca estaria em equilíbrio
total, o que logo a seguir foi cosertado, quando fale que ela estaria na
verdade em digamos equiíbrio parcial, pois o Quarto Uno, o foton, é 1 só, e
não 3 (anti-Terno), como exige a situação de equilíbrio total.

Um grande abraço,
Claudio Abreu





SUBJECT: Re: [ciencialist] Queda livre
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/12/2000 18:04


-----Mensagem Original-----
De: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: terça-feira, 19 de dezembro de 2000 13:51
Assunto: Re: [ciencialist] Queda livre
-----------------------------
Terei que deixar todo o texto para que não ocorra solução de continuidade:
----------------------------
| Eduardo Gueron wrote:
| > Um objeto em repouso na superfície da Terra está em repouso por causa de
| > um equilíbrio de forças- gravidade e repulsão eletromagnética com o chão
| > (força normal).
------------------------------
Não precisamos ser tão minuciosos, para efeito de explicações, podemos usar 'força normal de apoio' em substituição à 'repulsão eletromagnética'.
Um "objeto" em repouso na superfície da Terra *não* está em repouso devido ao equilíbrio das *duas* forças mencionadas acima. Objeto é corpo extenso e, para equilíbrio, cada uma de suas minúsculas partes deve ter resultante nula. Cada uma das partes de massa (m)i está sujeita á ação gravitacional (seu peso- força de campo - externa) e parte da força normal transmitida, via contato (ou a tal repulsão eletromagnética), por todas as partes deformáveis intermediárias, até á partícula. A transmissão dessa força, desde os pés até a parcela em questão, é a origem das tensões deformadoras das partes intermediárias. Todas essas partes intermediárias estão em repouso relativo; basta um músculo se contrair para afetar, praticamente, o equilíbrio de todas as partes. Cada uma dessas partes está sujeita a forças internas ... e essas, isoladamente, não podem afetar o movimento do centro de massa ... mas nos transmitem a sensação do estresse!
-------------------------------
| | [[[ um objeto em queda livre está acelerado mas a sua aceleração é
| exatamente igual a aceleração da gravidade a que ele está submetido, é o
| que se chama de referencial localmente plano. ]]]
------------------------------
| As duas explicações são de certa forma contraditórias, a de baixo é
| sensata [eu até gostei dela], mas a de cima não. Em seguida vc lança um
| patch:
-----------------------------
Não a julgo 'sensata', pelo fato de dar a entender que a situação não é detetada pelo objeto em queda, que pode ser o corpo humano (ou um sistema deformável). No homem, o sensor no labirinto, que funciona por pura gravidade e inércia nos canais semi-circulares, quando em queda livre, desaparece em relação ao líquido envolvente desse sensor o efeito da gravidade ... a inércia continua e o sensor acusa a queda livre (movimento aelerado). Um sistema deformável (dinamômetro acoplados, por exemplo, também indicariam isso).
----------------------------
| > Todavia, um objeto macroscópico, como o nosso corpo,
| > sente os efeitos da gravidade já que a força normal é exercida somente
| > sobre a planta do pé (se estivermos em pé). Os nossos cabelos, nossos
| > líquidos internos e tudo mais (não pense besteira) tendem a "cair".
---------------------------
Esse "somente", por se tratar de um objeto macroscópico, ficou 'vazio'. Conforme justifiquei acima. Dá a impressão que os cabelos, líquidos internos (etc) estão sujeitos apenas á ação da gravidade ('por isso tendem a cair') e ... esquecendo as forças internas transmitidas desde o pé até essas partes.
--------------------------
| Como se estivessem acelerados. Se eu estou sentado num carro acelerado,
| meu corpo está em repouso [pela sua explicação] pois a força
| eletromagnética do assento equilibra tudo.
--------------------------
Para o referencial acelerado isso é verdade, o que não é verdade é que a força equilibrante seja apenas aquela aplicada pelo assento.
Sobre os referenciais acelerados o Imperdível tem um 'modesta' explanação no URL: www.feiradeciencias.com.br/sala18/index18.htm no artigo VPC - Vertical para Cima - "Mecânica de Newton nos referenciais acelerados"
-------------------------
| > Sendo um pouco mais técnico, há uma diferença no tensor de estresse (ou
| > de tensões) de um corpo sobre a superfície da Terra em relação a um
| > corpo em repouso no vazio absoluto. (Aliás, isso pode ser usado também
| > na explicação sobre o paradoxo do empuxo no elevador levantado pelo Léo)
| > []s Eduardo.
|
| Há a diferença entre tensores pois, segundo minha hipótese, o objeto em
| repouso sobre a Terra está na verdade acelerado.
------------------------
Assim não vale ... tem que citar o referencial e justificar como, nesse referencial, um corpo está em repouso 'e na verdade acelerado'.
------------------------
|
| Quanto ao paradoxo do empuxo eu não me lembro, se puder me indicar o
| texto na web...
--------------------------
Onde está a "Empuxo de Newton"? Onde? Onde? Ora direis ouvir estrelas!: www.feiradeciencias.com.br/sala19/texto26.htm , onde poderia ser! :-))))

[]'
Léo





SUBJECT: Re: [ciencialist] Queda livre
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 19/12/2000 18:38

Luiz Ferraz Netto wrote:
> Não a julgo 'sensata', pelo fato de dar a entender que a situação não é detetada pelo objeto em queda, que pode ser o corpo humano (ou um sistema deformável). No homem, o sensor no labirinto, que funciona por pura gravidade e inércia nos canais semi-circulares, quando em queda livre, desaparece em relação ao líquido envolvente desse sensor o efeito da gravidade ... a inércia continua e o sensor acusa a queda livre (movimento aelerado). Um sistema deformável (dinamômetro acoplados, por exemplo, também indicariam isso).
--------------------------

Eu gostei da explicação dele pois se contrapõe à minha e dá uma razão
para que eu pense deste jeito. Mas o que ele e eu colocamos, é que não
se consegue distinguir entre estar em queda livre no espaço acelerado e
estar em MRU no espaço inercial galileano. Então eu ousei afirmar que em
queda livre o objeto não está acelerado.

> | Há a diferença entre tensores pois, segundo minha hipótese, o objeto em
> | repouso sobre a Terra está na verdade acelerado.
> ------------------------
> Assim não vale ... tem que citar o referencial e justificar como, nesse referencial, um corpo está em repouso 'e na verdade acelerado'.

O meu referencial para afirmar isso é o elevador de Einstein. Se o
elevador está acelerado para cima o objeto em repouso no chão está
acelerado para cima junto com o elevador, mas se o objeto foi solto de
uma determinada altura [em queda livre] ele está em MRU, pois deixou de
estar acelerado pelo elevador.

Estou atrás para ver se minha hipótese está certa e até agora pelo que
tenho perguntado e pesquisado a situação é indistinguível como afirmava
Einstein. No fundo só estou tentando ver se Einstein estava certo
extrapolando sua teoria.

[]s
==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
==========================================================


SUBJECT: Re: [ciencialist] Queda livre
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 19/12/2000 18:58



Olá,

Bem, antes de mais nada devo advertir que não estou considerando o
movimento da Terra em relação ao Sol ou mesmo em torno de seu eixo.

TARCISIO BORGES wrote:

>
> Eduardo Gueron wrote:
> > Um objeto em repouso na superfície da Terra está em repouso por causa de
> > um equilíbrio de forças- gravidade e repulsão eletromagnética com o chão
> > (força normal).
>
> [[[ um objeto em queda livre está acelerado mas a sua aceleração é
> exatamente igual a aceleração da gravidade a que ele está submetido, é o
> que se chama de referencial localmente plano. ]]]
>

Pelo princípio da equivalência, fenômenos medidos em um referencial
sobre a superfície da Terra teriam o mesmo resultado de um medido em um
referencial acelerado no espaço (com aceleração igual a da superfície da
Terra) mas isso não significa que o movimento dos dois corpos sejam
similares. O termo "em repouso" denomina, basicamente, um corpo parado
que vai continuar parado se nada de novo acontecer. Um corpo em repouso
sobre a superfície da Terra o está devido a causa explicada acima.
Na segunda explicação (entre colchetes) eu comento o porquê de,
em um referencial em queda livre, obtermos os mesmos resultados para
fenômenos medidos em um referencial em repouso (ou em mru) no vazio. Não
há contradições nas explicações acima já que a primeira explica,
simplesmente, porque o corpo permanece em repouso (sempre que eu usar o
termo nada técnico "no vazio" estarei me referindo a um local do espaço
suficientemente isolado para que campos gravitacionais sejam
desprezíveis)


> As duas explicações são de certa forma contraditórias, a de baixo é
> sensata [eu até gostei dela], mas a de cima não. Em seguida vc lança um
> patch:
>

Patch? Nunca ouvi alguém usar "patch" nesse sentido...:þ

> > Todavia, um objeto macroscópico, como o nosso corpo,
> > sente os efeitos da gravidade já que a força normal é exercida somente
> > sobre a planta do pé (se estivermos em pé). Os nossos cabelos, nossos
> > líquidos internos e tudo mais (não pense besteira) tendem a "cair".
>
> Como se estivessem acelerados. Se eu estou sentado num carro acelerado,
> meu corpo está em repouso [pela sua explicação] pois a força
> eletromagnética do assento equilibra tudo.
>

Não, se vc está em um carro acelerado o seu movimento é acelerado. O
carro começa a acelerar devido ao atrito entre o seu pneu (que foi posto
a girar pelo motor) e a rua. O pneu "empurra" a rua para trás e esta o
empurra para frente (simplificando as coisas, claro). A aceleração é
transmitida aos eixos do carro, ao chassis até que, posteriormente,
chega ao assento do banco que transfere a você, via força
eletromagnética, a aceleração iniciada no chão. Portanto, o contato
entre você e o banco do carro (ou qualquer contato entre vc e o interior
do carro) é necessário para que vc ganhe aceleração . Se vc fosse
composto exclusivamente de neutrinos (para que isso pudesse ocorrer é
necessário que os neutrinos tenham massa inercial não nula) nada lhe
aconteceria, o carro aceleraria, iria embora e o deixaria parado no
mesmo lugar meditando "massa ou não massa? Eis a questão"

> > Sendo um pouco mais técnico, há uma diferença no tensor de estresse (ou
> > de tensões) de um corpo sobre a superfície da Terra em relação a um
> > corpo em repouso no vazio absoluto. (Aliás, isso pode ser usado também
> > na explicação sobre o paradoxo do empuxo no elevador levantado pelo Léo)
> > []s Eduardo.
>
> Há a diferença entre tensores pois, segundo minha hipótese, o objeto em
> repouso sobre a Terra está na verdade acelerado.
>

A sua hipótese (com umas reformulações) é conhecida como princípio da
equivalência..:P

Em outras palavras, poderíamos dizer que um referencial em queda livre
equivale a um referencial em repouso no vazio enquanto que um
referencial em repouso sob ação de um campo gravitacional equivale a um
referencial acelerado no vazio.

Cuidado com a nomenclatura, o termo "acelerado" é associado a movimento
assim como o termo "repouso". Claro que, às vezes, podemos fazer
confusões já que um corpo em repouso sobre a superfície da terra sofre
efeitos da aceleração gravitacional mas a aceleração resultante sobre o
mesmo é nula.

> Quanto ao paradoxo do empuxo eu não me lembro, se puder me indicar o
> texto na web...
>
> []s

Deixa pra lá, é melhor ir por partes. Nesta situação do empuxo o
problema complica um pouco porque devemos tomar cuidado com forças não
inerciais e considerar, eventualmente, um estudo hidrodinâmico.

[]s Eduardo.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Queda livre
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 19/12/2000 19:15



Luiz Ferraz Netto wrote:
>
> -----Mensagem Original-----
> De: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
> Para: <ciencialist@egroups.com>
> Enviada em: terça-feira, 19 de dezembro de 2000 13:51
> Assunto: Re: [ciencialist] Queda livre
> -----------------------------
> Terei que deixar todo o texto para que não ocorra solução de continuidade:
> ----------------------------
> | Eduardo Gueron wrote:
> | > Um objeto em repouso na superfície da Terra está em repouso por causa de
> | > um equilíbrio de forças- gravidade e repulsão eletromagnética com o chão
> | > (força normal).

------------------------------
Leo:> Não precisamos ser tão minuciosos, para efeito de explicações,
podemos usar 'força normal de apoio' em substituição à 'repulsão
eletromagnética'.
> Um "objeto" em repouso na superfície da Terra *não* está em repouso devido ao equilíbrio das *duas* forças >mencionadas acima. Objeto é corpo extenso e, para equilíbrio, cada uma de suas minúsculas partes deve ter >resultante nula. Cada uma das partes de massa (m)i está sujeita á ação gravitacional (seu peso- força de campo >- externa) e parte da força normal transmitida, via contato (ou a tal repulsão eletromagnética), por todas as >partes deformáveis intermediárias, até á partícula. A transmissão dessa força, desde os pés até a parcela em >questão, é a origem das tensões deformadoras das partes intermediárias. Todas essas partes intermediárias >estão em repouso relativo; basta um músculo se contrair para afetar, praticamente, o equilíbrio de todas as >partes. Cada uma dessas partes está sujeita a forças internas ... e essas, isoladamente, não podem afetar o >movimento do centro de massa ... mas nos transmitem a sensação do estresse!

Bem, aí quem está sendo muito minuncioso é vc..:P

> -------------------------------
> | | [[[ um objeto em queda livre está acelerado mas a sua aceleração é
> | exatamente igual a aceleração da gravidade a que ele está submetido, é o
> | que se chama de referencial localmente plano. ]]]
> ------------------------------
> | As duas explicações são de certa forma contraditórias, a de baixo é
> | sensata [eu até gostei dela], mas a de cima não. Em seguida vc lança um
> | patch:
> -----------------------------
> Não a julgo 'sensata', pelo fato de dar a entender que a situação não é detetada pelo objeto em queda, que pode ser o corpo humano (ou um sistema deformável). No homem, o sensor no labirinto, que funciona por pura gravidade e inércia nos canais semi-circulares, quando em queda livre, desaparece em relação ao líquido envolvente desse sensor o efeito da gravidade ... a inércia continua e o sensor acusa a queda livre (movimento aelerado). Um sistema deformável (dinamômetro acoplados, por exemplo, também indicariam isso).
> ----------------------------

Essa sua explicação tem natureza semelhante a uma questão por vc
levantada em uma das páginas do seu site onde perguntava (se não me
falha a memória) o porquê de sentirmos um "friozinho na barriga" quando
o elevador começa a cair (ou descer aceleradamente). Se estivéssemos em
um local onde o campo gravitacional fosse nulo, experimentaríamos, a
princípio, efeitos semelhantes àqueles sentidos quando em queda livre
justamente pela ausência do estresse em ambos os casos.

(creio que após um certo tempo o nosso corpo se acostume a ausência de
gravidade e a sensação passe a não ser desagradável)

[]s Eduardo.

PS: Por que as mensagens eviadas poe vc (Léo) e pelo Cláudio chegam com
uma linha que não cabe na tela?


SUBJECT: Re: Estranhos Viventes
FROM: "Sérgio Amorim" <sergioamorim@teleprom.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 19/12/2000 20:09

>
> Ao Sr.Roberto Takata e interessados.

Ao ler a sua explanação a qual citou a respeito das formas
existentes
ou não de conceito de vida, ocorreu-me que talvez esta
discussão
tenha negligenciado certos aspectos, senão atributos, os quais
complementam ou suplementam aquilo que se propoe classificar como ser
vivo.
Um deles seria <<< A Moral >>> (observe o artigo definido). Esta por
sua vez estaria em principio atrelada a evolucao.
Entretanto, como poderiamos divagar sobre a moral de uma planta por
exemplo? Eh possivel que ela possua? Se pudessemos medir a moral, em
que nivel estaria a da ameba ou a da drosofila? E os virus?

Contudo, eu particularmente creio, que so poderemos verdadeiramente
definir e diferenciar o ente vivo do nao vivo, quando tivermos
condicoes fieis de medir a moral seja qual for a forma ou nivel que
ela exista.

sergio amorim




SUBJECT: Re: [ciencialist] Queda livre
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/12/2000 20:29


-----Mensagem Original-----
De: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: terça-feira, 19 de dezembro de 2000 18:38
Assunto: Re: [ciencialist] Queda livre


| --------------------------
Tarcisio escreve:
|
| Eu gostei da explicação dele pois se contrapõe à minha e dá uma razão
| para que eu pense deste jeito. Mas o que ele e eu colocamos, é que não
| se consegue distinguir entre estar em queda livre no espaço acelerado e
| estar em MRU no espaço inercial galileano. Então eu ousei afirmar que em
| queda livre o objeto não está acelerado.
----------------------------
Ainda não consegui entender a idéia: "estar em queda livre no espaço acelerado".
Vejamos se formo uma imagem: Dentro do elevador há uma bolinha (*) suspensa no teto e, o fio que a sustenta arrebenta assim que a tração nele superar o peso da bolinha. No instante em que o elevador acelera e sobe, o fio se rompe. No mesmo instante, uma bolinha (**) é abandona, fora do elevador, no mesmo nível da (*).

(1) referencial no solo: bolinha (*) em queda livre com aceleração g ; elevador sobre acelerado com aceleração a. Bolinha e chão do elevador encontram-se após um intervalo de tempo facilmente determinado. Bolinha (**) em queda livre com aceleração g. Idealmente, o intervalo de tempo para cruzar o nível do chão do elevador é o mesmo que o da (*).

(2) referencial no elevador: elevador em repouso (é a referência); bolinha (*) 'cai' com aceleração relativa 'a + g' (a, do elevador no referencial 1). A bolinha (*) toca o elevador após um intervalo de tempo 'facilmente' determinado. Bolinha (**) também apresentará aceleração relativa 'a + g'. Nessa hipótese a superfície da Terra desloca-se 'para baixo' com aceleração de módulo a.

Acredito que a hipótese (2) é a interpretação para "estar em queda livre no espaço acelerado". É isso?
No lugar das bolinhas, coloquemos observadores humanos e, vamos perguntar a eles o que ele vêm, sentem ou percebem.

Respostas dos infelizes (*) e (**):

(1) (*): Idealmente (desconsidere o comportamento do ar aprisionado no interior do elevador) as duas situações são análogas, sinto que estou caíndo (da mesma maneira nas duas situações). (**) Sinto que estou caíndo e a superfície da Terra aproxima-se rapidamente de mim!

(2) (*): Praticamente (agora considere o comportamento do ar) as situações são distintas, o ar compactado às minhas costas empurra-me para baixo (empuxo de Newton) e sinto isso não só como uma compressão nas costas como percebo que caio mais rapidamente que antes. (**): Não sinto nada de diferente ... olhando para o elevador que está subindo rapidamente aqui do meu lado, dá a impressão que o chão tá 'andando mais devagar de encontro a mim'.

Será que viajei no elevador transportador de maionese?

[]'
Léo
Ahhh! detalhe no texto abaixo:

---------------------------------------|
| O meu referencial para afirmar isso é o elevador de Einstein. Se o
| elevador está acelerado para cima o objeto em repouso no chão está
| acelerado para cima junto com o elevador, mas se o objeto foi solto de
| uma determinada altura [em queda livre] ele está em MRU, pois deixou de
| estar acelerado pelo elevador.
--------------------------------------
Se o elevador é o referencial (e está acelerado em relação a outro referencial) o tal objeto não poderá realizar MRU em relação aos dois referenciais. Em relação ao elevador estará acelerado e em relação ao outro poderá estar em MRU.
---------------------------------------




SUBJECT: Re: [ciencialist] Queda livre
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/12/2000 20:40

Eduardo.

PS: Por que as mensagens eviadas poe vc (Léo) e pelo Cláudio chegam com
uma linha que não cabe na tela?

He he he ... relatividade. Experimente 'pegar' o cursor e arrastar a barra divisória que separa sua coluna de pastas da coluna de textos. Ou ainda, clicar no canto superior direita da página em 'maximizar'.

[]
Léo




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Estranhos Viventes
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 19/12/2000 21:24

On Tue, 19 Dec 2000, Sérgio Amorim wrote:
> Entretanto, como poderiamos divagar sobre a moral de uma planta por
> exemplo? Eh possivel que ela possua? Se pudessemos medir a moral, em
> que nivel estaria a da ameba ou a da drosofila? E os virus?

Bem, a moral eh vagamente definida como um sentimento do que seja certo ou
errado. Como tal significa q. deve ser fruto de um padrao especifico de um
sistema nervoso e envolve algo de consciente (mesmo q. nao
necessariamente auto-consciente).

Tto qto sabemos plantas, amebas e virus nao sao seres sensientes -- por
criterio de simplicidade descartamos q. tenham uma moral (qto menos 'a
moral' -- se eh q. existe 'a moral' mesmo para os seres humanos).

Nao ha' nada que indique q. uma drosofila possua consciencia. Tbm por
parcimonia, nao consideramos uma moralidade drosofilidea.

De forma q. a moralidade embora tenha sua importancia em varias areas, nao
parece ser fundamental no quesito de definicao ou conceituacao de ser
vivo. Embora influa nos tratamentos que eventualmente dispensamos a tais
seres.

[Opiniao estritamente pessoal...]

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] TGBD e bosons de Higgs
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/12/2000 22:20


----- Original Message -----
From: Claudio Abreu

> Prezado Roberto Belisário,
>
> Este nosso debate está ótimo, não acha? Vamos lá.

Oi, Cláudio. Vou truncar a mensagem para ela não ficar grande demais.

(...) [Paralelo entre a abordagem de Abdus Salam e a construção de biduais]

> Abdus Salam:
> > "É preciso misturar o velho fóton f e o novo Zo para expurgar a teoria
de
> > quantidades infinitas e inconsistências no sentido de Dirac.
>
> Claudio:
> Será que "para expurgar as quantidades infinitas e inconsisteências no
> sentido de Dirac" não poderia ser visto como seria previsto pela TGBD que
se
> já existia o fóton, teria que existir algo que pudesse com ele formar um
> Dual, no caso o Externo?

Só se a formação de um dual implicasse necessariamente na eliminação de
quantidades infinitas como as que aparecem na Física das Partículas. Aí as
duas abordagens seriam equivalentes.

> Abdus Salam:
> > Nessa etapa, todas as quatro partículas W+, W- e Zo, bem como
> > o fóton, teriam massas de repouso zero.
>
> Claudio:
> Esta é uma suposição ou não?

Pelo que pude ver passando os olhos rapidamente pelas equações do livro
do Griffiths, não é uma suposição: isso surge naturalmente da teoria de
Glashow-Weinberg-Salam.

> Abdus Salam:
> > "As massas dos objetos pesados (W+, W- e Zo) surgem em decorrência de
uma
> > transição de fase que ocorre a uma temperatura de cerca de 300 massas do
> > próton nos primórdios do universo.
>
> Claudio:
> Esta é uma outra suposição, ou não?

Também parece que não. Parece ser uma conseqüência automática da
teoria.

> Abdus Salam:
> > Para ocasionar essa transição de fase, precisamos,
> > antes de mais nada, de um dubleto e de um antidubleto de
> > partículas de Higgs de spin zero (que não são de gauge). "
>
> Claudio:
> Esta é uma outra suposição, ou não? O porque do spin zero eu não sei, mas
> deve ter alguma explicação. O interessante é que esta suposição se dá
> novamente aplicando-se uma estrutura bidual, um dubleto de partículas e o
> antidubleto de antipartículas

Pelo que ele diz, é uma necessidade teórica: essa combinação de
partículas de Higgs seriam necessárias para ocasionar a transição de fase.

Repare o seguinte: em um livro de divulgação científica, jamais de conta
a história toda. Simplesmente porque não dá; para contar a história toda só
com o uso das equações. Então a coisa é exposta de um modo "pronto", sem
mostrar a origem precisa dos conceitos. Por isso, grande parte dos conceitos
soam como suposições. Mas a maioria esmagadora deles não é, é conseqüência
natural da teoria.

(...)
> Claudio:
> O que eu gostaria de saber, se você souber, é ou não uma suposição o fato
> das particulas W e Z não terem massa antes da temperatura crítica.

Como eu disse antes, não é uma suposição, é uma necessidade teórica.

(...)

> (...) Mas questiono se de fato antes da
> temperatura crítica eles interagiriam entre si. O que eu não consigo
> entender é porque somente no instante da quebra de simetria as partículas
W
> e Z interagiriam com os bosons de Higgs. Afinal porque eles (W e Z e os H)
> não poderiam interagir entre antes da quebra espontânea de simetria? Em
> outras palavras, W e Z interagiriam só com o foton ou também com bósons de
> Higgs antes da quebra de simetria? Você sabe algo a respeito disto?

Todas essas interações ocorriam também antes da quebra da simetria.
Ocorre que a quebra da simetria se dá em temperaturas extremamente altas
(estamos a frações de segundo após o Big-Bang!). Nessas temperaturas, a
interação entre as partículas existe, mas elas não conseguem formar nada.
Assim como nessas temperaturas os elétrons não conseguem se reunir aos
prótons formando átomos de hidrogênio, provavelmente (estou supondo, mas
acho extremamente plausível) os bósons de Higgs não se associavam aos W e Z
por causa da agitação térmica.

Sobre os "critérios": vou dar uma pensada no que você escreveu e
comparar com os exemplos de biduais que você mostrou.

> Claudio - mensagem anterior:
> > Repare que o próprio Salam corrobora tal questão ao não especificar
> direito
> > de quem o Zo absorveria a carga, se do H+o ou do H-o, saindo-se com
essa:
> > "Zo adquire massa pela incorporação de urna parte das partículas neutras
> de
> > Higgs (Ho + H-o) , deixando a outra parte integrante (H+o - H-o)".
> >
> > Ressalto o que não entendi o que ele quis dizer com a soma ( Ho + H-o )
e
> > com a diminuição ( Ho - H-o), mas também não explicou...
>
> Roberto Belisário:
> Eu explico. São superposições quânticas. Como eu disse num outro e-mail:
> A Física Quântica permite que os sistemas físicos possam se encontrar em
> estados físicos constituídos de "combinações" de outros estados - como o
> famoso Gato de Schrödinger, que é colocado hipoteticamente numa combinação
> de estado vivo com estado morto. Então o H0 + anti-H0 é uma superposição,
> uma combinação dessas duas partículas. A mesma coisa com o H0 - anti-H0; e
> os dois pares de coeficientes, (1,1) no primeiro caso e (1,-1) no segundo,
> indicam diferentes formas de fazer a combinação, que resultam em
diferentes
> estados físicos do par (H0, anti-H0). (Aqui eu chamo de anti-H0 o que você
> chama de H-o).
>
> Claudio:
> Deixe-me ver se eu entendi. Será que é mais uam Bidualidade?
> Dual Interno:
> 1. Ho 2. antiHo
> Dual Externo:
> 3. Ho+antiHo 4. Ho - antiHo

Pode ser...

> Haveria outras possibilidades além das mostradas acima? Ou seriam somente
> estas 4, formando um bidual?

Isso é pergunta para você responder... :)

> Roberto Belisário:
> Desta forma, não é que o Salam não deixa claro se é o H0 ou o anti-H0
> que é absorvido pela Z0: ele deixa claro que não é nenhuma das duas, mas a
> combinação H0 + anti-H0 que é absorvida. Os físicos então estão procurando
o
> H0 - anti-H0.
>
> Claudio:
> Entendi. Agora você sabe me explicar o porque da diferença do W+ absorver
o
> H+ e o W- absorver o H- e não superposições deles, tal com no caso do Zo?

Eu não tenho a menor idéia... Não segui as equações e, mesmo se o
tivesse feito, duvido que soubesse como explicar em palavras.

> Claudio - mensagem anterior:
> > c) haveria mesmo a chamada quebra de simetria espontânea ao se passar
pela
> > temperatura crítica?
> >
> > Não tenho conhecimento para responder esta pergunta, e talvez você o
> tenha,
> > e, se for o caso, gostaria de saber o porque disto. Repare que, no mesmo
> > livro, Abdus Salam diz que no caso da força nuclear forte não existe tal
> > quebra de simetria. Não parece ser uma contradição, existir em uma e não
> > existir na outra?
>
> Roberto Belisário:
> Na verdade, o Modelo Padrão fala da quebra de simetria só nesse caso
> porque ele não unifica junto com a interação eletrofraca as outras duas, a
> forte e a gravitacional. Se unificasse, falaria também em quebra de
simetria
> nesses casos. As GUTs, que o fazem, falam de quebra de simetria para a
força
> nuclear. As quebras de simetria seriam responsáveis pela diferenciação
entre
> as forças nos primórdios do Universo, como você aponta no parágrafo
abaixo:
> primeiro, teria havido um tipo de força só; depois, quebrada a primeira
> simetria, teria se diferenciado a forte; quebrada a segunda, teria se
> diferenciado a força fraca - a gravitacional não sei e não sei se alguém
> sabe quando teria se diferenciado, porque ela não faz parte das GUTs.
>
> Claudio:
> O Abdus Salam diz que não haveria quebra de simetria na Cromodinâmica
> Quantica. Mas ela está dentro do tal Modelo Padrão, que só exclui a
> gravidade. Foi por isto que eu levantei a possibilidade de contradição.
> Afinal a força fraca interage com os quarks, protons e neutrons, eletrons
e
> neutrinos. Ora não fica difícil de achar que só haveria quebra de simetria
> no caso da eletrofraca?

Na verdade, o Modelo Padrão não unifica força nuclear e força
eletrofraca. Ele é a reunião de duas teorias, a QCD e a teoria das
interações eletrofracas, que usam o mesmo método matemático para cálculos,
mas que são duas coisas diferentes (apesar de falarem sobre as mesmas
partículas). As únicas unificações são eletricidade+magnetismo e
eletromagnetismo+interação fraca.

A quebra de simetria é um conceito associado à unificação entre duas
interações. Como há a teoria unificada do eletromagetismo e da força fraca
(QED), fala-se sobre quebra da simetria nesse caso. Se houvesse uma teoria
unificada da QCD com a QED, haveria uma segunda quebra da simetria. Mas não
há essa unificação. É por isso que não há nada sobre quebra de simetria na
QCD - porque ela não é a unificação de ninguém com ninguém.

> Robert Belisário:
> Agora, não está claro para mim o que significa "forças unificadas" no
> contexto da TGBD. Não me parece que simplesmente enquadrando as partículas
> virtuais em esquemas quatro-a-quatro é suficiente para unificar as forças.
> Você pode esclarecer esse ponto?
>
> Claudio:
> Acredito que o fato da eletrofraca ter uma estrutura bidual já a
trnasforma
> numa Unidade em equilíbrio total, e portanto "unificada". Gostaria de
saber
> o que representaria para os físicos a tal unificação das forças: seria um
> unificação física mesmo ou apenas uma unificação teórica, que validadesse
as
> teorias existentes? Se for uma unificação teórica, acho que a TGBD já o
faz.
> O que acho interessante é dar como unificada a eletro-fraca se ainda não
se
> confirmou a existência dos tais bosons de Higgs

Dizer que duas forças estão unificadas implica em algumas coisas
importantes:

(1) que existe um único formalismo matemático para dar conta delas. O
eletromagnetismo, por exemplo, dá conta da eletricidade e do magnetismo. A
teoria eletrofraca das duas mais da força fraca.

(2) que há situações de energia extrema onde as duas forças tornam-se
indistinguíveis (a situação antes da tal "quebra de simetria"). Por exemplo,
a teoria eletrofraca fala da quebra de simetria que fez diferenciar a força
eletromagnética da força fraca.

(3) que há fenômenos físicos que não existiriam se as duas forças fossem
consideradas separadamente, mas que aparecem numa teoria unificadora. Por
exemplo, sabemos que uma corrente elétrica pode gerar um campo magnético,
coisa que não poderia existir se eletricidade e magnetismo fossem
considerados separadamente.

Desta forma, parece-me necessário algo mais para dizer que a TGBD
unifica as forças.

Sobre os bósons de Higgs: é de fato um pouco afoito dizer que o
eletromagnetismo e a força fraca estão unificadas, antes de se saber se o
bóson de Higgs existe ou não. Porém, algumas confirmações experimentais de
previsões da teoria, de enorme relevância, ergueram esta teoria ao nível da
ortodoxia mesmo antes da detecção dos bósons de Higgs:

(1) a teoria previu a existência das partículas W+, W- e Z0, e previu os
valores de suas massas e de suas cargas. Em 1983, essas partículas foram
observadas no acelerador do CERN. Além disso, os valores das massas e das
cargas bateram com os da previsão teórica, dentro dos erros experimentais.
Observações posteriores corroboraram isso.

(2) a teoria também previu a existência de um novo tipo de interação
(!), chamada interação fraca de corrente neutra. (O outro tipo de interação
fraca é a "interação fraca de corrente carregada"). A interação de corrente
neutra é intermediada pelo Z0, e a de corrente carregada pelo W+ e W-. A
existência desta interação foi confirmada experimentalmente no CERN em 1973.

> Roberto Belisário:
> 3) Há alguma previsão da TGBD que possa ser testada em laboratório? (A
> inexistência do bóson de Higgs não vale, porque essa previsão foi
"anulada"
> no seu outro e-mail...).
>
> Claudio:
> Não vejo assim. Aquela segunda mensagem foi uma espécie de gozação. Quis
> mostrar o fato interessante de também os bosons de Higss, que são uma
> suposição, terem uma estrutura bidual. Mas isto por si só não assegura que
> eles estão validados pela TGBD, na medida que eles naõ se encaixam na
> bidualidade 3 Familias X Partículas de Força. Desta forma, é como você
> falou: se eles não forem encontrados é ponto para a TGBD, se sim será
> necessário reformular a TGBD ou talvez o enquadramento do bidual do caso 3
> Familias X Partículas de Força.

OK, saquei. Nem vou precisar responder a mensagem separada sobre eles.
Então ainda esperamos ansiosamente pelos resultados do Brookhaven.

Neste ponto, gostaria de fazer mais uma pergunta, que me parece crucial:
até agora, toda a TGBD me pareceu como um amplo esquema de classificação dos
elementos da Natureza. Para ser uma teoria de tudo, como você defende, ela
teria que permitir previsões numéricas tais como: o valor da massa do
elétron, as cargas das partículas, o valor das constantes fundamentais (mas
não vou exigir tanto agora, a teoria ainda está no começo) e também todas as
coisas que as outras teorias permitem calcular, desde o espectro dos átomos
até a equação de movimento retilíneo e uniforme.

Então pergunto: você já fez algum cálculo com essa teoria? Tem algum
resultado numérico para comparar com os experimentos?

Até a próxima...
Belisário




SUBJECT: Dinossauros
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: Ciencialist - grupo de discussão <ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/12/2000 22:48

Pessoal,

Uma dúvida atroz me tira o sono há anos. Vejo que os paleontólogos
parecem conseguir pegar o esqueleto de um dinossauro e inferir o seu aspecto
exterior. Isto para mim é um mistério completo. Alguém pode me falar sobre o
grau de certeza com que se pode inferir este aspecto exterior? E por que
meios isso é feito?

Até,
Belisário

-----------------------------------------------------
Roberto Belisário Diniz
rbdiniz@terra.com.br
Laboratório de Estudos Avançados de Jornalismo (Labjor)
http://www.uniemp.br/labjor/
Veja também: Revista Com Ciência
http://www.comciencia.br
-----------------------------------------------------



SUBJECT: Re: [ciencialist] TGBD e bosons de Higgs
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: Ciencialist - grupo de discussão <ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/12/2000 22:52

Em tempo, antes que o engano se propague...

----- Original Message -----
From: Roberto Belisario

> A quebra de simetria é um conceito associado à unificação entre duas
> interações. Como há a teoria unificada do eletromagetismo e da força fraca
> (QED), fala-se sobre quebra da simetria nesse caso. Se houvesse uma teoria
> unificada da QCD com a QED, haveria uma segunda quebra da simetria. Mas
não
> há essa unificação. É por isso que não há nada sobre quebra de simetria na
> QCD - porque ela não é a unificação de ninguém com ninguém.

Onde se lê "QED", leia-se "teoria eletrofraca"!
Inté,
Belisário





SUBJECT: Re: [ciencialist] Queda livre
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 20/12/2000 05:15



> He he he ... relatividade. Experimente 'pegar' o cursor e arrastar a barra divisória que separa sua coluna de pastas da coluna de textos. Ou ainda, clicar no canto superior direita da página em 'maximizar'.
>
> []
> Léo


Não é tão elementar meu caro Léo...

[] Eduardo


SUBJECT: Biblioteca basica.
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 20/12/2000 08:27


Seguidamente vejo integrantes da lista citando livros.... e na hora em
que estou pensando em comprar um novo livro... tenho dificuldades de
lembrar as informacoes.

Serah que nao seria interessante o pessoal fazer uma selecao dos
melhores livros? Pra ter tipo uma lista dos top. Ou serah que essa lista
seria muito extensa?

Pra nao tumultuar a Ciencialist seria adequado enviar para o endereco
de apoio.... CIENCIALIST arroba MAIL ponto COM .

Vou tentar arrumar essa listagem de livros e disponibilizar no site de
apoio a
lista http://www.ciencialist.hpg.com.br . Mas isso vai ficar pro proximo
milenio. :)

Seria melhor indicar livros mais gerais e disponiveis em portugues.

Ateh mais.
Luis Brudna


SUBJECT: Re: [ciencialist] Dinossauros
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: Ciencialist - grupo de discussão <ciencialist@egroups.com>
DATE: 20/12/2000 10:07

On Tue, 19 Dec 2000, Roberto Belisario wrote:
> Uma dúvida atroz me tira o sono há anos. Vejo que os paleontólogos
> parecem conseguir pegar o esqueleto de um dinossauro e inferir o seu aspecto
> exterior. Isto para mim é um mistério completo. Alguém pode me falar sobre o
> grau de certeza com que se pode inferir este aspecto exterior? E por que
> meios isso é feito?

Vendo toda essa discussao sobre fundamentos de fisica sinto-me um tapado
completo. Mas isso acho q. posso responder - ao menos em parte.

A anatomia comparada permite dizer com algum grau de acuidade onde os
principais musculos se inseriam e se originavam: muitas vezes isso deixa
marcas nos ossos (protuberancias e areas rugosas: da proxima vez em q.
for comer um frango assado -- um moderno dinossaro penado -- preste
atencao no modo como estao dispostos os musculos). Os estudos dos
organismos aparentados (aves e crocodilos) ou com aparencia/funcao
ecologica similar ainda vivos nos dao uma ideia dos tipos musculares e
suas proporcoes relativas. Estudos de biofisica permitem tbm visualizar os
tipos de movimentos q. uma determinada articulacao permitia -- e com isso
inferir os musculos necessarios para tal movimento.

Alguns fosseis muito bem preservados possuem tecidos moles petrificados
(uma substituicao bastante delicada dos restos organicos por mineiras,
preservando a forma e ateh a estrutura fina delas), entre os quais se
incluem musculos e tendoes.

Reconstituindo, a partir de esqueletos, o sistema muscular principal temos
jah uma boa ideia do formato geral - nao soh dos dinossauros como de
outros vertebrados fosseis. Na verdade um esqueleto relativamente
completo por si soh, jah dah uma boa ideia do aspecto do animal (qq um
reconhece uma girafa pelo esqueleto ou um esqueleto humano e assim por
diante).

Bem, falta agora a pele. Podemos novamente utilizar animais modelos e tbm
entre aqueles tecidos moles fossilizados temos peles de alguns
dinossauros. Alguns apresentavam ossos dermicos q. sao mais faceis de se
preservar: as placas dos estegossauros sao os mais evidentes, os
anquilossauros eram praticamente todo revestido desses ossos, formando
uma couraca coberta por uma fina camada de pele. Mas impressoes mais
delicadas tbm jah foram encontradas - e apontam para um pele escamosa,
como os repteis atuais. Impressoes de penas tbm jah foram encontradas em
volta de fosseis de dinossauro.

Tudo isso, claro, depende de uma boa dose de imaginacao tbm. Mas o aspecto
mais especulativo eh em relacao 'a cor q. os dinossauros teriam. Eh
possivel fazer algumas tentativas de inferencias -- comparando com o tipo
de vida q. levavam em relacao ao q. encontramos hj. Os animais maiores em
geral apresentam uma coloracao pardacenta: os paquidermes. Eh possivel
q. os grandes sauropodos tivessem um padrao semelhante. Animais menores
apresentam camuflagem de acordo com o ambiente em q. vivem - padroes de
machas e listras coloridas: talvez os menores tivessem algo parecido.
Muitas aves (q. sao dinossauros modernos) apresentam penas coloridas -- em
especial os machos -- dinossauros com penas poderiam ser assim. Talvez no
futuro possam desenvolver tecnicas ultra-refinadas q. permitam extrair
os resquicios de pigmentos degradados da rocha em volta dos fosseis, o q.
nos daria uma indicacao da coloracao -- mas por eqto nao ha' nada q. se
pareca com isso.

Entao a reconstituicao de organismos fosseis (mesmo os q. possuem
exoesqueleto -- como os artropodos -- ou plantas) eh uma mistura de
conhecimento embasado em dados e chutes intuitivos. (Procura-se sempre
diminuir a proporcao dos chutes -- uma coisa interessante a se fazer eh
verificar como a imagem de um dado grupo modifica-se com o tempo: desde
os desenhos de Richard Owen -- ou ateh antes, os dragoes chineses, p.e.
-- passando pela arte de Richard Knight e vindo para os dias atuais:
Gregory Paul, Stephen Szerckas, Animatronics e cia.)

Livros textos introdutorios sobre dinossaurologia (e alguns bons livros de
divulgacao) trazem as ideias basicas da reconstituicao artistica desses
organismos. Tem um livro sobre ilustracao cientifica muito bom, mas
infelizmente nao estou me recordando do nome.

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Popper - Dúvida
FROM: "Frederico Bortolato" <frederico@hexasolution.com.br>
TO: "CienciaList" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 20/12/2000 10:10

Saudações a todos

Comecei a me interessar por Filosofia e Ciencia a pouco tempo, e recentemente li algumas resenhas sobre o trabalho de Karl Popper sobre a doutrina do falseamento. Gostaria da ajuda de vocês, pois tive muita dificuldade em entender sua teoria sobre como determinar se determinada teoria é ciêntífica ou não. O texto dizia que tal teoria deveria ser falseável e é justamente neste ponto onde me ocorreram a maioria das dúvidas. O que significa exatemente uma teoria ser falseável? Se tal teoria é falseável, não significa que ela não é válida para os propósitos que foi criada?

Agradeço qualquer ajuda.

Um abraço a todos.


Frederico.


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Popper - Dúvida
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: CienciaList <ciencialist@egroups.com>
DATE: 20/12/2000 10:40

Frederico,

outros da lista poderao ser mais precisos e completos.

mas nao confunda ser falseavel (*poder* ser demonstrada falsa) com ser
falsa (*ser* demonstrada falsa).

uma teoria eh cientifica na visao de popper se se *pode* ser mostrada
falsa, mas soh eh valida se ainda *nao* foi mostrada como falsa.

(uma analogia meio fraca -- um individuo eh mortal se ele *pode*
morrer... se ele jah estah morto, nao faz muito sentido considera'-lo como
mortal -- ele *foi* mortal.)

qto mais exposta uma teoria (ou hipotese) a essas condicoes em q. ela pode
falhar (mais previsoes e previsoes mais detalhadas) e ainda assim ela nao
falha, reforca a suspeita de q. ela pode estar correta ou no caminho
certo pelo menos. popper evitou falar em probabilidades de uma
teoria/hipotese estar correta -- ele nao considera q. se uma teoria passou
em um teste ela tenha aumentado a sua chance de estar correta (digamos de
50% para 60%), suponho (corrija-me Alberto) q. ele pensasse mais em termos
de confianca subjetiva em relacao a essa teoria.

mas eu particularmente aposto q. com uma boa modelagem estatistica
poderiamos ateh falar em aumento de probabilidade...

(ha' tbm alguns problemas em relacao as tais experimentos cruciais --
jah q. sempre se pode mudar as premissas -- q. funcionarao como boi de
piranha ou bode expiatorio -- e inventar alguma desculpa esfarrapada para
tentar explicar por q. uma previsao falhou... eh o q. mantem vivo coisas
como nostradamus e as 'teorias excentricas')

[]s,

roberto takata



SUBJECT: como medir a inclinacao de uma rua?
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 20/12/2000 13:14

pessoal,

eu e o leo estamos matutando sobre um problema fundamental para o bem
estar da humanidade:

existe algum meio pratico e razoavelmente preciso para medir o grau de
inclinacao de uma rua?

nao vale teodolito e instrumentos sofisticados (telemetria por satelites,
p.e.).

o nivel de bolha tem o problema da bolha se prender a uma elevacao local,
o nivel de mangueira da imprecisao (especialmente se a rua for mais
comprida do q. a mangueira ou o desnivel for um tto sutil -- embora seja
a melhor solucao pensada ateh o momento).

caneta laser tbm nao vale (sofisticada demais).

a inclinacao eh tal q. visualmente nao podemos ter certeza de se a rua
estah ou nao inclinada em uma dada direcao. e rua pode ter ligeiras
diferencas de inclinacao em diferentes trechos (de forma q. medidas
puntuais de inclinacao podem nos levar a conclusoes erroneas: e.g. medir
em um ponto a inclinacao com a ajuda de um prumo e um transferidor).

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] como medir a inclinacao de uma rua?
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 20/12/2000 13:55

Roberto Mitsuo Takata wrote:
> pessoal,
> eu e o leo estamos matutando sobre um problema fundamental para o bem
> estar da humanidade:
>
> existe algum meio pratico e razoavelmente preciso para medir o grau de
> inclinacao de uma rua?

Que tal o que eu desenhei em http://lab.bsi.com.br/tborges/nivel.jpg

Precisa de um tripé, um bastão com uma marca na mesma altura do nível,
uma base de madeira, dois tocos de lápis do mesmo tamanho, um
transferidor de plástico e um tubinho de borracha plástica transparente
com água e uma bolha de ar [pode ser trocado por um prumo com o
tranferidor de ponta cabeça].

[]s
==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
==========================================================


SUBJECT: Re: [ciencialist] como medir a inclinacao de uma rua?
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 20/12/2000 14:04

TARCISIO BORGES wrote:
> > existe algum meio pratico e razoavelmente preciso para medir o grau de
> > inclinacao de uma rua?
>
> Que tal o que eu desenhei em http://lab.bsi.com.br/tborges/nivel.jpg

Com o prumo fica assim:

http://lab.bsi.com.br/tborges/nivel2.jpg

[]s
==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
==========================================================


SUBJECT: Re: [ciencialist] como medir a inclinacao de uma rua?
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 20/12/2000 14:19

Que tal colocar um recipiente de vidro com água sobre o asfalto e medir
a inclinação que superfície da água faz com a borda do recipiente (o
recipiente é previamente construído de modo que a borda é paralela ao seu
fundo)?

Pode-se repetir o experimento em vários pontos da rua e então determinar
sua inclinação média.

O recipiente pode ser suficientemente comprido para que a medida da
inclinação tenha a precisão desejada.

Até,
Belisário

----- Original Message -----
From: Roberto Mitsuo Takata

> pessoal,
>
> eu e o leo estamos matutando sobre um problema fundamental para o bem
> estar da humanidade:
>
> existe algum meio pratico e razoavelmente preciso para medir o grau de
> inclinacao de uma rua?
>
> nao vale teodolito e instrumentos sofisticados (telemetria por satelites,
> p.e.).
>
> o nivel de bolha tem o problema da bolha se prender a uma elevacao local,
> o nivel de mangueira da imprecisao (especialmente se a rua for mais
> comprida do q. a mangueira ou o desnivel for um tto sutil -- embora seja
> a melhor solucao pensada ateh o momento).
>
> caneta laser tbm nao vale (sofisticada demais).
>
> a inclinacao eh tal q. visualmente nao podemos ter certeza de se a rua
> estah ou nao inclinada em uma dada direcao. e rua pode ter ligeiras
> diferencas de inclinacao em diferentes trechos (de forma q. medidas
> puntuais de inclinacao podem nos levar a conclusoes erroneas: e.g. medir
> em um ponto a inclinacao com a ajuda de um prumo e um transferidor).
>
> []s,
>
> roberto takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] Popper - Dúvida
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 20/12/2000 15:55



Roberto Mitsuo Takata wrote:

>
> mas eu particularmente aposto q. com uma boa modelagem estatistica
> poderiamos ateh falar em aumento de probabilidade...

Uma teoria ou está certa desde o inicio ou está errada desde o
inicio. Por isso não faz sentido falar em "probabilidade de uma teoria
estar certa". Uma nova experiencia não altera a validade de uma
teoria.

Quanto muito altera a quantidade de informação que nós
possuimos acerca da sua validade. No entanto o número de
experiências que se podem fazer acerca de uma teoria é infinita
e por isso a informação que nós possamos recolher acerca dela
é sempre insuficiente enquanto não se provar que a teoria é
falsa. Se 10 experiências deram certo e a 11ª também deu certo
como é que você mede o seu aumeno de conhecimento se ainda
faltam infinitas experiências?

joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] como medir a inclinacao de uma rua?
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 20/12/2000 16:42

Luiz Ferraz Netto wrote:
> Equipamento tarcisiano: vamos supor apenas uma rua de um quarteirão (100 m). Será que o aluno olhando ao longo da linha que passa pelas pontas dos lápis vai conseguir enxergar uma bolinha a 100 m de distância? Seria conveniente trocar a bolinha por uma vela acesa (e protegida do vento)?

Depende do contraste da bolinha [ou alvo, ou qualquer coisa] com o
fundo. A idéia da vela é interesante, pode ser dentro de um vidro de
maionese. Ou se quisermos ser maldosos, pode-se trocar o alvo por uma
caneta laser mirando no olho da vítima :-D

[]s
==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
==========================================================


SUBJECT: Re: [ciencialist] como medir a inclinacao de uma rua?
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 20/12/2000 17:18

Outra sugestão: coloque no chão duas escadas, ao longo da rua, a uma
distância de uns dois metros. Coloque, apoiada sobre as duas escadas, uma
tábua (de mais de 2 metros, evidentemente). Coloque alguma coisa debaixo de
uma de suas pontas até que ela esteja bem na horizontal, verificando a
horizontalidade com um nível de bolha.

Coloque ao lado do pé da escada A (definida como a que está na parte
mais alta da rua) um espelho pousado numa outra tábua longa, esta por sua
vez pousada sobre a rua. A tábua longa serve para minimizar a influência de
irregularidades locais na rua sobre a inclinação do espelho. Com o auxílio
de um nível de bolha, coloque calços sob uma das extremidades da tábua até
que ela fique na horizontal.

Agora pendure uma lanterna acesa debaixo de uma das extremidades da
tábua que está sobre as escadas ("tábua de cima"), de forma que sua luz
atinja o espelho no chão. Com um fio de prumo, certifique-se de que o facho
esteja atingindo o espelho bem na vertical debaixo da própria lanterna. Se
as duas tábuas estiverem na horizontal, a luz deverá refletir no espelho e
atingir a própria lanterna. Com isso pode-se calibrar ainda melhor as
horizontalidades.

Bem. Agora, tire todos os calços com os quais você tinha feito a tábua
do chão ("tábua de baixo") ficar na horizontal. Essa tábua adquirirá então a
inclinação da rua. O espelho sobre a tábua de baixo vai seguir essa
inclinação. A luz da lanterna vai refletir no espelho inclinado e atingir a
tábua de cima em um determinado ponto. Veja a distância entre esse ponto e o
lugar onde a luz atingia a tábua de cima originalmente. Sabendo esta
distância e sabendo a altura da escada - e sabendo que a tábua de cima está
perpendicular ao facho da lanterna - você pode calcular a inclinação da rua.

A filosofia deste experimento é: se é complicado medir as distâncias ao
longo da rua necessárias para se saber o ângulo, então meçamos as distâncias
perpendiculares, pois o ângulo entre duas retas é o mesmo que entre outras
duas que lhes são correspondentemente perpendiculares.

Não sei se ficou claro pela minha exposição, não sei fazer desenhos como
vocês...

Até,
Belisário




SUBJECT: Re: [ciencialist] como medir a inclinacao de uma rua?
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: Ciencialist - grupo de discussão <ciencialist@egroups.com>
DATE: 20/12/2000 17:23

Uma curiosidade: há uma rua em Belo Horizonte chamada "Rua do Amendoim",
que, por causa de uma ilusão de ótica causada pelo ambiente ao redor, parece
ter uma leve inclinação em sentido contrário ao que realmente tem. O
resultado é que a água parece correr para cima, as latas rolarem para cima,
sob os olhos atônitos dos transeuntes. Eu já fui lá e vi, é uma coisa de
doido.

Até,
Belisário





SUBJECT: Re: [ciencialist] como medir a inclinacao de uma rua?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 20/12/2000 17:31

Ótimas sugestões já apareceram, tanto do Tarcísio como do Belisário. Independente do texto onde essas sugestões serão encaixadas (com as devidas autorizações e créditos) são procedimentos muito bem adequados para o ensino médio e merecem serem colocadas on-line. Irão para o Imperdível.
Como sempre, vejamos as ressalvas:
Equipamento tarcisiano: vamos supor apenas uma rua de um quarteirão (100 m). Será que o aluno olhando ao longo da linha que passa pelas pontas dos lápis vai conseguir enxergar uma bolinha a 100 m de distância? Seria conveniente trocar a bolinha por uma vela acesa (e protegida do vento)?
Equipamento belisariano: Com nossa rua de 100 m e um desnível de 1m (uma boa inclinação), em 1m teremos 1cm. Isso dá uma boa precisão, mesmo desconsiderando efeitos de menisco. O problema é essa cuba de 1m de extensão. Se trocarmos por uma mangueira, recaímos no caso do nível de mangueira (dos pedreiros). Onde os garotos de Tiririca da Serra iriam encontrar tal cuba?

De todo modo, continua valendo ... e se alguém tem mais propostas não se sintam acanhados :-)
Ah! O método de Poggendorff usando uma caneta laser já foi pensado!

[]'
Léo
------------------------------
-----Mensagem Original-----
De: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: quarta-feira, 20 de dezembro de 2000 14:04
Assunto: Re: [ciencialist] como medir a inclinacao de uma rua?


| TARCISIO BORGES wrote:
| > > existe algum meio pratico e razoavelmente preciso para medir o grau de
| > > inclinacao de uma rua?
| >
| > Que tal o que eu desenhei em http://lab.bsi.com.br/tborges/nivel.jpg
|
| Com o prumo fica assim:
|
| http://lab.bsi.com.br/tborges/nivel2.jpg
|
| []s




SUBJECT: Re: [ciencialist] como medir a inclinacao de uma rua?
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: Ciencialist - grupo de discussão <ciencialist@egroups.com>
DATE: 20/12/2000 17:33


----- Original Message -----
From: Roberto Belisario

Obs.: Evidentemente a luz da lanterna não é colimada e atinge uma grande
área na "tábua de cima". Há que se determinar o centro da área iluminada, o
que não é difícil, pois o centro costuma ter uma luminosidade bem diferente
do resto. Como alternativa, podem usar o farol de um automóvel (os guris da
Tiririca da Serra devem saber onde fica o ferro-velho, e podem grudar uma
lâmpada dentro de um farol velho). Faróis são bem mais colimados que
lanternas. Inclusive, colocando a lâmpada mais ou menos para dentro do farol
pode-se achar um ponto onde a luz vai estar bem colimada.

Inté,
Belisário

> Outra sugestão: coloque no chão duas escadas, ao longo da rua, a uma
> distância de uns dois metros. Coloque, apoiada sobre as duas escadas, uma
> tábua (de mais de 2 metros, evidentemente). Coloque alguma coisa debaixo
de
> uma de suas pontas até que ela esteja bem na horizontal, verificando a
> horizontalidade com um nível de bolha.
>
> Coloque ao lado do pé da escada A (definida como a que está na parte
> mais alta da rua) um espelho pousado numa outra tábua longa, esta por sua
> vez pousada sobre a rua. A tábua longa serve para minimizar a influência
de
> irregularidades locais na rua sobre a inclinação do espelho. Com o auxílio
> de um nível de bolha, coloque calços sob uma das extremidades da tábua até
> que ela fique na horizontal.
>
> Agora pendure uma lanterna acesa debaixo de uma das extremidades da
> tábua que está sobre as escadas ("tábua de cima"), de forma que sua luz
> atinja o espelho no chão. Com um fio de prumo, certifique-se de que o
facho
> esteja atingindo o espelho bem na vertical debaixo da própria lanterna. Se
> as duas tábuas estiverem na horizontal, a luz deverá refletir no espelho e
> atingir a própria lanterna. Com isso pode-se calibrar ainda melhor as
> horizontalidades.
>
> Bem. Agora, tire todos os calços com os quais você tinha feito a tábua
> do chão ("tábua de baixo") ficar na horizontal. Essa tábua adquirirá então
a
> inclinação da rua. O espelho sobre a tábua de baixo vai seguir essa
> inclinação. A luz da lanterna vai refletir no espelho inclinado e atingir
a
> tábua de cima em um determinado ponto. Veja a distância entre esse ponto e
o
> lugar onde a luz atingia a tábua de cima originalmente. Sabendo esta
> distância e sabendo a altura da escada - e sabendo que a tábua de cima
está
> perpendicular ao facho da lanterna - você pode calcular a inclinação da
rua.
>
> A filosofia deste experimento é: se é complicado medir as distâncias
ao
> longo da rua necessárias para se saber o ângulo, então meçamos as
distâncias
> perpendiculares, pois o ângulo entre duas retas é o mesmo que entre outras
> duas que lhes são correspondentemente perpendiculares.
>
> Não sei se ficou claro pela minha exposição, não sei fazer desenhos
como
> vocês...
>
> Até,
> Belisário




SUBJECT: Re: [ciencialist] Popper - Dúvida
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 20/12/2000 17:36

On Wed, 20 Dec 2000, João Mário Miranda wrote:
> Uma teoria ou está certa desde o inicio ou está errada desde o
> inicio. Por isso não faz sentido falar em "probabilidade de uma teoria
> estar certa". Uma nova experiencia não altera a validade de uma
> teoria.

veja bem, acho q. vc se lembra daquele experimento dos bombons. o ganhador
estah definido desde o inicio, a quantidade de informacao logicamente nao
ira' alterar o q. podemos chamar de probabilidade intrinseca (q. eh
binaria -- ou estah certa ou errada como vc apontou) -- mas eh bem
factivel falarmos em probabilidade 'extrinseca' -- subjetiva -- ou se nao
quiser falar em probabilidade: podemos falar em indice de confiabilidade
(embora estejamos falando da mesma coisa).

> falsa. Se 10 experiências deram certo e a 11ª também deu certo
> como é que você mede o seu aumeno de conhecimento se ainda
> faltam infinitas experiências?

nao existem infinitos experimentos em um universo finito. pode ser
muuuuuuuuuito grande de forma q. na pratica consideremos infinito, mas um
numero muuuuuuuuuuuuuuuuito grande finito admite incremento e decremento.

mas como isso provavelmente exigiria uma modelagem bastante complicada e
nao sei se traria algume beneficio -- pratico ou epistemologico --
provavelmente nao precisaremos nos preocupar com isso.

de qq forma sao gdes as possibilidades de eu estar errado (soh nao sei
dizer qual o valor, re re...).

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] como medir a inclinacao de uma rua?
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 20/12/2000 17:46

Gente, esse experimento é idiota demais!!! Uma alternativa muito mais
óbvia é colocar uma lanterna na horizontal sobre uma tábua na horizontal e
colocar a uns dois metros uma tábua vertical, e ver onde a luz da lanterna
bate!

Perdoem a energumeneidade do teórico. E ainda vem com esse papo de
perpendiculares...

O problema é determinar o centro da área iluminada. Será que fica tão
impreciso assim?

Até,
Belisário

----- Original Message -----
From: Roberto Belisario

> Outra sugestão: coloque no chão duas escadas, ao longo da rua, a uma
> distância de uns dois metros. Coloque, apoiada sobre as duas escadas, uma
> tábua (de mais de 2 metros, evidentemente). Coloque alguma coisa debaixo
de
> uma de suas pontas até que ela esteja bem na horizontal, verificando a
> horizontalidade com um nível de bolha.
>
> Coloque ao lado do pé da escada A (definida como a que está na parte
> mais alta da rua) um espelho pousado numa outra tábua longa, esta por sua
> vez pousada sobre a rua. A tábua longa serve para minimizar a influência
de
> irregularidades locais na rua sobre a inclinação do espelho. Com o auxílio
> de um nível de bolha, coloque calços sob uma das extremidades da tábua até
> que ela fique na horizontal.
>
> Agora pendure uma lanterna acesa debaixo de uma das extremidades da
> tábua que está sobre as escadas ("tábua de cima"), de forma que sua luz
> atinja o espelho no chão. Com um fio de prumo, certifique-se de que o
facho
> esteja atingindo o espelho bem na vertical debaixo da própria lanterna. Se
> as duas tábuas estiverem na horizontal, a luz deverá refletir no espelho e
> atingir a própria lanterna. Com isso pode-se calibrar ainda melhor as
> horizontalidades.
>
> Bem. Agora, tire todos os calços com os quais você tinha feito a tábua
> do chão ("tábua de baixo") ficar na horizontal. Essa tábua adquirirá então
a
> inclinação da rua. O espelho sobre a tábua de baixo vai seguir essa
> inclinação. A luz da lanterna vai refletir no espelho inclinado e atingir
a
> tábua de cima em um determinado ponto. Veja a distância entre esse ponto e
o
> lugar onde a luz atingia a tábua de cima originalmente. Sabendo esta
> distância e sabendo a altura da escada - e sabendo que a tábua de cima
está
> perpendicular ao facho da lanterna - você pode calcular a inclinação da
rua.
>
> A filosofia deste experimento é: se é complicado medir as distâncias
ao
> longo da rua necessárias para se saber o ângulo, então meçamos as
distâncias
> perpendiculares, pois o ângulo entre duas retas é o mesmo que entre outras
> duas que lhes são correspondentemente perpendiculares.
>
> Não sei se ficou claro pela minha exposição, não sei fazer desenhos
como
> vocês...
>
> Até,
> Belisário




SUBJECT: Re: [ciencialist] como medir a inclinacao de uma rua?
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: Ciencialist - grupo de discussão <ciencialist@egroups.com>
DATE: 20/12/2000 17:57

Eh mais ou menos nessa ladeira (eh em BH ou Sao Tome das Letras? Ou sera'
q. toda cidade mineira tem uma Ladeira do Amendoim?) q. estavamos pensando
inicialmente.

Pra quem nao puder se deslocar ateh Minas eh soh pegar um pedaco de papel,
dobrar ao meio e abrir deixando as metades formando um pequeno angulo
entre si. Pegue o papel deixando o vinco paralelo 'a linha q. une seus
olhos. Deixe a metade mais distante um pouco inclinada para baixo (a
partir do vinco para a extremidade) -- a metade mais proxima vai ficar
ligeiramente mais inclinada (da extremidade para o vinco). Olhe por sobre
a metade mais proxima -- a impressao q. se tem eh q. a metade mais
distante do papel 'sobe'...

Em

http://www.geocities.com/casosmisteriosos/ruas_mal_assombradas.html

tem mais detalhes.

O teodolito do Tarcisio eh bastante interessante e engenhoso, mas temo q.
precisariamos garantir um precisao no tamanho e disposicao dos lapis q.
nao sei se seria possivel: se houvesse um diferenca de 1 mm entre os
lapis, postados a 30 cm um do outro, isso causaria um erro de 1 m em 300
m...

O nivel de cuba do Belisario parece ser mais ou menos equivalente ao nivel
de mangueira. O problema eh q. certamente ela nao pode ser muito grande e
fazer varias medicoes para se calcular a media pode ser complicado. Soh
pegando um exemplo extremo pra exagerar -- digamos q. a via tivesse o
formato de uma escadaria, certamente ha' uma inclinacao media (somando-se
as inclinacoes de angulos zero e um e ponderando-se pelo comprimento e
altura dos degraus), mas com a cuba em si nao mediriamos as partes
verticais desses degraus -- o q. com os resultados teriamos uma inclinacao
zero de media. Sera' q. numa situacao bem mais suave, esse erro eh
eliminado? (A da lanterna sob a escada parece oferecer um problema
semelhante... ela basicamente eh o prumo com um transferidor)

Nota - por se tratar exatamente de uma rua 'anormal' nao podemos usar
vasos comunicantes nos extremos das ruas para ver pra q. sentido a agua
escoa.

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Popper - Dúvida
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 20/12/2000 18:10



Roberto Mitsuo Takata wrote:

> de qq forma sao gdes as possibilidades de eu estar errado (soh nao sei
> dizer qual o valor, re re...).

Não se preocupe. Se voce estiver errado acabará por ser corrigido mais
cedo ou mais tarde.

joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com




SUBJECT: Re: [ciencialist] como medir a inclinacao de uma rua?
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 20/12/2000 18:10

Roberto Mitsuo Takata wrote:
> O teodolito do Tarcisio eh bastante interessante e engenhoso, mas temo q.
> precisariamos garantir um precisao no tamanho e disposicao dos lapis q.
> nao sei se seria possivel: se houvesse um diferenca de 1 mm entre os
> lapis, postados a 30 cm um do outro, isso causaria um erro de 1 m em 300
> m...

Cuidando com o tamanho dos lápis e deixando-os a uma boa distância [1
metro quem sabe], os erros diminuem.

Ao invés de lápis, pode-se usar um triângulo [isóceles agudo] de madeira
grossa. Parte-se o triângulo no meio para que se tenha dois triângulos
idênticos [e iguais ao original] só que mais finos em profundidade [o
que não inflói nem contribói]. Já falei do aumento da distância? :-)

[]s
==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
==========================================================


SUBJECT: Re: Estranhos Viventes
FROM: "Sérgio Amorim" <sergioamorim@teleprom.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 20/12/2000 18:10

Talvez eu tenha precipitado ao chamar o que me refiro de A Moral. No
entanto quero continuar chamando assim, porem com certa reserva, pois
eh possivel que a moral tenha um principio e este seja confundido com
outros atributos.
Eh certo que nem tudo que eh vivo eh consciente ou auto-consciente,
mas podemos garantir que todo ente vivo tera´ seu momento de
escolha
entre um processo e outro para que haja qualquer tipo de
transformacao e evolucao. A moral a que me refiro eh esta capacidade
de escolha seja ela quimica, fisica, atomica, biologica, psiquica,
moral, social, etc. No entanto eh uma escolha e entao havera algum
tipo de proto-discernimento ou proto-moral necessaria e útil a
evolucao ate´ para o mais simples dos seres vivos.
Nao cabe dizer se esta escolha sera certa ou errada dentro do
universo de opcoes que se lhe apresenta. No tocante a evolucao a
partir de um principio, a tentativa e erro eh a sua essencia.
Descartamos entao a necessidade de consciencia ou de sistema nervoso.
Resumindo, esta capacidade de escolher ou esta moral, permite criar
uma linha de separacao entre o que eh ser vivo ou nao vivo.
Sinto que posso tambem dizer que se trata de uma opiniao pessoal e
nao algo ainda discutido pela optica da ciencia, mas talvez mereça
pelo menos esta nossa troca de opinioes.

Grato, Sergio



> Bem, a moral eh vagamente definida como um sentimento do que seja
certo ou
> errado. Como tal significa q. deve ser fruto de um padrao
especifico de um
> sistema nervoso e envolve algo de consciente (mesmo q. nao
> necessariamente auto-consciente).
> [Opiniao estritamente pessoal...]
>...
> []s,
>
> roberto takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] como medir a inclinacao de uma rua?
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 20/12/2000 18:25

Eu acho que deve ser possível determinar o desnivel de uma rua
a partir do comprimento da sombra de um objecto alto como uma
vara.

joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] como medir a inclinacao de uma rua?
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 20/12/2000 18:30

aumentando o trafego desnecessario:

se tivessemos um rifle de precisao era soh colocar uma melancia nivelada
na horizontal do outro lado da rua (nivelada pela linha q. une a insercao
do pedunculo - o cabinho - ao olho - a pequena reentrancia do lado
oposto). era soh atirar de longe com o rifle - posicionado na mesma altura
da melancia - apontando para o olho da melancia. se o tiro saisse pelo
pedunculo (ou para os lados) a rua seria plana, se saisse por cima, a rua
subiria naquele sentido; se saisse por baixo, a rua subiria.

mas rifles de precisao sao caros demais.

do teodolito acho q. a principal variavel de precisao q. poderemos mexer
eh mesmo a distancia entre os marcos de mira. talvez de dej certo. (soh
detalhe: os triangulos nao serao iguais na forma ao original - serao dois
triangulos retangulos, o original eh isosceles agudo)

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] como medir a inclinacao de uma rua?
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 20/12/2000 18:48

Roberto Mitsuo Takata wrote:
> (soh
> detalhe: os triangulos nao serao iguais na forma ao original - serao dois
> triangulos retangulos, o original eh isosceles agudo)

Eu tentei escolher bem as palavras mas acho que não consegui. A partição
do triângulo se daria na espessura da madeira, onde o perfil é
retangular, e não onde o perfil é triangular. Assim teríamos dois
triângulos idênticos.

[]s
==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
==========================================================


SUBJECT: Re: [ciencialist] como medir a inclinacao de uma rua?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 20/12/2000 19:20

E novamente descobrimos a roda com a perfeita descrição do método de Poggendorff do espelho girante.

Se o espelho gira de ângulo (alfa) (inclinação da rua) o raio refletido gira de duas vezes (alfa). Assim, tg(2.alfa) = h/d (h e d medidas tiradas da altura de uma tábua em relação à outra e d distância entre os dois focos de luz - antes/depois) , donde (alfa é a inclinação da rua).
Essa técnica de Poggendorff, como disse antes, já foi cogitada por mim (no lugar da lanterna comum usei lanterna laser).
Defeito pelo uso da lanterna comum: como determinar a distância entre 'as duas manchas luminosas' na tábua?

Em fim, valeu, o prêmio é participar!

[]'
Léo

-----Mensagem Original-----
De: Roberto Belisario <rbdiniz@terra.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: quarta-feira, 20 de dezembro de 2000 17:18
Assunto: Re: [ciencialist] como medir a inclinacao de uma rua?


Outra sugestão: coloque no chão duas escadas, ao longo da rua, a uma
distância de uns dois metros. Coloque, apoiada sobre as duas escadas, uma
tábua (de mais de 2 metros, evidentemente). Coloque alguma coisa debaixo de
uma de suas pontas até que ela esteja bem na horizontal, verificando a
horizontalidade com um nível de bolha.

Coloque ao lado do pé da escada A (definida como a que está na parte
mais alta da rua) um espelho pousado numa outra tábua longa, esta por sua
vez pousada sobre a rua. A tábua longa serve para minimizar a influência de
irregularidades locais na rua sobre a inclinação do espelho. Com o auxílio
de um nível de bolha, coloque calços sob uma das extremidades da tábua até
que ela fique na horizontal.

Agora pendure uma lanterna acesa debaixo de uma das extremidades da
tábua que está sobre as escadas ("tábua de cima"), de forma que sua luz
atinja o espelho no chão. Com um fio de prumo, certifique-se de que o facho
esteja atingindo o espelho bem na vertical debaixo da própria lanterna. Se
as duas tábuas estiverem na horizontal, a luz deverá refletir no espelho e
atingir a própria lanterna. Com isso pode-se calibrar ainda melhor as
horizontalidades.

Bem. Agora, tire todos os calços com os quais você tinha feito a tábua
do chão ("tábua de baixo") ficar na horizontal. Essa tábua adquirirá então a
inclinação da rua. O espelho sobre a tábua de baixo vai seguir essa
inclinação. A luz da lanterna vai refletir no espelho inclinado e atingir a
tábua de cima em um determinado ponto. Veja a distância entre esse ponto e o
lugar onde a luz atingia a tábua de cima originalmente. Sabendo esta
distância e sabendo a altura da escada - e sabendo que a tábua de cima está
perpendicular ao facho da lanterna - você pode calcular a inclinação da rua.

A filosofia deste experimento é: se é complicado medir as distâncias ao
longo da rua necessárias para se saber o ângulo, então meçamos as distâncias
perpendiculares, pois o ângulo entre duas retas é o mesmo que entre outras
duas que lhes são correspondentemente perpendiculares.

Não sei se ficou claro pela minha exposição, não sei fazer desenhos como
vocês...

Até,
Belisário




*** --- ***
Material para a pagina de apoio a Ciencialist
http://www.ciencialist.hpg.com.br
deve ser enviado para o mail
ciencialist@MAIL.com
*** --- ***






SUBJECT: En: [ciencialist] como medir a inclinacao de uma rua?
FROM: "Sheila" <hcaprini@uol.com.br>
TO: <ciencialist@eGroups.com>
DATE: 20/12/2000 21:04

Gosto da solução do Belisario.

Só uma perguntinha. Com se estimaria o erro?

[]s,

Sheila.

----- Original Message -----
From: Roberto Belisario
Que tal colocar um recipiente de vidro com água sobre o asfalto e medir
a inclinação que superfície da água faz com a borda do recipiente (o
recipiente é previamente construído de modo que a borda é paralela ao seu
fundo)?

Pode-se repetir o experimento em vários pontos da rua e então determinar
sua inclinação média.

O recipiente pode ser suficientemente comprido para que a medida da
inclinação tenha a precisão desejada.

Até,
Belisário

----- Original Message -----
From: Roberto Mitsuo Takata

> pessoal,
>
> eu e o leo estamos matutando sobre um problema fundamental para o bem
> estar da humanidade:
>
> existe algum meio pratico e razoavelmente preciso para medir o grau de
> inclinacao de uma rua?
>
> nao vale teodolito e instrumentos sofisticados (telemetria por satelites,
> p.e.).
>
> o nivel de bolha tem o problema da bolha se prender a uma elevacao local,
> o nivel de mangueira da imprecisao (especialmente se a rua for mais
> comprida do q. a mangueira ou o desnivel for um tto sutil -- embora seja
> a melhor solucao pensada ateh o momento).
>
> caneta laser tbm nao vale (sofisticada demais).
>
> a inclinacao eh tal q. visualmente nao podemos ter certeza de se a rua
> estah ou nao inclinada em uma dada direcao. e rua pode ter ligeiras
> diferencas de inclinacao em diferentes trechos (de forma q. medidas
> puntuais de inclinacao podem nos levar a conclusoes erroneas: e.g. medir
> em um ponto a inclinacao com a ajuda de um prumo e um transferidor).
>
> []s,
>
> roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Popper - Dúvida
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 20/12/2000 21:51

-----Mensagem Original-----
De: "Frederico Bortolato"
Para: "CienciaList" <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Quarta-feira, 20 de Dezembro de 2000 10:10
Assunto: [ciencialist] Popper - Dúvida

Olá Frederico

Escrevi alguma coisa a respeito em 1995 (para a revista Integração) e o
artigo está apresentado em
http://sites.uol.com.br/albmesq/artigos/metcien1.htm e páginas seguintes (3
páginas Web no total). O artigo intitula-se "Teoria sobre o Método
Científico" e os itens são:
1. Colocação do problema
2. O que é ciência?
3. O "ser" cientista
4. O argumento indutivista
5. O argumento dedutivista
6. O que é teoria?
7. O falsificacionismo
8. Entendendo o falsificacionismo
9. O falsificacionismo como delimitador da ciência
10. Enfim, a teoria do método

Se quiser o artigo em formato doc (para o Word) clique em
ftp://ftp.saojudas.br/pub/revint/255_7.ZIP

[ ]'s
Alberto
http://sites.uol.com.br/albmesq/
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm

> Comecei a me interessar por Filosofia e Ciencia a pouco tempo, e
> recentemente li algumas resenhas sobre o trabalho de Karl Popper sobre a
> doutrina do falseamento. Gostaria da ajuda de vocês, pois tive muita
> dificuldade em entender sua teoria sobre como determinar se determinada
> teoria é ciêntífica ou não. O texto dizia que tal teoria deveria ser
> falseável e é justamente neste ponto onde me ocorreram a maioria das
> dúvidas. O que significa exatemente uma teoria ser falseável? Se tal
> teoria é falseável, não significa que ela não é válida para os propósitos
> que foi criada?



SUBJECT: Re: [ciencialist] como medir a inclinacao de uma rua?
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 21/12/2000 01:06



Olá,

um jeito simples seria pegar um cano razoavelmente rígido de PVC (ou qq
outro material) e tapar um dos seus lados. Não é difícil enchê-lo de
água até a metade. Após o enchimento, tape bem a parte aberta com alguma
coisa transparente. Plástico com elástico, contact (existe isso ainda?)
ou algo do gênero. Vire o cano de cabeça para baixo e, da mesma forma
troque a tampa da parte pelo material usado na outra extremidade do
tubo.
Deite o tubo (o ideal é que este não se dobre) sobre a rua e meça a
altura da água nas duas tampas transparentes do tubo (para se medir a
altura é bom usar um esquadro ou algo do gênero para se evitar o erro de
medir a altura errada uma vez que os tubos, geralmente, são
cilíndricos). Faça o mesmo do outro lado. Compare as duas alturas. A
partir do comprimento do tubo e da diferença de altura entre os dois
lados podemos definir a inclinação da rua. Há formas de se minimizar o
erro. Podemos medir a altura que falta para preencher o tubo e tb a que
preencheu, comparar com o diâmetro, usar tubos maiores e mais grossos e
tb tubos mais finos. Encher apenas 1/4 do tubo (principalmente se a rua
for muito inclinada). Usar líquidos coloridos para que o efeito seja
mais visível, prender as extremidades do tubo com tripés para evitar
ondulações, etc...

[], Eduardo.


SUBJECT: Re: Popper - Duvida
FROM: "Manuel Bulcao" <msbn@daterranet.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 21/12/2000 01:35

Olá Frederico e lista,

Segundo Popper, uma teoria é científica se e somente se for
falseável; e uma teoria é falseável quando há eventos logicamente
possíveis capazes de refutá-la. Popper demonstra a refutabilidade
(e, portanto, o caráter científico) das teorias de Newton e de
Einstein relacionando-as com os seguintes fatos possíveis de serem
verificados:

a) No caso de Newton, a refutação de sua teoria "dar-se-ia, por
exemplo, se todos os planetas exceto a Terra continuassem a mover-se
como no presente, enquanto a Terra se movesse em sua órbita presente
mas com aceleração constante mesmo quando a mover-se afastando-se de
seu periélio." (Conhecimento Objetivo; Ed. Itatiaia; pp. 335/336)

b) Quanto à teoria da relatividade geral, o próprio Einstein afirmou
que "se o efeito de desvio vermelho (o retardamento de relógios
atômicos em fortes campos gravitacionais) não fosse observado no caso
das `anãs brancas', sua teoria estaria refutada." (idem)

Ou seja, uma teoria capaz de explicar todos os fatos atinentes ao seu
campo de investigação não é, segundo a epistemologia popperiana, uma
teoria científica. Ademais, Popper também afirma que somente as
teorias `formalizadas' são falseáveis e portanto científicas. Por
teoria formalizada entende-se toda e qualquer hipótese ancorada em
sistemas dedutivos e que, por isso, pode fazer previsões.

O problema do falsificacionismo formalista-dedutivista de Popper é
que, segundo Jorge Ahumada, "com tais critérios as disciplinas que
assentam em teorias não formalizadas, como as de Darwin, e as que
implicam taxonomias ou descrições em múltiplos níveis, como ocorre
com a etologia, ficam fora do âmbito formal, abstrato, dedutivo da
genuína ciência."

Com efeito, referindo-se à sociologia, Popper disse que "as ciências
sociais ainda não acharam seu Galileu." Vale dizer, pelos seus
critérios, a sociologia não é uma disciplina `rigorosamente'
científica. Mas não foi somente à sociologia que Popper negou o
estatuto de ciência. Ele também não considerou como ciência a
psicanálise e, vejam só!, o darwinismo. Este filósofo definiu o
freudismo e o darwinismo como fecundos "programas metafísicos de
pesquisa".

Recentemente um biólogo amigo meu me informou que, no fim da década
de 70, Popper deu um jeitinho de enquadrar o darwinismo no campo da
ciência. É que ele andava muito preocupado, assombrado mesmo, com o
uso que alguns teóricos criacionistas estavam fazendo da sua
epistemologia para desacreditar Darwin. Afinal, a teoria darwinista
da evolução, segundo Popper, é apenas uma metafísica.

Abraços,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Relatividade Geral
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 21/12/2000 01:56

Olá turma

O paradoxo da carga acelerada --já discutido amplamente nas threads "empuxo
de Newton" (vide http://sites.uol.com.br/albmesq/Dialogos/dsfcvm4.htm ) e na
msg de 17/12/00 (Princípio da Equivalência -
http://www.egroups.com/message/ciencialist/7655 )-- ao colocar em xeque o
princípio da equivalência de Einstein, sem dúvida faz estremecer os
alicerces da teoria da relatividade geral.

O princípio da equivalência representa uma das coisas mais belas, dentre o
legado de Einstein, a se propor a interpretar os fenômenos tais como ocorrem
na natureza. Não obstante, a sua aceitação, num sentido absoluto, e/ou sua
generalização, a ponto de nos levar ao princípio da "relatividade
generalizada", não é feita sem sacrifícios. Pois neste ponto cruzam-se
teorias incompatíveis entre si, quais sejam: a "relatividade restrita", a
aceitar um "eletromagnetismo de Maxwell" descompromissado da "física
newtoniana", a apoiar-se na "relatividade de Galileu" e numa idéia de
"referenciais inerciais" a sugerirem a existência de um "referencial
absoluto". Em meio a essa miscelânea, não é raro observar-se
incompatibilidades lógicas; e tais que, ao defendermos uma idéia, acabamos
por aceitar argumentos a propiciarem a dedução de corolários a se
contraporem com idéias outras compromissadas com a primeira. Por exemplo,
seria bastante estranho se, para defendermos o princípio da equivalência de
Einstein fossemos obrigados a comprometer o princípio da relatividade
generalizada, mesmo porque este último é decorrente do primeiro em seu
sentido absoluto. Vejamos então se não é isso o que está ocorrendo com as
supostas explicações, que têm surgido na literatura, a justificarem o
princípio da equivalência à luz do paradoxo da carga acelerada.

O paradoxo apresentado de maneira resumida: Pela teoria de Maxwell,
aceita-se que uma carga elétrica acelerada emite radiação. Pelo princípio da
equivalência de Einstein, um campo gravitacional equivale a um referencial
acelerado. E tanto a teoria de Maxwell quanto a observação nos mostram que
uma carga elétrica em repouso num campo gravitacional "não emite radiação".

Duas são as explicações dadas para a resolução do paradoxo: A primeira diz
que o observador situado no referencial acelerado não observa a emissão de
radiação, por motivos explicáveis pelas próprias equações de Maxwell. Os
instrumentos do observador "seriam estacionários". Pensando-se desta forma,
um observador situado num campo gravitacional, por motivo idêntico, e
assumindo a veracidade do princípio da equivalência, não deveria observar
radiação alguma, o que concorda com a experimentação. Esta explicação foi
postada em 01/07/98 no news sci.physics.relativity por Paul Andersen e pode
ser conferida em
www.geocities.com/ecientificocultural/einstein_equivalence_principle.html

A outra explicação apoia-se na relatividade generalizada (diagrama
espaço-tempo, métrica de Minkowski) segundo a qual "a carga emite, mas o
observador em queda livre junto da carga não detecta". Esta explicação foi
postada no news uol.ciencia em 20/02/98 por Fabio Chalub e pode ser
conferida em http://www.egroups.com/message/ciencialist/7010

Qualquer que seja a explicação aceita, deixando-se a gravitação de lado e
raciocinando-se apenas com acelerações e referenciais em repouso e
acelerados, a conclusão a que chegamos é: Uma carga acelerada emite radiação
captável por um observador em repouso; porém um observador que acompanhe a
carga (e portanto num referencial acelerado em relação ao referencial do
outro observador) não captará nenhuma radiação. Se pensarmos na teoria de
Maxwell, a radiação se desfaz com a mudança de referencial; se pensarmos na
teoria de Einstein, a radiação desaparece misteriosamente em seu contínuo
espaço-tempo.

Pela relatividade geral as duas coisas deveriam ser idênticas, o que seria o
mesmo que dizer que poderíamos desprezar o conceito clássico de "referencial
inercial" e, com isso, concluir pela inexistência de um "referencial
absoluto newtoniano". Por outro lado, se a equivalência se justificar,
qualquer referencial acelerado poderá ser pensado como sendo um "referencial
inercial". E é por isso que podemos aqui na Terra, apesar de estarmos
sujeitos à gravitação (o que "seria" um referencial acelerado), raciocinar
em termos de "referencial quase inercial" (e o quase deve-se a estarmos
desprezando fatores outros que não a gravitação).

À luz dos conhecimentos atuais, uma pergunta emerge: Qual seria a energia
desta radiação? E, supondo-se que esta radiação tenha uma energia diferente
de zero: De onde provém essa energia? Sim, porque se pensarmos que a energia
provém da carga acelerada, o primeiro observador irá dizer que a energia da
carga diminui, enquanto que o segundo dirá que a energia da carga se
conserva. E o princípio da relatividade geral diz: "As leis da natureza são
as mesmas, quaisquer que sejam os sistemas coordenados gaussianos em que
sejam formuladas." Seria possível alguma coisa se conservar num sistema e
não em outro? É claro que não podemos nos esquecer que a carga e um dos
observadores estão num foguete que está consumindo energia, pois está
acelerado. Parte desta energia é vista pelo observador em repouso como sendo
ganha em energia cinética pela carga.

Passemos agora para a primeira pergunta: Qual seria a energia desta
radiação?

Este problema é antigo. Lorentz, entre 1892 e 1903 (ou seja, até mesmo antes
da teoria da relatividade generalizada, 1916), propõe uma saída que acredito
ainda não ser aceita consensualmente, qual seja: um elétron sujeito a uma
aceleração uniforme (por exemplo, num campo elétrico constante) emite
radiação eletromagnética que não transporta energia; isto parece ser muito
esquisito à luz dos demais conceitos sobre radiação eletromagnética. Este é
um problema em aberto e até o momento os físicos não entraram em acordo a
respeito. Se houver interesse em se aprofundar no tema, pode-se encontrar
alguma coisa a respeito em um dos dois artigos abaixo:

1) WOODWARD, James F. 1998: Radiation Reaction
http://chaos.fullerton.edu/~jimw/general/radreact/index.html

2) McDONALD, K. T. 1998: Limits on the Applicability of Classical
Electromagnetic Fields as Inferred from the Radiation Reaction, Joseph Henry
Laboratories, Princeton University, Princeton, NJ 08544 (Jan. 29),
http://www.hep.princeton.edu/~mcdonald//accel/

A ser verdadeira esta idéia de Lorentz, a apoiar-se nas equações de Maxwell,
o problema parece estar resolvido, pelo menos do ponto de vista
relativístico. Não sei quais seriam as implicações quânticas de uma radiação
de energia zero, mas se alguém tiver interesse no caso talvez o artigo
abaixo citado poderá ser um bom começo:

McDONALD, K. T. 1998b: Hawking-Unruh radiation and radiation of a uniformly
accelerated charge, Joseph Henry Laboratories, Princeton University,
Princeton, NJ 08544 (March 4),
http://www.hep.princeton.edu/~mcdonald//accel/

Deixada a quântica de lado, que dizer de acelerações não uniformes? Neste
caso a energia de radiação seria diferente de zero, utilizando-se os
cálculos de Lorentz. Um observador que acompanhe uma carga sujeita a uma
aceleração não uniforme, enxergará ou não a emissão de radiação? Se SIM, um
campo gravitacional não uniforme não será equivalente a uma aceleração não
uniforme, e o princípio da equivalência não será tão geral quanto suposto.
Se NÃO, voltamos a comprometer o princípio da relatividade generalizada,
pelo já comentado. Ou seja, ao defendermos o princípio da equivalência,
aparentemente falseamos o princípio da relatividade que, por ironia do
processo, foi deduzido a partir do primeiro.

Aguardo palpites, comentários, sugestões, críticas etc.

Em tempo: Na minha teoria este problema não existe. :-))

[ ]'s
Alberto
http://sites.uol.com.br/albmesq/
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] como medir a inclinacao de uma rua?
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@eGroups.com>
DATE: 21/12/2000 03:22

Oi. Para medir o ângulo, há que se medir o comprimento do recipiente e a
diferença entre as alturas da água nas duas pontas do recipiente. Aí a
tangente do ângulo é a altura dividida pelo comprimento. Podemos estimar o
erro nessas distâncias pela graduação da régua: se a graduação estiver em
milímetros, podemos estimar o erro como sendo 1/2 mm. Aí é só fazer as
contas e estimar o erro no ângulo.

Inté,
Belisário

----- Original Message -----
From: Sheila <hcaprini@uol.com.br>

> Gosto da solução do Belisario.
>
> Só uma perguntinha. Com se estimaria o erro?
>
> []s,
>
> Sheila.
>
> ----- Original Message -----
> From: Roberto Belisario
> Que tal colocar um recipiente de vidro com água sobre o asfalto e
medir
> a inclinação que superfície da água faz com a borda do recipiente (o
> recipiente é previamente construído de modo que a borda é paralela ao seu
> fundo)?
>
> Pode-se repetir o experimento em vários pontos da rua e então
determinar
> sua inclinação média.
>
> O recipiente pode ser suficientemente comprido para que a medida da
> inclinação tenha a precisão desejada.
>
> Até,
> Belisário
>
> ----- Original Message -----
> From: Roberto Mitsuo Takata
>
> > pessoal,
> >
> > eu e o leo estamos matutando sobre um problema fundamental para o bem
> > estar da humanidade:
> >
> > existe algum meio pratico e razoavelmente preciso para medir o grau de
> > inclinacao de uma rua?
> >
> > nao vale teodolito e instrumentos sofisticados (telemetria por
satelites,
> > p.e.).
> >
> > o nivel de bolha tem o problema da bolha se prender a uma elevacao
local,
> > o nivel de mangueira da imprecisao (especialmente se a rua for mais
> > comprida do q. a mangueira ou o desnivel for um tto sutil -- embora seja
> > a melhor solucao pensada ateh o momento).
> >
> > caneta laser tbm nao vale (sofisticada demais).
> >
> > a inclinacao eh tal q. visualmente nao podemos ter certeza de se a rua
> > estah ou nao inclinada em uma dada direcao. e rua pode ter ligeiras
> > diferencas de inclinacao em diferentes trechos (de forma q. medidas
> > puntuais de inclinacao podem nos levar a conclusoes erroneas: e.g. medir
> > em um ponto a inclinacao com a ajuda de um prumo e um transferidor).
> >
> > []s,
> >
> > roberto takata
>
>
>
> *** --- ***
> Material para a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> deve ser enviado para o mail
> ciencialist@MAIL.com
> *** --- ***
>
>



SUBJECT: Férias
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: Ciencialist - grupo de discussão <ciencialist@egroups.com>
DATE: 21/12/2000 03:22

Oi. Vou tirar umas férias da Ciencialist, pois vou viajar e não quero
que minha caixa de correio esteja entupida quando eu voltar. Dia 3 de
janeiro estou de volta.
Feliz natal e feliz ano novo a todos.
Belisário

-----------------------------------------------------
Roberto Belisário Diniz
rbdiniz@terra.com.br
Laboratório de Estudos Avançados de Jornalismo (Labjor)
http://www.uniemp.br/labjor/
Veja também: Revista Com Ciência
http://www.comciencia.br
-----------------------------------------------------



SUBJECT: Parlamento britanico aprova clones de embrioes
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 21/12/2000 06:56

BIOÉTICA


Parlamento britânico aprova clones de embriões com objetivos
terapêuticos O Parlamento britânico aprovou ontem, por 366 votos contra
174, a proposta do governo do primeiro-ministro Tony Blair de autorizar
a clonagem de embriões humanos, mas só com objetivos terapêuticos.

O governo havia causado surpresa, em agosto passado, ao anunciar que
gostaria de autorizar cientistas a clonar embriões humanos para utilizar
as células-tronco -capazes de dar origem a qualquer tipo de célula- no
tratamento de certas doenças, como o mal de Parkinson e o mal de
Alzheimer.

Desde 1990 a legislação britânica permitia o cultivo de embriões para
utilização em pesquisa, com um limite de 14 dias para o uso. Após cinco
horas de debate, uma maioria de 192 votos aprovou a nova proposta.

"A clonagem para reprodução de seres humanos continua sendo ilegal. A
idéia de clonar bebês não só é inaceitável para esta Câmara, como para a
opinião pública", declarou Yvette Cooper, ministra da Saúde Pública.

Durante a votação, cada deputado teve liberdade para se pronunciar de
acordo com sua consciência, sem necessidade de aderir às diretrizes dos
partidos políticos. A Câmara dos Comuns registrou uma audiência fora do
habitual.

(DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS), folha de SP, 20 de Dezembro de 2000


SUBJECT: USP acha area cerebral do medo primitivo
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 21/12/2000 07:00

NEUROLOGIA

Localização de região no sistema nervoso pode auxiliar na criação de
novos medicamentos contra a ansiedade

USP acha área cerebral do medo primitivo

CLAUDIO ANGELO
DA REPORTAGEM LOCAL , folha de SP, 20 de Dezembro de 2000

Que gato escaldado tem medo de água fria não é novidade para ninguém.
Mas um grupo de pesquisadores da USP de Ribeirão Preto agora descobriu o
porquê. Eles identificaram uma região do cérebro que dispara sempre que
se encontra uma situação associada com ansiedade.

Chamada núcleo mediano da rafe, essa região pode estar associada ao
pavor que as pessoas já assaltadas sentem ao andar à noite por uma rua
deserta.

A descoberta adiciona uma peça ao circuito do medo no cérebro: o
mesencéfalo, uma área primitiva do sistema nervoso.

Até agora, o conjunto de interruptores cerebrais conhecidos, acionados
numa situação de ansiedade, começava na amígdala, pequena zona na base
do telencéfalo, a área superior do cérebro.

Segundo o neurologista Joseph LeDoux, da Universidade de Nova York
(EUA), a amígdala dá o pontapé inicial nas reações de ansiedade, como o
aumento da pressão sanguínea, antes mesmo que a pessoa perceba o perigo.

"Nós descobrimos que o núcleo mediano da rafe precede a amígdala", disse
à Folha o médico Marcus Lira Brandão, do setor de Psicobiologia da USP
de Ribeirão Preto. Ou seja: o medo é bem mais irracional do que se
acreditava.

A hipótese de que o núcleo pudesse estar associado ao medo foi proposta
pela primeira vez em 1978, mas acabou esquecida.

Para verificá-la, a equipe de Brandão pôs ratos em uma caixa escura e
deu choques elétricos nos animais. Depois dividiu as cobaias em dois
grupos: um deles teve o núcleo mediano da rafe danificado por cirurgia.
O outro permaneceu com a região intacta.

Os pesquisadores observaram que animais com danos na região reagiam aos
choques, mas eram indiferentes ao contexto do trauma, ou seja, ao
aspecto da caixa.

Ratos com o núcleo intacto ficavam paralisados de medo tão logo eram
postos na caixa. "Os ratos são capazes de fazer uma representação do
contexto do trauma", afirmou Brandão. "Se o contexto é aversivo, o
estímulo passa pelo núcleo mediano da rafe e chega às áreas superiores
do cérebro."

Os pesquisadores estão tentando, agora, descobrir qual é o caminho desse
estímulo. Se confirmada, a descoberta pode ajudar no desenvolvimento de
novos tratamentos para os distúrbios de ansiedade, que, segundo a
Organização Mundial da Saúde, causam 50% das desordens mentais.


SUBJECT: Re: [ciencialist] como medir a inclinacao de uma rua?
FROM: "Neville" <neville@catanduva.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 21/12/2000 08:36

Caro Takata

O método mais usado pelos agricultores é o do nivelamento usando um tubinho
com água de aprox. 50 ou 100 m de comprimento. Mas seu uso não é muito
cômodo.

Segue abaixo dois equipamentos de fácil construção que usam pouco material e
podem ser manuseado por uma pessoa:

1) Método do A: Use duas ripas de madeira iguais com aprox. 1,5 m e uma
terceira um pouco menor( podem ser os pedaços de uma das varas de pescar do
Leo); prenda-as formando uma letra "A"; no vértice, prenda um fio de prumo
e, no centro da travessa do "A", cole uma régua (ou desenhe uma escala) .
A inclinação poderá ser medida com razoável precisão lendo o deslocamento do
fio de prumo na régua.

OBS.- Caso queira medir a inclinação entre pontos bem distantes, inverta o
equipamento e alinhe visualmente as pontas das pernas de modo a deixa-las
eqüidistantes dos pontos visados ( não esqueça de inverter o fio de prumo ou
então trocar o sinal do g - humm ... talvez seja melhor construir um "X"
ou mesmo um "Y").

2) Método do Espelho Retrovisor: Pregue ou cole um transferidor (com a
escala voltada para baixo ) perpendicularmente à moldura de um espelhinho
qualquer; prenda com um prego, no centro do transferidor um ponteiro
qualquer ( um fio, uma pequena haste ou mesmo um arame reto).
Segurando o espelho, o observador se posiciona olhando para uma das
extremidades
da rua e vai inclinando o espelho até que a que pareça não haver quebra de
continuidade entre a imagem da rua e sua retro-imagem, lendo então a
inclinação no transferidor.

3) Método do Deslizamento: Caso haja interesse apenas qualitativo, o
observador pode jogar uma casca de banana e esperar que algum transeunte
pise nela: na direção descendente deverá ficar o tornozelo da vítima (ou o
que restou dele) e na direção ascendente assentará sua bunda.
OBS.- Se houver pouco movimento na rua, o próprio observador deverá pisar
na casca da banana.
Afinal, as vezes, a ciência exige sacrifícios.

[s] neville








SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Popper - Duvida
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 21/12/2000 11:45

On Thu, 21 Dec 2000, Manuel Bulcao wrote:
> O problema do falsificacionismo formalista-dedutivista de Popper é
> que, segundo Jorge Ahumada, "com tais critérios as disciplinas que
> assentam em teorias não formalizadas, como as de Darwin, e as que
> implicam taxonomias ou descrições em múltiplos níveis, como ocorre
> com a etologia, ficam fora do âmbito formal, abstrato, dedutivo da
> genuína ciência."

Popper de fato cria q. a Teoria de Evolucao Biologica de Darwin-Wallace
nao fosse falseavel. Mas a teoria eh plenamente formalizada em alguns
postulados cada qual verificaveis/falseaveis.

Na forma mais simples temos tres postulados basicos:

1 - variedade de caracteristicas em uma populacao;
2 - herdabilidade de algumas dessas caracteristicas;
3 - sobrevivencia diferenciada em funcao de algumas das caracteristicas
herdaveis.

A variedade de caracteristicas eh algo muito patente e com o
desenvolvimento das tecnicas podemos ver variabilidade em outros niveis:
moleculares, etologicos, celulares, etc.

A herdabilidade de algumas dessas caracteristicas tbm jah era patente
desde ha' muito, mas foi formalizada de modo mais consistente com os
trabalhos de Mendel e posteriormente de Morgan e cia.

A sobrevivencia diferenciada em funcao de algumas das caracteristicas tbm
eh plenamente factivel -- e aqui entrou o pulo do gato de Darwin e Wallace
(e mais um de cujo nome nao me lembro), introduzindo a selecao natural.

E nao apenas podemos verificar cada postulado isoladamente como podemos
verificar a consequencia da veracidade desses postulados: a evolucao por
selecao (natural ou artificial).

Atualmente podemos considerar evolucao como modificacao na proporcao dos
alelos (copias diferentes de um mesmo gene) em um fundo genetico de uma
populacao (pool genico). Nesse sentido a selecao eh apenas uma das causas
possiveis de evolucao.

Se verificarmos as condicoes de um ambiente podemos correlacionar a
sobrevivencia diferencial dos individuos em funcao de uma caracteristica.
Aqui entra a acusao de tautologia: seria a sobrevivencia dos q.
sobreviveram. Mas embora seja uma visao em retrospectiva -- nao poderia
ser diferente jah q. se trata de um fenomeno historico -- podemos
verificar q. os descendentes dos q. possuiam a caracteristica (desde q.
herdavel) correlacionada com a sobrevivencia diferencial dos genitores,
desde q. mantida as mesmas condicoes do ambiente, tendem a apresentar tbm
uma sobrevivencia diferencial. Ou seja nao ha' tautologia.

Os postulados podem ser colocados em termos matematicos e disso tirarmos
previsoes quantificadas e contrapor os resultados com a previsao.

Vamos apenas colocar um exemplo ilustrativo de como dada a validade dos
tres postulados a evolucao eh uma consequencia trivial.

1 - *,*,*,*,&,&,^ : uma populacao de simbolos variados (pois eh, a Teoria
da Evolucao nao precisaria se limitar aos seres vivos -- daih a aplicacao
em outras areas como os algoritmos geneticos -- e isso eh tao forte q.
tem sido usado como criterio de definicao de ser vivo por alguns: daih
entrarem os memes, os virus de computador e congeneres, como discutido em
outra linha de mensagens)

2 - * -> *; & -> &; ^ -> ^ : relacao de reproducao e heranca. Neste
exemplo cada simbolo da' origem a outro igual.

3 - ^ > & > * : relacao de sobrevivencia diferencial em um dado ambiente:
digamos q. 100% dos ^ sobrevivem, 50% dos & e 25% dos *.

Deixemos os simbolos se reproduzirem e teremos:

********,&&&&,^^

Deixemos a selecao atuar:

**,&&,^^

Repare como a proporcao de simbolos inicial e final sao diferentes:

proporcao inicial:

4/7 *; 2/7 &; 1/7 ^
~0,57 ~0,29 ~0,14

proporcao final:

1/3 *; 1/3 &; 1/3 ^
~0,33 ~0,33 ~0,33

A Teoria da Evolucao Biologica esta' entao plenamente caracterizada como
cientifica: responde ao criterio de falseabilidade (se nao houvesse
sobrevivencia diferencial, p.e., a Teoria deveria ser abandonada -- na
propria 'Origem das Especies', Darwin vai disfiando ao longo do livro
situacoes em q. a teoria poderia ser mostrada falsa -- a presenca de
estruturas complexas q. nao pudessem ter se originado por modificacoes
evolutivas, tecla na qual bate Behe, p.e., em sua 'Caixa Preta' -- mas sem
sucesso); oferece predicoes matematicamente formalizadas e apresenta
aplicabilidade em outras areas (a computacao, e.g.).

Claro q. houve complementos -- outro criterio de cientificidade honesta,
permite a auto-correcao cientifica -- por exemplo, o estudo da genetica
permitiu enteder a origem da variabilidade. A introducao de outros
processos seletivos: a evolucao neutra (por desvios aleatorios no processo
de transferencia de material genetico de uma geracao 'a outra), p.e. A
discussao sobre os passos evolutivos: gradualismo, equilibrio puntuado.

Popper estava enganado no caso da Teoria da Evolucao Biologica.
Possivelmente por nao conhece-la direito e talvez por algo de preconceito:
a Biologia por muito tempo foi vista (e ainda eh) pelos 'hard scientists'
como uma ciencia menor -- ateh pelo fato dos processos biologicos serem
uma consequencia dos processos fisicos. Por outro lado os cientistas
sociais viam a Biologia e principalmente a Teoria da Evolucao Biologica
como uma excrescencia positivista avancando para o campo das Ciencias
Humanas (e ainda muitos assim as veem). Particularmente vejo essa posicao
intermediaria da Biologia como uma situacao privilegiada para entender o
todo (a mim, a visao biologica tem me ajudado a manter uma visao
integrada -- eu disse integrada, nao holistica -- do mundo -- bem, nao q.
isso signifique q. a minha visao seja a correta, mas tem me ajudado a
compreender aspectos bastante interessantes dos dois lados).

Uma picuinha: prefiro usar a expressao Teoria da Evolucao Biologica em
lugar de darwinismo ou neo-darwinismo pelos mesmos motivos q. ninguem diz
newtonismo para a Mecanica de Newton ou einstenismo para a Mecanica
relativistica. Como nao se trata de uma doutrina ou um sistema
filosofico/de pensamento a expressao '-ismo' pode acabar passando a
impressao errada. (Embora seja um termo corrente mesmo entre os
evolucionistas.) Alem disso, pelo menos outros dois pesquisadores chegaram
independentemente 'as conclusoes principais de Darwin no q. se refere ao
papel da selecao natural no processo de diversificacao da vida organica.

Outra mensagem longa.

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] como medir a inclinacao de uma rua?
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 21/12/2000 14:27

Comentando tudo de uma tacada soh:

Miranda. A principio ateh seria possivel: precisariamos calcular a partir
da latitude e do horario o tamanho da sombra projetada em um solo plano
e nivelado q. deveria ser esperado. Comparando-se com o tamanho obtido
poderiamos verificar a inclinacao. Mas isso pode variar em uma rua
irregular.

Gueron. Ao q. me pareceu a sua solucao nao difere muito de um nivel de
mangueira ou das cubas do Belisario. Apresentando os mesmos problemas
tecnicos, alem de ser mais caro o q. limita o comprimento utilizavel do
tubo, o q. limita a precisao para a rua inteira (tubo de PVC nao eh nada
barato).

Na verdade precisariamos de dois metodos independentes: um q. utilize a
direcao da forca peso como calibracao de vertical e outro q. use, p.e., a
luz coerente como fonte de alinhamento.

Pensei em uma solucao um pouco trabalhosa. Pegar diversas estacas de mesmo
tamanho e fincar na vertical aprumada a intervalos regulares na rua.
Olhando de longe (do ponto em q. a rua parece subir) teremos algumas
situacoes possiveis. Se as estacas parecerem mais ou menos perpendiculares
ao plano da rua, ela nao apresenta uma inclinacao substancial (o carro nao
deveria se mover), se as estacas estiverem em um angulo aberto (lembrando
q. estamos olhando no sentido em q. a rua parece subir) a rua sera' mesmo
uma subida (e o carro nao deveria se mover), se as estacas formarem um
angulo mais fechado, a rua sera' uma descida (e o carro nao contradiz as
leis de gravitacao). As estacas poderia ser substituidas por jooes
bobos (desde q. nao houvesse vento). Seria basicamente a criacao de uma
referencia visual de verticalidade. Tem o problema de talvez nao ser
possivel detectar inclinacoes mais sutis. Mas nesses casos nao sei se um
carro desceria espontaneamente. Alguem sabe dizer qual a inclinacao
critica para um carro desligado, sem freios e desengatado ir ladeira
abaixo?

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] como medir a inclinacao de uma rua?
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 21/12/2000 14:59

Se a intenção de medir o ângulo for apenas local, sugiro o mais simples
[e imperdível] de todos os experimentos, um T invertido feito de duas
ripas de madeira. Veja o esquema na figura indicada abaixo:

http://lab.bsi.com.br/tborges/nivel3.jpg

Basta encostar uma das pontas do T no chão e medir a altura da outra
ponta e por triangulação sabe-se o ângulo local da rua.

[]s
==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
==========================================================


SUBJECT: Re: [ciencialist] como medir a inclinacao de uma rua?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 21/12/2000 16:48

Realmente, pelo custo, pelo material simples (ripas e rápidas medidas) o processo nivel3.jpg parece-me o mais apropriado para ser indicado ao que se propõe com o tema rua mal assombrada. Acrescento apenas colocar na extremidade superior da ripa vertical um prego segurando um longo fio de prumo para garantir a verticabilidade dessa ripa. Quanto maior a ripa inferior mais acurada será a obtenção da inclinação. Um valor médio obtido a partir de umas tantas medidas ao longo da rua deverá satisfazer à exigência do assunto.

Aprovado.
[]'
Léo
===============
-----Mensagem Original-----
De: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: quinta-feira, 21 de dezembro de 2000 14:59
Assunto: Re: [ciencialist] como medir a inclinacao de uma rua?


| Se a intenção de medir o ângulo for apenas local, sugiro o mais simples
| [e imperdível] de todos os experimentos, um T invertido feito de duas
| ripas de madeira. Veja o esquema na figura indicada abaixo:
|
| http://lab.bsi.com.br/tborges/nivel3.jpg
|
| Basta encostar uma das pontas do T no chão e medir a altura da outra
| ponta e por triangulação sabe-se o ângulo local da rua.
|
| []s
| ==========================================================
| TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
| http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
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|
|
| *** --- ***
| Material para a pagina de apoio a Ciencialist
| http://www.ciencialist.hpg.com.br
| deve ser enviado para o mail
| ciencialist@MAIL.com
| *** --- ***
|
|
|



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Estranhos Viventes
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 21/12/2000 20:01

On Wed, 20 Dec 2000, Sérgio Amorim wrote:
> Eh certo que nem tudo que eh vivo eh consciente ou auto-consciente,
> mas podemos garantir que todo ente vivo tera´ seu momento de
> escolha
> entre um processo e outro para que haja qualquer tipo de
> transformacao e evolucao. A moral a que me refiro eh esta capacidade

se vamos definir a moral tao mais vagamente assim, ateh as pedras tEm
moral... e os quarks e eletrons tbm...

mas antes q. saiamos cantarolando mantras de laudacao mistica, devemos
ficar atentos q. isso se deve a essa definicao de moral -- q. nem de longe
eh a definicao usual.

seria mais ou menos como definir o ser humano como circulo quadrado e
provarmos q. os seres humanos nao existem. sejamos cautelosos portanto.

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Estranhos Viventes
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 21/12/2000 20:56

Léo, embarcando no trem das 11.
Sérgio, por gentileza, coloque em termos definitivos o que entende por moral/a moral. Sem essa conceituação será difícil eu acompanhar o papo entre vc e Roberto. Afinal, sapo de fora, tem que tentar entender o motivo do qüiproquó.
Segundo sua mensagem concluo que qualquer ser vivente pode decidir como será o próximo passo na evolução, num 'momento de escolha'. Como é eu posso ter um desses 'momentos de escolha' para decidir algo atômico?

[]'
Léo
----------------------
-----Mensagem Original-----
De: Sérgio Amorim <sergioamorim@teleprom.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: quarta-feira, 20 de dezembro de 2000 18:10
Assunto: [ciencialist] Re: Estranhos Viventes


| Talvez eu tenha precipitado ao chamar o que me refiro de A Moral. No
| entanto quero continuar chamando assim, porem com certa reserva, pois
| eh possivel que a moral tenha um principio e este seja confundido com
| outros atributos.
| Eh certo que nem tudo que eh vivo eh consciente ou auto-consciente,
| mas podemos garantir que todo ente vivo tera´ seu momento de
| escolha
| entre um processo e outro para que haja qualquer tipo de
| transformacao e evolucao. A moral a que me refiro eh esta capacidade
| de escolha seja ela quimica, fisica, atomica, biologica, psiquica,
| moral, social, etc. No entanto eh uma escolha e entao havera algum
...................



SUBJECT: Re: [ciencialist] Relatividade Geral
FROM: "Neville" <neville@catanduva.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 21/12/2000 22:24

Caro Alberto
(ref.- December 21, 2000 1:56 AM)

Comecei por reescrever a questão do carga acelerada começando com dois
elementos de massa, sem carga, cegos entre si, associados a um referencial,
primeiro, estático, depois em mov. uniforme e ainda uniformemente acelerado;
repassei tudo isso associando movimentos relativos e cargas elétricas às
massas, perguntando em cada caso como um dos elementos perceberia o outro.
Resultou um texto quilométrico, totalmente falho e ininteligível.

Já que ficou incompreensível, vamos radicalizar algumas possíveis
conclu-hipóteses:

a- o paradoxo deixa de ser tão dramático se considerarmos que a carga
estática de um elemento poderá se adicionar e, eventualmente, ser confundido
pelo observador interno como atração ou - desculpem-me o palavrão - repulsão
gravitacional.

b- energia não existe; o que existe são variações de campo, cujas
conseqüências são genericamente chamadas de energia.

c- o que o observador percebe é a variação do campo junto si. A carga não
emite radiação e-m; ela apenas se desloca (ou descola ou ainda decola ?) no
campo e o altera; essa alteração de campo é percebida pelo observador
externo como radiação e-m. (Obs.- a radiação e-m, a velocidade da luz, etc.
são características do meio (campo) e não da carga).
O observador interno (associado ao referencial acelerado) continua vendo uma
carga estática pois o campo gerado por ela não se altera em relação a ele.
Não ocorre, portanto qualquer transferencia de energia ao obs. interno.

d- o tempo não existe fisicamente; é apenas um parâmetro relacionado ao
deslocamento; o tempo não flue localmente sem que haja movimento.

e- Quanto ao espaço, poderia ser confundido ao famoso Éter ? ...
A justificativa do paradoxo é um tanto deprimente, pois nos coloca na
situação
de sapos do universo, dele só vendo ou percebendo o que estiver em
aceleração relativa. Estaríamos mesmo mergulhados em um mar de
Dirac ? Epa ! Será que vem tubarão aí .... !


[s] neville




SUBJECT: Voce confia no seu cerebro?
FROM: "Luis Roberto Brudna [RS]" <lrb@if.ufrgs.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 22/12/2000 04:56

Se voce ainda confia no seu cerebro de uma olhada na primeira
figura da pagina
http://www.elogica.com.br/users/noleto/bonus.htm

Eu fui enganado... demorei pra perceber. :)



O site original eh
http://www.alemdosolhos.cjb.net/
tem mais ilusoes interessantes lah.

Ateh mais.
Luis Brudna




SUBJECT: maioria das pessoas se superestimam
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 22/12/2000 10:40

Do UOL :
22/12/2000 - 10h09
Estudo mostra que
maioria das pessoas se
superestimam

da Reuters
em Nova York

Geralmente as pessoas se consideram
amáveis, generosas e justas, um pouco acima
da massa menos altruísta. E muitas dessas
pessoas estão enganando a si mesmas. As
descobertas estão publicadas no "Journal of
Personality and Social Psychology".

Cientistas descobriram de forma consistente
que a pessoa média considera seu caráter
moral mais forte do que de seu vizinho.

Uma pergunta era se esses tipos "mais puros
do que você" estão subestimando os outros ou
superestimando a si mesmos. Quatro novos
estudos da Universidade Cornell sugerem a
última alternativa.

"As pessoas superestimam a si mesmas de
forma consistente, mas elas são muito precisas
em relação aos outros", disse David Dunning,
professor de psicologia da universidade, em
Ithaca, Nova York.

Em diversos experimentos, Dunning e Nicholas
Epley descobriram que enquanto estudantes
conseguiram predizer se seus colegas de
classe iram agir de forma caridosa, eles
pintaram retratos de si mesmos que não eram
realistas.

Durante a pesquisa, diferentes grupos de
estudantes participaram de experimentos que
testaram como eles percebiam si mesmos e
outros e se essas percepções casavam com
suas ações.

Por exemplo, os estudantes tinham que
predizer se eles iriam comprar pelo menos uma
flor para beneficiar uma instituição de caridade.
Eles também prognosticaram qual a
porcentagem das chances de seus colegas iria
comprar a flor.

Enquanto 83% disseram que iriam comprar uma
flor, fizeram uma avaliação abaixo disso de seus
colegas _em média, os estudantes disseram
que 56% de seus colegas de classe iriam fazer
doações para a instituição de caridade.

Na prática, somente metade dos estudantes
que disse que iria comprar uma flor realmente
comprou. Por outro lado, suas previsões sobre
seus colegas foi próxima à realidade. Esse
padrão foi consistente nos quatro estudos.

Dunning explicou que, em relação a prever o
que os outros farão, necessariamente, as
pessoas fazem observações com base no que
elas observam na pessoa "comum".

Segundo o pesquisador, quando as pessoas
avaliam a si mesmas, elas tendem a "contar
estórias" que as ajudam a desculpar
transgressões do passado e se concentrar nas
coisas boas que fizeram.

Dunning disse que ficou surpreso com a
precisão das predições dos estudantes das
outras pessoas. Ele acreditava que os
estudantes iriam agir com cinismo em relação
ao caráter moral de seus companheiros, mas
eles foram justos. Em vez disso, eles inflaram a
si mesmos.

Isso não quer dizer que não existem mais
pessoas realmente boas. "Muitas pessoas
agem de forma moral e altruísta", afirmou
Dunning.

Mas uma pessoa que se superestima pode
julgar os outros de forma muito severa. O "custo
de superestimar a si mesmo", disse Dunning, é
não perceber que se você estivesse em uma
certa situação, você teria feito a mesma coisa
que considera imoral nos outros.


SUBJECT: Re: [ciencialist] como medir a inclinacao de uma rua?
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 22/12/2000 12:28

Luiz Ferraz Netto wrote:
> Realmente, pelo custo, pelo material simples (ripas e rápidas medidas) o processo nivel3.jpg parece-me o mais apropriado para ser indicado ao que se propõe com o tema rua mal assombrada...
> Aprovado.

E qual é o meu prêmio? 8-D

[]s
==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
==========================================================


SUBJECT: Calma (administrador)
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 22/12/2000 12:48


Gostaria de pedir para que os integrantes da lista evitassem gerar um
numero elevado de mensagens no periodo entre o Natal e o Ano Novo.
Varias pessoas vao viajar e nao terao tempo para ler as mensagens da
lista, podendo ateh trancar contas de mail por causa de excesso de mensagens.

Para quem nao quer sair da lista e depois fazer novamente a inscricao,
existe a possibilidade de ajustar as configuracoes pessoais para a
Ciencialist, marcando para a leitura somente na Web. Isto pode ser feito
atraves do endereco
http://www.egroups.com/list/ciencialist/

Nao vou poder atender rapidamente pedidos de ajuda em pvt, pois tambem
vou viajar e vou acessar menos a internet neste periodo.

Em tempo, FELIZ NATAL E UM PROSPERO ANO NOVO. :) Frase mais batida que
essa...

Ateh mais.
Luis Brudna - administrador da Ciencialist


SUBJECT: Re: [ciencialist] como medir a inclinacao de uma rua?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 22/12/2000 13:47


| Luiz Ferraz Netto wrote:
| > Realmente, pelo custo, pelo material simples (ripas e rápidas medidas) o processo nivel3.jpg parece-me o mais apropriado para ser indicado ao que se propõe com o tema rua mal assombrada...
| > Aprovado.
|
| E qual é o meu prêmio? 8-D
|

Coloque uma cópia da mensagem acima, destacando o APROVADO, num quadro, pendure na parede do escritório e mostre aos amigos que o visitarem, e faça o seguinte comentário: "Aprovado por deus!"

[]'

deus



SUBJECT: Re: [ciencialist] como medir a inclinacao de uma rua?
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 22/12/2000 13:50

Luiz Ferraz Netto wrote:
> | E qual é o meu prêmio? 8-D
> Coloque uma cópia da mensagem acima, destacando o APROVADO, num quadro, pendure na parede do escritório e mostre aos amigos que o visitarem, e faça o seguinte comentário: "Aprovado por deus!"
> deus

Mas a marca "deus" é licenciada pelo InMetro??? >-)

[]s
==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
==========================================================


SUBJECT: Re: [ciencialist] como medir a inclinacao de uma rua?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 22/12/2000 14:17


-----Mensagem Original-----
De: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: sexta-feira, 22 de dezembro de 2000 13:50
Assunto: Re: [ciencialist] como medir a inclinacao de uma rua?


|
| Mas a marca "deus" é licenciada pelo InMetro??? >-)
|
deus é OutMetro! Que é um INmetro perto de um INperdível? deus é unipresente (versão do onipresente), unibanco, unico (sem acento), unimetro, unilateral :^]) (gostou da ] do bigode que uso, as vezes justifico meu bigode dizendo que me sinto duplamente divino: bi-good!).

[]'
deus

LRB ... estamos em época festiva (não, não é pelo natal e fim de ano, é pelo aniversário do filho de deus em 30/12/2000, fazendo 2 aninhos) por isso não reclame dessas 3 mensagens 'alegóricas' anteriores. Vale aos demais!





SUBJECT: Re: [ciencialist] Conjecturas jocaxianas (I)
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 22/12/2000 17:25



Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
>
> Dificil precisar isso. Se em seu planeta a vida fosse parecida
> ele poderia ter uma ideia e, para um bom decodificador isso talvez
> fosse suficiente. Note q as instrucoes da formacao do citoplasma
> esta tambem codificado no DNA e podera ser decodificado desde q
> se saiba o funcionamento basico do citoplasma.

No fundo o que você está a querer é que o texto não dependa do
código, mas isso não é verdade. Por exemplo:

"asafdsafas"

pode querer dizer qualquer coisa. Basta criar o código
certo. Da mesma forma há um número muito elevado de
possibilidades para o mesmo DNA. Bastaria por exemplo que
se trocasse de código, ou seja que se trocasse a relação
entre as bases e os aminoácidos.

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] Conjecturas jocaxianas (I)
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 22/12/2000 18:09



Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:

>
> Lembra q num planeta com vida a estrutura basica da vida pode ser
> parecida e portanto o decodificador possa saber o basico para
> decodificar o genoma.
> Ele podera a partir deste basico achar a regiao onde esta
> a programacao de um ovulo-citoplasmatico e entao
> criar um...

Mas isso invalida todo o exercicio do extraterrestre. Eu achava que
voce escolheu um extraterrestre porque ele não sabe nada sobre nós.

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: Re: [ciencialist] Relatividade Geral
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 22/12/2000 22:10

-----Mensagem Original-----
De: "Neville"
Para: "Ciencialist" <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Quinta-feira, 21 de Dezembro de 2000 22:24
Assunto: Re: [ciencialist] Relatividade Geral

> Comecei por reescrever a questão...
> Resultou um texto quilométrico, totalmente falho e ininteligível.

:-)) Isso é comum acontecer, principalmente quando esbarramos com conceitos
elementares.

> Já que ficou incompreensível, vamos radicalizar algumas possíveis
> conclu-hipóteses:

Vou tentar rebater essas idéias. Tentarei fazer com que meu texto não fique
incompreensível. :-))

> a- o paradoxo deixa de ser tão dramático se considerarmos que a carga
> estática de um elemento poderá se adicionar e, eventualmente, ser
> confundido pelo observador interno como atração ou - desculpem-me o
> palavrão -repulsão gravitacional.

Pensemos então em dois objetos de mesma massa de repouso m(0) e presos ao
teto de um foguete por um dinamômetro, sendo que um deles é uma carga
elétrica q. Este foguete está em repouso no espaço sideral e dois
observadores, um interno e outro externo ao foguete acompanham a
experiência. O foguete é então acelerado e o observador interno percebe que
os dois objetos distendem o dinamômetro como se dotados de um "peso" f =
m(0).a [a = aceleração do foguete]. *Pelas teorias atuais* parece-me não
haver porque f ser diferente para os dois objetos. Ou seja, o fato de um
estar carregado não produz efeitos mensuráveis do tipo gravitacional que não
aquele observado por outro objeto não carregado e de mesma massa. O
observador externo notará que apenas a carga emite radiação e concordará que
a força lida nos dinamômetros deverá ser igual para os dois objetos.

> b- energia não existe; o que existe são variações de campo, cujas
> conseqüências são genericamente chamadas de energia.

Num sentido absoluto podemos dizer que energia não existe como tal, a menos
que exista um referencial newtoniano que possa ser considerado em repouso
absoluto. Este não existir tem o sentido de que podemos assumir qualquer
valor para a energia de um determinado objeto num estado bem determinado. No
entanto, entre dois estados quaisquer podemos falar em energia transferida
ao (ou extraída do) corpo ao passar do estado inicial para o estado final.
Ou então, diferença de energia cinética ao considerarmos dois referenciais
em movimento um em relação ao outro. Essas diferenças são absolutas e o
estudo dessas diferenças caracteriza o que chamamos relatividade. No
primeiro caso, uma relatividade num amplo sentido (e que pode ser mais amplo
ainda se considerarmos outras propriedades); e no segundo (mudanças de
referenciais) a relatividade propriamente dita (de Galileu ou de Einstein).

Visto sob este ângulo relativo, dizemos que a energia que um objeto
apresenta por ocupar determinado lugar do espaço dotado de um campo, seria
uma energia do objeto, ainda que potencial e de valor local arbitrário, e
não do campo. O conceito de "energia de campo", que efetivamente é outra
coisa, entrou na física pela porta dos fundos, pretende ter uma natureza
absoluta e, ainda hoje, não está totalmente explicado.

Na prática observa-se que determinadas radiações eletromagnéticas (ondas
eletromagnéticas) são acompanhadas do que se chama "reação de radiação", a
indicar que estas radiações (que seriam campos mutantes viajando pelo
espaço) possuem, por algum motivo não bem conhecido, um teor energético
transferível a um objeto pelo simples contato como, por exemplo, pela
incidência da luz em um espelho. [Utiliza-se indistintamente a expressão
"reação de radiação" tanto para a emissão quanto para a recepção].

Para complicar mais essa história de "energia de campo", percebe-se, como
demonstrado por Lorentz, que determinadas radiações eletromagnéticas não
devem se acompanhar de reação de radiação prevista teoricamente. Logo, seu
teor energético deve ser nulo. É o caso, por exemplo, da radiação emitida
por uma carga que sofre aceleração uniforme. Creio que se pensarmos
quanticamente isso tem lógica, pois esta radiação deveria ter uma freqüência
v = zero (pois é uniforme) e para um suposto fóton teríamos, neste caso, E =
hv; mas deixo isso à consideração dos quânticos. Eu, heim!!! :-))

> c- o que o observador percebe é a variação do campo junto si. A carga não
> emite radiação e-m; ela apenas se desloca (ou descola ou ainda decola?)
> no campo e o altera; essa alteração de campo é percebida pelo observador
> externo como radiação e-m. (Obs.- a radiação e-m, a velocidade da luz,
> etc. são características do meio (campo) e não da carga).
> O observador interno (associado ao referencial acelerado) continua vendo
> uma carga estática pois o campo gerado por ela não se altera em relação a
> ele. Não ocorre, portanto qualquer transferencia de energia ao obs.
> interno.

Concordo com o conteúdo do parágrafo com apenas uma ressalva. A última frase
será válida se e somente se a reação de radiação, no sentido apontado por
Lorentz for nula. Neste caso não haverá transferência de energia na visão de
nenhum dos observadores. Mas... e se a aceleração não for uniforme? E se a
carga, em virtude desta aceleração, emitir fótons com energia diferente de
zero? Como, por exemplo, uma carga oscilante em que o observador acompanha
esta oscilação (supondo-se que não fique bêbado).

Pensando nesta situação cheguei a imaginar algumas situações que me levaram
a suspeitar que uma das afirmações que fiz ao final da mensagem anterior (a
primeira msg da thread Relatividade Geral,
http://www.egroups.com/message/ciencialist/7737) parece estar errada. E
neste caso, e ao contrário do que lá afirmei, provavelmente haverá emissão
de radiação, a ser detectada pelo observador que acompanha a carga, tanto no
caso gravitacional oscilante (carga em repouso) quanto no caso de carga em
oscilação, fato este a concordar tanto com o princípio da equivalência
quanto com o princípio da relatividade geral, ainda que através de uma
explicação que não sei se agradará aos relativistas, :-)), pois utiliza
argumentos clássicos por excelência, sem apelar para contorções [ou, até
mesmo, convulsões :-)) ] do contínuo espaço-tempo. Voltarei a esse tema
oportunamente (estou construindo alguns gifs animados para esclarecer o
assunto. De qualquer forma, é importante realçar que, até prova em
contrário, estou convencido de que o paradoxo da carga acelerada tem pelo
menos uma solução que não contraria nem o princípio da equivalência, nem o
princípio da relatividade geral. A solução é aquela apresentada por Paul
Andersen em 01/07/98 extensiva para situações não estacionárias; e nem me
parece tão "estratosférica", ou "fantasiosa" ou irreal como cheguei a
afirmar em alguns de meus trabalhos escritos após esta data (por exemplo, em
"Diálogos Usenet" publicado na revista Integração V(18):208-14,1999 (vide
www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/Usenet/dialogos06.htm , item 7 - O
Eletromagnetismo e o Princípio da Equivalência). Ao reconhecer estes erros
sinto-me mais leve. Mesmo porque, e como já afirmei anteriormente, a física
é mais bela com o princípio da equivalência de Einstein; e principalmente se
for possível explicá-lo com argumentos clássicos.

> d- o tempo não existe fisicamente; é apenas um parâmetro relacionado ao
> deslocamento; o tempo não flue localmente sem que haja movimento.

Sim, mas o movimento é o que mais existe nestes casos. E estou admitindo que
os dois observadores estão devidamente equipados, o que significa dizer que
mesmo que não observem o movimento da carga, poderão observar o movimento
dos ponteiros de seu relógio.

> e- Quanto ao espaço, poderia ser confundido ao famoso Éter?...

Todos os que tentaram eliminar o éter caíram numa outra "quintessência" a
substituí-lo: Para os clássicos a quintessência seria o próprio éter; para
Einstein, a quintessência poderia ser substituída por algo de natureza
fenomenológica e representada pelas contorções do contínuo espaço-tempo;
para os quânticos seriam as partículas virtuais que habitam o vácuo
quântico; e para os neo-clássicos, como eu, a quintessência seria
representada pelas "informações" eletromagnéticas ou gravitacionais. A
escolha é sua.

> A justificativa do paradoxo é um tanto deprimente, pois nos coloca na
> situação de sapos do universo, dele só vendo ou percebendo o que estiver
> em aceleração relativa. Estaríamos mesmo mergulhados em um mar de
> Dirac ? Epa ! Será que vem tubarão aí .... !

Nem vem que não tem. Estou de arpão multidirecional na mão e surfando dentro
de uma gaiola de Faraday. :-)) Assim que ocorrer o colapso da função
onda-tubarão, o meu arpão vai disparar para todos os lados e não haverá
incerteza alguma a proteger o tubarão. :-))

[ ]'s
Alberto
http://sites.uol.com.br/albmesq/
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] maioria das pessoas se superestimam
FROM: "Dolores Galindo" <doloresgalindo@ig.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 23/12/2000 00:53

Caro colega,


Fiquei com algumas dúvidas sobre a validade dos modelos usados para avaliar
o nível/desnível entre a percepção de si mesmos e a 'real'. Se o resultado
do estudo for verdadeiro, devo admitir que os pesquisadores a medida em que
avaliam outros estão sendo mais precisos? Ou, estariam subestimando os
sujeitos estudados?

Apenas uma brincadeira,
Dolores



-----Mensagem original-----
De: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
Para: ciencialist <ciencialist@egroups.com>
Data: Sexta-feira, 22 de Dezembro de 2000 10:38
Assunto: [ciencialist] maioria das pessoas se superestimam


Do UOL :
22/12/2000 - 10h09
Estudo mostra que
maioria das pessoas se
superestimam

da Reuters
em Nova York

Geralmente as pessoas se consideram
amáveis, generosas e justas, um pouco acima
da massa menos altruísta. E muitas dessas
pessoas estão enganando a si mesmas. As
descobertas estão publicadas no "Journal of
Personality and Social Psychology".

Cientistas descobriram de forma consistente
que a pessoa média considera seu caráter
moral mais forte do que de seu vizinho.

Uma pergunta era se esses tipos "mais puros
do que você" estão subestimando os outros ou
superestimando a si mesmos. Quatro novos
estudos da Universidade Cornell sugerem a
última alternativa.

"As pessoas superestimam a si mesmas de
forma consistente, mas elas são muito precisas
em relação aos outros", disse David Dunning,
professor de psicologia da universidade, em
Ithaca, Nova York.

Em diversos experimentos, Dunning e Nicholas
Epley descobriram que enquanto estudantes
conseguiram predizer se seus colegas de
classe iram agir de forma caridosa, eles
pintaram retratos de si mesmos que não eram
realistas.

Durante a pesquisa, diferentes grupos de
estudantes participaram de experimentos que
testaram como eles percebiam si mesmos e
outros e se essas percepções casavam com
suas ações.

Por exemplo, os estudantes tinham que
predizer se eles iriam comprar pelo menos uma
flor para beneficiar uma instituição de caridade.
Eles também prognosticaram qual a
porcentagem das chances de seus colegas iria
comprar a flor.

Enquanto 83% disseram que iriam comprar uma
flor, fizeram uma avaliação abaixo disso de seus
colegas _em média, os estudantes disseram
que 56% de seus colegas de classe iriam fazer
doações para a instituição de caridade.

Na prática, somente metade dos estudantes
que disse que iria comprar uma flor realmente
comprou. Por outro lado, suas previsões sobre
seus colegas foi próxima à realidade. Esse
padrão foi consistente nos quatro estudos.

Dunning explicou que, em relação a prever o
que os outros farão, necessariamente, as
pessoas fazem observações com base no que
elas observam na pessoa "comum".

Segundo o pesquisador, quando as pessoas
avaliam a si mesmas, elas tendem a "contar
estórias" que as ajudam a desculpar
transgressões do passado e se concentrar nas
coisas boas que fizeram.

Dunning disse que ficou surpreso com a
precisão das predições dos estudantes das
outras pessoas. Ele acreditava que os
estudantes iriam agir com cinismo em relação
ao caráter moral de seus companheiros, mas
eles foram justos. Em vez disso, eles inflaram a
si mesmos.

Isso não quer dizer que não existem mais
pessoas realmente boas. "Muitas pessoas
agem de forma moral e altruísta", afirmou
Dunning.

Mas uma pessoa que se superestima pode
julgar os outros de forma muito severa. O "custo
de superestimar a si mesmo", disse Dunning, é
não perceber que se você estivesse em uma
certa situação, você teria feito a mesma coisa
que considera imoral nos outros.


*** --- ***
Material para a pagina de apoio a Ciencialist
http://www.ciencialist.hpg.com.br
deve ser enviado para o mail
ciencialist@MAIL.com
*** --- ***




SUBJECT: Ceticismo na TV
FROM: "Sociedade da Terra Redonda" <strbrasil@hotmail.com>
TO: ateus-br@egroups.com, ciencialist@egroups.com, despertar@egroups.com, fcb@egroups.com, pensamento@egroups.com
DATE: 23/12/2000 04:13

Amigos de Lista,

No pr�ximo dia 26/12/2000 (ter�a-feira) ser� exibido o Programa Livre do
SBT com o tema "Fim do Mundo". Participei representando a Sociedade da Terra
Redonda e o pensamento c�tico racional. Convido todos a verem a exibi��o,
que acontecer� a partir das 00:30 e lerem meus coment�rios posteriores ( que
n�o pude fazer no P.L. por falta de tempo ), publicados junto com a
transcri��o, na pr�pria STR.

Farei um breve resumo de minha participa��o [ se n�o quiser estragar a
surpresa, n�o leia esta parte do email; pule direto para a parte sobre os
Membros :) ]. Antes de tudo, agrade�o imensamente as v�rias mensagens que
recebi com material e links sobre o assunto, me ajudaram bastante na
prepara��o �s pressas para participar da grava��o. O tema foi fim do mundo,
apocalipse, etc. baseado nas previs�es de Nostradamus e no final divergiu
sobre as profecias de armagedom de v�rias religi�es.

Usei v�rias met�foras populares e f�ceis do p�blico leigo entender. O
formato do programa n�o d� tempo para se argumentar objetivamente, apenas
superficialmente. Citei por exemplo que na �poca de Nostradamus o povo
pensava que o mundo ia acabar por causa de um eclipse. Citei a par�dia do
sujeito que aposta com o outro um milh�o que o mundo n�o vai acabar, e que
se acabar ele pode ir lhe cobrar a d�vida da aposta.

Ironizei Nostradamus dizendo que n�o vejo raz�o para acreditar nas
profecias de um sujeito que "profetizava" olhando reflexos na �gua de uma
bacia ap�s usar ervas. Comentaram a seguir sobre drogas alucin�genas. Usei
uma met�fora para explicar a fal�cia de contar apenas os acertos e
negligenciar os erros. Citei o caso do suic�dio em massa no caso do
'Heaven's Gate'.

Algu�m da plat�ia perguntou se acredit�vamos que h� vida ap�s a morte.
Disse que n�o � legal acreditar nas coisas mas sim concluir. Expliquei que a
vida � uma s�, uma �nica oportunidade rara e deve ser aproveitada ao m�ximo,
pois n�o h� segunda chance, n�o viramos anjos depois, nem nada parecido, e
que esse � um bom motivo para se viver ao m�ximo e fazer de tudo para que
ela seja boa e prazerosa.

Aproveito e convido os colegas de lista a se tornarem Membros da STR.
Estamos atualmente com mais de 140 cadastros e j� realizamos um encontro
regional no Rio Grande do Sul ( podem ver as fotos em
http://www.strbrasil.com.br/Voz ). Em breve agendaremos mais encontros em
outras localidades no Brasil. Os Membros tamb�m recebem newletters mensais
sobre as atualiza��es da STR, assuntos em pauta na m�dia, etc. Visitem
http://www.strbrasil.com.br/Membros e preencham o formul�rio de registro.
Todos s�o muito bem-vindos.

Abra�os,
Leo Vines
Vines@strbrasil.com.br
Sociedade da Terra Redonda
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SUBJECT: Cromodin�mica Qu�ntica ?
FROM: "Walber V. Soares" <wsoares@interconect.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 23/12/2000 17:31

Olá a todos: sou mais um novato na lista e espero que as contribuições sejam recícprocas aqui na lista. Em breve apresentação, sou professor e também ministro aulas práticas de laboratório em um grande colégio aqui em Belém do Pará, trabalhando com a disciplina Química.
Como primeira dúvida trago-lhe uma colocação que uma aluna me fez semana passada e até então não tinha escutado falar ainda: CROMODINÂMICA QUÂNTICA.
Alguém já ouviu falar o que se trata ? "Por onde vai" este assunto ?
Aguardo respostas.

===========================
Walber V. Soares



SUBJECT: Re: [ciencialist] Relatividade Geral
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 24/12/2000 03:58

----- Continuação da Mensagem -----
De: "Alberto Mesquita Filho"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Sexta-feira, 22 de Dezembro de 2000 22:10
Assunto: Re: [ciencialist] Relatividade Geral

Carga Elétrica Oscilante

Na msg anterior, http://www.egroups.com/message/ciencialist/7757 , cheguei a
afirmar, com base em dados da literatura, que uma carga que sofre aceleração
uniforme emite radiação sem sofrer reação de radiação. E adiantei, supondo a
não violação da conservação da energia, que o teor energético desta
hipotética radiação deveria ser nulo. Cheguei a comentar também sobre o
possível caráter estacionário desta "radiação", tanto é que, e em virtude
deste caráter, um observador ao acompanhar a carga não conseguiria
detectá-la. Tudo indica que esta "radiação" seria um artefato, observado em
alguns referenciais mas não em outros. Após estas considerações cheguei à
pergunta: Mas... e se a aceleração não for uniforme? Como, por exemplo, uma
carga oscilante? Digamos, uma carga presa a uma corda (isolante) a vibrar,
como mostrado na figura http://sites.uol.com.br/albmesq/figuras/anioscar.gif
e, em virtude disso, descrevendo um mhs.

Não há como ignorar que esta carga oscilante emite radiação eletromagnética.
Se pensarmos em termos dos estudos teóricos de Lorentz, a carga deverá
sofrer reação de radiação e seria de se esperar um movimento amortecido para
a corda. [Na prática este amortecimento tem sido observado com cargas fixas
a discos girantes --na realidade, ocorre um freamento do disco.] Digamos
então que exista um sistema mecânico acoplado, e não representado na figura,
a manter o mhs indefinidamente. [Espera-se, por razões de simetria, que
mesmo ocorrendo radiação em direções outras que não a do movimento da carga,
estas não deverão promover movimentos laterais da carga.]

Algumas perguntas pertinentes:

1) A carga elétrica (ou suas partículas elementares) perde alguma outra
coisa que não a energia cinética exteriorizada (mhs), graças a essa emissão
de radiação? Ou a carga agiria apenas como um sistema intermediário, a
transportar uma hipotética energia, do sistema mecânico acoplado, para o
meio ambiente? Afinal, que energia é essa que se manifesta pelo freamento da
corda, a ponto dela necessitar de um suprimento energético além daquele
necessário para vencer o atrito mecânico, que haveria mesmo se não houvesse
a emissão de radiação?

2) Supondo-se, ao contrário, que a energia emitida como radiação faça parte
integrante da carga (ou, de suas partículas elementares responsáveis pelo
campo eletromagnético), como a carga se refaz? A simples manutenção da
energia cinética do sistema seria a responsável por essa reposição? Ou
existiriam outros mecanismos ocultos e em ação?

3) Essa emissão existirá enquanto existir o mhs? Ou a carga se renova também
através de radiações provenientes do meio ambiente? E se o equipamento
estiver localizado num universo livre de radiações outras que não a emitida
por esta carga oscilante?

4) Qual a diferença fundamental entre este exemplo e o da carga acelerada
uniformemente? Porque num caso temos uma onda eletromagnética dotada de
energia e no outro uma radiação aparentemente de teor energético nulo?

5) O que é energia? E o que é radiação? Porque a luz tem características
duais? O que é corpúsculo de luz? E o que é onda eletromagnética? Será que a
radiação emitida por uma carga acelerada uniformemente tem uma natureza dual
corpúsculo-onda? Ou isto seria exclusividade das radiações emitidas por
cargas aceleradas de outra maneira? Existe onda eletromagnética? Existem
corpúsculos de luz?

6) Admitindo-se que o elétron realmente emita corpúsculos de luz, e que
estes realmente existam na estrutura íntima do elétron, como esses
elétrons se refazem? Seria apenas através da energia mecânica fornecida
ao sistema? Ou novos corpúsculos seriam absorvidos das radiações presentes
no meio ambiente?

7) O que é matéria? Matéria é energia, como propõe a física moderna? Ou a
matéria contém (ou transporta) energia, como propõe a física clássica? E o
que é campo? O campo contém energia, como propõe a física moderna? Ou o
campo age simplesmente como um agente a *informar* o conteúdo energético de
entidades materiais desta maneira interconectadas? E que, como tais,
acoplam-se às informações cruzadas a ponto de, se um objeto ganha em energia
o outro perde (ação e reação generalizada)?

Deixarei estas perguntas no ar. Mesmo porque, e com os conhecimentos atuais,
a maioria delas não tem resposta. Como diria Einstein: "A história da busca
de uma teoria da luz não está de modo algum concluída. O veredicto do século
XIX não foi final e definitivo. Todo o problema de decidir entre corpúsculos
e ondas ainda existe para a física moderna, desta vez de uma forma muito
mais profunda e intrincada. Aceitemos a derrota da teoria corpuscular da luz
até reconhecermos a natureza problemática da vitória da teoria ondulatória."
[EINSTEIN, A. e L. INFELD, A Evolução da Física, Zahar Ed., Rio de
Janeiro, 1980 (tradução), p. 98.]

Na próxima msg (certamente depois do dia 27) tentarei mostrar como aplicar o
princípio da equivalência para situações como esta (carga oscilante e campo
gravitacional oscilante). Quem sabe avançando por esta trilha consigamos
enxergar algumas respostas para as perguntas acima formuladas.

Até lá e Feliz Natal a todos. Hoje irei comemorar o Natal através de uma
suntuosa ceia, que espero também aconteça nos lares de todos vocês, e amanhã
estarei comemorando o aniversário de Newton. Não obstante, aguardo
comentários sobre o teor desta msg. Não deixem para amanhã o que podem
criticar hoje. Mesmo porque, no próximo milênio será tarde demais. Quem
quiser defender a física do século XX, à luz dos questionamentos acima
apontados, faça-o nos próximos dias (até 31/12/00) ou cale-se para sempre.
:-))

[ ]'s
Alberto,
vulgo Salplício,
o quarto cavaleiro do apocalipse quântico. :-))
http://sites.uol.com.br/albmesq/
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: Cromodinamica Quantica
FROM: "Jefferson Portela" <stafusa@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 24/12/2000 11:35

Eu queria conhecer melhor o assunto (QCD: cromodinâmica
quântica) e
estava esperando que lhe respondessem, mas como até agora não o
fizeram decidi compartilhar meu parco conhecimento.
Os átomos têm em seu núcleo, em geral, prótons e
nêutrons, estas
partículas são, por sua vez constituídas por outras: os
quarks. Os
prótons são formados por dois quarks up e um quark down,
enquanto os
nêutrons são formados por um quark up e dois quarks down.
Uma das características destes quarks é chamada de cor (podem
ser
azuis, verdes ou vermelhos) e outra é a carga (fracionária:
-1/3,
+2/3, também chamada de sabor).
O que mantém os quarks unidos para formar um próton ou um
nêutron é a
força forte, que é intermediada por glúons (analogamente
à força
eletromagnética, que é intermediada por fótons virtuais).
Tais glúons
são sensíveis à cor (assim como os fótons virtuais o
são ao sabor:
carga) e a QCD é uma teoria para a força forte.

Stafusa



SUBJECT:
FROM: "Manuel Bulcao" <msbn@daterranet.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 25/12/2000 04:20

Olá,

Imiscuindo-me no site da STR, deparei-me com o texto do Clodoaldo
Alves Oliveira. Segue abaixo as minhas modestas considerações:

Clodoaldo Alves Oliveira - Sou estudante de matemática da UFV, sou
ateu assumido e esclarecido desde 1990. Quem me conhece hoje não
imagina que no passado quase virei monge franciscano.

Manuel - Uma coisa que tenho observado: uma parte significativa
desses que criticam com desmesurada acrimônia as religiões são
pessoas que por muito tempo viveram à sombra, muito mais que a média,
de dogmas religiosos. Ex-seminaristas, ex-monges franciscanos, ex-
espíritas, etc. Parece-me que são pessoas que vivenciam atualmente
uma fase de negação muito aguda. Não estão ainda suficientemente
amadurecidas, presumo. Embora anti-religiosas na "forma", no
"conteúdo" assemelham-se muito ao mais sectário e bitolado pastor
pentecostal, em sua defesa intransigente e arrogante do que eles
imaginam ser "a ciência". É, Freud explica... E é precisamente porque
Freud explica que eles não gostam de Freud.

Clodoaldo Alves Oliveira - O detalhe é que ao mesmo tempo em que me
dedicava tanto ao meus estudos teológicos também me dedicava e muito
ao estudo da ciência, e tanto estudar as duas coisas acabei tendo que
escolher uma das duas,já que religião e ciência são duas instituições
diametralmente antagônicas e conflitantes entre si.

Manuel - Nós, céticos, nos opomos à religião não tanto pelas
"ilusões" que ela nos impõe, mas sobretudo pelo fato de tais ilusões
nos serem "impostas". Ora, em nome da ciência, muitas alucinações
racistas e classistas já nos foram "impostas" a ferro e fogo: o
império soviético nos impingiu a "ciência proletária", cujo máximo
expoente foi Lisenko, um pseudo-cientista e autêntico burocrata que
fez valer suas idéias atravéz do fuzilamento sumário dos que
defendiam a teoria da evolução de Darwin-Wallace.

O grande dilema do cético é: defender a ciência contra a religião,
mas sem sucumbir à tentação de fazer da própria ciência uma religião,
caso em que só a religião ganha, em prejuízo da autêntica ciência.

Abraços,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Ciencia e Religiao
FROM: "Manuel Bulcao" <msbn@daterranet.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 25/12/2000 04:22

Olá,


Imiscuindo-me no site da STR, deparei-me com o texto do Clodoaldo
Alves Oliveira. Segue abaixo as minhas modestas considerações:


Clodoaldo Alves Oliveira - Sou estudante de matemática da UFV, sou
ateu assumido e esclarecido desde 1990. Quem me conhece hoje não
imagina que no passado quase virei monge franciscano.


Manuel - Uma coisa que tenho observado: uma parte significativa
desses que criticam com desmesurada acrimônia as religiões são
pessoas que por muito tempo viveram à sombra, muito mais que a
média, de dogmas religiosos. Ex-seminaristas, ex-monges
franciscanos, ex- espíritas, etc. Parece-me que são pessoas que
vivenciam atualmente uma fase de negação muito aguda. Não estão
ainda suficientemente amadurecidas, presumo. Embora anti-religiosas
na "forma", no "conteúdo" assemelham-se muito ao mais sectário e
bitolado pastor pentecostal, em sua defesa intransigente e
arrogante do que eles imaginam ser "a ciência". É, Freud explica...
E é precisamente porque Freud explica que eles não gostam de Freud.


Clodoaldo Alves Oliveira - O detalhe é que ao mesmo tempo em que me
dedicava tanto ao meus estudos teológicos também me dedicava e
muito ao estudo da ciência, e tanto estudar as duas coisas acabei
tendo que escolher uma das duas,já que religião e ciência são duas
instituições diametralmente antagônicas e conflitantes entre si.


Manuel - Nós, céticos, nos opomos à religião não tanto pelas
"ilusões" que ela nos impõe, mas sobretudo pelo fato de tais
ilusões nos serem "impostas". Ora, em nome da ciência, muitas
alucinações racistas e classistas já nos foram "impostas" a ferro e
fogo: o império soviético nos impingiu a "ciência proletária", cujo
máximo expoente foi Lisenko, um pseudo-cientista e autêntico
burocrata que fez valer suas idéias atravéz do fuzilamento sumário
dos que defendiam a teoria da evolução de Darwin-Wallace.


O grande dilema do cético é: defender a ciência contra a religião,
mas sem sucumbir à tentação de fazer da própria ciência uma
religião, caso em que só a religião ganha, em prejuízo da autêntica
ciência.


Abraços,
Manuel Bulcão



SUBJECT: En: [FCB] [RN] ESTE PASSOU PERTO
FROM: "Fernanda Amadei Sais" <lifer@iconet.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 25/12/2000 04:33

----- Original Message -----
From: Jefferson Krusemark
To: fcb@egroups.com
Sent: Sunday, December 24, 2000 10:27 PM
Subject: [FCB] [RN] ESTE PASSOU PERTO


VEJA ONLINE, 23-12-2000

SUSTO DE FIM DE ANO: UM ASTERÓIDE QUASE TROMBOU COM A TERRA

Segundo a BBC, na noite de sexta-feira um asteróide de 50 metros de
diâmetro, capaz de destruir uma cidade inteira, passou a cerca de 770
mil quilômetros da Terra, duas vezes a distância até a Lua, mas um
raspão em termos astronômicos. Ele passou sobre Londres a mais de 32
km/s e, se tivesse atingido a Terra, teria feito uma cratera de mais
de um quilômetro de diâmetro. Em setembro, uma comissão do governo
britânico recomendou a construção de um telescópio de mais de 20 mi-
lhões de dólares para acompanhar asteróides e cometas cuja trajetória
pudesse representar alguma ameaça à Terra. [e]

http://vejaonline.uol.com.br/servlet/newstorm.notitia.apresentacao.Servl
etDeNoticia?codigoDaNoticia=6556&dataDoJornal=atual

Asteroid misses Earth 'by whisker'
http://news.bbc.co.uk/hi/english/sci/tech/newsid_1084000/1084476.stm

Asteróide passa de "raspão" pela Terra
http://www.estadao.com.br/agestado/internacional/2000/dez/23/43.htm

Ameaça de asteróides é real, alertam britânicos [Setembro]
http://cnnemportugues.com/2000/tec/espaco/09/18/asteroide/index.html

Call for asteroid defences [Setembro]
http://news.bbc.co.uk/hi/english/sci/tech/newsid_930000/930564.stm


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Esta mensagem foi postada originalmente no Fórum Cético Brasileiro.
Inscrição: envie mensagem em branco para <fcb-subscribe@egroups.com>.
Fórum Cético Brasileiro: http://www.nitnet.com.br/~kruse/index.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Cromodinamica Quantica
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 25/12/2000 04:50


Olá,

particularmente sei muito pouco (para não dizer que não sei nada) sobre
QCD. Entretanto, a própria QCD ainda não é uma teoria definida para
aqueles que a estudam. Na realidade, a QCD é uma tentativa de teoria de
campo quântica que explique a força forte. O ideal seria fazer algo com
um êxito que se aproxime da QED (eletrodinâmica quântica) o que é
praticamente impossível já que estamos falando de níveis de energia
algumas ordens de grandeza maior.
De qualquer maneira, a minha sugestão é que se aprenda um pouco sobre a
já complicada QED através do pequeno livro escrito por um de seus
autores, Richard P. Feynman ( o livro é "QED the strange theory of light
and matter" da ed. Penguin Books). O livro tem umas 150 pag, é
razoavelmente barato e é uma divulgação para iniciados. Isso é bom para
se ter uma idéia do que seja uma teoria quântica de campos.
Após lê-lo, troque o eletromagnetismo da QED pela a força forte.
Matematicamente, vc terá uma teoria bem mais complicada já que estamos
falando de um grupo de simetria que pode ser associado a matrizes
unitárias (determinante=1) complexas 3x3 no caso da QCD enquanto na QED
bastaria um número complexo. Além disso, experimentos que comprovem ou
não tal teoria envolvem níveis de energia extremamente altos e medidas
indiretas logo muito dinheiro.

[]'s Eduardo.


SUBJECT: aoRe: [ciencialist] Relatividade Geral
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 25/12/2000 11:13

-----Continuação das Mensagens 7757 e 7760-----
De: "Alberto Mesquita Filho"
Msg 7757: Sexta-feira, 22 de Dezembro de 2000 22:10
Msg 7760: Domingo, 24 de Dezembro de 2000 03:58
Assunto: Re: [ciencialist] Relatividade Geral

Oi, gente. Prometi aparecer somente após o dia 27 mas, entre perus e
whiskies, consegui descolar um tempinho para escrever esta breve msg,
a complementar as anteriores citadas acima.


O elevador oscilante

Na figura http://sites.uol.com.br/albmesq/figuras/anioscar.gif citada na msg
7760 (http://www.egroups.com/message/ciencialist/7760 ) tem-se uma carga
elétrica (em vermelho) descrevendo um movimento harmônico uniforme (mhs) e,
em virtude deste movimento, emitindo radiações eletromagnéticas. Como
estamos interessados em aplicar este modelo ao estudo do princípio da
equivalência de Einstein, em primeiro lugar precisaremos saber como um
observador "fixo" à carga iria perceber a emissão dessas radiações. Vamos
então evoluir o modelo. Primeiramente vamos considerar a carga *em repouso*
no laboratório onde situa-se o observador, como mostrado na figura
http://sites.uol.com.br/albmesq/figuras/elev.gif . Este repouso relativo ao
laboratório é garantido graças a barras rígidas, isolantes e indeformáveis
que prendem a carga elétrica às paredes do laboratório; e o observador
também está fíxo ao laboratório através de cintos de segurança. Coloquemos
agora o laboratório a oscilar em mhs como mostrado na figura
http://sites.uol.com.br/albmesq/figuras/anielev.gif . Ou seja, o laboratório
nada mais é senão um elevador de Einstein oscilando em movimento harmônico
simples entre "dois andares extremos". Para um observador em repouso fora do
laboratório, e para efeitos eletromagnéticos, o comportamento da carga é
idêntico àquele apresentado na figura anterior
(http://sites.uol.com.br/albmesq/figuras/anioscar.gif ), como se o
laboratório não existisse.

Encarcerado no laboratório e sem visualizar o exterior, o observador interno
tem a nítida sensação de estar sendo submetido a acelerações variáveis no
tempo, ora dirigidas para cima, ora para baixo. Teria ele condições de dizer
se é o laboratório quem está em movimento? As acelerações não poderiam ser
devidas a efeitos gravitacionais estranhos?

Em primeiro lugar precisaríamos mostrar, pelo menos em teoria, a
possibilidade da existência de um campo gravitacional variável no tempo e a
*simular* uma oscilação deste tipo no laboratório (campo gravitacional ora
dirigido para o solo, ora para o teto). Neste caso, o laboratório estaria em
repouso, ainda que o observador interno não tivesse ciência deste fato. Na
próxima msg mostrarei como isso é possível.

A seguir poderíamos pensar: Se o laboratório está em repouso, a carga também
está em repouso e portanto "não deve emitir radiação". Será? Se conseguirmos
comprovar ou justificar esta afirmação, teremos falseado o princípio da
equivalência, pois o observador teria condições de distinguir uma aceleração
de um campo gravitacional de outro tipo de aceleração. Do contrário teremos
que acrescentar uma adenda à teoria eletromagnética de Maxwell afim de
justificar o comportamento de cargas em campos gravitacionais.

Aguardem para breve mais um capítulo (Dipolo gravitacional oscilante) da
emocionante contenda física clássica vs física moderna. No final... Você
decide. :-))

[ ]'s
Alberto
http://sites.uol.com.br/albmesq/
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm

PS.: Se você não estiver conseguindo acessar as figuras situadas em meu site
"uol" não deixe de dar um alô por pvt e desta forma colocarei as mesmas na
geocities e/ou enviarei por e-mail.



SUBJECT: Re: aoRe: [ciencialist] Relatividade Geral
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 25/12/2000 19:26

Alberto Mesquita whiskeando escreve (reto, com linhas tortas):

>Em primeiro lugar precisaríamos mostrar, pelo menos em teoria, a
possibilidade da existência de um campo gravitacional variável no tempo e a
*simular* uma oscilação deste tipo no laboratório (campo gravitacional ora
dirigido para o solo, ora para o teto). Neste caso, o laboratório estaria em
repouso, ainda que o observador interno não tivesse ciência deste fato. Na
próxima msg mostrarei como isso é possível.<

Estamos sobre um excelente 'dipolo gravitacional oscilante' ... a Terra.
Como sabemos, a projeção de um movimento circular uniforme (admitiremos que a rotação da Terra assim o seja) sobre um eixo qualquer (no plano do movimento) executa um MHS. Se considerarmos uma fogueira na superfície da Terra, vista da Lua (apague o Sol para escurecer todo o restante da Terra), ela executará um MHS. Ora, a Lua exerce atração gravitacional sobre essa 'fogueira' que, no plano adequado, ora se aproxima ora se afasta da Lua, portanto uma ação gravitacional com intensidade função do tempo (ora puxando a chama 'pra cima, ora 'pra baixo).
Ai temos um sistema executando MHS e sobre ele uma ação gravitacional de intensidade harmônica com o tempo.

Outra solução teórica é soltar uma bolinha de gude ao longo de um túnel, que coincide com a direção do eixo de rotação da Terra, e a atravessa de pólo a pólo. Abandonamos a bolinha quando a Lua cruzar esse eixo de rotação . A ação gravitacional da Lua sobre essa bolinha, que ora se afasta e ora se aproxima (em mhs ralativo à Terra) tem intensidade variável no tempo.

Outra solução é usar a balança gravitacional de EOtvos.


[]'
Léo






SUBJECT: Divulgacao quantica - quarks/cromodinamica
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 25/12/2000 21:25

Alo ciencialisteiros

Coloquei para apreciação duas partes de divulgação científica sobre a quântica, cromodinâmica etc. O texto pode ser útil para aqueles que (como eu) não estão entendendo nada dessa conversa de quark collorido, léptons, glúons entre os bambas quânticos do ciencialist.

Os experts nessas teorizações relevem esses textos, são apreciações introdutórias, históricas e resumidas sobre o tema. Nada que os cd-rom do silvosantos - não sei o que do milhão - não contenha. Mas, se quiserem ler e dar suas críticas (e principalmente adendos) outros que (um dia) poderão ler, disso se aproveitarão. Esses textos não estão abertos ao público em geral.

Ao comentar sobre os estados ligados fiquei muito tentado a fazer um comentário sobre "onde está o quarto-uno" da TGBD ... mas contive-me, pois poderia ser retrucado com "força".

Parte I - Partículas elementares
http://www.convex.com.br/esquina/feiradeciencias/sala23/Aveiaquaker1.htm

Parte II - Forças da natureza
http://www.convex.com.br/esquina/feiradeciencias/sala23/Aveiaquaker2.htm


No aguardo,
[]'
Léo






SUBJECT: Re: [ciencialist] Relatividade Geral
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 25/12/2000 23:05

-----Mensagem Original-----
De: "Luiz Ferraz Netto"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Segunda-feira, 25 de Dezembro de 2000 19:26
Assunto: Re: aoRe: [ciencialist] Relatividade Geral

Os exemplos citados são interessantes mas têm um inconveniente para o
objetivo proposto: o laboratório está sob o efeito de um campo gravitacional
variável no tempo, pelo fato de estar em movimento num campo gravitacional
estático (ou pelo menos suposto estático) no decorrer do tempo. Para a
finalidade proposta (verificação do princípio da equivalência) seria
necessário o confronto entre duas situações:

1) Uma em que existe o movimento do laboratório (mhs), por exemplo, em
relação às estrelas fixas, na ausência de qualquer campo gravitacional;

2) Outra em que existe uma oscilação gravitacional num laboratório em
repouso em relação às mesmas estrelas fixas (ou seja, na ausência de
qualquer outro movimento do laboratório como um todo). Se um observador
interno conseguir distinguir, pela experimentação, e sem olhar pela
janela, uma situação da outra, o princípio da equivalência terá sido
violado. [Caso ele olhe pela janela estará apto a medir uma possível
movimentação das estrelas fixas, mas essa experiência não violaria o
princípio.]

Um outro inconveniente seria a complexidade, pois nos dois exemplos estão
envolvidas tanto a gravitação terrestre quanto a lunar e também o movimento
relativo Terra-Lua. Já que a imaginação corre livre, o que estou propondo é
a construção de um modelo teórico --e, pelo menos em teoria, de execução
prática não impossível-- de campo gravitacional onde em cada ponto "fixo" do
espaço a gravitação variasse no decorrer do tempo segundo uma lei senoidal
(um observador "em repouso" e situado neste campo teria a "sensação" de
estar sendo atravessado por "ondas gravitacionais").

Uma outra maneira de testarmos o princípio seria deixar o observador, e o
seu laboratório, "cair" neste campo (neste caso ele iria oscilar, porém como
se estivesse em "queda livre"). As experiências realizadas nestas condições
deveriam ser confrontadas com outras feitas no espaço sideral, agora em
repouso e na ausência de qualquer campo gravitacional. Aliás, a experiência
com o elevador de Einstein é deste tipo, supondo-se uma queda livre em um
campo gravitacional uniforme.

Uma terceira maneira de testar o princípio seria tomar dois whiskies
triplos, sentar numa cadeira de balanço em repouso e observar os eflúvios
magnéticos emanando de uma carga elétrica apoiada no colo. A seguir peça
para alguém colocar a cadeira em movimento e verifique que a sensação
permanece exatamente a mesma, a menos que o whisky seja de má qualidade; e,
neste caso, seria conveniente que alguém, com sola de borracha, substituísse
rapidamente a carga elétrica por um saquinho de viagem da Varig, e saísse de
perto correndo. :-))

[ ]'s
Alberto
http://sites.uol.com.br/albmesq/
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Divulgacao quantica - quarks/cromodinamica
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>, "TGBD no eGroups" <tgbd@egroups.com>
DATE: 25/12/2000 23:08

Prezado Leo,

Leo:
Ao comentar sobre os estados ligados fiquei muito tentado a fazer um comentário sobre "onde está o quarto-uno" da TGBD ... mas contive-me, pois poderia ser retrucado com "força".

Claudio:
Você deve ter ficado tentado porque com certeza só viu biduais e quartos unos nessa história. Você não acha que muita coincidência entre a TGBD e o que se conhece das partículas elementares e das forças da natureza, dentro do chamado modelo padrão, tão bem apresentado em seus dois textos?

Adoraria que fizesse o comentário sobre "onde está o quarto-uno" no site da TGBD.

Estou mandando esta mensagem com cópia para a TGBDlist. Deixo a sua mensagem inteira para começar o assunto por lá. O LRB me pediu e eu estou cumprindo o compromisso que assumi de só discutir a TGBD no seu site. Você está perdendo a minha discussão com o Roberto Belisário, que está ótima.

Deixo abaixo o endereço da TGBDlist:
http://br.egroups.com/group/tgbd

Chega mais. Será um grande prazer e orgulho contar com a sua presença nele - nem que seja como observador...

Um grande abraço,

Claudio Abreu

----- Original Message -----
From: Luiz Ferraz Netto
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Monday, December 25, 2000 9:25 PM
Subject: [ciencialist] Divulgacao quantica - quarks/cromodinamica


Alo ciencialisteiros

Coloquei para apreciação duas partes de divulgação científica sobre a quântica, cromodinâmica etc. O texto pode ser útil para aqueles que (como eu) não estão entendendo nada dessa conversa de quark collorido, léptons, glúons entre os bambas quânticos do ciencialist.

Os experts nessas teorizações relevem esses textos, são apreciações introdutórias, históricas e resumidas sobre o tema. Nada que os cd-rom do silvosantos - não sei o que do milhão - não contenha. Mas, se quiserem ler e dar suas críticas (e principalmente adendos) outros que (um dia) poderão ler, disso se aproveitarão. Esses textos não estão abertos ao público em geral.

Ao comentar sobre os estados ligados fiquei muito tentado a fazer um comentário sobre "onde está o quarto-uno" da TGBD ... mas contive-me, pois poderia ser retrucado com "força".

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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: En: informação sobre os Mouros
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: Lista_Ciências <ciencialist@egroups.com>
DATE: 26/12/2000 08:00

O Imperdível, abraçado ao Ciencialist no seu mais alto propósito, solicita dos amigos informações sobre o tema da mensagem abaixo. O Imperdível também é visitado por "amantes da arte de fabricar facas" e, uma vez solicitado, 'deve' responder. Químicos e metalurgistas do Ciencialist, manifestem-se.
[]'
Léo
====================================
-----Mensagem Original-----
De: clarice glufke
Para: leo@esquinas.com.br
Enviada em: segunda-feira, 25 de dezembro de 2000 19:37
Assunto: informação sobre os Mouros


Prof. Luiz Ferraz Netto


Sou um amante da arte de fabricar facas (apesar de pouca experiência, e ser novato na área), e lendo seu artigo COISAS NO AR (I) - Sala 19 - www.feiradeciencias.com.br/sala19/index19.htm -, encontrei algumas referências históricas sobre o manuseio de metais (minerais) ao longo do tempo.

Estou a procura de informações sobre como os Mouros trabalhavam com metais na fabricação de facas, como por exemplo: como realizavam o processo de TÊMPERA, temperatura de trabalho do metal, e quaisquer outras informações sobre a arte.

Resolvi entrar em contato e perguntar se você tem informações sobre fontes onde eu poderia encontrar informações sobre o assunto.

Agradeço desde já sua atenção. Gerson Luis Mainardi 25/12/00
======================




SUBJECT: Re: [ciencialist] maioria das pessoas se superestimam
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 26/12/2000 10:30

Dolores Galindo wrote:
>
> Caro colega,
>
> Fiquei com algumas dúvidas sobre a validade dos modelos usados para
> avaliar
> o nível/desnível entre a percepção de si mesmos e a 'real'. Se o
> resultado
> do estudo for verdadeiro, devo admitir que os pesquisadores a medida
> em que
> avaliam outros estão sendo mais precisos?

Bom, pelo q entendi to texto , quem avalia os outros erra menos do que
quem se auto-avalia.

>Ou, estariam subestimando os
> sujeitos estudados?

Esta eh uma pesquisa q parece mostrar que nos temos uma imagem
de nos mesmos que nao eh a mesma que os outros tem.
E q esta imagem eh, em geral, mais favoravel a nos do que
a experiencia mostra.


A pergunta q se poderia fazer eh : Por que isso acontece?
Pq temos uma imagem de nos sempre melhor do que nos realmente somos?

Segundo minha visao, se todos os humanos tem uma caracteristica, entao
eh pq ela deve ser genetica.

Se todos se avaliam superores ao q realmente sao entao isto eh devido
aos genes
e PORTANTO deve haver uma explicacao darwiniana ao fato.

Bom, pensando por 10s, surgiu-me uma :
Acredianto-se melhor do que se sao as pessoas conseguirao passar uma
imagem
de si mesmas superiores aos que realmente sao. E isso podera lhes trazer
uma
vantagem evolutiva sobre as que se avaliem por baixo. E, mais importante
se as pessoas acreditarem nisso, como ocorre, elas nao terao q fingir
e isso as colocara imune aos detectores de mentira dos outros.

[]s
jocax
PS: As consequencias desse aumento generalizado da
auto-avaliacao-superior
eh q as pessoas nao darao muito ouvidos aas outras MESMO QDO
O Q DIZEM FOR VERDADE.



>
> Apenas uma brincadeira,
> Dolores
>
> -----Mensagem original-----
> De: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
> Para: ciencialist <ciencialist@egroups.com>
> Data: Sexta-feira, 22 de Dezembro de 2000 10:38
> Assunto: [ciencialist] maioria das pessoas se superestimam
>
> Do UOL :
> 22/12/2000 - 10h09
> Estudo mostra que
> maioria das pessoas se
> superestimam
>
> da Reuters
> em Nova York
>
> Geralmente as pessoas se consideram
> amáveis, generosas e justas, um pouco acima
> da massa menos altruísta. E muitas dessas
> pessoas estão enganando a si mesmas. As
> descobertas estão publicadas no "Journal of
> Personality and Social Psychology".
>
> Cientistas descobriram de forma consistente
> que a pessoa média considera seu caráter
> moral mais forte do que de seu vizinho.
>
> Uma pergunta era se esses tipos "mais puros
> do que você" estão subestimando os outros ou
> superestimando a si mesmos. Quatro novos
> estudos da Universidade Cornell sugerem a
> última alternativa.
>
> "As pessoas superestimam a si mesmas de
> forma consistente, mas elas são muito precisas
> em relação aos outros", disse David Dunning,
> professor de psicologia da universidade, em
> Ithaca, Nova York.
>
> Em diversos experimentos, Dunning e Nicholas
> Epley descobriram que enquanto estudantes
> conseguiram predizer se seus colegas de
> classe iram agir de forma caridosa, eles
> pintaram retratos de si mesmos que não eram
> realistas.
>
> Durante a pesquisa, diferentes grupos de
> estudantes participaram de experimentos que
> testaram como eles percebiam si mesmos e
> outros e se essas percepções casavam com
> suas ações.
>
> Por exemplo, os estudantes tinham que
> predizer se eles iriam comprar pelo menos uma
> flor para beneficiar uma instituição de caridade.
> Eles também prognosticaram qual a
> porcentagem das chances de seus colegas iria
> comprar a flor.
>
> Enquanto 83% disseram que iriam comprar uma
> flor, fizeram uma avaliação abaixo disso de seus
> colegas _em média, os estudantes disseram
> que 56% de seus colegas de classe iriam fazer
> doações para a instituição de caridade.
>
> Na prática, somente metade dos estudantes
> que disse que iria comprar uma flor realmente
> comprou. Por outro lado, suas previsões sobre
> seus colegas foi próxima à realidade. Esse
> padrão foi consistente nos quatro estudos.
>
> Dunning explicou que, em relação a prever o
> que os outros farão, necessariamente, as
> pessoas fazem observações com base no que
> elas observam na pessoa "comum".
>
> Segundo o pesquisador, quando as pessoas
> avaliam a si mesmas, elas tendem a "contar
> estórias" que as ajudam a desculpar
> transgressões do passado e se concentrar nas
> coisas boas que fizeram.
>
> Dunning disse que ficou surpreso com a
> precisão das predições dos estudantes das
> outras pessoas. Ele acreditava que os
> estudantes iriam agir com cinismo em relação
> ao caráter moral de seus companheiros, mas
> eles foram justos. Em vez disso, eles inflaram a
> si mesmos.
>
> Isso não quer dizer que não existem mais
> pessoas realmente boas. "Muitas pessoas
> agem de forma moral e altruísta", afirmou
> Dunning.
>
> Mas uma pessoa que se superestima pode
> julgar os outros de forma muito severa. O "custo
> de superestimar a si mesmo", disse Dunning, é
> não perceber que se você estivesse em uma
> certa situação, você teria feito a mesma coisa
> que considera imoral nos outros.
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Ciencia e Religiao
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 26/12/2000 12:20

João Mário Miranda wrote:
> Manuel Bulcao wrote:
> > Manuel - Uma coisa que tenho observado: uma parte significativa
> > desses que criticam com desmesurada acrimônia as religiões são
> > pessoas que por muito tempo viveram à sombra, muito mais que a
> > média, de dogmas religiosos. Ex-seminaristas, ex-monges
> > franciscanos, ex- espíritas, etc.
> Também já tinha reparado nisso. E também já tinha reparado que essas
> pessoas têm alguma tendencia para o extremismo anti-religioso. Algo
> que para mim é incompreensivel.

Então me deixem meter a minha colher.

Eu também já estive dos dois lados e compreendo o porque deles se
sentirem assim, eles/nós descobrimos que era tudo enganação, nos levaram
na conversa por anos a fio, damos nosso tempo e dinheiro por nada em
troca e quando a cortina cai decobrimos que as igrejas [todas - sem
excessão] não passam de empresas de lavagem de dinheiro.

É um pouco duro, mas resumidamente, é o que sentem/sentimos.

É como conseguir sair da cientologia, vc faz o que pode para que ninguém
mais entre. Nenhuma religião é essencialmente diferente da cientologia,
apenas algumas são mais brandas.

http://members.nbci.com/xenu75/index.htm [cientologia]

==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
==========================================================


SUBJECT: Re: [ciencialist] maioria das pessoas se superestimam
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 26/12/2000 12:55


Dolores Galindo wrote:
>
> Caro colega,
>
> Fiquei com algumas dúvidas sobre a validade dos modelos usados para
> avaliar
> o nível/desnível entre a percepção de si mesmos e a 'real'. Se o
> resultado
> do estudo for verdadeiro, devo admitir que os pesquisadores a medida
> em que
> avaliam outros estão sendo mais precisos?

The Jocax:
>>Bom, pelo q entendi to texto , quem avalia os outros erra menos do que
quem se auto-avalia.<<

Léo:
Isso não vale para os próprios pesquisadores do assunto, pelo que dão a entender!

Dolores (a quem doer :-))
>Ou, estariam subestimando os sujeitos estudados?

The Jocax:
>>Esta eh uma pesquisa q parece mostrar que nos temos uma imagem
de nos mesmos que nao eh a mesma que os outros tem.
E q esta imagem eh, em geral, mais favoravel a nos do que
a experiencia mostra.
A pergunta q se poderia fazer eh : Por que isso acontece?
Pq temos uma imagem de nos sempre melhor do que nos realmente somos?<<


Léo:
E só poderia ser assim! Admita que há outros seres no Universo, veja quantas pessoas existiram e ainda existem sobre a 'alface' da Terra ... e dentre todos eles só há um único e exclusivo Léo, um idem Jocax, uma idem Dolores etc. Só esse 'pequeno' detalhe já confere a cada ser humano uma auto-sobrestimada imagem. É o 'poder da unicidade' de cada um!
Quando as clonagens totais tornarem-se quotidianas isso vai acabar. Imagine meia dúzia de Jocax, todos pensando e agindo * exatamente* do mesmo modo! 6 Jocax se dedicando ao mesmo genismo e tendo os mesmos insights...

The Jocax:
>>Segundo minha visao, se todos os humanos tem uma caracteristica, entao
eh pq ela deve ser genetica.
Se todos se avaliam superores ao q realmente sao entao isto eh devido
aos genes
e PORTANTO deve haver uma explicacao darwiniana ao fato.<<

Léo:
Então, há algo na genética que 'proibe' veementemente uma cópia fiel dos genes!

The Jocax:
>>Bom, pensando por 10s, surgiu-me uma :
Acredianto-se melhor do que se sao as pessoas conseguirao passar uma
imagem
de si mesmas superiores aos que realmente sao. E isso podera lhes trazer
uma
vantagem evolutiva sobre as que se avaliem por baixo.<<

Léo:
Mas, se essa supervalorização da própria imagem acontece com todos, não pode ser um fator discriminante para a evolução. É um falso valor, próprio da espécie.

The Jocax:
>>E, mais importante
se as pessoas acreditarem nisso, como ocorre, elas nao terao q fingir
e isso as colocara imune aos detectores de mentira dos outros.
PS: As consequencias desse aumento generalizado da
auto-avaliacao-superior
eh q as pessoas nao darao muito ouvidos aas outras MESMO QDO
O Q DIZEM FOR VERDADE.<<

Léo:
Talvez seja esse o fator determinante dos 'detetores de mentira' não servirem de 'prova complementar' em muitos tribunais (nos EUA, são válidos, no Brasil não --- o que os pesquisadores estão tentando é tirar o 'poder' desses detetores pelo fato de terem algum processo em cima deles :-))
Quanto ao PS, podem não dar ouvido às palavras, mas não aos fatos!

[]' (do único *Léo*, que sou eu)
Léo









SUBJECT: Re: [ciencialist] maioria das pessoas se superestimam
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 26/12/2000 13:58

Luiz Ferraz Netto wrote:
> Léo:
> Imagine meia dúzia de Jocax, todos pensando e agindo * exatamente* do
> mesmo modo! 6 Jocax se dedicando ao mesmo genismo e tendo os mesmos
> insights...

Sera q a humanidade merece TANTO ? :-)

[]s
jocax


SUBJECT: Pais de gays pressionam os filhos para terem netos
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO:
DATE: 26/12/2000 14:26

Pais de gays pressionam os filhos para terem netos
John Leland
The New York Times, Terça-feira, 26 de Dezembro de 2000


Daisy Cocco DeFillipis é a primeira a admitir: mais do que qualquer
coisa no mundo, ela quer ser avó. A professora DeFillipis, que comanda o
departamento de línguas estrangeiras na York College em Queens, Nova
York, sonha com uma cadeira de balanço de madeira, em cantar canções de
ninar em espanhol. Assim, quando o filho mais velho dela, Joseph, lhe
disse 10 anos atrás que era gay, ela ficou cabisbaixa. As primeiras
palavras que saíram de sua boca, disse ela, foram que ele nunca a
transformaria em uma avó.

Mas com o tempo, à medida que Joseph mantinha um relacionamento estável
com seu parceiro, DeFillipis percebeu que ainda havia esperança, e que
pessoas gays também podiam ter filhos.

Mesmo assim, disse ela, ela não quis forçar -pelo menos, não demais. "Eu
sempre digo: 'Não quero pressionar. Mas vocês já estão juntos há dez
anos, chegou a hora. Vou encomendar uma cadeira de balanço para que eu
possa cantar em espanhol. Então é bom vocês se apressarem. Mas sem
pressão'".

À medida que pais gays e seus filhos estão se tornando mais visíveis nos
supermercados, nas reuniões de pais e mestres e em programas de
televisão como "Will and Grace" e "Queer as Folk", alguns gays e
lésbicas dizem estar começando a sentir um novo elemento no clima
familiar: a pressão. Os pais que antes se resignaram, apesar de
dolorosamente, com uma vida que imaginavam desprovida de netos, agora
estão começando a fazer algo a respeito.

E para algumas pessoas, logo não é cedo o suficiente. "Minha mãe não
pára de me dizer: "E então, onde está o neto?'" disse Cyndi Harrison,
uma enfermeira que vive com sua parceira em Los Angeles. Cyndi, que está
fazendo inseminação artificial, disse que está surpresa com o apoio que
tem recebido da família e dos amigos, tanto gays como heterossexuais.
"Eu costumava ouvir gays dizerem coisas como: 'Sou gay porque não quero
ter filhos'", disse ela. "Eu não ouço mais isso". Sua mãe e sua cunhada
chegaram até mesmo a sugerir um velho amigo da família como doador de
esperma.

"Até mesmo minha madrasta diz: 'Vocês seriam ótimas mães, vocês têm boas
carreiras. Por que a demora? Isto deixaria seu pai tão feliz'",
acrescentou Cyndi.

A mãe dela, Frances Giordano, nega estar fazendo pressão. "Eu não",
disse ela. "Minha nora é que está pressionando".

Não há estatísticas definitivas sobre quantas crianças no país vivem com
pais gays. No censo de 1990, entre gays e lésbicas que viviam como
casais, 5% dos homens e 22% das mulheres disseram que havia crianças no
lar, muitas de relacionamentos heterossexuais anteriores. Mas pessoas
que trabalham com pais gays dizem que o número de casais com filhos está
crescendo, impulsionado por uma confluência de avanços tecnológicos e
legais. Leis estaduais, que antes proibiam ou desencorajavam gays de
adotar, adotaram na sua maioria uma linguagem neutra.

As exceções que restam são os estados da Flórida, Mississippi e Utah;
Arkansas proíbe que gays se tornem pais adotivos.

Nos últimos anos, gays e lésbicas que lutam por seus direitos de
paternidade passaram a citar um relatório de 1995 da Associação de
Psicologia Americana, que concluiu: "Nenhum estudo determinou que
crianças de pais e mães gays e lésbicas sofram alguma desvantagem de
qualquer espécie significativa em relação a crianças de pais
heterossexuais".

Ao mesmo tempo, agências de adoção, bancos de esperma e organizações que
trabalham com mães substitutas ficaram mais abertas a gays e lésbicas,
disse Rebecca Isaacs, diretora de política e assuntos públicos do Los
Angeles Gay and Lesbian Center. Tais desdobramentos não passaram
desapercebidos pelos candidatos a avós.

Isaacs, cuja filha tem 5 anos, disse que seus pais nunca lhe
pressionaram para ter filhos. "Eles se esforçam bastante para não
pressionar", disse ela. "Mas estão empolgados".

Tal entusiasmo, para não dizer pressão, ainda é uma exceção, disse Ann
McHugh, que dirige um grupo de apoio chamado Lésbicas Considerando a
Maternidade, de Manhattan. Segundo McHugh, é mais comum as mulheres em
seu grupo dizerem que o desejo de ter filhos cria um segundo round de
tensão com os pais, e às vezes uma segunda onda de rejeição. Até mesmo
em famílias que apoiam, disse ela, os gays e lésbicas geralmente
questionam como a família e a comunidade tratarão seus filhos.
"Diferentemente dos heterossexuais, nunca é algo que podemos fazer sem
termos que pensar nas conseqüências", disse ela.

Após as preocupações imediatas com a Aids, a questão dos netos pode ser
o maior obstáculo para pais de gays e lésbicas. "Esta foi a primeira
coisa que passou pela minha cabeça", disse Joyce Trebich, que trabalha
com seu marido, um avaliador imobiliário, em Smithtown, Nova York.
Trebich disse que ela sempre discute a possibilidade de filhos com sua
filha, que é lésbica.

Trebich diz estar pronta; Alison, não. "Quem sabe algum dia ela esteja",
disse Trebich. "Eu digo: 'Se você quiser, eu quero que seja você'"
-sugerindo que Alison seja a mãe biológica- "para que eu seja a avó".

Tradução: George El Khouri Andolfato


SUBJECT: Liberdade!
FROM: "Frater Anakian" <peterlsm@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 26/12/2000 16:38

Queridos amigos ciencialisteiros:
Saudações fraternas.

Apenas como curiosidade - Esse é um texto que produzi há cerca de
um ano e meio, foi publicado em alguns jornais da região Metropolitana
de São Paulo, e estou lhes enviando agora.

===================================

CIÊNCIA, REALIDADE E FÉ EM DISCUSSÃO

Concordo com o Dr. Albert Einstein quando este afirma que " um dos
melhores sentimentos que podemos ter é o de mistério das coisas, e que
este constitui-se o cerne do verdadeiro sentimento de religiosidade".
Só que, como ele, eu possuo um senso crítico que torna meu crivo para
classificar um conhecimento como verdade bastante exigente. Posso até
mesmo afirmar que, a despeito de grande número de possibilidades que
são mencionadas pelos milhares de "modelos de verdade" que existem,
minha atitude é de CETICISMO e de CONTESTAÇÃO. Na verdade, meu
questionamento estende-se até mesmo na ordem dos saberes já
instituídos e cientificamente aceitos.

Porém a atitude de pesquisa é apenas um dos acessórios nessa busca.
Penso que SE o ceticismo é algo muito importante NA pesquisa, a
atitude MENTAL deve ser a de MENTE ABERTA ou, no mínimo, de boa
vontade em reconhecer a realidade subjetiva daquilo que pode se
apresentar para ALÉM de nossos sentidos comuns. O empirismo fático
imediatista nem sempre é o suficiente para que possamos compreender a
existência de coisas que ainda desconhecemos. Por isso Einstein
mencionou a importância da IMAGINAÇÃO, pois realmente não podemos
verificar apenas através de nossos sentidos a presença do magnetismo,
dos raios ultra-violetas, dos infra e ultra-sons e de todas as
miríades de energias que existem e das quais muitas ainda não temos
conhecimento. O exercício de imaginar o que pode existir para além do
que conhecemos é uma postura que nunca deve deixar de ser utilizada
por aquele que aspira um mínimo grau de eficácia em sua busca pelo
saber.

Mas percebo que as pessoas que negam a ciência como conhecimento para
cair no terreno no misticismo são as que realmente não conhecem a
ciência. Todas as vezes que encontrei espíritas que se diziam
conhecedores da ciência, em breve entrevista percebi que eles
simplesmente não eram capazes de compreender sequer o âmago acadêmico
de livros populares que se pretendem uma ousadia no "desejar ser",
como "O Tao da Física" de Fritjof Capra. De fato, há pessoas que são
tão desonestas que chegam a proclamar suas OPINIÕES PESSOAIS como
"ciência", para os mais desinformados. Para mim não cola. Sinto
muito... muitas pessoas assim me vêem como uma ameaça, especialmente
no "cara-a-cara", pois na escrita a metafísica surrealista parece
bastante poética e impressionante. Talvez seja por isso que até hoje
TODOS os espiritualistas de carteirinha sempre NEGARAM qualquer debate
ao vivo com um cientista defensor do racionalismo, preferindo sempre
publicar "artigos" em revistas populares. Lembro-me uma vez que estava
numa discussão sobre a espiritualidade com um budista tibetano que já
estudava o budismo e o hinduísmo há vários anos. Ele se dizia formado
em biologia e "profundo" conhecedor da Física Moderna. Tudo bem...
fiquei curioso para verificar a argumentação de uma pessoa dessas, o
que deveria ser o bastante para ser lógico e coerente.

No decorrer da conversa, fui percebendo que essa pessoa não estava tão
a par da ciência como afirmava no começo... de todas as fórmulas de
física que enunciei, não conhecia nenhuma. Quando mencionei Darwin,
ele me disse de pronto que "não achava que o homem tinha vindo do
macado". Nesse ponto percebi que ele realmente desconhecia os
princípios da Biologia, pois somente quem não conhece a Origem das
Espécies fala da maneira como ele colocou. Ora, em seu tratado de
milhares de páginas, Darwin não preencheu todas as páginas apenas
escrevendo que "o homem veio do macaco". Há uma infinidade de
comprovações históricas, geológicas, geográficas, físicas, biológicas
e químicas cujas verificações podem ser tão palpáveis quanto o monitor
que está em sua frente, e cujo nexo causal que caminha à sua conclusão
é tão óbvio quanto dizer que soltar esse mesmo monitor no ar será
deixa-lo à mercê da força da gravidade, ocasionando sua queda. Não...
essa pessoa tinha lido umas poucas páginas, alguns resumos e "ouvido
dizer" muita coisa sobre a teoria de Darwin... menos conhecido ela
realmente.

Da mesma forma com a Física Moderna... infelizmente o desconhecimento
é tanto quanto a pretensão de conhecimento, por aqueles que se dizem
entusiastas do espiritismo por "não encontrarem respostas" na Ciência.
Em Diálogo com Cientistas e Sábios, Cultrix, 1996, pág. 255, o maior
físico teórico do mundo, o Dr. Steven Halking é interrogado por sua
aversão ao misticismo. Ele responde: "Considero-o escapismo. Quando se
acha a física teórica e a matemática muito difícieis, recorre-se ao
misticismo. As pessoas que cultivam essa idéia do misticismo na física
são as que, na realidade, não entendem a ciência".

Apesar de ser um entusiasta da idéia da existência de vida inteligente
fora da Terra, o Dr. Carl Sagan (astrofísico que trabalhou no projeto
da Apolo 11, criador da série "Cosmos" e considerado o maior
divulgador da Ciência do séc. XX) não acreditava que seres
extraterrestres estavam nos visitando. No capítulo 6 do livro "O Mundo
Assombrado pelos Demônios", chamado Alucinações, ele escreve: "De vez
em quando, recebo uma carta de alguém que está em 'contato' com
extraterrestres. Sou convidado a 'lhes fazer qualquer pergunta'. E
assim, com o passar dos anos, acabei preparando uma pequena lista de
questões. Os extraterrestres são muito adiantados, lembrem-se. Por
isso faço perguntas como: 'Por favor, dê uma prova breve do último
teorema de Fermat'. Ou a conjetura de Goldbach. E depois tenho que
explicar do que se trata, porque os extraterrestres não devem conhecer
esses problemas por esses nomes. Assim escrevo as equações simples com
os expoentes. Nunca recebo resposta. Por outro lado, se pergunto
coisas como 'Deveríamos ser bons?', quase sempre obtenho uma resposta.
Esses alienígenas sentem-se extremamente felizes em responder qualquer
questão vaga, principalmente envolvendo juízos morais convencionais.
Mas acerca de qualquer problema específico, em que há uma chance de
descobrir se eles realmente sabem algo mais do que a maioria dos
humanos, há apenas silêncio."

Na maior publicação mística reconhecida pelas comunidades da Nova Era
(Nova Gokula, Sociedade Alternativa, Ordem do Graal na Terra,
Sociedade Teosófica, etc.), a revista mensal chamada "AMALUZ", da
mesma editora, n° 3 de 1986, pág. 74, verificamos John Columbus
Taylor, mundialmente conhecido pelas comunidades espiritualistas como
um dos maiores entusiastas na técnica do "channeling" (médium) que
existem. Nessa oportunidade ele estava "canalizando" as vibrações do
Arcanjo Miguel, que mencionava: "Haverá a perda total da camada de
ozônio até o ano 2000, de tal forma que ninguém consiga sobreviver ao
ar livre por mais de uma hora de cada vez". Até 2010 a humanidade
precisará usar máscaras de oxigênio para sobreviver", e conclui:
"Invasão de extraterrestres, com início em 2010". Finalmente este será
o ano da guerra declarada entre extraterrestres e humanos, para o
nosso amigo John...

Nessa mesma revista, pág. 14, um "channel" ainda mais conhecido
(inclusive amigo pessoal de Krisnamurti e de S.S. o Dalai Lama),
Arthur Fannig, que trabalha com os chamados "movimentos espirituais da
Era de Aquário" desde 1971 estava nesta oportunidade recebendo as
vibrações de YHVH (ou a essência do espírito cósmico popularmente
conhecido como "Jeová"). Ali mesmo, enquanto falava sobre profecias,
reencarnação, técnicas de meditação e soluções para o futuro da
humanidade, um pesquisador lhe fez uma pergunta audaciosa. Ele disse:
"Eu tenho uma pergunta". YHVH respondeu: "Eu sei." Então o homem lhe
perguntou, entre tantas outras questões de natureza moral e
espiritual: "Está um pouco fora do assunto, mas diga, de cabeça,
quanto é 369 mais 72?". Depois de algumas tentativas de se esquivar da
pergunta, finalmente o espírito intergaláctico que sabia tudo teve que
admitir: "Eu não tenho tal habilidade"...

No programa "Mistérios da Ciência", produzido em 1998 em Miami/Flórida
pela Discovery, espíritas e paranormais conhecidos do mundo inteiro,
representantes das várias facções espiritualistas, foram convidados
para criarem um fenômeno realmente inexplicável cientificamente, com
um incentivo de US$100.000 para quem conseguisse produzir ectoplasma,
ou projetar sua mente para fora do corpo e ler um livro que estava a
alguns metros de distância, ou mover objetos, provar recordações de
vidas passadas, etc. Dos poucos candidatos que se apresentaram, vários
foram barrados pelos sensores de metais e revistas que revelavam
equipamentos eletrônicos, lanternas especiais e químicas utilizadas em
farsas pelos embusteiros. O restante não conseguiu produzir nada
realmente inexplicável... O interessante é que a ciência mostrou uma
atitude de boa-fé ao patrocinar esse tipo de evento, oferecendo uma
oportunidade real para aqueles que dizem que a ciência não dá abertura
ao conhecimento de tais possibilidades.

Eu mesmo fiz e faço o desafio a quaisquer mestres, magos, médiuns,
gurus, avatares, maha cohens, paranormais, etc (como já o fiz com o
Sr. Chico Xavier, Gasparetto, Thomas Green Morton e outros que tive
oportunidade), ou qualquer um que acredite em viagem astral
(projeciologia ou projeção psíquica), consulta a "registros akásicos",
consulta espíritos (ou gênios através de altas magias) que respondem,
telepatias, "consciências cósmicas", etc. Trata-se de algo
relativamente simples para qualquer um NO MUNDO que afirme ter algum
desses poderes: sorteio quatro números ("0" a "9" nos dados) e cinco
letras ("a" a "z", também nos dados). A cada número e letra sorteado
eu o escrevo em um papel, um ao lado do outro, até atingir os 9
caracteres. Então, aquele que aceitar o desafio terá que adivinhar (em
voz alta ou pode escrever) os números. Simples assim. Deixo ainda mais
fácil: coloco o papel no meu quarto, em local visível, onde só eu
possa entrar (ou então eu não entro, se for da vontade do médium). O
desafiado terá TRÊS DIAS para adivinhar o número. Nesse caso, nas
centenas de vezes que fiz o desafio para GRÃOS MESTRES de qualquer das
mais antigas, tradicionais ou "secretas" organizações iniciáticas,
nunca houve resposta. E nas poucas vezes que este foi aceito por
aqueles que "juravam" ter tais "poderes" (outros dizem ser algo
completamente natural), sequer uma letra ou um número foi acertado na
ordem.

E já que resolvi falar um pouco de ciência, é uma boa oportunidade
para sairmos um pouco do terreno meramente fático e objetivo para
algumas reflexões subjetivas.

Consideremos o princípio que norteia as religiões em geral. Pensemos
que aspiram (assim se pensa) à uma efetividade no campo da
reintegração do ser humano com alguma forma de natureza superior da
qual supostamente alguns ou todos têm direito. Por mais livre que seja
uma doutrina espiritualista, ela ainda continuará sendo uma doutrina,
porquanto se baseie em revelações de caráter sectário quanto à
descrição de uma suposta realidade que está encerrada em alguma forma
de sistematização conceitual.

Dessa forma, a partir do momento em que esses conceitos precisam ser
compreendidos, devem também ser aceitos através de apelos cujos fatos
não ultrapassam o campo meramente da interpretação SUBJETIVA dos fatos
que existem ou que SE PROVOCAM. De outra forma estariamos falando de
conhecimento CIENTÍFICO, e não espiritual.

Assim, sem haver a comprovação exigida por um positivismo,
reducionismo, cientificismo, materialismo, racionalismo ou empirismo,
fica-se na expectaviva de uma MODIFICAÇÃO DO PONTO DE VISTA pelo qual
verificamos a veracidade das coisas. Aqui não precisamos mais "ver
para crer", desde que possamos "sentir" ou "intuir" sensações como
variações emocionais, experiências que estão apenas em nossa mente
(acreditar em impressões que simulam sentidos apenas em nossa
imaginação), ou que precisam de estados alterados de consciência ou
ainda de ambiente, de forma que não possam ser manipulados e estudados
objetivamente. A partir desse momento classifica-se, tal atitude como
fé, crença ou sentido espiritual, o que é fundamento basilar de
qualquer sistema espiritualista e/ou religioso. Passemos a utilizar
aqui a palavra religião em seu significado tanto etimológico quanto
semântico, abrangendo inclusive as facções espiritualistas que
autodenominam-se "filosofias de vida".

Nessa realidade, uma determinada religião é subjetivamente tão
verdadeira e comprovável quanto outra, mesmo que seus preceitos sejam
antagônicos. Quero dizer que a verdade dos seguidores do Bispo Macedo
é tão verificável para eles quanto são aquelas pregadas pela Maçonaria
para os maçons, ou pelo Islamismo para os islâmicos, ou ainda pelo
Espiritismo pelos espíritas, e da mesma forma para as outras
religiões. A partir do momento quem você deixa de utilizar os fatos
concretos (cientificamente comprovados ou comprováveis) para cair no
terreno dos modelos de verdade que necessitam alterações de
ponto-de-vista para serem aceitáveis, não se pode utilizar argumentos
realmente objetivos, pois eles são refutados pela natureza cognitiva
das coisas que são evidentes por sí mesmas.

Vejamos pois o conceito da Alta-Magia desenvolvido através da Ordem
dos Templários do Oriente (OTO) e da Ordem Hermética da Aurora Dourada
(Golden Dawn). Lá verificamos que existem seres criados exclusivamente
para a prática do "mal", pois são os representantes das energias
caóticas universais e que buscam a destruição ou simplesmente o
antagonismo "necessário". Assim, ao traçarmos um determinado pentáculo
ou sinal cabalístico e realizarmos a evocação correta podemos
"direcionar" suas forças de acordo com nossa vontade, obrigando-as a
nos servir (in "O Mote do Megaterion", 7° Grau). O processo de morte
liberta a alma que irá para um plano de onde não írá voltar, não
havendo pois, reencarnação.

Já para o espiritismo, a existência de demônios é errônea e eles não
existem, como verificamos em "O Livro dos Espíritos", de Allan Kardec,
P131 e P550. Ainda em P553, os espíritos dizem claramente que "não há
nenhuma palavra sacramental, nenhum sinal cabalístico, nenhum talismã
que tenha qualquer ação sobre os espíritos" (ao contrário da
alta-magia), afirmando posteriormente que nenhum lugar é mais
privilegiado do que outro por Deus. Fala-se ainda que após a morte a
alma continua consciente e com as lembranças da vida que viveu, e
voltará em outro corpo (reencarnação) HUMANO (O Livro dos Médiuns,
Cap. XXVII, 8 e XXXI, 3), além de acreditar que os mortos despertam
para a verdadeira consciência e que louvam à Deus ou ainda que existem
espíritos bons que se comunicam com os homens.

No Judaísmo e Cristianismo verificamos o retorno da crença nos
demônios eternamente maus e que não evoluem. Também não existe
reencarnação, os mortos não tem consciência e a alma é a mesma coisa
que o corpo físico. Lev. 19, 31 "Não vos voltareis para os que
consultam os mortos nem para os feiticeiros; não os busqueis para não
ficardes contaminados por eles. Eu sou o Senhor vosso Deus." Salmos
115,17 "Os mortos não louvam ao Senhor, nem os que descem ao silêncio;
Pois os vivos sabem que morrerão, mas os mortos não sabem coisa
nenhuma, nem tampouco têm eles daí em diante recompensa; porque a sua
memória ficou entregue ao esquecimento." Marcos 12,27 "Ora, ele não é
Deus de mortos, mas de vivos. Estais em grande erro." No Cristianismo,
qualquer tentativa de contato com espíritos é abominação, pois todos
os que querem se passar assim são demônios disfarçados.

No Islamismo acredita-se em lugares mais sagrados que outros, como é o
caso da cidade de Meca. Acredita-se também que existem determinados
sinais mágicos e palavras especiais. Para o islamismo os homens nascem
e morrem apenas uma vez, vindo depois disso o paraíso ou inferno
eterno.

No hinduísmo acredita-se na chamada "transmigração" da alma, que é a
possibilidade de que a alma de uma pessoa volte no corpo de um animal,
uma cobra, por exemplo, se ela foi muito má em sua vida como humana.
Também acredita-se que o sacrifício de crianças pode amenizar a fúria
de deuses como Káli, ou que há animais mais sagrados, como a vaca
(Bagavad Gitã), ou ainda que no reino espiritual hajam escravos,
demônios, anjos, etc.

No Budismo já não se acredita em um Deus criador, como se acredita no
espiritismo, cristianismo ou outras religiões. Acredita-se na
autocriação, sem a existência de Deus. Tudo é apenas um mecanismo cuja
explicação de criação não nos interessa, mas apenas nosso momento
atual, que gera carmas futuros dependendo de nossas ações no presente.

Para o satanismo a verdade só pode ser encontrada a partir do contato
com os gênios que presidem as "forças ocultas" do universo, e de
rituais que podem trazer prosperidade e conhecimento através de ciclos
reencarnatórios, ou ainda outras variações dependendo da facção.

No Confucionismo e no Zoroatrismo, os mortos ou espíritos não podem se
comunicar com os vivos, e "os vivos não podem saber o que vem depois
da morte". (Mazda-Azmuda).

Na Maçonaria, procura-se a orientação pela percepção religiosa
judaico-cristã adaptada as parábolas filosóficas de pensadores
iluministas e encerradas pelos conceitos da arquitetura medieval que
denominam "Geometria Sagrada".

Surgem então os "Universalistas", que pretendem acreditar em tudo,
subtraindo convenientemente as partes em que os livros pretensamente
sagrados em que os criadores dos pensamentos afirmam serem os únicos
ou que tal coisa é errada. Passa-se um "esquecedor" ou omite-se
propositalmente ou ainda diz-se que não é exatamente o que ele queria
dizer. É tudo certo e tudo muito bom na opinião de todo mundo. Deus e
o diabo (e anjos ou fadas) jogando dados com a vida dos homens, mas
eles é que determinam seus destinos. E assim se vive muito bem com
tudo e com todos.

Mas voltando-se a diferença das escolas, para os Drusos, os Brâmanes,
Faquires, para a Ioga, o 4° Caminho, o Esoterismo Iniciático, Eubiose,
Teosofia, Petencostais, Protestantes, magicistas e Católicos entre
tantos outros, que precisariam um livro para mostrar as diferenças, a
verdade é que cada uma tem conceitos de realidades totalmente
diferentes, algumas extrema e COMPLETAMENTE OPOSTAS umas das outras,
seja quanto a natureza (boa ou má, criadora ou observadora, pessoal ou
impessoal, etc.) de Deus, seja quanto a criação do universo e do homem
e quanto ao seu destino depois da morte, da existência e da natureza
de cristais, pêndulos, profetas, cristos, virgens, pedras, simpatias,
eguns, exús, iemanjás, orixás, caboclos, discos voadores, espíritos de
gente que já morreu, cordões de prata, auras, passes, entortadores de
garfos, cobras aladas, elementais, gnomos, silfos, ondinas,
salamandras, bruxos, índios antigos, serpentes marinhas e animais que
falam.

Enfim, como cada um requer fé, crença ou uma percepção alterada e
subjetiva sobre a realidade, todos são verdadeiros (para os que vivem
sob sua égide) e falsos, porquanto não possam provar que suas verdades
são mais demonstráveis ou superiores as outras. Por mais que um
espírita possa estar certo sobre seus "fabulosos" contatos com
espíritos superiores, dizer que no "mundo astral" existem dois terços
de espíritos esperando para "reencarnar" (até a quantidade numérica
eles sabem!), há exatamente a mesma chance do pastor da igreja Batista
estar certo ao afirmar que essas pessoas estão sendo terrívelmente
enganadas pelo "diabo", segundo realmente consta no livro que conhecem
como Bíblia. Também pode um islâmico (e veja, EXATAMENTE COM A MESMA
POSSIBILIDADE DE ESTAR CERTO) dizer que ambos estão errados e que o
único e verdadeiro Deus é Allah, e que ele precisa ser chamado por
esse nome e que Mohamed (ou Maomé) é seu único profeta, e que não há
nenhum outro caminho de salvação espiritual senão a verdade contida no
Corão. E assim sucessivamente com todas as demais crenças, fés,
"filosofias de vida", espiritualismos ou religiões como sejam.

Negar isso é exatamente a atitude do religioso, que afirma
categoricamente estar certo de que SUAS verdades são as mais atuais,
ou as mais antigas, ou as mais "prováveis", "únicas" ou ainda as mais
"científicas" (já vimos isso nos primeiros parágrafos desse texto) que
existem. Ou ainda do universalista, como já mencionei. Depende do
gosto e das características psicológicas do fiel ou de sua crença. Só
isso.

"Você diz que há apenas um meio de cultuar o Grande Espírito. Se há
apenas uma religião, por que vocês gente branca diferem tanto sobre
ela?" Chefe Jaqueta Vermelha, Chefe Indígena Seneca.

É certo que tenho um conceito pessoal sobre espiritualidade, mas eu
tenho que ser honesto o suficiente para transmiti-las não como
verdades científicas ou forçosamente reais para TODOS, ou ainda dizer
que "essa é a única verdade". Muitos homens cometem o erro de
substituir o conhecimento pela afirmação de que é verdade aquilo que
desejam. Isso pode ser válido para motivo de crença, mas ninguém é
realmente uma autoridade em assuntos de opinião pessoal. Por isso,
entre o subjetivo que não pode ser provado em confrontação com outros
argumentos subjetivos igualmente válidos, e o OBJETIVO que pode ser
DEMONSTRADO e cuja utilidade prática se faz presente na vida de cada
um, eu prefiro, normalmente, a honestidade de emitir meus pensamentos
baseados no posso demonstrar por meios práticos, excetuando-se essa
regra nos raros momentos em que exponho as poucas crenças que possa
ter, tendo ainda o cuidado de citar que trata-se de informação não
científica e de natureza abstrata.

===================================

Nota: há cerca de três anos e meio me desfiliei da Ordem
Quaternária dos 49, Sociedade Brasileira de Eubiose, Círculo Esotérico
da Comunhão do Pensamento, Colégio dos Magos, e outras pequenas e
novas organizações.
Há dois anos pedi mi kit placêt da Maçonaria, minha desfiliação da
Ordem dos Templários do Oriente (OTO), Ordem Hermética da Aurora
Dourada (Golden Dawn). Há um ano estou inativo na Tradicional Ordem
Martinista. Das centenas de grimórios, livros de rituais, monografias,
"testamentos", pergaminhos, aqueles que não destrui (por serem de uso
exclusivo e pessoal) eu doei para outros iniciados ou organizações
místicas.

Sincera e fraternalmente,

Peterson (Frater Anakian, #, 12° 33° 66° 96°)



SUBJECT: Re: [ciencialist] Relatividade Geral
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 26/12/2000 20:28

-----Continuação das Mensagens 7757, 7760 e 7768-----
De: "Alberto Mesquita Filho"
Msg 7757: Conceitos Elementares, 22/12/00
Msg 7760: Carga Elétrica Oscilante, 24/12/00
Msg 7768: O Elevador Oscilante, 25/12/00
Assunto: Re: [ciencialist] Relatividade Geral

Dipolo gravitacional oscilante

Vamos agora, com o auxílio do Chevas Regal que ganhei neste Natal, dar asas
à imaginação com mais uma "experiência de pensamento; e colocar o
laboratório, descrito na msg 7768 --através da figura
http://sites.uol.com.br/albmesq/figuras/elev.gif --, em repouso no espaço
(por exemplo, em relação a "estrelas fixas"). Porém num espaço muito
especial: Ele está situado entre dois corpos planetários imensos, envoltos
por uma película comum e constituídos de um material fluido de elevada
densidade; e tal que esse fluido oscile, através de condutos rígidos,
caminhando entre um corpo planetário para o outro, como mostrado na figura
http://sites.uol.com.br/albmesq/figuras/aniosgrav1.gif . O mecanismo
responsável pela movimentação do fluido não está representado no esquema.
Barras rígidas fixam o laboratório aos condutos, no sentido de impedir a
movimentação do mesmo em obediência aos campos gravitacionais gerados.

Por questão de simetria, os efeitos gravitacionais, devidos a porções do
conduto, anulam-se aos pares, não interferindo no campo resultante.
Poderíamos pensar ainda na existência de outros efeitos decorrentes das
"grandes" massas fluidas em movimento. É bem possível que nestas condições
ocorra, mesmo no vácuo, "transporte de momento" do tipo do observado em
mecânica dos fluidos. Desta maneira, o fluido poderia tentar exercer uma
espécie de arraste no laboratório (tal e qual ocorre em campos de
velocidade); e este efeito, estando o laboratório fixo no espaço, simularia
um campo de forças. Algo a respeito da ação desses fluxos espaciais de
matéria poderá ser encontrado em
http://xxx.lanl.gov/ftp/gr-qc/papers/0006/0006029.pdf .

Outro efeito a ser destacado relaciona-se a uma possível não instantaneidade
da ação dos campos. Ou seja, não deve ocorrer a famigerada ação a distância
não intermediada por nada, a exemplo do já demonstrado para campos
eletromagnéticos variáveis no tempo. Tudo isso leva-nos a pensar na
existência de potenciais gravitacionais retardados (do tipo dos potenciais
de Lienard e Wiechert, adaptáveis à gravitação) para a descrição dos efeitos
desses campos.

Independentemente desses efeitos colaterais passíveis de ocorrerem, o campo
oscila de um valor máximo, num determinado sentido até um valor máximo no
sentido oposto, existindo portanto uma oscilação do campo a caracterizar o
que poderíamos chamar dipolo gravitacional oscilante. E é sempre possível,
pelo menos em teoria, pensar-se nesta oscilação do campo como algo
equivalente a uma oscilação do laboratório, caso em que este estaria em
movimento (como mostrado na msg 7768 -
http://sites.uol.com.br/albmesq/figuras/anielev.gif )

Para os que não gostaram do dipolo gravitacional oscilante "construído" com
massas planetárias fluidas, uma segunda alternativa, também bastante viável
após a segunda dose do Chevas, seria fazer com que dois planetas oscilassem
da maneira mostrada na figura
http://sites.uol.com.br/albmesq/figuras/aniosgrav2.gif , com o laboratório
em repouso (em relação a estrelas fixas) entre os dois. Não está
representado na figura o mecanismo utilizado para fixar o laboratório.

Esses exemplos foram imaginados apenas com a finalidade de mostrar que não é
tão absurda a idéia de se confrontar duas situações aparentemente
equivalentes, qual seja:

1) Uma em que existe o movimento do laboratório (mhs), por exemplo, em
relação às estrelas fixas, na ausência de qualquer campo gravitacional;

2) Outra em que existe uma oscilação gravitacional num laboratório em
repouso em relação às mesmas estrelas fixas (ou seja, na ausência de
qualquer outro movimento do laboratório como um todo).

Se um observador, no interior do laboratório, conseguir distinguir, pela
experimentação, e sem olhar pela janela, uma situação da outra, o princípio
da equivalência terá sido violado.

Bem, a experiência está descrita. E como trata-se de uma experiência de
pensamento, resta apenas a discussão final, o que iniciarei na próxima
mensagem. As perguntas que deixo no ar são: 1) A carga elétrica situada em
repouso no laboratório em repouso em relação às estrelas fixas, emite ou não
ondas eletromagnéticas? 2) A carga elétrica em mhs em relação às estrelas
fixas, emite ou não ondas eletromagnéticas? 3) As condições são equivalentes
ou não? 4) Se não forem equivalentes, o princípio da equivalência teria sido
violado ou não? Ops!! Acabou o meu whisky. Daqui prá frente vou ter que
analisar o problema curtindo uma crise de abstinência. :-))

[ ]'s
Alberto
http://sites.uol.com.br/albmesq/
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] maioria das pessoas se superestimam
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 26/12/2000 21:32

-----Mensagem Original-----
De: "Luiz Ferraz Netto"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Terça-feira, 26 de Dezembro de 2000 12:55
Assunto: Re: [ciencialist] maioria das pessoas se superestimam


> Imagine meia dúzia de Jocax, todos pensando e agindo * exatamente* do
> mesmo modo! 6 Jocax se dedicando ao mesmo genismo e tendo os mesmos
> insights...

HEEEELLLP. PARA O MUNDO QUE EU QUERO DESCER.

[ ]'s
Alberto
http://sites.uol.com.br/albmesq/
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] maioria das pessoas se superestimam
FROM: "Fernanda Amadei Sais" <lifer@iconet.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 26/12/2000 23:19


----- Original Message -----
From: Luiz Ferraz Netto <leo@barretos.com.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Tuesday, December 26, 2000 12:55 PM
Subject: Re: [ciencialist] maioria das pessoas se superestimam



The Jocax:
>>Bom, pelo q entendi to texto , quem avalia os outros erra menos do
que
quem se auto-avalia.<<

Léo:
Isso não vale para os próprios pesquisadores do assunto, pelo que dão
a entender!

Fernanda:
Não vi onde eles dao a entender isso...


Dolores (a quem doer :-))
>Ou, estariam subestimando os sujeitos estudados?

The Jocax:
>>Esta eh uma pesquisa q parece mostrar que nos temos uma imagem
de nos mesmos que nao eh a mesma que os outros tem.
E q esta imagem eh, em geral, mais favoravel a nos do que
a experiencia mostra.
A pergunta q se poderia fazer eh : Por que isso acontece?
Pq temos uma imagem de nos sempre melhor do que nos realmente somos?<<


Léo:
E só poderia ser assim! Admita que há outros seres no Universo, veja
quantas pessoas existiram e ainda existem sobre a 'alface' da Terra
... e dentre todos eles só há um único e exclusivo Léo, um idem Jocax,
uma idem Dolores etc. Só esse 'pequeno' detalhe já confere a cada ser
humano uma auto-sobrestimada imagem. É o 'poder da unicidade' de cada
um!

Fernanda:
Talvez não pudesse ser *somente* assim.
Pensando na imensidão do Universo e no grande número de seres que
existem, vc poderia chegar também a uma outra conclusão: qualquer ser
humano, por mais único que seja, é insignificante e não faz muita
diferença no funcionamento do mundo, do universo e das sociedades
(terrestres ou possíveis extraterrestres). São duas conclusões
igualmente válidas, dadas as premissas. Orgulhar-se da sua unicidade
ou contemplar sua insignificância.

Léo:
Quando as clonagens totais tornarem-se quotidianas isso vai acabar.
Imagine meia dúzia de Jocax, todos pensando e agindo * exatamente* do
mesmo modo! 6 Jocax se dedicando ao mesmo genismo e tendo os mesmos
insights...

Fernanda:
Não acho provável que as clonagens totais venham a ser uma prática
comum, por vários motivos, alguns éticos (sobre estes nao vou entrar
em detalhes) e outros biológicos mesmo. Não há muita vantagem em se
clonar seres humanos "inteiros". O motivo mais óbvio é a manutenção da
diversidade genética da espécie, motivo pelo qual são desaconselháveis
casamentos consanguíneos e também a reprodução por clonagem. A perda
dessa diversidade, em grande escala, poderia trazer consequências
trágicas para a sobrevivência da espécie no planeta. A única vantagem
de clonagem humana que consigo visualizar é a clonagem de tecidos.

Além disso, não é muito provável que meia dúzia de clones pensassem e
agissem *exatamente* do mesmo modo, o que pode-se perceber com o
exemplo de clones naturais humanos, os gêmeos. Embora sejam
extemamente parecidos, eles nao pensam e agem exatamente da mesma
forma, por uma razao bem conhecida: nosso fenótipo nao é resultado
exclusivamente do código genético, sofrendo influência da interação
com o meio ambiente.

Por esses motivos, mesmo se, por um infeliz acaso, as clonagens totais
se tornassem prática comum, a individualidade não estaria perdida, e
esse 'poder da unicidade' continuaria tendo efeito análogo ao que tem
hoje na atitude do ser humano de se supervalorizar.


Um abraço,

Fernanda Sais.




SUBJECT: Re: [ciencialist] maioria das pessoas se superestimam
FROM: "Fernanda Amadei Sais" <lifer@iconet.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 26/12/2000 23:19


----- Original Message -----
From: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Tuesday, December 26, 2000 10:30 AM
Subject: Re: [ciencialist] maioria das pessoas se superestimam


Jocax:
A pergunta q se poderia fazer eh : Por que isso acontece?
Pq temos uma imagem de nos sempre melhor do que nos realmente somos?

Segundo minha visao, se todos os humanos tem uma caracteristica, entao
eh pq ela deve ser genetica.

Fernanda:
É genética, mas não exclusivamente genética. Não se tem certeza de até
que ponto as características psicológicas são determinadas pelos
genes, mas pelo que se sabe fatores externos interferem nessa
formação.

Jocax:
Se todos se avaliam superores ao q realmente sao entao isto eh devido
aos genes
e PORTANTO deve haver uma explicacao darwiniana ao fato.

Bom, pensando por 10s, surgiu-me uma :
Acredianto-se melhor do que se sao as pessoas conseguirao passar uma
imagem
de si mesmas superiores aos que realmente sao. E isso podera lhes
trazer
uma
vantagem evolutiva sobre as que se avaliem por baixo. E, mais
importante
se as pessoas acreditarem nisso, como ocorre, elas nao terao q
fingir
e isso as colocara imune aos detectores de mentira dos outros.

Fernanda:
Bom, gastando um pouco mais de tempo para pensar na sua explicação,
surgiram algumas dúvidas:

Nem sempre acreditando-se melhor do que são as pessoas conseguem
passar uma imagem melhor de si mesmas. Às vezes, pode acontecer o
contrário, mesmo pq, como o estudo conclui, enquanto as pessoas erram
ao se auto-avaliarem, são extremamente precisas ao avaliar os outros,
e, portanto, não são ludibriadas pela imagem que outros indivíduos
tenham de si mesmos. Assim, qual seria a vantagem da super-valorização
pessoal?

O que confere maior vantagem evolutiva, na minha opinião, é mesmo o
fato de se conseguir avaliar os outros com grande precisão (tanto que
é a característica predominante entre os testados na experiência).

Quanto a desvantagem evolutiva dos que se avaliam por baixo, talvez
não seja verdadeira, pq, julgando-se inferior, o indivíduo se esforça
mais, tem mais cuidado, preocupa-se mais com suas fraquezas do que o
indivíduo que se julga superior, e consegue contorná-las melhor do que
se julgasse não possui-las. Ou não?

Jocax:
PS: As consequencias desse aumento generalizado da
auto-avaliacao-superior
eh q as pessoas nao darao muito ouvidos aas outras MESMO QDO
O Q DIZEM FOR VERDADE.

Fernanda:
Isso é uma desvantagem, não?


Um abraço,

Fernanda Sais.






SUBJECT: Re: [ciencialist] maioria das pessoas se superestimam
FROM: "Lord Screen Saver" <screen_saver@ig.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 26/12/2000 23:25

ae sei la acho
que dependa muito do local em que se vive... acho que naum tem nada de
genetico mas sim de social... da necessidade de auto afirmação diante de
tantas falsas pessoas (filmes, novelas, etc), vemos e acabamos querendo ser
iguais ao que talvez nem exista... o q fazer entaum senaum mentir a si
mesmo...


> Se todos se avaliam superores ao q realmente sao entao isto eh devido
> aos genes
> e PORTANTO deve haver uma explicacao darwiniana ao fato.
>
> Bom, pensando por 10s, surgiu-me uma :
> Acredianto-se melhor do que se sao as pessoas conseguirao passar uma
> imagem
> de si mesmas superiores aos que realmente sao. E isso podera lhes trazer
> uma
> vantagem evolutiva sobre as que se avaliem por baixo. E, mais importante
> se as pessoas acreditarem nisso, como ocorre, elas nao terao q fingir
> e isso as colocara imune aos detectores de mentira dos outros.
>
> []s
> jocax
> PS: As consequencias desse aumento generalizado da
> auto-avaliacao-superior
> eh q as pessoas nao darao muito ouvidos aas outras MESMO QDO
> O Q DIZEM FOR VERDADE.
>
>
>
> >
> > Apenas uma brincadeira,
> > Dolores
> >
> > -----Mensagem original-----
> > De: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
> > Para: ciencialist <ciencialist@egroups.com>
> > Data: Sexta-feira, 22 de Dezembro de 2000 10:38
> > Assunto: [ciencialist] maioria das pessoas se superestimam
> >
> > Do UOL :
> > 22/12/2000 - 10h09
> > Estudo mostra que
> > maioria das pessoas se
> > superestimam
> >
> > da Reuters
> > em Nova York
> >
> > Geralmente as pessoas se consideram
> > amáveis, generosas e justas, um pouco acima
> > da massa menos altruísta. E muitas dessas
> > pessoas estão enganando a si mesmas. As
> > descobertas estão publicadas no "Journal of
> > Personality and Social Psychology".
> >
> > Cientistas descobriram de forma consistente
> > que a pessoa média considera seu caráter
> > moral mais forte do que de seu vizinho.
> >
> > Uma pergunta era se esses tipos "mais puros
> > do que você" estão subestimando os outros ou
> > superestimando a si mesmos. Quatro novos
> > estudos da Universidade Cornell sugerem a
> > última alternativa.
> >
> > "As pessoas superestimam a si mesmas de
> > forma consistente, mas elas são muito precisas
> > em relação aos outros", disse David Dunning,
> > professor de psicologia da universidade, em
> > Ithaca, Nova York.
> >
> > Em diversos experimentos, Dunning e Nicholas
> > Epley descobriram que enquanto estudantes
> > conseguiram predizer se seus colegas de
> > classe iram agir de forma caridosa, eles
> > pintaram retratos de si mesmos que não eram
> > realistas.
> >
> > Durante a pesquisa, diferentes grupos de
> > estudantes participaram de experimentos que
> > testaram como eles percebiam si mesmos e
> > outros e se essas percepções casavam com
> > suas ações.
> >
> > Por exemplo, os estudantes tinham que
> > predizer se eles iriam comprar pelo menos uma
> > flor para beneficiar uma instituição de caridade.
> > Eles também prognosticaram qual a
> > porcentagem das chances de seus colegas iria
> > comprar a flor.
> >
> > Enquanto 83% disseram que iriam comprar uma
> > flor, fizeram uma avaliação abaixo disso de seus
> > colegas _em média, os estudantes disseram
> > que 56% de seus colegas de classe iriam fazer
> > doações para a instituição de caridade.
> >
> > Na prática, somente metade dos estudantes
> > que disse que iria comprar uma flor realmente
> > comprou. Por outro lado, suas previsões sobre
> > seus colegas foi próxima à realidade. Esse
> > padrão foi consistente nos quatro estudos.
> >
> > Dunning explicou que, em relação a prever o
> > que os outros farão, necessariamente, as
> > pessoas fazem observações com base no que
> > elas observam na pessoa "comum".
> >
> > Segundo o pesquisador, quando as pessoas
> > avaliam a si mesmas, elas tendem a "contar
> > estórias" que as ajudam a desculpar
> > transgressões do passado e se concentrar nas
> > coisas boas que fizeram.
> >
> > Dunning disse que ficou surpreso com a
> > precisão das predições dos estudantes das
> > outras pessoas. Ele acreditava que os
> > estudantes iriam agir com cinismo em relação
> > ao caráter moral de seus companheiros, mas
> > eles foram justos. Em vez disso, eles inflaram a
> > si mesmos.
> >
> > Isso não quer dizer que não existem mais
> > pessoas realmente boas. "Muitas pessoas
> > agem de forma moral e altruísta", afirmou
> > Dunning.
> >
> > Mas uma pessoa que se superestima pode
> > julgar os outros de forma muito severa. O "custo
> > de superestimar a si mesmo", disse Dunning, é
> > não perceber que se você estivesse em uma
> > certa situação, você teria feito a mesma coisa
> > que considera imoral nos outros.
> >
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SUBJECT: Re: Relatividade Geral - Resolvendo o paradoxo
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 27/12/2000 01:59

Nesta mensagem tentarei mostrar o caminho para a resolução do paradoxo da
carga acelerada apresentado nas mensagens 6970, 7655, 7663, 7675, 7681,
7737, 7750, 7757, 7760, 7768, 7770, 7773 e 7781 (brevemente estas msgs
estarão em http://sites.uol.com.br/albmesq/Dialogos/dialogos.htm sob o
título Relatividade Geral e o Paradoxo da Carga Acelerada) além de outras
que surgiram quando da discussão sobre "o empuxo de Newton" (vide
http://sites.uol.com.br/albmesq/Dialogos/dsfcvm4.htm )


A carga elétrica da teoria de Maxwell, uma teoria consolidada sob a idéia da
existência dos fluidos elétricos, é ainda hoje aceita como foi imaginada por
Coulomb e/ou seus seguidores, conquanto se admita na atualidade que esses
fluidos podem ser representados por agregados de dois tipos de partículas
indistinguíveis entre si: os elétrons e os prótons. Consequentemente, a
teoria que é hoje aceita como representativa do eletromagnetismo clássico
(teoria de Maxwell-Lorentz) nada mais é senão uma teoria a apoiar-se na
idéia de fluidos quânticos (numa concepção clássica para a expressão
"quântico"). O elétron seria então o menor elemento de volume a
*supostamente* conter todas as características físicas presentes nas cargas
macroscópicas.

Um tipo muito especial de carga elétrica é aquele em que o fluido elétrico
distribui-se sobre a superfície de um condutor. As partículas fluidas
"fogem" do cerne do condutor, caminhando até a periferia onde permanecem
alojadas como que numa camada a assumir o formato do condutor. Cargas
esféricas deste tipo foram utilizadas para que se chegasse à lei de Coulomb.
Pensando-se neste modelo e nos "quanta" do fluido elétrico, poderíamos
imaginar um corte, a passar pelo centro de uma carga elétrica esférica, como
mostrado, de maneira simplificada, na figura
http://sites.uol.com.br/albmesq/figuras/carga.gif . As bolinhas vermelhas
caracterizariam a idéia que os físicos modernos fazem de um elétron
(próton), qual seja, uma partícula dotada de um material com as mesmas
características do fluido imaginário que compõe a camada ou casca esférica
do sistema onde estaria alojado o fluido elétrico. Vamos, por ora, aceitar
essa idéia.

O fluido elétrico da teoria de Maxwell-Lorentz, ainda que esteja de alguma
maneira aderente ao condutor, o que impede, em condições normais, a descarga
deste, em hipótese alguma está fixo ou "colado" ao condutor. E,
pensando-se em termos de "quanta" desse fluido, diria que essas partículas
estão dotadas de um elevado grau de autonomia, ou quase livres, nesse mundo
de duas dimensões (superfície esférica). Por outro lado, são partículas
também dotadas tanto de inércia quanto da capacidade de responderem a campos
gravitacionais.

Voltemos agora para o nosso "laboratório experimental" (figura
http://sites.uol.com.br/albmesq/figuras/elev.gif . Se ele estiver em
repouso, no espaço sideral, um corte da estrutura microscópica da carga será
aquela mostrada em http://sites.uol.com.br/albmesq/figuras/carga.gif . No
entanto, se o laboratório estiver em movimento, como mostrado em
http://sites.uol.com.br/albmesq/figuras/anielev.gif , espera-se que a
estrutura microscópica da carga se modifique, graças à inércia de seus
"quanta" de fluido elétrico, observando-se o mostrado na figura
http://sites.uol.com.br/albmesq/figuras/anicarga.gif . E graças à capacidade
dos "quanta" de fluido elétrico responderem a campos gravitacionais, se o
laboratório estiver em repouso em relação a estrelas fixas porém sujeito a
campos variáveis no tempo como mostrado, por exemplo, em
http://sites.uol.com.br/albmesq/figuras/aniosgrav1.gif , seria de se esperar
o mesmo tipo de movimento para essas partículas, quando interpretado do
ponto de vista do observador situado no laboratório.

Em síntese: qualquer que seja a teoria eletromagnética a apoiar-se na idéia
de fluidos elétricos, quânticos (Maxwell-Lorentz) ou não quânticos
(Maxwell), o resultado será o mesmo. A carga se deforma, deixa de ser uma
carga coulombiana (ainda que suas partículas elementares continuem sendo
admitidas como coulombianas, por força da teoria de Maxwell), e gera efeitos
outros que não aqueles previstos para uma carga em repouso (mesmo para o
caso em que o centro geométrico da carga permanece em repouso para um
observador externo ao laboratório -- o caso gravitacional). Para os casos
considerados, as partículas elementares responsáveis pelos campos
eletromagnéticos estarão em ambos casos, e no referencial do laboratório, em
movimento harmônico simples e, muito provavelmente, emitindo radiações
eletromagnéticas indistinguíveis. Podemos então dizer que o observador
interno não tem como distinguir, pela observação do comportamento da carga,
se o seu laboratório está em movimento oscilatório ou se o laboratório está
num campo gravitacional oscilante. Isto parece-me demonstrar classicamente,
e em caráter, a meu ver, definitivo, a validade do princípio da equivalência
de Einstein para o caso assinalado (observação do comportamento de cargas
elétricas).

Certamente essa explicação não irá agradar nem aos físicos relativistas, nem
aos físicos quânticos, por motivos que não me cabe discutir, pois não me
utilizei de nenhuma hipótese relativista e/ou quântica para a resolução do
paradoxo. Não obstante, como tenho uma teoria alternativa e neo-clássica,
para a qual a explicação do paradoxo cai como uma luva, não é impossível que
ao comentar determinados detalhes desta resolução, e relacionados à teoria,
surjam mais incongruências da física moderna.

[ ]'s
Alberto
http://sites.uol.com.br/albmesq/
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Marcelo ataca novamente
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 27/12/2000 03:38

3. Uma origem violenta da vida na Terra?, artigo de Marcelo Gleiser

Marcelo Gleiser é prof. de física teórica do Dartmouth College, em Hanover (EUA), e autor do livro "A Dança do Universo".

Uma das questões mais intrigantes para os cientistas de hoje é a questão da origem da vida. O problema começa justamente com a definição, ou com a falta dela, do que seja vida. Por incrível que pareça, não existe ainda um consenso de como definir vida.

De qualquer forma, sabemos que organismos vivos tem as seguintes características:

1) eles reagem ao meio em que vivem e, em geral, tem a capacidade de se curar quando feridos;

2) eles podem crescer, ingerindo alimentos e transformando-os em energia;

3) eles se reproduzem, passando algumas de suas características para sua prole;

4) eles podem sofrer modificações genéticas e, portanto, evoluir de modo a adaptar-se (ou não) a mudanças no meio ambiente.

Mas essas quatro regras estão longe de ser absolutamente validas, existindo muito espaço para interpretações paralelas. Eis alguns exemplos que ilustram a complexidade do fenômeno vida:

Estrelas respondem à atração gravitacional de seus vizinhos, podem crescer por acréscimo de material à sua volta, geram energia e se "reproduzem" ao propiciar o nascimento de outras estrelas durante seus momentos finais, e estas contém algumas de suas características.

Ao esgotar seu combustível nuclear, estrelas passam à sua fase final de forma explosiva; essas explosões podem gerar instabilidades gravitacionais em nuvens de gás que estejam por perto.

Por sua vez, essas nuvens instáveis contraem-se devido à sua própria gravidade, gerando novas estrelas. Mas acho que todos vocês concordam que estrelas não são vivas.

Um vírus é cristalino e inerte quando isolado. Mas, quando alojado em uma célula, ele exibe todas as propriedades de um ser vivo, usando o material genético da célula para crescer e se reproduzir.

Muitos cientistas acreditam que o vírus é justamente a ponte entre o vivo e o inanimado, um organismo tão simples que não consegue manter-se vivo por si só, mas complexo o suficiente para viver por meio de outros seres vivos.

Hoje, o consenso parece ser que a distinção entre o vivo e o inanimado não deva seguir uma lista rígida de parâmetros, mas adaptar-se à complexidade de cada situação.

Visto que temos problemas definindo o que é vida, não é nenhuma surpresa aceitar que também não entendemos sua origem. Aqui na Terra, formada há 4,6 bilhões de anos, os primeiros sinais de organismos vivos datam de 3,85 bilhões de anos atras.

Tais organismos, simples unicelulares, reinaram por pelo menos 1 bilhão de anos, até organismos mais complexos, mas ainda unicelulares, como as amebas, aparecerem.

Recentemente, a história da vida na Terra teve uma grande surpresa: pesquisadores descobriram que a vida saiu da água muito antes do que se imaginava.

Não há 1,2 bilhão de anos, mas há 2,6 bilhões, uma diferença enorme. Quanto mais tempo de vida, mais fácil é gerar estruturas complexas.

Talvez a imagem que aprendemos na escola do peixe que cria patas em lugar de barbatanas e sai da água não seja tão precisa assim.

Aparentemente, essas formas terrestres de vida eram muito primitivas, semelhantes às encontradas então nos oceanos.

Essas datas são interessantes porque justamente há 3,9 bilhões de anos a Terra e a Lua foram submetidas a um intenso bombardeio de asteróides e cometas, detritos gerados durante a formação do Sistema Solar.

Esse bombardeio foi confirmado pela análise de rochas lunares, que mostram uma abundância de materiais vitrificados durante essa época. Esses materiais são típicos das enormes temperaturas que ocorrem devido a impactos com objetos celestes.

A colisão de um meteoro ou cometa literalmente derrete superfícies rochosas que, ao se solidificarem novamente, assumem um aspecto amorfo, ou vitrificado.

Na Terra, devido a erosão e a efeitos geológicos, é praticamente impossível encontrar rochas tão antigas ainda preservadas. Mas o que aconteceu com a Lua certamente aconteceu com a Terra.

Esse bombardeio pode ter criado as condições necessárias para tornar a vida na Terra possível, como calor e vários compostos orgânicos que existem em asteróides e cometas.

Ou, quem sabe, a vida possa ter vindo de carona em alguns desses bólidos celestes. Qualquer que seja a resposta correta (eu prefiro a primeira opção), parece claro que, sem os bombardeios celestes, a vida não teria surgido aqui. As colisões podem destruir, mas também podem criar.

Fonte: Folha de SP
=============================================



SUBJECT: Re: David Blaine
FROM: "Tiago " <screen_saver@ig.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 27/12/2000 03:53


ae desculpe

trazer um assunto antigo é que eu tava procurando na internet sobre
ele e achei essa discussão...

tava vendo um programa especial sobre ele
acho q o estranho é que ele faz coisas sem truque tipo pega alguem na
rua e diz: pensa numa carta, em seguida diz a carta que a pessoa
pensou... numero e naipe

nesse especial do truque do braço ele mostrou o braço e tava bem
estranho, tipo enrugado mas parecia ser truque aquela parte, mas tipo
quando ele tava torcendo o braço mandou passarem a mão na mão que
tava torcendo pra mostrar o lance...

achei estranho mesmo o da levitação

e ele disse sobre o lance de ler pensamento, e falou daquele lance de
pensar em alguem e essa pessoa ligar, subentendendo que é paranormal
disse que aperfeiçou isso

ae fez o truque da levitação quando tinha 17 anos no medico...
o medico se apavoro e fez varios exames nele, tipo ele criou o truque
com essa idade e foi testar isso que eu entendi, isso li numa materia
sobre ele

--- Em ciencialist@egroups.com, "Antonio Carlos M. de Queiroz"
<acmq@c...> escreveu
> Alô:
>
> Não é possível que alguém considere atos de ilusionismo como
> manifestações de fenômenos físicos desconhecidos.
> Mágica sempre existiu, e sempre foi pura ilusão. Não há um
> único caso registrado em que fosse usado algum "fenômeno
> físico desconhecido".
> O único desconhecimento é dos observadores de como o mágico
> fez aquilo, e aí fica o valor do mágico.
> A ciência jamais pesquisou truques de mágicos, pois sempre foi
> completamente evidente para qualquer não leigo que eram truques.
> Nenhum mágico usa truques tecnológicos sofisticados ou
> fenômenos físicos raros em suas atuações. Não é preciso tanto para
> enganar.
>
> Compre uma fita do Mr. "M"...
>
> Antonio Carlos M. de Queiroz



SUBJECT: Re: [ciencialist] maioria das pessoas se superestimam
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 27/12/2000 09:55

Fernanda Amadei Sais wrote:
>
> ----- Original Message -----
> From: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
> To: <ciencialist@egroups.com>
> Sent: Tuesday, December 26, 2000 10:30 AM
> Subject: Re: [ciencialist] maioria das pessoas se superestimam
>
> Jocax:
> A pergunta q se poderia fazer eh : Por que isso acontece?
> Pq temos uma imagem de nos sempre melhor do que nos realmente somos?
>
> Segundo minha visao, se todos os humanos tem uma caracteristica, entao
> eh pq ela deve ser genetica.
>
> Fernanda:
> É genética, mas não exclusivamente genética. Não se tem certeza de até
> que ponto as características psicológicas são determinadas pelos
> genes, mas pelo que se sabe fatores externos interferem nessa
> formação.

Sim ! Por isso sempre digo :
"No ambiente do nucleo do Sol nos nao podemos amar !" :-))
( qurendo dizer assim q o ambiente certamente tem sua influencia na
expressao
dos genes )


>
> Jocax:
> Se todos se avaliam superores ao q realmente sao entao isto eh devido
> aos genes
> e PORTANTO deve haver uma explicacao darwiniana ao fato.
>
> Bom, pensando por 10s, surgiu-me uma :
> Acredianto-se melhor do que se sao as pessoas conseguirao passar uma
> imagem
> de si mesmas superiores aos que realmente sao. E isso podera lhes
> trazer
> uma
> vantagem evolutiva sobre as que se avaliem por baixo. E, mais
> importante
> se as pessoas acreditarem nisso, como ocorre, elas nao terao q
> fingir
> e isso as colocara imune aos detectores de mentira dos outros.
>
> Fernanda:
> Bom, gastando um pouco mais de tempo para pensar na sua explicação,
> surgiram algumas dúvidas:


:-)))))))))))))

>
> Nem sempre acreditando-se melhor do que são as pessoas conseguem
> passar uma imagem melhor de si mesmas. Às vezes, pode acontecer o
> contrário, mesmo pq, como o estudo conclui, enquanto as pessoas erram
> ao se auto-avaliarem, são extremamente precisas ao avaliar os outros,
> e, portanto, não são ludibriadas pela imagem que outros indivíduos
> tenham de si mesmos. Assim, qual seria a vantagem da super-valorização
> pessoal?

Resposta1 : "A primeira impressao eh a que fica!" :-)
Isso significa q nem todos tem tempo suficiente para
conhecer
uma pessoa e verificar se o q ela diz eh verdade.
Resposta2 : Uma auto-avaliacao por baixo eh pior do que uma por cima.
Ou seja, se a pessoa se avaliar por baixo, perante outra,
ela tera menos vantagens do que a q se avalia por cima.

>
> O que confere maior vantagem evolutiva, na minha opinião, é mesmo o
> fato de se conseguir avaliar os outros com grande precisão (tanto que
> é a característica predominante entre os testados na experiência).

Sim, mas isto eh independente da auto-avaliacao. Sao problemas
distintos.


>
> Quanto a desvantagem evolutiva dos que se avaliam por baixo, talvez
> não seja verdadeira, pq, julgando-se inferior, o indivíduo se esforça
> mais, tem mais cuidado, preocupa-se mais com suas fraquezas do que o
> indivíduo que se julga superior, e consegue contorná-las melhor do que
> se julgasse não possui-las. Ou não?

Nao creio.
Mas cada caso eh um caso. Veja um contra-exemplo:
Se alguem se considera "burra" nunca vai lutar para conseguir um NOBEL.
Ao passo q outra q se considera genio ira lutar por isso pois achara
que tem condicoes para vencer.

Mas o q eu acho + importante eh o grau de felicidade dos q se
superestimam
( como eu? ) eles deverao se sentir + felizes dos que os que se
subestimam.
E como consequencia uma pessoa + feliz costuma ser + bem quista do que
uma menos feliz...


>
> Jocax:
> PS: As consequencias desse aumento generalizado da
> auto-avaliacao-superior
> eh q as pessoas nao darao muito ouvidos aas outras MESMO QDO
> O Q DIZEM FOR VERDADE.
>
> Fernanda:
> Isso é uma desvantagem, não?

Pior seria se elas se avaliassem por baixo.
De qqr modo talvez exista uma pressao seletiva para uma
super-avaliacao...
[]s
jocax


SUBJECT: Eu quero sair da lista
FROM: "JH Home Page" <jh-hp@ieg.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 27/12/2000 20:04

Eu quero sair da lista.


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Ciencia e Religiao - 2
FROM: "Manuel Bulcao" <msbn@daterranet.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 28/12/2000 08:30

Olá,

Recapitulando:

Manuel - Uma coisa que tenho observado: uma parte significativa
desses que criticam com desmesurada acrimônia as religiões são
pessoas que por muito tempo viveram à sombra, muito mais que a média,
de dogmas religiosos. Ex-seminaristas, ex-monges franciscanos, ex-
espíritas, etc.

João Mário Miranda - Já tinha reparado nisso. E também já tinha
reparado que essas pessoas têm alguma tendência para o extremismo
anti-religioso. Algo que para mim é imcompreensível.

Tarcísio Borges - Então me deixem meter a minha colher. Eu também já
estive dos dois lados e compreendo o porque deles se sentirem assim,
eles/nós descobrimos que era tudo enganação, nos levaram na conversa
por anos a fio, damos nosso tempo e dinheiro por nada em troca e
quando a cortina cai decobrimos que as igrejas [todas - sem excessão]
não passam de empresas de lavagem de dinheiro. É um pouco duro, mas
resumidamente, é o que sentem/sentimos. É como conseguir sair da
cientologia, vc faz o que pode para que ninguém mais entre. Nenhuma
religião é essencialmente diferente da cientologia, apenas algumas
são mais brandas.
..................................

Manuel - As razões da minha "complacência" para com a religião são
três:

a) Durante a minha infância e adolescência, meus pais foram católicos
não praticantes. Só iam à missa para cumprir os estritos rituais da
Igreja: batismo, primeira comunhão de filhos e sobrinhos, casamentos,
enterros e festas de fim de ano. De sorte que, para aquele impúbere
que um dia fui, a religião jamais esteve associada à idéia de terror,
de culpa ou castigo. Os intermitentes contatos com a religiosidade
foram para mim momentos festivos, de paqueras e namoricos na pracinha
da igreja e, na pior das hipóteses, ocasiões de intenso tédio. Além
do que bastava se confessar com o padre (e rezar algumas dúzias de
ave-marias, padre-nossos e salve-rainhas) para se ver livre dos
"pecados".

b) Como optei pelas ciências humanas, a religião é para mim um
fenômeno humano como qualquer outro, isto é, um objeto de
conhecimento. Ora, não deve o cientista encarar o objeto de sua
pesquisa com a devida "objetividade" científica? Pois é desta forma
neutra, pondo entre parênteses quaisquer noções do Bem e do Mal, que
considero o fenômeno "religião".

c) Fui militante, por mais de uma década e meia, de organizações de
extrema-esquerda. Convivi com gente que mascarava o pior
obscurantismo com discursos pretensamente "racionalistas", "ateístas"
e "científicos". Um camarada trotskista membro da Causa Operária --
um apologista intransigente do socialismo "científico" -- disse-me
certa vez que o comunismo no Brasil será implantado mesmo que para
tanto seja necessário a morte de dezenas de milhões de homens. Mas
isso não é apenas delírio de trotskistas. O historiador marxista Eric
Hobsbawn, em seu livro "Era dos Extremos", conta uma história
macabra, que em resumo é a seguinte: O dirigente do PCI, Palmiro
Togliatti, assombrado com a disposição de Mao Tsé-Tung de valer-se de
uma guerra nuclear como meio para a instauração do socialismo global,
disse ao ditador chinês que, caso um armagedon atômico eclodisse, a
Itália desapareceria do mapa. Mao, então, replicou: "Quem lhe disse
que a Itália deve sobreviver? Restarão 3 milhões de chineses, e isso
será o bastante para a raça humana continuar." Vejam só: a
Humanidade (o Homem abstrato, com `H' maiúsculo) servindo como álibi
para o assassinato de bilhões de homens concretos de carne e osso; a
violência extrema levada a cabo em nome da "Razão" histórica; a
barbárie fantasiada de socialismo "científico".

Acho que, assim como aqueles céticos ex-seminaristas, ex-monges
franciscanos, etc., também estou a vivenciar uma fase de profunda
negação: negação do fundamentalismo cientificista e ateísta. Talvez
por isso eu esteja sendo indulgente demais com as religiões.

Pois, atualmente, não encaro a religião como um mal em si. A grande
ameaça à civilização, ao meu ver, é o "fundamentalismo", seja ele
religioso ou laico.

Mas, não obstante as minhas decepções com o vanguardismo
revolucionário esquerdista, continuo sendo um homem de esquerda, um
democrata radical, um socialista.

Abraços,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Relogio que atrasa ou adianta
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 28/12/2000 21:33

Ois,
tenho um relógio de bolso, um patacão herdado do avô. É um 'Longines' que quer deixado na gaveta ou transportado no bolso dá excelente precisão.

Pendurei esse relógio a um prego na parede mediante uma correntinha de bijuteria: prego - corrente - relógio; à moda de um pêndulo.
Pois bem, abandonado na posição de repouso, lentamente o relógio se põe a oscilar, aumenta lentamente sua amplitude de oscilação, atinge uma amplitude fixa e fica oscilando o dia inteiro!
a) com essa correntinha o relógio atrasa 10 minutos por dia!
b) usando uma correntinha um pouco menor ele adianta cerca de 10 minutos por dia (ontem adiantou quase 15 minutos!).

Tenho cá minhas justificações mas, para não induzí-los, aguardo suas sugestões do 'porque' disso tudo.

[]'
Léo






SUBJECT: Re: [ciencialist] Relogio que atrasa ou adianta
FROM: "Francisco Carlos de Brito" <fbrito@globo.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 28/12/2000 23:31

Paz e Vida Longa

Olá Leo

Sinto não saber porque seu relógio adianta ou atrasa, mas sei de uma coisa,
eu também herdei de meu avô um relógio de bolso, um roscoff patente, o que
eu sei é que se esse relógio não for usado e deixado pendurado, um pequeno
eixo do mesmo, um que liga a corda ao resto do mecanismo, acaba tendo um
desgaste prematuro e, se for muito antigo, não tem relojoeiro que de jeito.

Francisco




Ois,
tenho um relógio de bolso, um patacão herdado do avô. É um 'Longines' que
quer deixado na gaveta ou transportado no bolso dá excelente precisão.

Pendurei esse relógio a um prego na parede mediante uma correntinha de
bijuteria: prego - corrente - relógio; à moda de um pêndulo.
Pois bem, abandonado na posição de repouso, lentamente o relógio se põe a
oscilar, aumenta lentamente sua amplitude de oscilação, atinge uma amplitude
fixa e fica oscilando o dia inteiro!
a) com essa correntinha o relógio atrasa 10 minutos por dia!
b) usando uma correntinha um pouco menor ele adianta cerca de 10 minutos por
dia (ontem adiantou quase 15 minutos!).

Tenho cá minhas justificações mas, para não induzí-los, aguardo suas
sugestões do 'porque' disso tudo.

[]'
Léo






*** --- ***
Material para a pagina de apoio a Ciencialist
http://www.ciencialist.hpg.com.br
deve ser enviado para o mail
ciencialist@MAIL.com
*** --- ***




SUBJECT: Ciencia social neutra
FROM: "Frater Anakian" <peterlsm@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 29/12/2000 00:17

Prezado Manuel Bulcao:
Saudações fraternas.


>> Pois, atualmente, não encaro a religião como um mal
>> em si. A grande ameaça à civilização, ao meu ver, é
>> o "fundamentalismo", seja ele religioso ou laico.

Eu também penso que o fundamentalismo, seja ele ateu ou religioso
pode ser, em muitos casos, extremista. Tanto que com o passar do tempo
fiz uma pequena listinha de alguns assuntos que percebi que tinha que
ser mais tolerante. São assuntos que muitas vezes servem de estrutura
da vida de uma pessoa. São crendiçes. Objetos de estudos de religiões,
seitas, grupos e indivíduos que cultuam aquilo que eu não acredito,
mas tenho que respeitar o direito que qualquer um tem de crer. Vejamos
o que muitas pessoas acreditam:

##### terra oca, teosofias, dragões, chackras, duendes, bíblias, fada
do dente, sacis, espiritismos, animais que falam, saint germains,
homeopatias, unicórnios, pentáculos de salomão, triângulo das
Bermudas, exús, eguns, tarôs, zeus, paraíso, mantras, tantras,
alcorões, pé grande, cristos, nova era, lobisomem, arquivo-X,
cristais, projeciologias, tarôs, purgatórios, astrologias, i-chings,
auras, passes, chupacabras, kabalas, mulas sem cabeça, jeovás,
iemanjás, orixás, profecias, sereias, altas-magias, terra plana,
inferno, entortadores de garfos, runas, ectoplasmas, curupiras,
médiuns, potes de ouro no fim do arco-íris, noé e a arca, jônas e a
baleia, numerologias, boitatás, invasores de marte, etc.

E tem muita gente boa que acredita nisso. O que quero dizer é que
para a maioria das coisas, especialmente em se tratando de
honestidade, acreditar nas coisas descritas acima não tem peso algum.
Eu não acredito, mas acho que devemos valorizar as pessoas PELO SEU
VALOR COMO PESSOA, e não por suas crendiçes, ou pela falta delas. SE
são verdadeiras ou não (para além da imaginação de quem acredita), não
é algo acho que mereça discussão aqui. Cada um na sua. Nesse sentido,
eu concordo com você.

>> Como optei pelas ciências humanas, a religião é para
>> mim um fenômeno humano como qualquer outro, isto
>> é, um objeto de conhecimento. Ora, não deve o cientista
>> encarar o objeto de sua pesquisa com a devida
>> "objetividade" científica? Pois é desta forma neutra,
>> pondo entre parênteses quaisquer noções do Bem e do
>> Mal, que considero o fenômeno "religião".

Quando você disse ciências humanas quis dizer ciências sociais? Em
caso afirmativo, qual ciência social você estuda?
Para além do positivismo fático representado por qualquer ramo
baseado no pensamento de Augusto Comte, você poderia me dar a
referência bibliográfica de algum autor que afirme que o cientista
social deva ter uma atitude "neutra" perante algum fenômeno social
observado?
Um abraço!


Peterson.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Relogio que atrasa ou adianta
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 29/12/2000 08:42

Luiz Ferraz Netto wrote:
> Ois,
> tenho um relógio de bolso, um patacão herdado do avô. É um 'Longines' que quer deixado na gaveta ou transportado no bolso dá excelente precisão.

Por ser herdado de seu avô imagino que não use pilhas [eu herdei dois
relógios do meu avô]. Sendo assim é um relógio que tem que "dar corda".

> Pendurei esse relógio a um prego na parede mediante uma correntinha de bijuteria: prego - corrente - relógio; à moda de um pêndulo.
> Pois bem, abandonado na posição de repouso, lentamente o relógio se põe a oscilar, aumenta lentamente sua amplitude de oscilação, atinge uma amplitude fixa e fica oscilando o dia inteiro!
> a) com essa correntinha o relógio atrasa 10 minutos por dia!
> b) usando uma correntinha um pouco menor ele adianta cerca de 10 minutos por dia (ontem adiantou quase 15 minutos!).
> Tenho cá minhas justificações mas, para não induzí-los, aguardo suas sugestões do 'porque' disso tudo.

Por ser "a corda", o relógio usa uma mola associada a um mecanismo de
oscilação, algo como um pêndulo de torção e este é ligado às
engrenagens. Quando dependurado ele [o pêndulo] transmite seu momento
para o relógio que o faz oscilar.

O pêndulo sempre transmite energia mecânica para o corpo do relógio
[senão ele não precisaria de dar corda], tanto que se segurar o relógio
na mão, pode-se sentí-lo oscilando suavemente. No caso de estar
dependurado, não há nada que freie a oscilação e ele começa a balançar,
mas aí o próprio balanço do relógio começa a acelerar o pêndulo. Se ele
vai adiantar ou atrasar o relógio depende do tamanho da corrente usada
[comprimento é proporcional ao período]. Se o relógio oscilar a cada um
segundo e o período [comprimento] do pêndulo [corrente+relógio] for
maior que um segundo, ele vai atrasar o relógio, se o comprimento for
menor, ele vai adiantar. Se for igual, ele vai oscilar violentamente 8-)

Resumidamente acho que é isso.

==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
==========================================================


SUBJECT: RES: [ciencialist] Ciencia social neutra
FROM: Moacir Alves Schmidt <moacir.schmidt@softtek.com>
TO: "'ciencialist@egroups.com'" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 29/12/2000 10:07

Frater Anakian:
> E tem muita gente boa que acredita nisso. O que quero dizer é que
>para a maioria das coisas, especialmente em se tratando de
>honestidade, acreditar nas coisas descritas acima não tem peso algum.

Discordo totalmente, se uma pessoa acredita nestas coisas ela é uma idiota e
deve ser considerada como tal.

<Moacir>


SUBJECT: triângulos retângulos...
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 29/12/2000 10:56

Olá,

há algum tempo, em um dia entedinte, fiquei brincando com triângulos
retângulos de lados inteiros e primos entre si. Geralmente, os exemplos
usados em problemas são sempre múltiplos de 3,4 e 5 ou 5, 12 e 13.
Comecei a fazer umas contas e concluí que vc pode gerar um triângulo
retângulo arbitrariamente a partir de um dos seus catetos que eu
chamarei de 'c' e de um incremento que denominarei 'd'. Para que
possamos criar tal triângulo, temos que ter
0< d <c/2 (se d não obedecer tal condição teremos um lado nulo ou
negativo).

A equação que gera os triângulos retângulos racionais é:

*********************************
* a=(c^2)/(4d)+d (hipotenusa) *
* b=(c^2)/(4d)-d (outro cateto) *
*********************************

Quem quiser testar a fórmula, use as expressões acima para no Teorema de
Pitágoras (fica mais óbvio quando o escrevemos na forma a^2-b^2=c^2).

Uma aplicação interessante é quando d=0.5 e c é um número ímpar
qualquer. Obtemos que os números sucessivos que somados resultam no
quadrado de c formam, juntamente com c, um triângulo retângulo, ou seja:


3^2=9, 9=4+5 => 3,4 e 5 formam um triângulo retângulo.
5^2=25, 25=12+13 => 5, 12 e 13 idem
7^2=49, 49=24+25 => 7, 24 e 25 idem
...
13^2=169, 169=84+85 => 13, 84 e 85
...

e assim por diante com todos os números ímpares. (notem que não podemos
começar de 1 porque d=0.5 não satisfaz a condição d < c/2)
Na realidade, eu obtive este exemplo sabendo que a sequência formada
pela diferença na sequência de quadrados perfeitos sucessivos é
exatamente a sequência dos números ímpares. 1-0=1, 4-1=3, 9-4=5, 16-9=7
...
Somente depois de algum tempo que este caso virou uma particularidade da
expressão entre asteriscos acima.

A construção é ilimitada. Não se preocupem em obter números inteiros,
basta depois multiplicar as frações obtidas pelo mdc.

Exemplo: c=2 & d=0,25 =>(aplicando a fórmula) a=4,25; b=3,75; c=2 que é
um triângulo retângulo com lados racionais mas não inteiros. Para
formarmos um inteiro a partir deste basta multiplicar tudo por 4 que se
chega ao triângulo:

a'=17, b'=15 e c'=8. Onde todos os lados são inteiros e os números
primos entre si.


Não sei se a fórmula que apresentei já foi feita por alguém, eu nunca
havia visto. De qq maneira, é interessante usá-la nas aulas de física ou
matemática na formulação de problemas que envolvem rampas inclinadas,
lançamentos diagonais, desenho geométrico, etc.

um abraço, Eduardo.


SUBJECT: call for links
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 30/12/2000 00:35

O nonio tem uma página de links de páginas de ciência em

http://www.nonio.com/links.php

Já adicionei as páginas seguintes

- a página da ciencialist
- a página do Luís Brudna "Humor na Ciência"
- o imperdivel
- uma das páginas do Alberto Mesquita (a da uol eu não consigo ver)

Certamente que há mais pessoas na lista com páginas web. Se
desejarem adicionar as vossas páginas ao nonio podem faze-lo
a partir da página

http://www.nonio.com/links.php

São aceites todas as páginas sobre ciência.

Para alem disso o sistema permite que quem está inscrito
no nonio possa classificar os sites de 1 a 10 e comentá-los.
Um erro qualquer no programa está a impedir a classificação
de sites por utilizadores não inscritos. Espero corrigir isso
em breve.

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com




SUBJECT: Re: Ciencia social neutra
FROM: "Manuel Bulcao" <msbn@daterranet.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/12/2000 01:53

Prezado Peterson, caros ciencialisteiros:

Manuel - Como optei pelas ciências humanas, a religião é para mim um
fenômeno humano como qualquer outro, isto é, um objeto de
conhecimento. Ora, não deve o cientista encarar o objeto de sua
pesquisa com a devida "objetividade" científica? Pois é desta forma
neutra, pondo entre parênteses quaisquer noções do Bem e do Mal, que
considero o fenômeno "religião".

Peterson - Quando você disse ciências humanas quis dizer ciências
sociais? Em caso afirmativo, qual ciência social você estuda? Para
além do positivismo fático representado por qualquer ramo baseado no
pensamento de Augusto Comte, você poderia me dar a referência
bibliográfica de algum autor que afirme que o cientista social deva
ter uma atitude "neutra" perante algum fenômeno social observado?

Manuel - A questão da neutralidade ou objetividade científica no
campo das ciências sociais é muito controversa. De um lado há os
relativistas, para os quais tal objetividade é um mito ("não existem
fatos, mas apenas interpretações", essa asserção de Nietzsche
sintetiza muito bem o ponto de vista do relativismo). E, no extremo
oposto, figuram os positivistas clássicos de inspiração comteana que
não vêem nenhum problema na utilização do modelo científico-natural
de objetividade no estudo da sociedade humana.

Algumas críticas dos relativistas (Dilthey, Simmel, etc.) e do
marxismo historicista (Lukács, Gramsci, Goldmann e outros) ao
positivismo clássico são muito pertinentes. Eles sustentam a
impossibilidade da objetividade científica com base em que, no âmbito
das ciências humanas, verifica-se uma identidade entre o sujeito
cognoscente e o objeto cognoscível, isto é, trata-se do homem
estudando a si próprio, identidade sujeito-objeto esta que dificulta
ou, para alguns, inviabializa mesmo qualquer demarcação entre juízos
de fato e juízos de valor. Dito em outros termos, a reflexão do
"sujeito" do conhecimento sobre si mesmo é necessariamente
determinada por fatores "subjetivos", por preconceitos e prenoções
que constituem o corolário de nossos instintos, paixões, interesses
econômicos, valores éticos, etc.

Concordo que há um determinismo axiológico (do grego áxios: valor) do
comportamento e pensamento humanos. Só que, ao contrário dos
relativistas e de sua variante "pós-moderna", penso que tal
determinismo não torna impossível, nem mesmo improvável, um
conhecimento "objetivo" da realidade humana. Isso porque, se o "ego"
(a instância do psiquismo responsável pelos processos cognitivos, o
pensamento lógico-matemático) nada mais é que um servo dos instintos,
entre os instintos humanos figura aquele que Freud denominou de
"instinto epistemofílico" (do grego epistéme: ciência; philía: amor).
Se o homem é um ser apaixonado, e se a paixão precede a razão -- a
crítica social, segundo Marx, nada mais é que o "cérebro da paixão"
--, uma das paixões humanas é, precisamente, a "paixão pelo
conhecimento e pelo auto-conhecimento". E se a realidade humana é uma
unidade indissociável de fato e valor, além dos valores prático-
utilitário, ético, político ou estético, os fatos também têm para o
homem um "valor gnoseológico", ou seja, o conhecimento, a
correspondência entre o pensamento e o fato, também "vale por si
mesmo"; significa dizer que os homens (alguns mais que os outros)
buscam o conhecimento pelo simples "prazer" de conhecer.

Essa pulsão epistemofílica, essa paixão pelo auto-conhecimento, essa
busca prazerosa da verdade "doa a quem doer" (a verdade como "valor":
valor em si, e não valor meramente instrumental) é, precisamente, o
que torna possível um grau razoável de objetividade ou neutralidade
"ética" (não axiológica, mas tão-somente ética, frise-se) do
conhecimento. Constitui também o "núcleo racional" do positivismo
clássico que o relativismo não pode ou não quer enxergar. A
propósito, sobre esse componente válido da problemática positivista,
o filósofo marxista Michel Lowy, ele próprio um crítico feroz do
positivismo, escreveu: "a `vontade de conhecimento', a investigação
obstinada da verdade, a `intensão de verdade' é uma condição
necessária da prática científica. Se a investigação é deliberadamente
submetida a outros fins considerados mais importantes do que a
verdade -- imperativos éticos, políticos ou simplesmente pecuniários
--, ela está condenada de antemão do ponto de vista da sua validade
cognitiva, de seu conteúdo de conhecimento. Neste caso, ela deixa de
ser ciência para se tornar `outra coisa': sermão, mistificação,
propaganda, publicidade, etc. Sem ter a intensão de buscar a
verdade, o discurso não tem conteúdo científico: ele se torna simples
instrumento a serviço de objetivos extracientíficos." (M. Lowy; As
Aventuras de Karl Marx contra o Barão de Münchhausen; Cortez Editora;
pág. 33)

Decerto que na maioria das pessoas a paixão pelo conhecimento é mais
fraca que as outras paixões, de sorte que o grosso de suas idéias
acerca da realidade, mormente a realidade humana, não passa de mera
"racionalização" de seus interesses econômicos, da sua vontade de
poder, de status, etc. Mas, segundo o sociólogo que estabeleceu os
fundamentos da "sociologia do conhecimento" -- uma interessante
tentativa de síntese entre o relativismo e o positivismo --, o alemão
Karl Mannheim, existe uma categoria social em que a paixão pelo saber
é em tese dominante. Dominante porém não exclusiva, obviamente. A
esta camada social Mannheim deu o nome de "inteligência sem vínculos
ou livremente flutuante", que não é senão a intelectualidade
acadêmica (sobre esse assunto, ver o seu livro "Ideologia e Utopia").
Como Mannheim era um professor universitário, muitos dos seus
críticos afirmam que ele nada mais fez que puxar o fogo para a sua
sardinha. Mas não há como negar que as razões desse privilégio
epistemológico da inteligência flutuante, enumeradas por Mannheim,
são bastante convincentes, e dentre elas destaco a seguinte: "No meio
intelectual, composto de indivíduos de origens as mais diversas,
todos os pontos de vista contraditórios se confrontam de forma
permanente, favorecendo assim o avanço de uma visão de conjunto." Mas
Mannheim não deixa de fazer algumas ressalvas, como, por exemplo,
quando escreveu que "não me refiro aqui aos portadores de diploma,
mas aos raros espíritos que consciente ou inconscientemente têm um
outro objetivo que não apenas o arrivismo para o próximo degrau da
condição social."

Outra importante tese acerca da objetividade nas ciências sociais é a
desenvolvida por Max Weber. Esse expoente do pensamento social não só
afirma que não existe conhecimento livre de quaisquer preconceitos ou
prenoções como também sustenta que tais prejulgamentos constituem a
condição de possibilidade da ciência. Pois a realidade humana é
multifacetada, isto é, possui ela uma vasta gama de aspectos e
nuanças. Sendo assim, o que determina a escolha do cientista social?
O que o faz considerar como objeto de suas investigações esta e não
aquela faceta da realidade? Segundo Weber, são os juízos de valor do
cientista (sua visão de mundo, suas crenças, seus postulados éticos,
etc.) que estabelecem a triagem do que deve ser estudado. No entanto,
ainda conforme este autor, se os pressupostos das ciências culturais
são subjetivos, isso não significa que os seus resultados também o
sejam. Ou seja, se os julgamentos de valor desempenham um papel
importante no processo do conhecimento, este papel se limita ao
momento da escolha do objeto. Feita a opção, doravante o cientista
deve se esforçar para pôr entre parênteses qualquer outra vontade ou
intenção que não seja a "vontade de conhecimento", a "intensão da
verdade". Se existe algum imperativo, ou melhor, algum "dever ser"
orientando a autêntica pesquisa científica, este só pode ser o
"compromisso com a verdade", o qual se traduz em duas regras
metodológicas: a) não se deve deduzir fatos a partir dos valores; e
b) não se deve extrair conclusões no imperativo de premissas no
indicativo. ("Teoria da Ciência" é a obra de Max Weber que trata da
metodologia das ciências sociais com maiores detalhes.)

Alguém pode objetar que a intenção de ser neutro e objetivo é uma boa
intenção, mas que de boas intenções o inferno está cheio. Realmente.
Se nossos julgamentos de valor não atuam conscientemente, nada impede
que a sua influência sobre o ego se dê de uma forma sub-reptícia,
inconsciente. Afinal, segundo Freud, uma parte significativa do nosso
superego -- a instância psíquica formada pela introjeção dos valores
sociais -- é inconsciente. Mas Freud também disse que o que é
inconsciente pode, através de um esforço psicanalítico, emergir na
consciência. No caso das pessoas ditas "normais", isto é, dos
neuróticos em menor escala -- o que infelizmente não é o meu caso --,
creio que uma auto-análise cuidadosa seja o suficiente. E, ao torná-
los (os imperativos superegóicos) conscientes, passamos a ter um
controle sobre eles. Aliás, segundo Edmond Husserl, a consciência é
uma espécie de hífen que, se por um lado liga o sujeito ao objeto,
por outro lado os separa, de modo que a tomada de consciência dos
nossos valores antes inconscientes equivale num certo sentido a uma
separação, ao estabelecimento de uma "distância" com relação a eles,
distanciamento este que, ao meu ver, constitui a condição "sine qua
non" de um conhecimento livre, na medida do possível, dos julgamentos
de valor.

Acho que escrevi demais. Basta, por enquanto.

Abraços,
Manuel Bulcão

Obs.: Sim, quase me esqueço: você, Peterson, perguntou-me qual
ciência social eu estudo. Sou formado em Direito pela Universidade
Federal do Ceará. Por muito tempo queimei minhas pestanas sobre
imensos e tediosos tratados de ciências jurídicas. Mas, de uns cinco
anos para cá, tenho dedicado meu pouco tempo livre às ciências
naturais, tanto que estou pensando seriamente em voltar à
Universidade, desta vez como aluno da Faculdade de Biologia. Sei que,
para tanto, terei que vencer meu medo de baratas, aranhas,
lagartixas, salamandras, sapos e outros nojentos, asquerosos e
horripilantes animais de sangue frio. É difícil, mas acho que
conseguirei.




SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Ciencia social neutra
FROM: "Manuel Bulcao" <msbn@daterranet.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 30/12/2000 04:08

Olá,

Frater Anakian, vulgo Peterson - E tem muita gente boa que acredita
nisso. O que quero dizer é que para a maioria das coisas,
especialmente em se tratando de honestidade, acreditar nas coisas
descritas acima não tem peso algum.

Moacir - Discordo totalmente, se uma pessoa acredita nestas coisas
ela é uma idiota e deve ser considerada como tal.

Manuel - Francamente, não sei se são idiotas essas pessoas. Conheço
vários juízes togados, alguns empresários de sucesso e um auditor da
Receita Federal que acreditam em astrologia (lembre-se que o concurso
para o cargo de auditor fiscal é o mais concorrido dentre todos os
concursos públicos). Talvez a explicação para tamanha contradição --
uma pessoa muito mais inteligente que a média e que, no entanto,
acredita na mais tola mitologia -- esteja na ultra-especialização do
conhecimento. Com efeito, um odontólogo, por exemplo, passa seis anos
da sua vida estudando dentes. Depois ainda gasta mais dois anos
elaborando uma tese de mestrado ou de doutorado sobre dentes molares.
Esse sujeito sabe absolutamente tudo sobre dentes. Entretanto, fora
isso, não conhece mais nada! Qual a forma mais econômica de se
preencher esse imenso vazio?

Até,
Manuel Bulcão



SUBJECT: De 2000 nao passaras!!!
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 31/12/2000 07:51

"...de 2000 não passarás..." (Nostradamus)

Oi gentes

Se a profecia de Nostradamus não se concretizar nas próximas horas, gostaria
de desejar a todos um Feliz 2001.

[ ]'s
Alberto
http://sites.uol.com.br/albmesq/
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Gene Promissor
FROM: "Frater Anakian" <peterlsm@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 31/12/2000 14:48

DIREITO E EDUCAÇÃO SOB A PERSPECTIVA DO GENE PROMISSOR

A crença tradicional de que "todos são iguais", referindo-se à
inteligência como um atributo neutro e nivelador das pessoas em seu
estado primário, é muito utilizada para a justificação de que "não
existem pessoas mais inteligentes, existem pessoas mais esforçadas". É
um dos adágios utilizados para se justificar o sucesso em alguma área,
na decorrência aparentemente lógica de que toda atividade intelectual
é fruto do mérito unicamente pessoal, cuja natureza é determinada
apenas pela força de vontade.

Com isso se consegue mais um argumento ideológico e difusamente aceito
daqueles que procuram justificar as diferenças sociais e econômicas
pelo fato presumido de que "cada um tem o que merece". O rico é rico
porque foi mais esforçado, porque se dedicou mais. O pobre é pobre
porque é preguiçoso física ou intelectualmente, porque não tem
"vontade de vencer".

Retirando as evidências de que esse pensamento é completamente
ideológico e visa, além de mascarar a realidade da exploração,
justificar as desigualdades sociais, há uma nova consideração que
merece atenção de educadores e dos que se dedicam ao trabalho
humanista da adequação do Direito à realidade do SER.

Desde 1904 houve uma observação maior por parte de cientistas sobre a
natureza da inteligência, que é a capacidade de resolver problemas e
compreender novos conceitos. Verifica-se que crianças que vão bem em
testes de inteligência objetiva sempre vão bem em outro teste,
envolvendo ramos distintos como a matemática concreta, o encadeamento
lógico do pensamento, a coerência na percepção de realidades
abstratas, etc, tornando a inteligência algo quantificável em termos
de comparação.

Stephen Cegi, Ph.D, psicólogo nos EUA lembrou que há diferença entre a
inteligência compreendida como "acadêmica" e outros tipos, pois
"existem pessoas com QI elevadíssimo mas que não conseguem nem mesmo
achar em tempo razoável uma laranja dentro de uma sacola." Há pessoas
muito inteligentes, mas consideravelmente estúpidas em habilidade
física.

A Dra. Kame Hameha, do Havaí é pioneira em estudos da Educação e em
suas pesquisas conjuntas com a Dra. Sandra Scarr já reuníram diversos
argumentos para mostrar que a diferença natural de inteligência é
evidente o bastante para se pensar em novos métodos pedagógicos que,
inclusive, já foram implantados no Havaí e diminuíram drásticamente o
índice de repetência nas escolas que os adotaram.

Há também um fato interessante revelado por universidades
Norte-Americanas de que irmãos gêmeos que tinham sido criados por
famílias diferentes e quase não se conhecido pessoalmente, possuem
praticamente a mesma contagem de QI, chegando a fazer os aplicadores
dos testes (que não tem contato direto com a pessoa) imaginarem que se
tratava da mesma pessoa fazendo o teste uma segunda vez. A diversidade
mais possível dos irmãos naturais é causado pelo fato de que os genes
dos pais se embaralham e cada filho leva uma porção diferente e mais
distinta.

Mas todas essas evidências só foram recentemente aceitas pela
Comunidade Científica através da pesquisa do Dr. Plomin, Ph.D. em
Biologia Genética que trabalhou durante 6 anos para ter reconhecido
esse fato. O Dr. Plomin comprovou que nos grupos de pessoas com QI
elevado havia uma semelhança genética, precisamente no gene catalogado
como IGF2R. A pesquisa comprovou que entre as pessoas com QI alto o
braço n° 6 do gene citado era muito maior, superando qualquer dúvida
de nexo causal entre este fato e a natureza quantitativamente
comparável de inteligência manifesta por essas pessoas.

Jonathan Glover, Filósofo e Cientista Social, afirma que essa
evidência tem implicações éticas que podem ter efeitos não esperados,
como um caso curioso de uma empresa que recentemente passou a escolher
candidatos para determinados cargos através de exame genético
realizado em coleta de sangue, para verificação do "gene na
inteligência". Cientistas da comunidade Judaica desaprovaram até mesmo
a menção dessas pesquisas, temendo que muitos pais pudessem escolher
filhos teoricamente mais inteligentes a partir de exames realizados
quando a mulher já estivesse grávida e suscitando, inclusive, abortos.

A intenção deste trabalho é mostrar que para ALÉM das diferenças
sociais, culturais e econômicas há também diferenças pessoas a nível
de inteligência, num suscitar de que a própria Pedagogia ainda não
trabalha com a possibilidade de que realmente existe um considerado
grau de variância intelectual e mais do que isso, que essas diferenças
PRECISAM ser levadas em consideração, com o risco da prática do ensino
como ciência deixar de reconhecer a necessidade de uma atualização nos
MÉTODOS atualmente consagrados. A conclusão é que diante desse
enfoque, esses métodos precisam passar por uma adequação à essa nova
realidade.

Nessas investidas percebemos que o princípio da isonomia "tratar
desigualmente os desiguais" vai muito adiante dos eventos fáticos que
estão diretamente ligados ao mundo do Direito e mesmo do educacional,
porquanto sejam exigidos dos docentes primários uma adequação de
acompanhamento homogêneo à grade curricular, numa nova percepção de
que a reprovação do ano letivo NEM SEMPRE indica que a simples
negligência do aluno foi a verdadeira causa do problema, o que poderia
ser contornado por um conhecimento prévio de como instruir
adequadamente a pessoa e aplicar o ensino de forma diferenciada
conforme requeira o caso.

Autor: Peterson.
Fonte: Equinox/Discovery channel, Miami/Flórida – EUA, 10/08/00.

Divulgado no jornal "Debate Jurídico", n° 3, Cuiabá-MT.



SUBJECT: Re: [ciencialist] De 2000 nao passaras!!!
FROM: "Antonio A. J. Godoy" <godoy@bwnet.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 31/12/2000 15:31

> "...de 2000 não passarás..." (Nostradamus)

Será que ele achou que nós iríamos beber tanto assim? Imagine...!

Um belo e próspero 2001 ao Alberto, Léo, LRB, Takata, Tarcísio, Eduardo,
Belisario e a todos os demais amigos da lista,

Até o próximo século,

Godoy



SUBJECT: Re: [ciencialist] De 2000 nao passaras!!!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 31/12/2000 16:32

Puxa! Como esse século passou depressa!
Parece que foi ontem que estava raspando uma moeda de níquel para fazer um coesor de Branly! Mal terminei de fazer a solda do bico da vela Heffner para definir 'uma vela'; o pavio insiste em não permanecer com os 4,5 mm de altura.
De Forest que me desculpe mas, sua grade para o funcionamento do triodo da válvula termiônica não vai funcionar direito, ficaria melhor uma fio enrolado entre o catodo e o anodo da válvula. Apreciei muito as idéias de Faraday, julgo até que esse tal fenômeno novo que ele denominou 'indução eletromagnética' vai ser muito útil no futuro, talvez seja até o fenômeno mais importante de todo o século XX que temos pela frente.
Em fim, tudo passa, nostalgicamente, mas passa. 1900 passa para 2000 e Nostradamus chuta! Poy agarra (Poy, Rui, Bauer, Noronha e Teixeirinha ...)

A todos uma boa entrada 'de cabeça' no próximo milênio.

Léo, deus, filhos de deus e esposa Marcia (foi química, agora quase advogada brrrmmmmm!!!!!!, que pecado eu cometi nesse último milênio?!)
www.feiradeciencias.com.br ... atravessa séculos, atravessa milênios, o IMPERDÍVEL é insuperável!
leo@barretos.com.br
leo@esquinas.com.br


======================

-----Mensagem Original-----
De: Alberto Mesquita Filho <albmesq@uol.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: domingo, 31 de dezembro de 2000 07:51
Assunto: [ciencialist] De 2000 nao passaras!!!


"...de 2000 não passarás..." (Nostradamus)

Oi gentes

Se a profecia de Nostradamus não se concretizar nas próximas horas, gostaria
de desejar a todos um Feliz 2001.

[ ]'s
Alberto
http://sites.uol.com.br/albmesq/
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



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Material para a pagina de apoio a Ciencialist
http://www.ciencialist.hpg.com.br
deve ser enviado para o mail
ciencialist@MAIL.com
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SUBJECT: 'Felizes' Ano Novo, Novo S�culo, Novo Mil�nio
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "Ciencia_Lista" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 31/12/2000 19:07


O Século 21 está chegando e com ele a certeza de que viveremos num mundo melhor, porque V. faz parte dele. Salve o Terceiro Milênio!!!





----------------------------------------------------------------------------



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] 'Felizes' Ano Novo, Novo Século, Novo Milênio
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 31/12/2000 19:12

Bem, tentei um html ....... não funcionou ........ paciência, era bem bonito!
Mas, valeu a intenção e, quem sabe, no próximo milênio possamos usar o *htm* nas mensagens onde ele (realmente) se faça necessário.
[]'
deus
====================
-----Mensagem Original-----
De: Luiz Ferraz Netto <leo@barretos.com.br>
Para: Ciencia_Lista <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: domingo, 31 de dezembro de 2000 19:07
Assunto: [ciencialist] 'Felizes' Ano Novo, Novo Século, Novo Milênio


| =20=20=20=20=20=20=20
| O S=E9culo 21 est=E1 chegando e com ele a certeza de que viveremos nu=
| m mundo melhor, porque V. faz parte dele. Salve o Terceiro Mil=EAnio!!!
|
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| [As partes desta mensagem que n=E3o continham texto foram removidas]
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Gene Promissor
FROM: Tarso <tarso@imagelink.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>, Claudia Pocho <clpocho@domain.com.br>
DATE: 31/12/2000 20:14

 Desculpem-me por nao ter traduzido, mas basta esta informacao para ver
como eh falsa a apresentada no artigo sobre o "gene promissor". Vasculhei as
universidades para localizar os cientistas arrolados no artigo, soh
encontrei a Dra Sara Scarr, que trabalha com genero...
Todas a evidencias sao no sentido elementar: os genes sao necessarios mas
nao determinante, como nao poderia deixar de ser...
Tarso Mazzotti



In the May 1999 edition of the Journal of the American Academy of Child and
Adolescent Psychiatry, Alan S. Kaufman, Ph.D. published an article entitled,
"Genetics of Childhood Disorders: II. Genetics and Intelligence". Within
this piece of literature, Kaufman describes that scientists study the roles
that genetics and environment play on human intelligence by noting the
extent to which individuals differ in their blood relationships (1).
By stating that identical twins have a higher correlation in their IQ's than
fraternal twins, and that siblings have a higher correlation in their IQ's
than cousins, this article indicates that genetics plays a large role in the
development of intelligence (Kaufman, 1). However, Kaufman also gives proof
of how the environment is a crucial factor in IQ development by saying that,
"The results of data from thousands of subjects indicate that heredity is
important in determining a person's IQ, but that environment is also a vital
factor." He specifically states that, "Unrelated siblings reared together
(adoptive/natural or adoptive/adoptive) have IQs that are more similar than
do biological siblings reared apart" (1). By saying this, the author is
supporting the theory that environment plays an equally important role in
brain development ‹ mainly intelligence.





on 31.12.00 2:48 PM, Frater Anakian at peterlsm@terra.com.br wrote:

> DIREITO E EDUCAÇÃO SOB A PERSPECTIVA DO GENE PROMISSOR
>
> A crença tradicional de que "todos são iguais", referindo-se à
> inteligência como um atributo neutro e nivelador das pessoas em seu
> estado primário, é muito utilizada para a justificação de que "não
> existem pessoas mais inteligentes, existem pessoas mais esforçadas". É
> um dos adágios utilizados para se justificar o sucesso em alguma área,
> na decorrência aparentemente lógica de que toda atividade intelectual
> é fruto do mérito unicamente pessoal, cuja natureza é determinada
> apenas pela força de vontade.
>
> Com isso se consegue mais um argumento ideológico e difusamente aceito
> daqueles que procuram justificar as diferenças sociais e econômicas
> pelo fato presumido de que "cada um tem o que merece". O rico é rico
> porque foi mais esforçado, porque se dedicou mais. O pobre é pobre
> porque é preguiçoso física ou intelectualmente, porque não tem
> "vontade de vencer".
>
> Retirando as evidências de que esse pensamento é completamente
> ideológico e visa, além de mascarar a realidade da exploração,
> justificar as desigualdades sociais, há uma nova consideração que
> merece atenção de educadores e dos que se dedicam ao trabalho
> humanista da adequação do Direito à realidade do SER.
>
> Desde 1904 houve uma observação maior por parte de cientistas sobre a
> natureza da inteligência, que é a capacidade de resolver problemas e
> compreender novos conceitos. Verifica-se que crianças que vão bem em
> testes de inteligência objetiva sempre vão bem em outro teste,
> envolvendo ramos distintos como a matemática concreta, o encadeamento
> lógico do pensamento, a coerência na percepção de realidades
> abstratas, etc, tornando a inteligência algo quantificável em termos
> de comparação.
>
> Stephen Cegi, Ph.D, psicólogo nos EUA lembrou que há diferença entre a
> inteligência compreendida como "acadêmica" e outros tipos, pois
> "existem pessoas com QI elevadíssimo mas que não conseguem nem mesmo
> achar em tempo razoável uma laranja dentro de uma sacola." Há pessoas
> muito inteligentes, mas consideravelmente estúpidas em habilidade
> física.
>
> A Dra. Kame Hameha, do Havaí é pioneira em estudos da Educação e em
> suas pesquisas conjuntas com a Dra. Sandra Scarr já reuníram diversos
> argumentos para mostrar que a diferença natural de inteligência é
> evidente o bastante para se pensar em novos métodos pedagógicos que,
> inclusive, já foram implantados no Havaí e diminuíram drásticamente o
> índice de repetência nas escolas que os adotaram.
>
> Há também um fato interessante revelado por universidades
> Norte-Americanas de que irmãos gêmeos que tinham sido criados por
> famílias diferentes e quase não se conhecido pessoalmente, possuem
> praticamente a mesma contagem de QI, chegando a fazer os aplicadores
> dos testes (que não tem contato direto com a pessoa) imaginarem que se
> tratava da mesma pessoa fazendo o teste uma segunda vez. A diversidade
> mais possível dos irmãos naturais é causado pelo fato de que os genes
> dos pais se embaralham e cada filho leva uma porção diferente e mais
> distinta.
>
> Mas todas essas evidências só foram recentemente aceitas pela
> Comunidade Científica através da pesquisa do Dr. Plomin, Ph.D. em
> Biologia Genética que trabalhou durante 6 anos para ter reconhecido
> esse fato. O Dr. Plomin comprovou que nos grupos de pessoas com QI
> elevado havia uma semelhança genética, precisamente no gene catalogado
> como IGF2R. A pesquisa comprovou que entre as pessoas com QI alto o
> braço n° 6 do gene citado era muito maior, superando qualquer dúvida
> de nexo causal entre este fato e a natureza quantitativamente
> comparável de inteligência manifesta por essas pessoas.
>
> Jonathan Glover, Filósofo e Cientista Social, afirma que essa
> evidência tem implicações éticas que podem ter efeitos não esperados,
> como um caso curioso de uma empresa que recentemente passou a escolher
> candidatos para determinados cargos através de exame genético
> realizado em coleta de sangue, para verificação do "gene na
> inteligência". Cientistas da comunidade Judaica desaprovaram até mesmo
> a menção dessas pesquisas, temendo que muitos pais pudessem escolher
> filhos teoricamente mais inteligentes a partir de exames realizados
> quando a mulher já estivesse grávida e suscitando, inclusive, abortos.
>
> A intenção deste trabalho é mostrar que para ALÉM das diferenças
> sociais, culturais e econômicas há também diferenças pessoas a nível
> de inteligência, num suscitar de que a própria Pedagogia ainda não
> trabalha com a possibilidade de que realmente existe um considerado
> grau de variância intelectual e mais do que isso, que essas diferenças
> PRECISAM ser levadas em consideração, com o risco da prática do ensino
> como ciência deixar de reconhecer a necessidade de uma atualização nos
> MÉTODOS atualmente consagrados. A conclusão é que diante desse
> enfoque, esses métodos precisam passar por uma adequação à essa nova
> realidade.
>
> Nessas investidas percebemos que o princípio da isonomia "tratar
> desigualmente os desiguais" vai muito adiante dos eventos fáticos que
> estão diretamente ligados ao mundo do Direito e mesmo do educacional,
> porquanto sejam exigidos dos docentes primários uma adequação de
> acompanhamento homogêneo à grade curricular, numa nova percepção de
> que a reprovação do ano letivo NEM SEMPRE indica que a simples
> negligência do aluno foi a verdadeira causa do problema, o que poderia
> ser contornado por um conhecimento prévio de como instruir
> adequadamente a pessoa e aplicar o ensino de forma diferenciada
> conforme requeira o caso.
>
> Autor: Peterson.
> Fonte: Equinox/Discovery channel, Miami/Flórida – EUA, 10/08/00.
>
> Divulgado no jornal "Debate Jurídico", n° 3, Cuiabá-MT.
>
>
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> deve ser enviado para o mail
> ciencialist@MAIL.com
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>



SUBJECT: Re: [ciencialist] De 2000 nao passaras!!!
FROM: "Francisco Carlos de Brito" <fbrito@globo.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 31/12/2000 22:03

Paz e Vida Longa

Meu caro Godoy, parece que você, assim como eu, também perdeu esse belo espetáculo que foi o fim do mundo.

Honestamente, não me lembro o que estava fazendo na ocasião.

De qualquer forma, um FELIZ ANO NOVO A VOCÊ E A TODOS DA LISTA.

Vivam Muito e Prospérem

Francisco

> > "...de 2000 não passarás..." (Nostradamus)
>
> Será que ele achou que nós iríamos beber tanto assim? Imagine...!
>
> Um belo e próspero 2001 ao Alberto, Léo, LRB, Takata, Tarcísio, Eduardo,
> Belisario e a todos os demais amigos da lista,
>
> Até o próximo século,
>
> Godoy



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Gene Promissor
FROM: "Frater Anakian" <peterlsm@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 31/12/2000 22:32

Caríssimo Tarso,
Saudações fraternais!

Amigo, duas seriam as possibilidades que, penso, originaram seu
pensamento de que "é falso" o que quis apresentar no artigo "Gene
Promissor". Em uma delas é possível que você não tenha compreendido
corretamente o que eu quis dizer. Nesse caso, vou mostrar o objetivo
em um trecho do artigo:

>> A intenção deste trabalho é mostrar que para ALÉM das diferenças
>> sociais, culturais e econômicas há também diferenças pessoas a
nível
>> de inteligência (...)

Ou seja, o objetivo é mostrar que EXISTE SIM uma diferença à nível
de intelectualidade entre as pessoas (pelo menos de alguns tipos de
intelectualidades, como citei no maio do artigo), e que isso pode ser,
em alguns casos, perceptível à nível genético. Se você acha que isso é
falso, e justifica sua crença em um artigo de publicação anterior ao
meu, realmente é muito discutível. Que há diferenças à nível de
intelectualidade, não seria necessário perguntar a um psiquiatra, ou
psicólogo, ou mesmo a um educador para receber uma resposta positiva.
Não, caríssimo. Bastaria verificarmos que a própria maneira como a
memória humana é organizada (sem mencionar aqui o diferencial desta
para os outros animais), a taxa hormonal que representa velocidade e
facilidade nas ligações neurais (e outras variáveis de natureza
semelhante) são de determinação genética. Na verdade, é justamente o
arranjo combinatório genético que faz a diferença entre a nossa
inteligência e a de outros animais. Por outro lado, com certeza a
diferença verificável entre a MESMA ESPÉCIE é minúscula, porém,
existe.
Assim, os resultados foram realmente verificados, amigo. Os testes
foram realizados e realmente foi verificado que havia uma semelhança
genética entre pessoas com QI elevado, o que chamou a atenção dos
cientistas. Claro que foi difícil provar (demorou seis anos).
Eu jamais disse que o gene é o "causador" da inteligência. Veja
que eu nem perdi tempo, e sequer mencionei um NEXO DE CAUSALIDADE em
que o AGENTE CAUSADOR fosse o gene citado, e sim que ele apareceu como
um indício. Portanto, o núcleo de sua crítica (> genes sao necessarios
mas
nao determinante) NÃO FOI uma inovação no contexto ou algo que
realmente estivesse mostrando uma imperfeição nesse sentido.
Mais do que isso, eu disse ainda que essas diferenças precisam ser
levadas em consideração. O único erro que fiz foi não levar em conta
que esse estudo o próprio Dr. Paulo Freire (como fui informado DEPOIS
da publicação do artigo) também estava a par e que, portanto, os
próprios estudos de educação comparada TAMBÉM levam em conta essa
possibilidade ao se tratar alunos com dificuldade de aprendizado.

A segunda possibilidade é que EU tenha me expressado mal no
artigo. Porém, mesmo o jornal tendo sido divulgado na Universidade
Federal de Mato Grosso, e tendo sido lido pelo pessoal de Biologia,
Pedagogia e Direito, ainda não tinha sido compreendido dessa forma.
Mesmo assim, obrigado por sua opinião.

Um sincero e fraterno abraço.

Peterson.



SUBJECT: Nuvens
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "Ciencia_Lista" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 01/01/2001 09:08

Nostradamus não é mais aquele, p................... :-)

Tudo como era antes na terra de Abrantes, vamos ao pedido.

Coloquei em http://www.convex.com.br/esquina/feiradeciencias/sala19/texto29.htm (esse é meu host secreto) um pequeno texto sobre a 'classificação' das nuvens para a meninada do ensino médio levantar a cabeça e reconhecer a categoria de nuvem que lá se encontra. Minha fonte para ilustrações (livro de meteorologia) só as apresenta em tons de cinza e, mesmo assim, as duas primeiras figuras que apresento parecem-me idênticas. Em suma, alguém poderia indicar-me uma fonte para tais ilustrações de 'tipos de nuvens', um tanto melhor que aquelas que apresento? Quem já tiver isso pronto é só pevetear-me.
[]'
Léo

Luiz Ferraz Netto [Léo]
UIN#: 31028111
leo@barretos.com.br
leo@esquinas.com.br
www.feiradeciencias.com.br



SUBJECT: Re: [ciencialist] Nuvens
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 01/01/2001 11:58

Já consegui algumas imagens. Já estão no endereço abaixo para críticas/sugestões.
[]'
Léo
http://www.convex.com.br/esquina/feiradeciencias/sala19/texto29.htm


-----Mensagem Original-----
De: Luiz Ferraz Netto <leo@barretos.com.br>
Para: Ciencia_Lista <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: segunda-feira, 1 de janeiro de 2001 09:08
Assunto: [ciencialist] Nuvens


| Nostradamus não é mais aquele, p................... :-)
|
| Tudo como era antes na terra de Abrantes, vamos ao pedido.
|
| Coloquei em (esse é meu host secreto) um pequeno texto sobre a 'classificação' das nuvens para a meninada do ensino médio levantar a cabeça e reconhecer a categoria de nuvem que lá se encontra. Minha fonte para ilustrações (livro de meteorologia) só as apresenta em tons de cinza e, mesmo assim, as duas primeiras figuras que apresento parecem-me idênticas. Em suma, alguém poderia indicar-me uma fonte para tais ilustrações de 'tipos de nuvens', um tanto melhor que aquelas que apresento? Quem já tiver isso pronto é só pevetear-me.
| []'
| Léo
|
| Luiz Ferraz Netto [Léo]
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Gene Promissor
FROM: Tarso <tarso@imagelink.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 01/01/2001 12:54

A Dr Kame Hameha, do Havai, eh uma ilustre desconhecida. Mas, seu nome eh
bem conhecido por aquelas bandas, pois o primeiro rei (mitico) dos havaianos
eh Kamehameha I, como se pode ver pelo texto abaixo.
Tarso Mazzotti


Kamehameha I is the best known of Hawai`i's ali`i and is credited for the
uniting of the Hawaiian Kingdom (the 8 major islands of Hawai`i) under one
rule, and forever changing the spiritual, social and economic destiny of
Hawai`i and it's people.

To fully appreciate the significance of Kamehameha's accomplishments and
influence on Hawaiian history, it is helpful to have a good grasp of the
historical events (Hawaiian and world) surrounding his life.

It is estimated that Kamehameha was born during the year of 1758, the year
that Halley's Comet was observed in the Earth's skies. Accounts of his birth
reported a display in the sky, the night before his birth, similar to that
of Halley's Comet. Hawaiians named what they saw, "Kokoiki". Although
varying accounts exist, the connection of Halley's Comet with his birth has
been the most compelling. (Ruling Chiefs, S.M. Kamakau)


on 31.12.00 2:48 PM, Frater Anakian at peterlsm@terra.com.br wrote:

> DIREITO E EDUCAÇÃO SOB A PERSPECTIVA DO GENE PROMISSOR
>
> A crença tradicional de que "todos são iguais", referindo-se à
> inteligência como um atributo neutro e nivelador das pessoas em seu
> estado primário, é muito utilizada para a justificação de que "não
> existem pessoas mais inteligentes, existem pessoas mais esforçadas". É
> um dos adágios utilizados para se justificar o sucesso em alguma área,
> na decorrência aparentemente lógica de que toda atividade intelectual
> é fruto do mérito unicamente pessoal, cuja natureza é determinada
> apenas pela força de vontade.
>
> Com isso se consegue mais um argumento ideológico e difusamente aceito
> daqueles que procuram justificar as diferenças sociais e econômicas
> pelo fato presumido de que "cada um tem o que merece". O rico é rico
> porque foi mais esforçado, porque se dedicou mais. O pobre é pobre
> porque é preguiçoso física ou intelectualmente, porque não tem
> "vontade de vencer".
>
> Retirando as evidências de que esse pensamento é completamente
> ideológico e visa, além de mascarar a realidade da exploração,
> justificar as desigualdades sociais, há uma nova consideração que
> merece atenção de educadores e dos que se dedicam ao trabalho
> humanista da adequação do Direito à realidade do SER.
>
> Desde 1904 houve uma observação maior por parte de cientistas sobre a
> natureza da inteligência, que é a capacidade de resolver problemas e
> compreender novos conceitos. Verifica-se que crianças que vão bem em
> testes de inteligência objetiva sempre vão bem em outro teste,
> envolvendo ramos distintos como a matemática concreta, o encadeamento
> lógico do pensamento, a coerência na percepção de realidades
> abstratas, etc, tornando a inteligência algo quantificável em termos
> de comparação.
>
> Stephen Cegi, Ph.D, psicólogo nos EUA lembrou que há diferença entre a
> inteligência compreendida como "acadêmica" e outros tipos, pois
> "existem pessoas com QI elevadíssimo mas que não conseguem nem mesmo
> achar em tempo razoável uma laranja dentro de uma sacola." Há pessoas
> muito inteligentes, mas consideravelmente estúpidas em habilidade
> física.
>
> A Dra. Kame Hameha, do Havaí é pioneira em estudos da Educação e em
> suas pesquisas conjuntas com a Dra. Sandra Scarr já reuníram diversos
> argumentos para mostrar que a diferença natural de inteligência é
> evidente o bastante para se pensar em novos métodos pedagógicos que,
> inclusive, já foram implantados no Havaí e diminuíram drásticamente o
> índice de repetência nas escolas que os adotaram.
>
> Há também um fato interessante revelado por universidades
> Norte-Americanas de que irmãos gêmeos que tinham sido criados por
> famílias diferentes e quase não se conhecido pessoalmente, possuem
> praticamente a mesma contagem de QI, chegando a fazer os aplicadores
> dos testes (que não tem contato direto com a pessoa) imaginarem que se
> tratava da mesma pessoa fazendo o teste uma segunda vez. A diversidade
> mais possível dos irmãos naturais é causado pelo fato de que os genes
> dos pais se embaralham e cada filho leva uma porção diferente e mais
> distinta.
>
> Mas todas essas evidências só foram recentemente aceitas pela
> Comunidade Científica através da pesquisa do Dr. Plomin, Ph.D. em
> Biologia Genética que trabalhou durante 6 anos para ter reconhecido
> esse fato. O Dr. Plomin comprovou que nos grupos de pessoas com QI
> elevado havia uma semelhança genética, precisamente no gene catalogado
> como IGF2R. A pesquisa comprovou que entre as pessoas com QI alto o
> braço n° 6 do gene citado era muito maior, superando qualquer dúvida
> de nexo causal entre este fato e a natureza quantitativamente
> comparável de inteligência manifesta por essas pessoas.
>
> Jonathan Glover, Filósofo e Cientista Social, afirma que essa
> evidência tem implicações éticas que podem ter efeitos não esperados,
> como um caso curioso de uma empresa que recentemente passou a escolher
> candidatos para determinados cargos através de exame genético
> realizado em coleta de sangue, para verificação do "gene na
> inteligência". Cientistas da comunidade Judaica desaprovaram até mesmo
> a menção dessas pesquisas, temendo que muitos pais pudessem escolher
> filhos teoricamente mais inteligentes a partir de exames realizados
> quando a mulher já estivesse grávida e suscitando, inclusive, abortos.
>
> A intenção deste trabalho é mostrar que para ALÉM das diferenças
> sociais, culturais e econômicas há também diferenças pessoas a nível
> de inteligência, num suscitar de que a própria Pedagogia ainda não
> trabalha com a possibilidade de que realmente existe um considerado
> grau de variância intelectual e mais do que isso, que essas diferenças
> PRECISAM ser levadas em consideração, com o risco da prática do ensino
> como ciência deixar de reconhecer a necessidade de uma atualização nos
> MÉTODOS atualmente consagrados. A conclusão é que diante desse
> enfoque, esses métodos precisam passar por uma adequação à essa nova
> realidade.
>
> Nessas investidas percebemos que o princípio da isonomia "tratar
> desigualmente os desiguais" vai muito adiante dos eventos fáticos que
> estão diretamente ligados ao mundo do Direito e mesmo do educacional,
> porquanto sejam exigidos dos docentes primários uma adequação de
> acompanhamento homogêneo à grade curricular, numa nova percepção de
> que a reprovação do ano letivo NEM SEMPRE indica que a simples
> negligência do aluno foi a verdadeira causa do problema, o que poderia
> ser contornado por um conhecimento prévio de como instruir
> adequadamente a pessoa e aplicar o ensino de forma diferenciada
> conforme requeira o caso.
>
> Autor: Peterson.
> Fonte: Equinox/Discovery channel, Miami/Flórida – EUA, 10/08/00.
>
> Divulgado no jornal "Debate Jurídico", n° 3, Cuiabá-MT.
>
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Gene Promissor
FROM: "Frater Anakian" <peterlsm@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 01/01/2001 14:27


Tarso:
>> A Dr Kame Hameha, do Havai, eh uma ilustre
>> desconhecida. Mas, seu nome eh bem conhecido
>> por aquelas bandas, pois o primeiro rei (mitico)
>> dos havaianos eh Kamehameha

Ah, agora compreendi sua "lógica". Ficando assim, todas as pessoas
que se chamam Jesus, Orfeu, Afrodite, Apolônio, Hermes, Ísis, etc.
devem ser consideradas também mitológicas, mesmo que apareçam em sua
frente, ou mesmo que seus nomes apareçam em documentos científicos
porque, afinal, seus pais tiveram a "triste" idéia de homenagear suas
crenças no nome dos filhos. Dessa forma, se algum cientista for
chamado de Mitra, deve ser considerado imediatamente inexistente...
mesmo que participe em corpo físico de uma entrevista.

Aliás, seguindo seu raciocínio, a fonte "Equinox/Discovery
channel, Miami/Flórida – EUA, 10/08/00" também deve ser invalidada,
afinal, eu descobri que Discovery foi o nome de uma nave espacial e
portanto "não pode" ser o nome de um canal de televisão relacionado à
ciência (nem mesmo o site oficial do canal escapa, e de onde é
possível extrair as informações, www.discoverychannel.com). Além
disso, sugiro que lhes envie um e-mail dizendo que as pessoas que
figuram em seus documentários (e o próprio canal e o site) não
existem.

Um abraço!

Peterson.



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Ciencia social neutra
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO:
DATE: 02/01/2001 07:44



Manuel Bulcao wrote:
>
> Olá,
>
> Frater Anakian, vulgo Peterson - E tem muita gente boa que acredita
> nisso. O que quero dizer é que para a maioria das coisas,
> especialmente em se tratando de honestidade, acreditar nas coisas
> descritas acima não tem peso algum.
>
> Moacir - Discordo totalmente, se uma pessoa acredita nestas coisas
> ela é uma idiota e deve ser considerada como tal.

Moacir, talvez vc tenha razao.. Mas estive pensando por um outro prisma
que me levaram a novos diagnosticos, veja :
Podemos encarar estas pessoas crentes de duas formas alem de simples
idiotas.

1-Pessoas doentes : Elas foram, desde tenra idade, contaminadas com
MEMES
muito poderosos que se enraizaram profundamente em seus cerebros
virgens.
Assim pessoas muito religiosas, contaminadas por seus pais, mesmo tendo
um QI normal ( portanto nao sendo idiotas no sentido cientifico) nao
conseguiram se libertar destes memes mesmo quando outros memes lhes sao
apresentados. Ou seja, podemos encarar estas pessoas tao doentes qto
uma outra portadora da tuberculose ou lepra mas, ao contrario das
ultimas,
elas foram contaminadas por memes.
Acredito que para algumas, um tratamento de choque via ciencialist
poderia
lhes trazer a liberdade memetica de volta ! :-))
Claro que quanto mais "idiota" a pessoa mais dificil sera para que
ela se livre de seus memes misticos.

2-Pessoas sem oportunidades.
Estas nunca tiveram a oportuniade de conhecer outro meme alem dos
religiosos
ou misticos. Por exemplo pessoas do interior do sertao nordestino. Sem
uma
semente memetica que lhes indique um outro caminho, dificilmente elas se
libertarao de seus memes misticos/religiosos.



>
> Manuel - Francamente, não sei se são idiotas essas pessoas. Conheço
> vários juízes togados, alguns empresários de sucesso e um auditor da
> Receita Federal que acreditam em astrologia (lembre-se que o concurso
> para o cargo de auditor fiscal é o mais concorrido dentre todos os
> concursos públicos). Talvez a explicação para tamanha contradição --
> uma pessoa muito mais inteligente que a média e que, no entanto,
> acredita na mais tola mitologia -- esteja na ultra-especialização do
> conhecimento. Com efeito, um odontólogo, por exemplo, passa seis anos
> da sua vida estudando dentes. Depois ainda gasta mais dois anos
> elaborando uma tese de mestrado ou de doutorado sobre dentes molares.
> Esse sujeito sabe absolutamente tudo sobre dentes. Entretanto, fora
> isso, não conhece mais nada! Qual a forma mais econômica de se
> preencher esse imenso vazio?
>
Talvez seja entrando numa lista de discussao de ceticos :).

Diga-me, o quanto seu ceticismo aumentou depois que vc comecou a
dialogar
nestas listas ceticas ?

[]s
jocax


SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Ciencia social neutra
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 02/01/2001 12:02

-----Mensagem Original-----
De: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
Enviada em: Terça-feira, 2 de Janeiro de 2001 07:44
Assunto: Re: RES: [ciencialist] Ciencia social neutra

Pegando o bonde andando...

> Ou seja, podemos encarar estas pessoas tao doentes qto
> uma outra portadora da tuberculose ou lepra mas, ao contrario das
> ultimas, elas foram contaminadas por memes.
> Acredito que para algumas, um tratamento de choque via ciencialist
> poderia lhes trazer a liberdade memetica de volta ! :-))

Se for o caso sugiro um nome mais apropriado, como terapialist. Se houver
essa mudança de objetivos da Lista gostaria de ser avisado com antecedência.
Uma coisa é conviver com os doidos da ciencialist, algo a meu ver bastante
salutar; outra é participar de uma "desidiotização" em massa. Eu heim...!
:-)

> Diga-me, o quanto seu ceticismo aumentou depois que vc comecou a
> dialogar nestas listas ceticas?

Pelo que tenho visto aqui na ciencialist, a única coisa que aumentou foi a
ojeriza pelo partido único (ou o Partidão dos "céticos"). Enfim, a amostra
populacional (ou a relação dos excluídos) é bastante pequena para conclusões
definitivas.

[ ]'s
Alberto
http://sites.uol.com.br/albmesq/
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Gene Promissor
FROM: Tarso <tarso@imagelink.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 02/01/2001 12:17

Peterson,
Uma das das fraudes mais comuns do mundo é a que estabelece a existência de
alguma autoridade e por meio dela alguém faz um discurso. A amplificação
promovida por você é uma velha técnica que procura desacreditar uma
proposição levando-a ao extremo. O problema, meu caro, é saber se a fonte é
ou não confiável. Se a Dra. Kame Hameha é uma ficção, como parece ser, então
é muito provável que o restante também o seja. Elementar, meu caro Peterson.
Equinox do Discovery Chanel pode ter comprado gato por lebre, sim senhor.
Sua reação indica que não estamos examinando o problema da relação genes e
'inteligência' de maneira inteligente.
Um abraço e feliz século novo
Tarso Mazzotti


on 01.01.01 2:27 PM, Frater Anakian at peterlsm@terra.com.br wrote:

>
> Tarso:
>>> A Dr Kame Hameha, do Havai, eh uma ilustre
>>> desconhecida. Mas, seu nome eh bem conhecido
>>> por aquelas bandas, pois o primeiro rei (mitico)
>>> dos havaianos eh Kamehameha
>
> Ah, agora compreendi sua "lógica". Ficando assim, todas as pessoas
> que se chamam Jesus, Orfeu, Afrodite, Apolônio, Hermes, Ísis, etc.
> devem ser consideradas também mitológicas, mesmo que apareçam em sua
> frente, ou mesmo que seus nomes apareçam em documentos científicos
> porque, afinal, seus pais tiveram a "triste" idéia de homenagear suas
> crenças no nome dos filhos. Dessa forma, se algum cientista for
> chamado de Mitra, deve ser considerado imediatamente inexistente...
> mesmo que participe em corpo físico de uma entrevista.
>
> Aliás, seguindo seu raciocínio, a fonte "Equinox/Discovery
> channel, Miami/Flórida – EUA, 10/08/00" também deve ser invalidada,
> afinal, eu descobri que Discovery foi o nome de uma nave espacial e
> portanto "não pode" ser o nome de um canal de televisão relacionado à
> ciência (nem mesmo o site oficial do canal escapa, e de onde é
> possível extrair as informações, www.discoverychannel.com). Além
> disso, sugiro que lhes envie um e-mail dizendo que as pessoas que
> figuram em seus documentários (e o próprio canal e o site) não
> existem.
>
> Um abraço!
>
> Peterson.
>
>
> *** --- ***
> Material para a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> deve ser enviado para o mail
> ciencialist@MAIL.com
> *** --- ***
>



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Ciencia social neutra
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 02/01/2001 14:37

Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> 2-Pessoas sem oportunidades.
> Estas nunca tiveram a oportuniade de conhecer outro meme alem dos
> religiosos
> ou misticos. Por exemplo pessoas do interior do sertao nordestino. Sem
> uma
> semente memetica que lhes indique um outro caminho, dificilmente elas se
> libertarao de seus memes misticos/religiosos.

Não é necessário estar no nordeste para não se ter acesso a informações
céticas [ou o que seja]. Mesmo diante de fatos apresentados indicando
justamente o contrário do que elas [as pessoas] acreditam, não vêem, não
conseguem ver, não conseguem distinguir que aquilo pode estar certo e
elas erradas.

O meme lógico nestes assuntos é desligado assim que começa a funcionar e
se funciona por um tempo, mesmo que breve é então forçosamente
desligado, cria-se um ódio contra aquele tipo de pensamento e então
criam-se os extremistas [criacionistas por exemplo].

Para que acordem é necessário um bombardeamento constante de
questionamentos, elas precisam ser induzidas a pensar de forma lógica.

[]s
==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
==========================================================


SUBJECT: Re: call for links
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 02/01/2001 16:45

-----Mensagem Original-----
De: "João Mário Miranda"
Para: "ciencialist" <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Sábado, 30 de Dezembro de 2000 00:35
Assunto: [ciencialist] call for links

> O nonio tem uma página de links de páginas de ciência em
> http://www.nonio.com/links.php
> Já adicionei as páginas seguintes
> - a página da ciencialist
> - a página do Luís Brudna "Humor na Ciência"
> - o imperdivel
> - uma das páginas do Alberto Mesquita (a da uol eu não consigo ver)

Olá, João

Estou atualizando o meu site da Geocities e nos próximos 10 dias todas as
páginas do uol estarão na Geocities. Parece-me que o UOL é realmente um
provedor de sites particulares e restritos a determinadas áreas (não sei se
chega a sair do Brasil). Com o tempo ficarei apenas com o site Geocities e
manterei as páginas principais do uol para não atormentar aqueles que
memorizaram algum URL do mesmo.

No site Geocities o nonio é citado na página links.htm (vide Informativos)
que pode ser acessada a partir de
http://www.geocities.com/ecientificocultural/ECC2/EduSup/links1.htm (a
página já está no ar mas ainda não linkada com a Home Page, pois estou
corrigindo alguns bugs). A partir desta página pode-se também acessar a
Ciencialist, o imperdível ["Feira de Ciências do Léo"], o "Humor na Ciência"
do Luís Brudna, "Máquinas Eletrostáticas" do ACM Queiroz, bibliotecas
virtuais (com mais de 50.000 títulos), revistas científicas, etc.

> Certamente que há mais pessoas na lista com páginas web. Se
> desejarem adicionar as vossas páginas ao nonio podem faze-lo
> a partir da página
> http://www.nonio.com/links.php

E para serem citados no quase-magnífico "Espaço Científico Cultural" não
deixem de me dar um alô em pvt.

> São aceites todas as páginas sobre ciência.

Idem e também assuntos relativos a Educação em nível Superior.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Gene Promissor
FROM: "Frater Anakian" <peterlsm@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 02/01/2001 22:01

Querido Tarso:

Pensei que nosso diálogo estivesse coroado por um desapego maior
daquelas idéias religiosas do estilo "Essa é a verdade (ou essa não é
a verdade) e pronto. Não discuta". Eu inclusive mostrei suas mensagens
para alguns amigos e comentei: "Puxa, será que o Discovery realmente
se enganou???". Foi quando iniciei minha busca pessoal sobre esse tema
e acabei pedindo informações (pelo próprio expediente do Discovery).
Consegui localizar a Sra. ROSALIND ARDEN como produtora do programa
EQUINOX. Por sua equipe, a existência da Dr. Kame foi confirmada.

>> Equinox do Discovery Chanel pode ter comprado
>> gato por lebre

Não é o que eles dizem. Mas vou repetir o mesmo que a última
mensagem: diga A ELES que ela (Kame)não existe. Ainda assim, aqui não
há problema. Mas digo que também não haveria problema, para mim, se
disessem que ela existe, e apenas um nome diferente foi usado. Ou se
ela, em quaisquer casos, não existisse. Nosso diálogo teria pelo menos
atingido o objetivo que eu imaginava. Em todas mostrei a refutação de
seus argumentos e mais, da própria invalidade deles como instrumento
comprovatório. A última mensagem que enviei é um exemplo claríssimo
disso.
Mas o que terminou nosso diálogo não foi a conclusão final de que
basta você (como eu fiz) entrar em contato com o Discovery. Não foi
também o fato de que você pudesse ter provado sua teoria. Isso também
seria bom.
Minha reação tem sido a de apontar as fontes e lhes aprofundar
cada vez mais, coisa que todos podem ver que vem acontecendo. Minha
reação tem sido também a de demonstrar que alguns de seus argumentos
não podem servir para refutação porque bifurcam as possibilidades,
além de argumentos dirigidos ao homem (ad hominem), evidência anedota
e várias outras bastante contra-indicadas pelo Dr. Carl Sagan em "A
Refinada Arte de Dedectar Mentiras", de "O Mundo Assombrado Pelos
Demônios". Enfim, minha reação tem sido apenas a de buscar (como
imaginei que você quisesse) um refinamento da verdade para que esse su
posto véu revelasse o que buscamos, através do método científico:
tese-antítese. Estávamos indo bem. Essa foi minha reação. Mas, quanto
a isso você colocou:

>> Sua reação indica que não estamos examinando o
>> problema da relação genes e 'inteligência' de
>> maneira inteligente.

Querido amigo, se a minha reação de contestar os defeitos técnicos
de suas refutações e de apresentar a cada mensagem um aprofundamento
maior nas fontes do artigo em questão indica, em sua opinião, que ISTO
NÃO É EXAMINAR TAL PROBLEMA DE MANEIRA "INTELIGENTE" (para mim o
diálogo estava ótimo!), então peço que me desculpe.
Certa vez o caríssimo Alberto Mesquita recomendou para uma colega
um artigo que eu tinha postado sobre a DISCUSSÃO CIENTÍFICA, um
comentário meu sobre como é interessante o debate científico. Amigo,
as reações são algo perfeitamente natural quando as partes ainda não
atingiram o objetivo, e não a "falta de um exame inteligente" como
você colocou!
Como cético, eu achei muito interessante a SUA reação ao
questionar minhas fontes, tanto que fui atrás das mesmas, uma vez que
eu JÁ TINHA VISTO ESSE TEMA em um livro de Psicologia (não lembro o
autor), e somente não tinha escrito o artigo porque não lembrava das
fontes (como coloquei). Daí, quando estava assistindo o documentário
com o mesmo tema, corri pegar papel e caneta apenas para dar uma
referência. Eu, em mim mesmo, não sou a fonte.
Por outro lado, MESMO tendo demonstrado a fonte, a data,
especificação da fonte (mensagem anterior) e especificação do autor
(esta mensagem), você diz que A MINHA ATITUDE DE DEBATE (REAÇÃO) É
"NÃO EXAMINAR O PROBLEMA DE MANEIRA INTELIGENTE"...

Sinto discordar, amigo. Em minha humilde percepção (e, penso, na
da MAIORIA dos colegas listeiros) a discussão é algo maravilhoso, a
reação argumentativa é algo IMPRESCINDÍVEL para o MÉTODO CIENTÍFICO.

Veja que em momento algum eu coloquei coisas como "eu escrevi
porque acredito", ou "você está errado porque eu acho que você está",
ou "seus argumentos não valem porque eu discordo". O bom é que isso
está escrito e postado para que todos possam ver.

Por outro lado, como o debate era com você, vou respeitar a sua
percepção pessoal do que é um diálogo inteligente: não irei mais
"reagir". Mesmo que você envie outra mensagem (talvez, em sua opinião,
a regra da "reação" não valha para você...) não terei mais nada a
escrever. O que foi escrito até o momento (especialmente nas mensagens
anteriores) já foi o suficiente para que se tenha uma idéia da
qualidade argumentativa que você pretende e, mais do que isso, de seu
pensamento acerca da reação de alguém diante de algo que seja
questionável.

De qualquer forma, tenha você também um feliz século novo.

Um sincero e fraterno abraço.

Peterson.



SUBJECT: Divulgue suas idéias!!!
FROM: "Thiago Rodrigo Maia dos Santos" <thiagomaiasantos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 03/01/2001 02:55

Olá, amigos do grupo Ciencialist

Gostaria de apresentar-lhes um espaço para a divulgação dos escritos de
caráter filosóficade todos os ilustres membros desse grupo de discussão.
Trata-se da seção de arquivos da homepage do meu grupo de discussão, o
"Acrópolis".

Apesar deste ser um grupo onde se discute ciência, sei que muitos aqui
também apreciam Filosofia e melhor ainda, pensam filosoficamente a ciência.
Por isso, acho que algo pode ser aproveitado aqui.

Teses, dissertações, artigos e até mesmo textos comuns sobre qualquer tema
filosófico são bem-vindos. O acesso aos arquivos pode ser feito por qualquer
pessoa, pois o mesmo não se restringe somente aos membros do grupo
Acrópolis. Não há qualquer critério qualitativo para a disponibilização dos
arquivos na homepage. Tudo o que a pessoa achar que mereça ser lido e tenha
características "filosóficas", será aceito. Tal espaço está livre das
"picuinhas filosóficas" e mesmo de
considerações acerca do estilo. Claro que a responsabilidade pelos escritos
é inteiramente do autor e só ele é que se prejudicará pela impressão que a
qualidade de seus escritos causará. O endereço da homepage, para quem quiser
dar uma olhada é:

http://br.egroups.com/files/acropolis

Quem estiver interessado é só mandar seus escritos para meu e-mail
particular (thiagomaiasantos@uol.com.br), de preferência em formato "doc"
do
Word, ou em formato "html", que é o costumeiro da Internet. Será então
aberta uma pasta com seu nome, a qual conterá todos os arquivos que você me
enviar. Eventualmente, algum texto ou artigo, poderá também ser aproveitado
em alguma outra subpasta da página, mas isso ficará a meu critério, e tu
será
avisado sobre essa minha intenção, afim de dizer se concorda ou não.

É interessante também que se mande um arquivo contendo seus dados pessoais,
inclusive e-mail, para que as coisas fiquem mais fáceis para o visitante da
página.

É importante participar, não custa nada e eu mesmo me encarregarei de
"uploadear" os arquivos para a página do grupo, organizá-los e ainda mais,
divulgá-los.
Até o momento, apenas três pessoas, (entre elas, o ilustre membro da
Ciencialist, Manuel Bulcão)
têm artigos publicados lá. Precisamos aumentar esse espaço e fazer da
Internet realmente uma democracia das idéias.

Conto com a colobaração de todos.



Thiago Maia

Poeta, autodidata em Filosofia,
Moderador dos grupos de discussão:
Acrópolis (Filosofia)
http://br.egroups.com/group/acropolis
Poiesis (Literatura)
http://br.egroups.com/group/poiesis
Versiprosa (Literatura)
http://br.egroups.com/group/versiprosa








SUBJECT: Gene Promissor
FROM: "Frater Anakian" <peterlsm@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 03/01/2001 14:03

Takada:
>> Plomin R 1999
>> IGF2R e Habilidade Intelectual

As pesquisas do Dr. Plomin formam a base nuclear do artigo que
escrevi "O Gene Primissor". As demais pessoas, como a Dra. Kame foram
inseridas apenas como opiniões de especialistas de outras áreas sobre
o assunto.
Quando eu disse que se poderia perguntar a qualquer educador ou
psiquiatra se realmente HÁ uma pré-disposição quanto à diferença
natural (O Dr. Plomin não disse, e nem eu escrevi em meu artigo, que
essa diferença NÃO PODE ser tirada através de esforço pessoal) de
intelectualidade, esta foi uma afirmação baseada nos estudos de
Pedagogia orientados pelo educador Paulo Freire (minha namorada é
formada em Pedagogia e um dia veio conversar comigo sobre o que
aprendem em livros acerca da diferença natural de QI entre as
crianças) e pelos livros que eu JÁ TINHA LIDO lido sobre Psicologia (e
que não me lembrava das referências).
Ou seja, eu já tinha um conhecimento prévio do assunto, apenas não
tinha escrito antes porque não tinha nem uma fonte, nem primária, nem
secundária. Eu ia citar dois livros de Psicologia e um de educação,
mas infelizmente com as férias eu havia ficado afastado da biblioteca
das universidades. De qualquer maneira, a equipe de produção do
Equinox/Discovery (Rosalind Arden, como eu mostrei na mensagem
anterior) havia colocado o endereço das instituições onde foram
realizadas as pesquisas, para contato. Não copiei porque não achei
necessário (uma vez que o público-alvo da matéria original já tinha
conhecimento sobre o assunto).

>> MOLECULAR PSYCHIATRY

Na verdade, eu nem me lembrava que o documentário falava sobre
essa classificação de assunto "Psiquiatria Molecular". Como eu disse,
as informações e a idéia central do artigo já eram de meu
conhecimento, e por isso fiquei mais preocupado em anotar NOMES de
pessoas, entre as quais o Dr. Plomin é o principal (pois as opiniões
restantes podem ser encontradas de maneira mais fácil, como coloquei
no parágrafo anterior).

>> O ideal eh sempre procurar ler o trabalho original.

Sem dúvida. Porém, como o artigo que eu escrevi foi publicado em
um jornal mais restrito a acadêmicos e especializados em Direito,
Biologia e Pedagogia eu fiquei tranquilo quando alguns colegas da
parte da Educação e da Biologia afirmaram já ter conhecimento sobre o
assunto.

De qualquer maneira, a intervenção do amigo Tarso foi oportuna,
levando a discussão adiante, assim como a sua, nesse momento.

Um abraço a todos.

Peterson.



SUBJECT: Re: Gene Promissor
FROM: rmt@ib.usp.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 03/01/2001 15:05

Nao vou entrar no merito da discussao, mas soh acho um pouco complicado fazer ilacoes a partir de fontes secundarias.

O ideal eh sempre procurar ler o trabalho original.

Nao tenho acesso, mas acho q. se trata deste artigo (ou de algum relacionado):

Hill L, Chorney MJ, Chorney K, Craig I, Fisher P, Owen M, McGuffin P, Plomin R 1999 - IGF2R and cognitive ability. MOLECULAR PSYCHIATRY 4:
270 , Suppl. 1 (SEP).

endereco para contato:

SGDP Res Ctr, Inst Psychiat, London, England.
Penn State Univ, Milton S Hershey Med Ctr, Dept Microbiol & Immunol, Hershey, PA 17033 USA.
Neuropsychiat Genet Unit, Cardiff, S Glam, Wales.

-----

algumas informacoes tecnicas:

O igf-2r eh o nome do gene para a proteina IGF-2R (insulin-like growth-factor type 2 receptor -- receptor de fator de crescimento semelhante a insulina do tipo
2). A IGF-2R se liga 'a IGF-2, degradando o excesso dessa proteina. Em outra ocasiao jah foi mencionada uma guerra dos sexos travada a partir de marcacao
diferencial de genes responsaveis pelo crescimento do feto -- essa marcacao em geral recebe o nome em ingles: genomic imprinting ou simplesmente imprinting
-- um processo q. faz com q. um mesmo tipo de copia de gene esteja ativado ou desativado dependendo se foi herdado do pai ou da mae.

Em ratos, o IGF-2 -- q. promove o crescimento do feto -- eh produzido apenas pela copia de igf-2 recebida atraves do pai. A copia materna encontra-se silenciada.
Jah com o IGF-2R -- q. degrada o IGF-2 e portanto diminui o crescimento do feto -- ocorre o oposto. (Willison 1991) (Aparentemente, na especie humana a
historia eh diferente -- Kalscheuer et al 1993.)

Em sendo um gene, o igf-2r nao possui braco (eh uma sequencia linear -- com interrupcoes -- de uma molecula de ADN/DNA). Provavelmente se refere ao braco
maior do *cromossomo* no. 6 -- q. eh a localizacao do gene em humanos. (http://www.ncbi.nlm.nih.gov/cgi-bin/Entrez/hum_srch?chr=hum_chr.inf&
query=igf2r&qchr=) Como nao tenho a pesquisa original fica complicado o q. realmente o texto quis dizer: se havia uma amplificacao maior da regiao do
cromosso q. possui o gene ou outra coisa.

KALSCHEUER VM, MARIMAN EC, SCHEPENS MT, REHDER H, ROPERS HH 1993 - THE INSULIN-LIKE GROWTH-FACTOR TYPE-2
RECEPTOR GENE IS IMPRINTED IN THE MOUSE BUT NOT IN HUMANS. NATURE GENETICS 5: (1) 74-78.

WILLISON K 1991 - OPPOSITE IMPRINTING OF THE MOUSE IGF2 AND IGF2R GENES. TRENDS IN GENETICS 7: (4) 107-109.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciencia social neutra
FROM: "Marco Aurelio" <logos@pccp.com.ar>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 03/01/2001 16:29

Prezado Manuel Bulcão

Estou contente em saber algumas coisas sobre você. Sempre me despertou
curiosidade seu currículo. É muito interessante a sua condição de apóstata
das ciencias sociais. Parece-me muito estimulante. Agora comprendo mais o
teor de suas mensagens. Gostaria de acrescentar algo sobre as coisas ditas.
Poder-se-ia dizer: certos fundamentos psicológicos das crenças justificadas
e as não tanto...

Em primeiro lugar me impressiona seu conhecimento psicanalítico. Você é
realmente um grande leitor.

A propósito, você disse:

>...significa dizer que os homens (alguns mais que os outros) buscam o
conhecimento pelo simples "prazer" de conhecer...

Efetivamente Freud postulou uma pulsão (parcial) epistemofílica. A gente
muitas vezes a chama de "curiosidade". Está, evidentemente, a serviço do
principio do prazer.

Também disse:

> que torna possível um grau razoável de objetividade ou neutralidade
"ética" (não axiológica, mas tão-somente ética, frise-se) do conhecimento

Esta neutralidade depende, desde a psicanálise do grau de submissão do ego
ao super-ego. O sentimento místico, também chamado de sentimento oceânico é
sempre interpretado como um abandono masoquista do ego ao super-ego. O
primeiro renuncia, por influencia das primeiras relações com seus objetos, à
avaliação (prova de realidade) das reais condições externas ao sujeito e
aceita o deslumbramento pelo ideal.

Outra coisa:

> Decerto que na maioria das pessoas a paixão pelo conhecimento é mais fraca
que as outras paixões, de sorte que o grosso de suas idéias acerca da
realidade, mormente a realidade humana, não passa de mera
> "racionalização" de seus interesses econômicos, da sua vontade de
> poder, de status, etc.

Você tem razão. A palavra paixão vem do latim "patior, -eris, pati, passus
sum" que significa sofrer, suportar, etc. Também deriva o termo passivo. As
paixões sempre são sentimentos que nos tornam passivos e nos levam por
diante. Quando ha um real interesse pelo conhecimento, o sujeito não se
detém. Segue investigando sem contentar-se com os resultados. Nunca
considera que a verdade foi definitivamente descoberta. Sempre sobra uma
dúvida que gera mais investigação e assim, sucessivamente. Este é o
fundamento psicológico da atitude cética. Evidentemente há uma paixão cética
que é puramente super-egoica e, portanto, tem a mesma natureza do sentmento
religioso, ya que é intolerante e fundamentalista como esta instancia.

Mais coisas:

> Afinal, segundo Freud, uma parte significativa do nosso
> superego -- a instância psíquica formada pela >introjeção dos valores
sociais -- é inconsciente.

É certo. Acrescento algo. Tudo o que é devido ao super-ego é sempre
prejudicial. Os valores sociais introjetados são sempre ideais (a parte mais
execrável da humanidade) e atua conforme uma ética tirânica que postula que
tudo o que não é proibido é obrigatorio, sem lugar ao que é permitido (não
lhe recorda certos "céticos"?). Só quero dizer que os valores inspirados
pelo super-ego são sempre neuróticos. Esta instancia é um defeito do ser
humano. Poderia até dizer - vejo que isto é muito divertido - que o
super-ego podería ser um conjunto de MEMES (sic) malditos. Não é que eu
creia nos memes, mas parece-me divertido pensar assim.

A propósito, :

>Mas Freud também disse que o que é inconsciente pode, através de um esforço
psicanalítico, emergir na
consciência. No caso das pessoas ditas "normais", isto é, dos neuróticos em
menor escala -- o que infelizmente não é o meu caso --,
> creio que uma auto-análise cuidadosa seja o suficiente.

Às vezes não basta porque o sentimento de culpa nos faz cegos. Poderíamos
fazer uma grande digressão para explicar os fundamentos de que os que se
julgam a si mesmos, quase sempre se têm em maior consideração do que se
deveria esperar. O que não aparece nestes julgamentos são os intensos
processo judiciarios a que nos submetemos e tratamos de dizer que somos
melhores do que parecemos. É sempre para que não nos sintamos culpados.

>a tomada de consciência dos nossos valores antes inconscientes equivale num
certo sentido a uma separação, ao estabelecimento de uma "distância" com
relação a eles, distanciamento este que, ao meu ver, constitui a condição
"sine qua non" de um conhecimento livre, na medida do possível, dos
julgamentos de valor.

Dou fé. Eliminar os juizos de valor é sempre uma valentia, porque produz
muita culpa inconsciente. Pelo que se pode ver, a atitude cética, quando
inspirada pelo ego é a mais valente, a mais sã e a mais confiável. Só se
torna podre quando é inspirada pelo super-ego. É por isso que Freud diz que,
numa boa análise, onde estava o id (e o super-ego) deve estar o ego.

Acho também que escrevi demais.

Abraços,

Marco A. Andrade
logos@pccp.com.ar



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Ciencia social neutra
FROM: "Marco Aurelio" <logos@pccp.com.ar>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 03/01/2001 16:37

Prezados listeiros que escreveram

>tem muita gente boa que acredita
> nisso.

Também se disse:

>Francamente, não sei se são idiotas essas pessoas. Conheço vários juízes
togados, alguns empresários de sucesso e um auditor da Receita Federal que
acreditam em astrologia (lembre-se que o concurso para o cargo de auditor
fiscal é o mais concorrido dentre todos os concursos públicos).

Vou arriscar um palpite psicológico.
As crenças estão muito ligadas ao sentimento de culpa e um sentimento
neurótico de desamparo. Certas pessoas necessitam crer que são governadas
por algo superior. Não acreditar em certo governo superior equivale
sentir-se abandonado. Lembro-me sobre o tema da origem da concepção teista e
o que você, Manuel Bulcão, escreveu sobre a neotenia. Lembra?

Marco A. Andrade
logos@pccp.com.ar




SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Ciencia social neutra
FROM: "Marco Aurelio" <logos@pccp.com.ar>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 03/01/2001 16:47

Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:

> 1-Pessoas doentes : Elas foram, desde tenra idade, contaminadas com MEMES
muito poderosos que se enraizaram profundamente em seus cerebros virgens.

É muito interessante sua ideia. Até poderia ser divertido pnsar que o
super-ego freudiano é um reservatorio de memes malditos. Aqui vai minha
sugestão. Informe-se sobre a natureza do que Freud denominou super-ego e
crie uma teoria, se for possivel (talvez não seja necessaria) sobre os memes
super-egoicos. Talvez se consiga achar uma ajuda mais para superar esta
praga.

> Assim pessoas muito religiosas, contaminadas por seus pais, mesmo tendo
um QI normal ( portanto nao sendo idiotas no sentido cientifico) nao
conseguiram se libertar destes memes mesmo quando outros memes lhes sao
> apresentados. Ou seja, podemos encarar estas pessoas tao doentes qto uma
outra portadora da tuberculose ou lepra mas, ao contrario das ultimas, elas
foram contaminadas por memes.

Eu proponho que a psicanálise possa ser lida em clave memética. Creio que a
gente até podería instituir um método interessante de combater estes memes
nojentos.

Creio que você poderia até pensar algo sobre a culpa ...memética.

Feliz ano novo
Marco A. Andrade
logos@pccp.com.ar




SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Ciencia social neutra
FROM: "Marco Aurelio" <logos@pccp.com.ar>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 03/01/2001 16:55

Alberto Mesquita Filho wrote:


> Pelo que tenho visto aqui na ciencialist, a única coisa >que aumentou foi
a ojeriza pelo partido único (ou o >Partidão dos "céticos"). Enfim, a
amostra
> populacional (ou a relação dos excluídos) é bastante >pequena para
conclusões definitivas.

Sou um excluido do FCB. Estou proibido de ter minhas ideias publicadas.
Trata-se de um castigo imposto por um suposto "mau comportamento". Creio que
ali ha um nucleo muito ativo do partidão. A terapialist da ciencialist é
bastante sã. Os memes do jocax e o superego do Freud explicam. Existem
céticos inspirados pelo ego (os sãos) e os inspirados pelo superego (o
partidão, com seus memes malditos).

Um abraço
Marco A. Andrade
logos@pccp.com.ar





SUBJECT: Transmissão de HIV pelo sêmen e leite materno
FROM: "Adriana Valeska Daniel" <adriana_valeska@hotmail.com>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 03/01/2001 18:44

Transmissão de HIV pelo sêmen e leite materno


Dr. Kyung Koo Han: médico obstetra do Departamento de Tocoginecologia da Unifesp/EPM), mestre em obstetrícia pela Unifesp/EPM
Dra. Lea Mina Kati: médica ginecologista do Departamento de Tocoginecologia da Unifesp/EPM), cursando mestrado em ginecologia pela Unifesp/EPM


A isotonicidade do líquido seminal e do leite materno pode explicar por que o HIV pode ser transmitido oralmente por essas substâncias, de acordo com investigadores da University of Texas Medical Branch, em Galveston, EUA.

A transmissão salivar do HIV é relativamente rara, observam o dr. S. Baron e cols. "Relata-se que o principal mecanismo protetor da saliva seja a inativação dos leucócitos transmissores do HIV por sua hipotonicidade peculiar'', relatam em recente publicação no Journal of Infectious Diseases. Não se explica por que o HIV pode ser transmitido por meio do líquido seminal, do leite materno e do colostro.

Para investigar como o líquido seminal e o leite infectados pelo HIV superam os efeitos protetores da saliva, a equipe do dr. Baron conduziu uma série de estudos in vitro utilizando amostras de leite, colostro, líquido seminal e saliva colhidos de doadores normais.

Eles elaboraram uma hipótese de que a reconstituição de sais na saliva hipotônica por líquido seminal, leite ou colostro isotônicos depositados por via oral reverteria a capacidade da saliva de inativar os leucócitos infectados pelo vírus naquelas secreções. E é isso que eles encontraram. Quando a porcentagem de saliva na solução reconstituída foi cada vez mais reduzida e a porcentagem de líquido seminal, leite ou colostro isotônico foi cada vez mais aumentada, a capacidade da saliva de inativar leucócitos mononucleares infectados pelo HIV conseqüentemente diminuiu.

"Quando a saliva foi reduzida a apenas um terço da mistura, sendo os dois terços restantes dessas substâncias salinas, então a saliva já não será protetora contra o HIV", observou o dr. Baron em um comunicado da universidade à imprensa.


"Sob circunstâncias normais, há apenas um quinto de uma colher de chá de saliva na boca", continuou ele. "O sêmen depositado tipicamente seda igual a mais de quatro vezes que aquele volume, e o leite materno a muitíssimo mais. Assim, é fácil observar que a saliva não consegue matar células infectadas porque há um excesso de substâncias salinas."

Ele acredita que esses achados também tenham implicações referentes à causa real da infecção pelo HIV. "Há evidências muito boas de que os leucócitos infectados sejam o principal agente transmissor do HIV na vagina e no reto", continuou ele. Conquanto muitos médicos "ainda acreditem que o HIV seja transmitido por vírus livres", de indivíduos infectados pelo HIV, "a maior parte dos vírus livres de células não é infecciosa, provavelmente porque os transportadores do HIV fabricam anticorpos suficientes, que se ligam ao vírus e atrapalham sua capacidade de infectar outras células".

Inversamente, "leite e sêmen positivos para o HIV são altamente infecciosos, provavelmente porque esses líquidos contêm leucócitos infectados pelo HIV e os anticorpos não conseguem entrar nessas células para atacar o vírus". O grupo do dr. Baron, atualmente, está tentando desenvolver um gel que possa simular os efeitos protetores da saliva, mas na vagina e no reto - ambientes mais salinos que a boca.





[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Dados divinos
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 03/01/2001 18:59

http://www.strbrasil.com.br/Scientia/dados.htm
[ DEUS JOGA DADOS? de Stephen W. Hawking ]

Texto excelente falando sobre o indeterminismo quântico. Há um humor
sutil quando ele fala sobre buracos negros que não têm cabelos.

[]s
==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
==========================================================


SUBJECT: Re: [ciencialist] Gene Promissor
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 03/01/2001 19:25

Jah entrando um pouco mais no merito da discussao. Antes deixe-me
esclarecer q. nao se refere ao seu artigo em si, nem a sua pessoa,
Peterson/Frater Anakian -- ?Skywalker (Lord Darth Vader) -- brincadeira.

Mas ha' um certo perigo no tratamento de genes candidatos no q. se refere
a algum tipo de inteligencia -- em especial a inteligencia cognitiva
formal q. em geral eh a enfatizada tto na escola (toda a teoria piagetiana
tao difundida se baseia nesse aspecto -- assim me parece ao menos) qto,
principalmente, nos famigerados testes de QI e similares.

Os perigos sao dois: um eh a questao da discriminacao. Os imbecis vao
discriminar os outros quer seja um trato de natureza ambiental ('por falta
de merito' como vc diz) quer seja um trato de natureza genetica ('por
natureza inferior' -- titio Hitler e a cambada neonazi, q. eh tbm o
caminho trilhado por Murray e Herrnstein em 'The Bell-curve').

O outro perigo eh a eterna ladainha: nurture vs nature -- se se frisa
algum componente genetico (nature) os chatos radicais do 'nurture' vao
gritar contra um suposto determinismo genetico (como se o determinismo
ambiental deixasse de ser determinismo) -- similarmente, se se frisa a
porcao ambiental, os chatos radicais do 'nature' vao bradar contra uma
visao antiquada e romanticamente defasada.

Nem sempre estah certo, mas neste caso Platao (foi Platao, Aristoteles ou
eh mais um daqueles ditados latinos?) acertou: a virtude esta' no meio. A
inteligencia eh um carater multi-fatorial: nature AND nurture. Plomin e
colaboradores em outro trabalho (1994), mostram q. a inteligencia
apresenta um grau de herdabilidade de 0,52 (q. vai de 0 -- totalmente
dependente da variacao do ambiente -- a 1 -- totalmente dependente da
variabilidade genetica -- aviso q. estou fazendo uma simplificacao
bastante seria nesta pequena tentativa de explicacao, a historia real eh
substancialmente diferente). Valor proximo ao encontrado por Bouchard et
al. (1990 -- segundo Freeman e Herron 1998) com gemeos monozigoticos
criados em lares separados. (Tomado como esta' no texto, tem se a
impressao de q. o fato de gemeos monozigoticos/univitelinos criados
separados apresentarem desempenhos muito proximos em testes de QI aponta
para uma determinacao genetica muito forte da inteligencia -- nao eh
beeeem assim.)

Bouchard, TJ, Jr.; Lykken, DT, McGue, M; Segal, NL e Tellegen, A 1990 -
Sources of human psychological differences: the Minnesota study of twins
reared apart. Science 250:223-8.

Freeman, S e Herron, JC 1998 - Evolutionary Analysis. N. Jersey, Prentice
Hall. 786 pp.

Plomin, R; Owen, MJ e McGuffin, P 1994 - The genetic basis of complex
human behaviors. Science 264: 1733-9.

(A biblioteca esta' fechada agora por aqui, entao nao pude ver o artigo
original de Bouchard et al. 1990)

--------
soh aproveitando para errata de minhas ultimas mensagens:

- as bonecas russas q. se encaixam uma dentro da outra sao as 'matreshka'
e nao 'matrioka';

- existe sim algo parecido com analise molecular em fosseis de
dinossauros: nao apenas recuperacao e sequenciamento de DNA, como analise
imunoquimica de colageno e medicao de proporcao de radioisotopos de
porcoes do esqueleto (O16 e O18);

- certamente tem outros erros, mas esses sao os q. vi assim logo de cara.
os de portugues nao vou nem comentar...
--------

Como sempre: nao levem as minhas intervencoes muito a serio.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Ciencia e Ordem Social
FROM: "Frater Anakian" <peterlsm@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 03/01/2001 23:15

Takada:
(e aos demais da lista)

>> Os perigos sao dois: um eh a questao da discriminacao.
>> Os imbecis vao discriminar os outros quer seja um trato de
>> natureza ambiental ('por falta de merito' como vc diz) quer
>> seja um trato de natureza genetica ('por natureza inferior' --
>> titio Hitler e a cambada neonazi, q. eh tbm o caminho
>> trilhado por Murray e Herrnstein em 'The Bell-curve').

Infelizmente isso é verdade. Imbecis sempre procuram meios
alternativos para justificar suas balelas, seus preconceitos e seus
objetivos deturpados. Porém, se tal "perigo" existir na realidade
(pressupor antes de acontecer é uma versão antecipada de um "Argumento
de Declive Escorregadio"), não sei até que ponto a ciência deveria
deixar de pesquisar e/ou publicar alguma coisa que seja verdade,
apenas porque ela poderia ser algo "chocante".

Esse tipo de debate é uma coisa muito interessante. Gostaria de
ouvir aqui a opinião de nossos amigos Tarso, Alberto, Léo e dos outros
membros que se interessem.

Afinal: devem (ou até que ponto deveriam) os cientistas colocar
limites na divulgação de suas descobertas, se eles julgam que elas
podem, de certa maneira, afetar (ainda que de maneira ínfima) a ordem
social? Por exemplo, na comprovação científica de um diferencial de
inteligência natural, os cientistas deveriam "abrandar" a notícia? Em
um exemplo melhor, SE (por favor, isso é apenas uma hipótese
super-hipotérica--algo impossível ... de acontecer) algum dia
encontrassem evidências que a inteligência (seja qual for o tipo) do
homem fosse superior (de qualquer forma) à da mulher. Como proceder?
Enfim, acho que vocês entenderam a questão.

Vou iniciar aqui minha opinião. Acho que em se tratando de
INFORMAÇÕES que podem ter alguma utilidade prática para a própria
Ciência, não há motivo para preocupações com a natureza da informação
dentro do contexto de ordem social. De qualquer forma, se isso for
realmente interpretado como algo negativo pelas intituições de
Controle Social, haverá alguma sanção, difusa ou jurídica (embora isso
me pareça ditatorial).

Aguardo aqui a opinião dos amigos.

Peterson.
==========================
Takada: na verdade eu precisei mudar o nick ou "nome amigável" que
aparece como remetente em minha mensagem devido a uma questão de
prática para com meus correspondentes da Maçonaria, Ordem dos
Templários e outras organizações iniciáticas que, embora tenha me
desligado, continuo auxiliando-os em suas pesquisas históricas e as da
natureza particular que cada uma lida. Anakian foi o nome iniciático
que recebi na ocasião de minha promoção a Superior Incógnito da
Tradicional Ordem Martinista, e é utilizado nos graus mais altos das
demais organizações, que se correspondem entre si. Embora esse nome já
pouco signifique para mim, passei a utiliza-lo para que melhor possa
ser reconhecido nos devidos círculos, afinal, para essa lista em nada
irá alterar a mudança do nick.
==========================
MICTMR.'. 12° 33° 66° 96°



SUBJECT: Re: [ciencialist] Dados divinos
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 04/01/2001 04:29

-----Mensagem Original-----
De: "TARCISIO BORGES"
Para: "ciencialist" <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Quarta-feira, 3 de Janeiro de 2001 18:59
Assunto: [ciencialist] Dados divinos

> http://www.strbrasil.com.br/Scientia/dados.htm
> [ DEUS JOGA DADOS? de Stephen W. Hawking ]
> Texto excelente falando sobre o indeterminismo quântico. Há um humor
> sutil quando ele fala sobre buracos negros que não têm cabelos.

Pelo que entendi, Hawking demonstra de maneira cientificamente incontestável
não apenas que Deus joga dados mas também batalha naval com seus anjos
guardiões dos vários rincões do universo. Ou seja, Deus comunica-se com seus
anjos através de trilhões de "minúsculos buracos negros virtuais, que
aparecem e desaparecem" a toda a hora e por todo o lugar (os anjos seriam os
buracos brancos, recuperadores das "informações perdidas" -- e seus
miraculosos poderes resultam desta ação).

Buracos negros seriam então seres que encontramos todos os dias por aí,
assim como Papai Noel, a Mula Sem Cabeça, Saci Pererê e infinitos seres
definitivamente comprovados por outras ciências tão magníficas quanto a
física moderna.

Acho engraçado alguns acharem que o Everett é ficcionista e o Hawking é
digno de sentar-se na cátedra ocupada por Newton. Qual a diferença, em
termos de ficção científica, entre a idéia de universos paralelos e a idéia
de micro buracos negros?

Parece-me que Hawking não aprendeu a alquimia newtoniana e,
consequentemente, utilizando suas próprias palavras, "não aprendeu a lição
da história". :-))

Isto é tudo o que tenho a dizer por agora. Obrigado pela atenção (*).

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm

(*) PS.: Eu ia dizer mais alguma coisa mas "perdi as informações" graças a
um micro buraco negro que passou por aqui um pouquinho antes de enviar esta
mensagem.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Ciencia e Ordem Social
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 04/01/2001 10:11

On Wed, 3 Jan 2001, Frater Anakian wrote:
> Takada:
^t = TakaTa

> objetivos deturpados. Porém, se tal "perigo" existir na realidade
> (pressupor antes de acontecer é uma versão antecipada de um "Argumento
> de Declive Escorregadio"), não sei até que ponto a ciência deveria
> deixar de pesquisar e/ou publicar alguma coisa que seja verdade,
> apenas porque ela poderia ser algo "chocante".

Nao propus isso. O q. eu defendo eh uma divulgacao responsavel. Um caso
recente e menos grave eh o q. aconteceu com a National Geographic Brasil
em relacao aos achados do Mar Negro: um pesquisador encontrou restos de
uma casa dentro do mar a 100 m abaixo da superficie. A imprensa/midia
brasileira e muitos do exterior tbm anunciaram isso como se fosse uma
'prova' do diluvio biblico. No caso da NG Brasil isso levou alguns
fundamentalistas biblicos a se manifestarem achando q. se tratava mesmo de
uma 'prova' cientifica de q. sua doutrina eh a verdade absoluta.

Era o caso de omitir a descoberta? De forma alguma. Foi um achado bastante
interessante. Mas primeiro q. nao se deveria fazer ilacoes sem base --
ateh se poderia especular q. a inundacao da regiao do Mar Negro tenha
inspirado mais tarde a narracao da arca, mas tbm poderia igualmente
inspirado lendas mais antigas como a de Gilgamesh e outras narracoes de
inundacao.

Pode parecer exibicionismo, mas por questao de brevidade (ok, ok, nao sou
a pessoa mais objetiva desta lista):

http://www.observatoriodaimprensa.com.br/atualiza/artigos/ofc27092000.htm

Tah, o q. isso tem a ver com genetica? Sobretudo com a genetica do
comportamento humano? Bem, mesmo q. nao se faca ilacoes indevidas e se
apresente os fatos o mais objetivamente possivel ou de modo mais honesto
possivel: havera' os q. farao suas proprias ilacoes indevidas. Esse eh um
ponto q. nao se pode negligenciar. Como disse nao eh o caso de omitir
nada, mas eh o caso de tomar certos cuidados na apresentacao: ateh alertar
explicitamente contra os perigos de associacoes espurias com juizos de
valor.

> encontrassem evidências que a inteligência (seja qual for o tipo) do
> homem fosse superior (de qualquer forma) à da mulher. Como proceder?

Nao eh muito facil, mas tbm nao eh preciso imobilizar-se diante dessa
questao. Suponho q. a melhor saida eh divulgar e se adiantar aos
pensamentos machistas desarmando as principais alegacoes depreciativas q.
se possa levantar.

Por exemplo, foi realmente divulgado de q. o cerebro feminino teria
neuronios a menos do q. os homens. Duas reacoes extremas:

a - machista: Por isso q. a mulher nao pensa direito, com um cerebro
menor...

b - feminista: Nao ha' nenhuma diferenca visivel de capacidade de
raciocinio entre os sexos. Logo, o cerebro feminino eh mais eficiente, jah
q. desempenha as mesmas tarefas com menos celulas.

Uma divulgacao alternativa:

c - Homens e mulheres *nao* sao iguais (gracas a Deus!). Cognitivamente
tbm apresentam certas diferencas quali-quantitativas. Por exemplo, *em
media* os homens se saem melhor em relacao 'a analise de espacos
tri-dimensionais, eqto as mulheres apresentam *em media* uma desenvoltura
comunicativa maior. O cerebro apresenta especializacoes. Nao
necessariamente, a diferenca se refere 'as regioes mais diretamente
ligadas ao raciocinio formal. E mesmo q. seja eh preciso levar em
consideracao q.: 1 - o raciocinio formal nao eh o unico modo de se obter
respostas em questoes cotidianas (e.g. a intuicao -- q. nao tem nada de
magico, mas eh apenas um processo de associacao de informacoes q. se da'
em grande parte inconscientemente); 2 - os problemas q. envolvem exclusiva
ou majoritariamente o raciocinio formal nao sao os unicos q. afetam a vida
das pessoas de modo significativo (gastamos gde parte do tempo em questoes
de carater afetivo, nos quais muita racionalizacao eh ateh uma barreira) e
3 - qq implicacao etica/discriminatoria imputada dependera' da matriz
ideologica preexistente (haja vista as diferencas de conclusoes das
situacoes 'a' e 'b' a partir de um mesmo fato).

Problema: 'a' e 'b' sao muito mais economicos no enunciado do q. 'c'.
Ha' um empecilho cronico de espaco nos jornais e nas teves q. impede uma
visao mais aprofundada de qq coisa. Solucao parcial: apresentar 'a' e 'b'
enfatizando o aspecto 3 de 'c'.

-------
(Nao precisava ter 'justificado' o seu apelido. Era soh uma brincadeira.
Nao quis constrange-lo. Outro pedido de desculpas. Que puxa.)

outro erratum:

na traducao sobre o 'indice de incredibilidade' errei feio na traducao de
um item o 10o. deveria ser algo como:

10) 10 pts cada vez q. se alegar q. eh uma pessoa estudada, como se isso
fora indicacao de sanidade mental.

o Daniel Sottomaior fez uma traducao menos acoxambrada no sitio da STR --
aproveitando q. se indicou um texto de lah.

http://www.strbrasil.com.br/Humor/crackpot.htm
-------

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Convidados (administrador)
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 04/01/2001 14:49


Gostaria de saber o que os integrantes da Ciencialist acham da ideia de
ter convidados participando da lista. Seriam pessoas ligadas a ciencia,
com algum tipo de trabalho especial (livro, pesquisa com impacto na
midia, etc) para comentar e debater.

Seriam participacoes temporarias e com o assunto direcionado para a
area onde estes atuam.

Quero deixar claro que nao estou diminuindo a importancia dos
atuais participantes da lista.

Ateh mais
Luis Roberto Brudna - administrador da Ciencialist.

PS: podemos voltar ao fluxo normal de mensagens.


SUBJECT: fogos de artificio
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 04/01/2001 15:04

http://lab.bsi.com.br/tborges/fogos.html

Para quem não viu nada no final do ano, tem aqui um consolo.

Eu pessoalmente gostaria que o ano começasse em 21 de dezembro
[solstício], seria uma data mais interessante. O natal, para não fugir
do padrão, poderia ser uma data flutuante baseada na lua cheia, ou algo
assim.

[]s
==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
==========================================================


SUBJECT: ... trans...
FROM: "Lord Screen Saver" <screen_saver@ig.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 04/01/2001 15:25

ae ja existia alguma prova desse lance de trans-comunicação instrumental

falar com outros seres um lance assim... morto ou naum


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] ... trans...
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 04/01/2001 18:29

On Thu, 4 Jan 2001, Lord Screen Saver wrote:
> ae ja existia alguma prova desse lance de trans-comunicação instrumental
> falar com outros seres um lance assim... morto ou naum

sendo sintetico: nao.

mais info em:

http://www.skepdic.com/evp.html [ingles]

http://paginas.teleweb.pt/~ceptico/entradas/fve.html [port.]
-----

nao sendo sintetico:

Nao ha' nada q. indique nas teorias atuais a sobrevivencia de uma essencia
(alma) apos a morte do corpo. Alias, as observacoes q. temos eh q. isso
nao seria possivel. Se se vai utilizar a TCI como indicio de existencia de
vida apos a morte eh preciso entao q. ela seja bem caracterizada: um
fenomeno q. nao seja muito labil e possa ser reproduzido em situacoes
controladas.

O fato eh q. as tecnicas de TCI sao extremamente falhas: basicamente
consiste em gravar sinais de radio ou de teve com o aparelho fora de
sintonia e procurar padroes de vozes e/ou imagem.

Os padroes alegados sao muitas vezes de interpretacao pelo menos duvidosa
(qdo nao eh forcada mesmo) -- sons desconexos interpretados como falas e
imagens nada nitidas como perfil de pessoas.

Descontados os casos de fraudes, nada impede q. tenham simplesmente
captado um sinal de alguem vivo q. tenha vazado para o canal escolhido: os
sinais q. saem das estacoes (profissionais e amadoras) de radio e de teve
embora sejam moduladas apresentam sinais secundarios (a modulacao nao eh
perfeita) em outras frequencias. Alem disso esses sinais ao encontrarem
obstaculos naturais podem ter suas caracteristicas alteradas, invadindo
outras faixas de frequencia.

O mesmo vale para o caso de etes. Mas ainda q. nao haja impedimento
fisico da existencia de alienigenas (embora nao haja tbm nenhum indicio
claro de sua existencia), diriamos q. seria um sinal claro de falta de
inteligencia desses seres utilizarem um canal tao propenso a
interferencias. Alem disso eh pouco provavel q. um aparelho de radio ou de
teve conseguisse captar sinais longinquos: os radiotelescopios do projeto
Seti possuem antenas de dezenas de metros de raio e sensores muito mais
sensiveis do q. os de aparelhos comuns para captar sinais bem fracos. Os
alienigenas teriam q. gastar muita, muita, mas muita energia mesmo para
fazer chegar um sinal q. pudesse ser captado com um minimo de nitidez por
um aparelho domestico sem se perder em meio aos ruidos eletromagneticos.
Os transcomunicadores estao basicamente dizendo q. os supostos alienigenas
sao seres estupidos. (Pra se ter uma ideia: as estacoes de FM usam
emissores de cerca de 250 kW de potencia e tEm um alcance de cerca de 100
km... A estrela mais proxima a Alfa de Centauro fica a cerca de 4 anos-luz
daqui, algo em torno de 3,8.10^13 km ~38.000.000.000.000 km. A energia se
dissipando por uma area esferica vai cair numa relacao inversa ao quadrado
da distancia: jah q. superficie da esfera cresce com o quadrado do raio. A
cerca de 100 km entao, um aparelho de radio capta uma densidade de energia
de cerca de 2 W/km2. Uma fonte a 4 anos-luz para gerar essa densidade
precisaria ter uma potencia de 3,58.10^28 W
~35.800.000.000.000.000.000.000.000.000 W. A usina de Itaipu tem
capacidade para gerar cerca 13 milhoes de kW ~13.000.000.000 W. O q. seria
equivalente entao a cerca de 2,8.10^18 Itaipus ~2.800.000.000.000.000.000
(quase 3 quintilhoes de Itaipus). A potencia do Sol eh de cerca de
3,86.10^26 W -- a fonte de emissao alienigena teria entao uma potencia de
cerca de 100 sois.

Explicacoes terrenas podem dar conta do q. alguns chamam de fenomenos TCI.
Para considera'-las como fenomenos autenticos precisariamos abandonar
muitas teorias cientificas bem estabelecidas -- parece ser um preco caro
pra se pagar por algo tao duvidoso.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Convidados (administrador)
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 07/01/2001 19:13

Sou um tanto tímido na presença de 'estranhos'; fico encabulado. Mas, tentarei vencer a timidez e debater, ainda que a 'área onde eles atuam' possam ser 'palcos' desconhecidos para minha pobre e singela mente.
Gostaram da modéstia? Depois não me digam que não falei das flores!
[]'
Léo
PS: Citando 'João' (do nônio) ... de verdade em verdade ele disse: pode ser que alguns permaneçam por aqui ... o que seria ótimo ... e eu concordo.

-----Mensagem Original-----
De: <lrb@if.ufrgs.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: quinta-feira, 4 de janeiro de 2001 14:49
Assunto: [ciencialist] Convidados (administrador)


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| Gostaria de saber o que os integrantes da Ciencialist acham da ideia de
| ter convidados participando da lista. Seriam pessoas ligadas a ciencia,
| com algum tipo de trabalho especial (livro, pesquisa com impacto na
| midia, etc) para comentar e debater.
|
| Seriam participacoes temporarias e com o assunto direcionado para a
| *area onde estes atuam*. (grifo meu)!
|




SUBJECT: [Fwd: [Genismo] [Fwd: [despertar] Ética e Ateismo]]
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 08/01/2001 10:16



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: ETICA SEM DEUSES
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 08/01/2001 10:20

ÉTICA SEM DEUSES

por Frank R.
Zindler

Uma das primeiras perguntas que são feitas aos Ateus por crentes
verdadeiros ou descrentes como nós
é, "Se você não acredita em deus, não há nada para prevenir você de
cometer crimes, há? Sem o medo
do fogo do inferno e danação eterna, você pode fazer o que você quiser,
não pode?"

Introdução

Ë difícil de acreditar que até mesmo uma pessoa inteligente e
educada poderia sustentar tal
opinião, mas elas o fazem! Parece que nunca ocorreu a elas que os
Gregos e Romanos, a
quem deuses e deusas eram algo menos do que comparações de virtude,
contudo guiou
vidas não obviamente piores que as dos Batistas do Alabama! Além
disso, pagões como
Aristóteles e Marco Aurélio - embora seus sistemas não são
apropriados para nós hoje -
influenciaram a produção de tratados éticos de grande sofisticação,
uma sofisticação
raramente, se alguma vez, igualada por moralistas Cristãos.

A resposta para a pergunta posta acima é, claro, "Absolutamente
não!" O comportamento
dos Ateus está sujeito às mesmas regras de sociologia, psicologia,
e neurofisiologia que
governam o comportamento de todos os membros de nossa espécie,
incluindo os
religiosos. Além disso, a despeito de protestos do contrário, nós
podemos afirmar como
uma regra geral que quando religiosos praticam comportamento ético,
não é devido ao seu
medo de fogo infernal ou danação, nem é devido às suas esperanças
de um paraíso.
Comportamento ético - apesar de quem o praticante possa ser -
resulta sempre das
mesmas causas e é regulado pelas mesmas forças, e não têm nada a
ver com a presença
ou ausência de crença religiosa. A natureza dessas causas e forças
é o assunto deste
ensaio.

Fundações Psicobiológicas

Como seres humanos, nós somos animais sociais. Nossa sociabilidade
é o resultado de
evolução, não de escolha. A seleção natural nos equipou com um
sistema nervoso que é
peculiarmente sensitivo ao estado emocional de nossos semelhantes.
Entre nossa espécie,
emoções são contagiosas, e são raros os mutantes psicopatas entre
nós que podem ser
felizes no meio de uma sociedade triste. Está em nossa natureza
sermos felizes no meio
de felicidade, tristes no meio de infelicidade. Está em nossa
natureza, felizmente, procurar
por felicidade para nossos semelhantes ao mesmo tempo que
procuramos para nos
mesmos. Nossa felicidade é maior quando é compartilhada.

A natureza também nos proveu um sistema nervoso que é, em um nível
considerável,
impossível de amarrar. Para ser exato, esse fenômeno não é tão
nítido ou tão inevitável
como é, digamos, em gansos - onde um gansinho que acaba de sair do
ovo pode estar
"amarrado" à um trem de brinquedo e irá seguí-lo a exaustão, como
se ele fosse sua mãe.
Contudo, alguns graus de amarração são exibidos por humanos. O
sistema nervoso
humano parece reter sua capacidade para amarrar bem até a terceira
idade, e é altamente
provável que o fenômeno conhecido como "amor à primeira vista" seja
uma forma de
amarração. Amarração é uma forma de comportamento de afeição, e nos
ajuda a formar
fortes laços interpessoais. É a força maior que nos ajuda a quebrar
as barreiras do ego para
criar "outros importantes" a quem nós podemos amar tanto como
amamos a nós mesmos.
Essas duas características do nosso sistema nervoso -
sugestibilidade emocional e
amarração de afeição - embora elas sejam a fundação de todo
comportamento altruísta e a
arte, são profundamente compatíveis com o egoísmo característico de
todos os
comportamentos criados pelo processo de seleção natural. Isso é o
mesmo que dizer que,
de uma larga gama de comportamentos que satisfazem a nós mesmos,
simultaneamente,
irão ser os que satisfazem nossos semelhantes, e vice-versa.

Isso não deveria nos surpreender quando nós consideramos que entre
as sociedades de
nossos primos primatas mais próximos, os grandes macacos, o
comportamento social não
é caótico, mesmo se os gorilas não tiverem os dez mandamentos! O
jovem chimpanzé não
necessita de um oráculo para lhe mandar honrar sua mãe e se abster
de matar seus irmãos
e irmãs. Claro, brigas em família e até assassinato têm sido
observado em sociedades de
macacos, mas tais comportamentos são exceções, não a regra. O mesmo
em sociedades
humanas, em todo lugar e em todos os tempos.

Os macacos africanos - cujos genes são de noventa e oito a noventa
e nove porcento
idênticos aos nossos - vivem suas vidas como animais sociais,
cooperando no viver da vida,
inteiramente sem o benefício do clero e sem os mandamentos do
Êxodo, Leviticus, ou
Deuteronomio. É ainda mais animador aprender que os
sociobiologistas têm observado
comportamento altruísta entre tropas de babuínos. Mais do que uma
vez, em tropas
atacadas por leopardos, machos velhos em idade pós-reprodutiva
foram observados
retardando-se na traseira da tropa escapando e se engajando contra
o leopardo com o que
algumas vezes seria considerado uma luta suicida. Enquanto o macho
velho atrasa a
perseguição do leopardo ao sacrificar sua própria vida, as fêmeas e
os jovens escapam e
vivem para completar seus diversos destinos. O heroísmo que nós
vemos agindo, de
tempos em tempos, em nossos semelhantes homens e mulheres, é muito
mais velho do
que suas religiões. Muito antes de deuses terem sido criados pelas
mentes cheias de
medo de nossos ancestrais menos corajosos, o heroísmo e atos de
auto-sacrifício amoroso
existiram. Eles não precisaram de uma desculpa sobrenatural, nem
precisam de uma
agora.

Dado o fato geral, que a evolução nos equipou com um sistema
nervoso inclinado em favor
de comportamentos sociais, então ao invés de antisociais, não é
verdade, todavia, que o
comportamento antisocial existe, e existe em quantidades maiores do
que um eticista
sensato acharia tolerável? Infelizmente, isso é verdade. Mas isso é
amplamente verdade
porque nós vivemos em mundos muito mais complexos do que o mundo
Paleolítico de onde
nosso sistema nervoso se origina. Para entender o significado ético
desse fato, nós
devemos nos afastar um pouco e rever a história evolucionária do
comportamento humano.

Uma Digressão

Hoje, a hereditariedade pode controlar o nosso comportamento apenas
no mais geral dos
meios, não pode ditar precisos comportamentos apropriados para as
circunstâncias
infinitamente variadas. No nosso mundo, hereditariedade precisa de
ajuda.

No mundo de uma mosca de fruta, em contraste, os problemas a serem
resolvidos são
poucos em número e altamente previsíveis na natureza.
Consequentemente, o cérebro de
uma mosca de fruta é amplamente "hard-wired" pela hereditariedade.
Isso quer dizer, a
maioria dos comportamentos resultam de uma ativação ambiental de
circuitos nervosos que
são formados automaticamente pelo tempo de emergência da mosca
adulta. Esse é um
exemplo extremo do que é chamado de comportamento instintivo. Cada
comportamento é
codificado por um gene ou genes que predispõem o sistema nervoso
para desenvolver
certos tipos de circuitos e não outros, e onde é impossível de se
agir contrário ao script
geneticamente pré-determinado.

O mundo de um mamífero - digamos uma raposa - é muito mais complexo
e imprevisível do
que o de uma mosca de fruta. Consequentemente, a raposa nasce
apenas com uma porção
de seu circuito neural hard-wired. Muitos de seus neurônios
permanecem "plásticos" ao
longo de sua vida. Isso quer dizer, eles podem ou não se ligar uns
com os outros em
circuitos funcionais, dependendo das circunstâncias ambientais. O
comportamento
aprendido é um comportamento que resulta da ativação desses
circuitos ambientalmente
condicionados. Aprender permite que o indivíduo mamífero aprenda -
por tentativa e erro -
um maior número de comportamentos adaptativos do que poderiam ser
transmitidos por
hereditariedade. Uma raposa seria canto-a-canto genes se todos
esses comportamentos
fossem especificados geneticamente.

Com a evolução de humanos, entretanto, a complexidade ambiental
aumentou fora de todas
as proporções das mudanças genéticas e neurais distinguindo-nos de
nossos ancestrais
símios. Isso é parcialmente devido ao fato que nossa espécie
evoluiu em um período
geológico de grande fluxo climático - as Eras Glaciais - e
parcialmente devido ao fato que
nosso comportamento começou a mudar nosso ambiente. O ambiente
modificado por sua
vez criou novos problemas para serem resolvidos. Suas soluções
posteriormente mudaram
o ambiente, e assim vai. Desta maneira, a descoberta do fogo levou
à queima das árvores e
florestas, que levou à destruição dos suprimentos locais de água e
córregos, que levou ao
desenvolvimento de arquitetura que construiu aquedutos, que levou
às leis sobre direitos de
água, que levou à luta internacional, e etc. etc...

Dada tal complexidade, até a habilidade de aprender novos
comportamentos é, por si só,
inadequada. Se tentativa e erro fossem os únicos meios, a maioria
das pessoas iria morrer
de velhice antes de terem sucesso redescobrindo o fogo ou
reinventando a roda. Como um
substituto para o instinto e para aumentar a eficiência de
aprender, a humanidade
desenvolveu a cultura. A habilidade de ensinar - como também de
aprender - evoluiu, e
aprendizado por tentativa e erro se tornou um método de último
caso.

Pela transmissão da cultura - passando a soma total dos
comportamentos aprendidos para
a população - nós podemos fazer o que seleção genética Darwiniana
não permitiria: nós
podemos herdar características adquiridas. A roda foi inventada uma
vez, sua fabricação e
uso pode ser passado abaixo através das gerações. A cultura pode se
adaptar às
mudanças muito mais rápido do que os genes podem, e isso provê
respostas altamente em
sintonia com os distúrbios e transtornos ambientais. Por meio de
transmissão cultural,
esses comportamentos que provaram ser úteis no passado podem ser
ensinados
rapidamente aos jovens, e então essa adaptação para a vida -
digamos, na calota polar da
Groenlândia - pode ser assegurada.

Mesmo assim, transmissão cultural tende a ser rígida: levou mais de
cem mil anos para
avançar ao ponto de entalhar ambos os lados do machado de mão!
Mutações culturais,
como mutações genéticas, tendem mais freqüentemente a serem
prejudiciais, e há
resistência à ambas - a primeira por conservativismo cultural, a
última pela seleção natural.
Mas as mudanças rastejam mais rápido do que a velocidade da mudança
genética, e
culturas lentamente evoluem. Mesmo esse dinossauro cultural
conhecido como a Igreja
Católica - apesar de sua pretensão de ser o repositório imutável de
verdade e
comportamento "correto" - mudou muito desde seu começo.

A propósito, é nesse estágio do machado de mão de evolução
comportamental que a
maioria das religiões de hoje ainda estão entaladas. Nossos códigos
morais inflexíveis,
absolutistas também estão afixados nesse estágio. Os Dez
Mandamentos são a
contrapartida moral da fase
"assim-é-como-você-esfrega-os-gravetos-juntos" da evolução
tecnológica. Se o único tipo de fogo que você quer e o que aquece
sua caverna e cozinha
seus mexilhões, o método esfrega-gravetos é suficiente. Mas se você
quer um fogo para
propulsionar seu avião à jato, algumas mudanças devem ser feitas.

E, também, com a transmissão de comportamento moral. Se nós temos
que viver vidas que
são tão socialmente complexas quanto aviões à jato são
tecnologicamente complexos, nós
precisamos de algo mais do que os Dez Mandamentos. Nós não podemos
basear nosso
código moral sobre ordens arbitrárias e caprichosas apresentadas à
nós por pessoas
dizendo estarem inteiradas com as intenções dos imigrantes do Sinai
ou do Olimpo. Nossa
ética não pode ser baseada nem em ficções sobre a natureza da
humanidade nem em
falsos relatos a respeito de desejos de divindades. Nossa ética
deve ser firmemente
plantada no solo do auto-conhecimento científico. Ela deve ser
aperfeiçoável e adaptável.

Onde então, e com o que, nós devemos começar?

De volta à ética

Platão mostrou há muito tempo, em seu diálogo Euthyphro, que nós
não podemos
depender de fiats morais de uma divindade. Platão perguntou se os
mandamentos de um
deus eram "bons" simplesmente porque um deus os mandou ou porque o
deus reconheceu
o que é bom e mandou a ordem de acordo. Se algo é bom simplesmente
porque um deus
mandou, qualquer coisa pode ser considerada boa. Não haveriam meios
de predizer o que
em particular o deus poderia desejar a seguir, e isso seria
inteiramente sem sentido afirmar
que "Deus é bom." Banhar bebês com rochas seria apenas tão
provavelmente "bom" quanto
seria o princípio "Ame seus inimigos." (Iria parecer que a
"bondade" do deus do Velho
Testamento é inteiramente desse tipo.)

Por outro lado, se os mandamentos de um deus são baseados em um
conhecimento da
bondade herdada de um ato, nós encaramos a compreensão que há um
padrão de bondade
independente do deus e nós devemos admitir que ele não pode ser a
fonte de moralidade.
Em nossa busca pelo bom, nós podemos desviar de deus e ir direto à
sua fonte!

Dado, então, que deuses a priori não podem ser a fonte de
princípios éticos, nós devemos
procurar tais princípios no mundo em que nós evoluímos. Nós devemos
achar o sublime no
mundano. Que preceitos devemos usar?

O princípio do "auto-interesse culto" é uma excelente primeira
aproximação a um princípio
ético que é consistente com o que nós sabemos da natureza humana e
também é relevante
para os problemas da vida em uma sociedade complexa. Vamos examinar
esse princípio.

Primeiro nós devemos distinguir entre auto-interesse "culto" e
"inculto". Vamos tomar um
exemplo extremo para ilustrar. Suponha que você viveu uma vida
totalmente egoísta de
gratificação imediata de cada desejo. Suponha que sempre quando
alguém tinha algo que
você queria, você tomou para si.

Não levaria muito tempo até que todo mundo estaria de punhos
cerrados contra você, e
você poderia ter gasto todas as suas horas acordado defendendo-se
das represálias.
Dependendo de quão ultrajante foi sua atividade, você pode muito
bem perder sua vida na
orgia de vingança da vizinhança. A vida de um auto-interesse total
mas inculto pode ser
excitante e prazerosa enquanto durar - mas não é provável que dure
muito tempo.

A pessoa que pratica o auto-interesse "culto", em contraste, é a
pessoa que a estratégia de
comportamento simultaneamente maximiza ambas intensidade e duração
da gratificação
pessoal. Uma estratégia culta irá ser uma que, quando praticada ao
longo de um grande
espaço de tempo, irá gerar sempre maiores quantidades e variedades
de prazeres e
satisfações.

Como é que se faz isso?

É óbvio que mais têm que ser ganho ao se cooperar com outros do que
com um ato de
egoísmo isolado. Um homem com uma pedra não pode matar um búfalo
para o jantar. Mas
um grupo de homens e mulheres, com muitas pedras, podem guiar a
fera para um
penhasco e - mesmo depois de dividir a carne entre eles - ainda
teriam mais para comer do
que eles teriam sem cooperação.

Mas cooperação é uma rua de mão dupla. Se você cooperar com muitos
outros para matar
búfalos, e cada vez que eles te afastarem da matança e comerem por
si mesmos, você
rapidamente irá levar seus serviços para outro lugar, e você irá
deixar os ingratos
tropeçando ao longo sem o equivalente Paleolítico do
quarto-para-ponte. Cooperação
implica reciprocidade.

A justiça têm suas raízes no problema da determinação de justiça e
reciprocidade em
cooperação. Se eu cooperar com você em cultivar seu campo de milho,
quanto do milho é
meu na época de colheita? Quando há justiça, a cooperação opera com
eficiência máxima,
e os frutos da cooperação tornam-se sempre mais desejáveis. Então,
auto-interesse culto
acarreta um desejo por justiça. Com justiça e com cooperação, nós
podemos ter sinfonias.
Sem elas, nós não temos nem uma canção.

Vamos levar este ensaio de volta ao nosso ponto de partida. Porque
nós temos um sistema
nervoso de animais sociais, nós somos geralmente mais felizes na
companhia de nossos
semelhantes do que sozinhos. Porque nos somos emocionalmente
sugeríveis, ao
praticarmos o auto-interesse culto nós normalmente iremos ser
espertos ao escolher
comportamentos que irão fazer os outros felizes e querendo cooperar
e nos aceitar - para a
felicidade deles irá refletir de volta sobre nós e intensificar
nossa própria felicidade. Por outro
lado, ações que machucam outros e fazem eles infelizes - mesmo se
eles não
desencadeiam uma retaliação aberta que decresce nossa felicidade -
irá criar um meio
social emocional que, por causa da nossa sugestibilidade, irá nós
fazer menos felizes.

Porque nosso sistema nervoso é incopiável, nós somos capazes de não
apenas nos
apaixonarmos à primeira vista, nós somos capazes de amar objetos e
ideais tanto quanto
pessoas, e nós somos capazes de amar com intensidades variáveis.
Como o gansinho
atraído pelo trem de brinquedo, nós somos empurrados para frente
pelo desejo de amar.
Diferente do "amor" do gansinho, entretanto, nosso amor é para uma
extensão considerável
moldável pela experiência e é capaz de ser educado. Uma meta maior
do auto-interesse
culto, com certeza, é dar e receber amor, tanto sexual quanto não
sexual. Como uma regra
geral, - porém não absoluta - nós devemos escolher os
comportamentos que irão ser mais
prováveis de nos trazer amor e aceitação, e nós devemos evitar os
comportamentos que
não irão.

Outra meta do auto-interesse culto é procurar beleza em todas as
suas formas, preservar e
prolongar sua ressonância entre o mundo fora e dentro. Beleza e
amor são facetas
diferentes da mesma jóia: amor é bonito, e nós amamos a beleza.

A experiência do amor e beleza, entretanto, é uma função passiva da
mente. Quão grande é
a alegria que vêm de criar beleza. Quão delicioso é exercitar
ativamente nosso poder
criativo para engendrar isso que pode ser amado. Pinturas e pianos
não são
necessariamente pré-requisitos do exercício de criatividade: Sempre
que nós
transformamos a matéria-prima da existência em tal maneira que nós
deixamos ela melhor
do que ela era quando nós a achamos, nós fomos criativos.

A tarefa de educação moral, então, não é de incutir por repetição
grandes listas de fazeres
e não fazeres, mas sim de ajudar as pessoas a predizer as
conseqüências das ações
sendo consideradas. Quais são as recompensas de longo termo e as
imediatas, e
desvantagem dos atos? Um ato irá aumentar ou diminuir a chance de
alguém experimentar
a tríade hedônica do amor, beleza, e criatividade?

Então acontece, quando o Ateu se aproxima do problema de encontrar
o chão natural para
a moral humana e estabelecer uma base não-supersciticiosa para o
comportamento, parece
no entanto que o problema de estabelecer uma base natural,
humanística para o
comportamento ético não é tão assim um problema. Está em nossa
natureza desejar amor,
procurar beleza, e se emocionar com o ato de criação. A
complexidade labiríntica que nós
vemos quando examinamos os códigos morais tradicionais não surge de
necessidade: é
amplamente resultado de tentativas em vão de acomodar a natureza e
as necessidades
humanas aos excêntricos totens e tabus de demônios e divindades que
emergiram conosco
da nossa moradia em cavernas no final da Era Paleolítica - e têm
assombrado nossas
casas desde então.

Informativo:

O texto acima é uma versão baseada na tradução, modificação e
reformatação por Leo Vines de um
ensaio escrito por terceiros. A publicação foi autorizada pelo(s)
autor(es) do(s) ensaio(s) base.
O ensaio base original está disponível em
http://www.atheists.org/Atheism/ethics.html
A versão em inglês encontra-se em English/Atheos/ethics.htm
Não há ainda uma tradução para espanhol.
As partes em itálico não devem estar corretamente traduzidas.
Traduções para o espanhol e sugestões para correções na tradução e
na gramática do texto são
bem-vindas. Envie-as para nosso e-mail:



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SUBJECT: Re: [ciencialist] Velocidade da gravidade
FROM: Eduardo <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 08/01/2001 10:46

Moacir Alves Schmidt wrote:

> Amigos,
> Permitam-me fazer uma pergunta ingênua:
> Caso o sol fosse retirado de sua órbita quanto tempo a terra levaria para
> deixar de sentir seus efeitos gravitacionais?
>
> Abraços,
>
> <Moacir>
>

Creio que seja aproximadamente 8 minutos.

um abraco, Eduardo.



SUBJECT: Re: [ciencialist] ETICA SEM DEUSES
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 08/01/2001 11:23


Assunto: [ciencialist] ETICA SEM DEUSES


ÉTICA SEM DEUSES

por Frank R. Zindler

---------
Já tão querendo me podar! É só eu ficar quieto uns tempos e pronto! Frankamente! Deixe eu fora disso!
[]'
deus
---------



SUBJECT: Re: [ciencialist] Velocidade da gravidade
FROM: Eduardo <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 08/01/2001 12:45

BRUNO MARQUES wrote:

> Os oito minutos não seriam a velocidade que deixaríamos de ver a luz do Sol
> ? A gravidade é transmitida à mesma velocidade que a luz ???
>
>

A principio sim porque a gravitacao eh, como o eletromagnetismo, uma forca
de alcance infinito. A quantizacao desse campo (algo que ainda nao foi feito)
deve nos levar a particulas sem massa inercial que viajam, portanto, a
velocidade da luz. Outro argumento diz respeito a geometrizacao do
espaco-tempo. Eh uma condicao necessaria para que a massa altere a geometria
do espaco que a alteracao de campo (como tirar o sol ou mover uma estrela
abruptamente) se propague com a velocidade da luz que, geometricamente,
percorre uma geodesica nula. Se a velocidade de propagacao do campo for, no
vazio, menor que c a gravitacao nao pode ser tratada geometricamente. Se for
maior, pior ainda porque haveria violacao de postulados da relatividade
especial. Creio que haja medidas sobre o assunto, vou procurar algum trabalho
e te passar.

Obs: em um calculo rigoroso temos que considerar que entre a Terra e o
Sol ha materia espalhada e portanto nao podemos considerar que o campo se
propaga no vacuo.

um abraco, Eduardo.




SUBJECT: O mapa dos sentimentos
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO:
DATE: 08/01/2001 14:49

O mapa dos sentimentos
========================
Marcelo Gleiser
especial para a Folha de São Paulo, 7/jan/2001

Onde é a morada dos sentimentos? Será que a ciência pode nos levar a uma
melhor compreensão, se possível até quantitativa, do que é sentir? Se
você fizer essa pergunta a alguém trabalhando na área de Tomografia por
Emissão de Pósitrons (PET) ou de Imagem por Ressonância Magnética
Funcional (fMRI), a resposta é um surpreendente "sim".

Essas duas técnicas, PET e fMRI, permitem a construção de imagens
sequenciais do cérebro como em um filme, que os neuropsicólogos usam
para estudar a atividade cerebral em resposta a certos estímulos
emocionais.

De modo geral, ambas as tecnologias medem as diferenças do fluxo
sanguíneo no cérebro, contrastando as partes mais usadas -onde o fluxo é
maior- com aquelas mais quietas. Com isso, é possível fazer um mapa
dinâmico do cérebro, recriando seu funcionamento na medida em que ele é
submetido a diferentes estímulos.

Essas técnicas de imagem já são conhecidas da psicologia e da
neurologia, especialmente como ferramentas que ajudam a diagnosticar
certas patologias, emocionais ou físicas, como um tumor cerebral.

Mas a aplicação de tecnologias como a PET e a fMRI ao estudo das emoções
é bastante nova e ainda controversa. O resultado mais geral desses
estudos é que, quando sentimos algo, seja alegria ou tristeza, raiva ou
medo, a atividade cerebral não se concentra em uma área específica,
sendo distribuída por várias regiões do cérebro.

E cada uma das emoções é caracterizada por atividades muito semelhantes:
o medo se manifesta sempre nas mesmas áreas, a alegria também, como se
cada emoção tivesse sua assinatura neuronal particular. O sentir gera
ressonâncias cerebrais únicas, que serão traduzidas em expressões
faciais e fisiológicas, como lágrimas, tensão muscular e riso. Mais
ainda, humores interferem na eficiência dos processos mentais, como o
raciocínio lógico, a memória ou a percepção sensorial.

No caso de emoções extremas, o cérebro deixa de processar informação
normalmente, confirmando algo que todos nós já sabemos, que os
sentimentos fortes comprometem a clareza de nosso pensamento, "não tome
decisões de cabeça quente".

O amor, claro, não podia ser deixado de lado. Cientistas do University
College London detectaram um padrão distinto de atividade cerebral em 17
pessoas examinadas que diziam estar profundamente apaixonadas.

Eles compararam a atividade cerebral desses voluntários quando eles
olhavam fotos de seus amados e de pessoas apenas amigas, mostrando que o
amor gera mesmo um sentimento de euforia representado pela alta
atividade cerebral. O amor estaria, então, espalhado pelo cérebro: e
aquele aperto no coração que sentimos vem, claro, de estímulos
cerebrais. Portanto, a confusão histórica de atribuir o amor ao coração
é bastante razoável.

Não querendo ligar o amor à depressão, estudos feitos com pessoas
sofrendo de depressão profunda revelaram a necessidade do cérebro de se
realinhar para que os sintomas sejam aliviados.

Comparando pessoas que tomam Prozac e melhoram com outras que tomam a
droga e não melhoram, cientistas demonstraram que o cérebro dos
pacientes que foram beneficiados pela droga se transformou, criando
novas conexões neuronais que permitiram o melhor processamento de
informação. A droga, quando funciona, abre novas rotas no cérebro, que
podem ser mapeadas com essas tecnologias de imagem.

Sem a menor dúvida, esses estudos são extremamente promissores, mesmo
que ainda estejam na infância. Nada é tão complicado quanto o cérebro
humano, pelo menos dentro do que nós conhecemos do Universo.

Um dos problemas que os cientistas encontram nesses estudos é justamente
como definir emoções de modo a tratá-las quantitativamente.
O que é amor para um pode não ser para outro.

Quando o temor vira pânico e o afeto, amor? Poetas e escritores os mais
diversos, de todas as épocas, vêm tentando definir as várias gradações
emocionais, os vários níveis do sentir, se é que podemos falar em
níveis.

Daí que essas pesquisas poderão apenas traçar as linhas mais gerais das
complicadas emoções humanas e de como elas são processadas na cabeça de
cada um de nós. Pelo menos, assim espero. É bom se nós deixarmos um
pouco de mistério no ato de sentir, mesmo que isso atrase um pouco a
compreensão do funcionamento do nosso cérebro.

Marcelo Gleiser é professor de física teórica do Dartmouth College, em
Hanover (EUA), e autor do livro "A Dança do Universo"


SUBJECT: Com que Direito
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 08/01/2001 14:56

Como sabem, minha esposa cursa o último ano de Direito ... e sabem tb minha opinião a respeito disso!
Entretanto ela está preparando sua monografia e pediu-me que intercedesse junto aos amigos para 'palpitar' sobre a coisa, principalmente sobre a regulamentação do e-commerce.

Sutilmente, postei no Excalibur:

> Tenho ouvido com certa freqüência, a insistência com que os advogados
> ( O Direito, na sua totalidade) querem se 'infiltrar' na Internet
> propondo leis, regras, regulamentos etc. para que eles possam
> participar desse novo mundo virtual do qual estão completamente 'por fora' (e tirar algum $$$$ disso,
> obviamente!). O que o pessoal do Direito já escreveu sobre Internet é
> vasto e, ainda assim, não conseguiram um 'jeitinho' de se infiltrarem
> para 'regulamentar a coisa' e dela tomarem 'conta'. Tudo sempre
> dependerá de advogados? Acho que dessa vez eles cairão do cavalo! (pelo lado Direito, é claro!)

Diz a esposa que as melhores leis sobre o assunto são as de Portugal. Nem vou brincar pois o João (do vernier) está por ai!

Que tal vcs se manifestarem a respeito?

[]'
Léo







SUBJECT: Origem do Oxigenio
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 08/01/2001 15:41

Algum tempo atras foi perguntado por aqui qual seria a origem do O2 da
atmosfera terrestre.

Na pagina abaixo discute-se sobre essa questao.

http://www.sciam.com/askexpert/environment/environment4.html

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Velocidade da gravidade
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 08/01/2001 17:15

-----Mensagem Original-----
De: "Moacir Alves Schmidt"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Segunda-feira, 8 de Janeiro de 2001 17:28
Assunto: [ciencialist] Velocidade da gravidade

> Amigos,
> Permitam-me fazer uma pergunta ingênua:
> Caso o sol fosse retirado de sua órbita quanto tempo a terra levaria para
> deixar de sentir seus efeitos gravitacionais?

Provavelmente algo em torno de 8 minutos, supondo-se que as "informações
gravitacionais" propaguem-se na velocidade da luz. Este é um resultado
totalmente compatível com a física clássica genuinamente newtoniana. Existem
muitos físicos dos dias atuais que insistem em afirmar, ERRONEAMENTE, que,
segundo Newton, a gravitação propaga-se instantaneamente. Perceba então que
a sua pergunta não é tão ingênua, ou seja, você não está sendo nem mais nem
menos ingênuo que grande número de físicos modernos, para os quais Newton
seria um imbecil.

A esse respeito, existe uma frase célebre de Newton a afirmar: "Que a
gravitação seja inata, inerente e essencial à matéria, de modo que um corpo
possa atuar sobre outro a distância, através do vácuo, sem a mediação de
mais nenhuma coisa, pela qual e através da qual sua ação e sua força fosse
transportada de um até outro, é para mim absurdo tão grande, que acredito
que homem algum que tenha em questões filosóficas competente faculdade de
pensar, possa cair nele." Esta frase foi extraída de uma carta que Newton
enviou a seu amigo Bentley e foi adicionada ao prefácio de uma das últimas
edições dos Principia publicada creio que quando Newton ainda estava vivo.

Acontece que Newton, para simplificar inúmeros cálculos, e para os quais não
faz grande diferença imaginar a gravitação propagando-se a uma velocidade c
(= velocidade da luz) ou a uma velocidade infinita, utilizou-se de uma
matemática aproximada e a desprezar o que poderíamos chamar potenciais
retardados, algo que somente foi redescoberto no final do século XIX e assim
mesmo com o estudo da propagação de informações eletromagnéticas.

Quanto à "incompetência em questões filosóficas" apresentada pelos
acadêmicos prefiro citar uma frase de Einstein: "A história das descobertas
científicas e técnicas revela-nos quanto o espírito humano carece de idéias
originais e de imaginação criadora. E mesmo quando as condições exteriores e
científicas para o aparecimento de uma idéia já existem há muito, será
preciso, na maioria dos casos, uma outra causa exterior a fim de que se
chegue a se concretizar. O homem tem, no sentido literal da palavra, que se
chocar contra o fato para que a solução lhe apareça."

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm

P.S.: Para os que gostam de física clássica, não deixem de ler "A equação do
elétron e o eletromagnetismo", uma das duas teorias brasileiras
classificadas no "Top Ten Sites" (as dez mais lidas, entre cerca de 300
novas teorias internacionais) do ranking do site alemão "Borderlands of
Science", no URL. http://www.borderlands.de/links.topten.php3



SUBJECT: Velocidade da gravidade
FROM: Moacir Alves Schmidt <moacir.schmidt@softtek.com>
TO: "'ciencialist@egroups.com'" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 08/01/2001 17:28

Amigos,
Permitam-me fazer uma pergunta ingênua:
Caso o sol fosse retirado de sua órbita quanto tempo a terra levaria para
deixar de sentir seus efeitos gravitacionais?

Abraços,

<Moacir>





SUBJECT: RE: [ciencialist] Velocidade da gravidade
FROM: BRUNO MARQUES <brunomarques@bbmbank.com.br>
TO: "'ciencialist@egroups.com'" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 08/01/2001 18:06

Os oito minutos não seriam a velocidade que deixaríamos de ver a luz do Sol
? A gravidade é transmitida à mesma velocidade que a luz ???

-----Original Message-----
From: Eduardo [mailto:dgueron@mailbr.com.br]
Sent: Monday, January 08, 2001 9:46 AM
To: ciencialist@egroups.com
Subject: Re: [ciencialist] Velocidade da gravidade


Moacir Alves Schmidt wrote:

> Amigos,
> Permitam-me fazer uma pergunta ingênua:
> Caso o sol fosse retirado de sua órbita quanto tempo a terra levaria para
> deixar de sentir seus efeitos gravitacionais?
>
> Abraços,
>
> <Moacir>
>

Creio que seja aproximadamente 8 minutos.

um abraco, Eduardo.


*** --- ***
Material para a pagina de apoio a Ciencialist
http://www.ciencialist.hpg.com.br
deve ser enviado para o mail
ciencialist@MAIL.com
*** --- ***


SUBJECT: Re: [ciencialist] Com que Direito
FROM: "Neville Martins" <neville@catanduva.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 08/01/2001 21:53

Olá Luiz e companheiros

Certa vez um celebre advogado me informou (e cobrou por isso) duas coisas
que muito me auxiliaram:
A primeira era de que "a Lei protege os espertos "; a segunda, é que "seu
melhor advogado é você mesmo". Daí por diante quase nunca mais usei os
serviços de causídicos. Valeu o preço pago.

Mas a referência a advogados é sempre preocupante e me lembra uma velha
questão prática: o Direito serve mais a proteger os fracos ou a defender os
poderosos ?
Ao longo da História, parece que essa balança sempre andou desequilibrada.

[s] Neville





SUBJECT: Re: [ciencialist] Velocidade da gravidade
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 09/01/2001 09:34

Equipe tenta "domar" mecanica quantica

Salvador Nogueira escreve para a "Folha de SP":

Os contra-sensos do mundo quantico -ambiente habitado pelas particulas
subatomicas -- oferecem prodigios tecnologicos inimaginaveis a quem souber
lidar com eles. Mas antes que as maravilhas se tornem realidade, e' preciso
driblar a fisica classica, trazendo as propriedades quanticas para o mundo
macroscopico.

Um quarteto de fisicos da Dinamarca e da Austria agora propoe uma receita
para executar o truque. A recompensa e' o aperfeicoamento dos relogios
atomicos e, possivelmente, a criacao de computadores quanticos -para nao
falar de coisas ainda mais radicais, como o teletransporte.

Tal qual uma esfinge, a mecanica quantica se debruca sobre os fisicos,
sussurrando "decifra-me ou te devoro". E, para enveredar pelos tortuosos
caminhos quanticos, de nada serve a confortavel e intuitiva logica
cotidiana. Somente as equacoes matematicas oferecem respostas -e elas sao
as mais malucas possiveis.

Uma das mais estranhas propriedades fisicas e' o "entrelacamento" de
particulas ("entanglement", em ingles). Esse fenomeno, capaz de assustar
ate ' o fisico Albert Einstein, que o descreveu como "esquisita acao 'a
distancia", diz que e' possivel ligar duas particulas de forma
indissoluvel, de modo que tudo o que acontece com uma reflete na outra, nao
importando a distancia entre elas.

Anders Sorensen, da Universidade de Aarhus (Dinamarca), e colegas montaram
um modelo de como fazer com que varios atomos sejam entrelacados, driblando
um dos maiores inconvenientes da fisica quantica: o principio da incerteza
de Heisenberg.

O conceito, estabelecido pelo cientista alemao Werner Karl Heisenberg
(1901-76), diz que tudo no mundo atomico e' questao de probabilidade --
nada pode ser dado por certo -- e que e' impossivel determinar com exatidao
todas as propriedades de uma particula -- detectar uma delas significa
descartar as outras.

Entretanto, ao entrelacar particulas, e' possivel restringir as
possibilidades de seu comportamento -Heisenberg continua la', mas o espaco
dele fica mais apertado.

A sugestao de Sorensen e' chocar varios atomos -contidos em uma amostra
especial de particulas chamada de condensado Bose-Einstein --, fazendo com
que eles se entrelacem. Sua proposta esta' na ultima edicao da revista
"Nature" (www.nature.com).

"Nenhum de nos esta' trabalhando com testes, mas esperamos que grupos de
fisica aplicada tentem fazer a experiencia em um futuro breve", diz
Sorensen.

Ele acredita que a tecnica poderia "sintonizar" os atomos antes de
coloca-los em relogios atomicos -instrumentos de alta precisao que usam a
constante vibracao dos atomos para manter o relogio no passo certo-
tornando-os ainda mais eficientes e exatos.

"Nosso metodo poderia ser usado para preparar os atomos em um estado mais
adequado antes que eles sejam injetados em um relogio atomico", diz.

Quanto 'as possibilidades para a criacao de um computador quantico -que
usaria as propriedades subatomicas para executar operacoes muito mais
rapidamente que um computador tradicional, feito de silicio-, "elas
aumentam bastante", afirma Sorensen. "Sem o entrelacamento de multiplas
particulas, voce nao pode construir um computador quantico."

Entretanto, a mais fascinante (e improvavel) das aplicacoes da "esquisita
acao 'a distancia" de Einstein e' o teleporte -o ato de fazer algo
desaparecer em um lugar e reaparecer em outro.

Em 97, experimento realizado na Universidade de Innsbruck, Austria, e
publicado na "Science" ficou celebre por tornar o teletransporte uma
realidade -- contanto que o que se queira mover de um ponto a outro seja um
unico foton.

Apelidado de "Beam me up, Scotty" ("Leve-me para cima, Scotty", frase
comumente utilizada pelo capitao Kirk, do seriado "Jornada nas Estrelas",
ao pedir para ser teletransportado de volta 'a nave), o experimento usou o
entrelacamento de fotons para fazer com que um deles desaparecesse em um
dos cantos do laboratorio e tornasse a aparecer no outro.

O resultado, segundo os pesquisadores, foi a mera constatacao de que o
entrelacamento de particulas e' real. Agora, a proposta de Sorensen pode
fazer um pouco mais.

"Um palpite otimista e' que seriamos capazes de demonstrar o entrelacamento
de 100 a 1.000 atomos em alguns anos", afirma. Ainda nao esta' nem perto do
numero de atomos existentes em um capitao Kirk, mas ja' e' um comeco.

E, ao que parece, o comeco do teleporte pode ser tambem o limite das
possibilidades. Lawrence Krauss, um fisico da Universidade Case Western
Reserve, em Cleveland (EUA), considera a tecnologia no minimo improvavel.

Em seu livro "A Fisica de Jornada nas Estrelas" ("The Physics of Star
Trek"), Krauss apresenta dois bons motivos para descredenciar o
teletransporte.

O primeiro deles e' a dificuldade em driblar o principio da incerteza e
medir todas as propriedades de todas as particulas que compoem um objeto.

O segundo seria ter um computador com memoria suficiente para armazenar
todas propriedades quanticas de todos os atomos do objeto.

"Esse era o status ha' alguns anos. Desde entao, descobrimos que o
entrelacamento resolve o primeiro problema. O segundo ainda esta' ai",
afirma Sorensen.

Mesmo depois do teletransporte do foton de 97, Krauss continua tao
pessimista quanto antes. "O teleporte quantico ocorre quando dois estados
entrelacados (de duas particulas) estao altamente correlacionados, de modo
que e' possivel usar a interacao com uma particula para afetar a outra.

Mas essa correlacao quantica e' muito fragil. E' por isso que pessoas e
outros objetos macroscopicos agem de forma classica, e nao como na mecanica
quantica." (Folha de SP, 8/1)



SUBJECT: Re: [ciencialist] Velocidade da gravidade
FROM: Eduardo <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 09/01/2001 12:27

TARCISIO BORGES wrote:

> Eduardo wrote:
> > A principio sim porque a gravitacao eh, como o eletromagnetismo, uma forca
> > de alcance infinito. A quantizacao desse campo (algo que ainda nao foi feito)
> > deve nos levar a particulas sem massa inercial que viajam, portanto, a
> > velocidade da luz.
>
> Ao ler isso me surgiu uma dúvida:
>
> Se os grávitrons viajam a velocidade da luz,
> como pode existir gravidade no buraco negro
> se nem a luz e nem os grávitrons saem de lá?
> Uma vez que a velocidade de escape de um
> buraco negro é superior a c.
>
> []s

Caro Tarcisio,

sua duvida eh extremamente complexa e vai de encontro com o problema da
quantizacao do campo gravitacional. Essencialmente, o graviton e uma particula que
quantiza uma aproximacao fraca (linear) das equacoes de Einstein, o que *quase*
equivale a dizer que ele quantiza a gravitacao newtoniana. Perto de um buraco
negro, a gravitacao newtoniana nao pode ser aplicada e portanto o graviton nao faz
muito sentido. A quantizacao da relatividade geral implicaria na quantizacao da
geometria do espaco tempo. Um buraco negro deforma o espaco da mesma maneira que o
exterior de uma estrela compacta quando estamos fora do horizonte de eventos. A
quantizacao apareceria na deformacao da geometria, associada aos campos geometricos
como metrica ou curvatura. Portanto a exsitencia do buraco negro nao importaria
porque a particula existiria independentemente da fonte uma vez que ela seria
criada no processo da formacao da estrela que depois colapsou em um BN. Efeitos
como a radiacao de Hawking que implicam na diminuicao da massa do BN e portanto na
suavizacao da curvatura seriam transmitidos no proprio horizonte de eventos em
mecanismos de criacao e aniquiliacao de particulas como, possivelmente, gravitons.
Estes interagiriam em cadeia atraves de ondas que reestruturariam a geometria do
espaco dando um carater dinamico a gravitacao mesmo com o isolamento da fonte.

Sobre a existencia de buracos negros, ha varias medidas indiretas que apontam
para a sua existencia no centro de galaxias. O que ocorre eh que ha um pico de
densidade de materia que eh observado no nucleo de tais galaxias. Este pico eh
ilimitado apesar de nao termos acesso direto ao seu cume, se pode fazer apenas
extrapolacoes pela sua forma. A ilimitacao do pico implica em um "escoadouro" de
massas, um buraco. Em galaxias cujo centro nao eh um buraco negro, a curva de
densidade possue um plato em torno do nucleo o que significa que ha materia no seu
centro (geralmente sob a forma de plasma) com uma concentracao maxima, ou seja, ha
um equilibrio entre a forca gravitacional e algum tipo de repulsao. Ha ainda os
jatos enormes que saem de centro de galaxias que podem ser explicados por buracos
negros com rotacao.

um abraco, Eduardo.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Velocidade da gravidade
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 09/01/2001 12:48

Eduardo wrote:
> A principio sim porque a gravitacao eh, como o eletromagnetismo, uma forca
> de alcance infinito. A quantizacao desse campo (algo que ainda nao foi feito)
> deve nos levar a particulas sem massa inercial que viajam, portanto, a
> velocidade da luz.

Ao ler isso me surgiu uma dúvida:

Se os grávitrons viajam a velocidade da luz,
como pode existir gravidade no buraco negro
se nem a luz e nem os grávitrons saem de lá?
Uma vez que a velocidade de escape de um
buraco negro é superior a c.

[]s
==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
==========================================================


SUBJECT: Eletromagnetismo
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 09/01/2001 12:56

Primeiro agradeço, depois eu pergunto, eu respondo e vcs criticam tanto uma como outra:

Pergunta1: Uma partícula dotada de carga q está imóvel num campo magnético uniforme B* (tudo que tiver o * será vetor) no laboratório. Sendo sua velocidade nula, ela não sofre força alguma (esqueça a gravidade). Se nos colocarmos num referencial de galileu, com velocidade v* em relação ao laboratório onde a sua velocidade é -v*, ela sofre a ação de uma força de Laplace -q.v*xB*.
Este resultado é compatível com a invariância de galileu?

Resposta1: Sim. É justamente porque a invariância de galileu deve ser respeitada que é necessário admitir, no novo referencial, além da força magnética de Laplace -q.v*xB*, a existência de uma outra força elétrica igual e oposta devida a um campo eletromotriz E*m = v*xB*, o que evidencia as propriedades de transformação galileriana do campo eletromagnético.

Crítica à pergunta1: ... aguardando ...

Crítica à resposta1: ... aguardando

Pergunta2: Dois fios paralelos percorridos por correntes com o mesmo sentido atraem-se sob a ação de forças magnéticas (não é preciso escrever as fórmulas ... até minha avó sabe isso e sabe também que a força num trecho de um dos fios e a força num trecho do outro fio não constituem par de acão e reação). O mesmo efeito de atração não deve manifestar-se entre as redes infinitesimais de corrente no interior de um condutor (qualquer tipo), modificando assim a repartição de corrente, habitualmente suposta de densidade uniforme sobre toda a seção reta do condutor? Pensando bem, devemos nós esperar que a densidade de corrente (a) seja mesmo assim unifroeme? (b) seja mais concentrada no interior? (c) seja mais concentrada na superfície?

Respostas2: O efeito é real e tende a juntar as redes de corrente para o interior. Por isso, a densidade eletrônica (metal) é mais elevada no centro e menos na superfície do que a densidade iônica, resultando uma distribuição líquida de carga negativa no centro, positiva nas bordas (líquido). Decorre disso a existência de um campo elétrico radial (sentido para o centro) que exerce sobre as redes de corrente uma força dirigida para o exterior, compensando exatamente a atração magnética e garantindo o equilíbrio. Desta forma, tudo se passa como se a corrente circulasse de fato num condutor de raio inferior ao seu raio real (o cálculo mostra que a densidade permanece uniforme nesta seção eficaz), deixando livre de corrente uma 'cinta' externa.
Esse efeito é mínimo (a espessura da 'cinta' está com o raio do condutor na relação v^2/c^2, em que v é a velocidade de deriva média dos elétrons do fio e c é a velocidade da luz) e permanece, em geral, negligenciável.
Todavia, no caso de um plasma percorrido por corrente intensa (10^5 A), este efeito já não é desprezável e pode ser utilizado para 'apertar' um tubo de plasma a fim de aumentar a sua temperatura, por exemplo, para favorecer a fusão termonuclear.

Critica da pergunta2: ... no aguardo ...

Crítica da resposta2: ... no aguardo ...

[]'
Léo



SUBJECT: Re: [ciencialist] Com que Direito
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 09/01/2001 13:55

Neville escreve:
> A primeira era de que "a Lei protege os espertos "; a segunda, é que "seu
melhor advogado é você mesmo". Daí por diante quase nunca mais usei os
serviços de causídicos. Valeu o preço pago.<

Muito do meu modo de pensar à respeito dos advogados está embutido nessas duas 'leis' acima entre aspas. Entre elas eu acrescentaria "quem paga mal paga duas vezes". Corriqueiramente pagamos muitas coisas sem exigir qualquer documentação válida e, na dúvida (ou na esperteza de quem recebeu), pagamos duas vezes! Agora só pago mediante assinatura, nome e CPF do recebedor. A classe advocatícia está cada vez infiltrando-se mais e mais em tudo e, se continuar assim, chegaremos ao dia que não poderemos fazer compras ou mesmo conversar *sem a presença de um advogado*. E é irritante a espera das decisões!

>Mas a referência a advogados é sempre preocupante e me lembra uma velha
questão prática: o Direito serve mais a proteger os fracos ou a defender os
poderosos ?
Ao longo da História, parece que essa balança sempre andou desequilibrada.<

Segundo a minha assistência técnica aqui no computador ao lado "O 'Direito' só protege àqueles que podem enfiar a mão no bolso 'Esquerdo'".

[]'
Léo




SUBJECT: Genetica e etica em Chipre
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
CC: biologia@shark.ib.usp.br
DATE: 09/01/2001 14:10

Em Chipre o programa compulsorio de teste genetico, apoiado pela Igreja
Ortodoxa local, praticamente eliminou o casamento entre os portadores do
alelo da beta-talassemia evitando o nascimento de criancas com a doenca (a
taxa era de 1 crianca afetada a cada 158 recem-nascidos).

mais infos em:

O GLOBO ONLINE 08-01-2001
A CAIXA DE PANDORA DO MEDITERRANEO
http://oglobo.globo.com/colunas/eureca.htm

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Velocidade da gravidade
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 09/01/2001 14:20

TARCISIO BORGES wrote:
>
> Eduardo wrote:
> > A principio sim porque a gravitacao eh, como o eletromagnetismo,
> uma forca
> > de alcance infinito. A quantizacao desse campo (algo que ainda nao
> foi feito)
> > deve nos levar a particulas sem massa inercial que viajam, portanto,
> a
> > velocidade da luz.
>
> Ao ler isso me surgiu uma dúvida:
>
> Se os grávitrons viajam a velocidade da luz,
> como pode existir gravidade no buraco negro
> se nem a luz e nem os grávitrons saem de lá?
> Uma vez que a velocidade de escape de um
> buraco negro é superior a c.
>


Achei a pergunta genial mas posso chutar algumas respostas:

1- Nao existem buracos negros. ( Que eu saiba ninguem nunca confirmou a
existencia de um )

2- Os gravitons seriam criados por evaporacao do buraco negro, isto eh,
eles nao seriam emitidos de "dentro" do buraco negro e sim criados
a partir de suas imediacoes.

3-Os gravitons teriam a peculiaridade de NAO sofrerem interferencia de
outros
gravitons. Desta maneira, eles nao seriam afetados pela forca da
gravidade.
( Isso parece fazer sentido ma vez que calculamos a resultante
gravitacional
supondo a *independencia* dos campos gravitacionais.)

[]s
jocax ( tirando um pouco a poeira de seus memes fisicos )


SUBJECT: Re: [ciencialist] Velocidade da gravidade
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 09/01/2001 14:54

Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> TARCISIO BORGES wrote:
> > Se os grávitrons viajam a velocidade da luz,
> > como pode existir gravidade no buraco negro
> > se nem a luz e nem os grávitrons saem de lá?
> > Uma vez que a velocidade de escape de um
> > buraco negro é superior a c.
>
> Achei a pergunta genial mas posso chutar algumas respostas:
>
> 1- Nao existem buracos negros. ( Que eu saiba ninguem nunca confirmou a
> existencia de um )

E ninguém vai provar. Eles são possíveis física e matematicamente e
existem muitas evidências que sugerem sua existência. Prova mesmo talvez
nunca seja dada.

> 2- Os gravitons seriam criados por evaporacao do buraco negro, isto eh,
> eles nao seriam emitidos de "dentro" do buraco negro e sim criados
> a partir de suas imediacoes.

Respostas estilo canivete suíço, servem para explicar qualquer coisa.

> 3-Os gravitons teriam a peculiaridade de NAO sofrerem interferencia de
> outros
> gravitons. Desta maneira, eles nao seriam afetados pela forca da
> gravidade.
> ( Isso parece fazer sentido ma vez que calculamos a resultante
> gravitacional
> supondo a *independencia* dos campos gravitacionais.)

Mas vc esqueceu uma alternativa:

4- Não existem grávitrons.
Copiando seu comentário na alternativa 1:
( Que eu saiba ninguem nunca confirmou a existencia de um )

==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
==========================================================


SUBJECT: Re: [ciencialist] Velocidade da gravidade
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 09/01/2001 16:58

TARCISIO BORGES wrote:
>
> Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> > TARCISIO BORGES wrote:
> > > Se os grávitrons viajam a velocidade da luz,
> > > como pode existir gravidade no buraco negro
> > > se nem a luz e nem os grávitrons saem de lá?
> > > Uma vez que a velocidade de escape de um
> > > buraco negro é superior a c.
> >
> > Achei a pergunta genial mas posso chutar algumas respostas:
> >
> > 1- Nao existem buracos negros. ( Que eu saiba ninguem nunca
> confirmou a
> > existencia de um )
>
> E ninguém vai provar. Eles são possíveis física e matematicamente e
> existem muitas evidências que sugerem sua existência. Prova mesmo
> talvez
> nunca seja dada.

Nao sei se sao possiveis fisicamente.
Lembre-se q a mecanica quantica-relativistica nao esta integrada ainda.


>
> > 2- Os gravitons seriam criados por evaporacao do buraco negro, isto
> eh,
> > eles nao seriam emitidos de "dentro" do buraco negro e sim criados
> > a partir de suas imediacoes.
>
> Respostas estilo canivete suíço, servem para explicar qualquer coisa.


Nao , este processo de evaporacao, eh bem formulado e definido por
Hawking:

http://www.strbrasil.com.br/Scientia/dados.htm


>
> > 3-Os gravitons teriam a peculiaridade de NAO sofrerem interferencia
> de
> > outros
> > gravitons. Desta maneira, eles nao seriam afetados pela forca da
> > gravidade.
> > ( Isso parece fazer sentido ma vez que calculamos a resultante
> > gravitacional
> > supondo a *independencia* dos campos gravitacionais.)
>
> Mas vc esqueceu uma alternativa:
>
> 4- Não existem grávitrons.
> Copiando seu comentário na alternativa 1:
> ( Que eu saiba ninguem nunca confirmou a existencia de um )

[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] Eletromagnetismo
FROM: Eduardo <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 10/01/2001 11:33

Luiz Ferraz Netto wrote:

> Primeiro agradeço, depois eu pergunto, eu respondo e vcs criticam tanto uma como outra:
>
> Pergunta1: Uma partícula dotada de carga q está imóvel num campo magnético uniforme B* (tudo que tiver o * será vetor) no laboratório. Sendo sua velocidade nula, ela não sofre força alguma (esqueça a gravidade). Se nos colocarmos num referencial de galileu, com velocidade v* em relação ao laboratório onde a sua velocidade é -v*, ela sofre a ação de uma força de Laplace -q.v*xB*.
> Este resultado é compatível com a invariância de galileu?
>
> Resposta1: Sim. É justamente porque a invariância de galileu deve ser respeitada que é necessário admitir, no novo referencial, além da força magnética de Laplace -q.v*xB*, a existência de uma outra força elétrica igual e oposta devida a um campo eletromotriz E*m = v*xB*, o que evidencia as propriedades de transformação galileriana do campo eletromagnético.
>
> Crítica à pergunta1: ... aguardando ...
>
> Crítica à resposta1: ... aguardando
>

Por enquanto so responderei a pergunta e a resposta 1... O que vc citou eh um exemplo de invariancia de Lorentz e nao de Galileu. O campo eletrico aparece quando mudamos para um referencial em movimento e o campo magnetico se transforma via transformacoes de Lorentz. O campo eletrico eh associado (de certa maneira) a componente temporal de um tensor (como se fossem dois vetores ou uma matriz) e o magnetico as componentes espaciais. Quando vc fizer este experimento vera que atribuir velocidade ao seu referencial implica em uma transformacao bilinear de Lorentz (uma transformacao feita duas vezes) ao campo eletrico e ao campo Magnetico. A componente do campo eletrico na direcao do movimento, se este for perpendicular ao campo Magnetico, se
transforma via: E'=Gama^2*(E-vB/c^2) (precisaria confirmar o fator quadrado mas eh algo desta forma). Originalmente temos E=0 e B=Bi. Quando mudamos para um referencial com movimento teremos, portanto, E'=(Gama^2)vBi/c^2. Onde Gama=sqrt(1-v^2/c^2). Esta transformacao varia de acordo com a direcao do campo eletrico, magnetico e velocidade. Confusoes quadraticas a parte, o que eu quis mostrar eh que o campo eletrico aparece naturalmente quando nos movimentamos em relacao a particula originalmente parada justamanete por causa da invariancia de Lorentz do tensor eletromagnetico, uma matriz cujas componentes sao Mi0=Ei (i=1,2,3), M12=Bz, M13=-By e M23=Bx, Mab=-Mba (a,b=0,1,2,3) onde componente 0 eh a temporal e 1,2,3 sao, respectivamente,
x,y,z. Maa=0. (posso, como sempre, ter errado um sinal).
Para que a invariancia de Galileu fosse respeitada teriamos que dissociar o campo magnetico do eletrico e colocarmos a transformacao a mao.

um abraco, Eduardo.



SUBJECT: Goldemberg ... uma boa visao!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 10/01/2001 12:15

A ciencia e o novo milenio, artigo de Jose' Goldemberg

O autor ja' foi secretario nacional de C&T e ministro da Educacao. Esse artigo foi publicado no "Correio Braziliense", de 5/1:

O inicio do seculo 21 e do terceiro milenio da Era Crista e' ocasiao propicia para refletir sobre o que ocorreu nos ultimos periodos historicos e os jornais e revistas tem se dedicado a fazer longas listas dos grandes eventos verificados e quais as perspectivas para o futuro.

As revistas cientificas fazem o mesmo e elas nos convencem de que, sem a menor duvida, o seculo 20 trouxe 'a humanidade enorme progresso cientifico e tecnologico.

Mais do que qualquer outro avanco, a descoberta do eletromagnetismo no seculo 19 e a geracao e propagacao das ondas eletromagneticas abriram caminho para a era da eletricidade e das telecomunicacoes, que revolucionaram a vida de grande parte da populacao mundial.

Junto com os avancos da medicina que, efetivamente, prolongaram a vida humana, atingimos o fim do seculo 20 com horizontes promissores e um progresso material sem precedentes para parte significativa da populacao mundial.

O mesmo argumento foi usado no fim do seculo 19, mas ha' uma reflexao nova e importante a fazer aqui: a ciencia de entao, laboriosamente construida na base das grandes teorias de Newton, influenciou decisivamente o pensamento de filosofos como Kant e cientistas sociais como Marx.

Ela se baseava numa visao do mundo determinista e que descrevia os fenomenos que ocorriam ao nosso redor, isto e', era uma ciencia formulada para as experiencias dos seres humanos e nao necessariamente a ciencia em geral.

Faltava a ela uma compreensao mais profunda do que se passava em nivel microscopico, ou seja, no nivel dos atomos e no seu interior bem como o que se passava no nivel dos cosmos.

Ja' no fim do seculo 19 comecaram a aparecer indicacoes de que a visao do mundo era incompleta, pois fenomenos como a radioatividade e o proprio comportamento da luz ainda estavam inexplicados.

A primeira metade do seculo 20 viu uma completa revolucao nos conceitos fisicos com a teoria da relatividade de Einstein e a mecanica quantica em que o determinismo dos fenomenos fisicos foi seriamente abalado.

Essa revolucao, junto com os conhecimentos do seculo 19, impulsionou, contudo, a C&T de tal forma que chegamos ao fim do seculo 20 com enorme confianca nas nossas visoes do mundo, incluindo ai o conhecimento do codigo genetico e a possibilidade de modifica-lo.

Nao ha' outras revolucoes cientificas 'a vista, exceto, talvez, a que podera ' resultar dos fenomenos que estao ocorrendo nas fronteiras do universo onde estranhas forcas parecem estar em acao.

Afora isso, o seculo 21 (e o terceiro milenio) parece prometer mais progresso tecnologico do que cientifico, para o que os alicerces que temos hoje parecem bastar.

Isso so' nao acontecera' se a natureza humana impedi-lo, o que e' bem possivel. Por incrivel que pareca, apesar de todos os avancos da C&T, os seres humanos sao guiados hoje basicamente pelos mesmos instintos e paixoes que os gregos ha' 2.500 anos.

Essa e' a razao pela qual as pecas teatrais gregas com suas tragedias e comedias parecem tao atuais, bem como as pecas de Shakespeare, que, apesar de escritas ha' quatro seculos, parecem ter captado o intimo da alma humana mais do que quaisquer outras.

Essa parece ser tambem a razao pela qual a experiencia da Uniao Sovietica fracassou, bem como outras tentativas de organizacao social baseadas nos grandes ideais dos socialistas do seculo 19.

Basicamente elas se recusaram a aceitar a ideia que em diferentes sistemas sociais e economicos quaisquer que eles sejam, socialistas ou capitalistas, muitos individuos agirao de forma competitiva afim de melhorar o proprio status, conquistar o poder e servir aos seus interesses ou do seu grupo.

Tais caracteristicas podem levar a distorcoes, a guerras e ate' 'a destruicao de certas civilizacoes, do que existem muitos exemplos ao longo do tempo.

Nos nossos dias, ha' um ingrediente novo, que e' a enorme capacidade que criamos de degradar o meio ambiente, consequencia do nosso modo de producao e consumo predatorio.

Ele exacerba as tendencias destrutivas das sociedades humanas como parece ter feito com a civilizacao maia no fim do primeiro milenio.

Reduzir, eliminar ou corrigir atentados ao meio ambiente pode ser conseguido com os conhecimentos cientificos e tecnologicos de hoje. Melhorar os homens parece mais dificil. (Correio Brasiliense, 5/1)




SUBJECT: Re: [ciencialist] Goldemberg ... uma boa visao!
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 10/01/2001 12:53

Nao sou ninguem pra emendar alguem, tto mais um cientista renomado, mas
tenho alguns questionamentos:

On Wed, 10 Jan 2001, Luiz Ferraz Netto wrote:
> A ciencia e o novo milenio, artigo de Jose' Goldemberg

> confianca nas nossas visoes do mundo, incluindo ai o conhecimento do
> codigo genetico e a possibilidade de modifica-lo.

Picuinha: o q. vai se mudar eh o material genetico. Nao se deseja mudar o
codigo genetico (a relacao entre as trincas de nucleotideos no mRNA e os
aminoacidos incorporados nas proteinas), ateh porq. a universalidade desse
codigo eh q. garante os avancos da engenharia genetica e da biotecnologia
(soh se insere um gene de leite bovino em bacteria porq. se sabe q. esse
gene sera' expresso na bacteria do mesmo modo q. na vaca -- jah q.
possuem o mesmo codigo. da mesma forma q. escrevo esta mensagem para a
lista porq. sei q. todos usam a lingua portuguesa como codigo -- se eu
mandasse esta mensagem para uma lista em sueco ninguem entenderia).

> Afora isso, o seculo 21 (e o terceiro milenio) parece prometer mais
> progresso tecnologico do que cientifico, para o que os alicerces que
> temos hoje parecem bastar.

Parece ingenua essa visao. Ao q. me consta os cientistas do final do sec.
19 tbm achavam q. tinham completado o grosso da tarefa de explicar o
universo... Nao vejo, p.e., nas teorias atuais explicacao plausivel para
um dos maiores segredos do cosmo: Por q. as mulheres vao em dupla ao
banheiro?

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Homem moderno nasceu na Africa
FROM: João Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO:
DATE: 10/01/2001 13:03

Homem moderno nasceu na África
Homo sapiens não deve ter surgido em vários
locais simultaneamente


O homem moderno surgiu na África - entre 130 mil
e 465 mil
anos atrás - e, nos últimos 100 mil anos, iniciou
sua expansão

A confirmação da teoria de que o homem moderno teve

origem na África é um dos resultados mais recentes da
parceria entre genética e arqueologia. De acordo com
um
estudo publicado na revista Nature em 7 de dezembro de

2000, os Homo sapiens partiram do continente africano
em
algum momento dos últimos 100 mil anos. Dali, eles
seguiram em direção à Europa, Oriente Médio e Ásia e
promoveram a expansão para o resto do mundo.

Os pesquisadores, dirigidos pelo biólogo e
geneticista Ulf
Gyllensten, da Universidade de Uppsala, na Suécia,
analisaram o DNA mitocondrial (DNAmt) de 53 pessoas de

diversas localidades. A análise, feita pela primeira
vez em
todas as seqüências do DNAmt (pesquisas anteriores se
baseavam em menos de 7% da molécula), permitiu
estabelecer com precisão os laços de parentesco de
várias
gerações por meio da identificação das seqüências
desse
DNA que sofreram mutações. Os resultados apontam que o

ancestral comum do homem moderno viveu na África há
171.500 anos e parte de sua descendência começou a
emigração.

O Homo erectus, surgido na África há dois milhões
de
anos, deslocou-se em uma primeira onda de emigração
que
originou o Homem de Java, o Homem de Pequim e o
Homem de Tautavel (sul da França). Esses homens
pré-históricos são a base da teoria multiregional, que

sustenta que, a partir de um ancestral arcaico comum,
o
homem moderno teria evoluído simultaneamente em
diferentes partes do mundo. Segundo essa teoria, na
Europa, por exemplo, o Homo erectus teria originado o
Homem de Neandertal, adaptado ao rigoroso clima da era

glacial, que posteriormente deu origem ao Homo
sapiens.

No entanto, escavações feitas nos últimos anos
indicam
que neandertalianos e homens modernos conviveram
durante dezenas de milhares de anos. Em Java, fósseis
de
Homo erectus (espécie que, acredita-se, desapareceu há

200 mil anos) apresentaram datação de apenas 27 mil
anos.
Além disso, fósseis encontrados na Europa e na Ásia
apontam que hominídeos já habitavam o planeta antes da

emigração africana do Homo sapiens.

Esses achados levaram à hipótese de que o homem
moderno conviveu com homens de Neandertal e Homo
erectus. Os resultados da pesquisa de Gyllensten são
compatíveis com essa hipótese e contradizem a teoria
multiregional. O Homo sapiens nasceu na África e,
durante
sua expansão, encontrou os neandertalianos no
continente
europeu e uma forma mais arcaica de Homo erectus na
Ásia - grupos que desapareceram devido a alterações
climáticas ainda não identificadas pelos cientistas.

Thaís
Fernandes
Ciência
Hoje/RJ

05/01/01
===============================================

Quiseram (querem?) ser politicamente corretos com o Homo sapiens,
mostrando uma imagem pacifica....

Eh bem mais provavel, (para mim obvio ) que estas outras espécies de
homideos foram simplesmente *chacinadas* pelos Homo sapiens
provenientes da Africa. Cacados ateh sua completa extinsao do mesmo modo
que
fizeram com as muitas outras especies extintas.

Como estes homideos competiam diretamente com o Homo sapiens
eh provável que os ateques foram muito mais crueis do que simples
luta para sua alimentacao..

Eh por isso q digo : A barbarie esta nos genes, infelizmente.

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Australianos questionam que homem moderno veio da çfrica
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 10/01/2001 13:14



Roberto Mitsuo Takata wrote:


> Bem, claro q. pelo fato de basearem apenas em um unico fossil enfraquece a
> conclusao. Inda mais se considerarmos q. outros trabalhos tbm recentes
> parecem corroborar a hipotese da dispersao a partir da Africa. Em todo
> caso eh uma nota interessante, q. vale ser lida pelos q. se interessam
> pelo tema (e quem nao se interessa pelas proprias origens?).

Há também uma notícia no nonio.com sobre esse estudo na primeira
página.

http://www.nonio.com

--
joão
http://www.nonio.com




SUBJECT: Re: [ciencialist] Goldemberg ... uma boa visao!
FROM: João Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 10/01/2001 13:16

Roberto Mitsuo Takata wrote:

> Nao sou ninguem pra emendar alguem, tto mais um cientista renomado,
> mas
> tenho alguns questionamentos:
> ... Nao vejo, p.e., nas teorias atuais explicacao plausivel para
> um dos maiores segredos do cosmo: Por q. as mulheres vao em dupla ao
> banheiro?
>

Misterios do cosmos sao tarefas sob medida para o grande jocax :)

As mulheres vao ao banheiro em dupla pq este comportamento, genetico,
diminuia a probabilidade de que , em tempos remotos, fossem estupradas
quando estavam sozinhas e em lugares q nao podiam ser observadas.

[]s
jocax



SUBJECT: Australianos questionam que homem moderno veio da çfrica
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 10/01/2001 13:17

http://www.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u1911.shtml

'Pesquisadores da Universidade Nacional Australiana (ANU) conseguiram
extrair e analisar o DNA das mitocondrias (as fabricas de energia da
celula) de um fossil australiano de cerca de 60 mil anos de
idade. E descobriram que ele pode ter evoluido de um ancestral
nao-africano.'

Bem, claro q. pelo fato de basearem apenas em um unico fossil enfraquece a
conclusao. Inda mais se considerarmos q. outros trabalhos tbm recentes
parecem corroborar a hipotese da dispersao a partir da Africa. Em todo
caso eh uma nota interessante, q. vale ser lida pelos q. se interessam
pelo tema (e quem nao se interessa pelas proprias origens?).

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Goldemberg ... uma boa visao!
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 10/01/2001 13:19



Roberto Mitsuo Takata wrote:

>
> Refazendo a pergunta: por q. as mulheres brasileiras dos anos 90 (i.e.
> em idade fertil durante a decada de 1990) vao em dupla ao banheiro em
> locais de azaracao?

Porque é um facto conhecido que as amigas influenciam o ciclo menstrual
umas das outras. Como a menstruação vem ao mesmo tempo ambas precisam de
ir mais vezes à casa de banho em determinados periodos do mês. O facto
se por vezes se esquecerem dos pensos higienicos (é assim que se diz no
Brasil ?) faz com que elas precisem umas das outras porque quando uma
não tem a outra tem. Esta situação cria laços de solidariedade para a
vida. Que tal?

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] Goldemberg ... uma boa visao!
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 10/01/2001 13:21

On Wed, 10 Jan 2001, João Carlos Holland de Barcellos wrote:
> As mulheres vao ao banheiro em dupla pq este comportamento, genetico,
> diminuia a probabilidade de que , em tempos remotos, fossem estupradas
> quando estavam sozinhas e em lugares q nao podiam ser observadas.

Mais facil de se defender se elas fossem com os maridos... ou em trio ou
em quarteto ou em quinteto...

Refazendo a pergunta: por q. as mulheres brasileiras dos anos 90 (i.e.
em idade fertil durante a decada de 1990) vao em dupla ao banheiro em
locais de azaracao?

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Eletromagnetismo
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 10/01/2001 13:29

-----Mensagem Original-----
De: "Luiz Ferraz Netto"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Terça-feira, 9 de Janeiro de 2001 12:56
Assunto: [ciencialist] Eletromagnetismo

> Pergunta1: Uma partícula dotada de carga q está imóvel num campo magnético
> uniforme B* (tudo que tiver o * será vetor) no laboratório. Sendo sua
> velocidade nula, ela não sofre força alguma (esqueça a gravidade). Se nos
> colocarmos num referencial de galileu, com velocidade v* em relação ao
> laboratório onde a sua velocidade é -v*, ela sofre a ação de uma força de
> Laplace -q.v*xB*.
> Este resultado é compatível com a invariância de galileu?

Muito interessante seu questionamento e vou aproveitar para malhar algumas
idéias "clássicas". Como vou criticar a pergunta, deixarei a resposta sem
comentários.

> Crítica à pergunta1: ... aguardando ...

Essa idéia, a retratar o que está disposto nos livros de eletromagnetismo
escritos no século XX, a meu ver não é livre de críticas. Consequentemente
não vou criticar a pergunta em si mas à ideologia eletromagnética que reside
por trás da mesma. Não sei se Maxwell concordaria com o que vou aqui afirmar
mas certamente Galileu iria convocar uma reunião com seus dois acessores
Simplício e Salviatti.

Afirma-se com freqüência que o eletromagnetismo é uma teoria de campos para
os quais os agentes causais não teriam importância alguma. Já fui criticado
aqui na Ciencialist por combater essa idéia de jerico. Em nome dessa
ideologia aceita-se, colocando-se a postura científica embaixo do tapete,
que campos são entidades autônomas e totalmente independentes de seus
agentes causais. Obviamente, trata-se de uma extrapolação injustificável de
fatos relacionados a uma matemática que dá certo *em determinados casos*.

Essa idéia de campo autônomo foi, numa versão bem diferente daquela que com
freqüência é apresentada, bastante defendida por Einstein. Não obstante,
Einstein conhecia o terreno por onde pisava e após milhares de tentativas
frustradas chegou a afirmar:

"... o alvo de construir uma teoria de campo eletromagnético da matéria
permanece inatingível por ora, embora em princípio nenhuma objeção possa ser
levantada contra a possibilidade de vir a se alcançar tal objetivo. O que
reteve qualquer tentativa posterior nessa direção foi a falta de qualquer
método sistemático que levasse a uma solução."

E conclui o texto deixando claro porquê a idéia não deu certo:

"O que a mim parece definitivo, contudo, é que, nos fundamentos de qualquer
teoria de campo consistente, não pode haver, além do conceito de campo,
qualquer conceito referente a partículas."

Como a matemática até hoje não conseguiu eliminar os conceitos referentes às
partículas geradoras dos campos, "o alvo de se construir esta suposta
teoria", que não é a de Maxwell nem nenhuma das aberrações que pretenderam
substituí-la, permanece inatingível.

Vamos agora ao questionamento principal. Uma partícula dotada de carga q
está imóvel num laboratório onde também deve estar um agente causal de um
suposto campo magnético uniforme B. Digamos que este agente causal "em
repouso" seja um solenóide, por onde passa uma corrente elétrica constante.
E a extensão do solenóide seria suficiente para que pudéssemos considerar
seu campo interior uniforme.

Pensemos agora num observador em velocidade v em relação ao laboratório.
Este observador enxergará a carga q à velocidade v e o solenóide também à
velocidade v. Logo, concluirá que a carga está em repouso em relação ao
solenóide que gera o campo B e, portanto, não deverá estar sujeita a força
alguma de natureza magnética.

Ao nos abstrairmos do solenóide, ficamos com um campo "solto" no espaço. E
se supusermos que a matemática a ser aplicada a esse campo independe do
movimento do referencial (uma relatividade que obviamente não é galileana),
na realidade estaremos implicitamente aderindo ou à idéia de um éter ou a
uma relatividade a ir contra o senso comum do especialista em
eletromagnetismo.

Por outro lado, se ao lado deste observador existir uma outra carga q'
viajando inicialmente a seu lado a uma velocidade v em relação ao
laboratório... O que acontecerá? Na visão de quem estiver em repouso no
laboratório a carga, após entrar no campo, descreverá uma curva. Se a
velocidade v for perpendicular a B, a curva será inicialmente uma
circunferência com centro em repouso no referencial do laboratório (vamos
desprezar a radiação que acompanha o processo). O observador em movimento
terá a nítida sensação que a carga começará a fugir dele seguindo uma
ciclóide. Como ele explicará este fenômeno? Apelando para um campo elétrico
ou magnético? Certamente, ao verificar a presença do solenóide concluirá que
a carga está agora sujeita a um *campo magnético* gerado por agentes causais
(solenóide) que se movimentam em relação a ele na velocidade v.

Um livro excelente sobre esse assunto relacionando relatividade e
interpretação de campos foi escrito recentemente por Oleg D. Jefimenko
(1991, Causality, Electromagnetic Induction and Gravitation, Electret
Scientific Company, USA). Vou expor um pequeno trecho do capítulo 1 (p. 16)
e, em pos-script (vide abaixo), apresento uma tradução grosseira (para os
que não lêem em inglês):

There is a widespread belief that time-variable electric and magnetic fields
can cause each other. The analysis of Maxwell's equations presented above
does not support this belief. It is true that whenever there exists a
time-variable electric field, there also exists a time-variable magnetic
field. ... But, as we have seen, neither Maxwell's equations nor their
solutions indicate an existence of causal links between electric and
magnetic fields.Therefore we must conclude that an electromagnetic field is
a dual entity always having an electric and a magnetic component
simultaneously created by their common sources; time-variable electric
charges and currents.

O trecho, traduzido grosseiramente abaixo, refere-se mais às chamadas
induções de Faraday e de Maxwell (campos variáveis no tempo). Não obstante,
encaixa-se também nas idéias acima comentadas.

Há que se destacar que embora as idéias de Jefimenko tenham muito de
revolucionárias, ele aceita os fundamentos básicos do eletromagnetismo de
Maxwell (incluindo a idéia de fluidos elétricos que tenho criticado com
veemência quando tentamos aplicar o eletromagnetismo de Maxwell ao
microcosmo). Portanto, não venham me dizer que estou raciocinando com a
minha teoria (o que não deixa de ser verdade :-)

Por ora é só. Vou recarregar meus neurônios nas próximas horas, razão
pela qual não comentarei nada sobre a pergunta 2.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm

PS: Tradução grosseira do texto acima citado:

"Existe uma crença bastante difundida de que campos elétricos e magnéticos
variáveis no tempo podem causar um ao outro. A análise das equações de
Maxwell apresentada neste capítulo não apoia esta convicção. É verdade que
sempre que existe um campo elétrico variável no tempo, existe também um
campo magnético variável no tempo. ... Mas, como vimos nós, nem as equações
de Maxwell nem suas soluções indicam a existência de ligações causais entre
campos elétricos e magnéticos. Então nós temos que concluir que um campo
eletromagnético é uma entidade dual que sempre tem um componente elétrico e
simultaneamente um magnético criados por fontes comuns; cargas elétricas
variáveis no tempo e correntes."



SUBJECT: Re: [ciencialist] Homem moderno nasceu na Africa
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 10/01/2001 13:32

João Carlos Holland de Barcellos wrote:
> Quiseram (querem?) ser politicamente corretos com o Homo sapiens,
> mostrando uma imagem pacifica....
> Eh bem mais provavel, (para mim obvio ) que estas outras espécies de
> homideos foram simplesmente *chacinadas* pelos Homo sapiens
> provenientes da Africa. Cacados ateh sua completa extinsao do mesmo modo
> que fizeram com as muitas outras especies extintas.

Em muitos lugares possivelmente sim, em muitos outros lugaras
possivelmente não. Há indícios na França de que o sapiens e o
neandertalensis eram tribos amigas vivendo em cavernas vizinhas e até
tendo [supostamente] cruzamento entre si [com pouquíssimas evidências].

Estima-se que bastava 1% de vantagem evolutiva/adaptativa para o
sapiens, para que os neandertalensis em apenas 1000 anos se extinguissem
completamente. O estilo de vida das duas espécies eram diferentes e eles
não competiam pelo mesmo nicho biológico/alimentar. O sapiens era nômade
e ocupava grandes territórios, o neandertalensis habitava pequenos vales
se alimentando do que havia localmente.

Quando vc fala de outras espécies imagino que incluía o mamutes. Neste
caso, como no anterior, somos parcialmente culpados. A população de
mamutes variava constentemente em grandes intervalos de tempo e de
população, a desgraça deles é que chegamos onde eles estavam justamente
quando sua população estava em declínio, bastava que poucos mamutes
fossem caçados continuamente, afinal eles são grandes e nós não
passávamos de uns poucos milhares, para que desequilibrássemos a balança
e os destruíssemos. Apenas mamutes anões sobreviveram em uma ilha
isolada por milhares de anos sendo extintos naturalmente 800 anos antes
do primeiro homem ter pisado lá.

Isto vai longe e cada caso é um caso.

[]s
==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
==========================================================


SUBJECT: questão cósmica
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 10/01/2001 13:34

Roberto Mitsuo Takata wrote:
> Refazendo a pergunta: por q. as mulheres brasileiras dos anos 90 (i.e.
> em idade fertil durante a decada de 1990) vao em dupla ao banheiro em
> locais de azaracao?

A resposta é mais simples que a pergunta:

- Para jogarem ping-pong.

Possivelmente por estarem cansadas de beijar batráquios.

[]s
==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Goldemberg ... uma boa visao!
FROM: João Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 10/01/2001 13:39



Roberto Mitsuo Takata wrote:

> On Wed, 10 Jan 2001, João Carlos Holland de Barcellos wrote:
> > As mulheres vao ao banheiro em dupla pq este comportamento,
> genetico,
> > diminuia a probabilidade de que , em tempos remotos, fossem
> estupradas
> > quando estavam sozinhas e em lugares q nao podiam ser observadas.
>
> Mais facil de se defender se elas fossem com os maridos... ou em trio
> ou
> em quarteto ou em quinteto...

Nem todas eram casadas obviamente....

Alem do mais 2 era um numero suficiente para evitar o estupro.


>
>
> Refazendo a pergunta: por q. as mulheres brasileiras dos anos 90 (i.e.
>
> em idade fertil durante a decada de 1990) vao em dupla ao banheiro em
> locais de azaracao?

Como disse, o comportamento instintivo permaneceu pois este
comportamento
foi durante muito tempo , nestas epocas, bastante util.

Mesmo q hoje nao seja + necessario, estes genes ainda existem levando
ao mesmo comportamento. ( que pelo menos nao prejudica )

[]s
jocax




SUBJECT: Re: [ciencialist] Homem moderno nasceu na Africa
FROM: João Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 10/01/2001 13:54

TARCISIO BORGES wrote:

> João Carlos Holland de Barcellos wrote:
> > Quiseram (querem?) ser politicamente corretos com o Homo sapiens,
> > mostrando uma imagem pacifica....
> > Eh bem mais provavel, (para mim obvio ) que estas outras espécies
> de
> > homideos foram simplesmente *chacinadas* pelos Homo sapiens
> > provenientes da Africa. Cacados ateh sua completa extinsao do mesmo
> modo
> > que fizeram com as muitas outras especies extintas.
>
> Em muitos lugares possivelmente sim, em muitos outros lugaras
> possivelmente não. Há indícios na França de que o sapiens e o
> neandertalensis eram tribos amigas vivendo em cavernas vizinhas e até
> tendo [supostamente] cruzamento entre si [com pouquíssimas
> evidências].

Isso eh historia para boi dormir.
Provavelmente os indicios nao eram ossos de 2 especies na "cama" se
amando
e sim ossos de uma especie que estava sendo devorada por outra :)


>
>
> Estima-se que bastava 1% de vantagem evolutiva/adaptativa para o
> sapiens, para que os neandertalensis em apenas 1000 anos se
> extinguissem
> completamente. O estilo de vida das duas espécies eram diferentes e
> eles
> não competiam pelo mesmo nicho biológico/alimentar. O sapiens era
> nômade
> e ocupava grandes territórios, o neandertalensis habitava pequenos
> vales
> se alimentando do que havia localmente.

Com o crescimento populacional todos os lugares habitaveis seriam
motivos de conflitos e guerras. Ateh os indios guerreiam entre si , o q
nao
aconteceria entao, com especies diferentes ?


[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Homem moderno nasceu na Africa
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 10/01/2001 14:14

On Wed, 10 Jan 2001, João Carlos Holland de Barcellos wrote:
> Isso eh historia para boi dormir.
> Provavelmente os indicios nao eram ossos de 2 especies na "cama" se
> amando
> e sim ossos de uma especie que estava sendo devorada por outra :)

os indicios de q. o Borges esta' falando eh de um esqueleto de uma crianca
com carateristicas de H. sapiens e de H. neandertalensis e nao de mistura
de ossos.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Homem moderno nasceu na Africa
FROM: João Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 10/01/2001 14:36

Roberto Mitsuo Takata wrote:

> On Wed, 10 Jan 2001, João Carlos Holland de Barcellos wrote:
> > Isso eh historia para boi dormir.
> > Provavelmente os indicios nao eram ossos de 2 especies na "cama" se
> > amando
> > e sim ossos de uma especie que estava sendo devorada por outra :)
>
> os indicios de q. o Borges esta' falando eh de um esqueleto de uma
> crianca
> com carateristicas de H. sapiens e de H. neandertalensis e nao de
> mistura
> de ossos.
>

Ok, Ok,
eles podiam cuidar de filhotes de outras especies, q eles trucidavam,
assim como
nos ficamos com os filhotes dos macaquinhos que os cacadores matam
sem piedade :-((

[]s
jocax




SUBJECT: RES: [ciencialist] Goldemberg ... uma boa visao!
FROM: Moacir Alves Schmidt <moacir.schmidt@softtek.com>
TO: "'ciencialist@egroups.com'" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 10/01/2001 14:44

> Refazendo a pergunta: por q. as mulheres brasileiras dos anos 90 (i.e.
> em idade fertil durante a decada de 1990) vao em dupla ao banheiro em
> locais de azaracao?

Para falar dos homens com quem elas estão ficando... :-))

<Moacir>


SUBJECT: Re: [ciencialist] Homem moderno nasceu na Africa
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 10/01/2001 15:21

On Wed, 10 Jan 2001, João Carlos Holland de Barcellos wrote:
> nos ficamos com os filhotes dos macaquinhos que os cacadores matam
> sem piedade :-((

no caso, seria mais como se ter filhos com os chimpanzes -- claro q. as
diferencas eram beeeeeeeeeem menores entre as duas especies de /Homo/ --
porem esse esqueleto hibrido ainda esta' em discussao ao q. eu sei.

mas q. a especie humana eh beligerante, isso eh.

pra nao mandar mais um mensagem faco um apendice sobre a questao das
mulheres:

Banheiro Feminino
http://banheirofeminino.globo.com/

02 Neuronio
http://www.uol.com.br/02neuronio

Heroine Magazine [ingles]
http://www.heroinemagazine.com

Anel Feminista
http://www.envy.nu/anelfem

Feminine Killer WitchCraft [apesar do nome eh em portugues]
http://www.fkwclan.hpg.com.br/fkw.html

[elas ainda tem muito o q. aprender em materia de humor, mas acho q. logo
descobrem o ponto G do humor. pelo menos aqueles neuronios a menos parecem
nao fazer falta nos demais aspectos.]

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Homem moderno nasceu na Africa
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 10/01/2001 15:21



Roberto Mitsuo Takata wrote:
>
> On Wed, 10 Jan 2001, João Carlos Holland de Barcellos wrote:
> > Isso eh historia para boi dormir.
> > Provavelmente os indicios nao eram ossos de 2 especies na "cama" se
> > amando
> > e sim ossos de uma especie que estava sendo devorada por outra :)
>
> os indicios de q. o Borges esta' falando eh de um esqueleto de uma crianca
> com carateristicas de H. sapiens e de H. neandertalensis e nao de mistura
> de ossos.


Essa descoberta foi feita em Portugal (cirança de Lepedo ??).
Pode sempre ser o resultado de uma violação.

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: Re: Goldemberg ... uma boa visao!
FROM: "Ronaldo Cordeiro [MG]" <rcordeiro@writeme.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 10/01/2001 16:40

--- In ciencialist@egroups.com, Roberto Mitsuo Takata <rmt@i...>
wrote:... Nao vejo, p.e., nas teorias atuais explicacao plausivel
para
> um dos maiores segredos do cosmo: Por q. as mulheres vao em dupla ao
> banheiro?
>

Nada de tão complicado. É que se a mulher fosse sozinha não ia ter com
quem falar mal dos homens.

E por que não vão em trios ou mais? Porque não iriam caber no banheiro
do boteco.

[]s
Ronaldo Cordeiro

Dicionário Céptico: http://www.dicceptico.cjb.net



SUBJECT: segredo cosmico
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 10/01/2001 17:28

On Wed, 10 Jan 2001, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> As mulheres vao ao banheiro em dupla pq este comportamento, genetico,
> diminuia a probabilidade de que , em tempos remotos, fossem estupradas
> quando estavam sozinhas e em lugares q nao podiam ser observadas.

[faltam dados apontando para a participacao decisiva de componentes
geneticos nesse comportamento tao circunscrito. no Science Citation Index
nao consta nenhum trabalho com as palavras chaves: (woman or women) and
(bathroom or water-closet or ladies' room) and ((quantitative trait loci)
or (genetic correlation) q. se relacione a isso.]

On Wed, 10 Jan 2001, Tarcisio Borges wrote:
> A resposta e' mais simples que a pergunta:
> - Para jogarem ping-pong.
> Possivelmente por estarem cansadas de beijar batraquios.

[o filosofo por aclamacao Luis Fernando Verissimo ja' defendera essa tese
algum tempo atras... eu tinha comprado essa ideia ateh q. tive a gde
revelacao de q. nao existem mesas de pingue-pongue no banheiro das
mulheres -- juro q. foi casualmente! -- fotografias de raio-X de bolsas
femininas nao mostram indicios de raquetes, bolas ou mesas dobraveis...]

On Wed, 10 Jan 2001, Moacir Alves Schmidt wrote:
> Para falar dos homens com quem elas estao ficando... :-))

[precisamos de estudos sociologicos e de acustica q. demonstre q. o
banheiro eh o local mais apropriado para se fofocar sobre sexo... ao q.
consta para revelar o Roberto Carlos q. ha' em todos nos nao ha' lugar
melhor... mas os dados indicam q. isso seria uma atividade
predominantemente masculina.]

On Wed, 10 Jan 2001, Joao Mario Miranda wrote:
> Porque e' um facto conhecido que as amigas influenciam o ciclo menstrual
> umas das outras. Como a menstruacao vem ao mesmo tempo ambas precisam de
> ir mais vezes 'a casa de banho em determinados periodos do mes. O facto
> se por vezes se esquecerem dos pensos higienicos (e' assim que se diz no
> Brasil ?) faz com que elas precisem umas das outras porque quando uma
> nao tem a outra tem. Esta situacao cria lacos de solidariedade para a
> vida. Que tal?

[mas a menstruacao ocorre apenas uma vez por mes -- embora se possa
prolongar por alguns dias. nao existe peridiocidade no fenomeno em
questao, mesmo para um mesmo individuo. pensos higienicos no Brasil sao
denominados de absorventes intimos/femininos ou simplesmente absorventes
tbm eh muito conhecido como modess (o externo) e de ob (o interno) em
funcao das marcas mais conhecidas.]

On Wed, 10 Jan 2001, Ronaldo Cordeiro [MG] wrote:
> Nada de tao complicado. E' que se a mulher fosse sozinha nao ia ter com
> quem falar mal dos homens.
> E por que nao vao em trios ou mais? Porque nao iriam caber no banheiro
> do boteco.

[ha' banheiros de 'botecos' q. sao maiores do q. o apartamento de 2
dormitorios em q. moro!]

bem, jah tivemos a oportunidade de demonstrar nossa ignorancia no q. diz
respeito 'a motivacao feminina. suponho q., por motivo de decoro, nao
teremos oportunidade de colher depoimentos de quem realmente entenda do
assunto: as mulheres.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Goldemberg ... uma boa visao!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 10/01/2001 17:31

Recebi 19 e-mails; respondendo na ordem:

Roberto Takata escreve:

>Nao vejo, p.e., nas teorias atuais explicacao plausivel para
| um dos maiores segredos do cosmo: Por q. as mulheres vao em dupla ao
| banheiro?

Elementar meu caro Roberto, assim como as andorinhas, uma mulher só não faz 'verão'.

[]'
Léo





SUBJECT: Re: [ciencialist] Homem moderno nasceu na Africa
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 10/01/2001 17:34

Para o Jocax, no contexto:

9. DNA contesta teoria da evolucao

Analises geneticas do Homem de Mungo, um ser humano de anatomia moderna que viveu na Australia ha' cerca de 60 mil anos, levantam duvidas sobre a teoria de que o homem moderno (Homo sapiens sapiens) surgiu na Africa.

A teoria africana sustenta que os ancestrais humanos se espalharam por Europa e Asia a partir da Africa ha' cem mil anos, destronando culturas arcaicas como a dos neandertais.

Mas um novo estudo do homem australiano, dono do mais antigo DNA ja' extraido e analisado pelos cientistas ate' hoje, pode dar suporte 'a teoria da evolucao multirregional do ser humano, segundo a qual o homem moderno evoluiu a partir do Homo erectus em pontos diferentes do planeta.

O esqueleto foi descoberto em 74 no Lago Mungo, no estado da Nova Gales do Sul. Ele foi um dos dez nativos australianos - todos de anatomia moderna - a ter o DNA analisado por uma equipe liderada por Alan Thorne, da Universidade Nacional Australiana.

O estudo foi publicado ontem na revista americana "Proceedings of the National Academy of Sciences" e detalhou a analise do DNA mitocondrial, herdado pela via materna.

Estudos anteriores sugeriram que o mais recente ancestral comum viveu ha' mais de cem mil anos, na Africa. Porem, o DNA mitocondrial do Homem de Mungo nao existe nos homens atuais, o que seria esperado caso houvesse uma origem comum africana.

A descoberta indica que uma linhagem antiga do Homo sapiens sapiens emergiu na Australia, sendo mais tarde extinta.

A extracao do DNA do Homem de Mungo foi iniciada em 95, quando um unico gene do fossil foi parcialmente reconstituido e sequenciado.

O resultado foi comparado a sequencias do mesmo gene de representantes de outros nove possiveis ancestrais de nativos australianos - que viveram de oito mil a 15 mil anos atras - assim como genes de de chimpanzes e de homens atuais.

Os cientistas constataram que a arvore genealogica dos atuais seres humanos nao inclui o Homem de Mungo.

- Podemos dizer com certa seguranca que o homem moderno chegou 'a Australia antes do que era antes aceito - explica Thorne.

Um dos maiores defensores da teoria africana, Chris Stringer, do Museu de Historia Natural de Londres, esta' cetico em relacao ao estudo. Segundo ele, tentativas de extrair DNA de ancestrais europeus e fosseis de neandertais foram, com algumas notaveis excecoes, um fracasso. (O Globo, 10/1)

-----Mensagem Original-----
De: "João Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
Enviada em: quarta-feira, 10 de janeiro de 2001 13:03
Assunto: [ciencialist] Homem moderno nasceu na Africa


Homem moderno nasceu na África
Homo sapiens não deve ter surgido em vários
locais simultaneamente





SUBJECT: Re: [ciencialist] Homem moderno nasceu na Africa
FROM: João Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 10/01/2001 18:27

Luiz Ferraz Netto wrote:

> Para o Jocax, no contexto:
>
> 9. DNA contesta teoria da evolucao
>
> Analises geneticas do Homem de Mungo, um ser humano de anatomia
> moderna que viveu na Australia ha' cerca de 60 mil anos, levantam
> duvidas sobre a teoria de que o homem moderno (Homo sapiens sapiens)
> surgiu na Africa.
>

Note q o lenvantemanto que eu postei nao se referia apenas a um unico
esqueleto mas sim da analise de uma grande quantidade de DNA
mitocondrial.



>
> A teoria africana sustenta que os ancestrais humanos se espalharam por
> Europa e Asia a partir da Africa ha' cem mil anos, destronando
> culturas arcaicas como a dos neandertais.
>
> Mas um novo estudo do homem australiano, dono do mais antigo DNA ja'
> extraido e analisado pelos cientistas ate' hoje, pode dar suporte 'a
> teoria da evolucao multirregional do ser humano, segundo a qual o
> homem moderno evoluiu a partir do Homo erectus em pontos diferentes do
> planeta.
>

Eu acho realmente INACREDITAVEL como uma teoria dessas consegue ter
seguidores e parecer seria.

Clamar q uma especie evoluiu para uma outra mesma especie de forma
independente em varios pontos do planeta, para mim, eh no minimo
acreditar
que o impossivel pode acontecer.

Veja, se isolarmos uma populacao de ratos de uma mesma especie em varias

partes do planeta e perguntarmos : com que probabilidade eles evoluirao
todos
para uma MESMA nova especie distinta da original?

Nenhum geneticista serio responderia um numero diferente de zero.
( Exagerando um pouco eh claro )

Todos sabemos que as probabilidades de que as mutacoes aleatorias
ocorram
todas, nestas comunidades isoladas, nos mesmos pares de base dos
bilhoes
que existem no genoma, para formar ,independentemente, uma mesma
especie,
eh querer abusar demais da sorte.

[]s
jocax
(PS: nao levem muito a serio minhas criticas, nao sou especialista em
evolucao
nem em genetica, mas gosto de dar palpites :) )



SUBJECT: Re: [ciencialist] Homem moderno nasceu na Africa
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 10/01/2001 19:49

On Wed, 10 Jan 2001, João Carlos Holland de Barcellos wrote:
> Eu acho realmente INACREDITAVEL como uma teoria dessas consegue ter
> seguidores e parecer seria.

Um minino de fluxo genico eh capaz de manter a coesao genetica entre
populacoes ademais isoladas.

A hipotese multirregional diz q. a partir de uma mesma especie -- Homo
sapiens -- surgiram 'racas' distintas. Nao tem nada de inacreditavel,
apenas q. aparentemente os dados corroboram mais a hipotese africana.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Fragil eh o homem
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 10/01/2001 20:43

Mulheres, qdo algum de nos vier com o papo de 'sexo fragil' esfreguem o
artigo do psiquiatra Sebastian Kraemer publicado na British Medical
Journal.

Kraemer, S 2000 - The fragile male. BMJ 321:1609-12.
http://www.bmj.com/cgi/content/full/321/7276/1609

Entrevista com Kraemer no no.com.br
Fragil eh o homem:
http://www.no.com.br/servlets/newstorm.notitia.apresentacao.ServletDeNoticia?codigoDaNoticia=15172&dataDoJornal=atual

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Homem moderno nasceu na Africa
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 10/01/2001 22:07



João Carlos Holland de Barcellos wrote:


> Clamar q uma especie evoluiu para uma outra mesma especie de forma
> independente em varios pontos do planeta, para mim, eh no minimo
> acreditar
> que o impossivel pode acontecer.

Eles defendem que os vários grupos humanos não estavam isolados mas
que havia fluxo de genes desde o Cabo até Pequim ou Sidney.


> Todos sabemos que as probabilidades de que as mutacoes aleatorias
> ocorram
> todas, nestas comunidades isoladas, nos mesmos pares de base dos
> bilhoes
> que existem no genoma, para formar ,independentemente, uma mesma
> especie,
> eh querer abusar demais da sorte.

Mas não é uma questão de sorte. É uma questão de só existir um grupo
de mutações favoraveis para as mesmas condições ambientais.

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] Homem moderno nasceu na Africa
FROM: João Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 11/01/2001 07:06



Roberto Mitsuo Takata wrote:

> On Wed, 10 Jan 2001, João Carlos Holland de Barcellos wrote:
> > Eu acho realmente INACREDITAVEL como uma teoria dessas consegue ter
> > seguidores e parecer seria.
>
> Um minino de fluxo genico eh capaz de manter a coesao genetica entre
> populacoes ademais isoladas.
>

Depende do que seja minimo.
Lembre-se que estamos falando de uma epoca em que nao havia motores aa
combustao e tambem de distancias intercontinentais.


>
> A hipotese multirregional diz q. a partir de uma mesma especie -- Homo
>
> sapiens -- surgiram 'racas' distintas. Nao tem nada de inacreditavel,
> apenas q. aparentemente os dados corroboram mais a hipotese africana.

Tem certeza que eh isso?
Sempre li , ou pensei que li, que , segundo esta hipotese, o Homo
sapiens
tivesse se originado simultaneamente em varios pontos do planeta a
partir
de uma *outra* especie ancestral.

Se a hip regional explicar apenas a formacao de racas nos continenntes ,

nao tem nada que va contra a hipotese Africana.
Sao teorias complementares e nao antagonicas.

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Homem moderno nasceu na Africa
FROM: João Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 11/01/2001 07:16

João Mário Miranda wrote:

>
>
> João Carlos Holland de Barcellos wrote:
> > Clamar q uma especie evoluiu para uma outra mesma especie de forma
> > independente em varios pontos do planeta, para mim, eh no minimo
> > acreditar
> > que o impossivel pode acontecer.
>
> Eles defendem que os vários grupos humanos não estavam isolados mas
> que havia fluxo de genes desde o Cabo até Pequim ou Sidney.
>

Quanto tempo de viagem a peh levaria para fazer uma viagem
do polo Norte ateh Pequim?
Lembre-se que Darwin notou a especiacao de *pássaros* em ilhas do
pacificos
por causa estarem separados por distancias muito menores que as
intercontinentais.

>
>
> > Todos sabemos que as probabilidades de que as mutacoes aleatorias
> > ocorram
> > todas, nestas comunidades isoladas, nos mesmos pares de base dos
> > bilhoes
> > que existem no genoma, para formar ,independentemente, uma mesma
> > especie,
> > eh querer abusar demais da sorte.
>
> Mas não é uma questão de sorte. É uma questão de só existir um grupo
> de mutações favoraveis para as mesmas condições ambientais.
>

Isso eh impossivel.
Nunca existira apenas um grupo de mutaçoes favoraveis para as mesmas
condicoes ambientais. (A menos q vc diga q este grupo sejam todas as
possiveis)
Se fosse assim, o planeta nao teria tido milhoes de especies que ja
teve e tem.
[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Homem moderno nasceu na Africa
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 11/01/2001 10:20



João Carlos Holland de Barcellos wrote:
>
> João Mário Miranda wrote:
>
> >
> >
> > João Carlos Holland de Barcellos wrote:
> > > Clamar q uma especie evoluiu para uma outra mesma especie de forma
> > > independente em varios pontos do planeta, para mim, eh no minimo
> > > acreditar
> > > que o impossivel pode acontecer.
> >
> > Eles defendem que os vários grupos humanos não estavam isolados mas
> > que havia fluxo de genes desde o Cabo até Pequim ou Sidney.
> >
>
> Quanto tempo de viagem a peh levaria para fazer uma viagem
> do polo Norte ateh Pequim?

A teoria exclui os esuimós, que terão ido de Pequim para as américas
muito mais tarde.

Mas penso que levará cerca de 5 anos a alguém ir da cidade do Cabo na
Africa do Sul até Pequim na China.

Não que isso interesse. Os seres humanos individuais viajavam
distancias relativamente curtas , provavelmente seguindo as
espécies migratórias. Os seus genes é que viajavam longas distancias.

> Lembre-se que Darwin notou a especiacao de *pássaros* em ilhas do
> pacificos
> por causa estarem separados por distancias muito menores que as
> intercontinentais.

Hoje em dia os genes misturam-se a distancias intercontinentais o que
prova que nós não nos comportamos como passaros. Os seres humanos amam,
conquistam e fazem comercio com outros seres humanos.


> Isso eh impossivel.
> Nunca existira apenas um grupo de mutaçoes favoraveis para as mesmas
> condicoes ambientais. (A menos q vc diga q este grupo sejam todas as
> possiveis)
> Se fosse assim, o planeta nao teria tido milhoes de especies que ja
> teve e tem.

Há vários casos de evolução convergente. Um caso de que se falou
recentemente é o do elefante africano e do elefante indiano.
--
joão
http://www.nonio.com




SUBJECT: Re: [ciencialist] Homem moderno nasceu na Africa
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 11/01/2001 11:01

On Thu, 11 Jan 2001, João Carlos Holland de Barcellos wrote:
> Depende do que seja minimo.
> Lembre-se que estamos falando de uma epoca em que nao havia motores aa
> combustao e tambem de distancias intercontinentais.

sem motores a combustao e com distancias intercontinentais a especie
humana se espalhou pelo globo - nao levando mais do q. 100.000 anos pra
isso (na verdade bem menos -- uns 20.000 anos ou menos). uma taxa *media*
de 1 migrante por geracao deve ter sido o suficiente para manter a
homogeneidade evitando a divergencia, uma taxa menor eh o suficiente para
manter a coesao mesmo nao evitando a divergencia.

> Sempre li , ou pensei que li, que , segundo esta hipotese, o Homo
> sapiens
> tivesse se originado simultaneamente em varios pontos do planeta a
> partir
> de uma *outra* especie ancestral.

vc estah confundindo as coisas. uma eh a origem da *especie* humana: /Homo
sapiens/. Outra eh do homem *anatomicamente* moderno: /Homo sapiens
sapiens/.

a especie /Homo sapiens/ tem cerca de 500.000 anos de chao. a subspecie
/Homo sapiens sapiens/ tem cerca de 100.000 de casa.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Homem moderno nasceu na Africa
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 11/01/2001 11:46

On Thu, 11 Jan 2001, João Mário Miranda wrote:
> Há vários casos de evolução convergente. Um caso de que se falou
> recentemente é o do elefante africano e do elefante indiano.

E supoem-se q. os molares tribosfenicos dos mamiferos Theria q. deram
origem aos metaterios (marsupiais) e aos euterios (placentarios) e em
linhagens ancestrais dos monotremados tenham origem independente: ao menos
eh o q. acham Thomas H. Rich e colaboradores: Science 278: 1438-42.

Nao necessariamente teriam as mesmas mutacoes envolvidas, mas o resultado
final eh extremamente semelhante, tao semelhante q. a visao atual eh ainda
de q. esse tipo de denticao teve uma origem unica na historia dos
mamiferos. Mas Rich et al. com uma analise de diversas caracteristicas
anatomicas contruiram uma arvore evolutiva dos mamiferos e ao colocar na
arvore o tal dente viu q. ele aparecia em dois ramos distintos. Esperar
pra ver se desse mato sai coelho.

Se olharmos superficialmente uma cobra, uma minhoca, uma anfisbena
(cobra-cega) e uma cobra-de-vidro veremos uma gde semelhanca anatomica --
tudo em funcao dos habitos fossoriais. Claro q. diversos detalhes mostram
diferencas -- afinal tEm origem bastante distintas. Mas uma cobra-de-vidro
q. eh um lagarto comparado com uma cobra (q. se originou de um lagarto)
apresentam bem mais semelhancas entre si: jah q. apresentam uma origem
comum mais recente.

Bem, claro q. as chances de ocorrer a mesmissima mutacao em humanos seria
pequena, mas mutacoes diferentes podem produzir resultados
indistinguiveis: se uma caracteristica eh conferida pela desativacao de um
gene, entao existem diversas possibilidades. Agora fazer uma analise
genetica pra ver se foi uma unica mutacao ou varias mutacoes, atualmente
eh complicado -- ha' uma gde mistura genetica q. ocultaria isso. E nao eh
nada facil extrair DNA de fosseis anteriores ao gde aumento de fluxo
genetico. Apesar da descoberta dos australianos se basearem em um unico
fossil, tem essa vantagem de terem conseguido examinar um DNA q. nao foi
'contaminado' com o fluxo recente. Os outros estudos concentram-se em
grupos atuais e pode ser dificil garantir seu isolamento genetico.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Homem moderno nasceu na Africa
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 11/01/2001 12:13

João Mário Miranda wrote:

> > >
> > >
> > > João Carlos Holland de Barcellos wrote:
> > > > Clamar q uma especie evoluiu para uma outra mesma especie de
> forma
> > > > independente em varios pontos do planeta, para mim, eh no minimo
>
> > > > acreditar
> > > > que o impossivel pode acontecer.
> > >
> > > Eles defendem que os vários grupos humanos não estavam isolados
> mas
> > > que havia fluxo de genes desde o Cabo até Pequim ou Sidney.
> > >
> >
> > Quanto tempo de viagem a peh levaria para fazer uma viagem
> > do polo Norte ateh Pequim?
>
> A teoria exclui os esuimós, que terão ido de Pequim para as américas
> muito mais tarde.
>
> Mas penso que levará cerca de 5 anos a alguém ir da cidade do Cabo na
> Africa do Sul até Pequim na China.
>
> Não que isso interesse. Os seres humanos individuais viajavam
> distancias relativamente curtas , provavelmente seguindo as
> espécies migratórias. Os seus genes é que viajavam longas distancias.
>

Mas isso corrobora a *hipotese africana* , que defendo , de que
a partir da Africa, o Homo sapines se espalhou pelo planeta.

A hipotese de evolucao convergente eh q estou duvidando:
A partir de um homideo ancestral surgiu o Homo sapiens em varias
partes do mundo independentemente.



> > Nunca existira apenas um grupo de mutaçoes favoraveis para as mesmas
>
> > condicoes ambientais. (A menos q vc diga q este grupo sejam todas
> as
> > possiveis)
> > Se fosse assim, o planeta nao teria tido milhoes de especies que ja
>
> > teve e tem.
>
> Há vários casos de evolução convergente. Um caso de que se falou
> recentemente é o do elefante africano e do elefante indiano.

Se falou ou se provou?

Nao podemos dizer que houve uma evolucao convergente simplesmemte pq
os fenotipos tem a mesma aparencia.

O Cavalo e o Burro sao bem parecidos mas sao especies distintas.

[]s
jocax



SUBJECT: DNA contesta tese da migracao africana ?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: Ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 11/01/2001 12:20

Análise de esqueleto australiano mostra que homem moderno também pode
ter evoluído fora do continente

DNA contesta tese da migração africana


DA REPORTAGEM LOCAL, Folha de S. Paulo quarta feira 10 de janeiro 2001


Poucos arqueólogos sérios contestariam hoje a tese de que o Homo sapiens
sapiens surgiu em algum lugar da África e começou a colonizar o resto do
mundo entre 60 mil e 50 mil anos atrás. Mas um grupo de pesquisadores da
ANU (Universidade Nacional Australiana), em Canberra, acha que a
história pode não ter sido bem essa -ao menos na Oceania.
Eles conseguiram extrair e analisar o DNA das mitocôndrias (as fábricas
de energia da célula) de um fóssil australiano de cerca de 60 mil anos
de idade. E descobriram que ele pode ter evoluído de um ancestral
não-africano, o que põe em xeque a chamada hipótese "Out of Africa"
(saído da África).
O fóssil, batizado de Homem de Mungo, foi descoberto em 1974 no lago
Mungo, sudeste do país. Datado entre 56 mil e 68 mil anos, é um dos
vestígios humanos modernos mais antigos já descobertos fora do
continente africano.


Moderno só na aparência

O esqueleto tem todos os traços de um homem moderno. Mas a análise de
seu DNA mitocondrial, feita pela equipe do antropólogo Alan Thorne,
concluiu que ele não tem ligações com nenhum outro fóssil humano moderno
achado no resto do mundo.
"Nem o esqueleto nem o seu DNA mostram evidências de uma origem
africana", disse Thorne.
O DNA do Homem de Mungo contém sequências de bases (as "letras" químicas
A, T, C e G que compõem o código genético) diferentes das que foram
achadas em outros vestígios humanos.
Essas sequências funcionam como uma espécie de "etiqueta" genética de um
indivíduo ou de uma população. O DNA das mitocôndrias, por ser passado
exclusivamente pela mãe, permite estabelecer linhagens -ou seja, saber
quem foram os ancestrais de uma pessoa ou de um grupo.
"A análise do DNA mitocondrial mostra que ele é claramente um ramo à
parte", disse à Folha o geneticista Henrik Kaessmann, do Instituto Max
Planck de Antropologia Evolutiva, em Leipzig, Alemanha. "Se você fosse
agrupar os humanos modernos de acordo com essas sequências, ele estaria
num grupo separado."

"Mas os traços físicos desse indivíduo não o destacariam hoje em uma
multidão", disse o geneticista Simon Eastel, da ANU.


Pré-histórias paralelas

Segundo Thorne, a única maneira de explicar a discrepância entre a cara
do Homem de Mungo e o seu DNA é uma evolução multirregional. Traduzindo,
o homem moderno pode ter surgido mais ou menos simultaneamente em
diferentes pontos do planeta.

A hipótese "Out of Africa" propõe que os seres humanos modernos tenham
surgido em algum lugar da África entre 150 mil e 200 mil anos atrás, a
partir de hominídeos que já habitavam o continente, como o Homo erectus.

A espécie só teria começado a deixar o continente há cerca de 100 mil
anos, atingindo a Austrália provavelmente por volta de 60 mil anos
atrás.
Acontece que já havia hominídeos espalhados pela Europa e pela Ásia há
pelo menos 1 milhão de anos. Alguns antropólogos imaginaram que os
modernos pudessem ter surgido de grupos de Homo erectus dessas regiões.
Mas, até agora, não havia nenhuma prova genética disso.
Segundo Thorne, os traços do Homem de Mungo mostram que pelo menos um
grupo de H. erectus evoluiu fora da África, originando H. sapiens.
"Todo mundo estava se "modernizando" ao mesmo tempo", afirmou o
antropólogo australiano. "Se ele (o Homem de Mungo) fosse integrante de
uma onda migratória partida da África, seu DNA acusaria isso", afirmou
Eastel.


Sem controle

Os defensores da hipótese da origem africana torceram o nariz para a
descoberta. "Alguns de meus colegas acham que eles conseguiram extrair o
DNA fácil demais", disse Henrik Kaessmann, do Instituto Max Planck.

DNAs antigos são geralmente difíceis de obter. Quanto mais velho o
fóssil, mais remota a possibilidade de que a molécula possa ser obtida
inteira de forma confiável. "As chances de contaminação das amostras são
muito grandes."

Segundo Kaessmann -co-autor de um trabalho que confirma a hipótese "Out
of Africa", publicado no fim do ano passado-, o estudo de Thorne foi
rejeitado pela revista científica "Nature" por não ter tido os cuidados
necessários com a contaminação.
"Os especialistas que analisaram o trabalho deram pela falta de alguns
controles", disse Kaessmann. Os resultados obtidos com o DNA do crânio
do Homem de Mungo não foram repetidos para outras partes do esqueleto,
nem em outros laboratórios. "Ainda assim, a pesquisa levanta questões
interessantes, como a razão da extinção dessa linhagem", afirmou. (COM
AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)







SUBJECT: Re: [ciencialist] Homem moderno nasceu na Africa
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 11/01/2001 12:29



Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:

>
> Mas isso corrobora a *hipotese africana* , que defendo , de que
> a partir da Africa, o Homo sapines se espalhou pelo planeta.
>
> A hipotese de evolucao convergente eh q estou duvidando:
> A partir de um homideo ancestral surgiu o Homo sapiens em varias
> partes do mundo independentemente.

Mas a teoria Multiregional não é uma teoria de evolução convergente.
O Homo Erectus saiu de Africa há 2 milhões de anos e espalhou-se
pelo mundo. A teoria defende que as várias populações de Homo Erectus
permaneceram em contacto e continuaram a formar uma única especie
durante dois milhões de anos. Ao longo desses milhões de anos
essa espécie evoluiu para o Homo Sapiens.
O que a hipótese africana defende é que o Homo Erectus que ficou em
África evoluiu de forma difernte dos outros Homo Erectus dando origem
ao Homo Sapiens apenas em África. Depois, há 200 000 anos estes
Homo Sapiens espalharm-se pelo mundo.
Nós pertencemos comprovadamente ao ramo que saiu de África há
200 000 anos. Mas tudo indica que o Homem de Mungo não. Descende
de um ancestral mais antigo. E o Homem de Mungo é um Homo Sapiens.
Conclusão: se é verdade que o ramo dos Homo Sapiens mais bem sucedido
provem da saida de Africa há 200 000 anos, também é verdade que
há 60 000 anos havia um Homo sapiens australiano cujo ancestral
saiu de África há muito mais tempo e que trocava indirectamente
genes com África (se não não seria um Homo sapiens).

Há no entanto uma dúvida que me assalta: como é que eles sabem
que o Homem de Mungo descende de um ancestral mais antigo? Ele
pode muito bem ser um ramo do Homo Sapiens africano que entretanto
se extinguiu.

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com




SUBJECT: Re: [ciencialist] Homem moderno nasceu na Africa
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 11/01/2001 12:36



Roberto Mitsuo Takata wrote:
>
> On Thu, 11 Jan 2001, João Mário Miranda wrote:
> > Há vários casos de evolução convergente. Um caso de que se falou
> > recentemente é o do elefante africano e do elefante indiano.
>
> E supoem-se q. os molares tribosfenicos dos mamiferos Theria q. deram
> origem aos metaterios (marsupiais) e aos euterios (placentarios) e em
> linhagens ancestrais dos monotremados tenham origem independente: ao menos
> eh o q. acham Thomas H. Rich e colaboradores: Science 278: 1438-42.

Não estava a falar desse estudo mas de um relacionado com elefantes.

> genetico. Apesar da descoberta dos australianos se basearem em um unico
> fossil,

Mas qual é o problema de se basear num único fóssil? Sabemos que
este individuo não pode ser inserido nas árvores genealógicas
desenvolvidas a partir das populações actuais. Este dado pode ser
suficiente para concluir que o ancestral comum entre nós e ele
tem 2 milhões de anos e não 200 000 anos.
--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] Homem moderno nasceu na Africa
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 11/01/2001 12:40



Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:

>
> Ok,
> to pagando um sorvete para quem provar que houve alguma vez no mundo
> uma evolucao convergente : 2 especies diferentes evoluiram para uma
> *mesma especie* e nao especies parecidas.

Aqui ta demasiado frio para sorvetes. Convergente não, mas paralela
não me parece de todo impossivel. Mas esse não é o ponto da questão como
expliquei noutro email.


joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: Re: [ciencialist] Homem moderno nasceu na Africa
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 11/01/2001 12:50

Roberto Mitsuo Takata wrote:

> On Thu, 11 Jan 2001, João Carlos Holland de Barcellos wrote:
> > Depende do que seja minimo.
> > Lembre-se que estamos falando de uma epoca em que nao havia motores
> aa
> > combustao e tambem de distancias intercontinentais.
>
> sem motores a combustao e com distancias intercontinentais a especie
> humana se espalhou pelo globo - nao levando mais do q. 100.000 anos
> pra
> isso (na verdade bem menos -- uns 20.000 anos ou menos). uma taxa
> *media*
> de 1 migrante por geracao deve ter sido o suficiente para manter a
> homogeneidade evitando a divergencia, uma taxa menor eh o suficiente
> para
> manter a coesao mesmo nao evitando a divergencia.
>

Talvez sim se este migrante conseguir "espalhar" seus genes pela nova
regiao
que migrou. Acho q na verdade pode estar ocorrendo o exatamente o oposto
:
a partir da migracao africana, o homo sapiens estaria lentamente se
especiando de modo que, no futuro, poderiamos ter varias especies no
globo:
Homo sapies Europeus ; Homo sapiens asiaticus etc...

Se a tendencia fosse a homogeneidade nao teriamos hoje uma
diversificacao de
racas q temos. Tal diversificacao parece apontar no sentido de uma
crescente
separacao das especies ( especiacao ) e nao na sua homogeneizacao.
(Claro q isto eh apenas uma conjectura)


>
> > Sempre li , ou pensei que li, que , segundo esta hipotese, o Homo
> > sapiens
> > tivesse se originado simultaneamente em varios pontos do planeta a
> > partir
> > de uma *outra* especie ancestral.
>
> vc estah confundindo as coisas. uma eh a origem da *especie* humana:
> /Homo
> sapiens/. Outra eh do homem *anatomicamente* moderno: /Homo sapiens
> sapiens/.
>
> a especie /Homo sapiens/ tem cerca de 500.000 anos de chao. a
> subspecie
> /Homo sapiens sapiens/ tem cerca de 100.000 de casa.
>

Ok, mas qual a diferenca entre o homem anatomicamente moderno e o
Homo sapiens nao-anatomicamente-moderno ?

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Homem moderno nasceu na Africa
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 11/01/2001 12:54



Roberto Mitsuo Takata wrote:

> On Thu, 11 Jan 2001, João Mário Miranda wrote:
> > Há vários casos de evolução convergente. Um caso de que se falou
> > recentemente é o do elefante africano e do elefante indiano.
>
> E supoem-se q. os molares tribosfenicos dos mamiferos Theria q. deram
> origem aos metaterios (marsupiais) e aos euterios (placentarios) e em
> linhagens ancestrais dos monotremados tenham origem independente: ao
> menos
> eh o q. acham Thomas H. Rich e colaboradores: Science 278: 1438-42.
>
> Nao necessariamente teriam as mesmas mutacoes envolvidas, mas o
> resultado
> final eh extremamente semelhante, tao semelhante q. a visao atual eh
> ainda....

Ok,
to pagando um sorvete para quem provar que houve alguma vez no mundo
uma evolucao convergente : 2 especies diferentes evoluiram para uma
*mesma especie* e nao especies parecidas.

[]s
jocax




SUBJECT: Re: [ciencialist] Paradoxo?
FROM: Eduardo <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 11/01/2001 13:11

Alberto Mesquita Filho wrote:

> Olá gente
>
> Surgiu um "paradoxo" interessante na lista de discussão "matemática-física".
> O assunto envolve aspectos relativísticos clássicos elementares mas quase
> sempre dando margem a confusões e daí o seu interesse. Vou responder (tanto
> na lista original quanto aqui na Ciencialist) assim que me sobrar um tempo,
> talvez amanhã, mas se alguém quiser poupar esse trabalho poderá fazê-lo aqui
> na Ciencialist que ficarei agradecido. Qualquer outro comentário será bem
> vindo. A msg está em espanhol e é a seguinte [para ver o original clique em
> http://www.egroups.com/message/matematica-fisica/289 --Interessante notar
> que existem pessoas na Espanha que acreditam que a língua falada no Brasil é
> o italiano :-)) ]:
>
> ___________________________________________
>
> > Hola amigos.
>
> > Perdonadme por utilizar el espñol, pero no se italiano.
> > En cualquier caso, nuestras lenguas son tan parecidas que creo que no
> > tendréis ningún problema para entenderme.
>
> > Os envío una paradoja a ver si alguien sabe que pasa
>
> > Supongamos un movil de masa m=1kg que se desplaza a Vi=2 m/s y con un
> > motor que le permite acelerar alimentado por un tanque de
> >combustible que tiene una reserva de energía de W= 4 julios.
> > La energia cinetica inicial del móvil es
>
> > Eki= 0.5*m*Vi*Vi = 2 juls.
>
> > Tras hacer uso del motor y agotar el combustible, la energía cinetica
> > se incrementa en el trabajo aportado por el motor y resulta
>
> > Ekf= Eki + W= 2 +4 = 6 juls.
>
> > con lo que resulta una velocidad final de
>
> > Vf=SQR(2*Ekf/m)=SQR(12)= 3,46 m/s
>
> > y el incremento de la velocidad es
>
> > DV= Vf-Vi= 3,46-2 =1,46 m/s
>
> > Hasta ahora todo bien; ahora consideremos problema visto desde un
> > sistema de referencia que se mueve a la misma velocidad que el móvil;
> > es decir Vr=2 m/s.
>
> > Desde este sistema de referencia, el móvil está inicialmete en
> > reposo, con lo que
>
> > Vi=0
> > Eki=0
>
> > Tras el uso del motor
>
> > Ekf= Eki+W = 0+4 =4 Juls.
>
> > Con lo que la velocidad final resulta
>
> > Vf = SQR(2*4) = SQR(8) =2,83 m/s
>
> > y ahora el incremento de velocidad
>
> > DV= 2,83-0 = 2,83 m/s
>
> > que resulta distinto al incremento de velocidad obtenido antes
>
> > DV= 1,46 m/s
>
> > ¿Dónde está el fallo?
> ___________________________________________
>

"El fallo" esta' no fato que nao se pode considerar a conservacao da energia
para resolver problemas como esse sem se considerar a componente da energia
cinetica do motor que entra na energia total do sistema quando se muda de
referencial. A forma mais simples de se resolver esta questao seria considerar
a conservacao do momento linear do sistema. da seguinte forma:

A nave, no referencial que a acompanhava inicialmente (vi=0), ganhou um
momento linear de m*vf atraves de um impulso F*dt equivalente. Por exemplo, se
m=1kg, vf=2.83m/s mvf=2.83kg m/s equivale a um impulso I=F.dt=2.83Ns. Mudando
de referencial, onde vi=2m/s teremos mvf=2kg m/s+I=4.83kg m/s o que da
vf-vi=2.83 m/s como no caso inicial.

A conta com energia, supondo que seja essa a informacao que possuimos, ficaria
da seguinte forma. Quando se diz que o motor tem uma energia de 4J esta se
dizendo que, no referencial que acompanha o motor e a nave antes do primeiro
gastar a energia, o motor tem uma *energia interna aproveitavel mecanicamente
Ei=4J*. Desta maneira, deve-se fazer a conta do referencial que acompanha a
nave inicialmente que se obtera o resultado vf-vi=2.83.
Do referencial que nao acompanha a nave devemos considerar que o motor
possue energia cinetica alem dos 4J uma vez que a sua velocidade inicial nao eh
nula. Considerando que toda a sua energia foi convertida em acrescimo da
velocidade da particula, teriamos que a energia do sistema=m*(4,83m/s^2)/2 que
seria a velocidade final da nave considerando dv=2.83 (usando conservacao do
momento linear+Impulso).
Portanto, E=Ecin(nave)+Ecin(motor)+Eint=16J. Como a particula possuia,
inicialmente, Ecin=2J e o motor possuia Eint=4J deduz-se que a energia cinetica
do motor seria Ecin(motor)=16-6=10J. Consequentemente, para se usar a
conservacao da energia ao inves da conservacao do impulso+momento, devemos
levar em conta a energia cinetica do motor alem da energia interna quando
mudamos de referencial.

Eduardo.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Paradoxo?
FROM: Eduardo <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 11/01/2001 13:14

Alberto Mesquita Filho wrote:

> Olá gente
>
> Surgiu um "paradoxo" interessante na lista de discussão "matemática-física".
> O assunto envolve aspectos relativísticos clássicos elementares mas quase
> sempre dando margem a confusões e daí o seu interesse. Vou responder (tanto
> na lista original quanto aqui na Ciencialist) assim que me sobrar um tempo,
> talvez amanhã, mas se alguém quiser poupar esse trabalho poderá fazê-lo aqui
> na Ciencialist que ficarei agradecido. Qualquer outro comentário será bem
> vindo. A msg está em espanhol e é a seguinte [para ver o original clique em
> http://www.egroups.com/message/matematica-fisica/289 --Interessante notar
> que existem pessoas na Espanha que acreditam que a língua falada no Brasil é
> o italiano :-)) ]:
>
> ___________________________________________
>
> > Hola amigos.
>
> > Perdonadme por utilizar el espñol, pero no se italiano.
> > En cualquier caso, nuestras lenguas son tan parecidas que creo que no
> > tendréis ningún problema para entenderme.
>
> > Os envío una paradoja a ver si alguien sabe que pasa
>
> > Supongamos un movil de masa m=1kg que se desplaza a Vi=2 m/s y con un
> > motor que le permite acelerar alimentado por un tanque de
> >combustible que tiene una reserva de energía de W= 4 julios.
> > La energia cinetica inicial del móvil es
>
> > Eki= 0.5*m*Vi*Vi = 2 juls.
>
> > Tras hacer uso del motor y agotar el combustible, la energía cinetica
> > se incrementa en el trabajo aportado por el motor y resulta
>
> > Ekf= Eki + W= 2 +4 = 6 juls.
>
> > con lo que resulta una velocidad final de
>
> > Vf=SQR(2*Ekf/m)=SQR(12)= 3,46 m/s
>
> > y el incremento de la velocidad es
>
> > DV= Vf-Vi= 3,46-2 =1,46 m/s
>
> > Hasta ahora todo bien; ahora consideremos problema visto desde un
> > sistema de referencia que se mueve a la misma velocidad que el móvil;
> > es decir Vr=2 m/s.
>
> > Desde este sistema de referencia, el móvil está inicialmete en
> > reposo, con lo que
>
> > Vi=0
> > Eki=0
>
> > Tras el uso del motor
>
> > Ekf= Eki+W = 0+4 =4 Juls.
>
> > Con lo que la velocidad final resulta
>
> > Vf = SQR(2*4) = SQR(8) =2,83 m/s
>
> > y ahora el incremento de velocidad
>
> > DV= 2,83-0 = 2,83 m/s
>
> > que resulta distinto al incremento de velocidad obtenido antes
>
> > DV= 1,46 m/s
>
> > ¿Dónde está el fallo?
> ___________________________________________
>

"El fallo" esta' no fato que nao se pode considerar a conservacao da
energia
para resolver problemas como esse sem se considerar a componente da
energia
cinetica do motor que entra na energia total do sistema quando se muda
de
referencial. A forma mais simples de se resolver esta questao seria
considerar
a conservacao do momento linear do sistema. da seguinte forma:

A nave, no referencial que a acompanhava inicialmente (vi=0), ganhou
um
momento linear de m*vf atraves de um impulso F*dt equivalente. Por
exemplo, se
m=1kg, vf=2.83m/s mvf=2.83kg m/s equivale a um impulso I=F.dt=2.83Ns.
Mudando
de referencial, onde vi=2m/s teremos mvf=2kg m/s+I=4.83kg m/s o que da
vf-vi=2.83 m/s como no caso inicial.

A conta com energia, supondo que seja essa a informacao que possuimos,
ficaria
da seguinte forma. Quando se diz que o motor tem uma energia de 4J esta
se
dizendo que, no referencial que acompanha o motor e a nave antes do
primeiro
gastar a energia, o motor tem uma *energia interna aproveitavel
mecanicamente
Ei=4J*. Desta maneira, deve-se fazer a conta do referencial que
acompanha a
nave inicialmente que se obtera o resultado vf-vi=2.83.
Do referencial que nao acompanha a nave devemos considerar que o
motor
possue energia cinetica alem dos 4J uma vez que a sua velocidade inicial
nao eh
nula. Considerando que toda a sua energia foi convertida em acrescimo da
velocidade da particula, teriamos que a energia do
sistema=m*(4,83m/s^2)/2 que
seria a velocidade final da nave considerando dv=2.83 (usando
conservacao do
momento linear+Impulso).
Portanto, E=Ecin(nave)+Ecin(motor)+Eint=16J. Como a particula
possuia,
inicialmente, Ecin=2J e o motor possuia Eint=4J deduz-se que a energia
cinetica
do motor seria Ecin(motor)=16-6=10J. Consequentemente, para se usar a
conservacao da energia ao inves da conservacao do impulso+momento,
devemos
levar em conta a energia cinetica do motor alem da energia interna
quando
mudamos de referencial.

Eduardo.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Homem moderno nasceu na Africa
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 11/01/2001 13:19

On Thu, 11 Jan 2001, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> a partir da migracao africana, o homo sapiens estaria lentamente se
> especiando de modo que, no futuro, poderiamos ter varias especies no
> globo:
> Homo sapies Europeus ; Homo sapiens asiaticus etc...

A tendencia *antes* era de divergencia, mas atualmente o fluxo genetico eh
mais do q. o suficiente para levar 'a uma homogeneizacao das populacoes
humanas.

Estudos geneticos apontam q. cerca de 30% dos brasileiros considerados
'brancos caucasianos' apresentam genes de origem de populacoes africanas.

> Ok, mas qual a diferenca entre o homem anatomicamente moderno e o
> Homo sapiens nao-anatomicamente-moderno ?

Deixe-me resumir os principais modelos de surgimento do homem moderno.

Eur. Afr. Asia
^ ^ ^
| | | H. sapiens
| X | X |
| | |
-----------
|
H. | |/ |H. erectus
ne.| | |
\ | |
\| |
| |
H. \_|___|
heid. |
| H. ergaster

Esta eh a hipotese da origem africana (H. ne -> Homo neanderthalensis ou
Homo sapiens neanderthalensis; H. heid. -> Homo heidelbergensis ou Homo
sapiens heidelbergensis). Por ela os neandertais teriam sido completamente
substituidos pela leva de homens modernos vindos da africa (na Eur.) e o
ocorrendo o mesmo com os H. erectus remanescentes na Asia. O X indica
troca genetica.

Eur. Afr. Asia
^ ^ ^
| | |
| X | X |
| | |
-----------
^ | ^
H. | |/ |H. erectus
ne.| | |
\ | |
\| |
| |
H. \_|___|
heid. |
| H. ergaster

Este eh o da hidridizacao/assimilacao. Eh basicamente igual ao anterior,
mas note-se as setas do neandertais e dos H. erectus, mostrando q. eles
contribuiram geneticamente para a formacao do homem moderno.

Eur. Afr. Asia
^ ^ ^
| | | H. sapiens (sapiens)
| X | X |
| | |
| X | X |
| | |
| X | X |
| | |
-----------
|
|H. erectus

Esta eh a multirregional. Ha' um fluxo genetico q. mantem a coesao dos
grupos como especie, mas nao impede a diferenciacao das 'racas' locais.

O esquema q. vc estaria enxergando na multirregional: sem trocas geneticas
eh a hipotese do candelabro. Este eh pouco aceita atualmente (nao sei se
existe ainda quem defenda esta hipotese).

Bem, ha' ainda alguma divergencia sobre se alguns grupos constituiriam
subspecies ou especies distintas -- mas de qq forma a base original nao eh
muito diferente do estado final. (Alguns consideram como Homo sapiens
apenas o q. se chama de homem anatomicamente moderno.)

O homem anatomicamente moderno apresenta uma compleicao ossea menos
robusta, ha' algumas diferencas das proporcoes cranianas.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Homem moderno nasceu na Africa
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 11/01/2001 13:32

On Thu, 11 Jan 2001, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> to pagando um sorvete para quem provar que houve alguma vez no mundo
> uma evolucao convergente : 2 especies diferentes evoluiram para uma
> *mesma especie* e nao especies parecidas.

mas no caso humano, a hipotese multirregional nao fala em duas especies ou
mais convergindo para uma mesma especie -- eh uma unica especie o tempo
todo, mas q. se diferenciou nao em um unico local e sim em diversos
locais. como disse joao isso eh paralelismo e nao convergencia.

On Thu, 11 Jan 2001, Joao Mirando wrote:
>Não estava a falar desse estudo mas de um relacionado com elefantes.

Eu sei, mas eu dei um outro exemplo de convergencia.

>Mas qual é o problema de se basear num único fóssil? Sabemos que
>este individuo não pode ser inserido nas árvores genealógicas
>desenvolvidas a partir das populações actuais. Este dado pode ser
>suficiente para concluir que o ancestral comum entre nós e ele
>tem 2 milhões de anos e não 200 000 anos.

Ou nao. Com apenas um unico fossil nao se pode descartar a possibilidade
dele ser um membro atipico embora fazendo parte do grupo, nao se afasta
totalmente erro na coleta de dados ou de interpretacao.

[]s,

Roberto Takata





SUBJECT: Re: [ciencialist] Homem moderno nasceu na Africa
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 11/01/2001 13:50

Roberto Mitsuo Takata wrote:

> On Thu, 11 Jan 2001, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> > to pagando um sorvete para quem provar que houve alguma vez no mundo
>
> > uma evolucao convergente : 2 especies diferentes evoluiram para uma
> > *mesma especie* e nao especies parecidas.
>
> mas no caso humano, a hipotese multirregional nao fala em duas
> especies ou
> mais convergindo para uma mesma especie -- eh uma unica especie o
> tempo
> todo, mas q. se diferenciou nao em um unico local e sim em diversos
> locais. como disse joao isso eh paralelismo e nao convergencia.
>

Ok, mantenho a aposta para o paralelismo :
Provar que uma mesma especie cujos individuos foram *isolados
geneticamente*
e que, assim isolados, tenham evoluido para a *mesma especie* ,
diferente
da original, independentemente depois de muitas geracoes.

[]s
jocax




SUBJECT: Re: [ciencialist] Homem moderno nasceu na Africa
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 11/01/2001 14:44

Roberto Mitsuo Takata wrote:

> On Thu, 11 Jan 2001, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> > a partir da migracao africana, o homo sapiens estaria lentamente se
> > especiando de modo que, no futuro, poderiamos ter varias especies no
>
> > globo:
> > Homo sapies Europeus ; Homo sapiens asiaticus etc...
>
> A tendencia *antes* era de divergencia, mas atualmente o fluxo
> genetico eh
> mais do q. o suficiente para levar 'a uma homogeneizacao das
> populacoes
> humanas.

Nao concordo q se possa generalizar para toda a populacao humana.
Basta que uma pequena parte , em qualquer lugar do mundo, se isole ,
por fatores culturais, raciais, ou geograficos para que se comece uma
especiacao.


>
>
> Estudos geneticos apontam q. cerca de 30% dos brasileiros considerados
>
> 'brancos caucasianos' apresentam genes de origem de populacoes
> africanas.
>

Bom, se o homo sapiens eh de origem africana isso eh normal.

>
> Eur. Afr. Asia
> ^ ^ ^
> | | |
> | X | X |
> | | |
> -----------
> ^ | ^
> H. | |/ |H. erectus
> ne.| | |
> \ | |
> \| |
> | |
> H. \_|___|
> heid. |
> | H. ergaster
>
> Este eh o da hidridizacao/assimilacao. Eh basicamente igual ao
> anterior,
> mas note-se as setas do neandertais e dos H. erectus, mostrando q.
> eles
> contribuiram geneticamente para a formacao do homem moderno.

Acho isto impossivel.
Se os neandertais e os erectus eram de especies diferentes eles
nao poderiam trocar genes para formar os sapiens.

[]s
jocax





SUBJECT: Re: [ciencialist] Homem moderno nasceu na Africa
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 11/01/2001 15:12

On Thu, 11 Jan 2001, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> Nao concordo q se possa generalizar para toda a populacao humana.
> Basta que uma pequena parte , em qualquer lugar do mundo, se isole ,
> por fatores culturais, raciais, ou geograficos para que se comece uma
> especiacao.

comecar eh uma coisa, chegar a termo eh outra. dificilmente um grupo
humano atualmente possa permanecer isolado por muito tempo. nao fosse por
outra coisa, rapidamente seriam suplantados pelos demais membros.

> > Estudos geneticos apontam q. cerca de 30% dos brasileiros considerados
> >
> > 'brancos caucasianos' apresentam genes de origem de populacoes
> > africanas.
> >
>
> Bom, se o homo sapiens eh de origem africana isso eh normal.

acho q. vc nao entendeu a questao... mas eu deveria ter dito alelos de
populacoes africanas em lugar de genes. nao sao os alelos q. eventualmente
sejam de origem em comum por descendencia desses grupos, mas por
intercruzamento mesmo.

> Acho isto impossivel.
> Se os neandertais e os erectus eram de especies diferentes eles
> nao poderiam trocar genes para formar os sapiens.

nao eh nao. questao 1: a definicao de especies para fosseis embora possa
se calcar o conceito biologico, obviamente nao esta' sujeita a testes
laboratoriais de cruzamento q. possamos fazer. pode ser q. a distincao
dessas especies baseada na morfologia dos ossos nao seja muito adequada.

questao 2: especies atuais bem definidas como tais trocam algum material
genetico. lobos e coiotes sao um exemplo. nao ha' uma fusao das especies
nesse caso em funcao de algumas caracteristicas biologicas q. nao convem
detalhar (nem sei se eu seria capaz de explicar direito em uma unica
mensagem), mas os filhotes hibridos sao viaveis.

claro q. se *definirmos* especies como populacoes q. nao possam se
intercruzar de forma alguma, entao *por definicao* lobos vermelhos e
coiotes sao da mesma especie -- mas a natureza nao se preocupa com
definicoes nossas. ainda se *definirmos* especies desse modo, realmente
*se* os neandertais e homens modernos fossem mesmo de especies diferentes
nao se esperaria o cruzamento entre eles. mas nao poderemos *definir* a
priori os dois grupos como sendo de especies diferentes para dizer q. eh
impossivel o intercruzamento e portanto nao devem ter-se cruzados --
logicamente se encontrarmos indicios de cruzamento (como seria o caso
daquele esqueleto com caracteristicas hibridas) nao podemos partir da
definicao para refutar esse indicio, mas devemos agir exatamente do modo
oposto -- dado q. haja hidridacao entre neandertais e modernos e aceitemos
a definicao de isolamento reprodutivo extremo, entao os neandertais e
modernos pertencem 'a mesma especie. Se partimos do pressuposto de q. eles
eram especies distintas pra provarmos q. eles nao poderiam se cruzar
incorreremos no mesmo erro dos, por exemplo, criacionistas: q. partem do
pressuposto de q. a evolucao nao ocorreu para dizer q. a evolucao eh
impossivel -- isso eh afirmacao do consequente.

lembre-se tbm q. eu disse q. alguns classificam os neandertais como
pertencente 'a mesma especie nossa: /Homo sapiens neandertalensis/. Veja
tbm q. nao se fala em nenhuma das hipoteses q. teria havido cruzamento
entre neandertais e /H. erectus/ para formar o /H. sapiens sapiens/, mas
q. teria havido um comeco de diferenciacao entre /H. sapiens sapiens/ e
/H. neanderthalensis/, porem posteriormente o ultimo foi incorporado pelo
primeiro. Idem teria ocorrido entre uma outra linhagem de /H. erectus/ e
dos /H. sapiens sapiens/.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Research Register of Projects on Environment, Health and Sustainability
FROM: "Prof. Walter Leal Filho" <leal@tu-harburg.de>
TO: "eeen@projekte.org" <eeen@projekte.org>
DATE: 11/01/2001 15:20

Dear Colleagues,

The Internet Research Register (IRR) on projects focusing on the
environment, environmental health
and sustainability is growing strong and is now being expanded.
Researchers and practitioners are
warmly invited to submit their research, which is helpful to career
development since:

i. it identifies oneself and his/her research, for the public record;
ii. it makes information on your research available to the wide
community, whilst it is underway; including links
to related conference papers or published works;
iii. it allows you to update that information at any time during the
project/research life cycle.

Interested colleagues are invited to visit the research register Web
Site at:
http://www.mcbup.com/research_registers/emh.asp

Simply click on the 'add research' field at the top of the Welcome page
and complete the form. To save time the project summary can be cut and
pasted directly
into the appropriate field. You will receive an email acknowledgement of
your registration once it
has been checked and entered into the public domain


SUBJECT: Re: [ciencialist] Homem moderno nasceu na Africa
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 11/01/2001 15:57



Roberto Mitsuo Takata wrote:


> Ou nao. Com apenas um unico fossil nao se pode descartar a possibilidade
> dele ser um membro atipico embora fazendo parte do grupo, nao se afasta
> totalmente erro na coleta de dados ou de interpretacao.

Eu não sei exctamente como é que se fazem estes estudos. Mas imagino
que eles analisam uma determinada sequencia de ADN mitocondrial. O
Homem de Mungo tem uma sequencia que não se relaciona com a nossa.
Mas se voce analisar uma sequencia genetica de um ser humano vivo
tirada à sorte voce teria a certeza absoluta que esse DNA estaria
relacionado com o de toda a humanidade. Numa população não há
o minimo de probalidade de existir uma sequencia de DNA atipica.
Esta é a minha ideia acerca desses estudos.

Para alem disso a sequencia de DNA escolhida não sofre misturas
numa população. Que eu saiba o DNA mitocondrial não se mistura
e só evolui por mutação .

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com




SUBJECT: Re: [ciencialist] Homem moderno nasceu na Africa
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 11/01/2001 16:05



Roberto Mitsuo Takata wrote:

>
> Deixe-me resumir os principais modelos de surgimento do homem moderno.

A mim da-me impressão que os cientistas dão demasiada importancia
a estas teorias. O número de fósseis descobertos até agora não
é demasiado reduzido? E os locais onde eles são descobertos não
são ainda mais reduzidos? Talvez África tenha as condições ideais
para preservar fósseis e isso tenha influenciado os cientistas
a sobrevalorizar o papel do continente.

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com




SUBJECT: Paradoxo?
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 11/01/2001 16:51

Olá gente

Surgiu um "paradoxo" interessante na lista de discussão "matemática-física".
O assunto envolve aspectos relativísticos clássicos elementares mas quase
sempre dando margem a confusões e daí o seu interesse. Vou responder (tanto
na lista original quanto aqui na Ciencialist) assim que me sobrar um tempo,
talvez amanhã, mas se alguém quiser poupar esse trabalho poderá fazê-lo aqui
na Ciencialist que ficarei agradecido. Qualquer outro comentário será bem
vindo. A msg está em espanhol e é a seguinte [para ver o original clique em
http://www.egroups.com/message/matematica-fisica/289 --Interessante notar
que existem pessoas na Espanha que acreditam que a língua falada no Brasil é
o italiano :-)) ]:

___________________________________________

> Hola amigos.

> Perdonadme por utilizar el espñol, pero no se italiano.
> En cualquier caso, nuestras lenguas son tan parecidas que creo que no
> tendréis ningún problema para entenderme.


> Os envío una paradoja a ver si alguien sabe que pasa

> Supongamos un movil de masa m=1kg que se desplaza a Vi=2 m/s y con un
> motor que le permite acelerar alimentado por un tanque de
>combustible que tiene una reserva de energía de W= 4 julios.
> La energia cinetica inicial del móvil es

> Eki= 0.5*m*Vi*Vi = 2 juls.

> Tras hacer uso del motor y agotar el combustible, la energía cinetica
> se incrementa en el trabajo aportado por el motor y resulta

> Ekf= Eki + W= 2 +4 = 6 juls.

> con lo que resulta una velocidad final de

> Vf=SQR(2*Ekf/m)=SQR(12)= 3,46 m/s

> y el incremento de la velocidad es

> DV= Vf-Vi= 3,46-2 =1,46 m/s

> Hasta ahora todo bien; ahora consideremos problema visto desde un
> sistema de referencia que se mueve a la misma velocidad que el móvil;
> es decir Vr=2 m/s.

> Desde este sistema de referencia, el móvil está inicialmete en
> reposo, con lo que

> Vi=0
> Eki=0

> Tras el uso del motor

> Ekf= Eki+W = 0+4 =4 Juls.

> Con lo que la velocidad final resulta

> Vf = SQR(2*4) = SQR(8) =2,83 m/s

> y ahora el incremento de velocidad

> DV= 2,83-0 = 2,83 m/s

> que resulta distinto al incremento de velocidad obtenido antes

> DV= 1,46 m/s

> ¿Dónde está el fallo?
___________________________________________

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Homem moderno nasceu na Africa
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 11/01/2001 17:52

Roberto Mitsuo Takata wrote:

> On Thu, 11 Jan 2001, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> > Nao concordo q se possa generalizar para toda a populacao humana.
> > Basta que uma pequena parte , em qualquer lugar do mundo, se isole ,
>
> > por fatores culturais, raciais, ou geograficos para que se comece
> uma
> > especiacao.
>
> comecar eh uma coisa, chegar a termo eh outra. dificilmente um grupo
> humano atualmente possa permanecer isolado por muito tempo.

Talvez o tempo suficiente para levar a termo.
Mas nao estou falando de um isolamento cultural e sim num isolamento
genetico.
Vc pode fazer parte de uma cultura que proiba de se casar com membros de

outra cultura, por exemplo. Isso induzira num isolamento genetico.


> nao fosse por
> outra coisa, rapidamente seriam suplantados pelos demais membros.
>

Ou eles suplantariam os demais membros.


>
> > > Estudos geneticos apontam q. cerca de 30% dos brasileiros
> considerados
> > >
> > > 'brancos caucasianos' apresentam genes de origem de populacoes
> > > africanas.
> > >
> >
> > Bom, se o homo sapiens eh de origem africana isso eh normal.
>
> acho q. vc nao entendeu a questao... mas eu deveria ter dito alelos de
>
> populacoes africanas em lugar de genes. nao sao os alelos q.
> eventualmente
> sejam de origem em comum por descendencia desses grupos, mas por
> intercruzamento mesmo.
>

Mas essa percentagem NAO ocorre no japao ou em outros paises de
tradicao cultural muito antiga.


>
> > Acho isto impossivel.
> > Se os neandertais e os erectus eram de especies diferentes eles
> > nao poderiam trocar genes para formar os sapiens.
>
> nao eh nao. questao 1: a definicao de especies para fosseis embora
> possa
> se calcar o conceito biologico, obviamente nao esta' sujeita a testes
> laboratoriais de cruzamento q. possamos fazer. pode ser q. a distincao
>
> dessas especies baseada na morfologia dos ossos nao seja muito
> adequada.

Se elas podiam se cruzar e gerar filhos ferteis eles eram da mesma
especie
caso contrario, nao eram.


>
>
> questao 2: especies atuais bem definidas como tais trocam algum
> material
> genetico. lobos e coiotes sao um exemplo.

Vc esta dizendo q lobos e coiotes geram filhos ferteis ?


> nao ha' uma fusao das especies
> nesse caso em funcao de algumas caracteristicas biologicas q. nao
> convem
> detalhar (nem sei se eu seria capaz de explicar direito em uma unica
> mensagem), mas os filhotes hibridos sao viaveis.
>

mas sao ferteis?


>
> claro q. se *definirmos* especies como populacoes q. nao possam se
> intercruzar de forma alguma, entao *por definicao* lobos vermelhos e
> coiotes sao da mesma especie -- mas a natureza nao se preocupa com
> definicoes nossas.

E qual a definicao de especies quando se trata de homideos ?
Elas podem trocar genes como sendo da mesma especie?


> ainda se *definirmos* especies desse modo, realmente
> *se* os neandertais e homens modernos fossem mesmo de especies
> diferentes
> nao se esperaria o cruzamento entre eles. mas nao poderemos *definir*
> a
> priori os dois grupos como sendo de especies diferentes para dizer q.
> eh
> impossivel o intercruzamento e portanto nao devem ter-se cruzados --
> logicamente se encontrarmos indicios de cruzamento (como seria o caso
> daquele esqueleto com caracteristicas hibridas) nao podemos partir da
> definicao para refutar esse indicio, mas devemos agir exatamente do
> modo
> oposto -- dado q. haja hidridacao entre neandertais e modernos e
> aceitemos
> a definicao de isolamento reprodutivo extremo, entao os neandertais e
> modernos pertencem 'a mesma especie. Se partimos do pressuposto de q.
> eles
> eram especies distintas pra provarmos q. eles nao poderiam se cruzar
> incorreremos no mesmo erro dos, por exemplo, criacionistas: q. partem
> do
> pressuposto de q. a evolucao nao ocorreu para dizer q. a evolucao eh
> impossivel -- isso eh afirmacao do consequente.
>

Estava levantando a hipotese de que os neandertales e os erectus NAO
sendo da mesma especie nao poderem trocar genes para formar o sapiens.

Mas se a definicao de especie muda ao longo das eras aih a coisa
complica.

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Homem moderno nasceu na Africa
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 11/01/2001 18:03

On Thu, 11 Jan 2001, João Mário Miranda wrote:
> Eu não sei exctamente como é que se fazem estes estudos. Mas imagino
> que eles analisam uma determinada sequencia de ADN mitocondrial. O
> Homem de Mungo tem uma sequencia que não se relaciona com a nossa.
> Mas se voce analisar uma sequencia genetica de um ser humano vivo
> tirada à sorte voce teria a certeza absoluta que esse DNA estaria
> relacionado com o de toda a humanidade. Numa população não há
> o minimo de probalidade de existir uma sequencia de DNA atipica.
> Esta é a minha ideia acerca desses estudos.
>
> Para alem disso a sequencia de DNA escolhida não sofre misturas
> numa população. Que eu saiba o DNA mitocondrial não se mistura
> e só evolui por mutação .

Vale notar q. a historia de um gene *nao* necessariamte vai contar a
historia de um grupo.

Sao basicamente tres situacoes possiveis para um unico gene:

A B
\*\ /$/
\*\ /$/
\*\/*/
\**/
|*|
|*|

o gene representado por * e $ (suas variantes)... as barras delimitam o
padrao de divergencia das linhagens. aqui o gene esta' divergindo em
funcao da separacao das populacoes. o alelo $ da populacao B eh mais jovem
do q. a propria linhagem B.

A B
\*\ /$/
\*\ /$/
\*\/$/
\*$/
|*$|
|*$|
| *|
| *|

aqui o gene se diverge antes das populacoes. o alelo $ eh derivado do *. a
historia do alelo $ eh portanto mais antiga do q. da linhagem B q. a
porta.

A B
\* \ /$/
\* \----->/$/
\*$\ / /
\*$\ / /
\* \/ /
\* /
|* |
|* |

ha' uma transferencia de uma populacao para outra.

cada gene pode ter uma historia ligeiramente diferente dos demais, logo
toda interpretacao deve ser feita com cuidado.

consideremos o caso seguinte agora com varios genes - representados por
numeros com ou sem apostrofos:

A B
\1"2"3"\ /1'2'3'/
\ \ / /
\ \/ /
\ /
\ /
\ /
\ /
\123 /

podemos assumir q. os alelos 1",2",3" e 1',2',3' divergiram a partir dos
alelos 1,2,3 de uma populacao original. mas pode ter ocorrido uma historia
substancialmente diferente. os alelos " e ' poderiam estar presentes na
populacao original e se fixados independentemente nas populacoes A e B.

ou pode ser o caso nao ter ocorrido essa fixacao, mas certamente alguns
individuos terao ou o alelo ' ou o " ou a combinacao deles: no caso de
ADN-mt ou se tem um ou se tem outro. pode ser q. o individuo porte o alelo
q. embora estivesse presente tbm nos ancestrais da populacao atual A,
nesta esse alelo tenha se perdido posteriormente apagando o vinculo.

nao se afasta tbm a possibilidade de amplificacao de ADN contaminante, em
especial por se tratar de um fossil. se houvessem mais teriamos mais
indicios independentes q. fortaleceriam o caso -- ou mostrariam q. nao
esta' correto.


>A mim da-me impressão que os cientistas dão demasiada importancia
>a estas teorias. O número de fósseis descobertos até agora não
>é demasiado reduzido? E os locais onde eles são descobertos não
>são ainda mais reduzidos? Talvez África tenha as condições ideais
>para preservar fósseis e isso tenha influenciado os cientistas
>a sobrevalorizar o papel do continente.

mas a abordagem tem sido mais genetica do q. paleontologica. (ademais
existem tbm os instrumentos de pedra q. contam um pouco a historia
cultural das populacoes.)

reproduzo o quadro das duas hipoteses q. se encontra no capitulo 14 de
'Evolutionary Analysis' de Freeman e Herron, 1998 (N. Jersey, Prentice
Hall).

criterio subst. africana multirregional

localizacao do principalmte aleatoria
ancestral de alelos na Africa
neutros

tempo de divergencia 200.000 ou menos 1 milhao ou mais
entre populacoes
africanas e nao-afr.
(anos)

diversidade maior na Africa diversidade equivalente
genetica em tds as regioes

conjunto de alelos europeus cada regiao possui
alelos neutros e asiaticos sao alguns alelos especif.
subconjuntos dos nenhum alelo eh um subconj.
africanos de outra regiao


problemas:
a origem africana do H.ergaster/erectus pode enviesar a localizacao dos
alelos em direcao 'a Africa mesmo se a evolucao tiver sido multirregional.

o fluxo genetico entre as populacoes pode reduzir a idade aparente da
divergencia das populacoes na evolucao multirregional

a origem africana do H. ergaster/erectus e o fluxo genetico ou a selecao
pode levar a uma maior diversidade na Africa, mesmo com evolucao
multirregional

A origem africana de H. erg/erec. pode levar a q. alelos presentes na Eur.
e na Asia sejam subconjuntos dos africanos mesmo com evolucao multirreg.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] Homem moderno nasceu na Africa
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 11/01/2001 18:40

On Thu, 11 Jan 2001, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> outra cultura, por exemplo. Isso induzira num isolamento genetico.

por qto tempo? qto resistiriam ateh q. os filhos fossem seduzidos?

tem um caso interessante q. ocorre na escandinavia. geneticamente os
finlandeses sao mais proximos de um grupo, mas cultualmente de outro (nao
estou lembrando quais) -- aparentemente eles foram diluindo os genes de
uma populacao local em seu pool genico. mas isso foi tao lento q. em vez
de introduzirem a sua cultura, eles foram absorvendo a cultura local.

> Ou eles suplantariam os demais membros.

pouco provavel uma vez sendo poucos. a menos q. tivessem uma vantagem
tecnologica q. permitisse destruir os demais.

> Mas essa percentagem NAO ocorre no japao ou em outros paises de
> tradicao cultural muito antiga.

a europa tem uma tradicao cultural muito antiga e nem por isso deixam de
absorver genes de outras populacoes.

o caso do Japao e similares eh pouco provavel q. nao se homogeinizem
geneticamente. um brasileiro q. case aqui com uma descendente de oriental
-- nao eh nada incomum aqui. tem um filho mestico q. se case com uma
japonesa lah no Japao ao ir pra lah trabalhar estara' introduzindo genes
de amerindios, africanos e de europeus no pool genico japones.

as pessoas podem ateh escolher os parceiros pela aparencia, mas aih
estarao selecionando apenas os genes q. confiram essa aparencia -- nada
impede q. os demais genes acabam por integrar definitivamente o patrimonio
genetico de um populacao.

a proposito, ha' genes japoneses entre os chineses a despeito das
rivalidades. por pouco q. seja ha'. nao apenas pelos casamentos
esporadicos com tbm pelo odioso episodio do estupro de Nanquim.

ao q. dizem ha' sangue escoces na tradicional familia real britanica.

mas de fato uma resistencia cultural pode mesmo retardar o processo de
homogeneizacao genetica -- a despeito de tradicoes culturais muito
antigas. nos EUA nao existe esse processo de miscigenacao q. ha' no Brasil
-- lah os filhos de estrangeiros sao considerados estrangeiros e os filhos
de negros sao considerados negros -- assim, um filho de um branco com uma
negra eh negro, um filho de um negro com uma branca eh tbm negro. aqui, o
filho de um branco com uma negra eh branco e de um negro com uma branca eh
negro. estou falando apenas em termos do q. se supoem culturalmente.

de qq forma essa resistencia nao impede nada a longo prazo. e a presenca
latina agora eh bastante significativa.

> Se elas podiam se cruzar e gerar filhos ferteis eles eram da mesma
> especie
> caso contrario, nao eram.

se definirmos assim nao eram. mas biologicamente isso eh irrelevante se
classificamos como uma mesma especie ou nao. podemos classificar um rato e
uma alface como da mesma especie e nao sera' isso q. vai criar um fluxo
genico entre eles. podemos classificar o poodle e o chiuaua como
pertencentes a especies diferentes e nao sera' isso q. impedira' o
cruzamento entre eles.

e ha' algumas questoes: ha' sete populacoes de gaivotas do artico
formando um circulo de distribuicao ao redor do artico. as populacoes
vizinhas se intercruzam, mas as dos extremos nao sao capazes de se cruzar
entre si. e aih? serao ou nao da mesma especie?

> Vc esta dizendo q lobos e coiotes geram filhos ferteis ?

sim.

> E qual a definicao de especies quando se trata de homideos ?
> Elas podem trocar genes como sendo da mesma especie?

nao se sabe. os unicos hominideos atuais somos nos. aquele achado do
menino hibrido mostra q. pode ser q. houvesse fluxo genico.

a definicao dos fosseis obviamente eh morfologica -- esperando q. essa
morfologia reflita diferenciacao genetica. mas ha' casos em q. machos e
femeas de uma mesma especie foram classificadas como especies (e mesmo
generos) diferentes. (e nao apenas fosseis, isso eh bastante comum em
insetos.)

> Estava levantando a hipotese de que os neandertales e os erectus NAO
> sendo da mesma especie nao poderem trocar genes para formar o sapiens.

levantar essa hipotese nao tem problemas. mas vc nao pode usar essa
hipotese pra refutar a hipotese da assimilacao/hidridizacao.

> Mas se a definicao de especie muda ao longo das eras aih a coisa
> complica.

nao eh q. a definicao de especie mude de uma era pra outra. mas sim de q.
uma definicao pode ou nao ser operacional em um ou outro caso. o conceito
biologico obviamente nao se aplica para especies de reproducao assexual,
p.e.

---------
Alberto: ma che! come non parlamo italiano! as nossas novelas sao em q?
Convida o gajo a visitar a nossa capital Buenos Aires.
---------

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Homem moderno nasceu na Africa
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 11/01/2001 18:41



Roberto Mitsuo Takata wrote:


>
> ou pode ser o caso nao ter ocorrido essa fixacao, mas certamente alguns
> individuos terao ou o alelo ' ou o " ou a combinacao deles: no caso de
> ADN-mt ou se tem um ou se tem outro. pode ser q. o individuo porte o alelo
> q. embora estivesse presente tbm nos ancestrais da populacao atual A,
> nesta esse alelo tenha se perdido posteriormente apagando o vinculo.

A ideia que eu tinha é que estas analises são feitas a ADN-mt que
evolui por mutação a uma taxa constante. As diferenças não são ao
nivel do gene mas ao nivel dos nucleotidos.
Como a taxa de mutação é conhecida ( e se calhar o problema está
na determinação desta taxa) é sempre possivel dadas duas sequencias
quaisquer determinar há quanto tempo viveu o antepassado comum. Se
o Homem de Mungo tem um ADN demasiado diferente do meu então o nosso
antepassado comum tem que ser muito antigo. Ou isso, ou então o
relógio biológico que eu estou a usar está errado.

> nao se afasta tbm a possibilidade de amplificacao de ADN contaminante, em
> especial por se tratar de um fossil. se houvessem mais teriamos mais
> indicios independentes q. fortaleceriam o caso -- ou mostrariam q. nao
> esta' correto.

E de onde vem esse ADN contaminante. Se vier de um animal qualquer
então o ADN seria demasiado diferente do nosso para ser considerado
humano. Se vier de outro Homo sapiens ficamos na mesma. Se vier
de um Homo Erectus será demasiada coincidencia.


--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: Afinal o que e' "Ciencia" ? (em eepecial: a Matematica e' uma Ciencia ?)
FROM: Paulo Sérgio Dias <psdias@zaz.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 11/01/2001 18:49

Amigos:

- Sei que o que transcrevo abaixo
parece mais uma daquelas rivalidades
entre "profissionais" de areas
diferentes, cada um tentando defender
a sua area de atuacao. Porem, necessito
de opinioes mais amplas, mais profundas,
a respeito da discussao abaixo, para me ajudar
a ter uma visao mais clara a respeito
do que e' a Ciencias, ou o que sao
"as" Ciencias.



Comecando...

a) Ja' li em outros lugares que a separacao
entre a Fisica, Quimica, Biologia, etc., etc.
tem finalidade meramente academica, pois
seus objetos de estudo nao podem ser
totalmente isolados uns dos outros (isto e',
os estudos da Fisica ou da Quimica, POR EXEMPLO,
acabam sempre entrando por areas consideradas
pertencentes `as outras ciencias). Apesar
dessa separacao facilitar o estudo dessas
disciplinas na escola/universidade, segundo
algumas opinioes que li, esse separatismo
teria causado mais mal que bem para as ciencias,
por causar rivalidades desnecessarias.


b) Ja' ouvi de um professor de Fisica que
"a Quimica e' um subconjunto da Mecanica Quantica".
Ao ouvir isso, achei que ele estava simplificando
demais a questao, mas como sou leigo em ambas
as disciplinas, fiquei calado.

Porem, no livro "QED" - A Estranha Teoria
da Luz e da Materia, de Richard P. FeynMan
(que ganhou o Nobel de Fisica de 1965),
editora Gradiva, 1a. edicao, 1988,
pagina 21 e 22, ele diz que:

"A teoria da mecanica quantica tambem explicava toda
a especie de pormenores, como, por exemplo, a razao pela
qual um atomo de oxigenio se combina com dois atomos
de hidrogenio para formar a agua, etc. Portanto, a
mecanica quantica forneceu a teoria por detras da
quimica. Logo, a quimica teorica fundamental e',
de fato, fisica."

- Bem, aqui ele diz que "a quimica teorica fundamental
e', de fato, fisica". Penso eu, embora leigo em Quimica,
que ela e' formada por conhecimentos que vao muito alem do
"fundamental" e, por isso, apenas por que a mecanica quantica
explica a "quimica fundamental", dizer que a Quimica e'
um subconjunto da Fisica, parece-me um
pouco de exagero por parte daquele meu professor
de Fisica.



c) Participo de algumas outros grupos
de discussão, e apareceu uma mensagem
em um news de Matemática, da UOL
(que por sua vez originou-se do
news de Quimica), questionando se
a Matematica seria ou nao uma ciencia.


As mensagens se deram na seguinte
ordem, a partir do momento em que
as recebi:


1a. Mensagem
=============
(de uma participante do news de Matematica do UOL):

>Gente, olha só o que eu achei no NG de Química . . .

>>". . . assim, a química que hoje se apresenta é uma ciência mais
>>hermética que as outras, necessitando mais conhecimentos "puros" para se
>>examinar uma aplicação . . . a química é difícil sim, mas difícil que a
>>física (que começou com Galileu quando a química já era um vasto corpo de
>>técnicas e conhecimentos utilizados por artesãos de todos os tipos e
>>alquimistas) e a matemática ( que não é uma ciência, mas sim uma
>>linguagem)."
>> "matematica é só uma ferramenta....."
>> "não tem as complexidades das ciências naturais, embora seja
imprescindível.
>> enquanto que a química, física, biologia,etc...lidam com uma "realidade",
a
>> matemática se baseia em símbolos e abstrações"


>Pois e'. Acho que e' pensando com essa separatividade que se
> cometem grandes equivocos.
>
> maria angela camargo
> analuizacp@uol.com.br
------------------------------------------------------





2a. Mensagem
=============
(de um outro estudante de Matematica, em resposta `a segunda mensagem):

>Antes de tudo, perceba o que voce esta' dizendo: voce tomou as afirmacoes
>do autor e, ao inves de julga-las com base na logica e expor seus
>argumentos contra ou a favor (o que constitui o debate racional), voce
>faz um julgamento de valor subjetivo ("separatividade") e sem
>fundamento, sem saber se a linha de pensamento do autor leva aos
>"grandes equivocos" que voce tem em mente. Nao se pode julgar a priori
>conclusoes que o autor nem fez!
>
>Voltando ao assunto: as afirmacoes do autor estao corretas, ao menos
>dentro da maior parte das correntes de pensamento modernas. Fisica,
>quimica, etc. são ciencias, lidam com a nossa observacao da realidade
>fisica; a matematica e' uma linguagem, lida com abstracoes e simbolos.
>Sim, nos (humanos) usamos a matematica para auxiliar o desenvolvimento
>dos modelos mentais que fazemos corresponder ao mundo fisico. Sim,
>conversamente nos baseamos boa parte do desenvolvimento da nossa
>linguagem matematica na nossa fonte mais direta de simbolos e padroes,
>que e' o mesmo mundo fisico. Mas isto nao quer dizer que a matematica e a
>ciencia sejam unas; de fato, eu diria (e que voces do newsgroup me deem
>um pouco de licenca poetica, porque ja esta tarde e eu estou com sono),
>o universo matematico do simbolo e o universo cientifico do fato sao
>como o ceu e a terra, diametralmente opostos mas sempre unidos pelo
>tenue horizonte que e' a mente humana.
>
> Rafael Kaufmann
> rnedal@olimpo.com.br
------------------------------------------------------



3a. Mensagem
==============
(do autor da mensagem 1)

>oi, eu sou o autor das tais mensagens
>do news de química
>
>sou quimico pela UFRJ e estava explicando para
>um pessoal vestibulando uns negocios de quimica
>porque eles tavam revoltados pra caramba com
>o conteudo. A quimica e' de fato muito dificil
>devido `a sua idade, o que a tornou possuidora
>de um corpo de conhecimentos muito grande
>( a tal da "colecao de selos" que Ruthrford
>falou no seu discurso do Nobel).
>
>enquanto que na matematica ou na fisica
>muitas vezes o conhecimento da ferramenta ou utilizacao
>podem ser suficientes, na química SEMPRE sera' necessario
>um certo grau de "decoreba", parece ate' karma!
>
>João Antonio S. Bomfim
>joaoasb@ig.com.br
>joaoantonio@yahoo.com
------------------------------------------------------




- Diante do que transcrevi acima, pergunto aos cientistas da lista:

a) Nas suas opinioes, a separacao da Ciencias em disciplinas
diferentes causa grandes males ao desenvolvimento do conhecimento ?


b) Em relacao à 2a. mensagem que transcrevi acima:
Para quem esta' estudando um pouquinho de Matematica, principalmente
no curso de bacharelado em Matematica, como e' o meu caso, posso afirmar
que o nivel de complexidade e' bastante alto... Talvez o autor da
mensagem devesse ter esclarecido melhor o que ele quer dizer com
"complexidade". Talvez justamente pelo fato de boa parte da Matematica
se basear em "abstracoes", torne-a tao complexa para o entendimento de
quem se propoe ao seu estudo.

- Todavia, o "buraco negro" tambem nao e' uma abstracao da Fisica, cuja
existencia se suspeita devido a equacoes matematicas ? Entao, a Fisica
teorica nao pode ser considerada tao abstrata quanto a Matematica, ate'
que uma observacao "pratica" (talvez apenas indiretamente, no caso
dos buracos negros, possa ser realizada ?

- O que talvez eu queira perguntar aqui e': O fisico teorico nao realiza
um trabalho muito mais proximo do matematico do que do fisico "experimental"
?


c) Existe uma definicao aceita universalmente para "Ciencia" ?
Afinal, a Matematica se encaixa nessa definicao de "ciencia"
ou "e' apenas uma linguagem", como diz o autor da segunda mensagem ?


d) Certa vez ouvi no radio um medico dizendo que "a medicina nao
e' uma ciencia" (e os demais medicos que estavam fazendo um
debate ficaram muito revoltados com isso). A medicina encaixa-se
na definicao de "ciencia" ?


e) E' comum ler frases como "A Eletrodinamica e' a ciencia que...",
"A cinematica e' a ciencia que...", etc., referindo-se a
disciplinas que (ACHO eu, como leigo) sao apenas "areas" da
Fisica. E entao... essas disciplinas podem ser consideradas
como ciencias "por si mesmas" ou sao areas da Fisica ?
Parece-me que aqui ocorre o inverso do que `as vezes se fala
sobre a Quimica, ou seja: alguns querem que a Quimica seja
uma "area" da Fisica, embora ela me pareca ser uma ciencia
em si mesma, e outros querem transformar areas da Fisica
em ciencias "por si mesmas".

f) E em relacao `as ciencias "biologicas" ? A Zoologia
e' parte da Biologia ? E a Botanica ? Podemos
dizer que a Botanica, ou a Zoologia sao ciencias, ou
sao "areas" da Biologia ?

g) Qual a diferenca precisa entre "ciencia" e "tecnologia",
e "ciencia" "engenharia". Ja' ouvi dizer que a engenharia
e' "ciencia aplicada", mas tambem ja' ouvi dizer que
"tecnologia e' ciencia aplicada"


h) O termo "Ciencia da Computacao" e' correto ? Ou deveriamos
dizer "Tecnologia da Computacao" ?


- Grato pela atencao de todos.

Paulo
psdias@globo.com.br




SUBJECT: Esquinas - Humor - O Portal do Talento Brasileiro ....... evolucao da especie.
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "Ciencia_Lista" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 11/01/2001 18:56



http://www.esquinas.com.br/Variedades/humor/hum32.htm


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Afinal o que e' "Ciencia" ? (em eepecial: a Matematica e' uma Ciencia ?)
FROM: Adam Luiz de Azevedo <adam@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 11/01/2001 19:32

A minha visão sobre isto é que as ciências, na realidade, não
possui fronteiras bem definidas, carecendo de sentido em se questionar
tais divisões; o que existe não são as ciências e sim a ciência. Quanto a
matemática a defino, sobretuido, como a Ciência dos conceitos, pois se
quero caracterizar de maneira precisa uma definição ou um conceito devo me
utilizar dela. Isto proporciona o uso da Matemática como linguagem e
instrumento para as demais ciências.

On Thu, 11 Jan 2001, Paulo Sérgio Dias wrote:

> Amigos:
>
> - Sei que o que transcrevo abaixo
> parece mais uma daquelas rivalidades
> entre "profissionais" de areas
> diferentes, cada um tentando defender
> a sua area de atuacao. Porem, necessito
> de opinioes mais amplas, mais profundas,
> a respeito da discussao abaixo, para me ajudar
> a ter uma visao mais clara a respeito
> do que e' a Ciencias, ou o que sao
> "as" Ciencias.
>
>
>
> Comecando...
>
> a) Ja' li em outros lugares que a separacao
> entre a Fisica, Quimica, Biologia, etc., etc.
> tem finalidade meramente academica, pois
> seus objetos de estudo nao podem ser
> totalmente isolados uns dos outros (isto e',
> os estudos da Fisica ou da Quimica, POR EXEMPLO,
> acabam sempre entrando por areas consideradas
> pertencentes `as outras ciencias). Apesar
> dessa separacao facilitar o estudo dessas
> disciplinas na escola/universidade, segundo
> algumas opinioes que li, esse separatismo
> teria causado mais mal que bem para as ciencias,
> por causar rivalidades desnecessarias.
>
>
> b) Ja' ouvi de um professor de Fisica que
> "a Quimica e' um subconjunto da Mecanica Quantica".
> Ao ouvir isso, achei que ele estava simplificando
> demais a questao, mas como sou leigo em ambas
> as disciplinas, fiquei calado.
>
> Porem, no livro "QED" - A Estranha Teoria
> da Luz e da Materia, de Richard P. FeynMan
> (que ganhou o Nobel de Fisica de 1965),
> editora Gradiva, 1a. edicao, 1988,
> pagina 21 e 22, ele diz que:
>
> "A teoria da mecanica quantica tambem explicava toda
> a especie de pormenores, como, por exemplo, a razao pela
> qual um atomo de oxigenio se combina com dois atomos
> de hidrogenio para formar a agua, etc. Portanto, a
> mecanica quantica forneceu a teoria por detras da
> quimica. Logo, a quimica teorica fundamental e',
> de fato, fisica."
>
> - Bem, aqui ele diz que "a quimica teorica fundamental
> e', de fato, fisica". Penso eu, embora leigo em Quimica,
> que ela e' formada por conhecimentos que vao muito alem do
> "fundamental" e, por isso, apenas por que a mecanica quantica
> explica a "quimica fundamental", dizer que a Quimica e'
> um subconjunto da Fisica, parece-me um
> pouco de exagero por parte daquele meu professor
> de Fisica.
>
>
>
> c) Participo de algumas outros grupos
> de discussão, e apareceu uma mensagem
> em um news de Matemática, da UOL
> (que por sua vez originou-se do
> news de Quimica), questionando se
> a Matematica seria ou nao uma ciencia.
>
>
> As mensagens se deram na seguinte
> ordem, a partir do momento em que
> as recebi:
>
>
> 1a. Mensagem
> =============
> (de uma participante do news de Matematica do UOL):
>
> >Gente, olha só o que eu achei no NG de Química . . .
>
> >>". . . assim, a química que hoje se apresenta é uma ciência mais
> >>hermética que as outras, necessitando mais conhecimentos "puros" para se
> >>examinar uma aplicação . . . a química é difícil sim, mas difícil que a
> >>física (que começou com Galileu quando a química já era um vasto corpo de
> >>técnicas e conhecimentos utilizados por artesãos de todos os tipos e
> >>alquimistas) e a matemática ( que não é uma ciência, mas sim uma
> >>linguagem)."
> >> "matematica é só uma ferramenta....."
> >> "não tem as complexidades das ciências naturais, embora seja
> imprescindível.
> >> enquanto que a química, física, biologia,etc...lidam com uma "realidade",
> a
> >> matemática se baseia em símbolos e abstrações"
>
>
> >Pois e'. Acho que e' pensando com essa separatividade que se
> > cometem grandes equivocos.
> >
> > maria angela camargo
> > analuizacp@uol.com.br
> ------------------------------------------------------
>
>
>
>
>
> 2a. Mensagem
> =============
> (de um outro estudante de Matematica, em resposta `a segunda mensagem):
>
> >Antes de tudo, perceba o que voce esta' dizendo: voce tomou as afirmacoes
> >do autor e, ao inves de julga-las com base na logica e expor seus
> >argumentos contra ou a favor (o que constitui o debate racional), voce
> >faz um julgamento de valor subjetivo ("separatividade") e sem
> >fundamento, sem saber se a linha de pensamento do autor leva aos
> >"grandes equivocos" que voce tem em mente. Nao se pode julgar a priori
> >conclusoes que o autor nem fez!
> >
> >Voltando ao assunto: as afirmacoes do autor estao corretas, ao menos
> >dentro da maior parte das correntes de pensamento modernas. Fisica,
> >quimica, etc. são ciencias, lidam com a nossa observacao da realidade
> >fisica; a matematica e' uma linguagem, lida com abstracoes e simbolos.
> >Sim, nos (humanos) usamos a matematica para auxiliar o desenvolvimento
> >dos modelos mentais que fazemos corresponder ao mundo fisico. Sim,
> >conversamente nos baseamos boa parte do desenvolvimento da nossa
> >linguagem matematica na nossa fonte mais direta de simbolos e padroes,
> >que e' o mesmo mundo fisico. Mas isto nao quer dizer que a matematica e a
> >ciencia sejam unas; de fato, eu diria (e que voces do newsgroup me deem
> >um pouco de licenca poetica, porque ja esta tarde e eu estou com sono),
> >o universo matematico do simbolo e o universo cientifico do fato sao
> >como o ceu e a terra, diametralmente opostos mas sempre unidos pelo
> >tenue horizonte que e' a mente humana.
> >
> > Rafael Kaufmann
> > rnedal@olimpo.com.br
> ------------------------------------------------------
>
>
>
> 3a. Mensagem
> ==============
> (do autor da mensagem 1)
>
> >oi, eu sou o autor das tais mensagens
> >do news de química
> >
> >sou quimico pela UFRJ e estava explicando para
> >um pessoal vestibulando uns negocios de quimica
> >porque eles tavam revoltados pra caramba com
> >o conteudo. A quimica e' de fato muito dificil
> >devido `a sua idade, o que a tornou possuidora
> >de um corpo de conhecimentos muito grande
> >( a tal da "colecao de selos" que Ruthrford
> >falou no seu discurso do Nobel).
> >
> >enquanto que na matematica ou na fisica
> >muitas vezes o conhecimento da ferramenta ou utilizacao
> >podem ser suficientes, na química SEMPRE sera' necessario
> >um certo grau de "decoreba", parece ate' karma!
> >
> >João Antonio S. Bomfim
> >joaoasb@ig.com.br
> >joaoantonio@yahoo.com
> ------------------------------------------------------
>
>
>
>
> - Diante do que transcrevi acima, pergunto aos cientistas da lista:
>
> a) Nas suas opinioes, a separacao da Ciencias em disciplinas
> diferentes causa grandes males ao desenvolvimento do conhecimento ?
>
>
> b) Em relacao à 2a. mensagem que transcrevi acima:
> Para quem esta' estudando um pouquinho de Matematica, principalmente
> no curso de bacharelado em Matematica, como e' o meu caso, posso afirmar
> que o nivel de complexidade e' bastante alto... Talvez o autor da
> mensagem devesse ter esclarecido melhor o que ele quer dizer com
> "complexidade". Talvez justamente pelo fato de boa parte da Matematica
> se basear em "abstracoes", torne-a tao complexa para o entendimento de
> quem se propoe ao seu estudo.
>
> - Todavia, o "buraco negro" tambem nao e' uma abstracao da Fisica, cuja
> existencia se suspeita devido a equacoes matematicas ? Entao, a Fisica
> teorica nao pode ser considerada tao abstrata quanto a Matematica, ate'
> que uma observacao "pratica" (talvez apenas indiretamente, no caso
> dos buracos negros, possa ser realizada ?
>
> - O que talvez eu queira perguntar aqui e': O fisico teorico nao realiza
> um trabalho muito mais proximo do matematico do que do fisico "experimental"
> ?
>
>
> c) Existe uma definicao aceita universalmente para "Ciencia" ?
> Afinal, a Matematica se encaixa nessa definicao de "ciencia"
> ou "e' apenas uma linguagem", como diz o autor da segunda mensagem ?
>
>
> d) Certa vez ouvi no radio um medico dizendo que "a medicina nao
> e' uma ciencia" (e os demais medicos que estavam fazendo um
> debate ficaram muito revoltados com isso). A medicina encaixa-se
> na definicao de "ciencia" ?
>
>
> e) E' comum ler frases como "A Eletrodinamica e' a ciencia que...",
> "A cinematica e' a ciencia que...", etc., referindo-se a
> disciplinas que (ACHO eu, como leigo) sao apenas "areas" da
> Fisica. E entao... essas disciplinas podem ser consideradas
> como ciencias "por si mesmas" ou sao areas da Fisica ?
> Parece-me que aqui ocorre o inverso do que `as vezes se fala
> sobre a Quimica, ou seja: alguns querem que a Quimica seja
> uma "area" da Fisica, embora ela me pareca ser uma ciencia
> em si mesma, e outros querem transformar areas da Fisica
> em ciencias "por si mesmas".
>
> f) E em relacao `as ciencias "biologicas" ? A Zoologia
> e' parte da Biologia ? E a Botanica ? Podemos
> dizer que a Botanica, ou a Zoologia sao ciencias, ou
> sao "areas" da Biologia ?
>
> g) Qual a diferenca precisa entre "ciencia" e "tecnologia",
> e "ciencia" "engenharia". Ja' ouvi dizer que a engenharia
> e' "ciencia aplicada", mas tambem ja' ouvi dizer que
> "tecnologia e' ciencia aplicada"
>
>
> h) O termo "Ciencia da Computacao" e' correto ? Ou deveriamos
> dizer "Tecnologia da Computacao" ?
>
>
> - Grato pela atencao de todos.
>
> Paulo
> psdias@globo.com.br
>
>
>
> *** --- ***
> Material para a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> deve ser enviado para o mail
> ciencialist@MAIL.com
> *** --- ***
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Afinal o que e' "Ciencia" ? (em eepecial: a Matematica e' uma Ciencia ?)
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 11/01/2001 20:08

Paulo Sérgio e/ou ciencialisteiro.

A princípio classifico a Matemática como *arte*, divorciando-a totalmente dos ditos 'conhecimentos científicos'. Um matemático com M maiúsculo (não um estudante de matemática), um teorizador, não tem o mais remoto pensamento voltado à natureza. Como já postei algumas vezes, ele necessita apenas de papel, lápis, mesa e cadeira. E disso saem estruturas maravilhosas que, nem de perto, foram concebidas para ser usada em qualquer das ditas 'ciências'.
Depois que essa teoria do matemático é aprovada pela comunidade matemática (em discussões silenciosas, mas não menos aguerrida que aquelas dos cientistas) a teoria ganha 'status' e lá permanece à disposição de quem quiser para desenvolver outros teoremas, premissas, hipóteses novas etc. O matemático não participa do mundo da ciência.

Um dia um cientista viu uma pedra caindo e observou que a seqüência dos pontos que ela ocupa no espaço apresenta um isomorfismo com a função do segundo grau (uma teoria matemática à disposição na prateleira) e, mais que depressa traduziu o movimento da pedra (que antes era uma bonita sentença na linguagem corrente) em linguagem matemática: h = (1/2).g.t^2 !

Hoje se confunde o estudo da queda livre com o estudo da função do segundo grau!

A seguir, classifico a ciência como 'conhecimento acumulado por observação da natureza'. Desde os primórdios dessas observações acumuladas percebeu-se anomalias nos 'comportamentos' dos detalhes das coisas da natureza. Uma vaca é diferente de uma pedra mas, grosseiramente, em queda livre ambas têm o mesmo comportamento e seguem a função do segundo grau.

No desenvolver desse conhecimento acumulado, alguns 'sábios' perceberam a necessidade de se criar modelos para a melhor descrição dos comportamentos das coisas da natureza, e inventaram os termos 'deslocamento, velocidade, aceleração, força, carga elétrica etc. etc. etc.'. A Ciência da Natureza, nos primórdios, era uma só. Eu diria que era uma mistura 'Física + 2.Química + (1/2)Biologia'.

Hoje classifico as ciências em termos de 'simplicidade', entendendo por 'mais simples' o quanto mais o conhecimento se afasta da natureza. Nesses termos, a Matemática é a 'ciência' mais simples de todas e até merece um distintivo particular ARTE. A seguir vem a Física que, usando e abusando da singeleza da matemática, abarca uma 'pequena' parte da natureza. A seguir vem a Química, que usa o conjunto anterior e mais outra parte da natureza ... e assim sucessivamente abrindo cada vez mais o leque do conhecimento e, conseqüentemente, afastando-se da simplicidade mas, cada qual tentando produzir algo de útil. Para ficar perguntando se algo é útil ou não, se somos quadrado ou redondo, se a vaca é vaca porque ela quis assim, o que a vaca sentiu quando em queda livre etc. inventaram a filosofia, a psicologia e afins ... não produzem nada ... só servem para encher o saco dos cientistas!

Ainda hoje a ciência divaga em várias partes, uma delas é se a vaca pode ocupar várias posições e estar em vários lugar ao mesmo tempo ... e, quando eu souber a quantidade de movimento da vaca não poderei dizer onde ela está!

Tudo a grosso modo ... é isso ai! Claro, espere e vc verá quanta paulada teremos. ;-)

[]
'Léo

PS: Não esqueçam de cortar o que não interessa (ou já está postado noutra mensagem) ... como diria LRB.


-----Mensagem Original-----
De: "Paulo Sérgio Dias" <psdias@zaz.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: quinta-feira, 11 de janeiro de 2001 18:49
Assunto: [ciencialist] Afinal o que e' "Ciencia" ? (em eepecial: a Matematica e' uma Ciencia ?)


Amigos:

- Sei que o que transcrevo abaixo
parece mais uma daquelas rivalidades
entre "profissionais" de areas
diferentes, cada um tentando defender
a sua area de atuacao. Porem, necessito
de opinioes mais amplas, mais profundas,
a respeito da discussao abaixo, para me ajudar
a ter uma visao mais clara a respeito
do que e' a Ciencias, ou o que sao
"as" Ciencias.



Comecando...

a) Ja' li em outros lugares que a separacao
entre a Fisica, Quimica, Biologia, etc., etc.
tem finalidade meramente academica, pois
seus objetos de estudo nao podem ser
totalmente isolados uns dos outros (isto e',
os estudos da Fisica ou da Quimica, POR EXEMPLO,
acabam sempre entrando por areas consideradas




SUBJECT: Re: [ciencialist] Homem moderno nasceu na Africa
FROM: "Francisco" <fbrito@globo.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 11/01/2001 20:27

Paz e Vida Longa

Caro Takata

Essa pequena parte do seu e-mail me trouxe a lembrança um livro sobre a
História Cultural Japonesa, cujo autor é descendente de japoneses, embora
não me lembre do nome dele, onde se afirma que a muito tempo atrás houve
intensa migração entre Japão e China, com interesses culturais e religiosos.

Parece que a China influenciou culturalmente a muitos povos vizinhos, assim
como recebeu influências de outros, como da Índia.

Dessas várias interações, não é correto pensar que também deve ter havido
uma intensa troca de genes também?

Viva Muito e Prospére

Francisco


> a proposito, ha' genes japoneses entre os chineses a despeito das
> rivalidades. por pouco q. seja ha'. nao apenas pelos casamentos
> esporadicos com tbm pelo odioso episodio do estupro de Nanquim.
>
> roberto takata
>




SUBJECT: Eh isso aih
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 11/01/2001 20:31

-----Mensagem Original-----
De: "Paulo Sérgio Dias"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Quinta-feira, 11 de Janeiro de 2001 18:49
Assunto: [ciencialist] Afinal o que e' "Ciencia" ? (em eepecial: a
Matematica e' uma Ciencia ?)

Vou aproveitar o gancho para reproduzir algo que escrevi em 1983. Está no
capítulo 1 do meu livro "Os átomos também amam".

________________________________

É ISSO AÍ!

Há alguns anos li, em algum lugar, algo que mexeu com os meus brios: "A
química é muito difícil para os químicos." Tenho procurado esta frase em
minha biblioteca mas não encontro; talvez o leitor possa me ajudar a
encontrá-la. Sim! A vida é mais fácil quando nossos problemas são
compartilhados com os semelhantes; quando os pequenos "grilos" não são
levados ao divã de um analista mas resolvem-se num "bate-papo" com um amigo;
quando desejamos um "bom dia" sem o fazer com a displicência costumeira, por
obrigação ou por "educação". Sim, a vida poderia ser mais fácil se nos
amássemos, como fazem os... Bem, deixemos isso para depois.

Creio que foi Einstein quem disse mas não sei ao certo. Mas não importa.
Importa a mensagem e o porquê houvera me tocado tão profundamente. Estranho!
Não sou químico nem físico! E a mensagem, tenho certeza, não fora dada em
tom agressivo. Não me feriu pois que houvera sido dita com humildade. Não me
feriu pois que era uma verdade e as verdades doem mas não ferem: apressam a
cicatrização de uma ferida pré-existente, a ignorância. Não me feriu como
não poderia tê-lo feito, pois houvera sido dita por um mortal, por um
semelhante, por um ser que amo.

Troquei as palavras simplesmente e captei a seguinte verdade: "a biologia é
muito difícil para o biólogo". Sim, porque sou médico e, como tal, sou
biólogo; e se sou biólogo, sou químico e sou físico. Sou cientista. Sou tudo
e não sou nada. Sou homem, enfim.

Quão profunda fora esta mensagem! Mas porque a biologia haveria de ser
difícil para um biólogo? Qual a falha metodológica notada por alguém alheio
aos problemas inerentes ao terreno minado por que não pisa? Logo pensei na
matemática. O biólogo, como o químico do passado, quando a frase fora dita,
não é muito dado a equacionar os seus problemas; e, quando o faz, raramente
ultrapassa as dificuldades de uma equação do primeiro grau. Como nunca fui
alérgico à matemática, procurei sanar esta minha falha. E sempre recomendo
aos meus alunos que façam o mesmo. A matemática é uma ferramenta essencial
ao cientista, pertença ele à área a que pertencer. E nem é tão difícil
quanto pregam. Jamais valorize a matemática por sua dificuldade. Não, ela é
simples, é fácil, é lógica, é gostosa. Não é uma disciplina; é uma
linguagem. E como linguagem, não se aprende na escola: aprende-se
conversando, formulando problemas, vivendo suas igualdades e desigualdades,
seus teoremas e suas hipóteses.

O verdadeiro professor de matemática não ensina matemática: prepara-o para
que no futuro você aprenda a formular os seus problemas; pois quem formula
quase sempre resolve. Sim, o verdadeiro professor não cria a alergia à
matemática observada tão comumente entre os estudantes de biologia e
de medicina. Sim, eu tive bons professores: Não sou alérgico.

Sanei a minha falha e notei com que facilidade podia percorrer terrenos até
então para mim totalmente inóspitos. E verifiquei que a física é fácil para
o biólogo, desde que ele domine a matemática. E me encorajei a estudar
alguns temas que há tempos vinham me "encucando". Comecei pela termodinâmica
pois em biofísica e bioquímica muito se fala em entropia ou energia livre;
mas até hoje nunca li em livros elementares de biofísica ou bioquímica um
trecho que me convencesse ser possível digerí-las. E, no entanto, todos
aqueles que suportam a azia que se segue a deglutição, notam que daí para a
frente a matéria passa a ser simples, gostosa, mas... o chato é que a azia
não passa; é uma lógica ilógica.

Superei em parte estes problemas; "aprendi" a entropia, a energia livre e
muitos outros conceitos que jamais imaginei pudesse me ser úteis. Animado
com o sucesso alcançado tentei ultrapassar todos os sinais vermelhos que
outrora me assustaram. E notei que alguns agora eram verdes.

Displicentemente, e como quem não quer nada, pus-me a andar em direção a uma
placa que dizia: "Cuidado! Mecânica Quântica." Olhei para os lados, para
cima e para baixo e... nada. Certamente era uma brincadeira de mau gosto.
"Não dei bola" e fui em frente. Estava prestes a cruzar os limites indicados
pela placa e... zás! Tomei um choque terrível. Não era brincadeira. A placa
era uma advertência. É, não vai ser hoje, pensei. Olhei novamente para os
lados e vi ao longe algo que me pareceu a foto de um velho matreiro
mostrando a língua e se divertindo com o meu insucesso. Cheguei mais perto e
notei, pela expressão de seu rosto, que realmente ele estava rindo e como
quem dissesse: Não leu o que eu escrevi? "Gamei" à primeira vista.

Sim, o velho me conquistou. Fez-me lembrar o "velho" Magaldi. Posso chamá-lo
assim, pois é o que o Magaldi era: jovem em vitalidade e espírito; velho em
sabedoria; e matreiro como ele só. Não me ensinou nefrologia: Ensinou-me a
viver. Foi um segundo pai. Abriu-me as portas para a carreira científica. E
sempre se divertia com as minhas cabeçadas como quem dissesse: Não ouviu o
que eu falei? E logo abandonava o sorriso para me socorrer com algum
remédio para a dor de cabeça.

É, não é todo dia que se cruza com um velho assim. Mas quando se encontra é
inevitável a flechada do cupido. E alí estávamos: eu e uma foto. Um pouco
mais além encontrei outra placa. Esta não continha advertências e dizia
simplesmente: "Teoria da Relatividade Especial. Sede bem vindo." Entrei. Não
entendi o porquê do especial mas mais tarde, em pleno território
einsteiniano, me esclareceram: era para que não se confundisse com a Teoria
da Relatividade Generalizada. Esta o velho escondera lá nos fundos, pois o
choque que ela produz é muito violento. Alguns chamam a Especial de Restrita
e eu, cá comigo, concordo. Sim, porque quase tudo o que foi "bolado" pelo
velho é muito especial.

Não foi difícil me identificar com os físicos. Aliás, já não houvera sido no
passado quando cruzei com alguns que ousaram penetrar no "meu" território
para estudar transporte através de membranas biológicas, com o "Chiquinho"
Lacaz; ou então, biofísica do néfron, com o "velho" Malnic. Outro "velho
matreiro" com quem cruzei. E agora, como outrora, notei que os físicos são
tão humanos quanto os biólogos. E, por serem humanos, são imperfeitos. E
aprendem a física com tanta dificuldade quanto aprendemos a biologia; ou
quanto os químicos aprendem a química. Sim, a física é difícil para os
físicos! E, no entanto, eles dominam a matemática!

Por ser um educador nato, filho e neto de educadores, preocupei-me com este
problema. Ao biólogo falta a matemática; e ao físico...? Falta o quê? Veja
bem, não estou me referindo a todos os físicos mas àqueles que estão
aprendendo física. O "velho matreiro" seria capaz de dar nó em bambu; mas os
físicos jovens não me pareciam seguir os passos de seu mestre. Alguma coisa
estava errada.

Pensei com os meus botões se não seria um excessivo conhecimento matemático
mas abandonei logo esta hipótese: a sabedoria nunca está em excesso. Alguém
já disse que o saber não ocupa lugar. Lembrei-me então das aulas do Lacaz,
onde o diálogo era uma constante. E me vi sentado em meio a um grupo
tremendamente heterogêneo: biólogos, médicos, bioquímicos,... e físicos. E
era uma heterogeneidade que se completava. Ajudávamo-nos uns aos outros. Os
físicos pareciam não entender como e porque sabíamos com tanta convicção que
uma célula ocupa um lugar no espaço. E para nós isso era tão óbvio! Afinal
uma célula é formada por organelas, as organelas são formadas por
macromoléculas, as macromoléculas são condensações de moléculas menores e
estas, por sua vez, são formadas por átomos. E os átomos ocupam lugar no
espaço. E eles acabavam engolindo o que dizíamos. E creio que chegavam a
ficar com azia. Superada esta dificuldade do grupo, aí éramos nós os
biólogos e afins que passávamos a não entender mais nada. E aí era a vez
deles nos esnobarem: Ora, se a célula ocupa lugar no espaço, em tais e tais
condições, é suficiente equacioná-la desta forma, derivar aqui, integrar
acolá, desenvolver os termos em série, desprezar os elementos de segunda
ordem e... Chega!!! Sobre o que é mesmo que estávamos falando? Ah, sim! As
células ocupam um lugar no espaço, é óbvio. Então vamos começar tudo de novo
e bem devagar.

Bons tempos aqueles. Ainda me lembro da azia que persistia mesmo após o
diálogo com os físicos e com o mestre Lacaz. Sim, aprender é saber conviver
"permanentemente" com esta azia. E o gostoso é quando ela passa. Dá até
vontade de tê-la de novo, só para sentir "aquela" sensação ao passar. Às
vezes se cronifica, e isso é um perigo: deixa de nos incomodar e absorvemos
um dogma.

É, os átomos ocupam lugar no espaço. Será isso um dogma ou um princípio? Ou
uma conseqüência de um dogma? Ou de um princípio? Afinal, os biólogos nunca
viram um átomo! Sentem as conseqüências de sua existência; logo é como se
ele existisse. Daí para a frente o problema é dos físicos e dos químicos.

Sim, os biólogos aprendem a sentir as conseqüências de uma existência; e
procuram pela mesma. Procuram idealizar uma forma para o que se nos aparenta
ser abstrato, ao contrário dos físicos que procuram idealizar uma fórmula
para o abstrato. A partir de então o que era abstrato torna-se concreto. Ou
seja, os biólogos usam a imaginação orientada para a forma. Como fez
recentemente Michel ao desenvolver a Teoria Quimiosmótica; como fizeram
Krebs, Watson e Crick, e tantos outros. E isto não é dogmatizar pois que uma
teoria pode ser contestada e derrubada a qualquer tempo. A biologia se
desenvolveu em cima de teorias e jamais cairá, desde que não
dogmatizêmo-las. Sim, uma teoria pode ser substituída a qualquer tempo, como
podem os tijolos de uma casa; e, às vezes, até mesmo os alicerces.
Dogmatizar significa supervalorizar a estrutura do alicerce. E isto poderá
ser o caos. Os físicos newtonianos que o digam.

A dificuldade do biólogo consiste em equacionar a forma encontrada; e a
dificuldade do físico consiste em dar forma ao abstrato. Evidentemente nem
todos os biólogos são assim; a própria medicina, a meu ver, está apoiada em
muitos dogmas que cedo ou tarde ruirão, com conseqüências imprevisíveis.
Creio na cura do câncer para breve mas não vejo lógica formal alguma na
mente da maioria daqueles que a procuram.

A imaginação não é própria a todos biólogos e médicos, como também não é
exclusividade dos mesmos. Fosse assim estaríamos ainda habitando as
cavernas, reservando as maiores para os hospitais. Não, a imaginação é
própria do homem e um dos maiores exemplos nos foi dado pelo próprio
Einstein, um físico. Quantas teorias ele nos legou! Todas elas dotadas de
alto conteúdo imaginativo. E, como tais, eram teorias; e, como tais,
apoiadas em postulados, não em dogmas. Mas os físicos imaginativos estão
rareando. Vejo que os atuais estão aceitando tudo o que Einstein nos legou,
sem contestações, sem explicações outras. Estão dogmatizando a física
einsteiniana como fizeram com a física newtoniana. E eles mesmo estão
prevendo um caos.

Já é tempo de se modificar o ensino das ciências. Pois nem física, nem
química, nem biologia são difíceis para ninguém. A natureza é simples e o
homem a complica. Poderá não ser fácil penetrar nas profundezas do átomo,
descobrir a cura do câncer, abastecer o mundo com energia não poluente...
Mas também não será tão difícil. Será tão simples quanto descobrir o caminho
da Paz.

É isso aí!
________________________________


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Alberto
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Paradoxo?
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 11/01/2001 21:05

Esta foi a resposta que postei na lista matemática-física

-----Mensagem Original-----
De: Antonio Fernandez
Para: <matematica-fisica@egroups.com>
Enviada em: Quinta-feira, 11 de Janeiro de 2001 09:16
Assunto: [Física e Filosofia] Paradoja de trabajo y energia

> Hola amigos.
> Perdonadme por utilizar el espñol, pero no se italiano.

Ola, Antonio
Vou responder em português e espero que você me entenda.

> ¿Dónde está el fallo?

A falha reside em considerar a energia cinética como absoluta e tentar
aplicar esse absolutismo em relatividade. Vamos admitir uma situação um
pouco diferente. Dois objetos, de massas iguais a 1 kg, estão se afastando
de um observador (1) inercial em direções opostas e com velocidades iguais
em módulo a 10 m/s. A energia cinética total Ec_total(1) do sistema de duas
massas será então = 100J.

Outro observador (2) acompanha uma das massas e percebe que apenas a outra
está em movimento e afastando-se dele a 20 m/s. Para esse observador a
energia cinética total do sistema será:

Ec_total(1) = 0.5*0*0 + 0.5*20*20 = 200J.

Ou seja, ao mudarmos de referencial "a energia cinética do sistema de duas
massas não se conserva".

Vamos agora verificar como as massas adquiriram seus movimentos relativos.
Suponhamos que o sistema estava inicialmente constituído por apenas uma
massa de 2 kg que explodiu liberando dois pedaços iguais de 1 kg em sentidos
opostos. Pela conservação do momento entende-se que no referencial do
observador (1) as velocidades devem ser iguais. E, realmente, seu valor é =
10 m/s.

Antes da explosão a energia cinética do sistema de duas massas era, nesse
referencial, igual a zero. Com a explosão houve a liberação de energia
química que transformou-se em energia cinética e tal que a variação da
energia cinética do sistema pode ser escrita da seguinte maneira:

Ec_total_depois(1) - Ec_total_antes(1) =
= 0.5*2*10*10 - 0.5*2*0*0 =
= 100 J = energia química convertida em energia cinética.

O outro observador (2) enxerga as duas massas antes da explosão viajando a
10 m/s. Após a explosão, uma das massas o acompanha (v = 0) e a outra se
afasta dele a 20 m/s. Neste caso a variação da energia cinética do sistema
será:

Ec_total_depois(2) - Ec_total_antes(2) =
= [0.5*1*0*0 + 0.5*1*20*20] - 0.5*2*10*10 = 200 - 100 =
= 100 J = energia química convertida em energia cinética.

É neste sentido que se diz que a energia se conserva em transformações
relativísticas.

Vamos agora ao seu problema:

> Supongamos un movil de masa m=1kg que se desplaza a Vi=2 m/s y con un
> motor que le permite acelerar alimentado por un tanque de
> combustible que tiene una reserva de energía de W= 4 julios.
> La energia cinetica inicial del móvil es
> Eki= 0.5*m*Vi*Vi = 2 juls.
> Tras hacer uso del motor y agotar el combustible, la energía cinetica
> se incrementa en el trabajo aportado por el motor y resulta
> Ekf= Eki + W= 2 +4 = 6 juls.
> con lo que resulta una velocidad final de
> Vf=SQR(2*Ekf/m)=SQR(12)= 3,46 m/s
> y el incremento de la velocidad es
> DV= Vf-Vi= 3,46-2 =1,46 m/s

Todo esto es correcto. Piense ahora de la siguiente manera: ¿Cómo fue que la
masa m ganó velocidad? Permítanos decir, para simplificar, que m era una
nave que tiró, de uno sólo tiempo, una masa m' en el sentido opuesto a su
velocidad inicial. Para simplificar, permítame hacer también m' = 1lkg. De
acuerdo con la conservación del momento, la variación de la velocidad del m'
será la misma y de señal contrariamente a la variación de la velocidad de m,
en otros términos, igual a -1,46 m/s, tal que su velocidad final será 2 -
1,46 = 0,54 m/s. Por consiguiente, la energía cinética de m' cambió de 2J
para 0,5*0,54*0,54 = 0,15J, perdiendo entonces 1,85J. La variación total de
la energía cinética del sistema m+m' será, por consiguiente, igual a 4J -
1,85= 2,15J.

> Hasta ahora todo bien; ahora consideremos problema visto desde un
> sistema de referencia que se mueve a la misma velocidad que el móvil;
> es decir Vr=2 m/s.
> Desde este sistema de referencia, el móvil está inicialmete en
> reposo, con lo que
> Vi=0
> Eki=0
> Tras el uso del motor
> Ekf= Eki+W = 0+4 =4 Juls.

Aquí está el error. Por la cinemática relativista nosotros sabemos que las
velocidades de las masas m y m' deben ser v = 1,46 y v' = - 1,46. Por
consiguiente, la variación de la energía cinética del sistema de dos masas
será 0.5*2*1.46*1.46 = 2.13J (aprox. 2.15J). Ésta es la energía química
liberada por el tanque de combustible en la forma de energía cinética y que,
"en el otro sistema de referencia" permite afirmar que el tanque tiene una
"reserva de energía" de W= 4J.

En otros términos: El que usted llamó "reserva de energía" no es un
invariante.

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Alberto
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SUBJECT: Brasil entra em rede mundial de pesquisas
FROM: "Marcelo Barbosa" <embs@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 11/01/2001 22:29

Brasil entra em rede mundial de pesquisas

Universidades e instituições paulistas já estão conectadas à
principal agência de pesquisa dos Estados Unidos

Maria Teresa Costa, do Correio Popular

A Rede Acadêmica de Alta Velocidade (Advanced ANSP), que
liga as universidades e institutos de pesquisa do Estado de
São Paulo, está, desde ontem, integrada à rede de alta
velocidade que a principal agência de fomento à pesquisa dos
Estados Unidos, a National Science Foundation (NSF), mantém
entre 180 universidades. É o ingresso do Brasil na Internet
2, a rede de alta velocidade que vai permitir a interligação
de centros de pesquisa paulistas e instituições americanas e
européias. E começa integrando o Programa Biota (o Instituto
Virtual da Biodiversidade) abrigado na Fundação André
Tosello, em Campinas, com o projeto Species Analyst, da
Universidade do Kansas e que é parte da rede de informação
sobre a biodiversidade da América do Norte.
...

Texto na íntegra em:

http://www.cosmo.com.br/infonews/materias/010105_materia01.s
htm


Marcelo Barbosa




SUBJECT: Re: [ciencialist] Afinal o que e' "Ciencia" ? (em eepecial: a Matematica e' uma Ciencia ?)
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 12/01/2001 07:58



Adam Luiz de Azevedo wrote:

> A minha visão sobre isto é que as ciências, na realidade, não
> possui fronteiras bem definidas, carecendo de sentido em se questionar
>
> tais divisões; o que existe não são as ciências e sim a ciência.
> Quanto a
> matemática a defino, sobretuido, como a Ciência dos conceitos, pois
> se............

Simplificadamente eu diria :

Ciencia eh todo campo de estudo cujas leis podem ser falseadas por
experimentos reais. Separar ou nao a quimica da fisica da biologia
da... eh uma
questao de comodidade (ou praticidade) apenas.

A filosofia, que abarca a logica a matematica etc.., nao eh ciencia pois

nao necessita de dados experimentais para sua refutacao.
Ou seja, podemos definir uma logica ou mesmo uma matematica que nao
apresente nenhuma relacao de ordem pratica com o mundo real.

[]s
jocax



SUBJECT: A Evolução da Física
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 12/01/2001 10:46

O texto abaixo é cópia da Introdução do capítulo 4 do meu livro Os Átomos
Também Amam (1984). O título do capítulo é "Da Física Antiga à Física
Moderna".
______________________________

Da Física Antiga à Física Moderna

4.1 Introdução

A física existe desde que o homem existe; mas os testemunhos de que ele
tenha notado sua existência coincidem com a fixação da localização da
capital da sabedoria humana, pelos historiadores ocidentais, na região
mediterrânea. Corresponde este período ao apogeu da física antiga atingido
graças principalmente a Tales, Demócrito, Pitágoras, Arquimedes, Platão e ao
maior pensador de todos os tempos: Aristóteles. A pobreza de recursos
experimentais, longe de limitar o desenvolvimento da ciência grega, foi o
fator gerador de uma série infindável de teorias, justificando a idéia de
que quase todos os grandes descobrimentos científicos do segundo milênio da
era cristã tivessem sido previstos pelos gregos.

A ciência grega caracterizou-se pela procura de princípios unificadores que
regessem todos os fenômenos naturais: esta era a lógica suprema a
utilizar-se das demais lógicas na procura incessante de sua
auto-justificação. A formulação de leis (lógica indutivo-dedutiva) era,
portanto, secundária, ainda que necessária; como também necessário era o
estabelecimento de teorias baseadas em suposições (analogia e lógica
transcendental).

As leis obtidas diretamente da observação era encaradas como partes de
um todo mais geral. As suposições ou postulados, ao passarem pela peneira da
verdade (corroboração observacional das previsões a que levavam),
transformavam-se em leis, aumentavam o número de peças dos quebra-cabeças
que, uma vez montados, traduzir-se-iam em princípios unificantes (1). E
estes princípios deveriam ser tão rígidos a ponto de não permitirem jamais
sua negação, até mesmo por experiências ainda não executadas. A crença nesta
lógica suprema caracterizou não apenas a física aristotélica mas representa
a essência de toda a ciência e filosofia da antigüidade. E revive, de tempos
em tempos, na mente daqueles que, por vias diversas, têm chegado próximos do
que consideramos como verdade científica.

Infelizmente os aristocratas gregos, detentores da ciência e sabedoria de
seu tempo, não deixaram descendentes em condições de evoluir seus
pensamentos. A queda do império grego, seguida pela queda do império romano,
deixou a ciência acéfala. Talvez jamais se saiba a causa verdadeira do fim
destes impérios mas há indícios sugestivos de que a aristocracia
greco-romana tenha sido envenenada, sem perceber, pelo chumbo contido em
panelas, "lataria", cosméticos e tintas (2).

Foram necessários mais de mil anos para que o homem se sentisse à altura de
contestar as afirmações de Aristóteles. E a ressurreição da física, iniciada
por Copérnico e Galileu, culminou com o que chamamos de física clássica ou
newtoniana ou, ainda, a segunda fase áurea da física. Mas a solução de
continuidade impediu o confronto entre os pregadores de uma nova física e os
então inexistentes defensores da física antiga. E por ser mais fácil
descobrir falhas do que virtudes, muitos erros foram apontados e muita coisa
foi redescoberta. E como também muitos conceitos foram redefinidos, sem a
preocupação da observância às normas antigas, houve uma confusão babélica
responsável pela negação de preceitos que talvez jamais tenham sido
estabelecidos como tais por seus pretensos autores; e, conseqüentemente,
muitos conceitos importantes foram deixados de lado. E a física que surgiu,
embora tenha muito da física aristotélica, não tem o principal: a sua
essência.

Newton chegou a "colocar a casa em ordem" e em física pelo menos ultrapassou
em muito a Aristóteles; mas foi uma pena que não tivesse sido seu discípulo.
Não importa quanto o tivesse negado; bastaria que captasse a linha de
pensamento dos filósofos gregos e talvez as leis da inércia, da gravitação e
da ação e reação surgissem como conseqüência lógica da evolução da física
antiga: uma física baseada em princípios que, ao serem testados
experimentalmente, nos levassem à quantificação, baseada em leis.

A física newtoniana admite ainda a formulação de leis de campo de aplicação
restrito, o que evidencia a utilização da lógica transcendental. Um exemplo
clássico é o estudo dos gases reais que em condições hipotéticas
"comportam-se" como gases ideais; a própria lei da inércia é outro exemplo.
São leis limites, mas observáveis: obtém-se experimentalmente estes limites.

Embora a física de Newton apoie-se em leis e não em princípios, nota-se que
a lógica dos filósofos gregos o perseguiu por toda a sua vida. E não foi
outro o motivo pelo qual morreu convicto de que a luz tinha uma natureza
corpuscular: as leis verificadas para a luz não poderiam em hipótese alguma
estar dissociadas das leis que regiam o comportamento cinético dos corpos
materiais.

Pouco importa o que Newton pensasse. Sua física, quando baseada na
constatação pura e simples de fenômenos observáveis, parecia ignorar seu
sonho. E seus seguidores foram, pouco a pouco, abandonando sua lógica e
aceitando definitivamente a teoria ondulatória da luz.

As conseqüências não tardaram; e a mesma física experimental, alheia à
lógica antiga e que derrubou a teoria corpuscular da luz de Newton,
obedecendo à anti-lógica universal abalou todos os demais conceitos
estabelecidos por Newton. E o terremoto em que sucumbiu a física clássica,
no final do século passado (3) só não teve conseqüências maiores graças à
intervenção providencial de Einstein que, após tentar de todas as maneiras
salvar o que havia de bom na física newtoniana, viu-se obrigado a modificar
quase todos os seus pilares. E a física que surgiu, embora tenha muito da
física newtoniana, não tem o principal: a sua essência.

A física einsteiniana, tal e qual a sua precursora, apoiou-se rigidamente em
resultados experimentais. Porém, suplantou-a na utilização da lógica
transcendental e, despojando-se de preconceitos, passou a encarar a
observação dos fenômenos naturais com a preocupação de questionar o óbvio.
Sob este aspecto aproximou-se da física antiga; mas distanciou-se no "modus
operandi"; distanciou-se na sua essência. Não se fixou na busca de
princípios nem de leis mas sim na procura de postulados capazes de
justificarem os fenômenos observados --fenômenos incompatíveis com a física
newtoniana-- e que levassem a novas conclusões corroboráveis
experimentalmente --previsão de fatos. Utilizou-se ainda de uma norma
diversa das anteriores: "Einstein estava convencido de que a beleza é um
princípio guia na busca de resultados importantes em física teórica" (4). E
em termos de beleza ninguém o superou.

Einstein também foi perseguido, durante toda a vida, pela lógica dos antigos
gregos. E outro não foi o motivo pelo qual morreu convicto de que os eventos
da natureza não poderiam ser análogos a um jogo de azar: uma conclusão
aparentemente apoiada na sua física.

Pouco importa o que Einstein pensasse. Seus seguidores, pouco a pouco, estão
abandonando a sua lógica. E a sua física, baseada em suposições e na
estética, está lentamente se transformando numa física alicerçada em
afirmações aceitas como verdades incontestáveis, verdadeiros dogmas
cognominados de princípios, porém sem a consistência que deveriam apresentar
para passar por um crivo aristotélico.

Mas a física que está surgindo tem um lado bom, ainda que apoiado numa regra
estranha. O lado bom é que ela conserva, na apresentação dos resultados, a
beleza introduzida por Einstein. Segundo Dirac, "parece que, ao se trabalhar
a partir do ponto de vista de obter beleza nas equações e tendo-se intuição,
se está numa linha segura de progresso" (4). O estranhável é que a
matemática deixa de ser uma forma do físico expressar seus resultados para
se transformar num conjunto de peças que, por um método baseado em
tentativas e erros, vai lentamente procurando decifrar a realidade física.
Que me perdoem os físicos modernos mas, ainda que concorde com a beleza da
apresentação de seus resultados, não consigo imaginar um método mais feio. É
como se um médico, frente a um doente sem diagnóstico e cinqüenta
medicamentos, passasse a utilizar estes últimos um a um, até encontrar
aquele que curasse o paciente. Os riscos seriam grandes, o tempo perdido
seria enorme, e os custos seriam altíssimos; e, não obstante, a medicina
poderia até mesmo evoluir; como a física tem evoluído, a despeito da
persistência de um fator de incerteza nesta evolução. E, a continuar neste
passo, quando não sei mas certamente chegará a negar alguns de seus dogmas.
A história se repetirá.

______________________________

(1) Num trecho que escrevi posteriormente comento esses princípios em
detalhes (vide Eletromagnetismo e Relatividade, em
http://www.geocities.com/ecientificocultural/Relat/EletroRel01.htm

(2) E.E.Snyder, Historia de las ciencias fisicas, Ed. Labor S.A., Barcelona,
1973, p. 29-30.

(3) G.W.Castellan, Físico Química 2, Ao Livro Técnico S.A., Rio de Janeiro,
1973, p. 484.

(4) A.Herrera, Verdade Científica e Beleza 1, Folha de São Paulo, 26/6/83,
p. de Educação (Ciência e Sociedade).

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Homem moderno nasceu na Africa
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 12/01/2001 11:02

Roberto Mitsuo Takata wrote:

> On Thu, 11 Jan 2001, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> > outra cultura, por exemplo. Isso induzira num isolamento genetico.
>
> por qto tempo? qto resistiriam ateh q. os filhos fossem seduzidos?
>

Tambem nao eh bem assim.

Normalmente os genes tendem a desaparecer por um fenomeno conhecido
como deriva genetica.

Suponha que um chines portador de um alelo A foi ao japao e
este alelo nao pertencia ao pool de genes dos japoneses.

Suponha ainda q este alelo seja neutro e portanto nao confere vantagem
nem
desvantagem evolutiva sobre os alelos japoneses presentes.

Este chines casa-se com uma japonesa e tem 2 filhos.
A probabilidade de este alelo pertencer a um dos 2 filhos eh = 1- 0,5^2
= 75%

Se cada filho tiver 2 filhos e portanto este homem ter 4 netos,
a probabilidade de este alelo ainda continuar existindo sera :
1-0,75^4 = 68%

Ou seja, a tendencia eh o alelo desaparecer da populacao e nao se
espalhar
por ela.

Claro q se este individuo sofrer alguma discriminacao racial/cultural o
alelo
tera + dificuldade de sobreviver, mas se este alelo conferir alguma
vantagem
evolutiva provavelmente ele se espalhara mesmo.

[]s
jocax





SUBJECT: Re: [ciencialist] Homem moderno nasceu na Africa
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 12/01/2001 14:22

On Thu, 11 Jan 2001, João Mário Miranda wrote:
> A ideia que eu tinha é que estas analises são feitas a ADN-mt que
> evolui por mutação a uma taxa constante. As diferenças não são ao
> nivel do gene mas ao nivel dos nucleotidos.
> Como a taxa de mutação é conhecida ( e se calhar o problema está
> na determinação desta taxa) é sempre possivel dadas duas sequencias
> quaisquer determinar há quanto tempo viveu o antepassado comum. Se
> o Homem de Mungo tem um ADN demasiado diferente do meu então o nosso
> antepassado comum tem que ser muito antigo. Ou isso, ou então o
> relógio biológico que eu estou a usar está errado.

sao analisadas as sequencias -- mas qq diferenca na sequencia serve para
caraterizar como variantes de um gene -- os alelos. o ' e " poderiam
indicar uma diferenca de uma base ou mais: numa visao mais radical como
a de Dawkins poderiamos caracterizar ateh mesmo uma unica posicao
nucleotidica do ADN (ou o material genetico da especie) como 'gene' (na
optica dawkiniana 'gene' eh uma certa unidade de recombinacao do ADN --
e a menor unidade possivel de recombinacao eh o proprio nucleotideo)...

a analise do AND-mt em humanos compreende 3 itens:

1 - suposicao de uma taxa media constante de mutacoes;
2 - comparacao das sequencias de humanos e chimpanzes;
3 - calibracao do 'relogio molecular' (nao confundir com relogio biologio
-- o tempo de vida fertil de uma mulher -- e ritmo biologico -- os
padroes de atividade e repouso dos organismos) com o tempo conhecido de
divergencia entre humanos e chimpanzes.

[os aspectos gerais das tecnicas de relogio molecular jah foram comentadas
resumidamente aqui na lista:
http://www.egroups.com/message/ciencialist/2343]

o problema eh q. as taxas nao sao uniformes. porem os dados ateh o momento
estimam entre 125.000 e 536.000 anos de divergencia -- o q. estaria mais
afim da hipotese da substituicao africana. (mas ha' o problema, jah
apontado em mensagem anterior q. o fluxo genetico em uma evolucao
multirregional poderia diminuir sensivelmente a idade estimada de
divergencia).

> E de onde vem esse ADN contaminante. Se vier de um animal qualquer
> então o ADN seria demasiado diferente do nosso para ser considerado
> humano. Se vier de outro Homo sapiens ficamos na mesma. Se vier
> de um Homo Erectus será demasiada coincidencia.

as sequencias nao sao recuperadas inteiras -- tto mais verdade em material
fossil. em geral sao sequenciados fragmentos do material genetico e depois
esses fragmentos sao alinhados (de acordo com a coincidencia da sequencia
das extremidades desses fragmentos).

a presenca de contaminacao pode criar uma sequencia composita e portanto
espuria. as porcoes orginais acabam levando a uma similaridade q.
identifique com ADN humano, mas porcoes espurias podem levar a se imaginar
como sendo muito diferentes.

On Thu, 11 Jan 2001, Fernando Brito wrote:
>Dessas várias interações, não é correto pensar que também deve ter havido
>uma intensa troca de genes também?

pode ter ocorrido, embora nao seja um evento necessario.

On Thu, 12 Jan 2001, João Barcellos wrote:
>Suponha que um chines portador de um alelo A foi ao japao e
>este alelo nao pertencia ao pool de genes dos japoneses.

nao eh bem assim. lembre-se do 'pinga-pinga' q. levou 'a substituicao
genetica lah na finlandia (preciso confirmar se foi mesmo na finlandia).
se for um unico evento migratorio com poucas pessoas em meio a uma
populacao bastante gde eh bem possivel mesmo q. esses genes se percam. mas
dado um fluxo ainda q. baixo e esporadico, porem recorrente, pode haver
integracao dos novos alelos no pool genico de uma populacao.

outra coisa q. pode ocorrer eh a mesma deriva genetica levar nao ao
sumicos dos alelos, mas ao seu aumento -- basta haver uma certa
estruturacao populacional. numa situacao totalmente hipotetica, um alelo
estranho penetra em uma pequena vila com 100 habitantes -- por deriva
genetica esse alelo pode acabar se fixando nessa vila. em havendo
crescimento dessa vila, esses alelos poderiam agora invadir a cidade no
mesmo municipio com uma populacao de digamos: 1.000 habitantes... e assim
vai.

ademais nao precisamos pensar na populacao chinesa, mas um grupo no
ocidente q. seja culturalmente hermetico tende a ser pequeno. e tende a
ser 'consumido' geneticamente em medio e longo prazo pelo grupo dominante
-- em grupos pequenos ha' tbm problemas de consaguinidade entre os
membros.

[]s,

Roberto Takata





SUBJECT: Pergunta Banal - Vida, e o que mais?
FROM: "Francisco" <fbrito@globo.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 13/01/2001 15:06

Paz e Vida Longa!

Mais uma daquelas perguntinhas ingênuas, peço a complacencia dos amigos
listeiros, mas:

O que é vida?
Como se pode determinar que algo está vivo?
Se, hipoteticamente, encontrarmos um ser em outro mundo e este ser for
diferente de tudo o que conhecemos como ser vivo, mas parece estar vivo, que
caracteristicas poderiam nos dizer se efetivamente está vivo?

Vida; e o que mais?!!?

Francisco



SUBJECT: Re: [ciencialist] Homem moderno nasceu na Africa
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 14/01/2001 17:01

Novo estudo contesta hipotese da origem africana do Homo sapiens

Claudio Angelo escreve para a "Folha de SP":

Pesquisa que sera' publicada nesta sexta-feira desfere a segunda pancada da semana
na sacrossanta teoria da origem africana do homem moderno.

Pesquisadores da Universidade de Michigan, nos EUA, afirmam que o Homo sapiens
e' produto de cruzamento entre varias especies de hominideos e que surgiu em
varias partes do mundo ao mesmo tempo.

A chamada hipotese "Out of Africa" (saido da Africa) prega que a especie humana
apareceu naquele continente ha' cerca de 150 mil anos.

A partir de 100 mil anos atras, ela teria comecado a migrar para o resto do planeta
em varias levas, eliminando no caminho populacoes menos adaptadas, como os neandertais,
que habitavam a Europa e a Asia.

A teoria, aceita pela maioria dos arqueologos, ja' havia levado uma pancada tres
dias atras. Terca-feira, o antropologo australiano Alan Thorne anunciou que o
fossil humano mais antigo do pais, o Homem de Mungo, era geneticamente diferente
do Homo sapiens africano, embora tivesse caracteristicas fisicas modernas.

Thorne foi acusado de contaminacao de amostras e de nao ter tido seus resultados
aceitos por uma publicacao cientifica de respeito internacional.

Ja' o novo estudo, coordenado pelo antropologo americano Milford Wolpoff, recebeu
a chancela de uma das revistas cientificas mais importantes do mundo, a "Science".

"Quando voce esta' na plataforma de baixo, precisa gritar mais alto para ser
ouvido. Acho que esse estudo foi um grito bem alto", disse Wolpoff 'a "Folha
de SP", por telefone, referindo-se 'a hegemonia academica do "Out of Africa".

Wolpoff e sua equipe propoem uma ancestralidade dual para o homem moderno Ou
seja, em vez de substituir especies diferentes, os migrantes africanos teriam
se misturado aos antigos habitantes da Europa, da Asia e da Oceania - inclusive
os neandertais e os Homo erectus, considerados especies diferentes.

A conexao entre populacoes e o fluxo de genes de um lado ao outro do planeta
teria promovido a selecao de alguns individuos resultantes desses cruzamentos,
"modernizando" a especie.

"E' a mesma coisa que acontece hoje em dia. Ha' genes passando de um lado para
o outro."

Para comprovar a hipotese, Wolpoff analisou caracteristicas nao-metricas de varios
cranios de homens modernos encontrados na Australia e na Europa, na periferia
da migracao africana, comparando-os a cranios de neandertais, H. erectus e sapiens.

Caracteristicas nao-metricas sao tracos fisicos que podem estar presentes ou
ausentes em um cranio. Analisando-os e' possivel estabelecer a ancestralidade.

Um dos cranios estudados, o do Homem do Lago Willandra, na Australia, de 15 mil
anos, teve 16 tracos analisados. O menor numero de diferencas encontrado (3,7)
foi em relacao a um fossil indonesio que era atribuido a um Homo erectus, ate'
entao.

Outro cranio, descoberto em Mladec, na Republica Tcheca, apresentou o mesmo numero
de semelhancas entre um fossil moderno israelense (14 tracos) e o de um neandertal
(14,8 tracos).

"O que me assusta e' que a analise feita por ele e' muito elegante", disse o
antropologo fisico Walter Neves, da USP, francamente favoravel 'a teoria da origem
africana.

"O problema e' que o modelo abusa do conceito de fluxo genico. Nao havia gente
o bastante no planeta naquela epoca para homogeneizar os tracos modernos." (Folha
Online, 12/1)




SUBJECT: Re: [ciencialist] Homem moderno nasceu na Africa
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 14/01/2001 18:32

-----Mensagem Original-----
De: "Luiz Ferraz Netto" Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Domingo, 14 de Janeiro de 2001 17:01
Assunto: Re: [ciencialist] Homem moderno nasceu na Africa

Já que a turma da física está sem assunto, e na falta de coisa melhor, vou
entrar na do Léo. Só não esperem nada sério a respeito :-)), pois essa não é
mais a minha praia há cerca de 20 anos.

> Pesquisadores da Universidade de Michigan, nos EUA, afirmam que o Homo
> sapiens e' produto de cruzamento entre varias especies de hominideos e que
> surgiu em varias partes do mundo ao mesmo tempo.

É isso aí. Pela sacrossanta teoria quântica ou você determina a espécie, ou
o local onde surgiu uma espécie indeterminada qualquer (princípio da
indeterminação), jamais as duas coisas ao mesmo tempo. Ao fixarmos a espécie
estamos com a função ondulatória espalhada pelo mundo. Podemos então
apenas conhecer a probabilidade de se encontrar um hominídeo no Paquistão,
ou na Romênia, etc.

> Terca-feira, o antropologo australiano Alan Thorne anunciou que o
> fossil humano mais antigo do pais, o Homem de Mungo, era geneticamente
> diferente do Homo sapiens africano, embora tivesse caracteristicas fisicas
> modernas.

É isso aí. As características FÍSICAS MODERNAS afirmam que o Homem de Mungo
passa pela fenda de cima, enquanto o Homo sapiens africano passa pela fenda
de baixo, na experiência da dupla fenda. Um deles comporta-se como fosse um
fóton real enquanto o outro virtual, ou vice-versa. Um anteparo localizado
após as fendas registrará apenas o homo sapiens atual (colapso da onda).

> Thorne foi acusado de contaminacao de amostras e de nao ter tido seus
> resultados aceitos por uma publicacao cientifica de respeito
> internacional.

Intriga da oposição. Seus resultados não foram aceitos pelo fato dele ter
tentado explicar o fenômeno quântico apelando para as ondas piloto de David
Bhom. Há quem diga também que lugar de Thorneiro mecânico é no Brasil e
portanto o máximo que ele pode aspirar é o lugar do FHC (tal e qual o Lula).

> Ja' o novo estudo, coordenado pelo antropologo americano Milford Wolpoff,
> recebeu a chancela de uma das revistas cientificas mais importantes do
> mundo, a "Science".

Muito justo. Em terra onde um Ford faz sucesso, imagine Milfords.

> "Quando voce esta' na plataforma de baixo, precisa gritar mais alto para
> ser ouvido. Acho que esse estudo foi um grito bem alto", disse Wolpoff 'a
> "Folha de SP", por telefone, referindo-se 'a hegemonia academica do "Out
> of Africa".

Pois é, dizem que o Otávio Frias ficou surdo por três dias, após ter
atendido o telefone do Wolpoff. Quanto a essa história de gritar, não sei
não. Outro dia saí na sacada de meu apartamento gritei que minha teoria
era maravilhosa e recebi queixa de todo lado. O único que concordou comigo
foi o porteiro do edifício e tanto que ele está lendo a teoria em páginas
Web. Outro dia ele veio pedir-me um dicionário emprestado para saber o que
significa electron (o coitado estava "lendo" a teoria em inglês).

> Wolpoff e sua equipe propoem uma ancestralidade dual para o homem moderno

Wooollll. Tô começando a simpatizar com esse Wolpoff. Pelo visto ele está
propondo não apenas a quantização cromodinâmica do homem mas também um
darwinismo quântico dualista. Muito bem bolado.

> Ou seja, em vez de substituir especies diferentes, os migrantes africanos
> teriam se misturado aos antigos habitantes da Europa, da Asia e da
> Oceania - inclusive os neandertais e os Homo erectus, considerados
> especies diferentes.

Parece-me que ele está tentando justificar uma aparente violação do
princípio da exclusão de Pauling. Algo assim como a invenção do spin. Esse
cara é muito bom.

> A conexao entre populacoes e o fluxo de genes de um lado ao outro do
> planeta teria promovido a selecao de alguns individuos resultantes desses
> cruzamentos, "modernizando" a especie.

Com efeito. Diria então que o divergência do vetor fluxo de genes iguala a
densidade copulacional, o que estaria então de acordo com a lei de Gauss.

> "E' a mesma coisa que acontece hoje em dia. Ha' genes passando de um lado
> para o outro."

Sim, mas todas as linhas de campo começam num dipolo homem-mulher.

> Caracteristicas nao-metricas sao tracos fisicos que podem estar presentes
> ou ausentes em um cranio. Analisando-os e' possivel estabelecer a
> ancestralidade.

É verdade. Mas nem todo mundo desenvolve seus traços físicos. Alguns, como o
Luis Brudna, desenvolvem mais seus traços químicos; outros, como o Takata,
seus traços biológicos; e terceiros como o Jocax já nascem com seus traços
plenamente desenvolvidos.

> "O que me assusta e' que a analise feita por ele e' muito elegante", disse
> o antropologo fisico Walter Neves, da USP, francamente favoravel 'a teoria
> da origem africana.

É o que eu tenho afirmado com freqüência: "O que não é, não é, mas pode ser
em determinadas circustâncias."

> "O problema e' que o modelo abusa do conceito de fluxo genico. Nao havia
> gente o bastante no planeta naquela epoca para homogeneizar os tracos
> modernos." (Folha Online, 12/1)

Acontece que naquela época o homem era 100% espada e a mulher era
transportada pelo cabelo. :-)) Quanto a homogeneizar, isso não é nada que
uma física quântica acoplada à idéia de universos paralelos não possa
resolver.

[ ]'s e
Para quem achou a msg sem graça, sugiro uma visita ao site do Luis, em
http://www.geocities.com/humornaciencia/ , pois o humor de lá é bem melhor.

Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Resultados da pesquisa de opinião para ciencialist
FROM: ciencialist@egroups.com
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 15/01/2001 05:06


A seguinte pesquisa de opinião ciencialist foi encerrada agora. Aqui estão
os resultados finais:


PERGUNTA DA PESQUISA DE OPINIÃO: Qual é a sua preferência de
configuração da Ciencialist?

ESCOLHAS E RESULTADOS
- Texto simples., 14 votos, 60.87%
- Html (permitindo anexos), 9 votos, 39.13%

VOTOS INDIVIDUAIS
- Texto simples.
- doug.dead@svn.com.br
- daniellf@highway.com.br
- mentecapto@technologist.com
- gabriel101@uol.com.br
- douglas.jpn@zaz.com.br
- jocax@usp.br
- dtavila@osite.com.br
- scf@escelsa.com.br
- rmt@ib.usp.br
- tutor56@yahoo.com
- marx@mail.com
- msbn@daterranet.com.br
- roxo@jedi.com.br
- rbdiniz@terra.com.br
- Html (permitindo anexos)
- albmesq@uol.com.br
- leo@barretos.com.br
- lifer@iconet.com.br
- godoy@bwnet.com.br
- mpennafort@yahoo.com
- dra_savat@bol.com.br
- fcmts@uol.com.br
- adriana_valeska@hotmail.com
- bidual@gbl.com.br


Para mais informações sobre este grupo, visite
http://www.egroups.com/group/ciencialist

Para ajuda com o eGroups, visite
http://www.egroups.com/help







SUBJECT: Re: [ciencialist] Resultados da pesquisa de opinião para ciencialist
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/01/2001 06:53

Sob protesto aceitarei o resultado da pesquisa. Preferia que houvesse ganho o uso do html com bom senso ou o uso de texto simples + anexo. Algumas figuras .gif, como anexo, seriam bem vindas em algumas explicações (nos mais variados temas). Temos nos sacrificados com textos em situações onde uma simples figura explanaria tudo!
Mas, vá lá ... antes texto puro do que código Morse ou sinais de fumaça!

.-.- -... .-. .-.- -.-. --- ...
.-.. . ---

=========

-----Mensagem Original-----
De: <ciencialist@egroups.com>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: segunda-feira, 15 de janeiro de 2001 05:06
Assunto: [ciencialist] Resultados da pesquisa de opinião para ciencialist


|
| A seguinte pesquisa de opinião ciencialist foi encerrada agora. Aqui estão
| os resultados finais:
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| PERGUNTA DA PESQUISA DE OPINIÃO: Qual é a sua preferência de
| configuração da Ciencialist?
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| ESCOLHAS E RESULTADOS
| - Texto simples., 14 votos, 60.87%
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| deve ser enviado para o mail
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Pergunta Banal - Vida, e o que mais?
FROM: "Roberto Fernando" <rfn@iis.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/01/2001 09:13

Vida não é aquilo que : nasce, cresce, envelhece e morre ?
----- Original Message -----
From: "Moacir Alves Schmidt" <moacir.schmidt@softtek.com>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Monday, January 15, 2001 9:35 AM
Subject: RES: [ciencialist] Pergunta Banal - Vida, e o que mais?


> Sabe-se que não há nenhuma definição de vida que satisfaça todos os
> cientistas. Mas
> uma boa aproximação seria dizer que um organismo vivo é aquele que tem a
> capacidade
> de se reproduzir, mantendo a maior parte das suas características. Além
> disso, deveria
> haver reações químicas em seu interior (isto exclui os vírus, inclusive os
> de computador).
>
> Abraços,
>
> <Moacir>
>
> -----Mensagem original-----
> De: Francisco [mailto:fbrito@globo.com.br]
> Enviada em: Sábado, 13 de Janeiro de 2001 14:06
> Para: ciencialist@egroups.com
> Assunto: [ciencialist] Pergunta Banal - Vida, e o que mais?
>
>
> Paz e Vida Longa!
>
> Mais uma daquelas perguntinhas ingênuas, peço a complacencia dos amigos
> listeiros, mas:
>
> O que é vida?
> Como se pode determinar que algo está vivo?
> Se, hipoteticamente, encontrarmos um ser em outro mundo e este ser for
> diferente de tudo o que conhecemos como ser vivo, mas parece estar vivo,
que
> caracteristicas poderiam nos dizer se efetivamente está vivo?
>
> Vida; e o que mais?!!?
>
> Francisco
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>



SUBJECT: RES: [ciencialist] Pergunta Banal - Vida, e o que mais?
FROM: Moacir Alves Schmidt <moacir.schmidt@softtek.com>
TO: "'ciencialist@egroups.com'" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/01/2001 09:35

Sabe-se que não há nenhuma definição de vida que satisfaça todos os
cientistas. Mas
uma boa aproximação seria dizer que um organismo vivo é aquele que tem a
capacidade
de se reproduzir, mantendo a maior parte das suas características. Além
disso, deveria
haver reações químicas em seu interior (isto exclui os vírus, inclusive os
de computador).

Abraços,

<Moacir>

-----Mensagem original-----
De: Francisco [mailto:fbrito@globo.com.br]
Enviada em: Sábado, 13 de Janeiro de 2001 14:06
Para: ciencialist@egroups.com
Assunto: [ciencialist] Pergunta Banal - Vida, e o que mais?


Paz e Vida Longa!

Mais uma daquelas perguntinhas ingênuas, peço a complacencia dos amigos
listeiros, mas:

O que é vida?
Como se pode determinar que algo está vivo?
Se, hipoteticamente, encontrarmos um ser em outro mundo e este ser for
diferente de tudo o que conhecemos como ser vivo, mas parece estar vivo, que
caracteristicas poderiam nos dizer se efetivamente está vivo?

Vida; e o que mais?!!?

Francisco


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http://www.ciencialist.hpg.com.br
deve ser enviado para o mail
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Pergunta Banal - Vida, e o que mais?
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/01/2001 09:43

-----Mensagem Original-----
De: "Roberto Fernando"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Segunda-feira, 15 de Janeiro de 2001 09:13
Assunto: Re: [ciencialist] Pergunta Banal - Vida, e o que mais?

> Vida não é aquilo que: nasce, cresce, envelhece e morre ?

Em 1993, quando do lançamento do livro onde propunha uma nova teoria em
eletromagnetismo, a mesma que está em meu Web Site (A equação do elétron e o
eletromagnetismo), fiz uma palestra cujo título era: "Nascimento, vida e
morte de uma teoria". Pois a meu ver, uma teoria nasce, cresce, envelhece e
morre. E algumas teorias, mesmo após a morte, ficam por aí a nos assombrar,
como por exemplo, a mecânica quântica :-)). Outras ressuscitam, o que
brevemente acontecerá com a física genuinamente newtoniana.

A idéia do título da palestra surgiu-me ao ler um comentário relativo a
Faraday. Este, quando propôs uma teoria no século XIX, a mesma que sustentou
99% da tecnologia do século XX, foi questionado da seguinte forma:

-- Para que serve sua teoria?

A resposta de Faraday foi curta e grossa:

-- Para que serve uma criança ao nascer?

É isso aí.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Vida na Terra comecou antes do que se calculava
FROM: "Fernanda Sais" <lifer@iconet.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/01/2001 12:02

VIDA NA TERRA COMEÇOU ANTES DO QUE SE CALCULAVA, DIZEM CIENTISTAS

SYDNEY -- Cientistas identificaram o sólido mais antigo da Terra,
calculando sua idade em pelo menos 4,3 bilhões de anos, e disseram que
o cristal contém indicações de que os oceanos, continentes e, talvez,
a própria vida sejam muito anteriores ao que se pensa, segundo dois
estudos apresentados na revista Nature.

O grão de zircão, menor do que um fio de cabelo, nasceu não muito
tempo depois de a Terra ter-se formado, segundo os cientistas. O
cristal foi encontrado na região oeste da Austrália, dentro de uma
pedra mais nova. Zircão é um cristal feito de silício, oxigênio e
zircônio, entre outros elementos.

Em um dos trabalhos publicados, pesquisadores das universidades de
Curtin, na Austrália, de Wisconsin nos Estados Unidos e Edimburgo, na
Escócia, afirmaram que o cristal tinha 4,404 bilhões de anos.

Tal estimativa o situa com 130 milhões de anos a mais do que qualquer
outro mineral encontrado antes e como sendo mais novo que a Terra
apenas 100 milhões de anos.

O outro estudo publicado calculou a idade em 4,3 bilhões de anos.
Ambas as equipes de pesquisadores estimaram a idade do grão analisando
seus isótopos de urânio, mineral que se decompõe em chumbo. Calculando
a proporção dos dois minerais, determinaram que os cristais eram de
fato muito antigos.

"Temos muita confiança," disse Mark Harrison, geoquímico da
Universidade da Califórnia em Los Angeles à agência Associated Press.
"Dois estudos conduzidos independentemente chegaram à mesma
conclusão."

Condições favoráveis

Em um dos estudos, os cientistas desenvolveram, a partir da descoberta
da idade do cristal, uma nova teoria, segundo a qual a Terra, no seu
início, ofereceu condições suficientemente favoráveis ao
desenvolvimento da vida, em vez de um ambiente não hospitaleiro.

"Não é apenas o material mais antigo encontrado até o momento, mas ele
remete s teorias de congelamento da Terra, ao desenvolvimento dos
oceanos e formação da lua", afirmou o professor Simon Wilde, da
Universidade de Curtis.

"A rocha na qual o cristal de zircão foi encontrado teve contato com a
água", disse Wilde. "Uma coisa absolutamente surpreendente de se
descobrir para um período de antigüidade de 4,4 bilhões de anos. Isto
é revolucionário e nós não temos prova, mas se havia água, poderia ter
vida."

O que indica a presença de oxigênio é uma quantidade de isótopos com
alto teor desse elemento que não é comum em outros minerais do gênero
datando da primeira idade da história da Terra.

"Em outros termos, a química dos minerais e da rocha com este cristal
não poderia ter se formado a partir de um material num ambiente com
baixa temperatura próxima da superfície da Terra", disse Wilde à
agência France Presse.

"Baseando-se nesta nova pesquisa, é possível que a vida tenha evoluído
e se extinto completamente várias vezes devido a eventos catastróficos
causados por meteoritos", segundo o professor.

A teoria predominante estima que a Terra se formou há 4,55 bilhões de
anos. Foram necessários 700 milhões de anos ao magma e lava para
esfriarem suficientemente antes que a história da vida pudesse
começar.

A mais antiga prova da aparição da vida remete a 3,5 bilhões de anos e
os microfósseis conhecidos têm esta idade. As rochas intactas mais
antigas conhecidas estão localizadas no noroeste do Canadá e os
cientistas calculam sua idade em 3,96 bilhões de anos.

-------
http://cnn.com.br/2001/tec/01/12/vida/index.html - CNN.com.br



SUBJECT: Re: [ciencialist] Pergunta Banal - Vida, e o que mais?
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 15/01/2001 12:19

Francisco,

sua pergunta nao eh ingenua e uma 'resposta' completa exigiria uma
loooooooonga prelecao... 'resposta' entre aspas porq. nao existe uma
definicao clara, precisa e universalmente aceita do q. seja vida.

http://www.egroups.com/message/ciencialist/7674

na pagina acima esta' uma mensagem em q. se discorre um pouco sobre isso
(bem superficialmente).

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Pergunta Banal - Vida, e o que mais?
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 15/01/2001 12:24



Francisco wrote:

> O que é vida?

Não penso que exista uma definição universal.

> Como se pode determinar que algo está vivo?

Se lhe morder está vivo. Dito de outra forma: se estiver vivo
você não terá dúvidas de que está vivo.

> Se, hipoteticamente, encontrarmos um ser em outro mundo e este ser for
> diferente de tudo o que conhecemos como ser vivo, mas parece estar vivo, que
> caracteristicas poderiam nos dizer se efetivamente está vivo?

Em principio nenhum ser vivo é uma ilha e seria de esperar que a
vida constituisse uma bioesfera. Seria facil identificar essa
bioesfera da qual fariam parte elementos inegavelmente vivos.
Tudo o que pudesse ser relacionado com essa bioesfera também
deveria ser considerado vivo, ou pelo menos com algum grau de
vida.
Deste ponto de vista um virus terrestre seria uma entidade com
algum grau de vida porque podemos relaciona-lo com a bioesfera
terrestre. Nesta bioefera um virus desempenha um papel que é em
grau, ligeiramente inferior a outras entidades inegavelmente vivas.
Por outro lado não é possível relacionar da mesma forma os virus de
computador da mesma forma com a bioesfera. Pelo menos não é tão
facil. No entanto no futuro poderemos vir a considerar os virus
de computador como entidades vivas se eles derem origem a entidades
inegavelmente vivas no interior dos nossos computadores.

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] Resultados da pesquisa de opinião para ciencialist
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 15/01/2001 13:05

On Fri, 15 Dec 2000, João Mário Miranda wrote:
> Pode-se criar uma lista paralela para enviar esse tipo de coisas.
> Só subscreve quem quer e só recebe quem quer.
> Só que se corre o risco de dividir a lista em duas.

Ou o mais pratico, o q. tem sido feito. A pessoa diz q. quem quiser algum
material extra eh soh entrar em contato -- os interessados recebem em
particular.

Quem tem endereco na net pode deixar disponivel em seu diretorio web ou de
ftp...

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Goldemberg ... uma boa visao!
FROM: Adam Luiz de Azevedo <adam@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 15/01/2001 16:44

Gostei de sua análise, mas discordo no tocante ao fato de há pouco
a se fazer no meio científico e sim muito agora no meio tecnológico. Isto
é verificado através da crença no meio científico em fins do seculo 19 de
que mais nada precisaria ser feito e que a ciência tinha se esgotado. Tudo
bem, no ano de 1905, Albert Einstein publicou artigos revolucionários e
polêmicos até hoje, pois diversas pessoas ainda tem uma imensa dificuldade
de entender a teoria da Relatividade Especial entre outras
contribuições. No meu ver, conhecemos muito pouco de tudo. A Matemática é,
apesar de tudo, muito limitada e por isso muitos fenômenos físicos que
ocorrem no íntimo da matéria são desconhecidos ou incompreensiveis. É
claro que haverá um maior desenvolvimento tecnológico com que se descobriu
através da ciência mas, em contrapartida, isto permitirá ultrapassar
barreiras tecnológicos para constataçoes experimentais em ciência e pelo
que se sabe feito isto, a ciência irá dar um salto em avanço se tais
contatações forem positivas. Caso contrario, se abrirá novos pensamentos e
idéias que hoje são inimagináveis e tão surprendentes quanto foram para as
pessoas do início do seculo 19 com o advento da Teoria da Relatividade e
a Mecânica Quântica.

On Wed, 10 Jan 2001, Luiz Ferraz Netto wrote:

> A ciencia e o novo milenio, artigo de Jose' Goldemberg
>
> O autor ja' foi secretario nacional de C&T e ministro da Educacao. Esse artigo foi publicado no "Correio Braziliense", de 5/1:
>
> O inicio do seculo 21 e do terceiro milenio da Era Crista e' ocasiao propicia para refletir sobre o que ocorreu nos ultimos periodos historicos e os jornais e revistas tem se dedicado a fazer longas listas dos grandes eventos verificados e quais as perspectivas para o futuro.
>
> As revistas cientificas fazem o mesmo e elas nos convencem de que, sem a menor duvida, o seculo 20 trouxe 'a humanidade enorme progresso cientifico e tecnologico.
>
> Mais do que qualquer outro avanco, a descoberta do eletromagnetismo no seculo 19 e a geracao e propagacao das ondas eletromagneticas abriram caminho para a era da eletricidade e das telecomunicacoes, que revolucionaram a vida de grande parte da populacao mundial.
>
> Junto com os avancos da medicina que, efetivamente, prolongaram a vida humana, atingimos o fim do seculo 20 com horizontes promissores e um progresso material sem precedentes para parte significativa da populacao mundial.
>
> O mesmo argumento foi usado no fim do seculo 19, mas ha' uma reflexao nova e importante a fazer aqui: a ciencia de entao, laboriosamente construida na base das grandes teorias de Newton, influenciou decisivamente o pensamento de filosofos como Kant e cientistas sociais como Marx.
>
> Ela se baseava numa visao do mundo determinista e que descrevia os fenomenos que ocorriam ao nosso redor, isto e', era uma ciencia formulada para as experiencias dos seres humanos e nao necessariamente a ciencia em geral.
>
> Faltava a ela uma compreensao mais profunda do que se passava em nivel microscopico, ou seja, no nivel dos atomos e no seu interior bem como o que se passava no nivel dos cosmos.
>
> Ja' no fim do seculo 19 comecaram a aparecer indicacoes de que a visao do mundo era incompleta, pois fenomenos como a radioatividade e o proprio comportamento da luz ainda estavam inexplicados.
>
> A primeira metade do seculo 20 viu uma completa revolucao nos conceitos fisicos com a teoria da relatividade de Einstein e a mecanica quantica em que o determinismo dos fenomenos fisicos foi seriamente abalado.
>
> Essa revolucao, junto com os conhecimentos do seculo 19, impulsionou, contudo, a C&T de tal forma que chegamos ao fim do seculo 20 com enorme confianca nas nossas visoes do mundo, incluindo ai o conhecimento do codigo genetico e a possibilidade de modifica-lo.
>
> Nao ha' outras revolucoes cientificas 'a vista, exceto, talvez, a que podera ' resultar dos fenomenos que estao ocorrendo nas fronteiras do universo onde estranhas forcas parecem estar em acao.
>
> Afora isso, o seculo 21 (e o terceiro milenio) parece prometer mais progresso tecnologico do que cientifico, para o que os alicerces que temos hoje parecem bastar.
>
> Isso so' nao acontecera' se a natureza humana impedi-lo, o que e' bem possivel. Por incrivel que pareca, apesar de todos os avancos da C&T, os seres humanos sao guiados hoje basicamente pelos mesmos instintos e paixoes que os gregos ha' 2.500 anos.
>
> Essa e' a razao pela qual as pecas teatrais gregas com suas tragedias e comedias parecem tao atuais, bem como as pecas de Shakespeare, que, apesar de escritas ha' quatro seculos, parecem ter captado o intimo da alma humana mais do que quaisquer outras.
>
> Essa parece ser tambem a razao pela qual a experiencia da Uniao Sovietica fracassou, bem como outras tentativas de organizacao social baseadas nos grandes ideais dos socialistas do seculo 19.
>
> Basicamente elas se recusaram a aceitar a ideia que em diferentes sistemas sociais e economicos quaisquer que eles sejam, socialistas ou capitalistas, muitos individuos agirao de forma competitiva afim de melhorar o proprio status, conquistar o poder e servir aos seus interesses ou do seu grupo.
>
> Tais caracteristicas podem levar a distorcoes, a guerras e ate' 'a destruicao de certas civilizacoes, do que existem muitos exemplos ao longo do tempo.
>
> Nos nossos dias, ha' um ingrediente novo, que e' a enorme capacidade que criamos de degradar o meio ambiente, consequencia do nosso modo de producao e consumo predatorio.
>
> Ele exacerba as tendencias destrutivas das sociedades humanas como parece ter feito com a civilizacao maia no fim do primeiro milenio.
>
> Reduzir, eliminar ou corrigir atentados ao meio ambiente pode ser conseguido com os conhecimentos cientificos e tecnologicos de hoje. Melhorar os homens parece mais dificil. (Correio Brasiliense, 5/1)
>
>
>
> *** --- ***
> Material para a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> deve ser enviado para o mail
> ciencialist@MAIL.com
> *** --- ***
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Pergunta Banal - Vida, e o que mais?
FROM: "Otávio Tavares Ranzani" <tataran@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 15/01/2001 23:48

Caros colegas, entranda na discussão..gostaria que dessem uma olhada
neste artigo de Marcelo Gleiser publicado no "Caderno Mais" do jornal Folha
de São Paulo; que achei muito interessante.
O artigo começa assim: "Uma origem violenta da vida na Terra?

Uma das questões mais intrigantes para os cientistas de hoje é a questão da
origem da vida. O problema começa justamente com a definição, ou com a falta
dela, do que seja vida. Por incrível que pareça, não existe ainda um
consenso de como definir vida."

Leiam o texto inteiro no endereço:
http://www.uol.com.br/fsp/ciencia/fe1712200002.htm

Obrigado, Otávio!



SUBJECT: Stephen Hawking
FROM: "Luis Roberto Brudna [RS]" <lrb@if.ufrgs.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 16/01/2001 02:34

Stephen Hawking preve raca humana superior neste milenio


Stephen Hawking, o fisico mais famoso do mundo, previu que a raca
humana
colonizara' outros planetas dentro de um seculo e que sera' capaz de
estruturar um ser humano geneticamente superior neste milenio.

"Alguem vai melhorar a raca humana em algum lugar do planeta",
declarou
Hawking numa conferencia sobre o futuro da ciencia 'a qual
comparecerem
pelo menos 3.000 pessoas em Bombaim, India.

"Nao estou oferecendo meu apoio 'a engenharia genetica como se fosse
algo
bom, o que quero dizer e' que e' muito possivel que aconteca neste
milenio,
seja do nosso agrado ou nao", indicou ainda Hawking.

Hawking, sentado numa cadeira de rodas e semiparalitico, tambem
previu que
os bebes darao a luz fora do utero nos proximos seculos. O fisico
britanico
assinalou que a raca humana vai melhorar consideravelmente sua
capacidade
mental e fisica e vai superar os desafios da era espacial.

"Se nao causarmos nossa propria destruicao nos proximos 100 anos,
penso que
chegaremos a outros planetas no sistema solar e depois 'as estrelas
mais
proximas", declarou Hawking.

O cientista sofre de esclerose lateral amiotrofica, ou mal de Lou
Gehrig,
ha ' mais de 30 anos. Tem a mesma catedra que teve Isaac Newton na
Universidade de Cambridge e e' autor do enorme exito editorial "Breve
historia do tempo".

Esta' em Bombaim para uma conferencia sobre a chamada "teoria das
cordas"
que, segundo o proprio Hawking e outros cientistas, uma vez
comprovada, se
convertera' na resolucao de uma serie de teorias contraditorias sobre
a
origem e o futuro do universo. (AP) (Folha Online 14/1)

---
Ateh mais.
Luis Brudna



SUBJECT: Prestem Atenção! Estamos vivendo várias revoluções
FROM: Moacir Alves Schmidt <moacir.schmidt@softtek.com>
TO: 'Carlos Henrique da Silveira' <silveira@rm.com.br>, Webin - Lúcio - IEG <dromni@ieg.com.br>, Webin - Raul - Vida <raul@vidaacademica.com.br>, "'dino@psinet.com.br'" <dino@psinet.com.br>
CC: "'ciencialist@egroups.com'" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 16/01/2001 10:42

Genética desenvolve célula contra leucemia

Britânicos anunciam nova terapia que pode ser eficaz
contra todas as formas da doença

LONDRES - A engenharia genética pode revolucionar
dentro de dois anos o tratamento de todas as formas
de leucemia e transformar a quimioterapia em coisa do
passado para esses casos. Cientistas britânicos anunciaram
ontem ter produzido em laboratório um glóbulo branco
capaz de destruir as células doentes sem danificar as
sadias, o que eliminaria os efeitos colaterais provocados
pelas terapias hoje disponíveis.

De acordo com os especialistas do Hammersmith Hospital e
da Faculdade de Medicina do Imperial College, de Londres,
a chave para a descoberta foi a identificação do gene WT1,
que é superativo nas células doentes. A partir deste
marcador, a equipe de Hans Stauss criou células de defesa
capazes de localizar e destruir as células com leucemia e
ignorar as saudáveis. "Esse princípio pode ser aplicado a
praticamente todas as formas de leucemia e significa um
enorme avanço no tratamento da doença", afirmou Hauss, em
entrevista à BBC. "O que torna esse trabalho ainda mais
promissor é que ele pode ser aplicado também a cânceres
sólidos, como os de mama e pulmão, em que o WT1 também é
superexpresso."

De acordo com Robert Winston, diretor de pesquisa do
Hammersmith Hospital, esta é a primeira vez que é identificado um alvo que
pode ser seletivamente destruído pelos linfócitos T. "Essa descoberta
ressalta a importância da pesquisa acadêmica de longo prazo para
desenvolvimento de novas terapias", afirmou. A pesquisa, que durou 6 anos,
custou 750 mil libras (cerca de R$ 2,1 milhões) e foi financiada pelo Fundo
para Pesquisa da Leucemia.

A equipe de Stauss já está trabalhando com hematologistas para realizar os
primeiros testes clínicos, o que deve ocorrer dentro dos próximos dois anos.
Segundo Winston, os especialistas querem começar esses testes o mais breve
possível. (Reuters, EFE, DPA e AFP


SUBJECT: Re: [ciencialist] Stephen Hawking
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 16/01/2001 10:56

On Tue, 16 Jan 2001, Luis Roberto Brudna [RS] wrote:
> Stephen Hawking preve raca humana superior neste milenio

raca humana superior eh aquela q. fica na parte de cima: nas coberturas
dos edificios ou nos avioes?

superior ou inferior nao tem sentido em evolucao biologica.

> colonizara' outros planetas dentro de um seculo e que sera' capaz de
> estruturar um ser humano geneticamente superior neste milenio.

/Homo superior/, acho q. isso era coisa dos X-Men (da Marvel e nao da
Atari). Bullshit...

> os bebes darao a luz fora do utero nos proximos seculos. O fisico

peraih! bebes gravidos??? ou quer dizer q. vao implantar aqueles genes de
aguas-vivas e vao criar bebes q. brilham no escuro? isso eh ser superior?

quem da' a crianca 'a luz (com acento grave indicador de crase) eh a
mae... no maximo os bebes poderao ser dados 'a luz fora do utero... chamem
a policia q. esse tradutor eh estelionatario.

> mental e fisica e vai superar os desafios da era espacial.

ah! isso eh ser superior... querem dar uma conotacao absoluta para a
questao da superioridade, filme velho e sem graca...

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Prestem Atenção! Estamos vivendo várias revoluções
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: "'ciencialist@egroups.com'" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 16/01/2001 12:04

On Tue, 16 Jan 2001, Moacir Alves Schmidt wrote:
> LONDRES - A engenharia genética pode revolucionar
> dentro de dois anos o tratamento de todas as formas

dica, sempre q. aparecer a palavra: 'revolucionario' pode ter certeza q.
eh 'golpe'. foi assim na 'revolucao' de 64 e eh assim nas pecas
publicitarias... "'hair sink' o novo tratamento revolucionario contra
queda de cabelo"; "AB-shaper o revolucionario metodo de manter o seu corpo
em forma"...

diminua o impacto prognosticado nesses anuncios de novos tratamentos
contra tumores por um fator de pelo menos 10.

esse tempo de dois anos nao existe: estao ainda em fase de laboratorio.
vai demorar pelo menos um ano pros testes in vivo com ratos. e se bem
sucedido mais dois a cinco anos em testes com humanos voluntarios.

as pessoas jah deveriam estar vacinadas contra esses anuncios bombasticos:
um dos mais recentes casos foi o da angiostatina -- extremamente
promissora em ratos, mas com alguns problemas para testes em humanos.

isso soh serve pra 'justificar' as pesquisas de um grupo e angariar mais
verbas. (e acaba fomentando toda uma industria de oportunistas...)

[]s,

roberto takata




SUBJECT: RES: [ciencialist] Prestem Atenção! Estamos vivendo várias revoluções
FROM: Moacir Alves Schmidt <moacir.schmidt@softtek.com>
TO: "'ciencialist@egroups.com'" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 16/01/2001 14:17

On Tue, 16 Jan 2001, Moacir Alves Schmidt wrote:
>> LONDRES - A engenharia genética pode revolucionar
>> dentro de dois anos o tratamento de todas as formas

Roberto Tataka:
>dica, sempre q. aparecer a palavra: 'revolucionario' pode ter certeza q.
>eh 'golpe'. foi assim na 'revolucao' de 64 e eh assim nas pecas
>publicitarias... "'hair sink' o novo tratamento revolucionario contra
>queda de cabelo"; "AB-shaper o revolucionario metodo de manter o seu corpo
>em forma"...

Não queira colocar todas as farinhas no mesmo saco. É indiscutível que
estamos vivendo uma revolução na genética (veja a Dolly, o ANDi, o Genoma
Humano, só para citar os mais populares). O volume de conhecimentos
adquiridos nos ultimos 20 anos é enorme (Alguem se lembra de ter ouvido
falar de teste de paternidade baseado em DNA há dez anos atrás?). Não
sou exageradamente otimista mas acho que é inevitável que alguma parcela
deste conhecimento adquirido se traduza em benefícios para a humanidade
em curto prazo...

<Moacir>


SUBJECT: Re: [ciencialist] Stephen Hawking
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 16/01/2001 14:48

-----Mensagem Original-----
De: "Roberto Mitsuo Takata"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Terça-feira, 16 de Janeiro de 2001 10:56
Assunto: Re: [ciencialist] Stephen Hawking

> On Tue, 16 Jan 2001, Luis Roberto Brudna [RS] wrote:
> > Stephen Hawking preve raca humana superior neste milenio

Hawking não nega suas origens (inglês de carteirinha) e, para não fugir a
regra, acredita numa raça superior. A segunda guerra mundial nada mais foi
senão uma disputa selvagem entre dois povos que se consideravam superiores,
quase que com a finalidade de provar ao mundo "quem era mais o quê". Os
demais agiram apenas como figurantes. E quem se aproveitou da situação foi o
filho pródigo do UK, os USA. Hoje os tempos são outros mas a mentalidade
deste povo (o inglês) que massacrou o mundo durante séculos, com um
imperialismo selvagem, discriminatório e racista, não muda de uma hora para
outra.

> raca humana superior eh aquela q. fica na parte de cima: nas coberturas
> dos edificios ou nos avioes?

Ou então no "Império onde o Sol nunca deixa de brilhar".

> superior ou inferior nao tem sentido em evolucao biologica.

Com efeito. Tem sentido apenas na evolução econômica. E é neste sentido
econômico que os seres superiores de hoje habitam o país-filho pródigo do
império britânico.

> > os bebes darao a luz fora do utero nos proximos seculos. O fisico
> peraih! bebes gravidos???

Heheheh... dá um desconto. Afinal o Hawking é apenas um físico quântico
contumaz. Diz uma asneira atrás da outra e posa de entendido em tudo. Em
termos de física diria que ele está mais para Zagalo (o tetracampeão da
burrice) do que para Pelé (apenas tricampeão). O hábito não faz o monge e a
cadeira de Newton não opera milagres. Do contrário, seria o caso de irmos
navegar no veleiro de Einstein.

> quem da' a crianca 'a luz (com acento grave indicador de crase) eh a
> mae... no maximo os bebes poderao ser dados 'a luz fora do utero... chamem
> a policia q. esse tradutor eh estelionatario.

Não é a primeira vez que ouço isso com respeito ao Hawking. A culpa é sempre
do tradutor. Mas, que raios de cientista é esse que permite que suas "obras
primas" sejam entregues nas mãos de maus tradutores? Um homem com a fama que
ele tem deveria ser mais cuidadoso, vocês não acham? Que eu produza artigos
escritos num mau inglês, tudo bem, afinal sou apenas um alberto-ninguém
perdido num país do terceiro mundo e em desenvolvimento (para não dizer
subdesenvolvido). Mas ele é o homem que senta-se na cadeira de Newton, o
maior físico produzido pela "raça superior dos ingleses". Não seria o caso
dele possuir uma equipe de assessores editoriais um pouquinho melhor?

> > mental e fisica e vai superar os desafios da era espacial.
> ah! isso eh ser superior... querem dar uma conotacao absoluta para a
> questao da superioridade, filme velho e sem graca...

É isso aí.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Re: Stephen Hawking
FROM: "Andre R. D. Baptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 16/01/2001 21:18


-----Mensagem Original----- De: Alberto Mesquita Filho

> Hawking não nega suas origens (inglês de carteirinha) e, para não
fugir a
> regra, acredita numa raça superior.

Os ingleses, os japoneses, os alemães, os espanhóis, os judeus, os
romanos, os gregos e troianos, em toda parte existe gente que acredita
nessas coisas. Procure no seu bairro, no seu clube ou no seu prédio
que você vai encontrar.

>A segunda guerra mundial nada mais foi
>senão uma disputa selvagem entre dois povos que se consideravam
superiores,
>quase que com a finalidade de provar ao mundo "quem era mais o quê".

Peraí!! Os ingleses são culpados de muitas coisas, mas quanto a serem
culpados pela segunda guerra isso é novidade absoluta para mim.

>Os demais agiram apenas como figurantes. E quem se aproveitou da
situação foi o
>filho pródigo do UK, os USA. Hoje os tempos são outros mas a
mentalidade
>deste povo (o inglês) que massacrou o mundo durante séculos, com um
>imperialismo selvagem, discriminatório e racista, não muda de uma
hora para
>outra.

Pobre Hawking. Você está destilando um ódio que ele não merece. Ele
não pode ser culpado por séculos de imperialismo. Depois ninguém sabe
ao certo o que ele quis dizer com "raça superior". Talvez para ele
"raça superior" seja simplesmente alguém que consiga se mexer, se
levantar e ir até a geladeira preparar um sanduíche.

Os ingleses produziram Shakespeare, Locke, Newton, Darwin, Dirac,
Turing e mais uma carrada de gênios. Fizeram a revolução industrial.
Pariram, como você mesmo disse, os EUA. Mataram muitos nativos em toda
a parte, mas isso todos os povos dominantes em todas as épocas
fizeram. Os ingleses inventaram a ciência moderna, Alberto. Se eu
fosse inglês, seria pelo menos um pouquinho arrogante, com todo esse
passado.

abraços,

André




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Stephen Hawking
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 17/01/2001 00:13

-----Mensagem Original-----
De: "Andre R. D. Baptista"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Terça-feira, 16 de Janeiro de 2001 21:18
Assunto: [ciencialist] Re: Stephen Hawking

Olá Andre

> >A segunda guerra mundial nada mais foi
> >senão uma disputa selvagem entre dois povos que se consideravam
> >superiores, quase que com a finalidade de provar ao mundo "quem era mais
> o quê". Peraí!! Os ingleses são culpados de muitas coisas, mas quanto a
> serem culpados pela segunda guerra isso é novidade absoluta para mim.

Bem, talvez exista aí um certo exagero e/ou uma tentativa de encaixar na
segunda guerra aquele ditado que diz "quando um não quer dois não brigam".
Por outro lado, você refere-se a uma "culpa" imediata e eu provavelmente
pretendi retratar uma selvageria centenária que descambou em atrocidades dos
dois lados. Sem dúvida, Hitler era alemão mas nem todo alemão é um Hitler. E
se o povo alemão se iludiu com Hitler, parece-me que não foi apenas pela
beleza de seu bigode. :-)

> Pobre Hawking. Você está destilando um ódio que ele não merece. Ele
> não pode ser culpado por séculos de imperialismo. Depois ninguém sabe
> ao certo o que ele quis dizer com "raça superior". Talvez para ele
> "raça superior" seja simplesmente alguém que consiga se mexer, se
> levantar e ir até a geladeira preparar um sanduíche.

Não julgo Hawking por sua desgraça mas por sua obra, que não deixa de ser
respeitável. Se ele consegue fazer uma palestra para 3.000 pessoas na Índia,
creio que podemos deixar sua doença de lado e comentar sua obra, sem
paixões. Aliás, se ele for tão bom quanto dizem, creio que ficaria feliz em
ver que sua doença não é levada em consideração ao julgarmos o que fala.
Hawking, para mim, é um físico bom, como centenas ou milhares de outros que
existem por aí. Conhece bastante o que estuda mas mistura muito ciência com
ficção. Fosse outro, estaria na galeria dos crackpots. Não que o seja, mas
suas idéias são hipervalorizadas em demasia. Até mesmo quando ele se digna
a falar sobre assuntos outros, como por exemplo o conteúdo criticado pelo
Takata e que deu origem a minha msg.

> Os ingleses produziram Shakespeare, Locke, Newton, Darwin, Dirac,
> Turing e mais uma carrada de gênios.

Para mim, Newton e Darwin seriam mais do que suficientes para sustentar suas
idéias. E os demais, sem dúvida, enriquecem o argumento. Nem por isso vou
defender o imperialismo britânico que durou séculos e arruinou metade do
mundo. Como brasileiro, envergonho-me do que fizemos com o Paraguai. E
fizemos apenas para atender a caprichos de ingleses. Nada contra os ingleses
que vivem no Brasil, mesmo porque nosso país é uma miscelânea danada. Aqui,
ao falarmos do resto do mundo, considero todos os demais brasileiros como
meus irmãos, independentemente de origem, raça, sexo, religião, etc. Gosto
dos ingleses brasileiros e, até mesmo, dos físicos quânticos :-)).

> Fizeram a revolução industrial.
> Pariram, como você mesmo disse, os EUA. Mataram muitos nativos em toda
> a parte, mas isso todos os povos dominantes em todas as épocas
> fizeram. Os ingleses inventaram a ciência moderna, Alberto. Se eu
> fosse inglês, seria pelo menos um pouquinho arrogante, com todo esse
> passado.

Sinceramente, sou brasileiro mas envergonho-me do que fizemos com o
Paraguai. E isso foi há já bastante tempo. Nem por isso deixo de amar o meu
país, mas coloco a arrogância de lado, se é que temos algum motivo para
sermos arrogantes. Quanto à ciência moderna, creio que Itália, França,
Alemanha, Dinamarca e tantos outros colaboraram tanto ou mais do que os
ingleses. Sem demérito algum para aqueles que você citou e dentre os quais
está o meu ídolo Newton. Lembraria ainda meu outro ídolo Popper, que também
é inglês.

Quanto ao mais, parece que exagerei um pouco no condimento mas isso acontece
e foi bom, pois há tempos que leio suas mensagens e não me lembro de termos
"nos enfrentado" antes. :-)) Se o fizemos, foi há muito tempo.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Stephen Hawking
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 17/01/2001 00:50



Alberto Mesquita Filho wrote:

>
> Bem, talvez exista aí um certo exagero e/ou uma tentativa de encaixar na
> segunda guerra aquele ditado que diz "quando um não quer dois não brigam".

Isso é para o amor, na guerra é diferente...
--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: Ejetor ratonico
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 17/01/2001 12:45

Ois,
cortando um pouco o Hawking ... e falando de ratoeira.

Queria usar uma ratoeira (metálica, pequena) presa a um carrinho de madeira para lançar uma bolinha na vertical (relativa ao carrinho) --- um experimento conhecido, variante do trem que joga uma bolinha pela chaminé e esta retorna a ela (chaminé). O sensível disparador da ratoeira é ótimo para o experimento. O carrinho, na batatolina, é um trenzinho plástico (com pilha) em trilho retilíneo e horizontal.

Já 'bolei' várias opções para converter o movimento circular acelerado do "U" (que aprisiona o rato) em movimento vertical da bolinha a ser lançada. Ainda não estou contente com minhas opções.

Alguém tem sugestões?

[]'
Léo






SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Stephen Hawking
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 17/01/2001 12:55

Alberto Mesquita Filho wrote:
> Sem dúvida, Hitler era alemão mas nem todo alemão é um Hitler.

Sem dúvida, Hitler era autríaco mas nem todo austríaco é um Hitler.

> E
> se o povo alemão se iludiu com Hitler, parece-me que não foi apenas pela
> beleza de seu bigode. :-)

Dizem que ele copiou de Charles Chaplin. E a Vera Fisher diz que prefere
a barba do Fidel ao bigode do Hitler. Estes dias eu vi a barba do Fidel
dela e a ojeriza foi tanta que não consegui olhar para minha namorada
por dois dias. Um amigo meu passou pelo mesmo problema.

Eu pessoalmente acho que Hitler era judeu.

==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
==========================================================


SUBJECT: Rifle tocado a gasolina
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 17/01/2001 13:04

Ois, (bis)

ainda 'cortando' o 'Falcãndo' (Hawk ing) ... muito parecido com a 'meio mais' (Demi More).

Uma 'espingarda' acionada a gasolina, com faísca piezelétrica, a guisa do motor a explosão para lançar dardos tranquilizantes é minha próxima empreitada. Nada de pólvora, apenas um minúsculo tambor de gasolina (ou mesmo o reservatório de gás liquefeito de um isqueiro BIC).
No caso do isqueiro o sistema de faísca já vem pronto.

Alguém sugere algum formato prático para a idéia?

[]'
Léo




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Stephen Hawking
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 17/01/2001 13:15


Um 'monte' de gente escreveu:



| > Sem dúvida, Hitler era alemão mas nem todo alemão é um Hitler.
|
| Sem dúvida, Hitler era autríaco mas nem todo austríaco é um Hitler.

Sem dúvida, Hitler era um excelente pianista mas nem todo excelente pianista é um Hitler.


|.... e a ojeriza foi tanta que não consegui olhar para minha namorada por dois dias.

Curiosidade minha: vc experimentou acender a luz? :-)

[]'
Léo




SUBJECT: Re: [ciencialist] Rifle tocado a gasolina
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 17/01/2001 13:15

Luiz Ferraz Netto wrote:
> Uma 'espingarda' acionada a gasolina, com faísca piezelétrica, a guisa do motor a explosão para lançar dardos tranquilizantes é minha próxima empreitada. Nada de pólvora, apenas um minúsculo tambor de gasolina (ou mesmo o reservatório de gás liquefeito de um isqueiro BIC).
> No caso do isqueiro o sistema de faísca já vem pronto.
> Alguém sugere algum formato prático para a idéia?

O pobrema é juistamente o ocsigênium.

Vc terá que injetar ar comprimido junto com a gasolina e a pressão do ar
fará com que o projétil saia voando sem que ocorra a explosão.

==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
==========================================================


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Stephen Hawking
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 17/01/2001 13:15

-----Mensagem Original-----
De: "TARCISIO BORGES"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Quarta-feira, 17 de Janeiro de 2001 12:55
Assunto: Re: [ciencialist] Re: Stephen Hawking

> Alberto Mesquita Filho wrote:
> > Sem dúvida, Hitler era alemão mas nem todo alemão é um Hitler.
> Sem dúvida, Hitler era autríaco mas nem todo austríaco é um Hitler.

Confesso que errei. :-))

> > E se o povo alemão se iludiu com Hitler, parece-me que não foi apenas
> > pela beleza de seu bigode. :-)
> Dizem que ele copiou de Charles Chaplin. E a Vera Fisher diz que prefere
> a barba do Fidel ao bigode do Hitler.
> Estes dias eu vi a barba do Fidel
> dela e a ojeriza foi tanta que não consegui olhar para minha namorada
> por dois dias. Um amigo meu passou pelo mesmo problema.

Pois entre os três eu prefiro a Vera Fisher dos anos 80, com ou sem barba ou
bigode. E do lado da Vera Fisher, por que é que haveria de olhar para minha
namorada? :-))

> Eu pessoalmente acho que Hitler era judeu.

Isso já é provocação. :-)) Com a palavra os judeus do grupo. :-))

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Stephen Hawking
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 17/01/2001 13:18

> | > Sem dúvida, Hitler era alemão mas nem todo alemão é um Hitler.
> |
> | Sem dúvida, Hitler era autríaco mas nem todo austríaco é um Hitler.
>
> Sem dúvida, Hitler era um excelente pianista mas nem todo excelente pianista é um Hitler.

Sem duvida, Hitler era um nazista e todo nazista eh um idiota.

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: Stephen Hawking
FROM: "Andre Baptista [AL]" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 17/01/2001 13:32

Aviso: essa discussão se desviou um pouco do tema original e agora
contém pouca coisa sobre "Hawking" ou mesmo "Ciência". Quem
avisa
amigo é. Delete essa mensagem imediatamente se você não quer
ler nada
que não seja estritamente sobre ciência.

--- In ciencialist@egroups.com, "Alberto Mesquita Filho"

> Bem, talvez exista aí um certo exagero e/ou uma tentativa de
encaixar na
> segunda guerra aquele ditado que diz "quando um não quer dois
não
brigam".

Quando um não quer, o outro faz o que quer. A Inglaterra declarou
guerra à Alemanha depois que essa invadiu a Polônia, e fez
muito bem
na minha modesta opinião.

> Por outro lado, você refere-se a uma "culpa" imediata e eu
provavelmente
> pretendi retratar uma selvageria centenária que descambou em
atrocidades dos
> dois lados.

De certo, provelmente havia uma "inveja" do império britânico
entre
os alemães.

> Para mim, Newton e Darwin seriam mais do que suficientes para
sustentar suas
> idéias. E os demais, sem dúvida, enriquecem o argumento. Nem
por
isso vou
> defender o imperialismo britânico que durou séculos e
arruinou
metade do
> mundo.

Não, claro que não. Concordo.

>Como brasileiro, envergonho-me do que fizemos com o Paraguai. E
> fizemos apenas para atender a caprichos de ingleses.

Se fazemos uma guerra apenas para satisfazer o capricho dos
Ingleses... então somos titica de galinha mesmo. Gostaria de achar
que fizemos essa guerra por motivos genuínamente egoístas, e
não para
satisfazer os ingleses. ]
Mas não foram os paraguaios que atacaram o Brasil?

> Nada contra os ingleses
> que vivem no Brasil, mesmo porque nosso país é uma
miscelânea
danada. Aqui,
> ao falarmos do resto do mundo, considero todos os demais
brasileiros como
> meus irmãos, independentemente de origem, raça, sexo,
religião,
etc. Gosto
> dos ingleses brasileiros e, até mesmo, dos físicos
quânticos :-)).

Eu prefiro os ingleses da Inglaterra, porque estão mais longe...
:-)
Infelizmente, os brasileiros descendentes de alguns povos europeus,
particularmente alemães e ingleses, não se consideram
totalmente
brasileiros... Na hora do oba-oba, tudo bem, mas quando a coisa pega,
eles gostam de lembrar que são "europeus" vivendo fora da europa.

>
> > Fizeram a revolução industrial.
> > Pariram, como você mesmo disse, os EUA. Mataram muitos nativos
em
toda
> > a parte, mas isso todos os povos dominantes em todas as épocas
> > fizeram. Os ingleses inventaram a ciência moderna, Alberto. Se
eu
> > fosse inglês, seria pelo menos um pouquinho arrogante, com
todo
esse
> > passado.

Ops, desculpe. Mordo minha lingua, ou meu dedo. Nada justifica a
arrogância. Troque por "orgulho", no bom sentido.


>
> Sinceramente, sou brasileiro mas envergonho-me do que fizemos com o
> Paraguai. E isso foi há já bastante tempo. Nem por isso deixo
de
amar o meu
> país, mas coloco a arrogância de lado, se é que temos
algum motivo
para
> sermos arrogantes.


Temos sim, somos TÉÉTRA, ouviu, TÉÉTRA!!! (pronuncia-se em voz
alta,
com sotaque carioca)


> Quanto à ciência moderna, creio que Itália, França,
> Alemanha, Dinamarca e tantos outros colaboraram tanto ou mais do
que os
> ingleses. Sem demérito algum para aqueles que você citou e
dentre
os quais
> está o meu ídolo Newton. Lembraria ainda meu outro ídolo
Popper,
que também
> é inglês.

Tanto sim, mas mais não. Grandes gênios surgiram em toda a
Europa,
mas o "espírito da ciência moderna" é eminentemente
britânico, filho
do empirismo de Bacon, Locke e Hume e do puritanismo religioso.

>
> Quanto ao mais, parece que exagerei um pouco no condimento mas isso
acontece
> e foi bom, pois há tempos que leio suas mensagens e não me
lembro
de termos
> "nos enfrentado" antes. :-)) Se o fizemos, foi há muito tempo.

Não nos enfrentamos, apenas buscamos a verdade através da
dialética... Respeito o direito de você ter a sua opinião,
desde que
seja igual a minha... :-)

Sobre o que era essa discussão mesmo?


abraços,

André Baptista



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Stephen Hawking
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 17/01/2001 16:01

On Tue, 16 Jan 2001, Andre R. D. Baptista wrote:
> não pode ser culpado por séculos de imperialismo. Depois ninguém sabe
> ao certo o que ele quis dizer com "raça superior". Talvez para ele

bem, a se julgar pela nota ele quis dizer: mental e fisicamente superior.

tem um artigo muito interessante q. o brudna citou na pagina de apoio da
ciencialist:

http://www.no.com.br/servlets/newstorm.notitia.apresentacao.ServletDeSecao?codigoDaSecao=1351&dataDoJornal=atual

o q. seria ser fisicamente superior? o 'citius, fortius et altius'
olimpico?

bem, acho q. a maioria aqui jah ouviu falar na expressao 'biotipo', pois
nao? um jogador de basquete tipico nao eh o mais indicado pra competir na
equipe de halterofilismo... existem impedimentos biomecanicos para q.
alguem se dej bem em tudo -- ou eh mais rapido ou eh mais forte (com
gradacoes intermediarias entre os extremos) p.e.

ele fala de exploracao espacial -- provavelmente astronautas de longo
termo deveriam ser pequenos (pra andar em naves com espaco fisico
limitado), com metabolismo baixo (os recursos energeticos da nave serao
tbm limitados), a fisiologia deveria estar adaptada a um ambiente de
imponderabilidade (eh essa a expressao, Leo?)...

uma pessoa q. fique na Terra tem outra biologia como mais adequada...

quem eh superior geneticamente a quem?

outra bobagem cometida eh a falacia do 'se eh possivel, entao sera'
feito'... isso soa mais como uma desculpa esfarrapada pra nao precisar
levar em conta a discussao etica.


[]s,

roberto takata



SUBJECT: teste - duvida ao administrador da lista
FROM: "Andre R. D. Baptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 17/01/2001 17:20

postei duas mensagens hoje através do E-groups e nenhuma delas
apareceu. A primeira foi postada 11:00 da manhã. A segunda a tarde.
Esta estou postando às 17:25 (18:25 no horário de verão). Algum
problema em postar diretamente no E-groups? Porque esse atraso?


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Stephen Hawking
FROM: "Andre Baptista [AL]" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 17/01/2001 17:28

--- In ciencialist@egroups.com, Roberto Mitsuo Takata <rmt@i...>
wrote:
>
> bem, a se julgar pela nota ele quis dizer: mental e fisicamente
superior.
>

Se for possível eliminar doenças genéticas degenerativas
pode-se
dizer que será uma melhora, ou não?
De qualquer modo, será impossível impedir que as pessoas
exerçam cada
vez mais um controle voluntário sobre as características
genéticas de
sua prole, seja na forma de seleção de embriões ou até na
introdução
de novos genes. Se isso será bom ou ruim não sei. Mas que é
assustador é.


> o q. seria ser fisicamente superior? o 'citius, fortius et altius'
> olimpico?


Concordo com você, não para saber. Se houver algum tipo de
crise, um
holocausto nuclear, um meteorito gigante, talvez o "homem gabiru" do
nordeste se mostre mais adaptado e com mais chances de
sobrevivência
do que um americano halterofilista que consome 6.000 kcal por dia.
Isso não impede que algumas pessoas achem que saibam o que é
um "homem superior" e desejem cria-lo. Principalmente em sociedades
hipercompetitivas como a americana, as pessoas usam todos os recursos
possíveis para aumentar sua "competitividade". Entre atletas de
alto
nível o uso de drogas como esteróides e GH se tornou trivial.
Mudar a
estrutura genética é o próximo passo. Do mesmo modo, está
se tornando
trivial a utilização de drogas psiquiátricas que visam tirar as
pessoas de estados mentais considerados improdutivos, como o prozac.
Cada vez mais, tudo que se coloca no caminho da produtividade
máxima
acaba sendo classificado como doença. Não acho difícil que
em algum
momento no futuro, espero já estar morto quando isso acontecer,
até o
sono poderá ser considerado uma doença, controlável
através de
medicamentos. As pessoas desejarão ter filhos que não dormem,
pois
poderão trabalhar mais.

?
>
> outra bobagem cometida eh a falacia do 'se eh possivel, entao sera'
> feito'... isso soa mais como uma desculpa esfarrapada pra nao
> precisar levar em conta a discussao etica.


"Se eh possivel, será feito". Hum, não sei. Mas se você
acrescentar:
"Se eh possivel, e der dinheiro, será feito". Agora ficou bem
melhor.
Melhor ainda: "Se eh possivel, e der dinheiro, e não prejudica o
direito de ninguém, será feito".

Aih não tem etica que segure.

[]´s

Andre Baptista




SUBJECT: Zuiiiiiiiiiiiiiiimmmmmmmmmmmmmm
FROM: Paulo Sérgio Dias <psdias@zaz.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 17/01/2001 17:38

Amigos:

- Desculpem-me se esta pergunta
esta' mais para o "Show do Milhao"
que para uma lista de discussao
sobre ciencias, mas aqui vai:

- Anos atras, em um comercial de TV sobre
um produto para afastar pernilongos,
era dito que:

"[...]este aparelho imita o som dos mosquitos
machos, fazendo com que as femeas sejam
afastadas; sao as femeas 'prenhes' que
picam as pessoas para obter o sangue [...]"

(lembrei-me da propaganda "de cabeca",
pois foi veiculada ha' anos)


Perguntas:
===========

a) Se sao as femeas "prenhes" que se alimentam
de sangue, entao os machos se alimentam de que^ ?

b) As femeas "prenhes" fogem do zumbido dos machos
por que estando "prenhes" elas nao estao mais
interessadas em se unir aos machos ?



Paulo Sérgio Dias
psdias@globo.com.br

----- Original Message -----
From: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
To: "ciencialist" <ciencialist@egroups.com>
Sent: Sunday, January 16, 2000 1:02 PM
Subject: [ciencialist] Variacao do bico de aves cria novas especies


> Estudo feito com tentilhões das ilhas Galápagos aponta alteração no
> canto dos pássaros como fator de especiação
> Variação do bico de aves cria novas espécies
> RICARDO BONALUME NETO
>
> ESPECIAL PARA A FOLHA. Segunda-feira, 15 de Janeiro de 2001
> O bico do pássaro não indica apenas o tipo de alimento que ele pode
> comer. A forma do bico também influencia o modo como ele canta para
> atrair fêmeas. Quanto mais fino for o bico, mais sofisticada é a canção.
>
> Quanto mais maciço ele for, menos variado é o repertório.
>
> O resultado em termos de evolução biológica é uma acelerada criação de
> novas espécies a partir de um ancestral comum.
>
> A descoberta dessa evolução correlata entre a forma do bico e a
> "cantada" que o pássaro usa para conquistar a fêmea foi feita pelo
> pesquisador Jeffrey Podos, com o estudo das aves mais famosas na
> história da evolução biológica, os tentilhões das ilhas Galápagos.
>
> Foi o próprio autor da teoria da evolução, o naturalista inglês Charles
> Darwin (1809-1882), quem primeiro coletou tentilhões neste arquipélago
> no oceano Pacífico pertencente ao Equador.
>
> Esses pássaros viriam a estar entre os melhores exemplos do processo
> que move a evolução, a seleção natural, pela qual as espécies de seres
> vivos vão tentando se adaptar ao ambiente e deixando descendência -ou
> não, caso em que terminam extintas.
>
> A criação de novas espécies a partir de ancestrais comuns é a chamada
> "especiação".
>
> "Os tentilhões de Darwin evoluíram a partir de um ancestral comum que
> chegou às ilhas Galápagos há cerca de 2 milhões a 4 milhões de anos.
> Evidências recentes de DNA indicam que as espécies atuais se originaram
> ao mesmo tempo, logo depois de as ilhas serem colonizadas pelos
> pássaros", disse Podos à Folha.
>
> Ele é pesquisador da Universidade do Arizona em Tucson, Arizona (EUA).
> Seu estudo foi publicado na última edição da revista "Nature" (www.
> nature.com).
>
> Os tentilhões têm entre 10 cm e 20 cm. Estão repartidos em 15 espécies
> com distintos habitats e formas anatômicas. Há pássaros com bicos
> fortes como alicates, capazes de quebrar as mais duras sementes das
> ilhas. Outros comem cactos e insetos, e um chupa sangue de aves
> marinhas.
>
> Podos gravou o canto e comparou com a anatomia dos pássaros. Houve
> perfeita correlação entre o tipo de canto e a forma dos bicos.
>
> O canto mais simples era o do relativamente grande Geospiza
> magnirostris (tentilhão terrestre de bico grande), cujo bico forte é
> feito para comer sementes.
>
> O canto com maior variação de frequência sonora e mais repetições era
> do tentilhão cantor (Certhidea olivacea), que devora pequenos insetos
> com seu bico fino.
>
> "Cantada"
> "A especiação nos tentilhões de Darwin, assim como na maioria dos
> pássaros canoros de ilhas, é dirigida pela diversificação dos sinais
> reprodutivos, como as canções. Por isso, se os sinais se diversificam,
> aumenta a chance de especiação", afirma Podos.
>
> As fêmeas escolhem os machos pela "cantada". Se canções de duas
> linhagens são distintas, menor é a chance de cruzamento.
>
> O canto dos pássaros pode ir se diversificando por diferentes motivos.
> Como a canção tem de ser aprendida, pode acontecer erro na transmissão
> de pássaro a pássaro. Ambientes também influenciam a propagação do som.
> "Meus dados dão outra explicação. Na medida em que os bicos mudam, as
> canções também mudam", diz ele.
>
> Podos retornará às Galápagos para continuar a pesquisa, acompanhado
> pela mulher, a pesquisadora brasileira Cristina Cox Fernandes, do Inpa
> (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia).
>
>
>
>
> *** --- ***
> Material para a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> deve ser enviado para o mail
> ciencialist@MAIL.com
> *** --- ***
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Stephen Hawking
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 17/01/2001 19:32


Takata escreve:|
| bem, a se julgar pela nota ele quis dizer: mental e fisicamente superior.
|
| o q. seria ser fisicamente superior? o 'citius, fortius et altius'
| olimpico?
|
| bem, acho q. a maioria aqui jah ouviu falar na expressao 'biotipo', pois
| nao? um jogador de basquete tipico nao eh o mais indicado pra competir na
| equipe de halterofilismo... existem impedimentos biomecanicos para q.
| alguem se dej bem em tudo -- ou eh mais rapido ou eh mais forte (com
| gradacoes intermediarias entre os extremos) p.e.
|
| ele fala de exploracao espacial -- provavelmente astronautas de longo
| termo deveriam ser pequenos (pra andar em naves com espaco fisico
| limitado), com metabolismo baixo (os recursos energeticos da nave serao
| tbm limitados), a fisiologia deveria estar adaptada a um ambiente de
| imponderabilidade (eh essa a expressao, Leo?)...

Uma comparação interessante é o 'campeão' do turfe (?).
Em cima o mais leve, o menor, o melhor; em baixo o mais forte, o mais veloz, o mais resistente, o melhor.

Acredito que mesmo na humanidade sempre haverá essas 'duas espécies'; o melhor para ficar por cima e o melhor para ficar por baixo.

[]'
Léo

NOTA: Não estão cortando as partes 'desnecessárias' das mensagens, nas respostas. Já já o Brudna vai estrilar ... e com razão.




SUBJECT: Re: [ciencialist] teste - duvida ao administrador da lista
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 17/01/2001 19:34

Não constato esse 'efeito'. As mensagens de hoje saíram e chegaram após breve intervalo de tempo.

[]'
Léo
===================
-----Mensagem Original-----
De: "Andre R. D. Baptista" <andrebaptista@uol.com.br>
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: quarta-feira, 17 de janeiro de 2001 17:20
Assunto: [ciencialist] teste - duvida ao administrador da lista


| postei duas mensagens hoje através do E-groups e nenhuma delas
| apareceu. A primeira foi postada 11:00 da manhã. A segunda a tarde.
| Esta estou postando às 17:25 (18:25 no horário de verão). Algum
| problema em postar diretamente no E-groups? Porque esse atraso?
|




SUBJECT: Re: [ciencialist] Zuiiiiiiiiiiiiiiimmmmmmmmmmmmmm
FROM: "Francisco" <fbrito@globo.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 17/01/2001 20:18



> Perguntas:
> ===========
>
> a) Se sao as femeas "prenhes" que se alimentam
> de sangue, entao os machos se alimentam de que^ ?

Se não me engano, de seiva de plantas. Se é que algum animal pode se
alimentar disso.

> b) As femeas "prenhes" fogem do zumbido dos machos
> por que estando "prenhes" elas nao estao mais
> interessadas em se unir aos machos ?

Deve ser isso mesmo

Francisco



SUBJECT: Racismo!!!!!!!!!!!! Basta.
FROM: "Francisco" <fbrito@globo.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 17/01/2001 20:32

Lendo essa parte do e-mail, abaixo, veio à mente uma coisa que, não tem nada
de sábio, mas muito carregada de emocional.

Quantos de nós não gostariamos de ver os negros da Africa do Sul dando um
cacete bem dado em seus opressores cor de rosa. Ou vendo qualquer membro de
minoria orimida dando o troco no opressor.

Racismo!!! Dirão alguns... E realmente é mesmo, racismo, racismo de
resposta, eu chamaria, pois é uma forma de racismo que surge e é criada pelo
próprio racismo. É o ódio do oprimido pelo opressor que acaba se
generalizando por todo o povo do opressor.

Mas esse sentimento existe e é forte. Mesmo em pessoas que não fazem parte
de nenhum grupo de oprimidos, mas que odeiam o preconceito, esse sentimento
surge. Paradoxo, talvés, mas surge.

Então, que prazer, e que lição, não seria dar um cacete bem dado em um
idiota, cabeça raspada, cão seguidor de Hitler, escória da humanidade, e a
cada cacetada gritar em alto e bom som:

- Toma judeu, apanha judeu, morre judeu...........

Só pra ver se o cara, sentindo na própria pele, se toca de toda sua
idiotice.


Peço perdão a todos os colegas da lista e, principalmente, aos judeus da
lista por essa minha atitude nada racional e igualmente idiota, confesso que
nunca fiz nada parecido, mas as vezes dá vontade.

Francisco

> > Eu pessoalmente acho que Hitler era judeu.
>
> Isso já é provocação. :-)) Com a palavra os judeus do grupo. :-))
>
> [ ]'s
> Alberto
> http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm
>
>
> *** --- ***
> Material para a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> deve ser enviado para o mail
> ciencialist@MAIL.com
> *** --- ***
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Stephen Hawking
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 17/01/2001 20:41

-----Mensagem Original-----
De: "Andre Baptista [AL]"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Quarta-feira, 17 de Janeiro de 2001 13:32
Assunto: [ciencialist] Re: Stephen Hawking

> Aviso: Delete essa mensagem imediatamente se você não quer
> ler nada que não seja estritamente sobre ciência.

Aviso 2: Se você quer ler algo sobre ciência vá para o Imperdível do Léo,
situado no URL http://www.feiradeciencias.com.br/ ou então para o
meu Quase-Imperdível, situado no URL
http://www.geocities.com/ecientificocultural . Há também as páginas do Luis
Brudna, algumas sérias, no URL http://www.ciencialist.hpg.com.br e outras
não menos excelentes mas relativas ao humor na ciência, situadas no URL
http://www.geocities.com/humornaciencia/ , as páginas Nonio do João,
situadas em http://www.explicacoes.com/php_nuke/html/ , o site de máquinas
térmicas do ACM Queiroz, situadas em
http://www.coe.ufrj.br/~acmq/eletrostatica.html . Se nada disso o satisfaz,
desista da ciência, pois os seus memes estão totalmente fora de sintonia com
a realidade científica. Ou então, compre o livro do Hawking e saia por aí a
procura de um micro buraco negro a levá-lo para os confins do Universo.

Bem, vamos à msg

Olá, André

> >Como brasileiro, envergonho-me do que fizemos com o Paraguai. E
> > fizemos apenas para atender a caprichos de ingleses.

> Se fazemos uma guerra apenas para satisfazer o capricho dos
> Ingleses... então somos titica de galinha mesmo. Gostaria de achar
> que fizemos essa guerra por motivos genuínamente egoístas, e
> não para satisfazer os ingleses. ]
> Mas não foram os paraguaios que atacaram o Brasil?

Quando eu estudei essa história pela primeira vez, esta era a versão mais
aceita. Mas isso foi no tempo que aquele inglês safado, o Mr. Elis, de
maneira vergonhosa, sacaneou o Brasil na copa do mundo de 1954 contra a
Hungria. Só de raiva, o campeão foi a Alemanha, pra inglês nenhum festejar.

Alguns anos mais tarde (1989) resolvi fazer novo vestibular para o IFUSP e
tive que reestudar a história (que era muito pouco valorizada na minha
juventude, diga-se de passagem). Foi então que aprendi com um professor do
curso Anglo uma versão para a guerra do Paraguai totalmente diversa. E é a
esta versão que estou me referindo mas deve haver algum historiador a
contá-la melhor do que eu. Dizem as más línguas que esta versão não é muito
valorizada pois desconfigura a imagem do patrono do exército brasileiro, que
comandou o massacre à população civil do Paraguai com a finalidade única de,
a mando dos ingleses, destruir totalmente as indústrias paraguaias que
colocavam em risco a hegemonia da Inglaterra no terceiro mundo. O Brasil não
saqueou as indústrias, o que poderia ter feito, ainda que de maneira
criticável: simplesmente destruiu-as sem deixar uma peça inteira, sem sequer
se aproveitar da situação. E para tanto, dizimou a população civil; tanto
que durante muito tempo o Paraguai tinha a imensa maioria de sua população
de idosos e do sexo feminino. E, segundo dizem, o Paraguai é hoje o que é
graças a essa carnificina selvagem que nem mesmo chegou a ser adotada com os
nazistas alemães em 1945 --graças talvez à intervenção da ONU e da
correspondente organização soviética (não lembro o nome).

> Eu prefiro os ingleses da Inglaterra, porque estão mais longe...
> :-)
> Infelizmente, os brasileiros descendentes de alguns povos europeus,
> particularmente alemães e ingleses, não se consideram
> totalmente brasileiros... Na hora do oba-oba, tudo bem, mas quando a coisa
> pega, eles gostam de lembrar que são "europeus" vivendo fora da europa.

Se assim é, concordo contigo.

> > Nem por isso deixo de amar o meu país, mas coloco a arrogância de lado,
> > se é que temos algum motivo para sermos arrogantes.

> Temos sim, somos TÉÉTRA, ouviu, TÉÉTRA!!! (pronuncia-se em voz
> alta, com sotaque carioca)

Gostei. Aliás, poderíamos ser PÊÊNTA, ouviu, PÊÊNTA, se não fosse aquele
inglês safado do Mr. Elis. E ninguém me tira da cabeça que perdemos da
França na última copa por culpa de algum inglês. Ou então, perdermos para a
Argentina, creio que em 1978, para compensar a guerra das Malvinas (acordo
tácito entre Argentina, Inglaterra e Peru --lembra dos 6x0). Por falar
nisso, o Havelange não é um daqueles falsos ingleses que "quando a coisa
pega eles gostam de lembrar que são europeus vivendo fora da europa"?
(aliás, ele vivia na europa). Por outro lado, se você é carioca, espero que
não seja vascaíno, senão amanhã vai ter pau na Ciencialist. :-))

> Não nos enfrentamos, apenas buscamos a verdade através da
> dialética... Respeito o direito de você ter a sua opinião,
> desde que seja igual a minha... :-)

"A arte da argumentação é uma forma peculiar da arte de combater - com
palavras em vez de espadas -, uma arte inspirada pelo interesse em nos
aproximarmos da verdade acerca do Mundo." (Popper). Quanto ao respeito,
concordo e faço minhas as suas palavras. :-)

> Sobre o que era essa discussão mesmo?

Creio que sobre as táticas nojentas adotadas pelos ingleses para o Brasil
não vencer copas do mundo. Não tenha dúvida de que o Ronaldinho caiu num dos
micro buracos negros do Hawking. E o Romário não foi para a copa por culpa
de algum outro inglês safado.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Zuiiiiiiiiiiiiiiimmmmmmmmmmmmmm
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 17/01/2001 20:48

Montei dois desses 'zumbidores' para colocar no meu rancho. São osciladores de áudio supersimples (circuito Hartley acionado por 1 pilha e buzzer piezo) do tamanho de uma caixa de fósforo comum. Pelo que li, e assim o faço, devo sintonizar o 'ruído' com o da fêmea que 'pica'. Outras fêmeas ficam sabendo que ali já é território de outra e não invade! O aparelho realmente tem sua utilidade.

[]'
Léo
=================
> a) Se sao as femeas "prenhes" que se alimentam
> de sangue, entao os machos se alimentam de que^ ?

Se não me engano, de seiva de plantas. Se é que algum animal pode se
alimentar disso.

> b) As femeas "prenhes" fogem do zumbido dos machos
> por que estando "prenhes" elas nao estao mais
> interessadas em se unir aos machos ?

Deve ser isso mesmo

===================



SUBJECT: Linux e a Teoria da Relatividade!
FROM: "Marcelo Barbosa" <embs@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 17/01/2001 22:06

IBM cria supercomputador com Linux
Quarta-feira, 17 de Janeiro de 2001 - 11h20
IDG Now!

A IBM e o Centro Nacional de Aplicações para Informática
(The National Center for Supercomputing Applications - NCSA)
da Universidae de Illinois (EUA) anunciaram hoje que o NCSA
vai instalar dois clusters Linux da IBM, criando o mais
veloz computador acadêmico.
O cluster do NCSA terá dois teraflops (um trilhão de FLOPS -
operações com ponto flutuante por segundo) e será utilizado
em pesquisas sobre questões científicas como a Teoria da
Relatividade.
...

Veja notícia na íntegra em:
http://idgnow.uol.com.br/idgnow/corporate/2001/01/0030


Marcelo Barbosa





SUBJECT: Re: Zuiiiiiiiiiiiiiiimmmmmmmmmmmmmm
FROM: "Neville Martins" <neville@catanduva.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 18/01/2001 06:22

Leo -->
Montei dois desses 'zumbidores' para colocar no meu rancho. São osciladores
de áudio supersimples (circuito Hartley acionado por 1 pilha e buzzer piezo)
do tamanho de uma caixa de fósforo comum. Pelo que li, e assim o faço, devo
sintonizar o 'ruído' com o da fêmea que 'pica'. Outras fêmeas ficam sabendo
que ali já é território de outra e não invade! O aparelho realmente tem sua
utilidade.

nm -->
Caro Leo: Não acho que as vampirinhas tenham tanta ética assim; já vi
varias atacando a vítima, simultaneamente, a poucos cm umas das outras.
O aparelho deve ser sintonizado ao redor de 1 a 1,2 kHz atua entorno de 1
a 1,5 m de distância, no máximo. Imagino que o efeito ocorra devido a
ressonância com a vibração das asas das pernilongas, atrapalhando o seu vôo.

Alias, andaram fazendo propaganda de um aparelhinho que emite ultra-sons ao
redor de 40 kHz. Os fabricantes afirmam que após algumas semanas a casa
fica livre de insetos e até camundongos (??) [ Pelo menos cachorros e
galinhas não suportam o ruído].

[s] Neville





SUBJECT: Matéria -- Anti-Matéria
FROM: "Bruno Woltzenlogel Paleo" <bwp@terra.com.br>
TO: "Lilia Arany Prado" <lilia@ov.ufrj.br>, <ciencialist@egroups.com>, "Olympium" <olympium-olympia@egroups.com>
DATE: 18/01/2001 10:25

Alguém conhece alguma explicação para ter se criado mais matéria do que
anti-matéria no Big-Bang?

<Bruno Woltzenlogel Paleo>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Matéria -- Anti-Matéria
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 18/01/2001 10:55

Paleo?
Bem, se é prá mim, lá vai:

Matéria e anti-matéria se aniquilam quando juntas. Havendo mais matéria, no cômputo geral, sobrará matéria após a aniquilação de toda anti-matéria ... e continuaremos a existir. Bem, pelo menos foi isso que pensei em relação á humanidade quando autorizei o Big-Bang e providenciei o aparecimento do PAM Dirac.
[]'
deus
=================
-----Mensagem Original-----
De: "Bruno Woltzenlogel Paleo" <bwp@terra.com.br>
Para: "Lilia Arany Prado" <lilia@ov.ufrj.br>; <ciencialist@egroups.com>; "Olympium" <olympium-olympia@egroups.com>
Enviada em: quinta-feira, 18 de janeiro de 2001 10:25
Assunto: [ciencialist] Matéria -- Anti-Matéria


Alguém conhece alguma explicação para ter se criado mais matéria do que
anti-matéria no Big-Bang?

<Bruno Woltzenlogel Paleo>





SUBJECT: A Evolucao da Fisica II
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 18/01/2001 15:57

Prólogo

O psiquiatra diz ao Léo:
- Pode me contar desde o princípio...
- Pois bem doutor! No princípio eu criei o céu e a terra...


O texto abaixo é cópia da item 2 do capítulo 4 do meu livro Os Átomos
Também Amam (1984). O título do capítulo é "Da Física Antiga à Física
Moderna". O item 1 (Introdução) foi apresentado na msg 7925 e está no URL
http://www.egroups.com/message/ciencialist/7925

______________________________

Da Física Antiga à Física Moderna

4.2 A Estrutura da Matéria no Contexto Histórico

Tales parece ter sido o primeiro a preocupar-se com a natureza íntima da
matéria e a imaginar que tudo o que existe na natureza seria originário de
um único elemento. A serem verdadeiras algumas teorias atuais sobre a
evolução da matéria no Universo, podemos dizer que Tales errou apenas ao
afirmar que este elemento era a água.

O conceito de Tales foi ampliado por Anaximandro e Demócrito. Este último
admitiu ser a matéria constituída por partículas diminutas, invisíveis e
indivisíveis. Poderia ter acrescentado o termo indistinguíveis mas preferiu
manter-se fiel aos preceitos estabelecidos por outros filósofos gregos e
"oficializados" por Aristóteles, que afirmavam a existência de quatro
elementos básicos: terra, ar, fogo e água. Eram, portanto, quatro os átomos
de Demócrito. Demócrito foi mais além ao admitir a existência de um espaço
vazio entre as partículas, o que foi posteriormente demonstrado por Herón,
um estudante de Alexandria, através da verificação da compressibilidade do
ar; mas foi só após a redescoberta deste fenômeno pelo inglês Robert Boyle
que a concepção da natureza descontínua da matéria chegou a ser
definitivamente aceita.

O conceito de elemento químico como entendemos hoje --substâncias que não
podem ser decompostas quimicamente-- foi criação de Boyle. Difere
substancialmente dos elementos de Demócrito: os elementos de Boyle são
indivisíveis quimicamente enquanto os de Demócrito foram imaginados como
indivisíveis fisicamente. O átomo, como hoje concebemos, representa a
indivisibilidade química, tendo sido imaginado pela primeira vez por Dalton,
que apropriou-se da palavra grega para designar as partículas extremamente
pequenas que constituíam os elementos de Boyle.

Erraram, é verdade, os gregos, na exemplificação dos elementos básicos, mas
foi um erro mais que justificável se considerarmos os parcos recursos
experimentais que dispunham. Como também justificável foi a concepção
errônea de Dalton de que seus átomos seriam estes elementos. Ainda hoje os
homens não conseguiram detectar experimentalmente partículas fisicamente
indivisíveis; e ainda hoje existem teorias que, tal e qual as idéias de
Aristóteles, assumem a existência de quatro elementos básicos chamados
"quarks".

Mas o conceito de estrutura da matéria adotado pelos físicos modernos não é
tão simples. Nem ao menos um pouco complicado. É extremamente
revolucionário, utópico, inimaginável, trans-transcendental. E não obstante,
dotado de belíssimas equações matemáticas que encaixam-se como uma luva
no... No quê? Retiramos a luva e não enxergamos nada!

Sinto-me obrigado a recorrer a um pensamento de Pitágoras (alguns
atribuem-no a Heráclito) que certamente provocará risos no leitor, tamanha a
sua obviedade: "O que é, é, e não pode não ser, enquanto for". As duas
últimas palavras (enquanto for) foram acrescentadas para que não pairem
dúvidas quanto à noção de transformação que certamente existia na mente de
tão ilustre pensador. A afirmação, engraçada ou não, pretende ser um
princípio unificante, a abranger todo o mundo do ser. É óbvio que se hoje à
noite você deixar seu carro na garagem e amanhã cedo ele ainda estiver lá,
ele existiu durante toda a noite; da mesma forma que o Sol não deixa de
existir ao cair da tarde. Mas nem tudo o que é óbvio é certo. E há quem
acredite que um elétron pode ser um corpúsculo enquanto observado, deixando
de sê-lo entre as observações. E se em duas observações sucessivas ocupar
duas posições distintas, dizem que ele passou de um lugar para o outro sem
ocupar nenhuma posição intermediária entre as mesmas, o que é coerente com o
fato de que ele não existiu como corpúsculo entre as observações. É evidente
que esta crença não é gratuita; tem sua lógica; tem seu apoio experimental;
e tem seu lado óbvio assentado em suposições que, se verdadeiras, substituem
a afirmação de Pitágoras por outra: "O que é pode não ser, desde que não
observado."

A origem destas idéias fantásticas reside na negação da teoria corpuscular
da luz, de Newton, e na aceitação da teoria ondulatória de Huyghens. Se a
menor fração do que chamamos luz fosse um corpúsculo rígido e indivisível,
jamais poderíamos explicar determinados fenômenos ópticos "observados pela
primeira vez por Newton" (5) como, por exemplo, a interferência. Se por
outro lado a luz fosse um fenômeno ondulatório, representado pela propagação
de vibrações de corpúsculos materiais situados num meio hipotético chamado
éter, a difração e a interferência seriam explicadas. É verdade que nem tudo
era explicado pela teoria ondulatória; mas alguns "acertos" aqui, algumas
abstrações ali, algumas equações acolá, e pronto: a teoria estava perfeita.
E o mundo físico rendeu-se ao "novóbvio".

Quando ninguém mais se propunha a ignorar o éter, Michelson e Morley, numa
experiência muito bem conduzida, constatam o inesperado: a propagação da luz
através do éter não era tão simples quanto fora supostamente aceita. Ou
talvez fosse mais simples do que o esperado, mas ninguém ousou "regredir" à
teoria corpuscular de Newton; aliás, não havia como explicar determinados
fenômenos ópticos através desta teoria; a menos que tais corpúsculos não
fossem tão rígidos ou tão indivisíveis mas parece que ninguém se aventurou
a adentrar por este terreno. Todas as teorias surgidas para explicar a
aberração encontrada apoiaram-se fortemente na teoria ondulatória da luz. E
novamente a teoria, ainda que modificada, estava perfeita. A luz não mais
era a propagação da vibração de corpúsculos etéreos; o éter não mais
existia, pois não mais era necessário. Luz não era matéria e sim energia em
propagação; era um tipo de energia que não necessitava de um meio material:
a energia eletromagnética.

O que é energia eletromagnética em propagação, até hoje ninguém explicou,
exceto as equações de Maxwell. Mas como equações não foram feitas para
explicar fenômenos físicos, e sim quantificá-los, o conceito ainda permanece
abstrato. Algumas observações concretas, posteriores à teoria, pareciam não
concordar com a mesma: tratava-se de interações elétron-fóton, que não
admitiam outra explicação que não fosse a de interações entre partículas.
Mas se luz não é matéria nem necessita de matéria para propagar, como
aceitar que algumas vezes comporta-se como se fosse composta por partículas?
Será que o que enxergamos é matéria e o que existe é energia? Será que o que
é pode não ser, desde que não observado?

A idéia, ainda que aparentemente absurda, foi evoluída por De Broglie que
"chegou a imaginar que todas as partículas tivessem dupla personalidade"
(6), possibilitando desta forma o surgimento de um novo ramo do saber: a
"psicofísica". E não foi difícil equacionar esta dualidade. Aliás, não creio
ser impossível equacionar que o leitor, ao ler este capítulo, seja
constituído por matéria mas, ao interromper a leitura, transforme-se em uma
onda. Mas, brincadeira à parte, a verdade é que a idéia de De Broglie chegou
a ser confirmada experimentalmente para os elétrons (6); estes, ao
atravessarem "uma fenda estreita", exibem o fenômeno da difração. Logo, se
não forem onda, certamente também não serão uma bola de bilhar em miniatura.
Talvez sejam partículas complexas a brincar de "esconde-esconde" com os
físicos modernos.

______________________________

(5) J.Walter, Imagenes de interferencia en un espejo polvoriento (Taller y
laboratorio), Investigación y Ciencia, n.61, outubro de 1981, p. 126.

(6) R. M. Eisberg, Fundamentos da Física Moderna, Ed. Guanabara Dois S.A.,
Rio de Janeiro, 1979, p. 75 e 124-30. A expressão dupla personalidade é
referida por Eisberg para a radiação eletromagnética (p. 75).

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Stephen Hawking
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 18/01/2001 16:44

On Wed, 17 Jan 2001, Andre Baptista [AL] wrote:
> Se for possível eliminar doenças genéticas degenerativas
> pode-se dizer que será uma melhora, ou não?

Soh pra ilustrar como isso pode ser um pouco mais complicado.

A fibrose cistica eh uma doenca de origem genetica -- alteracao em um gene
q. produz uma proteina de membrana responsavel pelo transporte de ions
cloro causa uma serie de problemas. Em funcao desses problemas raramente
uma pessoa com fibrose cistica chega 'a idade adulta -- a despeito dos
tratamentos hj existentes. O acumulo de muco no pulmao causa dificuldades
respiratorias e fornece um ambiente propicio para bacterias e outros
microorganismos se proliferarem. O sofrimento eh visivel.

Jah foi comentado anteriormente q. alguns estudos mostram uma ligacao
entre uma alta proporcao de alelos da fibrose cistica em pessoas
originarias de uma dada populacao com um historico de colera no local de
origem dessas pessoas. A colera (ou o colera) eh uma doenca bateriana q.
causa uma forte diarreia. Toxinas do vibriao da colera parecem interferir
no funcionamento dos canais de membrana das celulas do tubo digestivo,
causando uma gde perda de sais essenciais para o equilibrio fisiologico do
individuo, entre eles os ions cloreto. Aparentemente em um ambiente assim,
o alelo 'causador' da fibrose cistica traria uma certa vantagem -- em
termos de condicoes de vida, esse alelo traria uma existencia mais
'saudavel'.

O alelo 'causador' da anemia falciforme tbm tem uma relacao parecida com a
malaria.

Nao eh q. nao precisemos combater essas doencas geneticas, mas apenas pra
mostrar o porque de eu achar nonsense essa historia de 'superior' em
biologia.

De qq maneira, eu particularmente acho valido -- qdo for tecnicamente
seguro -- introduzir alteracoes geneticas em humanos. Nao vejo muita
diferenca entre usar uma lente de contato colorida e ter genes para olhos
claros -- bem, claro, tem a diferenca fundamental de q. a lente sera' uma
opcao pessoal e os genes uma opcao dos pais, mas aih uma lente para olhos
escuros poderia resolver o problema. Mas eh forcacao de barra beirando
a ou ultrapassando a burrice dizer q. isso nao eh uma questao etica. Quem
tem q. decidir se isso deve ou nao ser permitido eh a sociedade. E isso
nao eh atravancar o progresso cientifico, eh uma simples (na
verdade nao tao simples assim) questao de escolha sobre o *uso* dos
conhecimentos gerados pelo processo cientifico.

> Melhor ainda: "Se eh possivel, e der dinheiro, e não prejudica o
> direito de ninguém, será feito".
>
> Aih não tem etica que segure.

Mas o 'e nao prejudica o direito de ninguem' eh uma preocupacao etica...

Eh um erro tentar impor a imagem de q. Gattaca eh um destino inevitavel.
De q. o Admiravel Mundo Novo eh inexoravelmente o nosso futuro. Usando de
frase feita: nos somos os atores de nossos destinos. (Mas alguns parecem
esperar por um script pronto vindo das estrelas atraves de um guru
pseudocientista ou do progresso cientifico atraves de um cientista
pseudoguru... parece q. em pelo menos uma coisa os quiromantes estao
certos -- nossos destinos estao em nossas maos.)

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] A Evolucao da Fisica II
FROM: "Adivinho" <Adivinho@hotmail.com>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 18/01/2001 17:11

Primeiro queria dizer que sou novo nesta lista e pelo que já vi em poucos
dias é uma lista em movimento. Os meus parabéns.
O tema proposto é-me especialmente querido pois eu estou na área de Física e
tenho gosto no que se denomina História da Ciência , especialmente a da
ciência Física , e em Epistemologia , se bem que não seja letrado nestas
áreas , interesso-me bastante.
Dito isto , e saudando-vos a todos , ...

From: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>

>O conceito de Tales foi ampliado por Anaximandro e Demócrito. Este último
>admitiu ser a matéria constituída por partículas diminutas, invisíveis e
>indivisíveis

Aquilo que não se pode dividir é um Indivíduo. A palavra grega para
indivíduo é Átomo :-)
Agora... eu sou um indivíduo, e posso ser dividido.; o que acontece é que
quando for dividido deixo de ser eu.
Dai que :"O que é, é, e não pode não ser, enquanto for".

O paradigma moderno de que os Gregos eram tão atrasados que pensavam que o
Átomo era indivisível e que a ciência moderna (experimental) provou ser
divisível é uma grande asneira.
É que quando se separa um Átomo, ele deixa de ser Átomo. Portanto para ele
permanecer Átomo ele não pode ser dividido , donde é indivisível. Tanto
química como fisicamente.

>Ainda hoje os homens não conseguiram detectar experimentalmente partículas
fisicamente
> indivisíveis;

Hum... Os electrões são divisíveis em que outras partículas ?
Se bem que um fotão pode ser divisível em electrões e positrões.... estes
últimos são divisíveis ?


Sérgio Taborda



SUBJECT: Por um mundo melhor (Off-Topic)
FROM: "Auron" <auron@ieg.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 18/01/2001 19:20

Em primeiro lugar gostaria de avisar que este texto não é sobre Ciência,
mas como acredito que questões sociais dizem respeito a todas as pessoas.. E
já me foi demonstrado em minha participação de tempos apenas como leitor da
lista que aqui se encontram não apenas Ciêntistas, mas seres humanos que se
interessam por questões filosóficas, ainda mais quando envolvem religião, o
que acredito, seja a filosófia que bate mais de frente com a Ciência.

Resolvi enviar um texto muito interessante que acabei de ler em um livro
que se intitula "A Intolerância", esta que é considerada pela filosofia
moderna como um dos maiores problemas da humanidade desde que se tem
conhecimento histórico da mesma. Publicado pela "Academia Universal das
Culturas".
O ensaio em questão se intitula "Religião, intolerância e cidadania:
rumo a uma cultura mundial dos direitos do homem" por Irwin COTLER.


A pergunta abordada em uma parte do texto é:

"Por que há tantas querras, quando existe esta comunhão de valores, esse
compromisso religioso a favor da paz?"
O problemas não está nos direitos religiosos do homem, ou nos valores
religiosos comuns a todas as confissões. É sobretudo um problema de
política, de psicologia, da prática de exclusão, de preconceito, de
satanização do outro. Em suma, o problema é a ausência de respeito pela
sensibilidade, pelo sofrimento do "outro. Esse problema é bem explicado em
um conto hassídico:
Uns estudantes vão procurar o rabino e dizem: "Rabino, nós o amamos". O
rabino pergunta, então: "Vocês sabem o que me magoa?" Os estudantes
respondem: "Rabino, por que nos pergunta se sabemos o que o magoa, quando
dizemos que o amamos?" E o rabino responde: "Se vocês não sabem o que me
magoa, como podem dizer que me amam?"
É nossa responsabilidade, portanto, entrar na psique do outro, procurar
interiorizar seus sofrimentos, mesmo que nos seja difícil. E é apenas nesse
momento que reconherecemos, ou melhor, respeitaremos, nossa humanidade comum
e a dignidade do caráter único do outro.


Me desculpem pelo meu moralismo ideológico. Simplesmente acho que é um
assunto de interesse de todos. Já que esta totalmente relacionado com nosso
cotidiando e o futuro de nossa "humanidade".

Abraços...


======================
Auron (Fabiano Caruso)
e-mail: auron@bol.com.br
http://auron.hpg.com
icq: 11863556
======================



SUBJECT: Re: [ciencialist] A Evolucao da Fisica II
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 18/01/2001 19:57

-----Mensagem Original-----
De: "Adivinho"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Quinta-feira, 18 de Janeiro de 2001 17:11
Assunto: Re: [ciencialist] A Evolucao da Fisica II

> Primeiro queria dizer que sou novo nesta lista e pelo que já vi em poucos
> dias é uma lista em movimento.

Olá, Sérgio ou Adivinho, se preferir. Seja bem vindo à Ciencialist. Eu
diria que em determinadas épocas do ano ela é ainda mais movimentada mas
agora estamos em férias escolares.

> Os meus parabéns.
> O tema proposto é-me especialmente querido pois eu estou na área de Física

Então, antes que você comece a brigar comigo :-)) é bom que saiba que sou um
herege e mal visto por todos os centros de física padrão A existentes no
Brasil. Não obstante, e parafraseando Popper, "A minha atitude crítica - ou
herética, se preferirem - influencia, é claro, a minha atitude perante os
meus parceiros filosóficos." E Popper completa esse pensamento da seguinte
maneira:

"Todos conhecem, com certeza, a história do soldado que descobriu
que todo o seu batalhão (exceto ele, é claro) estava com o passo
trocado. Dou constantemente comigo nessa posição divertida. E tenho
muita sorte, pois, regra geral, alguns dos outros membros do batalhão
estão dispostos a acertar o passo. Isto aumenta a confusão; e, como não
sou um admirador da disciplina filosófica, fico satisfeito enquanto
suficientes membros do batalhão estão com o passo suficientemente
trocado uns em relação aos outros."

Pois via de regra tenho tentado promover esta confusão aqui na Ciencialist.
"E tenho muita sorte, pois, regra geral, alguns dos outros membros da
Ciencialist estão dispostos a acertar o passo". :-)) Às vezes dá azar e saí
aqui um quebra-pau desgraçado. Só vendo para acreditar. :-)).

> tenho gosto no que se denomina História da Ciência, especialmente a da
> ciência Física, e em Epistemologia, se bem que não seja letrado nestas
> áreas, interesso-me bastante.

Acredito que, "tirante" pequenas briguinhas :-)), dar-nos-emos bem.

> Dito isto, e saudando-vos a todos , ...

... pra vc tb. :-)

> From: "Alberto Mesquita Filho"
> >O conceito de Tales foi ampliado por Anaximandro e Demócrito. Este último
> >admitiu ser a matéria constituída por partículas diminutas, invisíveis e
> >indivisíveis
> Aquilo que não se pode dividir é um Indivíduo. A palavra grega para
> indivíduo é Átomo :-)

Com efeito. E não é por outro motivo que dizemos que Demócrito considerava
estas partículas diminutas, invisíveis e indivisíveis por átomos. Se bem que
num contexto totalmente diferente do atual, pois os átomos da atualidade são
divisíveis, ou seja, não são átomos, literalmente falando --se bem que, e
pelo que entendi, você está assumindo a indivisibilidade de maneira
diferente da minha, residindo aí talvez a sua identificação de átomo com
indivíduo. Não sou lingüista mas estou considerando átomo no sentido de
"aquele que não (a) tem partes (tomo). O indivíduo tem partes e "não pode se
dividir" unicamente no sentido em que, ao se dividir, deixa de ser o que é;
logo, e sob esse aspecto, indivíduo e átomo são coisas distintas.

> Agora... eu sou um indivíduo, e posso ser dividido.; o que acontece é que
> quando for dividido deixo de ser eu.
> Dai que :"O que é, é, e não pode não ser, enquanto for".

E, após a divisão, "o que vier a ser não poderá deixar de ser o que será,
enquanto for o que vier a ser". Existe nesta maneira de pensar algo do tipo
do que chamamos hoje princípio da continuidade. Obviamente, este princípio
pode ser enunciado em vários níveis e, em muitos destes, deve completar-se
através de princípios relacionados a transformações. A mudança de nível
corresponderia à uma nova caracterização do que chamamos indivíduo. Assim,
se dividirmos um indivíduo em dois, cada parte (tomo) será agora um novo
indivíduo num nível mais elementar. Determinadas propriedades mostram-se
respeitar o princípio da continuidade quando passamos de um nível para outro
mais elementar (por exemplo, a massa e a energia, no sentido macroscópico
dos termos).

> O paradigma moderno de que os Gregos eram tão atrasados que pensavam que o
> Átomo era indivisível e que a ciência moderna (experimental) provou ser
> divisível é uma grande asneira.
> É que quando se separa um Átomo, ele deixa de ser Átomo. Portanto para ele
> permanecer Átomo ele não pode ser dividido , donde é indivisível. Tanto
> química como fisicamente.

Sim, mas quem me garante que para Demócrito os seus átomos eram os átomos de
Dalton? Afinal, ele estava apenas filosofando a respeito. E a filosofia não
limita-se à experimentação. Nada impede que hoje possamos admitir a
existência de uma partícula única, diminuta, indivisível, indistinguível e a
participar da constituição de tudo o que existe no Universo. Sob esse
aspecto, diria então que, raciocinando volumetricamente, um átomo de
Demócrito estaria para o átomo de Dalton assim como nossa Galáxia está para
a Terra. Pode não haver base científico-experimental para esta afirmação,
mas nada impede que prossigamos por esta linha filosófica de conduta, em
nossos estudos. Mesmo porque, não há nada de científico a favor mas também
não há nada de científico contra. Sob esse aspecto, e admitindo-se que a
idéia faça sentido, perceba que o princípio da continuidade iniciar-se-ia
pela concepção de átomo de Demócrito, os mesmos átomos que foram descritos
por Newton com as seguintes palavras:

"... parece provável para mim que Deus no começo formou a matéria em
partículas movíveis, impenetráveis, duras, volumosas, sólidas, de tais
formas e figuras, e com tais outras propriedades e em tal proporção ao
espaço, e mais conduzidas ao fim para o qual Ele as formou; e que estas
partículas primitivas, sendo sólidas, são incomparavelmente mais duras
do que quaisquer corpos porosos compostos delas; mesmo tão duras que
nunca se consomem ou se quebram em pedaços; nenhum poder comum sendo
capaz de dividir o que Deus, Ele próprio, fez na primeira criação."

Perceba que o princípio da continuidade está implícito a essas considerações
newtonianas.

> >Ainda hoje os homens não conseguiram detectar experimentalmente
> > partículas fisicamente indivisíveis;
> Hum... Os electrões são divisíveis em que outras partículas?

Permita-me raciocinar classicamente pois do contrário iremos ficar aqui
falando sobre o sexo dos anjos, sem saber se o elétron é uma partícula, uma
onda ou uma quimera qualquer sonhada pelos físicos modernos. Se o elétron
for uma partícula e o fóton também, pergunto: o que será o elétron após
absorver um fóton? Um elétron mais um fóton? E após o elétron emitir um
fóton? Será um elétron menos um fóton? De duas, uma: Ou você aceita estas
questões como fundamentais, ou assume que nem elétron nem fóton possam ser
chamados por partículas, no sentido clássico do termo. E mesmo assumindo que
"partícula elementar" não é um termo clássico, os físicos modernos ficam nos
devendo milhões de outras explicações que, durante o século XX, foram
colocadas embaixo do tapete.

> Se bem que um fotão pode ser divisível em electrões e positrões.... estes
> últimos são divisíveis?

O que é um fóton? Seria o fóton (definido a partir das considerações de
Einstein sobre as propriedades da luz) um corpúsculo de Newton? Ou estaria
este fóton constituído por uma infinidade de corpúsculos de Newton,
dispostos em linha tal como os projéteis de uma rajada de metralhadora?
Perceba que uma rajada de metralhadora comporta uma equação semelhante à
equação de onda (com um comprimento de "onda" a igualar-se à distância entre
dois projéteis). Digamos então que um fóton de grande intensidade energética
(constituído por uma infinidade de corpúsculos de Newton), ao encontrar um
núcleo à sua frente (e a presença deste núcleo é fundamental para a
experiência), responda ao "campo" deste núcleo, separando-se em dois
conjuntos de corpúsculos a circularem em torno de um ponto comum. Um destes
conjuntos poderia ser um elétron e o outro um pósitron. Diria então que não
foi o fóton que dividiu-se em elétrons e pósitrons, mas os corpúsculos de
Newton, constituintes deste fóton, que agruparam-se em elétrons e pósitrons.

Perceba agora porque disse acima que, parafraseando Popper, "dou
constantemente comigo nessa posição divertida", a de andar com o passo
trocado. :-))

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Por um mundo melhor (Off-Topic)
FROM: "Neville Martins" <neville@catanduva.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/01/2001 03:34

Auron --> . . . . .
"Por que há tantas guerras, quando existe esta comunhão de valores, esse
compromisso religioso a favor da paz?" . . . . .

nm --> Caro Auron:
Há muitos anos atras, comprei um livreto num sebo que me surpreendeu e
fascinou pela originalidade. O título, não me lembro, mas o autor era um
"escritor maldito" francês do período entre guerras chamado Georges
Bataille.
Ele argumenta - e usa uma série de dados históricos e antropológicos para
isso - que a razão essencial que levam tribos e povos a guerrearem é a
sobra (relativa) de capital (latu sensu), pouco importando as justificações
aparentes ou ostensivas alegadas.

Bataille desenvolve seu raciocínio propondo que a existência de bens
excedentes às necessidades (relativas) de uso do indivíduo, ou do grupo, ou
da nação, associado às necessidades psicológicas de afirmação individual e
social latentes (demonstrações de poder, de superioridade, de competência,
vaidade, competitividade e afins), acabam por produzir uma "massa crítica"
que fatalmente evolui para uma catarse explosiva, até que se consuma o
capital (ou energia) excedente. Nessas circunstâncias, quando um povo não
encontra um adversário disponível para guerrear, ele procura consumir o
capital excedente da forma mais rápida e supérflua possível, até empobrecer
novamente. (É mais ou menos como o caso dos garimpeiros, que ao encontrar
algo valioso, "torram" tudo imediatamente e voltam a sua atividade
costumeira).

O caso da "Guerra das Malvinas" parece ser um caso típico de demonstração de
(falsa) força; afinal, de que servem, objetivamente, aquelas ilhas (e outras
tantas regiões de conflito espalhadas pelo globo) a não ser como troféu de
uma disputa (esportiva ?).
É verdade que os governantes argentinos usaram esse artifício para desviar
de si e canalizar a "energia livre" da população para um objetivo exterior;
no entanto é interessante observar como essa ação melhorou a auto-estima dos
argentinos e angariou a simpatia de tantos outros países "fracos".

Em síntese, Bataille diz que o Homem briga porque gosta e, talvez por ser
verdade, isto justificaria ser taxado de escritor (ou filósofo) "maldito".

[s] nm











SUBJECT: Re: [ciencialist] A Evolucao da Fisica II
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 19/01/2001 11:26

On Thu, 18 Jan 2001, Adivinho wrote:
> Hum... Os electrões são divisíveis em que outras partículas ?
> Se bem que um fotão pode ser divisível em electrões e positrões.... estes
> últimos são divisíveis ?

dos eletrons (eletroes) nao sei -- cheguei a ler nota na imprensa dizendo
q. alguns pesquisadores teriam conseguido dividir o eletron, mas nao tenho
outras informacoes.

do foton (fotao) eh bom ter em conta q. a fisica nao considera q. ela seja
uma particula divisivel -- i.e. q. apresente uma estrutura interna. o fato
de surgirem eventualmente eletrons e positrons a partir de fotons nao
significa q. eles estavam presentes dentro do foton: mas se formaram na
ocasiao do decaimento do foton. alias, no caso das particulas parece q. os
fisicos fazem essa distincao justamente dando nomes diferentes: *divisao*
ou *fissao* no caso de separacao dos componentes e *decaimento* qdo ha'
geracao de particulas diferentes q. nao sao componentes das particulas
originais -- i.e. ha' a transformacao de uma particula em outra (o
decaimento radioativo eh outra historia, no entanto).

acho q. o Mesquita tem objecoes em relacao a essa visao, mas tto qto sei
essa eh a visao atual da fisica. (tto qto sei, mas eh bom avisar q. nao
sei nada... quem poderia explicar melhor a visao corrente -- o
Belisario -- nao voltou das ferias.)

http://www.aventuradasparticulas.ift.unesp.br/decay_intro.html

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Por um mundo melhor (Off-Topic)
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 19/01/2001 11:39

Rock in Rio 3?

On Fri, 19 Jan 2001, Neville Martins wrote:
> Bataille desenvolve seu raciocínio propondo que a existência de bens
> excedentes às necessidades (relativas) de uso do indivíduo, ou do grupo, ou
> da nação, associado às necessidades psicológicas de afirmação individual e
> social latentes (demonstrações de poder, de superioridade, de competência,
> vaidade, competitividade e afins), acabam por produzir uma "massa crítica"
> que fatalmente evolui para uma catarse explosiva, até que se consuma o
> capital (ou energia) excedente. Nessas circunstâncias, quando um povo não

Interessante. Mas a mim nao parece q os tutsi e os hutus tivessem um
excedente de capital pressionando o seu escoamento...

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] energia
FROM: Eduardo <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 19/01/2001 12:02

Ola,

nao vou anexar replies porque estou escrevendo de um computador graficamente
precario (sem acento e chato de editar).

Primeira uma correcao ao Tarcisio: O foton eh uma particula associada a luz
que eh uma onda eletromagnetica, tudo bem, mas a onda associada ao eletron nao
eh de maneira nenhuma eletromagnetica.

Falar que energia equivale a massa eh complicado porque, por incrivel que
pareca, energia eh uma definicao clara e so tem sentido falar em massa quando
estamos falando de materia bradionica (que viaja a velocidades menor do que a
luz no vacuo). Se todas as particulas obedecesse a equacao E=mc^2 poderiamos
dizer que massa=energia uma vez que c eh apenas uma constante que poderiamos
associar, inclusive, a mudanca de unidades (E=Joule, m=kg). Todavia, nos fotons
temos a relacao E=hf que so pode ser associada a mc^2 se criassemos pares de
particula/anti-particula a partir de um foton sem nenhuma perda de energia sob
outra forma. Dai teriamos que a energia do par seria E=mc^2=originalmente=hf.

Para se definir algo em comum a foton, eletron, etc... pode-se ate dizer que
eles "sao" energia. Mas o mais correto seria afirmar que tais entidades carregam
sempre energia independentemente do meio, ou seja, no vazio o foton e o eletron
carregam quantidades finitas de energia (isto os diferencia de particulas
virtuais ou mesmo de ondas materias). O som, por exemplo, carrega consigo uma
energia mas nao se pode dizer que eh uma entidade independente visto que
necessita de um meio para se propagar e portanto nao pode ser associado a
particulas ou quantas de energia reais.

A Energia eh sempre a componente temporal to tensor de energia-momento de alguma
coisa macroscopica (isto eh um conceito nao quantico). As propriedades deste
tensor (traco, por exemplo) caracterizam o tipo de "materia" que estamos
estudando. Em um gas isotropico, por exemplo, a componente temporal eh a
energia/volume que pode ser associada a densidade de materia do gas e as
componentes espaciais sao associadas a pressao interna do gas. No caso de um
fluido mais complexo ou um solido, a parte temporal (seria o primeiro elemento
da matriz 4x4) eh a densidade de materia e a parte espacial eh exatamente ( a
menos de constantes) o tensor de estresse classicamente definido em mecanica dos
meios continuos, hidrodinamica, teoria elastica, etc... Genericamente, a parte
puramente temporal eh associada a densidade de energia, a parte tempo-espacial e
associada a tranferencia de calor em geral (podendo aparecer em radiacoes ou
viscosidades) e a parte espacial a pressoes,momentos lineares ou tensoes. Cito
este tensor para dizer que toda forma de materia/radiacao pode, de alguma
maneira e obedecendo a regras estritas de selecao, se transformar em outra.
Entao poder-se ia dizer que o que importa eh que a energia num todo (ou se
preferirem no Universo) se conserva mas, para surpresa de muitos, isto nao
acontece. A Energia do universo NAO se conserva. A derivada covariante (derivada
especial para calculos vetoriais/tensoriais em espacos curvos) do tensor
energia-momento eh que eh nula o que implica na sua global conservacao. (podem
variar as componentes mas ele se conserva como todo assim como o modulo de um
quadri-vetor quando fazemos transformacoes de Lorentz).

um abraco, Eduardo.



SUBJECT: Re: [ciencialist] A Evolucao da Fisica II
FROM: "Adivinho" <Adivinho@hotmail.com>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/01/2001 12:28

> Olá, Sérgio ou Adivinho, se preferir.

Sérgio.

> Com efeito. E não é por outro motivo que dizemos que Demócrito considerava
> estas partículas diminutas, invisíveis e indivisíveis por átomos. Se bem
que
> num contexto totalmente diferente do atual, pois os átomos da atualidade
são
> divisíveis, ou seja, não são átomos, literalmente falando --se bem que, e
> pelo que entendi, você está assumindo a indivisibilidade de maneira
> diferente da minha, residindo aí talvez a sua identificação de átomo com
> indivíduo. Não sou lingüista mas estou considerando átomo no sentido de
> "aquele que não (a) tem partes (tomo). O indivíduo tem partes e "não pode
se
> dividir" unicamente no sentido em que, ao se dividir, deixa de ser o que
é;
> logo, e sob esse aspecto, indivíduo e átomo são coisas distintas.

Sim.Tudo isto é verdade.
Contudo , aquilo que hoje chamamos Átomo ,não é um verdadeiro Átomo no
sentido de "sem partes" ou "individivel" .. a parte do "invisivel" é
relativo à escala em que estamos a trabalhar.
Quando os Quimicos , acho que foram mais os quimicos, nomearam o átomo de
"Átomo" eles pensavam que aquela "coisa" seria o individuo indivisivel
proposto por Demócrito, se bem que com os devidos considerandos de
actualização da ideia original.
Tudo isto para dizer que a incorrecção está no nome não nas ideias gregras
ou na fisica moderna.
A incorrecção está em chamar "Átomo" aoque chamos átomo.
Suponhamos por hipotese, que o electrão e o quark , são indivisiveis. Então
neste caso, o electrão e o quark é que serão os verdadeiros Átomos previstos
por Democrito.

> > >Ainda hoje os homens não conseguiram detectar experimentalmente
> > > partículas fisicamente indivisíveis;
> > Hum... Os electrões são divisíveis em que outras partículas?
>
> Permita-me raciocinar classicamente pois do contrário iremos ficar aqui
> falando sobre o sexo dos anjos, sem saber se o elétron é uma partícula,
uma
> onda ou uma quimera qualquer sonhada pelos físicos modernos. Se o elétron
> for uma partícula e o fóton também, pergunto: o que será o elétron após
> absorver um fóton? Um elétron mais um fóton? E após o elétron emitir um
> fóton? Será um elétron menos um fóton? De duas, uma: Ou você aceita estas
> questões como fundamentais, ou assume que nem elétron nem fóton possam ser
> chamados por partículas, no sentido clássico do termo.

Ora exactamente.
Mas ha ai um promenor. quando se chama o fotão de particula não é muito
correcto . Para já o fotão não tem massa , as particulas sim. Tudo o que
podemos dizer ,rigorosamente sobre o fotão é que ele é um quanta de energia.
Da mesma forma um electrão é um quanta de carga (bom, em rigor seria um
quark o quanta de carga , mas como não foram observados quarks livres , o
electrão é a menor carga "livre" )
Até que ponto um quanta pode ser uma particula, até que ponto a massa é
importante para a definição de particula , são perguntas que quando
respondidas unificarão muitas coisas.

> Digamos então que um fóton de grande intensidade energética
> (constituído por uma infinidade de corpúsculos de Newton), ao encontrar um
> núcleo à sua frente (e a presença deste núcleo é fundamental para a
> experiência), responda ao "campo" deste núcleo, separando-se em dois
> conjuntos de corpúsculos a circularem em torno de um ponto comum. Um
destes
> conjuntos poderia ser um elétron e o outro um pósitron. Diria então que
não
> foi o fóton que dividiu-se em elétrons e pósitrons, mas os corpúsculos de
> Newton, constituintes deste fóton, que agruparam-se em elétrons e
pósitrons.

Tudo isto estaria muito bem se não fosse que o electrão e o postitrão têm
massa e o fotão não.
houve portanto criação de massa a partir de simples energia ? (a visão
moderna diz que sim)
Pensemos num conjunto de coprusculos de Newton enfileirados que depois de
agrupam em dois conjuntos diferentes mas ... simétricos ( oelectrão tem
carga - e o positrão carga + com a mesma massa )
Como explicar que a simples separação/agrupamento possa mudar a propriedade
macrscópica de massa ?
Se os corpusculos tinham massa , então deveria ser medida antes do
reagrupamento, se não tem , como é que o simples agrupamento lhe confere
essa propriedade ?

Como resolver isto ?
A mecânica quantica (MQ) dá uma ideia.
Consideremos que ambos fotão e electrão e positrão se podem descrever
matemáticamente como ondas.
Um coisa que dá pelo nome de Série de Fourier permitenos pensar assim. Esta
construção matemática diz-nos que qq função , seja ela qual for , pode ser
escrita como uma combinação linear de funções trignométricas, senos e
cosenos. E como funções ciclicas que são , levam-nos a ter de considerar
Frequências e Fases
A MQ lança mão disto e usa isto para resolver a aparente diferença entre
fotões e electrões (ou qq outra particula com massa).
Mas , um electrão é localizado no espaço , tanto quanto sabemos/imaginamos.
Um fotão não o é.
Esta carateristica tem tudo a ver com a propriedade de Massa.

O fotão é caracterizado apenas por uma frequencia ( E = h f ) o electrão
para ser localizado precisa ser caracterizado por várias frequências. Um
fotão é apenas uma unica onda, um electrão é, portanto, uma sobreposição de
várias ondas, com diferentes frequencias e amplitudes. Estas ondas tem dois
tipos de velocidade a de grupo e a de fase.
A de grupo é aquela velocidade a que estamos habituados e que nos diz onde
está a particula (o centro de 'massa' | geométrico se o electrão for
simétrico ) a de fase diz-nos como as diferentes ondas se movem entre si.
Não sei muito desta parte mais matemática. O que interessa é que a massa
seria uma constante que tem a ver com o tempo que certo conjunto de ondas se
pode supor ser uma unica particula. Será uma especie de "tempo de
decaimento", o fotão tem este tipo de massa "infinito" pois o fotão é
estável....problema é que deveria ser nulo se dissermos que esta "massa de
decaimento" for o m a que estamos habituados nas equações da física.

Voltanto atras , aquilo que Newton e os demais chamavam de particula é
aquilo que tem dimensões muito pequenas, mas pode ser individualizado (=>
tornado/tomado como um individuo=> indivisivel) no espaço. E parece que
essa individualização passa pela definição de massa. Massa no sentido de
"quantidade de matéria" .... é que como sabem um fotão não é considerado
matéria , é considerado a vibração daquilo que se chama o Campo
Electromagnético. Curiosamente, ou não, tem massa nula.

Seja como for , parece que o Mistério da Massa ( e daqui o da Gravidade ) é
o que encrava a "máquina" :-)

Sérgio Taborda



SUBJECT: Re: [ciencialist] Por um mundo melhor (Off-Topic)
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 19/01/2001 13:13



Roberto Mitsuo Takata wrote:

>
> Interessante. Mas a mim nao parece q os tutsi e os hutus tivessem um
> excedente de capital pressionando o seu escoamento...

A ideia de que o as guerras são uma forma de destruição de capital
também surge no "1984" do George Orwell. Segundo o livro as guerras
são uma forma de as classes dominantes destruirem os bens materiais
produzidos na sociedade de modo que esses bens não possam melhorar as
condições de vida e de educação das classes dominadas. A guerra é
portanto uma forma de as classes dominantes se perpetuarem no poder.

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com




SUBJECT: energia
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 19/01/2001 13:17

Alberto Mesquita Filho wrote:
> Permita-me raciocinar classicamente pois do contrário iremos ficar aqui
> falando sobre o sexo dos anjos, sem saber se o elétron é uma partícula, uma
> onda ou uma quimera qualquer sonhada pelos físicos modernos. Se o elétron
> for uma partícula e o fóton também, pergunto: o que será o elétron após
> absorver um fóton? Um elétron mais um fóton? E após o elétron emitir um
> fóton? Será um elétron menos um fóton? De duas, uma: Ou você aceita estas
> questões como fundamentais, ou assume que nem elétron nem fóton possam ser
> chamados por partículas, no sentido clássico do termo. E mesmo assumindo que
> "partícula elementar" não é um termo clássico, os físicos modernos ficam nos
> devendo milhões de outras explicações que, durante o século XX, foram
> colocadas embaixo do tapete.

Tanto o fóton quanto o elétron são energia. A energia do fóton depende
da freqüência [E=f.h] e a energia do elétron em repouso depende da massa
[E=m.c^2].

==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
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SUBJECT: Re: [ciencialist] A Evolucao da Fisica II
FROM: Jo�o M�rio Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 19/01/2001 13:23



Roberto Mitsuo Takata wrote:

> dos eletrons (eletroes) nao sei -- cheguei a ler nota na imprensa dizendo
> q. alguns pesquisadores teriam conseguido dividir o eletron, mas nao tenho
> outras informacoes.

S�o os electrinos. Para j� � apenas uma teoria que at� explica
experi�ncias antigas em H�lio Liquido:

http://www.nonio.com/article.php?sid=94
http://www.newscientist.com/nlf/1014/double.html


--
jo�o
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com




SUBJECT: Re: [ciencialist] energia
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/01/2001 13:52

-----Mensagem Original-----
De: "TARCISIO BORGES"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Sexta-feira, 19 de Janeiro de 2001 13:17
Assunto: [ciencialist] energia

> Alberto Mesquita Filho wrote:
> > Permita-me raciocinar classicamente pois do contrário iremos ficar aqui
> > falando sobre o sexo dos anjos, sem saber se o elétron é uma partícula,
> > uma onda ou uma quimera qualquer sonhada pelos físicos modernos. Se o
> > elétron for uma partícula e o fóton também, pergunto: o que será o
> > elétron após absorver um fóton? Um elétron mais um fóton? E após o
> > elétron emitir um fóton? Será um elétron menos um fóton? De duas, uma:
> > Ou você aceita estas questões como fundamentais, ou assume que nem
> > elétron nem fóton possam ser chamados por partículas, no sentido
> > clássico do termo. E mesmo assumindo que "partícula elementar" não é um
> > termo clássico, os físicos modernos ficam nos devendo milhões de outras
> > explicações que, durante o século XX, foram colocadas embaixo do tapete.

> Tanto o fóton quanto o elétron são energia. A energia do fóton depende
> da freqüência [E=f.h] e a energia do elétron em repouso depende da massa
> [E=m.c^2].

Olá, Tarcisio

O que vc afirma é correto somente dentro do contexto em que seu argumento
foi construído (física moderna), mas não dentro do contexto que estava sendo
discutido. Ou você aceita os questionamentos acima como fundamentais, ou
assume que nem elétron nem fóton possam ser chamados por partículas
clássicas e também que energia não é nada do que se define classicamente
como tal. E mesmo assumindo que "energia" não é um termo clássico, os
físicos modernos ficam a nos dever milhões de outras explicações que,
durante o século XX, foram colocadas embaixo do tapete. :-))

Por outro lado, e com a imagem clássica a que me referi na msg anterior,
também poderia dizer que a energia do fóton depende de alguma freqüência ou,
melhor dizendo, da densidade de corpúsculos de Newton que este fóton
comportaria com a imagem clássica apresentada. Não obstante, vale a ressalva
que já fiz em outras ocasiões a dizer que o fóton, a rigor, não é nem
corpúsculo nem onda (vide
http://www.geocities.com/ecientificocultural/Usenet/dialogos04.htm ) mas uma
entidade complexa constituída de matéria (corpúsculos de Newton) e campo
eletromagnético transmutante.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] energia
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 19/01/2001 14:14

Moacir Alves Schmidt wrote:
> >Tanto o fóton quanto o elétron são energia. A energia do fóton depende
> >da freqüência [E=f.h] e a energia do elétron em repouso depende da massa
> >[E=m.c^2].
>
> E como energia e massa são a mesma coisa segue-se que fótons e elétrons
> são partículas...

E como energia e freqüência são a mesma coisa segue-se que fótons e
elétrons são ondas eletromagnéticas.

Assim não vamos chegar a lugar nenhum.

O que eu afirmei é que ambos são duas faces da mesma moeda [energia].

==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
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SUBJECT: Re: [ciencialist] energia
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 19/01/2001 14:25

Alberto Mesquita Filho wrote:
> > Tanto o fóton quanto o elétron são energia. A energia do fóton depende
> > da freqüência [E=f.h] e a energia do elétron em repouso depende da massa
> > [E=m.c^2].
>
> O que vc afirma é correto somente dentro do contexto em que seu argumento
> foi construído (física moderna), mas não dentro do contexto que estava sendo
> discutido.

A sua necessidade de trazer a física newtoniana para os dias de hoje faz
com que as coisas fiquem ainda mais complicadas.

> Ou você aceita os questionamentos acima como fundamentais, ou
> assume que nem elétron nem fóton possam ser chamados por partículas
> clássicas e também que energia não é nada do que se define classicamente
> como tal.

Um elétron que absorveu um fóton é um elétron com um quantum de energia
a mais, só isso.

> E mesmo assumindo que "energia" não é um termo clássico, os
> físicos modernos ficam a nos dever milhões de outras explicações que,
> durante o século XX, foram colocadas embaixo do tapete. :-))

Então assumindo a sua linha de raciocínio, a massa também foi colocada
para embaixo do tapete, pois já faz séculos que não há explicação para
ela. Assim como vários detalhes da física chamada clássica, que os
físicos clássicos ficaram a nos dever explicações.

==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
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SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] energia
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/01/2001 14:33

-----Mensagem Original-----
De: "TARCISIO BORGES"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Sexta-feira, 19 de Janeiro de 2001 14:14
Assunto: Re: RES: [ciencialist] energia


> Assim não vamos chegar a lugar nenhum.

Ao estudar física quântica já cheguei a essa conclusão, creio que em 1983.
:-)) A partir de então comecei a procurar por outras saídas pois esse túnel
quântico não nos levará a nada melhor que não seja a escuridão total.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Re: Matéria -- Anti-Matéria
FROM: rmt@ib.usp.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 19/01/2001 14:54

--- In ciencialist@egroups.com, "Bruno Woltzenlogel Paleo" <bwp@t...>
wrote:
> Alguém conhece alguma explicação para ter se criado mais matéria do
que
> anti-matéria no Big-Bang?

aparentemente ninguem sabe direito:

http://www.aventuradasparticulas.ift.unesp.br/beyond_start.html

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] energia
FROM: rmt@ib.usp.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 19/01/2001 14:58

--- In ciencialist@egroups.com, "Alberto Mesquita Filho"
<albmesq@u...> wrote:
> quântico não nos levará a nada melhor que não seja a escuridão
total.

Bem, tem o microscopio eletronico q. eh um filhote dileto da fisica
quantica...

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] energia
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/01/2001 14:59

-----Mensagem Original-----
De: "TARCISIO BORGES"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Sexta-feira, 19 de Janeiro de 2001 14:25
Assunto: Re: [ciencialist] energia

> A sua necessidade de trazer a física newtoniana para os dias de hoje faz
> com que as coisas fiquem ainda mais complicadas.

Tudo o que é novo aparece aos olhos dos demais como complexo. Aliás, existe
um pensamento de Mário Schenberg bastante relacionado:

"E como já estou no fim de minha carreira, há um conselho que dou a
vocês: não tenham medo, não só de levar pancada, mas também de expor
suas idéias. Porque se tiverem medo, nunca poderão criar nada de
original. É preciso que não tenham medo de dizer alguma coisa que possa
ser considerada como erro. Porque tudo que é novo, aparece aos olhos
antigos como coisa errada. É sempre nesta violação do que é considerado
certo, que nasce o novo e há a criação. E este espírito deve ser
redescoberto pela juventude brasileira." (Mário Schenberg)

> > Ou você aceita os questionamentos acima como fundamentais, ou
> > assume que nem elétron nem fóton possam ser chamados por partículas
> > clássicas e também que energia não é nada do que se define classicamente
> > como tal.

> Um elétron que absorveu um fóton é um elétron com um quantum de energia
> a mais, só isso.

Sim, só isso. E como não sabemos o que é um "quantum de energia", podemos
dizer que um elétron que absorveu um fóton é um elétron com alguma coisa a
mais que não sabemos o que seja.

> > E mesmo assumindo que "energia" não é um termo clássico, os
> > físicos modernos ficam a nos dever milhões de outras explicações que,
> > durante o século XX, foram colocadas embaixo do tapete. :-))

> Então assumindo a sua linha de raciocínio, a massa também foi colocada
> para embaixo do tapete, pois já faz séculos que não há explicação para
> ela. Assim como vários detalhes da física chamada clássica, que os
> físicos clássicos ficaram a nos dever explicações.

Não confunda ignorância com desonestidade. Os verdadeiros cientistas ignoram
muitas coisas e procuram, com todos os meios que dispõem, pelas respostas a
suas dúvidas. Até mesmo a física moderna, antes de deturpar-se
ideologicamente, foi desenvolvida por físicos clássicos e surgiu em resposta
a muitas perguntas que colocavam os conhecimentos clássicos da época em
xeque. Os físicos modernos iludem-se com fantasias construídas com a
finalidade de ocultar a realidade experimental, ou seja, são desonestos com
eles mesmos. O tapete foi uma expressão criada por Thomas Khun para
justificar os meios espúrios, no sentido em que contrariam totalmente a
metodologia científica, utilizados pelos físicos modernos ao justificarem
seus dogmas (Thomas Khun era graduado em física).

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: RES: [ciencialist] energia
FROM: Moacir Alves Schmidt <moacir.schmidt@softtek.com>
TO: "'ciencialist@egroups.com'" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/01/2001 15:02

Tarcisio:

>Tanto o fóton quanto o elétron são energia. A energia do fóton depende
>da freqüência [E=f.h] e a energia do elétron em repouso depende da massa
>[E=m.c^2].

E como energia e massa são a mesma coisa segue-se que fótons e elétrons
são partículas...

<Moacir>


SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] energia
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/01/2001 15:14

-----Mensagem Original-----
De: Roberto Takata
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Sexta-feira, 19 de Janeiro de 2001 14:58
Assunto: Re: RES: [ciencialist] energia


> --- In ciencialist@egroups.com, "Alberto Mesquita Filho" wrote:
> > quântico não nos levará a nada melhor que não seja a escuridão
> total.
> Bem, tem o microscopio eletronico q. eh um filhote dileto da fisica
> quantica...

Não existem fenômenos ou objetos quânticos. Isto é mais uma deturpação
ideológica provocada pelos adeptos da seita quântica.

O que existem são fenômenos ou objetos que podem ou não ser explicáveis pela
matemática quântica. Porém nada que não possa também ser explicável por uma
física genuinamente newtoniana.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] energia
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 19/01/2001 15:23

Alberto Mesquita Filho wrote:
> > Um elétron que absorveu um fóton é um elétron com um quantum de energia
> > a mais, só isso.
>
> Sim, só isso. E como não sabemos o que é um "quantum de energia", podemos
> dizer que um elétron que absorveu um fóton é um elétron com alguma coisa a
> mais que não sabemos o que seja.

E como não sabemos o que é um elétron e também como não sabemos o que é
um fóton, então estamos numa enrrascada.

Estamos mais ignorantes agora do que há meia hora atrás.

> Não confunda ignorância com desonestidade. Os verdadeiros cientistas ignoram
> muitas coisas e procuram, com todos os meios que dispõem, pelas respostas a
> suas dúvidas. Até mesmo a física moderna, antes de deturpar-se
> ideologicamente, foi desenvolvida por físicos clássicos e surgiu em resposta
> a muitas perguntas que colocavam os conhecimentos clássicos da época em
> xeque. Os físicos modernos iludem-se com fantasias construídas com a
> finalidade de ocultar a realidade experimental, ou seja, são desonestos com
> eles mesmos. O tapete foi uma expressão criada por Thomas Khun para
> justificar os meios espúrios, no sentido em que contrariam totalmente a
> metodologia científica, utilizados pelos físicos modernos ao justificarem
> seus dogmas (Thomas Khun era graduado em física).

Então seja honesto conosco e acuse claramente com nomes e fatos.

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TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
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SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] energia
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 19/01/2001 15:46

On Fri, 19 Jan 2001, Alberto Mesquita Filho wrote:
> O que existem são fenômenos ou objetos que podem ou não ser explicáveis pela
> matemática quântica. Porém nada que não possa também ser explicável por uma
> física genuinamente newtoniana.

A questao q. coloco eh: estranha o qto pareca, ela funciona. Claro q. o
aspecto da estetica, da elegancia de uma teoria pode pesar, mas isso deve
ser subordinado 'a coerencia com os fatos observados e com a capacidade de
predicao. Eu nao nego q. a fisica quantica me seja bastante ininteligivel,
mas taih -- muitas das previsoes dela tEm sido confirmadas.

Se uma teoria mais elegante for capaz disso tudo, otimo, passemos a
navalha de Occam e adotemos a nova teoria -- ateh q. eventualmente ela
seja derrubada por uma falha critica em teste e seja substituida por outra
(bem estou aqui idealizando as coisas tenho ciencia disso).

Mas certamente se a nova teoria eh melhor do q a velha, sera' capaz de
fazer previsoes corretas sobre coisas q. a outra nao seria capaz. Uma
previsao q. poderia ser verificada com um experimento especifico...

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] energia
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/01/2001 16:06

-----Mensagem Original-----
De: "TARCISIO BORGES"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Sexta-feira, 19 de Janeiro de 2001 15:23
Assunto: Re: [ciencialist] energia

> E como não sabemos o que é um elétron e também como não sabemos o que é
> um fóton, então estamos numa enrrascada.
> Estamos mais ignorantes agora do que há meia hora atrás.

U-lá-lááá. Agora sim, estamos progredindo. :-)) Popper iria vibrar com esta
sua conclusão.

> Então seja honesto conosco e acuse claramente com nomes e fatos.

Nada a acrescentar além do que está, ano a ano, e há quatro anos, sendo
exposto no "quase-imperdível" Espaço Científico Cultural. Algo que os
físicos modernos preferem ignorar, mas não conseguirão tapar o Sol com a
peneira por muito tempo. Nada além do que já tentei expor em determinados
centros de excelência brasileiros (padrão A, segundo o MEC) e/ou em revistas
brasileiras de renome, mas fui literalmente proibido por "decreto baixado
pelos sacerdotes da seita quântica brasileira", tanto num caso quanto no
outro. Nada além do que tem feito com que o meu site tenha sido eleito como
o oitavo (em 19/01/01) mais lido dentre aqueles que apresentam teorias
alternativas à física moderna, entre 296 outros internacionais, por um
detetor de sites do gênero, na Alemanha (O Borderlands of Science, vide
http://www.borderlands.de/links.topten.php3 ). Nada além do que tenho
tentado expor, há dois anos, aqui na Ciencialist e graças ao qual tenho
levado paulada de todos os lados [Aliás, agradeço a sua disposição, e
também a de outros, em me ouvir, e também o respeito mútuo que sempre
caracterizou o nosso diálogo, ainda que esporadicamente, e numa boa, tenha
sofrido aumentos quase incontroláveis de temperatura :-)) ]. Enfim, nada
que, por seu tamanho incomensurável, poderia ser exposto aqui em poucas
palavras. Pois são tantos os absurdos em que os físicos modernos se apoiam
na defesa de seus argumentos que seria necessária a construção de um novo
"fórum cético brasileiro" apenas para narrar o caráter pseudo-científico da
física quântica.

[ ]'s
Alberto
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SUBJECT: Biologia - Darwin
FROM: "Otávio Tavares Ranzani" <tataran@uol.com.br>
TO: "Lista de Ciência" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/01/2001 16:18

Ei pessoal, gostaria que me ajudassem nesta questão, pois não consegui encontrar onde a seleção atuou:
- Naturalmene, nas regiões temperadas, as éguas (Equus cabalus) só entram no cio em épocas em que a taxa de aumento da luminosidade por dia é grande. Isso permite que os filhotes possam nascer no final do inverno e usufruindo das 1ªs pastagens do primavera. Das frases a seguir, qual está de acordo com a Teoria de Darwin, justifique:
A) "As éguas entram no cio no período citado para que os filhotes possam nascer no final do inverno/início da primavera.
"B) "Os filhotes das éguas nascem no final do inverno/início da primavera porque as éguas entram no cio no período citado.

Desde já agradeço as repostas! Obrigado, Otávio!


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] energia
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 19/01/2001 16:18

Alberto Mesquita Filho wrote:
> > Então seja honesto conosco e acuse claramente com nomes e fatos.
------------------------------------------------------^^^^^^^^^^^^^

>
> Nada a acrescentar além do que está, ano a ano, e há quatro anos, sendo
> exposto no "quase-imperdível" Espaço Científico Cultural. Algo que os
> físicos modernos preferem ignorar, mas não conseguirão tapar o Sol com a
> peneira por muito tempo. Nada além do que já tentei expor em determinados
> centros de excelência brasileiros (padrão A, segundo o MEC) e/ou em revistas
> brasileiras de renome, mas fui literalmente proibido por "decreto baixado
> pelos sacerdotes da seita quântica brasileira", tanto num caso quanto no
> outro. Nada além do que tem feito com que o meu site tenha sido eleito como
> o oitavo (em 19/01/01) mais lido dentre aqueles que apresentam teorias
> alternativas à física moderna, entre 296 outros internacionais, por um
> detetor de sites do gênero, na Alemanha (O Borderlands of Science, vide
> http://www.borderlands.de/links.topten.php3 ). Nada além do que tenho
> tentado expor, há dois anos, aqui na Ciencialist e graças ao qual tenho
> levado paulada de todos os lados [Aliás, agradeço a sua disposição, e
> também a de outros, em me ouvir, e também o respeito mútuo que sempre
> caracterizou o nosso diálogo, ainda que esporadicamente, e numa boa, tenha
> sofrido aumentos quase incontroláveis de temperatura :-)) ]. Enfim, nada
> que, por seu tamanho incomensurável, poderia ser exposto aqui em poucas
> palavras. Pois são tantos os absurdos em que os físicos modernos se apoiam
> na defesa de seus argumentos que seria necessária a construção de um novo
> "fórum cético brasileiro" apenas para narrar o caráter pseudo-científico da
> física quântica.

Nomes??...

Fatos??...

Ou será que a mensagem saiu truncada?

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http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Biologia - Darwin
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 19/01/2001 16:33



Otávio Tavares Ranzani wrote:
>
> Ei pessoal, gostaria que me ajudassem nesta questão, pois não consegui encontrar onde a seleção atuou:
> - Naturalmene, nas regiões temperadas, as éguas (Equus cabalus) só entram no cio em épocas em que a taxa de aumento da luminosidade por dia é grande. Isso permite que os filhotes possam nascer no final do inverno e usufruindo das 1ªs pastagens do primavera. Das frases a seguir, qual está de acordo com a Teoria de Darwin, justifique:
> A) "As éguas entram no cio no período citado para que os filhotes possam nascer no final do inverno/início da primavera.
> "B) "Os filhotes das éguas nascem no final do inverno/início da primavera porque as éguas entram no cio no período citado.

A frase que está de acordo coma teoria de Darwin é a frase C:

C) "As éguas entram no cio na época citada porque herdaram a
caracteristica das éguas mais bem sucedidas no passado: as
éguas cujos filhos nascem na primavera. Todas as outras
linhagens se extinguiram porque os filhotes nasciam em alturas
improprias e morriam de fome"

A frase A está errada porque as éguas não pensam nem controlam
o seu próprio cio.
A frase B está certa mas é irrelevante.

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] energia
FROM: "Adivinho" <Adivinho@hotmail.com>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/01/2001 16:38


>Tanto o fóton quanto o elétron são energia. A energia do fóton depende
>da freqüência [E=f.h] e a energia do elétron em repouso depende da massa
>[E=m.c^2].

Eu diria que ambos fotão e electrão têm energia. e não "são" energia.
O 'problema' é que o fotão só tem energia cinética.

O E = f.h é a energia cinética, ou seja a que advém dele se mover. Se ele
estiver parado ele não existe e não tem energia. Dai que diga que o fotão é
energia. Mas isto é um abuso linguistico não cientifico.
Quanto ao electrão ele detêm dois tipos de energia, a Cinética e a Própria
( Mc² , sendo M a massa própria do electrão). Mesmo quando um electrão está
parado , ele detêm energia. ( a Mc²)

(tudo isto na ausência de potenciais exteriores )

A questão é : Quem já observou electrões parados ? Onde e como ?


Sérgio Taborda
sergiotaborda@mypage.org



SUBJECT: Re: [ciencialist] energia
FROM: "Adivinho" <Adivinho@hotmail.com>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/01/2001 16:43


> E mesmo assumindo que "energia" não é um termo clássico, os
> físicos modernos ficam a nos dever milhões de outras explicações que,
> durante o século XX, foram colocadas embaixo do tapete. :-))

Calma... Energia ainda é o que se define pela Termodinâmica.Ou tb vais dizer
que a Termodinâmica tem de ser revista porque andou a colocar coisas por
baixo do tapete ? :-)

> Por outro lado, e com a imagem clássica a que me referi na msg anterior,
> também poderia dizer que a energia do fóton depende de alguma freqüência
ou,
> melhor dizendo, da densidade de corpúsculos de Newton que este fóton
> comportaria com a imagem clássica apresentada. Não obstante, vale a
ressalva
> que já fiz em outras ocasiões a dizer que o fóton, a rigor, não é nem
> corpúsculo nem onda [site] mas uma
> entidade complexa constituída de matéria (corpúsculos de Newton) e campo
> eletromagnético transmutante.

Hum... isto parece ficção cientifica : "O Ataque do campo electromagnético
trans-mutante II" :-)
O fotão não é matéria. como pode ele ser constituído por matéria ?
O fotão é um quanta de CAMPO e campo não é matéria.





SUBJECT: sociedade da igreja
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/01/2001 16:45

http://www.lycos.com.br/wired/cultura/01/01/18/cul_1.html

Mais um absurdo. Tem louco para tudo, o que lhes falta é o senso de
ridículo.

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SUBJECT: Re: [ciencialist] energia
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/01/2001 16:48

-----Mensagem Original-----
De: "TARCISIO BORGES"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Sexta-feira, 19 de Janeiro de 2001 16:18
Assunto: Re: [ciencialist] energia

> Nomes??...
> Fatos??...
> Ou será que a mensagem saiu truncada?

Não sei a que você se refere. Se for algo relativo ao que afirmei na msg
7995, creio que a resposta foi dada na msg 7999.

Acredito que sua replica deveu-se ao comentário que fiz (msg 7995): "O
tapete foi uma expressão criada por Thomas Khun para justificar os meios
espúrios, no sentido em que contrariam totalmente a metodologia científica,
utilizados pelos físicos modernos ao justificarem seus dogmas (Thomas Khun
era graduado em física)." Seria isso?

Se for, no trecho final da msg 7999 afirmei: "Enfim, nada que, por seu
tamanho incomensurável, poderia ser exposto aqui em poucas palavras. Pois
são tantos os absurdos em que os físicos modernos se apoiam na defesa de
seus argumentos que seria necessária a construção de um novo "fórum cético
brasileiro" apenas para narrar o caráter pseudo-científico da física
quântica."

Não obstante, no "quase-imperdível" Espaço Científico Cultural você
encontrará tudo isso e muito mais. Reconheço que dá trabalho mas entenda que
estou me referindo a 100 anos de absurdos cometidos por uma legião imensa de
físicos modernos. Lembro ainda que o Espaço Científico Cultural está voltado
para outras finalidades e não para combater seitas religiosas. E, com
efeito, neste quase-magnífico site, chego a relatar menos de 10% destes
absurdos, mas creio que mais do que suficientes para justificarem o que
afirmei.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] energia
FROM: "Adivinho" <Adivinho@hotmail.com>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/01/2001 16:51

>>Tanto o fóton quanto o elétron são energia. A energia do fóton depende
>>da freqüência [E=f.h] e a energia do elétron em repouso depende da massa
>>[E=m.c^2].

>E como energia e massa são a mesma coisa segue-se que fótons e elétrons
>são partículas...

hum....
Se Energia e Massa fossem a mesma coisa então teria de ser E = m
Ou seja, as suas unidades físicas teria de ser as mesmas (joule )
Aquela constante c² diz exactamente que são coisa diferentes , ainda que
equivalentes.
Da mesma forma que E = k T (em que k é a constante de Bolztman ) no diz que
temperatura e energia são equivalentes , mas não são a mesma coisa... seria
complicado.. pois se energia , massa e temperatura fossem a mesma coisa
E = m = T
Eu pesava-me em graus Celcius (ºC) , e media minha febre em quilogramas
(Kg) :-))
Ainda não fazemos isso :-))

Sérgio Taborda
sergiotaborda@mypage.org



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] energia
FROM: "Adivinho" <Adivinho@hotmail.com>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/01/2001 17:14


> O que existem são fenômenos ou objetos que podem ou não ser explicáveis
pela
> matemática quântica. Porém nada que não possa também ser explicável por
uma
> física genuinamente newtoniana.

Vamos supor , por hipótese, que a mecânica de Newton é capaz de explicar o
fenómeno do Efeito de Túnel.
Comparemos a simplicidade com que o faz com a simplicidade com que a MQ faz
isso.
E dado que , provavelmente , a MQ será mais simples , segundo tu, qual
deverá ser acreditada , ou melhor, qual sera´deverá ser cortada pela Navalha
de Occam ?
Queres comparar ?

(além disso a MQ não tem assim tanto de "anti-clássico" )

Sérgio M. M. Taborda
sergiotaborda@mypage.org


SUBJECT: Re: [ciencialist] energia
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 19/01/2001 17:19

Adivinho wrote:
> >Tanto o fóton quanto o elétron são energia. A energia do fóton depende
> >da freqüência [E=f.h] e a energia do elétron em repouso depende da massa
> >[E=m.c^2].
>
> Eu diria que ambos fotão e electrão têm energia. e não "são" energia.

Continuo sustentando que ambos são energia, assim como gravidade é
aceleração.

> O E = f.h é a energia cinética, ou seja a que advém dele se mover. Se ele
> estiver parado ele não existe e não tem energia.

Ontem vi no JN que uns caras fizeram um feixe de luz parar [já tinha
ouvido falar em andar a ±35 Km/h mas não ainda parar totalmente]. Tá
certo que JN é JN, mas em todo caso...

> Dai que diga que o fotão é
> energia. Mas isto é um abuso linguistico não cientifico.

Se matematicamente A=B então existem boas chances de fisicamente A ser
realmente igual a B. Assim como massa inercial e massa gravitacional, ou
algo assim.

> Quanto ao electrão ele detêm dois tipos de energia, a Cinética e a Própria
> ( Mc² , sendo M a massa própria do electrão). Mesmo quando um electrão está
> parado , ele detêm energia. ( a Mc²)
> (tudo isto na ausência de potenciais exteriores )
> A questão é : Quem já observou electrões parados ? Onde e como ?

O Stafusa me lembrou, propriamente, que a massa de um objeto em
movimento relativístico aumenta, portanto, esteja em movimento ou não, a
equação continua E=m.c^2

Então não importa se o elétron está em movimento ou não, o aumento da
velocidade só fará com que ele aumente sua massa, que fará que sua
energia aumente consequentemente.

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TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
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SUBJECT: Re: [ciencialist] energia
FROM: Jefferson Stafusa Elias Portela <stafusa@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 19/01/2001 17:21

On Fri, 19 Jan 2001, Adivinho wrote:

> >>Tanto o fóton quanto o elétron são energia. A energia do fóton depende
> >>da freqüência [E=f.h] e a energia do elétron em repouso depende da massa
> >>[E=m.c^2].
>
> >E como energia e massa são a mesma coisa segue-se que fótons e elétrons
> >são partículas...
>
> hum....
> Se Energia e Massa fossem a mesma coisa então teria de ser E = m
> Ou seja, as suas unidades físicas teria de ser as mesmas (joule )
> Aquela constante c² diz exactamente que são coisa diferentes , ainda que
> equivalentes.
> Da mesma forma que E = k T (em que k é a constante de Bolztman ) no diz que
> temperatura e energia são equivalentes , mas não são a mesma coisa... seria
> complicado.. pois se energia , massa e temperatura fossem a mesma coisa
> E = m = T
> Eu pesava-me em graus Celcius (ºC) , e media minha febre em quilogramas
> (Kg) :-))
> Ainda não fazemos isso :-))
>

Mas é costume medir a massa de partículas em Ev (elétron-volt): que é uma
unidade de energia.

E quanto a se dizer que massa e energia são a mesma coisa, talvez seja
abuso de linguagem, mas em todo caso a 'ligação' entre energia e massa é
mais forte que a que existe entre energia e temperatura por exemplo. Pois,
quando a um corpo qualquer é acrescida uma energia qualquer (cinética,
térmica,...) a massa deste também aumenta. Ou seja, um litro de água
quente 'é mais pesado' (tem mais massa) que um litro de água fria, e um
jato voando tem mais massa que um pousado.


Stafusa





SUBJECT: Re: [ciencialist] energia
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/01/2001 17:29



| Tarcisio:
|
| >Tanto o fóton quanto o elétron são energia. A energia do fóton depende
| >da freqüência [E=f.h] e a energia do elétron em repouso depende da massa
| >[E=m.c^2].

Moacir:
|
| E como energia e massa são a mesma coisa segue-se que fótons e elétrons
| são partículas...
|

E como palito de fósforo e fogo são a mesma coisa segue-se que um isqueiro está cheio de palitos de fósforo.

[]'
Léo




SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] energia
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/01/2001 17:40




| --- In ciencialist@egroups.com, "Alberto Mesquita Filho"
| <albmesq@u...> wrote:
| > quântico não nos levará a nada melhor que não seja a escuridão
| total.

Takata wrote:
|
| Bem, tem o microscopio eletronico q. eh um filhote dileto da fisica
| quantica...
|

Esse microscópio eletrônico é decorrência do microscópio iônico (ou projetor iônico), posto e explicado totalmente pela eletrostática clássica.

[]'
Léo




SUBJECT: Re: [ciencialist] energia
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 19/01/2001 17:53



Adivinho wrote:

> A questão é : Quem já observou electrões parados ? Onde e como ?

Em 1988 o físico Hans Dehmelt publicou o artigo:
"Single Atomic Particle Forever Floating at Rest in Free Space: New
Value for Electron Radius", Hans Dehmelt, Physica Scripta T22, 102
(1988)

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: Re: [ciencialist] energia
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/01/2001 17:58

-----Mensagem Original-----
De: "Adivinho"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Sexta-feira, 19 de Janeiro de 2001 16:43
Assunto: Re: [ciencialist] energia

Olá, Adivinho. :-))

> Calma... Energia ainda é o que se define pela Termodinâmica.

A "termodinâmica clássica" é uma teoria fenomenológica e, para ser coerente
consigo mesma, não deve penetrar em terrenos representacionais. A energia é
definida em mecânica e extrapolada para a mecânica estatística, uma teoria
representacional que apoia-se na termodinâmica clássica.

> Ou tb vais dizer que a Termodinâmica tem de ser revista porque andou a
> colocar coisas por baixo do tapete ? :-)

Vamos por partes. Diria, citando Mário Schenberg, que: "Há uma coisa sobre a
qual a mecânica quântica não lançou luz alguma: o segundo princípio da
termodinâmica. Este continua tão misterioso quanto antes. A lei de
crescimento da entropia não pode ser até agora deduzida nem pela mecânica
estatística clássica, nem pela mecânica estatística quântica. Há, aí, alguma
coisa de fundamental que ainda não compreendemos. Quando uma coisa começa a
se complicar muito, é sinal de que é preciso simplificá-la."

Lembro ainda, conforme respondi ao Tarcísio (msg 7995), que: "Os verdadeiros
cientistas ignoram muitas coisas e procuram, com todos os meios que dispõem,
pelas respostas a suas dúvidas. Até mesmo a física moderna, antes de
deturpar-se ideologicamente, foi desenvolvida por físicos clássicos e surgiu
em resposta a muitas perguntas que colocavam os conhecimentos clássicos da
época em xeque."

Logo, por que não podemos questionar a termodinâmica? Isso não tem nada a
ver com o tapete quântico. Procurar por variáveis escondidas é uma coisa;
ocultar essas variáveis embaixo do tapete é outra coisa completamente
diferente, e muito ao sabor dos físicos quânticos. Aliás, por falar em
variáveis escondidas e a termodinâmica, convido os ciencialisteiros para que
leiam e opinem sobre meu artigo a respeito postado em
http://www.geocities.com/ecientificocultural/Eletron2/termodinamica.htm .
Ele vem bem a calhar nesta discussão entre o que é simplesmente ignorado (O
que é energia?) e o que vai eventualmente, mas nem sempre propositadamente,
para debaixo do tapete (Até que ponto podemos igualar a energia
termodinâmica à energia mecânica?).

> > ...vale a ressalva que já fiz em outras ocasiões a dizer que o fóton, a
> > rigor, não é nem corpúsculo nem onda [site] mas uma entidade complexa
> > constituída de matéria (corpúsculos de Newton) e campo eletromagnético
> > transmutante.

> Hum... isto parece ficção cientifica : "O Ataque do campo electromagnético
> trans-mutante II" :-)

Novamente citando Schenberg, e repetindo um trecho da msg 7995: "É preciso
que não tenham medo de dizer alguma coisa que possa ser considerada como
erro. Porque tudo que é novo, aparece aos olhos antigos como coisa errada. É
sempre nesta violação do que é considerado certo, que nasce o novo e há a
criação."

De qualquer maneira, essa idéia de campo mutante está citada em
http://www.geocities.com/ecientificocultural/Eletron2/emissor01.htm e, num
sentido light, em
http://www.geocities.com/ecientificocultural/Usenet/dialogos04.htm (vide a
antepenúltima msg de Quarta-feira, 30 de Junho de 1999 03:43). Quanto à
ficção, repito aqui o que pode ser lido nesta última referência: "O
importante é perceber que existe uma "quintessência do Universo", queiramos
ou não. Para alguns, a quintessência é o éter; para Einstein, seriam as
variáveis escondidas; para os físicos quânticos, existiria um vácuo quântico
a preencher, de uma forma sui-generis, a lacuna apontada por Einstein. Eu já
acredito que existem as informações emitidas pela matéria em movimento e a
informar o tipo de movimento apresentado. Se isto for loucura, somos todos
loucos, cada um a sua maneira."

> O fotão não é matéria. como pode ele ser constituído por matéria ?
> O fotão é um quanta de CAMPO e campo não é matéria.

Vou então repetir o que afirmei logo no início dessa discussão atual, na msg
7988: "Permita-me raciocinar classicamente pois do contrário iremos ficar
aqui falando sobre o sexo dos anjos, sem saber se o elétron é uma partícula,
uma onda ou uma quimera qualquer sonhada pelos físicos modernos." Quanto ao
mais, deixo a quântica para os quânticos e a discussão sobre a existência ou
não de extraterrestres para os ufologistas, pois "não mergulho em nenhuma
dessas duas praias repletas de tubarões famintos". :-))

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] energia
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 19/01/2001 18:01

Alberto Mesquita Filho wrote:
> > Nomes??...
> > Fatos??...
> > Ou será que a mensagem saiu truncada?
> Não sei a que você se refere. Se for algo relativo ao que afirmei na msg
> 7995, creio que a resposta foi dada na msg 7999.

Vc afirma de [alguns] cientistas agem de má fé. Cite-os.

> Se for, no trecho final da msg 7999 afirmei: "Enfim, nada que, por seu
> tamanho incomensurável, poderia ser exposto aqui em poucas palavras. Pois
> são tantos os absurdos em que os físicos modernos se apoiam na defesa de
> seus argumentos que seria necessária a construção de um novo "fórum cético
> brasileiro" apenas para narrar o caráter pseudo-científico da física
> quântica."

Cite os absurdos.

> Não obstante, no "quase-imperdível" Espaço Científico Cultural você
> encontrará tudo isso e muito mais.

Eu dei uma olhada na diagonal e a única coisa que me chamou a atenção
foi sobre a falácia da relatividade e lá vc fala sobre um comportamento
da luz, que já faz um bom tempo que eu mesmo lhe disse que sua
interpretação está errada e que portanto não há erro nenhum na
relatividade, apenas na sua interpretação.

Vide http://lab.bsi.com.br/tborges/relatividade.html

> Reconheço que dá trabalho mas entenda que
> estou me referindo a 100 anos de absurdos cometidos por uma legião imensa de
> físicos modernos.

Basta alguns.

Indique onde em sua página estão listados os cientistas e os erros por
eles cometidos. Não estou duvidando que vc realmente tenha a lista, mas
eu quero conhecê-la.

==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
==========================================================


SUBJECT: Re: [ciencialist] energia
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 19/01/2001 18:18



TARCISIO BORGES wrote:

> > O E = f.h é a energia cinética, ou seja a que advém dele se mover. Se ele
> > estiver parado ele não existe e não tem energia.
>
> Ontem vi no JN que uns caras fizeram um feixe de luz parar [já tinha
> ouvido falar em andar a ±35 Km/h mas não ainda parar totalmente]. Tá
> certo que JN é JN, mas em todo caso...

Nessa experiência penso que a energia do feixe de luz é absorvida
pela matéria circundante.
--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com




SUBJECT: Re: [ciencialist] energia
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 19/01/2001 18:22



Adivinho wrote:

> hum....
> Se Energia e Massa fossem a mesma coisa então teria de ser E = m
> Ou seja, as suas unidades físicas teria de ser as mesmas (joule )
> Aquela constante c² diz exactamente que são coisa diferentes , ainda que
> equivalentes.

Nada nos impede de medir a massa em Kgm2/s2.

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com




SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] energia
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/01/2001 18:23

-----Mensagem Original-----
De: "Adivinho"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Sexta-feira, 19 de Janeiro de 2001 17:14
Assunto: Re: RES: [ciencialist] energia

> > O que existem são fenômenos ou objetos que podem ou não ser explicáveis
> > pela matemática quântica. Porém nada que não possa também ser explicável
> > por uma física genuinamente newtoniana.

> Vamos supor , por hipótese, que a mecânica de Newton é capaz de explicar
> o fenómeno do Efeito de Túnel.
> Comparemos a simplicidade com que o faz com a simplicidade com que a MQ
> faz isso.

Essa piada é muito boa. A "simplicidade" com que a MQ faz alguma coisa. Não
obstante, quantos anos de lavagem cerebral são necessários para que as
coisas fiquem tão simples assim?

> E dado que, provavelmente, a MQ será mais simples,...

Já entendi a piada, não precisa repetir. :-))

> ...segundo tu, qual deverá ser acreditada , ou melhor, qual sera´deverá
> ser cortada pela Navalha de Occam?

Se as duas explicarem o fenômeno, a que exigir menos lavagem cerebral. E, no
caso limite, a genuína física newtoniana.

> Queres comparar?

Em hipótese alguma. Estou plenamente satisfeito com a genuína física
newtoniana e totalmente descrente das fantasias matemático-quânticas. Desse
mato não sai coelho. Enfim, se os físicos quânticos estiverem dispostos a
abandonar seus dogmas e levarem a sério o estudo da física, pode ser que
algum dia eu mude de idéia. Não obstante, acredito que neste dia, e como
caso limite, chegaremos novamente à genuína física newtoniana, com ligeiras
adaptações relacionadas aos quatro séculos que passaram desde que foi
formulada.

> (além disso a MQ não tem assim tanto de "anti-clássico" )

Vou recomendar suas piadas para o site de humorismo científico do Luis
Brudna. É muito bom, por sinal.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] energia
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 19/01/2001 18:34

On Fri, 19 Jan 2001, Luiz Ferraz Netto wrote:
> Esse microscópio eletrônico é decorrência do microscópio iônico (ou
> projetor iônico), posto e explicado totalmente pela eletrostática
> clássica.

creio q. nao... macaqueando os fisicos: ha' um efeito de tunelamento pelo
qual o atomo deve passar -- ir de um estado energico x para outro y de
energia correpondente, sem passar pelo pico intermediario entre os dois
estados. isso eh uma possibilidade, ao q. eu saiba, prevista pela mecanica
quantica...

http://www.lassp.cornell.edu/ardlouis/dissipative/atomtunnel_research.html

(ou os microscopio de tunelamento nao sao considerados microscopios da
classe eletronica?)

aproveitando sobre a facanha de 'parar' a luz:

http://www.scientificamerican.com/news/011901/1.html

(mas como os demais obviamente tem -- muito -- mais conhecimento do q. eu
nessa area, saio de fininha e deixo para os profissionais.)

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] energia
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/01/2001 18:56

-----Mensagem Original-----
De: "TARCISIO BORGES"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Sexta-feira, 19 de Janeiro de 2001 18:01
Assunto: Re: [ciencialist] energia

> Cite os absurdos.

Leia o meu site na vertical.

> Eu dei uma olhada na diagonal e a única coisa que me chamou a atenção
> foi sobre a falácia da relatividade e lá vc fala sobre um comportamento
> da luz, que já faz um bom tempo que eu mesmo lhe disse que sua
> interpretação está errada e que portanto não há erro nenhum na
> relatividade, apenas na sua interpretação.

E eu já disse que a sua visão a respeito estava errada, logo estamos
empatados. :-))

> Vide http://lab.bsi.com.br/tborges/relatividade.html

O desenho está correto mas a sua visão sobre a problemática está totalmente
furada. Já disse que o seu desenho é outra maneira de enxergar o mesmo
desenho que apresentei; e até mesmo elogiei na época a sua arte. Não
obstante, você não entendeu nada sobre os meus argumentos e a conversa ficou
no passado e portanto não sei onde está o bloqueio no seu raciocínio.

> > Reconheço que dá trabalho mas entenda que
> > estou me referindo a 100 anos de absurdos cometidos por uma legião
> > imensa de físicos modernos.
> Basta alguns.

O spin que não é giro (comprovado experimentalmente por uma experiência
clássica), a falácia das órbitas permitidas (a justificar de maneira não
clássica um achado clássico), a dualidade partícula-onda...

Pô, por que é que eu, que não tenho nada com isso, tenho que viver repetindo
essas imbecilidades que vocês aceitam como verdades incontestáveis? Se quer
acreditar em Papai Noel, eu não tenho nada com isso. Eu tenho que explicar
as minhas idéias, não as suas. Se você não está satisfeito com a física
moderna, questione os seus professores. Se você acha que os absurdos não
existem, meus parabéns. Pois você dificilmente será julgado pela Inquisição
dos Tempos Modernos. A mesma que proibiu-me de fazer palestras em centros de
excelência brasileiros classificados pelo MEC como de nível A.

> Indique onde em sua página estão listados os cientistas e os erros por
> eles cometidos. Não estou duvidando que vc realmente tenha a lista, mas
> eu quero conhecê-la.

Pois eu quero esquecê-la. Permita-me então não tocar mais nesse assunto que,
por sinal, foi o que mais fiz desde que estou aqui na Ciencialist. E já
comentei devidamente o que você quer que eu repita, sem que surgisse nenhuma
luz por parte dos demais (a exceção do Belisário, e respondi, a minha
maneira, todas as dúvidas que ele apontou). Logo, não tenho mais nada o que
comentar. Quanto ao tapete, já dei a referência (Thomas Khun) e vou
continuar falando no mesmo, agrade ou não aos demais.

Não me pergunte o que vejo de errado na física quântica. Responda o que você
vê de bom na mesma, além de um conjunto de equações que dão certo sabe-se
lá porque. Não me peça para justificar a sua fé; justifique você os seus
dogmas.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] A Evolucao da Fisica II
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/01/2001 21:48

-----Mensagem Original-----
De: "Adivinho"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Sexta-feira, 19 de Janeiro de 2001 12:28
Assunto: Re: [ciencialist] A Evolucao da Fisica II

Olá Sérgio

> Suponhamos por hipotese, que o electrão e o quark , são indivisiveis.
> Então neste caso, o electrão e o quark é que serão os verdadeiros Átomos
> previstos por Democrito.

Cortei nesse ponto pois até aí parece que concordamos em quase tudo. Este
quase é meramente cautelar. :-))

> > Permita-me raciocinar classicamente pois do contrário iremos ficar aqui
> > falando sobre o sexo dos anjos, sem saber se o elétron é uma partícula,
> > uma onda ou uma quimera qualquer sonhada pelos físicos modernos. Se o
> > elétron for uma partícula e o fóton também, pergunto: o que será o
> > elétron após absorver um fóton? Um elétron mais um fóton? E após o
> > elétron emitir um fóton? Será um elétron menos um fóton? De duas, uma:
> > Ou você aceita estas questões como fundamentais, ou assume que nem
> > elétron nem fóton possam ser chamados por partículas, no sentido
> > clássico do termo.

> Ora exactamente.
> Mas ha ai um promenor. quando se chama o fotão de particula não é muito
> correcto. Para já o fotão não tem massa , as particulas sim.

Lembro que esta não é uma idéia clássica e portanto está longe de
contrapor-se ao que afirmei logo após ter dito "permita-me raciocinar
classicamente". A rigor, nem a física clássica nem a física moderna sabem,
nos dias atuais, explicar o que seja massa. Conjecturas existem muitas e, no
terreno da física moderna, pode-se até mesmo justificar matematicamente tais
afirmações. Mas são justificativas incompletas, a apoiarem-se em hipóteses,
a meu ver, "estratosféricas".

> Tudo o que podemos dizer ,rigorosamente sobre o fotão é que ele é um
> quanta de energia.

Sim mas não é fácil entender o porquê do "quanta" e o significado adotado
para energia de um fóton e/ou de radiações eletromagnéticas ou, ainda,
energia de um campo. Essas expressões surgiram todas elas no âmbito da
matemática e ainda não justificaram sua aceitação como entidades físicas, a
não ser por pertencerem a uma teoria matemática que, *em determinadas
condições*, traduz-se por efeitos físicos mensuráveis. O próprio Planck
morreu sem entender o significado de seus quanta e criticou com veemência a
todos os que tentaram dar uma interpretação física para o fenômeno.

> Da mesma forma um electrão é um quanta de carga (bom, em rigor seria um
> quark o quanta de carga , mas como não foram observados quarks livres , o
> electrão é a menor carga "livre" )

Também não sabemos o que é a carga de uma partícula elementar. Pela minha
teoria, um elétron não tem carga e gera um campo não coulombiano.
Matematicamente consigo fazer com que associações particulares do "meu
elétron" comportem-se ora como cargas elétricas, ora como correntes
elétricas, ambas no sentido maxwelliano do termo. Ou seja, proponho uma
matemática que também dá certo e, a meu ver, justifica-se fisicamente; e
justifica muitas coisas que a teoria quântica não consegue justificar a não
ser através de hipóteses ad hoc como, por exemplo, um spin que não é giro,
mas que simula uma carga que gira sem girar e que existe sem existir; e que
portanto, entre um estado e outro, não pode estar aqui nem lá, mas está em
todo lugar (onda).

> Até que ponto um quanta pode ser uma particula, até que ponto a massa é
> importante para a definição de particula , são perguntas que quando
> respondidas unificarão muitas coisas.

Com efeito. Mas não creio que essas respostas venham a surgir da física
quântica. Como disse em outra msg, desse mato não sai coelho.

> Tudo isto estaria muito bem se não fosse que o electrão e o postitrão têm
> massa e o fotão não.
> houve portanto criação de massa a partir de simples energia ? (a visão
> moderna diz que sim)

Sim mas o que é massa? E o que é energia? Digo isso do ponto de vista do
microcosmo pois tanto massa quanto energia foram conceitos criados pela
física clássica para justificar efeitos do macrocosmo. São por esse motivo
chamados construtos de alto nível (vide Mário Bunge). Será que um elétron
atrai outro elétron segundo a lei da atração gravitacional de Newton? Alguma
experiência já chegou próximo a isso? Ou seja, a justificar esta afirmação?
Veja que "matematicamente" eu já demonstrei ser possível que um elétron não
tenha carga. Será que ele tem massa? Todos esses meus questionamentos estão
dentro da regra que adotei inicialmente: "Permita-me raciocinar
classicamente..."

> Pensemos num conjunto de coprusculos de Newton enfileirados que depois de
> agrupam em dois conjuntos diferentes mas ... simétricos ( o electrão tem
> carga - e o positrão carga + com a mesma massa )
> Como explicar que a simples separação/agrupamento possa mudar a
> propriedade macrscópica de massa ?

Em primeiro lugar, não utilizei-me da hipótese a dizer que o fóton não tem
massa (isso parece decorrer da relatividade de Einstein e não me utilizei de
seus postulados). Por outro lado, se um elétron, que não tem carga (pela
minha teoria), pode agrupar-se de maneira a gerar uma carga elétrica
coulombiana, que mal haveria em uma partícula sem massa (porém com algum
efeito outro similar) gerasse uma partícula com massa? Volto a dizer que
isso está no terreno das especulações, pois nem mesmo posso garantir, por
física alguma dentre as que conheço, que o elétron tenha massa
gravitacional. Alguém já colocou um elétron numa balança? Bom, irás dizer, o
elétron tem massa inercial. Não. O elétron manifesta efeitos inerciais mas,
daí a dizermos que tem massa, vai uma distância muito longe. Afinal, o que é
realmente massa?

> Se os corpusculos tinham massa , então deveria ser medida antes do
> reagrupamento, se não tem , como é que o simples agrupamento lhe confere
> essa propriedade ? Como resolver isto ?
> A mecânica quantica (MQ) dá uma ideia.
> Consideremos que ambos fotão e electrão e positrão se podem descrever
> matemáticamente como ondas.
> Um coisa que dá pelo nome de Série de Fourier permitenos pensar assim.
> Esta construção matemática diz-nos que qq função , seja ela qual for ,
> pode ser escrita como uma combinação linear de funções trignométricas,
> senos e cosenos. E como funções ciclicas que são , levam-nos a ter de
> considerar Frequências e Fases
> A MQ lança mão disto e usa isto para resolver a aparente diferença entre
> fotões e electrões (ou qq outra particula com massa).
> Mas , um electrão é localizado no espaço , tanto quanto
> sabemos/imaginamos. Um fotão não o é.
> Esta carateristica tem tudo a ver com a propriedade de Massa.

Pois eu diria que esta característica tem tudo a ver com um novo construto
matemático utilizado pelos físicos modernos e ao qual, de maneira imprópria,
eles denominaram "massa de partículas elementares".

> O fotão é caracterizado apenas por uma frequencia ( E = h f ) o electrão
> para ser localizado precisa ser caracterizado por várias frequências. Um
> fotão é apenas uma unica onda, um electrão é, portanto, uma sobreposição
> de várias ondas, com diferentes frequencias e amplitudes. Estas ondas tem
> dois tipos de velocidade a de grupo e a de fase.
> A de grupo é aquela velocidade a que estamos habituados e que nos diz onde
> está a particula (o centro de 'massa' | geométrico se o electrão for
> simétrico ) a de fase diz-nos como as diferentes ondas se movem entre
> si. Não sei muito desta parte mais matemática. O que interessa é que a
> massa seria uma constante que tem a ver com o tempo que certo conjunto de
> ondas se pode supor ser uma unica particula. Será uma especie de "tempo de
> decaimento", o fotão tem este tipo de massa "infinito" pois o fotão é
> estável....problema é que deveria ser nulo se dissermos que esta "massa
> de decaimento" for o m a que estamos habituados nas equações da física.

Tudo isso é muito bonito, matematicamente falando. Mas... Onde está a
simplicidade da MQ, referida em outra msg? Em que sentido ela é simples? Se
eu afirmar que discos voadores existem, a hipótese é extremamente simples.
Mas será que conseguiremos justificá-la de maneira simples? E supondo que
sim, isto confirma a existência de seres extraterrestres?

> Voltanto atras , aquilo que Newton e os demais chamavam de particula é
> aquilo que tem dimensões muito pequenas, mas pode ser individualizado (=>
> tornado/tomado como um individuo=> indivisivel) no espaço. E parece que
> essa individualização passa pela definição de massa. Massa no sentido de
> "quantidade de matéria" .... é que como sabem um fotão não é considerado
> matéria , é considerado a vibração daquilo que se chama o Campo
> Electromagnético. Curiosamente, ou não, tem massa nula.

Não. Newton refere-se a corpúsculos de luz e também a vibrações emitidas
pela matéria (ou espírito da matéria). Tanto que em sua Óptica III Newton
afirma que a matéria receberia informações da aproximação de corpúsculos
pelas vibrações "emitidas" por esses corpúsculos. E seriam essas vibrações,
ao serem refletidas, e também aquelas emitidas pela matéria, que fariam os
corpúsculos curvarem sua trajetória. Perceba que para Newton, no caso da
refração da luz, "a curvatura dar-se-ia antes da incidência". A história foi
um pouquinho modificada após a aceitação da teoria ondulatória (mesmo porque
a teoria ondulatória jamais explicaria essa curvatura precoce); e com isso
as vibrações newtonianas foram para a gaveta, juntamente com o efeito tunel
newtoniano, que tem uma explicação similar.

> Seja como for , parece que o Mistério da Massa ( e daqui o da Gravidade )
> é o que encrava a "máquina" :-)

Sem dúvida. Não só mas também. :-))

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Biologia - Darwin
FROM: "Otávio Tavares Ranzani" <tataran@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/01/2001 21:50

>C) "As éguas entram no cio na época citada porque herdaram a
>caracteristica das éguas mais bem sucedidas no passado: as
>éguas cujos filhos nascem na primavera. Todas as outras
>linhagens se extinguiram porque os filhotes nasciam em alturas
>improprias e morriam de fome"
>
>A frase A está errada porque as éguas não pensam nem controlam
>o seu próprio cio.
>A frase B está certa mas é irrelevante.


Obrigado pela reposta. Se fosse simples assim, criar mais uma
resposta estava bom. Mas você acabou por explicar a alternativa B. Valeu!



SUBJECT: Re: [ciencialist] Biologia - Darwin
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 19/01/2001 22:04



Otávio Tavares Ranzani wrote:
>
> >C) "As éguas entram no cio na época citada porque herdaram a
> >caracteristica das éguas mais bem sucedidas no passado: as
> >éguas cujos filhos nascem na primavera. Todas as outras
> >linhagens se extinguiram porque os filhotes nasciam em alturas
> >improprias e morriam de fome"
> >
> >A frase A está errada porque as éguas não pensam nem controlam
> >o seu próprio cio.
> >A frase B está certa mas é irrelevante.
>
> Obrigado pela reposta. Se fosse simples assim, criar mais uma
> resposta estava bom. Mas você acabou por explicar a alternativa B. Valeu!

Eu não falei muito acerca da alternativa B. A alternativa B é uma
afirmação
verdadeira mas dizer que ela está de acordo com a Teoria de Darwin é o
mesmo que dizer que 2+2=4 está de acordo com a Teoria de Darwin. Pode
até ser verdade, mas não é significativo. Quanto à hipótese A, ela
poderá
ser a resposta certa se quem fez a pergunta quiz dizer aquilo que eu
disse na
resposta C. Quem fez a pergunta pode estar a uzar atalhos de linguagem.
É
muito frequente quando se fala de evolução atribuir vontades e desejos
aos
animais ou às espécies ou aos genes, mas não é verdade que eles tenham
de
facto vontades. Concluindo: a minha resposta não é muito útil se você
quizer
uma resposta concreta.

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] Biologia - Darwin
FROM: "Otávio Tavares Ranzani" <tataran@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/01/2001 22:22

Concordo com você; e tenho outra pergunta: "De maneira geral, os
machos mais vigorosos, que apresentam maior adaptação ao lugar que ocupam na
natureza, deixam maior número de descendentes" - Charles Darwin.
A) Relacione a afirmação de Darwin com o fenômeno da
delimitação do território, largamente observado entre os animais
vertebrados!

Obrigado, Otávio!



SUBJECT: Re: [ciencialist] energia
FROM: "Adivinho" <Adivinho@hotmail.com>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 19/01/2001 22:33

>>.. pois se energia , massa e temperatura fossem a mesma coisa
>> E = m = T
>> Eu pesava-me em graus Celcius (ºC) , e media minha febre em quilogramas
>> (Kg) :-))
>> Ainda não fazemos isso :-))
>>
>Mas é costume medir a massa de partículas em Ev (elétron-volt): que é uma
>unidade de energia.

Dizes bem "medir"
Uma coisa é medir , outra é a natureza fisica da grandeza.

Eu posso medir o volume (dimensão m³ ) de uma pedra se medir o quanto a
agua sobe numa proveta. (dimensão m )
e depois tenho uma expressão de equivalencia entre uma coisa e outra. Uma
Fórmula.
O E = m c² é uma formula permite-me medir massa através da energia (que é
mais simples de medir para electrões por exemplo do que a massa) , mas é uam
equivalencia , naõ podemso dizer que é o mesmo.
A Identidade de Eneergia de Massa são diferentes.
Um exemplo mais terra a terra.
Existe uam Fómula que relaciona o Real com o Escudo de tla forma que
R = c E
Em que c é cotação do real em escudos, uma cosntante ( vamos supor um
determiando tempo em que a contação não varia )

Agora, alguém diz que Reais e Escudos são a mesma coisa ?
Da mesma forma não se pdoe dizer que Energia e Massa são a mesma coisa ,
enbora sejam equivalentes :-))

Sérgio M. M. Taborda
sergiotaborda@mypage.org


SUBJECT: Re: [ciencialist] energia
FROM: "Adivinho" <Adivinho@hotmail.com>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 20/01/2001 02:19

> a falácia das órbitas permitidas (a justificar de maneira não
> clássica um achado clássico)

Aqui está algo interessante.

Qual é a falácia ? É clássica ou quântica ?
E como se resolve ?

Algumas coisa: Experimentalmente o Modelo Quântico é exacto.
Prevê a separação em subniveis comforme a aplicação campos magnéticos e os
comprimentos de onda libertados pelos átomos. Prevê as riscas espectrais.

O modelo Clássico faz o mesmo ? Primeiro, afinal o que é o modelo clássico
do Átomo ?

Para começar é inegável que o electrão está no átomo. Não tão negável é que
ele rode em torno do núcleo como os planetas em torno do sol, mas se supõe
[impiricamente] que sim. A MQ não diz explicitamente que os electrões rodam
como planetas em torno do núcleo. A interpretação física do modelo quântico
para o átomo é mais perto de considerar que os electrões vibram
harmonicamente (pulsam) em 3D com o centro no núcleo.
( os electrões nos átomos, seriam, segundo este modelo, reservas de energias
sob a forma de oscilações harmónicas 3D , algo como cordas de guitarra a
'tocar' mas esféricas e em 3D... curioso... as notas de musica são
quantificadas, já Pitágoras tinha mostrado isso ha já muito tempo )

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda
sergiotaborda@mypage.org


SUBJECT: Re: [ciencialist] A Evolucao da Fisica II
FROM: "Adivinho" <Adivinho@hotmail.com>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 20/01/2001 14:11


> > Tudo o que podemos dizer ,rigorosamente sobre o fotão é que ele é um
> > quanta de energia.
>
> Sim mas não é fácil entender o porquê do "quanta" e o significado adoptado
> para energia de um fóton e/ou de radiações eletromagnéticas ou, ainda,
> energia de um campo. (...)O próprio Planck
> morreu sem entender o significado de seus quanta e criticou com veemência
a
> todos os que tentaram dar uma interpretação física para o fenômeno.

Criticou, tlv , mas isso não impediu que os seus cálculos e a única
interpretação que ele conseguiu arranjar com sentido, fosse aceite.

> > Da mesma forma um electrão é um quanta de carga (bom, em rigor seria um
> > quark o quanta de carga , mas como não foram observados quarks livres ,
o
> > electrão é a menor carga "livre" )
>
> Também não sabemos o que é a carga de uma partícula elementar.

Exactamente.
A carga é a propriedade dos corpos que os faz "sensíveis" a um campo
electromagnético
Em termos simples pensava-se que a massa é a propriedade dos corpos que os
faz
"sensíveis" a um campo gravitico.
(só que existe o problema que a luz não tem massa e tb é "sensível" , donde
a gravidade nada tem a haver com massa. Coisa que curiosamente , Einstein
afirma pelo seu principio de equivalência. A gravidade é uma aceleração. A
causa dessa aceleração não é a massa, ou a luz não se curvaria)
Provavelmente a massa é a propriedade que faz os corpos "sensíveis" a um
campo de velocidades
(a massa inercial é a propriedade do corpo em resistir à mudança da sua
velocidade F=ma=m dv/dt )
.

> > Até que ponto um quanta pode ser uma partícula, até que ponto a massa é
> > importante para a definição de partícula , são perguntas que quando
> > respondidas unificarão muitas coisas.
>
> Com efeito. Mas não creio que essas respostas venham a surgir da física
> quântica. Como disse em outra msg, desse mato não sai coelho.

Têm de sair da quântica . Por uma razão simples. O Fotão é puramente
quântico.
Classicamente (sem considerar ondas) ele não existe , pois não pode ser
caracterizado por aquilo que ele é caracterizado: a sua frequência.
Já agora, como é que se explica o efeito foto-eléctrico sem os quantas de
campo electromagnético (fotões) ?

> > Tudo isto estaria muito bem se não fosse que o electrão e o postitrão
têm
> > massa e o fotão não.
> > houve portanto criação de massa a partir de simples energia ? (a visão
> > moderna diz que sim)
>
> Sim mas o que é massa? E o que é energia? Digo isso do ponto de vista do
> microcosmo pois tanto massa quanto energia foram conceitos criados pela
> física clássica para justificar efeitos do macrocosmo.

O que são não sei. Posso dizer-te o que não-são
Não são a mesma coisa.
Repara: para transferir energia não precisas transferir massa (calor , por
exemplo), pelo que massa e energia não são a mesma coisa.
Um sistema Isolado e um sistema Fechado são coisas diferentes.
O Isolado é Fechado , mas o Fechado não é Isolado.
( Isolado = não existe troca de energia com o exterior , Fechado = não
existe troca de massa com o exterior)


>São por esse motivo
> chamados construtos de alto nível (vide Mário Bunge). Será que um elétron
> atrai outro elétron segundo a lei da atração gravitacional de Newton?

Segundo a de Newton sim , pq têm massa ... :-)))

> Alguma
> experiência já chegou próximo a isso? Ou seja, a justificar esta
afirmação?
> Veja que "matematicamente" eu já demonstrei ser possível que um elétron
não
> tenha carga. Será que ele tem massa?

Aquilo que se sabe medir bem é a razão carga/massa para o electrão. Supondo
que ele têm ambas.
Depois mede-se a carga do electrão por processos de electroquimica (Faraday)
Dai se tira o valor da massa. Realmente não se mede massa do electrão,
calcula-se
(já agora como é que esta relação carga/massa entra na tua teoria do
electrão se ele não tem carga ? )

> > Pensemos num conjunto de corpúsculos de Newton enfileirados que depois
de
> > agrupam em dois conjuntos diferentes mas ... simétricos ( o electrão tem
> > carga - e o positrão carga + com a mesma massa )
> > Como explicar que a simples separação/agrupamento possa mudar a
> > propriedade macroscópica de massa ?
>
> Em primeiro lugar, não utilizei-me da hipótese a dizer que o fóton não tem
> massa (isso parece decorrer da relatividade de Einstein e não me utilizei
de
> seus postulados).

Não. Não decorre dai.
Decorre dos princípios básicos da física de Newton.
Massa , para a física super clássica é a propriedade dos corpos em se
oporem à mudança de movimento.(massa inercial)
O fotão não se opõe à alteração do movimento. A sua massa é nula por isso.
( o fotão "nasce em movimento" e "morre em movimento", ele não trava. )

>Por outro lado, se um elétron, que não tem carga (pela
> minha teoria), pode agrupar-se de maneira a gerar uma carga elétrica
> coulombiana, que mal haveria em uma partícula sem massa (porém com algum
> efeito outro similar) gerasse uma partícula com massa?

Mal nenhum. De facto assim acontece :-) (segundo a experiência)
A questão é: Como interpretar isso ?

>Afinal, o que é realmente massa?

Quem souber que atire a primeira pedra. .. ou melhor não, pq a pedra tem
massa :-))

> Tudo isso é muito bonito, matematicamente falando. Mas... Onde está a
> simplicidade da MQ, referida em outra msg?

Hey! eu falei que interpretar o Efeito Túnel , à luz da MQ era simples . Eu
não disse que a MQ era simples.
Não disse, mas digo agora :-) A MQ é simples.
Aquilo que descrevi antes sobre o fotão e o electrão é , do meu ponto de
vista, simples.
(Tlv meu ponto de vista é que seja complicado, lol )

> Em que sentido ela é simples?

É simples no sentido que precisa de 1 única hipótese suplementar face à M.
Clássica.E com essa resolve muitos problemas. Sobretudo a organização do
Átomo.

Ha aqui uma coisa que estamos a esquecer. Eu não sei muito sobre isso, mas
tem a haver com o Principio da Acção Mínima, proposto por Plank. Ele propôs
que existe uma Acção mínima possível , h (constante de Plank )
h tem unidades de Acção (Js)
Da mesma forma que todas as cargas do universo são regidas por múltiplos da
carga do electrão (considerando a carga do electrão a unidade , vamos
esquecer os quarks por agora.. )também toda a Acção terá de ser múltipla de
h.
Daqui a Quantificação e a Física Quântica, mais que a Mecânica Quântica... a
Termodinâmica
deveria levar com isto ( e aqui é que o filho se revolta contra o pai )

Repare-se que o que a MQ diz que é quantificado são só , e apenas, as
grandezas que têm unidade de Acção (Js) , como o Momento Angular por
exemplo. E é tb devido a isto que coisas como dxdp >h/2 são previstas
(Principio de Incerteza de Heisenberg) porque a unidade de distância
multiplicada pela de
momento são Js :-)

O Principio de Acção Mínima , é o principio FÍSICO que está na base da MQ. O
resto é matemática coerente com isto.

P.S.
Existem 3 importantes pares conjugados
Distância , Momento Linear , x e p (m²kg/s = Js)
Angulo , Momento Angular., teta e L (Js , lembro que Angulo não tem
unidades )
Energia , Tempo E e t (Js )

A todos estes se aplica o principio de incerteza e isto advém directamente
da quantificação da Acção
( O spin é um momento angular, por isso tb é quantificado exactamente da
mesma forma que o momento angular )


> > Voltanto atras , aquilo que Newton e os demais chamavam de particula é
> > aquilo que tem dimensões muito pequenas, mas pode ser individualizado
(=>
> > tornado/tomado como um individuo=> indivisivel) no espaço. E parece
que
> > essa individualização passa pela definição de massa. Massa no sentido de
> > "quantidade de matéria" .... é que como sabem um fotão não é considerado
> > matéria , é considerado a vibração daquilo que se chama o Campo
> > Electromagnético. Curiosamente, ou não, tem massa nula.
>
> Não. Newton refere-se a corpúsculos de luz e também a vibrações emitidas
> pela matéria (ou espírito da matéria). Tanto que em sua Óptica III Newton
> afirma que a matéria receberia informações da aproximação de corpúsculos
> pelas vibrações "emitidas" por esses corpúsculos. E seriam essas
vibrações,
> ao serem reflectidas, e também aquelas emitidas pela matéria, que fariam
os
> corpúsculos curvarem sua trajectória.

Do meu ponto de vista ele estava a fala de "Informação" propagada por
vibrações.
Eisntein fundiu estes conceitos na luz , o fotão não é um quanta qq. é um
quanta de Informação
É isto que está na base da relatividade de Einstein. Tanto é que ele assume
que existe uma máxima de transmissão de informação, e identifica-a com a da
luz no vazio, c.
E "Nada pode viajar mais depressa que a informação": o que é perfeitamente
válido tanto clássica como relativisticamente, assume o principio de "Nada
pode viajar no vácuo a velocidade maior que a da luz"

E note-se que este postulado é aplicado à velocidade Grupo. Porque a esta e
não à de Fase ?
Simples. É a velocidade de Grupo que transporta informação... estão a ver a
ligação ?

Portanto, aquilo que Newton achava está bem patente no pensamento de
Eisntein que levou à Relatividade.
só existe um problema no pensamento de Einstein , ele pensar que Luz =
Informação, é isto que ele postula sem provar.
A diferença é a seguinte:
Newton : Existem corpúsculos [entre os quais os de luz] que comunicam entre
si por meio de vibrações
=A luz comunica entre si por vibrações.

Modernamente: Existem vibrações que comunicam entre si por meio de
corpúsculos (partículas , em especial os electrões )
=A luz não comunica entre si por vibrações, a luz É vibração. A luz está
parada em relação a si mesma. ( um fotão não comunica nunca com outro fotão,
porque eles viajam à velocidade máxima )

Faz sentido ?
Para mim faz :-)))

> A história foi um pouquinho modificada (..) e com isso
> as vibrações newtonianas foram para a gaveta, juntamente com o efeito
túnel
> newtoniano, que tem uma explicação similar.

Não foram não.
Repara que Newton estava "violando" seus próprios princípios ao não admitir
a "onda de luz" mas depois admitir "vibrações entre corpúsculos"
Essa vibrações para ele seriam , tlv, digo eu, o 5º elemento.
Hoje em dia , essas vibrações são Luz, e a Luz ( o Campo "puro" ) é vista
como o 5º elemento

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda
sergiotaborda@mypage.org



SUBJECT: Re: [ciencialist] energia
FROM: "Adivinho" <Adivinho@hotmail.com>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 20/01/2001 14:12

>> Eu diria que ambos fotão e electrão têm energia. e não "são" energia.

>Continuo sustentando que ambos são energia, assim como gravidade é
>aceleração.

Hum.. ha aqui uma diferença .

Gravidade = Campo gravitico = G

o campo gravitico é definido pela força gravitica dividida pela massa de
prova

G = F / m

mas pela lei de Newton F = m a

donde G = F / m = m /m a = a
G =a

Gravidade e Aceleração são sim a mesma coisa.

isto é diferente de
E = m c²

É só isto que eu queria esclarecer.

>> O E = f.h é a energia cinética, ou seja a que advém dele se mover. Se ele
>> estiver parado ele não existe e não tem energia.

>Ontem vi no JN que uns caras fizeram um feixe de luz parar [já tinha
>ouvido falar em andar a ±35 Km/h mas não ainda parar totalmente]. Tá
>certo que JN é JN, mas em todo caso...

:-)) Não foi parar. Foi retardar.
E mesmo assim, é sempre preciso ler essa noticias "cientificas" com cuidado.

>> Dai que diga que o fotão é
>> energia. Mas isto é um abuso linguistico não cientifico.

>Se matematicamente A=B então existem boas chances de fisicamente A ser
>realmente igual a B. Assim como massa inercial e massa gravitacional, ou
>algo assim.

Mas era exactamente este o meu ponto.
Se , e apenas se, A = B é que A e B são a mesma coisa.
G = a , então Gravidade e Aceleração são a mesma coisa (Principio de
Equivalência de Eisntein )
Mas E = mc² <=> E =/= m

Se E =m então E-m =0 , certo ?
E-m = mc² - m = m (1- c² ) , isto não é zero , pois não ? :-)


>> Quanto ao electrão ele detêm dois tipos de energia, a Cinética e a
Própria
>> ( Mc² , sendo M a massa própria do electrão). Mesmo quando um electrão
está
>> parado , ele detêm energia. ( a Mc²)
>> (tudo isto na ausência de potenciais exteriores )
>> A questão é : Quem já observou electrões parados ? Onde e como ?

>O Stafusa me lembrou, propriamente, que a massa de um objeto em
>movimento relativístico aumenta, portanto, esteja em movimento ou não, a
>equação continua E=m.c^2

Pois. Eu deveria ter-me explicado. As minhas desculpas.
E = mc² = 1/sqr (1-v²/c²) M c²

m = M/sqr (1-v²/c²)

Aquele m da equação de Eisntein não é a massa própria ( a do referencial de
repouso) da partícula

>Então não importa se o elétron está em movimento ou não, o aumento da
>velocidade só fará com que ele aumente sua massa, que fará que sua
>energia aumente consequentemente.

Atenção:
A equação se escreve antes de mais assim
E² = p²c² + (Mc²)²
c e M são constantes. p é o momento linear.
Quando a velocidade aumenta o que aumenta é o momento linear.
Aliás , não é correcto falar assim. Na realidade é a velocidade que aumenta
quando o momento linear aumenta.
Apenas classicamente é que as duas afirmações são a mesma coisa , porque
classicamente p = Mv

Portanto primeiro que tudo , aumenta o momento, depois a energia cinética
(pc) , depois a energia total. E só por fim é que se pode considerar que
porque E=mc², a massa aumentou. Mas mesmo assim é a massa relativista e não
a massa própria que aumenta.




SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] energia
FROM: "Adivinho" <Adivinho@hotmail.com>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 20/01/2001 14:15

> > Vamos supor , por hipótese, que a mecânica de Newton é capaz de
explicar
> > o fenómeno do Efeito de Túnel.
> > Comparemos a simplicidade com que o faz com a simplicidade com que a MQ
> > faz isso.
>
> Essa piada é muito boa. A "simplicidade" com que a MQ faz alguma coisa.
Não
> obstante, quantos anos de lavagem cerebral são necessários para que as
> coisas fiquem tão simples assim?

"Para conhecer o novo é preciso estar disposto a deixar o velho. "
Não achas que a MQ é simples ?
Para o efeito túnel precisas
H1 Hipótese Física : Um partícula é possível de ser descrita por uma função
do espaço e do tempo P ( x,y,z,t )
H2 Hipótese Matemática : Qualquer função é possível descrever por uma Série
de Fourier.

Corolário: Uma partícula é passível de ser descrita por uma série
,devidamente agrupada, de funções de onda.
O resto é matemática, retocando a Mecânica Clássica para trabalhar com
transformadas de Fourier em vez de "esferas duras"

Agora diz-me o que precisas para descrever o Efeito Túnel pelo Método
Clássico.

> > E dado que, provavelmente, a MQ será mais simples,...
>
> Já entendi a piada, não precisa repetir. :-))

Conta ai , que eu não estou a ver a piada. :-((

> > ...segundo tu, qual deverá ser acreditada , ou melhor, qual será´deverá
> > ser cortada pela Navalha de Occam?
>
> Se as duas explicarem o fenômeno, a que exigir menos lavagem cerebral. E,
no
> caso limite, a genuína física newtoniana.

Hum... detecto aqui algum dogmatismo ?
O que é feito de
"É preciso que não tenham medo de dizer alguma coisa que possa ser
considerada como erro. Porque tudo que é novo, aparece aos olhos antigos
como coisa errada. É sempre nesta violação do que é considerado certo, que
nasce o novo e há a criação."

NOVO... a física newtoniana é velha.
Não quero com isto dizer que é mais ou menos válida. Apenas que os tempos
estão trocados.
Aqui o que é velho e a Mecânica newtoniana e não a Quantica.
MAS a mecânica newtonaina está toda contida na MQ . A MQ é apenas uma
expansão da mecânica clássica.
A começar pela Eq de Shrondinger que é apenas uma equação clássica. ( o
truque é que Óptica é uma disciplina Clássica :-)) )
Pegue na MQ e calcula tudo em valores expectáveis(, tb chamados valores
médios , se bem que não é muito correcto. ) Verás que as equação, clássicas
de Newton tão lá todas.
(O mesmo já não se pode dizer da Relatividade , pois não ?)

> > Queres comparar?
>
> Em hipótese alguma.

:-(( O que é feito do espirito cientifico ?

> Estou plenamente satisfeito com a genuína física
> newtoniana e totalmente descrente das fantasias matemático-quânticas.

[ Eu ainda não me esqueci que ficaste de me explicar como é que a física
newtoniana explica as regiões escuras de um padrão de interferência de
cruzamento. X ;- ) ]

>Desse
> mato não sai coelho. Enfim, se os físicos quânticos estiverem dispostos a
> abandonar seus dogmas e levarem a sério o estudo da física, pode ser que
> algum dia eu mude de idéia.

Pq têm de ser eles , e não tu, a abandonar os dogmas ?
Isto é uma coisa que nunca entendi no teu raciocínio.
Tá certo que muitos físico quânticos metem água, o melhor, "para baixo do
tapete", mas a MQ em si é sólida.

>Não obstante, acredito que neste dia, e como
> caso limite, chegaremos novamente à genuína física newtoniana, com
ligeiras
> adaptações relacionadas aos quatro séculos que passaram desde que foi
> formulada.

Essa adaptações já chegaram no inicio do século XX e chamam-se "ondas"

> > (além disso a MQ não tem assim tanto de "anti-clássico" )
>
> Vou recomendar suas piadas para o site de humorismo científico do Luis
> Brudna. É muito bom, por sinal.

"Com a verdade me enganas" :-)

Vais-me obrigar a deduzir a Equação de Shrondinger Classicamente ?
:-))


Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda
sergiotaborda@mypage.org



SUBJECT: Re: [ciencialist] energia
FROM: "Adivinho" <Adivinho@hotmail.com>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 20/01/2001 14:23

> > Ou tb vais dizer que a Termodinâmica tem de ser revista porque andou a
> > colocar coisas por baixo do tapete ? :-)
>
> Vamos por partes. Diria, citando Mário Schenberg, que: "Há uma coisa sobre
a
> qual a mecânica quântica não lançou luz alguma: o segundo princípio da
> termodinâmica. Este continua tão misterioso quanto antes.

não vendo, tlv ingenuamente, onde recai tal mistério tenho que dizer que a
MQ
não lanço luz sobre esse problema por uma razão simples. A mesma razão que a
Termodinâmica não lança luz o efeito túnel.
Simplesmente não foi para isso que elas foram criadas. Em simples palavras ,
não é esse o seu alvo. Não é esse o seu Paradigma.

MAS! a MQ não está assim tão longe da Termodinâmica.
O segundo principio (lei) da Termodinâmica é aquele que diz que :
- Qualquer sistema limitado pode , qualquer que seja o estado em que se
encontre atingir um estado estável sem deixar efeitos na vizinhança. -
A esta lei está associada uma propriedade do sistema que tem uma qualidade
muito especial. Ela não tem de ser conservativa. Não é conservativa como a
energia.
Esta propriedade é a Entropia (S). E a Termodinâmica , usando aquela lei
ali, deduz que de facto a Entropia apenas pode manter-se constante ou
aumentar dS >= 0

Daqui sai um corolário conhecido como o Principio da Entropia Máxima , que
diz que :
- Se um processo for adiabático e irreversível, então a entropia aumenta.
Adiabático significa que o sistema não realizou trabalho en sobre ele foi
realizado trabalho.
Prova-se que este principio é Equivalente ao Principio da Energia Mimina ,
amplamente usado em tudo quanto é física.
Aqui está a resposta ao problema.
A MQ não pode dizer nada sobre a 2ª Lei da Termodinâmica porque ela a aceita
implicitamente ao usar o principio da energia mínima. Ou seja, a
Termodinâmica está embutida na MQ (aliás em toda a mecânica ) , donde a MQ
não pode fazer nada mais se não aceitar e concordar.

Apresenta-se o problema de saber se a Energia de que fala a Termodinâmica é
a mesma identidade Energia referida em Mecânica. A resposta é a meu ver é
SIM.

Energia é tudo aquilo que tiver as unidades de joule ( J ). :-)

Existe um resultado que liga a Termodinâmica à Mecânica que é :
dW = F.dr
Sendo W o trabalho , F a força e r o vector posição.

A 1º Lei da Termodinâmica diz-nos que se Trabalho e Calor forem as únicas
formas de transferir energia de um sistema , então

dU = dW + dQ onde U é a energia interna do Sistema , W o trabalho e Q o
calor.

Em mecânica os efeitos de calor são desprezados em sistemas sem atrito . Um
sistema de partículas livre é sem atrito. donde dQ =0 e dU = dW = F dr

Mas num sistema assim a energia interna do sistema qual é ?
A Energia Cinética (K) . Donde

U = K , dU = dK = dW = F dr

Donde , finalmente F = dK / dr
A partir daqui é que a coisa se complica.

segundo Newton , F = dp / dt , donde dp dr / dt = dK <=> dp v = dK
v = dK / dp (definição de velocidade de grupo )

classicamente K = 0.5 m v ² = p² / 2 m , donde vem

v = p / m e daqui p = mv

Agora :
Pega-se no CLÁSSICO hamiltoneano. H = K + V , onde V é a energia potência do
sistema
Portanto H = energia total do sistema.

Na mecânica quântica escreve-se :

H |estado dos sistema> = E |estado do sistema>
o que é perfeitamente válido pelas definições.
(daqui entende-se que H seja um operador)

depois : K = p ² / 2m , donde
{ p ² / 2m + V } | estado do sistema> = E |estado do sistema>

Agora aqui entra a matemática da Transformada de Fourier a dizer que
p = ih' d/dx ( em que h' é a constante de Plank dividida por 2pi )
e vem

{- h'² / 2m d² /dx² + V }|estado do sistema> = E |estado do sistema>

Note-se como a função de onda , tão famigerada por alguns, é nada mais ,nada
menos que a função de Estado do sistema.
Isto está em perfeita harmonia com a Termodinâmica. Tlv por isso a MQ dê tão
bons resultados (experimentais)


>A lei de
> crescimento da entropia não pode ser até agora deduzida nem pela mecânica
> estatística clássica, nem pela mecânica estatística quântica. Há, aí,
alguma
> coisa de fundamental que ainda não compreendemos. Quando uma coisa começa
a
> se complicar muito, é sinal de que é preciso simplificá-la."

não conheço o citado, mas está algo muito errado neste raciocinio.
A 2ª lei não pode ser deduzida pelas mecânicas , sejam elas quais forem.
E o mesmo que tentar que o filho mate o pai antes deste nascer . Para a
Mecânica (seja ela qual for) existir ela tem de obedecer aos princípios da
Termodinâmica. Se alguma mecânica apresentar algo contra a Termodinâmica é
de desconfiar que seja essa Mecânica a estar errada. (como é o caso da
Mecânica Realtivista que apresenta muitos problemas no que toca à
Termodinâmica, para alguns , claro ).. Têm sido levantados muitos problemas
contra a
Termodinâmica, tem-se mostrado que eram os problemas que estavam mal
equacionados por não se considerarem "todas as variáveis" . A Termodinâmica
saiu sempre imaculada .. e mais forte.

O principio que estás por detrás da 2ª Lei é o Principio da Energia Mínima
/ Entropia Máxima , Tem isto algum mistério ? é algo fundamental sem duvida,
mas é algo que "ainda não compreendemos" ?
Não me parece.

> Lembro ainda, conforme respondi ao Tarcísio (msg 7995), que: "Os
verdadeiros
> cientistas ignoram muitas coisas e procuram, com todos os meios que
dispõem,
> pelas respostas a suas dúvidas. Até mesmo a física moderna, antes de
> deturpar-se ideologicamente, foi desenvolvida por físicos clássicos e
surgiu
> em resposta a muitas perguntas que colocavam os conhecimentos clássicos da
> época em xeque."

Ainda me tens de dizer o que é que a MQ tem que não é Clássico.
( vais-me dizer que "ondas" , não é ? )

> Novamente citando Schenberg, e repetindo um trecho da msg 7995: "É preciso
> que não tenham medo de dizer alguma coisa que possa ser considerada como
> erro. Porque tudo que é novo, aparece aos olhos antigos como coisa errada.
É
> sempre nesta violação do que é considerado certo, que nasce o novo e há a
> criação."

Aproveito para lembrar que Velho = Física clássica de Newton com bolinhas e
Novo = física moderna de Heisenberg, Dirac, Shrondinger , Bohr e Eienstein
(excluo aqui a Relatividade) com ondas
Dito isto, lê lá esta frase outra vez e diz-nos quem é que tem medo de quê
:-))
"(...)tudo o que é novo parece aos olhos dos antigos como errado(...)"


>Quanto à
> ficção, repito aqui o que pode ser lido nesta última referência: "O
> importante é perceber que existe uma "quinta-essência do Universo",
queiramos
> ou não. Para alguns, a quinta-essência é o éter; para Einstein, seriam as
> variáveis escondidas; para os físicos quânticos, existiria um vácuo
quântico
> a preencher, de uma forma sui-generis, a lacuna apontada por Einstein. Eu

> acredito que existem as informações emitidas pela matéria em movimento e a
> informar o tipo de movimento apresentado. Se isto for loucura, somos todos
> loucos, cada um a sua maneira."

A 5º Essência é muito simples. O Campo.
Seja, eléctrico, magnético, electromagnético, gravitico , forte ou fraco

Cumprimentos

Sérgio M. M. Taborda
sergiotaborda@mypage.org



SUBJECT: Re: [ciencialist] energia
FROM: Jefferson Stafusa Elias Portela <stafusa@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 20/01/2001 15:52

On Sat, 20 Jan 2001, Adivinho wrote:

> Um exemplo mais terra a terra.
> Existe uam Fómula que relaciona o Real com o Escudo de tla forma que
> R = c E
> Em que c é cotação do real em escudos, uma cosntante ( vamos supor um
> determiando tempo em que a contação não varia )
>
> Agora, alguém diz que Reais e Escudos são a mesma coisa ?
> Da mesma forma não se pdoe dizer que Energia e Massa são a mesma coisa ,
> enbora sejam equivalentes :-))

Reais e Escudos não são a mesma coisa, mas são unidades diferentes para
se medir dinheiro, R=cE é uma fórmula de transformação de unidades :-)

O que se costuma dizer é que matéria e energia são manifestações de uma
mesma 'entidade' (não sei se antimatéria também entraria nessa): faces de
uma só moeda. Assim como ocorre (talvez) com a radiação eletromagnética:
podemos perceber sua existência através dos efeitos de seu campo elétrico
ou do magnético, mas ambos fazem parte de uma só coisa (r.e-m), e também a
magnitude de um está univocamente determinada pela do outro, ou seja, são
"equivalentes" (existe uma função que relaciona suas magnitudes) .
Esta analogia pode (deve) ser imperfeita, mas talvez não seja tão ruim.

De qualquer modo, esta discussão pode ser um bocado sem sentido. Pois,
primeiro: ao menos a princípio não discordamos (massa e energia não são
rigorasamente apenas dois nomes diferentes para uma mesma coisa);
segundo: não conheço definição universal e unanimamente aceita para
energia, e massa também não é algo tão simples assim, logo estamos a
falar sobre algo que nem sabemos direito o que é.

Abraços,
Stafusa



SUBJECT: Re: [ciencialist] energia
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 20/01/2001 20:48


> Hum.. ha aqui uma diferença .
>
> Gravidade = Campo gravitico = G
>
> o campo gravitico é definido pela força gravitica dividida pela massa de
> prova
>
> G = F / m
>
> mas pela lei de Newton F = m a
>
> donde G = F / m = m /m a = a
> G =a
>
> Gravidade e Aceleração são sim a mesma coisa.
>

Gravidade/campo gravitacional e aceleração não são a mesma coisa. Não
confundir o princípio da equivalência com tal afirmação. Vc pode ter,
obviamente, aceleração causada por campos que não tem nada a ver com
gravitação.
Aceleração é tão somente a variação da velocidade que é, por sua vez, a
variação da posição com o tempo portanto aceleração é um conceito
estritamente ligado ao movimento. Campos como o gravitacional estão
ligado à natureza da matéria, às propriedades dos objetos... Quando
estudamos, a partir da segunda lei de Newton, o movimento de uma
partícula pontual (ou seja, seu tamanho não importa) sob ação somente de
um campo gravitacional, teremos, de fato, que a aceleração coincide com
o campo/aceleração gravitacional já que, segundo a física newtoniana,
massa inercial=massa gravitacional.

um abraço, Eduardo.


SUBJECT: De onde vem o cheiro dos compostos arom�ticos
FROM: "Walber V. Soares" <wsoares@interconect.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 20/01/2001 21:17


Salve amigos:
Gente, principalmente os químicos de plantão: nesta semana que acabou uma aluna me perguntou de onde vem o termo "aromático" e de onde provém este odor exalado por todos estes tipos de compostos. A primeira questão foi respondida, mais para a segunda busco ajuda em vcs para tirar as "nossas dúvidas". 8-)

=========================
Walber V. Soares

SUBJECT: Re: [ciencialist] energia
FROM: "Adivinho" <Adivinho@hotmail.com>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 21/01/2001 01:09

> > G = F / m
> >
> > mas pela lei de Newton F = m a
> >
> > donde G = F / m = m /m a = a
> > G =a
> >
> > Gravidade e Aceleração são sim a mesma coisa.
> >
>
> Gravidade/campo gravitacional e aceleração não são a mesma coisa. Não
> confundir o princípio da equivalência com tal afirmação. Vc pode ter,
> obviamente, aceleração causada por campos que não tem nada a ver com
> gravitação.

Sim, certo. Gravitação e Aceleração devida a Campos não são a mesma coisa.
Ou seja, por exemplo,a aceleração de um electrão por um Campo electrico não
é Gravitação.
Isto é certo.
Contudo a aceleração de um electrão no campo electrico pode-se opor à da
gravitação.
Donde , Gravitação é sinónimo de Aceleração em determinado sentido ( massa
criadora do campo gravitico )
E é neste senso que o Principio de Equivalencia faz sentido.

> Aceleração é tão somente a variação da velocidade que é, por sua vez, a
> variação da posição com o tempo portanto aceleração é um conceito
> estritamente ligado ao movimento.

Certo. totalmente de acordo

> Campos como o gravitacional estão
> ligado à natureza da matéria, às propriedades dos objetos... Quando
> estudamos, a partir da segunda lei de Newton, o movimento de uma
> partícula pontual (ou seja, seu tamanho não importa) sob ação somente de
> um campo gravitacional, teremos, de fato, que a aceleração coincide com
> o campo/aceleração gravitacional já que, segundo a física newtoniana,
> massa inercial=massa gravitacional.

Ha! mas aqui é que é está o "problema" é que não é preciso massa para que
haja força gravitica
É que a força é um vector que éa alteração no tempo de outro vector , o
momento p.
Um vector pode alterar-se na sua norma/ módulo/ intensidade e/ou na sua
direcção.
A luz , não tem massa e responde ao campo gravitico. E aqui é que interessa
considerar a Gravidade como uma Aceleração e não como um efeito da massa.
Repara que o raio de curvatura é dado pela aceleração centripeta an= || v
||²/R e esta actua mesmo quando v é constante. E mesmo por newton a luz
curva. ( a curvatura da luz não é um efeito relativista, sai directamente de

F = m a , F = G Mm / r² ; a = G M / R² = v² / R

com v=c vem

GM / c = R , o raio de curvatura da luz , que depende da Massa do planeta
ou estrela.... )

> um abraço, Eduardo.

Outro.

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda
sergiotaborda@mypage.org


SUBJECT: Re: [ciencialist] energia
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 21/01/2001 02:13


> > Aceleração é tão somente a variação da velocidade que é, por sua vez, a
> > variação da posição com o tempo portanto aceleração é um conceito
> > estritamente ligado ao movimento.
>
> Certo. totalmente de acordo
>
> > Campos como o gravitacional estão
> > ligado à natureza da matéria, às propriedades dos objetos... Quando
> > estudamos, a partir da segunda lei de Newton, o movimento de uma
> > partícula pontual (ou seja, seu tamanho não importa) sob ação somente de
> > um campo gravitacional, teremos, de fato, que a aceleração coincide com
> > o campo/aceleração gravitacional já que, segundo a física newtoniana,
> > massa inercial=massa gravitacional.
>
> Ha! mas aqui é que é está o "problema" é que não é preciso massa para que
> haja força gravitica
> É que a força é um vector que éa alteração no tempo de outro vector , o
> momento p.
> Um vector pode alterar-se na sua norma/ módulo/ intensidade e/ou na sua
> direcção.
> A luz , não tem massa e responde ao campo gravitico. E aqui é que interessa
> considerar a Gravidade como uma Aceleração e não como um efeito da massa.
> Repara que o raio de curvatura é dado pela aceleração centripeta an= || v
> ||²/R e esta actua mesmo quando v é constante. E mesmo por newton a luz
> curva. ( a curvatura da luz não é um efeito relativista, sai directamente de
>
> F = m a , F = G Mm / r² ; a = G M / R² = v² / R
>
> com v=c vem
>
> GM / c = R , o raio de curvatura da luz , que depende da Massa do planeta
> ou estrela.... )
>
Oi Adivinho,

repare que eu ressaltei que estava usando a gravitação de Newton. No
caso de relatividade geral, temos que, novamente, tomar cuidado com o
princípio da equivalência. O princípio da equivalência iguala efeitos
medidos em um referencial acelerado a efeitos medidos em um referencial
parado sob ação de um campo gravitacional equivalente a aceleração.
Certo mas a aceleração neste referencial "deforma" as características do
espaço local do referencial e não em todo o espaço como faz a
gravitação. Por isso, inclusive, que o princípio da equivalência é
válido em um ponto.
No caso da luz, além dela sofrer os efeitos de um campo gravitacional
viajando em uma geometria curva, ela também deforma o espaço. Claro que
ela deforma de maneira bem diferente uma vez que não existem estruturas
de luz como estrelas ou aglomerados. Um exemplo de deformação causada
pela luz está no estudo de cosmologia, quando se considera a época em
que toda (toda para facilitar as contas mas é o certo é a maioria) a
matéria estava sob forma de radiação, ou seja, fótons. O resultado é um
universo com um determinado tipo de curvatura e se expandido de uma
determinada maneira (não tem sentido entrar em detalhes).
Só mais uma coisa a respeito da massa. A luz não tem massa inercial,
nesse aspecto se diz que pode se dizer que qualquer forma de energia
altera e é alterada por um campo gravitacional, aí entra inclusive
potenciais eletromagnéticos (a deformação causada por uma estrela neutra
é diferente de uma estrela de forma idêntica porém carregada
eletricamente) e partículas sem massa além do fóton (neutrinos por
exemplo se, de fato, possuírem massa nula). Entretanto, o estudo de
órbitas de fótons é bem distinto do estudo de uma órbita, por exemplo,
de uma partícula massiva com velocidade muito próxima de c e com energia
(mc^2) equivalente a *hf* associado ao fóton de teste. O fóton sempre se
movimenta em uma geodésica nula (no vácuo) enquanto que a partícula se
movimenta sempre em uma geodésica tipo tempo. Isto equivale a dizer que
haverá sempre um referencial que verá, em um instante infinitesimal de
tempo, a partícula parada enquanto que, no caso do fóton, qq referencial
o verá em movimento com velocidade igual a c. Esta diferença é crucial
para que se preveja fenômenos como o desvio da luz (uma das experiência
clássicas que comprovam a RG). Este fato complica, ainda, o trabalho de
novas teorias que porcuram explicar os fenômenos gravitacionais sob o
ponto de vista de campos ou forças alternativas usando um formalismo
tipo segunda lei de Newton.

um abraço, Eduardo.


SUBJECT: Re: [ciencialist] FAQ - GENISMO (Versao 1.0)
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 21/01/2001 02:35



Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
>
> FAQ - GENISMO (Versao 1.0)
> -------------
>
> Tentarei responder as perguntas mais frequentes sobre o
> Genismo.
> (Procurar SEMPRE uma versao + recente pois este FAQ devera
>
> ser
> periodocamente revisado e atualizado )
>
> Resumo das perguntas :
> 1- O que eh o Genismo?
> 2- Qual o objetivo do Genismo ?
> 3- O Genismo eh religiao, filosofia ou teoria cientifica?
> 4- Como vc fala que fomos moldados "para" perpetuarmos
> genes
> se a evolucao nao tem uma finalidade?
> 5- Se todos fomos moldados para perpetuarmos nossos genes
> para
> que entao serve o Genismo?
> 6- O que significa "perpetuacao genetica" ?
> 7- Qual o papel do amor no Genismo ?
> 8- Qual a punicao para quem nao seguir o Genismo ?
> 9- O que eh felicidade ?
> 10- Agindo de acordo com nossos genes nao implica
> voltarmos ao nosso
> estado animalesco como estuprar e matar ?
> 11- Devo entao apenas pensar em perpetuar meus genes ?
> 12- Se o objetivo eh perpetuar genes, para que eu vou me
> esmerar
> em estudar e trabalhar? Nao eh melhor eu ficar fazendo
>
> filhos?
> 13- Entao eu devo ter o maior numero de filhos possiveis?
> 14- Por que o Genismo eh uma teoria cientifica ?
> 15- Se o Genismo prega a perpetuacao genica, os
> homossexuais
> nao podem ser genistas?
> 16- Se os homossexuais nao podem ter filhos, como eles se
> enquadram no Genismo?
> 17- Uma pessoa portadora de uma doenca genetica que
> inviabilize-a
> de ter filhos nao podera seguir o genismo?
>
> 18- Por que o Genismo eh considerado a doutrina que
> promoverá
> a salvacao da Humanidade?
>
> ---------------------------------------------------------
Caro Joccax,

Sua "teoria" não é científica uma vez qua a sua falseabilidade é
impossível. Como vamos comparar todas as alternativas estatisticamente?
A própria evolução ou o neodarwinismo (termo que não gosto) é
extremamente complicado de ser falseado, no entanto, uma teoria contida
em outra falseável não é falseável por completo quando prevê coisas
além. Mas este é o seu menor problema.
Eu em uma mensagem anterior falei que sua teoria tem ransos nazistas.
Claro que, pela história, concordo que isto é uma acusação um tanto
quanto pesada. Todavia, algo que propõe um manual cultural de
comportamente a partir de características biológicas é complicado e
perigoso. Vamos nos ater ao exemplo do homossexualismo. Como assim um
homossexual tem que servir seus parentes? E se o homossexualismo não
tiver natureza genética? Se o cara quer ser homossexual e viver uma
vidinha mais ou menos sem ajudar ou sem atrapalhar ninguém ele pode, ele
tem o direito. O que não pode é haver uma teoria que obrigue o
homossexual a servir por causa de sua orientação sexual. Aliás, ninguém
pode ser obrigado a nada por motivos sexuais, raciais ou,
generalizadamente, genéticos.
Extrapolando os seus mandamentos, teríamos pessoas obrigadas a andar
todo dia porque isso faz bem. O item 17 é particularmente perigoso. Uma
pessoa como uma grave moléstia não pode ter filhos? Se ela for estéril,
tudo bem, mas se ela for muito burra? E se a burrice for de natureza
genética? Ela não pode ter filhos? E se uma pessoa for "geneticamente
perfeita" (até dói ao escrever esta expressão) mas preferir adotar?
Finalizando, não te conheço e não tenho idéia da sua postura política
todavia penso que vc andou entendendo mal pessoas como Richard Dawkins.
Aconselho que vc abandone esta baboseira de genismo e estude um
pouquinho da história do eugenismo para ver as merdas que pode dar.

um abraço, Eduardo.


SUBJECT: Re: [ciencialist] A Evolucao da Fisica II
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 21/01/2001 03:15

-----Mensagem Original-----
De: "Adivinho"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Sábado, 20 de Janeiro de 2001 14:11
Assunto: Re: [ciencialist] A Evolucao da Fisica II

> > Também não sabemos o que é a carga de uma partícula elementar.
> Exactamente.
> A carga é a propriedade dos corpos que os faz "sensíveis" a um campo
> electromagnético

Sim, mas diria então que o campo electromagnético é um "não sei o quê" que
de uma forma "não sei como" produz efeitos que "julgamos conhecer", sobre
coisas que "não sabemos o que são" e que chamamos carga de prova. Espero não
passar por pessimista mas isso retrata a realidade física atual.

> Em termos simples pensava-se que a massa é a propriedade dos corpos que os
> faz "sensíveis" a um campo gravitico.
> (só que existe o problema que a luz não tem massa e tb é "sensível" ,
> donde a gravidade nada tem a haver com massa. Coisa que curiosamente ,
> Einstein afirma pelo seu principio de equivalência. A gravidade é uma
> aceleração. A causa dessa aceleração não é a massa, ou a luz não se
> curvaria) Provavelmente a massa é a propriedade que faz os corpos
> "sensíveis" a um campo de velocidades
> (a massa inercial é a propriedade do corpo em resistir à mudança da sua
> velocidade F=ma=m dv/dt )

Ou seja, o fótão a rigor não é nem partícula, nem fluido, nem onda, mas algo
a transmudar-se ao sabor da vontade dos físicos modernos. E porquê?
Simplesmente para satisfazer a um capricho ou um postulado da teoria da
relatividade. Postulado este a apoiar-se na teoria dos "fluidos" elétricos
de Maxwell, fluidos estes que, no século XX, foram exaustivamente
comprovados pela experiência não existirem. E é em nome deste postulado que
afirma-se que o fótão "não resiste a mudanças de velocidade", mesmo porque,
e pelo próprio postulado, em nome de uma "relatividade absolutista" e
dogmática, "proibe-se" qualquer mudança de velocidade, até mesmo aquelas
relacionadas a mudanças de referencial. Por outro lado, afirmam alguns que
seria a experiência de MM a justificar este postulado. Ora, nem mesmo
Einstein aceitou esta experiência como algo a justificar coisa alguma. Mesmo
porque, Einstein não só percebeu que existiam teorias melhores, a explicarem
esta experiência, como também verificou a necessidade de uma suposição "ad
hoc" a desconfigurar totalmente o conceito de luz ondulatória que a
experiência MM estava a contradizer. Ou seja, ou a luz não necessitava de
um éter, e de acordo com pensamento da época não seria ondulatória, ou então
precisaríamos introduzir a noção de um novo conceito de onda, que na
realidade não é uma onda. Foi exatamente isso que Einstein fez, e calou-se
durante toda a sua vida com respeito àquela experiência que contrariava
totalmente a luz ondulatória e que hoje é absurdamente considerada como uma
experiência a corroborar a teoria da relatividade e falsear a física
clássica.

Após aceitarmos, por força de um decreto ou de um postulado, que o fóton não
oferece resistência a mudanças de velocidade, lembramos que, pela física
clássica, que até agora fora esquecida, "a massa inercial é a propriedade de
um corpo em resistir à mudança da sua velocidade". Concluímos então que o
fóton não tem massa inercial, por força de um decreto, e apoiamo-nos nesta
conclusão para modificar o conceito de massa inercial da física clássica e
estendemos essa idéia aos outros corpos quando em velocidades >> c.

> > Com efeito. Mas não creio que essas respostas venham a surgir da física
> > quântica. Como disse em outra msg, desse mato não sai coelho.
> Têm de sair da quântica . Por uma razão simples. O Fotão é puramente
> quântico.

Mas o coelho não é puramente quântico! :-)))

> Classicamente (sem considerar ondas) ele não existe , pois não pode ser
> caracterizado por aquilo que ele é caracterizado: a sua frequência.

A freqüência com que ele come cenouras? :-)))

> Já agora, como é que se explica o efeito foto-eléctrico sem os quantas de
> campo electromagnético (fotões) ?

De maneira muito simples. Não existem "quanta" de campo nem de energia. O
que existe são estados em que o elétron está quase que aprisionado no átomo,
em uma região muito parecida com o que Bohr chamou por órbitas permitidas, e
eu diria órbitas estáveis, e do qual ele só escapará em condições muito
especiais. Lembro que quando Einstein deu sua explicação ao fenômeno (1905)
ainda não havia a teoria de Bohr (1913) e estava entrando em voga a teoria
dos "fluidos elétricos incompressíveis" (olha o fluido aí outra vez!!!),
também chamada teoria dos elétrons livres de Drude (1900) e Lorentz (1909).
Por esta teoria, a tentar justificar em que condições um elemento de volume
de um fluido elétrico poderia ser pensado como uma partícula "clássica" (um
absurdo que é aceito ainda hoje), o elétron, nos metais, estaria totalmente
livre, ainda que preso ao metal como um todo. Logo, o efeito fotoelétrico
somente poderia ser explicado pela idéia da absorção de "pacotes" de
energia. Ou seja, a energia existiria em pacotes. E a estrutura atômica não
participava desta explicação, mesmo porque não havia sido ainda suspeitada
devidamente como tal. O que existia na época eram os átomos de Thompson
constituídos por um fluido elétrico positivo onde localizavam-se os "quanta"
do fluido negativo, chamados eléctrãos, numa disposição a la pudim de
passas. O que diferenciava um condutor de um dielétrico nada mais era senão
pontes do fluido positivo a liberarem, no caso dos condutores, os elétrons
de um real aprisionamento à estrutura atômica. Nada disso existe hoje, a não
ser seu resquício teórico: a absurda, nos dias atuais, teoria dos elétrons
livres, ligeiramente modificada por manobras quânticas efetuadas "ad hoc".

Ainda que a resposta à pergunta, sobre o efeito foto-elétrico, seja
extremamente simples, ela apoia-se na minha teoria e, portanto, não é nada
que eu possa explicar facilmente para aqueles que ignoram-na totalmente (sei
que esse não é especificamente o caso do Sérgio, cuja msg estou respondendo,
pois ele tem comentado minha teoria em pvt, mas estou escrevendo também para
a galera da Ciencialist). Diria então que antes de chegarmos numa explicação
do efeito foto-elétrico pela minha teoria, teria que explicar como
interpreto a configuração atômica e/ou o relacionamento entre elétrons, da
eletrosfera, e prótons, do núcleo. Recentemente escrevi algo a respeito para
o "uol.educacao.ciencia" e que reproduzo abaixo. Não responde o
questionamento (efeito foto-elétrico), mas orienta nesta direção. Não há
como trocarmos o pneu de um automóvel se não soubermos onde está o
equipamento necessário para a tarefa. O trecho referido é o seguinte:

"No início do século passado Bohr descobriu que o modelo de átomo
planetário de Rutherford era incompatível com o eletromagnetismo. Veja
bem, o eletromagnetismo de Maxwell foi construído sob a noção de fluido
elétrico. Ora, como um modelo construído para fluidos elétricos poderia
explicar uma estrutura formada por partículas (núcleo e elétrons)?
Simples. O modelo não explicava. E não explicava não porque a idéia de
Rutherford estivesse errada, mas porque o elétron, ao contrário do
assumido pelo postulado 1 da teoria de Bohr, não gera um campo de
Coulomb e muito menos responde a outros campos como se fosse uma carga
elétrica comum. Ou seja, o elétron desconhece a lei de Coulomb, ignora
as equações de Maxwell e, portanto, pode perfeitamente entrar na
constituição do átomo, como partícula, sofrendo uma aceleração
centrípeta e sem emitir radiação alguma, ao contrário do estabelecido
por Lorentz. E isto porque o elétron não é nada daquilo que foi assumido
pelos físicos do início do século. Hoje é perfeitamente possível assumir
a existência de órbitas onde elétrons não maxwellianos, ou seja,
partículas de fato, trafeguem sem emitir radiação alguma, ainda que
sejam acelerados. Estes elétrons geram campos estacionários variáveis no
tempo, algo que não existe na teoria de Maxwell e que tenho demonstrado
em
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/Eletron2/emissor01.htm
Como o artigo foi escrito com outra finalidade, e não exatamente para
descrever onde estariam as órbitas "permitidas", coloco-me à disposição
para esclarecimentos outros."

> > Sim mas o que é massa? E o que é energia? Digo isso do ponto de vista do
> > microcosmo pois tanto massa quanto energia foram conceitos criados pela
> > física clássica para justificar efeitos do macrocosmo.
> O que são não sei. Posso dizer-te o que não-são
> Não são a mesma coisa.
> Repara: para transferir energia não precisas transferir massa (calor, por
> exemplo), pelo que massa e energia não são a mesma coisa.
> Um sistema Isolado e um sistema Fechado são coisas diferentes.
> O Isolado é Fechado , mas o Fechado não é Isolado.
> ( Isolado = não existe troca de energia com o exterior , Fechado = não
> existe troca de massa com o exterior)

Concordo mas não sei onde pretendes chegar. Pois nunca afirmei que massa e
energia fossem a mesma coisa. Muito pelo contrário, admito-as como coisas
totalmente distintas, tanto que afirmo que a famosa equação E = mc^2 é mais
uma das equações que dão certo sem que traduzam conteúdo físico algum.
Costumo afirmar, hereticamente, que matéria não é energia, energia não é
massa, e uma não se transforma em outra.

> >São por esse motivo chamados construtos de alto nível (vide Mário Bunge).
> > Será que um elétron atrai outro elétron segundo a lei da atração
> > gravitacional de Newton?
> Segundo a de Newton sim , pq têm massa ... :-)))

Estás confundindo a criatura (lei de Newton) com o criador (Newton). Newton
jamais afirmou que tudo o que existe na natureza tem massa. Como também
jamais afirmou que a massa seria característica de corpos que geram um campo
gravitacional. Como também jamais afirmou uma centena de outras afirmações
que dizem pertencerem a física newtoniana. E é por isso que com freqüência
refiro-me a física "genuinamente" newtoniana, para diferenciá-la da física
de seus seguidores, ou seja, da física que não deu certo, pois ignorou
muitos conceitos genuinamente newtonianos.

> > Alguma experiência já chegou próximo a isso? Ou seja, a justificar esta
> > afirmação? Veja que "matematicamente" eu já demonstrei ser possível que
> > um elétron não tenha carga. Será que ele tem massa?

> Aquilo que se sabe medir bem é a razão carga/massa para o electrão.
> Supondo que ele têm ambas.

Sim, supondo que...

> Depois mede-se a carga do electrão por processos de electroquimica
> (Faraday)

Também "supondo-se" que cada partícula elementar reproduz a estrutura do
todo, como seria de se esperar para elementos de volume de fluidos
elétricos. E "ao supor que o elétron é a fração elementar da carga elétrica,
posto que uma carga elétrica é composta por elétrons, incorre o físico no
mesmo erro que um filósofo ingênuo incorreria se admitisse que o átomo tem o
formato de um avião, posto que um avião é formado por átomos."

> Dai se tira o valor da massa. Realmente não se mede massa do electrão,
> calcula-se (já agora como é que esta relação carga/massa entra na tua
> teoria do electrão se ele não tem carga ? )

Simplesmente não entra. Se a carga elétrica é o produto de uma ficção, a
relação e/m também será. Isto não significa dizer que o elétron não sofre
efeitos de um campo eletromagnético. Não obstante, não é tão simples medir a
massa do elétron, como "supõem" os físicos modernos. Aliás, uma teoria que
mede algo que não sabe exatamente do que se trata, através de relações
estabelecidas com outras grandezas também duvidosas, realmente não deve ser
encarada como nada muito sério. Não quero desmerecer os trabalhos de
Thompson, a meu ver um físico genial e pra clássico nenhum botar defeito,
mas sim a física que apoiou-se em suas medidas, sem se dar conta dos
absurdos conceituais que estavam por trás.

> > ... não utilizei-me da hipótese a dizer que o fóton não tem massa (isso
> > parece decorrer da relatividade de Einstein e não me utilizei de seus
> > postulados).
> Não. Não decorre dai.
> Decorre dos princípios básicos da física de Newton.
> Massa , para a física super clássica é a propriedade dos corpos em se
> oporem à mudança de movimento.(massa inercial)
> O fotão não se opõe à alteração do movimento. A sua massa é nula por isso.

Isso não é clássico! Isso (a massa nula do fotão) é 100% relativístico e
decorre como corolário de um dos princípios da relatividade restrita. Para
que o fotão, classicamente, demonstrasse ter massa nula, seria preciso
verificar experimentalmente essa massa nula. Porém, se interpretássemos
classicamente a experiência relativa à "pressão da luz", concluiríamos que
classicamente seria absurdo dizer que o fótão não tem massa inercial.

> >Por outro lado, se um elétron, que não tem carga (pela
> > minha teoria), pode agrupar-se de maneira a gerar uma carga elétrica
> > coulombiana, que mal haveria em uma partícula sem massa (porém com algum
> > efeito outro similar) gerasse uma partícula com massa?
> Mal nenhum. De facto assim acontece :-) (segundo a experiência)

Segundo qual experiência? Aquela a apoiar-se na idéia de que energia não é
massa mas pode ser em determinadas condições? Ou seria alguma outra
experiência interpretada pela teoria que diz que o fotão em repouso não tem
massa mas, num de seus postulados, proíbe que o fotão permaneça em repouso,
para justificar a massa que aparenta ter sem que na realidade a tenha? Pois
não seria assim que esta teoria explica a "pressão da luz", um dado sem
dúvida alguma, experimental?

> A questão é: Como interpretar isso ?

De duas maneiras possíveis. Retornando à física genuinamente newtoniana ou
apelando para o tapetão do Thomas Khun, pois este aceita qualquer coisa.

> >Afinal, o que é realmente massa?
> Quem souber que atire a primeira pedra. .. ou melhor não, pq a pedra tem
> massa :-))

:-)))

> Eu não disse que a MQ era simples.
> Não disse, mas digo agora :-) A MQ é simples.

:-))

> Aquilo que descrevi antes sobre o fotão e o electrão é , do meu ponto de
> vista, simples. (Tlv meu ponto de vista é que seja complicado, lol )

Tem gosto pra tudo. Nunca vi uma descrição simples nem para fotão nem para
electrão, mas isso é um dado pessoal ou subjetivo.

> > Em que sentido ela é simples?
> É simples no sentido que precisa de 1 única hipótese suplementar face à M.
> Clássica.E com essa resolve muitos problemas. Sobretudo a organização do
> Átomo.

Um átomo com quantos elétrons? Se for mais de um a coisa complica-se
terrivelmente. Sim, em mecânica clássica existe o problema dos três ou mais
corpos mas... Estou falando em complicações conceituais, não de
equacionamento.

> Ha aqui uma coisa que estamos a esquecer. Eu não sei muito sobre isso, mas
> tem a haver com o Principio da Acção Mínima, proposto por Plank. Ele
> propôs que existe uma Acção mínima possível , h (constante de Plank )
> h tem unidades de Acção (Js)
> Da mesma forma que todas as cargas do universo são regidas por múltiplos
> da carga do electrão (considerando a carga do electrão a unidade , vamos
> esquecer os quarks por agora.. )também toda a Acção terá de ser múltipla
> de h.
> Daqui a Quantificação e a Física Quântica, mais que a Mecânica Quântica...
> a Termodinâmica deveria levar com isto (e aqui é que o filho se revolta
> contra o pai) Repare-se que o que a MQ diz que é quantificado são só , e
> apenas, as grandezas que têm unidade de Acção (Js) , como o Momento
> Angular por exemplo. E é tb devido a isto que coisas como dxdp >h/2 são
> previstas (Principio de Incerteza de Heisenberg) porque a unidade de
> distância multiplicada pela de momento são Js :-)
> O Principio de Acção Mínima , é o principio FÍSICO que está na base da MQ.
> O resto é matemática coerente com isto.

Pelo que eu sei o princípio da mínima ação é clássico e apoia-se nas idéias
de Lagrange, do século XVIII. O termo mínima ação teria sido utilizado por
ele em seu "Cálculo de Variações" (1758). O princípio foi enunciado por
Maupertuis a partir das idéias de Aristóteles relativas à "economia da
natureza" e foi utilizado pela primeira vez em mecânica por Hamilton, em
1835. O princípio em si é 100% clássico e não tem nada a ver com as relações
de incerteza, se bem que os defensores destas relações tentem apoiar-se no
princípio, o que é bem diferente. Poincaré, em 1902, em seu livro "A Ciência
e a Hipótese", tece considerações, sobre este "princípio da mecânica
clássica". Tudo isso bem antes de quantizarem "o valor médio da ação". Creio
que quem o levou para a MQ foi Hilbert e não Planck, por volta de 1820.

> > Newton refere-se a corpúsculos de luz e também a vibrações emitidas
> > pela matéria (ou espírito da matéria). Tanto que em sua Óptica III
> > Newton afirma que a matéria receberia informações da aproximação de
> > corpúsculos pelas vibrações "emitidas" por esses corpúsculos. E seriam
> > essas vibrações, ao serem reflectidas, e também aquelas emitidas pela
> > matéria, que fariam os corpúsculos curvarem sua trajectória.
> Do meu ponto de vista ele estava a fala de "Informação" propagada por
> vibrações.

Vou então reproduzir um pequeno trecho da Óptica III de Newton (questão 17)
apenas para tirar as dúvidas. Lembro que Newton escreveu muito mais do que
isso.

"E não são essas vibrações propagadas a partir do ponto de incidência a
grandes distãncias? E elas não alcançam os raios de luz, e alcançando-os
sucessivamente, não os tornam facilmente refletidos e facilmente
transmitidos, como descrito acima? Pois se os raios se esforçam em
retroceder da parte mais densa da vibração, eles podem ser
alternadamente acelerados e retardados pelas vibrações que os alcançam."

> Eisntein fundiu estes conceitos na luz , o fotão não é um quanta qq. é um
> quanta de Informação
> É isto que está na base da relatividade de Einstein. Tanto é que ele
> assume que existe uma máxima de transmissão de informação, e identifica-a
> com a da luz no vazio, c.
> E "Nada pode viajar mais depressa que a informação": o que é perfeitamente
> válido tanto clássica como relativisticamente, assume o principio de "Nada
> pode viajar no vácuo a velocidade maior que a da luz"

Ou seja, Einstein constatou o óbvio por um método errado (isto interpretado
sob uma visão posterior, após a caracterização definitiva das "partículas"
eletromagnéticas) pois apoiou-se numa teoria que confunde partículas com
fluídos.

> E note-se que este postulado é aplicado à velocidade Grupo. Porque a esta
> e não à de Fase ?
> Simples. É a velocidade de Grupo que transporta informação... estão a ver
> a ligação ?

Pois eu diria que a MQ é uma "teoria de grupo". :-)) Não sei se esta gíria é
utilizada em Portugal mas "grupo", no Brasil, significa também enganação.
:-))

> Portanto, aquilo que Newton achava está bem patente no pensamento de
> Eisntein que levou à Relatividade.
> só existe um problema no pensamento de Einstein , ele pensar que Luz =
> Informação, é isto que ele postula sem provar.
> A diferença é a seguinte:
> Newton : Existem corpúsculos [entre os quais os de luz] que comunicam
> entre si por meio de vibrações
> =A luz comunica entre si por vibrações.
> Modernamente: Existem vibrações que comunicam entre si por meio de
> corpúsculos (partículas , em especial os electrões )
> =A luz não comunica entre si por vibrações, a luz É vibração. A luz está
> parada em relação a si mesma. ( um fotão não comunica nunca com outro
> fotão, porque eles viajam à velocidade máxima )
> Faz sentido ?
> Para mim faz :-)))

A ufologia também faz sentido [essa é pra mexer um pouquinho com os cépticos
:-)] e isto não significa dizer que existem discos voadores.

> > A história foi um pouquinho modificada (..) e com isso
> > as vibrações newtonianas foram para a gaveta, juntamente com o efeito
> > túnel newtoniano, que tem uma explicação similar.
> Não foram não. Repara que Newton estava "violando" seus próprios
> princípios ao não admitir a "onda de luz" mas depois admitir "vibrações
> entre corpúsculos"

Essa para mim é nova. Pois Newton nunca foi contra ondas. Simplesmente ele
achava que a luz não era um fenômeno ondulatório. E tinha fé nessa realidade
exatamente no sentido de defender seus princípios. Enfim, não é fácil
justificar essa afirmativa (vai muita filosofia da natureza por trás), mas
foi o que de fato se deu. Se a luz fosse uma onda mecânica toda a sua física
iria para o brejo. A hora que começaram a aceitar a teoria ondulatória da
luz aconteceu exatamente o previsto por Newton: A física clássica dos falsos
seguidores de Newton começou a não explicar uma série de fenômenos. O que
foi potencializado pela aceitação, hoje absurda, embora ainda aceita pelos
físicos modernos, dos fluidos (ondas) elétricos.

> Essa vibrações para ele seriam , tlv, digo eu, o 5º elemento.
> Hoje em dia , essas vibrações são Luz, e a Luz ( o Campo "puro" ) é vista
> como o 5º elemento

Pois eu diria que são campos estacionários (informação pura) e campos em
mutação (luz, acompanhada ou não por corpúsculos newtonianos -- e daí a
malfadada dualidade "quântica" e que, na realidade, é clássica).

> Cumprimentos,

Igualmente

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] energia
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 21/01/2001 06:00

-----Mensagem Original-----
De: "Adivinho"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Sábado, 20 de Janeiro de 2001 14:23
Assunto: Re: [ciencialist] energia

> > Diria, citando Mário Schenberg, que: "Há uma coisa sobre
> > a qual a mecânica quântica não lançou luz alguma: o segundo princípio da
> > termodinâmica. Este continua tão misterioso quanto antes.
> não vendo, tlv ingenuamente, onde recai tal mistério tenho que dizer que a
> MQ não lanço luz sobre esse problema por uma razão simples. A mesma razão
> que a Termodinâmica não lança luz o efeito túnel.
> Simplesmente não foi para isso que elas foram criadas. Em simples palavras
> não é esse o seu alvo. Não é esse o seu Paradigma.

Não sei até que ponto os quânticos concordariam contigo mas esse é um
problema que deixo para os quânticos.

> MAS! a MQ não está assim tão longe da Termodinâmica.
> O segundo principio (lei) da Termodinâmica é aquele que diz que :
> - Qualquer sistema limitado pode , qualquer que seja o estado em que se
> encontre atingir um estado estável sem deixar efeitos na vizinhança. -

Gostaria de saber de onde você retirou esse enunciado. Não é por nada não, é
que tenho por hobby colecionar enunciados diferentes da segunda lei da
termodinâmica e este não faz parte da minha coleção. Sob certos aspectos
parece-me assemelhar-se ao enunciado de Caratheodory (no momento não estou
com ele em mãos - aliás, não estou com nenhum deles em mãos, deixei em minha
biblioteca antiga).

> A esta lei está associada uma propriedade do sistema que tem uma qualidade
> muito especial. Ela não tem de ser conservativa. Não é conservativa como
> a energia. Esta propriedade é a Entropia (S). E a Termodinâmica , usando
> aquela lei ali, deduz que de facto a Entropia apenas pode manter-se
> constante ou aumentar dS >= 0 Daqui sai um corolário conhecido como o
> Principio da Entropia Máxima, que diz que: Se um processo for adiabático e
> irreversível, então a entropia aumenta. Adiabático significa que o sistema
> não realizou trabalho en sobre ele foi realizado trabalho. Prova-se que
> este principio é Equivalente ao Principio da Energia Mimina, amplamente
> usado em tudo quanto é física. Aqui está a resposta ao problema. A MQ não
> pode dizer nada sobre a 2ª Lei da Termodinâmica porque ela a aceita
> implicitamente ao usar o principio da energia mínima. Ou seja, a
> Termodinâmica está embutida na MQ (aliás em toda a mecânica ) , donde a MQ
> não pode fazer nada mais se não aceitar e concordar.

Entendo onde queres chegar mas não entendo a conclusão, ou seja, onde
chegastes. Não estou pedindo a explicação última de todas as coisas, isto eu
sei que é metafisicamente impossível. O problema é que a MQ a meu ver está
muito longe disso. Ela nos deve muitas explicações, sim, e deveria sim
lançar alguma luz sobre o segundo princípio da termodinâmica. Ao aceitar uma
lei eu não estou me proibindo de entendê-la. Pelo menos, essa tolerância
para com a incompreensão das coisas não é uma visão clássica, ainda que
bastante conservadora. Aliás, contrariamente ao que muitos pensam, ser
a favor de procedimentos clássicos não é sinônimo de ser conservador, muito
pelo contrário.

> Apresenta-se o problema de saber se a Energia de que fala a Termodinâmica
> é a mesma identidade Energia referida em Mecânica. A resposta é a meu ver
> é SIM.

Eu acho que energia é um construto de alto nível. Podemos construí-la da
maneira que nos aprouver (obviamente isso deve passar por um consenso entre
os especialistas). Se tiveres o trabalho de ler o arquivo que indiquei,
perceberás que sutilmente conservei o primeiro princípio da termodinâmica,
num de seus enunciados mais consagrados classicamente, e conclui que é
perfeitamente possível se pensar na identidade calor e trabalho, quando da
"transformação total" de um em outro, sem que isto signifique que este calor
contenha o mesmo teor de energia deste trabalho. E note que é perfeitamente
possível expressar os dois na mesma unidade (joule, por exemplo) e com o
mesmo valor numérico. Pode parecer estranho mas trata-se de uma
possibilidade matemática. É possível que esta "minha" termodinâmica esteja
errada (só a experiência poderá falseá-la) mas duvido que alguém consiga
provar que a matemática utilizada está errada.

> Energia é tudo aquilo que tiver as unidades de joule ( J ). :-)

Cuidado! Esta afirmação é perigosa. Pense bem. Que mal pergunte, qual é a
unidade de torque? Normalmente os livros dizem que é newton vezes metro, com
a finalidade de não provocar confusão. Mais isso não seria joule?

> Existe um resultado que liga a Termodinâmica à Mecânica que é :
> dW = F.dr Sendo W o trabalho, F a força e r o vector posição.
> A 1º Lei da Termodinâmica diz-nos que se Trabalho e Calor forem as únicas
> formas de transferir energia de um sistema, então dU = dW + dQ onde U é a
> energia interna do Sistema , W o trabalho e Q o calor.

Tudo isso está correto. Porém nenhum especialista em termodinâmica clássica,
e fiel à filosofia de seus construtores, afirmaria categoricamente que isto
que você chama por energia interna representa, sem sombra de dúvidas, a
mesma grandeza que é estudada em mecânica clássica sob o nome de energia.
Pode-se provar matematicamente que esta identidade não é trivial e/ou
obrigatória. Repito: a termodinâmica é uma teoria fenomenológica e seus
construtores não quiseram assumir o risco de errar sem necessidade. A
disciplina representacional que tentou substituir a termodinâmica (ainda não
obteve sucesso absoluto nessa tentativa), e a aceitar essa identidade, é a
mecânica estatística; a MQ também já tentou evoluir nesse sentido. Ao
evoluirmos de uma teoria fenomenológica para uma teoria representacional
corremos um risco enorme. As primeiras são chamadas teorias de baixo risco e
as segundas de alto risco. E o risco de uma teoria estar errada é tanto
maior quanto mais representacional ela for. Isto é um dado que qualquer
teorizador e/ou filósofo da ciência conhece bem, ainda que não seja
devidamente explicado nas universidades nem nos tratados didáticos de
física. Não obstante, e apesar deste risco, "o fim último da teorização é
evoluir de teorias fenomenológicas para representacionais" (Mario Bunge). E
é por isso que a MQ deve sim explicar aquilo a que se propôs inicialmente a
explicar, qual seja, a natureza íntima da matéria (e os fenômenos de calor e
trabalho estão contidos nesta proposta).

> Em mecânica os efeitos de calor são desprezados em sistemas sem atrito .
> Um sistema de partículas livre é sem atrito. donde dQ =0 e dU = dW = F dr
> Mas num sistema assim a energia interna do sistema qual é ?
> A Energia Cinética (K) . Donde
> U = K , dU = dK = dW = F dr
> Donde , finalmente F = dK / dr
> A partir daqui é que a coisa se complica.
> segundo Newton , F = dp / dt , donde dp dr / dt = dK <=> dp v = dK
> v = dK / dp (definição de velocidade de grupo )
> classicamente K = 0.5 m v ² = p² / 2 m , donde vem
> v = p / m e daqui p = mv
> Agora: Pega-se no CLÁSSICO hamiltoneano. H = K + V , onde V é a energia
> potência do sistema Portanto H = energia total do sistema. Na mecânica
> quântica escreve-se: H |estado dos sistema> = E |estado do sistema> o que
> é perfeitamente válido pelas definições. (daqui entende-se que H seja um
> operador) depois: K = p ² / 2m , donde { p ² / 2m + V } | estado do
> sistema> = E |estado do sistema> Agora aqui entra a matemática da
> Transformada de Fourier a dizer que p = ih' d/dx ( em que h' é a
> constante de Plank dividida por 2pi ) e vem {- h'² / 2m d² /dx² +
> V }|estado do sistema> = E |estado do sistema> Note-se como a função de
> onda , tão famigerada por alguns, é nada mais nada menos que a função de
> Estado do sistema. Isto está em perfeita harmonia com a Termodinâmica. Tlv
> por isso a MQ dê tão bons resultados (experimentais)

Nunca afirmei o contrário. Via de regra afirmo que a MQ é uma teoria
matemática que quase sempre dá certo sem que se saiba o porquê. Após a sua
brilhante exposição conservo esta minha postura. Termodinâmica é física. MQ
é matemática pura.

> >A lei de crescimento da entropia não pode ser até agora deduzida nem pela
> > mecânica estatística clássica, nem pela mecânica estatística quântica.
> > Há, aí, alguma coisa de fundamental que ainda não compreendemos. Quando
> > uma coisa começa a se complicar muito, é sinal de que é preciso
> > simplificá-la."
> não conheço o citado, mas está algo muito errado neste raciocinio.

O citado é Mário Schenberg, na minha opinião o maior físico brasileiro de
todos os tempos (já falecido), ainda que muitos não concordem com esta
afirmação. Não conheço outro físico brasileiro de renome (aliás, nem mesmo
estrangeiro) que ousasse dizer (pelo menos enquanto vivo) que algum de seus
raciocínios estivesse errado.

> A 2ª lei não pode ser deduzida pelas mecânicas, sejam elas quais forem.
> E o mesmo que tentar que o filho mate o pai antes deste nascer. Para a
> Mecânica (seja ela qual for) existir ela tem de obedecer aos princípios da
> Termodinâmica. Se alguma mecânica apresentar algo contra a Termodinâmica é
> de desconfiar que seja essa Mecânica a estar errada. (como é o caso da
> Mecânica Realtivista que apresenta muitos problemas no que toca à
> Termodinâmica, para alguns , claro ).. Têm sido levantados muitos
> problemas contra a Termodinâmica, tem-se mostrado que eram os problemas
> que estavam mal equacionados por não se considerarem "todas as variáveis".
> A Termodinâmica saiu sempre imaculada .. e mais forte.

Também gosto muito da termodinâmica mas não concordo com esta visão, esta
pretensa autonomia, ou esta pretensa paternidade. A termodinâmica, a meu
ver, é parte importante de um todo, mas não é esse todo e nem mesmo situa-se
na base desse todo.

> O principio que estás por detrás da 2ª Lei é o Principio da Energia Mínima
> / Entropia Máxima , Tem isto algum mistério ? é algo fundamental sem
> duvida, mas é algo que "ainda não compreendemos" ?
> Não me parece.

Parecer ou não parecer, eis a questão. Eis a subjetividade em ação.

> Ainda me tens de dizer o que é que a MQ tem que não é Clássico.
> ( vais-me dizer que "ondas" , não é ? )

Não só mas também. De clássico na MQ somente conheço a dança de Shiva,
citada por Fritjof Capra no Tao da Física. :-))

> > Novamente citando Schenberg, e repetindo um trecho da msg 7995: "É
> > preciso que não tenham medo de dizer alguma coisa que possa ser
> > considerada como erro. Porque tudo que é novo, aparece aos olhos antigos
> > como coisa errada. É sempre nesta violação do que é considerado certo,
> > que nasce o novo e há a criação."
> Aproveito para lembrar que Velho = Física clássica de Newton com bolinhas
> e Novo = física moderna de Heisenberg, Dirac, Shrondinger , Bohr e
> Eienstein (excluo aqui a Relatividade) com ondas
> Dito isto, lê lá esta frase outra vez e diz-nos quem é que tem medo de quê
> :-)) "(...)tudo o que é novo parece aos olhos dos antigos como
> errado(...)"

Pensei que você gostasse de ondas, mas vejo que me enganei. As ondas, a
medida que avançam, ou evoluem, repetem-se periodicamente. Ou seja, passamos
por um período de física, que foi substituído por um período de ficção
matemática, no qual a física caiu num atoleiro, e estamos prestes a retornar
a uma nova fase áurea da física. Não será exatamente a mesma física
newtoniana mas certamente será algo a se apoiar em coisas sérias e em tudo
de bom que Newton nos deixou. Isto é sim coisa nova e não há nada de mais
revolucionário do que assumirmos que cometemos erros imensos por cerca de
100 anos.

> A 5º Essência é muito simples. O Campo.
> Seja, eléctrico, magnético, electromagnético, gravitico , forte ou fraco

Ou seja, substituístes um nome por outros. Não obstante, o que é um campo? É
algo que "não sabemos o que é" e que de "uma maneira também desconhecida"
produz efeitos que "julgamos conhecer" sobre objetos que "não sabemos o que
são". E jamais saberemos enquanto persistirmos nesta teimosia quântica. Pois
como já disse, desse mato não sai coelho.

[ ]'s
Alberto
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SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] energia
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 21/01/2001 07:01

-----Mensagem Original-----
De: "Adivinho"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Sábado, 20 de Janeiro de 2001 14:15
Assunto: Re: RES: [ciencialist] energia

> Agora diz-me o que precisas para descrever o Efeito Túnel pelo Método
> Clássico.

Precisaria primeiramente provar que o efeito túnel realmente existe e que
não é um efeito ilusório, ainda que interpretável por uma matemática que dá
certo. Dizem que o efeito túnel (para o caso da luz) foi descoberto por
Newton. Isso é uma verdade parcial. Realmente Newton previu comportamentos a
explicarem um fenômeno que não tem nada de tunelamento, pois que fisicamente
falando, efeito túnel não existe. Assim como não existem fluidos elétricos,
calórico, spin quântico, incerteza quântica, dualidade quântica, física
quântica, etc.

> > > E dado que, provavelmente, a MQ será mais simples,...
> > Já entendi a piada, não precisa repetir. :-))
> Conta ai, que eu não estou a ver a piada. :-((

Essa também foi boa. :-)) Conta outra. :-))

> > > ...segundo tu, qual deverá ser acreditada , ou melhor, qual
> > > será´deverá ser cortada pela Navalha de Occam?
> > Se as duas explicarem o fenômeno, a que exigir menos lavagem cerebral.
> > E, no caso limite, a genuína física newtoniana.
> Hum... detecto aqui algum dogmatismo?

Pelo contrário. A física genuinamente newtoniana é a única que tem resistido
ao passar do tempo. É a única que foi derrubada e persiste de pé. É a única
que "está errada" mas serve de refúgio sempre que as demais demonstram suas
incoerências. É a única que se presta a ser ensinada aos jovens
secundaristas que ainda não estão devidamente preparados para a lavagem
cerebral. E é a única que, tal e qual um fenômeno ondulatório, brilha, se
apaga, volta a brilhar, volta a se apagar... E isto não é dogma, é uma
constatação histórica.

> > "É preciso que não tenham medo de dizer alguma coisa que possa ser
> > considerada como erro. Porque tudo que é novo, aparece aos olhos antigos
> > como coisa errada. É sempre nesta violação do que é considerado certo,
> > que nasce o novo e há a criação."

> NOVO... a física newtoniana é velha.

Não me refiro à física e sim à postura acadêmica. E a física newtoniana é
uma criança. Sequer foi completada. Sequer foi substituída por outra física,
pois o que temos aí não é física.

> Aqui o que é velho e a Mecânica newtoniana e não a Quantica.

Aqui o que é física é a Mecãnica newtoniana e não a Quântica.

> MAS a mecânica newtonaina está toda contida na MQ. A MQ é apenas uma
> expansão da mecânica clássica.

Esse é o primeiro sinal de que já estás sendo submetido à lavagem cerebral.

> > > Queres comparar?
> > Em hipótese alguma.
> :-(( O que é feito do espirito cientifico?

Científico? Pensei que estávamos falando de ficção quântica.

> [ Eu ainda não me esqueci que ficaste de me explicar como é que a física
> newtoniana explica as regiões escuras de um padrão de interferência de
> cruzamento. X ;- ) ]

Chegaremos lá. Mas antes precisamos entender muitas outras coisas. E pelo
visto passamos a maior parte do tempo debatendo sobre a ficção quântica.
Assim fica difícil.

> >Desse mato não sai coelho. Enfim, se os físicos quânticos estiverem
> > dispostos a abandonar seus dogmas e levarem a sério o estudo da física,
> > pode ser que algum dia eu mude de idéia.
> Pq têm de ser eles, e não tu, a abandonar os dogmas?

Porque eles representam a situação e eu a oposição. Afinal, eles estão no
poder há 100 anos e sequer sabemos o significado real da constante de
Planck. Está na hora de procurarmos por outras saídas a explicarem as
equações que, em muitos casos, dão certo sem que se saiba o porquê.

> Isto é uma coisa que nunca entendi no teu raciocínio.
> Tá certo que muitos físico quânticos metem água, o melhor, "para baixo do
> tapete", mas a MQ em si é sólida.

A cortina de ferro também era. Mas... O que sobrou do império soviético?

> >Não obstante, acredito que neste dia, e como
> > caso limite, chegaremos novamente à genuína física newtoniana, com
> > ligeiras adaptações relacionadas aos quatro séculos que passaram desde
> > que foi formulada.
> Essa adaptações já chegaram no inicio do século XX e chamam-se "ondas"

Cem anos se passaram e ainda não se sabe o que são essas ondas.

> > > (além disso a MQ não tem assim tanto de "anti-clássico" )
> > Vou recomendar suas piadas para o site de humorismo científico do Luis
> > Brudna. É muito bom, por sinal.
> "Com a verdade me enganas" :-)
> Vais-me obrigar a deduzir a Equação de Shrondinger Classicamente ?
> :-))

Não. Prefiro refletir sobre um pensamento do próprio (por sinal, já
apresentado aqui na Ciencialist): "Esperamos que a vacilação de conceitos e
opiniões signifique apenas um intenso processo de transformação, que
conduzirá finalmente a algo melhor do que as confusas séries de fórmulas que
cercam o nosso tema" (Schödinger).

[ ]'s
Alberto
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SUBJECT: Re: [ciencialist] energia
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 21/01/2001 07:51

-----Mensagem Original-----
De: "Adivinho"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Sábado, 20 de Janeiro de 2001 02:19
Assunto: Re: [ciencialist] energia

> > a falácia das órbitas permitidas (a justificar de maneira não
> > clássica um achado clássico)
> Aqui está algo interessante.
> Qual é a falácia? É clássica ou quântica ?
> E como se resolve?

Já comentei algo na primeira msg desta série de respostas de hoje (aliás,
quando comecei a responder era ontem). Pô, tô ficando cansado. O papo tá bom
mas vamos manerar um pouco. :-))

> Algumas coisa: Experimentalmente o Modelo Quântico é exacto.
> Prevê a separação em subniveis comforme a aplicação campos magnéticos e os
> comprimentos de onda libertados pelos átomos. Prevê as riscas espectrais.
> O modelo Clássico faz o mesmo? Primeiro, afinal o que é o modelo clássico
> do Átomo?

Excelentes perguntas. O modelo clássico (eu de minha parte prefiro utilizar
o modelo genuinamente newtoniano) mas enfim, a pergunta é tua e não minha)
está na gaveta há mais de 100 anos. Quantos físicos, durante esses 100 anos,
se dignaram a evoluir o modelo clássico? As riscas espectrais datam da
década de oitenta do século XIX e pouco chegaram a ser estudadas por físicos
clássicos e, na realidade, estes físicos estavam decepcionados com a física
de seu tempo (a física clássica ondulatória e que negou muito das idéias de
Newton -- lembro que espectros relacionam-se a luz, e para Newton a luz era
totalmente diferente do que se admitia nesta época). Também nesta mesma
década, Michelson e Morley provam que a luz não podia ser ondulatória, mas
ninguém abraçou essa idéia. A luz, pela experiência de MM, e sob uma
explicação clássica, seria algo a ser explicável pelas teorias de emissão,
nunca por teorias ondulatórias clássicas, pois a experiência na realidade
falseava estas teorias.

O que se fez então? Abandonou-se o modelo ondulatório clássico? Não.
Abandonou-se a física clássica. E a partir de então ninguém mais se
preocupou em explicar mais nada classicamente, pois ficaram fascinados pela
ficção moderna a contrariar o senso comum. Neste sentido, o modelo clássico
não explica nem as riscas espectrais nem o átomo. Isto, em hipótese alguma,
significa dizer que não existem explicações clássicas para estes e muitos
outros fenômenos ingenuamente chamados quânticos. Significa, sim, que os
físicos se decepcionaram com a física clássica do século XIX e não quiseram
recuperar a genuína física newtoniana, que na realidade era a única física
clássica capaz de explicar os paradoxos que surgiram na época.

Neste ínterim, completou-se a teoria eletromagnética, com seus fluidos
elétricos muito bem descritos por Maxwell em seu tratado de
eletromagnetismo. Pouco depois começamos a entrar na era das partículas
elementares, mas ninguém quis rever os ensinamentos de Maxwell à luz dessa
nova realidade, pois estava na moda ir contra o senso comum, raciocinar-se
em termos de quantum de Planck e, sucessivamente, em termos de átomos de
Thompsom, elétrons livres de Drude e Lorentz, dipolos elétricos oscilantes,
efeito fotoelétrico, órbitas permitidas (apoiada no conceito de quantum de
energia, e não de órbitas estáveis, o que seria uma idéia realmente
clássica), etc.

Portanto, e respondendo a sua pergunta sobre o átomo, a rigor o modelo
clássico de átomo está ainda por ser descrito. Ninguém pode afirmar que a
física clássica está errada enquanto ela não se completar. E ela somente se
completará quando responder o que os físicos do final do século XIX não
conseguiram pois não tinham as ferramentas adequadas. Hoje, com a
experimentação, mas não com as teorias, do século XX, podemos facilmente
recuperar os 100 anos em que a física clássica esteve estagnada. É o que eu
tenho tentado fazer mas... Quantos acreditam nessa realidade? Quanto tempo
mais levaremos para concluir que o século XX, em termos de teorização em
física, não nos levou a nada a não ser no descobrimento de meia dúzia de
equações que funcionam sabe-se lá porquê?

> Para começar é inegável que o electrão está no átomo. Não tão negável é
> que ele rode em torno do núcleo como os planetas em torno do sol, mas se
> supõe [impiricamente] que sim. A MQ não diz explicitamente que os
> electrões rodam como planetas em torno do núcleo.

Pois o erro na tentativa clássica está exatamente em se pensar que o
electrão deveria se comportar como os planetas em torno do Sol. O erro está
exatamente em se pensar que o electrão gera um campo de Coulomb e sujeita-se
a outro campo de Coulomb. O erro está exatamente em se pensar que o eléctrão
é um elemento de volume do fluido elétrico imaginado por Coulomb a
constituir as cargas de onde ele obteve sua lei. Se o campo do eléctrão não
é coulombiano, não há porque se supor que as órbitas seriam semelhantes às
órbitas dos planetas que sujeitam-se a uma lei gravitacional do tipo da lei
de Coulomb.

> A interpretação física do modelo quântico
> para o átomo é mais perto de considerar que os electrões vibram
> harmonicamente (pulsam) em 3D com o centro no núcleo.
> ( os electrões nos átomos, seriam, segundo este modelo, reservas de
> energias sob a forma de oscilações harmónicas 3D , algo como cordas de
> guitarra a 'tocar' mas esféricas e em 3D... curioso... as notas de musica
> são quantificadas, já Pitágoras tinha mostrado isso ha já muito tempo)

Esta é uma realidade matemática, pois que vale apenas em determinadas
situações. Ou seja, em determinadas condições assume-se que o eléctrão
assume determinado comportamento compatível com determinadas equações (no
caso, a vibrar); em outras, compatível com outras equações (como quando
identifica-se com uma partícula puntiforme -- dirão que a onda colabou, ou
seja, a equação se desfez e o eléctrão passou a ser descrito por outra
realidade). A vibração, por outro lado, por vezes é do tipo ondulatória, por
outras do tipo dipolo oscilante... Há sempre uma matemática a ser aplicada
de maneira a atender as conveniências. E não existe nada no mundo real a
justificar essas imagens de espírito a oscilarem entre uma equação e outra
ao sabor dos maestros quânticos. Isto para mim é matemática pura associada a
forte dose de ficção científica.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: O que nao vemos e nao ouvimos tambem nao "sentimos"?
FROM: Paulo Sérgio Dias <psdias@zaz.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 21/01/2001 09:04

Amigos:

- Desculpem se o subject e' contraditorio.

- Minha duvida e' decorrente do seguinte comentario
do Neville:

> Imagino que o efeito ocorra devido a
> ressonância com a vibração das asas das pernilongas, atrapalhando o seu
vôo.
>
> Alias, andaram fazendo propaganda de um aparelhinho que emite ultra-sons
ao
> redor de 40 kHz. Os fabricantes afirmam que após algumas semanas a casa
> fica livre de insetos e até camundongos (??) [ Pelo menos cachorros e
> galinhas não suportam o ruído].
>

Pergunto:
==========

a) Apesar de nao percebermos "infra-sons" e "ultra-sons" auditivamente,
nosso organismo e' afetado de alguma forma por eles ?
Por exemplo, nao vemos raios ultra-violeta, mas nossa pele pode sofrer
danos depois de uma exposicao excessiva ao sol.

b) O mesma duvida tenho em relacao aos odores. Vi um documentario
na TV (Discovery Channel) sobre feromonios. Conscientemente, certos
odores nao sao percebidos, pois sao muito tenues (nao sei se o termo
correto e' este). No entanto, esses cheiros interferem em nosso
comportamento, inclusive o sexual. Por exemplo, o documentario informava,
como hipotese, que o cheiro de uma pessoa (nao o cheiro conscientemente
perceptivel, como o do suor, por exemplo) pode fazer com que nos
simpatizemos por ela, ou que nos antipatizemos por ela (na verdade,
com o odor da pessoa, que de alguma forma muito sutil esta' sendo captado
pelo nariz, mas que nao estamos percebendo)



Paulo Sérgio Dias
psdias@globo.com.br


> Caro Leo: Não acho que as vampirinhas tenham tanta ética assim; já vi
> varias atacando a vítima, simultaneamente, a poucos cm umas das outras.
> O aparelho deve ser sintonizado ao redor de 1 a 1,2 kHz atua entorno de 1




SUBJECT: Re: [ciencialist] De onde vem o cheiro dos compostos aromáticos
FROM: "Fernanda Sais" <lifer@iconet.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 21/01/2001 13:19

Bom, de química nao tenho nada além de interesse, mas palpites tenho
de sobra.

O odor exalado pelos compostos aromáticos vem de uma coincidência (tem
origem diversa... alguns -- os q eu conheço -- sao aldeídos) e nada
tem a ver com o fato de terem o anel benzenico, como é o caso do
benzaldeído (responsável pelo cheiro característico de amendoa e usado
em perfumaria e industria alimenticia), o cinamaldeido
(3-fenil-propenal), e outros. Ah, segundo o q sei, nem todos os
compostos aromáticos sao aromáticos (com o perdao do trocadilho),
apenas os primeiros descobertos, o q gerou a trapalhada no nome...

Espero q haja químicos na lista (além de vc)... (e q nao fiquem muito
bravos comigo ;-)

Abraços,

Fernanda.

----- Original Message -----
From: Walber V. Soares
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Saturday, January 20, 2001 9:17 PM
Subject: [ciencialist] De onde vem o cheiro dos compostos aromáticos



Salve amigos:
Gente, principalmente os químicos de plantão: nesta semana que
acabou uma aluna me perguntou de onde vem o termo "aromático" e de
onde provém este odor exalado por todos estes tipos de compostos. A
primeira questão foi respondida, mais para a segunda busco ajuda em
vcs para tirar as "nossas dúvidas". 8-)

=========================
Walber V. Soares




SUBJECT: Re: [ciencialist] De onde vem o cheiro dos compostos aromáticos - ERRATA
FROM: "Fernanda Sais" <lifer@iconet.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 21/01/2001 13:28

ERRATA: onde se le "apenas os primeiros descobertos..."
esqueçam o apenas, foi uma (mais uma) trapalhada minha.
o q eu queria dizer é q depois se descobriu vários outros q tinham o
anel benzenico mas nao eram propriamente "aromáticos", mas o nome
ficou mesmo assim pq, como toda boa trapalhada, pegou.

----- Original Message -----
From: Fernanda Sais
To: ciencialist@egroups.com
Sent: Sunday, January 21, 2001 1:19 PM
Subject: Re: [ciencialist] De onde vem o cheiro dos compostos
aromáticos

Ah, segundo o q sei, nem todos os
compostos aromáticos sao aromáticos (com o perdao do trocadilho),
apenas os primeiros descobertos, o q gerou a trapalhada no nome...





SUBJECT: Sair da lista (administrador)
FROM: "Luis Roberto Brudna [RS]" <lrb@if.ufrgs.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 21/01/2001 14:43

A exclusao de doloresgalindo@ig.com.br jah foi efetuada. Em seu
mail ela comenta que solicitou 3 vezes a retirada de endereco da
lista, mas nao lembro de ter recebido esses pedidos. Peco desculpas
se deixei escapar alguma mensagem.

Jah apaguei as mensagens do numero 8045 ateh 8107 do endereco
http://www.egroups.com/list/ciencialist/ , para facilitar a leitura
da lista via 'web'.

Para sair da lista eh soh enviar um mail em branco para ciencialist-
unsubscribe@egroups.com . Ou entao solicitar atraves do endereco
lrb@if.ufrgs.br , mas neste caso eh indicado deixar bem claro no
subject da mensagem que o assunto eh a saida da lista.

Ateh mais.
Luis Brudna - administrador da Ciencialist





SUBJECT: Fw: Exclusão da Ciencialist
FROM: "Antonio Godoy" <godoy@bwnet.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 21/01/2001 15:02

Prezados amigos:

Revoltado com o fato ocorrido neste domingo, enviei a mensagem abaixo em pvt
para a distinta sra. que nos "brindou" com sua ignorância.

Fiz muito mal?

Abraços,

Godoy

----- Original Message -----
From: "Antonio Godoy" <godoy@bwnet.com.br>
To: <doloresgalindo@ig.com.br>
Sent: Sunday, January 21, 2001 4:59 PM
Subject: Exclusão da Ciencialist


> Prezada Senhora:
>
> A falta de respeito com que Va. Sa. inundou a caixa postal de todos os
> participantes da lista é repugnante. Mostra bem o nível de pessoa que a
> senhora parece ser: desagradável, ignorante e estulta.
>
> É uma prova de imensa ignorância inundar a caixa de entrada de pessoas que
a
> senhora nem conhece com mensagens escritas em português errado, próprio
dos
> semi-analfabetos.
>
> Nenhum dos participantes a forçou a entrar para o seleto grupo de
> integrantes da ciencialist; Va. Sa. o fez de livre e espontânea vontade.
> Além disto, todos os integrantes da lista recebem no ato da inscrição uma
> correspondência eletrônica do administrador informando os detalhes (nem um
> pouco herméticos por sinal) dos procedimentos relacionados ao desligamento
> (que deve ser efetuado unicamente por Va. Sa. salvo casos
extraordinários).
>
> Devo advertí-la que o ato de Va. Sa. constitui crime digital passível de
> punição legal (incluído na lei contra o SPAM), e se for possível eu
> particularmente a processarei pela sua absoluta falta de modos.
>
> --
> Prof. Antonio A. J. Godoy
> High School teacher of Physics and Chemistry
> Amateur Physicist - Chemistry Student
> Mandaguari - Paraná - Brasil
>
> +55 44 9962 3455
> ICQ #28370022
>
> prof_godoy@bwnet.com.br
>
> "Deus deixa pistas para que o homem descubra a Verdade"
> A. Einstein--
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: Exclusão da Ciencialist
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 21/01/2001 17:12


-----Mensagem Original-----
De: "Antonio Godoy"

> Prezados amigos:
> Revoltado com o fato ocorrido neste domingo, enviei a mensagem abaixo em
pvt
> para a distinta sra. que nos "brindou" com sua ignorância.
> Fiz muito mal?

Não. Dou-te o maior apoio e assino embaixo.

Por outro lado, se todo o mundo quiser seguir o meu exemplo, sugiro, antes
que o Luis o faça :-), que o façam em pvt :-))

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] O que nao vemos e nao ouvimos tambem nao "sentimos"?
FROM: "Neville Martins" <neville@catanduva.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 21/01/2001 17:52

Paulo Sérgio Dias -->
a) Apesar de não percebermos "infra-sons" e "ultra-sons" auditivamente,
nosso organismo e' afetado de alguma forma por eles ?

nm -->
Caro PSD: sem dúvida que sim.
Toda energia recebida afeta nosso organismo, freqüentemente, de forma
deletéria. O efeito depende basicamente da intensidade embora muitas vezes
condicionado pela qualidade (tipo) ou forma de aplicação (contínua,
intermitente, ocasional, periódica, intercalada ou associada com outras
formas, etc.)

No caso de vibrações sonoras de baixa freqüência e alta intensidade, elas
tem o efeito de uma pancada material - dependendo das circunstância podem
produzir lesões como ruptura do tímpano, descolamento da retina ou de
tecidos internos. No caso de ultra-som, podem até provocar a lise de células
e tecidos.
Veja que uma técnica não invasiva de quebra pedras renais é a aplicação de
ondas de choque sonoro.

O ultra-som é muito usado na industria nos processos de limpeza com a
finalidade de descolar sujeira aderida em locais de difícil acesso, como,
p.e., o interior de agulhas hipodérmicas, canetas de registradores gráficos,
instrumentos cirúrgicos, etc.

Um efeito interessante do ultra-som é a possibilidade de produzir
aquecimento localizado (p.e., um cristal vibrando no interior de um líquido)
a taxas altíssimas, como 200 c por segundo.

É de se imaginar que as vibrações produzidas por maquinas (tratores, p.e.)
possam, em determinadas situações, provocar no operador o descolamentos de
órgãos internos e mesmo de trombas do sistema circulatório.

Além dos efeitos físicos, as vibrações sonoras produzem efeitos psicológicos
importantes - basta lembrar as emoções provocadas por acordes musicas,
marchas marciais ou o arrepio devido a certos ruídos como, raspar tampinha
de cerveja no cimento, a que muitas pessoas são sensíveis.
Outro exemplo é a "sonolência" provocada pelo zumbido de baixa freqüência
produzido por reatores de luminárias fluorescentes.
Pode haver também efeitos indiretos como o prejuízo do equilíbrio, tendência
a vômitos e cefaléias.

Lamentavelmente, os fabricantes de maquinas e equipamentos não tem se
preocupado muito com essa questão, tanto em relação a equipamentos
industriais ( motores, turbinas para aviões, etc.) como a eletrodomésticos
(aspiradores, liqüidificadores, condicionados de ar, secadores de cabelo,
etc.).
Na área de construção civil, também não tem sido grande o empenho em evitar
a produção e propagação de ruídos, mormente em prédios de apartamentos.

Em geral, as associações de normas técnicas ( ABNT, DIN., etc.) procuram
estabelecer normas com limites admissíveis de ruídos para equipamentos e
para ambientes de trabalho. Leis e portarias dos órgãos de saúde pública
limitam a intensidade de ruídos em ambientes de uso público e privado.
O estudo dos efeitos na saúde e limites "aceitáveis" é feito,
principalmente, na área de Ergonomia (há muita informação na net, inclusive
listas de discussão especificas).

[s] nm



SUBJECT: Perguntinhas basicas
FROM: "Neville Martins" <neville@catanduva.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 21/01/2001 18:25

Caros amigos:

Depois de tanta discussão, já tive oportunidade de dizer que a única coisa
que me restou foi a óptica geométrica.

Muito bem !
Gostaria que alguém me explicasse como se dá a reflexão da luz em uma
superfície polida (seja considerando ondas, fotons ou corpúsculos tipo balas
de metralhadora).
Quem reflete a luz: a vibração dos átomos da superfície ou o campo único que
a envolve ?
Que campo é esse: elétrico, magnético, gravitacional ou outro ?
Porque vale a lei dos senos quando o razoável seria esperar uma dispersão
estatística da luz refletida.
Por que a velocidade da luz se altera em função da densidade
(mássica/gravitacional?) do meio. (Alias, como ela se propaga nesse meio:
por trens de ondas, por absorção e re-emissão) ?

Eu só queria entender !

[s] nm
Ps.- tautologia, decretos eclesiásticos e burocracia matemática não vale.




SUBJECT: Problema
FROM: "Emilson Leite" <emilson@iag.usp.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 21/01/2001 18:47

Estou passando para a lista um problema e gostaria que me dissessem
(quem conseguir matar o problema e/ou já sabe a resposta) se o mesmo
pode ser considerado um problema de lógica.
Um amigo meu não conseguiu resolver, ficou puto, e disse que não
tinha lógica nenhuma no problema... e eu apresentei como sendo um
problema de lógica (obviamente, não a lógica matemática, rigorosa).
Gostaria de saber se me equivoquei, com a ajuda de vocês. Bem, lá vai...

Haviam dois caras conversando numa rua, um deles propõe uma
charada para o outro:

Eu tenho 3 filhas. O produto da idade das 3 é 36. A soma da idade
das 3 é o número daquela casa ali...(e apontou para uma casa do
outro lado da rua). Para terminar, a mais velha gosta de leite de
vaca. Qual é a idade de cada uma delas?

Abraços,
Emilson P. Leite



SUBJECT: Re: [ciencialist] O que nao vemos e nao ouvimos tambem nao "sentimos"?
FROM: "Bruno Woltzenlogel Paleo" <bwp@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 21/01/2001 20:19

> a) Apesar de não percebermos "infra-sons" e "ultra-sons" auditivamente,
> nosso organismo e' afetado de alguma forma por eles ?
>
> nm -->
> Caro PSD: sem dúvida que sim.
> Toda energia recebida afeta nosso organismo, freqüentemente, de forma
> deletéria. O efeito depende basicamente da intensidade embora muitas vezes
> condicionado pela qualidade (tipo) ou forma de aplicação (contínua,
> intermitente, ocasional, periódica, intercalada ou associada com outras
> formas, etc.)

Olá,

Uma coisa que eu tenho curiosidade e nunca encontrei: Como funciona a escala
dede decibéis para intensidade sonora? Alguém sabe?

Até mais...

<Bruno Woltzenlogel Paleo>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Problema
FROM: "Bruno Woltzenlogel Paleo" <bwp@terra.com.br>
TO: "Olympium" <olympium-olympia@egroups.com>, <ciencialist@egroups.com>
DATE: 21/01/2001 20:51

>Haviam dois caras conversando numa rua, um deles propõe uma
>charada para o outro:
> Eu tenho 3 filhas. O produto da idade das 3 é 36. A soma da idade
> das 3 é o número daquela casa ali...(e apontou para uma casa do
> outro lado da rua). Para terminar, a mais velha gosta de leite de
> vaca. Qual é a idade de cada uma delas?

Esse problema, enigma, pode ser resolvido sim, mas não está muito bem
contado, pois falta uma informação vital: a de que o segundo cara foi capaz
de resolver o problema sabendo o número da casa e que a mais velha gosta de
leite da vaca. Também é necessário dizer que o segundo cara não seria capaz
de resolver o problema sem que soubesse que a mais velha gosta do leite de
vaca.
Esse tipo de enigma pode ser classificado como meta-enigma, justamente por
essas características acima.

36 pode ser escrito como produto de fatores primos da seguinte forma:

36 = 2^2 * 3^2

Então temos as seguintes possiblidades para as idades e suas respectivas
somas:

1,1,36 - 38
1,2,18 - 21
1,4,9 - 14
1,3,12 - 16
2,2,9 - 13
2,3,6 - 11
1,6,6 - 13
3,4,3 - 10

Ao olhar para o número da casa, o segundo cara poderia saber as idades se a
soma fosse qualquer valor diferente de 13. Como ele não pode determinar as
idades(pois precisou saber sobre o leite da vaca), então o número da casa é
13.
Ele fica então com 2 possibilidades:

1,6,6 - 13
2,2,9 - 13

Como a afirmação sobre o leite da vaca pressupõe a existência de uma filha
mais velha, a única opção que resta é:

2,9,9...

Espero que tenha conseguido ser claro o suficiente.

Uma melhor forma de contar o enigma seria contar o dialogo que aconteceu
entre os karas. Algo como:

K1: O produto de suas idades é 36.
K2: Não sei as idades ainda...
K1: Well, a soma das idades é igual ao número daquela casa.
K2: (Depois de alguns minutos pensando) Ainda não consigo saber.
K1: Talvez isso ajude: a mais velha gosta de leite de vaca.
K2: Agora sim!

Para quem gostar de enigmas, leiam o livro "OEnigma de Sherazade" de Raymod
Smullyan.
Ele tem um capítulo só para meta-enigmas.
Aliás alguém conhece outros livros de enigmas??

Até mais...

<Bruno Woltzenlogel Paleo>




SUBJECT: Re: [ciencialist] O que nao vemos e nao ouvimos tambem nao "sentimos"?
FROM: "Francisco" <fbrito@globo.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 21/01/2001 21:38

Caro Neville

Conhece o endereço de alguma destas listas?

Obrigado

Francisco


> O estudo dos efeitos na saúde e limites "aceitáveis" é feito,
> principalmente, na área de Ergonomia (há muita informação na net,
inclusive
> listas de discussão especificas).





SUBJECT: Re: [ciencialist] O que nao vemos e nao ouvimos tambem nao "sentimos"?
FROM: "Alvaro Neiva" <aneiva@provide.psi.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 22/01/2001 00:13

Olá Bruno,

O nível de intensidade sonora ( potência acústica/área) em decibéis (dB) é
calculado da seguinte forma:

IdB = 10*log (I/Iref)

onde I é a intensidade sonora em W/m2 e Iref = 10E-12 watts/m2, log =
logaritmo na base 10

Como a grandeza acústica mais fácil de medir é a pressão sonora ( N/m2) e a
potência e intensidade acústica estão ligadas ao quadrado da pressão sonora,
costumamos usar o nível de pressão sonora Lp para indicar a saída de uma
fonte:

Lp = 20*log(p/pref), onde pref = 2*10E-5 N/m2

De uma olhada em http://www.provide.psi.br/~aneiva/tutdb.htm

[]'s

Alvaro Neiva

http://www.provide.psi.br/~aneiva

----- Original Message -----
From: Bruno Woltzenlogel Paleo <bwp@terra.com.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Sunday, January 21, 2001 8:19 PM
Subject: Re: [ciencialist] O que nao vemos e nao ouvimos tambem nao
"sentimos"?


> Olá,
>
> Uma coisa que eu tenho curiosidade e nunca encontrei: Como funciona a
escala
> dede decibéis para intensidade sonora? Alguém sabe?
>
> Até mais...
>
> <Bruno Woltzenlogel Paleo>






SUBJECT: Re: [ciencialist] O que nao vemos e nao ouvimos tambem nao "sentimos"?
FROM: "Neville Martins" <neville@catanduva.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 22/01/2001 01:11

Olá Francisco:

O endereço abaixo é de uma lista de discussão da Inglaterra, onde a
ergonomia surgiu na década de 40; <Ergonomics@mailbase.ac.uk>

Outros sites de referencia:
http://utopia.ision.nl/users/hfesec/conf.htm
http://www.unites.uqam.ca/pistes/
http://ergonomics-iea.org/iea/news/current_ei.html

Em francês, há uma boa lista canadense em http://www.unites.uqam.ca/pistes/
e em inglês, dezenas delas ligadas a universidades americanas.
Você poderá encontrar muitos tipos de lista entrando na pg. do e-groups e
pesquisando os nomes 'ergonomic', 'ergonomics' e 'human factor' (termo usado
pelos americanos - freqüentemente abreviado como HF)

Em espanhol, de uma olhada em:
http://www.chilemed.cl/cibergo/index.shtml

Aqui no Brasil você poderá encontrar referencias junto a Faculdade de
Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo - Departamento de Medicina
Social / cursos de Medicina do Trabalho e também na USP.
O SENAC também costuma oferecer cursos de ergonomia embutidos na área de
segurança do trabalho.

[s] nm




SUBJECT: Re: Revoluções
FROM: Alexandre Michelano Bubel <bubelbr@terra.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 22/01/2001 02:32

Oi Moacir,
O Roberto está certo em ficar céptico diante destas notícias, na maioria
das vezes é só propaganda para ganhar dinheiro. Basta ver o cara que
colocou a orelha nas costas de um rato... O experimento era completamente
idiota, pois o animal era um camundongo de laboratório de uma linhagem
chamada Skid que não tem sistema imune e o experimento era supostamente
para verificar se havia rejeição por parte do sistema imune... Mas a foto
era muito impressionante e saiu em praticamente todos os jornais do mundo,
a pessoa em questão agora tem uma biotec com muito dinheiro para
desenvolver seu produto, o único problema é que as idéias deste grupo são
muito ruins; na melhor das hipóteses.
Toda esta propaganda de revolução genética me deixa maluco, pois tudo
aponta para revoluções nos próximos anos... quão próximos estão estes anos?
No ano passado estava em uma palestra de um professor alemão, sobre métodos
de identificação de SNPS, a palestra começou com um slide de uma revista de
1953 com o Watson e o Crick na capa, com o título prometendo novas
revoluções na medicina, estas revoluções ainda não chegaram, faça as contas.
Com relação ao artigo que leste, o WT1 (wilms tumor gene) é expresso
apenas na linhagem eritroblastoide de leukemias, e também é expresso em
células saudáveis em alguns órgãos específicos e por células da linhagem
sangüínea quando imaturas. Tentativas de criar células do sistema imune
capazes de eliminar tumores não são novas, já existiram muitas inclusive
com testes em humanos, algumas funcionaram parcialmente, outras foram
inócuas e outras levaram o paciente a um quadro de auto-imunidade. O que
não se leva em conta nestes trabalhos é um fenômeno chamado de
autotolerância, céluals que conseguem virar um tumor em expansão
normalmente são toleradas ativamente pelo sistema imune, caso contrário o
próprio as elimina. Esta é uma área relativamente nova de pesquisa, mas
como é básica e não visa desenvolver um tratamento para colocar no mercado
em pouco tempo, apenas gerar conhecimento, não tem muito dinheiro para
investir. Portando podemos continuar com as tentativas e erros, erros, erros.
No link abaixo você pode ver o resumo do trabalho do Stauss, ele é feito
“in vitro” ou seja tira-se células de um paciente e coloca-se em meio de
cultura junto com células normais e linfócitos CD8+ (células brancas
citotóxicas), ele verifica que as células citotóxicas específicas para o
tumor são capazes de matar apenas as células tumorais. Daí para a cura da
leucemia "in vivo" e outros tumores.... Posso te dar uma tonelada de
referências de trabalhos semelhantes, com experimentos muito mais elegantes.

http://www.ncbi.nlm.nih.gov:80/entrez/query.fcgi?cmd=Retrieve&db=PubMed&lis
t_uids=10733485&dopt=Abstract
Um Abraço
Alex


Assunto: Prestem Atenção! Estamos vivendo várias revoluções

Genética desenvolve célula contra leucemia

Britânicos anunciam nova terapia que pode ser eficaz
contra todas as formas da doença

LONDRES - A engenharia genética pode revolucionar
dentro de dois anos o tratamento de todas as formas
de leucemia e transformar a quimioterapia em coisa do
passado para esses casos. Cientistas britânicos anunciaram

ontem ter produzido em laboratório um glóbulo branco
capaz de destruir as células doentes sem danificar as
sadias, o que eliminaria os efeitos colaterais provocados
pelas terapias hoje disponíveis.

De acordo com os especialistas do Hammersmith Hospital e
da Faculdade de Medicina do Imperial College, de Londres,
a chave para a descoberta foi a identificação do gene WT1,
que é superativo nas células doentes. A partir deste
marcador, a equipe de Hans Stauss criou células de defesa
capazes de localizar e destruir as células com leucemia e
ignorar as saudáveis. "Esse princípio pode ser aplicado a
praticamente todas as formas de leucemia e significa um
enorme avanço no tratamento da doença", afirmou Hauss, em
entrevista à BBC. "O que torna esse trabalho ainda mais
promissor é que ele pode ser aplicado também a cânceres
sólidos, como os de mama e pulmão, em que o WT1 também é
superexpresso."

De acordo com Robert Winston, diretor de pesquisa do
Hammersmith Hospital, esta é a primeira vez que é identificado um alvo que
pode ser seletivamente destruído pelos linfócitos T. "Essa descoberta
ressalta a importância da pesquisa acadêmica de longo prazo para
desenvolvimento de novas terapias", afirmou. A pesquisa, que durou 6 anos,
custou 750 mil libras (cerca de R$ 2,1 milhões) e foi financiada pelo Fundo
para Pesquisa da Leucemia.

A equipe de Stauss já está trabalhando com hematologistas para realizar os
primeiros testes clínicos, o que deve ocorrer dentro dos próximos dois anos.
Segundo Winston, os especialistas querem começar esses testes o mais breve
possível. (Reuters, EFE, DPA e AFP


dica, sempre q. aparecer a palavra: 'revolucionario' pode ter certeza q.
eh 'golpe'. foi assim na 'revolucao' de 64 e eh assim nas pecas
publicitarias... "'hair sink' o novo tratamento revolucionario contra
queda de cabelo"; "AB-shaper o revolucionario metodo de manter o seu corpo
em forma"...

diminua o impacto prognosticado nesses anuncios de novos tratamentos
contra tumores por um fator de pelo menos 10.

esse tempo de dois anos nao existe: estao ainda em fase de laboratorio.
vai demorar pelo menos um ano pros testes in vivo com ratos. e se bem
sucedido mais dois a cinco anos em testes com humanos voluntarios.

as pessoas jah deveriam estar vacinadas contra esses anuncios bombasticos:
um dos mais recentes casos foi o da angiostatina -- extremamente
promissora em ratos, mas com alguns problemas para testes em humanos.

isso soh serve pra 'justificar' as pesquisas de um grupo e angariar mais
verbas. (e acaba fomentando toda uma industria de oportunistas...)

[]s,

roberto takata
Não queira colocar todas as farinhas no mesmo saco. É indiscutível que
estamos vivendo uma revolução na genética (veja a Dolly, o ANDi, o Genoma
Humano, só para citar os mais populares). O volume de conhecimentos
adquiridos nos ultimos 20 anos é enorme (Alguem se lembra de ter ouvido
falar de teste de paternidade baseado em DNA há dez anos atrás?). Não
sou exageradamente otimista mas acho que é inevitável que alguma parcela
deste conhecimento adquirido se traduza em benefícios para a humanidade
em curto prazo...


<Moacir>


Meu endereço de mail permanente é bubel@bigfoot.com
My permanent e-mail is bubel@bigfoot.com

Alexandre Michelano Bubel


SUBJECT: Re: [ciencialist] Problema
FROM: "Emilson Leite" <emilson@iag.usp.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 22/01/2001 08:45

A resposta é exatamente essa. O Eduardo Gueron também
me respondeu em privado e acertou, usando o mesmo
raciocício.
Realmente, faltou detalhar mais a historinha e da maneira que
você propõe fica bem mais claro.
Abraços,
Emilson.

----- Original Message -----
From: "Bruno Woltzenlogel Paleo" <bwp@terra.com.br>
To: "Olympium" <olympium-olympia@egroups.com>; <ciencialist@egroups.com>
Sent: Sunday, January 21, 2001 8:51 PM
Subject: Re: [ciencialist] Problema


> >Haviam dois caras conversando numa rua, um deles propõe uma
> >charada para o outro:
> > Eu tenho 3 filhas. O produto da idade das 3 é 36. A soma da idade
> > das 3 é o número daquela casa ali...(e apontou para uma casa do
> > outro lado da rua). Para terminar, a mais velha gosta de leite de
> > vaca. Qual é a idade de cada uma delas?
>
> Esse problema, enigma, pode ser resolvido sim, mas não está muito bem
> contado, pois falta uma informação vital: a de que o segundo cara foi
capaz
> de resolver o problema sabendo o número da casa e que a mais velha gosta
de
> leite da vaca. Também é necessário dizer que o segundo cara não seria
capaz
> de resolver o problema sem que soubesse que a mais velha gosta do leite de
> vaca.
> Esse tipo de enigma pode ser classificado como meta-enigma, justamente por
> essas características acima.
>
> 36 pode ser escrito como produto de fatores primos da seguinte forma:
>
> 36 = 2^2 * 3^2
>
> Então temos as seguintes possiblidades para as idades e suas respectivas
> somas:
>
> 1,1,36 - 38
> 1,2,18 - 21
> 1,4,9 - 14
> 1,3,12 - 16
> 2,2,9 - 13
> 2,3,6 - 11
> 1,6,6 - 13
> 3,4,3 - 10
>
> Ao olhar para o número da casa, o segundo cara poderia saber as idades se
a
> soma fosse qualquer valor diferente de 13. Como ele não pode determinar as
> idades(pois precisou saber sobre o leite da vaca), então o número da casa
é
> 13.
> Ele fica então com 2 possibilidades:
>
> 1,6,6 - 13
> 2,2,9 - 13
>
> Como a afirmação sobre o leite da vaca pressupõe a existência de uma filha
> mais velha, a única opção que resta é:
>
> 2,9,9...
>
> Espero que tenha conseguido ser claro o suficiente.
>
> Uma melhor forma de contar o enigma seria contar o dialogo que aconteceu
> entre os karas. Algo como:
>
> K1: O produto de suas idades é 36.
> K2: Não sei as idades ainda...
> K1: Well, a soma das idades é igual ao número daquela casa.
> K2: (Depois de alguns minutos pensando) Ainda não consigo saber.
> K1: Talvez isso ajude: a mais velha gosta de leite de vaca.
> K2: Agora sim!
>
> Para quem gostar de enigmas, leiam o livro "OEnigma de Sherazade" de
Raymod
> Smullyan.
> Ele tem um capítulo só para meta-enigmas.
> Aliás alguém conhece outros livros de enigmas??
>
> Até mais...
>
> <Bruno Woltzenlogel Paleo>
>
>
>
> *** --- ***
> Material para a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> deve ser enviado para o mail
> ciencialist@MAIL.com
> *** --- ***
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Intensidade Sonora
FROM: "Bruno Woltzenlogel Paleo" <bwp@terra.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 22/01/2001 10:46

> onde I é a intensidade sonora em W/m2 e Iref = 10E-12 watts/m2, log =
> logaritmo na base 10
> Como a grandeza acústica mais fácil de medir é a pressão sonora ( N/m2) e
a
> potência e intensidade acústica estão ligadas ao quadrado da pressão
sonora,

Obrigado pela explicação dos decibéis...
Como é essa ligação entre pressão e intensidade?

Até mais...

<Bruno Woltzenlogel Paleo>




SUBJECT: Re: [ciencialist] A Evolucao da Fisica II
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 22/01/2001 12:07

On Fri, 19 Jan 2001, Adivinho wrote:
> neste caso, o electrão e o quark é que serão os verdadeiros Átomos previstos
> por Democrito.

'pregunta' de quem esta' de fora. os atomos de democrito podem ter
naturezas diferentes?

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] energia
FROM: "Adivinho" <Adivinho@hotmail.com>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 22/01/2001 12:13

> > Agora diz-me o que precisas para descrever o Efeito Túnel pelo Método
> > Clássico.
>
> Precisaria primeiramente provar que o efeito túnel realmente existe e que
> não é um efeito ilusório, ainda que interpretável por uma matemática que

> certo.

Primeiro melhor explicar o que é afinal o efeito de tunel.
Imaginemos um tipo de energia potencial , tal que limita uma particula a se
mover no seu interior |__|
(por exemplo um oscilador harmónico , nunca passa de determinada posição
máxima )
A este tipo de movimento corresponde um estado ligado. Um estado ligado
significa que a energia cinética da particula é menor que a energia
potencial da região em que se encontra. E < V , E-V < 0.
Portanto a particula nunca sai daquela caixa.
Mas podemso pensar que a particual não actu sempre da mesma forma e que
numas oscilações vai um pouco mais longe e noutras um pocuo menos. Assim ,
em algumas oscilações a particula passa para lá da parede da caixa mas
retorna de novo para dentro pois o potencial é maior que a energia da
particula.
_ _
_| |__| |_

Imagine-se agora um potencial deste tipo com duas barreiras de potêncial.
(os altos e baixos representam o valor do potencial )
Se a particula conseguir mover-se para além dessas barreira a aprticual será
uam particual livre e não mais voltará para dentro da caixa.
A possiilidade teórica da particula escapar chama-se Efeito Tunel.
Clássicamente p efeito tunel seria descrito por uma destribuição estatistica
qq e existiria uma probabilidade de algumas particulas , algumas vezes ,
sairem fora da barreira.
A condição necessária para isso é que a energia da particula do outro lado
da barreira não seja nula.
E isto depende do comprimento da barreira.

A MQ com a consideração de onda ( que no fundo se pode comparar a uma
estatistica ) e a eq de Shrondinger resolve este problema concluindo
exactamente que existe a possibilidade da particula fugir da caixa.
Isto é o Efeito Tunel.Fugir da prisão do potencial para a liberdade do
espaço fora da caixa. ( o classico fuga da prisão aplicado à fisica..e por
onde fogem os presos ? ..exacto, por um túnel )

Se este efeito existe?
Existe. Existem uns diodos que funcionam com base nisto, são Diodos de
Efeito de tunel ,e servem para produzir as microondas dos fornos de
microondas.
Outros exemplos poderiam ser o do som através das paredes .

O Efeito tunel existe, assim como a curvatura da luz.
Em primeira aproximação é irelevante como se quantifica, desde que essa
quantificação
esteja de acordo com a experiencia. E no caso da MQ está.
Uma ciencia que está mais de acordo com a experiencia deve merecr algum
crédito, não ?


> > Essa adaptações já chegaram no inicio do século XX e chamam-se "ondas"
>
> Cem anos se passaram e ainda não se sabe o que são essas ondas.

A Física é antes de mais um laboratório de modelos.
"onda" é um modelo como outro qq , como "corpusculo" , apenas que é um
modelo que dá mais jeito na maior parte dos casos microscópicos.
Pq os micorscópicos ? Porque a difração está ligada com o diametro dos
orificios por onde passam as "particulas" , apenas se observa difracção da
luz por exemplo, para orificiso da razão do seu comprimento de onda.
Aceitando a hipotese de De Broglie , os orificios que teriam de existir para
que existisse difração de objectos macroscópicos é tão grande que não
existem tais e por isso não se observa difração de automoveis ou aviões ...
(por exemplo , automovel + automovel = 2 automoveis destruidos , nunca vi
automovel + automovel = automovel maior :-) )


>Prefiro refletir sobre um pensamento do próprio (por sinal, já
> apresentado aqui na Ciencialist): "Esperamos que a vacilação de conceitos
e
> opiniões signifique apenas um intenso processo de transformação, que
> conduzirá finalmente a algo melhor do que as confusas séries de fórmulas
que
> cercam o nosso tema" (Schödinger).

Todos os "pais" da Mecânica Quântica tinham relutância em aceitar o que eles
próprios deduziam.
Tanto é que vem aquela frase de Bohr , "quem nunca duvidou da MQ é pq não a
entende" ,.. algo assim...
Mas eles foram conscientes que aquilo tinha de prosseguir. Porque era um
modelo. E um modelo que explicava na perfeição as medições feitas sobre o
Átomo.
E não é verdade que a MQ só funcione para Átomo simples. Ela funciona tb
para os outros ( se não funcionasse ia para o lixo ). O que acontece é que a
simplicidade das contas vai pelo cano a baixo e têm de ser usados métodos
matemáticos para as contas ( Teoria das Perturbações , que se aplica em
todos os campos da física que lidam com continhas :-)) )
As discussões Bohr - Einstein provam exactamente a relutância dos "Pais" ,
mas tb a sua vontade e preocupação de criar um modelo coeso, coerente e ...
simples :-)




SUBJECT: Re: [ciencialist] energia
FROM: Adam Luiz de Azevedo <adam@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 22/01/2001 12:28

OLÁ JEFFERSON! VEJO A EQUIVALENCIA ENTRE MASSA ENERGIA DE MANEIRA
SEMELHANTE A SITUAÇÃO DE METRO E KILOMETRO: SÃO COISAS DIFERENTES, MAS
EQUIVALEM-SE ENTRE SI POR UMA CONSTANTE.

On Fri, 19 Jan 2001, Jefferson Stafusa Elias Portela wrote:

> On Fri, 19 Jan 2001, Adivinho wrote:
>
> > >>Tanto o fóton quanto o elétron são energia. A energia do fóton depende
> > >>da freqüência [E=f.h] e a energia do elétron em repouso depende da massa
> > >>[E=m.c^2].
> >
> > >E como energia e massa são a mesma coisa segue-se que fótons e elétrons
> > >são partículas...
> >
> > hum....
> > Se Energia e Massa fossem a mesma coisa então teria de ser E = m
> > Ou seja, as suas unidades físicas teria de ser as mesmas (joule )
> > Aquela constante c² diz exactamente que são coisa diferentes , ainda que
> > equivalentes.
> > Da mesma forma que E = k T (em que k é a constante de Bolztman ) no diz que
> > temperatura e energia são equivalentes , mas não são a mesma coisa... seria
> > complicado.. pois se energia , massa e temperatura fossem a mesma coisa
> > E = m = T
> > Eu pesava-me em graus Celcius (ºC) , e media minha febre em quilogramas
> > (Kg) :-))
> > Ainda não fazemos isso :-))
> >
>
> Mas é costume medir a massa de partículas em Ev (elétron-volt): que é uma
> unidade de energia.
>
> E quanto a se dizer que massa e energia são a mesma coisa, talvez seja
> abuso de linguagem, mas em todo caso a 'ligação' entre energia e massa é
> mais forte que a que existe entre energia e temperatura por exemplo. Pois,
> quando a um corpo qualquer é acrescida uma energia qualquer (cinética,
> térmica,...) a massa deste também aumenta. Ou seja, um litro de água
> quente 'é mais pesado' (tem mais massa) que um litro de água fria, e um
> jato voando tem mais massa que um pousado.
>
>
> Stafusa
>
>
>
>
> *** --- ***
> Material para a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> deve ser enviado para o mail
> ciencialist@MAIL.com
> *** --- ***
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Biologia - Darwin
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 22/01/2001 12:36

o q eh isso? conferencia de gabarito de vestibular?

bem, a resposta para essa pergunta eh um tto complexa e nao completamente
respondivel com os conhecimentos atuais.

mas vemos q.

*o territorialismo em geral esta' ligado ao macho -- i.e. eh
um macho q. defende um territorio.

*a defesa de territorio normalmente esta' ligado ao acesso a um dado
recurso de distribuicao esparsa: alimento, protecao ou outra coisa qq.

*a capacidade de defesa de territorio esta' amplamente correlacionada com
fatores geneticos q. levam a uma capacidade de sucesso reprodutivo maior.

pois bem, se fatores geneticos predispoem as femeas a escolherem os machos
em funcao da capacidade de defesa de territorio, indiretamente estarao
selecionando machos com maior potencial de sucesso reprodutivo (adaptacao
ao lugar que ocupam na natureza) -- os genes dessas femeas por 'efeito
carona' tbm tenderao a ser preservados. genes de femeas menos exigentes
tenderao a ser deslocados do 'pool' genico da populacao.

machos menos dotados tenderao a ter um sucesso reprodutivo menor e seus
genes tbm tenderao a ser deslocados.

eh o fenomeno da selecao sexual.

isso simplificando muito a questao. tem detalhes muito interessantes de
ser discutidos como a presenca de machos 'parasitas' -- q. se especializam
em driblar a vigilancia do macho dominante acasalando-se com as femeas
destes. as femeas tbm nao necessariamente serao tao fieis ao macho
dominante -- aparentemente isso seria um paradoxo, jah q. estariam
diminuido o seu sucesso reprodutivo acasalando-se com machos q. nao sao
dominantes. mas se considerarmos q. os territorios disponiveis sao
limitados -- do contrario nao existiria territorialismo -- acima de um
certo limite nao haveria ganho de vantagem reprodutiva para a femea em
gerar filhotes com o macho dominante -- jah q. esses filhotes iriam
disputar entre si -- tendo filhotes com machos 'parasitas' haveria uma
outra possibilidade de transmissao genetica 'as geracoes futuras.

em geral nao consideramos q. essas 'escolhas' sejam fruto de calculos
deliberados, como jah apontado pelo joao miranda, mas consequencias de
presenca ou ausencia naquele ambiente de uma dada copia de gene q. resulta
em predisposicao para esse ou outro comportamento -- por vezes por vias
bem indiretas.

mas o assunto eh longo, beeeeem mais longo.

[]s,

roberto takata

On Fri, 19 Jan 2001, Otávio Tavares Ranzani wrote:
> machos mais vigorosos, que apresentam maior adaptação ao lugar que ocupam na
> natureza, deixam maior número de descendentes" - Charles Darwin.
> A) Relacione a afirmação de Darwin com o fenômeno da
> delimitação do território, largamente observado entre os animais
> vertebrados!



SUBJECT: Re: A Evolucao da Fisica II
FROM: "Manuel Bulcao" <msbn@daterranet.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 22/01/2001 12:43

--- In ciencialist@egroups.com, Roberto Mitsuo Takata <rmt@i...>
wrote:

'pregunta' de quem esta' de fora. os atomos de democrito podem ter
naturezas diferentes?

Manuel - Segundo Leucipo e Demócrito, os átomos são idênticos quanto
à substância, porém diferentes na "forma". Essa diferença formal
explicaria a pluralidade das coisas, a existência de tantos objetos
físicos diferentes.

[]'s
Manuel Bulcão



SUBJECT: village people
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 22/01/2001 12:48

Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> Se o homosexualismo nao tiver natureza genetica ( o q nao acredito )
> entao o homossexual deveria tentar nao ser homossexual.
> Se nao conseguir eh pq a natureza do homo/o deve ser genetica mesmo.

Acho que uma resposta simples para isso é a seguinte:

- Não é genético porque eles não se reproduzem.

Pode sim ser uma doença mental hereditária [genética] assim como a
anorexia, necessitando de dois alelos como a maioria das doenças
genéticas.

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SUBJECT: Re: [ciencialist] energia
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 22/01/2001 12:52

Adivinho wrote:
> Existe uam Fómula que relaciona o Real com o Escudo de tla forma que
> R = c E
> Agora, alguém diz que Reais e Escudos são a mesma coisa ?

E não são???

Até onde sei, ambas são moedas exclusivas de determinados países e que
podem ser intercambiadas quantas vezes se quiser, assim como matéria e
energia.

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SUBJECT: Re: [ciencialist] A Evolucao da Fisica II
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 22/01/2001 13:12

Alberto Mesquita Filho wrote:
> De maneira muito simples. Não existem "quanta" de campo nem de energia. O
> que existe são estados em que o elétron está quase que aprisionado no átomo,
> em uma região muito parecida com o que Bohr chamou por órbitas permitidas, e
> eu diria órbitas estáveis, e do qual ele só escapará em condições muito
> especiais.

Espere aí. Se as órbitas são chamadas de "órbitas permitidas" então é
uma clássica falácia quântica, como vc mesmo afirma, mas se o nome mudar
para "órbitas estáveis" então está plenamente correto, pois foi vc que
deu o nome, mesmo que signifiquem a mesma coisa.

Estou começando a duvidar de sua teoria :-)

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SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] energia
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 22/01/2001 13:17

Alberto Mesquita Filho wrote:
> > Agora diz-me o que precisas para descrever o Efeito Túnel pelo Método
> > Clássico.
> Precisaria primeiramente provar que o efeito túnel realmente existe e que
> não é um efeito ilusório, ainda que interpretável por uma matemática que dá
> certo.

Basta largar o consultório médico e dar um passeio em um laboratório de
física.

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SUBJECT: Re: [ciencialist] O que nao vemos e nao ouvimos tambem nao "sentimos"?
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 22/01/2001 15:16

On Sun, 21 Jan 2001, Neville Martins wrote:
> No caso de vibrações sonoras de baixa freqüência e alta intensidade, elas
> tem o efeito de uma pancada material - dependendo das circunstância podem

nao tenho referencias, mas ao q. consta vibracoes de baixa frequencia: na
faixa do infrassom (nao, nao eh o japones pe'-de-chumbo) -- sao capazes de
criar ilusoes visuais (manchas esbranquicadas) e uma certa sensacao de
calafrio -- pelo menos um pesquisador parece associar isso com as visoes
fantasmagoricas. (mas nao tenho, como dito, nenhuma referencia.)

um pesquisador associa a frequencia de infrassons como a de ondas no mar
com frequencias alfa de atividade cerebral -- algo a ver com o efeito de
sonolencia citada em sua mensagem... pode ser isso q. provocou a sensacao
de 'estalo' no fritjof capra praquela bad trip do 'tao da fisica'...

[]s,

roberto takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] energia
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 22/01/2001 15:17

Alberto Mesquita Filho wrote:
> > Cite os absurdos.
> Leia o meu site na vertical.

O seu site cai no erro de não ser facilmente deglutível, o que não é um
erro só seu, eu mesmo faço isso algumas vezes [embora tente ao máximo
evitar] e alguns da lista também.

Eu entendo a lista como um lugar em que leigos tentam aprender ciência,
afinal nem todos aqui possuem PhD em gravidade quântica N-dimensional.
Então quanto mais simples e direto apresentarmos nossas idéias melhor
será para todo mundo.

Não estou querendo que vc corrija o seu site, mas a partir do momento
que vc clama por compreensão à sua teoria então acho que vc deveria ser
o mais claro possível, principalmente aqui dentro da lista. Não entenda
isso como um puxão de orelha, falo isso para todos, inclusive para mim
mesmo.

> E eu já disse que a sua visão a respeito estava errada, logo estamos
> empatados. :-))

Ou isso.

> > Vide http://lab.bsi.com.br/tborges/relatividade.html
> O desenho está correto mas a sua visão sobre a problemática está totalmente
> furada. Já disse que o seu desenho é outra maneira de enxergar o mesmo
> desenho que apresentei; e até mesmo elogiei na época a sua arte. Não
> obstante, você não entendeu nada sobre os meus argumentos e a conversa ficou
> no passado e portanto não sei onde está o bloqueio no seu raciocínio.

Justamente por não termos mais falado nisso é que eu pensei que já
tivesse compreendido que minha visão estava correta. Continuamos, o dito
pelo não dito, empatados.

> O spin que não é giro (comprovado experimentalmente por uma experiência
> clássica),

Qual experiência?

O spin é uma propriedade da matéria que pode ser interpretada como
momento angular de giro, é isso o que a física quântica afirma e ainda
mais, se existe matéria, existe spin.

> a falácia das órbitas permitidas (a justificar de maneira não
> clássica um achado clássico),

E as suas órbitas estáveis?

> a dualidade partícula-onda...

No que isto é uma falácia? É apenas uma forma de definir algo que não
compreendemos perfeitamente por não fazer parte do nosso dia-a-dia.

Se nosso mundo fosse estritamente quântico e chamássemos a dualidade
onda/partícula de chulé, e que este tal de chulé fosse normal no nosso
dia-a-dia, então ficaríamos confusos quando descobríssemos que o chulé
se divide em duas características diferentes em um mundo que não nos
pertence [não quântico] e daríamos nomes esdrúxulos tais como
chulé-anima [onda] e chulé-corpore [partícula].

> Pô, por que é que eu, que não tenho nada com isso, tenho que viver repetindo
> essas imbecilidades que vocês aceitam como verdades incontestáveis?

Se vc afirma que são inverdades incontestáveis, então é bom provar.

> Se quer
> acreditar em Papai Noel, eu não tenho nada com isso.

E qual de nós acredita em papai noel?

> Eu tenho que explicar
> as minhas idéias, não as suas.

Pois é justamente isso que eu estou querendo, que vc explique as suas
idéias.

> Pois você dificilmente será julgado pela Inquisição
> dos Tempos Modernos. A mesma que proibiu-me de fazer palestras em centros de
> excelência brasileiros classificados pelo MEC como de nível A.

No índice crackpot:

1) Crédito inicial de -5 pontos (pts);
9) 10 pts para cada alegação de que a mecânica quântica está
fundamentalmente errada (sem um bom indício em apoio);
16) 10 pts por argumento de que embora uma teoria corrente bem
estabelecida prediga um fenômeno corretamente, ela não explica "por que"
eles ocorrem ou deixa de fornecer um "mecanismo";
29) 40 pts por alegação de que o "establishment científico" está
engajado em uma "conspiração" para impedir a teoria de ganhar o bem
merecido reconhecimento ou algo do gênero;
30) 40 pts por comparação com Galileo, sugerindo que uma Inquisição
atual está em pleno funcionamento no caso do proponente e assim por
diante;
31) 40 pts por alegação de que a teoria for finalmente apreciada, a
ciência atual será vista como a fraude que ela realmente é (30 pts
extras por fantasia sobre mostrar processos em que os cientistas que
ridicularizaram a teoria serão forçados a reconhecer publicamente o
erro);

Hmmm... 135 pontos... não anda muito bem.

> > Indique onde em sua página estão listados os cientistas e os erros por
> > eles cometidos. Não estou duvidando que vc realmente tenha a lista, mas
> > eu quero conhecê-la.
> Pois eu quero esquecê-la.

Quem é que está jogando as coisa para de baixo do tapete?

> Não me pergunte o que vejo de errado na física quântica. Responda o que você
> vê de bom na mesma, além de um conjunto de equações que dão certo sabe-se
> lá porque. Não me peça para justificar a sua fé; justifique você os seus
> dogmas.

Então volto a perguntar:

E qual de nós acredita em papai noel?

==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
==========================================================


SUBJECT: Re: [ciencialist] Perguntinhas basicas
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: Ciencialist <ciencialist@egroups.com>
DATE: 22/01/2001 15:21

On Sun, 21 Jan 2001, Neville Martins wrote:
> Gostaria que alguém me explicasse como se dá a reflexão da luz em uma
> superfície polida (seja considerando ondas, fotons ou corpúsculos tipo balas

http://www.scientificamerican.com/askexpert/physics/physics5.html

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] energia
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 22/01/2001 17:46

-----Mensagem Original-----
De: "TARCISIO BORGES"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Segunda-feira, 22 de Janeiro de 2001 13:17
Assunto: Re: RES: [ciencialist] energia

> Alberto Mesquita Filho wrote:
> > > Agora diz-me o que precisas para descrever o Efeito Túnel pelo Método
> > > Clássico.
> > Precisaria primeiramente provar que o efeito túnel realmente existe e
> > que não é um efeito ilusório, ainda que interpretável por uma matemática
> > que dá certo.
> Basta largar o consultório médico e dar um passeio em um laboratório de
> física.

Realmente, cometi um erro conceitual gravíssimo e penitencio-me frente aos
colegas da Ciencialist.

Além desta babosela que alguns físicos modernos chamam por efeito túnel, e a
retratar que eles não entendem nada a respeito da genuína física, ou seja,
aquela que trata dos Princípios Matemáticos da Filosofia Natural, existe,
com "efeito", um "túnel" entre o meu consultório médico e o Instituto de
Física de minha cidade (São Paulo). O que não existe é o consultório mas
esse é um pequeno problema de somenos importância.

Humildemente solicito aos demais ciencialisteiros perdão pelo meu erro e
agradeço imensamente ao Tarcísio pela correção.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] A Evolucao da Fisica II
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 22/01/2001 18:33

-----Mensagem Original-----
De: "TARCISIO BORGES"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Segunda-feira, 22 de Janeiro de 2001 13:12
Assunto: Re: [ciencialist] A Evolucao da Fisica II

> Alberto Mesquita Filho wrote:
> > De maneira muito simples. Não existem "quanta" de campo nem de energia.
> > O que existe são estados em que o elétron está quase que aprisionado no
> > átomo, em uma região muito parecida com o que Bohr chamou por órbitas
> > permitidas, e eu diria órbitas estáveis, e do qual ele só escapará em
> > condições muito especiais.

> Espere aí. Se as órbitas são chamadas de "órbitas permitidas" então é
> uma clássica falácia quântica, como vc mesmo afirma, mas se o nome mudar
> para "órbitas estáveis" então está plenamente correto, pois foi vc que
> deu o nome, mesmo que signifiquem a mesma coisa.

O problema não é de natureza lingüística mas conceitual. "Órbitas
permitidas", na linguagem quântica antiga, pressupunha a quantização de
propriedades de campo e/ou de energia, como afirmo acima. O dia que você
estudar física quântica direitinho, principalmente "Evolução da Física
Quântica", talvez você venha a entender o que digo. A permissão ou proibição
a que Bohr se refere, não retrata uma acomodação dos elétrons, mas uma
propriedade desconhecida, e colocada embaixo do tapete por Bohr. Para Bohr,
as leis a serem obedecidas eram semelhantes àquelas observadas para o
sistema solar. Não obstante, o elétron por uma propriedade digna de livros
de ficção, somente estava autorizado a obedecer as leis em condições a
respeitarem os caprichos de Bohr quanto a suas idéias imutáveis sobre o que
fossem elétron, carga elétrica, campo, luz, etc.

As órbitas estáveis, a que me refiro, são órbitas onde o elétron respeita as
leis físicas que lhe são impostas. Da mesma forma que a Terra não pode
sujeitar-se a uma órbita quadrada, o átomo não pode sujeitar-se a esquemas
planetários, pois as leis em jogo são totalmente diferentes. Nem por isso
dizemos que as órbitas planetárias elípticas são órbitas permitidas mas
podemos nos referir a elas como locais onde constatamos uma estabilidade
dinâmica.

> Estou começando a duvidar de sua teoria :-)

Bom sinal. Esta é a primeira condição necessária e essencial para que comece
a entendê-la. :-) Não é possível entender aquilo que se propôe a ignorar. E
não se deve inicialmente acreditar naquilo que se propôe a aceitar. Aceitar
não significa acreditar. Aceitar significa estar disposto a entender, a
discutir e, até mesmo, a negar.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Mem�tica
FROM: raulsturari@ig.com.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 22/01/2001 19:03

Essa � para o pessoal da mem�tica:

A)Qual � a hip�tese que melhor explica o surgimento dos memes (se � que eles
existem)?
B)Como surge um novo meme?

Aguardo ansioso pelas respostas.

Raul

_________________________________________________________
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SUBJECT: Re: [ciencialist] energia
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 22/01/2001 19:25

Adivinho escreve:
> A interpretação física do modelo quântico
para o átomo é mais perto de considerar que os electrões vibram
harmonicamente (pulsam) em 3D com o centro no núcleo.
( os electrões nos átomos, seriam, segundo este modelo, reservas de energias
sob a forma de oscilações harmónicas 3D , algo como cordas de guitarra a
'tocar' mas esféricas e em 3D... curioso... as notas de musica são
quantificadas, já Pitágoras tinha mostrado isso ha já muito tempo )<

As notas são quantificadas por 'escolha' auditiva perfazendo uma escala. Num gerador de sinais de áudio podemos passar, 'sem quantificar', de uma freqüência para outra e nem todas as freqüências são denominadas por 'notas musicais'.
A formação de uma escala é uma mera convenção 'aceita' por muitos (não por todos). Os ocidentais 'acostumaram' seus ouvidos (atualmente chamados de orelhas) para a escala de Zarlino e para a escala bem temperada de Bach. Desse modo são feitas todas as músicas ocidentais. Os japoneses, por exemplo, adotam uma outra escala musical e, devido a isso, aqueles tradicionais toques japoneses 'tem, tuem, tem' que não seguem nossa escala, soam tão 'esquisitos' para nós. Uns a classificam como 'desagradável' á audição, meramente pelo fato de terem se acostumado aos amigos Zarlino e Bach.

[]'
Léo



SUBJECT: Re: [ciencialist] Memética
FROM: Adam Luiz de Azevedo <adam@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 22/01/2001 19:29

O que significa meme?

On Mon, 22 Jan 2001 raulsturari@ig.com.br wrote:

> Essa é para o pessoal da memética:
>
> A)Qual é a hipótese que melhor explica o surgimento dos memes (se é que eles
> existem)?
> B)Como surge um novo meme?
>
> Aguardo ansioso pelas respostas.
>
> Raul
>
> _________________________________________________________
> Oi! Você quer um iG-mail gratuito?
> Então clique aqui: http://www.ig.com.br/paginas/assineigmail.html
>
>
> *** --- ***
> Material para a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> deve ser enviado para o mail
> ciencialist@MAIL.com
> *** --- ***
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] O que nao vemos e nao ouvimos tambem nao "sentimos"?
FROM: "Francisco" <fbrito@globo.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 22/01/2001 19:35

Caro Neville

Grato pelas dicas

Francisco



SUBJECT: Re: [ciencialist] energia
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 22/01/2001 19:54

-----Mensagem Original-----
De: "TARCISIO BORGES"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Segunda-feira, 22 de Janeiro de 2001 15:17
Assunto: Re: [ciencialist] energia

> Eu entendo a lista como um lugar em que leigos tentam aprender ciência,
> afinal nem todos aqui possuem PhD em gravidade quântica N-dimensional.
> Então quanto mais simples e direto apresentarmos nossas idéias melhor
> será para todo mundo.

Concordo. E esta discussão surgiu em decorrência de um texto extremamente
elementar (Evolução da Ciência II -
http://www.egroups.com/message/ciencialist/7977 ) que postei aqui, e
acredito que chegou a ser entendido por todos os ciencialisteiros
interessados em física, mesmo sem pertencerem à área. Se alguém metido a
PhD, tentou evoluir para aspectos complicados, eu simplesmente segui a onda,
como acredito que deveria ter feito. Procurei, não obstante, manter a
simplicidade, mas não posso de maneira alguma evitar a complexidade inerente
às dúvidas apresentadas. Para não poluir a lista com idéias complexas,
costumo enviar os interessados ao meu site. Para os que não estão ainda em
condições de entender minhas teorias da forma como está exposta no site,
sinto muito, mas não posso sacrificar os demais com idéias não tão simples.

> Não estou querendo que vc corrija o seu site, mas a partir do momento
> que vc clama por compreensão à sua teoria então acho que vc deveria ser
> o mais claro possível, principalmente aqui dentro da lista. Não entenda
> isso como um puxão de orelha, falo isso para todos, inclusive para mim
> mesmo.

Não sou otorrinolaringologista mas não tenho nada contra puxões de orelha.
Quanto ao mais, diria que você quer entender a teoria sem estudar. E sequer
tem mostrado, pelas mensagens anteriores, estar interessado em aprender pelo
diálogo. Entenda então exclusivamente aquilo que os seus professores o
obrigam a entender, pois que eles irão lhe exigir isso para a obtenção do
diploma.

> Justamente por não termos mais falado nisso é que eu pensei que já
> tivesse compreendido que minha visão estava correta. Continuamos, o dito
> pelo não dito, empatados.

Como vê, não estamos dialogando mas simplesmente tentando impor nossas
idéias. E não creio que eu tenha sido o primeiro a seguir essa norma. Também
não tenho nada contra a tentativa de imposição de idéias, pois faz parte do
diálogo. O que não podemos é simplesmente seguir o princípio da autoridade
(é verdade pois foi dita por X) ou os achismos (é assim porque eu acho que é
e ponto final). Com respeito ao significado de diálogo, sugiro que você
verifique como eu e o Belisário "brigamos" bastante aqui na Ciencialist e
acredito que aprendemos bastante com isso e, não obstante, nenhum conseguiu
convencer o outro de suas idéias iniciais. As msgs da ciencialist a respeito
estão citadas no meu site em Teorias Realistas Atuais, no URL
http://www.geocities.com/ecientificocultural/ECC2/Dialogos/tra.htm

> > O spin que não é giro (comprovado experimentalmente por uma experiência
> > clássica),
> Qual experiência?

A experiência que primeiro comprovou o spin foi a de Stern e Gerlach
(existem outras). Como experiência, não é nada clássico nem moderno, apenas
retrata o que é observado no laboratório. Classicamente falando, quase que
comprova a existência de uma propriedade giratória. Quanticamente falando,
retrata a existência de uma propriedade então desconhecida e que foi
assumida como sendo o "spin quântico", e que como tal não significa giro no
sentido clássico do termo.

> O spin é uma propriedade da matéria que pode ser interpretada como
> momento angular de giro, é isso o que a física quântica afirma e ainda
> mais, se existe matéria, existe spin.

Sim, mas ao mesmo tempo que ela afirma que PODE SER INTERPRETADA COMO
momento angular de giro, ela também afirma que NÃO PODE SER INTERPRETADA
COMO que a retratar um giro real da partícula, assim como o giro da Terra
sobre seu eixo.

> > a falácia das órbitas permitidas (a justificar de maneira não
> > clássica um achado clássico),
> E as suas órbitas estáveis?

Já respondi em outra msg.

> > a dualidade partícula-onda...
> No que isto é uma falácia? É apenas uma forma de definir algo que não
> compreendemos perfeitamente por não fazer parte do nosso dia-a-dia.

Sim, mas faz parte do dia-a-dia dos físicos modernos que também confessam
não a compreenderem perfeitamente. E jamais a compreenderão enquanto
persistirem com seus dogmas.

> Se nosso mundo fosse estritamente quântico e chamássemos a dualidade
> onda/partícula de chulé,...

Isso é próprio de físico moderno: "Se nosso mundo fosse..." Acontece que não
é! Não vamos confundir ciência com filosofia. A filosofia apoia a ciência
mas as verdades filosóficas nem sempre se traduzem por verdades científicas.
Aliás, é graças a essa confusão que muitos cientistas abominam a filosofia,
e eu não sei qual dos dois absurdos é o maior, o de abominar ou o de a
utilizar inapropriadamente.

> > Pô, por que é que eu, que não tenho nada com isso, tenho que viver
> > repetindo essas imbecilidades que vocês aceitam como verdades
> > incontestáveis?
> Se vc afirma que são inverdades incontestáveis, então é bom provar.

Mas se eu não tenho nada com isso!!! Repito unicamente porque vocês insistem
em dizer que elas vão contra as minhas teorias. Ora, a minha teoria deve
apoiar-se apenas na experimentação, não existência de fantasmas quânticos.
Não inverta os papéis!!! Diga que não aceita as minhas hipóteses e que não
quer dialogar. Mas não exija que através de minhas hipóteses eu demonstre
que fantasmas não existem!!! Por outro lado, se a minha teoria não pode ser
verdadeira, porque existem fantasmas quânticos, vocês que aceitam a
existência desses fantasmas é que devem provar esta "realidade", não eu. Por
outro lado, se não quiserem aceitar a minha teoria, tudo bem, deixem-me
sozinho. Estou apenas expondo minhas idéias, sem obrigar ninguém a
aceitá-las. Se as "minhas verdades" o estão incomodando, não tenho nada mais
a dizer a não ser: Freud explica.

> > Se quer acreditar em Papai Noel, eu não tenho nada com isso.
> E qual de nós acredita em papai noel?

Se traduzirmos "papai noel" por "fantasias quânticas", certamente você.

> > Eu tenho que explicar as minhas idéias, não as suas.
> Pois é justamente isso que eu estou querendo, que vc explique as suas
> idéias.

Não, não quer!!! Você quer que eu cometa um deslize no sentido de que possa
aumentar a sua fé em seus dogmas. Isto, como já disse acima, Freud explica.
E volto também a repetir: isso não é diálogo.

> > Pois você dificilmente será julgado pela Inquisição
> > dos Tempos Modernos. A mesma que proibiu-me de fazer palestras em
> > centros de excelência brasileiros classificados pelo MEC como de nível
> > A.
> No índice crackpot:
> Hmmm... 135 pontos... não anda muito bem.

Só isso!!! Pô, estou em baixa. :-( Pensei que meu índice fosse bem maior.
Quer saber o que eu penso sobre os que utilizam o índice crackpot para
julgar os outros: Freud explica.

> > > Indique onde em sua página estão listados os cientistas e os erros por
> > > eles cometidos. Não estou duvidando que vc realmente tenha a lista,
> > > mas eu quero conhecê-la.
> > Pois eu quero esquecê-la.
> Quem é que está jogando as coisa para de baixo do tapete?

Estamos falando em ciência ou em comportamento de cientistas? Não misture as
coisas. Do contrário irei pensar que quem está utilizando o tapete é você.
Não estou aqui para julgar erros, ainda que vocês insistam que eu o faça, e
isso também Freud explica. O que não se pode jogar embaixo do tapete são
evidências experimentais. Um cientista da área de humanas, e que estude o
comportamento dos cientistas, não poderia jogar estas evidências embaixo do
tapete, pois esse comportamento reflete seu objeto de estudo. De minha
parte, não me cabe julgar as possíveis falhas de interpretação cometidas
pelos quânticos. Simplesmente procuro demonstrar que existem maneiras outras
de interpretar a experimentação.

> > Não me pergunte o que vejo de errado na física quântica. Responda o que
> > você vê de bom na mesma, além de um conjunto de equações que dão certo
> > sabe-se lá porque. Não me peça para justificar a sua fé; justifique você
> > os seus dogmas.
> Então volto a perguntar:
> E qual de nós acredita em papai noel?

Eu certamente acredito. Encontro-me com ele todos os anos nas ruas. Da mesma
forma que acredito no Léo e na sua imperdível Feira de Ciências. Se você não
acredita, Freud também explica.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] energia
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 22/01/2001 21:28

-----Mensagem Original-----
De: "Adivinho"
Para: <ciencialist@egroups.com>
Enviada em: Segunda-feira, 22 de Janeiro de 2001 12:13
Assunto: Re: RES: [ciencialist] energia

> Primeiro melhor explicar o que é afinal o efeito de tunel.
> Imaginemos...

Em primeiro lugar, deixe-me parabenizar-te pela didática. Se o Luis Brudna
estiver lendo esta msg sugiro que guarde-a (a msg 8138) como referência para
o entendimento de efeito túnel. Sei que ele procura por msgs relevantes como
essa e de caráter didático, para servir de referência para nossas
discussões. Não vou discutir sobre estes aspectos pois a msg fala por si só.
Se houver críticas, e acredito que apareçam, não serão minhas, pois esta não
é a minha praia. Estou apenas louvando a didática.

> Se este efeito existe?
> Existe. Existem uns diodos que funcionam com base nisto, são Diodos de
> Efeito de tunel ,e servem para produzir as microondas dos fornos de
> microondas. Outros exemplos poderiam ser o do som através das paredes.

Que o efeito existe eu não tenho dúvidas. Minha dúvida é se, além de um
efeito probabilístico puramente clássico, e amplamente estudado nas teorias
de Maxwell e Boltzmann, existiria também o efeito sob o ponto de vista
quântico, a ir além dessas estatísticas. Pois se não houver, não há como
dizer que as partículas estão aprisionadas, e portanto "não necessitariam
construir um túnel para fugir desta prisão que em tais condições não
existiria".

> O Efeito tunel existe, assim como a curvatura da luz.

Concordo que os dois efeitos existem. Não concordo com a interpretação que
se dá a nenhum dos dois. Por exemplo: uma rajada de metralhadora também
curva-se num campo gravitacional. Não obstante, quando fala-se em curvatura
da luz dá-se outro significado à mesma, atribuindo-se um efeito
relativístico diverso daquele observado classicamente para objetos
macroscópicos.

Assim, quando se fala em efeito túnel, o que se pretende dizer é "efeito
túnel quântico" e, como mostrei no parágrafo anterior, e como tu mostrastes
em tua msg. Isso implicaria num aprisionamento não apenas estatístico, no
sentido clássico do termo.

Quando se fala em curvatura da luz, o que se pretende dizer é "curvatura
relativística da luz". Isso implicaria em contorções do espaço, um fenômeno
que não decorre exatamente da experiência mas de como tais experiências
foram interpretadas. E interpretação não é algo que surge no laboratório mas
no papel, que tudo aceita.

> Em primeira aproximação é irelevante como se quantifica, desde que essa
> quantificação esteja de acordo com a experiencia. E no caso da MQ está.
> Uma ciencia que está mais de acordo com a experiencia deve merecr algum
> crédito, não ?

Sem dúvida sim, e jamais neguei esse merecimento à física quântica. Minhas
dúvidas são bem mais elementares e situam-se nos alicerces da física
quântica. Também acho um absurdo a pretensão aceita impunemente de que tudo
o que dá certo está certo. Mesmo porque este tudo está restrito aos
caprichos de alguns, haja vista que nem todas as teorias que dão certo são
divulgadas e também nem todas as falácias teóricas, a comprometerem as
teorias superprotegidas, são aceitas como tais. Pois também não concordo com
que se ignore o que não dá certo, e foi graças a ignorarem o que não dava
certo na teoria de Maxwell que "precisou-se" tanto da física quântica quanto
da teoria da relatividade. Ora, seria muito mais lógico, óbvio, fácil e a
não contrariar o senso comum, consertar o modelo de Maxwell, que sem dúvida
alguma está errado, e adaptá-lo à realidade experimental (existência de
partículas e não de fluidos elétricos).

> > > Essa adaptações já chegaram no inicio do século XX e chamam-se "ondas"
> > Cem anos se passaram e ainda não se sabe o que são essas ondas.
> A Física é antes de mais um laboratório de modelos.

Sem dúvida. Mas até quando vamos aceitar modelos que se recusam a dar certo
no laboratório real? A teoria de Maxwell não dá certo microscopicamente.
Porque haveríamos de conservá-la como verdadeira apenas em condições que
nos satisfazem? Apenas para proteger teorias outras feitas para remendar
suas falhas?

> "onda" é um modelo como outro qq , como "corpusculo" , apenas que é um
> modelo que dá mais jeito na maior parte dos casos microscópicos.
> Pq os micorscópicos ? Porque a difração está ligada com o diametro dos
> orificios por onde passam as "particulas" , apenas se observa difracção da
> luz por exemplo, para orificiso da razão do seu comprimento de onda.
> Aceitando a hipotese de De Broglie , os orificios que teriam de existir
> para que existisse difração de objectos macroscópicos é tão grande que não
> existem tais e por isso não se observa difração de automoveis ou aviões
> ... (por exemplo , automovel + automovel = 2 automoveis destruidos ,
> nunca vi automovel + automovel = automovel maior :-) )

Isto porque a realidade do automóvel é diferente da realidade da luz ou dos
feixes de elétrons. Não obstante, se uma estrada movimentada se dividir em
quatro outras, a "população" de automóveis se difratará. Se tu pensas no
fótão, ou no feixe de elétrãos, como sendo "um" corpúsculo, certamente teu
raciocínio estará certo. Pense no mesmo como um conjunto de corpúsculos e a
coisa começará a se complicar. Imagine agora que esses corpúsculos
acompanham-se de e/ou emitem informações de sua existência e estarás prestes
a perceber que por trás do conceito de "onda" existem muito mais segredos do
que supõe a nossa vã filosofia.

> Todos os "pais" da Mecânica Quântica tinham relutância em aceitar o que
> eles próprios deduziam.
> Tanto é que vem aquela frase de Bohr , "quem nunca duvidou da MQ é pq não
> a entende" ,.. algo assim...
> Mas eles foram conscientes que aquilo tinha de prosseguir. Porque era um
> modelo. E um modelo que explicava na perfeição as medições feitas sobre o
> Átomo.

Sim, mas um modelo é um modelo, nada mais que um modelo. Outras
possibilidades para modelos existem, e devemos procurar pelos mesmas. Mesmo
porque, repito, tanto física quântica como teoria da relatividade são
modelos construídos unicamente com a finalidade de remendar um modelo
(teoria de Maxwell) ainda hoje aceito mas que já foi falseado milhares de
vezes, exatamente nas condições em que os modelos filhos "supostamente"
deram certo. Porque não podemos hoje aperfeiçoar o magnífico modelo de
Maxwell? Simplesmente porque a hora que o fizerem, tanto mecânica quântica
quanto teoria da relatividade serão finalmente fotografadas. E o que
observaremos? Simplesmente nada!!! Nada restará do que foi teorizado por
mais de um século. Ficaremos apenas com a experimentação. Esta é a triste
realidade da física do século XX.

> E não é verdade que a MQ só funcione para Átomo simples. Ela funciona tb
> para os outros ( se não funcionasse ia para o lixo ). O que acontece é que
> a simplicidade das contas vai pelo cano a baixo e têm de ser usados
> métodos matemáticos para as contas ( Teoria das Perturbações , que se
> aplica em todos os campos da física que lidam com continhas :-)) )
> As discussões Bohr - Einstein provam exactamente a relutância dos "Pais" ,
> mas tb a sua vontade e preocupação de criar um modelo coeso, coerente e
> ... simples :-)

O que infelizmente não conseguiram, por mais que tentassem. E sequer os
"Filhos" herdaram essa preocupação dos "Pais".

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Loucura
FROM: "Otávio Tavares Ranzani" <tataran@uol.com.br>
TO: "Lista de Ciência" <ciencialist@egroups.com>
DATE: 22/01/2001 22:48

Caros colegas listeiros...gostaria de agradecer pelas respostas...e as perguntas eram sim de Vestibular. Acho que alguns aqui da lista já perceberam que as Discussões (não todas) vão caminhando para um fim onde se discute coisas pessoais - parece até para se autoafirmar..para escrever que sabe mais que o outro...recebe o e-mail e fica o dia pensando em outro e-mail para "tirar" o colega. Como foi dito...muitos aqui (acho eu) não são PhD em algo e chega um momento onde não dá para entender as mensagens. Às vezes apago as mensagens de não conseguir ler mais - acho isso normal...se eu Não quero saber do assunto..é só apagar...o duro até que gostaria de saber mais...mas fica uma coisa complicada de se ler.
Bom, espero que não se zanguem; faz pouco tempo que pertenço a esta lista, que é execelente...mas que poderia melhorar um pouco na minha opinião.
Obrigado, Otávio!




[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Intensidade Sonora
FROM: "Alvaro Neiva" <aneiva@provide.psi.br>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 22/01/2001 23:22

Olá Bruno,

Podemos calcular a intensidade de uma onda sonora dividindo o quadrado da
pressão sonora medida pelo produto da densidade do ar e velocidade do som no
ar ( chamado de impedância característica do meio ):

I = p2/d*c

onde

I = intensidade (W/m2)

p = pressão sonora (N/m2)

d = densidade do ar (kg/m3)

c = velocidade do som no ar (m/s)

[]'s

Álvaro Neiva


----- Original Message -----
From: Bruno Woltzenlogel Paleo <bwp@terra.com.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Monday, January 22, 2001 10:46 AM
Subject: Re: [ciencialist] Intensidade Sonora


> > Como a grandeza acústica mais fácil de medir é a pressão sonora ( N/m2)
e
> a
> > potência e intensidade acústica estão ligadas ao quadrado da pressão
> sonora,
>
> Obrigado pela explicação dos decibéis...
> Como é essa ligação entre pressão e intensidade?
>
> Até mais...
>
> <Bruno Woltzenlogel Paleo>




SUBJECT: Re: [ciencialist] Memética
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 22/01/2001 23:29

raulsturari@ig.com.br wrote:

> Essa é para o pessoal da memética:
>
> A)Qual é a hipótese que melhor explica o surgimento dos memes (se é que eles
> existem)?

Genes sao ideias ou informacoes q podem ser armazenadas em cerebros.

Vou postar um mail , em breve, q trata do tema.

Resumidamente eu diria q os memes apareceram "pq" auxiliavam os genes
a sobreviver. Nao se precisava reinventar a roda todas as vezes !
Ou seja a transmissao cultural ( via memes ) auxiliou a sobrevivencia de
especies
que tinham cerebros q podiam armazenar cultura ( como fazer fogo por ex. )




>
> B)Como surge um novo meme?

Um meme novo eh simplesmente uma ideia nova !!

Ela pode surgir de varias maneiras uma delas eh , por exemplo,
por mutacao ou errro na transmissao de uma ideia.
A pessoa entende de maneira diferente a ideia original e se tem uma nova ideia.

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Loucura
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 22/01/2001 23:32



Otávio Tavares Ranzani wrote:
>conseguir ler mais - acho isso normal...se eu Não quero saber do >assunto..é só apagar...o duro até que gostaria de saber mais...mas fica >uma coisa complicada de se ler.

Mas as mensagens não são todas para toda a gente. Algumas são para um
tipo de leitor, outras são para outro.

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: Re: [ciencialist] Mem�tica
FROM: "Sociedade da Terra Redonda" <strbrasil@hotmail.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 23/01/2001 04:25

Caros,

Um meme � um replicador an�logo � um gene, que se copia de c�rebro para
c�rebro atrav�s de imita��o. Sua forma de cont�gio se assemelha bastante aos
v�rus. Memes podem se juntar em "bandos", assim como os genes o fazem, para
maximizar suas chances de sobreviv�ncia no pool mem�tico. Memes novos surgem
quando um comportamento novo � imitado ou um comportamento antigo sofre
muta��o aleat�ria e � imitado.

Recomendo a leitura do livro The Meme Machine
(http://www.amazon.com/exec/obidos/ASIN/0198503652/roundearthsociet), de
Susan Blackmore (http://www.strbrasil.com.br/Compras/blackmore.htm) e do
livro O Gene Ego�sta
(http://www.amazon.com/exec/obidos/ASIN/0192860925/roundearthsociet) de
Richard Dawkins (http://www.strbrasil.com.br/Compras/dawkins.htm).

- Textos sobre mem�tica na STR:

* O Poder do Meme Meme
http://www.strbrasil.com.br/Scientia/meme.htm

* Religi�es Como Memeplexos
http://www.strbrasil.com.br/Scientia/memeplexos.htm

* Deus � Um V�rus
http://www.strbrasil.com.br/Scientia/virus.htm

* Units, Events, and Dynamics in Memetic Evolution
http://www.strbrasil.com.br/English/Scientia/memetic.htm

Abra�os,
Leo Vines, Presidente
Vines@strbrasil.com.br
Sociedade da Terra Redonda
http://www.strbrasil.com.br
_________________________________________________________________________
Get Your Private, Free E-mail from MSN Hotmail at http://www.hotmail.com.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Memética
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 23/01/2001 10:35



Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:

> raulsturari@ig.com.br wrote:
>
> > Essa é para o pessoal da memética:
> >
> > A)Qual é a hipótese que melhor explica o surgimento dos memes (se é
> que eles
> > existem)?
>
> Genes sao ideias ou informacoes q podem ser armazenadas em cerebros.
>

Desculpa, quis dizer MEMES e nao GENES.



>
> Vou postar um mail , em breve, q trata do tema.
>
> Resumidamente eu diria q os memes apareceram "pq" auxiliavam os genes
> a sobreviver. Nao se precisava reinventar a roda todas as vezes !
> Ou seja a transmissao cultural ( via memes ) auxiliou a sobrevivencia
> de
> especies
> que tinham cerebros q podiam armazenar cultura ( como fazer fogo por
> ex. )
>
>
>
>
> >
> > B)Como surge um novo meme?
>
> Um meme novo eh simplesmente uma ideia nova !!
>
> Ela pode surgir de varias maneiras uma delas eh , por exemplo,
> por mutacao ou errro na transmissao de uma ideia.
> A pessoa entende de maneira diferente a ideia original e se tem uma
> nova ideia.
>
> []s
> jocax
>
>
> eGroups Sponsor
[Choose 3 DVDs for $0.49 each!]
Choose 3 DVDs for $0.49 each!

>
> *** --- ***
> Material para a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> deve ser enviado para o mail
> ciencialist@MAIL.com
> *** --- ***



SUBJECT: Re: [ciencialist] sobre a luz q. pararam...
FROM: Eduardo <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 23/01/2001 10:59

Roberto Mitsuo Takata wrote:

> uma questao...
>
> o principio de incerteza de Heisenber se aplica apenas para o par
> momento/posicao?
>
> a luz possui momento?
>
> alias, nao se poderia barrar um eletron, pois nao? jah q. seu momento
> cairia para zero, o q. faria a incerteza sobre a sua posicao ir para o
> infinito... ou nao?
>
> []s,
>
> roberto takata
>

Caro Takata,

o principio da incerteza vale para qualquer par de variaveis
canonicamente conjugada que eh uma definicao que vem da mecanica
analitica (formulacao de Hamilton, Euler e Lagrange para a mecanica
classica) Alem do momento linear/posicao, pode aplicar o principio (com
devida correcoes de fatores) para projecoes do Spin (o que equivaleria a
mudar a direcao do campo magnetico em experiencias sucessivas) para
momentos angulares, torque... e ha tambem o par Energia/tempo que obedece
esse principio (exatamente da mesma maneira que o momento e a posicao).
No caso particular da luz, vc pode usar a definicao de comprimento
de onda de De-Broglie para lhe atribuir um momento, p=h/l onde
l=comprimento de onda e p=momento associado ao foton. Dai vc teria a
equacao equivalente p l=h. Se vc pensar em termos de posicao, a melhor
localizacao que vc teria de um foton seria exatamente o seu comprimento
de onda, algo menor seria impossivel a deteccao. Portanto, considerando l
a melhor localizacao do foton, vc teria sempre que px>h onde x seria uma
"caixinha" na qual vc localizaria o foton em um instante. Isso seria,
exatamente, o principio da incerteza aplicado ao foton (sem muito rigor).
Para ser mais rigoroso deveriamos considerar outras formulacoes uma vez
que o foton nao obedece a equacao de Schrodinger ou Dirac porque nunca
pode ser considerado nao relativistico ja que sua velocidade eh,
obviamente, a da luz e o seu spin eh unitario. Alem do mais, em
experiencias como a que retarda a luz, varias interacoes devem ser
consideradas. De qq maneira, aproximadamente, o foton obedece um
principio da incerteza igual ao eletron.

um abraco, Eduardo.




SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] energia
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 23/01/2001 12:03



Adivinho wrote:

> A Física é antes de mais um laboratório de modelos.
> "onda" é um modelo como outro qq , como "corpusculo" , apenas que é um
> modelo que dá mais jeito na maior parte dos casos microscópicos.
> Pq os micorscópicos ? Porque a difração está ligada com o diametro dos
> orificios por onde passam as "particulas" , apenas se observa difracção da
> luz por exemplo, para orificiso da razão do seu comprimento de onda.
> Aceitando a hipotese de De Broglie , os orificios que teriam de existir para
> que existisse difração de objectos macroscópicos é tão grande que não
> existem tais e por isso não se observa difração de automoveis ou aviões ...
> (por exemplo , automovel + automovel = 2 automoveis destruidos , nunca vi
> automovel + automovel = automovel maior :-) )


Olá,

Os orifícios por onde se observaria a difração de objetos macroscópicos
como o carro deveria ser mínimo (portanto infinitamente *pequeno*). Isso
ocorre porque ao calcularmos a energia intrínseca de um objeto
macroscópicos pela equação E=mc^2 podemos usar E=hf e associar o objeto
a uma frequência de onda. A esta frequência, associamos o comprimento de
onda de De Broglie que é inversamente proporcional a mesma e, portanto,
muito pequeno já que a energia de um carro, por exemplo, é infinitamente
maior do que a de um elétron (vc pode usar tb a relação de De Broglie
p=h/l com p=momento linear, h=cte de Planck e l=comprimento de onda
associado). O tamanho da fenda deve ser da ordem de grandeza do
comprimento de onda e, portanto, muito pequeno o que impossibilita a
experiência uma vez que o carro é maior do que o buraco pelo qual teria
que passar.
A outra impossibilidade é a própria estrutura dos objetos
macroscópicos. Pelo seu grau de organização, um estado de interferência
não existe em escalas de tempo compatíveis com o objeto porque seus
componentes átomos/moléculas estão interagindo entre si através de
diversas interações que mantêm a unidade do carro. Estas interações
equivaleriam, de certa maneira, às medidas que colapsam o sistema
portanto cada auto-estado de cada parte do carro colapsaria porque
estaria interagindo com algo. É como se houvesse um dispositivo
aleatório que fechasse e abrisse cada uma das fendas alternadamente, não
observaríamos o fenômeno de interferência.

um abraço, Eduardo.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Memética
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 23/01/2001 13:24

On Mon, 22 Jan 2001, Adam Luiz de Azevedo wrote:
>O que significa meme?

On Mon, 22 Jan 2001 raulsturari@ig.com.br wrote:
> Essa é para o pessoal da memética:
>
> A)Qual é a hipótese que melhor explica o surgimento dos memes (se é que eles
> existem)?
> B)Como surge um novo meme?

Adam e Raul,

pode ter pitaco de quem nao eh memetico?

ao q. parece os memetivos nao estao tao preocupados com a origem dos memes
-- jah q. isso nao interfere no padrao de comportamento inferido deles. do
mesmo modo como a Teoria da Evolucao Biologica nao depende do modelo exato
da origem da vida: basta q. haja seres vivos e q. tenham um dado padrao de
caracteristicas.

jah foi dito q. os memes seriam ideias q. sao replicadas/copiadas: pode
ser um trecho de uma cancao (com ou sem letra), uma frase de efeito, um
bordao ou qq outra coisa semelhante.

dawkins eh de certa forma considerado o pai da ideia, mas algo
mais ou menos semelhante jah havia sido deslumbrado por darwin: jah na
primeira edicao de 'A origem das especies por selecao natural' - darwin
compara a evolucao biologica com a evolucao das diversas linguas humanas.

ainda para dawkins os memes seriam analogos aos genes. dawkins considera
genes qq unidade de recombinacao do adn ou de outro material genetico:
unidade de recombinacao eh uma pequena porcao do material genetico q.
tende sempre a ser herdado em conjunto (um pedaco q. dificilmente se
separa no processo de recombinacao)... (ha' uma certa limitacao aih, jah
q. o fenomeno da recombinacao, obviamente soh ocorre em organismos
diploides ou em haploides em q. haja uma transferencia horizontal de pelo
menos uma porcao do material genetico, uma vez q. envolve pareamento --
nos organismos em q. isso nao ocorre os genes dawkinianos devem se
equipar ao conjunto todo...)

bem, os memes entao seriam unidades q. podem ser copiados
independentemente de todo um contexto. o exemplo dado pelo proprio dawkins
eh de um trecho de uma sonata de beethoven q. seja lembrada
independentemente do resto da obra -- se isso for possivel, entao esse
trecho eh um meme e nao a obra toda. a obra seria um conjunto de memes, q.
pode ou nao facilitar a memorizacao desses memes. analogamente ao conjunto
de genes q. portamos -- cujo funcionamento geral pode ou nao facilitar a
passagem das copias de genes para as geracoes futuras.

como esses memes podem ser copiados de uma mente para outra e podem ser
ligeiramente modificados temos a 'heranca com modificacao'. e isso levou
dawkins a pensar neles como entidades q. passam por um processo de selecao
e de evolucao.

os memes dependem entao da existencia de mentes -- sao os ambientes em q.
'vivem' e atuam. e mentes dependem da existencia de uma estrutura neural:
cerebro, orgaos adjacentes e associados. os genes tbm dependem da
existencia de um ambiente para se manifestarem. entao ateh aqui parece
haver uma analogia par a par entre memes e genes.

ha' porem algumas peculiaridades dos memes em relacao aos genes. no caso
dos genes o fluxo de informacao eh unidirecional: a informacao vai do gene
para o fenotipo e isso nao volta para o proprio gene (nao ha' heranca de
caracteres adquiridos -- a menos q. os caracteres se localizem no proprio
material hereditario). no caso dos memes nao. o correspondente fenotipico
dos memes eh o q. podemos genericamente chamar de acao (embora nao
necessiramente envolva esforco fisico): um meme q. represente um trecho
musical, estah associado ao canto, assovio ou o q. for desse trecho. mas
alteracoes na acao podem causar modificacoes no proprio meme q. a
originou. o fluxo informacional nos processos memeticos eh bidirecional.
os memes tbm sao mais propensos a alteracoes (dawkins imagina q. isso deva
ter ocorrido tbm entre os genes no primordio do surgimento do sistema
genetico), porem sao tbm mais resistentes: 'Deus ajuda quem cedo madruga'
eh uma variante de 'Mais vale quem Deus ajuda do que quem cedo madruga'
(uma variante q. eh na verdade uma oposicao total ao sentido original),
ha' tbm casos de uma alteracao muito mais brusca como: 'Cuspido e
escarrado' em relacao a 'Esculpido em carrara' (com modificacao total da
expressao e do sentido). Os genes tendem a nao tolerar gdes alteracoes, os
memes ao contrario tendem a nao tolerar alteracoes sutis (claro, como
sempre ha' excecoes). a velocidade de alteracao memetica pode ser
evidenciada com a brincadeira do telefone.

os memes tendem a uma maior modificacao qdo estao livres do q. qdo estao
associados a outros memes -- em funcao da inteligibilidade.

bem, essa eh uma caracterizacao grosseira do q. podem ser memes.

em relacao 'a origem, como sao manifestacoes de atividade neural eh
preciso entender o funcionamento do cerebro. e isso ainda estamos longe de
responder satisfatoriamente. responder: como surgem os memes eh
praticamente o equivalente a responder - como surgem as ideias? e isso
esbarra no desconhecimento de como se processa as acoes conscientes (a
vedete da neurofisiologia -- com pitacos de fisico-matematicos como roger
penrose) e as negligenciadas acoes inconscientes (provavelmente em funcao
da valoracao exagerada dada pelos psicanalistas e dos psicanalistoides de
plantao).

grosso modo, ideias sao resultados de determinados tipos de atividades
neurais -- mas nao sabemos quais nem quao determinadas sao. dependem dos
tipos de conexoes (nao, nao sao as conexoes tigres -- logo tem vazamentos
e outras complicacoes), da frequencia de disparos de potenciais de acao,
da intensidade de atividade, das estruturas ativadas, das moleculas
envolvidas, da atividade em outras estruturas q. nao sao diretamente
relacionadas e outros.

sabemos no entanto q. os memes, ao contrario dos seres vivos classicos --
dos sistemas geneticos -- podem ter origem multipla. um mesmo meme pode
surgir de modo independente varias vezes (eh de se perguntar se seriam o
*mesmo* meme): os zeitgeist q. levaram 'a elaboracao da teoria da selecao
natural de modo desvinculado por darwin e por wallace; do calculo por
newton e leibniz; dos calculos relativisticos por einstein e poincare
precisariam ser melhor estudados... esses sao exemplos de co-descobertas
contemporaneas, existem algumas redescobertas com lapsos variaveis: como
os trabalhos de mendel e de morgan... ha' tbm ideias q. surgem de campos
absolutamente dispares e convergem de modo bastante inusitado: pesquisa de
malaria q. leva a conceitos importantes para o desenvolvimento da bomba
atomica (e no meio do caminho ao do automovel), mas q. sao completamente
inuteis no campo do sanitarismo; estudo sobre morcegos q. levam ao
desenvolvimento do radar; mecanizacao de teares manuais q levam ao
surgimento do vale do silicio, da bolsa nasdaq e fortunas q. surgem e
desaparecem em fracoes de segundo; agulhas soltas sobre um papel riscado
q. levam ao desenvolvimento de softwares de gerenciamento de processos
just-in-time de empresas globais. serendipidade, 'insights' e intuicoes
precisam ser melhor estudados.

o jah citado penrose acha q. isso tudo envolve processos quanticos e exige
a criacao de uma nova fisica (apelando ateh para o plano platonico das
ideias). aos engenheiros da inteligencia artificial acham q. eh apenas
questao de portais logicos com uma arquitetura definida...

os memes sao vistos como agentes doutrinadores do livre-arbitrio: soh
pensamos o q. pensamos porq. somos parasitados por memes diversos dentro
de nossos cerebros. os memes seguindo leis naturais estritas, logo, nossos
pensamentos seguiriam leis naturais estritas. talvez (eu disse talvez),
haja um porem nessa historia. se memes seguem leis naturais estritas, eh
porq. dependem da interacao entre um padrao neuronal preexistente e o
ambiente em q. se encontra. o padrao neuronal depende em ultima analise
dos genes q. portem a informacao para a formacao desse padrao (ao menos do
padrao original). os memes de certa maneira seriam produtos de acoes de
genes. e com isso temos uma inversao da proposicao original... os memes
nao poderiam suplantar de todo os genes, jah q. os genes condicionariam os
tipos de memes posssiveis: dado o nosso padrao de funcionamento neural,
jamais poderao existir memes de imagens de algo n-dimensional com n maior
do q. 4... dependendo da arquitetura neuronal, n maior do q. 2 ou 3 pode
ser impossivel... uma saida possivel seria admitir a existencia de
livre-arbitrio, mas os memeticos nao se sentiriam bem com a hipotese.

enfim, ainda nao existe resposta satisfatoria para a origem dos memes...

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] energia
FROM: "Adivinho" <Adivinho@hotmail.com>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 23/01/2001 13:55

> > Aceitando a hipótese de De Broglie , os orifícios que teriam de existir
para
> > que existisse difração de objectos macroscópicos é tão grande que não
> > existem tais e por isso não se observa difração de automóveis ou aviões
...

> Os orifícios por onde se observaria a difração de objetos macroscópicos
> como o carro deveria ser mínimo (portanto infinitamente *pequeno*).

É. De facto enganei-me. É que estava pensando que quando a velocidade é nula
o comprimento de onda é infinitamente grande.(comprimento de onda = h / m v
; c.d.o =h / 0 = oo ) Me esqueci que se a velocidade é nula não ha onda :-)
As minhas desculpas

> Isso
> ocorre porque ao calcularmos a energia intrínseca de um objeto
> macroscópicos pela equação E=mc^2 podemos usar E=hf e associar o objeto
> a uma frequência de onda.

Bom... por essa equação não consigo chegar à expressão de De Broglie....
Aparece uma raiz quadrada da velocidade que estraga tudo.
por outro lado supondo que p =mv e p=h/l me parece mais simples...

> (vc pode usar tb a relação de De Broglie
> p=h/l com p=momento linear, h=cte de Planck e l=comprimento de onda
> associado).

Isso.

> um abraço, Eduardo.

Outro

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda
sergiotaborda@mypage.org


SUBJECT: Re: [ciencialist] Memética
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 23/01/2001 14:04



Roberto Mitsuo Takata wrote:


> os memes dependem entao da existencia de mentes

Isto depende do que se entender por mente. Os memes não precisam
de mentes conscientes de si próprias. Basta que algo tenha a
capacidade de imitar o que observa. Normalmente animais muito
simples têm a capacidade de imitar outros animais da mesma espécie.
Os comportamentos não totalmente inatos são transmitidos
meméticamente.

O problema da origem dos memes está em que eles não são entidades
rigidas e estão sempre a sofrer mutções. Por exemplo, o meme "Deus
existe" contém em si o seu próprio antimeme "Deus não existe". Uma
coisa leva à outra mais tarde ou mais cedo.
--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: sobre a luz q. pararam...
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 23/01/2001 16:03

uma questao...

o principio de incerteza de Heisenber se aplica apenas para o par
momento/posicao?

a luz possui momento?

alias, nao se poderia barrar um eletron, pois nao? jah q. seu momento
cairia para zero, o q. faria a incerteza sobre a sua posicao ir para o
infinito... ou nao?

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] sobre a luz q. pararam...
FROM: "Adivinho" <Adivinho@hotmail.com>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 24/01/2001 11:29

> uma questao...
>
> o principio de incerteza de Heisenber se aplica apenas para o par
> momento/posicao?

Em realação a isto o Eduardo ja´disse o que havia a dizer ,queria só
acrescentar que os pares [entenda-se de variáveis] conjugados aos quais se
aplica o Principio de incerteza são aqueles cujo produto tem unidades de
Acção ; Js .
Portanto, momento linera - distancia, momento angular /spin - angulo, e
energia-tempo, são os mais usuais...

> a luz possui momento?

Sim.
A luz tem momento dado por E = p c , p = E / c , ou , dado que para a luz E
= h f , p = h / l , onde l é o comprimento de onda.
Qq coisa que se mova tem momento. A luz move-se, donde a luz tem momento.

Mas atenção : Quando temos um laser , é conhecido com exactidão o
comprimento de onda, e portanto o momento do fotão e portanto a sua energia
E = p c
Daqui, pelo principio de incerteza, que não se conhece com exactidão a
posição nem o tempo em que o fotão se encontra. Ou seja, se alguem disser
que um laser tem fotões, ele nunca poderá dizer onde e quando os fotões se
encontram.
Agora, os experimentalistas usam outras tecnicas . eles usam pequenos pulsos
de luz, algo como o torpedo de fotões do startreck... Nestas condições, a
luz não está dispersa mas sim moldada numa região do espaço.
Eles gostam de dizer que se esse trem for muito curto, se aproxima a um
fotão. Ora, se isso fosse verdade saberiamos exactamente onde estaria o
fotão , pelo que não saberiamos o seu momento e portanto a sua energia
Mas sabemos a energia, donde, não sabemos é o onde. Pulsos de luz ,tb não
são 1 fotão.

O que eu quero dizer é apenas que se conhecemos a energia do fotão, não é
possivel saber onde ele stá.
Como normalemnte o que se conhece é a energia , porque basta saber a
frequencia ou o comprimento de onda, então nunca se sabe onde está o fotão.
Para saber onde ele está, temos de deixar de saber que energia ele têm.
Ou seja, um fotão parado pode ter a energia que nos apetecer ,e um fotão com
uma certa energia pode estar onde quisermos.
Claro que não podemos exagerar... o erro, com que conhecemos a energia
nunca é zero , donde existe uma área onde o fotão está, mas essa área é
muito grande.

O Principio de Incerteza aplicasse à Incerteza, ou seja, ao erro com que se
mede uam grandeza ,e não à grandeza em si.
Por isso a excrita do eduardo xp>h é perigosa, pq não é isso que o Principio
refere.
Temos de entende que é o Erro de x pelo Erro de p que é maior que h
Por isso de usa Delta (x) Delta (p) , dxdp ou DxDp para não confundir com
diferenciais ou infinitésimos.

> alias, nao se poderia barrar um eletron, pois nao? jah q. seu momento
> cairia para zero, o q. faria a incerteza sobre a sua posicao ir para o
> infinito... ou nao?

Ahumm...vamos por partes....
Se parar um electrão , sabe exactamente onde ele está, contudo, pelo
Principio de Incerteza deixa de saber a que velocidade ele move. (no caso
especifico de partículas com massa, como o electrão, podemos falar em
velocidade em vez de momento , porque p=mv )
Mas isto não é verdade, porque parar significa v=0. donde sabes onde ele
está e que velocidade tem.
Viola isto o principio de incerteza ?
Não. Porque uma particula parada não apresenta fenómenos de "onda", ou se
quiserem de outro modo, a onda que representa uma partícula parada tem
comprimento de onda infinito. Ou seja, só no infinito (ou seja, em lado
nenhum ) poderemos encontrar a partícula considerada.

Basicamente, a MQ não serve para coisa paradas. Mas hey! , física de coisas
paradas não tem muito interesse no que toca a partículas :-))
Por este motivo a resposta final é Não :-)

( nota: a física de partículas é feita com partículas em movimento, donde a
MQ se aplica.)


Cumprimentos

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda
sergiotaborda@mypage.org



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] energia
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 24/01/2001 12:34

On Tue, 23 Jan 2001, Adivinho wrote:
> Bom... por essa equação não consigo chegar à expressão de De Broglie....
> Aparece uma raiz quadrada da velocidade que estraga tudo.
> por outro lado supondo que p =mv e p=h/l me parece mais simples...

E=mc2=hf (1)

f=c/lamb. (2)

substituindo 2 em 1:

mc = h/lamb.

por analogia, chegamos ao:

p = mv = h/lamb.

para alguns valores de m e v temos (toj mais fazendo esses calculos pra
mim, preu ter uma ideia das ordens de grandeza):

bola de futebol de 500 g a 50 km/h

lamb. = 6,626.10^-34/(0,5.13.89) = ~0,95.10^-34 m

homem de 60 kg a 4 km/h

lamb. = ~0,1.10^-34 m

tartaruga de 200 g a 500 m/h

lamb. = ~239.10^-34 m

atomo de cesio 133 a 1000 km/h

lamb. = 6,626.10^-34 J.s / (0,133 kg/mol x 277,778 m/s) = ~0,1.10^-10 m
(lembrando q. o raio atomico do atomo de cesio isolado eh de cerca de
2,6.10^-10 m)

a 27 oC (~ 300 K), a energia cinetica media de cada atomo eh:

E = k<b>.T = 1,38.10^-23.300 ~ 414.10^-23

sendo aproximadamente valida a relacao:

E = m.v^2/2

v = (2.E/m)^0,5

v = (2.414.10^-23/2,2.10^-25)^0,5 ~ 193 m/s (~695 km/h)

para a onda de de Broglie do atomo de Cs ter um lamb. equivalente ao seu
tamanho teriamos q. ter uma velocidade media de ~ 11,50 m/s (~ 41 km/h), o
q. daria uma temperatura de aproximadamente 1 K ( ~ -272 o C)...

confere essa conta toda?

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Poquê a Física é importante na vida das pessoas
FROM: "Adivinho" <Adivinho@hotmail.com>
TO: <ciencialist@egroups.com>, <cienciaPT@egroups.com>
DATE: 24/01/2001 13:46

Porquê a Física é importante na vida das pessoas ?

Será que o é de todas as pessoas ?
Pensemos que sim. Afinal todas são regidas pelas mesmas leis da natureza , e
a Física limitasse a estudar ditas leis.

As pessoas querem saber o que são, donde vêm , para onde vão , e que fazer
entretanto.
A física responde.

Seja T0 o tempo presente.
Dado que para a física todas as posições dependem do tempo, então :
As pessoas vêm de tempo < T0 e vão para tempo > T0 ( vêm do passado e vão
para o futuro )

O que são ?
São particulas-onda com massa M e carga Q submetidas a Campos
Gravitacionais, e Electromagnéticos

O que fazem entretanto ?
Em Física, não ha "parados" absolutos. Tudo se move, donde , no entretanto
as pessoas movem-se.


Deu para ver pq a Física é importante na vida das pessoas ?
Ela responde às questões mais cruciais e importantes para o ser humano.

Cumprimentos a todos

P.S. Vá lá , sorriam :-))) , a energia despendida será devolvida se sorrirem
devagarinho, pois a Física diz que todos os processos quase-estáticos são
reversiveis

:-))))





SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] energia
FROM: "Adivinho" <Adivinho@hotmail.com>
TO: <ciencialist@egroups.com>
DATE: 24/01/2001 13:56



> Bom... por essa equação não consigo chegar à expressão de De Broglie....
> Aparece uma raiz quadrada da velocidade que estraga tudo.
> por outro lado supondo que p =mv e p=h/l me parece mais simples...

>E=mc2=hf (1)

>f=c/lamb. (2)

>substituindo 2 em 1:

>mc = h/lamb.

>por analogia, chegamos ao:

>p = mv = h/lamb.


>confere essa conta toda?

eheheh mais ou menos
Se a formula for lamb = h / mv , sim
mas é que estás a dizer que E = mc²
E esqueces no fim que aquele m não é a massa clássica , mas a massa
relativista.
donde a equação será se iguales 1 a 2

M srq( 1 - v²/c² ) v = h / lamb

para todas aquelas contas terás se aplicar um factor relativistico srq( 1 -
v²/c² )
Mas , pronto, como para velocidades baixas , v<< c , aquele factor é 1.. as
contas acabam certas mesmo não te lembrando do factor da relatividade :-))

Cumprimentos.


P.S. A esta hora, já devem tar achando que sou chato à bessa... hehehehe



SUBJECT: Buracos Negros
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 24/01/2001 16:23

Scientist Claims First Direct Evidence of Black Hole [Cientista anuncia
primeiro indicio direto de um buraco negro]
http://news.nationalgeographic.com/news/2001/01/0112blackhole.html

mas o proprio pesquisador, Joseph Dolan, da Nasa, afirma q. a pequena
qtdade de dados utilizado no estudo pode estar sujeito a desvios
estatisticos.

[]s,

roberto takata



SUBJECT: fantasmas e infrassom
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 24/01/2001 17:06

comentei sobre um certo pesquisador q. teria associado a visao de
fantasmas com o efeito de infrassom, o q. encontrei eh esta pagina:

http://www.hauntedvalley.com/sound.htm

http://www.spr.ac.uk/JSPR2000.html -- esta pagina eh muuuuuito
interessante (so' coisa de primeira)

e uma q. vale mais a pena (mas ainda eh pura especulacao):

http://www.newscientist.com/ns/981219/ghosts.html

ao contrario da maioria das ideias correlatas, a de Vic Tandy ateh q. faz
um certo sentido (o q. eh bem diferente de estar correto em todo caso)...

o artigo original esta' em:

Journal of the Society for Psychical Research, vol 62, p 360

(nao eh preciso dizer q. nao eh um jornal indexado)

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Pedido de comunica��o (fwd)
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 25/01/2001 15:39

Estou passando o mail da Dolores.

---
Caro senhor,

Ontem, como lhe disse, pude verificar os e-mails que tambim chegaram para
mim. Gostaria, de reafirmar, meu pedido de desculpas pzblicas, nco pretendia
enviar todas aquelas mensagens, ati porque tambim as receberia.

Se fosse possmvel, gostaria de saber se o senhor comunicou publicamente, meu
pedido de desculpas pelo incidente. Estou profundamente incomodada pelo que
aconteceu.

Agradecida,
Dolores
----













Em 21 Jan 2001, Luis Roberto Brudna [RS] escreveu:

>Voce nao precisava enviar varias mensagens para a lista,
>solicitando a retirada do seu mail do grupo.
>
> Somente um ou dois mail para lrb@if.ufrgs.br seriam necessarios ou
>entao para ciencialist-unsubscribe@egroups.com . Atraves deste ultimo
>a sua retirada da lista seria feita automaticamente pelo sistema.
>
> Jah efetuei a retirada de seu mail da lista.
>
>Luis Brudna - administrador da Ciencialist.
>
>----------


Dolores Galindo
Rua Apiacas, 738. Apto 41. Perdizes. Sco Paulo-SP.
F: (11)36722963

_________________________________________________________
Oi! Vocj quer um iG-mail gratuito?
Entco clique aqui: http://www.ig.com.br/paginas/assineigmail.html




SUBJECT: 11 perguntas em aberto sobre o Universo
FROM: "L.B. Holanda" <holanda_lb@zipmail.com.br>
TO: ciencialist@egroups.com
DATE: 25/01/2001 20:16

As onze questoes sao:

* O que e' materia escura?

* Quais sao as massas dos neutrinos, e como eles participaram da
evolucao do Universo?

* Existem dimensoes espaco-temporais adicionais?

* Qual e' a natureza da energia escura?

* Os protons sao instaveis?

* Como o Universo comecou?

* Eisntein deu a ultima palavra em gravidade?

* Como os aceleradores cosmicos trabalham e o que eles estao
acelerando?

* Existem novos estados da materia a altissimas densidades e
temperaturas?

* E' necessaia uma nova teoria para materia e luz para altas
energias?

* Como foram formados os elementos do ferro ao uranio?

Fonte:
http://www.physicsweb.org/article/news/05/1/7

Abracos
Leandro




SUBJECT: efeito tunel
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 26/01/2001 12:49

Alberto Mesquita Filho wrote:
> > Se este efeito existe?
> > Existe.
> Que o efeito existe eu não tenho dúvidas. Minha dúvida é se, além de um
> efeito probabilístico puramente clássico, e amplamente estudado nas teorias
> de Maxwell e Boltzmann, existiria também o efeito sob o ponto de vista
> quântico, a ir além dessas estatísticas. Pois se não houver, não há como
> dizer que as partículas estão aprisionadas, e portanto "não necessitariam
> construir um túnel para fugir desta prisão que em tais condições não
> existiria".

Vc sugere buracos pré-existentes na barreira onde as partículas sairiam.
Até aí tudo bem, mas não acha que está ignorando a experiência em si?
Ninguém ao observar um fenômeno novo sai inventando teorias absurdas só
para se encaixar às observações, tenta-se sim explicar diante do que já
é conhecido, especula-se onde poderiam haver falhas que induziriam às
observações erradas, testa-se tudo e quando se descobre que o efeito
realmente existe e não pode ser explicado então é que se cria
especulações sobre porque isto está acontecendo.

E efeito estatístico é meramente que o número das partículas que saem da
barreira é proporcional ao número das que entram e inversamente
proporcional ao tamanho da barreira. O efeito quântico é que não existem
buracos e as partículas saem no mesmo instante em que entram na
barreira, ou seja, a velocidade de propagação é infinitamente superior a
da luz, não importanto o tamanho da barreira.

==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
==========================================================


SUBJECT: Arco-Iris
FROM: "Bruno Woltzenlogel Paleo" <bwp@terra.com.br>
TO: "Urania" <urania.br@listbot.com>, Ciência-List <ciencialist@yahoogroups.com>, "Olympium" <olympium-olympia@yahoogroups.com>
DATE: 26/01/2001 13:44

Onde posso encontrar informações extremamente detalhadas sobre o arco-iris?
Queria saber os calculos que explicam o formato de arco, entre outras
coisas...

Até o futuro...<Bruno Woltzenlogel Paleo>
http://br.geocities.com/dopelganger5/
bwp@terra.com.br



SUBJECT: Re: [ciencialist] efeito tunel
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 26/01/2001 14:59

-----Mensagem Original-----
De: "TARCISIO BORGES"
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: Sexta-feira, 26 de Janeiro de 2001 12:49
Assunto: [ciencialist] efeito tunel

> Ninguém ao observar um fenômeno novo sai inventando teorias absurdas só
> para se encaixar às observações,...

Com algumas exceções dignas de nota: Gilbert, Galileu, Newton, Coulomb,
Faraday, Planck, Einstein, Bohr, Schrödinger, DeBroglie, Dirac,... e por aí
vai. Todos esses inventaram teorias "absurdas", umas mais outras menos.

> ...tenta-se sim explicar diante do que já
> é conhecido, especula-se onde poderiam haver falhas que induziriam às
> observações erradas, testa-se tudo e quando se descobre que o efeito
> realmente existe e não pode ser explicado então é que se cria
> especulações sobre porque isto está acontecendo.

Era assim antes de tecerem o tapete quântico (ou o tapete citado por Thomas
Khun). De 1930 para cá as coisas vêm-se tornando cada vez mais distantes
dessa realidade. E hoje testa-se exclusivamente aquilo que interessa ser
testado, sabendo-se, de antemão, quais serão as desculpas a serem dadas para
as possibilidades teóricas a contrariarem o que não se quer que seja
contrariado. Desta maneira, alguns param a luz, outros constatam que a luz
viaja a velocidades iguais a 300c, porém todos continuam assumindo que nada
disso vai contra os postulados que na realidade não deveriam dizer o que
se lê, mas apenas o que os donos da verdade gostariam que o postulado
tivesse dito. Tudo isso é muito bonito e é por isso que gosto de livros de
ficção. Porém, não misturo ciência com ficção. Explicação do efeito túnel
pode ou não ser ciência. Efeito túnel em si é ficção e/ou nome impróprio
dado a um efeito que de fato existe e, pelo menos em teoria, factível de
assumir uma explicação totalmente clássica. Sugestão: começar pela adoção de
uma postura newtoniana, o que não é feito há quase 100 anos.

> E efeito estatístico é meramente que o número das partículas que saem da
> barreira é proporcional ao número das que entram e inversamente
> proporcional ao tamanho da barreira. O efeito quântico é que não existem
> buracos e as partículas saem no mesmo instante em que entram na
> barreira, ou seja, a velocidade de propagação é infinitamente superior a
> da luz, não importanto o tamanho da barreira.

Assumam então os senhores físicos modernos que a "ação a distância não
intermediada por nada" é um absurdo quântico e não clássico. E parem de
imputar a Newton suposições que, a bem da verdade, ele nunca fez, a não ser
dentro do caráter de um modelo a ser respeitado apenas para as finalidades
criadas. Assumam pelo menos a responsabilidade pelos absurdos que criam e
nos quais acreditam em nome de uma fé em nada a diferir da fé religiosa, a
não ser pela má fé que às vezes a acompanha (o que, vez ou outra,
acompanha também a fé religiosa).

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] efeito tunel
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 26/01/2001 15:28

Alberto Mesquita Filho wrote:
> > Ninguém ao observar um fenômeno novo sai inventando teorias absurdas só
> > para se encaixar às observações,...
> Com algumas exceções dignas de nota: Gilbert, Galileu, Newton, Coulomb,
> Faraday, Planck, Einstein, Bohr, Schrödinger, DeBroglie, Dirac,... e por aí
> vai. Todos esses inventaram teorias "absurdas", umas mais outras menos.

Sim, mas respeitaram o que eu havia dito abaixo.

> > ...tenta-se sim explicar diante do que já
> > é conhecido, especula-se onde poderiam haver falhas que induziriam às
> > observações erradas, testa-se tudo e quando se descobre que o efeito
> > realmente existe e não pode ser explicado então é que se cria
> > especulações sobre porque isto está acontecendo.

Viu? ;-)

> Porém, não misturo ciência com ficção.

A ciência sem ficção não avança. Nos comunicamos via satélite porque
Arthur Clark disse que podia. Construímos robôs porque Asimov acha[va]
que eles são úteis. Chegamos à Lua e ao fundo dos oceanos por causa de
Julio Verne. Pulamos de páraquedas por causa de Da Vinci.

Quem sabe um dia poderemos ter uma máquina de teletransporte, ou dobrar
o espaço-tempo, mesmo que hoje em dia achemos que seja impossível.

> Explicação do efeito túnel
> pode ou não ser ciência. Efeito túnel em si é ficção e/ou nome impróprio
> dado a um efeito que de fato existe e, pelo menos em teoria, factível de
> assumir uma explicação totalmente clássica. Sugestão: começar pela adoção de
> uma postura newtoniana, o que não é feito há quase 100 anos.

E retroceder um século?

Reescrevendo:
Explicação do efeito túnel na postura newtoniana pode ou não ser
ciência. Efeito túnel em si é ficção e/ou nome impróprio dado a um
efeito que de fato existe e, pelo menos em teoria, factível de assumir
uma explicação totalmente quântica.

Dogma por dogma, fico com o meu.

==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
==========================================================


SUBJECT: Re: [ciencialist] efeito tunel
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 26/01/2001 18:25

-----Mensagem Original-----
De: "TARCISIO BORGES"
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: Sexta-feira, 26 de Janeiro de 2001 15:28
Assunto: Re: [ciencialist] efeito tunel

> E retroceder um século?

Ou quem sabe, avançar dois. Pois em termos de física teórica o que passará
para a história será o seguinte: O século XX não existiu. Assim como hoje,
em termos de termodinâmica poderíamos dizer que o século do calórico não
existiu. E nem por isso retrocedemos século algum.

Só os orgulhosos é que retrocedem e, assim mesmo, quando a arrogância que os
mantém à tona torna-se insuficiente a contrabalançar esse orgulho doentio.

Os demais, evoluem ao reconhecerem seus erros.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Mudancas no Egroups (administrador)
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 27/01/2001 15:22

Aconteceram varias mudancas no Egroups, agora o sistema estah
praticamente todo integrado com o Yahoo!.

Nao tenho como saber exatamente como os membros devem proceder em
cada caso, pois ateh eu estou um pouco confuso. :)

Uma das modificacoes eh a possibilidade de verificacao de quais
usuarios do Yahoo! Messenger estão on-line. Ateh agora vi que estah
informacao estah disponivel somente na lista de membros, o que torna
a procura um pouco chata.

Outra modificacao eh o mail da Ciencialist passar de
ciencialist@egroups.com para ciencialist@yahoogroups.com , mas muito
provavelmente o mail antigo continuarah funcionando indefinidamente.

Na medida em que eu for descobrindo coisas novas, vou repassando
para a lista.

Ateh mais.
Luis Brudna

PS: jah estou usando o Yahoo! Messenger (atraves do Odigo) e quando
eu estiver on-line os integrantes da lista podem entrar diretamente
em contato comigo. Vou fazer alguns testes para tentar inserir o
indicador de presenca logo na pagina inicial.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Mudancas no Egroups (administrador)
FROM: "_The PhYz" <thephys@yahoo.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 27/01/2001 15:42

Oi, Brudna!

Minha Yahoo ID: thephys

thephys@yahoo.com

[ ] !

The PhYz (FireTalk: 350043685 - AOL IM: Adriano LeDoc)
- AmpMaster --> http://ampmaster.virtualave.net/
- Medicina Humana --> http://www.geocities.com/medicinahumana/
- Diário do Olimpo --> http://diariodoolimpo.virtualave.net/


----- Original Message -----
From: <lrb@if.ufrgs.br>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Saturday, January 27, 2001 15:22
Subject: [ciencialist] Mudancas no Egroups (administrador)


PS: jah estou usando o Yahoo! Messenger (atraves do Odigo) e quando
eu estiver on-line os integrantes da lista podem entrar diretamente
em contato comigo. Vou fazer alguns testes para tentar inserir o
indicador de presenca logo na pagina inicial.



_________________________________________________________
Do You Yahoo!?
Get your free @yahoo.com address at http://mail.yahoo.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] Problema
FROM: "Rafael Cisneiros Lenine" <rafa-rbn@rio.matrix.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 27/01/2001 17:07

Um bom livro com esses tipos de Enigmas (aliás, neste livro tem o problema
citado) é o livro "O Homem que Calculava" de Malba Tahan. É um excelente
livro... muito interessante mesmo.

abraços

Rafael C. Lenine
----- Original Message -----
From: Bruno Woltzenlogel Paleo <bwp@terra.com.br>
To: Olympium <olympium-olympia@egroups.com>; <ciencialist@egroups.com>
Sent: Sunday, January 21, 2001 8:51 PM
Subject: Re: [ciencialist] Problema


> >Haviam dois caras conversando numa rua, um deles propõe uma
> >charada para o outro:
> > Eu tenho 3 filhas. O produto da idade das 3 é 36. A soma da idade
> > das 3 é o número daquela casa ali...(e apontou para uma casa do
> > outro lado da rua). Para terminar, a mais velha gosta de leite de
> > vaca. Qual é a idade de cada uma delas?
>
> Esse problema, enigma, pode ser resolvido sim, mas não está muito bem
> contado, pois falta uma informação vital: a de que o segundo cara foi
capaz
> de resolver o problema sabendo o número da casa e que a mais velha gosta
de
> leite da vaca. Também é necessário dizer que o segundo cara não seria
capaz
> de resolver o problema sem que soubesse que a mais velha gosta do leite de
> vaca.
> Esse tipo de enigma pode ser classificado como meta-enigma, justamente por
> essas características acima.
>
> 36 pode ser escrito como produto de fatores primos da seguinte forma:
>
> 36 = 2^2 * 3^2
>
> Então temos as seguintes possiblidades para as idades e suas respectivas
> somas:
>
> 1,1,36 - 38
> 1,2,18 - 21
> 1,4,9 - 14
> 1,3,12 - 16
> 2,2,9 - 13
> 2,3,6 - 11
> 1,6,6 - 13
> 3,4,3 - 10
>
> Ao olhar para o número da casa, o segundo cara poderia saber as idades se
a
> soma fosse qualquer valor diferente de 13. Como ele não pode determinar as
> idades(pois precisou saber sobre o leite da vaca), então o número da casa
é
> 13.
> Ele fica então com 2 possibilidades:
>
> 1,6,6 - 13
> 2,2,9 - 13
>
> Como a afirmação sobre o leite da vaca pressupõe a existência de uma filha
> mais velha, a única opção que resta é:
>
> 2,9,9...
>
> Espero que tenha conseguido ser claro o suficiente.
>
> Uma melhor forma de contar o enigma seria contar o dialogo que aconteceu
> entre os karas. Algo como:
>
> K1: O produto de suas idades é 36.
> K2: Não sei as idades ainda...
> K1: Well, a soma das idades é igual ao número daquela casa.
> K2: (Depois de alguns minutos pensando) Ainda não consigo saber.
> K1: Talvez isso ajude: a mais velha gosta de leite de vaca.
> K2: Agora sim!
>
> Para quem gostar de enigmas, leiam o livro "OEnigma de Sherazade" de
Raymod
> Smullyan.
> Ele tem um capítulo só para meta-enigmas.
> Aliás alguém conhece outros livros de enigmas??
>
> Até mais...
>
> <Bruno Woltzenlogel Paleo>
>
>
>
> *** --- ***
> Material para a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> deve ser enviado para o mail
> ciencialist@MAIL.com
> *** --- ***
>
>



SUBJECT: [ciencialist] CIÊNCIA
FROM: "Francisco" <fbrito@globo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 28/01/2001 02:05

Olha lá eu de novo com outra perguntinha?

Se alguém lhes pergunta:

O que é ciência?

Qual a resposta?

e qual é o método cientifico?

Francisco



SUBJECT: Re: Noticias de Astronomia
FROM: "Jamil Orlandelli" <orlandel@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 28/01/2001 07:16



> Date: Wed, 31 Jan 2001 14:11:46 -0200
> From: "Bruno Woltzenlogel Paleo" <bwp@terra.com.br>
>Subject: Notícias de Astronomia
>
>Olá,
>
>Alguém conhece alguma mailing-list que mande notícias de
astronomia
>regularmente?



Tem o nosso Boletim Brasileiro de Astronomia
http://www.cdcc.sc.usp.br/cda/boletim-supernovas

É um noticiário semanal sobre eventos, cursos, efemérides,
etc.etc.

Jamil Orlandelli




SUBJECT: Re: [ciencialist] CIÊNCIA
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 28/01/2001 11:00

-----Mensagem Original-----
De: "Francisco"
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: Domingo, 28 de Janeiro de 2001 02:05
Assunto: [ciencialist] CIÊNCIA


> Olha lá eu de novo com outra perguntinha?
> Se alguém lhes pergunta:
> O que é ciência?
> Qual a resposta?
> e qual é o método cientifico?

Olá, Francisco

Escrevi alguma coisa a respeito, de maneira didática, e que está em
http://www.geocities.com/ecientificocultural/ECC2/artigos/metcien1.htm
Coloco-me à disposição para críticas ou dúvidas que possam surgir.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Problema
FROM: "Marcelo Barbosa" <embs@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 28/01/2001 11:44

Para quem gosta de puzzles mentais, recomendo também o site
de James Randi. Toda semana tem um puzzel novo (atualizado
às sextas-feiras): www.randi.org

Marcelo Barbosa

>Um bom livro com esses tipos de Enigmas (aliás, neste livro
tem o problema
>citado) é o livro "O Homem que Calculava" de Malba Tahan. É
um excelente
>livro... muito interessante mesmo.
>
>Rafael C. Lenine




SUBJECT: Re: CIÊNCIA
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 28/01/2001 16:25

--- In ciencialist@y..., "Francisco" <fbrito@g...> wrote:
> Olha lá eu de novo com outra perguntinha?
>
> Se alguém lhes pergunta:
>
> O que é ciência?
>
> Qual a resposta?
>
> e qual é o método cientifico?
>
> Francisco


Estou fazendo uma selecao de textos sobre ciencia (disponiveis na
internet).
Eh soh visitar (area Textos)
http://www.ciencialist.hpg.com.br/varios/textos.htm

A area Textos 2 eh destinada para opinioes sobre assuntos polemicos.
http://www.ciencialist.hpg.com.br/varios/textos2.htm

Se alguem lembra de mais textos interessantes eh soh enviar a dica
para ciencialist ARROBA mail PONTO com .(coloquei desta forma para o
YG = 'Yahoo! Groups' nao esconder o endereco de mail dos que leem
esta mensagem pela internet)

Ateh mais.
Luis Brudna






SUBJECT: Research Register of Projects on Environment, Health and Sustainability
FROM: "Prof. Walter Leal Filho" <leal@tu-harburg.de>
TO: "eeen@projekte.org" <eeen@projekte.org>
DATE: 28/01/2001 18:44

Dear Colleagues,

The Internet Research Register (IRR) on projects focusing on the
environment, environmental health
and sustainability is growing strong and is now being expanded.
Researchers and practitioners are
warmly invited to submit their research, which is helpful to career
development since:

i. it identifies oneself and his/her research, for the public record;
ii. it makes information on your research available to the wide
community, whilst it is underway; including links
to related conference papers or published works;
iii. it allows you to update that information at any time during the
project/research life cycle.

Interested colleagues are invited to visit the research register Web
Site at:
http://www.mcbup.com/research_registers/emh.asp

Simply click on the 'add research' field at the top of the Welcome page
and complete the form. To save time the project summary can be cut and
pasted directly
into the appropriate field. You will receive an email acknowledgement of
your registration once it
has been checked and entered into the public domain

>From all entries made until the 30th January, a draw will be made for
one free subscription
of the "International Journal of Sustainability in Higher Education" or
"Environmental Management
and Health", among others. Send an email to Jenny Pickles at
jpickles@mcb.co.uk to
enter for the prize draw, and receive your password for FREE (Message
field EMH research register)




SUBJECT: Re: [ciencialist] 11 perguntas em aberto sobre o Universo
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 29/01/2001 12:01

On Thu, 25 Jan 2001, L.B. Holanda wrote:
> As onze questoes sao:
> * Qual e' a natureza da energia escura?

tenho uma decima segunda:

*q. diabos eh 'energia escura'?

e uma decima terceira:

*o efeito tunel tem algo a ver com os 'saltos quanticos'?

a decima quarta (na verdade a primeira):

*qual o telefone da Camila Pitanga?

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: CIÊNCIA
FROM: holanda_lb@zipmail.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 29/01/2001 12:17

From: "Francisco" <fbrito@g...>
Olha lá eu de novo com outra perguntinha?

Se alguém lhes pergunta:

O que é ciência?

Qual a resposta?

e qual é o método cientifico?

Francisco


Olá Francisco,

Dê uma olhada no site

http://www.nib.unicamp.br/slides/etapas/sld001.htm

Pensei em enviar um email, mas acho que será mais prático ler as informações
lá mesmo no site.
Eu gostei da forma como eles explicaram.

Abraços
Leandro.






___________________________________________________________

http://www.zipmail.com.br O e-mail que vai aonde você está.





SUBJECT: Re: [ciencialist] 11 perguntas em aberto sobre o Universo
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 29/01/2001 13:02

"L.B. Holanda" wrote:
> * O que e' materia escura?

É matéria que não gera luz e absorve a que lhe atravessa.

> * Quais sao as massas dos neutrinos, e como eles participaram da
> evolucao do Universo?

Suspeita-se que o neutrino tenha massa, pois há diferença de massa entre
dois neutrinos de espécies diferentes, portanto um deles tem que ter
massa.

Qual é a participação das rosquinhas do Wallmart na evolução da espécie
humana?


> * Existem dimensoes espaco-temporais adicionais?

A teoria das super cordas admite que sim.

> * Qual e' a natureza da energia escura?

Vc está falando do lado negro da força??? Então tem que perguntar para o
Obiwan Kenobi.

> * Os protons sao instaveis?

Fora do núclo atômico, sim.

> * Como o Universo comecou?

Supõe-se que com um big-bang.

> * Eisntein deu a ultima palavra em gravidade?

Por enquanto sim.

> * Como os aceleradores cosmicos trabalham e o que eles estao
> acelerando?

Os aceleradores cósmicos estão acelerando o cosmos, é óbvio! Funciona
basicamente por pressão eletromagnética no vácuo.

Ou será que vc queria saber sobre aceleradores de partículas?


> * Existem novos estados da materia a altissimas densidades e
> temperaturas?

É possível que sim, mas está fora do nosso alcance, por enquanto.

> * E' necessaia uma nova teoria para materia e luz para altas
> energias?

Ué? Ela já não existe?

> * Como foram formados os elementos do ferro ao uranio?

Nas explosões das estrelas SuperNovas.

> Fonte:
> http://www.physicsweb.org/article/news/05/1/7

É a fonte das perguntas e não das respostas.

==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
==========================================================


SUBJECT: QMCWEB-Delivery #42
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 29/01/2001 14:42

Estou repassando um informativo de uma excelente pagina sobre quimica.
Nao vou fazer isso todas as vezes. Soh estou enviando esta mensagem para
dar uma ideia da dinamica da pagina.

Ateh mais.
Luis Brudna
Segue...
------------------[QMCWEB@home]
Florianspolis, 29 de janeiro de 2001
QMCWEB #42 no ar!
--------------[acesse]
http://www.qmc.ufsc.br/qmcweb

-------------[destaque]
>As Vitaminas
Dependemos de pequenas moliculas para sobreviver:
QMCWEB apresenta as vitaminas.
Saiba quais sco as fungues destes compostos em nosso organismo.

------------[spotlight]
>Nicotina: a droga que vicia Embora seja legal, a
nicotina i um droga que causa dependjncia fmsica. Saiba como i a agco
fisiolsgica desta substbncia e quais as consequjncias do tabagismo.

------------[novo]
>QMCWEB://Book.Review
uma nova segco no QMCWEB!

------------[the.flash]
>Maizena + Borracha = bioPneu
>Lmquidos Inteligentes
>Reagues: Pi na tabua

E mais!!

--------------[acesse]
http://www.qmc.ufsc.br/qmcweb


QMCWEB - A pagina da Qummica!

>-----------------<
QummicaUFSConline
uol@qmc.ufsc.br
http://www.qmc.ufsc.br
>----------------<



SUBJECT: Constantino Tsallis
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 30/01/2001 00:13

Saiu no JC E-Mail de 29/janeiro/2001 - No. 1717:

O fisico Constantino Tsallis sera' indicado para o Premio Nobel pela
Academia Brasileira de Ciencias, por proposta de Ricardo Ferreira

Veronica Falcao escreve para o "Jornal do Commercio", Recife:

O fisico Constantino Tsallis, autor de uma teoria revolucionaria em
mecanica estatistica, sera' indicado para o Premio Nobel deste ano pela ABC.
A proposta e' de Ricardo Ferreira, professor da Universidade Federal de
Pernambuco (UFPE), que considera Tsallis o cientista brasileiro de maior
projecao internacional hoje. "Ele tem aproximadamente dez mil citacoes, das
quais 586 trazem no titulo uma discussao direta sobre o seu trabalho",
justifica o quimico. A indicacao teria o apoio do fisico Murray Gell-Mann,
professor do Instituto Santa Fe', no Novo Mexico (EUA). Premiado com o Nobel
em 1969, pela descoberta do quark, uma das particulas fundamentais da
materia, ele e' autor do best-seller O Quark e o Jaguar. "Gell-Mann ja'
trabalhou com Constatino Tsallis e e' um dos entusiastas da sua teoria",
explica Ferreira.

O quimico, membro da ABC, entregou oficialmente a proposta na quarta-feira,
dia 24, ao seu presidente, Eduardo Moacyr Krieger, na sede da instituicao,
no RJ. "Estou sugerindo que ele nomeie uma comissao de especialistas em
fisica, membros da ABC, para analisar os trabalhos de Tsallis, tendo em
vista a possibilidade de indicar seu nome para o Nobel de Fisica de 2001",
diz. Na sua opiniao, Tsallis e' o cientista brasileiro que tem as maiores
chances de receber o Nobel depois de Cesar Lattes. Em 50, por pouco Lattes
nao foi premiado pela descoberta do meson-pi, uma outra particula
fundamental da materia. "Outro cientista - o norte-americano Cecil Powel -
que era o chefe do laboratorio em que Lattes trabalhava foi o laureado",
lembra.

Alem da aproximacao ao Premio Nobel de Fisica, concedido desde 1900 pela
Real Academia de Ciencias Sueca, Tsallis e Lattes tem vinculo com o mesmo
instituto de pesquisa. Lattes e' aposentando pelo Centro Brasileiro de
Pesquisas Fisicas (CBPF), no RJ, vinculado ao Ministerio da C&T, enquanto
Tsallis esta' no instituto ate' hoje.

Tsallis, 57 anos, nasceu em Antenas, na Grecia. Quatro anos mais tarde, a
familia deixou o pais fugindo de uma guerra civil. Foi viver na Argentina e
depois Constantino se mudou para o Brasil. Casado pela segunda vez, hoje
ele e' naturalizado brasileiro.

Nao mais do que tres fisicos podem dividir o Nobel. Desde 1900, 160
cientistas receberam o premio. Em 2000, o valor foi de US$ 900 mil,
dividido pelo russo Zhores I. Alferov, o alemao Herbert Kroemer e o
americano Jack S. Kilby, pela pesquisa basica em informacao e comunicacao
tecnologica. O principal criterio e' que a ideia ou experiencias contribuam
para a compreensao do mundo. "E isso Constantino Tsallis fez", acredita
Ricardo Ferreira.

O que o pesquisador do CBPF propoe e' uma nova equacao para a entropia,
grandeza que mede a desordem ou a falta de informacao no nivel microscopico.
O austriaco Ludwig Boltzmann (1844-1906) e o americano Josiah Willard Gibbs
(1839-1903) propuseram, ha' 120 anos, uma equacao para a entropia baseada
nas possibilidades de configuracoes (estados) microscopicos que o objeto
pode ter. Ate' hoje a formula de Gibbs-Boltzman e' a unica aceita e
ensinada aos estudantes de fisica. No entanto, ela nao se aplica a todos os
objetos. Tsallis propoe que a expressao para a entropia nao e' unica. Ela
dependeria do objeto a ser estudado. A expressao proposta por Tsallis
torna-se igual 'a de Gibbs-Boltzman em objetos onde esta' ultima se aplica.
Assim, a proposta de Tsallis tem uma aplicacao mais ampla. A teoria de
Tsallis, no entanto, nao e' aceita com unanimidade entre os fisicos. Isso
porque, em determinadas situacoes, a entropia definida por ele nao tem uma
propriedade considerada fundamental pelos fisicos, a aditividade. Assim como
a massa e o volume resultantes da juncao de dois objetos independentes devem
ser iguais 'a soma de ambos, o mesmo deveria ocorrer com a entropia. Essa
aditividade da entropia nem sempre ocorre com a formula proposta por
Tsallis. Defensores da teoria dele pensam que a solucao desse problema seja
somente uma questao de tempo.
(Jornal do Commercio, Recife, 28/1)
____________________________________

Vide um de seus principais artigos (Nonextensive Statistics: Theoretical,
Experimental and Computational Evidences and Connections) em pdf (necessita
Adobe Reader) em
http://www.sbf.if.usp.br/WWW_pages/Journals/BJP/Vol29/Num1/v29_1.pdf e dados
relativos ao autor em
http://www.abc.org.br/gina/curriculo.asp?lingua=P&consulta=tsallis


[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Constantino Tsallis
FROM: "Antonio A. J. Godoy" <godoy@bwnet.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 30/01/2001 00:19

Que ótimo!

Eu participei de um curso ministrado pelo Tsallis na UFV (Viçosa - MG) em
1996, sobre termodinâmica generalizada, e o homem é realmente muito bom.
Embora não conheça a fundo suas teorias, sei que hoje é um dos físicos
brasileiros (naturalizado..?) que mais publica trabalhos em periódicos de
grande fator de impacto. Vamos torcer por ele!

Um abraço,

Godoy

----- Original Message -----
From: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Tuesday, January 30, 2001 2:13 AM
Subject: [ciencialist] Constantino Tsallis


> Saiu no JC E-Mail de 29/janeiro/2001 - No. 1717:
>
> O fisico Constantino Tsallis sera' indicado para o Premio Nobel pela
> Academia Brasileira de Ciencias, por proposta de Ricardo Ferreira




SUBJECT: A ENTROPIA - Entropia, probabilidade e desordem - Tintim por Tintim #9-5
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: Ciencialist <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 30/01/2001 09:07


http://www.fisica.ufc.br/entropia/entropia5.htm


[Non-text portions of this message have been removed]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Constantino Tsallis
FROM: "Bruno Woltzenlogel Paleo" <bwp@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 30/01/2001 10:23

> O fisico Constantino Tsallis, autor de uma teoria revolucionaria em
> mecanica estatistica, sera' indicado para o Premio Nobel deste ano pela
ABC.

É ele que pesquisa o paradoxo do tempo, sobre a entropia aumentar com a
passagem do tempo?

<Bruno Woltzenlogel Paleo>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Constantino Tsallis
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 30/01/2001 13:00

-----Mensagem Original-----
De: "Bruno Woltzenlogel Paleo"
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: Terça-feira, 30 de Janeiro de 2001 10:23
Assunto: Re: [ciencialist] Constantino Tsallis

> > O fisico Constantino Tsallis, autor de uma teoria revolucionaria em
> > mecanica estatistica, sera' indicado para o Premio Nobel deste ano pela
> > ABC.
> É ele que pesquisa o paradoxo do tempo, sobre a entropia aumentar
> com a passagem do tempo?

Sinceramente, não sei. Conhecia o Tsallis de nome e nem mesmo sabia que era
brasileiro (naturalizado). Aliás, isso é muito freqüente em nosso país.
Principalmente por que sou paulista e parece-me que ele está radicado no RJ.
As panelinhas aqui são muito "eficientes" e bastante disfarçadas tanto que
acabamos por conhecê-los através de papers publicados ou divulgados fora.

É possível que com a evolução das revistas nacionais isso (formação de
panelas) tenda a diminuir. Com a da Internet também mas isso irá demorar
mais pois os acadêmicos, via de regra, não gostam de se expor ao público.
Não se misturam aos pobres mortais. Dia chegará em que eles irão se dar
conta que a física da internet pública, ainda que caótica, responde a muitas
coisas cujas respostas eles sequer desconfiam. Teremos então o êxodo do
Olimpo e eles finalmente virão para juntar-se a nós numa boa.

As teorias de Tsallis parecem-me serem recentes (as principais datam de 1988
para cá) e agora é que estão fazendo sucesso; e não estudo termodinâmica em
profundidade há mais de 10 anos.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: trote
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 30/01/2001 13:40

http://www.strbrasil.com.br/Humor/trote.htm

É muito engraçado, trata-se de um trote passado ao telefone da
Assembléia de Deus [estes caras acreditam em qualquer coisa].Vale a pena
baixar o mp3 e ouvir a gravação [448KB].

Vamos ouvir a voz do capeta!
==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
==========================================================


SUBJECT: Re: [ciencialist] Constantino Tsallis
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 30/01/2001 15:11



Alberto Mesquita Filho wrote:

> É possível que com a evolução das revistas nacionais isso (formação de
> panelas) tenda a diminuir.

Porque é que você pensa assim? Não é de esperar que cada revista forme
uma panela à sua volta em que cada cientista aprova os artigos dos
seus amigos?
--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: de Broglie
FROM: "Bruno Woltzenlogel Paleo" <bwp@terra.com.br>
TO: "Olympium" <olympium-olympia@yahoogroups.com>, Ciência-List <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 30/01/2001 20:47

Olá,

Louis de Broglie postula que um objeto de energia E pode ser encarado como
uma "onda de matéria" de frequência dada por f = E/h, onde h é a constante
de planck.
O que eu fiquei na dúvida é se essa Energia é a energia total ou apenas a
cinética do objeto. Acredito que seja apenas a cinética, estou certo?

Até mais...

<Bruno Woltzenlogel Paleo>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Constantino Tsallis
FROM: "_The PhYz" <thephys@yahoo.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 30/01/2001 21:30

Não apenas as revistas nacionais, mas as universidades brasileiras não
passam de clubes de amigos (e amantes).

[ ] !

The PhYz (FireTalk: 350043685 - AOL IM: Adriano LeDoc)
- AmpMaster --> http://ampmaster.virtualave.net/
- Medicina Humana --> http://www.geocities.com/medicinahumana/
- Diário do Olimpo --> http://diariodoolimpo.virtualave.net/


----- Original Message -----
From: "João Mário Miranda" <jmiranda@explicacoes.com>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Tuesday, January 30, 2001 15:11
Subject: Re: [ciencialist] Constantino Tsallis


Alberto Mesquita Filho wrote:

> É possível que com a evolução das revistas nacionais isso (formação de
> panelas) tenda a diminuir.

Porque é que você pensa assim? Não é de esperar que cada revista forme
uma panela à sua volta em que cada cientista aprova os artigos dos
seus amigos?
--
joão



_________________________________________________________
Do You Yahoo!?
Get your free @yahoo.com address at http://mail.yahoo.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] Constantino Tsallis
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 31/01/2001 01:58

-----Mensagem Original-----
De: "João Mário Miranda"
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: Terça-feira, 30 de Janeiro de 2001 15:11
Assunto: Re: [ciencialist] Constantino Tsallis

> Alberto Mesquita Filho wrote:
> > É possível que com a evolução das revistas nacionais isso (formação de
> > panelas) tenda a diminuir.
> Porque é que você pensa assim? Não é de esperar que cada revista forme
> uma panela à sua volta em que cada cientista aprova os artigos dos
> seus amigos?

Olá, João

Gosto das tuas observações pois sempre consegues captar um lado antagônico a
minha maneira de pensar e isso é muito bom para o diálogo.

As panelas a que me referi são regionais, o que é comum no Brasil, dada a
sua extensão territorial. Seria uma evolução do bairrismo das cidades de
tamanho médio e que paradoxalmente tende a dilluir-se em grandes cidades
como São Paulo, para retornar em nível maior (estados da federação).

As revistas talvez favoreçam o surgimento de um novo tipo de panelas, muitas
vezes ligadas a interesses outros que não o mesmo relativo ao bairrismo e/ou
regionalismo.

Tens razão no que afirmas porém creio que estas panelas
editoriais seriam, em teoria, mais fáceis de serem combatidas. Enfim, toda
política de panelas, seja devida ao regionalismo, seja devida a interesses
outros comuns, é deletéria e de difícil combate, uma vez instalada.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm







SUBJECT: Re: [ciencialist] de Broglie
FROM: Eduardo <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 31/01/2001 08:13

Bruno Woltzenlogel Paleo wrote:

> Olá,
>
> Louis de Broglie postula que um objeto de energia E pode ser encarado como
> uma "onda de matéria" de frequência dada por f = E/h, onde h é a constante
> de planck.
> O que eu fiquei na dúvida é se essa Energia é a energia total ou apenas a
> cinética do objeto. Acredito que seja apenas a cinética, estou certo?
>
> Até mais...
>
> <Bruno Woltzenlogel Paleo>

Oi,

creio que nao. A energia seria a total, ou seja, E=mc^2. Ela aumenta com
a velocidade uma vez que a massa aumenta com a velocidade mas eh associada a
energia total. Eh importante observar que, quanticamente, nao existe
velocidade somente o momento. A velocidade pode ser associada `a expressao
<P>/m onde <P> seria o momento medio da particula ou do grupo. Outra coisa
importante, a informacao (ou energia) nao viaja com a velocidade da suposta
onda associada mas os fenomenos de interferencias podem ser tratados via onda
associada em alguns casos.

um abraco, Eduardo.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Notícias de Astronomia
FROM: Eduardo <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 31/01/2001 09:25

Bruno Woltzenlogel Paleo wrote:

> Olá,
>
> Alguém conhece alguma mailing-list que mande notícias de astronomia
> regularmente?
>
> Até mais...
>
> <Bruno Woltzenlogel Paleo>
>

Oi,

noticias de astronomia propriamente nao sei mas sei como vc ter acesso
diarios aos artigos de astronomia que estao sendo postos na rede (antes,
inclusive, da sua publicacao na revista referente). Vc tem que ir no site
xxx.ifi.usp.br que eh o espelho de xxx.lanl.gov e la va no link astro-ph
que tem um mecanismo de ajuda. Se nao me engano, vc tem que mandar um
e-mail `a astro-ph@arXiv.org com o subject subscribe mas eh melhor ver a
ajuda do site antes. Vc recebera diariamente os "abstracts" dos artigos
submetidos ou aceitos na area de astrofisica/astronomia. Aqueles que
interessarem vc pode baixar a versao completa em formato pdf ou postscript
diretamente.

Eduardo.




SUBJECT: Re: [ciencialist] trote
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 31/01/2001 09:40

Tarcisio discorre sobre o 'trote':


| http://www.strbrasil.com.br/Humor/trote.htm
|
| É muito engraçado, trata-se de um trote passado ao telefone da
| Assembléia de Deus [estes caras acreditam em qualquer coisa].Vale a pena
| baixar o mp3 e ouvir a gravação [448KB].
|
| Vamos ouvir a voz do capeta!

Sem fugir do assunto 'trote', ao pé da letra (dos cavalos), apresento essa:

Certo dia recebi um intrigante e-mail: "Sr.do Imperdível, sei o cavalo que irá ganhar no sábado no quinto páreo. Aposte no cavalo 3 e fique rico".
Não tenho o hábito de apostar em cavalos, mas dei uma olhada na página de esportes para ver o resultado da corrida do sábado e descobri que o misterioso e-mail havia dado o palpite certo. Antes mesmo de refletir sobre o assunto, recebi na terça-feira o novo e-mail: "Sr. do Imperdível, sei o cavalo que irá ganhar no sábado no quinto páreo. Aposte no cavalo 7 e fique rico".
Ainda desconfiado, abri o jornal do domingo e nova surpresa: vitória do cavalo 7 no quinto páreo.
Sem saber ao certo o que estava acontecendo, recebi o terceiro e-mail: "Sr. do Imperdível, sei o cavalo que irá ganhar no sábado no quinto páreo. Aposte no cavalo 4 e fique rico".
Fui ao www na página de aposta do Jockey, apostei alguns trocados e ganhei! A fortuna parecia estar próxima e fiquei aguardando, agora ansioso, um novo e-mail ... e chegou novamente na terça-feira: "Caro amigo do Imperdível, graças aos meus conhecimentos você deve estar rico. Caso queira outra informação, envie a quantia de R$ 5 000,00 para o endereço abaixo e, após o recebimento, envio o número do vencedor".
Fiz tudo direitinho e, realmente, 4 dias depois recebo o e-mail: "Sr. do Imperdível, recebemos a quantia combinada. Aposte no cavalo 9, no quinto páreo".
Fiz uma boa aposta e ... perdi tudo com a vitória do cavalo 2.

Bonita história não?! Mas, não ocorreu comigo, porém é fruto de um famoso golpe turfístico. Eis a 'trama'.

O golpista selecionava (originalmente) na lista telefônica o nome de 1000 pessoas. Para um grupo de 100 pessoas ele mandava uma carta dizendo que a pessoa deveria apostar no cavalo 1 de um páreo qualquer; para outro grupo de 100 pessoas, ele indicava o cavalo 2 no mesmo páreo e assim sucessivamente até o cavalo 10.
Sendo que em cada páreo corriam dez cavalos, um grupo de 100 pessoas acertaria o vencedor. Essas 100 pessoas eram divididas em grupos de 10 e, seguindo o mesmo procedimento das correspondências anteriores, 10 pessoas acertariam o cavalo vencedor. Essas 10 pessoas eram divididas em grupos de 1 pessoa (10 conjuntos unitários), sendo que uma delas acertaria pela terceira vez o cavalo vencedor. Essa pessoa recebia a carta final com o pedido de R$ 5 000,00 em troca de um novo palpite.

O golpe foi descoberto e rendeu alguns anos de prisão ao estelionatário que já se encontrava em excelente condições financeiras (havia sistematizado o sistema para todos os páreos!).

Isso é um 'trote', literalmente.

[]'
Léo
============




SUBJECT: Re: [ciencialist] trote
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 31/01/2001 10:07



Luiz Ferraz Netto wrote:

> O golpe foi descoberto e rendeu alguns anos de prisão ao estelionatário que já se encontrava em excelente condições financeiras (havia sistematizado o sistema para todos os páreos!).

A história é interessante, mas nunca poderia ter acontecido assim.
Há um problema de marketing. Só uma percentagem reduzida de
pessoas é que enviaria os R$ 5 000,00. O número inicial de pessoas
teria que ser maior para compensar.

Mas se aconteceu como você contou, já sabemos como é que o burlão
foi apanhado. Ele cometeu o erro de mencionar o "imperdivel", uma
referência conhecida por um número reduzido de pessoas, a maior
parte das quais pertencente a esta lista. Uma ordem judicial enviada
ao nosso moderador obrigou-o a revelar todos os emails dos integrantes
da ciencialist. Com base nessa lista as autoridades investigaram o
pequeno número de estatisticos e descobriram o culpado.

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] trote
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 31/01/2001 10:57

He he he .......
Oi João,
E para quem eu enviaria essa história, com tal codinome, senão para o ciencialist!?

A história é verídica ... e os R$ 5000,00 foi acréscimo meu (o original era R$ 1000,00) para 'acordar' os eventuais apostadores.
Há uma 'charada' interessante sobre os cavalos, proposta (e patenteada) por Sam Loyd, um dos grandes charadistas americanos, relativa ã figura de 2 cavalos e 2 cavaleiros. Infelizmente requer um anexo para a figura. Se interessar coloco num site que é o provisório do Imperdível.

[]'
Léo
============
Interessante a) a mensagem sobre os cavalos que enviei, eu mesmo não recebi!
Interessante b) tenho recebido suas mensagens em duplicata!
============

-----Mensagem Original-----
De: "João Mário Miranda" <jmiranda@explicacoes.com>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: quarta-feira, 31 de janeiro de 2001 10:07
Assunto: Re: [ciencialist] trote


|
|
| Luiz Ferraz Netto wrote:
|
| > O golpe foi descoberto e rendeu alguns anos de prisão ao estelionatário que já se encontrava em excelente condições financeiras (havia sistematizado o sistema para todos os páreos!).
|
| A história é interessante, mas nunca poderia ter acontecido assim.
| Há um problema de marketing. Só uma percentagem reduzida de
| pessoas é que enviaria os R$ 5 000,00. O número inicial de pessoas
| teria que ser maior para compensar.
|
| Mas se aconteceu como você contou, já sabemos como é que o burlão
| foi apanhado. Ele cometeu o erro de mencionar o "imperdivel", uma
| referência conhecida por um número reduzido de pessoas, a maior
| parte das quais pertencente a esta lista. Uma ordem judicial enviada
| ao nosso moderador obrigou-o a revelar todos os emails dos integrantes
| da ciencialist. Com base nessa lista as autoridades investigaram o
| pequeno número de estatisticos e descobriram o culpado.
|
| --
| joão
| http://www.nonio.com
| http://www.explicacoes.com
|
|
|
| *** --- ***
| Material para a pagina de apoio a Ciencialist
| http://www.ciencialist.hpg.com.br
| deve ser enviado para o mail
| ciencialist@MAIL.com
| *** --- ***
|
|
|



SUBJECT: Re: [ciencialist] trote
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 31/01/2001 11:39

Essa jogada, com variacoes, eh historia bem antiga:

http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/6602

Tem, por exemplo, no livro: "Analfabetismo matematico e suas
consequencias" de John Allen Paulos.

Entao foi vc, Brudna, quem me denunciou?

[]s,

Roberto Takata
umseteum@carandiru.br



SUBJECT: Re: [ciencialist] Constantino Tsallis
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 31/01/2001 11:45

On Tue, 30 Jan 2001, _The PhYz wrote:
> Não apenas as revistas nacionais, mas as universidades brasileiras não
> passam de clubes de amigos (e amantes).

Todos nos somos corporativistas... nao q. isso justifique a formacao de
panelas e grupos de exclusao social.

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Notícias de Astronomia
FROM: "Bruno Woltzenlogel Paleo" <bwp@terra.com.br>
TO: "Lilia Arany Prado" <lilia@ov.ufrj.br>, "Joao Batista Garcia Canalle" <canalle@uerj.br>, "MensaBrasilAstronomia" <mensa-astro@yahoogroups.com>, Ciência-List <ciencialist@yahoogroups.com>, "Olympium" <olympium-olympia@yahoogroups.com>
DATE: 31/01/2001 14:11

Olá,

Alguém conhece alguma mailing-list que mande notícias de astronomia
regularmente?

Até mais...

<Bruno Woltzenlogel Paleo>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Notícias de Astronomia
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 31/01/2001 15:02

Bruno Woltzenlogel Paleo wrote:
> Alguém conhece alguma mailing-list que mande notícias de astronomia
> regularmente?

Existe a lista urânia

urania.br@listbot.com
urania.br-subscribe@listbot.com

==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
==========================================================


SUBJECT: Re: [ciencialist] Notícias de Astronomia
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: Ciência-List <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 31/01/2001 16:26

On Wed, 31 Jan 2001, Bruno Woltzenlogel Paleo wrote:
> Alguém conhece alguma mailing-list que mande notícias de astronomia
> regularmente?

Astronomy.com
http://www.spacewarn.com/SpaceWarn2/index.asp?stn=Astronomy

Nasa Space Science
http://spacescience.nasa.gov/announce/listserv.htm

[]s,

roberto takata



SUBJECT: FC do B
FROM: "Daniel Sottomaior [SP]" <cetico@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 31/01/2001 17:10

Gostaria de informar que foi criado um novo grupo de ativismo cético.
Devido a divergências internas, fui afastado da comissão de imprensa
do fcb e agora estou completamente desligado do fórum, ao qual não
mais pertenço. O novo grupo deverá deixar tão claro quanto possível
suas políticas, objetivos e diretrizes, e procurará formalizar-se o
quanto antes. Ele se diferencia essencialmente pela postura mais
engajada, aberta e franca, o que se reflete em declarações claras à
imprensa, orientação para exposição de nossas causas, promoção do
desarmário, rigor com a separação efetiva e completa entre igreja e
estado, etc. As discussões nesse sentido já começaram, e estão
abertas somente a membros, cuja identidade e email serão preservados.


[]s

Daniel
PS: imagino que muitas pessoas irão se interessar por detalhes, mas
não sei se aqui é o lugar mais adequado para dicutir isso.



SUBJECT: FC do B
FROM: "Daniel Sottomaior [SP]" <cetico@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 31/01/2001 17:15

Caros colegas

Venho informar sobre criação de mais um grupo de ativismo cético.
Como fui removido da comissão de imprensa do fcb, estou encerrando
minh participação do fórum, do qual já me desliguei completamente. O
novo grupo deverá deixar tão claro quanto possível suas políticas,
objetivos e diretrizes, e procurará formalizar-se o quanto antes. Ele
se diferencia essencialmente pela postura mais engajada, aberta e
franca, o que se reflete em declarações claras à imprensa, orientação
para exposição de nossas causas, promoção do desarmário, rigor com a
separação efetiva e completa entre igreja e estado, etc. As
discussões nesse sentido já começaram, e estão abertas somente a
membros, cuja identidade e email serão preservados.

http://br.egroups.com/group/ceticismo-br

[]s

Daniel
PS: imagino que muitos se interessarão pelo assunto, mas creio que
aqui não é o melhor lugar para discutir isso.



SUBJECT: FCB (administrador)
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 31/01/2001 18:13

Gostaria que os integrantes da Ciencilist evitassem assuntos
referentes a *politica* adotada pelo FCB (Forum Cetico Brasileiro).
Ou seja, vamos evitar lavar roupa suja por aqui.

Talvez a nova lista Ceticismo-br seja mais indicada para isto.


Ateh mais.
Luis Brudna - administrador da Ciencialist


OBS: nao estou probindo debater ceticismo na Ciencialist, soh acho
adequado evitar falar diretamente sobre o FCB.



SUBJECT: Re: [ciencialist] de Broglie
FROM: "Bruno Woltzenlogel Paleo" <bwp@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 31/01/2001 19:14

> creio que nao. A energia seria a total, ou seja, E=mc^2. Ela aumenta
com
> a velocidade uma vez que a massa aumenta com a velocidade mas eh associada
a
> energia total. Eh importante observar que, quanticamente, nao existe
> velocidade somente o momento.

Mas se usarmos a energia total, podemos encontrar uma frequencia diferente
de 0 para uma partícula parada! Não é estranho?
Obteríamos f = [(m_0)*c^2]/h
Onde m_0 é a massa de repouso da partícula...

> Outra coisa
> importante, a informacao (ou energia) nao viaja com a velocidade da
suposta
> onda associada mas os fenomenos de interferencias podem ser tratados via
onda
> associada em alguns casos.

Ops. Isso não ficou claro para mim...

Valeu,

<Bruno Woltzenlogel Paleo>
http://br.geocities.com/dopelganger5/
bwp@terra.com.br



SUBJECT: Re: [ciencialist] Constantino Tsallis
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 31/01/2001 20:41

Saiu no JC E-Mail de 31/janeiro/2001 - No. 1719:

==========================================

Constantino Tsallis esclarece noticia de sua possivel indicacao ao Nobel

Mensagem de Constantino Tsallis ao "JC E-Mail", enviada em 30/1:

"Acabo de ler a noticia aqui anexa, publicada no JC/SBPC, oriunda de
materia do "Jornal do Commercio", de autoria da jornalista Veronica
Falcao. A existencia de tal noticia evidencia interesse do JC e o da
reporter pelo meu trabalho, pelo que lhes sou grato. Entretanto, notei nela
algumas imprecisoes que acho importante corrigir.

Em materia jornalistica, e' natural que alguns detalhes nao sejam rigorosos,
mas como a materia do Jornal do Commercio esta' tambem sendo divulgada
atraves da rede da SBPC, acho relevante que sejam veiculadas as seguintes
correcoes:

1) Desconheco que a Academia Brasileira de Ciencias, a qual pertenco, tenha
tomado qualquer decisao sobre meu nome como candidato para a honrosa
distincao. O que creio ser verdade e que, generosamente, o prof. Ricardo
Ferreira, tambem academico, propos ha poucos dias a ABC a formacao de uma
comissao de especialistas, presumivelmente em Fisica Estatistica ou areas
correlatas, que se assim o desejar eventualmente analisaria tal
possibilidade, assim como quaisquer outras questoes relacionadas, tais como
procedencia cientifica, procedimentos, epoca, etc.

2) Meus trabalhos ao longo da vida tem merecido dos colegas um numero
significativo de citacoes que muito me honra, mas que e apreciavelmente
inferior a dez mil, em contraste ao mencionado na materia jornalistica.

3) Tenho efetivamente o privilegio de conhecer personalidade tao magnifica
quanto o Prof. Murray Gell-Mann, com quem estou co-organizando evento
internacional em Santa Fe, New Mexico, mas nunca fizemos nenhum trabalho
tecnico juntos. Outrossim, desconheco qualquer evidencia sobre a hipotese
do Prof. Gell-Mann compartilhar ou nao a generosa opiniao do Prof.
Ferreira. Tal questao parece-me inclusive prematura e inoportuna, diria
mais, inconveniente de ser tratada publicamente. Muito prezo, para mim e
para os outros, um minimo de privacidade intelectual.

Muito agradeceria que estes meus presentes esclarecimentos sejam
transmitidos a todos aqueles que receberam o JC em pauta."
==========================================

> Vide um de seus principais artigos (Nonextensive Statistics: Theoretical,
> Experimental and Computational Evidences and Connections) em pdf
> (necessita Adobe Reader) em
> http://www.sbf.if.usp.br/WWW_pages/Journals/BJP/Vol29/Num1/v29_1.pdf e
> dados relativos ao autor em
> http://www.abc.org.br/gina/curriculo.asp?lingua=P&consulta=tsallis

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Godel
FROM: "Bruno Woltzenlogel Paleo" <bwp@terra.com.br>
TO: "Olympium" <olympium-olympia@yahoogroups.com>, Ciência-List <ciencialist@yahoogroups.com>, "OBMList" <obm-l@mat.puc-rio.br>
DATE: 01/02/2001 08:55

Alguem conhece algum bom site sobre o teorema de Godel?

até mais...

<Bruno Woltzenlogel Paleo>
http://br.geocities.com/dopelganger5/
bwp@terra.com.br



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Noticias de Astronomia
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 01/02/2001 11:25

Olá Bruno,
eu recebo periodicamente este:

Endereço eletrônico do JORNAL DE ASTRONOMIA E ASTROGEOLOGIA é:
astrogeologia@sbg-mg.org.br

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[]'
Léo
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-----Mensagem Original-----
De: "Jamil Orlandelli" <orlandel@terra.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: domingo, 28 de janeiro de 2001 07:16
Assunto: [ciencialist] Re: Noticias de Astronomia


|
|
| > Date: Wed, 31 Jan 2001 14:11:46 -0200
| > From: "Bruno Woltzenlogel Paleo" <bwp@terra.com.br>
| >Subject: Notícias de Astronomia
| >
| >Olá,
| >
| >Alguém conhece alguma mailing-list que mande notícias de
| astronomia
| >regularmente?
|




SUBJECT: Re: [ciencialist] Godel
FROM: "Adivinho" <Adivinho@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 01/02/2001 12:41

>Alguem conhece algum bom site sobre o teorema de Godel?

Não sei te servem estes , mas aqui vai

http://www.myrkul.org/recent/godel.htm
http://www.miskatonic.org/godel.html
http://www.ltn.lv/~podnieks/gt5.html

Sérgio M.M. Taborda


SUBJECT: ANDi, o macaquinho transgênico
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: Ciencialist <ciencialist@yahoogroups.com>, Genismo <Genismo@egroups.com>
DATE: 01/02/2001 13:54

DRAUZIO VARELLA

ANDi, o macaquinho transgênico

A biologia começa a decifrar os mecanismos de criação da
vida. No passado, a vida era estudada como um produto
acabado da evolução das espécies, uma massa de atividade
biológica criada por imposição de um conjunto de genes
impossíveis de manipular.
Então, nos anos 50, Watson e Crick descobriram a
estrutura do DNA, a estante-arquivo dos genes, e
aprendemos que eles não passam de substâncias químicas.
Substâncias quimicamente iguais em todas as espécies. O
que nos diferencia de uma bactéria é simplesmente a
complexidade: elas possuem 10 mil genes, e nós, 100 mil
ou mais.
Como consequência, se isolarmos o gene responsável pelo
azul dos olhos de uma criança e, com uma agulha, formos
capazes de implantá-lo numa bactéria, ela não o
estranhará. Ao contrário, passará a considerá-lo seu na
hora de executar o ofício incansável de todos os genes:
mandar produzir proteína. Assim, uma reles bactéria pode
fabricar a proteína que deixa azul o olho da criança.
Foi o que os cientistas fizeram a partir dos anos 60 e
70: transplantaram para bactérias o gene da insulina
humana, interferon, e outras proteínas de interesse
comercial. A tecnologia foi chamada de DNA recombinante.
Em 1980, um grupo de pesquisadores americanos retirou
células da medula óssea de um rato, introduziu nelas um
novo gene e devolveu-as ao animal. Foi o primeiro animal
transgênico. Pouco depois, surgiram os experimentos de
transplantes de genes em óvulos e espermatozóides,
procedimento muito mais radical, porque o gene
transplantado fica definitivamente incorporado ao genoma
e pode ser transmitido às gerações futuras.
A transgenia não ficou limitada aos ratos. Logo
apareceram as ovelhas, porcos e bois -para não falar dos
vegetais transgênicos. Diversas proteínas de interesse
para o homem começam a ser fabricadas por essa
tecnologia que mudará a medicina, a agricultura e a
pecuária.
Neste mês, na revista "Science", pesquisadores do centro
de primatologia de Oregon, nos Estados Unidos, relataram
um trabalho que mais parece curiosidade de almanaque: o
transplante de um gene da água-viva para um macaco reso.
O gene transplantado produz uma proteína (GFP) que exibe
coloração esverdeada quando iluminada por laser. Foi
escolhido um macaco porque a presença da luz verde nos
tecidos do animal seria uma maneira fácil de confirmar o
sucesso do transplante.
O gene foi retirado das células de uma água-viva e
introduzido num vírus para funcionar como vetor do
transplante. Os pesquisadores tomaram, então, 224 óvulos
de macacas e introduziram neles os vírus-vetores
carregando o gene em questão. Depois, fecundaram esses
óvulos, in vitro, com a mesma técnica dos bebês de
proveta.
Os 40 embriões mais vigorosos foram finalmente
implantados no útero de 20 macacas. Nasceram apenas três
macaquinhos, entre eles ANDi, com traços da proteína
esverdeada em seus músculos, cabelos e glóbulos brancos.
Se ANDi será capaz de transmitir o gene a seus
descendentes, isso só saberemos daqui a quatro ou cinco
anos, quando atingir a maturidade sexual.
O assunto ganhou destaque no noticiário internacional. O
olhar meigo do macaquinho no colo da pesquisadora deixou
claro que os transplantes de genes entre espécies
diferentes chegaram muito próximo do homem. Enquanto
eram ratos, porcos ou ovelhas, tudo bem, mas macacos!
Esse tipo de situação gera os mesmos temores da época de
Dolly, a ovelhinha clonada pelo escocês de barba ruiva.
Não faltam visionários para antever hordas de crianças
clonadas para atender ao desejo de tiranos desalmados ou
pais a inserir genes em seus filhos para torná-los mais
espertos.
Embora a tecnologia para obtenção de macacos
transgênicos esteja muito atrasada em relação à
utilizada nos ratos, há razões óbvias para desenvolvê-
la: macacos são primatas como nós. Os conhecimentos
obtidos por meio deles serão fundamentais para
corrigirmos defeitos genéticos que trazem ao mundo
crianças com retardo intelectual, cegueira, deformidades
físicas, além de adultos que terminam a vida com câncer,
infarto do miocárdio ou enclausurados na solidão da
demência senil.
Os transplantes de genes encontrarão tantas aplicações
no tratamento de doenças congênitas e adquiridas que
provocarão uma revolução sem precedentes na história da
medicina.
É absurdo renunciarmos a esse tipo de tecnologia por
medo de possíveis aplicações criminosas. Bastará à
sociedade criar leis que estabeleçam limites rígidos
para esses procedimentos, como fizemos para os
transplantes de órgãos, por exemplo.






SUBJECT: Re: [ciencialist] de Broglie
FROM: Eduardo <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 01/02/2001 21:05

Bruno Woltzenlogel Paleo wrote:

> > creio que nao. A energia seria a total, ou seja, E=mc^2. Ela aumenta
> com
> > a velocidade uma vez que a massa aumenta com a velocidade mas eh associada
> a
> > energia total. Eh importante observar que, quanticamente, nao existe
> > velocidade somente o momento.
>
> Mas se usarmos a energia total, podemos encontrar uma frequencia diferente
> de 0 para uma partícula parada! Não é estranho?
> Obteríamos f = [(m_0)*c^2]/h
> Onde m_0 é a massa de repouso da partícula...
>
> > Outra coisa
> > importante, a informacao (ou energia) nao viaja com a velocidade da
> suposta
> > onda associada mas os fenomenos de interferencias podem ser tratados via
> onda
> > associada em alguns casos.
>
> Ops. Isso não ficou claro para mim...
>
> Valeu,

Oi,

Supostamente, eu enviei uma mensagem comentando essa resposta. Alguem
recebeu?

obrigado, Eduardo.



SUBJECT: Re: [ciencialist] de Broglie
FROM: "Bruno Woltzenlogel Paleo" <bwp@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 02/02/2001 14:18

> Oi,
>
> Supostamente, eu enviei uma mensagem comentando essa resposta. Alguem
> recebeu?

Não recebi...



SUBJECT: [Fwd: Re: [ciencialist] de Broglie]
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 03/02/2001 02:17


Bruno Woltzenlogel Paleo wrote:
>
> > creio que nao. A energia seria a total, ou seja, E=mc^2. Ela aumenta
> com
> > a velocidade uma vez que a massa aumenta com a velocidade mas eh associada
> a
> > energia total. Eh importante observar que, quanticamente, nao existe
> > velocidade somente o momento.
>
> Mas se usarmos a energia total, podemos encontrar uma frequencia diferente
> de 0 para uma partícula parada! Não é estranho?
> Obteríamos f = [(m_0)*c^2]/h
> Onde m_0 é a massa de repouso da partícula...
>
> > Outra coisa
> > importante, a informacao (ou energia) nao viaja com a velocidade da
> suposta
> > onda associada mas os fenomenos de interferencias podem ser tratados via
> onda
> > associada em alguns casos.
>
> Ops. Isso não ficou claro para mim...
>
> Valeu,

Oi,

é o seguinte: vc pode associar uma onda, por ex, a um elétron. A
velocidade desta suposta onda seria
f*l onde f=frequencia e l=comprimento de onda (dependendo da definição
vc pode inserir um 2Pi aí no meio). A velocidade desta onda é maior do
que a da luz no vácuo quando a partícula viaja a velocidades menores do
que c. Todavia, não é essa onda associada que transmite a energia e sim
o próprio elétron ou, se vc quiser, a frente de onda do pacote que
localiza o elétron. Se vc pensar em uma bola, a onda associada a bola
não transmite energia mas a própria bola com a velocidade que ela foi
jogada. A onda serve para, usando o seu comprimento ou a sua frequência,
prever as figuras de interferências quando forem feitas experiências
como a da fenda dupla porque a forma da figura de interferência, regiões
de interferências construtivas ou destrutivas, etc.. dependem destas
variáveis. Esta onda é, somente, um artifício matemático para se
quantificar as características ondulatórias da partícula e ela não pode
ser usada sempre, é uma simplificação interessante para, por exemplo,
partículas livres.

um abraço, Eduardo.


SUBJECT: [Fwd: Re: [ciencialist] de Broglie]
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 03/02/2001 02:18



--
>
> > creio que nao. A energia seria a total, ou seja, E=mc^2. Ela aumenta
> com
> > a velocidade uma vez que a massa aumenta com a velocidade mas eh associada
> a
> > energia total. Eh importante observar que, quanticamente, nao existe
> > velocidade somente o momento.
>
> Mas se usarmos a energia total, podemos encontrar uma frequencia diferente
> de 0 para uma partícula parada! Não é estranho?
> Obteríamos f = [(m_0)*c^2]/h
> Onde m_0 é a massa de repouso da partícula...
>
> > Outra coisa
> > importante, a informacao (ou energia) nao viaja com a velocidade da
> suposta
> > onda associada mas os fenomenos de interferencias podem ser tratados via
> onda
> > associada em alguns casos.
>
> Ops. Isso não ficou claro para mim...
>
> Valeu,
>
Oi,

só para completar a mensagem anterior: Um exemplo muito útil de uma
construção matemática que auxilia na hora de resolvermos problemas é o
método de imagem. Em alguns casos, criamos artificialmente uma partícula
carregada e a localizamos a fim de se calcular o potencial eletrostático
de sistemas como planos ou esferas carregadas. A partícula, obviamente,
não existe de fato mas facilita, e muito, o cálculo do potencial em
alguns casos.

um abraço, Eduardo.


SUBJECT: Crepusculo Biologico
FROM: msbn@daterranet.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 04/02/2001 07:01

Olá, pessoal

Vejam este trecho terrível do livro "O Homem em Evolução" de T.
Dobzhansky, sobre a ameaça do crepúsculo biológico da humanidade:

<<(...) Alguns biólogos, entre os quais Muller é um dos mais
credenciados e infatigáveis, estão advertindo que a seleção natural
estabilizante ou normalizadora está desaparecendo nas populações
humanas. Afirmam que os índices de mutação estão sendo aumentados não
só por radiações, mas talvez também por contato e ingestão de algumas
das drogas a que quase todos estão expostos nessa era química. E, em
face dos índices crescentes de mutação, a eliminação de mutantes
prejudiciais não está mais ocorrendo tão rápida e eficientemente como
no passado. As taras genéticas estão portanto crescendo nas
populações humanas. Essa situação perigosa ocorre, por estranho que
pareça, devido às condições de vida em rápida melhoria, em particular
os poderes crescentes da medicina moderna.

<<(...) O cuidado médico e a vida abrigada e cuidadosa poupam muitas
vidas, e assim aumentam a incidência das mesmas doenças nas gerações
seguintes. (...) O destino para o qual o gênero humano está navegando
foi pintado por Muller (1950) em cores muito sombrias: `A quantidade
de deficiências genéticas suportadas pelo indivíduo médio, embora ele
tenha todas as técnicas da civilização a trabalhar para mitigá-las,
deverá a esse tempo ser tão grande em presença dessas técnicas como
eram nos tempos paleolíticos sem elas. Mas, em vez das pessoas
gastarem seu tempo e energia na luta contra inimigos externos de tipo
primitivo, tais como fome, dificuldades climáticas e animais
selvagens, elas se dedicarão principalmente ao esforço de viver
cuidadosamente, de poupar e amparar suas próprias debilidades, de
aliviar suas desarmonias internas e, em geral, de se tratar tão
eficientemente quanto possível. Pois cada qual será um inválido com
suas próprias deformidades familiares... A organização natural
biológica de nossos descendentes ter-se-á de fato desintegrado e sido
substituída por desordem completa... Seria no fim muito mais fácil e
mais sensato manufaturar um homem completo de novo, a partir de
matérias-primas adequadamente escolhidas, do que tentar recolocar em
forma humana as relíquias dignas de piedade que terão restado.'>>

O que vocês acham? Esta tese de Muller está mesmo correta e completa
ou será que faltam algumas peças nesse quebra-cabeça?

Abraços,
Manuel Bulcão




SUBJECT: Re: [ciencialist] Crepusculo Biologico
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 04/02/2001 19:42



msbn@daterranet.com.br wrote:

>
> O que vocês acham? Esta tese de Muller está mesmo correta e completa
> ou será que faltam algumas peças nesse quebra-cabeça?

A tese é absurda. O único critério de aptidão genética é a
sobrevivencia.
Se as pessoas sobrevivem e se conseguem reproduzir-se então estão bem
adaptadas ao mundo em que vivem.
É engraçado como este tipo de teses surge numa época em que a humanidade
está a crescer exponencialmente.

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com




SUBJECT: Re: [ciencialist] Crepusculo Biologico
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 05/02/2001 10:18

msbn@daterranet.com.br wrote:

> Olá, pessoal
>
> Vejam este trecho terrível do livro "O Homem em Evolução" de T.
> Dobzhansky, sobre a ameaça do crepúsculo biológico da humanidade:
>
> <<(...) Alguns biólogos, entre os quais Muller é um dos mais
> credenciados e infatigáveis, estão advertindo que a seleção natural
> estabilizante ou normalizadora está desaparecendo nas populações ...

De certo modo isto realmente pode acontecer.
Em sociedades onde doencas geneticas q antes , por um motivo
ou outro, impediam a sua propagacao genetica hoje ja nao ocorre.
Isto eh, atraves da medicina e tecnicas modernas o portador de genes
defeituosos ja pode ter filhos e assim estes genes sao propagados
muito mais facilmente que outrora.
O que vai acontecer , a medio prazo, eh que o homem vai ficar cada
vez mais dependente da medicina para sobreviver que outrora.

Mas a longo prazo acredito q atraves de tecnicas geneticas se consiga
corrigir os defeitos geneticos *antes* que a crianca nasca (talvez
manipulando
geneticamente os gametas envolvidos ) .
Ou seja esta "degeneracao da humanidade" seria estancada pelas mesmas
tecnicas que a patrocinaram. ( numa visao otimista, claro)

[]s
jocax

>

> foi pintado por Muller (1950) em cores muito sombrias: `A quantidade
> de deficiências genéticas suportadas pelo indivíduo médio, embora...

> pessoas
> gastarem seu tempo e energia na luta contra inimigos externos de tipo
> primitivo, tais como fome, dificuldades climáticas e animais
> selvagens, elas se dedicarão principalmente ao esforço de viver
> cuidadosamente, de poupar e amparar suas próprias debilidades, de
> aliviar suas desarmonias internas e, em geral, de se tratar tão
> eficientemente quanto possível. Pois cada qual será um inválido com
> suas próprias deformidades familiares... A organização natural
> biológica de nossos descendentes ter-se-á de fato desintegrado e sido



SUBJECT: Re: [ciencialist] Crepusculo Biologico
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 05/02/2001 11:23

> msbn@daterranet.com.br wrote:
> > O que vocês acham? Esta tese de Muller está mesmo correta e completa
> > ou será que faltam algumas peças nesse quebra-cabeça?

Manuel,

o Miranda esta' correto. a peca q. falta nesse quebra-cabeca eh a
tecnologia: perceba q. a permanencia de alelos q. de outro modo seriam
deleterios soh se da' em funcao da existencia de uma alteracao ambiental
q. elimina a caracteristica desvantajosa do alelo -- sumamente pela
tecnologia.

[nao q. seja gdes coisas para a humanidade, mas eu soh estou vivo hj em
funcao dos oculos (noves fora vacinas e quetais). e se a humanidade nao
depende da minha existencia (nao depende), podemos listar quatro-olhos
fundamentais para a historia da civilizacao.]

[]s,

roberto takata



SUBJECT: off-topic? não!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: Lista_Ciências <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 05/02/2001 14:14

Como todos dos ciencialist participaram da evolução do Imperdível e comigo colaboraram nas expansão das idéias, julgo correto e fico feliz em participar que, o marcador do www.feiradeciencias.com.br atingiu os 842.400 pages/view, com média de 66.500 visitas/mês. A Convex, onde hospedo meu site, passou o contador para registrar pages/view, e enviou-me gratificante correspondência de parabéns os quais distribuo a todos.

Saúdo-os,
[s]

Léo


Luiz Ferraz Netto
UIN#: 31028111
leo@barretos.com.br
leo@esquinas.com.br
www.feiradeciencias.com.br



SUBJECT: Re: [ciencialist] off-topic? não!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 05/02/2001 14:29

expansão = expansões .... sorry :-)
[]'
Léo



SUBJECT: Pensamento animal
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 05/02/2001 20:57

O ESTADO DE S. PAULO, 05-02-2001

TESE DE QUE ANIMAIS PENSAM GANHA FORÇA
EMILY EAKIN, The New York Times

NOVA YORK - Desde 1990, uma série de novas informações fortaleceu a
hipótese de que os animais pensam. No Arizona, um papagaio cinzento
africano chamado Alex pode identificar cores e formas assim como
qualquer criança na pré-escola. Na Geórgia, um macaco, Kanzi,
conversa com seu treinador por meio do teclado do computador e
assiste a filmes do Tarzan na televisão. Há duas semanas,
pesquisadores do Massachusetts Institute of Technology publicaram
evidências de que os ratos sonham. Programas que apresentam a animais
quebra-cabeças disfarçados como brinquedos e truques transformaram-se
numa situação comum no cotidiano dos zoológicos. [e]

http://www.estado.estadao.com.br/editorias/2001/02/05/ger386.html

---------
Desculpe pela repeticao, sei que algumas pessoas jah devem ter lido a
noticia, mas achei interessante colocar tbem na Ciencialist.

Ateh mais.
Luis Brudna





SUBJECT: Computacao distribuida
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 05/02/2001 21:25

Para quem tem interesse em projetos semelhantes ao SETI@HOME, um
link interessante eh

http://www.nyx.net/~kpearson/distrib-projects.html

Eu jah testei...
Folderol - neste nao consegui ter ideia do que relmente foi
processado.
Golem@home - apresentou problemas de migracao em uma versao antiga.
ProcessTree - funciona adequadamente.
Entropia - para fazer processamentos de projetos uteis, requer
computador com no minimo 64MB.
Parabon - nao consegui configurar adequadamente, ou entao requer alta
capacidade de processamento.
ClickWorkers(Nasa) - requer interacao direta para realizar o trabalho
e ateh onde consegui entender, soh funciona on-line.

O restantes dos projetos nao testei pelos seguintes motivos:
- funcionam somente com conexao permanente (nao funciona com modem)
- precisam de alta capacidade de processamento
- nao tive interesse :)

Ateh mais.
Luis Brudna



SUBJECT: Turbulencia
FROM: Paulo Sérgio Dias <psdias@zaz.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 06/02/2001 07:53

Amigos:

- Frequentemente, leio ou ouco o
termo "turbulencia", relacionado
a algum assunto da Fisica

- Associo esse termo a, por exemplo,
um aviao sendo sacudido por uma
rajada de vento que sopra de
modo "desordenado". Outra ideia
que me vem `a mente e' o redemoinho
de um furacao, ou o escoamento
da agua durante uma grande enchente.

- Pergunto:

a) Qual e' o conceito exato de "turbulencia" ?
b) Que area da Fisica estuda a turbulencia ?
c) Que problemas importantes ja' foram resolvidos,
em relacao `a turbulencia ?
d) Que problemas permanecem em aberto, em relacao
`a turbulencia ?
e) Que areas da Matematica sao utilizadas no
estudo da turbulencia ?

- Se alem destas questoes houver algo interessante
para se comentar, gostaria de saber.

- Gentileza responder em termos simples,
visto que meus conhecimentos de Fisica
sao de nivel de segundo grau.

Paulo
psdias@globo.com.br



SUBJECT: Re: [ciencialist] Turbulencia
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 06/02/2001 09:50

Olá Paulo,
vamos 'tecer' alguns comentários para o assunto, visto que não se trata de tema elementar ou disponível nos livros do Ensino médio:

A turbulência é uma modalidade de escoamento (assunto da fluidodinâmica) que toma importância quando o fluido supera uma determinada velocidade denominada 'velocidade crítica' (Vk). Se o fluido que estava apresentando velocidade de escoamento v < Vk , num movimento simétrico e calmo (escoamento laminar), ocorrerá, quando v > Vk, a formação de turbilhões ou vórtices, que se desprendem. O aspecto do escoamento sofrerá mudanças contínuas, nestas condições.
A causa do aparecimento dos vórtices (ou turbulências) é o atrito interno do fluido. Para explicar esse desenvolvimento, mesmo considerando a situação simples do fluido escoando ao longo de uma tubulação contendo uma esfera fixa central (é bastante interessante analisar como evoluem as partículas ao redor da esfera) vai requerer algumas figuras, analise de variações de pressão, energia cinética etc.
Um motivo simples da dificuldade da exposição é o seguinte: um vórtice tem, por causa de seu movimento de rotação, energia cinética. Para se criar esta energia cinética é necessário trabalho. A esse trabalho corresponde o aparecimento de uma resistência de escoamento (resistência puramente vortical ou turbilhonar ou, ainda, resistência de pressão). Essas resistências de pressão tornam-se muito importante no caso de fluidos não muito viscosos.

Como disse, são apenas pequenas 'tecelagens' dentro do enorme tecido que é a hidro e aerodinâmica envolvida no tema.

[]'
Léo
====================
-----Mensagem Original-----
De: "Paulo Sérgio Dias" <psdias@zaz.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: terça-feira, 6 de fevereiro de 2001 07:53
Assunto: [ciencialist] Turbulencia


| Amigos:
|
| - Frequentemente, leio ou ouco o
| termo "turbulencia", relacionado
| a algum assunto da Fisica
|
| - Associo esse termo a, por exemplo,
| um aviao sendo sacudido por uma
| rajada de vento que sopra de
| modo "desordenado". Outra ideia
| que me vem `a mente e' o redemoinho
| de um furacao, ou o escoamento
| da agua durante uma grande enchente.
|
| - Pergunto:
|
| a) Qual e' o conceito exato de "turbulencia" ?
| b) Que area da Fisica estuda a turbulencia ?
| c) Que problemas importantes ja' foram resolvidos,
| em relacao `a turbulencia ?
| d) Que problemas permanecem em aberto, em relacao
| `a turbulencia ?
| e) Que areas da Matematica sao utilizadas no
| estudo da turbulencia ?
|
| - Se alem destas questoes houver algo interessante
| para se comentar, gostaria de saber.
|
| - Gentileza responder em termos simples,
| visto que meus conhecimentos de Fisica
| sao de nivel de segundo grau.
|
| Paulo
| psdias@globo.com.br
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SUBJECT: Fwd: Science's Human Genome Issue
FROM: "Daniel Sottomaior P." <cetico@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com, sbcr@egroups.com, ceticismo-br@egroups.com
DATE: 06/02/2001 14:39

>From: "Donald Kennedy" <memuser@aaas.org>
>Reply-To: "AAAS Member Services" <memuser@aaas.org>
>To: CETICO@HOTMAIL.COM
>Subject: Science's Human Genome Issue
>Date: Tue, 06 Feb 2001 08:33:48 -0500
>
>**DISCOVER THE FUTURE...
>IN SCIENCE'S UPCOMING HISTORIC PUBLICATION OF THE
>SEQUENCED HUMAN GENOME**
>
>Beginning February 12, Science readers will witness the unveiling of an
>historic scientific achievement: the publication of the sequence for the
>human genome. The suite of peer-reviewed papers appearing
>exclusively in Science reveals a number of seminal findings, whose
>implications will reverberate throughout the research community for
>years to come.
>
>Key papers and perspectives presented in this issue will also provide a
>context in which to place this historic breakthrough. What do the data
>mean and what are the implications for genetic disease? How will a
>deeper understanding of the human genome affect the way we see
>ourselves...the potential for racial and other forms of
>discrimination...the future of the field? What advances can be
>anticipated in genome-related research in the future?
>
>In addition, Science readers will get a deep look behind the data. You'll
>learn how this innovative research team developed a revolutionary
>technique for sequencing the genome, known as "the shotgun strategy."
>As a direct result, the 95% complete sequence has been achieved both
>more accurately (estimated at 99.96%), and *much* sooner than had
>initially been expected by the planners of the government-based
>project. You'll gain new insights on the implications of this research for
>molecular evolution, data mining, and bioinformatics through Science's
>unique analysis and expert opinions.
>
>This historic issue of Science will be posted online, free of charge, on
>February 12, and will appear in print on February 16. The printed issue
>will also contain the 11th in Science's series of Genome Maps, as well
>as a giant 4' X 4' poster of the sequenced genome directly from the
>research.
>
>Only AAAS members and subscribers to Science are guaranteed to
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SUBJECT: protesto contra a SI
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: bio-l@egroups.com
CC: sbcr@egroups.com, ceticismo-br@egroups.com, fcb@egroups.com, ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 06/02/2001 15:37

A Superinteressante tem conseguido nos brindar com surpresas desagradaveis
desde a sua ultima 'reforma' grafica e editorial.

A mais nova bobagem eh a capa q. poe duvidas de forma irresponsavel
(irresponsavel eh uma expressao q. bem caracteriza o comportamento da
revista ultimamente) 'a vacinacao: "Vacinas fazem bem ou mal?" (02/01)

http://www2.uol.com.br/super/revista/reportag/0201/1612.html

[somente para assinantes]

Ali misturam-se preocupacoes legitimas sobre a qualidade das vacinas
produzidas com insinuacoes absurdas de q. as campanhas de vacinacao devem
ser abolidas.

No corpo da reportagem ha' uma citacao de Fritjof Capra como suporte de
uma argumentacao... A Super perdeu os rumos completamente...

Precisamos protestar contra esse tipo de desrespeito. (Deveria ter um
artigo nno codigo penal q. considerasse isso um crime.)

email da redacao:

superleitor.abril@atleitor.com.br

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] protesto contra a SI
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 06/02/2001 16:44

Lido e aprovado. Já enviei minha parcela de descrédito á revista e tudo mais.
[]'
Léo ... e fui bem pesado no texto .......


-----Mensagem Original-----
De: "Roberto Mitsuo Takata" <rmt@ib.usp.br>
Para: <bio-l@egroups.com>
Cc: <sbcr@egroups.com>; <ceticismo-br@egroups.com>; <fcb@egroups.com>; <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: terça-feira, 6 de fevereiro de 2001 15:37
Assunto: [ciencialist] protesto contra a SI


| A Superinteressante tem conseguido nos brindar com surpresas desagradaveis
| desde a sua ultima 'reforma' grafica e editorial.
|
| A mais nova bobagem eh a capa q. poe duvidas de forma irresponsavel
| (irresponsavel eh uma expressao q. bem caracteriza o comportamento da
| revista ultimamente) 'a vacinacao: "Vacinas fazem bem ou mal?" (02/01)
|
| http://www2.uol.com.br/super/revista/reportag/0201/1612.html
|
| [somente para assinantes]
|
| Ali misturam-se preocupacoes legitimas sobre a qualidade das vacinas
| produzidas com insinuacoes absurdas de q. as campanhas de vacinacao devem
| ser abolidas.
|
| No corpo da reportagem ha' uma citacao de Fritjof Capra como suporte de
| uma argumentacao... A Super perdeu os rumos completamente...
|
| Precisamos protestar contra esse tipo de desrespeito. (Deveria ter um
| artigo nno codigo penal q. considerasse isso um crime.)
|
| email da redacao:
|
| superleitor.abril@atleitor.com.br
|
| []s,
|
| Roberto Takata
|
|
|
| *** --- ***
| Material para a pagina de apoio a Ciencialist
| http://www.ciencialist.hpg.com.br
| deve ser enviado para o mail
| ciencialist@MAIL.com
| *** --- ***
|



SUBJECT: Re: [ciencialist] Pensamento animal
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 06/02/2001 17:27

agora falta estudos pra verificar se os nossos politicos e
pseudocientistas sao capazes da mesma proeza...

[]s,

roberto takata

On Mon, 5 Feb 2001 lrb@if.ufrgs.br wrote:

> O ESTADO DE S. PAULO, 05-02-2001
>
> TESE DE QUE ANIMAIS PENSAM GANHA FORÇA
> EMILY EAKIN, The New York Times



SUBJECT: Re: [ciencialist] Pensamento animal
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 06/02/2001 21:07

-----Mensagem Original-----
De: "Roberto Mitsuo Takata"
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: Terça-feira, 6 de Fevereiro de 2001 17:27
Assunto: Re: [ciencialist] Pensamento animal

> > TESE DE QUE ANIMAIS PENSAM GANHA FORÇA
> > EMILY EAKIN, The New York Times
> agora falta estudos pra verificar se os nossos politicos e
> pseudocientistas sao capazes da mesma proeza...

Estás a sugerir o que? Pensei nas seguintes alternativas:

1) É possível que nossos políticos pensem.
2) Nossos políticos são animais.
3) Nossos políticos não estudam (falta estudos).
4) Nossos políticos pensam que são cientistas (pseudo).
5) Nossos políticos são incapazes
6) Todas as anteriores.
7) Todas as anteriores e mais algumas.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm




SUBJECT: A Evolucao da Fisica III
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 07/02/2001 05:21

O texto abaixo é cópia da item 3 do capítulo 4 do meu livro Os Átomos
Também Amam (1984). O título do capítulo é "Da Física Antiga à Física
Moderna". O item 1 (Introdução) foi apresentado na msg 7925 e está no URL
http://www.egroups.com/message/ciencialist/7925 e o item 2 foi apresentado
na msg 7977 (A Estrutura da Matéria no Contexto Histórico) e está no URL
http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/7977

______________________________

Da Física Antiga à Física Moderna

4.3 O Movimento da Matéria no Contexto Histórico

A física do movimento, ou mecânica, é tão antiga quanto a física da matéria.
E não foram outros que não os gregos os primeiros a partirem em busca dos
princípios que regem o movimento da matéria. E a lógica suprema, diretriz da
física da antigüidade deve, se não aceita, pelo menos se incorporar na mente
de quem quer que ouse criticar os conceitos estabelecidos pelos gregos, sob
pena de cairmos no ridículo de combatermos um inimigo inexistente, negando o
que jamais foi afirmado. Erros de conceituação existem tanto na física
antiga quanto na clássica e certamente serão encontrados na moderna; porém,
em termos de lógica, a física da antigüidade parece-me impecável.

É comum a crítica à afirmação de Aristóteles de que "se alguma coisa se
move, algo deve estar empurrando-a ou segurando-a enquanto estiver em
movimento" (7). Ora, a dualidade da afirmação assegura a sua veracidade em
termos de física clássica: ou trata-se de um movimento acelerado, ou de um
movimento retardado! Em nada esta afirmação entra em contradição com a lei
da inércia de Galileu ou de Descartes, segundo alguns (8), a qual é uma
condição limite e hipotética e que representa exatamente o ponto a partir do
qual o ato de empurrar transforma-se no ato de segurar. Erros existem na
física aristotélica do movimento apenas no estabelecimento de leis; ou seja,
na mensuração dos fenômenos físicos. Assim, Aristóteles, segundo afirmam,
acreditava que uma pedra ao ser lançada percorresse uma trajetória
retilínea, sendo "empurrada" pela atmosfera até certo ponto; depois "cairia
verticalmente: (7 e 9). Convenhamos que não é fácil, utilizando os recursos
disponíveis na época, e abstendo-se de uma interpretação "ao pé da letra",
negar categoricamente tal crença.

Outra afirmação de Aristóteles ridicularizada pelos senhores da verdade de
nosso tempo seria a de que "os corpos pesados caem mais rapidamente que os
leves". Por acaso não é verdade? Talvez não para os selenitas... para não
dizer os lunáticos. "Mas os selenitas não respiram!" Não tem uma atmosfera a
"segurar" os corpos que caem! "Vivem" num mundo fisicamente ideal, imaginado
por uma mente privilegiada e incompreendida até mesmo por muitos de seus
pretensos defensores. Refiro-me a Galileu, o primeiro, dentre os poucos
físicos de nosso milênio (10), em condições de negar Aristóteles. Mas
deixando as condições ideais de lado, qualquer criança sabe que "no outono
as folhas caem"; e o fazem numa velocidade muito inferior que a da maçã que
inspirou a Newton.

A física do movimento estava, portanto, na antigüidade, caminhando a passos
largos para a concretização de seu velho sonho: a constatação da existência
de uma lógica suprema a unificar todas as ciências; e a obtenção dos
princípios unificantes. Outra não foi o pensamento de Aristóteles ao admitir
que a mecânica celeste obedecia a leis diferentes das que regem os
movimentos da Terra. Estes últimos necessitam de um "empurrão" contínuo para
se manterem indefinidamente com velocidade constante; nada se mantém na
situação idealizada por Galileu se as condições não forem ideais. Os corpos
celestes, no entanto, aproximam-se da inércia galileana; se não se movem
retilineamente, pelo menos o fazem de maneira uniforme, contínua e
constante. Atrito e vácuo eram pouco ou quase nada conhecidos na
antigüidade; e ainda hoje pouco se sabe sobre os mesmos. Até onde ia a
atmosfera ninguém sabia, como também não sabiam os físicos há até bem pouco
tempo até onde ia o éter; e os que julgam correta a hipótese da inexistência
do éter não devem esquecer que ela é baseada em suposições. Portanto, nada
mais lógico do que admitir que alguém estaria "empurrando" os corpos
celestes. Este era o limite da física grega; um ponto de indeterminismo onde
só restava ignorar ou postular a existência dos "motores divinos
principais". Até mesmo as mais modernas teorias que ousam imaginar
partículas com energia negativa, na tentativa de construir um modelo de
origem do Universo "a partir do nada", necessitam de um buraco negro
gigantesco e exterior a esse nada cuja origem jamais será explicada pela
própria teoria. Vê-se pois que os "motores divinos principais" de
Aristóteles representam um recurso legítimo utilizado com outros nomes por
todos aqueles que atingiram as fronteiras da ciência de sua época.
Ridicularizar Aristóteles é o mesmo que não acreditar na evolução da
ciência; é o mesmo que admitir que amanhã ninguém haverá de contestar os
absurdos que hoje concebemos. É o mesmo que negar a ciência, pois que só
existirá ciência enquanto as "verdades" puderem ser contestadas.

A mecânica newtoniana teve seu início com Galileu. Seu principal mérito foi
notar que reduzindo o que hoje conhecemos como atrito, os fenômenos
mecânicos observáveis aproximam-se cada vez mais da obediência a leis
simples onde massa e volume deixam de interferir nos resultados. Já nos
referimos às leis da inércia e da queda livre. Newton notou a ambigüidade
desta última concebendo a lei da gravitação universal. Eram todas leis
limites ou de campo de aplicação restrito e válidas, portanto, para
situações ideais.

No auge da aplicação do novo método e em meio a tantos avanços constatados
ou previstos, uma segunda abstração foi feita, talvez por Newton, talvez por
algum de seus discípulos ou correspondentes: o conceito de ponto material.
Era mais uma condição limite surgida, talvez, da verificação que em relação
ao sistema solar a Terra pode ser representada por um ponto; da mesma forma
que em relação a um estádio, a bola de futebol é um ponto. Mas daí a admitir
que se sujeitem a leis semelhantes, convenhamos: foi um passo ousado. Ousado
mas válido para o estágio em que a física se encontrava.

Se o Sol, a Terra e a Lua geram um campo gravitacional, porque não uma bola
de bilhar, um nêutron ou um corpúsculo de luz? O nêutron não era conhecido
naquela época mas o corpúsculo de luz já era suspeitado, pelo menos por
Newton. Será que um corpúsculo de luz, ou mesmo um fóton da física moderna,
gera um campo gravitacional? Se tiver massa, sim, dirá um seguidor de
Newton; mas Newton nunca fez esta afirmação, embora considerasse seus
corpúsculos como tais; e porque não com massa? Será que um fóton atrai outro
fóton?

A comprovação de que o fóton é atraído por um campo gravitacional é
relativamente recente. A luz oriunda de uma estrela curva-se ligeiramente ao
atravessar o campo gravitacional solar; logo, se abstrairmo-nos das
considerações relativistas a respeito da geometria do espaço, podemos dizer
que os fótons são atraídos pelo Sol. Mas isso não é o mesmo que dizer que o
fóton cria um campo gravitacional; e nem mesmo que o fóton atraia o Sol na
razão direta de sua massa. Pois do contrário estaríamos admitindo a
gravitação como uma propriedade inerente à matéria. E Newton, apesar de ter
enunciado a lei da atração gravitacional, não quis assumir este compromisso.
Afinal, ele não sabia, como ainda hoje não se sabe, a que se deve a atração
gravitacional; e, ao que tudo indica, imaginava-a como se fosse um fenômeno
complexo relacionado a princípios simples.

Mas sendo um fenômeno complexo, a gravitação não poderia ser gerada por uma
partícula simples. E, para salvar seus princípios, Newton sacrificou suas
leis, aceitando a luz como constituída por corpúsculos que talvez não
obedecessem integralmente. Poucos entenderam esse sacrifício. Sua lógica era
perfeita mas não soube transmiti-la a seus discípulos. Talvez porque o
fóton, ainda que não tão complexo, a ponto de criar um campo gravitacional,
não fosse tão simples, chegando às vezes a simular um fenômeno ondulatório.

A mecânica de Einstein baseia-se na aceitação da luz como onda
eletromagnética. E chega a explicar os achados de Michelson e Morley através
de postulados a assumirem a constância universal da velocidade da luz no
vácuo, incluindo uma absurda, no sentido em que vai contra o senso comum,
independência do sistema referencial em consideração. Vejam que é
impossível, ainda que mentalmente, situar um referencial em um feixe de luz.
Se imaginarmos um referencial à velocidade da luz em relação à Terra, um
feixe de luz com mesma direção e sentido se afastará deste referencial na
velocidade da luz. E no entanto, em relação à Terra, ambos possuem a mesma
velocidade.

A idéia, ainda que revolucionária, tem sua lógica, tem seu apoio
experimental e tem o seu lado óbvio. E chega quase a explicar alguns
aparentes absurdos da mecânica newtoniana. E, por falta de uma explicação
menos fantástica para estes "absurdos", tem sido aceita, não sem
contestações e não sem que se procure por uma explicação mais óbvia, mais
realista e mais lógica.

______________________________

(7) E.E.Snyder, ibid., p.22.

(8) S.Drake, La manzana de Newton y el Dialogo de Galileo, Investigation y
Ciencia, número 49, outubro de 1980, p.108.

(9) J.Osada, Evolução das idéias da física, Ed. Edgard Blücher Ltda, São
Paulo, 1979, p.23.

(10) Este artigo foi escrito em 1983.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Dialogos com um jovem teorizador
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 07/02/2001 07:47

Abaixo, trechos de um diálogo que venho mantendo com um jovem teorizador
designado por S. Espero que sirva para estimular outros jovens que, via de
regra, são profundamente desestimulados a seguir suas vocações em prol de
uma "mediocrização deliberada", política esta que tem, como único "mérito",
manter os incompetentes em altos cargos universitários do país. Espero
também que sirva para mostrar que não sou tão avesso ao diálogo e a outras
idéias que não as minhas, como alguns jovens ciencialisteiros, defensores
desse deletério "status quo", deixam transparecer nas entrelinhas do que
escrevem.

S.: Ao escrever aquele subtítulo, eu pensei escrever "Evitando o tapete" ,
mas acho que tens direitos autorais sobre isso :-))

Alberto: Alto lá! O tapete é meu, "ninguém tasca, eu vi primeiro" :-)) .
Aliás, brincadeiras a parte, o tapete é de Thomas Khun. Com uma pequena
diferença entre o nosso comportamento. Ele, despudoradamente, defende a
existência do tapete como a coisa mais lógica do mundo e eu acho que a
prática da adoção do tapete é um dos diferenciais que poderíamos utilizar
para demarcar os limites entre a ciência verdadeira e a pseudociência.

S.: Em teus comentários, na msg anterior, dizias algo sobre o pensamento de
Einstein, quando ele foi mexer na Teoria do Campo Unificado. Na realidade me
baseei em algo bastante anterior.

Alberto: Digo que as idéias são parecidas mas não exatamente iguais. Para
ser mais claro, o que me parece é que elas sujeitam-se a princípios
semelhantes. Em outras palavras, assim como digo que minha física segue os
cânones newtonianos, diria que a tua parece seguir os cânones einsteinianos.

S.: Falas que "minha" teoria parece ter algo a ver com Quântica... pelo
menos física moderna...

Alberto: Com a física moderna sim, pelo menos na versão de French e no
sentido acima apontado (segue os cânones einsteinianos). Com a física
quântica, não!!! Aliás, espero ter deixado isso claro quando afirmei:
"...conquanto não tenha ainda observado nenhum comprometimento com a teoria
quântica." A não ser que introduzas alguma outra hipótese a contradizer-me.
De qualquer forma, parece-me que em termos de hipóteses a teoria ainda está
incompleta. Isso não é crítica pois a física de Newton ainda hoje, após mais
de 300 anos de formulada, está incompleta, algo que nenhum dos físicos do
século XX se deu conta.

S.: ...não posso dizer que não, mas não foi por ai que comecei. Acontece que
a quântica aparece como um "ramo" da NTI.

Alberto: É sob esse aspecto que digo que poderás no futuro contradizer-me
:-). Seria o caso, por exemplo, do tronco geral, onde permitistes a fixação
desse ramo doentio, adquirir metástases. Do contrário, será suficiente
extirpar o cancro quântico :-) e é possível que, nestas condições, a tua
teoria tenha tudo para fazer sucesso :-)). Se precisares de um cirurgião
conte comigo. No meu tempo de medicina eu era clínico mas para extirpar
esses tumores quânticos vagabundos :-) creio que "dá para encarar".

S.: ...Einstein me parecia "um santo no altar"

Alberto: Pois eu costumo dizer que Einstein foi o avô de minha geração; ou o
avô que todo garoto da minha geração gostaria de ter tido, principalmente
após olhar para aquela fotografia onde ele está mostrando a língua e com
expressão facial de riso. Quando ele morreu, 1955, eu tinha 13 anos de
idade.

S.: Imagine um relógio na torre de uma igreja. Aqui é comum algo assim. Não
sei se por ai também.

Alberto: Está saindo da moda mas ainda existem. Principalmente nas pequenas
cidades. A tradição não é o forte de nosso país.

S.: Quando Einstein pensou neste exemplo ele estava a falar de luz ou de
Informação? Eu acho que ele estava a falar de Informação Transportada pela
Luz :-)

Alberto: Não sei se ele pensou nisso tudo nem se as coisas aconteceram
exatamente dessa maneira. Mesmo porque Einstein nunca se preocupou muito em
contar o que aconteceu entre o insight, que teve aos 15 anos, e a publicação
da teoria, o que aconteceu aos 25 anos. A história que conheço é um pouco
diferente e bastante relacionada ao eletromagnetismo e a uma bússola que
ganhou aos nove anos de idade. É difícil saber o que preocupou inicialmente
Einstein, se a informação transportada pela luz ou os absurdos que seriam
observados, do ponto de vista electromagnético, caso conseguisse acompanhar
um raio de luz. Mas uma coisa, a meu ver, é certa: a informação contida na
luz pode ser pensada classicamente sem gerar paradoxo algum; já o
eletromagnetismo de Maxwell incompatibiliza-se com a relatividade de
Galileu. E ao que parece, Einstein somente encorajou-se a publicar suas
idéias quando visualizou essa incompatibilidade. Se a informação veio antes,
é algo que dificilmente viremos a saber, pois parece-me que ele não deixou
vestígios a esse respeito.

S.: Mas ele não tinha como provar isto, e o postulou, pois parecia bem
lógico face ao exemplo da Torre do Relógio.

Alberto:

Sinceramente não consigo enxergar esse paradoxo. O que penso a
respeito da visualização de imagens do passado, associado ao que chamamos
"localidade" e "simultaneidade" está exposto em meu Web Site em "O Espaço
Curvo Euclidiano e a Relatividade Galileana".

A falácia da física moderna, a meu ver, reside em não terem percebido os
físicos que a teoria de Maxwell representava um modelo exclusivamente
macroscópico e incapaz de justificar qualquer efeito gerado no microcosmo e
a ser transmitido para seres do microcosmo, como as partículas elementares.
E a luz nada mais é senão um agente intermediário a promover a comunicação
entre seres elementares. Logo, seus efeitos devem ser interpretados a luz de
uma física coerente com essa realidade e não com o eletromagnetismo
macroscópico de Maxwell.

Quanto ao mais, diria que a tua msg é bastante interessante mas difícil de
ser respondida pois aborda uma temática extensa e de uma forma um tanto
quanto superficial e repleta de detalhes não apropriadamente interligados.
Não veja isso como uma crítica pois cada um dos tópicos abordados
justificaria uma ou várias mensagens tão ou mais longas, e as respostas, sem
dúvida, seriam de maior extensão. Discordo de muito do que afirmas por
motivos vários, alguns já comentados. Lembro apenas uma coisa que acho
importante enfatizar: Não há como tentar unificar teorias incompatíveis
entre si. E são totalmente incompatíveis entre si, por motivos amplamente
conhecidos e até mesmo defendidos por físicos de respeito, dentre outras
coisas, as seguintes teorias:

1. Mecânica de Newton
2. Teoria da relatividade generalizada de Einstein
3. Mecânica quântica

Alguns afirmam que a mecânica de Newton é um caso particular das outras duas
teorias. Não é e desafio a qualquer um dos que fazem esta afirmação a
justificarem isto de uma maneira decente e não através dos absurdos que
pregam. Pois uma teoria existe por seus princípios, por seus postulados ou
por suas hipóteses e pelas conseqüências heurístico epistemológicas que
gera, jamais por um conjunto de equações. Newton não formulou apenas um
conjunto de equações mas desenvolveu uma teoria que permitia, em condições
ultra particulares, que se assumissem determinadas equações "que davam
certo". Deixou isso bem claro em inúmeros trechos de sua obra, dentre os
quais destaco o seguinte:

"...Dizer que todas as espécies de coisas estão dotadas de uma qualidade
específica oculta pela qual ela age e produz efeitos manifestos, não é
dizer nada; mas derivar dois ou três princípios gerais de movimento a
partir dos fenômenos, e depois disso nos dizer como as propriedades e
ações de todas as coisas corpóreas se seguem desses princípios
manifestos, seria um grande passo em filosofia, apesar de que as causas
desses princípios não foram ainda descobertas. E, portanto, não tenho
escrúpulos em propor os princípios de movimento acima mencionados, sendo
eles de uma extensão muito geral, e deixar suas causas serem
descobertas."

Afirmar que a teoria de Newton é um caso limite da física moderna retrata o
desconhecimento do que seja ciência, do que seja teoria, do que seja
filosofia da ciência e do que seja física newtoniana. Mesmo porque, uma
coisa certa não pode sequer ser pensada como sendo um caso particular de uma
infinidade de argumentos que a contradizem e que, quando em conjunto, dão
certo sabe-se lá porquê. Onde a física de Newton não dá certo, sabe-se
perfeitamente porquê isso ocorre, e sabe-se também que tratam-se de
resultados apoiados em argumentos e/ou interpretações falaciosas; por outro
lado, onde a física moderna dá certo, ninguém conseguiu até hoje expressar a
menor justificativa, por mais absurda e incoerente que fosse. Contentam-se
então em proferir impropérios que somente servem para confundir o leitor.

Quanto às incompatibilidades entre física quântica e teoria da relatividade
generalizada, daria para escrever um livro. Paradoxalmente, e como já
afirmei, as duas estão intimamente comprometidas, tanto que ao negarmos uma,
com freqüência comprometemos a outra (vide Diálogo Bohr-Einstein). Não
obstante, isto deve-se única e exclusivamente a questões já amplamente
comentadas e relacionadas a seus alicerces podres, qual seja, ambas
apoiam-se na mesma teoria dos fluidos de Maxwell, algo que na realidade não
existe e sequer foi postulado por Maxwell como tal. Pois Maxwell construiu
um modelo macroscópico a funcionar exclusivamente no macrocosmo
laboratorial. Laboratório este a situar-se em condições bem diferentes de
qualquer coisa que pudesse ser imaginada como a viajar, em relação a ele
próprio, em velocidades que vieram a ser conhecidas por velocidades
relativísticas.

Outro absurdo seria dizer que a teoria de Maxwell e a física newtoniana são
coisas incompatíveis entre si. Esta falácia também retrata a pobreza de
espírito dos que a repetem, quando não uma ignorância total do assunto
tratado. Não há como confundir uma teoria com um modelo que a representa em
condições restritas e específicas.

O eletromagnetismo de Maxwell, além de ser uma teoria brilhante sobre
eletromagnetismo, utiliza-se de um modelo de fluidos e é este o modelo que
sustenta quase toda a tecnologia do século XX a apoiar-se no
eletromagnetismo; não obstante, e como todo modelo útil, vale apenas para
as condições em que foi proposto.

A física newtoniana, por outro lado, tem também, além dos "Principia",
alguns modelos utilizados em condições particulares e válidos única e
exclusivamente para as condições propostas. É o caso, por exemplo, de:

Pontos materiais, algo que não pertence à teoria newtoniana em si, mas a
um modelo secundário e a auxiliar no estabelecimento de equações úteis
para determinados casos específicos, haja vista a gravitação com seus
centros de massa, etc.).

Ação a distância, artifício útil em condições extremas onde, e tão
somente quando, a localidade e/ou a simultaneidade podem não entrar em
consideração, pois ao serem desprezadas produzem erros aquém das
incertezas dos métodos de medida utilizados.

Massa, algo útil e a retratar uma propriedade da matéria macroscópica
no sentido em que podemos utilizá-la para edificarmos o conceito de
força e, desta forma, promover um elo ou ponte entre mecânica e
gravitação e/ou entre mecânica e eletromagnetismo.

Corpúsculos de Newton, hipotéticos agentes a entrarem na constituição
dos raios de luz e a justificarem fenômenos observados no laboratório e
para os quais a óptica ondulatória de Huyghens, na visão de Newton, não
conseguia explicar, por exemplo, os seguintes fenômenos:
1) curvatura dos raios de luz a anteceder a reflexão ou refração;
2) propriedades estranhas apresentadas pelos raios de luz ao
atravessarem o cristal da Islândia e que hoje chamamos
polarização, dicroísmo e dupla refração;
3) anéis de Newton;
4) curvatura "para trás" no vidro a qual, ao ser evitada pela adição
de outras lâminas de vidro, dá origem ao que hoje é assumido
erroneamente como efeito túnel da luz;
5) aparente virtude magnética dos raios de luz, a sugerirem a
existência de "lados da luz", algo que hoje está embutido no
conceito de spin = 1 dos bósons; etc.
Em nenhum momento Newton assume categoricamente que a luz fosse formada
exclusivamente por corpúsculos mas propõe um modelo corpuscular a
justificar todos esses fenômenos a demonstrarem que a luz não
poderia ser ondulatória. Mostra também a desnecessidade do hipotético
aether, algo que retornou à baila à medida em que passou-se a ignorar a
lógica newtoniana. Curiosamente, ao renegarem o aether, no início do
século XX, ressurgiu a luz corpuscular, agora mesclada com a famigerada
dualidade da teoria quântica como que a justificar, e/ou aceitar
parcialmente, um século (XIX) da luz absurdamente ondulatória, assumida
a partir dos trabalhos de Young (1801).

Quanto à física moderna, sem dúvida seus maiores críticos foram Einstein e
Bohr. Einstein estava perfeitamente ciente da incompatibilidade de sua
relatividade com a mecânica quântica em desenvolvimento nos anos 30; e que,
por sinal, e por mais que digam o contrário, apoiava-se nos mesmos absurdos
apontados por Planck e contidos na teoria quântica primitiva. A evolução, se
é que podemos chamar assim, deu-se apenas no sentido matemático, pois
conservou os princípios fundamentais propostos por Bohr. Não há como negar
nenhum deles sem comprometer a teoria quântica que então surgiu. Quando
muito, podemos disfarçar conceitos e/ou embuti-los em equações que não têm
outra explicação que não seja aquela proposta inicialmente por Bohr.

Einstein reconheceu a incompatibilidade entre as duas teorias e procurou
incansavelmente corrigi-la através de duas maneiras: 1) quer pela
reformulação da quântica, chegando mesmo a propor o falseamento do princípio
da indeterminação, algo que a meu ver conseguiu de maneira definitiva (vide
minha maneira de pensar em "Teorias Realistas Atuais", na seção Diálogos de
meu Web Site); 2) quer pela evolução para uma teoria de campos que, por
motivos para mim óbvios, não conseguiu sequer formular. E Bohr não negou
nenhuma das considerações de Einstein mas simplesmente mostrou que, caso
Einstein estivesse certo, sua teoria da relatividade geral, e por tabela
também a restrita, estariam incursas nas mesmas falhas conceituais. Ou seja,
junte-se os pensamentos dos dois maiores físicos do século XX e conclua por
si mesmo o que tenho afirmado: A física do século XX não resistirá sequer a
duas décadas do século XXI pois que já foi profundamente abalada e está
prestes a ruir de maneira definitiva. E retornaremos ao que restou de bom da
física newtoniana, e é muito por sinal.

É óbvio que estou retratando minha maneira de pensar e não é impossível que
esteja cometendo excessos e/ou valorizando excessivamente minhas idéias que,
como não canso de dizer, estão impregnadas pelo classicismo que defendo. Não
sou contra outras maneiras de pensar e, como já me referi incansavelmente,
sou um profundo admirador de Einstein. Aprendi com Einstein a contestar a
realidade e procuro imitá-lo no que ele nos deixou de bom mas não
propriamente nas suas idéias, as quais ninguém melhor do que ele próprio
combateu. A esse respeito, costumo dizer que da mesma forma que Kant, ao
desenvolver sua filosofia da ciência, mirou-se nas idéias de Newton, Popper
ao propor sua filosofia revolucionária, talvez o que há de melhor em termos
de filosofia da ciência em todos os tempos, limitou-se a narrar o
comportamento do cientista ideal; e o seu exemplo típico foi Einstein.

O que pretendo dizer com isso é que não sou contra idéias novas ou
revolucionárias e nem mesmo aquelas que por motivos ignorados vão contra o
senso comum, o que não é o caso da física moderna a partir do momento em que
ficou comprovado que ela apoia-se num modelo inapropriado, o de fluidos
elétricos. Logo, ela não vai contra o senso comum mas contra a realidade
física.

Se as tuas idéias vão contra o senso comum ou não, isso não pesa contra a
tua teoria. Mas de qualquer forma esse caráter deve estar bem evidenciado.
Não tentes apoiar tuas idéias em três teorias incompatíveis entre si. Não
procures agradar ninguém. Se a tua teoria é clássica, assumas este fato. Se
ela apoia-se nos cânones einsteinianos, idem. Se ela incorpora a dualidade
da física moderna, defendas teus argumentos a justificarem esse
posicionamento mas não queiras que ao mesmo tempo ela venha a se
compatibilizar com qualquer das teorias clássicas. Em suma, assumas o risco
inerente a tuas idéias revolucionárias e não tenhas medo de errar,
justificando-as ora aqui, ora ali.

Siga o exemplo de Einstein e combata, com unhas e dentes, aquilo que é
incompatível com as idéias que pregas. Ou até mesmo o exemplo de Bohr, e
aceites como certo aquilo que sabes de antemão estar errado, caso estejas
convicto de que podes também escrever certo por linhas tortas. Mas em
hipótese alguma entre na "onda" dos "físicos moderninhos" a se apoiarem na
teoria que mais lhes convém para a finalidade de momento. Citando Mário
Schenberg: "Não tenhas medo, não só de levar pancada, mas também de expor
tuas idéias. Porque se tiveres medo, nunca poderás criar nada de original. É
preciso que não tenhas medo de dizer alguma coisa que possa ser considerada
como erro. Porque tudo que é novo, aparece aos olhos antigos como coisa
errada. É sempre nesta violação do que é considerado certo, que nasce o novo
e há a criação." E eu acrescento: Não tenhas medo também de errar. Porque o
cientista é aquele que procura pela verdade e ao prosseguir por este caminho
estará sempre à frente dos demais, seja abrindo, seja fechando portas. Logo,
o cientista não erra pois a cada vez que constata que a realidade se opõe ao
que ele antes pensava, com efeito ele descobre uma nova verdade. A ciência
não é como gostaríamos que fosse, a ciência é o estudo da natureza e a
natureza é o que é. Mas, e paradoxalmente, é exatamente pelo fato dela não
ser como gostaríamos que fosse que é tão gostoso fazer ciência. Espero que
me entendas.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: admiravel mundo novo
FROM: "Andre R. D. Baptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 07/02/2001 17:15

Implante eletrônico vai proporcionar orgasmos instantâneos



Quarta, 07 de fevereiro de 2001, 16h58min
Um implante eletrônico com o objetivo de produzir orgasmos
instantâneos nas mulheres, sem necessidade do ato sexual, acaba de ser
patenteado por um cirurgião norte-americano, informa a revista
britânica New Scientist em sua edição do próximo sábado.

Stuart Meloy, cirurgião anestesista, de Winston-Salem, na Carolina do
Norte, espera poder começar a fazer testes clínicos do seu invento
este ano, em parceria com a firma norte-americana Medtronic.

A idéia de Meloy surgiu durante uma operação, quando estava
implantando eletrodos na medula de uma paciente para aliviar as dores,
relatou o cirurgião à revista.

A paciente, que estava consciente para acompanhar a operação, começou
a gritar de repente. Assustado, o médico perguntou o que acontecia. A
mulher respondeu com outra pergunta: você poderia ensinar meu marido a
fazer isto?

Segundo o cirurgião, o estimulador de orgasmos, que funciona também
para mulheres que sofrem de frigidez, é formado por cabos de estímulo
conectados por um gerador menor que um pacote de cigarro.

O médico afirmou que planeja limitar sua utilização, mas admite não
saber se a programação permitirá um orgasmo por dia ou quatro por
semana.

A intervenção cirúrgica necessária para implantar o estimulador de
orgasmos não é um obstáculo em si. Principalmente, se levarmos em
consideração a enorme quantidade de mulheres que se submetem a
operações dolorosas para ter seios grandes, contou o médico, que
acredita que sua invenção será um bom negócio.

O médico deve desenvolver um protótipo para homens. "Não há nenhum
motivo para que não funcione da mesma maneira para os homens", disse.

Woody Allen já tinha imaginado em um de seus filmes ("Sleeper") uma
máquina denominada "orgasmatron" que produzia orgasmos a pedido,
simplesmente com o aperto de um botão, lembrou a revista.




[Non-text portions of this message have been removed]



SUBJECT: Hamburguer na Índia?
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 07/02/2001 18:16

Saiu no JC E-Mail de hoje

__________________________

Programa de Ernst Hamburger na India, onde vai receber o Premio Kalinga de
Popularizacao da Ciencia, da Unesco

O fisico Ernst Hamburger, professor da USP e diretor da Estacao Ciencia/USP,
recebe o Premio Kalinga no dia 26 de fevereiro, segunda-feira.
__________________________

E segue a notícia.

Pergunto: Como pode haver um programa de Hamburger na Índia se lá a vaca é
sagrada? Isto leva-me novamente à questão já por demais debatida e ainda não
suficientemente esclarecida: Será que o Hamburger não seria mesmo fabricado
com proteínas de minhoca? :-))

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] admiravel mundo novo
FROM: "_The PhYz" <thephys@yahoo.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 07/02/2001 18:38

> Um implante eletrônico com o objetivo de produzir orgasmos
> instantâneos nas mulheres, sem necessidade do ato sexual, acaba de ser
> patenteado por um cirurgião norte-americano, informa a revista
> britânica New Scientist em sua edição do próximo sábado.

Revista seriíssima!!! É a "super-interessante" britânica.

[ ] !

The PhYz (FireTalk: 350043685 - AOL IM: Adriano LeDoc)
- AmpMaster --> http://ampmaster.virtualave.net/
- Medicina Humana --> http://www.geocities.com/medicinahumana/
- Diário do Olimpo --> http://diariodoolimpo.virtualave.net/




_________________________________________________________
Do You Yahoo!?
Get your free @yahoo.com address at http://mail.yahoo.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] admiravel mundo novo
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 08/02/2001 00:50

-----Mensagem Original-----
De: "Andre R. D. Baptista"
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: Quarta-feira, 7 de Fevereiro de 2001 17:15
Assunto: [ciencialist] admiravel mundo novo

> Um implante eletrônico com o objetivo de produzir orgasmos
> instantâneos nas mulheres, sem necessidade do ato sexual, acaba de ser
> patenteado por um cirurgião norte-americano, informa a revista
> britânica New Scientist em sua edição do próximo sábado.

Psssiiiiuuuu!!! Não espalha senão logo logo vai ter gente aí dizendo que
esta é a mais nova descoberta a apoiar-se na física quântica. Já estou até
prevendo o nome: "o efeito túnel quântico sexual". ;-)).

> A idéia de Meloy surgiu durante uma operação, quando estava
> implantando eletrodos na medula de uma paciente para aliviar as dores,
> relatou o cirurgião à revista.

É isso aí. O princípio da indeterminação anestésico: quanto menor a
incerteza da dor, maior a incerteza do prazer e vice-versa. :-))

> O médico afirmou que planeja limitar sua utilização, mas admite não
> saber se a programação permitirá um orgasmo por dia ou quatro por
> semana.

Olha aí o princípio da incerteza novamente em ação. :-))

> A intervenção cirúrgica necessária para implantar o estimulador de
> orgasmos não é um obstáculo em si. Principalmente, se levarmos em
> consideração a enorme quantidade de mulheres que se submetem a
> operações dolorosas para ter seios grandes, contou o médico, que
> acredita que sua invenção será um bom negócio.

Aqui já creio tratar-se de um efeito relativístico associado a novas
incertezas quânticas.

> O médico deve desenvolver um protótipo para homens. "Não há nenhum
> motivo para que não funcione da mesma maneira para os homens", disse.

A menos que haja uma quebra de simetria, nada que não possa ser resolvido
pela aplicação da solução de Dirac. Se não funcionar é melhor utilizar a
psicofísica do Dr. Freud. ;-)

> Woody Allen já tinha imaginado em um de seus filmes ("Sleeper") uma
> máquina denominada "orgasmatron" que produzia orgasmos a pedido,
> simplesmente com o aperto de um botão, lembrou a revista.

Nem bem falei no Freud e apareceu o Woody Allen. :-))

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Hamburguer na Índia?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 08/02/2001 07:14

De: "Alberto Mesquita Filho"
Assunto: [ciencialist] Hamburguer na Índia?


| __________________________
|
| Programa de Ernst Hamburger na India, onde vai receber o Premio Kalinga de
| Popularizacao da Ciencia, da Unesco
|
| O fisico Ernst Hamburger, professor da USP e diretor da Estacao Ciencia/USP,
| recebe o Premio Kalinga no dia 26 de fevereiro, segunda-feira.
| __________________________
|
| E segue a notícia.
|
| Pergunto: Como pode haver um programa de Hamburger na Índia se lá a vaca é
| sagrada? Isto leva-me novamente à questão já por demais debatida e ainda não
| suficientemente esclarecida: Será que o Hamburger não seria mesmo fabricado
| com proteínas de minhoca? :-))
|
| [ ]'s
| Alberto
============

Acredito que dessa confusão toda é que saiu a 'vaca louca' :-)
A Índia não fazia parte do Império Britânico? E 'Império' não é o sobrenome da esposa do mestre Ernst Wolfgang Hamburger (Amélia Império Hamburger)? É tudo coisa imperial e com castelo ... o Castelo Ra Tin Bum é de Cao Hamburger, filho do Ernst.
Como sei dessas coisas? Esqueceram que fui assessor direto do Hamburger no IFUSP, quando 'chefiei' o Laboratório de Demonstrações, a Estação Ciência e o substituía quando se suas viagens prá Europa?
Grandes amigos Hamburger, Giorgio Moscati etc.

[]'
Léo
=============



SUBJECT: mosaic
FROM: "Lord Screen Saver" <screen_saver@ig.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 08/02/2001 11:06

ta vendo no discovery channel, discovery magazine sobre um programa que por estatistica analisa o nivel de perigo de uma situação e agressividade de alguém.
Falaram que ta sendo usado pela policia. Alguém ai sabe alguma coisa sobre, ou se existe um versão disponivel para dar uma olhada?

o nome do programa é mosaico


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SUBJECT: Identificada causa de fracasso na clonagem
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: Ciencialist <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 08/02/2001 17:26

BIOTECNOLOGIA
Cientistas identificam causa de fracasso na clonagem de
animais

Xavier Pujol Gebelli



BARCELONA - O uso de técnicas de clonagem para fins
terapêuticos ou para um maior rendimento na pecuária
aproxima-se do que poderia ser seu primeiro ponto de
inflexão. Depois de vários anos de experiência, os êxitos
obtidos continuam raros e abundam os casos de abortos,
mortes prematuras e malformações nos animais
experimentais recém-nascidos. No entanto, já se começam a
compreender as causas dos repetidos fracassos. Segundo
publicações científicas recentes, o processo de
reprogramação celular que representa a clonagem provoca
erros no controle dos mecanismos de transmissão da
informação genética. Por enquanto, pensar em clonar seres
humanos, como propõem alguns cientistas, é no mínimo uma
quimera.

Depois do nascimento da ovelha Dolly, o primeiro mamífero
clonado a partir de uma célula adulta, há quatro anos, as
expectativas de uso das técnicas de clonagem de embriões -
humanos com fins terapêuticos e de outros mamíferos para
se obter melhor rendimento na pecuária- dispararam até
alcançar níveis delirantes. Mas, como acontece com
freqüência na ciência, os resultados obtidos nos anos
seguintes esvaziaram rapidamente a bolha de mídia que se
formou.

O índice de êxitos, isto é, o número de animais clonados
que nasceram comparado com o número de tentativas
realizadas, continua sendo hoje praticamente tão baixo
quanto no início, com o agravante de que muitos dos
nascidos morrem poucas horas depois ou apresentam sérias
malformações.

As causas de ambas essas questões continuam sendo uma
incógnita. O nível de sucesso se mantém entre a gestação
de um único feto viável a cada 300 a 600 embriões
implantados no útero de um animal que serve como mãe
biológica. Mas nem todos os fetos nascem. Muitos deles
acabam em aborto e, dos que nascem, uma grande maioria
morre devido a problemas cardiocirculatórios,
respiratórios ou por uma alarmante deficiência no sistema
imunitário. Dos poucos que finalmente parecem viáveis, a
maioria apresenta a chamada síndrome LOS (Large Offspring
Sindrome, ou Síndrome de Filhos Grandes), que se
caracteriza por animais de tamanho maior em relação aos
animais não clonados.

Poucos sucessos

"Ainda não compreendemos corretamente os mecanismos da
clonagem", declarou há pouco tempo Lorraine E. Young,
pesquisadora do Instituto Roslin de Edimburgo, onde se
gestou o nascimento de Dolly. Young deu recentemente na
revista Nature Genetics uma explicação razoável para o
baixo índice de sucessos. A chave poderia estar na
manipulação do delicado mecanismo que pretende
transformar uma célula adulta em outra embrionária. Nesse
processo se introduziriam erros de controle do material
genético que poderiam provocar malformações, ou mesmo um
desenlace fatal. A palavra-chave para resolver a trama
seria então metilação.

O que tem esse termo a ver com a clonagem? Ao que parece,
segundo Young e outros especialistas, muito mais do que
se acreditava no início. A metilação de DNA é uma reação
bioquímica complexa que tem um papel determinante na
ativação ou inibição de um grande número de genes. De seu
correto funcionamento depende, por exemplo, durante o
desenvolvimento embrionário de um organismo, que este se
desenvolva normalmente e se ativem as funções que
determinarão não apenas sua forma, como também a formação
de órgãos e tecidos, além de outras características da
herança genética transmitidas de geração em geração.

Mas esse processo, embora se manifeste no desenvolvimento
embrionário, tem suas raízes nas células de germinais. Na
clonagem se empregam células adultas que são
reprogramadas, ou embrionárias. Em ambos os casos os
mecanismos de metilação já estão em andamento e atuarão
silenciando ou ativando a função dos genes praticamente
de forma aleatória.

Experimentos recentes publicados também este mês em
Nature Genetics deixaram claro que alterações desse
processo afetam fatores de transcrição, proteínas
desenvolvidas nos mecanismos de reparação do DNA,
componentes de sinalização celular ou enzimas básicas no
citoplasma e no núcleo das células. Do mesmo modo,
parecem se relacionar com fatores vinculados ao controle
da morte celular (apoptose) ou com o aparecimento de
genes cancerígenos. Segundo esses resultados, parece
lógico que uma metilação do DNA não suficientemente
natural, como a que ocorre nas atuais técnicas de
clonagem, acabe afetando o embrião.

As pesquisas de Young, publicadas em novembro passado, se
concentraram no tamanho maior dos animais clonados em
relação aos que não têm essa origem. Após diversas
análises com células fetais de ovelhas clonadas e
normais, localizou-se nas primeiras uma presença menor de
um receptor específico para uma proteína ligada ao
crescimento. Curiosamente, a presença desse receptor,
IGF2R (fator de crescimento de insulina) era de 30% a 60%
inferior nos animais de tamanho maior.

As explicações dos cientistas significam que os fetos são
maiores porque há efetivamente uma quantidade menor de
IGF2R. De acordo com esses argumentos, essa presença
menor inibe outros fatores de crescimento que se
manifestam durante o desenvolvimento embrionário e têm a
ver, mais uma vez, com a metilação de DNA. Nesse caso, a
descoberta de Young daria novos motivos para se acreditar
que a metilação de DNA de embriões manipulados implica
certo risco de distúrbios genéticos ou, o que dá na
mesma, de abortos ou malformações que provoquem não
apenas a síndrome LOS como também a morte prematura.

Diagnóstico

A descoberta abre possibilidades de se desenvolver novas
técnicas de diagnóstico, especialmente na fase anterior à
implantação do embrião no útero materno. Young sugere
como possibilidade o aperfeiçoamento de um teste genético
capaz de detectar eventuais problemas de metilação ou,
dito de outro modo, de ativação ou silenciamento de
determinados genes no embrião, para evitar a gestação de
organismos inviáveis.

A aplicação de um teste semelhante em reprodução humana
assistida seria então simples questão de tempo. A opinião
é compartilhada por Josep Egozcue, catedrático de
biologia celular na Universidade Autônoma de Barcelona e
médico especialista em técnicas de reprodução assistida.
Egozcue trabalha no aperfeiçoamento de uma técnica de
diagnóstico pré-implantação a partir de células-mães
obtidas de um embrião. Seu objetivo é conseguir um método
seguro para efetuar uma biópsia do embrião e detectar
possíveis erros genéticos.

Embora os métodos sejam diferentes, o objetivo é o mesmo
e o trabalho, complementar. Trata-se de determinar com a
maior precisão possível se o organismo vai ou não ser
viável. A combinação de ambos os procedimentos, ainda em
fase muito preliminar, ou de outros semelhantes, poderia
traduzir-se em aplicações.

Cópias humanas

O uso de embriões humanos para pesquisa continua causando
polêmica. Sem dúvida, tomou um rumo inesperado em
novembro passado quando o governo britânico estendeu essa
possibilidade à clonagem de embriões. Esse passo, assim
como a permissividade que existe hoje nos Estados Unidos,
foi aplaudido pela comunidade científica internacional
devido a seu papel chave na pesquisa sem obstáculos das
possibilidades das células-mães como fontes de órgãos e
tecidos para transplantes. Essa opção não é possível,
segundo a maioria dos especialistas.

Essa linha de pesquisa, ainda preliminar, começou a dar
seus primeiros frutos. Por exemplo, segundo pesquisadores
do Hospital Infantil de Filadélfia, células-mães humanas
extraídas de medula óssea transplantadas para fetos de
ovelhas conseguiram sobreviver mais de um ano.

Alguns pesquisadores, como o italiano Severino Antinori e
o americano Panos Zavos, defenderam abertamente a
clonagem de um ser humano com fins terapêuticos. Isso
levantou uma série de críticas entre os especialistas,
que consideram essa possibilidade praticamente uma
quimera. Em primeiro lugar pelas enormes dificuldades que
representa o controle dos mecanismos de ativação
genética. Em segundo, como indica Josep Egozcue, por
razões de ordem prática. Para se conseguir um feto,
independentemente de sua viabilidade, seria necessário no
melhor dos casos uma centena de óvulos femininos, por
enquanto um recurso muito escasso. Se o casal infértil
quisesse que o óvulo fosse seu, as técnicas de
estimulação atuais permitiriam no máximo a obtenção de
três ou quatro por ano. Depois disso seria preciso
conseguir sua viabilidade. Estudos de Jean Paul Renard,
do Instituto de Pesquisas Agronômicas da França (INRA),
revelam que 74% dos animais clonados morrem pouco depois
de nascer ou nos últimos meses de gestação. Dos que
sobrevivem, grande parte apresenta malformações.

Tradução: Luiz Roberto Mendes Gonçalves








SUBJECT: Bacteria cria nova especie de inseto
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: Ciencialist <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 08/02/2001 17:34

EVOLUÇÃO

Associação entre organismos gera barreira para reprodução
de vespas

Bactéria cria nova espécie de inseto
DANIELA SANDLER
ESPECIAL PARA A FOLHA, DE ROCHESTER

Uma bactéria capaz de transformar embriões machos em
fêmeas, de permitir que fêmeas se reproduzam
assexuadamente e de matar apenas os machos, entre os
organismos que infecta, pode também ser a responsável
pela origem de novas espécies -ao menos, de espécies de
insetos.
A hipótese, controversa, está presente em estudo
na "Nature" de hoje, realizado na Universidade de
Rochester (leste dos EUA).
Os efeitos da bactéria Wolbachia foram estudados na
reprodução de vespas. A Nasonia giraulti e a Nasonia
longicornis são espécies "jovens" de vespa, cuja
diferenciação começou há pouco tempo. Por isso, ainda
conseguem cruzar e se reproduzir, em condições especiais.
Em estágios avançados de diferenciação, isso não ocorre.
Indivíduos de espécies separadas não procriam. Quando
conseguem, os filhotes em geral são estéreis.
No caso das vespas estudadas, a mera infecção pela
bactéria Wolbachia dificulta a reprodução entre as duas
espécies, reduzindo o número de filhos entre 62,8% e
100%. Ou seja, a Wolbachia se tornou uma barreira
reprodutiva.
Em artigo na mesma "Nature", o biólogo Michael Wade, da
Universidade de Indiana (EUA), afirma que a explicação
mais aceita para a diferenciação de espécies é
a "divergência genética gradual", causada por mutações.
"É uma nova maneira de pensar a diferenciação de
espécies", diz o autor principal do estudo, Seth
Bordenstein, 26, que falou à Folha em seu laboratório. "A
visão típica é a de que os fatores são internos ao
organismo."
Para Bordenstein, "a questão é o quanto a Wolbachia está
associada à diferenciação em outros insetos". A bactéria
infecta até 20% das espécies de insetos, além de outros
invertebrados, como aracnídeos, crustáceos e nematóides
(um tipo de verme). Os efeitos descritos, como a
conversão de machos em fêmeas, ocorrem em alguns desses
animais.
Apesar de a bactéria infectar 100% das Nasonia,
Bordenstein destaca que não se pode dizer se a Wolbachia
foi a causa original de sua diferenciação. O fator
principal parece ser o isolamento geográfico (as vespas
não se encontram para copular). A N. giraulti vive no
leste da América do Norte e a N. longicornis, no oeste.
Mas, segundo ele, isso não exclui a possibilidade de a
Wolbachia causar diferenciação em outras espécies.
A diferenciação de espécies causada pela Wolbachia é
resultado de seu mecanismo de perpetuação. A bactéria
vive no citoplasma (parte da célula em volta do núcleo),
que é transmitido à prole pela mãe (por meio do óvulo).
É do "interesse" da Wolbachia, para se propagar na
próxima geração de animais, preservar as fêmeas
infectadas. No caso das vespas Nasonia, em vez de
eliminar machos, a Wolbachia elimina fêmeas não-
contaminadas. A bactéria altera o material genético do
macho e o citoplasma da fêmea. Se macho e fêmea estiverem
contaminados, a alteração permite a geração de filhos
contaminados.
Mas, se o macho estiver contaminado e a fêmea não, os
genes masculinos não conseguem fertilizar o óvulo. Assim,
fêmeas não-contaminadas não têm filhos.
As espécies de vespa estudadas são infectadas por dois
tipos diferentes de Wolbachia. Por isso, as alterações
causadas em cada espécie tornam-nas incompatíveis.







SUBJECT: Re: [ciencialist] Bacteria cria nova especie de inseto
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 08/02/2001 18:03

Acho que este texto se percebe melhor.
Joao

Parasite's sperm-encryption keeps species apart

Scientists have found the most convincing evidence yet that a parasite
can contribute to splitting a species in two, thanks to a phenomenon
where a wasp’s damaged sperm can be “rescued” or fixed only by mating
with particular females. A bacterium called Wolbachia prevents the
successful development of embryos in matings between two very closely
related wasp species that could otherwise produce viable offspring. In
the February 8th issue of Nature, University of Rochester researchers
show that the bacterium’s species-splitting effect came before any other
in the wasps, strongly suggesting that the parasite accelerated the
natural evolution of the insect. The research was conducted by two
graduate students, Seth Bordenstein and Patrick O’Hara, and led by John
Werren, professor of biology.

Wolbachia propagates itself in an unusual manner: Instead of merely
helping its host compete against non-infected hosts as many parasites
do, Wolbachia actively seeks to eliminate non-infected hosts by stopping
them from reproducing. To do this, the parasite alters the sperm of its
male host, rendering it infertile when paired with an uninfected female.
If, however, the male mates with an infected female, the damaged
reproductive cells are “rescued” by the female’s parasite. It’s as if
the bacterium encodes the sperm cell, rendering it useless unless it
encounters the de-coding bacterium from another infected wasp. The
result is that infected males can only impregnate other infected
females, not uninfected ones, and makes it difficult for uninfected
females to find a compatible mate.

The trickery is part of a wider system that assures that as many wasps
as possible will pass Wolbachia on to the next generation. Infected
males can have offspring only with infected females, and infected
females automatically pass the infection on to all their offspring. The
only possibility for producing uninfected offspring is for two
uninfected wasps to mate.

“This is the best evidence of a parasite contributing to speciation that
we’ve seen,” says Werren. “Splitting a species in two is probably just a
side effect of the bacteria’s reproductive method, of their way of
eliminating non-infected hosts.”

A consequence of this method of eliminating the non-infected appears to
be that the host species is more susceptible to splitting into two
species. The two species of wasp that Werren studied can actually
interbreed if given an antibiotic to kill the Wolbachia.

“The exact role of Wolbachia in speciation is a matter of current
debate,” says Werren. “We’re not claiming that Wolbachia are solely
keeping the two wasp species reproductively separated in nature, but we
have shown that the ability of the bacterium to alter the insect’s
reproduction predates other genetic reproductive barriers. That supports
the argument that Wolbachia can promote host speciation.”

Bordenstein, O’Hara and Werren needed to look at the numerous genetic
barriers that kept the species from interbreeding and determine which
one came first. They found little difference in the mating rituals and
preferences of the two species, suggesting that those were not enough in
themselves to force speciation. Also, hybrids of the two species were
not sterile—an early sign of speciation—and the hybrids were relatively
healthy. In contrast, the presence of Wolbachia was the single highest
barrier to the interbreeding of the two species, and thus, it is likely
the oldest barrier.

Wolbachia infects as much as 20 percent of all insect species, and tends
to infect large percentages of the individuals in those species. It was
first noticed more than 50 years ago when scientists noticed that some
species of mosquitoes could interbreed when given antibiotics. In the
1970s researchers found that a bacterium was responsible, and there has
been speculation ever since about whether the bacterium caused
speciation of its host, or merely enhanced it.

“Our findings strongly suggest that Wolbachia was not just a bystander
in the evolution of these wasps,” says Werren. “It looks like this
parasite played an active role.”


###

Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
>
> EVOLUÇÃO
>
> Associação entre organismos gera barreira para reprodução
> de vespas
>
> Bactéria cria nova espécie de inseto
> DANIELA SANDLER
> ESPECIAL PARA A FOLHA, DE ROCHESTER
>
> Uma bactéria capaz de transformar embriões machos em
> fêmeas, de permitir que fêmeas se reproduzam
> assexuadamente e de matar apenas os machos, entre os
> organismos que infecta, pode também ser a responsável
> pela origem de novas espécies -ao menos, de espécies de
> insetos.
> A hipótese, controversa, está presente em estudo
> na "Nature" de hoje, realizado na Universidade de
> Rochester (leste dos EUA).
> Os efeitos da bactéria Wolbachia foram estudados na
> reprodução de vespas. A Nasonia giraulti e a Nasonia
> longicornis são espécies "jovens" de vespa, cuja
> diferenciação começou há pouco tempo. Por isso, ainda
> conseguem cruzar e se reproduzir, em condições especiais.
> Em estágios avançados de diferenciação, isso não ocorre.
> Indivíduos de espécies separadas não procriam. Quando
> conseguem, os filhotes em geral são estéreis.
> No caso das vespas estudadas, a mera infecção pela
> bactéria Wolbachia dificulta a reprodução entre as duas
> espécies, reduzindo o número de filhos entre 62,8% e
> 100%. Ou seja, a Wolbachia se tornou uma barreira
> reprodutiva.
> Em artigo na mesma "Nature", o biólogo Michael Wade, da
> Universidade de Indiana (EUA), afirma que a explicação
> mais aceita para a diferenciação de espécies é
> a "divergência genética gradual", causada por mutações.
> "É uma nova maneira de pensar a diferenciação de
> espécies", diz o autor principal do estudo, Seth
> Bordenstein, 26, que falou à Folha em seu laboratório. "A
> visão típica é a de que os fatores são internos ao
> organismo."
> Para Bordenstein, "a questão é o quanto a Wolbachia está
> associada à diferenciação em outros insetos". A bactéria
> infecta até 20% das espécies de insetos, além de outros
> invertebrados, como aracnídeos, crustáceos e nematóides
> (um tipo de verme). Os efeitos descritos, como a
> conversão de machos em fêmeas, ocorrem em alguns desses
> animais.
> Apesar de a bactéria infectar 100% das Nasonia,
> Bordenstein destaca que não se pode dizer se a Wolbachia
> foi a causa original de sua diferenciação. O fator
> principal parece ser o isolamento geográfico (as vespas
> não se encontram para copular). A N. giraulti vive no
> leste da América do Norte e a N. longicornis, no oeste.
> Mas, segundo ele, isso não exclui a possibilidade de a
> Wolbachia causar diferenciação em outras espécies.
> A diferenciação de espécies causada pela Wolbachia é
> resultado de seu mecanismo de perpetuação. A bactéria
> vive no citoplasma (parte da célula em volta do núcleo),
> que é transmitido à prole pela mãe (por meio do óvulo).
> É do "interesse" da Wolbachia, para se propagar na
> próxima geração de animais, preservar as fêmeas
> infectadas. No caso das vespas Nasonia, em vez de
> eliminar machos, a Wolbachia elimina fêmeas não-
> contaminadas. A bactéria altera o material genético do
> macho e o citoplasma da fêmea. Se macho e fêmea estiverem
> contaminados, a alteração permite a geração de filhos
> contaminados.
> Mas, se o macho estiver contaminado e a fêmea não, os
> genes masculinos não conseguem fertilizar o óvulo. Assim,
> fêmeas não-contaminadas não têm filhos.
> As espécies de vespa estudadas são infectadas por dois
> tipos diferentes de Wolbachia. Por isso, as alterações
> causadas em cada espécie tornam-nas incompatíveis.
>
>
> *** --- ***
> Material para a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> deve ser enviado para o mail
> ciencialist@MAIL.com
> *** --- ***

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: 6 graus de separacao
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 08/02/2001 21:50

Newman, MEJ 2001 - The structure of scientific collaboration networks.
Proc. Natl. Acad. Sci. USA, Vol. 98, 404-9.
http://www.pnas.org/cgi/content/abstract/98/2/404

Science is all about networking
http://www.nature.com/nsu/010118/010118-2.html

Todos Neste Planeta estao Separados por Apenas Seis Pessoas
http://www.comciencia.br/radar/frameradar.htm

The Oracle of Bacon at Virginia
http://www.cs.virginia.edu/oracle/

Numero Bacon no. de pessoas
0 1 <- obvio q. eh o proprio
1 1.465
2 109.974
3 256.183
4 56.936
5 3.932
6 477
7 69
8 27
9 1
10 1

Total de atores no cadastro: 429.066
Numero Bacon medio: 2,892

Alguns dados inuteis (pois eh, eu perdi sim meu tempo verificando isso):

o maior numero Bacon q. consegui (5) foi para um ator do Butao - Badr Lama
de A Copa.

O no Bacon do ator Roberto Gomez Bolanos (q. interpreta o Chaves) eh 3.

O de Godzilla eh 2.

O de Sergio Mallandro, Xuxa e Angelica eh 3.

(Conclusao 1: Kevin Bacon faz muitos filmes; conclusao 2: ha' muita
promiscuidade profissional no cinema.)

'A primeira vista parece piada essa historia de 6 graus de separacao e
pode ateh ser, mas se considerarmos q. em media as pessoas tEm um grupo de
relacao (daquelas q. eventualmente convidamos para festas de casamento,
pedimos dinheiro emprestado, falamos mal pelas costas ou que tem uma
cunhada q. a gente azara) de 150 pessoas e se imaginarmos q. havera' uma
sobreposicao de grupos de conhecidos para os mais intimos (o amigo do
amigo meu com muita probabilidade sera' amigo meu), acho q. podemos
reduzir isso para cerca de 40 a 50 pessoas (i.e. um amigo meu tera'
contato com 40 a 50 pessoas q. eu nao conheco).

Pois bem, se expandirmos esse leque de contatos: o conhecido de um
conhecido meu, o conhecido de um conhecido de um conhecido meu e assim
por diante. Teremos: 50 x 50 x 50... pessoas.

Em uma populacao de 6.000.000.000 de hab., o grau de separacao sera' de
log40(6.000.000.000) - i.e., o logaritmo do numero de hab. na base do
numero medio de conhecidos dos conhecidos q. nao se sobrepoem e isso
resulta em cerca de 6,1. Para 50 pessoas, da' cerca de 5,75.

(Pra ser honesto eu estimei o 40 de modo inverso, de maneira q. dar o
valor aproximado de 6 nao eh coincidencia: a raiz sexta de 6 bilhoes da'
mais ou menos 42,62... a questao eh saber agora se essa estimativa de 40 a
50 pessoas eh uma boa aproximacao...)

Pergunta: por q. 42,62 pessoas vezes 42,62 pessoas vezes 42,62 pessoas
vezes 42,62 pessoas vezes 42,62 pessoas vezes 42,62 pessoas da'
aproximadamente 6 bilhoes de pessoas e nao 6 bilhoes de pessoas 'a sexta
potencia?

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Especie tem poucos genes, revela cientista
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: Ciencialist <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 09/02/2001 11:04

GENOMA

Francis Collins, diretor do projeto internacional, prevê
que em 20 anos homem interferirá no patrimônio genético

Espécie tem poucos genes, revela cientista
ISABEL GERHARDT
ENVIADA ESPECIAL A LYON

"Sinto desapontar quem achava que os humanos eram seres
muito mais complexos e superiores aos demais. Temos bem
menos genes do que imaginávamos."
Essa foi a única dica que Francis Collins, o diretor do
Projeto Genoma Humano, se permitiu revelar sobre o
conteúdo dos esperados artigos com a sequência do genoma
humano, que serão divulgados na próxima semana. Ela foi
dada na sessão de abertura do Fórum Mundial sobre
Ciências da Vida (BioVision), que começou ontem em Lyon,
França.
Collins, que chegou em cima da hora para sua conferência
e partiu logo em seguida, salientou o tempo todo o
caráter público e internacional do projeto. "Nossos
dados, desde o primeiro instante, estavam disponíveis nos
bancos de dados, para quem quisesse acessá-los", afirmou.
"Nossos colegas da Celera (empresa presidida por Craig
Venter, que compete com o consórcio público pela primazia
dos dados do genoma humano) estarão publicando seus
resultados também na semana que vem, na
revista "Science". No entanto, os dados terão algumas
restrições de acesso", provocou, referindo-se à
comercialização dos dados pela Celera.
Ainda falando sobre o genoma humano, Collins disse que a
sequência de 3 bilhões de letras de DNA é um livro-texto
de medicina "escrito numa linguagem que ainda não podemos
compreender totalmente". Segundo ele, em junho do ano
passado, quando foi feito o anúncio da conclusão do
sequenciamento, havia 94% de informação disponível, mas
ainda não era possível tirar muitas conclusões sobre o
genoma.

Propriedade intelectual
Collins fez também considerações sobre a propriedade
intelectual dos dados sobre o genoma. Usou a imagem de
uma estrada, com o ponto de partida na pesquisa básica, e
o de chegada, nos produtos biotecnológicos.
"Eu posso concordar que seja permitida a colocação de uma
barreira no final da estrada, para que um produto seja
desenvolvido. Mas, não no início, não muito próximo do
ponto de partida da ciência básica. Isso pode impedir
justamente que alguém ache uma aplicação para aquilo que
se está estudando", disse.
Collins revelou que o Projeto Genoma Humano está lançando
luzes sobre outras descobertas científicas, especialmente
aquelas que envolvem doenças com componentes
genéticos. "E virtualmente todas as doenças têm um
componente como esse."
Segundo ele, a identificação de um gene tem três
consequências. A primeira leva à possibilidade de
desenvolvimento de terapia genética. A segunda contribui
para um melhor diagnóstico, que, por sua vez, pode levar
à medicina preventiva e ao desenvolvimento da
farmacogenômica (uso da informação do genoma para
descobrir como um indivíduo responderá a certo
medicamento). E a terceira envolve a compreensão de
características biológicas básicas e o desenvolvimento de
novas drogas.
Apesar de suas previsões otimistas (veja quadro acima),
Collins incluiu em sua análise as implicações éticas,
legais e sociais que deverão surgir das pesquisas com o
genoma humano. "Um casal pode programar seu filho para
ser um músico maravilhoso e, ao invés disso, vê-lo se
transformar em um adolescente fechado e que fuma maconha."
Para Collins, é preciso que se forme um consenso sobre os
limites da tecnologia genética para "melhorar" as
características humanas e evitar a discriminação
genética. Para isso, devem-se buscar soluções
legislativas que garantam que, na busca de um emprego ou
no acesso a um seguro-saúde, a informação genética do
indivíduo seja deixada de lado.
Collins afirmou ainda que um dos maiores desafios é levar
a informação do genoma para as pessoas comuns, de maneira
que elas possam compreender -e não temer- os avanços que,
disse acreditar, estão por vir.

Determinismo genético
O diretor do Projeto Genoma Humano acredita que a
educação irá evitar que as pessoas sucumbam ao
determinismo genético. "Não podemos deixar que elas
tenham a falsa idéia de que somos controlados por sinais
que vêm do nosso DNA. Compreender o genoma será bom para
tratarmos de doenças, mas não irá nos dizer o que é o
amor, por exemplo."







SUBJECT: [FCB] [RN] PATRONO DA INTERNET (fwd)
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 09/02/2001 14:28

Repassando (os q. assinam as duas listas, mil perdoes)...

Mas como disse por aih, eu pessoalmente fico com a opiniao da Maria
Ercilia -- eh Santa Tecla na cabeca:

http://www.uol.com.br/internet/colunas/netvox/nvox170699.htm

Embora tenha concorrente 'a altura: a Sta Paciencia.

[]s,

Roberto Takata

---------- Forwarded message ----------
Date: Tue, 6 Feb 2001 23:14:29 -0200
From: Marcio R. Pagano
Reply-To: fcb@yahoogroups.com
To: fcb@yahoogroups.com
Subject: [FCB] [RN] PATRONO DA INTERNET

TERRA NOTICIAS, 06-02-2001

ISIDORO PODE SER SANTO DA INTERNET

O Papa João Paulo II está considerando nomear Santo Isidoro de Sevilha
como o protetor dos internautas e programadores de computador, disseram
hoje fontes do Vaticano. Santo Isidoro foi nomeado dois anos atrás, mas
o Vaticano ainda tem que tomar a decisão final. Acredita-se que Isidoro,
que viveu no século VII, escreveu a primeira enciclopédia do mundo, a
Etymologies, a qual inclui registros da medicina, matemática, história
e teologia. [e]

http://www.terra.com.br/informatica/2001/02/06/002.htm

Vatican could name cyberspace patron saint
http://www.cnn.com/2001/TECH/internet/02/06/pope.internet.reut/index.html

Vatican Considering Isidore As Cyberspace Patron Saint
http://news.excite.com/news/r/010206/07/net-pope-saint-dc



SUBJECT: Re: 6 graus de separacao
FROM: rcordeiro@writeme.com
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 09/02/2001 14:33

--- In ciencialist@y..., Roberto Mitsuo Takata <rmt@i...> wrote:
...
> (Conclusao 1: Kevin Bacon faz muitos filmes; conclusao 2: ha' muita
> promiscuidade profissional no cinema.)
>

Com certeza, se tivessem feito esse programa para alguma atriz pornô
o grau de separação médio seria 1.

[]s
Ronaldo Cordeiro

Dicionário Céptico
http://www.dicceptico.cjb.net



SUBJECT: Dialogos com um jovem teorizador II
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 09/02/2001 18:26

Caro Sérgio

Entendo o que dizes, assim como imagino a euforia que deve ter se apossado
de todo o teu ser a partir do momento que "visualizastes" o que chamas NTI
ou Nova Teoria da Informação. Já enfrentei problemas semelhantes algumas
vezes e o mais intenso ocorreu em 1983 quando permaneci quase 15 dias
totalmente "fora do ar". Ao final desses 15 dias apareci com um manuscrito
de 45 páginas. Hoje, ao ler estas páginas que guardo com especial carinho,
sinto-me como se estivesse sendo colocado pela primeira vez frente a frente
com os hieróglifos egípcios; e mal consigo decifrar o que quis dizer na
época. E, não obstante, o manuscrito foi importante para a época pois,
refeito desta "euforia letárgica" por que passei, consegui nos oito meses
que se seguiram escrever um livro, publicado em 1984 e do qual não me
arrependo de nada do que narrei, ainda que hoje esteja necessitando de
alguns reparos conceituais e/ou de uma boa revisão.

Aliás, se é que posso dar-te algum conselho a respeito, não tentes publicar
tudo o que pensas na actualidade mas unicamente aquilo que julgares
interessante e necessário para que "registres" tuas ideias, no sentido do
que chamamos "nota prévia". Digo isso pois daqui a alguns meses, após teres
dado tempo ao tempo, reformularás estas ideias e concordarás que pensastes
muitas bobagens. E não convém que isso fique registrado a não ser na
Internet que, a meu ver, é o canal ideal para expormos ideias sujeitas a
modificações, sejam elas pequenas, sejam profundas. Não sei como é a
legislação relativa à Internet no restante do mundo mas ouvi dizerem que
algo publicado na Internet norte-americana, através de provedores
norte-americanos, está automaticamente protegido por copyright. Só não tenho
muita certeza sobre se isso vale também para nós estrangeiros, mas parece-me
que sim.

Quanto à preocupação que manifestas, com respeito à procura por uma prova
matemática a confirmar ou não teus raciocínios, diria que não vejo propósito
imediato pois creio que isso tudo virá no tempo certo. Às vezes eu me
pergunto se a matemática seria tão necessária nesta fase inicial ou se ela
surge com o tempo. Observando as grandes descobertas da humanidade, em
especial as da física, vejo a matemática entrar em cena sempre numa fase
tardia e sempre numa condição muito discreta, para não dizer humilde. Como
se ela fosse pedindo licença para entrar ou até mesmo para ser inventada.
Isso aconteceu com Newton que inventou o Cálculo Diferencial e
Infinitesimal. Ou seja, a natureza, através da física, impõe-nos a sua
presença, em nossa mente, de maneira absoluta e em sua totalidade. E quase
sempre vejo a matemática como uma parcela dessa totalidade e a ser ainda
decifrada.

Newton não precisou da matemática para imaginar nada do que imaginou. E não
obstante, e única e exclusivamente para tornar suas ideias mais
inteligíveis, ou mais fáceis de serem narradas, foi descortinando uma
linguagem algorítmica com a qual pudesse expressar o que pensava. E daí saiu
o Cálculo Infinitesimal e Integral. Nota-se algo do género, talvez em menor
intensidade, em Galileu, Descartes, Bernouilli,... Até que, em séculos
seguintes, o Cálculo se desenvolveu em todo o esplendor e passou a ditar
regras, e passou a se tornar fundamental ou até mesmo essencial para que se
entendesse a física dos livros... até que surgiram novas ideias e as coisas
se repetiram... Como com Maxwell, que foi "obrigado" a reinventar o Cálculo
em sua versão vectorial. Algo que já existia mas era insuficiente para
incorporar novas ideias, em especial no electromagnetismo... e daí surgiu o
rotacional quase que a inaugurar uma nova fase da matemática. Mas essa
matemática ainda hoje não consegue penetrar na intimidade do microcosmo,
ficando como que a roçar sua superfície inexpugnável, graças a "aparentes"
princípios físicos a quase nos convencerem dessa impossibilidade.
Curiosamente esses princípios físicos demonstram ser "aparentes" pelo fato
de justificarem-se muito mais pela matemática aceita como absoluta do que
pela observação dos fenómenos em si.

Pois um dia, em fins dos anos 80 e início dos anos 90 do século XX, resolvi
desafiar essa impossibilidade. E cheguei, sem conhecimento nenhum de
matemática, a não ser aquele mínimo e necessário que todo médico deve
possuir, a visualizar uma realidade totalmente diferente. E de repente me
vi frente a uma nova matemática que conseguia entender e que se encaixava
perfeitamente com as minhas ideias. Mas não consegui que nenhum matemático,
dentre os que consultei na época, a entendesse. Pois que era uma matemática
"errada" mas que dava certo. Mas... Seria mesmo errada? A meu ver, a lógica
utilizada no seu desenvolvimento era perfeita e eu conseguia fazer milagres.
O problema é que eu não seguia os padrões tradicionais e graças a isso não
conseguia me fazer entender. De certa feita, num seminário em que expus
minhas ideias em meio a uma plateia de estudantes de engenharia eléctrica,
efectuando uma crítica ao electromagnetismo tradicional cheguei a me
utilizar deste raciocínio. Apenas para que você entenda o "absurdo" que
estava propondo, "inventei" algo que seria representado da seguinte maneira:

fi = Integral de B x da

Em que "B" seria o vector campo magnético da teoria de Maxwell (mais
correctamente chamado indução magnética) e "da" um vector normal a uma
superfície infinitesimal num ponto considerado e de módulo "infinitesimal" e
igual ao valor da área do elemento de superfície considerada. E "fi" (letra
grega) seria um fluxo vectorial do vector "B" considerado através de uma
superfície de integração. Os estudantes de engenharia entenderam todo o meu
raciocínio e até mesmo onde eu pretendia chegar com esta utilização
imprópria do sinal de integração. No entanto, um físico já graduado e que
resolvera fazer engenharia levantou-se e afirmou aos gritos e enfaticamente:
Isso aí não existe! Ao que, com toda a minha calma emendei: A partir de
agora existe, pois acabei de inventar ?.

Não preciso dizer que este físico ficou meu amigo e dentre todos os que
assistiram o seminário é o único que até hoje (e isso foi há mais de 10
anos) esporadicamente me escreve (hoje ele mora no Rio de Janeiro e eu moro
em São Paulo, cidades que distam entre si 400 km). Esse físico trabalhava na
Philips e parece-me que foi ele quem apresentou-me um engenheiro alemão, ou
talvez suíço, em visita ao Brasil e que na época interessou-se por alguns
detalhes da minha teoria. Parece-me que ele teria visto uma possibilidade de
entender melhor os "fantasmas" que surgem na televisão através do
comportamento que eu propunha para os electrões ao atravessarem os tubos de
raios catódicos. Infelizmente não tive mais notícias desse engenheiro alemão
(ou suíço).

Com o tempo acabei percebendo a esquisitice que residia naquela matemática
que utilizava as expressões impróprias acima indicadas mas que, não
obstante, funcionava perfeitamente bem e em sintonia com as minhas ideias.
Foi quando comecei a perceber também que conseguia justificar as mesmas
ideias com alguns argumentos um pouquinho diferentes. A esse tempo comecei a
trabalhar com diferenciação ao longo de linhas de campo e em poucos meses
cheguei ao conceito de translacional. Entre a ideia primeira, a apoiar-se
totalmente em conceitos físicos, e a expressão matemática "correcta" para
esses conceitos, passaram-se cerca de 10 anos. E, no entanto, nada disso
atrapalhou a evolução de minha teoria. Consegui vencer os desafios que foram
aparecendo mesmo utilizando uma matemática "imprópria", para não dizer
incorrecta ou mesmo errada.

É claro que após "visualizar" o translacional e, concomitantemente, o
"produto vectorial interno", meu entendimento clareou em muito. Mas, ao
mesmo tempo, percebi de maneira definitiva que a física antecede a
matemática; pelo menos a matemática da forma como a concebemos, ou seja,
como uma "linguagem inventada pelo homem" para expressar conceitos físicos.
Sem dúvida, existe também aquela ideia de matemática "dos deuses" ou da
natureza, como queiras, a comportar o centenário pensamento, creio que de
Galileu, a afirmar que "a natureza foi escrita em linguagem matemática". E,
sob esse aspecto, poderíamos dizer que uma das funções dos físicos é
decifrar esta linguagem. E, com efeito, quase todos os grandes avanços da
matemática estão associados à descoberta de novas teorias, senão em física,
pelo menos em alguma área das ciências.

Retornando então à tua afirmação, "falta prova matemática de que tenho
razão", diria: Não, o que falta é encontrares a matemática com a qual
consigas provar aos demais que as tuas ideias merecem pelo menos serem
aceitas para discussão. Por incrível que pareça, e por mais que a história
nos mostre que as ideias antecedem a matemática, a escola moderna ensina os
jovens a desprezarem suas ideias em detrimento de uma matemática que ainda
está longe de representar a "linguagem dos deuses". E é graças a isso que a
ciência evolui através de altos e baixos, no ritmo ondulatório descrito por
Thomas Khun com períodos de "ciência normal" e períodos revolucionários. No
primeiro, a criatividade entra em crise, a exemplo do que aconteceu
principalmente na segunda década do século XX: aceita-se a matemática que dá
certo e coloca-se a física em segundo plano. Os períodos revolucionários
entram em cena a partir do momento em que tudo começa a dar errado e não é
difícil perceber que a física está vivendo a fase inicial de um destes
períodos revolucionários. Num certo ponto desta condição de crise,
"permite-se" a proliferação de novas ideias e daí surgem várias novas
teorias; e anos após descobre-se uma nova matemática a representar estas
novas ideias. Infelizmente é assim que a ciência progride e os teorizadores
ficam ao sabor da ocorrência de fracassos para que a comunidade científica
se digne a não mais ignorar suas ideias, até então mal vistas.

Quanto a tua preocupação, com relação a que eu possa vir a pensar que estás
ficando louco, sossegues, pois como já disse conheço bem esse estado de
euforia. A esse respeito, estou apenas rindo :-)). Mas renovo o conselho:
Procures não explicar tantas coisas, principalmente para os indivíduos
"normais" e que nunca sentiram este "clima" pelo qual estás passando. Mesmo
porque estás justificando coisas à primeira vista incompatíveis entre si
:-). Isso é normal nessa fase eufórica da teorização. No passado já
expliquei tudo isso e mais de uma vez. Hoje consigo apenas justificar boa
parte da física newtoniana :-), à qual acrescentei alguns conceitos novos.
Gostaria de ver justificares tudo isso daqui a um ano :-). Entendes o que
digo? Se hoje tuas ideias têm o potencial de explicar tudo e até mesmo ficas
tentado a extrapolá-las para outros campos, até mesmo para a religião, diria
simplesmente que não foges à regra. Não conheço um único teorizador que em
alguma fase de sua vida não tenha provado "definitivamente" ou que Deus
existe ou que Deus não existe. Alguns foram além e chegaram a provar ou que
"Deus não joga dados" (Einstein) ou então que "O espaço é o sensório de
Deus" (Newton). :-))

Com relação às preocupações que manifestastes e relativas aos fundamentos de
tua teoria ou, até mesmo, quanto a habilidade que possas ou não vir a ter
para desenvolvê-las ou, ainda, se vale ou não a pena confiar na tua
intuição, o mínimo que posso dizer é: Não te diminuas. Pois o pior que
poderá acontecer é descobrires que tuas ideias actuais são sem fundamento.
Mas isso faz parte do jogo. O importante é teres descoberto que o jogo
existe e que muito em breve conhecerás bem as regras desse jogo, se é que
ainda não as conhece. Quanto ao conhecimento: O que é conhecer? Para muitos,
conhecer é saber resolver problemas. Mas na realidade conhecer é saber
formular problemas. Pois quem formula quase sempre resolve. E mesmo quando
não resolve, finca raízes, a exemplo de Fermat que citastes em mensagem
recente. Afinal, quem é mais famoso: Fermat ou o suposto indivíduo, e nem
sei o seu nome, que teria resolvido o teorema que o grande mestre deixou sem
tê-lo demonstrado ou, pelo menos, sem ter nos deixado a solução?

Quanto ao mais, dê tempo ao tempo. Se quiseres registrar tuas ideias,
resuma-as ao máximo e exponhas o absolutamente essencial. A esse artigo bem
resumido chamava-se, no passado, "nota prévia", mas parece-me que o termo
hoje caiu em desuso. Normalmente não ocupa mais do que duas ou três páginas
de revista, às vezes apenas uma. Como a tua teoria é muito abrangente,
talvez não seja fácil este resumo.

Conta-se que Einstein, de certa feita, recebeu uma carta de um indiano
chamado Bose (aquele que dá nome aos bósons) e enviou-a para um periódico
como se fosse uma "nota prévia". Graças à influência de Einstein, a carta
foi imediatamente publicada num periódico de respeito, apesar de que ninguém
na época conhecesse Bose. Pouco tempo após Bose recebeu o prémio Nobel sem
ter no seu currículo mais nenhum artigo que não fosse essa carta. Não sei se
isso é totalmente verdadeiro mas já ouvi essa história mais de uma vez.
Posteriormente Einstein desenvolveu as ideias de Bose, tanto que existe
actualmente a chamada estatística de Bose-Einstein.

Podes também, no sentido apenas de registrar tuas ideias, expor na Internet
o que tens escrito nestas mensagens que me enviastes mas cuidado para não te
expores ao ridículo. Como afirmei acima, não é impossível que, nos próximos
meses, muitas destas ideias venham a parecer ridículas mesmo para ti. E já
que tens um site, assim que a teoria aparecer lá, indicarei na minha página
"Novas Teorias".

Quanto à bibliografia sugiro, a título de curiosidade apenas, que consultes
os trabalhos originais de Einstein e/ou dos grandes teorizadores. Raríssimos
foram aqueles que ao exporem suas teorias se preocuparam com citações
bibliográficas. Mesmo porque, quanto mais original for a ideia, menos haverá
o que ser citado. Tomes cuidado apenas para não "reinventares a roda" pois
nesse caso a crítica virá pesada. Aliás, não sei se reparastes que a maioria
dos críticos não têm ideias próprias e ficam sempre procurando por alguma
coisa que diminua o que escrevemos porém sem assumir risco algum sobre as
bobagens que professam. Pois olhar para a bibliografia é uma boa maneira de
efectuar uma crítica sem que se precise sequer ler o trabalho. É uma maneira
fácil de "aparecer" sem se comprometer. Sobre esse aspecto prefiro quando,
por exemplo, "cais de pau" em cima das minhas ideias, pois pelo menos dás-me
a chance de provar se estás ou não errado. Ou seja, assumes a
responsabilidade pelo que estás dizendo. E o verdadeiro diálogo tem que ser
assim.

Quanto ao mais, os perfeccionistas que se danem. A menos que pretendas
brevemente defender uma tese mas até lá terás tempo suficiente para agradar
os caprichos de teu orientador e haverás de encontrar na literatura muita
coisa a ser citada em defesa ou até mesmo contra determinados aspectos de
tuas ideias.

Vou deixar o assunto "Ponto Material" de lado pois já comentei o que
penso em outras msgs. Sei que à primeira vista não concordas com muito do
que penso mas de qualquer forma acho deves colocar alguma coisa no lugar do
conceito mensurável de matéria e este não tem nada de pontual. O que na
minha opinião não existe fisicamente, mas apenas matematicamente, é o
conceito de ponto. Portanto, "ponto material" é meramente um artefacto que
funciona e, pelo que li de msgs seguintes, pareces concordar com isso. Mas,
e pelo que entendi de tuas ideias, e talvez tenha entendido mal, criastes o
que, a semelhança do "ponto material", poderia ser chamado "ponto
informacional". Ou seja, conservas o ponto matemático, que não existe
fisicamente, e subtrai a matéria como entidade essencial ou primária. E é
por isso que insisto: Quero ver como chegarás desta informação hipotética e
ideal do microcosmo à matéria do macrocosmo, de existência aparentemente
real. É possível que o dia que conseguires medir esta informação as coisas
se simplifiquem; e, caso chegues a este refinamento, creio que a partir de
então se entenderá a natureza puramente matemática deste "ponto
informacional", a exemplo do que ocorre com o "ponto material".

De minha parte, aposto na "informação do movimento da matéria". Ou seja,
aposto na essencialidade de ambas, matéria e informação. Parece residir aí o
nosso ponto de discordância. Se conseguires provar que o conceito de matéria
surge secundariamente de teu conceito de informação, e desde que não
acrescentes mais nenhum fundamento, terás a navalha de Occam trabalhando a
teu favor pois o Um (informação) é mais simples que o Dois (matéria +
informação). Até lá parece-me que estamos empatados pois trabalho com duas
ideias e tu com uma ideia e uma dúvida.

Com respeito a tuas reservas relativas ao poder da intuição, concordo com o
que dizes e diria, sem ter meios de comprovar, que o sábio erra bem mais do
que em 50% das vezes em que confia na sua intuição. E é por isso que a
depuração se faz necessária e é a partir daí que o racionalismo entra em
acção. Por outro lado, aqueles que não confiam na intuição não erram mas
também nunca acertam. Ou seja, sua margem de acerto, em termos de
criatividade, é igual a 0%.

Quanto ao universo ter ou não sido criado, ter ou não sempre existido, diria
que este é o exemplo clássico de questionamento metafísico. Algo que jamais
será respondido a contento. A não ser por alguns "físicos moderninhos" que
da mesma maneira que provam a existência ou a inexistência de Deus, afirmam
por aí que o tempo foi "criado" a partir do Big Bang. Confundem conteúdo com
continente, tempo com existência. Ou seja, não têm a mínima noção do que
seja tempo, existência, criação, Big Bang, metafísica, Deus, entropia,
universo, etc. E, não obstante, vendem suas ignorâncias no formato de
livros.

Em algum trecho de tua mensagem citas o exemplo clássico da areia movediça,
a meu ver como algo a justificar uma informação autóctone e a semelhança
daquela a ser "captada" por uma pedra lançada nesse turbilhão. Pois no caso
da areia movediça consigo visualizar um campo gravitacional associado e
gerado por um ser constituído por matéria (o restante da Terra). No análogo
informacional penso que deveria existir algum campo equivalente e a ser
gerado por alguma estrutura material ou imaterial mas fisicamente existente.
Afinal, que vórtice é esse?

Mas mesmo que consigas eliminar o campo gravitacional, ao raciocinar
exclusivamente em termos de mecânica dos fluidos, este campo de velocidades
deve propagar momentum a partir de alguma fonte e esta fonte, nos exemplos
macroscópicos, até prova em contrário é material. Por exemplo, o cilindro
girante do viscosímetro de Couette; ou o balde girante da experiência de
Newton. Por outro lado, existem os furacões mas... O que gera furacões? Eles
não surgem do nada! Eles estão sempre associados a alguma "matéria em
movimento". E até mesmo em sua origem essa matéria recebe "informações" de
alguma outra "matéria em movimento". Se não houver um movimento primeiro não
haverá furacões. Sim, tudo é movimento: Tudo é "movimento da matéria" e a
informação nada mais é senão a "informação do movimento da matéria".

Para terminar, repito o que já afirmei em mensagem anterior: É muito difícil
responder com palavras ao resultado da tua euforia com as ideias novas que
estás inventando e/ou vivenciando. :-)) Por muito menos Arquimedes saiu
pelado às ruas gritando: Heureka!!! :-)) Pois misturas tudo, como se
quisesses me passar, num lance só, todos os produtos de tua intuição ou
todos os malabarismos da tua imaginação. Porém, por mais que volteies,
chegas sempre no mesmo ponto crucial, a fomentar a seguinte pergunta: O que
é matéria? Ou então: O que é um ponto? E respondes sempre como algo
semelhante a: "Matéria é um tipo de informação" ou "O ponto é a fonte de
informações". E fico sem saber o que é a informação elementar a não ser que
trata-se de alguma coisa que, agrupada de alguma maneira desconhecida,
deveria originar aquilo que acredito captar como sendo matéria. E, a meu
ver, estás apenas jogando com as palavras. Pois visualizamos a matéria
complexa e recebemos a informação complexa mas não sabemos nem o que seja
matéria elementar nem o que seja informação elementar. E supões que sejam a
mesma coisa, ou melhor, que uma seja um caso particular da outra. E eu
suponho que não sejam. O problema é que consigo, a partir da matéria,
caracterizar, no mundo das ideias, aquilo que sinto como sendo informação; e
não percebo essa mesma firmeza em tuas declarações, ainda que consiga
suspeitar que estás convicto, a menos de pequenas incertezas, de que
poderás atingir este objectivo. E é o que seria de se esperar, haja vista o
carácter nascente de tua teoria. A minha completa em junho 18 anos. A tua
creio que é ainda um bebe. E sinto informar: parece-me que são antagónicas.
:-( E se assim for, um de nós dois, quiçá os dois, não está de posse da
verdade.

Abraços do amigo de além-mar
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: En: Bomba genética
FROM: "Lord Screen Saver" <screen_saver@ig.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 09/02/2001 23:41

sabem algo a respeito??
postaram isso no news do uol

>
> ROMA. Um camundongo transgênico supermusculoso pode ser uma arma contra o
> envelhecimento. Pelo menos é o que acreditam pesquisadores italianos e
> americanos que desenvolveram o animal. A pesquisa é promissora. No gene
> inserido no animal pode estar uma forma de retardar o envelhecimento. A
> mesma técnica teria aplicação no desenvolvimento de uma terapia genética
> contra certos tipos de distrofia muscular, doença genética que afeta
> gravemente os músculos e leva à morte.
> O camundongo foi criado por cientistas da Universidade de La Sapienza, em
> Roma, em colaboração com equipes da da Universidade da Pensilvânia e do
> Hospital Geral de Massachusetts, ambos nos EUA. O camundongo
supermusculoso
> parece ser imune à degeneração muscular que ocorre com o envelhecimento.
>
> Aos 22 meses de vida o camundongo tem músculos de um animal de 6 meses.
> Vinte e dois meses de vida de um camundongo equivalem a 80 anos para seres
> humanos. Um camundongo de 6 meses tem uma idade que corresponde a 40 anos
> humanos.
>
> Tamanha saúde muscular foi obtida com uma mudança relativamente simples,
mas
> que deve levar cinco anos antes de ser experimentada em seres humanos. Os
> supercamundongos receberam uma cópia extra do gene que determina a
produção
> de uma proteína que estimula o desenvolvimento de músculos chamada fator 1
> de crescimento muscular (mIgf1). O gene foi inserido apenas em células da
> musculatura voluntária, que controla os movimentos conscientes.
>
> - Nosso maior objetivo era fazer com que o gene se manifestasse somente na
> musculatura voluntária. Isso foi fundamental para evitar efeitos
colaterais
> sob a musculatura lisa involuntária, o que afetaria não só o coração, mas
> também os rins e outros tecidos - disse o chefe do estudo, Antonio Musaro.
>
> A proteína mIgf1 existe nos músculos de pessoas jovens e saudáveis e evita
a
> prevenir a flacidez e a perda de controle motor. Sua ausência está
associada
> a certas formas de distrofia muscular. Os pesquisadores também testaram
uma
> injeção do gene em animais velhos, obtendo rejuvenescimento de músculos.
>
>
>
>
>
>
>
> -------------------------------
> Grupos de Discussão UOL na web
> http://www.uol.com.br/forum



SUBJECT: Re: [ciencialist] En: Bomba genética
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 11/02/2001 14:28

Estudo usa proteina contra envelhecimento muscular em ratos
http://www.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u2436.shtml

Injecao de gene retarda a velhice
http://www.oglobo.com.br/ciencia/08cv20.htm

RESEARCH NEWS MORE ABOUT "SUPER-MICE"
http://www.mdausa.org/news/010207supermicefaq.html

Antonio Musaro
http://www.uniroma1.it/istologia/docent/musaro.htm

MECCANISMI MOLECOLARI COINVOLTI NELLA CRESCITA, MATURAZIONE E IPERTROFIA
DEL MUSCOLO SCHELETRICO
http://www.uniroma1.it/istologia/linee.htm#b7

ANALISI E CARATTERIZZAZIONE DI MODELLI SPERIMENTALI IN VIVO PER LO
SVILUPPO DI APPROCCI TERAPEUTICI PER LA PREVENZIONE DI PATOLOGIE MUSCOLARI
http://www.uniroma1.it/istologia/linee.htm#b8

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: Exclusão da Ciencialist
FROM: "Rafael Cisneiros Lenine" <rafa-rbn@rio.matrix.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 12/02/2001 09:12

Por favor,
O Rafael mudou de endereço e gostaria de solicitar a exclusão de seu nome
deste gruipo.
Grata
Patrícia
----- Original Message -----
From: Antonio Godoy <godoy@bwnet.com.br>
To: <ciencialist@egroups.com>
Sent: Sunday, January 21, 2001 2:02 PM
Subject: [ciencialist] Fw: Exclusão da Ciencialist


> Prezados amigos:
>
> Revoltado com o fato ocorrido neste domingo, enviei a mensagem abaixo em
pvt
> para a distinta sra. que nos "brindou" com sua ignorância.
>
> Fiz muito mal?
>
> Abraços,
>
> Godoy
>
> ----- Original Message -----
> From: "Antonio Godoy" <godoy@bwnet.com.br>
> To: <doloresgalindo@ig.com.br>
> Sent: Sunday, January 21, 2001 4:59 PM
> Subject: Exclusão da Ciencialist
>
>
> > Prezada Senhora:
> >
> > A falta de respeito com que Va. Sa. inundou a caixa postal de todos os
> > participantes da lista é repugnante. Mostra bem o nível de pessoa que a
> > senhora parece ser: desagradável, ignorante e estulta.
> >
> > É uma prova de imensa ignorância inundar a caixa de entrada de pessoas
que
> a
> > senhora nem conhece com mensagens escritas em português errado, próprio
> dos
> > semi-analfabetos.
> >
> > Nenhum dos participantes a forçou a entrar para o seleto grupo de
> > integrantes da ciencialist; Va. Sa. o fez de livre e espontânea vontade.
> > Além disto, todos os integrantes da lista recebem no ato da inscrição
uma
> > correspondência eletrônica do administrador informando os detalhes (nem
um
> > pouco herméticos por sinal) dos procedimentos relacionados ao
desligamento
> > (que deve ser efetuado unicamente por Va. Sa. salvo casos
> extraordinários).
> >
> > Devo advertí-la que o ato de Va. Sa. constitui crime digital passível de
> > punição legal (incluído na lei contra o SPAM), e se for possível eu
> > particularmente a processarei pela sua absoluta falta de modos.
> >
> > --
> > Prof. Antonio A. J. Godoy
> > High School teacher of Physics and Chemistry
> > Amateur Physicist - Chemistry Student
> > Mandaguari - Paraná - Brasil
> >
> > +55 44 9962 3455
> > ICQ #28370022
> >
> > prof_godoy@bwnet.com.br
> >
> > "Deus deixa pistas para que o homem descubra a Verdade"
> > A. Einstein--
> >
>
>
> *** --- ***
> Material para a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> deve ser enviado para o mail
> ciencialist@MAIL.com
> *** --- ***
>
>



SUBJECT: Sequenciamento abala a nocao de gene
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: Ciencialist <ciencialist@yahoogroups.com>, excalibur2 <excalibur2@yahoogroups.com>, Genismo <Genismo@yahoogroups.com>
DATE: 12/02/2001 15:40

GENOMA HUMANO

Complexidade do DNA leva cientistas a duvidar que trecho isolado tenha
poder de ditar característica

Sequenciamento abala a noção de gene
MARCELO LEITE
EDITOR DE CIÊNCIA
Apenas uma leitura superficial dos dois artigos com a sequência do
genoma humano na "Nature" e na "Science", além das dezenas de
comentários, revela uma tendência paradoxal: o genoma vai bem e os genes
vão mal. Mais precisamente: quanto mais se conhece a sequência do código
genético humano, menos parece sustentável, ou útil, a noção de gene.

Quem diz é o próprio Craig Venter, que acelerou todo o processo de
sequenciamento: "A noção de que um gene é igual a uma doença, ou de que
um gene produz uma proteína-chave, está saindo pela janela".

A idéia de gene surgiu há cerca de um século, antes mesmo de se saber
que a substância portadora da hereditariedade era o ácido
desoxirribonucléico (DNA) ou que ele tinha a estrutura de escada torcida
que se tornaria um ícone, a hélice dupla.

Gene seria o suporte físico-químico de cada traço hereditário, a unidade
discreta transmitida de geração para geração.

Mais tarde, o gene seria definido como o trecho de DNA contendo o código
para uma determinada proteína. Ocorre que essas sequências nunca
existiram como entidades físicas, sempre foram uma construção teórica.

Já se sabia, antes de completado o genoma, que seus elementos
significativos (éxons) vinham interrompidos na longa cadeia do DNA por
sequências aparentemente inúteis (íntrons). O código para a fabricação
da proteína só era montado na hora, num processo conhecido como
"splicing" (que descartava os íntrons).

Agora, com uma visão mais panorâmica do genoma, vai ficando claro que
aquilo que deveria ser único e unívoco -o gene- pode dar origem a
inúmeras proteínas, ou seja, há muitas formas alternativas de editar a
informação.

Paradoxalmente, a decifração do genoma tem como efeito deixar mais
evidente que se sabe muito pouco sobre os processos que regulam essas
"escolhas" dentro da célula. Ou seja, o que determina que tais e tais
pedaços de DNA sejam transcritos, na hora de produzir uma proteína.

Fim do determinismo
Eis aqui um novo paradoxo: o processo de regulação é realizado por
proteínas da célula, que por sua vez reagem aos estímulos do ambiente
interno (o organismo) e externo. As proteínas, portanto, determinam
aquilo que deveria determiná-las (os genes).

"A pesquisa de ora em diante deve ir mais além na investigação da função
do DNA repetitivo, da regulação da expressão (leitura) gênica, das
interações entre proteínas, da sinalização, dos efeitos do ambiente e de
outros mecanismos que possam contribuir para a complexidade de um
organismo", escreveu na "Science" a editora Barbara Jasny, que cuidou da
publicação do artigo de Venter.

Se os fatores externos ao genoma são tão importantes para especificar o
que dele será lido e utilizado, na vida concreta das células, a
sequência em si perde um pouco de importância. Um abalo evidente para um
campo de pesquisa que punha todas as suas fichas em identificar uma ou
poucas unidades discretas responsáveis por características ou doenças
-"o" gene do câncer de próstata, ou do mal de Alzheimer.

Começa assim a ruir o arranha-céu de determinismo e reducionismo que tão
bem serviu aos projetos genoma na hora de angariar os bilhões que os
transformariam no substituto "Big Science" dos projetos espaciais.

Mais uma vez, as palavras são do próprio Venter: "Há duas falácias a
serem evitadas: determinismo, a idéia de que todas as características de
uma pessoa estão "impressas" no genoma; e o reducionismo, (a idéia) de
que, agora que a sequência humana é conhecida por completo, será apenas
uma questão de tempo até que nossa compreensão das funções e das
interações dos genes forneça uma descrição causal completa da
variabilidade humana".





SUBJECT: Numero baixo de genes eh surpresa
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: Ciencialist <ciencialist@yahoogroups.com>, Genismo <Genismo@yahoogroups.com>, excalibur2 <excalibur2@yahoogroups.com>
DATE: 12/02/2001 15:50

Número baixo de genes é surpresa
DA ENVIADA ESPECIAL A LYON
O pesquisador norte-americano Francis Collins, diretor do consórcio
público Projeto Genoma Humano, afirmou na quinta-feira passada, em Lyon,
França, que os humanos são seres bem menos complexos do que se
imaginava, pois não têm tantos genes assim. O concorrente Craig Venter,
presidente da empresa Celera, foi um pouco mais preciso.

"O genoma contém um número substancialmente menor do que 50 mil genes.
Eles representam cerca de 1% do código genético", disse Venter na
sexta-feira, também em Lyon, um dia após a partida de Collins e dois
antes de ser suspenso o embargo noticioso que pesava sobre os artigos na
"Nature" e na "Science", que impedia ambos os líderes do genoma de dar
informações mais precisas sobre as pesquisa.

Se o genoma consiste efetivamente de 3 bilhões de letras, a conta não é
difícil. O número total de genes deve ficar em torno de 30 mil. Não é
tanto assim. A Arabidopsis thaliana, planta-modelo da biologia molecular
e primeiro vegetal a ter seu genoma decifrado, tem cerca de 26 mil.

Segundo Venter, 40% dos genes humanos têm função desconhecida, ou seja,
os pesquisadores não sabem o que fazem as proteínas que eles codificam.
Daí se percebe por que, como disse Collins, o genoma é "um livro-texto
de medicina numa linguagem que ainda não podemos compreender".

Segundo Venter, isso não é novidade. "Em todos os organismos que já
sequenciamos, metade dos genes tem função desconhecida. Isso significa
que temos mais de 200 mil novos genes que não sabemos para que servem."

Na conferência feita em Lyon, Venter mostrou um pôster com o mapa do
genoma humano. "Só duas impressoras nos EUA tinham definição suficiente
para imprimir este mapa, devido à densidade de pixels (pontos)
necessária. Ele contém tanta informação que, dependendo do tamanho do
gene, não haveria definição suficiente e ele desapareceria do mapa, que
aliás representa um dos trabalhos de cálculo mais complexos já feitos em
biologia."

Venter também apresentou a capa da edição de 16 de fevereiro da
"Science", com os artigos sobre o genoma humano. A capa mostra a face de
pessoas de diferentes etnias, representando a diversidade de seres
humanos que tiveram seu DNA sequenciado pela empresa (caucasiana,
afro-americana e hispânica). Eles fizeram parte do estudo denominado por
ele de "Genoma Humano Consensual", que será publicado na revista
"Science" esta semana.
(ISABEL GERHARDT)





SUBJECT: "Nature" e "Science" publicam sequencia
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: Ciencialist <ciencialist@yahoogroups.com>, excalibur2 <excalibur2@yahoogroups.com>, Genismo <Genismo@yahoogroups.com>
DATE: 12/02/2001 16:02

GENOMA HUMANO

"Nature" e "Science" publicam sequência quase completa dos genes

Revistas anunciam hoje o código de DNA decifrado
DA REDAÇÃO

A sequência do genoma humano, um dos feitos científicos mais importantes
da história, será anunciada hoje pelas duas principais revistas
especializadas do planeta, a "Science" e a"Nature".

Ao contrário do anúncio público da conclusão do genoma, feito em junho
do ano passado, os artigos com as sequências do genoma serão publicados
em separado pelas duas revistas. A norte-americana "Science" traz os
resultados obtidos pela empresa de biotecnologia Celera Corporation, e a
britânica "Nature", os de seu rival, o Projeto Genoma Humano -um
consórcio formado por 16 instituições públicas de pesquisa.

Ambos os competidores conseguiram completar cerca de 95% do
sequenciamento do genoma (segundo outros critérios, porém, a cobertura
alcançaria somente 83% ou 84%). Por meios diferentes, chegaram à mesma
conclusão: o DNA humano é uma espécie de "deserto", com vastas zonas de
"letras" A, T, C e G sem significado conhecido, permeado por uns poucos
"oásis" de informação -os genes, que carregam as instruções para fazer
as proteínas. Um quarto do genoma pode ser considerado "desértico", com
grandes porções sem genes.

E os genes, onde eles de fato existem, são surpreendentemente poucos
(além de muitos difíceis de identificar e entender, pois são regulados
por uma maquinaria ainda mal compreendida). A Celera calcula algo entre
26 mil e 39 mil, enquanto o consórcio público estima um máximo de 31
mil. Apenas um terço dos 100 mil que se acreditava haver (algumas
estimativas chegavam a falar num total de até 140 mil).

"O tamanho do genoma, o número de pares de bases, é irrelevante para a
biologia", afirmou Craig Venter, presidente da Celera. "O milho tem o
mesmo número de genes que o ser humano."

Outra conclusão de ambos os trabalhos é que entre um terço e metade do
genoma se compõe de sequências repetitivas, o chamado "junk DNA"
(literalmente, "DNA-lixo", em inglês).


Bactérias e vírus

Trata-se de pedaços de informação genética transferidos para o genoma ao
longo da evolução, entre eles pedaços de bactérias e vírus. Cerca de 8%
de todas as sequências de DNA humano derivam de vírus.

"Essas repetições são geralmente tidas como desinteressantes. No
entanto, realmente representam um extraordinário arquivo sobre processos
biológicos", escreveram os pesquisadores do genoma público na "Nature".

A decifração do DNA humano também confirma que cada indivíduo
compartilha 99,99% do código genético com seus semelhantes. São pequenas
trocas, de uma letra para cada mil no "livro" do genoma, que fazem as
diferenças individuais. Até agora foram identificados entre 1,4 milhão e
2,1 milhões dessas trocas, chamadas SNPs (pronuncia-se "snips").
Identificando-as, a medicina espera tornar-se capaz de produzir drogas
específicas para vários tipos de doença -em última análise, remédios
"pessoais."

"Mais ainda, a análise das SNPs vai nos fornecer o poder de desvendar as
bases genéticas de nossas capacidades individuais, como a habilidade
matemática, a memória, a coordenação física e, talvez, a criatividade",
escreveu o biólogo norte-americano e Nobel de Medicina David Baltimore,
do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), em comentário ao
trabalho do consórcio público.

"A nova visão mais empolgante proporcionada pelo genoma não é responder
à questão "o que nos torna humanos?", mas outra: "O que diferencia um
organismo do outro?" ", escreveu Baltimore.

Arquitetura de proteínas

E o que diferencia os seres humanos dos outros vertebrados -e os
vertebrados de moscas, vermes e ervas-daninhas- não é a quantidade de
genes, mas a maneira como eles se combinam para formar proteínas.

O proteoma (conjunto das proteínas) dos vertebrados é bem mais complexo
do que o dos invertebrados. Isso em parte se deve à presença de
proteínas específicas, mas muito mais ao fato de seres humanos -como os
camundongos- terem um conjunto muito mais rico de combinações.

Nesse ponto, a alta redundância do genoma humano conta a favor da
complexidade: o fato de haver mais "desertos" permite um maior número de
arranjos possíveis entre os "oásis", ou seja, o surgimento de novos
traços. Agora que o genoma está sequenciado, é para as proteínas que os
cientistas deverão voltar seus microscópios.


Rivalidade
Além de inaugurar uma nova fase na biologia, os trabalhos divulgados
hoje pela "Science" e pela "Nature" marcam a volta da competição entre
os dois grupos.
Por ser uma empresa privada, a Celera não irá tornar todas as suas
sequências disponíveis para o público. Empresas que queiram usar os
dados do genoma da "Science" (www.sciencemag.org) terão de pagar à
Celera pelo acesso. Os dados do consórcio público estarão disponíveis
on-line a partir de hoje, pela Internet, na "Nature" (www.nature.com).
Rumores criados sobre as publicações acabaram fazendo com que as duas
revistas divulgassem seus resultados simultaneamente.





SUBJECT: Re: [ciencialist] Sequenciamento abala a nocao de gene
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 13/02/2001 07:00

-----Mensagem Original-----
De: "Joao Carlos Holland de Barcellos"
Para: "Ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com
Enviada em: Segunda-feira, 12 de Fevereiro de 2001 15:40
Assunto: [ciencialist] Sequenciamento abala a nocao de gene


> MARCELO LEITE:
> o genoma vai bem e os genes vão mal. Mais precisamente: quanto mais se
> conhece a sequência do código genético humano, menos parece sustentável,
> ou útil, a noção de gene.

Gostaria de saber como é que vai a Gemética do Jocax em meio a isso tudo.
Antes que os demais comecem a "chiar" :-) digo que não é para expor toda a
Gemética, apenas para responder em que tudo isso afetaria seus alicerces.

Outros comentários:

Se bem que trate-se de um artigo de jornal, o tema chegou a ser bastante
ventilado esta semana e tem muito de verdade. Selecionei algumas frases
interessantes do artigo apresentado:

1) "A noção de que um gene é igual a uma doença, ou de que
um gene produz uma proteína-chave, está saindo pela janela".
2) "A idéia de gene surgiu há cerca de um século..."
3) "...o gene seria definido como o trecho de DNA contendo o código
para uma determinada proteína. Ocorre que essas seqüências nunca
existiram como entidades físicas, sempre foram uma construção
teórica.
4) "...vai ficando claro que aquilo que deveria ser único e unívoco -o
gene- pode dar origem a inúmeras proteínas, ou seja, há muitas
formas alternativas de editar a informação."
5) "...a decifração do genoma tem como efeito deixar mais evidente que
se sabe muito pouco sobre os processos que regulam essas "escolhas"
dentro da célula."
6) "Fim do determinismo"
7) "As proteínas, portanto, determinam aquilo que deveria determiná-las
(os genes)."
8) "Um abalo evidente para um campo de pesquisa que punha todas as suas
fichas em identificar uma ou poucas unidades discretas responsáveis
por características ou doenças"
9) "Começa assim a ruir o arranha-céu de determinismo e reducionismo que
tão bem serviu aos projetos genoma"


Em outras palavras, nem bem o século XXI começou e já estão aparecendo
evidências a confirmarem o que sugeri em 1989 (quando o muro de Berlim
estava prestes a desmoronar): "Ainda é tempo de se fazer alguma coisa para
que o século XX não passe para a história como o século da mentira." Como
não se fez nada, aí estamos a constatar o óbvio. Estranho apenas que as
coisas tenham começado justamente na área que menos semeou fantasmas ou
agentes virtuais, ainda que tenha sido responsável por muitas fantasias.
Muito em breve iremos ler nas primeiras páginas de todos os jornais: Físicos
desiludidos com a teoria quântica e a relatividade do século XX; químicos
ainda não sabem o que fazer com seus orbitais que dão certo.

Em tempo: a queda de uma teoria é normal em ciência. O que não é normal é a
despersonalização de todo um século (o século da fantasia, da virtualidade
e/ou da mentira) e é isso o que certamente passará para a história. Haja
vista as teorias sociais (marxismo, liberalismo, capitalismo), econômicas,
políticas, as guerras mundiais, as ditaduras, o corporativismo exagerado, a
escalada da fome, a destruição da natureza, etc. etc. etc.....

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Sequenciamento abala a nocao de gene
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 13/02/2001 07:59



Alberto Mesquita Filho wrote:


> 9) "Começa assim a ruir o arranha-céu de determinismo e reducionismo que
> tão bem serviu aos projetos genoma"


Determinismo há sempre e reducionismos há sempre. O facto de o genoma
não ser uma entidade estatica em que a informação só flui numa
direcção não invalida que as caracteristicas humanas não sejam
definidas pelos seus genes. Os genes determinam o corpo humano.
Também não entendo qual é o espanto de o gene não ser uma entidade
física definida. É uma entidade física suficientemente definida
para sabermos que há 30 mil deles.
--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com




SUBJECT: Re: [ciencialist] Sequenciamento abala a nocao de gene
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com, Genismo <Genismo@yahoogroups.com>
DATE: 13/02/2001 08:36



Alberto Mesquita Filho wrote:

>
> > MARCELO LEITE:
> > o genoma vai bem e os genes vão mal. Mais precisamente: quanto mais
> se
> > conhece a sequência do código genético humano, menos parece
> sustentável,
> > ou útil, a noção de gene.
>
> Gostaria de saber como é que vai a Gemética do Jocax em meio a isso
> tudo.
> Antes que os demais comecem a "chiar" :-) digo que não é para expor
> toda a
> Gemética, apenas para responder em que tudo isso afetaria seus
> alicerces.
>

Ok,
A parte mais importante da Gemetica eh o Genismo que esta fortemente
vinculada, como vc bem observou, aos avancos e descobertas da
Genetica.

Isso vem a mostrar que o Genismo eh falseavel, requisito necessario a
uma
teoria cientifica. Destroe-se o conceito de gene (ou herdabilidade )
vai-se
junto o Genismo.

Vamos aos comentarios :
Em principio, a quantidade de genes de um organismo nao implica
necessariamente
na complexidade do mesmo. Que diferenca faz para nos, que nao sabemos
a funcao especifica de quase nenhum gene, saber que nosso organismo tem
10mil ou 200mil genes? Para nos sao apenas numeros que nao querem dizer
muita coisa. A unica coisa q podemos fazer com eles eh comparar estes
numeros com os de outro organismo, o que tambem nao quer dizer nada.
Um carro de formula 1 pesa 500Kg (por ex). Um caminhao do inicio do
seculo
4000Kg isso quer dizer q o caminhao eh 8 vezes + complexo ?

Entao, a quantidade de genes nao implica em maior complexidade
necessariamente.
Intuitivamente, contudo, podemos pensar hipoteticamente q se 2
organismos
fenotipicamente similares, tem uma grande discrepancia no numero de seus
genes
isso significa que no organismo que tem menos genes estes genes devem
influir
em mais processos na formacao do organismo do que o que tem mais genes.

Explico:
Se antes pensavamos q 100mil genes eram o minimo suficiente para a
codificacao
de todo nosso corpo e se esse numero baixou para 30mil isso significa q
cada gene
destes 30mil , em media , atua em 3 vezes mais processos que cada um dos

hipoteticos 100mil atuavam. Assim, por ex, a proteina gerada de um gene
que atua no formato do dedao do peh pode participar tambem ,
por exemplo, no nivel de desejo sexual que tera o individuo e tambem
na
sua tendencia a engordar.



>
> Outros comentários:
>
> Se bem que trate-se de um artigo de jornal, o tema chegou a ser
> bastante
> ventilado esta semana e tem muito de verdade. Selecionei algumas
> frases
> interessantes do artigo apresentado:
>
> 1) "A noção de que um gene é igual a uma doença, ou de que
> um gene produz uma proteína-chave, está saindo pela janela".

Isto pode ser explicado por este paragrafo ( da veja):
"Análises mostraram que, em organismos mais simples, um gene
produz
uma proteína. As células humanas, entretanto, são capazes de
"pular"
partes de um gene permitindo que ele produza de três a cinco
versões
de uma mesma proteína."

Ou seja, o conceito de que um gene gera uma unica proteina pode cair
por terra.
Pode acontecer de outro gene dirigir quais proteinas estes outros irao
gerar.
Isto quer dizer que deve existir um gene (ou mais) que regule o que
os outros genes vao sintetizar num complexo sistema de coordenacao
ainda
nao decifrado. Assim, se cada gene pode gerar 3 proteinas diferentes
seria
como se tivessemos 3 vezes o numero de genes.
Para o Genismo isso nao importa, o importante eh q os genes determinam

o fenotipo muito mais que os fenomenos aleatorios. Como isso eh dado
a nivel celular nao eh relevante para o Genismo.


> 2) "A idéia de gene surgiu há cerca de um século..."

Nada a ver.

>
> 3) "...o gene seria definido como o trecho de DNA contendo o
> código
> para uma determinada proteína. Ocorre que essas seqüências
> nunca
> existiram como entidades físicas, sempre foram uma construção
> teórica.

Nao sei o q ele esta chamando de "entidades fisicas". Eh claro q os
pares de
base que formam o DNA *existem* fisicamente e tambem existem
sequencias de pares de bases q formam proteinas (e outras sequencias
que nao as formam).
Talvez a construcao teorica q o autor se refira seja a delimitacao do
DNA
em genes. Se algum trecho do codigo eh lido as vezes ateh a metade
outras vezes
ateh o fim fica dificil delimitar o que seria o gene: o gene seria a
parte que vai
do inicio ateh o fim do segmento da cadeia ou o que vai ateh a metade?
Eu diria que isso nao eh problema ! Basta definirmos gene como toda
sequencia
que gere uma proteina especifica. Assim poderiamos ter uma sequencia de
pares
de base participando de 2 ou mais genes diferentes : a que vai ateh a
metade
e a que vai do inicio ateh o fim.


>
> 4) "...vai ficando claro que aquilo que deveria ser único e
> unívoco -o
> gene- pode dar origem a inúmeras proteínas, ou seja, há muitas
>
> formas alternativas de editar a informação."

Mas isso nao tem problema se o processo for deterministico, no sentido
de
que a formacao destas proteinas sao coordenadas por outro(s) gene(s) e
nao
de forma aleatoria como o autor parece querer colocar.


>
> 5) "...a decifração do genoma tem como efeito deixar mais evidente
> que
> se sabe muito pouco sobre os processos que regulam essas
> "escolhas"
> dentro da célula."

Acho que todos concordam com isso sem excessao.


>
> 6) "Fim do determinismo"

Aih a coisa seria grave para o genismo !
O fim do determinismo genetico abalaria o Genismo caso se provasse
que a aleatoriedade tem um papel mais importante do que o determinismo
genetico.

Mas nao creio q isso seja verdadeiro por um fator : Os gemeos identicos
provam que o fenotipo eh muito mais deterministico do que aleatorio.

Isso quer dizer q desde a concepcao as sequencias estao bem
determinadas
para a geracao de um fenotipo em um dado ambiente.

>
> 7) "As proteínas, portanto, determinam aquilo que deveria
> determiná-las
> (os genes)."

Eh a historia do ovo e da galinha .........

Se as proteinas leem os genes para formar novas proteinas, quem
determina
as proteinas o gene ou a proteina leitora?

Claro que os genes nao funcionam sem o ambiente necessario e a proteina

leitora faz parte deste ambiente.
Uma mutacao no gene que forma a proteina leitora podera inviabilizar
seu funcionamento como proteina leitora.

Mas a questao poderia ser resolvida estudando a origem da vida :
Provavelmente no inicio nao havia proteinas leitoras com este fim
especifico
talvez algum componente do ambiente ou mesmo algum microorganismo
fizesse este papel. Com a evolucao os genes devem ter criado uma
proteina
leitora q facilitasse este trabalho e portanto os genes determinaram a
proteina
leitora primeiro. ( especulacao minha )

>
> 8) "Um abalo evidente para um campo de pesquisa que punha todas as
> suas
> fichas em identificar uma ou poucas unidades discretas
> responsáveis
> por características ou doenças"

Concordo que a visao q um gene esta associado a uma caracteristica ,
biunivocamente, eh bastante simploria. Provavelmente cada gene participa

de muito mais caracteristicas do que se supunha.


>
> 9) "Começa assim a ruir o arranha-céu de determinismo e
> reducionismo que
> tão bem serviu aos projetos genoma"
>

Isso eu ja acho que eh exagero do leitor que provavelmente quer
atribuir nossas caracteristicas a algum poder divino ou extra-corporeo.

Os gemeos univitelinos provam que o determinismo genetico eh real.


>
> Em tempo: a queda de uma teoria é normal em ciência. O que não é
> normal é a
> despersonalização de todo um século (o século da fantasia, da
> virtualidade
> e/ou da mentira) e é isso o que certamente passará para a história.
> Haja
> vista as teorias sociais (marxismo, liberalismo, capitalismo),
> econômicas,
> políticas, as guerras mundiais, as ditaduras, o corporativismo
> exagerado, a
> escalada da fome, a destruição da natureza, etc. etc. etc.....
>

Para que isto nao ocorra no futuro sugiro a conversao de todos ao
Genismo
que promovera a salvacao da humanidade como profetizou o
grande messias Jocax :-)

[]s
jocax

Salvacao :
http://groups.yahoo.com/group/Genismo/message/95
Faq:
http://groups.yahoo.com/group/Genismo/message/140



SUBJECT: RES: [ciencialist] Sequenciamento abala a nocao de gene
FROM: Moacir Alves Schmidt <moacir.schmidt@softtek.com>
TO: "'ciencialist@yahoogroups.com'" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 13/02/2001 08:49

[Alberto]:
Em outras palavras, nem bem o século XXI começou e já estão aparecendo
evidências a confirmarem o que sugeri em 1989 (quando o muro de Berlim
estava prestes a desmoronar): "Ainda é tempo de se fazer alguma coisa para
que o século XX não passe para a história como o século da mentira." Como
não se fez nada, aí estamos a constatar o óbvio. Estranho apenas que as
coisas tenham começado justamente na área que menos semeou fantasmas ou
agentes virtuais, ainda que tenha sido responsável por muitas fantasias.
Muito em breve iremos ler nas primeiras páginas de todos os jornais: Físicos
desiludidos com a teoria quântica e a relatividade do século XX; químicos
ainda não sabem o que fazer com seus orbitais que dão certo.

[Moacir]
Para mim o século XX vai ficar para a história como o século da maturidade,
onde as limitações e complexidades das teorias científicas foram realmente
conhecidas, bem diferente do entusiasmo imaturo que dominou o século XIX.
As frustrações ocorridas no nosso século colaboraram em muito para a
evolução do conhecimento. Podemos dizer que chegamos a fase da ciência
realista. Jamais teríamos conseguido isto sem gastar cem anos...

Alem disso, a evolução científica será inexoravelmente conduzida para a
frente, ainda que continuem se repetindo os trancos e barrancos dos últimos
tempos (causados pela cada vez maior capilaridade do conhecimento). Eu não
tenho dúvidas de que boa parte do conhecimento científico do século XXI
(e mesmo algumas revoluções, que por acaso ocorram) serão construídas sobre
as bases do século XX.

Abraços,

<Moacir>


SUBJECT: Criterios de humanidade
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: Ciencialist <ciencialist@yahoogroups.com>, fflch <fflch@egroups.com>, movimento-filo <movimento-filo@egroups.com>, scientia_una <scientia_una@egroups.com>, argumentos <argumentos@topica.com>, despertar <despertar@egroups.com>, Humanidade <humanidade@egroups.com>
DATE: 13/02/2001 09:54

Slavoj Zizek - Folha de Sao Paulo 11/2/2001

Critérios de humanidade

----------------------------------------------------------
O horizonte último da "política de identidades" pós-
moderna não é o darwinismo -isto é, a defesa do direito
de algumas espécies humanas em meio à variedade de sua
multidão proliferante (gays com Aids, mães negras
solteiras etc.)?
--------------------


.......Com efeito, piadas
de mau gosto à parte, a lição da doença da vaca louca não
diz respeito justamente à natureza problemática da
distinção entre animais e humanos? Será moralmente
correto sacrificar milhões de vacas a fim de salvar uma
dúzia ou mais de vítimas humanas potenciais? Há pelo
menos um filósofo moral cuja resposta seria um "não"
retumbante -Peter Singer, .......

..............


Singer argumenta que o privilégio que concedemos à
espécie humana não difere do racismo: nossa percepção de
uma diferença entre seres humanos e os outros animais não
é menos avessa à lógica e à ética do que nossas velhas
percepções de uma diferença ética entre, digamos, homens
e mulheres ou negros e brancos. A inteligência não serve
de critério de determinação da estatura ética: as vidas
dos seres humanos não são mais valiosas do que as vidas
dos animais simplesmente por exibirem mais inteligência
(se a inteligência fosse padrão de julgamento, aponta
Singer, poderíamos impunemente realizar experimentos
médicos com retardados mentais). Em última análise, e
dada sua igualdade fundamental, um animal tem tanto
interesse em viver quanto um humano. Portanto, e dada sua
igualdade fundamental, experimentos médicos com animais
são imorais. Os defensores desses experimentos afirmam
que sacrificar a vida de 20 animais salvará milhões de
vidas humanas -mas o que dizem de sacrificar 20 seres
humanos para salvar milhões de animais?................



Ver o artigo completo em :

http://groups.yahoo.com/group/Genismo/message/166

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Sequenciamento abala a nocao de gene
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 13/02/2001 11:11

On Tue, 13 Feb 2001, João Mário Miranda wrote:
> definidas pelos seus genes. Os genes determinam o corpo humano.

Somente se fixarmos o ambiente -- como nunca o ambiente eh fixado, os
genes condicionam o corpo humano, assim como o proprio ambiente.

> Também não entendo qual é o espanto de o gene não ser uma entidade
> física definida. É uma entidade física suficientemente definida
> para sabermos que há 30 mil deles.

Na verdade esses 30 mil sao apenas uma aproximacao inicial --
provavelmente procuraram por regioes promotoras (ou extrapolaram a
densidade genetica em um dado trecho para todo o material genetico).

O fato dos genes serem mais escorregadios do q. se pensava em principio
frusta a espectativa artificialmente alimentada de q. o funcionamento
basico molecular da especie humana fosse destrinchada em pouco tempo.

Os genes bonitinhos foram estudados principalmente em bacterias, onde nao
existem introns em meio aos exons. Nos eucariotos a coisa muda de figura,
surge o mecanismo de 'splicing' -- de forma q. um mesmo RNA transcrito
de uma mesma sequencia de DNA possa gerar RNAm diferentes q. serao
traduzidos em polipeptideos diferentes. Ou um mesmo RNAm pode ser
retrabalhado gerando pequenas modificacoes nos polipeptideos traduzidos.

Uma proteina completa por sua vez pode ser formada por trechos q. sao
codificados em porcoes diferentes do DNA.

Se fossem 100.000 ou 140.000 genes possivelmente haveria uma relacao de um
para um entre as caracteristicas e os genes -- ou algo proxima a isso.
Confirmada a presenca de poucos genes -- eu acredito q. sera' isso mesmo
-- significa q. havera' uma interacao mais complexa. Grosso modo, como
caricaturizou Barcellos. Mas isso nao chega a se caracterizar como uma
mentira, Alberto, a revisao eh substancial, porem nao teremos jogado a
teoria genetica no lixo.

Eh complicado fazer uma analise mais profunda do q. eh ou nao eh, baseado
em uma simples nota de jornal -- isso da' uma boa cronica, mas em termos
de discussao cientifica pode ser esteril.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] O genoma do futuro
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: Ciencialist <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 13/02/2001 11:29

A Genomica eh trivialmente facil em relacao 'a Proteomica -- as proteinas
q. sao elas.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: O genoma do futuro
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: Ciencialist <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 13/02/2001 12:22

O genoma do futuro
DRAUZIO VARELLA
COLUNISTA DA FOLHA
Para achar a cura do câncer é mais fácil sequenciar o genoma inteiro.
Essa frase do professor italiano Renato Dulbecco, um dos mais
respeitados oncologistas do século, foi talvez o argumento definitivo
para o início do Projeto Genoma, em outubro de 1990.
Quando o Projeto foi lançado, estimava-se que custaria US$ 3 bilhões e
chegaria ao final em outubro de 2005. O custo e a duração de 15 anos
eram teóricos, no entanto; os organizadores contavam com o
desenvolvimento de técnicas automatizadas de sequenciamento que ainda
não estavam disponíveis na época. Caso essa tecnologia não fosse criada,
os custos seriam mais altos, e a duração, mais longa, conforme
contrapunham os críticos.
Numa demonstração inequívoca de que a criatividade científica não
costuma decepcionar os que nela investem, chegamos ao final do projeto
muito antes e com gastos bem menores.
O conhecimento da ordem segundo a qual os genes humanos estão alinhados
nos 23 pares de cromossomos constitui uma quantidade de informação
gigantesca. Levará séculos para ser decifrada em sua plenitude -se é que
um dia o será.
A partir de hoje, e por várias gerações, biólogos e cientistas da
computação estarão ocupados em encontrar o significado bioquímico de
todos os genes que fazem de nós o que somos.
Para dar idéia do trabalho que nos espera, basta lembrar que, até a
publicação dos dados atuais, e estimando em 30 mil o número de genes do
corpo humano, as previsões eram de que se encontraria algo entre 50 mil
e 150 mil. Isto é, alguns cientistas admitiam números três vezes maiores
que outros.
E a quantidade de genes não é o mais importante, a função de cada um é o
que realmente interessa. Por meio desta é que vamos entender como o
genoma interage com o ambiente para dar origem a um indivíduo diferente
de qualquer outro, identificar pessoas predispostas a determinadas
doenças, corrigir eventos genéticos que levam ao câncer, ao diabetes, a
ataques cardíacos, ao reumatismo ou às degenerações neuropsiquiátricas
da velhice.
Vamos decifrar os mecanismos de envelhecimento, obesidade, tendência a
comportamento violento, e vamos interferir no desenvolvimento
intelectual.
No momento do parto, as crianças terão seus genes sequenciados a partir
de células do cordão umbilical. A informação será encaminhada para
centrais como o Gene Data Bank, de Los Alamos, que arquivarão o
patrimônio genético da humanidade.
Conheceremos então a biodiversidade humana, e nascerá a verdadeira
medicina preventiva, modelada individualmente, de acordo com as
suscetibilidades de cada um. Surgirá a farmacogenômica, para indicar com
precisão o remédio adequado ao funcionamento de cada organismo doente.
Além disso, estaremos mais perto de entender por que certos genes
humanos são quase iguais aos das bactérias ou fungos. Ou por que os
chimpanzés, que compartilham 98% de identidade genética conosco, não
conseguem passar um fio de linha pelo buraco da agulha, compor sinfonias
ou viajar pelo espaço sideral





SUBJECT: Papel do DNA "inutil" sera revisto
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: Ciencialist <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 13/02/2001 12:48

Papel do DNA "inútil" será revisto
MAGGIE FOX
DA "REUTERS"

O primeiro olhar lançado com profundidade sobre o genoma humano mostra
que ele é muito mais complicado do que os cientistas esperavam.
Em vez de ter o DNA empacotado com dezenas de milhares de novos genes
que fazem pessoas diferentes de camundongos, mosca-das-frutas e vermes,
parece que há relativamente poucos genes -somente 30 mil ou 40 mil,
cientistas anunciaram ontem. Estimativas anteriores apontavam de 60 mil
a 100 mil genes.
Os dois grupos de cientistas responsáveis pelo sequenciamento (consórcio
público e empresa privada Celera) dizem que estão chocados com os
achados, e que isso significa que os genes podem não ser tão
fundamentais assim na "confecção" dos organismos.
Eles sabem que cada gene "expressa" ou controla uma proteína. E sabem
agora que as proteínas se misturam e combinam de formas muito mais
importantes do que se pensava anteriormente.
Mas eles também sabem que precisarão voltar atrás e vasculhar a lata de
lixo do genoma -o chamado DNA-lixo, que muitos acreditavam não ter um
papel importante.
"Eu o chamo de suposto lixo", afirmou Eric Lander, chefe do
sequenciamento do genoma do Instituto Whitehead, em Massachusetts, EUA,
em entrevista por telefone. "O lixo é surpreendente."

Examinando o lixo

Lander, cuja instituição faz parte do MIT (Instituto de Tecnologia de
Massachusetts) e teve papel fundamental no consórcio público Projeto
Genoma Humano, disse que os cientistas devem dirigir um olhar atento
para esse lixo.
Quando os dois grupos, público e privado, anunciaram a conclusão da
primeira etapa -o sequenciamento do genoma, em junho do ano passado-,
eles sabiam muito pouco além da existência de 3,1 bilhões de letras no
genoma humano. Isso significava basicamente uma leitura das letras
químicas A, C, G e T, que formam a dupla hélice do DNA.
Se as combinações certas das letras são feitas de forma correta, por
exemplo, um A, um T e um G, elas indicam um aminoácido. Existem 20
diferentes aminoácidos, que podem ser associados das maneiras mais
diferentes para produzir 250 mil proteínas.
Não existe um número determinado de aminoácidos para a produção de uma
proteína.
Células do cérebro precisam produzir certas proteínas. Células do
músculo e células do sistema imunológico, outras. Genes, algumas vezes,
controlam o que é expresso (produzido) com base em outros genes, mas é
possível que o DNA-lixo também tome parte nesse processo, afirmam os
pesquisadores que estão publicando seus resultados nas revistas
científicas "Nature" e "Science".
O achado é surpreendente porque mostra que os genes estão amontoados em
agrupamentos espalhados pelos 3,1 bilhões de pares de bases ("letras").
Entre eles há vastos espaços desertos, repetições de nucleotídeos que
parecem sem sentido -mas, segundo Lander, elas podem revelar-se os guias
para entender a história evolutiva do genoma.







SUBJECT: O Genoma pela Nature Science
FROM: "Claudio Abreu" <bidual@gbl.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 13/02/2001 13:21

Prezados Amigos,

Repasso o email recebido da Nature, que contém os endereços do Genoma.

Abraços,

Claudio Abreu

----- Original Message -----
From: "Nature Science Update" <NatureScienceUpdateAlert@us.nature.com>
To: "Nature Science Update" <NatureScienceUpdateAlert@us.nature.com>
Sent: Monday, February 12, 2001 7:13 PM
Subject: Nature Science Update Highlights: 12 February 2001


> NATURE SCIENCE UPDATE WEEKLY HIGHLIGHTS
>
> Now available at http://www.nature.com/nsu/
>
> Discover the most fascinating things to happen in science this week:
> a collection of authoritative, informative and entertaining
> science news stories from Nature News Service
> Updated every day at midnight GMT and available for free!
>
> Nature Science Update Highlights: 12 February 2001
> (c) Copyright Nature News Service 2001
>
> =====================================================================
> Genetix announces the launch of our new website incorporating all
> the information that is of interest to you. Complete users forum
> and product specification pages, provide instant access to vital
> information, and instant access to our sales and technical support
> teams.
> Take the drudgery out of DNA sequencing, microarraying, gridding
> and the other automated services we offer.
> http://www.genetix.co.uk
> =====================================================================
>
> NATURE NEWS SERVICE CELEBRATES THE HUMAN GENOME
>
> HOW THE SEQUENCE GOT THE WAY IT IS
> http://www.nature.com/nsu/010215/010215-1.html
>
> DRAFT HUMAN GENOME PUBLISHED
> http://www.nature.com/nsu/010215/010215-2.html
>
> A JOURNEY THROUGH THE GENOME: WHAT'S THERE
> http://www.nature.com/nsu/010215/010215-3.html
>
> UNFINISHED SYMPATHY: WHAT'S MISSING?
> http://www.nature.com/nsu/010215/010215-4.html
>
> THE Y CHROMOSOME: GOLDMINE AND JUNKYARD
> http://www.nature.com/nsu/010215/010215-5.html
>
> BIOLOGY GOES BACK TO THE DRAWING BOARD
> http://www.nature.com/nsu/010215/010215-6.html
>
> IDEAS FOR A NEW BIOLOGY
> http://www.nature.com/nsu/010215/010215-7.html
>
> WATCHING GENES AT WORK
> http://www.nature.com/nsu/010215/010215-8.html
>
>
> OTHER STORIES THIS WEEK
>
> ENVIRONMENT: AIR OVER INDIAN OCEAN FEELS THE BURN
> Fires could put Asia alongside its western neighbours in the big
> league of global air polluters
> http://www.nature.com/nsu/010215/010215-10.html
>
> TECHNOLOGY: MORE POWER FROM PLASTIC
> A new cheap, lightweight solar cell is three times as efficient as
> existing 'green' generators.
> http://www.nature.com/nsu/010215/010215-9.html
>
> LIFELINES: GENES OF MICE AND MEN
> A cloned collection of mice genes could help pin down human diseases.
> http://www.nature.com/nsu/010208/010208-11.html
>
> ECOLOGY: THE RAM-IFICATIONS OF TOO MUCH SEX
> A dominant ram's hectic schedule takes a heavy toll on his precious
> bodily fluids.
> http://www.nature.com/nsu/010208/010208-10.html
>
> BIOTECHNOLOGY: GM PLANTS MAKE WEEDY WEEDS
> Genetically modified crops are no better suited to life in the wild
> than their unmodified counterparts.
> http://www.nature.com/nsu/010208/010208-9.html
>
> ECOLOGY: GLOBAL WARMING WRECKS MOTHS' RHYTHM
> A finely tuned ecological relationship has fallen prey to climate
> change.
> http://www.nature.com/nsu/010208/010208-8.html
>
> RELICS: EARLY MODERN HUMANS WON HAND OVER FIST
> Digital modelling suggests why Neanderthals lost their grip.
> http://www.nature.com/nsu/010208/010208-7.html
>
> MEDICINE: PROMISING FIRST BREATHS FOR INSULIN INHALER
> Inhaling insulin may sound convenient but injecting it is probably
> still safer and more effective.
> http://www.nature.com/nsu/010208/010208-6.html
>
> =====================================================================
> ** Want more stories? Take your pick from the archives:
> http://helix.nature.com/nsu/calendar.html
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> clicking on "E-mail this story to a friend".
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> Update stories, go to:
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> Services (EARS). No response is necessary. We hope that you find this
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> London . Madrid . Paris . Munich . Moscow . New Delhi . Tokyo
> Melbourne . San Francisco . Washington . New York
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Conjecturas jocaxianas (I)
FROM: Eduardo <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 13/02/2001 19:59

Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:

> Aproveitando a onda de DNA gostaria de conjecturar algumas coisas
> que me perturbam :
>
> Considere o DNA humano com 3,5bilhoes de pares de base (3,5G pb).
> Como cada par de base (pb) pode ter 4 valores ( C,G,T,A) entao cada pb
> representam 2 bits de informacao e portanto o DNA armazena cerca de
> 7Gbits ou cerca de 1Gb de informacao.
>
> Dentre as caracteristicas humanas consideremos , como exemplo,
> o fio de cabelo.
>
> Estudemos quantos bits sao necessario para especificarmos totalmente
> um fio de cabelo.
>
> O fio de cabelo deve ter pelo menos :
> uma cor, uma espessura, um formato de corte transversal, uma
> substancia
> formadora etc..
>
> Dentre estas caracteristicas consideremos a espessura do fio de cabelo.
>
> A espessura pode variar, por exemplo, entre 0,01 e 0,1mm
>
> Pergunta : Qtos bits sao necessarios para codificar a espessura do fio
> entre
> 0,01 e 0,1 mm ?
>
> Resposta : Todo 1Gb de informacao do DNA seria pouco para tanto.
>
> Ou seja , como existem infinitos numeros reais entre 0,01 e 0,1
> precisariamos de infinitos bits para representar todas as espessuras
> possiveis.
>
> Isto significa que nenhuma mutacao no(s) gene(s) que codificam a
> espessura do fio de cabelo pode produzir qualquer espessura de fio.
>
> Ou seja, a espessura do fio deve apresentar alguns valores discretos de
> .
> possibilidades. Por exemplo, poderiamos ter no maximo 10 tipos
> possiveis
> de espessura dependendo da qtdade de bits usado para codifica-lo.
>
> Isto quer dizer q a caracteristica esta, de certa forma, "tabelada" e o
>
> gene da caracteristica fornenece qual elemento da tabela seria usado
> para expressar a caracteristica.
>
> Surge a pergunta : Se temos um numero inteiro fixo de possibilidades
> para
> uma caracteristica, o que definiria como ela seria expressa, ou seja
> porque a espessura nao pode variar entre 0,2 e 0,21mm ?
>
> Talvez um exemplo + ilustrativo seja o formato do corte transversal do
> fio.
> O formato eh normalmente circular ou oval mas, em principio poderia ser
> quaquer figura geometrica possivel como por ex, um poligono de N lados.
>
> O que ou onde definiria qual das figuras geometricas vai ser usada no
> fio ?
>
> Podemos constatar entao q a variabilidade de uma caracteristica
> qualquer
> nao eh limitada apenas pelos genes que diretamente a codifica.
> Entao onde esta escrito o limite ?
>
> Os genes de um traco ( caracteristica ) nao podem variar continuamente
> nem assumir quaisquer valores. A variabilidade dependera do numero de
> bases
> que formam estes genes. Mas, mesmo se variarmos de todas as formas
> possiveis
> os genes responsaveis pelo traco nao teremos uma variacao continua do
> traco.
>
> Isto significa que qualquer que seja o traco e seus genes envolvidos,
> ele estara condicionado :
> 1- ou a outros genes (de forma indireta) e isto de certa maneira prova o
>
> acoplamento e a nao linearidade do genoma humano.
>
> 2-ou a propria estrutura do DNA : sua consistencia ou sua estrutura
> fisica.
>
> Assim, se pensarmos na variabilidade total possivel de todos os pares de
>
> base do genoma humano nao teriamos qualquer criatura, mas criaturas
> que estao acopladas aa estrutura diploide de 23 pares do nosso genoma
> com
> o DNA sendo feito de A+G+C+T.
> Estes aspectos fisicos provavelmente limitariam e definiriam a
> variabilidade maxima do traco.
>
> Bom, enfim...
> acho que estudar isso dara uma boa tese de doutorado.
>
> []s
> jocax
>
>

Oi,

caracteristicas como a espessura do fio de cabelo sao estabelecidas
dentro de uma margem (as vezes muito estreitas, no programa da Discovery
sobre gemeos pode-se ver semelhancas absurdas entre gemeos identicos que
cresceram separados) definida pelo codigo genetico mas, naturalmente, a nao
discretizacao da sua espessura se da gracas a interacao com o meio, ate
porque o gene nao compoe o cabelo. Portanto, se vc considerar a interacao
de um numero grande porem finito de informacoes com as infinitas
possibilidades do meio ambiente vc vera que nao ha sequer um milimetro
cubico identico entre dois seres com o mesmo genotipo.

[]s Eduardo.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Conjecturas jocaxianas (I)
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: Ciencialist <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 14/02/2001 12:38

On Wed, 14 Feb 2001, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> Considere o DNA humano com 3,5bilhoes de pares de base (3,5G pb).
> Como cada par de base (pb) pode ter 4 valores ( C,G,T,A) entao cada pb
> representam 2 bits de informacao e portanto o DNA armazena cerca de
> 7Gbits ou cerca de 1Gb de informacao.

Nao eh assim q. funciona o armazenamento de informacao do DNA -- nao ha'
uma correlacao um a um entre a base em um sitio e a informacao.

Primeiro -- o codigo genetico eh ternario: a cada tres pares de base um
aminoacido eh determinado na cadeia polipeptidica. Nao eh qq alteracao na
sequencia de bases do material genetico q. implica em uma alteracao no
fenotipo.

Segundo, existe interacao entre alelos: por exemplo -- temos 3 gdes alelos
para o tipo sanguineo do sistema AB0 -- mas sao quatro fenotipos
possiveis: A, B, AB e 0... Do mesmo modo como vc notou q. existem tbm
influencias de outros genes -- titio Morgan ja' nos ensinara isso ha'
quase um seculo com o fenomeno da epistasia.

Terceiro, nao eh o caso de humanos, mas algumas especies apresentam o
'overprinting' -- duas proteinas completamente diferentes codificadas em
um mesmo trecho do material genetico, pela simples mudanca do quadro de
leitura. Nos eucariotos existe o 'splicing' alternativo -- nao esta'
plenamente compreendida como ou porque, mas o pre-ARNm pode ser processado
de modo a gerar ARNm ligeiramente diferentes produzindo cadeias
polipeptidicas ligeiramente diferentes.

Quarto, influencia ambiental ou epigenetica. As proteinas exibiram
diferentes graus de acao dependendo do pH, da temperatura, concentracao de
substrato e que mais vier 'a cabeca.

Quinto, nao eh sistema tudo ou nada -- os genes podem ser expressos em
intensidades diferentes.

Sexto, intervencao aleatoria. Mesmo q. o ambiente seja fixado para um dado
genoma, flutuacoes aleatorias em parametro qq criarao um ruido de fundo --
muitas das caracteristicas biologicas sao caoticas e, portanto, altamente
sensiveis 'as condicoes iniciais (ou vice-versa, veja aih).

Completei a sena, entao paro por aqui...

Por essas e outras q. nao existe determinismo genetico. Do mesmo modo q.
nao existe determinismo ambiental. (Em uuuuuuultima instancia ateh poderia
existir o tal determinismo genetico-ambiental -- embora a escola de
Copenhagen diga q. nao -- mas de qq forma estariamos muito, mas muito
longe de descobrir as variaveis ocultas...)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Conjecturas jocaxianas (I)
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: Ciencialist <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 14/02/2001 12:56

Aproveitando a onda de DNA gostaria de conjecturar algumas coisas
que me perturbam :

Considere o DNA humano com 3,5bilhoes de pares de base (3,5G pb).
Como cada par de base (pb) pode ter 4 valores ( C,G,T,A) entao cada pb
representam 2 bits de informacao e portanto o DNA armazena cerca de
7Gbits ou cerca de 1Gb de informacao.

Dentre as caracteristicas humanas consideremos , como exemplo,
o fio de cabelo.

Estudemos quantos bits sao necessario para especificarmos totalmente
um fio de cabelo.

O fio de cabelo deve ter pelo menos :
uma cor, uma espessura, um formato de corte transversal, uma
substancia
formadora etc..

Dentre estas caracteristicas consideremos a espessura do fio de cabelo.

A espessura pode variar, por exemplo, entre 0,01 e 0,1mm

Pergunta : Qtos bits sao necessarios para codificar a espessura do fio
entre
0,01 e 0,1 mm ?

Resposta : Todo 1Gb de informacao do DNA seria pouco para tanto.

Ou seja , como existem infinitos numeros reais entre 0,01 e 0,1
precisariamos de infinitos bits para representar todas as espessuras
possiveis.

Isto significa que nenhuma mutacao no(s) gene(s) que codificam a
espessura do fio de cabelo pode produzir qualquer espessura de fio.

Ou seja, a espessura do fio deve apresentar alguns valores discretos de
.
possibilidades. Por exemplo, poderiamos ter no maximo 10 tipos
possiveis
de espessura dependendo da qtdade de bits usado para codifica-lo.

Isto quer dizer q a caracteristica esta, de certa forma, "tabelada" e o

gene da caracteristica fornenece qual elemento da tabela seria usado
para expressar a caracteristica.

Surge a pergunta : Se temos um numero inteiro fixo de possibilidades
para
uma caracteristica, o que definiria como ela seria expressa, ou seja
porque a espessura nao pode variar entre 0,2 e 0,21mm ?

Talvez um exemplo + ilustrativo seja o formato do corte transversal do
fio.
O formato eh normalmente circular ou oval mas, em principio poderia ser
quaquer figura geometrica possivel como por ex, um poligono de N lados.

O que ou onde definiria qual das figuras geometricas vai ser usada no
fio ?

Podemos constatar entao q a variabilidade de uma caracteristica
qualquer
nao eh limitada apenas pelos genes que diretamente a codifica.
Entao onde esta escrito o limite ?

Os genes de um traco ( caracteristica ) nao podem variar continuamente
nem assumir quaisquer valores. A variabilidade dependera do numero de
bases
que formam estes genes. Mas, mesmo se variarmos de todas as formas
possiveis
os genes responsaveis pelo traco nao teremos uma variacao continua do
traco.

Isto significa que qualquer que seja o traco e seus genes envolvidos,
ele estara condicionado :
1- ou a outros genes (de forma indireta) e isto de certa maneira prova o

acoplamento e a nao linearidade do genoma humano.

2-ou a propria estrutura do DNA : sua consistencia ou sua estrutura
fisica.

Assim, se pensarmos na variabilidade total possivel de todos os pares de

base do genoma humano nao teriamos qualquer criatura, mas criaturas
que estao acopladas aa estrutura diploide de 23 pares do nosso genoma
com
o DNA sendo feito de A+G+C+T.
Estes aspectos fisicos provavelmente limitariam e definiriam a
variabilidade maxima do traco.


Bom, enfim...
acho que estudar isso dara uma boa tese de doutorado.

[]s
jocax






SUBJECT: Super!
FROM: "Sheila" <hcaprini@uol.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 14/02/2001 13:31

Tá anunciado pra hoje (quarta-feira, às 15:00h) no Bate-Papo Com Convidados do UOL, entrevista com o Jornalista Adriano Silva diretor da Superinteressante.

O texto diz assim: " Diretor de redação da revista Superitneressante conversa com os internautas sobre como fazer jornalismo científico no Brasil"

Ele deve ter grande conteúdo a transmitir...

[]s,

Sheila.


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Conjecturas jocaxianas (I)
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 14/02/2001 14:36



Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:

>
> Como temos um numero *finito* de possibilidades diferentes para
> as pessoas que podem ser geradas segue que *nao* poderemos
> ter infinitas possibilidades para a largura do fio de cabelo nem para
> qualquer outra caracteristica fisica.

Isto é claramente falso. O termostato tem duas posições: ligado
ou desligado e no entanto a temperatura do frigorifico (geladeira ?)
varia continuamente. É possível criar um sistema de controlo da
espessura do cabelo que faça com que ele varie entre um minimo e
um máximo. Aliás, é exactamente isso que acontece com o comprimento
do cabelo.

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] Conjecturas jocaxianas (I)
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 14/02/2001 14:49

On Wed, 14 Feb 2001, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> Para simplificar retiremos a aleatoriedade do processo que nao deve ter
> grande influencia ja que os gemeos identicos sao identicos em quase
> todas as caracteristicas fisicas.

Depende do q. se esta' chamando de identico. Em um certo nivel de
identidade todo ser humano eh identica a outro.

Em um nivel estrito de identidade, um gemeo eh tao diferente de outro q.
sao perfeitamente distiguiveis.

> Considere um ambiente fixo ( citoplasma e utero por exemplo ) com o
> genoma no interior de um ovo.
>
> Se temos um genoma com 3,5 bilhoes de pares de base , qual o numero
> maximo de pessoas diferentes que podemos obter deste ambiente?
>
> Se cada genoma diferente gera uma pessoa diferente entao
> se cada sitio pode ter 4 valores distintos entao poderemos ter
> no *maximo* 4^3,5G ( 4 elevado a 3,5 bilhoes ).

Essa eh a possibilidade maxima de diferenca genetica e nao de diferenca
biologica.

> Como temos um numero *finito* de possibilidades diferentes para
> as pessoas que podem ser geradas segue que *nao* poderemos
> ter infinitas possibilidades para a largura do fio de cabelo nem para
> qualquer outra caracteristica fisica.

Imaginemos uma coutra aracteristica de variacao continua como cor: q.
seria condicionada diretamente 'a concentracao de pigmentos q. tbm pode
variar continuamente. Isso pode ser condicionado pela taxa de expressao do
gene q. codifique esse pigmento e isso tbm pode variar de forma continua.

*Se* as caracteristicas fossem determinadas unica e exclusivamente pela
presenca ou nao dos genes, aih, sim, certamente nao haveria possibilidade
de uma variacao continua em uma caracteristica -- mesmo considerando-se as
interacoes genicas.

> O importante eh apenas o numero de bits de informacao no genoma e
> a relacao biunivoca genoma <-> fenotipo.

A relacao nao eh biunivoca -- mutacoes silenciosas nao sao perceptiveis em
nivel fenotipico -- pra todos os efeitos numa dada caracteristica dois
individuos podem ser iguais, apesar das diferencas no nivel genetico.

Soh pra ter uma ideia: o codigo genetico eh degenerado, i.e., nao ha' uma
relacao um para um entre as trincas (sao 64 combinacoes: 4x4x4) e os
aminoacidos (20 em termos padroes) -- muitas mutacoes vao simplesmente
codificar o mesmo aminoacido para a mesma posicao.

> PS2: Dentro do modelo normal de gestacao humana qual a influencia media
> do ambiente nas caracteristicas fenotipicas fetais?

Grosso modo, 50%...

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Conjecturas jocaxianas (I)
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 14/02/2001 15:06

Roberto Mitsuo Takata wrote:

> On Wed, 14 Feb 2001, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> > Considere o DNA humano com 3,5bilhoes de pares de base (3,5G pb).
> > Como cada par de base (pb) pode ter 4 valores ( C,G,T,A) entao cada
> pb
> > representam 2 bits de informacao e portanto o DNA armazena cerca de
>
> > 7Gbits ou cerca de 1Gb de informacao.
>
> Nao eh assim q. funciona o armazenamento de informacao do DNA -- nao
> ha'
> uma correlacao um a um entre a base em um sitio e a informacao.
>

Sinto te dizer mas acho q vc esta enganado:

Para simplificar retiremos a aleatoriedade do processo que nao deve ter
grande
influencia ja que os gemeos identicos sao identicos em quase todas as
caracteristicas fisicas.

Considere um ambiente fixo ( citoplasma e utero por exemplo ) com o
genoma no interior de um ovo.

Se temos um genoma com 3,5 bilhoes de pares de base , qual o numero
maximo de pessoas diferentes que podemos obter deste ambiente?

Se cada genoma diferente gera uma pessoa diferente entao
se cada sitio pode ter 4 valores distintos entao poderemos ter
no *maximo* 4^3,5G ( 4 elevado a 3,5 bilhoes ).

Claro q um minimo destas combinacoes gerariam de fato uma pessoa
e imensa maioria seria abortada ou nao seria humano.

Como temos um numero *finito* de possibilidades diferentes para
as pessoas que podem ser geradas segue que *nao* poderemos
ter infinitas possibilidades para a largura do fio de cabelo nem para
qualquer outra caracteristica fisica.

Veja que, para esta conclusao, nao faz a menor diferenca em COMO
a informacao do genoma eh processado para dar o traco ( se ha ou
nao interferencia entre os alelos por exemplo ) .

O importante eh apenas o numero de bits de informacao no genoma e
a relacao biunivoca genoma <-> fenotipo.


[]s
jocax

PS1: Claro q se considerarmos a aleatoriedade tudo pode acontecer
desde eu ganhar na mega-sena ateh um gato parir um cachorro :-)
PS2: Dentro do modelo normal de gestacao humana qual a influencia media
do ambiente nas caracteristicas fenotipicas fetais?



SUBJECT: Re: [ciencialist] Conjecturas jocaxianas (I)
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 14/02/2001 15:58

On Wed, 14 Feb 2001, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> > Isto é claramente falso. O termostato tem duas posições: ligado
> > ou desligado e no entanto a temperatura do frigorifico (geladeira ?)
> > varia continuamente.
>
> Soh que os genes nao funcionam como um termostato controlando a
> natureza.
> Se fosse assim teriamos ao inves de 5 dedos desde zero dedos
> ateh 12,7 dedos passandopor 4,5 dedos ( metade de um dedo )
> Os genes se expressam em qtdades discretas.

Beeeeein, errado... Pergunte pra Eliana q. eh a expert no assunto.

Nao confunda o fato de q. alguns genes se expressarem na base do tudo ou
nada -- e nao eh o caso dos genes dos dedos -- com a possibilidade de
todos os genes serem assim.

Quer uma bibliografia sobre regulacao genica?

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Conjecturas jocaxianas (I)
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 14/02/2001 16:01

> On Wed, 14 Feb 2001, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> > Soh que os genes nao funcionam como um termostato controlando a
> > natureza.
> > Se fosse assim teriamos ao inves de 5 dedos desde zero dedos
> > ateh 12,7 dedos passandopor 4,5 dedos ( metade de um dedo )
> > Os genes se expressam em qtdades discretas.

Alias se fosse isso entao so' teriamos dois niveis sericos da maioria das
proteinas -- q. sao codificadas apenas em um loco genico.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Conjecturas jocaxianas (I)
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 14/02/2001 16:04

E alias, como muito bem destacou Miranda, a questao eh exatamente a
proporcao do tempo em q. um gene eh transcrito e a em q. ele nao eh
transcrito.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Conjecturas jocaxianas (I)
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 14/02/2001 16:17

On Wed, 14 Feb 2001, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> Ok ,
> biologicamente o que distingue um gemeo de outro ?
> ( que exames clinicos poderiam ser feitos para se detectar e em q nivel
> apareceria esta diferenca ? )

A distincao biologica eh dada pela interacao entre o genotipo e o ambiente
produzindo o fenotipo exclusivo de cada individuo -- como neste caso o
genotipo eh praticamente o mesmo, sao as ligerias diferencas ambientais q.
comandam as ligeiras, mas perceptiveis mudancas.

Quais sao essas diferencas? Depende do caso: vc pode distinguir pelo tom
de voz, pela altura, pela curvatura da face, uma pequena marca, certamente
havera' alguma diferenca bioquimica.

> > Essa eh a possibilidade maxima de diferenca genetica e nao de
> > diferenca
> > biologica.
> >
>
> Dentro de minhas hipoteses acima, onde se faria a diferenca ?

*Se* o ambiente fosse fixo (e eliminando as flutuacoes aleatorias -- q.
sao sim importantes, mas enfim) -- uma coisa levaria 'a outra. Mas nao eh
assim...

> Nao concordo.
> Nada pode variar de forma continua se nao houver aleatoriedade.
> ( Talvez ateh mesmo com ela isso seja impossivel mas ainda nao sei )
> Mesmo a expressao dos genes nao pode variar de forma continua
> pois eles sao quantizados via pares de base.
> No caso da cor a quantidade de pigmentos esta definido nos genes
> gemeos identicos terao a mesma cor de olhos. Os genes nao varindo
> continuamente o fenotipo correspondente *nao* podera variar
> continuamente
> dentro das hipoteses acima.

Como disse Miranda, basta ver o exemplo do termostato -- esse exemplo eh
muito legal. Em um dado momento os genes podem estar ligados ou desligados
-- dependendo da proporcao do tempo em q. eles ficam em um estado ou em
outro teremos uma certa quantidade de proteina/polipeptideo produzida.

> Mas isso nao invalida meu argumento apenas reforca-o :
> Se genotipos distintos produzem o mesmo fenotipo a variabilidade
> cai e nao aumenta, diminuindo-se assim o numero de caracteristicas
> possiveis.

Nao falei q. aumentava...

> Isso reforca a minha posicao :
> O numero de possibilidades de caracteristicas vai diminuir ainda mais.
> O que NAO pode ocorrer na minha hipotese eh que o mesmo genoma gere
> mais de um fenotipo diferente.
> Se 2 ou mais genotipos gerarem um mesmo fenotipo as caracteristicas
> possiveis diminuiriam e nao aumentariam.

pode. o 'splicing' diferenciado de um mesmo pre-ARNm pode gerar dois
peptideos ligeiramente diferentes.

> > > PS2: Dentro do modelo normal de gestacao humana qual a influencia
> > media
> > > do ambiente nas caracteristicas fenotipicas fetais?
> >
> > Grosso modo, 50%...
>
> Parece-me exagero:
> se fosse 50% uma clonagem nunca produziria um ser parecido com o
> original
> e sim igual a um irmao *nao* gemeo.

Vc falou em modelo normal de gestacao humana -- clonagem obviamente nao eh
um modelo normal -- o ambiente eh o praticamente o mesmo.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Conjecturas jocaxianas (I)
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 14/02/2001 16:29

Roberto Mitsuo Takata wrote:

> On Wed, 14 Feb 2001, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> > Para simplificar retiremos a aleatoriedade do processo que nao deve
> ter
> > grande influencia ja que os gemeos identicos sao identicos em quase
> > todas as caracteristicas fisicas.
>
> Depende do q. se esta' chamando de identico. Em um certo nivel de
> identidade todo ser humano eh identica a outro.
>
> Em um nivel estrito de identidade, um gemeo eh tao diferente de outro
> q.
> sao perfeitamente distiguiveis.
>

Ok ,
biologicamente o que distingue um gemeo de outro ?
( que exames clinicos poderiam ser feitos para se detectar e em q nivel

apareceria esta diferenca ? )


>
> > Considere um ambiente fixo ( citoplasma e utero por exemplo ) com o
> > genoma no interior de um ovo.
> >
> > Se temos um genoma com 3,5 bilhoes de pares de base , qual o numero
> > maximo de pessoas diferentes que podemos obter deste ambiente?
> >
> > Se cada genoma diferente gera uma pessoa diferente entao
> > se cada sitio pode ter 4 valores distintos entao poderemos ter
> > no *maximo* 4^3,5G ( 4 elevado a 3,5 bilhoes ).
>
> Essa eh a possibilidade maxima de diferenca genetica e nao de
> diferenca
> biologica.
>

Dentro de minhas hipoteses acima, onde se faria a diferenca ?


>
> > Como temos um numero *finito* de possibilidades diferentes para
> > as pessoas que podem ser geradas segue que *nao* poderemos
> > ter infinitas possibilidades para a largura do fio de cabelo nem
> para
> > qualquer outra caracteristica fisica.
>
> Imaginemos uma coutra aracteristica de variacao continua como cor: q.
> seria condicionada diretamente 'a concentracao de pigmentos q. tbm
> pode
> variar continuamente. Isso pode ser condicionado pela taxa de
> expressao do
> gene q. codifique esse pigmento e isso tbm pode variar de forma
> continua.
>

Nao concordo.
Nada pode variar de forma continua se nao houver aleatoriedade.
( Talvez ateh mesmo com ela isso seja impossivel mas ainda nao sei )
Mesmo a expressao dos genes nao pode variar de forma continua
pois eles sao quantizados via pares de base.
No caso da cor a quantidade de pigmentos esta definido nos genes
gemeos identicos terao a mesma cor de olhos. Os genes nao varindo
continuamente o fenotipo correspondente *nao* podera variar
continuamente
dentro das hipoteses acima.



>
> *Se* as caracteristicas fossem determinadas unica e exclusivamente
> pela
> presenca ou nao dos genes, aih, sim, certamente nao haveria
> possibilidade
> de uma variacao continua em uma caracteristica -- mesmo
> considerando-se as
> interacoes genicas.

>
> > O importante eh apenas o numero de bits de informacao no genoma e
> > a relacao biunivoca genoma <-> fenotipo.
>
> A relacao nao eh biunivoca -- mutacoes silenciosas nao sao
> perceptiveis em
> nivel fenotipico -- pra todos os efeitos numa dada caracteristica dois
>
> individuos podem ser iguais, apesar das diferencas no nivel genetico.
>

Mas isso nao invalida meu argumento apenas reforca-o :
Se genotipos distintos produzem o mesmo fenotipo a variabilidade
cai e nao aumenta, diminuindo-se assim o numero de caracteristicas
possiveis.


>
> Soh pra ter uma ideia: o codigo genetico eh degenerado, i.e., nao ha'
> uma
> relacao um para um entre as trincas (sao 64 combinacoes: 4x4x4) e os
> aminoacidos (20 em termos padroes) -- muitas mutacoes vao simplesmente
>
> codificar o mesmo aminoacido para a mesma posicao.
>

Isso reforca a minha posicao :
O numero de possibilidades de caracteristicas vai diminuir ainda mais.
O que NAO pode ocorrer na minha hipotese eh que o mesmo genoma gere
mais de um fenotipo diferente.
Se 2 ou mais genotipos gerarem um mesmo fenotipo as caracteristicas
possiveis diminuiriam e nao aumentariam.


>
> > PS2: Dentro do modelo normal de gestacao humana qual a influencia
> media
> > do ambiente nas caracteristicas fenotipicas fetais?
>
> Grosso modo, 50%...

Parece-me exagero:
se fosse 50% uma clonagem nunca produziria um ser parecido com o
original
e sim igual a um irmao *nao* gemeo.

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Conjecturas jocaxianas (I)
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 14/02/2001 16:39

On Wed, 14 Feb 2001, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> Tudo bem q esta q esta proporcao possa variar continuamente
> mas a quantidade de pares de base q a proteina leitora vai ler
> eh discreta e nao continua.

Nao importa a qtde de pares de bases.

Vamos supor q. uma proteina seja sintetizada na base de uma molecula por
minuto. E seja degradada na base de uma molecula a cada 10 minutos. Se o
gene estiver ativo o tempo todo entao teremos uma media de 9 moleculas. Se
o gene ficar ativo por 5 minutos e inativo por outros 5, entao teremos uma
media de 4,5 moleculas... Alterando-se a proporcao de tempo
ligado/desligado pode-se obter qtdades q. vai de 0 a 9...

Pode-se argumentar se no fundo isso nao seria uma forma de discricao --
jah q. nao ha' meia molecula -- do mesmo modo q. qdo se diz q. ha' 1,02
mulheres para cada homem nao eh q. exista uma 0,02 mulher. Na verdade
ha', digamos 102 mulheres a cada 100 homens ou q. sao cinco minutos com
5 moleculas e 5 minutos com 4 moleculas. Mas isso de qq maneira nao tem
nada a ver com o carater discreto da informacao no gene, mas sim da
natureza das coisas.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Conjecturas jocaxianas (I)
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 14/02/2001 16:41



Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
>
> Aproveitando a onda de DNA gostaria de conjecturar algumas coisas
> que me perturbam :
>
> Considere o DNA humano com 3,5bilhoes de pares de base (3,5G pb).
> Como cada par de base (pb) pode ter 4 valores ( C,G,T,A) entao cada pb
> representam 2 bits de informacao e portanto o DNA armazena cerca de
> 7Gbits ou cerca de 1Gb de informacao.
>

A quantidade de informação não pode ser medida assim por duas razões:

1 - poderá haver informação redundante que um bom programa de
compressão poderia reduzir a 10% do valor inicial. Da mesma forma,
a quantidade de informação contida no DNA não é igual à quantidade
de informação contida no ser humano. Um exemplo pratico: Qual é a
quantidade de informação contida em Pi? À primeira vista Pi tem
um número infinito de digitos logo a quantidade de informação é
infinita. No entanto Pi pode ser produzido por um progrma de
computador com algumas linhas, logo o número de bits para produzir
Pi é de apenas algumas centenas. Donde é que veio a informação
que há em Pi=3.14159 ... que não estava no progrma original?

2 - a maior parte da informação necessária para construir um ser
humano não reside no DNA mas no contexto. Tal como toda a informação.
Este texto tem apenas alguns bits, mas a maior parte da informação
para que a mensagem passe está guardada no cerebro do leitor. Da
mesma forma, para que o genoma se possa expressar ele conta com
informação contida no meio, e se essa informação não estiver lá
a coisa não funciona.
--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] Conjecturas jocaxianas (I)
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 14/02/2001 16:45



João Mário Miranda wrote:

>
>
> Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
>
> >
> > Como temos um numero *finito* de possibilidades diferentes para
> > as pessoas que podem ser geradas segue que *nao* poderemos
> > ter infinitas possibilidades para a largura do fio de cabelo nem
> para
> > qualquer outra caracteristica fisica.
>
> Isto é claramente falso. O termostato tem duas posições: ligado
> ou desligado e no entanto a temperatura do frigorifico (geladeira ?)
> varia continuamente.

Soh que os genes nao funcionam como um termostato controlando a
natureza.
Se fosse assim teriamos ao inves de 5 dedos desde zero dedos
ateh 12,7 dedos passandopor 4,5 dedos ( metade de um dedo )
Os genes se expressam em qtdades discretas.

[]s
jocax



> É possível criar um sistema de controlo da
> espessura do cabelo que faça com que ele varie entre um minimo e
> um máximo. Aliás, é exactamente isso que acontece com o comprimento
> do cabelo.
>

O comprimento do cabelo cresce constantemente passando por todos
os valores o mesmo na ose da com a espessura.

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Super!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 14/02/2001 16:49

Que pena! Vim a ler a informação da Sheila ás 16:40 ... e perdi o papo sobre a SI.
Quem puder enviar um resumo da parte útil da conversa já vai recebendo meus agradecimentos.
[]'

Léo
======================
-----Mensagem Original-----
De: "Sheila" <hcaprini@uol.com.br>
Para: "Ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: quarta-feira, 14 de fevereiro de 2001 13:31
Assunto: [ciencialist] Super!


Tá anunciado pra hoje (quarta-feira, às 15:00h) no Bate-Papo Com Convidados do UOL, entrevista com o Jornalista Adriano Silva diretor da Superinteressante.

O texto diz assim: " Diretor de redação da revista Superitneressante conversa com os internautas sobre como fazer jornalismo científico no Brasil"

Ele deve ter grande conteúdo a transmitir...

[]s,

Sheila.





SUBJECT: Re: [ciencialist] Conjecturas jocaxianas (I)
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 14/02/2001 16:57

Eduardo wrote:

>
> Oi,
>
> caracteristicas como a espessura do fio de cabelo sao
> estabelecidas
> dentro de uma margem (as vezes muito estreitas, no programa da
> Discovery
> sobre gemeos pode-se ver semelhancas absurdas entre gemeos identicos
> que
> cresceram separados) definida pelo codigo genetico mas, naturalmente,
> a nao
> discretizacao da sua espessura se da gracas a interacao com o meio,
> ate
> porque o gene nao compoe o cabelo. Portanto, se vc considerar a
> interacao
> de um numero grande porem finito de informacoes com as infinitas
> possibilidades do meio ambiente vc vera que nao ha sequer um milimetro
>
> cubico identico entre dois seres com o mesmo genotipo.
>

Claro que o ambiente atua na formacao do ser humano,
uma criaca subnutrida sera bem diferente de uma bem alimentada.
Mas eu quero dizer que se mantivessemos as mesmas condicoes
ambientais entao a discretizacao seria missivel.

Outra coisa interessante :
Mesmo q o fio de cabelo mude de acordo com alguns fatores ambientais
ele pode dar alguns saltos "quanticos" de modo a nunca passar por
determinados
valores de espessura.
[]s
jocax




SUBJECT: Re: [ciencialist] Conjecturas jocaxianas (I)
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 14/02/2001 17:11

Roberto Mitsuo Takata wrote:

> E alias, como muito bem destacou Miranda, a questao eh exatamente a
> proporcao do tempo em q. um gene eh transcrito e a em q. ele nao eh
> transcrito.
>

Tudo bem q esta q esta proporcao possa variar continuamente
mas a quantidade de pares de base q a proteina leitora vai ler
eh discreta e nao continua.

[]s
jocax




SUBJECT: Re: [ciencialist] Conjecturas jocaxianas (I)
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 14/02/2001 17:19

> > É possível criar um sistema de controlo da
> > espessura do cabelo que faça com que ele varie entre um minimo e
> > um máximo. Aliás, é exactamente isso que acontece com o comprimento
> > do cabelo.
> >
>

Minha mensagem saiu truncada :
Eh claro q para o fio de cabelo chegar ao seu comprimento maximo de
adulto estipulado geneticamente ele deve crescer continuamente.
Mas este maximo esta fixado geneticamente em algum valor discreto.

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Conjecturas jocaxianas (I)
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 14/02/2001 17:22

On Wed, 14 Feb 2001, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> Soh que o que regula o tempo de atividade dos genes eh , em ultima
> instancia,
> os proprios genes. E neste caso entao o tempo tambem seria discreto.

Xiii, Marquinho. Vc esta' assumindo de antemao uma coisa q. quer
provar... Aih fica complicado.

Continuemas a desenvolver o exemplo: o q. faria o gene ficar cinco minutos
ativo ou cinco minutos desativado? Pode haver uma regiao flanqueando esse
gene 'a qual se liga uma proteina -- se essa proteina estiver ligada,
digamos, o gene se silencia. Mas essa ligacao nao eh permanente, a
proteina se liga e se desliga dessa regiao seguindo a dinamica normal.
Dependendo da quantidade de proteina nos arredores, uma outra molecula da
mesma proteina pode substituir a q. se desliga, mantendo o gene
silenciado, se nao houver uma qtdade suficiente, o gene passa a maior
parte do tempo ativo. E o q. pode regular a qtdade de proteinas? Digamos,
o aporte de nutrientes 'a celula. Um desses nutrientes pode ser um
co-fator q. se liga a essa proteinas, modificando a sua conformacao e
impedindo q. se ligue ao sitio regulador do gene -- i.e. o mantem ativo.
Isso pode fazer variar a qtdade de proteinas reguladoras e com isso variar
o tempo em q. o gene eh expresso.

De onde vc tirou q. o 'splicing' alternativo eh controlado por outros
genes?

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Conjecturas jocaxianas (I)
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 14/02/2001 17:43

Roberto Mitsuo Takata wrote:

> On Wed, 14 Feb 2001, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> > Ok ,
> > biologicamente o que distingue um gemeo de outro ?
> > ( que exames clinicos poderiam ser feitos para se detectar e em q
> nivel
> > apareceria esta diferenca ? )
>
> A distincao biologica eh dada pela interacao entre o genotipo e o
> ambiente
> produzindo o fenotipo exclusivo de cada individuo -- como neste caso o
>
> genotipo eh praticamente o mesmo, sao as ligerias diferencas
> ambientais q.
> comandam as ligeiras, mas perceptiveis mudancas.
>
> Quais sao essas diferencas? Depende do caso: vc pode distinguir pelo
> tom
> de voz, pela altura, pela curvatura da face, uma pequena marca,
> certamente
> havera' alguma diferenca bioquimica.
>

Mas na minha *hipotese* eu estava fixando o ambiente de modo a
verificar
as diferencas devido ao genotipo apenas.
Portanto seu teste nao se aplica.

> > Nao concordo.
> > Nada pode variar de forma continua se nao houver aleatoriedade.
> > ( Talvez ateh mesmo com ela isso seja impossivel mas ainda nao sei )
>
> > Mesmo a expressao dos genes nao pode variar de forma continua
> > pois eles sao quantizados via pares de base.
> > No caso da cor a quantidade de pigmentos esta definido nos genes
> > gemeos identicos terao a mesma cor de olhos. Os genes nao varindo
> > continuamente o fenotipo correspondente *nao* podera variar
> > continuamente
> > dentro das hipoteses acima.
>
> Como disse Miranda, basta ver o exemplo do termostato -- esse exemplo
> eh
> muito legal. Em um dado momento os genes podem estar ligados ou
> desligados
> -- dependendo da proporcao do tempo em q. eles ficam em um estado ou
> em
> outro teremos uma certa quantidade de proteina/polipeptideo produzida.

Soh q vc esqueceu de um *pequeno* detalhe :
O tempo q os genes ficaram ligados *tambem* eh controlado geneticamente
no ambiente fixo e portanto sera quantizado nao podendo variar
continuamente.


>
>
> > Isso reforca a minha posicao :
> > O numero de possibilidades de caracteristicas vai diminuir ainda
> mais.
> > O que NAO pode ocorrer na minha hipotese eh que o mesmo genoma gere
> > mais de um fenotipo diferente.
> > Se 2 ou mais genotipos gerarem um mesmo fenotipo as caracteristicas
> > possiveis diminuiriam e nao aumentariam.
>
> pode. o 'splicing' diferenciado de um mesmo pre-ARNm pode gerar dois
> peptideos ligeiramente diferentes.
>

Soh q o splicing diferenciado deve ser controlado geneticamente tambem
e as diferencas vao ser quantizadas e nao continuas.


>
> > > > PS2: Dentro do modelo normal de gestacao humana qual a
> influencia
> > > media
> > > > do ambiente nas caracteristicas fenotipicas fetais?
> > >
> > > Grosso modo, 50%...
> >
> > Parece-me exagero:
> > se fosse 50% uma clonagem nunca produziria um ser parecido com o
> > original
> > e sim igual a um irmao *nao* gemeo.
>
> Vc falou em modelo normal de gestacao humana -- clonagem obviamente
> nao eh
> um modelo normal -- o ambiente eh o praticamente o mesmo.
>

Mas a clonagem eh um exemplo claro de que a influencia do ambiente
normal de gestacao eh muito pequena, se nao fosse os clones seriam
sempre muito diferentes do original.

[]s
jocax


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Conjecturas jocaxianas (I)
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 14/02/2001 17:50

Roberto Mitsuo Takata wrote:

> On Wed, 14 Feb 2001, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> > Tudo bem q esta q esta proporcao possa variar continuamente
> > mas a quantidade de pares de base q a proteina leitora vai ler
> > eh discreta e nao continua.
>
> Nao importa a qtde de pares de bases.
>
> Vamos supor q. uma proteina seja sintetizada na base de uma molecula
> por
> minuto. E seja degradada na base de uma molecula a cada 10 minutos. Se
> o
> gene estiver ativo o tempo todo entao teremos uma media de 9
> moleculas. Se
> o gene ficar ativo por 5 minutos e inativo por outros 5, entao teremos
> uma
> media de 4,5 moleculas... Alterando-se a proporcao de tempo
> ligado/desligado pode-se obter qtdades q. vai de 0 a 9...

Soh que o que regula o tempo de atividade dos genes eh , em ultima
instancia,
os proprios genes. E neste caso entao o tempo tambem seria discreto.

[]s
jocax




SUBJECT: Re: [ciencialist] Conjecturas jocaxianas (I)
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 14/02/2001 17:54

Roberto Mitsuo Takata wrote:

> Beeeeein, errado... Pergunte pra Eliana q. eh a expert no assunto.
>

Eliana, eh possivel dentro de um ambiente fixo conseguir quantidades
continuas numa codificacao discreta?
Ou seja se um ou + genes dizem : Isso vai ter o tamanho de X
este tamanho pode ser continuo ?

Eh diferente dos genes dizerem : *Cresca continuamente*.
O meu caso ha um limite nao eh como o comprimento das unhas ou dos
cabelos.



>
> Quer uma bibliografia sobre regulacao genica?

Nao vou ter muito tempo para ler agora...

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Conjecturas jocaxianas (I)
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 14/02/2001 18:26

On Wed, 14 Feb 2001, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> Mas a clonagem eh um exemplo claro de que a influencia do ambiente
> normal de gestacao eh muito pequena, se nao fosse os clones seriam
> sempre muito diferentes do original.

Como assim? Se o ambiente tbm eh fixado...

So' se qq clone criado em ambientes dos mais variados -- dentro da
variacao enfrentada normalmente pela especie -- fosse sempre igual...

Fixando-se o genotipo e variando-se o ambiente -- varia-se o fenotipo.
Considerariamos a influencia ambiental pequena se essa variacao fosse
pequena em relacao 'a variacao do ambiente. Em algumas caracteristas de
fato eh pequena, em outras eh gde.

De modo similar, se fixarmos o ambiente e variarmos o genotipo podemos ver
a correlacao de variacao entre o genotipo e o fenotipo.

Coeficientes de herdabilidade de algumas caracteristicas humanas (colecao
aleatoria de dados) -- simplificando e muito a leitura, qto mais proximo
de 1, maior a participacao da variacao genetica na caracteristica:

- lado em q. se nina a crianca: 0,82
- memoria: 0,22
- neurose: 0,46
- interesses vocacionais: 0,42
- extroversao: 0,51
- raciocinio espacial: 0,40
- sucesso escolar: 0,38
- velocidade de processamento: 0,22
- raciocinio verbal: 0,50
- inteligencia geral: 0,52
- alcoolismo: 0,50-0,60
- obsessao/compulsao: 0,26-0,33
- uterine fibroids (?): 0,26 (Finlandia)
- habilidades funcionais (?): 0,33-0,47 (Dinamarca)
- massa muscular magra (sem gordura): 0,52
- forca do musculo extensor da perna: 0,46
- forca de aperto de mao: 0,30
- medo (geral): 0,43
- agorafobia: 0,67
- medo de animais: 0,47
- medo de sangue/lesao: 0,59
- medo situacional (?): 0,46
- medo social: 0,51
- razao CD4:CD8/linfocitos: 0,65
- nivel total de linfocitos, CD8 e CD4+: 0,50
- CD8+: 0,56
- nivel serico de imunoglobulina E: 0,47
- pressao sanguinea: 0,13-0,25
- elevacao da pressao sanguinea: 0,37
- F cells (? - no sangue): 0,89
- nivel de hemoglobina: 0,37
- nivel de eritrocitos: 0,42
- nivel de leucocitos: 0,62
- nivel de plaquetas: 0,57
- tamanho da pupila (dilatada): 0,78-0,80
- densidade mineral ossea lumbar: 0,53
- conteudo mineral osseo: 0,62
- densidade mineral ossea corrigida para o indice de massa corporea: 0,56
- conteudo mineral osseo " " ": 0,68
- volume intracranial: 0,81
- area de secao sagital do corpo caloso: 0,79
- tamanho do ventriculo lateral: 0,79
- razao da altura do corpo caloso e do tamanho do ventriculo lateral: 0,68
- porcentagem de gordura: 0,75-0,80
- indice de massa corporea: 0,79
- nivel de leptina: 0,73
- nivel de leptina ajustada ao indice de massa corporea: 0,55

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Conjecturas jocaxianas (I)
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 14/02/2001 18:30

On Wed, 14 Feb 2001, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> Outra coisa interessante :
> Mesmo q o fio de cabelo mude de acordo com alguns fatores ambientais
> ele pode dar alguns saltos "quanticos" de modo a nunca passar por
> determinados
> valores de espessura.

Dada 'a natureza discreta dos atomos isso e' meio inescapavel: supondo q.
o acrescimo seja feito em numero de atomos/moleculas...

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Conjecturas jocaxianas (I)
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 14/02/2001 22:20



Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
>
> Eduardo wrote:
>
> >
> > Oi,
> >
> > caracteristicas como a espessura do fio de cabelo sao
> > estabelecidas
> > dentro de uma margem (as vezes muito estreitas, no programa da
> > Discovery
> > sobre gemeos pode-se ver semelhancas absurdas entre gemeos identicos
> > que
> > cresceram separados) definida pelo codigo genetico mas, naturalmente,
> > a nao
> > discretizacao da sua espessura se da gracas a interacao com o meio,
> > ate
> > porque o gene nao compoe o cabelo. Portanto, se vc considerar a
> > interacao
> > de um numero grande porem finito de informacoes com as infinitas
> > possibilidades do meio ambiente vc vera que nao ha sequer um milimetro
> >
> > cubico identico entre dois seres com o mesmo genotipo.
> >
>
> Claro que o ambiente atua na formacao do ser humano,
> uma criaca subnutrida sera bem diferente de uma bem alimentada.
> Mas eu quero dizer que se mantivessemos as mesmas condicoes
> ambientais entao a discretizacao seria missivel.
>
> Outra coisa interessante :
> Mesmo q o fio de cabelo mude de acordo com alguns fatores ambientais
> ele pode dar alguns saltos "quanticos" de modo a nunca passar por
> determinados
> valores de espessura.
> []s
> jocax
>
>
Oi,

antes preciso esclarecer que essa mensagem que eu enviei foi mandada
logo depois da sua primeira mas por alguma razão que desconheço ela só
chegou à lista de noite e portanto tudo o que foi falado depois eu não
havia lido. A interação com o ambiente já começa na fecundação de modo
que seria impossível tal isolamento e prossegue no recebimento de comida
da mãe. No caso de dois gêmeos é muito comum um dos dois ter um
desenvolvimento prejudicado visto que o outro recebe a comida antes.
Bem, não vou entrar nos meandros da complexidade genética e protéica
mesmo porque não tenho conhecimento técnico do assunto mas creio que a
complexidade de um composto de amino-ácido é suficiente para que exista
um espectro contínuo de possibilidades dentro de uma margem.
Sobre a analogia com a quântica (feita em outras mensagens) é preciso
ressaltar que na física quântica há valores contínuos. Uma partícula
livre, por exemplo, pode possuir qualquer valor de energia ou momento
dentro de um espectro contínuo. Valores discretos existem em sistemas
confinantes como um átomo ou uma molécula. E mesmo assim, há casos
complexos onde valores contínuos de energia podem ser verificados em
sistemas fechados como os citados. Além disso, a escala de discretização
é muito pequena de modo que a flutuação de espessura de um fio de cabelo
por variações climáticas seria muito maior do que a diferença entre dois
"níveis de tamanho" sucessivos (não existem níveis discretos de tamanho
de coisa alguma só estou fazendo uma analogia).

um abraço, Eduardo.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Conjecturas jocaxianas (I)
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 15/02/2001 07:48

João Mário Miranda wrote:

>
>
> Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> >
> > Aproveitando a onda de DNA gostaria de conjecturar algumas coisas
> > que me perturbam :
> >
> > Considere o DNA humano com 3,5bilhoes de pares de base (3,5G pb).
> > Como cada par de base (pb) pode ter 4 valores ( C,G,T,A) entao cada
> pb
> > representam 2 bits de informacao e portanto o DNA armazena cerca de
>
> > 7Gbits ou cerca de 1Gb de informacao.
> >
>
> A quantidade de informação não pode ser medida assim por duas razões:
>

>
> 1 - poderá haver informação redundante que um bom programa de
> compressão poderia reduzir a 10% do valor inicial.

Depende como esta informacao esta codificada nem sempre isto eh
possivel.
Se isto sempre fosse possivel vc poderia ir comprimindo cada vez mais
ateh
chegar a um unico bit. Portanto nem sempre vc pode garantir que havera
informacao redundante.
A informacao pode ser comprimida se houver redundancia claro, mas
o calculo que fiz eh uma estimativa, existe DNA -Lixo e outras
sequencias
que nao geram proteinas q eu nao levei em conta por ser uma estimativa
maxima.


> Da mesma forma,
> a quantidade de informação contida no DNA não é igual à quantidade
> de informação contida no ser humano.

A informacao relevante depende do dicionario que voce usa , isto eh
do processo de decodificacao ou no caso, o AMBIENTE de desenvolvimento.

Se tivesemos que dar toda a codificacao do ser humano para um alienigena

re-monta-lo eh obvio que apenas o DNA nao seria suficiente, teriamos
que descrever o meio em que ele possa se desenvolver (citoplasma e utero
)
para que o projeto pudesse ser levado a cabo.

Mas, dado que o meio de desenvolvimento eh conhecido, as informacoes
do DNA eh suficiente para definir o ser-humano.


> Um exemplo pratico: Qual é a
> quantidade de informação contida em Pi? À primeira vista Pi tem
> um número infinito de digitos logo a quantidade de informação é
> infinita. No entanto Pi pode ser produzido por um progrma de
> computador com algumas linhas, logo o número de bits para produzir
> Pi é de apenas algumas centenas. Donde é que veio a informação
> que há em Pi=3.14159 ... que não estava no progrma original?
>

Aqui vc esta a fazer confusao.
Ninguem nunca disse que a quantidade de informacoes em bits do PI eh
infinito. Vc tem que levar em conta o grau de dependencia da codificacao

que esta a informacao. Se cada base de nucleotideo pode ser independente

das demais entao cada base representa 2 bits. Ninguem sabe o grau de
dependencia, mas sabemos que as bases nao podem tomar qualquer valor,
como ja disse, pois isto levaria a um ser que NAO eh humano.
Isto quer dizer q o DNA para o ser humano deve ter menos de 1Gbyte.




>
> 2 - a maior parte da informação necessária para construir um ser
> humano não reside no DNA mas no contexto. Tal como toda a informação.
> Este texto tem apenas alguns bits, mas a maior parte da informação
> para que a mensagem passe está guardada no cerebro do leitor. Da
> mesma forma, para que o genoma se possa expressar ele conta com
> informação contida no meio, e se essa informação não estiver lá
> a coisa não funciona.
>

Sim aih eu concordo.

Eh o que disse no item 1.

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Conjecturas jocaxianas (I)
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 15/02/2001 08:03

Roberto Mitsuo Takata wrote:

> On Wed, 14 Feb 2001, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> > Soh que o que regula o tempo de atividade dos genes eh , em ultima
> > instancia,
> > os proprios genes. E neste caso entao o tempo tambem seria
> discreto.
>
> Xiii, Marquinho. Vc esta' assumindo de antemao uma coisa q. quer
> provar... Aih fica complicado.
>

Nao estou nao, veja :


>

>
> Continuemas a desenvolver o exemplo: o q. faria o gene ficar cinco
> minutos
> ativo ou cinco minutos desativado?

Outros genes reguladores.
Isto pode ser provado pelos gemeos identicos.
Como eles tem o mesmo genotipo eles vao ser codificados da mesma
maneira.

Se houvesse tantos fenomenos aleatorios como vc parece querer induzir
os gemeos seriam *bem* diferentes um dos outros.

Como eles nao sao assim tao diferentes, isso significa que a maquinaria
genetica eh inacreditavelmente + precisa do que parece.

Claro que para o primeiro gene do DNA ser ativado sera necessario que
alguma coisa (proteina leitora ) do citoplasma do ovulo comece a le-lo.

(Mas devemos lembrar que o ovulo tambem foi codificado pelo DNA
surge a historia do ovo e da galinha de novo mas nao vem ao caso ...)

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Conjecturas jocaxianas (I)
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 15/02/2001 08:35

Eduardo Gueron wrote:

>

jocax wrote :

> >
> > Claro que o ambiente atua na formacao do ser humano,
> > uma criaca subnutrida sera bem diferente de uma bem alimentada.
> > Mas eu quero dizer que se mantivessemos as mesmas condicoes
> > ambientais entao a discretizacao seria missivel.
> >
> > Outra coisa interessante :
> > Mesmo q o fio de cabelo mude de acordo com alguns fatores ambientais
>
> > ele pode dar alguns saltos "quanticos" de modo a nunca passar por
> > determinados
> > valores de espessura.
> > []s
> > jocax
> >
> >
> Oi,
>
> antes preciso esclarecer que essa mensagem que eu enviei foi
> mandada
> logo depois da sua primeira mas por alguma razão que desconheço ela só
>
> chegou à lista de noite e portanto tudo o que foi falado depois eu não
>
> havia lido. A interação com o ambiente já começa na fecundação de modo
>
> que seria impossível tal isolamento e prossegue no recebimento de
> comida
> da mãe.

A experiencia que eu propus era hipotetica , isto eh, poderiamos mudar
o
genoma e mantermos o ambiente de desenvolvimento. Desta maneira
poderiamos
medir a influencia do DNA nas caracteristicas do corpo formado.

Impossivel? Talvez, mas para chegarmos a conclusoes conceituais isto
pode ser imaginado. Na fisica muitos conceitos como ponto material etc
sao irreais mas servem para fixarmos ideias e chegarmos a resultados.

No futuro, talvez, seja possivel criar uteros artificiais de modo que o
ambiente
seja cada vez mais controlado e neste caso o estudo poderia ser
realizado.


> No caso de dois gêmeos é muito comum um dos dois ter um
> desenvolvimento prejudicado visto que o outro recebe a comida antes.
> Bem, não vou entrar nos meandros da complexidade genética e
> protéica
> mesmo porque não tenho conhecimento técnico do assunto mas creio que a
>
> complexidade de um composto de amino-ácido é suficiente para que
> exista
> um espectro contínuo de possibilidades dentro de uma margem.

Justamente aih que eu nao concordo.
Como tudo que eh produzido no corpo humano eh devido a intervencao
genetica
e , sendo os genes possuidores de informacoes discretas , nao haveria
lugar para o continuo. A menos das informacoes do tipo :
"Voce Unha: cresca continuamente !" , tudo o mais seria discreto.


>
> Sobre a analogia com a quântica (feita em outras mensagens) é
> preciso

Quando disse "quantico" quis dizer nao continuo , discreto, e nao
necessariamente devido a fenomenos quanticos.


>
> ressaltar que na física quântica há valores contínuos. Uma partícula
> livre, por exemplo, pode possuir qualquer valor de energia ou momento
> dentro de um espectro contínuo. Valores discretos existem em sistemas
> confinantes como um átomo ou uma molécula. E mesmo assim, há casos
> complexos onde valores contínuos de energia podem ser verificados em
> sistemas fechados como os citados. Além disso, a escala de
> discretização
> é muito pequena de modo que a flutuação de espessura de um fio de
> cabelo
> por variações climáticas seria muito maior do que a diferença entre
> dois
> "níveis de tamanho" sucessivos (não existem níveis discretos de
> tamanho
> de coisa alguma só estou fazendo uma analogia).
>

Com relacao ao fio de cabelo e o ambiente eu tinha fixado
hipoteticamente
o ambiente justamente para podermos verificar a influencia genetica
nele.

Mas *mesmo assim* pode acontecer o que eu estou dizendo e uma analise
estatistica poderia comprovar o fato:

Suponha que a espessura do fio de cabelo seja codificado em um unico
par de base. Neste caso ele poderia assumir apenas 4 valores discretos.

Suponha que sejam : 0,1 0,2 , 0,3 e 0,4 mm

Agora o ambiente poderia , por exemplo, alterar estas espessuras em no
maximo
10%, neste caso nosso fio de cabelo hipotetico poderia ser (valores
aproximados) :

0,09-0,11 0,18-0,22 0,27-0,33 0,36-0,44

de modo que *nunca* encontrariamos cabelos com as espessuras :
0,14 ; 0,24 ; 0,34

Eh isto q eu quis dizer com "saltos quanticos" nos valores dos fios de
cabelo.
Ou seja, existem valores que eles nao poderiam tomar pois o DNA
eh discreto.

[]s
jocax





SUBJECT: Re: [ciencialist] Conjecturas jocaxianas (I)
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 15/02/2001 09:04

Roberto Mitsuo Takata wrote:

> On Wed, 14 Feb 2001, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> > Mas a clonagem eh um exemplo claro de que a influencia do ambiente
> > normal de gestacao eh muito pequena, se nao fosse os clones seriam
> > sempre muito diferentes do original.
>
> Como assim? Se o ambiente tbm eh fixado...
>

Como estou discutindo discretizacao do fenotipo, via DNA, a fixacao
do ambiente significa manter o ambiente (citoplasma etc..) tao estavel

e fixo quanto possivel de modo a podermos isolar as influencias devido
a mudanca ambiental e verificarmos a influencia genetica apenas.


>
> Coeficientes de herdabilidade de algumas caracteristicas humanas
> (colecao
> aleatoria de dados) -- simplificando e muito a leitura, qto mais
> proximo
> de 1, maior a participacao da variacao genetica na caracteristica:
>

> - razao CD4:CD8/linfocitos: 0,65
> - nivel total de linfocitos, CD8 e CD4+: 0,50
> - CD8+: 0,56
> - nivel serico de imunoglobulina E: 0,47
>

> - nivel de hemoglobina: 0,37
> - nivel de eritrocitos: 0,42
> - nivel de leucocitos: 0,62
> - nivel de plaquetas: 0,57
> - tamanho da pupila (dilatada): 0,78-0,80
> - densidade mineral ossea lumbar: 0,53
> - conteudo mineral osseo: 0,62
> - densidade mineral ossea corrigida para o indice de massa corporea:
> 0,56
> - conteudo mineral osseo " " ": 0,68
> - volume intracranial: 0,81
> - area de secao sagital do corpo caloso: 0,79
> - tamanho do ventriculo lateral: 0,79
> - razao da altura do corpo caloso e do tamanho do ventriculo lateral:
> 0,68
> - porcentagem de gordura: 0,75-0,80
> - indice de massa corporea: 0,79
> - nivel de leptina: 0,73
> - nivel de leptina ajustada ao indice de massa corporea: 0,55
>

Voce confirma estes dados para GEMEOS univitelinos ?
Acredito q estes valores sao muito mais proximos de 1.

[]s
jocax




SUBJECT: Re: [ciencialist] Conjecturas jocaxianas (I)
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 15/02/2001 09:15

On Thu, 15 Feb 2001, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> > minutos
> > ativo ou cinco minutos desativado?
>
> Outros genes reguladores.

Barcellos, vc pega uma pergunta retorica -- q. eu mesmo respondi e a
responde ignorando completamente o q. eu disse... assim fica dificil.

Como vc mesmo falou em outra mensagem -- eh certo q. o ambiente participa
nessa historia: alias eh o q. eu falei com o exemplo do aporte de
nutrientes. Outro alias, fico feliz q. alguem q. dizia q. 99,9 ou
99,99999% das diferencas eram geneticas reconheca q. eh impossivel o
genoma codificar todas as caracteristicas do individuo -- e mais ateh, q.
gde parte dessas caracteristicas sofram influencias decisivas do ambiente.

> Se houvesse tantos fenomenos aleatorios como vc parece querer induzir
> os gemeos seriam *bem* diferentes um dos outros.

Eles sao bem diferentes -- suficientes para se poder distinguir um do
outro. Alias, boa parte daquela lista de indice de hereditabilidade foi
obtida com estudos comparativos entre gemeos monozigoticos.

Mas gemeos nao sao tao parecidos unicamente em funcao do genotipo, mas tbm
porque o ambiente em geral eh bastante semelhante. (Veja soh, um celula
hepatica sua tem basicamente o mesmo genoma de um neuronio... e no
entanto qta diferenca.)

> (Mas devemos lembrar que o ovulo tambem foi codificado pelo DNA
> surge a historia do ovo e da galinha de novo mas nao vem ao caso ...)

Vem ao caso se chegarmos la' nas origens abioticas da vida. e nao sao
apenas proteinas do citoplasma da celula ovo, mas tbm ARNs e o ambiente de
desenvolvimento dele -- ademais proteinas, ARNs e outros genes sao pra
todos os efeitos o ambiente epigenetico de um dado gene.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Conjecturas jocaxianas (I)
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 15/02/2001 09:24

On Thu, 15 Feb 2001, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> > Como assim? Se o ambiente tbm eh fixado...
> >
>
> Como estou discutindo discretizacao do fenotipo, via DNA, a fixacao
> do ambiente significa manter o ambiente (citoplasma etc..) tao estavel
>
> e fixo quanto possivel de modo a podermos isolar as influencias devido
> a mudanca ambiental e verificarmos a influencia genetica apenas.

Mas, Barcellos, nao esqueca de q. clones tbm apresentam o mesmo genoma --
fixarmos o ambiente dos clones nao vai nos ajudar em nada a descobrir o
efeito dos genes... Ou se fixa um ou se fixa o outro -- a menos q. se
queira simplesmente obter individuos o mais parecidos possiveis com o
outro -- q. eh o caso das clonagens.

> Voce confirma estes dados para GEMEOS univitelinos ?
> Acredito q estes valores sao muito mais proximos de 1.

Barcellos, esses sao dados de hereditabilidade (ou herdabiliadde em
portugues mais correto) -- nao grau de semelhancas. Representa um indice
q. correlaciona a variacao genetica ou variacao ambiental com a variacao
fenotipica -- eh isso q. significa a influencia dos genes ou do ambiente.
Nao se pode confundir as duas coisas. A semelhanca (ou diferenca)
fenotipica pode se dever 'a semelhanca (ou diferenca) ambiental ou
genetica -- o indice de herdabilidade nos da' uma certa ideia sobre isso.

E a maioria desses dados sao calculas usando-se justamente gemeos
univitelinos (monozigoticos) -- criados juntos ou em separado. Ha'
algum tempo ja' lhe mostrei como funciona esse processo -- se tiver
um tempo dej uma busca no historico da lista. Alguns fazem a comparacao
entre pais e filhos -- lembra-se da sua ideia de fazer a correlacao entre
a caracteristica dos pais e a dos filhos? o principio eh basicamente esse.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Conjecturas jocaxianas (I)
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 15/02/2001 11:00

On Thu, 15 Feb 2001, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> eh que *toda* esta maquinaria celular que permite esta regulagem de
> tempo tambem esta codificada nos genes. Este eh o motivo porque todos os

Eu estou dizendo q. o funcionamento das enzimas e proteinas eh dependente
do contexto ambiental. O seu nivel de insulina no sangue embora tenha uma
variacao ciclica, tbm eh ajustada de acordo com a qtdade de acucar
circulante.

> de todos os os ovulos funcionem basicamente da mesma maneira pois estes
> citoplasmas foram tambem codificados geneticamente.
> A mesma explicacao pode ser dada ao utero e ao corpo humano como um
> todo.

Barcellos, como vc mesmo admite existe o texto (o material genetico) e o
contexto (o ambiente). Nao faz sentido tentar abstrair o material genetico
do ambiente: qdo se diz q. fixamos o ambiente nao quer dizer q. o
ambiente foi eliminado. E isso nao faz sentido na analise de um unico
caso. A influencia genetica ou ambiental so' faz sentido na analise de
diversas 'replicas' com a analise de diferencas dessas replicas. A questao
desses exemplos de regulacao eh tao somente pra demonstrar o principio de
feedback -- o termostato de Miranda -- ja' q. em primeiro momento vc negou
a possibilidade de regulacao fina dos genes -- q. ou ele produzia tudo ou
nao produzia nada (a rigor ate' esta' certo, mas o q. procurei demonstrar
eh q. isso pode gerar uma variacao continua dentro de um espectro). Quem
esta' condicionando isso? O ambiente, claro. Como vc mesmo admite. A
replica no caso sao os diferentes intervalos de tempo em um mesmo
individuo. Outra possibilidade eh a analise em um mesmo tempo de varios
individuos.

> Eu nunca disse q nao sofrem, lembra que eu disse que no nucleo do sol
> tudo que um genoma pode fazer era virar carvao ? :-)
>
> Qdo eu digo qeu 99,99.. % depende do codigo genetico estou dizendo que
> se colocarmos um nucleo (genoma) em qualquer ovulo humano ele
> vai produzir o mesmo individuo com diferencas minimas (1-99,99..%),
> quase as mesmas que se encontram hoje entre os gemeos.

Por q? Porq. tambem o ambiente sera' mantido o mesmo (determinismo
genetico-ambiental) e nao apenas porq. os genes sao os mesmos.

Uma pequena correcao: codigo genetico se refere 'a relacao entre as
trincas de bases nucleotidicas no ARNm e o aminoacido a ser incorporado na
proteina.

Veja, por exemplo, a necessidade de ser um ovulo humano para o correto
desenvolvimento de um nucleo humano -- nao adianta colocar em ovulo de
outra especie. E veja tbm q. a coisa nao eh tao simples -- sao necessarias
condicoes especiais, ja' q. ate' o momento as tecnicas de clonagem
apresentam uma baixa taxa de sucesso. Dai' da questao do ovo-e-da-galinha
tbm ser pertinente 'a discussao.

> Estou me referindo aa diferencas fisicas.
> Para ser mais objetivo qual o porcentual de diferenca fisica entre 2
> gemeos
> identicos? ( provavelmente em torno de 1-99,99... % )

Com 0,00...1% de diferenca seriamos incapazes de distinguir dois gemeos
monozigoticos um do outro apenas de relance -- nossa acuidade visual tem
um limite de cerca de 0,1 mm. (Caracteristicas psicologicas tbm sao
caracteristicas fisicas, mas deixemos isso pra la'.)

O percentual de diferencas fisicas entre dois gemeos identicos vai
depender do ambiente de criacao -- qto mais diferente o ambiente mais
diferentes entre si serao. (Como o genotipo eh o mesmo, ele por si so' nao
vai apitar nada nas diferencas.)

> Esta comparacao nao eh valida, estou falando do organismo como um todo,
> um dedo eh diferente de uma orelha ou de um peh nao obstante apresentem
> o mesmo material genetico.

Opa, claro q. eh valida. Demonstra uma variacao fenotipica em nivel
celular de um mesmo genotipo.

Na verdade vc esta' partindo da abordagem errada para verificar a
influencia genetica no fenotipo: nao se deve fixar os genes para ver a sua
influencia, deve-se fixar o ambiente. Aih sim, notamos a discricao das
caracteristicas. O numero de fenotipos possiveis sera' o numero de
combinacoes possiveis entre os alelos e os locos.

No caso de uma caracteristica condicionada por um gene apenas q. tem dois
alelos, o numero de fenotipos possiveis sera' 3 q. eh o numero de
genotipos possiveis q. eh a combinacao dois a dois de dois tipos de
elementos: AA, Aa, aa. Com tres alelos serao 6, com 4 serao 10...

No caso da espessura dos cabelos, embora nao seja dessa forma, considere
q. a variacao na espessura vai se dar em funcao do numero de atomos -- o
acrescimo minimo possivel seria de cerca de 10^-10 m. Na faixa por vc
proposta a variacao seria de 0,1 a 0,01 mm ou 10^-4 a 10^-5 m. Teremos uma
variacao de 0,99 mm ou 0,99.10^-3 m. O q. da' 9.900.000 categorias
possiveis -- em tese seria viavel codificar isso no genoma. Isso, em
termos biologico, representa uma variacao continua. Claro q. uma variacao
*realmente* continua nao seria determinavel com uma serie finita de
combinacoes.

Uma correcao: nao eh apenas substituicoes de bases q. eh possivel na
sequencia, eh possivel tbm a ocorrencia de delecoes e insercoes -- de modo
q. em vez de 4 sao 6 as possibilidades. Claro q. isso nao altera em nada o
carater finito do genoma, apenas torna a variacao genetica possivel,
maior.

> Sim, soh que tanto estes ARNs como o citoplasma, o utero, os hormonios
> etc..
> tambem estao codificados nos genes para possuirem estas funcoes.

Nao nos genes em questao. Essa diferenca eh fundamental.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Conjecturas jocaxianas (I)
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 15/02/2001 11:03

Roberto Mitsuo Takata wrote:

> On Thu, 15 Feb 2001, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> > > minutos
> > > ativo ou cinco minutos desativado?
> >
> > Outros genes reguladores.
>
> Barcellos, vc pega uma pergunta retorica -- q. eu mesmo respondi e a
> responde ignorando completamente o q. eu disse... assim fica dificil.
>
> Como vc mesmo falou em outra mensagem -- eh certo q. o ambiente
> participa
> nessa historia: alias eh o q. eu falei com o exemplo do aporte de
> nutrientes.

Acho q vc tambem nao entendeu o q eu quis dizer.
Vc comeca tentando descrever parte da maquinaria celular que faz com que

um gene fique 5 min ligado ou desligado. O que eu quis dizer com "genes
reguradores"
eh que *toda* esta maquinaria celular que permite esta regulagem de
tempo
tambem esta codificada nos genes. Este eh o motivo porque todos os
citoplasmas
de todos os os ovulos funcionem basicamente da mesma maneira pois estes
citoplasmas foram tambem codificados geneticamente.
A mesma explicacao pode ser dada ao utero e ao corpo humano como um
todo.

Aih pode aparecer a pergunta quem surgiu primeiro o genoma codificando
o citoplasma ou o citoplasma decodificando o genoma? O q eu disse que
nao
vem ao caso na discussao que de continuidade-discretizacao que estamos
interessados.



> Outro alias, fico feliz q. alguem q. dizia q. 99,9 ou
> 99,99999% das diferencas eram geneticas reconheca q. eh impossivel o
> genoma codificar todas as caracteristicas do individuo -- e mais ateh,
> q.
> gde parte dessas caracteristicas sofram influencias decisivas do
> ambiente.
>

Eu nunca disse q nao sofrem, lembra que eu disse que no nucleo do sol
tudo que um genoma pode fazer era virar carvao ? :-)

Qdo eu digo qeu 99,99.. % depende do codigo genetico estou dizendo que
se colocarmos um nucleo (genoma) em qualquer ovulo humano ele
vai produzir o mesmo individuo com diferencas minimas (1-99,99..%),
quase as mesmas que se encontram hoje entre os gemeos.


>
> > Se houvesse tantos fenomenos aleatorios como vc parece querer
> induzir
> > os gemeos seriam *bem* diferentes um dos outros.
>
> Eles sao bem diferentes -- suficientes para se poder distinguir um do
> outro. Alias, boa parte daquela lista de indice de hereditabilidade
> foi
> obtida com estudos comparativos entre gemeos monozigoticos.
>

Estou me referindo aa diferencas fisicas.
Para ser mais objetivo qual o porcentual de diferenca fisica entre 2
gemeos
identicos? ( provavelmente em torno de 1-99,99... % )


>
> Mas gemeos nao sao tao parecidos unicamente em funcao do genotipo, mas
> tbm
> porque o ambiente em geral eh bastante semelhante. (Veja soh, um
> celula
> hepatica sua tem basicamente o mesmo genoma de um neuronio... e no
> entanto qta diferenca.)

Esta comparacao nao eh valida, estou falando do organismo como um todo,
um dedo eh diferente de uma orelha ou de um peh nao obstante apresentem
o mesmo material genetico.


>
>
> > (Mas devemos lembrar que o ovulo tambem foi codificado pelo DNA
> > surge a historia do ovo e da galinha de novo mas nao vem ao caso
> ...)
>
> Vem ao caso se chegarmos la' nas origens abioticas da vida. e nao sao
> apenas proteinas do citoplasma da celula ovo, mas tbm ARNs e o
> ambiente de
> desenvolvimento dele -- ademais proteinas, ARNs e outros genes sao pra
>
> todos os efeitos o ambiente epigenetico de um dado gene.

Sim, soh que tanto estes ARNs como o citoplasma, o utero, os hormonios
etc..
tambem estao codificados nos genes para possuirem estas funcoes.
E, portanto, sao dependentes do codigo genetico.

[]s
jocax





SUBJECT: Re: [ciencialist] Conjecturas jocaxianas (I)
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 15/02/2001 12:47

Roberto Mitsuo Takata wrote:

> On Thu, 15 Feb 2001, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> > > Como assim? Se o ambiente tbm eh fixado...
> > >
> >
> > Como estou discutindo discretizacao do fenotipo, via DNA, a fixacao
> > do ambiente significa manter o ambiente (citoplasma etc..) tao
> estavel
> >
> > e fixo quanto possivel de modo a podermos isolar as influencias
> devido
> > a mudanca ambiental e verificarmos a influencia genetica apenas.
>
> Mas, Barcellos, nao esqueca de q. clones tbm apresentam o mesmo genoma
> --
> fixarmos o ambiente dos clones nao vai nos ajudar em nada a descobrir
> o
> efeito dos genes... Ou se fixa um ou se fixa o outro -- a menos q. se
> queira simplesmente obter individuos o mais parecidos possiveis com o
> outro -- q. eh o caso das clonagens.

Ajuda, pegue um exemplo hipotetico :

Duplica-se varias vezes o ovo fertilizado gerando varios embrioes
gemeos.
Altera-se um(os) alelo(s) que se queira determinar a influencia , por
exemplo
o gene da espessura do cabelo dos varios ovos gemeos.
Implanta-se estes ovos alterados geneticamente num utero artificial (por
exemplo ) .
Assim teremos o mesmo ambiente de
desenvolvimento para estudar o efeito do genoma alterado.


>
>
> > Voce confirma estes dados para GEMEOS univitelinos ?
> > Acredito q estes valores sao muito mais proximos de 1.
>
> Barcellos, esses sao dados de hereditabilidade (ou herdabiliadde em
> portugues mais correto) -- nao grau de semelhancas. Representa um
> indice
> q. correlaciona a variacao genetica ou variacao ambiental com a
> variacao
> fenotipica -- eh isso q. significa a influencia dos genes ou do
> ambiente.

> - conteudo mineral osseo " " ": 0,68
> - volume intracranial: 0,81

Os dados devem estar errados.
Obviamente o volume intracranial e o conteudo mineral osseo de gemeos
univitelinos sao muito mais proximos que isso.

A comparacao *apenas* com gemeos univitelinos eh importante por que
prova
alguns pontos de vista que defendo :
- A maquinaria genetico-celular eh muito menos propensa aa flutuacoes
aleatorias do que vc parece querer mostrar.
-Sendo assim, o ambiente externo ( apos nascimento ) teria muito menos
influencia na fisiologia do que imaginamos .
-Isso corroboraria a tese do fio de cabelo mas nao refutaria uma vez que

os fios ainda poderiam nunca alcancar determinados valores
intermediarios
como exemplifiquei ao Eduardo.

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Conjecturas jocaxianas (I)
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 15/02/2001 13:06

On Thu, 15 Feb 2001, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> > - volume intracranial: 0,81
>
> Os dados devem estar errados.

Eita, espirito cientifico. Tudo o q. nao esta' de acordo com o q. nao se
espera esta' errado? Ah! ta', entao nao precisamos fazer pesquisa, ja' q.
a priori determinamos quais sao os resultados q. devem ser os corretos...

Isso eh o q. se chama dogma -- os fudamentalistas cristaos fazem
exatamente isso, pegam a biblia e o q. nao se encaixa eh sumariamente
ignorado ou considerado como errado. Nao avancamos muito assim.

Lamento se os dados frustam a sua falsa expectativa.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Conjecturas jocaxianas (I)
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 15/02/2001 13:21

On Thu, 15 Feb 2001, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> O alienigena poderia "olhar" a parte do DNA que forma o ovulo e tambem
> decodificar as intrucoes que formam o utero. A partir daih ele poderia

Ele jamais saberia em qual ambiente esse ovulo se formou...

Vou dar um exemplo: existem salamandras q. passam a vida inteira em estado
morfologicamente juvenil -- jamais sofrem metamorfose para a forma adulta
-- embora atinjam a maturidade reprodutiva. Na presenca de concentracoes
especificas de iodo na agua em q. vivem eles sofrem metamorfose e se
transformam em adultos anfibios (o jovem eh exclusivamente aquatico). Nao
esta' codificado em seu material genetico a presenca ou nao de iodo no
ambiente -- apenas a reacao q. pode ter na presenca de iodo.

Se mandarmos tao somente a sequencia genica e o ambiente citoplasmatico do
ovulo para o alienigena -- como vc tbm ja' notou anteriormente -- ele nao
sabera' o q. esperar.

Quais nutrientes devem aportar no utero? A unica informacao q. tera' eh q.
se X o utero dara' uma resposta Y. Mas nao sabe se a entrada deve ser X,
W, Z ou outra qq... Por isso q. eu falei q eh bobagem abstrair o gene do
ambiente. O gene por si so' nao produz nada. Ele so' funciona do jeito q.
funciona em um dado ambiente -- e nisso vc concordou.

> Eh isto q eu quis dizer com "saltos quanticos" nos valores dos fios de
> cabelo.
> Ou seja, existem valores que eles nao poderiam tomar pois o DNA
> eh discreto.

*Poderia* ser assim e eh o q. encontramos em algumas caracteristicas. Mas
no caso dos cabelos isso aparentemente nao ocorre -- nao formam classes
fenotipicas discretas.

> Vai apitar pois ele eh que vai promover a reacao do organismo com o
> meio ambiente.
> Alem do + a relacao do ambiente de criacao com as diferencas
> fenotipicas
> nao eh linear e que eu saiba ninguem conseguiu quantificar isso.

Releia -- eu disse q. os genes por si so' nao diriam nada. Considere uma
equacao linear generica:

Y = a + X1.X2

O valor de Y depende das entradas X1 e X2. Se fixarmos uma das variaveis,
ela passa a ser uma constante dessa equacao -- e, portanto, a variacao de
Y estara' sujeita 'a variacao da variavel (a entrada q. vai efetivamente
variar).

> FINALMENTE :)
> Agora vc esta CHEGANDO no ponto q queria mostrar :
> SE os genes q codificam a espessura do fio NAO apresentarem tanta
> variacao
> como 9.900.000 , digamos apenas 1000, isso significa q teremos
> discretizacao na espessuara do cabelo, certo ?

*Se* o ambiente for constante ou tiver pouca atuacao na
caracteristica poderia se esperar isso. Mas dado q. nao eh, a sobreposicao
eh possivel.

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Conjecturas jocaxianas (I)
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 15/02/2001 13:42

On Thu, 15 Feb 2001, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:

> Roberto Mitsuo Takata wrote:
>
> > On Thu, 15 Feb 2001, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> > > > - volume intracranial: 0,81
> > >
> > > Os dados devem estar errados.
> >
>
> Nao eh por isso ,
> eh pq eu assisti recentemente um programa na TV que dizia justamente
> o OPOSTO.
>
> Se quiser poderemos apostar.
> Quer bater uma aposta q o volume intracranial de gemeos identicos nao
> diferem em mais que 5% ?
> []s
> jocax

O indice de herdabilidade como dito nao significa a diferenca media das
caracteristicas entre gemeos monozigoticos. O fato de ser 0,81 nao
significa q. a semelhanca entre eles seja de 81% ou a diferenca seja de
19% -- significa q. a variacao genetica corresponde a, grosso modo, 81% da
variacao fenotipica em questao. Se as pessoas diferem entre si em apenas
1% -- numa interpretacao ingenua -- significaria q. 81% desse 1% seria
devido a diferencas geneticas.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Conjecturas jocaxianas (I)
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 15/02/2001 13:57

Roberto Mitsuo Takata wrote:

> On Thu, 15 Feb 2001, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> > eh que *toda* esta maquinaria celular que permite esta regulagem de
> > tempo tambem esta codificada nos genes. Este eh o motivo porque
> todos os
>
> Eu estou dizendo q. o funcionamento das enzimas e proteinas eh
> dependente
> do contexto ambiental.

E eu estou dizendo que este contexto ambiental nao eh livre do contexto
genetico
pois o citoplasma e o utero foram criados via codificacao genetica.

Vou dar um exemplo hipotetico e *exagerado* :
Entreque o DNA humano a um alienigena inteligente
E forneca o codigo da proteina leitora como chave.

O alienigena poderia "olhar" a parte do DNA que forma o ovulo e tambem
decodificar as intrucoes que formam o utero. A partir daih ele poderia
deduzir
qual o "ambiente" necessario para este DNA se desenvolver.
egundo estas instrucoes ele poderia criar um citoplasma e um utero
artificial
e entao criar um ser humano. Eh exagero , claro, mas mostra mais ou
menos
o que quero dizer ou seja, grande parte do meio ambiente em que o DNA
eh
transcrito tambem eh codificado pelos genes.


>
> > Eu nunca disse q nao sofrem, lembra que eu disse que no nucleo do
> sol
> > tudo que um genoma pode fazer era virar carvao ? :-)
> >
> > Qdo eu digo qeu 99,99.. % depende do codigo genetico estou dizendo
> que
> > se colocarmos um nucleo (genoma) em qualquer ovulo humano ele
> > vai produzir o mesmo individuo com diferencas minimas (1-99,99..%),
> > quase as mesmas que se encontram hoje entre os gemeos.
>
> Por q? Porq. tambem o ambiente sera' mantido o mesmo (determinismo
> genetico-ambiental) e nao apenas porq. os genes sao os mesmos.
>

Mas estamos dispersando muito do assunto em pauta.

Vc concorda comigo ou discorda do exemplo que eu dei ao Eduardo :



Suponha que a espessura do fio de cabelo seja codificado em um unico
par de base. Neste caso ele poderia assumir apenas 4 valores discretos.

Suponha que sejam : 0,1 0,2 , 0,3 e 0,4 mm

Agora o ambiente poderia , por exemplo, alterar estas espessuras em no
maximo
10%, neste caso nosso fio de cabelo hipotetico poderia ser (valores
aproximados) :

0,09-0,11 0,18-0,22 0,27-0,33 0,36-0,44

de modo que *nunca* encontrariamos cabelos com as espessuras :
0,14 ; 0,24 ; 0,34

Eh isto q eu quis dizer com "saltos quanticos" nos valores dos fios de
cabelo.
Ou seja, existem valores que eles nao poderiam tomar pois o DNA
eh discreto.

>
> O percentual de diferencas fisicas entre dois gemeos identicos vai
> depender do ambiente de criacao -- qto mais diferente o ambiente mais
> diferentes entre si serao. (Como o genotipo eh o mesmo, ele por si so'
> nao
> vai apitar nada nas diferencas.)
>

Vai apitar pois ele eh que vai promover a reacao do organismo com o
meio ambiente.
Alem do + a relacao do ambiente de criacao com as diferencas
fenotipicas
nao eh linear e que eu saiba ninguem conseguiu quantificar isso.


>
> Na verdade vc esta' partindo da abordagem errada para verificar a
> influencia genetica no fenotipo: nao se deve fixar os genes para ver a
> sua
> influencia, deve-se fixar o ambiente.

Foi este o experimento q fiz qdo propus a replicacao do ovo em
uteros artificiais.
Para medir a influencia do ambiente teriamos que clonar o individuo (
a nivel citoplasmatico ) ou estudar os gemeos identicos.


> Aih sim, notamos a discricao das
> caracteristicas. O numero de fenotipos possiveis sera' o numero de
> combinacoes possiveis entre os alelos e os locos.
>
> No caso de uma caracteristica condicionada por um gene apenas q. tem
> dois
> alelos, o numero de fenotipos possiveis sera' 3 q. eh o numero de
> genotipos possiveis q. eh a combinacao dois a dois de dois tipos de
> elementos: AA, Aa, aa. Com tres alelos serao 6, com 4 serao 10...
>
> No caso da espessura dos cabelos, embora nao seja dessa forma,
> considere
> q. a variacao na espessura vai se dar em funcao do numero de atomos --
> o
> acrescimo minimo possivel seria de cerca de 10^-10 m. Na faixa por vc
> proposta a variacao seria de 0,1 a 0,01 mm ou 10^-4 a 10^-5 m. Teremos
> uma
> variacao de 0,99 mm ou 0,99.10^-3 m. O q. da' 9.900.000 categorias
> possiveis -- em tese seria viavel codificar isso no genoma. Isso, em
> termos biologico, representa uma variacao continua. Claro q. uma
> variacao
> *realmente* continua nao seria determinavel com uma serie finita de
> combinacoes.
>

FINALMENTE :)
Agora vc esta CHEGANDO no ponto q queria mostrar :
SE os genes q codificam a espessura do fio NAO apresentarem tanta
variacao
como 9.900.000 , digamos apenas 1000, isso significa q teremos
discretizacao na espessuara do cabelo, certo ?

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Conjecturas jocaxianas (I)
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 15/02/2001 14:09

On Thu, 15 Feb 2001, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> Talvez possa. Eh como um complicado quebra-cabeca ele podera notar
> que para que certos genes sejam ligados no meio do processo eles
> precisariam que uma dada substancia com determinadas propriedades( iodo
> )
> entrassem em contato com o individuo.
> Lembra q nao sabemos o grau tecnologico do alienigena.
> Ou seja o DNA poderia dar a pista que o Iodo era necessario.

Se ele concluir isso, tera' sido enganado pelo DNA -- populacoes naturais
nao entram naturalmente em contato com iodo...

> Como vc pode ter certeza disso , que os fios de cabelo nao formam
> classes fenotipicas discretas ?
> Acho q um estudo sobe isso nunca foi feito.

Elisa Hair Institute serve pra q?

> Eu nao disse que diriam tudo,
> eu disse q a reacao do organismo com o meio ambiente eh dependente de
> sua codificacao genetica. Assim mesmo para ambientes muito diferente
> o organismo pode se comportar de forma equivalente e apresentar as
> mesmas reacoes.

Nao eh nada de diferente do q. eu disse.

> mas considere Y = a +0,0000000000000000000001X1 + X2
> O peso da entrada X1 sobre Y deve ser menor que a entrada X2
> se ambos tiverem valores da mesma ordem de grandeza.
> Ou seja o ambiente X1 nao vai importar tanto na reacao Y do organismo.

Nao, importa, desde q. um deles esteja fixado.

> Como assim "dado que nao eh" ? vc tem este dado que nao eh ?

Ahan.

> Quero dizer q mesmo uma variacao ambientel NORMAL *pode ser*
> que nao seja suficiente para haver sobreposicao e entao teriamos
> discretizacao
> do fenotipo.

*Poderia* ser.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Conjecturas jocaxianas (I)
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 15/02/2001 14:17

Roberto Mitsuo Takata wrote:

> On Thu, 15 Feb 2001, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> > > - volume intracranial: 0,81
> >
> > Os dados devem estar errados.
>

Nao eh por isso ,
eh pq eu assisti recentemente um programa na TV que dizia justamente
o OPOSTO.

Se quiser poderemos apostar.
Quer bater uma aposta q o volume intracranial de gemeos identicos nao
diferem em mais que 5% ?
[]s
jocax


>
> Eita, espirito cientifico. Tudo o q. nao esta' de acordo com o q. nao
> se
> espera esta' errado? Ah! ta', entao nao precisamos fazer pesquisa, ja'
> q.
> a priori determinamos quais sao os resultados q. devem ser os
> corretos...
>
> Isso eh o q. se chama dogma -- os fudamentalistas cristaos fazem
> exatamente isso, pegam a biblia e o q. nao se encaixa eh sumariamente
> ignorado ou considerado como errado. Nao avancamos muito assim.
>
> Lamento se os dados frustam a sua falsa expectativa.
>
> []s,
>
> Roberto Takata
>
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Conjecturas jocaxianas (I)
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 15/02/2001 14:43

Roberto Mitsuo Takata wrote:

> On Thu, 15 Feb 2001, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> > O alienigena poderia "olhar" a parte do DNA que forma o ovulo e
> tambem
> > decodificar as intrucoes que formam o utero. A partir daih ele
> poderia
>
> Ele jamais saberia em qual ambiente esse ovulo se formou...

Dificil precisar isso. Se em seu planeta a vida fosse parecida
ele poderia ter uma ideia e, para um bom decodificador isso talvez
fosse suficiente. Note q as instrucoes da formacao do citoplasma
esta tambem codificado no DNA e podera ser decodificado desde q
se saiba o funcionamento basico do citoplasma.


>
>
> Vou dar um exemplo: existem salamandras q. passam a vida inteira em
> estado
> morfologicamente juvenil -- jamais sofrem metamorfose para a forma
> adulta
> -- embora atinjam a maturidade reprodutiva. Na presenca de
> concentracoes
> especificas de iodo na agua em q. vivem eles sofrem metamorfose e se
> transformam em adultos anfibios (o jovem eh exclusivamente aquatico).
> Nao
> esta' codificado em seu material genetico a presenca ou nao de iodo no
>
> ambiente -- apenas a reacao q. pode ter na presenca de iodo.
>
> Se mandarmos tao somente a sequencia genica e o ambiente
> citoplasmatico do
> ovulo para o alienigena -- como vc tbm ja' notou anteriormente -- ele
> nao
> sabera' o q. esperar.
>

Talvez possa. Eh como um complicado quebra-cabeca ele podera notar
que para que certos genes sejam ligados no meio do processo eles
precisariam que uma dada substancia com determinadas propriedades( iodo
)
entrassem em contato com o individuo.
Lembra q nao sabemos o grau tecnologico do alienigena.
Ou seja o DNA poderia dar a pista que o Iodo era necessario.


>
> > Eh isto q eu quis dizer com "saltos quanticos" nos valores dos fios
> de
> > cabelo.
> > Ou seja, existem valores que eles nao poderiam tomar pois o DNA
> > eh discreto.
>
> *Poderia* ser assim e eh o q. encontramos em algumas caracteristicas.
> Mas
> no caso dos cabelos isso aparentemente nao ocorre -- nao formam
> classes
> fenotipicas discretas.
>

Como vc pode ter certeza disso , que os fios de cabelo nao formam
classes fenotipicas discretas ?
Acho q um estudo sobe isso nunca foi feito.



>
> > Vai apitar pois ele eh que vai promover a reacao do organismo com o
> > meio ambiente.
> > Alem do + a relacao do ambiente de criacao com as diferencas
> > fenotipicas
> > nao eh linear e que eu saiba ninguem conseguiu quantificar isso.
>
> Releia -- eu disse q. os genes por si so' nao diriam nada.

Eu nao disse que diriam tudo,
eu disse q a reacao do organismo com o meio ambiente eh dependente de
sua codificacao genetica. Assim mesmo para ambientes muito diferente
o organismo pode se comportar de forma equivalente e apresentar as
mesmas reacoes.


> Considere uma
> equacao linear generica:
>
> Y = a + X1.X2
>
> O valor de Y depende das entradas X1 e X2. Se fixarmos uma das
> variaveis,
> ela passa a ser uma constante dessa equacao -- e, portanto, a variacao
> de
> Y estara' sujeita 'a variacao da variavel (a entrada q. vai
> efetivamente
> variar).
>

Sim
mas considere Y = a +0,0000000000000000000001X1 + X2
O peso da entrada X1 sobre Y deve ser menor que a entrada X2
se ambos tiverem valores da mesma ordem de grandeza.
Ou seja o ambiente X1 nao vai importar tanto na reacao Y do organismo.


>
> > FINALMENTE :)
> > Agora vc esta CHEGANDO no ponto q queria mostrar :
> > SE os genes q codificam a espessura do fio NAO apresentarem tanta
> > variacao
> > como 9.900.000 , digamos apenas 1000, isso significa q teremos
> > discretizacao na espessuara do cabelo, certo ?
>
> *Se* o ambiente for constante ou tiver pouca atuacao na
> caracteristica poderia se esperar isso. Mas dado q. nao eh, a
> sobreposicao
> eh possivel.
>

Como assim "dado que nao eh" ? vc tem este dado que nao eh ?

Quero dizer q mesmo uma variacao ambientel NORMAL *pode ser*
que nao seja suficiente para haver sobreposicao e entao teriamos
discretizacao
do fenotipo.

[]s
jocax



SUBJECT: CHEGA !!!!!
FROM: "Andre Roviralta Dias Baptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 15/02/2001 15:40

Olá Roberto e Jocax

Aposto que depois desse instrutivo imbroglio sobre a relação entre brotamentos capilares do couro cabeludo e o ácido desoxirribonucleico, mais uns três ou quatro vão pedir para sair da lista. Como voces querem que a gente acompanhe, trinta mensagens sobre o mesmo assunto por dia?? Desse jeito vou ter que criar uma pasta especial para voces dois!! :-)

Para não sair totalmente do assunto aí vai uma questão:

Porque os pentelhos são enrolados mesmo nas pessoas de cabelo liso??

abraços,

André Baptista

----- Original Message -----
From: Joao Carlos Holland de Barcellos
To: ciencialist@yahoogroups.com
Sent: Thursday, February 15, 2001 4:08 PM
Subject: Re: [ciencialist] Conjecturas jocaxianas (I)


Roberto Mitsuo Takata wrote:

> > Como vc pode ter certeza disso , que os fios de cabelo nao formam
> > classes fenotipicas discretas ?
> > Acho q um estudo sobe isso nunca foi feito.
>
> Elisa Hair Institute serve pra q?
>

Pelo nome deve servir para cortar cabelos de madames.

[]s
jocax


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Conjecturas jocaxianas (I)
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 15/02/2001 16:08

Roberto Mitsuo Takata wrote:

> > Como vc pode ter certeza disso , que os fios de cabelo nao formam
> > classes fenotipicas discretas ?
> > Acho q um estudo sobe isso nunca foi feito.
>
> Elisa Hair Institute serve pra q?
>

Pelo nome deve servir para cortar cabelos de madames.

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Conjecturas jocaxianas (I)
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 15/02/2001 18:21

João Mário Miranda wrote:

>
>
> Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> >
> > Dificil precisar isso. Se em seu planeta a vida fosse parecida
> > ele poderia ter uma ideia e, para um bom decodificador isso talvez
> > fosse suficiente. Note q as instrucoes da formacao do citoplasma
> > esta tambem codificado no DNA e podera ser decodificado desde q
> > se saiba o funcionamento basico do citoplasma.
>
> No fundo o que você está a querer é que o texto não dependa do
> código, mas isso não é verdade. Por exemplo:
>

Dependa mas NAO tanto.

A pergunta que se faz eh : QUAL O MINIMO de informacao do ambiente
eh necessario para decodificar ( sintetizar ) um homem ??

O q quero dizer eh q talvez NEM todo citoplasma precisa ser conhecido
para
isso. Talvez algumas poucas proteinas , eu nao sei o minimo.



>
> "asafdsafas"
>
> pode querer dizer qualquer coisa. Basta criar o código
> certo. Da mesma forma há um número muito elevado de
> possibilidades para o mesmo DNA. Bastaria por exemplo que
> se trocasse de código, ou seja que se trocasse a relação
> entre as bases e os aminoácidos.

Lembra q num planeta com vida a estrutura basica da vida pode ser
parecida e portanto o decodificador possa saber o basico para
decodificar o genoma.
Ele podera a partir deste basico achar a regiao onde esta
a programacao de um ovulo-citoplasmatico e entao
criar um...
Sao conjecturas q podem ser verdadeiras...

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Conjecturas jocaxianas (I)
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 16/02/2001 08:03

João Mário Miranda wrote:

>
>
> Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
>
> >
> > Lembra q num planeta com vida a estrutura basica da vida pode ser
> > parecida e portanto o decodificador possa saber o basico para
> > decodificar o genoma.
> > Ele podera a partir deste basico achar a regiao onde esta
> > a programacao de um ovulo-citoplasmatico e entao
> > criar um...
>
> Mas isso invalida todo o exercicio do extraterrestre. Eu achava que
> voce escolheu um extraterrestre porque ele não sabe nada sobre nós.

Ok,
poderemos pensar q ele nao saiba nada.
Entao a informacao minima necessaria , acredito, ainda continua sendo
algo menor do que toda a contida no citoplasma+utero.

Por exemplo poderia se enviar o DNA + algumas informacoes basicas
de como este DNA eh lido , como por exemplo a proteina leitora.

Eu nao sei o qual seria este minimo, mas o que me faz pensar que o
minimo
nao precise ser o ambiente todo de desenvolvimento, eh justamente o fato
que
este ambiente esta codificado no DNA.

[]s
jocax



SUBJECT: Re: O amor, segundo o Genismo
FROM: "Andre Roviralta Dias Baptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 16/02/2001 08:50

Olá Jocax

----- Original Message ----- From: Joao Carlos Holland de Barcellos

"O amor é um instinto, programado em nós pelos genes, para fazer o
CONTROLE DE QUALIDADE da pessoa que poderá ser
o pai /mãe de nosso filho "


Essa, digamos assim, "interpretação biológica" do amor não é nova. Faz
parte das idéias da "sociobiologia" e da "psicologia evolutiva", ciências
que procuram explicar o comportamento humano em termos de adaptações
evolutivas. Procura explicar, por exemplo, porque o comportamento das
mulheres "seria" sexualmente mais seletivo do que os homens. No entanto, em
espécies nas quais as fêmeas são promíscuas, também é possível encontrar uma
explicação. Eu acho que essa "interpretação biológica" do amor bastante
adequada de um modo geral. Porém no caso particular, no "tete-a-tete", não
adianta muito!!

abraços,

André Baptista.




SUBJECT: O amor, segundo o Genismo
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: Ciencialist <ciencialist@yahoogroups.com>, excalibur2 <excalibur2@yahoogroups.com>, fflch <fflch@egroups.com>, Humanidade <humanidade@egroups.com>, movimento-filo <movimento-filo@egroups.com>, scientia_una <scientia_una@egroups.com>
DATE: 16/02/2001 09:15

"O amor é um instinto, programado em nós pelos genes, para fazer o
CONTROLE DE QUALIDADE da pessoa que poderá ser
o pai /mãe de nosso filho "

Daqui podemos entao concluir que :
http://groups.yahoo.com/group/Genismo/message/171

[]s
jocax



SUBJECT: Bioinformatica esta por tras da revolucao genetica
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: Ciencialist <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 16/02/2001 09:45

CIÊNCIA

Bioinformática está por trás da revolução genética

The Boston Globe, February 16, 2001

Naomi Aoki

Nos oito meses decorridos desde que os cientistas
completaram o mapeamento do genoma humano, a imprensa tem
divulgado muitas previsões sobre os tremendos avanços no
campo da medicina que a ciência genômica vai causar.
Remédios personalizados de acordo com o código genético
único dos indivíduos. Ferramentas capazes de detectar as
menores mudanças na cadeia de DNA, capazes de causar
doenças. Terapias que previnem a ocorrência dessas
doenças antes mesmo que os seus sintomas apareçam.
E embora a ciência genômica manifeste a tendência de
capitalizar toda a fama, nenhum dos avanços científicos a
ela vinculados - incluindo o próprio mapeamento do
genoma - teria sido possível sem o emergente campo da
bioinformática.
Ela se caracteriza pela utilização da ciência da
computação em um trabalho silencioso, realizado por
detrás do cenário da revolução genômica, auxiliando na
geração, gerenciamento e análise da enxurrada de dados
provenientes dos laboratórios espalhados pelo mundo que
trabalham com os mecanismos mais profundos da vida.
E à medida que a biologia se transforma cada vez mais em
uma ciência da informação, as empresas farmacêuticas e de
biotecnologia estão apostando as suas cartas na
bioinformática, com o objetivo de transformar a natureza
da descoberta de novos medicamentos e dos tratamentos
médicos.
Ao invés de descobrir novos remédios, seguindo o modelo
de tentativas e acertos característico do passado, os
cientistas já esperam pelo dia em que poderão elaborar
medicamentos quase que inteiramente através de
computadores - montando modelos de proteínas com as
estruturas químicas de medicamentos em potencial.
Os médicos vão diagnosticar as doenças de forma mais
precisa, chegando a definir o sub-tipo da enfermidade,
através da utilização da análise computacional de simples
amostras de sangue, ao invés de trabalharem com um
conjunto de sintomas.
Segundo eles, um dia o trabalho do médico consistirá
realmente em preservar a saúde das pessoas, ao invés de
tratar as suas doenças. Através da comparação do código
genético de um paciente, feita pelo computador, e
realizada a cada consulta, os médicos poderão detectar
alterações e mutações no genoma do indivíduo e repara-lo
antes que as doenças se manifestem.
E, embora isso pareça tema de ficção científica, segundo
os cientistas, um dia as pessoas poderão carregar um
cartão com os seus dados genéticos e inseri-los em
máquinas, semelhantes aos caixas eletrônicos, que farão o
diagnóstico e prescreverão o tratamento para as
enfermidades.
"Essas novidades vão chegar. Resta saber quando e como",
afirma Stephen E. Lincoln, vice-presidente da InforMax
Incorporation, uma empresa de bioinformática de
Maryland. "Na minha opinião, essas técnicas virão aos
poucos, fracionadas, e quando menos percebermos, farão
parte do nosso dia-a-dia. Isso é típico de vários
processos que envolvem maturação tecnológica".
Várias dessas mudanças levarão anos para serem
concretizadas. Apesar das realizações surpreendentes dos
últimos anos, o entendimento presente da biologia - o
papel desempenhado pelos genes e pelas proteínas na
manutenção da saúde e no aparecimento das doenças - ainda
está nos seus estágios iniciais. E o mesmo acontece no
campo emergente da bioinformática.
Cursos que misturam áreas que já foram tão distintas,
como a ciência da computação e a biologia estão começando
a aparecer em universidades norte-americanas. Mas a
literatura sobre o assunto ainda não existe. E a
indústria da bioinformática ainda está tão fragmentada
que é difícil de se determinar até mesmo as estatísticas
econômicas mais básicas, como a margem de lucros do
setor.
Empresas como a InforMax e a alemã Lion Bioscience AG
estão emergindo como as líderes pioneiras no cenário
mutante e de rápido crescimento das iniciativas
referentes à bioinformática. Mas a criação de potência
computacional e de aplicações de software para o
gerenciamento e a análise de dados biológicos é um fator
crítico - e uma crescente oportunidade de mercado - para
outros negócios.
Empresas como a Celera Genomics Group e a Incyte Genomics
Incorporation dedicam grande parte de suas operações à
criação de sistemas de computadores e equipamentos que
auxiliam os clientes a gerenciar e a analisar os seus
sempre crescentes bancos de dados.
Gigantes da indústria de computação, como a Compaq
Computer Corporation e a IBM Corporation também estão
investindo pesadamente nas ciências biológicas,
procurando atrair clientes e desenvolver o poder maciço
de computação necessário para encontrar respostas a
algumas das questões mais complexas da biologia.
E há ainda as empresas farmacêuticas e de biotecnologia
que estão desenvolvendo uma variedade de instrumentos de
bioinformática para o seu próprio uso, a fim de acelerar
e tornar mais eficaz o processo de descoberta de novos
medicamentos.
Segundo a estimativa dos analistas do setor, as
oportunidades de mercado para a bioinformática variam
muito, em uma faixa que vai de dezenas de milhões até
quase um bilhão de dólares (R$ 2 bilhões) este ano. As
estimativas para o futuro também variam drasticamente,
entre US$ 2,2 bilhões (R$ 4,4 bilhões) por volta de 2004,
até o dobro dessa cifra.
Estabelecer números exatos é uma tarefa difícil, de
acordo com os analistas do setor. Mas é evidente que a
bioinformática vai crescer aos saltos, tanto como ciência
como quanto indústria, nas próximas décadas, criando
novas oportunidades para os negócios, para a descoberta
de medicamentos e para o tratamento médico.
"Este setor está neste exato momento começando a dar o
tipo de resultados que vamos presenciar mais
freqüentemente, não só na medicina mas também na
agricultura e na indústria - medicamentos de melhor
qualidade, alimentos mais nutritivos e produtos químicos
menos tóxicos", afirma Michael Becker, analista de
biotecnologia da empresa Wayne Hummer Investments LLC, em
Chicago.
As empresas de medicamentos já estão utilizando
computadores para examinar rapidamente milhares de
compostos químicos, a fim de auxiliar na seleção daqueles
que podem vir a ser aproveitados para a criação
medicamentos. Essas empresas estão usando softwares para
examinar a maior coleção pública sobre informações
genéticas e de outros campos que possam auxilia-las na
seleção dos dados mais promissores para o desenvolvimento
de novos medicamentos.
Várias empresas também estão explorando formas de prever
através do computador - antes que as substâncias
candidatas a se tornarem medicamentos passem pelo
dispendioso estágio de testes com animais - até que ponto
um composto químico é seguro para a utilização em seres
humanos, e quais os efeitos colaterais que ele pode
provocar. Outras empresas estão realizando pesquisas para
descobrir formas de determinar o nível de eficiência e
segurança de determinadas substâncias para indivíduos em
particular, considerando certas variações em suas
configurações genéticas.
Umas poucas substâncias já foram desenvolvidas para
combater variações singulares de uma doença identificada
pela presença de uma proteína específica. A herceptina,
uma substância usada para o tratamento do câncer de mama,
está aprovada, por exemplo, para os pacientes que têm um
certo tipo de tumor, caracterizado pela presença
excessiva da proteína HER2.
"O objetivo do Projeto Genoma Humano foi o sequenciamento
do genoma de um indivíduo", diz Bill Van Etten,
especialista em bioinformática da empresa Blackstone
Technology Group Incorporation, em Worcester,
Massachusetts. "O próximo passo é descobrir o local onde
o genoma de todas as pessoas é diferente. Depois disso, a
etapa seguinte será descobrir como essas diferenças
determinam o aparecimento de doenças".
Conforme a tecnologia for sendo aperfeiçoada e os
pesquisadores aprenderem mais sobre o corpo humano, um
maior número dessas iniciativas vai passar dos
laboratórios de pesquisa para o estágio de testes
clínicos e, finalmente, alcançar os consultórios médicos.
A cada passo os desafios computacionais crescem
exponencialmente. De acordo com Van Etten, montanhas de
dados são geradas, questões se tornam ainda mais
complexas e a demanda pela velocidade e pela potência dos
computadores aumenta a uma taxa fenomenal.
Demorou-se quinze anos e foram gastos milhões de dólares
para chegar ao mapeamento de um genoma. Segundo Van
Etten, para levar essa realização científica até o
consultório médico vai se necessitar de versões mais
aperfeiçoadas das técnicas atualmente disponíveis e, em
vários casos, de formas inteiramente novas de se fazerem
as coisas. E isso gera debates e questões éticas
inteiramente novos.
Será que os médicos devem informar aos seus pacientes que
eles estão geneticamente destinados a desenvolverem
determinadas doenças, caso não haja tratamentos
disponíveis para essas doenças? As informações genéticas
de uma pessoa devem ser resguardadas, como parte de uma
ficha médica particular? Os empregadores e seguradoras
poderão exigir a divulgação do código genético de um
indivíduo?
"Estamos atingindo um estágio esquisito, onde haverá uma
lacuna entre a nossa capacidade de entender o que está
dando errado e o nosso poder para consertar o problema",
afirma Lincoln. "Mas todos nós acreditamos que um
entendimento mais profundo levará a melhores terapias,
com menos efeitos colaterais".
Lincoln admite que os desafios são grandes. Mas, além das
suas outras contribuições, a bioinformática ajudou a
criar uma rede que permite aos pesquisadores de
diferentes laboratórios de todo o planeta examinarem a
mesma informação, compartilhar os mesmos problemas e
buscar soluções em conjunto. Ela forneceu a esses
pesquisadores uma maneira de peneirar e analisar bilhões
de bits de dados - uma quantidade muito grande para a
mente humana processar.
"Temos muito trabalho a nossa frente", diz Lincoln. "Mas
a indústria está investindo bilhões de dólares, e algumas
das melhores cabeças do mundo estão trabalhando nesse
setor".
Tradução: Danilo Fonseca







SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O amor, segundo o Genismo
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 16/02/2001 11:06

Andre Roviralta Dias Baptista wrote:

> Olá Jocax
>
> ----- Original Message ----- From: Joao Carlos Holland de Barcellos
>
> "O amor é um instinto, programado em nós pelos genes, para fazer o
> CONTROLE DE QUALIDADE da pessoa que poderá ser
> o pai /mãe de nosso filho "
>
>
> Essa, digamos assim, "interpretação biológica" do amor não é nova.
> Faz
> parte das idéias da "sociobiologia" e da "psicologia evolutiva",
> ciências
> que procuram explicar o comportamento humano em termos de adaptações
> evolutivas.

Sim, mas eu gostaria de saber se vc ja *realmente* viu uma explicacao
como esta
e quando. Note q, depois de se ver uma explicacao evolutiva ela parece
bastante clara e obvia. Mas nem sempre eh facil achar a explicacao.
Eh como o ovo de colombo. Para mim eh importante saber pois eu
acreditava
q fui o primeiro a ter a explicacao evolutiva do amor.
Se nao for assim, eu retiro esta descoberta da minha galeria de trofeus
! :-(

Eu ja perdi a paternidade da explicacao evolutiva da beleza pois o
Takata me mostrou um artigo com as mesmas deias.....

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] CHEGA !!!!!
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 16/02/2001 11:28

On Thu, 15 Feb 2001, Andre Roviralta Dias Baptista wrote:
> Porque os pentelhos são enrolados mesmo nas pessoas de cabelo liso??

Do ponto de vista bioquimico, mecanico, evolutivo ou teleonomico?

O evolutivo, uma das especulacoes eh q. pelos enrolados promovem um
amortecimento em porcoes estrategicas... (O quao fundamental isso seria
efetivamente eu tenho serias duvidas.)

O fato eh q. a criacao de cenarios evolutivos eh muito, muito facil.
Podemos imaginar pressoes evolutivas para estruturas q. nunca surgiram:
homens q. voam com seus proprios meios, porcos azuis, dragoes cuspidores
de fogo... A sua unica importancia eh servir de guia para a procura de
indicios q. a sustentem -- ele por si soh nao prova, nem desprova nada.

Po, Barcellos, por onde vc tem andado todo esse tempo q. nunca ouviu uma
explicacao evolutiva para o amor?

The Evolution of Love - Ada Lampert
http://www.amazon.de/exec/obidos/ASIN/0275959074/artvisitwww/028-5430867-6046111

Evolution of Love
http://www.modbee.com/living/story/0,1155,208960,00.html

EVOLUTIONARY ASPECTS OF LOVE AND EMPATHY
http://www.percepp.demon.co.uk/lovempat.htm

Tem muito mais...

Barcellos, uma dica -- concentre-se nos aspectos mais comezinhos da vida
-- as gdes questoes da humanidade ja' tEm zilhoes de teorias -- nenhuma
testada adequadamente. Outra possibilidade eh comecar a testar essas
teorias todas.

(Temos teorias evolutivas para o comercio, para a guerra, para o sexo,
para as questoes gastronomicas, para a matematica, para a habilidade
musical, para a ciencia, para a arte em geral, para o odio racial, para o
exterminio dos judeus, para o nao exterminio dos judeus, para o gde amor
universal, etc, etc, etc...)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] CHEGA !!!!!
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 16/02/2001 13:10

Roberto Mitsuo Takata wrote:

> Po, Barcellos, por onde vc tem andado todo esse tempo q. nunca ouviu
> uma
> explicacao evolutiva para o amor?
>

Mas quanto tempo tem a mais antiga dizendo o mesmo que a "minha"
diz? Pode ser q a minha eh + antiga de todas e portanto eu seria
o pai da ideia ...


>
> Barcellos, uma dica -- concentre-se nos aspectos mais comezinhos da
> vida
> -- as gdes questoes da humanidade ja' tEm zilhoes de teorias --
> nenhuma
> testada adequadamente.

Vc acha que um genio como eu pode deixar se desperdicar assim
por aspectos comezinhos da vida ?

Lembre-se que sou o messias, o salvador da humanidade, antes de tudo !
:-))

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] CHEGA !!!!!
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 16/02/2001 16:36

On Fri, 16 Feb 2001, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> Mas quanto tempo tem a mais antiga dizendo o mesmo que a "minha"
> diz? Pode ser q a minha eh + antiga de todas e portanto eu seria
> o pai da ideia ...

Teria q. ver na bibliografia dos livros sobre psicologia evolutiva -- mas
suspeito q. isso venha desde logo depois do titio Darwin -- ha' coisa
de quase 150 anos. Mas no minimo eh de 1922 de Emil Lucka (a menos q. o
titulo de seu livro seja enganoso). Em 1994 Steve Pinker tbm dava suas
passeadas em suas explicacoes psicoevolutivas.

Mais alguns textos (caramba tem bem mais do q. eu imagina inicialmente --
ta' dificil ateh de selecionar):

Research probes evolution of love
http://www.molbio.wisc.edu/carroll/adaptationism/stories/3emotions.html

Time, Love, Memory : A Great Biologist and His Quest for the Origins of
Behavior
http://www.amazon.com/exec/obidos/ASIN/0679444351/102-9748349-5824115

http://www.sciam.com/1999/0699issue/0699reviews1.html

Pinker and the Brain [trocadalho do carilho]
http://www.sciam.com/1999/0799issue/0799profile.html

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Jocax prova o indeterminismo universal ?
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 16/02/2001 18:00



Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
>
> Atencao colegas de lista , outra conjectura jocaxiana a caminho ,
>
> O grande messias jocax brevemente postara um e-mail provando
> o indeterminismo universal.

Como é que se pode fazer uma previsão tão segura num universo
indeterminista?

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: Jocax prova o indeterminismo universal ?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: Ciencialist <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 16/02/2001 19:19

Atencao colegas de lista , outra conjectura jocaxiana a caminho ,

O grande messias jocax brevemente postara um e-mail provando
o indeterminismo universal.

Foi outro insight genial e eu os brindarei em breve com esta nova ideia
para discutirmos.

[]s
jocax




SUBJECT: Re: [ciencialist] Jocax prova o indeterminismo universal ?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 16/02/2001 19:28


João Mário Miranda wrote:

>
>
> Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> >
> > Atencao colegas de lista , outra conjectura jocaxiana a caminho ,
> >
> > O grande messias jocax brevemente postara um e-mail provando
> > o indeterminismo universal.
>
> Como é que se pode fazer uma previsão tão segura num universo
> indeterminista?
>

Como vc sabe q eh indeterminista ? Eu ainda nao te provei !!
seu curioso :-)





SUBJECT: AMOR A PRIMEIRA VISTA
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/02/2001 12:32

AMOR À PRIMEIRA VISTA
USA Today, 15-02-01
Especialistas dizem que ele
é real, poderoso e mágico
Karen S. Peterson

Palmas das mãos suadas. Palpitações. A sensação de que
uma placa tectônica se moveu no coração.
Provavelmente não se trata de um ataque cardíaco. Muito
possivelmente, é amor à primeira vista. E por mais que se
faça piadas a respeito, ele não tem nada de engraçado.

Artigo completo em :
http://groups.yahoo.com/group/Genismo/message/175


SUBJECT: Ciencia e Criacao
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/02/2001 13:56

Ciência e Criação
Marcelo Gleiser
especial para a Folha (Mais), 18 de fevereiro de 2001
A origem do Universo inspirou incontáveis mitos de criação no passado e
inspira muita ciência no presente. De fato, todas as culturas relatam,
de uma forma ou de outra, uma história da criação do mundo. A cultura
moderna, tão influenciada pela ciência, não é uma exceção. Essa
necessidade que temos de explicar a origem de "tudo", incluindo a nossa,
não escapa aos cientistas. E, muito da "crise" que existe entre a
ciência e a religião vem justamente da -desnecessária- colisão entre a
versão (ou, melhor, versões) religiosa da origem do cosmo e a versão
científica.
Para focarmos melhor nossa discussão, vamos nos concentrar na versão
judaico-cristã da Criação, conforme ela é relatada no Antigo Testamento.
O ponto fundamental aqui é que a criação do mundo, segundo esse relato,
marcou também a origem do tempo. Essa interpretação é sugerida, por
exemplo, por Santo Agostinho, que escreveu que Deus criou o tempo
juntamente com o cosmo. "Antes" da Criação, argumentou Santo Agostinho,
não faz sentido. (Segundo ele mesmo escreveu, alguns respondem à questão
de o que Deus estava fazendo antes de criar o mundo dizendo que estava
criando o Inferno para todos aqueles que fazem esse tipo de pergunta).
Continuando com o relato judaico-cristão, Deus criou o cosmo ex nihilo,
do nada: sua ação criadora foi a causa inicial da existência material do
mundo. Por que Deus, que é por definição perfeito, sentiu a necessidade
de criar, é um problema mais complicado, muitas vezes atribuído a uma
vaidade divina: para ser amado pela sua criação. Mas acho melhor deixar
este debate de lado. De qualquer forma, o ponto crucial aqui é que,
segundo o Antigo Testamento, a Criação é um processo eminentemente
sobrenatural, atribuído à ação divina, milagrosa e onipotente.
Entram os cientistas, especialmente os cosmólogos modernos, atribuindo
ao Universo propriedades quantitativas e explicáveis por meio de leis
naturais. O modelo cosmológico conhecido como Big Bang, que localiza a
Criação do Universo no tempo (mas não no espaço -o Big Bang não foi uma
explosão a partir de um ponto central) imediatamente inspira analogias
com o relato do Gênese. Afinal, ambos falam de um início de tudo, antes
do que o tempo não existia. Esse tipo de comparação só gera confusão e
animosidade entre cientistas e pessoas de fé. Eis por quê: primeiro, a
Bíblia não tem o intuito de descrever quantitativamente a estrutura do
cosmo. Voltando a Santo Agostinho, a interpretação da Bíblia deve ser
alegórica e não literal. Usar a narrativa do Gênese como texto
científico corrompe a função do texto, que é a de estabelecer a natureza
onipotente de Deus. Note, também, que existem dois relatos de Criação no
Gênese. Qual é o "correto"?
Por outro lado, os cosmólogos que dizem entender a origem do Universo
não estão sendo honestos. Antes de mais nada, a teoria que descreve a
expansão do Universo usada em cosmologia, a teoria da relatividade geral
de Einstein, tem, como qualquer teoria física, limite de validade. Ela
deixa de ser válida quando a matéria atinge densidades inimaginavelmente
altas, possíveis bem perto do tempo "t=0". Se o Universo está em
expansão, e as galáxias estão se afastando cada vez mais, ao voltarmos
no tempo elas estarão cada vez mais próximas. Perto do "t=0", a matéria
estaria espremida em volumes tão pequenos que sua densidade e
temperatura seriam enormes. A relatividade geral deixa de funcionar e
temos de usar outra teoria. Mas qual? Existem versões diferentes, mas
todas misturam idéias da mecânica quântica, que estuda a física atômica
e subatômica -no Universo primordial, a física do muito pequeno passa a
ser fundamental. Uma das versões chama-se supercordas, outra, cosmologia
quântica. Ambas ainda incompletas, se bem que muito sugestivas.
Vamos supor que, um dia, tenhamos uma teoria física da origem do
Universo. Será que ela explicará o mistério da Criação? Eu acredito que
não: essa será uma resposta científica da questão, e, portanto, calcada
em leis naturais e conceitos. Podemos sempre perguntar de onde vêm essas
leis e esses conceitos. Acredito que a melhor atitude com relação ao
mistério da Criação é a de complementaridade: a ciência oferece um
relato, a religião, outros (vários). É importante aceitar que ambos têm
limitações, o que não tira em nada sua beleza e importância.
Marcelo Gleiser é professor de física teórica do Dartmouth College, em
Hanover (EUA), e autor do livro "A Dança do Universo".


SUBJECT: Cultura pode acelerar desenvolvimento humano?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/02/2001 14:13


............
Mesmo assim, é possível que terminemos por superar os problemas de
saúde
e poluição que nós mesmos criamos. Será que isso levaria ao fim da
evolução humana? Christopher Wills, da Universidade da Califórnia em
San
Diego, acha que não. Ele acredita que, na medida em que forem
desaparecendo os golpes mortais das pressões seletivas passadas,
começaremos a ser moldados por forças sutis, mas igualmente
persuasivas.
"É um processo menos óbvio. Mas não é preciso empilhar corpos na rua
para ter evolução." Wills acredita que a cultura, em lugar de ter
desacelerado nossa evolução, nos levou a evoluir em velocidade nunca
antes vista. .......


Artigo completo em :
http://groups.yahoo.com/group/Genismo/message/176


SUBJECT: Re: Jocax prova o indeterminismo universal ?
FROM: jocax@usp.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 18/02/2001 14:19

Anotem a data eh um e-mail historico. ( o 3. q mando aa lista )
(Desculpem a inacreditavel megalomania mas eu tambem quero
me divertir um pouco, po! :-) )


Aqui vou tentar *esbocar* uma nova ideia que eu tive de que o universo
eh intrinsecamente nao determinista, isto eh, nunca poderemos
estabalecer
com precisao absoluta o seu estado futuro.

Nao apenas do universo como um todo, mas tambem de subsistemas
fisicos internos a ele.

Muitos podem argumentar que a mecanica quantica (MQ) ja desempenha
este papel em nossa fisica atual.
Sim, mas o que eu quero dizer eh que embora isto seja real hoje
poderia nao se-lo no futuro, ou seja, a MQ poderia ( e pode )
ser substituida por uma outra teoria.

Poderia, em principio, ser criada uma nova teoria que fosse
determinista e explicasse todos os fenomenos hoje abordados
pela MQ.

O que eu quero tentar delinear aqui eh que esta teoria nao podera
surgir mesmo que a MQ seja substituida por outra o indeterminismo
do universo devera permanecer.


Vamos, inicialmente, supor um Universo Laplaciano determinista
ou seja, um universo em que seu estado futuro possa ser
univocamente determinado atraves das supostas leis fisicas
que o regem e do estado inicial dos elementos que o compoe,
isto eh , suas particulas constituintes.

O ponto basico da ideia eh que podemos considerar este Universo
Laplaciano como um sistema logico de premissas consistentes.

Independentemente deste universo ser real ou nao, ele poderia
ser formalizado como um conjunto finito de sentencas que o
definiria. As sentencas deste universo formal poderiam ser as
Leis fisicas que o regem e o estado inicial de cada elemento
que o compoe formando um conjunto logico completo.
As premissas deste sistema logico seriam entao as leis fisicas
e o estado inicial de seus componentes.

Se as leis fisicas deste universo forem consistentes e corretas,
(uma inconsistencia poderia ser, por exemplo, uma lei:
"nenhuma particula pode ocupar a mesma posicao ao mesmo tempo"
e na descricao de seu estado inicial, declararmos 2 particulas
na mesma posicao fisica) teremos um sistema logico que descreve
o universo.

Este sistema logico trata de relacoes de causas e efeitos e
descreve, basicamente, o comportamento de suas entidades com
o tempo. Isto eh, ele se preocupa em estabelecer o estado futuro
do sistema com relacao ao seu estado passado.

Ora, poderemos entao aplicar o teorema de Godel neste sistema
logico e, o que entao teremos?

O teorema de Godel diz, basicamete, se nao estou enganado,
que : Em um sistema logico, com um numero finito de premissas e
consistente entao acontecera que *sempre* existirao proposicoes,
dentro deste sistema, que nao poderao ser provadas nem
verdadeiras e nem falsas. Ou seja que existirao problemas,
bem definidos neste sistema, que serao insoluveis.

Como nosso universo Laplaciano se encaixa neste contexto de
aplicabilidade do teorema, entao quais seriam os tipos
de proposicoes a que nao poderiam ser provados?
Seriam justamente as proposicoes sobre a evolucao futura
de subsistemas cpntidos neste universo.
O teorema garantiria que sempre existiriam proposicoes,
e as proposicoes em nosso caso se refere a previsoes
futuras, que nunca poderiam ser provadas. Isto quer dizer
que sempre existiriam situacoes que seria impossivel
predizer seus estados futuro.


Este tipo de abordagem foi utilizado por Newton da Costa para
provar que existem problemas insoluveis em alguns
sistemas logicos. Ver em :
http://groups.yahoo.com/group/Genismo/message/164

[]s
jocax



SUBJECT: Ratos e Corruptos
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/02/2001 17:40

He he!
[]'
Léo
===========
Ciência recomenda distância
entre ratos e corruptos



A comunidade científica, reunida em torno dos projetos Genoma e Celera, anuncia: O mapeamento genético permitirá no futuro diagnosticar câncer e outras doenças, antes mesmo que os sintomas apareçam. Mas a pesquisa apresenta também decepções. Nós humanos temos bem menos genes do que se supunha. Será que na pré-história, quando éramos governados por outros bichos, já nos roubavam? Estimava-se em 100 mil genes e contabilizaram apenas 40 mil. Um rombo enorme! Pior de tudo: os ratos têm apenas 300 genes a menos.

Humanos e animais são influenciados fortemente pelo meio ambiente e não apenas pela herança genética. Portanto, se pesquisadores aproximarem ratos de políticos corruptos, eles podem ser infectados. E atenção universitários: Quem pode ser contaminado, os ratos ou os corruptos? Calouros, sejam educados. Eles merecem respeito. Respondam na seção Livre Debate do link abaixo.

LINK F@TO © 2001/02 ArtLink




SUBJECT: En: INVIERTA EL PROCESO DE ENVEJECIMIENTO DE 10 A 20 AÑOS 16882
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/02/2001 17:54

Finalmente alguém encontrou um método de rejuvenescimento em meio a tantas pesquisas sobre genes, DNAs, RNAs, alelos e homozigotos. Recebi hoje ... um achado!
[]'
Léo
===================
-----Mensagem Original-----
De: <chungkai@city.nagoya.jp>
Para: <Zone3>
Enviada em: quinta-feira, 15 de fevereiro de 2001 23:00
Assunto: INVIERTA EL PROCESO DE ENVEJECIMIENTO DE 10 A 20 AÑOS 16882


|
| HA Escuchado Usted De La Hormona De Crecimiento (GH)?
|
| La Hormona De Crecimiento (GH) es Producido por su propio cuerpo.
| Esta empieza a declinar entre los 20 y 30 anos de edad y continúa
| declinando continuamente, dando por resultado la mayoría de los
| síntomas relacionados con el envejecimiento.
|
| AHORA ESTO PUEDE INVERTIRSE. EN MILES DE ESTUDIOS, EL GH HA DEMOSTRADO LOGRAR LO SIGUIENTE:
|
| *Promuve la perdida de peso Y aumenta la musculatura sin necesidad de ejercicio.
|
| *Mejora la sexualidad.
|
| *Recupera el sueño, la visión y la memoria.
|
| *Restaura el color natural del cabello y crecimiento.
|
| *Incrementa la energía.
|
| *Eleva el estado de animo y reduce la depresion.
|
| *Recupera la piel y la aparencia.
|
| *Reduce la alta presion sanguinea y mejora el nivel de colesterol.
|
| *Dé vuelta detrás al reloj biológico del tiempo de su cuerpo 10-20 años en 6 meses de uso.
|
| Para recibir su INFORME de 10 PÁGINAS (Gratuito) y la descripción del producto enviado
| automáticamente a su inbox, teclea este vinculo y envíe el correo electrónico:
|
| mailto:apl0001@uole.com?subject=InformeGratuito
|
| O llame USA 1-(503)-669-3751
|



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Jocax prova o indeterminismo universal ?
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/02/2001 18:46

-----Mensagem Original-----
De: Jocax
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: Domingo, 18 de Fevereiro de 2001 14:19
Assunto: [ciencialist] Re: Jocax prova o indeterminismo universal ?

> (Desculpem a inacreditavel megalomania mas eu tambem quero
> me divertir um pouco, po! :-) )

Nossa humildade *começa* a entrar em cena à medida em que reconhecemos nossa
megalomania. :-))

> a MQ poderia ( e pode ) ser substituida por uma outra teoria.

Nããããooo!!!!! Custo a acreditar que isso tenha sido dito pelo Jocax, o
profeta do terceiro milênio. :-)) Parabéns!

> O que eu quero tentar delinear aqui eh que esta teoria nao podera
> surgir mesmo que a MQ seja substituida por outra o indeterminismo
> do universo devera permanecer.

Apenas um aparte. Concordo com sua idéia mas discordo da maneira como foi
colocada. A física moderna apoia-se em falhas gravíssimas que os físicos
assumiram no início do século XX. Tanto na exploração do
macrocosmo (relatividade) quanto do microcosmo os físicos aceitaram como
fato incontestável que a teoria de Maxwell seria um modelo "ideal" para
descrever o universo. Acontece que a teoria de Maxwell é uma eletrodinâmica
de FLUIDOS ELÉTRICOS, coisa que NÃO EXISTE a não ser como um modelo que
funciona para coisas muito bem determinadas (e, aliás, quase toda a
tecnologia do século XX desenvolveu-se em cima deste magnífico modelo).

Conseqüentemente, e como já tenho dito aqui com freqüência, a MQ não será
substituída por nada pois que é nada, pois que é o produto de um erro grave,
pois que é um atraso de vida. O que acontecerá é que retornaremos à física
do século XIX com as experiências do século XX e veremos uma realidade
totalmente diferente daquela sonhada pelos físicos do século XX.

Não haverá pois substituição alguma mas daremos um passo atrás para enfim
podermos prosseguir em nossa jornada rumo à reconstrução da física
newtoniana. Esse *retorno* poderá vir a ter algum sabor de restauração ao
determinismo da física clássica. Não obstante volto a dizer: Não haverá
substituição alguma. Nesse novo processo de desenvolvimento deveremos sim
perceber os erros lógicos cometidos no passado e que levaram ao determinismo
da física clássica. Mas isso é uma outra história e creio que muito pouco da
"física moderna" permanecerá, até mesmo no sentido de orientar-nos nessa
direção. Sob esse aspecto diria que até a lei de Murphy será mais útil do
que a MQ. :-))

> O teorema de Godel diz, basicamete, se nao estou enganado,
> que : Em um sistema logico, com um numero finito de premissas e
> consistente entao acontecera que *sempre* existirao proposicoes,
> dentro deste sistema, que nao poderao ser provadas nem
> verdadeiras e nem falsas. Ou seja que existirao problemas,
> bem definidos neste sistema, que serao insoluveis.

Gosto mais da visão de Popper pois ela é mais física e menos matemática. Por
outro lado, não sei dizer com certeza se o universo seria um "sistema
lógico". A meu ver, lógica seria a NOSSA pretensa maneira de tentar
visualizar o "sistema universo".

> Como nosso universo Laplaciano se encaixa neste contexto de
> aplicabilidade do teorema, entao quais seriam os tipos
> de proposicoes a que nao poderiam ser provados?

Diria então que o NOSSO universo Laplaciano se encaixa na NOSSA lógica, a
mesma que NOS leva a um teorema a considerar proposições formuladas por NÓS
e relativas a como esse universo se manifesta a NÓS.

> Este tipo de abordagem foi utilizado por Newton da Costa para
> provar que existem problemas insoluveis em alguns
> sistemas logicos.

Creio que os antigos davam a isso o nome de problemas metafísicos mas deixo
a discussão a critério dos filósofos da ciência. Mudam-se os rótulos e
conservam-se as idéias. Admiro sobremaneira Newton da Costa mas gosto mais
das contradições apontadas por Kant.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] CHEGA !!!!!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/02/2001 18:49


|
| Lembre-se que sou o messias, o salvador da humanidade, antes de tudo !
| :-))
|
| []s
| jocax
|

Já estão querendo me passar prá trás! Acho que vou ter de providenciar o 'de 2000 não passarás!'
[]'
deus
===============



SUBJECT: Re: [ciencialist] Jocax prova o indeterminismo universal ?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/02/2001 18:53


-----Mensagem Original-----
De: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
Para: "Ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: sexta-feira, 16 de fevereiro de 2001 19:19
Assunto: [ciencialist] Jocax prova o indeterminismo universal ?


| Atencao colegas de lista , outra conjectura jocaxiana a caminho ,
|
| O grande messias jocax brevemente postara um e-mail provando
| o indeterminismo universal.
|
| Foi outro insight genial e eu os brindarei em breve com esta nova ideia
| para discutirmos.
|
| []s
| jocax
|

Eu sou contra essa prova do indeterminismo universal.
[]'
Léo




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Jocax prova o indeterminismo universal ?
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 18/02/2001 21:51



jocax@usp.br wrote:

>
> O teorema de Godel diz, basicamete, se nao estou enganado,
> que : Em um sistema logico, com um numero finito de premissas e
> consistente entao acontecera que *sempre* existirao proposicoes,
> dentro deste sistema, que nao poderao ser provadas nem
> verdadeiras e nem falsas. Ou seja que existirao problemas,
> bem definidos neste sistema, que serao insoluveis.
>
> Como nosso universo Laplaciano se encaixa neste contexto de
> aplicabilidade do teorema, entao quais seriam os tipos
> de proposicoes a que nao poderiam ser provados?
> Seriam justamente as proposicoes sobre a evolucao futura
> de subsistemas cpntidos neste universo.
> O teorema garantiria que sempre existiriam proposicoes,
> e as proposicoes em nosso caso se refere a previsoes
> futuras, que nunca poderiam ser provadas. Isto quer dizer
> que sempre existiriam situacoes que seria impossivel
> predizer seus estados futuro.

Se o teorema de Godel é válido para o universo então isso significa
que há acontecimentos compativeis com as regras do universo que
nunca vão acontecer. Voce tem que perceber que as regras que nós
usariamos para prever o futuro são precisamente as mesmas regras
que o universo usa para existir. Não há leis para existir e leis
para prever.

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com




SUBJECT: Re: [ciencialist] Foto Kirlian
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 19/02/2001 10:02


-----Mensagem Original-----
De: "Raul Sturari Jr." <raulsturari@ig.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: terça-feira, 14 de novembro de 2000 08:01
Assunto: [ciencialist] Foto Kirlian


Caros colegas,

Gostaria que alguém me explicasse o que é essa tal foto Kirlian (supostamente a foto da "aura") do ponto de vista físico. Como eles conseguem esse efeito? Sou um estudante de medicina e um amigo me mostrou experimentos feitos usando essa tal foto Kirlian com remédios homeopáticos onde havia diferenças antes e após o uso do remédio. Como eu sei que aura e remédio homeopático que funcione não existem, como isto foi possível?

Obrigado,
Raul

Respondendo pela parte física da coisa (deixo os 'remédios' homeopáticos para os medi(uns)cos:))
A máquina Kirlian nada mais é que um gerador de alta tensão, alta freqüência (e seus ricos harmônicos) e baixa intensidade de corrente.
Em suma, são versões da bobina de Tesla que podem ser apreciadas no Imperdível (www.feiradeciencias.com.br) onde temos pelo menos 14 desses geradores de altas tensões na Sala 03 - Aparelhos Indispensáveis.
As d.d.p(s). geradas atingem milhares de volts (um modesto flyback de TV pode gerar 35 000 volts quando excitado por um simples oscilador Hartley) e criam campos eletromagnéticos fortíssimos. Tais campos ionizam o ar (ou meio interposto), podendo mesmo produzir regiões de plasmas não confinados. Essas ionizações, que não são visíveis a olho nu, podem ser evidenciadas por outros meios (fotos infra e ultra violetas) denotando as várias nuances das ionizações. Isso que não se vê, os místicos chamam de "aura".
Quando o corpo humano fica submetido totalmente ou parcialmente (mãos, por exemplo) a tais campos, ocorre principalmente o efeito pelicular (skin) e as ionizações ficam sujeitas a todas as sortes de parâmetros impostos pelo local (pontas, temperaturas, irregularidades, condutâncias, capacitâncias, induções etc.).
As fotos colhidas podem dar margens a dezenas de interpretações eletrônicas, técnicas, médicas, fotográficas, emocionais, místicas (para os quais, são fotos da tal "aura"), artísticas etc., função de quem as examina. Isso segue de perto as interpretações que as pessoas (não ligadas á ciência) podem dar ás nuvens, aos chuviscos na tela de TV, aos búzios, ás mágicas etc.Foolishness.
Eu, por exemplo, ainda não havia lido sobre interpretações dadas sob o ponto de vista de 'remédios' homeopáticos. Mas, muitas interpretações que envolvem até um tal de ectoplasma sobre o qual brinco bastante em outros news. Ninguém me tira da cabeça que o tal ectoplasma será a nova fonte de energia no futuro ... já imaginaram um liquidificador tocado a ectoplasma? :-)

Fico por aqui ... deixo as homeopatias aos entendidos.

[]'
Léo





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Jocax prova o indeterminismo universal ?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com, Genismo <Genismo@yahoogroups.com>
DATE: 19/02/2001 10:25

João Mário Miranda wrote:

>
>
> jocax@usp.br wrote:
>
> >
> > O teorema de Godel diz, basicamete, se nao estou enganado,
> > que : Em um sistema logico, com um numero finito de premissas e
> > consistente entao acontecera que *sempre* existirao proposicoes,
> > dentro deste sistema, que nao poderao ser provadas nem
> > verdadeiras e nem falsas. Ou seja que existirao problemas,
> > bem definidos neste sistema, que serao insoluveis.
> >
> > Como nosso universo Laplaciano se encaixa neste contexto de
> > aplicabilidade do teorema, entao quais seriam os tipos
> > de proposicoes a que nao poderiam ser provados?
> > Seriam justamente as proposicoes sobre a evolucao futura
> > de subsistemas cpntidos neste universo.
> > O teorema garantiria que sempre existiriam proposicoes,
> > e as proposicoes em nosso caso se refere a previsoes
> > futuras, que nunca poderiam ser provadas. Isto quer dizer
> > que sempre existiriam situacoes que seria impossivel
> > predizer seus estados futuro.
>
> Se o teorema de Godel é válido para o universo então isso significa
> que há acontecimentos compativeis com as regras do universo que
> nunca vão acontecer.

Nao creio.
O Teorema da incompletude de Godel (TG) diz que nunca podemos provar
ou ter certeza de certas proposicoes do sistema logico.

Como o sistema logico trata inteiramente da evolucao
no tempo de suas entidades constituintes, eh de se supor entao que
a implicacao do TG seria a impossibilidade de sabermos como
evoluiria no tempo alguns subsistemas constituintes.


> Voce tem que perceber que as regras que nós
> usariamos para prever o futuro são precisamente as mesmas regras
> que o universo usa para existir. Não há leis para existir e leis
> para prever.
>

Interessante esta sua ideia !

Vamos nos aprofundar um pouco mais sobre o TG.
O TG eh conhecido como Teorema da incompletude, pois ele estabelece
que nos sistemas logicos formais sempre existurao sentencas nao
decidiveis.

Mas poderemos aumentar o sistema logico de modo a abarcar sentencas
que antes nao eran decidiveis de modo a torna-las decidiveis.
Assim criamos um novo sistema que pode decidir sobre algumas daquelas
anteriormente nao decidiveis e que agora sai decidiveis ( isto eh ,
poderemos
saber se sao verdadeiras ou nao ).

O TG chamado de Teorema da incompletude porque diz q neste *novo*
sistema *tambem* existirao sentencas nao decidiveis e, por mais que
ampliemos
o sistema, ele *sempre* sera incompleto de modo que sempre existirao
sentencas nao decidiveis.

No caso do universo poderiamos dizer entao que por mais que tentemos
descobrir quais leis o regem sempre existirao leis nao descobertas
que serao necessarias para a previsao de alguns sistemas.

Podemos concluir entao que o universo *nunca* sera formalizavel
ou seja, q nunca existirao leis que o definam completa e precisamente.
E ESTA CONCLUSAO DEVERIA SER MANCHETE DE JORNAL :-)

Eh licito arguir que poderemos ter uma lei que como a
MQ ( mec quantica ), por ser intrinsecamente nao determinista ,
possa servir como uma especie de "resumo geral aproximado" das leis
que nunca conheceremos.

[]s
jocax
PS: estas ideias darao, futuramente, caminhos para muitas ideias
fisico-filosoficas sobre a teoria das ciencias.




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Jocax prova o indeterminismo universal ?
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 19/02/2001 10:42



Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
>
> João Mário Miranda wrote:
>
> >
> >
> > jocax@usp.br wrote:
> >
> > >
> > > O teorema de Godel diz, basicamete, se nao estou enganado,
> > > que : Em um sistema logico, com um numero finito de premissas e
> > > consistente entao acontecera que *sempre* existirao proposicoes,
> > > dentro deste sistema, que nao poderao ser provadas nem
> > > verdadeiras e nem falsas. Ou seja que existirao problemas,
> > > bem definidos neste sistema, que serao insoluveis.
> > >
> > > Como nosso universo Laplaciano se encaixa neste contexto de
> > > aplicabilidade do teorema, entao quais seriam os tipos
> > > de proposicoes a que nao poderiam ser provados?
> > > Seriam justamente as proposicoes sobre a evolucao futura
> > > de subsistemas cpntidos neste universo.
> > > O teorema garantiria que sempre existiriam proposicoes,
> > > e as proposicoes em nosso caso se refere a previsoes
> > > futuras, que nunca poderiam ser provadas. Isto quer dizer
> > > que sempre existiriam situacoes que seria impossivel
> > > predizer seus estados futuro.
> >
> > Se o teorema de Godel é válido para o universo então isso significa
> > que há acontecimentos compativeis com as regras do universo que
> > nunca vão acontecer.
>
> Nao creio.
> O Teorema da incompletude de Godel (TG) diz que nunca podemos provar
> ou ter certeza de certas proposicoes do sistema logico.
>
> Como o sistema logico trata inteiramente da evolucao
> no tempo de suas entidades constituintes, eh de se supor entao que
> a implicacao do TG seria a impossibilidade de sabermos como
> evoluiria no tempo alguns subsistemas constituintes.

O sistema lógico de Godel também trata da evolução no tempo
de teoremas.

estado inicial do universo <=> axioma
estado possivel do universo <=> teorema

Teorema de Godel: há teoremas (==proposição verdadeira) que não podem
ser descobertos no interior do sistema lógico.

Teorema de Godel do Universo: há estados do universo que são
possiveis mas que não acontecem, mesmo que fosse possível mudar
as condições iniciais do universo.

O modelo do universo que usamos para o prever e o universo são
a mesma coisa.

>
> > Voce tem que perceber que as regras que nós
> > usariamos para prever o futuro são precisamente as mesmas regras
> > que o universo usa para existir. Não há leis para existir e leis
> > para prever.
> >
>
> Interessante esta sua ideia !
>
> Vamos nos aprofundar um pouco mais sobre o TG.
> O TG eh conhecido como Teorema da incompletude, pois ele estabelece
> que nos sistemas logicos formais sempre existurao sentencas nao
> decidiveis.

Sentenças verdadeiras não decidiveis.

>
> Mas poderemos aumentar o sistema logico de modo a abarcar sentencas
> que antes nao eran decidiveis de modo a torna-las decidiveis.
> Assim criamos um novo sistema que pode decidir sobre algumas daquelas
> anteriormente nao decidiveis e que agora sai decidiveis ( isto eh ,
> poderemos
> saber se sao verdadeiras ou nao ).

Mas isso só é possiveis se você souber qual é a sentença verdadeira
que falta ao sistema.



> No caso do universo poderiamos dizer entao que por mais que tentemos
> descobrir quais leis o regem sempre existirao leis nao descobertas
> que serao necessarias para a previsao de alguns sistemas.

Leis da física <=> regras do sistema lógico.

Godel parte do principio que as regras do sistema lógico são sempre
as mesmas. No entanto as regras do sistema também poderão ser teoremas.
Talvez seja possível provar que é impossivel provar algumas das regras
de um sistema lógico da mesma forma que Godel o fez para os teoremas.
Se calhar alguém já o fez.

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Jocax prova o indeterminismo universal ?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com, excalibur2 <excalibur2@yahoogroups.com>
DATE: 19/02/2001 10:44

Alberto Mesquita Filho wrote:

>
> > O teorema de Godel diz, basicamete, se nao estou enganado,
> > que : Em um sistema logico, com um numero finito de premissas e
> > consistente entao acontecera que *sempre* existirao proposicoes,
> > dentro deste sistema, que nao poderao ser provadas nem
> > verdadeiras e nem falsas. Ou seja que existirao problemas,
> > bem definidos neste sistema, que serao insoluveis.
>
> Gosto mais da visão de Popper pois ela é mais física e menos
> matemática. Por
> outro lado, não sei dizer com certeza se o universo seria um "sistema
> lógico". A meu ver, lógica seria a NOSSA pretensa maneira de tentar
> visualizar o "sistema universo".
>

Pela conclusao que cheguei parece q esta sua visao eh verdadeira.
Quero dizer que se tratarmos o universo como ele sendo um sistema
logico determinista chegaremos na conclusao que existirao problemas
de previsoes que nao poderao ser solucionados.

O Joao Miranda observou que nao soh de privisoes mas tambem de
existencia
isto eh, a propria existencia de determinados estados seriam impossiveis

do proprio universo resolver ( caso ele fosse logico ) e ao que parece
entao
ele nao eh um sistema logico deterministico.

Poderiamos contra-argumentar q estados nao decidiveis nao poderiam
ocorrer no universo!... bom, mas aih vai longa discussao..........

Mas estas sao especulacoes que precisarao ser melhor estudadas.

[]s
jocax



SUBJECT: observando a Esta��o Espacial Internacional
FROM: andrebaptista@uol.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 19/02/2001 12:03

Ol� pessoal.

Uma dica para quem gosta de astronomia ou trabalha com ensino de ci�ncias � observar a passagem da Esta��o Espacial Internacional (em ingl�s ISS). � emocionante observar aquele pontinho de luz atravessando o c�u na hora e posi��o exatas, e mais emocionante ainda saber que o Brasil participa deste projeto. �, o Brasil participa mesmo, n�o � propaganda do governo! Veja na p�gina da Nasa:

International Partners and Participants
http://spaceflight.nasa.gov/station/reference/partners/index.html

Para saber locais, datas e horas em que a ISS pode ser vista, a Nasa tem um p�gina com um aplicativo:

http://spaceflight.nasa.gov/realdata/sightings/SSapplications/Post/JavaSSOP/JavaSSOP.html

Para usar esse aplicativo, � necess�rio conhecer a posi��o exata (latitude, longitude e altitude) do observador. Esses dados podem ser conseguidos no site do IBGE, para cada cidade do Brasil:

http://www.ibge.gov.br/cidadesat/index2.htm

O aplicativo da Nasa fornece a hora, o azimute e a eleva��o da passagem. � interessante calibrar seu rel�gio com a hora oficial (minutos e segundos). Existem v�rios sites que fornecem a hora de Greenwich. Um por exemplo �:

http://greenwichmeantime.com/


Observei a passagem da ISS em Novembro. Calibrei meu rel�gio e na hora exata estava no terra�o com minha esposa, olhando o c�u estrelado. Como n�o me orientei de maneira muito precisa com rela��o a posi��o, demorei alguns segundos aflitivos para achar a esta��o, mas finalmente ela estava l�, um p�lido pontinho de luz atravessando o c�u, e desapareceu no instante exato. De l� para c� estava prevista a abertura de pain�is solares que iriam aumentar a visibilidade da esta��o. Quando estiver totalmente pronta, ser� o segundo objeto mais luminoso no c�u noturno (sic).


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Jocax prova o indeterminismo universal ?
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 19/02/2001 13:35



Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:

> > O sistema lógico de Godel também trata da evolução no tempo
> > de teoremas.
> >
>
> Como assim ? Um tratado da evolucao no tempo de teoremas ?
> Nao entendi o sentido desta assercao.

A dedução de um teorema pode ser visto como a evolução no tempo
do estado de um sistema. Começa no axioma A (t=0) e passa
para o teorema T1(t=1) etc...

>
> >
> > estado inicial do universo <=> axioma
> > estado possivel do universo <=> teorema
> >
> > Teorema de Godel: há teoremas (==proposição verdadeira) que não podem
> > ser descobertos no interior do sistema lógico.
> >
>
> Nao q eu saiba.
> Estes teoremas *nao* sao decidiveis no contexto do sistema e nao se pode
>
> dizer que sao verdadeiros e nem que sao falsos.

Teorema== proposição verdadeira
Godel provou um teorema verdadeiro de fora do sistema que não
pode ser provado de dentro do sistema.

> Dependendo dos novos aximas q se junte ao antigo sistema , ampliando-o,
> para decidir sobre o teorema, estes podem se tornar verdadeiros ou
> falsos.

Teoremas são sempre verdadeiros.

> >
> > Teorema de Godel do Universo: há estados do universo que são
> > possiveis mas que não acontecem, mesmo que fosse possível mudar
> > as condições iniciais do universo.
> >
>
> Onde vc arranjou este "Teorema de Godel do Universo" ?
> Este exemplo *nao* se encaixa nas nossas consideracoes.
> Se os estados nao sao possiveis mesmo alterando as condicoes iniciais
> entao vc *provou* que o teorema eh falso.

Mas não fui eu, foi você que sugeriu que existia um teorema de
Godel para o universo. Eu apenas explicitei a analogia. Há uma
diferença entre estados possiveis e estados que ocorrem. Um
estado possivel é qualquer combinação possivel da posição e da
velocidade das particulas. Um estado possível é análogo a um
teorema, um estado que não ocorre é análogo a um teorema que
não pode ser deduzido seguindo as regras do sistema lógico.

> >
> > Sentenças verdadeiras não decidiveis.
>
> Discordo, sao sentencas bem definidas mas nao se sabe se sao verdadeiras
>
> ou nao. Se forem verdadeiras elas seriam decidiveis como verdadeiras.

Uma coisa é uma proposição ser decidivel no interior do sistema,
outra é ela ser decidivel de fora. No caso do universo, podem existir
acontecimentos que só ocorrem por intervenção de forças exteriores
ao universo.

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Jocax prova o indeterminismo universal ?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 19/02/2001 13:37

João Mário Miranda wrote:

>
>
> Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> >
> > João Mário Miranda wrote:
> >
> > >
> > >
> > > jocax@usp.br wrote:
> > >
> > > >
> > > > O teorema de Godel diz, basicamete, se nao estou enganado,
> > > > que : Em um sistema logico, com um numero finito de premissas e
> > > > consistente entao acontecera que *sempre* existirao
> proposicoes,
> > > > dentro deste sistema, que nao poderao ser provadas nem
> > > > verdadeiras e nem falsas. Ou seja que existirao problemas,
> > > > bem definidos neste sistema, que serao insoluveis.
> > > >
> > > > Como nosso universo Laplaciano se encaixa neste contexto de
> > > > aplicabilidade do teorema, entao quais seriam os tipos
> > > > de proposicoes a que nao poderiam ser provados?
> > > > Seriam justamente as proposicoes sobre a evolucao futura
> > > > de subsistemas cpntidos neste universo.
> > > > O teorema garantiria que sempre existiriam proposicoes,
> > > > e as proposicoes em nosso caso se refere a previsoes
> > > > futuras, que nunca poderiam ser provadas. Isto quer dizer
> > > > que sempre existiriam situacoes que seria impossivel
> > > > predizer seus estados futuro.
> > >
> > > Se o teorema de Godel é válido para o universo então isso
> significa
> > > que há acontecimentos compativeis com as regras do universo que
> > > nunca vão acontecer.
> >
> > Nao creio.
> > O Teorema da incompletude de Godel (TG) diz que nunca podemos provar
>
> > ou ter certeza de certas proposicoes do sistema logico.
> >
> > Como o sistema logico trata inteiramente da evolucao
> > no tempo de suas entidades constituintes, eh de se supor entao que
> > a implicacao do TG seria a impossibilidade de sabermos como
> > evoluiria no tempo alguns subsistemas constituintes.
>
> O sistema lógico de Godel também trata da evolução no tempo
> de teoremas.
>

Como assim ? Um tratado da evolucao no tempo de teoremas ?
Nao entendi o sentido desta assercao.


>
> estado inicial do universo <=> axioma
> estado possivel do universo <=> teorema
>
> Teorema de Godel: há teoremas (==proposição verdadeira) que não podem
> ser descobertos no interior do sistema lógico.
>

Nao q eu saiba.
Estes teoremas *nao* sao decidiveis no contexto do sistema e nao se pode

dizer que sao verdadeiros e nem que sao falsos.

Dependendo dos novos aximas q se junte ao antigo sistema , ampliando-o,
para decidir sobre o teorema, estes podem se tornar verdadeiros ou
falsos.


>
> Teorema de Godel do Universo: há estados do universo que são
> possiveis mas que não acontecem, mesmo que fosse possível mudar
> as condições iniciais do universo.
>

Onde vc arranjou este "Teorema de Godel do Universo" ?
Este exemplo *nao* se encaixa nas nossas consideracoes.
Se os estados nao sao possiveis mesmo alterando as condicoes iniciais
entao vc *provou* que o teorema eh falso.


>
> O modelo do universo que usamos para o prever e o universo são
> a mesma coisa.
>
>

Era exatamente isso que eu estava a conjecturar quando propus o modelo
do universo como um sistema logico.

Mas percebi que isto pode nao ser possivel e nunca teremos um modelo
definitivo para ele. Uma vez q ele eh axiomatizado deterministicamente,

por exemplo, deixa-se de se poder prever algumas situacoes.

Mas se o modelo eh o universo estas situacoes nao poderao ocorrer?
Se elas nao podem ocorrer entao esta provado q sao falsas.
e se elas vierem a ocorrer esta provado q sao verdadeiras.

A menos q as leis axiomaticas embutam dentro de si a indeterminacao
como o faz a mecanica quantica.....


> >
> > > Voce tem que perceber que as regras que nós
> > > usariamos para prever o futuro são precisamente as mesmas regras
> > > que o universo usa para existir. Não há leis para existir e leis
> > > para prever.
> > >
> >
> > Interessante esta sua ideia !
> >
> > Vamos nos aprofundar um pouco mais sobre o TG.
> > O TG eh conhecido como Teorema da incompletude, pois ele estabelece
> > que nos sistemas logicos formais sempre existurao sentencas nao
> > decidiveis.
>
> Sentenças verdadeiras não decidiveis.

Discordo, sao sentencas bem definidas mas nao se sabe se sao verdadeiras

ou nao. Se forem verdadeiras elas seriam decidiveis como verdadeiras.


>
>
> >
> > Mas poderemos aumentar o sistema logico de modo a abarcar sentencas
> > que antes nao eran decidiveis de modo a torna-las decidiveis.
> > Assim criamos um novo sistema que pode decidir sobre algumas
> daquelas
> > anteriormente nao decidiveis e que agora sai decidiveis ( isto eh ,
> > poderemos
> > saber se sao verdadeiras ou nao ).
>
> Mas isso só é possiveis se você souber qual é a sentença verdadeira
> que falta ao sistema.
>

Nao, em principio nao poderemos decidir.
Teremos q incluir novos axiomas para isso e , dependendo deles,
a sentenca pode tornar-se verdadeira ou falsa.


>
>
>
> > No caso do universo poderiamos dizer entao que por mais que tentemos
>
> > descobrir quais leis o regem sempre existirao leis nao descobertas
> > que serao necessarias para a previsao de alguns sistemas.
>
> Leis da física <=> regras do sistema lógico.
>
> Godel parte do principio que as regras do sistema lógico são sempre
> as mesmas. No entanto as regras do sistema também poderão ser
> teoremas.

Sim, um teorema sempre pode ser inorporado ao sistema pois eh provado
verdadeiro ja que eh uma consequencia dos axiomas.

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [EXCALIBUR] Re: [ciencialist] Re: Jocax prova o indeterminismo universal ?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO:
DATE: 19/02/2001 13:52

spokmail@mailbr.com.br wrote:

> Em Mon, 19 Feb 2001 10:44:15 -0300 Joao Carlos Holland de Barcellos
> Escreveu:
>
> Vocês estão falando de matéria, energia e de seus estados no tempo não
> estão, pois não poderiam estes mencionados "estados indecidiveis"
> constituirem na verdade simplesmente mais um estado, ou uma classe
> deles?
>

Acho q vc nao entendeu .
Estou me referindo a "estado" um conjunto de valores que definem
completamente
o sistema. E nao um estado da materia( solido/liquido/etc...).

O conjunto de valores que definem o estado , ou seja , sua configuracao,
vai depender da fisica atual. Assim, classicamente, poderiamos definir
o estado do universo como : Existe uma particula P1 de massa M1 na posicao
X1 com velocidade V1 , e carga G1, no tempo T0 , existe outra particula P2
de massa M2 na posicao X2 com velocidade V2 no instante T0 etc...

A reuniao de todas as informacoes destas particulas neste instante
consistiria no *estado* do sistema neste instante. Entendeu?

O q eu estava dizendo eh que este estado inicial em conjunto com as leis
fisicas
poderiam ser considerados um conjunto logico e, sendo assim , poderiamos
aplicar
o teorema de Godel sobre ele.

[]s
jocax



SUBJECT: Biologia & Carreira ?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: Ciencialist <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 19/02/2001 14:03

Takata ou alguem que possa responder :

Conheco uma pessoa que esta pensando em prestar vestibular para
Biologia.
Vc poderia , se possivel, responder algumas questoes :

1-A profissao de biologo eh , no seu ponto de vista, gratificante?

2-Quais as perspectivas de se trabalhar na area de pesquisa com biologia
?

3-A remuneracao de um pesquisador de biologicas eh semelhande aa de que
outra area? Eh bem remunerado ( em sua opiniao ) ?

4-Normalmente qual o destino de um formando em biologia? ( professor
na rede de ensino ? ) E os formandos pela Usp?

5-Quais as caracteristicas que deve ter um biologo para nao se frustrar
depois?

Obrigado
jocax





SUBJECT: The HUMAN GENOME
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: Ciencialist <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 19/02/2001 14:07

The HUMAN GENOME
=================================================================
National Center for Biotechnology Information (NCBI) has developed a
system for rapidly regenerating the genomic sequence and gene annotation
as sequences of the underlying clones are revised
(http://www.ncbi.nlm.nih.gov/genome/guide).

---------------------
analysis
---------------------
Guide to the draft human genome
TYRA G. WOLFSBERG, JOHANNA MCENTYRE & GREGORY D. SCHULER
http://www.nature.com/nlink/v409/n6822/abs/409824a0_fs.html

Mining the draft human genome
EWAN BIRNEY, ALEX BATEMAN, MICHELE E. CLAMP & TIM J. HUBBARD
http://www.nature.com/nlink/v409/n6822/abs/409827a0_fs.html

Keeping time with the human genome
JONATHAN D. CLAYTON, CHARALAMBOS P. KYRIACOU & STEVEN M. REPPERT
http://www.nature.com/nlink/v409/n6822/abs/409829a0_fs.html

Expressing the human genome
ROSSELLA TUPLER, GIOVANNI PERINI & MICHAEL R. GREEN
http://www.nature.com/nlink/v409/n6822/abs/409832a0_fs.html

Learning about addiction from the genome
ERIC J. NESTLER AND DAVID LANDSMAN
http://www.nature.com/nlink/v409/n6822/abs/409834a0_fs.html

A genomic view of immunology
AUDE M. FAHRER, J. FERNANDO BAZAN, PETER PAPATHANASIOU,
KEATS A. NELMS & CHRISTOPHER C. GOODNOW
http://www.nature.com/nlink/v409/n6822/abs/409836a0_fs.html

A genomic perspective on membrane compartment organization
JASON B. BOCK, HUGO T. MATERN, ANDREW A. PEDEN & RICHARD H. SCHELLER
http://www.nature.com/nlink/v409/n6822/abs/409839a0_fs.html

Genomics, the cytoskeleton and motility
THOMAS D. POLLARD
http://www.nature.com/nlink/v409/n6822/abs/409842a0_fs.html

Can sequencing shed light on cell cycling?
ANDREW W. MURRAY AND DEBORA MARKS
http://www.nature.com/nlink/v409/n6822/abs/409844a0_fs.html

Evolutionary analyses of the human genome
WEN-HSIUNG LI, ZHENGLONG GU, HAIDONG WANG & ANTON NEKRUTENKO
http://www.nature.com/nlink/v409/n6822/abs/409847a0_fs.html

Cancer and genomics
P. ANDREW FUTREAL, AREK KASPRZYK, EWAN BIRNEY, JAMES C. MULLIKIN,
RICHARD WOOSTER & MICHAEL R. STRATTON
http://www.nature.com/nlink/v409/n6822/abs/409850a0_fs.html

Human disease genes
GERARDO JIMENEZ-SANCHEZ, BARTON CHILDS & DAVID VALLE
http://www.nature.com/nlink/v409/n6822/abs/409853a0_fs.html

Computational comparison of two draft sequences of the human genome
JOHN AACH, MARTHA L. BULYK, GEORGE M. CHURCH, JASON COMANDER,
ADNAN DERTI & JAY SHENDURE
http://www.nature.com/nlink/v409/n6822/abs/409856a0_fs.html

---------------------
articles
---------------------
Initial sequencing and analysis of the human genome
INTERNATIONAL HUMAN GENOME SEQUENCING CONSORTIUM
http://www.nature.com/nlink/v409/n6822/abs/409860a0_fs.html

Experimental annotation of the human genome using microarray technology
D. D. SHOEMAKER, E. E. SCHADT, C. D. ARMOUR, Y. D. HE,
P. GARRETT-ENGELE, P. D. MCDONAGH, P. M. LOERCH, A. LEONARDSON,
P. Y. LUM, G. CAVET, L. F. WU, S. J. ALTSCHULER, S. EDWARDS, J. KING,
J. S. TSANG, G. SCHIMMACK, J. M. SCHELTER, J. KOCH, M. ZIMAN,
M. J. MARTON, B. LI, P. CUNDIFF, T. WARD, J. CASTLE, M. KROLEWSKI,
M. R. MEYER, M. MAO, J. BURCHARD, M. J. KIDD, H. DAI, J. W. PHILLIPS,
P. S. LINSLEY, R. STOUGHTON, S. SCHERER & M. S. BOGUSKI
http://www.nature.com/nlink/v409/n6822/abs/409922a0_fs.html

A map of human genome sequence variation containing 1.42 million
single nucleotide polymorphisms
THE INTERNATIONAL SNP MAP WORKING GROUP
http://www.nature.com/nlink/v409/n6822/abs/4099280_fs.html

A physical map of the human genome
THE INTERNATIONAL HUMAN GENOME MAPPING CONSORTIUM
http://www.nature.com/nlink/v409/n6822/abs/409934a0_fs.html

---------------------
letters to Nature
---------------------
The physical maps for sequencing human chromosomes 1, 6, 9, 10, 13,
20 and X
D. R. BENTLEY, P. DELOUKAS, A. DUNHAM, L. FRENCH, S. G. GREGORY,
S. J. HUMPHRAY, A. J. MUNGALL, M. T. ROSS, N. P. CARTER, I. DUNHAM,
C. E. SCOTT, K. J. ASHCROFT, A. L. ATKINSON, K. AUBIN, D. M. BEARE,
G. BETHEL, N. BRADY, J. C. BROOK, D. C. BURFORD, W. D. BURRILL,
C. BURROWS, A. P. BUTLER, C. CARDER, J. J. CATANESE, C. M. CLEE,
S. M. CLEGG, V. COBLEY, A. J. COFFEY, C. G. COLE, J. E. COLLINS,
J. S. CONQUER, R. A. COOPER, K. M. CULLEY, E. DAWSON, F. L. DEARDEN,
R. M. DURBIN, P. J. DE JONG, P. D. DHAMI, M. E. EARTHROWL, C. A.
EDWARDS,
R. S. EVANS, C. J. GILLSON, J. GHORI, L. GREEN, R. GWILLIAM, K. S.
HALLS,
S. HAMMOND, G. L. HARPER, R. W. HEATHCOTT, J. L. HOLDEN, E. HOLLOWAY,
B. L. HOPKINS, P. J. HOWARD, G. R. HOWELL, E. J. HUCKLE, J. HUGHES,
P. J. HUNT, S. E. HUNT, M. IZMAJLOWICZ, C. A. JONES, S. S. JOSEPH,
G. LAIRD, C. F. LANGFORD, M. H. LEHVASLAIHO, M. A. LEVERSHA, O. T.
MCCANN,
L. M. MCDONALD, J. MCDOWALL, G. L. MASLEN, D. MISTRY, N. K. MOSCHONAS,
V. NEOCLEOUS, D. M. PEARSON, K. J. PHILLIPS, K. M. PORTER,
S. R. PRATHALINGAM, Y. H. RAMSEY, S. A. RANBY, C. M. RICE, J. ROGERS,
L. J. ROGERS, T. SARAFIDOU, D. J. SCOTT, G. J. SHARP, C. J. SHAW-SMITH,
L. J. SMINK, C. SODERLUND, E. C. SOTHERAN, H. E. STEINGRUBER,
J. E. SULSTON, A. TAYLOR, R. G. TAYLOR, A. A. THORPE, E. TINSLEY,
G. L. WARRY, A. WHITTAKER, P. WHITTAKER, S. H. WILLIAMS, T. E. WILMER,
R. WOOSTER & C. L. WRIGHT
http://www.nature.com/nlink/v409/n6822/abs/409942a0_fs.html

A physical map of the human Y chromosome
CHARLES A. TILFORD, TOMOKO KURODA-KAWAGUCHI, HELEN SKALETSKY,
STEVE ROZEN, LAURA G. BROWN, MICHAEL ROSENBERG, JOHN D. MCPHERSON,
KRISTINE WYLIE, MANDEEP SEKHON, TAMARA A. KUCABA, ROBERT H. WATERSTON
& DAVID C. PAGE
http://www.nature.com/nlink/v409/n6822/abs/409943a0_fs.html

A high-resolution map of human chromosome 12
KATE T. MONTGOMERY, EUNICE LEE, ASHLEY MILLER, STEPHANIE LAU,
CECILIA SHIM, JEREMY DECKER, DENISE CHIU, SUZANNE EMERLING,
MANDEEP SEKHON, RACHEL KIM, JACK LENZ, JINGHUA HAN, ILYA IOSHIKHES,
BEATRICE RENAULT, IVONNE MARONDEL, SUNG-JOO KIM YOON, KYUYOUNG SONG,
V. V. V. S. MURTY, STEVEN SCHERER, RALUCA YONESCU, ILAN R. KIRSCH,
THOMAS RIED, JOHN MCPHERSON, RICHARD GIBBS & RAJU KUCHERLAPATI
http://www.nature.com/nlink/v409/n6822/abs/409945a0_fs.html

A physical map of human chromosome 14
THOMAS BRÜLS, GABOR GYAPAY, JEAN-LOUIS PETIT, FRANÇOIS ARTIGUENAVE,
VIRGINIE VICO, SHIZEN QIN, AYE MON TIN-WOLLAM, CORINNE DA SILVA,
DELPHINE MUSELET, DELPHINE MAVEL, ERIC PELLETIER, MICHAEL LEVY,
ASAO FUJIYAMA, FUMIHIKO MATSUDA, RICHARD WILSON, LEE ROWEN, LEROY HOOD,
JEAN WEISSENBACH, WILLIAM SAURIN & ROLAND HEILIG
http://www.nature.com/nlink/v409/n6822/abs/409947a0_fs.html

Integration of telomere sequences with the draft human genome sequence
H. C. RIETHMAN, Z. XIANG, S. PAUL, E. MORSE, X.-L. HU, J. FLINT,
H.-C. CHI, D. L. GRADY & R. K. MOYZIS
http://www.nature.com/nlink/v409/n6822/abs/409948a0_fs.html

Comparison of human genetic and sequence-based physical maps
ADONG YU, CHENGFENG ZHAO, YING FAN, WONHEE JANG, ANDREW J. MUNGALL,
PANOS DELOUKAS, ANNE OLSEN, NORMAN A. DOGGETT, NADER GHEBRANIOUS,
KARL W. BROMAN & JAMES L. WEBER
http://www.nature.com/nlink/v409/n6822/abs/409951a0_fs.html

Integration of cytogenetic landmarks into the draft sequence of the
human genome
THE BAC RESOURCE CONSORTIUM
http://www.nature.com/nlink/v409/n6822/abs/409953a0_fs.html




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Jocax prova o indeterminismo universal ?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 19/02/2001 15:23

João Mário Miranda wrote:

> > Como assim ? Um tratado da evolucao no tempo de teoremas ?
> > Nao entendi o sentido desta assercao.
>
> A dedução de um teorema pode ser visto como a evolução no tempo
> do estado de um sistema. Começa no axioma A (t=0) e passa
> para o teorema T1(t=1) etc...
>

Joao , vc pirou?
Dois malucos na ciencialist eh demais para seus membros ! :-)


>
> >
> > >
> > > estado inicial do universo <=> axioma
> > > estado possivel do universo <=> teorema
> > >
> > > Teorema de Godel: há teoremas (==proposição verdadeira) que não
> podem
> > > ser descobertos no interior do sistema lógico.
> > >
> >
> > Nao q eu saiba.
> > Estes teoremas *nao* sao decidiveis no contexto do sistema e nao se
> pode
> >
> > dizer que sao verdadeiros e nem que sao falsos.
>
> Teorema== proposição verdadeira

Estava usando a palavra "Teorema" no sentido de proposicao a ser
demonstrada,
assim como o famoso "Teorema de Fermat" , que soh recentemente foi
demonstrado, era chamado de teorema embora nao tivesse sido, ateh entao,

demonstrado.

Nao q isso tenha muita importancia , mas peguei do dicionario
Michaellis:
teorema:
s. m. Proposição que, para ser admitida ou se tornar evidente, precisa
ser
demonstrada.


>
> Godel provou um teorema verdadeiro de fora do sistema que não
> pode ser provado de dentro do sistema.
>

Alguns teoremas podem ser provados de dentro do sistema.
Outras proposicoes nao.
Que eu saiba ele provou o teorema logico sem sair das bases logicas.
Isso eh factivel.


>
> > Dependendo dos novos aximas q se junte ao antigo sistema ,
> ampliando-o,
> > para decidir sobre o teorema, estes podem se tornar verdadeiros ou
> > falsos.
>
> Teoremas são sempre verdadeiros.

Nao no sentido estrito do termo, como esta no dicionario acima.
Mas nao tem muita importancia. Troque a palavra teorema por proposicao.


>
>
> > >
> > > Teorema de Godel do Universo: há estados do universo que são
> > > possiveis mas que não acontecem, mesmo que fosse possível mudar
> > > as condições iniciais do universo.
> > >
> >
> > Onde vc arranjou este "Teorema de Godel do Universo" ?
> > Este exemplo *nao* se encaixa nas nossas consideracoes.
> > Se os estados nao sao possiveis mesmo alterando as condicoes
> iniciais
> > entao vc *provou* que o teorema eh falso.
>
> Mas não fui eu, foi você que sugeriu que existia um teorema de
> Godel para o universo. Eu apenas explicitei a analogia.

UFA! Que alivio !!
Pensei q vc ia dizer que ja existia algo neste sentido :-)


> Há uma
> diferença entre estados possiveis e estados que ocorrem. Um
> estado possivel é qualquer combinação possivel da posição e da
> velocidade das particulas. Um estado possível é análogo a um
> teorema, um estado que não ocorre é análogo a um teorema que
> não pode ser deduzido seguindo as regras do sistema lógico.
>

Nem sempre, um estado que nao ocorre poderia , dependendo do estado,
ser possivel de demonstrar q nao pode ocorrer dadas as condicoes
iniciais do sistema. Ou seja um estado q nao ocorre pode ser provado
falso.


>
> > >
> > > Sentenças verdadeiras não decidiveis.
> >
> > Discordo, sao sentencas bem definidas mas nao se sabe se sao
> verdadeiras
> >
> > ou nao. Se forem verdadeiras elas seriam decidiveis como
> verdadeiras.
>
> Uma coisa é uma proposição ser decidivel no interior do sistema,
> outra é ela ser decidivel de fora. No caso do universo, podem existir
> acontecimentos que só ocorrem por intervenção de forças exteriores
> ao universo.
>

Ahhh ,
as tais forcas ocultas do alem ,
o Carl Sagan deve ter se revirado do tumulo agora !! :-)

[]s
jocax



SUBJECT: dia de Darwin
FROM: "Andre Roviralta Dias Baptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 19/02/2001 16:51

Esse site defende a criação de um "Dia de Darwin" ("um dia de celebração da ciência e humanismo" - não adoração pessoal à Darwin). O dia proposto é 12 de fevereiro, aniversário de Darwin. A primeira vista parece uma proposta interessante.

Darwin Day Homepage
http://www.darwinday.org

abraços,

André Baptista


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SUBJECT: Re: Biologia & Carreira ?
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
CC: Ciencialist <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 19/02/2001 17:16

On Mon, 19 Feb 2001, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> 1-A profissao de biologo eh , no seu ponto de vista, gratificante?

Do meu ponto de vista eh mais do q. gratificante -- embora eu ainda nao
seja um profissional. Conheco biologos com opiniao contraria. Uma
estimativa informal: 75% de 'sastifacao' (como diria a Lu Gimenez)

> 2-Quais as perspectivas de se trabalhar na area de pesquisa com biologia?

Campo de trabalho amplo, mercado restrito. Mas com perspectiva de melhora.
Bem, os medicos estao avancando sobre a area biomedica -- e como o CFM eh
mais do o CFBio, a tendencia eh essa porcao do mercado se fechar para o
biologo (ja' estamos proibidos de fazer exames de paternidade e outras
analises similares).

- pode ser professor de Ciencias e de Biologia do ensino medio e
fundamental (exigencia de licenciatura).
- pode ser professor de ensino superior
- pode ser pesquisador de institutos de pesquisa
- pode ser tecnico de laboratorios de analises
- pode ser consultor de EIAs e RIMAs (geologos - ou eram geografos? -- tbm
tEm essa prerrogativa)
- pode ser apresentador de programas de culinaria e atividades manuais
(e.g. Ana Maria Braga)
- pode ser consultor/tecnico/pesquisador em organizacoes
nao-governamentais de causas ambientalistas
- pode trabalhar em zoologicos, jardins botanicos
- funcionario de governo: embrapa, ibama, secretarias do meio-ambiente
(mas normalmente precisa ser economista pra ser ministro ou secretario)
- guia (eco)turistico e educador ambiental: hoteis-fazenda e agencias de
turismo.

*o desenvolvimento das tecnicas de manipulacao genetica: bio-engenharia --
traz boas perpectivas para o campo -- mas deve se desenvolver sobretudo no
exterior. nao duvido q. a area migre para as ciencias exatas e integre a
area de engenharia de materiais ou de producao ou fique mesmo como rama de
bio-engenharia.

*os problemas de ordem ambiental tbm abrem boas perspectivas de
valorizacao da profissao.

Nota importante: nao confundir biologo com: veterinario, jardineiro,
enfermeiro, sexologo e quetais. Portanto nao se assuste se um biologo nao
souber o q. seu cachorrinho tem ou nao souber como cultivar morangueiros
em apartamentos.

> 3-A remuneracao de um pesquisador de biologicas eh semelhande aa de que
> outra area? Eh bem remunerado ( em sua opiniao ) ?

Piso salarial: cerca de R$ 700,00.

Professores universitarios com doutorado ganham de R$ 1.200,00 a ate' R$
15.000,00 por mes.

Pesquisadores de R$ 1.000,00 a R$ 5.000,00...

> 4-Normalmente qual o destino de um formando em biologia? ( professor
> na rede de ensino ? ) E os formandos pela Usp?

Nao faco muita ideia. Creio q. a maioria va' ser mesmo professor/a. Alguns
trabalham como representantes de venda de equipamentos de laboratorio.
Outros montam sua propria empresa de consultoria ambiental e paisagistica
(em associacao com um urbanista/arquiteto). Deve aumentar o numero de
empresas de bio-tecnologia e a coopcao dos biologos como tecnicos deve
aumentar.

> 5-Quais as caracteristicas que deve ter um biologo para nao se frustrar
> depois?

Deve faltar-lhe um parafuso -- deve ser meio abnegado de coisas materiais
e meio bicho-grilo (dar um tapinha 'as vezes -- ei! antes q. usem isso
contra mim: eu nao fumei nem traguei!).

Nao pode fazer biologia por ser um medico frustrado ou tentar fugir de
matematica (importante pacas) ou de portugues (tao importante qto).

Deve adorar os documentarios chatissimos de Jacques Cousteau, David
Attenbourough, Marty Stouffer e cia -- se nao souber o nome de algum
deles, melhor esquecer.

Deve ser socialmente engajado. Nao pode ser fundamentalista biblico ou
ter qq outro tipo de radicalismo ideologico.

Deve ser um naturalista nato: colecionar selos, bonecas, revistas,
quadrinhos, ter o quarto abarrotado de insetos em alcool e pedras sem o
menor valor (para mulheres os insetos sao dispensaveis). Trazer para casa
toda sorte de bichos estranhos q. encontra na rua e tentar criar sapos em
casa desde girino. No minimo ter tido uma fase de aquarista ou tentado
mater um terrario: com lagarto, aranha ou o q. for. Ter cultivado toda
sorte de plantas: feijao, milho, abacate e outras -- ateh q. a mae jogue
tudo fora.

Deve ter queimado algumas formigas com uma lente de aumento usando a luz
do sol. E calculado qto tempo um gafanhoto aguenta debaixo d'agua.
Misturado os sabores de Tang. Jogado sal na lesma. (E se arrependido mais
tarde, mas ainda achando os experimentos fascinantes.)

Saber de cor qual o maior animal da terra, qual o maior ser vivo, as
hierarquias de classificacao dos organismos vivos (mas deve estar pronto
pra aprender q. isso vai se tornar inutil depois das aulas de cladistica).
Saber o nome cientifico de pelo menos 20 especies: excluindo Homo sapiens,
Canis familiaris, Felis catus e Musca domestica.

Precisa adorar cultura inutil. Pode ser mistico/esoterico, mas do tipo
moderado -- casa bem com a marijuana ('seu gualda, eu nunca fumei...').
Ter gosto musical popular: forro', sertanejo, pagode (pelo menos se quer
se enturmar).

O quadro geral e' esse.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Jocax prova o indeterminismo universal ?
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 19/02/2001 17:21

On Mon, 19 Feb 2001, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> Ahhh ,
> as tais forcas ocultas do alem ,
> o Carl Sagan deve ter se revirado do tumulo agora !! :-)

mas nao o proprio Godel -- q. ateh criou sua versao da prova da existencia
de Deus.

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Jocax prova o indeterminismo universal ?
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 20/02/2001 01:11

Fala, povo... Vejamos se dou umas pitadas nesse papo. Primeiro: o
teorema de Gödel diz que existem construtos axiomáticos nos quais existem
afirmações que não podem ser provadas falsas nem verdadeiras. Mas não são
todos os construtos que exibem essa característica. A Aritmética é um
exemplo de teoria que contém as tais afirmações indecidíveis. Mas há um
subconjunto da aritmética, uma tal aritmética de Presburger, que fornece
meios de se decidir a respeito da falsidade ou veracidade de todas as
afirmações que possam ser feitas usando-se números inteiros positivos, o
zero e mais a operação de adição - pelo menos segundo o louquíssimo livro
"Teorias de tudo", do John Barrow, que estou lendo.

Agora, até onde sei nunca se encontrou uma dessas afirmações
indecidíveis. Só se sabe que elas existem. Nem tampouco dá para dizer que
isso tenha qualquer conseqüência no mundo atual. Porque a adequação de um
sistema axiomático à descrição do mundo físico não pode ser decidida a
priori; é uma questão de experiência. O sistema dos números naturais, por
exemplo, é apenas um sistema axiomático envolvendo símbolos e operações, até
a hora em que chamamos os elementos de números, quando então percebemos que
esse sistema axiomático representa muito bem o comportamento das quantidades
do mundo real. Mas não podemos ter certeza de que a adequação é perfeita.
Aliás, coisas bizarras acontecem mesmo na teoria dos números - vide as
séries infinitas, ou o comportamento dos conjuntos infinitos de números. As
afirmações indecidíveis, por serem tão difíceis de encontrar num assunto tão
batido como a aritmética, devem ser de uma bizarria tão enorme que talvez
não correspondam em absoluto com nada do mundo físico...

Quanto a teoremas: o teorema de Fermat era, tecnicamente, chamado
"conjectura" de Fermat até que foi demonstrado. Era "teorema" apenas das
páginas dos jornais para fora.

Até,
Belisário

----- Original Message -----
From: Joao Carlos Holland de Barcellos
> João Mário Miranda wrote:
>
> > > Como assim ? Um tratado da evolucao no tempo de teoremas ?
> > > Nao entendi o sentido desta assercao.
> >
> > A dedução de um teorema pode ser visto como a evolução no tempo
> > do estado de um sistema. Começa no axioma A (t=0) e passa
> > para o teorema T1(t=1) etc...
> >
>
> Joao , vc pirou?
> Dois malucos na ciencialist eh demais para seus membros ! :-)
>
>
> >
> > >
> > > >
> > > > estado inicial do universo <=> axioma
> > > > estado possivel do universo <=> teorema
> > > >
> > > > Teorema de Godel: há teoremas (==proposição verdadeira) que não
> > podem
> > > > ser descobertos no interior do sistema lógico.
> > > >
> > >
> > > Nao q eu saiba.
> > > Estes teoremas *nao* sao decidiveis no contexto do sistema e nao se
> > pode
> > >
> > > dizer que sao verdadeiros e nem que sao falsos.
> >
> > Teorema== proposição verdadeira
>
> Estava usando a palavra "Teorema" no sentido de proposicao a ser
> demonstrada,
> assim como o famoso "Teorema de Fermat" , que soh recentemente foi
> demonstrado, era chamado de teorema embora nao tivesse sido, ateh entao,
>
> demonstrado.
>
> Nao q isso tenha muita importancia , mas peguei do dicionario
> Michaellis:
> teorema:
> s. m. Proposição que, para ser admitida ou se tornar evidente, precisa
> ser
> demonstrada.
>
>
> >
> > Godel provou um teorema verdadeiro de fora do sistema que não
> > pode ser provado de dentro do sistema.
> >
>
> Alguns teoremas podem ser provados de dentro do sistema.
> Outras proposicoes nao.
> Que eu saiba ele provou o teorema logico sem sair das bases logicas.
> Isso eh factivel.
>
>
> >
> > > Dependendo dos novos aximas q se junte ao antigo sistema ,
> > ampliando-o,
> > > para decidir sobre o teorema, estes podem se tornar verdadeiros ou
> > > falsos.
> >
> > Teoremas são sempre verdadeiros.
>
> Nao no sentido estrito do termo, como esta no dicionario acima.
> Mas nao tem muita importancia. Troque a palavra teorema por proposicao.
>
>
> >
> >
> > > >
> > > > Teorema de Godel do Universo: há estados do universo que são
> > > > possiveis mas que não acontecem, mesmo que fosse possível mudar
> > > > as condições iniciais do universo.
> > > >
> > >
> > > Onde vc arranjou este "Teorema de Godel do Universo" ?
> > > Este exemplo *nao* se encaixa nas nossas consideracoes.
> > > Se os estados nao sao possiveis mesmo alterando as condicoes
> > iniciais
> > > entao vc *provou* que o teorema eh falso.
> >
> > Mas não fui eu, foi você que sugeriu que existia um teorema de
> > Godel para o universo. Eu apenas explicitei a analogia.
>
> UFA! Que alivio !!
> Pensei q vc ia dizer que ja existia algo neste sentido :-)
>
>
> > Há uma
> > diferença entre estados possiveis e estados que ocorrem. Um
> > estado possivel é qualquer combinação possivel da posição e da
> > velocidade das particulas. Um estado possível é análogo a um
> > teorema, um estado que não ocorre é análogo a um teorema que
> > não pode ser deduzido seguindo as regras do sistema lógico.
> >
>
> Nem sempre, um estado que nao ocorre poderia , dependendo do estado,
> ser possivel de demonstrar q nao pode ocorrer dadas as condicoes
> iniciais do sistema. Ou seja um estado q nao ocorre pode ser provado
> falso.
>
>
> >
> > > >
> > > > Sentenças verdadeiras não decidiveis.
> > >
> > > Discordo, sao sentencas bem definidas mas nao se sabe se sao
> > verdadeiras
> > >
> > > ou nao. Se forem verdadeiras elas seriam decidiveis como
> > verdadeiras.
> >
> > Uma coisa é uma proposição ser decidivel no interior do sistema,
> > outra é ela ser decidivel de fora. No caso do universo, podem existir
> > acontecimentos que só ocorrem por intervenção de forças exteriores
> > ao universo.
> >
>
> Ahhh ,
> as tais forcas ocultas do alem ,
> o Carl Sagan deve ter se revirado do tumulo agora !! :-)
>
> []s
> jocax
>




SUBJECT: Musica na cabeca
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: Ciencialist <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 20/02/2001 08:07

Música na cabeça
Pesquisas recentes revelam que a música tem mais a ver com biologia do
que com nossa inspiração e escolhas estéticas
Por Rodrigo Cavalcante
Qual é a música?” O auditório lotado onde foi realizado, em abril do ano
passado, o Encontro Anual da Associação Americana para o Avanço da
Ciência, em Washington, parecia o velho programa do Silvio Santos em que
os cantores Ronnie Von e Ovelha disputavam prêmios aos domingos. A
platéia lá também fez silêncio para ouvir e tentar identificar as quatro
notas que o professor Luis Baptista, da Academia de Ciências da
Califórnia, iria tocar. Depois de alguns segundos de suspense, todos
ouviram o famoso “tchan-tchan-tchan tchaaan” que abre solenemente a
Quinta Sinfonia de Beethoven. Uma das mais conhecidas seqüências
musicais da história – já desgastada pelo uso corrente em contextos tão
diversos quanto propagandas de lâmina de barbear e desenhos animados.
Depois dos risos da platéia com a fácil identificação da música veio a
surpresa: naquele caso, o autor da seqüência de notas não foi Beethoven.
E sim um pequeno pássaro mexicano.

Há pouco tempo, ninguém teria dúvidas de que tudo não passaria de uma
coincidência – é muito improvável que Beethoven tenha ouvido alguma vez
na vida o trinado de um passarinho nascido em Cancún. Mas as pesquisas
no ramo da biomusicologia – estudo da base biológica para a criação e a
apreciação da música – sugerem que há algo mais do que o simples acaso
entre o compositor alemão e o pássaro mexicano: os dois possuiriam
organismos com uma predisposição para ordenar o som em alguns ritmos e
freqüências semelhantes. “Ambos são animais programados para a música”,
diz a pesquisadora Patricia M. Gray, da Academia Nacional de Ciências
dos Estados Unidos. Patricia é co-autora de um artigo científico
publicado no mês passado na revista americana Science. O estudo mostra
que, pelo menos quando se trata de gosto e de competência musical,
alguns animais poderiam dividir o palco com nossos melhores
compositores.

Por esse prisma, a música não é uma dádiva da inteligência humana, um
fenômeno artístico e cultural com, no máximo, 52 000 anos (data provável
dos mais antigos instrumentos musicais encontrados recentemente na
Eslovênia – flautas feitas de ossos perfurados). Se depender dos
biomusicólogos, a história da música pode retroceder até pelo menos 60
milhões de anos, quando as primeiras baleias apareceram nos oceanos.
“Não é exagero dizer que esses mamíferos também criam o que chamamos de
música”, diz Patricia.

Numa época em que música é um conceito tão amplo que pode englobar desde
sinfonias dodecafônicas até pagodes de fundo de quintal, ninguém tem
dúvida de que defini-la com precisão é tarefa das mais difíceis. “Mesmo
assim, há uma diferença entre um som aleatório e o que chamamos de
música”, diz José Miguel Wisnik, pianista, compositor e professor de
Literatura Brasileira na Universidade de São Paulo. Autor do livro O Som
e o Sentido, relançado no ano passado pela Companhia das Letras, Wisnik
explica que enquanto o som é o resultado físico da vibração dos corpos
se propagando no ar, a música é o entrelaçamento intencional dessas
ondas sonoras em determinados intervalos, produzindo ritmo, harmonia.
Essa é a diferença entre o barulho de um copo se estilhaçando e o trecho
de uma sonata de Brahms. Mesmo quando os músicos de vanguarda incluem
ruídos em seus trabalhos, desafiando os canônes musicais, há sempre uma
estrutura intencional que une esses sons na busca de um sentido, uma
espécie de ordem da qual nem o mais sujo conjunto punk escapa.

Foi essa ordem que surpreendeu os pesquisadores quando escutaram os sons
emitidos pelas baleias no fundo dos oceanos. Algumas delas produziam
seqüências musicais claras que demonstravam intencionalidade. Primeiro,
à guisa de abertura, o tema inicial. Em seguida, fica mais elaborado.
Depois, ele se transforma em outro. Por fim, a cantata retorna ao tema
inicial. (Alguém aí pensou na estrutura de uma sinfonia? Corretíssimo.)
E, então, o mais inesperado: a música das baleias corcundas também tem
refrão e rima, artifícios sonoros que facilitam a memorização de certos
trechos musicais. (É por isso que você não consegue tirar o refrão
daquela música melosa da cabeça.)

As pesquisas com as baleias e com outros animais têm levado os
cientistas a acreditar que a inclinação humana para a música pode ter
mais a ver com uma programação biológica do que com os padrões culturais
exclusivos da nossa espécie. Como a música é um fenômeno encontrado em
todas as comunidades ou grupos humanos, os cientistas já desconfiavam de
que deveria existir uma base biológica para a sua criação e apreciação –
mesmo antes de descobrir que não somos os únicos seres abençoados com
esse dom. A diferença agora é que eles estão cada vez mais convencidos
de que essa espécie de software embutido em nosso cérebro é bem mais
detalhado em seus comandos. É esse software que define, por exemplo, por
que ao ouvir a trilha sonora do compositor John Williams para o filme
Tubarão, as pessoas sentem instintivamente que algo terrível vai
acontecer em seguida – mesmo quando assistem ao filme pela primeira vez.
A música avisa que Jason, o assassino da série Sexta-Feira 13, está para
chegar. E dá o tom nostálgico e romântico de Em Algum Lugar no Passado.
Experimente assistir a esses filmes sem suas trilhas sonoras e veja no
que eles se transformam...

Muito antes de sonhar em entrar numa sala de cinema, bebês de seis à
nove meses de idade já reagem de maneira diferente quando ouvem
diferentes tipos de música. Em seu laboratório na Universidade de
Toronto, a psicóloga Sandra Trehub comprovou aquilo que a maioria dos
pais já desconfiava – bebês tendem a permanecer mais calmos quando ouvem
uma melodia serena. E, dependendo da aceleração do ritmo da canção,
ficam mais alertas. Há algum tempo sabe-se que a mudança na freqüência
de ritmo de uma música pode estimular certos comportamentos e ajudar na
recuperação de doentes (veja box). O que está por trás disso é o ritmo
do próprio corpo humano. “O pulso sangüíneo, movimentos dos músculos, o
andar e a respiração funcionam como uma espécie de base para o tempo
musical”, diz José Miguel Wisnik. Ele diz que os homens tendem a usar o
tempo desses movimentos na composição de músicas. Não é à toa que as
peças musicais usam a terminologia do andar e da sua velocidade: andante
é o caminhar normal; o largo é o andar em passos lentos; allegro e
vivace correspondem àquela hora em que você está quase engatando uma
corrida. Mesmo na música pop, o caminhar é um padrão recorrente: é só
ouvir a batida de Staying Alive, dos Bee Gees, embalando os passos de
John Travolta para perceber como a música entra em sincronia com o andar
do ator americano. Além dos ritmos musculares, há também os ritmos
cerebrais. O mais famoso deles é o ritmo alfa, que opera em torno de 8 a
13 pulsos por segundo, uma freqüência que corresponde ao estado
intermediário entre a vigília e o sono. “É uma espécie de base para
afinação dos ritmos humanos”, diz Wisnik. “Quando árvores em série na
beira da estrada, por exemplo, entram nessa freqüência em sincronia com
a velocidade do carro, criam uma interferência que pode causar torpor e
levar a um acidente.”


Além da influência do ritmo, a mesma pesquisa da Universidade de Toronto
sugere que os bebês nascem com preferências musicais definidas. Eles
sorriem quando escutam certos grupos de notas musicais, como as quartas
e quintas perfeitas (seqüências de notas como o Dó e o Fá e como o Dó e
o Sol). Em compensação, odeiam os acordes dissonantes como o trítono,
formado pelo toque simultâneo de um Dó e um Fá sustenido, por exemplo –
um som tão instável que, na Idade Média, era conhecido como “a música do
demônio”. Mas ainda não se sabe onde está, no cérebro, a origem desse
julgamento que vem “instalado de fábrica”. Apesar do hemisfério direito
do cérebro ter sido considerado inicialmente como o “hemisfério
musical”, pesquisadores como o americano Mark Jude Tramo, do
Departamento de Neurobiologia da Escola de Medicina de Harvard, defendem
que nossa percepção musical é fruto da interseção dos neurônios de ambos
os hemisférios. “Não existe um centro musical no cérebro”, diz Tramo.
“As mesmas regiões responsáveis por outras formas de cognição são também
usadas para a percepção da música.”
Talvez seja por isso que a habilidade para a música é considerada por
muitos pedagogos – entre eles o norte-americano Howard Gardner, autor do
livro Inteligências Múltiplas – como uma forma de inteligência tão
importante para nós quanto a habilidade lógico-matemática ou
lingüística. E essa inteligência auxiliaria, inclusive, outros tipos de
raciocínio. Há alguns anos, por exemplo, os cientistas debatem o chamado
“Efeito Mozart”. Trata-se de uma prova de que crianças ficam mais
“espertas” para cálculos depois de escutar a Sonata para Dois Pianos em
Ré Maior, do compositor austríaco.
O poder da música para a concentração e para a manipulação das emoções
humanas não está apenas despertando o interesse dos músicos e dos
estudiosos da música. “Psicólogos, produtores de filme e, claro,
políticos, também estão se interessando por esses novos campos”, diz
Tramo.
Existem até pesquisas que identificam o gênero musical mais eficiente
para que o cliente não desligue o telefone enquanto ouve a infernal
mensagem de espera: “A sua ligação é muito importante para nós...” Na
Universidade de Cincinnati, Estados Unidos, um estudo concluiu que a
maioria das pessoas prefere ouvir jazz e música clássica ao esperar o
atendimento – esses gêneros fariam com que eles sentissem o tempo passar
mais rápido. Já o rock foi um desastre para preservar os clientes.
Curiosamente, ele parecia aumentar o tempo esperado, minando a paciência
de quem aguardava na linha. Nesse mesmo filão, o pesquisador Donald
Fucci, da Universidade de Ohio, sugeriu que os mais velhos não se sentem
atraídos pelo rock por uma questão fisiológica – e não por um conflito
de gerações. Fucci explica que a perda da audição com o passar dos anos
é acompanhada de uma percepção distorcida de alguns sons: entre eles, o
do contra-baixo e o da bateria, base do rock.
Após receber mais atenção e verbas para suas pesquisas nos últimos anos,
a biomusicologia vem revelando o que boa parte das pessoas já
desconfiava: somos todos seres musicais. E a biologia é mais responsável
por isso do que imaginávamos. O músico John Cage já tinha antecipado
essas descobertas depois de realizar uma das mais simples e importantes
experiências com os sons. Isolado de todo ruído externo, Cage comprovou
que escutamos, no mínimo, o grave da nossa pulsação e o agudo do nosso
sistema nervoso. Até a vida, livre de ruídos externos, tem o seu ritmo e
a sua própria música.


As “14 mais” do hospital
Música alivia a dor do pós-operatório, faz bem a pacientes com danos
cerebrais e ajuda o bebê a nascer mais rápido

Depois da Segunda Guerra Mundial, hospitais americanos obtiveram
resultados surpreendentes ao contratar músicos para ajudar na
recuperação dos veteranos de guerra. “Foi assim que a musicoterapia
ganhou força”, diz Cléo Correia, vice presidente da Associação de
Profissionais e Estudantes de Musicoterapia de São Paulo. Desde então, a
terapia através da música e do uso de sons ganhou status acadêmico.
Hoje, no Brasil, existem mais de cinco cursos de graduação sobre o tema.
“Os médicos estão mais conscientes da importância da música em diversos
tratamentos”, diz Cléo. “Até para diminuir a percepção de dor dos
pacientes que estão na UTI depois de uma cirurgia.”


Na Universidade Federal Paulista de Medicina, o neurologista Mauro
Muszkat pesquisou as alterações elétricas no cérebro de pacientes ao
escutarem música. “Um paciente que sofreu algum dano cerebral pode
recuperar algumas dessas funções se for estimulado com a música”, diz
Muszkat. Os musicoterapeutas trabalham com um roteiro específico de
músicas e sons de ambientes que estimulam a resposta de cada paciente.
Em alguns hospitais, a música serve até como trilha sonora do trabalho
de parto. “Uso a música para estimular as contrações uterinas”, diz José
Bento de Souza, obstetra do hospital paulista Albert Einstein. Em sua
sala de parto, os bebês nascem ao som de Mozart e Beethoven, como numa
grande abertura de ópera.


Para saber mais
Na livraria:
O Som e O Sentido – Uma Outra História das Músicas
José Miguel Wisnik, Companhia das Letras, São Paulo, 1999
Inteligências Múltiplas
Howard Gardner, Artmed, São Paulo, 1995






SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Jocax prova o indeterminismo universal ?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 20/02/2001 09:34

Roberto Belisario wrote:

> Agora, até onde sei nunca se encontrou uma dessas afirmações
> indecidíveis. Só se sabe que elas existem. Nem tampouco dá para dizer
> que
> isso tenha qualquer conseqüência no mundo atual.

Depende que tipo de "consequencia". Claro que na filosofia e matematica
suas consequencias sao enormes. (http://www.miskatonic.org/godel.html)

Mas , dentro do contexto que propus, de tormarmos o Universo como
um conjunto axiomatico e logico talvez seja cedo decidir isso.



> Porque a adequação de um
> sistema axiomático à descrição do mundo físico não pode ser decidida a
>
> priori; é uma questão de experiência. O sistema dos números naturais,
> por
> exemplo, é apenas um sistema axiomático envolvendo símbolos e
> operações, até
> a hora em que chamamos os elementos de números, quando então
> percebemos que
> esse sistema axiomático representa muito bem o comportamento das
> quantidades
> do mundo real. Mas não podemos ter certeza de que a adequação é
> perfeita.

Tem razao, ja escrevi nesta lista que um dos grandes problemas
filosoficos
eh tentar explicar porque a matematica se adequa tao bem aa fisica.
Sendo a matematica um produto do cerebro humano ela poderia nao se
adequar ao universo fisico.

[]s
jocax



SUBJECT: Humanidade aos olhos de Ozelo
FROM: "Ozelo" <ozelo@radioalarme.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 20/02/2001 10:50

Em um lapso de minha rotina diária de trabalho considerando as notícias do cotidiano percebi e concluí que as pessoas em geral nascem e desejam tanto viver sua vidas particulares que considerações sobre sobrevivência da humanidade (que são as mais importantes considerações para todas as pessoas) fogem ao escopo do horizonte destas ou no máximo ocupam um segundo plano. Pq eu acredito nesse paradigma? Será que este é devido ao que a mim significa humanidade para com meus semelhantes até hoje ou será que é devido a prever intimamente resultados para com meus semelhantes por viver nosso cotidiano sem a preocupação com a humanidade em si?

Permitam-me relatar um acontecimento. Ontem enquanto assistia o noticiário do Jornal Nacional na Globo, especificamente a notícia que tratava das previsões científicas para o próximo século em que milhões de pessoas passarão fome. Notei que algumas pessoas comuns que estavam ali comigo e que em dias anteriormente no período de dois anos tomaram conhecimento de alguns comentários meus a esse respeito olharam para mim como que diz: "Bem que vc falou, está acontecendo..." Enquanto outras justificavam os acontecimentos considerando o conhecido paradigma de que estamos todos sujeitos à vontade de Deus. Hoje, mais um dia começou... E que importância prevaleceu?

Meus caros colegas de pensamento, o que é que está acontecendo com as pessoas? Nós mesmos! Já considero a idéia de que não existe harmonia sem livre-arbítrio (mesmo porque não existe livre-arbítrio se ainda vivemos com regras), sem livre-arbítrio nosso convívio social seria lógico, perfeito e cruel (e assim dando o braço a torcer pelas regras). Sinceramente me sinto mais confortável a considerar a crueldade lógica diante da desarmonia observada em nossa civilização, pois enquanto sem harmonia, a humanidade e seu livre-arbítrio 'regrado' não me representa outra imagem senão a de uma doença contagiosa. Uma AIDS cósmica que, mesmo que essa idéia soe como repugnante, está banindo a existência de vida em um planeta por questões de soberania natural. Acreditando-se na hipótese de que um vírus 'não pensa' no seu propósito 'fundamental' de destruição do hospedeiro, a humanidade se encaixa perfeitamente nesta, pois o vírus 'não percebe' que sua soberania natural é sua extinção local.

Isso NÃO existe!!!! Não pode ser assim!!!!!! Que katso de sentimento é esse que está dentro de mim, sensação esta parcialmente determinada pela educação? Pessoal, fui mal educado? Será possível que o certo e o errado, relativos entre si, sempre serão determinados pela coletividade mesmo que uma fração miserável desta evidencie o oposto? É impressionante, mas a idéia de viver a vida esperando a ser sucumbida por este pensamento é sufocante. Não sei se foi a cerveja de sábado que estava quente ou se foi a falta de internet tirânizada, sei que batata não tem antenas e 'PutString' é aquela maravilhosa forquilha de limoeiro com um mero polímero amarrado e produzido em Itú que meu avô fazia pra arremessar pedrinhas contra nossa força de origem desconhecida chamada gravidade. Como é mesmo o nome que ele pronunciava? Ah, 'estin-lingue'...

[ ]s a todos! Gratificâncias aos que lêram, desculpas aos repugnados e extremas boas vindas à comentários de qualquer natureza.

Ozelo


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Musica na cabeca
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 20/02/2001 11:05

Saiu algo sobre o assunto na Science há cerca de 1 ou 2 meses.

João

Roberto Mitsuo Takata wrote:
>
> Acho q. vc se esqueceu de avisar q. esse texto eh um artigo publicado na
> ultima edicao da SI.
>
> []s,
>
> Roberto Takata
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: Re: [ciencialist] Musica na cabeca
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: Ciencialist <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 20/02/2001 11:19

Acho q. vc se esqueceu de avisar q. esse texto eh um artigo publicado na
ultima edicao da SI.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: indeterminismo universal ?
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 20/02/2001 11:26

On Tue, 20 Feb 2001, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> Mas , dentro do contexto que propus, de tormarmos o Universo como
> um conjunto axiomatico e logico talvez seja cedo decidir isso.

Pergunta de quem nao manja nada:

- facamos um jogo simples: pega-se 1 e vai somando 1 ao resultado
anterior. Onde estaria a indecidibilidade?

Assim, uma pergunta solta no ar.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] indeterminismo universal ?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 20/02/2001 12:46

Roberto Mitsuo Takata wrote:

> On Tue, 20 Feb 2001, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> > Mas , dentro do contexto que propus, de tormarmos o Universo como
> > um conjunto axiomatico e logico talvez seja cedo decidir isso.
>
> Pergunta de quem nao manja nada:
>
> - facamos um jogo simples: pega-se 1 e vai somando 1 ao resultado
> anterior. Onde estaria a indecidibilidade?
>
> Assim, uma pergunta solta no ar.
>

Nao acredito que haja indecibilidade pois, se nao me engano, o conjunto
axiomatico precisa de um numero *minimo* de regras logicas para
q o TG possa ser aplicado.

Achei alguma coisa em portugues ( nao sei se correto ) em :

http://www.pr.gov.br/celepar/celepar/batebyte/Internet-anteriores/2000/bb95/teorema.htm

sobre sua generalidade :
Gödel's original proof applies to a particular formalization of number
theory, and was to be followed by a paper showing that
the same methods applied to a much broader class of formal axiomatic
systems. The modern approach in fact applies to all
formal axiomatic systems, a concept which could not even be defined when
Gödel wrote his original paper, owing to the lack
of a mathematical definition of effective procedure or computer
algorithm. After Alan Turing succeeded in defining effective
procedure by inventing a simple idealized computer now called the Turing
machine (also done independently by Emil Post), it
became possible to proceed in a more general fashion.

http://www.cs.auckland.ac.nz/CDMTCS/chaitin/georgia.html

[]s
jocax



SUBJECT: Re: indeterminismo universal ?
FROM: "Andre Roviralta Dias Baptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 20/02/2001 13:47

Pessoal, acho que estamos (vocês estão - eu a partir de agora) viajando na
maionese nessa discussão. Então deixa eu dar minha contribuição para
engrossar o caldo:


>Pergunta de quem nao manja nada:

>- facamos um jogo simples: pega-se 1 e vai somando 1 ao resultado
>anterior. Onde estaria a indecidibilidade?

Isso é um simples algoritmo, que produz todos os números naturais. Não é um
sistema lógico. O teorema de Godel diz que "num sistema lógico baseado num
número finito de axiomas, existem enunciados verdadeiros mas que não podem
ser provados". Hum-hum. Acho que é mais ou menos isso, sei lá. Já li
variações. Os únicos enunciados que eu conheço desse tipo são enunciados
auto-referentes do tipo:

1. Esta afirmação é falsa.
2. Eu sempre digo mentiras.
3. O conjunto de todos os conjuntos que não contém a si mesmos contém a si
mesmo.

Isso é indecidibilidade, não indeterminismo. Acho.

Hawking (mais uma vez vou citá-lo - espero uma chuva de críticas) disse que
existem três limites fundamentais ao conhecimento:

1. A velocidade da luz
2. O príncipio da incerteza.
3. O teorema de Godel.

abraços,

André Baptista







SUBJECT: Re: [ciencialist] indeterminismo universal ?
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 20/02/2001 13:49

On Tue, 20 Feb 2001, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:

> Roberto Mitsuo Takata wrote:
> > - facamos um jogo simples: pega-se 1 e vai somando 1 ao resultado
> > anterior. Onde estaria a indecidibilidade?

> Nao acredito que haja indecibilidade pois, se nao me engano, o conjunto
> axiomatico precisa de um numero *minimo* de regras logicas para
> q o TG possa ser aplicado.

Nao estou duvidando do teorema de godel, estou questionando se isso tem a
ver com o determinismo ou nao do universo... (Alem do mais se essa
historia de numeros minimos de axiomas for correta -- nao manjo nada de
matematica -- acredita-se q. o universo possa ser descrito eventualmente
com uma unica -- e talvez imensa -- equacao... Suspeito q. haja uma
diferenca de natureza entre a explicacao q. damos ao Universo e o
funcionamento efetivo dele...)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] indeterminismo universal ?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com, Genismo <Genismo@yahoogroups.com>
DATE: 20/02/2001 14:40

Roberto Mitsuo Takata wrote:

>
> > Nao acredito que haja indecibilidade pois, se nao me engano, o
> conjunto
> > axiomatico precisa de um numero *minimo* de regras logicas para
> > q o TG possa ser aplicado.
>
> Nao estou duvidando do teorema de godel, estou questionando se isso
> tem a
> ver com o determinismo ou nao do universo...

Ok, esta questao da aplicacao do T. de Godel ao Universo foi uma
conjectura minha e eu nao sei se eh possivel. Re-explicando:

Suponha que o universo seja determinista e que suas leis sao exatas e
que
os estados de todas as particulas possam ser bem definidas.

Entao poderemos considerar as leis do universo mais seus componentes
( as particulas em seus estados ) como formando um sistema axiomatico
logico.
Existiria um correspondente biunivovo entre o universo e o MODELO do
universo.
Poderiamos tratar os dois COMO UMA COISA SOH.

Como o modelo eh um sistema axiomatico-logico ele estaria sujeito ao
Teorema de Godel e, tudo o que ocorrer no sistema logico (modelo )
deveria ocorrer tambem no universo fisico.

Mas a aplicacao do TG no modelo implica que existiriam proposicoes que
nao sao decidiveis. O q isto significa ?

EU ACHO que: Como o modelo trata de previsao do estado futuro dos
sistemas
com o tempo, uma indecidibilidade significaria que existem subsistemas
que nao
se pode saber sua evolucao futura, isto eh , nao podemos determinar se
eles
serao assim ou assado usando os axiomas ( leis fisicas ) deste modelo (
universo).

Isto implica que o universo eh intrinsecamente nao determinista.

Poderiamos arguir que estes estados nunca ocorrem no universo fisico
talvez seja uma saida. Outra saida eh que para resolve-lo precisariamos
de novas leis fisicas ( onde teriamos emprego perpetuo para os fisicos
:-) )



> (Alem do mais se essa
> historia de numeros minimos de axiomas for correta -- nao manjo nada
> de
> matematica -- acredita-se q. o universo possa ser descrito
> eventualmente
> com uma unica -- e talvez imensa -- equacao...

Aqui existe um engano : nao eh o numero minimo de axiomas que sao
limitantes
e sim o numero de operacoes possiveis que se possa fazer com estes
axiomas. Uma aritmetica com apenas a operacao de adicao NAO pode
ser Godel-aplicavel por exemplo.


> Suspeito q. haja uma
> diferenca de natureza entre a explicacao q. damos ao Universo e o
> funcionamento efetivo dele...)
>

Mas se a explicacao ( leis )for exata?
Se chegarmos finalmente nas leis fundamentais do universo?
Entao, a explicacao e o modelo se corresponderiam perfeitamente.
Quero dizer que tudo que o modelo prever acontecera.

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: indeterminismo universal ?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 20/02/2001 14:46

Andre Roviralta Dias Baptista wrote:

> Isso é indecidibilidade, não indeterminismo. Acho.
>

Sim,
mas o que implicaria a indecibilidade num modelo que representa o
universo?
Implicaria que nao poderemos decidir seus estado futuro , isto eh,
implicaria em seu indeterminismo.



>
> Hawking (mais uma vez vou citá-lo - espero uma chuva de críticas)
> disse que
> existem três limites fundamentais ao conhecimento:
>
> 1. A velocidade da luz
> 2. O príncipio da incerteza.
> 3. O teorema de Godel.
>

Eu gostaria de conjecturar q *talvez* o principio da incerteza seja uma
implicacao
do teorema de Godel ao universo.

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: indeterminismo universal ?
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 20/02/2001 17:13


>
> Eu gostaria de conjecturar q *talvez* o principio da incerteza seja uma
> implicacao
> do teorema de Godel ao universo.
>
> []s
> jocax
>
PUTZ!!!!!!!!!!

Jocax,

vc repentinamente ligou uma metralhadora giratória, o que acertar tá
valendo... A sugestão que lhe dou é que veja com um pouco mais de
cuidado tais afirmações uma vez que analogias generalistas todos
fazemos, por exemplo, aquela explicação evolutiva que vc deu para o
amor, creio que milhares de pessoas no mundo já pensaram nisso. Assim
como em várias religiões vc pode achar algo parecido com o big-bang mas
nenhuma relacionou-o com a distribuição de elementos leves (He, D,
Li...) no universo medido.
O problema é que pensar que talvez algo se relacione com outra coisa
todos nós pensamos, o difícil é encontrar cientificamente onde estaria
esta relação, assim como é complicada a definição dos limites de
validade. Transformar uma intuição em afirmação ou mesmo hipótese
científica é o grande trabalho e, às vezes, a grande frustração dos
cientistas.
Sobre o Teorema de Goedel, procure primeiro a sua validade. Veja onde
vc pode definir um sistema axiomático e tente entender o que é
consistência e o que é completeza. Eu, sem usar o teorema de Goedel,
vejo que é impossível a definição de uma teoria perfeita em física
porque a realidade é inaccessível - na minha opinião. Portanto, muito
antes de cairmos em um problema de lógica axiomática, estaremos
restritos à limitação de qualquer teoria possível. Penso, inclusive, que
a idéia da existência de uma teoria perfeita e infalível beira religião.

um abraço, Eduardo.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: indeterminismo universal ?
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 20/02/2001 17:15



Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
>
> > A sugestão que lhe dou é que veja com um pouco mais de
> > cuidado tais afirmações uma vez que analogias generalistas todos
> > fazemos, por exemplo, aquela explicação evolutiva que vc deu para o
> > amor, creio que milhares de pessoas no mundo já pensaram nisso.
>
> Eh, mas a ideia eu tive ha uns 10 anos e o importante eh quem teve a
> ideia
> PRIMEIRO.

O importante não é quem teve a ideia primeiro, o importante é quem
faz um melhor marketing. Esse é que fica famoso pela ideia. A história
da ciência está cheia de casos em que quem teve a fama e o proveito
não foi o primeiro a fazer a descoberta, mas antes aquele que percebeu
todo o seu alcance a a espalhou pelo mundo.

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: indeterminismo universal ?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 20/02/2001 17:36

Eduardo Gueron wrote:

>
> >
> > Eu gostaria de conjecturar q *talvez* o principio da incerteza seja
> uma
> > implicacao
> > do teorema de Godel ao universo.
> >
> > []s
> > jocax
> >
> PUTZ!!!!!!!!!!
>
> Jocax,
>
> vc repentinamente ligou uma metralhadora giratória, o que
> acertar tá
> valendo...

Hhehehe :)
Nao disse q esta valendo, disse que eh uma assercao coerente e
possivel.
Por exemplo, pode ser que estes tais sistemas que nao sao decidiveis
sejam tao indecidiveis quanto mais o principio de incerteza seja
"sentido".



> A sugestão que lhe dou é que veja com um pouco mais de
> cuidado tais afirmações uma vez que analogias generalistas todos
> fazemos, por exemplo, aquela explicação evolutiva que vc deu para o
> amor, creio que milhares de pessoas no mundo já pensaram nisso.

Eh, mas a ideia eu tive ha uns 10 anos e o importante eh quem teve a
ideia
PRIMEIRO.


> Assim
> como em várias religiões vc pode achar algo parecido com o big-bang
> mas
> nenhuma relacionou-o com a distribuição de elementos leves (He, D,
> Li...) no universo medido.
> O problema é que pensar que talvez algo se relacione com outra
> coisa
> todos nós pensamos, o difícil é encontrar cientificamente onde estaria
>
> esta relação, assim como é complicada a definição dos limites de
> validade. Transformar uma intuição em afirmação ou mesmo hipótese
> científica é o grande trabalho e, às vezes, a grande frustração dos
> cientistas.
>

Sim concordo, mas comeca com uma ideia neh?


> Sobre o Teorema de Goedel, procure primeiro a sua validade. Veja
> onde
> vc pode definir um sistema axiomático e tente entender o que é
> consistência e o que é completeza. Eu, sem usar o teorema de Goedel,
> vejo que é impossível a definição de uma teoria perfeita em física
> porque a realidade é inaccessível - na minha opinião.

Como assim?,
Vc acha q nenhuma lei fisica nunca vai ser verdadeira ?


> Portanto, muito
> antes de cairmos em um problema de lógica axiomática, estaremos
> restritos à limitação de qualquer teoria possível. Penso, inclusive,
> que
> a idéia da existência de uma teoria perfeita e infalível beira
> religião.

Acredito q o T Godel prova sua afirmacao.

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: indeterminismo universal ?
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 20/02/2001 17:54

On Tue, 20 Feb 2001, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> Eh, mas a ideia eu tive ha uns 10 anos e o importante eh quem teve a
> ideia PRIMEIRO.

O q. importa eh quem *publicou* a ideia primeiro...

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: indeterminismo universal ?
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 20/02/2001 18:27



Roberto Mitsuo Takata wrote:
>
> On Tue, 20 Feb 2001, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> > Eh, mas a ideia eu tive ha uns 10 anos e o importante eh quem teve a
> > ideia PRIMEIRO.
>
> O q. importa eh quem *publicou* a ideia primeiro...
>
> []s,
>
> roberto takata
>
Bem,

a idéia de geometrização de forças não foi do Einstein, alguns
cientistas tentaram, por exemplo, associar geometria e eletromagnetismo
(Se não me engano, o Hertz foi um deles). Mas foi Einstein, com ajuda de
alguns matemáticos, quem conseguiu transformar essa idéia em uma teoria.

Eduardo.


SUBJECT: Re: [ciencialist] indeterminismo universal ?
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 20/02/2001 19:36

Concordo com o André, esta discussão está virando uma barafunda total.
Sugiro que todos peguemos alguns textos confiáveis e precisos que expliquem
bem o que vem a ser realmente o Teorema de Gödel (alguém seria capaz de
citar o enunciado original?), qual a sua aplicabilidade e também os
conceitos envolvidos no teorema (completeza e consistência de sistemas
axiomáticos, coisas assim). Eu não tenho essas informações, logo não vou dar
mais palpites por ora.

Vamos, entretanto, ver isto aqui:

----- Original Message -----
From: Andre Roviralta Dias Baptista

> Pessoal, acho que estamos (vocês estão - eu a partir de agora) viajando na
> maionese nessa discussão. Então deixa eu dar minha contribuição para
> engrossar o caldo:
>
> >Pergunta de quem nao manja nada:
>
> >- facamos um jogo simples: pega-se 1 e vai somando 1 ao resultado
> >anterior. Onde estaria a indecidibilidade?
>
> Isso é um simples algoritmo, que produz todos os números naturais. Não é
um
> sistema lógico. O teorema de Godel diz que "num sistema lógico baseado num
> número finito de axiomas, existem enunciados verdadeiros mas que não podem
> ser provados". Hum-hum. Acho que é mais ou menos isso, sei lá. Já li
> variações. Os únicos enunciados que eu conheço desse tipo são enunciados
> auto-referentes do tipo:
>
> 1. Esta afirmação é falsa.
> 2. Eu sempre digo mentiras.
> 3. O conjunto de todos os conjuntos que não contém a si mesmos contém a si
> mesmo.
>
> Isso é indecidibilidade, não indeterminismo. Acho.

Isso não é indecidibilidade nem indeterminismo, são apenas afirmações
que não têm sentido, porque contém duas afirmações contrárias embutidas em
si. Precisamente do mesmo tipo que: "Sou azul e não sou azul". Mas com um
disfarce bem-feito.

> Hawking (mais uma vez vou citá-lo - espero uma chuva de críticas) disse
que
> existem três limites fundamentais ao conhecimento:
>
> 1. A velocidade da luz
> 2. O príncipio da incerteza.
> 3. O teorema de Godel.

Eu acrescentaria:

4. O início do Universo (a cadeia causa-efeito precisa ter um começo)
5. O porquê último das leis da Física (todo conhecimento baseia-se em
premissas; logo nunca poderemos chegar no porquê último das leis da Física,
sempre haverá premissas)
6. A natureza da consciência humana (por mais que a identifiquemos com
algum substrato físico, sempre haverá o "gap" entre esta explicação e a
estranha e sutil impressão de "eu" que permeia nossas percepções - as
minhas, pelo menos)

Mais à frente, diz o Jocax:

> Eu gostaria de conjecturar q *talvez* o principio da incerteza seja uma
> implicacao
> do teorema de Godel ao universo.

E depois comenta, sobre esta afirmação:

> Nao disse q esta valendo, disse que eh uma assercao coerente e
> possivel.

Veja bem: o princípio da incerteza (prefiro "da indeterminação") já foi
demonstrado matematicamente a partir das equações da Mecânica Quântica. Se
um dia for demonstrado que ele decorre do teorema de Gödel, seria
equivalente a dizer que esse teorema tem alguma ligação íntima com a Equação
de Schrödinger (equação fundamental da Mecânica Quântica)... O que é
altamente improvável, pois: (1) o teorema de Gödel não se baseia em nenhum
pressuposto sobre a natureza física das coisas, é puramente matemático; (2)
a Mecânica Quântica está carregada de premissas sobre a natureza física das
coisas.

Até,
Belisário




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciência e criatividade
FROM: Eduardo <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 20/02/2001 19:38

> >Já eu acho que quase nunca quem formula resolve. Os problemas de
> >Newton e Einstein foram formulados por outros (vide Mach e Poincaré para o
> >caso de Einstein). David Hilbert publicou a fórmula fundamental da teoria
> da
> >relatividade geral uma semana antes de Einstein.
>

Foi Hilbert, se nao me engano, quem ensinou geometria para o Einstein. Nao
havia, como podemos pensar, uma concorrencia entre os dois de modo a
concluirmos que Einstein roubou a ideia de Hilbert. Naturalmente, se Einstein
se propos a geometrizar o espaco-tempo com ajuda de Hilbert, o primeiro, por
conhecer mais matematica, seria capaz de chegar as equacoes que relacionam a
curvatura e a fonte inicialmente.

>
> Bem, a fórmula da relatividade restrita se deve a H. Lorentz, e leva seu
> nome "transformada de Lorentz". Mas Lorentz apenas criou a fórmula com
> finalidades matemáticas, não criou uma teoria física em cima dela.
>

As transformacoes da relatividade restrita foram obtidas por Lorentz e Poincare
mas como Einstein era alemao e nao lia frances, atribuiu apenas a Lorentz tais
transformacoes. Lorentz nao se restringiu a matematica do assunto, muito pelo
contrario, era um grande fisico e escreveu toda uma teoria para justificar a
deformacao do espaco em relacao ao eter que impossibilitava a nossa medida da
velocidade, da Terra por exemplo, em relacao ao eter baseado em uma
complicadissima formulacao do eletromagnetismo. O merito de EInstein foi a
simplicidade, ele obteve todas as transformacoes de Lorentz com o simples
postulado da constancia da velocidade da luz e a imposicao da linearidade.
Qualquer estudante de ensino medio (para usar os termos atuais) poderia
entender a sua teoria enquanto que poucos fisicos da epoca conseguiram
compreender o tratado de Lorentz (que foi escrito em 10 anos).

>
> >E a fórmula é precisamente a mesma (para quem não acredita, quem conta é
> Abraham Pais, no um notório
> >"einstenófilo", no seu livro "Sutil é o Senhor"). Einstein ficou com a fama
> >(por que, nem tenho idéia), mas Hilbert chegou lá antes! Mesmo que Einstein
> >tivesse formulado o problema, Hilbert precedeu-o na resolução.
>
> Tenho o livro, mas nunca consegui lê-lo até o final. Vou dar uma olhada.
> Novamente, será que Hilbert entendeu o significado físico das equações?
> Dizem também que a geometria de Riemann praticamente "prevê" a teoria da
> relatividade quase que como uma necessidade.
>

Quando se tenta geometrizar o campo gravitacional por metodos variacionais
(formulacao de Palatini) se chega naturalmente que a geometria a ser usada deve
ser a Riemanniana. Portanto, quando partimos desta geometria, meio caminho esta
tracado. Todavia, ha muito de mecanica dos fluidos a ser considerado na
formulacao das equacoes de Einstein, a ideia do tensor de energia momento nao
pode ser obtida por argumento puramente geometricos.

>
> >O mesmo
> >pode-se dizer sobre a relatividade especial, trocando-se Hilbert por
> >Poincaré. Poincaré publicou sua teoria da relatividade (com E=mc2 e tudo)
> >antes de Einstein, mas numa obscura revista italiana, e (quase) ninguém viu
> >(novamente, é Pais que conta). (O que mostra que o advento dessas teorias
> >era devida à conjuntura científica da época numa extensão maior do que
> >imaginamos.)
>

E=mc2 eh obtido em algumas formulacoes diferentes, nem sei se o primeiro a
obter tal resultado foi mesmo Poincare. Eh conhecido tal fato, inclusive o
Marcelo Gleiser foi muito criticado por escrever em seu livro que Einstein
"descobriu" tal formula. O merito da relatividade especial, como disse, eh a
sua simplicidade. Tal formula aparece muito facilmente e sua interpretacao eh
bem natural nessa teoria.

>
> Poincaré é considerado co-autor da Relatividade Especial.
>

O principio da relatividade foi por ele enunciado.

>
> >Mesmo a formulação de grandes conceitos não se inicia nos gênios
> >resolvedores de grandes problemas. As idéias centrais de Einstein, por
> >exemplo, aparecem em Mach e Poincaré, e Einstein bebeu em grandes goles
> pelo
> >menos de Mach. (Quanto a Newton, aparentemente ele realmente formulou os
> >conceitos revolucionários que usou, mas, como sei pouco a seu respeito,
> isso
> >pode ser apenas ilusão devida ao meu conhecimento parcial, e fico com um pé
> >atrás).
>

Insisto que os conceitos revolucionarios da mecanica newtoniana foram obtidos,
em grande parte, por Galileu. O merito de Newton, ou melhor, a contribuicao de
Newton que ficou foi a formalizacao matematica dos conceitos fisicos. Mas as
grandes leis da mecanica talvez sejam a da inercia e a relatividade (de
fenomenos mecanicos apenas), ambas atribuidas a Galileu. Alem da sua grande
contribuicao metodologica. Tanto isso eh verdade que eh muito comum se dizer
que a biologia ainda nao encontrou o seu Galileu (e nunca o seu Newton).

um abraco, Eduardo.



SUBJECT: teorema de Goedel
FROM: Eduardo <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 20/02/2001 19:50

Oi,

eu iria falar algumas coisas sobre o teorema de Goedel (eu ponho o `e'
porque nao ha como por, nesse teclado, dois pontinhos sobre o `o') mas, dada
a complexidade de tal tema, sua prova eh inintelegivel para mortais nao
especialistas em logica, e sua formulacao nao eh tao simples como se fala,
vou apenas recomendar um livro pequeno traduzido para o portugues e editado
pela edusp que se chama "A Prova de Godel". Notei alguns erros de traducao e
achei estranho alguns conceitos mas, de um mod geral, eh um bom livro sobre
o assunto, nos deixa mais humildes (Goedel tinha 25 anos quando publicou seu
classico artigo) e nos da uma boa ideia sobre o teorema as suas motivacoes e
sua prova. Nao estou com o livro aqui e esqueci o nome do autor (acho que eh
autora). Quando voltar para casa envio os dados bibliograficos com mais
cuidado.

um abraco, Eduardo.



SUBJECT: Astronomia na Com Ciência
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: Ciencialist - grupo de discussão <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 20/02/2001 20:06

Olá.

Está no ar a nova edição da Revista Com Ciência ( www.comciencia.br ),
com o tema "O homem no espaço: conhecimento e incerteza".

A revista Com Ciência é uma publicação mensal exclusivamente online de
divulgação científica do Laboratório de Estudos Avançados de Jornalismo
(Labjor) da Unicamp e da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência
(SBPC). Neste número vocês podem ler o seguinte:

Textos sobre:
- O acordo entre Brasil e Estados Unidos sobre a utilização da base
espacial de Alcântara, MA
- A Estação Espacial Internacional
- A Barreira do Inferno
- O Observatório de São Carlos
- A corrida espacial
- Quedas de satélites artificiais
- Astrofísica de cometas, asteróides e meteoros
- Extinção dos dinossauros

Artigos de pesquisadores:
- Carlos Alberto Torres, astrônomo do Laboratório Nacional de
Astrofísica - formação de sistemas planetários; descreve também suas
recentes descobertas na constelação da Hydra;
- Ramiro de la Reza, do Observatório Nacional - sua expedição ao local
da queda do "Tunguska Brasileiro", um meteoro que se chocou com a Amazônia
em 1930;
- Ulisses Capozoli, presidente da Associação Brasileira de Jornalismo
Científico - quedas de meteoros;
- Alberto Betzler, astrônomo da Skyview - o programa espacial chinês;
- Alfredo Berno de Almeida, antropólogo - implicações negativas da base
de Alcântara para as comunidades locais;
- Ronaldo Garcia - exploração espacial;
- José Renan de Medeiros, pesquisador da UFRN - vida extraterrestre;
- Oscar Matsuura, do MAST - Exobiologia
e a Carta ao Leitor de Carlos Vogt

Entrevistas com:
- Luiz Galvan Meyra Filho, presidente da Agência Espacial Brasileira
- José Monserrat Filho, vice-presidente da Sociedade Brasileira de
Direito Aeroespacial
- Marcos César Pontes, o astronauta brasileiro que irá à Estação
Espacial Internacional

Resenhas:
- Sistema Físico-Matemático dos Cometas, do padre José Monteiro da Rocha
(Salvador, 1760)
- Astronomia, uma visão geral do Universo (Amâncio Friaça et al.)
- O mundo assombrado pelos demônios, de Carl Sagan)

E mais:
- Notícias - veja a reportagem sobre a vaca louca e a disputa com o
Canadá;
- Radar da Ciência - fique por dentro das novidades científicas;
- Ofjor Ciência (Crítica à mídia) - Science x Nature;

Até a próxima...
Belisário

-----------------------------------------------------
Roberto Belisário Diniz
rbdiniz@terra.com.br
Laboratório de Estudos Avançados de Jornalismo (Labjor)
http://www.uniemp.br/labjor/
Veja também: Revista Com Ciência
http://www.comciencia.br
-----------------------------------------------------




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: indeterminismo universal ?
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 20/02/2001 23:31

-----Mensagem Original-----
De: "Andre Roviralta Dias Baptista"
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: Terça-feira, 20 de Fevereiro de 2001 13:47
Assunto: [ciencialist] Re: indeterminismo universal ?

> Hawking (mais uma vez vou citá-lo - espero uma chuva de críticas) disse
> que existem três limites fundamentais ao conhecimento:
> 1. A velocidade da luz
> 2. O príncipio da incerteza.
> 3. O teorema de Godel.

Vou sugerir, para os que valorizam os ditos de Hawking, algo "do tipo" regra
de l'Hôpital para a resolução desses limites:

Para o limite 1: Newton neles
Para o limite 2: Einstein neles
Para o limite 3: Popper neles

Newton, Einstein e Popper, durante suas vidas acadêmicas, reconheceram ter
dito muitas bobagens. Não obstante foram desbravadores, ou seja, autênticos
revolucionários e, como tais, muito mais do que suas teorias, propuseram
normas, métodos e caminhos a nos apontarem para a procura por problemas
solucionáveis. Hawking, por outro lado, ao invés de formular novos problemas
parece viver à cata de notoriedade às custas da valorização de problemas
formulados por outros e que, na sua estreita visão, não têm solução.

Não pretendo aqui definir o que seja ciência mas diria que "resolver
problemas" quase sempre é obra da tecnologia, ao passo que saber "formular
problemas" é o que distingue o verdadeiro cientista dos papagaios cultos.
Pois, em ciência, quem "formula" quase sempre "resolve". E os três exemplos
acima não me deixam mentir.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Provérbio
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: Ciencialist - grupo de discussão <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 20/02/2001 23:37

Achei que isto vinha a calhar para muito do que se fala nesta lista:

Aquele que não sabe e não sabe que não sabe é um tolo.
Ignore-o.
Aquele que não sabe e sabe que não sabe é uma criança.
Ensine-o.
Aquele que sabe e não sabe que sabe está dormindo.
Acorde-o.
Aquele que sabe e sabe que sabe é um sábio.
Siga-o.

(Provérbio árabe)

Inté,
Belisário

-----------------------------------------------------
Roberto Belisário Diniz
rbdiniz@terra.com.br
Laboratório de Estudos Avançados de Jornalismo (Labjor)
http://www.uniemp.br/labjor/
Veja também: Revista Com Ciência
http://www.comciencia.br
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SUBJECT: Ciência e criatividade (era: indeterminismo universal ?)
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 21/02/2001 00:20

Eis-nos cá novamente, Alberto, em debate neste vasto info-espaço... Ave,
amigo.

----- Original Message -----
From: Alberto Mesquita Filho

> -----Mensagem Original-----
> De: "Andre Roviralta Dias Baptista"
>
> > Hawking (mais uma vez vou citá-lo - espero uma chuva de críticas) disse
> > que existem três limites fundamentais ao conhecimento:
> > 1. A velocidade da luz
> > 2. O príncipio da incerteza.
> > 3. O teorema de Godel.
>
> Vou sugerir, para os que valorizam os ditos de Hawking, algo "do tipo"
regra
> de l'Hôpital para a resolução desses limites:
>
> Para o limite 1: Newton neles
> Para o limite 2: Einstein neles
> Para o limite 3: Popper neles
>
> Newton, Einstein e Popper, durante suas vidas acadêmicas, reconheceram ter
> dito muitas bobagens. Não obstante foram desbravadores, ou seja,
autênticos
> revolucionários e, como tais, muito mais do que suas teorias, propuseram
> normas, métodos e caminhos a nos apontarem para a procura por problemas
> solucionáveis. Hawking, por outro lado, ao invés de formular novos
problemas
> parece viver à cata de notoriedade às custas da valorização de problemas
> formulados por outros e que, na sua estreita visão, não têm solução.

Hm, não sei se posso concordar com isso... Grande parte da notoriedade
de Hawking veio de sua teoria (revolucionária) sobre buracos negros. O resto
é exploração desse "impulso inicial". Como, aliás, todos exploram os seus
"impulsos iniciais" de notoriedade, incluindo Einstein, com exceção talvez
de Newton, um notório recluso. Se as pesquisas de Hawking sobre a unificação
final são um lamaçal improdutivo (talvez sejam; imagino o que Hawking faria
com a mecânica dos fluidos...), a teoria do campo unificado de Einstein foi
mais improdutiva ainda... E o que dizer da substituição das pesquisas
científicas por pesquisas em teologia feita por Newton nas últimas décadas
de sua vida...? Há que se desmi(s)tificar os gênios, para se compreender os
seres humanos "normais".

> Não pretendo aqui definir o que seja ciência mas diria que "resolver
> problemas" quase sempre é obra da tecnologia, ao passo que saber "formular
> problemas" é o que distingue o verdadeiro cientista dos papagaios cultos.
> Pois, em ciência, quem "formula" quase sempre "resolve". E os três
exemplos
> acima não me deixam mentir.

Três pontos:

1 - Há que se levar em conta, entretanto, que o limite entre ciência e
tecnologia é bastante difuso.

2 - Já eu acho que quase nunca quem formula resolve. Os problemas de
Newton e Einstein foram formulados por outros (vide Mach e Poincaré para o
caso de Einstein). David Hilbert publicou a fórmula fundamental da teoria da
relatividade geral uma semana antes de Einstein. E a fórmula é precisamente
a mesma (para quem não acredita, quem conta é Abraham Pais, no um notório
"einstenófilo", no seu livro "Sutil é o Senhor"). Einstein ficou com a fama
(por que, nem tenho idéia), mas Hilbert chegou lá antes! Mesmo que Einstein
tivesse formulado o problema, Hilbert precedeu-o na resolução. O mesmo
pode-se dizer sobre a relatividade especial, trocando-se Hilbert por
Poincaré. Poincaré publicou sua teoria da relatividade (com E=mc2 e tudo)
antes de Einstein, mas numa obscura revista italiana, e (quase) ninguém viu
(novamente, é Pais que conta). (O que mostra que o advento dessas teorias
era devida à conjuntura científica da época numa extensão maior do que
imaginamos.)

Mesmo a formulação de grandes conceitos não se inicia nos gênios
resolvedores de grandes problemas. As idéias centrais de Einstein, por
exemplo, aparecem em Mach e Poincaré, e Einstein bebeu em grandes goles pelo
menos de Mach. (Quanto a Newton, aparentemente ele realmente formulou os
conceitos revolucionários que usou, mas, como sei pouco a seu respeito, isso
pode ser apenas ilusão devida ao meu conhecimento parcial, e fico com um pé
atrás).

3 - Isso tudo é o de menos. O principal ponto que quero enfatizar é que
a maior parte da ciência em todas as épocas se dedicou a revolver problemas
formulados por outrem, e não a formular novos problemas (quando mais, a
reformulá-los de outra forma). A "ciência romântica" das revoluções -
Newton, Einstein, etc. - ocorre apenas em momentos privilegiados da
História. Na maior parte das vezes, estão tentando refinar ou aplicar as
teorias já formuladas (isso tem a ver com uma visão kuhniana, admito). Claro
que nenhuma dessas atividades é inteiramente despojada do "criar
problemas" - mesmo a pesquisa tecnológica é uma seqüência de encontros com
pequenos problemas que são resolvidos um após o outro. Mas estamos falando
dos "grandes" problemas... Esse aspecto dúbio reflete o fato de que
"ciência", "tecnologia", "criação de problemas" e "resolução de problemas"
são conceitos criados por nós para descrever um processo (o processo
científico-tecnológico) e que, como todos os conceitos criados por nós, têm
certo grau de arbitrariedade e reducionismo, e a Natureza não pode ser
enquadrada de forma perfeita em nenhum deles.

Até a próxima...
Belisário




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: indeterminismo universal ?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 21/02/2001 07:25

Roberto Mitsuo Takata wrote:

> On Tue, 20 Feb 2001, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> > Eh, mas a ideia eu tive ha uns 10 anos e o importante eh quem teve a
>
> > ideia PRIMEIRO.
>
> O q. importa eh quem *publicou* a ideia primeiro...
>

Tenho uma proposta :
Poderemos formar um grupo de trabalho para publicarmos este paper em
co-autoria, entao dividiremos o Nobel igualmente !

Voluntarios ?

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Provérbio
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 21/02/2001 07:42


Roberto Belisario wrote:

> Achei que isto vinha a calhar para muito do que se fala nesta
> lista:
>
> Aquele que não sabe e não sabe que não sabe é um tolo.
> Ignore-o.
> Aquele que não sabe e sabe que não sabe é uma criança.
> Ensine-o.
> Aquele que sabe e não sabe que sabe está dormindo.
> Acorde-o.
> Aquele que sabe e sabe que sabe é um sábio.
> Siga-o.
>
> (Provérbio árabe)

Portanto voces devem me seguir naquilo que digo
me acordar as 6:00 hs da manha ,
me esnsinar a ser mais modesto e,
ignorar minhas piadas !! :-)))

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] indeterminismo universal ?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 21/02/2001 08:41

Roberto Belisario wrote:

> >
> > 1. Esta afirmação é falsa.
> > 2. Eu sempre digo mentiras.
> > 3. O conjunto de todos os conjuntos que não contém a si mesmos
> contém a si
> > mesmo.
> >
> > Isso é indecidibilidade, não indeterminismo. Acho.
>
> Isso não é indecidibilidade nem indeterminismo, são apenas
> afirmações
> que não têm sentido, porque contém duas afirmações contrárias
> embutidas em
> si. Precisamente do mesmo tipo que: "Sou azul e não sou azul". Mas com
> um
> disfarce bem-feito.
>

Sua argumentacao parece verdadeira mas eu nao creio que estas frases
sao equivalentes ao "sou azul e nao sou azul" : parece-me q a ideia
INICIAL
de Godel partiu exatamente do estudo destas frases auto-referentes.

Posteriormente seu teorema foi expandido e aplicado a todos os sistemas
axiomaticos. Ou seja , quem diria que o estudo da singela
sentenca "esta frase nao pode ser provada" poderia levar aa
indeterminacao do universo?:-)


>
> Mais à frente, diz o Jocax:
>
> > Eu gostaria de conjecturar q *talvez* o principio da incerteza seja
> uma
> > implicacao
> > do teorema de Godel ao universo.
>
> E depois comenta, sobre esta afirmação:
>
> > Nao disse q esta valendo, disse que eh uma assercao coerente e
> > possivel.
>
> Veja bem: o princípio da incerteza (prefiro "da indeterminação")
> já foi
> demonstrado matematicamente a partir das equações da Mecânica
> Quântica. Se
> um dia for demonstrado que ele decorre do teorema de Gödel, seria
> equivalente a dizer que esse teorema tem alguma ligação íntima com a
> Equação
> de Schrödinger (equação fundamental da Mecânica Quântica)... O que é
> altamente improvável, pois: (1) o teorema de Gödel não se baseia em
> nenhum
> pressuposto sobre a natureza física das coisas, é puramente
> matemático; (2)
> a Mecânica Quântica está carregada de premissas sobre a natureza
> física das
> coisas.

Em principio vc tem toda a razao mas eu gostaria de lembra-lo que :

Ateh hoje NINGUEM conseguiu explicar porque a Matematica serve aa
Fisica.

Isto eh, se a matematica eh uma construcao da mente num universo que nao

tem, em principio, NADA a ver com nosso mundo fisico , porque entao
ela se presta tao bem aa descricao deste mundo de modo que suas leis
fisica soh sao expressas em equacoes matematicas ?!?

Assim sendo, e como os sistemas matematicos estao baseados em logica,
eh natural entao que em sendo o T Godel aplicavel a eles tambem se
aplicaria
ao nosso universo fisico ja que nosso universo eh baseado em matematica.

Eh razoavel?


Quero ateh dizer que talvez minha conjectura de universo virtual seja
verdadeira
e estes indicios logico-matematicos seriam corroboracoes desta
conjectura :
http://groups.yahoo.com/group/Genismo/message/39

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] indeterminismo universal ?
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 21/02/2001 09:40

> > > 1. Esta afirmação é falsa.
> > > 2. Eu sempre digo mentiras.
> > > 3. O conjunto de todos os conjuntos que não contém a si mesmos
> > contém a si mesmo.
> > >
> > Isso não é indecidibilidade nem indeterminismo, são apenas
> > afirmações que não têm sentido, porque contém duas afirmações contrárias

Eu havia decidido ficar de fora sobre o tema da indecidibilidade... volto
mais uma vez em minha decisao.

Sao indecidiveis sim, se considerarmos os axiomas da logica: do terceiro
excluido -- uma proposicao ou eh falsa ou eh verdadeira (lembrando q. se
fala em proposicoes -- expressoes do tipo: "Que ceu azul!" nao sao
proposicoes) e da nao-contradicao, algo nao pode ser verdadeiro e falso ao
mesmo tempo...

Acho q. sempre comecam essa explanacao com a historia do cretense
mentiroso -- Epimenides, um cretense, teria dito: "Todos os cretenses sao
mentirosos" -- isso eh um proposicao. Seria verdadeira ou falsa?

Se for verdadeira caimos em contradicao -- ja' q. Epimenides sendo um
cretense deveria mentir, mas ele disse a verdade.

Bem, se for falsa, significa q. nem todos os cretenses sao mentirosos --
alguns falam a verdade 'as vezes e por vezes contam mentiras --
Epimenides, como cretense, pode falar um mentira e eh de fato o q. estaria
fazendo.

Logicamente a proposicao so' pode ser falsa. Quer dizer, algo q. parece
cretino 'a primeira vista mostra uma certa coerencia -- embora nao sei se
tem alguma utilidade pratica imediata.

(Eh base para a resposta do famosos problema da bifurcacao -- um caminho
se bifurca -- um ramo leva 'a vila dos mentirosos -- onde vai ter um show
imperdivel de funk com a danca do tigrao -- e outro 'a vila dos q. so'
dizem a verdade -- em cada um existe um guarda da respectiva vila. Mas nao
sabemos qual eh qual. Como saber qual caminho seguir com apenas uma
pergunta?)

Uma proposicao do tipo: "Eu so' falo a verdade" -- pode ser dita tto por
um mentiroso exclusivo qto por um honesto inveterado e tbm pelos q. contam
ora mentira, ora verdade. Se for um mentiroso quem diz, a proposicao eh
falsa, idem para um q. mente 'as vezes. Se for um honesto, entao a
proposicao eh verdadeira. Podemos atribuir tranquilamente um valor de
verdade ou de falsidade 'a proposicao -- basta saber a qualidade do
proponente em relacao 'a sua sinceridade.

Uma proposicao do tipo: "Eu minto" -- nao pode ser dita por quem so' diz a
verdade. Tbm nao pode ser dita por quem so' diz mentira. Mas pode ser dita
por quem diz verdades e mentiras -- e definimos q. a frase eh verdadeira.

Agora uma frase do tipo: "Estou mentindo". Nao pode ser dita por quem fala
a verdade apenas. Nem por quem diz apenas a mentira. Pode ser dita apenas
por quem mente e diz a verdade de vez em qdo. Mas a proposicao eh
verdadeira ou falsa? Se a frase eh verdadeira, ele esta' mentindo, mas
esta' dizendo a verdade ao dizer q. esta' mentindo -- entao a frase eh
falsa. Contradicao. Se a frase eh falsa, ele nao esta' mentindo, mas ele
mente ao dizer q. esta' de fato mentindo, entao a frase eh verdadeira.
Tbm contradicao. Nao podemos decidir se a frase eh verdadeira ou falsa.

Podemos estender a classificao e admitir q. ou uma proposicao eh
verdadeira ou eh falsa ou nao pode ser determinada.

Digamos entao uma proposicao do tipo:

"Esta proposicao ou eh falsa ou nao pode ser determinada."

Se ela eh verdadeira, ou ela seria falsa ou nao poderia ser determinada --
e caimos em contradicao.

Se ela eh falsa, a proposicao eh verdadeira -- contradicao.

Se ela nao pode ser determinada, eh verdadeira -- contradicao: ja' q.
determinamos o valor verdade para uma proposicao q. nao poderia ser
determinada.

Elas nao sao afirmacoes sem sentidos como: "sou azul e nao sou azul" -- a
contradicao eh temporal e nao fixa.

Tragam mais maionese.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: indeterminismo universal
FROM: andrebaptista@uol.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 21/02/2001 11:01

Ol� Belis�rio,


Roberto Belis�rio escreveu:
>Eu n�o tenho essas informa��es, logo n�o vou dar mais palpites por ora.

> Andr� Baptista:
>Os �nicos enunciados que eu conhe�o desse tipo s�o enunciados
> auto-referentes do tipo:
>
> 1. Esta afirma��o � falsa.
> 2. Eu sempre digo mentiras.
> 3. O conjunto de todos os conjuntos que n�o cont�m a si mesmos cont�m a si
> mesmo.
>
> Isso � indecidibilidade, n�o indeterminismo. Acho.

>Isso n�o � indecidibilidade nem indeterminismo, s�o apenas afirma��es
>que n�o t�m sentido, porque cont�m duas afirma��es contr�rias >embutidas em si.

U�, voc� n�o disse que n�o ia mais dar palpites? Isso � indecis�o, n�o indecidibilidade! ;-)
Os enunciados 1, 2 e 3 s�o exemplos que eu tirei de diversos textos de divulga��o sobre o teorema de Godel. S�o frases que fazem sentido, sim. Simplesmente n�o se pode decidir se s�o verdadeiras ou falsas. Eu mesmo fiquei meio decepcionado, porque enunciados desse tipo me parecem evidentemente indecid�veis (ou paradoxais). Godel simplesmente teria demonstrado que o senso comum est� correto: n�o se pode decidir se os referidos enunciados s�o falsos ou verdadeiros. Claro que para a matem�tica pura isso tem uma import�ncia enorme, mas para a ci�ncia tenho a impress�o de que n�o tem nenhuma import�ncia. At� agora n�o encontrei nenhum exemplo de "proposi��o indecid�vel" que n�o seja do tipo acima, ou seja, um paradoxo auto-referente (quer seja formulado em palavras ou em linguagem matem�tica).

>Precisamente do mesmo tipo que: "Sou azul e n�o sou azul". Mas com um
>disfarce bem-feito.

Esse enunciado cont�m duas frases distintas, ligadas pela conjun��o "e", uma falsa e outra verdadeira. Esse enunciado realmente n�o sentido dentro da l�gica aristot�lica: " a = n�o a ". N�o � indecid�vel: � decididamente falso. Voc� n�o pode ser azul e n�o ser azul ao mesmo tempo, ent�o o enunciado � falso.


>Andr� Baptista:
> Hawking (mais uma vez vou cit�-lo - espero uma chuva de cr�ticas) disse
que
> existem tr�s limites fundamentais ao conhecimento:
>
> 1. A velocidade da luz
> 2. O pr�ncipio da incerteza.
> 3. O teorema de Godel.


Roberto Belis�rio:

>Eu acrescentaria:

> 4. O in�cio do Universo (a cadeia causa-efeito precisa ter um come�o)
> 5. O porqu� �ltimo das leis da F�sica (todo conhecimento baseia-se >em premissas; logo nunca poderemos chegar no porqu� �ltimo das leis >da F�sica, sempre haver� premissas)
> 6. A natureza da consci�ncia humana (por mais que a identifiquemos >com algum substrato f�sico, sempre haver� o "gap" entre esta >explica��o e a estranha e sutil impress�o de "eu" que permeia nossas >percep��es - as minhas, pelo menos)

Para evitar o problema n�mero 4, Hawking prop�e um "tempo fechado", por exemplo, circular, de modo a n�o haver in�cio nem fim. Num universo com geometria fechada, n�o existe o problema das bordas ou limites (o que h� depois?)
O problema 5 � apenas filos�fico: se as leis f�sicas fossem inteiramente determinist�cas, e pudessemos modelar e prever todos os fatos observ�veis, seria irrelevante o conhecimento da "raz�o �ltima" dessas leis (fisicamente falando).
O problema 6 tamb�m � apenas filos�fico e especulativo. Tamb�m n�o sei o que � "ser" um caranguejo, uma sequ�ia ou uma lesma... Isso n�o impediu que cientistas j� tenham conseguido modelar o sistema nervoso de uma lesma. Para mim, a "consci�ncia" de outro ser humano � algo t�o vago quanto conceitos como "energia vital" , "yin e yang", etc

abra�os,

Andr� Baptista


SUBJECT: Re: [ciencialist] indeterminismo universal ?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 21/02/2001 13:25


(Eh base para a resposta do famosos problema da bifurcacao -- um caminho
se bifurca -- um ramo leva 'a vila dos mentirosos -- onde vai ter um show
imperdivel de funk com a danca do tigrao -- e outro 'a vila dos q. so'
dizem a verdade -- em cada um existe um guarda da respectiva vila. Mas nao
sabemos qual eh qual. Como saber qual caminho seguir com apenas uma
pergunta?)

Eu chegaria na frente de um dos guardas e perguntaria: --- "Vc está me vendo?"
Será o mentiroso se responder: "Não".
Ele pode ser mentiroso, mas não é cego!

[outra opção: perguntar a algum deles: "Vc gosta da dança do tigrão?" ... será um mentiroso nato se responder "sim" :-)]

[outra opção, relativa ao show * imperdível*: "Vc sabe o endereço do Imperdível?" ... o mentiroso responderá "não" :-)]

[]'
Léo



SUBJECT: Re: [ciencialist] indeterminismo universal ?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 21/02/2001 13:35


De: "Roberto Mitsuo Takata" <rmt@ib.usp.br>

>"Tragam mais maionese."

Sem dúvida uma proposição/solicitação falsa espacial e temporalmente.
Quem iria comer algo com maionese na frente de um micro, lambuzando tudo (boca, dedos, teclado etc.).
Por outro lado, não há ninguém que fume cigarro contaminado com maionese ( "tragam" ) :-)

[]'
Léo (em pausa num trabalho que está esquentando a cuca!)





SUBJECT: Re: [ciencialist] Provérbio
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 21/02/2001 13:39


|
| Roberto Belisario wrote:
|
| > Achei que isto vinha a calhar para muito do que se fala nesta
| > lista:
| >
| > Aquele que não sabe e não sabe que não sabe é um tolo.
| > Ignore-o.
| > Aquele que não sabe e sabe que não sabe é uma criança.
| > Ensine-o.
| > Aquele que sabe e não sabe que sabe está dormindo.
| > Acorde-o.
| > Aquele que sabe e sabe que sabe é um sábio.
| > Siga-o.
| >
| > (Provérbio árabe)
|
| Portanto voces devem me seguir naquilo que digo
| me acordar as 6:00 hs da manha ,
| me esnsinar a ser mais modesto e,
| ignorar minhas piadas !! :-)))
|
| []s
| jocax


Ninguém é sábio, mas poderá se-lo, no dia que conseguir trocar tudo que já sabe por aquilo que ainda não sabe.
(provérbio leonino/divino/imperdível)

[]'
Léo




SUBJECT: Re: Ciência e criatividade (era: indeterminismo universal ?)
FROM: "Andre Roviralta Dias Baptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 21/02/2001 14:10

Olá pessoal,

----- Original Message ----- From: Roberto Belisario

> Hm, não sei se posso concordar com isso... Grande parte da notoriedade
>de Hawking veio de sua teoria (revolucionária) sobre buracos negros. O
resto
>é exploração desse "impulso inicial". Como, aliás, todos exploram os seus
>"impulsos iniciais" de notoriedade, incluindo Einstein, com exceção talvez
>de Newton, um notório recluso.

Não entendi bem o que você quis dizer, mas com relação a "explorar a
notoriedade", pelo menos para fins mundanos, Newton foi bem mais ativo do
que Einstein. Newton foi presidente da Casa da Moeda Inglesa (algo talvez
como presidente do FED - o Banco Central americano - hoje em dia) e
presidente da Royal Society. Einstein jamais abandonou seu posto acadêmico,
e quando teve a chance de concorrer a presidência de Israel, recusou
educadamente.


>Se as pesquisas de Hawking sobre a unificação
>final são um lamaçal improdutivo (talvez sejam; imagino o que Hawking faria
>com a mecânica dos fluidos...), a teoria do campo unificado de Einstein foi
>mais improdutiva ainda... E o que dizer da substituição das pesquisas
>científicas por pesquisas em teologia feita por Newton nas últimas décadas
>de sua vida...? Há que se desmi(s)tificar os gênios, para se compreender os
>seres humanos "normais".


Não apenas nas últimas décadas. A teologia foi mais importante do que física
durante toda a vida de Newton, com exceção talvez de breves intervalos de
grande produtividade científica. Newton era também fanático pela alquimia. E
quando morreu estava se dedicando a um trabalho de história, se não me
engano uma "cronologia do império romano." Veja "A vida de Isaac Newton" de
Richard Westfall. Só nos resta imaginar o que ele teria feito se tivesse se
dedicado em tempo integral a física... Os caminhos da produtividade humana
são insondáveis.


>Já eu acho que quase nunca quem formula resolve. Os problemas de
>Newton e Einstein foram formulados por outros (vide Mach e Poincaré para o
>caso de Einstein). David Hilbert publicou a fórmula fundamental da teoria
da
>relatividade geral uma semana antes de Einstein.

Bem, a fórmula da relatividade restrita se deve a H. Lorentz, e leva seu
nome "transformada de Lorentz". Mas Lorentz apenas criou a fórmula com
finalidades matemáticas, não criou uma teoria física em cima dela.

>E a fórmula é precisamente a mesma (para quem não acredita, quem conta é
Abraham Pais, no um notório
>"einstenófilo", no seu livro "Sutil é o Senhor"). Einstein ficou com a fama
>(por que, nem tenho idéia), mas Hilbert chegou lá antes! Mesmo que Einstein
>tivesse formulado o problema, Hilbert precedeu-o na resolução.

Tenho o livro, mas nunca consegui lê-lo até o final. Vou dar uma olhada.
Novamente, será que Hilbert entendeu o significado físico das equações?
Dizem também que a geometria de Riemann praticamente "prevê" a teoria da
relatividade quase que como uma necessidade.

>O mesmo
>pode-se dizer sobre a relatividade especial, trocando-se Hilbert por
>Poincaré. Poincaré publicou sua teoria da relatividade (com E=mc2 e tudo)
>antes de Einstein, mas numa obscura revista italiana, e (quase) ninguém viu
>(novamente, é Pais que conta). (O que mostra que o advento dessas teorias
>era devida à conjuntura científica da época numa extensão maior do que
>imaginamos.)

Poincaré é considerado co-autor da Relatividade Especial.

>Mesmo a formulação de grandes conceitos não se inicia nos gênios
>resolvedores de grandes problemas. As idéias centrais de Einstein, por
>exemplo, aparecem em Mach e Poincaré, e Einstein bebeu em grandes goles
pelo
>menos de Mach. (Quanto a Newton, aparentemente ele realmente formulou os
>conceitos revolucionários que usou, mas, como sei pouco a seu respeito,
isso
>pode ser apenas ilusão devida ao meu conhecimento parcial, e fico com um pé
>atrás).

Quanto a isso, o próprio Newton disso "Se consegui enxergar longe, foi
porque pude me apoiar no ombro de gigantes".


abraços,

André Baptista





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciência e criatividade
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 21/02/2001 16:05

On Tue, 20 Feb 2001, Eduardo wrote:
> contribuicao metodologica. Tanto isso eh verdade que eh muito comum se dizer
> que a biologia ainda nao encontrou o seu Galileu (e nunca o seu Newton).

Comprando briga... Nem a fisica encontrou o seu Darwin...

(Ambas encontraram James Watson e Francis Crick -- q. chutaram a Rosalin
Franklin da jogada)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: charada dos caminhos (era: indeterminismo universal ?)
FROM: "Andre Roviralta Dias Baptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 21/02/2001 16:55

Olá fãs da dança do tigrão:

>(Eh base para a resposta do famosos problema da bifurcacao -- um caminho
>se bifurca -- um ramo leva 'a vila dos mentirosos -- onde vai ter um show
>imperdivel de funk com a danca do tigrao -- e outro 'a vila dos q. so'
>dizem a verdade -- em cada um existe um guarda da respectiva vila. Mas nao
>sabemos qual eh qual. Como saber qual caminho seguir com apenas uma
>pergunta?)

>Eu chegaria na frente de um dos guardas e perguntaria: --- "Vc está me
vendo?"
>Será o mentiroso se responder: "Não".
>Ele pode ser mentiroso, mas não é cego!

Sabendo que cada guarda está na no caminha da respectiva vila fica muito
fácil. Na charada original - da qual podem haver varições - não se sabe qual
guarda está em qual caminho, e só se pode fazer uma pergunta - tentar
descobrir qual é essa pergunta é um desafio interessante, por isso não vou
colocar a resposta aqui.


[]´s

André Baptista




.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciência e criatividade
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 21/02/2001 17:27


| On Tue, 20 Feb 2001, Eduardo wrote:
| > contribuicao metodologica. Tanto isso eh verdade que eh muito comum se dizer
| > que a biologia ainda nao encontrou o seu Galileu (e nunca o seu Newton).
|
| Comprando briga... Nem a fisica encontrou o seu Darwin...

Que não é entendido até hoje.
Muito superficialmente pelos professores de biologia, arranhadelas pelos alunos e zero pelos que dizem que o homem veio dos macacos.
Quanto a mim, pergunto, quem é esse senhor Darwin? Quer me passar pra trás? :-)
[]'
deus

|
| (Ambas encontraram James Watson e Francis Crick -- q. chutaram a Rosalin
| Franklin da jogada)
|
| []s,
|
| Roberto Takata




SUBJECT: Nonio no top Cadê?
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ajc <ajciencia@egroups.com>
DATE: 21/02/2001 21:44

O nonio (http://www.nonio.com) foi nomeado para o top Cade? e está
a decorrer uma votação para escolher o melhor site de ciência e
tecnologia do mês de Janeiro. Quem achar que o nonio é realmente um
bom site e quiser votar no nonio pode faze-lo aqui:

http://www.topcade.com.br/votacao/lvota.asp?Pg=form&ids=208&idc=1

Mas precisa de se inscrever previamente aqui:

http://www.topcade.com.br/cadastro/cadastro.asp?Pg=form&ids=208&idc=1

A inscrição tem que ser confirmada após a recepção de um email.

Se por acaso preferir votar noutro candidato pode escolher aqui:

http://www.topcade.com.br/ciencia/votaciencia.htm
--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: Burrice Artificial (fwd)
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 22/02/2001 12:05


Na pagina de Humor na Ciencia inventei o Projeto Burrice Artificial (
http://www.humornaciencia.cjb.net ) e recebi a seguinte mensagem:

---inicio
Há muito tempo tenho uma curiosidade: Porque o animal burro (o filho da
égua com o jumento) se tornou metáfora para a falta de inteligência? É só
porque o burro é estéril? Então pessoas que não fazem filhos são todas
burras, de onde se deduz que é uma grande burrice não passar os gens
adiante? Ou é porque o casamento interracial (égua e jumento) só tem como
resultado uma burrada? Não riam de mim, já pensei sério em todas estas
hipóteses.
---fim

Se alguem quiser resolver o enigma... :)

---
Novidades na Humor na Ciencia:
**Os perigos do pao! - Veja porque o pao eh um grande inimigo da
humanidade. (obs: essa eh boa para mandar pra Superinteressante. :))
**Estamos promovendo o 13oEncontro das Retas Paralelas.
**Dentro de alguns dias a Humor na Ciencia terah o patrocinio da
primeira empresa de criogenia do Brasil, a Kon Gela.

Se alguem tiver alguma ideia e/ou sugestao, eh soh enviar!

PS: vou viajar na amanha (sexta-feira) e soh volto na quarta.

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna
Humor na Ciencia - http://www.humornaciencia.cjb.net ou
http://www.geocities.com/humornaciencia/


[Non-text portions of this message have been removed]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Burrice Artificial (fwd)
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 22/02/2001 15:35

O burro nao eh filho de egua e jumento. O burro eh sinonimo de jumento,
tbm conhecido como jerico, asno, jegue.

O resultado do cruzamento de egua e burro ou cavalo e burra eh a mula.

Mas a burrice suponho q. seja em funcao da folclorica casmurrice desses
animais qdo resolvem empacar. Nada no mundo parece demove-lo a sair do
lugar e continuar a andar. Uma situacao q. consideramos burra eh a
de teimosia injustificada.

> **Os perigos do pao! - Veja porque o pao eh um grande inimigo da
> humanidade. (obs: essa eh boa para mandar pra Superinteressante. :))

Nao manda, nao, q. eles publicam como materia de capa!!!!

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: entrevista com psiquiatra Del Nero na revista "amanha"
FROM: "Andre Roviralta Dias Baptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: <fcb@yahoogroups.com>, <ciencialist@yahoogroups.com>, <ceticismo-br@intl.egroups.com>
DATE: 22/02/2001 18:27

Psiquiatra da USP defende a ciência e o racionalismo em entrevista.
http://www.zaz.com.br/amanha/163/entrevista01.htm

vejam um trecho:

"O sr. afirma estar preocupado em resgatar uma noção científica de mente.
Por quê?

_Porque mente e ética não são conceitos políticos, nem sujeitos ao debate na
praça da cidade. Eu não consigo entender uma pessoa que toma floral de Bach
e que joga Tarô. A maioria das pessoas não sabe o que é impedância nem o que
é corrente elétrica. E se recusa a achar que suas emoções são modulações de
corrente elétrica. As pessoas têm um antropomorfismo e uma espécie de
fisicofobismo. Pensam assim: "Deus me livre achar que minhas funções
superiores, a minha vontade, a minha alegria, o meu ser, são fenômenos
físicos". Como se o físico tivesse alguma coisa menos nobre que o espírito.
E é chique, é muito escolado você falar que é espiritualista."

(HENRIQUE SCHÜTZER DEL NERO, Psiquiatra e Filósofo, autor do livro "O Sítio
da Mente")





SUBJECT: Re: Ciencia e criatividade
FROM: msbn@daterranet.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 22/02/2001 18:43

--- In ciencialist@y..., Eduardo <dgueron@m...> wrote:
...Mas as grandes leis da mecanica talvez sejam a da inercia e a
relatividade (de fenomenos mecanicos apenas), ambas atribuidas a
Galileu. Alem da sua grande contribuicao metodologica. Tanto isso eh
verdade que eh muito comum se dizer que a biologia ainda nao
encontrou o seu Galileu (e nunca o seu Newton).

Manuel - Se a biologia ainda não encontrou o seu Galileu (logo, não
se trata ainda de uma ciência no sentido forte do termo), imagine
então a psicologia e a antropologia.

Mas essa procura do Galileu da biologia (ou da sociologia, etc.) nada
mais é que papo-furado de epistemólogos com formação em física, para
os quais a metodologia da física e o "método científico" são uma e a
mesma coisa.

Afirmam esses epistemólogos que a cientificidade de uma hipótese está
em seu poder de fazer predições que podem, no entanto, ser falsas no
mundo real. O problema é que todos os exemplos de hipótese
"científica" que eles nos oferecem são retirados da física, ciência
em que o pensamento dedutivo tem um papel de destaque (observe-se que
a predição assenta-se no raciocínio por dedução.)

Mas na biologia e, mais particularmente, na etologia, a indução é a
forma de raciocínio predominante. E há quem afirme que na psicologia
tanto a dedução quanto a indução perdem espaço para o que Peirce
denominou de raciocínio por "abdução", que é o modo como raciocinam
os bons detetives: "se eu fosse o assassino, aonde me esconderia?"

De resto, tanto a biologia quanto a antropologia, a sociologia, a
psicologia, etc. lidam com sistemas abertos muito afastados do
equilíbrio; portanto, sistemas situados "no limite do caos", e, no
limite do caos, o comportamento de um sistema é relativamente
imprevisível, ou melhor, dada a hipótese X e um concurso de
circunstâncias, o que pode ser "predito" não é o comportamento Y, mas
uma vasta gama ou mesmo um número infinito de comportamentos
possíveis. Este fato não invalida o princípio da falseabilidade de
Popper, mas com certeza o "problematiza". Não devemos, pois, aceitar
tal princípio sem quaisquer reservas.

Ontem comprei um pacote de café "descafeinado". Experimentei o troço
e achei uma merda. Pior que aquilo só mesmo cerveja sem álcool. Pois
bem, sabem vocês o que surgirá no dia em que a biologia ou a
sociologia encontrarem o seu Galileu? Vocês sabem qual será o
resultado da "fisicalização" da psicologia, por exemplo? Algo muito
parecido com... café descafeinado.

Essa mania antipática que alguns físicos têm de considerar a
metodologia da sua ciência particular com sendo o método científico
por excelência (ao ponto de muitos afirmarem que o darwinismo não é
ciência, mas um programa metafísico) é prova de que o mundo
científico-acadêmico é também um mundo assombrado por demônios --
como, por exemplo, o demônio do "fundamentalismo".

Existem, porém, outros físicos que salvam a raça. Einstein, por
exemplo, que certa vez escreveu: "A ciência sem epistemologia --
supondo-se que isto seja imaginável -- é primitiva e confusa.
Entretanto, caso o epistemólogo, que procura um sistema claro, o
tenha encontrado, ele está propenso a interpretar o conteúdo da
ciência por meio de seu sistema e a rejeitar seja o que for que não
se ajuste ao seu sistema. O cientista, contudo, não pode se dar ao
luxo de levar tão longe seu empenho pela sistemática
epistemológica... O cientista, por este motivo, deve parecer ao
epistemólogo sistemático um oportunista inescrupuloso." (A. Einstein;
1949; "in" Alan Sokal e Jean Bricmont; Imposturas Intelectuais; Ed.
Record; pág. 69)

Abraços,
Manuel Bulcão




SUBJECT: provas
FROM: "Frater Anakian" <peterlsm@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 22/02/2001 20:39

Prezados amigos, gostaria que alguém pudesse responder duas questões
me surgiram:

1) Um professor de teologia, amigo meu, disse que na entrada principal
do prédio da NASA há uma inscrição que afirma que ali se acredita em
deus, algo como "Aqui se estuda as obras do criador" ou "Se você não
acredita em um criador, não compreenderás o universo". Existe
realmente frase semelhante?

2) Ouvi muitos argumentos que a Teoria da Evolução de Darwin não foi
experimentada e, portanto, apenas explica "ad hoc" as questões de
nível biológico que se propõe. Dizem também que ela não pode realmente
ser experimentada, ou já teria passado de "teoria" para "lei" da
Evolução. Eu gostaria também que vocês pudessem me citar sites em
português, e especialmente aqueles que se pretendam a oferecer provas
empíricas sobre o tema (também gostaria de já ter alguns argumentos e
enunciados/provas principais na resposta desta mensagem).

Agradeço as respostas.

Peterson.



SUBJECT: Re: [ciencialist] provas
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 23/02/2001 13:53

Frater Anakian wrote:

> Prezados amigos, gostaria que alguém pudesse responder duas questões
> me surgiram:
>
> 1) Um professor de teologia, amigo meu, disse que na entrada principal
>
> do prédio da NASA há uma inscrição que afirma que ali se acredita em
> deus, algo como "Aqui se estuda as obras do criador" ou "Se você não
> acredita em um criador, não compreenderás o universo". Existe
> realmente frase semelhante?
>

Eu nao sei , mas meio acho dificil acreditar.
O Carl Sagan nao trabalhava na NASA ?


>
> 2) Ouvi muitos argumentos que a Teoria da Evolução de Darwin não foi
> experimentada e, portanto, apenas explica "ad hoc" as questões de
> nível biológico que se propõe. Dizem também que ela não pode realmente
>
> ser experimentada, ou já teria passado de "teoria" para "lei" da
> Evolução.

Mas a "Teoria" da Relatividade eh mais correta que as "Leis" de Kepler
e nem por isso eh chamada de Lei.
Veja que em ciencias naturais vc nunca pode provar que uma teoria esta
correta, voce soh pode provar que ela eh falsa.
Assim tanto "Teorias" como "Leis" tem o mesmo status :
Sao proposicoes ou modelos a cerca do universo que nunca poderao ser
provados verdadeitros ( embora possam ser ).



> Eu gostaria também que vocês pudessem me citar sites em
> português, e especialmente aqueles que se pretendam a oferecer provas
> empíricas sobre o tema (também gostaria de já ter alguns argumentos e
> enunciados/provas principais na resposta desta mensagem).
>

Li certa vez que a Teoria de Darwin eh a teoria cientifica mais antiga
em
ciencias naturais que ateh hoje ninguem conseguiu refutar e permanece
verdadeira.
Diga a seu amigo teologo que a T. Darwin eh aceita como verdadeira em
todos os meios cientificos do mundo.

[]s
jocax

PS: manda para o seu amigo teologo meus dialogos ateicos para ele tentar
refutar :
http://groups.yahoo.com/group/Genismo/message/37




SUBJECT: Re: [ciencialist] provas
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 23/02/2001 14:01



Roberto Mitsuo Takata wrote:

> A evolucao das linhagens de HIV tbm sao um testemunho da validade da
> Teoria da Evolucao.

Faltou referir o que para mim é a prova mais convincente: vida
artificial. A evolução já foi observa em organismo artificiais
que vivem em computador.

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] provas
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 23/02/2001 14:06

On Thu, 22 Feb 2001, Frater Anakian wrote:
> 1) Um professor de teologia, amigo meu, disse que na entrada principal
> do prédio da NASA há uma inscrição que afirma que ali se acredita em

Pergunte ao pessoal da Nasa: www.nasa.gov

(Embora isso seja totalmente irrelevante)

> 2) Ouvi muitos argumentos que a Teoria da Evolução de Darwin não foi
> experimentada e, portanto, apenas explica "ad hoc" as questões de

Foi, ampla e extensamente experimentada e ate' agora os indicios sao
esmagadoramente favoraveis 'a Teoria da Evolucao -- claro q. houve
modificacoes 'a teoria de Darwin pra ca' -- sendo o esqueleto dado pela
Teoria Sintetica da Evolucao ou Neo-darwinismo: q. basicamente reune os
principios da genetica mendeliana com o processo de selecao natural.

Registre-se q. atualmente conhecem-se outros processos evolutivos q. nao
envolvem selecao: por exemplo, o fenomeno de deriva genetica -- q. se da'
por flutuacoes aleatorias na passagem de um tipo de alelo de uma geracao
'a outra.

Qdo um paleontologo preve o tipo de associacao de fauna em funcao da
localizacao e idade da rocha, ele esta' pondo 'a prova a teoria da
evolucao: como os organismos vao se modificando com o tempo (no darwinismo
estrito por mudancas relativamente graduais e no saltacionismo de Gould E
Eldredge por mudancas bastantes rapidas), eh de se esperar q. as camadas
intermediarias entre duas outras apresentem organismos com caracteristicas
-- pelo menos grosseiramente -- intermediarias entre os organismos dessas
camadas. O achado do Arqueopteryx lithographica, por exemplo, foi um belo
indicio a apoiar a teoria.

Em laboratorio, os cientistas criam organismos: bacterias, moscas,
camundongos, milhos, feijoes -- em diferentes condicoes ambientais e
acompanham as modificacoes nas caracteristicas de geracao em geracao.
Podem rastrear como isso se processa geneticamente.

Na natureza, acompanhamento de populacoes naturais tbm dao base 'a teoria.
Atualmente estuda-se o processo de especiacao de mosca-da-maca: Ragholetis
pomonella -- duas populacoes em uma mesma localidade esta' se dividindo,
com uma delas passando por processo de adaptacao a uma nova planta
hospedeira.

Essa distincao entre 'teoria' e 'lei' eh furada. Teoria eh qq explicacao
de uma classe geral de fenomeno: do mesmo modo como dizemos Teoria da
Relatividade de Einstein, Teoria da Deriva Continental. Uma lei eh uma
expressao bastante precisa e mais puntual do q. uma teoria: temos as tres
leis de Newton q. formam a base da Teoria da Gravitacao Newtoniana.

Dentro da Teoria Evolutiva temos diversas leis q. dizem respeito a
aspectos particulares, como a lei de exclusao competitiva de nichos (em um
mesmo ambiente, nao se encontram duas especies de organismos com uma
sobreposicao total de nicho ecologico), o equilibrio de Hardy-Weinberg (em
uma populacao ideal em q. nao ocorre alteracao do pool genico e com
acasalamento aleatorio, dados dois alelos A e B, com proporcoes
respectivas de p e q, os genotipos distribuir-se-ao na proporcao: p^2,
2.pq, q^2), as leis mendelianas, etc...

A Teoria Evolutiva baseia-se em 4 postulados q. podem ser testados um a
um.

1 - variacao intrapopulacional
Podemos fazer analises da variacao morfologica, genetica, bioquimica,
anatomica, etc... em uma populacao. Isso ja' foi feito para diversas
especies. Um exemplo classico sao medidas do tamanho e forma do
bico de individuos de populacoes de diversas especies de 'tentilhoes' da
ilha de Galapagos.

2 - hereditariedade de algumas dessas variacoes
Todo programa de melhoramento genetico se baseia nisso. Curioso notar q.
a humanidade venha fazendo isso ha' pelo menos 10.000 anos com a
domesticacao de cultivares e de animais domesticos. Se quiserem eu posso
fornecer algumas moscas-das-frutas (nao sao drofilas) para fazer os
cruzamentos e verificar a heranca de caracteres.

3 - geracao de mais descendentes do q. os q. podem sobreviver
Isso tbm esta' muito bem documentado. Em populacoes estaveis notamos q. o
numero de filhotes gerados sao maior do q. os q. atingem a idade adulta e
se reproduzem. O caso das tartarugas marinhas eh bastante conhecido:
milhares de filhotes nascem todos os anos, porem a populacao nao explode.

4 - Sobrevivencia e reproducao nao-aleatoria
Podemos correlacionar caracteristicas dos pais q. deixam mais descendentes
e verificar se essa correlacao se mantem nos descendentes (fixado o
ambiente). Podemos fazer isso com feijoes e ervilhas em casa tbm.

A evolucao das populacoes segue direto e reto com a observacao desses 4
postulados. E podemos acompanhar o feomeno de evolucao diretamente tbm.

A evolucao das linhagens de HIV tbm sao um testemunho da validade da
Teoria da Evolucao.

Origens: um estudo evolutivo
http://www.ib.usp.br/evolucao/inic

Evoluindo - esclarecendo a evolucao
http://evoluindo.br2net.com

Vc quer q. eu passe referencias de alguns trabalhos sobre evolucao?
(Dentre as dezenas de milhares produzidas todos os anos?)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: provas
FROM: msbn@daterranet.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 23/02/2001 15:44

Caro Peterson,

As mensagens 7736 (minha) e 7743 (do Takata) têm por assunto o
caráter científico ou não do darwinismo.

http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/7736
http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/7743

[]'s
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: [ciencialist] provas
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 23/02/2001 17:29

On Fri, 23 Feb 2001, Roberto Mitsuo Takata wrote:
> Atualmente estuda-se o processo de especiacao de mosca-da-maca: Ragholetis
> pomonella -- duas populacoes em uma mesma localidade esta' se dividindo,

Leia-se /Rhagoletis pomonella/.

*Estudos sobre R. pomonella

Feder, JL, CA Chilcote & GL Bush 1988 - Genetic differentiation between
sympatric host races of the apple maggot fly Rhagoletis pomonella. Nature
336: 61-4.

Feder, JL, CA Chilcote & GL Bush 1990 - The geographic pattern of genetic
differentiation between host associated populayions of Rhagoletis
pomonella (Diptera: Tephritidae) in the eastern United States and Canada.
Evolution 44: 570-94.

Prokopy, RJ, SR Diehl & SS Cooley 1988 - Behavioral evidence for host
races in Rhagoletis pomonella flies. Oecologia 76: 138-47.

*Peixes ciclideos do lago Vitoria

Meyer, A, TD Kocher, P Basasibwaki & AC Wilson 1990 - Monophyletic origin
of Lake Victoria cichlid fishes suggested by mitochondrial DNA sequences.
Nature 347: 550-3.

*Evolucao humana

Templeton, AR 1992 - Human origins and analysis of mitochondrial DNA
sequences. Science 255: 737.

*Divulgacao

Dawkins, Richard 1998 -- A escalada do monte Improvavel: uma defesa da
teoria da evolucao. (trad. Suzana Sturlini Couto) S.Paulo, Cia das Letras,
376 pp.

Zimmer, Carl 1999 -- 'A Beira d'agua: macroevolucao e transformacao da
vida. (trad. Marcus Penchel) R. Janeiro, Jorge Zahar Ed., 336 pp.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Quimica quantica
FROM: "O_Iniciado" <peterlsm@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 23/02/2001 18:30

===============
Jocax:
>> Mas a "Teoria" da Relatividade eh mais correta que
>> as "Leis" de Kepler e nem por isso eh chamada de Lei.

Ótimo argumento.

>> Diga a seu amigo teologo que a T. Darwin eh aceita
>> como verdadeira em todos os meios cientificos do mundo.

Disso eu já sabia, estava precisando apenas de fontes referenciais
para apresentar o fato, formalizado, a um terceiro.

>> manda para o seu amigo teologo meus dialogos ateicos
>> para ele tentar refutar :

Sobre esse assunto eu mesmo já lhe apresentei os argumentos do
ateísmo teórico, crítico e cético. O interessante é que diante do
confronto com a realidade, os estudiosos do assunto (teólogos) são
humildes em reconhecer a inconstância de seus próprios argumentos
(pelo menos enquanto não estão na frente dos "fiéis").

===============
Takada:
>> Pergunte ao pessoal da Nasa: www.nasa.gov
>> (Embora isso seja totalmente irrelevante)

É irrelevante dentro da perspectiva que faz a clara separação
entre Ciência e cientista, mas aqui foi mesmo uma curiosidade pessoal.

>> Foi, ampla e extensamente **experimentada**

É exatamente sobre a apresentação referencial bibliográfica (e
reconhecida) de tais experimentos que eu estava falando. Como cético,
além de requerer o conteúdo material/referencial para que alguém me
prove alguma coisa, eu também gosto de provar, da mesma forma, aquilo
que proponho.
Obrigado pela citação dos livros.

================
João:
>> A evolução já foi observa em organismo artificiais
>> que vivem em computador.

Neste caso, envolvendo provas empíricas de Evolução dentro do
contexto Darwinista, o argumento pode passar por uma falácia de
Analogia Estendida, uma vez que não se tratam de situações realmente
análogas. Mesmo assim, ajuda.

================
Bulcão:
>> As mensagens 7736 (minha) e 7743 (do Takata) têm
>> por assunto o caráter científico ou não do darwinismo.

Visitei. Mais um argumento válido, agora dentro de uma perspeciva
da epistemologia e filosofia da Ciência.

================
Alberto:
>> Pergunte a esse professor o que significa para ele
>> compreender o universo.

Independente da resposta dele, isso não iria afetar o critério de
hermenêutica gramatical da frase que ele afirmou existir. De qualquer
forma, ele não afirmou que isso teria um "peso" na percepção analítica
da relação entre ciência/religião; tratou-se apenas de uma curiosidade
surgida em uma conversa. Curiosidade que até ele mesmo tinha e me
pediu para averiguar.
Por outro lado, seus comentários acerca de Lei, Teoria e Hipóteses
foram bem lembrados.

Agradeço a todos pela colaboração.
Levanto agora um outro tópico: ontem (23/02/01), num diálogo com
um amigo formado em Química, ele mencionou o termo "Química Quântica"
que, confesso, não lembro de ter ouvido em nenhum momento nos meus
estudos em Física.
Cheguei até a brincar com ele dizendo que o termo me parecia
semelhante àqueles utilizados para dar "ênfase" a coisas tais como
"metafísica quântica", "psicologia quântica" e outros que sabemos
existir por aí, uma vez que fica difícil para mim imaginar reações ou
perspectivas químicas com tais pacotes de energia, ou ainda com
quarks.
Depois, entrei no site de busca "Cadê" e encontrei um site que
dizia falar sobre o tema que, infelizmente, não cumpriu o prometido.

Gostaria que me elucidassem sobre esse ponto, pois me percebi
ignorante sobre tal.
Reitero meus votos de agradecimento, e um abraço a todos.

Peterson.



SUBJECT: Re: [ciencialist] provas
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 23/02/2001 22:49

-----Mensagem Original-----
De: "Frater Anakian"
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: Quinta-feira, 22 de Fevereiro de 2001 20:39
Assunto: [ciencialist] provas

> Prezados amigos, gostaria que alguém pudesse responder duas questões
> me surgiram:
> 1) Um professor de teologia, amigo meu, disse que na entrada principal
> do prédio da NASA há uma inscrição que afirma que ali se acredita em
> deus, algo como "Aqui se estuda as obras do criador" ou "Se você não
> acredita em um criador, não compreenderás o universo". Existe
> realmente frase semelhante?

Pergunte a esse professor o que significa para ele compreender o universo. A
meu ver, pode-se "compreender o universo" por caminhos bastante distintos:
científicos, filosóficos, teológicos... Se a resposta deste professor for de
cunho científico é bem provável que ele seja um enganador ou então adota um
significado para ciência não universal (Aliás, não é fácil definir o que
seja ciência.) Do contrário ele poderá ser um cientista crente como Newton,
Einstein e tantos outros e isso em nada afetará sua credibilidade como
cientista. Um cientista pode ser ateu, céptico, agnóstico ou crente mas em
hipótese alguma pode ou deve misturar alhos com bugalhos; neste caso não
seria cientista mas um "burro" vulgar como outro qualquer.

Por falar em mensagens de entrada principal, dizem que na porta de um CPD
europeu lê-se a seguinte mensagem: "O computador está aqui para resolver os
nossos problemas -- os quais antes não tínhamos." :-))

> 2) Ouvi muitos argumentos que a Teoria da Evolução de Darwin não foi
> experimentada e, portanto, apenas explica "ad hoc" as questões de
> nível biológico que se propõe. Dizem também que ela não pode realmente
> ser experimentada, ou já teria passado de "teoria" para "lei" da
> Evolução.

Não vou discutir o mérito da questão (teoria de Darwin) mas apenas comentar
sucintamente sobre a utilização dos termos hipótese, teoria e lei:

Teoria é um conjunto de hipóteses coerentemente interligadas, tendo por
finalidade explicar, elucidar, interpretar ou unificar um dado domínio do
conhecimento. Hipóteses são afirmações propostas como verdadeiras, passíveis
de verificação experimental e a alicerçarem uma teoria científica. Uma
hipótese corroborada experimentalmente acaba sendo chamada "consensualmente"
por lei. (Como pode ser notado, estou assumindo o chamado método dedutivo
pois no método indutivo não existe a dedução de hipóteses, evoluindo-se
diretamente da observação para a indução de leis e teorias).

As teorias de hipótese única são raras como, por exemplo, a relatividade
geral e mesmo estas não são exatamente teorias de hipótese única pois
apoiam-se no acervo científico aceito como tal (hipóteses acessórias). Logo,
a menos que se esteja adotando outra convenção para o termo teoria, não há
como dizer-se que uma "teoria" passaria a ser uma "lei" pois o que é mais
não pode evoluir para o que é menos (além de serem coisas situadas em níveis
conjeturais diferentes). Quando muito que se diga que uma teoria deixou de
ser alternativa e passou a ser aceita pela comunidade científica, pois é
isso o que normalmente acontece com as teorias que fazem sucesso.

Às vezes a fé numa teoria é tamanha que ela deixa de ser teoria e adquire o
status de doutrina com suas hipóteses fazendo o papel de dogmas. Esse tipo
de evolução é amplamente defendido por Thomas Khun ao justificar a sua
"filosofia" da ciência. Em condições como essa, aqueles que contestam esse
tipo de cientificismo (endeusamento da teoria e/ou da ciência "normal" de
Thomas Khun) acabam sendo alijados da comunidade científica através de
processos bastante semelhantes àquele sofrido por Galileu, razão pela qual
costumo pregar que a "filosofia" de Thomas Khun fomenta o que chamo
"Inquisição dos Tempos Modernos". Os cientistas que abraçam essa linha de
pensamento não têm porque criticar a inquisição religiosa da idade média,
pois estão procedendo de maneira bastante semelhante com seus colegas
(Boltzmann que o diga). Aliás, a inquisição da idade média tem também um
forte cunho acadêmico científico, o que se torna evidente se raciocinarmos
que, naquela época, a ciência e a educação estavam nas mãos dos sacerdotes.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: danca do tigrao
FROM: "O_Iniciado" <peterlsm@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 24/02/2001 09:57

Franciso:
>> Alguém poderia me dizer que raio é essa
>> dança do tigrão?

É uma manifestação de uma estratégia genética utilizada para a
reprodução em massa de genes, dentro daquela justificação da mulher
pré-histórica procurando vários machos pelos bosques para que pudesse
ter uma diversidade maior de descendentes. A dança do tigrão é a
consequência contemporânea da capacidade memética de adaptar padrões
culturais para uma ilusão de evolução exatamente dentro desse
contexto.
Acho que é isso. Alguém mais se habilita???

Peterson.




SUBJECT: Notícias Com Ciência
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: Ciencialist - grupo de discussão <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 24/02/2001 10:40

Notícias da Com Ciência

Veja em:

http://www.comciencia.br/noticias/framenot.htm

Primeiras linhas de cada notícia (leia o texto integral no link acima):

Agricultura - União de institutos gera polêmica
Será votado no dia 07 de março, na Assembléia Legislativa de São Paulo, o
projeto de criação da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios
(Apta). A agência, que já vem funcionando desde 10 de maio de 2000, integra
as perspectivas de desenvolvimento traçadas pelo governo no Plano Plurianual
2000-2003.

Física - Brasileiro reformula a Termodinâmica
Uma fórmula matemática descoberta em 1988 pelo grego, naturalizado
brasileiro, Constantino Tsallis, do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas
(CBPF), transformou-o em um dos físicos brasileiros mais conhecidos no
exterior. Seu feito provocou, nos últimos dez anos, uma série de importantes
desenvolvimentos científicos, que levaram ao estabelecimento de um novo ramo
da Física, a Termodinâmica Não-Extensiva.

Evento - Amazônia é tema da 7ª Reunião Especial da SBPC
A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) vai realizar em
Manaus, em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)
e a Universidade do Amazonas, a sua 7ª Reunião Especial. O evento, que
acontece de 25 a 27 de abril no Tropical Hotel Manaus, tem como tema central
"Amazônia no Brasil e no mundo".

Espaço - Meteoro pode ter causado extinção em massa
Novas descobertas produzem evidências de que a mais severa extinção em massa
da história da Terra ocorreu por impacto de um corpo celeste.

Biologia aquática - Peixe-boi concebido em cativeiro nasce morto
O segundo filhote de peixe-boi concebido em cativeiro no Instituto Nacional
de Pesquisas da Amazônia (INPA), nasceu morto no dia 19 de fevereiro. Os
pesquisadores do Laboratório de Mamíferos Aquáticos (LMA), do INPA, afirmam
que as causas da morte são desconhecidas.

Mídia - Fundação lança prêmio para jornalistas
A Fundação Nuevo Periodismo Iberoamericano (FNPI) está lançando o Prêmio
Nuevo Periodismo FNPI-CEMEX, em parceria com a empresa CEMEX. O objetivo é
valorizar a prática do jornalismo e homenagear profissionais que se
destacaram no jornalismo na América Latina e no Caribe.

Notas:

Maior dinossauro da história pode ter sido descoberto
O paleontólogo argentino, Jorge Calvo, acredita ter encontrado o fóssil do
maior dinossauro do mundo, que teria vivido na Patagônia há cerca de 85
milhões de anos.

Físico é premiado pela Unesco
O físico Ernest Wolfgang Hamburger, que vem dedicando mais de 40 anos à
divulgação científica, recebeu o Prêmio Kalinga pela Popularização da
Ciência.

Fiocruz abre inscrições para curso de pós
Estarão abertas, entre os dias 01 e 30 de março, as inscrições para o
programa de Pós-Graduação Lato-Sensu em Educação Científica em Biologia e
Saúde, no Instituto Oswaldo Cruz/Fiocruz.

Até,
Belisário

-----------------------------------------------------
Roberto Belisário Diniz
rbdiniz@terra.com.br
Laboratório de Estudos Avançados de Jornalismo (Labjor)
http://www.uniemp.br/labjor/
Veja também: Revista Com Ciência
http://www.comciencia.br
-----------------------------------------------------




SUBJECT: Re: [ciencialist] Quimica quantica
FROM: "Adivinho" <Adivinho@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 24/02/2001 19:24

Bom...não sei o que será Quimica Quântica...Contudo , adianto que a Quimica
é Física Quantica.
Ou melhor, os métodos físicos da Mecânica Quântica (MQ), aplicados a atomos
, explicam a destribuição dos electrões nas orbitas , as ligações quimicas e
a distribuição dos elementos pela tabela periódica.
Claro calculos envolvendo moleculas e/ou o estudo das reacções quimicas sob
o ponto de vista da MQ se pode chamar Quimica Quântica. Contudo não sei se
será a isto que se refere o teu amigo...mas não deve andar longe.

Como alguém disse um dia
" A quimica é a fisica dos electrões nos átomos"

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda
sergiotaborda@mypage.org


SUBJECT: Re: [ciencialist] Quimica quantica
FROM: rbdiniz@terra.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 24/02/2001 20:04

Peterson:
> Levanto agora um outro t�pico: ontem (23/02/01), num di�logo com
> um amigo formado em Qu�mica, ele mencionou o termo "Qu�mica Qu�ntica"
> que, confesso, n�o lembro de ter ouvido em nenhum momento nos meus
> estudos em F�sica.
> Cheguei at� a brincar com ele dizendo que o termo me parecia
> semelhante �queles utilizados para dar "�nfase" a coisas tais como
> "metaf�sica qu�ntica", "psicologia qu�ntica" e outros que sabemos
> existir por a�, uma vez que fica dif�cil para mim imaginar rea��es ou
> perspectivas qu�micas com tais pacotes de energia, ou ainda com
> quarks.
> Depois, entrei no site de busca "Cad�" e encontrei um site que
> dizia falar sobre o tema que, infelizmente, n�o cumpriu o prometido.
>
> Gostaria que me elucidassem sobre esse ponto, pois me percebi
> ignorante sobre tal.
> Reitero meus votos de agradecimento, e um abra�o a todos.
>
> Peterson.

Oi, Peterson. O que os qu�micos chamam de "Qu�mica Qu�ntica" � mais ou menos o que os f�sicos chamam de "F�sica At�mica e Molecular" - ou seja, a aplica��o da Mec�nica Qu�ntica para o estudo de �tomos, mol�culas, �ons, etc. A diferen�a que eu vejo com a F�sica At�mica e Molecular � que esta, al�m de cuidar da estrutura at�mica e molecular em si (estudos sobre espectroscopia, por exemplo), tamb�m tem uma importante se��o que cuida das colis�es entre el�trons, �tomos e mol�culas (teoria do espalhamento - muito �til, por exemplo, para fabrica��o de novos materiais, incluindo microchips). Os qu�micos qu�nticos cuidam mais da primeira parte, apesar de por vezes se meterem com a segunda.

At�
Belis�rio



SUBJECT: Indeterminismo no universo
FROM: rbdiniz@terra.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 24/02/2001 20:09

Oi. Estou em outra cidade e os e-mails anteriores est�o no meu winchester em Campinas, de forma que n�o posso cit�-los. Portanto, vou resumir-me a dizer o seguinte: creio que voc�s t�m raz�o naqueles argumentos sobre as afirma��es indecid�veis; a l�gica me obriga a dar o bra�o a torcer. S� espero que o tal prov�rbio �rabe n�o me caia sobre a cabe�a... :)

At� quinta, que na praia n�o tem computo,
Belis�rio, fugindo do Carnaval no Paran�



SUBJECT: Re: [ciencialist] indeterminismo universal ?
FROM: "Francisco" <fbrito@globo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 24/02/2001 22:20

Paz e Vida Longa!


Alguém poderia me dizer que raio é essa dança do tigrão?

Francisco



----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Wednesday, February 21, 2001 1:25 PM
Subject: Re: [ciencialist] indeterminismo universal ?



(Eh base para a resposta do famosos problema da bifurcacao -- um caminho
se bifurca -- um ramo leva 'a vila dos mentirosos -- onde vai ter um show
imperdivel de funk com a danca do tigrao -- e outro 'a vila dos q. so'
dizem a verdade -- em cada um existe um guarda da respectiva vila. Mas nao
sabemos qual eh qual. Como saber qual caminho seguir com apenas uma
pergunta?)

Eu chegaria na frente de um dos guardas e perguntaria: --- "Vc está me
vendo?"
Será o mentiroso se responder: "Não".
Ele pode ser mentiroso, mas não é cego!

[outra opção: perguntar a algum deles: "Vc gosta da dança do tigrão?" ...
será um mentiroso nato se responder "sim" :-)]

[outra opção, relativa ao show * imperdível*: "Vc sabe o endereço do
Imperdível?" ... o mentiroso responderá "não" :-)]

[]'
Léo



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SUBJECT: Encontros da STR
FROM: "Sociedade da Terra Redonda" <strbrasil@hotmail.com>
TO: ateus-br@yahoogroups.com, ceticismo-br@yahoogroups.com, ciencialist@yahoogroups.com, despertar@yahoogroups.com, fcb@yahoogroups.com, pensamento@yahoogroups.com, sbcr@yahoogroups.com, turma@yahoogroups.com
DATE: 25/02/2001 17:58

Caros Amigos de Lista,

O 4o Encontro Regional da STR ser� realizado em S�o Paulo, no S�bado 10
de Mar�o de 2001, �s 18:30. Convidamos os Membros e Visitantes de outros
estados pr�ximos a comparecerem tamb�m (principalmente os Membros e
Visitantes do Rio de Janeiro, de Minas Gerais e do Paran�). O encontro se
realizar� no Bar & Restaurante HalfTime, que fica no Shopping West Plaza (ao
lado do Parque Ant�rtica), pr�ximo � esta��o Barra Funda do metr�. O �nibus
que sai da esta��o do metr� e vai para o shopping � gratuito. A partir das
18:30 o pre�o do rod�zio de massas � fixo: R$ 7,90. Veja na �rea Eleve Sua
Voz (http://www.strbrasil.com.br/Voz) as fotos dos tr�s primeiros encontros,
realizados em Porto Alegre - RS. Contamos com a presen�a de todos os Membros
cadastrados e Visitantes ate�stas, agn�sticos, c�ticos, racionalistas e
livres-pensadores! Leve seus amigos! N�o Perca!

O 5o Encontro Regional da STR tamb�m ser� realizado no S�bado 10 de Mar�o
de 2001 em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Fiquem atentos � p�gina
principal da STR (http://www.strbrasil.com.br/principal.htm) para
informa��es sobre o local e a hora.

Abra�os,
Leo Vines
Vines@strbrasil.com.br

P.S.: Pe�o desculpas aos membros de mais de uma lista pelas mensagens
duplicadas.
_________________________________________________________________________
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SUBJECT: Re: [ciencialist] danca do tigrao
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 26/02/2001 07:09



O_Iniciado wrote:
>
> Franciso:
> >> Alguém poderia me dizer que raio é essa
> >> dança do tigrão?
>
> É uma manifestação de uma estratégia genética utilizada para a
> reprodução em massa de genes,

Ateh aih pode ser ! :-)

> dentro daquela justificação da mulher
> pré-histórica procurando vários machos pelos bosques para que pudesse
> ter uma diversidade maior de descendentes.


Aih ja nao concordo visto q a mulher eh geneticamente determinada
a ser muito mais seletiva que um homem. A menos q o q vc quis dizer
seja uma forma das mulheres selecionarem os parceiros e nao uma
forma sexual-promiscua de agir.


>A dança do tigrão é a
> consequência contemporânea da capacidade memética de adaptar padrões
> culturais para uma ilusão de evolução exatamente dentro desse
> contexto.

Assim como todas as reunioes sociais congeneres.


[]s
jocax


SUBJECT: Genoma sem alma
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO:
DATE: 26/02/2001 07:39

Genoma sem alma
DNA reacende falsa esperança de que genes expliquem essência da natureza
humana
Suplemento Mais, Folha de SP, 25 de Fevereiro de 2001

por Alex Mauron
........
Com a sequência completa do genoma humano agora disponível, a
noção de
que nosso genoma é sinônimo de nossa humanidade está ganhando
força.
Essa visão é uma espécie de "genômica metafísica", com o
genoma2
figurando como o núcleo de nossa natureza, determinando tanto a
individualidade quanto a identidade da espécie. De acordo com
essa
visão, o genoma surge como a verdadeira essência da natureza
humana,
sendo as influências externas consideradas eventos acidentais.
.............


Texto completo em :
http://groups.yahoo.com/group/Genismo/message/182

[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] indeterminismo universal ?
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 26/02/2001 14:04

On Sat, 24 Feb 2001, Francisco wrote:
> Alguém poderia me dizer que raio é essa dança do tigrão?

Chegando de Venus por esses dias?

'A danca do tigrao' eh uma das diversas obras musicais do 'fanque' carioca
q. tEm feito sucesso neste verao Brasil afora -- tem o 'Tapinha nao doi',
'Popozuda' e outras perolas.

No novo CD 'Furacao 2001' devem constar essas pecas. Imperdivel.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Seres noologicos
FROM: msbn@daterranet.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 26/02/2001 14:37

Olá,

Estou atualmente lendo "O Paradigma Perdido", do antropólogo Edgar
Morin, e me surpreendi com um trecho em que o autor fala da relativa
autonomia dos "seres noológicos" (noologia: a ciência dos fenômenos
considerados como puramente mentais em sua origem), os quais lembram
muito os "memes" de Richard Dawkins. O trecho segue abaixo, mas antes
uma observação: o livro de Edgar Morin foi publicado pela primeira
vez em 1973, ou seja, três anos antes do lançamento da primeira
edição do livro de Dawkins, o Gene Egoísta, em que os memes são pela
primeira vez considerados.

"...devemos dizer duas palavras sobre um fenômeno capital, que é a
existência 'viva' dos seres noológicos, idéias, símbolos, espíritos,
deuses, que dispõem não só de uma realidade subjetiva, mas também de
uma certa autonomia objetiva. Produzidos pelos cérebros, tornam-se
vivos de um tipo novo (P. Auger, 1966; J. Monod, 1971), e os
cérebros, sendo sistemas fracamente controlados, são como aprendizes
de feiticeiros em relação àqueles seres, ou melhor, constituem
ecossistemas nutritivos sem os quais os seres noológicos não podem
viver, mas sobre os quais vivem. Como diz, de uma forma excelente,
Pierre Auger, 'as idéias reproduzem-se nos meios constituídos pelos
cérebros humanos'(Auger, 1966, pp. 98-99). Entre os seres que vivem
na brecha de ambiguidade entre o sujeito e o objeto, os espíritos, os
espectros, os gênios, os deuses, têm um grau de existência superior,
biomorfa, antropomorfa. E é evidente que os deuses existem. Eles
falam, agem, ordenam, exigem. Cavalgam-nos e, no transe da posse,
falam pelas nossas bocas..."

"Deste modo, a magia e a religião constituem uma maneira de assegurar
as relações de intercâmbio, de compromisso, de segurança, de
entreajuda, com as forças e com os seres mitológicos que não
existiriam sem nós, mas que nos controlam. Dominado e explorado pelos
seus deuses e pelos seus gênios, o `sapiens' procura, por seu lado,
domá-los, utilizá-los. Serve-os, alimenta-os, oferece-lhes
sacrifícios, canta-lhes elogios, dirige-lhes orações, para que, por
sua vez, eles lhe assegurem comida, sucesso, proteção, vitória,
imortalidade." (Edgar Morin; "O Paradigma Perdido: A Natureza
Humana"; Publicações Europa-América; pp. 140/141.)

Mas Dawkins foi mais longe ao inserir tais seres noológicos (memes)
numa cadeia evolucionária presidida pelo mecanismo da seleção natural.

Abraços,
Manuel Bulcão

"Existem muitas questões a que a ciência atualmente não pode dar
resposta. Mas o trabalho científico constitui a única estrada que nos
pode levar a um conhecimento da realidade externa a nós mesmos."
(Sigmund Freud)




SUBJECT: Re: [ciencialist] Arco-Iris
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: Ciência-List <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 26/02/2001 15:22

On Fri, 26 Jan 2001, Bruno Woltzenlogel Paleo wrote:
> Onde posso encontrar informações extremamente detalhadas sobre o arco-iris?
> Queria saber os calculos que explicam o formato de arco, entre outras
> coisas...

http://www.sciam.com/askexpert/physics/physics45/physics45.html

[]s,

roberto takata



SUBJECT: procuro dicas sobre livros cient�ficos!
FROM: andrebaptista@uol.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 26/02/2001 15:25

Ol� pessoal,

Estou com uma lista de livros para comprar pela amazon.com, e sabem como �, a lista vai crescendo, crescendo... Gostaria ent�o de dicas ou opini�es de voc�s. Estou procurando livros "intermedi�rios" nas seguintes �reas (pode ser um livro de divulga��o avan�ado ou um livro de introdu��o t�cnico - que possa ser compreendido por algu�m que conhe�a apenas c�lculo, geometria e estat�stica b�sica):

um livro de introdu��o � Mec�nica Qu�ntica - minha op��o at� agora � "Quantum Teory" de David Bohm - ser� que � "bom" mesmo?

um livro de introdu��o � Relatividade Geral - minha op��o � "The Geometry of Spacetime : An Introduction to Special and General Relativity" James J. Callahan

Um livro sobre a hist�ria da mec�nica qu�ntica - minha op��o � "Thirty Years That Shook Physics : The Story of Quantum Theory"
- George Gamow

Algu�m leu "The Code Book : The Evolution of Secrecy from Mary, Queen of Scots to Quantum Cryptography" - Simon Singh ?

Algum livro interessante sobre mec�nica cl�ssica "moderna"?

Qual o melhor livro sobre gen�tica e evolu��o?

Voc�s acham que vale a pena comprar a vers�o ilustrada de "Uma Breve Hist�ria do Tempo?" (j� a tenho a original)


abra�os,

Andr� Baptista











SUBJECT: Re: [ciencialist] procuro dicas sobre livros científicos!
FROM: Adam Luiz de Azevedo <adam@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 26/02/2001 15:44

Para a história da mecânica quântica recomendo "À procura do gato
de Schrödinger" de John Gribin (não tenho certeza se Gribin está escrito
corretamente).
Defina mecânica clássica "moderna". Se você quer realmente
aprender mecânica clássica sugiro o livro Classical Dynamics of Particles
and Systems, de J. B. Marion e para um aprofundamente Classical Mechanics,
de Herbert Goldstein.

On Mon, 26 Feb 2001 andrebaptista@uol.com.br wrote:

> Olá pessoal,
>
> Estou com uma lista de livros para comprar pela amazon.com, e sabem como é, a lista vai crescendo, crescendo... Gostaria então de dicas ou opiniões de vocês. Estou procurando livros "intermediários" nas seguintes áreas (pode ser um livro de divulgação avançado ou um livro de introdução técnico - que possa ser compreendido por alguém que conheça apenas cálculo, geometria e estatística básica):
>
> um livro de introdução à Mecânica Quântica - minha opção até agora é "Quantum Teory" de David Bohm - será que é "bom" mesmo?
>
> um livro de introdução à Relatividade Geral - minha opção é "The Geometry of Spacetime : An Introduction to Special and General Relativity" James J. Callahan
>
> Um livro sobre a história da mecânica quântica - minha opção é "Thirty Years That Shook Physics : The Story of Quantum Theory"
> - George Gamow
>
> Alguém leu "The Code Book : The Evolution of Secrecy from Mary, Queen of Scots to Quantum Cryptography" - Simon Singh ?
>
> Algum livro interessante sobre mecânica clássica "moderna"?
>
> Qual o melhor livro sobre genética e evolução?
>
> Vocês acham que vale a pena comprar a versão ilustrada de "Uma Breve História do Tempo?" (já a tenho a original)
>
>
> abraços,
>
> André Baptista
>
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SUBJECT: Re: [ciencialist] procuro dicas sobre livros científicos!
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 26/02/2001 16:19

On Mon, 26 Feb 2001 andrebaptista@uol.com.br wrote:
> Qual o melhor livro sobre genética e evolução?

De evolucao, um q. gosto muito eh o 'Evolutionary Analysis' de Scott
Freeman e Jon C. Herron (1998, Prentice-Hall, Upper Saddle River. 786
pag.)

Mas o mais famoso eh o "Evolutionary Biology" de Douglas Futuyma (nao
confundir com o Futuyama de "O fim da historia") -- 1998, 3a. ed.,
Sinauer Associates, Sunderland, 763 pp. (Tem uma edicao em portugues de
1996 editada pela Sociedade Brasileira de Genetica.)

Um tbm muito bom eh de Mark Ridley (nao confundir com Matt Ridley -- de 'A
origem da virtude') - 'Evolution' -- 1997. Oxford Univ. Press, Oxford, 430
pp.

Sao todos livros-texto para graduacao -- assim, nao eh necessario mais
conhecimento do q. um aluno do ensino medio pra comecar a ler.

(De divulgacao eh o 'Escalando o Monte Improvavel' de Dawkins e o ''A
beira d'agua' de Carl Zimmer -- acho q. ja' passei a referencia dos dois
em outra mensagem.)

De genetica, Greffiths et al. 1996 -- An introduction to genetic analysis.
6a. ed. W. H. Freeman & Co., N. York. 915 pp. Eh bastante didatico, mas
ja' esta' defasado.

Um mais atual eh:

Lewin, B 2000 - Genes VII. Oxford Univ. Press, N. York. 990 pp. (Mas
talvez seja um pouco mais complicado de acompanhar.) -- na Liv. Cultura,
um importado tava saindo por cerca de 94 reais. (Tem a edicao em
portugues, mas eh coisa de 190 pilas.)

De divulgacao, tem um q. nao li, de Francois Jacob: "O rato, a mosca e o
homem". (Nao tenho referencias completas.)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] indeterminismo universal ?
FROM: "Francisco" <fbrito@globo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 26/02/2001 21:59

Paz e Vida Longa

Caro Takata

Como sempre, posso contar contigo para me atualizar das mais recentes obras
artisticas do genero humano!

Realmente ando muito desatualizado, e que ainda estou aturdido com aquela
poetica canção, lembra dela? "...na boquinha da garrafa ela deu uma
raladinha...". Não esperava que tão cedo surgisse outra perola de mesmo
brilho.

Como e criativo o espirito humano.

Francisco

----- Original Message -----
From: "Roberto Mitsuo Takata" <rmt@ib.usp.br>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Monday, February 26, 2001 2:04 PM
Subject: Re: [ciencialist] indeterminismo universal ?


On Sat, 24 Feb 2001, Francisco wrote:
> Alguém poderia me dizer que raio é essa dança do tigrão?

Chegando de Venus por esses dias?

'A danca do tigrao' eh uma das diversas obras musicais do 'fanque' carioca
q. tEm feito sucesso neste verao Brasil afora -- tem o 'Tapinha nao doi',
'Popozuda' e outras perolas.

No novo CD 'Furacao 2001' devem constar essas pecas. Imperdivel.

[]s,

Roberto Takata


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Arco-Iris
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 27/02/2001 00:02

No novo livro do Dawkins, "Desvendando o Arco Iris" tem alguns
paragrafos
falando sobre este fenomeno fisico.

Na epoca q eu era estudante um ex-professor do IF ( Moyses Nussensveig )
publicou na Scientific American, reportagem de capa, um artigo
sobre o arco-iris.

[]s
jocax

Bruno Woltzenlogel Paleo wrote:
>
> Onde posso encontrar informações extremamente detalhadas sobre o
> arco-iris?
> Queria saber os calculos que explicam o formato de arco, entre outras
> coisas...
>
> Até o futuro...<Bruno Woltzenlogel Paleo>
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SUBJECT: Outro forum cientifico
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 27/02/2001 08:06

http://www.physicsforums.com/

[]s
jocax


SUBJECT: Ciência, sociedade e Dawkins
FROM: jmanuel.otero@icaa.mcu.es
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 27/02/2001 10:13

Prezados e prezadas:

Recentemente entrei nesta lista depois de ter descoberto por acaso e julgo que é de grande interesse. Eu nom sou científico nem nada do género. Sou estudante de Filologia e Filosofia, mas gostaria de superar a dissociaçom entre as Letras e as Ciências que me incutiu e continua a incutir-me a educaçom que recebo. Por isso procuro ler artigos científicos e por isso também me sumei a esta lista.

Acho que talvez as teorias científicas influam na vida social e política, e nos fundamentos filosóficos, mais do que se pensa. E vice-versa, os fundamentos filosóficos dumha sociedade num momento concreto talvez influam nas investigações científicas. Sobre este assunto anda circulando um artigo mui recente de Eduardo Galeano (acho que disponível em http://zonanon.com e www.mst.org.br) sobre a biogenética e as suas impolicações sociais e políticas.

Estou a comprovar que com freqüência é nomeado Dawkins na lista e a sua teoria do Gene Egoísta. Também se falou recentemente na teoria da evoluçom de Darwin.

E como tenho lido que o livro de Dawkins condiz coa ideologia neoliberal (o que pode ser umha bobagem, mas é o -pouco- que tenho lido), gostaria de saber a opiniom dos membros desta lista sobre todo isto: a relaçom ciências exactas-ciencias humanas, e o caso de Dawkins en particular.

J. Manuel Outeiro.

P.S.: Sou galego, da Galiza, e por isso escrevo na variante galega da língua portuguesa.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Ciência, sociedade e Dawkins
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 27/02/2001 11:08



jmanuel.otero@icaa.mcu.es wrote:

>
> Acho que talvez as teorias científicas influam na vida social e política, e
>nos fundamentos filosóficos, mais do que se pensa. E vice-versa, os
>fundamentos filosóficos dumha sociedade num momento concreto talvez influam
>nas investigações científicas. Sobre este assunto anda circulando um artigo
>mui recente de Eduardo Galeano (acho que disponível em http://zonanon.com e
>www.mst.org.br) sobre a biogenética e as suas impolicações sociais e
>políticas.

Esse artigo não passa de histeria sem fundamento. Revela o medo que
os ignorante sentem em relação às novas tecnologias. Ele mistura o
"Admiravel Mundo Novo" com transgénicos, declarações retiradas do
contexto e declarações que não representam o ponto de vista da maior
parte dos cientista para criar uma sensação de catastrofe que não
existe. Baseia-se em casos muito pontuais em que houve perigo para
a saude um um número reduzidissimo de pessoas e esquece os beneficios
das técnicas de produção alimentar. Mas outra coisa não seria de
esperar de uma corrente ideologica que tem como heroi um agricultor
francês.


> Estou a comprovar que com freqüência é nomeado Dawkins na lista e a sua
>teoria do Gene Egoísta. Também se falou recentemente na teoria da evoluçom
>de Darwin.
>
> E como tenho lido que o livro de Dawkins condiz coa ideologia neoliberal (o
>que pode ser umha bobagem, mas é o -pouco- que tenho lido), gostaria de
>saber a opiniom dos membros desta lista sobre todo isto: a relaçom ciências
>exactas-ciencias humanas, e o caso de Dawkins en particular.


As teorias cientificas não têm ideologia. Pensar que podem ter é o erro
cometido por um certo tipo de intelectuais que não percebe nada de
ciência, e que a acima de tudo não está interessado na verdade, mas na
promoção da sua ideologia às custas da deturpação da verdade.

O neoliberalismo é uma corrente politica que pretende ser a melhor forma
de organização politica e economica de uma sociedade de Homens livres.
Os
Homens têm o direito de optar pelo melhor sistema de acordo com aquilo
que acham melhor. Se é a melhor forma de governo, cabe aos Homens
decidir
em função das seus próprios desejos. A solução pode até depender das
circunstâncias de cada um e pode nem existir uma solução igual para
todos.

A teoria do Gene Egoista é uma teoria que procura explicar a evolução
das
espécies e a criação de determinadas espécies e relações entre elas e
não
de outras. A teoria do Gene Egoista ou está certa ou está errada. Se
estiver
errada, lixo com ela. Se estiver certa então é extremamente útil para
fazer
previsões em biologia. É irrelevante se a teoria é neoliberal ou
socialista.
Se estiver certa é boa, se estiver errada é má. Mas não me parece que se
estiver errada isso implique que o neoliberalismo está errado. E se está
certa também não me parece que se conclua que o neoliberalismo esteja
certo.

Mas se preferir: a ciência informa o politico de como é que funciona a
natureza. O politico depois escolhe em função dos interesses das pessoas
que representa. No entanto a ciência não impõe escolhas ao politico.

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: Re: Ciência, sociedade e Dawkins
FROM: "Andre Roviralta Dias Baptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 27/02/2001 11:44

Bem vindo à lista, Manuel!

Como você não explicou de início que era galego, demorei alguns segundos para perceber. Só "caiu a ficha" quando notei que seu e-mail terminava com "es". Por curiosidade: O Galego pode ser considerado um "dialeto" português, ou é apenas uma "variante" como você diz?

Uma teoria científica não pode servir de justificativa para uma escolha ética ou política. Se Dawkins é "neoliberal" ou não, isso também não pode ser levado em consideração na hora de se avaliar suas idéias científicas. Desde o século passado (ops, século retrasado!) o darwinismo tem sido acusado (e realmente indevidamente utilizado para isso) de "justificar" as desigualdades sociais. Tenho a impressão pessoal de Dawkins realmente é liberal. Por outro lado Stephen Jay Gould é de esquerda, isso não impede que ambos sejam eminentes darwinistas. Talvez (provavelmente!) a disputa amarga entre eles tenha sido em parte alimentada por essa divergência política, pois afinal ambos são humanos. Mas, no frigir dos ovos, ambos são igualmente darwinistas. Não existe na verdade nenhuma divergência científica importante entre eles.

[ ]´s

André Baptista




----- Original Message -----
From: jmanuel.otero@icaa.mcu.es
To: ciencialist@yahoogroups.com
Sent: Tuesday, February 27, 2001 10:13 AM
Subject: [ciencialist] Ciência, sociedade e Dawkins


Prezados e prezadas:

Recentemente entrei nesta lista depois de ter descoberto por acaso e julgo que é de grande interesse. Eu nom sou científico nem nada do género. Sou estudante de Filologia e Filosofia, mas gostaria de superar a dissociaçom entre as Letras e as Ciências que me incutiu e continua a incutir-me a educaçom que recebo. Por isso procuro ler artigos científicos e por isso também me sumei a esta lista.

Acho que talvez as teorias científicas influam na vida social e política, e nos fundamentos filosóficos, mais do que se pensa. E vice-versa, os fundamentos filosóficos dumha sociedade num momento concreto talvez influam nas investigações científicas. Sobre este assunto anda circulando um artigo mui recente de Eduardo Galeano (acho que disponível em http://zonanon.com e www.mst.org.br) sobre a biogenética e as suas impolicações sociais e políticas.

Estou a comprovar que com freqüência é nomeado Dawkins na lista e a sua teoria do Gene Egoísta. Também se falou recentemente na teoria da evoluçom de Darwin.

E como tenho lido que o livro de Dawkins condiz coa ideologia neoliberal (o que pode ser umha bobagem, mas é o -pouco- que tenho lido), gostaria de saber a opiniom dos membros desta lista sobre todo isto: a relaçom ciências exactas-ciencias humanas, e o caso de Dawkins en particular.

J. Manuel Outeiro.

P.S.: Sou galego, da Galiza, e por isso escrevo na variante galega da língua portuguesa.

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SUBJECT: Re: Ciência, sociedade e Dawkins
FROM: msbn@daterranet.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 27/02/2001 13:53

--- In ciencialist@y..., "Andre Roviralta Dias Baptista" Tenho a
impressão pessoal de Dawkins realmente é liberal. Por outro lado
Stephen Jay Gould é de esquerda, isso não impede que ambos sejam
eminentes darwinistas

Manuel - Tanto Dawkins quanto Gould são de esquerda. Aliás, o
Dawkins, em seu livro "O Gene Egoísta", confessa (não me lembro qual
a página) que vota no Partido Trabalhista.

Quanto à suposta apologia dawkineana do neoliberalismo, vejam o que
diz a respeito o próprio Dawkins: "Não vou advogar uma moral baseada
na evolução. Vou falar de como as coisas evoluíram. Não vou dizer
como nós, humanos, nos devemos comportar moralmente. Insisto nisso
porque sei que corro o risco de ser mal interpretado por aquelas
pessoas, demasiado numerosas, que não distinguem uma afirmação de
crença num determinado estado de fato de uma alegação do que deveria
ser. PESSOALMENTE, CREIO QUE SERIA MUITO DESAGRADÁVEL VIVER NUMA
SOCIEDADE HUMANA BASEADA SIMPLESMENTE NA LEI DO EGOÍSMO, IMPLACÁVEL E
UNIVERSAL, DO GENE. Mas, infelizmente, por mais que se lamente algo,
esse algo não deixa, por isso, de ser verdadeiro. Este livro
pretende, acima de tudo, ser interessante, mas, se alguém quiser
extrair dele uma moral, que seja lido como um aviso. SAIBAM QUE, SE
DESEJAREM, TAL COMO EU, CONSTRUIR UMA SOCIEDADE NA QUAL OS INDIVÍDUOS
COOPEREM GENEROSA E DESINTERESSADAMENTE PARA O BEM-ESTAR COMUM, NÃO
PODERÃO CONTAR COM A AJUDA DA NATUREZA BIOLÓGICA. TENTAMOS ENSINAR
GENEROSIDADE E ALTRUÍSMO PORQUE NASCEMOS EGOÍSTAS. COMPREENDAMOS O
QUE PRETENDEM OS NOSSOS PRÓPRIOS GENES EGOÍSTAS, PARA QUE POSSAMOS
TER A OPORTUNIDADE DE FRUSTRAR AS SUAS INTENÇÕES, UMA COISA QUE
NENHUMA OUTRA ESPÉCIE ALGUMA VEZ ASPIROU A FAZER."(Dawkins; O Gene
Egoísta; Gradiva; pp. 33/34)

Abraços,
Manuel Bulcão

Obs.: E por falar em Dawkins, vocês leram a minha mensagem sobre os
seres noológicos? :-)

"Existem muitas questões a que a ciência atualmente não pode dar
resposta. Mas o trabalho científico constitui a única estrada que nos
pode levar a um conhecimento da realidade externa a nós mesmos."
(Sigmund Freud)



SUBJECT: Re: [ciencialist] Arco-Iris
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>, "Urania" <urania.br@listbot.com>, "Olympium" <olympium-olympia@yahoogroups.com>
DATE: 27/02/2001 17:08

Sala 09 - O arco-íris - www.feiradeciencias.com.br

Se não fosse minha modéstia entraria numa aposta sobre a possibilidade de um site com dados mais completos que estes que apresento sobre o arco-íris, a deriva de cores, forma etc.

Se quiser ir direto lá: http://www.feiradeciencias.com.br/sala09/arco_iris.htm

O imperdível! O imperdível! O imperdível!
Ah! ... lá nessa Sala tb tem a dispersão de Rayleiht em Por que o céu é azul.

[]'
Léo
www.feiradeciencias.com.br ......... com 852 000 visitas ... Imperdível!!!!!!!
Aliás, essa denominação que nasceu no Ciencialist, agora faz parte integrante do site cujo título é:
FEIRA DE CIÊNCIAS ... O imperdível



-----Mensagem Original-----
De: "Bruno Woltzenlogel Paleo" <bwp@terra.com.br>
Para: "Urania" <urania.br@listbot.com>; "Ciência-List" <ciencialist@yahoogroups.com>; "Olympium" <olympium-olympia@yahoogroups.com>
Enviada em: sexta-feira, 26 de janeiro de 2001 12:44
Assunto: [ciencialist] Arco-Iris


| Onde posso encontrar informações extremamente detalhadas sobre o arco-iris?
| Queria saber os calculos que explicam o formato de arco, entre outras
| coisas...
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| Até o futuro...<Bruno Woltzenlogel Paleo>
| http://br.geocities.com/dopelganger5/
| bwp@terra.com.br
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Arco-Iris
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 27/02/2001 17:26

He he he ..... olhei a indicação takatiana sobre o arco-iris.
Ainda sou pelo http://www.feiradeciencias.com.br/sala09/arco_iris.htm
He he he :-)

Alguém mais se atreve a indicar outro site?!!!?????? :-)))))

[]'
Léo
=========
-----Mensagem Original-----
De: "Roberto Mitsuo Takata" <rmt@ib.usp.br>
Para: "Ciência-List" <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: segunda-feira, 26 de fevereiro de 2001 15:22
Assunto: Re: [ciencialist] Arco-Iris


On Fri, 26 Jan 2001, Bruno Woltzenlogel Paleo wrote:
> Onde posso encontrar informações extremamente detalhadas sobre o arco-iris?
> Queria saber os calculos que explicam o formato de arco, entre outras
> coisas...

http://www.sciam.com/askexpert/physics/physics45/physics45.html

[]s,

roberto takata


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SUBJECT: Re: [ciencialist] indeterminismo universal ?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 27/02/2001 17:53

Ois pessoal,
não estou chegando de Vênus ... e sim do rancho!
Mas, a bem de minha ignorância, devo confessar que fiquei sabendo da existência desse Tigrão através de um news na uol, coisa de 10 a 15 dias atrás (se tanto!).
No rancho, ainda ontem pela noitinha, juntando amigos no rancho vizinho, começaram a ligar o toca-não sei-o-que do carro do qual saia um som e pediram minha opinião.
Eu tentei analisar a coisa pela que ouvia e cheguei á conclusão que os transistores do drive do amplificador final deveriam estar com problema e era o responsável pela deformação musical que se ouvia ... aí fui informado que a ''música" era assim mesmo e era o tal do Tigrão.
Minha felicidade em não ter conhecido antes o dito cujo não foi notada por todos, felizmente.
Mas, sorrateiramente voltei a meu ranchinho e fui plenamente premiado: no canal 42 - Multishow estava iniciando uma apresentação sobre Vinícius, apresentada pelo Mielle e da qual participaram Baden Power, Toquinho e Carlos Lira (e uma boa cantora cujo nome não recordo) ... valeu a semana! Que espetáculo!

Eis o que posso informar sobre o Tigrão e congêneres.

[]'
Léo
======================
-----Mensagem Original-----
De: "Francisco" <fbrito@globo.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: segunda-feira, 26 de fevereiro de 2001 21:59
Assunto: Re: [ciencialist] indeterminismo universal ?


| Paz e Vida Longa
|
| Caro Takata
|
| Como sempre, posso contar contigo para me atualizar das mais recentes obras
| artisticas do genero humano!
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| Realmente ando muito desatualizado, e que ainda estou aturdido com aquela
| poetica canção, lembra dela? "...na boquinha da garrafa ela deu uma
| raladinha...". Não esperava que tão cedo surgisse outra perola de mesmo
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| Como e criativo o espirito humano.
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| Francisco
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| ----- Original Message -----
| From: "Roberto Mitsuo Takata" <rmt@ib.usp.br>
| To: <ciencialist@yahoogroups.com>
| Sent: Monday, February 26, 2001 2:04 PM
| Subject: Re: [ciencialist] indeterminismo universal ?
|
|
| On Sat, 24 Feb 2001, Francisco wrote:
| > Alguém poderia me dizer que raio é essa dança do tigrão?
|
| Chegando de Venus por esses dias?
|
| 'A danca do tigrao' eh uma das diversas obras musicais do 'fanque' carioca
| q. tEm feito sucesso neste verao Brasil afora -- tem o 'Tapinha nao doi',
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| Roberto Takata
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SUBJECT: Re: Ciência, sociedade e Dawkins
FROM: "Andre Roviralta Dias Baptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 27/02/2001 18:16


----- Original Message ----- M. Bulcão

>Manuel - Tanto Dawkins quanto Gould são de esquerda. Aliás, o
>Dawkins, em seu livro "O Gene Egoísta", confessa (não me lembro qual
>a página) que vota no Partido Trabalhista.

Então meu "chutômetro" falhou mais uma vez e falei uma tremenda besteira.
Peço desculpas.

>Obs.: E por falar em Dawkins, vocês leram a minha mensagem sobre os
>seres noológicos? :-)

Na verdade não havia lido, até agora. Havia achado o título da mensagem meio
obscuro, sei lá. Mas é um texto criativo e interessante. É um bom candidato
a "precursor" da idéia de "meme" (talvez idéias desse tipo estivessem por aí
há muito tempo).

[ ]´s

André Baptista




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciência, sociedade e Dawkins
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 27/02/2001 19:30

msbn@daterranet.com.br wrote:
>
> --- In ciencialist@y..., "Andre Roviralta Dias Baptista" Tenho a
> impressão pessoal de Dawkins realmente é liberal. Por outro lado
> Stephen Jay Gould é de esquerda, isso não impede que ambos sejam
> eminentes darwinistas
>
> Manuel - Tanto Dawkins quanto Gould são de esquerda. Aliás, o
> Dawkins, em seu livro "O Gene Egoísta", confessa (não me lembro qual
> a página) que vota no Partido Trabalhista.
>
> Quanto à suposta apologia dawkineana do neoliberalismo, vejam o que
> diz a respeito o próprio Dawkins: "Não vou advogar uma moral baseada
> na evolução. Vou falar de como as coisas evoluíram. Não vou dizer
> como nós, humanos, nos devemos comportar moralmente.

Mas o grande messias jocax IRA!,
mesmo que o mundo seja CONTRA ! :-)

>Insisto nisso
> porque sei que corro o risco de ser mal interpretado por aquelas
> pessoas, demasiado numerosas, que não distinguem uma afirmação de
> crença num determinado estado de fato de uma alegação do que deveria
> ser. PESSOALMENTE, CREIO QUE SERIA MUITO DESAGRADÁVEL VIVER NUMA
> SOCIEDADE HUMANA BASEADA SIMPLESMENTE NA LEI DO EGOÍSMO, IMPLACÁVEL E
> UNIVERSAL, DO GENE.

Eu particularmente penso o CONTRARIO.
Atualmente malemal estamos sequenciando o gene
NINGUEM sabe exatamente o q eles querem minuciosamente...
(alem de se preservarem, claro )
SIm, os genes sao egoistas no sentido de se auto-preservar
mas isto NAO significa q o comportamento do individuo DEVA ser
egoista tambem ( devemos lembrar q compartilhamos mais de 99% de DNA
de nosso semelhante).


>Mas, infelizmente, por mais que se lamente algo,
> esse algo não deixa, por isso, de ser verdadeiro. Este livro
> pretende, acima de tudo, ser interessante, mas, se alguém quiser
> extrair dele uma moral, que seja lido como um aviso. SAIBAM QUE, SE
> DESEJAREM, TAL COMO EU, CONSTRUIR UMA SOCIEDADE NA QUAL OS INDIVÍDUOS
> COOPEREM GENEROSA E DESINTERESSADAMENTE PARA O BEM-ESTAR COMUM, NÃO
> PODERÃO CONTAR COM A AJUDA DA NATUREZA BIOLÓGICA. TENTAMOS ENSINAR
> GENEROSIDADE E ALTRUÍSMO PORQUE NASCEMOS EGOÍSTAS. COMPREENDAMOS O
> QUE PRETENDEM OS NOSSOS PRÓPRIOS GENES EGOÍSTAS, PARA QUE POSSAMOS
> TER A OPORTUNIDADE DE FRUSTRAR AS SUAS INTENÇÕES, UMA COISA QUE
> NENHUMA OUTRA ESPÉCIE ALGUMA VEZ ASPIROU A FAZER."(Dawkins; O Gene
> Egoísta; Gradiva; pp. 33/34)

Existe uma outra maneira de consertar a humanidade SEM TER Q ENSINAR
O ALTRUISMO : EH O GENISMO !
O altuismo eh ensinado e massacres e barbaries sempre ocorreram:
http://groups.yahoo.com/group/Genismo/message/92

Salvacao da humanidade via Genismo :
http://groups.yahoo.com/group/Genismo/message/95


[]s
jocax


SUBJECT: Re procuro dicas sobre livros científicos!
FROM: "Andre Roviralta Dias Baptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 27/02/2001 19:33

Olá Adam,

----- Original Message ----- From: Adam Luiz de Azevedo

> Para a história da mecânica quântica recomendo "À procura do gato
>de Schrödinger" de John Gribin (não tenho certeza se Gribin está escrito
>corretamente).

Quando eu estava na USP, todo primeiro-anista do curso de física andava
com esse livro debaixo do braço. Não sabiam ainda bulhufas de mecânica ou
eletromagnetismo, mas viviam recitando "o príncipio de heisenberg",
deslumbrados, como se fosse um mantra... Por isso me recusei a ler o livro
na época! Pode ser uma boa pedida agora, para reativar neurônios
envelhecidos. Esse livro tem pelo menos as equações básicas, ou fica só no
bláblabla?

> Defina mecânica clássica "moderna". Se você quer realmente
>aprender mecânica clássica sugiro o livro Classical Dynamics of Particles
>and Systems, de J. B. Marion e para um aprofundamente Classical Mechanics,
>de Herbert Goldstein.

Não, eu queria apenas um livro "de divulgação" sobre o "estado de arte" da
mecânica clássica atualmente.

Obrigado pelas dicas

[ ] ´s

André Baptista



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciência, sociedade e Dawkins
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 27/02/2001 19:40

Andre Roviralta Dias Baptista wrote:
>
> Uma teoria científica não pode servir de justificativa para uma
> escolha ética ou política.

Com que base vc diz isso, que nao pode ?

Eu acho que pode, e tanto acho que fiz uma e a sigo.
A propria etica pode ser abarcada pela ciencia como eu ja propus
no meu primeiro e-mail historico para a lista , veja em :

http://groups.yahoo.com/group/Genismo/message/92


[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re procuro dicas sobre livros científicos!
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 27/02/2001 21:41


Oi Andre,

vi que vc pediu alguma referências sobre física (de mecânica clássica à
mecânica quântica). Há, sem dúvida, uma infinidade de livros dependendo
da sua intenção de aprofundamento. Recomendo a série de livros do
Feynman (Feynman Lectures on Physic) visto que tal coleção pode ser
usada em vários níveis a gosto do freguês, há trechos com imagens
intuitivas e exemplos claros a fim de se explicar uma determinada teoria
assim como equações mais complicadas e elaborações um pouco mais
matemáticas sobre outros ramos da física. Existe uma tradução em
espanhol mas, se vc souber um inglês médio (em livros de física a
exigência do conhecimento do idioma é mínima) leia na forma original. Em
quase todas as bibliotecas de institutos de física vc acha tais livros.

um abraço, Eduardo.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re procuro dicas sobre livros científicos!
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 27/02/2001 21:54



Andre Roviralta Dias Baptista wrote:
>
> Olá Adam,
>
> ----- Original Message ----- From: Adam Luiz de Azevedo
>
> > Para a história da mecânica quântica recomendo "À procura do gato
> >de Schrödinger" de John Gribin (não tenho certeza se Gribin está escrito
> >corretamente).
>
> Quando eu estava na USP, todo primeiro-anista do curso de física andava
> com esse livro debaixo do braço. Não sabiam ainda bulhufas de mecânica ou
> eletromagnetismo, mas viviam recitando "o príncipio de heisenberg",
> deslumbrados, como se fosse um mantra... Por isso me recusei a ler o livro
> na época! Pode ser uma boa pedida agora, para reativar neurônios
> envelhecidos. Esse livro tem pelo menos as equações básicas, ou fica só no
> bláblabla?
>
> > Defina mecânica clássica "moderna". Se você quer realmente
> >aprender mecânica clássica sugiro o livro Classical Dynamics of Particles
> >and Systems, de J. B. Marion e para um aprofundamente Classical Mechanics,
> >de Herbert Goldstein.
>
> Não, eu queria apenas um livro "de divulgação" sobre o "estado de arte" da
> mecânica clássica atualmente.
>
> Obrigado pelas dicas
>
> [ ] ´s
>
> André Baptista
>
Se vc quer saber um pouco sobre o "estado de arte" da mecânica clássica
atualmente, veja um livro sobre caos em sistemas mecânicos. Eu conheço
alguns que não são muito interessantes como divulgação (por ex: Chaos
and Integrability in Nonlinear Dynamics). Há o clássico de Poincaré "Les
Methods de la Nouvelles Mechanique Celeste". Com esses livros e alguns
outros (Arnold, por ex) verá como ainda evolui e como se estuda a
mecânica clássica.

um abraço Eduardo.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re procuro dicas sobre livros científicos!
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 27/02/2001 21:58



Esqueci de dizer o autor: Chaos and Integrability in Nonlinear Dynamics
é do Michael Tabor, ed: Wiley & Sons.


SUBJECT: RE: [ciencialist] Ciência, sociedade e Dawkins
FROM: jmanuel.otero@icaa.mcu.es
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 28/02/2001 07:02

Primeiramente quero agradecer as mensagens que respondérom as minhas perguntas.

Agora passo a responder o João.

Nom entendo por quê, depois de dissociar ciência e política, realizas um panegírico do neoliberalismo. Eu estou plenamente convencido de que o neoliberalismo é todo o contrário do que tu estás a dizer. À vista dos olhos está (dívida externa, limitações à soberania nacional, actuaçom do BM, FMI, OMC, nom eleitos democraticamente, por sinal, intervenções militares internacionais...). A própria PNUD, no seu informe anual, adverte do crescimento entre as diferenças sociais a nível mundial entre umha minoria que controla a maior parte da riqueza e umha maioria despossuida. Parece-me sarcástico por isso falar em Homens livres no quadro do neoliberalismo.

Respeito, contodo, a tua opiniom contrária à minha (e espero que seja mútuo, pois julgo já umha falta de respeito umha crítica "ad hominem", e portanto sem fundamento, ao movimento anti-globalizaçom, coa referência ao "agricultor francês").

Tampouco comparto a tua opiniom sobre o artigo de Galeano. Realmente pensades que a biotecnologia nom pode agravar as diferenças sociais? Nom é umha possibilidade real? É apenas histeria sem fundamento? Acaso nom é certo que os avanços técnicos nom sempre estám ao serviço de toda a populaçom, o que seria maior agravo no caso da biotecnologia?

Dizes que as teorias científicas nom tenhem ideologia. Penso que as teorias científicas, enquanto que científicas, som ou devem de ser independentes da ideologia, e subscrevo e comparto plenamente os dous últimos parágrafos da tua resposta.

E o meu interesse ao intervir na lista ia dirigido, em parte, ao problema que coloca o que comentas no último.

Saúde,

J. Manuel Outeiro




-----Mensaje original-----
De: jmiranda@explicacoes.com [mailto:jmiranda@explicacoes.com]
Enviado el: martes 27 de febrero de 2001 14:30
Para: ciencialist@yahoogroups.com
Asunto: Re: [ciencialist] Ciência, sociedade e Dawkins

(...)

Esse artigo não passa de histeria sem fundamento. Revela o medo que
os ignorante sentem em relação às novas tecnologias. Ele mistura o
"Admiravel Mundo Novo" com transgénicos, declarações retiradas do
contexto e declarações que não representam o ponto de vista da maior
parte dos cientista para criar uma sensação de catastrofe que não
existe. Baseia-se em casos muito pontuais em que houve perigo para
a saude um um número reduzidissimo de pessoas e esquece os beneficios
das técnicas de produção alimentar. Mas outra coisa não seria de
esperar de uma corrente ideologica que tem como heroi um agricultor
francês.

(...)

As teorias cientificas não têm ideologia. Pensar que podem ter é o erro
cometido por um certo tipo de intelectuais que não percebe nada de
ciência, e que a acima de tudo não está interessado na verdade, mas na
promoção da sua ideologia às custas da deturpação da verdade.

O neoliberalismo é uma corrente politica que pretende ser a melhor forma
de organização politica e economica de uma sociedade de Homens livres.
Os
Homens têm o direito de optar pelo melhor sistema de acordo com aquilo
que acham melhor. Se é a melhor forma de governo, cabe aos Homens
decidir
em função das seus próprios desejos. A solução pode até depender das
circunstâncias de cada um e pode nem existir uma solução igual para
todos.

A teoria do Gene Egoista é uma teoria que procura explicar a evolução
das
espécies e a criação de determinadas espécies e relações entre elas e
não
de outras. A teoria do Gene Egoista ou está certa ou está errada. Se
estiver
errada, lixo com ela. Se estiver certa então é extremamente útil para
fazer
previsões em biologia. É irrelevante se a teoria é neoliberal ou
socialista.
Se estiver certa é boa, se estiver errada é má. Mas não me parece que se
estiver errada isso implique que o neoliberalismo está errado. E se está
certa também não me parece que se conclua que o neoliberalismo esteja
certo.

Mas se preferir: a ciência informa o politico de como é que funciona a
natureza. O politico depois escolhe em função dos interesses das pessoas
que representa. No entanto a ciência não impõe escolhas ao politico.






SUBJECT: RE: [ciencialist] Re: Ciência, sociedade e Dawkins
FROM: jmanuel.otero@icaa.mcu.es
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 28/02/2001 07:16

Obrigado também André pola tua amável e hospitaleira resposta.

Com efeito, "variante" e "dialecto" seriam sinónimos, para os efeitos que perguntas. O galego é um dialecto da língua portuguesa, no sentido de ser umha "forma diferente de falar o português", consistindo a diferença numha entoaçom, rasgos fonéticos, morfológicos e léxicos diferenciados: exactamente as mesmas diferenças que se encontram entre o português do Brasil e o de Portugal, ou entre os diversos dialectos destes dous países.

No entanto, desde umha perspectiva histórica, pode dizer-se que o português é um dialecto do galego, umha vez que o Reino da Galiza (que abrangia o condado de Portucalem) foi o que levou o seu idioma ao território português ao conquistá-lo ao Islám. Mas hoje o galego é ameaçado de substituiçom polo espanhol, devido à política lingüística e cultural uniformista do Estado espanhol. Sobre o tema pode ver-se www.agal.i.am - http://pagina.de/mdl ou http://www.multimania.com/questione

Mesmo que um cientista nom elabore as suas teorias mais do que com critérios internos à ciência, e portanto seja difícil falar de influências ideológicas, e mesmo que nom tenha o cientista (como o próprio Darwin) responsabilidade na utilizaçom ideológica das suas teorias científicas, julgo interessante o tema da relaçom entre a ciência e a política e a sociedade, e entre os fundamentos filosóficos dumha sociedade concreta e as teorias científicas, pois penso que a inter-relaçom entre ambas é interessante. Alguém conhece alguns livros sobre o assunto?

E o polémico "caso Sokal"? conhecedes? Que opinades?

J. Manuel


-----Mensaje original-----
De: andrebaptista@uol.com.br [mailto:andrebaptista@uol.com.br]
Enviado el: martes 27 de febrero de 2001 14:53
Para: ciencialist@yahoogroups.com
Asunto: [ciencialist] Re: Ciência, sociedade e Dawkins


Bem vindo à lista, Manuel!

Como você não explicou de início que era galego, demorei alguns segundos para perceber. Só "caiu a ficha" quando notei que seu e-mail terminava com "es". Por curiosidade: O Galego pode ser considerado um "dialeto" português, ou é apenas uma "variante" como você diz?

Uma teoria científica não pode servir de justificativa para uma escolha ética ou política. Se Dawkins é "neoliberal" ou não, isso também não pode ser levado em consideração na hora de se avaliar suas idéias científicas. Desde o século passado (ops, século retrasado!) o darwinismo tem sido acusado (e realmente indevidamente utilizado para isso) de "justificar" as desigualdades sociais. Tenho a impressão pessoal de Dawkins realmente é liberal. Por outro lado Stephen Jay Gould é de esquerda, isso não impede que ambos sejam eminentes darwinistas. Talvez (provavelmente!) a disputa amarga entre eles tenha sido em parte alimentada por essa divergência política, pois afinal ambos são humanos. Mas, no frigir dos ovos, ambos são igualmente darwinistas. Não existe na verdade nenhuma divergência científica importante entre eles.

[ ]´s

André Baptista




SUBJECT: RE: [ciencialist] Re: Ciência, sociedade e Dawkins
FROM: jmanuel.otero@icaa.mcu.es
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 28/02/2001 07:30

Meu homónimo:

Agradeço-che a transcriçom dos textos de Dawkins.

Mas justamente a tua anterior mensagem sobre os seres noológicos e a teoria dos memes penso que entram dentro dessa interessante relaçom entre ciência e sociedade, a que dirijo o meu interesse.

Estou achando interessante Dawkins e espero ler logo "O Gene Egoísta".

J. Manuel

-----Mensaje original-----
De: msbn@daterranet.com.br [mailto:msbn@daterranet.com.br]
Enviado el: martes 27 de febrero de 2001 16:45
Para: ciencialist@yahoogroups.com
Asunto: [ciencialist] Re: Ciência, sociedade e Dawkins


--- In ciencialist@y..., "Andre Roviralta Dias Baptista" Tenho a
impressão pessoal de Dawkins realmente é liberal. Por outro lado
Stephen Jay Gould é de esquerda, isso não impede que ambos sejam
eminentes darwinistas

Manuel - Tanto Dawkins quanto Gould são de esquerda. Aliás, o
Dawkins, em seu livro "O Gene Egoísta", confessa (não me lembro qual
a página) que vota no Partido Trabalhista.

Quanto à suposta apologia dawkineana do neoliberalismo, vejam o que
diz a respeito o próprio Dawkins: "Não vou advogar uma moral baseada
na evolução. Vou falar de como as coisas evoluíram. Não vou dizer
como nós, humanos, nos devemos comportar moralmente. Insisto nisso
porque sei que corro o risco de ser mal interpretado por aquelas
pessoas, demasiado numerosas, que não distinguem uma afirmação de
crença num determinado estado de fato de uma alegação do que deveria
ser. PESSOALMENTE, CREIO QUE SERIA MUITO DESAGRADÁVEL VIVER NUMA
SOCIEDADE HUMANA BASEADA SIMPLESMENTE NA LEI DO EGOÍSMO, IMPLACÁVEL E
UNIVERSAL, DO GENE. Mas, infelizmente, por mais que se lamente algo,
esse algo não deixa, por isso, de ser verdadeiro. Este livro
pretende, acima de tudo, ser interessante, mas, se alguém quiser
extrair dele uma moral, que seja lido como um aviso. SAIBAM QUE, SE
DESEJAREM, TAL COMO EU, CONSTRUIR UMA SOCIEDADE NA QUAL OS INDIVÍDUOS
COOPEREM GENEROSA E DESINTERESSADAMENTE PARA O BEM-ESTAR COMUM, NÃO
PODERÃO CONTAR COM A AJUDA DA NATUREZA BIOLÓGICA. TENTAMOS ENSINAR
GENEROSIDADE E ALTRUÍSMO PORQUE NASCEMOS EGOÍSTAS. COMPREENDAMOS O
QUE PRETENDEM OS NOSSOS PRÓPRIOS GENES EGOÍSTAS, PARA QUE POSSAMOS
TER A OPORTUNIDADE DE FRUSTRAR AS SUAS INTENÇÕES, UMA COISA QUE
NENHUMA OUTRA ESPÉCIE ALGUMA VEZ ASPIROU A FAZER."(Dawkins; O Gene
Egoísta; Gradiva; pp. 33/34)

Abraços,
Manuel Bulcão

Obs.: E por falar em Dawkins, vocês leram a minha mensagem sobre os
seres noológicos? :-)

"Existem muitas questões a que a ciência atualmente não pode dar
resposta. Mas o trabalho científico constitui a única estrada que nos
pode levar a um conhecimento da realidade externa a nós mesmos."
(Sigmund Freud)


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Ciência, soci edade e Dawkins
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 28/02/2001 10:36

jmanuel.otero@icaa.mcu.es wrote:
>
> Primeiramente quero agradecer as mensagens que respondérom as minhas perguntas.
>
> Agora passo a responder o João.
>
> Nom entendo por quê, depois de dissociar ciência e política, realizas um
> panegírico do neoliberalismo. Eu estou plenamente convencido de que o
>neoliberalismo é todo o contrário do que tu estás a dizer.

REsponderei a esta parte da mensagem em privado logo que possa.

>
> Respeito, contodo, a tua opiniom contrária à minha (e espero que seja >mútuo, pois julgo já umha falta de respeito umha crítica "ad hominem", e
>portanto sem fundamento, ao movimento anti-globalizaçom, coa referência ao
>"agricultor francês").

De facto não era uma crítica "ad hominem". O valor intelectual do
Sr Bové está à vista de toda a gente. Ele não produz um argumento
inteligente. Ele limita-se a defender a ideia absurda de que os
outros devem pagar aos agricultores franceses para produzirem, o
que não só é ridiculo, como também é injusto para todos os
agricultores do mundo. Por ironia, os agricultores franceses são
aqueles que mais beneficios recebem do estado. Mas como mesmo assim
continuam a não ganhar dinheiro o Sr Bové culpa a Mc Donalds e
a globalização, como no passado se culpavam os judeus. Ora este
Sr tornou-se um icon da esquerda. Na minha opinião isso diz muito
sobre a falta de ideias dessa esquerda, que não entende o progresso
e que o quer travar a todo o custo.

>
> Tampouco comparto a tua opiniom sobre o artigo de Galeano. Realmente
>pensades que a biotecnologia nom pode agravar as diferenças sociais? Nom é
>umha possibilidade real? É apenas histeria sem fundamento? Acaso nom é certo
>que os avanços técnicos nom sempre estám ao serviço de toda a populaçom, o
>que seria maior agravo no caso da biotecnologia?

O importante não é que não hajam diferenças sociais. O importante
é que todas as classes sociais sejam cada vez mais ricas. Quando
inventaram o automóvel só os ricos tinham automovel. Agora o
automóvel está ao alcance de um operário. Mas de qualquer das
formas é de facto histeria sem fundamento. Ele pega, por exemplo,
no caso da BSE e extrapola-o por analogia para o futuro.
Mas o caso da BSE já é hoje em dia sobrevalorizado. A probabilidade
de se contrair a variante humana da BSE é tão baixa que nem valeria
a pena considerar. Só que uma sociedade sem cultura cientifica não
entende isso e é por isso que este tipo de pensamento alarmista
funciona.


--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: Texto de Eduardo Galeano
FROM: jmanuel.otero@icaa.mcu.es
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 28/02/2001 10:42

Como estamos a falar deste texto e talvez alguns nom conheçam, envio-o a lista para que cada quem poda julgar...

J. Manuel Outeiro


A era de Frankenstein

Eduardo Galeano

Em seu romance Admirável Mundo Novo, Aldous Huxley havia profetizado a fabricação de seres humanos em série. Em tubos de ensaio de laboratórios, os embriões se desenvolveriam de acordo com sua futura função na escala social, desde os alfas, destinados ao mando, até os ipisilones, produzidos para a servidão.

Setenta anos depois, a biogenética nos promete, como presente do recém-nascido milênio, uma nova raça humana. Mudando o código genético das gerações futuras, a ciência produzirá seres inteligentes, belos, saudáveis e talvez imortais, de acordo com o preço que cada família possa pagar. James Watson, prêmio Nobel, descobridor da estrutura do ADN e chefe do Projeto Genoma Humano, predica o despotismo científico. Watson se nega a aceitar limite algum para a manipulação das células humanas reprodutivas: nenhum limite à pesquisa, nem ao negócio. Sem papas na língua, proclama: "Devemos nos manter à margem dos regulamentos e das leis".

Gregory Pence, que dita a cátedra de ética médica na Universidade de Alabama, reivindica o direito dos pais a escolher os filhos que terão, "da mesma forma que os criadores fazem cruzamento buscando o cão mais adequado a uma família".

E o economista Lester Thurow, do Massachusetts Institute of Tecnology, exitoso teórico do êxito, se pergunta quem poderia negar-se a programar um filho com maior coeficiente intelectual. "Se o senhor não fizer isso" -- adverte -- "seus vizinhos farão, e então seu filho será o mais bobo do bairro".

Se a sorte nos acompanhar, as estufas da futura geração irão gerar super-crianças parecidas a esses gênios. O melhoramento da espécie humana já não irá exigir os fornos a gás onde a Alemanha purificou a raça, nem a cirurgia que os Estados Unidos, a Suécia e outros países realizaram para evitar que fossem reproduzidos os produtos humanos de baixa qualidade. O mundo fabricará pessoas geneticamente modificadas, como já fabrica alimentos geneticamente modificados.

2001, odisséia no espaço: já estamos em 2001 e já comemos comida química, como havia anunciado, há mais de trinta anos, o filme de Stanley Kubrick. Agora, os gigantes da indústria química nos dão de comer. Questão de siglas: depois de produtos como o DDT, que finalmente foram proibidos quando já fazia anos que se sabia que davam mais câncer que felicidade, chegou a vez dos GM, os alimentos geneticamente modificados. Dos Estados Unidos, da Argentina e do Canadá, os GM invadem o mundo inteiro, e somos todos cobaias desses experimentos gastronômicos dos grandes laboratórios.

Na verdade, nem sabemos o que estamos comendo. A não ser por raras exceções, as etiquetas dos alimentos não nos advertem que eles contêm ingredientes que sofreram a manipulação de um ou de vários genes. A empresa Monsanto, a principal abastecedora, não inclui esse dado em suas etiquetas de origem, nem mesmo no caso do leite proveniente de vacas tratadas com hormônios transgênicos de crescimento. Esses hormônios artificiais favorecem o câncer da próstata e dos seios, segundo várias pesquisas publicadas em The Lancet, Science, The International Journal of Health Services e outras revistas científicas, mas a Food and Drug Administration dos Estados Unidos autorizou a venda do leite sem menção nas etiquetas, porque afinal das contas os hormônios apressam o crescimento e aumentam o rendimento, e portanto, também aumentam a rentabilidade e o lucro. Primeiro o que vem primeiro, e em primeiro lugar, a saúde da economia. Seja como for, quando a Monsanto é obrigada a confessar o que vende, como no caso dos herbicidas, a coisa não muda muito. Faz alguns anos a empresa precisou pagar uma multa por causa de "setenta e cinco menções inexatas" nos galões do venenoso herbicida Roundup. Foi a preço de ocasião. Três mil dólares por cada mentira.

Alguns países se defendem, ou pelo menos, tentam se defender. Na Europa, a importação de produtos da engenharia genética está proibida em alguns casos, e em outros, está submetida a controle. Desde 1998, por exemplo, a União Européia exige etiquetas claras para a soja geneticamente modificada, mas é muito difícil levar as boas intenções à prática. O rastro se perde em múltiplas combinações: segundo o Greenpeace, a soja GM está presente em 60% de toda a comida processada que é oferecida nos supermercados do mundo.

Nas manifestações ecologistas, um grande peixe azul ergue um cartaz: "Não se metam com meus genes". Ao lado, um tomate gigante exige a mesma coisa. No mundo inteiro multiplicam-se as vozes de protesto. A atitude européia é resultado da pressão da opinião pública. Quando os granjeiros franceses incendiaram os silos cheios de milho transgênico, por causa do dano notório que trazia ao ecossistema, o agitador camponês José Bové converteu-se num herói nacional, num novo Asterix, que alegou em sua defesa: Quando foi que nós, os granjeiros e os consumidores, fomos consultados sobre isso? Nunca.

O governo francês, que havia metido Bové na cadeia, desautorizou os cultivos de milho inventado pela biotecnologia. Algum tempo depois, a empresa norte-americana Kraft Foods devolveu milhões de tortilhas de milho, marca Taco Bell, sufocada pelas queixas dos consumidores que tinham sofrido reações alérgicas. Enquanto isso, a secretária de Estado Madeleine Albright dizia e repetia na Europa, conforme obrigação prioritária da diplomacia dos Estados Unidos: "Não existe nenhuma prova de que os alimentos geneticamente modificados sejam prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente".

Os europeus têm motivos muito concretos para desconfiar das piruetas tecnocráticas na mesa de jantar. Estão escaldados pela sua recente experiência com as vacas loucas. Enquanto comiam pasto ou alfafa, durante milhares de anos, as vacas haviam se comportado com uma cordura exemplar, e haviam aceitado, resignadas, seu destino. Foi assim até que o sistema louco que nos rege decidiu obrigá-las ao canibalismo. As vacas comeram vacas, engordaram mais, ofereceram à humanidade mais carne e mas leite, foram cumprimentadas pelos donos e aplaudidas pelo mercado -- e ficaram loucas de pedra. O assunto deu motivo a muitas piadas, até que começou a morrer gente. Um morto, dez, vinte, cem ...

Em 1996, o ministério britânico de Agricultura havia informado à população que a ração de sangue, sebo e gelatina de origem animal era um alimento seguro para o gado e inofensivo para a saúde humana.


Eduardo Galeano é escritor uruguaio, autor de As veias abertas da América Latina





SUBJECT: RE: [ciencialist] Ciência, soci edade e Dawkins
FROM: jmanuel.otero@icaa.mcu.es
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 28/02/2001 11:20

Quanto a crítica a Bové, penso que mesmo que fosse um palhasso, isso nom implicaria como conseqüência lógica a bondade do neoliberalismo.

Ademais as tuas críticas parecem-me pouco rigorosas. Dizes que Bové se empenha em receber subsídios, o que é injusto para os agricultores nom franceses. Nom sei se a primeira parte é certa (sei, no entanto, que muitas empresas privadas como Citröen som subsidiadas directa e indirectamente com milhares de milhões), mas se o fosse a segunda só o seria se ao tempo que pedisse subsídios os negasse aos outros, cousa que nom creio que faga.

Dizes: "O importante não é que não hajam diferenças sociais".

Talvez pola tua posiçom social nom te importes coas morte diárias por fame no Terceiro Mundo, ou as mortes por doenças curáveis, ou a mal-nutriçom, as altas taxas de morte infantil, etc. E também nom te importes coas diferenças sociais crescentes no mundo, que a própria ONU reconhece estarem a agravar-se. Eu si me importo e por isso sou contra o neoliberalismo. Poderia entender essa tua postura num alemám, num francês ou num norte-americano, mas nom a compreendo num brasileiro, umha vez que o Brasil está mais claramente afectado pola injusta distribuiçom mundial da riqueza e polas medidas económicas do neoliberalismo.

Nom é o mesmo que as diferenças sociais atinjam à possessom material de riqueza, como poda ser um automóvel, umha vivenda, aos que porventura têm acesso alguns operários (umha minoria dos operários do mundo, em qualquer caso), em condições bem diferentes que as classes mais ricas, a que essas diferenças sociais podam chegar a atingir à própria natureza humana.

Galeano cita o "economista Lester Thurow, do Massachusetts Institute of Tecnology, exitoso teórico do êxito" ao dizer que "se pergunta quem poderia negar-se a programar um filho com maior coeficiente intelectual. 'Se o senhor não fizer isso' -- adverte -- 'seus vizinhos farão, e então seu filho será o mais bobo do bairro'".

O problema nom é a biogenética em si, mas o uso que pode ter, e se vai estar ao serviço da humanidade ou dumha minoritária parte da humanidade. O perigo é que no futuro as diferenças sociais impliquem diferenças biológicas desde o berço (ou mesmo antes).

A mim isto parece-me assunto para levar a sério.

O mesmo coa BSE. No Reino Unido, como o escándalo das "vacas loucas" podia atingir as suas exportações de carne de vaca (sobretodo a África do Sul), a Uniom Europeia decidiu tirar importáncia ao tema e, anos depois, estám a morrer centos de pessoas da variante humana da BSE. E só por esta razom o caso foi tomado mais a sério no resto de Europa, evitando-se uma incidência similar, razom por que tu agora podes dizer que nom vale a pena considerar a possibilidade de ser atingido por essa doença. Mas a irresponsabilidade do Reino Unido está ainda a ser pagada com vidas humanas.

Nom é questom de alarmismo, como tu dizes e também diziam os técnicos da Uniom Europeia, mas de sensibilidade social, de antepor o as pessoas ao mercado e nom o mercado às pessoas.

Para os membros desta lista a possibilidade de morte por muitas doenças práticamente erradicadas nos nossos países nom vale a pena considerá-la. Mas na África estám a morrer milhares de pessoas por doenças praticamente desaparecidas nos nossos países, ao nom haver vacinas, por nom serem rentáveis, desde a perspectiva do mercado.

J. Manuel Outeiro.




-----Mensaje original-----
De: jmiranda@explicacoes.com [mailto:jmiranda@explicacoes.com]
Enviado el: miércoles 28 de febrero de 2001 13:29
Para: ciencialist@yahoogroups.com
Asunto: Re: [ciencialist] Ciência, soci edade e Dawkins

(...)
De facto não era uma crítica "ad hominem". O valor intelectual do
Sr Bové está à vista de toda a gente. Ele não produz um argumento
inteligente. Ele limita-se a defender a ideia absurda de que os
outros devem pagar aos agricultores franceses para produzirem, o
que não só é ridiculo, como também é injusto para todos os
agricultores do mundo. Por ironia, os agricultores franceses são
aqueles que mais beneficios recebem do estado. Mas como mesmo assim
continuam a não ganhar dinheiro o Sr Bové culpa a Mc Donalds e
a globalização, como no passado se culpavam os judeus. Ora este
Sr tornou-se um icon da esquerda. Na minha opinião isso diz muito
sobre a falta de ideias dessa esquerda, que não entende o progresso
e que o quer travar a todo o custo.

>
> Tampouco comparto a tua opiniom sobre o artigo de Galeano. Realmente
>pensades que a biotecnologia nom pode agravar as diferenças sociais? Nom é
>umha possibilidade real? É apenas histeria sem fundamento? Acaso nom é certo
>que os avanços técnicos nom sempre estám ao serviço de toda a populaçom, o
>que seria maior agravo no caso da biotecnologia?

O importante não é que não hajam diferenças sociais. O importante
é que todas as classes sociais sejam cada vez mais ricas. Quando
inventaram o automóvel só os ricos tinham automovel. Agora o
automóvel está ao alcance de um operário. Mas de qualquer das
formas é de facto histeria sem fundamento. Ele pega, por exemplo,
no caso da BSE e extrapola-o por analogia para o futuro.
Mas o caso da BSE já é hoje em dia sobrevalorizado. A probabilidade
de se contrair a variante humana da BSE é tão baixa que nem valeria
a pena considerar. Só que uma sociedade sem cultura cientifica não
entende isso e é por isso que este tipo de pensamento alarmista
funciona.


--
joão


SUBJECT: Re: Ciência, sociedade e Dawkins
FROM: "Andre Roviralta Dias Baptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 28/02/2001 11:34


----- Original Message ----- From: Joao Carlos Holland de Barcellos

> Uma teoria científica não pode servir de justificativa para uma
> escolha ética ou política.

>Com que base vc diz isso, que nao pode ?

As teorias científicas não trazem em si mesmas uma definição do que é
"certo" ou "errado". Simplesmente isso. Cabe a nós mesmos decidirmos o que
é certo ou errado, e arcar com toda a responsabilidade por isso!
Evidentemente que não não estou dizendo que devamos desprezar o conhecimento
científico, pelo contrário. A ética sem ciência é débil, a ciência sem ética
é desumana.

[ ]´s

André Baptista.



SUBJECT: Pesquisa indica fontes cerebrais do humor
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: Ciencialist <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 28/02/2001 12:32

NEUROLOGIA

Piadas semânticas mobilizam as áreas de processamento da linguagem, e
trocadilhos, as de produção da fala

Pesquisa indica fontes cerebrais do humor
RICARDO BONALUME NETO
ESPECIAL PARA A FOLHA , 28 de fevereiro de 2001
O trocadilho pode até ser a pior forma de piada, como acreditam alguns.
Mas, seja ou não, cientistas no Canadá e no Reino Unido provaram agora
que os trocadilhos e as piadas comuns pelo menos são entendidos em
regiões diferentes do cérebro.
A pesquisa mostrou também que, qualquer que seja a piada, ela vai ativar
uma região do cérebro associada a comportamentos envolvendo recompensas.
E, quanto mais engraçada a piada, maior a atividade nessa região do
cérebro, mostrando que o organismo interpreta o humor como algo
naturalmente prazeroso.
A pesquisa contou com 14 voluntários, que tiveram seus cérebros
escaneados enquanto ouviam piadas. Eles tinham de conter o riso, para
não atrapalhar a produção das imagens.
Os autores do estudo são Vinod Goel, do Departamento de Psicologia da
Universidade York, de Toronto, Canadá, e Raymond J. Dolan, da Escola de
Medicina do Royal Free Hospital, de Londres, e do Departamento de
Neurologia Cognitiva Wellcome. Um artigo sobre a pesquisa sai em março
na revista "Nature Neuroscience" (www.nature.com/neuro).
As imagens do cérebro foram obtidas por fMRI -sigla em inglês para
Imageamento por Ressonância Magnética funcional, técnica distinta da
ressonância magnética tradicional (ou MRI).
A fMRI registra o consumo de oxigênio no cérebro. O disparo de sinais
pelos neurônios usa o oxigênio do sangue, e o cérebro reage trazendo
mais sangue oxigenado para o local. Como o consumo de oxigênio está
diretamente ligado à ativação dos neurônios (células nervosas), é
possível construir uma imagem das áreas do cérebro que se encontram em
atividade.
Foram testados dois tipos de piadas, "semânticas" (que dependem do
sentido das palavras) e "fonológicas" (trocadilhos, que dependem do
som). Como "experimento-controle", uma maneira de testar a validade do
estudo, as mesmas piadas eram lidas com o trecho de impacto substituído
por um enunciado neutro.
Por exemplo, uma piada "semântica" típica perguntava: que tipo de
controle de natalidade usam os engenheiros? Resposta: suas
personalidades. No controle, a resposta era substituída por "a pílula"
ou "a camisinha".
Os testes mostraram que os voluntários demoravam ligeiramente mais para
entender a piada do que a frase neutra. As piadas dependentes do sentido
ativaram a área do cérebro envolvida com o processamento de linguagem.
Já os trocadilhos ativaram a área responsável pela produção da fala.
Os voluntários também tiveram de dar uma nota de 1 a 5 para as piadas.
Não houve diferença entre as semânticas e os trocadilhos quanto ao grau
de humor. E notou-se mais ativação quanto mais engraçada era a piada.
Seja qual for a piada, ela também afetava uma mesma região do cérebro,
conhecida como córtex pré-frontal ventral medial, associada às
recompensas.
Os autores dizem que existem poucos estudos sobre lesões no cérebro que
afetam a faculdade do humor. Mas os resultados do teste com os
voluntários são compatíveis com os casos conhecidos de pessoas que não
vêem mais graça em piadas depois de sofrerem danos no cérebro.
"A evidência neuroanatômica indicou que a maior parte dos pacientes
lesionados também teve danos no córtex pré-frontal medial, um achado
consistente com nossos resultados", dizem eles.




SUBJECT: Re: [ciencialist] indeterminismo universal ?
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 28/02/2001 12:37

On Mon, 26 Feb 2001, Francisco wrote:
> Como e criativo o espirito humano.

Se me permite o americanofilismo: tente Fiona Apple. (Nao, gente, nao
precisam me lembrar q. existe a Britney Spears, Back Street Boys e cia la'
na gringolandia.)

Em terra brasilis temos, na nova geracao, Paulinho Mosca, Lenine, Ana
Carolina (nao q. eu goste particularmente deles, mas ao menos sao mais do
q. transposicao de cancoes colegiais). E, eh claro, temos o grupo do nosso
colega de lista Ronaldo Cordeiro.

Mas viva a diversidade. (Acho q. James Brown iria se revirar no tumulo se
ele ouvisse a danca do tigrao -- isso se ele estivesse la', claro... vida
longa ao rei.)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciência, sociedade e Dawkins
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 28/02/2001 12:40

Andre Roviralta Dias Baptista wrote:

>
> ----- Original Message ----- From: Joao Carlos Holland de Barcellos
>
> > Uma teoria científica não pode servir de justificativa para uma
> > escolha ética ou política.
>
> >Com que base vc diz isso, que nao pode ?
>
> As teorias científicas não trazem em si mesmas uma definição do que é
> "certo" ou "errado". Simplesmente isso.

Ta, concordo.


> Cabe a nós mesmos decidirmos o que
> é certo ou errado, e arcar com toda a responsabilidade por isso!
> Evidentemente que não não estou dizendo que devamos desprezar o
> conhecimento
> científico, pelo contrário.

Era sobre isso q eu me referia.
Acredito q devamos usar o conhecimento cientifico para :
criarmos eticas, analisarmos eticas, e rejeitarmos eticas.

[]s
jocax




SUBJECT: fluidos eletricos
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 28/02/2001 13:06

Oi! Eu voltei...

Alberto Mesquita Filho wrote:
> Acontece que a teoria de Maxwell é uma eletrodinâmica
> de FLUIDOS ELÉTRICOS, coisa que NÃO EXISTE a não ser como um modelo que
> funciona para coisas muito bem determinadas (e, aliás, quase toda a
> tecnologia do século XX desenvolveu-se em cima deste magnífico modelo).

É claro que os fluidos elétricos não existem e pela dificuldade do
conceito de fluidos é que se criou o conceito de quanta, no qual se
baseia a quântica.

==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
==========================================================


SUBJECT: Re: [ciencialist] Ciência, sociedade e Dawkins
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 28/02/2001 13:16

On 27 Feb 2001 jmanuel.otero@icaa.mcu.es wrote:
> Estou a comprovar que com freqüência é nomeado Dawkins na lista e a sua
> teoria do Gene Egoísta.

O gene egoista nao eh exatamente uma criacao de Dawkins, embora ele seja o
popularizador da ideia entre os leigos.

Preciso conferir, mas de cabeca assim, acho q. a ideia de William
Hamilton.


> E como tenho lido que o livro de Dawkins condiz coa ideologia neoliberal
> (o que pode ser umha bobagem, mas é o -pouco- que tenho lido), gostaria
> de saber a opiniom dos membros desta lista sobre todo isto: a relaçom
> ciências exactas-ciencias humanas, e o caso de Dawkins en particular.

Eh bobagem, sim. Como disse Andre, nao se depreende o 'deveria ser assim'
do 'assim o eh' -- ou em outra frase batida: juizos de valor nao se tiram
de juizos de fato.

Se eventualmente descobrirmos q. os humanos sao intrinsecamente violentos,
nao se quer dizer q. devamos ser violentos.

O proprio Dawkins alerta sobre isso na introducao (ou no prefacio) de seu
livro. (Eu particularmente achei decepcionante o livro 'O gene egoista' --
em parte pela traducao porca da versao q. li, mas mesmo desconsiderando
isso, achei meio fraco -- 'Escalando o monte improvavel' do mesmo Dawkins
eh muito melhor -- tbm pelo fato de ter sido escrito cerca de 10 anos
depois.)

Mas algumas pessoas -- nao poucas infelizmente -- nao sao capazes de
enxergar isso.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Planeta lotado
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: Ciencialist <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 28/02/2001 13:23

PLANETA LOTADO
Relatório da ONU diz que população da Terra será de 9,4 bilhões em 2050
Barbara Crossette , The New York Time,2/28/01
ONU - Sozinha entre as grandes nações industriais, os EUA continuarão a
viver um forte crescimento populacional pelos próximos cinqüenta anos,
que resultaria do amplo e generalizado fluxo de imigrantes e de uma taxa
de fertilidade que irá superar a de outras nações ricas, segundo afirma
uma análise da ONU que deverá ser divulgada nesta quarta-feira (28).

Em 2050, os Estados Unidos serão o único país desenvolvido entre as
vinte nações mais populosas do mundo, de acordo com a previsão de uma
equipe internacional de demógrafos. Em 1950, ao menos metade dos dez
países mais populosos era formada por nações industrializadas. Em 200
havia ainda três países -Rússia e Japão, além dos Estados Unidos.

Em termos mais gerais, os demógrafos confirmam que o mundo está
testemunhando um enorme deslocamento populacional para o Terceiro Mundo,
onde a pobreza e a escassez de recursos já representam um grande
impedimento para o desenvolvimento e estimulam as correntes migratórias
dentro de um mesmo país e entre países.

Em 2050 a população dos países menos desenvolvidos deverá crescer de 4.9
bilhões para 8.2 bilhões, enquanto os países mais desenvolvidos ficarão
com 1.2 bilhões.

"Estas transformações trarão enormes conseqüências econômicas, sociais e
políticas", afirma Joseph Chamie, o diretor do setor populacional da
ONU. "Elas serão, em essência, a base para as relações entre os países e
entre os grupos de um mesmo país. Em resumo, estes são números
relevantes".

No centro de dados populacionais, uma organização sem fins lucrativos de
Washington voltada para a pesquisa e a educação, a demógrafa Diana
Cornelius afirmou que as projeções populacionais são muito importantes.

"Uma das razões seria a ligação entre as projeções e o consumo e, por
tabela, o meio ambiente", ela disse, citando a necessidade de um
planejamento par o futuro de serviços como saúde, habitação, educação e
emprego.

As grandes empresas também utilizam as projeções dos censos da ONU e dos
Estados Unidos para planejar investimentos e estratégias de mercado,
afirmam os demógrafos. Elas também são utilizadas por ministérios de
defesa que querem planejar o futuro de seus exércitos.

Em dezembro, o conselho nacional de inteligência para o exterior da CIA
divulgou um conjunto de projeções, intitulado "Tendências Globais para
2015: um diálogo sobre o futuro com interlocutores não-governamentais",
que relacionava os dados populacionais a tendências sociais e econômicas
e a questões de segurança.

Espera-se um crescimento populacional tão forte na África, afirmam os
demógrafos, que as dezenas de milhões de mortes pela AIDS irão somente
diminuir, mas não irão cessar. Na África sub-saariana, a África do Sul
será a única exceção. Sua baixa taxa de fertilidade, associada às mortes
relativas a AIDS poderia resultar numa taxa de crescimento menos
acentuada, de acordo com a pesquisa.

A Índia, com uma população duas vezes e meia maior que a dos países da
União Européia, está crescendo em uma velocidade muito superior àquela
indicada por previsões anteriores.
"Em 2000, a União Européia obteve um crescimento natural de 343.000
pessoas", afirmou Chamie em uma entrevista. "A Índia chegou a este
número logo na primeira semana de 2001. Se você somar as migrações para
a Europa, o crescimento bruto será de cerca de 1.2 milhões. A Índia já
obteve este crescimento nas três primeiras semanas do ano. Aparentemente
todo este montante corresponde a um crescimento natural, e muitas
pessoas estão indo embora".

O relatório da ONU, que integra uma série regular de previsões
populacionais que é divulgada a cada dois anos, estimou uma taxa de
nascimento mais elevada para Índia, Nigéria e Bangladesh, e outros
países cujos projetos de redução de taxa de crescimento populacional
estão levando mais tempo do que o previsto para apresentarem resultados.

A ONU fez uma ligeira revisão da projeção para a população mundial do
ano 2050, que passou de 8.9 bilhões para 9.3 bilhões, com uma possível
variação entre 7.9 bilhões e 10.9 bilhões.

No American Enterprise Institute de Washington o demógrafo e cientista
político Nicholas Eberstadt afirmou que as projeções populacionais
deveriam ser observadas com uma certa cautela.

"Não há base científica em cálculos de longo prazo para populações", ele
disse em uma entrevista, "porque ninguém tem como saber ou como calcular
quantos filhos vão ter os filhos que ainda não nasceram. Então, quando
você olha para daqui há cinqüenta anos, você está fazendo ficção
científica".

Eberstadt afirmou que a única coisa que os demógrafos são capazes de
fazer é oferecer uma visão limitada daquilo que o mundo pode vir a ser
no futuro.

Os novos dados trazem algumas informações bastante provocativas, ele
disse: entre eles está "a suposição arbitrária de que a imigração dos
países mais pobres para os países ricos irá diminuir progressivamente".
Mas ele afirmou que, por si só, a imigração não causaria uma elevação da
taxa de fertilidade nos Estados Unidos.

"Os Estados Unidos são o país mais fértil entre as nações
desenvolvidas", ele diz, e se encontram pouco acima da taxa natural de
substituição de 2.0 -para substituir um pai e uma mãe. Ele descarta a
idéia de que a etnicidade seja a principal causa.

"Mesmo que você tente devolver os europeus-americanos para os seus
países de origem, a fertilidade continuaria a ser mais alta aqui do que
na Europa", ele disse. "E as novas riquezas não explicam isto. Me
inclino mais para a teoria -que não posso provar- de que isto está
ligado com uma religiosidade maior do que aquela que existe na Europa e
no Japão".

Qualquer que seja a causa, ele diz, "nós somos hoje o único país
desenvolvido que está próximo ao nível natural de substituição, e
ninguém tem como explicar isto".
Uma das descobertas da pesquisa da ONU é que o atual desequilíbrio
populacional entre Israel, que conta com 6 milhões, e os palestino na
Cisjordânia, na Faixa de Gaza e em Jerusalém Oriental, com 3.2 milhões,
provavelmente assistirá a uma transformação dramática nos próximos 50
anos. A projeção para a população de Israel é de 10.1 milhões e a de
palestinos é de 11.8 milhões.
Tradução: André Medina Carone






SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciência, sociedade e Dawkins
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 28/02/2001 13:28

On Tue, 27 Feb 2001 msbn@daterranet.com.br wrote:
> Manuel - Tanto Dawkins quanto Gould são de esquerda. Aliás, o

Esquerda como os ingleses e americanos entendem.

(Trabalhistas ingleses e democratas estadunidenses sao uma esquerda
relativa -- considerando q. os Conservadores e os Republicanos estao 'a
direita do PFL, ateh o PPB seria de esquerda nesses paises...)

Podemos fazer uma leitura comunista ou mesmo anarquista do gene egoista.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] fluidos eletricos
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 28/02/2001 13:28

Alberto Mesquita Filho wrote:
> Acontece que a teoria de Maxwell é uma eletrodinâmica
> de FLUIDOS ELÉTRICOS, coisa que NÃO EXISTE a não ser como um modelo que
> funciona para coisas muito bem determinadas (e, aliás, quase toda a
> tecnologia do século XX desenvolveu-se em cima deste magnífico modelo).

Tarcisio comenta:
>>É claro que os fluidos elétricos não existem e pela dificuldade do
>>conceito de fluidos é que se criou o conceito de quanta, no qual se
>>baseia a quântica.

Léo (re)comenta:

Por simples curiosidade, vamos enumerar a quantidade de avanços tecnológicos oriundos dos 'fluidos elétricos' (número de descobertas, fenômenos e aparelhos, desde que eles foram 'propostos' até o surgimento dos quanta) e aqueles oriundos do conceito de quanta (desde sua introdução, até então).
A indução eletromagnética de Faraday, por exemplo, (que para mim foi a mais útil descoberta de todos os tempos), alicerçada pelos fluidos elétricos, tem o seu equivalente na quântica?
Simples questão de confronto daquilo que mais auxiliou a humanidade.
Proponho: vamos jogar no lixo apenas essas duas coisas (e tudo que derive delas); a indução eletromagnética e o conceito de quanta ... o que nos fará mais falta?

[]'
Léo
=============








SUBJECT: Re: [ciencialist] Ciência, soci edade e Dawkins
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 28/02/2001 13:31



jmanuel.otero@icaa.mcu.es wrote:
>
> Quanto a crítica a Bové, penso que mesmo que fosse um palhasso, isso nom
>implicaria como conseqüência lógica a bondade do neoliberalismo.

Eu não estou a defender a bondade do neoliberalismo. Estou a criticar
a falta de qualidade intelectual dos movimentos anti-globalização.

> Ademais as tuas críticas parecem-me pouco rigorosas. Dizes que Bové se
>empenha em receber subsídios, o que é injusto para os agricultores nom
>franceses. Nom sei se a primeira parte é certa (sei, no entanto, que muitas
>empresas privadas como Citröen som subsidiadas directa e indirectamente com
>milhares de milhões), mas se o fosse a segunda só o seria se ao tempo que
>pedisse subsídios os negasse aos outros, cousa que nom creio que faga.

A questão é quem paga os subsidios? Quem está a pagar a falta de
produtividade dos agricultores franceses e da Citroen? Com que
direito é que se tira dinheiro àqueles que produzem para dar
aqueles que são incompetentes e que não conseguem manter um negócio
estavel. É que a Citroen usa os mesmos argumentos anti-globalização
para justificar os subsidios que recebe.

>
> Dizes: "O importante não é que não hajam diferenças sociais".
>
> Talvez pola tua posiçom social nom te importes coas morte diárias por fame
>no Terceiro Mundo, ou as mortes por doenças curáveis, ou a mal-nutriçom, as
>altas taxas de morte infantil, etc. E também nom te importes coas diferenças
>sociais crescentes no mundo, que a própria ONU reconhece estarem a
>agravar-se. Eu si me importo e por isso sou contra o neoliberalismo. Poderia
>entender essa tua postura num alemám, num francês ou num norte-americano, mas
>nom a compreendo num brasileiro, umha vez que o Brasil está mais claramente
>afectado pola injusta distribuiçom mundial da riqueza e polas medidas
>económicas do neoliberalismo.

Na verdade eu não sou brasileiro, sou português. Mas isso é irrelevante.
Dizes que que os males do 3º mundo são soluveis. Só que as pessoas que
defendem isso querem que eles sejam resolvidos com o dinheiro e o
esforço
e o tempo dos outros. E se os outros não estiverem dispostos a dar esse
dinheiro, esse esforço e esse tempo? Porque é que quem produz riqueza
deve
ser obrigado a dá-la a quem não a produz? A riqueza não nasce da terra.
É produzida por quem tem ideias, por quem inventa coisa, por quem se
dedica a criar e a produzir.

>
> Galeano cita o "economista Lester Thurow, do Massachusetts Institute of
>Tecnology, exitoso teórico do êxito" ao dizer que "se pergunta quem poderia
>negar-se a programar um filho com maior coeficiente intelectual. 'Se o senhor
>não fizer isso' -- adverte -- 'seus vizinhos farão, e então seu filho será o
>mais bobo do bairro'".

Pretendes negar aos pais o direito de ter o melhor para os filhos?

>
> O problema nom é a biogenética em si, mas o uso que pode ter, e se vai
>estar ao serviço da humanidade ou dumha minoritária parte da humanidade. O
>perigo é que no futuro as diferenças sociais impliquem diferenças biológicas
>desde o berço (ou mesmo antes).

E que pretendes que se faça? Que se proiba a manipulação genética?
Mas isso não contraria o principio da liberdade, mais precisamente o
principio segundo o qual cada ser humano deve ser livre de fazer
pesquisas cientificas e de colher os beneficios para si próprio?

>
> A mim isto parece-me assunto para levar a sério.

Trata-se de uma posição conservadora que não tem nenhuma hipotese de
vingar. Primeiro porque os beneficios são muito maiores do que os
hipotéticos males.

>
> O mesmo coa BSE. No Reino Unido, como o escándalo das "vacas loucas" podia
>atingir as suas exportações de carne de vaca (sobretodo a África do Sul), a
>Uniom Europeia decidiu tirar importáncia ao tema e, anos depois, estám a
>morrer centos de pessoas da variante humana da BSE. E só por esta razom o
>caso foi tomado mais a sério no resto de Europa, evitando-se uma incidência
>similar, razom por que tu agora podes dizer que nom vale a pena considerar a
>possibilidade de ser atingido por essa doença. Mas a irresponsabilidade do
>Reino Unido está ainda a ser pagada com vidas humanas.

No Reino Unido terão morrido 100 pessoas por causa da variante humana
da BSE ao longo de 10 anos. Só em Portugal morrem 2000 pessoas por ano
de acidentes de automóvel. Em 10 anos são 20000 pessoas. Se portugal
tivesse a população de Inglaterra seriam 180 000 pessoas. Conclusão:
comer carne com BSE é 1800 vezes mais seguro do que andar de automóvel.
Bem vindo ao mundo real em que as pessoas morrem de perigos reais e
não de doenças imaginárias altamente amplificadas pelos media. Há
pessoas que deixaram de comer carne de vaca por causa da BSE, mas
as mesmas pessoas continuam a andar de automóvel. Percebes a
irracionalidade desta situação?

>
> Nom é questom de alarmismo, como tu dizes e também diziam os técnicos da
>Uniom Europeia, mas de sensibilidade social, de antepor o as pessoas ao
>mercado e nom o mercado às pessoas.

A politica é feita de escolhas. Quando se escolhe combater a BSE
ignora-se
outros problemas mais prementes como as mortes por acidente de
automóvel.
Se se gastasse mais dinheiro na prevenção rodoviária do que em eliminar
vacas com BSE salvavasse mais pessoas. A propósito, a Coreia do Norte
está disposta a receber carne suspeita de estar infectada com BSE para
distribuir pela sua população.

>
> Para os membros desta lista a possibilidade de morte por muitas doenças
>práticamente erradicadas nos nossos países nom vale a pena considerá-la. Mas
>na África estám a morrer milhares de pessoas por doenças praticamente
>desaparecidas nos nossos países, ao nom haver vacinas, por nom serem
>rentáveis, desde a perspectiva do mercado.

Mas então qual é a solução? Como é que convences os ricos a fazer
pesquisas em áreas que não lhes interessam? É engraçado que tu dás
importancia a problemas secundários como a BSE e depois vens falar
das doenças africanas. Quais são as prioridades? Quem paga as contas?
E como é que convences os que não pagam as contas a faze-lo? Pela
força? Por chantagem emocional?

Por exemplo: os criticos da globalização defendem que a informação
contida no genoma humano deve ser património da humanidade e criticam
a Celera Genomics por não divulgar os seus dados. Mas esses criticos
são livres de sequenciarem o genoma se o desejarem e de divulgarem
os dados. Porque é que não o fazem e porque é que querem os dados da
Celera que foram obtidos com dinheiros privados? O projecto Celera só
foi possível porque os investidores agiram egoisticamente na esperança
de ter lucros. Se não o fizessem não estariamos aqui a discutir isso,
mas se calhar o genoma ainda não estava sequenciado. O que é que se
pretende? Um mundo onde as pessoas não são livres de usufruir do produto
do seu trabalho?

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciência, sociedade e Dawkins
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 28/02/2001 13:33

On Tue, 27 Feb 2001, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> NINGUEM sabe exatamente o q eles querem minuciosamente...
> (alem de se preservarem, claro )

la' vamos nos de novo...

os genes nao querem nada.

> SIm, os genes sao egoistas no sentido de se auto-preservar

isso nao caracteriza o egoismo dos genes -- o gene egoista se define como
genes q. se propagam 'as expensas da reproducao de outros genes.

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciência, sociedade e Dawkins
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 28/02/2001 13:34



Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
>
> Andre Roviralta Dias Baptista wrote:
>
> >
> > ----- Original Message ----- From: Joao Carlos Holland de Barcellos
> >
> > > Uma teoria científica não pode servir de justificativa para uma
> > > escolha ética ou política.
> >
> > >Com que base vc diz isso, que nao pode ?
> >
> > As teorias científicas não trazem em si mesmas uma definição do que é
> > "certo" ou "errado". Simplesmente isso.
>
> Ta, concordo.
>
> > Cabe a nós mesmos decidirmos o que
> > é certo ou errado, e arcar com toda a responsabilidade por isso!
> > Evidentemente que não não estou dizendo que devamos desprezar o
> > conhecimento
> > científico, pelo contrário.
>
> Era sobre isso q eu me referia.
> Acredito q devamos usar o conhecimento cientifico para :
> criarmos eticas, analisarmos eticas, e rejeitarmos eticas.

Mas haverá sempre duas éticas contraditórias que não podem ser
excluidas por motivos puramente cientificos.
--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: RE: [ciencialist] Re: Ciência, sociedade e Dawkins
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 28/02/2001 13:42

On 28 Feb 2001 jmanuel.otero@icaa.mcu.es wrote:
> E o polémico "caso Sokal"? conhecedes? Que opinades?

Vc pode conferir na pagina do proprio Sokal:

http://www.physics.nyu.edu/faculty/sokal/


[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciência, sociedade e Dawkins
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 28/02/2001 13:47

Roberto Mitsuo Takata wrote:

> On Tue, 27 Feb 2001, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> > NINGUEM sabe exatamente o q eles querem minuciosamente...
> > (alem de se preservarem, claro )
>
> la' vamos nos de novo...
>
> os genes nao querem nada.
>

Ja disse q os "genes querem" eh no sentido figurado:
Eles codificam o fenotipo para preserva-los.
Exatemente como se eles, genes, quisessem.


>
> > SIm, os genes sao egoistas no sentido de se auto-preservar
>
> isso nao caracteriza o egoismo dos genes -- o gene egoista se define
> como
> genes q. se propagam 'as expensas da reproducao de outros genes.
>

E o q significa este "se propagar" a nao ser "auto-preservar" ?
E nao eh soh as custas de outros genes mas tambem do meio ambiente
( sem conotacao ecologica aqui, simplesmente o meio ambiente eh alterado
)

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciência, sociedade e Dawkins
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 28/02/2001 13:53

João Mário Miranda wrote:

>
>
> Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> >
> > Andre Roviralta Dias Baptista wrote:
> >
> > >
> > > ----- Original Message ----- From: Joao Carlos Holland de
> Barcellos
> > >
> > > > Uma teoria científica não pode servir de justificativa para uma
> > > > escolha ética ou política.
> > >
> > > >Com que base vc diz isso, que nao pode ?
> > >
> > > As teorias científicas não trazem em si mesmas uma definição do
> que é
> > > "certo" ou "errado". Simplesmente isso.
> >
> > Ta, concordo.
> >
> > > Cabe a nós mesmos decidirmos o que
> > > é certo ou errado, e arcar com toda a responsabilidade por isso!
> > > Evidentemente que não não estou dizendo que devamos desprezar o
> > > conhecimento
> > > científico, pelo contrário.
> >
> > Era sobre isso q eu me referia.
> > Acredito q devamos usar o conhecimento cientifico para :
> > criarmos eticas, analisarmos eticas, e rejeitarmos eticas.
>
> Mas haverá sempre duas éticas contraditórias que não podem ser
> excluidas por motivos puramente cientificos.

Nao havera se adotarmos minha "meta-etica-cientifica" que proponho ser
a mae
de todas as eticas e que estabelece que as eticas devem visar a
maximizacao
da felicidade. Ver em :
http://groups.yahoo.com/group/Genismo/message/183

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciência, sociedade e Dawkins
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 28/02/2001 13:57

Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:

>
> Nao havera se adotarmos minha "meta-etica-cientifica" que proponho
> ser
> a mae
> de todas as eticas e que estabelece que as eticas devem visar a
> maximizacao
> da felicidade. Ver em :
> http://groups.yahoo.com/group/Genismo/message/183
>

Pode ser que eu tenha perdido *parte* da paternidade desta genial
ideia,
Ver em :

http://www.philosophers.co.uk/current/singer_ethics.htm

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Texto de Eduardo Galeano
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 28/02/2001 14:00

On 28 Feb 2001 jmanuel.otero@icaa.mcu.es wrote:
> Setenta anos depois, a biogenética nos promete, como presente do

O q. querem dizer com biogenetica? Eh genetica e ponto... Ou daqui a pouco
teremos q. nos referir a Platonismo filosofico e redox quimica?

> Mudando o código genético das gerações futuras, a ciência produzirá

Nao vao mudar o codigo genetico coisa nenhuma. O codigo genetico eh a
relacao entre as trincas de bases do material genetico e o aminoacido
incorporado na cadeia polipeptidica. Eh exatamente a universalidade desse
codigo q. permite os processos de engenharia genetica: um pedaco de gene
humano vai funcionar do mesmo modo em outro humano ou em outro organismo.

O q. se pode eventualmente mudar eh o material genetico (o texto) e nao o
codigo genetico (a lingua).

> baixa qualidade. O mundo fabricará pessoas geneticamente modificadas,
> como já fabrica alimentos geneticamente modificados.

Isso dependera' de uma discussao da sociedade (q. incluira' questoes
estritamente eticas, consideracoes economicas, questoes politicas,
problemas religiosos e assim por diante). Nao eh a disposicao da
tecnologia q. implica em seu uso. Temos tecnologia pra despoluir todos os
rios do mundo e tecnologia pra distribuir equitativamente os alimentos
produzidos...

> Dos Estados Unidos, da Argentina e do Canadá, os GM invadem o mundo
> inteiro, e somos todos cobaias desses experimentos gastronômicos dos
> grandes laboratórios.

Essa denuncia esta' 4 bilhoes de anos atrasada (se bem q, nessa epoca nao
existiam os EUA, a Argentina ou o Canada' -- bons tempos).

> Na verdade, nem sabemos o que estamos comendo. A não ser por
> raras exceções, as etiquetas dos alimentos não nos advertem que eles
> contêm ingredientes que sofreram a manipulação de um ou de vários genes.

Ta' ate' poderiam pedir etiquetagem. Mas estao usando dois pesos e duas
medidas. Quem sabe todos os ingredientes q. vai na Coca-Cola? E na nova
formula do Viagra?

> Nas manifestações ecologistas, um grande peixe azul ergue um
> cartaz: "Não se metam com meus genes". Ao lado, um tomate gigante exige

Nao confundir ambientalistas com ecologistas. Seria pegar um gourmand pra
ser chefe de cozinha.

> recente experiência com as vacas loucas. Enquanto comiam pasto ou
> alfafa, durante milhares de anos, as vacas haviam se comportado com uma
> cordura exemplar, e haviam aceitado, resignadas, seu destino. Foi assim

Na cordura q. pegavam tenia, febre aftosa, raiva... (Ha' q. se apontar q.
a relacao entre a encefalopatia espongiforme bovina e o mal de
Creutzfeldt-Jakob humano e outros similares nao esta' bem estabelecida --
embora a cautela diga q. eh bom evitar comer carne contaminada com prions
da 'vaca louca'.)

Gosto muito dos textos literarios de Galeano (embora sempre haja incutida
sua dose de ideologia), mas esse particularmente eh tendencioso demais.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciência, sociedade e Dawkins
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 28/02/2001 14:02

On Wed, 28 Feb 2001, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> Ja disse q os "genes querem" eh no sentido figurado:
> Eles codificam o fenotipo para preserva-los.
> Exatemente como se eles, genes, quisessem.

Eles nao codificam o fenotipo para nada...

> E o q significa este "se propagar" a nao ser "auto-preservar" ?
> E nao eh soh as custas de outros genes mas tambem do meio ambiente
> ( sem conotacao ecologica aqui, simplesmente o meio ambiente eh alterado

A questao eh q. ele so' eh 'egoista' na medida em q. sua propagacao
prejudica a de outros genes (ou alelos).

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Ciência, sociedade e Dawkins
FROM: andrebaptista@uol.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 28/02/2001 14:02

Olá Manuel,

--- In ciencialist@y..., jmanuel.otero@i... wrote:

> Quanto a crítica a Bové, penso que mesmo que fosse um palhasso,
>isso nom implicaria como conseqüência lógica a bondade do
>neoliberalismo.

Esse Sr. Bové causou grande confusão aqui no Brasil. Invadiu e
destruiu plantações de transgênicos (que podem aumentar a
produtividade e por consequencia diminuir o preço dos alimentos),
atacou também as lojas do mcdonald's, que, se não me engano, emprega
mais de 100.000 pessoas só aqui no Brasil. O Mcdonald's é um dos
únicos lugares do Brasil onde pobres e ricos se encontram e comem
juntos. Em Nova Iorque, as lojas do Mcdonald's abrigam sem-tetos
durante o inverno. Se você conseguir me demonstrar que o Mcdonald's
causa a miséria do mundo, ficarei muito agradecido. Já o sr. Bové
ouvi dizer que é produtor de queijos finos, como o Roquefort. Pelo
preço que minha família inteira come no Mcdonald's, não dá para
comprar um pedaço do queijo do sr. Bové. Eu também queria ser
socialista em Paris, comendo os queijos do sr. Bové.

>
> Dizes: "O importante não é que não hajam diferenças sociais".

Concordo. O importante é que não haja pobreza, não que não haja
desigualdade. Os Estados Unidos são talvez um dos países em que
existe maior desigualdade, em termos relativos. E no entanto as
pessoas fogem de países onde todos são "igualmente miseráveis" para
serem "desiguais e explorados" nos EUA.

O problema da "esquerda atrasada" é que ela baseia seus pressupostos
numa série de falácias:

falácia 1: existe uma quantidade fixa e imutável de riqueza no mundo,
que não pode ser aumentada nem diminuida. Desta maneira, a única
forma de se enriquecer será expropriando, tomando a riqueza do outro.
Da mesma forma, a única forma de eliminar, ou diminuir, a pobreza,
será diminuindo a riqueza e a prosperidade dos ricos. Equivale a
dizer que a economia é um jogo de soma zero - quando um ganha, o
outro perde. Se fosse assim, o capitalismo jamais teria existido. Se
em cada negócio ou associação, uma parte só pudesse enriquecer as
custas de causar um prejuízo a outra parte, o mundo seria uma terra
de ninguém, violenta e primitiva.

falácia 2: O capitalismo é uma das causas da miséria no mundo. Na
verdade, muito mais interessante do que tentar entender quais são as
causas da miséria, é tentar entender quais são as causas da riqueza
no mundo: pois a miséria geral, a privação e a fome, tem sido regra
durante toda a história, com exceção sempre de uma pequena elite
exploradora dominante. As únicas exceções a essa miséria geral
ocorreram naqueles países que conseguiram implementar com sucesso o
capitalismo industrial.

falácia 3: Os países ricos não permitem que os pobres se desenvolvam.
Meia verdade. Não existem países "bonzinhos", mas todos os países
hoje ricos tiveram que enfrentar no seu tempo potências dominantes.

falácia 4: O lucro decorre da exploração do trabalho sub-remunerado.
Verdadeiro em 1800. Hoje as pessoas sub-remuneradas são aquelas que
não têm educação e não têm condições de exercer uma função dentro do
capitalismo. São os "excluídos dos sistema" como dizem. No entanto, a
miséria dessas pessoas não beneficia ninguém (a não ser os políticos
e funcionários públicos corruptos, que formam a "elite" nos bolsões
de miséria do mundo - vide aqui onde eu moro, Alagoas!). Por outro
lado, no sul do Brasil existem milhares de vagas de empregos
extremamente bem remunerados, principalmente na área de
telecomunicações, que não estão sendo preenchidas por falta de gente
qualificada - em parte porque o dinheiro da educação e da merenda foi
desviado pelo corruptos.

Educação para todos! Capitalismo para todos! Cadeia para os corruptos!

abraços

André Baptista







SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciência, sociedade e Dawkins
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 28/02/2001 14:12

On Wed, 28 Feb 2001 andrebaptista@uol.com.br wrote:
> falácia 1: existe uma quantidade fixa e imutável de riqueza no mundo,
> que não pode ser aumentada nem diminuida. Desta maneira, a única

Hmmm... se consideramos o meio ambiente nessa historia voltamos a ter um
jogo de ganho zero. Os paises economicamente mais desenvolvidos apresentam
um gde passivo ambiental q. resgatam fazendo dumping -- 'ocasionalmente'
acabam nas costas do paises menos desenvolvidos economicamente.

Um dos motores da economia do Gde Irmao do Norte eh a qtdade de CO2 q.
eles produzem (estimativas apontam para 25% do total produzido no mundo) e
partilham gentilmente com todos nos...

Nao q. a livre iniciativa (mais do q. o capitalismo) seja um negocio de
todo mal, mas ha' alguns pontos q. precisam ser monitorados.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciência, sociedade e Dawkins
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 28/02/2001 14:19

Só para dizer que o André expressou o que eu penso muito melhor do que
eu o poderia fazer. Concordo com tudo.

João

andrebaptista@uol.com.br wrote:
>
> Olá Manuel,
>
> --- In ciencialist@y..., jmanuel.otero@i... wrote:
>
> > Quanto a crítica a Bové, penso que mesmo que fosse um palhasso,
> >isso nom implicaria como conseqüência lógica a bondade do
> >neoliberalismo.
>
> Esse Sr. Bové causou grande confusão aqui no Brasil. Invadiu e
> destruiu plantações de transgênicos (que podem aumentar a
> produtividade e por consequencia diminuir o preço dos alimentos),
> atacou também as lojas do mcdonald's, que, se não me engano, emprega
> mais de 100.000 pessoas só aqui no Brasil. O Mcdonald's é um dos
> únicos lugares do Brasil onde pobres e ricos se encontram e comem
> juntos. Em Nova Iorque, as lojas do Mcdonald's abrigam sem-tetos
> durante o inverno. Se você conseguir me demonstrar que o Mcdonald's
> causa a miséria do mundo, ficarei muito agradecido. Já o sr. Bové
> ouvi dizer que é produtor de queijos finos, como o Roquefort. Pelo
> preço que minha família inteira come no Mcdonald's, não dá para
> comprar um pedaço do queijo do sr. Bové. Eu também queria ser
> socialista em Paris, comendo os queijos do sr. Bové.
>
> >
> > Dizes: "O importante não é que não hajam diferenças sociais".
>
> Concordo. O importante é que não haja pobreza, não que não haja
> desigualdade. Os Estados Unidos são talvez um dos países em que
> existe maior desigualdade, em termos relativos. E no entanto as
> pessoas fogem de países onde todos são "igualmente miseráveis" para
> serem "desiguais e explorados" nos EUA.
>
> O problema da "esquerda atrasada" é que ela baseia seus pressupostos
> numa série de falácias:
>
> falácia 1: existe uma quantidade fixa e imutável de riqueza no mundo,
> que não pode ser aumentada nem diminuida. Desta maneira, a única
> forma de se enriquecer será expropriando, tomando a riqueza do outro.
> Da mesma forma, a única forma de eliminar, ou diminuir, a pobreza,
> será diminuindo a riqueza e a prosperidade dos ricos. Equivale a
> dizer que a economia é um jogo de soma zero - quando um ganha, o
> outro perde. Se fosse assim, o capitalismo jamais teria existido. Se
> em cada negócio ou associação, uma parte só pudesse enriquecer as
> custas de causar um prejuízo a outra parte, o mundo seria uma terra
> de ninguém, violenta e primitiva.
>
> falácia 2: O capitalismo é uma das causas da miséria no mundo. Na
> verdade, muito mais interessante do que tentar entender quais são as
> causas da miséria, é tentar entender quais são as causas da riqueza
> no mundo: pois a miséria geral, a privação e a fome, tem sido regra
> durante toda a história, com exceção sempre de uma pequena elite
> exploradora dominante. As únicas exceções a essa miséria geral
> ocorreram naqueles países que conseguiram implementar com sucesso o
> capitalismo industrial.
>
> falácia 3: Os países ricos não permitem que os pobres se desenvolvam.
> Meia verdade. Não existem países "bonzinhos", mas todos os países
> hoje ricos tiveram que enfrentar no seu tempo potências dominantes.
>
> falácia 4: O lucro decorre da exploração do trabalho sub-remunerado.
> Verdadeiro em 1800. Hoje as pessoas sub-remuneradas são aquelas que
> não têm educação e não têm condições de exercer uma função dentro do
> capitalismo. São os "excluídos dos sistema" como dizem. No entanto, a
> miséria dessas pessoas não beneficia ninguém (a não ser os políticos
> e funcionários públicos corruptos, que formam a "elite" nos bolsões
> de miséria do mundo - vide aqui onde eu moro, Alagoas!). Por outro
> lado, no sul do Brasil existem milhares de vagas de empregos
> extremamente bem remunerados, principalmente na área de
> telecomunicações, que não estão sendo preenchidas por falta de gente
> qualificada - em parte porque o dinheiro da educação e da merenda foi
> desviado pelo corruptos.
>
> Educação para todos! Capitalismo para todos! Cadeia para os corruptos!
>
> abraços
>
> André Baptista
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciência, sociedade e Dawkins
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 28/02/2001 14:22

Roberto Mitsuo Takata wrote:

> On Wed, 28 Feb 2001, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> > Ja disse q os "genes querem" eh no sentido figurado:
> > Eles codificam o fenotipo para preserva-los.
> > Exatemente como se eles, genes, quisessem.
>
> Eles nao codificam o fenotipo para nada...
>

A conotacao teleonomica visa , claramente uma simplificacao,
o propro Dawkins e outros a utilizam Do gene egoista ::

"...Os replicadores começaram nao apenas a existir,
mas a costruir envoltórios para si, veícuos para sua existencia
ininterrupta. Os replicadores que sobreviveram foram aqueles que
construiram maquinas de sobrevivencia para aí morarem....."....
"... Eles estao em mim e em você. ELES NOS CRIARAM CORPO E
MENTE. E SUA PRESERVAÇÃO EH A RAZÃO ULTIMA
DE NOSSA EXISTENCIA."....

Claro q o q Dawkins quis dizer *nao* eh q os genes pensam e fazem
planos, mas este tipo de conotacao teleonomica eh bem entendida por
todos
que tem um minimo de conhecimento sobre o assunto.
E acredito q ja tenha se tornado uma linguagem PADRAO quando se
fala de genes e evolucao.



>
> > E o q significa este "se propagar" a nao ser "auto-preservar" ?
> > E nao eh soh as custas de outros genes mas tambem do meio ambiente
> > ( sem conotacao ecologica aqui, simplesmente o meio ambiente eh
> alterado
>
> A questao eh q. ele so' eh 'egoista' na medida em q. sua propagacao
> prejudica a de outros genes (ou alelos).
>

Mas os genes, como voce mesmo diz nao estao preocupados em prejudicar
ninguem.
Nem os genes que tem sua propagacao diminuida em virtude da acao dos
outros SENTEM-SE prejudicados.
[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciência, sociedade e Dawkins
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 28/02/2001 14:27



Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:

>
> Nao havera se adotarmos minha "meta-etica-cientifica" que proponho ser
> a mae
> de todas as eticas e que estabelece que as eticas devem visar a
> maximizacao
> da felicidade.

Eu nunca seria feliz sob a vigencia do genismo pelo simples facto
de que a ideia não me agrada. Você esquece-se que as pessoas são
diferentes umas das outras e que aquilo que o torna feliz a si
pode não me fazer feliz a mim. Alem disso você pretende maximizar
a felicidade. Maximizar a felicidade de quem? Do grupo ? Do
individuo ? De pequenos grupos? Dos genes ou dos memes? O maior
problema da politica é que a felicidade geral do grupo não é a
mesma coisa que a felicidade individual de cada um dos seus membros.
Mesmo que você tente maximizar a felicidade de todos, só um de
nós é que vai poder casas com aquela mulher fabulosa que passou
por nós o outro dia na praia.
--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciência, sociedade e Dawkins
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 28/02/2001 14:31

On Wed, 28 Feb 2001, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> Claro q o q Dawkins quis dizer *nao* eh q os genes pensam e fazem
> planos, mas este tipo de conotacao teleonomica eh bem entendida por
> todos que tem um minimo de conhecimento sobre o assunto.
> E acredito q ja tenha se tornado uma linguagem PADRAO quando se
> fala de genes e evolucao.

Posso cometer a falacia da acentuacao?

'entendida por todos que *tEm um minimo de conhecimento sobre o
assunto*...'

Fale em 1001 pra quem nao usa binario e ve se ele entende 9...

> Mas os genes, como voce mesmo diz nao estao preocupados em prejudicar
> ninguem.
> Nem os genes que tem sua propagacao diminuida em virtude da acao dos
> outros SENTEM-SE prejudicados.

Nao eh querer prejudicar ou se sentir prejudicado --- eh simplesmente
prejudicar. Se a propagacao de um alelo, diminui a propagacao de outro --
a multiplicacao do ultimo encontra-se prejudicada, independentemente de
sentimentos metafisicos dos genes.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciência, sociedade e Dawkins
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 28/02/2001 14:48

Roberto Mitsuo Takata wrote:

> On Wed, 28 Feb 2001, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> > Claro q o q Dawkins quis dizer *nao* eh q os genes pensam e fazem
> > planos, mas este tipo de conotacao teleonomica eh bem entendida por
>
> > todos que tem um minimo de conhecimento sobre o assunto.
> > E acredito q ja tenha se tornado uma linguagem PADRAO quando se
> > fala de genes e evolucao.
>
> Posso cometer a falacia da acentuacao?
>

O q raios eh isso?

>
> 'entendida por todos que *tEm um minimo de conhecimento sobre o
> assunto*...'
>
> Fale em 1001 pra quem nao usa binario e ve se ele entende 9...
>

sim mas quando se fala em algebra booleana ou circuitos digitais esta
notacao
eh bem entendida.


>
> > Mas os genes, como voce mesmo diz nao estao preocupados em
> prejudicar
> > ninguem.
> > Nem os genes que tem sua propagacao diminuida em virtude da acao dos
>
> > outros SENTEM-SE prejudicados.
>
> Nao eh querer prejudicar ou se sentir prejudicado --- eh simplesmente
> prejudicar. Se a propagacao de um alelo, diminui a propagacao de outro
> --
> a multiplicacao do ultimo encontra-se prejudicada, independentemente
> de
> sentimentos metafisicos dos genes.
>

Mas existe um sentido etico na palavra prejudicar ....
Poderiamos dizer q os genes que tem sua propagacao diminuida em
razao dos outros *nao* sao prejudicados simplesmente tem sua propagacao
diminuida.

[]s
jocax




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciência, sociedade e Dawkins
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 28/02/2001 14:50



Roberto Mitsuo Takata wrote:
>
> On Wed, 28 Feb 2001 andrebaptista@uol.com.br wrote:
> > falácia 1: existe uma quantidade fixa e imutável de riqueza no mundo,
> > que não pode ser aumentada nem diminuida. Desta maneira, a única
>
> Hmmm... se consideramos o meio ambiente nessa historia voltamos a ter um
> jogo de ganho zero. Os paises economicamente mais desenvolvidos apresentam
> um gde passivo ambiental q. resgatam fazendo dumping -- 'ocasionalmente'
> acabam nas costas do paises menos desenvolvidos economicamente.
>
> Um dos motores da economia do Gde Irmao do Norte eh a qtdade de CO2 q.
> eles produzem (estimativas apontam para 25% do total produzido no mundo) e
> partilham gentilmente com todos nos...

Mas isso não implica que a economia seja um jogo de soma zero. Os
paises ricos produzem muito mais riqueza por unidade de CO2 emitido
do que os países pobres. Isto só por si mostra que os paises pobres
poderiam produzir mais mantendo as suas emissões o que é uma prova
que de facto a economia não é um jogo de soma zero. Por outro lado,
a energia podia ser produzida por fusão nuclear sem quaisquer custos
ambientais se existisse tecnologia disponivel.
--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] fluidos eletricos
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 28/02/2001 14:56

Luiz Ferraz Netto wrote:
> Tarcisio comenta:
> >>É claro que os fluidos elétricos não existem e pela dificuldade do
> >>conceito de fluidos é que se criou o conceito de quanta, no qual se
> >>baseia a quântica.

> Léo (re)comenta:
> Por simples curiosidade, vamos enumerar a quantidade de avanços tecnológicos oriundos dos 'fluidos elétricos' (número de descobertas, fenômenos e aparelhos, desde que eles foram 'propostos' até o surgimento dos quanta) e aqueles oriundos do conceito de quanta (desde sua introdução, até então).

Ao afirmar que os fluidos elétricos não existem não quero desmerecê-lo e
nem mesmo sugerir que os quanta existem, ambos são alegorias para seres
mortais de um universo macro que tentam descobrir como é que o universo
micro funciona. São ferramentas poderosíssimas dentro de seus limites.


> A indução eletromagnética de Faraday, por exemplo, (que para mim foi a mais útil descoberta de todos os tempos), alicerçada pelos fluidos elétricos, tem o seu equivalente na quântica?

Não sei lhe responder esta pergunta mas posso pesquisar.


> Simples questão de confronto daquilo que mais auxiliou a humanidade.

Isto não faz nenhum sentido.


> Proponho: vamos jogar no lixo apenas essas duas coisas (e tudo que derive delas); a indução eletromagnética e o conceito de quanta ... o que nos fará mais falta?
> Léo

Porque vc não pergunta isso para um minifundiário em algum lugar ermo em
que nem eletricidade existe. Para ele nenhum dos dois fará falta.

Poucas foram as coisas realmente inventadas neste século e praticamente
todas usam conceitos inventados em séculos passados. Eu não conheço algo
que a quântica tenho inventado, mas praticamente tudo ao nosso redor tem
o dedo dela, começando pelo LED piscando no seu computador. Creio que a
dificuldade está justamente em compreender como ela funciona e isso
ninguém até agora conseguiu.

==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
==========================================================


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciência, sociedade e Dawkins
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 28/02/2001 15:04

João Mário Miranda wrote:

>
> Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
>
> >
> > Nao havera se adotarmos minha "meta-etica-cientifica" que proponho
> ser
> > a mae
> > de todas as eticas e que estabelece que as eticas devem visar a
> > maximizacao
> > da felicidade.
>
> Eu nunca seria feliz sob a vigencia do genismo pelo simples facto
> de que a ideia não me agrada.

Eu acho q existe um tipo de preconceito de sua parte em relacao aa esta
ideia.


> Você esquece-se que as pessoas são
> diferentes umas das outras e que aquilo que o torna feliz a si
> pode não me fazer feliz a mim.

Nao esqueco nao.
Lembre-se que todos somos animais e portanto todos gostamos de viver e
tomar
agua , por exemplo. Vc tambem foi moldado visando a perpetuacao de seus
genes quer vc queira quer vc nao queira. Se vc agir contra seus genes
neste
sentido perpetuativo, vc devera ser menos feliz do que uma pessoa que
nao
os afronta.


> Alem disso você pretende maximizar
> a felicidade. Maximizar a felicidade de quem? Do grupo ? Do
> individuo ? De pequenos grupos? Dos genes ou dos memes?

Calma, sao duas ideias SEPARADAS.
A "meta-etica-cientifica" em principio , nao tem nada a ver com o
genismo,
esta em um nivel mais alto.
Esta meta-etica esta preocupada em maximizar a felicidade do grupo
para o qual a etica se *destina* : Pode ser uma etica de um jogo de
cartas
, de uma competicao esportiva ou pode ser uma etica de vida.


O genismo se preocupa na felicidade do individuo nao se esquencendo
contudo que este individuo faz parte de um grupo social.
O genismo nao estabelece como exatamente um individuo deve se comportar
ou nao. Ele fornece ideias e caminhos de caracter geral apenas.
Talvez, posteriormente, eu consiga normatiza-lo e coloca-lo dentro de
uma etica minuciosa....

> O maior
> problema da politica é que a felicidade geral do grupo não é a
> mesma coisa que a felicidade individual de cada um dos seus membros.

Sim , eh aih q entra a etica : ela entra exatamente para permitir a
maxima
felicidade do grupo antes q a barbarie se instale.


>
> Mesmo que você tente maximizar a felicidade de todos, só um de
> nós é que vai poder casas com aquela mulher fabulosa que passou
> por nós o outro dia na praia.

Mas de onde vc tirou que toda etica deva ser coercetiva neste sentido ?
A possibilidade de se ter ou nao casas fabulosas vai depender mais do
regime politico , local etc... do que da etica humanista q se adota.

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciência, sociedade e Dawkins
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 28/02/2001 15:31

andrebaptista@uol.com.br wrote:

> O problema da "esquerda atrasada" é que ela baseia seus pressupostos
> numa série de falácias:
>
> falácia 1: existe uma quantidade fixa e imutável de riqueza no mundo,
> que não pode ser aumentada nem diminuida.

De riqueza, nao propriamente, mas de recursos minerais SIM.
Recursos hidricos por exemplo serao altamente valorizados no futuro
talvez ateh mais que o petroleo atualmente.


>
> falácia 2: O capitalismo é uma das causas da miséria no mundo.

A causa principal da miseria eh a propria indole do homem.
Claro que o regime politico pode exacerbar esta indole ou nao.
O capitalismo agrava esta indole quando permite uma exploracao
acima da media ( quem nao lembra do inicio da industrializacao na
inglaterra? )
Ou seja sem um controle etico por parte do estado (atraves das leis )
o capitalismo iria explorar ao maximo a tudo e aa todos de modo a
maximizar seus lucros. Claro q o capitalismo gera riqueza, mas nao creio

que seja o melhor regime politico.


> falácia 3: Os países ricos não permitem que os pobres se desenvolvam.

Eles querem q os paises pobres se desenvolvam o suficiente para que
possam
pagar suas dividas de juros e comprarem seus excedentes de producao.

E nao querem q estes se desenvolvam tanto q possam ameacar sua
tecnologia
dominante ou seu mercado exportador.

>
> falácia 4: O lucro decorre da exploração do trabalho sub-remunerado.
>

> Verdadeiro em 1800.

Nao somente. Existem milhares de empresas que pagam menos q o salario
minimo e que ateh mantem servicais escravizados em suas fazendas.
O empresario capitalista , em geral, paga um salatrio que maximiza seus
lucros.
Se existe oferta excedente de mao de obra os salarios caem caso
contrario sobem.

Qdo a oferta de mao de obra eh muito grande , se nao fosse a lei,
os empresarios pagariam o suficiente para a alimentacao , as vezes nem
isso.

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Texto de Eduardo Galeano
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 28/02/2001 15:38



jmanuel.otero@icaa.mcu.es wrote:

> Eduardo Galeano
>
> Em seu romance Admirável Mundo Novo, Aldous Huxley havia
>profetizado a fabricação de seres humanos em série. Em tubos de ensaio de
>laboratórios, os embriões se desenvolveriam de acordo com sua futura função
>na escala social, desde os alfas, destinados ao mando, até os ipisilones,
>produzidos para a servidão.

Este tipo de ideia está muito espalhado mas não tem nenhuma base real.
Por várias razões:

1- Um ser humano demora 20 anos a desenvolver-se e a sua educação
não é facilmente manipulavel.
2 - O valor economico é um ser humano é tanto maior quanto maior
for a sua inteligencia e criatividade. Os seres humanos são muito
mais valiosos para um potencial empregador se forem livres do que
se forem escravos. Aliás foi precisamente por isso que a escravatura
deixou de ser defendida.
3 - O sistema proposto envolve a geração de seres humanos por
métodos puramente artificiais. Não existem úteros artificiais.
4 - Não existem condições sociais para que um tal sistema se
torne aceitavel.


> Setenta anos depois, a biogenética nos promete, como presente do
>recém-nascido milênio, uma nova raça humana. Mudando o código genético das
>gerações futuras, a ciência produzirá seres inteligentes, belos, saudáveis e
>talvez imortais, de acordo com o preço que cada família possa pagar. James
>Watson, prêmio Nobel, descobridor da estrutura do ADN e chefe do Projeto
>Genoma Humano, predica o despotismo científico. Watson se nega a aceitar
>limite algum para a manipulação das células humanas reprodutivas: nenhum
>limite à pesquisa, nem ao negócio. Sem papas na língua, proclama: "Devemos
>nos manter à margem dos regulamentos e das leis".

Há um bom motivo para esta atitude. A pesquisa em células totipotentes
está a ser prejudicadas por ideias irracionais provenientes de
movimentos
religiosos. Esses grupos estão a prejudicar a pesquisa com células
embrionárias que poderão vir a ser utilizadas para produzir tecidos e
orgão em laboratório. Por outro lado, os investimentos necessários para
este tipo de investigação só poderão vir das empresas privadas. O
raciocinio
é muito simples: é preferivel ter orgãos novos para os ricos do que não
ter orgão novos para ninguém. Na certeza porém, de que os pobres vão
beneficiar dos avanços mais cedo ou mais tarde.

>
> Gregory Pence, que dita a cátedra de ética médica na Universidade de
>Alabama, reivindica o direito dos pais a escolher os filhos que terão, "da
>mesma forma que os criadores fazem cruzamento buscando o cão mais adequado a
>uma família".

Mas com que fundamento é que se pode defender o contrário?


> E o economista Lester Thurow, do Massachusetts Institute of
>Tecnology, exitoso teórico do êxito, se pergunta quem poderia negar-se a
>programar um filho com maior coeficiente intelectual. "Se o senhor não fizer
>isso" -- adverte -- "seus vizinhos farão, e então seu filho será o mais bobo
>do bairro".

Isto é um facto.

>
> Se a sorte nos acompanhar, as estufas da futura geração irão gerar
>super-crianças parecidas a esses gênios. O melhoramento da espécie humana já
>não irá exigir os fornos a gás onde a Alemanha purificou a raça, nem a
>cirurgia que os Estados Unidos, a Suécia e outros países realizaram para
>evitar que fossem reproduzidos os produtos humanos de baixa qualidade. O
>mundo fabricará pessoas geneticamente modificadas, como já fabrica alimentos
>geneticamente modificados.

Porque não aproveitar a tecnologia para evitar que as pessoas tenham
doenças hereditárias?


>
> 2001, odisséia no espaço: já estamos em 2001 e já comemos comida
>química, como havia anunciado, há mais de trinta anos, o filme de Stanley
>Kubrick. Agora, os gigantes da indústria química nos dão de comer. Questão de
>siglas: depois de produtos como o DDT, que finalmente foram proibidos quando
>já fazia anos que se sabia que davam mais câncer que felicidade, chegou a vez
>dos GM, os alimentos geneticamente modificados. Dos Estados Unidos, da
>Argentina e do Canadá, os GM invadem o mundo inteiro, e somos todos cobaias
>desses experimentos gastronômicos dos grandes laboratórios.

Nós não somos cobaias. Somos livres de comer o que esses laboratórios
produzem, mas também somos livres de comer produtos de origem dita
biológica. Se nós preferimos os da GM o problema é nosso. A propósito,
o DDT volta agora a ser utilizado para combater a malária.

> Na verdade, nem sabemos o que estamos comendo. A não ser por raras
>exceções, as etiquetas dos alimentos não nos advertem que eles contêm
>ingredientes que sofreram a manipulação de um ou de vários genes.

Os alimentos genéticos sofrem testes como nenhum outro tipo de
alimento sofre e sabe-se muito mais deles do que aquilo que se sabe dos
alimentos ditos naturais.

>A empresa
>Monsanto, a principal abastecedora, não inclui esse dado em suas etiquetas
>de origem, nem mesmo no caso do leite proveniente de vacas tratadas com
>hormônios transgênicos de crescimento. Esses hormônios artificiais favorecem
>o câncer da próstata e dos seios, segundo várias pesquisas publicadas em The
>Lancet, Science, The International Journal of Health Services e outras >revistas científicas,

As revistas cientificas estão cheias de artigos deste genero. Até que
ponto é que os estudos têm significado?

>
> Alguns países se defendem, ou pelo menos, tentam se defender. Na
>Europa, a importação de produtos da engenharia genética está proibida em
>alguns casos, e em outros, está submetida a controle. Desde 1998, por
>exemplo, a União Européia exige etiquetas claras para a soja geneticamente
>modificada, mas é muito difícil levar as boas intenções à prática.

A União Europeia utiliza estas regulamentações como arma para proteger
os seus agricultores da produção americana.

> O rastro
>se perde em múltiplas combinações: segundo o Greenpeace, a soja GM está
>presente em 60% de toda a comida processada que é oferecida nos supermercados
>do mundo.

Mas qual é exactamente o problema da soja modificada?


--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: Re: Ciência, sociedade e Dawkins
FROM: andrebaptista@uol.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 28/02/2001 15:57

--- In ciencialist@y..., Roberto Mitsuo Takata <rmt@i...> wrote:

> Hmmm... se consideramos o meio ambiente nessa historia voltamos a
ter um
> jogo de ganho zero. Os paises economicamente mais desenvolvidos
apresentam
> um gde passivo ambiental q. resgatam fazendo dumping --
'ocasionalmente'
> acabam nas costas do paises menos desenvolvidos economicamente.
>

Roberto, de jeito nenhum eu acredito na "mão invisível do mercado".
Muito menos para cuidar de questões ambientais. Nesta caso, o
capitalismo realmente tem sido (principalmente nos últimos duzentos
anos) uma catástrofe. Veja por exemplo os destinos do Bisão e do
"Pombo Migrador" (passenger pigeon) americano, talvez alguns dos
exemplos mais dramáticos dessa destruição. Mas não chega a tornar
tudo um "jogo de soma zero" como você diz. Se fosse assim bastaria
destruirmos totalmente a amazonia para tornarmos o Brasil rico! Mas
sabemos que isso é uma bobagem. Acho que é possível encontrar uma
solução que não resulte em "soma zero". Senão para que servem nossos
cérebros?

A destruição muitas vezes ocorreu por capricho ou descaso, sendo
pouco ou minímo seu benefício para o desenvolvimento. Em outros casos
porém, existem impasses a ser resolvidos. O mundo não seria capaz de
suportar uma "prosperidade" do nível americano para 6 bilhões de
habitantes, levando-se em conta a emissão de CO2 e a produção de lixo
aos níveis americanos. Essa é uma questão a ser resolvida, mas
garanto que a "manutenção do atraso" não é uma solução válida. Os EUA
tem se recusado a assinar o acordo contra a emissão de poluentes.
Talvez uma ação cível dentro dos próprio EUA, por danos ambientais
mundiais, seja uma solução?

abraços

andré Baptista







SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciência, sociedade e Dawkins
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 28/02/2001 16:10



andrebaptista@uol.com.br wrote:

> Talvez uma ação cível dentro dos próprio EUA, por danos ambientais
> mundiais, seja uma solução?
>

Uma acção cível é precisamente o que os EUA querem evitar ao não assinar
o acordo. Paises como Portugal podem assinar acordos internacionais e
depois não os cumprir porque nada acontece. Os EUA não podem pelo
simples
facto que teriam que os cumprir, porque os tribunais a isso os
obrigariam.
--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciência, sociedade e Dawkins
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 28/02/2001 16:26

Ninguem diz:

- A gravidade existe para q. as pessoas nao saiam voando para o espaco...

- O Sol esta' distante em media 150 milhoes de km da Terra para q. a
energia q. aporta ao planeta seja compativel com a vida q. aqui existe...

- Os atomos de hidrogenio e de oxigenios tEm essa propriedade para formar
moleculas de agua...

Ninguem toma o efeito pela causa e ninguem o toma pelo proposito de algo,
por q. so' com os benditos genes teriamos q. pensar assim? (Ta' bom, ta'
bom... algumas pessoas o fazem: equivocadamente.)

(Prejudicar nao tem necessariamente qq conotacao de motivacao -- embora
possa te-lo, nao se segue necessariamente... do mesmo modo como poderemos
falar de comportamento de particulas em um sistema qq, sem qq ideia de
acao condicionada por um sistema nervoso. Ja' o 'para alguma coisa' eh uma
relacao de proposito indisfarcavel.)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciência, sociedade e Dawkins
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 28/02/2001 16:35

On Wed, 28 Feb 2001, João Mário Miranda wrote:
> > Um dos motores da economia do Gde Irmao do Norte eh a qtdade de CO2 q.
> > eles produzem (estimativas apontam para 25% do total produzido no mundo) e
> > partilham gentilmente com todos nos...
>
> Mas isso não implica que a economia seja um jogo de soma zero. Os
> paises ricos produzem muito mais riqueza por unidade de CO2 emitido
> do que os países pobres. Isto só por si mostra que os paises pobres
> poderiam produzir mais mantendo as suas emissões o que é uma prova
> que de facto a economia não é um jogo de soma zero. Por outro lado,
> a energia podia ser produzida por fusão nuclear sem quaisquer custos
> ambientais se existisse tecnologia disponivel.

Implica em soma zero na medida em q. ha' um custo... Troca-se ar
respiravel por prosperidade economica -- usa-se um recurso finito.
Termodinamicamente, temos q. nao ha' uma *criacao* de energia -- apenas
sua transformacao.

Os paises pobres poderiam sim aumentar o seu rendimento -- mas isso, de
novo, nao significa soma positiva, ja' q. o rendimento jamais sera' 100% e
muito menos maior do q. isso. O dano ao ambiente eh inevitavel.

Lembremos do Crusoe e do Sexta-feira em nosso exercicio anterior. Crusoe
tem peixes e Sexta, frutos. Troca-se um pelo outro, cada qual ganha por um
lado e perde por outro. Se Crusoe trapaceia e rouba Sexta, o lucro de
Crusoe advem da perda de Sexta. Se os dois deixam a comida apodrecer, eles
simplesmente perdem. Se os conseguem conservar, eles deixam de perder.

Se melhorarmos a utilizacao de nossas fontes energeticas, diminuindo a
emanacao de poluentes estaremos simplesmente deixando de desperdicar. (O
jogo pode ate' ser de soma negativa e na melhor das hipotese de soma
zero.)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciência, sociedade e Dawkins
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 28/02/2001 16:50



Roberto Mitsuo Takata wrote:

> Ninguem diz:
>
> - A gravidade existe para q. as pessoas nao saiam voando para o
> espaco...
>

Ninguem diz eh exagero, os religiosos soh dizem este tipo de coisa:
Deus criou isso assim assado para que os homens.....


> Ninguem toma o efeito pela causa e ninguem o toma pelo proposito de
> algo,
> por q. so' com os benditos genes teriamos q. pensar assim? (Ta' bom,
> ta'
> bom... algumas pessoas o fazem: equivocadamente.)
>

Como ja disse eh uma maneira facil de explicar certos comportamentos
evolutivos sem ter que explicar, a cada paragrafo, toda hora,
toda a relacao de causa e efeito.

Os alelos que propiciaram ao organismo terem a caracteristica X
fizeram com que este organismo tivesse uma vantagem evolutiva
sobre os demais fazendo com que este alelo desta caracteristica X
se espalhasse pela populacao.

Eh mais facil dizer os genes querem q o organismo tenha X, ou
os genes querem X.



[]s
jocax



>
> (Prejudicar nao tem necessariamente qq conotacao de motivacao --
> embora
> possa te-lo, nao se segue necessariamente... do mesmo modo como
> poderemos
> falar de comportamento de particulas em um sistema qq, sem qq ideia de
>
> acao condicionada por um sistema nervoso. Ja' o 'para alguma coisa' eh
> uma
> relacao de proposito indisfarcavel.)
>
> []s,
>
> Roberto Takata
>
>
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciência, sociedade e Dawkins
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 28/02/2001 16:59

On Wed, 28 Feb 2001 andrebaptista@uol.com.br wrote:
> tudo um "jogo de soma zero" como você diz. Se fosse assim bastaria
> destruirmos totalmente a amazonia para tornarmos o Brasil rico! Mas

Nao vejo a ligacao... Podemos desperdicar recursos (destruir a Amazonia) e
nesse caso a soma eh negativa, mas nao podemos criar esse recurso sem
alocar de outro lugar (soma positiva). Na melhor das hipoteses a soma eh
zero. (Porem, no fundo a soma eh sempre zero, mas precisariamos expandir
o sistema.)

A prosperidade americana se da' com a contaminacao do ar comum, com o
aumento do buraco da camada de ozonio, etc... Poderia ser feito sem isso?
Talvez, mas fatalmente acabaria sendo transportado para outras areas.
Poderemos contudo obter uma soma positiva relativa -- se considerarmos a
situacao atual como 'zero' -- sim, poderemos melhorar e devemos lutar por
isso -- outra soma positiva relativa possivel eh circunscrevermos o
sistema: q. eh o q. ja' fazemos, de modo a desconsiderarmos as perdas
ambientais, por exemplo.

Tbm nao prego a manutencao de um atraso (entendendo o atraso como uma
manutencao de uma baixa qualidade de vida em relacao ao q. poderia ser
obtido). (Embora nao vejo como 'tecnicamente' essa opcao possa ser
descartada.)

O aumento da riqueza total circulante so' pode ocorrer com a exploracao
dos recursos naturais. Desde titio Adam Smith (ou ateh antes), temos q. a
origem das riquezas eh o ambiente.

Nao produzimos computadores sem extrair areia, sem perfurar minas de
litio, cobre e fosforo. Os carros demandam explotacao de jazidas de
hematita e similares, de pocos de petroleo. E assim por diante.

On Wed, 28 Feb 2001, João Mário Miranda wrote:
> a energia podia ser produzida por fusão nuclear sem quaisquer custos
> ambientais se existisse tecnologia disponivel.

Nao eh sem custo. A fusao dar-se-ia com o uso de agua -- o mar, posto q.
abundante, nao eh infinito. O custo poderia ser, em escala, pequeno, mas
nao eh zero. Como sub-produto da fusao teriamos agua pesada (a menos q.
idealizemos um rendimento 100%), helio (q. embora pudesse ser aplicado em
outras coisas, seu uso nao daria conta do recado), litio, calor...

O q. fariamos com o sal produzido na foto-eletrolise da agua do mar? E o
oxigenio em excesso? Haveria vazao para tudo?

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciência, sociedade e Dawkins
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 28/02/2001 17:01

On Wed, 28 Feb 2001, Roberto Mitsuo Takata wrote:
> relacao de proposito indisfarcavel.)
^S (pelo amor de deus...)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciência, sociedade e Dawkins
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 28/02/2001 17:11

On Wed, 28 Feb 2001, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> Ninguem diz eh exagero, os religiosos soh dizem este tipo de coisa:
> Deus criou isso assim assado para que os homens.....

Por q. vc emendou algo q. eu mesmo emendei na mesma mensagem, tornando
explicito q. o 'ninguem' era um recurso de estilo?

> Como ja disse eh uma maneira facil de explicar certos comportamentos
> evolutivos sem ter que explicar, a cada paragrafo, toda hora,
> toda a relacao de causa e efeito.
>
> Os alelos que propiciaram ao organismo terem a caracteristica X
> fizeram com que este organismo tivesse uma vantagem evolutiva
> sobre os demais fazendo com que este alelo desta caracteristica X
> se espalhasse pela populacao.
>
> Eh mais facil dizer os genes querem q o organismo tenha X, ou
> os genes querem X.

Nao eh complicado com a gravidade -- um corpo de massa m tem peso de
modulo m.g porq. a aceleracao gravitacional na Terra eh g... Nao eh com os
genes.

- Os organismos apresentam X porq. possuem genes q. condicionam X.

- Os organismos apresentam X porq. vivem em um ambiente q. condiciona X.

Facil assim. (E nao me venha dizendo q. nao explica porq. ha' o gene X ou
o ambiente X... 'genes querem X' tbm nao explica)

- X porq Y.

Eh a explicacao mais suscinta e correta q. se pode ter. (Claro desde q.
tenhamos a exata nocao de causalidade.)

- Y para X.

Eh uma das explicacoes mais sem sentido q. posso conceber (mantida a
relacao de causalidade acima... senao podemos pensar em: 'cachorro nao tem
antena porq. pipoca nao come carne' -- non sequitur -- ou 'comi para
matar a minha fome' -- relacao de proposito bem definido).

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciência, sociedade e Dawkins
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 28/02/2001 17:36

Roberto Mitsuo Takata wrote:

> On Wed, 28 Feb 2001, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> > Ninguem diz eh exagero, os religiosos soh dizem este tipo de coisa:
> > Deus criou isso assim assado para que os homens.....
>
> Por q. vc emendou algo q. eu mesmo emendei na mesma mensagem, tornando
>
> explicito q. o 'ninguem' era um recurso de estilo?
>

Nao entendi nada.


>
> > Como ja disse eh uma maneira facil de explicar certos comportamentos
>
> > evolutivos sem ter que explicar, a cada paragrafo, toda hora,
> > toda a relacao de causa e efeito.
> >
> > Os alelos que propiciaram ao organismo terem a caracteristica X
> > fizeram com que este organismo tivesse uma vantagem evolutiva
> > sobre os demais fazendo com que este alelo desta caracteristica X
> > se espalhasse pela populacao.
> >
> > Eh mais facil dizer os genes querem q o organismo tenha X, ou
> > os genes querem X.
>
> Nao eh complicado com a gravidade -- um corpo de massa m tem peso de
> modulo m.g porq. a aceleracao gravitacional na Terra eh g... Nao eh
> com os
> genes.
>
> - Os organismos apresentam X porq. possuem genes q. condicionam X.

Isso nao explica, eh quase uma tautologia :
Os organismos tem fome pq tem genes q condicionam a fome.

>
>
> - Os organismos apresentam X porq. vivem em um ambiente q. condiciona
> X.
>

mas tambem nao explica as razoes deste condcionamento.

>
> Facil assim. (E nao me venha dizendo q. nao explica porq. ha' o gene X
> ou
> o ambiente X... 'genes querem X' tbm nao explica)
>

Nao explica diretamente mas fica o subentendido desta explicacao.
Este tipo de abordagem ja esta se tornando padrao na literatura
evolutiva, principalmente psicologia evolutiva...


[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] fluidos eletricos
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 28/02/2001 20:08



Luiz Ferraz Netto wrote:
>
> Alberto Mesquita Filho wrote:
> > Acontece que a teoria de Maxwell é uma eletrodinâmica
> > de FLUIDOS ELÉTRICOS, coisa que NÃO EXISTE a não ser como um modelo que
> > funciona para coisas muito bem determinadas (e, aliás, quase toda a
> > tecnologia do século XX desenvolveu-se em cima deste magnífico modelo).
>
> Tarcisio comenta:
> >>É claro que os fluidos elétricos não existem e pela dificuldade do
> >>conceito de fluidos é que se criou o conceito de quanta, no qual se
> >>baseia a quântica.
>
> Léo (re)comenta:
>
> Por simples curiosidade, vamos enumerar a quantidade de avanços tecnológicos oriundos dos 'fluidos elétricos' (número de descobertas, fenômenos e aparelhos, desde que eles foram 'propostos' até o surgimento dos quanta) e aqueles oriundos do conceito de quanta (desde sua introdução, até então).
> A indução eletromagnética de Faraday, por exemplo, (que para mim foi a mais útil descoberta de todos os tempos), alicerçada pelos fluidos elétricos, tem o seu equivalente na quântica?
> Simples questão de confronto daquilo que mais auxiliou a humanidade.
> Proponho: vamos jogar no lixo apenas essas duas coisas (e tudo que derive delas); a indução eletromagnética e o conceito de quanta ... o que nos fará mais falta?
>
> []'
> Léo
> =============
>
Léo,

nem é preciso pensar muito para concluir que os resultados de Maxwell,
Ampére e Faraday farão muito mais falta do que qualquer aplicação da
mecânica quântica, até porque para que usemos um aparato quântico é
necessária, por exemplo, uma bateria ou alguma outra fonte de força
eletromotriz qualquer.
Assim como a mecânica newtoniana é mais útil do que a relatividade
(geral e especial), assim como a termodinâmica é mais útil do que a
física estatística e as quatro operações são mais úteis do que geometria
riemanniana, etc... Isso porque as teorias novas ou complementares
apenas preenchem uma lacuna deixada pela anterior que permanece,
geralmente, a mais adequada dentro do seu limite de validade. De
qualquer maneira, podemos obter calcular a trajetória de um projétil
usando relatividade geral (vai dar muito mais trabalho, obviamente) e
podemos estudar um circuito LRC via eletrodinâmica de Feynman
(demoraríamos um mês para resolver o sistema).

um abraço, Eduardo.


SUBJECT: Re: [ciencialist] fluidos eletricos
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 28/02/2001 22:26

| > Léo (re)comenta:
| >
| > Por simples curiosidade, vamos enumerar a quantidade de avanços tecnológicos oriundos dos 'fluidos elétricos' (número de descobertas, fenômenos e aparelhos, desde que eles foram 'propostos' até o surgimento dos quanta) e aqueles oriundos do conceito de quanta (desde sua introdução, até então).
| > A indução eletromagnética de Faraday, por exemplo, (que para mim foi a mais útil descoberta de todos os tempos), alicerçada pelos fluidos elétricos, tem o seu equivalente na quântica?
| > Simples questão de confronto daquilo que mais auxiliou a humanidade.
| > Proponho: vamos jogar no lixo apenas essas duas coisas (e tudo que derive delas); a indução eletromagnética e o conceito de quanta ... o que nos fará mais falta?
| >
| > []'
| > Léo
| > =============
| >
| Léo,
|
| nem é preciso pensar muito para concluir que os resultados de Maxwell,
| Ampére e Faraday farão muito mais falta do que qualquer aplicação da
| mecânica quântica, até porque para que usemos um aparato quântico é
| necessária, por exemplo, uma bateria ou alguma outra fonte de força
| eletromotriz qualquer.
| Assim como a mecânica newtoniana é mais útil do que a relatividade
| (geral e especial), assim como a termodinâmica é mais útil do que a
| física estatística e as quatro operações são mais úteis do que geometria
| riemanniana, etc... Isso porque as teorias novas ou complementares
| apenas preenchem uma lacuna deixada pela anterior que permanece,
| geralmente, a mais adequada dentro do seu limite de validade. De
| qualquer maneira, podemos obter calcular a trajetória de um projétil
| usando relatividade geral (vai dar muito mais trabalho, obviamente) e
| podemos estudar um circuito LRC via eletrodinâmica de Feynman
| (demoraríamos um mês para resolver o sistema).
|
| um abraço, Eduardo.

Sim, concordo, e era esse ponto de vista que queria despertar quando se enaltece (por vezes,com exageros) as 'moderníssimas' teorias.
São complementações importantes e necessárias (e tanto mais necessárias quanto mais se avança no tempo) mas que não a ponto de ofuscar a importância que têm as teorias já consolidadas.
Não sabemos ainda tudo sobre o elétron mas, sem dúvida, já se escreveram mais coisas sobre ele nesse último meio século que durante todas as épocas se escreveram sobre a Lua.
Cogito que estamos vivendo uma etapa própria para as especializações.

[]'
Léo



SUBJECT: Quanta e fluidos eletricos
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 01/03/2001 05:29

-----Mensagem Original-----
De: "TARCISIO BORGES"
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: Quarta-feira, 28 de Fevereiro de 2001 13:06
Assunto: [ciencialist] fluidos eletricos

> Alberto Mesquita Filho wrote:
> > Acontece que a teoria de Maxwell é uma eletrodinâmica
> > de FLUIDOS ELÉTRICOS, coisa que NÃO EXISTE a não ser como um modelo que
> > funciona para coisas muito bem determinadas (e, aliás, quase toda a
> > tecnologia do século XX desenvolveu-se em cima deste magnífico modelo).
> É claro que os fluidos elétricos não existem e pela dificuldade do
> conceito de fluidos é que se criou o conceito de quanta, no qual se
> baseia a quântica.

Eu diria que a coisa é bem mais complicada e que o conceito de fluido
elétrico está embutido no conceito de quanta. Ou seja, os físicos de hoje
aceitam implicitamente que os agentes do eletromagnetismo são constituídos
por um fluido que NÃO EXISTE e por cima dessa inexistência criaram uma
física absurda e totalmente alheia à realidade físico experimental, ainda
que forneça equações que dão certo em condições ultra particulares e
totalmente incapazes de sustentar uma tecnologia consistente.

Senão, vejamos: No início do século XX Planck tentou explicar o espectro do
corpo negro, algo que estava a desanimar profundamente os físicos, pois não
havia como compatibilizar a física conhecida, derivada dos avanços da
eletrodinâmica dos FLUIDOS ELÉTRICOS de Maxwell. De forma bastante
elementar, diria que Planck, em 1901, supôs que a luz fosse emitida em
pacotes de energia, algo que veio a ser conhecido por quantum de energia
eletromagnética. Alguns, erroneamente (e Planck jamais caiu nesse erro
vulgar), chegaram a admitir a inexistência de continuidade da energia, ou
seja, a energia existiria apenas em frações discretas, o que é uma outra
maneira de confundir conteúdo com continente, algo que os físicos quânticos
fazem com grande freqüência, protegidos por equações que escondem
essa irrealidade física. Mas deixemos as asneiras matemático quânticas com
os quânticos e voltemos a suas origens clássicas.

Em 1905 Einstein explicou outro fantasma a assustar os físicos de então --o
efeito fotoelétrico-- utilizando argumentos semelhantes aos assumidos por
Planck. Ou seja, da mesma maneira que a energia eletromagnética seria
emitida em pacotes, ela também seria absorvida em pacotes. O efeito Compton
também retrata essa mesma verdade de outra maneira.

Ora, o que tudo isso significa? Simplesmente que o mecanismo de emissão e/ou
de absorção de energia estava "proibido", por algum mecanismo desconhecido
na época, a emitir energia de outra maneira, ou seja, de modo contínuo.
Jamais, e como Planck assumiu por toda a sua vida, isso retrata a
"quantização da energia" mas sim a "quantização da emissão de energia". Ou
seja, Planck assumiu uma explicação 100% clássica para a quantização e
graças a isso podemos considerar Planck como o último dos grandes clássicos.

Em 1913 Bohr quase chegou a entender o mecanismo clássico de emissão de
energia quantizada. Ao assumir a existência do que chamou "órbitas
permitidas" esteve próximo de evidenciar sua causa. Não obstante, não
dispunha de outro eletromagnetismo que não o de Maxwell, válido para o
macrocosmo e embasado na noção de fluidos elétricos coulombianos. Supondo
ERRONEAMENTE que os elétrons fossem elementos de volume do fluido
coulombiano, assumiu a validade da lei de Coulomb (postulado 1 da teoria
primitiva de Bohr). Supondo também ERRONEAMENTE que os elétrons, por serem
fluidos coulombianos, deveriam emitir radiação ao sofrerem aceleração
centrípeta , assumiu que deveria existir algum fantasma "quântico" a impedir
essa emissão em determinadas condições (postulado 2). Ou seja, o elétron
somente obedeceria sua natureza fluida ao saltar de uma órbita permitida
para outra. Em resumo: a idéia dos "fantasmas quânticos" aceita totalmente a
natureza fluida do elétron bem como as equações da teoria de Maxwell,
originalmente propostas para conjuntos de elétrons (carga elétrica e
corrente elétrica), jamais para partículas realmente elementares.

Em 1924 descobriu-se que o elétron possuía spin, inicialmente pensado como
GIRO. Por estar em órbita, esse giro deveria se traduzir em conseqüências
outras também clássicas e associadas ao fenômeno relacionado por Bohr ao que
chamou "órbitas permitidas". Ou seja, uma partícula girante necessita em
muitas ocasiões de explicações outras para certos efeitos tais como a
modificação de seu momento angular clássico de spin ao descrever sua órbita.
Mas... Como acoplar tudo isso apenas à lei de Coulomb? Como justificar
órbitas excêntricas para os elétrons, ou seja, não centradas no núcleo do
átomo, utilizando-se de uma lei do tipo gravitacional? Como explicar a
natureza giroscópica do elétron sem ao mesmo tempo localizar a força
responsável pelo torque necessário para a modificação do momento angular
clássico de spin? Em que condições uma mesma força pode responder em parte
pelo momento angular orbital e em parte pela orientação (torque) do momento
angular de spin? Essas órbitas excêntricas teriam disposições contínuas ou
discretas? Mas... se as órbitas tiverem disposições classicamente discretas
não existe quantização de energia (saltos quânticos) e sim emissão discreta
de energia (mudanças clássicas de órbita)!!!

A resposta é extremamente elementar, ainda que os cálculos sejam bastante
complicados. É suficiente assumir que os elétrons não são elementos de
volume do fluido coulombiano pois esses fluidos NÃO EXISTEM e que o único
campo que um elétron gera é ou aquele citado em minha teoria ou então algum
outro a ser descrito por algum físico melhor do que eu e que não tenha
passado pela lavagem cerebral imposta aos jovens pelas faculdades de física
moldadas nos absurdos do século XX.

Para que simplificar se é possível complicar, não é verdade? Ora, se os
fluidos elétricos não existem, a teoria eletromagnética de Maxwell não pode
ter a pretensão de ser útil na escala microcósmica. Ora, se a teoria
eletromagnética não pode ser útil em escala microcósmica, nada do que
antecedeu a farsa que originou a física quântica tem sentido de ser. Ou
seja, a quântica foi criada para forçar a teoria de Maxwell a se adaptar ao
que ela jamais seria capaz de explicar. Simplesmente, forçou-se a barra numa
época em que os físicos não quiseram, por opção própria, assumir que a
teoria de Maxwell era uma teoria incompleta. Lembro que Maxwell morreu aos
47 anos de idade, bem antes da comprovação dos elétrons por Thompsom e
perfeitamente ciente de que sua teoria era um modelo macroscópico e de pouca
ou nenhuma utilidade para o microcosmo.

Sabendo-se hoje que a teoria de Maxwell é incapaz de ir além daquilo para o
qual foi proposta, sabe-se também hoje que a chamada catástrofe do
ultravioleta foi uma farsa, pois não havia catástrofe alguma, apenas uma
tentativa errada de se explicar um fenômeno natural. Como não se conseguiu
atingir o objetivo, amplamente procurado por Planck, criou-se um remendo
chamado hoje teoria quântica, algo que está errado desde a sua origem. A
única saída é retornar ao passado, recuperar o conceito de partícula
efetivamente clássica e reconstruir a física newtoniana pois isso que vocês
chamam de teoria quântica é um brinquedinho dos cartolas da física e que não
dará em nada a não ser muita dor de cabeça para os jovens que estão perdendo
o seu tempo estudando absurdos que não resistirão sequer a mais uma década.
Quem viver verá.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm




SUBJECT: Re: Ciência, sociedade e Dawkins
FROM: "Andre Roviralta Dias Baptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 01/03/2001 07:51


----- Original Message ----- From: Roberto Mitsuo Takata


>A prosperidade americana se da' com a contaminacao do ar comum, com o
>aumento do buraco da camada de ozonio, etc... Poderia ser feito sem isso?
>Talvez, mas fatalmente acabaria sendo transportado para outras areas.

Esqueci de comentar também que a pobreza também tem um custo ambiental, e
muito grande. Enquanto o custo ambiental do capitalismo industrial tende a
diminuir proporcionalmente (compare, por exemplo, a situação ambiental da
área ao redor de Londres e Nova Iorque no século passado e hoje em dia).
Nos países ricos existe hoje em dia um movimento pró-ambiental que cresce de
maneira exponencial. Indústrias são construídas de maneira cada vez mais
racional e de modo a ter menos impacto ambiental. Existem filtros, recursos
para tratamento de dejetos, fontes alternativas de energia, etc. Insistir
que para que haja desenvolvimento e crescimento econômico deve haver sempre
um custo ambiental equivalente é ser dogmático. Claro, o custo ambiental
também tem um valor altamente subjetivo. Qual o custo da extinção de uma
espécie?

A principal ameaça ambiental hoje em dia não vem das indústrias, mas da
explosão populacional nos países pobres. As empresas da NASDAQ não derrubam
florestas e não exploram mão-de-obra miserável.


>O aumento da riqueza total circulante so' pode ocorrer com a exploracao
>dos recursos naturais. Desde titio Adam Smith (ou ateh antes), temos q. a
>origem das riquezas eh o ambiente.

No passado uma parcela importante da riqueza de um país provinha da terra,
na forma de recursos minerais e agrícolas. No entanto a porcentagem do PIB
dos países ricos que provém do setor primário diminuiu de forma espetacular
nos dois últimos séculos. Os EUA são a maior potência agrícola do mundo, no
entanto a produção agrícola responde por 2 ou 3 por cento do PIB americano.
O Japão não tem recursos naturais abundantes. A riqueza não está no chão,
mas na cabeça das pessoas. Tanto que ao fim da segunda guerra os americanos
foram atrás de cérebros, não territórios (ocuparam algumas ilhas no pacífico
por questões militares, não econômicas).

>Nao produzimos computadores sem extrair areia, sem perfurar minas de
>litio, cobre e fosforo. Os carros demandam explotacao de jazidas de
>hematita e similares, de pocos de petroleo. E assim por diante.

Sim. Mas o valor da matéria prima na composição final do preço do
equipamento é irrisório.

[ ] ´s

André Baptista






SUBJECT: Sociedade do futuro?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO:
DATE: 01/03/2001 10:06

SOCIEDADE DO FUTURO

Biólogos e Economistas prevêem impacto da engenharia genética
The New York Times, 1 de março de 2001
Alan B. Krueger

.......
Apesar de entrar no reino da ficção científica a especulação quanto ao
impacto que o desenvolvimento de um mercado para clonagem ou engenharia
genética terá sobre a população, alguns biólogos e economistas
começaram
a fazer isto.

O biólogo molecular de Princeton, Lee Silver, apresenta um cenário em
seu popular livro "De Volta ao Éden" (Mercuryo) que faz Malthus parecer
um otimista. Segundo Silver, se ficar a critério do mercado, há a
possibilidade real de que a engenharia genética levará a uma sociedade
de duas classes, habitada por prósperos indivíduos "gene-ricos",
modificados geneticamente, cujos pais podem arcar com os custos da
engenharia genética, e os empobrecidos "naturais", concebidos da
maneira
tradicional.

Se isto já não fosse ruim o bastante, ele também prevê superpopulação,
e
as duas classes se dividindo em espécies diferentes, com os gene-ricos
olhando para os naturais da mesma forma que os humanos atualmente olham
para os chimpanzés.
.......

Artigo completo :

http://groups.yahoo.com/group/Genismo/message/187

[]s
jocax



SUBJECT: Ciência e capitalismo
FROM: jmanuel.otero@icaa.mcu.es
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 01/03/2001 10:17

Bom, eu realmente estou a ficar espantado com algumhas das cousas que estou a ler aqui neste foro.

Nom sabia que houvesse tanto capitalista convencido.

Karl Marx tem demostrado há mais de um século que a fonte da riqueza vem do trabalho. Se eu tenho um pouco de madeira e POSSUO a madeira, preciso de trabalhar essa madeira para conseguir umha mesa ou umha cadeira, as quais terám um valor no mercado. Esse TRABALHO que converte a matéria prima em mercadoria é o que produz VALOR e portanto RIQUEZA.

Tendo esta obviedade presente nom se sustentam afirmações como esta de João Miranda:

"Dizes que que os males do 3º mundo são soluveis. Só que as pessoas que defendem isso querem que eles sejam resolvidos com o dinheiro e o esforço e o tempo dos outros. E se os outros não estiverem dispostos a dar esse dinheiro, esse esforço e esse tempo? Porque é que quem produz riqueza deve ser obrigado a dá-la a quem não a produz? A riqueza não nasce da terra.
É produzida por quem tem ideias, por quem inventa coisa, por quem se dedica a criar e a produzir."

O esforço e o trabalho é de milhares de trabalhadores explorados em países em que nom existe regulaçom laboral, as crianças som exploradas, nom há segurança social, nem reformas, e é necessário trabalhar a vida inteira para garantir a subsistência. Sem esse trabalho explorado nom seriam tam poderosas e ricas muitas das mais ricas e poderosas empresas do mundo, que baseiam essa riqueza na exploraçom dos seus trabalhadores.

O capitalismo é um sistema económico insustentável. Os problemas ambientais estám a demostrá-lo. Mas além disso, é um sistema que nom se baseia na exploraçom dumha maioria por parte dumha minoria. O ex-presidente da Associaçom Internacional de Sociólogos, Immanuel Wallerstein, tem explicado perfeitamente como o capitalismo supom a depauperaçom absoluta da maioria da humanidade. Depauperaçom nom só material como ainda moral.

Em essência João Miranda e talvez outros nesta lista partem dumha interpretaçom da realidade contrária à que acabo de expor, segundo a qual umha minoria fornece a outros a possibilidade de manter a sua existência com base na exploraçom e deve estar agradecida. Quem produz riqueza é a minoria e as reivindicações em benefício maioria som improcedentes.

Parafraseando Castelão, adail do movimento de libertaçom nacional galego, seria para rir se nom fosse que o conto é triste.

J. Manuel Outeiro


SUBJECT: kits robóticos lego
FROM: andrebaptista@uol.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 01/03/2001 10:22

Olá pessoal

Um daqueles kits robóticos antes caríssimos da série "lego
mindstorms" está a venda por U$ 29,99 na amazon.com

http://www.amazon.com/exec/obidos/ASIN/B0000326NB/o/qid=983451369/sr=8
-1/ref=aps_sr_t_1_1/105-3743519-0947930

A má notícia é que não entregam em outros países.

Estou procurando para o meu filho (se vocês acreditarem) mas aqui no
Brasil está por umas trezentas pilas (para os lusofonos de outras
plagas: pilas = cobres, paus, bucks).

Esses kits foram desenvolvidos pela lego em parceria com o M.I.T. São
programáveis por computador e bastante versáteis. Mas aqui no Brasil
parece que não há muito interesse por esse tipo de brinquedos. Também
pelo preço, aqui seria um brinquedo apenas para riquinhos. E os pais
dos riquinhos brasileiros provavelmente acham besteira investir em
kits de robos. Afinal eles sabem das coisas: é melhor iniciar os
filhos nas artes da malandragem, das trocas de favores, do
jeitinho. :-(

[]´s

André Baptista








SUBJECT: Ciência e capitalismo (2)
FROM: jmanuel.otero@icaa.mcu.es
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 01/03/2001 10:30

Esta é um dos efeitos do sistema capitalista sobre a ciência e aos científicos:

Tomado do jornal basco Gara do dia 10 de fevereiro passado (em espanhol)

Embargo inmoral del BBVA a quien regaló la vacuna contra la malaria
Si algo ha caracterizado la vida del médico colombiano Manuel Elkin Patarroyo ha sido la concepción ética de sus investigaciones y su compromiso solidario. Descubridor de la vacuna contra la malaria, en 1993 rechazó una oferta de 60 millones de dólares de un laboratorio bioquímico y cedió los derechos de explotación de la vacuna a la Organización Mundial de la Salud, defendiendo que «el antídoto debe llegar a todos los países en desarrollo a un precio muy bajo». Casualmente, ocho años después, son precisamente 60 millones de dólares los que adeuda el hospital bogotano San Juan de Dios en el que venía desarrollando sus investigaciones junto a otros 120 profesionales. El Banco Ganadero, filial del BBVA, ejecutó el embargo y Patarroyo y su equipo han tenido que abandonar costosos equipos científicos y trasladarse a otra sede donde deberá empezar a trabajar desde cero. 60 millones de dólares son el equivalente a los beneficios que el BBVA obtiene en tres días y medio. En esta situación, la entidad financiera tenía la obligación moral de garantizar a la humanidad unas condiciones de trabajo dignas para Patarroyo, que ahora tiene muy avanzados los trabajos para lograr una vacuna para la tuberculosis. Como se ve, los bancos no entienden de moral, ni siquiera ante unas investigaciones que pueden salvar la vida de millones de seres de las zonas más empobrecidas del mundo pero que no, claro, van a generar pingües beneficios. *



SUBJECT: Re: [ciencialist] Ciência e capitalismo
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 01/03/2001 10:47



jmanuel.otero@icaa.mcu.es wrote:

> Em essência João Miranda e talvez outros nesta lista partem dumha
>interpretaçom da realidade contrária à que acabo de expor, segundo
>a qual umha minoria fornece a outros a possibilidade de manter a sua
> existência com base na exploraçom e deve estar agradecida. Quem
> produz riqueza é a minoria e as reivindicações em benefício maioria
> som improcedentes.

Nesse caso porque é que os trabalhadores explorados não deixam de
trabalhar para as grandes empresas e trabalham para si próprios,
ou porque é que não se organizam em cooperativas e criam riqueza
uns para os outros?

Em relação ao trabalho, penso que não entendes quem cria realmente
riqueza. Quem cria riqueza não é o Homem que faz uma mesa. É o
homem que inventa uma máquina para construir milhares de mesas. O que
cria riqueza não é o trabalho braçal. É o trabalho intelectual. O
Homem que usa a sua criatividade e a sua inteligencia para criar
novas tecnologias para fazer mais coisas e de forma mais barata é
o Homem que cria riquesa. O Homem que faz mesas, é apenas um Homem
que faz mesas, a não ser que as mesas que ele faz sejam
extraordinárias.

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: RE: [ciencialist] Ciência e capitalismo
FROM: jmanuel.otero@icaa.mcu.es
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 01/03/2001 10:58

Mui boa pergunta João.

A esta também respondeu há mais de um século Karl Marx.

Umha parte (minoria) da sociedade possui os meios de produçom, por isso pugem a palavra possuir em maiúsculos, como outras palavras chave. Outros, nom possuem esses meios de produçom essenciais para a subsistência e por isso devem vender a sua força de trabalho, que é o único que possuem. Desta forma, os que possuem os meios de produçom podem ficar com parte do valor que os trabalhadores dam à mercadoria, contendo os salários, pagando menos, fazendo trabalhar mais intensamente ou mais horas, etc.

Assi, multiplicam os ganhos e podem continuar a detentar os meios de produçom futuros.

Sic transit gloriae mundi.

J. Manuel Outeiro

P.S.: A riqueza que cria o home que inventa a máquina para fazer mesas nom exclui a riqueza que cria o home que fai máquinas, e ademais dependerá do home que fai a máquina para fazer mesas.
Nom é questom de descobrir que homes criam riqueza. Todos os homes que trabalham crian riqueza. Home vai como género humano, nom como humano masculino. Há que ter cuidado co machismo, outro atavismo que fizo um grande serviço ao capitalismo (como também tratou Immanuel Wallerstein, cujo livro O Capitalismo Histórico, é acessível em Internet procurando-o em qualquer motor de pesquisa, como Google ou Altavista).

-----Mensaje original-----
De: jmiranda@explicacoes.com [mailto:jmiranda@explicacoes.com]
Enviado el: jueves 1 de marzo de 2001 13:42
Para: ciencialist@yahoogroups.com
Asunto: Re: [ciencialist] Ciência e capitalismo

Nesse caso porque é que os trabalhadores explorados não deixam de
trabalhar para as grandes empresas e trabalham para si próprios,
ou porque é que não se organizam em cooperativas e criam riqueza
uns para os outros?

Em relação ao trabalho, penso que não entendes quem cria realmente
riqueza. Quem cria riqueza não é o Homem que faz uma mesa. É o
homem que inventa uma máquina para construir milhares de mesas. O que
cria riqueza não é o trabalho braçal. É o trabalho intelectual. O
Homem que usa a sua criatividade e a sua inteligencia para criar
novas tecnologias para fazer mais coisas e de forma mais barata é
o Homem que cria riquesa. O Homem que faz mesas, é apenas um Homem
que faz mesas, a não ser que as mesas que ele faz sejam
extraordinárias.

--
joão
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Ciência e capitalismo (2)
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 01/03/2001 11:05

Tenho um problema com a tradução. O que é uma 'vacuna'? Uma vacina?
Não sabia que já havia uma vacina contra a malária. E funciona?

João



jmanuel.otero@icaa.mcu.es wrote:
>
> Esta é um dos efeitos do sistema capitalista sobre a ciência e aos científicos:
>
> Tomado do jornal basco Gara do dia 10 de fevereiro passado (em espanhol)
>
> Embargo inmoral del BBVA a quien regaló la vacuna contra la malaria




SUBJECT: Re: [ciencialist] Ciência e capitalismo
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 01/03/2001 11:12



jmanuel.otero@icaa.mcu.es wrote:
>
> Bom, eu realmente estou a ficar espantado com algumhas das cousas
> que estou a ler aqui neste foro.

> Nom sabia que houvesse tanto capitalista convencido.

Por favor não partas do principio de que só os socialistas é que
têm a superioridade moral por desejarem o bem da humanidade e os
outros não. Se o fizeres estás a meu ver a cometer um erro infantil.
Há muitas formas de defender o bem da humanidade, e cada um defende
aquelas formas que em consciência acredita serem as melhores. Porque
é que me chamas a mim um capitalista convencido quando eu te posso
chamar a ti socialista convencido? Será que isso é realmente importante
ou produtivo?

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: Darwin virando-se na tumba ?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: Ciencialist <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 01/03/2001 11:14

CONTARDO CALLIGARIS – Folha de SP, 01/03/01
Darwin virando-se na tumba

Na coluna da semana passada, comentei que as recentes revelações sobre
o
genoma humano confirmam a hipótese da evolução das espécies. Darwin
tinha razão.....

Artigo em :

http://groups.yahoo.com/group/Genismo/message/188



SUBJECT: RE: [ciencialist] Ciência e capitalismo (2)
FROM: jmanuel.otero@icaa.mcu.es
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 01/03/2001 11:14

sim, "vacuna" é vacina em espanhol. Patarroyo foi o descobridor. E acho que deve funcionar, pois ele está a ser internacionalmente reconhecido.

Pido-che desculpa se che incomodei ao falar de "capitalistas convencidos", mas falei assi por ter lido nalgumha mensagem um panegírico do capitalismo, empregando essa palavra, acho que era de André, e tu subscrevias essa mensagem posteriormente.

Eu, sem embargo, em nengum momento falei de socialismo, mas som um anti-capitalista convencido.

J. Manuel


-----Mensaje original-----
De: jmiranda@explicacoes.com [mailto:jmiranda@explicacoes.com]
Enviado el: jueves 1 de marzo de 2001 14:06
Para: ciencialist@yahoogroups.com
Asunto: Re: [ciencialist] Ciência e capitalismo (2)


Tenho um problema com a tradução. O que é uma 'vacuna'? Uma vacina?
Não sabia que já havia uma vacina contra a malária. E funciona?

João






SUBJECT: Re: [ciencialist] Ciência e c apitalismo (2)
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 01/03/2001 11:43

jmanuel.otero@icaa.mcu.es wrote:
>
> sim, "vacuna" é vacina em espanhol. Patarroyo foi o descobridor. E acho que deve funcionar, pois ele está a ser internacionalmente reconhecido.

Tanto quanto eu sei não existe nenhuma vacina eficaz contra a malária,
embora existam várias tentativas nesse sentido. Patarroyo deve ser
mais uma a tentar lá chegar...
--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: Re: [ciencialist] Ciência e capitalismo
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 01/03/2001 12:03

-----Mensagem Original-----
De: "João Mário Miranda"
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: Quinta-feira, 1 de Março de 2001 11:12
Assunto: Re: [ciencialist] Ciência e capitalismo

> aquelas formas que em consciência acredita serem as melhores. Porque
> é que me chamas a mim um capitalista convencido quando eu te posso
> chamar a ti socialista convencido? Será que isso é realmente importante
> ou produtivo?

Perdoem-me a intromissão num assunto que pouco entendo mas creio que vocês
estão tentando produzir chuva no molhado. Capitalismo e socialismo são
sistemas ideais e que têm demonstrado não funcionarem na prática. Em teoria
ambos são excelentes. Na prática os únicos lemas que são adotados são os
seguintes: No capitalismo quem dinheiro tem poder; no socialismo quem tem
poder tem dinheiro. E quem nada tem é simplesmente ignorado não importa qual
tenha sido o brilhante gênio a conceber tais sistemas utópicos. O problema
não está no sistema mas no ser humano e não vejo ideologia nenhuma a tentar
modificar a sociedade no sentido em que ela corrompe o homem, como proposto
por Rousseau. Aqui no Brasil o que se nota é que o pobre não vê a hora de
ficar rico para virar as costas para os seus semelhantes ou até mesmo passar
a explorá-los. Pobre no Brasil detesta comunistas e/ou socialistas, e com
razão, haja vista os exemplos, nacionais ou internacionais, com que se
depara. O que ele quer, dentro de seu egocentrismo, e ficar rico e posar de
capitalista.

O grande problema, pelo menos em meu país, não reside especificamente no que
chamamos pobreza e sim na miséria generalizada. Uma grande maioria do povo
brasileiro vive numa miséria incomensurável e não conheço nenhum socialista,
dentre esses que a cada quatro anos ocupam os palanques ou os programas
eleitorais, que esteja minimamente preocupado com essa desfaçatez. Discutir
capitalismo e comunismo, a luz dessa realidade, é coisa de filhinho de
papai, de quem não tem o que fazer após encher a barriga com o que há de bom
ou de melhor. Aliás, não conheço nenhum "político" socialista brasileiro que
não esteja nadando em fortunas pagas com nosso imposto de renda ou então que
não descenda dos maiores capitalistas que já exploraram a miséria nacional.
Os idealistas ingênuos que me desculpem mas "na prática a teoria é outra".

Comento alguma coisa a respeito em "A síndrome dos três i's" que pode ser
encontrada em
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/ECC2/artigos/tres_is.txt ou
http://sites.uol.com.br/albmesq/artigos/tres_is.txt ou então em "A revolução
que está a termo" que pode ser encontrada em
http://www.geocities.com/CapeCanaveral/Lab/9378/ECC2/artigos/editor04b.txt
ou em http://sites.uol.com.br/albmesq/artigos/editor04b.txt

Era o que eu tinha a dizer e embora escreva artigos a respeito, faço-o
apenas como ser social que sou e no sentido de demonstrar minha insatisfação
para com os sistemas vigentes aqui e/ou em outros países. Realmente, e como
diria o Léo, essa não é a minha praia.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: JC E-Mail de 9_11_2000
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 01/03/2001 12:49

Ois pessoal,
perdi meu arquivo do Jornal da Ciência, JC E-Mail ,do ano 2000 (perdi todo um milênio de informações) e, justamente, estou precisando do artigo "Ciência e Exclusão" de Ivan Chambouleiron(?) de 9/11/2000.
Quem o tiver armazenado agradeço o envio de uma cópia para leo@barretos.com.br .

[]'
Léo
www.feiradeciencias.com.br ... O imperdível



SUBJECT: Re: [ciencialist] Ciência e capitalismo
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 01/03/2001 13:16


De: "Alberto Mesquita Filho"
| Perdoem-me a intromissão num assunto que pouco entendo mas creio que vocês
| estão tentando produzir chuva no molhado. Capitalismo e socialismo são
........................................|
| O grande problema, pelo menos em meu país, não reside especificamente no que
| chamamos pobreza e sim na miséria generalizada. Uma grande maioria do povo
| brasileiro vive numa miséria incomensurável e não conheço nenhum socialista,
| dentre esses que a cada quatro anos ocupam os palanques ou os programas
| Comento alguma coisa a respeito em "A síndrome dos três i's" que pode ser
.......................................
| Era o que eu tinha a dizer e embora escreva artigos a respeito, faço-o
| apenas como ser social que sou e no sentido de demonstrar minha insatisfação
| para com os sistemas vigentes aqui e/ou em outros países. Realmente, e como
| diria o Léo, essa não é a minha praia.
|

Não é de meu feitio retornar para, simplesmente, o tradicional 'concordo' com o que foi dito. Uma vez que política (no Brasil, politicagem) realmente não é minha praia, encontrei nas palavras do Alberto a substância daquilo que penso. E digo, concordo.
Na minha fase política, como já devem saber, hasteio uma só bandeira com os dizeres: "Jamais re-eleja político ... acabemos com essa profissão".
No meu pensar, os eleitos (com mandato único) devem ser 'prestadores de serviços á comunidade', sem privilégios constitucionais e com salários, no máximo, igual ao de um professor secundário de 36 horas semanais. Será que os políticos atuais aceitariam isso?

[]'
Léo
www.feiradeciencias.com.br
leo@barretos.com.br
leo@esquinas.com.br





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciência, sociedade e Dawkins
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 01/03/2001 13:40

On Thu, 1 Mar 2001, Andre Roviralta Dias Baptista wrote:
> Esqueci de comentar também que a pobreza também tem um custo ambiental, e
> muito grande. Enquanto o custo ambiental do capitalismo industrial tende a

Claro q. tem, nao nego isso -- qq atividade de um componente apresenta um
custo ambiental para um outro componente qq -- como estamos considerando
a esfera humana, o custo ambiental pode se dar ou para outros grupos
humanos ou para outros grupos de organismos. Mas dependendo da forma da
pobreza o custo ambiental pode ser maior ou menor do q. o de uma sociedade
mais rica: a americana certamente eh perdularia por demais. (O fator q.
mais pesa nesse caso eh custo social da pobreza, mais do q. o ambiental.)
O q. proponho eh nao imaginarmos as relacoes economicas como sendo um jogo
de soma positiva -- do contrario estaremos sempre menosprezando um
problema gerado por isso em outro lugar.

As empresas Nasdaq infelizmente *podem* derrubar florestas... Os
investidores de empresas de alta tecnologia tbm investem no q. se chama
atualmente de velha economia -- eles fazem um mix de investimentos (qual o
termo tecnico? Portfolio? Carteira?). Qdo a Nasdaq cai, eles retiram os
investimentos nas bolsas dos chamados paises emergentes pra cobrirem as
perdas -- ja' vimos esse filme varias vezes nos ultimos tempos. E qdo
sobem tbm podem, tudo depende das interrelacoes de capital entre as
diversas empresas. De forma mais indireta, as empresas de maior tecnologia
tendem a utilizar fontes mais 'nobres' de energia (as formas de energia
mais facilmente manipulaveis) de modo mais intenso -- bem como seus
produtos -- isso pode levar a uma redistribuicao de alocacao de uso de
fontes energeticas -- q. pode levar a uma exploracao maior de areas
florestadas. Claro q. outras *podem* salvar florestas tbm.

Os minerios de litio, cadmio, fosforo, cobre e congeneres sao amplamente
utilizados na industria de computadores -- e sua exploracao leva 'a
degradacao do ambiente, mesmo q. o custo final seja baixo -- uma das
preocupacoes eh q. se aumente a eficiencia da exploracao desses recursos
nao apenas economica como tbm em termos de impacto ambiental. As tintas de
impressoras em sua maioria ainda sao ambientalmente toxicas. Nos EUA e no
Japao nao se sabe muito bem o q. fazer com os hardwares descartados a cada
ano -- e muitos componentes envolvendo metais pesados sao toxicos aos
organismos, inclusive aos humanos -- uma das saidas q. eles encontram eh
fazer dumping. Paises do SE asiatico importam toneladas e toneladas de
lixo desses lugares (o q. tbm compromete a industria local -- alguem se
lembra do episodio em q. queriam importar pra ca' pneu recauchutado dos
States?). Claro q. isso nao eh exclusividade da industria da informatica e
certamente esses custos sao menores do q o da industria automobilistica --
mas apenas pra mostrar q. esses custos existem -- e deve ser
contabilizado. O Japao explora justamente os recursos ambientais de outros
paises: madeiras asiaticas e brasileiras, petroleo arabe, mao-de-obra
coreana e tailandesa, arroz vietnamita...

Nao estou falando q. sempre havera' uma mesma taxa de custo ambiental --
podemos e devemos melhorar a eficiencia de modo a reduzi-la
(contrabalancando com outros custos, como os sociais), ja' disse isso em
outra mensagem. Mas sempre havera' um custo -- e, em escala, ele
dificilmente podera' ser negligenciado. Nao eh um empecilho ao
desenvolvimento economico -- mas mais uma variavel a ser levada em conta.
E a proposta q. eu comprei eh q. a consideracao do impacto ambiental (alem
do impacto social) zera a conta -- o q. talvez ajude a melhorar os
calculos de custo/beneficio e aumente a predizibilidade de um
dado cenario economico.

A fonte ultima da riqueza serao sempre os recursos naturais. Pode parecer
picuinha -- mas um produto mental como um software ou um livro nao vem do
nada -- no minimo a pessoa precisa gastar alguns milhoes de joules pra
produzi-lo: na forma de alimentos, ar-condicionado, eletrodomesticos e
outras comodidades da vida moderna. Informacao nao surge do nada, ela
esta' inextricavelmente ligada a fenomenos fisicos. A sua transmissao pode
envolver papel (com celulose vindo ou de plantacoes de eucalipto ou de
pinus, a materia-prima de tintas, alem do sistema de suporte para a
distribuicao do material: correios e distribuidoras com seus carros,
caminhoes e avioes...), radiodifusao (alem do material q. compoem os
satelites, as torres de transmissao e recepcao, alem dos aparelhos de
televisao ou de radio -- todo o sistema de alimentacao: hidreletricas,
termeletricas, usinas termo-nucleares -- e os residuos q. elas geram),
cabodifusao (teves a cabo, internet, telefone, fax q. se sobrepoem ao
sistem a de radiodifusao). Mesmo a telepatia sendo uma atividade
mental envolveria gastos energeticos.

A industria da transformacao utiliza materia-prima extraida do ambiente.
O setor de servicos utiliza as ferramentas produzidas pela industria da
transformacao a partir da materia-prima extraida do ambiente: mesmo as
scout-girls devem usar roupas de tecido sintetico (industria petroquimica,
textil, transporte), maquiagem (petroquimica, bioquimica,
farmaco-cosmetica, transporte), ter um corpo bem torneado
(setor metalurgico: equipamentos de ginastica e de musculacao, setor
medico: cirurgia plastica, setor agricola e da industria alimenticia:
alimentacao saudavel [?], setor farmaceutico: suplementos vitaminicos,
moderadores de apetite...).

(Bem, esse tema da' muito pano pra manga... nao sei se interessa a outros
da lista.)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Sociedade do futuro?
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 01/03/2001 13:45

On Thu, 1 Mar 2001, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> SOCIEDADE DO FUTURO
> Biólogos e Economistas prevêem impacto da engenharia genética

Prefiro as previsoes das Maes Dinas da vida, costumam ser mais certeiras.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] JC E-Mail de 9_11_2000
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 01/03/2001 14:32

Luiz, há um arquivo com todos os JC E-Mail no endereço:

http://www.ifi.unicamp.br/jornal-da-ciencia/maillist.html

Até,
Belisário

----- Original Message -----
From: Luiz Ferraz Netto

> Ois pessoal,
> perdi meu arquivo do Jornal da Ciência, JC E-Mail ,do ano 2000 (perdi todo
um milênio de informações) e, justamente, estou precisando do artigo
"Ciência e Exclusão" de Ivan Chambouleiron(?) de 9/11/2000.
> Quem o tiver armazenado agradeço o envio de uma cópia para
leo@barretos.com.br .
>
> []'
> Léo
> www.feiradeciencias.com.br ... O imperdível




SUBJECT: Re: Ciência e capitalismo
FROM: "Andre Roviralta Dias Baptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 01/03/2001 14:35

J. Manuel Otero escreveu:

>Nom sabia que houvesse tanto capitalista convencido.

Por favor, Manuel, vamos ater o debate ao nível das idéias, sem taxar uns e
outros disto ou daquilo. "Esquerda" ou "Direita" são conceitos cada vez mais
relativos. Como disse o R. Takata, a "esquerda" anglo-saxã pode estar a
"direita" de partidos de "direita" brasileiros como o PPB. Depende do que
você entende como "direita" e "esquerda". Eu pessoalmente acho que esses
conceitos tem sentido apenas dentro do Marxismo, o qual preconiza "a luta de
classes", então alguém será de "esquerda" ou de "direita" conforme optar por
defender uma outra "classe" social.
Como, já disse, e é sabido, a economia não é um "jogo de soma zero", não
existe a necessidade de uma luta classes.
O Marxismo porém diz que deve haver uma luta de classes, porque Mestre Marx
falou. E cada dado novo que aparece não é usado para se questionar se o
marxismo está correto ou não, como se faz com qualquer teoria científica.
Não, o máximo que os marxistas fazem é perguntar "como vamos interpretar os
novos dados para que eles se encaixam na palavra do senhor, ops, na teoria
marxista".
Nas ciências "de verdade", as obras originais duram muito pouco tempo, sendo
rapidamente aperfeiçoadas pela novos dados e novos desenvolvimentos
teóricos. Ninguém lê o "Principia" para aprender mecânica, ou "A Origem das
Espécies" para aprender evolução. Esses textos originais são obra-primas das
ciências, porém superados por novas descobertas. Você não precisa ler o
"principia" para aprender mecânica. Ninguém fica interpretando "O que Newton
quis dizer com isso? Qual era a intenção dele?" . Pouco importa. A ciência
tem vida própria independentemente das opiniões e mesmo da vontade dos seus
"fundadores". Descobertas feitas por defensores de uma teoria frequentemente
acabam conduzindo a conclusões opostas. No Marxismo não. As conclusões já
estão definidas a mais de um século: só se pode acumular dados para
confirmar a teoria. O Marxismo não pode ser refutado. Não é ciência, é
religião.

Para uma análise interessante do Marxismo, veja "Ensaios Analíticos", Mario
Henrique Simonsen, Editora FGV, 1984, capítulo 13.


>Karl Marx tem demostrado há mais de um século que a fonte da riqueza vem do
trabalho. Se eu tenho um >pouco de madeira e POSSUO a madeira, preciso de
trabalhar essa madeira para conseguir umha mesa ou >umha cadeira, as quais
terám um valor no mercado. Esse TRABALHO que converte a matéria prima em
>mercadoria é o que produz VALOR e portanto RIQUEZA.

Isso é verdade, mas duvido que tenha sido Marx o primeiro a perceber. De
qualquer modo, não serve como argumento. Todo capitalista honesto concorda
que a riqueza vem do trabalho. Quanto mais bem preparado e habilidoso o
trabalhador, maior será o valor agregado ao produto final. Porém também não
se pode negar que o lucro deve ser proporcional ao risco: Quem arrisca mais
deve concorrer a um premio maior.


>O esforço e o trabalho é de milhares de trabalhadores explorados em países
em que nom existe regulaçom >laboral, as crianças som exploradas, nom há
segurança social, nem reformas, e é necessário trabalhar >a .vida inteira
para garantir a subsistência. Sem esse trabalho explorado nom seriam tam
poderosas e ricas >muitas das mais ricas e poderosas empresas do mundo, que
baseiam essa riqueza na exploraçom dos >seus trabalhadores.

Uma fração cada vez menor das empresas modernas encontra utilidade em
mão-de-obra barata e desqualificada. Não consigo imaginar como empresas de
software, de telecomunicações, ponto.com, etc, podem explorar a mão de obra
infantil. Na verdade, a mão de obra infantil é terrivelmente explorada em
regiões atrasadas e em atividades pré-capitalistas, como a colheita de
cana-de-açucar, a produção artesanal de tijolos, para não falar na
prostituição infantil. Atualmente está ocorrendo justamente o contrário: as
empresas capitalistas dos países ricos estão acusando os países pobres de
fazerem "dumping" da miséria, utilizando mão de obra infantil e/ou
semi-escrava em suas fábricas. Existe um tanto de hipocrisia quando se
condena o trabalho infantil.


>O capitalismo é um sistema económico insustentável. Os problemas ambientais
estám a demostrá-lo.

Marx falou, então deve ser verdade. O capitalismo irá se desmanchar por si
só, como um castelo de cartas. Chernobyl foi causado pelo capitalismo? e a
destruição do Mar de Aral?

>Mas além disso, é um sistema que nom se baseia na exploraçom dumha maioria
por parte dumha minoria.

Insisto em dizer que o binômio salário baixo - mão de obra desqualificada
tem cada vez menos espaço no capitalismo. Os EUA tem conseguido ganhos de
produtividade extraordinários, sem baixar os salários. É mentira que a
riqueza dos países ricos dependam da pobreza dos países pobres. Em 1900, os
EUA já tinham ultrapassado a Inglaterra em PIB, com uma produção quase
totalmente voltada para o mercado interno.

Finalmente, não quero ser confundido com espião americano ou bajulador das
multinacionais. A riqueza americana não me traz nenhum benefício pessoal.
Não trabalho para nenhuma multinacional. Odeio a Nike. Todas as conclusões e
opiniões emitidas aqui foram elaboradas de maneira independente. Não sou
Yupie, nem simpatizo com o estilo Yupie. Acho muitas faces do capitalismo
extremamente desagradáveis, particularmente aquela que me cobra
produtividade e me expõe a competição com pessoas mais bem preparadas. :-)

[ ] ´s

André Baptista



SUBJECT: Re: [ciencialist] Social Democracia
FROM: "Francisco" <fbrito@globo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 01/03/2001 19:15


> Por outro lado, o Neoliberalismo é uma ideologia falha em tratar o
> ser humano porque ignora sua capacidade revolucionária e da percepção
> própria individual calcada em comparações relativas. Assim, até hoje
> não consegui, entre os cientistas políticos que defendem o
> Neoliberalismo, sequer UM deles que conseguisse sustentar por muito
> tempo argumentos contra o seguinte fato que demonstro: o Estado
> Neoliberal jamais terá um sistema jurídico suficiente como intrumento
> de pacificação dos conflitos sociais.
>

Não foi Kennedy quem afirmou que a unica coisa que sustentava o
neo-liberalismo era a guerra?


Francisco



SUBJECT: Re: [ciencialist] Ciência e capitalismo
FROM: "Francisco" <fbrito@globo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 01/03/2001 19:30

>Nesse caso porque é que os trabalhadores explorados não deixam de
>trabalhar para as grandes empresas e trabalham para si próprios,
>ou porque é que não se organizam em cooperativas e criam riqueza
>uns para os outros?

Talvés, por que todas as vezes que tentaram, foram gentilmente convencidos
do contrário, pelo exército!

Francisco





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:Ciência e capitalis mo
FROM: Eduardo <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 01/03/2001 20:24

João Mário Miranda wrote:

> Roberto Mitsuo Takata wrote:
>
> >
> > Digamos q. o preco de custo (alguel+salario+juros) seja de 10 patacas. O
> > produto pode valer no mercado 100 patacas. As 90 patacas nao vem de lugar
> > algum -- alguem mais (o comprador) teve q. trabalhar horas a mais pra
> > poder comprar o produto e pagar as 90 patacas alem do custo.
>
> 90 patacas é para o trabalho intelectual de alguém que percebeu que
> valia a pena colocar o seu investimento nesse negócio e não noutro
> qualquer.
>

Vc acha justo que alguem ganhe dinheiro porque investiu em um lugar ao
inves de outro a despeito do trabalho, da producao? O problema do estagio
atual do capitalismo eh exatamente esse, o que gera lucro eh o dinheiro e nao
a producao. Para citar um exemplo, a Ford lucrou no ano de 1999 cem vezes mais
(nao eh hiperbole) em especulacao do que em venda de carros ou pecas. A grande
maioria dos milionarios no mundo sao puros especuladores. Isso eh justo? No
capitalismo, principalmente em paises como o Brasil, nao ha mecanismo para
impedir isso. A consequencia direta eh o desinteresse pela producao e a
concentracao de renda ja que, mal ou bem, o lucro da producao eh (ou pode ser)
dividido entre os trabalhadores se a jornada de trabalho for bem estabelecida
e os direitos trabalhistas respeitados
Outro exemplo da supervalorizacao do lucro em detrimento do bem estar das
pessoas esta na industria farmaceutica. A doenca cronica eh a melhor solucao
para tais industrias, vc acha que ha interesse em que se cure totalmente
doencas como a diabetes? Em medicina, podemos citar varios exemplos
relacionados, principalmente, com a prevencao de doencas. Para mim eh obvio
que um sistema alicerciado no lucro nao pode ser bom para a sociedade em geral
e que, por conservacao de dinheiro :P, o lucro de pessoas ou de paises so
existe gracas ao prejuizo ou desgraca de outros.

[]s Eduardo.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:Ciência e capitalis mo
FROM: Eduardo <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 01/03/2001 21:40

João Mário Miranda wrote:

> Eduardo wrote:
>
> >
> > Vc acha justo que alguem ganhe dinheiro porque investiu em um lugar ao
> > inves de outro a despeito do trabalho, da producao?
>
> Se você acha que esse trabalho não é meritório tente faze-lo você mesmo.
> O mercado bolsista realiza o trabalho nada facil de descobrir em que
> actividade é mais adequado investir o dinheiro. É uma forma
> descentralizada de tomada de decisões e uma forma de aproveitar a
> inteligencia de multiplos agentes. A aplicação dos mecanismos da bolsa
> à previsão de resultados eleitorais, por exemplo, revelou-se em muitos
> casos muito mais eficaz do que as sondagens. Você pode substituir este
> sistema por sistemas de gestão centralizadas por parte dos governos. Eu
> prefiro deixar esse papel para quem está disposto a arriscar o próprio
> dinheiro.
>
> > Outro exemplo da supervalorizacao do lucro em detrimento do bem estar das
> > pessoas esta na industria farmaceutica. A doenca cronica eh a melhor solucao
> > para tais industrias, vc acha que ha interesse em que se cure totalmente
> > doencas como a diabetes? Em medicina, podemos citar varios exemplos
> > relacionados, principalmente, com a prevencao de doencas. Para mim eh obvio
> > que um sistema alicerciado no lucro nao pode ser bom para a sociedade em geral
> > e que, por conservacao de dinheiro :P, o lucro de pessoas ou de paises so
> > existe gracas ao prejuizo ou desgraca de outros.
>
> Mas se você não baseia o seu sistema com base no lucro baseia-o em quê?
> Altruismo? Que eu saiba o altruismo ainda não foi proibido e nunca
> produziu
> uma cura para a diabetes. O lucro produziu insulina em larga escala. O
> que
> produziu o altruismo? Se não é o altruismo será o estado. Mas o estado
> nem sequer consegue fazer o que lhe compete. Não consegue prestar
> cuidados
> de saúde básicos nem consegue cobrar impostos a quem os devia pagar.
> --
> joão

Nao foi o lucro que produziu a cura para a poliomelite nem o responsavel pelo
combate a malaria no nordeste na primeira metade do seculo XX nem o responsavel
pelo trabalho dos medicos sanitaristas. Tambem nao eh o lucro que me motiva a ser
um anteprojeto de fisico (claro que eu queria ter dinheiro). O que eu acho eh que
tudo deve ser muito bem regularizado em qualquer modelo politico-economico, eh
justo o embargo economico a Cuba (independente do que se pense sobre Fidel)? Eh
justo que milhares de legumes sejam destruidos para que o preco da venda nao
diminua? Sou a favor de sistemas semelhantes ao de paises nordicos (nao
completamente mas eh um modelo) com jornadas de trabalho minimas para que todos
tenham emprego e qualidade de vida, renda minima (i.e. um minimo de provimento do
estado) e de impostos altos para aqueles que lucram, principalmente os que
especulam (vejam que nos EUA, o paradigma do capitalismo, a categoria da empresa
que lucra mais em aplicacoes do que em producao/venda muda de modo que a aliquota
de imposto cobrada aumenta muito).
A incompetencia do estado brasileiro nao justifica a mudanca de seu papel.
Defendo instituicoes fortes e populacao educada o suficiente para cobrar,
questionar e fiscalizar. Defendo a reforma agraria ampla, e o limite de terra e
fortuna por pessoa. Creio que o lucro e a competitividade podem existir mas
delimitados a um maximo e um minimo estabelecido por leis e controlado por um
estado democratico. A propriedade privada deve ser respeitada mas dentro do limite
do razoavel, nao podemos permitir latifundios improdutivos. Vivemos em um pais
suficientemente grande, nao muito denso populacionalmente (a menos das grandes
cidades) e com variados climas que nos possibilitam uma independencia relativa e um
mercado interno forte. Vc concorda que o aumento de tecnologia, de conhecimento
(hoje eh muito mais facil gerar e transportar alimento) deveria gerar tambem
aumento de qualidade de vida?

[]s Eduardo.

PS: Responda o que quiser mas creio que talvez devessemos finalizar essa discussao
cuja relacao com o mote da lista ja terminou faz tempo.



SUBJECT: Social Democracia
FROM: "O_Iniciado" <peterlsm@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 01/03/2001 22:38

Amigos da lista, tenho acompanhado algumas discussões exatamente sobre
a área em que está centralizado meu estudo: a Ciência Política e a
Sociologia. Até o momento não quis me manifestar a respeito, mas agora
gostaria de destacar apenas alguns pontos que mais me chamaram a
atenção.

João Mário:
>> Nesse caso porque é que os trabalhadores explorados não
>> deixam de trabalhar para as grandes empresas e
>> trabalham para si próprios, ou porque é que não se
>> organizam em cooperativas e criam riqueza
>> uns para os outros?

É fácil dizer "porque não fazem isso, porque não fazem aquilo"...
como se o Direito fosse um instrumento que existisse para facilitar as
coisas para quem poderia se libertar do jugo capitalista. "AH, MAS LÁ
NA LEI TÁ ESCRITO QUE É SÓ FAZER TAL, TAL"...
É, amigo... mas lá na Lei também está escrito um monte de coisas
bonitas, em um livrinho chamado "Constituição Federal", em um capítulo
com um nome também muito bonito chamado "DOS PRINCÍPIOS E GARANTIAS
FUNDAMENTAIS". Coisa que NUNCA, NUNCA FOI CUMPRIDO!
LEIS que deveriam "garantir" (no Direito essa palavra está
acrescida tacitamente de "pra quem é político ou tem dinheiro, seja
honesto, corrupto, assassino, traficante, etc... basta ter dinheiro")
alguma forma de benefício para o que é voltado para o Social,
individual ou a nível de instituição, não são NADA.
Uma vez, quando a Dra. Ligia, com mais de 35 anos no judiciário
(como advogada e promotora) disse em uma palestra: "...em 35 anos
dentro do Judiciário eu nunca vi essa coisa chamada justiça...", eu
fiquei até irritado. Pensei: "puxa, até exagero tem limites!". Hoje eu
compreendo bem o que ela quis dizer. De qualquer forma, desculpe pelo
comentário. O que quero dizer está nos próximos parágrafos.

>> Em relação ao trabalho, penso que não entendes quem cria
>> realmente riqueza. Quem cria riqueza não é o Homem que
>> faz uma mesa. É o homem que inventa uma máquina para
>> construir milhares de mesas. O que cria riqueza não é o
>> trabalho braçal. É o trabalho intelectual.

J. Manuel:
>> Karl Marx tem demostrado há mais de um século
>> que a fonte da riqueza vem do trabalho.

Certo. Mas acredito que podemos estender um pouco a hipérbole
popular desse conceito e verificar que o trabalho intelectual também
pode produzir riqueza, especialmente quando pode contribuir para a
redução do trabalho manual na consecução de determinado objetivo. Marx
tem alguns limites práticos, e este é um deles. De qualquer forma,
dizer que "só trabalho intelectual" ou "só braçal" produz riqueza, é
um parcialismo que não ajuda a compreender a sociedade e suas
transformações.
Todavia, é certo que temos que cuidar da perspectiva ideológica
colocada sobre esse fato. Lembremos que um estado realmente Socialista
nunca existiu, pois nos poucos exemplos que temos verificamos apenas
um governo Hobbesiano querendo-se passar por socialista (como no caso
de Cuba). A base desse sistema é simplesmente a socialização dos meios
de produção e o chamado Estado de Bem-Estar que, além do cumprimento
das funções mínimas (tal como pregado pelo Neoliberalismo) cuida em
propiciar as condições mais favoráveis à igualdade de acesso ao
trabalho e ao desenvolvimento deste.
Além disso, quando o Estado manifesta a busca pela efetividade
prática dentro da perspectiva dialética ("todo modelo caminha para sua
própria contradição") é ele quem deve, num estado realmente
Socialista, ser o primeiro a incentivar a buscar o avanço científico
para sua própria evolução. Essa educação para aqueles que se submetem
à busca do trabalho intelectual tem um determinado ônus de toda a
sociedade (que investe em sua preparação). Até aí percebemos que há
bons motivos para se perceber o núcleo do pensamento que vai contra a
expropriação desse mesmo "intelectual" de seus próprios semelhantes
que o ajudaram a chegar lá. Isso é muito resumido, mas estou tentando
demonstrar o cerne da compreensão Socialista.
O problema não é esse, e sim da CONCEPÇÃO DE HOMEM que o
Socialismo e o Capitalismo tem de ser humano. Se conhecermos as
orígens do Capitalismo, iremos perceber como sua ideologia nuclear a
teoria Liberal de John Locke (homem racional e livre) juntamente com a
concepção social do período Feudal, que é justamente o Estado
"Leviatã" de Hobbes (homem mau). Nesse sentido, o aproveitamento da
estrutura jurídica de Montesquieu serviu apenas para criar um
ordenamento que priorizasse os detentores do capital. E foi isso mesmo
que ocorreu quando verificamos a legislação sanguinária do período
pós-feudal (base do Capitalismo).
Já o Socialismo parte de um princípio de homem semelhante ao de J.
J. Rousseau (o homem é bom por natureza). O problema do falso
Socialismo cubano está justamente em continuar aplicando o Estado
Leviatã como instrumento de controle do pacto social, ou seja, o
sistema jurídico que controla as relações Estado-indivíduo é
completamente incompatível e conflituoso com a extensão da compreensão
Socialista nesse sentido. Em outras palavras, o Socialismo não um
sistema que rege apenas o aspecto das relações econômicas, mas também
da Social e da Civil, e isso tem implicações jurídicas que jamais
deveriam ser ignoradas (e assim acontece em Cuba).
Por outro lado, o Neoliberalismo é uma ideologia falha em tratar o
ser humano porque ignora sua capacidade revolucionária e da percepção
própria individual calcada em comparações relativas. Assim, até hoje
não consegui, entre os cientistas políticos que defendem o
Neoliberalismo, sequer UM deles que conseguisse sustentar por muito
tempo argumentos contra o seguinte fato que demonstro: o Estado
Neoliberal jamais terá um sistema jurídico suficiente como intrumento
de pacificação dos conflitos sociais.

A não ser que o Estado seja Hobbesiano (como na época
Feudal--embora nem isso assegure a estabilização da paz, pois sua
progressão no tempo fatalmente levará a consequências revolocionárias
pela própria ineficiência de controle das variáveis de MOBILIDADE e
EXTRATIFICAÇÃO social). Em outras palavras, a expressão do valor
DEMOCRACIA é INSUSTENTÁVEL diante de um Estado Neoliberal e, em sua
consequência, no Capitalismo tal como compreendemos.
A consequência prática da tentativa do "casamento" entre
Democracia e Capitalismo Neoliberal (Terceira Via) é contraditória já
na teoria. A desigualdade social é diretamente proporcional à
desigualdade civil (pessoas com condições sociais precárias jamais tem
seus direitos civis respeitados--isso NUNCA foi diferente, nem nos
EUA, nem nos países mais ricos da Europa). O desenlace silogístico de
qualquer um desses dois termos (desigualdade social e/ou civil) tendo
como contraparte a própria concepção de ser-humano do Capitalismo como
sistema econômico ou do Neoliberalismo como sistema Estatal leva,
finalmente, à desigualdade política, que é o ponto onde o círculo
vicioso recomeça de forma cada vez mais violenta. Esse foi um resumo
extremamente "comprimido" do que estou procurando explicar.
Se na teoria temos consequências perceptíveis dentro do pensamento
democrático como modo de estrutura social (Bobbio), na prática isso
pode ser percebido como a insuficiência do Direito Liberal (como
sistema jurídico) naquela sua já comentada função de instrumento de
pacificação dos conflitos sociais. Trocando em miúdos, o aumento da
violência de forma quase caótica, o enfraquecimento do Estado
(inclusive como garantidor da propriedade--que seria sua função
mínima--estão percebendo?) dentro da perspectiva do chamado "Estado
Mínimo" Neoliberal.
A projeção dos efeitos sociais da concepção Neoliberal já
havia sido adiantada, segundo Wolkmer, pouco tempo depois das
discussões de Locke sobre o próprio Liberalismo Clássico, através da
simples aplicação do pensamento positivo de Saint-Simon (não confundir
com o Positivismo de Comte). Assim a associação da Democracia em seu
contexto mais prático não seria, em absoluto, compatível com a
desigualdade prática (e já verificavelmente teórica naquele tempo)
causada por um ordenamento social nos moldes do neoliberalismo ou do
capitalismo clássico e moderno.
Algumas teorias apontaram (e chegaram mesmo a demonstrar) que até
mesmo as instituições de controle social seriam, em determinada
progressão de um Estado Neoliberal, mais eficientes do que o próprio
Estado já enfraquecido (embora também não conseguissem suportar por
muito tempo a emergência revolucionária de padrões relativamente
utópicos dos movimentos de contracultura).

Um estudo não muito profundo da Sociologia dentro da percepção do
materialismo histórico e dialético nos mostra a origem do
desenvolvimento dos chamados "países de 1° mundo", e essa compreensão
nos remete à classica demonstração de que nem tudo continuará se
sustantando (dizem, se "autosustentando", embora isso seja uma mentira
infantil quando conhecemos os modos de expropriação à que são, para
estes, submetidos os países subdesenvolvidos--é a macroexpropriação).
Estamos tratando de seres humanos e de pessoas que jamais vão se
submeter a essa nova e solerte forma de escravização. Pensem como
quiserem. Os fatos estão na cara de todos. Infelizmente a quem não
está em contato com os movimentos sociais fica mesmo difícil perceber
como a democracia é uma coisa frágil, talvez uma das coisas mais
frágeis que se conheça.
Se alguém acredita que democracia e LIBERDADE combinam com grades
nas janelas, carros blindados, sequestros, balas perdidas, policiais
com medo (como estamos perdendo a noção das coisas--poucos percebem a
gravidade do que está acontecendo em sua volta), confusão (no sentido
de fusão) de governo com grupos de capital e, consequentemente, desses
com Estado (e as implicações da concepção de Estado como órgão de
representação da maioria?? já sabemos onde isso acaba, aliás, onde já
está indo), revoluções populares, contracultura anti-democrática,
crime organizado ameaçando a cada instante a fragilidade democrática,
tragédias e tudo mais que conhecemos, que ignoremos então a
contribuição do pensamento crítico e dos valores humanos. Que digamos
SIM ao Neoliberalismo e ao Capitalismo selvagem que conhecemos.
E que continuemos vivendo com medo. Alienados. Com o traseiro
voltado para o Capital estrangeiro. E tudo mais que um pouco de
sensibilidade e contato com as pessoas pode fazer perceber exatamente
para onde a "coisa" está indo.
Não sei se consegui nesse resumo estabelecer para os amigos da
lista os nexos de causalidade, tanto teóricos como práticos, sobre os
temas abordados.

Um abraço a todos.

Peterson.

Referências:

BOBBIO, Norberto. "O Futuro da Democracia. Uma Defesa das Regras do
Jogo". Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1986.

LÖWY, Michael. "Ideologias e Ciência Social". São Paulo: Cortez, 1999.

MONTESQUIEU. "O Espírito das Leis".

SILVEIRA, Alair. "Fundamentos Práticos e Teóricos do Neoliberalismo".
Cuiabá: Unirondon, 2000.

WOLMER, A. Carlos. "Introdução ao Pensamento Crítico do Direito".

FABRIS, Sergio Editor. "Elementos para um Crítica do Estado".

CORREAS, Óscar. "Crítica da Ideologia Jurídica (Capital e
Neoliberalismo)". Porto Alegre: Fabris, 1995.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Ciência e capitalismo
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 01/03/2001 23:30



Francisco wrote:
>
> >Nesse caso porque é que os trabalhadores explorados não deixam de
> >trabalhar para as grandes empresas e trabalham para si próprios,
> >ou porque é que não se organizam em cooperativas e criam riqueza
> >uns para os outros?
>
> Talvés, por que todas as vezes que tentaram, foram gentilmente convencidos
> do contrário, pelo exército!

Eu vivo num país onde qualquer empreendimento economico é livre.
Qualquer cidadão tem a liberdade de criar a sua própria empresa e
de se associar a outras pessoas para criar cooperativas. A razão
pela qual as pessoas preferem ser exploradas por empresas a tentar
singrar na vida economica de forma independente não pode ser explicada
pela coação que o exercito possa exercer sobre os cidadãos. Aliás,
a intervenção do exercito nos assuntos internos do meu país é proibida
pela constituição e essa proibição tem sido escrupulosamente cumprida.

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] Ciência e capitalismo
FROM: "Francisco" <fbrito@globo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 01/03/2001 23:43

Voce não viveu num Brasil da ditadura militar, não é mesmo?
Não participou de greves por essa época, ou de protestos estudantis, certo?

tenho a impressão que a educação oriunda daqueles tempos ainda influencia a
cabeça da maioria dos nossos cidadãos mais velhos.

Aindo hoje, a maioria dos pais tentam dar uma boa educação para que seus
filhos "tenham um bom emprego", são raros aqueles que tentam educar para
serem patrões ou para arriscar em um negócio próprio.

Eu sou de opinião que a formação que recebemos influencia grandemente aquilo
que somos.

Francisco

---------------------------

Eu vivo num país onde qualquer empreendimento economico é livre.
Qualquer cidadão tem a liberdade de criar a sua própria empresa e
de se associar a outras pessoas para criar cooperativas. A razão
pela qual as pessoas preferem ser exploradas por empresas a tentar
singrar na vida economica de forma independente não pode ser explicada
pela coação que o exercito possa exercer sobre os cidadãos. Aliás,
a intervenção do exercito nos assuntos internos do meu país é proibida
pela constituição e essa proibição tem sido escrupulosamente cumprida.

--
joão




SUBJECT: A farsa da fisica
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 02/03/2001 03:54

Oi gente

Estou lendo um net-livro interessante de Bryan G. Wallace intitulado "The
Farce of Physics". Estou entrando no capítulo 2 e não sei ainda onde o autor
pretende chegar mas selecionei alguns parágrafos que achei por demais
interessantes e que poderiam gerar algumas polêmicas. O original está em
inglês e para os que duvidarem de minha tradução e/ou que pretenderem
explorar mais o assunto, o livro pode ser encontrado em
http://ourworld.compuserve.com/homepages/Ekkehard_Friebe/index.htm

Na Introdução lê-se:

"A palavra cientista entrou no idioma inglês em 1840 e poucos aprenderam a
ganhar a vida pesquisando; a maioria das investigações eram levadas a cabo
pelos nobres. Nessa ocasião alguns cientistas americanos colaboraram para a
transformação desse status auto-intitulando-se profissionais e isolando-se
daqueles os quais consideravam amadores. A principal tática utilizada para
criar esta separação artificial foi o uso elaborado de jargões técnicos e
matemática complexa. A criação desta barreira para a compreensão dos
procedimentos científicos representou uma ameaça à característica essencial
da ciência, sua disposição a estar aberta a testes e avaliações. Em virtude
disso, a física teórica moderna tornou-se pouco mais do que uma farsa
elaborada. Eu tentarei explorar e documentar este argumento, e este livro é
indicado para qualquer um que esteja interessado neste assunto."

Ao final da Introdução lê-se:

"No tempo de Galileo era heresia reivindicar qualquer evidência de que a
Terra locomovia-se em torno do Sol, e na atualidade é heresia discutir se há
qualquer evidência de que a velocidade de luz no vácuo não é constante para
todos os observadores, não importa quão rápido eles estejam se movendo, como
predito pela sagrada Teoria da Relatividade Especial do Prof. Albert
Einstein (1905). As heresias mudam mas, como você perceberá ao ler este
livro, a natureza humana permanece a mesma!"

No capítulo 2 (Sacred Science) lê-se:

"Os cientistas realmente praticam o que eles pregam? A evidência claramente
mostra que o cientista comum tende a não usar as regras da boa ciência. Na
realidade, tudo indica que os ministros protestantes são inclinados a ter
mais honestidade intelectual do que os cientistas Ph.D."

"Thomas Kuhn escreve: uma proposição é científica se sancionada pelo
establishment científico. (Exemplo: se o establishment científico decretar
que " fadas existem ", então isto realmente seria científico.)"

"Em virtude de muitas das teorias dominantes de nosso tempo não seguirem as
regras da ciência, elas deveriam ser etiquetadas mais corretamente como
pseudocientíficas. As pessoas que tendem a acreditar mais em teorias do que
no método científico de testar teorias, e que ignoram as evidências contra
as
teorias nas quais elas acreditam, deveriam ser consideradas pseudocientistas
e não verdadeiros cientistas. À medida em que esta convicção professada
baseia-se unicamente no desejo de status, riqueza ou razões políticas, estas
pessoas são prostitutas da ciência."

Que mais dizer? Com a palavra os ciencialisteiros, de preferência aqueles
que ainda não se prostituíram. :-))

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Ciência e capitalismo
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 02/03/2001 04:14



João Mário Miranda wrote:
> Eu vivo num país onde qualquer empreendimento economico é livre.
> Qualquer cidadão tem a liberdade de criar a sua própria empresa e
> de se associar a outras pessoas para criar cooperativas. A razão
> pela qual as pessoas preferem ser exploradas por empresas a tentar
> singrar na vida economica de forma independente não pode ser explicada
> pela coação que o exercito possa exercer sobre os cidadãos. Aliás,
> a intervenção do exercito nos assuntos internos do meu país é proibida
> pela constituição e essa proibição tem sido escrupulosamente cumprida.
>
> --
> joão

Oi,

permita-me uma pergunta ingênua:
Em que país você vive?

Eduardo.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Ciência e capitalismo
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 02/03/2001 04:36




> Não é de meu feitio retornar para, simplesmente, o tradicional 'concordo' com o que foi dito. Uma vez que política (no Brasil, politicagem) realmente não é minha praia, encontrei nas palavras do Alberto a substância daquilo que penso. E digo, concordo.
> Na minha fase política, como já devem saber, hasteio uma só bandeira com os dizeres: "Jamais re-eleja político ... acabemos com essa profissão".
> No meu pensar, os eleitos (com mandato único) devem ser 'prestadores de serviços á comunidade', sem privilégios constitucionais e com salários, no máximo, igual ao de um professor secundário de 36 horas semanais. Será que os políticos atuais aceitariam isso?
>
> []'
> Léo

Léo,

permita-me discordar da sua visão dos políticos. Sou contra a imunidade
parlamentar (a menos para alguns crimes mais leves como difamação) e
concordo que há uma série de políticos inescrupulosos em nosso país.
Entretanto, o salário do político (claro que sem os exageros habituais)
é uma forma de garantir que uma pessoa pobre possa exercer um mandato,
se os políticos nada recebessem só se candidatariam aqueles capazes de
se sustentarem independentemente. Além do mais, há uma certa ingenuidade
na afirmação de que todos os políticos são iguais e que tal classe deva
ser extinguida. Em uma sociedade democrática, é necessária a existência
de políticos profissionais para que os diversos interesses possam ser
contemplados e confrontados nas esferas de poder. Obviamente, todos
deveriam ser fiscalizados constantemente e punidos quando cometessem
desonestidades ademais o pensamento de que todos os políticos não
prestam e que devemos nos afastar de tal atividade é extremamente
interessante para a classe dominante.
Como estamos em uma lista de ciências cabe um comentário. Penso que os
cientistas não podem se alienar em hipótese alguma da política porque é
através dela que se briga para liberação de verbas para a pesquisa e
educação, que se pode luta para que a ciência nesse país seja levada à
sério e que se procura evitar o mau uso de descobertas científicas (como
a bomba atômica, por ex.). Eu sei que a situação atual é complicada mas,
vamos fazer o quê, caçar um ditador num laboratório?

Eduardo.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Ciência e capitalismo
FROM: "Neville Martins" <neville@catanduva.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 02/03/2001 06:05

--------------------------------------
Alberto Mesquita Filho -->
>> No capitalismo quem dinheiro tem poder; no socialismo quem tem poder tem
dinheiro. E quem nada tem é simplesmente ignorado não importa qual tenha
sido o brilhante gênio a conceber tais sistemas utópicos.
--------------------------------------
Neville -->
Acho que o Mesquita evidenciou com perfeita clareza a irracionalidade
prática das ideologias. Quantas lutas e quanto esforço desperdiçado na
infantil tentativa de impor modelos de comportamento apenas com a
justificativa de serem lógicos, desconsiderando todos os componentes
emocionais e atávicos dos humanos.
Acho que só mesmo uma sociedade de robôs ou de insetos (abelhas, formigas,
cupins e assemelhados), totalmente desprovidos de senso crítico, suportaria
uma ideologia uniforme, qualquer que seja ela.

Por outro lado, parece-me que estamos passando por uma fase interessante no
geral das ciências; estão cada vez mais se evidenciando os erros de modelos
descritivos que até o momento estiveram universais em várias áreas.
Somos useiros e vezeiros em reducionismos e em extrapolação de
conceitos micro para o macro e vice-versa, sem maiores cuidados.Tanto na
Física como
na Sociologia e Economia, os conceitos aplicáveis nos campos micro e macro
estão a divergir mais a medida que o conhecimento progride.

Dizendo de outra forma, parece que a própria Lógica, perfeitamente
aceitável e aplicável ao pensamento individual, se mostra cada vez mais
falha na aplicação a grupos sociais ou coletivos. Creio que isso mexe
diretamente na fundamentação das melhores e mais conhecidas teorias
econômicas e políticas. (Já não dá mais para olhar com seriedade a extensão
de argumentos como os da "moral protestante" ou mesmo as famosas leis
"naturais" de mercado.)

E por falar em não-lógica, (vulgo, Economia) seguem duas perguntinhas
básicas:

1- É verdadeira ou falsa a frase "todo desperdício é uma forma de roubo" .

2- Existe relação entre custo, valor e preço ?
Note-se que na época da ditadura, o Ministro Delfim decretou a fórmula CLT,
preço=custo+lucro+taxas, para engessar a carestia, mas, obviamente, não
funcionou.)

Abraços
------------------------------------------




SUBJECT: Filosofia Aberta
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: Ciencialist <ciencialist@yahoogroups.com>, excalibur2 <excalibur2@yahoogroups.com>, filosofia <filosofia@yahoogroups.com>, Humanidade <humanidade@yahoogroups.com>, fflch <fflch@egroups.com>, movimento-filo <movimento-filo@egroups.com>
DATE: 02/03/2001 08:27

Ética Prática
Peter Singer
FILOSOFIA ABERTA


Prefácio

A ética prática tem um âmbito vasto. Se tivermos atenção,
encontraremos ramificações éticas na maior parte das nossas
escolhas. Este livro não pretende abordar a área na sua
totalidade. Os problemas de que trata foram escolhidos com
base
em dois critérios: a sua importância e a capacidade do
raciocínio
filosófico para contribuir para a sua discussão.

Considero que um tema ético importante é aquele que toda a
pessoa que pensa um pouco tem de enfrentar. Somos
confrontados diariamente com alguns dos temas tratados neste
livro: quais são as nossas responsabilidades pessoais para
com os
pobres? Teremos alguma justificação para tratar os animais
como se não passassem de máquinas que produzem carne para a
nossa alimentação? Será legítimo usarmos papel não
reciclado?
E, em todo o caso, por que motivo havemos de nos preocupar
em agir de acordo com princípios morais? Outros problemas,
como o aborto ou a eutanásia, não representam felizmente decisões
quotidianas que a maior parte de nós tenha de tomar; mas são
problemas que podem surgir na nossa vida a qualquer momento.
São também temas de preocupação actual sobre os quais todas
as pessoas que participam no processo de tomada de decisões da
nossa sociedade precisam de reflectir.......

---------------------------------
http://groups.yahoo.com/group/Genismo/message/189




SUBJECT: RE: [ciencialist] Re: Ciência e capitalismo
FROM: jmanuel.otero@icaa.mcu.es
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 02/03/2001 09:57

Umha primeira aclaraçom secundária, mas para mim importante, meu nome é José Manuel Outeiro (Otero é traduçom espanhola imposta polo uniformismo e expansionismo político espanhol).

Quero responder algumhas mensagens dizendo que eu nom falei para nada de socialismo, nem marxismo, nem direita nem esquerda. Portanto muitas das cousas que me respondem nom têm nada a ver co que eu digo.

Apenas fizem umha crítica do capitalismo como sistema histórico e da sua forma de funcionamento, que foi explicada primeiramente e primariamente por Marx, mas nom definitivamente, como é óbvio, e por isso existem hoje sociólogos ou historiadores do capitalismo como Wallerstein, Gunder Frank e outros, que corrigem aspectos dos estudos de Marx. O estudo do sistema-mundo capitalista é científico, nom arbitrário, e nom tem nada a ver com o que tu estás a falar, André. Tu estás a criticar políticos, nom historiadores, sociólogos e economistas. E eu podo concordar com muitas das tuas críticas. Mas o que estades a falar nom atinge ao que tenho exposto.


J. Manuel Outeiro



De: andrebaptista@uol.com.br [mailto:andrebaptista@uol.com.br]
Enviado el: jueves 1 de marzo de 2001 17:29
Para: ciencialist@yahoogroups.com
Asunto: [ciencialist] Re: Ciência e capitalismo


J. Manuel Otero escreveu:

>Nom sabia que houvesse tanto capitalista convencido.

Por favor, Manuel, vamos ater o debate ao nível das idéias, sem taxar uns e
outros disto ou daquilo. "Esquerda" ou "Direita" são conceitos cada vez mais
relativos. Como disse o R. Takata, a "esquerda" anglo-saxã pode estar a
"direita" de partidos de "direita" brasileiros como o PPB. Depende do que
você entende como "direita" e "esquerda". Eu pessoalmente acho que esses
conceitos tem sentido apenas dentro do Marxismo, o qual preconiza "a luta de
classes", então alguém será de "esquerda" ou de "direita" conforme optar por
defender uma outra "classe" social.
Como, já disse, e é sabido, a economia não é um "jogo de soma zero", não
existe a necessidade de uma luta classes.
O Marxismo porém diz que deve haver uma luta de classes, porque Mestre Marx
falou. E cada dado novo que aparece não é usado para se questionar se o
marxismo está correto ou não, como se faz com qualquer teoria científica.
Não, o máximo que os marxistas fazem é perguntar "como vamos interpretar os
novos dados para que eles se encaixam na palavra do senhor, ops, na teoria
marxista".
Nas ciências "de verdade", as obras originais duram muito pouco tempo, sendo
rapidamente aperfeiçoadas pela novos dados e novos desenvolvimentos
teóricos. Ninguém lê o "Principia" para aprender mecânica, ou "A Origem das
Espécies" para aprender evolução. Esses textos originais são obra-primas das
ciências, porém superados por novas descobertas. Você não precisa ler o
"principia" para aprender mecânica. Ninguém fica interpretando "O que Newton
quis dizer com isso? Qual era a intenção dele?" . Pouco importa. A ciência
tem vida própria independentemente das opiniões e mesmo da vontade dos seus
"fundadores". Descobertas feitas por defensores de uma teoria frequentemente
acabam conduzindo a conclusões opostas. No Marxismo não. As conclusões já
estão definidas a mais de um século: só se pode acumular dados para
confirmar a teoria. O Marxismo não pode ser refutado. Não é ciência, é
religião.

Para uma análise interessante do Marxismo, veja "Ensaios Analíticos", Mario
Henrique Simonsen, Editora FGV, 1984, capítulo 13.


>Karl Marx tem demostrado há mais de um século que a fonte da riqueza vem do
trabalho. Se eu tenho um >pouco de madeira e POSSUO a madeira, preciso de
trabalhar essa madeira para conseguir umha mesa ou >umha cadeira, as quais
terám um valor no mercado. Esse TRABALHO que converte a matéria prima em
>mercadoria é o que produz VALOR e portanto RIQUEZA.

Isso é verdade, mas duvido que tenha sido Marx o primeiro a perceber. De
qualquer modo, não serve como argumento. Todo capitalista honesto concorda
que a riqueza vem do trabalho. Quanto mais bem preparado e habilidoso o
trabalhador, maior será o valor agregado ao produto final. Porém também não
se pode negar que o lucro deve ser proporcional ao risco: Quem arrisca mais
deve concorrer a um premio maior.


>O esforço e o trabalho é de milhares de trabalhadores explorados em países
em que nom existe regulaçom >laboral, as crianças som exploradas, nom há
segurança social, nem reformas, e é necessário trabalhar >a .vida inteira
para garantir a subsistência. Sem esse trabalho explorado nom seriam tam
poderosas e ricas >muitas das mais ricas e poderosas empresas do mundo, que
baseiam essa riqueza na exploraçom dos >seus trabalhadores.

Uma fração cada vez menor das empresas modernas encontra utilidade em
mão-de-obra barata e desqualificada. Não consigo imaginar como empresas de
software, de telecomunicações, ponto.com, etc, podem explorar a mão de obra
infantil. Na verdade, a mão de obra infantil é terrivelmente explorada em
regiões atrasadas e em atividades pré-capitalistas, como a colheita de
cana-de-açucar, a produção artesanal de tijolos, para não falar na
prostituição infantil. Atualmente está ocorrendo justamente o contrário: as
empresas capitalistas dos países ricos estão acusando os países pobres de
fazerem "dumping" da miséria, utilizando mão de obra infantil e/ou
semi-escrava em suas fábricas. Existe um tanto de hipocrisia quando se
condena o trabalho infantil.


>O capitalismo é um sistema económico insustentável. Os problemas ambientais
estám a demostrá-lo.

Marx falou, então deve ser verdade. O capitalismo irá se desmanchar por si
só, como um castelo de cartas. Chernobyl foi causado pelo capitalismo? e a
destruição do Mar de Aral?

>Mas além disso, é um sistema que nom se baseia na exploraçom dumha maioria
por parte dumha minoria.

Insisto em dizer que o binômio salário baixo - mão de obra desqualificada
tem cada vez menos espaço no capitalismo. Os EUA tem conseguido ganhos de
produtividade extraordinários, sem baixar os salários. É mentira que a
riqueza dos países ricos dependam da pobreza dos países pobres. Em 1900, os
EUA já tinham ultrapassado a Inglaterra em PIB, com uma produção quase
totalmente voltada para o mercado interno.

Finalmente, não quero ser confundido com espião americano ou bajulador das
multinacionais. A riqueza americana não me traz nenhum benefício pessoal.
Não trabalho para nenhuma multinacional. Odeio a Nike. Todas as conclusões e
opiniões emitidas aqui foram elaboradas de maneira independente. Não sou
Yupie, nem simpatizo com o estilo Yupie. Acho muitas faces do capitalismo
extremamente desagradáveis, particularmente aquela que me cobra
produtividade e me expõe a competição com pessoas mais bem preparadas. :-)

[ ] ´s

André Baptista


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SUBJECT: RE: [ciencialist] Ciência e capitalismo
FROM: jmanuel.otero@icaa.mcu.es
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 02/03/2001 10:00

Subscrevo esta mensagem do Francisco:

Lembremos Allende e a Unidade Popular de Chile.

J. Manuel Outeiro

-----Mensaje original-----
De: fbrito@globo.com.br [mailto:fbrito@globo.com.br]
Enviado el: jueves 1 de marzo de 2001 22:22
Para: ciencialist@yahoogroups.com
Asunto: Re: [ciencialist] Ciência e capitalismo


>Nesse caso porque é que os trabalhadores explorados não deixam de
>trabalhar para as grandes empresas e trabalham para si próprios,
>ou porque é que não se organizam em cooperativas e criam riqueza
>uns para os outros?

Talvés, por que todas as vezes que tentaram, foram gentilmente convencidos
do contrário, pelo exército!

Francisco




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SUBJECT: RE: [ciencialist] Ciência e capitalismo
FROM: jmanuel.otero@icaa.mcu.es
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 02/03/2001 10:11

Para responder ao João esta sua pergunta:

>Nesse caso porque é que os trabalhadores explorados não deixam de
>trabalhar para as grandes empresas e trabalham para si próprios,
>ou porque é que não se organizam em cooperativas e criam riqueza
>uns para os outros?

Repito o que já dixem há pouco:

"Umha parte (minoria) da sociedade possui os meios de produçom, por isso pugem a palavra possuir em maiúsculos, como outras palavras chave. Outros, nom possuem esses meios de produçom essenciais para a subsistência e por isso devem vender a sua força de trabalho, que é o único que possuem. Desta forma, os que possuem os meios de produçom podem ficar com parte do valor que os trabalhadores dam à mercadoria, contendo os salários, pagando menos, fazendo trabalhar mais intensamente ou mais horas, etc."

Quando a maioria tem procurado mudar a situaçom, como no Chile de Allende, tem passado o que já todos conhecemos.

J. Manuel Outeiro



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SUBJECT: Re: [ciencialist] Ciência e capitalismo
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 02/03/2001 10:13



Eduardo Gueron wrote:

>
> Oi,
>
> permita-me uma pergunta ingênua:
> Em que país você vive?

Eu vivo em Portugal, mas julgo que hoje em dia no Brasil ninguém tem
que temer a intervenção do exercito na vida publica e que qualquer
pessoa é livre de escolher entre ser assalariado e ser empresário.

--
joão
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SUBJECT: RE: [ciencialist] Re: Ciência e capitalismo
FROM: jmanuel.otero@icaa.mcu.es
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 02/03/2001 10:28


Andre Baptista escreveu:

>>Marx falou, então deve ser verdade. O capitalismo irá se desmanchar por si
só, como um castelo de cartas. Chernobyl foi causado pelo capitalismo? e a
destruição do Mar de Aral?

---- O capitalismo é umha realidade económico-social e histórica, um sistema económico histórico que está a ser estudado por economistas, sociólogos, historiadores, etc. E alguns dos principais investigadores sustentam a tese do seu desaparecimento num prazo futuro de cerca de 50 anos, com base nos ciclos Kondratieff e a análise do funcionamento do sistema-mundo capitalista, constituindo umha variante nesta análise a situaçom ambiental. Apesar dos partidos socialistas e comunistas, e das revoluções russa, chinesa, cubana ou as que forem, nom existe outro sistema económico que o capitalista. Portanto Chernobyl é fruto do capitalismo (lê Wallerstein, Gunder Frank e tantos outros).

(...)

>>Insisto em dizer que o binômio salário baixo - mão de obra desqualificada
tem cada vez menos espaço no capitalismo. Os EUA tem conseguido ganhos de
produtividade extraordinários, sem baixar os salários. É mentira que a
riqueza dos países ricos dependam da pobreza dos países pobres. Em 1900, os
EUA já tinham ultrapassado a Inglaterra em PIB, com uma produção quase
totalmente voltada para o mercado interno.

--- Mas tens em conta que algumhas empresas produzem boa parte da sua riqueza em países onde exploram a mão de obra barata? O caso mais conhecido é Nike. Conheces? Também a Alemanha está a desmantelar fábricas para abri-las em Polónia ou noutros países do Leste Europeu onde a mão de obra é mais barata.

--- O problema é observar só umha parte da realidade do sistema capitalista e nom a totalidade.


>>Finalmente, não quero ser confundido com espião americano ou bajulador das
multinacionais. A riqueza americana não me traz nenhum benefício pessoal.
Não trabalho para nenhuma multinacional. Odeio a Nike. Todas as conclusões e
opiniões emitidas aqui foram elaboradas de maneira independente. Não sou
Yupie, nem simpatizo com o estilo Yupie. Acho muitas faces do capitalismo
extremamente desagradáveis, particularmente aquela que me cobra
produtividade e me expõe a competição com pessoas mais bem preparadas. :-)

--- Olha André, isto é justo o que diria um espiom, nom é?

(é brincadeira) ;-)

Saúde,

J. Manuel Outeiro




SUBJECT: Re: [ciencialist] JC E-Mail de 9_11_2000
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 02/03/2001 10:38

Co's diabos ..... não existe o JC E-mail de 9/11/2000 !
E não consigo localizar esse texto "Ciência e Exclusão" do Ivan .........
Onde estou errando?

[]'
Léo
======================

-----Mensagem Original-----
De: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: quinta-feira, 1 de março de 2001 14:32
Assunto: Re: [ciencialist] JC E-Mail de 9_11_2000


| Luiz, há um arquivo com todos os JC E-Mail no endereço:
|
| http://www.ifi.unicamp.br/jornal-da-ciencia/maillist.html
|
| Até,
| Belisário
|
| ----- Original Message -----
| From: Luiz Ferraz Netto
|
| > Ois pessoal,
| > perdi meu arquivo do Jornal da Ciência, JC E-Mail ,do ano 2000 (perdi todo
| um milênio de informações) e, justamente, estou precisando do artigo
| "Ciência e Exclusão" de Ivan Chambouleiron(?) de 9/11/2000.
| > Quem o tiver armazenado agradeço o envio de uma cópia para
| leo@barretos.com.br .
| >
| > []'
| > Léo
| > www.feiradeciencias.com.br ... O imperdível
|




SUBJECT: Re: [ciencialist] Ciência e capitalismo
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 02/03/2001 11:22

On Fri, 2 Mar 2001, João Mário Miranda wrote:
> Eu vivo em Portugal, mas julgo que hoje em dia no Brasil ninguém tem
> que temer a intervenção do exercito na vida publica e que qualquer
> pessoa é livre de escolher entre ser assalariado e ser empresário.

Qq um q. tenha dinheiro pra isso.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Ciência e capitalismo
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 02/03/2001 11:27



Roberto Mitsuo Takata wrote:


> Qq um q. tenha dinheiro pra isso.

Antes de ser um problema de dinheiro é um problema de mentalidade.
As pessoas estão predispostas para seguir uma carreira escola,
emprego, reforma.
--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: RE: [ciencialist] Ciência e capitalismo
FROM: jmanuel.otero@icaa.mcu.es
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 02/03/2001 12:07

João, parece-me infeliz a tua explicaçom.

Neste mundo existe pobreza e os factores económicos som até determinantes para um indivíduo ser empresário ou operário.

Muitas pessoas neste mundo nem sequer podem ir à escola ou à universidade pois seus pais nom podem pagar as despesas derivadas da manutençom e os estudos. Talvez nom seja o teu caso, mas foi o meu. Co meu trabalho tenho de pagar a minha formaçom universitária.

Nom todo o mundo pertence a famílias acomodadas, João. Olha um pouco para o teu redor, Lisboa também nom é umha cidade como Paris, nem Portugal tem a mesma qualidade de vida e riqueza que a França. Será um problema de mentalidade dos portugueses? Ou haverá factores históricos e económicos que explicam isso (incluindo talvez entre eles, se queres, mas de forma secundária, os da mentalidade)?

Pareces insinuar que neste nosso mundo, cheio de pobreza e injustiças, qualquer pessoa pode eleger livremente entre ser assalariado ou empresário.

J. Manuel Outeiro


-----Mensaje original-----
De: jmiranda@explicacoes.com [mailto:jmiranda@explicacoes.com]
Enviado el: viernes 2 de marzo de 2001 14:19
Para: ciencialist@yahoogroups.com
Asunto: Re: [ciencialist] Ciência e capitalismo




Roberto Mitsuo Takata wrote:


> Qq um q. tenha dinheiro pra isso.

Antes de ser um problema de dinheiro é um problema de mentalidade.
As pessoas estão predispostas para seguir uma carreira escola,
emprego, reforma.
--
joão
http://www.nonio.com
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SUBJECT: Re:Ci�ncia e capitalismo
FROM: andrebaptista@uol.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 02/03/2001 12:19

>> Qq um q. tenha dinheiro pra isso.
>
>Antes de ser um problema de dinheiro � um problema de mentalidade.
>As pessoas est�o predispostas para seguir uma carreira escola,
>emprego, reforma.

� poss�vel montar um neg�cio apenas com id�ias e iniciativa, mas nem todas as pessoas tem os dons inatos para isso (eu n�o tenho - ou pelo menos esse dom ainda n�o se revelou!). Mas tamb�m n�o � necess�rio ser empres�rio para prosperar. Como j� disse em mensagem anterior, atualmente existem milhares de vagas na �rea de telecomunica��es no Brasil, desocupadas por falta de candidatos habilitados. Acredito que o melhor caminho seja uma democracia capitalista, mas isso n�o � uma receita m�gica. � preciso participa��o, fiscaliza��o, um estado forte e representativo que invista em educa��o e sa�de, que proteja o meio ambiente, etc. Mas tamb�m � necess�rio que as pessoas tenham liberdade de trabalho e de associa��o, que os contratos e a propriedade privada sejam respeitados, etc. Se todos tiverem acesso � educa��o, e liberdade e seguran�a para desenvolver seu potencial, n�o ser� necess�ria a explora��o da mis�ria em outros pa�ses para que o pa�s se desenvolva! A mis�ria n�o � ben�fic!
a a ningu�m. � esse basicamente o ponto que procurei defender aqui. Existe muita mis�ria e explora��o ainda no mundo, que v�m de tempos remotos. A produtividade de um trabalhador analfabeto, subnutrido e despreparado � muito baixa. Se o sal�rio for aumentado unilateralmente, sem que haja um aumento de produtividade, o equil�brio ser� alcan�ado atrav�s de infla��o ou desmprego, ou ambos. A produtividade pode ser aumentada atrav�s da educa��o, por�m um ganho real de produtividade, que permita o pagamento de sal�rios realmente satisfat�rios s� � poss�vel atrav�s da mecaniza��o, racionaliza��o e informatiza��o do trabalho. Por isso nunca houve, nem nunca haver� uma sociedade rica agr�cola ou extrativista. O aumento da produtividade cria riqueza. Essa riqueza n�o vem da terra, mas da cabe�a dos homens. A riqueza que uma cabe�a inteligente pode construir pode ser milhares de vezes maior do que o custo dos alimentos ingeridos, da educa��o recebida, etc. N�o existe uma lei de Lavoisie!
r da economia. Pode-se criar riqueza sem que haja perda. O !
exemplo mais �bvio � a maravilhosa inven��o do sistema banc�rio, que transforma M = o montante de moeda em poder do p�blico em M.K, onde K � o "multiplicador keynesiano", que depende da taxa de redesconto e do percentual de encaixe obrigat�rio no Banco Central. Como K � sempre maior do 1, o que existe � aumento da moeda dispon�vel para investimento, sem que se derrube uma �nica �rvore e sem emitir uma mol�cula de CO2!

[]�s

Andr� Baptista


SUBJECT: Re: [ciencialist] Ciência e c apitalismo
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 02/03/2001 12:52



jmanuel.otero@icaa.mcu.es wrote:

> Pareces insinuar que neste nosso mundo, cheio de pobreza e
>injustiças, qualquer pessoa pode eleger livremente entre ser
>assalariado ou empresário.

O que eu estou a dizer é que ninguém é obrigado a trabalhar para
uma empresa. Se as pessoas escolhem trabalhar para uma empresa
é porque isso é melhor para elas e que no fundo elas preferem ser
exploradas. Dizes que as condições sociais a isso o obrigam. Ora
também as leis da fisica. Numa sociedade aberta como é aquela em
que todos vivemos ninguém pode proibir as empresas de existirem,
nem ninguém pode proibir a acumulação de capital. Tu podes culpar
as empresas por explorarem os trabalhadores, mas o que é certo é
que as empresas produzem riqueza. Podes dizer que os empresarios
são os donos dos meios de produção. Se isso é verdade, também é
verdade que a maior parte dos meios de produção foram construidos
do nada. Os donos das empresas de tecnologia são donos dos meios
de produção mas construiram-nos do nada nos últimos 20 anos. Por
outro lado cada pessoa é dona do melhor dos meios de produção:
o próprio cerebro. O que é que pretendes? que o estado acionalize
os cerebros daqueles que conseguem criar empresas a partir do nada?

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] A farsa da fisica
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 02/03/2001 13:22

Alberto Mesquita Filho wrote:

> ... A principal tática utilizada para
> criar esta separação artificial foi o uso elaborado de jargões
> técnicos e
> matemática complexa....

> ..., a física teórica moderna tornou-se pouco mais do que uma farsa
> elaborada...

"Percebemos que estamos nos distanciando da realidade e rumando em
direcao
aa loucura quando ninguem responde mais a nossos e-mails " jocax -
mar/2001

[]s
jocax

Ps1: leva na brincadeira :-)
Ps2: Isto tambem acontece comigo !



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:Ciência e capitalismo
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 02/03/2001 13:59

On Fri, 2 Mar 2001 andrebaptista@uol.com.br wrote:
> exemplo mais óbvio é a maravilhosa invenção do sistema bancário, que
> transforma M = o montante de moeda em poder do público em M.K, onde K é
> o "multiplicador keynesiano", que depende da taxa de redesconto e do
> percentual de encaixe obrigatório no Banco Central. Como K é sempre
> maior do 1, o que existe é aumento da moeda disponível para
> investimento, sem que se derrube uma única árvore e sem emitir uma
> molécula de CO2!

Vejamos, taxa de redesconto eh a taxa q. os bancos comerciais cobram do
Bco Central pra lhes emprestar dinheiro, nao? e encaixe obrigatorio eh uma
especie de recolhimento compulsorio, o valor q. o Bco Central retem parte
do valor das depositos 'a vista nos bancos, eh isso?

O multiplicador keynesiano eh definido algo como a razao entre a variacao
no 'orcamento' (valor total da entrada) e a variacao da porcao do
orcamento alocada a 'investimentos'... eh assim? (biologo se mentendo em
economia, nao da' certo...)

Como o 'orcamento' Y eh definido como a soma da porcao de 'consumo'
(suponho q. seja analogo ao encaixe) C e da porcao do 'investimento'
(analogo 'a taxa de redesconto?) I, na forma:

Y = C + I (1)

Supondo q. o consumo seja sempre uma fracao c de Y:

C = c.Y

Substituindo em 1:

Y = 1/(1-c).I

sendo o multiplicador keynesiano igual a 1/(1-c)

Ahan, e de onde vem o dinheiro para o Bco Central pagar as taxas de
redesconto?

Em relacao aos produtos mentais (e qq produto na verdade), a composicao de
precos P eh dada por:

P = terra + trabalho + capital + empreendimento

ou

P = aluguel + salario + juros + lucro

ou algo assim.

Basicamente, para o produto ter um valor muito maior do q. os gastos de
energia (= tempo investido = salario), dado q. o 'aluguel' e os 'juros'
estejam fixados -- so' se pode conseguir isso com o aumento do 'lucro'.
Nao estou julgando se isso eh justo ou injusto, mas o fato eh q. alguem
vai ter q. pagar por esse preco.

Digamos q. o preco de custo (alguel+salario+juros) seja de 10 patacas. O
produto pode valer no mercado 100 patacas. As 90 patacas nao vem de lugar
algum -- alguem mais (o comprador) teve q. trabalhar horas a mais pra
poder comprar o produto e pagar as 90 patacas alem do custo.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:Ciência e capitalismo
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 02/03/2001 14:06

On Fri, 2 Mar 2001, Roberto Mitsuo Takata wrote:
> Bco Central pra lhes emprestar dinheiro, nao? e encaixe obrigatorio eh uma
lhe emprestarem... oj, portugues...

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:Ciência e capitalis mo
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 02/03/2001 14:09



Roberto Mitsuo Takata wrote:

>
> Digamos q. o preco de custo (alguel+salario+juros) seja de 10 patacas. O
> produto pode valer no mercado 100 patacas. As 90 patacas nao vem de lugar
> algum -- alguem mais (o comprador) teve q. trabalhar horas a mais pra
> poder comprar o produto e pagar as 90 patacas alem do custo.

90 patacas é para o trabalho intelectual de alguém que percebeu que
valia a pena colocar o seu investimento nesse negócio e não noutro
qualquer.

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:Ciência e capitalis mo
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 02/03/2001 14:15

On Fri, 2 Mar 2001, João Mário Miranda wrote:
> 90 patacas é para o trabalho intelectual de alguém que percebeu que
> valia a pena colocar o seu investimento nesse negócio e não noutro
> qualquer.

Estou dizendo q. mesmo q. o comprador ache q. vale a pena, esse dinheiro
q. ele (o comprador) vai desembolsar nao vem do nada, vem do suor do
rosto dele (ou de outra pessoa).

Se a pessoa vende a preco de custo, 10 patacas, ela desperdicou energia
nao sendo reembolsada na taxa de empreendimento. Agora, a sua energia vai
ser recompensada atraves da energia q. outra pessoa despendeu.

O preco de 100 patacas, 90 pelo seu empreendimento pode ser justo. Digamos
q. o seja neste caso. Isso so' nao tira a realidade (ou melhor, nao
parece a mim desfazer este conceito) de q. esse valor nao esta' surgindo
do nada -- apresenta um lastro material, uma consequencia
no mundo fisico.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:Ciência e capitalis mo
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 02/03/2001 14:46



Roberto Mitsuo Takata wrote:

>
> Estou dizendo q. mesmo q. o comprador ache q. vale a pena, esse dinheiro
> q. ele (o comprador) vai desembolsar nao vem do nada, vem do suor do
> rosto dele (ou de outra pessoa).

Poderá vir de um trabalho intelectual semelhante. O comprador pode
ter descoberto uma forma inovadora de fazer operações que poupa
muito dinheiro às clinicas. Embora voce tenha razão ao dizer que
parte da riqueza é produzida de forma muito fisica, uma outra parte
é gerada pelas ideias. Actividades como a investigação, a gestão,
o ensino, o mercado da arte e dos produtos de luxo, o entretenimento,
são actividades que envolvem essencialmente a manipulação de ideias.
A melhor forma de se perceber isso passa por calcular a razão entre
o PIB de um país e a quantidade de energia necessária para gerar esse
PIB. Países como a Suiça terão uma razão PIB/energia incoparavelmente
maior que paises como o Bangladesh.

>
> Se a pessoa vende a preco de custo, 10 patacas, ela desperdicou energia
> nao sendo reembolsada na taxa de empreendimento. Agora, a sua energia vai
> ser recompensada atraves da energia q. outra pessoa despendeu.

Mas essa não é a interpretação correcta. Ambas as pessoas produziram
riqueza e dispenderam energia. Um acto de compra e venda é uma acto
de troca de riqueza produzida pelo comprador e pelo vendedor. Se duas
pessoas trocam algo que vale 100 patacas é porque ambos produziram
100 patacas. Um deles poderá te-lo feito com um maior dispendio de
energia do que outro. Na sua interpretação da situação produzem-se
100 patacas. Mas na realidade produzem-se 200. A parte da energia
dispendida pelo comprador não foi utilizada pelo vendedor para produzir
100 patacas. De facto, as 90 patacas de lucro foram obtidas através
de um consumo minimo de energia. As noventa patacas produzidas algures
pelo comprador é que poderão ter sido produzidas através de um consumo
excessivo de energia.


> O preco de 100 patacas, 90 pelo seu empreendimento pode ser justo. Digamos
> q. o seja neste caso. Isso so' nao tira a realidade (ou melhor, nao
> parece a mim desfazer este conceito) de q. esse valor nao esta' surgindo
> do nada -- apresenta um lastro material, uma consequencia
> no mundo fisico.

A única consequencia no mundo fisico é o estimulo de outras actividades
economicas por parte dos potenciais compradores.
--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: Re:Ci�ncia e capitalismo
FROM: andrebaptista@uol.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 02/03/2001 14:47

>Estou dizendo q. mesmo q. o comprador ache q. vale a pena, esse dinheiro
>q. ele (o comprador) vai desembolsar nao vem do nada, vem do suor do
>rosto dele (ou de outra pessoa).
>
Roberto, a riqueza n�o � produzida por quem compra a mercadoria, mas por que a constr�i. Se eu construo uma m�quina, e essa m�quina tem um certo valor de troca, por exemplo, 50 sacos de feij�o, ent�o eu produzi uma riqueza equivalente a 50 sacos de feij�o. Se isso equivale a 90 patacas, eu produzi 90 patacas. Se fulano deu duro para ganhar 90 patacas, ningu�m o obriga a troc�-las pelo meu computador. Compre 50 sacos de feij�o se quiser. Ou guarde o dinheiro na poupan�a. N�o existe esse n�gocio de "pre�o de custo". Se eu vender a pre�o de custo, estou trocando 90 patacas por 10 patacas, e o man� comprador lucrou 80 patacas. ele tinha 90 patacas e agora tem 80 patacas e um computador que ele pode vender por 90 patacas ou seja, tem 170 patacas.


>Se a pessoa vende a preco de custo, 10 patacas, ela desperdicou energia
>nao sendo reembolsada na taxa de empreendimento. Agora, a sua energia vai
>ser recompensada atraves da energia q. outra pessoa despendeu.
>

Pelo seu racic�nio, em toda venda com lucro o vendedor sai ganhando e o comprador perdendo (a n�o ser que o vendedor seja um maluco e venda a pre�o de custo). Isso n�o tem nenhum sentido.

abra�os,

Andr� Baptista


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:Ciência e capitalis mo
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 02/03/2001 15:00



Eduardo wrote:

>
> Vc acha justo que alguem ganhe dinheiro porque investiu em um lugar ao
> inves de outro a despeito do trabalho, da producao?

Se você acha que esse trabalho não é meritório tente faze-lo você mesmo.
O mercado bolsista realiza o trabalho nada facil de descobrir em que
actividade é mais adequado investir o dinheiro. É uma forma
descentralizada de tomada de decisões e uma forma de aproveitar a
inteligencia de multiplos agentes. A aplicação dos mecanismos da bolsa
à previsão de resultados eleitorais, por exemplo, revelou-se em muitos
casos muito mais eficaz do que as sondagens. Você pode substituir este
sistema por sistemas de gestão centralizadas por parte dos governos. Eu
prefiro deixar esse papel para quem está disposto a arriscar o próprio
dinheiro.


> Outro exemplo da supervalorizacao do lucro em detrimento do bem estar das
> pessoas esta na industria farmaceutica. A doenca cronica eh a melhor solucao
> para tais industrias, vc acha que ha interesse em que se cure totalmente
> doencas como a diabetes? Em medicina, podemos citar varios exemplos
> relacionados, principalmente, com a prevencao de doencas. Para mim eh obvio
> que um sistema alicerciado no lucro nao pode ser bom para a sociedade em geral
> e que, por conservacao de dinheiro :P, o lucro de pessoas ou de paises so
> existe gracas ao prejuizo ou desgraca de outros.

Mas se você não baseia o seu sistema com base no lucro baseia-o em quê?
Altruismo? Que eu saiba o altruismo ainda não foi proibido e nunca
produziu
uma cura para a diabetes. O lucro produziu insulina em larga escala. O
que
produziu o altruismo? Se não é o altruismo será o estado. Mas o estado
nem sequer consegue fazer o que lhe compete. Não consegue prestar
cuidados
de saúde básicos nem consegue cobrar impostos a quem os devia pagar.
--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:Ciência e capitalismo
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 02/03/2001 15:28

On Fri, 2 Mar 2001 andrebaptista@uol.com.br wrote:
> Pelo seu racicínio, em toda venda com lucro o vendedor sai ganhando e o
> comprador perdendo (a não ser que o vendedor seja um maluco e venda a
> preço de custo). Isso não tem nenhum sentido.

Andre, Joao Miranda,

Nao. Nao estou dizendo isso. Veja, se esta' havendo um simples
escambo -- temos um jogo de soma zero: o comprador troca o seu dinheiro
por um produto e o vendedor um produto por dinheiro. Podemos
considerar q. haveria um ganho, ja' q. cada um recebe o q quer -- mas isso
se da' 'as expensas do ambiente em ultima analise.

Nao ha' necessidade de haver perdas entre os dois -- mas em algum lugar
ha' perda. P.e. para o padeiro q. deixa de vender seu pao para o
comprador, para o ambiente pela utilizacao de seus recursos (uma perda
geralmente mais difusa). Isso ocorre porq. o sistema economico da forma
como eh encarado, eh um sistema aberto -- ao contabilizar o ambiente
criamos um sistema mais proximo do isolado.

Noutra mensagem usei o modelo do comercio de bananas entre o Brasil e os
EUA, pra mostrar q. na realidade nao ha' nem essa soma zero.

O produto pra ser produzido envolveu uma transformacao de energia do
ambiente: como disse, gastos com alimentacao, equipamentos, etc. Mas esse
processo de transformacao nao eh 100% eficiente -- termodinamicamente eh
impossivel. De todo modo eh essa energia do ambiente q. esta' circulando
nessa relacao comercial -- em ultima instancia o motor da economia esta'
sendo tocado pela degradacao da energia do ambiente em uma forma menos
prontamente utilizavel.

Impeca de se plantar -- processo em q. se fixa a energia solar e se retira
os nutrientes do solo -- e nao havera' produto mental algum.

Podemos analisar, por exemplo, o processo inflacionario dentro de uma
perspectiva termodinamica -- claro, desde q. com um sistema devidamente
circunscrito. Se inserimos mais notas em um sistema, essas notas nao
poderao por si mesmas representar mais energia (valor) no sistema -- e a
energia anterior sera' entao redistribuida, de modo q. cada nota passa a
ter um valor individual menor -- conservando a energia total. Algo analogo
'a energia cinetica em um sistema com a introducao de mais particulas com
energia cinetica zero.

Se considerarmos o ambiente, rigorosamente nao estara' havendo criacao de
valor algum, apenas sua transformacao. E essa transformacao nao pode ser
100% eficiente.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:Ciência e capitalis mo
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 02/03/2001 15:51



Roberto Mitsuo Takata wrote:

>
> Se considerarmos o ambiente, rigorosamente nao estara' havendo criacao de
> valor algum, apenas sua transformacao. E essa transformacao nao pode ser
> 100% eficiente.

Só que aquilo a que você chama transformação é na verdade criação de
riqueza. Até determinados limites, nós estamos dispostos a trocar mais
conforto por menos hidrogénio no sol, menos petróleo nos poços e mais
CO2 no ar. Enquanto estivermos dispostos a fazer essa troca o processo
economico produz riqueza.
--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:Ciência e capitalis mo
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 02/03/2001 15:52

On Fri, 2 Mar 2001, João Mário Miranda wrote:
> parte da riqueza é produzida de forma muito fisica, uma outra parte
> é gerada pelas ideias. Actividades como a investigação, a gestão,

As ideias tbm sao processos de transformacao fisica. A menos q.
acreditemos em uma mente de carater transcendental. Pensar cansa, esgota,
gasta energia. Energia q. repomos com alimentos. Alimentos gerados em
ultima instancia a partir da energia gravitacional do Sol.

> PIB. Países como a Suiça terão uma razão PIB/energia incoparavelmente
> maior que paises como o Bangladesh.

Sim, podemos aumentar a eficiencia de utilizacao e sempre q. possivel,
creio q. seja desejavel. Mas essa eficiencia nao pode ser 100%.

> Mas essa não é a interpretação correcta. Ambas as pessoas produziram
> riqueza e dispenderam energia. Um acto de compra e venda é uma acto

Eh isso q. estou falando --- a energia de um (o trabalho de
empreendimento, q. chamamos de lucro) eh trocada pela de outro. Mas a
energia q. o outro possui para trocar vem de algum lugar.

Nao existe almoco de graca eh um termo bastante popular nessa area. E
creio q. ela reflita bem a realidade.

> A única consequencia no mundo fisico é o estimulo de outras actividades
> economicas por parte dos potenciais compradores.

Q. em ultima analise redundam na degradacao do ambiente.

Voltemos a Crusoe e Sexta na ilha. Crusoe pesca peixes, Sexta colhe
frutos. Talvez Crusoe tbm saiba colher frutos, mas ou ele gasta tempo na
pescaria ou gasta tempo colhendo frutos. Idem com Sexta. Crusoe gastando
tempo apenas na pesca, tera' maior produtividade. Idem com Sexta pegando
apenas os frutos.

Ok, descobrimos a divisao de trabalho.

Eles trocam a mercadoria entre si. E cada qual sai ganhando. Na troca de
mercadorias ha' empate -- elas por elas. Mas ha' tbm a satisfacao de se
ter o produto de q. se necessita. Ok, jogo de soma positiva.

Estou falando de jogo de soma zero. Isso contradiz o ponto de vista q.
defendo? Nao exatamente. Nao se diz q. o sistema Crusoe-Sexta nao possa
ter um ganho. O q. se propoem eh incluir ao sistema o componente
ambiental: criando o sistema Crusoe-Sexta-ambiente. E nesse sistema
propoem-se q. a soma eh zero (no melhor dos casos). O ganho de Crusoe e de
Sexta se da' com a degradacao do ambiente -- consomem-se peixes e frutos.

Peixes e frutos podem se multiplicar, pois nao? Claro. E isso ocorre com o
uso da luz solar.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:Ciência e capitalis mo
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 02/03/2001 16:00

On Fri, 2 Mar 2001, João Mário Miranda wrote:
> Só que aquilo a que você chama transformação é na verdade criação de
> riqueza. Até determinados limites, nós estamos dispostos a trocar mais
> conforto por menos hidrogénio no sol, menos petróleo nos poços e mais
> CO2 no ar. Enquanto estivermos dispostos a fazer essa troca o processo
> economico produz riqueza.

Tradicionalmente, na teoria economica neoclassica, chama-se criacao de
riqueza.

Mas do mesmo modo q. a simples troca comercial nao eh geracao de riquezas,
considerando-se q. estamos trocando ar puro por carro sob esta perspectiva
nao seria entao uma geracao de riquezas -- dai' de eu dizer
'rigorosamente', i.e., ao pe' da letra nao sera' uma criacao de valor.

(Quero ver ateh qdo as pessoas vao aguentar antes de dar um esporro em
nos... ou pedir pra sair da lista)

[]s,

Roberto Takata





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:Ciência e capitalis mo
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 02/03/2001 16:01



Roberto Mitsuo Takata wrote:

> Peixes e frutos podem se multiplicar, pois nao? Claro. E isso ocorre com o
> uso da luz solar.

Do ponto de vista da termodinâmica você está certo.Só que os humanos
têm o seu próprio sistema de valores. Valor economico de algo não
coincide com o seu valor termodinâmico. A degradação do Sol não
representa uma perda económica tão grande quanto os ganhos que se
tiram do aproveitamento da sua energia.


--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: Termodin�mica e capitalismo
FROM: andrebaptista@uol.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 02/03/2001 16:11

Roberto Mitsuo Takata :

>
>Se considerarmos o ambiente, rigorosamente nao estara' havendo criacao de
>valor algum, apenas sua transformacao. E essa transformacao nao pode ser
>100% eficiente.
>

Captei vossa mensagem...

Mas precisava escrever tudo isso para dizer a entropia de um sistema fechado n�o pode diminuir? S� que voc� esqueceu de considerar que a Terra � um sistema aberto - e a quase totalidade da energia usada na Terra prov�m do Sol (com exce��o da energia geot�rmica, que prov�m de decaimento radioativo). Ent�o podemos diminuir tranquilamente a entropia da terra como um todo, gerando riqueza, as expensas da entropia que aumenta no sol, pelo menos pelos pr�ximos quatro bilh�es de anos!!

abra�os,

Andr� Baptista



SUBJECT: Re: [ciencialist] Termodinâmica e capitalismo
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 02/03/2001 16:25



andrebaptista@uol.com.br wrote:

> Captei vossa mensagem...
>
> Mas precisava escrever tudo isso para dizer a entropia de um sistema
> fechado não pode diminuir? Só que você esqueceu de considerar que a
>Terra é um sistema aberto - e a quase totalidade da energia usada na
>Terra provém do Sol (com exceção da energia geotérmica, que provém de
>decaimento radioativo). Então podemos diminuir tranquilamente a
>entropia da terra como um todo, gerando riqueza, as expensas da
>entropia que aumenta no sol, pelo menos pelos próximos quatro bilhões
>de anos!!

Tudo depende do crescimento economico. Actualmente só uma fracção
muito pequena da energia solar atinge a Terra, o resto perde-se
para o espaço. Uma civilização com elevado consumo de energia terá
que captar essa energia perdida construindo uma Esfera de Dyson
capaz de captar toda essa energia.

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] Termodinâmica e capitalismo
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 02/03/2001 16:34

On Fri, 2 Mar 2001 andrebaptista@uol.com.br wrote:
> Mas precisava escrever tudo isso para dizer a entropia de um sistema
> fechado não pode diminuir? Só que você esqueceu de considerar que a
> Terra é um sistema aberto - e a quase totalidade da energia usada na
> Terra provém do Sol (com exceção da energia geotérmica, que provém de
> decaimento radioativo). Então podemos diminuir tranquilamente a entropia
> da terra como um todo, gerando riqueza, as expensas da entropia que
> aumenta no sol, pelo menos pelos próximos quatro bilhões de anos!!

Ok, sou prolixo e pro lixo... eu nao sabia (e nao sei direito ainda) como
mostrar a ligacao q. vejo entre a economia e os eventos fisicos.

So' nao sei se sera' tao tranquilamente assim, ja' q. nao eh apenas a
energia do Sol q. utilizamos, mas tbm recursos minerais finitos da
Terra... Agua ja' esta' no limite em varios locais -- e a se confirmarem
as previsoes catastroficas q andam fazendo, vai ser mais problematico do
q. a exaustao do petroleo e do helio...

On Fri, 2 Mar 2001, João Mário Miranda wrote:
> Do ponto de vista da termodinâmica você está certo.Só que os humanos
> têm o seu próprio sistema de valores. Valor economico de algo não
> coincide com o seu valor termodinâmico. A degradação do Sol não
> representa uma perda económica tão grande quanto os ganhos que se
> tiram do aproveitamento da sua energia.

Hipotese: ha' uma forma de correlacionar energia com valor economico...
menos q. uma hipotese talvez seja uma quimera.

Deve haver uma unidade maxima possivel de valor a ser agregado por Joule
empregado na producao.

A questao seria encarar o dinheiro (as notas) nao como o valor em si, mas
como um veiculo q. transporta esse valor... idem com os produtos
comercializados.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] A farsa da fisica
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 02/03/2001 16:40

Obs: Alguma afirmações ambíguas feitas por mim, podem [e devem] ser
interpretadas de várias maneiras :-)


Sobre Bryan G. Wallace intitulado "The Farce of Physics"
Alberto Mesquita Filho wrote:
> Na Introdução lê-se:
> "A palavra cientista entrou no idioma inglês em 1840 e poucos aprenderam a
> ganhar a vida pesquisando; a maioria das investigações eram levadas a cabo
> pelos nobres. Nessa ocasião alguns cientistas americanos colaboraram para a
> transformação desse status auto-intitulando-se profissionais e isolando-se
> daqueles os quais consideravam amadores.

Isto parece muito tendencioso para ser dado o devido crédito.

> A principal tática utilizada para
> criar esta separação artificial foi o uso elaborado de jargões técnicos e
> matemática complexa. A criação desta barreira para a compreensão dos
> procedimentos científicos representou uma ameaça à característica essencial
> da ciência, sua disposição a estar aberta a testes e avaliações. Em virtude
> disso, a física teórica moderna tornou-se pouco mais do que uma farsa
> elaborada.

Esta afirmação é falaciosa.

"Fisica teórica modera é complexa, portanto é uma farsa."

Esta afirmação é que é uma farsa.

> No capítulo 2 (Sacred Science) lê-se:
> "Os cientistas realmente praticam o que eles pregam? A evidência claramente
> mostra que o cientista comum tende a não usar as regras da boa ciência.

A evidência deste texto claramente mostra que ele não é um cientista
comum.

> Na
> realidade, tudo indica que os ministros protestantes são inclinados a ter
> mais honestidade intelectual do que os cientistas Ph.D."

Os ministros religiosos [em geral] acreditam no que dizem, os cientistas
duvidam.

> "Thomas Kuhn escreve: uma proposição é científica se sancionada pelo
> establishment científico. (Exemplo: se o establishment científico decretar
> que " fadas existem ", então isto realmente seria científico.)"

Esta afirmação está truncada, por isso permite afirmações
estapafúrdicas, como a que está entre parêntesis.

Uma proposição é científica se está baseada em experiências científicas
reais e se a lógica utilizada estiver correta. Se segue este padrão
então a proposição é científica e costuma ser aceita pelo establishment
científico. Portanto, agora sim, se é aceito pelo establishment
científico então é científico.

[]s
==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
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SUBJECT: Re:Ci�ncia e capitalismo
FROM: andrebaptista@uol.com.br
TO: <rmt@ib.usp.br>, ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 02/03/2001 16:41

Roberto Mitsuo Takata :

>
>sendo o multiplicador keynesiano igual a 1/(1-c)
>
>Ahan, e de onde vem o dinheiro para o Bco Central pagar as taxas de
>redesconto?

Seja M o montante dos dep�sitos banc�rios � vista. O Banco Central exige um dep�sito compuls�rio (encaixe) de uma fra��o "e". O Banco pode emprestar ent�o M.(1-e) para o p�blico, que disp�e agora de M + M.(1-e), uma fra��o desse dinheiro volta novamente para os Bancos, que "encaixam" uma parte e emprestam o resto, e assim sucessivamente, aumentando o efeito multiplicativo. Assim o dinheiro disponivel para investimento aumenta. Esses � um dos motivos pelo qual os Bancos s�o t�o importantes. Os Bancos prestam um servi�o e criam riqueza tamb�m.

[]�s

Andr� Baptista

>
>Em relacao aos produtos mentais (e qq produto na verdade), a composicao de
>precos P eh dada por:
>
>P = terra + trabalho + capital + empreendimento
>
>ou
>
>P = aluguel + salario + juros + lucro
>
>ou algo assim.
>
>Basicamente, para o produto ter um valor muito maior do q. os gastos de
>energia (= tempo investido = salario), dado q. o 'aluguel' e os 'juros'
>estejam fixados -- so' se pode conseguir isso com o aumento do 'lucro'.
>Nao estou julgando se isso eh justo ou injusto, mas o fato eh q. alguem
>vai ter q. pagar por esse preco.
>
>Digamos q. o preco de custo (alguel+salario+juros) seja de 10 patacas. O
>produto pode valer no mercado 100 patacas. As 90 patacas nao vem de lugar
>algum -- alguem mais (o comprador) teve q. trabalhar horas a mais pra
>poder comprar o produto e pagar as 90 patacas alem do custo.
>
>[]s,
>
>Roberto Takata
>
>
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>VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
>http://www.ciencialist.hpg.com.br
>Para sair da lista envie um mail para
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UOL: o melhor da Internet.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Termodinâmica e capitalismo
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 02/03/2001 16:44

João Mário Miranda wrote:
> Uma civilização com elevado consumo de energia terá
> que captar essa energia perdida construindo uma Esfera de Dyson
> capaz de captar toda essa energia.

Esta esfera é apenas uma dor de cabeça de engenharia. É muito mais fácil
criar o seu próprio sol.

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TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
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SUBJECT: Re:Ciência e capitalismo
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: andrebaptista@uol.com.br
CC: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 02/03/2001 16:48

On Fri, 2 Mar 2001 andrebaptista@uol.com.br wrote:
> Seja M o montante dos depósitos bancários à vista. O Banco Central
> exige um depósito compulsório (encaixe) de uma fração "e". O Banco pode
> emprestar então M.(1-e) para o público, que dispõe agora de M + M.(1-e),
> uma fração desse dinheiro volta novamente para os Bancos, que "encaixam"
> uma parte e emprestam o resto, e assim sucessivamente, aumentando o
> efeito multiplicativo. Assim o dinheiro disponivel para investimento
> aumenta. Esses é um dos motivos pelo qual os Bancos são tão importantes.
> Os Bancos prestam um serviço e criam riqueza também.

Digamos, 1 trilhao de merrecas em deposito e um encaixe de 5% (50 bilhoes
de merrecas). Serao 950 bilhoes de merrecas para emprestimo.

Como o publico tera' 1,95 trilhao de merrecas? Essa parte nao entendi...
De onde vem esse trilhao a mais?

E como fica a taxa de redesconto nessa historia?

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] Termodinâmica e capitalismo
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 03/03/2001 03:14

Não tenho lido as mensagens sobre capitalismo, por pura falta de tempo,
então estou pegando o bonde só por aqui. Acho que pode existir, sim, um
jeito de relacionar Termodinâmica e Economia, mas a partir da Física
Estatística. A Física Estatística lida com sistemas físicos constituído de
um número muito grande de subsistemas - por exemplo, um gás composto de
inúmeras moléculas. Considera-se o movimento de uma molécula típica sob as
leis de Newton (ou da Quântica, ou etc.), dá-se um tratamento estatístico ao
negócio e assim obtém-se o comportamento macroscópico do sistema como um
todo (por exemplo, pode-se derivar as leis da Termodinâmica para um gás com
isso. Nesse caso, pressão, temperatura, etc. são definidos em termos de
quantidades microscópicas como distribuição média de velocidades de
moléculas, etc.). Mas os métodos da Física Estatística podem ser usados para
sistemas outros além de atômicos e moleculares, construindo uma
"termodinâmica generalizada". Por exemplo, para um sistema de troca de
dinheiro. Talvez se possa modelar o funcinoamento da macroeconomia com esses
métodos. Só que aí teremos que redefinir energia, energia livre e os outros
conceitos de Termodinâmica em termos desses elementos (dinheiro), e claro
que suas interpretações terá apenas uma vaga lembrança das interpretações em
sistemas físicos que lhe originaram os nomes.

Há complexidades, entretanto. (1) A Economia não é um sistema aberto -
nem todo dinheiro que entra, sai, e os objetos a que se agrega valor podem
ser destruídos ou criados - logo, será difícil encontrar alguma quantidade
que se conserva, para ser identificada com o conceito de "energia",
fundamental para a implementação da Primeira Lei da Termodinâmica (que é a
lei da conservação da energia). Em sistemas físicos, sempre há um "ambiente"
para o qual podemos considerar que a quantidade supostamente conservada é
jogada quando não se conserva. Não consigo imaginar um equivalente para a
Economia; (2) A Economia tem uma não-linearidade brutal, que vai reduzir o
poder preditivo imensamente; (3) A Economia depende de forma relativamente
aguda de fatores impoderáveis, como psicologia de massas - que, entretanto,
talvez possam ser adequadamente modeladas sem perder demais a confiabilidade
dos resultados (ainda mais hoje, com o capital flutuante e ciclotímico das
bolsas - dependente crucialmente de boatos, euforias e depressões
coletivas - com um poder de influência tão grande nas economias nacionais).
Por isso (estou chutando com minha intuição) devemos estar preparados para
encontrar violações espantosas da Segunda Lei da Termodinâmica (esta é uma
lei estatística, e fatores imponderáveis e não-linearidades grandes podem
causar desvios estatísticos exóticos).

De qualquer forma, o poder preditivo dessa abordagem não será nem uma
sombra do que acontece com a aplicação em Física - estamos lidando com um
sistema social, um sistema notoriamente refratário a esse tipo de
abordagem -, mas pode ser útil para compreender qualitativamente alguns
aspectos.

Até,
Belisário

----- Original Message -----
From: Roberto Mitsuo Takata
>
> Hipotese: ha' uma forma de correlacionar energia com valor economico...
> menos q. uma hipotese talvez seja uma quimera.
>
> Deve haver uma unidade maxima possivel de valor a ser agregado por Joule
> empregado na producao.
>
> A questao seria encarar o dinheiro (as notas) nao como o valor em si, mas
> como um veiculo q. transporta esse valor... idem com os produtos
> comercializados.
>
> []s,
>
> Roberto Takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] A farsa da fisica
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 03/03/2001 04:35

Não sei se vocês deram uma navegada por aquele livro. Uns 90% de todo o
corpo do texto são constituídos de longas citações. Há capítulos onde a
proporção chega a bem mais que isso. Se fosse uma defesa de tese em qualquer
ciência, corria o risco de ser reprovado por falta de idéias próprias e de
articulação própria dos conceitos. (Eis o porquê de estar disponibilizado na
Internet: vai fazer copyright de quê...?)

Até,
Belisário

----- Original Message -----
From: Alberto Mesquita Filho

> Oi gente
>
> Estou lendo um net-livro interessante de Bryan G. Wallace intitulado "The
> Farce of Physics". Estou entrando no capítulo 2 e não sei ainda onde o
autor
> pretende chegar mas selecionei alguns parágrafos que achei por demais
> interessantes e que poderiam gerar algumas polêmicas. O original está em
> inglês e para os que duvidarem de minha tradução e/ou que pretenderem
> explorar mais o assunto, o livro pode ser encontrado em
> http://ourworld.compuserve.com/homepages/Ekkehard_Friebe/index.htm
(...)



SUBJECT: Re: [ciencialist] A farsa da fisica
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 03/03/2001 08:18

-----Mensagem Original-----
De: "Roberto Belisario"
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: Sábado, 3 de Março de 2001 04:35
Assunto: Re: [ciencialist] A farsa da fisica

> Não sei se vocês deram uma navegada por aquele livro. Uns 90% de todo
> o corpo do texto são constituídos de longas citações. Há capítulos onde a
> proporção chega a bem mais que isso. Se fosse uma defesa de tese em
> qualquer ciência, corria o risco de ser reprovado por falta de idéias
> próprias e de articulação própria dos conceitos. (Eis o porquê de estar
> disponibilizado na Internet: vai fazer copyright de quê...?)

Olá, Belisário. Concordo contigo em termos pois o livro não é propriamente
uma defesa de tese mas uma denúncia sobre uma situação que realmente existe
e em nível muito maior aqui no Brasil. O autor não precisa passar por uma
banca de teses pois ele já foi reprovado pelo establishment científico por
mais de 100 vezes e, em muitas, de uma forma aparentemente injusta pois ao
que tudo indica ele não recebeu nenhuma crítica consistente. Sim, existem
citações longas mas existe também muita coisa a ser pinçada em meio a essas
citações como aquelas que apresentei na mensagem anterior e que são temas de
real importância e muito mais do que aquelas baboselas que se tem discutido
aqui sobre capitalismo. Mesmo porque, e dentre outras coisas, o autor mostra
as conseqüências, sobre a ciência, de um capitalismo e/ou socialismo
selvagens.

Enfim, como a maioria dos que por aqui trafegam estão satisfeitos com a
avaliação pelos pares, com o desperdício de verbas públicas com pesquisas
que não darão em nada, com a produção de elefantes brancos pela
"inteligência" nacional, com os papagaios cultos que se formam ano a ano com
a finalidade de irem ajudar o Sílvio Santos no show do milhão, é possível
que você tenha razão.

Não me agrada nada dizer isso mas já que você demonstra possuir preconceitos
científicos com relação à Internet, não me parece elegante que continue
militando no jornalismo científico através da mesma, pelo menos enquanto
existir uma ideologia democrática pairando pela Internet. Mesmo porque, um
jornalismo voltado à manutenção do "status quo" é o de que menos estamos
precisando aqui no Brasil.

Quanto ao mais, parece-me que a essência de todo o processo por que estamos
passando pode ser extraída de uma única frase aqui apresentada pelo Jocax:
"Percebemos que estamos nos distanciando da realidade e rumando em direcao
aa loucura quando ninguem responde mais a nossos e-mails". E diria mais:
pior do que a ausência de resposta é a percepção de que estamos sendo
totalmente incompreendidos e/ou de que estamos realmente nadando contra a
correnteza. Enfim, já ouvi alguém dizer que ser dialético é viver à margem
da compreensão pelos demais, mas não me arrependo desta postura e nem mesmo
sinto-me "rumando em direção à loucura". Neste mundo, cada um dá o que tem
pois que nada levaremos para lugar algum. E se para distribuir o pouco que
tenho para dar sou obrigado a passar pelos caprichos e/ou deturpações
ideológicas propostas por "referees", adeptos de um capitalismo selvagem a
se apoiar na divisão do bolo CNPq/Capes, então prefiro legar minhas idéias à
Internet pois que aqui eu sou mais eu. Creio que o Wallace, após ter levado
muitas trombadas de seus pares, também pensa hoje dessa maneira. Aliás,
procure nas livrarias e note que existe uma legião imensa de autores
científicos que também passaram pela Inquisição dos Tempos Modernos. A
grande vantagem dos dias atuais é que hoje não precisamos editar livros para
"botar a boca no trombone", graças à "desorganização" atual da Internet,
coisa aliás que já está incomodando sobremaneira os adeptos da manutenção do
"status quo". Espero que não consigam "organizá-la" da forma que gostariam.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] A farsa da fisica
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 03/03/2001 16:39

-----Mensagem Original-----
De: "Alberto Mesquita Filho"
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: Sábado, 3 de Março de 2001 08:18
Assunto: Re: [ciencialist] A farsa da fisica

Caros amigos ciencialisteiros

Em msg anterior, em meio a uma tréplica ao Belisário, cheguei a me exceder e
fui além dos limites do que seria razoável para um diálogo caloroso e/ou até
mesmo agressivo dentre aqueles que gosto de participar em defesa ou em
ataque a uma idéia. Por motivos que não consigo entender, valorizei demais
um entre parênteses colocado pelo Belisário em reforço a suas idéias, as
quais me reservo o direito de discordar. E fui além posto que assumi uma
postura a ir contra uma das normas que defendo e a caracterizarem o
verdadeiro diálogo: "Não julgarás". Não só errei ao efetuar um julgamento
pessoal mas também ao considerar como preconceituoso justamente aquele com
quem cheguei a travar, aqui na ciencialist, os debates de mais alto nível
dentre aqueles que participei.


Caro Belisário

Perdoe-me pelo deslize e, se possível for, assuma isso como um entrevero
injustificável sim mas produto de uma fraqueza momentânea e própria daquele
que sente há muitos anos na pele muito das idéias que efetivamente estavam
em discussão. E continue promovendo aquele jornalismo científico de alto
nível tão necessário para que a Internet brasileira possa, a cada dia mais,
aliciar novos elementos a se inspirarem na atitude democrática e livre de
preconceitos que caracteriza o amigo.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] A farsa da fisica
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 03/03/2001 17:49

Caro Alberto,

Claro que perdôo, e entendo tudo, como aliás tudo isso é perfeitamente
normal. Fomos vítimas do famoso "flaming", como se diz no jargão da
Internet. Cá do meu canto, relendo o primeiro e-mail vejo que, de fato, o
tal parênteses foi mal feito e pode realmente ser mal interpretado. Uma
frase a mais ou a menos e teríamos nos poupado. Enfim, na Internet
economiza-se no tempo mas perde-se na reflexão.

A propósito: tenho até vertigem ao imaginar como seria o mundo se todos
tomássemos atitudes conciliatórias exemplares como a do Alberto...

Até,
Belisário

----- Original Message -----
From: Alberto Mesquita Filho
>
> Caros amigos ciencialisteiros
>
> Em msg anterior, em meio a uma tréplica ao Belisário, cheguei a me exceder
e
> fui além dos limites do que seria razoável para um diálogo caloroso e/ou
até
> mesmo agressivo dentre aqueles que gosto de participar em defesa ou em
> ataque a uma idéia. Por motivos que não consigo entender, valorizei demais
> um entre parênteses colocado pelo Belisário em reforço a suas idéias, as
> quais me reservo o direito de discordar. E fui além posto que assumi uma
> postura a ir contra uma das normas que defendo e a caracterizarem o
> verdadeiro diálogo: "Não julgarás". Não só errei ao efetuar um julgamento
> pessoal mas também ao considerar como preconceituoso justamente aquele com
> quem cheguei a travar, aqui na ciencialist, os debates de mais alto nível
> dentre aqueles que participei.
>
>
> Caro Belisário
>
> Perdoe-me pelo deslize e, se possível for, assuma isso como um entrevero
> injustificável sim mas produto de uma fraqueza momentânea e própria
daquele
> que sente há muitos anos na pele muito das idéias que efetivamente estavam
> em discussão. E continue promovendo aquele jornalismo científico de alto
> nível tão necessário para que a Internet brasileira possa, a cada dia
mais,
> aliciar novos elementos a se inspirarem na atitude democrática e livre de
> preconceitos que caracteriza o amigo.
>
> [ ]'s
> Alberto
> http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm




SUBJECT: Research Register of Projects on Environment, Health and Sustainability
FROM: "Prof. Walter Leal Filho" <leal@tu-harburg.de>
TO: "eeen@projekte.org" <eeen@projekte.org>
DATE: 03/03/2001 18:20

Dear Colleagues,

The Internet Research Register (IRR) on projects focusing on the
environment, environmental health
and sustainability is growing strong and is now being expanded.
Researchers and practitioners are warmly invited to submit their
research, which is helpful to career development since:

i. it identifies oneself and his/her research, for the public record;
ii. it makes information on your research available to the wide
community, whilst it is underway; including links
to related conference papers or published works;
iii. it allows you to update that information at any time during the
project/research life cycle.

Interested colleagues are invited to visit the research register Web
Site at: http://www.mcbup.com/research_registers/emh.asp

Simply click on the 'add research' field at the top of the Welcome page
and complete the form. To save time the project summary can be cut and
pasted directly into the appropriate field. You will receive an email
acknowledgement of your registration once it has been checked and
entered into the public domain.

Walter Leal Filho
Editor




SUBJECT: novas funcoes do espermatozoide
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 03/03/2001 18:23

Cientistas descobrem novas funções do espermatozóide
entre os mamíferos

Catherine Vincent, Jornal “ Le Monde”, 3 de março de 2001

Do espermatozóide do mamífero -do rato, da baleia e do
homem-conhecíamos duas funções essenciais: ao embrião que
resulta de seu encontro com um óvulo, ele lega sua metade
paterna dos cromossomos e também lhe dá seu sexo, XX ou
XY. A esses dois papéis nada negligenciáveis acaba de se
acrescentar um terceiro. Como demonstraram dois biólogos
da Universidade de Cambridge (Grã-Bretanha), o ponto de
impacto onde o espermatozóide vai penetrar no óvulo (que
pode se situar em qualquer lugar da superfície do último)
determinará indiretamente o eixo de desenvolvimento do
futuro pequeno mamífero.
É em função dessa "porta de entrada" que se posicionarão
sua cabeça e sua cauda, e talvez até suas costas, seu
ventre, sua esquerda e sua direita. É pouco, poder-se-ia
dizer, em relação à visão de onipotência outrora
conferida à semente masculina. "Não é a mãe que engendra
aquele que chamamos de seu filho: ela é apenas a nutriz
do germe que concebeu. Quem engendra é o macho" escreveu
Ésquilo.
Séculos depois, a ciência ainda considerava o esperma o
único a transportar a vida, enquanto o óvulo aparecia
como simples receptáculo. Mas há muito tempo essa visão
perdeu a validade.
E se hoje ainda persiste a desigualdade em termos de
células sexuais, é porque, ao contrário, o óvulo se
revelou infinitamente mais indispensável à reprodução que
seu homólogo masculino. "Conseguimos substituir o
espermatozóide por um gameta imaturo (espermatídio) ou
mesmo por uma célula somática (clonagem), reduzindo assim
o elemento masculino a um simples transmissor de DNA,
desde que a fecundação seja 'assistida'", resumiu o
especialista em reprodução Jacques Testart, em sua última
obra, "Des hommes probables" (sobre os homens prováveis).
No entanto, é o espermatozóide, e talvez somente ele,
quem determina a polaridade do ovo recém-fecundado. Uma
propriedade que Jean Rostand e alguns outros haviam há
muito tempo evidenciado entre os anfíbios, e que hoje se
descobre igualmente no rato e, portanto, com toda
probabilidade, no homem.
Conclusões diversas
Para chegar a essa certeza, Karolina Piotrowska e
Magdalena Zernicka-Goetz, cujos trabalhos foram
publicados recentemente pela revista "Nature", estudaram
centenas de óvulos de ratos, obtidos por fecundação in
vitro. Além disso, elas aperfeiçoaram um marcador
bioquímico baseado em uma técnica de imunofluorescência,
capaz de indicar exatamente o ponto de impacto do
espermatozóide no nível da membrana protetora do óvulo
(chamada zona pelúcida).
Isso lhes permitiu observar se existia, de maneira
estatisticamente significativa, uma relação de causa e
efeito entre esse ponto de impacto e a maneira como um
óvulo fecundado efetua suas primeiras divisões. Suas
conclusões são diversas. Para começar, a primeira divisão
da célula original em duas células-filhas ocorre segundo
um eixo que contém sempre o ponto de impacto do
espermatozóide.
Depois, aquela das duas células-filhas que herdou esse
ponto de impacto se divide antes que sua célula-irmã.
Enfim, e principalmente, o ponto de entrada do
espermatozóide está na origem do eixo que, algumas
divisões mais tarde, vai separar dois tipos radicalmente
diferentes de células: as que constituirão o embrião
propriamente dito e as que formarão transitoriamente
tecidos capazes de o alimentar e proteger, e que mais
tarde desaparecerão.
São "decisões" espaciais que, segundo os pesquisadores,
determinam de uma maneira ou de outra as três dimensões
nas quais posteriormente se desenvolverá o embrião. Como?
Não se sabe. Passado o estágio de implantação uterina,
não é possível a observação minuciosa dos primeiros
estágios do desenvolvimento dos mamíferos. Por enquanto.
Tradução: Luiz Roberto Mendes Gonçalves


SUBJECT: fisica sem espaco-tempo ?
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 03/03/2001 18:28

Subject:
[EXCALIBUR] Fwd: [Lista Matematica] fisica sem espaco-tempo
Date:
Fri, 2 Mar 2001 18:42:58 -0300
From:
Felipe Figueiredo <philsf@altavista.net>
Reply-To:
excalibur2@yahoogroups.com
To:
excalibur2@yahoogroups.com




Ola ALL,

estou chegando agora de viagem de carnaval, e vou aproveitar pra mandar
um
fwd da centena de mails que recebi essa semana. A quem interessar possa.

---------- Mensagem Reenviada ----------
Subject: [Lista Matematica] fisica sem espaco-tempo
Date: Wed, 28 Feb 2001 08:11:17 -0300
From: "Adonai Sant'Anna"


Mandei a mensagem abaixo para diversos pesquisadores. Agora estou
distribuindo, em pequenos blocos, para outras pessoas tambem.

%%%%%%%%%%%%%%%%%%

Caros Amigos e Colegas

No trabalho abaixo mostramos que espaco-tempo pode ser eliminado da
relatividade geral, da mecanica Hamiltoniana, do eletromagnetismo de
Maxwell, do eletron de Dirac e das teorias de gauge. Matematicamente o
resultado eh quase trivial, mas ainda precisamos pensar se ha alguma
relevancia filosofica sobre o mesmo. Antes de submetermos para
publicacao em qualquer revista, aguardamos criticas e sugestoes, as
quais sao obviamente bem vindas. No site abaixo o artigo estah
disponivel em PostScript, PDF e DVI.

http://xxx.lanl.gov/abs/gr-qc/0102107

Abracos

Adonai

--
Dr. Adonai S. Sant'Anna
Department of Mathematics, Federal University at Parana
P. O. Box 019081, Curitiba, PR, 81531-990, Brazil
http://www.geocities.com/adonaisantanna/adonaiss.html

Lista sobre Matemática e tópicos afins.
Para sair->mailto:math-br-unsubscribe@egroups.com


SUBJECT: Re: [ciencialist] Termodinâmica e capitalismo
FROM: "Neville Martins" <neville@catanduva.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 03/03/2001 19:30

-----------------------------------------------------------
Roberto Belisario -->> . . . . . . . . . .
Há complexidades, entretanto. (1) A Economia não é um sistema aberto -
nem todo dinheiro que entra, sai, e os objetos a que se agrega valor podem
ser destruídos ou criados - logo, será difícil encontrar alguma quantidade
que se conserva, para ser identificada com o conceito de "energia",
fundamental para a implementação da Primeira Lei da Termodinâmica (que é a
lei da conservação da energia). Em sistemas físicos, sempre há um "ambiente"
para o qual podemos considerar que a quantidade supostamente conservada é
jogada quando não se conserva. Não consigo imaginar um equivalente para a
Economia; . . . . . . . . . . . . .
-----------------------------------------------------------
Neville -->

Caro Roberto.
Usar a termodinâmica como uma tentativa de modelagem da economia, à primeira
vista, pode até parecer uma até uma idéia interessante, pois daria uma
fundamentação mais sólida ou mais "científica" às teorias econômicas.
Entretanto, quem examina essa questão com um pouco menos de superficialidade
logo abandona essa tentação, pois percebe que são tantas as hipótese e as
variáveis a serem assumidas para pouca ou nenhuma resposta a ser obtida. Em
outros termos, teríamos que praticamente incluir as respostas na formulação
do problema, o que não traria qualquer vantagem.

Fazendo um parêntesis, na minha opinião, - e me desculpem os colegas pela
grosseria da imagem - a termodinâmica foi desenvolvida para resolver
problemas tecnológicos e nesse aspecto, cumpriu brilhantemente o seu papel,
porém, encarada como Ciência, mais se assemelha a uma máquina de fazer
salchichas, pois o que sai embalado em uma extremidade é exatamente o
conteúdo que se põe na outra. Sob este aspecto, o constructo da
Termodinâmica se presta unicamente a corroborar os postulados ou princípios
em que se baseia alem, é claro, de servir como um bom treinamento de álgebra
para seus estudantes.

Mas, voltando ao assunto, acho que uma modelagem mais apropriada para a
Economia seria algo como a descrição de um sistema circulatório sangüíneo
dentro de um organismo global, que seria a sociedade humana. Certamente esta
imagem biológica é mais condizente com a complexidade desse assunto.

Por outro lado, pode ser "trabalhoso", mas, nada impede que se aplique a
Termodinâmica para se estudar globalmente as transformações e fluxos de
energia ou mesmo alterações de entropia de um organismo ou mesmo da
sociedade humana considerada apenas como um sistema físico. Neste caso, não
se descaracterizaria as variáveis originais da Termodinâmica, tal como foi
proposto na mensagem original.
Um das grandes dificuldades seria a definição de variáveis como
"riqueza", "trabalho", "valor", etc., etc., pois a quantidade de
interpretações
supera fantasticamente o número de variáveis.
A dificuldade seguinte está em ponderar ou correlacionar essas variáveis.

Justamente por isso, o assunto é instigante.

abraços
--------------------------------------------------------





SUBJECT: Re: [ciencialist] Termodinâmica e capitalismo
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 03/03/2001 20:14


----- Original Message -----
From: Neville Martins

> Fazendo um parêntesis, na minha opinião, - e me desculpem os colegas
pela
> grosseria da imagem - a termodinâmica foi desenvolvida para resolver
> problemas tecnológicos e nesse aspecto, cumpriu brilhantemente o seu
papel,
> porém, encarada como Ciência, mais se assemelha a uma máquina de fazer
> salchichas, pois o que sai embalado em uma extremidade é exatamente o
> conteúdo que se põe na outra. Sob este aspecto, o constructo da
> Termodinâmica se presta unicamente a corroborar os postulados ou
princípios
> em que se baseia alem, é claro, de servir como um bom treinamento de
álgebra
> para seus estudantes.

Entretanto, se ela cumpriu brilhantemente o seu papel na tecnologia, é
porque é algo mais do que uma máquina que transforma salsichas em
salsichas... A primeira lei da Termodinâmica, por exemplo, é justamente a
lei da conservação da energia (com a energia calorífica como um dos termos).
Aí já fica claro que ela tem algum poder preditivo: todos aprendemos a usar
a lei da conservação da energia na resolução de problemas de mecânica no
ensino médio. Por causa desta primeira lei (que, aliás, proíbe o
moto-perpétuo, e aí ela já serve para economizar um tempo e tanto), ela é
usada no projeto de qualquer tipo de aparelho, desde ônibus espaciais até
relógios digitais, passando pelas lâmpadas fluorescentes. Pois qualquer
aparelho funciona com base em transformações de energia, e qualquer
transformação de energia gera calor; o rendimento do aparelho - e
conseqüentemente, o que ele vai produzir a partir da energia que entra - vai
depender desse calor "desviado", que pode ser determinado com o auxílio da
primeira lei.

A termodinâmica é uma das partes da Física com aplicação mais vasta:
usa-se-a em qualquer sistema macroscópico, desde biofísica até Cosmologia.
Por exemplo, a termodinâmica é essencial na explicação de como o Sol (e as
outras estrelas) produz sua energia por fusão nuclear. É também graças à
termodinâmica que se pode teorizar sobre os detalhes da teoria do Big-Bang;
por exemplo, prever que esse Big-Bang gerou uma radiação cósmica de fundo
homogênea com tais e tais características; e que formou tal quantidade de
hélio e tal de hidrogênio nos primórdios do Universo, quantidade que é
confirmada hoje através da observação com telescópios e espectrógrafos.

A coisa curiosa é que ela sobreviveu à revolução da relatividade e da
mecânica quântica. Os cosmólogos a usam do jeito que veio ao mundo.

Ou quase. Uma coisa que poucos brasileiros sabem é que o físico
brasileiro (nascido na Grécia mas com nenhum sotaque) Constantino Tsallis
pode (com muita sorte) ganhar o prêmio Nobel. Ele deu o que provavelmente
foi a primeira grande reformulação da Termodinâmica em 120 anos. Ele
percebeu que a entropia, do jeito que estava definida, impedia que a teoria
pudesse ser usada em certos tipos de sistemas, notadamente os sistemas
envolvendo interações de alcance muito grande (como a gravitacional, que
alcança até onde os telescópios conseguem ver) e sistemas envolvendo
fenômenos caóticos. Ele então redefiniu o conceito de entropia, e o impacto
na comunidade científica foi de tal ordem que há um grupo de brasileiros
tentando fazer o nome dele ser indicado para o prêmio Nobel. (Mas fica entre
nós, porque uma vez o Jornal da Ciência E-mail da SBPC noticiou isso, e ele
mandou uma resposta agradecendo, mas dizendo que a notícia foi prematura e
que sentiu sua "privacidade intelectual" invadida...). Na verdade, ele
reformulou mais a Física Estatística do que a Termodinâmica; as alterações
nesta vieram como conseqüência. A teoria de Tsallis chama-se "Termodinâmica
Não-Extensiva". Tem detalhes sobre isso com links numa notícia saída na Com
Ciência da semana passada:

http://www.comciencia.br/noticias/23fev01/entropia.htm

Agradeço, inclusive, a quem me der um retorno (eu que escrevi a notícia)
para saber se aquele texto está compreensível. Foi um parto conseguir
escrever um texto compreensível tão curto sobre entropia, um dos assuntos
mais difíceis de se assimiliar de toda a Física. Minha intenção foi atingir
pessoas de áreas o mais distantes possíveis da Física.

Agora, que a termodinâmica é mal ensinada tanto no ensino médio quanto
na universidade, isso é bem verdade. Quando eu a estudei na graduação em
Física, tive dificuldades em entender muita coisa. Entendia a teoria, mas a
aplicação aos diversos problemas parecia obscura demais (muita coisa ainda
me parece). Os livros não ajudam muito. E ela é confundida com uma mera
teoria do calor; os estudantes vão saber que é bem mais do que isso muito
depois.

Até a próxima,
Belisário




SUBJECT: Notícias Com Ciência
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: Ciencialist - grupo de discussão <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 03/03/2001 20:52

Notícias Com Ciência! Clique neste link para ver os textos completos.

http://www.comciencia.br/noticias/framenot.htm

Química - Estudo alerta para a utilização da oxigenoterapia
O Laboratório de Bioquímica do Exercício (Labex) e o Departamento de
Pneumologia do Hospital das Clínicas, ambos da Unicamp, estão realizando, há
quatro anos, um estudo sobre as doenças pulmonares obstrutivas crônicas
(DPOC), que alerta para uma utilização da oxigenoterapia de forma mais
criteriosa da que vem sendo prescrita.

Meio Ambiente - Ibama cria programa de prevenção de acidentes por vazamento
de óleo
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(Ibama) lançou no dia 22, quinta-feira, o Programa Nacional de Vigilância
para Prevenção e Monitoramento de Derrames de Óleo. A portaria que cria o
programa foi assinada na semana seguinte ao acidente ocorrido em Araucária,
na região metropolitana de Curitiba.

Combustíveis alternativos - Projeto da União Européia testará veículo a
Hidrogênio no transporte público
A Islândia está abrindo caminho em novas tecnologias para o transporte
público sustentado. Um projeto, custeado pela União Européia deverá começar
a testar veículos movidos a Hidrogênio para transporte público urbano. O
objetivo é tanto demonstrar o funcionamento do sistema, quanto prosseguir
com as pesquisas em infraestrutura e operação de Hidrogênio em células de
combustível para ônibus coletivos.

Carnaval - A imagem do carnaval brasileiro é pesquisada em todo o mundo
A Pesquisa Imagens Midiáticas do Carnaval Brasileiro, realizada no ano de
2000 pela Cátedra Unesco de Comunicação e pela Universidade Metodista de São
Paulo, pretendeu identificar e analisar a idéia que a mídia constrói sobre o
carnaval, o que poderia conduzir a uma percepção da identidade cultural
brasileira na atual conjuntura de globalização. Dados mostram também que,
durante as festas de Carnaval, o Brasil "parece parar".

CNPq - Instituição faz 50 anos em abril
A maior instituição de fomento à pesquisa científica brasileira, o CNPq
(Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), completa,
em abril deste ano, 50 anos de existência. Para celebrar a data estão sendo
preparadas diversas atividades que acontecerão entre os meses de abril e
novembro. A data de aniversário do CNPq é dia 17 de abril, quando serão
iniciadas as comemorações com uma Sessão Solene no Congresso Nacional.

Notas :

Novo teste de surdez pode se tornar lei - Um estudo realizado pelo Centro de
Biologia Molecular e Engenharia Genética (CBEMEG) da Unicamp e coordenado
pela professora Edi Lúcia Sartorato, resultou num teste que pode determinar
se um recém nascido apresenta algum grau de surdez de causa genética, ainda
na maternidade.

Primeiro experimento na Estação Espacial será iniciado no sábado - A Estação
Espacial Internacional terá seu primeiro experimento científico realizado no
dia 04 de março, sábado. Tendo a Universidade de Iowa (EUA) à frente, o
experimento pretende estudar o plasma (parte líquida do sangue) humano em
ambiente de microgravidade, em uma tentativa de compreender sua estrutura.

Contrabando de peixes na Amazônia - Os fiscais do IBAMA confirmaram a
denúncia do vice-diretor do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia
(INPA), Hiroshi Noda, sobre o contrabando de peixes brasileiros para a
Colômbia. As espécies de peixes mais contrabandeadas, como o carparari, jaú,
surubim e piramutaba, podem desaparecer dos rios amazônicos nos próximos 15
anos.

SENAC promove Fórum "O Ambiente do Futuro" - O Centro de Educação Ambiental
do SENAC de São Paulo promove o Fórum "O Ambiente do Futuro" onde a situação
da água no estado de São Paulo será debatida durante os meses de março,
maio, junho, agosto e outubro. O primeiro evento "Água para o futuro: a
qualidade da águua para o consumo humano", acontece no próximo dia 12, das
19h às 22h.

Belisário

-----------------------------------------------------
Roberto Belisário Diniz
rbdiniz@terra.com.br
Laboratório de Estudos Avançados de Jornalismo (Labjor)
http://www.uniemp.br/labjor/
Veja também: Revista Com Ciência
http://www.comciencia.br
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SUBJECT: HomoUtopismo
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: Genismo <Genismo@yahoogroups.com>, ciencialist <ciencialist@yahoogroups.com>, excalibur2 <excalibur2@egroups.com>, fflch <fflch@egroups.com>, filosofia <filosofia@egroups.com>, humanidade <humanidade@egroups.com>, movimento-filo <movimento-filo@egroups.com>, scientia_una <scientia_una@egroups.com>
DATE: 04/03/2001 13:37

HomoUtopismo
-------------
No mundo existem muitos tipos de doutrinas (nao eh um texto sobre
Genismo!), ideologias, regimes politicos, religioes etc..para todos
os gostos e temperamentos.

Eh natural que as pessoas se distribuam entre estas escolhas e
defendam seus ponto de vistas, as vezes excedendo-se e usando mais
a adrenalina que a razao.

Talvez haja um dia em que se prove que, dentre todas estas opcoes
de escolha, apenas uma delas seja a verdadeira ou, ao menos,
conduza aa uma felicidade maior que as outras.

Enquanto este dia nao chega, e nenhuma das partes consiga provar
suas razoes, as discussoes continuarao atraves dos tempos.

Entre estas escolhas ideologicas algumas sao bastante
comuns, entre elas podemos destacar as dicotomias classicas:

Politica : Esquerda X Direita
Religiosa: Crentes X Ceticos-ateus

Alem destas classicas, existem algumas outras. Uma delas, a que me
incomoda mais, por falta de nomenclatura, chamarei de HomoUtopica.

Esta "doutrina" tem na especie humana um ser misterioso, do mais
puro livre arbitrio possivel, e no qual todos sao iguais em todos
os sentidos possiveis. Nesta doutrina toda diferenca entre
os seres humanos esta por conta do ambiente e os genes sao meros
colares de bases a enfeitarem nossas celulas. Faz parte tambem do
HomoUtopismo a crenca que o ser humano nao evoluira para outra
especie, que racas nao existem e que o ser humano nao pode ser
comparado ( em direitos ) aa outras especies animais.

Acredito que o HomoUtopismo possa ser resquicios de doutrinas
religiosas que veem o Homem aa semelhanca de deus etc...

Sempre que lemos um texto q contrarie nossa ideologia eh natural que
alguma forma de reacao seja ao menos esbocada , e esta pode ir desde
uma indignacao, seguida de uma violenta resposta ( sujeita aa treplica )
ateh uma resignada e silenciosa racionalizacao( "eles nao sabem mesmo
o q estao falando e nao vale a pena perder tempo" ).

O e-mail q recebi, abaixo , causou-me esta indignacao e por isso
resolvi escrever a respeito, talvez mais para me desabafar do
que para realmente provar meus pontos de vista (impossivel nesta
altura do recem-sequenciado genoma).

Sou um anti-HomoUtopico e por isso gostaria de expor minhas razoes
para rejeitar muitas das ideias desta doutrina (que permeia o e-mail
abaixo).

1-Diferencas geneticas.

A diferenca de DNA entre os homens eh "insignificante" de cerca de
menos de 0,1% do DNA.
Devemos lembrar q a diferenca entre homem e chipanze tambem eh
pequena de cerca de 2% do DNA. Mas o que significa isso? Isso significa
q se tomarmos a sequencia das bases do DNA verificaremos alteracoes
dos pares de base em cerca de 0,1% delas no homem e cerca de 2% nos
chipanzes. Mas isso *nao* quer dizer que a diferenca no fenotipo ( o
produto final dos genes ) seja proporcional aa essa diferenca no
material genetico.

Um exemplo. Considere esta sequencia de "numeros-genes" :
( Os digitos correspondem as bases e os numeros aos genes )

S1=( 1000, 0222, 9888 )
S2=( 0000, 2222, 1888 )
S3=( 0999, 1111, 9999 )

Embora S1 e S2 difiram de apenas 1 digito em cada gene, a diferenca
no fenotipo ( valor numerico ) eh muito maior do que entre S1 e S3
que diferem em todos os seus digitos ( bases ).

A diferenca de apenas um digito (base) pode ocasionar uma enorme
variacao no valor associado (fenotipo ). Isto quer dizer que
dependendo onde estas diferencas se situem, uma diferenca de 1%
pode acarretar uma variacao *muito* maior do que outra de 50% por
exemplo. Isto significa que nao podemos tirar muitas conclusoes
em relacao aa diferencas de bases no DNA.

Poderiamos tambem ter um unico gene controlador de leitura
que controlaria totalmente como os outros genes vao se comportar.
Ou seja a difenrenca num unico gene seria maior do que uma
diferenca em todos os outros genes.

2- O papel do ambiente.
Para realcar a liberdade fenotipica do "Homos utopicus" ( como o
Homo sapiens eh visto pela doutrina HomoUtopista), relega-se totalmente
ao meio ambiente aas caracteristicas humanas.

Primeiro, devemos lembrar que o ambiente inicial do DNA, o ovulo,
tambem eh produto deste DNA e nao poderiamos ter um ovulo de Homo
sapiens
muito diferente do padrao sem que o proprio DNA da pessoa que gerou
o ovulo tambem nao fosse diferente.

Mas o mais importante sao as caracteristicas tipicas humanas. O homem
parece-se com um homem e nao um macaco pq seu DNA eh diferente do DNA de
um macaco. Por mais que se ensine um macaco a ler e escrever ele nunca
sera capaz disso, seu DNA nao lhe conferiu esta potencialidade.

Assim nos tambem nunca iremos sintetizar clorifila pq nosso DNA
eh muito diferente de uma samanbaia, e a mesma razao se aplica
para explicar pq nossa inteligencia nunca podera alcancar
um QI de 1500 pontos por exemplo.

Quero dizer que somos humanos pq nosso DNA eh humano e nao pq
o ambiente nos permitiu sermos assim. Por mais que se mude o ambiente
nunca um feto humano deixara de ser um ser humano.

Mesmo sabendo q a inteligencia EH determinada pelos genes
(se nao fosse assim um chipanze poderia lecionar filosofia),
o HomoUtopismo parece querer negar isso, ele nao nega que outros
atributos visiveis como ter 5 dedos nas maos seja devido aos genes
mas nega que outras caracteristicas ditas psicologicas tambem
o sejam. Claro q a variacao da inteligencia humana tambem depende do
ambiente mas esta variacao eh minima em relacao aa determinacao
genetica,
se nao fosse assim ninguem acharia Anormal que pessoas
nascessem retardadas ( com QI < 30 ) por exemplo.

Assim, dizer que os genes nao determinam, por exemplo , a aptidao
matematica ou a tendencia homossexual, eh mais precipitado
do que dizer que determinam, afinal porque os macacos nao
apresentam esta aptidao matematica se ela nao eh conferida
pelos genes?

[]s
jocax
Ps: Claro que o anti-HomoUtopismo tambem pode ser visto como uma
"doutrina" se nenhum dos lados tem provas de seus pontos de vista.

--- In PortAberta@y..., "Marcos" <sombraa@z...> wrote:

-----Mensagem original-----
De: Antonio Gomes [mailto:a.r.gomes@m...]
Enviada em: Terça-feira, 13 de Fevereiro de 2001 10:15
Para: PortAberta@y...
Assunto: [PortAberta] Genoma filosofico (2)


Como acontece com muitas (todas as?) descobertas científicas, os
dados sobre o genoma humano levantam/alteram questões/soluções
filosóficas. E nem sempre são os filósofos "profissionais" a fazê-lo.
Pode ser um... jornalista.

Relacionado, nomeadamente, com as questões do racismo e do
determinismo (biológico) -- do Público:

EDITORIAL
Admirável Mundo Novo
Por JOSÉ MANUEL FERNANDES
Terça-feira, 13 de Fevereiro de 2001

"Quanto mais sei, mais sei que nada sei". No dia em que, em cinco
capitais, os cientistas divulgam o resultado de uma das mais
fantásticas aventuras do conhecimento da era moderna, apercebemo-nos
melhor do pouco que sabemos. E somos.

Afinal, o genoma humano tem apenas uns 30 mil genes. O dobro da mosca
da fruta. Metade de um grão de arroz. E sensivelmente o mesmo de um
ratinho de laboratório. Mais: apenas 300 desses 30 mil genes são
diferentes. O que quer dizer que, ao sequenciarmos os seis mil
milhões de letras do nosso ADN, descobrimos, perplexos, que a
explicação para a imensa complexidade do ser humano não está apenas
nesse código. Está na relação entre os genes e na relação destes com
as proteínas. Na forma como são dadas as instruções numa célula óssea
ou num neurónio. E na forma como as instruções matriciais do código
genético de cada ser humano reagem aos estímulos exteriores.

O que faz a diferença humana não é número dos seus genes - é a
complexidade das suas relações.
NÃO É SOMENTE ISSO QUE FAZ A "DIFERENÇA HUMANA", MAS TAMBÉM O MEIO
AMBIENTE
QUE INTERAGE COM O SER HUMANO.

Houve um tempo em que se pensava que lendo a forma do crânio se
conseguia ler o carácter de uma pessoa. Uma fita métrica seria
suficiente para saber se estávamos perante um assassino ou um génio
musical. Hoje conhecemos a amplitude de tais disparates, mas ainda
acreditamos - ou acreditávamos - que íamos descobrir nos genes a
inteligência, a homossexualidade, a agressividade ou a inclinação
para as artes, da mesma forma que encontramos a determinação da cor
dos olhos ou da pele. A descoberta de que temos apenas 30 mil genes
torna essa pretensão tão disparatada como a dos deterministas do
século passado.

É certo que existem nos tais seis mil milhões de letras muitas
instruções que podem condicionar muitos aspectos da nossa
personalidade - o que parece não existir é uma relação directa "gene
X"-"característica Y". O que parece existir é um jogo complexo de
influências que activam e desactivam genes, ou que permitem que o
mesmo gene esteja na origem de proteínas diferentes conforme a célula
ou o ambiente circundante.

Ao longo dos próximos anos vamos aprender muito mais sobre estas
relações e sobre a forma como o alfabeto da vida determina ou
condiciona cada passo da vida. Mas tal como na física quântica se
descobriu que não se pode determinar o lugar onde se situa em cada
momento cada partícula atómica, na genética estamos a aprender que
conhecer a sequência exacta do ADN de um recém-nascido não vai
automaticamente permitir saber se ele terá aptidão para a matemática.

A primeira vítima da revelação do genoma humano é, pois, o
determinismo biológico.

Ao descobrirmos as nossas semelhanças com o verme "Caenorhabditis
elegans", com quem partilhamos dez por cento dos genes, quase letra
por letra, e ao descobrirmos o pouco que separa as diferentes
populações humanas, fazemos ruir um mundo de preconceitos.

As chamadas diferenças raciais, por exemplo, são determinadas por uma
parte minúscula dos nossos genes. Mais: é por vezes possível
encontrar maiores diferenças genéticas entre duas pessoas que vivem
na mesma cidade e se parecem superficialmente, do que entre um negro
africano e um louro escandinavo. De resto existe maior variação
genética entre os negros africanos do que entre as populações de todo
o resto do mundo.

O racismo é, por isso, outra das vítimas deste apaixonante avanço
científico.

Estas admiráveis descobertas colocam a Humanidade no limiar de um
mundo novo. Um "admirável mundo novo", tal como imaginou Aldous
Huxley? Depende de nós, depende de todos.

Da mesma forma que o nosso ADN não é responsável pelos nossos
disparates, as portas que a ciência abre não conduzem
obrigatoriamente ao céu ou ao inferno. A sequenciação do genoma, a
que partir de ontem qualquer cientista pode aceder clicando na
Internet, abre enormes possibilidades no combate às doenças, no
melhoramento de vacinas ou no diagnóstico precosse de enfermidades.
Mas, se os Estados avançados onde decorreu a investigação não tomarem
medidas, podem também abrir-se portas aos piores pesadelos.

Importa pois tomar precauções. Importa regular o regime das patentes,
conciliando a necessidade de motivar os laboratórios privados com a
obrigação de tornar os novos medicamente acessíveis mesmo aos mais
pobres. Importa regular os testes genéticos, obstando a que estes se
tornem motivos de discriminação no emprego ou na obtenção de um
seguro de saúde. Importa regular a manipulação dos genes humanos,
separando o que é boa ciência do que são aprendizes de Frankenstein.

Os cientistas estão a fazer o seu papel. Importa que os responsáveis
políticos cumprar também as suas obrigações, prevenindo um futuro que
tem obrigação de ser admirável. Mesmo.


SUBJECT: Re: [ciencialist] HomoUtopismo
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 04/03/2001 18:38

Eu acho isto engraçado, porque é assim: dos dados do genoma humano
os politicamente correctos deste mundo conseguem tirar duas conclusões:

1 - não há diferenças genéticas entre as raças que justifiquem o racismo
2 - temos quase tantos genes como os germes logo não há razões para o
antropocentrismo.

Quando os mesmos resultados permitiriam tirar conclusões opostas:

1 - somos obviamente muito diferentes dos germes e temos quase tantos
genes como eles, logo pequenas diferenças no genoma provocam grandes
diferenças entre os seres vivos.

2 - sendo assim pequenas diferenças entre os genes humanos podem ser
importantes e poderiam ser utilizados por quem não entende nada de
ética para justificar teorias racistas. Sendo assim, devemos combater
o racismo com argumentos éticos e culturais e não com argumentos
genéticos.

Joao

Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
>
> HomoUtopismo
> -------------
> No mundo existem muitos tipos de doutrinas (nao eh um texto sobre
> Genismo!), ideologias, regimes politicos, religioes etc..para todos
> os gostos e temperamentos.
>
> Eh natural que as pessoas se distribuam entre estas escolhas e
> defendam seus ponto de vistas, as vezes excedendo-se e usando mais
> a adrenalina que a razao.
>
> Talvez haja um dia em que se prove que, dentre todas estas opcoes
> de escolha, apenas uma delas seja a verdadeira ou, ao menos,
> conduza aa uma felicidade maior que as outras.
>
> Enquanto este dia nao chega, e nenhuma das partes consiga provar
> suas razoes, as discussoes continuarao atraves dos tempos.
>
> Entre estas escolhas ideologicas algumas sao bastante
> comuns, entre elas podemos destacar as dicotomias classicas:
>
> Politica : Esquerda X Direita
> Religiosa: Crentes X Ceticos-ateus
>
> Alem destas classicas, existem algumas outras. Uma delas, a que me
> incomoda mais, por falta de nomenclatura, chamarei de HomoUtopica.
>
> Esta "doutrina" tem na especie humana um ser misterioso, do mais
> puro livre arbitrio possivel, e no qual todos sao iguais em todos
> os sentidos possiveis. Nesta doutrina toda diferenca entre
> os seres humanos esta por conta do ambiente e os genes sao meros
> colares de bases a enfeitarem nossas celulas. Faz parte tambem do
> HomoUtopismo a crenca que o ser humano nao evoluira para outra
> especie, que racas nao existem e que o ser humano nao pode ser
> comparado ( em direitos ) aa outras especies animais.
>
> Acredito que o HomoUtopismo possa ser resquicios de doutrinas
> religiosas que veem o Homem aa semelhanca de deus etc...
>
> Sempre que lemos um texto q contrarie nossa ideologia eh natural que
> alguma forma de reacao seja ao menos esbocada , e esta pode ir desde
> uma indignacao, seguida de uma violenta resposta ( sujeita aa treplica )
> ateh uma resignada e silenciosa racionalizacao( "eles nao sabem mesmo
> o q estao falando e nao vale a pena perder tempo" ).
>
> O e-mail q recebi, abaixo , causou-me esta indignacao e por isso
> resolvi escrever a respeito, talvez mais para me desabafar do
> que para realmente provar meus pontos de vista (impossivel nesta
> altura do recem-sequenciado genoma).
>
> Sou um anti-HomoUtopico e por isso gostaria de expor minhas razoes
> para rejeitar muitas das ideias desta doutrina (que permeia o e-mail
> abaixo).
>
> 1-Diferencas geneticas.
>
> A diferenca de DNA entre os homens eh "insignificante" de cerca de
> menos de 0,1% do DNA.
> Devemos lembrar q a diferenca entre homem e chipanze tambem eh
> pequena de cerca de 2% do DNA. Mas o que significa isso? Isso significa
> q se tomarmos a sequencia das bases do DNA verificaremos alteracoes
> dos pares de base em cerca de 0,1% delas no homem e cerca de 2% nos
> chipanzes. Mas isso *nao* quer dizer que a diferenca no fenotipo ( o
> produto final dos genes ) seja proporcional aa essa diferenca no
> material genetico.
>
> Um exemplo. Considere esta sequencia de "numeros-genes" :
> ( Os digitos correspondem as bases e os numeros aos genes )
>
> S1=( 1000, 0222, 9888 )
> S2=( 0000, 2222, 1888 )
> S3=( 0999, 1111, 9999 )
>
> Embora S1 e S2 difiram de apenas 1 digito em cada gene, a diferenca
> no fenotipo ( valor numerico ) eh muito maior do que entre S1 e S3
> que diferem em todos os seus digitos ( bases ).
>
> A diferenca de apenas um digito (base) pode ocasionar uma enorme
> variacao no valor associado (fenotipo ). Isto quer dizer que
> dependendo onde estas diferencas se situem, uma diferenca de 1%
> pode acarretar uma variacao *muito* maior do que outra de 50% por
> exemplo. Isto significa que nao podemos tirar muitas conclusoes
> em relacao aa diferencas de bases no DNA.
>
> Poderiamos tambem ter um unico gene controlador de leitura
> que controlaria totalmente como os outros genes vao se comportar.
> Ou seja a difenrenca num unico gene seria maior do que uma
> diferenca em todos os outros genes.
>
> 2- O papel do ambiente.
> Para realcar a liberdade fenotipica do "Homos utopicus" ( como o
> Homo sapiens eh visto pela doutrina HomoUtopista), relega-se totalmente
> ao meio ambiente aas caracteristicas humanas.
>
> Primeiro, devemos lembrar que o ambiente inicial do DNA, o ovulo,
> tambem eh produto deste DNA e nao poderiamos ter um ovulo de Homo
> sapiens
> muito diferente do padrao sem que o proprio DNA da pessoa que gerou
> o ovulo tambem nao fosse diferente.
>
> Mas o mais importante sao as caracteristicas tipicas humanas. O homem
> parece-se com um homem e nao um macaco pq seu DNA eh diferente do DNA de
> um macaco. Por mais que se ensine um macaco a ler e escrever ele nunca
> sera capaz disso, seu DNA nao lhe conferiu esta potencialidade.
>
> Assim nos tambem nunca iremos sintetizar clorifila pq nosso DNA
> eh muito diferente de uma samanbaia, e a mesma razao se aplica
> para explicar pq nossa inteligencia nunca podera alcancar
> um QI de 1500 pontos por exemplo.
>
> Quero dizer que somos humanos pq nosso DNA eh humano e nao pq
> o ambiente nos permitiu sermos assim. Por mais que se mude o ambiente
> nunca um feto humano deixara de ser um ser humano.
>
> Mesmo sabendo q a inteligencia EH determinada pelos genes
> (se nao fosse assim um chipanze poderia lecionar filosofia),
> o HomoUtopismo parece querer negar isso, ele nao nega que outros
> atributos visiveis como ter 5 dedos nas maos seja devido aos genes
> mas nega que outras caracteristicas ditas psicologicas tambem
> o sejam. Claro q a variacao da inteligencia humana tambem depende do
> ambiente mas esta variacao eh minima em relacao aa determinacao
> genetica,
> se nao fosse assim ninguem acharia Anormal que pessoas
> nascessem retardadas ( com QI < 30 ) por exemplo.
>
> Assim, dizer que os genes nao determinam, por exemplo , a aptidao
> matematica ou a tendencia homossexual, eh mais precipitado
> do que dizer que determinam, afinal porque os macacos nao
> apresentam esta aptidao matematica se ela nao eh conferida
> pelos genes?
>
> []s
> jocax
> Ps: Claro que o anti-HomoUtopismo tambem pode ser visto como uma
> "doutrina" se nenhum dos lados tem provas de seus pontos de vista.
>
> --- In PortAberta@y..., "Marcos" <sombraa@z...> wrote:
>
> -----Mensagem original-----
> De: Antonio Gomes [mailto:a.r.gomes@m...]
> Enviada em: Terça-feira, 13 de Fevereiro de 2001 10:15
> Para: PortAberta@y...
> Assunto: [PortAberta] Genoma filosofico (2)
>
> Como acontece com muitas (todas as?) descobertas científicas, os
> dados sobre o genoma humano levantam/alteram questões/soluções
> filosóficas. E nem sempre são os filósofos "profissionais" a fazê-lo.
> Pode ser um... jornalista.
>
> Relacionado, nomeadamente, com as questões do racismo e do
> determinismo (biológico) -- do Público:
>
> EDITORIAL
> Admirável Mundo Novo
> Por JOSÉ MANUEL FERNANDES
> Terça-feira, 13 de Fevereiro de 2001
>
> "Quanto mais sei, mais sei que nada sei". No dia em que, em cinco
> capitais, os cientistas divulgam o resultado de uma das mais
> fantásticas aventuras do conhecimento da era moderna, apercebemo-nos
> melhor do pouco que sabemos. E somos.
>
> Afinal, o genoma humano tem apenas uns 30 mil genes. O dobro da mosca
> da fruta. Metade de um grão de arroz. E sensivelmente o mesmo de um
> ratinho de laboratório. Mais: apenas 300 desses 30 mil genes são
> diferentes. O que quer dizer que, ao sequenciarmos os seis mil
> milhões de letras do nosso ADN, descobrimos, perplexos, que a
> explicação para a imensa complexidade do ser humano não está apenas
> nesse código. Está na relação entre os genes e na relação destes com
> as proteínas. Na forma como são dadas as instruções numa célula óssea
> ou num neurónio. E na forma como as instruções matriciais do código
> genético de cada ser humano reagem aos estímulos exteriores.
>
> O que faz a diferença humana não é número dos seus genes - é a
> complexidade das suas relações.
> NÃO É SOMENTE ISSO QUE FAZ A "DIFERENÇA HUMANA", MAS TAMBÉM O MEIO
> AMBIENTE
> QUE INTERAGE COM O SER HUMANO.
>
> Houve um tempo em que se pensava que lendo a forma do crânio se
> conseguia ler o carácter de uma pessoa. Uma fita métrica seria
> suficiente para saber se estávamos perante um assassino ou um génio
> musical. Hoje conhecemos a amplitude de tais disparates, mas ainda
> acreditamos - ou acreditávamos - que íamos descobrir nos genes a
> inteligência, a homossexualidade, a agressividade ou a inclinação
> para as artes, da mesma forma que encontramos a determinação da cor
> dos olhos ou da pele. A descoberta de que temos apenas 30 mil genes
> torna essa pretensão tão disparatada como a dos deterministas do
> século passado.
>
> É certo que existem nos tais seis mil milhões de letras muitas
> instruções que podem condicionar muitos aspectos da nossa
> personalidade - o que parece não existir é uma relação directa "gene
> X"-"característica Y". O que parece existir é um jogo complexo de
> influências que activam e desactivam genes, ou que permitem que o
> mesmo gene esteja na origem de proteínas diferentes conforme a célula
> ou o ambiente circundante.
>
> Ao longo dos próximos anos vamos aprender muito mais sobre estas
> relações e sobre a forma como o alfabeto da vida determina ou
> condiciona cada passo da vida. Mas tal como na física quântica se
> descobriu que não se pode determinar o lugar onde se situa em cada
> momento cada partícula atómica, na genética estamos a aprender que
> conhecer a sequência exacta do ADN de um recém-nascido não vai
> automaticamente permitir saber se ele terá aptidão para a matemática.
>
> A primeira vítima da revelação do genoma humano é, pois, o
> determinismo biológico.
>
> Ao descobrirmos as nossas semelhanças com o verme "Caenorhabditis
> elegans", com quem partilhamos dez por cento dos genes, quase letra
> por letra, e ao descobrirmos o pouco que separa as diferentes
> populações humanas, fazemos ruir um mundo de preconceitos.
>
> As chamadas diferenças raciais, por exemplo, são determinadas por uma
> parte minúscula dos nossos genes. Mais: é por vezes possível
> encontrar maiores diferenças genéticas entre duas pessoas que vivem
> na mesma cidade e se parecem superficialmente, do que entre um negro
> africano e um louro escandinavo. De resto existe maior variação
> genética entre os negros africanos do que entre as populações de todo
> o resto do mundo.
>
> O racismo é, por isso, outra das vítimas deste apaixonante avanço
> científico.
>
> Estas admiráveis descobertas colocam a Humanidade no limiar de um
> mundo novo. Um "admirável mundo novo", tal como imaginou Aldous
> Huxley? Depende de nós, depende de todos.
>
> Da mesma forma que o nosso ADN não é responsável pelos nossos
> disparates, as portas que a ciência abre não conduzem
> obrigatoriamente ao céu ou ao inferno. A sequenciação do genoma, a
> que partir de ontem qualquer cientista pode aceder clicando na
> Internet, abre enormes possibilidades no combate às doenças, no
> melhoramento de vacinas ou no diagnóstico precosse de enfermidades.
> Mas, se os Estados avançados onde decorreu a investigação não tomarem
> medidas, podem também abrir-se portas aos piores pesadelos.
>
> Importa pois tomar precauções. Importa regular o regime das patentes,
> conciliando a necessidade de motivar os laboratórios privados com a
> obrigação de tornar os novos medicamente acessíveis mesmo aos mais
> pobres. Importa regular os testes genéticos, obstando a que estes se
> tornem motivos de discriminação no emprego ou na obtenção de um
> seguro de saúde. Importa regular a manipulação dos genes humanos,
> separando o que é boa ciência do que são aprendizes de Frankenstein.
>
> Os cientistas estão a fazer o seu papel. Importa que os responsáveis
> políticos cumprar também as suas obrigações, prevenindo um futuro que
> tem obrigação de ser admirável. Mesmo.
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joão
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Termodinâmica e capitalismo
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 05/03/2001 11:57

On Sat, 3 Mar 2001, Roberto Belisario wrote:
> Não tenho lido as mensagens sobre capitalismo, por pura falta de tempo,

Bem, apesar do trafico nao eh algo exatamente q. mereca gde atencao. Eh
pura especulacao.

> Há complexidades, entretanto. (1) A Economia não é um sistema aberto -

Bem, na verdade do pouco q. sei pra ser um sistema aberto, nao eh
necessario q. tudo o q. entre saia. Alias, o fato de ser aberto q.
permitiria uma diminuicao localizada de entropia.

Qdo objetos sao destruidos, eles deixam residuos.
Qdo objetos sao contruidos, eles utilizam materia-prima preexistente.

Em teoria economica neo-classica, sao utilizadas curvas de 'utilidade' --
talvez os aspectos energeticos possam ser ligados 'a variacoes nessas
curvas de utilidade.

> Economia; (2) A Economia tem uma não-linearidade brutal, que vai reduzir o
> poder preditivo imensamente; (3) A Economia depende de forma relativamente
> aguda de fatores impoderáveis, como psicologia de massas - que, entretanto,

Talvez isso se deva exatamente pelo universo economico ser
tradicionalmente circunscrito a um sistema aberto. O ponto q. defendo eh
q. ele poderia ser eventualmente melhor compreendido se consideramos o
ambiente.

> abordagem -, mas pode ser útil para compreender qualitativamente alguns
> aspectos.

Acho q. esse eh o melhor ganho q. se pode ter. Na verdade nao eh nem olhar
a economia com as ferramentas termodinamicas, apenas reconhecer q. nela
tbm deve agir tais principios e assim verificar a necessidade da
consideracao do meio-ambiente nessa historia: tornando a economia um jogo
de soma zero (na melhor das hipoteses) de forma a nao se negligenciar as
perdas em outros setores (sociais e ambientais, p.e.).

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Re: [ciencialist] Termodinâmica e capitalismo
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 05/03/2001 12:11

On Sat, 3 Mar 2001, Neville Martins wrote:
> dentro de um organismo global, que seria a sociedade humana. Certamente esta
> imagem biológica é mais condizente com a complexidade desse assunto.

Nevelle,

sistemas biologicos sao sistemas termodinamicos de qq maneira.

> Um das grandes dificuldades seria a definição de variáveis como
> "riqueza", "trabalho", "valor", etc., etc., pois a quantidade de
> interpretações supera fantasticamente o número de variáveis.
> A dificuldade seguinte está em ponderar ou correlacionar essas variáveis.

Como eh pura especulacao mesmo...

"trabalho" talvez pudesse ser mais prontamente relacionavel com a
definicao fisica do trabalho... mas tbm considerando-se o 'trabalho
efetivo', i.e., o rendimento: a porcao do trabalho total q. agregaria
valor. nesse caso, um trabalho mental, atualmente, tem um maior rendimento
do q. um trabalho bracal (ou talvez nao, se considerarmos o tempo e a
energia necessarios pra capacitacao para um e outro trabalho).

"valor" esta' ligado 'a curva de utilidade da analise economica
tradicional. seria algo relacionado 'a energia livre de um sistema? do
mesmo modo como a capacidade de realizacao de trabalho de um sistema eh
condicionado por certas caracteristicas de contexto: uma bola de
massa m sobre a mesa tem um valor de energia potencial zero em relacao 'a
superficie da mesa, mas de m.g.h em relacao ao chao -- o 'valor' de algo
dependeria da utilidade q. isso teria para uma dada pessoa, uma dada
situacao. uma garrafa d'agua no deserto tem um valor maior do q. no meio
de uma regiao com gde disponibilidade de agua potavel.

a "riqueza" depende do q. estamos chamando de "riqueza"...

como disse, nada pra ser levao 'a serio -- provocacoes inconsequentes.

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Termodinâmica e capitalismo
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 05/03/2001 12:52


----- Original Message -----
From: Roberto Mitsuo Takata

Belisário:
> > abordagem -, mas pode ser útil para compreender qualitativamente alguns
> > aspectos.

Takata:
> Acho q. esse eh o melhor ganho q. se pode ter. Na verdade nao eh nem olhar
> a economia com as ferramentas termodinamicas, apenas reconhecer q. nela
> tbm deve agir tais principios e assim verificar a necessidade da
> consideracao do meio-ambiente nessa historia: tornando a economia um jogo
> de soma zero (na melhor das hipoteses) de forma a nao se negligenciar as
> perdas em outros setores (sociais e ambientais, p.e.).

Vamos ver se eu entendi: para estabelecer um jogo de soma zero na
economia, devemos definir as perdas sociais, ambientais, etc. em termos
quantitativos, de forma que a soma perdas/ganhos, quando considerado o
sistema inteiro (toda a Terra) dê zero. Aí talvez pudéssemos implementar a
Termodinâmica. Teoricamente, factível, mas aí vem uma dificuldade a mais:
automaticamente estaríamos estabelecendo uma hierarquia de importância entre
coisas bastante polêmicas (saúde, vida, moral, etc.), e há que se tomar um
cuidado danado... Vamos acabar tendo diversas termodinâmicas etnocêntricas.

Imagino que, para aplicar o formalismo da Termodinâmica na Economia,
necessariamente temos que encontrar algum jogo de soma zero, porque senão
não dá para implementar a primeira lei (lei da conservação da energia, que é
justamente de soma zero).

Belisário




SUBJECT: Re: [ciencialist] Termodinâmica e capitalismo
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 05/03/2001 13:23

On Mon, 5 Mar 2001, Roberto Belisario wrote:
> Vamos ver se eu entendi: para estabelecer um jogo de soma zero na
> economia, devemos definir as perdas sociais, ambientais, etc. em termos
> quantitativos, de forma que a soma perdas/ganhos, quando considerado o
> sistema inteiro (toda a Terra) dê zero. Aí talvez pudéssemos implementar a
> Termodinâmica. Teoricamente, factível, mas aí vem uma dificuldade a mais:
> automaticamente estaríamos estabelecendo uma hierarquia de importância entre
> coisas bastante polêmicas (saúde, vida, moral, etc.), e há que se tomar um
> cuidado danado... Vamos acabar tendo diversas termodinâmicas etnocêntricas.

Sim, precisamos ter cuidado. E claro q. os idiotas de plantao sempre podem
querer interpretar qq coisa de modo a justificar suas proprias concepcoes.

Independemente de tudo isso. Ja' existem aplicacoes praticas q. se faz no
dia-a-dia: uma pessoa pode ser ressarcida dos prejuizos financeiros e
morais em termos de indenizacoes... nao ha' q. se ver nisso uma
coisificacao da moral ou da pessoa.

Qdo um pais emite gdes qtds de poluentes na atmosfera, esta'
compartilhando os custos, ao mesmo tempo em q. particulariza os ganhos. Os
ganhos sao rotineiramente calculados. Oras, nada mais justo do q.
distribuir entao esses ganhos (descontado a porcao de custos q. se
restrinjam ao pais) aos q. sofrem os custos da poluicao atmosferica.

Nao q. a consideracao ambiental imediatamente forneca um parametro de
justica: estamos primeiramente assumindo q. eh justo recompensar de modo
proporcional todos os q. participam de uma acao (no caso de prejuizos
adquirindo a forma de indenizacao como no caso de perdas pessoais acima
referido). Mas dado q. aceitemos esse parametro, havera' um modo de
calcular -- q. podera' ser exatamente na forma de custos.

Precedentes em termos internacionais existem: indenizacoes de guerra e
agora, com a OMC, indenizacoes por prejuizos causados pelo descumprimentos
das regras acordadas: Canada vs Brasil, como o q. me vem 'a mente agora.

Os custos sociais q. devem ser mais problematicos para se avaliar -- mais
do q. os ambientais. Transformar ar puro em commoditty eh mais facil do q.
bem-estar social. Uma transformacao mandrake no entanto pode permitir
interpretar as perdas sociais em termos de perdas ambientais associadas.

> Imagino que, para aplicar o formalismo da Termodinâmica na Economia,
> necessariamente temos que encontrar algum jogo de soma zero, porque senão
> não dá para implementar a primeira lei (lei da conservação da energia, que é
> justamente de soma zero).

Eu nao consigo imaginar uma transacao comercial q. nao implique, numa
ponta, em degradacao ambiental.

Imagine a Brasilonia exportando bananas para a Gringolandia. Bananas pra
eles e dolares pra nos. Isso poderia soar como moto-perpetuo. Mas o
comercio eh mantido 'as expensas de gastos ambientais: as bananas para
serem produzidas envolve o uso da terra, a retirada de nutrientes do
solo, o uso do sol. Se a terra eh totalmente degradada, o comercio ja' nao
eh mais possivel.

Substitua bananas por qq outra mercadoria ou produto: computadores,
livros, musica, noticia, avioes, carne enlatada, uranio, energia
eletrica... o cenario nao muda muito.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Termodinâmica e capitalismo
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 05/03/2001 13:27



Roberto Belisario wrote:

>
> ----- Original Message -----
> From: Roberto Mitsuo Takata
>
> Belisário:
> > > abordagem -, mas pode ser útil para compreender qualitativamente
> alguns
> > > aspectos.
>
> Takata:
> > Acho q. esse eh o melhor ganho q. se pode ter. Na verdade nao eh nem
> olhar
> > a economia com as ferramentas termodinamicas, apenas

Colegas , a economia soh pode ser entendida se soubermos como eh
o homem (numa sociedade de robos a economia eh outra).

Assim para estudarmos a economia aa luz da termodinamica precisaremos
converter alguns conceitos humanos aos seus correspondentes
termodinamicos :

Homem <------> Termodinamica
--------- ----------------

Ganancia = Entropia ( Nunca diminui )
Vaidade = Energia ( Sempre se conserva )
Temperamento = Temperatura ( Varia conforme a Pressao )
Salario = Forca ( Soh assim se produz trabalho util
)

[]s
jocax






SUBJECT: Não é um jogo de soma zero
FROM: "Andre Roviralta Dias Baptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 05/03/2001 14:07

A Economia não é um jogo de soma zero. Devemos avaliar os custos ambientais
e tentar evitá-los ou minimizá-los, mas os custos ambientais não se comparam
aos benefícios obtidos. O único parâmetro válido de comparação é o bem estar
humano. Historicamente, nos últimos séculos, a população humana tem crescido
de forma exponencial, a mortalidade infantil tem diminuído, a expectativa de
vida tem aumentado. Evidentemente, o planeta terra tem se tornado mais
propício a vida humana, por isto esta tem aumentado de maneira explosiva. O
bem estar tem aumentado. Uma pessoa de classe média baixa tem um bem estar
geral maior do que Luís XIV, o "rei-sol" da França no séc. XVIII : tem agua
corrente, eletricidade, TV, agua quente, vacinas, televisão, etc. Vive mais,
com mais diversão, mais higiene e conforto. Em compensação, respira um ar
mais poluído, não pode nadar em alguns rios, não pode mais caçar javalis no
bosque (se também for francês), está sujeito a contaminação por agrotóxicos,
etc. Mas nenhum de nós em são consciência está disposto a trocar nosso
conforto moderno pelo ar puro e pelas matas virgens do séc. XVIII. Vivemos
mais e melhor, logo a riqueza geral absoluta aumentou, pois o único
parâmetro válido em economia é o bem estar humano. Desgraçadamente, esta
riqueza não foi repartida de maneira justa entre todos os seres humanos, por
isso ainda existem pessoas vivendo nas mesmas condições miseráveis em que a
maior parte da humanidade viveu durante a maior parte da história (se bem
que, qualquer pessoa que passe algum tempo vivendo como um índio, por
exemplo, passará a achar a vida numa favela urbana atual extremamente
civilizada e confortável - a vida no mato não é mole).
Num exercício de ficção, com a riqueza existente atualmente seria possível
comprar toda a riqueza existente no séc XVIII mais todos os recursos
naturais não renováveis extraídos desde então, e ainda sobraria muito.
A economia mede uma coisa: bem-estar. Não tem nada a ver com Joules,
energia, o escambau. Se a riqueza não tivesse aumentado, não seria possível
a existência de 6 bilhões de humanos simultaneamte na face da terra.


----- Original Message ----- From: "Roberto Mitsuo Takata" >

> Imagine a Brasilonia exportando bananas para a Gringolandia. Bananas pra
> eles e dolares pra nos. Isso poderia soar como moto-perpetuo. Mas o
> comercio eh mantido 'as expensas de gastos ambientais: as bananas para
> serem produzidas envolve o uso da terra, a retirada de nutrientes do
> solo, o uso do sol. Se a terra eh totalmente degradada, o comercio ja' nao
> eh mais possivel.


Você pode manter a terra produtiva a um custo muito baixo. Pode produzir
fertilizantes a partir de minerais abundantes. Você diz que a riqueza
humana aumenta as custas da exploração de recursos minerais escassos. No
entanto, o preço desses recursos escassos, com exceção do petróleo, diminui
ano a ano! O preço do cobre, da prata e do ouro tem despencado
historicamente. Com a maioria dos minerais é a mesma coisa. Existem
alternativas ao petróleo, desde que exploremos nossa fonte de riqueza
essencial: nossos cérebros!

abraços,

André Baptista

>




SUBJECT: Re: [ciencialist] Não é um jogo de soma zero
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 05/03/2001 15:15

On Mon, 5 Mar 2001, Andre Roviralta Dias Baptista wrote:
> A Economia não é um jogo de soma zero. Devemos avaliar os custos ambientais
> e tentar evitá-los ou minimizá-los, mas os custos ambientais não se comparam
> aos benefícios obtidos. O único parâmetro válido de comparação é o bem estar
> humano. Historicamente, nos últimos séculos, a população humana tem crescido

Podemos transformar tudo em termos de bem-estar humano. Nesse caso os
custos ambientais podem ser convertidos em unidades arbitrarias de
satisfacao: nas tais curvas de utilidade.

Continuamos com jogo de soma zero: trocamos agua limpa por banho tomado.
Trocamos campos agricultaveis por cidades. Ida ao cinema por uma visita 'a
sogra. E assim por diante.

> energia, o escambau. Se a riqueza não tivesse aumentado, não seria possível
> a existência de 6 bilhões de humanos simultaneamte na face da terra.

O q. eu defendo eh q. a riqueza circulante aumentou porq. as reservas
naturais diminuiram. Dentro do sistema economico classico notariamos
apenas o aumento dessa riqueza. Se considerarmos o ambiente (amplamente
definido), a riqueza simplesmente passou de um compartimento para outro.

Em termos de bem-estar, trocamos o nosso bem-estar pelo bem-estar das
geracoes futuras. O ouro que mineramos agora, nao podera' ser minerado
pelos filhos de nossos netos. A arvore que queimamos agora, nao podera'
ser usada pelos netos de nossas filhas. Claro, gracas 'a energia
gravitacional do Sol poderemos substituir a arvore por outra e remodelar o
ouro do anel em um condutores nos transistores a serem implantados em seus
cerebros (deles)...

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] raiz quadrada de zero
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 05/03/2001 15:25

On Mon, 5 Mar 2001, TARCISIO BORGES wrote:
> Roberto Mitsuo Takata wrote:
> > ...A arvore que queimamos agora, nao podera'
> > ser usada pelos netos de nossas filhas. Claro, gracas 'a energia
> > gravitacional do Sol ...
>
> Energia gravitacional do sol?

Nao eh isso? As particulas do Sol se atraem, criando uma condicao de gde
pressao no nucleo q. gera a fusao de elementos, liberando radiacao
eletromagnetica, particulas alfa e elementos pesados? Com as plantas
utilizando o espectro visivel dessa radiacao eletromagnetica q. chega 'a
Terra na fotossintese?

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: raiz quadrada de zero
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 05/03/2001 15:26

Roberto Mitsuo Takata wrote:
> ...A arvore que queimamos agora, nao podera'
> ser usada pelos netos de nossas filhas. Claro, gracas 'a energia
> gravitacional do Sol ...

Energia gravitacional do sol?

==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
==========================================================


SUBJECT: Re: [ciencialist] raiz quadrada de zero
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 05/03/2001 15:42

Roberto Mitsuo Takata wrote:
> > Energia gravitacional do sol?
> Nao eh isso? As particulas do Sol se atraem, criando uma condicao de gde
> pressao no nucleo q. gera a fusao de elementos, liberando radiacao
> eletromagnetica, particulas alfa e elementos pesados? Com as plantas
> utilizando o espectro visivel dessa radiacao eletromagnetica q. chega 'a
> Terra na fotossintese?

Ah... é que eu entendo a gravidade como uma das quatro forças
elementares da natureza, e não como energia, mas tudo bem.

Se vc está falando que a energia do sol é a gerada pela fusão atômica
que é causada pela força gravitacional, assim fica bem mais explicado.

[]s
==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
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SUBJECT: zero é maior do que zero?
FROM: "Andre Roviralta Dias Baptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 05/03/2001 16:27


> Roberto Mitsuo Takata wrote:
> > ...A arvore que queimamos agora, nao podera'
> > ser usada pelos netos de nossas filhas. Claro, gracas 'a energia
> > gravitacional do Sol ...
>
> Energia gravitacional do sol?
>

Cuidado para não misturar as bolas! A energia gravitacional existe sim. É a
famosa "energia potencial" e=mgh, m=massa, h=altura, para o caso mais
simples dos problemas colegiais. Até a formulação da teoria da relatividade
e da decoberta da possibilidade se obter energia através da conversão e=mc2,
a única explicação que se encontrava para a energia solar era a energia
potencial gravitacional, porém cálculos antigos já demostravam que essa
energia teria uma duração muito curta e o sol estaria encolhendo
continuamente.
A energia do sol não é gravitacional, como um relógio de pendulo, mas
nuclear, como uma bomba atômica. A gravidade força a aproximação dos atómos
de hidrogênio, que se fundem aos pares, criando atómos de hélio que têm uma
massa aproximadamente igual a 96 da massa do hidrogenio consumido. A
diferença de massa vira energia.

Mas não é sobre isso que eu estava falando...

Economia não é um jogo de soma zero.



Abraços,

André Baptista





SUBJECT: Politicas de publicacao
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 05/03/2001 16:57

Olá, gente!

Apesar da aparente falta de interesse na discussão de temas relativos à
política científica, conforme notado pelo amigo Jocax quando de seu
comentário a uma de minhas últimas mensagens (Percebemos que estamos nos
distanciando da realidade e rumando em direção à loucura quando ninguém
responde mais a nossos e-mails), não resisti à tentação em traduzir um dos
capítulos do livro "A Farsa da Física" de Bryan G. Wallace. Escolhi este
capítulo pelo fato de ser editor de uma revista tupiniquim (Integração
ensino-pesquisa-extensão) que tem a pretensão de vir a ser, algum dia,
referência nacional em "educação de nível superior".
___________________________

Capítulo 4 do livro "The Farce of Physics" de Bryan G. Wallace. O original
está em http://surf.de.uu.net/bookland/sci/farce/farce_toc.html ou em
http://ourworld.compuserve.com/homepages/Ekkehard_Friebe/index.htm


4. POLÍTICAS DE PUBLICAÇÃO - Primeira parte

Marilyn vos Savant está listada no "Guinness Book" de recordes mundiais com
o mais alto Q.I. e mantém uma coluna na revista dominical PARADE sob o
título "Pergunte a Marilyn". No artigo de 22 de maio de 1988, Jennifer W.
Webster de Slidell (La.) perguntou:

De que maneira uma descoberta ou um evento poderia provar que toda ou
a maior parte da ciência moderna está errada?

Marilyn responde:

Vamos por partes. Se alguém descobrir que a velocidade da luz não é
constante, a ciência moderna será arrasada. E se for possível provar que
uma criação divina realmente aconteceu, os cientistas modernos serão
arrasados.

Eu diria que Marilyn acertou em cheio. A teoria da relatividade especial de
Einstein, com o segundo postulado a dizer que a velocidade da luz no vácuo é
constante, é o elo a unir a gama inteira de teorias da física moderna.
Quebre-se este postulado e a física moderna transforma-se numa farsa
requintada! Junto com o debate criação-ciência publicado na seção de cartas
do Physics Today, acontece também um debate sobre as teorias da relatividade
de Einstein. Minha primeira entrada [21] neste debate aconteceu como relato
a seguir:

O debate sobre a relatividade continua

Eu gostaria de contestar duas declarações feitas por Allen D. (novembro,
página 90) em sua réplica a Wallace Kantor sobre a questão da
relatividade experimental. Allen declarou: "Kantor está errado ao
reivindicar que há uma experiência segura a refutar a relatividade
especial." A declaração de Kantor referia-se ao contato interplanetário
com Vênus efetuado por radar em 1961 e que representou a primeira
oportunidade para a superação de limitações tecnológicas, permitindo a
execução de experiências diretas relativas ao segundo postulado de
Einstein a afirmar a constância da velocidade da luz c no vácuo. Quando
os cálculos de radar foram baseados no postulado, os resíduos entre os
valores calculados e observados superaram 3 milissegundos do erro
esperado de 10 microsegundos do melhor ajuste que o Lincoln Lab poderia
gerar, o que representa uma variação para mais de 30.000%. Uma análise
dos dados mostrou um componente que era relativístico no sentido c+v da
relatividade de Galileo. [18,19] Com respeito à declaração de Allen,
qual seja, "a contribuição original de Einstein a respeito foi apenas
assumir a inexistência do éter, ou seja, não existe um referencial R no
qual algo em movimento em relação a R pudesse afetar a velocidade da
luz", diria que Einstein e Infeld declararam: "Esta palavra éter mudou
seu significando muitas vezes no desenvolvimento da ciência. No momento
ele não representa mais um meio construído por partículas. Sua história
em hipótese alguma terminou, ela continua com a teoria da relatividade".
[20 p.153,21]

Parte de minha segunda carta referente ao assunto vai a seguir:

...A respeito do comentário de Dehmer --"Ao escolher pessoas apropriadas
para reverem os numerosos manuscritos, os editores de revistas
científicas utilizam vários métodos, os quais refletem seus próprios
estilos e áreas de especialização"-- eu gostaria de apresentar o
seguinte exemplo de como isso afetou a minha pessoa. No dia 3 de junho
de 1969, eu submeti um artigo, "An Analysis of Inconsistencies in
Published Interplanetary Radar Data", à Physical Review Letter (PRL). O
último parágrafo do relatório que o revisor me enviou, em 15 de agosto,
dizia: "O artigo será considerado satisfatório para o PRL desde que
revisado e merecerá publicação imediata se os dados do radar puderem ser
comparados diretamente às distâncias geocêntricas derivadas das direções
ópticas e da mecânica celeste." Eu fiz a revisão do artigo, como
recomendado pelo revisor, e reenviei o mesmo em 21 de agosto. O editor,
S. A. Goudsmit, enviou-me uma réplica em 11 de setembro no qual ele
declarava que o artigo tinha sido enviado a outro revisor e que fora
rejeitado. Eu enviei uma carta em 13 de setembro, queixando-me da
utilização de um segundo revisor. E recebi uma resposta em 23 setembro
na qual Goudsmit então declarava que tinha cometido um erro ao dizer que
o artigo tinha sido enviado a um segundo revisor quando, na realidade,
ele tinha sido rejeitado pelo primeiro. E ele afirmou isso a despeito do
fato de não haver correspondência alguma entre os dois relatórios
apresentados. Eles foram digitados em máquinas de escrever com tipos
nitidamente diferentes e o primeiro era completamente positivo, ao passo
que o segundo era fortemente negativo e não fazia menção alguma ao
relatório anterior! Eu finalmente publiquei uma versão revisada, "Radar
Testing of the Relative Velocity of Light in Space", em uma revista
menos prestigiosa. [18] Em dezembro de 1974, por ocasião do AAS
Dynamical Astronomy Meeting, E. M. Standish Jr, do JPL, informou que
aquelas significativas e inexplicadas variações sistemáticas existiam em
todos os dados interplanetários e que os astrônomos são forçados a usar
fatores de correção empíricos que não têm nenhum fundamento teórico. No
tempo de Galileo seria uma heresia reivindicar evidências de que a Terra
viaja ao redor do Sol; em nosso tempo é heresia reivindicar evidências
de que a velocidade da luz no vácuo não é constante...

Este tratamento injusto que eu recebi, ao tentar publicar um artigo a
desafiar as teorias de relatividade de Einstein, não é um incidente isolado.
Para exemplificar, e como menciono no Capítulo 6, em junho de 1988 eu recebi
uma carta da Dra. Svetlana Tolchelnikova da URSS. Ela afirmava estar me
escrevendo abertamente graças à PERESTROIKA mas que o Observatório de
Pulkovo é um dos postos avançados de relatividade ortodoxa. Dois cientistas
foram demitidos porque descobriram alguns fatos a contradizerem Einstein.
Não só é perigoso falar contra Einstein mas, o que é pior, é impossível
publicar qualquer coisa que possa ser considerada como contraditória a sua
teoria. Ao que parece, a mesma situação é verdadeira para a Academia onde
ela trabalha. Para que não pensem que este tipo de comportamento repressivo,
com respeito a teoria de relatividade, só acontece na URSS, eu ouvi ou li
muitas histórias horripilantes vivenciadas por cientistas ao longo do mundo.
Para documentar a natureza do problema dentro dos EUA, eu gostaria de fazer
várias citações de um livro deste gênero escrito por Ruggero M. Santilli que
é o diretor do Institute for Basic Research:

Este livro é, essencialmente, um relatório sobre a extrema hostilidade
que tenho encontrado em círculos acadêmicos norte-americanos na
condução, organização e promoção de estudos quantitativos, teóricos,
matemáticos, e experimentais relacionados às aparentes insuficiências
inerentes às idéias de Einstein frente à evolução do conhecimento
científico. [23 p.7]

Em 1977 eu estava visitando o Departamento de Física da Universidade
de Harvard com a finalidade de estudar precisamente os sistemas não
galileanos. Minha tarefa era tentar a generalização dos métodos
analíticos, algébricos e geométricos dos sistemas galileanos de forma a
que satisfizessem também aos sistemas não galileanos.

Os estudos começaram com os melhores patrocínios possíveis. Na
realidade, eu tinha um contrato assinado com uma das principais editoras
mundiais em física --a Springer-Verlag de Heidelberg, na Alemanha
Ocidental-- para escrever uma série de monografias sobre o assunto, o
que foi publicado posteriormente nas ref.s [24] e [25]. Além disso, eu
era portador de um contrato de pesquisa com o Departamento
norte-americano de Energia (número de contrato ER-78-S-02 - 4720.A000)
para a condução destes estudos.

Sidney Coleman, Shelly Glashow, Steven Weinberg e outros físicos
sêniores da Universidade de Harvard postaram-se de tal maneira contra os
meus estudos a ponto de bloquearem, por quase um ano acadêmico, o
salário que eu havia conquistado por esforço próprio.

Esta proibição, para que sacasse o salário que conquistei, foi
perpetrada com a total consciência do fato de que esta manobra
promoveria o sofrimento de meus filhos e de minha família. Na realidade,
eu tinha comunicado a eles, por escrito, que eu não possuía nenhuma
outra renda, e que eu tinha duas crianças de tenra idade e uma esposa,
na época estudante de graduação em assistência social, para alimentar e
abrigar. Após quase um ano acadêmico de privação de salário, quando o
processo estava já, do ponto de vista jurídico, em fase litigiosa, eu
finalmente recebi autorização para sacar meu salário, como membro do
Departamento de Matemática da Universidade de Harvard.

Mas Sidney Coleman, Shelly Glashow, Steven Weinberg e possivelmente
outros tinham declarado ao Departamento de Matemática que meus estudos
"não teriam nenhum valor do ponto de vista físico". Isto criou problemas
previsíveis no departamento de matemática a responderem pela subseqüente



e, ao que tudo indica, planejada impossibilidade de que continuasse com
minhas pesquisas em Harvard.

Até mesmo após minha partida de Harvard, a reivindicação deles de "sem
nenhum valor do ponto de vista físico", relativa a meus estudos,
persistiu afetando vários outros cientistas e finalmente tornou-se
inevitável que se escrevesse IL GRANDE GRIDO* (em italiano e a
significar "o grande grito").

* Nota de rodapé: S. Glashow e S. Weinberg obtiveram o Prêmio Nobel
em física em 1979 graças às chamadas teorias unificadas de gauge (ou
de calibre) que são crucialmente dependentes da relatividade
especial de Einstein; posteriormente, S. Weinberg deixou a Harvard
indo para a Universidade do Texas, em Austin, enquanto S. Coleman e
S. Glashow ainda eram membros ativos da Universidade de Harvard na
ocasião em que este livro foi escrito. [23 p.29]

Nem mesmo Albert Einstein esteve imune à pressão da política estabelecida na
comunidade dos físicos, com respeito à natureza sagrada da teoria da
relatividade especial original, especialmente com respeito ao postulado da
constância da velocidade da luz. Por exemplo a citação seguinte é de uma
carta do Dr. E. J. Poste em continuação a um dos debates sobre relatividade:

Ao final da seção 2 de seu artigo sobre os fundamentos da teoria geral,
Einstein escreve: "O princípio da constância da velocidade da luz no
vácuo requer uma modificação". [26] Nesta época, Max Abraham censurou
Einstein de uma maneira bastante hostil, sobre esta divergência com
relação a seu posicionamento anterior. [27]

Com respeito à imagem que o cientista faz dele próprio, o Dr. Spencer Weart
chegou a escrever:

Vários cientistas jovens e jornalistas científicos, principalmente os da
esquerda política, declararam que a maneira apropriada para reformar
a sociedade seria dar um destaque maior a pessoas cientificamente
treinadas, quais sejam, aquelas semelhantes a eles próprios. [17 p.31]

Um excelente exemplo de físico político em ação foi observado em 1987, no
Senado dos EUA, quando o primeiro conselheiro de segurança nacional do
presidente Reagan, o Dr. John M. Poindexter, que tem doutorado em física
nuclear pelo Instituto de Tecnologia da Califórnia, foi ouvido, por ocasião
do processo Irã-Contra. Questionado sobre o fato de ter destruído uma ordem
presidencial, qual seja, o documento que autorizava, em novembro de 1985, a
remessa de projeteis para o Irã e a caracterizar este procedimento como uma
troca de armas por reféns, Poindexter negou que tivesse feito isto como que
assumindo um veto presidencial. "Eu simplesmente não quis que este
documento fosse visto à luz do dia", disse Poindexter enquanto soprava pelo
tubo formado com o documento. O senador Warren B. Rudman, vice-presidente
da sessão do Senado, teria dito que a importância pelo segredo e a decepção
revelados por Poindexter estavam "esfriando". Como um segundo exemplo da
arrogância manifesta e da falta de objetividade e de integridade de um
físico moderno, eu gostaria de transcrever um trecho do discurso de
despedida proferido em 1985 pelo físico de partículas Dr Robert R. Wilson,
então presidente da Sociedade Americana de Física (APS):

Suponhamos, ainda que isso nos pareça logicamente impossível, que alguém
fosse suficientemente esperto para propor uma teoria simples, evidente e
completa a respeito de tudo. Eu e tantos outros tivemos uma vida
perfeitamente maravilhosa atrás desta unificação ilusória. Eu tenho
sonhado com que meus filhos, os filhos dos meus filhos e os filhos dos
filhos dos meus filhos, todos tenham esta mesma bela experiência.

Tudo isso terminaria.

Os associados da APS poderiam se abater precipitadamente. Como membros
acadêmicos, poderíamos nós permitir esta catástrofe? Não, nós teríamos
que preparar um plano para controlar a crise nesta eventualidade, ainda
que remota. Primeiramente nós teríamos que expressar uma negativa
cordial. A seguir deveríamos excluir o responsável e protelar, durante
anos, qualquer publicação a respeito, através do uso de nossos bem
treinados revisores. [28 p.30]

Poderia se pensar que Wilson estava apenas tentando ser engraçado e que os
argumentos por ele utilizados não tivessem a mínima possibilidade de
corresponderem à realidade. Eu aprendi, no decorrer dos anos, que muitos dos
físicos mais proeminentes, dentre aqueles que ocupam cargos administrativos,
adoram apresentar argumentos sérios com uma certa dose de humor. Wilson
estava bem informado de que os editores da APS empenham-se a censurar
materiais controversos e que poderiam prejudicar o "status" e a carreira de
administradores bem estabelecidos, como ele. Para demonstrar o conhecimento
e a hipocrisia de Wilson a esse respeito, eu gostaria de citar uma carta que
publiquei na revista SCIENTIFIC ETHICS (Ética Científica) intitulado
SCIENTIFIC FREEDOM (Liberdade Científica):

Eu assisti à Assembléia do Conselho da Sociedade Americana de Física,
por ocasião do Encontro de Primavera da APS de 1985, acontecido em
Washington, D.C. O único debate real que aconteceu por ocasião desta
reunião relacionava-se ao movimento para levantar um fundo de reserva
de um milhão de dólares através dos lucros derivados das subscrições das
bibliotecas aos Physical Review Journals. O ponto era que não havia
problema real em elevar grandes quantias de dinheiro. Por volta do final
da reunião, o Presidente Robert R. Wilson, expressou sua preocupação com
o problema da censura do governo de publicações e apresentações de
documentos nos encontros científicos. [29] O aumento atual da censura
relacionava-se principalmente com vários aspectos do laser [30]
utilizados em pesquisas do projeto "Guerra nas Estrelas". [31] Wilson
propôs a idéia de que ele pudesse escrever cartas, aos funcionários do
governo interessados, relatando a resolução do Conselho da APS que
"afirma seu propósito em não exercer censura sobre comunicações nas
reuniões das Sociedades afiliadas, ou nas revistas científicas que
patrocina, de todas as idéias científicas e conhecimentos que não estão
classificados".

Eu afirmei que seria hipocrisia enviar tal carta uma vez que o Conselho
não pratica aquilo que prega. Os PR Journals da Sociedade censuram
abertamente a publicação de documentos baseados em preconceitos
filosóficos de seus editores e de seus revisores anônimos. Wilson
observou secamente: "Você expôs o seu ponto de vista!" [32]

O ponto de vista era aquele que eu tinha exposto, usando o mesmo
argumento, na seguinte carta publicada na Physics Today:

Liberdade Científica

Gostaria de fazer um comentário sobre o editorial de Robert Marshak
intitulado "O perigo de restringir a liberdade científica" (janeiro,
página 192). Em um simpósio da APS em Washington, D.C., em 1982, nosso
Secretário Executivo William Havens expôs algumas idéias cujos
argumentos eram similares àqueles apresentados no editorial de Marshak.
Em resposta a meus comentários, a denunciar a inconsistência dos
argumentos, haja vista que os Physical Review Journals usavam uma
política de censura semelhante àquela proposta pelo governo, Havens
admitiu a não existência de físicos objetivos mas defendeu a política
dos Physical Review sob os pretextos de que ela recupera artigos e as
pessoas estão livres para criar suas próprias revistas de física. Eu
suspeito que os funcionários do governo responsáveis pela criação de
novas políticas de censura, e que assistiram ao simpósio, provavelmente
devem sentir que a segurança nacional é uma razão melhor para censura do
que a recuperação de artigos e, afinal de contas, qualquer um é livre
para se mudar para um país diferente.

O Conselho da APS aprovou a resolução POPA sobre comunicação aberta
(janeiro, página 99). A resolução estabelece que o Conselho: "afirma seu
propósito em não exercer censura sobre comunicações nas reuniões das
Sociedades afiliadas, ou nas revistas científicas que patrocina, de
todas as idéias científicas e conhecimentos que não estão
classificados". A política da não-censura de comunicações em reuniões
das sociedades afiliadas da APS é uma prática estabelecida mas esta não
tem sido a política adotada pelos Physical Review Journal da APS. Um
editor da Physical Review Letters rejeitou arbitrariamente um artigo
recente que submeti, sem enviá-lo a um revisor. Eu suspeito que a
verdadeira razão para a rejeição tenha sido o fato de eu ter tido a
audácia de publicar uma carta na PHYSICS TODAY a qual criticava a
política editorial da revista (janeiro de 1983, página 11). Se o
Conselho continuar com sua resolução, a adotar uma política a garantir
aos sócios da APS o direito para publicarem nos Physical Review
Journals, os funcionários do governo responsáveis pela censura
perceberão que a resolução nada mais é senão uma hipocrisia retórica e
poderão sentir-se tentados a adotar uma prática semelhante! [33]

Apesar desta hipocrisia, Wilson publicou um editorial intitulado "A threat
to scientific communication" (Uma ameaça à comunicação científica) na edição
de julho de 1985 do Physics Today e que inclui o seguinte:

O quadro de associados da American Physical Society está aberto a
cientistas de todas as nações, e os benefícios da Sociedade estão
igualmente disponíveis a todos os sócios. A posição da American Physical
Society é clara. A submissão de qualquer material à APS para
apresentação ou publicação torna-o exeqüível para sua difusão. De forma
que não podendo haver nenhuma dúvida sobre como a nossa Sociedade se
posta frente à questão da comunicação científica aberta, o Conselho
adotou a resolução de 20 de novembro de 1983 que conclui:

Fica então resolvido que a American Physical Society, por seu
Conselho eleito, afirma seu propósito em não exercer censura sobre
comunicações nas reuniões das Sociedades afiliadas, ou nas revistas
científicas que patrocina, de todas as idéias científicas e
conhecimentos que não estão classificados. [34]

Alguns meses após a publicação de minha carta relativa a "Liberdade
Científica", acima exposta, na qual procurava demonstrar ao Secretário
Executivo da APS algo de ruim, o editor demitiu-se! Ele era bem conhecido
por seus editoriais sobre quase todos assuntos de interesse para a física
moderna, contudo ele não escreveu nada sobre a intenção em demitir-se ou
sobre sua longa permanência como editor. A única menção sobre sua demissão
foi a curta notificação que se segue:

Instalada comissão editorial provisória para o Physics Today

Ao término de 1984, o mandato de Harold L. Davis como editor da PHYSICS
TODAY chegou ao final. Ele deixou o American Institute of Physics (AIP)
para dedicar-se a outros interesses. O diretor da AIP, H. William Koch,
assinalou que durante o período de 15 anos em que Davis permaneceu como
editor, a PHYSICS TODAY transformou-se num veículo importante para
comunicação entre os físicos e astrônomos e atingiu também um público
bem maior. A revista, como ele afirmou, ganhou sua reputação como
competente, precisa e responsável para as necessidades da comunidade
científica a que serve. [35]

Desde então, eu não consigo mais publicar nenhuma outra carta no Physics
Today, não importa quão importante possa ser o assunto. Por exemplo, eu fiz
a descoberta surpreendente de que o Laboratório de Propulsão a Jato da NASA
estava apoiando suas análises do tempo do percurso de informações pelo
sistema solar no c+v de Newton e Galileo e não no c predito pela teoria da
relatividade de Einstein. Há uma ligeira menção ao termo principal na
equação como sendo o "tempo newtoniano da luz" mas nenhuma ênfase é feita
sobre as enormes implicações inerentes a este fato! Eu tentei explorar o
assunto de maneira a que viesse a ser conhecido por todos, submetendo uma
carta ao Physics Today em 9 de julho de 1984, com uma carta anexa ao editor,
indicando que eu tinha enviado uma cópia em carbono a Moyer, do JPL, para
seus comentários a respeito. O texto da carta que enviei foi o seguinte:

A velocidade de luz é c+v

Durante uma recente busca na literatura, eu solicitei e recebi a
reimpressão de um artigo [36] publicado por Theodore D. Moyer, do
Laboratório de Jato-Propulsão. O artigo relata os métodos utilizados
para a obtenção da gama de valores precisos observáveis por sinais de
rádio e radar no sistema solar. A equação A6 do artigo e a informação
que a acompanha, chamam a atenção pelo fato de que a avaliação dos
vetores de posição, relativos ao tempo de recepção dos sinais, é quase
equivalente à equação (2) galileana em c+v de meu artigo "RADAR TESTING
OF THE RELATIVE VELOCITY OF LIGHT IN SPACE". [18] Os termos
adicionais da equação A6 corrigem os efeitos da troposfera e das
partículas carregadas, como também os efeitos relativísticos gerais da
gravidade e aqueles decorrentes da dilatação relativística do tempo. O
fato de que os rádio-astrônomos tenham sido relutantes em reconhecer as
profundas implicações teóricas de seu trabalho provavelmente
relaciona-se às desgraças que costumam acontecer com os físicos que se
precipitam em desafiar o sagrado segundo postulado de Einstein. [22]
Mais de vinte e três anos se passaram desde que os experimentos com o
radar em Vênus claramente demonstrou que a velocidade da luz no espaço
não era constante e o cientista comum ainda não foi alertado para este
fato! Isto demonstra por que é importante para a APS promover uma
verdadeira liberdade científica junto à política editorial de seus PR
Journals. [33]

Em 4 de janeiro de 1985 eu recebi uma resposta de Gloria B. Lubkin, a
editora em exercício após a renúncia de Davis, na qual ela afirmava ter
analisado minha carta ao editor e manifestava-se contrária a sua publicação.
Desde então eu tive mais duas rejeições. Em 14 de janeiro de 1988 eu submeti
a seguinte carta que continha importantes confirmações vindas da Rússia e
relativas a minha análise sobre c+v, utilizando a análise de estrelas
duplas:

O debate sobre a relatividade continua

Em uma carta do fascículo de agosto de 1981 (página 11) eu apresentei o
argumento de que minha análise dos dados do contato de radar com Vênus,
publicados em 1961, mostrava que a velocidade da luz no espaço era
relativística no sentido galileano, em c+v. No dia 17 de outubro de 1987
eu recebi uma carta registrada de Vladimir I. Sekerin, da URSS. A
tradução da carta pelos Drs. William & Vivian Parsons do Eckerd College
é a seguinte:

"Conheço vários de seus trabalhos, inclusive o artigo sobre a
localização de Vênus no radar. Da mesma maneira que você faz, eu também
computo que a velocidade da luz no vácuo, emitida por uma fonte em
movimento, é igual a c+v.

Estou lhe enviando meu artigo "Gnosiological Peculiarities in the
Interpretation of Observations" (por exemplo a Observação de Estrelas
Duplas)" no qual é citada mais uma demonstração desta proposição. É
possível que este trabalho possa vir a ser de interesse a alguns
astrofísicos de seu país".

No dia 13 de janeiro de 1988 eu recebi uma tradução final do artigo que
foi publicado no fascículo de Número IV de 1987 de CONTEMPORARY
SCIENCE AND REGULARITY ITS DEVELOPMENT de Robert S. Fritzius.
A seção RESUMOS diz:

"de-Sitter não conseguiu contestar a hipótese balística c+v de Ritz
relativa à velocidade de luz. Efeitos c+v podem explicar certas
variações periódicas de intensidade associadas com propriedades visuais
e espectroscópicas das estrelas duplas".

A partir do momento em que percebi que havia pouca chance de que a Physics
Today publicasse a carta, após ter passado cerca de 3 meses eu submeti uma
carta semelhante para a revista Sky & Telescope. Após 2 dias de ter a
remetido eu recebi uma resposta do Editor Associado Dr. Richard Tresch
Fienberg na qual ele declarava que se um resultado de pesquisa tão incomum
quanto este está sendo confirmado por cientistas soviéticos, então a seção
apropriada de Sky & Telescope para a apresentação seria News Notes, e não
Letters. Nestas condições, ele solicitou-me que enviasse cópias de meu
artigo original e a tradução inglesa do novo trabalho soviético. Eu enviei o
material requerido e após algumas semanas recebi uma carta dele dizendo que
tinham decidido não revisar meus trabalhos sobre a velocidade da luz em sua
seção News Notes. O Dr. Fienberg era co-autor de um trabalho recente
publicado na revista cujos argumentos relativos ao Big Bang estavam baseados
na teoria da relatividade geral de Einstein! [146]

Uma vez que as teorias de Einstein e a sua posição como cientista
situam-se no cerne do questionamento a considerar a física moderna como uma
farsa elaborada, eu citarei várias declarações que Einstein fez com respeito
a assuntos que têm sido aqui considerados.

BREVE E AQUI: CONTINUAÇÃO DESTE TEXTO. AGUARDEM!


Obs: As referências bibliográficas podem ser encontradas no link acima
indicado.
___________________________________

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Politicas de publicacao
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 05/03/2001 18:21



Oi,

há, de fato, alguns sérios problemas de panelas em revistas científicas
internacionais principalmente quando há muito dinheiro relacionado a
área de publicação como, por exemplo, algumas revistas de medicina.
Em física, área em que faço pós graduação, acontece um pouco isso mas,
pela vasta gama de revistas indexadas, um artigo com resultados novos
acabará sendo aceito, talvez não pela revista que merecesse mas, ao
menos, em uma revista com parâmetro de impacto maior do que 1 (o que é
bom para a maioria das áreas da física).
Aos poucos, os resultados corretos contrários aos aceitos pela
comunidade passam a ser mais bem recebidos (como aconteceu com a própria
relatividade geral). Hoje, é quase consenso que a velocidade da luz no
vácuo é constante dentro dos domínios da relatividade (para
deslocamentos tais que os efeitos quânticos sejam desprezíveis).
Entretanto, há uma série de trabalhos publicados em revistas indexadas
que questionam tal postulado, a maioria em revista de baixa relevância
como Foundations of Physics e International Journal of Theoretical
Physics (não disse que são revitas ruins) todavia posso citar um aceito
na revista especializada em física -Physical Review Letters- que é
considerada a mais importante da área: o título é "Observation of
Superluminal Behavior in Wave Propagation" de autoria Mugnai, Ranfagni e
Rugger, vol 84, num 21, pag 4830 ano 2000. Na minha opinião, o artigo
não vai contra o postulado da relatividade especial (não vou entrar em
detalhes técnicos) porém não é essa a interpretação exposta pelos seus
autores e por algumas das referências citadas. Portanto, é possível
romper com o establishement científico quando os resultados são claros e
bem explicados. Obviamente, há panelas e grupos que concentram a verba
de pesquisa para si como na área de supercondutividade nos EUA, não se
pode negar isso.
O que ocorre é que a maioria das hipóteses contrárias ao estabelecido
é fraca ou inconsistente do ponto de vista teórico ou experimental.
Algumas pessoas tentam espaço com suas novidades e, às vezes, não
conseguem publicar um artigo sequer e se frustram. Aproveitam-se,
então, as injustiças já cometidas (ainda occorem várias) com
pesquisadores famosos como o próprio Chandrasekar que veio a ganhar
prêmio nobel por um resultado muito contestado inicialmente. É muito
comum se recorrer a termos como inquisição e apelar para Galileu ou
Giordano Bruno mas hoje, acreditem, as coisas estão bem melhores.
Como pós graduando, em breve sofrerei na pele (espero que não) a
dificuldade de se arrumar emprego em universidades de primeira linha no
Brasil seja por falta de abertura de vaga, por altíssima concorrência
ou, o que é pior, por concursos preparados. Estranha-me, portanto,
pessoas como o Andre Assis que reclamam no Jô Soares ou na revista ISTOÉ
de perseguição política mas são professores efetivos e livre-docentes de
um instituto como o IFGW da Unicamp. Como ele conseguiu sua vaga se os
concursos quase não existiam naquele instituto? Ele mesmo teve seus
trabalhos sobre mecânica relacional aprovados em revistas indexadas mas,
posteriormente, foi provado os seus erros (pela sua teoria o problema de
dois corpos seria dissipativo de tal maneira que o sistema Mercúrio-Sol
seria instável). Não tenho nada contra tal professor mas estou de saco
cheio de reclamações de gente muito bem estabelecidas na vida que se
queixa de perseguição.

um abraço, Eduardo.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Politicas de publicacao
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 05/03/2001 20:26

-----Mensagem Original-----
De: "Eduardo Gueron"
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: Segunda-feira, 5 de Março de 2001 18:21
Assunto: Re: [ciencialist] Politicas de publicacao

Olá, Eduardo

Grato pelos comentários a meu ver bastante pertinentes. Não estou aqui para
defender o autor mas apenas para elogiar o posicionamento político
ideológico que ele assumiu. Por outro lado, e não estou aqui cobrando
explicações suas nem de nenhum dos demais colegas da Ciencialist, noto uma
certa desfaçatez na literatura não apenas brasileira mas também mundial no
que diz respeito a certas evidências experimentais. Critica-se um autor mas
deixa-se suas idéias no ar, como se fossem absurdas, e sequer se dá conta de
que absurda é a não contestação das idéias.

No caso em pauta, o autor afirma "despudoradamente" que em 1961 comprovou-se
definitivamente, "a seu ver", que o segundo postulado da relatividade de
Einstein era falseado por uma experiência *aparentemente simples*. Não digo
que fosse simples para nós mas para os especialistas em comunicações
interplanetárias através de sinais de radar. Não obstante a simplicidade
referida, não conheço nenhuma contestação, nem simples nem complicada, para
estas evidências simples apontadas por Wallace que, por sinal, não me parece
ser um autor qualquer, haja vista o respeito a ele devotado pelos PRJ, até
ele ter sido condenado ao ostracismo (década de 80); como também por alguns
membros do establishment soviético. Por outro lado, conheço alguns trabalhos
de um físico canadense famoso, e também condenado ao ostracismo científico,
mesmo após ter assumido postos importantíssimos, do ponto de vista
científico, e relacionados à física de seu país, e que também contesta o
segundo postulado de Einstein sob o mesmo aspecto, agora relacionando-o ao
comportamento de GPSs. Este autor tem também inúmeros artigos publicados em
revistas consideradas como de primeira linha. Não obstante, tem alguns
artigos onde relata evidências simples, para os especialistas em GPS, e que
não foram de maneira alguma contestadas em nenhuma dessas revistas "dignas
de crédito"; sequer foram citadas nas mesmas.

O Wallace relata ainda dados relativos ao estudo de estrelas gêmeas e
efetuados por cientistas soviéticos a mostrarem, de maneira também
elementar, a não obediência ao postulado de Einstein. Ora, se formos
pesquisar em livros de física moderna do dia-a-dia encontramos exatamente o
oposto: o estudo da dinâmica de estrelas gêmeas é utilizado como argumento a
descartar a relatividade galileana. Então, como é que ficamos? Quem está
certo? Ou a resposta é simples, e neste caso deveria aparecer algo a
respeito em algumas dessas revistas respeitáveis, ou mesmo nos livros, ou
algo está sendo escondido. Segundo Wallace, o motivo de se ocultar a verdade
seria a defesa de idéias de alguns dos Cartolas da Ciência como por exemplo
os prêmios Nobel S. Glashow e S. Weinberg, da Harvard, ou então o
ex-presidente da Sociedade Americana de Física, e creio que também prêmio
Nobel, Robert R. Wilson ou, até mesmo, o editor de uma revista de segunda
linha, Richard Tresch Fienberg... Aliás, que dizer do comentário do Wilson e
que deve estar registrado nos anais da Sociedade Americana de Física (R. R.
Wilson, Physics Today, 39(7), 26(1986))? Como pode o mundo render-se a
revistas "de primeira linha" editadas por Sociedades que propugnam tais
absurdos? Sim, concordo contigo, isso faz parte do jogo, como você dá a
entender em sua mensagem. Porém o que não faz parte do jogo é o nosso
marasmo a retratar nossa concordância com tais disparates e até mesmo a
valorizar, como revistas de primeira linha, algo que em outros tempos,
setores e/ou circunstâncias teriam sido considerados, aqui no Brasil, como
pasquins. Com que moral nós, amantes da física, podemos criticar
comportamentos como aqueles que hoje têm sido imputados ao ACM, se os nossos
ídolos foram todos eles esculpidos com o pior dos barros que conseguimos
encontrar?

> O que ocorre é que a maioria das hipóteses contrárias ao estabelecido
> é fraca ou inconsistente do ponto de vista teórico ou experimental.

Talvez você tenha razão, porém a impressão que me fica, após ter lido não
apenas o livro do Wallace, mas uma infinidade de livros e artigos outros, é
que fracas ou inconsistentes são as tentativas de se explicar afirmações
extremamente elementares e apoiadas em efeitos extremamente simples
observados em laboratório. Ou será que existe alguma explicação para essas
idéias "estapafúrdias"? E se há, porque não se as divulga, tapando-se assim
de vez a boca de Wallace e de outros hereges? Afinal, os "referees" do
Wilson eram tão incompetentes assim? Será que o ACM está melhor acessorado
do que os presidentes da Sociedade Americana de Física?

> É muito
> comum se recorrer a termos como inquisição e apelar para Galileu ou
> Giordano Bruno mas hoje, acreditem, as coisas estão bem melhores.

Sem dúvida, hoje não existe a fogueira e hoje existe a Internet. Hoje
podemos discutir o livro de Wallace, coisa que não podia ser feita no tempo
de Galileu. Não obstante, não vivemos mais na Idade Média e parece-me sem
sentido observar o Wallace e tantos outros condenados ao ostracismo sem
que suas idéias tenham sido sequer contestadas convenientemente.

> Estranha-me, portanto,
> pessoas como o Andre Assis que reclamam no Jô Soares ou na revista ISTOÉ
> de perseguição política mas são professores efetivos e livre-docentes de
> um instituto como o IFGW da Unicamp. Como ele conseguiu sua vaga se os
> concursos quase não existiam naquele instituto?

Sinceramente, não sei. Sei como muitos conseguiram o doutoramento na USP na
década de 70 mas mesmo nessa época, conseguido o doutoramento sabe-se lá
como, havia concursos (se justos ou não já não sei dizer).

> Ele mesmo teve seus
> trabalhos sobre mecânica relacional aprovados em revistas indexadas mas,
> posteriormente, foi provado os seus erros (pela sua teoria o problema de
> dois corpos seria dissipativo de tal maneira que o sistema Mercúrio-Sol
> seria instável).

Não conheço em profundidade a mecânica relacional do Assis e também não sei
se realmente essa prova e/ou erro teria sido constatada. De maneira que vou
aceitar provisoriamente a sua versão como verdadeira. Não obstante, não é
isso o que tenho observado na prática e realmente não me parece ter sido o
caso ocorrido com as evidências experimentais apontadas pelo Wallace, por
sinal bastante elementares para os especialistas no assunto. Existe também
aquela história, que não comentei acima, sobre os astrônomos da NASA
utilizarem a relatividade galileana.

> Não tenho nada contra tal professor mas estou de saco
> cheio de reclamações de gente muito bem estabelecidas na vida que se
> queixa de perseguição.

Bem, o Wallace também me parece estar bem estabelecido, se não nos meios
acadêmicos, pelo menos por aparentar ocupar um status sócio-econômico
razoável. Isso não justifica sua condenação ao ostracismo. Aliás, e a esse
respeito, parece-me que S. Glashow e S. Weinberg estavam muito melhor
estabelecidos na vida do que o coitado do Ruggero M. Santilli que ficou
quase um ano sem ter como sustentar sua família afim de "garantir" que os
outros dois pudessem ser agraciados com o prêmio Nobel.

Enfim, cada cabeça uma sentença.

Cumprimentos e

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: A frágil consciência ecológica (era: Não é um jogo de soma zero)
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 05/03/2001 22:07


----- Original Message -----
From: Andre Roviralta Dias Baptista <andrebaptista@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Monday, March 05, 2001 2:07 PM
Subject: [ciencialist] Não é um jogo de soma zero


> A Economia não é um jogo de soma zero. Devemos avaliar os custos
ambientais
> e tentar evitá-los ou minimizá-los, mas os custos ambientais não se
comparam
> aos benefícios obtidos. O único parâmetro válido de comparação é o bem
estar
> humano.
(...)
> A economia mede uma coisa: bem-estar. Não tem nada a ver com Joules,
> energia, o escambau. Se a riqueza não tivesse aumentado, não seria
possível
> a existência de 6 bilhões de humanos simultaneamte na face da terra.
(...)
> Você pode manter a terra produtiva a um custo muito baixo. Pode produzir
> fertilizantes a partir de minerais abundantes. Você diz que a riqueza
> humana aumenta as custas da exploração de recursos minerais escassos. No
> entanto, o preço desses recursos escassos, com exceção do petróleo,
diminui
> ano a ano! O preço do cobre, da prata e do ouro tem despencado
> historicamente. Com a maioria dos minerais é a mesma coisa. Existem
> alternativas ao petróleo, desde que exploremos nossa fonte de riqueza
> essencial: nossos cérebros!

Isso me remete a algo que vem me preocupando há uns tempos. A economia
mede bem-estar, e o bem-estar é o parâmetro que usamos quando tentamos
diminuir o impacto ecológico de nossas atividades. Eu afirmo o seguinte: o
crescimento da consciência ecológica que vemos nos últimos anos deve-se em
última análise à aproximação de catástrofes climáticas como a destruição da
camada de ozônio e o efeito estufa. Há outras menos faladas, como as
bactérias resistentes a antibióticos (estão tendo problemas terríveis com
tuberculoses invulneráveis na região do Báltico). Essa consciência acaba
sendo transferida para outras áreas que não nos afetam tão diretamente, como
a extinção de animais. Eu fico imaginando o dia em que os produtos
industrializados não mais afetarem a camada de ozônio e esta se recompor, e
o dia em que tudo for sintético, de forma que não se precise mais abater
árvores e nem matar animais, e o dia em que os gases poluentes não mais
forem poluentes nem forem de efeito estufa. Ou seja, no dia em que a
tecnologia vencer seus próprios efeitos colaterais, como todos desejamos.
Sabe o que vai acontecer? Acabar-se-á praticamente toda a consciência
ecológica, pois não nos sentiremos mais ameaçados. E, apesar dos produtos
sintéticos, o "glamour" dos produtos naturais vai se manter (hoje temos
couro sintético, mas tem gente que faz questão de pagar os tubos para ter
bolsa de jacaré). E os animais serão extintos, de morcegos a baleias. Talvez
também as plantas e outros reinos.

Em certos lugares, onde não há ninguém martelando a todo instante que
devemos tratar bem os bichos, eu fico horrorizado com o que acontece. A
fauna da praia onde temos uma casa (balneário Atami, perto de Pontal do
Paraná) foi quase inteiramente destruída em 15 anos. Quando lá cheguei, há
uns 17-20 anos, eram inúmeros buracos de siris e de corruptos (aqueles
buraquinhos que põem água pra cima), bem como conchas de toda espécie,
zilhões de corrupios-do-mar (aqueles equinodermas com forma de disco),
algumas águas-vivas e uns bichos mais raros e esquisitos. Foram dizimados.
Não há mais nenhum buraco de siri nem de corrupto, nem nada (ainda se vê
uns poucos corrupios).

Não creio que a poluição seja a responsável, pois há barcos pesqueiros
por ali que encontram de tudo (e pescam com rede e jogam os "inúteis" na
areia). Além disso, os corruptos sumiram logo depois do surto de caça com
aquelas bombas que os sugam da areia, há poucos anos, tão irresponsavelmente
disseminadas pela TV. De vez em quando vejo uma pessoa com uma daquelas
bombas de se retirar corruptos da areia. Provavelmente ela usa sprays sem
CFC. Mas destrói esses crustáceos. Se você quiser ver algum bichinho, hoje
tem que esperar um barco pesqueiro voltar do mar e aí você pode admirar as
estrelas-do-mar mortas jogadas na areia e uns urubus no céu.

Então, sou muito pessimista quanto ao estado do meio-ambiente daqui a,
digamos, cem anos. Ainda mais pessimista fico quando me lembro de que a
evolução de nossa mentalidade não se deve a gens, mas simplesmente ao
histórico das idéias em si, que vão se sucedendo. Nosso "wiring" mental é o
mesmo dos babilônios. Retire-se a causa primária de nossa consciência
ecológica e podemos voltar a pensar como se pensava há 100 anos (é claro que
podemos usar o cérebro, como bem diz o André, mas o dado da realidade é que
as pessoas não usam).

A única solução que vejo é (1) aproveitar a consciência ecológica atual
e criar a tradição ecológica mais profunda que se puder, e esperar que ela
resista à eliminação de suas causas originais; e (2) fazer com que as
pessoas percebam a necessidade de se estudar História, porque é só estudando
e respeitando a História que se poderá sustentar a cosciência ecológica
nessa situação.

Abraços,
Belisário




SUBJECT: Re: [ciencialist] Politicas de publicacao
FROM: Eduardo <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 05/03/2001 23:02

Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:

> Eduardo Gueron wrote:
>
> > posteriormente, foi provado os seus erros (pela sua teoria o problema
> > de
> > dois corpos seria dissipativo de tal maneira que o sistema
> > Mercúrio-Sol
> > seria instável).
>
> Interessante , pensando ca com meus botoes, me parece verdade que o
> sistema mercurio-sol seja dissipativo !!
>
> Veja a ideia : sendo o sistema um alteres giratorio ele deve produzir
> ondas gravitacionais que poderao ser detectadas.
> SE as ondas gravitacionais transportam energia o sistema deve ser
> mesmo dissipativo.
>
> []s
> jocax
>

Oi,

vc tem razao, um sistema binario qualquer eh dissipativo segundo a
relatividade geral uma vez que ha perda de energia via radiacao
gravitacional. Entretanto, a fracao de energia perdida eh extremamente
baixa e ha, ainda, a absorcao de ondas gravitacionais emitidas por outros
sistemas binarios. Desta maneira, o tempo que o sistema Sol-Mercurio levara
para colapsar por efeitos de radiacao gravitacional eh muito menor do que o
tempo que vai demorar, por exemplo, para o sol se expandir em uma gigante
vermelha. No caso das forcas de Weber (dependem explicitamente de derivadas
da posicao) usadas no trabalho do Assis, a dissipacao sera varias ordens de
grandeza maior e a dissipacao sera realmente relevante. Ha outros fatores
matematicos importantes como a natureza da dissipacao, no caso das forcas de
Weber ela vem de um sistema nao conservativo, ou seja, a forca gravitacional
nao deriva de uma funcao escalar, i.e., de um potencial. A unica maneira que
se tem de, ajeitando as constantes livres, fazer a forca derivar de um
potencial chega a um resultado que nao prediz o avanco do perihelio.

[]'s Eduardo.




SUBJECT: Re: [ciencialist] Sono e evolução
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 05/03/2001 23:49



"Raul Sturari Jr." wrote:
>
> Caros colegas,
>
> Uma pergunta vem me atormentando por alguns dias e decidi pedir ajuda a vocês. Por que dormimos? Teoricamente, dormir confere uma desvantagem do ponto de vista evolutivo pois o animal fica mais vulnerável aos predadores. Vejam que não estou discutindo as funções do sono, que apesar de um tanto obscuras aos poucos estão sendo desvendadas. O que eu não entendo é por que um organismo que estaria mais vulnerável durante o sono foi selecionado pela natureza?
>
> [ ]'s
> Raul
>
> [Non-text portions of this message have been removed]

Oi,

não sei porque dormimos. Acho, inclusive, que não é conhecida
exatamente a função do sono, o que é líquido, certo e muito estudado é
que dormir é necessário para os seres humanos (e para vários outros
animais). . Do ponto de vista evolutivo, não sou um especialista no
assunto, penso que nem todas as características de um ser vivo surgiram
por serem melhores para a sobrevivência da espécie, algumas são
resquícios evolutivos (como nossos cisos) e outras podem ser
consideradas efeitos colaterais de caracterísiticas importantes para a
nossa sobrevivência porque somos, essencialmente, um composto
físico-químico algumas alterações benéficas requerem outras maléficas a
fim de que a estabilidade seja mantida. Se o saldo for positivo (às
vezes até nulo) para a interação com meio, a espécie sobrevive.
De qualquer maneira, o ser humano e várias outras espécies se adaptaram
à necessidade do sono seja procurando refúgio seguro ou mesmo se
aproveitando de organizações sociais- há até um exemplo interessante dos
patos que se alinham para dormir e aqueles que ficam nas extremidades
são capazes de descansar apenas um hemisfério do cérebro mantendo o
outro em vigília para protegerem o bando (vi isso em um programa da
Discovery).

um abraço, Eduardo.


SUBJECT: Sono, evolução e português.
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 05/03/2001 23:52


Oi,

(...) como nossos SISOS, quando percebi o erro já tinha enviado a
mensagem...

Eduardo.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Sono e evolução
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 06/03/2001 07:37



"Raul Sturari Jr." wrote:

> Caros colegas,
>
> Uma pergunta vem me atormentando por alguns dias e decidi pedir ajuda a vocês. Por que dormimos? Teoricamente, dormir confere uma desvantagem do ponto de vista evolutivo pois o animal fica mais vulnerável aos predadores. Vejam que não estou discutindo as funções do sono, que apesar de um tanto obscuras aos poucos estão sendo desvendadas. O que eu não entendo é por que um organismo que estaria mais vulnerável durante o sono foi selecionado pela natureza?

A pergunta eh muito boa !!
EU diria o seguinte ( opiniao minha ) :

Os animais desenvolveram estrategias de ataque ou defesa adaptados
aa luz do dia ou a escuridao.

Poderia ser os 2? :
Sim mas a relacao de custo
beneficio talvez fosse muito alta isto eh um organismo que funcionasse
tao bem aa noite quanto de dia teria q ter orgaos como a visao bem adaptados
nos 2 tipos de ambiente o q talvez NAO fosse altamente custoso em termos
de mutacoes favoraveis.

Assim, se supusermos q o custo/beneficio favorece a especializacao
em um dos ambientes ( na luz ou na escuridao ) sera prudente que o
animal adaptado a um dos ambientes nao se arrisque num ambiente em
que ele nao esta bem adaptado, pois seria presa facil dos animais
adaptados aa este outro ambiente.

E qual o melhor modo de nao se arriscar ?
Ficar quieto em seu canto ateh q a luz/escuridao volte,
os animais que tinham esta estrategia em seus genes ( SONO )
tiveram mais sucesso em sobreviver.

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Politicas de publicacao
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 06/03/2001 07:47

Eduardo Gueron wrote:

> posteriormente, foi provado os seus erros (pela sua teoria o problema
> de
> dois corpos seria dissipativo de tal maneira que o sistema
> Mercúrio-Sol
> seria instável).

Interessante , pensando ca com meus botoes, me parece verdade que o
sistema mercurio-sol seja dissipativo !!

Veja a ideia : sendo o sistema um alteres giratorio ele deve produzir
ondas gravitacionais que poderao ser detectadas.
SE as ondas gravitacionais transportam energia o sistema deve ser
mesmo dissipativo.

[]s
jocax




SUBJECT: Re: [ciencialist] Sono e evolução
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 06/03/2001 08:06

Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:

> nos 2 tipos de ambiente o q talvez NAO fosse altamente custoso em
> termos
> de mutacoes favoraveis.
>

Desculpem : o q talvez fosse altamente custoso em termos de mutacoes
favoraveis.

Estes erros provam q nao estou bem adaptado aa acordar muito cedo !
O cerebro ainda esta rateando ! :-))

[]s
jocax




>
> Assim, se supusermos q o custo/beneficio favorece a especializacao
> em um dos ambientes ( na luz ou na escuridao ) sera prudente que o
> animal adaptado a um dos ambientes nao se arrisque num ambiente em
> que ele nao esta bem adaptado, pois seria presa facil dos animais
> adaptados aa este outro ambiente.
>
> E qual o melhor modo de nao se arriscar ?
> Ficar quieto em seu canto ateh q a luz/escuridao volte,
> os animais que tinham esta estrategia em seus genes ( SONO )
> tiveram mais sucesso em sobreviver.
>
> []s
> jocax
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Sono e evolução
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 06/03/2001 10:22



Luiz Ferraz Netto wrote:

>
> Como todos sabem, não é minha praia, mas como palpite ...... acredito
> que seja simplesmente um dos resultados da evolução das espécies.
> Durante a noite, pela falta de possibilidade de boa visão, animais
>(e inclua aqui desde o elo perdido!) não tinham muito o que fazer
>(nem o fogo para poder ficar observando a dinâmica das chamas) e ficavam
> simplesmente re-encostado um nos outros. A dormência seria resultado
> da acomodação do sistema biológico todo. Obviamente o tempo de sono
> ficou condicionado ao tempo de escuridão.
> Depois de tanto fazer isso, geração para geração, acabou sendo
>incorporado como informação genética.

Voce tem uma perspectiva lamarquista da evolução das espécies?

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: Re: [ciencialist] Sono e evolução
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 06/03/2001 10:24

Assunto: [ciencialist] Sono e evolução


Caros colegas,

Uma pergunta vem me atormentando por alguns dias e decidi pedir ajuda a vocês. Por que dormimos? Teoricamente, dormir confere uma desvantagem do ponto de vista evolutivo pois o animal fica mais vulnerável aos predadores. Vejam que não estou discutindo as funções do sono, que apesar de um tanto obscuras aos poucos estão sendo desvendadas. O que eu não entendo é por que um organismo que estaria mais vulnerável durante o sono foi selecionado pela natureza?

[ ]'s
Raul


Como todos sabem, não é minha praia, mas como palpite ...... acredito que seja simplesmente um dos resultados da evolução das espécies.
Durante a noite, pela falta de possibilidade de boa visão, animais (e inclua aqui desde o elo perdido!) não tinham muito o que fazer (nem o fogo para poder ficar observando a dinâmica das chamas) e ficavam simplesmente re-encostado um nos outros. A dormência seria resultado da acomodação do sistema biológico todo. Obviamente o tempo de sono ficou condicionado ao tempo de escuridão.
Depois de tanto fazer isso, geração para geração, acabou sendo incorporado como informação genética.

chutando temos ........

[]'
Léo
=============



SUBJECT: Re: [ciencialist] Sono e evolução
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 06/03/2001 10:31

Luiz Ferraz Netto wrote:

> Assunto: [ciencialist] Sono e evolução
>
>
> Como todos sabem, não é minha praia, mas como palpite ...... acredito
> que seja simplesmente um dos resultados da evolução das espécies.
> Durante a noite, pela falta de possibilidade de boa visão, animais (e
> inclua aqui desde o elo perdido!) não tinham muito o que fazer (nem o
> fogo para poder ficar observando a dinâmica das chamas) e ficavam
> simplesmente re-encostado um nos outros. A dormência seria resultado
> da acomodação do sistema biológico todo. Obviamente o tempo de sono
> ficou condicionado ao tempo de escuridão.
> Depois de tanto fazer isso, geração para geração, acabou sendo
> incorporado como informação genética.
>
> chutando temos ........

Leo , aqui vc esta usando a teoria Lamarquista ( erronea ) que diz que
que o que acontece com o fenotipo ( organismo ) eh incorporado
aas caracteristicas biologicas do organismo.

Acontece o contrario: as mutacoes geneticas sao selecionadas de forma
q as que conferem vantagem evolutica permanecem as que nao conferem
tendem a desaparecer...

[]s
jocax

PS: vc nao concordou com minha explicacao ?
-------------------------------
EU diria o seguinte ( opiniao minha ) :

Os animais desenvolveram estrategias de ataque ou
defesa adaptados
aa luz do dia ou a escuridao.

Poderia ser os 2? :
Sim mas a relacao de custo
beneficio talvez fosse muito alta isto eh um organismo
que funcionasse
tao bem aa noite quanto de dia teria q ter orgaos como
a visao bem adaptados
nos 2 tipos de ambiente o q talvez fosse altamente
custoso em termos
de mutacoes favoraveis.

Assim, se supusermos q o custo/beneficio favorece a
especializacao
em um dos ambientes ( na luz ou na escuridao ) sera
prudente que o
animal adaptado a um dos ambientes nao se arrisque num
ambiente em
que ele nao esta bem adaptado, pois seria presa facil
dos animais
adaptados aa este outro ambiente.

E qual o melhor modo de nao se arriscar ?
Ficar quieto em seu canto ateh q a luz/escuridao volte,

os animais que tinham esta estrategia em seus genes (
SONO )
tiveram mais sucesso em sobreviver.





SUBJECT: Re: [ciencialist] A frágil consciência ecológica (era: Não é um jogo de soma zero)
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 06/03/2001 10:46

Belisario aponta:|
| Isso me remete a algo que vem me preocupando há uns tempos. A economia
| mede bem-estar, e o bem-estar é o parâmetro que usamos quando tentamos
| diminuir o impacto ecológico de nossas atividades. Eu afirmo o seguinte: o
| crescimento da consciência ecológica que vemos nos últimos anos deve-se em
| última análise à aproximação de catástrofes climáticas como a destruição da
| camada de ozônio e o efeito estufa. Há outras menos faladas, como as
| bactérias resistentes a antibióticos (estão tendo problemas terríveis com
| tuberculoses invulneráveis na região do Báltico). Essa consciência acaba
| sendo transferida para outras áreas que não nos afetam tão diretamente, como
| a extinção de animais. Eu fico imaginando o dia em que os produtos
| industrializados não mais afetarem a camada de ozônio e esta se recompor, e
| o dia em que tudo for sintético, de forma que não se precise mais abater

De onde virá a matéria prima para os produtos sintéticos? Para onde irão os restos sintéticos já usados?


| árvores e nem matar animais, e o dia em que os gases poluentes não mais
| forem poluentes nem forem de efeito estufa.

Para que esses gases (sintéticos?) não poluam eles devem ter as mesmas propriedades do ar de outrora. Parece-me um tanto utópico.


| Não creio que a poluição seja a responsável, pois há barcos pesqueiros
| por ali que encontram de tudo (e pescam com rede e jogam os "inúteis" na
| areia). Além disso, os corruptos sumiram logo depois do surto de caça com
| aquelas bombas que os sugam da areia, há poucos anos, tão irresponsavelmente
| disseminadas pela TV. De vez em quando vejo uma pessoa com uma daquelas
| bombas de se retirar corruptos da areia. Provavelmente ela usa sprays sem
| CFC.

As bombas para captura de corruptos (denominação dava em 'homenagem' ao Maluf?) é uma simples bomba aspirante-premente. Não usa qualquer spray.

Mas destrói esses crustáceos. Se você quiser ver algum bichinho, hoje
| tem que esperar um barco pesqueiro voltar do mar e aí você pode admirar as
| estrelas-do-mar mortas jogadas na areia e uns urubus no céu.

[]'
Léo




SUBJECT: Re: [ciencialist] Sono e evolução
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 06/03/2001 11:27

Pensar gasta energia...

Talvez um organismo q. descansasse tivesse afinal uma vantagem evolutiva
-- economizaria energia. Nao q. se desligue completamente o cerebro e
orgaos associados qdo se dorme, mas de modo geral existe uma baixa geral
de consumo de energia.

Uma analogia malfeita: o q. desgasta mais rapido -- uma maquina
funcionando sem parar ou uma q. eh desligada de vez em qdo?

Outra possibilidade tem a ver com o q. Barcellos levantou, os organismos
q. se escondem por um periodo ficam menos expostos -- o sono poderia ter
surgido em animais q. se escondem pra fugir de condicoes adversas:
inimigos naturais, excesso de calor ou de frio ou algo assim.

Mesmo em animais q. nao chegam a realmente dormir, como os peixes, existem
periodos de menor atividade.

Mas isso sao especulacoes.

[]s,

Roberto Takata

On Tue, 28 Nov 2000, Raul Sturari Jr. wrote:
> Caros colegas,
>
> Uma pergunta vem me atormentando por alguns dias e decidi pedir ajuda a
> vocês. Por que dormimos? Teoricamente, dormir confere uma desvantagem do
> ponto de vista evolutivo pois o animal fica mais vulnerável aos
> predadores. Vejam que não estou discutindo as funções do sono, que
> apesar de um tanto obscuras aos poucos estão sendo desvendadas. O que eu
> não entendo é por que um organismo que estaria mais vulnerável durante o
> sono foi selecionado pela natureza?
>
> [ ]'s
> Raul



SUBJECT: Re: [ciencialist] A frágil consciência ecológica (era: Não é um jogo de soma zero)
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 06/03/2001 12:33

On Mon, 5 Mar 2001, Roberto Belisario wrote:
> crescimento da consciência ecológica que vemos nos últimos anos deve-se em
> última análise à aproximação de catástrofes climáticas como a destruição da
> camada de ozônio e o efeito estufa. Há outras menos faladas, como as

So' um pequeno parenteses -- sou um purista em tecnicalidades -- 'efeito
estufa' nao eh o mesmo q. 'aquecimento global'... 'Efeito estufa' eh o
fenomeno q. permite a existencia da vida na Terra como a conhecemos: os
gases q. compoem a atmosfera (vapor d'agua principalmente e em menor
escala metano, gas carbonico e outros) criam uma nova situacao de
equilibrio termico, aumentando a temperatura media na superficie da Terra
em relacao ao q. haveria caso nao houvesse esses componentes (mas a
atividade biotica normal na verdade exerce um efeito refrigerante, ja' q.
o teor de CO2 em equilibrio geoquimico na atmosfera seria tal q. teriamos
um clima semelhante ao de Venus, com seus suaves 400 e tantos graus
Celcius).

O 'aquecimento global' eh o aumento do teor desses gases de efeito estufa
(incluindo gases sinteticos) levando a um aumento da temperatura de
equilibrio termico...

Existem outros fenomenos q. alguns associam aos desequilibrios ecologicos
e destruicao do meio-ambiente provocado pelo crescimento desordenado das
atividades humanas. Diversas das chamadas doencas emergentes como
hantaviroses, o mal do ebola e cia se deveriam ao contato de humanos com
areas antes inexploradas.

Isso eh um empecilho para o desenvolvimento? Nao. Mas como venho dizendo,
devem ser considerados como um fator a mais na hora de se pesar os
beneficios e os custos na obtencao deles.

> histórico das idéias em si, que vão se sucedendo. Nosso "wiring" mental é o
> mesmo dos babilônios. Retire-se a causa primária de nossa consciência
> ecológica e podemos voltar a pensar como se pensava há 100 anos (é claro que
> podemos usar o cérebro, como bem diz o André, mas o dado da realidade é que
> as pessoas não usam).

Nao eh de se espantar q. nao tenhamos instintos e predisposicoes
preservacionistas. Evolucao nao procede por uma antevisao do q. vai
ocorrer, eh uma simples questao de q. caracteristicas hereditarias
reprodutivamente vantajosas irao se espalhar. Num cenario em q. a
expectativa media de vida era de menos de 30 anos, nao haveria mesmo como
haver pressoes evolutivas para um cenario de seculos (so' recentemente com
as melhorias nas condicoes de vida rumamos para a expectativa na casa
dos 100 anos). (Mais um motivo pra nao considerarmos q. existam 'genes
para alguma coisa'.)

E' possivel q. na eventual vida sintetica do futuro, preocupemo-nos menos
com a preservacao do ambiente como ele eh hoje. Mas de qq maneira a
dependencia humana do ambiente nao sera' retirada -- como disse Leo, a
materia-prima sera' retirada do ambiente e pra la' irao seus rejeitos.

Nao existe desenvolvimento sem exploracao do ambiente (insisto: primeira
lei da termodinamica) e nao existe exploracao do ambiente sem degradacao
desse ambiente (segunda lei da termodinamica). O nosso intelecto deve ser
usado pra minimizar esses impactos, contrabalancando a garantia do
bem-estar futuro com o bem-estar imediato.

Mesmo novas tecnologias q. diminuam o impacto, nao poderao elimina'-lo e
eventualmente geraracao novos impactos. A biotecnologia, aqui uso a minha
cota de futurologia, podera' gerar o q. por ventura chamaremos de
'poluicao genetica' -- nao no contexto eugenista, mas de genes q. estarao
no lugar errado na hora errada por acao antropica: nao necessariamente em
nossos proprios organismos, mas no ambiente, por exemplo, na forma de
novos agentes patogenicos (ARN e ADN pelados com caracteristicas virais).

Creio (mais futurologia) q. descobriremos q. a poluicao eletromagnetica
tbm pode existir. Nao sei se causando cancer (ha' alguns estudos q. nao
sao conclusivos relacionando alta tensao eletrica com leucemia infantil),
mas talvez interferindo no metabolismo de eletrolitos e ions metalicos. E,
em casos extremos, nos processos neurais. E certamente nas rotas
migratorias de diversos organismos e tbm em equipamentos eletronicos
(havera' rotas proibidas para avioes e satelites?). Alem de ilhas de
calor.

Apolipse? Nao. Mas novos potenciais desafios... O q. importa eh o desafio
atual, no entanto. Sabemos q. o ritmo atual de crescimento eh
insustentavel a medio prazo -- projetam uma populacao de 11 a 15 bilhoes
pra daqui a 50-100 anos (um ritmo entre 1 e 2% ao ano). Propiciar uma vida
digna a todo esse contingente devera' ser ainda mais complicado do q. dar
'as pessoas q. hoje estao aqui condicoes minimas de sobrevivencia
saudavel. E' mais ou menos esse prazo q. temos para desenvolver fontes
alternativas e menos impactantes ambientalmente de energia, aumento de
produtividade agricola de modo ecologicamente racional e melhoria dos
sistemas de distribuicao (de forma a evitar a necessidade de expansao de
fronteiras agricolas e intensificacao de uso de pesticidas e fertilizantes
sinteticos -- q. salinizam o solo, desertificam o ambiente, poluem as
aguas superficiais e subterraneas), sistemas de saneamento basico e
tratamento de dejetos, protecao de culturas locais e regionais...

Claro q. qdo nos lembramos do Taliban (ou Teleban) oprimindo a populacao
afega, das guerras tribais africanas e conflitos religiosos, aumento dos
crimes de odio e massacres promovidos por psicoticos em paises
industrializados, ausencia total de infra-estrutura nos paises
subdesenvolvidos eh q. temos a consciencia de q. nao eh cafe' pequeno a
realizacao dessa utopia.

(Ok, esse eh o meu discurso politico.)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Sono e evolução
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 06/03/2001 13:35

Roberto Mitsuo Takata wrote:
> Pensar gasta energia...

E muita energia :-)

> Talvez um organismo q. descansasse tivesse afinal uma vantagem evolutiva
> -- economizaria energia. Nao q. se desligue completamente o cerebro e
> orgaos associados qdo se dorme, mas de modo geral existe uma baixa geral
> de consumo de energia.

Mas dormir não é muito eficiente em termos de economia de energia
cerebral, meditar [ioga] é muito mais eficiente. Apenas o sistema motor
é desligado, os sentidos são colocados em standby e o resto continua
funcionando normalmente ou até com maior intensidade.

Atualmente as suspeitas recaem sobre a produção de hormônios, mas na
verdade ninguém sabe de nada.

[]s
==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
==========================================================


SUBJECT: Re: [ciencialist] Sono e evolução
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 06/03/2001 13:39



TARCISIO BORGES wrote:

> Roberto Mitsuo Takata wrote:
> > Pensar gasta energia...
>
> E muita energia :-)
>
> > Talvez um organismo q. descansasse tivesse afinal uma vantagem
> evolutiva
> > -- economizaria energia. Nao q. se desligue completamente o cerebro
> e
> > orgaos associados qdo se dorme, mas de modo geral existe uma baixa
> geral
> > de consumo de energia.
>
> Mas dormir não é muito eficiente em termos de economia de energia

Veja bem, sob este ponto de vista dormir representa uma desvantagem
obvia : Enquanto se dorme nao se perpetua genes.

Quero dizer q se temos uma vida util de X e se usarmos 0,4X para dormir

isto quer dizer que estamos desperdicando 40% do tempo para nao fazer
nada de "util" enquanto poderiamos estar perpetuando genes.

Ou seja, a economia de energia soh *tem sentido* quando se usa esta
energia
economizada para algum "trabalho util" .

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Sono e evolução
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 06/03/2001 13:39

On Tue, 6 Mar 2001, TARCISIO BORGES wrote:
> Mas dormir não é muito eficiente em termos de economia de energia
> cerebral, meditar [ioga] é muito mais eficiente. Apenas o sistema motor
> é desligado, os sentidos são colocados em standby e o resto continua
> funcionando normalmente ou até com maior intensidade.

So' pra discussao mesmo...

* Nem sempre as modificacoes fixadas por evolucao sao as solucoes q.
seriam as mais eficientes nas melhores condicoes -- a evolucao faz uma
gambiarra com o material q. encontra.

* A meditacao so' eh possivel em organismos q. tenham uma certa
auto-consciencia. O sono provavelmente originou-se antes da aquisicao
dessa capacidade.

* Uma economia minima de energia ja' eh melhor do q. nada... o q. poderia
garantir a propagacao de caracteristicas q. determinem/condicionem essa
economia.

> Atualmente as suspeitas recaem sobre a produção de hormônios, mas na
> verdade ninguém sabe de nada.

Exercicio livre de imaginacao...

Curioso notar q. o gene q. produz a proteina q. esta' ligado ao mal da
vaca louca esteja relacionado a ciclos de regulacao do sono. E seja um
gene altamente conservado em diversas classes de vertebrados.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Sono e evolução
FROM: "dra_savat"<dra_savat@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 06/03/2001 13:54


>
> Atualmente as suspeitas recaem sobre a produ��o de
horm�nios, mas na
> verdade ningu�m sabe de nada.
>
> []s
>
==========================================================
> TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
> http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
>
==========================================================
� durante o sono que operam certos horm�nios, como a
somatotrofina, a prolactina e a melatonina.

Todos os seres vivos apresentam varia��es no ritmo de
funcionamento de seus �rg�os ou sistemas. Na maioria das
vezes, esses rirmos est�o sincronizados com o tempo de
dura��o da rota��o da Terra em torno do seu eixo e, por
isso, s�o denominados Ritmos Circad�anos (do latim,
circum diem, que significa em torno do dia�).
Os ritmos circad�anos procuram estabelecer um equil�brio
entre as fun��es corporais e o meio ambiente, para
manuten��o da homeostasia (equil�brio do nosso meio
Interno). Dentre muitos, destacamos o ciclo luz/escurid�o
ou dia/ noite e o cicio vig�lia/sono, que de certa forma,
no Homem, est�o inter-relacionados.
No ritmo circad�ano do ciclo luz/escurid�o, h� que se
destacar o papel da gl�ndula pineal, atrav�s do seu
horm�nio melatonina. A import�ncia dessa subst�ncia se
demonstra, particularmente, na corre��o dos efeitos
biol�gicos produzidos pelo jet Iag, o qual acontece
quando o indiv�duo se desloca rapidamente no sentido
oeste-leste, percorrendo diversos fusos hor�rios.

Na sua grande maioria, os seres humanos est�o ajustados
para um ritmo de vig�lia diurno e um ritmo de sono
noturno. Isto ocorre por uma adapta��o � sobreviv�ncia
que vem dos prim�rdios da hist�ria da humanidade at� as
conven��es estabelecidas, atrav�s dos tempos, pata os
hor�rios das atividades s�cio-profissionais.

Existem diversos outros ritmos circad�anos associados ao
ciclo vig�lia/sono. Dentre eles destacamos:
1- A temperatura corporal - atinge o m�ximo � tarde
(entre 15:00 e 17:00 h) e o m�nimo pela madrugada (entre
2:00 e 5:00 h);
2- 0 fluxo urin�rio (filtra��o da urina), em indiv�duos
normais, cai sempre durante a noite, porque, usualmente,
nesse per�odo, � bem pequena, ou mesmo nula, a ingest�o
de l�quidos;
3 - A secre��o de cortisol - � m�xima ao amanhecer,
preparando o indiv�duo para as atividades do dia e vai
diminuindo at� o fim da tarde, quando ent�o volta a
crescer, lentamente. Em animais noturnos, como a coruja,
o pico de secre��o do cortisol ocorre ao anoitecer.






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SUBJECT: Re: [ciencialist] Sono e evolução
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 06/03/2001 13:56

On Tue, 6 Mar 2001, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> Veja bem, sob este ponto de vista dormir representa uma desvantagem
> obvia : Enquanto se dorme nao se perpetua genes.

Continuando as especulacoes:

Nao necessariamente. Ursas parem durante a hibernacao.

Alem de q. durante o sono pode-se *conservar* genes.

> Ou seja, a economia de energia soh *tem sentido* quando se usa esta
> energia economizada para algum "trabalho util" .

A economia de energia pode garantir a sobrevivencia do organismo ate'
conseguir se reproduzir ou pode ser utilizada na producao de gametas.

Ja' q. falaram em hormonios em outra mensagem. Outra possibilidade eh q.
seja uma modificacao dos ciclos de atividades q. ocorrem em todos os
organismos -- desde bacterias e amebas ateh sequoias e baleias.

Pode nao ser exatamente uma caracteristica selecionada, mas uma limitacao
fabricacional. Certos tipos de atividades sao incompativeis entre si --
sintese e degradacao de um mesmo composto, por exemplo. Q. podem ser
separados espacial ou temporalmente, mas como em geral utilizam as mesmas
estruturas -- apenas com o sentido de reacao trocadas -- a separacao
temporal poderia ser a unica possibilidade em muitos casos. Gerando os
ritmos biologicos.

Em organismos com um sistema nervoso, esses ciclos tbm acabariam presentes
nessa estrutura. O sono seria uma 'solucao' para sistemas nervosos mais
complexos -- um desenvolvimento desses padroes simplesmente por restricoes
fisico-quimicas.

-------
Aproveito essa mensagem pros agradecimentos pendentes ao Andre Roviralta
por dois reparos: sobre o dilema do caminho a seguir e sobre a fonte de
energia do Sol.
-------

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Sono e evolução
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 06/03/2001 14:07

Roberto Mitsuo Takata wrote:

> On Tue, 6 Mar 2001, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> > Veja bem, sob este ponto de vista dormir representa uma desvantagem
> > obvia : Enquanto se dorme nao se perpetua genes.
>
> Continuando as especulacoes:
>
> Nao necessariamente. Ursas parem durante a hibernacao.

Mas aih teremos um trabalho "Util" do pto de vista genetico.
Quero dizer que o sono veio como uma razao de protecao aa nao
adaptabilidade aa luz/escuridao, principalmente contra predadores
adaptados a este ambiente luminoso/escuro e NAO para economizar
enerrgia. CLARO que em decorrencia deste estado de sonolencia
a evolucao adaptou os organismos para *aproveitarem* e realizarem
algumas tarefas que se adaptam melhor a este estado que na vigilia.

>
>
> Alem de q. durante o sono pode-se *conservar* genes.
>

Justamente por nao se arriscar em ambiente q nao se esta adaptado.


>
> > Ou seja, a economia de energia soh *tem sentido* quando se usa esta
> > energia economizada para algum "trabalho util" .
>
> A economia de energia pode garantir a sobrevivencia do organismo ate'
> conseguir se reproduzir

Esta nao eh razao uma vez que esta espera nao tem sentido a nao ser para
....

> ou pode ser utilizada na producao de gametas.
>

Aih sim !, mas como disse esta eh uma decorrencia secundaria do sono
em funcao da protecao ambiental : "Ja que vou ter q dormir para me
proteger
vou aproveitar e produzir gametas ou fabricar hormonios".

[]s
jocax




SUBJECT: Re: [ciencialist] Sono e evolução
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 06/03/2001 14:17

On Tue, 6 Mar 2001, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> Roberto Mitsuo Takata wrote:
>
> > On Tue, 6 Mar 2001, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> > > Veja bem, sob este ponto de vista dormir representa uma desvantagem
> > > obvia : Enquanto se dorme nao se perpetua genes.
> >
> > Continuando as especulacoes:
> >
> > Nao necessariamente. Ursas parem durante a hibernacao.
>
> Mas aih teremos um trabalho "Util" do pto de vista genetico.
> Quero dizer que o sono veio como uma razao de protecao aa nao
> adaptabilidade aa luz/escuridao, principalmente contra predadores
> adaptados a este ambiente luminoso/escuro e NAO para economizar
> enerrgia. CLARO que em decorrencia deste estado de sonolencia
> a evolucao adaptou os organismos para *aproveitarem* e realizarem
> algumas tarefas que se adaptam melhor a este estado que na vigilia.

Pode ser, como pode nao ser. Ja' q. vc esta' partindo do pressuposto de q.
a pressao evolutiva era de se esconder de predadores, entao nesse cenario,
a ursa (quem preda um urso?) economizar energia sera' uma consequencia.

Mas se se parte do pressuposto de q. se economiza energia, entao a
protecao pode ser consequencia.

Repara q. a sua condicao de X e 0,4X eh q. o tempo de vida seja igual para
as duas situacoes -- dormir ou nao dormir. Com economia de energia e
reducao dos processos oxidativos, o tempo de vida pode ser prolongado para
Y...

E 0,4Y *pode* ser maior do q. X...

> > Alem de q. durante o sono pode-se *conservar* genes.
> >
>
> Justamente por nao se arriscar em ambiente q nao se esta adaptado.

*Pode* ser por isso, mas nao necessariamente. E.g. a reducao do
metabolismo oxidativo q. citei acima -- isso pode, por exemplo, retardar
os processos de envelhecimento (pesquisas mais ou menos recentes comecam a
apontar nesse sentido).

> > A economia de energia pode garantir a sobrevivencia do organismo ate'
> > conseguir se reproduzir
>
> Esta nao eh razao uma vez que esta espera nao tem sentido a nao ser para
> ....

Nao existe razao mesmo... apenas consequencias. Uma consequencia possivel
(mas tbm nao necessaria) seria uma maior eficiencia reprodutiva por uma
vida mais longa ou em media os q. dormem poderiam ser mais bem sucedidos
em chegar 'a idade reprodutiva.

Poderia ser por evitacao de predacao? Poderia, mas tbm poderia ser por
outras causas.

> Aih sim !, mas como disse esta eh uma decorrencia secundaria do sono
> em funcao da protecao ambiental : "Ja que vou ter q dormir para me
> proteger
> vou aproveitar e produzir gametas ou fabricar hormonios".

Pode ser secundario... mas tbm pode ser primario.

Vc quer um modelo matematico pros dois casos? Podemos providenciar.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Sono e evolução
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 06/03/2001 14:45

Roberto Mitsuo Takata wrote:

> On Tue, 6 Mar 2001, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> > Roberto Mitsuo Takata wrote:
> >
> > > On Tue, 6 Mar 2001, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> > > > Veja bem, sob este ponto de vista dormir representa uma
> desvantagem
> > > > obvia : Enquanto se dorme nao se perpetua genes.
> > >
> > > Continuando as especulacoes:
> > >
> > > Nao necessariamente. Ursas parem durante a hibernacao.
> >
> > Mas aih teremos um trabalho "Util" do pto de vista genetico.
> > Quero dizer que o sono veio como uma razao de protecao aa nao
> > adaptabilidade aa luz/escuridao, principalmente contra predadores
> > adaptados a este ambiente luminoso/escuro e NAO para economizar
> > enerrgia. CLARO que em decorrencia deste estado de sonolencia
> > a evolucao adaptou os organismos para *aproveitarem* e realizarem
> > algumas tarefas que se adaptam melhor a este estado que na vigilia.
>
> Pode ser, como pode nao ser. Ja' q. vc esta' partindo do pressuposto
> de q.
> a pressao evolutiva era de se esconder de predadores,

Nao necessariamente de predadores mas principalmente por causa deles.
Eu disse q era para se proteger de um ambiente em que o organismo
nao estava bem adaptado..


> entao nesse cenario,
> a ursa (quem preda um urso?) economizar energia sera' uma
> consequencia.
>

Como a ursa pode nao estar bem adaptada a um rigoroso inverno , isto eh,

como existe uma escassez de alimento nesta epoca do ano, entao
nao vale a pena ficar procurando por animais q nao vao existir mesmo.
Assim a hibernacao representaria uma espera por melhores dias.
Assim, se os alimentos nao diminuissem nesta epoca do ano nao haveria
a hibernacao.


>
> Mas se se parte do pressuposto de q. se economiza energia, entao a
> protecao pode ser consequencia.
>

Vc deve partir do pressuposto gene-perpetuativo: Nao se economiza
energia simplesmente para se economizar. A energia soh sera economizada
se houver uma vantagem gene-perpetuativa, doutro modo nao existe razao
para economiza-la.



>
> Repara q. a sua condicao de X e 0,4X eh q. o tempo de vida seja igual
> para
> as duas situacoes -- dormir ou nao dormir. Com economia de energia e
> reducao dos processos oxidativos, o tempo de vida pode ser prolongado
> para
> Y...
>
> E 0,4Y *pode* ser maior do q. X...
>

Novamente, na natureza o tempo de vida nao eh o que determina a
evolucao,
embora seja um fator importante. O que determina a evolucao sao as
mutacoes
que conferem uma vantagem seletiva.
E o tempo de vida da especie nao depende do tempo q se passa dormindo
o tempo de vida eh antes um fator genetico. Se fosse assim surgiriam
log logo terapias alternativas para prolongar a vida a base de
pilulas para dormir. Venderia horrores.

>
> > > Alem de q. durante o sono pode-se *conservar* genes.
> > >
> >
> > Justamente por nao se arriscar em ambiente q nao se esta adaptado.
>
> *Pode* ser por isso, mas nao necessariamente. E.g. a reducao do
> metabolismo oxidativo q. citei acima -- isso pode, por exemplo,
> retardar
> os processos de envelhecimento (pesquisas mais ou menos recentes
> comecam a
> apontar nesse sentido).
>
> > > A economia de energia pode garantir a sobrevivencia do organismo
> ate'
> > > conseguir se reproduzir
> >
> > Esta nao eh razao uma vez que esta espera nao tem sentido a nao ser
> para
> > ....
>
> Nao existe razao mesmo... apenas consequencias. Uma consequencia
> possivel
> (mas tbm nao necessaria) seria uma maior eficiencia reprodutiva por
> uma
> vida mais longa ou em media os q. dormem poderiam ser mais bem
> sucedidos
> em chegar 'a idade reprodutiva.
>

Esta seria uma boa razao e talvez seja por isso q criancas dormem mais
q adultos.


>
> Poderia ser por evitacao de predacao? Poderia, mas tbm poderia ser por
>
> outras causas.
>

Nos animais adultos eu nao vejo outra razao a nao ser a nao
adaptabilidade
ao ambiente sem luz/com-luz.


>
> > Aih sim !, mas como disse esta eh uma decorrencia secundaria do sono
>
> > em funcao da protecao ambiental : "Ja que vou ter q dormir para me
> > proteger
> > vou aproveitar e produzir gametas ou fabricar hormonios".
>
> Pode ser secundario... mas tbm pode ser primario.
>

Nao creio.


>
> Vc quer um modelo matematico pros dois casos? Podemos providenciar.
>

Por mim nao precisa,
mas se alguem da lista quiser...

[]s
jocax




SUBJECT: O pessimismo
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 06/03/2001 14:58

Tenho reparado que as pessoas tendem a ser tendencialmente
tecnopessimistas. Há realmente razões para se pensar que a
temperatura do planeta está a aumentar e que a população
humana é excessiva ou essa sensação é o resultado da ampliação
das más notícias por parte dos media? Alguém se lembra das
previsões do Clube de Roma segundo as quais estariamos neste
momento mergulhados num caos Malthusiano ou da ideia prevalecente
no anos 70 segundo a qual estariamos a caminhar para um nova
idade do gelo?

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] O pessimismo
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 06/03/2001 15:22

Você acaba de ilustrar o meu ponto. Quais são as suas fontes de
informação para acreditar que a temperatura do planeta está a
aumentar?

Joao

O_Iniciado wrote:

>
> É, talvez você esteja certo, João... realmente, os estudos sobre o
> buraco na camada de ozônio devem ser manipulações inconscientes dos
> cientistas pessimistas que interpretam os dados. A temperatura do
> planeta está exatamente como a milhares de anos atrás. Eu mesmo não
> estive presente na elaboração dos dados que dizem demonstrar a
> extinção de milhares de animais, e acho que essa coisa de falarem
> sobre as queimadas, destruição das matas e da biodiversidade é coisa
> de gente atrasada que não quer evolução. E sobre o crescimento
> descontrolado da população humana devem ser meras inconsequências de
> estudiosos "pessimistas" que não andam tendo muito sobre o que falar e
> ficam se preocupando a toa.
> Realmente, tudo isso deve ser "resultado da ampliação das más
> notícias por parte da mídia"...
>
> Um abraço.
>
> Peterson.
>
> &&& --- &&&
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joão
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SUBJECT: Re: [ciencialist] A frágil consciência ecológica
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com, Genismo <Genismo@yahoogroups.com>
DATE: 06/03/2001 15:35

O_Iniciado wrote:

> O gigantismo populacional faz, por exemplo, que o Estado perca o
> controle sobre o fenômeno gerado.

Caro iniciado, ( vc eh o Frater Anakian? ) acredito q a populacao
mundial
sera controlado cedo ou tarde pelo estado assim como acontece hoje
na China.

Vejo hoje nossa liberdade em podermos ter tantos filhos qto quisermos
como se estivessemos vivendo num passado que jamais voltara.

Imagine vc na epoca do descobrimento do Brasil, com aquela quantidade
toda de riquezas e recursos naturais inexplorados. Acredito que vivemos
hoje uma epoca tao ou mais significativa que aquela.

Soh que agora, ao inves de imensas quantidades de riquezas em recursos
naturais,
o que temos, e ainda nao damos valor (como antes tambem nao davam),
eh a nossa possibilidade nao limitada pelo estado em nos reproduzir.

Genes, nossa maior riqueza, com possibilidade de viver e se perpetuar
sem que AINDA nenhum fiscal genetico do estado venha nos obrigar
a abortar.... Bons tempos agora !!!!!!!

Todos deverao estar pensando : se todos pensarem assim logo mais
o mundo estara super populado !

Eu respondo SIM ! estara mesmo, mas este problema eh por demais
importante
para ser relegado a uma simples questao de etica a ser seguido por quem
quiser seguir.
Cedo ou tarde o controle da natalidade deixara de estar a cargo
das familias e passara ao estado. Havera necessidade de leis que limitem

esta super-populacao e, com as leis viram as punicoes....

Sem esta limitacao coerciva nao havera solucao para este problema,
infelizmente.

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Sono e evolução
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 06/03/2001 15:37

On Tue, 6 Mar 2001, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> Eu disse q era para se proteger de um ambiente em que o organismo
> nao estava bem adaptado..

Nao muda em nada a questao. Pode tto se dever a fatores do ambiente como a
uma economia de energia -- alias isso ja' eh um fator ambiental.

> Como a ursa pode nao estar bem adaptada a um rigoroso inverno , isto eh,
> como existe uma escassez de alimento nesta epoca do ano, entao
> nao vale a pena ficar procurando por animais q nao vao existir mesmo.
> Assim a hibernacao representaria uma espera por melhores dias.
> Assim, se os alimentos nao diminuissem nesta epoca do ano nao haveria
> a hibernacao.

Nao necessariamente novamente. Beija-flores nao passam por invernos q.
eliminem a escassez de alimentos, ainda assim sofrem algo q. poderiamos
chamar de hibernacao.

No caso do beija-flor. A taxa metabolica dele eh tao alta q. se fosse
mantida por um periodo em q. nao se alimentasse por um periodo de horas,
ele morreria.

Sementes de vegetais passam por periodos de dormencia -- alguns sim em
funcao de baixas temperaturas -- mas outros por causas diferentes. (Claro
q. vegetais nao dormem no sentido proprio do termo.)

E veja q. o 'nao vale a pena ficar procurando' eh exatamente a questao de
economia de energia. Uma economia q. tto pode ser canalizada diretamente
para funcoes reprodutivas, qto para funcoes de sobrevivencia do individuo
-- claro q. desde q. se reflita em um melhor 'fitness' e consequentemente
haja a perpetuacao.

> > Mas se se parte do pressuposto de q. se economiza energia, entao a
> > protecao pode ser consequencia.
> >
>
> Vc deve partir do pressuposto gene-perpetuativo: Nao se economiza
> energia simplesmente para se economizar. A energia soh sera economizada
> se houver uma vantagem gene-perpetuativa, doutro modo nao existe razao
> para economiza-la.

A questao nao eh essa. A questao eh q. vc acha q. necessariamente a
questao do sono passa por evitacao de predacao (ou estresse ambiental).
Estou dizendo q pode haver outras causas -- mesmo se considerarmos do
ponto de vista de pressoes seletivas.


> > E 0,4Y *pode* ser maior do q. X...
> >
>
> Novamente, na natureza o tempo de vida nao eh o que determina a
> evolucao, embora seja um fator importante. O que determina a evolucao
> sao as mutacoes que conferem uma vantagem seletiva.
> E o tempo de vida da especie nao depende do tempo q se passa dormindo
> o tempo de vida eh antes um fator genetico. Se fosse assim surgiriam
> log logo terapias alternativas para prolongar a vida a base de
> pilulas para dormir. Venderia horrores.

Nao duvide disso das pilulas -- alias pilulas de melatonina ja' sao
vendidas com a promessa de melhorar o sono e a qualidade de vida.

O fato eh q. vc nao esta' levando em conta q. um tempo maior de vida --
dependendo do tipo de vida da especie -- pode significar um maior sucesso
reprodutivo.

Isso eh especialmente dramatico no caso de mamiferos. Uma ursa tem um
periodo de gestacao de cerca de 7 meses -- com uma ninhada de 1-3
filhotes. Mais o periodo de cuidados de cerca de ano e meio. Uma vida mais
longa pode propiciar maiores oportunidades de reproducao.

Mas o q. determina a evolucao nao sao as mutacoes -- as mutacoes sao o
substrato da evolucao. Sao os processos seletivos -- lembrando q. estamos
considerando o cenario de selecao -- q. determinam a evolucao. Eh o
ambiente q. condiciona o tipo de mutacao q. pode ou nao conferir uma
vantagem. (Sendo mais rigoroso eh a interacao entre os genes e o
ambiente.)

Vc precisa ler sobre as pesquisas indicando q. uma dieta de restricao
calorica prolongam a vida -- de nematoides a ratos. (Claro q. nao eh uma
restricao q. inviabilize a sobrevivencia do individuo.)

Facamos o seguinte: fique seis dias sem dormir e veremos se vc eh capaz de
fazer qq coisa util...

> > > > Alem de q. durante o sono pode-se *conservar* genes.
> > > >
> > >
> > > Justamente por nao se arriscar em ambiente q nao se esta adaptado.

Ou nao. Como procurei apontar em seguida.

> > Poderia ser por evitacao de predacao? Poderia, mas tbm poderia ser por
> > outras causas.
> >
>
> Nos animais adultos eu nao vejo outra razao a nao ser a nao
> adaptabilidade
> ao ambiente sem luz/com-luz.

Animais adultos e filhotes nao sao especies distintas. Alias, sao o mesmo
individuo.

Vc mesmo concordou por exemplo em economia de energia q. poderia ser
canalizado a uma maior producao de gametas ou de gametas maiores/com mais
aparatos q. garatam o sucesso reprodutivo.

Economia de energia tbm pode se refletir em uma maior 'vida util' do
organismo.

> > Pode ser secundario... mas tbm pode ser primario.
> >
>
> Nao creio.

Crenca nao eh criterio de verdade. Vc pode nao crer 'a vontade isso nao
muda a relevancia ou nao da questao.

> > Vc quer um modelo matematico pros dois casos? Podemos providenciar.
> >
>
> Por mim nao precisa,
> mas se alguem da lista quiser...

Mudem-se os indices de selecao e toda a historia muda. Mude-se o ambiente
e mudam-se os indices de selecao.

A historia toda depende de diversos fatores. Quao eficientemente o sono
evita a predacao ou a exposicao a situacao de estresse ambiental? (E,
nesse caso, por q. o sono e nao simplesmente o ato de se esconder como
fazem os peixes em recifes de coral?) Qto de energia eh economizada? E
como isso afeta as demais funcoes do organismo? Qual a taxa reprodutiva
dessa especie? E alguns outros parametros.

Modificando-se os valores desses parametros podemos obter um ou outro
cenario. Dai' q. embora o q. vc acha q. ocorra possa de fato ocorrer, isso
nao eh algo q. necessariamente tenha q. acontecer.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] O pessimismo
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 06/03/2001 15:48

On Tue, 6 Mar 2001, João Mário Miranda wrote:
> Você acaba de ilustrar o meu ponto. Quais são as suas fontes de
> informação para acreditar que a temperatura do planeta está a
> aumentar?

(O legal eh q. estamos tendo praticamente o mesmo tipo de discussao q. se
esta' travando no news de ciencia da uol.)

Sei q. ha' medidas de temperatura desde o inicio de seculo retrasado (19).
E eh indicativo de q. no periodo a temperatura tem aumentado. Menos certo
sao as causas disso. Mas existem pistas.

Nao li nenhum dos trabalhos... mas pra quem quiser acompanhar.

sobre aquecimento global:

Guo YF, Yu YQ, Liu XY, Zhang XH 2001 -- Simulation of climate change
induced by CO2 increasing for East Asia with IAP/LASG GOALS model.
ADVANCES IN ATMOSPHERIC SCIENCES 18: (1) 53-66.

[Anon] 2000 -- Ice records support global warming trends. MARINE POLLUTION
BULLETIN 40: (11) 889-90.

Langenberg H, Aldhous P 2000 -- Global warming - A climate of uncertainty.
NATURE 408: (6815) 896-7.

Stott PA, Tett SFB, Jones GS, Allen MR, Mitchell JFB, Jenkins GJ 2000 --
External control of 20th century temperature by natural and anthropogenic
forcings. SCIENCE 290: (5499) 2133-7.

Hulme M 2000 -- Global warming. PROGRESS IN PHYSICAL GEOGRAPHY 24: (4)
591-9.

Jain AK, Briegleb BP, Minschwaner K, Wuebbles DJ 2000 -- Radiative
forcings and global warming potentials of 39 greenhouse gases. JOURNAL OF
GEOPHYSICAL RESEARCH-ATMOSPHERES 105: (D16) 20773-90.

e alguns sobre a camada de ozonio:

Platt U 2000 -- Reactive halogen species in the mid-latitude troposphere -
Recent discoveries. WATER AIR AND SOIL POLLUTION 123: (1-4) 229-44.

Austin J, Knight J, Butchart N 2000 -- Three-dimensional chemical model
simulations of the ozone layer: 1979-2015. QUARTERLY JOURNAL OF THE ROYAL
METEOROLOGICAL SOCIETY 126: (565) 1533-56, Part B.

Taalas P, Kaurola J, Kylling A, Shindell D, Sausen R, Dameris M, Grewe V,
Herman J 2000 -- The impact of greenhouse gases and halogenated species on
future solar UV radiation doses. GEOPHYSICAL RESEARCH LETTERS 27: (8)
1127-30.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Sono e evolução
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 06/03/2001 16:09

Roberto Mitsuo Takata wrote:

> On Tue, 6 Mar 2001, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> > Eu disse q era para se proteger de um ambiente em que o organismo
> > nao estava bem adaptado..
>
> Nao muda em nada a questao. Pode tto se dever a fatores do ambiente
> como a
> uma economia de energia -- alias isso ja' eh um fator ambiental.
>

A economia de energia eh decorrente do aproveitamento deste estado
de sono. "Ja que tenho q me proteger da noite vou fazer isso
economizando
energia". Se nao houvesse dias e noites nao haveria sono e os seres
NAO precisariam dormir. Esta experiencia eh factivel. Estou dizendo
agora q peixes dos lagos escuros talvez nao durmam ! Isto pode
corroborar minha ideia ( se eles nao dormirem )



>
> > Como a ursa pode nao estar bem adaptada a um rigoroso inverno , isto
> eh,
> > como existe uma escassez de alimento nesta epoca do ano, entao
> > nao vale a pena ficar procurando por animais q nao vao existir
> mesmo.
> > Assim a hibernacao representaria uma espera por melhores dias.
> > Assim, se os alimentos nao diminuissem nesta epoca do ano nao
> haveria
> > a hibernacao.
>
> Nao necessariamente novamente. Beija-flores nao passam por invernos q.
>
> eliminem a escassez de alimentos, ainda assim sofrem algo q.
> poderiamos
> chamar de hibernacao.
>

Mas deve ter suas causas... ninguem sai hibernando de graca....

>
> E veja q. o 'nao vale a pena ficar procurando' eh exatamente a questao
> de
> economia de energia. Uma economia q. tto pode ser canalizada
> diretamente
> para funcoes reprodutivas, qto para funcoes de sobrevivencia do
> individuo
> -- claro q. desde q. se reflita em um melhor 'fitness' e
> consequentemente
> haja a perpetuacao.
>

Eh isto q estou dizendo a economia eh decorrencia do estado de sono e
nao a causa principal. O animal nao "diz" : "Vou dormir para economizar
energia"
ele diz : "Ja que NAO posso fazer nada melhor neste ambiente, vou dormir

e aproveitar para economizar energia".


>
> > > Mas se se parte do pressuposto de q. se economiza energia, entao a
>
> > > protecao pode ser consequencia.
> > >
> >
> > Vc deve partir do pressuposto gene-perpetuativo: Nao se economiza
> > energia simplesmente para se economizar. A energia soh sera
> economizada
> > se houver uma vantagem gene-perpetuativa, doutro modo nao existe
> razao
> > para economiza-la.
>
> A questao nao eh essa. A questao eh q. vc acha q. necessariamente a
> questao do sono passa por evitacao de predacao (ou estresse
> ambiental).

Depende do animal, mas nos mamiferos terrestres acredito q a causa
principal eh a nao adaptabilidade ao ambiente escuro ( ou claro )
que os faria serem prezas faceis de predadores noturnos.


>
> Estou dizendo q pode haver outras causas -- mesmo se considerarmos do
> ponto de vista de pressoes seletivas.
>

Poder pode , mas ateh prova em contrario fica a
causa jocaxiana mesmo :-)

>
>
> > > E 0,4Y *pode* ser maior do q. X...
> > >
> >
> > Novamente, na natureza o tempo de vida nao eh o que determina a
> > evolucao, embora seja um fator importante. O que determina a
> evolucao
> > sao as mutacoes que conferem uma vantagem seletiva.
> > E o tempo de vida da especie nao depende do tempo q se passa
> dormindo
> > o tempo de vida eh antes um fator genetico. Se fosse assim surgiriam
>
> > log logo terapias alternativas para prolongar a vida a base de
> > pilulas para dormir. Venderia horrores.
>
> Nao duvide disso das pilulas -- alias pilulas de melatonina ja' sao
> vendidas com a promessa de melhorar o sono e a qualidade de vida.
>
> O fato eh q. vc nao esta' levando em conta q. um tempo maior de vida
> --
> dependendo do tipo de vida da especie -- pode significar um maior
> sucesso
> reprodutivo.
>
> Isso eh especialmente dramatico no caso de mamiferos. Uma ursa tem um
> periodo de gestacao de cerca de 7 meses -- com uma ninhada de 1-3
> filhotes. Mais o periodo de cuidados de cerca de ano e meio. Uma vida
> mais
> longa pode propiciar maiores oportunidades de reproducao.
>

Sim , mas analisando *apenas* por este aspecto enquanto se esta dormindo

nao se esta reproduzindo. Isto quer dizer q nao adianta economizar
tempo de vida dormindo se este tempo nao tera utilidade.
Claro q o fator de maturacao sexual q vc mencionou seria importante
e por si soh determinaria o sono , como nas criacas.


>
> Mas o q. determina a evolucao nao sao as mutacoes -- as mutacoes sao o
>
> substrato da evolucao. Sao os processos seletivos -- lembrando q.
> estamos
> considerando o cenario de selecao -- q. determinam a evolucao. Eh o
> ambiente q. condiciona o tipo de mutacao q. pode ou nao conferir uma
> vantagem. (Sendo mais rigoroso eh a interacao entre os genes e o
> ambiente.)
>
> Vc precisa ler sobre as pesquisas indicando q. uma dieta de restricao
> calorica prolongam a vida -- de nematoides a ratos. (Claro q. nao eh
> uma
> restricao q. inviabilize a sobrevivencia do individuo.)
>

Sim, mas o q tem a ver dietas de restricao caloricas com sono?
Podemos inaugurar uma nova thread discutindo as razoes evolutivas
das restricoes caloricas e tempo de vida....

>
> Facamos o seguinte: fique seis dias sem dormir e veremos se vc eh
> capaz de
> fazer qq coisa util...
>

Mas isto eh pq meus genes ja me programaram para o sono ( justamente
para eu nao ser comido por um leao ) e neste periodo eles executam uma
serie de tarefas importantes. Por isso q eu digo vc nao deve ir contra o
q
seus genes "dizem".


>
> > > > > Alem de q. durante o sono pode-se *conservar* genes.
> > > > >
> > > >
> > > > Justamente por nao se arriscar em ambiente q nao se esta
> adaptado.
>
> Ou nao. Como procurei apontar em seguida.
>
> > > Poderia ser por evitacao de predacao? Poderia, mas tbm poderia ser
> por
> > > outras causas.
> > >
> >
> > Nos animais adultos eu nao vejo outra razao a nao ser a nao
> > adaptabilidade
> > ao ambiente sem luz/com-luz.
>
> Animais adultos e filhotes nao sao especies distintas. Alias, sao o
> mesmo
> individuo.
>

Mas sao fases distintas da vida. Para uma crianca eh + importante
dormir do que para um adulto ( em termos perpetuativos).


>
> Vc mesmo concordou por exemplo em economia de energia q. poderia ser
> canalizado a uma maior producao de gametas ou de gametas maiores/com
> mais
> aparatos q. garatam o sucesso reprodutivo.
>

Sim, mas desde q o sono como mecanismo protetor esteja instalado.

>
> Economia de energia tbm pode se refletir em uma maior 'vida util' do
> organismo.

Mas a vida-util maior nao tem sentido, do pto de vista biologico, se nao
conferir
maior vantagem reprodutiva.


>
> > > Pode ser secundario... mas tbm pode ser primario.
> > >
> >
> > Nao creio.
>
> Crenca nao eh criterio de verdade. Vc pode nao crer 'a vontade isso
> nao
> muda a relevancia ou nao da questao.

Pode ser secundario e pode ser primario tambem nao traz informacao
ja que pode ser qualquer coisa.

>
>
> > > Vc quer um modelo matematico pros dois casos? Podemos
> providenciar.
> > >
> >
> > Por mim nao precisa,
> > mas se alguem da lista quiser...
>
> Mudem-se os indices de selecao e toda a historia muda. Mude-se o
> ambiente
> e mudam-se os indices de selecao.
>
> A historia toda depende de diversos fatores. Quao eficientemente o
> sono
> evita a predacao ou a exposicao a situacao de estresse ambiental?

Q situacoes de estresse ambiental sao estas?
Alem do perigo o animal nao adaptado pode nao conseguir cacar por
exemplo
ou nao conseguir parceiros sexuais ...

> (E,
> nesse caso, por q. o sono e nao simplesmente o ato de se esconder como
>
> fazem os peixes em recifes de coral?)

Pq o sono talvez force o animal a nao sair de seu estado parado.
Ele fica imune a sensacoes/inputs do meio ambiente.

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] A frágil consciência ecológica
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 06/03/2001 16:11

On Tue, 6 Mar 2001, O_Iniciado wrote:
> Amigo, compreendo sua percepção, mas gostaria de inserir um
> comentário. Considerando que o meio-ambiente tem sua própria
> capacidade de regeneração (estou falando apenas dos recursos
> renováveis), não é impossível criarmos tecnologias que acelerem a
> velocidade dessa renovação até o momento em que as coisas fiquem
> equilibradas.

Podemos no maximo minimizar (desculpem-me pelo trocadilho involuntario) as
alteracoes. As tecnologias de recuperacao ambiental utilizarao tbm os
recursos de nosso planeta. O ponto apenas eh q. nao existe dano zero ao
ambiente. E, novamente, nao eh impedimento pra exploracao do ambiente para
a promocao do bem-estar da humanidade -- apenas um fator a mais q. deve
ser levado em conta. (Eh por nao levar em conta a finitude de recursos
marinhos q. se sobre-explorou a pesca, levando 'a extincao varias especies
e diminuindo de modo drastico as populacoes de muitas mais.)

> Gostaria de saber o que pensam os amigos ciencialisteiros.

Sera' sim necessaria uma politica de conscientizacao -- nao apenas de
planejamento familiar, mas tbm de padroes de consumo.

Quem de nos toma banhos de apenas cinco minutos? Fecha a torneira eqto se
escova os dentes. Apaga todas as luzes de comodos vazios? Reutiliza papel
rabiscado? Procurou saber de programas de reciclagem em seu municipio?
Paga um pouco mais por um produto ambientalmente correto ou nao explora
mao-de-obra infantil? Regula a descarga sanitaria? Tem uma geladeira de
dimensoes apropriadas ao uso? E assim por diante...

(Mais discuros politico... bleargh)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] A frágil consciência ecológica
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 06/03/2001 16:42

Roberto Mitsuo Takata wrote:

>
> Sera' sim necessaria uma politica de conscientizacao -- nao apenas de
> planejamento familiar, mas tbm de padroes de consumo.
>
> Quem de nos toma banhos de apenas cinco minutos? Fecha a torneira eqto
> se
> escova os dentes. Apaga todas as luzes de comodos vazios?

Eu posso estar enganado, mas nao vejo a solucao da degradacao ambiental
ou do consumismo apenas na conscientizacao das pessoas.
Acredito que atitudes que afetam aos outros devem ser regulamentadas
por leis e punicoes.
Por exemplo, com impostos progressivos ao desperdicio:

Gastos de ateh 1m3 por dia /pessoa paga-se X por m3
de 1m3 a 2m3 por dia/pessoa paga-se 2X por m3
acima de 2m3 por dia/pessoa paga-se 10X por m3.

Se dependermos *apenas* da etica das proprias pessoas para regilacao
ambiental , acontecera que os menos eticos levarao vantagens sobre
os mais eticos.
Afinal este mundo nao eh o do Gerson? ("levar vantagem em tudo")?

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Sono e evolução
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 06/03/2001 17:03

On Tue, 6 Mar 2001, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> A economia de energia eh decorrente do aproveitamento deste estado
> de sono. "Ja que tenho q me proteger da noite vou fazer isso
> economizando energia". Se nao houvesse dias e noites nao haveria sono e
> os seres NAO precisariam dormir. Esta experiencia eh factivel. Estou
> dizendo agora q peixes dos lagos escuros talvez nao durmam ! Isto pode
> corroborar minha ideia ( se eles nao dormirem )

Animais de cavernas apresentam ciclos de descanso e atividade. Ursos
polares passam meses em escuridao completa com ciclos regulares de sono e
vigilia (idem nos meses de claridao completa).

Animais fossoriais e cegos possuem padroes de sono e vigilia.

Peixes de lagos com ciclos *normais* de claro e escuro nao dormem. (Mas
passam por periodos de atividade-descanso... o mesmo ocorrendo em
ambientes abissais e lagos escuros.)

> Mas deve ter suas causas... ninguem sai hibernando de graca....

Economia de energia...

> Eh isto q estou dizendo a economia eh decorrencia do estado de sono e
> nao a causa principal. O animal nao "diz" : "Vou dormir para economizar
> energia"ele diz : "Ja que NAO posso fazer nada melhor neste ambiente, vou dormir
> e aproveitar para economizar energia".

Ele nao diz nada. Mas pode sim haver pressao seletiva para a economia de
energia, como comentado no caso dos beija-flores. Isso ocorre tbm em
esquilos. Note-se o *pode*.

> Depende do animal, mas nos mamiferos terrestres acredito q a causa
> principal eh a nao adaptabilidade ao ambiente escuro ( ou claro )
> que os faria serem prezas faceis de predadores noturnos.

Como disse, vc pode acreditar 'a vontade, mas isso nao eh embasamento
algum. Pra se dizer q. algo eh de uma dada forma ou aconteceu de uma dada
forma eh preciso demonstrar isso com dados e nao especulacoes.

Nao estou mostrando q. a nao possa ter se processado por pressao para
evitacao de predacao (ou estresse ambiental), estou falando q. pode tbm
ser por outras causas. E eh necessario avaliar-se qual cenario eh o mais
provavel.

> Sim , mas analisando *apenas* por este aspecto enquanto se esta dormindo
> nao se esta reproduzindo. Isto quer dizer q nao adianta economizar
> tempo de vida dormindo se este tempo nao tera utilidade.

Acabei de mostrar o contrario, poxa...

> Sim, mas o q tem a ver dietas de restricao caloricas com sono?
> Podemos inaugurar uma nova thread discutindo as razoes evolutivas
> das restricoes caloricas e tempo de vida....

Vc esta' lendo pra responder 'as minhas mensagens?

Durante o sono o metabolismo eh mais baixo, o q. diminui o estresse
oxidativo. Restricoes caloricas tbm diminuem o estresse oxidativo. Isso
nao eh evolucao, eh bioquimica. Mostrando como o sono *pode* representar
um retardo dos processos de envelhecimento -- e consequente aumento da
vida reprodutiva e consequente aumento do sucesso reprodutivo. Aqui sim eh
evolucao.

> > Facamos o seguinte: fique seis dias sem dormir e veremos se vc eh
> > capaz de fazer qq coisa util...
>
> Mas isto eh pq meus genes ja me programaram para o sono ( justamente
> para eu nao ser comido por um leao ) e neste periodo eles executam uma
> serie de tarefas importantes. Por isso q eu digo vc nao deve ir contra o
> q seus genes "dizem".

Meus genes sao mudos. (Nao resisto e reproduzo uma frase atribuida ao
astronomo Ronaldo Mourao: "Claro q. os astros nao mentem jamais. Eles nao
dizem nada".)

Mas vc esta' deturpando todo o contexto do q. eu disse. O experimento eh
pra mostrar como a vida de um organismo depende ou pode depender do
periodo de sono. Eh preciso muito malabarismo mental (hipoteses ad hoc
sacadas da manga) pra fazer com q. uma pressao evolutiva pra evitacao da
predacao, acabe correlacionando o tempo q. se dorme (ate' um certo limite)
com a expectativa de vida.

> > > Nos animais adultos eu nao vejo outra razao a nao ser a nao
> > > adaptabilidade ao ambiente sem luz/com-luz.
> >
> > Animais adultos e filhotes nao sao especies distintas. Alias, sao o
> > mesmo individuo.
>
> Mas sao fases distintas da vida. Para uma crianca eh + importante
> dormir do que para um adulto ( em termos perpetuativos).

Quero ver como vc resolve isso matematicamente.

> > Vc mesmo concordou por exemplo em economia de energia q. poderia ser
> > canalizado a uma maior producao de gametas ou de gametas maiores/com
> > mais
> > aparatos q. garatam o sucesso reprodutivo.
>
> Sim, mas desde q o sono como mecanismo protetor esteja instalado.

Vc economiza sendo ou nao em funcao da evitacao da predacao. Digamos q.
nao haja diminuicao da predacao ou mesmo q. haja um aumento da predacao.
Se a economia de energia for suficientemente gde isso pode-se espalhar a
despeito da protecao ou nao.

> > Economia de energia tbm pode se refletir em uma maior 'vida util' do
> > organismo.
>
> Mas a vida-util maior nao tem sentido, do pto de vista biologico, se nao
> conferir maior vantagem reprodutiva.

Caramba, Barcellos, fico muito chateado porq. vc responde 'as minhas
mensagens sem le-las... Isso eh muita falta de consideracao de sua
parte... Qtas vezes preciso mostrar a *possibilidade* de correlacao entre
o aumento do tempo de vida e o sucesso reprodutivo? Ou eu q. nao sou
claro mesmo? Se for isso, diz o q. eu disse q. nao foi compreensivel...

> Pode ser secundario e pode ser primario tambem nao traz informacao
> ja que pode ser qualquer coisa.

Como nao sabemos mesmo, entao nao eh bom sair falando q. *eh* uma dada
coisa sem termos o minimo de embasamento pra garantir isso. Acho q. vc
finalmente esta' pegando o espirito da coisa.

> > A historia toda depende de diversos fatores. Quao eficientemente o
> > sono evita a predacao ou a exposicao a situacao de estresse ambiental?
>
> Q situacoes de estresse ambiental sao estas?
> Alem do perigo o animal nao adaptado pode nao conseguir cacar por
> exemplo ou nao conseguir parceiros sexuais ...

Excesso de calor ou de frio. De umidade ou de dessecacao. De salinidade ou
hipossalinidade. De acidez ou basicidade. De radiacao UV. Agentes
patogenicos, parasitarios e alergenicos. Substancias toxicas - metais
pesados, hidrocarbonetos aromaticos, e.g. Anoxia (excesso de oxigenio pode
ser considerado toxicidade...). E varias mais.

> Pq o sono talvez force o animal a nao sair de seu estado parado.
> Ele fica imune a sensacoes/inputs do meio ambiente.

Animais q. dormem nao estao imunes aos dados de entrada do ambiente. Alias
isso sim seria fatal para o gajo -- muitos predadores fazem buscas em
tocas surpreendendo os individuos q. dormem.

Gatos percebem seletivamente os sons do ambiente -- eles acordam
imediatamente ao ouvir sons associados 'a comida.

Peixes nao dormem e nem por isso saem do estado parado se nao forem
incomodados.

Vc pode inventar hipoteses ad hoc 'a vontade. Essa eh a vantagem de nao se
ter compromisso com o q. ocorre na vida real.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] A frágil consciência ecológica
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 06/03/2001 17:07

On Tue, 6 Mar 2001, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> Afinal este mundo nao eh o do Gerson? ("levar vantagem em tudo")?

Gracas a Deus, nao...

Q. precisamos de legislacao eh certo. Mas ela por si mesma tbm nao
resolve.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] O pessimismo
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 06/03/2001 17:08

On Tue, 6 Mar 2001, João Mário Miranda wrote:
> Tenho reparado que as pessoas tendem a ser tendencialmente
> tecnopessimistas. Há realmente razões para se pensar que a

Sera' mesmo q. existe esse tecnopessimismo generalizado?

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Camada de ozonio
FROM: "Jo�o Paulo Paterniani da Silva" <jopatern@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 06/03/2001 17:10


Ol�. J� que est�o falando da camada de oz�nio, conversei som meu
professor sobre isso e ele disse que toda essa conversa de que o CFC est�
acabando com a camada � balela. Ele n�o nega que o CFC destr�i o Oz�nio, mas
diz que, se o pr�prio oz�nio, produzido por escapamentos de carros n�o
consegue subir at� a atmosfera, seria imposs�vel o CFC subir ,j� que,
fazendo os c�lculos, � mais pesado que o primeiro. H� outro fator
importante: de acordo com ele, a Terra "se curaria" do superaquecimento
global, pois, se a temperatura aumentasse de modo a derreter as calotas
polares, ent�o tamb�m seria poss�vel a alguns mares evaporarem, devido a
esse fato, a Terra seria coberta por nuvens, o que impediria a entrada de
raios solares. Isso diminuiria novamente a temperatura.
Outra coisa: Se os maiores centros urbanos est�o no Hemisf�rio Norte,
ent�o por que o buraco se encontra no sul?
Segundo ele, o campo gravitacional da Terra emana energia suficiente
para afastar o oz�nio do Hemisf�rio Sul, isso explicaria o pq do buraco. O
�nico modo de provar isso seria medindo a quantidade de oz�nio no Polo Sul
magn�tico. Nesse caso, teria de haver um aumento na quantidade do oz�nio,
porque o campo gravitacional forma uma rota circular, de um p�lo a outro.
Esse excesso seria proveniente do Sul.



Jo�o Paulo Paterniani da Silva

_________________________________________________________________________
Get Your Private, Free E-mail from MSN Hotmail at http://www.hotmail.com.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Camada de ozonio
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 06/03/2001 17:21

On Tue, 6 Mar 2001, João Paulo Paterniani da Silva wrote:
> acabando com a camada é balela. Ele não nega que o CFC destrói o Ozônio, mas
> diz que, se o próprio ozônio, produzido por escapamentos de carros não
> consegue subir até a atmosfera, seria impossível o CFC subir ,já que,
> fazendo os cálculos, é mais pesado que o primeiro. Há outro fator

Nao eh q. o ozonio poluente nao suba em direcao 'as camadas mais altas da
atmosfera -- mas de fato ele acaba se concentrando aqui em baixo.

Com o CFC pode se processar do mesmo modo -- apenas uma fracao das
moleculas difundindo-se ateh as camadas mais altas.

Deve-se notar q o ozonio eh bem mais instavel do q. o CFC -- o q. vai
influir no seu tempo de residencia na atmosfera e consequentemente a
probabilidade de migrar para regioes mais altas.

O q. se acredita q. ocorra eh q. uma vez na regiao da camada de ozonio, as
moleculas de CFC -- ou melhor os atomos (ou eram os ions?) de cloro sao o
suficiente para fazer o estrago, catalisando a quebra das moleculas de O3.

> importante: de acordo com ele, a Terra "se curaria" do superaquecimento
> global, pois, se a temperatura aumentasse de modo a derreter as calotas
> polares, então também seria possível a alguns mares evaporarem, devido a
> esse fato, a Terra seria coberta por nuvens, o que impediria a entrada de
> raios solares. Isso diminuiria novamente a temperatura.

Bem, mais vapor d'agua, mais retencao de calor... se se atingir uma
situacao de equilbrio provavelmente sera' em um estado mais energetico do
q. o atual.

> Outra coisa: Se os maiores centros urbanos estão no Hemisfério Norte,
> então por que o buraco se encontra no sul?
> Segundo ele, o campo gravitacional da Terra emana energia suficiente
> para afastar o ozônio do Hemisfério Sul, isso explicaria o pq do buraco. O
> único modo de provar isso seria medindo a quantidade de ozônio no Polo Sul
> magnético. Nesse caso, teria de haver um aumento na quantidade do ozônio,
> porque o campo gravitacional forma uma rota circular, de um pólo a outro.
> Esse excesso seria proveniente do Sul.

Campo gravitacional? Pensei q. ele fosse relativamente uniforme e nao
polarizado, em funcao do formato da Terra. Nao e' pelos padroes de
convergencia de correntes atmosfericas?

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Camada de ozonio
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 06/03/2001 17:28

"João Paulo Paterniani da Silva" wrote:
> Há outro fator
> importante: de acordo com ele, a Terra "se curaria" do superaquecimento
> global, pois, se a temperatura aumentasse de modo a derreter as calotas
> polares, então também seria possível a alguns mares evaporarem, devido a
> esse fato, a Terra seria coberta por nuvens, o que impediria a entrada de
> raios solares. Isso diminuiria novamente a temperatura.

Não necessariamente. As nuvens também causam efeito estufa, portanto...

Ninguém sabe nada sobre aquecimento global nem sobre a camada de ozônio,
muito menos como será a biosfera daqui a 100 anos, se as coisas
continuarem como estão. Não existem dados suficientes para sustentar
qualquer hipótese.

[]s
==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
==========================================================


SUBJECT: Re: [ciencialist] O pessimismo
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 06/03/2001 17:30



Roberto Mitsuo Takata wrote:
>
> On Tue, 6 Mar 2001, João Mário Miranda wrote:
> > Tenho reparado que as pessoas tendem a ser tendencialmente
> > tecnopessimistas. Há realmente razões para se pensar que a
>
> Sera' mesmo q. existe esse tecnopessimismo generalizado?

Se calhar estou a ser pessimista, mas parece-me que os cenários
pessimistas são mais atraentes para a maioria das pessoas.

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: A fr�gil consci�ncia ecol�gica
FROM: "O_Iniciado" <peterlsm@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 06/03/2001 17:37


Takata:

>> Nao existe desenvolvimento sem exploracao do
>> ambiente (insisto: primeira lei da termodinamica) e
>> nao existe exploracao do ambiente sem degradacao
>> desse ambiente (segunda lei da termodinamica).

Amigo, compreendo sua percepção, mas gostaria de inserir um
comentário. Considerando que o meio-ambiente tem sua própria
capacidade de regeneração (estou falando apenas dos recursos
renováveis), não é impossível criarmos tecnologias que acelerem a
velocidade dessa renovação até o momento em que as coisas fiquem
equilibradas.
Sem dúvida, em um ponto específico vai haver a
exploração/degradação do ambiente, mas dentro de condições criadas
para que o produto final não seja o o de perda nem para quem explora,
nem para quem é explorado. Vou dar um exemplo. Uma população pequena,
que cresca apenas até certo limite (controlada) irá conviver sem
problemas em uma ilha relativamente pequena.
Quando Malthus pensou sua teoria não estava contando com a
tecnologia. Em meu pensamento, a tecnologia não veio apenas para
suprir o problema da falta de alimento de um grande população mundial,
e sim para trazer bem-estar e conforto. Mas isso só seria possível
dentro de uma população controlada.
O gigantismo populacional faz, por exemplo, que o Estado perca o
controle sobre o fenômeno gerado. Percebo que esse problema se estende
a outras áreas. Essa é uma questão que tenho pensado muito, e sempre
chego a conclusão que mesmo com uma utilização da Ciência (tanto
natural quanto social) voltada exclusivamente para o benefício da
humanidade não irá ter grandes conquistas se a população mundial
estiver tão grande.
Há teorias que dizem que o planeta ainda suporta "muito mais"
pessoas do que existem. Talvez isso seja possível, dentro do contexto
dos primeiros parágrafos dessa mensagem, mas está me parecendo que o
ideal seria uma população bastante difusa e controlada no planeta,
onde pudesse haver harmonia na divisão do espaço com os animais, uma
atitude ecológica em relação a atmosfera, aos mares, as matas e ao
próprio homem. Essa é minha opinião, baseada em minha humilde
percepção dos acontecimentos e de comparações histórico-estatísticas.
Gostaria de saber o que pensam os amigos ciencialisteiros.

Um abraço.

Peterson.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Sono e evolução
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 06/03/2001 17:51

Roberto Mitsuo Takata wrote:

> On Tue, 6 Mar 2001, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> > A economia de energia eh decorrente do aproveitamento deste estado
> > de sono. "Ja que tenho q me proteger da noite vou fazer isso
> > economizando energia". Se nao houvesse dias e noites nao haveria
> sono e
> > os seres NAO precisariam dormir. Esta experiencia eh factivel. Estou
>
> > dizendo agora q peixes dos lagos escuros talvez nao durmam ! Isto
> pode
> > corroborar minha ideia ( se eles nao dormirem )
>
> Animais de cavernas apresentam ciclos de descanso e atividade.

> Ursos
> polares passam meses em escuridao completa com ciclos regulares de
> sono e
> vigilia (idem nos meses de claridao completa).
>

Vc nao entendeu o q eu disse : Eu disse q num ambiente onde *nunca*
entrou luz como os peixes cegos das cavernas , podera nao haver periodos

de sono/vigilia.


>
> > Mas deve ter suas causas... ninguem sai hibernando de graca....
>
> Economia de energia...

Nao se economiza energia sem razao...


>
>
> > Eh isto q estou dizendo a economia eh decorrencia do estado de sono
> e
> > nao a causa principal. O animal nao "diz" : "Vou dormir para
> economizar
> > energia"ele diz : "Ja que NAO posso fazer nada melhor neste
> ambiente, vou dormir
> > e aproveitar para economizar energia".
>
> Ele nao diz nada. Mas pode sim haver pressao seletiva para a economia
> de
> energia, como comentado no caso dos beija-flores. Isso ocorre tbm em
> esquilos. Note-se o *pode*.
>

Mostra as razoes desta pressao seletiva para esta economia.


>
> > Depende do animal, mas nos mamiferos terrestres acredito q a causa
> > principal eh a nao adaptabilidade ao ambiente escuro ( ou claro )
> > que os faria serem prezas faceis de predadores noturnos.
>
> Como disse, vc pode acreditar 'a vontade, mas isso nao eh embasamento
> algum. Pra se dizer q. algo eh de uma dada forma ou aconteceu de uma
> dada
> forma eh preciso demonstrar isso com dados e nao especulacoes.
>

Com dados vc NAO demosntra uma teoria , vc pode apenas REFUTA-LA.
E *antes* de se ir atras de dados feito louco discute-se a logica da
teoria.


>
> > Sim, mas o q tem a ver dietas de restricao caloricas com sono?
> > Podemos inaugurar uma nova thread discutindo as razoes evolutivas
> > das restricoes caloricas e tempo de vida....
>
> Vc esta' lendo pra responder 'as minhas mensagens?
>
> Durante o sono o metabolismo eh mais baixo, o q. diminui o estresse
> oxidativo. Restricoes caloricas tbm diminuem o estresse oxidativo.
> Isso
> nao eh evolucao, eh bioquimica. Mostrando como o sono *pode*
> representar
> um retardo dos processos de envelhecimento -- e consequente aumento da
>
> vida reprodutiva e consequente aumento do sucesso reprodutivo. Aqui
> sim eh
> evolucao.
>

Neste caso o sono soh teria sentido na idade nao reprodutiva.

Nao adianta aumentar a vida do animal se o tempo de sua vida
reprodutiva permanece a mesma. Nao se tem ganho algum com isso.
Ganha-se no tempo de vida e perde-se no sono.


>
> > > Facamos o seguinte: fique seis dias sem dormir e veremos se vc eh
> > > capaz de fazer qq coisa util...
> >
> > Mas isto eh pq meus genes ja me programaram para o sono ( justamente
>
> > para eu nao ser comido por um leao ) e neste periodo eles executam
> uma
> > serie de tarefas importantes. Por isso q eu digo vc nao deve ir
> contra o
> > q seus genes "dizem".
>
> Meus genes sao mudos. (Nao resisto e reproduzo uma frase atribuida ao
> astronomo Ronaldo Mourao: "Claro q. os astros nao mentem jamais. Eles
> nao
> dizem nada".)
>
> Mas vc esta' deturpando todo o contexto do q. eu disse. O experimento
> eh
> pra mostrar como a vida de um organismo depende ou pode depender do
> periodo de sono.

Vc que esta deturpando.
Estamos discutindo as RAZOES EVOLUTIVAS PARA O APARECIMENTO
do sono e NAO o q sua ausencia faz depois q os genes JA O POSSUEM.


>
> Vc economiza sendo ou nao em funcao da evitacao da predacao. Digamos
> q.
> nao haja diminuicao da predacao ou mesmo q. haja um aumento da
> predacao.
> Se a economia de energia for suficientemente gde isso pode-se espalhar
> a
> despeito da protecao ou nao.
>

Parece q vc nao entende nada do q eu falo.....

[]s
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] A frágil consciência ecológica
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 06/03/2001 17:53

Roberto Mitsuo Takata wrote:

> On Tue, 6 Mar 2001, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> > Afinal este mundo nao eh o do Gerson? ("levar vantagem em tudo")?
>
> Gracas a Deus, nao...
>
> Q. precisamos de legislacao eh certo. Mas ela por si mesma tbm nao
> resolve.

Que precisamos ensinar etica eh certo mas ela somente nao resolve.

[]s
jocax





SUBJECT: O pessimismo
FROM: "O_Iniciado" <peterlsm@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 06/03/2001 18:12

João Miranda:

>> Tenho reparado que as pessoas tendem a ser
>> tendencialmente tecnopessimistas. Há realmente
>> razões para se pensar que a temperatura do planeta
>> está a aumentar e que a população humana é
>> excessiva ou essa sensação é o resultado da ampliação
>> das más notícias por parte dos media?

É, talvez você esteja certo, João... realmente, os estudos sobre o
buraco na camada de ozônio devem ser manipulações inconscientes dos
cientistas pessimistas que interpretam os dados. A temperatura do
planeta está exatamente como a milhares de anos atrás. Eu mesmo não
estive presente na elaboração dos dados que dizem demonstrar a
extinção de milhares de animais, e acho que essa coisa de falarem
sobre as queimadas, destruição das matas e da biodiversidade é coisa
de gente atrasada que não quer evolução. E sobre o crescimento
descontrolado da população humana devem ser meras inconsequências de
estudiosos "pessimistas" que não andam tendo muito sobre o que falar e
ficam se preocupando a toa.
Realmente, tudo isso deve ser "resultado da ampliação das más
notícias por parte da mídia"...

Um abraço.

Peterson.



SUBJECT: Re: Sono e evolucao
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 06/03/2001 18:16

Dois textos relacionados:

What do we know about the evolution of sleep--when it arose and why?
Bacteria surely don't sleep, do they?
http://www.sciam.com/askexpert/biology/biology24.html

How do whales and dolphins sleep without drowning?
http://www.sciam.com/askexpert/biology/biology28/biology28.html

outras paginas relacionadas:

Sleep Home Pages
http://bisleep.medsch.ucla.edu/

Sono, sua estrutura e monitoracao
http://www.epub.org.br/cm/n12/mente/sono.html

estudos sobre a evolucao do sono:

Kavanau JL 1997 -- Origin and evolution of sleep: Roles of vision and
endothermy. BRAIN RESEARCH BULLETIN 42: (4) 245-64.

Segundo o artigo, tto o sono como a memoria estariam associadas
intimamente com a evolucao de mecanismos de reforco e manurencao da
eficiencia sinaptica. Haveria uma depressao (mas nao supressao) do
processamento de estimulos ambientais -- em especial os visuais -- q.
causariam um menor ruido nos processos de fixacao de memoria por um
determinado circuito de reforco. A ligacao do sono com a fase REM e a
demonstracao de q. esquilos terrestres apresentavam uma estabilizacao de
sinapses no cerebro por ate' 4 horas a cada hora dormida dariam apoio a
essa interpretacao. (A aquisicao da endotermia teria levado a uma
pressao para a inibicao dos sinais motores de modo a se evitar
movimentacao involuntaria do corpo -- ja' q. apenas a hipotonia muscular,
q. ocorre em outros grupos, nao eh capaz de prevenir tais movimentos.)

KORTH C 1995 -- A CO-EVOLUTIONARY THEORY OF SLEEP. MEDICAL HYPOTHESES 45:
(3) 304-10.

Pro autor, o sono teria evoluido como resposta a pressao para a diminuicao
da permeabilidade da barreira hematoencefalica q. ocorre durante o estado
de vigilia.

KRUEGER JM, OBAL F, KAPAS L, FANG JD 1995 -- BRAIN ORGANIZATION AND SLEEP
FUNCTION. BEHAVIOURAL BRAIN RESEARCH 69: (1-2) 177-85.

Nao sei se o primeiro autor eh parente do Freddy -- de 'A Hora do
Pesadelo'. Aqui eles, supoem q. o sono desenvolveu-se inicialmente em
nivel de grupos de neuronios. O sono resultaria no uso e na consequente
manutencao de sinapses q. nao sao suficientemente estimuladas durante o
estado de vigilia, preservando a superestrutura sinaptica. Se um numero
suficiente de grupos neuronais estao no estado de sono, entao a percepcao
desse estado passa a ocorrer.


[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Sono e evolução
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 06/03/2001 18:40

On Tue, 6 Mar 2001, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> Vc nao entendeu o q eu disse : Eu disse q num ambiente onde *nunca*
> entrou luz como os peixes cegos das cavernas , podera nao haver periodos
> de sono/vigilia.

Nao eh o q. se observa como eu disse e vc providencialmente apagou...
(como se nao ficasse registro no historico da lista).

> > Economia de energia...
>
> Nao se economiza energia sem razao...

Ja' apresentei pelo menos duas vantagens q. poderiam ser obtidas com a
economia dessa energia q. nao passe necessariamente pela evitacao da
predacao ou do estresse ambiental.

> Mostra as razoes desta pressao seletiva para esta economia.

De novo?

Economiza-se energia e desvia-se isso para a producao de gametas.
Economiza-se energia e aloca-se para o corpo em estruturas e funcoes q.
lhe garantam sucesso reprodutivo.

Claro q. poderia nao ser nada disso. Existem diversos outros cenarios
propostos -- alguns apresentei em outra mensagem.

> Com dados vc NAO demosntra uma teoria , vc pode apenas REFUTA-LA.
> E *antes* de se ir atras de dados feito louco discute-se a logica da
> teoria.

Claro q. se demonstra. Apenas nao prova. A demonstracao da logica da
teoria tbm passa por mostrar q. ela eh consistente com os dados obtidos
ateh o momento.

Do contrario estaremos apenas no terreno da possibilidade. Dizer q. algo
eh possivel eh diferente de dizer q. isso de fato ocorreu.

Estou mostrando q. o q. vc afirma eh apenas uma dentre outras
possibilidades. Se vc quiser mostrar q. a q. vc defende eh a mais
plausivel entao deve mostrar os dados relativos.

> Neste caso o sono soh teria sentido na idade nao reprodutiva.

Claro q. nao. Eh justamente na idade reprodutiva q. pode apresentar a gde
vantagem de prolonga'-la.

> Estamos discutindo as RAZOES EVOLUTIVAS PARA O APARECIMENTO
> do sono e NAO o q sua ausencia faz depois q os genes JA O POSSUEM.

Estranho, lembro-me de alguem q. queria desativar alguns genes pra mostrar
q. esses genes surgiram para produzir pernas... Acho q. estou ficando
gaga' ou ha' um clone seu por ai'?

Se o sono foi selecionado, entao ele tem uma dada funcao no organismo. Se
privamos algo ou alguem do sono, entao essa funcao fica comprometida.
Descobrimos assim qual eh a funcao do q. foi privado. Com alguma seguranca
poderemos extrapolar entao como sendo a vantagem evolutiva conferida pela
caracterisitica analisada -- qual seja, o sono -- essa vantagem tem gdes
possibilidades de ser a funcao perdida.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Sono e evolução
FROM: "Francisco" <fbrito@globo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 06/03/2001 20:21


----- Original Message -----
From: "Eduardo Gueron" <dgueron@mailbr.com.br>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Monday, March 05, 2001 11:49 PM
Subject: Re: [ciencialist] Sono e evolução


>
>
> "Raul Sturari Jr." wrote:
> >
> > Caros colegas,
> >
> > Uma pergunta vem me atormentando por alguns dias e decidi pedir ajuda a
vocês. Por que dormimos? Teoricamente, dormir confere uma desvantagem do
ponto de vista evolutivo pois o animal fica mais vulnerável aos predadores.
Vejam que não estou discutindo as funções do sono, que apesar de um tanto
obscuras aos poucos estão sendo desvendadas. O que eu não entendo é por que
um organismo que estaria mais vulnerável durante o sono foi selecionado pela
natureza?
> >
> > [ ]'s
> > Raul


Só para não peder o hábito de dar meus pitácos, aqui vai mais um:

Acredito que no processo de evolução dos organismos, quanto mais complexo o
animal vai ficando, maiores são suas necessidades energéticas para continuar
funcionando e maiores são seus desgastes físicos.

Os animais que, de alguma forma, apresentavam algum meio de preservar sua
energia e reparar os danos causados pelo desgaste físico, apresentavam uma
vantagem sobre os que não tinham esses meios e, portanto, conseguiam se
reproduzir mais eficientemente e passar essa caracteristica para seus
descendentes.

Talvés, o meio reparador de desgaste físico mais eficiente surgido tenha
sido o "dormir", pois esse repara os danos do dia, evitando um efeito
cumulativo e ajuda a economizar energia.

Sendo o mais eficaz método reparador do desgaste físico, conferiu aos seus
possuidores uma vantagem grande o bastante para sobrepujar os detentores de
outros meios menos eficazes, eliminando- os da competição evolutiva. (Não
faço a mínima idéia de que outros meios poderiam ser estes)

As diferentes características de sono das diferentes espécies (sono noturno,
sono diurno, animais que dormem com apenas uma parte do cérebro, etc.)
ocorreram de pressões evolutivas diferentes e posteriores àquelas que gerara
m o sono mesmo!


Espero não ter falado muita bobagem! O que acham?

Francisco



SUBJECT: Os fluxions de Newton
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 06/03/2001 23:25

Oi pessoal,
já que vcs acabaram com minha sugestão lamarkiana do sono, voltemos á minha praia.

Acabei de escrever o artigo "Os flúxions de Newton (1)" para que o aluno do ensino médio tenha um pouco do histórico dessa jabiraca e tenham uma boa idéia de onde vem o cálculo diferencial. Salientei com exemplos o cálculo de flúxions usando toda a técnica newtoniana (e leibniz iana). O porque disso é que a maioria dos alunos aprendem aqueles famosas regrinhas de derivação para funções polinomiais e não têm a mínima idéia do que anda por detrás disso.
Como há algumas pinceladas históricas no texto apreciaria que dessem uma leitura e seus pareceres. Toda e qualquer sugestão será bem vinda.
O artigo está no "provisório" do imperdível ... depois dessas leituras poderá ir para on-line ... eis o endereço:
www.convex.com.br/esquina/feiradeciencias/sala19/texto32.htm

A parte (2) desse trabalho será dedicada á integração, desde aquela de Galileu até as básicas para alguns cálculos na física do ensino médio.

Agradeço a gentileza e o tempo dispensado aos flúxions (1),

[]'
Léo



SUBJECT: Lista engarrafada
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 06/03/2001 23:39

Olá a todos,

hoje recebi 47 mensagens da ciencialist. Tudo bem, estou em casa e
posso apagar o que quiser, entretanto é impossível ler tudo o que está
sendo escrito. Enviei ontem uma resposta à pergunta sobre o sono e, hoje
quando abri a caixa postal, notei que havia outras 25 (a maioria do
Takata e do Joccax) o que fez a minha ser desprezada..:P . Certo, são
especialistas na área e devem se manifestar mais do que aqueles que
pouco conhecem contudo penso que está havendo um certo exagero - em
outras ocasiões fomos (notem a silepse :P) outros a exceder o número de
mensagem, isto é apenas um exemplo.
Sugiro, portanto, que cada participante da lista deva evitar ao máximo
mandar mais do que, por exemplo, 4 mensagens/dia (isto é um número
aleatório sem estudo estatístico prévio). Não acho que isso deva ser
regra, em uma emergência conceitual :P podemos superar tal limite, mas
creio que seria útil que tal política fosse adotada informalmente por
todos nós.

um abraço, Eduardo.

PS: Desculpem a petulância já que não sou responsável nem fundador desta
lista.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Sono e evolução
FROM: "Neville Martins" <neville@catanduva.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 07/03/2001 00:43

Assunto: Sono e evolução.

Durante a 1a. guerra mundial, um soldado francês foi atingido por um
estilhaço de granada, o qual ficou-lhe embutido no cérebro. Daí em diante
nunca mais teve sono, sem que isso lhe prejudicasse, a não ser por um
detalhe prosaico: Ele reclamou um aumento na sua pensão de guerra alegando
ter despesas extras pois necessitava fazer 6 ou mais refeições a cada 24
horas.

Segundo o que o Médico Cláudio Varela, a longevidade das células (e dos
organismos em geral) diminue com o aumento da taxa de processamento de
calorias ingeridas.

As informações acima sugerem que se não ocorrer períodos de repouso, a taxa
de consumo de alimentos aumenta e portanto diminue a longevidade do
indivíduo.

Por outro lado considerando que se todas as espécies terrestres comessem dia
e noite sem dar trégua para crescimento diurno dos vegetais, teríamos uma
redução exponencial na produção de alimentos, e freqüentes crises de
escassez (os criadores de gado conhecem bem a drástica influencia do
manuseio das
pastagem na sua capacidade de suporte).

Daí, mais essa hipótese: O ritmo circadiano é mais um mecanismo para manter
um relativo equilíbrio das espécies na nossa velha Gaia.

abraços
neville




SUBJECT: Sono e Sonho
FROM: msbn@daterranet.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 07/03/2001 01:42

Caros ciencialisteiros,

O Takata nos informou que os peixes não dormem. Mas, entre os bichos
que dormem, quais os que sonham?

William Dement, psiquiatra da Universidade de Standford, constatou
que o estado onírico ocorre no sono com MOR (movimento ocular
rápido).Descobriu também que o MOR e os padrões eletrencefalográficos
dos sonhos são curtos nas aves e ausentes nos répteis, ou seja, os
répteis não sonham (ao menos os atuais, de sangue frio) e as aves,
muito pouco.

Nos mamíferos, segundo Gastalt e Bert, a duração do sono com MOR (em
que há sonhos) é maior nos primatas, sobretudo no homem. Os
chimpanzés sonham durante 15% do seu período de sono, enquanto no
homem este índice eleva-se para 24%. Conforme E. Morin, o recém-
nascido "sapiens" sonha durante 40% a 70% do seu sono, ao passo que
no chimpanzé recém-nascido os estados oníricos duram de 4 a 5%.

Outro fato interessante, também descoberto por Dement e comentado por
Carl Sagan em seu livro "Os Dragões do Éden": o de que existe uma
relação muito estreita entre a ereção do pênis ou do clitóris e o
sono com MOR. Ora, nos primatas a ereção do pênis está associada ao
sexo e aos rituais agonísticos de manutenção de hierarquia e de
demarcação do território (ou seja, a Eros e a Thanatos). Logo, seriam
estes, via de regra, o conteúdo dos sonhos, que pode se manifestar de
uma forma explícita ou mediante metáforas e metonímias.

Na página 111 do livro supracitado, Carl Sagan (cientista, divulgador
da ciência e cético de carteirinha) comenta: "Um excelente teste do
mérito das idéias científicas é sua comprovação subsequente. (...)
Freud sustentava que a grande maioria, senão toda a 'energia
psíquica' de nossas emoções e do material onírico oriundos do
processo primário tem origem sexual. O papel absolutamente essencial
do interesse sexual em proporcionar a perpetuação da espécie faz com
que essa idéia não pareça boba nem depravada como era encarada pelos
contemporâneos vitorianos de Freud. (...) Mas agora, três quartos de
século depois, as experiências no laboratório de Dement e outros
psicólogos parecem apoiar Freud.(...) Aparentemente, segue-se que o
sexo e os sonhos não são casualmente inter-relacionados, ao contrário
disso, possuem laços profundos e fundamentais. (...) muitos dos
vislumbres de Freud parecem duradouros e corajosos, assim como
válidos."

Abraços,
Manuel Bulcão

PS.: E os vermes, artrópodes, moluscos e anfíbios, esses animais
dormem?

"Existem muitas questões a que a ciência atualmente não pode dar
resposta. Mas o trabalho científico constitui a única estrada que nos
pode levar a um conhecimento da realidade externa a nós mesmos."
(Sigmund Freud)



SUBJECT: Re: [ciencialist] Sono e evolução
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 07/03/2001 03:15


> > Assunto: Sono e evolução.
> >
> > Durante a 1a. guerra mundial, um soldado francês foi atingido por um
> > estilhaço de granada, o qual ficou-lhe embutido no cérebro. Daí em diante
> > nunca mais teve sono, sem que isso lhe prejudicasse, a não ser por um
> > detalhe prosaico: Ele reclamou um aumento na sua pensão de guerra alegando
> > ter despesas extras pois necessitava fazer 6 ou mais refeições a cada 24
> > horas.
> >
> >

Oi,

não conheço caso algum de alguém que tenha sobrevivido sem dormir. Na
realidade, vi uma reportagem de um sujeito que possuía tal distúrbio
(não conseguia dormir) que acabou morrendo de uma maneira absolutamente
horrível - foi sentindo dores pelo corpo e gradativamente sua
consciência foi diminuindo além de outros sintomas desagradáveis. Pelo
que eu já ouvi dizer, o sono é necessário apesar de não se saber
exatamente o porquê desta necessidade e qual o tempo ideal que uma
pessoa deve dormir. Não estou duvidando dos exemplos citados por vcs mas
se forem verdadeiros devem estar muito bem documentados ou, talvez,
tenha havido simplesmente uma diminuição considerável do tempo de
repouso para essas pessoas.

[] Eduardo.


SUBJECT: Re: Lista engarrafada
FROM: "Andre Roviralta Dias Baptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 07/03/2001 06:20


> Sugiro, portanto, que cada participante da lista deva evitar ao máximo
> mandar mais do que, por exemplo, 4 mensagens/dia (isto é um número
> aleatório sem estudo estatístico prévio). Não acho que isso deva ser
> regra, em uma emergência conceitual :P podemos superar tal limite, mas
> creio que seria útil que tal política fosse adotada informalmente por
> todos nós.

Sou a favor também, sem ser uma regra rígida, claro. O que acontece é que
aqueles que não estão de "plantão" o dia inteiro, acabam ficando de foradas
discussões!!

abraços,

André



SUBJECT: RE: [ciencialist] Re:Ciência e capitalis mo
FROM: jmanuel.otero@icaa.mcu.es
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 07/03/2001 06:35

Como nom pudem até hoje, estou a seguir agora o debate desde a última vez que intervim na lista.

Gostei da intervençom de Eduardo, pois acho que dá num ponto importante do funcionamento do sistema-mundo capitalista: o poder do capital financiero deslocando ao capital produtivo. Este último está gravado com importantes impostos enquanto que nom encontra o capital financeiro. Para participar no investimento bolsista é preciso já possuir umha certa riqueza e existem formas de investimento financeiro que garantem seguido o lucro.

Talvez conheçam a existência de ATTAC, umha organizaçom internacional que solicita um mínimo imposto (acho que de 0,1 %) para toda a operaçom de capital financeiro, o que suporia umha importante fonte de ingressos que poderia paliar as diferenças sociais tam fortes que existem hoje no mundo, e a pobreza extrema. Acho que está baseado numha ideia de um Prémio Nobel de Economia chamado Tobin e por isso o imposto é chamado "taxa Tobin".

Concordo com Eduardo que a forma de funcionamento do capitalismo é prejudicial para a grande maioria da Humanidade.

Num campo como o da medicina, tal como comentou Eduardo, a cousa é avondo clara.

E se o Estado actual se encontra em processo de descrédito é por estar constrangido pola acçom do capital transnacional, que está interessado nisso.

J. Manuel Outeiro

-----Mensaje original-----
De: jmiranda@explicacoes.com [mailto:jmiranda@explicacoes.com]
Enviado el: viernes 2 de marzo de 2001 17:54
Para: ciencialist@yahoogroups.com
Asunto: Re: [ciencialist] Re:Ciência e capitalis mo




Eduardo wrote:

>
> Vc acha justo que alguem ganhe dinheiro porque investiu em um lugar ao
> inves de outro a despeito do trabalho, da producao?

Se você acha que esse trabalho não é meritório tente faze-lo você mesmo.
O mercado bolsista realiza o trabalho nada facil de descobrir em que
actividade é mais adequado investir o dinheiro. É uma forma
descentralizada de tomada de decisões e uma forma de aproveitar a
inteligencia de multiplos agentes. A aplicação dos mecanismos da bolsa
à previsão de resultados eleitorais, por exemplo, revelou-se em muitos
casos muito mais eficaz do que as sondagens. Você pode substituir este
sistema por sistemas de gestão centralizadas por parte dos governos. Eu
prefiro deixar esse papel para quem está disposto a arriscar o próprio
dinheiro.


> Outro exemplo da supervalorizacao do lucro em detrimento do bem estar das
> pessoas esta na industria farmaceutica. A doenca cronica eh a melhor solucao
> para tais industrias, vc acha que ha interesse em que se cure totalmente
> doencas como a diabetes? Em medicina, podemos citar varios exemplos
> relacionados, principalmente, com a prevencao de doencas. Para mim eh obvio
> que um sistema alicerciado no lucro nao pode ser bom para a sociedade em geral
> e que, por conservacao de dinheiro :P, o lucro de pessoas ou de paises so
> existe gracas ao prejuizo ou desgraca de outros.

Mas se você não baseia o seu sistema com base no lucro baseia-o em quê?
Altruismo? Que eu saiba o altruismo ainda não foi proibido e nunca
produziu
uma cura para a diabetes. O lucro produziu insulina em larga escala. O
que
produziu o altruismo? Se não é o altruismo será o estado. Mas o estado
nem sequer consegue fazer o que lhe compete. Não consegue prestar
cuidados
de saúde básicos nem consegue cobrar impostos a quem os devia pagar.
--
joão
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SUBJECT: Sono e Sonho
FROM: msbn@daterranet.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 07/03/2001 11:40

Caros listeiros,

O Takata nos informou que os peixes não dormem. Mas, entre os animais
que dormem, quais os que sonham?

O psiquiatra Willian Dement, da Universidade Standford, descobriu que
o estado onírico somente ocorre no sono com MOR (Movimento Ocular
Rápido). Descobriu também que o MOR e os padrões
eletrencefalográficos dos sonhos são curtos nas aves e ausentes nos
répteis, ou seja, os répteis não sonham (ao menos os atuais, de
sangue frio), e as aves, muito pouco.

Entre os mamíferos, segundo Gastalt e Bert, são os primatas,
sobretudo os homens, os que sonham mais. Os chimpanzés sonham durante
15% do seu sono, ao passo que, nos humanos, esse índice é de 24%.
Isto é, parece que há uma relação entre a duração dos períodos de
sonho e a complexidade do cérebro.

Outro fato interessante também descoberto por Dement: há uma
correlação muito estreita entre a ereção do pênis ou do clitóris e o
sono em fase de MOR. Ora, nos primatas essa ereção está ligada ao
sexo e aos rituais agonísticos de manutenção da hierarquia e de
demarcação do território (ou seja, a Eros e a Thanatos). Logo, via de
regra, o conteúdo dos sonhos consiste em sexo, poder e agressão, quer
se manifeste explicitamente ou então de uma forma velada, mediante
metáforas e metonímias.

O cientista, divulgador da ciência e expoente do ceticismo científico
Carl Sagan (aliás, quem disse que todo cético é um inquisidor?), em
seu livro "Os Dragões do Éden" (pág. 111), escreveu: "Um excelente
teste do mérito das idéias científicas é sua comprovação subseqüente.
(...) Freud sustentava que a grande maioria, senão toda a `energia
psíquica' de nossas emoções e do material onírico oriundos do
processo primário tem origem sexual. O papel absolutamente essencial
do interesse sexual em proporcionar a perpetuação da espécie faz com
que essa idéia não pareça boba nem depravada como era encarada pelos
contemporâneos vitorianos de Freud. (...) Mas agora, três quartos de
século depois, as experiências no laboratório de Dement e outros
psicólogos parecem apoiar Freud. (...) Aparentemente, segue-se que o
sexo e os sonhos não são casualmente inter-relacionados, ao contrário
disso, possuem laços profundos e fundamentais. (...) Muitos dos
vislumbres de Freud parecem duradouros e corajosos, assim como
válidos."

Abraços,
Manuel Bulcão

"Existem muitas questões a que a ciência atualmente não pode dar
resposta. Mas o trabalho científico constitui a única estrada que nos
pode levar a um conhecimento da realidade externa a nós mesmos."
(Sigmund Freud)




SUBJECT: Re: Os fluxions de Newton
FROM: andrebaptista@uol.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 07/03/2001 12:14


>Como h� algumas pinceladas hist�ricas no texto apreciaria que dessem uma leitura e seus pareceres. Toda e qualquer sugest�o ser� bem vinda.

L�o, o que h� para comentar? Apenas que se eu tivesse tido um professor de f�sica como voc� as coisas teriam sido muitos mais f�ceis!

abra�os,

Andr� Baptista


SUBJECT: queijo ralado
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 07/03/2001 13:57

andrebaptista@uol.com.br wrote:
> O Mcdonald's é um dos
> únicos lugares do Brasil onde pobres e ricos se encontram e comem
> juntos.

Onde os não tão pobres e os ricos comem juntos.

> Já o sr. Bové
> ouvi dizer que é produtor de queijos finos, como o Roquefort. Pelo
> preço que minha família inteira come no Mcdonald's, não dá para
> comprar um pedaço do queijo do sr. Bové.

Com o dinheiro que eu gasto levando minha namorada [e eu junto, é claro]
para fazer um lanche no MacDonalds dá para comprar 0,6 Kg de roquefort
francês lá no Carrefour. Dá sanduíche de roquefort prá mais de um mês.

==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
==========================================================


SUBJECT: Re: Sono e evolução
FROM: dra_savat@bol.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 07/03/2001 14:12

--- In ciencialist@y..., "Raul Sturari Jr." <raulsturari@i...> wrote:
> Interessante você haver mencionado a caso deste soldado francês.
Existe uma
> mulher na Itália, citada pelo meu professor de neurofisiologia que
também
> nunca dorme. Gostaria de saber se há estudos prospectivos a
respeito desses casos.

Como toda a polícia secreta do mundo inteiro sabe, a privação do sono
também pode afrouxar as línguas mais corajosas. Costumava-se pensar
que a privação do sono rem fosse um caminho certo para a loucura,
principalmente porque a vigília prolongada pode causar alucinações,
mas essa teoria tem poucos seguidores hoje em dia. Ficar sem dormir
tem sido um desafio , sendo que o recorde é mantido por um jovem
norte-americano chamado Randy Gardner que , numa feira de ciências do
curso colegial em 1965, desafiou o recorde mundial de ficar sem
dormir - mais de duzentas e sessenta horas, O pesquisador William
Dement leu sobre a tentativa num jornal e aproveitou a oportunidade
para monitora-la. Já haviam transcorrido oitenta horas, quando o Dr.
Dement e um colega da Stanford University, Dr. George Gulevitch,
encontraram o estudante, mas seus colegas de escola atestaram que ele
não havia dormido até então. Os observadores descobriram que, quanto
mais o tempo passava, mais esforços eram necessários para mantê-lo
acordado e motivado durante as longas noites; durante o dia isso era
bem mais fácil. Por fim, diante de dezenas de câmeras de TV e
repórteres, Randy Gardner disse boa-noite, às 6:12h da manhã, depois
de ficar sem dormir por duzentas e sessenta e quatro horas e doze
minutos. "É uma simples questão da mente acima da matéria", revelou o
rapaz saudável de 17 anos antes de deslizar satisfeito entre os
lençóis. Quatorze horas e quarenta minutos depois, ele acordou de
novo, sentindo-se muito bem. Ficou acordado durante quase vinte e
quatro horas, dormido então oito horas. Em pouco tempo, seu padrão de
sono estava normal e ele não demonstrava nenhum sinal de efeito
negativo.
O experimento ajudou a mostrar que a privação do sono não leva
automaticamente à loucura como muitos acreditavam e alguns ainda
crêem. Randy Gardner teve uma ou duas pequenas experiências
alucinatórias durante a tentativa, mas não apresentou comportamento
paranóico ou psicótico.

Outro caso notável. Embora ainda não tenha descoberto uma pessoa que
de fato não dorme nunca, Meddis encontrou em 1973 uma enfermeira
aposentada de 70 anos de idade que revelou dormir apenas uma hora por
noite sem cochiar durante o dia. O Dr. Meddis e dois colegas da
Bedford College da Universidade de Londres relataram suas descobertas
como "Um caso extremo de insônia saudável", no periódico
Electroencephalography and Clinical Neurophysiology.Os médicos
entrevistaram "Mary M" que, embora aposentada, mantinha-se ocupada,
escrevendo e pintando. Ela lhes contou que desprezava a inatividade,
mas eles não descobriram indícios de hipomania, ou comportamento
maníaco. Antes que ela fosse ao laboratório, pediram-lhe para
registrar os dados de seu sono durante duas semanas e o registro que
apresentou mostrou uma média de duração do sono de quarenta e nove
minutos em vinte e quatro horas, demonstrando que este caso era
incompatível com a teoria de que é necessário um sono substancial
para a recuperação da mente e do corpo.

[]'s
Tânia






SUBJECT: Re: queijo ralado
FROM: "Andre Roviralta Dias Baptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 07/03/2001 14:28


----- Original Message ----- <TBORGES@BSI.COM.BR>


> andrebaptista@uol.com.br wrote:
> > O Mcdonald's é um dos
> > únicos lugares do Brasil onde pobres e ricos se encontram e comem
> > juntos.
>
> Onde os não tão pobres e os ricos comem juntos.

Se você for um trabalhador explorado pelo capitalismo (isto é, trabalha em
um Banco, em uma indústria, em uma empresa multinacional, etc) então o seu
salário dá para você comer no Macdonald´s, ainda que eventualmente. Agora se
você for um excluído, uma pessoa que não tem como arranjar emprego no
mercado capitalista, apesar das ofertas de emprego estarem explodindo, então
você não pode comer nem no macdonald´s. Não culpe o capitalismo, culpe o
governo corrupto e safado, que além de impedir que o capitalismo floresça no
Brasil, isto desde a época do Barão de Mauá, ainda rouba o dinheiro que
devia ser destinado a saúde e educação, para sustentar a pança de políticos,
juízes, diretores de estatais, secretários disso e daquilo, etc.

>
> > Já o sr. Bové
> > ouvi dizer que é produtor de queijos finos, como o Roquefort. Pelo
> > preço que minha família inteira come no Mcdonald's, não dá para
> > comprar um pedaço do queijo do sr. Bové.
>
> Com o dinheiro que eu gasto levando minha namorada [e eu junto, é claro]
> para fazer um lanche no MacDonalds dá para comprar 0,6 Kg de roquefort
> francês lá no Carrefour. Dá sanduíche de roquefort prá mais de um mês.

Então você descobriu que o Roquefort é um produto popular, parabéns.
Proponho que se faça uma concorrência pública para o fornecimento de
Roquefort na merenda escolar. A concorrência vai ser de cartas marcadas, vai
ganhar a sociedade formada por mim e pelo senhor Bové. Eu ganho meu
dinheirinho justo, e o sr. Bové desiste de invadir plantações. Bom para todo
mundo.

[]´s

André

>





SUBJECT: Re: [ciencialist] Sono e evolução
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 07/03/2001 14:44

Roberto Mitsuo Takata wrote:
>
> On Tue, 6 Mar 2001, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> > Vc nao entendeu o q eu disse : Eu disse q num ambiente onde *nunca*
> > entrou luz como os peixes cegos das cavernas , podera nao haver
> periodos
> > de sono/vigilia.
>
> Nao eh o q. se observa como eu disse e vc providencialmente apagou...
> (como se nao ficasse registro no historico da lista).

Pq vc mostrou exemplos q nao satisfaziam as hipoteses :
Eu disse que em ambientes que nunca entrou luz nenhuma
( claro q devem ser fechados para especies provenientes de ambientes
luminosos ) eh provavel q tais seres nao durmam.
Peixes abssais nao servem pois apresentam a visao, sinal de
que tem contacto com algum tipo de luz.


>
> > > Economia de energia...
> >
> > Nao se economiza energia sem razao...
>
> Ja' apresentei pelo menos duas vantagens q. poderiam ser obtidas com a
> economia dessa energia q. nao passe necessariamente pela evitacao da
> predacao ou do estresse ambiental.

A unica vantagem , que aceitei, seria das criancas que por nao terem
atingido a maturidade sexual nao teriam necessidade de gastar
esta energia tanto qto os adultos. Mas isto nao explicaria
o sono nos adultos.

Quero tambem dizer que os mecanismos neuro-quimicos que levam
ao estado de sonolencia nao eh a razao evolutiva para o sono.

Os mecanismos do sono sao simplesmente a forma fisica que a natureza
encontrou para implementar o sono. Nao sua causa evolutiva.

Repito minha ideia : a economia de energia nao eh a razao para
o sono ela, assim como outras funcoes associadas ao sono,
sao decorrentes da existencia do sono como forma de protecao
aa ambientes (luminoso/escuro) em que os animais nao estavam bem
adaptados.


>
> > Mostra as razoes desta pressao seletiva para esta economia.
>
> De novo?
>
> Economiza-se energia e desvia-se isso para a producao de gametas.
> Economiza-se energia e aloca-se para o corpo em estruturas e funcoes
> q.
> lhe garantam sucesso reprodutivo.

Como disse isto eh decorrencia do organismo APROVEITAR o sono
para fazer algo UTIL e nao que o sono seja necessario para a
producao de gametas ou outras tarefas.

CLARO que atualmente
onde o sono JA ESTA INSTALADO ele eh necessario pois a natureza
fez com que o organismo ja se adaptasse a este estado e HOJE eh
algo NECESSARIO.


>
> Claro q. poderia nao ser nada disso. Existem diversos outros cenarios
> propostos -- alguns apresentei em outra mensagem.
>
> > Com dados vc NAO demosntra uma teoria , vc pode apenas REFUTA-LA.
> > E *antes* de se ir atras de dados feito louco discute-se a logica da
> > teoria.
>
> Claro q. se demonstra. Apenas nao prova.

Provar eh demonstrar com a logica e os axiomas.
Repito nenhuma teoria cientifica pode ser provada ou demonstrada
com os dados. A teoria pode ser corroborada ou refutada apenas.


>A demonstracao da logica da
> teoria tbm passa por mostrar q. ela eh consistente com os dados
> obtidos
> ateh o momento.

A consistencia com os dados nao tem nada a ver com a demonstracao
da logica. Uma teoria pode ser totalmente revolucionaria e portanto
ela soh precisa ser consistente com ela propria e nao com outras
teorias da moda. Os dados poderao refuta-la ou corrobora-la.

"Minha" teoria do sono pode ser refutada se :
For provado que o sono eh independente da capacidade do organismo
em se adaptar aa escuridao ou claridade. Isto implica que
quanto maior a dependencia do organismo aa luz ou escuridao maior
sera sua necessidade de dormir. Bacterias e fungos por exemplo
nao devem dormir.



>
> Do contrario estaremos apenas no terreno da possibilidade. Dizer q.
> algo
> eh possivel eh diferente de dizer q. isso de fato ocorreu.
>
> Estou mostrando q. o q. vc afirma eh apenas uma dentre outras
> possibilidades. Se vc quiser mostrar q. a q. vc defende eh a mais
> plausivel entao deve mostrar os dados relativos.


Os dados seriam a correlacao da necessidade do sono com a dependencia
de sobrevivencia ao ambiente luminoso. Minha(?) teoria aponta
que esta correlacao eh alta. Se nao for a teoria estara refutada.




>
> > Neste caso o sono soh teria sentido na idade nao reprodutiva.
>
> Claro q. nao. Eh justamente na idade reprodutiva q. pode apresentar a
> gde
> vantagem de prolonga'-la.

Para que prolongar a vida se ela nao eh usada?
Note q estamos falando das razoes evolutivas do sono
hoje ja nao podemos prescindir do sono.

>
> > Estamos discutindo as RAZOES EVOLUTIVAS PARA O APARECIMENTO
> > do sono e NAO o q sua ausencia faz depois q os genes JA O POSSUEM.
>
> Estranho, lembro-me de alguem q. queria desativar alguns genes pra
> mostrar
> q. esses genes surgiram para produzir pernas... Acho q. estou ficando
> gaga' ou ha' um clone seu por ai'?

Vc nao entendeu, a razao de desativar genes eh mostrar que o fenotipo
depende deles. Eh claro q sono eh genetico e portanto existem
genes a determina-lo e a pergunta eh : Pq razao?
Eu digo q a razao principal NAO eh a economia de energia e
sim a protecao.


>
> Se o sono foi selecionado, entao ele tem uma dada funcao no organismo.

Sim, originalmente de protecao ( sua razao primeira )
e DEPOIS ,em decorrencia dele estar instalado, o aproveitamento
deste tempo para a execucao de diversas funcoes que acabaram por se
tornar vitais.

> Se
> privamos algo ou alguem do sono, entao essa funcao fica comprometida.
> Descobrimos assim qual eh a funcao do q. foi privado.

Sim , mas esta nao eh a razao evolutiva do sono eh a consequencia
do sono ter se instalado na especie.

SE O SONO FOSSE APENAS PARA ECONOMIZAR ENERGIA NAO HAVERIA CORRELACAO
DELE COM A NOITE E O DIA. A FORTE CORRELACAO DO SONO COM A LUMINOSIDADE
INDICA QUE O AMBIENTE LUMINOSO INFLUENCIOU ESTA CARACTERISTICA.

[]S
JOCAX


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: queijo ralado
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 07/03/2001 15:06

Andre Roviralta Dias Baptista wrote:
> Se você for um trabalhador explorado pelo capitalismo (isto é, trabalha em
> um Banco, em uma indústria, em uma empresa multinacional, etc) então o seu
> salário dá para você comer no Macdonald´s, ainda que eventualmente.

Não vejo a conexão entre trabalhar [e ter um salário digno] com ser
explorado pelo capitalismo. Aliás, o que é que o capitalismo
[socialismo, facismo, induísmo, eufemismo e outros ismos] tem a ver com
a história? Estava falando que o MacDonuts não é tão barato a ponto de
pobres irem lá comer qualquer coisa e nem o roquefort é tão caro como vc
havia sugerido.

> Agora se
> você for um excluído, uma pessoa que não tem como arranjar emprego no
> mercado capitalista, apesar das ofertas de emprego estarem explodindo, então
> você não pode comer nem no macdonald´s.

É, infelizmente vou ter que ficar pedindo esmolas na porta mesmo.

> Não culpe o capitalismo, culpe o
> governo corrupto e safado, que além de impedir que o capitalismo floresça no
> Brasil, isto desde a época do Barão de Mauá, ainda rouba o dinheiro que
> devia ser destinado a saúde e educação, para sustentar a pança de políticos,
> juízes, diretores de estatais, secretários disso e daquilo, etc.

E o que o Barão de Mauá tem a ver com o MacDone? E que o capitalismo tem
a ver com toda esta história? Já leu Animal Farm? Sabe aquele burro?
Aquele que diz que não importa quem [ou o que] esteja no poder, as
coisas sempre vão ser as mesmas. Pois é...

O sistema econômico não importa, nem um governo honesto e honrado.

==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
==========================================================


SUBJECT: Teste sua inteligencia
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 07/03/2001 15:54

QI

Teste sua inteligência pela rede
MARCELO GRIMBERG
FREE-LANCE PARA A FOLHA , 7 de março de 2001
"Qual é meu QI?" Se você já se interessou em medir seu quociente de
inteligência, mas desistiu de fazer os testes, pode tentar obter a
resposta
na Internet.
Em português, há pelo menos duas provas. Uma delas está em
www.internau.psi.
br/lazer/qiprincipal.asp. Ela contém 60 questões que devem ser
respondidas
em até 45 minutos.
Outro teste que diz indicar o nível de inteligência do internauta, um
pouco
mais simples -com 18 questões-, pode ser feito no endereço
www.webgula.com/
canais/testes.

Para verificar sua capacidade de resolver problemas gráficos, uma boa
prova
está no site da New York High IQ Society (www.highiqsociety.com), no
item
Membership Test. Dez acertos -entre 25 questões- permitem ao candidato
filiar-se à associação.

Tanto essa prova como a que está em http://cech.cesnet.cz/IQ/index.php
trazem enunciados em inglês, mas o formato das questões não exige o
domínio
da língua estrangeira para entendê-las.

Você pode fazer testes de QI na Internet, mas considere os testes um
indicativo, não uma resposta exata. Para Alexandre Luccas, diretor do
CRP-
SP (Conselho Regional de Psicologia), qualquer tipo de teste psicológico
-
inclusive de QI-, para ser válido, requer o acompanhamento de um
profissional da área.
"Grande parte da avaliação depende do entendimento que o entrevistador
tem
do mundo do entrevistado, que não é simplesmente uma leitura fria de
suas
habilidades", diz.

Já o neurocirurgião Joel Augusto Teixeira, membro da Mensa
(www.mydia.com/
mensa), uma das organizações que reúnem pessoas com QI elevado, acredita
que testes de QI na Internet são bons indicativos da inteligência de uma
pessoa. "Mas não dá para confiar totalmente neles. Sem saber ao certo a
procedência, só é possível ter uma idéia", afirma.

Para Teixeira, o valor absoluto do QI também não tem grande importância,

que testes diferentes não possuem escalas equivalentes. "Por isso, para
admitir membros, sociedades de QI baseiam-se em porcentagens de pessoas
com
melhores resultados."


SUBJECT: Re: Re: [ciencialist] Sono e evolução
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 07/03/2001 16:00

>Takata escreveu:
> Tania, seria preciso uma analise mais aprofundada -- garantindo q. nao se
> constituem em casos isolados. (Naturalmente ha' uma variacao na populacao
> qto 'a necessidade de sono diaria para a manutencao da capacidade de
> atencao durante o estado de vigilia -- o Luis Brudna eh um extremo dessa
> variacao e eu sou outro extremo...)

Nah.. eu durmo minhas 8 horas diarias. Somente troco uma madrugada de
sono por uma manha de sono. Sei que isso nao eh certo, mas quem mandou a
ligacao telefonica ser mais barata na madrugada!? :)

Aproveitando o mail... soh agora fui perceber o erro (de formato) na
pagina de apoio a Ciencialist. Vou arrumar... numa dessas madrugadas.

Mais... tbem concordo que o numero de mensagens na Ciencialist eh
relativamente elevado. Nao consigo acompanhar todos os debates... e nao
sei como tem gente que consegue. :)

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna



SUBJECT: Re: [ciencialist] queijo ralado
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 07/03/2001 16:01



TARCISIO BORGES wrote:
>
> andrebaptista@uol.com.br wrote:
> > O Mcdonald's é um dos
> > únicos lugares do Brasil onde pobres e ricos se encontram e comem
> > juntos.
>
> Onde os não tão pobres e os ricos comem juntos.
>
> > Já o sr. Bové
> > ouvi dizer que é produtor de queijos finos, como o Roquefort. Pelo
> > preço que minha família inteira come no Mcdonald's, não dá para
> > comprar um pedaço do queijo do sr. Bové.
>
> Com o dinheiro que eu gasto levando minha namorada [e eu junto, é claro]
> para fazer um lanche no MacDonalds dá para comprar 0,6 Kg de roquefort
> francês lá no Carrefour. Dá sanduíche de roquefort prá mais de um mês.
>
Oi,

de onde veio a mensagem original repondida pelo Tarcísio que eu não
recebi?

Eduardo.


SUBJECT: Re: [ciencialist] queijo ralado
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 07/03/2001 16:01

Eduardo Gueron wrote:
> > > Já o sr. Bové
> > > ouvi dizer que é produtor de queijos finos, como o Roquefort. Pelo
> > > preço que minha família inteira come no Mcdonald's, não dá para
> > > comprar um pedaço do queijo do sr. Bové.
> > Com o dinheiro que eu gasto levando minha namorada [e eu junto, é claro]
> > para fazer um lanche no MacDonalds dá para comprar 0,6 Kg de roquefort
> > francês lá no Carrefour. Dá sanduíche de roquefort prá mais de um mês.
> Oi,
> de onde veio a mensagem original repondida pelo Tarcísio que eu não
> recebi?

Na verdade deu um xabú no meu micro e a mensagem dele ficou na minha
caixa de entrada como se eu não a tivesse lido, a data é de 28 de
fevereiro. Coisas do uindows.

==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
==========================================================


SUBJECT: Re: Re: [ciencialist] Sono e evolução
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 07/03/2001 16:28

Aproveitando o puxao de orelhas pelo excesso de postagem, reuno varias
mensagens em uma so' (bem, em temos de megabytes acaba nao sendo muito
dirente, mas enfim...).

On Wed, 7 Mar 2001, Neville Martins wrote:
> Durante a 1a. guerra mundial, um soldado francês foi atingido por um

Neville, nao consigo encontrar nada a respeito nem na Internet, nem nos
bcos de dados de publicacoes cientificas... Vc tem algum detalhe a mais
sobre isso (nome principalmente)?

> Segundo o que o Médico Cláudio Varela, a longevidade das células (e dos

Nao seria o Dr. Drauzio Varela? Bem, mas nao eh uma pesquisa dele --
embora ele tenha comentado sobre esse trabalho no Fantastico ha' pouco
tempo.

* Ramsey JJ, Harper ME, Weindruch R 2000 -- Restriction of energy intake,
energy expenditure, and aging. FREE RADICAL BIOLOGY AND MEDICINE 29: (10)
946-68.

Demonstrando o aumento da longevidade com a restricao calorica (q. nao
cause desnutricao) em roedores de laboratorio (no resumo nao se especifica
se sao camundongos ou ratos).

*Lakowski B, Hekimi S 1998 -- The genetics of caloric restriction in
Caenorhabditis elegans. PROCEEDINGS OF THE NATIONAL ACADEMY OF SCIENCES
OF THE UNITED STATES OF AMERICA 95: (22) 13091-6.

Mostra a validade da conclusao em um verme nematoide.

Existem outros estudos na mesma linha -- pelo menos desde 1991. Mas esses
dois sao os mais famosos.

> Daí, mais essa hipótese: O ritmo circadiano é mais um mecanismo para manter
> um relativo equilíbrio das espécies na nossa velha Gaia.

Mecanismos *para* me soa finalista demais... (Alias esse eh um gde
problema da metafora de Gaia e do gene egoista -- q. embora estejam no
espectro oposto sobre a relacao entre organismos e ambiente, padecem do
mesmo mal da linguagem teleonomica.)


On Thu, 30 Nov 2000, Raul Sturari Jr. wrote:

> Interessante você haver mencionado a caso deste soldado francês. Existe
> uma mulher na Itália, citada pelo meu professor de neurofisiologia que

Raul, vc tem mais dados sobre isso?

> que o mínimo necessário )aumenta a longevidade em humanos? Qual seria o
> limite entre restrição calórica e desnutrição (que mata)? Por que

Nao eh comer menos q. o minimo necessario... eh comer *o* minimo
necessario. Abaixo disso descambamos para a desnutricao. O limite eh a
taxa metabolica basal -- a qtdade de energia q. gastamos em repouso e a
qtd de comida q. ingerimos para repor esse gasto.

On Wed, 7 Mar 2001 dra_savat@bol.com.br wrote:
> minutos em vinte e quatro horas, demonstrando que este caso era
> incompatível com a teoria de que é necessário um sono substancial
> para a recuperação da mente e do corpo.

Tania, seria preciso uma analise mais aprofundada -- garantindo q. nao se
constituem em casos isolados. (Naturalmente ha' uma variacao na populacao
qto 'a necessidade de sono diaria para a manutencao da capacidade de
atencao durante o estado de vigilia -- o Luis Brudna eh um extremo dessa
variacao e eu sou outro extremo...)

------------
Alguns estudos sobre a privaca do sono -- uma colecao aleatoria de estudos
mais recentes. (Notamos q. 'a primeira vista alguns achados parecem
contraditorios entre si, evidenciando a necessidade de uma maior
compreensao do fenomeno antes de sairmos chutando qq coisa.)

* Redwine L, Hauger RL, Gillin JC, Irwin M 2000 -- Effects of sleep and
sleep deprivation on interleukin-6, growth hormone, cortisol, and
melatonin levels in humans. JOURNAL OF CLINICAL ENDOCRINOLOGY AND
METABOLISM 85: (10) 3597-603.

A privacao do sono diminuiu os niveis sericos de interleucina-6 (q. atua
no funcionamento correto do sistema imunologico). Estudos feitos com 36
voluntarios masculinos.

* Renegar KB, Crouse D, Floyd RA, Krueger J 2000 -- Progression of
influenza viral infection through the murine respiratory tract: The
protective role of sleep deprivation. SLEEP 23: (7) 859-63.

A privacao do sono em camundongos diminuiu os riscos de contaminacao com
virus de gripe -- 12 de 12 animais com periodo normal de sono apresentavam
o virus (inoculado pela regiao nasal) na regiao bronco-alveolar (BA) apos
72 h da inoculacao, eqto apenas 2 de 12 animais privados de sono
apresentavam o virus na BA. Os niveis de interleucina-1 e interferon na BA
estavam aumentados nos animais privados de sono.

* Harrison Y, Horne JA, Rothwell A 2000 -- Prefrontal neuropsychological
effects of sleep deprivation in young adults - a model for healthy
aging?. SLEEP 23: (8) 1067-73.

Jovens privados de sono por um periodo de 36 horas tiveram dimiuidas as
funcoes desempenhada pelo cortex pre-frontal para niveis equivalentes a de
adultos sexagenarios. A diminuicao das funcoes do cortex pre-frontal eh o
q. ocorre no processo normal de envelhecimento.

* Thomas M, Sing H, Belenky G, Holcomb H, Mayberg H, Dannals R, Wagner H,
Thorne D, Popp K, Rowland L, Welsh A, Balwinski S, Redmond D 2000 --
Neural basis of alertness and cognitive performance impairments during
sleepiness. I. Effects of 24 h of sleep deprivation on waking human
regional brain activity. JOURNAL OF SLEEP RESEARCH 9: (4) 335-52.

17 jovens privados de sono, apresentaram nas primeiras 24 horas uma
diminuicao global da taxa de utilizacao de glicose pelo cerebro --
especialmente em estruturas corticais e subcorticais.

* Rehman A, Taishi P, Fang JD, Majde JA, Krueger JM 2001 -- The cloning of
a rat peptidoglycan recognition protein (PGRP) and its induction in brain
by sleep deprivation. CYTOKINE 13: (1) 8-17.

Em ratos privados de sono houve um aumento de ARNm de proteina de
reconhecimento de peptidoglicanas (uma proteina q. se liga a
peptidoglicanas e paredes de bacterias -- tendo um papel imunologico) no
tronco cerebral (43%) e no hipotalamo (17%) em relacao ao normal.

* Benedito MAC, Camarini R 2001 -- Rapid eye movement sleep deprivation
induces an increase in acetylcholinesterase activity in discrete rat brain
regions. BRAZILIAN JOURNAL OF MEDICAL AND BIOLOGICAL RESEARCH 34: (1)
103-9.

Privacao de sono REM (ou MOR como se referiu Bulcao) levou a um aumento da
atividade da enzima q. degrada a acetilcolina -- uma importante substancia
q. media os sinais nervosos entre as celulas.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Sono e evolução
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 07/03/2001 16:42

Francisco wrote:
>
> Só para não peder o hábito de dar meus pitácos, aqui vai mais um:
>
> Acredito que no processo de evolução dos organismos, quanto mais
> complexo o
> animal vai ficando, maiores são suas necessidades energéticas para
> continuar
> funcionando e maiores são seus desgastes físicos.
>
> Os animais que, de alguma forma, apresentavam algum meio de preservar
> sua
> energia e reparar os danos causados pelo desgaste físico, apresentavam
> uma
> vantagem sobre os que não tinham esses meios e, portanto, conseguiam
> se
> reproduzir mais eficientemente e passar essa caracteristica para seus
> descendentes.
>
> Talvés, o meio reparador de desgaste físico mais eficiente surgido
> tenha
> sido o "dormir", pois esse repara os danos do dia, evitando um efeito
> cumulativo e ajuda a economizar energia.
>
> Sendo o mais eficaz método reparador do desgaste físico, conferiu aos
> seus
> possuidores uma vantagem grande o bastante para sobrepujar os
> detentores de
> outros meios menos eficazes, eliminando- os da competição evolutiva.
> (Não
> faço a mínima idéia de que outros meios poderiam ser estes)
>
> As diferentes características de sono das diferentes espécies (sono
> noturno,
> sono diurno, animais que dormem com apenas uma parte do cérebro, etc.)
> ocorreram de pressões evolutivas diferentes e posteriores àquelas que
> gerara
> m o sono mesmo!
>
> Espero não ter falado muita bobagem! O que acham?
>
> Francisco
>
> Yahoo! Groups Sponsor
>
>
>
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
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> Your use of Yahoo! Groups is subject to the Yahoo! Terms of Service.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Sono e evolução
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 07/03/2001 16:45

Francisco wrote:
>
> Só para não peder o hábito de dar meus pitácos, aqui vai mais um:
>
> Acredito que no processo de evolução dos organismos, quanto mais
> complexo o
> animal vai ficando, maiores são suas necessidades energéticas para
> continuar
> funcionando e maiores são seus desgastes físicos.
>
> Os animais que, de alguma forma, apresentavam algum meio de preservar
> sua
> energia e reparar os danos causados pelo desgaste físico, apresentavam
> uma
> vantagem sobre os que não tinham esses meios e, portanto, conseguiam
> se
> reproduzir mais eficientemente e passar essa caracteristica para seus
> descendentes.
>
> Talvés, o meio reparador de desgaste físico mais eficiente surgido
> tenha
> sido o "dormir", pois esse repara os danos do dia, evitando um efeito
> cumulativo e ajuda a economizar energia.

Veja bem,
o organismo nao precisa parar para dormir para se reparar, quando
vc sofre um ferimento, o processo de cura comeca logo q o corte
acontece.

Outra coisa : Pq usar a noite para isto e nao outo periodo qualquer,
por exemplo, semana sim semana, nao ou mes sim mes nao , ou
4 horas de atividade 2 horas de reparacao...
O periodo de sono coincidindo com a falta de luz eh sinal que
ha correlacao do sono com esta ausencia de luz.

Economizar energia simplesmente para economizar tambem nao eh razao.
Se fosse assim os animais ficariam durmindo eternamente.


[]s
jocax


SUBJECT: Re: Re: [ciencialist] Sono e evolução
FROM: "Lord Screen Saver" <screen_saver@ig.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 07/03/2001 17:06

ae

vi umas reportagens

onde os caras diziam que o consumo de oxigenio, diminuia o tempo de vida em
moscas...

moscar que naum voavam, só andavam, tinham alguns meses de vida a mais do
que as que voavam e consumiam mais oxigenio

mas no caso de humanos quem pratica exercicios teoricamente vive mais, mas
quem pratica mais exercicio consome mais oxigenio

li tambem que se tu dormir.... mas ser acordado em seguida e ter apenas
cochilos sem entra no estado REM, tu fica pirado...
começa a ter alucinações se sempre que for entrar em REM te acordarem

eu particularmente gosto de ficar bastante horas acordados... mas chega um
ponto que embora naum esteja morrendo de sono...

fico mais branco que o normal, mais palido hehee, e começo a suar frio...
mesmo que ainda eu nem esteja com muito sono

falam que se o cara come demais, tipo esses fortão que comem varios pratos
de massa pra mante a musculatura... vivem menos pois consomem demais...


mas acho que naum é o caso, normalmente é o contrario, naum é...
claro se naum usar nenhum remedio pra fica fortão...

----- Original Message -----
From: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Wednesday, March 07, 2001 4:28 PM
Subject: Re: Re: [ciencialist] Sono e evolução


Aproveitando o puxao de orelhas pelo excesso de postagem, reuno varias
mensagens em uma so' (bem, em temos de megabytes acaba nao sendo muito
dirente, mas enfim...).

On Wed, 7 Mar 2001, Neville Martins wrote:
> Durante a 1a. guerra mundial, um soldado francês foi atingido por um

Neville, nao consigo encontrar nada a respeito nem na Internet, nem nos
bcos de dados de publicacoes cientificas... Vc tem algum detalhe a mais
sobre isso (nome principalmente)?

> Segundo o que o Médico Cláudio Varela, a longevidade das células (e dos

Nao seria o Dr. Drauzio Varela? Bem, mas nao eh uma pesquisa dele --
embora ele tenha comentado sobre esse trabalho no Fantastico ha' pouco
tempo.

* Ramsey JJ, Harper ME, Weindruch R 2000 -- Restriction of energy intake,
energy expenditure, and aging. FREE RADICAL BIOLOGY AND MEDICINE 29: (10)
946-68.

Demonstrando o aumento da longevidade com a restricao calorica (q. nao
cause desnutricao) em roedores de laboratorio (no resumo nao se especifica
se sao camundongos ou ratos).

*Lakowski B, Hekimi S 1998 -- The genetics of caloric restriction in
Caenorhabditis elegans. PROCEEDINGS OF THE NATIONAL ACADEMY OF SCIENCES
OF THE UNITED STATES OF AMERICA 95: (22) 13091-6.

Mostra a validade da conclusao em um verme nematoide.

Existem outros estudos na mesma linha -- pelo menos desde 1991. Mas esses
dois sao os mais famosos.

> Daí, mais essa hipótese: O ritmo circadiano é mais um mecanismo para
manter
> um relativo equilíbrio das espécies na nossa velha Gaia.

Mecanismos *para* me soa finalista demais... (Alias esse eh um gde
problema da metafora de Gaia e do gene egoista -- q. embora estejam no
espectro oposto sobre a relacao entre organismos e ambiente, padecem do
mesmo mal da linguagem teleonomica.)


On Thu, 30 Nov 2000, Raul Sturari Jr. wrote:

> Interessante você haver mencionado a caso deste soldado francês. Existe
> uma mulher na Itália, citada pelo meu professor de neurofisiologia que

Raul, vc tem mais dados sobre isso?

> que o mínimo necessário )aumenta a longevidade em humanos? Qual seria o
> limite entre restrição calórica e desnutrição (que mata)? Por que

Nao eh comer menos q. o minimo necessario... eh comer *o* minimo
necessario. Abaixo disso descambamos para a desnutricao. O limite eh a
taxa metabolica basal -- a qtdade de energia q. gastamos em repouso e a
qtd de comida q. ingerimos para repor esse gasto.

On Wed, 7 Mar 2001 dra_savat@bol.com.br wrote:
> minutos em vinte e quatro horas, demonstrando que este caso era
> incompatível com a teoria de que é necessário um sono substancial
> para a recuperação da mente e do corpo.

Tania, seria preciso uma analise mais aprofundada -- garantindo q. nao se
constituem em casos isolados. (Naturalmente ha' uma variacao na populacao
qto 'a necessidade de sono diaria para a manutencao da capacidade de
atencao durante o estado de vigilia -- o Luis Brudna eh um extremo dessa
variacao e eu sou outro extremo...)

------------
Alguns estudos sobre a privaca do sono -- uma colecao aleatoria de estudos
mais recentes. (Notamos q. 'a primeira vista alguns achados parecem
contraditorios entre si, evidenciando a necessidade de uma maior
compreensao do fenomeno antes de sairmos chutando qq coisa.)

* Redwine L, Hauger RL, Gillin JC, Irwin M 2000 -- Effects of sleep and
sleep deprivation on interleukin-6, growth hormone, cortisol, and
melatonin levels in humans. JOURNAL OF CLINICAL ENDOCRINOLOGY AND
METABOLISM 85: (10) 3597-603.

A privacao do sono diminuiu os niveis sericos de interleucina-6 (q. atua
no funcionamento correto do sistema imunologico). Estudos feitos com 36
voluntarios masculinos.

* Renegar KB, Crouse D, Floyd RA, Krueger J 2000 -- Progression of
influenza viral infection through the murine respiratory tract: The
protective role of sleep deprivation. SLEEP 23: (7) 859-63.

A privacao do sono em camundongos diminuiu os riscos de contaminacao com
virus de gripe -- 12 de 12 animais com periodo normal de sono apresentavam
o virus (inoculado pela regiao nasal) na regiao bronco-alveolar (BA) apos
72 h da inoculacao, eqto apenas 2 de 12 animais privados de sono
apresentavam o virus na BA. Os niveis de interleucina-1 e interferon na BA
estavam aumentados nos animais privados de sono.

* Harrison Y, Horne JA, Rothwell A 2000 -- Prefrontal neuropsychological
effects of sleep deprivation in young adults - a model for healthy
aging?. SLEEP 23: (8) 1067-73.

Jovens privados de sono por um periodo de 36 horas tiveram dimiuidas as
funcoes desempenhada pelo cortex pre-frontal para niveis equivalentes a de
adultos sexagenarios. A diminuicao das funcoes do cortex pre-frontal eh o
q. ocorre no processo normal de envelhecimento.

* Thomas M, Sing H, Belenky G, Holcomb H, Mayberg H, Dannals R, Wagner H,
Thorne D, Popp K, Rowland L, Welsh A, Balwinski S, Redmond D 2000 --
Neural basis of alertness and cognitive performance impairments during
sleepiness. I. Effects of 24 h of sleep deprivation on waking human
regional brain activity. JOURNAL OF SLEEP RESEARCH 9: (4) 335-52.

17 jovens privados de sono, apresentaram nas primeiras 24 horas uma
diminuicao global da taxa de utilizacao de glicose pelo cerebro --
especialmente em estruturas corticais e subcorticais.

* Rehman A, Taishi P, Fang JD, Majde JA, Krueger JM 2001 -- The cloning of
a rat peptidoglycan recognition protein (PGRP) and its induction in brain
by sleep deprivation. CYTOKINE 13: (1) 8-17.

Em ratos privados de sono houve um aumento de ARNm de proteina de
reconhecimento de peptidoglicanas (uma proteina q. se liga a
peptidoglicanas e paredes de bacterias -- tendo um papel imunologico) no
tronco cerebral (43%) e no hipotalamo (17%) em relacao ao normal.

* Benedito MAC, Camarini R 2001 -- Rapid eye movement sleep deprivation
induces an increase in acetylcholinesterase activity in discrete rat brain
regions. BRAZILIAN JOURNAL OF MEDICAL AND BIOLOGICAL RESEARCH 34: (1)
103-9.

Privacao de sono REM (ou MOR como se referiu Bulcao) levou a um aumento da
atividade da enzima q. degrada a acetilcolina -- uma importante substancia
q. media os sinais nervosos entre as celulas.

[]s,

Roberto Takata


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Para sair da lista envie um mail para
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Sono e evolução
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 07/03/2001 17:09

João Mário Miranda wrote:
>
> Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
>
> >
> > Economizar energia simplesmente para economizar tambem nao eh razao.
> > Se fosse assim os animais ficariam durmindo eternamente.
>
> Acho que há uma boa razão para os animais dormirem à noite e não
> dormirem eternamente. De dia o tempo é melhor empregue a caçar, de
> noite o tempo é melhor empregue a dormir. Simples.

Isto q estava a dizer : A adaptabilidade do organismo ao
ambiente com luz ou sem luz q determina o sono.

>Claro que os
> morcegos discordam. Mas não existe uma solução ideal para todos.
> Os morcegos gerem melhor o seu tempo domindo de dia e caçando de
> noite.

Alguns mais adaptados aa escuridao dormem de dia
os adaptados aa luz dormem aa noite.

[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Sono e evolução
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 07/03/2001 17:15

Roberto Mitsuo Takata wrote:
>
> On Wed, 7 Mar 2001 lrb@if.ufrgs.br wrote:
> > Mais... tbem concordo que o numero de mensagens na Ciencialist eh
> > relativamente elevado. Nao consigo acompanhar todos os debates... e
> nao
> > sei como tem gente que consegue. :)
>
> Ultima participacao publica minha nesta linha entao (alguem ainda
> acredita
> nessas minha promessas? ah! eu nao pedi desculpas, neh? desculpem-me,
> por
> favor... nada como um hipocrita bem-educado q. nem eu, nao?... re re.)
>
> On Wed, 7 Mar 2001, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> > Para que prolongar a vida se ela nao eh usada?
> > Note q estamos falando das razoes evolutivas do sono hoje ja nao
> podemos
> > prescindir do sono.
>
> Considere-se um animal A com tempo de vida igual a 5 anos (sendo
> sexualmente maduro ao nascer). Considere-se uma variedade A' que durma
> 40%
> do tempo, mas q. viva 10 anos (tbm sexualmente maduro ao nascer). A
> taxa
> de fecundidade nao eh alterada (i.e. o numero de descendentes q. deixa
> por
> ano acordado).


As hipoteses nao sao justas :

1- 60% de tempo acordado eh mais tempo do que os 5 anos da outra
especie.

2- Esta hipotese nao eh realista o tempo de sono e o tempo de vida
nao estao correlacionados da maneira q vc aponta.

[]s
jocax


SUBJECT: Re: [ciencialist] queijo ralado
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 07/03/2001 18:20


Onde os não tão pobres e os ricos comem juntos.

> Já o sr. Bové
> ouvi dizer que é produtor de queijos finos, como o Roquefort. Pelo
> preço que minha família inteira come no Mcdonald's, não dá para
> comprar um pedaço do queijo do sr. Bové.

Com o dinheiro que eu gasto levando minha namorada [e eu junto, é claro]
para fazer um lanche no MacDonalds dá para comprar 0,6 Kg de roquefort
francês lá no Carrefour. Dá sanduíche de roquefort prá mais de um mês.

Léo, agora nadando em praia cuja granulação da areia é conhecida:

Volte ao Carrefour e examine com mais cuidado esse queijo que mostra o texto "Roquefort". Verifique a procedência e, se for realmente original (importado e embalado in loco), favor enviar-me 1/2 tonelada ao preço indicado acima. Serei o maior fornecedor do queijo importado Roquefort legítimo na City Barretos e região:-).

[]'
Léo




SUBJECT: Re: Sono e evolução
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 07/03/2001 19:43

On Wed, 7 Mar 2001 lrb@if.ufrgs.br wrote:
> Mais... tbem concordo que o numero de mensagens na Ciencialist eh
> relativamente elevado. Nao consigo acompanhar todos os debates... e nao
> sei como tem gente que consegue. :)

Ultima participacao publica minha nesta linha entao (alguem ainda acredita
nessas minha promessas? ah! eu nao pedi desculpas, neh? desculpem-me, por
favor... nada como um hipocrita bem-educado q. nem eu, nao?... re re.)

On Wed, 7 Mar 2001, Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:
> Para que prolongar a vida se ela nao eh usada?
> Note q estamos falando das razoes evolutivas do sono hoje ja nao podemos
> prescindir do sono.

Considere-se um animal A com tempo de vida igual a 5 anos (sendo
sexualmente maduro ao nascer). Considere-se uma variedade A' que durma 40%
do tempo, mas q. viva 10 anos (tbm sexualmente maduro ao nascer). A taxa
de fecundidade nao eh alterada (i.e. o numero de descendentes q. deixa por
ano acordado).

------
TR-A <tempo de vida reprodutiva de A> = TA-A<tempo acordado de
A> = TV-A<tempo de vida de A> - TD-A<tempo dormindo de A>

TR-A = (5 - 0) anos

TR-A = 5 anos
---
TR-A' = TA-A' = TV-A' - TD-A'

TR-A' = 10 - 0,4.10 = 10 - 4

TR-A' = 6 anos.
---

TR-A' > TR-A

O animal q. dorme, nesse cenario, leva uma vantagem reprodutiva.

(Atencao q. isto eh apenas um cenario hipotetico e especulativo)

Podemos brincar 'a vontade variando-se os valores desses parametros e ver
qual eh a melhor relacao entre a fracao da vida q. se dorme e o tempo de
vida q. se ganha.

Podemos montar outros cenarios com outros parametros e tbm brincar com os
parametros e descobrir qual eh a melhor relacao custo/beneficio em cada
caso.

Exercicio para casa: como se incluiria o parametro protecao? e o de
fecundidade? ou capacidade de sobrevivencia? ou atratividade sexual?

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] Sono e evolução
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 07/03/2001 19:48



Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:

>
> Economizar energia simplesmente para economizar tambem nao eh razao.
> Se fosse assim os animais ficariam durmindo eternamente.

Acho que há uma boa razão para os animais dormirem à noite e não
dormirem eternamente. De dia o tempo é melhor empregue a caçar, de
noite o tempo é melhor empregue a dormir. Simples. Claro que os
morcegos discordam. Mas não existe uma solução ideal para todos.
Os morcegos gerem melhor o seu tempo domindo de dia e caçando de
noite.

--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] Sono e evolução
FROM: Eduardo <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 07/03/2001 21:17

"Raul Sturari Jr." wrote:

> > Oi,
>
> > Um ser humano sedentário vive menos por estar mais sujeito a doenças
> >relacionadas ao acúmulo de gordura, má circulação, etc, entretanto
> >alguém que pratica muito exercício vive em média menos do que aqueles
> >que dão apenas duas caminhadas por semana. Um atleta competitivo é, de
> >um modo geral, menos saudável do que a maioria de nós. Não sei
> >exatamente a explicação, vi recentemente o Dráuzio Varela falando sobre
> >isso e havia lido alguma coisa do gênero que relacionava o excesso de
> >exercício com acúmulos de radicais livres organismo (um bando de
> >carinhas do PSTU vagando pelo corpo)
>
> Eu vejo tal afirmação como uma falácia de analogia extendida a favor do impacto do gasto energético na saúde. Onde você leu que atletas são menos saudáveis do que a maioria de nós? Existem estudos que demonstram isso? Que eu saiba sempre foi o contrário. Além disso o papel dos radicais livres por não estar devidamente elucidado pode levar a conclusões precipitadas. A chamada medicina "ortomolecular" vem se aproveitando disso há algum tempo.
>
> [ ]'s
> Raul
>
>

Oi,

por definicao logica a minha afirmacao nao eh uma falacia. Nao sou um especialista na area e portanto nao sou capaz de julgar um trabalho cientifico da area. Nao foi de medicos ortomoleculares que ouvi a respeito do excesso de exercicios ser prejudicial a saude, alias tenho inumeras restricoes a essa linha pseudo cientifica da medicina. Creio que, apesar de o papel dos radicais livres ainda nao ser devidamente elucidado, a afirmacao que
eu fizera sobre hiperatividade eh um consenso razoavel na medicina. Como o Takata ja citou um artigo e se propos a pesquisar a fundo esse assunto vou me furtar do trabalho.

[]'s Eduardo



SUBJECT: Re: [ciencialist] Sono e evolução
FROM: "Lord Screen Saver" <screen_saver@ig.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 08/03/2001 00:13

vi no discovery que os caras da nasa ta va pesquisa isso

pros astronautas...

por causa daquela missão pra marte acho que em 2010

onde vaum fica varios meses....

dizem tambem quem dorme de dia e fica acordado a noite por estatistica vive
menos....
naum se sabe pq...

os cara da nasa taum estudando essa relação da claridade com o sono

----- Original Message -----
From: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Wednesday, March 07, 2001 4:45 PM
Subject: Re: [ciencialist] Sono e evolução


> Francisco wrote:
> >
> > Só para não peder o hábito de dar meus pitácos, aqui vai mais um:
> >
> > Acredito que no processo de evolução dos organismos, quanto mais
> > complexo o
> > animal vai ficando, maiores são suas necessidades energéticas para
> > continuar
> > funcionando e maiores são seus desgastes físicos.
> >
> > Os animais que, de alguma forma, apresentavam algum meio de preservar
> > sua
> > energia e reparar os danos causados pelo desgaste físico, apresentavam
> > uma
> > vantagem sobre os que não tinham esses meios e, portanto, conseguiam
> > se
> > reproduzir mais eficientemente e passar essa caracteristica para seus
> > descendentes.
> >
> > Talvés, o meio reparador de desgaste físico mais eficiente surgido
> > tenha
> > sido o "dormir", pois esse repara os danos do dia, evitando um efeito
> > cumulativo e ajuda a economizar energia.
>
> Veja bem,
> o organismo nao precisa parar para dormir para se reparar, quando
> vc sofre um ferimento, o processo de cura comeca logo q o corte
> acontece.
>
> Outra coisa : Pq usar a noite para isto e nao outo periodo qualquer,
> por exemplo, semana sim semana, nao ou mes sim mes nao , ou
> 4 horas de atividade 2 horas de reparacao...
> O periodo de sono coincidindo com a falta de luz eh sinal que
> ha correlacao do sono com esta ausencia de luz.
>
> Economizar energia simplesmente para economizar tambem nao eh razao.
> Se fosse assim os animais ficariam durmindo eternamente.
>
>
> []s
> jocax
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Your use of Yahoo! Groups is subject to http://docs.yahoo.com/info/terms/
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Sono e evolução
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 08/03/2001 00:35



Lord Screen Saver wrote:

> dizem tambem quem dorme de dia e fica acordado a noite por estatistica vive
> menos....
> naum se sabe pq...

Essa é facil: porque são pobres.


--
joão
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Sono e evolução
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 08/03/2001 03:14



Lord Screen Saver wrote:
>
> mas no caso de humanos quem pratica exercicios teoricamente vive mais, mas
> quem pratica mais exercicio consome mais oxigenio
>
>
Oi,

Um ser humano sedentário vive menos por estar mais sujeito a doenças
relacionadas ao acúmulo de gordura, má circulação, etc, entretanto
alguém que pratica muito exercício vive em média menos do que aqueles
que dão apenas duas caminhadas por semana. Um atleta competitivo é, de
um modo geral, menos saudável do que a maioria de nós. Não sei
exatamente a explicação, vi recentemente o Dráuzio Varela falando sobre
isso e havia lido alguma coisa do gênero que relacionava o excesso de
exercício com acúmulos de radicais livres organismo (um bando de
carinhas do PSTU vagando pelo corpo)

um abraço, Eduardo.


SUBJECT: Exercicio fisico, estresse oxidativo e longevidade
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 08/03/2001 11:02

On Thu, 8 Mar 2001, Eduardo Gueron wrote:
> exatamente a explicação, vi recentemente o Dráuzio Varela falando sobre
> isso e havia lido alguma coisa do gênero que relacionava o excesso de
> exercício com acúmulos de radicais livres organismo (um bando de
> carinhas do PSTU vagando pelo corpo)

Quebrando a promessa mais uma vez. (Ou a mudanca do titulo no assunto
livra a minha barra?)

Yan LJ, Sohal RS 2000 -- Prevention of flight activity prolongs the life
span of the housefly, Musca domestica, and attenuates the age-associated
oxidative damage to specific mitochondrial proteins. FREE RADICAL BIOLOGY
AND MEDICINE 29: (11) 1143-50.

Abstract:
The purpose of this study was to explore the mechanisms by which oxidative
stress affects the aging process. The hypothesis that the rate of
accumulation of oxidative damage to specific mitochondrial proteins is
linked to the life expectancy of animals was tested in the housefly. The
rate of oxygen consumption and life expectancy of the flies were
experimentally altered by confining the flies in small jars, where they
were unable to fly. Prevention of flight activity decreased the rate of
oxygen utilization of flies and almost *tripled* their life span as
compared to those permitted to fly. Rate of mitochondrial H2O2 generation
at various ages was lower in the low activity flies than in the high
activity flies. Oxidative damage to mitochondrial proteins, adenine
nucelotide translocase, and aconitase, detected as carbonyl modifications,
was attenuated; and the loss in their functional activity occurring with
age was retarded in the long-lived low activity flies as compared to the
short-lived high activity flies. The two proteins were previously
identified to be the only mitochondrial proteins exhibiting age-related
increases in carbonylation. Results support the hypothesis that accrual of
oxidative damage to specific protein targets and the consequent loss of
their function may constitute a mechanism by which oxidative stress
controls the aging process. (C) 2000 Elsevier Science Inc.

Grifo meu.

Descanso forcado praticamente triplicou o tempo de vida total da mosca.

Claro, moscas nao sao homens e vice-versa -- embora algumas mulheres digam
nao achar muita diferenca e alguns homens darem bons motivos pra isso.

Falando em mulheres: Parabens a todas da lista -- extensivel 'as
respectivas dos companheiros. Bem, meio chato lembrar disso qdo estamos
falando de moscas... E falando em moscas, o titio Leo disse q. aquele
experimento sobre luz polarizada pra espantar moscas mostrou um resultado
positivo, Leo, posta os resultados aqui ou la' no Imperdivel...

(E atencao: o trabalho acima *nao* justifica o sedentarismo. Atividade
moderada eh importante para a manutencao da saude. Raul, vc quer q. eu de
uma pesquisada sobre as consequencias de atividades de competicao e
sobrecarga de exercicios?)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Exercicio fisico, estresse oxidativo e longevidade
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 08/03/2001 12:58

De: "Roberto Mitsuo Takata" <rmt@ib.usp.br>

>Falando em mulheres: Parabens a todas da lista -- extensivel 'as
respectivas dos companheiros. Bem, meio chato lembrar disso qdo estamos
falando de moscas... E falando em moscas, o titio Leo disse q. aquele
experimento sobre luz polarizada pra espantar moscas mostrou um resultado
positivo, Leo, posta os resultados aqui ou la' no Imperdivel...

A respectiva agradece os cumprimentos nessa data, mesmo misturado com as moscas.

O experimento, um tanto afastado do rigor científico, mostrou-se positivo nas condições em que foi desenvolvido. Prepararei um breve relato sobre ele e, como a geografia do local é importante, assim como a planta da casa (para localizar o ambiente do experimento), colocarei um desenho e texto num local destinado aos provisórios do Imperdível.
Quem tiver dois pedaços de polaróide poderá fazer alguns ensaios na própria casa. Os filmes de polaróide participam de todas as telas de cristal líquido assim, quem tem aquelas tranqueiras de joguinhos eletrônicos portáteis ou calculadoras de supermercado , basta desmontá-los e retirar esses filmes. Eu tenho placas de 25x25 cm dessas películas polaróides.

Aproveitando a mensagem. Já agradeci, particularmente, o Takata e o André pelas leitura/comentários sobre os Flúxions de Newton; faço-o agora de público.

[]'
Léo
===============
www.feiradeciencias.com.br
leo@barretos.com.br
leo@esquinas.com.br
icq: # 31028111
===============




SUBJECT: Meditar e cossar eh soh comessar
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 08/03/2001 17:12

Com a palavra o nosso amigo Buda:

"Não acredite em qualquer coisa simplesmente porque você escutou. Não
acredite em qualquer coisa simplesmente porque foi dito e fofocado por
muitos. Não acredite em qualquer coisa simplesmente porque foi
encontrado escrito em seus livros religiosos. Não acredite em qualquer
coisa meramente na autoridade de seus professores e anciãos. Não
acredite em tradições porque elas foram passadas abaixo por gerações.
Mas após observação e análise, quando você descobre que qualquer coisa
concorda com a razão e é condutivo ao bem e benefício de um e todos,
então aceite e viva para isso."
Siddartha Gautama

==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
==========================================================


SUBJECT: Claude Shannon (1916-2001)
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 08/03/2001 17:31

Pra se ver como as coisas sao. Quem eh q. tinha ouvido falar do passamento
dele?

24 de fev. ultimo.

Claude Shannon, Father of Information Theory, Dies at 84
http://www.bell-labs.com/news/2001/february/26/1.html

Claude Shannon, Mathematician, Dies at 84
http://www.nytimes.com/2001/02/27/national/27SHAN.html?searchpv=site09

Bela "sociedade de informacao" em q. vivemos...

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Demonstracao Matematica
FROM: "Daniel Leal Freire" <daniellf@highway.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 08/03/2001 18:24

Colégas da lista

Na escola a "tia" ensinou o seguinte: "menos vezes menos dá mais"

Estudando Cálculo, vi as propriedades básicas das operações algébricas com
números reais. E (-a).(-a) = ab não é uma dessas propriedádes básicas, mas
sim que pode ser demonstrada através destas. Eu tentei por uma meia hora
demonstrar que (-a).(-a) = ab , mas não tive sucesso, alguém poderia me dar
uma luz?

[ ]'s

--------------------------------
| Daniel Leal Freire
| Rio de Janeiro - Brasil
| daniellf@scientist.com daniellf@highway.com.br
| "Imagination is more important than knowledge" Albert Einstein



SUBJECT: Re: [ciencialist] Demonstracao Matematica
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 08/03/2001 21:04

On Thu, 8 Mar 2001, Daniel Leal Freire wrote:
> Estudando Cálculo, vi as propriedades básicas das operações algébricas com
> números reais. E (-a).(-a) = ab não é uma dessas propriedádes básicas, mas
> sim que pode ser demonstrada através destas. Eu tentei por uma meia hora
> demonstrar que (-a).(-a) = ab , mas não tive sucesso, alguém poderia me dar
> uma luz?

http://athena.mat.ufrgs.br/~portosil/consulta/consu16.html

Pra quem tem preguica de ir ate' la' (ou nao pode) -

Como -a (reverso de a) eh definido como a solucao de:

a + x = 0 <1>

isto eh:

a + (-a) = 0 <2>

significa q.:

a = 0 - (-a) <3> // ja' q. a = 0 - x <4>

O q. resulta em:

*** a = - (-a) <5> ***

Considerando:

a = 1 <6>

Substituindo <6> em <5>

1 = - (-1) <7>

E como:

-a. -b = -(-1) (a.b) <8>

Substituindo se <7> em <8>:

-a. -b = 1. (a.b) <9>

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Cenapad
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: Ciencialist - grupo de discussão <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 08/03/2001 22:27

Oi, povo? Tem um colega meu do Labjor está fazendo um trabalho sobre o
Cenapad (Centro de Processamento de Alto Desempenho), e quer saber sobre as
aplicações que mais demandam uso desses centros. Eu, cá na Física, já lhe
dei um exemplo: o grupo de Física Atômica e Molecular (onde eu fiz meu
doutorado) está no topo do uso da Cenapad da Unicamp. Rodamos programas que
levam uma semana para rodar, e que precisam de dezenas de megabytes de
memória para seus arquivos.

Alguém aí conhece alguma aplicação que demande bastante esforço
computacional, e que use a Cenapad?

Até,
Belisário

-----------------------------------------------------
Roberto Belisário Diniz
rbdiniz@terra.com.br
Laboratório de Estudos Avançados de Jornalismo (Labjor)
http://www.uniemp.br/labjor/
Veja também: Revista Com Ciência
http://www.comciencia.br
-----------------------------------------------------



SUBJECT: Re: [ciencialist] Sono e Sonho
FROM: "Marco A. Andrade" <logos@pccp.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 09/03/2001 00:33






Manuel Bulcão wrote:

> Outro fato interessante também descoberto por Dement: >uma correlação
muito estreita entre a ereção do pênis ou do >clitóris e o sono em fase de
MOR. Ora, nos primatas essa >ereção está ligada ao sexo e aos rituais
agonísticos de >manutenção da hierarquia e de demarcação do território (ou
>seja, a Eros e a Thanatos).


Não posso deixar passar uma oportunidade, quando se menciona uma concepçãp
psicanlítica (Freud). Quando Freud enunciou suas sobre os sonhos (em 1900) e
completou sua concepção sobre o significado do que ele entendia como sexual
(em Tres Ensaios de Teoria Sexual, 1915), o mundo científico não prestou a
atenção devida ao que Freud afirmava. Isto porque o significado público é
tão arraigado, que até hoje se segue afirmando que a concepção freudiana
sobre a sexualidade tem que ver com o exercicio biológico do sexo (prazer,
comunicação e reprodução).

Para Freud "sexual" significa "regido pelo principio do prazer". Assim
sexual quer dizer economia do prazer. Em realidade é uma ideia muito mais
ampla que o sentido restrido relacionado com a excitação dos órgãos
genitais.

Os psicanalistas preferem dizer psico-sexualidade, porque o que interessa
para a psicanálise são os significados (os sentidos). Até pode ser possivel
que a ereção onírica (usada em medicina para estabelecer dignóstico de
impotencia sexual de origem orgânica) tenha que ver com a sexualidade
biológica. Tudo parece sugerir que sim, no entanto não parece haver uma
prova inequívoca de uma correspondencia biunívoca entre função sexual
biológica e ereção onírica.

As hipóteses são lógicas, plausiveis, mas não posso dizer que sejam
verdadeiras. Dement é um psicanalista que se interessou pela fisiologia
onírica por uma curiosidade de psicanalista. Comprovou muito mais do que
esperava, no entanto não teve tanto entusiasmo com a ereção.

Pensou que seria algo demasiado "servido em bandeja de prata", algo
demasiado tentador. Creio que se poderia trabalhar um pouco no significado
psicanalítico do sonho: realização de desejos e situação traumática durante
o sonho.

Para a psicanálise nem tudo que se evidencia como alucinação onírica é
considerado como sonho. Algumas dessa manifestações são interpretadas como
meras representações intelectuais processadas em imagens (processo
primario). Sonho propriamente dito tem certas características mais
complexas.

Se houver interesse se poderia conversar um pouco sobre o significado
psicanalítico dos sonhos (algo muito discutido como ponto fraco da
psicanálise porque não foi entendido completamente).

> (...) Freud sustentava que a grande maioria, senão toda a `energia
psíquica' de nossas emoções e do material onírico oriundos do processo
primário tem origem sexual. >

Embora não se possa dizer que esta forma de ver as coisas seja errada, não é
exatamente assim.

A agressão também parece exercer um papel importante. Embora sexo e agressão
sejam os elementos escolhidos por excelencia para ser representados no
processo primario onírico, não são os elementos que originam, desde o ponto
de vista psicanalítico, este modo de funcionamento psíquico. Processo
primario é nada mais que um modo de representar plasticamente o que se
representa verbalmente.

Tinha que ser Manuel Bulcão quem tocasse este tema. Eu o felicito por ser
amplo em interesses tão variados, coisa que nem sempre eu posso conseguir.
[]
Marco A. Andrade

logos@pccp.com.ar




SUBJECT: Cientistas anunciam que pretendem clonar seres humanos
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: Ciencialist <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 09/03/2001 10:40

UOL
Cientistas anunciam que pretendem clonar seres humanos
09h48 - 09/03/2001



Por Jane Barrett

ROMA (Reuters) - Cientistas dos Estados Unidos e
da Itália disseram
na sexta-feira que planejam criar os primeiros
seres humanos
clonados, apesar da condenação por parte de
religiosos e da oposição
de vários pesquisadores.

Os cientistas Panayiotis Zavos, dos EUA, e
Severino Antinori, da
Itália, afirmaram que querem desenvolver bebês
clonados para ajudar
casais inférteis a ter filhos.

"A clonagem pode ser considerada a última
fronteira para superar a
esterilidade masculina e dar a possibilidade a
homens inférteis para
transmitir seu padrão genético", disse Antinori em
um auditório lotado
de cientistas e jornalistas.

"Algumas pessoas dizem que nós vamos clonar o
mundo, mas isso
não é verdade... Estou pedindo que todos da
comunidade científica
sejam prudentes e calmos", afirmou. "Estamos
falando sobre ciência,
não estamos aqui para criar confusão."

Antinori e Zavos, cientista especializado em
reprodução que dirige uma
empresa no Kentucky de clonagem e genética, disse
que dez casais
inférteis se ofereceram para participar da
experiência para produzir
crianças clonadas.

O projeto foi duramente criticado por cientistas e
grupos religiosos. O
Vaticano considerou as propostas "grotescas".

O bispo Elio Sgreccia, chefe do Instituto para
Bioética do Hospital
Gemelli, ligado ao Vaticano, afirmou que a
clonagem humana levanta
questões éticas profundamente perturbadoras.

"Aqueles que fizeram a bomba atômica foram adiante
apesar de saber
sobre sua terrível destruição", disse à Reuters
Television antes do
início do encontro. "Mas isso não significa que
foi a melhor opção para
a humanidade."

Os cientistas disseram que conduzirão a
experiência em um país
mediterrâneo, não identificado, para tentar
escapar da polêmica
crescente e em razão da proibição já feita por
parte de vários países
contra a pesquisa para a clonagem humana.

O pesquisador Ian Wilmut, criador da Dolly, a
primeira ovelha clonada
do mundo, afirmou que foram necessárias 277
tentativas para obter
sucesso na experiência. Outras tentativas de
clonagem levaram a
animais com malformação.

http://www.uol.com.br/inter/reuters/ult27u8474.shl



SUBJECT: Sono e Sonho
FROM: "O_Iniciado" <peterlsm@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 09/03/2001 11:02


** Não estou dizendo que Freud tem culpa **, mas que tem um monte
(e crescendo assustadoramente) de psicanalistas aderindo as tais
"terapias de vidas passadas", isso realmente pode-se confirmar
verificando o quanto as palavras "dentro de uma visão psicanalítica"
tem sido usada para dar margens a "interpretação de sonhos" e outras
metafísicas que só podem ser comparadas aos templos de reencarnação.
Não dá pra deixar de perceber: o povo que conheço, recém-formado
em psicologia com ênfase na escola psicanalítica parecem sair com uma
grande disposição para acreditar em coisas como profecias e outras
facções kabbalísticas. Na minha Loja maçônica haviam quatro
companheiros psicanalistas absolutamente crentes em simbolismos
místicos (embora o exemplo deles não prove um problema da psicanálise
em si--é apenas um exemplo sem intenção argumentativa--assim como
outros que seguirem o estilo).
Estou agora num diálogo com um amigo, doutorando na corrente
psicanalítica que dá palestras e cursos envolvendo cromoterapia,
interpretações de sonhos, chackras, e aromaterapia. Ele está
procurando me mostrar o quanto a psicanálise abrange e trabalha com
esses conceitos.
O que eu digo mesmo, e não sei se é apenas eu que conheço estes, é
que encontram-se entre os psicanalistas um número muito maior de
pessoas dispostas a aceitar e a recomendar toda sorte de terapias
alternativas, inclusive a tal homeopatia e coisas do tipo. Há também
aqueles que dizem preencher algumas lacunas freudianas com um estudo
da Psicologia Profunda (C.G. Jung). Nesses casos, a inclinação
metafísica torna-se quase uma regra (embora eu também não tenha
encontrado psicanalistas que critiquem Jung).
Tudo isso que coloquei são fatos que, acredito, muitos aqui na
lista tem consciência. Vejam, eu não estou sequer falando sobre o
conteúdo do conhecimento psicanalítico em si, mesmo porquê ainda estou
lendo livros a respeito. Também não estou querendo criar um nexo de
causalidade "Propter Hoc" ou "Post Hoc", apenas citando exemplos
indiretos como tema de reflexão.

Abraços.

Peterson.



SUBJECT: Re: Sonho e Sono
FROM: msbn@daterranet.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 09/03/2001 11:51

--- In ciencialist@y..., "O_Iniciado" <peterlsm@t...> wrote:
** Não estou dizendo que Freud tem culpa **, mas que tem um monte (e
crescendo assustadoramente) de psicanalistas aderindo as
tais "terapias de vidas passadas", isso realmente pode-se confirmar
verificando o quanto as palavras "dentro de uma visão psicanalítica"
tem sido usada para dar margens a "interpretação de sonhos" e outras
metafísicas que só podem ser comparadas aos templos de reencarnação.

Manuel - A expressão "dentro de uma visão quântica" também é um lugar-
comum entre místicos de todas as espécies, o que não significa que a
mecânica quântica seja uma pseudociência ou uma física mística.

Quem estuda o irracional não é necessariamente um irracionalista, e,
como disse Olavo de Carvalho, "O terror do irracional é irracional".

Abraços,
Manuel Bulcão

"Existem muitas questões a que a ciência atualmente não pode dar
resposta. Mas o trabalho científico constitui a única estrada que nos
pode levar a um conhecimento da realidade externa a nós mesmos."
(Sigmund Freud)



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Sonho e Sono
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 09/03/2001 13:08

-----Mensagem Original-----
De: Manuel Bulcão
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: Sexta-feira, 9 de Março de 2001 11:51
Assunto: [ciencialist] Re: Sonho e Sono


> A expressão "dentro de uma visão quântica" também é um lugar-
> comum entre místicos de todas as espécies, o que não significa que a
> mecânica quântica seja uma pseudociência ou uma física mística.

Há controvérsias. :-))

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: teste
FROM: "Lord Screen Saver" <screen_saver@ig.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 09/03/2001 18:17

teste yahoogroups



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SUBJECT: envelhecimento
FROM: Álvaro Prieto <alprieto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 09/03/2001 18:20

Cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) realizaram uma experi�ncia na qual conseguiram aumentar o tempo de vida de um verme, (C. elegans) introduzindo um gene de levedura ''anti-envelhecimento''.

A introdu��o do ADN artificial conseguiu aumentar de duas para tr�s semanas o per�odo de vida dos vermes. Segundo, Leonard Guarente, os vermes onde foram introduzidos os genes conhecidos como SIR2 conseguiram viver muito mais do que o normal.

Os resultados encontrados n�o deixaram de surpreender os pesquisadores, uma vez que o C. elegans � um organismo muito mais complexo do que a levedura de onde foi tirado o gene SIR2. A equipe j� pensa em fazer a altera��o gen�tica em ratos, verificando se estes mesmos genes conseguem produzir, em seres vivos mais complexos, o mesmo efeito que causou nos vermes.

Segundo Guarente, ''o que se revelou poss�vel nos vermes pode ser considerado para outros organismos, uma vez que estes dois (verme e levedura) s�o bem diferentes''. Deste modo, os cientistas t�m a esperan�a de que o mesmo processo possa vir a ser utilizado em humanos.

http://web.mit.edu/newsoffice/nr/2001/worms.html




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SUBJECT: educacao na rede
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 09/03/2001 18:59

http://www.terra.com.br/educacao/

É um portal com diversos links e novidades relacionadas à educação.

ESTUDE PELA WEB
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SUBJECT: Vacinacao
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
CC: bio-l@egroups.com
DATE: 09/03/2001 19:16

Desculpem-me os q. assinam as mesmas listas pela duplicacao
(triplicacao) da mensagem.

Nao sou muito dado a ter herois, mas Lucia Helena de Oliveira, diretora de
redacao da revista Saude! (tinha q. ser mulher... apropo, 'as mulheres da
lista, meus parabens atrasados) eh uma seria candidata.

Contrastando com o sr. Adriano Silva, diretor de redacao da
Superinteressante, ironicamente trabalhando na mesma casa, ela adota uma
posicao de sensatez total -- nao admira, um pouquinho de responsabilidade
faz muita diferenca.

Confiram a carta ao leitor da ultima edicao de Saude!

http://www.uol.com.br/revistasaude/nestaedi/index.html

E a reportagem

Vacinacao nao eh furada
http://www.uol.com.br/revistasaude/medicina/prevenca/0201/2093.html

Ha' vida inteligente no outro lado...

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Re: [ciencialist] Sono e evolução
FROM: "Ricardo Gentil de Araújo Pereira" <ricardo@samnet.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 09/03/2001 22:34

On 7 Mar 01, at 17:06, Lord Screen Saver wrote:

To: <ciencialist@yahoogroups.com>
From: "Lord Screen Saver" <screen_saver@ig.com.br>
Date sent: Wed, 7 Mar 2001 17:06:51 -0300
Send reply to: ciencialist@yahoogroups.com
Subject: Re: Re: [ciencialist] Sono e evolução

Olá, pessoal!
Aproveitarei meu interesse por este assunto e farei minha
primeira postagem aqui no ciencialist (já leio as mensagens há
algum tempo - o famoso usuário "esponja" :-) ).

> mas no caso de humanos quem pratica exercicios teoricamente vive mais, mas
> quem pratica mais exercicio consome mais oxigenio
>

Humm...
Apesar de já ter ouvido falar muito que quem pratica exercícios
vive mais, tenho minhas dúvidas. Alguém sabe sobre algum bom
trabalho a esse respeito? Não seria a atitude geral do indivíduo
praticante de exercícios que (exceto os exagerados que tomam
anabolizantes e coisas mais) geralmente também se alimenta
melhor, se preocupando mais com o bem estar do corpo?

>
> falam que se o cara come demais, tipo esses fortão que comem varios pratos
> de massa pra mante a musculatura... vivem menos pois consomem demais...
>

Aqui farei mais um comentário, mas adiantarei logo que sou
estudante de engenharia elétrica e que tenho mania (como vários
colegas da área) de comparar os seres vivos com máquinas
(biológicas, é claro).
Tenho a impressão que não seja o fato de consumir mais
oxigênio e/ou comida a causa do encurtamento da vida dos seres,
e sim o "funcionamento" desses acima do metabolismo, digamos,
"nominal" (seria o metabolismo mínimo "programado" em cada
organismo e que é suficiente para que este desenvolva suas
atividades "normais"). Sendo assim, fazer exercícios não é um
bem tão grande assim, a não ser quando se utiliza isso para elevar
o metabolismo até um nível mínimo de funcionamento "ótimo".

Usando o caso da gordura, por exemplo:

- Creio que esta tenha a funcão (pelo menos principal,
descartando questões de proteção/regulação térmica) de
armazenar energia e nutrientes de modo que não se precise estar
constantemente comendo e digerindo alimentos.
Talvez o acúmulo de gordura acima de determinado nível (que
deve variar até mesmo entre seres da mesma espécie, suponho)
acabe por penalizar o "funcionamento ótimo" do organismo em
questão.

Gostaria de dizer (caso não tenha deixado claro) que estou
apenas "despejando" meus pensamentos e aceitarei com prazer
as correções/complemetos (ou puxadas de orelha, mesmo) dos
colegas de grupo.

T+

[]'s...and justice for all.

/^\
\ / CAMPANHA DA FITA ASCII - CONTRA MAIL HTML
X ASCII RIBBON CAMPAIGN - AGAINST HTML MAIL
/ \

Ricardo Gentil de Araújo Pereira
e-mail 1: ricardo@samnet.com.br (default)
e-mail 2: rhalah_rikota@ig.com.br
e-mail 3: rhalah@yahoo.com
ICQ: 13306676


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Sonho e Sono
FROM: "Marco A. Andrade" <logos@pccp.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 10/03/2001 01:33

Foi escrito:

> ** Não estou dizendo que Freud tem culpa **, mas que tem um monte (e
crescendo assustadoramente) de psicanalistas aderindo as tais "terapias de
vidas passadas", isso realmente pode-se confirmar verificando o quanto as
palavras "dentro de uma visão psicanalítica"

Este é um enunciado muito mau. Só tem por finalidade gerar confusão. Como
pode alguém que tenha uma só gota de conhecimento e respeito científico
afirmar coisas desse tipo? Se a pessoa acredita que está fazendo uma
contribuição, deve tomar aulas de argumentação, porque está falhando na
lógica. É uma falacia gorda. Se é uma pessoa preparada, só pode ter má
intensão.

Um conhecido personagem que se apresentava como "medium" (sic) dizia
incorporar um tal Dr. Fritz e dava consulta como médico. Culpa de
Hipócrates? Hoje temos médicos com diploma legal que se dedicam a práticas
alternativas e temos pessoas que se dizem médicos e não o são, embora
cliniquem. São em menor número porque são perseguidos pela lei.

A psicanálise é pouco conhecida. Tem muita fama. As Obras Completas de Freud
são vendidas, em Buenos Aires, nas bancas de revistas. Mesmo assim, no
Brasil, a gente não lê Freud. Ainda que os Instituto de Psicanálise
pertencentes à famosa Associação Psicanalítica Internacional (criada pelo
mesmo Freud, com sede na Inglaterra) estejam abertos a qualquer pessoa
formada por um curso universitario (é sempre pos graduação), ha uma enorme
multidão de gente que lê um ou dois trabalhos de Freud e se estabelece como
psicanalista. Não é uma profissão regulamentada. Ninguém pode autuar um
falso analista.

Convido os listeiros a informar-se corretamente sobre psicanálise e a
começar a falar seriamente dotema.

Marco A. Andrade
logos@pccp.com.ar






SUBJECT: Re: [ciencialist] Sono e Sonho
FROM: "Marco A. Andrade" <logos@pccp.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 10/03/2001 01:52

Peterson wrote:

> ** Não estou dizendo que Freud tem culpa **, mas que tem um monte (e
crescendo assustadoramente) de psicanalistas aderindo as tais "terapias de
vidas passadas",

Creio que isto sucede porque a gente não sabe o que é psicanálise. Não sabe
mesmo. Um médico pode exercer a clínica médica e ser religioso. Se ele
acredita em forças místicas, não significa que não possa fazer clínica
médica corretamente. Entre uma oração e outra, ausculta, interroga, estuda e
receita. Até pode ser que mistures ervas e substancias alternativas, mas,
quando receita bem, faz medicina correta. Quando mistura outras coisas, não
faz um bom exercicio.

Um psicanalista pode exercer a psicanálise e fazer outras coisas, ademais,
que não têm nada que ver com a psicanálise. O cara pode haver recebido uma
excelente formação psicanalítica e ser um aplicador eximio de outras coisas.
O certo é que, enquanto faz psicanálise propriamente dita, não pode fazer
outra coisa. Isto não impede de utilizar certa comprensão psicanalítica
enquanto faz outras coisas.

Outra coisa lamentável que eu pude comprovar é o fato de que muitas vezes, o
que realmente atua no paciente é a parte psicanalítica e que este poderia
aproveitar muito mais se tivesse sido tratado com mais psicanálise e menos
outra coisa.

Marco A. Andrade
logos@pccp.com.ar





SUBJECT: Re: Re: [ciencialist] Sono e evolução
FROM: "Marco A. Andrade" <logos@pccp.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 10/03/2001 02:12

Ricardo Gentil de Araújo Pereira wrote:

> Aqui farei mais um comentário, mas adiantarei logo que sou
> estudante de engenharia elétrica e que tenho mania (como vários colegas da
área) de comparar os seres vivos com máquinas (biológicas, é claro).

Creio que não está mal comparar o ser vivo com máquinas. Creio até que nem
se trata de comparação. Somos máquinas, com um funcionamento complexo.

> Tenho a impressão que não seja o fato de consumir mais
> oxigênio e/ou comida a causa do encurtamento da vida dos seres, e sim o
"funcionamento" desses acima do metabolismo, digamos, "nominal"

Isto até poderia ser certo, mas primeiro é necessario que você defina o que
denomina como metabolismo.

Um bom site (neste momento não o tenho à mão) é o da associação americana de
nutrição. Tem uma enorme quanidade de informação sobre metabolismo,
exercicio, etc.
Uma das coisas curiosas que encontrei neste site foi um trabalho de uma
equipe que tratava de demonstrar que um exercicio moderado pode (davam
números e medidas) elevar o metabolismo e provocar um aumento do consumo de
calorias em 30% durante algo assim como 18 horas.

Gostaria de confrontar estas afirmações com outros dados.

Marco A. Andrade
logos@pccp.com.ar




SUBJECT: Re: [ciencialist] Hipnose
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 10/03/2001 15:59

On Sun, 3 Dec 2000, Raul Sturari Jr. wrote:
> Hipnose funciona?

Parece q. sim.

Hipnose: Dos Mitos 'a Realidade
http://www.epub.org.br/cm/n01/bernik/hipnose.htm

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Sexualidade Infantil
FROM: msbn@daterranet.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 10/03/2001 18:25

Prezado Marco Aurelio, caros listeiros:

Marco Aurélio: Para Freud "sexual" significa "regido pelo princípio
do prazer"...

Manuel: Com efeito, Freud concebia a sexualidade como algo muito
mais abrangente que o erotismo genital.

Estou atualmente escrevendo um artigozinho sobre a sexualidade nos
primatas (sabe-se que entre os primatas, sobretudo os antropóides, o
sexo desempenha outras funções além da de reprodução da espécie, mais
ou menos como as asas dos pássaros, que servem tanto para voar como
para reter o calor do corpo). Minha intenção era postá-lo na
ciencialist, mas o texto está ficando muito longo.

No começo do texto comento um pouco sobre a sexualidade infantil.
Segue abaixo o trecho. Desculpe-me se escrevi alguma bobagem; pois,
afinal, não passo de um diletante muito do palpiteiro :-)

<<CRISE HORMONAL PÓS-NATAL

Sobre a sexualidade infantil, a embriologia e a endocrinologia
fornecem atualmente a chave para a sua compreensão. Com efeito, sabe-
se hoje que o processo de diferenciação sexual no indivíduo se dá em
três fases: durante a primeira metade da gestação, após o nascimento
e na puberdade. A partir da sexta semana de gestação, e sob a ação da
testosterona e do hormônio antimullëriano, começa a se desenvolver no
embrião geneticamente masculino (portador do cromossomo Y) a
próstata, o pênis e o escroto. Também nesta fase, os andrógenos
circulantes e outros esteróides gonodais agem sobre o sistema nervoso
central em formação, ou seja, a diferenciação sexual "in utero" afeta
também o cérebro -- A ação da testosterona se dá particularmente
sobre o hipotálamo. (Aron, 1984; Mac Lusky, 1986)

Mas o desenvolvimento e a "sexualização" do sistema nervoso central
não se conclui ainda no útero. Nos humanos, o processo de
diferenciação sexual do SNC estende-se até aproximadamente o quinto
ano de vida. Aliás, logo após o nascimento o que se verifica é um
recrudescimento brutal deste processo. De fato, foi observado em
recém-nascidos machos de várias espécies de mamíferos, entre as quais
o homem, uma secreção de testosterona muito intensa, fenômeno este
que ficou conhecido como "crise testicular neonatal". "No menino" --
escreveu o neurologista André Bourguignon -- "a taxa de testosterona
chega à metade da do adulto já na segunda hora de vida e, após um
decréscimo, continua alta do segundo ao sexto mês. Diminui depois,
até atingir taxas muito baixas (1% da taxa adulta) que se mantêm até
os oito-dez anos, depois voltam a subir progressivamente, até a
puberdade. (...) Quanto às meninas, é entre o sexto e o décimo
segundo mês que uma atividade ovariana se acentua muito nitidamente."
(HNH; pp. 173/174)

É sabido que a testosterona, o hormônio masculino, é responsável pela
sensação de prazer sexual não só no homem como também na mulher
(Mulheres cuja taxa deste andrógeno é muito baixa ou nula são
incapazes de terem orgasmos). Ora, tanto no menino quanto na menina
estão presentes hormônios de ambos os sexos, embora em proporções
inversas, de modo que, também nas crianças, a testosterona induz
sensações prazerosas, de natureza sexual, e relacionadas àquelas
zonas corporais de maior contato com os adultos que lhes dedicam
cuidados, sobretudo a mãe: a boca, durante o período de amamentação,
e a mucosa anal, quando a criança começa a adiquirir controle sobre
os seus esfíncteres, que é também a fase em que os pais lhe impõem
normas sobre higiêne. Foi com base nesta constatação -- a existência,
na criança, de outras zonas "erógenas" além da genitália -- que
Freud elaborou sua teoria da libido pré-genital.

Como se pode ver, os progressos da biologia confirmaram "a
posteriori" algumas das idéias mais importantes de Freud. Segundo
Bourguignon, "a crise hormonal pós-natal arremata a diferenciação
sexual do psiquismo e do comportamento. Sem ela, não haveria
sexualidade infantil, complexo de Édipo, perversões." (Idem; p. 176)>>

abraços,
Manuel Bulcão




SUBJECT: Off_topic - outlook express
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 10/03/2001 19:11

Talvez isso possa interessar para aumentar a rapidez de acesso aos itens de uma pasta do outlook express.
A pasta do ciencia_list em meu PC atingiu as 6000 mensagens (algumas muito antigas eu perdi!) e cada vez que se clica na pasta há um tempinho de espera para o micro disponibilizar os 'headers' de 40Mb de texto armazenado.
Não querendo perder tais mensagens e minimizar o tempo de abertura fiz o seguinte:
a) na coluna de pastas, clicar com o botão direito sobre Pastas Locais ... clicar em nova pasta;
b) abrir pasta nova (ciencia_list antigas <2000, minha escolha);
c) abrir pasta do ciencia_list e clicar sobre a mensagem do último dia do ano 2000; levar o scroll para o início das mensagens, apertar SHIFT e clicar sobre ela (isso seleciona todas as mensagem desde a primeira delas até a última do ano 2000)
d) com o cursor clicado sobre a seleção, arrastar a seleção sobre a nova pasta ... aguarde um bom tempo pois a transferência de todas essas mensagem e a atualização demora um tanto....
e) pronto, a pasta atualizada ficará com cerca de 800 mensagens (apenas!) ... e o tempo para acessar essa pasta torna-se 'quase' desprezível.

f) A nova pasta ficará apenas para consulta e não será movimentada diariamente.

Isso vale para as demais pastas 'entupetadas'!

Se servir ...............

[]'
Léo
==================



SUBJECT: No mundo das ilusoes
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 10/03/2001 22:47

Ois,
não é o 'supra sumo do pó-de-mico', mas quem quiser dar uma olhadinha nisso (está no imperdível, nova Sala 09, Óptica), acredito que encontrará algo de aproveitável.
Função do número de figuras (algumas com textura), demora um tiquinho para concluir a página. Que deu trabalho deu! Tem até parafuso tricométrico:-)
www.feiradeciencias.com.br/sala09/index9.htm

[]'
Léo
===========
www.feiradeciencias.com.br
leo@barretos.com.br
leo@esquinas.com.br
===========



SUBJECT: Re: Sonho e Sono
FROM: "Andre Roviralta Dias Baptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 11/03/2001 06:16

Marco Andrade escreveu:

> A psicanálise é pouco conhecida. Tem muita fama. As Obras Completas de
Freud
> são vendidas, em Buenos Aires, nas bancas de revistas. Mesmo assim, no
> Brasil, a gente não lê Freud. Ainda que os Instituto de Psicanálise
> pertencentes à famosa Associação Psicanalítica Internacional (criada pelo
> mesmo Freud, com sede na Inglaterra) estejam abertos a qualquer pessoa
> formada por um curso universitario (é sempre pos graduação), ha uma enorme
> multidão de gente que lê um ou dois trabalhos de Freud e se estabelece
como
> psicanalista. Não é uma profissão regulamentada. Ninguém pode autuar um
> falso analista.

Ninguém lê Freud, mas também ninguém lê Newton, Darwin, Einstein, etc.
Porque as ciências verdadeiras são autônomas e impessoais: depois que nascem
se desenvolvem de forma independente da vontade de seus autores e de suas
intenções originais.

Li uma vez em uma biografia de Freud que ele quando jovem desejava ser uma
espécie de "Newton" da mente. Ele acreditava que deveria haver explicações
físicas para todo o funcionamento da mente, e queria encontrar essas
explicações. Mais adiante ele percebeu que não tinha instrumentos para
investigar diretamente o funcionamento do cérebro, então desenvolveu a
Psicanálise, uma forma de tentar entender o funcionamento da mente apenas
analisando suas manifestações externas, seu "output". Ele sabia que essa era
uma teoria "Ad Hoc" até o tempo em que o cérebro pudesse ser investigado
diretamente. Provavelmente hoje ele seria um neurologista e não um
psicanalista. Mas como eu disse no parágrafo anterior, isso não deveria
importar para a psicanálise, já que uma ciência deve ter existência
autônoma. No entanto a psicanálise é totalmente dependente do "carisma" de
Freud, pois falhou em se desenvolver como ciência autônoma. Os "sucessores"
de Freud criaram suas próprias teorias da mente: Jung, Reich, Lacan, etc. É
como se houvesse uma física para cada físico do século XX.

Freud foi um dos grandes filósofos e pensadores do séc XX. Suas idéias
influenciaram as artes e o comportamento, mas não têm importância científica
para o entendimento da mente humana.

Abraços,

André Baptista




SUBJECT: Freud e Psicanálise
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 11/03/2001 09:22

Gentes

Tem links com textos interessantes sobre Freud e Psicanálise neste link,
incluindo artigos de psicanalistas e outros profissionais:

http://www.comciencia.br/reportagens/psicanalise/psique01.htm

Até,
Belisário

----- Original Message -----
From: Andre Roviralta Dias Baptista

> Marco Andrade escreveu:
>
> > A psicanálise é pouco conhecida. Tem muita fama. As Obras Completas de
> Freud
> > são vendidas, em Buenos Aires, nas bancas de revistas. Mesmo assim, no
> > Brasil, a gente não lê Freud. Ainda que os Instituto de Psicanálise
> > pertencentes à famosa Associação Psicanalítica Internacional (criada
pelo
> > mesmo Freud, com sede na Inglaterra) estejam abertos a qualquer pessoa
> > formada por um curso universitario (é sempre pos graduação), ha uma
enorme
> > multidão de gente que lê um ou dois trabalhos de Freud e se estabelece
> como
> > psicanalista. Não é uma profissão regulamentada. Ninguém pode autuar um
> > falso analista.
>
> Ninguém lê Freud, mas também ninguém lê Newton, Darwin, Einstein, etc.
> Porque as ciências verdadeiras são autônomas e impessoais: depois que
nascem
> se desenvolvem de forma independente da vontade de seus autores e de suas
> intenções originais.
>
> Li uma vez em uma biografia de Freud que ele quando jovem desejava ser uma
> espécie de "Newton" da mente. Ele acreditava que deveria haver explicações
> físicas para todo o funcionamento da mente, e queria encontrar essas
> explicações. Mais adiante ele percebeu que não tinha instrumentos para
> investigar diretamente o funcionamento do cérebro, então desenvolveu a
> Psicanálise, uma forma de tentar entender o funcionamento da mente apenas
> analisando suas manifestações externas, seu "output". Ele sabia que essa
era
> uma teoria "Ad Hoc" até o tempo em que o cérebro pudesse ser investigado
> diretamente. Provavelmente hoje ele seria um neurologista e não um
> psicanalista. Mas como eu disse no parágrafo anterior, isso não deveria
> importar para a psicanálise, já que uma ciência deve ter existência
> autônoma. No entanto a psicanálise é totalmente dependente do "carisma" de
> Freud, pois falhou em se desenvolver como ciência autônoma. Os
"sucessores"
> de Freud criaram suas próprias teorias da mente: Jung, Reich, Lacan, etc.
É
> como se houvesse uma física para cada físico do século XX.
>
> Freud foi um dos grandes filósofos e pensadores do séc XX. Suas idéias
> influenciaram as artes e o comportamento, mas não têm importância
científica
> para o entendimento da mente humana.
>
> Abraços,
>
> André Baptista




SUBJECT: Fungos
FROM: "Daniel Leal Freire" <daniellf@highway.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 11/03/2001 10:08

Olá colegas da lista

Esta manhã, ao abrir minha geladeira, dei de cara com um queijo (prato)
coberto por uma camada verde. Fungos, certo?
Agora pergunto, de onde vieram estes fungos? Geração Espontânea? Não seria
bom então mandarmos uma nave lotada de queijos para Marte?

[ ]'s

--------------------------------
| Daniel Leal Freire
| Rio de Janeiro - Brasil
| daniellf@scientist.com daniellf@highway.com.br
| "Imagination is more important than knowledge" Albert Einstein



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:Freud e Psicanálise
FROM: "Daniel Leal Freire" <daniellf@highway.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 11/03/2001 10:12


Sou leigo na área, mas a Psicanálise não é utilizada em todo o mundo como
terapia? Se é, como ela pode não ter valor terapêutico?

[ ]'s

--------------------------------
| Daniel Leal Freire
| Rio de Janeiro - Brasil
| daniellf@scientist.com daniellf@highway.com.br
| "Imagination is more important than knowledge" Albert Einstein

----- Original Message -----
From: Andre Roviralta Dias Baptista <andrebaptista@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Sunday, March 11, 2001 1:59 PM
Subject: [ciencialist] Re:Freud e Psicanálise


> ----- Original Message ----- From: "Roberto Belisario"
>
> > Tem links com textos interessantes sobre Freud e Psicanálise neste
> link,
> > incluindo artigos de psicanalistas e outros profissionais:
> >
> > http://www.comciencia.br/reportagens/psicanalise/psique01.htm
> >
>
> Falhei em encontar ciência no link acima. É um site em homenagem a Freud,
> cheio de "oba-oba" freudiano,
> sem conteúdo científico. Psicanálise pode ser uma filosofia da mente
> interessante, mas não tem valor terapêutico.
>
> []´s
>
> André Baptista




SUBJECT: Re: [ciencialist] Sexualidade Infantil
FROM: "Marco A. Andrade" <logos@pccp.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 11/03/2001 11:35

Prezado Manuel Bulcão, caros e amaveis listeiros:

Manuel Bulcão disse: "Foi com base nesta constatação -- a existência, na
criança, de outras zonas "erógenas" além da genitália -- que Freud
elaborou sua teoria da libido pré-genital."
***
Você tocou um tema importante dos postulados psicanalíticos: o conceito de
libido pré-genital - mas talvez algo mais importante é o back-gound do que
você escreveu. Freud tem um conceito psicanalítico muito importante que
parece não haver perdido vigencia: em alemão se diz "anlage", algo que
significa apoio. O inventor da psicanálise diz que a psico-sexualidade se
apoia, para poder se desenvolver adecuadamente (como não poderia deixar de
ser), na sexualidade biológica.

O desenvolvimento precoce das mucosas orais funciona como apoio para a
denominada sexualidade oral-digestiva, os aumentos dos hormonios gonadais
provavelmente são o suporte que serviria para completar e ajudar o
desenvolvimento da psico-sexualidade (aspectos fálicos e vesicais). O que
Freud já havia notado foi que uma perturbação das funções biológicas geravam
a necessidade de um esforço extra (educativo) para compensar as deficiencias
que se instalariam depois de passadas as etapas críticas de desenvolvimento
(é uma conclusão óbvia).

As coisas funcionan, nesse caso, como se a natureza "oferecesse" aos seres
humanos uma oportunidade que facilitaria a intervenção cultural e
psicológica (subjetiva) para promover uma adecuada integração do individuo.
Cabe aos pais envolver a criança numa onda libidinosa suficiente para gerar
uma boa economia de prazer (livre, na medida do possível, de sentimentos de
culpa). As primeira falhas se dão nessa fase (não saber aproveitar a
oportunidade biológica e tratar de garantir uma evolução coerente - sem
neurose).

No inicio (em função da imaturidade biológica da criança), as áreas de
prazer estão funcionando mais ou menos independentemente - que sabe, até
certo ponto, anárquicas -(governados pela biologia). A este funcionamento
mais ou menos independente das areas de prazer, Freud denominou sexualidade
pré-genital.

Assim, pré-genital, para Freud, é biologia "solta", em que cada setor
funciona por sua conta. Genitalidade, para este autor, é um conceito que
significa integração dos diferente setores sexuais para a formação de uma
personalidade (amadurecimento biológico e oportuna intervenção cultural).

Esta concepção pode ser melhor entendida se consideramos a metáfora (nada
mais que uma metáfora) da resultante de diferentes componentes. A
pré-genitalidade funcionaria como se cada setor sexual fosse uma força
atuando segundo seu ponto de aplicação, intensidade e direção (cada uma é o
que Freud denominou pulsão parcial).

A resultante, depois de unir adequadamente as componentes, seria a
genitalidade. Como você pode ver, também funcionou como "anlage" para minhas
colocações psicológicas psicanalíticas. Você funcionou como funciona a
natureza e eu como a cultura. Um bom postulado psicanalítico é que único
modo para conseguir um funcionamento pessoal satisfatorio é que a cultura
possa ser transportada pela natureza. A primeira não pode caminhar sem a
segunda. A ciencia natural é o único meio de transporte para as que, numa
época, se denominavam ciências do espírito. Hoje se diz que não funciona a
cultura sem a natureza.

Muito boas suas reflexões, Manuel.

Um grande abraço para todos

Marco A. Andrade
logos@pccp.com.ar





SUBJECT: Re:Freud e Psicanálise
FROM: "Andre Roviralta Dias Baptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 11/03/2001 11:59

----- Original Message ----- From: "Roberto Belisario"

> Tem links com textos interessantes sobre Freud e Psicanálise neste
link,
> incluindo artigos de psicanalistas e outros profissionais:
>
> http://www.comciencia.br/reportagens/psicanalise/psique01.htm
>

Falhei em encontar ciência no link acima. É um site em homenagem a Freud,
cheio de "oba-oba" freudiano,
sem conteúdo científico. Psicanálise pode ser uma filosofia da mente
interessante, mas não tem valor terapêutico.

[]´s

André Baptista



SUBJECT: Re: [ciencialist] Sono e evolução
FROM: dra_savat@bol.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 11/03/2001 12:13


> > mas no caso de humanos quem pratica exercicios teoricamente vive
mais, mas
> > quem pratica mais exercicio consome mais oxigenio
> >
>
> Humm...
> Apesar de já ter ouvido falar muito que quem pratica
exercícios
> vive mais, tenho minhas dúvidas. Alguém sabe sobre algum bom
> trabalho a esse respeito? Não seria a atitude geral do indivíduo
> praticante de exercícios que (exceto os exagerados que tomam
> anabolizantes e coisas mais) geralmente também se alimenta
> melhor, se preocupando mais com o bem estar do corpo?

Numerosos estudos demonstram que as pessoas que matem uma atividade
física apropriada através do uso de esquemas criteriosos de
exercícios e controle do peso obtêm um benefício adicional em termos
de longevidade. Entre 50 e 70 anos de idade, em particular, os
estudos verificaram ser a taxa de mortalidade três vezes menores nas
pessoas com maior aptidão do que naquelas com menor aptidão física.

> >
> > falam que se o cara come demais, tipo esses fortão que comem
varios pratos
> > de massa pra mante a musculatura... vivem menos pois consomem
demais...

Entre as razões há duas mais evidentes para justificar porque a
aptidão física prolonga a vida:

Em primeiro lugar a atividade física e o controle do peso reduzem
acentuadamente o desenvolvimento de doença cardiovascular. Isso
resulta da a) manutenção de uma pressão arterial moderadamente mais
baixa e (b) redução dos níveis sanguíneos de colesterol e de
lipoproteínas de baixa densidade(LDL), juntamente com aumento
lipoproteínas de alta densidade(HDL). Todas essas alterações atuam em
conjunto para reduzir o número de ataques cardíacos e de acidentes
vasculares cerebrais.

Em segundo lugar , e talvez igualmente importante , o indivíduo com
aptidão atlética dispõe de mais reservas quando ele se torna doente.
Por exemplo, um indivíduo de 80 anos de idade sem qualquer aptidão
pode apresentar um sistema respiratório que limita o uso de oxigênio
a um valor não superior a 1l/min; isso significa uma reserva
respiratória não superior a três a quatro vezes. Por outro lado, o
indivíduo idoso com aptidão atlética pode ter uma reserva duas vezes
maior. Este aspecto é especialmente importante na preservação da vida
quando indivíduos de idade mais avançada desenvolvem certas
condições, como pneumonia, que podem exigir rapidamente toda a
reserva respiratória disponível. Além disso, a capacidade de aumentar
o débito cardíaco quando necessário ("reserva cardíaca") é quase
sempre 56 vezes maior no indivíduo idoso com aptidão atlética do que
no indivíduo sem aptidão.

[]'s
Tânia







SUBJECT: Re:Freud e Psicanálise
FROM: "Sheila" <hcaprini@uol.com.br>
TO: "Ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 11/03/2001 14:12

Não compreendi qdo diz que a psicanálise não tem valor terapêutico. No
entanto, concordo que o "outras coisas", por mtas vezes, poderiam atrapalhem
uma terapia psicanalítica. Principalmente qdo essas tais coisas são usadas
como elementos de manipulação pra contento do próprio administrador.

Nesse site há o exemplo de psicanálise misturado a "outras coisas" (ou
talvez seja: "outras coisas" misturada com psicanálise, não sei bem)

http://www.noergologia.com.br

No link "Vacine-se" o autor (um psicólogo/psicanalista) defende a teoria do
Complexo de Édipo ser uma fraude gerada a partir de interesses nefastos.

[]s,

Sheila.

----- Original Message -----
From: Andre Roviralta Dias Baptista

----- Original Message ----- From: "Roberto Belisario"

> Tem links com textos interessantes sobre Freud e Psicanálise neste
link,
> incluindo artigos de psicanalistas e outros profissionais:
>
> http://www.comciencia.br/reportagens/psicanalise/psique01.htm
>

Falhei em encontar ciência no link acima. É um site em homenagem a Freud,
cheio de "oba-oba" freudiano,
sem conteúdo científico. Psicanálise pode ser uma filosofia da mente
interessante, mas não tem valor terapêutico.

[]´s

André Baptista



SUBJECT: Re: Re: [ciencialist] Sono e evolução
FROM: "Ricardo Gentil de Araújo Pereira" <ricardo@samnet.com.br>
TO: "Marco A. Andrade" <logos@pccp.com.ar>, ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 11/03/2001 14:20

On 10 Mar 01, at 2:12, Marco A. Andrade wrote:

To: <ciencialist@yahoogroups.com>
From: "Marco A. Andrade" <logos@pccp.com.ar>
Date sent: Sat, 10 Mar 2001 02:12:21 -0300
Send reply to: ciencialist@yahoogroups.com
Subject: Re: Re: [ciencialist] Sono e evolução

>
> Isto até poderia ser certo, mas primeiro é necessario que você defina o que
> denomina como metabolismo.

Talvez eu não devesse ter usado essa palavra. Na verdade o
que tinha em mente eram as atividades básicas de geração e
armazenamento de energia assim como manutenção e reparo dos
sistemas constituintes do organismo, além da aquisição te todas
as substâncias necessárias ao funcionamento adequado.

>
> Um bom site (neste momento não o tenho à mão) é o da associação americana de
> nutrição. Tem uma enorme quanidade de informação sobre metabolismo,
> exercicio, etc.
> Uma das coisas curiosas que encontrei neste site foi um trabalho de uma
> equipe que tratava de demonstrar que um exercicio moderado pode (davam
> números e medidas) elevar o metabolismo e provocar um aumento do consumo de
> calorias em 30% durante algo assim como 18 horas.

Obrigado pela dica. Procurarei esse site.

>
> Marco A. Andrade
> logos@pccp.com.ar
>


[]'s...and justice for all.

/^\
\ / CAMPANHA DA FITA ASCII - CONTRA MAIL HTML
X ASCII RIBBON CAMPAIGN - AGAINST HTML MAIL
/ \

Ricardo Gentil de Araújo Pereira
e-mail 1: ricardo@samnet.com.br (default)
e-mail 2: rhalah_rikota@ig.com.br
e-mail 3: rhalah@yahoo.com
ICQ: 13306676


SUBJECT: Re:Freud e Psicanálise
FROM: "Andre Roviralta Dias Baptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 11/03/2001 14:52

Psicanálise não cura depressão, síndrome do pânico, mania, esquizofrenia,
distúrbio bipolar, enfim, os distúrbios mentais mais comuns. A psicanálise
não resolve nenhum transtorno que não possa ser resolvido pelo próprio
indivíduo.

Veja o artigo sobre psicanálise no Dicionário Cético:

http://paginas.teleweb.pt/~ceptico/entradas/psicanalise.html

[]´s

André Baptista


----- Original Message -----
From: "Daniel Leal Freire" <daniellf@highway.com.br>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Sunday, March 11, 2001 10:12 AM
Subject: Re: [ciencialist] Re:Freud e Psicanálise


>
> Sou leigo na área, mas a Psicanálise não é utilizada em todo o mundo como
> terapia? Se é, como ela pode não ter valor terapêutico?
>
> [ ]'s
>
> --------------------------------
> | Daniel Leal Freire
> | Rio de Janeiro - Brasil
> | daniellf@scientist.com daniellf@highway.com.br
> | "Imagination is more important than knowledge" Albert Einstein
>
> ----- Original Message -----
> From: Andre Roviralta Dias Baptista <andrebaptista@uol.com.br>
> To: <ciencialist@yahoogroups.com>
> Sent: Sunday, March 11, 2001 1:59 PM
> Subject: [ciencialist] Re:Freud e Psicanálise
>
>
> > ----- Original Message ----- From: "Roberto Belisario"
> >
> > > Tem links com textos interessantes sobre Freud e Psicanálise neste
> > link,
> > > incluindo artigos de psicanalistas e outros profissionais:
> > >
> > > http://www.comciencia.br/reportagens/psicanalise/psique01.htm
> > >
> >
> > Falhei em encontar ciência no link acima. É um site em homenagem a
Freud,
> > cheio de "oba-oba" freudiano,
> > sem conteúdo científico. Psicanálise pode ser uma filosofia da mente
> > interessante, mas não tem valor terapêutico.
> >
> > []´s
> >
> > André Baptista
>
>
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Your use of Yahoo! Groups is subject to http://docs.yahoo.com/info/terms/
>
>



SUBJECT:
FROM: Álvaro Prieto <alprieto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 11/03/2001 17:27

Na minha opinião a Superinteressante, faz verdadeira desinformação, além de
péssimo jornalismo. O pior é que ela erra e por orgulho sustenta o erro. As
reportagem sobre a "teoria" química da AIDS (Duesberg) e sobre os malefícios
da vacinação são escabrosas. Em geral a super se interessa apenas por frases
de efeito sejam contra ou a favor... analisar um único dado, jamais. É por
isso capaz de citar frases do tipo a "vacinaçõa contra a pólio causou 8
mortes"...em que universo de vacinados ela não diz, muito menos em que
circunstâncias. Que pessoas falem bobagem sobre o que não sabem é
compreensível, mas em uma revista que pretende fazer jornalismo científico é
lastimável.
Álvaro Prieto



[Non-text portions of this message have been removed]



SUBJECT: Freud e Psican�lise
FROM: "O_Iniciado" <peterlsm@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 12/03/2001 00:19

Marco Andrade:

>> Este é um enunciado muito mau. Só tem por finalidade gerar
>> confusão.

Não confunda confusão com provocação científica. É exatamente o
tipo de provocação que cria debates sobre um tema, e um recurso
bastante utilizado na convivência acadêmica. Além disso, se é ou não
"mau" é um ponto de vista muito relativo, uma vez que estaRÍAMOS
falando de ciência. Se eu criticar a gravidade isso é "MAU"??

>> Como pode alguém que tenha uma só gota de conhecimento
>> e respeito científico afirmar coisas desse tipo?

Pode. Tanto que pode que acontece. O conhecimento não significa o
critério de utilidade prática do mesmo quando colocado dentro de uma
perspectiva pessoal. Muitas coisas consideradas úteis por alguns são
desprezadas por outros, mesmo que esses "outros" tenham o conhecimento
de causa e efeito sobre algo.

>> Se a pessoa acredita que está fazendo uma contribuição,
>> deve tomar aulas de argumentação, porque está falhando
>> na lógica.

Essas aulas de argumentação eu já tive em aulas Hermenêutica e
Teoria da Argumentação, em minha extensão universitária do curso de
Direito. E também temos no Centro de Investigações da Fala no curso de
Letras da UFMT. Por outro lado, o que foi colocado no texto em análise
foi bem lembrado, porquê faço uma sugestão de que aprenda um pouco
sobre qual a diferença de um argumento, de uma explicação, de uma
afirmação e de uma interrogação.
Um argumento lógico constitui-se de premissas e uma conclusão (o
que não foi caso do texto que escrevi, especialmente em análise).
Outra coisa: lógica, dentro do contexto argumentativo, é o
estabelecimento concreto de um nexo de causalidade silogístico.
Portanto o que você colocou ficou descontextualizado.

>> Um conhecido personagem que se apresentava como
>> "medium" (sic) dizia incorporar um tal Dr. Fritz e dava
>> consulta como médico. Culpa de Hipócrates?

Isso sim é uma falácia da Conclusão Irrelevante, da maneira como
colocada, exatamente por ignorar um preceito já declarado: "Não estou
dizendo que Freud tem culpa"... Uma simples leitura atenta e racional
teria poupado isso.

>> Convido os listeiros a informar-se corretamente sobre
>> psicanálise e a começar a falar seriamente do tema.

Ok. Mas então não haveria motivo para deixar de aplicar tal
referência ** apenas ** a Psicanálise. O que ela teRIA diferente do
restante das Ciências aqui? Seria por seu caráter esotérico???
Esse convite seria o mesmo que pedir para o Léo falar *apenas*
sobre Física porque é especialista nessa área. O Alberto Mesquita
deveria falar só sobre medicina, porquê não teria informação para
"falar seriamente" da Química. Isso aqui é uma lista de discussão, a
mais interessante que eu conheço, porquê as pessoas não tem medo de
ousar opinar sobre o que não conhecem profundamente.
E mesmo que não tenham especialidade no assunto não deixam de
falar seriamente.

Concordo que *geralmente* o ataque pode ser feito por pessoas que
desconhecem o assunto, mas nem sempre é assim, e é sobre esse último
tipo de argumento que me refiro.
Meu conhecimento sobre psicanálise, e especialmente sobre sua
participação como uma das mães da pseudociência está circunscrito não
apenas a opiniões de especialistas que conheci. Podem ser encontradas
em sites do gênero e centenas de livros reconhecidos pela comunidade
científica.
Em "Jonathan Lear
(http://www.shef.ac.uk/uni/projects/gpp/lear.html) debate com
Frederick Crews (http://www.shef.ac.uk/uni/projects/gpp/crews2.html)
acerca de Freud" verificamos dois especialistas (Ph.D) discutindo
sobre a validade da teoria freudiana.
Em Criticisms of Freud's Seduction Theory
(http://www.outreach.org/information/powellr/refs.htm) / lista de Russ
Powell verificamos algo semelhante, demonstrando as conclusões
apressadas de Freud sobre campos que hoje são demonstrados
inverídicos.
A "UCI SCIENTISTS DISCOVER CRITICAL BRAIN CELL ABNORMALITIES IN
SCHIZOPHRENIA" (http://www.uci.edu/~inform/releases/051so96.html), uma
das instituições educacionais mais reconhecidas dos EUA mostra o
quanto falaciosa chega a ser a Psicanálise.
A Associação Americana de Psicanálise (http://apsa.org/) reconhece
evidências em contrário de Freud e seus vários seguidores.
A "Arquivos de Freud"
(http://plaza.interport.net/nypsan/freudarc.html) dá uma idéia do
quanto ele sofreu as consequências de diversas formas de esquizofrenia
que ele mesmo dizia existir e incutir a pessoa a erros de julgamento e
compreensão.

Não estou com uma lista completa nem lembro de todos os livros que
li, mas conheco algumas resenhas interessantes e boas indicações sobre
o assunto . Basta verificar as evidências contadas em
"Feinberg, Todd E. and Martha J. Farah. editors, Behavioral neurology
and neuropsychology (New York : McGraw-Hill, 1997)".

Outros, indicados sobre esse assunto, que podem sugerir um bom
debate são os argumentos dos neurocientistas sobre a falsidade da
Psicanálise no confronto com o conhecimento neurológico e mesmo
do ponto de vista de outras escolas da Psicologia.

* Gold, Mark S. The Good News About Depression : Cures and
Treatments in the New Age of Psychiatry (New York: Bantam Books,
1995).

* Pincus, Jonathan. and Gary. Tucker. Behavioral Neurology, 3rd
ed. (New York: Oxford University Press, 1985).

* Schacter, Daniel L. Searching for Memory - the brain, the mind,
and the past (New York: Basic Books, 1996).

* Hines, Terence. Pseudoscience and the Paranormal (Buffalo, NY:
Prometheus Books, 1990).

Um abraço.

Peterson.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Sonho e Sono
FROM: "Marco A. Andrade" <logos@pccp.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 12/03/2001 01:23

Andre Roviralta Dias Baptista escreveu:

> Li uma vez em uma biografia de Freud que ele quando jovem desejava ser uma
espécie de "Newton" da mente.

Não sei se Freud queria ser uma especie de Newton da mente. Da mesma forma
que Newton, ele tem coisas escritas que não são válidas. Newton também
escreveu muitas coisas
nada científicas. Por exemplo, tem um trabalho onde pretende estabelecer as
coordenadas para encontrar nada mais que as portas do inferno. Não importam
as coisas erradas que estes homens escreveram e sim os seus acertos.
Ninguém é oniciente.

>então desenvolveu a Psicanálise, uma forma de tentar entender o
funcionamento da mente apenas analisando suas manifestações externas, seu
"output"

Em realidade este é um postulado que se encontra misturado com as afirmações
condutistas. A psicanálise não pretende, nem pretendeu, nem foi pretensão de
Freud, estudar o cérebro. O que ele descobriu foi o poder da interpretação.
Nunca postulou nenhuma mente ou pretendeu filosofar. Escreveu um trabalho
muito importante esclarecendo que a psicanálise não é uma visão do mundo e
nem uma explicação total do homem.

A psicanálise é nada mais que um método de investigação do discurso.
Descobriu que não vivemos e que somos vividos por nossas interpretações do
mundo. Investigar a origem delas é a tarefa da psicanálise. Não pretende ser
panaceia nem curar esquizofrenia ou todas as depressões ou outras patologias
graves.

Freud disse que a psicanálise não estava indicada para o que ele denominava
psiconeuroses narcisistas nem para a psicose esquizofrênica. Atualmente
existe um enorme acervo de conhecimentos psicanalíticos acerca dessas
patologias. A psicanálise tem ajudado bastante na comprensão dessas doenças.
Por outro lado, sempre se condenou o furor curandis de certos analistas.

> ". Ele sabia que essa era
> uma teoria "Ad Hoc" até o tempo em que o cérebro pudesse ser investigado
diretamente.

É certo. Freud disse que a endocrinologia talvez substituisse a psicanálise.
Naquela época era a parte da medicina que tinha maior progresso. Ele era
neurologista, antes de inventar a psicanálise. Creio que atualmente teria
uma grande fascinação pela bioquímica e pela psicofarmacologia.

>Mas como eu disse no parágrafo anterior, isso não deveria
> importar para a psicanálise, já que uma ciência deve ter existência
autônoma.

É certo.

>Os "sucessores" de Freud criaram suas próprias teorias da mente:

Em realidade as coisas não foram assim. Jung não criou nenhuma teoria
especial sobre o funcionamento psíquico. O que fez foi acrescentar alguns
procedimentos não psicanalíticos quando sentia que não podia avançar. Também
terminou somando coisas místicas que o entusiasmaram mais que a ciência.

Reich acabou dexando a psicanálise e adotando uma certa teoria inventada por
ele chamada "orgônica" (coisa meio mágica e com pouca cordura).

Lacan não criou nenhuma teoría nova. Até dizia que era mais freudiano que
Freud. Não rejeitou nenhum postulado básico da psicanálise. Com um apoio
lingüístico e um estilo barroco tentou realizar um movimento que teve muita
influência, que de chamou retorno a Freud.

>Suas idéias influenciaram as artes e o comportamento, mas não têm
importância científica para o entendimento da mente humana.

É uma afirmação dogmática bastante ousada. Em realidade, como psicanalista,
nem sei se existe esta tal de mente humana. A única coisa que sei, em termos
de psicanálise, é que o que investigamos não é mais que um dos muitos modos
de funcionamento do que se chama psiquismo. Uma certa função de um orgão
virtual que Freud chamou aparelho psíquico. O que se analisa são os
sentidos. Não entendemos, desde a psicanálise nenhuma função cerebral. A
psicanálise seria sendo o que é, se o funcionamento com que trabalhamos
fosse uma produção de um osso ou de uma glândula. Tampouco é um mero output,
porque o que gera os outputs são os programas. São exatamente estes
programas e o modo de construi-los que são investigados. A análise é algo
parecido a uma investigação de "bugs". Não é moral nem pauta de convivencia
humana.

Os argumentos contra a psicanálise nunca vão até a profundidade. Não
encontrei um só que contradiga, por exemplo, que o discurso humano possui
sentidos e que os individuos se orientam por estes sentidos. A
impossibilidade imediata de aceder à origem desses sentidos é que se
denomina inconsciente. Não é nada "ectoplásmico" nem um lugar anatômico.
Dissecar um cérebro ou submetê-lo a qualquer método de exame, jamais
mostraría o onconsciente. A analogia com a inteligencia artificial é a mais
aproximada.

A gente pode não gostar de psicanálise e, de fato não é tão importante um
tratamento psicanalítico como uma cirurgia de uma úlcera perfurada. Não está
relacionada diretamente com a possibilidade de sobrevivencia imediata. As
pessoas podem viver muito tempo com o colesterol alto (alguns morrem cedo,
outros se suicidam, do mesmo modo que muitos vivem sem poder combater certos
sofrimentos). Também pode-se sobreviver neurótico.

Abraços

Marco A. Andrade
logos@pccp.com.ar





SUBJECT: Re: [ciencialist] Freud e Psicanálise
FROM: "Marco A. Andrade" <logos@pccp.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 12/03/2001 01:24


----- Original Message -----
From: "O_Iniciado" <peterlsm@terra.com.br>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Monday, March 12, 2001 12:19 AM
Subject: [ciencialist] Freud e Psicanálise


> Marco Andrade:
>
> >> Este é um enunciado muito mau. Só tem por finalidade gerar
> >> confusão.
>
> Não confunda confusão com provocação científica. É exatamente o
> tipo de provocação que cria debates sobre um tema, e um recurso
> bastante utilizado na convivência acadêmica. Além disso, se é ou não
> "mau" é um ponto de vista muito relativo, uma vez que estaRÍAMOS
> falando de ciência. Se eu criticar a gravidade isso é "MAU"??
>
> >> Como pode alguém que tenha uma só gota de conhecimento
> >> e respeito científico afirmar coisas desse tipo?
>
> Pode. Tanto que pode que acontece. O conhecimento não significa o
> critério de utilidade prática do mesmo quando colocado dentro de uma
> perspectiva pessoal. Muitas coisas consideradas úteis por alguns são
> desprezadas por outros, mesmo que esses "outros" tenham o conhecimento
> de causa e efeito sobre algo.
>
> >> Se a pessoa acredita que está fazendo uma contribuição,
> >> deve tomar aulas de argumentação, porque está falhando
> >> na lógica.
>
> Essas aulas de argumentação eu já tive em aulas Hermenêutica e
> Teoria da Argumentação, em minha extensão universitária do curso de
> Direito. E também temos no Centro de Investigações da Fala no curso de
> Letras da UFMT. Por outro lado, o que foi colocado no texto em análise
> foi bem lembrado, porquê faço uma sugestão de que aprenda um pouco
> sobre qual a diferença de um argumento, de uma explicação, de uma
> afirmação e de uma interrogação.
> Um argumento lógico constitui-se de premissas e uma conclusão (o
> que não foi caso do texto que escrevi, especialmente em análise).
> Outra coisa: lógica, dentro do contexto argumentativo, é o
> estabelecimento concreto de um nexo de causalidade silogístico.
> Portanto o que você colocou ficou descontextualizado.
>
> >> Um conhecido personagem que se apresentava como
> >> "medium" (sic) dizia incorporar um tal Dr. Fritz e dava
> >> consulta como médico. Culpa de Hipócrates?
>
> Isso sim é uma falácia da Conclusão Irrelevante, da maneira como
> colocada, exatamente por ignorar um preceito já declarado: "Não estou
> dizendo que Freud tem culpa"... Uma simples leitura atenta e racional
> teria poupado isso.
>
> >> Convido os listeiros a informar-se corretamente sobre
> >> psicanálise e a começar a falar seriamente do tema.
>
> Ok. Mas então não haveria motivo para deixar de aplicar tal
> referência ** apenas ** a Psicanálise. O que ela teRIA diferente do
> restante das Ciências aqui? Seria por seu caráter esotérico???
> Esse convite seria o mesmo que pedir para o Léo falar *apenas*
> sobre Física porque é especialista nessa área. O Alberto Mesquita
> deveria falar só sobre medicina, porquê não teria informação para
> "falar seriamente" da Química. Isso aqui é uma lista de discussão, a
> mais interessante que eu conheço, porquê as pessoas não tem medo de
> ousar opinar sobre o que não conhecem profundamente.
> E mesmo que não tenham especialidade no assunto não deixam de
> falar seriamente.
>
> Concordo que *geralmente* o ataque pode ser feito por pessoas que
> desconhecem o assunto, mas nem sempre é assim, e é sobre esse último
> tipo de argumento que me refiro.
> Meu conhecimento sobre psicanálise, e especialmente sobre sua
> participação como uma das mães da pseudociência está circunscrito não
> apenas a opiniões de especialistas que conheci. Podem ser encontradas
> em sites do gênero e centenas de livros reconhecidos pela comunidade
> científica.
> Em "Jonathan Lear
> (http://www.shef.ac.uk/uni/projects/gpp/lear.html) debate com
> Frederick Crews (http://www.shef.ac.uk/uni/projects/gpp/crews2.html)
> acerca de Freud" verificamos dois especialistas (Ph.D) discutindo
> sobre a validade da teoria freudiana.
> Em Criticisms of Freud's Seduction Theory
> (http://www.outreach.org/information/powellr/refs.htm) / lista de Russ
> Powell verificamos algo semelhante, demonstrando as conclusões
> apressadas de Freud sobre campos que hoje são demonstrados
> inverídicos.
> A "UCI SCIENTISTS DISCOVER CRITICAL BRAIN CELL ABNORMALITIES IN
> SCHIZOPHRENIA" (http://www.uci.edu/~inform/releases/051so96.html), uma
> das instituições educacionais mais reconhecidas dos EUA mostra o
> quanto falaciosa chega a ser a Psicanálise.
> A Associação Americana de Psicanálise (http://apsa.org/) reconhece
> evidências em contrário de Freud e seus vários seguidores.
> A "Arquivos de Freud"
> (http://plaza.interport.net/nypsan/freudarc.html) dá uma idéia do
> quanto ele sofreu as consequências de diversas formas de esquizofrenia
> que ele mesmo dizia existir e incutir a pessoa a erros de julgamento e
> compreensão.
>
> Não estou com uma lista completa nem lembro de todos os livros que
> li, mas conheco algumas resenhas interessantes e boas indicações sobre
> o assunto . Basta verificar as evidências contadas em
> "Feinberg, Todd E. and Martha J. Farah. editors, Behavioral neurology
> and neuropsychology (New York : McGraw-Hill, 1997)".
>
> Outros, indicados sobre esse assunto, que podem sugerir um bom
> debate são os argumentos dos neurocientistas sobre a falsidade da
> Psicanálise no confronto com o conhecimento neurológico e mesmo
> do ponto de vista de outras escolas da Psicologia.
>
> * Gold, Mark S. The Good News About Depression : Cures and
> Treatments in the New Age of Psychiatry (New York: Bantam Books,
> 1995).
>
> * Pincus, Jonathan. and Gary. Tucker. Behavioral Neurology, 3rd
> ed. (New York: Oxford University Press, 1985).
>
> * Schacter, Daniel L. Searching for Memory - the brain, the mind,
> and the past (New York: Basic Books, 1996).
>
> * Hines, Terence. Pseudoscience and the Paranormal (Buffalo, NY:
> Prometheus Books, 1990).
>
> Um abraço.
>
> Peterson.
>
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Your use of Yahoo! Groups is subject to http://docs.yahoo.com/info/terms/
>
>
>



SUBJECT: Re: Sonho e Sono
FROM: msbn@daterranet.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 12/03/2001 01:27

Prezado André Roviralta, caros listeiros:

André - Li uma vez em uma biografia de Freud que ele quando jovem
desejava ser uma espécie de "Newton" da mente. Ele acreditava que
deveria haver explicações físicas para todo o funcionamento da mente,
e queria encontrar essas explicações.

Manuel - Realmente, Freud sempre buscou firmar suas teorias sobre uma
base natural. Sua preocupação com o fundamento biológico dos
fenômenos psíquicos por ele observados é uma constante em toda a sua
obra. Entretanto, em sua época o conhecimento acerca dos processos
neurológicos e bioquímicos ainda era incipiente, além do que a
etologia, ciência do comportamento animal, sequer tinha sido criada.
De modo que se pode afirmar que Freud passou pela mesma dificuldade
com a qual se deparou Darwin. Este, como se sabe, elaborou sua
revolucionária teoria da evolução das formas de vida sobre um vazio:
o desconhecimento dos mecanismos da transmissão hereditária -- as
leis da hereditariedade de Mendel, segundo a qual as informações que
passam de uma geração a outra são quantizadas, isto é, tem por
base "partículas elementares" denominadas genes, e que por isso não
se combinam a maneira dos líquidos, permaneceu ignorada até que, em
1900, foi redescoberta pelo biólogo holandês Hugo de Vries.

Esse vazio era o calcanhar de Aquiles da teoria de Darwin, o que a
deixava vulnerável a toda sorte de críticas, mesmo as dos
criacionistas; até que, em meados dos anos 40, elaborou-se a "teoria
sintética da evolução" (ou neodarwinismo). Sintética porque combinava
o mecanismo da seleção natural, descoberto por Darwin-Wallace, com a
genética moderna. A partir de então, o evolucionismo darwiniano
firmou-se como uma teoria "acabada".

De um modo semelhante, a teoria freudiana careceu por muito tempo de
uma firme base biológica. Esse hiato é a razão pela qual muitas das
conjeturas de Freud, embora firmemente assentadas em dados empíricos,
davam a impressão de serem "algo forçado", malabarismos mentais ou
explicações da realidade a maneira dos mitos. Tal lacuna também
favoreceu o surgimento de escolas psicanalíticas dissidentes que
negligenciam a continuidade que há entre o animal e o homem e que
concebem a cultura como uma espécie de contra-natureza.

Ciente desse problema, e referindo-se à sua teoria da libido Freud
confessou: "Não se esqueçam; não estamos de posse, atualmente, de um
critério universalmente admitido da natureza sexual de um processo, a
menos que seja, mais uma vez, o da relação com a função de
reprodução, que devemos recusar como demasiado estreiro. (...) as
características químicas que temos o direito de supor aguardam apenas
sua descoberta." (Gesammelle Werke, XI, p. 331-332, "in" História
Natural do Homem; André Bourguignon; Ed. Zahar; p. 172)

E, realmente, nos dias de hoje estamos a testemunhar significativas
descobertas em todos os ramos da ciência biológica, descobertas estas
que, longe de refutarem o freudismo (como pretendem alguns),
confirmam-no em larga medida, isto é, sob a luz dos recentes
progressos da biologia, as idéias de Freud já não parecem tão
bizarras -- a "coisa" começa a fazer sentido. Por exemplo: a etologia
ou, mais especificamente, a primatologia vem atualmente descortinando
uma sexualidade multifuncional -- e que, paradoxalmente, transcende a
dicotomia masculino-feminino -- entre os primatas da
superfamília "hominoidea" a qual pertence o gênero humano. E, no que
diz respeito à sexualidade infantil (a existência de uma libido pré-
genital), ver a minha mensagem
http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/8666, em que falo
de uma Crise Hormonal Pós-Natal duradoura (de testosterona e outros
hormônios sexuais) verificada por endocrinologista em muitos
mamíferos, inclusive o homem.

André - Mais adiante ele percebeu que não tinha instrumentos para
investigar diretamente o funcionamento do cérebro, então desenvolveu
a Psicanálise, uma forma de tentar entender o funcionamento da mente
apenas analisando suas manifestações externas, seu "output". Ele
sabia que essa era uma teoria "Ad Hoc" até o tempo em que o cérebro
pudesse ser investigado diretamente. Provavelmente hoje ele seria um
neurologista e não um psicanalista.

Manuel - Da minha parte, rejeito tanto o dualismo cartesiano, segundo
o qual a alma (res cogitans) é absolutamente autônoma, quanto o
reducionismo vulgar, que, como o próprio termo indica, "reduz" um
nível da realidade a outro mais fundamental (X "nada mais é" que Y).
Assim como"Hardware" é uma coisa e "software" é outra, 'cérebro'
e 'mente' não são sinônimos: mente é programa, é informação. De sorte
que não há uma identidade entre 'neurologia' e 'psicologia', e "a
psicologia humana, embora sem dúvida dedutível em princípio a partir
da neurofisiologia, da endocrinologia, dos neuro-transmissores e
assim por diante, vale a pena também ser estudada no seu próprio
nível." (Murray Gell-Mann; O Quark e o Jaguar). Por isso, creio que
se ele vivesse hoje, Freud seria um psicólogo, e não um neurologista:
estudaria ele a mente humana tal como ela se manifesta, isto é,
através da linguagem e do comportamento, este último sobretudo como
processo significativo -- em que o significado amiúde não é
conscientemente percebido -- e não tanto como ato reflexo (porém sem
negligenciar esse seu aspecto).

Aliás, Murray Gell-Mann, em sua obra citada, criticando a postura
reducionista do Instituto de Tecnologia da Califórnia onde foi
professor ("No Caltech, é principalmente o cérebro que é estudado. A
mente é negligenciada, e em alguns círculos mesmo a palavra é
suspeita."), escreveu: "Se no tempo de Darwin o Caltech tivesse
existido com estas mesmas propensões [reducionistas], a instituição o
teria convidado para fazer parte de seu corpo docente? Afinal de
contas, ele formulou sua teoria da evolução sem muitas pistas sobre
os processos subjacentes. Seus escritos indicam que, se pressionado a
explicar o mecanismo da variação, ele provavelmente teria optado por
algo parecido com a idéia incorreta de Lamarck (...) Ainda assim sua
contribuição à biologia foi monumental."

André - No entanto a psicanálise é totalmente dependente
do "carisma" de Freud...

Manuel - Não falo pelos outros, mas, quanto a mim, sou mesmo um tiete
de Freud, admito. Mas já fui muito pior. Nada que uma boa análise não
cure :-)

André - Os "sucessores" de Freud criaram suas próprias teorias da
mente: Jung, Reich, Lacan, etc. É como se houvesse uma física para
cada físico do século XX.

Manuel - Na física quântica, há por um lado os realistas, liderados
por Einstein, Vigier e Bohm, que afirmam a existência de "parâmetros
ocultos" nos fenômenos quânticos, consistindo o seu indeterminismo
num mero desconhecimento superável de tal causalidade subjacente; e,
por outro lado, a Escola de Copenhague (Bohr, Heisenberg e outros),
para a qual o mundo dos 'quanta' é intrinsecamente indeterminista. É
como se existissem duas físicas quânticas.

Na teoria da evolução das espécies, entre os herdeiros de Darwin,
brigam entre si, às vezes encarniçadamente, os pan-selecionistas (G.
C. Williams & Cia) e os neutralistas (M. Kimura e outros); os que
defendem que a seleção natural opera a triagem dos genes (O. Wilson,
R. Dawkins, etc.) e aqueles que propugnam que o que é realmente
selecionado são os grupos ou mesmo as espécies (S. Gould); os
gradualistas e os defensores da evolução pontuada, etc. É como se
existissem vários darwinismos.

Parece que essas bifurcações são mais comuns e generalizadas do que
se pensa, algo intrínseco ao processo do conhecimento.

Quanto a Lacan, num seminário ele perguntou aos participantes quem
era lacaniano. Quase todos levantaram a mão. Lacan então falou: --
pois eu sou é freudiano :-)

André - Freud foi um dos grandes filósofos e pensadores do séc XX.
Suas idéias influenciaram as artes e o comportamento, mas não têm
importância científica para o entendimento da mente humana.

Manuel - Acho essa sua afirmação um pouco precipitada, irrefletida.
Pense bem, você acha mesmo que os conceitos de inconsciente e de
recalque, bem como a teoria freudiana do desenvolvimento psicossexual
não têm importância científica para o entendimento da mente humana?
Como pode as idéias de um grande filósofo -- você escreveu "grande" --
serem irrelevantes para a ciência? Não estaria você estabelecendo um
corte radical, uma descontinuidade absoluta entre filosofia e ciência?

Assim como você, Karl Popper também achava que Freud era apenas um
filósofo. E, segundo o 'filósofo' Popper, a psicanálise, longe de ser
uma ciência, consistia tão-somente num programa metafísico de
pesquisa. Mas acrescentou: trata-se de uma 'fecunda' metafísica.
Pois, nas palavras de Peter Gay, "Popper concordava com prazer --
alguns de seus admiradores não têm sido tão generosos -- que Freud
tinha visto corretamente algumas questões importantes; além disso,
ele [Popper] acreditava que as ciências verdadeiras originam-se
precisamente de mitos como os freudianos."

Abraços,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: [ciencialist] Freud e Psicanálise
FROM: "Marco A. Andrade" <logos@pccp.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 12/03/2001 01:31

Peterson escreveu:

> Não confunda confusão com provocação científica.

É certo, Peterson. Eu me excedi com a resposta à sua provocação e terminou
com coisas que mais parecem brigas e demonstraões do quanto um sabe mais do
que o outro, ou quem faz xixi mais longe. Peço desculpas pela minha
grosseria. Sinto necessidade de responder a cada um dos seus argumentos. O
calor emotivo fez com que saissem meio misturadas, mas estão bastante
claros. Vou seguir com a discussão, que está muito boa. Desculpe o atropelo.
Prometo comportar-me melhor. Você fez muito bem em responder.

Abraços
Marco A. Andrade
logos@pccp.com.ar




SUBJECT: Re: [ciencialist] Vacinacao
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 12/03/2001 01:44



Roberto Mitsuo Takata wrote:

> Confiram a carta ao leitor da ultima edicao de Saude!
>
> http://www.uol.com.br/revistasaude/nestaedi/index.html

Estou bastante por fora do problema e por isso ponto de vista poderá
parecer descabido, e claro, os dados são hipotéticos. Vamos imaginar
que a vacinação causa uma morte em 2 milhões. Vamos também imaginar
que se uma criança não se vacinar ela tem uma probabilidade de morrer
menor, digamos de 1 em 4 milhões. No entanto se essa opção fosse
seguida por toda a população a probabilidade passaria para 1 em 10 .
Isto poderia acontecer porque uma criança vacinada poderia contrair
o vírus da doença da própria vacina, uma única criança não vacinada
dificilmente contrairia a doença porque todas as outras crianças
estariam vacinadas e a probabilidade de contágio é minimo. Por outro
lado a probabilidade de contágio aumentaria exponencialmente com o
número de não vacinados. Isto mostra que a vacinação deve ser
obrigatória, não porque ela proteja quem se vacina mas porque isso
protege a sociedade como um todo. O hipotético risco da vacinação é
o preço que se paga pela segurança geral, que no fim seria a segurança
própria. Isto faz lembrar a "tragédia dos comuns".

É claro que os meus números estão provavelmente errados, mas o que
interessa é o que eles pretendem ilustrar.
--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: Re:Freud e Psicanálise
FROM: msbn@daterranet.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 12/03/2001 02:36

--- In ciencialist@y..., "Andre Roviralta Dias Baptista"
<andrebaptista@u...> wrote:
> Psicanálise não cura depressão, síndrome do pânico, mania,
esquizofrenia,
> distúrbio bipolar, enfim, os distúrbios mentais mais comuns. A
psicanálise
> não resolve nenhum transtorno que não possa ser resolvido pelo
próprio
> indivíduo.
>
> Veja o artigo sobre psicanálise no Dicionário Cético:
>
> http://paginas.teleweb.pt/~ceptico/entradas/psicanalise.html

Manuel - Agora veja um trecho do artigo sobre os "céticos" (os da
estirpe a qual pertence esse que escreveu para o Dicionário Cético
sobre a psicanálise), que saiu na revista Galileu do mês de abril,
por sinal um artigo muito bom:

"Ao se tornar capaz de interferir no mundo, a ciência, apesar de ser,
em seu método, um exercício livre e sem comprometimento, tornou-se um
instrumento de poder (...)

"Talvez por isso, alguns inquisidores da razão perderam seu rumo e
seu prumo. Concepções muito estreitas de ciência têm levado a
atitudes prejudiciais para o conhecimento. A reflexão crítica sobre a
própria atividade científica é uma atividade inútil para muitos do
que pretensamente defendem a racionalidade."

Abraços,
Manuel Bulcão



SUBJECT: [xarxa-uni] m=E1quina contra-manifestantes de los yanquis
FROM: Daniel Camos <danicamos@yahoo.com>
TO: xarxa-uni@yahoogroups.com
DATE: 12/03/2001 04:49

EE.UU invierte cuarenta millones de d=F3lares en una
m=E1quina contra manifestantes que causa dolor similar a
una quemadura

Nodo50

Los militares de Estados Unidos han invertido cuarenta
millones de d=F3lares y diez a=F1os en el desarrollo de un
arma ideada para dispersar manifestantes haci=E9ndoles
sentir quemaduras.

El arma, que proyecta un haz de microondas, tiene por
ahora el nombre de "tecnolog=EDa de repulsi=F3n activa" y
se desarrolla en los laboratorios de la Fuerza A=E9rea
en Nuevo M=E9xico y Texas como parte de un programa del
Cuerpo de Infanter=EDa de Marina.

El director del programa, el coronel de Infanter=EDa de
Marina George P. Fenton, sostiene que se trata de "una
revolucionaria tecnolog=EDa de protecci=F3n de fuerzas que
da a los soldados de Estados Unidos una alternativa al
uso de la fuerza letal".

El equipo est=E1 dise=F1ado para detener a una muchedumbre
lanzando energ=EDa electromagn=E9tica en ondas, como un
haz que calienta la piel de quienes lo reciban, que en
pocos segundos sienten un dolor similar al que se
sufre cuando se toca una lamparilla caliente.

El Pent=E1gono ha hecho muchos esfuerzos durante el
=FAltimo decenio para el desarrollo de equipos y
armamentos para operaciones de "mantenimiento de la
paz" en las cuales sus tropas deben afrontar a
multitudes de civiles. "El dolor que causa es parecido
a una quemadura", pero "no es tan intenso como para
que cause da=F1os", dijo a la emisora televisiva CNN
Rich Garc=EDa, portavoz del Laboratorio de Investigaci=F3n
de la Base Kirkland de la Fuerza A=E9rea en Nuevo
M=E9xico. El haz entra apenas 0,3 mil=EDmetro bajo la
piel, sin causar da=F1os permanentes, seg=FAn el
Pent=E1gono."Cuando penetra, el haz activa los sensores
de dolor y uno siente mucho dolor, pero no hay da=F1o",
asegur=F3 Garc=EDa.

La idea de la Infanter=EDa de Marina es instalar ese
arma sobre sus veh=EDculos todoterreno y los del
Ej=E9rcito, y tampoco se descarta usarla desde
helic=F3pteros, aviones o barcos.

William Arkin, experto sobre asuntos militares en la
organizaci=F3n pro derechos humanos Human Rights Watch,
duda que pueda usarse un armamento de ese tipo de
manera tan segura como aseguran los militares.''=BFQu=E9
pasar=E1 con los ni=F1os que est=E9n entre la multitudud?'',
dijo Arkin. ''=BFQu=E9 pasar=E1 con las mujeres embarazadas,
con los ancianos? =BFQu=E9 pasa si alguien sigue caminando
hacia la fuente del haz de microondas? =BFY qu=E9 ocurre
cuando hay p=E1nico en la multitud por el haz de intensa
energ=EDa?".

penjar o baixar documents: http://es.egroups.com/file/xarxa-uni
calendari: veure'l o afegir acte
http://es.egroups.com/calendar/xarxa-uni
opcions personals
http://es.egroups.com/mygroups
borrar-se de la llista
xarxa-uni-unsubscribe@egroups.com





SUBJECT: Tecnica de clonagem ainda eh ineficiente
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: Ciencialist <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 12/03/2001 07:27

Técnica de clonagem ainda é ineficiente

98% dos clones têm defeitos e morrem e esse é o maior
obstáculo para uso em seres humanos

HERTON ESCOBAR. O Estado de São Paulo, 11 de março de
2001.

Se você tem dúvidas sobre clonagem, não está sozinho.
Quatro anos após o nascimento da ovelha Dolly - o
primeiro animal clonado a partir de uma célula adulta - a
clonagem ainda é, em muitos aspectos, uma técnica pouco
compreendida pelos cientistas.

Um clone é uma cópia exata de uma planta ou animal, com
todas as características do original, inclusive os
defeitos. A técnica, porém, ainda é extremamente
ineficiente. Daí as duras críticas ao projeto do italiano
Severino Antenori e do americano Panayiotis Zavos de
clonar seres humanos.

Entre 95% e 98% dos embriões clonados são abortados ou
dão origem a fetos deformados, que morrem nos primeiros
dias de vida. "A média de sucesso é de cerca de 2% em
trabalhos publicados sobre clonagem de bovinos, ovelhas,
porcas e ratos", disse o diretor-assistente de Ciência do
Instituto Roslin, Harry Griffin, em entrevista ao
Estado. "Mas a taxa real deve ser ainda menor, pois os
experimentos que falham não são divulgados”.O próprio
instituto, com sede na Escócia, não clonou nenhum outro
animal adulto desde Dolly.

As falhas no processo estão longe de serem solucionadas.
Muitos cientistas suspeitam que o problema esteja no
processo de "impressão genômica", mecanismo pelo qual os
genes do espermatozóide e do óvulo são ativados ou
desativados durante o desenvolvimento embrionário. A
técnica mais tradicional de clonagem envolve a
transferência do núcleo de uma célula adulta para o
interior de um ovócito que teve seu núcleo extraído. Como
não há fusão do material genético de células sexuais -
que já carregam DNA propriamente impresso - os genes do
clone podem não ser ativados corretamente.

"A falta de sucesso é um problema biológico, não
tecnológico", diz o geneticista e bioquímico Sérgio
Danilo Pena, do Núcleo de Genética Médica de Minas
Gerais. "Não sabemos se será possível superar todas as
dificuldades", avalia Ryuzo Yanagimachi, do Departamento
de Biologia Reprodutiva da Escola de Medicina da
Universidade do Havaí, que já clonou seis gerações de
camundongos.
A maioria dos filhotes clonados nasce com até o dobro do
peso normal, o que pode acarretar complicações
respiratórias e cardiovasculares. Muitos nascem com
deformidades, como vacas com cabeças e focinhos
achatados, e não sobrevivem. Há riscos sérios também das
fêmeas que recebem os embriões, que podem inchar ao ponto
de estourar os músculos do abdome. O cordão umbilical e a
placenta costumam crescer de maneira anormal.

As pesquisas avançam rapidamente. Yanagimachi conseguiu
superar o envelhecimento precoce, um dos problemas
detectados em ovelhas clonadas.

"Produzimos clones de clones por seis gerações e não há
sinal de envelhecimento precoce ou encolhimento dos
telômeros", relatou o pesquisador, em entrevista ao
Estado, referindo-se às estruturas cromossômicas que se
desgastam à medida que a célula se divide e envelhece.
"Ainda não sabemos, contudo, se podemos continuar a
clonar indefinidamente”.








SUBJECT: Re: Freud e Psican�lise
FROM: andrebaptista@uol.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 12/03/2001 09:32

>Manuel - Agora veja um trecho do artigo sobre os "c�ticos" (os da
>estirpe a qual pertence esse que escreveu para o Dicion�rio C�tico
>sobre a psican�lise), que saiu na revista Galileu do m�s de abril,
>por sinal um artigo muito bom:

Andr� - Desconsiderar argumentos por causa da "estirpe" (do Dicion�rio Aur�lio: Origem, tronco, linhagem, ra�a, ascend�ncia, cepa.) do argumentador � o recurso mais baixo que existe, Manuel. Argumento "Ad Persona" (n�o confundir com "Ad Hominem")no qual se ataca a pessoa e n�o as id�ias do contendor. Eu sei que voc� sabe disso. Ter� sido um "Ato Falho" ? :-)))))

abra�os,

Andr� Baptista


SUBJECT: Freud e Psican�lise
FROM: "O_Iniciado" <peterlsm@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 12/03/2001 13:35

Marco:

>> Eu me excedi com a resposta à sua provocação e terminou
>> com coisas que mais parecem brigas e demonstrações
...
>> Vou seguir com a discussão, que está muito boa.

A provocação científica deve gravitar apenas sobre temas e idéias.
As vezes acabamos por nos envolvermos de várias formas com um tema e
em algum complemento ou refutação acabamos por incluir nossas emoções.
Mas isso pode acontecer com qualquer um.
De qualquer forma, também peço desculpas caso tenha me expressado
de maneira rude.
O tema é mesmo interessante.
Abraços.

Peterson.



SUBJECT: Newton e o inferno
FROM: "O_Iniciado" <peterlsm@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 12/03/2001 13:52

Marco:

>> Newton tambéme screveu muitas coisas nada científicas.
>> Por exemplo, tem um trabalho onde pretende estabelecer as
>> coordenadas para encontrar nada mais que as portas do inferno.

Nem tinha idéia de uma coisa dessas!
Você, ou alguém da lista poderia me citar a fonte de onde se
comprova tal coisa?

[]'s

Peterson.



SUBJECT: [Re:] [ciencialist] Genialidade
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 12/03/2001 14:04


On ( Tue, 5 Dec 2000 06:07:49 -0200), ciencialist@yahoogroups.com wrote:

>
>Caros colegas,
>
>Assistindo a televisão esta semana me chamou a atenção uma reportagem sobre um
garoto americano superdotado de 11 anos que estava cursando medicina. Durante a
reportagem o repórter entrevistou seus pais, que eram pessoas normais sem
qualquer traço de genialidade. Palavras deles mesmos. Então me lembrei de
Einstein, cujo os três filhos eram dotados de inteligência mediana. Nada que se
comparasse ao pai. Estes são apenas dois exemplos mais não são casos isolados.
Através da história temos exemplos de gênios que nasceram e morreram sem deixar
herdeiros intelectuais. Não há famílias de superdotados. Por que isso acontece
? Ajudem-me!
>
>[ ]'s
>Raul
>
>

Sabe-se q a inteligencia eh "composta" por muitos genes, talvez milhares...
Para q apareca o traco da genialidade deve ser necessario a presenca de uma
serie de alelos ( que podem ser recessivos ou nao ).
Mesmo q o pai seja genio ele pode passar para o filho alelos que nao
sao os que lhe dao a genialidade.

Alem do mais a mae tambem pode fazer isso ( se ela for genia ) .

De qqr modo a probabilidade de o filho ser inteligente deve aumentar
se os pais sao inteligentes.

[]s
jocax

>[Non-text portions of this message have been removed]
>
>
>
>&&& --- &&&
>VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
>http://www.ciencialist.hpg.com.br
>Para sair da lista envie um mail para
>ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
>&&& --- &&&
>
>Your use of Yahoo! Groups is subject to http://docs.yahoo.com/info/terms/
>
>
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Genialidade
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 12/03/2001 14:09

-----Mensagem Original-----
De: "Raul Sturari Jr."
Para: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: Terça-feira, 5 de Dezembro de 2000 05:07
Assunto: [ciencialist] Genialidade

> Então me lembrei de Einstein, cujo os três filhos eram dotados de
> inteligência mediana. Nada que se comparasse ao pai.

A genialidade de Einstein é algo extremamente discutível e em nada se
assemelha a dos meninos prodígios cultuados pela mídia e/ou por seus
familiares. A esse respeito, nada melhor que ir a fonte. Einstein chega a
afirmar o seguinte:

"O culto de indivíduos é sempre, em minha visão, injustificado. Sem
dúvida, a natureza distribui os dotes desigualmente entre suas crianças.
Mas, graças a Deus, há abundância de bem-dotados e eu estou firmemente
convencido de que a maioria destes vivem na surdina, discretamente ou de
maneira reservada. Soa-me como injusto, ou até mesmo de mau gosto,
selecionar alguns destes para uma admiração ilimitada,
atribuindo-se-lhes uma inteligência ou atributos sobrenaturais. Esta tem
sido a minha sina e o contraste, entre a avaliação popular de meus
atributos e realizações e a realidade, é algo simplesmente grotesco."
[A. Einstein, Ideas and Opinions, Crown Publishers, Inc., N. Y. (1982).
p.4]

Em outro trecho de sua obra, ele declara:

"Meu ideal político é a democracia. Deixar cada homem ser respeitado
como indivíduo e que nenhum seja idolatrado. É uma ironia do destino que
eu tenha sido objeto de admiração excessiva e veneração por meus
semelhantes, sem que isso se associasse a nenhuma falha ou mérito
próprios. É bem possível que isso retrate o desejo, inacessível para
muitos, de entender as poucas idéias que eu, com meus parcos recursos,
consegui desenvolver através do esforço e da persistência. Eu estou bem
ciente de que é necessário, para a consecução dos objetivos de uma
organização, que um homem deva ditar normas de pensamento e de direção
e, geralmente, arcar com esta responsabilidade. Mas esta liderança não
deve ser coercitiva, as pessoas devem ter o direito de escolher seus
líderes. Um sistema autocrático de coerção, em minha opinião, cedo
degenera. Pois a força sempre atrai homens de baixa moralidade e eu
acredito ser uma regra invariável a de que os tiranos, mesmo quando
talentosos, são sucedidos por salafrários." [idem, p.9]

Sob certos aspectos, e conforme ele mesmo diz, Einstein foi o produto de
muito esforço, de muito estudo, de muita dedicação. Negar tudo isso e
considerá-lo simplesmente um bem dotado, não deixa de ser um insulto e/ou
uma desconsideração por este esforço, por esse estudo e por essa dedicação.
Seria como que valorizar excessivamente os talentos que a natureza lhe deu,
como tem dado a todos nós, e desvalorizar atributos outros mais importantes
e próprios, em maior ou menor intensidade, a todos os seres humanos, quais
sejam, a perseverança, o dínamo propulsor e a intrepidez ou a coragem em
expor em público o resultado de seus esforços e/ou meditações.

Em resumo: o homem é o que é graças à observação de três dentre suas
principais qualidades: 1) a fé em si mesmo; 2) o amor ao próximo; e 3) a
capacidade em traduzir estas outras duas qualidades em palavras. Fé, amor e
palavra, três palavras a traduzirem a verdadeira "boa dotação".

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Re:Newton e o inferno
FROM: andrebaptista@uol.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 12/03/2001 14:32

>>> Newton tamb�me screveu muitas coisas nada cient�ficas.
>>> Por exemplo, tem um trabalho onde pretende estabelecer as
>>> coordenadas para encontrar nada mais que as portas do inferno.
>
> Nem tinha id�ia de uma coisa dessas!
> Voc�, ou algu�m da lista poderia me citar a fonte de onde se
>comprova tal coisa?

Veja "Never at Rest", de Richard Westfall, considerada a melhor biografia de Newton. Ou ent�o a vers�o condensada da mesma obra, "A Vida de Isaac Newton" em portugu�s.

abra�os,

Andr� Baptista

>


SUBJECT: Re: [ciencialist] Fungos
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 12/03/2001 14:51

On Sun, 11 Mar 2001, Daniel Leal Freire wrote:
> Agora pergunto, de onde vieram estes fungos? Geração Espontânea? Não seria
> bom então mandarmos uma nave lotada de queijos para Marte?

Fungos produzem esporos e os esporos espalham-se pelo ar --
desenvolvendo-se onde quer q. haja condicoes propicias para tto:
basicamente umidade e alimento.

O queijo pode estar contaminado da fonte: afinal a propria fabricacao do
queijo envolve participacao de fungos (afora as condicoes sanitarias, nem
sempre em conformidade com as normas). Ou ter sido contaminado pela
exposicao ao ar (se nao tiver sido contaminado durante o transporte e a
comercializacao). Se o esterilizarmos e o colocarmos em uma embalagem
especial vedada, o desenvolvimento de fungos (e outros agentes
decompositores) pode ser retardado, diminuido ou mesmo suprimido.

Uma das diretrizes do programa espacial americano eh de evitar contaminar
outros corpos celestes (mas principalmente de evitar trazer 'a Terra
eventuais microorganismos q. porventura existam no espaco). Mas essa
diretriz nao eh seguida muito rigorosamente.

Existe uma proposta de modificacao das condicoes marcianas para tornar
habitavel ao ser humano, sem necessidade de construcoes especiais. E preve
a 'semeadura' de microorganismos fotossintetizantes -- q. produziriam O2
(tornando o ar respiravel -- e geraria O3, q. protegeria o solo das
radicoes UV), havendo retencao de calor e umidade. Mas eh algo bastante
discutivel. E em medio prazo ainda inviavel.

Mandar fungos 'a Marte seria caro, dificilmente serviria pra alguma coisa
e pouco provavel q. pudessem se estabelecer por la' -- devido 'a ausencia
de agua em estado liquido na superficie, ao bombadeamento de radiacoes de
alta energia, baixas temperaturas, ausencia de materia organica (depois de
consumirem todo o queijo, nao restaria muita coisa para comer). E como o
interesse atual eh investigar a presenca de vida: atual ou pregressa,
esses contaminantes poderiam impossibilitar tais estudos.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Fungos (e formigas)
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 12/03/2001 14:59

Roberto Mitsuo Takata wrote:
> Uma das diretrizes do programa espacial americano eh de evitar contaminar
> outros corpos celestes (mas principalmente de evitar trazer 'a Terra
> eventuais microorganismos q. porventura existam no espaco). Mas essa
> diretriz nao eh seguida muito rigorosamente.

Isto me lembra o divertido caso dos astronautas da Apolo 11, que quando
voltaram à Terra ficaram em quarentena numa câmara hermeticamente
fechada até "total descontaminação". Todos os dias eles recebiam a
visita de formigas querendo compartilhar o piquenique.

[]s
==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
==========================================================


SUBJECT: Re: [ciencialist] Genialidade
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 12/03/2001 15:59

On Tue, 5 Dec 2000, Raul Sturari Jr. wrote:
> intelectuais. Não há famílias de superdotados. Por que isso acontece ?

Ate' ocorrem -- mas isso eh suposicao minha: a familia Bach e Huxley, por
exemplo, apresentaram gdes contribuicoes 'a humanidade.

A questao eh q. a inteligencia eh um trato multifatorial -- apresenta
componentes geneticos e diversos fatores ambientais.

Tto a composicao genetica, qto os fatores ambientais diluem-se com o
tempo.

Simplifiquemos inicialmente e pensemos apenas em termos geneticos. A cada
geracao, apenas metade dos genes do genitor precedente sao passados 'a
prole -- humanos sao seres de reproducao sexuada, com cada genitor
contribuindo com metade dos genes. Em media, a cada geracao, os genes
originais sao diluidos 'a metade. Em quatro geracoes (algo como 100
anos) pouco mais de 6% -- em media -- dos genes originais estarao
presentes.

Os fatores ambientais podem alterar-se muito mais rapidamente. Atualmente
a tendencia eh de um aumento generalizado do QI -- indicador de um aspecto
da inteligencia -- nas populacoes humanas: certamente motivada por
condicoes ambientais propicias (embora haja discussao sobre quais fatores
estariam influenciando mais fortemente). Mas de modo localizado pode haver
um prejuizo do desenvolvimento da inteligencia das novas geracoes:
desnutricao sendo um fator mais notavel.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Vacinacao
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 12/03/2001 16:17

On Mon, 12 Mar 2001, João Mário Miranda wrote:

Miranda,

os seus apontamentos sao procedentes -- especialmente para paises q
conseguiram erradicar ou reduzir a quase zero os indices de uma dada
molestia infecciosa.

Tto eh q. nos EUA, optaram por substituir a Sabin pela Salk. A vacina
Sabin q. eh a usada ainda no Brasil contra o virus da poliomilelite eh
produzida com virus atenuado -- o q. garante uma taxa maior de imunizacao,
mas q. tbm apresenta maiores possibilidades de induzir a doenca. A Salk eh
menos eficiente, mas como eh produzida com virus desativado apresenta
menores possibilidades. Como nos EUA o indice de ocorrencia de polio eh
suficientemente baixo, uma menor taxa de imunizacao nao aumenta
significativamente os riscos de contaminacao natural, ao mesmo tempo em q.
diminui o risco de contaminacao induzida pela vacina.

A SI nao teve o trabalho de verificar porq. os EUA substituiram a polio,
apenas reproduziu o alarmismo dos (assim chamado) anti-vacinistas com uma
frase do tipo:

Brasil utiliza vacina proibida nos EUA.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Vaca-Louca
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 12/03/2001 18:17

Brasil versus Canada': Historico de uma crise que poderia ter sido evitada
http://www.comciencia.br/noticias/09mar01/historico.htm

eh sempre bom desconfiar dessas frentes amplas de consenso...

de qq maneira o boicote 'a Celine Dion ja' valeu 'a pena.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Vaca-Louca
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 12/03/2001 18:50

Roberto Mitsuo Takata wrote:
> Brasil versus Canada': Historico de uma crise que poderia ter sido evitada
> http://www.comciencia.br/noticias/09mar01/historico.htm
>
> eh sempre bom desconfiar dessas frentes amplas de consenso...
> de qq maneira o boicote 'a Celine Dion ja' valeu 'a pena.

No texto supra-citado há a seguinte pergunta:
- A CFIA não deveria ter enviado uma missão técnica ao Brasil, para
depois decidir se decretaria ou não o embargo?

[Pelo texto] A resposta é não.

Seria como se ao comprar peixe no mercado, perguntássemos ao vendedor se
o peixe estava fresco e ele não respondesse, simplesmente mudando de
assunto. Qual é a atitude óbvia? Simplesmente não comprar. Se o cara não
é capaz de me dizer se o peixe está fresco ou não, então eu suponho que
ele [o peixe] não está [fresco].

[Aparentemente] O Canadá agiu corretamente.

==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
==========================================================


SUBJECT: Re: [ciencialist] Vaca-Louca
FROM: "Francisco" <fbrito@globo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 12/03/2001 19:27

Talvés eu esteja enganado, mas me parece que a indignação do governo
brasileiro foi justamente por que o Canadá tomou uma atitude uinilateral no
embargo. Ou seja, baixando o embargo contra a carne brasileira antes de
consultar os orgãos do nosso governo sobre a saude do nosso gado.

Seria como não entrar mais na peixaria por que ouviu a mulher do vizinho
comentando com a cunhada que o peixe de lá não é fresco!

Francisco


----- Original Message -----
From: "TARCISIO BORGES" <TBORGES@BSI.COM.BR>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Monday, March 12, 2001 6:50 PM
Subject: Re: [ciencialist] Vaca-Louca


Roberto Mitsuo Takata wrote:
> Brasil versus Canada': Historico de uma crise que poderia ter sido evitada
> http://www.comciencia.br/noticias/09mar01/historico.htm
>
> eh sempre bom desconfiar dessas frentes amplas de consenso...
> de qq maneira o boicote 'a Celine Dion ja' valeu 'a pena.

No texto supra-citado há a seguinte pergunta:
- A CFIA não deveria ter enviado uma missão técnica ao Brasil, para
depois decidir se decretaria ou não o embargo?

[Pelo texto] A resposta é não.

Seria como se ao comprar peixe no mercado, perguntássemos ao vendedor se
o peixe estava fresco e ele não respondesse, simplesmente mudando de
assunto. Qual é a atitude óbvia? Simplesmente não comprar. Se o cara não
é capaz de me dizer se o peixe está fresco ou não, então eu suponho que
ele [o peixe] não está [fresco].

[Aparentemente] O Canadá agiu corretamente.





SUBJECT: Foguete Saturno
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 12/03/2001 20:26

Olá pessoal,
recebi hoje uma pergunta de consulente do Imperdível e não sei responder.
Eis o original:
"Professor
Gostaria de saber se o foguete Netuno é com propulsão a àgua ou não, pois necessito de um projeto de foguete que possua propulsão semelhante a de um foguete real.
Aguardo sua ajuda.
Atenciosamente,
Carolina"

E então?

[]'
Léo
=============
Luiz Ferraz Netto [Léo]
UIN#: 31028111
leo@barretos.com.br
leo@esquinas.com.br
www.feiradeciencias.com.br



SUBJECT: En: [ciencialist] Foguete Saturno
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 12/03/2001 20:52

Em suma, há algum mistério envolvendo esse tipo de foguete, algo oculto pela Nasa?
Se forem as propulsões convencionais não será preciso responder á mensagem anterior :-)
[]'
Léo
==============
-----Mensagem Original-----
De: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
Para: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: segunda-feira, 12 de março de 2001 20:26
Assunto: [ciencialist] Foguete Saturno


Olá pessoal,
recebi hoje uma pergunta de consulente do Imperdível e não sei responder.
Eis o original:
"Professor
Gostaria de saber se o foguete Netuno é com propulsão a àgua ou não, pois necessito de um projeto de foguete que possua propulsão semelhante a de um foguete real.
Aguardo sua ajuda.
Atenciosamente,
Carolina"

E então?

[]'
Léo
=============
Luiz Ferraz Netto [Léo]
UIN#: 31028111
leo@barretos.com.br
leo@esquinas.com.br
www.feiradeciencias.com.br





SUBJECT: Notícias da Com Ciência
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: Ciencialist - grupo de discussão <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 12/03/2001 21:27

Notícias da Com Ciência:

(Com um pequeno atraso; foi ao ar no sábado)

Clique no link abaixo para ver a íntegra dos textos:

www.comciencia.br

Artigo - Brasil versus Canadá: Histórico de uma crise que poderia ter sido
evitada
Considerando-se que a disputa entre Brasil e Canadá não é o primeiro e nem
terá sido o último conflito de interesses que o país enfrenta, por questões
sanitárias ou de qualquer outra natureza, o momento é propício para uma
análise dos eventos da crise, visando uma melhor preparação para futuros
embates. Por Pedro Eduardo de Felício

Meio Ambiente - Clone de araucária começa a produzir sementes
O primeiro clone de araucária do mundo, produzido no Brasil, começa a
produzir sementes. A clonagem foi feita através de um projeto de colaboração
entre a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), coordenado pelo
professor Miguel Guerra, e do Paraná (UFPR), coordenado pelo professor
Flávio Zanetti, em curso há 11 anos.

Indústria - Fábrica de processamento de fibra de coco é inaugurada no Pará
Foi inaugurada no dia 7 de março, na cidade de Ananindeua-PA, a Poematec
Ltda. - Fibras Naturais da Amazônia -, empresa de artefatos industriais que
fabricará produtos para diversos segmentos industriais, a partir da fibra de
côco e látex.

Patentes - Embrapa colhe os frutos de sua política de propriedade
intelectual
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) fez no ano passado
16 novos depósitos de patentes junto ao Instituto Nacional de Propriedade
Intelectual (INPI) e firmou 20 contratos para concessão do uso de seus
produtos tecnológicos patenteados e para o licenciamento de cultivares.

Mídia - Jornalistas lançam manual de Radiojornalismo
Acontece no próximo dia 21 de março o lançamento do livro Manual de
Radiojornalismo - Produção, Ética e Internet, de Heródoto Barbeiro e Paulo
Rodolfo de Lima. O evento será realizado na Livraria Cultura, localizada na
Av. Paulista, 2073 - Conjunto Nacional, em São Paulo, a partir das 19h, com
a presença dos autores.

Divulgação científica - Labjor fornece fitas do programa Brasil Pensa a
universidades
No final do ano passado, o Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo
(Labjor), da Unicamp, enviou lotes de fitas do Programa Brasil Pensa a
diversas universidades públicas e privadas do Estado de São Paulo.

Notas:

Nova espécie de jararaca já está ameaçada de extinção - A cobra, chamada de
Bothrops alcatraz ou jararaca-de-alcatrazes, vive na ilha Alcatraz, no
litoral de São Paulo, mas talvez por não muito tempo. Essa ilha serve, desde
1980, de alvo de exercícios de treinamento da Marinha do Brasil, que ameçam
extinguir essa espécie recém descrita, assim como várias outras.

Com Ciência amplia seus leitores - No mês de fevereiro deste ano, a revista
atingiu 14.000 pageviews (visitas em sua página principal).

Até a próxima...
Belisário

-----------------------------------------------------
Roberto Belisário Diniz
rbdiniz@terra.com.br
Laboratório de Estudos Avançados de Jornalismo (Labjor)
http://www.uniemp.br/labjor/
Veja também: Revista Com Ciência
http://www.comciencia.br
-----------------------------------------------------



SUBJECT: Re: [ciencialist] Foguete Saturno
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 12/03/2001 21:27

Propulsao 'a agua?

Ela fala daquele foguete no Imperdivel impulsionado 'a explosao de H2?

Ou fala da queima de H2 com O2?

Ou ela quer queimar hidrazina com tetroxido de nitrogenio? (Isso causaria
um gde efeito e um terrivel desastre...)

http://www.jpl.nasa.gov/basics/bsf14-1.htm
http://www.grc.nasa.gov/Other_Groups/K-12/TRC/Rockets/history_of_rockets.html

Se me permite um pitaco: nao tem como colocar um mecanismo de busca
interna no sitio do Imperdivel?

(Do Netuno... parece q. era o nome anterior do *foguete* Viking -- nao a
sonda -- e achei uma pagina sobre um foguete chamado Netuno -- Neptune --
de uma certa IOS, mas nao sei se a pagina eh confiavel)

[]s,

Roberto Takata


On Mon, 12 Mar 2001, Luiz Ferraz Netto wrote:

> Olá pessoal,
> recebi hoje uma pergunta de consulente do Imperdível e não sei responder.
> Eis o original:
> "Professor
> Gostaria de saber se o foguete Netuno é com propulsão a àgua ou não,
> pois necessito de um projeto de foguete que possua propulsão semelhante
> a de um foguete real.
> Aguardo sua ajuda.
> Atenciosamente,
> Carolina"
>
> E então?
>
> []'
> Léo
> =============
> Luiz Ferraz Netto [Léo]
> UIN#: 31028111
> leo@barretos.com.br
> leo@esquinas.com.br
> www.feiradeciencias.com.br
>
>
>
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SUBJECT: Com Ciência - Sociedade da Informação: Inclusão e Exclusão
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: Ciencialist - grupo de discussão <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 12/03/2001 21:30

Caros ciencialisteiros:

Está no ar o número 19 da revista mensal eletrônica de Jornalismo
Científico COM CIÊNCIA, publicada pelo LABJOR e pela SBPC. O tema desta
edição é "Sociedade da Informação: Inclusão e Exclusão"
(http://www.comciencia.br/reportagens/socinfo/frameset/vogt.htm)

Alguns destaques:

Educação: Dentro dos objetivos do projeto Sociedade da Informação o
governo federal vem incentivando os projetos de educação à distância
(http://www.comciencia/reportagens/socinfo/frameset/educacao.htm). O
Brasil, entretanto, ainda tem grandes dificuldades para democratizar o
acesso à Internet
(http://www.comciencia/reportagens/socinfo/frameset/governo.htm)

Mundo Digital: O sociólogo Laymert Garcia dos Santos fala sobre o
surgimento de um novo modelo de tele-vigilância no artigo Limites e
Rupturas na Esfera da Informação
(http://www.comciencia/reportagens/socinfo/frameset/laymert.htm)

Resenhas: A Conversação e Inimigo do Estado
(http://www.comciencia.br/resenhas/framerese.htm) são dois filmes que
falam sobre os meios tecnológicos de violação da privacidade. Leia
também as resenhas dos livros Cibercultura
(http://www.comciencia.br/resenhas/resedest2.htm) e Ética e Poder na
Sociedade da Informação
(http://www.comciencia.br/resenhas/resedest1.htm)

Entrevista: Lúcia Melo, que participou da elaboração das metas para a
inserção do Brasil na Sociedade da Informação fala sobre as
iniciativas para evitar a Exclusão digital (
http://www.comciencia.br/entrevistas/frameentr.htm). Edumundo Castro
fala sobre processamento de alto desempenho
(http://www.comciencia.br/entrevistas/destaque1.htm) .

Notícias (atualização semanal):
- Brasil versus Canadá: Histórico de uma crise que poderia ter sido
evitada; e outros

Ofjor:
RUPPERT SHELDRAKE, Mistificador bem-intencionado - Roberto Mitsuo Takata

Radar da Ciência:
Novidades em Ciência e Tecnologia nas áreas de Física, Matemática,
Biologia e outras.

Links:
sobre Astronomia, Institutos de Pesquisas e de Divulgação Científica.

Opinião:
Painel do Leitor, com espaço para comentários e artigos.

Boa Leitura!
COM CIÊNCIA - http://www.comciencia.br
LABJOR - http://www.uniemp.br/labjor

-----------------------------------------------------
Roberto Belisário Diniz
rbdiniz@terra.com.br
Laboratório de Estudos Avançados de Jornalismo (Labjor)
http://www.uniemp.br/labjor/
Veja também: Revista Com Ciência
http://www.comciencia.br
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SUBJECT: Re: Newton e o inferno
FROM: msbn@daterranet.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 12/03/2001 23:17

Olá, Peterson

Marco: Newton também escreveu muitas coisas nada científicas. Por
exemplo, tem um trabalho onde pretende estabelecer as coordenadas
para encontrar nada mais que as portas do inferno.

Peterson: Nem tinha idéia de uma coisa dessas! Você, ou alguém da
lista poderia me citar a fonte de onde se comprova tal coisa?

Manuel: Não sei informar. Mas no livro de Sokal e
Bricmont, "Imposturas intelectuais", os autores comentam que 90% dos
escritos de Isaac Newton tratam de alquimia e misticismo. (Ed.
Record, pág. 21)

Abraços,
Manuel Bulcão




SUBJECT: RES: Sonho e Sono
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogroups.com'" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 13/03/2001 08:42


Marco A. Andrade escreveu:

> São exatamente estes
> programas e o modo de construi-los que são investigados. A
> análise é algo
> parecido a uma investigação de "bugs". Não é moral nem pauta
> de convivencia
> humana.

Estou lendo (ainda não terminei, portanto é possível que eu venha
a dizer bobagens a seguir) "Como a Mente Funciona", de Steven Pinker.
O autor fala justamente da enorme sensasão de impotência que os
cientistas computacionais e psicólogos cognitivos têm de gerar programas
que simulem a visão. O quê dizer então sobre a inteligência como um todo?

Bem, para mim, se achamos que o hardware (cérebro) é muito complexo,
ainda vamos ficar estarrecidos com a complexidade do software (mente,
consciência, ou seja o que for).

Isto é só a ponta do iceberg... rê-rê-rê-rê!!!

Alexandre Medeiros
Analista Consultor

"Mudanças são a única coisa permanente no Universo" (Heráclito)
Alexandre P.Cabral de Medeiros
Analista Consultor * mailto:alexandre.medeiros@consultmail.net
AC Nielsen do Brasil * http://www.acnielsen.com
Tel. *(0xx11) 4613-7469 - Fax (0xx11) 4613-7077


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Genialidade
FROM: "Neville Martins" <neville@catanduva.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 13/03/2001 08:58

---------------------------------------------
Raul Sturari Jr. ->> . . . . . . . . . Através da história temos exemplos
de gênios que nasceram e morreram sem deixar herdeiros intelectuais. Não há
famílias de superdotados. Por que isso acontece ? . . . . . .
--------------------------------------------
Caro Raul.
Dizem que filho de peixe, peixinho é. Vejamos:

Há casos famosos de famílias com varias gerações de descendentes
apresentando aptidões especiais em determinadas áreas (esportes, ciências,
militarismo, política, comercio, etc.).
A entre ascendentes, descendentes e colaterais, família Bach teve quase uma
centena de músicos, embora nenhum outro com a genialidade de Johan
Sebastian; a família Bernouille teve dezenas de matemáticos, vários deles
famosos. Políticos nordestinos também são conhecidos por perpetuarem suas
famílias na política, bem como dinastias do Oriente ou de faraós do antigo
Egito.

Embora possa ter grande influencia, percebe-se logo que não é apenas
o fator
genético que determina a aptidão; em muitos casos, certas aptidões são
características regionais. Logo, há múltiplos fatores condicionantes.
Particularmente, eu acredito que fatores culturais, como a linguagem
materna, sejam muito importantes no desenvolvimento de aptidões
intelectuais. Por exemplo, o Alemão e também o Latim, por serem línguas
sintética, favorecem o pensamento analítico usado na química e na filosofia;
os árabes e hindus são especialmente hábeis no manuseio simbólico; dizem,
que na fabricação da bomba de hidrogênio, os chineses tiveram que
desenvolver todo o projeto em inglês, pois o uso de ideogramas dificultava
enormemente a comunicação entre os numerosos envolvidos.

Certa feita, um repórter inquiriu Salvador Dalí a esse respeito e o
gênio da
pintura respondeu: " Os gênios são estéreis". Salvador Dalí era estéril, mas
outros conhecidos gênios possivelmente não.
Seria mais adequado que dissesse: " A genialidade é estéril " .
Se assim não fosse, sob a óptica darwiniana, a esta altura seríamos todos
gênios.

Abraços
----------------------------------------------------




SUBJECT: RES: Genialidade
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogroups.com'" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 13/03/2001 09:56

Neville Martins escreveu:

> Embora possa ter grande influencia, percebe-se logo
> que não é apenas o fator genético que determina a
> aptidão; em muitos casos, certas aptidões são...

No último capítulo de "Desvendando o Arco Íris" de Richard
Dawkins ele trata do tema inteligência e fala do espantoso
aumento de volume encefálico que dobrou de tamanho a cada
milhão de anos nos últimos 3 ou 4 milhões de anos. Foi,
segundo o autor, o desenvolvimento mais dramático de um órgão
em toda a história da vida. Os espécimes com maior desempenho
intelectual teriam chances de produzir mais descendentes e
assim transmitir essa característica. Isso alimentou um ciclo
"coevolutivo" (conceito do próprio Dawkins) que propiciou
aumento de "hardware" e "software" simultaneamente num
círculo virtuoso. Com efeito, o desenvolvimento da
inteligência derivou da transmissão genética.

Não acho que exista um gene específico para a genialidade,
mas é muito provável que, além dos fatores culturais, uma
combinação especial de genes são responsáveis pela
inteligência do gênio. Assim um pai gênio nem sempre produzirá
filhos genias, por ter faltado algum componente na combinação
genética (afinal só pode passar ao filho 50% de seu material
genético) ou por não ter ocorrido um "start" de ordem
ambiental. Quem sabe? Todavia, creio que muitos de nós
carregamos em nossos genes caracteristicas para a geração
de filhos geniais, dependendo de um pouco de aleatoriedade
para acertar a combinação ideal para produzi-los. É prudente
lembrar que pode existir mais de uma combinação possível para
produzir gênios. Afinal, há muitas manifestações genias: de um
Einstein hipotético-dedutivo a um Michael Jordan sensório-motor!

Não acho que a seleção natural terá mais algum efeito sobre
nossa espécie, haja vista o potencial da engenharia genética.
Parece inevitável que num futuro relativamente distante o
próprio homem tomará as rédeas de sua própria evolução,
gerando indivíduos física e intelectualmente "melhores"...

Se isso é ético ou não, é outro tema para discussão.


[Non-text portions of this message have been removed]



SUBJECT: RV: Máquina anti-mobilizações e saúde. (Ciência e política)
FROM: jmanuel.otero@icaa.mcu.es
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 13/03/2001 10:17

Reenvio esta mensagem sobre umha máquina contra mobilizações.

Gostava de saber as opiniões sobre os efeitos desse aquecimento por emissom de ondas e os efeitos possíveis na saúde.

Estou a procurar ler todas as mensagens enviadas à lista, mas tenho ainda mais de 100 pendentes. Lamento nom poder seguir o ritmo, mas julgo a lista mui interessante.

Saúde,

J. Manuel Outeiro

P.S.: Gostaria de saber o que significa a forma como vários membros da lista assinam as mensagens, quer com este símbolo:

[],

quer com este outro:

[]'s,


-----Mensaje original-----
De: emi@www.algorismia.com [mailto:emi@www.algorismia.com]
Enviado el: lunes 12 de marzo de 2001 19:58
Para: praga2000@intl.egroups.com
Asunto: [praga2000] Re: máquina contra-manifestantes de los yanquis


(El mensaje esta mas abajo)

Hola a tod@s!!
Primero de todo, deciros que estoy totalmente en contra que se
invierta dinero en intentar detener a personas que piden un mundo mejor en
vez de hacerles caso (y, seguramente, gastar menos tiempo, dinero y
esfuerzos) e invertirlos realmente, es decir, usarlos para mejorar la
sociedad, sobre todo la norteamericana, que es una de las mas castigadas
(aun que nos digan lo contrario, como tod@s ya sabemos).

Despues, que la paz no se consigue a base de ostias, sino a base de
dialogar. Si alguien se queja, no es por vicio, sino que, seguramente, es
pq hay algo q no ha sido bien ideado o bien aplicado que se cree q hay q
resolver, no debe tomarse como un ataque personal. Asi y todo, las
elecciones y el poder (asi como la maldita pasta) son cosas mas potente
que la razon (al menos, dentro de las cabezas poco desarrolladas de la
mayoria de los dirigentes estadounidenses & Co).

Las ondas electromagneticas con longitud de ondas como la de los
microondas es absorbida por el agua incondicionalmente. Es decir, si nos
hace sentir calor, es pq realmente nos estan calentando. Y si nos llega a
quemar, es pq nos esta quemando. Y aun peor, si nos quema las celulas
nerviosas, nos quedamos sin ellas (recordamos una de suspropiedades de no
regeneracion). Pero nos diran: "solo calienta, no las mata". Alguien ha
puesto alguna vez la cabeza dentro del microondas? Os aseguro que no es
muy divertido. Si no nos mata la celulas, libera cierta energia en
nuestras celulas que, con mucha seguridad, una parte sera absorbida por
los nucleos de las celulas, lugar donde se almacena la info genetica, que
causaria, con muchisima seguridad, mas de un cancer. Es decir, no nos mata
hoy pero manyana talvez.

Bueno, puedo aconsejar a aquellos q asistan a manifestaciones en los
EEUU (o en las europeas dentro de muy poco, con toda seguridad si no se
hace algo al respecto) que se pongan algun traje o proteccion metalica,
que absorviera la energia emitida por las ondas electromagneticas. Es como
poner un plato o un cubierto de metal dentro del microondas: se come o
refleja el 100% (+ o -) de la energia emitida y evita que llegue hasta
nuestras celulas donde seria absorbida y causaria el dolor.

Por otra parte, me gustaria comentaros algunas ideas que se me han
ocurrido para aplicar en manifestaciones: podriamos hacer uso de
estupefacientes o productos somniferos para causar el desplomo de policias
con malas intenciones. De esta forma evitariamos que interrumpieran
nuestras reivindicaciones sin hacerles danyo, sin matarlos y sin dejarles
secuelas. Un ejemplo seria con cloroformo, tirandolo o aplicandolo
directamente (con metodos a convenir :^) o con servatanas. Bueno, es solo
una idea, pero me parece interesante.

Tambien podriamos hacer uso (como siempre se ha hecho, pero mas a
saco) de tambores & Co para excitar a los manifestantes y para intimidar
(aunq solo sea un poco ) a los azules.

Bueno, para acabar, solo os digo q creo que deberiamos empezar a
montar en seri las movilizaciones para Barcelona'2000 (finales de junio,
por si alguien no lo sabia) y empezar a hacer mucho mas ruido. Si se monta
algo y falta dinero (como es posible q pase) estoy dispuesto a ceder una
parte de mi sueldo, asi como parte de mi tiempo (mucho).

Bueno, os dejo con la carta de la Makina fatal a la espera de algun
otro contacto y de mas ideas contra-policiales-repressivas. Nos vemos
(espero).

emi


SUBJECT: Re: [ciencialist] RV: Máquina anti-mobilizações e saúde. (Ciência e política)
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 13/03/2001 11:09

jmanuel.otero@icaa.mcu.es wrote:

> Gostava de saber as opiniões sobre os efeitos desse aquecimento por
>emissom de ondas e os efeitos possíveis na saúde.

Bem não deve fazer. Os efeitos concretos dependerão da intensidade e
do tempo de exposição. Tenta procurar informação sobre

"Non-lethal weapons" no google:

http://www.google.com

Encontrei este artigo que talvez te interesse:

http://www.usatoday.com/life/cyber/ccarch/ccyau004.htm

> [],

Se bem percebo isto significa "um abraço"

> quer com este outro:
>
> []'s,

e isto "abraços"

existe ainda um outro:

*

que significa "um beijo" ou este

***

"beijos"

Espero que alguem confirme estas minhas interpretações.


--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: Re: Genialidade
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 13/03/2001 11:35

--- In ciencialist@y..., Roberto Mitsuo Takata <rmt@i...> wrote:
> On Tue, 5 Dec 2000, Raul Sturari Jr. wrote:
> > intelectuais. Não há famílias de superdotados. Por que isso
acontece ?
>
> Ate' ocorrem -- mas isso eh suposicao minha: a familia Bach e
Huxley, por
> exemplo, apresentaram gdes contribuicoes 'a humanidade.
>
> A questao eh q. a inteligencia eh um trato multifatorial --
apresenta
> componentes geneticos e diversos fatores ambientais.
>
> Tto a composicao genetica, qto os fatores ambientais diluem-se com o
> tempo.
>
> Simplifiquemos inicialmente e pensemos apenas em termos geneticos. A
cada
> geracao, apenas metade dos genes do genitor precedente sao passados
'a
> prole -- humanos sao seres de reproducao sexuada, com cada genitor
> contribuindo com metade dos genes. Em media, a cada geracao, os
genes
> originais sao diluidos 'a metade. Em quatro geracoes (algo como 100
> anos) pouco mais de 6% -- em media -- dos genes originais estarao
> presentes.
>


Acho seu raciocinio um pouco tendencioso:

1- Vc esta supondo que cada individuo produza apenas 1 filho por
geracao.

O que nao eh uma suposicao muito valida em termos de preservacao
do numero de habitantes. Para haver uma preservacao deveriamos ter
2 filhos por casal, situacao em que a qtade de habitantes eh
mantida constante. ( Sabemos q na verdade isto tambem nao acontece
visto q a populacao mundial esta a aumentar ).


2- Vc esta "confundindo" genes com cromossomos:

A qtdade de *cromossomos* que eh passado do pai para um filho
eh a metade do que ele possui. Isto *nao* significa que
o filho tera metade dos genes do pai.

Como o pai e a mae sao da mesma especie eles devem compartilhar
muitos genes que se fixaram na especie. *Digamos* que 2 individuos
da mesma especie compartilhem 90% de genes em comum.
Assim, o numero de genes que o filho tera em comum com o
pai sera : 50%+50%*90% = 95% dos genes do pai.

3-Vc esta "matando" os descendentes ao supor que os genes nao
voltem a se encontrar.

Quero dizer que alem dos alelos comuns que se fixaram na especie
onde todos da mesma especie os possuem, haverao sempre cruzamentos
de 'parentes' distantes de modo que o gene ancestral volte e possa
se apresentar em homozigotose numa prole. Em comunidades pequenas
como tribos de indios isso pode ser percebido + facilmente.

Quero dizer que, mesmo que um alelo X do pai nao seja passado para o
filho, este alelo X pode ser recebido pelo filho atraves da mae.
Mesmo q este alelo nao seja fixo na especie, a probabilidade de
isto acontecer vai depender da frequencia deste alelo na populacao.

Facamos uma formula para o caso geral :

Seja N o numero de geracoes e P a probabilidade do gene do pai
se encontrar no filho. Suporemos que cada individuo tenha sempre
2 filhos.

Para cada descendente teremos um fator P deste gene ser passado
para o filho a cada geracao. Assim um descendente da geracao N tera
a probabilidade ( P^N ) de possuir o gene e (1-P^N) de nao
possui-lo.

Depois de N geracoes teremos 2^N descendentes .

A probabilidade de nao termos este gene em nenhum destes
descendentes sera : (1-P^N )^(2^N)

E a probabilidade X de termos este gene em *pelo menos* 1 descendente
sera :
X = 1 - ( 1 - P^N )^(2^N)


Assim, levando-se em conta apenas os calculos dos itens 1 e 2
acima:
Se tivermos P = 95% ( conforme o item 1 ) , em 4 geracoes teremos :


X = 1 - ( 1 - 0,95^4 )^16 = 99%

Ou seja temos 99% de chances de termos o gene preservado.

[]s
jocax









SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Genialidade
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 13/03/2001 11:41



Joao Carlos Holland de Barcellos wrote:

> Como o pai e a mae sao da mesma especie eles devem compartilhar
> muitos genes que se fixaram na especie. *Digamos* que 2 individuos
> da mesma especie compartilhem 90% de genes em comum.
> Assim, o numero de genes que o filho tera em comum com o
> pai sera : 50%+50%*90% = 95% dos genes do pai.

Nesse caso pertenceriam a espécies diferentes. Não se diz por aí
que nós partilhamos 99% dos genes do Chimpanzé? :))

Não se esqueçam que há muitas formas de inteligência. Inteligência
para a física não significa inteligencia social. Pode bem acontecer
que os génios da física tenham grande tendência para casar com
mulheres burras.


--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: Re: [ciencialist] Vaca-Louca
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 13/03/2001 13:08

Francisco wrote:
> Talvés eu esteja enganado, mas me parece que a indignação do governo
> brasileiro foi justamente por que o Canadá tomou uma atitude uinilateral no
> embargo.

O texto dá a entender que o buraco foi mais embaixo.

> Ou seja, baixando o embargo contra a carne brasileira antes de
> consultar os orgãos do nosso governo sobre a saude do nosso gado.

Aí é que está, [o texto diz que] o Canadá enviou um formulário para o
Brasil sobre o assunto e este formulário ficou sem resposta por dois
anos. A atitude do Canadá foi correta, eles questionaram o Brasil sobre
o que estávamos fazendo a respeito da vacalouca e ficamos dois anos sem
responder, simplesmente ignoramos o pedido do Canadá.

Pode ser que os aviões tenham contribuído, mas o texto dá a entender que
o buraco é mais embaixo mesmo. Como sempre.

E viva a república das bananas.

[]s
==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
==========================================================


SUBJECT: Re: [ciencialist] Foguete Saturno
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 13/03/2001 13:18

Luiz Ferraz Netto wrote:
> Olá pessoal,
> recebi hoje uma pergunta de consulente do Imperdível e não sei responder.
> Eis o original:
> "Professor
> Gostaria de saber se o foguete Netuno é com propulsão a àgua ou não, pois necessito de um projeto de foguete que possua propulsão semelhante a de um foguete real.
> Aguardo sua ajuda.
> Atenciosamente,
> Carolina"
> E então?

Netuno? Saturno? Soturno?

O fato é que o hidrogênio é um bom explosivo, se o oxigênio funcionar
como comburente, o resultado da explosão seria água. Vc precisaria de
quantidades vertiginosas de H2 e O2 para mover qualquer coisa.

O querosene por ser mais pesado é mais eficiente, mas os danos
ambientais são maiores.

Há o combustível sólido, mais estável e extremamente potente. Uma vez
iniciada a queima não há como parar.

[]s
==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
==========================================================


SUBJECT: Re: [ciencialist] Foguete Saturno
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 13/03/2001 13:27

Isto talvez ajude:

http://www.astronautix.com

É a Encyclopedia Astronautica

Joao

Luiz Ferraz Netto wrote:
>
> Olá pessoal,
> recebi hoje uma pergunta de consulente do Imperdível e não sei responder.
> Eis o original:
> "Professor
> Gostaria de saber se o foguete Netuno é com propulsão a àgua ou não, pois necessito de um projeto de foguete que possua propulsão semelhante a de um foguete real.
> Aguardo sua ajuda.
> Atenciosamente,
> Carolina"
>
> E então?
>
> []'
> Léo
> =============
> Luiz Ferraz Netto [Léo]
> UIN#: 31028111
> leo@barretos.com.br
> leo@esquinas.com.br
> www.feiradeciencias.com.br
>
>
> &&& --- &&&
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> &&& --- &&&
>
> Your use of Yahoo! Groups is subject to http://docs.yahoo.com/info/terms/

--
joão
http://www.nonio.com
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SUBJECT: Re: [ciencialist] RV: Máquina anti-mobilizações e saúde. (Ciência e política)
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 13/03/2001 13:54


De facto, [] significa "abraço"

[[ ]] ou []'s significa "abraços"


>existe ainda um outro:
>*
>que significa "um beijo" ou este
>***
>"beijos"

Sim, embora seja uma abreviatura.
O simbolo de beijo é :*
( os dois pontos são os olhos :-) )

o encadeamento ******** não significa realmente beijos, mas "fim de
comunicação"
coisas ... hehehe :-))
Para ser "beijos" tem de ter um dois pontos :*****

>Espero que alguem confirme estas minhas interpretações.

Sim.
Já agora, este símbolos são são conhecidos como emoticons (ícones de emoção)
, dos quais os smiles ( as carinhas ) são os mais conhecidos.

:-) sorriso
:-( tristeza
=) alegria

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda



SUBJECT: Re: [ciencialist] Genialidade
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 13/03/2001 13:55

Neville Martins wrote:

> Seria mais adequado que dissesse: " A genialidade é estéril " .
> Se assim não fosse, sob a óptica darwiniana, a esta altura seríamos todos
> gênios.

Neville, de certa forma somos mesmo !
Compare-nos com nossos ancestrais de 500 mil anos atras,
ou compare-nos com nossos descendentes de 500 mil anos a frente.

[]s
jocax



SUBJECT: Emoticons
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 13/03/2001 15:17

De fonte ultra fidedigna ..... (mas ainda faltam uns 20 para completar a série ... cansei!)
[]'
Léo
============

[]' um abraço
[s]' abraços
:-) Sorrindo
:-)))) Gargalhada
:-( Triste
:-(((( Muito Triste
(:-.... Chorando
(:-x Sou tímido
:-P Mostrando a língua
:-* Beijinho
:-o Oh
!;-) Piscadinha
{:3 Cachorrão
:*( Lagriminha caindo
:-@ Berrando
:^) Narigudo
(.)(.) Tô de Olho
:-7 Fazendo Biquinho
:-{ Bigodudo
:-} Beiçola
:-s Enjoado
c|:-) Carlito
<:-( Burro
:-´( Gripado
o:-) Anjinho
(:)-) Mergulhador
:-B Dentuço
>:-) Antenado
:-9 Lambendo os beiços
:-D Ha! Há! Há



SUBJECT: Re: Biologia e ciencias sociais
FROM: andrebaptista@uol.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 13/03/2001 15:45

>>Francisco Veras escreveu:
>
>> Pois �... estes me preocupam, muitos j� tentaram me explicar que
>> o gene ego�sta de Dawkins nos deixaria para sempre destinados a nos
>> interarmos socialmente numa sociedade de mercado!
>

Francisco, somos livres para construirmos o mundo que acharmos melhor e mais justo. Cabe a ci�ncia descrever o mundo como ele �, e cabe a n�s usarmos essa informa��o para construirmos um mundo como achamos que ele *deveria* ser. Nenhuma informa��o sobre como o mundo � pode nos dizer como o mundo *deve* ser. � importante notar que essa distin��o em si mesma � um "dever ser" e portanto n�o est� sujeita a obje��es cient�ficas.
Quanto a quest�o da sobreviv�ncia, a coopera��o � uma estrat�gia t�o comum na natureza quanto a competi��o. O homem s� sobreviveu at� hoje, bem ou mal, gra�as a sua capacidade de trabalhar em conjunto e de maneira organizada.
Eu acredito no progresso. Acho que vivemos melhor hoje do que a 100, 200, 300, mil anos. Qualquer tipo de filosofia que negue a exist�ncia real de qualquer tipo de progresso acabar� caindo no niilismo e no cinismo: pois se o progresso n�o � poss�vel, de que valem quaisquer tipos de esfor�o por um mundo melhor?
Alguns intelectuais ca�ram numa depress�o profunda depois do fim da URSS (que ali�s foi conduzido de forma lament�vel, produzindo um pa�s que hoje concilia o pior dos dois mundos). Come�aram a formular conceitos como "globaliza��o" e "consenso de washington" para definir um mundo completamente entregue ao poder econ�mico das multinacionais. Esses intelectuais n�o confiam no poder de rea��o dos indiv�duos e das sociedades; mas nunca houve tanta rea��o e tanta mobiliza��o anti-multinacionais quanto agora. As pessoas n�o precisam de um *Grande Irm�o* totalit�rio para lhes guiar rumo a uma sociedade justa. Se dermos educa��o e liberdade de informa��o, as pessoas reagir�o por conta pr�pria.
N�o existe mais esse "capitalismo selvagem" que se fala. Os Estados modernos tem instrumentos ao seu alcance para diminuir as desigualdades e melhorar a qualidade de vida dos mais carentes. Os Estados capitalistas da Europa cobram impostos altissimos que servem para criar um "estado do bem estar-social" combinado com liberdade de iniciativa e informa��o como jamais se viu na hist�ria. O modelo americano � diferente, mas baseado igualmente num Estado forte e arrecadador de impostos (e como � forte - quando eu comento que sou fiscal de impostos com um americano provoco *arrepios*, enquanto no Brasil ainda provoco piadinhas). Canalhas, ego�stas, gananciosos ou o que seja, os *bar�es* capitalistas americanos criaram com seu dinheiro os maiores museus e as maiores universidades do mundo. Qual socialista da USP n�o sonha, pelo menos enrustidamente, em fazer uma p�s em Harvard?

Me desculpem cair novamente nesse assunto, mas � que eu n�o suporto mais ouvir lamenta��es sobre o "livre mercado". O que � o mercado, afinal? S�o as pessoas, o povo, com suas vontades, seus desejos, suas id�ias, seus pequenos caprichos. Se as pessoas querem pokemon, pokemon nelas. Se querem Paulo Coelho, d�-lhes Paulo Coelho. Querem parques tem�ticos e musicais cafonas? Tome Disney e Broadway. Querem filmes alternativos? D�-lhe "El Mariachi", Tarantino. Agora n�o, esses intelectuais que criticam o mercado s�o uns donos da verdade, s� eles sabem o que � bom para o povo. S� eles sabem o que deve ser produzido, por quem e para quem. Abominam a iniciativa pessoal. E tome "O Capital", tome Marx, tome palavras de ordem, tome pedrada no Macdonald�s. Eu hem? t� fora.

abra�os,

Andr� Baptista


SUBJECT: Re: [ciencialist] Foguete Saturno
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 13/03/2001 15:47

O Saturno 5 (Saturn V) utilizado na missao Apolo (Apollo) tinha tres
estagios:

O primeiro possuia motor a querosene.

Os dois ultimos eram a hidrogenio.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Biologia e ciencias sociais
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 13/03/2001 16:11

On Tue, 13 Mar 2001 andrebaptista@uol.com.br wrote:
> afinal? São as pessoas, o povo, com suas vontades, seus desejos, suas
> idéias, seus pequenos caprichos. Se as pessoas querem pokemon, pokemon

Andre,

concordo com boa parte de sua exposicao.

Mas qdo a Sony (ou a Universal ou a BMG ou dessas ai') -- pagam um 'pusta'
jaba' pras radios so' tocarem um tipo de musica: "Tapinha nao doi" e
outras perolas, nao vejo isso como uma manifestacao de vontade popular...

Como vc disse, devemos pegar as informacoes e tentar utilizar essas
informacoes da melhor maneira em nossas vidas (nao foram com essas
palavras, mas o teor eh basicamente isso, certo?). Mas se essas
informacoes nao sao de confiaveis q. se faz? Se as SI da vida permite q.
se diga em suas paginas q. Aids nao eh causada pelo HIV, q. vacina faz
mais mal do q. bem. Se a Globo da vida diz q. Lula vai espantar todos os
investimentos no pais caso seja eleito. Q. se faz? Com informacao ruim nao
se faz milagre.

Pokemon ate' q. nao eh mal. Mas o gde consumidor dessas quinquilharias nao
sao os adultos, sao as criancas. O anuncio de cigarro eh voltado ao jovem
pre-adolescente. Ele sabe mesmo o q. quer da vida? Ele tem mesmo nocao do
q. eh ter cancer de pulmao?

Se passarmos boa parte do tempo ouvindo cancoes maravilhosas como "Quando
o coracao da gente se apaixona", "A vida eh um carnaval", "A lenda" nao
havera' la' uma certa tendencia 'a absorcao? Olha, nao tem valor
estatistico, mas eu pessoalmente senti uma lavagem cerebral ao ser
obrigado a ouvir uma radio local q. so' tocava isso...

[Nao vou levar ao limite pra perguntar se o morador de rua (eita,
eufemismo!) tbm esta' exercendo a sua liberdade de escolha.]

O problema do livre-mercado eh q. ele nao eh livre. Padarias fazem cartel,
postos de gasolina combinam preco, industrias farmaceuticas manipulam os
precos... Dizer q. a populacao como consumidor tem poder de decisao pode
ser enganador. Claro q. como um conjunto eles possuem poderes
equiparaveis, se nao maiores do q. os empresarios. Mas a acao do
consumidor eh isolada, eh personalista e nao como um grupo. O poder do
consumidor eh difuso. Nao existe no Brasil uma organizacao civil como nos
EUA. Alias, o combate ao q. se convencionou chamar de livre-mercado e'
exatamente o direito 'a liberdade de expressao e de organizacao da
populacao ou de setores da populacao.

Se os consumidores tem o direito a comprar Pokemon, entao consumidores tbm
terao o direito de reclamar as manipulacoes de agentes do mercado e
financeiros. Pessoas terao o direito de tentar se organizar para convencer
outros de suas ideias (claro, desde q. nao sejam segregacionistas) -- e
essas ideias poderao ser contra a imposicao do poder economico de certos
grupos. Qdo as pessoas tentam se organizar pra fazer frente, elas nao
estarao no seu direito? Elas estarao tbm erradas?

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Trotsky: genialidade e eugenia
FROM: Eduardo <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 13/03/2001 16:23

msbn@daterranet.com.br wrote:

> Olá, turma
>
> Vejam esse trecho de uma conferência (Copenhague, 1932) do
> revolucionário russo Leon Trotsky, sobre socialismo, genialidade e
> eugenia (sim, a velha esquerda também chegou a defender a eugenia):
>
> "Mas isto [o socialismo] não é ainda o objetivo final. É apenas o
> começo. O homem designa-se como o rei da criação. Tem certos
> direitos. Mas quem pode afirmar que o homem atual seja o último e o
> mais acabado representante do homo sapiens? Não: tanto física como
> espiritualmente está longe da perfeição este aborto biológico cujo
> pensamento está doente e que ainda não criou um novo equilíbrio
> orgânico.
>
> "É verdade que a humanidade produziu por diversas vezes gigantes do
> pensamento e da ação que ultrapassaram os contemporâneos, como os
> cumes das cadeias montanhosas. O gênero humano tem direito a orgulhar-
> se dos seus Aristóteles, Shakespeares, Darwin, Beethoven, Goethe,
> Marx, Edison, Lenin. Mas porque são eles tão raros? Antes de mais
> nada porque provinham, quase sem exceção, das classes médias e mais
> educadas. Salvo raras exceções, os rasgos do gênio são esmagados nas
> almas oprimidas do povo mesmo antes de poderem brotar. Mas também
> porque o processo de criação, de desenvolvimento e de educação do
> homem ficou e fica na sua essência submetido às leis do acaso; não
> iluminado pela teoria e pela prática, não submetido à consciência e à
> vontade.
>
> "A antropologia, a biologia, a fisiologia e a psicologia reuniram
> montes de materiais para erigir diante do homem, em toda a sua
> amplitude, as tarefas do seu próprio aperfeiçoamento corporal e
> espiritual e do seu desenvolvimento ulterior. Pela mão genial de
> Sigmund Freud, a psicanálise levantou a tampa do poço chamado
> poeticamente a 'alma' do homem. E o que apareceu? O nosso pensamento
> consciente não constitui senão uma pequena parte do trabalho das
> obscuras forças psíquicas. Sábios mergulhadores descem ao fundo do
> oceano e aí fotografam misteriosos peixes. Para que o pensamento
> humano desça ao fundo de seu próprio poço psíquico deve eliminar as
> misteriosas forças motoras da alma e submetê-las à razão e à vontade.
>
> "Quando destruir as forças anárquicas da sua sociedade, o homem se
> integrará aos laboratórios e às retortas do químico. Pela primeira
> vez, a humanidade considerar-se-á a si própria como uma matéria-prima
> e, no melhor dos casos, como uma semifabricação física e psíquica. O
> socialismo significará um salto do reino da necessidade para o reino
> da liberdade, no sentido de que o homem de hoje, cheio de
> contradições e sem harmonia, abrirá caminho a uma nova espécie mais
> feliz."
>
> Abraços,
> Manuel Bulcão
>

Oi,

sinceramente nao vejo onde aparece algo similar a eugenia nesse discurso
um tanto quanto delirante. No ultimo trecho, que provavelmente motivou o seu
comentario, ha apenas uma ultima utopia (exagerada mesmo se considerarmos
as limitacoes cientificas e o pouco conhecimento da epoca). Nao ha
absolutamente nada que remeta a ideias como raca/ser superior.

um abraco, Eduardo.



SUBJECT: RES: Biologia e ciencias sociais
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogroups.com'" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 13/03/2001 17:05

A falta de educação orientada pela metodologia científica produz pessoas
cuja vontade é facilmente controlada. Sou muito cético quando dizem em
"vontade geral" ou "opinião pública". Quem forma opinião são "intelectuais"
com acesso à midia e vontade geral nada mais é que uma alegoria da caverna
imposta por lideranças, sejam econômicas, políticas ou religiosas.
Num País como o nosso, cujo nível de educação formal é patético, inexiste
vontade geral ou opinião pública. A opinião de universitários não vale: são
só 2% da população (universitário não é povo, é elite!)

O jurista Rudolph Von Iering certa vez afirmou no célebre "A Luta pelo
Direito" que aqueles que não se dignam a defender seus direitos talvez
realmente não o mereçam, uma vez que inconscientemente preferem a situação
ao
litígio, pois este pode provocar transtornos maiores que os benefícios do
direito perdido.

O cientista francês Henri Poincaré afirmou o seguinte: "também sabemos quão
cruel a verdade freqüentemente é, e nos perguntamos se a ilusão não é mais
consoladora". O povo não quer a verdade. O povo quer manter suas ilusões.
Buscar a verdade requer disciplina e coragem que poucos de nós temos.

Também estou farto de lamentações acerca do "Grande Império Capitalista",
os EUA. Doa a quem doer, mas não há no mundo, salvo raras exceções (Japão,
Alemanha), gente mais empreendedora que eles.

Afinal, do que temos para nos orgulhar: futebol? Particularmente, boicotei
o último final da copa do mundo e assisti um filme no video.

Por essas e outras defendo a opinião do colega André Baptista.

PS: Perdoem-me por esse lapso um tanto radical.

Alexandre Medeiros


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SUBJECT: Etica, Natureza e Mercado
FROM: msbn@daterranet.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 13/03/2001 17:51

Prezados listeiros,

Quem assiste de longe à eterna peleja entre comunistas e liberistas
não vê, entre esses dois contendores, nada que os identifique,
nenhuma convergência, mas apenas exclusão. Quando porém se chega
perto, dá para entrever, em meio ao emaranhado de discordâncias,
muitos pontos em comum. Alguns desses pontos são virtudes, como, por
exemplo, o apego à Razão — com efeito, tanto uns quanto os outros se
dizem "racionalistas" — e a concepção do Estado (esse instrumento de
dominação) como um mal necessário a ser minimizado ou mesmo superado.
Outros pontos, entretanto, são vícios, dentre os quais é mister
destacar a visão pouco científica que ambos têm do mercado, malgrado
afirmem o contrário.

O comunista diz: "o mercado gera alienação, estabelece o domínio do
produto sobre o produtor e aprofunda as desigualdades sociais; por
isso, o mercado é um 'mal'. Devemos substituí-lo pela planificação".
Já o liberista afirma: "o mercado é um meio eficaz de alocação de
recursos; ele premia o eficiente com a riqueza e penaliza o
incompetente mantendo-o numa situação de relativa pobreza, além do
que suas leis, embora sintonizadas com a natureza egoística dos
homens, são elas a 'mão invisível' que faz os antagonismos entre as
partes resultarem numa totalidade harmônica. Por tudo isso, o mercado
é um 'bem'. Devemos deixá-lo em paz: laissez-faire, laissez-passer!"

Não questiono aqui o fundamento científico das premissas. Decerto,
não há como negar que "A Riqueza das Nações" de Smith e "O Capital"
de Marx são grandes obras científicas destinadas à eternidade. Mas se
tais premissas consistem, em larga medida, em juízos de fato, as
conclusões a que se chega são, no entanto, juízos de valor. E é aí
que está o problema: pode-se, sem sacrificar o pensamento científico,
transformar as leis do mercado em agentes do Bem ou do Mal? É
cientificamente correto extrair conclusões no imperativo de premissas
no indicativo? Poincaré afirma que não, no que estou de acordo.

Não sou, entretanto, um desses positivistas que separam em
compartimentos estanques o fato e o valor. Compartilho com Max Weber
a opinião de que, ao menos no campo das ciências sociais, os juízos
de valor estão no começo de todo processo cognitivo; ou seja, são os
valores do cientista — seu sistema de crenças, suas aspirações
individuais, etc. - que o fazem escolher, para objeto dos seus
estudos, este ou aquele aspecto da multifacetada realidade humana.
Mas, a partir daí, a paixão do cientista seja pelo poder, pela
igualdade, pela liberdade, etc. deve ser substituída — ou ao menos
obnubilada — pela "paixão pela razão". Do contrário, o discurso
científico termina degenerando em pregação religiosa ou mesmo na
mitologia mais grosseira.

Por outro lado, temos que levar em conta uma importante
característica da ciência econômica, a saber: a economia situa-se na
linha fronteiriça das ciências naturais com as ciências históricas.
Pois, na medida em que se estuda o indivíduo como sujeito econômico,
a economia é uma ciência compreensiva ("compreender" - Verstehen -,
de acordo com a propedêutica das ciências sociais,
significa "perceber ou alcançar as intenções dos atos do
sujeito", "captar o sentido subjetivo do comportamento humano"). Mas
quando o economista se volta para as "leis gerais do mercado", depara-
se aí com aquilo que Aristóteles denominou de "causas eficientes", e
que, segundo Platão, são causas "privadas de reflexão, [e que]
efetuam cada vez não importa o quê, ao acaso e sem ordem" (Platão;
Timeu; 46-e). Vale dizer, a resultante do comportamento "teleológico"
de todos os sujeitos econômicos é um movimento de conjunto que,
embora obedeça a uma certa lógica, não é um movimento intencional,
orientado para um "fim", como, por exemplo, o bem-estar e a
felicidade dos homens. Destarte, por conta desta "analogia" entre as
leis do mercado e as leis naturais, o movimento do mercado, do mesmo
modo que o devir da natureza, está situado "aquém" do Bem e do Mal.
Não há nas leis que presidem o mercado nenhum sentido subjacente,
nenhuma subjetividade, razão pela qual a postura do economista frente
ao seu objeto deve ser similar a de um cientista da natureza.

Muito se tem falado sobre um suposto Spinoza marxista. Acho que
aqueles que vêem no sistema de Spinoza idéias sociais revolucionárias
não estão senão pondo de cabeça pra baixo um marxismo (marxismo de
epígono!) prenhe de panteísmo spinozeano — não sei se é o caso da
Marilena Chauí, mas o pouco que dela li leva-me a crer que não.

De fato, o materialismo dialético — essa invenção de Deborin e Stalin
que, devido a um contágio de guerra, incrustou-se na mente de muitos
socialistas democratas — não passa, em última análise, de uma
metafísica da matéria. De acordo com essa metafísica, o movimento da
natureza é necessariamente ascencional, isto é, segue do mais simples
ao mais complexo até culminar no homem, momento em que "a natureza
ascende ao conhecimento de si mesma" (Engels; Anti-Dühring). Quanto
às leis da História, estas, segundo o "diamat", equiparam-se
ontologicamente às leis da natureza, já que "o homem é um produto da
matéria" (Lênin; As Três Fontes...). Ademais, essas Leis Históricas,
tão férreas e objetivas quanto a lei da gravitação de Newton, é o que
conduz o homem do "reino" da necessidade para o "reino" da liberdade:
o comunismo, que, segundo o jovem Marx dos Manuscritos Parisienses, é
quando se resolve o "enigma da História". Como se vê, tal filosofia
pressupõe uma Natureza com propósito, teleológica e enigmática, bem
ao gosto dos místicos. A substância — a Matéria — é também um sujeito
cuja ação é determinada por um projeto. Ora, não é preciso muito
esforço para se perceber que as leis da Natureza (e, por extensão, da
Sociedade) tal como as concebe o materialismo dialético nada mais é
que a velha natura naturans de Spinoza, só que cozinhada por Hegel e
servida "ao molho materialista". A Natureza é Deus e o partido
comunista o seu profeta. Até mesmo a concepção de liberdade é
spinozeana. Com efeito, se não são os homens que fazem a sua própria
história — os homens são apenas instrumentos das "finalísticas" Leis
da Natureza-História —, a liberdade que nos resta restringe-se a um
mero "conhecimento da Necessidade". E aqueles que ignoram a
Necessidade (a massa, em oposição à vanguarda) ou os que A questionam
(os dissidentes) são a priori escravos, e como escravos devem ser
tratados — os primeiros, isto é, a massa, com a benevolência que
merecem os escravos domésticos; e os segundos, ou seja, os
dissidentes, a ferro e fogo, pão e água.

Quanto à doutrina liberista, trata-se de uma outra teologia, uma
metafísica do mercado. Seus gurus consideram as leis do mercado uma
espécie do gênero "Lei natural", e provam isso traduzindo essas leis
em complexas fórmulas matemáticas. Afinal, Galileu não disse que a
matemática é a linguagem da Natureza? Disse, e estava certo. Só que a
obsessão desses eruditos professores pelas ciências matemáticas
lembra mais o misticismo de Pitágoras do que o cientismo de Galileu,
e a sua "ciência" mais próxima está da alquimia e da astrologia do
que da química e da astronomia. Pois, para um cientista que sabe do
seu real papel na sociedade, o conhecimento da natureza é um meio de
submetê-la à vontade dos homens, de fazer com que as forças naturais
sirvam à humanidade, e não se voltem contra ela. Ora, o liberista não
propõe o domínio sobre as forças do mercado (o domínio da sociedade
sobre si mesma). O que ele defende é que os homens se prostrem, dócil
e reverentemente, diante da inelutável necessidade econômica. Ele
parte do pressuposto de que as leis do mercado produzem o Bem, ou o
Mal menor — a Natureza é ética! — e que instrumentalizar essas leis é
o mesmo que subvertê-las. Comporta-se o liberista como um naturalista
ingênuo da pior estirpe, um ecochato, um animista ou mesmo um maluco
que acha que sair da Terra em direção à Lua é querer violar a lei da
gravidade — uma falta de respeito à mãe-natureza.

O liberista também desconhece que, se as leis do mercado assemelham-
se às leis naturais, nem toda semelhança se deve a uma origem comum.
Significa dizer que muitas coisas diferentes quanto à essência
aparentam identidade pelo simples fato de desempenharem a mesma
função. Observe-se, a título de ilustração, as similaridades entre um
tubarão e um golfinho. Pelo fato de viverem n'água, e para facilitar
o deslocamento nesse ambiente, ambos desenvolveram órgãos e
estruturas externos bastante parecidos (por exemplo, o corpo em forma
de torpedo), ao ponto de muita gente inculta achar que tanto o
tubarão quanto o golfinho são peixes, quando sabemos que não é
verdade: o tubarão é um peixe cartilaginoso e o golfinho, um cetáceo
(mamífero "pisciforme"). Do mesmo modo, tanto as leis do mercado
quanto as leis naturais que presidem a matéria viva são ambas
leis "objetivas", razão pela qual não podem, como uma norma jurídica,
ser promulgadas ou revogadas ao bel-prazer de um legislador. A lei da
seleção natural e a que rege uma economia mercantil independem da
vontade dos indivíduos, além do que tanto a primeira quanto a segunda
servem à reprodução da vida (de fato, pari passu à expansão do
mercado, a população humana tem se reproduzido em progressão
geométrica). Não quer isso dizer, entretanto, que as leis do mercado
são leis biológicas, como supôs Spencer e os seus sequazes social-
darwinistas. Sobretudo porque a estrutura biológica de uma
determinada espécie é algo dado de uma vez para sempre (se tal
estrutura muda, a espécie se transforma em outra), ao passo que a
espécie humana, por muito tempo — na realidade, durante a maior parte
da sua existência — viveu e se reproduziu sem conhecer
relações "mercantis" mais complexas que um escambozinho aqui e outro
acolá, e que eram mais atos de cerimônia entre tribos amigas ou
aparentadas do que uma atividade econômica propriamente dita.
Acrescente-se ainda que o mercado é uma realidade dinâmica: ele muda
com o tempo, e muda mais rapidamente que as idéias que se tem dele,
por mais elegantes e precisas que sejam, de modo que somente um
estudante de primeiro ano pode achar que o "juro" numa sociedade
mercantil simples, que não é senão "a recompensa pela renúncia ao
consumo presente", tem a mesma natureza do "juro" em uma economia
capitalista, o qual não é outra coisa que "o preço da mercadoria-
moeda".

A natureza orgânica, bem como essa natureza humana coisificada que é
o mercado, são amorais, isto é, o que as orienta não é um propósito
ético, mas a mera reprodução da vida, o que amiúde se dá a expensas
da felicidade e do bem-estar dos indivíduos. A vida é ordem que se
reproduz, ora simples, ora ampliadamente, e os indivíduos de
quaisquer espécies nada mais são que "meios" para a perpetuação e a
propagação dessas moléculas egoístas denominadas "genes". Nosso
corpo, o "somatoplasma", é apenas o veículo do "germoplasma", um
mensageiro cuja função é passar para a frente a mensagem genética e
depois perecer. Ou, de um ponto de vista holista: para "Gaia", o
indivíduo vale como instrumento, e o que é "bom" para Gaia nem
sempre — ou melhor, quase nunca — representa um "bem" para os
indivíduos. Para os ingênuos que pensam haver uma harmonia pré-
estabelecida entre os interesses dos indivíduos e o movimento auto-
reprodutivo da espécie, transcrevo a seguir as palavras cruéis de um
dos maiores biólogos da atualidade, Richard Dawkins: "A quantidade
total de sofrimento anual no mundo natural está além de toda a
contemplação decente. Durante o minuto que foi gasto para escrever
esta sentença, milhares de animais estão sendo comidos vivos; outros
estão correndo para salvar as suas vidas, gritando de medo; outros
estão sendo lentamente devorados por dentro por parasitas; milhares,
de todas as espécies, estão morrendo de fome, sede e doenças. Isto
deve ser assim. Se algum dia houver um tempo de fartura, este fato
por si só conduzirá automaticamente a um excesso populacional até que
o estado natural de fome e miséria seja restaurado."

Foram necessários centenas de milhões de anos para que o processo de
complexização da vida desse origem a uma forma de indivíduo
totalmente diferente das demais: um indivíduo que, por ser dotado
de "razão" e de sensibilidade estética, recusa-se a se submeter à
tirania do plasma germinativo. Esta recusa, ou melhor,
esta "revolta", primeiro se fez presente na crença religiosa em uma
vida "individual" eterna, plena e feliz, que advém depois da morte e
como contraprestação a esta existência terrena de misérias. Entrevemo-
la também na busca do filósofo por uma razão de ser transcendente — a
resposta da pergunta: "por que o Ser é?" —, ou seja, a procura de um
sentido para a vida que não seja esse trabalho de Sísifo que é a
reprodução pela reprodução (reprodução da dor, do medo e da fome ad
infinitum). Esta revolta transformou-se em revolução — revolução
democrática! — quando, contra a lei natural da servidão, formulou-se
o princípio ético da libertação: "...que o indivíduo não seja um
meio, mas um fim em si mesmo." (Kant).

A revolução democrática ainda não terminou, mas já produziu bons
frutos. Com efeito, se o mercado em geral e o capitalismo em
particular — na medida em que catalisa a produção de riqueza —
desempenharam um papel importante no processo civilizatório, é a
democracia (e somente ela) que estende a todos os benefícios da
Civilização. Espero que os comparsas de Hayek — esses adoradores da
natureza — não venham pôr tudo a perder. E se o fizerem, eles também
perderão, pois o que brotará da terra arrasada será, de novo, o
fascismo, e um fascismo com forças triplicadas, visto que com a
experiência da derrota.

Abraços,
Manuel Bulcão




SUBJECT: [ciencialist] Genialidade
FROM: "Marcelo Barbosa" <embs@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 13/03/2001 19:05

Neville:
>Por exemplo, o Alemão e também o Latim, por serem línguas
>sintética, favorecem o pensamento analítico usado na
química e na filosofia;
>os árabes e hindus são especialmente hábeis no manuseio
simbólico; dizem,
>que na fabricação da bomba de hidrogênio, os chineses
tiveram que
>desenvolver todo o projeto em inglês, pois o uso de
ideogramas dificultava
>enormemente a comunicação entre os numerosos envolvidos.

Steven Pinker, em "Language Instinct", discorda da idéia de
que diferentes línguas e idiomas possam influenciar em nossa
maneira de pensar, da maneira como foi comentado acima por
Neville. Na hora de pensarmos não estamos "amarrados" pelas
regras gramaticais de nossa língua nativa. Principalmente
quando partimos para raciocínios mais abstratos, não nos
atemos a palavras.

Quantas vezes, quando estamos falando alguma coisa, não dá
aquele "branco", não conseguimos nos lembrar da palavra
adequada? Se pensássemos através de palavras, isso jamais
poderia acontecer. Como as idéias fluem em nosso cérebro em
uma linguagem própria, idependente do idioma que falamos, é
possível nós sabermos exatamente a idéia daquilo que
queremos falar e na hora faltar apenas a palavra correta...
Muitas pessoas que falam mais de uma língua, nesses momentos
podem até encaixar uma palavra de outro idioma (diferente
daquele do discurso original), só para concluir a frase.

Infelizmente não estou com o livro aqui, portanto não posso
realizar as citações pertinentes...


#--------------------<>------------------#
Marcelo Barbosa, RCDD/LAN
embs@uol.com.br

"No nation was ever ruined by trade." - Benjamin Franklin




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Biologia e ciencias sociais
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 13/03/2001 19:30



andrebaptista@uol.com.br wrote:
>
> >>Francisco Veras escreveu:
> >
> >> Pois é... estes me preocupam, muitos já tentaram me explicar que
> >> o gene egoísta de Dawkins nos deixaria para sempre destinados a nos
> >> interarmos socialmente numa sociedade de mercado!
> >
>
> Francisco, somos livres para construirmos o mundo que acharmos melhor e mais justo. Cabe a ciência descrever o mundo como ele é, e cabe a nós usarmos essa informação para construirmos um mundo como achamos que ele *deveria* ser. Nenhuma informação sobre como o mundo é pode nos dizer como o mundo *deve* ser. É importante notar que essa distinção em si mesma é um "dever ser" e portanto não está sujeita a objeções científicas.
> Quanto a questão da sobrevivência, a cooperação é uma estratégia tão comum na natureza quanto a competição. O homem só sobreviveu até hoje, bem ou mal, graças a sua capacidade de trabalhar em conjunto e de maneira organizada.
> Eu acredito no progresso. Acho que vivemos melhor hoje do que a 100, 200, 300, mil anos. Qualquer tipo de filosofia que negue a existência real de qualquer tipo de progresso acabará caindo no niilismo e no cinismo: pois se o progresso não é possível, de que valem quaisquer tipos de esforço por um mundo melhor?
> Alguns intelectuais caíram numa depressão profunda depois do fim da URSS (que aliás foi conduzido de forma lamentável, produzindo um país que hoje concilia o pior dos dois mundos). Começaram a formular conceitos como "globalização" e "consenso de washington" para definir um mundo completamente entregue ao poder econômico das multinacionais. Esses intelectuais não confiam no poder de reação dos indivíduos e das sociedades; mas nunca houve tanta reação e tanta mobilização anti-multinacionais quanto agora. As pessoas não precisam de um *Grande Irmão* totalitário para lhes guiar rumo a uma sociedade justa. Se dermos educação e liberdade de informação, as pessoas reagirão por conta própria.
> Não existe mais esse "capitalismo selvagem" que se fala. Os Estados modernos tem instrumentos ao seu alcance para diminuir as desigualdades e melhorar a qualidade de vida dos mais carentes. Os Estados capitalistas da Europa cobram impostos altissimos que servem para criar um "estado do bem estar-social" combinado com liberdade de iniciativa e informação como jamais se viu na história. O modelo americano é diferente, mas baseado igualmente num Estado forte e arrecadador de impostos (e como é forte - quando eu comento que sou fiscal de impostos com um americano provoco *arrepios*, enquanto no Brasil ainda provoco piadinhas). Canalhas, egoístas, gananciosos ou o que seja, os *barões* capitalistas americanos criaram com seu dinheiro os maiores museus e as maiores universidades do mundo. Qual socialista da USP não sonha, pelo menos enrustidamente, em fazer uma pós em Harvard?
>
> Me desculpem cair novamente nesse assunto, mas é que eu não suporto mais ouvir lamentações sobre o "livre mercado". O que é o mercado, afinal? São as pessoas, o povo, com suas vontades, seus desejos, suas idéias, seus pequenos caprichos. Se as pessoas querem pokemon, pokemon nelas. Se querem Paulo Coelho, dá-lhes Paulo Coelho. Querem parques temáticos e musicais cafonas? Tome Disney e Broadway. Querem filmes alternativos? Dá-lhe "El Mariachi", Tarantino. Agora não, esses intelectuais que criticam o mercado são uns donos da verdade, só eles sabem o que é bom para o povo. Só eles sabem o que deve ser produzido, por quem e para quem. Abominam a iniciativa pessoal. E tome "O Capital", tome Marx, tome palavras de ordem, tome pedrada no Macdonald´s. Eu hem? tô fora.
>
> abraços,
>
> André Baptista
>
>
Caro André,

gostaria imensamente de viver nesse mundo maravilhoso que vc prega.
Infelizmente o "livre mercado" a que vc se refere não é tão livre. Hoje,
no Brasil, a economia está concentrada na mão de máfias, de grupos
fechados com ramificações por todo o poder. Um exemplo simples é o
sistema bancário sempre socorrido pelo mesmo governo federal que se nega
a pagar o que foi tirado do FGTS no plano Collor que era apoiado por
quem agora apóia o FHC mas isso é circunstancial. Pensando agora no
livre mercado mundial, temos uma OMC que privilegia os interesses dos
países já desenvolvidos, há uma guerra de mercado liderada pelos EUA a
fim de se impedir que remédios que combatem a AIDS sejam distribuídos
gratuitamente em países pobres como o Brasil, Índia e África do Sul.
Ao atacar "O Capital", vc está subestimando não só a obra de Marx como
a própria esquerda. A esquerda atrasada que anda de boné do Che e com O
Manifesto Comunista embaixo do braço é o que a grande imprensa propaga.
Um exemplo foi o próprio fórum de Porto Alegre: no JN, após ser dada uma
notícia do mesmo, a apresentadora falou "Agora vamos voltar ao mundo
real". O interessante é que a maioria dos participantes do fórum era
formada por membros de ONGs que atuam pelo mundo com programas
preventivos e educacionais além de governantes que já aplicaram com
sucesso suas idéias "atrasadas". A imprensa, entretanto, só se preocupa
com o Bové. Alíás um colunista da folha cujo nome esqueci afirmou que
havia um excesso de atitudes no fórum e pouco debate teórico. Hoje,
grande parte da esquerda mundial tem a democracia como um dogma enquanto
que os democráticos norte americanos brigam para tirar do poder pessoas
que eles mesmo colocaram como Sadam Husseim, Milosevic (já fora) e os
próprios Talebans - acreditem, eles foram colocados no poder pelos EUA.
O Sadam, por exemplo, foi posto a fim de enfraquecer o Irã.
Este é o capitalismo moderno, que evita o combate à doenças a fim de
que o lucro seja preservado e que cria guerras para que a indústria
bélica não quebre. Eu, como uma pessoa de esquerda, não saio por aí
pregando a revolução proletária mas criticando a máfia que se esconde
por trás da modernidade usando as técnicas mais antigas de organização e
corrupção. Desde a ligação do tráfico com alguns políticos no Brasil,
passando por escândalos na SUDAM, SUDENE, proteção ao Unibanco até
chegarmos a fraude eleitoral nos EUA paga com uma política mais dura com
Cuba para agradecer o apoio recebido pelos mafiosos da Flórida.
Concordo que hoje vivemos bem melhor do que há 100, 200 anos (não sei
se isso vale para todos). O que não concordo é que isso ocorreu graças
às maravilhas do capitalismo, os grandes cientistas e humanistas que
contribuíram para uma melhoria na vida das pessoas não foram baluartes
do lucro. (Sempre gosto de citar o exemplo do Sabin) Os ídolos do
capitalismo atual são pessoas como George Soros. Aliás, o que vc prefere
os dados do genoma públicos como quer o projeto Genoma ou na mão de
empresas privadas como que o Celera (é esse o nome mesmo?).
Hoje, a esquerda, como já disse em uma mensagem anterior, prega
principalmente a implementação de mecanismos para distribuição de renda
adaptados para diferentes contextos mundiais. Seja cobrando um imposto
de renda muito alto em países como a Suécia ou adotando a bolsa escola
no Brasil. Prega-se também uma melhoria uniformizada da qualidade de
vida com o suporte do estado para desempregados, limitação de jornada de
trabalho e acesso à boa educação e saúde. Todos os mecanismos que
suportam tal ideal são simples porém dependem de uma certa colaboração
mundial. Por exemplo, se há trabalho quase-escravo na Nike, como uma
empresa que paga os salários decentes e dá os direitos aos trabalhadores
pode competir? Nesse caso, órgãos como a OMC e a própria ONU deveriam
intervir além de atitudes do próprio consumidor. Mas se o consumidor não
tem um mínimo ele jamais vai pensar em abrir mão de um produto mais
barato em nome de causas mais nobres.
Finalizando, mais uma vez eu peço para que vc se informe um pouco sobre
a importância das obras de Marx antes de atacá-lo de uma maneira tão
infantil. Não sei a sua profissão, mas como físico vejo que cientistas
aproveitando de seu status intelectual saem por aí dando palpite em
filosofia, sociologia e história sem o mínimo conhecimento de causa
subestimando o conhecimento formado nessas áreas.

um abraço, Eduardo.


SUBJECT: Re: Biologia e ciencias sociais
FROM: rmt@ib.usp.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 13/03/2001 20:08

'Pregunta',

este topico nao estava rolando no FCB?

Qdo foi q. ele 'vazou' pra Ciencialist?

[Nao estou recebendo as mensagens da lista -- o q. pra lista eh bom, ja' q. se livra de mim, re re... Tenho q. apelar pra visualizacao no Navegador.]

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Biologia e ciencias sociais
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 13/03/2001 23:30



rmt@ib.usp.br wrote:
>
> 'Pregunta',
>
> este topico nao estava rolando no FCB?
>
> Qdo foi q. ele 'vazou' pra Ciencialist?
>
> [Nao estou recebendo as mensagens da lista -- o q. pra lista eh bom, ja' q. se livra de mim, re re... Tenho q. apelar pra visualizacao no Navegador.]
>
> []s,
>
> Roberto Takata
>
Oi,

não sei. Respondi inclusive uma mensagem semelhante para o fcb pensando
que estava respondendo à ciencialist. Mas acho que os assuntos começaram
de maneira diferente e convergiram para o mesmo tema. Aqui começou com
aquela discussão de biologia e no fcb com o humanismo secular.

um abraço, Eduardo.


SUBJECT:
FROM: Álvaro Prieto <alprieto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 14/03/2001 01:11

joão wrote

>Isto poderia acontecer porque uma criança vacinada poderia contrair O vírus
da doença da própria vacina, uma única criança não vacinada ....

Concordo com o ponto de vista justificando vacinações em massa, essa é uma
das razões pelas quais vacinas funcionam.

Mas repare no seguinte...um erro que a SUPER também comete, nem toda a
vacina tem organismos vivos ou atenuados... a maioria das vacinas são
compostas por agentes patogênicos mortos e/ou suas frações. A tendência
moderna é fabricar vacinas que usem frações desses agentes (seus antígenos)
capazes de conferirem proteção, são chamadas acelulares, ou toxoides de
origem recombinante. Portanto, não é qualquer vacina que é capaz de causar
doença por reversão de seu agente atenuado. Nem todas as vacinas são
compostas de vírus, nem todas tem agentes "vivos" ou tóxicos. Uma vacina
pode provocar a doença a que se propõem imunizar apenas quando há falha de
fabricação, contaminação, falha na detoxificação, erro em sua preparação.
Outros acidentes acontecem por erros de preparo e formulaçãoe não por
fatores inerentes à sua própria essência, ou seja os ditos acidentes
vacinais quase nunca tem nada a ver com a doença a que se propõe imunizar. A
primeira reação dos antivacinistas é considerarem que toda e qualquer vacina
é igual como conceito, o que não é aplicável.
Álvaro Prieto




SUBJECT: Re: Biologia e ciencias sociais
FROM: "Andre Roviralta Dias Baptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 14/03/2001 06:31

> 'Pregunta',
>
> este topico nao estava rolando no FCB?
>
> Qdo foi q. ele 'vazou' pra Ciencialist?
>

Sabe que eu não tinha percebido? Mas é melhor assim. No FCB (essa sigla
lembra alguma coisa?) as mensagens tem que passar pelo Comitê, digo,
moderador, e muitas mensagens minhas não tem sido aprovadas.

[]´s

André





SUBJECT: Trotsky: genialidade e eugenia
FROM: msbn@daterranet.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 14/03/2001 10:08

Olá, turma

Vejam esse trecho de uma conferência (Copenhague, 1932) do
revolucionário russo Leon Trotsky, sobre socialismo, genialidade e
eugenia (sim, a velha esquerda também chegou a defender a eugenia):

"Mas isto [o socialismo] não é ainda o objetivo final. É apenas o
começo. O homem designa-se como o rei da criação. Tem certos
direitos. Mas quem pode afirmar que o homem atual seja o último e o
mais acabado representante do homo sapiens? Não: tanto física como
espiritualmente está longe da perfeição este aborto biológico cujo
pensamento está doente e que ainda não criou um novo equilíbrio
orgânico.

"É verdade que a humanidade produziu por diversas vezes gigantes do
pensamento e da ação que ultrapassaram os contemporâneos, como os
cumes das cadeias montanhosas. O gênero humano tem direito a orgulhar-
se dos seus Aristóteles, Shakespeares, Darwin, Beethoven, Goethe,
Marx, Edison, Lenin. Mas porque são eles tão raros? Antes de mais
nada porque provinham, quase sem exceção, das classes médias e mais
educadas. Salvo raras exceções, os rasgos do gênio são esmagados nas
almas oprimidas do povo mesmo antes de poderem brotar. Mas também
porque o processo de criação, de desenvolvimento e de educação do
homem ficou e fica na sua essência submetido às leis do acaso; não
iluminado pela teoria e pela prática, não submetido à consciência e à
vontade.

"A antropologia, a biologia, a fisiologia e a psicologia reuniram
montes de materiais para erigir diante do homem, em toda a sua
amplitude, as tarefas do seu próprio aperfeiçoamento corporal e
espiritual e do seu desenvolvimento ulterior. Pela mão genial de
Sigmund Freud, a psicanálise levantou a tampa do poço chamado
poeticamente a 'alma' do homem. E o que apareceu? O nosso pensamento
consciente não constitui senão uma pequena parte do trabalho das
obscuras forças psíquicas. Sábios mergulhadores descem ao fundo do
oceano e aí fotografam misteriosos peixes. Para que o pensamento
humano desça ao fundo de seu próprio poço psíquico deve eliminar as
misteriosas forças motoras da alma e submetê-las à razão e à vontade.

"Quando destruir as forças anárquicas da sua sociedade, o homem se
integrará aos laboratórios e às retortas do químico. Pela primeira
vez, a humanidade considerar-se-á a si própria como uma matéria-prima
e, no melhor dos casos, como uma semifabricação física e psíquica. O
socialismo significará um salto do reino da necessidade para o reino
da liberdade, no sentido de que o homem de hoje, cheio de
contradições e sem harmonia, abrirá caminho a uma nova espécie mais
feliz."

Abraços,
Manuel Bulcão




SUBJECT: Re: [ciencialist] Etica, Natureza e Mercado
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com, Genismo <Genismo@yahoogroups.com>
DATE: 14/03/2001 11:14

msbn@daterranet.com.br wrote:

> .....
> A natureza orgânica, bem como essa natureza humana coisificada que é
> o mercado, são amorais, isto é, o que as orienta não é um propósito
> ético, mas a mera reprodução da vida, o que amiúde se dá a expensas
> da felicidade e do bem-estar dos indivíduos.

A natureza organica eu concordo que eh, em principio, amoral.
Mas o mercado nao necessariamente. Se o mercado eh feito a partir
de atitudes humanas e humanos sao seres morais entao o mercado
poderia ( deveria ? ) ser moral tambem.
Mas se surge a constatacao de q o mercado nao eh moral, entao o q se passa?

Se passa q os humanos sao cinicos e que quando estao operando, sabendo-se
incognitos, deixam a etica do lado e tratam de maximizar seus lucros,
independentemente de quem venha a sofrer com eles.

Alguem pode estimar quantas pessoas perderam o emprego ( com todas
suas, as vezes, mortais consequencias ) quando os "investidores" resolvem
transferir suas aplicacoes de um pais para outro, por exemplo ?

Ou seja embora o ser humano se diga um ser etico, esta etica nem sempre
eh usada quando se esta oculto por tras de uma conta e uma senha.

Se quisermos um mundo mais "justo" deveremos restringir a atuacao
do malfadado "mercado".


>

> A vida é ordem que se reproduz, ora simples, ora ampliadamente, e os
> indivíduos de quaisquer espécies nada mais são que "meios" para a
> perpetuação e apropagação dessas moléculas egoístas denominadas "genes".
> Nosso

> corpo, o "somatoplasma", é apenas o veículo do "germoplasma", um
> mensageiro cuja função é passar para a frente a mensagem genética e
> depois perecer.

Sim eh uma das visoes possiveis. Uma outra poderia ser de corpos
eletro-quimicos constituidos de celulas que transformam energia quimica
em energia mecanica com um tempo util de vida medio limitado,
ou de organizacoes de atomos sujeitos aa lei da gravidade que por
mais que pulem sempre voltam ao solo.

Quero dizer que a constatacao de que somos regidos por certas
leis, que se aplicam em diferentes niveis organizacionais, nao implica
que deveremos nos "revoltar" contra elas e sim usa-las da melhor
forma possivel :
Se somos um amontoado de atomos poderemos utilizar a lei da gravidade
e construir uma balanca de parque para balancarmos.
Se somos uma maquina que transforma energia quimica em mecanica poderemos
cavar buracos e plantarmos hortalicas.
Se somos um conjunto de genes querendo se perpetuar que perpetuemos
nossos genes...


>Ou, de um ponto de vista holista: para "Gaia", o

> indivíduo vale como instrumento, e o que é "bom" para Gaia nem
> sempre — ou melhor, quase nunca — representa um "bem" para os
> indivíduos. Para os ingênuos que pensam haver uma harmonia pré-
> estabelecida entre os interesses dos indivíduos e o movimento auto-
> reprodutivo da espécie, transcrevo a seguir as palavras cruéis de um
> dos maiores biólogos da atualidade, Richard Dawkins: "A quantidade
> total de sofrimento anual no mundo natural está além de toda a
> contemplação decente. Durante o minuto que foi gasto para escrever
> esta sentença, milhares de animais estão sendo comidos vivos; outros
> estão correndo para salvar as suas vidas, gritando de medo; outros
> estão sendo lentamente devorados por dentro por parasitas; milhares,
> de todas as espécies, estão morrendo de fome, sede e doenças. Isto
> deve ser assim. Se algum dia houver um tempo de fartura, este fato
> por si só conduzirá automaticamente a um excesso populacional até que
> o estado natural de fome e miséria seja restaurado."
>

Sim, a natureza tem seu lado cruel. Mas nao soh de crueldade vive a natureza,

no minuto q escrevo estas linhas milhares de animais estao devorando
uma deliciosa refeicao e aplacando sua fome, outros estao sorvendo o
doce nectar de uma flor, muitos estao copulando, outros nascendo e vendo
o mundo pela primeira vez, muitos brincam , outros repousam...

Sera que a vida nao vale a pena?
Os vegetais nao sentem dor e, portanto, o prazer que um herbivoro sente
em devorar um rabanete nao corresponde a dor do rabanete em ser devorado.
-Ponto para o prazer.
Quando um organismo eh morto e devorado por outro isto se da em questao
de segundos. Mas, enquanto este organismo viveu, ele proprio pode ter
tido muito prazer em sua vida, de modo q sua subita morte, mesmo sendo
tragica, tenha valido a pena no computo de sua felicidade.


>
> Foram necessários centenas de milhões de anos para que o processo de
> complexização da vida desse origem a uma forma de indivíduo
> totalmente diferente das demais: um indivíduo que, por ser dotado
> de "razão" e de sensibilidade estética, recusa-se a se submeter à
> tirania do plasma germinativo.

Aih esta o erro fundamental do homem.
Ao inves de adaptar a sua cultura ao que de resto nao pode mesmo
escapar, tenta, em vao, desafiar sua propria essencia: Eh a origem
das neuroses todas. Note que Freud percebeu apenas a ponta do
iceberg ao perceber q a sexualidade era importante na vida humana.
A sexualidade eh apenas uma pequena faceta do paradigama genetico
perpetuativo. O sexualidade eh apenas uma das formas de se perpetuar
genes e por isso nao se deveria reprimi-la sem razao.
(Nao que eu concorde com a psicanalise pois acho q ela nao eh
mais util do que se ter um amigo a quem se possa confiar e confidenciar.)


> Esta recusa, ou melhor,
> esta "revolta", primeiro se fez presente na crença religiosa em uma
> vida "individual" eterna, plena e feliz, que advém depois da morte e
> como contraprestação a esta existência terrena de misérias.

Ainda nao acredito que a crenca na mentira seja a melhor forma de
aumentar nossa felicidade. Mas nao deixou/deixa de ser um caminho ilusorio
para um pouco de alegria, mesmo com todas as suas nefastas consequencias.


> Entrevemo-
> la também na busca do filósofo por uma razão de ser transcendente — a
> resposta da pergunta: "por que o Ser é?" —, ou seja, a procura de um
> sentido para a vida que não seja esse trabalho de Sísifo que é a
> reprodução pela reprodução (reprodução da dor, do medo e da fome ad
> infinitum).

Calma, concordo que nao eh soh pq temos algumas tendencias barbaricas
que devamos agir como barbaros. Podemos usar a razao e minimizarmos
nossos sofrimentos de muitas formas possiveis desde o controle da natalidade
ateh o futuro da tecnologia transgenica de alimentos.

Se devemos assumir que somos maquinas perpetuativas nem por isso estamos
fadados ao sofrimento. Ao contrario, estaremos sim se nos revoltarmos
inutilmente
contra esta nossa natureza. Alias, ir contra nossa natureza soh a torna mais
voraz
e feroz e, se formos a seu favor nos a *domesticaremos* como mostrei em :
http://groups.yahoo.com/group/Genismo/message/95



> Esta revolta transformou-se em revolução — revolução
> democrática! — quando, contra a lei natural da servidão, formulou-se
> o princípio ético da libertação: "...que o indivíduo não seja um
> meio, mas um fim em si mesmo." (Kant).
>

"O meio podera ser um fim em si mesmo, se assumirmos que
o meio faz parte do proprio fim." (jocax)


>
> A revolução democrática ainda não terminou, mas já produziu bons
> frutos. Com efeito, se o mercado em geral e o capitalismo em
> particular — na medida em que catalisa a produção de riqueza —
> desempenharam um papel importante no processo civilizatório, é a
> democracia (e somente ela) que estende a todos os benefícios da
> Civilização. Espero que os comparsas de Hayek — esses adoradores da
> natureza — não venham pôr tudo a perder. E se o fizerem, eles também
> perderão, pois o que brotará da terra arrasada será, de novo, o
> fascismo, e um fascismo com forças triplicadas, visto que com a
> experiência da derrota.
>

Se partirmos da premissa, que eu defendo, que a maximizacao da felicidade
do grupo ( humanidade ) eh o que se deseja, entao poderemos pensar
em outras formas de governo, e a democracia nao seria, necessariamente,
a melhor forma. Talvez um mundo governado por computadores-administradores
seja melhor que a eleicao de um humano( com todos seus incorrigiveis
defeitos)....

[]s
jocax



SUBJECT: Mais um pouco de bovinos sandeus
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 14/03/2001 12:01

Os fiascos do Itamaraty
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/cadernos/cid140320011.htm

Aproveitando:

Uma vaca para outra:

- Voce nao tem medo da doenca da vaca louca?
- Eu nao, sou um coelho...

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Trotsky: genialidade e eugenia
FROM: andrebaptista@uol.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 14/03/2001 12:01

>Eduardo:sinceramente nao vejo onde aparece algo similar a eugenia >nesse discurso...Nao ha
>absolutamente nada que remeta a ideias como raca/ser superior.

Andr�: Eugenia significa mais ou menos "bons genes" ou "boa origem". Os seguidores da Eugenia como ideal defendiam o "melhoramento" da ra�a humana, e n�o necessariamente a exist�ncia atual de uma ra�a superior. Os nazista combinaram os ideais da Eugenia com o mito da superioridade racial germ�nica. e deu no que deu - uma tentativa de melhoramento da esp�cie atrav�s da elimina��o dos supostos "inferiores". Todo Nazista � eugenista, mas nem todo eugenista � nazista. A eug�nia � sutil, e se manifesta ainda hoje em diversos tipos de pensamentos correntes. Por exemplo, o estimulo ao "controle de natalidade" dos pobres pode ter como base algum tipo de pensamento eugenico por parte de seus defensores. No discurso de Trotsky ocorrem v�rias refer�ncias eug�nicas:

>>msbn@daterranet.com.br wrote:
>
Trotsky:

" Mas quem pode afirmar que o homem atual seja o �ltimo e o
>> mais acabado representante do homo sapiens? N�o: tanto f�sica como
>> espiritualmente est� longe da perfei��o este aborto biol�gico cujo
>> pensamento est� doente e que ainda n�o criou um novo equil�brio
>> org�nico."


>>
>> "A antropologia, a biologia, a fisiologia e a psicologia reuniram
>> montes de materiais para erigir diante do homem, em toda a sua
>> amplitude, as tarefas do seu pr�prio aperfei�oamento corporal e
>> espiritual e do seu desenvolvimento ulterior."

>> "Quando destruir as for�as an�rquicas da sua sociedade, o homem se
>> integrar� aos laborat�rios e �s retortas do qu�mico. Pela primeira
>> vez, a humanidade considerar-se-� a si pr�pria como uma mat�ria-prima
>> e, no melhor dos casos, como uma semifabrica��o f�sica e ps�quica. O
>> socialismo significar� um salto do reino da necessidade para o reino
>> da liberdade, no sentido de que o homem de hoje, cheio de
>> contradi��es e sem harmonia, abrir� caminho a uma nova esp�cie mais
>> feliz."

A refer�ncia a uma "nova esp�cie mais feliz" n�o deixa d�vidas.

abra�os

Andr� Baptista



SUBJECT: Re: Trotsky: genialidade e eugenia
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 14/03/2001 12:13

--- In ciencialist@y..., andrebaptista@u... wrote:
> >Eduardo:sinceramente nao vejo onde aparece algo similar a eugenia
>nesse discurso...Nao ha
> >absolutamente nada que remeta a ideias como raca/ser superior.
>
> André: Eugenia significa mais ou menos "bons genes" ou "boa origem".
>Os seguidores da Eugenia como ideal defendiam o "melhoramento" da
>raça humana, e não necessariamente a existência atual de uma raça
>superior.

Jocax -> Neste caso a eugenia nada tem de ruim.
Devo dizer q quando os medicos/geneticistas selecionam embrioes
que nao sao portadores de uma deficiencia genetica, como ja
foi feito aqui na Usp, eles estao praticando a eugenia.

Neste caso a pratica eh bem vinda uma vez que proporconara maior
felicidade , nao soh aa crianca que nascera sem a molestia, mas
tambem aos seus pais e aa sociedade que por certo preferirao
uma crianca saudavel a uma doente.

[]s
jocax



SUBJECT: A Aurora da Idade Nuclear
FROM: "Daniel Leal Freire" <daniellf@highway.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 14/03/2001 20:08

Amigos da lista,

Tenho que fazer um trabalho para a faculdade com o tema: "A Aurora da Idade
Nuclear". Alguém poderia me indicar alguma bibliografia sobre o assunto?
(Podem mandar a resposta em pvt para nao sobrecarregar a lista)

Obrigado,

--------------------------------
| Daniel Leal Freire
| Rio de Janeiro - Brasil
| daniellf@scientist.com daniellf@highway.com.br
| "Imagination is more important than knowledge" Albert Einstein



SUBJECT: Derivadas superiores do vetor posição
FROM: "Bruno Woltzenlogel Paleo" <bwp@terra.com.br>
TO: Ciência-List <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 14/03/2001 21:10

Olá,

A primeira derivada temporal da posição se chama velocidade.
A segunda, aceleração. Eu sei que existem nomes (embora não muito usados)
para as outras derivadas, mas não estou lembrando...
Alguém lembra?

PS: Me respondam diretamente para o meu e-mail bwp@terra.com.br, por
favor...

<Bruno Woltzenlogel Paleo>
bwp@h8.ita.br
UIN-77325094



SUBJECT: Re: [ciencialist] A Aurora da Idade Nuclear
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>, <daniellf@highway.com.br>
DATE: 14/03/2001 22:32

Daniel, talvez você encontre alguma coisa interessante nos links da
coluna à esquerda no site abaixo:

http://www.comciencia.br/reportagens/nuclear/nuclear12.htm

Em especial no artigo "Domando a energia nuclear".

O site "The Virtual Nuclear Tourist" também é fantástico:

http://www.cannon.net/~gonyeau/nuclear/index.htm

mas não estou conseguindo acessar agora, talvez esteja com problemas neste
momento e você consiga.

Espero que seja útil,
Belisário

-----------------------------------------------------
Roberto Belisário Diniz
rbdiniz@terra.com.br
Laboratório de Estudos Avançados de Jornalismo (Labjor)
http://www.uniemp.br/labjor/
Revista Com Ciência
http://www.comciencia.br
-----------------------------------------------------

----- Original Message -----
From: Daniel Leal Freire <daniellf@highway.com.br>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Wednesday, March 14, 2001 8:08 PM
Subject: [ciencialist] A Aurora da Idade Nuclear


> Amigos da lista,
>
> Tenho que fazer um trabalho para a faculdade com o tema: "A Aurora da
Idade
> Nuclear". Alguém poderia me indicar alguma bibliografia sobre o assunto?
> (Podem mandar a resposta em pvt para nao sobrecarregar a lista)
>
> Obrigado,
>
> --------------------------------
> | Daniel Leal Freire
> | Rio de Janeiro - Brasil
> | daniellf@scientist.com daniellf@highway.com.br
> | "Imagination is more important than knowledge" Albert Einstein




SUBJECT: Cores primárias
FROM: "Marcelo Barbosa" <embs@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 14/03/2001 22:40

Ciencialisteiros,

Tenho uma dúvida sobre as cores ditas primárias, utilizadas
para a obtenção de todas as outras. Eu sei que há
basicamente dois métodos: aditivo e subtrativo. Cada qual
possui suas cores, como o RGB (vermelho, verde e azul) no
método aditivo, e, se não me engano, o azul, amarelho e
vermelho no subtrativo. O Imperdível tem uma página bastante
sobre isso
(http://www.feiradeciencias.com.br/sala09/09_04.htm).

Mas a dúvida é a seguinte. Em cada método (aditivo e
subtrativo) pode haver outras composições de cores? P.ex.,
no método aditivo podem ser usadas apenas o R, o G e o B? Ou
podem ser usadas outras cores para a obtenção de todas as
outras? Se sim, qual o critério de escolhas dessas cores?
Elas devem ter alguma particularidade ou relação especial
entre os comprimentos de onda?

Obrigado,

#--------------------<>------------------#
Marcelo Barbosa, RCDD/LAN
embs@uol.com.br

"Shallow men believe in luck." - Ralph Waldo Emerson




SUBJECT: Frequ�ncias
FROM: "O_Iniciado" <peterlsm@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 14/03/2001 23:15

Amigos listeiros, há cerca de três anos perdi uma lista que continha
um índice de correspondências de frequências vibratórias cujas oitavas
estavam relacionadas a sentidos humanos e ondas conhecidas. Vou dar um
exemplo:

(... = outros tipos de raios, ondas e frequências conhecidas)

...
8 - 16 Hz = infrasom

16 Hz - 17.000 Hz = som audível

17.000Hz - 30.000 Hz = ultrasom

30.000 Hz (30 Khz) - 150 Khz = ondas de rádio (AM)

150 Khz - 300 Mhz = Ondas curtas de rádio (FM)

300 Mhz - 500 Mhz = Ondas de televisão
...
xxx (?) Mhz = espectro de luz infravermelho
...
xxx (?) Mhz = espectro de luz visível
...
xxx (?) Mhz = espectro de luz ultravioleta.
...
xxx (?) Ghz = raios X
...
xxx (?) Ghz = raios alpha
... = raios gama

... = raios cósmicos
...
======================================

Acho que vocês compreenderam o que quis dizer. Há ainda outros
tipos de raios, ondas e frequências associadas a sentidos. Estou
desenvolvendo um trabalho e preciso desses valores. Após eles vou,
inclusive, elaborar um artigo para discutirmos aqui na lista.
Obs.: quanto mais detalhes melhor. Aguardo colaboração dos amigos.

[]'s.

Peterson.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Termodinâmica e capitalismo
FROM: "Neville Martins" <neville@catanduva.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 15/03/2001 00:53

Caros Belisário e Takata

Não pude responder antes, mas aqui vai :
==================================
Takata -->> Não seria o Dr. Drauzio Varela?
Neville -> Creio que sim; é o médico que costuma palpitar nos programas
da globo.
------------------------------------------
Neville --->>> O ritmo circadiano é mais um mecanismo para manter
um relativo equilíbrio das espécies na nossa velha Gaia.

Takata -->> Mecanismos *para* me soa finalista demais... (Alias esse eh
um gde problema da metafora de Gaia e do gene egoista -- q. embora estejam
no espectro oposto sobre a relacao entre organismos e ambiente, padecem do
mesmo mal da linguagem teleonomica.)

Neville -> Concordo plenamente com sua observação, mas, longe de mim
qualquer animismo. Essa foi apenas uma forma coloquial e velada de sugerir
uma extensão de princípios darwinistas a ecossistemas como um todo
simultaneamente às espécies individuais ; isto implicaria em uma tendência
homeostática implícita a tais sistemas, o que, alias, me parece bastante
óbvio.
Estou me referindo a sistemas homeostáticos conforme conceituados
por Asby há 60 ou 70 anos atrás, onde, através de feed-backs recursivos, os
elementos de um sistema (eletro-mecânico) se ajustavam, oscilatóriamente,
até chegarem a uma estabilidade conjunta.

Acho fundamental considerar não apenas a influencia do meio na evolução das
espécies, mas também o vice-versa e a necessária seqüência de feed-backs.
Basta ver o quanto o Homem está alterando a Natureza e quanto isto poderá
altera-lo também.
==================================================
Belisário -->>
A teoria de Tsallis chama-se "Termodinâmica Não-Extensiva". Tem detalhes
sobre isso com links numa notícia saída na Com Ciência da semana passada:
http://www.comciencia.br/noticias/23fev01/entropia.htm
Minha intenção foi atingir pessoas de áreas o mais distantes possíveis da
Física. Agradeço, inclusive, a quem me der um retorno (eu que escrevi a
notícia) para saber se aquele texto está compreensível . . .

Neville --> O texto que você redigiu está claríssimo e é uma porta básica
para se inteirar do assunto. Todos os links funcionam perfeitamente,
permitindo acessar vários "papers" baseados na proposta do Tsallis.
Achei interessante e logo mandarei um e-mail especifico.
------------------------------------------------------
abraços




SUBJECT: Re: [ciencialist] Termodinâmica e capitalismo
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 15/03/2001 08:28


----- Original Message -----
From: Neville Martins
> Belisário -->>
> A teoria de Tsallis chama-se "Termodinâmica Não-Extensiva". Tem detalhes
> sobre isso com links numa notícia saída na Com Ciência da semana passada:
> http://www.comciencia.br/noticias/23fev01/entropia.htm
> Minha intenção foi atingir pessoas de áreas o mais distantes possíveis da
> Física. Agradeço, inclusive, a quem me der um retorno (eu que escrevi a
> notícia) para saber se aquele texto está compreensível . . .
>
> Neville --> O texto que você redigiu está claríssimo e é uma porta básica
> para se inteirar do assunto. Todos os links funcionam perfeitamente,
> permitindo acessar vários "papers" baseados na proposta do Tsallis.
> Achei interessante e logo mandarei um e-mail especifico.
> ------------------------------------------------------
> abraços

Oi, Neville. Que ótimo que ficou bom! Na verdade, devo dizer que não é
só meu o texto: depois que escrevi, mandei-o para um antropólogo colega
nosso, que leu-o e disse o que não entendia; então alterei, mandei-o
novamente e ele continuou dizendo o que não entendia, e assim por diante até
que às 11 da noite tínhamos um texto sobre termodinâmica que um antropólogo
entende (sem desmerecer os antropólogos!).

Até a próxima,
Belisário




SUBJECT: Re: [ciencialist] Cores primárias
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 15/03/2001 13:12

Marcelo Barbosa wrote:
> Mas a dúvida é a seguinte. Em cada método (aditivo e
> subtrativo) pode haver outras composições de cores? P.ex.,
> no método aditivo podem ser usadas apenas o R, o G e o B? Ou
> podem ser usadas outras cores para a obtenção de todas as
> outras?

No caso do RGB normalmente não é usado [adição de outras cores], a não
ser em alguma maluquice artística. No caso do processo subtrativo o mais
comum é o CMY [cyano, magenta, yellow] normalmente adiciona-se a cor K
[black] pois o CMY não consegue gerar um K puro. Além disso vc pode
adicionar cores específicas, como cores metálicas que não são
reproduzidas no CMYK [nem no RGB].

O sistema RGB é usado basicamente em monitores de vídeo e TV e o CMYK em
processos de impressão.

> Se sim, qual o critério de escolhas dessas cores?

Depende da loucura [ou necessidade] do artista [ou designer].

> Elas devem ter alguma particularidade ou relação especial
> entre os comprimentos de onda?

Nada em especial, cada cor tem uma temperatura [freqüência], a
necessidade de cores específicas se dá apenas por uma facilidade que
pode ser alcançada.

==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
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SUBJECT: dúvidas sobre cores
FROM: "Andre Roviralta Dias Baptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 15/03/2001 13:40

Já que o assunto é cores, aí vão algumas dúvidas que estão a muito tempo no
fundo da gaveta:

1 . O conceito de "cores primárias" tem algum significado físico? (são
frequências especiais?)
2. O espectro luminoso contém todas as cores ou existem algumas que só são
produzidas por adição de duas frequências diferentes?
3. Pode-se escolher arbitrariamente quaisquer 3 cores como cores primárias?

é isso

[ ]´s

André Baptista




SUBJECT: Re: [ciencialist] dúvidas sobre cores
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 15/03/2001 13:57

Andre Roviralta Dias Baptista wrote:
> Já que o assunto é cores, aí vão algumas dúvidas que estão a muito tempo no
> fundo da gaveta:
> 1 . O conceito de "cores primárias" tem algum significado físico? (são
> frequências especiais?)

Não sei quem criou a teoria das cores, nem quando isso foi feito, mas
experimentalmente sabe-se que misturando-se as cores consegue-se outras.
Se eu não me engano o Takata já discursou sobre a visão humana e se eu
me lembro bem a escolha das cores primárias RGB se dá por causa dos
sensores óticos [cones] que recebem estas cores.

> 2. O espectro luminoso contém todas as cores ou existem algumas que só são
> produzidas por adição de duas frequências diferentes?

O espectro possui todas as cores. Quanto a mistura de cores eu não sei
lhe responder. Pode ser algo entre as seguintes opções:

a) duas freqüências diferentes causam interferência e geram uma terceira
freqüência.
b) duas freqüências diferentes acionam cones diferentes [para cada
freq.] e é interpretado pelo cérebro como uma única cor.

Mas isto é especulação.

> 3. Pode-se escolher arbitrariamente quaisquer 3 cores como cores primárias?

A princípio sim. No processo somativo normalmente usa-se apenas o RGB
mas nada impede o espírito revolucionário. No subtrativo vc pode criar
paletas específicas e economizar na hora da impre$$ão, quero dizer...
criar não, vc escolhe padrões de mercado já existentes como o Pantone.

[]s
==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
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SUBJECT: Re: [ciencialist] dúvidas sobre cores
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 15/03/2001 14:58

On Thu, 15 Mar 2001, TARCISIO BORGES wrote:
> Não sei quem criou a teoria das cores, nem quando isso foi feito, mas
> experimentalmente sabe-se que misturando-se as cores consegue-se outras.
> Se eu não me engano o Takata já discursou sobre a visão humana e se eu
> me lembro bem a escolha das cores primárias RGB se dá por causa dos
> sensores óticos [cones] que recebem estas cores.

Houve um longo debate entre o Philox (Rodrigo Viecilli) e eu, com
participacoes do Leo, o misterioso Ego e alguns outros:

http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/3574
http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/messages/2717?threaded=1
http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/messages/3984?threaded=1
http://groups.yahoo.com/group/ciencialist/messages/4033?threaded=1

e varias mais.

> > 3. Pode-se escolher arbitrariamente quaisquer 3 cores como cores primárias?
>
> A princípio sim. No processo somativo normalmente usa-se apenas o RGB
> mas nada impede o espírito revolucionário. No subtrativo vc pode criar
> paletas específicas e economizar na hora da impre$$ão, quero dizer...
> criar não, vc escolhe padrões de mercado já existentes como o Pantone.

Bem, acho q. nao exatamente... Se pegamos um verde-oliva, verde-musgo e
verde-limao, nao da' pra fazer muita coisa com isso.

Alem tbm do ciano, magenta e amarelo (e preto): CMY(K), tbm se pode
codificar as cores pelo sistema HSL (hue-saturation-lightness) ou HSV
(hue-saturation-value).

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Alimentos "carregados"
FROM: "Ricardo Gentil de Araújo Pereira" <ricardo@samnet.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 15/03/2001 16:01

Aproveitando uma matéria que foi publicada na Super
Interessante (que apesar das últimas "mancadas" ainda assino),
gostaria de conhecer mais algo a respeito dos alimentos ditos
"carregados".
O que está me deixando intrigado é que na reportagem foi
comentado que alguns alimentos possuem proteínas que o
organismo identifica como potencialmente perigosas (erradamente
ou não), desencadeando uma reação do sistema imunológico
contra essas proteínas. Até aí tudo bem, pois eu já tinha ouvido
explicação semelhante. O que me surgiu é que já vi muitos
afirmarem que, apesar de alguns não apresentarem esse
"problema", um alimento "carregado" sempre faz mal (mesmo que
as consequências sejam tão pequenas a ponto de não serem
notadas).
Pergunta:
- Se um alimento é "carregado", ele o é para qualquer indivíduo?
(sem considerar a intensidade da resposta do sistema
imunológico)

[]'s...and justice for all.

/^\
\ / CAMPANHA DA FITA ASCII - CONTRA MAIL HTML
X ASCII RIBBON CAMPAIGN - AGAINST HTML MAIL
/ \

Ricardo Gentil de Araújo Pereira
e-mail 1: ricardo@samnet.com.br (default)
e-mail 2: rhalah_rikota@ig.com.br
e-mail 3: rhalah@yahoo.com
ICQ: 13306676


SUBJECT: En: (no subject)
FROM: "Bruno Woltzenlogel Paleo" <bwp@terra.com.br>
TO: Ciência-List <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 15/03/2001 16:23


----- Original Message -----
From: <SUELEN2001@aol.com>
To: <bwp@terra.com.br>
Sent: Thursday, March 15, 2001 3:15 AM
Subject: (no subject)


> Meu nome e Marcelo, sou de Curitiba PR e estou agora em Boston. Preciso de
> ajuda de algum especialista da area de astronomia. Tenho certeza que
escrevo
> a profissionais capacitados. Gostaria que me ajudassem a escolher o
> equipamento adequado. Pois sou como muitos um apaixonado por astronomia.
> Estive aqui em Boston em uma loja desses equipamentos e estou comprando
um.
> Se alguem estiver com vontade de me ajudar, ficaria grato desde ja. Por
> favor, sou leigo. O equipamento do qual cito e um NextStar 8 Schmidt
> Casse-Grain 200mm----2000mm f/10 se algum de voces saberem o que
significa
> por favor me escrevam. Um abraco
> Marcelo (mguapocalvet@hotmail.com)
>




SUBJECT: Re: [ciencialist] En: (no subject)
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 15/03/2001 16:35

Bruno Woltzenlogel Paleo wrote:
> O equipamento do qual cito e um NextStar 8 Schmidt
> > Casse-Grain 200mm----2000mm f/10 se algum de voces saberem o que
> significa
> > por favor me escrevam. Um abraco
> > Marcelo (mguapocalvet@hotmail.com)


NextStar 8 - modelo de telescópio da Celestron [um belo e caro
monstrinho]

Schmidt-Cassegrain - tipo de telescópio que usa associação de lente +
espelho [muito bom por sinal]

200mm - Diâmetro do espelho primário [quanto maior melhor]

2000mm - Distância focal do espelho primário [típico do schmidt]

f/10 - Razão focal, é a distância focal dividido pelo diâmetro focal
[quanto maior, maior é a imagem, mas mais escura também] [uma razão
focal boa fica entre 6 e 8, mas 10 está muito bom]

É um telescópio maravilhoso, do tipo clique no botão e veja a
estrelinha. Mas se eu tivese 3400 reais eu comprava um nacional maior e
de melhor qualidade óptica. :-)

Veja mais em:
http://www.skypub.com/resources/testreports/telescopes/0011nexstar.html

==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
==========================================================


SUBJECT: Re: [ciencialist] Cores primárias
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 15/03/2001 16:37


> Mas a dúvida é a seguinte. Em cada método (aditivo e
> subtrativo) pode haver outras composições de cores? P.ex.,
> no método aditivo podem ser usadas apenas o R, o G e o B? Ou
> podem ser usadas outras cores para a obtenção de todas as
> outras? Se sim, qual o critério de escolhas dessas cores?
> Elas devem ter alguma particularidade ou relação especial
> entre os comprimentos de onda?

Ao que já foi dito , quero só acrescentar o seguinte:
"Cor" não tem significado físico rigoroso.
O espectro electromagnético (o da luz) tem todas as frequências.
"Cor" é a resposta do olho humano ( ou será cérebro?) a um estimulo
electromagnético.
Por disso, apenas se define "Cor" na zona do espectro que é visível (relação
com o olho humano ).

Quando eu tive de aprender o c.d.o (comprimento de onda) das cores ...
assim por alto cheguei à seguinte mnemónica
Em nanometros (nm) a "Cor" tem, em aproximação grosseira :

Azul (4 letras) ; 400 nm
Verde (5 letras) ; 500 nm
Amarelo (6 letras, o M não conta ) ; 600 nm
Vermelho ( 7 letras, o M não conta ), 700 nm

O espectro visível está, grosso modo, entre os 400 e 700 nm.

Para a mesma frequência cada pessoa pode "ver" uma cor diferente ... pois a
"cor" é algo fisiológico e não físico, no sentido restrito do termo.

Temos , por exemplo , os daltónicos (devido ao nosso amigo Dalton... o dos
átomos e da química) que não "vêem" o verde e o vermelho. Para eles estas 2
frequências são interpretadas como a mesma "cor".

Não vou entrar em detalhes, pq não é a minha especialidade, mas queria
apenas chamar a atenção para que "cor" é algo que depende do ser que
observa, enquanto "frequência" não.
Para o som a mesma coisa acontece. O nosso ouvido não "ouve" tudo da mesma
forma... tem um filtro acoplado, tal como os olhos.

Outra coisa, o nosso olho é mais sensível ao Amarelo (que se situa mais ou
menos no meio da escala ) que às outras frequências.

quanto a fazer outras cores com uma só. Se conseguires de uma onda, produzir
outras que tenham comprimentos de onda diferentes , então, aplicando isso à
luz, poderás fazer azul de verde :-)))

(atenção, aqueles aparelhos que "vêem" no escuro, fazem +- isto.. se bem que
com o truque de usar electrónica pelo meio... assim não vale... hehehe
:-)) )

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda




SUBJECT: Re:d�vidas sobre cores
FROM: andrebaptista@uol.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 15/03/2001 16:54

Roberto Takata:
>Bem, acho q. nao exatamente... Se pegamos um verde-oliva, verde-musgo e
>verde-limao, nao da' pra fazer muita coisa com isso.
>

Andr� Baptista:
Com certeza, � intuitivo que deva haver uma certa "dist�ncia" entre as cores b�sicas para que elas possam "compor" outras cores. Fisicamente, cada cor pode ser descrita por apenas 1 n�mero: sua frequ�ncia. Quando misturamos a cor de frequencia X com a cor de frequencia Y que cor obtemos? Certamente n�o � a cor de frequencia (X+Y)/2, pois se fosse bastariam duas cores extremas para gerar todo o espectro intermedi�rio!Existe uma fun��o que relacione as frequencias e intensidades das cores b�sicas com as cores geradas ou ser� que as "cores combinadas" n�o tem nenhum significado f�sico, apenas biol�gico?

As cores combinadas s�o as mesmas para todos os indiv�duos? Provavelmente n�o. Parece que a percep��o das cores depende de um aprendizado do c�rebro. Muitas crian�as pequenas n�o distinguem as cores. Meu filho durante algum tempo parecia confundir marrom e roxo, at� que cheguei a conclus�o que ele realmente n�o distinguia as duas cores. Li tamb�m sobre uma tribo primitiva da nova guin� que possu�a palavras para apenas 3 ou quatro cores, e que realmente ignorava alguma cor b�sica, vermelho ou azul, se n�o me engano. Eles n�o tinham desnevolvido a capcidade de distinguir essa cor, o que provavelmente n�o causava nenhum preju�zo ao seu modo de vida.

andr�


SUBJECT: Re: Alimentos "carregados"
FROM: rmt@ib.usp.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 15/03/2001 17:25

Ricardo,

o q. eh um alimento "carregado"? (com alto teor de proteina? com alergenicos? saturado em gordura?)

qq alimento faz mal... mas a maioria faz bem tambem e em condicoes normais, faz mais bem do q. mal.

dica pratica: esqueca qq coisa q. a SI publique sobre saude -- nao precisa (e nem deve) considerar o q. ela escreve como automaticamente errado. Mas como ha'
boas chances deles estarem a dizer baboseiras e pode ser dificil identificar isso: a menos q. tenha um contato mais intimo como o assunto (o q. nem sempre eh o
caso) o melhor eh considerar a fonte como nada confiavel.

incrivel como em duas, tres edicoes eh possivel matar uma revista com 14 anos nas costas... (eles estao dando tiros no proprio pe' e nem percebem...)

(sou apenas eu quem esta' com problemas de recebimento das mensagens do ciencialist?)

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: Alimentos "carregados"
FROM: dra_savat@bol.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 15/03/2001 20:13


> (sou apenas eu quem esta' com problemas de recebimento das
mensagens do ciencialist?)
>
> []s,
>
> Roberto Takata

Não é só vc . Eu já desisti de ler as msg em meu email, estou lendo
direta no groups.yahoo.com/group/ciencialist.
Alguém saberia dizer o que esta acontecendo?
[]'s
Tânia






SUBJECT: Critical Thinking Core Concepts
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 15/03/2001 23:41

Critical Thinking Core Concepts:

http://www.kcmetro.cc.mo.us/longview/ctac/corenotes.htm


--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com



SUBJECT: CLONAGEM HUMANA
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 16/03/2001 12:09

CLONAGEM HUMANA - Folha de SP,15 de março de 2001

Cientista que anunciou primeira cópia de humano diz que
oposição ao projeto é causada por "medo"

"Eu sei o que estou fazendo", afirma Zavos
Associated Press - 27.fev.2001
O pesquisador Panayiotis Zavos no seu escritório em
Lexington, Kentucky, onde ele foi professor universitário
de ciências animais

ÁLVARO PEREIRA JÚNIOR
De San Francisco

A maioria dos cientistas é contra a clonagem humana não
por convicção, mas por medo. E Ian Wilmut, o pesquisador
escocês que produziu a ovelha clonada Dolly,
deveria "fazer a lição de casa" e explicar ao mundo por
que seus resultados são "tão ruins".
As acusações, disparadas em tom triunfante, vêm de um dos
cientistas mais atacados da atualidade: Panayiotis Zavos,
professor aposentado da Universidade de Kentucky (EUA).
Em Roma, sexta-feira passada, sob uma tempestade de
críticas, Zavos anunciou, com o colega Severino Antinori,
que está em fase avançada de pesquisas para clonar um ser
humano. Isto é, uma cópia genética idêntica de uma outra
pessoa.
Aos 57 anos, natural da ilha mediterrânea de Chipre,
casado com uma colega de trabalho, Zavos tem uma única
filha, que faz 2 anos amanhã. Ele falou por telefone à
Folha. A seguir, os principais trechos.

Folha - O sr. acaba de voltar da Itália. Como estava o
ambiente durante o anúncio?
Panayiotis Zavos - Um frenesi. Mais de 200 jornalistas
numa sala comigo e meus colegas. Vocês são muito sedentos
de informação, sanguessugas.

Folha - O sr. já esperava a reação negativa?
Zavos - Quando fizemos o primeiro anúncio, em janeiro, no
Kentucky, não esperávamos incendiar o mundo, como
aconteceu. Agora, estamos numa segunda fase do incêndio.

Folha - Os srs. disseram que o principal objetivo é
ajudar casais estéreis. E se um homossexual solteiro
quiser ser clonado?
Zavos - Ainda não decidimos. Temos de estudar mais. Mas,
em princípio, preferimos casais.

Folha - Mas ainda podem mudar de idéia?
Zavos - A decisão não será só minha. O mundo inteiro vai
dar as diretrizes. Cada país vai ter leis específicas. Na
semana passada, fui à Grécia e ao Chipre para ajudá-los a
formular suas regras, para que essa tecnologia não tome
rumos indesejados. Queremos que o uso seja estritamente
terapêutico-reprodutivo.

Folha - O sr. tem sido muito criticado pela chamada
ciência "mainstream" (oficialmente estabelecida).
Zavos - Mainstream. É isso mesmo que eles são.

Folha - Isso o faz se sentir um renegado?
Zavos - Claro. Mas nossos antecessores, nos primórdios da
fertilização in vitro (fora do corpo), sofreram as mesmas
críticas. Só que não reagiram tão abertamente quanto nós.
Achamos que o mundo precisa saber de tudo, ao mesmo tempo
em que desenvolvemos a tecnologia.

Folha - Os cientistas acham melhor debater primeiro e
desenvolver depois.
Zavos - As decisões devem ser tomadas abertamente, pelo
mundo todo.

Folha - Mas deu a impressão que o sr. vai em frente, sem
esperar que o mundo decida.
Zavos - Não vamos esperar. Já estamos nos movendo e vamos
arrastar o mundo junto. Já disse: o gênio saiu da
garrafa. Ou seja, o primeiro passo já foi dado. Essa
tecnologia é inevitável. A questão: quem deve desenvolvê-
la?

Folha - Quem seria?
Zavos - Meu grupo, porque temos a base científica. Melhor
nós do que alguma seita, como os raelianos (seita norte-
americana que tem na clonagem humana e na recepção a
extraterrestres os pontos-chave de sua doutrina). Eles
alegam que têm experimentos com óvulos de vaca que meu
grupo já fazia há dez anos. Estamos muito à frente. E já
estamos tendo sucesso.

Folha - Como assim? Em que estágio estão suas
experiências?
Zavos - Temos várias experimentos em curso. Mas não posso
dizer mais nada. Progredimos a cada dia.

Folha - Em quanto tempo vamos ter um clone humano?
Zavos - Em um ano e meio ou dois anos teremos um embrião
viável, que será transferido para uma mulher e dará
origem a uma criança saudável.

Folha - Achei que o sr. fosse dar um prazo menor.
Zavos - Não queremos pular etapas. Precisamos de
critérios muito rígidos para saber se um embrião é 100%
viável.

Folha - Ian Wilmut, que produziu a ovelha Dolly, é um
crítico do sr. Diz que o principal problema durante
clonagens é a taxa de sucesso muito baixa. E que, mesmo
quando um feto se desenvolve, o risco de deformações é
alto.
Zavos - Wilmut deveria se perguntar onde errou, para ter
resultados tão ruins. Provavelmente não fez a lição de
casa. Na produção de Dolly, em 277 tentativas, ele obteve
29 embriões. E implantou todos em ovelhas receptoras. Mas
nós só vamos transferir os melhores embriões. Wilmut
estava ansioso, nem selecionou os embriões. Simplesmente
transferiu. Quanto às deformações, é que, em animais de
laboratório, há um grau muito alto de intracruzamentos,
em populações pequenas. Isso torna o DNA muito mais
instável, sujeito a problemas genéticos. Entre seres
humanos, intracruzamentos são bem mais raros. É como se o
DNA fosse mais resistente.

Folha - Mas há muitos outros cientistas trabalhando com
clonagem e todos divulgam vários resultados negativos.
Zavos - Nem todos. Há pouco, um grupo japonês produziu 10
bezerros extremamente saudáveis a partir de 10
transferências de embriões.

Folha - De novo: não seria melhor fazer tudo isso na
ciência estabelecida, e não como renegado?
Zavos - Só se você convencer os cientistas. Aí eu poderia
me juntar a eles. Um importante pesquisador me disse que
é contra a clonagem porque não saberia o que fazer com um
bebê assim. Em vez de ser contra a priori, eles deveriam
discutir diretrizes, porque, uma vez que a clonagem
aconteça, é a ciência como um todo que vai levá-la
adiante.

Folha - O sr. está acusando os cientistas de medrosos?
Zavos - Certas pessoas preferem passar fome a atravessar
a rua para comprar um sanduíche. Medo de atropelamento.
Como não sabem lidar com a clonagem humana, preferem nos
acusar de sem ética, imorais, renegados.

Folha - O sr. é religioso?
Zavos - Muito. Faço parte da Igreja Ortodoxa Grega. Deus
quer que ajudemos os homens a ter uma vida saudável.
Muitos católicos fazem fertilização artificial comigo,
indo contra o papa. O papa podia vir ao encontro do povo,
em vez de o povo se aproximar da sacada dele e
perguntar: "Sobre o que o sr. conversou com Deus ontem à
noite?".

Folha - Já que falou em Deus, clonar humanos é brincar de
Deus?
Zavos - Não. Sou tão humano quanto você. Deus apenas me
guia. E diz: "Continue, você está no caminho certo".

Folha - Pela quantidade de críticas, o sr. parece muito
confiante.
Zavos - Claro. Eu sei o que estou fazendo.



SUBJECT: 'Problemas na lista' (administrador)
FROM: "Luis Roberto Brudna" <lrb@if.ufrgs.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 16/03/2001 16:00

Estou percebendo diversas reclamacoes, em varias listas do YahooGroups,
em relacao ao funcionamento do sistema e nao sei explicar o que estah
acontecendo.

Jah li comentarios de que nao se deve utilizar o http://br.egroups.com/
versao em portugues do Egroups) para enviar mails para as listas...
entao... melhor evitar.

Em rarissimos casos eu apago mensagens da pagina
http://groups.yahoo.com/group/ciencialist , soh faco isso para mensagens
*totalmente* fora do interesse dos usuarios da lista. Por exemplo, pedidos
de saida da lista... mensagens com virus (quando eram permitidos anexos)...
mensagens repetidas...
Quando o administrador apaga alguma mensagem fica uma lacuna na sequencia
dos numeros, isto pode ser notado na sequencia da mensagem 8758 que pula
para 8760 ... quando apaguei a mensagem de pedido de saida da lista.

As seguintes contas de e-mail apresentavam problemas de comunicacao com o
YahooGroups, jah providenciei a reativacao. Se alguem abandonou alguma
dessas contas, me avise!
albertoba@zipmail.com.br
anjosdeorion@yahoo.com.br
cthales@svn.com.br
diegohc@widesoft.com.br
eliane@cbio.ufpa.br
mcbl@crt.sol.com.br
mssimoes@activenetpiraju.com.br
alinecaps@bol.com.br
regisgbarros@yahoo.com.br
seatple@svn.com.br
xf1@zipmail.com.br

Acho que era isso...
Ateh mais.
Luis Roberto Brudna - administrador da ciencialist
ps: desculpe pelos erros de portugues. :)

> (sou apenas eu quem esta' com problemas de recebimento das
mensagens do ciencialist?)
>
> []s,
>
> Roberto Takata

Não é só vc . Eu já desisti de ler as msg em meu email, estou lendo
direta no groups.yahoo.com/group/ciencialist.
Alguém saberia dizer o que esta acontecendo?
[]'s
Tânia



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Alimentos "carregados"
FROM: "Ricardo Gentil de Araújo Pereira" <ricardo@samnet.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 16/03/2001 18:23

Fala, Roberto Takata!

On 15 Mar 01, at 20:25, rmt@ib.usp.br wrote:

To: ciencialist@yahoogroups.com
From: rmt@ib.usp.br
Date sent: Thu, 15 Mar 2001 20:25:16 -0000
Send reply to: ciencialist@yahoogroups.com
Subject: [ciencialist] Re: Alimentos "carregados"

> Ricardo,
>
> o q. eh um alimento "carregado"? (com alto teor de proteina? com alergenicos? saturado em gordura?)
>

Meu interesse é maior sobre os alimentos com alergênicos e
os de difícil digestão (se não me engano há pessoas com um tipo
de intolerência digestiva com certos alimentos).
Perguntei a minha irmã (que está cursando nutrição) e ela falou
que basicamente a diferença entre os dois tipos que mencionei é
que um implica em reações do sistema imunológico e o outro
apenas do sistema digestivo.
Mais uma vez, o que me intriga é saber se há algum alergeno
(é assim?) que cause problemas em todas as pessoas (mesmo
que em algumas os efeitos sejam reduzidos a ponto de não serem
notados) ou apenas as pessoas que têm alergia não devem comer
determinado alimento.
Ex.: Eu gosto de camarão, mas minha mãe falou que, segundo
um conhecido dela que cursou biologia, não seria bom se comer o
dito cujo, pois o organismo não "se dá bem" com algumas
proteínas do mesmo(Independente de se sentir ou não algum
sintoma).
O mesmo valendo para questões digestivas. Ou seja: manga é
um alimento realmente indigesto ou apenas há algumas pessoas
que têm mais dificuldade em digeri-la?

Obrigado pela atenção.

[]'s...and justice for all.

/^\
\ / CAMPANHA DA FITA ASCII - CONTRA MAIL HTML
X ASCII RIBBON CAMPAIGN - AGAINST HTML MAIL
/ \

Ricardo Gentil de Araújo Pereira
e-mail 1: ricardo@samnet.com.br (default)
e-mail 2: rhalah_rikota@ig.com.br
e-mail 3: rhalah@yahoo.com
ICQ: 13306676


SUBJECT: Re: [ciencialist] Cores primárias
FROM: Rodrigo Nuno Bragança da Cunha <rnbc@rnl.ist.utl.pt>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 16/03/2001 23:54

TARCISIO BORGES wrote:
> Marcelo Barbosa wrote:
> > Mas a dúvida é a seguinte. Em cada método (aditivo e
> > subtrativo) pode haver outras composições de cores? P.ex.,
> > no método aditivo podem ser usadas apenas o R, o G e o B? Ou
> > podem ser usadas outras cores para a obtenção de todas as
> > outras?

Há apenas 3 cores primárias correspondentes aos pigmentos filtrantes que existem
em nossa retina. Os ditos "primários subtractivos" são usados para impressão em
papel branco porque este já reflecte as 3 componentes visiveis da luz. Assim
sendo:

O Magenta subtrai ao branco a componente Verde.
O AzulCian subtrai ao branco a componente Vermelha.
O Amarelo subtrai ao branco a componente Azul.

Branco-Magenta-AzulCian=Azul
Branco-Magenta-Amarelo=Vermelho
Branco-AzulCian-Amarelo=Verde
Branco-Magenta-AzulCian-Amarelo=Preto (se as tintas forem boas)

Ou vice-versa para os primários aditivos, usados quando se parte do preto, como
numa tela:

Azul+Vermelho=Magenta
Verde+Azul=AzulCian
Vermelho+Verde=Amarelo
Azul+Verde+Vermelho=Branco

É preciso salientar mais uma vez que estas cores não foram geradas ao acaso:
elas resultam directamente do estudo do funcionamento de nosso aparelho visual,
nomeadamente dos pigmentos filtrantes em nossa retina que separam o espectro em
3 regiões.

Além disso em impressão é muitas vezes usado o preto também, por várias razões:

-É dificil juntando os 3 primários subtractivos gerar preto, a menos que as
tintas sejam de boa qualidade e o papel facilite a mistura.

-Imprimir texto iria usar mais tinta.

-As letras não seriam tão nitidas como actualmente, a menos que a impressora
estivesse rigorosamente alinhada, de modo às 3 cores usadas se sobreporem
exactamente nos mesmos sitios.

São usadas por vezes outras cores por razões económicas, como por exemplo num
livro que use muito um tom especifico de vermelho, ou de castanho, etc...

O reflexo dum metal é impossivel de imitar com tintas normais. Elas permitem
reproduzir exactamente o reflexo dum dado angulo, como você pode notar se já viu
fotos de objectos metálicos, que parecem sem dúvida realistas, mas não a
variação do reflexo com a mudança do ângulo. Isso requeriria impressão
holografica ou algo parecido. É mais fácil usar tintas com base metálica do que
métodos de impressão sofisticados.

Espero ter ajudado,

Intés!

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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:dúvidas sobre cores
FROM: Rodrigo Nuno Bragança da Cunha <rnbc@rnl.ist.utl.pt>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 17/03/2001 00:00

>Com certeza, é intuitivo que deva haver uma certa "distância" entre as cores
>básicas para que elas possam "compor" outras cores. Fisicamente, cada cor pode
>ser descrita por apenas 1 número: sua frequência. Quando misturamos a cor de
>frequencia X com a cor de frequencia Y que cor obtemos? Certamente não é a cor
>de frequencia (X+Y)/2, pois se fosse bastariam duas cores extremas para gerar
>todo o espectro intermediário!Existe uma função que relacione as frequencias e
>intensidades das cores básicas com as cores geradas ou será que as "cores
>combinadas" não tem nenhum significado físico, apenas biológico?

O Significado é mais biológico do que fisico, como expliquei em meu artigo
anterior.

>As cores combinadas são as mesmas para todos os indivíduos? Provavelmente não.
>Parece que a percepção das cores depende de um aprendizado do cérebro. Muitas
>crianças pequenas não distinguem as cores. Meu filho durante algum tempo
>parecia confundir marrom e roxo, até que cheguei a conclusão que ele realmente
>não distinguia as duas cores. Li também sobre uma tribo primitiva da nova guiné
>que possuía palavras para apenas 3 ou quatro cores, e que realmente ignorava
>alguma cor básica, vermelho ou azul, se não me engano. Eles não tinham
>desnevolvido a capcidade de distinguir essa cor, o que provavelmente não
>causava nenhum prejuízo ao seu modo de vida.

A percepção das cores é muitissimo semelhante em todos os seres humanos normais,
porque os pigmentos que existem na retina são os mesmos. Exceptuam-se os
daltónicos, aos quais falta um ou vários pigmentos.


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:dúvidas sobre cores
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 17/03/2001 00:34



Rodrigo Nuno Bragança da Cunha wrote:

>
> A percepção das cores é muitissimo semelhante em todos os seres humanos normais,
> porque os pigmentos que existem na retina são os mesmos. Exceptuam-se os
> daltónicos, aos quais falta um ou vários pigmentos.

As tetracromatas distinguem 4 cores e não 3. Ver:

http://www.nonio.com/article.php?sid=146
--
joão
http://www.nonio.com
http://www.explicacoes.com


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:dúvidas sobre cores
FROM: Rodrigo Nuno Bragança da Cunha <rnbc@rnl.ist.utl.pt>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 17/03/2001 00:53

João Mário Miranda wrote:
> As tetracromatas distinguem 4 cores e não 3. Ver:

Algumas tetracromatas. A maioria delas têm 2 pigmentos verdes tão próximos um do
outro que o sistema nervoso nunca chega a desenvolver-se nesse sentido, e elas
vêem como outra pessoa qualquer. As verdadeiras tetracromatas (completamente
funcionais) são rarissimas, um caso em milhões...

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SUBJECT: física quântica
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 17/03/2001 04:19

Oi,

quando discutimos acerca de aplicações tecnológicas da mecânica
quântica falou-se dos transistores? Quem lembrar ou tiver uma mensagem
que se refira a isso por favor me fale.

Eduardo.


SUBJECT: Re:dúvidas sobre cores
FROM: "Andre Roviralta Dias Baptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 17/03/2001 06:11

> A percepção das cores é muitissimo semelhante em todos os seres humanos
normais,
> porque os pigmentos que existem na retina são os mesmos. Exceptuam-se os
> daltónicos, aos quais falta um ou vários pigmentos.
>
>

A estrutura do olho é igual, porém o cérebro pode não não estar treinado
para "ver" certas cores. Isso pode ocorrer em crianças pequenas, ou em
pessoas com lesões no cérebro. Aquele caso que mencionei é verdaderio: uma
tribo na nova guiné que possuí vocabulário para descrever 2 ou 3 cores
apenas. Vou pesquisar alguma referência.

[]´s

André



SUBJECT: Sair da Lista
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 17/03/2001 12:34

From: "Wladimir" <wladnob@ig.com.br>


> Por favor me tirem desta lista!!!

Desculpem-me,nada de pessoal, mas será que não sabem ler ?

> > Para sair da lista envie um mail para
> > ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com




SUBJECT: eugenia
FROM: "Manuel Bulcao" <manuelbulcao@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 17/03/2001 18:21

"Embora temporariamente pervertida por racistas, a idéia de eugenia tem um
núcleo sadio: o bem-estar humano, tanto de indivíduos como de sociedades,
depende da sanidade da herança genética das populações. Saúde e doença,
física e mental, dependem tanto da hereditariedade quanto do meio ambiente.
É inegável que uma quantidade assustadora de miséria humana se deve a
hereditariedade defeituosa. (...) Durante várias décadas anteriores a 1930,
ou 1940, o estudo biológico do homem foi dominado por variantes do
darwinismo social. Isso não quer dizer que os biólogos deixassem de perceber
sua falsidade; talvez precisamente por causa disso, muitos biólogos pensavam
como o geneticista Bateson (1928): 'Não acho que eugenia seja meu campo. De
uma vez por todas, procuro manter-me à distância dela'. Isso facilitou a
prostituição da biologia na Alemanha nazista e alhures, e alargou a fenda
entre biologia e sociologia no estudo do homem. A tendência das ciências
sociais passou a ser de apoio à idéia de que a biologia é inteiramente
inútil na tentativa de compreender as sociedades humanas." (Th. Dobzhansky;
O Homem em Evolução; Ed. Polígono; p. 16/17)

PS: Dobzhansky, co-fundador do neodarwinismo, era um social-democrata.

Abraços,
Manuel Bulcão
_________________________________________________________________________
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SUBJECT: Re: física quântica
FROM: holanda_lb@zipmail.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 17/03/2001 18:31

--- In ciencialist@y..., Eduardo Gueron <dgueron@m...> wrote:
> Oi,
>
> quando discutimos acerca de aplicações tecnológicas da
mecânica
> quântica falou-se dos transistores? Quem lembrar ou tiver uma
mensagem
> que se refira a isso por favor me fale.
>
> Eduardo.

Olá Eduardo,
Não sou um especialista em transistores. Até onde sei, são
dispositivos eletrônicos semicondutores. Um transistor básico típico é
constituído de três junções. São chamadas de "tipo p" e "tipo n". As
junções do "tipo p" são definidas como regiões "aceitadoras" e as
"tipo n" de "doadoras" podendo ser dois tipos de cristais
contendo "impurezas" ou seja, tendo bandas de valência
diferentes gerando um acúmulo de elétrons para uma dada um junção e a
falta numa outra quando há a junção que é feita via processos de
fusão, não me lembro de outras formas de fazer a junção.
O retificador e o diodo túnel (que tem esse nome devido ao
fato de ele usar o fenômeno de penetração de barreira de potencial -
efeio esse puramente quântico) também são dispositivos que usam 1
junção "tipo p" e 1 "tipo n", sendo que para o segundo, as "impurezas"
de cada junção é ainda maior.
O conceito de cristal, banda de valência, banda de condução
ficam acessíveis quando se estuda Física do Estado Sólido. Todo
pesquisador ou industrial da área de materiais deve dominar tal
física. E esta física, tem como base a mecânica quântica.
Assim, SIM, o transistor é uma aplicação da mecâninca
quântica, e, como disse, bem como o diodo túnel, o retificador, bem
como vários outros dispositivos eletrônicos que possibilitaram o
fabrico de vários aparelhos eletrodomésticos, como o computador, a
calculadora, etc.

Abraços.
Leandro.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:dúvidas sobre cores
FROM: Rodrigo Nuno Bragança da Cunha <rnbc@rnl.ist.utl.pt>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 17/03/2001 18:40

Wladimir wrote:
>
> Por favor me tirem desta lista!!!

Vocês, os que andam aqui pedindo para sair da lista, são estúpidos!

Se soubessem ler (ao invés de apenas juntar as letras) linham lido no fim de TODAS as mensagens que vos são enviadas o seguinte:

Para sair da lista envie um mail para
ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com

Percebido?

Cada pessoa que pede "me tirem daqui" só atesta sua burrice...

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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:dúvidas sobre cores
FROM: Rodrigo Nuno Bragança da Cunha <rnbc@rnl.ist.utl.pt>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 17/03/2001 18:54

Andre Roviralta Dias Baptista wrote:
> A estrutura do olho é igual, porém o cérebro pode não não estar treinado
> para "ver" certas cores. Isso pode ocorrer em crianças pequenas, ou em
> pessoas com lesões no cérebro. Aquele caso que mencionei é verdaderio: uma
> tribo na nova guiné que possuí vocabulário para descrever 2 ou 3 cores
> apenas. Vou pesquisar alguma referência.

É dificil encontrar na natureza a cor azul pura, no entanto é ela está presente em muitas cores compostas, incluindo no azul-celeste.

Além disso o facto dessa tribo não ter palavras para descrever outras cores não quer dizer que não as veja como nós. Eles conhecem concerteza o verde das plantas e o vermelho da terra (castanho contém bastante vermelho). E certamente olharam para o céu. Supondo que eles não sofrem de daltonismo crónico, o que os impediria de distinguir bem as plantas da terra, eles vêem as cores perfeitamente bem.

Os esquimós também raramente vêem o verde isolado no seu habitat natural. Ele ocorre apenas no branco da neve ou nas poucas plantas que existem (e que em geral nem são verdes, naquelas regiões). Isso não impede que os olhos deles sejam mais sensíveis ao verde do que às outras cores, tal como acontece com todos os humanos.


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SUBJECT: Re: [ciencialist] física quântica
FROM: Rodrigo Nuno Bragança da Cunha <rnbc@rnl.ist.utl.pt>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 17/03/2001 18:58

Eduardo Gueron wrote:
> quando discutimos acerca de aplicações tecnológicas da mecânica
> quântica falou-se dos transistores? Quem lembrar ou tiver uma mensagem
> que se refira a isso por favor me fale.

Transistores JFET (base de toda a eletrónica digital moderna) são baseados em efeitos quânticos, desconhecidos da física clássica. Aliás mais genéricamente toda a junção semi-condutora só pode ser explicada correctamente usando fisica quântica, mas no caso dos JFET isso é mais notório ainda. Além disso os transistores de efeito de tunel (bastante raros no mercado) são talvez ainda mais o paradigma de algo que não funcionaria de outra forma.

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SUBJECT: Re: física quântica
FROM: holanda_lb@zipmail.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 17/03/2001 21:23

--- In ciencialist@y..., "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@u...>
wrote:

> Olá Rodrigo e demais ciencialisteiros
>
> Desculpe-me a ignorância mas gostaria de saber o que significa
>"efeitos quânticos desconhecidos da física clássica" pois essa frase
>é demasiadamente repetida nesta lista e até hoje soou-me como
>"enganação semântica".

Olá Alberto, Rodrigo e demais membros,
Deixe-me tentar explicar. O que ele quis dizer é o que está
escrito: vê-se que não se consegue explicar certos fenômenos
usando a interpretação clássica.
Se alguém diz que é possível é por puro achismo. Quero ver é
"matar a cobra e mostrar o pau" e não ouvir dizerem que "mataram a
cobra e nem dizerem (ou mostrarem) com o que".

>Não digo que os ciencialisteiros sejam enganadores mas que estão
>sendo enganados por uma idéia já secular [...]

Eu não entendi: se é enganação cade aquele que mostrará o
caminho?
E melhor, cade o caminho? Afinal, se a teoria é secular,
significa que gerações se passaram e ninguém conseguiu dar uma
interpretação clássica dos experimentos que deixaram viva a mecânica
quântica secular!

> Este engano está intimamente associado com a utilização de uma má
>fílosofia da física, [...]


Isso é outro achismo. A física está mais interessada em
resultados, ou seja, previsões precisas do que filosofias.
Se isso é ruim ou não é questão de achismos.

> a supervalorizar uma matemática, a rigor uma linguagem, em
>detrimento de uma física propriamente dita.

Outro achismo. Alguns matemáticos dizem que as outras
ciências exatas são matemática aplicada. Alguns filósofos dizem que a
ciência é uma filosofica aplicada. E por aí vai. Tudo isso é fruto da
má informação. Nada está em detrimento de nada.
A matemática também é importante para o desenvolvimento da
ciência e mais: mostre como um físico lida com a matemática para o
matemático e este lhe dirá que as abordagens são completamente
diferentes.
É sempre bom deixar claro é que não existem físicas clássica
ou quântica. Física é uma só, o que mudam são as interpretações ou
abordagens.

> Gostaria de saber o que é que a física quântica "REALMENTE EXPLICA",

Corrigindo: ela faz previsões com precisão maior.


> Então porque ninguém explica "correctamente"? A meu ver, dizer que
> explica-se pelo "efeito túnel" é uma enganação semântica [...]

Efeito túnel é quando, classicamente, partículas não teriam
energia cinética suficiente para vencer uma dada barreira potencial,
mas mesmo assim, em experiências tipo espalhamente, ela é detectada
passando pela barreira. Isso implica que nossa abordagem clássica
teria que ser alterada. A abordagem que melhor se adequa é a
da quântica; que descreve na forma de previsões mais precisas sobre a
estatística das partículas refletidas, ou que ficaram presas ao
potencial, e das que tunelariam.
As previsões clássicas não explicariam a ocorrência de tal
efeito.

[...]

>A física quântica não explica nada e sequer os quânticos sabem o
>significado daquilo que eles dizem conseguir medir com uma "precisão
>de 10 ou mais casas decimais".

Para que serve uma explicação que agrada a uns e não está de
acordo com o que se observa na natureza? Eu respondo: Serve para afiar
nosso raciocínio bem como entender os argumentos que levam para a mais
precisa.
É claro que se você pensa que uma teoria mais precisa não é
a melhor, gostaria de entender o porquê.

>
> Perdoem-me pela sinceridade ao dizer o que penso, doa a quem doer.
>
> [ ]'s
> Alberto

Não tem o que perdoar. A ciência só evolui assim.

Abraços
Leandro.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:dúvidas sobre cores
FROM: "Francisco" <fbrito@globo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 17/03/2001 22:23

>
Olá André e lista

Quanto a essa questão da importância do aprendizado do cérebro para o
enxergar, eu tenho um exemplo que pode, talvés, lançar alguma luz ao caso.
Eu tenho um pequeno problema visual, em meu olho direito, chamado ambliopia.
Meu olho é fisicamente perfeito, o que dificultou a descoberta do problema,
no entanto, devido a um problema comum na infância, o estrabismo, a região
de meu cérebro que recebe as informações desse olho não aprendeu a
decodificar corretamente a informação.
Isso demonstra que a visão deve ser aprendida pelo cérebro, coisa que ocorre
até os oito anos de idade.

Francisco


> A estrutura do olho é igual, porém o cérebro pode não não estar treinado
> para "ver" certas cores. Isso pode ocorrer em crianças pequenas, ou em
> pessoas com lesões no cérebro. Aquele caso que mencionei é verdaderio: uma
> tribo na nova guiné que possuí vocabulário para descrever 2 ou 3 cores
> apenas. Vou pesquisar alguma referência.
>
> []´s
>
> André
>




SUBJECT: Re: [ciencialist] física quântica
FROM: Rodrigo Nuno Bragança da Cunha <rnbc@rnl.ist.utl.pt>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 17/03/2001 23:21

Alberto Mesquita Filho wrote:
> Desculpe-me a ignorância mas gostaria de saber o que significa "efeitos
> quânticos desconhecidos da física clássica" pois essa frase é demasiadamente
> repetida nesta lista e até hoje soou-me como "enganação semântica". Não digo
> que os ciencialisteiros sejam enganadores mas que estão sendo enganados por
> uma idéia já secular e amplamente disseminada, tal como um cancro, nos meios
> acadêmicos.

No caso concreto dum transistor de efeito de tunel a fisica clássica proibe os eletrões de atravessarem a barreira de potencial da junção, não sendo o que acontece na prática. A fisica quantica explica (modeliza) isso.

O correcto seria dizer que no modelo clássico isso não é possivel, mas no modelo quantico é, sendo que o modelo quantico se aproxima mais da realidade.


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SUBJECT: Pode um computador ter uma mente?
FROM: holanda_lb@zipmail.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 17/03/2001 23:29

Pode um computador ter uma mente?

Olá membros da lista,

Por indicação de três conhecidos meus, o livro "A Mente
Nova do Rei" de Roger Penrose me foi indicado. Li apenas o apenas o
primeiro capítulo e parece que os demais serão bastante interessantes
também.
Pelo que eu entendi do Teste de Turing - não havia lido-o
de outra fonte antes - é um teste feito para testar um algoritmo.
Duas pessoas fariam parte do teste. Um seria o interrogador e os
outros seriam os interrogados. Os três ficariam isolados.
O interrogador faria perguntas cujas respostas seriam dadas pelo outro
ser humano e pelo computador. O interrogador tentaria, através da
análise da resposta, tentar distinguir ser humano de computador.
Dir-se-ia que o computador(ou algoritmo) passou no teste se o
interrogador não conseguisse distinguir.
Ao meu ver a tarefa do interrogador é fácil: até onde sei,
computador algum desenvolvido hoje teria a capacidade de passar no
teste.
Achei interessante e divertida a idéia de programar o
computador para mentir: cálculos muito avançados de tal maneira que
ser humano algum conseguisse, o computador, mesmo conseguindo, poderia
persuadir o interrogador e "mentir" dando um resultado falso ou
impreciso. Ou seja: fazer o computador se fazer passar por estúpido
para ficar parecido com um ser humano.

[]s,
Leandro.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:dúvidas sobre cores
FROM: Rodrigo Nuno Bragança da Cunha <rnbc@rnl.ist.utl.pt>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 17/03/2001 23:36

Francisco wrote:
>
> >
> Olá André e lista
>
> Quanto a essa questão da importância do aprendizado do cérebro para o
> enxergar, eu tenho um exemplo que pode, talvés, lançar alguma luz ao caso.
> Eu tenho um pequeno problema visual, em meu olho direito, chamado ambliopia.
> Meu olho é fisicamente perfeito, o que dificultou a descoberta do problema,
> no entanto, devido a um problema comum na infância, o estrabismo, a região
> de meu cérebro que recebe as informações desse olho não aprendeu a
> decodificar corretamente a informação.
> Isso demonstra que a visão deve ser aprendida pelo cérebro, coisa que ocorre
> até os oito anos de idade.

Eu pensei nisso, daí ter referido que eles no seu ambiente estão expostos às 3 componentes de frequencia. Supondo que não têm doenças eles vão desenvolver visão tricromática perfeita.

O teu problema é que o cérebro no seu ambiente original (eixo ocular desviado) foi obrigado a desprezar uma das imagens, e agora que mudaste o ambiente ele tem que reaprender isso, se conseguir.

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SUBJECT: Re: [ciencialist] Pode um computador ter uma mente?
FROM: "Lord Screen Saver" <screen_saver@ig.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 17/03/2001 23:49

acho que um computador podera se assemelhar no futuro com um ser humano...

pelo que andei lendo, as coisas estão progredindo separadamente mas estaum
progredindo, no sentido de computadores conseguem "enxergar", os com cameras
naum enxegar muito bem, pois é bem dificil faze-los distinguir coisa taum
parecidas... e notar por exemplo a presença de um vidro é imposivel...

uma coisa que achei muito legal é o computador que se via sonar, falo
computador mas o certo seria robo... ele identifica as coisas em sua frente
atraves de um sonar...

sei tambem que hoje utilizando-se da inteligencia artificial o computador
pode alterar seu proprio codigo de programação e se auto programar, na base
da tentativa e erro, e ficando com o codigo que mais lhe seja eficaz e
util... chegando a codificações muito complexas e grande para o programador
escrever....

vamos a onde quero chegar....
acho que no futuro a coisa será assim: ninguem cria a mente do computador...
apenas da a ele as ferramentas para se melhorar... dá sentidos para
interagir com o que esta a sua volta.... e uma programação base para
aprender com isso, e transformar essa programação basica em algo complexo...

como uma criança que nasce sem saber... mas devido a sua experiencias, chega
a conclusões, aprende tarefas, etc
ela naum nasce sabendo.... vai aprendendo aos poucos e continuara sempre
aprendendo...

acho que nesse sentido o computador poderá ter uma mente... talvez mais
complexa que a nossa, talvez menos... mas acho que poderá ser considerado
uma mente, talvez até uma personalidade... já que seu desenvolimento se da
atraves de suas proprias experiencia... hheheh

viajando ou naum... como disse é no futuro... naum há como saber o que ele
reserva para nós... mas acho que se naum nos matarmos até lá ou melhor se
uns naum matarem a todos, vai ser bem divertido hehehe


----- Original Message -----
From: <holanda_lb@zipmail.com.br>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Saturday, March 17, 2001 11:29 PM
Subject: [ciencialist] Pode um computador ter uma mente?


Pode um computador ter uma mente?

Olá membros da lista,

Por indicação de três conhecidos meus, o livro "A Mente
Nova do Rei" de Roger Penrose me foi indicado. Li apenas o apenas o
primeiro capítulo e parece que os demais serão bastante interessantes
também.
Pelo que eu entendi do Teste de Turing - não havia lido-o
de outra fonte antes - é um teste feito para testar um algoritmo.
Duas pessoas fariam parte do teste. Um seria o interrogador e os
outros seriam os interrogados. Os três ficariam isolados.
O interrogador faria perguntas cujas respostas seriam dadas pelo outro
ser humano e pelo computador. O interrogador tentaria, através da
análise da resposta, tentar distinguir ser humano de computador.
Dir-se-ia que o computador(ou algoritmo) passou no teste se o
interrogador não conseguisse distinguir.
Ao meu ver a tarefa do interrogador é fácil: até onde sei,
computador algum desenvolvido hoje teria a capacidade de passar no
teste.
Achei interessante e divertida a idéia de programar o
computador para mentir: cálculos muito avançados de tal maneira que
ser humano algum conseguisse, o computador, mesmo conseguindo, poderia
persuadir o interrogador e "mentir" dando um resultado falso ou
impreciso. Ou seja: fazer o computador se fazer passar por estúpido
para ficar parecido com um ser humano.

[]s,
Leandro.



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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:dúvidas sobre cores
FROM: "Francisco" <fbrito@globo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/03/2001 00:59

Sem duvida, eu não estava falando de cores, mas da necessidade que o cérebro
tem de aprender a enxergar. E ta,vés, somente talvés, a distinção de cores
pelo cérebro necessite também de um certo aprendizado. Mesmo havendo os
receptores, se o cerebro não aprendeu a interpretar a mensagem, a pessoa não
reconheceria as cores!

Francisco

>
> Eu pensei nisso, daí ter referido que eles no seu ambiente estão expostos
às 3 componentes de frequencia. Supondo que não têm doenças eles vão
desenvolver visão tricromática perfeita.
>
> O teu problema é que o cérebro no seu ambiente original (eixo ocular
desviado) foi obrigado a desprezar uma das imagens, e agora que mudaste o
ambiente ele tem que reaprender isso, se conseguir.




SUBJECT: Re: [ciencialist] Derivadas superiores do vetor posição
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/03/2001 03:15

Olá, chegando do rancho e sem ter lido todas as mensagens ....


| Olá,
|
| A primeira derivada temporal da posição se chama velocidade.
| A segunda, aceleração. Eu sei que existem nomes (embora não muito usados)
| para as outras derivadas, mas não estou lembrando...
| Alguém lembra?
|
| PS: Me respondam diretamente para o meu e-mail bwp@terra.com.br, por
| favor...

Não oficialmente, sempre tratei a derivada da aceleração por 'sacudida', que é o que ocorre com um veículo quando a derivada terceira da posição, em relação ao tempo, é constante não nula. Isso seria equivalente a tirar e calcar o pé no acelerador, periodicamente, por exemplo.
Na literatura oficial não recordo de nomes específicos para tais derivadas de ordem superior á segunda.

Aproveito a mensagem para uma bicorada num texto que li lá prá trás:
Ah!, achei, é do Tarcisio Borges, vejamos:

"> 2. O espectro luminoso contém todas as cores ou existem algumas que só são
> produzidas por adição de duas freqüências diferentes?

O espectro possui todas as cores. Quanto a mistura de cores eu não sei
lhe responder. Pode ser algo entre as seguintes opções:

a) duas freqüências diferentes causam interferência e geram uma terceira
freqüência.
b) duas freqüências diferentes acionam cones diferentes [para cada
freq.] e é interpretado pelo cérebro como uma única cor.

Mas isto é especulação."

O item (a) é um absurdo 'óptico', ferindo a independência da luz. A interferência (se as condições forem adequadas) ocorre apenas na região do 'cruzamento' ou superposição, passada essa região, cada raio (onda) continua seu trajeto sem qualquer alteração.
Seria very interessante um raio de luz vermelha encontrar um raio de luz azul e como resultante (?)(regra do paralelogramo?) sair um raio de luz verde (ou outra cor qqr). A espectroscopia cairia do pedestal na hora!

[]'
Léo
=================





SUBJECT: Re: [ciencialist] física quântica
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/03/2001 03:47

Olá Rodrigo e amigos,
apreciaria seriamente saber onde é que a 'física clássica' (ou antiga, ou não-moderna, ou primata) não explica o funcionamento dos transistores de efeito de campo (FET).
Estou agora com um IRF640 em mãos para a montagem de uma ponte-H com controle PWM e estou 'enxergando' exatamente o que ele faz e como funciona ... e não nada 'quântico no meio disso tudo!
Aliás, se eu trocar um FET de potência por outros transistores bipolares a coisa continuará funcionando ... e como os bipolares são explicados pela física clássica, e são equivalentes aos FETs, então, a física quântica é equivalente á física clássica?
E tem mais, posso troca-los ainda por duas válvulas 6V6 e continuará funcionando ... as válvulas todas são facilmente explicadas pela física clássica .... logo ....
[]'
Léo
================


| ----- Original Message -----
| From: Rodrigo Nuno Bragança da Cunha
| To: <ciencialist@yahoogroups.com>
| Sent: Saturday, March 17, 2001 6:58 PM
| Subject: Re: [ciencialist] física quântica
|
| > Transistores JFET (base de toda a eletrónica digital moderna) são baseados
| > em efeitos quânticos, desconhecidos da física clássica.




SUBJECT: Re: [ciencialist] Pode um computador ter uma mente?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/03/2001 04:01


-----Mensagem Original-----
De: <holanda_lb@zipmail.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: sábado, 17 de março de 2001 23:29
Assunto: [ciencialist] Pode um computador ter uma mente?


Pode um computador ter uma mente?
===========================

Permitam-me transcrever:
"Um grupo de pesquisadores italianos e americanos desenvolveu um "andróide" que utiliza células vivas do cérebro de uma lampreia (espécie de enguia) para controlá-lo. Em lugar de usar "redes neurais" artificiais, o robô usa a rede de neurônios transplantada do peixe. A enorme quantidade de neurônios que eles conseguiram integrar no robô confere a ele um comportamento bastante sofisticado. O interessante, segundo os pesquisadores, é que as células "aprendem"a se comportar num novo ambiente que não é aquático, permitindo assim que o robô tenha um funcionamento normal."

[]'
Léo
==================

Olá membros da lista,

Por indicação de três conhecidos meus, o livro "A Mente
Nova do Rei" de Roger Penrose me foi indicado. Li apenas o apenas o
primeiro capítulo e parece que os demais serão bastante interessantes
também.
Pelo que eu entendi do Teste de Turing - não havia lido-o
de outra fonte antes - é um teste feito para testar um algoritmo.
Duas pessoas fariam parte do teste. Um seria o interrogador e os
outros seriam os interrogados. Os três ficariam isolados.
O interrogador faria perguntas cujas respostas seriam dadas pelo outro
ser humano e pelo computador. O interrogador tentaria, através da
análise da resposta, tentar distinguir ser humano de computador.
Dir-se-ia que o computador(ou algoritmo) passou no teste se o
interrogador não conseguisse distinguir.
Ao meu ver a tarefa do interrogador é fácil: até onde sei,
computador algum desenvolvido hoje teria a capacidade de passar no
teste.
Achei interessante e divertida a idéia de programar o
computador para mentir: cálculos muito avançados de tal maneira que
ser humano algum conseguisse, o computador, mesmo conseguindo, poderia
persuadir o interrogador e "mentir" dando um resultado falso ou
impreciso. Ou seja: fazer o computador se fazer passar por estúpido
para ficar parecido com um ser humano.

[]s,
Leandro.



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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Biologia e ciencias sociais
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/03/2001 04:12


-----Mensagem Original-----
De: "Andre Roviralta Dias Baptista" <andrebaptista@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: quarta-feira, 14 de março de 2001 06:31
Assunto: [ciencialist] Re: Biologia e ciencias sociais


|
| Sabe que eu não tinha percebido? Mas é melhor assim. No FCB (essa sigla
| lembra alguma coisa?) as mensagens tem que passar pelo Comitê, digo,
| moderador, e ***muitas mensagens minhas não tem sido aprovadas.***
|
| []´s
|
| André
|

;-))), :-))) .... bem vindo ao clube dos enxotados do FCB ... :-))), :-)))

[]'
Léo
================



SUBJECT: Re: [ciencialist] A Aurora da Idade Nuclear
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/03/2001 04:16

Assunto: [ciencialist] A Aurora da Idade Nuclear


| Amigos da lista,
|
| Tenho que fazer um trabalho para a faculdade com o tema: "A Aurora da Idade
| Nuclear". Alguém poderia me indicar alguma bibliografia sobre o assunto?
| (Podem mandar a resposta em pvt para nao sobrecarregar a lista)
|
| Obrigado,

Que pena, só conheço "A Amélia da Idade Nuclear" :-)))
Isso é equivalente a "seguir a Norma"?

[]'
Léo
==============



SUBJECT: mudança de endereço
FROM: manuelbulcao@aol.com
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 18/03/2001 06:50

Pessoal, qualquer mensagem que queiram enviar-me em particular, enviem-na
para o meu novo endereço eletrônico, manuelbulcao@aol.com, ou
manuelbulcao@hotmail.com. A minha conta de e-mail msbn@daterranet.com.br foi
cancelada.

Abraços,
Manuel Bulcao


SUBJECT: RES: [ciencialist] Pode um computador ter uma mente?
FROM: Moacir Alves Schmidt <moacir.schmidt@softtek.com>
TO: "'ciencialist@yahoogroups.com'" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/03/2001 09:20

Leo,

Qual a fonte deste texto? Você tem a referência original com a pesquisa
completa?

Abraços,

<Moacir>

-----Mensagem original-----
De: Luiz Ferraz Netto [mailto:leo@barretos.com.br]
Enviada em: Domingo, 18 de Março de 2001 04:02
Para: ciencialist@yahoogroups.com
Assunto: Re: [ciencialist] Pode um computador ter uma mente?



-----Mensagem Original-----
De: <holanda_lb@zipmail.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: sábado, 17 de março de 2001 23:29
Assunto: [ciencialist] Pode um computador ter uma mente?


Pode um computador ter uma mente?
===========================

Permitam-me transcrever:
"Um grupo de pesquisadores italianos e americanos desenvolveu um "andróide"
que utiliza células vivas do cérebro de uma lampreia (espécie de enguia)
para controlá-lo. Em lugar de usar "redes neurais" artificiais, o robô usa
a rede de neurônios transplantada do peixe. A enorme quantidade de neurônios
que eles conseguiram integrar no robô confere a ele um comportamento
bastante sofisticado. O interessante, segundo os pesquisadores, é que as
células "aprendem"a se comportar num novo ambiente que não é aquático,
permitindo assim que o robô tenha um funcionamento normal."

[]'
Léo
==================

Olá membros da lista,

Por indicação de três conhecidos meus, o livro "A Mente
Nova do Rei" de Roger Penrose me foi indicado. Li apenas o apenas o
primeiro capítulo e parece que os demais serão bastante interessantes
também.
Pelo que eu entendi do Teste de Turing - não havia lido-o
de outra fonte antes - é um teste feito para testar um algoritmo.
Duas pessoas fariam parte do teste. Um seria o interrogador e os
outros seriam os interrogados. Os três ficariam isolados.
O interrogador faria perguntas cujas respostas seriam dadas pelo outro
ser humano e pelo computador. O interrogador tentaria, através da
análise da resposta, tentar distinguir ser humano de computador.
Dir-se-ia que o computador(ou algoritmo) passou no teste se o
interrogador não conseguisse distinguir.
Ao meu ver a tarefa do interrogador é fácil: até onde sei,
computador algum desenvolvido hoje teria a capacidade de passar no
teste.
Achei interessante e divertida a idéia de programar o
computador para mentir: cálculos muito avançados de tal maneira que
ser humano algum conseguisse, o computador, mesmo conseguindo, poderia
persuadir o interrogador e "mentir" dando um resultado falso ou
impreciso. Ou seja: fazer o computador se fazer passar por estúpido
para ficar parecido com um ser humano.

[]s,
Leandro.



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SUBJECT: Re: Pode um computador ter uma mente?
FROM: manuelbulcao@aol.com
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 18/03/2001 09:27

Olá membros da lista,

Leandro - Achei interessante e divertida a idéia de programar o computador
para mentir: cálculos muito avançados de tal maneira que ser humano algum
conseguisse, o computador, mesmo conseguindo, poderia persuadir o
interrogador e "mentir" dando um resultado falso ou impreciso. Ou seja:
fazer o computador se fazer passar por estúpido para ficar parecido com um
ser humano.

Manuel - Pois há quem afirme que o aparecimento da consciência de si (da
autopercepção, do "eu", e muitos identificam consciência e mente) está
intimamente relacionado com a mentira, com o logro, ou seja, com o "engodo
tático".

Com efeito, os primatologistas, analisando o comportamento dos chimpanzés em
suas comunidades naturais, observaram que esses animais são capazes de prever
o comportamento de seus semelhantes de um modo muito interessante. Comparando
os casos, chegaram mesmo a entrever o desdobramento do processo psíquico,
isto é, como a coisa se dá na cabeça do animal. Dito de uma forma
esquemática, o processo segue os seguintes passos: o chimpanzé X reproduz em
sua mente o chimpanzé Y numa determinada situação Z. Depois, ele se põe
"imaginariamente" no lugar de Y e "pensa" na melhor forma de se proceder
naquela situação. Isto é, ele raciocina por "abdução", como o faz o detetive
que pergunta aos seus botões: "o que eu faria se fosse o assassino?". Após
decidir, ele então "arma o teatro", isto é, simula a situação - e acerta na
maioria das vezes: o chimpanzé Y com freqüência age como ele próprio agiria.
Claro que o chimpanzé X de alguma forma sai ganhando com isso, seja a cópula
com uma fêmea ou mais um bocado de alimento. A esse comportamento altamente
refletido, Andrews Whiten e Richard Byrne denominaram "engodo tático" (engodo
porque, nestes casos, o poder de previsão é usado, na maioria das vezes, para
"enganar" os outros). E uma vez que tal capacidade de presciência confere ao
indivíduo maior aptidão, obviamente que a seleção natural tende a favorecê-la
e a ampliá-la.

Analisando a tática do engodo, não é difícil constatar que o chimpanzé X só é
capaz de proceder dessa forma, isto é, induzir Y a agir da maneira que melhor
lhe apraz, porque X dispõe de uma imagem de si, a qual, por sua vez, é o
suporte da auto-percepção. De fato, ao colocar-se no lugar do outro para
deste modo monitorar-lhe o comportamento, ao "imaginar-se" como outro tal
como faz o detetive em relação ao assassino, o chimpanzé transforma a sua
relação com o outro numa relação consigo mesmo. O "eu" é, precisamente, essa
relação do indivíduo com uma imagem que ele tem de si mesmo (self). E,
realmente, o que o chimpanzé percebe quando se encontra diante do espelho é,
precisamente, o "si-mesmo", ou seja, ele não confunde sua imagem com um outro
indivíduo da sua espécie.

O paleantropólogo Richard Leakey, em seu livro "A Origem da Espécie Humana"
(Cap. 8 - A origem da mente) cita um caso de engodo tático verificado entre
chimpanzés:

"Um chimpanzé macho adulto estava sozinho na área de alimentação quando uma
caixa foi aberta eletronicamente, revelando a presença de bananas. Neste
momento, chegou um segundo chimpanzé. Então o primeiro rapidamente fechou a
caixa e afastou-se indiferente, olhando como se nada de mais estivesse
acontecendo. Ele esperou até o intruso partir, e então rapidamente abriu a
caixa e apoderou-se das bananas. Porém, ele havia sido enganado. O intruso
não havia ido embora mas sim se escondido, e esperava para ver o que estava
acontecendo. O pretenso trapaceiro havia sido trapaceado. Este é um exemplo
convincente de engodo tático."

Abraços,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: [ciencialist] A Aurora da Idade Nuclear
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/03/2001 09:57

Assunto: Re: [ciencialist] A Aurora da Idade Nuclear


Assunto: [ciencialist] A Aurora da Idade Nuclear


| Amigos da lista,
|
| Tenho que fazer um trabalho para a faculdade com o tema: "A Aurora da Idade
| Nuclear". Alguém poderia me indicar alguma bibliografia sobre o assunto?
| (Podem mandar a resposta em pvt para nao sobrecarregar a lista)
|
| Obrigado,

Desculpando-me da brincadeira entre a Aurora e a Amélia, vamos a uma pequena ajuda:

O Nascer da Física Nuclear começa com a descoberta da radioatividade por Becquerel em 1896. A história a ser contada é a da chapa fotográfica na gaveta que ficou impresionada e a causa só poderia ser um pedaço de minério de urânio guardado na mesma gaveta. Em 1898, o rádio foi descoberto pelo casal Curie e, no ano seguinte a lei do decaimento por Elster e Geitel. Destaque-se aqui a importância da 'vida média'.
Em 1904 Ramsey e Soddy descobriram que aparecia hélio nas proximidades do rádio.

Discorrer um pouco sobre as transformações sofridas com as idéias do átomo até essa época. Lembrar da descoberta do elétron por J.J. Thomson e de diversos espectros atômicos que levaram á indivisibilidade do átomo pro brejo e as primeiras considerações sobre sua estrutura interna com núcleo e elétrons e os vários modelos atômicos de J.J. Thomson e Nagaoka.

O próximo passo foram as pesquisas de Rutherford, um experimentalista, que realizou 3 trabalhos de suma importância que viriam a constituir o fundamento da física nuclear.
(a) o esclarecimento sobre as partículas alfa (que eram na verdade íons bivalentes de hélio e que o hélio encontrado por Ramsey e Soddy ao redor do rádio era formado por uma partícula alfa que havia absorvido um elétron). Mostrou, e isso é o que é mais importante, que o núcleo atômico era transmutado naturalmente.
(b) o bombardeamento de outros átomos com partículas alfa e a determinação do tamanho do núcleo. Até hoje esse método da colisão ou do espalhamento é largamente utilizado como processo experimental que a física nuclear e a física das partículas elementares possuem.
(c) mostrou que os núcleos não só apresentavam o decaimento natural, como tb podiam ser transmutados artificialmente (e nesse ano, ele descobriu a reação: alfa + N ==> p + O

A teoria de Gamow foi a etapa seguinte da evolução, ao se propor a idéia de que o próprio núcleo era uma partícula com estrutura interna (e despertou que os vários agrupamentos das várias partículas fundamentais que formavam os diversos tipos de núcleos). Nada era conhecido de como essas partículas se movimentavam. Nesse domínio diminuto é que a quantica parecia ter alguma validade e Gamow publicou um trabalho usando a quantica para explicar o decaimento alfa.

Próximo passo, a equação de Dirac, equação de uma onda relativistica pela combinação daquela de Schrodinger com a teoria da relatividade. Em 1930 ele previo, com essa teoria a existência do pósitron.

Próximo passo o descobrimento do nêutron por Chadwick, lá pelas bandas de 1932 ... essa pode ser considerada a data do nascimento da física nuclear. Com ele, a "matéria" constituinte do núcleo é o proton e o neutron e, a mecânica de seus movimentos ficaram por conta da quantica de Schorodinger e Heisenberg ... só restando fazer correções nos cálculos. Dai prá frente, então, com a grande número de partículas nucleares ficou praticamente impossível resolver a equação de Schrodinger rigorosamente. Dai segue-se que toda a quantica são elecubrações matemáticas (aplicadas) para obter aproximações para as soluções da equação do homem.

Finalizaria a 'história da coisa' citando e ampliando os seguintes temas:
descoberta da deficiencia de massa, as pesquisas de Fermi, a descoberta da fissão, a descoberta dos nêutrons de fissão, a fissão do U235, a possibilidade de reação em cadeia, a fissão do Pu239, a fabricação da bomba atômica e toda a situação política envolvida na historieta etc.

Bem, isso é um 'abstract' do Nascimento da Física (ou Engenharia) Nuclear que estará proximamente na Sala 23 do Imperdível "Mundo Atômico e Relatividade".

Na batatolina o que farei de novidades no Imperdível até maio/2001 será o seguinte: uma abertura com os Aspectos Gerais do Surgimento das Ciências com os ítens:
Erro da teoria da diversificação da Filosofia
Estágio de aquisição de experiencias
Estágio de descrições não-classificadas
Estágio de descrições classificadas
Surgimento das ciências
Recoordenação das ciencias
Coleção de insetos e o surgimento da ciencia

Em seguida, na abertura de cada Sala específica apresentarei a evolução daquele tema:
Na Sala 04/05 - o surgimento da Mecânica
Na Sala 11 - o surgimento da 'Eletrologia'
etc. etc. da 'Magnetologia', da Óptica, da Termologia e muitos etc. com todas as falhas da língua pátria que eu conseguir (depois apelo pro Takata e ele coloca tudo em pratos limpos --- e não deixa nem colocar o nome dele na colaboração!)

É o que tenho a dizer para minimizar a brincadeira com a Amélia.........:-)

[]'
Léo
================




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:dúvidas sobre cores
FROM: "Wladimir" <wladnob@ig.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/03/2001 10:10

Por favor me tirem desta lista!!!
----- Original Message -----
From: Rodrigo Nuno Bragança da Cunha <rnbc@rnl.ist.utl.pt>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Saturday, March 17, 2001 12:53 AM
Subject: Re: [ciencialist] Re:dúvidas sobre cores


> João Mário Miranda wrote:
> > As tetracromatas distinguem 4 cores e não 3. Ver:
>
> Algumas tetracromatas. A maioria delas têm 2 pigmentos verdes tão próximos
um do
> outro que o sistema nervoso nunca chega a desenvolver-se nesse sentido, e
elas
> vêem como outra pessoa qualquer. As verdadeiras tetracromatas
(completamente
> funcionais) são rarissimas, um caso em milhões...
>
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Pode um computador ter uma mente?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/03/2001 10:12

Olá Moacir, (et all),
não indiquei a fonte propositalmente ... e temia que alguém perguntasse. Mas, explicarei. Recebo mensalmente as revistas de Eletrônica, em especial as edições da Saber Eletrônica (www.sabereletronica.com.br ) onde o Diretor Técnico é meu amigo particular Newton C. Braga (sem dúvida o maior divulgador de eletrônica no Brasil --- e não sei porque ainda não foi devidamente homenageado, ou melhor, eu sei, estamos no Brasil!).

Apesar de revista de Divulgação e com belos trabalhos de eletrônica não é das tais revistas 'consagradas' para citações (Nature etc.), o que particularmente acho uma sacanagem acadêmica.Isso é algo como dizer que a Comciencia, o Labjor, o Imperdível etc. não devem ser lidos ou citados como referência pois não são 'consagrados'.
Nessa revista de Eletrônica o Newton mantém uma seção de 'novidades na eletrônica', pesquisada com todo o cuidado pelo mundo afora e com o endosso do Newton (pessoa muito séria) ... daí vem a fonte desse texto que coloquei.

Na verdade, agradeço-o por levantar a questão da fonte, uma excelente oportunidade para escrever não só o que penso como tentar erradicar o 'mal dos consagrados' na terra dos tupiniquins.

[]'
Léo
===================
-----Mensagem Original-----
De: "Moacir Alves Schmidt" <moacir.schmidt@softtek.com>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: domingo, 18 de março de 2001 09:20
Assunto: RES: [ciencialist] Pode um computador ter uma mente?


Leo,

Qual a fonte deste texto? Você tem a referência original com a pesquisa
completa?

Abraços,

<Moacir>

-----Mensagem original-----
De: Luiz Ferraz Netto [mailto:leo@barretos.com.br]
Enviada em: Domingo, 18 de Março de 2001 04:02
Para: ciencialist@yahoogroups.com
Assunto: Re: [ciencialist] Pode um computador ter uma mente?



-----Mensagem Original-----
De: <holanda_lb@zipmail.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: sábado, 17 de março de 2001 23:29
Assunto: [ciencialist] Pode um computador ter uma mente?


Pode um computador ter uma mente?
===========================

Permitam-me transcrever:
"Um grupo de pesquisadores italianos e americanos desenvolveu um "andróide"
que utiliza células vivas do cérebro de uma lampreia (espécie de enguia)
para controlá-lo. Em lugar de usar "redes neurais" artificiais, o robô usa
a rede de neurônios transplantada do peixe. A enorme quantidade de neurônios
que eles conseguiram integrar no robô confere a ele um comportamento
bastante sofisticado. O interessante, segundo os pesquisadores, é que as
células "aprendem"a se comportar num novo ambiente que não é aquático,
permitindo assim que o robô tenha um funcionamento normal."

[]'
Léo
==================

Olá membros da lista,

Por indicação de três conhecidos meus, o livro "A Mente
Nova do Rei" de Roger Penrose me foi indicado. Li apenas o apenas o
primeiro capítulo e parece que os demais serão bastante interessantes
também.
Pelo que eu entendi do Teste de Turing - não havia lido-o
de outra fonte antes - é um teste feito para testar um algoritmo.
Duas pessoas fariam parte do teste. Um seria o interrogador e os
outros seriam os interrogados. Os três ficariam isolados.
O interrogador faria perguntas cujas respostas seriam dadas pelo outro
ser humano e pelo computador. O interrogador tentaria, através da
análise da resposta, tentar distinguir ser humano de computador.
Dir-se-ia que o computador(ou algoritmo) passou no teste se o
interrogador não conseguisse distinguir.
Ao meu ver a tarefa do interrogador é fácil: até onde sei,
computador algum desenvolvido hoje teria a capacidade de passar no
teste.
Achei interessante e divertida a idéia de programar o
computador para mentir: cálculos muito avançados de tal maneira que
ser humano algum conseguisse, o computador, mesmo conseguindo, poderia
persuadir o interrogador e "mentir" dando um resultado falso ou
impreciso. Ou seja: fazer o computador se fazer passar por estúpido
para ficar parecido com um ser humano.

[]s,
Leandro.



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SUBJECT: Re: [ciencialist] Ciência e capitalismo
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/03/2001 11:01

Oops! Por que essa mensagem me escapou? Não estava marcada como 'não lida'! Minha cara metade deve ter aberto o outlook nessa data e clicado sobre algum tema que lhe despertou interesse.
Mas, vejamos:

Léo escreveu:
| > Não é de meu feitio retornar para, simplesmente, o tradicional 'concordo' com o que foi dito. Uma vez que política (no Brasil, politicagem) realmente não é minha praia, encontrei nas palavras do Alberto a substância daquilo que penso. E digo, concordo.
| > Na minha fase política, como já devem saber, hasteio uma só bandeira com os dizeres: "Jamais re-eleja político ... acabemos com essa profissão".
| > No meu pensar, os eleitos (com mandato único) devem ser 'prestadores de serviços á comunidade', sem privilégios constitucionais e com salários, no máximo, igual ao de um professor secundário de 36 horas semanais. Será que os políticos atuais aceitariam isso?

Eduardo comentou e, entro pelas linhas abaixo:

| Léo,
|
| permita-me discordar da sua visão dos políticos.

Ai de nós se todos concordassem ... e comigo!

|Sou contra a imunidade
| parlamentar (a menos para alguns crimes mais leves como difamação) e
| concordo que há uma série de políticos inescrupulosos em nosso país.
| Entretanto, o salário do político (claro que sem os exageros habituais)
| é uma forma de garantir que uma pessoa pobre possa exercer um mandato,
| se os políticos nada recebessem só se candidatariam aqueles capazes de
| se sustentarem independentemente.

Como se constata pelo dito acima, fica claro que o alto salário é proposital para tentar cobrir a 'normal roubalheira' pelos políticos. Não sugeri o 'pagamento zero' e sim uma quantia que os políticos acham suficientes para os professores viverem; por que não utilizar isso para que tais políticos possam sentir na pele a sobrevivência com tal salário? ... e talvez mudar o rumo das coisas.

|Além do mais, há uma certa ingenuidade
| na afirmação de que todos os políticos são iguais e que tal classe deva
| ser extinguida.

Cite 10 políticos honestos. 5 já seria de bom tamanho ... tá, fica por 3! E arque com seu endosso!


|Em uma sociedade democrática, é necessária a existência
| de políticos profissionais para que os diversos interesses possam ser
| contemplados e confrontados nas esferas de poder. Obviamente, todos
| deveriam ser fiscalizados constantemente e punidos quando cometessem
| desonestidades ademais o pensamento de que todos os políticos não
| prestam e que devemos nos afastar de tal atividade é extremamente
| interessante para a classe dominante.

* desonestidade ademais* ou 'desonestidade demais'?
Entenda meu ponto de vista, para ser engenheiro tem de fazer um Curso de Engenharia, tal a responsabilidade da profissão, idem para a Medicina e todas as demais profissões sérias e condignas. Por que o político não tem de fazer nada disso? Por que a profissão não é séria, não há responsabilidade? Acabou o mandado acabou a construção? Seria esse o pensamento de um engenheiro?
Quem for fazer política deveria fazer um Curso Superior de Política, com 7 anos, no mínimo! Nesse Curso vc imagina só quanta coisa deverá ser ensinada. Ah! tem mais, para não falar que é curso ' eletizante ', fica excluído o tal vestibular ... mas só sairá com diploma sob o sovaco quem tiver realmente todas as condições de atender a comunidade que o elegeu. Isso eliminaria muitos problemas de candidatura esdrúxulas como muitos nomes que aparecem nas eleições.


| Como estamos em uma lista de ciências cabe um comentário. Penso que os
| cientistas não podem se alienar em hipótese alguma da política porque é
| através dela que se briga para liberação de verbas para a pesquisa e
| educação, que se pode luta para que a ciência nesse país seja levada à
| sério e que se procura evitar o mau uso de descobertas científicas (como
| a bomba atômica, por ex.). Eu sei que a situação atual é complicada mas,
| vamos fazer o quê, caçar um ditador num laboratório?

Com a classe política atual (e anterior), sem ter passado pelos crivos do Curso acima referido, tais verbas são oferecidas como 'esmolas' e não como recurso da base de uma nação. Social e Educação não são as metas políticas, fazem isso esporadicamente apenas para garantir a próxima eleição.
O mau uso da tecnologia não está no continente e sim no conteudo, a Educação teria erradicado isso.

Geneticamente só vejo um traço humano natural á espécie, a ignorância. Todas nascem ignorantes, alguns maus fatores fenotípicos tornam, alguns, políticos :-))) (ou advogados ... degrau básico da maioria deles):-)))))

[]'
Léo
====================




SUBJECT: Re: [ciencialist] Ciência e capitalismo
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/03/2001 11:24

E ainda escapou uma observação ao parágrafo:

| Como estamos em uma lista de ciências cabe um comentário. Penso que os
| cientistas não podem se alienar em hipótese alguma da política porque é
| através dela que se briga para liberação de verbas para a pesquisa e
| educação, que se pode luta para que a ciência nesse país seja levada à
| sério e que se procura evitar o mau uso de descobertas científicas (como
| a bomba atômica, por ex.). Eu sei que a situação atual é complicada mas,
| vamos fazer o quê, caçar um ditador num laboratório?

Uma resposta para isso pode ser encontrada na Leitura 22 do imperdível (atenção especial ao final do texto):

http://www.feiradeciencias.com.br/sala19/texto22.htm

[]'
Léo




SUBJECT: Sentidos, vibra��es e frequ�ncias
FROM: "O_Iniciado" <peterlsm@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/03/2001 14:55

[Em virtude de estar percebendo que muitos amigos não estão recebendo
algumas mensagens, penso que isso pode ter acontecido com a minha,
razão pela qual, acredito, não obtive nenhuma resposta. Por isso,
estou postando novamente.]

Amigos listeiros, há cerca de três anos perdi uma lista que continha
um índice de correspondências de frequências vibratórias cujas oitavas
estavam relacionadas a sentidos humanos e ondas conhecidas. Vou dar um
exemplo:

... = outros tipos de raios, ondas e frequências conhecidas, que
também gostaria de saber.

...
8 - 16 Hz = infrasom

16 Hz - 17.000 Hz = som audível

17.000Hz - 30.000 Hz = ultrasom

30.000 Hz (30 Khz) - 150 Khz = ondas de rádio (AM)

150 Khz - 300 Mhz = Ondas curtas de rádio (FM)

300 Mhz - 500 Mhz = Ondas de televisão
...
xxx (?) Mhz = espectro de luz infravermelho
...
xxx (?) Mhz = espectro de luz visível
...
xxx (?) Mhz = espectro de luz ultravioleta.
...
xxx (?) Ghz = raios X
...
xxx (?) Ghz = raios alpha
... = raios gama

... = raios cósmicos
...
======================================

Acho que vocês compreenderam o que quis dizer. Há ainda outros
tipos de raios, ondas e frequências associadas a sentidos. Estou
desenvolvendo um trabalho e preciso desses valores. Após eles vou,
inclusive, elaborar um artigo para discutirmos aqui na lista.
Obs.: quanto mais detalhes melhor. Aguardo colaboração dos amigos.

[]'s.

Peterson.




SUBJECT: Re: [ciencialist] física quântica
FROM: Rodrigo Nuno Bragança da Cunha <rnbc@rnl.ist.utl.pt>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 18/03/2001 16:22

Luiz Ferraz Netto wrote:

> Olá Rodrigo e amigos,
> apreciaria seriamente saber onde é que a 'física clássica' (ou antiga, ou não-moderna, ou primata) não explica o funcionamento dos transistores de efeito de campo (FET).

Explica perfeitamente, mas a curva de transferência do transistor é tanto menos perfeita quanto mais pequeno é o componente. Para transistores pequenos, como os que se fabricam hoje em dia nos chips, a fisica clássica dá valores para as caracteristicas do transistor que não coincidem com os observados.

> Estou agora com um IRF640 em mãos para a montagem de uma ponte-H com controle PWM e estou 'enxergando' exatamente o que ele faz e como funciona ... e não nada 'quântico no meio disso tudo!

Pois, na explicação simplificada não tem nada mesmo.

> Aliás, se eu trocar um FET de potência por outros transistores bipolares a coisa continuará funcionando ... e como os bipolares são explicados pela física clássica, e são equivalentes aos FETs, então, a física quântica é equivalente á física clássica?

A curva de transferência calculada clássicamente, para o tamanho da junção, temperatura, dopagem, etc... é defeituosa.

> E tem mais, posso troca-los ainda por duas válvulas 6V6 e continuará funcionando ... as válvulas todas são facilmente explicadas pela física clássica .... logo ....

Logo o quê? Lá por o componente poder ser usado nas mesmas aplicações o funcionamento dele não tem nada a ver com o dum transistor.

Além disso queria ver você explicar a emissão de luz num LED usando fisica clássica... já para não falar dos transistores e diodos de efeito de tunel.

Gostava também de saber como explica as riscas espectrais dum gás... ou o funcionamento dum laser.

A fisica clássica é uma boa aproximação para muita coisa, mas há que saber usar o modelo certo para os fins certos, e o modelo clássico tem limitações graves nalguns dominios, superadas pelo modelo quantico, com a desvantagem do modelo quantico exigir cálculos mais complexos em geral...

Eu não sou dogmático, apenas digo: a ferramenta certa para o fim certo.

Intés!

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SUBJECT: Kasparov e Deep Blue
FROM: manuelbulcao@aol.com
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 18/03/2001 18:40

Caros listeiros,

Vejam essas interessantes considerações de Richard Leakey a respeito da
capacidade de previsão nos computadores e nos primatas e, a seguir, um
comentário meu absolutamente dispensáveis :-)

"Os primatas são a quintessência das criaturas sociais. (...)

"Os primatologistas agora sabem que a rede de alianças dentro dos grupos de
primatas é extremamente complexa. Aprender as complicações de tal rede, como
os indivíduos devem fazer se quiserem ter sucesso, é suficientemente difícil.
(...)

"Os jogadores do xadrez social devem ser mais hábeis do que os jogadores
deste jogo de mesa antigo (...)

"Para os indivíduos nas sociedades de primatas o desafio é ser capaz de
prever o comportamento dos outros. Uma maneira seria os indivíduos terem um
grande banco mental em seus cérebros, que armazenasse todas as ações
possíveis de seus companheiros de grupo e suas respostas apropriadas. Este é
o modo pelo qual o poderoso programa de computador Deep Thought (pensamento
Profundo) obtém o status de Grande Mestre no xadrez. Entretanto, computadores
são muito mais rápidos do que cérebros de seres vivos o são na busca através
de todas as combinações possíveis apropriadas para um determinado conjunto de
circunstâncias. É necessário algum outro modo. Se, por exemplo, os indivíduos
fossem capazes de monitorar o seu próprio comportamento, em vez de operar
simplesmente como autômatos computadorizados, então eles desenvolveriam um
senso heurístico do que fazer sob certas circunstâncias. Por extrapolação,
eles poderiam ser então capazes de prever o comportamento dos outros sob as
mesmas circunstâncias. Esta habilidade de monitoramento, que Humphrey chama
de Olho Interior, é uma definição da consciência, e conferiria considerável
vantagem evolutiva aos indivíduos que a possuíssem." (Richard Leakey; A
Origem da Espécie Humana; Ed. Rocco; págs. 138, 139 e 140)

x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x

a maioria dos estudiosos do comportamento animal sustenta a hipótese de que o
aparecimento da auto-percepção está relacionado com o desenvolvimento da
faculdade de fazer previsões. Quanto a este poder, a dialética predador/presa
desenvolveu nos mamíferos uma poderosa memória onde, a cada experiência de
ataque e de fuga, novos dados atinentes ao comportamento da virtual presa ou
do predador são registrados, de modo que tanto o caçador quanto o caçado vão
ficando cada vez mais espertos. Um leopardo adulto tarimbado, ao perseguir
uma gazela, pode, vislumbrando um rápido movimento dela e com base no que
existe em seu banco de dados, “prever” dois, três ou até mais movimentos
subseqüentes. Isso é poder de previsão, porém não há aí nem um átomo de
consciência. Na verdade, quanto à capacidade de antever o futuro, o leopardo
é uma “máquina” similar àquele supercomputador, o 'Deep Blue' (azul
profundo), que derrotou o grande enxadrista russo G. Kasparov. A diferença é
que o computador, um artefato de silício e metal também absolutamente
inconsciente, é capaz de processar uma quantidade incomensuravelmente maior
de informações num intervalo de tempo desprezível: analisando a jogada do
adversário, após um ou dois segundos ele já sabe de antemão as mil e uma
maneiras possíveis do desdobramento do jogo até o final. Para o enxadrista de
carne e osso, só há uma salvação: “criar” uma jogada inusitada, isto é, uma
jogada que não fora registrada antes no programa da engenhoca.

Mas é impossível -- ou pelo menos muito pouco provável e nem um pouco
econômico -- que um organismo constituído de proteínas e ácidos nucléicos
venha a desenvolver a mesma performance de um grande computador. Por razões
estruturais, essa via de desenvolvimento biológico do poder de previsão não é
nada promissora. Porém a vida, um composto de carbono muito mais plástico e
multifacetado que qualquer complexo mecanismo de metais e silicatos, dispõe
de um outro caminho para o progresso da presciência: a auto-percepção do
indivíduo.

E, com efeito, provido de um “si-mesmo” (uma auto-imagem, um 'self'), o
indivíduo alarga e incrementa o seu poder de previsão. Ele pode, por exemplo,
projetando sua auto-imagem em situações futuras, antecipar mentalmente as
conseqüências das suas ações; e, com base nessas antecipações mentais,
ponderar se vale a pena agir desta maneira ou de outra. Isso é agir
conscientemente: é ter diante de si uma gama de projetos de si mesmo e
“escolher” aquele ao qual se associa um número maior de benefícios.

Para esses indivíduos autoconscientes, que se comportam também tendo por
critério um “projeto”, o futuro, longe de ser mera repetição do passado,
afigura-se para eles um leque de possibilidades; e, ao escolher uma das
alternativas possíveis, isto é, ao fazer com que prováveis acontecimentos
futuros “determinem” o seu comportamento presente, o indivíduo em questão,
num certo sentido, está a inverter a seta objetiva do tempo, segundo a qual o
passado determina o presente que, por sua vez, determinará o futuro. Em
outras palavras, indivíduos como estes (como nós) não são apenas um elo da
cadeia universal de causa e efeito. Através da “imaginação”, eles se
sobrepõem a essa cadeia, antecipam idealmente o futuro, fazem do futuro a
causa da sua conduta e, deste modo, alteram o rumo dos acontecimentos.
(parafraseando o escritor austríaco Robert Musil, o homem -- o espécime mais
evoluído dessa classe de indivíduos -- não é “um fio na trama do tecido
universal”, mas “um fio que se ergue sobre esse tapete”.)

Tais indivíduos, ao contrário dos demais, têm com relação ao Real uma certa
“liberdade”. Se o passado representa o Real e o futuro, o campo do Possível,
indivíduos desse tipo são inclusive capazes de “imaginar” um passado
provável (o pretérito mais que perfeito do subjuntivo) e, com base nesse
passado, antever um futuro “impossível” (o futuro do pretérito do
indicativo): -- “Se tivesse acontecido aquilo, isso seria.” -- Agem,
portanto, “livremente”, esses indivíduos, o que significa dizer que não se
limitam a reiterar o que está posto, a repetir o real: com sua atividade
“livre”, eles “criam” uma nova realidade, ou melhor, uma realidade virtual,
noológica. Por conseguinte, o que realmente distingue esses seres
autoconscientes do resto das criaturas vivas é a capacidade de “criar”. Vale
dizer, o indivíduo-para-si, autoconsciente, não é um simples agente, mas um
“sujeito” que se vale da realidade como matéria-prima, ou melhor, como
“objeto” da sua atividade criadora.

Abraços,
Manuel Bulcão


SUBJECT: Re: [ciencialist] Sentidos, vibrações e frequências
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/03/2001 18:45

Oi. Em qualquer livro de física básica ou de eletromagnetismo você
encontra essas informações, nos capítulos sobre óptica ou sobre
eletromagnetismo. Por exemplo, Sears/Zemansky, Halliday, Tipler, etc. Podem
ser encontrados em bibliotecas universitárias. Na Internet também não deve
ser difícil, basta procurar por textos básicos de física, na área de
eletromagnetismo ou de óptica. Experimente dar uma navegada em:
http://www.terra.com.br/fisicanet/ .
Até,
Belisário

----- Original Message -----
From: O_Iniciado

> [Em virtude de estar percebendo que muitos amigos não estão recebendo
> algumas mensagens, penso que isso pode ter acontecido com a minha,
> razão pela qual, acredito, não obtive nenhuma resposta. Por isso,
> estou postando novamente.]
>
> Amigos listeiros, há cerca de três anos perdi uma lista que continha
> um índice de correspondências de frequências vibratórias cujas oitavas
> estavam relacionadas a sentidos humanos e ondas conhecidas. Vou dar um
> exemplo:
>
> ... = outros tipos de raios, ondas e frequências conhecidas, que
> também gostaria de saber.
>
> ...
> 8 - 16 Hz = infrasom
>
> 16 Hz - 17.000 Hz = som audível
>
> 17.000Hz - 30.000 Hz = ultrasom
>
> 30.000 Hz (30 Khz) - 150 Khz = ondas de rádio (AM)
>
> 150 Khz - 300 Mhz = Ondas curtas de rádio (FM)
>
> 300 Mhz - 500 Mhz = Ondas de televisão
> ...
> xxx (?) Mhz = espectro de luz infravermelho
> ...
> xxx (?) Mhz = espectro de luz visível
> ...
> xxx (?) Mhz = espectro de luz ultravioleta.
> ...
> xxx (?) Ghz = raios X
> ...
> xxx (?) Ghz = raios alpha
> ... = raios gama
>
> ... = raios cósmicos
> ...
> ======================================
>
> Acho que vocês compreenderam o que quis dizer. Há ainda outros
> tipos de raios, ondas e frequências associadas a sentidos. Estou
> desenvolvendo um trabalho e preciso desses valores. Após eles vou,
> inclusive, elaborar um artigo para discutirmos aqui na lista.
> Obs.: quanto mais detalhes melhor. Aguardo colaboração dos amigos.
>
> []'s.
>
> Peterson.




SUBJECT: Kasparov e Deep Blue
FROM: manuelbulcao@aol.com
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 18/03/2001 19:17

(corrigindo a mensagem anterior, que saiu truncada. Desculpem-me.)

Caros listeiros,

Vejam essas interessantes consideracoes de Richard Leakey a respeito da
capacidade de previsao nos computadores e nos primatas e, a seguir, um
comentario meu absolutamente dispensaveis :-)

"Os primatas sao a quintessencia das criaturas sociais. (...)

"Os primatologistas agora sabem que a rede de aliancas dentro dos grupos de
primatas eh extremamente complexa. Aprender as complicacoes de tal rede, como
os individuos devem fazer se quiserem ter sucesso, eh suficientemente
dificil. (...)

"Os jogadores do xadrez social devem ser mais habeis do que os jogadores
deste jogo de mesa antigo (...)

"Para os individuos nas sociedades de primatas o desafio eh ser capaz de
prever o comportamento dos outros. Uma maneira seria os individuos terem um
grande banco mental em seus cerebros, que armazenasse todas as acoes
possiveis de seus companheiros de grupo e suas respostas apropriadas. Este eh
o modo pelo qual o poderoso programa de computador Deep Thought (pensamento
Profundo) obtem o status de Grande Mestre no xadrez. Entretanto, computadores
sao muito mais rapidos do que cerebros de seres vivos o sao na busca atraves
de todas as combinacoes possiveis apropriadas para um determinado conjunto de
circunstancias. Eh necessario algum outro modo. Se, por exemplo, os
individuos fossem capazes de monitorar o seu proprio comportamento, em vez de
operar simplesmente como automatos computadorizados, entao eles
desenvolveriam um senso heuristico do que fazer sob certas circunstancias.
Por extrapolacao, eles poderiam ser entao capazes de prever o comportamento
dos outros sob as mesmas circunstancias. Esta habilidade de monitoramento,
que Humphrey chama de Olho Interior, eh uma definicao da consciencia, e
conferiria consideravel vantagem evolutiva aos individuos que a possuissem."
(Richard Leakey; A Origem da Especie Humana; Ed. Rocco; pags. 138, 139 e 140)

x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x

A maioria dos estudiosos do comportamento animal sustenta a hipotese de que o
aparecimento da auto-percepcao estah relacionado com o desenvolvimento da
faculdade de fazer previsoes. Quanto a este poder, a dialetica predador/presa
desenvolveu nos mamiferos uma poderosa memoria onde, a cada experiencia de
ataque e de fuga, novos dados atinentes ao comportamento da virtual presa ou
do predador sao registrados, de modo que tanto o cacador quanto o cacado vao
ficando cada vez mais espertos. Um leopardo adulto tarimbado, ao perseguir
uma gazela, pode, vislumbrando um rapido movimento dela e com base no que
existe em seu banco de dados, “prever” dois, tres ou ateh mais movimentos
subsequentes. Isso eh poder de previsao, porem nao ha aih nem um atomo de
consciencia. Na verdade, quanto aa capacidade de antever o futuro, o leopardo
eh uma “maquina” similar aaquele supercomputador, o 'Deep Blue' (azul
profundo), que derrotou o grande enxadrista russo G. Kasparov. A diferenca eh
que o computador, um artefato de silicio e metal tambem absolutamente
inconsciente, eh capaz de processar uma quantidade incomensuravelmente maior
de informacoes num intervalo de tempo desprezivel: analisando a jogada do
adversario, apos um ou dois segundos ele ja sabe de antemao as mil e uma
maneiras possiveis do desdobramento do jogo ateh o final. Para o enxadrista
de carne e osso, so ha uma salvacao: “criar” uma jogada inusitada, isto eh,
uma jogada que nao fora registrada antes no programa da engenhoca.

Mas eh impossivel -- ou pelo menos muito pouco provavel e nem um pouco
economico -- que um organismo constituido de proteinas e acidos nucleicos
venha a desenvolver a mesma performance de um grande computador. Por razoes
estruturais, essa via de desenvolvimento biologico do poder de previsao nao
eh nada promissora. Porem a vida, um composto de carbono muito mais plastico
e multifacetado que qualquer complexo mecanismo de metais e silicatos, dispoe
de um outro caminho para o progresso da presciencia: a auto-percepcao do
individuo.

E, com efeito, provido de um “si-mesmo” (uma auto-imagem, um 'self'), o
individuo alarga e incrementa o seu poder de previsao. Ele pode, por exemplo,
projetando sua auto-imagem em situacoes futuras, antecipar mentalmente as
consequencias das suas acoes; e, com base nessas antecipacoes mentais,
ponderar se vale a pena agir desta maneira ou de outra. Isso eh agir
conscientemente: eh ter diante de si uma gama de projetos de si mesmo e
“escolher” aquele ao qual se associa um numero maior de beneficios.

Para esses individuos autoconscientes, que se comportam tambem tendo por
criterio um “projeto”, o futuro, longe de ser mera repeticao do passado,
afigura-se para eles um leque de possibilidades; e, ao escolher uma das
alternativas possiveis, isto eh, ao fazer com que provaveis acontecimentos
futuros “determinem” o seu comportamento presente, o individuo em questao,
num certo sentido, estah a inverter a seta objetiva do tempo, segundo a qual
o passado determina o presente que, por sua vez, determinarah o futuro. Em
outras palavras, individuos como estes (como nos) nao sao apenas um elo da
cadeia universal de causa e efeito. Atraves da “imaginacao”, eles se
sobrepoem a essa cadeia, antecipam idealmente o futuro, fazem do futuro a
causa da sua conduta e, deste modo, alteram o rumo dos acontecimentos.
(parafraseando o escritor austriaco Robert Musil, o homem -- o especime mais
evoluido dessa classe de individuos -- nao eh “um fio na trama do tecido
universal”, mas “um fio que se ergue sobre esse tapete”.)

Tais individuos, ao contrario dos demais, tem com relacao ao Real uma certa
“liberdade”. Se o passado representa o Real e o futuro, o campo do Possivel,
individuos desse tipo sao inclusive capazes de “imaginar” um passado
provavel (o preterito mais que perfeito do subjuntivo) e, com base nesse
passado, antever um futuro “impossivel” (o futuro do preterito do
indicativo): -- “Se tivesse acontecido aquilo, isso seria.” -- Agem,
portanto, “livremente”, esses individuos, o que significa dizer que nao se
limitam a reiterar o que estah posto, a repetir o real: com sua atividade
“livre”, eles “criam” uma nova realidade, ou melhor, uma realidade virtual,
noologica. Por conseguinte, o que realmente distingue esses seres
autoconscientes do resto das criaturas vivas eh a capacidade de “criar”.
Vale dizer, o individuo-para-si, autoconsciente, nao eh um simples agente,
mas um “sujeito” que se vale da realidade como materia-prima, ou melhor,
como “objeto” da sua atividade criadora.

Abracos,
Manuel Bulcao


SUBJECT: Kasparov e Deep Blue
FROM: manuelbulcao@aol.com
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 18/03/2001 19:32

(Corrigindo a correcao da mensagem, que tambem saiu truncada. Eu nao sei o
que estah acontecendo. Desculpem-me mais uma vez, pelamordedeus.)

Caros listeiros,

Vejam essas interessantes consideracoes de Richard Leakey a respeito da
capacidade de previsao nos computadores e nos primatas e, a seguir, um
comentario meu absolutamente dispensaveis :-)

<<Os primatas sao a quintessencia das criaturas sociais. (...)

<<Os primatologistas agora sabem que a rede de aliancas dentro dos grupos de
primatas eh extremamente complexa. Aprender as complicacoes de tal rede, como
os individuos devem fazer se quiserem ter sucesso, eh suficientemente
dificil. (...)

<<Os jogadores do xadrez social devem ser mais habeis do que os jogadores
deste jogo de mesa antigo (...)

<<Para os individuos nas sociedades de primatas o desafio eh ser capaz de
prever o comportamento dos outros. Uma maneira seria os individuos terem um
grande banco mental em seus cerebros, que armazenasse todas as acoes
possiveis de seus companheiros de grupo e suas respostas apropriadas. Este eh
o modo pelo qual o poderoso programa de computador Deep Thought (pensamento
Profundo) obtem o status de Grande Mestre no xadrez. Entretanto, computadores
sao muito mais rapidos do que cerebros de seres vivos o sao na busca atraves
de todas as combinacoes possiveis apropriadas para um determinado conjunto de
circunstancias. Eh necessario algum outro modo. Se, por exemplo, os
individuos fossem capazes de monitorar o seu proprio comportamento, em vez de
operar simplesmente como automatos computadorizados, entao eles
desenvolveriam um senso heuristico do que fazer sob certas circunstancias.
Por extrapolacao, eles poderiam ser entao capazes de prever o comportamento
dos outros sob as mesmas circunstancias. Esta habilidade de monitoramento,
que Humphrey chama de Olho Interior, eh uma definicao da consciencia, e
conferiria consideravel vantagem evolutiva aos individuos que a possuissem.>>
(Richard Leakey; A Origem da Especie Humana; Ed. Rocco; pags. 138, 139 e 140)

x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x

A maioria dos estudiosos do comportamento animal sustenta a hipotese de que o
aparecimento da auto-percepcao estah relacionado com o desenvolvimento da
faculdade de fazer previsoes. Quanto a este poder, a dialetica predador/presa
desenvolveu nos mamiferos uma poderosa memoria onde, a cada experiencia de
ataque e de fuga, novos dados atinentes ao comportamento da virtual presa ou
do predador sao registrados, de modo que tanto o cacador quanto o cacado vao
ficando cada vez mais espertos. Um leopardo adulto tarimbado, ao perseguir
uma gazela, pode, vislumbrando um rapido movimento dela e com base no que
existe em seu banco de dados, prever dois, tres ou ateh mais movimentos
subsequentes. Isso eh poder de previsao, porem nao ha aih nem um atomo de
consciencia. Na verdade, quanto aa capacidade de antever o futuro, o leopardo
eh uma maquina similar aaquele supercomputador, o 'Deep Blue' (azul
profundo), que derrotou o grande enxadrista russo G. Kasparov. A diferenca eh
que o computador, um artefato de silicio e metal tambem absolutamente
inconsciente, eh capaz de processar uma quantidade incomensuravelmente maior
de informacoes num intervalo de tempo desprezivel: analisando a jogada do
adversario, apos um ou dois segundos ele ja sabe de antemao as mil e uma
maneiras possiveis do desdobramento do jogo ateh o final. Para o enxadrista
de carne e osso, so ha uma salvacao: 'criar' uma jogada inusitada, isto eh,
uma jogada que nao fora registrada antes no programa da engenhoca.

Mas eh impossivel -- ou pelo menos muito pouco provavel e nem um pouco
economico -- que um organismo constituido de proteinas e acidos nucleicos
venha a desenvolver a mesma performance de um grande computador. Por razoes
estruturais, essa via de desenvolvimento biologico do poder de previsao nao
eh nada promissora. Porem a vida, um composto de carbono muito mais plastico
e multifacetado que qualquer complexo mecanismo de metais e silicatos, dispoe
de um outro caminho para o progresso da presciencia: a auto-percepcao do
individuo.

E, com efeito, provido de um si-mesmo (uma auto-imagem, um 'self'), o
individuo alarga e incrementa o seu poder de previsao. Ele pode, por exemplo,
projetando sua auto-imagem em situacoes futuras, antecipar mentalmente as
consequencias das suas acoes; e, com base nessas antecipacoes mentais,
ponderar se vale a pena agir desta maneira ou de outra. Isso eh agir
conscientemente: eh ter diante de si uma gama de projetos de si mesmo e
escolher aquele ao qual se associa um numero maior de beneficios.

Para esses individuos autoconscientes, que se comportam tambem tendo por
criterio um projeto, o futuro, longe de ser mera repeticao do passado,
afigura-se para eles um leque de possibilidades; e, ao escolher uma das
alternativas possiveis, isto eh, ao fazer com que provaveis acontecimentos
futuros determinem o seu comportamento presente, o individuo em questao, num
certo sentido, estah a inverter a seta objetiva do tempo, segundo a qual o
passado determina o presente que, por sua vez, determinarah o futuro. Em
outras palavras, individuos como estes (como nos) nao sao apenas um elo da
cadeia universal de causa e efeito. Atraves da imaginacao, eles se sobrepoem
a essa cadeia, antecipam idealmente o futuro, fazem do futuro a causa da sua
conduta e, deste modo, alteram o rumo dos acontecimentos. (parafraseando o
escritor austriaco Robert Musil, o homem -- o especime mais evoluido dessa
classe de individuos -- nao eh 'um fio na trama do tecido universal', mas 'um
fio que se ergue sobre esse tapete'.)

Tais individuos, ao contrario dos demais, tem com relacao ao Real uma certa
liberdade. Se o passado representa o Real e o futuro, o campo do Possivel,
individuos desse tipo sao inclusive capazes de imaginar um passado provavel
(o preterito mais que perfeito do subjuntivo) e, com base nesse passado,
antever um futuro impossivel (o futuro do preterito do indicativo): -- 'Se
tivesse acontecido aquilo, isso seria.' -- Agem, portanto, livremente, esses
individuos, o que significa dizer que nao se limitam a reiterar o que estah
posto, a repetir o real: com sua atividade livre, eles criam uma nova
realidade, ou melhor, uma realidade virtual, noologica. Por conseguinte, o
que realmente distingue esses seres autoconscientes do resto das criaturas
vivas eh a capacidade de criar. Vale dizer, o individuo-para-si,
autoconsciente, nao eh um simples agente, mas um 'sujeito' que se vale da
realidade como materia-prima, ou melhor, como objeto da sua atividade
criadora.

Abracos,
Manuel Bulcao


SUBJECT: Notícias Com Ciência
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: Ciencialist - grupo de discussão <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/03/2001 19:42

Notícias Com Ciência. Para ver a íntegra dos textos, clique no site
abaixo.

http://www.comciencia.br/noticias/framenot.htm

Amianto - Governo anuncia banimento total do amianto até 2003 em todo Brasil
A Câmara Municipal de São Paulo decidiu, esta semana, banir o uso do amianto
na cidade. O sancionamento desta decisão foi publicado em edital nessa
sexta-feira, dia 16, pela prefeita Marta Suplicy. O Ministro do Meio
Ambiente José Sarney Filho anunciou esta semana a intenção do governo
federal em banir o uso do amianto no Brasil até 2003.

Apta - Engenheiros agrônomos pedem esclarecimento sobre a Apta
A Associação de Engenheiros Agrônomos do Estado de São Paulo (AEASP) e o
Centro Paulista de Debates Agronômicos (CPDA) promoveram encontro, dia 12
passado, para debater a formação da Agência Paulista de Tecnologia dos
Agronegócios (Apta). A principal reivindicação é que seja realizada uma
discussão mais ampla sobre a agência.

Institutos do Milênio - Comunidade científica critica Programa Institutos do
Milênio
Em reunião realizada no último dia 13, terça-feira, diversos representantes
de sociedades científicas reunidos na SBPC, teceram duras críticas ao
Programa Institutos do Milênio, recentemente lançado pelo Ministério de
Ciência e Tecnologia (MCT). Segundo eles, o ministério deveria preocupar-se
em continuar os programas existentes e corrigir suas falhas.

Citricultura - Fundecitrus promove novo rastreamento do cancro cítrico
Mais de 10 milhões de laranjeiras deverão ser vistoriadas no parque
citrícula do estado de São Paulo e do sul de Minas Gerais, por 400
inspetores da Fundecitrus (Fundo de Defesa da Citricultura) até o final de
maio de 2001. O mapeamento será feito para identificação das áreas mais
atingidas pelo cancro cítrico.

Projeto social - Estudantes de Direito aliam pesquisa à prática comunitária
Os alunos do 5º período do curso de Direito da Universidade de Alfenas
(Unifenas) - Campus Campo Belo (MG) - estão participando de um projeto de
pesquisa que alia a análise da legalidade de famílias à prática de abertura
de processos e ações. O projeto foi batizado de "Família Legal".

Meio ambiente - Cientistas ambientais investigam mercúrio no Rio Negro
Comprovar que a alta concentração de mercúrio na bacia do Rio Negro deve-se
a emanações naturais do solo em interação com complexos processos naturais é
um dos objetivos do projeto de pesquisa inter-institucional que teve início
em fevereiro passado, com uma expedição científica à bacia do Rio Negro.

Astrofísica - Criado o Núcleo de Pesquisa em Astrofísica da USP
A Universidade de São Paulo (USP) criou, no fim de fevereiro, o Núcleo de
Pesquisas em Astrofísica (Nupa), sediado no Instituto Astronômico e
Geofísico da universidade. A criação foi anunciada no Diário Oficial de 23
de fevereiro. O Núcleo conta com 37 pesquisadores de várias instituições
brasileiras e estrangeiras, como USP, Unicamp, Inpe, UFRJ, UFRN, UFMT, UFSC,
Universidade de Leeds (Inglaterra) e Instituto Max Planck de Radioastronomia
(Alemanha).

Internet - Algoritmo que decodifica filmes em DVD é colocado na Internet
Estudantes da Carnegie Mellon University mantêm uma página na Internet
dedicada a uma coleção de criptografia relacionada à tecnologia DVD. A
página funciona dentro do site da universidade Carnegie Mellon, e contém uma
coleção de aplicativos para a decodificação de filmes em formato DVD, além
de textos sobre o assunto.

Labjor - Começa o Curso de Jornalismo Científico na Unicamp
As aulas do Curso de Especialização em Jornalismo Científico da Unicamp
tiveram início no dia 12 de março, com a apresentação da estrutura do curso,
dos professores, dos alunos, das disciplinas e da revista eletrônica Com
Ciência, que será utilizada como instrumento para a prática de jornalismo
científico. O evento contou com a presença de coordenadores e professores do
curso e palestrantes convidados.

Notas:
UFMG apresenta o computador popular
Concurso incentiva produções científicas sobre a temática do negro
I Concurso de monografia sobre a energia nuclear

Até a próxima...
Belisário

-----------------------------------------------------
Roberto Belisário Diniz
rbdiniz@terra.com.br
Laboratório de Estudos Avançados de Jornalismo (Labjor)
http://www.uniemp.br/labjor/
Revista Com Ciência - divulgação científica
http://www.comciencia.br
-----------------------------------------------------



SUBJECT: Re: [ciencialist] física quântica
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/03/2001 20:33

----- Original Message -----
From: Rodrigo Nuno Bragança da Cunha
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Saturday, March 17, 2001 6:58 PM
Subject: Re: [ciencialist] física quântica

> Transistores JFET (base de toda a eletrónica digital moderna) são baseados
> em efeitos quânticos, desconhecidos da física clássica.

Olá Rodrigo e demais ciencialisteiros

Desculpe-me a ignorância mas gostaria de saber o que significa "efeitos
quânticos desconhecidos da física clássica" pois essa frase é demasiadamente
repetida nesta lista e até hoje soou-me como "enganação semântica". Não digo
que os ciencialisteiros sejam enganadores mas que estão sendo enganados por
uma idéia já secular e amplamente disseminada, tal como um cancro, nos meios
acadêmicos.

Quase sempre parece-me que os pais da idéia confundem, propositalmente, e
daí ter chamado "enganação", física clássica com "algoritmos clássicos".
Este engano está intimamente associado com a utilização de uma má fílosofia
da física, diria uma filosofia de botequim, a supervalorizar uma matemática,
a rigor uma linguagem, em detrimento de uma física propriamente dita.

Gostaria de saber o que é que a física quântica "REALMENTE EXPLICA", sem
enganações semânticas, e qual o sentido que se dá ao se dizer que algo
"REALMENTE" não é explicado pela física clássica. Digo isso pois sou autor
de uma teoria a meu ver 100% clássica (é possível que esteja enganado a
respeito) e que explica muita coisa que diz-se abertamente que a física
clássica não explica. Parece-me que a expressão "física moderna" é também
uma enganação pois dá a entender que seria a física da modernidade e, em
decorrência disso, as demais físicas, incluindo a clássica, seriam "físicas
da antiguidade".

> Aliás mais genéricamente toda a junção semi-condutora só pode ser
> explicada correctamente usando fisica quântica,

Então porque ninguém explica "correctamente"? A meu ver, dizer que
explica-se pelo "efeito túnel" é uma enganação semântica do tipo dizer que
"os corpos caem porque estão num campo gravitacional". Meramente cria-se um
nome para ocultar-se uma ignorância e os jovens são levados a acreditar que
a física quântica explica tudo, quando na realidade representa a maior
enganação do século XX. A física quântica não explica nada e sequer os
quânticos sabem o significado daquilo que eles dizem conseguir medir com uma
"precisão de 10 ou mais casas decimais". Sinceramente, acho que os físicos
quânticos da atualidade deveriam aprender um pouquinho mais de humildade
lendo alguns trechos, via de regra deixados de lado, de alguns pensadores
ilustres tais como Planck, Einstein, Bohr, Heisenberg, Dirac, De Broglie,
Born, Bhom, Schrödinger, Feynmann etc etc etc... Pois se eu como clássico
adoro sorver a sabedoria legada por estes mestres, que mal há em que os
físicos "moderninhos" também o façam?

Perdoem-me pela sinceridade ao dizer o que penso, doa a quem doer.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm

PS: Perdoem-me se nos últimos dias deixei de responder alguma msg da lista
e/ou pessoal (principalmente, mas não só, o Léo) pois há cerca de uma semana
estou mudando de computador e ainda não me adaptei com o novo. Minha caixa
postal está um caos total com msgs antigas misturadas com msgs novas (e
algumas estão no computador da universidade).



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: física quântica
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 18/03/2001 23:00

----- Original Message -----
From: Leandro
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Saturday, March 17, 2001 9:23 PM
Subject: [ciencialist] Re: física quântica

> "Alberto Mesquita Filho" wrote:
> > gostaria de saber o que significa "efeitos quânticos desconhecidos da
> > física clássica" pois essa frase é demasiadamente repetida nesta lista e
> > até hoje soou-me como "enganação semântica".
> Olá Alberto, Rodrigo e demais membros,
> Deixe-me tentar explicar. O que ele quis dizer é o que está escrito: vê-se
> que não se consegue explicar certos fenômenos usando a interpretação
> clássica. Se alguém diz que é possível é por puro achismo.

Concordo. Como também concordo que quando se diz que não se consegue
explicar certos fenômenos, como por exemplo, o efeito túnel, usando a
interpretação clássica, está-se também caindo num puro achismo. E a minha
revolta não está na ignorância mas na má fé em fazer o jovem estudante de
física pensar que fazer física é tão somente criar nomes e equacionar as
ilusões que jazem por trás desses nomes. Esta mesma crítica tenho feito ao
conhecimento clássico quando digo que não se sabe porquê os corpos caem.
Acontece que os físicos clássicos, como também os primeiros "modernos",
estão (ou estavam) cientes dessa ignorância. E os físicos modernos atuais,
embora pratiquem uma ciência autêntica, são enganadores pois impedem que
outros pratiquem ciências outras tão boas ou melhores do que aquela que eles
pretendem conservar, a despeito de não mais se justificar e/ou conseguir
manter-se de pé.

> Quero ver é "matar a cobra e mostrar o pau" e não ouvir dizerem que
> "mataram a cobra e nem dizerem (ou mostrarem) com o que".

E quando foi a última vez que algum quântico mostrou "esse pau"? Os
quânticos não mostram nada. Eles nem sabem que existem cobras!!! São meros
criadores de nomes: incerteza, dualidade, túnel, órbitas permitidas, vácuo
quântico, fóton virtual... Nada disso foi explicado e nada disso saiu
diretamente do laboratório. Tudo isso é produto do achismo. Enxerga-se uma
coisa no laboratório, dá-se um nome e a partir de então dá-se o enigma por
resolvido. Isso é pura enganação. A física quântica não explica nada. A
física quântica nem mesmo consegue explicar o que são os "quanta" de Planck,
algo que por inúmeras vezes chegou a ser amaldiçoado pelo próprio Planck.

> >Não digo que os ciencialisteiros sejam enganadores mas que estão
> >sendo enganados por uma idéia já secular [...]
> Eu não entendi: se é enganação cade aquele que mostrará o caminho?

Não entendi a sua objeção. Enganar é iludir as pessoas. O não enganador não
é aquele que responde a todas as perguntas mas aquele que deixa claro que a
grande maioria das perguntas em física ainda não têm resposta satisfatória.
Mas não é isso que se ensina aos jovens ou mesmo ao leigo. Estes acabam
ficando com a nítida falsa sensação de que por trás da arrogância da grande
maioria dos físicos modernos existe uma ciência que responde a quase tudo. E
não obstante essa cambada de arrogantes não consegue sequer dizer qual é o
objeto de seu estudo. Pois o que eles estudam é tudo menos física.

> E melhor, cade o caminho? Afinal, se a teoria é secular, significa que
> gerações se passaram e ninguém conseguiu dar uma interpretação clássica
> dos experimentos que deixaram viva a mecânica quântica secular!

Pois esta frase demonstra o quanto autor da mesma já foi afetado pela
lavagem cerebral que costumo denunciar existir em nossas universidades. Pois
então não me resta nada a fazer a não ser deixar um pensamento de Heisenberg
(por sinal, uma profecia que não se concretizou):

"Parece-me fascinante pensar que hoje, nos mais diversos países do mundo e
com os meios mais poderosos de que dispõe a moderna tecnologia, se
desenvolve uma luta para resolver em conjunto problemas colocados há dois
milênios e meio pelos filósofos gregos e cuja resposta talvez venhamos a
conhecer dentro de poucos anos ou, quando muito, em uma década ou duas."

Por esta frase percebe-se que Heisenberg não está enquadrado no que chamei
acima arrogantes. Se você acha que a física quântica é muito boa por ter
durado um século de grandes decepções, eu digo, seguindo sua linha de
raciocínio, que a física clássica é muito melhor pois está de pé há 400 anos
sem que quântico algum consiga visualizar o mínimo defeito. E a filosofia
grega é melhor ainda pois existe há dois milênios e ainda consegue fascinar
"gênios" como Einstein, Bohr, Heisenberg etc.

> > Este engano está intimamente associado com a utilização de uma má
> >fílosofia da física, [...]
> Isso é outro achismo. A física está mais interessada em resultados, ou
> seja, previsões precisas do que filosofias.

Essa é a sua opinião. Mas não é a opinião dos que construíram as teorias que
você defende e sim daqueles que lhe venderam essas idéias sem mostrarem, no
entanto, a filosofia que estava por trás dessa construção.

> Se isso é ruim ou não é questão de achismos.

Pois então vamos parar de achar e construir realmente uma ciência. Pois *se
você acha* que medir implica em "quantizar" e/ou confirmar uma "quantização"
você está completamente enganado. Os físicos clássicos conseguem medir um
campo gravitacional e, em sua humildade, reconhecem não ter a mínima idéia
do que seja o resultado obtido. E essa medição não depende da teoria
utilizada mas apenas de algoritmos utilizados pelos laboratoristas. A teoria
quântica não mede nada com precisão alguma. O que se mede comporta
explicações inúmeras e nada impede que comporte explicações clássicas. Volto
a dizer: você está sendo enganado e vive feliz com isso. Pois então seja
feliz com essas enganações mas não tente propagar essa enganação para os
demais jovens.

> > a supervalorizar uma matemática, a rigor uma linguagem, em detrimento de
> > uma física propriamente dita.
> Outro achismo. Alguns matemáticos dizem que as outras ciências exatas são
> matemática aplicada. Alguns filósofos dizem que a ciência é uma filosofica
> aplicada. E por aí vai. Tudo isso é fruto da má informação. Nada está em
> detrimento de nada.

Pois a grande maioria dos físicos modernos acredita que física é matemática.
Matemática é uma linguagem e como tal uma ferramenta que utilizamos para
expressarmos nossas idéias de uma maneira sucinta. E a filosofia também é
uma ferramenta em geral útil para os teorizadores. Física não é nem
matemática nem filosofia, apenas utiliza-se das duas. Assim como o "macaco"
não é automóvel mas é útil para que se troque um pneu.

> A matemática também é importante para o desenvolvimento da
> ciência e mais: mostre como um físico lida com a matemática para o
> matemático e este lhe dirá que as abordagens são completamente
> diferentes.

Concordo plenamente. Não obstante ainda afirmo que a física moderna atual é
matemática pura, ainda que não siga os cânones do Olimpo matemático. Digamos
então que os físicos modernos utilizam-se de uma filosofia de botequim e de
uma matemática a tentar compensar esta má filosofia.

> É sempre bom deixar claro é que não existem físicas clássica ou quântica.
> Física é uma só, o que mudam são as interpretações ou abordagens.

Neste ponto também estamos em acordo.

> > Gostaria de saber o que é que a física quântica "REALMENTE EXPLICA",
> Corrigindo: ela faz previsões com precisão maior.

Isto é conseqüência do óbvio. Ela apoia-se na física clássica a fazer uma
previsão x. A partir daí "força" alguns algoritmos a se adaptarem à
experimentação. E conclui que melhorou a precisão. Isso tem um nome:
enganação. Aliás, creio que os físicos modernos aprenderam estatística com
alguns economistas modernos e/ou com os políticos.

> > Então porque ninguém explica "correctamente"? A meu ver, dizer que
> > explica-se pelo "efeito túnel" é uma enganação semântica [...]
> Efeito túnel é quando, classicamente, partículas não teriam
> energia cinética suficiente para vencer uma dada barreira potencial,
> mas mesmo assim, em experiências tipo espalhamente, ela é detectada
> passando pela barreira. Isso implica que nossa abordagem clássica
> teria que ser alterada. A abordagem que melhor se adequa é a
> da quântica; que descreve na forma de previsões mais precisas sobre a
> estatística das partículas refletidas, ou que ficaram presas ao
> potencial, e das que tunelariam.

Exatamente: "A nossa abordagem clássica teria que ser alterada". Mas isso
jamais foi feito!!! Como disse na mensagem anterior, os físicos modernos
atuais, por desconhecerem totalmente a filosofia que apoia sua ciência,
confundem física clássica com algoritmos clássicos.

Modificar a abordagem seria utilizar-se de outros algoritmos conservando a
filosofia clássica. E isso, repito, jamais foi feito por físico moderno
algum. Como não se observou a filosofia clássica e não se colocou nada no
lugar (a não ser uma filosofia de botequim), na realidade criaram-se
algoritmos que se adequam às medições sem implicarem numa física. Ou seja, a
física foi substituída integralmente por uma matemática que dá certo e que
jamais vai explicar coisa alguma. Séculos passarão e a profecia de
Heisenberg jamais se concretizará pela via apontada.

> As previsões clássicas não explicariam a ocorrência de tal efeito.

Corrijo: os algoritmos clássicos até então utilizados é que não explicariam
tais efeitos. Hoje existem algoritmos a explicarem esses efeitos
classicamente e isso não é achismo.

> >A física quântica não explica nada e sequer os quânticos sabem o
> >significado daquilo que eles dizem conseguir medir com uma "precisão
> >de 10 ou mais casas decimais".
> Para que serve uma explicação que agrada a uns e não está de acordo com o
> que se observa na natureza?

Para que serve uma "explicação" que está em acordo com o que se observa na
natureza e que não agrada a ninguém a não ser pelo fato de atrair verbas dos
fundos financiadores de pesquisa? Perceba bem que coloquei explicação entre
aspas pois como já disse a física quântica não explica nada e até hoje
ninguém aqui na ciencialist conseguiu derrubar esse meu "achismo", o que em
teoria parece-me ser algo bastante simples.

> Eu respondo: Serve para afiar nosso raciocínio bem como entender os
> argumentos que levam para a mais precisa.
> É claro que se você pensa que uma teoria mais precisa não é a melhor,
> gostaria de entender o porquê.

Física é o estudo da natureza e a natureza é o que é e não o que gostaríamos
que fosse. Aí talvez resida uma das diferenças fundamentais entre física e
matemática. A matemática, como linguagem, é 100% criada pelo homem.
Obviamente, após a criação acaba se limitando mas nada impede que seja
reconstruída com outras bases (aliás, isso é bastante comum). A física
estuda o que já está construído [não me pergunte por quem :-)) ]. Não se
cria uma física, simplesmente decifra-se ou não os mistérios que a natureza
encerra.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Ciência e capitalismo
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 19/03/2001 01:31



L
> |Além do mais, há uma certa ingenuidade
> | na afirmação de que todos os políticos são iguais e que tal classe deva
> | ser extinguida.
>
> Cite 10 políticos honestos. 5 já seria de bom tamanho ... tá, fica por 3! E arque com seu endosso!
>
Bem, vou citar 10. Obviamente algum deles pode ser desonesto e eu não
saber. Assim como posso ser traído um dia por algum amigo(a) meu. Além
disso, a partir dos nomes citados tornar-se-á pública a minha tendência
política, não é essa a exposição que eu deveria ter em uma lista aberta
como essa. De qq maneira, cito os nomes:

José Genoíno, José Dirceu, Eduardo Jorge e Lula (todos do PT-SP)
Olívio Dutra e Tarso Genro (PT-RS)
Saturnino Braga (PSB-RJ), Jandira Fegalli (PC do B-RJ)
Marina Silva (PT-AC), Marcelo Déda (PT-SE)

> |Em uma sociedade democrática, é necessária a existência
> | de políticos profissionais para que os diversos interesses possam ser
> | contemplados e confrontados nas esferas de poder. Obviamente, todos
> | deveriam ser fiscalizados constantemente e punidos quando cometessem
> | desonestidades ademais o pensamento de que todos os políticos não
> | prestam e que devemos nos afastar de tal atividade é extremamente
> | interessante para a classe dominante.
>
> * desonestidade ademais* ou 'desonestidade demais'?

desonestidade, ademais :) (qq desonestidade deve ser punida
proporcionalmente)

> Entenda meu ponto de vista, para ser engenheiro tem de fazer um Curso de Engenharia, tal a responsabilidade da profissão, idem para a Medicina e todas as demais profissões sérias e condignas. Por que o político não tem de fazer nada disso? Por que a profissão não é séria, não há responsabilidade? Acabou o mandado acabou a construção? Seria esse o pensamento de um engenheiro?
> Quem for fazer política deveria fazer um Curso Superior de Política, com 7 anos, no mínimo! Nesse Curso vc imagina só quanta coisa deverá ser ensinada. Ah! tem mais, para não falar que é curso ' eletizante ', fica excluído o tal vestibular ... mas só sairá com diploma sob o sovaco quem tiver realmente todas as condições de atender a comunidade que o elegeu. Isso eliminaria muitos problemas de candidatura esdrúxulas como muitos nomes que aparecem nas eleições.

Discordo. De cara se limitaria o acesso a política de pessoas oriundas
de classes menos favorecidas. A menos de medicina, engenharia e direito
(mais alguma que eu não me recordo), o profissional não deve ser formado
em um curso específico para exercer a sua profissão. Um físico, por ex,
pode ser formado em qq coisa mas deve saber (teoricamente) fazer física.

Acho um absurdo, por exemplo, que os jornalistas devam ser formado em
jornalismo. Além de fazer com que se criem inúmeras faculdades de quinta
categoria na área diminui o nível dos profissionais dessa área.

Por outro lado, a idéia de um parlamento é representar os diversos
segmentos da sociedade no diálogo com o poder. Obrigar os políticos a
seguirem uma linha teórica universitária vai contra todo o ideal de
democracia.

>
> | Como estamos em uma lista de ciências cabe um comentário. Penso que os
> | cientistas não podem se alienar em hipótese alguma da política porque é
> | através dela que se briga para liberação de verbas para a pesquisa e
> | educação, que se pode luta para que a ciência nesse país seja levada à
> | sério e que se procura evitar o mau uso de descobertas científicas (como
> | a bomba atômica, por ex.). Eu sei que a situação atual é complicada mas,
> | vamos fazer o quê, caçar um ditador num laboratório?
>
> Com a classe política atual (e anterior), sem ter passado pelos crivos do Curso acima referido, tais verbas são oferecidas como 'esmolas' e não como recurso da base de uma nação. Social e Educação não são as metas políticas, fazem isso esporadicamente apenas para garantir a próxima eleição.
> O mau uso da tecnologia não está no continente e sim no conteudo, a Educação teria erradicado isso.
>
> Geneticamente só vejo um traço humano natural á espécie, a ignorância. Todas nascem ignorantes, alguns maus fatores fenotípicos tornam, alguns, políticos :-))) (ou advogados ... degrau básico da maioria deles):-)))))
>
> []'
> Léo
> ====================

O polegar opositor é um traço comum aos seres humanos..:P É engraçada e
até popular a sua opinião sobre os políticos mas são idéias como essa
que mantêm o mesmo grupo de políticos no poder há décadas no Brasil.
Seria bem melhor que pessoas bem intencionadas como vc se interessassem
por política.

um abraço, Eduardo.


SUBJECT: Re: [ciencialist] física quântica
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 19/03/2001 01:51



Luiz Ferraz Netto wrote:
>
> Olá Rodrigo e amigos,
> apreciaria seriamente saber onde é que a 'física clássica' (ou antiga, ou não-moderna, ou primata) não explica o funcionamento dos transistores de efeito de campo (FET).
> Estou agora com um IRF640 em mãos para a montagem de uma ponte-H com controle PWM e estou 'enxergando' exatamente o que ele faz e como funciona ... e não nada 'quântico no meio disso tudo!

Oi,

como não sou especialista em eletrônica, me comprometo a estudar um
transistor para explicar o seu funcionamento. De qq maneira, adianto que
o grande problema está nos semicondutores. Aliás, como a física clássica
explica que um condutor é um condutor? Creio que a física clássica seja
impotente quando nos referimos à propriedades microscópicas dos
materiais. De cristais a átomos em cadeia.

> Aliás, se eu trocar um FET de potência por outros transistores bipolares a coisa continuará funcionando ... e como os bipolares são explicados pela física clássica, e são equivalentes aos FETs, então, a física quântica é equivalente á física clássica?
> E tem mais, posso troca-los ainda por duas válvulas 6V6 e continuará funcionando ... as válvulas todas são facilmente explicadas pela física clássica .... logo ....
> []'
> Léo
> ================

Eu posso trocar uma usina hidrelétrica por uma nuclear e continuar
gerando energia elétrica, logo a força nuclear é equivalente ao
eletromagnetismo de Maxwell...

[]s Eduardo.


SUBJECT: Re: física quântica
FROM: holanda_lb@zipmail.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 19/03/2001 03:22

"Alberto Mesquita Filho"
> Concordo. Como também concordo que quando se diz que não se consegue
> explicar certos fenômenos, como por exemplo, o efeito túnel, usando
>a interpretação clássica, está-se também caindo num puro achismo.

Concordo. Mostre-nos como se faz isso ou quem conseguiu
fazer que adoraria saber como (eu, particularmente, vivo tentando e
não consigo).

"Alberto Mesquita Filho"
> Acontece que os físicos clássicos, como também os primeiros
> "modernos", estão (ou estavam) cientes dessa ignorância. E os
>físicos modernos atuais, embora pratiquem uma ciência autêntica, são
>enganadores pois impedem que outros pratiquem ciências outras tão
>boas ou melhores do que aquela que eles pretendem conservar, a
>despeito de não mais se justificar e/ou conseguir manter-se de pé.

Você confunde algumas coisas. Deixe-me corrigí-lo:

1 - não existem físicos "clássicos" ou "modernos". Existem cientistas
que estudam a física. Enquanto alguns tentam dar abordagens clássicas,
outros, preferem tentar dar uma abordagem quântica.

2 - não confunda conservadores com céticos. O ceticismo faz parte da
ciência. Ou você acha que devemos concordar com qualquer teoria
que apareça por aí? Se a teoria for ao menos condizente com o
observado ela fica. Os pilares sobre os quais a abordagem
moderna se sustenta está lá até hoje. Se você reclama que os físicos
não dão valor a certas abordagens alternativas tente ver se elas são
razoáveis no quesito descrição e previsão... garanto que chegará a
conclusões que não está conseguindo ver no momento.


"Alberto Mesquita Filho"
>São meros criadores de nomes: incerteza, dualidade, túnel, órbitas
>permitidas, vácuo quântico, fóton virtual... Nada disso foi explicado
>...

O que você chama de explicação tem a ver com modelos. Nos
modelos estão contidos achismos como o seu. Ninguém disse que a
abordagem moderna daria um único modelo: para determinados casos
existem mais de um... mas com relação ao caráter de como uma
partícula se comportaria e quando, a abordagem moderna é mais
eficiente. Pensar o contrário, no momento, é puro achismo.

"Alberto Mesquita Filho"
>Se você acha que a física quântica é muito boa por ter durado um
>século de grandes decepções,

Aqui você mostra que está mal informado. Nada a ver o que
disse.

> eu digo, seguindo sua linha de raciocínio, que a física clássica é
>muito melhor pois está de pé há 400 anos sem que quântico algum
>consiga visualizar o mínimo defeito.

Nada a ver. Mas, se prefere se iludir e criar suas
próprias verdades, fique a vontade.

> Pois a grande maioria dos físicos modernos acredita que física é
>matemática.

Não faz sentido o que diz. Não sei como consegue fazer,
ou de onde consegue tirar, esse tipo de conclusão.


"Alberto Mesquita Filho"
> > > Gostaria de saber o que é que a física quântica "REALMENTE
> > >EXPLICA",

"Leandro"
> > Corrigindo: ela faz previsões com precisão maior.

"Alberto Mesquita Filho"
>
> Isto é conseqüência do óbvio. Ela apoia-se na física clássica a
> fazer uma previsão x.

É óbvio que você está enganado.


"Alberto Mesquita Filho"

>Perceba bem que coloquei explicação entre aspas pois como já disse a
>física quântica não explica nada e até hoje ninguém aqui na
>ciencialist conseguiu derrubar esse meu "achismo", o que em teoria
>parece-me ser algo bastante simples.

Então tente:

1 - Não ficar numa posição dogmática.

2 - Não confie tanto na sua abordagem. Seja humilde, pelo menos para
admitir que você poderia estar enganado. Assim, quando você topar com
algo que esteja contra a sua posição filosófica, agirá com maior
imparcialidade.

Abraços
Leandro.



SUBJECT: Re: Fisica Quantica
FROM: holanda_lb@zipmail.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 19/03/2001 03:34

"Alberto Mesquita Filho"
> [...] os físicos modernos atuais, embora pratiquem uma ciência
> autêntica, são enganadores pois impedem que outros pratiquem >
>ciências outras tão boas ou melhores do que aquela que eles
>pretendem conservar, a despeito de não mais se justificar e/ou
>conseguir manter-se de pé.
[...]
>São meros criadores de nomes: incerteza, dualidade, túnel, órbitas
>permitidas, vácuo quântico, fóton virtual... Nada disso foi explicado
>...
Seguindo seu raciocínio existiriam os físicos "aristotélicos"
aqueles que pensariam como você: os físicos modernos não dão valor a
uma física tão "bela". Dirão que os físicos "modernos", junto com os
"clássicos", não permitem que eles estudem. Afinal, a abordagem
clássica, e pior: faz descrições e previsões imprecisas. Assim,
todos são preguiçosos: desistirão de uma física milenar sem
provar que ela estava errada!
Está conseguindo ver o erro em seu raciocínio?

Abraços
Leandro.





SUBJECT: Re: [ciencialist] Sentidos, vibrações e frequências
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 19/03/2001 10:01

Olá "Iniciado" e listeiros

Iniciado escreve:|
| Amigos listeiros, há cerca de três anos perdi uma lista que continha
| um índice de correspondências de frequências vibratórias cujas oitavas
| estavam relacionadas a sentidos humanos e ondas conhecidas. Vou dar um
| exemplo:
|
| ... = outros tipos de raios, ondas e frequências conhecidas, que
| também gostaria de saber.
|
| ...

Iniciado, em sua lista há uma mistura de ondas mecânicas e ondas eletromagnéticas. Relativas aos sentidos humanos as mecânicas 'percebidas' são só as sonoras dentro da faixa audível (estou excluíndo as perturbaçòes mecânicas de baixa frequencia tais quais um soco no olho ou uma pancada na cabeça!) e, dentre as eletromagnéticas temos a faixa de luz visível e 'ondas de calor' que sentimos na pele.
As demais não sensibilizam nenhum sensor humano, tais como as ondas de rádio (se bem que já ouvi falar que um personagem escutava música de uma estação de rádio e a deteção era feita por um amalgama de uma obturação!?).
Para ter a relação de todas as ondas, 'classificadas' por faixas, basta consultar Acústica e Espectro Eletromagnético na Web.

Não estranhe se, entre as ondas de rádio, achar termos como 'ondas tropicais' e 'ondas temperadas' ... nada tem a ver com essas denominações; a escala 'bem temperada' de Bach tb não afeta o paladar1 :-)))

[]'
Léo





SUBJECT: Problemas com email
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 19/03/2001 12:47

Luis Brudna,
O provedor teve problemas e ficou uns dias fora do ar.

Talvez isso tenha acontecido com todos que usem o provedor da USP.

Percebi q nao estou mais recebendo mensagens de nehuma lista.

Vc poderia me colocar na CienciaList de novo ?
Obrigado
jocax



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: física quântica
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 19/03/2001 13:19

holanda_lb@zipmail.com.br wrote:
> "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@u...> wrote:
> > Então porque ninguém explica "correctamente"? A meu ver, dizer que
> > explica-se pelo "efeito túnel" é uma enganação semântica [...]
>
> Efeito túnel é quando, classicamente, partículas não teriam
> energia cinética suficiente para vencer uma dada barreira potencial,
> mas mesmo assim, em experiências tipo espalhamente, ela é detectada
> passando pela barreira. Isso implica que nossa abordagem clássica
> teria que ser alterada. A abordagem que melhor se adequa é a
> da quântica; que descreve na forma de previsões mais precisas sobre a
> estatística das partículas refletidas, ou que ficaram presas ao
> potencial, e das que tunelariam.
> As previsões clássicas não explicariam a ocorrência de tal
> efeito.

A gente já disse isto, mas o Alberto é muito cabeça dura :-)

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SUBJECT: Re: cor
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 19/03/2001 13:26

Luiz Ferraz Netto wrote:
> O item (a) é um absurdo 'óptico', ferindo a independência da luz. A interferência (se as condições forem adequadas) ocorre apenas na região do 'cruzamento' ou superposição, passada essa região, cada raio (onda) continua seu trajeto sem qualquer alteração.
> Seria very interessante um raio de luz vermelha encontrar um raio de luz azul e como resultante (?)(regra do paralelogramo?) sair um raio de luz verde (ou outra cor qqr). A espectroscopia cairia do pedestal na hora!
> Léo

É verdade.

Estava meditando mais seriamente sobre o assunto e percebi que a mistura
de cores se dá no olho e não na luz. Acho que devia ter fumado uma
verdinha quando respondi o email anterior :-)

[]s
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SUBJECT: Re: [ciencialist] física quântica
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 19/03/2001 13:30

Luiz Ferraz Netto wrote:
> Estou agora com um IRF640 em mãos para a montagem de uma ponte-H com controle PWM e estou 'enxergando' exatamente o que ele faz e como funciona ... e não nada 'quântico no meio disso tudo!

Mas o modo como um transistor funciona externamente não tem nada a ver
como ele funciona internamente. Seria o mesmo que dizer que uma lanterna
é igual a uma fogueira.

[]s
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SUBJECT: Re: [ciencialist] física quântica
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 19/03/2001 13:41

Alberto Mesquita Filho wrote:
> Gostaria de saber o que é que a física quântica "REALMENTE EXPLICA", sem
> enganações semânticas, e qual o sentido que se dá ao se dizer que algo
> "REALMENTE" não é explicado pela física clássica. Digo isso pois sou autor
> de uma teoria a meu ver 100% clássica (é possível que esteja enganado a
> respeito) e que explica muita coisa que diz-se abertamente que a física
> clássica não explica.

Me voltou na cabeça aquela história das fendas. Sua teoria diz que o
elétron passa em uma fenda e que uma informação eletromagnética [iem]
atravessa a outra gerando o padrão de interferência.

Bem. A quântica diz o seguinte, o elétron atravessa as duas fendas ao
mesmo tempo.

A não ser que eu tenha sido enganado pela sua semântica eu me questiono:
Qual é a diferença?

[]s
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Ciência e capitalismo
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 19/03/2001 13:51

Eduardo Gueron wrote:
> De qq maneira, cito os nomes:
> José Genoíno, José Dirceu, Eduardo Jorge e Lula (todos do PT-SP)

Não se pode dizer que o Lula seja um polício honesto porque ele nunca
ocupou um cargo político.

==========================================================
TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Ciência e capitalismo
FROM: Eduardo <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 19/03/2001 14:56

TARCISIO BORGES wrote:

> Eduardo Gueron wrote:
> > De qq maneira, cito os nomes:
> > José Genoíno, José Dirceu, Eduardo Jorge e Lula (todos do PT-SP)
>
> Não se pode dizer que o Lula seja um polício honesto porque ele nunca
> ocupou um cargo político.

Oi,

foi deputado federal constituinte.

Eduardo.



SUBJECT: Re: [ciencialist] física quântica
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 19/03/2001 15:57

>Me voltou na cabeça aquela história das fendas. Sua teoria diz que o
>elétron passa em uma fenda e que uma informação eletromagnética [iem]
>atravessa a outra gerando o padrão de interferência.

>Bem. A quântica diz o seguinte, o elétron atravessa as duas fendas ao
>mesmo tempo.

Acrescento: Sem se dividir.

>A não ser que eu tenha sido enganado pela sua semântica eu me questiono:
>Qual é a diferença?

A MQ não trata electrões. Trata fluxos de electrões. E nessas condições, e
apenas nessas, a MQ se aplica.
A MQ não se aplica a electrões isolados. Bom, pelo menos nunca a vi aplicada
dessa forma...por acaso gostava...(uma máquina que emitisse um electrão de
cada vez ...)

Portanto, a modelação, e sublinho modelação, da MQ é para um feixe de
electrões como para um feixe de luz.
Agora, sobre partículas isoladas ... hehehehe ai a coisa é pior.

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda



SUBJECT: Re: [ciencialist] Ciência e capitalismo
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 19/03/2001 16:08


| Eduardo:
| > |Além do mais, há uma certa ingenuidade
| > | na afirmação de que todos os políticos são iguais e que tal classe deva
| > | ser extinguida.
| >
Léo:
| > Cite 10 políticos honestos. 5 já seria de bom tamanho ... tá, fica por 3! E arque com seu endosso!
| >
| Bem, vou citar 10. Obviamente algum deles pode ser desonesto e eu não
| saber. Assim como posso ser traído um dia por algum amigo(a) meu. Além
| disso, a partir dos nomes citados tornar-se-á pública a minha tendência
| política, não é essa a exposição que eu deveria ter em uma lista aberta
| como essa. De qq maneira, cito os nomes:
|
| José Genoíno, José Dirceu, Eduardo Jorge e Lula (todos do PT-SP)
| Olívio Dutra e Tarso Genro (PT-RS)
| Saturnino Braga (PSB-RJ), Jandira Fegalli (PC do B-RJ)
| Marina Silva (PT-AC), Marcelo Déda (PT-SE)

Sem comentários:-)) Mas, vou lembrar-me disso nos próximos 5 anos!
|
| > |Em uma sociedade democrática, é necessária a existência
| > | de políticos profissionais para que os diversos interesses possam ser
| > | contemplados e confrontados nas esferas de poder. Obviamente, todos
| > | deveriam ser fiscalizados constantemente e punidos quando cometessem
| > | desonestidades ademais o pensamento de que todos os políticos não
| > | prestam e que devemos nos afastar de tal atividade é extremamente
| > | interessante para a classe dominante.
| >
| > * desonestidade ademais* ou 'desonestidade demais'?
|
| desonestidade, ademais :) (qq desonestidade deve ser punida
| proporcionalmente)

Políticos profissionais só se conseguem mediante estudos e esforços, não na técnica da 'tentativa' e 'muitos erros'. Para ser profissão deve, como as demais profissões sérias, ser regulamentada.
|
| > Entenda meu ponto de vista, para ser engenheiro tem de fazer um Curso de Engenharia, tal a responsabilidade da profissão, idem para a Medicina e todas as demais profissões sérias e condignas. Por que o político não tem de fazer nada disso? Por que a profissão não é séria, não há responsabilidade? Acabou o mandado acabou a construção? Seria esse o pensamento de um engenheiro?
| > Quem for fazer política deveria fazer um Curso Superior de Política, com 7 anos, no mínimo! Nesse Curso vc imagina só quanta coisa deverá ser ensinada. Ah! tem mais, para não falar que é curso ' eletizante ', fica excluído o tal vestibular ... mas só sairá com diploma sob o sovaco quem tiver realmente todas as condições de atender a comunidade que o elegeu. Isso eliminaria muitos problemas de candidatura esdrúxulas como muitos nomes que aparecem nas eleições.
|
| Discordo. De cara se limitaria o acesso a política de pessoas oriundas
| de classes menos favorecidas.

Que não têm qualquer profissionalismo na coisa, não têm argumentos lógicos e são facilmente 'domadas' pelos espertalhões cobras criadas.


A menos de medicina, engenharia e direito
| (mais alguma que eu não me recordo), o profissional não deve ser formado
| em um curso específico para exercer a sua profissão. Um físico, por ex,
| pode ser formado em qq coisa mas deve saber (teoricamente) fazer física.

Sem comentários. "profissional NÃO deve ser formado ... para exercer uma profissão" é proposição que fura tudo da mais remota noção que tenho de profissional e profissão. E o que a turma do Direito, que privilégio tem em relação ás outras profissões bem mais sérias e científicas?

|
| Acho um absurdo, por exemplo, que os jornalistas devam ser formado em
| jornalismo. Além de fazer com que se criem inúmeras faculdades de quinta
| categoria na área diminui o nível dos profissionais dessa área.

Sem comentários. Isso fere minha tecla de comentários.

|
| Por outro lado, a idéia de um parlamento é representar os diversos
| segmentos da sociedade no diálogo com o poder. Obrigar os políticos a
| seguirem uma linha teórica universitária vai contra todo o ideal de
| democracia.

Quase pergunto: E onde está a democracia?
|
| >
| > | Como estamos em uma lista de ciências cabe um comentário. Penso que os
| > | cientistas não podem se alienar em hipótese alguma da política porque é
| > | através dela que se briga para liberação de verbas para a pesquisa e
| > | educação, que se pode luta para que a ciência nesse país seja levada à
| > | sério e que se procura evitar o mau uso de descobertas científicas (como
| > | a bomba atômica, por ex.). Eu sei que a situação atual é complicada mas,
| > | vamos fazer o quê, caçar um ditador num laboratório?
| >
| > Com a classe política atual (e anterior), sem ter passado pelos crivos do Curso acima referido, tais verbas são oferecidas como 'esmolas' e não como recurso da base de uma nação. Social e Educação não são as metas políticas, fazem isso esporadicamente apenas para garantir a próxima eleição.
| > O mau uso da tecnologia não está no continente e sim no conteudo, a Educação teria erradicado isso.
| >
| > Geneticamente só vejo um traço humano natural á espécie, a ignorância. Todas nascem ignorantes, alguns maus fatores fenotípicos tornam, alguns, políticos :-))) (ou advogados ... degrau básico da maioria deles):-)))))
| >
| > []'
| > Léo
| > ====================
|
| O polegar opositor é um traço comum aos seres humanos..:P

Por curiosidade. O Lula perdeu o polegar opositor?

É engraçada e
| até popular a sua opinião sobre os políticos mas são idéias como essa
| que mantêm o mesmo grupo de políticos no poder há décadas no Brasil.
| Seria bem melhor que pessoas bem intencionadas como vc se interessassem
| por política.

Sim, vou interessar-me por política ... assim que se tornar uma profissão regulamentada, acadêmica e séria.
Obs: Não é por isso que não me interesso pela profissão de pedreiro, encanador, eletricista e pintor ... há outros argumentos bem diferentes!

Bandeira: "Jamais re-eleja políticos. Acabemos com essa raça!". Se o mundo evoluir direitinho, como penso, a espécie 'homo politicus' estará extinta em duas gerações!

[]'
Léo
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|
| um abraço, Eduardo.
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SUBJECT: Re: [ciencialist] 8 ou 80
FROM: TARCISIO BORGES <TBORGES@BSI.COM.BR>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 19/03/2001 16:14

Eduardo wrote:
> ha algumas mensagens de que eu so tomo conhecimento gracas aos "replies" entretanto existem outras que chegam dobradas... Isso esta acontecendo com todo mundo?

Comigo felizmente não. Recentemente tive problemas com meu messenger,
mas era porque havia algo em torno de vinte mil emails no lixo :-)

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TARCISIO BORGES - Fisica / UFPR - tborges@bsi.com.br
http://www.bsi.com.br/~tborges/ - tbs97@fisica.ufpr.br
==========================================================


SUBJECT: 8 ou 80
FROM: Eduardo <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 19/03/2001 17:13

Oi,

ha algumas mensagens de que eu so tomo conhecimento gracas aos "replies" entretanto existem outras que chegam dobradas... Isso esta acontecendo com todo mundo?

[] Eduardo.



SUBJECT: Re: [ciencialist] fisica quantica
FROM: manuelbulcao@aol.com
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 19/03/2001 18:54

Ola,

Sergio tarboda escreveu: A MQ não trata electroes. Trata fluxos de electroes.
E nessas condicoes, e apenas nessas, a MQ se aplica. A MQ nao se aplica a
electroes isolados. Bom, pelo menos nunca a vi aplicada dessa forma...por
acaso gostava...(uma maquina que emitisse um electrao de cada vez ...)

Manuel: Pois as informacoes que tenho sao que, na versao eletronica da dupla
fenda de Young, a fonte eh planejada para lancar um eletron de cada vez. No
livro 'A Flecha do Tempo', Peter Coveney e Roger Highfield escrevem: <<O
quadro perturbador do mundo descrito pela teoria quantica pode ser
exemplificado pela experiencia bastante simples (...) A fonte eh planejada de
modo a lancar um eletron de cada vez na fenda dupla que ha no anteparo, atras
do qual fica uma tela fluorescente que anuncia a chegada de um eletron com um
clarao de luz. Na experiencia forma-se uma configuracao de interferencia na
tela em que o numero de eletrons registrados aumenta e diminui dependendo da
posicao da tela. (...) Do mesmo modo que as ondas concentricas formadas na
agua de uma poca interferem uma sobre a outra, as de eletrons tambem formam
na tela uma configuracao de interferencia caracteristica que consiste em
cristas e nos de intensidade, como ficou demonstrado.>> (Ed. Siciliano; 1993;
p. 107)

Abracos,
Manuel Bulcao


SUBJECT: Re: [ciencialist] fisica quantica
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 19/03/2001 19:56


>Manuel: Pois as informacoes que tenho sao que, na versao eletronica da
dupla
>fenda de Young, a fonte eh planejada para lancar um eletron de cada vez. No
>livro 'A Flecha do Tempo', Peter Coveney e Roger Highfield escrevem: <<O
>quadro perturbador do mundo descrito pela teoria quantica pode ser
>exemplificado pela experiencia bastante simples (...)

A experiência que descreves é teórica. Eu nunca vi, como disse , gostaria,
de ver , uma fonte de electrões singulares (já agora uma de fotões
singulares tb ) .
A experiência que descreves não é realizada na prática. Se sim, por favor
digam-me como.
Não prática trabalhas com feixes e electrões e não com electrões individuais
.

( bom, e com base nisto é simples entender pq os electrões parecem ter um
comportamento periódico como as ondas .... entendem ? o o o o o o
o o o o o Isto é um feixe de electrões ou um só electrão com padrão
(periodo) espacial ? :-)) )

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda



SUBJECT: Re: [ciencialist] fisica quantica
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 19/03/2001 19:57

Olás,
a respeito dessa thread copio:

"2.3 The Particle Wave Dualism (Duality)

The Basic Particles are bound to each other by a field. Of course, this field is not only existent in the area between these particles but in every direction around. Since the Basic Particles are orbiting, this field is an alternating field. It surrounds all elementary particles which are composed by Basic Particles, and it oscillates according to the consideration above with the de Broglie frequency.

If, in a scattering experiment, an elementary particle approaches an obstacle like a hole or a double slot, the field surrounding the particle will built an interference structure. This interference structure will guide the elementary particle, because its constituents, the Basic Particles, are completely destined by this field. So it is clear that, when the elementary particles are registered in some way behind the obstacle, they will not built a shadow-like picture of the obstacle but an interference image. Therefore the experimenting person will have the impression, that not a particle was registered but a wave.

So the particle wave dualism finds a simple explanation. (Remark: The picture below is of course not to scale; the diameter of the elementary particle is in practice by several orders of magnitude smaller than the slot.)

=================================================================
[ texto completo e figura (muito interessante) está em: http://www.ag-physics.de/ ]
=================================================================

NOTE:

This concept of the Basic Model of matter was presented initially at the Spring Conference of the German Physical Society (Deutsche Physikalische Gesellschaft) on 24 March 2000 in Dresden

by Dr. Albrecht Giese, cc@ag-physics.de "

[]'
Léo
========================


-----Mensagem Original-----
De: <manuelbulcao@aol.com>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: segunda-feira, 19 de março de 2001 18:54
Assunto: Re: [ciencialist] fisica quantica


Ola,

Sergio tarboda escreveu: A MQ não trata electroes. Trata fluxos de electroes.
E nessas condicoes, e apenas nessas, a MQ se aplica. A MQ nao se aplica a
electroes isolados. Bom, pelo menos nunca a vi aplicada dessa forma...por
acaso gostava...(uma maquina que emitisse um electrao de cada vez ...)

Manuel: Pois as informacoes que tenho sao que, na versao eletronica da dupla
fenda de Young, a fonte eh planejada para lancar um eletron de cada vez. No
livro 'A Flecha do Tempo', Peter Coveney e Roger Highfield escrevem: <<O
quadro perturbador do mundo descrito pela teoria quantica pode ser
exemplificado pela experiencia bastante simples (...) A fonte eh planejada de
modo a lancar um eletron de cada vez na fenda dupla que ha no anteparo, atras
do qual fica uma tela fluorescente que anuncia a chegada de um eletron com um
clarao de luz. Na experiencia forma-se uma configuracao de interferencia na
tela em que o numero de eletrons registrados aumenta e diminui dependendo da
posicao da tela. (...) Do mesmo modo que as ondas concentricas formadas na
agua de uma poca interferem uma sobre a outra, as de eletrons tambem formam
na tela uma configuracao de interferencia caracteristica que consiste em
cristas e nos de intensidade, como ficou demonstrado.>> (Ed. Siciliano; 1993;
p. 107)

Abracos,
Manuel Bulcao


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SUBJECT: Re: [ciencialist] fisica quantica
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 19/03/2001 21:07


----- Original Message -----
From: Sérgio Taborda <

>
> >Manuel: Pois as informacoes que tenho sao que, na versao eletronica da
> dupla
> >fenda de Young, a fonte eh planejada para lancar um eletron de cada vez.
No
> >livro 'A Flecha do Tempo', Peter Coveney e Roger Highfield escrevem: <<O
> >quadro perturbador do mundo descrito pela teoria quantica pode ser
> >exemplificado pela experiencia bastante simples (...)
>
> A experiência que descreves é teórica. Eu nunca vi, como disse , gostaria,
> de ver , uma fonte de electrões singulares (já agora uma de fotões
> singulares tb ) .
> A experiência que descreves não é realizada na prática. Se sim, por favor
> digam-me como.
> Não prática trabalhas com feixes e electrões e não com electrões
individuais

Há experiências com fótons individuais, citiadas em vários textos.
Infelizmente agora não tenho as referências à mão, mas tenho um livro aqui,
"Quantum measurement", de Vladimir B. Braginsky e Farid Ya. Khalili
(Cambridge university press), que fala sobre isso. Cita o seguinte:
"Recently, L. Mandel and S. Hong have succeeded in preparing a photon in a
monophotonic state". Isso significa um pulso de onda eletromagnética
constituída por um único fóton. A referência que ele dá é: C. K. Hong e L.
Mandel, Physical Review Letters volume 56, página 58 (1986). Uma fonte de
fótons dessas é capaz de implementar a experiência pedida pelo Sérgio
Taborda.

Belisário




SUBJECT: Re: [ciencialist] fisica quantica
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 19/03/2001 21:09


----- Original Message -----
From: Luiz Ferraz Netto

> Olás,
> a respeito dessa thread copio:
>
> "2.3 The Particle Wave Dualism (Duality)
>
> The Basic Particles are bound to each other by a field. Of course, this
field is not only existent in the area between these particles but in every
direction around. Since the Basic Particles are orbiting, this field is an
alternating field. It surrounds all elementary particles which are composed
by Basic Particles, and it oscillates according to the consideration above
with the de Broglie frequency.
>
> If, in a scattering experiment, an elementary particle approaches an
obstacle like a hole or a double slot, the field surrounding the particle
will built an interference structure. This interference structure will guide
the elementary particle, because its constituents, the Basic Particles, are
completely destined by this field. So it is clear that, when the elementary
particles are registered in some way behind the obstacle, they will not
built a shadow-like picture of the obstacle but an interference image.
Therefore the experimenting person will have the impression, that not a
particle was registered but a wave.
>
> So the particle wave dualism finds a simple explanation. (Remark: The
picture below is of course not to scale; the diameter of the elementary
particle is in practice by several orders of magnitude smaller than the
slot.)
>
> =================================================================
> [ texto completo e figura (muito interessante) está em:
http://www.ag-physics.de/ ]
> =================================================================
>
> NOTE:
>
> This concept of the Basic Model of matter was presented initially at the
Spring Conference of the German Physical Society (Deutsche Physikalische
Gesellschaft) on 24 March 2000 in Dresden
>
> by Dr. Albrecht Giese, cc@ag-physics.de "
>
> []'
> Léo
> ========================

Vejo problemas sérios na abordagem do Giese, ou então não entendi o que
ele disse.

Vejamos:

O campo ao redor do elétron é eletromagnético. Uma onda constituída por
esse campo é uma onda eletromagnética. O cara diz: "If, in a scattering
experiment, an elementary particle approaches an obstacle like a hole or a
double slot, the field surrounding the particle will built an interference
structure." Essa "interference structure", sendo constituída só de campo, é
uma onda eletromagnética, que viaja com uma velocidade "c". Em seguida, ele
diz: "This interference structure will guide the elementary particle,
because its constituents, the Basic Particles, are completely destined by
this field." Ora, o cara parece pretender que a onda eletromagnética gerada
pelo fato de o campo ser parcialmente bloqueado quando o elétron passa por
um orifício irá guiar o elétron e ser responsável pelo padrão ondulatório no
anteparo. Porém, se for isso, o padrão aleatório deveria acusar ondas de
comprimento de onda equivalentes à da tal onda eletromagnética. É possível
saber o comprimento de onda através da distância entre duas cristas no
padrão no anteparo. Entretanto, experimentalmente o padrão acusa
comprimentos de onda relativos ao comprimento de de Broglie do elétron. Só
um fóton de raios gama (meio megaelétron-volt) poderia ter um comprimento de
onda igual ao do elétron. Imagino que o autor não pretenda que um elétron
passando por um orifício vá sair soltando raios gama...

Além disso, nem sempre que um elétron passa por duas fendas aparece uma
figura de interferência no anteparo. Quando colocamos um detector para
identificar por qual fenda o elétron passou, o padrão de interferência é
destruído. Como será que o autor explica isso invocando a interação com o
campo...?

Se isso ainda não foi convincente, repare o seguinte: o fenômenos acima,
considerado quantitativamente, contém a constante de Planck h. É uma
constante fundamental da natureza, até onde sabemos. Se o cara diz que os
fenômenos podem ser explicados através do eletromagnetismo clássico, então
logicamente a constante h deveria poder ser derivada a partir do
eletromagnetismo clássico, função da carga do elétron, talvez o número pi,
etc.

Até,
Belisário




SUBJECT: Re: fisica quantica
FROM: holanda_lb@zipmail.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 19/03/2001 21:25

Olá Sérgio e demais membros da lista,

[Sérgio Taborda]:
[...] bom, e com base nisto é simples entender pq os
electrões parecem ter um comportamento periódico como as ondas ....
entendem ? o o o o o o o o o o o Isto é um feixe de
electrões ou um só electrão com padrão (periodo) espacial ? :-)) )


[Leandro]:
E como, nesse modelo, se encaixaria os sitemas com elétrons
ligados?
Na verdade, o comportamento ondulatório não tem a ver com
periodicidades (espaçamento) entre os elétrons (ou outra partícula,
como o fóton, nêutron,...). Os elétrons (ou outra partícula) são bem
localizados, mas a função que descreve sua posição é probabilística.
No caso das experiências com fendas, a função que representa sua
posição será aquela que mostre regiões proibidas e permitidas para o
elétron (ou outra partícula). O termo "onda" (que pode ser não
localizada num volume pequeno) ficou devido à que as regiões aonde o
fóton é proibido de ser detectado possui o mesmo padrão de
interferência das ondas.
Vale lembrar que quando uma onda se propaga ela não é algo
em si, apenas o movimento de algo. É como o efeito de chacoalhar um
lençol: o que se propaga é a onda e faz com que partes do lençol subam
e outras desçam. Se uma partícula é uma onda, como ela faria para
deslocar no vácuo, aonde não tem matéria para servir de via?
Vê-se que as partículas são localizadas.

Abraços
Leandro.



SUBJECT: Re: [ciencialist] 8 ou 80
FROM: "Douglas" <douglas.jpn@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 19/03/2001 22:40

Olá Eduardo e todos,

faz muitos meses que eu recebo todas as mensagens do ciencialist
sempre em duplicata.
[]s
Douglas.
-----Mensagem Original-----
De: Eduardo
Para: ciencialist@yahoogroups.com
Enviada em: Segunda-feira, 19 de Março de 2001 17:13
Assunto: [ciencialist] 8 ou 80


Oi,

ha algumas mensagens de que eu so tomo conhecimento gracas aos
"replies" entretanto existem outras que chegam dobradas... Isso esta
acontecendo com todo mundo?

[] Eduardo.




[Non-text portions of this message have been removed]



SUBJECT: Re: [ciencialist] fisica quantica
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 19/03/2001 23:03


> Há experiências com fótons individuais, citiadas em vários textos.
> Infelizmente agora não tenho as referências à mão, mas tenho um livro
aqui,
> "Quantum measurement", de Vladimir B. Braginsky e Farid Ya. Khalili
> (Cambridge university press), que fala sobre isso. Cita o seguinte:
> "Recently, L. Mandel and S. Hong have succeeded in preparing a photon in a
> monophotonic state". Isso significa um pulso de onda eletromagnética
> constituída por um único fóton. A referência que ele dá é: C. K. Hong e L.
> Mandel, Physical Review Letters volume 56, página 58 (1986).

Esse tipo de fonte é comumente citado, mas isso não são realmente fotões
singulares.
São impulsos (pulsos) de radiação electromagnética muito curtos, tanto em
tempo
como em "espaço que ocupam".
Se um laser normal é assim ================ ,
um laser pulsado é assim = = = = = = =

Ora não é um fotão unico.
(pelo principio de incerteza não é possivel ter fotões únicos , DpDx>h ,
DEDt >h , E e portanto p não muito bem defenidos para um fotão, londe
DE=Dp->0 , donde Dx e Dt tendem para infinito . Um fotão não é
localizável. )
Tudo isso de "onde de pulso de um fotão só" , é um abuso de linguagem.
Mas a historia era sobre electrões e não sobre fotões.

( Ah, e só para que conste da acta :-) "fotão monocromático" , implica que a
sua frequencia é bem conhecida , e portanto a sua energia ; ou vice-versa,
conforme se veja o caso )

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda





SUBJECT: Re: [ciencialist] fisica quantica
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 19/03/2001 23:15



manuelbulcao@aol.com wrote:
>
> Ola,
>
> Sergio tarboda escreveu: A MQ não trata electroes. Trata fluxos de electroes.
> E nessas condicoes, e apenas nessas, a MQ se aplica. A MQ nao se aplica a
> electroes isolados. Bom, pelo menos nunca a vi aplicada dessa forma...por
> acaso gostava...(uma maquina que emitisse um electrao de cada vez ...)
>
Oi,

a mecânica quântica trata de elétrons isolados, por exemplo quando
prevê o comportamento do elétron em torno de um átomo como Hidrogênio.
Vc poderia dizer, se quiser, que o elétron, nesse caso, está confinado
em um posso de potencial e portanto não isolado. De qq maneira, não há
nada que impeça em teoria o tratamento isolado de um elétron em mec.
quântica, o problema é puramente experimental. O exemplo citado

> Manuel: Pois as informacoes que tenho sao que, na versao eletronica da dupla
> fenda de Young, a fonte eh planejada para lancar um eletron de cada vez. No
> livro 'A Flecha do Tempo', Peter Coveney e Roger Highfield escrevem: <<O
> quadro perturbador do mundo descrito pela teoria quantica pode ser
> exemplificado pela experiencia bastante simples (...) A fonte eh planejada de
> modo a lancar um eletron de cada vez na fenda dupla que ha no anteparo, atras
> do qual fica uma tela fluorescente que anuncia a chegada de um eletron com um
> clarao de luz. Na experiencia forma-se uma configuracao de interferencia na
> tela em que o numero de eletrons registrados aumenta e diminui dependendo da
> posicao da tela. (...) Do mesmo modo que as ondas concentricas formadas na
> agua de uma poca interferem uma sobre a outra, as de eletrons tambem formam
> na tela uma configuracao de interferencia caracteristica que consiste em
> cristas e nos de intensidade, como ficou demonstrado.>> (Ed. Siciliano; 1993;
> p. 107)
>
Não li o livro e não sei a que contexto se refere este trecho
entretanto, a experiência é teoricamente possível (não sei se factível).
A dificuldade está na criação de um mecanismo que emita um elétron por
vez. Na realidade, nunca se poderá dizer que passará um elétron por vez
já que, se a fenda for mantida aberta, não será possível a medida de
frequência dos elétrons. Uma solução hipotética seria, por exemplo,
criar um processo que passe, por ex, 100 el/seg. A partir daí
poder-se-ia criar um mecanismo que mantenha as duas fendas fechadas
durante 99 centésimos e aberta no outro centésimo de segundo. Com esse
artifício, teríamos um aparato que passa 1 el/seg (o número 100 el/seg é
hipotético, o problema possui ordens de grandeza de diferença). Desta
maneira realizar-se-ia a experiência citada no trecho acima fechando uma
das fendas no centésimo de segundo destinado a abertura das duas. Não
procurei na literatura mas é possível que o que eu esteja falando seja
ridículo e alguma experiência bem mais inteligente tenha sido feita para
exemplificar o problema da fenda dupla com poucos elétrons.
Todavia é importante ressaltar que jamais saberemos quantos elétrons
passaram pela fenda dupla em um intervalo de tempo. Dizer que passa
1/seg significa que, em média, passa 1el/seg mas em um segundo podem ter
passado 1 milhão de partículas enquanto que nos outros 999.999 segundos
nenhuma passara. Além disso, não seremos capazes de distinguir qual
elétron passou.

[]s Eduardo.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: fisica quantica
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 19/03/2001 23:16


----- Original Message -----
From: <holanda_lb@zipmail.com.br>
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Tuesday, March 20, 2001 12:25 AM
Subject: [ciencialist] Re: fisica quantica


Olá Sérgio e demais membros da lista,

[Sérgio Taborda]:
[...] bom, e com base nisto é simples entender pq os
electrões parecem ter um comportamento periódico como as ondas ....
entendem ? o o o o o o o o o o o Isto é um feixe de
electrões ou um só electrão com padrão (periodo) espacial ? :-)) )


[Leandro]:
> E como, nesse modelo, se encaixaria os sitemas com elétrons
>ligados?

Num sistema de elctrões ligados , um electrão não pode estar "em cima do
outro"
Isso faz com que eles mantenham uma distância que depende da orbita que
ocupam.
Isso se traduz pelo Principio de Exclusão de Pauli. (2 e- não podem estar no
mesmo estado quantico )
Imagina uma orbita com 2 electrões , como eles teriam de estar para que não
"estivessme um sobre o outro" ?
Algo assim :

o
N
o

N é o nucleo. os electrões precisma estar em "oposição de fase"
E descrevem uma orbita. Tlv por isto, numa orbita nunca estão mais que 2
electrões :-))


> Na verdade, o comportamento ondulatório não tem a ver com
>periodicidades (espaçamento) entre os elétrons (ou outra partícula,
>como o fóton, nêutron,...).

1º , não vamso misturar os fotões nesta conversa pq os fotões são muito
especiais: não têm massa. Pelo que podem se interpenetrar (pq não são
matéria ) , os electrões não.

Os electrões , tem uma coisa chamada Comprimento de onda de Compton = h / mc
, ai tens a tua periodicidade :-) espacial . já que h e c são cosntantes
universais, este c.d.o apenas depdende da massa do electrão, logo, é
inerente ao electrão.
Mas tens outro tipo de coisas como o c.d.o de De Broglie = h/mv , que vai
dar ao mesmo.

>Os elétrons (ou outra partícula) são bem
>localizados, mas a função que descreve sua posição é probabilística.

Então não são bem localizados. Se é provavel que eu esteja em Portugal , não
é certo que eu esteja em Portugal. Repara que a tua frase não tem muito
sentido "rigoroso"


>Vê-se que as partículas são localizadas.

A MQ diz exactamente o contrario: elas não são localizadas. Apenas sabes que
estão entre um intervalo (uma caixa de potencial ), mas não sabes onde
realmente estão.
A coisa, mais localizada que tens de um electrão em MQ é o seu c.d.o ou a
orbital que ocupa, mas não , a sua posição. (mais que não seja pelo
principio de incerteza)
E outra coisa. A igualdade Função de Onda = Função densidade de
probabilidade é um postulado. Logo, pode não ser válido em geral. (na
realidade é uma desculpa matemática para encontrar a amplitude da função de
onda... mas o.k., até agora tem funcionado )

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda



SUBJECT: Re: [ciencialist] fisica quantica
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 19/03/2001 23:25



A física quântica nos faz cometer erros absurdos de português clássico.
Mas o problema, na realidade, é do servidor, do yahoogroups, do Fernando
Henrique e do presidente da Petrobrás por isso venho a público corrigir:
poÇo, um erro que eu não posso cometer...

um abrasso, ops, abraço Eduardo.


SUBJECT: Re: [ciencialist] fisica quantica
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 19/03/2001 23:28


> > Sergio tarboda escreveu: A MQ não trata electroes. Trata fluxos de
electroes.
> > E nessas condicoes, e apenas nessas, a MQ se aplica. A MQ nao se aplica
a
> > electroes isolados. Bom, pelo menos nunca a vi aplicada dessa
forma...por
> > acaso gostava...(uma maquina que emitisse um electrao de cada vez ...)
> >
> Oi,
>
> a mecânica quântica trata de elétrons isolados, por exemplo quando
> prevê o comportamento do elétron em torno de um átomo como Hidrogênio.
> Vc poderia dizer, se quiser, que o elétron, nesse caso, está confinado
> em um posso de potencial e portanto não isolado.

Exactamente. Quando disse isolado ,referia-me a Livre.
Mas o problema, notem bem, não é a teoria da MQ . Não foi por isso que
comentei o 1º post.
O Problema é a experiencia que confirme tal coisa.
A experiencia apenas confirma que um Feixe de e- tem caracter de onda. Mas
isso é +- obvio.
O que não é obvio, nem testado, é para um só , unico, electrão.

De qq maneira, não há
> nada que impeça em teoria o tratamento isolado de um elétron em mec.
> quântica, o problema é puramente experimental.

Ora nem mais
Mas atenção , não é "puro" que seja simples o tratamento isolado do
electrão.
Para já, que onda escolherias para modelar um unico electrão ?
Uma Gaussiana, dirias tu. Ok, mas com que parametros ?
Isso é mais ou menos brincar de Lego, novamente.Tentar adivinhar...


> Não li o livro e não sei a que contexto se refere este trecho
> entretanto, a experiência é teoricamente possível (não sei se factível).

Ora , foi isso mesmo que eu referia.
Onde está a experiencia que mostra electrões Unicos com comportamento de
onda ?
Até lá , serei ceptico e me fico pelas "bolinhas de newton", com massa e
carga, e essas coisas , clássicas
(já agora, como se dá massa a uma onda ?, ou carga... ? sempre dou de caras
com este problema)


> Na realidade, nunca se poderá dizer que passará um elétron por vez
> já que, se a fenda for mantida aberta, não será possível a medida de
> frequência dos elétrons.

Isso não está a preocupar agora. Só se ele passa e por onde.

> Uma solução hipotética seria, por exemplo,
> criar um processo que passe, por ex, 100 el/seg.

Esquece. Este processo é um feixe pulsado :-)
1 el / 100 s , por exemplo, é que seria algo bom para o teste.

>A partir daí
> poder-se-ia criar um mecanismo que mantenha as duas fendas fechadas
> durante 99 centésimos e aberta no outro centésimo de segundo. Com esse
> artifício, teríamos um aparato que passa 1 el/seg

Não.
Não é liquido que seja assim.

> Dizer que passa
> 1/seg significa que, em média, passa 1el/seg

Pois, médias não vale :-)


> Além disso, não seremos capazes de distinguir qual
> elétron passou.

Se só houver um, é fácil distinguir :-))

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda





SUBJECT: Re: [ciencialist] fisica quantica
FROM: holanda_lb@zipmail.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 19/03/2001 23:33

[Eduardo Gueron]
[...]A dificuldade está na criação de um mecanismo que emita um
elétron por vez. Na realidade, nunca se poderá dizer que passará um
elétron por vez já que, se a fenda for mantida aberta, não será
possível a medida de frequência dos elétrons[...]


[Leandro]

Tendo vencido a dificuldade em criar esse tal mecanismo que
emitiria um elétron por vez, para se ter certeza de que chegou
realmente um - e consequentemente, que um fora emitido - bastaria usar
como anteparo um "eletromultiplicador" que teria como base o mesmo
funcionamento de um fotomultiplicador.
Agora, como criar um mecanismo que emita um elétron por
vez, vou tentar imaginar um...

Abraços
Leandro.



SUBJECT: Re: [ciencialist] fisica quantica
FROM: holanda_lb@zipmail.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 20/03/2001 00:13

Olá Sérgio e demais membros da lista,

[Sérgio Taborda]
[...]O que não é obvio, nem testado, é para um só , unico,
electrão.


[Leandro]
Nem tão óbvio. Vou verificar se realmente não realizaram tal
experimento.


[Sérgio Taborda]
[...]Onde está a experiencia que mostra electrões Unicos com
comportamento de onda?


[Leandro]
Na verdade, a quântica prediz que TODAS as partículas são
localizadas e não espalhadas por aí. Sua posição, ou momento, ou
momento angular, ... é regido por uma função que representa a
probabilidade que de a partícula ter determinado observável.
Já fora observado o fenômeno de interferência com nêutrons -
ou seja, o fenômeno é independente da carga; além de fótons e
elétrons. Vou averiguar sobre a realização de experimentos envolvendo
uma única partícula.


[Sérgio Taborda]
[...]Até lá , serei ceptico e me fico pelas "bolinhas de
newton", com massa e carga, e essas coisas , clássicas (já agora, como
se dá massa a uma onda ?, ou carga... ? sempre dou de caras
com este problema).

[Leandro]
O fenômeno de interferência é independente de massa ou
carga.


[Eduardo Gueron]
[...]Na realidade, nunca se poderá dizer que passará um
elétron por vez já que, se a fenda for mantida aberta, não será
possível a medida de frequência dos elétrons.

[Leandro]
[...]para se ter certeza de que chegou realmente um - e
consequentemente, que um fora emitido - bastaria usar como anteparo um
"eletromultiplicador" que teria como base o mesmo funcionamento de um
fotomultiplicador.

[Sérgio Taborda]
[...]Isso não está a preocupar agora. Só se ele passa e por
onde.

[Leandro]
Isso vai contra o princípio da complentaridade: não dá para
se saber por onde a partícula passou, pois a figura de interferência é
destruída se qualquer instrumento de detecção for colocado em frente a
uma das fendas e cria-se uma distribuição tipo gaussiana.

Abraços,

Leandro





SUBJECT: Re: 8 ou 80 (administrador)
FROM: lrb@if.ufrgs.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 20/03/2001 05:01

> Olá Eduardo e todos,
>
> faz muitos meses que eu recebo todas as mensagens do ciencialist
> sempre em duplicata.
> []s
> Douglas.

O seu caso eh simples :) voce estah inscrito com duas contas de e-
mail, com douglas.jpn@terra.com.br e douglas.jpn@zaz.com.br . Eh soh
escolher com qual dos mails vc prefere ficar e me informar pelo
lrb@if.ufrgs.br .

Pra quem precisa enviar mensagens para a lista de varias contas de
e-mail (mas soh receber em uma) eh soh ir em 'My preferences' e
editar o 'Email Addresses'. Tudo isso estando registrado no sistema
YahooGroups e devidamente identificado pelo sistema (user e senha).

Duvidas e/ou reclamacoes devem ser enviadas diretamente para
lrb@if.ufrgs.br .

MEU NUMERO DE ICQ EH 19286734 .

Ateh mais.
Luis Roberto Brudna - administrador da Ciencialist.






SUBJECT: Re: [ciencialist] fisica quantica - fóton único?
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 20/03/2001 08:34


----- Original Message -----
From: Sérgio Taborda
>
> > Há experiências com fótons individuais, citiadas em vários textos.
> > Infelizmente agora não tenho as referências à mão, mas tenho um livro
> aqui,
> > "Quantum measurement", de Vladimir B. Braginsky e Farid Ya. Khalili
> > (Cambridge university press), que fala sobre isso. Cita o seguinte:
> > "Recently, L. Mandel and S. Hong have succeeded in preparing a photon in
a
> > monophotonic state". Isso significa um pulso de onda eletromagnética
> > constituída por um único fóton. A referência que ele dá é: C. K. Hong e
L.
> > Mandel, Physical Review Letters volume 56, página 58 (1986).
>
> Esse tipo de fonte é comumente citado, mas isso não são realmente fotões
> singulares.
> São impulsos (pulsos) de radiação electromagnética muito curtos, tanto em
> tempo
> como em "espaço que ocupam".
> Se um laser normal é assim ================ ,
> um laser pulsado é assim = = = = = = =
>
> Ora não é um fotão unico.
> (pelo principio de incerteza não é possivel ter fotões únicos , DpDx>h ,
> DEDt >h , E e portanto p não muito bem defenidos para um fotão, londe
> DE=Dp->0 , donde Dx e Dt tendem para infinito . Um fotão não é
> localizável. )
> Tudo isso de "onde de pulso de um fotão só" , é um abuso de linguagem.
> Mas a historia era sobre electrões e não sobre fotões.
>
> ( Ah, e só para que conste da acta :-) "fotão monocromático" , implica que
a
> sua frequencia é bem conhecida , e portanto a sua energia ; ou vice-versa,
> conforme se veja o caso )
>
> Cumprimentos,
>
> Sérgio M. M. Taborda

A incerteza na energia do fóton e o fato de não ser localizável não
implica em que se tenha um conjunto de fótons. Da mesma forma como um
elétron com incerteza na posição não implica em que haja vários elétrons,
cada um numa posição diferente.

É possível fazer com que a incerteza na energia do fóton seja bem menor
do que a energia de um único fóton, e aí sabemos que o pulso é de um fóton
único, desde que saibamos que nossa fonte é monocromática em um grau elevado
(os lasers são monocromáticos, mas, como sugere o seu texto, não
perfeitamente. Por isso a incerteza na energia subsistirá).

A história era sobre elétrons e não fótons, mas (1) o que encontrei de
cara foi com fótons; e (2) você falou que também queria saber sobre
fótons...; e (3) a situação (teórica) nesse caso para elétrons é análoga.

Até,
Belisário




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:dúvidas sobre cores
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 20/03/2001 10:49

Ahan, Rodrigo,

na 'buena', tbm nao precisamos ser agressivos.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Ciência e capitalismo
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 20/03/2001 10:58

On Mon, 19 Mar 2001, TARCISIO BORGES wrote:
> Não se pode dizer que o Lula seja um polício honesto porque ele nunca
> ocupou um cargo político.

Nao eh fato de nao ter ocupado ainda um cargo politico q. impede a
avaliacao da trajetoria de vida de alguem -- embora Lula tenha sim ocupado
o cargo de deputado federal (eh um cargo politico, ainda q. um cargo
proporcional e nao majoritario).

Uma questao q. nao ficou bem explicada foi a relacao de Lula com um
empresario amigo dele q. bancaria suas despesas pessoais. Mas confesso q.
nao estou muito a par do assunto.

Mas isso tudo nao foge um pouco demais do tema 'Ciencias'?

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Selecao de embrioes (fwd)
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 20/03/2001 11:05

Muito obrigado pelas informacoes.

Em uma lista de discussao foi dito q. na USP tais testes seriam
realizados. Como desconfiava q. isso nao seria verdade, procurei averiguar
a procedencia ou nao da afirmacao.

Muito obrigado, irei postar na referida lista essas informacoes a fim de
resolver o engano.

Sinceramente,

Roberto Takata

On Mon, 19 Mar 2001, Sandra Vianna wrote:

> Nosso serviço possue os seguintes tratamentos: IUI, FIV, ICSI.
> Para entrar em nosso serviço é preciso passar por uma Unidade Básica de
> Saúde mais próxima de sua casa, e pedir um encaminhamento para nosso
> serviço, vocês só virão aqui com a consulta préviamente agendada. Uma
> condição é que a mulher tenha no máximo até 38 anos. O tratamento é
> gratuito, porém os medicamentos não são fornecidos e ficam em torno de R$
> 2.000,00.
> Ainda não fazemos testes para detecção de anomalias genéticas, e também
> nenhuma Unidade da USP oferece.




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Alimentos "carregados"
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 20/03/2001 11:26

On Fri, 16 Mar 2001, Ricardo Gentil de Araújo Pereira wrote:
> Mais uma vez, o que me intriga é saber se há algum alergeno
> (é assim?) que cause problemas em todas as pessoas (mesmo
> que em algumas os efeitos sejam reduzidos a ponto de não serem
> notados) ou apenas as pessoas que têm alergia não devem comer
> determinado alimento.

Ricardo,

Tto o processo de digestao, como o imune -- q. esta' ligado 'as alergias
-- sao processos q. sao resultado de interacoes entre o ser e o
elementos do ambiente (alimento, alergeno). De forma q. a
'indigestibilidade' ou a 'alergenicidade' no fundo nao podem ser
creditadas apenas 'as caracteristicas do individuo ou do
alimento/alergeno.

Assim, nao consigo captar muito a diferenca do q. vc esta' propondo...

Vejamos o caso da manga. Se alguem tem mais dificuldade de digerir,
estamos considerando q. outros tEm mais facilidade de digerir -- se essas
pessoas tEm facilidade nao ha' porq considerarmos a manga 'realmente'
indigesta...

No caso do camarao, eh natural q. ele ative o sistema imunologico --
afinal, ele sendo um ser diferente de nos, possui proteinas q. nosso
sistema imune ira' reconhecer como estranhas. Por outro lado, isso eh
natural q. ocorra para todos os alimentos...

Nao vejo porq. nao comer manga ou nao comer camarao, a menos q. seja
alergico a esses alimentos ou tenha problemas digestivos ou de colesterol
ou seja diabetico e assim por diante... do contrario nao sei o q.
impediria de ser necessario estender essas consideracoes a qq outra
comida... (Para os logicistas: isso nao eh um argumento de declive
escorregadio.)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] física quântica
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 20/03/2001 13:50

----- Original Message -----
From: TARCISIO BORGES
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Monday, March 19, 2001 1:41 PM
Subject: Re: [ciencialist] física quântica

> Me voltou na cabeça aquela história das fendas. Sua teoria diz que o
> elétron passa em uma fenda e que uma informação eletromagnética [iem]
> atravessa a outra gerando o padrão de interferência.
> Bem. A quântica diz o seguinte, o elétron atravessa as duas fendas ao
> mesmo tempo.
> A não ser que eu tenha sido enganado pela sua semântica eu me questiono:
> Qual é a diferença?

Já que você gosta de física quântica, sugiro antes que leia David Bhom. Ele
escreveu vários artigos e livros sobre o assunto, ainda que assumindo uma
posição diferente da minha no sentido em que apoia-se em alguns dos dogmas
da física quântica, ainda que não todos. Para os que não gostam de física
quântica a recomendação perde um pouco o sentido, a não ser que sejam
críticos e/ou interessados em metodologia da ciência ou, ainda, em alguns
aspectos da podridão que paira no Olimpo Acadêmico.

Aliás, há quem diga que David Bhom estava para ser indicado para o prêmio
Nobel por seus trabalhos em física quântica. Foi quando ele teve a idéia de
explicar a "história das fendas" através de um artifício a dizer que
existiam duas entidades (e não "uma" dualidade), o corpúsculo e a "onda
piloto" (isso é bem diferente do que afirmo mas tem em comum a não dualidade
da física quântica). A partir daí ele foi expulso do Olimpo Acadêmico.
Chegou até a sofrer "perseguição política", época em que esteve "refugiado"
aqui no Brasil (na Usp).

Conheço bem esse tipo de "perseguição política" pois tive 7 professores meus
exilados e uma infinidade de outros, incluindo meu ex-chefe, "marcados para
morrer", academicamente falando. Aliás, publicou-se um livrinho intitulado
"O livro negro da Usp" a mostrar que os "donos do Olimpo" foram os únicos
responsáveis pela "limpeza" feita na Usp no "tempo dos generais" (na época
não existia ainda a Unicamp nem a Unesp, criadas logo após e sob esse clima
de terror acadêmico). Foi assim que eles conseguiram apossar-se
definitivamente das agências e/ou orgãos governamentais financiadores de
recursos para pesquisas.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: física quântica
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 20/03/2001 14:05

----- Original Message -----
From: Leandro
To: <ciencialist@yahoogroups.com>
Sent: Monday, March 19, 2001 3:22 AM
Subject: [ciencialist] Re: física quântica

> > quando se diz que não se consegue
> > explicar certos fenômenos, como por exemplo, o efeito túnel, usando
> >a interpretação clássica, está-se também caindo num puro achismo.
> Concordo. Mostre-nos como se faz isso ou quem conseguiu
> fazer que adoraria saber como (eu, particularmente, vivo tentando e
> não consigo).

Isaac Newton, século XVII (para a luz pois em sua época o eletromagnetismo
era ainda uma criança).

> não existem físicos "clássicos" ou "modernos". Existem cientistas
> que estudam a física. Enquanto alguns tentam dar abordagens clássicas,
> outros, preferem tentar dar uma abordagem quântica.

Engano seu. Sei que existem físicos clássicos mas, não obstante, foram
expulsos das academias e/ou estão proibidos de expor suas idéias em qualquer
local comandado pelos donos da ciência, aqueles que efetivamente controlam
as verbas das agências e/ou órgãos governamentais financiadores de
pesquisas. Digo isto por experiência pessoal e conheço outros que já
enfrentaram os mesmos problemas. Duvido que algum dos seus professores tenha
coragem de dizer o que você afirma na minha frente e em público. Eles sempre
fogem da raia. São covardes e incapazes de defender o que ensinam aos
jovens. E recusam-se a combater minhas teorias e/ou idéias em público
(oralmente ou por escrito) pois são totalmente incompetentes para enfrentar
um físico de quinta categoria como eu.

> 2 - não confunda conservadores com céticos. O ceticismo faz parte da
> ciência. Ou você acha que devemos concordar com qualquer teoria
> que apareça por aí?

Dos céticos que conheço aqui na ciencialist, ou seja, aqueles que mostram a
carteirinha, os únicos que enfrentam possíveis teorizadores são o Daniel e o
Takata. Os demais refugiam-se no FCB e ficam naquela lenga-lenga que só vem
a envergonhar o ceticismo nacional. Você está confundindo ceticismo com
ignorância e/ou está apoiando-se no critério da autoridade: Uma coisa é boa
tão somente se os seus ídolos de barro acharem que é; e os seus ídolos de
barro são aqueles a que me referi acima, covardes, incompetentes e
interesseiros. Isso não é ceticismo, isso é ingenuidade em demasia.

> Se a teoria for ao menos condizente com o observado ela fica.

Observado por quem? Já disse aqui na ciencialist por inúmeras vezes que as
novas teorias estão proibidas de serem exibidas no Olimpo acadêmico e/ou em
revistas "sérias" comandadas pelos donos desse Olimpo!!! Meu caro, você é
cego, para não dizer que talvez já esteja de alguma maneira comprometido com
as agências de financiamento.

> >São meros criadores de nomes: incerteza, dualidade, túnel, órbitas
> >permitidas, vácuo quântico, fóton virtual... Nada disso foi explicado
> O que você chama de explicação tem a ver com modelos. Nos
> modelos estão contidos achismos como o seu. Ninguém disse que a
> abordagem moderna daria um único modelo: para determinados casos
> existem mais de um... mas com relação ao caráter de como uma
> partícula se comportaria e quando, a abordagem moderna é mais
> eficiente. Pensar o contrário, no momento, é puro achismo.

Pois eu "acho" que você "achou" o jargão "achismo" em meio a seus
professores que ainda não "acharam" um meio menos indecente do que o que
utilizam para gastarem as polpudas verbas pagas com o nosso imposto de renda
(e esta última frase não é achismo, é a pura realidade).

Não vou comentar seus quatro parágrafos seguintes de sua msg pois meramente
retratam que você "acha" que o que eu "acho" não tem fundamento e eu "acho"
que o que você "acha" é produto da ignorância e/ou ingenuidade. Por esta via
vamos ficar aqui debatendo sem realmente dialogar e isso, segundo "acho",
não é do interesse de ninguém aqui na ciencialist. Dialogar exige audácia,
coragem, discernimento, compreensão e tantos outros produtos hoje em falta
no Olimpo Acadêmico.

> Então tente:
> 1 - Não ficar numa posição dogmática.

Pelo que sei, e está também citado nos dicionários, dogma seria um "ponto
fundamental e *indiscutível* de qualquer doutrina ou sistema" e dogmatismo
seria a "doutrina que afirma a existência de verdades certas e que se podem
provar *indiscutíveis*". Ora, eu tenho apresentado aqui na ciencialist, e no
decorrer dos anos, inúmeros argumentos a favor de minhas teorias ou idéias e
inúmeros argumentos contrários às idéias defendidas pelos meus contendores.
Até agora não recebi uma crítica decente à minha teoria. Todas as críticas
apoiam-se no fato de minhas idéias irem contra uma física apoiada em
argumentos "indiscutíveis". Ora, quem é dogmático então? Aqui na ciencialist
o único defensor da física quântica e a "admitir a possibilidade" de estar
errado, ainda que remotamente, é o Belisário. Os outros, incluindo você,
são todos dogmáticos em extremo e a meu ver sequer teriam o direito moral de
intitularem-se céticos. Pois ceticismo e dogmatismo são coisas antagônicas.
Direi então, para agradar os psicólogos, que você está "projetando".

> 2 - Não confie tanto na sua abordagem. Seja humilde, pelo menos para
> admitir que você poderia estar enganado.

Ser humilde onde? Alguém aqui está disposto a discutir minhas idéias? Como
vou admitir que estou enganado se ninguém se dispõe a admitir que eu possa
estar certo? Aliás, diria que esta "sua abordagem" também é patológica. Você
recusa-se a derrubar meus argumentos tão somente porque tem medo de se
convencer que possa estar errado. Meu caro, você tem tudo para fazer uma
brilhante carreira acadêmica junto com seus pares. Prossiga assim e
"referee" nenhum irá contra suas idéias pois você não é a favor nem contra
nada, muito pelo contrário, não quer nem tomar conhecimento do que não
satisfaz aos seus ídolos de barro. Cuidado apenas com aqueles que zelam pelo
imposto de renda que pagam. E cuidado também com o fato de a física moderna
estar com os seus dias contados. Diria que dez ou, no máximo, vinte anos.
Quiçá menos de dez. Espero estar aposentado quando esta "onda" quântica se
"colabar" mas será triste para mim verificar que os jovens de hoje, a
persistirem nessa mediocridade associada à adoração de ídolos de barro,
perderão totalmente o rumo de suas vidas. Sinceramente, gostaria de estar
enganado mas como já disse em outra mensagem, a física é o que é e não o que
gostaríamos que fosse. E quando digo que está com seus dias contados não
estou apoiando-me em achismos mas em fatos demasiadamente constatados em
laboratório. Só não vê quem não quer. E ainda não aprendi a ensinar um
"cego" a enxergar.

[ ]'s
Alberto
http://www.geocities.com/ecientificocultural/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Alimentos "carregados"
FROM: "Ricardo Gentil de Araújo Pereira" <ricardo@samnet.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 20/03/2001 15:27

On 20 Mar 01, at 11:26, Roberto Mitsuo Takata wrote:

To: ciencialist@yahoogroups.com
From: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
Date sent: Tue, 20 Mar 2001 11:26:46 -0300 (EST)
Send reply to: ciencialist@yahoogroups.com
Subject: Re: [ciencialist] Re: Alimentos "carregados"

> Ricardo,
>
> Tto o processo de digestao, como o imune -- q. esta' ligado 'as alergias
> -- sao processos q. sao resultado de interacoes entre o ser e o
> elementos do ambiente (alimento, alergeno). De forma q. a
> 'indigestibilidade' ou a 'alergenicidade' no fundo nao podem ser
> creditadas apenas 'as caracteristicas do individuo ou do
> alimento/alergeno.

É justamente esse o ponto. Desculpe-me por não ter sido
suficientemente claro anteriormente.
O que eu estava querendo perguntar é se há alimentos que
sejam nocivos a todos os indivíduos da espécie humana (digamos
que pelo menos em 95% dos casos, por exemplo), o que
justificaria (ao meu ver) o fato de a "sabedoria" popular os ter
classificado como "ruins" ou "carregados" (como o camarão, peru
e alguns peixes) e mesmo "pesados" (como a manga).

>
> Assim, nao consigo captar muito a diferenca do q. vc esta' propondo...

Entendo. É que, embora já estivesse ciente da interação, não
deixei claro anteriormente. Bem, o que eu quis dizer é em relação
à maioria (como creio ter explicado agora).
:-)

>
> Vejamos o caso da manga. Se alguem tem mais dificuldade de digerir,
> estamos considerando q. outros tEm mais facilidade de digerir -- se essas
> pessoas tEm facilidade nao ha' porq considerarmos a manga 'realmente'
> indigesta...

O problema é esse. Para muitas pessoas (grande parte de
minha família, por exemplo) a manga É indigesta para qualquer
louco que a coma(principalmente durante a noite) e o camarão É
"carregado" para qualquer um (principalmente se a pessoa está
doente ou com alguma lesão - não importando a gravidade).

>
> No caso do camarao, eh natural q. ele ative o sistema imunologico --
> afinal, ele sendo um ser diferente de nos, possui proteinas q. nosso
> sistema imune ira' reconhecer como estranhas. Por outro lado, isso eh
> natural q. ocorra para todos os alimentos...

É justamente onde eu quero chegar.
Há pessoas alérgicas a camarão como há alérgicas a leite,
chocolate ou qualquer coutro alimento? Ou realmente há algo em
determinados alimentos que justificam a sua fama?
(desconsiderando, claro, as quantidades de pessoas alérgicas).

>
> Nao vejo porq. nao comer manga ou nao comer camarao, a menos q. seja
> alergico a esses alimentos ou tenha problemas digestivos ou de colesterol
> ou seja diabetico e assim por diante... do contrario nao sei o q.
> impediria de ser necessario estender essas consideracoes a qq outra
> comida... (Para os logicistas: isso nao eh um argumento de declive
> escorregadio.)

Mas é justamente o que acho. Eu como camarões, manga
com leite (que segundo meus familiares é mortal) e outras coisas
mais. Nunca notei nenhuma piora de alguma doença com a qual
estivesse (apesar de poder ter acontecido e eu não ter notado).
É difícil você ignorar certas coisas convivendo diariamente por
anos a fio com elas...
:-)
Acabei incentivado a "tirar a prova".
Há outas crendices que me tiram do sério, mas fica para
depois.

Obrigado pelos esclarecimentos.
:-))
>
> []s,
>
> Roberto Takata


[]'s...and justice for all.

/^\
\ / CAMPANHA DA FITA ASCII - CONTRA MAIL HTML
X ASCII RIBBON CAMPAIGN - AGAINST HTML MAIL
/ \

Ricardo Gentil de Araújo Pereira
e-mail 1: ricardo@samnet.com.br (default)
e-mail 2: rhalah_rikota@ig.com.br
e-mail 3: rhalah@yahoo.com
ICQ: 13306676


SUBJECT: Re: Selecao de embrioes (fwd)
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 20/03/2001 17:01

Nao estou podendo acompanhar regularmente as listas pois nao estou
recebendo mensagens via POP.

Mas qto ao assunto li, se nao me engano no jornal da usp,
que a Mayana Zatz ajudou um casal , por selecionamento de embrioes
deste casal, a ter um filho saudavel.

Nao sei se a pratica eh regular no sentido de se fazer uma triagem
de casais etc...

[]s
jocax



--- In ciencialist@y..., Roberto Mitsuo Takata <rmt@i...> wrote:
> Muito obrigado pelas informacoes.
>
> Em uma lista de discussao foi dito q. na USP tais testes seriam
> realizados. Como desconfiava q. isso nao seria verdade, procurei
averiguar
> a procedencia ou nao da afirmacao.
>
> Muito obrigado, irei postar na referida lista essas informacoes a
fim de
> resolver o engano.
>
> Sinceramente,
>
> Roberto Takata
>
> On Mon, 19 Mar 2001, Sandra Vianna wrote:
>
> > Nosso serviço possue os seguintes tratamentos: IUI, FIV, ICSI.
> > Para entrar em nosso serviço é preciso passar por uma Unidade
Básica de
> > Saúde mais próxima de sua casa, e pedir um encaminhamento para
nosso
> > serviço, vocês só virão aqui com a consulta préviamente agendada.
Uma
> > condição é que a mulher tenha no máximo até 38 anos. O tratamento
é
> > gratuito, porém os medicamentos não são fornecidos e ficam em
torno de R$
> > 2.000,00.
> > Ainda não fazemos testes para detecção de anomalias genéticas, e
também
> > nenhuma Unidade da USP oferece.



SUBJECT: Re: Selecao de embrioes
FROM: Roberto Mitsuo Takata <rmt@ib.usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 20/03/2001 18:09

Barcellos,

a Profa. Dra. Mayana Zatz eh geneticista do IB-USP e trabalha com
distrofia muscular de Duchene e doencas afins. Ela nao eh medica, nao faz
inseminacao artificial para selecionar embrioes. O q. ela e sua equipe
fazem eh aconselhamento genetico: analisam as arvores hereditarias de
familias com historico de doencas geneticas e calculam os riscos de um
dado casal vir a ter um filho afetado.

Mais infos:

Linhas de pesquisa - IB: Mayana Zatz
http://dreyfus.ib.usp.br/pesquisa/MAYAZATZ.HTM

Premio Unesco-L'Oreal para Mulheres nas Ciencias
http://www.loreal.com/us/group/index.asp?/loreal-women-in-science/

Associacao Brasileira de Distrofia Muscular
http://www.abdim.org.br/

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] física quântica - Bohm
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 20/03/2001 20:44


----- Original Message -----
From: Alberto Mesquita Filho

> Já que você gosta de física quântica, sugiro antes que leia David Bhom.
Ele
> escreveu vários artigos e livros sobre o assunto, ainda que assumindo uma
> posição diferente da minha no sentido em que apoia-se em alguns dos dogmas
> da física quântica, ainda que não todos. Para os que não gostam de física
> quântica a recomendação perde um pouco o sentido, a não ser que sejam
> críticos e/ou interessados em metodologia da ciência ou, ainda, em alguns
> aspectos da podridão que paira no Olimpo Acadêmico.
>
> Aliás, há quem diga que David Bhom estava para ser indicado para o prêmio
> Nobel por seus trabalhos em física quântica. Foi quando ele teve a idéia
de
> explicar a "história das fendas" através de um artifício a dizer que
> existiam duas entidades (e não "uma" dualidade), o corpúsculo e a "onda
> piloto" (isso é bem diferente do que afirmo mas tem em comum a não
dualidade
> da física quântica). A partir daí ele foi expulso do Olimpo Acadêmico.
> Chegou até a sofrer "perseguição política", época em que esteve
"refugiado"
> aqui no Brasil (na Usp).

Essa perseguição política (que, na verdade, fez parte da sórdida
política anticomunista do macarthismo), teve algo a ver com suas teorias
quânticas heterodoxas?

> Conheço bem esse tipo de "perseguição política" pois tive 7 professores
meus
> exilados e uma infinidade de outros, incluindo meu ex-chefe, "marcados
para
> morrer", academicamente falando. Aliás, publicou-se um livrinho intitulado
> "O livro negro da Usp" a mostrar que os "donos do Olimpo" foram os únicos
> responsáveis pela "limpeza" feita na Usp no "tempo dos generais" (na época
> não existia ainda a Unicamp nem a Unesp, criadas logo após e sob esse
clima
> de terror acadêmico). Foi assim que eles conseguiram apossar-se
> definitivamente das agências e/ou orgãos governamentais financiadores de
> recursos para pesquisas.

Gostaria de saber mais sobre esse "Livro negro da Usp". Foi publicado
pela Edusp? Ou por outra editora?

Até,
Belisário





SUBJECT: Re: [ciencialist] física quântica - Bohm
FROM: "Roberto Belisario" <rbdiniz@terra.com.br>
TO: Ciencialist - grupo de discussão <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 20/03/2001 20:47


----- Original Message -----
From: Roberto Belisario <

> Gostaria de saber mais sobre esse "Livro negro da Usp". Foi publicado
> pela Edusp? Ou por outra editora?

Ahá:

Livro negro da USP: o controle ideológico na universidade. São Paulo, Adusp,
1978

Informação saída de: http://www.fpabramo.org.br/AI-5/usp.htm

Belisário





SUBJECT: Re: fisica quantica
FROM: holanda_lb@zipmail.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 20/03/2001 22:53

[Sérgio Taborda]:
[...] bom, e com base nisto é simples entender pq os
electrões parecem ter um comportamento periódico como as ondas ....
entendem ? o o o o o o o o o o o Isto é um feixe de
electrões ou um só electrão com padrão (periodo) espacial ? :-)) )

[Leandro]:

Uma interpretacao ondulatoria da propria particula foi dada por Luis
de Broglie, para quem as orbitas (raio de Bohr) permitidas de um
eletron seriam na verdade a regiao na qual a onda associada ao eletron
nao sofreria interferencia destrutiva e poderia ser la' dectada.
Mas, quando se resolve a equacao de Schroedinger ve-se que tal modelo
nao condiz: existe propabilidade nao nula de o eletron ser detectado
fora do raio de Bohr.
[...]Os elétrons (ou outra partícula) são bem localizados, mas a
função que descreve sua posição é probabilística.
[...] Vê-se que as partículas são localizadas.

[Sérgio Taborda]:
[...] A MQ diz exactamente o contrario: elas não são localizadas.
Apenas sabes que estão entre um intervalo (uma caixa de potencial ),
mas não sabes onde realmente estão.

[Leandro]:

A mecanica quantica lida, grosso modo, com probabilidades. Mas, o
fato de descrever probabilisticamente particulas, atomos, nao tem a
ver com o modelo que esta' pensando.
Se eu te digo que voce tem 1 chance entre 1 000 000 de ganhar na
loteria nao quero dizer com isso que 1/1 000 000 de voce ganhar na
loteria. Se eu te digo que num lancamento de moedas honestas existe
50 por cento de chance de cair "cara" e 50 por cento de cair "coroa",
nao significara' que se voce jogar apenas uma moeda ela se dividira'
em duas: uma dando cara e outra coroa.
Da mesma forma, quando a quantica descreve uma particula como tendo
probabilidade de estar numa regiao nao significa que a particula
estara' dividida pela regiao.

Abracos
Leandro.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: fisica quantica
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 20/03/2001 23:29


[Leandro escreveu]:

Uma interpretacao ondulatoria da propria particula foi dada por Luis
de Broglie, para quem as orbitas (raio de Bohr) permitidas de um
eletron seriam na verdade a regiao na qual a onda associada ao eletron
nao sofreria interferencia destrutiva e poderia ser la' dectada.

[ST]
Tens a certeza ?


[Leandro]
Mas, quando se resolve a equacao de Schroedinger ve-se que tal modelo
nao condiz: existe propabilidade nao nula de o eletron ser detectado
fora do raio de Bohr.

[ST]
Podias explicar onde e como ?


[Sérgio Taborda]:
[...] A MQ diz exactamente o contrario: elas não são localizadas.
Apenas sabes que estão entre um intervalo (uma caixa de potencial ),
mas não sabes onde realmente estão.

[Leandro escreveu ]:

A mecanica quantica lida, grosso modo, com probabilidades. Mas, o
fato de descrever probabilisticamente particulas, atomos, nao tem a
ver com o modelo que esta' pensando.

[ST]
em qual modelo estava eu pensando ? :-)
Eu só disse que "localizada" não era a palavra certa quando falas de
probabilidades.
(o electrão do atomo de He no sol tem probabilidade de estar localizado no
meu cerebro agora, mas ninguem acredita que esteja, certo ? :-))

[Leandro]
(...)
Da mesma forma, quando a quantica descreve uma particula como tendo
probabilidade de estar numa regiao nao significa que a particula
estara' dividida pela regiao.

[ST]
Eu nunca disse isso :-) Deus (Luiz?) me livre !!
Isso é a Teoria dos Universos Paralelos que eu simplesmente odeio :-))

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda



SUBJECT: Os atomos tambem amam
FROM: holanda_lb@zipmail.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 20/03/2001 23:50

"Alberto Mesquita Filho"

> > > quando se diz que não se consegue
> > > explicar certos fenômenos, como por exemplo, o efeito túnel,
usando
> > >a interpretação clássica, está-se também caindo num puro achismo.

"Leandro"
>
> > não existem físicos "clássicos" ou "modernos". Existem cientistas
> > que estudam a física. Enquanto alguns tentam dar abordagens
clássicas,
> > outros, preferem tentar dar uma abordagem quântica.

"Alberto Mesquita Filho"
>
> Engano seu. Sei que existem físicos clássicos mas, não obstante,
foram
> expulsos das academias e/ou estão proibidos de expor suas idéias em
qualquer
> local comandado pelos donos da ciência, aqueles que efetivamente
controlam
> as verbas das agências e/ou órgãos governamentais financiadores de
> pesquisas.

"Leandro"

Se os fisicos tem tanta certeza de que a mecanica quantica esta'
certa, entao porque estao sempre testando a teoria? Por que estao
sempre tentando provocar colisoes com mais e mais energia? Enfim,
porque diabos os fisicos tem tanta certeza mas ficam fazendo testes?
Nao faz sentido o que voce diz.

"Alberto Mesquita Filho"

Digo isto por experiência pessoal e conheço outros que já
> enfrentaram os mesmos problemas.

"Leandro"

Ja' respondi a isso no paragrafo acima.

"Alberto Mesquita Filho"
> > >São meros criadores de nomes: incerteza, dualidade, túnel,
órbitas
> > >permitidas, vácuo quântico, fóton virtual... Nada disso foi
explicado

"Leandro"
> > O que você chama de explicação tem a ver com modelos. Nos
> > modelos estão contidos achismos como o seu. Ninguém disse que a
> > abordagem moderna daria um único modelo: para determinados casos
> > existem mais de um... mas com relação ao caráter de como uma
> > partícula se comportaria e quando, a abordagem moderna é mais
> > eficiente. Pensar o contrário, no momento, é puro achismo.

E digo mais agora: a interpretacao classica tem muito mais problemas
de modelagem que a interpretacao quantica, na qual, em pequenas
escalas aonde se exige mais precisao ela e' deveras melhor.

p.s.: Embora nao concorde com o que pensa, gostei de seus livros "Os
Atomos Tambem Amam" e "Confesso Que Blefei". Lembro-me que os li em
1.996 e ja' naquela epoca nao concordei.


Abracos
Leandro.



SUBJECT: Re: Selecao de embrioes
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 21/03/2001 07:28

Ta legal,
vou ateh o Jornal da Usp procurar o artigo que mencionei.
Se eu nao achar pode ser q esteja ficando maluco mesmo.

[]s
jocax


--- In ciencialist@y..., Roberto Mitsuo Takata <rmt@i...> wrote:
> Barcellos,
>
> a Profa. Dra. Mayana Zatz eh geneticista do IB-USP e trabalha com
> distrofia muscular de Duchene e doencas afins. Ela nao eh medica,
nao faz
> inseminacao artificial para selecionar embrioes. O q. ela e sua
equipe
> fazem eh aconselhamento genetico: analisam as arvores hereditarias
de
> familias com historico de doencas geneticas e calculam os riscos de
um
> dado casal vir a ter um filho afetado.
>
> Mais infos:
>
> Linhas de pesquisa - IB: Mayana Zatz
> http://dreyfus.ib.usp.br/pesquisa/MAYAZATZ.HTM
>
> Premio Unesco-L'Oreal para Mulheres nas Ciencias
> http://www.loreal.com/us/group/index.asp?/loreal-women-in-science/
>
> Associacao Brasileira de Distrofia Muscular
> http://www.abdim.org.br/
>
> []s,
>
> Roberto Takata



SUBJECT: Gravitacao
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogroups.com'" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 21/03/2001 08:44

Não pude deixar de refletir sobre a calorosa discussão acerca da
física quântica promovida por alguns colegas da lista.

A rigor, explicar realmente como as coisas funcionam, por exemplo, a
gravidade, é algo ainda inatingido pela física, desde os filósofos. Podemos
defini-la, descrevê-la, quatificá-la, podemos usá-la nas aplicações
cotidianas, podemos fazer tudo, menos explicá-la. E, creio eu, não acredito
que isso seja alcançado tão brevemente, seja pela filosofia, pela física
clássica, seja pela quântica. O que eu acredito que a verdadeira Física -
como uma forma de busca do conhecimento - deve fazer é simplesmente propor
e testar modelos que venham descrever a realidade coerentemente, dado
aquilo que se pode observar e predizer. Se esses modelos vêm de dedução de
laboratório, ou se são puramente matemáticos, ou se contradizem o nosso bom
senso, acho que isso realmente não importa. O conceito de Newton de
gravidade, ou a Teoria do Campo Gravitacional de Einstein ou o Princípio de
Incerteza de Heisenberg são conceitos em si, modelos, que estão em pé
esperando que uma descrição melhor da realidade venha lhes tomar seu lugar.
Ao meu ver, tanto a física clássica, quanto a quântica padecem do mesmo mal
- lutarão uma batalha vã proposta pela filosofia e pelo mais puro
pensamento humano. Mas não se pode culpá-las: elas não podem fazer o que
lhes foge do escopo.

Abraços,

"Mudanças são a única coisa permanente no Universo" (Heráclito)
Alexandre P.Cabral de Medeiros
Analista Consultor * mailto:alexandre.medeiros@consultmail.net
AC Nielsen do Brasil * http://www.acnielsen.com
Tel. *(0xx11) 4613-7469 - Fax (0xx11) 4613-7077


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: fisica quantica
FROM: manuelbulcao@aol.com
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 21/03/2001 09:04

Em uma mensagem de 20/03/01 22:56:38 Hora padrão leste da Am. Sul,
holanda_lb@zipmail.com.br escreveu:

> Da mesma forma, quando a quantica descreve uma particula como tendo
> probabilidade de estar numa regiao nao significa que a particula
> estara' dividida pela regiao.

Manuel - Na experiência da dupla fenda, entre a fonte até o momento em que é
detectado o elétron é apenas onda, isto é, o elétron não é localizável, não
existe como partícula. Para que o elétron passe a existir 'como partícula', é
preciso que ele 'interaja' com qualquer outra coisa. No caso, a 'interação'
se dá com a tela fluorescente, momento em que também se verifica o
'desaparecimento da função-de-onda' do elétron.

A expressão 'dualidade onda-partícula' não quer dizer que o elétron seja 'ao
mesmo tempo' onda e partícula. Significa apenas que o elétron é ora uma
coisa, ora outra; ora se comporta como onda, ora como partícula.

Como onda, o elétron existe 'espalhado' no espaço e no tempo. Mas, na
condição de partícula, o elétron é um 'ponto' preciso, localizável no espaço
e no tempo.

O elétron 'como partícula' é uma relação: relação do elétron com qualquer
outra coisa -- qualquer dispositivo de medida, tal como uma tela
fluorescente, um computador, uma emulsão fotográfica, etc. --. Creio que os
paradoxos mais horripilantes da física quântica (o gato de Schrödinger, por
exemplo) devem-se a uma confusão que em geral se faz entre o 'medidor' e o
'observador consciente'.

Acredito que o colapso da função-de-onda é um fenômeno 'objetivo', e não
'subjetivo'.

Abraços,
Manuel Bulcão


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: fisica quantica
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leo@barretos.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 21/03/2001 10:25

Olá pessoal,

custou para alguém colocar os conceitos como eu os uso em minhas explicações da dualidade onda-partícula (nível ensino médio): elétron é onda durante sua propagação/movimento/deslocamento livre; é partícula durante sua interação com a matéria. Não existe a duplicidade simultânea. Nas exposições de óptica (por similitude) até coloco os termos ' nascimento, vida e morte '; luz é partícula ao nascer (fonte) é onda durante sua vida (propagação) e volta a ser partícula ao morrer (absorção). O radiômetro de Crookes é um bom exemplo para isso.
Gostei Bulcão, tava até com 'medo' de colocar meus termos nessa calorosa, sólida e ondulante thread.
Na experiência da dupla fenda uso exatamente esses conceitos: partícula ao nascer (ser arrancado de seu átomo por ação de energias externas (campo, calor --efeito Edson-- etc.), onda durante todo o restante de sua propagação (vida); na presença de 'medidores/sensores/tela' converte-se novamente em partícula (morte).
Léo bicorando,
[]'
Léo
=======================
-----Mensagem Original-----
De: <manuelbulcao@aol.com>
Para: <ciencialist@yahoogroups.com>
Enviada em: quarta-feira, 21 de março de 2001 09:04
Assunto: Re: [ciencialist] Re: fisica quantica


Em uma mensagem de 20/03/01 22:56:38 Hora padrão leste da Am. Sul,
holanda_lb@zipmail.com.br escreveu:

> Da mesma forma, quando a quantica descreve uma particula como tendo
> probabilidade de estar numa regiao nao significa que a particula
> estara' dividida pela regiao.

Manuel - Na experiência da dupla fenda, entre a fonte até o momento em que é
detectado o elétron é apenas onda, isto é, o elétron não é localizável, não
existe como partícula. Para que o elétron passe a existir 'como partícula', é
preciso que ele 'interaja' com qualquer outra coisa. No caso, a 'interação'
se dá com a tela fluorescente, momento em que também se verifica o
'desaparecimento da função-de-onda' do elétron.

A expressão 'dualidade onda-partícula' não quer dizer que o elétron seja 'ao
mesmo tempo' onda e partícula. Significa apenas que o elétron é ora uma
coisa, ora outra; ora se comporta como onda, ora como partícula.

Como onda, o elétron existe 'espalhado' no espaço e no tempo. Mas, na
condição de partícula, o elétron é um 'ponto' preciso, localizável no espaço
e no tempo.

O elétron 'como partícula' é uma relação: relação do elétron com qualquer
outra coisa -- qualquer dispositivo de medida, tal como uma tela
fluorescente, um computador, uma emulsão fotográfica, etc. --. Creio que os
paradoxos mais horripilantes da física quântica (o gato de Schrödinger, por
exemplo) devem-se a uma confusão que em geral se faz entre o 'medidor' e o
'observador consciente'.

Acredito que o colapso da função-de-onda é um fenômeno 'objetivo', e não
'subjetivo'.

Abraços,
Manuel Bulcão


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SUBJECT: Palestras no Butantan
FROM: Álvaro Prieto <alprieto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 21/03/2001 11:15

As seguintes apresentaçôes seram realizadas noInstituto Butantan:

- Bacillary dysentery: from pathogenesis to vaccine development
Philippe Sansonetti - Chefe da Unidade de Patogenicidade Microbiana
Molecular - I. Pasteur
22/03 (quinta) as 10hs Auditório da Biblioteca

- Structural biology of prions proteins by NMR: implications for the "mad
cow crisis"
Kurt Wüthrich - Swiss Federal Institute of Technology
23/03 (sexta) as 14:30hs Auditório do Museu
Álvaro Prieto



SUBJECT: [ciencialist] Pode um computador ter uma mente?
FROM: "Marcelo Barbosa" <embs@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 21/03/2001 12:12

Leandro escreveu:
> Por indicação de três conhecidos meus, o livro
"A Mente
>Nova do Rei" de Roger Penrose me foi indicado. Li apenas o
apenas o
>primeiro capítulo e parece que os demais serão bastante
interessantes
>também.

Aproveito e indico os seguintes livros, best sellers no
assunto:

"Como a Mente Funciona", Steven Pinker
"O Erro de Descartes" e "O Mistério da Consciência", Antonio
Damasio

Do "O Mistério da Consciência" (publicado em 09/2000),
reproduzo a resenha da Livraria Cultura:

"Como uma pessoa sabe que está sentindo uma dor? Como sabe
que está apaixonada? Como sabe o que está fazendo? Como sabe
o que quer fazer? O que é a consciência? O que é esse
fenômeno que aciona o corpo, a emoção e a mente para
assegurar não só a sobrevivência, mas também todas as
criações da vida humana? O que ocorre em nosso organismo, e
especialmente em nosso cérebro, que nos faz tomar
conhecimento do mundo e do que acontece dentro das
fronteiras do nosso corpo? O que nos permite lembrar o
passado e planejar o futuro? O que nos abre as portas da
arte, da ética e da ciência? O neurologista António Damásio,
um dos grandes cientistas contemporâneos, revela neste livro
sua teoria revolucionária sobre o enigma da consciência - o
maior desafio da filosofia e das ciências da vida."


> Pelo que eu entendi do Teste de Turing - não
havia lido-o
>de outra fonte antes - é um teste feito para testar um
algoritmo.
>Duas pessoas fariam parte do teste. Um seria o interrogador
e os
>outros seriam os interrogados. Os três ficariam isolados.
>O interrogador faria perguntas cujas respostas seriam dadas
pelo outro
>ser humano e pelo computador. O interrogador tentaria,
através da
>análise da resposta, tentar distinguir ser humano de
computador.
>Dir-se-ia que o computador(ou algoritmo) passou no teste se
o
>interrogador não conseguisse distinguir.

Para mais informações sobre Turing e seu teste, visite o
site oficial:

http://www.turing.org.uk/turing/index.html


Abraços,

#--------------------<>------------------#
Marcelo Barbosa, RCDD/LAN
embs@uol.com.br

"Isn't if nice that people who prefer Los Angeles to San
Francisco live there?" - Herb Caen





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: fisica quantica
FROM: Sérgio Taborda <sergiotaborda@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 21/03/2001 12:28

Manuel - Na experiência da dupla fenda, entre a fonte até o momento em que é
detectado o elétron é apenas onda, isto é, o elétron não é localizável, não
existe como partícula. Para que o elétron passe a existir 'como partícula',
é
preciso que ele 'interaja' com qualquer outra coisa. No caso, a 'interação'
se dá com a tela fluorescente, momento em que também se verifica o
'desaparecimento da função-de-onda' do elétron.

ST- "desaparecimento" dá impressão que alguma vez "apareceu", né ? :-)
O Colapso da Função de Onda não tem nada a ver com o objecto em estudo ser
ou deixar de ser onda-particula
O colapso da função de onda tem a haver com medições que se fazem sobre a
onda.

Manuel - Como onda, o elétron existe 'espalhado' no espaço e no tempo.

Bem, nem tanto ao mar, nem tanto à terra.
Vejamos se pomos ordem nisto.

Quando se fala em localizar um particula, fala-se em aplicar o operador
observável X (posição) , à onda
A posição <X> da particula é dada então por

<X> = integral ( F* X F )

(notas: * significa conjugado, F é a função de onda )

Ou em notação mais comum
<X> = <F | X | F>

Ora, quando se aplica este operador (ou qq outro que seja observável) diz-se
que neste instante a onda colapsou para o valor espectável <X>
Ou seja, quando eu meço qq coisa, eu só meço essa coisa no instante em que
estou medir. Antes ou depois de eu medir o valor da grandeza pode variar
que eu nunca irei saber. E por isso se diz que a onda Colapsou durante a
minha observação.

Portanto, naquele instante , e apenas naquele instante, a particula está na
posição <X> e portanto é localizável.
Quando se falou antes em "localizabilidade" estavamos a falar da dualidade
onda-particula , sendo a particula matemáticamente localizável (podes
atribuir um tripleto x,y,z) e a onda não.
Mas não esquecer que a onda tem de refletir as propriedades da particula .
Por isso, a onda não pode "estar espalhada do espaço e no tempo" , porque a
particula não o está. Por outro lado a onda tem de mostrar, quando se mede,
a mesma posição que a particula . Isso é o que significa aquela conta ali em
cima.
A diferença ? É que uma particula é sempre uma particula , em qq instante ou
posição. A onda não.
Entre duas medições, a função onda pode fazer o que lhe apetecer
(interferir, por exemplo), mas no instante em que se mede ela tem de
refletir as propriedades da particula. (tela fluorescente)


Manuel- Mas, na condição de partícula, o elétron é um 'ponto' preciso,
localizável no espaço
e no tempo.

ST- Teóricamente, claro :-) : Electrões "Soltos" ...alguem já viu ?

Manuel - Creio que os
paradoxos mais horripilantes da física quântica (o gato de Schrödinger, por
exemplo)

ST- Que que saiba o (pseudo-)paradoxo do Gato não é horripilante .... um
Gato num microondas seria mais :-)) ( "A curiosidade matou o Gato" )

Manuel - devem-se a uma confusão que em geral se faz entre o 'medidor' e o
'observador consciente'.

ST - Que eu saiba não ha diferença fisica entre essas duas entidades. (
Principio da Universalidade: O fenômeno físico é unico )

Manuel - Acredito que o colapso da função-de-onda é um fenômeno 'objetivo',
e não
'subjetivo'.

ST- Sim. é objectivo ( por isso é cientifico :-) ) mas depende do observador
:-)) (principio da relatividade)
E agora ? :-)))

Cumprimentos,

Sérgio M. M. Taborda



SUBJECT: Re: [ciencialist] Pode um computador ter uma mente?
FROM: "Marco A. Andrade" <logos@pccp.com.ar>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 21/03/2001 13:50

Leandro wrote:
> Pode um computador ter uma mente?

Oi Leandro.

Creio que você traz um problema importante. A palavra mente é polissêmica e
sujeita a imbricações semânticas, por este motivo sempre se deve explicar o
que se deve entender quando é utilizada. Seria bom que você explicasse o que
entende por mente.

O tema parece fácil. Se origina do latim mens, mentis e significa
pensamento. Também pode significar inteligência e muitas vezes (nunca em
informática) é usado como sinônimo de memória. Não faltam místicos que a
considerem como alma ou algo parecido, uma espécie de substancia não
material com certos poderes.

Considerar a mente como um conjunto de estruturas cognitivas já é estar mais
perto da informática. Os cibernéticos consideravam a mente como programa.

Se dizemos que mente é uma estrutura lingüística que representa certos
aspectos da realidade e serve para atuar sobre esta realidade, nos
aproximamos bastante aos conceitos informáticos ( psicologia e engenharia
cognitivas e engenharia lingüística). Neste sentido, podemos conceber certos
níveis de mente, de acordo com a complexidade das operações lógicas capaz de
executar. Até surge a possibilidade de conceber uma evolução das mentes, de
acordo com esse critério.

Popper menciona duas correntes epistemológicas que orientam os enunciados
metodológicos: o nominalismo e o essencialismo metodológicos.

O essencialismo postularia a necessidade de usar termos precisos, que tendem
à perfeição terminológica e que supostamente revelam a essência dos
objetos. O termo próton parece haver sido cconcebido com essa finalidade.

O nominalismo é próprio dos autores atuais, que estão mais preocupados em
descrever e explicar e menos dedicados a dar nomes perfeitos. Um bom exemplo
e o das denominações escolhidas por Murray Gell-Mann para certas partículas.
Cada uma se denominava genericamente como quark (de uma frase estraha de
James Joice: "Três quarks para Muster Mark"). Estas entidades foram
classificadas de um modo mais louco ainda (e não parece nada mal) conforme
seus "flavors" (sabores?), com nomes como up, down, strange,charmed, buttom,
top. Um sacrilégio essencialista, imaginar um quark com sabor charmoso. Os
quarks seguem e ninguém se importa com a conveniencia de seus nomes.

Assim, se a mente é uma estructura representativa (cognitiva), os
computadores podem ter uma mente. Se a concebemos como uma substancia não
material e com certa independência, é possível que nem os seres humanos a
possuam. Em todo caso podemos recitar a famosa prece de um cético de Ernest
Renan:
"O Seigneur, s'il y a un Seigneur, sauvez mon âme,si j'ai une âme".(Oh,
Senhor, se existe um Senhor, salva minha alma, se é que eu tenho uma alma)

Um abraço
Marco A. Andrade
logos@pccp.com.ar




SUBJECT: Pode um computador ter uma mente?
FROM: "Marco A. Andrade" <logos@pccp.com.ar>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 21/03/2001 14:19

Amigos listeiros,

Existem duas maneiras extremas de abordar o tema da mente: uma, completamente utilitaria e tecnológica, de grande utilidade informática: a mente como uma estrutura cognitiva, com possibilidade de ser submetida a aplicação de tecnologias e, outra, como uma entidade com substancia, não material, com certa independencia ou com dependencia relativa, que anima e exerce influencia sobre a materia. É uma concepção animista, propria dos místicos ou dos denominados "espiritualistas" (sic).

É realmente muito interessante constatar os niveis de resposta sobre este tema. Creio que pode ser um tema muito bom para debater. Atrevo-me a propor uma terminologia que talvez possa induzir a pensar um pouco mais sobre este assunto. Tem que ver com atitudes mentais relacionadas com a natureza da mente.

Desde certa posição, há uma tendencia muito útil e que serviu para esclarecer uma grande quantidade de coisas: é a convicção de que se pode compreender inteiramente uma totalidade se compreendemos suas partes e a natureza da soma de suas partes. Ninguém poderia, com juízo no lugar, repelir esta postura completamente. Esta atitude se chama reducionismo. Outra forma de explicar o reducionismo é a expressão "causalidade ascendente". Quando se fala em reducionismo, se tem em conta a espacialidade. A mente ocupa um espaço e pode ser estudada e "dissecada".

No entanto existe outra forma de ver as coisas. Diz que a totalidade é maior que suas partes. Esta postura se poderia denominar holismo ou explicação por "causalidade descendente".


Estes conceitos têm que ver com a forma em que os fatos registrados em diferentes escalas de tempo, no espaço, podem-se determinar uns aos outros: o reducionismo pretende predizer o futuro tendo como base o passado, sem levar em conta as "metas" dos organismos. O holismo reza que só é possível fazer este tipo de predição com os seres inanimados, mas no caso dos animados, os fins, metas e desejos são essenciais para a explicação de sua natureza. Este ponto de vista, muitas vezes caracterizado como "orientado a metas" ou "teleológico", poderia ser rebatizado como "golismo", como paráfrase do termo inglês e futebolístico "goal" ou, para nós, "gol".

A contrapartida do golismo, em relação à temporalidade, seria então o que se poderia chamar de "predicionismo", porque afirma que ao determinar o modo como o presente flui em direção ao futuro, só devem ser considerados os faros "para cima" e nunca "para baixo".

O "golismo", em relação à temporalidade, considera os objetos inanimados como em movimento em direção a metas no futuro. Dessa maneira vê os fenômenos futuros, projetando a força causal, de certo modo, no passado, ou seja, em direção retroativa (causalidade retroativa). O holismo, em relação à espacialidade propõe uma causalidade "introativa", na qual se observam as causas fluirem de fora para dentro (do todo em direção às partes).

Resumindo: Em relação ao espaço temos reducionismo/holismo e em relação ao tempo, temos predicionismo/golismo.

Podemos deduzir facilmente que se unimos as atitudes temporo-espaciais de cada um, podemos chegar a uma postura extrema. Esta, para o binomio reducionismo-predicionismo, se identificaria como mecanicismo, e, para o binomio holismo-golismo, teríamos o animismo.

As tendencias atuais demonstram que se pode ser levemente golista, sem ser animista. Como seria uma consideração tendente a ser levemente predicionista, sem ser mecanicista? A mente é o resultado de um acaso que se deu? É possível ser predicionista (seria interessante lembrar as ideias expressadas por Condillac, com sua famosa estatua). A mente surge em função do nivel de organização da materia.

[]s

Marco A. Andrade
logos@pccp.com.ar



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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: fisica quantica
FROM: Eduardo <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 21/03/2001 19:08

Oi,

>
> Manuel - Acredito que o colapso da função-de-onda é um fenômeno 'objetivo',
> e não
> 'subjetivo'.
>
> ST- Sim. é objectivo ( por isso é cientifico :-) ) mas depende do observador
> :-)) (principio da relatividade)
> E agora ? :-)))

O colapso da funcao de onda nao depende do observador. Quando incluimos
efeitos relativisticos na mq, temos que levar em conta outras grandezas como
spinor mas a funcao de onda quando colapsa, colapsa. Um observador A pode dizer
que duas funcoes de onda colapsaram simultaneamente o outro B dizer que nao mas
o colapso nao depende do observador e sim da interacao que a faz colapsar.
Observavel em mecanica quantica nada tem a ver com a ideia de observador ou
referencial em relatividade. A medida em MQ nada mais e do que interacao.
Aproveitando a deixa, a ideia do gato de Schrodinger e furada porque nao e
possivel a existencia de um estado intermediario vida/morte porque ocorrem
infinitas interacoes entre os componentes do corpo do gato antes de se definir
o estado morto, portanto o estado morto ja nasce colapsado. E como tentar fazer
a experiancia da fenda dupla para uma bola de futebol, antes da bola conseguir
atravessar qualquer uma das fendas, ela ja interagiu com uma delas (bateu
porque a fenda e muito menor que o seu tamanho). A bola ja colapsou no estado
que diz que ela vai passar por aquele lado. Na realidade, ha infinitas
interacoes antes disso, cada particula da bola esta presa a outra fazendo com
que ela seja auto-interagente impedindo que exista um estado intermediario,
i.e, de interferencia.

Voltando um pouco a ideia dos transistores... Eh necessario para a
construcao de transistores materias semicondutores. Esses sao obtidos, el algns
casos, atraves de elementos dopados. A ideia de dopagem eh explicada
perfeitamente e o composto formado tem o comportamento de condutividade
prevista pela MQ. A partir da estrutura cristalina do composto original,
aplica-se equacoes basicas da MQ como a de Schrodinger e se preve as bandas de
valencia do mesmo, i.e, regioes de energia onde os eletrons se concentram. `A
temperatura baixa pode-se prever, com auxilio da fisica estatistica, um nivel
de energia minimo tal que, abaixo dele, todos os outros estejam ocupados.
Quando a diferenca desse nivel (chamado nivel de Fermi) e o imediatamente
abaixo eh muito grande temos um composto mau condutor. A dopagem deste composto
diminui a distancia entre o nivel de Fermi e os niveis ocupados fazendo com que
tenhamos um condutor melhor. Ao dar energia (temperatura) a este composto, um
eletron sai da camada inferior e preenche o nivel de Fermi criando um par
eletron-buraco (o buraco existe porque no nivel inferior que estava todo
preenchido foi criada uma ausencia de eletron, um buraco que pode ser
matematizado como uma particula de massa negativa e com carga positiva) . Nem
sempre o processo e simples mas o que interessa e que tanto o eletron quanto a
sua ausencia (buraco) podem transportar a corrente.
Obviamente que essa explicacao esta simploria mas o que interessa eh que
somente com a MQ somos capazes de criar e explicar as propriedades de materias
como o acima descrito que sao usados para a construcao de diodos, transistores,
celulas foto-voltaicas, chips, etc...

um abraco, Eduardo.



SUBJECT: Memes X Genes : Perpetuacao e Felicidade
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: Ciencialist <ciencialist@yahoogroups.com>, excalibur2 <excalibur2@yahoogroups.com>, fflch <fflch@egroups.com>, filosofia <filosofia@yahoogroups.com>, Humanidade <humanidade@egroups.com>, ifusp <ifusp-ex-alunos@egroups.com>, scientia_una <scientia_una@egroups.com>
CC: despertar <despertar@yahoogroups.com>
DATE: 21/03/2001 19:42



Memes X Genes : Perpetuacao e Felicidade
========================================
By : Joao Carlos H. Barcellos jan/2001

O tema deste ensaio eh um estudo sobre a felicidade e sua
relacao com os memes e genes.


.....
Um seguidor de uma religiao ou doutrina, que acredite q esta o levara
a imortalidade, obtera um prazer memetico que podera deixa-la
realmente mais feliz do que se ela nao acreditasse nisso.
Isso significa que uma pessoa seguidora desta crenca poderia ter um
nivel de satisfacao na vida, ou seja, de felicidade, superior a uma
outra pessoa sem esta perspectiva imortal.

Dessa conclusao surge uma pergunta fundamental :
Seria a constatacao que um aumento de felicidade devido a crenca na
imortalidade um motivo de indicacao para uma prescricao doutrinaria?

.......

Artigo completo em :

http://groups.yahoo.com/group/Genismo/message/202

[]s
jocax

(PS: o Yahoo ainda nao normalizou totalmente e nao estou recebendo
todas as mensagens das lista, assim, por favor, no replies deste artigo

enderece uma copia a mim : jocax@usp.br )




SUBJECT: Re: [ciencialist] Gravitacao
FROM: Rodrigo Nuno Bragança da Cunha <rnbc@rnl.ist.utl.pt>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 21/03/2001 19:58

"Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" wrote:
> A rigor, explicar realmente como as coisas funcionam, por exemplo, a
> gravidade, é algo ainda inatingido pela física, desde os filósofos. Podemos
> defini-la, descrevê-la, quatificá-la, podemos usá-la nas aplicações
> cotidianas, podemos fazer tudo, menos explicá-la.

Eu concordo com a parte em que você diz que a fisica apenas gera modelos. O modelo não é a explicação da realidade, é apenas um modelo, que serve para fazer previsões e para nos orientar.

Mas pode-me explicar o que entende exactamente por "explicação"? Parece-me que você esvaziou o conceito...


--
email (same address): rnbc@rnbc.pt.eu.org or rnbc@rnl.ist.utl.pt
homepage: http://rnbc.pt.eu.org/~rnbc or http://www.poboxes.com/rnbc
IRC: r0 (PT-Net and IRC-Net and sometimes UnderNet)
Guaranteed not to change but a bit unreliable: rnbc@poboxes.com


SUBJECT: A neurologia e o inconsciente
FROM: manuelbulcao@aol.com
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 21/03/2001 20:14

Caros listeiros,

É, parece que a neurologia está redescobrindo a roda, digo, o inconsciente,
um conceito tido por muitos como um mito, uma categoria metafísica, uma idéia
pré-científica. Vejam o que o neurologista António Damásio, em seu mais
recente trabalho, "O Mistério da Consciência", escreve a respeito dos
processos mentais inconscientes:

"Iniciei este livro chamando a atenção para a natureza inconsciente das
emoções e mostrando o quanto as emoções e os sentimentos podem ser eficazes,
mesmo quando os organismos desconhecem sua existência.

"(...) A influência de fatores desconhecidos sobre a mente humana há muito
foi reconhecida. (...) No início do século XX, foram aproximados de nossa
pessoa e situados no subterrâneo da mente. Na versão comumente atribuída a
Sigmund Freud, um certo conjunto de experiências que o indivíduo tem no
início da vida moldaria o funcionamento desse subterrâneo. (...) Não
precisamos endossar os mecanismos propostos por Freud ou Jung para admitir a
existência e reconhecer o poder dos processos inconscientes no comportamento
humano. Por todo o século, e a partir de trabalhos não relacionados às
propostas de Freud e Jung, os indícios do processamento inconsciente foram se
tornando cada vez mais numerosos.

"Os exemplos do campo da neuropsicologia são igualmente numerosos e
reveladores. Por exemplo, o conhecimento adquirido por condicionamento
tampouco é acessado de forma consciente e só é expresso indiretamente;
pacientes que não podem mais reconhecer rostos conscientemente são capazes de
detectar rostos familiares de maneira inconsciente;..." (António Damásio; O
Mistério da Consciência; Companhia das Letras; pp. 375/376)

"Certos conteúdos da memória autobiográfica, porém, continuam submersos por
longos períodos, e assim podem permanecer para sempre. (...) As memórias de
alguns eventos autobiográficos podem não ser reconstruídas integralmente,
podem ser reconstruídas de maneiras que diferem do original ou podem nunca
mais vir á luz da consciência. Em vez disso, elas podem promover a
recuperação de outras memórias que efetivamente se tornam conscientes na
forma de outros fatos concretos ou como estados emocionais concretos. Na
consciência ampliada daquele momento, os fatos assim recuperados podem ser
inexplicáveis devido à sua aparente falta de conexão com os conteúdos da
consciência que comandam o centro do palco naquele momento. Os fatos podem
parecer imotivados, embora de fato exista uma rede de conexões secretas,
refletindo seja a realidade de algum momento vivido no passado, seja a
remodelação daquele momento por uma organização gradual e inconsciente de
depósitos ocultos de memória.

"(...) O mundo do inconsciente psicanalítico tem suas raízes nos sistemas
neurais que sustentam a memória autobiográfica, e a psicanálise geralmente é
vista como um meio de enxergar a memória autobiográfica através da emaranhada
rede de conexões psicológicas." (Idem, pp. 291/292)

xxxxxxxxxxxxxx

Com relacao aa versao do inconsciente que Damasio atribui a Freud ("um certo
conjunto de experiencias que o individuo tem no inicio da vida moldaria o
funcionamento desse subterraneo"), endossa-o a existência de um fenomeno
biologico denominado "neotenia". O Dr. Isaac Mielnik, em seu Dicionario de
Termos Psiquiatricos (Ed. Roca; p. 192/193), define desta maneira o
"Principio da Neotenia": 'Considera as caracteristicas fisicas do adulto
humano homologas aas do feto ou animal jovem. Acredita-se que o conceito de
neotenia, embora aplicavel a certas caracteristicas fisicas, possa explicar
tambem elementos de conduta. Roheim, e mais recentemente Weyl, aplicaram este
principio aa teoria psicodinamica do comportamento, considerando alguns
aspectos do dispositivo instintivo (id) que possam derivar de caracteristicas
do comportamento do animal jovem. Assim, a continuidade da motivacao do
processo reprodutivo humano, sem o carater ciclico observado nos animais
adultos, seria comparavel ao impulso continuo do comportamento filial de
animais jovens, como consequencia do principio da neotenia. O adulto humano
teria que aplicar um dispositivo especial para reprimir os padroes arcaicos
do comportamento sexual. Seria a base biologica da repressao primaria ou
primal mediante a qual a crianca supera o uso de atividades orais e anais
como sistema de relacionamento com a pessoa que ama e as substitui por
atividades genitais e espirituais sublimadas.'

Abracos,
Manuel Bulcao



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Alimentos "carregados"
FROM: "Michelle S. De Marco" <misdm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 21/03/2001 22:04


> Mas é justamente o que acho. Eu como camarões, manga
>com leite (que segundo meus familiares é mortal) e outras coisas
>mais. Nunca notei nenhuma piora de alguma doença com a qual
>estivesse (apesar de poder ter acontecido e eu não ter notado).
> É difícil você ignorar certas coisas convivendo diariamente por
>anos a fio com elas...


A famosa manga com leite! De mortal não tem nada! Isso é uma crendice que
vem do tempo da escravidão , para que os escravos não comessem ambos ( não
me recordo bem , mas acredito que a intenção era a de que os escravos não
tomassem o leite). Uma grande bobagem! Como O Roberto Takata disse qualquer
alimento é passível de provocar uma reação em nosso organismo visto que ele
é uma proteína estranha. Felizmente , isso muito pouco e não dá para
generalizar , depende da interação entre o indivíduo e o alimento.

Michelle



SUBJECT: Cranio pode modificar teoria
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO: Ciencialist <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 22/03/2001 11:56

CIÊNCIA- The New York Times - 22 de março de 2001

Crânio fossilizado pode modificar teoria da evolução
humana
JOHN NOBLE WILFORD

Paleontólogos na África encontram um crânio de 3,5
milhões de anos, daquilo que eles acreditam ser um ramo
inteiramente novo da árvore evolutiva humana. É uma
descoberta que ameaça derrubar a visão atualmente aceita,
segundo a qual uma única linha de descendência nos liga
aos primeiros ancestrais da nossa espécie.

Os pesquisadores que fizeram a descoberta, e outros
cientistas que estudam a evolução humana, afirmaram que
não estão particularmente surpresos com as descobertas.
Estão, com certeza, confusos. Agora parece que a espécie
fóssil Australopithecus afarensis, que viveu em um
período entre quatro milhões a três milhões de anos
atrás, e que é mais conhecido pelo famoso esqueleto de
Lucy, não estava sozinha nas planícies africanas. Pode
até ser que Lucy não tenha sido um ancestral direto do
ser humano.

Realmente, a árvore genealógica da nossa espécie, que
antigamente era desenhada com um tronco principal
retilíneo, está começando a se parecer mais com um
arbusto, dotado de um emaranhado de ramos, indicando
parentescos incertos, que conduzem a várias direções.

A descoberta do crânio foi feita em 1999 por uma equipe
de pesquisadores liderada por Meave G. Leakey, que
realizou escavações no setor ocidental do lago Turkana,
no Norte do Quênia. Somente após uma análise cuidadosa os
cientistas concluíram que o crânio, quase intacto, e um
fragmento de mandíbula, representavam um gênero e uma
espécie completamente diferentes. A face achatada e os
pequenos molares são notavelmente diferentes daqueles do
afarensis, ou Lucy, uma espécie que viveu no mesmo
período.

Em um artigo publicado na edição desta quinta-feira (22)
da revista "Nature", Leakey batizou formalmente o novo
membro da família dos hominídios de Kenyanthropus
platyops, que significa "homem da cara chata do Quênia".
A idade dos fósseis, estimada entre 3,2 milhões e 3,5
milhões de anos, foi obtida a partir de cinzas vulcânicas
encontradas nos locais onde estavam enterrados os
esqueletos. O sexo do indivíduo não foi determinado.

"O Kenyanthropus demonstrou de forma persuasiva que pelo
menos duas linhagens coexistiram há pelo menos 3,5
milhões de anos", disse Leakey, em uma declaração
divulgada pelo Museu Nacional do Quênia, em Nairobi, onde
ela é a principal paleoantropóloga. "Os primeiros
estágios da evolução humana são mais complexos do que
pensávamos anteriormente".

Em uma entrevista por telefone, Leakey afirmou que a
diversidade encontrada nos fósseis de hominídeos não deve
ser motivo de surpresa, já que a árvore evolutiva dos
mamíferos é geralmente caracterizada por possuir vários
ramos diferentes. Quando os primeiros hominídeos
experimentaram um rompimento evolutivo com os ancestrais
dos grandes macacos e começaram a andar sobre duas
pernas, eles devem ter sido capazes de se mudar para
novos habitats, e de evoluírem para uma nova espécie.

Segundo Ian Tattersall, biólogo evolucionário do Museu
Norte-Americano de História Natural, em Nova York, a
descoberta foi "muito importante, porque ela finalmente
nos fez reconhecer a diversidade existente entre os
fósseis de hominídeos".

Até recentemente, os cientistas reconheciam apenas três
grupos de hominídeos. O gênero Homo surgiu há mais de
dois milhões de anos e originou os modernos seres
humanos. O Paranthropus foi um robusto contemporâneo do
Homo, que entrou em extinção há cerca de um milhão de
anos. Ambos os grupos parecem descender de uma espécie
anterior do gênero dos hominídeos, o Australopithecus.

Desde que foi descoberto em 1974 na Etiópia, por Donald
Johanson, o Australopithecus conhecido como Lucy, ou
afarensis, passou a ser geralmente tido como o mais
provável ancestral comum de todos os hominídeos
subseqüentes, incluindo os humanos. Na ausência de
qualquer outro fóssil de hominídeos que tenham vivido em
um período de 3,8 milhões a 3 milhões de anos atrás, esse
parecia ser a única conclusão que os cientistas podiam
arriscar.

De acordo com Frank Brown, geólogo da Universidade de
Utah, que foi membro da equipe de Leakey, a questão
relativa aos locais que, tanto o afarensis como a nova
espécie fóssil devem ocupar na árvore evolutiva humana,
será assunto de discussão nos próximos anos. O recente
artigo de Leakey não assume nenhuma posição com relação a
essa questão.

"Os antropólogos terão que decidir qual dessas duas
formas de hominídeos realmente pertence à nossa árvore
ancestral", afirma Brown. "Não dá para encaixar os dois
nessa estrutura".

Meave Leakey é mulher de Richard Leakey, ele próprio um
paleontólogo e filho de Louis e de Mary Leakey, que foram
pioneiros na busca dos fósseis mais antigos de hominídeos
na África. Uma das pesquisadoras que contribui com o
trabalho de Meave Leakey é a sua filha, Louise, que está
completando o seu doutorado na Universidade de Londres, e
que continuará carregando a tradição da família em caçar
fósseis.

Em um comentário feito na "Nature", Daniel E. Lieberman,
da Universidade George Washington, escreveu: "Suspeito
que o principal papel representado pelo Kenyanthropus
platyops nos próximos anos será o de atuar como uma
espécie de "estraga-festa", aumentando a confusão que
assola as pesquisas sobre as relações evolucionárias
entre os hominídeos".

Ou, como disse Tim D. White, da Universidade da
Califórnia em Berkeley, em uma entrevista: "Os braços vão
se agitar com mais rapidez do que as hélices de um
helicóptero". White é um paleantropólogo que trabalha na
Etiópia, e que, anteriomente, fez parte da equipe de
Johanson, nas pesquisas sobre o espécime Lucy. Ele
preferiu não emitir opiniões sobre a nova descoberta,
afirmando que ainda está em aberto a questão de saber se
os novos fósseis constituem uma expansão para além de uma
única linhagem, ou se, pelo contrário, estão contidos na
velha estrutura formada pelo afarensis.

Se a questão se transformar em um debate do tipo
Australopithecus afarensis versus Kenyanthropus platyops,
o fato pode reabrir velhas feridas, resultantes de
antigos conflitos entre a família Leakey e Johanson,
conflitos esses que se tornaram acrimoniosos após a
descoberta de Lucy.

Em uma antecipação das discussões que estão por vir,
Lieberman disse que o crânio recentemente
descoberto "quase certamente" representa uma nova
espécie. Nenhuma das suas características principais é,
por si só, nova, disse ele, mas "a combinação de traços
distintos não é encontrada em nenhuma espécie conhecida".
Ele disse, porém, que está menos seguro quanto à
possibilidade de que o fóssil pertença a um novo gênero,
que é uma classificação mais ampla.

Leakey reconheceu que "a designação de gênero vai ser o
ponto mais questionado pelas pessoas". Defendendo a sua
decisão, ela disse que o fóssil definitivamente não
lembra o gênero Homo, que surgiu muito depois, e que os
dentes são muito pequenos e a face muito distinta para
que seja um membro do gênero Paranthropus. Ela disse
ainda que resistiu à idéia de encaixar a espécie no
interior do gênero Australopithecus, simplesmente porque
eles não viveram na mesma época.

"O Australopithecus tem se tornado cada vez mais um
repositório para tudo que é encontrado", queixa-se
Leakey.

Leakey disse, na declaração da equipe que, a estrutura
única de morfologia dental e facial do fóssil, em
especial, provavelmente reflete o fato de que a espécie
ocupava um novo habitat e comia alimentos diferentes
daqueles consumidos pelo afarensis.

De 2,5 milhões de anos atrás em diante, até a extinção do
Neanderthal, há cerca de 28 mil anos, houve sempre duas
ou mais espécies de hominídeos coexistindo. Por duas
décadas, o afarensis permaneceu sozinho como a mais
antiga espécie de hominídeo. Mas então, em 1994, White
descobriu fósseis na Etiópia, que se acredita que tenham
4,4 milhões de anos, e que foram batizados de
Ardipithecus ramidus. Os detalhes sobre esses fósseis são
escassos. Um ano depois, Leakey identificou o mais antigo
membro do grupo dos Australopithecus, o anamensis, de
quatro milhões de anos.

"A nova descoberta vem apenas demonstrar que a
diversidade dos hominídeos, que já era aparente há 2,5
milhões de anos, é, na verdade, um fenômeno bem mais
antigo", afirmou Leakey.

Tradução: Danilo Fonseca







SUBJECT: RES: Gravitacao
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogroups.com'" <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 22/03/2001 17:02

> -----Mensagem original-----
> De: Rodrigo Nuno Bragança da Cunha [mailto:rnbc@rnl.ist.utl.pt]
>
> "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" wrote:
> > A rigor, explicar realmente como as coisas funcionam, por exemplo, a
> > gravidade, é algo ainda inatingido pela física, desde os
> filósofos. Podemos
> > defini-la, descrevê-la, quatificá-la, podemos usá-la nas aplicações
> > cotidianas, podemos fazer tudo, menos explicá-la.
>
> Eu concordo com a parte em que você diz que a fisica apenas
> gera modelos. O modelo não é a explicação da realidade, é
> apenas um modelo, que serve para fazer previsões e para nos orientar.
>
> Mas pode-me explicar o que entende exactamente por
> "explicação"? Parece-me que você esvaziou o conceito...

Realmente fui infeliz na escolha das palavras, mas ainda acredito que possa
defender o conceito. Tentarei ser mais pontual e esclarecedor sobre as
minhas conjecturas. Acredito que a física possa brilhantemente definir,
descrever, quantificar, qualificar e se utilizar dos fenômenos físicos - a
gravitação ou qualquer outro - nos seus modelos de descrição da realidade.
Mas acredito que o conhecimento pleno dos fenômenos em si ainda é maior
(foi o que eu tentei sugerir com a palavra 'explicar'). Suponhamos que a
ciência desenvolva uma teoria, calcada em leis naturais e conceitos, que
'explique' todos os fenômenos físicos do universo, inclusive a sua origem.
Poderia questionar, por exemplo, de onde vêm essas leis e esses conceitos.
Poderia, por exemplo, em última instância, especular sobre a teleologia do
fenômeno, sobre a sua finalidade. Estariam essas questões fora do escopo do
conhecimento? Seguramente não. Mas estariam fora do alcance da ciência?
Pode ser que sim... Como escreveu Marcelo Gleiser, a teoria física tem
limite de validade. Como uma função bem-comportada dentro do seu domínio. A
ciência é feita de modelos. Os modelos, são por hipótese, sujeitos a testes
e substituições, porque traduzem a nossa visão local e temporal da
realidade. E é justamente essa dinâmica da boa ciência - a sua eterna
dúvida a respeito das suas próprias afirmações - que a discrimina dos
demais modos de busca da verdade, e do dogmatismo. David Deutsch escreveu
que "a história da ciência é a história da física arrebatando temas da
filosofia". Parece-me de muito bom senso isso, como pudemos observar com a
idéia do movimento, dos átomos, do cosmo, do tempo, etc. Podemos afirmar
que temos a 'explicação' completa e irresoluta desses fenômenos? Claro que
não. Só para citar, essa variável 'tempo', que fez com que Einstein desse
novo rumo à física, trazendo-a para o escrutínio da ciência, tem seu
conceito ainda em aberto na atualidade, quer na física quântica à procura
do tempo absoluto quântico, quer na psicologia tentando definir se tempo
subjetivo tem relação com o tempo físico, quer na neurociência tentando
desvendar a relação entre tempo e consciência, quer na filosofia e na
própria física tentando chegar a uma conclusão se o tempo realmente
existe... Parece-me também que a propriedade do questionamento, do
pensamento e de inquirição a respeito da realidade que nos cerca - a busca
do conhecimento em si - é um tanto maior do que as respostas que os modelos
científicos nos podem propor no momento. Talvez nunca cheguem a nos propor
algo substancial. Não pense você que eu estou recriminando a ciência com
isso. Pelo contrário! Sou um admirador da ciência. Mas pelo bem e educação
do meu espírito cético, prefiro dar à ciência o merecido lugar e valor que
ela tem na busca do conhecimento. Obrigado pela oportunidade de expor
minhas idéias.

Abraços

Alexandre Medeiros


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SUBJECT: Re: fisica quantica
FROM: ego_sun@brasilmail.com.br
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 22/03/2001 18:08

Olá pessoal,

Em relação a essa interpretação dualista da mecânica quântica, e
partindo da proposta original, já levantada aqui, de existir uma
entidade real q poderíamos chamar de onda-piloto, que guiaria uma
partícula tb real, qual seria exatamente a objeção a esse modelo (da
onda-piloto)?? Se uma partícula só pode ser observada através de suas
interações, com que base, afinal de contas, pode-se afirmar que ela
existe apenas nesse momento em que interage? Que diferença faria, do
ponto de vista físico, dizer que existe a onda-piloto? (Do ponto de
vista mental, nos forneceria a possibilidade de construir uma
ferramenta ou imagem de pensamento útil a posteriores
desenvolvimentos)

[]´s

Ego

--- In ciencialist@y..., manuelbulcao@a... wrote:
> Em uma mensagem de 20/03/01 22:56:38 Hora padrão leste da Am. Sul,
> holanda_lb@z... escreveu:
>
> > Da mesma forma, quando a quantica descreve uma particula como
tendo
> > probabilidade de estar numa regiao nao significa que a particula
> > estara' dividida pela regiao.
>
> Manuel - Na experiência da dupla fenda, entre a fonte até o momento
em que é
> detectado o elétron é apenas onda, isto é, o elétron não é
localizável, não
> existe como partícula. Para que o elétron passe a existir 'como
partícula', é
> preciso que ele 'interaja' com qualquer outra coisa. No caso, a
'interação'
> se dá com a tela fluorescente, momento em que também se verifica o
> 'desaparecimento da função-de-onda' do elétron.
>
> A expressão 'dualidade onda-partícula' não quer dizer que o elétron
seja 'ao
> mesmo tempo' onda e partícula. Significa apenas que o elétron é ora
uma
> coisa, ora outra; ora se comporta como onda, ora como partícula.
>
> Como onda, o elétron existe 'espalhado' no espaço e no tempo. Mas,
na
> condição de partícula, o elétron é um 'ponto' preciso, localizável
no espaço
> e no tempo.
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] RES: Gravitacao
FROM: manuelbulcao@aol.com
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 22/03/2001 18:32

Em uma mensagem de 22/03/01 17:14:07 Hora padrão leste da Am. Sul,
alxmpub@uol.com.br escreveu:

> David Deutsch escreveu
> que "a história da ciência é a história da física arrebatando temas da
> filosofia". Parece-me de muito bom senso isso, como pudemos observar com a
> idéia do movimento, dos átomos, do cosmo, do tempo, etc.

Manuel - E deste arrebatamento não escapou nem mesmo aquela pergunta que
representa o questionamento e o ceticismo levado às últimas conseqüências e
que, segundo Heidegger, é a questão fundamental da filosofia: "por que o ser
existe ao invés de nada?".

Com efeito, o físico Alan Guth, em seu livro "O Universo Inflacionário",
comentando sobre a hipótese cosmogônica segundo a qual o universo surgiu do
nada (gênese 'ex-nihilo'), escreveu: "Embora as tentativas de descrever a
materialização do universo do nada continuem muito especulativas, elas
representam uma ampliação empolgante dos limites da ciência. Se algum dia
esse programa puder ser concluído, isso significaria que a existência e a
história do universo poderiam ser explicadas pelas leis fundamentais da
natureza. Ou seja, as leis da física implicariam a existência do universo.
HAVERÍAMOS ALCANÇADO O OBJETIVO ESPETACULAR DE SABER POR QUE EXISTE ALGO E
NÃO NADA."

Mas, afinal, a cosmologia é mesmo uma ciência ou, na realidade, trata-se de
uma metafísica que se vale da física teórica e da matemática para especular
sobre a origem, o destino e a razão de ser do universo como um todo?

Abraços,
Manuel Bulcão


SUBJECT: Re: Gravitacao
FROM: "Andre Roviralta Dias Baptista" <andrebaptista@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogroups.com>
DATE: 22/03/2001 20:18

Manuel, citando Alan Guth:


>. Se algum dia
> esse programa puder ser concluído, isso significaria que a existência e a
> história do universo poderiam ser explicadas pelas leis fundamentais da
> natureza. Ou seja, as leis da física implicariam a existência do universo.
> HAVERÍAMOS ALCANÇADO O OBJETIVO ESPETACULAR DE SABER POR QUE EXISTE ALGO E
> NÃO NADA."
>

Restaria saber porque as leis da física são assim e não outra maneira. Acho
que Einstein estava se referindo ao mesmo problema quando disse que queria
saber se Deus teve que fazer alguma escolha ao criar o universo (ou caso
contrário, haveria alguma lógica em o universo ser do jeito que é ou não de
outra maneira).

abraços,

André Baptista







SUBJECT: Re: RES: Gravitacao
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 23/03/2001 07:16

>
> Manuel - E deste arrebatamento não escapou nem mesmo aquela pergunta
que
> representa o questionamento e o ceticismo levado às últimas
conseqüências e
> que, segundo Heidegger, é a questão fundamental da filosofia: "por
que o ser
> existe ao invés de nada?".
>
> Com efeito, o físico Alan Guth, em seu livro "O Universo
Inflacionário",
> comentando sobre a hipótese cosmogônica segundo a qual o universo
surgiu do
> nada (gênese 'ex-nihilo'), escreveu: "Embora as tentativas de
descrever a
> materialização do universo do nada continuem muito especulativas,
elas
> representam uma ampliação empolgante dos limites da ciência. Se
algum dia
> esse programa puder ser concluído, isso significaria que a
existência e a
> história do universo poderiam ser explicadas pelas leis fundamentais
da
> natureza. Ou seja, as leis da física implicariam a existência do
universo.
> HAVERÍAMOS ALCANÇADO O OBJETIVO ESPETACULAR DE SABER POR QUE EXISTE
ALGO E
> NÃO NADA."

Nao creio.
Poderiamos reformular a pergunta e teriamos :
"Por que temos estas leis fisicas ao inves do nada (ou de outras)?"

[]s
jocax



SUBJECT: Re: RES: Gravitacao
FROM: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
TO: ciencialist@yahoogroups.com
DATE: 23/03/2001 08:17

>
> Manuel - E deste arrebatamento não escapou nem mesmo aquela pergunta
que
> representa o questionamento e o ceticismo levado às últimas
conseqüências e
> que, segundo Heidegger, é a questão fundamental da filosofia: "por
que o ser
> existe ao invés de nada?".
>

Uma resposta tentadora , mas nao satisfatoria seria :
"Porque se fosse de outro modo nao estariamos fazendo esta pergunta".

Mas uma analise mais apurada mostra que esta questao nao tem resposta:

Seja X1 as razoes ou motivos da questao :
"Pq existe o ser e nao o nada?"

Entao, poderiamos com base na resposta X1 formular uma nova questao
fundamental :

"Por que razao X1 ao inves do nada (ou de Y1)?"

E se tivermos como resposta X2. A pergunta pode continuar
ad infinituumm... ( Pq X2 ao inves do nada? )

Ou seja , nunca teremos uma resposta satisfatoria para a origem
de todas as causas.

[]s
jocax
(PS: Nao verdade talvez tenhamos a resposta : "Porque SIM!" :-))