SUBJECT: Livro sobre Mecânica Relacional
FROM: Marcelo Carvalho <mpinto2009@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/05/2015 10:59

http://www.ifi.unicamp.br/~assis/Mecanica-Relacional-Mach-Weber.pdf

Marcelo C Pinto

SUBJECT: Pergunta crucial para o Prof. Belmiro
FROM: "Mtnos Calil" <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/05/2015 17:15

"Tenha santa paciência!! Não existe essa tal precisão linguística!"  Belmiro Wolski

O sr. quis dizer que existe outra precisão linguistica que não essa tal, ou que não existe nenhuma precisão linguistica? 

Se existe outra, qual seria a diferença entre a outra e essa tal? 

Obrigado, pacientemente.

Mtnos Calil 

Ps. Considero a hipótese de que o sr. não tenha compreendido os fundamentos da matematização da linguagem, hipótese essa que estaria associada a esta outra hipótese, segundo a qual eu não informei ou expliquei a contento quais seriam estes fundamentos. 

============================

Em Qui 07/05/15 19:43, Belmiro Wolski belmirow@yahoo.com.br [ciencialist] ciencialist@yahoogrupos.com.br escreveu:

 

>> "A persistência é o caminho da vitória".
- Persistir no erro é caminho para a vitória?
- Não existem outros caminhos para a vitória? ( se ainda fosse: "é um dos caminhos...")
- Persistir na frente de combate e levar um tiro é caminho para a vitória?( depende do contexto, vitória em que sentido  e de quem? dele ?ou do grupo?)
- que vitória? Em que sentido?
Tenha santa paciência!! Não existe essa tal precisão linguística! Existe comunicação. E é o que interessa. A interpretação fora de contexto é uma deficiência. Não é regra! 
Tradução: santa nesse caso não tem nada a ver com a religião, auréola, etc, onde etc quer dizer outras coisas relacionadas à santa mas que não no sentido de santidade. Paciência não é aquele jogo de cartas, cartas não são as do correio, são não é antônimo de doente. E por aí vai... Bacana!
*BW*



Em Quinta-feira, 7 de Maio de 2015 17:50, "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br> escreveu:

 
Impressionante! Essa palavrinha assanhada que tu jogaste na mesa - contexto -  abriu um campo conceitual rico de conteúdo para a matematização da linguagem. Este novo conceito para o processo de matematizaçao da linguagem (sem números, fórmulas, teoremas,etc) é o seguinte:  quando um enunciado é elaborado de uma forma lógico-semântica precisa, a sua compreensão não depende de nenhum contexto. 
Porém para obedecer submissamente ao nosso désposta do rigor linguistico fui googlear uma pesquisa sobre o termo, quando me deparei com um artigo redigido por uma professora de filosofia da PUC e autora de uma tese de doutorado no âmbito da filosofia da linguagem
 
Neste artigo ela referenda esse elogio ao teu aclamado contexto:
 
O contexto da enunciação é de uma importância tal, que é quase impossível avaliar. Por 'contexto' entendo, pelo menos, o tempo, o lugar, a situação, os temas que constituem o foco imediato de interesse e as histórias pessoais tanto do locutor, quanto daqueles a quem ele se endereça. Além do contexto existe, é claro, a convenção lingüística [...]. O requisito [...] para que uma expressão na sua utilização referencial seja corretamente aplicada [...] é de que a coisa se encontre em certa relação com o locutor e com o contexto de elocução (STRAWSON, 1977, p. 29).
 
Imediatamente lhe enviei esta mensagem:
 
Prezada Professora. 
Estou trabalhando há alguns anos no tema "lógica e precisão na comunicação" e acabei criando um modelo de comunicação para ser utilizado em algumas circunstâncias, baseado em alguns pressupostos como este:
Todo enunciado deve ser feito de tal maneira que não dê margem a nenhuma "interpretação. Para tanto o seu autor deve deixar muito claro qual é o significado que está atribuindo aos termos chaves utilizados.
Como a sra. defende a tese de que a compreensão de um enunciado depende do contexto, gostaria de abrir uma comunicação entre nós para que a minha tese possa ser derrubada. Estou montando um curso de lógica na comunicação para psicólogos com a participação de uma psicóloga e psicoterapeuta.
abraços
Mtnos Calil
Consultor organizacional multidisciplinar - São Paulo, SP.

Ps1. Exemplos de frases que não dependem de contexto e que tiveram - e continuam tendo - fortissima influência na minha vida:

a) A depressão é um processo emocional que paralisa as forças vitais
b) Para enfrentar a ansiedade da velhice, viva intensamente
c) Para ser feliz realize suas potencialidades
d) Deus, dai-me a coragem para mudar as coisas que eu posso mudar, a serenidade para aceitar as coisas que eu não posso mudar e a sabedoria para distinguir a diferença.
f) O sentido da vida está no prazer de viver
g) O bom humor é pré-requisito da felicidade
e) Para realizar suas potencialidades, se puder, faça uso deste triângulo estratégico quântico: caos, acaso e imprevisibilidade.

Ps2. Estou em contato com um prof. da PUC de São Paulo que é fã da univocidade para ver se faremos algo em conjunto.

 
Algumas horas depois ela me respondeu concordando com a minha proposta de discutirmos o assunto.
 
Prossigo agora respondendo à tua última mensagem:
 
 Mais uma frase que não depende de contexto, do Chaplin:
> "A persistência é o caminho da vitória"
Aquele sujeito (ligeiramente amalucado, salientemos) resolveu absorver integralmente o ditado do Chaplin e está iniciando
os procedimentos para fixar um prego de 12 cm em uma parede de concreto através da repetida "bordoagem" de sua testa na
cabeça do dito prego.
 
Pensa ele: "Porra, o Chaplin foi um sujeito prá lá de
genial, então o que ele disse servirá para a minha
tarefa: vou pregar essa porra de prego com a testa!"
A persistência é o caminho da vitória! Verdade!
(contexto: a persistência desse amalucado é o Caminho da vitória profissional do médico da UTI que
Irá atender esse mané, após ele desmaiar com a testa estropiadáça". Viu só como o ditado do Chaplin é mesmo verdadeiro? hahahahahaha
*PB*
 
Prezado PB
 
O que tu chamaste de contexto é apenas uma informação a respeito da maluquice do seguidor da frase. E de fato informações como essa, são (exageradamente) consideradas como um contexto necessário para a compreensão do enunciado. A forma que eu encontrei de matar o contexto é transformá-lo numa simples informação, necessária e suficiente para a perfeita compreensão do enunciado. No seu exemplo, basta informar que o sujeito é maluco para a frase ter uma ÚNICA e PRECISA compreensão. Essa informação não tem, porém, sequer a  consistência suficiente para constituir um contexto.

Abraços fora de contexto (ou com o contexto explicito ou implicito). 
Mtnos Calil 


Ps.  Ocorre que muitos filósofos  (e até  cientistas) não utilizam um modelo de comunicação que facilita a compreensão dos enunciados – pelo contrário, eles dificultam! Por sua vez, os leitores adoram “interpretar” o que os outros escrevem ou falam. Grande parte das interpretações transformam – ou seja adulteram - o significado original. . 

Em Qui 07/05/15 12:11, Pesky Bee peskybee2@gmail.com [ciencialist] ciencialist@yahoogrupos.com.br escreveu:

 
> Mais uma frase que não depende de contexto, do Chaplin:
> "A persistência é o caminho da vitória"
Aquele sujeito (ligeiramente amalucado, salientemos) resolveu
absorver integralmente o ditado do Chaplin e está iniciando
os procedimentos
para fixar um prego de 12 cm em uma parede
de concreto
através da repetida "bordoagem" de sua testa na
cabeça do dito prego.
Pensa ele: "Porra, o Chaplin foi um sujeito prá lá de
genial, então o que ele disse servirá para a minha
tarefa: vou pregar essa porra de prego com a testa!"
A persistência é o caminho da vitória! Verdade!
(contexto: a persistência desse amalucado é o
caminho
da vitória profissional do médico da UTI que
irá
atender esse mané, após ele desmaiar com a testa
estropiadáça". Viu só como o ditado do Chaplin é mesmo
verdadeiro? hahahahahaha
*PB*

From: "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]
Sent: Thursday, May 07, 2015 11:49 AM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: [ciencialist] Enc: Re: Matematização da linguagem
Prezado Pesky.
Agora vou sair e na volta respondo sua ultima mensagem que fala em "100% definida".
Abraços
Mtnos Calil
Ps1. Mais uma frase que não depende de contexto, do Chaplin: "A persistência é o caminho da vitória"  
Ps2. Uma profa. de filosofia da PUC aceitou o desafio. Ela, como você, afirma que a compreensão de um enunciado depende do contexto. Aliás todo o mundo fala isso, né?



SUBJECT: Re: [ciencialist] Pergunta crucial para o Prof. Belmiro
FROM: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/05/2015 19:16

Caro MC,

    Já ouviu o José Simão na Band News? Ele sempre diz o seguinte, antes de comentar sobre placas que os ouvintes enviam a ele de todo o lugar do Brasil, com avisos engraçados e escritos de forma errada. Ele diz: o brasileiro escreve errado mas todo mundo se entende! Taí! Esse é o objetivo da coisa. Precisamos nos entender. E, com raras exceções, é isso que sempre acontece. Nos entendemos, quer pela linguagem escrita ou falada. Não precisamos de uma única palavra para designar uma única coisa. Aquilo que você conhece por salsicha, aqui em Curitiba chamamos de vina. E, se alguém pedir uma vina no Rio, a princípio não vai receber, mas é só mencionar seu sinônimo que tá tudo certo. E o balconista da lanchonete terá aprendido que salsicha e vina são a mesma coisa. O próximo curitibano que pedir vina será atendido. 
    A riqueza de um vocabulário se mede pela quantidade de sinônimos, pela adequação no contexto, pelas figuras de linguagem, pelas expressões idiomáticas, até pelas gírias. O que você está se propondo a fazer e que jamais chegará perto de conseguí-lo, é robotizar a linguagem. E isso é empobrecê-la. Imagine um diálogo entre duas pessoas falando Calilzês. Piadas não serão mais possíveis pois a graça delas, em sua maioria está no contexto. Exageros na hora de contar vantagens também não dá. Histórias de pescador perderão a graça. Gírias, nem pensar. Imagine se alguém inventar de pegar no seu pé!
     Terão de ser criadas milhões de novas palavras para que não hajam sinônimos, verbos terão que ser revistos e também criados aos milhões. O Kid Bengala terá que encontrar novo apelido porque bengala será apenas outra coisa. Pé de mesa será apenas uma catacrese. Aliás, nem esta poderá mais existir. Deverá ser inventado um nome para o pé da mesa. Sugiro blastrocrana. Que tal? As palavras ficarão cada vez mais difíceis de pronunciar porque a combinação de letras para formá-las está ficando cada vez mais complexa.  Enfim, meu caro, pare de se preocupar com essas coisas. E não venha se fazendo de herói, imaginando ser o salvador da pátria. Que alguém tem que acabar com a polissemia e quetais. Se alguém não entende algumas coisas dentro do contexto, e me parece que você é um desses casos, tanto que não entendeu a minha ironia do artigo do Roundup X autismo, então o problema é localizado. Não vale a pena adaptar o idioma a esses casos, simplificando-o binariamente. É melhor se adaptar ao idioma, tentar compreendê-lo em toda a sua magnitude e riqueza. Algo que foi construído ao longo de séculos não pode ser desprezado dessa forma. Tente entender melhor nossa linguagem. A graça está em tudo isso. Nos diferentes significados das palavras conforme o caso, na entonação de uma frase que lhe confere diferentes conotações, nas vírgulas, que, se trocadas mudam o sentido da frase. A língua portuguesa é maravilhosa. O Calilzês é horroroso! É chato pacacete!!

     *BW*



Em Sexta-feira, 8 de Maio de 2015 17:15, "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br> escreveu:


 


"Tenha santa paciência!! Não existe essa tal precisão linguística!"  Belmiro Wolski

O sr. quis dizer que existe outra precisão linguistica que não essa tal, ou que não existe nenhuma precisão linguistica? 

Se existe outra, qual seria a diferença entre a outra e essa tal? 

Obrigado, pacientemente.

Mtnos Calil 

Ps. Considero a hipótese de que o sr. não tenha compreendido os fundamentos da matematização da linguagem, hipótese essa que estaria associada a esta outra hipótese, segundo a qual eu não informei ou expliquei a contento quais seriam estes fundamentos. 

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Em Qui 07/05/15 19:43, Belmiro Wolski belmirow@yahoo.com.br [ciencialist] ciencialist@yahoogrupos.com.br escreveu:

 
>> "A persistência é o caminho da vitória".
- Persistir no erro é caminho para a vitória?
- Não existem outros caminhos para a vitória? ( se ainda fosse: "é um dos caminhos...")
- Persistir na frente de combate e levar um tiro é caminho para a vitória?( depende do contexto, vitória em que sentido  e de quem? dele ?ou do grupo?)
- que vitória? Em que sentido?
Tenha santa paciência!! Não existe essa tal precisão linguística! Existe comunicação. E é o que interessa. A interpretação fora de contexto é uma deficiência. Não é regra! 
Tradução: santa nesse caso não tem nada a ver com a religião, auréola, etc, onde etc quer dizer outras coisas relacionadas à santa mas que não no sentido de santidade. Paciência não é aquele jogo de cartas, cartas não são as do correio, são não é antônimo de doente. E por aí vai... Bacana!
*BW*



Em Quinta-feira, 7 de Maio de 2015 17:50, "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br> escreveu:

 
Impressionante! Essa palavrinha assanhada que tu jogaste na mesa - contexto -  abriu um campo conceitual rico de conteúdo para a matematização da linguagem. Este novo conceito para o processo de matematizaçao da linguagem (sem números, fórmulas, teoremas,etc) é o seguinte:  quando um enunciado é elaborado de uma forma lógico-semântica precisa, a sua compreensão não depende de nenhum contexto. 
Porém para obedecer submissamente ao nosso désposta do rigor linguistico fui googlear uma pesquisa sobre o termo, quando me deparei com um artigo redigido por uma professora de filosofia da PUC e autora de uma tese de doutorado no âmbito da filosofia da linguagem
 
Neste artigo ela referenda esse elogio ao teu aclamado contexto:
 
O contexto da enunciação é de uma importância tal, que é quase impossível avaliar. Por 'contexto' entendo, pelo menos, o tempo, o lugar, a situação, os temas que constituem o foco imediato de interesse e as histórias pessoais tanto do locutor, quanto daqueles a quem ele se endereça. Além do contexto existe, é claro, a convenção lingüística [...]. O requisito [...] para que uma expressão na sua utilização referencial seja corretamente aplicada [...] é de que a coisa se encontre em certa relação com o locutor e com o contexto de elocução (STRAWSON, 1977, p. 29).
 
Imediatamente lhe enviei esta mensagem:
 
Prezada Professora. 
Estou trabalhando há alguns anos no tema "lógica e precisão na comunicação" e acabei criando um modelo de comunicação para ser utilizado em algumas circunstâncias, baseado em alguns pressupostos como este:
Todo enunciado deve ser feito de tal maneira que não dê margem a nenhuma "interpretação. Para tanto o seu autor deve deixar muito claro qual é o significado que está atribuindo aos termos chaves utilizados.
Como a sra. defende a tese de que a compreensão de um enunciado depende do contexto, gostaria de abrir uma comunicação entre nós para que a minha tese possa ser derrubada. Estou montando um curso de lógica na comunicação para psicólogos com a participação de uma psicóloga e psicoterapeuta.
abraços
Mtnos Calil
Consultor organizacional multidisciplinar - São Paulo, SP.

Ps1. Exemplos de frases que não dependem de contexto e que tiveram - e continuam tendo - fortissima influência na minha vida:

a) A depressão é um processo emocional que paralisa as forças vitais
b) Para enfrentar a ansiedade da velhice, viva intensamente
c) Para ser feliz realize suas potencialidades
d) Deus, dai-me a coragem para mudar as coisas que eu posso mudar, a serenidade para aceitar as coisas que eu não posso mudar e a sabedoria para distinguir a diferença.
f) O sentido da vida está no prazer de viver
g) O bom humor é pré-requisito da felicidade
e) Para realizar suas potencialidades, se puder, faça uso deste triângulo estratégico quântico: caos, acaso e imprevisibilidade.

Ps2. Estou em contato com um prof. da PUC de São Paulo que é fã da univocidade para ver se faremos algo em conjunto.

 
Algumas horas depois ela me respondeu concordando com a minha proposta de discutirmos o assunto.
 
Prossigo agora respondendo à tua última mensagem:
 
 Mais uma frase que não depende de contexto, do Chaplin:
> "A persistência é o caminho da vitória"
Aquele sujeito (ligeiramente amalucado, salientemos) resolveu absorver integralmente o ditado do Chaplin e está iniciando
os procedimentos para fixar um prego de 12 cm em uma parede de concreto através da repetida "bordoagem" de sua testa na
cabeça do dito prego.
 
Pensa ele: "Porra, o Chaplin foi um sujeito prá lá de
genial, então o que ele disse servirá para a minha
tarefa: vou pregar essa porra de prego com a testa!"
A persistência é o caminho da vitória! Verdade!
(contexto: a persistência desse amalucado é o Caminho da vitória profissional do médico da UTI que
Irá atender esse mané, após ele desmaiar com a testa estropiadáça". Viu só como o ditado do Chaplin é mesmo verdadeiro? hahahahahaha
*PB*
 
Prezado PB
 
O que tu chamaste de contexto é apenas uma informação a respeito da maluquice do seguidor da frase. E de fato informações como essa, são (exageradamente) consideradas como um contexto necessário para a compreensão do enunciado. A forma que eu encontrei de matar o contexto é transformá-lo numa simples informação, necessária e suficiente para a perfeita compreensão do enunciado. No seu exemplo, basta informar que o sujeito é maluco para a frase ter uma ÚNICA e PRECISA compreensão. Essa informação não tem, porém, sequer a  consistência suficiente para constituir um contexto.

Abraços fora de contexto (ou com o contexto explicito ou implicito). 
Mtnos Calil 


Ps.  Ocorre que muitos filósofos  (e até  cientistas) não utilizam um modelo de comunicação que facilita a compreensão dos enunciados – pelo contrário, eles dificultam! Por sua vez, os leitores adoram “interpretar” o que os outros escrevem ou falam. Grande parte das interpretações transformam – ou seja adulteram - o significado original. . 

Em Qui 07/05/15 12:11, Pesky Bee peskybee2@gmail.com [ciencialist] ciencialist@yahoogrupos.com.br escreveu:

 
> Mais uma frase que não depende de contexto, do Chaplin:
> "A persistência é o caminho da vitória"
Aquele sujeito (ligeiramente amalucado, salientemos) resolveu
absorver integralmente o ditado do Chaplin e está iniciando
os procedimentos
para fixar um prego de 12 cm em uma parede
de concreto
através da repetida "bordoagem" de sua testa na
cabeça do dito prego.
Pensa ele: "Porra, o Chaplin foi um sujeito prá lá de
genial, então o que ele disse servirá para a minha
tarefa: vou pregar essa porra de prego com a testa!"
A persistência é o caminho da vitória! Verdade!
(contexto: a persistência desse amalucado é o
caminho
da vitória profissional do médico da UTI que
irá
atender esse mané, após ele desmaiar com a testa
estropiadáça". Viu só como o ditado do Chaplin é mesmo
verdadeiro? hahahahahaha
*PB*

From: "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]
Sent: Thursday, May 07, 2015 11:49 AM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: [ciencialist] Enc: Re: Matematização da linguagem
Prezado Pesky.
Agora vou sair e na volta respondo sua ultima mensagem que fala em "100% definida".
Abraços
Mtnos Calil
Ps1. Mais uma frase que não depende de contexto, do Chaplin: "A persistência é o caminho da vitória"  
Ps2. Uma profa. de filosofia da PUC aceitou o desafio. Ela, como você, afirma que a compreensão de um enunciado depende do contexto. Aliás todo o mundo fala isso, né?





SUBJECT: Re: [ciencialist] Pergunta crucial para o Prof. Belmiro
FROM: Mtnos Calil <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/05/2015 20:54

Caro BW

Eu agradeço a sua critica pois ela está revelando que eu preciso EXPLICAR melhor a coisa. 

a) eu não estou propondo criar uma nova linguagem - é  apenas um modelo para ser aplicado em situações especificas, além é claro da comunicação cientifica, que por sua própria natureza "precisa ser precisa"
b) um fato já suficientemente pesquisado revela que as empresas, por exemplo, sofrem de sérios problemas de comunicação interna (e também externa)
c) é comum também os escritores não informarem o significado de algumas palavras chaves de seus textos o que gera interpretações subjetivas; fazer-se entender é um pré-requisito básico da comunicação, assim como VERIFICAR se o ouvinte realmente entendeu o que ouviu .
d) não é a beleza da lingua portuguesa ou de qualquer outra lingua que está em questão e sim o uso da palavra certa no lugar certo, nas ocasiões em que o uso do sistema é recomendado
e) a proposta é que as pessoas interessadas em adquirir (ou aprimorar) a clareza e a precisão na comunicacão, adotem o modelo do LPC sem abandonar o (s) seu (s) modelos preferidos; trata-se, portanto de adotar um novo modelo sem abandonar os já utilizados. A comunicação eficaz requer diferentes estilos, dependendo inclusive de quem seja nosso interlocutor (ou leitor). 

MC

Ps. Existe sim um modelo de comunicação em que o escritor pode deixar o leitor à vontade para interpretar como quiser o seu texto. A música, a poesia, o romance, o cinema, o teatro usam livremente a linguagem sem ter que se submeter ao rigor semântico. Mas o artista cria também uma "linguagem estruturada" (ou sistêmica) conforme revela esse excelente artigo sobre a linguagem de Shakespeare:

 

Shakespeare, um artista da palavra

Barbara Heliodora
especial para a Folha

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mais/fs2506200005.htm


Depois de cerca de duas décadas dominadas pela crítica daquilo que Harold Bloom rotula de "a escola dos ressentidos", é um prazer ver sair, tão logo depois do personalíssimo livro do mesmo Bloom, a notável e mais do que objetiva "Shakespeare's Language" (A Linguagem de Shakespeare), análise da obra de William Shakespeare (1564-1616) por Frank Kermode, um dos mais notáveis estudiosos da poesia em nosso tempo. Kermode começa sua obra explicando que a dedica a um público não-profissional, por acreditar que este tem sido muito mal servido pela crítica moderna. Esta tem dado pouca atenção justamente a seu tema principal, a linguagem de Shakespeare, pela qual, considera ele, ou passam quase sem lhe notar a existência ou a ela se referem em termos recônditos, que levam os leitores a vê-la como relíquia complicadora e não como elemento vivo. 


Pois é essa linguagem que Kermode, que foi professor "Lord Northcliffe" de inglês moderno no University College, em Londres, professor "Edward 7º" de literatura inglesa em Cambridge e professor "Charles Eliot Norton" de poesia em Harvard, analisa com imenso conhecimento de teoria literária -voltado, igualmente, para o grande processo evolutivo graças ao qual, para usar seus termos precisos, Shakespeare passa da poesia da página para a poesia da cena. As grandes mudanças nos meios de expressão, para Kermode, levam seu livro a uma divisão em duas partes: na primeira são englobadas todas as peças escritas até 1599, analisadas de modo mais sucinto em um só conjunto, enquanto a segunda, mais longa, examina separadamente "Julio Cesar", "Hamlet", "Troilus e Cressida", "Medida por Medida", "Otelo", "Rei Lear", "Macbeth", "Antônio e Cleópatra", "Tímon de Atenas", "Coriolano", "Péricles", "Cymbeline", "Conto de Inverno", "A Tempestade" e, finalmente, "Henrique 8º" com "The Two Noble Kinsmen", do mesmo modo que já havia incluído peças com linguagem semelhante junto a um ou outro título. 


"Shakespeare's Language" se propõe básica e essencialmente como um estudo da poesia na obra dramática do bardo de Stratford; mas ao longo do caminho encontramos repetidas referências aos sonetos e, principalmente, ao poema "The Phoenix and Turtle", sempre citados como ilustrações do domínio de Shakespeare sobre a expressividade da linguagem poética. O que distingue a posição de Kermode é a lucidez de sua imensa admiração por Shakespeare como supremo artista da palavra, que permanece em todos os momentos aquém da "bardolatria". Aos puristas delirantes, que não aceitam nenhuma possibilidade de interferência de colaboradores nos textos dramáticos, ele lembra o quanto eram estes vulneráveis em razão da precariedade dos métodos e meios de publicação, alterações em remontagens devidas à transmissão oral etc. (afora os casos de verdadeira colaboração). 

Ouvido treinado


Na introdução que antecede as duas partes de análise das obras, Kermode é magistralmente esclarecedor. Além de referir-se às reconhecidas dificuldades de compreensão devidas a mudanças semânticas ocorridas desde a época em que Shakespeare viveu, lembra o autor ao shakespeariano não-profissional a maior facilidade que tinha o público original do poeta de entender trechos que hoje nos pedem mais de uma leitura, simplesmente porque aquele tinha o ouvido muito mais treinado do que o nosso para a apreciação da literatura oral, enquanto a nossa época é muito mais visual. Não é à toa que o elisabetano ia ao teatro "ouvir" uma peça.


Outro aspecto pouco lembrado que aqui merece sua devida atenção é o fato de William Shakespeare ter vivido em uma época em que era regra aprender a ser poeta, primordialmente, pela obediência às regras da retórica; e em toda a primeira parte do livro o que Kermode destaca é justamente o caminho traçado por Shakespeare desde sua fase inicial, de grande uso da retórica.


Fica a poesia, nas primeiras aventuras dramáticas, estritamente voltada para o uso das regras e dos recursos segundo os quais o poeta seria bom ou mau, e o processo de libertação, de individualização, pode ser apreciado também pelo uso inicial, como em "A Comédia dos Erros", da permanente equivalência da frase com o verso, com cada dez sílabas (ou pentâmetros iâmbicos) contendo um pensamento completo. O pensamento expressado em vários versos, como o uso de versos quebrados em dois ou três pequenas frases ditas por personagens diversos, é produto do amadurecimento no domínio da forma essencialmente dramática.


Mas talvez a contribuição mais significativa da análise de Kermode seja a que concerne ao crescente uso da hendíadis, que o autor explica como "um modo de tornar estranha uma única idéia por partir a expressão em dois, de modo que ela passa a exigir uma explicação, como uma metáfora pequenina e muitas vezes um tanto sinistra", e que aqui usamos segundo a definição do "Aurélio": "Figura de retórica que consiste em exprimir por dois substantivos ligados por coordenação uma idéia que normalmente se representaria subordinando um deles ao outro".


Muito embora Kermode já encontre alguns exemplos desse uso em peças anteriores, é no "Hamlet" que ele se assevera como recurso de imenso potencial para a evocação de idéias e climas: "Things rank and gross", "the book and volume", "oppressed and fear-surprised eye" etc. Depois do altíssimo número de exemplos dessa figura de retórica em sua primeira grande tragédia, quando tanto pesa para a criação do clima de ambiguidades, incertezas e hesitações, ela continua presente, mas reduzida a um dentre muitos recursos retóricos, mesmo que sempre um pouco favorita.


Nas análises específicas da segunda parte, o trabalho de Kermode é sempre revelador: mesmo contestando as interpretações redutoras recentes que vêem Shakespeare apenas como um produto sociopolítico de seu tempo, ele escreve sobre a alta qualidade da linguagem do "Julio César", a primeira peça escrita para o novo teatro da companhia para a qual Shakespeare escrevia, o Globe, notando que, ao mesmo tempo em que ele usa sua imensa inventividade para compactar, omitir, dar mais foco e alterar relacionamentos tais como os encontrou em Plutarco, a peça é "intensamente política, fato que tem influência determinante sobre a sua linguagem", mas nada a faz político-partidária como querem alguns críticos das últimas décadas.


O longo capítulo sobre "Hamlet" enfoca em particular a total novidade da obra, impossível de ser enquadrada em qualquer fórmula e, em termos de amplitude dramática, efetivamente nova, incomparavelmente mais abrangente do que tudo o que existe de anterior a ela. A tragédia exibe uma variedade de situações, condições e personagens que só puderam existir porque, àquela altura, em 1601, Shakespeare dominava a tal ponto o seu uso da língua inglesa, já conquistara uma tal flexibilidade de formas, que foi capaz de criar esse universo dramático inteiramente novo.


Isso não significa que o poeta esquecesse de qualquer de seus estágios anteriores, pois nada o impede de recorrer a eles quando conveniente ou necessário, como nos antiquados versos da "comédia-dentro-da-comédia".


A ênfase sobre a justiça e os valores éticos nas chamadas "problem plays" ("Troilus e Cressida", "All's Well That Ends Well" e "Medida por Medida") é interessante em particular quando Kermode as vê como experiências com a linguagem nem sempre bem-sucedidas, mais interessante nos grandes debates da primeira, em boa parte da última, e dura e contorcida na segunda, com determinados versos de tal modo compactos que simplesmente descobrir o que está na verdade sendo dito é muitas vezes mais difícil do que qualquer interpretação posterior do pensamento.


Já em "Otelo", o nível do vocabulário de Iago é usado para a caracterização da sordidez e mesquinhez de sua verdadeira personalidade, quando ele está só ou no ambiente de caserna que as atividades militares da tragédia sugerem; o nível é alterado, no entanto, quando interessa a ele apresentar sua aparência de "honest Iago". Essa espécie de quase dupla personalidade é parte integrante da importância do tema verdade/aparência que domina a peça, expressado pela frequência dos verbos "to think", "to seem" ou, a fim de determinar o que pensar, "to see" e "to observe".


A linguagem vai ficando cada vez mais densa e oblíqua, mas é ocioso continuar a tentar resumir os comentários de Frank Kermode sobre todas as obras pós-1599, porque o realmente significativo em "Shakespeare's Language" não é este ou aquele comentário ou esclarecimento, mas o conjunto. Não é possível, no entanto, deixar de chamar a atenção para o fato de o crítico considerar, com grande justeza, que nas obras da maturidade o leitor, se quiser realmente apreciar as peças de Shakespeare, terá de se dar ao trabalho de prestar muita atenção aos detalhes, pois estes são profundamente reveladores.


O aspecto mais interessante do notável trabalho de Kermode, no entanto, me parece ser sua consciência da importância da linguagem na obra dramática de Shakespeare, mas também sua clara consciência de que as peças, justamente enquanto obras dramáticas, são muito mais do que isso, e que a importância da linguagem só se faz notar por ser ela um dos instrumentos para a expressão da imaginação, da capacidade criativa com que o poeta cria aqueles textos que foram concebidos para tomar vida no palco.


O puro e simples conhecimento, a total intimidade que Frank Kermode tem tanto com as obras de Shakespeare quanto com os idiomas da poesia, a acuidade com que ele analisa as obras sem jamais permitir que a perfeita objetividade diminua em qualquer mínima medida sua inesgotável admiração por Shakespeare fazem de "Shakespeare's Language" uma contribuição à exegese das peças que tem tudo para vir a se juntar ao pequeno e precioso núcleo de obras críticas de interesse permanente, que se destaca do dilúvio do que podemos chamar de "shakespearianices" de momento.




On Sex 08/05/15 19:16 , "Belmiro Wolski belmirow@yahoo.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 

Caro MC,

    Já ouviu o José Simão na Band News? Ele sempre diz o seguinte, antes de comentar sobre placas que os ouvintes enviam a ele de todo o lugar do Brasil, com avisos engraçados e escritos de forma errada. Ele diz: o brasileiro escreve errado mas todo mundo se entende! Taí! Esse é o objetivo da coisa. Precisamos nos entender. E, com raras exceções, é isso que sempre acontece. Nos entendemos, quer pela linguagem escrita ou falada. Não precisamos de uma única palavra para designar uma única coisa. Aquilo que você conhece por salsicha, aqui em Curitiba chamamos de vina. E, se alguém pedir uma vina no Rio, a princípio não vai receber, mas é só mencionar seu sinônimo que tá tudo certo. E o balconista da lanchonete terá aprendido que salsicha e vina são a mesma coisa. O próximo curitibano que pedir vina será atendido. 
    A riqueza de um vocabulário se mede pela quantidade de sinônimos, pela adequação no contexto, pelas figuras de linguagem, pelas expressões idiomáticas, até pelas gírias. O que você está se propondo a fazer e que jamais chegará perto de conseguí-lo, é robotizar a linguagem. E isso é empobrecê-la. Imagine um diálogo entre duas pessoas falando Calilzês. Piadas não serão mais possíveis pois a graça delas, em sua maioria está no contexto. Exageros na hora de contar vantagens também não dá. Histórias de pescador perderão a graça. Gírias, nem pensar. Imagine se alguém inventar de pegar no seu pé!
     Terão de ser criadas milhões de novas palavras para que não hajam sinônimos, verbos terão que ser revistos e também criados aos milhões. O Kid Bengala terá que encontrar novo apelido porque bengala será apenas outra coisa. Pé de mesa será apenas uma catacrese. Aliás, nem esta poderá mais existir. Deverá ser inventado um nome para o pé da mesa. Sugiro blastrocrana. Que tal? As palavras ficarão cada vez mais difíceis de pronunciar porque a combinação de letras para formá-las está ficando cada vez mais complexa.  Enfim, meu caro, pare de se preocupar com essas coisas. E não venha se fazendo de herói, imaginando ser o salvador da pátria. Que alguém tem que acabar com a polissemia e quetais. Se alguém não entende algumas coisas dentro do contexto, e me parece que você é um desses casos, tanto que não entendeu a minha ironia do artigo do Roundup X autismo, então o problema é localizado. Não vale a pena adaptar o idioma a esses casos, simplificando-o binariamente. É melhor se adaptar ao idioma, tentar compreendê-lo em toda a sua magnitude e riqueza. Algo que foi construído ao longo de séculos não pode ser desprezado dessa forma. Tente entender melhor nossa linguagem. A graça está em tudo isso. Nos diferentes significados das palavras conforme o caso, na entonação de uma frase que lhe confere diferentes conotações, nas vírgulas, que, se trocadas mudam o sentido da frase. A língua portuguesa é maravilhosa. O Calilzês é horroroso! É chato pacacete!!

     *BW*



Em Sexta-feira, 8 de Maio de 2015 17:15, "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" escreveu:


 


"Tenha santa paciência!! Não existe essa tal precisão linguística!"  Belmiro Wolski

O sr. quis dizer que existe outra precisão linguistica que não essa tal, ou que não existe nenhuma precisão linguistica? 

Se existe outra, qual seria a diferença entre a outra e essa tal? 

Obrigado, pacientemente.

Mtnos Calil 

Ps. Considero a hipótese de que o sr. não tenha compreendido os fundamentos da matematização da linguagem, hipótese essa que estaria associada a esta outra hipótese, segundo a qual eu não informei ou expliquei a contento quais seriam estes fundamentos. 

============================

Em Qui 07/05/15 19:43, Belmiro Wolski belmirow@yahoo.com.br [ciencialist] ciencialist@yahoogrupos.com.br escreveu:

 
>> "A persistência é o caminho da vitória".
- Persistir no erro é caminho para a vitória?
- Não existem outros caminhos para a vitória? ( se ainda fosse: "é um dos caminhos...")
- Persistir na frente de combate e levar um tiro é caminho para a vitória?( depende do contexto, vitória em que sentido  e de quem? dele ?ou do grupo?)
- que vitória? Em que sentido?
Tenha santa paciência!! Não existe essa tal precisão linguística! Existe comunicação. E é o que interessa. A interpretação fora de contexto é uma deficiência. Não é regra! 
Tradução: santa nesse caso não tem nada a ver com a religião, auréola, etc, onde etc quer dizer outras coisas relacionadas à santa mas que não no sentido de santidade. Paciência não é aquele jogo de cartas, cartas não são as do correio, são não é antônimo de doente. E por aí vai... Bacana!
*BW*



Em Quinta-feira, 7 de Maio de 2015 17:50, "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" escreveu:

 
Impressionante! Essa palavrinha assanhada que tu jogaste na mesa - contexto -  abriu um campo conceitual rico de conteúdo para a matematização da linguagem. Este novo conceito para o processo de matematizaçao da linguagem (sem números, fórmulas, teoremas,etc) é o seguinte:  quando um enunciado é elaborado de uma forma lógico-semântica precisa, a sua compreensão não depende de nenhum contexto. 
Porém para obedecer submissamente ao nosso désposta do rigor linguistico fui googlear uma pesquisa sobre o termo, quando me deparei com um artigo redigido por uma professora de filosofia da PUC e autora de uma tese de doutorado no âmbito da filosofia da linguagem
 
Neste artigo ela referenda esse elogio ao teu aclamado contexto:
 
O contexto da enunciação é de uma importância tal, que é quase impossível avaliar. Por 'contexto' entendo, pelo menos, o tempo, o lugar, a situação, os temas que constituem o foco imediato de interesse e as histórias pessoais tanto do locutor, quanto daqueles a quem ele se endereça. Além do contexto existe, é claro, a convenção lingüística [...]. O requisito [...] para que uma expressão na sua utilização referencial seja corretamente aplicada [...] é de que a coisa se encontre em certa relação com o locutor e com o contexto de elocução (STRAWSON, 1977, p. 29).
 
Imediatamente lhe enviei esta mensagem:
 
Prezada Professora. 
Estou trabalhando há alguns anos no tema "lógica e precisão na comunicação" e acabei criando um modelo de comunicação para ser utilizado em algumas circunstâncias, baseado em alguns pressupostos como este:
Todo enunciado deve ser feito de tal maneira que não dê margem a nenhuma "interpretação. Para tanto o seu autor deve deixar muito claro qual é o significado que está atribuindo aos termos chaves utilizados.
Como a sra. defende a tese de que a compreensão de um enunciado depende do contexto, gostaria de abrir uma comunicação entre nós para que a minha tese possa ser derrubada. Estou montando um curso de lógica na comunicação para psicólogos com a participação de uma psicóloga e psicoterapeuta.
abraços
Mtnos Calil
Consultor organizacional multidisciplinar - São Paulo, SP.

Ps1. Exemplos de frases que não dependem de contexto e que tiveram - e continuam tendo - fortissima influência na minha vida:

a) A depressão é um processo emocional que paralisa as forças vitais
b) Para enfrentar a ansiedade da velhice, viva intensamente
c) Para ser feliz realize suas potencialidades
d) Deus, dai-me a coragem para mudar as coisas que eu posso mudar, a serenidade para aceitar as coisas que eu não posso mudar e a sabedoria para distinguir a diferença.
f) O sentido da vida está no prazer de viver
g) O bom humor é pré-requisito da felicidade
e) Para realizar suas potencialidades, se puder, faça uso deste triângulo estratégico quântico: caos, acaso e imprevisibilidade.

Ps2. Estou em contato com um prof. da PUC de São Paulo que é fã da univocidade para ver se faremos algo em conjunto.

 
Algumas horas depois ela me respondeu concordando com a minha proposta de discutirmos o assunto.
 
Prossigo agora respondendo à tua última mensagem:
 
 Mais uma frase que não depende de contexto, do Chaplin:
> "A persistência é o caminho da vitória"
Aquele sujeito (ligeiramente amalucado, salientemos) resolveu absorver integralmente o ditado do Chaplin e está iniciando
os procedimentos para fixar um prego de 12 cm em uma parede de concreto através da repetida "bordoagem" de sua testa na
cabeça do dito prego.
 
Pensa ele: "Porra, o Chaplin foi um sujeito prá lá de
genial, então o que ele disse servirá para a minha
tarefa: vou pregar essa porra de prego com a testa!"
A persistência é o caminho da vitória! Verdade!
(contexto: a persistência desse amalucado é o Caminho da vitória profissional do médico da UTI que
Irá atender esse mané, após ele desmaiar com a testa estropiadáça". Viu só como o ditado do Chaplin é mesmo verdadeiro? hahahahahaha
*PB*
 
Prezado PB
 
O que tu chamaste de contexto é apenas uma informação a respeito da maluquice do seguidor da frase. E de fato informações como essa, são (exageradamente) consideradas como um contexto necessário para a compreensão do enunciado. A forma que eu encontrei de matar o contexto é transformá-lo numa simples informação, necessária e suficiente para a perfeita compreensão do enunciado. No seu exemplo, basta informar que o sujeito é maluco para a frase ter uma ÚNICA e PRECISA compreensão. Essa informação não tem, porém, sequer a  consistência suficiente para constituir um contexto.

Abraços fora de contexto (ou com o contexto explicito ou implicito). 
Mtnos Calil 


Ps.  Ocorre que muitos filósofos  (e até  cientistas) não utilizam um modelo de comunicação que facilita a compreensão dos enunciados – pelo contrário, eles dificultam! Por sua vez, os leitores adoram “interpretar” o que os outros escrevem ou falam. Grande parte das interpretações transformam – ou seja adulteram - o significado original. . 

Em Qui 07/05/15 12:11, Pesky Bee peskybee2@gmail.com [ciencialist] ciencialist@yahoogrupos.com.br escreveu:

 
> Mais uma frase que não depende de contexto, do Chaplin:
> "A persistência é o caminho da vitória"
Aquele sujeito (ligeiramente amalucado, salientemos) resolveu
absorver integralmente o ditado do Chaplin e está iniciando
os procedimentos
para fixar um prego de 12 cm em uma parede
de concreto
através da repetida "bordoagem" de sua testa na
cabeça do dito prego.
Pensa ele: "Porra, o Chaplin foi um sujeito prá lá de
genial, então o que ele disse servirá para a minha
tarefa: vou pregar essa porra de prego com a testa!"
A persistência é o caminho da vitória! Verdade!
(contexto: a persistência desse amalucado é o
caminho
da vitória profissional do médico da UTI que
irá
atender esse mané, após ele desmaiar com a testa
estropiadáça". Viu só como o ditado do Chaplin é mesmo
verdadeiro? hahahahahaha
*PB*

From: "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]
Sent: Thursday, May 07, 2015 11:49 AM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: [ciencialist] Enc: Re: Matematização da linguagem
Prezado Pesky.
Agora vou sair e na volta respondo sua ultima mensagem que fala em "100% definida".
Abraços
Mtnos Calil
Ps1. Mais uma frase que não depende de contexto, do Chaplin: "A persistência é o caminho da vitória"  
Ps2. Uma profa. de filosofia da PUC aceitou o desafio. Ela, como você, afirma que a compreensão de um enunciado depende do contexto. Aliás todo o mundo fala isso, né?






SUBJECT: Re: [ciencialist] Pergunta crucial para o Prof. Belmiro
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/05/2015 01:22

Mtnos escreveu”
 
> Eu agradeço a sua critica (a cr[itica do BW) pois ela está revelando que eu preciso EXPLICAR melhor a coisa
 
De fato precisa. Ou seja, você está há vários meses tentando nos comunicar alguma coisa e até agora não conseguiu transmitir nada. Conseguiu unicamente locupletar o espaço da Ciencialist com gigabytes de textos extremamente confusos acrescidos de esclarecimentos de rodapé (ou PS’s) ainda mais confusos e totalmente desinteressantes.
 
Seria então conveniente que você contratasse o Frank Kermode (para os que não o conhecem, vide nota de rodapé da msg abaixo do Mtnos) para que ele possa traduzir para nós o que seria esta magnífica obra prima a que você chama por modelo do LPC. Pois você não está conseguindo EXPLICAR absolutamente nada, nem mesmo a respeito de algo que, salvo maior juízo, tem a pretensão de facilitar a comunicação entre cientistas e/ou empresários e/ou sabe-se lá mais o que. Sugiro então que o Kermode escreva um livro que poderia ser intitulado “Mtnos LPC Language” ou então “Mtnos, o cientista incompreendido da palavra”.
 
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
 
 
 
Sent: Friday, May 8, 2015 8:54 PM
Subject: Re: [ciencialist] Pergunta crucial para o Prof. Belmiro
 
 

Caro BW


Eu agradeço a sua critica pois ela está revelando que eu preciso EXPLICAR melhor a coisa.

a) eu não estou propondo criar uma nova linguagem - é  apenas um modelo para ser aplicado em situações especificas, além é claro da comunicação cientifica, que por sua própria natureza "precisa ser precisa"
b) um fato já suficientemente pesquisado revela que as empresas, por exemplo, sofrem de sérios problemas de comunicação interna (e também externa)
c) é comum também os escritores não informarem o significado de algumas palavras chaves de seus textos o que gera interpretações subjetivas; fazer-se entender é um pré-requisito básico da comunicação, assim como VERIFICAR se o ouvinte realmente entendeu o que ouviu .
d) não é a beleza da lingua portuguesa ou de qualquer outra lingua que está em questão e sim o uso da palavra certa no lugar certo, nas ocasiões em que o uso do sistema é recomendado
e) a proposta é que as pessoas interessadas em adquirir (ou aprimorar) a clareza e a precisão na comunicacão, adotem o modelo do LPC sem abandonar o (s) seu (s) modelos preferidos; trata-se, portanto de adotar um novo modelo sem abandonar os já utilizados. A comunicação eficaz requer diferentes estilos, dependendo inclusive de quem seja nosso interlocutor (ou leitor).

MC

Ps. Existe sim um modelo de comunicação em que o escritor pode deixar o leitor à vontade para interpretar como quiser o seu texto. A música, a poesia, o romance, o cinema, o teatro usam livremente a linguagem sem ter que se submeter ao rigor semântico. Mas o artista cria também uma "linguagem estruturada" (ou sistêmica) conforme revela esse excelente artigo sobre a linguagem de Shakespeare:

 

Shakespeare, um artista da palavra

Barbara Heliodora
especial para a Folha

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mais/fs2506200005.htm


Depois de cerca de duas décadas dominadas pela crítica daquilo que Harold Bloom rotula de "a escola dos ressentidos", é um prazer ver sair, tão logo depois do personalíssimo livro do mesmo Bloom, a notável e mais do que objetiva "Shakespeare's Language" (A Linguagem de Shakespeare), análise da obra de William Shakespeare (1564-1616) por Frank Kermode, um dos mais notáveis estudiosos da poesia em nosso tempo. Kermode começa sua obra explicando que a dedica a um público não-profissional, por acreditar que este tem sido muito mal servido pela crítica moderna. Esta tem dado pouca atenção justamente a seu tema principal, a linguagem de Shakespeare, pela qual, considera ele, ou passam quase sem lhe notar a existência ou a ela se referem em termos recônditos, que levam os leitores a vê-la como relíquia complicadora e não como elemento vivo.


Pois é essa linguagem que Kermode, que foi professor "Lord Northcliffe" de inglês moderno no University College, em Londres, professor "Edward 7º" de literatura inglesa em Cambridge e professor "Charles Eliot Norton" de poesia em Harvard, analisa com imenso conhecimento de teoria literária -voltado, igualmente, para o grande processo evolutivo graças ao qual, para usar seus termos precisos, Shakespeare passa da poesia da página para a poesia da cena. As grandes mudanças nos meios de expressão, para Kermode, levam seu livro a uma divisão em duas partes: na primeira são englobadas todas as peças escritas até 1599, analisadas de modo mais sucinto em um só conjunto, enquanto a segunda, mais longa, examina separadamente "Julio Cesar", "Hamlet", "Troilus e Cressida", "Medida por Medida", "Otelo", "Rei Lear", "Macbeth", "Antônio e Cleópatra", "Tímon de Atenas", "Coriolano", "Péricles", "Cymbeline", "Conto de Inverno", "A Tempestade" e, finalmente, "Henrique 8º" com "The Two Noble Kinsmen", do mesmo modo que já havia incluído peças com linguagem semelhante junto a um ou outro título.


"Shakespeare's Language" se propõe básica e essencialmente como um estudo da poesia na obra dramática do bardo de Stratford; mas ao longo do caminho encontramos repetidas referências aos sonetos e, principalmente, ao poema "The Phoenix and Turtle", sempre citados como ilustrações do domínio de Shakespeare sobre a expressividade da linguagem poética. O que distingue a posição de Kermode é a lucidez de sua imensa admiração por Shakespeare como supremo artista da palavra, que permanece em todos os momentos aquém da "bardolatria". Aos puristas delirantes, que não aceitam nenhuma possibilidade de interferência de colaboradores nos textos dramáticos, ele lembra o quanto eram estes vulneráveis em razão da precariedade dos métodos e meios de publicação, alterações em remontagens devidas à transmissão oral etc. (afora os casos de verdadeira colaboração).

Ouvido treinado


Na introdução que antecede as duas partes de análise das obras, Kermode é magistralmente esclarecedor. Além de referir-se às reconhecidas dificuldades de compreensão devidas a mudanças semânticas ocorridas desde a época em que Shakespeare viveu, lembra o autor ao shakespeariano não-profissional a maior facilidade que tinha o público original do poeta de entender trechos que hoje nos pedem mais de uma leitura, simplesmente porque aquele tinha o ouvido muito mais treinado do que o nosso para a apreciação da literatura oral, enquanto a nossa época é muito mais visual. Não é à toa que o elisabetano ia ao teatro "ouvir" uma peça.


Outro aspecto pouco lembrado que aqui merece sua devida atenção é o fato de William Shakespeare ter vivido em uma época em que era regra aprender a ser poeta, primordialmente, pela obediência às regras da retórica; e em toda a primeira parte do livro o que Kermode destaca é justamente o caminho traçado por Shakespeare desde sua fase inicial, de grande uso da retórica.


Fica a poesia, nas primeiras aventuras dramáticas, estritamente voltada para o uso das regras e dos recursos segundo os quais o poeta seria bom ou mau, e o processo de libertação, de individualização, pode ser apreciado também pelo uso inicial, como em "A Comédia dos Erros", da permanente equivalência da frase com o verso, com cada dez sílabas (ou pentâmetros iâmbicos) contendo um pensamento completo. O pensamento expressado em vários versos, como o uso de versos quebrados em dois ou três pequenas frases ditas por personagens diversos, é produto do amadurecimento no domínio da forma essencialmente dramática.


Mas talvez a contribuição mais significativa da análise de Kermode seja a que concerne ao crescente uso da hendíadis, que o autor explica como "um modo de tornar estranha uma única idéia por partir a expressão em dois, de modo que ela passa a exigir uma explicação, como uma metáfora pequenina e muitas vezes um tanto sinistra", e que aqui usamos segundo a definição do "Aurélio": "Figura de retórica que consiste em exprimir por dois substantivos ligados por coordenação uma idéia que normalmente se representaria subordinando um deles ao outro".


Muito embora Kermode já encontre alguns exemplos desse uso em peças anteriores, é no "Hamlet" que ele se assevera como recurso de imenso potencial para a evocação de idéias e climas: "Things rank and gross", "the book and volume", "oppressed and fear-surprised eye" etc. Depois do altíssimo número de exemplos dessa figura de retórica em sua primeira grande tragédia, quando tanto pesa para a criação do clima de ambiguidades, incertezas e hesitações, ela continua presente, mas reduzida a um dentre muitos recursos retóricos, mesmo que sempre um pouco favorita.


Nas análises específicas da segunda parte, o trabalho de Kermode é sempre revelador: mesmo contestando as interpretações redutoras recentes que vêem Shakespeare apenas como um produto sociopolítico de seu tempo, ele escreve sobre a alta qualidade da linguagem do "Julio César", a primeira peça escrita para o novo teatro da companhia para a qual Shakespeare escrevia, o Globe, notando que, ao mesmo tempo em que ele usa sua imensa inventividade para compactar, omitir, dar mais foco e alterar relacionamentos tais como os encontrou em Plutarco, a peça é "intensamente política, fato que tem influência determinante sobre a sua linguagem", mas nada a faz político-partidária como querem alguns críticos das últimas décadas.


O longo capítulo sobre "Hamlet" enfoca em particular a total novidade da obra, impossível de ser enquadrada em qualquer fórmula e, em termos de amplitude dramática, efetivamente nova, incomparavelmente mais abrangente do que tudo o que existe de anterior a ela. A tragédia exibe uma variedade de situações, condições e personagens que só puderam existir porque, àquela altura, em 1601, Shakespeare dominava a tal ponto o seu uso da língua inglesa, já conquistara uma tal flexibilidade de formas, que foi capaz de criar esse universo dramático inteiramente novo.


Isso não significa que o poeta esquecesse de qualquer de seus estágios anteriores, pois nada o impede de recorrer a eles quando conveniente ou necessário, como nos antiquados versos da "comédia-dentro-da-comédia".


A ênfase sobre a justiça e os valores éticos nas chamadas "problem plays" ("Troilus e Cressida", "All's Well That Ends Well" e "Medida por Medida") é interessante em particular quando Kermode as vê como experiências com a linguagem nem sempre bem-sucedidas, mais interessante nos grandes debates da primeira, em boa parte da última, e dura e contorcida na segunda, com determinados versos de tal modo compactos que simplesmente descobrir o que está na verdade sendo dito é muitas vezes mais difícil do que qualquer interpretação posterior do pensamento.


Já em "Otelo", o nível do vocabulário de Iago é usado para a caracterização da sordidez e mesquinhez de sua verdadeira personalidade, quando ele está só ou no ambiente de caserna que as atividades militares da tragédia sugerem; o nível é alterado, no entanto, quando interessa a ele apresentar sua aparência de "honest Iago". Essa espécie de quase dupla personalidade é parte integrante da importância do tema verdade/aparência que domina a peça, expressado pela frequência dos verbos "to think", "to seem" ou, a fim de determinar o que pensar, "to see" e "to observe".


A linguagem vai ficando cada vez mais densa e oblíqua, mas é ocioso continuar a tentar resumir os comentários de Frank Kermode sobre todas as obras pós-1599, porque o realmente significativo em "Shakespeare's Language" não é este ou aquele comentário ou esclarecimento, mas o conjunto. Não é possível, no entanto, deixar de chamar a atenção para o fato de o crítico considerar, com grande justeza, que nas obras da maturidade o leitor, se quiser realmente apreciar as peças de Shakespeare, terá de se dar ao trabalho de prestar muita atenção aos detalhes, pois estes são profundamente reveladores.


O aspecto mais interessante do notável trabalho de Kermode, no entanto, me parece ser sua consciência da importância da linguagem na obra dramática de Shakespeare, mas também sua clara consciência de que as peças, justamente enquanto obras dramáticas, são muito mais do que isso, e que a importância da linguagem só se faz notar por ser ela um dos instrumentos para a expressão da imaginação, da capacidade criativa com que o poeta cria aqueles textos que foram concebidos para tomar vida no palco.


O puro e simples conhecimento, a total intimidade que Frank Kermode tem tanto com as obras de Shakespeare quanto com os idiomas da poesia, a acuidade com que ele analisa as obras sem jamais permitir que a perfeita objetividade diminua em qualquer mínima medida sua inesgotável admiração por Shakespeare fazem de "Shakespeare's Language" uma contribuição à exegese das peças que tem tudo para vir a se juntar ao pequeno e precioso núcleo de obras críticas de interesse permanente, que se destaca do dilúvio do que podemos chamar de "shakespearianices" de momento.

 


On Sex 08/05/15 19:16 , "Belmiro Wolski belmirow@yahoo.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 
Caro MC,
 
    Já ouviu o José Simão na Band News? Ele sempre diz o seguinte, antes de comentar sobre placas que os ouvintes enviam a ele de todo o lugar do Brasil, com avisos engraçados e escritos de forma errada. Ele diz: o brasileiro escreve errado mas todo mundo se entende! Taí! Esse é o objetivo da coisa. Precisamos nos entender. E, com raras exceções, é isso que sempre acontece. Nos entendemos, quer pela linguagem escrita ou falada. Não precisamos de uma única palavra para designar uma única coisa. Aquilo que você conhece por salsicha, aqui em Curitiba chamamos de vina. E, se alguém pedir uma vina no Rio, a princípio não vai receber, mas é só mencionar seu sinônimo que tá tudo certo. E o balconista da lanchonete terá aprendido que salsicha e vina são a mesma coisa. O próximo curitibano que pedir vina será atendido.
    A riqueza de um vocabulário se mede pela quantidade de sinônimos, pela adequação no contexto, pelas figuras de linguagem, pelas expressões idiomáticas, até pelas gírias. O que você está se propondo a fazer e que jamais chegará perto de conseguí-lo, é robotizar a linguagem. E isso é empobrecê-la. Imagine um diálogo entre duas pessoas falando Calilzês. Piadas não serão mais possíveis pois a graça delas, em sua maioria está no contexto. Exageros na hora de contar vantagens também não dá. Histórias de pescador perderão a graça. Gírias, nem pensar. Imagine se alguém inventar de pegar no seu pé!
     Terão de ser criadas milhões de novas palavras para que não hajam sinônimos, verbos terão que ser revistos e também criados aos milhões. O Kid Bengala terá que encontrar novo apelido porque bengala será apenas outra coisa. Pé de mesa será apenas uma catacrese. Aliás, nem esta poderá mais existir. Deverá ser inventado um nome para o pé da mesa. Sugiro blastrocrana. Que tal? As palavras ficarão cada vez mais difíceis de pronunciar porque a combinação de letras para formá-las está ficando cada vez mais complexa.  Enfim, meu caro, pare de se preocupar com essas coisas. E não venha se fazendo de herói, imaginando ser o salvador da pátria. Que alguém tem que acabar com a polissemia e quetais. Se alguém não entende algumas coisas dentro do contexto, e me parece que você é um desses casos, tanto que não entendeu a minha ironia do artigo do Roundup X autismo, então o problema é localizado. Não vale a pena adaptar o idioma a esses casos, simplificando-o binariamente. É melhor se adaptar ao idioma, tentar compreendê-lo em toda a sua magnitude e riqueza. Algo que foi construído ao longo de séculos não pode ser desprezado dessa forma. Tente entender melhor nossa linguagem. A graça está em tudo isso. Nos diferentes significados das palavras conforme o caso, na entonação de uma frase que lhe confere diferentes conotações, nas vírgulas, que, se trocadas mudam o sentido da frase. A língua portuguesa é maravilhosa. O Calilzês é horroroso! É chato pacacete!!
 
     *BW*
 


Em Sexta-feira, 8 de Maio de 2015 17:15, "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" escreveu:


 


"Tenha santa paciência!! Não existe essa tal precisão linguística!"  Belmiro Wolski

O sr. quis dizer que existe outra precisão linguistica que não essa tal, ou que não existe nenhuma precisão linguistica?

Se existe outra, qual seria a diferença entre a outra e essa tal?

Obrigado, pacientemente.

Mtnos Calil

Ps. Considero a hipótese de que o sr. não tenha compreendido os fundamentos da matematização da linguagem, hipótese essa que estaria associada a esta outra hipótese, segundo a qual eu não informei ou expliquei a contento quais seriam estes fundamentos.

============================

Em Qui 07/05/15 19:43, Belmiro Wolski belmirow@yahoo.com.br [ciencialist] ciencialist@yahoogrupos.com.br escreveu:

 
>> "A persistência é o caminho da vitória".
- Persistir no erro é caminho para a vitória?
- Não existem outros caminhos para a vitória? ( se ainda fosse: "é um dos caminhos...")
- Persistir na frente de combate e levar um tiro é caminho para a vitória?( depende do contexto, vitória em que sentido  e de quem? dele ?ou do grupo?)
- que vitória? Em que sentido?
Tenha santa paciência!! Não existe essa tal precisão linguística! Existe comunicação. E é o que interessa. A interpretação fora de contexto é uma deficiência. Não é regra!
Tradução: santa nesse caso não tem nada a ver com a religião, auréola, etc, onde etc quer dizer outras coisas relacionadas à santa mas que não no sentido de santidade. Paciência não é aquele jogo de cartas, cartas não são as do correio, são não é antônimo de doente. E por aí vai... Bacana!
*BW*
 


Em Quinta-feira, 7 de Maio de 2015 17:50, "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" escreveu:
 
 
Impressionante! Essa palavrinha assanhada que tu jogaste na mesa - contexto -  abriu um campo conceitual rico de conteúdo para a matematização da linguagem. Este novo conceito para o processo de matematizaçao da linguagem (sem números, fórmulas, teoremas,etc) é o seguinte:  quando um enunciado é elaborado de uma forma lógico-semântica precisa, a sua compreensão não depende de nenhum contexto.
Porém para obedecer submissamente ao nosso désposta do rigor linguistico fui googlear uma pesquisa sobre o termo, quando me deparei com um artigo redigido por uma professora de filosofia da PUC e autora de uma tese de doutorado no âmbito da filosofia da linguagem.
 
Neste artigo ela referenda esse elogio ao teu aclamado contexto:
 
O contexto da enunciação é de uma importância tal, que é quase impossível avaliar. Por 'contexto' entendo, pelo menos, o tempo, o lugar, a situação, os temas que constituem o foco imediato de interesse e as histórias pessoais tanto do locutor, quanto daqueles a quem ele se endereça. Além do contexto existe, é claro, a convenção lingüística [...]. O requisito [...] para que uma expressão na sua utilização referencial seja corretamente aplicada [...] é de que a coisa se encontre em certa relação com o locutor e com o contexto de elocução (STRAWSON, 1977, p. 29).
 
Imediatamente lhe enviei esta mensagem:
 
Prezada Professora.
Estou trabalhando há alguns anos no tema "lógica e precisão na comunicação" e acabei criando um modelo de comunicação para ser utilizado em algumas circunstâncias, baseado em alguns pressupostos como este:
Todo enunciado deve ser feito de tal maneira que não dê margem a nenhuma "interpretação. Para tanto o seu autor deve deixar muito claro qual é o significado que está atribuindo aos termos chaves utilizados.
Como a sra. defende a tese de que a compreensão de um enunciado depende do contexto, gostaria de abrir uma comunicação entre nós para que a minha tese possa ser derrubada. Estou montando um curso de lógica na comunicação para psicólogos com a participação de uma psicóloga e psicoterapeuta.
abraços
Mtnos Calil
Consultor organizacional multidisciplinar - São Paulo, SP.

Ps1. Exemplos de frases que não dependem de contexto e que tiveram - e continuam tendo - fortissima influência na minha vida:

a) A depressão é um processo emocional que paralisa as forças vitais
b) Para enfrentar a ansiedade da velhice, viva intensamente
c) Para ser feliz realize suas potencialidades
d) Deus, dai-me a coragem para mudar as coisas que eu posso mudar, a serenidade para aceitar as coisas que eu não posso mudar e a sabedoria para distinguir a diferença.
f) O sentido da vida está no prazer de viver
g) O bom humor é pré-requisito da felicidade
e) Para realizar suas potencialidades, se puder, faça uso deste triângulo estratégico quântico: caos, acaso e imprevisibilidade.

Ps2. Estou em contato com um prof. da PUC de São Paulo que é fã da univocidade para ver se faremos algo em conjunto.

 
Algumas horas depois ela me respondeu concordando com a minha proposta de discutirmos o assunto.
 
Prossigo agora respondendo à tua última mensagem:
 
 Mais uma frase que não depende de contexto, do Chaplin:
> "A persistência é o caminho da vitória"
Aquele sujeito (ligeiramente amalucado, salientemos) resolveu absorver integralmente o ditado do Chaplin e está iniciando
os procedimentos para fixar um prego de 12 cm em uma parede de concreto através da repetida "bordoagem" de sua testa na
cabeça do dito prego.
 
Pensa ele: "Porra, o Chaplin foi um sujeito prá lá de
genial, então o que ele disse servirá para a minha
tarefa: vou pregar essa porra de prego com a testa!"
A persistência é o caminho da vitória! Verdade!
(contexto: a persistência desse amalucado é o Caminho da vitória profissional do médico da UTI que
Irá atender esse mané, após ele desmaiar com a testa estropiadáça". Viu só como o ditado do Chaplin é mesmo verdadeiro? hahahahahaha
*PB*
 
Prezado PB
 
O que tu chamaste de contexto é apenas uma informação a respeito da maluquice do seguidor da frase. E de fato informações como essa, são (exageradamente) consideradas como um contexto necessário para a compreensão do enunciado. A forma que eu encontrei de matar o contexto é transformá-lo numa simples informação, necessária e suficiente para a perfeita compreensão do enunciado. No seu exemplo, basta informar que o sujeito é maluco para a frase ter uma ÚNICA e PRECISA compreensão. Essa informação não tem, porém, sequer a  consistência suficiente para constituir um contexto.

Abraços fora de contexto (ou com o contexto explicito ou implicito).
Mtnos Calil


Ps.  Ocorre que muitos filósofos  (e até  cientistas) não utilizam um modelo de comunicação que facilita a compreensão dos enunciados – pelo contrário, eles dificultam! Por sua vez, os leitores adoram “interpretar” o que os outros escrevem ou falam. Grande parte das interpretações transformam – ou seja adulteram - o significado original. .

Em Qui 07/05/15 12:11, Pesky Bee peskybee2@gmail.com [ciencialist] ciencialist@yahoogrupos.com.br escreveu:

 
> Mais uma frase que não depende de contexto, do Chaplin:
> "A persistência é o caminho da vitória"
Aquele sujeito (ligeiramente amalucado, salientemos) resolveu
absorver integralmente o ditado do Chaplin e está iniciando
os procedimentos
para fixar um prego de 12 cm em uma parede
de concreto
através da repetida "bordoagem" de sua testa na
cabeça do dito prego.
Pensa ele: "Porra, o Chaplin foi um sujeito prá lá de
genial, então o que ele disse servirá para a minha
tarefa: vou pregar essa porra de prego com a testa!"
A persistência é o caminho da vitória! Verdade!
(contexto: a persistência desse amalucado é o
caminho
da vitória profissional do médico da UTI que
irá
atender esse mané, após ele desmaiar com a testa
estropiadáça". Viu só como o ditado do Chaplin é mesmo
verdadeiro? hahahahahaha
*PB*

From: "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]
Sent: Thursday, May 07, 2015 11:49 AM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: [ciencialist] Enc: Re: Matematização da linguagem
Prezado Pesky.
Agora vou sair e na volta respondo sua ultima mensagem que fala em "100% definida".
Abraços
Mtnos Calil
Ps1. Mais uma frase que não depende de contexto, do Chaplin: "A persistência é o caminho da vitória" 
Ps2. Uma profa. de filosofia da PUC aceitou o desafio. Ela, como você, afirma que a compreensão de um enunciado depende do contexto. Aliás todo o mundo fala isso, né?




 

SUBJECT: ENC: COSMOS: Einstein, Mach e Assis
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/05/2015 09:42

Olá,

 

Novo Post de D.Soares, enfocando apectos que envolvem o Princípio de Mach. Sugiro, também, um click no link para uma aprumada resenha obra “Subtil é o Senhor...” , obra indispensável a todos que se interessam, de alguma maneira, pelo trabalho de Einstein. Trata-se de uma passagem para o Nirvana...

 

Sds,

Victor.

 

De: Domingos S.L. Soares [mailto:dsoares@fisica.ufmg.br]
Enviada em: terça-feira, 5 de maio de 2015 16:10
Assunto: COSMOS: Einstein, Mach e Assis

 


_____________________________________________05 de maio de 2015

Caros Amigos da Cosmologia,

O artigo A Machian Version of Einstein's Variable Speed of Light Theory (Uma Versão Machiana da Teoria de Velocidade da Luz Variável de Einstein), dos professores alemães Alexander Unzicker e Jan Preuss, é interessante principalmente pelos aspectos históricos e conceituais que apresenta. O resumo do artigo segue abaixo.

Resumo
(Unzicker e Preuss)


É um fato pouco conhecido que enquanto desenvolvia a sua teoria de relatividade geral, a ideia inicial de Einstein era uma teoria de velocidade da luz variável. De fato, a curvatura do espaço-tempo pode ser reproduzida por uma velocidade da luz c(r) que depende da distribuição de massas. A teoria de Einstein de 1911 foi consideravelmente aperfeiçoada por Robert Dicke em 1957, mas apenas recentemente a equivalência entre a abordagem de velocidade da luz variável e o formalismo convencional foi demonstrada (Broekaert, 2008).
(…)
Contrastando com a formulação convencional, esta permite uma interpretação machiana da relatividade geral e da constante gravitacional G. A gravidade, apesar de descrita por equações locais, tem a sua origem em todas as outras massas no universo.

Deixo de lado os resultados teóricos dos alemães, que ainda devem ser confirmados, e passo à apresentação das questões que me chamaram a atenção. Enumero-as a seguir.

1) Em 1907, dois anos após a apresentação da Teoria da Relatividade Restrita (TRR), Einstein propôs o Princípio da Equivalência: “É impossível distinguir um campo gravitacional de um referencial acelerado.” Baseado neste princípio Einstein concluiu que os raios de luz deveriam ser encurvados tanto em referenciais acelerados quanto em referencias influenciados por um campo gravitacional (detalhes em Introdução à Cosmologia, de Ronaldo E. de Souza, Capítulo 3 , e no meu artigo sobre o encurvamento da luz). A ideia de Einstein era de que as massas podiam influenciar a velocidade da luz nas suas vizinhanças. Isto não contradiz o princípio de constância da velocidade da luz nos referenciais de Lorentz (i.e., referenciais tetradimensionais x,y,z,t) da TRR. Einstein declarou explicitamente que “O princípio de constância da velocidade da luz só pode ser sustentado quando se está restrito a regiões de potencial gravitacional constante”. Ou seja, regiões de força gravitacional nula.

2) As ideias de Einstein sobre a velocidade da luz variável não obtiveram a devida atenção por causa de dois fatos principais, de acordo com os autores (págs. 1 e 2). Primeiro, as expedições comandadas por Arthur Eddington, em 1919, para observação do eclipse solar e consequente tentativa de verificação observacional do encurvamento da trajetória da luz nas proximidades do Sol (detalhes em Visita ao Museu do Eclípse em Sobral); a previsão da Teoria da Relatividade Geral (TRG) foi (precariamente) confirmada, e ela era o dobro da previsão obtida com a teoria da velocidade de luz variável (e também da teoria gravitacional newtoniana). Com isto, proclamou-se universalmente a supremacia da TRG sobre a teoria newtoniana e Einstein tornou-se uma celebridade. Os autores do presente artigo indicam um segundo fato: o cálculo de Einstein com a teoria de velocidade da luz variável não tinha considerado escalas de comprimento e ele obteve 0,83 segundos de arco para a deflexão da luz, a metade do valor da TRG. Isto não foi percebido na época e resultou na supervalorização da TRG, que destacava o papel da geometria espacio-temporal na descrição da gravitação. Einstein errou em 1911 porque ele não considerou a variação das escalas de comprimento; esta é a tese dos autores. Segundo eles, somente em 1957, o astrofísico estadunidense Robert Dicke — conhecido por, entre outras coisas, sua contribuição ao estudo da Radiação de Fundo de Microondas e sua suposta origem cósmica — corrigiu o erro de Einstein. Dicke notou que quando ele incluía as escalas de comprimento, a formulação de velocidade variável estava de acordo com os resultados da TRG; ele ainda obteve uma fórmula explícita para a variação de c, a velocidade da luz no vácuo.

3) Dicke apresentou no trabalho de 1957 a hipótese de que a teoria de velocidade da luz variável era consistente com a visão machiana do universo.

4) Pág. 4: “A grande diferença epistemológica entre a gravidade convencional e a machiana é que esta permite a eliminação de uma constante fundamental, a constante de Newton G. Todos os desenvolvimentos revolucionários na física reduziram o número de constantes fundamentais na medida em que expressam uma constante em termos das outras. Calcular G pela distribuição do universo, como sugerido inicialmente por Dicke, é portanto uma ideia radical que precisa ser examinada com atenção.”

O artigo de Unzicker e Preuss está em arxiv.org/abs/1503.06763, onde além do texto original estão listadas todas as referências bibliográficas.

Um pouco sobre a vida e a obra de Ernst Mach está apresentado no ensaio de meu ex-aluno de cosmologia Tuiã A. Linhares. Leiam-no aqui.

Para aqueles que ficaram interessados no Princípio de Mach sugiro dois textos, ambos de um pesquisador adepto do princípio, o físico André Assis, da UNICAMP. Em 1989, as suas ideias foram apresentadas no artigo On Mach's principle. Em 1998 ele expandiu a apresentação em livro, que teve uma segunda edição em 2013. Trata-se do Mecânica Relacional e Implementação do Princípio de Mach com a Força de Weber Gravitacional; veja também a sua Errata.

Vocês verão que não é de se estranhar porque este princípio tanto fascinou ao próprio Einstein, o qual tentou implementá-lo em sua TRG até a desistência final (algo sobre isto na seção 2 de Sutil é o Senhor… Abraham Pais).

Um abraço a todos.

Saudações Cosmológicas,

Domingos

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Domingos Sávio de Lima Soares
http://www.fisica.ufmg.br/~dsoares/
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Para não receber mais mensagens desta lista: envie uma mensagem para dsoares@fisica.ufmg.br escrevendo no ASSUNTO "DESCADASTRAR COSMOS".

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ATENÇÃO: Esta e todas as outras mensagens enviadas para COSMOS estão disponíveis em http://www.fisica.ufmg.br/~dsoares/cosmos/cosmos.htm


 


SUBJECT: Re: [ciencialist] Pergunta crucial para o Prof. Belmiro
FROM: "Mtnos Calil" <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/05/2015 10:42

Prezado Alberto.

Agradeço-lhe também pela sua crítica que me levou às reflexões que seguem. 

Algo estranho está acontecendo. Estranho e  imprevisível. Me parece que também os fenômenos imprevisiveis são dificeis de explicar. Vejamos: 

1. Recentemente perguntei para a minha parceira psicóloga porque ela manifestou tanto interesse neste projeto de lógica na comunicação. (ela prefere chamar assim: "lógica da comunicação"). A resposta dela me surpreendeu - ela disse que queria saber como é que a coisa funcionaria e que a proposta não tinha ficado claro para ela. 

2. Quando eu voltei para o Ciencialist depois de 2 anos de férias, minha intenção foi simplesmente recolher subsidios para escrever um pequeno capitulo de outro projeto, o de tênis, intitulado "metodologia cientifica do ensino de tênis". Ai verificamos que nem a palavra ciência tinha uma definição aceita pelos próprios cientistas e filósofos da ciência e que tinha gente que era até contra o método. 

3. No meio de tanta discussão sobre os significados dos termos ciência e método, surgiu uma nova idéia - a de definir alguns termos (ou ressignificá-los) , com base numa metodologia, para assim termos um exemplo prático de como usar o LPC.   Toda essa agitação alimentou o projeto do curso que teria ( ou terá) como primeiro público- alvo profissionais de psicoterapia porque a ferramenta básica do trabalho deles é a palavra - apenas a palavra (falada e não escrita). Profissão rara essa que usa apenas a palavra nao escrita como ferramenta. 

4. Ao mesmo tempo que essa proposta  criou uma repulsa por parte de algumas pessoas do grupo que foram apelidadas de insurgentes, ela foi ricamente alimentada pelo contraditorio. Ou seja: pessoas que não entenderam a coisa porque ela não foi explicada (ou demonstrada), ajudaram a fortalecer a própria coisa. ?! - me parece, porém,  que o Pesky Bee captou o espírito da coisa. 

5. Um professor da PUC se interessou por uma das idéias do projeto que é dar assessoria para a uma tese de doutorado. Está pendente um encontro com este professor. Também está pendente um encontro com o coordenador do curso de psicologia de uma faculdade para discutirmos o curso do LPC. 

6. Por mais que falte uma boa explicação ou demonstração, tudo que foi dito sobre o assunto deveria ter dado  ao srs. Belmiro e Alberto pelo menos uma noção razoável da coisa. A hipótese para explicar porque essa compreensão foi nula é que o assunto não é familiar a ambos. Essa hipótese tem fundamento porque bastou duas simples mensagens sobre o assunto para uma professora de filosofia e autora de uma tese de doutorado sobre linguagem, mostrar interesse em discutir o assunto (cf. as  mensagens transcritas abaixo). 

7. Outra coisa inesperada é que as discussões que aqui tiveram lugar vão alimentar a apostila do curso. O Pesky Bee trouxe o argumento do contexto, que levou a outro evento inesperado. Pesquisando o termo  “contexto” na web localizei o artigo de uma professora de filosofia da linguagem dizendo exatamente o que o Pesky tinha me dito: que a compreensão de um enunciado exige a informação do "contexto", o que tornaria o meu método inviável. Eu propus à professora que fez um doutorado no assunto, que derrubasse a minha tese segundo a qual a compreensão de um enunciado independe do contexto. Para a minha surpresa - mais um fato inesperado - ela me disse que a tese de doutorado dela abordava as questões que eu coloquei na  mensagem. 

Abraços

Mtnos Calil 

Ps. É a segunda vez que ocorre de algo que eu proponho ser ao mesmo tempo: não compreendido, recusado e alimentado com o contraditorio. A primeira vez foi com a proposta da IDEOLOGIA ZERO, que recebeu muita paulada de pessoas que sequer perguntaram o que a coisa significava. O curioso é que as maiores pauladas vieram pelos ideólogos de esquerda. Alguns direitistas apoiaram a proposta, mas fizeram a sua "leitura" com viés da própria direita! 

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Texto de 2 mensagens  enviadas à professora de filosofia da linguagem 

Em 6 de maio de 2015 19:01, "Mtnos Calil" <mtnoscalil@terra.com.br> escreveu:

Prezada Professora.

Estou trabalhando há alguns anos no tema "lógica e precisão na comunicação" e acabei criando um modelo de comunicação para ser utilizado em algumas circunstâncias, baseado em alguns pressupostos como este:

Todo enunciado deve ser feito de tal maneira que não dê margem a nenhuma "interpretação. Para tanto o seu autor deve deixar muito claro qual é o significado que está atribuindo aos termos chaves utilizados.

Como a sra. defende a tese de que a compreensão de um enunciado depende do contexto, gostaria de abrir uma comunicação entre nós para que a minha tese possa ser derrubada. Estou montando um curso de lógica na comunicação para psicólogos com a participação de uma psicóloga e psicoterapeuta.

abraços

Mtnos Calil

Consultor organizacional multidisciplinar - São Paulo, SP.

Ps1. Exemplos de frases que não dependem de contexto e que tiveram - e continuam tendo - fortíssima influência na minha vida:

a) A depressão é um processo emocional que paralisa as forças vitais
b) Para enfrentar a ansiedade da velhice, viva intensamente
c) Para ser feliz realize suas potencialidades
d) Deus, dai-me a coragem para mudar as coisas que eu posso mudar, a serenidade para aceitar as coisas que eu não posso mudar e a sabedoria para distinguir a diferença.
f) O sentido da vida está no prazer de viver
g) O bom humor é pré-requisito da felicidade
e) Para realizar suas potencialidades, se puder, faça uso deste triângulo estratégico quântico: caos, acaso e imprevisibilidade.

Ps2. Quando uma frase suscita (ou estimula) diferentes "leituras" - que na verdade são interpretações - ela não atende aos pré-requisitos do rigor linguistico e precisa ser melhor construida, apresentando detalhes que evitem as interpretações. Sugiro examinarmos a primeira frase da lista.

Na sua visão qual é o "contexto" que falta  a esta frase para que ela seja compreendida de forma unívoca?: 

A depressão é um processo emocional que paralisa as forças vitais

Obs. Dizem que "'unívoca" é a frase que admite apenas uma "interpretação". Estou fazendo uma lista de palavras que não deveriam ser utilizadas na linguagem matematizada - interpretação é uma delas. Deveria ter seu uso restrito às artes, onde cada um interpreta o que quiser como quiser. Na linguagem cientifica não pode ser assim... (rsrs) Se alguém me diz que Pedro Alvares Cabral descobriu o Brasil por acaso porque estava se dirigindo para outro lugar, para entender isso eu não tenho que interpretar nada e apenas saber qual é o significado das palavras que compõem a frase e não ter meus neurônios afetados por alguma enfermidade grave. Ressignificação das palavras, é um item da matematização da linguagem. Na linguagem matematizada cada palavra deve ter um único sentido, como aliás já acontece com a grande maioria dos termos não abstratos: vestido, terno, gravata, telefone, mesa, cadeira, estrela, lua, etc. etc. Quando uma palavra tem vários significados cabe ao seu usuário INFORMAR o significado que lhe está atribuindo . O diálogo de surdos muitas vezes se deve a essa desinformação. . Dei o seguinte apelido para este transtorno: esquizofrenia linguística.

Ps3. Poderia me enviar sua tese de doutorado que não localizei na internet?

Respostas da professora 

 É possível encontrar outras leituras para cada uma das frases que vc citou. Isso não impede que todo comunicador pretenda que suas enunciações recebam leitura única por parte do auditório para se fazer compreender e para que sua mensagem chegue intacta ao destinatário. Justamente, esse é o contexto em que significar algo para alguém requer univocidade...

Como "testar" se isso ocorreu?

Podemos, sim, trocar idéias.

Minha tese foi publicada pela editora........ Várias de suas abordagens são ali discutidas. Dê uma olhada para prosseguir a discussão.

==========================================

On Sáb 09/05/15 01:22 , "'Alberto Mesquita Filho' albmesq@uol.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 

Mtnos escreveu”
> Eu agradeço a sua critica (a cr[itica do BW) pois ela está revelando que eu preciso EXPLICAR melhor a coisa
De fato precisa. Ou seja, você está há vários meses tentando nos comunicar alguma coisa e até agora não conseguiu transmitir nada. Conseguiu unicamente locupletar o espaço da Ciencialist com gigabytes de textos extremamente confusos acrescidos de esclarecimentos de rodapé (ou PS’s) ainda mais confusos e totalmente desinteressantes.
Seria então conveniente que você contratasse o Frank Kermode (para os que não o conhecem, vide nota de rodapé da msg abaixo do Mtnos) para que ele possa traduzir para nós o que seria esta magnífica obra prima a que você chama por modelo do LPC. Pois você não está conseguindo EXPLICAR absolutamente nada, nem mesmo a respeito de algo que, salvo maior juízo, tem a pretensão de facilitar a comunicação entre cientistas e/ou empresários e/ou sabe-se lá mais o que. Sugiro então que o Kermode escreva um livro que poderia ser intitulado “Mtnos LPC Language” ou então “Mtnos, o cientista incompreendido da palavra”.
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
Sent: Friday, May 8, 2015 8:54 PM
Subject: Re: [ciencialist] Pergunta crucial para o Prof. Belmiro

Caro BW

Eu agradeço a sua critica pois ela está revelando que eu preciso EXPLICAR melhor a coisa.
a) eu não estou propondo criar uma nova linguagem - é  apenas um modelo para ser aplicado em situações especificas, além é claro da comunicação cientifica, que por sua própria natureza "precisa ser precisa"
b) um fato já suficientemente pesquisado revela que as empresas, por exemplo, sofrem de sérios problemas de comunicação interna (e também externa)
c) é comum também os escritores não informarem o significado de algumas palavras chaves de seus textos o que gera interpretações subjetivas; fazer-se entender é um pré-requisito básico da comunicação, assim como VERIFICAR se o ouvinte realmente entendeu o que ouviu .
d) não é a beleza da lingua portuguesa ou de qualquer outra lingua que está em questão e sim o uso da palavra certa no lugar certo, nas ocasiões em que o uso do sistema é recomendado
e) a proposta é que as pessoas interessadas em adquirir (ou aprimorar) a clareza e a precisão na comunicacão, adotem o modelo do LPC sem abandonar o (s) seu (s) modelos preferidos; trata-se, portanto de adotar um novo modelo sem abandonar os já utilizados. A comunicação eficaz requer diferentes estilos, dependendo inclusive de quem seja nosso interlocutor (ou leitor).
MC
Ps. Existe sim um modelo de comunicação em que o escritor pode deixar o leitor à vontade para interpretar como quiser o seu texto. A música, a poesia, o romance, o cinema, o teatro usam livremente a linguagem sem ter que se submeter ao rigor semântico. Mas o artista cria também uma "linguagem estruturada" (ou sistêmica) conforme revela esse excelente artigo sobre a linguagem de Shakespeare:

Shakespeare, um artista da palavra

Barbara Heliodora
especial para a Folha

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mais/fs2506200005.htm

Depois de cerca de duas décadas dominadas pela crítica daquilo que Harold Bloom rotula de "a escola dos ressentidos", é um prazer ver sair, tão logo depois do personalíssimo livro do mesmo Bloom, a notável e mais do que objetiva "Shakespeare's Language" (A Linguagem de Shakespeare), análise da obra de William Shakespeare (1564-1616) por Frank Kermode, um dos mais notáveis estudiosos da poesia em nosso tempo. Kermode começa sua obra explicando que a dedica a um público não-profissional, por acreditar que este tem sido muito mal servido pela crítica moderna. Esta tem dado pouca atenção justamente a seu tema principal, a linguagem de Shakespeare, pela qual, considera ele, ou passam quase sem lhe notar a existência ou a ela se referem em termos recônditos, que levam os leitores a vê-la como relíquia complicadora e não como elemento vivo.

Pois é essa linguagem que Kermode, que foi professor "Lord Northcliffe" de inglês moderno no University College, em Londres, professor "Edward 7º" de literatura inglesa em Cambridge e professor "Charles Eliot Norton" de poesia em Harvard, analisa com imenso conhecimento de teoria literária -voltado, igualmente, para o grande processo evolutivo graças ao qual, para usar seus termos precisos, Shakespeare passa da poesia da página para a poesia da cena. As grandes mudanças nos meios de expressão, para Kermode, levam seu livro a uma divisão em duas partes: na primeira são englobadas todas as peças escritas até 1599, analisadas de modo mais sucinto em um só conjunto, enquanto a segunda, mais longa, examina separadamente "Julio Cesar", "Hamlet", "Troilus e Cressida", "Medida por Medida", "Otelo", "Rei Lear", "Macbeth", "Antônio e Cleópatra", "Tímon de Atenas", "Coriolano", "Péricles", "Cymbeline", "Conto de Inverno", "A Tempestade" e, finalmente, "Henrique 8º" com "The Two Noble Kinsmen", do mesmo modo que já havia incluído peças com linguagem semelhante junto a um ou outro título.

"Shakespeare's Language" se propõe básica e essencialmente como um estudo da poesia na obra dramática do bardo de Stratford; mas ao longo do caminho encontramos repetidas referências aos sonetos e, principalmente, ao poema "The Phoenix and Turtle", sempre citados como ilustrações do domínio de Shakespeare sobre a expressividade da linguagem poética. O que distingue a posição de Kermode é a lucidez de sua imensa admiração por Shakespeare como supremo artista da palavra, que permanece em todos os momentos aquém da "bardolatria". Aos puristas delirantes, que não aceitam nenhuma possibilidade de interferência de colaboradores nos textos dramáticos, ele lembra o quanto eram estes vulneráveis em razão da precariedade dos métodos e meios de publicação, alterações em remontagens devidas à transmissão oral etc. (afora os casos de verdadeira colaboração).

Ouvido treinado


Na introdução que antecede as duas partes de análise das obras, Kermode é magistralmente esclarecedor. Além de referir-se às reconhecidas dificuldades de compreensão devidas a mudanças semânticas ocorridas desde a época em que Shakespeare viveu, lembra o autor ao shakespeariano não-profissional a maior facilidade que tinha o público original do poeta de entender trechos que hoje nos pedem mais de uma leitura, simplesmente porque aquele tinha o ouvido muito mais treinado do que o nosso para a apreciação da literatura oral, enquanto a nossa época é muito mais visual. Não é à toa que o elisabetano ia ao teatro "ouvir" uma peça.
Outro aspecto pouco lembrado que aqui merece sua devida atenção é o fato de William Shakespeare ter vivido em uma época em que era regra aprender a ser poeta, primordialmente, pela obediência às regras da retórica; e em toda a primeira parte do livro o que Kermode destaca é justamente o caminho traçado por Shakespeare desde sua fase inicial, de grande uso da retórica.


Fica a poesia, nas primeiras aventuras dramáticas, estritamente voltada para o uso das regras e dos recursos segundo os quais o poeta seria bom ou mau, e o processo de libertação, de individualização, pode ser apreciado também pelo uso inicial, como em "A Comédia dos Erros", da permanente equivalência da frase com o verso, com cada dez sílabas (ou pentâmetros iâmbicos) contendo um pensamento completo. O pensamento expressado em vários versos, como o uso de versos quebrados em dois ou três pequenas frases ditas por personagens diversos, é produto do amadurecimento no domínio da forma essencialmente dramática.
Mas talvez a contribuição mais significativa da análise de Kermode seja a que concerne ao crescente uso da hendíadis, que o autor explica como "um modo de tornar estranha uma única idéia por partir a expressão em dois, de modo que ela passa a exigir uma explicação, como uma metáfora pequenina e muitas vezes um tanto sinistra", e que aqui usamos segundo a definição do "Aurélio": "Figura de retórica que consiste em exprimir por dois substantivos ligados por coordenação uma idéia que normalmente se representaria subordinando um deles ao outro".
Muito embora Kermode já encontre alguns exemplos desse uso em peças anteriores, é no "Hamlet" que ele se assevera como recurso de imenso potencial para a evocação de idéias e climas: "Things rank and gross", "the book and volume", "oppressed and fear-surprised eye" etc. Depois do altíssimo número de exemplos dessa figura de retórica em sua primeira grande tragédia, quando tanto pesa para a criação do clima de ambiguidades, incertezas e hesitações, ela continua presente, mas reduzida a um dentre muitos recursos retóricos, mesmo que sempre um pouco favorita.
Nas análises específicas da segunda parte, o trabalho de Kermode é sempre revelador: mesmo contestando as interpretações redutoras recentes que vêem Shakespeare apenas como um produto sociopolítico de seu tempo, ele escreve sobre a alta qualidade da linguagem do "Julio César", a primeira peça escrita para o novo teatro da companhia para a qual Shakespeare escrevia, o Globe, notando que, ao mesmo tempo em que ele usa sua imensa inventividade para compactar, omitir, dar mais foco e alterar relacionamentos tais como os encontrou em Plutarco, a peça é "intensamente política, fato que tem influência determinante sobre a sua linguagem", mas nada a faz político-partidária como querem alguns críticos das últimas décadas.
O longo capítulo sobre "Hamlet" enfoca em particular a total novidade da obra, impossível de ser enquadrada em qualquer fórmula e, em termos de amplitude dramática, efetivamente nova, incomparavelmente mais abrangente do que tudo o que existe de anterior a ela. A tragédia exibe uma variedade de situações, condições e personagens que só puderam existir porque, àquela altura, em 1601, Shakespeare dominava a tal ponto o seu uso da língua inglesa, já conquistara uma tal flexibilidade de formas, que foi capaz de criar esse universo dramático inteiramente novo.
Isso não significa que o poeta esquecesse de qualquer de seus estágios anteriores, pois nada o impede de recorrer a eles quando conveniente ou necessário, como nos antiquados versos da "comédia-dentro-da-comédia".
A ênfase sobre a justiça e os valores éticos nas chamadas "problem plays" ("Troilus e Cressida", "All's Well That Ends Well" e "Medida por Medida") é interessante em particular quando Kermode as vê como experiências com a linguagem nem sempre bem-sucedidas, mais interessante nos grandes debates da primeira, em boa parte da última, e dura e contorcida na segunda, com determinados versos de tal modo compactos que simplesmente descobrir o que está na verdade sendo dito é muitas vezes mais difícil do que qualquer interpretação posterior do pensamento.


Já em "Otelo", o nível do vocabulário de Iago é usado para a caracterização da sordidez e mesquinhez de sua verdadeira personalidade, quando ele está só ou no ambiente de caserna que as atividades militares da tragédia sugerem; o nível é alterado, no entanto, quando interessa a ele apresentar sua aparência de "honest Iago". Essa espécie de quase dupla personalidade é parte integrante da importância do tema verdade/aparência que domina a peça, expressado pela frequência dos verbos "to think", "to seem" ou, a fim de determinar o que pensar, "to see" e "to observe".
A linguagem vai ficando cada vez mais densa e oblíqua, mas é ocioso continuar a tentar resumir os comentários de Frank Kermode sobre todas as obras pós-1599, porque o realmente significativo em "Shakespeare's Language" não é este ou aquele comentário ou esclarecimento, mas o conjunto. Não é possível, no entanto, deixar de chamar a atenção para o fato de o crítico considerar, com grande justeza, que nas obras da maturidade o leitor, se quiser realmente apreciar as peças de Shakespeare, terá de se dar ao trabalho de prestar muita atenção aos detalhes, pois estes são profundamente reveladores.


O aspecto mais interessante do notável trabalho de Kermode, no entanto, me parece ser sua consciência da importância da linguagem na obra dramática de Shakespeare, mas também sua clara consciência de que as peças, justamente enquanto obras dramáticas, são muito mais do que isso, e que a importância da linguagem só se faz notar por ser ela um dos instrumentos para a expressão da imaginação, da capacidade criativa com que o poeta cria aqueles textos que foram concebidos para tomar vida no palco.
O puro e simples conhecimento, a total intimidade que Frank Kermode tem tanto com as obras de Shakespeare quanto com os idiomas da poesia, a acuidade com que ele analisa as obras sem jamais permitir que a perfeita objetividade diminua em qualquer mínima medida sua inesgotável admiração por Shakespeare fazem de "Shakespeare's Language" uma contribuição à exegese das peças que tem tudo para vir a se juntar ao pequeno e precioso núcleo de obras críticas de interesse permanente, que se destaca do dilúvio do que podemos chamar de "shakespearianices" de momento.



On Sex 08/05/15 19:16 , "Belmiro Wolski belmirow@yahoo.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 
Caro MC,
    Já ouviu o José Simão na Band News? Ele sempre diz o seguinte, antes de comentar sobre placas que os ouvintes enviam a ele de todo o lugar do Brasil, com avisos engraçados e escritos de forma errada. Ele diz: o brasileiro escreve errado mas todo mundo se entende! Taí! Esse é o objetivo da coisa. Precisamos nos entender. E, com raras exceções, é isso que sempre acontece. Nos entendemos, quer pela linguagem escrita ou falada. Não precisamos de uma única palavra para designar uma única coisa. Aquilo que você conhece por salsicha, aqui em Curitiba chamamos de vina. E, se alguém pedir uma vina no Rio, a princípio não vai receber, mas é só mencionar seu sinônimo que tá tudo certo. E o balconista da lanchonete terá aprendido que salsicha e vina são a mesma coisa. O próximo curitibano que pedir vina será atendido.
    A riqueza de um vocabulário se mede pela quantidade de sinônimos, pela adequação no contexto, pelas figuras de linguagem, pelas expressões idiomáticas, até pelas gírias. O que você está se propondo a fazer e que jamais chegará perto de conseguí-lo, é robotizar a linguagem. E isso é empobrecê-la. Imagine um diálogo entre duas pessoas falando Calilzês. Piadas não serão mais possíveis pois a graça delas, em sua maioria está no contexto. Exageros na hora de contar vantagens também não dá. Histórias de pescador perderão a graça. Gírias, nem pensar. Imagine se alguém inventar de pegar no seu pé!
     Terão de ser criadas milhões de novas palavras para que não hajam sinônimos, verbos terão que ser revistos e também criados aos milhões. O Kid Bengala terá que encontrar novo apelido porque bengala será apenas outra coisa. Pé de mesa será apenas uma catacrese. Aliás, nem esta poderá mais existir. Deverá ser inventado um nome para o pé da mesa. Sugiro blastrocrana. Que tal? As palavras ficarão cada vez mais difíceis de pronunciar porque a combinação de letras para formá-las está ficando cada vez mais complexa.  Enfim, meu caro, pare de se preocupar com essas coisas. E não venha se fazendo de herói, imaginando ser o salvador da pátria. Que alguém tem que acabar com a polissemia e quetais. Se alguém não entende algumas coisas dentro do contexto, e me parece que você é um desses casos, tanto que não entendeu a minha ironia do artigo do Roundup X autismo, então o problema é localizado. Não vale a pena adaptar o idioma a esses casos, simplificando-o binariamente. É melhor se adaptar ao idioma, tentar compreendê-lo em toda a sua magnitude e riqueza. Algo que foi construído ao longo de séculos não pode ser desprezado dessa forma. Tente entender melhor nossa linguagem. A graça está em tudo isso. Nos diferentes significados das palavras conforme o caso, na entonação de uma frase que lhe confere diferentes conotações, nas vírgulas, que, se trocadas mudam o sentido da frase. A língua portuguesa é maravilhosa. O Calilzês é horroroso! É chato pacacete!!
     *BW*


Em Sexta-feira, 8 de Maio de 2015 17:15, "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" escreveu:

"Tenha santa paciência!! Não existe essa tal precisão linguística!"  Belmiro Wolski

O sr. quis dizer que existe outra precisão linguistica que não essa tal, ou que não existe nenhuma precisão linguistica?

Se existe outra, qual seria a diferença entre a outra e essa tal?

Obrigado, pacientemente.

Mtnos Calil

Ps. Considero a hipótese de que o sr. não tenha compreendido os fundamentos da matematização da linguagem, hipótese essa que estaria associada a esta outra hipótese, segundo a qual eu não informei ou expliquei a contento quais seriam estes fundamentos.

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Em Qui 07/05/15 19:43, Belmiro Wolski belmirow@yahoo.com.br [ciencialist] ciencialist@yahoogrupos.com.br escreveu:

>> "A persistência é o caminho da vitória".
- Persistir no erro é caminho para a vitória?
- Não existem outros caminhos para a vitória? ( se ainda fosse: "é um dos caminhos...")
- Persistir na frente de combate e levar um tiro é caminho para a vitória?( depende do contexto, vitória em que sentido  e de quem? dele ?ou do grupo?)
- que vitória? Em que sentido?
Tenha santa paciência!! Não existe essa tal precisão linguística! Existe comunicação. E é o que interessa. A interpretação fora de contexto é uma deficiência. Não é regra!
Tradução: santa nesse caso não tem nada a ver com a religião, auréola, etc, onde etc quer dizer outras coisas relacionadas à santa mas que não no sentido de santidade. Paciência não é aquele jogo de cartas, cartas não são as do correio, são não é antônimo de doente. E por aí vai... Bacana!
*BW*


Em Quinta-feira, 7 de Maio de 2015 17:50, "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" escreveu:

Impressionante! Essa palavrinha assanhada que tu jogaste na mesa - contexto -  abriu um campo conceitual rico de conteúdo para a matematização da linguagem. Este novo conceito para o processo de matematizaçao da linguagem (sem números, fórmulas, teoremas,etc) é o seguinte:  quando um enunciado é elaborado de uma forma lógico-semântica precisa, a sua compreensão não depende de nenhum contexto.
Porém para obedecer submissamente ao nosso désposta do rigor linguistico fui googlear uma pesquisa sobre o termo, quando me deparei com um artigo redigido por uma professora de filosofia da PUC e autora de uma tese de doutorado no âmbito da filosofia da linguagem.
 
Neste artigo ela referenda esse elogio ao teu aclamado contexto:
 
O contexto da enunciação é de uma importância tal, que é quase impossível avaliar. Por 'contexto' entendo, pelo menos, o tempo, o lugar, a situação, os temas que constituem o foco imediato de interesse e as histórias pessoais tanto do locutor, quanto daqueles a quem ele se endereça. Além do contexto existe, é claro, a convenção lingüística [...]. O requisito [...] para que uma expressão na sua utilização referencial seja corretamente aplicada [...] é de que a coisa se encontre em certa relação com o locutor e com o contexto de elocução (STRAWSON, 1977, p. 29).
 
Imediatamente lhe enviei esta mensagem:
 
Prezada Professora.
Estou trabalhando há alguns anos no tema "lógica e precisão na comunicação" e acabei criando um modelo de comunicação para ser utilizado em algumas circunstâncias, baseado em alguns pressupostos como este:
Todo enunciado deve ser feito de tal maneira que não dê margem a nenhuma "interpretação. Para tanto o seu autor deve deixar muito claro qual é o significado que está atribuindo aos termos chaves utilizados.
Como a sra. defende a tese de que a compreensão de um enunciado depende do contexto, gostaria de abrir uma comunicação entre nós para que a minha tese possa ser derrubada. Estou montando um curso de lógica na comunicação para psicólogos com a participação de uma psicóloga e psicoterapeuta.
abraços
Mtnos Calil
Consultor organizacional multidisciplinar - São Paulo, SP.

Ps1. Exemplos de frases que não dependem de contexto e que tiveram - e continuam tendo - fortissima influência na minha vida:

a) A depressão é um processo emocional que paralisa as forças vitais
b) Para enfrentar a ansiedade da velhice, viva intensamente
cPara ser feliz realize suas potencialidades
d) Deus, dai-me a coragem para mudar as coisas que eu posso mudar, a serenidade para aceitar as coisas que eu não posso mudar e a sabedoria para distinguir a diferença.
f) O sentido da vida está no prazer de viver
g) O bom humor é pré-requisito da felicidade
e) Para realizar suas potencialidades, se puder, faça uso deste triângulo estratégico quântico: caos, acaso e imprevisibilidade.

Ps2. Estou em contato com um prof. da PUC de São Paulo que é fã da univocidade para ver se faremos algo em conjunto.

 
Algumas horas depois ela me respondeu concordando com a minha proposta de discutirmos o assunto.
 
Prossigo agora respondendo à tua última mensagem:
 
 Mais uma frase que não depende de contexto, do Chaplin:
> "A persistência é o caminho da vitória"
Aquele sujeito (ligeiramente amalucado, salientemos) resolveu absorver integralmente o ditado do Chaplin e está iniciando
os procedimentos para fixar um prego de 12 cm em uma parede de concreto através da repetida "bordoagem" de sua testa na
cabeça do dito prego.
 
Pensa ele: "Porra, o Chaplin foi um sujeito prá lá de
genial, então o que ele disse servirá para a minha
tarefa: vou pregar essa porra de prego com a testa!"
A persistência é o caminho da vitória! Verdade!
(contexto: a persistência desse amalucado é o Caminho da vitória profissional do médico da UTI que
Irá atender esse mané, após ele desmaiar com a testa estropiadáça". Viu só como o ditado do Chaplin é mesmo verdadeiro? hahahahahaha
*PB*
 
Prezado PB
 
O que tu chamaste de contexto é apenas uma informação a respeito da maluquice do seguidor da frase. E de fato informações como essa, são (exageradamente) consideradas como um contexto necessário para a compreensão do enunciado. A forma que eu encontrei de matar o contexto é transformá-lo numa simples informação, necessária e suficiente para a perfeita compreensão do enunciado. No seu exemplo, basta informar que o sujeito é maluco para a frase ter uma ÚNICA e PRECISA compreensão. Essa informação não tem, porém, sequer a  consistência suficiente para constituir um contexto.

Abraços fora de contexto (ou com o contexto explicito ou implicito).
Mtnos Calil


Ps.  Ocorre que muitos filósofos  (e até  cientistas) não utilizam um modelo de comunicação que facilita a compreensão dos enunciados – pelo contrário, eles dificultam! Por sua vez, os leitores adoram “interpretar” o que os outros escrevem ou falam. Grande parte das interpretações transformam – ou seja adulteram - o significado original. .

Em Qui 07/05/15 12:11, Pesky Bee peskybee2@gmail.com [ciencialist] ciencialist@yahoogrupos.com.br escreveu:

> Mais uma frase que não depende de contexto, do Chaplin:
> "A persistência é o caminho da vitória"
Aquele sujeito (ligeiramente amalucado, salientemos) resolveu
absorver integralmente o ditado do Chaplin e está iniciando
os procedimentos
para fixar um prego de 12 cm em uma parede
de concreto
através da repetida "bordoagem" de sua testa na
cabeça do dito prego.
Pensa ele: "Porra, o Chaplin foi um sujeito prá lá de
genial, então o que ele disse servirá para a minha
tarefa: vou pregar essa porra de prego com a testa!"
A persistência é o caminho da vitória! Verdade!
(contexto: a persistência desse amalucado é o
caminho
da vitória profissional do médico da UTI que
irá
atender esse mané, após ele desmaiar com a testa
estropiadáça". Viu só como o ditado do Chaplin é mesmo
verdadeiro? hahahahahaha
*PB*

From: "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]
Sent: Thursday, May 07, 2015 11:49 AM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: [ciencialist] Enc: Re: Matematização da linguagem
Prezado Pesky.
Agora vou sair e na volta respondo sua ultima mensagem que fala em "100% definida".
Abraços
Mtnos Calil
Ps1. Mais uma frase que não depende de contexto, do Chaplin: "A persistência é o caminho da vitória" 
Ps2. Uma profa. de filosofia da PUC aceitou o desafio. Ela, como você, afirma que a compreensão de um enunciado depende do contexto. Aliás todo o mundo fala isso, né?





SUBJECT: Como cientistas desviam a luz para tornar objetos imperceptíveis aos seus olhos
FROM: Simon Viegas <simonviegas@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/05/2015 12:18

Para conhecimento...

Link: http://gizmodo.uol.com.br/estudo-invisibilidade-objetos/

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Como cientistas desviam a luz para tornar objetos imperceptíveis aos seus olhos

Por:
4 de maio de 2015 às 15:47
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Luz em foco

Pesquisadores vêm tentando criar formas de atingir a invisibilidade na vida real. Na última década, eles passaram a apostar em ilusões de óptica inteligentes, que desviam a luz em torno de um objeto, tornando-o indetectável aos olhos.

Essa tecnologia só foi demonstrada com objetos muito pequenos, mas cientistas do Instituto de Tecnologia de Karlsruhe (Alemanha) alegam ter desenvolvido um sistema portátil que faz pequenos objetos desaparecerem de vista, e que pode ser usado para demonstrações em sala de aula.

>>> Cientistas usam ilusão de ótica para fazer com que objetos fiquem “invisíveis”

Como ser invisível

Para tornar um objeto invisível, é preciso mudar a trajetória da luz que passa ao redor dele, de tal forma que ela chegue ao outro lado com pouca distorção. Isso faz parecer que o objeto não está lá, mesmo quando olhamos diretamente para ele.

Além de desviar a trajetória da luz, é preciso fazê-la viajar mais rápido ao redor do objeto. Infelizmente, isso não é fácil: a luz viaja muito rápido no ar, quase à velocidade no vácuo – o limite inquebrável da natureza.

O físico Martin Wegener, um dos autores do estudo, explica em comunicado à imprensa:

Capas de invisibilidade óptica no ar têm uma desvantagem: elas violam a teoria da relatividade de Albert Einstein, que prescreve um limite superior para a velocidade da luz. Mas em meios difusos, no qual a luz se dispersa várias vezes, a velocidade da luz é reduzida. Aqui, é possível criar capas de invisibilidade ideais.

Criar um manto de invisibilidade que funcione no ar é algo complexo: as leis da física impedem que ela faça objetos sumirem em qualquer direção e cor. Mas se você usar outro meio – como vidro fosco ou um líquido turvo – fica muito mais fácil esconder objetos.

Invisibilidade (3)

Schittny et. al./Science via Physics World

O experimento

Os pesquisadores criaram um material que dispersa as ondas de luz para reduzir sua velocidade. Trata-se de um polímero orgânico à base de silício, coberto com nanopartículas de dióxido de titânio.

Dessa forma, a luz pode se acelerar novamente para compensar o caminho mais longo ao redor do objeto, escondendo-o da sua visão.

No experimento, Robert Schittny – um dos autores do estudo – começou mergulhando objetos em um tanque com líquido turvo. Eles projetavam sombras na superfície do tanque, e ainda eram visíveis.

Para torná-los invisíveis, Schittny fez duas coisas: primeiro, pintou-os com uma tinta acrílica que reflete a luz; e depois os revestiu com o polímero que criaram.

Invisibilidade
À esquerda, um cilindro de aço inoxidável; à direita, um cilindro tratado com polímero da invisibilidade (R. Schittny, KIT)

Com isso, a luz se dispersou muito mais rápido: sua trajetória foi desviada, e os objetos não projetavam mais sombra – ou seja, estavam invisíveis.

Os cientistas prepararam duas misturas diferentes de água e tinta, e fizeram o teste com um cilindro comum e um cilindro tratado com o polímero. Este é o resultado:

Invisibilidade (2)

Schittny et. al./Science via Business Insider

Nas duas imagens acima, você consegue ver a sombra do objeto não-tratado; nas imagens abaixo, do cilindro com o polímero da invisibilidade, ele basicamente desaparece.

Usos

Ainda é difícil conceber aplicações no mundo real para esta descoberta. Schittny sugere que “talvez seja possível produzir painéis de vidro fosco para banheiros, com barras de metal invisíveis ou sensores antifurto”.

Por enquanto, ele espera que este experimento seja usado em salas de aula. Em vez de um líquido, você pode colocar objetos dentro de vidro fosco: se eles estiverem cobertos pelo polímero, você não os verá.

“É um manto macroscópico que você pode ver a olho nu e pegar com a mão”, diz ele em comunicado. “Nada de equipamento caro de laboratório, nem microscópio, nem pós-processamento de dados – o efeito está lá para todo mundo ver.”

O estudo foi publicado na revista Science, e sua primeira demonstração no mundo real vai acontecer no dia 12 de maio, na CLEO (Conferência sobre Lasers e Eletro-óptica), nos EUA.

Desde 2006, físicos vêm tentando criar mantos de invisibilidade através de metamateriais, que curvam a luz de forma nunca antes vista na natureza. Até então, eles tinham estruturas complexas e só funcionavam em determinadas situações – então estamos decididamente avançando nessa área.

Mas, como explicamos, é difícil ficar invisível no ar, por causa da velocidade máxima da luz. “Usar um manto de Harry Potter não é possível agora, e talvez nunca seja”, diz Jason Valentine, engenheiro mecânico da Universidade de Vanderbilt, à ScienceNews.

Foto por atmtx/Flickr


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Simon Viegas



SUBJECT: Exercicio de lógica para os professores Belmiro e Alberto
FROM: Mtnos Calil <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/05/2015 14:41

De fato a explicação sobre os fundamentos do LPC não é nada fácil, inclusive porque esbarra na cultura consagrada do "contexto" segundo a qual nada pode ser compreendido plenamente se o contexto não estiver devidamente esclarecido. 

Para demonstrar o contrário, o caminho a percorrer infelizmente é pedregoso.
Para a remoção de tantas pedras é necessário paciência e persistência. 
Um dos pré-requisitos (ou fundamentos) do LPC é o rigor linguistico na comunicação normal vigente em nossa sociedade. 

Me parece, a respeito, que essa idéia é fácil de ser entendida e aceita: 
existem pessoas - e escritores - que se comunicam com mais clareza do que outros, facilitando a compreensão dos seus textos. 

Porém a "lógica" é dificil de ser compreendida porque é um conceito demasiado abstrato. A expressão "lógica na comunicação" me parecia algo trivial. Mas infelizmente não é!  O uso da lógica, na linguagem humana é feito de forma automática e inconsciente. As crianças aprendem a estrutrurar frases sem ter a menor consciência da relação que existe entre as palavras. As palavras são visiveis (ou audíveis) mas a relação sintática existente entre elas é completamente invisivel e inconsciente. Como as crianças aprendem a pensar e expressar seus pensamentos é um mistério que dificilmente será desvendado. Está claro que nós nascemos com um "software" que foi sofrendo up grades ao longo do tempo e que assimilou a linguagem das palavras (antes das palavras já existia no cérebro humano o sistema da linguagem não verbal - sonora e gestual - , como se nota facilmente nos animais). 

A lógica semântica - ou seja a lógica do significado das palavras e das frases - se processa de uma forma tão natural que não precisamos levar em conta a sua existência quando falamos, lemos ou ouvimos. Talvez daí advém a dificuldade de explicar o que é o sistema (ou modelo) LPC - Lógica e Precisão na Comunicação. O exercicio agora sugerido consiste na leitura de um pequeno texto que analisa as palavras de um advogado de defesa de um dos réus da Lava Jato, com o objetivo de respondermos a esta pergunta:  o que falta de informação a este texto para que fiquem precisamente claras as idéias que o redator expressou (ou quis expressar). 

Abraços
Mtnos Calil 
.

                               Estranha defesa de um réu da Lava Jato

O advogado do réu revelou uma surpreendente convicção a respeito da inocência do seu cliente, Renato Duque, ex-diretor deserviços da Petrobrás, manifestada nestas frases publicadas pelo Estadão:

a) ‘nunca foi apadrinhado de ninguém, é honesto, competente e dedicado funcionário’

b) ‘jamais praticou e deixou de praticar ato de ofício, mediante solicitação ou recebimento de vantagem indevida’

c) ‘jamais interferiu nos procedimentos licitatórios da Petrobrás para beneficiar empresas concorrentes’

d)‘nunca integrou quadrilha ou bando, sendo que sequer conhecealguns dos denunciados’.

É comum (ou normal) um advogado defender seu cliente com tamanha convicção?

Como ele pode ter tanta certeza sobre a inocência do réu?

Além disso, o advogado coloca em dúvida a seriedade da acusação com esta veemência:

a) “A inversão levada a efeito, no particular, ao prender-se semprocesso/condenação, visando à pressão psicológica, pois investigado/delator,que promete devolver US$ 100.000.000, nada sofre, e o investigado que nega osfatos, presta depoimento às claras, no primeiro momento, e busca, fincado na Constituição Federal, exercer o sacrossanto direito de defesa, sofre com aprisão ilegal e o escárnio público”,

b) “Quem, simplesmente, se defende do teor das “caguetagens”, é preso, solto, preso de novo e mantido preso; quem bate às portas da Polícia e do Ministério Público Federal para entregar parte do dinheiro sujo e delatar os outros, recebe o beneplácito estatal, sem ameaça de prisão, sequestro de bens, busca e apreensão, linchamento público ou mandado de condução coercitiva.”

c) “É a hipótese, destarte, de absolvição sumária, por não constituir o relatado na denúncia as infrações penais fantasiadas pelo acusador. Aliás, o que se dizer de uma denúncia que teve de ser explicada, em exposição, à imprensa, convocada para tanto, pela Procuradoria, com a utilização de sistema power point?”

A conclusão que se impõe com base nestas declarações da defesa é que a Justiça estaria cometendo um gravíssimo erro – e irreparável do ponto de vista moral – com um funcionário de carreira da Petrobrás que teve  (ou teria tido) uma conduta irrepreensível no exercício de seu ofício.

Também é estranho que o delator tenha “fantasiado” as infrações penais, o que daria a entender que estas fantasias seriam de fundamental importância para ele receber a premiação. Ou essa fantasia teria alguma outra motivação? Psicológica? Neurótica? 

Não estou com isso, manifestando nenhum juízo de valor a respeito da defesa ou da acusação. Porém com base nas frases da defesa acima arroladas, a lógica do direito nos impõe essa conclusão obrigatória: ou a defesa ou a acusação está** cometendo um erro gravíssimo e incompatível com o bom exercício de suas funções. Se a acusação errou, não apenas o réu teria que ser ressarcido, como a imagem pública de sua pessoa teria sofrido danos morais irreparáveis. E se a defesa errou, qual seria a forma jurídica (e lógica) de reparar-se o erro?

**A forma correta de escrever esta frase é “ou a defesa ou a acusação estão” (e não “está”). Mas se apenas uma das duas está cometendo o erro, o certo não seria o verbo ficar no singular? 

MtnosCalil

IdeologiaZero, Ilusão Zero e Simulacro Zero

Ps1. A minha tese de "lógica do direito" segundo a qual não deveria existir nem advogado de defesa nem de acusação, pois por dever de oficio, eles são condicionados a puxar a sardinha para seus clientes que os remuneram, foi bem recebida por alguns advogados. No lugar de acusação e defesa deveria existir apenas uma peritagem voltada exclusivamente para a apuração da verdade, a qual, infelizmente, nem sempre é acessivel ao mais  arguto e competente investigador. Por isso muitos culpados são inocentados por falta de provas. E outros são condenados com base em provas fabricadas. Fabricar provas de defesa e acusação é uma prática do direito cuja incidência estatistica não foi ainda apurada. Já o treinamento das testemunhas é algo normal, sobretudo quando as mesmas têm dificuldade de comunicação. 

Ps2. Um lema ético inspirado por Maquiavel: “Ninguém é confiável até prova emcontrário, inclusive eu”. 

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Duque chama Gabrielli e 32 funcionários da Petrobrás para sua defesa

REDAÇÃO

09 Maio 2015 | 05:00 - Estadão

Ex-diretor da Petrobrás, suposto elo do PT no esquema de propinas na estatael, pede absolvição sumária e diz que ‘nunca foi apadrinhado de ninguém, é honesto, competente e dedicado funcionário’

Renato Duque, que passou a fazer consultorias, após deixar a Petrobrás. Foto: Fábio Motta/Estadão

Renato Duque. Foto: Fábio Motta/Estadão

Por Ricardo Brandt, enviado especial a Curitiba, Julia Affonso e Fausto Macedo

O ex-diretor de Serviços da Petrobrás Renato Duque, réu da Operação Lava Jato, arrolou como testemunhas de defesa, em uma das ações a que responde na Justiça Federal do Paraná, o ex-presidente da estatal petrolífera José Sérgio Gabrielli e 32 funcionários da companhia, na quarta-feira, 6. Duque é acusado de lavagem de dinheiro e corrupção no esquema de propinas instalado na Petrobrás.

A defesa arrolou também uma testemunha que mora em Houston, nos EUA. O juiz federal Sérgio Moro, que conduz as ações penais da Lava Jato, decidiu, em despacho de 7 de maio, que os advogados de Renato Duque deverão ‘justificar a imprescindibilidade de sua oitiva, no prazo de 5 dias”.

VEJA AS TESTEMUNHAS DE RENATO DUQUE

Na resposta à acusação, enviada à Justiça, no início de abril, a defesa de Renato Duque negou que ele tenha recebido propinas, afirmou que o ex-diretor ‘jamais praticou e deixou de praticar ato de ofício, mediante solicitação ou recebimento de vantagem indevida’, ‘jamais interferiu nos procedimentos licitatórios da Petrobrás para beneficiar empresas concorrentes’ e ‘nunca integrou quadrilha ou bando, sendo que sequer conhece alguns dos denunciados’.

José Sérgio Gabrielli. Foto:  Tasso Marcelo

José Sérgio Gabrielli. Foto: Tasso Marcelo

Duque está preso no Paraná. A força tarefa da Lava Jato achou 20 milhões de euros em conta atribuída a ele no Principado de Monaco.

VEJA A RESPOSTA DE RENATO DUQUE NA ÍNTEGRA

Na peça de defesa à Justiça os advogados de Duque fazem menção a Pedro Barusco, ex-gerente de Engenharia da Petrobrás, que confessou ter recebido US$ 97 milhões em propinas e devolveu a fortuna espontaneamente. Em troca da delação, Barusco não foi preso.

“A inversão levada a efeito, no particular, ao prender-se sem processo/condenação, visando à pressão psicológica, pois investigado/delator, que promete devolver US$ 100.000.000, nada sofre, e o investigado que nega os fatos, presta depoimento às claras, no primeiro momento, e busca, fincado na Constituição Federal, exercer o sacrossanto direito de defesa, sofre com a prisão ilegal e o escárnio público”, afirmou a defesa de Renato Duque na resposta às acusações.

Este é primeiro processo criminal aberto contra o ex-diretor, suposto elo do PT no esquema. Além de Renato Duque, foram denunciados o doleiro Alberto Youssef, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás Paulo Roberto Costa, o ex-gerente da estatal petrolífera Pedro Barusco, ex-braço direito de Renato Duque, os lobistas Adir Assad, Julio Camargo, Mario Goes e seu filho Lucélio Goes, os executivos Augusto Mendonça, da Toyo Setal, Alberto Vilaça, Ângelo Mendes, Francisco Perdigão, José Diniz, José Resende, Rogério Cunha, Vicente Carvalho e Sérgio Mendes, todos da empreiteira Mendes Júnior, Agenor Medeiros, José Aldemário Pinheiro, o Léo Pinheiro, Luiz Almeida, Marcus Teixeira, Mateus Coutinho e Renato Siqueira, todos da OAS, e os auxiliares de Adir Assad, Sônia Branco e Dario Teixeira.

“Quem, simplesmente, se defende do teor das “caguetagens”, é preso, solto, preso de novo e mantido preso; quem bate às portas da Polícia e do Ministério Público Federal para entregar parte do dinheiro sujo e delatar os outros, recebe o beneplácito estatal, sem ameaça de prisão, sequestro de bens, busca e apreensão, linchamento público ou mandado de condução coercitiva.”

Destes denunciados, Alberto Youssef, Pedro Barusco, Paulo Roberto Costa e Julio Camargo firmaram acordo de delação premiada. Os depoimentos dos delatores da Lava Jato tiveram peso sobre esta denúncia.

Para a defesa do ex-diretor, “as acusações se mostram lacunosas, imprecisas, seletivas e, por isso, inviabilizam o exercício de defesa, que há de ser pleno”. Renato Duque ocupou a Diretoria de Serviços da Petrobrás entre 2003 e 2012. Segundo os advogados que subscrevem a resposta, Alexandre Lopes e Renato Moraes, o ex-diretor chegou ao cargo pelo ‘Conselho de Administração da Petrobrás, em face de seus muitos anos de relevantes serviços prestados à empresa, na qual ingressou em 1978, por concurso, como engenheiro, dirigindo, ao longo do tempo, por méritos próprios, várias gerências importantes’. Os investigadores suspeitam que ele tenha sido indicado pelo ex-ministro da Casa Civil José Dirceu.

“Nunca foi apadrinhado de ninguém. Trata-se de homem honesto, competente e dedicado funcionário, estando hoje aposentado”, afirma a defesa.

“É a hipótese, destarte, de absolvição sumária, por não constituir o relatado na denúncia as infrações penais fantasiadas pelo acusador. Aliás, o que se dizer de uma denúncia que teve de ser explicada, em exposição, à imprensa, convocada para tanto, pela Procuradoria, com a utilização de sistema power point?”







SUBJECT: Re: [ciencialist] Exercicio de lógica para os professores Belmiro e Alberto
FROM: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/05/2015 18:38

Mtnos:>>>> "É comum (ou normal) um advogado defender seu cliente com tamanha convicção?
Como ele pode ter tanta certeza sobre a inocência do réu?"

Confirma-se nessas perguntas o seu mais alto grau de ingenuidade. Eu diria até que dá para entender sua proposta. Mas não entenda entender como algo a ser entendido, entendeu? Dá para entender a razão pela qual você teima nessa LPC. Sem ofensas, mas creio que o seu psicanalista ou sei lá o que não deu conta do recado. Sobre os advogados:
Advogados não precisam ter certeza sobre a inocência do réu. Na verdade, na maioria dos casos, eles tem certeza de sua culpa, mas defendem com a aparente convicção de quem acredita em sua inocência. 

*BW*





Em Sábado, 9 de Maio de 2015 14:41, "Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br> escreveu:


 
De fato a explicação sobre os fundamentos do LPC não é nada fácil, inclusive porque esbarra na cultura consagrada do "contexto" segundo a qual nada pode ser compreendido plenamente se o contexto não estiver devidamente esclarecido. 

Para demonstrar o contrário, o caminho a percorrer infelizmente é pedregoso.
Para a remoção de tantas pedras é necessário paciência e persistência. 
Um dos pré-requisitos (ou fundamentos) do LPC é o rigor linguistico na comunicação normal vigente em nossa sociedade. 

Me parece, a respeito, que essa idéia é fácil de ser entendida e aceita: 
existem pessoas - e escritores - que se comunicam com mais clareza do que outros, facilitando a compreensão dos seus textos. 

Porém a "lógica" é dificil de ser compreendida porque é um conceito demasiado abstrato. A expressão "lógica na comunicação" me parecia algo trivial. Mas infelizmente não é!  O uso da lógica, na linguagem humana é feito de forma automática e inconsciente. As crianças aprendem a estrutrurar frases sem ter a menor consciência da relação que existe entre as palavras. As palavras são visiveis (ou audíveis) mas a relação sintática existente entre elas é completamente invisivel e inconsciente. Como as crianças aprendem a pensar e expressar seus pensamentos é um mistério que dificilmente será desvendado. Está claro que nós nascemos com um "software" que foi sofrendo up grades ao longo do tempo e que assimilou a linguagem das palavras (antes das palavras já existia no cérebro humano o sistema da linguagem não verbal - sonora e gestual - , como se nota facilmente nos animais). 

A lógica semântica - ou seja a lógica do significado das palavras e das frases - se processa de uma forma tão natural que não precisamos levar em conta a sua existência quando falamos, lemos ou ouvimos. Talvez daí advém a dificuldade de explicar o que é o sistema (ou modelo) LPC - Lógica e Precisão na Comunicação. O exercicio agora sugerido consiste na leitura de um pequeno texto que analisa as palavras de um advogado de defesa de um dos réus da Lava Jato, com o objetivo de respondermos a esta pergunta:  o que falta de informação a este texto para que fiquem precisamente claras as idéias que o redator expressou (ou quis expressar). 

Abraços
Mtnos Calil 
.

                               Estranha defesa de um réu da Lava Jato

O advogado do réu revelou uma surpreendente convicção a respeito da inocência do seu cliente, Renato Duque, ex-diretor deserviços da Petrobrás, manifestada nestas frases publicadas pelo Estadão:
a) ‘nunca foi apadrinhado de ninguém, é honesto, competente e dedicado funcionário’
b) ‘jamais praticou e deixou de praticar ato de ofício, mediante solicitação ou recebimento de vantagem indevida’
c) ‘jamais interferiu nos procedimentos licitatórios da Petrobrás para beneficiar empresas concorrentes’
d)‘nunca integrou quadrilha ou bando, sendo que sequer conhecealguns dos denunciados’.
É comum (ou normal) um advogado defender seu cliente com tamanha convicção?
Como ele pode ter tanta certeza sobre a inocência do réu?
Além disso, o advogado coloca em dúvida a seriedade da acusação com esta veemência:
a) “A inversão levada a efeito, no particular, ao prender-se semprocesso/condenação, visando à pressão psicológica, pois investigado/delator,que promete devolver US$ 100.000.000, nada sofre, e o investigado que nega osfatos, presta depoimento às claras, no primeiro momento, e busca, fincado na Constituição Federal, exercer o sacrossanto direito de defesa, sofre com aprisão ilegal e o escárnio público”,
b) “Quem, simplesmente, se defende do teor das “caguetagens”, é preso, solto, preso de novo e mantido preso; quem bate às portas da Polícia e do Ministério Público Federal para entregar parte do dinheiro sujo e delatar os outros, recebe o beneplácito estatal, sem ameaça de prisão, sequestro de bens, busca e apreensão, linchamento público ou mandado de condução coercitiva.”
c) “É a hipótese, destarte, de absolvição sumária, por não constituir o relatado na denúncia as infrações penais fantasiadas pelo acusador. Aliás, o que se dizer de uma denúncia que teve de ser explicada, em exposição, à imprensa, convocada para tanto, pela Procuradoria, com a utilização de sistema power point?”
A conclusão que se impõe com base nestas declarações da defesa é que a Justiça estaria cometendo um gravíssimo erro – e irreparável do ponto de vista moral – com um funcionário de carreira da Petrobrás que teve  (ou teria tido) uma conduta irrepreensível no exercício de seu ofício.
Também é estranho que o delator tenha “fantasiado” as infrações penais, o que daria a entender que estas fantasias seriam de fundamental importância para ele receber a premiação. Ou essa fantasia teria alguma outra motivação? Psicológica? Neurótica? 
Não estou com isso, manifestando nenhum juízo de valor a respeito da defesa ou da acusação. Porém com base nas frases da defesa acima arroladas, a lógica do direito nos impõe essa conclusão obrigatória: ou a defesa ou a acusação está** cometendo um erro gravíssimo e incompatível com o bom exercício de suas funções. Se a acusação errou, não apenas o réu teria que ser ressarcido, como a imagem pública de sua pessoa teria sofrido danos morais irreparáveis. E se a defesa errou, qual seria a forma jurídica (e lógica) de reparar-se o erro?
**A forma correta de escrever esta frase é “ou a defesa ou a acusação estão” (e não “está”). Mas se apenas uma das duas está cometendo o erro, o certo não seria o verbo ficar no singular? 
MtnosCalil
IdeologiaZero, Ilusão Zero e Simulacro Zero
Ps1. A minha tese de "lógica do direito" segundo a qual não deveria existir nem advogado de defesa nem de acusação, pois por dever de oficio, eles são condicionados a puxar a sardinha para seus clientes que os remuneram, foi bem recebida por alguns advogados. No lugar de acusação e defesa deveria existir apenas uma peritagem voltada exclusivamente para a apuração da verdade, a qual, infelizmente, nem sempre é acessivel ao mais  arguto e competente investigador. Por isso muitos culpados são inocentados por falta de provas. E outros são condenados com base em provas fabricadas. Fabricar provas de defesa e acusação é uma prática do direito cuja incidência estatistica não foi ainda apurada. Já o treinamento das testemunhas é algo normal, sobretudo quando as mesmas têm dificuldade de comunicação. 
Ps2. Um lema ético inspirado por Maquiavel: “Ninguém é confiável até prova emcontrário, inclusive eu”. 
=============================

Renato Duque, que passou a fazer consultorias, após deixar a Petrobrás. Foto: Fábio Motta/Estadão
Renato Duque. Foto: Fábio Motta/Estadão
Por Ricardo Brandt, enviado especial a Curitiba, Julia Affonso e Fausto Macedo
O ex-diretor de Serviços da Petrobrás Renato Duque, réu da Operação Lava Jato, arrolou como testemunhas de defesa, em uma das ações a que responde na Justiça Federal do Paraná, o ex-presidente da estatal petrolífera José Sérgio Gabrielli e 32 funcionários da companhia, na quarta-feira, 6. Duque é acusado de lavagem de dinheiro e corrupção no esquema de propinas instalado na Petrobrás.
A defesa arrolou também uma testemunha que mora em Houston, nos EUA. O juiz federal Sérgio Moro, que conduz as ações penais da Lava Jato, decidiu, em despacho de 7 de maio, que os advogados de Renato Duque deverão ‘justificar a imprescindibilidade de sua oitiva, no prazo de 5 dias”.
Na resposta à acusação, enviada à Justiça, no início de abril, a defesa de Renato Duque negou que ele tenha recebido propinas, afirmou que o ex-diretor ‘jamais praticou e deixou de praticar ato de ofício, mediante solicitação ou recebimento de vantagem indevida’, ‘jamais interferiu nos procedimentos licitatórios da Petrobrás para beneficiar empresas concorrentes’ e ‘nunca integrou quadrilha ou bando, sendo que sequer conhece alguns dos denunciados’.
José Sérgio Gabrielli. Foto:  Tasso Marcelo
José Sérgio Gabrielli. Foto: Tasso Marcelo
Duque está preso no Paraná. A força tarefa da Lava Jato achou 20 milhões de euros em conta atribuída a ele no Principado de Monaco.
Na peça de defesa à Justiça os advogados de Duque fazem menção a Pedro Barusco, ex-gerente de Engenharia da Petrobrás, que confessou ter recebido US$ 97 milhões em propinas e devolveu a fortuna espontaneamente. Em troca da delação, Barusco não foi preso.
“A inversão levada a efeito, no particular, ao prender-se sem processo/condenação, visando à pressão psicológica, pois investigado/delator, que promete devolver US$ 100.000.000, nada sofre, e o investigado que nega os fatos, presta depoimento às claras, no primeiro momento, e busca, fincado na Constituição Federal, exercer o sacrossanto direito de defesa, sofre com a prisão ilegal e o escárnio público”, afirmou a defesa de Renato Duque na resposta às acusações.
Este é primeiro processo criminal aberto contra o ex-diretor, suposto elo do PT no esquema. Além de Renato Duque, foram denunciados o doleiro Alberto Youssef, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás Paulo Roberto Costa, o ex-gerente da estatal petrolífera Pedro Barusco, ex-braço direito de Renato Duque, os lobistas Adir Assad, Julio Camargo, Mario Goes e seu filho Lucélio Goes, os executivos Augusto Mendonça, da Toyo Setal, Alberto Vilaça, Ângelo Mendes, Francisco Perdigão, José Diniz, José Resende, Rogério Cunha, Vicente Carvalho e Sérgio Mendes, todos da empreiteira Mendes Júnior, Agenor Medeiros, José Aldemário Pinheiro, o Léo Pinheiro, Luiz Almeida, Marcus Teixeira, Mateus Coutinho e Renato Siqueira, todos da OAS, e os auxiliares de Adir Assad, Sônia Branco e Dario Teixeira.
“Quem, simplesmente, se defende do teor das “caguetagens”, é preso, solto, preso de novo e mantido preso; quem bate às portas da Polícia e do Ministério Público Federal para entregar parte do dinheiro sujo e delatar os outros, recebe o beneplácito estatal, sem ameaça de prisão, sequestro de bens, busca e apreensão, linchamento público ou mandado de condução coercitiva.”
Destes denunciados, Alberto Youssef, Pedro Barusco, Paulo Roberto Costa e Julio Camargo firmaram acordo de delação premiada. Os depoimentos dos delatores da Lava Jato tiveram peso sobre esta denúncia.
Para a defesa do ex-diretor, “as acusações se mostram lacunosas, imprecisas, seletivas e, por isso, inviabilizam o exercício de defesa, que há de ser pleno”. Renato Duque ocupou a Diretoria de Serviços da Petrobrás entre 2003 e 2012. Segundo os advogados que subscrevem a resposta, Alexandre Lopes e Renato Moraes, o ex-diretor chegou ao cargo pelo ‘Conselho de Administração da Petrobrás, em face de seus muitos anos de relevantes serviços prestados à empresa, na qual ingressou em 1978, por concurso, como engenheiro, dirigindo, ao longo do tempo, por méritos próprios, várias gerências importantes’. Os investigadores suspeitam que ele tenha sido indicado pelo ex-ministro da Casa Civil José Dirceu.
“Nunca foi apadrinhado de ninguém. Trata-se de homem honesto, competente e dedicado funcionário, estando hoje aposentado”, afirma a defesa.
“É a hipótese, destarte, de absolvição sumária, por não constituir o relatado na denúncia as infrações penais fantasiadas pelo acusador. Aliás, o que se dizer de uma denúncia que teve de ser explicada, em exposição, à imprensa, convocada para tanto, pela Procuradoria, com a utilização de sistema power point?”








SUBJECT: Re: [ciencialist] Exercicio de lógica para os professores Belmiro e Alberto
FROM: Mtnos Calil <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/05/2015 19:52

Olá Prof. Belmiro.

1. Não vejo nenhum problema em ser ingênuo,, pois considero a ingenuidade uma virtude que se encontra com frequencia em pessoas de boa indole que confiam nos outros. Infelizmente já não sou possuidor dessa qualidade, pois meu lema ético é este: ninguém é confiavel até prova em contrário, inclusive eu. 

Quanto à sua idéia alucinada, de que meu vinculo com o LPC seria produto de um trantorno não resolvido na minha análise (que teve a duração de 18 anos) , quero deixar claro que minha aproximação com a lógica se deve ao meu analista. Teria sido então ele o criador do transtorno? Que bom, pois o curso que estamos montando serve também como ginástica mental para ajudar na prevenção do mal de alzheimer ou de outras demências cujo risco aumenta com a idade. 

A sua rejeição (ou repulsa) à precisao lógica é completamente anti-cientifica revelando assim um transtorno que só pode ter uma causa mental ou emocional. Como um fã da ciência rejeita uma proposta que valoriza a linguagem e o espirito cientificos? 
Agora V,Sa vai dizer que eu é que estou faltando com o respeito. Mas quem colocou em dúvida a minha saúde mental EM PRIMEIRO LUGAR, foi V.Sa. Portanto, segundo a lógica do direito, eu fui atacado e respondi me defendendo, mantendo a proporcionalidade e a razoabilidade. Apenas devolvi o falso diagnóstico que na devolução pode ter adquirido até um "valor de verdade". 

A  sua última contribuição para o LPC  ( a da necessidade de explicar melhor a coisa) foi importante e por isso V.Sa. merece ser perdoado, mesmo que não se arrependa do mal cometido, como sugeriu Cristo. Pensei muito sobre a estratégia de explicação e cheguei à conclusão que os leigos na ciëncia ou filosofia da linguagem precisam participar de exercicios para comprender a coisa que requer uma experimentação. É como a psicanálise - NINGUEM PODE COMPREENDER  essa técnica de psicoterapia se não participar de várias sessões, e com profissionais de diferentes correntes. E não aprenderá nem com mil sessões se não tiver uma percepção do seu mundo interno, através de insights,

As pessoas aprendem a pensar sem que ninguém explique o que é o pensamento. 
Para resolver este problema estou pensando em passar exercicios. No caso é fazendo que se aprende. Mas será que existe alguma coisa que se possa aprender sem "fazer"? 

A melhor maneira de compreender o LPC é se treinando para falar ou escrever com precisão logico-semântica o que envolve clareza e objetividade, seja qual for o assunto abordado. 

Mtnos Calil 

Ps. Olha que coisa curiosa: mesmo com essa sua mensagem destrutiva, V.Sa. conseguiu dar mais uma contribuição.  Como é possivel tranformar tantas pauladas em contribuições? Espero encontrar uma resposta lógica para essa pergunta 





On Sáb 09/05/15 18:38 , "Belmiro Wolski belmirow@yahoo.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 

Mtnos:>>>> "É comum (ou normal) um advogado defender seu cliente com tamanha convicção?
Como ele pode ter tanta certeza sobre a inocência do réu?"

Confirma-se nessas perguntas o seu mais alto grau de ingenuidade. Eu diria até que dá para entender sua proposta. Mas não entenda entender como algo a ser entendido, entendeu? Dá para entender a razão pela qual você teima nessa LPC. Sem ofensas, mas creio que o seu psicanalista ou sei lá o que não deu conta do recado. Sobre os advogados:
Advogados não precisam ter certeza sobre a inocência do réu. Na verdade, na maioria dos casos, eles tem certeza de sua culpa, mas defendem com a aparente convicção de quem acredita em sua inocência. 

*BW*





Em Sábado, 9 de Maio de 2015 14:41, "Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" escreveu:


 
De fato a explicação sobre os fundamentos do LPC não é nada fácil, inclusive porque esbarra na cultura consagrada do "contexto" segundo a qual nada pode ser compreendido plenamente se o contexto não estiver devidamente esclarecido. 

Para demonstrar o contrário, o caminho a percorrer infelizmente é pedregoso.
Para a remoção de tantas pedras é necessário paciência e persistência. 
Um dos pré-requisitos (ou fundamentos) do LPC é o rigor linguistico na comunicação normal vigente em nossa sociedade. 

Me parece, a respeito, que essa idéia é fácil de ser entendida e aceita: 
existem pessoas - e escritores - que se comunicam com mais clareza do que outros, facilitando a compreensão dos seus textos. 

Porém a "lógica" é dificil de ser compreendida porque é um conceito demasiado abstrato. A expressão "lógica na comunicação" me parecia algo trivial. Mas infelizmente não é!  O uso da lógica, na linguagem humana é feito de forma automática e inconsciente. As crianças aprendem a estrutrurar frases sem ter a menor consciência da relação que existe entre as palavras. As palavras são visiveis (ou audíveis) mas a relação sintática existente entre elas é completamente invisivel e inconsciente. Como as crianças aprendem a pensar e expressar seus pensamentos é um mistério que dificilmente será desvendado. Está claro que nós nascemos com um "software" que foi sofrendo up grades ao longo do tempo e que assimilou a linguagem das palavras (antes das palavras já existia no cérebro humano o sistema da linguagem não verbal - sonora e gestual - , como se nota facilmente nos animais). 

A lógica semântica - ou seja a lógica do significado das palavras e das frases - se processa de uma forma tão natural que não precisamos levar em conta a sua existência quando falamos, lemos ou ouvimos. Talvez daí advém a dificuldade de explicar o que é o sistema (ou modelo) LPC - Lógica e Precisão na Comunicação. O exercicio agora sugerido consiste na leitura de um pequeno texto que analisa as palavras de um advogado de defesa de um dos réus da Lava Jato, com o objetivo de respondermos a esta pergunta:  o que falta de informação a este texto para que fiquem precisamente claras as idéias que o redator expressou (ou quis expressar). 

Abraços
Mtnos Calil 
.

                               Estranha defesa de um réu da Lava Jato

O advogado do réu revelou uma surpreendente convicção a respeito da inocência do seu cliente, Renato Duque, ex-diretor deserviços da Petrobrás, manifestada nestas frases publicadas pelo Estadão:
a) ‘nunca foi apadrinhado de ninguém, é honesto, competente e dedicado funcionário’
b) ‘jamais praticou e deixou de praticar ato de ofício, mediante solicitação ou recebimento de vantagem indevida’
c) ‘jamais interferiu nos procedimentos licitatórios da Petrobrás para beneficiar empresas concorrentes’
d)‘nunca integrou quadrilha ou bando, sendo que sequer conhecealguns dos denunciados’.
É comum (ou normal) um advogado defender seu cliente com tamanha convicção?
Como ele pode ter tanta certeza sobre a inocência do réu?
Além disso, o advogado coloca em dúvida a seriedade da acusação com esta veemência:
a) “A inversão levada a efeito, no particular, ao prender-se semprocesso/condenação, visando à pressão psicológica, pois investigado/delator,que promete devolver US$ 100.000.000, nada sofre, e o investigado que nega osfatos, presta depoimento às claras, no primeiro momento, e busca, fincado na Constituição Federal, exercer o sacrossanto direito de defesa, sofre com aprisão ilegal e o escárnio público”,
b) “Quem, simplesmente, se defende do teor das “caguetagens”, é preso, solto, preso de novo e mantido preso; quem bate às portas da Polícia e do Ministério Público Federal para entregar parte do dinheiro sujo e delatar os outros, recebe o beneplácito estatal, sem ameaça de prisão, sequestro de bens, busca e apreensão, linchamento público ou mandado de condução coercitiva.”
c) “É a hipótese, destarte, de absolvição sumária, por não constituir o relatado na denúncia as infrações penais fantasiadas pelo acusador. Aliás, o que se dizer de uma denúncia que teve de ser explicada, em exposição, à imprensa, convocada para tanto, pela Procuradoria, com a utilização de sistema power point?”
A conclusão que se impõe com base nestas declarações da defesa é que a Justiça estaria cometendo um gravíssimo erro – e irreparável do ponto de vista moral – com um funcionário de carreira da Petrobrás que teve  (ou teria tido) uma conduta irrepreensível no exercício de seu ofício.
Também é estranho que o delator tenha “fantasiado” as infrações penais, o que daria a entender que estas fantasias seriam de fundamental importância para ele receber a premiação. Ou essa fantasia teria alguma outra motivação? Psicológica? Neurótica? 
Não estou com isso, manifestando nenhum juízo de valor a respeito da defesa ou da acusação. Porém com base nas frases da defesa acima arroladas, a lógica do direito nos impõe essa conclusão obrigatória: ou a defesa ou a acusação está** cometendo um erro gravíssimo e incompatível com o bom exercício de suas funções. Se a acusação errou, não apenas o réu teria que ser ressarcido, como a imagem pública de sua pessoa teria sofrido danos morais irreparáveis. E se a defesa errou, qual seria a forma jurídica (e lógica) de reparar-se o erro?
**A forma correta de escrever esta frase é “ou a defesa ou a acusação estão” (e não “está”). Mas se apenas uma das duas está cometendo o erro, o certo não seria o verbo ficar no singular? 
MtnosCalil
IdeologiaZero, Ilusão Zero e Simulacro Zero
Ps1. A minha tese de "lógica do direito" segundo a qual não deveria existir nem advogado de defesa nem de acusação, pois por dever de oficio, eles são condicionados a puxar a sardinha para seus clientes que os remuneram, foi bem recebida por alguns advogados. No lugar de acusação e defesa deveria existir apenas uma peritagem voltada exclusivamente para a apuração da verdade, a qual, infelizmente, nem sempre é acessivel ao mais  arguto e competente investigador. Por isso muitos culpados são inocentados por falta de provas. E outros são condenados com base em provas fabricadas. Fabricar provas de defesa e acusação é uma prática do direito cuja incidência estatistica não foi ainda apurada. Já o treinamento das testemunhas é algo normal, sobretudo quando as mesmas têm dificuldade de comunicação. 
Ps2. Um lema ético inspirado por Maquiavel: “Ninguém é confiável até prova emcontrário, inclusive eu”. 
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Renato Duque, que passou a fazer consultorias, após deixar a Petrobrás. Foto: Fábio Motta/Estadão
Renato Duque. Foto: Fábio Motta/Estadão
Por Ricardo Brandt, enviado especial a Curitiba, Julia Affonso e Fausto Macedo
O ex-diretor de Serviços da Petrobrás Renato Duque, réu da Operação Lava Jato, arrolou como testemunhas de defesa, em uma das ações a que responde na Justiça Federal do Paraná, o ex-presidente da estatal petrolífera José Sérgio Gabrielli e 32 funcionários da companhia, na quarta-feira, 6. Duque é acusado de lavagem de dinheiro e corrupção no esquema de propinas instalado na Petrobrás.
A defesa arrolou também uma testemunha que mora em Houston, nos EUA. O juiz federal Sérgio Moro, que conduz as ações penais da Lava Jato, decidiu, em despacho de 7 de maio, que os advogados de Renato Duque deverão ‘justificar a imprescindibilidade de sua oitiva, no prazo de 5 dias”.
Na resposta à acusação, enviada à Justiça, no início de abril, a defesa de Renato Duque negou que ele tenha recebido propinas, afirmou que o ex-diretor ‘jamais praticou e deixou de praticar ato de ofício, mediante solicitação ou recebimento de vantagem indevida’, ‘jamais interferiu nos procedimentos licitatórios da Petrobrás para beneficiar empresas concorrentes’ e ‘nunca integrou quadrilha ou bando, sendo que sequer conhece alguns dos denunciados’.
José Sérgio Gabrielli. Foto:  Tasso Marcelo
José Sérgio Gabrielli. Foto: Tasso Marcelo
Duque está preso no Paraná. A força tarefa da Lava Jato achou 20 milhões de euros em conta atribuída a ele no Principado de Monaco.
Na peça de defesa à Justiça os advogados de Duque fazem menção a Pedro Barusco, ex-gerente de Engenharia da Petrobrás, que confessou ter recebido US$ 97 milhões em propinas e devolveu a fortuna espontaneamente. Em troca da delação, Barusco não foi preso.
“A inversão levada a efeito, no particular, ao prender-se sem processo/condenação, visando à pressão psicológica, pois investigado/delator, que promete devolver US$ 100.000.000, nada sofre, e o investigado que nega os fatos, presta depoimento às claras, no primeiro momento, e busca, fincado na Constituição Federal, exercer o sacrossanto direito de defesa, sofre com a prisão ilegal e o escárnio público”, afirmou a defesa de Renato Duque na resposta às acusações.
Este é primeiro processo criminal aberto contra o ex-diretor, suposto elo do PT no esquema. Além de Renato Duque, foram denunciados o doleiro Alberto Youssef, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás Paulo Roberto Costa, o ex-gerente da estatal petrolífera Pedro Barusco, ex-braço direito de Renato Duque, os lobistas Adir Assad, Julio Camargo, Mario Goes e seu filho Lucélio Goes, os executivos Augusto Mendonça, da Toyo Setal, Alberto Vilaça, Ângelo Mendes, Francisco Perdigão, José Diniz, José Resende, Rogério Cunha, Vicente Carvalho e Sérgio Mendes, todos da empreiteira Mendes Júnior, Agenor Medeiros, José Aldemário Pinheiro, o Léo Pinheiro, Luiz Almeida, Marcus Teixeira, Mateus Coutinho e Renato Siqueira, todos da OAS, e os auxiliares de Adir Assad, Sônia Branco e Dario Teixeira.
“Quem, simplesmente, se defende do teor das “caguetagens”, é preso, solto, preso de novo e mantido preso; quem bate às portas da Polícia e do Ministério Público Federal para entregar parte do dinheiro sujo e delatar os outros, recebe o beneplácito estatal, sem ameaça de prisão, sequestro de bens, busca e apreensão, linchamento público ou mandado de condução coercitiva.”
Destes denunciados, Alberto Youssef, Pedro Barusco, Paulo Roberto Costa e Julio Camargo firmaram acordo de delação premiada. Os depoimentos dos delatores da Lava Jato tiveram peso sobre esta denúncia.
Para a defesa do ex-diretor, “as acusações se mostram lacunosas, imprecisas, seletivas e, por isso, inviabilizam o exercício de defesa, que há de ser pleno”. Renato Duque ocupou a Diretoria de Serviços da Petrobrás entre 2003 e 2012. Segundo os advogados que subscrevem a resposta, Alexandre Lopes e Renato Moraes, o ex-diretor chegou ao cargo pelo ‘Conselho de Administração da Petrobrás, em face de seus muitos anos de relevantes serviços prestados à empresa, na qual ingressou em 1978, por concurso, como engenheiro, dirigindo, ao longo do tempo, por méritos próprios, várias gerências importantes’. Os investigadores suspeitam que ele tenha sido indicado pelo ex-ministro da Casa Civil José Dirceu.
“Nunca foi apadrinhado de ninguém. Trata-se de homem honesto, competente e dedicado funcionário, estando hoje aposentado”, afirma a defesa.
“É a hipótese, destarte, de absolvição sumária, por não constituir o relatado na denúncia as infrações penais fantasiadas pelo acusador. Aliás, o que se dizer de uma denúncia que teve de ser explicada, em exposição, à imprensa, convocada para tanto, pela Procuradoria, com a utilização de sistema power point?”









SUBJECT: Manual da linguagem cientifica
FROM: "Mtnos Calil" <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/05/2015 22:28

Como a matematização da linguagem é baseada na linguagem cientifica, estamos dando inicio a uma nova jornada para atender à necessidade de darmos a melhor explicação possivel sobre os conceitos e a aplicação do sistema LPC - Lógica e Precisão na Comunicação que será constituído por diferentes modelos. Essa nova jornada consistirá na criação de um Manual de Linguagem Cientifica. A primeira etapa do manual consistirá no levantamento de instruções já escritas por diversos autores, sem entrarmos no seu mérito. A segunda etapa consistirá na seleção das instruções e a terceira na redação do nosso manual que fará referência a todos os autores, mesmo quando as suas instruções sofrerem alguma modificação. 

O curioso desta história é que tudo que eu estou propondo em termos de precisão linguistica já foi sistematizado em textos de linguagem cientifica, como ilustra o texto abaixo, extraido daqui: 
http://observadoras.blogspot.com.br/2011/11/linguagem-cientifica.html

O Curso de Lógica na Comunicação tem dentre outras finalidades, a de TREINAR OS PARTICIPANTES A ESCREVER E FALAR levando em conta tais instruções (ou boa parte delas - é claro que um texto como este pode ser aperfeiçoado, o que será feito apenas na 3a. e última etapa da construção do manual).

Cabe sempre lembrar aos insurgentes que o LPC não é para ser utilizado no lugar da linguagem já utilizada e sim nas ocasiões em que for útil para os usuários. 

Thanks
MC
Ps. Importante: a
o escrever (ou palestrar) o autor deve ter em mente que seu público-alvo poderá estar constituído não apenas por especialistas ou entendidos no assunto, mas também por leigos. Portanto deve dominar a linguagem técnica e a não técnica. Cuidado aqui:  linguagem técnica não é sinônimo de linguagem precisa. Um dos nossos objetivos é dar precisão à linguagem não técnica! 
 

CARACTERÍSTICAS DA LINGUAGEM CIENTÍFICA

Objetividade:

-Ausência de impressões subjetivas  que se referem a eventos ou características que não foram, de fato, observados.  A linguagem científica deve reproduzir  o que realmente aconteceu e/ou foi dito.

-É uma das características principais da linguagem científica, uma vez que permite a aproximação da realidade.

-Distingue o relato científico de outros tipos de relato, que têm como objetivo expressar a opinião das pessoas. O relato científico não busca a expressão das opiniões pessoais do cientista, mas a descrição do fenômeno estudado.

-No contexto da observação do comportamento, elimina as divergências  entre observadores diferentes,  na medida em que descreve exatamente as ações que aconteceram. Ou seja, a objetividade permite a fidedignidade nas observações.

PRINCIPAIS ERROS CONTRA A OBJETIVIDADE

 

-Utilização de termos que designem estados subjetivos, como ‘triste’, ‘cansado’, ‘alegre’, etc.

Por exemplo: Ao invés de registrar ‘S está alegre’, o observador deve registrar ‘S sorri, bate o pé direito no chão acompanhando o ritmo da música’.

-Atribuição de intenções ao sujeito. O observador deve descrever ou registrar o comportamento e as circunstâncias em que ele ocorre, sem  interpretar as ‘intenções’ do sujeito.

Por exemplo: Ao invés de registrar ‘S tenta pedir um lugar aos passageiros’, o observador deve registrar ‘S vira a cabeça em direção aos passageiros’.

-Atribuição de finalidades à ação observada. O observador deve descrever ou registrar o comportamento e as circunstâncias em que ele ocorre, sem atribuir uma finalidade ou objetivo ao comportamento observado.

Por exemplo: Ao invés de registrar ‘S fecha a porta porque venta’, o observador deve registrar ‘S fecha a porta. Venta lá fora.’.

Clareza e exatidão (precisão):

-Uso de uma linguagem de fácil compreensão (linguagem clara), e que represente as coisas com exatidão (linguagem precisa).

-A linguagem clara e precisa:

-Obedece  os critérios de estrutura gramatical do idioma.

-Usa termos cujo significado não é ambíguo.

-Indica as propriedades definidoras dos termos, fornecendo referências quantitativas e empíricas.

PRINCIPAIS ERROS CONTRA A CLAREZA E EXATIDÃO (PRECISÃO)

-Uso de termos amplos, cujo significado inclui uma série de ações.

O observador, em lugar de utilizar termos amplos, deve especificar os comportamentos apresentados pelo sujeito.

Por exemplo: Ao invés de registrar ‘o menino brinca com a bola’, o observador deve registrar ‘o menino anda em direção à bola, pega a bola, joga-a no chão, chuta-a com o pé’.

-Uso de termos indefinidos, que não identificam o objeto ou identificam parcialmente os atributos do objeto. 

O observador, em lugar de utilizar termos indefinidos ou vagos, deve especificar o objeto ao qual a ação é dirigida, e fornecer os referenciais físicos utilizados para a descrição dos atributos do objeto; referenciais relativos a cor, tamanho, direção, etc.

Por exemplo: Ao invés  de registrar ‘bola pequena’, o observador deve registrar ‘uma bola de 20 cm de diâmetro’.

-Uso de termos ou expressões ambíguas, que podem dificultar a compreensão.

-O observador deve usar termos adicionais que indiquem precisamente a que ou quem um termo determinado se refere.

Por exemplo: Ao invés de registrar ‘o menino pegou a bola. Encostou na parede’, o observador deve registrar ‘o menino pegou a bola. O menino se encostou na parede’.



.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Exercicio de lógica para os professores Belmiro e Alberto
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/05/2015 00:08

Mtnos escreveu:
 
> A sua rejeição (ou repulsa) à precisao lógica é completamente anti-cientifica...
 
Olá Mtnos.
 
Não é minha pretensão defender o BW, pois ele não precisa disso. Creio não obstante que nenhum de nós apresentou aqui qualquer argumento a justificar uma rejeição e/ou repulsa à precisão lógica. Sim, alguns chegaram a dar a entender que a sua noção do que seja lógica é uma verdadeira palhaçada, ou seja, não seria a lógica científica que estaria em jogo mas a sua pretensa «lógica». Eu não cheguei a tanto, muito embora não descarte totalmente essa hipótese. Mantenho a idéia de que você é um troll que aparece aqui apenas por não ter coragem de sair às ruas com uma melancia pendurada no pescoço.
 
Nada contra o seu analista que a meu ver é um herói e deve ter um saco de elefante para conseguir te aguentar por 18 anos, mas a verdade é que aqui nenhum de nós é herói e você já está nos cansando em demasia. Sinto pelo fato da Acrópolis não ter te aceitado como membro, ao mesmo tempo que dou os parabéns ao moderador da lista. Sinto também que a Ciencialist não tenha o mesmo tipo de moderação pois do contrário você não teria mais lugar para expor aqui a sua pretensa «lógica».
 
Sem outros ressentimentos além dos já expostos
 
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
 
 
From: Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]
Sent: Saturday, May 9, 2015 7:52 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] Exercicio de lógica para os professores Belmiro e Alberto
 
 

Olá Prof. Belmiro.


1. Não vejo nenhum problema em ser ingênuo,, pois considero a ingenuidade uma virtude que se encontra com frequencia em pessoas de boa indole que confiam nos outros. Infelizmente já não sou possuidor dessa qualidade, pois meu lema ético é este: ninguém é confiavel até prova em contrário, inclusive eu.

Quanto à sua idéia alucinada, de que meu vinculo com o LPC seria produto de um trantorno não resolvido na minha análise (que teve a duração de 18 anos) , quero deixar claro que minha aproximação com a lógica se deve ao meu analista. Teria sido então ele o criador do transtorno? Que bom, pois o curso que estamos montando serve também como ginástica mental para ajudar na prevenção do mal de alzheimer ou de outras demências cujo risco aumenta com a idade.

A sua rejeição (ou repulsa) à precisao lógica é completamente anti-cientifica revelando assim um transtorno que só pode ter uma causa mental ou emocional. Como um fã da ciência rejeita uma proposta que valoriza a linguagem e o espirito cientificos?
Agora V,Sa vai dizer que eu é que estou faltando com o respeito. Mas quem colocou em dúvida a minha saúde mental EM PRIMEIRO LUGAR, foi V.Sa. Portanto, segundo a lógica do direito, eu fui atacado e respondi me defendendo, mantendo a proporcionalidade e a razoabilidade. Apenas devolvi o falso diagnóstico que na devolução pode ter adquirido até um "valor de verdade".

A  sua última contribuição para o LPC  ( a da necessidade de explicar melhor a coisa) foi importante e por isso V.Sa. merece ser perdoado, mesmo que não se arrependa do mal cometido, como sugeriu Cristo. Pensei muito sobre a estratégia de explicação e cheguei à conclusão que os leigos na ciëncia ou filosofia da linguagem precisam participar de exercicios para comprender a coisa que requer uma experimentação. É como a psicanálise - NINGUEM PODE COMPREENDER  essa técnica de psicoterapia se não participar de várias sessões, e com profissionais de diferentes correntes. E não aprenderá nem com mil sessões se não tiver uma percepção do seu mundo interno, através de insights,

As pessoas aprendem a pensar sem que ninguém explique o que é o pensamento.
Para resolver este problema estou pensando em passar exercicios. No caso é fazendo que se aprende. Mas será que existe alguma coisa que se possa aprender sem "fazer"?
 
A melhor maneira de compreender o LPC é se treinando para falar ou escrever com precisão logico-semântica o que envolve clareza e objetividade, seja qual for o assunto abordado.

Mtnos Calil

Ps. Olha que coisa curiosa: mesmo com essa sua mensagem destrutiva, V.Sa. conseguiu dar mais uma contribuição.  Como é possivel tranformar tantas pauladas em contribuições? Espero encontrar uma resposta lógica para essa pergunta
 




On Sáb 09/05/15 18:38 , "Belmiro Wolski belmirow@yahoo.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 
Mtnos:>>>> "É comum (ou normal) um advogado defender seu cliente com tamanha convicção?
Como ele pode ter tanta certeza sobre a inocência do réu?"

Confirma-se nessas perguntas o seu mais alto grau de ingenuidade. Eu diria até que dá para entender sua proposta. Mas não entenda entender como algo a ser entendido, entendeu? Dá para entender a razão pela qual você teima nessa LPC. Sem ofensas, mas creio que o seu psicanalista ou sei lá o que não deu conta do recado. Sobre os advogados:
Advogados não precisam ter certeza sobre a inocência do réu. Na verdade, na maioria dos casos, eles tem certeza de sua culpa, mas defendem com a aparente convicção de quem acredita em sua inocência.

*BW*


 


Em Sábado, 9 de Maio de 2015 14:41, "Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" escreveu:


 
De fato a explicação sobre os fundamentos do LPC não é nada fácil, inclusive porque esbarra na cultura consagrada do "contexto" segundo a qual nada pode ser compreendido plenamente se o contexto não estiver devidamente esclarecido.

Para demonstrar o contrário, o caminho a percorrer infelizmente é pedregoso.
Para a remoção de tantas pedras é necessário paciência e persistência.
Um dos pré-requisitos (ou fundamentos) do LPC é o rigor linguistico na comunicação normal vigente em nossa sociedade.

Me parece, a respeito, que essa idéia é fácil de ser entendida e aceita:
existem pessoas - e escritores - que se comunicam com mais clareza do que outros, facilitando a compreensão dos seus textos.

Porém a "lógica" é dificil de ser compreendida porque é um conceito demasiado abstrato. A expressão "lógica na comunicação" me parecia algo trivial. Mas infelizmente não é!  O uso da lógica, na linguagem humana é feito de forma automática e inconsciente. As crianças aprendem a estrutrurar frases sem ter a menor consciência da relação que existe entre as palavras. As palavras são visiveis (ou audíveis) mas a relação sintática existente entre elas é completamente invisivel e inconsciente. Como as crianças aprendem a pensar e expressar seus pensamentos é um mistério que dificilmente será desvendado. Está claro que nós nascemos com um "software" que foi sofrendo up grades ao longo do tempo e que assimilou a linguagem das palavras (antes das palavras já existia no cérebro humano o sistema da linguagem não verbal - sonora e gestual - , como se nota facilmente nos animais).

A lógica semântica - ou seja a lógica do significado das palavras e das frases - se processa de uma forma tão natural que não precisamos levar em conta a sua existência quando falamos, lemos ou ouvimos. Talvez daí advém a dificuldade de explicar o que é o sistema (ou modelo) LPC - Lógica e Precisão na Comunicação. O exercicio agora sugerido consiste na leitura de um pequeno texto que analisa as palavras de um advogado de defesa de um dos réus da Lava Jato, com o objetivo de respondermos a esta pergunta:  o que falta de informação a este texto para que fiquem precisamente claras as idéias que o redator expressou (ou quis expressar).

Abraços
Mtnos Calil
.

                               Estranha defesa de um réu da Lava Jato

O advogado do réu revelou uma surpreendente convicção a respeito da inocência do seu cliente, Renato Duque, ex-diretor deserviços da Petrobrás, manifestada nestas frases publicadas pelo Estadão:
a) ‘nunca foi apadrinhado de ninguém, é honesto, competente e dedicado funcionário’
b) ‘jamais praticou e deixou de praticar ato de ofício, mediante solicitação ou recebimento de vantagem indevida’
c) ‘jamais interferiu nos procedimentos licitatórios da Petrobrás para beneficiar empresas concorrentes’
d)‘nunca integrou quadrilha ou bando, sendo que sequer conhecealguns dos denunciados’.
É comum (ou normal) um advogado defender seu cliente com tamanha convicção?
Como ele pode ter tanta certeza sobre a inocência do réu?
Além disso, o advogado coloca em dúvida a seriedade da acusação com esta veemência:
a) “A inversão levada a efeito, no particular, ao prender-se semprocesso/condenação, visando à pressão psicológica, pois investigado/delator,que promete devolver US$ 100.000.000, nada sofre, e o investigado que nega osfatos, presta depoimento às claras, no primeiro momento, e busca, fincado na Constituição Federal, exercer o sacrossanto direito de defesa, sofre com aprisão ilegal e o escárnio público”,
b) “Quem, simplesmente, se defende do teor das “caguetagens”, é preso, solto, preso de novo e mantido preso; quem bate às portas da Polícia e do Ministério Público Federal para entregar parte do dinheiro sujo e delatar os outros, recebe o beneplácito estatal, sem ameaça de prisão, sequestro de bens, busca e apreensão, linchamento público ou mandado de condução coercitiva.”
c) “É a hipótese, destarte, de absolvição sumária, por não constituir o relatado na denúncia as infrações penais fantasiadas pelo acusador. Aliás, o que se dizer de uma denúncia que teve de ser explicada, em exposição, à imprensa, convocada para tanto, pela Procuradoria, com a utilização de sistema power point?”
A conclusão que se impõe com base nestas declarações da defesa é que a Justiça estaria cometendo um gravíssimo erro – e irreparável do ponto de vista moral – com um funcionário de carreira da Petrobrás que teve  (ou teria tido) uma conduta irrepreensível no exercício de seu ofício.
Também é estranho que o delator tenha “fantasiado” as infrações penais, o que daria a entender que estas fantasias seriam de fundamental importância para ele receber a premiação. Ou essa fantasia teria alguma outra motivação? Psicológica? Neurótica?
Não estou com isso, manifestando nenhum juízo de valor a respeito da defesa ou da acusação. Porém com base nas frases da defesa acima arroladas, a lógica do direito nos impõe essa conclusão obrigatória: ou a defesa ou a acusação está** cometendo um erro gravíssimo e incompatível com o bom exercício de suas funções. Se a acusação errou, não apenas o réu teria que ser ressarcido, como a imagem pública de sua pessoa teria sofrido danos morais irreparáveis. E se a defesa errou, qual seria a forma jurídica (e lógica) de reparar-se o erro?
**A forma correta de escrever esta frase é “ou a defesa ou a acusação estão” (e não “está”). Mas se apenas uma das duas está cometendo o erro, o certo não seria o verbo ficar no singular?
MtnosCalil
IdeologiaZero, Ilusão Zero e Simulacro Zero
Ps1. A minha tese de "lógica do direito" segundo a qual não deveria existir nem advogado de defesa nem de acusação, pois por dever de oficio, eles são condicionados a puxar a sardinha para seus clientes que os remuneram, foi bem recebida por alguns advogados. No lugar de acusação e defesa deveria existir apenas uma peritagem voltada exclusivamente para a apuração da verdade, a qual, infelizmente, nem sempre é acessivel ao mais  arguto e competente investigador. Por isso muitos culpados são inocentados por falta de provas. E outros são condenados com base em provas fabricadas. Fabricar provas de defesa e acusação é uma prática do direito cuja incidência estatistica não foi ainda apurada. Já o treinamento das testemunhas é algo normal, sobretudo quando as mesmas têm dificuldade de comunicação.
Ps2. Um lema ético inspirado por Maquiavel: “Ninguém é confiável até prova emcontrário, inclusive eu”.
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Renato Duque, que passou a fazer consultorias, após deixar a Petrobrás. Foto: Fábio Motta/Estadão
Renato Duque. Foto: Fábio Motta/Estadão
Por Ricardo Brandt, enviado especial a Curitiba, Julia Affonso e Fausto Macedo
O ex-diretor de Serviços da Petrobrás Renato Duque, réu da Operação Lava Jato, arrolou como testemunhas de defesa, em uma das ações a que responde na Justiça Federal do Paraná, o ex-presidente da estatal petrolífera José Sérgio Gabrielli e 32 funcionários da companhia, na quarta-feira, 6. Duque é acusado de lavagem de dinheiro e corrupção no esquema de propinas instalado na Petrobrás.
A defesa arrolou também uma testemunha que mora em Houston, nos EUA. O juiz federal Sérgio Moro, que conduz as ações penais da Lava Jato, decidiu, em despacho de 7 de maio, que os advogados de Renato Duque deverão ‘justificar a imprescindibilidade de sua oitiva, no prazo de 5 dias”.
Na resposta à acusação, enviada à Justiça, no início de abril, a defesa de Renato Duque negou que ele tenha recebido propinas, afirmou que o ex-diretor ‘jamais praticou e deixou de praticar ato de ofício, mediante solicitação ou recebimento de vantagem indevida’, ‘jamais interferiu nos procedimentos licitatórios da Petrobrás para beneficiar empresas concorrentes’ e ‘nunca integrou quadrilha ou bando, sendo que sequer conhece alguns dos denunciados’.
José Sérgio Gabrielli. Foto:  Tasso Marcelo
José Sérgio Gabrielli. Foto: Tasso Marcelo
Duque está preso no Paraná. A força tarefa da Lava Jato achou 20 milhões de euros em conta atribuída a ele no Principado de Monaco.
Na peça de defesa à Justiça os advogados de Duque fazem menção a Pedro Barusco, ex-gerente de Engenharia da Petrobrás, que confessou ter recebido US$ 97 milhões em propinas e devolveu a fortuna espontaneamente. Em troca da delação, Barusco não foi preso.
“A inversão levada a efeito, no particular, ao prender-se sem processo/condenação, visando à pressão psicológica, pois investigado/delator, que promete devolver US$ 100.000.000, nada sofre, e o investigado que nega os fatos, presta depoimento às claras, no primeiro momento, e busca, fincado na Constituição Federal, exercer o sacrossanto direito de defesa, sofre com a prisão ilegal e o escárnio público”, afirmou a defesa de Renato Duque na resposta às acusações.
Este é primeiro processo criminal aberto contra o ex-diretor, suposto elo do PT no esquema. Além de Renato Duque, foram denunciados o doleiro Alberto Youssef, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás Paulo Roberto Costa, o ex-gerente da estatal petrolífera Pedro Barusco, ex-braço direito de Renato Duque, os lobistas Adir Assad, Julio Camargo, Mario Goes e seu filho Lucélio Goes, os executivos Augusto Mendonça, da Toyo Setal, Alberto Vilaça, Ângelo Mendes, Francisco Perdigão, José Diniz, José Resende, Rogério Cunha, Vicente Carvalho e Sérgio Mendes, todos da empreiteira Mendes Júnior, Agenor Medeiros, José Aldemário Pinheiro, o Léo Pinheiro, Luiz Almeida, Marcus Teixeira, Mateus Coutinho e Renato Siqueira, todos da OAS, e os auxiliares de Adir Assad, Sônia Branco e Dario Teixeira.
“Quem, simplesmente, se defende do teor das “caguetagens”, é preso, solto, preso de novo e mantido preso; quem bate às portas da Polícia e do Ministério Público Federal para entregar parte do dinheiro sujo e delatar os outros, recebe o beneplácito estatal, sem ameaça de prisão, sequestro de bens, busca e apreensão, linchamento público ou mandado de condução coercitiva.”
Destes denunciados, Alberto Youssef, Pedro Barusco, Paulo Roberto Costa e Julio Camargo firmaram acordo de delação premiada. Os depoimentos dos delatores da Lava Jato tiveram peso sobre esta denúncia.
Para a defesa do ex-diretor, “as acusações se mostram lacunosas, imprecisas, seletivas e, por isso, inviabilizam o exercício de defesa, que há de ser pleno”. Renato Duque ocupou a Diretoria de Serviços da Petrobrás entre 2003 e 2012. Segundo os advogados que subscrevem a resposta, Alexandre Lopes e Renato Moraes, o ex-diretor chegou ao cargo pelo ‘Conselho de Administração da Petrobrás, em face de seus muitos anos de relevantes serviços prestados à empresa, na qual ingressou em 1978, por concurso, como engenheiro, dirigindo, ao longo do tempo, por méritos próprios, várias gerências importantes’. Os investigadores suspeitam que ele tenha sido indicado pelo ex-ministro da Casa Civil José Dirceu.
“Nunca foi apadrinhado de ninguém. Trata-se de homem honesto, competente e dedicado funcionário, estando hoje aposentado”, afirma a defesa.
“É a hipótese, destarte, de absolvição sumária, por não constituir o relatado na denúncia as infrações penais fantasiadas pelo acusador. Aliás, o que se dizer de uma denúncia que teve de ser explicada, em exposição, à imprensa, convocada para tanto, pela Procuradoria, com a utilização de sistema power point?”




 




SUBJECT: Re: [ciencialist] Manual da linguagem cientifica
FROM: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/05/2015 10:59

Taí! Agora gostei! Agora você foi mais objetivo. Se você tivesse feito isso desde o começo, não teria levado as "pauladas". O problema é que você precisou gastar milhares senão milhões de caracteres e alguns sacos de paciência de todos para revelar algo simples. Salvo exageros como: 

 Ao invés de registrar ‘o menino brinca com a bola’, o observador deve registrar ‘o menino anda em direção à bola, pega a bola, joga-a no chão, chuta-a com o pé’.

O observador ao registrar da segunda forma peca por não esclarecer características subjetivas da atitude do menino. Estaria ele enfurecido? Ou estaria ele "brincando" com a bola? É esse tipo de coisas que temos criticado. Quando você diz que o interlocutor deve explicar o real significado das palavras que usa, ao invés de facilitar a compreensão, vai dificultar. O "contexto" serve para isso. É evidente que sou absolutamente a favor da clareza da informação. Já dei palestras sobre eletromagnetismo para universitários e também para estudantes do segundo ano do ensino fundamental. Sei bem o que é diferenciar o enfoque e utilizar os termos que cada um possa entender dentro do contexto. Infelizmente, sei que muitos não se preocupam com esses detalhes. 

*BW*




Em Sábado, 9 de Maio de 2015 22:28, "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br> escreveu:


 
Como a matematização da linguagem é baseada na linguagem cientifica, estamos dando inicio a uma nova jornada para atender à necessidade de darmos a melhor explicação possivel sobre os conceitos e a aplicação do sistema LPC - Lógica e Precisão na Comunicação que será constituído por diferentes modelos. Essa nova jornada consistirá na criação de um Manual de Linguagem Cientifica. A primeira etapa do manual consistirá no levantamento de instruções já escritas por diversos autores, sem entrarmos no seu mérito. A segunda etapa consistirá na seleção das instruções e a terceira na redação do nosso manual que fará referência a todos os autores, mesmo quando as suas instruções sofrerem alguma modificação. 

O curioso desta história é que tudo que eu estou propondo em termos de precisão linguistica já foi sistematizado em textos de linguagem cientifica, como ilustra o texto abaixo, extraido daqui: 
http://observadoras.blogspot.com.br/2011/11/linguagem-cientifica.html

O Curso de Lógica na Comunicação tem dentre outras finalidades, a de TREINAR OS PARTICIPANTES A ESCREVER E FALAR levando em conta tais instruções (ou boa parte delas - é claro que um texto como este pode ser aperfeiçoado, o que será feito apenas na 3a. e última etapa da construção do manual).

Cabe sempre lembrar aos insurgentes que o LPC não é para ser utilizado no lugar da linguagem já utilizada e sim nas ocasiões em que for útil para os usuários. 

Thanks
MC
Ps. Importante: a
o escrever (ou palestrar) o autor deve ter em mente que seu público-alvo poderá estar constituído não apenas por especialistas ou entendidos no assunto, mas também por leigos. Portanto deve dominar a linguagem técnica e a não técnica. Cuidado aqui:  linguagem técnica não é sinônimo de linguagem precisa. Um dos nossos objetivos é dar precisão à linguagem não técnica! 
 

CARACTERÍSTICAS DA LINGUAGEM CIENTÍFICA

Objetividade:

-Ausência de impressões subjetivas  que se referem a eventos ou características que não foram, de fato, observados.  A linguagem científica deve reproduzir  o que realmente aconteceu e/ou foi dito.

-É uma das características principais da linguagem científica, uma vez que permite a aproximação da realidade.

-Distingue o relato científico de outros tipos de relato, que têm como objetivo expressar a opinião das pessoas. O relato científico não busca a expressão das opiniões pessoais do cientista, mas a descrição do fenômeno estudado.

-No contexto da observação do comportamento, elimina as divergências  entre observadores diferentes,  na medida em que descreve exatamente as ações que aconteceram. Ou seja, a objetividade permite a fidedignidade nas observações.

PRINCIPAIS ERROS CONTRA A OBJETIVIDADE

 

-Utilização de termos que designem estados subjetivos, como ‘triste’, ‘cansado’, ‘alegre’, etc.

Por exemplo: Ao invés de registrar ‘S está alegre’, o observador deve registrar ‘S sorri, bate o pé direito no chão acompanhando o ritmo da música’.

-Atribuição de intenções ao sujeito. O observador deve descrever ou registrar o comportamento e as circunstâncias em que ele ocorre, sem  interpretar as ‘intenções’ do sujeito.

Por exemplo: Ao invés de registrar ‘S tenta pedir um lugar aos passageiros’, o observador deve registrar ‘S vira a cabeça em direção aos passageiros’.

-Atribuição de finalidades à ação observada. O observador deve descrever ou registrar o comportamento e as circunstâncias em que ele ocorre, sem atribuir uma finalidade ou objetivo ao comportamento observado.

Por exemplo: Ao invés de registrar ‘S fecha a porta porque venta’, o observador deve registrar ‘S fecha a porta. Venta lá fora.’.

Clareza e exatidão (precisão):

-Uso de uma linguagem de fácil compreensão (linguagem clara), e que represente as coisas com exatidão (linguagem precisa).

-A linguagem clara e precisa:

-Obedece  os critérios de estrutura gramatical do idioma.

-Usa termos cujo significado não é ambíguo.

-Indica as propriedades definidoras dos termos, fornecendo referências quantitativas e empíricas.

PRINCIPAIS ERROS CONTRA A CLAREZA E EXATIDÃO (PRECISÃO)

-Uso de termos amplos, cujo significado inclui uma série de ações.

O observador, em lugar de utilizar termos amplos, deve especificar os comportamentos apresentados pelo sujeito.

Por exemplo: Ao invés de registrar ‘o menino brinca com a bola’, o observador deve registrar ‘o menino anda em direção à bola, pega a bola, joga-a no chão, chuta-a com o pé’.

-Uso de termos indefinidos, que não identificam o objeto ou identificam parcialmente os atributos do objeto. 

O observador, em lugar de utilizar termos indefinidos ou vagos, deve especificar o objeto ao qual a ação é dirigida, e fornecer os referenciais físicos utilizados para a descrição dos atributos do objeto; referenciais relativos a cor, tamanho, direção, etc.

Por exemplo: Ao invés  de registrar ‘bola pequena’, o observador deve registrar ‘uma bola de 20 cm de diâmetro’.

-Uso de termos ou expressões ambíguas, que podem dificultar a compreensão.

-O observador deve usar termos adicionais que indiquem precisamente a que ou quem um termo determinado se refere.

Por exemplo: Ao invés de registrar ‘o menino pegou a bola. Encostou na parede’, o observador deve registrar ‘o menino pegou a bola. O menino se encostou na parede’.



.




SUBJECT: Re: Re: [ciencialist] Manual da linguagem cientifica
FROM: "Mtnos Calil" <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/05/2015 16:54

Viva!!! O prof. Belmiro Wolsky fez uma declaração unívoca e inédita em relação a este projeto cercado de mistérios e imprevisibilidades. ( eis que a ciência também é feita de mistérios e imprevisibilidades). O ineditismo da declaração está nesta frase de duas palavras e 11 letras     "Agora gostei" 

Mas atenção! Não exageremos : ele gostou apenas de um detalhe do projeto que está embutido no advérbio de tempo "agora". Respeitada esta limitação temporal, prossigo,respondendo ao ilustre professor de eletromagnetismo, nesta cor.  

Em Dom 10/05/15 10:59, Belmiro Wolski belmirow@yahoo.com.br [ciencialist] ciencialist@yahoogrupos.com.br escreveu:

 

Taí! Agora gostei! Agora você foi mais objetivo. Se você tivesse feito isso desde o começo, não teria levado as "pauladas". O problema é que você precisou gastar milhares senão milhões de caracteres e alguns sacos de paciência de todos para revelar algo simples.

Ah... se fosse simples... o problema é extremamente complexo, pois a humanidade se habituou a se comunicar com uma ampla liberdade linguistica atribuindo às palavras os significados que bem entendesse. Até para explicar a coisa, como verificamos, é complicado! Ocorre que a coisa não está pronta. Como explicar algo que ainda não é algo, mas um projeto de algo? E o pior é que esse protoalgo se contrapõe à tradição linguistica universal segundo a qual nada pode ser perfeitamente compreendido se não tiver seu contexto explicitado. 
Ilustre Prof. Belmiro: estamos num LABORATÓRIO de ciência linguistica que surgiu do espaço sem ninguém ter previsto ou planejado. Tratando-se de um laboratório temos duas variáveis básicas se agitando: o experimento e a imprevisibilidade. Por isso a expectativa de "explicações" não pode ser atendida na sua plenitude. 

Salvo exageros como: 

 Ao invés de registrar ‘o menino brinca com a bola’, o observador deve registrar ‘o menino anda em direção à bola, pega a bola, joga-a no chão, chuta-a com o pé’. O observador ao registrar da segunda forma peca por não esclarecer características subjetivas da atitude do menino. Estaria ele enfurecido? Ou estaria ele "brincando" com a bola? É esse tipo de coisas que temos criticado. Quando você diz que o interlocutor deve explicar o real significado das palavras que usa, ao invés de facilitar a compreensão, vai dificultar. O "contexto" serve para isso.

O contexto serve para isso? "Isso" o quê? Facilitar a compreensão? Mas então o enunciado deve estar acompanhado do seu respectivo contexto que estaria apresentado fora do enunciado?  A minha proposta é que o contexto deve estar inserido no enunciado, o que torna a comunicação mais objetiva (e precisa). A compreensão exata do enunciando depende dos detalhes essenciais - e não de todos os detalhes como defendem os recursivistas da linguagem aos quais o nosso amigo Pesky Bee está alinhado. Para alguém compreender que 1 + 1 é igual a dois, basta  ter alguns aninhos de vida. Cadê o "contexto"? Evaporou?  A frase "O professor Belmiro deu aula para universitáriso" não informa inúmeros detalhes, mas apesar disso é PERFEITAMENTE COMPREENSIVEL. Ninguém deve interpretar nada. Pode PERGUNTAR em que curso (s) ou universidade (s) aconteceu "isso".  Alguém também poderia perguntar porque 1+1=2. Porém 1+1 é sempre igual a 2, independente do contexto. Ou não? A lógica da compreensão (ou a compreensão lógica) requer que os detalhes sejam enunciados apenas na sua parte essencial. Essa "essencialidade" semântica requer um treinamento, inclusive para não ser afetada por detalhes não essenciais. É aí que os recursivistas se enganam: eles não distinguem o essencial do acessório no que diz respeito à precisão na comunicação. 

É evidente que sou absolutamente a favor da clareza da informação. Já dei palestras sobre eletromagnetismo para universitários e também para estudantes do segundo ano do ensino fundamental. Sei bem o que é diferenciar o enfoque e utilizar os termos que cada um possa entender dentro do contexto. Infelizmente, sei que muitos não se preocupam com esses detalhes. 

Esta atenção que o sr. da aos detalhes é uma das premissas básicas da linguagem cientifica. O objetivo deste projeto é exatamente o de implantar a linguagem cientifica na comunicação não cientifica. Trata-se de um "transpante " que exige TREINAMENTO CIRÚRGICO-LINGUISTICO. 

A minha "falha" foi ter percebido só depois de alguns meses de laboratório que o melhor caminho para desvendar o mistério é recorrer à linguagem cientifica que já existia! Me parecia que a verdade desta linguagem sendo reconhecida por todos era algo óbvio. Eis o que aprendi com este laboratório: O ÓBVIO PRECISA SIM SER EXPLICADO COM A MESMA ATENÇÃO QUE É DADA AO NÃO ÓBVIO!  
Não adianta dizer que o "óbvio é ululante",  *  pois, por mais estridente que seja, não pode ser ouvido pelos surdos. 

* Ulular =  gritar como aves noturnas. Se são noturnas é dificeis vê-las gritando (rsrs)
Ps1. O duro vai ser selecionar em meio a tantas mensagens o conteúdo para a apostila do curso. A boa noticia é que por algum tempo só falaremos da linguagem cientifica. As primeiras atividades do curso de lógica serão:  
a) construção de uma definição de lógica
b) manualização da linguagem cientifica ( eis uma excelente oportunidade para os matemáticos e fisiccos do grupo, bem como praticantes de outras ciências, escolherem uma teoria para ser traduzida na linguagem compreensível aos leigos. 

Ps. Quando o assunto for psicologia,  o "pau vai comer". É o pau que vai comer, ou na briga alguém come a madeira se perder? A psicologia está concorrendo com a filosofia para ver quem tem mais correntes. A psicologia já conseguiu se fragmentar em 400 correntes. É a estratégia fractal. Mas parece que os filósofos já brincaram muito com as correntes e alguns tratam agora de colocar alguma ordem neste coreto. **

** Coreto = reunião festiva regada a álcool -  Mas será a primeira silaba a única tônica desta palavra? .A junção dos dois "o" não seria também tônica?  - O esquartejamento das palavras é um bom exercicio para o curso. 
OOPSS... surgiu uma nova idéia no laboratório:  exercicio do esquartejamento linguistico. 

Em Sábado, 9 de Maio de 2015 22:28, "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br> escreveu:

Como a matematização da linguagem é baseada na linguagem cientifica, estamos dando inicio a uma nova jornada para atender à necessidade de darmos a melhor explicação possivel sobre os conceitos e a aplicação do sistema LPC - Lógica e Precisão na Comunicação que será constituído por diferentes modelos. Essa nova jornada consistirá na criação de um Manual de Linguagem Cientifica. A primeira etapa do manual consistirá no levantamento de instruções já escritas por diversos autores, sem entrarmos no seu mérito. A segunda etapa consistirá na seleção das instruções e a terceira na redação do nosso manual que fará referência a todos os autores, mesmo quando as suas instruções sofrerem alguma modificação. 

O curioso desta história é que tudo que eu estou propondo em termos de precisão linguistica já foi sistematizado em textos de linguagem cientifica, como ilustra o texto abaixo, extraido daqui: 
http://observadoras.blogspot.com.br/2011/11/linguagem-cientifica.html

O Curso de Lógica na Comunicação tem dentre outras finalidades, a de TREINAR OS PARTICIPANTES A ESCREVER E FALAR levando em conta tais instruções (ou boa parte delas - é claro que um texto como este pode ser aperfeiçoado, o que será feito apenas na 3a. e última etapa da construção do manual).

Cabe sempre lembrar aos insurgentes que o LPC não é para ser utilizado no lugar da linguagem já utilizada e sim nas ocasiões em que for útil para os usuários. 

Thanks
MC
Ps. Importante: ao escrever (ou palestrar) o autor deve ter em mente que seu público-alvo poderá estar constituído não apenas por especialistas ou entendidos no assunto, mas também por leigos. Portanto deve dominar a linguagem técnica e a não técnica. Cuidado aqui:  linguagem técnica não é sinônimo de linguagem precisa. Um dos nossos objetivos é dar precisão à linguagem não técnica! 
 

CARACTERÍSTICAS DA LINGUAGEM CIENTÍFICA

Objetividade:

-Ausência de impressões subjetivas  que se referem a eventos ou características que não foram, de fato, observados.  A linguagem científica deve reproduzir  o que realmente aconteceu e/ou foi dito.

-É uma das características principais da linguagem científica, uma vez que permite a aproximação da realidade.

-Distingue o relato científico de outros tipos de relato, que têm como objetivo expressar a opinião das pessoas. O relato científico não busca a expressão das opiniões pessoais do cientista, mas a descrição do fenômeno estudado.

-No contexto da observação do comportamento, elimina as divergências  entre observadores diferentes,  na medida em que descreve exatamente as ações que aconteceram. Ou seja, a objetividade permite a fidedignidade nas observações.

PRINCIPAIS ERROS CONTRA A OBJETIVIDADE

 

-Utilização de termos que designem estados subjetivos, como ‘triste’, ‘cansado’, ‘alegre’, etc.

Por exemplo: Ao invés de registrar ‘S está alegre’, o observador deve registrar ‘S sorri, bate o pé direito no chão acompanhando o ritmo da música’.

-Atribuição de intenções ao sujeito. O observador deve descrever ou registrar o comportamento e as circunstâncias em que ele ocorre, sem  interpretar as ‘intenções’ do sujeito.

Por exemplo: Ao invés de registrar ‘S tenta pedir um lugar aos passageiros’, o observador deve registrar ‘S vira a cabeça em direção aos passageiros’.

-Atribuição de finalidades à ação observada. O observador deve descrever ou registrar o comportamento e as circunstâncias em que ele ocorre, sem atribuir uma finalidade ou objetivo ao comportamento observado.

Por exemplo: Ao invés de registrar ‘S fecha a porta porque venta’, o observador deve registrar ‘S fecha a porta. Venta lá fora.’.

Clareza e exatidão (precisão):

-Uso de uma linguagem de fácil compreensão (linguagem clara), e que represente as coisas com exatidão (linguagem precisa.

-A linguagem clara e precisa:

-Obedece  os critérios de estrutura gramatical do idioma.

-Usa termos cujo significado não é ambíguo.

-Indica as propriedades definidoras dos termos, fornecendo referências quantitativas e empíricas.

PRINCIPAIS ERROS CONTRA A CLAREZA E EXATIDÃO (PRECISÃO)

-Uso de termos amplos, cujo significado inclui uma série de ações.

O observador, em lugar de utilizar termos amplos, deve especificar os comportamentos apresentados pelo sujeito.

Por exemplo: Ao invés de registrar ‘o menino brinca com a bola’, o observador deve registrar ‘o menino anda em direção à bola, pega a bola, joga-a no chão, chuta-a com o pé’.

-Uso de termos indefinidos, que não identificam o objeto ou identificam parcialmente os atributos do objeto. 

O observador, em lugar de utilizar termos indefinidos ou vagos, deve especificar o objeto ao qual a ação é dirigida, e fornecer os referenciais físicos utilizados para a descrição dos atributos do objeto; referenciais relativos a cor, tamanho, direção, etc.

Por exemplo: Ao invés  de registrar ‘bola pequena’, o observador deve registrar ‘uma bola de 20 cm de diâmetro’.

-Uso de termos ou expressões ambíguas, que podem dificultar a compreensão.

-O observador deve usar termos adicionais que indiquem precisamente a que ou quem um termo determinado se refere.

Por exemplo: Ao invés de registrar ‘o menino pegou a bola. Encostou na parede’, o observador deve registrar ‘o menino pegou a bola. O menino se encostou na parede’.



.



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SUBJECT: Re: [ciencialist] Exercicio de lógica para os professores Belmiro e Alberto
FROM: "Pesky Bee" <peskybee2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/05/2015 11:24

> A lógica semântica - ou seja a lógica do significado das palavras e das frases 
 
A linguagem é mesmo complicadáça! E some-se a isso o fato
de que acabamos nos comunicando através de mecanismos que
podem ocasionalmente
falhar
(monitores, teclados, redes,
ouvidos cheios de cera, etc.)
.
 
Veja que isso pode ocorrer até mesmo quando o assuntóide
é deveras trivial. Como o caso de me perguntarem o que é
que eu acho dos criminosos petistóides que estão no comando
desta infeliz nação. Oras, eu diria que são todos Pilhas
da Fruta! É isso mesmo, todos Pilhas da Fruta!
 
E aí eu precisaria mencionar que meu teclado de vez em
quando palha um fouco, frocando altumas letras. Basta
dizer isso para ficar claro
o que eu quis dizer com
pilha da fruta (ainda mais quando se refere a petistas).
 
É póda, mermâo!
 
*PB*
 
 
 
From: Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]
Sent: Saturday, May 09, 2015 2:41 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: [ciencialist] Exercicio de lógica para os professores Belmiro e Alberto
 
 
 
 
 
De fato a explicação sobre os fundamentos do LPC não é nada fácil, inclusive porque esbarra na cultura consagrada do "contexto" segundo a qual nada pode ser compreendido plenamente se o contexto não estiver devidamente esclarecido. 
 
 

Para demonstrar o contrário, o caminho a percorrer infelizmente é pedregoso.
Para a remoção de tantas pedras é necessário paciência e persistência.
Um dos pré-requisitos (ou fundamentos) do LPC é o rigor linguistico na comunicação normal vigente em nossa sociedade.
 

Me parece, a respeito, que essa idéia é fácil de ser entendida e aceita:
existem pessoas - e escritores - que se comunicam com mais clareza do que outros, facilitando a compreensão dos seus textos.
 

Porém a "lógica" é dificil de ser compreendida porque é um conceito demasiado abstrato. A expressão "lógica na comunicação" me parecia algo trivial. Mas infelizmente não é!  O uso da lógica, na linguagem humana é feito de forma automática e inconsciente. As crianças aprendem a estrutrurar frases sem ter a menor consciência da relação que existe entre as palavras. As palavras são visiveis (ou audíveis) mas a relação sintática existente entre elas é completamente invisivel e inconsciente. Como as crianças aprendem a pensar e expressar seus pensamentos é um mistério que dificilmente será desvendado. Está claro que nós nascemos com um "software" que foi sofrendo up grades ao longo do tempo e que assimilou a linguagem das palavras (antes das palavras já existia no cérebro humano o sistema da linguagem não verbal - sonora e gestual - , como se nota facilmente nos animais).
 

A lógica semântica - ou seja a lógica do significado das palavras e das frases - se processa de uma forma tão natural que não precisamos levar em conta a sua existência quando falamos, lemos ou ouvimos. Talvez daí advém a dificuldade de explicar o que é o sistema (ou modelo) LPC - Lógica e Precisão na Comunicação. O exercicio agora sugerido consiste na leitura de um pequeno texto que analisa as palavras de um advogado de defesa de um dos réus da Lava Jato, com o objetivo de respondermos a esta pergunta:  o que falta de informação a este texto para que fiquem precisamente claras as idéias que o redator expressou (ou quis expressar).
 
 
 
 

SUBJECT: Re: [ciencialist] Manual da linguagem cientifica
FROM: "Pesky Bee" <peskybee2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/05/2015 11:26

> Ao invés de registrar ‘o menino brinca com a bola’~
 
Pois então eu sou esse menino. Adoro brincar com a bola.
Só tomo o cuidado de, de vez em quando, brincar com
a outra também. É para as duas não ficarem com ciúmes
uma da outra. E o Calilzóvsky quer precisão na linguagem,
hahahahahahaha
 
*PB*
 
 
 
From: Belmiro Wolski belmirow@yahoo.com.br [ciencialist]
Sent: Sunday, May 10, 2015 10:59 AM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] Manual da linguagem cientifica
 

Taí! Agora gostei! Agora você foi mais objetivo. Se você tivesse feito isso desde o começo, não teria levado as "pauladas". O problema é que você precisou gastar milhares senão milhões de caracteres e alguns sacos de paciência de todos para revelar algo simples. Salvo exageros como:
Ao invés de registrar ‘o menino brinca com a bola’, o observador deve registrar ‘o menino anda em direção à bola, pega a bola, joga-a no chão, chuta-a com o pé’.
O observador ao registrar da segunda forma peca por não esclarecer características subjetivas da atitude do menino. Estaria ele enfurecido? Ou estaria ele "brincando" com a bola? É esse tipo de coisas que temos criticado. Quando você diz que o interlocutor deve explicar o real significado das palavras que usa, ao invés de facilitar a compreensão, vai dificultar. O "contexto" serve para isso. É evidente que sou absolutamente a favor da clareza da informação. Já dei palestras sobre eletromagnetismo para universitários e também para estudantes do segundo ano do ensino fundamental. Sei bem o que é diferenciar o enfoque e utilizar os termos que cada um possa entender dentro do contexto. Infelizmente, sei que muitos não se preocupam com esses detalhes.
 
 
 

SUBJECT: Re: [ciencialist] Exercicio de lógica para os professores Belmiro e Alberto
FROM: Gilberto Morelli <gilmorelli@yahoo.com>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/05/2015 11:30

Dice bein cáru abêlia!


From: "'Pesky Bee' peskybee2@gmail.com [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Monday, May 11, 2015 11:24 AM
Subject: Re: [ciencialist] Exercicio de lógica para os professores Belmiro e Alberto

 
> A lógica semântica - ou seja a lógica do significado das palavras e das frases 
 
A linguagem é mesmo complicadáça! E some-se a isso o fato
de que acabamos nos comunicando através de mecanismos que
podem ocasionalmente
falhar
(monitores, teclados, redes,
ouvidos cheios de cera, etc.)
.
 
Veja que isso pode ocorrer até mesmo quando o assuntóide
é deveras trivial. Como o caso de me perguntarem o que é
que eu acho dos criminosos petistóides que estão no comando
desta infeliz nação. Oras, eu diria que são todos Pilhas
da Fruta! É isso mesmo, todos Pilhas da Fruta!
 
E aí eu precisaria mencionar que meu teclado de vez em
quando palha um fouco, frocando altumas letras. Basta
dizer isso para ficar claro
o que eu quis dizer com
pilha da fruta (ainda mais quando se refere a petistas).
 
É póda, mermâo!
 
*PB*
 
 
 
From: Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]
Sent: Saturday, May 09, 2015 2:41 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: [ciencialist] Exercicio de lógica para os professores Belmiro e Alberto
 
 
 
 
 
De fato a explicação sobre os fundamentos do LPC não é nada fácil, inclusive porque esbarra na cultura consagrada do "contexto" segundo a qual nada pode ser compreendido plenamente se o contexto não estiver devidamente esclarecido. 
 
 

Para demonstrar o contrário, o caminho a percorrer infelizmente é pedregoso.
Para a remoção de tantas pedras é necessário paciência e persistência.
Um dos pré-requisitos (ou fundamentos) do LPC é o rigor linguistico na comunicação normal vigente em nossa sociedade.
 

Me parece, a respeito, que essa idéia é fácil de ser entendida e aceita:
existem pessoas - e escritores - que se comunicam com mais clareza do que outros, facilitando a compreensão dos seus textos.
 

Porém a "lógica" é dificil de ser compreendida porque é um conceito demasiado abstrato. A expressão "lógica na comunicação" me parecia algo trivial. Mas infelizmente não é!  O uso da lógica, na linguagem humana é feito de forma automática e inconsciente. As crianças aprendem a estrutrurar frases sem ter a menor consciência da relação que existe entre as palavras. As palavras são visiveis (ou audíveis) mas a relação sintática existente entre elas é completamente invisivel e inconsciente. Como as crianças aprendem a pensar e expressar seus pensamentos é um mistério que dificilmente será desvendado. Está claro que nós nascemos com um "software" que foi sofrendo up grades ao longo do tempo e que assimilou a linguagem das palavras (antes das palavras já existia no cérebro humano o sistema da linguagem não verbal - sonora e gestual - , como se nota facilmente nos animais).
 

A lógica semântica - ou seja a lógica do significado das palavras e das frases - se processa de uma forma tão natural que não precisamos levar em conta a sua existência quando falamos, lemos ou ouvimos. Talvez daí advém a dificuldade de explicar o que é o sistema (ou modelo) LPC - Lógica e Precisão na Comunicação. O exercicio agora sugerido consiste na leitura de um pequeno texto que analisa as palavras de um advogado de defesa de um dos réus da Lava Jato, com o objetivo de respondermos a esta pergunta:  o que falta de informação a este texto para que fiquem precisamente claras as idéias que o redator expressou (ou quis expressar).
 
 
 
 



SUBJECT: Re: [ciencialist] Pergunta crucial para o Prof. Belmiro
FROM: <oraculo@atibaia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/05/2015 12:07

A Praça É Nossa – Tudo nos “mínimos detalhes”.:- )

https://www.youtube.com/watch?v=itokTbVoNMk
 
Não resisti, é tão parecido que só pode ser gozação.:- )

Homero
 
Sent: Friday, May 08, 2015 5:15 PM
Subject: [ciencialist] Pergunta crucial para o Prof. Belmiro
 
 

"Tenha santa paciência!! Não existe essa tal precisão linguística!"  Belmiro Wolski

O sr. quis dizer que existe outra precisão linguistica que não essa tal, ou que não existe nenhuma precisão linguistica?

Se existe outra, qual seria a diferença entre a outra e essa tal?

Obrigado, pacientemente.

Mtnos Calil

Ps. Considero a hipótese de que o sr. não tenha compreendido os fundamentos da matematização da linguagem, hipótese essa que estaria associada a esta outra hipótese, segundo a qual eu não informei ou expliquei a contento quais seriam estes fundamentos.

============================

Em Qui 07/05/15 19:43, Belmiro Wolski belmirow@yahoo.com.br [ciencialist] ciencialist@yahoogrupos.com.br escreveu:

 
>> "A persistência é o caminho da vitória".
- Persistir no erro é caminho para a vitória?
- Não existem outros caminhos para a vitória? ( se ainda fosse: "é um dos caminhos...")
- Persistir na frente de combate e levar um tiro é caminho para a vitória?( depende do contexto, vitória em que sentido  e de quem? dele ?ou do grupo?)
- que vitória? Em que sentido?
Tenha santa paciência!! Não existe essa tal precisão linguística! Existe comunicação. E é o que interessa. A interpretação fora de contexto é uma deficiência. Não é regra!
Tradução: santa nesse caso não tem nada a ver com a religião, auréola, etc, onde etc quer dizer outras coisas relacionadas à santa mas que não no sentido de santidade. Paciência não é aquele jogo de cartas, cartas não são as do correio, são não é antônimo de doente. E por aí vai... Bacana!
*BW*
 


Em Quinta-feira, 7 de Maio de 2015 17:50, "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br> escreveu:
 
 
Impressionante! Essa palavrinha assanhada que tu jogaste na mesa - contexto -  abriu um campo conceitual rico de conteúdo para a matematização da linguagem. Este novo conceito para o processo de matematizaçao da linguagem (sem números, fórmulas, teoremas,etc) é o seguinte:  quando um enunciado é elaborado de uma forma lógico-semântica precisa, a sua compreensão não depende de nenhum contexto.
Porém para obedecer submissamente ao nosso désposta do rigor linguistico fui googlear uma pesquisa sobre o termo, quando me deparei com um artigo redigido por uma professora de filosofia da PUC e autora de uma tese de doutorado no âmbito da filosofia da linguagem.
 
Neste artigo ela referenda esse elogio ao teu aclamado contexto:
 
O contexto da enunciação é de uma importância tal, que é quase impossível avaliar. Por 'contexto' entendo, pelo menos, o tempo, o lugar, a situação, os temas que constituem o foco imediato de interesse e as histórias pessoais tanto do locutor, quanto daqueles a quem ele se endereça. Além do contexto existe, é claro, a convenção lingüística [...]. O requisito [...] para que uma expressão na sua utilização referencial seja corretamente aplicada [...] é de que a coisa se encontre em certa relação com o locutor e com o contexto de elocução (STRAWSON, 1977, p. 29).
 
Imediatamente lhe enviei esta mensagem:
 
Prezada Professora.
Estou trabalhando há alguns anos no tema "lógica e precisão na comunicação" e acabei criando um modelo de comunicação para ser utilizado em algumas circunstâncias, baseado em alguns pressupostos como este:
Todo enunciado deve ser feito de tal maneira que não dê margem a nenhuma "interpretação. Para tanto o seu autor deve deixar muito claro qual é o significado que está atribuindo aos termos chaves utilizados.
Como a sra. defende a tese de que a compreensão de um enunciado depende do contexto, gostaria de abrir uma comunicação entre nós para que a minha tese possa ser derrubada. Estou montando um curso de lógica na comunicação para psicólogos com a participação de uma psicóloga e psicoterapeuta.
abraços
Mtnos Calil
Consultor organizacional multidisciplinar - São Paulo, SP.

Ps1. Exemplos de frases que não dependem de contexto e que tiveram - e continuam tendo - fortissima influência na minha vida:

a) A depressão é um processo emocional que paralisa as forças vitais
b) Para enfrentar a ansiedade da velhice, viva intensamente
c) Para ser feliz realize suas potencialidades
d) Deus, dai-me a coragem para mudar as coisas que eu posso mudar, a serenidade para aceitar as coisas que eu não posso mudar e a sabedoria para distinguir a diferença.
f) O sentido da vida está no prazer de viver
g) O bom humor é pré-requisito da felicidade
e) Para realizar suas potencialidades, se puder, faça uso deste triângulo estratégico quântico: caos, acaso e imprevisibilidade.

Ps2. Estou em contato com um prof. da PUC de São Paulo que é fã da univocidade para ver se faremos algo em conjunto.

 
Algumas horas depois ela me respondeu concordando com a minha proposta de discutirmos o assunto.
 
Prossigo agora respondendo à tua última mensagem:
 
 Mais uma frase que não depende de contexto, do Chaplin:
> "A persistência é o caminho da vitória"
Aquele sujeito (ligeiramente amalucado, salientemos) resolveu absorver integralmente o ditado do Chaplin e está iniciando
os procedimentos para fixar um prego de 12 cm em uma parede de concreto através da repetida "bordoagem" de sua testa na
cabeça do dito prego.
 
Pensa ele: "Porra, o Chaplin foi um sujeito prá lá de
genial, então o que ele disse servirá para a minha
tarefa: vou pregar essa porra de prego com a testa!"
A persistência é o caminho da vitória! Verdade!
(contexto: a persistência desse amalucado é o Caminho da vitória profissional do médico da UTI que
Irá atender esse mané, após ele desmaiar com a testa estropiadáça". Viu só como o ditado do Chaplin é mesmo verdadeiro? hahahahahaha
*PB*
 
Prezado PB
 
O que tu chamaste de contexto é apenas uma informação a respeito da maluquice do seguidor da frase. E de fato informações como essa, são (exageradamente) consideradas como um contexto necessário para a compreensão do enunciado. A forma que eu encontrei de matar o contexto é transformá-lo numa simples informação, necessária e suficiente para a perfeita compreensão do enunciado. No seu exemplo, basta informar que o sujeito é maluco para a frase ter uma ÚNICA e PRECISA compreensão. Essa informação não tem, porém, sequer a  consistência suficiente para constituir um contexto.

Abraços fora de contexto (ou com o contexto explicito ou implicito).
Mtnos Calil


Ps.  Ocorre que muitos filósofos  (e até  cientistas) não utilizam um modelo de comunicação que facilita a compreensão dos enunciados – pelo contrário, eles dificultam! Por sua vez, os leitores adoram “interpretar” o que os outros escrevem ou falam. Grande parte das interpretações transformam – ou seja adulteram - o significado original. .

Em Qui 07/05/15 12:11, Pesky Bee peskybee2@gmail.com [ciencialist] ciencialist@yahoogrupos.com.br escreveu:

 
> Mais uma frase que não depende de contexto, do Chaplin:
> "A persistência é o caminho da vitória"
Aquele sujeito (ligeiramente amalucado, salientemos) resolveu
absorver integralmente o ditado do Chaplin e está iniciando
os procedimentos
para fixar um prego de 12 cm em uma parede
de concreto
através da repetida "bordoagem" de sua testa na
cabeça do dito prego.
Pensa ele: "Porra, o Chaplin foi um sujeito prá lá de
genial, então o que ele disse servirá para a minha
tarefa: vou pregar essa porra de prego com a testa!"
A persistência é o caminho da vitória! Verdade!
(contexto: a persistência desse amalucado é o
caminho
da vitória profissional do médico da UTI que
irá
atender esse mané, após ele desmaiar com a testa
estropiadáça". Viu só como o ditado do Chaplin é mesmo
verdadeiro? hahahahahaha
*PB*

From: "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]
Sent: Thursday, May 07, 2015 11:49 AM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: [ciencialist] Enc: Re: Matematização da linguagem
Prezado Pesky.
Agora vou sair e na volta respondo sua ultima mensagem que fala em "100% definida".
Abraços
Mtnos Calil
Ps1. Mais uma frase que não depende de contexto, do Chaplin: "A persistência é o caminho da vitória" 
Ps2. Uma profa. de filosofia da PUC aceitou o desafio. Ela, como você, afirma que a compreensão de um enunciado depende do contexto. Aliás todo o mundo fala isso, né?





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SUBJECT: Manual da linguagem cientifica - Só a ciência pode nos salvar deste flagelo
FROM: "Mtnos Calil" <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/05/2015 17:39

                                       Narrativa sobre o flagelo linguístico que assola a humanidade

"...uma epidemia pestilenta atingiu a humanidade inteira em sua faculdade mais característica, ou seja, no uso da palavra, consistindo essa peste da língua numa perda de força cognoscitiva.   Não me interessa aqui indagar se as origens dessa epidemia devam ser pesquisadas na política, na ideologia, na uniformidade burocrática, na homogeneização dos mass-media ou na difusão acadêmica de uma cultura média. O que me interessa são as possibilidades de salvação. A literatura (e talvez somente a literatura) pode criar os anticorpos que coíbam a expansão desse flagelo lingüístico.” -  Italo Calvino, escritor italiano falecido em 1985 

Perdão Italo Calvino, que agora está na companhia dos deuses da precisão linguística: não é a literatura que vai nos salvar deste terrível flagelo que requer uma intervenção cirúrgica cientifica.
 A ciência que poderia salvar a humanidade do flagelo linguistico é a "ciência da linguagem" que ainda não está devidamente estruturada. Para se estruturar sistemicamente, a linguística precisaria se livrar de outro flagelo da ciência que é especialização. Uma ciência da linguagem humana (ou mesmo não humana) só poderá adquirir uma configuração sistêmica se trabalhar em conjunto com outras ciências como a psicologia, a biologia, a antropologia. 

Quanto ao flagelo linguístico, o mais grave  é que os cientistas ainda 
nem tomaram conhecimento da doença, da qual eles próprios foram vitimados. Por isso*, penso** que estamos condenados a viver nesta pandemia enquanto a esquizofrenia linguistica*** não enlouquecer a todos nós. Concordo com a sua idéia de que muitos problemas podem ser resolvidos sem o conhecimento das respectivas causas. Porém, no caso do flagelo linguistico, sendo ele de origem genética, penso que a causa do mal deva ser considerada. Ocorre que o homem criou a palavra com a dupla função de descrever a realidade e de alimentar fantasias de natureza instintiva. Assim a palavra se transformou numa arma de mentira e de destruição.
A ambiguidade da palavra, estimado Calvino, está impressa em nossos neurônios. **** Ela serve para o bem e para o mal. É ao mesmo tempo linda, maravihosa, cruel e mortífera. 

* Isso = o desconhecimento dos cientistas a respeito do mal
**Usei o verbo pensar no seu sentido legitimo e não no sentido de seu simulacro, o verbo crer.
***A esquizofrenia linguistica é uma variante da esquizofrenia social que milagrosamente foi objeto de um livro de uma psicóloga brasileira- Elza Pádua. Trata-se de uma inovação mundial da qual a midia tem um pavor supremo. Como os midiáticos poderiam combater a maior  fonte dos seus lucros?  (esquizofrenia social é uma expressão da autora e a esquizofrenia linguistica ficou por minha conta...Paciência! )
**** Não estou fazendo uso de uma metáfora ao afirmar a origem genética da ambiguidade linguística. Se quisermos aprimorar a estratégia da precisão linguistica é recomendável reduzirmos ao máximo o uso das metáforas. A origem genética citada constitui uma hipótese que talvez nunca venha a ser comprovada. Formular hipóteses que não podem ser testadas ou comprovadas é um dos ônus da ciência. Outro ônus da ciência é ser submissa aos politicos que não conseguem se livrar do instinto da guerra e de outros instintos malévolos como o da dominação,  que chamam de "Poder".  Para os politicos a ambição pelo poder é algo natural da espécie humana. É natural mesmo! Por isso a cultura é incapaz de extirpar esse mal. 
Mtnos Calil 


Com a palavra Italo Calvino (
Escritor italiano, 1923-1985) que morreu antes de proferir uma palestra em Harvard que ficou registrada num texto datilografado: 
  • A precisão, para os antigos egípcios, era simbolizada por uma pluma que servia de peso num dos pratos da balança em que se pesavam as almas. Essa pluma levíssima tinha o nome de Maat, deusa da balança. O hieróglifo de Maat indicava igualmente a unidade de comprimento — os 33 cm do tijolo unitário — e também o tom fundamental da flauta.
  • Essas informações provêm de uma conferência de Giorgio de Santillana sobre a precisão dos antigos no observar dos fenômenos celestes, conferência que ouvi na Itália em 1963 e que exerceu sobre mim profunda influência. Desde que aqui cheguei, tenho pensado freqüentemente em Santillana, por ter sido ele o meu cicerone em Massachusetts quando de minha primeira visita a este país em 1960. Em lembrança de sua amizade, abro esta conferência sobre a exatidão na literatura invocando o nome de Maat, a deusa da balança. Tanto mais que Balança é o meu signo zodiacal.
  • Antes de mais nada, procurarei definir o tema. Para mim, exatidão quer dizer principalmente três coisas: (1) um projeto de obra bem definido e calculado; (2) a evocação de imagens visuais nítidas, incisivas, memoráveis: temos em italiano um adjetivo que não existe em inglês, icastico, do grego eikastikos; (3) uma linguagem que seja a mais precisa possível como léxico e em sua capacidade de traduzir as nuanças do pensamento e da imaginação.
  • Por que me vem a necessidade de defender valores que a muitos parecerão simplesmente óbvios? Creio que o meu primeiro impulso decorra de uma hipersensibilidade ou alergia pessoal: a linguagem me parece sempre usada de modo aproximativo, casual, descuidado, e isso me causa intolerável repúdio. Que não vejam nessa reação minha um sinal de intolerância para com o próximo: sinto um repúdio ainda maior quando me ouço a mim mesmo. Por isso procuro falar o mínimo possível, e se prefiro escrever é que, escrevendo, posso emendar cada frase tantas vezes quanto ache necessário para chegar, não digo a me sentir satisfeito com minhas palavras, mas pelo menos a eliminar as razões de insatisfação de que me posso dar conta. A literatura — quero dizer, aquela que responde a essas exigências — é a Terra Prometida em que a linguagem se torna aquilo que na verdade deveria ser.
  • Às vezes me parece que uma epidemia pestilenta atingiu a humanidade inteira em sua faculdade mais característica, ou seja, no uso da palavra, consistindo essa peste da língua numa perda de força cognoscitiva e de imediaticidade, como um automatismo que tendesse a nivelar a expressão em fórmulas mais genéricas, anônimas, abstratas, a diluir os significados, a embotar os pontos expressivos, a extinguir toda centelha que crepite no encontro das palavras com novas circunstâncias.
  • Não me interessa aqui indagar se as origens dessa epidemia devam ser pesquisadas na política, na ideologia, na uniformidade burocrática, na homogeneização dos mass-media ou na difusão acadêmica de uma cultura média. O que me interessa são as possibilidades de salvação. A literatura (e talvez somente a literatura) pode criar os anticorpos que coíbam a expansão desse flagelo lingüístico.”
 

Seis propostas para o próximo milênio — “Exatidão” — Tradução de Ivo Barroso. (Companhia das Letras, 1991)
 
https://www.google.com.br/webhp?sourceid=chrome-instant&ion=1&espv=2&ie=UTF-8#q=livro+Exatid%C3%A3o%2C+Italo+Calvino+download
 

Sobre a Natureza da Ciência da Linguagem
http://www.pucrs.br/letras/pos/logica/natcien.htm

( Uma questão problemática de Filosofia da Lingüística)

Considere a afirmação (a) e as perguntas (b) e (c) relativas a (a):

  1. A Lingüística é a ciência da linguagem humana.
  2. Qual a natureza de seu método?
  3. Qual a natureza de seu objeto?

Enquanto (a) representa, certamente, uma afirmação verdadeira e trivial para a comunidade mais ampla dos lingüistas, (b) e (c) são perguntas sobre as quais não há absolutamente consenso, e que determinam um debate de extrema sofisticação mesmo que entre membros da mesma escola.

De fato, ainda que imprecisa e panorâmica, uma breve inspeção na história contemporânea da Lingüistica já é suficiente para justificar a constatação de que há um inegável desacordo entre alguns dos mais expressivos teóricos dessa disciplina. Para Saussure (1916), (a) é uma afirmação verdadeira desde que a resposta a (c) considere a linguagem humana constituída essencialmente pela língua, enquanto conjunto de signos depositado na mente dos usuários pela prática pessoal da fala e desde que a resposta a (b) defina a Lingüística como um ramo da Semiologia ou Psicologia Social, entendidas como uma espécie de Teoria da Comunicação; Chomsky (1986) também aceita, (a), mas não concordaria, absolutamente, com a resposta a (b) e (c) de seu antecessor.

Para o fundador da teoria gerativista, a faculdade da linguagem é a expressão de uma propriedade inata da natureza humana, cujo caráter essencial é uma espécie de gramática universal geneticamente determinada, e isso responde a (c). Quanto a (b), Chomsky considera que a Lingüística é um ramo da Psicologia Cognitiva, como ciência natural capaz de explicar como tal propriedade da mente/cérebro do ser humano se constitui e como possibilita a aquisição, o conhecimento e o uso da linguagem.

Contemporâneo de Chomsky e um dos seus mais expressivos adversários teóricos, Montague (1970) somente poderia aceitar (a) desde que a resposta a (c) seja encaminhada no sentido de que a linguagem natural não se distingue, em sua essência, das linguagens construídas e desde que a resposta a (b) obtenha a firmação de que a Lingüística é um ramo da matemática enquanto ciência formal.

Considere agora mais duas questões:

d) Se a Lingüística é a ciência da linguagem humana, que disciplina estuda os fundamentos de tal ciência?

e) Como se constitui tal disciplina?

A resposta a (d) envolve algumas observações preliminares. Toda a disciplina vai-se estabelecendo, historicamente, em sua cientificidade, mediante uma construção de conhecimentos proporcionados pela justa relação entre seu método e seu objeto, justificada pela plausibilidade de seus fundamentos. A construção propriamente dita caracteriza a teoria científica como tal; o estudo dos seus fundamentos, a filosofia daquela disciplina. Tal tem sido a história da Lingüística; paralelamente ao desenvolvimento de sua teoria, vão-se estabelecendo os fundamentos que a sustentam.

É justamente por isso, aliás, que os pioneiros de sua história como ciência têm sido, ao mesmo tempo, cientistas e filósofos de sua disciplina. Se Saussure, Chomsky e Montague, entre outros, trouxeram uma reconhecida contribuição a sua área de conhecimento é, sem dúvida, porque fizeram, concomitantemente, ciência e filosofia. Nesse sentido, então, encaminha-se para (d), a resposta de que se a Lingüística é a ciência da linguagem humana, a Filosofia da Lingüística é a disciplina que estuda os fundamentos de tal ciência.

A abordagem da questão (e) também merece algumas prévias considerações. Se a história da Lingüística, como se sugeriu, tem sido acompanhada pela história da Filosofia da Lingüística, é bem verdade que o desenvolvimento desta última tem ocorrido de forma intrínseca ao desenvolvimento da primeira. Isto significa, em última análise, que o estudo da teoria e de seus fundamentos tem avançado de maneira naturalmente conjugada de modo a não parece necessário o estabelecimento de uma disciplina específica como Filosofia da Lingüística. Realmente, parece trivial que a filosofia de uma área de conhecimento, que começa a construir-se como ciência, constitua-se, inicialmente, de forma implícita, para só ocupar um espaço mais específico a posteriori.

Nesses termos, se a Lingüística teórica é uma disciplina que apenas nesse século começa a solidificar-se em seu estatuto de cientificidade, é razoável que só agora a Filosofia da Lingüística comece a estabelecer-se como uma necessidade própria de investigação. Conseqüência disso, as formas de se encaminhar tal disciplina, o que constituiria a sua metodologia, não são senão alguns princípios muito gerais que podem ser sistematizados de maneira a tornar o estudo dos fundamentos da Lingüística consistente a ponto de caracterizá-la naquilo em que ela se pretende rigorosa e de esclarecê-la quanto às diversas formas de concebê-la. A resposta a (e), então, que propomos, passa por um pequeno conjunto de critérios cuja finalidade não é senão dotar a Filosofia da Lingüística de uma maior capacidade de avaliação das condições que constituem a disciplina que investiga.

1 Critério da Distinção entre Lingüística Pura e Aplicada

Trata-se de separar o conhecimento teórico a ser produzido com objetivos especificamente científicos, a saber, o da verdade sobre a natureza do objeto a ser esclarecido, do conhecimento aplicado diretamente a aspectos da realidade ou, indiretamente, através da relação com outras disciplinas. Por exemplo, trata-se de distinguir entre o conhecimento que busca, a partir do anterior, formas de ensinar uma segunda língua a uma criança.

2 Critério da distinção de Níveis de Constituição da Teoria Lingüística

A proposta aqui, é a de que se distingam os seguintes níveis: o nível da linguagem enquanto fenômeno geral acessível ao senso comum; o nível da linguagem enquanto objeto construído já no interior de uma teoria com perspectivas científicas; o nível da teoria lingüística, enquanto sistema de conceitos estruturados, o nível metateórico, ou de princípios que regem a metodologia de uma dada teoria lingüística e o nível de compromissos filosóficos, por exemplo, ontológicos, que sustentam todo o edifício teórico.

3 Critério de Tensão entre o Método Lingüístico e o seu Objeto

O critério acima sugere que se considere como essencial para o conhecimento científico a adequada tensão entre o método de investigação lingüística e as propriedades do seu objeto a serem esclarecidas. No interior de uma teoria lingüística, tal adequação consiste no surgimento de problemas que possam ser tratáveis e cujo tratamento permita originar problemas novos que caracterizam programas de investigação. Este critério sugere, ainda, que só dentro de tal relação é que se determina a relevância das propriedades do objeto e de seu método.

4 Critério da Distinção entre Propriedades Formais e Empíricas da Teoria Lingüística

Trata-se de distinguir a condição de uma teoria de adequar-se à experiência lingüística, considerando a evidência dos dados, da sua capacidade de expressar-se em uma linguagem formal, considerando-se questões de consistência, por exemplo, e outras.

5 Critério de Tensão entre Adequação Descritiva e Adequação Explanatória na Teoria Lingüística

Este critério consiste na necessidade de se entender o papel teórico da relação entre atividade de descrição lingüística e a de explanação. Sem descrição, a explanação pode ser indesejavelmente geral e sem valor explanatório, a descrição é vazia.

6 Critério da Avaliação Histórica dos Programas de Investigação Lingüística

Entende-se por este critério a condição de possibilidade de avaliação histórica dos resultados de um programa de pesquisa lingüística. Garante-se, através dele, a evolução da racionalidade científica na área, potencializando-se o progresso na construção de problemas lingüísticos relevantes e evitando-se a circularidade de propostas já ultrapassadas.

Uma vez caracterizados tais critérios, fica encaminhada a resposta à questão (e) e já se tem um conjunto mínimo de condições capazes de orientar o debate sobre (f), a problemática e central questão para a Filosofia da Lingüística, sugerida no início do presente texto.

(f) É a Lingüística uma ciência natural, formal ou social?


Referências Bibliográficas

CHOMSKY, N. (1984) Modular Approaches to the Study of the Mind. San Diego: San Diego University Press.

CHOMSKY, N. (1986) Knowledge of Language. Its Nature, Origin and Use. New York. Praeger

CHOMSKY, N. (1993) Language and Thought. London. Moyer Bell.

EARMAN, j. (ed) (1972) Inference, Explanation and Other Frustrations - Essays in the Philosophy of Science. Berckeley. University of California Press.

KATZ, J. (1985) The Philosophy of Linguistics. Oxford. Oxford University Press.

MONTAGUE,R.(1970) Formal Philosophy. New Haven. Yale University Press.

SAUSSURE, F. (1916/1974) Cours de Linguistique Générale. Paris. Payot.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Manual da linguagem cientifica - Só a ciência pode nos salvar deste flagelo
FROM: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/05/2015 17:43

Muito longo...

Faltou saco!

*BW*



Em Segunda-feira, 11 de Maio de 2015 17:39, "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br> escreveu:


 
                                       Narrativa sobre o flagelo linguístico que assola a humanidade

"...uma epidemia pestilenta atingiu a humanidade inteira em sua faculdade mais característica, ou seja, no uso da palavra, consistindo essa peste da língua numa perda de força cognoscitiva.   Não me interessa aqui indagar se as origens dessa epidemia devam ser pesquisadas na política, na ideologia, na uniformidade burocrática, na homogeneização dos mass-media ou na difusão acadêmica de uma cultura média. O que me interessa são as possibilidades de salvação. A literatura (e talvez somente a literatura) pode criar os anticorpos que coíbam a expansão desse flagelo lingüístico.” -  Italo Calvino, escritor italiano falecido em 1985 

Perdão Italo Calvino, que agora está na companhia dos deuses da precisão linguística: não é a literatura que vai nos salvar deste terrível flagelo que requer uma intervenção cirúrgica cientifica.
 A ciência que poderia salvar a humanidade do flagelo linguistico é a "ciência da linguagem" que ainda não está devidamente estruturada. Para se estruturar sistemicamente, a linguística precisaria se livrar de outro flagelo da ciência que é especialização. Uma ciência da linguagem humana (ou mesmo não humana) só poderá adquirir uma configuração sistêmica se trabalhar em conjunto com outras ciências como a psicologia, a biologia, a antropologia. 

Quanto ao flagelo linguístico, o mais grave  é que os cientistas ainda 
nem tomaram conhecimento da doença, da qual eles próprios foram vitimados. Por isso*, penso** que estamos condenados a viver nesta pandemia enquanto a esquizofrenia linguistica*** não enlouquecer a todos nós. Concordo com a sua idéia de que muitos problemas podem ser resolvidos sem o conhecimento das respectivas causas. Porém, no caso do flagelo linguistico, sendo ele de origem genética, penso que a causa do mal deva ser considerada. Ocorre que o homem criou a palavra com a dupla função de descrever a realidade e de alimentar fantasias de natureza instintiva. Assim a palavra se transformou numa arma de mentira e de destruição.
A ambiguidade da palavra, estimado Calvino, está impressa em nossos neurônios. **** Ela serve para o bem e para o mal. É ao mesmo tempo linda, maravihosa, cruel e mortífera. 

* Isso = o desconhecimento dos cientistas a respeito do mal
**Usei o verbo pensar no seu sentido legitimo e não no sentido de seu simulacro, o verbo crer.
***A esquizofrenia linguistica é uma variante da esquizofrenia social que milagrosamente foi objeto de um livro de uma psicóloga brasileira- Elza Pádua. Trata-se de uma inovação mundial da qual a midia tem um pavor supremo. Como os midiáticos poderiam combater a maior  fonte dos seus lucros?  (esquizofrenia social é uma expressão da autora e a esquizofrenia linguistica ficou por minha conta...Paciência! )
**** Não estou fazendo uso de uma metáfora ao afirmar a origem genética da ambiguidade linguística. Se quisermos aprimorar a estratégia da precisão linguistica é recomendável reduzirmos ao máximo o uso das metáforas. A origem genética citada constitui uma hipótese que talvez nunca venha a ser comprovada. Formular hipóteses que não podem ser testadas ou comprovadas é um dos ônus da ciência. Outro ônus da ciência é ser submissa aos politicos que não conseguem se livrar do instinto da guerra e de outros instintos malévolos como o da dominação,  que chamam de "Poder".  Para os politicos a ambição pelo poder é algo natural da espécie humana. É natural mesmo! Por isso a cultura é incapaz de extirpar esse mal. 
Mtnos Calil 


Com a palavra Italo Calvino (
Escritor italiano, 1923-1985) que morreu antes de proferir uma palestra em Harvard que ficou registrada num texto datilografado: 
  • A precisão, para os antigos egípcios, era simbolizada por uma pluma que servia de peso num dos pratos da balança em que se pesavam as almas. Essa pluma levíssima tinha o nome de Maat, deusa da balança. O hieróglifo de Maat indicava igualmente a unidade de comprimento — os 33 cm do tijolo unitário — e também o tom fundamental da flauta.
  • Essas informações provêm de uma conferência de Giorgio de Santillana sobre a precisão dos antigos no observar dos fenômenos celestes, conferência que ouvi na Itália em 1963 e que exerceu sobre mim profunda influência. Desde que aqui cheguei, tenho pensado freqüentemente em Santillana, por ter sido ele o meu cicerone em Massachusetts quando de minha primeira visita a este país em 1960. Em lembrança de sua amizade, abro esta conferência sobre a exatidão na literatura invocando o nome de Maat, a deusa da balança. Tanto mais que Balança é o meu signo zodiacal.
  • Antes de mais nada, procurarei definir o tema. Para mim, exatidão quer dizer principalmente três coisas: (1) um projeto de obra bem definido e calculado; (2) a evocação de imagens visuais nítidas, incisivas, memoráveis: temos em italiano um adjetivo que não existe em inglês, icastico, do grego eikastikos; (3) uma linguagem que seja a mais precisa possível como léxico e em sua capacidade de traduzir as nuanças do pensamento e da imaginação.
  • Por que me vem a necessidade de defender valores que a muitos parecerão simplesmente óbvios? Creio que o meu primeiro impulso decorra de uma hipersensibilidade ou alergia pessoal: a linguagem me parece sempre usada de modo aproximativo, casual, descuidado, e isso me causa intolerável repúdio. Que não vejam nessa reação minha um sinal de intolerância para com o próximo: sinto um repúdio ainda maior quando me ouço a mim mesmo. Por isso procuro falar o mínimo possível, e se prefiro escrever é que, escrevendo, posso emendar cada frase tantas vezes quanto ache necessário para chegar, não digo a me sentir satisfeito com minhas palavras, mas pelo menos a eliminar as razões de insatisfação de que me posso dar conta. A literatura — quero dizer, aquela que responde a essas exigências — é a Terra Prometida em que a linguagem se torna aquilo que na verdade deveria ser.
  • Às vezes me parece que uma epidemia pestilenta atingiu a humanidade inteira em sua faculdade mais característica, ou seja, no uso da palavra, consistindo essa peste da língua numa perda de força cognoscitiva e de imediaticidade, como um automatismo que tendesse a nivelar a expressão em fórmulas mais genéricas, anônimas, abstratas, a diluir os significados, a embotar os pontos expressivos, a extinguir toda centelha que crepite no encontro das palavras com novas circunstâncias.
  • Não me interessa aqui indagar se as origens dessa epidemia devam ser pesquisadas na política, na ideologia, na uniformidade burocrática, na homogeneização dos mass-media ou na difusão acadêmica de uma cultura média. O que me interessa são as possibilidades de salvação. A literatura (e talvez somente a literatura) pode criar os anticorpos que coíbam a expansão desse flagelo lingüístico.”
 
Seis propostas para o próximo milênio — “Exatidão” — Tradução de Ivo Barroso. (Companhia das Letras, 1991)
 
https://www.google.com.br/webhp?sourceid=chrome-instant&ion=1&espv=2&ie=UTF-8#q=livro+Exatid%C3%A3o%2C+Italo+Calvino+download
 
Sobre a Natureza da Ciência da Linguagem
http://www.pucrs.br/letras/pos/logica/natcien.htm
( Uma questão problemática de Filosofia da Lingüística)
Considere a afirmação (a) e as perguntas (b) e (c) relativas a (a):
  1. A Lingüística é a ciência da linguagem humana.
  2. Qual a natureza de seu método?
  3. Qual a natureza de seu objeto?
Enquanto (a) representa, certamente, uma afirmação verdadeira e trivial para a comunidade mais ampla dos lingüistas, (b) e (c) são perguntas sobre as quais não há absolutamente consenso, e que determinam um debate de extrema sofisticação mesmo que entre membros da mesma escola.

De fato, ainda que imprecisa e panorâmica, uma breve inspeção na história contemporânea da Lingüistica já é suficiente para justificar a constatação de que há um inegável desacordo entre alguns dos mais expressivos teóricos dessa disciplina. Para Saussure (1916), (a) é uma afirmação verdadeira desde que a resposta a (c) considere a linguagem humana constituída essencialmente pela língua, enquanto conjunto de signos depositado na mente dos usuários pela prática pessoal da fala e desde que a resposta a (b) defina a Lingüística como um ramo da Semiologia ou Psicologia Social, entendidas como uma espécie de Teoria da Comunicação; Chomsky (1986) também aceita, (a), mas não concordaria, absolutamente, com a resposta a (b) e (c) de seu antecessor.

Para o fundador da teoria gerativista, a faculdade da linguagem é a expressão de uma propriedade inata da natureza humana, cujo caráter essencial é uma espécie de gramática universal geneticamente determinada, e isso responde a (c). Quanto a (b), Chomsky considera que a Lingüística é um ramo da Psicologia Cognitiva, como ciência natural capaz de explicar como tal propriedade da mente/cérebro do ser humano se constitui e como possibilita a aquisição, o conhecimento e o uso da linguagem.

Contemporâneo de Chomsky e um dos seus mais expressivos adversários teóricos, Montague (1970) somente poderia aceitar (a) desde que a resposta a (c) seja encaminhada no sentido de que a linguagem natural não se distingue, em sua essência, das linguagens construídas e desde que a resposta a (b) obtenha a firmação de que a Lingüística é um ramo da matemática enquanto ciência formal.
Considere agora mais duas questões:
d) Se a Lingüística é a ciência da linguagem humana, que disciplina estuda os fundamentos de tal ciência?
e) Como se constitui tal disciplina?
A resposta a (d) envolve algumas observações preliminares. Toda a disciplina vai-se estabelecendo, historicamente, em sua cientificidade, mediante uma construção de conhecimentos proporcionados pela justa relação entre seu método e seu objeto, justificada pela plausibilidade de seus fundamentos. A construção propriamente dita caracteriza a teoria científica como tal; o estudo dos seus fundamentos, a filosofia daquela disciplina. Tal tem sido a história da Lingüística; paralelamente ao desenvolvimento de sua teoria, vão-se estabelecendo os fundamentos que a sustentam.

É justamente por isso, aliás, que os pioneiros de sua história como ciência têm sido, ao mesmo tempo, cientistas e filósofos de sua disciplina. Se Saussure, Chomsky e Montague, entre outros, trouxeram uma reconhecida contribuição a sua área de conhecimento é, sem dúvida, porque fizeram, concomitantemente, ciência e filosofia. Nesse sentido, então, encaminha-se para (d), a resposta de que se a Lingüística é a ciência da linguagem humana, a Filosofia da Lingüística é a disciplina que estuda os fundamentos de tal ciência.
A abordagem da questão (e) também merece algumas prévias considerações. Se a história da Lingüística, como se sugeriu, tem sido acompanhada pela história da Filosofia da Lingüística, é bem verdade que o desenvolvimento desta última tem ocorrido de forma intrínseca ao desenvolvimento da primeira. Isto significa, em última análise, que o estudo da teoria e de seus fundamentos tem avançado de maneira naturalmente conjugada de modo a não parece necessário o estabelecimento de uma disciplina específica como Filosofia da Lingüística. Realmente, parece trivial que a filosofia de uma área de conhecimento, que começa a construir-se como ciência, constitua-se, inicialmente, de forma implícita, para só ocupar um espaço mais específico a posteriori.

Nesses termos, se a Lingüística teórica é uma disciplina que apenas nesse século começa a solidificar-se em seu estatuto de cientificidade, é razoável que só agora a Filosofia da Lingüística comece a estabelecer-se como uma necessidade própria de investigação. Conseqüência disso, as formas de se encaminhar tal disciplina, o que constituiria a sua metodologia, não são senão alguns princípios muito gerais que podem ser sistematizados de maneira a tornar o estudo dos fundamentos da Lingüística consistente a ponto de caracterizá-la naquilo em que ela se pretende rigorosa e de esclarecê-la quanto às diversas formas de concebê-la. A resposta a (e), então, que propomos, passa por um pequeno conjunto de critérios cuja finalidade não é senão dotar a Filosofia da Lingüística de uma maior capacidade de avaliação das condições que constituem a disciplina que investiga.
1 Critério da Distinção entre Lingüística Pura e Aplicada
Trata-se de separar o conhecimento teórico a ser produzido com objetivos especificamente científicos, a saber, o da verdade sobre a natureza do objeto a ser esclarecido, do conhecimento aplicado diretamente a aspectos da realidade ou, indiretamente, através da relação com outras disciplinas. Por exemplo, trata-se de distinguir entre o conhecimento que busca, a partir do anterior, formas de ensinar uma segunda língua a uma criança.
2 Critério da distinção de Níveis de Constituição da Teoria Lingüística
A proposta aqui, é a de que se distingam os seguintes níveis: o nível da linguagem enquanto fenômeno geral acessível ao senso comum; o nível da linguagem enquanto objeto construído já no interior de uma teoria com perspectivas científicas; o nível da teoria lingüística, enquanto sistema de conceitos estruturados, o nível metateórico, ou de princípios que regem a metodologia de uma dada teoria lingüística e o nível de compromissos filosóficos, por exemplo, ontológicos, que sustentam todo o edifício teórico.
3 Critério de Tensão entre o Método Lingüístico e o seu Objeto
O critério acima sugere que se considere como essencial para o conhecimento científico a adequada tensão entre o método de investigação lingüística e as propriedades do seu objeto a serem esclarecidas. No interior de uma teoria lingüística, tal adequação consiste no surgimento de problemas que possam ser tratáveis e cujo tratamento permita originar problemas novos que caracterizam programas de investigação. Este critério sugere, ainda, que só dentro de tal relação é que se determina a relevância das propriedades do objeto e de seu método.
4 Critério da Distinção entre Propriedades Formais e Empíricas da Teoria Lingüística
Trata-se de distinguir a condição de uma teoria de adequar-se à experiência lingüística, considerando a evidência dos dados, da sua capacidade de expressar-se em uma linguagem formal, considerando-se questões de consistência, por exemplo, e outras.
5 Critério de Tensão entre Adequação Descritiva e Adequação Explanatória na Teoria Lingüística
Este critério consiste na necessidade de se entender o papel teórico da relação entre atividade de descrição lingüística e a de explanação. Sem descrição, a explanação pode ser indesejavelmente geral e sem valor explanatório, a descrição é vazia.
6 Critério da Avaliação Histórica dos Programas de Investigação Lingüística
Entende-se por este critério a condição de possibilidade de avaliação histórica dos resultados de um programa de pesquisa lingüística. Garante-se, através dele, a evolução da racionalidade científica na área, potencializando-se o progresso na construção de problemas lingüísticos relevantes e evitando-se a circularidade de propostas já ultrapassadas.
Uma vez caracterizados tais critérios, fica encaminhada a resposta à questão (e) e já se tem um conjunto mínimo de condições capazes de orientar o debate sobre (f), a problemática e central questão para a Filosofia da Lingüística, sugerida no início do presente texto.
(f) É a Lingüística uma ciência natural, formal ou social?

Referências Bibliográficas
CHOMSKY, N. (1984) Modular Approaches to the Study of the Mind. San Diego: San Diego University Press.
CHOMSKY, N. (1986) Knowledge of Language. Its Nature, Origin and Use. New York. Praeger
CHOMSKY, N. (1993) Language and Thought. London. Moyer Bell.
EARMAN, j. (ed) (1972) Inference, Explanation and Other Frustrations - Essays in the Philosophy of Science. Berckeley. University of California Press.
KATZ, J. (1985) The Philosophy of Linguistics. Oxford. Oxford University Press.
MONTAGUE,R.(1970) Formal Philosophy. New Haven. Yale University Press.
SAUSSURE, F. (1916/1974) Cours de Linguistique Générale. Paris. Payot.




SUBJECT: Re: [ciencialist] Manual da linguagem cientifica - Só a ciência pode nos salvar deste flagelo
FROM: "Pesky Bee" <peskybee2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/05/2015 18:02

Já eu me interessei sobremaneira por um detalhéco específico
dessa textaiada desgramadamente gigantesca: o tal do Ítalo Calvino
por um acaso era carecóide para ter esse nome? Ou será que a mamãe
dele deu
esse nome porque quando viu ele pela primeira, ainda como
feto recém saído da búça, notou que
ele dispunha de cabeleira de fazer
inveja a rapunzelóides? E aí para tentar contrabalançar a
vergonha
alheia escolheu esse nomezófilo só para tentar minimizar
o choque?
São tantas
dúvidas! (mas uma coisa é certa: eu certamente sou
um imbecil, hahahahahaha)
 
*PB*
 
 

From: Belmiro Wolski belmirow@yahoo.com.br [ciencialist]
Sent: Monday, May 11, 2015 5:43 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] Manual da linguagem cientifica - Só a ciência pode nos salvar deste flagelo

Muito longo...

Faltou saco!

*BW*
 
 

Em Segunda-feira, 11 de Maio de 2015 17:39, "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br> escreveu:
 

 
                                       Narrativa sobre o flagelo linguístico que assola a humanidade
 
"...uma epidemia pestilenta atingiu a humanidade inteira em sua faculdade mais característica, ou seja, no uso da palavra, consistindo essa peste da língua numa perda de força cognoscitiva.   Não me interessa aqui indagar se as origens dessa epidemia devam ser pesquisadas na política, na ideologia, na uniformidade burocrática, na homogeneização dos mass-media ou na difusão acadêmica de uma cultura média. O que me interessa são as possibilidades de salvação. A literatura (e talvez somente a literatura) pode criar os anticorpos que coíbam a expansão desse flagelo lingüístico.” -  Italo Calvino, escritor italiano falecido em 1985
 
Perdão Italo Calvino, que agora está na companhia dos deuses da precisão linguística: não é a literatura que vai nos salvar deste terrível flagelo que requer uma intervenção cirúrgica cientifica.  A ciência que poderia salvar a humanidade do flagelo linguistico é a "ciência da linguagem" que ainda não está devidamente estruturada. Para se estruturar sistemicamente, a linguística precisaria se livrar de outro flagelo da ciência que é especialização. Uma ciência da linguagem humana (ou mesmo não humana) só poderá adquirir uma configuração sistêmica se trabalhar em conjunto com outras ciências como a psicologia, a biologia, a antropologia.
 
Quanto ao flagelo linguístico, o mais grave  é que os cientistas ainda nem tomaram conhecimento da doença, da qual eles próprios foram vitimados. Por isso*, penso** que estamos condenados a viver nesta pandemia enquanto a esquizofrenia linguistica*** não enlouquecer a todos nós. Concordo com a sua idéia de que muitos problemas podem ser resolvidos sem o conhecimento das respectivas causas. Porém, no caso do flagelo linguistico, sendo ele de origem genética, penso que a causa do mal deva ser considerada. Ocorre que o homem criou a palavra com a dupla função de descrever a realidade e de alimentar fantasias de natureza instintiva. Assim a palavra se transformou numa arma de mentira e de destruição.
 
 
 
 

SUBJECT: Re: Re: [ciencialist] Manual da linguagem cientifica - Só a ciência pode nos salvar deste flagelo
FROM: "Mtnos Calil" <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/05/2015 18:02

O texto que fala do flagelo possui 1104 palavras. 
Me informe por gentileza qual é, aproximadamente,  a quantidade de palavras que cabe no seu saco
Obrigado!
M.Calil 

Em Seg 11/05/15 17:43, Belmiro Wolski belmirow@yahoo.com.br [ciencialist] ciencialist@yahoogrupos.com.br escreveu:

 

Muito longo...
Faltou saco!
*BW*



Em Segunda-feira, 11 de Maio de 2015 17:39, "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br> escreveu:

 
                                       Narrativa sobre o flagelo linguístico que assola a humanidade

"...uma epidemia pestilenta atingiu a humanidade inteira em sua faculdade mais característica, ou seja, no uso da palavra, consistindo essa peste da língua numa perda de força cognoscitiva.   Não me interessa aqui indagar se as origens dessa epidemia devam ser pesquisadas na política, na ideologia, na uniformidade burocrática, na homogeneização dos mass-media ou na difusão acadêmica de uma cultura média. O que me interessa são as possibilidades de salvação. A literatura (e talvez somente a literatura) pode criar os anticorpos que coíbam a expansão desse flagelo lingüístico.” -  Italo Calvino, escritor italiano falecido em 1985 

Perdão Italo Calvino, que agora está na companhia dos deuses da precisão linguística: não é a literatura que vai nos salvar deste terrível flagelo que requer uma intervenção cirúrgica cientifica.  A ciência que poderia salvar a humanidade do flagelo linguistico é a "ciência da linguagem" que ainda não está devidamente estruturada. Para se estruturar sistemicamente, a linguística precisaria se livrar de outro flagelo da ciência que é especialização. Uma ciência da linguagem humana (ou mesmo não humana) só poderá adquirir uma configuração sistêmica se trabalhar em conjunto com outras ciências como a psicologia, a biologia, a antropologia. 

Quanto ao flagelo linguístico, o mais grave  é que os cientistas ainda nem tomaram conhecimento da doença, da qual eles próprios foram vitimados. Por isso*, penso** que estamos condenados a viver nesta pandemia enquanto a esquizofrenia linguistica*** não enlouquecer a todos nós. Concordo com a sua idéia de que muitos problemas podem ser resolvidos sem o conhecimento das respectivas causas. Porém, no caso do flagelo linguistico, sendo ele de origem genética, penso que a causa do mal deva ser considerada. Ocorre que o homem criou a palavra com a dupla função de descrever a realidade e de alimentar fantasias de natureza instintiva. Assim a palavra se transformou numa arma de mentira e de destruição.
A ambiguidade da palavra, estimado Calvino, está impressa em nossos neurônios. **** Ela serve para o bem e para o mal. É ao mesmo tempo linda, maravihosa, cruel e mortífera. 

* Isso = o desconhecimento dos cientistas a respeito do mal
**Usei o verbo pensar no seu sentido legitimo e não no sentido de seu simulacro, o verbo crer.
***A esquizofrenia linguistica é uma variante da esquizofrenia social que milagrosamente foi objeto de um livro de uma psicóloga brasileira- Elza Pádua. Trata-se de uma inovação mundial da qual a midia tem um pavor supremo. Como os midiáticos poderiam combater a maior  fonte dos seus lucros?  (esquizofrenia social é uma expressão da autora e a esquizofrenia linguistica ficou por minha conta...Paciência! )
**** Não estou fazendo uso de uma metáfora ao afirmar a origem genética da ambiguidade linguística. Se quisermos aprimorar a estratégia da precisão linguistica é recomendável reduzirmos ao máximo o uso das metáforas. A origem genética citada constitui uma hipótese que talvez nunca venha a ser comprovada. Formular hipóteses que não podem ser testadas ou comprovadas é um dos ônus da ciência. Outro ônus da ciência é ser submissa aos politicos que não conseguem se livrar do instinto da guerra e de outros instintos malévolos como o da dominação,  que chamam de "Poder".  Para os politicos a ambição pelo poder é algo natural da espécie humana. É natural mesmo! Por isso a cultura é incapaz de extirpar esse mal. 
Mtnos Calil 



Com a palavra Italo Calvino (
Escritor italiano, 1923-1985) que morreu antes de proferir uma palestra em Harvard que ficou registrada num texto datilografado: 
  • A precisão, para os antigos egípcios, era simbolizada por uma pluma que servia de peso num dos pratos da balança em que se pesavam as almas. Essa pluma levíssima tinha o nome de Maat, deusa da balança. O hieróglifo de Maat indicava igualmente a unidade de comprimento — os 33 cm do tijolo unitário — e também o tom fundamental da flauta.
  • Essas informações provêm de uma conferência de Giorgio de Santillana sobre a precisão dos antigos no observar dos fenômenos celestes, conferência que ouvi na Itália em 1963 e que exerceu sobre mim profunda influência. Desde que aqui cheguei, tenho pensado freqüentemente em Santillana, por ter sido ele o meu cicerone em Massachusetts quando de minha primeira visita a este país em 1960. Em lembrança de sua amizade, abro esta conferência sobre a exatidão na literatura invocando o nome de Maat, a deusa da balança. Tanto mais que Balança é o meu signo zodiacal.
  • Antes de mais nada, procurarei definir o tema. Para mim, exatidão quer dizer principalmente três coisas: (1) um projeto de obra bem definido e calculado; (2) a evocação de imagens visuais nítidas, incisivas, memoráveis: temos em italiano um adjetivo que não existe em inglês, icastico, do grego eikastikos; (3) uma linguagem que seja a mais precisa possível como léxico e em sua capacidade de traduzir as nuanças do pensamento e da imaginação.
  • Por que me vem a necessidade de defender valores que a muitos parecerão simplesmente óbvios? Creio que o meu primeiro impulso decorra de uma hipersensibilidade ou alergia pessoal: a linguagem me parece sempre usada de modo aproximativo, casual, descuidado, e isso me causa intolerável repúdio. Que não vejam nessa reação minha um sinal de intolerância para com o próximo: sinto um repúdio ainda maior quando me ouço a mim mesmo. Por isso procuro falar o mínimo possível, e se prefiro escrever é que, escrevendo, posso emendar cada frase tantas vezes quanto ache necessário para chegar, não digo a me sentir satisfeito com minhas palavras, mas pelo menos a eliminar as razões de insatisfação de que me posso dar conta. A literatura — quero dizer, aquela que responde a essas exigências — é a Terra Prometida em que a linguagem se torna aquilo que na verdade deveria ser.
  • Às vezes me parece que uma epidemia pestilenta atingiu a humanidade inteira em sua faculdade mais característica, ou seja, no uso da palavra, consistindo essa peste da língua numa perda de força cognoscitiva e de imediaticidade, como um automatismo que tendesse a nivelar a expressão em fórmulas mais genéricas, anônimas, abstratas, a diluir os significados, a embotar os pontos expressivos, a extinguir toda centelha que crepite no encontro das palavras com novas circunstâncias.
  • Não me interessa aqui indagar se as origens dessa epidemia devam ser pesquisadas na política, na ideologia, na uniformidade burocrática, na homogeneização dos mass-media ou na difusão acadêmica de uma cultura média. O que me interessa são as possibilidades de salvação. A literatura (e talvez somente a literatura) pode criar os anticorpos que coíbam a expansão desse flagelo lingüístico.”
 
Seis propostas para o próximo milênio — “Exatidão” — Tradução de Ivo Barroso. (Companhia das Letras, 1991)
 
https://www.google.com.br/webhp?sourceid=chrome-instant&ion=1&espv=2&ie=UTF-8#q=livro+Exatid%C3%A3o%2C+Italo+Calvino+download

Sobre a Natureza da Ciência da Linguagem
http://www.pucrs.br/letras/pos/logica/natcien.htm
( Uma questão problemática de Filosofia da Lingüística)
Considere a afirmação (a) e as perguntas (b) e (c) relativas a (a):
  1. A Lingüística é a ciência da linguagem humana.
  2. Qual a natureza de seu método?
  3. Qual a natureza de seu objeto?
Enquanto (a) representa, certamente, uma afirmação verdadeira e trivial para a comunidade mais ampla dos lingüistas, (b) e (c) são perguntas sobre as quais não há absolutamente consenso, e que determinam um debate de extrema sofisticação mesmo que entre membros da mesma escola.

De fato, ainda que imprecisa e panorâmica, uma breve inspeção na história contemporânea da Lingüistica já é suficiente para justificar a constatação de que há um inegável desacordo entre alguns dos mais expressivos teóricos dessa disciplina. Para Saussure (1916), (a) é uma afirmação verdadeira desde que a resposta a (c) considere a linguagem humana constituída essencialmente pela língua, enquanto conjunto de signos depositado na mente dos usuários pela prática pessoal da fala e desde que a resposta a (b) defina a Lingüística como um ramo da Semiologia ou Psicologia Social, entendidas como uma espécie de Teoria da Comunicação; Chomsky (1986) também aceita, (a), mas não concordaria, absolutamente, com a resposta a (b) e (c) de seu antecessor.

Para o fundador da teoria gerativista, a faculdade da linguagem é a expressão de uma propriedade inata da natureza humana, cujo caráter essencial é uma espécie de gramática universal geneticamente determinada, e isso responde a (c). Quanto a (b), Chomsky considera que a Lingüística é um ramo da Psicologia Cognitiva, como ciência natural capaz de explicar como tal propriedade da mente/cérebro do ser humano se constitui e como possibilita a aquisição, o conhecimento e o uso da linguagem.

Contemporâneo de Chomsky e um dos seus mais expressivos adversários teóricos, Montague (1970) somente poderia aceitar (a) desde que a resposta a (c) seja encaminhada no sentido de que a linguagem natural não se distingue, em sua essência, das linguagens construídas e desde que a resposta a (bobtenha a firmação de que a Lingüística é um ramo da matemática enquanto ciência formal.
Considere agora mais duas questões:
d) Se a Lingüística é a ciência da linguagem humana, que disciplina estuda os fundamentos de tal ciência?
e) Como se constitui tal disciplina?
A resposta a (d) envolve algumas observações preliminares. Toda a disciplina vai-se estabelecendo, historicamente, em sua cientificidade, mediante uma construção de conhecimentos proporcionados pela justa relação entre seu método e seu objeto, justificada pela plausibilidade de seus fundamentos. A construção propriamente dita caracteriza a teoria científica como tal; o estudo dos seus fundamentos, a filosofia daquela disciplina. Tal tem sido a história da Lingüística; paralelamente ao desenvolvimento de sua teoria, vão-se estabelecendo os fundamentos que a sustentam.

É justamente por isso, aliás, que os pioneiros de sua história como ciência têm sido, ao mesmo tempo, cientistas e filósofos de sua disciplina. Se Saussure, Chomsky e Montague, entre outros, trouxeram uma reconhecida contribuição a sua área de conhecimento é, sem dúvida, porque fizeram, concomitantemente, ciência e filosofia. Nesse sentido, então, encaminha-se para (d), a resposta de que se a Lingüística é a ciência da linguagem humana, a Filosofia da Lingüística é a disciplina que estuda os fundamentos de tal ciência.
A abordagem da questão (e) também merece algumas prévias considerações. Se a história da Lingüística, como se sugeriu, tem sido acompanhada pela história da Filosofia da Lingüística, é bem verdade que o desenvolvimento desta última tem ocorrido de forma intrínseca ao desenvolvimento da primeira. Isto significa, em última análise, que o estudo da teoria e de seus fundamentos tem avançado de maneira naturalmente conjugada de modo a não parece necessário o estabelecimento de uma disciplina específica como Filosofia da Lingüística. Realmente, parece trivial que a filosofia de uma área de conhecimento, que começa a construir-se como ciência, constitua-se, inicialmente, de forma implícita, para só ocupar um espaço mais específico a posteriori.

Nesses termos, se a Lingüística teórica é uma disciplina que apenas nesse século começa a solidificar-se em seu estatuto de cientificidade, é razoável que só agora a Filosofia da Lingüística comece a estabelecer-se como uma necessidade própria de investigação. Conseqüência disso, as formas de se encaminhar tal disciplina, o que constituiria a sua metodologia, não são senão alguns princípios muito gerais que podem ser sistematizados de maneira a tornar o estudo dos fundamentos da Lingüística consistente a ponto de caracterizá-la naquilo em que ela se pretende rigorosa e de esclarecê-la quanto às diversas formas de concebê-la. A resposta a (e), então, que propomos, passa por um pequeno conjunto de critérios cuja finalidade não é senão dotar a Filosofia da Lingüística de uma maior capacidade de avaliação das condições que constituem a disciplina que investiga.
1 Critério da Distinção entre Lingüística Pura e Aplicada
Trata-se de separar o conhecimento teórico a ser produzido com objetivos especificamente científicos, a saber, o da verdade sobre a natureza do objeto a ser esclarecido, do conhecimento aplicado diretamente a aspectos da realidade ou, indiretamente, através da relação com outras disciplinas. Por exemplo, trata-se de distinguir entre o conhecimento que busca, a partir do anterior, formas de ensinar uma segunda língua a uma criança.
2 Critério da distinção de Níveis de Constituição da Teoria Lingüística
A proposta aqui, é a de que se distingam os seguintes níveis: o nível da linguagem enquanto fenômeno geral acessível ao senso comum; o nível da linguagem enquanto objeto construído já no interior de uma teoria com perspectivas científicas; o nível da teoria lingüística, enquanto sistema de conceitos estruturados, o nível metateórico, ou de princípios que regem a metodologia de uma dada teoria lingüística e o nível de compromissos filosóficos, por exemplo, ontológicos, que sustentam todo o edifício teórico.
3 Critério de Tensão entre o Método Lingüístico e o seu Objeto
O critério acima sugere que se considere como essencial para o conhecimento científico a adequada tensão entre o método de investigação lingüística e as propriedades do seu objeto a serem esclarecidas. No interior de uma teoria lingüística, tal adequação consiste no surgimento de problemas que possam ser tratáveis e cujo tratamento permita originar problemas novos que caracterizam programas de investigação. Este critério sugere, ainda, que só dentro de tal relação é que se determina a relevância das propriedades do objeto e de seu método.
4 Critério da Distinção entre Propriedades Formais e Empíricas da Teoria Lingüística
Trata-se de distinguir a condição de uma teoria de adequar-se à experiência lingüística, considerando a evidência dos dados, da sua capacidade de expressar-se em uma linguagem formal, considerando-se questões de consistência, por exemplo, e outras.
5 Critério de Tensão entre Adequação Descritiva e Adequação Explanatória na Teoria Lingüística
Este critério consiste na necessidade de se entender o papel teórico da relação entre atividade de descrição lingüística e a de explanação. Sem descrição, a explanação pode ser indesejavelmente geral e sem valor explanatório, a descrição é vazia.
6 Critério da Avaliação Histórica dos Programas de Investigação Lingüística
Entende-se por este critério a condição de possibilidade de avaliação histórica dos resultados de um programa de pesquisa lingüística. Garante-se, através dele, a evolução da racionalidade científica na área, potencializando-se o progresso na construção de problemas lingüísticos relevantes e evitando-se a circularidade de propostas já ultrapassadas.
Uma vez caracterizados tais critérios, fica encaminhada a resposta à questão (e) e já se tem um conjunto mínimo de condições capazes de orientar o debate sobre (f), a problemática e central questão para a Filosofia da Lingüística, sugerida no início do presente texto.
(f) É a Lingüística uma ciência natural, formal ou social?

Referências Bibliográficas
CHOMSKY, N. (1984) Modular Approaches to the Study of the Mind. San Diego: San Diego University Press.
CHOMSKY, N. (1986) Knowledge of Language. Its Nature, Origin and Use. New York. Praeger
CHOMSKY, N. (1993) Language and Thought. London. Moyer Bell.
EARMAN, j. (ed) (1972) Inference, Explanation and Other Frustrations - Essays in the Philosophy of Science. Berckeley. University of California Press.
KATZ, J. (1985) The Philosophy of Linguistics. Oxford. Oxford University Press.
MONTAGUE,R.(1970) Formal Philosophy. New Haven. Yale University Press.
SAUSSURE, F. (1916/1974) Cours de Linguistique Générale. Paris. Payot.


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Manual da linguagem cientifica - Só a ciência pode nos salvar deste flagelo
FROM: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/05/2015 18:09

30!

*BW*



Em Segunda-feira, 11 de Maio de 2015 18:03, "'Pesky Bee' peskybee2@gmail.com [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br> escreveu:


 
Já eu me interessei sobremaneira por um detalhéco específico
dessa textaiada desgramadamente gigantesca: o tal do Ítalo Calvino
por um acaso era carecóide para ter esse nome? Ou será que a mamãe
dele deu
esse nome porque quando viu ele pela primeira, ainda como
feto recém saído da búça, notou que
ele dispunha de cabeleira de fazer
inveja a rapunzelóides? E aí para tentar contrabalançar a
vergonha
alheia escolheu esse nomezófilo só para tentar minimizar
o choque?
São tantas
dúvidas! (mas uma coisa é certa: eu certamente sou
um imbecil, hahahahahaha)
 
*PB*
 
 

From: Belmiro Wolski belmirow@yahoo.com.br [ciencialist]
Sent: Monday, May 11, 2015 5:43 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] Manual da linguagem cientifica - Só a ciência pode nos salvar deste flagelo

Muito longo...

Faltou saco!

*BW*
 
 

Em Segunda-feira, 11 de Maio de 2015 17:39, "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br> escreveu:
 

 
                                       Narrativa sobre o flagelo linguístico que assola a humanidade
 
"...uma epidemia pestilenta atingiu a humanidade inteira em sua faculdade mais característica, ou seja, no uso da palavra, consistindo essa peste da língua numa perda de força cognoscitiva.   Não me interessa aqui indagar se as origens dessa epidemia devam ser pesquisadas na política, na ideologia, na uniformidade burocrática, na homogeneização dos mass-media ou na difusão acadêmica de uma cultura média. O que me interessa são as possibilidades de salvação. A literatura (e talvez somente a literatura) pode criar os anticorpos que coíbam a expansão desse flagelo lingüístico.” -  Italo Calvino, escritor italiano falecido em 1985
 
Perdão Italo Calvino, que agora está na companhia dos deuses da precisão linguística: não é a literatura que vai nos salvar deste terrível flagelo que requer uma intervenção cirúrgica cientifica.  A ciência que poderia salvar a humanidade do flagelo linguistico é a "ciência da linguagem" que ainda não está devidamente estruturada. Para se estruturar sistemicamente, a linguística precisaria se livrar de outro flagelo da ciência que é especialização. Uma ciência da linguagem humana (ou mesmo não humana) só poderá adquirir uma configuração sistêmica se trabalhar em conjunto com outras ciências como a psicologia, a biologia, a antropologia.
 
Quanto ao flagelo linguístico, o mais grave  é que os cientistas ainda nem tomaram conhecimento da doença, da qual eles próprios foram vitimados. Por isso*, penso** que estamos condenados a viver nesta pandemia enquanto a esquizofrenia linguistica*** não enlouquecer a todos nós. Concordo com a sua idéia de que muitos problemas podem ser resolvidos sem o conhecimento das respectivas causas. Porém, no caso do flagelo linguistico, sendo ele de origem genética, penso que a causa do mal deva ser considerada. Ocorre que o homem criou a palavra com a dupla função de descrever a realidade e de alimentar fantasias de natureza instintiva. Assim a palavra se transformou numa arma de mentira e de destruição.
 
 
 
 



SUBJECT: Re: [ciencialist] Manual da linguagem cientifica - Só a ciência pode nos salvar deste flagelo
FROM: "Pesky Bee" <peskybee2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/05/2015 18:13

Vamos ver o que o Belmiróvsky vai responder. Já no meu caso,
o número de palavras que cabem no meu saco é da ordem de
alguns trilhões (pelo menos em termos potenciais).
 
Como exemplo, dentro do meu saco tem o José, a Marta, a Flávia,
o Bruno, o Henrique, a Débora, a Sônia, o Humberto, o Jorge,
o Rodrigo/Ronaldo (são gêmeos), a Andréia, o Lucas, etc.
Êita contexto danado de dominar, hahahahahahaha
 
*PB*
 
 

From: "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]
Sent: Monday, May 11, 2015 6:02 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: Re: [ciencialist] Manual da linguagem cientifica - Só a ciência pode nos salvar deste flagelo
 
 
 
O texto que fala do flagelo possui 1104 palavras.
Me informe por gentileza qual é, aproximadamente,  a quantidade de palavras que cabe no seu saco
Obrigado!
M.Calil
 
Em Seg 11/05/15 17:43, Belmiro Wolski belmirow@yahoo.com.br [ciencialist] ciencialist@yahoogrupos.com.br escreveu:
 
 
Muito longo...
Faltou saco!
*BW*
 
 
 

SUBJECT: Re: [ciencialist] Manual da linguagem cientifica - Só a ciência pode nos salvar deste flagelo
FROM: Mtnos Calil <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/05/2015 18:14


Olá Peskófilo. 

A sua mensagem falando da "textaiada desgramadamente gigantesca"  teve 92 palavras.
Em homenagem a você foi fiz um resumo da textaiada em 105 palavras: 

===============================================


                  Narrativa sobre o flagelo linguístico que assola a humanidade

 

"...uma epidemia pestilenta atingiu a humanidade inteira em sua faculdade mais característica, ou seja, no uso da palavra, consistindo essa peste da língua numa perda de força cognoscitiva.   A literatura (e talvez somente a literatura) pode criar os anticorpos que coíbam a expansão desse flagelo lingüístico.” -  Italo Calvino, escritor italiano falecido em 1985

 

Perdão Italo Calvino, não é a literatura que vai nos salvar deste terrível flagelo que requer uma intervenção cirúrgica cientifica.  A ciência que poderia salvar a humanidade do flagelo linguistico é a "ciência da linguagem" que ainda não está devidamente estruturada.

MC


========================================================


On Seg 11/05/15 18:02 , "'Pesky Bee' peskybee2@gmail.com [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 

Já eu me interessei sobremaneira por um detalhéco específico
dessa textaiada desgramadamente gigantesca: o tal do Ítalo Calvino
por um acaso era carecóide para ter esse nome? Ou será que a mamãe
dele deu
esse nome porque quando viu ele pela primeira, ainda como
feto recém saído da búça, notou que
ele dispunha de cabeleira de fazer
inveja a rapunzelóides? E aí para tentar contrabalançar a
vergonha
alheia escolheu esse nomezófilo só para tentar minimizar
o choque?
São tantas
dúvidas! (mas uma coisa é certa: eu certamente sou
um imbecil, hahahahahaha)
 
*PB*
 
 

From: Belmiro Wolski belmirow@yahoo.com.br [ciencialist]
Sent: Monday, May 11, 2015 5:43 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] Manual da linguagem cientifica - Só a ciência pode nos salvar deste flagelo

Muito longo...

Faltou saco!

*BW*
 
 

Em Segunda-feira, 11 de Maio de 2015 17:39, "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br> escreveu:
 

 
                                       Narrativa sobre o flagelo linguístico que assola a humanidade
 
"...uma epidemia pestilenta atingiu a humanidade inteira em sua faculdade mais característica, ou seja, no uso da palavra, consistindo essa peste da língua numa perda de força cognoscitiva.   Não me interessa aqui indagar se as origens dessa epidemia devam ser pesquisadas na política, na ideologia, na uniformidade burocrática, na homogeneização dos mass-media ou na difusão acadêmica de uma cultura média. O que me interessa são as possibilidades de salvação. A literatura (e talvez somente a literatura) pode criar os anticorpos que coíbam a expansão desse flagelo lingüístico.” -  Italo Calvino, escritor italiano falecido em 1985
 
Perdão Italo Calvino, que agora está na companhia dos deuses da precisão linguística: não é a literatura que vai nos salvar deste terrível flagelo que requer uma intervenção cirúrgica cientifica.  A ciência que poderia salvar a humanidade do flagelo linguistico é a "ciência da linguagem" que ainda não está devidamente estruturada. Para se estruturar sistemicamente, a linguística precisaria se livrar de outro flagelo da ciência que é especialização. Uma ciência da linguagem humana (ou mesmo não humana) só poderá adquirir uma configuração sistêmica se trabalhar em conjunto com outras ciências como a psicologia, a biologia, a antropologia.
 
Quanto ao flagelo linguístico, o mais grave  é que os cientistas ainda nem tomaram conhecimento da doença, da qual eles próprios foram vitimados. Por isso*, penso** que estamos condenados a viver nesta pandemia enquanto a esquizofrenia linguistica*** não enlouquecer a todos nós. Concordo com a sua idéia de que muitos problemas podem ser resolvidos sem o conhecimento das respectivas causas. Porém, no caso do flagelo linguistico, sendo ele de origem genética, penso que a causa do mal deva ser considerada. Ocorre que o homem criou a palavra com a dupla função de descrever a realidade e de alimentar fantasias de natureza instintiva. Assim a palavra se transformou numa arma de mentira e de destruição.
 
 
 
 



SUBJECT: Re: [ciencialist] Manual da linguagem cientifica - Só a ciência pode nos salvar deste flagelo
FROM: "Pesky Bee" <peskybee2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/05/2015 18:21

> 30!
 
Trinta fatorial! Caráca! Que numerosidade exponencialesca!
 
É palavra que não acaba mais! Belmiróvsky, tu agora virastes
o meu ídalo! Um sujeito que consegue aguardalhar 30 fatorial
de palavras no sacóide só pode ser um super-herói!
 
*PB*
 
 

From: Belmiro Wolski belmirow@yahoo.com.br [ciencialist]
Sent: Monday, May 11, 2015 6:09 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] Manual da linguagem cientifica - Só a ciência pode nos salvar deste flagelo
 

30!

*BW*
 

Em Segunda-feira, 11 de Maio de 2015 18:03, "'Pesky Bee' peskybee2@gmail.com [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br> escreveu:
 
 
 

 
Já eu me interessei sobremaneira por um detalhéco específico
dessa textaiada desgramadamente gigantesca: o tal do Ítalo Calvino
 
 
 

SUBJECT: Re: [ciencialist] Manual da linguagem cientifica - Só a ciência pode nos salvar deste flagelo
FROM: "Pesky Bee" <peskybee2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/05/2015 18:30

> ...numa perda de força cognoscitiva
 
Cognoscitiva? Pode isso, Arnaldo?
Tive que aprócurár no méstre google. Pensei que tinha
mais gente imitando minha maneirófila de inventacionar
palavróides estranhafúrdios.
 
>... salvar deste terrível flagelo que requer uma intervenção
> cirúrgica cientifica
 
Para aqueles que estiverem interessados na dita intervenção
cirúrgica que poderá consecutar os objetivos Calilzófilos
(e porque não dizer, Calvinófilos), basta mencionar para
o neurocirurgião que se deseja remover todo o lobo
esquerdo do cérebro (frontal, parietal, dorso-lateral).
Pronto. Isso
deve dar um jeito em qualquer tergiversação
hiper-escalafobética
provocadora das inúmeras cataclismices
linguistico-desgraçóides. Pode ser também que o pau não
levante mais, mas isso é um mero detalhe, hahahahahahaha
 
*PB*
 
 
 
From: Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]
Sent: Monday, May 11, 2015 6:14 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] Manual da linguagem cientifica - Só a ciência pode nos salvar deste flagelo
 
 
 
 
 

Olá Peskófilo. 
 

A sua mensagem falando da "textaiada desgramadamente gigantesca"  teve 92 palavras.
Em homenagem a você foi fiz um resumo da textaiada em 105 palavras:
 

===============================================
 

                  Narrativa sobre o flagelo linguístico que assola a humanidade
 
 
 
"...uma epidemia pestilenta atingiu a humanidade inteira em sua faculdade mais característica, ou seja, no uso da palavra, consistindo essa peste da língua numa perda de força cognoscitiva.   A literatura (e talvez somente a literatura) pode criar os anticorpos que coíbam a expansão desse flagelo lingüístico.” -  Italo Calvino, escritor italiano falecido em 1985
 
 
 
Perdão Italo Calvino, não é a literatura que vai nos salvar deste terrível flagelo que requer uma intervenção cirúrgica cientifica.  A ciência que poderia salvar a humanidade do flagelo linguistico é a "ciência da linguagem" que ainda não está devidamente estruturada.
 
MC
 
 
 
 
 

SUBJECT: Re: [ciencialist] Manual da linguagem cientifica - Só a ciência pode nos salvar deste flagelo
FROM: Mtnos Calil <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/05/2015 18:39

Pronto BW:  aí vão as 30 palavras. 

Segundo  Italo Calvino a humanidade foi vitimada pelo flagelo da imprecisão linguística que apenas a literatura poderia sanar.  Eu penso que somente a ciência da linguagem  poderia exterminar este flagelo. 


Ps. As palavras deste conjunto de 30, formadas por no máximo 3 letras, concentram apenas 9 letras,  que podem ser  equivalentes a uma unica palavra de 9 letras, a exemplo de "linguagem". Neste caso as 30 palavras têm a mesma ordem de grandeza de 22, pois nesta contagem cada letra escrita isoladamente corresponde a uma palavra! 

On Seg 11/05/15 18:09 , "Belmiro Wolski belmirow@yahoo.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 

30!

*BW*



From: Belmiro Wolski belmirow@yahoo.com.br [ciencialist]
Sent: Monday, May 11, 2015 5:43 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] Manual da linguagem cientifica - Só a ciência pode nos salvar deste flagelo

Muito longo...

Faltou saco!

*BW*
 
 

Em Segunda-feira, 11 de Maio de 2015 17:39, "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br> escreveu:
 

 
                                       Narrativa sobre o flagelo linguístico que assola a humanidade
 
"...uma epidemia pestilenta atingiu a humanidade inteira em sua faculdade mais característica, ou seja, no uso da palavra, consistindo essa peste da língua numa perda de força cognoscitiva.   Não me interessa aqui indagar se as origens dessa epidemia devam ser pesquisadas na política, na ideologia, na uniformidade burocrática, na homogeneização dos mass-media ou na difusão acadêmica de uma cultura média. O que me interessa são as possibilidades de salvação. A literatura (e talvez somente a literatura) pode criar os anticorpos que coíbam a expansão desse flagelo lingüístico.” -  Italo Calvino, escritor italiano falecido em 1985
 
Perdão Italo Calvino, que agora está na companhia dos deuses da precisão linguística: não é a literatura que vai nos salvar deste terrível flagelo que requer uma intervenção cirúrgica cientifica.  A ciência que poderia salvar a humanidade do flagelo linguistico é a "ciência da linguagem" que ainda não está devidamente estruturada. Para se estruturar sistemicamente, a linguística precisaria se livrar de outro flagelo da ciência que é especialização. Uma ciência da linguagem humana (ou mesmo não humana) só poderá adquirir uma configuração sistêmica se trabalhar em conjunto com outras ciências como a psicologia, a biologia, a antropologia.
 
Quanto ao flagelo linguístico, o mais grave  é que os cientistas ainda nem tomaram conhecimento da doença, da qual eles próprios foram vitimados. Por isso*, penso** que estamos condenados a viver nesta pandemia enquanto a esquizofrenia linguistica*** não enlouquecer a todos nós. Concordo com a sua idéia de que muitos problemas podem ser resolvidos sem o conhecimento das respectivas causas. Porém, no caso do flagelo linguistico, sendo ele de origem genética, penso que a causa do mal deva ser considerada. Ocorre que o homem criou a palavra com a dupla função de descrever a realidade e de alimentar fantasias de natureza instintiva. Assim a palavra se transformou numa arma de mentira e de destruição.
 
 
 
 




SUBJECT: Re: [ciencialist] Manual da linguagem cientifica - Só a ciência pode nos salvar deste flagelo
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/05/2015 19:12

Nestas condições utilizo uma única palavra: EXCLUIR.
 
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
 
 
Sent: Monday, May 11, 2015 6:02 PM
Subject: Re: Re: [ciencialist] Manual da linguagem cientifica - Só a ciência pode nos salvar deste flagelo
 
 

O texto que fala do flagelo possui 1104 palavras.
Me informe por gentileza qual é, aproximadamente,  a quantidade de palavras que cabe no seu saco
Obrigado!
M.Calil

Em Seg 11/05/15 17:43, Belmiro Wolski belmirow@yahoo.com.br [ciencialist] ciencialist@yahoogrupos.com.br escreveu:

 
Muito longo...
Faltou saco!
*BW*
 


Em Segunda-feira, 11 de Maio de 2015 17:39, "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br> escreveu:
 
 
                                       Narrativa sobre o flagelo linguístico que assola a humanidade

"...uma epidemia pestilenta atingiu a humanidade inteira em sua faculdade mais característica, ou seja, no uso da palavra, consistindo essa peste da língua numa perda de força cognoscitiva.   Não me interessa aqui indagar se as origens dessa epidemia devam ser pesquisadas na política, na ideologia, na uniformidade burocrática, na homogeneização dos mass-media ou na difusão acadêmica de uma cultura média. O que me interessa são as possibilidades de salvação. A literatura (e talvez somente a literatura) pode criar os anticorpos que coíbam a expansão desse flagelo lingüístico.” -  Italo Calvino, escritor italiano falecido em 1985

Perdão Italo Calvino, que agora está na companhia dos deuses da precisão linguística: não é a literatura que vai nos salvar deste terrível flagelo que requer uma intervenção cirúrgica cientifica. A ciência que poderia salvar a humanidade do flagelo linguistico é a "ciência da linguagem" que ainda não está devidamente estruturada. Para se estruturar sistemicamente, a linguística precisaria se livrar de outro flagelo da ciência que é especialização. Uma ciência da linguagem humana (ou mesmo não humana) só poderá adquirir uma configuração sistêmica se trabalhar em conjunto com outras ciências como a psicologia, a biologia, a antropologia.

Quanto ao flagelo linguístico, o mais grave  é que os cientistas ainda nem tomaram conhecimento da doença, da qual eles próprios foram vitimados. Por isso*, penso** que estamos condenados a viver nesta pandemia enquanto a esquizofrenia linguistica*** não enlouquecer a todos nós. Concordo com a sua idéia de que muitos problemas podem ser resolvidos sem o conhecimento das respectivas causas. Porém, no caso do flagelo linguistico, sendo ele de origem genética, penso que a causa do mal deva ser considerada. Ocorre que o homem criou a palavra com a dupla função de descrever a realidade e de alimentar fantasias de natureza instintiva. Assim a palavra se transformou numa arma de mentira e de destruição.
A ambiguidade da palavra, estimado Calvino, está impressa em nossos neurônios. **** Ela serve para o bem e para o mal. É ao mesmo tempo linda, maravihosa, cruel e mortífera.

* Isso = o desconhecimento dos cientistas a respeito do mal
**Usei o verbo pensar no seu sentido legitimo e não no sentido de seu simulacro, o verbo crer.
***A esquizofrenia linguistica é uma variante da esquizofrenia social que milagrosamente foi objeto de um livro de uma psicóloga brasileira- Elza Pádua. Trata-se de uma inovação mundial da qual a midia tem um pavor supremo. Como os midiáticos poderiam combater a maior  fonte dos seus lucros?  (esquizofrenia social é uma expressão da autora e a esquizofrenia linguistica ficou por minha conta...Paciência! )
**** Não estou fazendo uso de uma metáfora ao afirmar a origem genética da ambiguidade linguística. Se quisermos aprimorar a estratégia da precisão linguistica é recomendável reduzirmos ao máximo o uso das metáforas. A origem genética citada constitui uma hipótese que talvez nunca venha a ser comprovada. Formular hipóteses que não podem ser testadas ou comprovadas é um dos ônus da ciência. Outro ônus da ciência é ser submissa aos politicos que não conseguem se livrar do instinto da guerra e de outros instintos malévolos como o da dominação,  que chamam de "Poder".  Para os politicos a ambição pelo poder é algo natural da espécie humana. É natural mesmo! Por isso a cultura é incapaz de extirpar esse mal.
Mtnos Calil



Com a palavra Italo Calvino (
Escritor italiano, 1923-1985) que morreu antes de proferir uma palestra em Harvard que ficou registrada num texto datilografado:
  • A precisão, para os antigos egípcios, era simbolizada por uma pluma que servia de peso num dos pratos da balança em que se pesavam as almas. Essa pluma levíssima tinha o nome de Maat, deusa da balança. O hieróglifo de Maat indicava igualmente a unidade de comprimento — os 33 cm do tijolo unitário — e também o tom fundamental da flauta.
  • Essas informações provêm de uma conferência de Giorgio de Santillana sobre a precisão dos antigos no observar dos fenômenos celestes, conferência que ouvi na Itália em 1963 e que exerceu sobre mim profunda influência. Desde que aqui cheguei, tenho pensado freqüentemente em Santillana, por ter sido ele o meu cicerone em Massachusetts quando de minha primeira visita a este país em 1960. Em lembrança de sua amizade, abro esta conferência sobre a exatidão na literatura invocando o nome de Maat, a deusa da balança. Tanto mais que Balança é o meu signo zodiacal.
  • Antes de mais nada, procurarei definir o tema. Para mim, exatidão quer dizer principalmente três coisas: (1) um projeto de obra bem definido e calculado; (2) a evocação de imagens visuais nítidas, incisivas, memoráveis: temos em italiano um adjetivo que não existe em inglês, icastico, do grego eikastikos; (3) uma linguagem que seja a mais precisa possível como léxico e em sua capacidade de traduzir as nuanças do pensamento e da imaginação.
  • Por que me vem a necessidade de defender valores que a muitos parecerão simplesmente óbvios? Creio que o meu primeiro impulso decorra de uma hipersensibilidade ou alergia pessoal: a linguagem me parece sempre usada de modo aproximativo, casual, descuidado, e isso me causa intolerável repúdio. Que não vejam nessa reação minha um sinal de intolerância para com o próximo: sinto um repúdio ainda maior quando me ouço a mim mesmo. Por isso procuro falar o mínimo possível, e se prefiro escrever é que, escrevendo, posso emendar cada frase tantas vezes quanto ache necessário para chegar, não digo a me sentir satisfeito com minhas palavras, mas pelo menos a eliminar as razões de insatisfação de que me posso dar conta. A literatura — quero dizer, aquela que responde a essas exigências — é a Terra Prometida em que a linguagem se torna aquilo que na verdade deveria ser.
  • Às vezes me parece que uma epidemia pestilenta atingiu a humanidade inteira em sua faculdade mais característica, ou seja, no uso da palavra, consistindo essa peste da língua numa perda de força cognoscitiva e de imediaticidade, como um automatismo que tendesse a nivelar a expressão em fórmulas mais genéricas, anônimas, abstratas, a diluir os significados, a embotar os pontos expressivos, a extinguir toda centelha que crepite no encontro das palavras com novas circunstâncias.
  • Não me interessa aqui indagar se as origens dessa epidemia devam ser pesquisadas na política, na ideologia, na uniformidade burocrática, na homogeneização dos mass-media ou na difusão acadêmica de uma cultura média. O que me interessa são as possibilidades de salvação. A literatura (e talvez somente a literatura) pode criar os anticorpos que coíbam a expansão desse flagelo lingüístico.”
 
Seis propostas para o próximo milênio — “Exatidão” — Tradução de Ivo Barroso. (Companhia das Letras, 1991)
 
https://www.google.com.br/webhp?sourceid=chrome-instant&ion=1&espv=2&ie=UTF-8#q=livro+Exatid%C3%A3o%2C+Italo+Calvino+download

Sobre a Natureza da Ciência da Linguagem
http://www.pucrs.br/letras/pos/logica/natcien.htm
( Uma questão problemática de Filosofia da Lingüística)
Considere a afirmação (a) e as perguntas (b) e (c) relativas a (a):
  1. A Lingüística é a ciência da linguagem humana.
  2. Qual a natureza de seu método?
  3. Qual a natureza de seu objeto?
Enquanto (a) representa, certamente, uma afirmação verdadeira e trivial para a comunidade mais ampla dos lingüistas, (b) e (c) são perguntas sobre as quais não há absolutamente consenso, e que determinam um debate de extrema sofisticação mesmo que entre membros da mesma escola.

De fato, ainda que imprecisa e panorâmica, uma breve inspeção na história contemporânea da Lingüistica já é suficiente para justificar a constatação de que há um inegável desacordo entre alguns dos mais expressivos teóricos dessa disciplina. Para Saussure (1916), (a) é uma afirmação verdadeira desde que a resposta a (c) considere a linguagem humana constituída essencialmente pela língua, enquanto conjunto de signos depositado na mente dos usuários pela prática pessoal da fala e desde que a resposta a (b) defina a Lingüística como um ramo da Semiologia ou Psicologia Social, entendidas como uma espécie de Teoria da Comunicação; Chomsky (1986) também aceita, (a), mas não concordaria, absolutamente, com a resposta a (b) e (c) de seu antecessor.

Para o fundador da teoria gerativista, a faculdade da linguagem é a expressão de uma propriedade inata da natureza humana, cujo caráter essencial é uma espécie de gramática universal geneticamente determinada, e isso responde a (c). Quanto a (b), Chomsky considera que a Lingüística é um ramo da Psicologia Cognitiva, como ciência natural capaz de explicar como tal propriedade da mente/cérebro do ser humano se constitui e como possibilita a aquisição, o conhecimento e o uso da linguagem.

Contemporâneo de Chomsky e um dos seus mais expressivos adversários teóricos, Montague (1970) somente poderia aceitar (a) desde que a resposta a (c) seja encaminhada no sentido de que a linguagem natural não se distingue, em sua essência, das linguagens construídas e desde que a resposta a (bobtenha a firmação de que a Lingüística é um ramo da matemática enquanto ciência formal.
Considere agora mais duas questões:
d) Se a Lingüística é a ciência da linguagem humana, que disciplina estuda os fundamentos de tal ciência?
e) Como se constitui tal disciplina?
A resposta a (d) envolve algumas observações preliminares. Toda a disciplina vai-se estabelecendo, historicamente, em sua cientificidade, mediante uma construção de conhecimentos proporcionados pela justa relação entre seu método e seu objeto, justificada pela plausibilidade de seus fundamentos. A construção propriamente dita caracteriza a teoria científica como tal; o estudo dos seus fundamentos, a filosofia daquela disciplina. Tal tem sido a história da Lingüística; paralelamente ao desenvolvimento de sua teoria, vão-se estabelecendo os fundamentos que a sustentam.

É justamente por isso, aliás, que os pioneiros de sua história como ciência têm sido, ao mesmo tempo, cientistas e filósofos de sua disciplina. Se Saussure, Chomsky e Montague, entre outros, trouxeram uma reconhecida contribuição a sua área de conhecimento é, sem dúvida, porque fizeram, concomitantemente, ciência e filosofia. Nesse sentido, então, encaminha-se para (d), a resposta de que se a Lingüística é a ciência da linguagem humana, a Filosofia da Lingüística é a disciplina que estuda os fundamentos de tal ciência.
A abordagem da questão (e) também merece algumas prévias considerações. Se a história da Lingüística, como se sugeriu, tem sido acompanhada pela história da Filosofia da Lingüística, é bem verdade que o desenvolvimento desta última tem ocorrido de forma intrínseca ao desenvolvimento da primeira. Isto significa, em última análise, que o estudo da teoria e de seus fundamentos tem avançado de maneira naturalmente conjugada de modo a não parece necessário o estabelecimento de uma disciplina específica como Filosofia da Lingüística. Realmente, parece trivial que a filosofia de uma área de conhecimento, que começa a construir-se como ciência, constitua-se, inicialmente, de forma implícita, para só ocupar um espaço mais específico a posteriori.

Nesses termos, se a Lingüística teórica é uma disciplina que apenas nesse século começa a solidificar-se em seu estatuto de cientificidade, é razoável que só agora a Filosofia da Lingüística comece a estabelecer-se como uma necessidade própria de investigação. Conseqüência disso, as formas de se encaminhar tal disciplina, o que constituiria a sua metodologia, não são senão alguns princípios muito gerais que podem ser sistematizados de maneira a tornar o estudo dos fundamentos da Lingüística consistente a ponto de caracterizá-la naquilo em que ela se pretende rigorosa e de esclarecê-la quanto às diversas formas de concebê-la. A resposta a (e), então, que propomos, passa por um pequeno conjunto de critérios cuja finalidade não é senão dotar a Filosofia da Lingüística de uma maior capacidade de avaliação das condições que constituem a disciplina que investiga.
1 Critério da Distinção entre Lingüística Pura e Aplicada
Trata-se de separar o conhecimento teórico a ser produzido com objetivos especificamente científicos, a saber, o da verdade sobre a natureza do objeto a ser esclarecido, do conhecimento aplicado diretamente a aspectos da realidade ou, indiretamente, através da relação com outras disciplinas. Por exemplo, trata-se de distinguir entre o conhecimento que busca, a partir do anterior, formas de ensinar uma segunda língua a uma criança.
2 Critério da distinção de Níveis de Constituição da Teoria Lingüística
A proposta aqui, é a de que se distingam os seguintes níveis: o nível da linguagem enquanto fenômeno geral acessível ao senso comum; o nível da linguagem enquanto objeto construído já no interior de uma teoria com perspectivas científicas; o nível da teoria lingüística, enquanto sistema de conceitos estruturados, o nível metateórico, ou de princípios que regem a metodologia de uma dada teoria lingüística e o nível de compromissos filosóficos, por exemplo, ontológicos, que sustentam todo o edifício teórico.
3 Critério de Tensão entre o Método Lingüístico e o seu Objeto
O critério acima sugere que se considere como essencial para o conhecimento científico a adequada tensão entre o método de investigação lingüística e as propriedades do seu objeto a serem esclarecidas. No interior de uma teoria lingüística, tal adequação consiste no surgimento de problemas que possam ser tratáveis e cujo tratamento permita originar problemas novos que caracterizam programas de investigação. Este critério sugere, ainda, que só dentro de tal relação é que se determina a relevância das propriedades do objeto e de seu método.
4 Critério da Distinção entre Propriedades Formais e Empíricas da Teoria Lingüística
Trata-se de distinguir a condição de uma teoria de adequar-se à experiência lingüística, considerando a evidência dos dados, da sua capacidade de expressar-se em uma linguagem formal, considerando-se questões de consistência, por exemplo, e outras.
5 Critério de Tensão entre Adequação Descritiva e Adequação Explanatória na Teoria Lingüística
Este critério consiste na necessidade de se entender o papel teórico da relação entre atividade de descrição lingüística e a de explanação. Sem descrição, a explanação pode ser indesejavelmente geral e sem valor explanatório, a descrição é vazia.
6 Critério da Avaliação Histórica dos Programas de Investigação Lingüística
Entende-se por este critério a condição de possibilidade de avaliação histórica dos resultados de um programa de pesquisa lingüística. Garante-se, através dele, a evolução da racionalidade científica na área, potencializando-se o progresso na construção de problemas lingüísticos relevantes e evitando-se a circularidade de propostas já ultrapassadas.
Uma vez caracterizados tais critérios, fica encaminhada a resposta à questão (e) e já se tem um conjunto mínimo de condições capazes de orientar o debate sobre (f), a problemática e central questão para a Filosofia da Lingüística, sugerida no início do presente texto.
(f) É a Lingüística uma ciência natural, formal ou social?

Referências Bibliográficas
CHOMSKY, N. (1984) Modular Approaches to the Study of the Mind. San Diego: San Diego University Press.
CHOMSKY, N. (1986) Knowledge of Language. Its Nature, Origin and Use. New York. Praeger
CHOMSKY, N. (1993) Language and Thought. London. Moyer Bell.
EARMAN, j. (ed) (1972) Inference, Explanation and Other Frustrations - Essays in the Philosophy of Science. Berckeley. University of California Press.
KATZ, J. (1985) The Philosophy of Linguistics. Oxford. Oxford University Press.
MONTAGUE,R.(1970) Formal Philosophy. New Haven. Yale University Press.
SAUSSURE, F. (1916/1974) Cours de Linguistique Générale. Paris. Payot.


------=_Part_692276_2011)

SUBJECT: Re: [ciencialist] Manual da linguagem cientifica - Só a ciência pode nos salvar deste flagelo
FROM: Mtnos Calil <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/05/2015 19:17

O que V.Sa. quiz dizer com o termo "condições"? 

MC

Ps. Lembro que no saco de BW cabem 30 palavras (para este assunto). E o saco do PB não se sentiu inflado com 41 palavras! 



On Seg 11/05/15 19:12 , "'Alberto Mesquita Filho' albmesq@uol.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 

Nestas condições utilizo uma única palavra: EXCLUIR.
 
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
 
 
Sent: Monday, May 11, 2015 6:02 PM
Subject: Re: Re: [ciencialist] Manual da linguagem cientifica - Só a ciência pode nos salvar deste flagelo
 
 

O texto que fala do flagelo possui 1104 palavras.
Me informe por gentileza qual é, aproximadamente,  a quantidade de palavras que cabe no seu saco
Obrigado!
M.Calil

Em Seg 11/05/15 17:43, Belmiro Wolski belmirow@yahoo.com.br [ciencialist] ciencialist@yahoogrupos.com.br escreveu:

 
Muito longo...
Faltou saco!
*BW*
 


Em Segunda-feira, 11 de Maio de 2015 17:39, "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" escreveu:
 
 
                                       Narrativa sobre o flagelo linguístico que assola a humanidade

"...uma epidemia pestilenta atingiu a humanidade inteira em sua faculdade mais característica, ou seja, no uso da palavra, consistindo essa peste da língua numa perda de força cognoscitiva.   Não me interessa aqui indagar se as origens dessa epidemia devam ser pesquisadas na política, na ideologia, na uniformidade burocrática, na homogeneização dos mass-media ou na difusão acadêmica de uma cultura média. O que me interessa são as possibilidades de salvação. A literatura (e talvez somente a literatura) pode criar os anticorpos que coíbam a expansão desse flagelo lingüístico.” -  Italo Calvino, escritor italiano falecido em 1985

Perdão Italo Calvino, que agora está na companhia dos deuses da precisão linguística: não é a literatura que vai nos salvar deste terrível flagelo que requer uma intervenção cirúrgica cientifica. A ciência que poderia salvar a humanidade do flagelo linguistico é a "ciência da linguagem" que ainda não está devidamente estruturada. Para se estruturar sistemicamente, a linguística precisaria se livrar de outro flagelo da ciência que é especialização. Uma ciência da linguagem humana (ou mesmo não humana) só poderá adquirir uma configuração sistêmica se trabalhar em conjunto com outras ciências como a psicologia, a biologia, a antropologia.

Quanto ao flagelo linguístico, o mais grave  é que os cientistas ainda nem tomaram conhecimento da doença, da qual eles próprios foram vitimados. Por isso*, penso** que estamos condenados a viver nesta pandemia enquanto a esquizofrenia linguistica*** não enlouquecer a todos nós. Concordo com a sua idéia de que muitos problemas podem ser resolvidos sem o conhecimento das respectivas causas. Porém, no caso do flagelo linguistico, sendo ele de origem genética, penso que a causa do mal deva ser considerada. Ocorre que o homem criou a palavra com a dupla função de descrever a realidade e de alimentar fantasias de natureza instintiva. Assim a palavra se transformou numa arma de mentira e de destruição.
A ambiguidade da palavra, estimado Calvino, está impressa em nossos neurônios. **** Ela serve para o bem e para o mal. É ao mesmo tempo linda, maravihosa, cruel e mortífera.

* Isso = o desconhecimento dos cientistas a respeito do mal
**Usei o verbo pensar no seu sentido legitimo e não no sentido de seu simulacro, o verbo crer.
***A esquizofrenia linguistica é uma variante da esquizofrenia social que milagrosamente foi objeto de um livro de uma psicóloga brasileira- Elza Pádua. Trata-se de uma inovação mundial da qual a midia tem um pavor supremo. Como os midiáticos poderiam combater a maior  fonte dos seus lucros?  (esquizofrenia social é uma expressão da autora e a esquizofrenia linguistica ficou por minha conta...Paciência! )
**** Não estou fazendo uso de uma metáfora ao afirmar a origem genética da ambiguidade linguística. Se quisermos aprimorar a estratégia da precisão linguistica é recomendável reduzirmos ao máximo o uso das metáforas. A origem genética citada constitui uma hipótese que talvez nunca venha a ser comprovada. Formular hipóteses que não podem ser testadas ou comprovadas é um dos ônus da ciência. Outro ônus da ciência é ser submissa aos politicos que não conseguem se livrar do instinto da guerra e de outros instintos malévolos como o da dominação,  que chamam de "Poder".  Para os politicos a ambição pelo poder é algo natural da espécie humana. É natural mesmo! Por isso a cultura é incapaz de extirpar esse mal.
Mtnos Calil



Com a palavra Italo Calvino (
Escritor italiano, 1923-1985) que morreu antes de proferir uma palestra em Harvard que ficou registrada num texto datilografado:
  • A precisão, para os antigos egípcios, era simbolizada por uma pluma que servia de peso num dos pratos da balança em que se pesavam as almas. Essa pluma levíssima tinha o nome de Maat, deusa da balança. O hieróglifo de Maat indicava igualmente a unidade de comprimento — os 33 cm do tijolo unitário — e também o tom fundamental da flauta.
  • Essas informações provêm de uma conferência de Giorgio de Santillana sobre a precisão dos antigos no observar dos fenômenos celestes, conferência que ouvi na Itália em 1963 e que exerceu sobre mim profunda influência. Desde que aqui cheguei, tenho pensado freqüentemente em Santillana, por ter sido ele o meu cicerone em Massachusetts quando de minha primeira visita a este país em 1960. Em lembrança de sua amizade, abro esta conferência sobre a exatidão na literatura invocando o nome de Maat, a deusa da balança. Tanto mais que Balança é o meu signo zodiacal.
  • Antes de mais nada, procurarei definir o tema. Para mim, exatidão quer dizer principalmente três coisas: (1) um projeto de obra bem definido e calculado; (2) a evocação de imagens visuais nítidas, incisivas, memoráveis: temos em italiano um adjetivo que não existe em inglês, icastico, do grego eikastikos; (3) uma linguagem que seja a mais precisa possível como léxico e em sua capacidade de traduzir as nuanças do pensamento e da imaginação.
  • Por que me vem a necessidade de defender valores que a muitos parecerão simplesmente óbvios? Creio que o meu primeiro impulso decorra de uma hipersensibilidade ou alergia pessoal: a linguagem me parece sempre usada de modo aproximativo, casual, descuidado, e isso me causa intolerável repúdio. Que não vejam nessa reação minha um sinal de intolerância para com o próximo: sinto um repúdio ainda maior quando me ouço a mim mesmo. Por isso procuro falar o mínimo possível, e se prefiro escrever é que, escrevendo, posso emendar cada frase tantas vezes quanto ache necessário para chegar, não digo a me sentir satisfeito com minhas palavras, mas pelo menos a eliminar as razões de insatisfação de que me posso dar conta. A literatura — quero dizer, aquela que responde a essas exigências — é a Terra Prometida em que a linguagem se torna aquilo que na verdade deveria ser.
  • Às vezes me parece que uma epidemia pestilenta atingiu a humanidade inteira em sua faculdade mais característica, ou seja, no uso da palavra, consistindo essa peste da língua numa perda de força cognoscitiva e de imediaticidade, como um automatismo que tendesse a nivelar a expressão em fórmulas mais genéricas, anônimas, abstratas, a diluir os significados, a embotar os pontos expressivos, a extinguir toda centelha que crepite no encontro das palavras com novas circunstâncias.
  • Não me interessa aqui indagar se as origens dessa epidemia devam ser pesquisadas na política, na ideologia, na uniformidade burocrática, na homogeneização dos mass-media ou na difusão acadêmica de uma cultura média. O que me interessa são as possibilidades de salvação. A literatura (e talvez somente a literatura) pode criar os anticorpos que coíbam a expansão desse flagelo lingüístico.”
 
Seis propostas para o próximo milênio — “Exatidão” — Tradução de Ivo Barroso. (Companhia das Letras, 1991)
 
https://www.google.com.br/webhp?sourceid=chrome-instant&ion=1&espv=2&ie=UTF-8#q=livro+Exatid%C3%A3o%2C+Italo+Calvino+download

Sobre a Natureza da Ciência da Linguagem
http://www.pucrs.br/letras/pos/logica/natcien.htm
( Uma questão problemática de Filosofia da Lingüística)
Considere a afirmação (a) e as perguntas (b) e (c) relativas a (a):
  1. A Lingüística é a ciência da linguagem humana.
  2. Qual a natureza de seu método?
  3. Qual a natureza de seu objeto?
Enquanto (a) representa, certamente, uma afirmação verdadeira e trivial para a comunidade mais ampla dos lingüistas, (b) e (c) são perguntas sobre as quais não há absolutamente consenso, e que determinam um debate de extrema sofisticação mesmo que entre membros da mesma escola.

De fato, ainda que imprecisa e panorâmica, uma breve inspeção na história contemporânea da Lingüistica já é suficiente para justificar a constatação de que há um inegável desacordo entre alguns dos mais expressivos teóricos dessa disciplina. Para Saussure (1916), (a) é uma afirmação verdadeira desde que a resposta a (c) considere a linguagem humana constituída essencialmente pela língua, enquanto conjunto de signos depositado na mente dos usuários pela prática pessoal da fala e desde que a resposta a (b) defina a Lingüística como um ramo da Semiologia ou Psicologia Social, entendidas como uma espécie de Teoria da Comunicação; Chomsky (1986) também aceita, (a), mas não concordaria, absolutamente, com a resposta a (b) e (c) de seu antecessor.

Para o fundador da teoria gerativista, a faculdade da linguagem é a expressão de uma propriedade inata da natureza humana, cujo caráter essencial é uma espécie de gramática universal geneticamente determinada, e isso responde a (c). Quanto a (b), Chomsky considera que a Lingüística é um ramo da Psicologia Cognitiva, como ciência natural capaz de explicar como tal propriedade da mente/cérebro do ser humano se constitui e como possibilita a aquisição, o conhecimento e o uso da linguagem.

Contemporâneo de Chomsky e um dos seus mais expressivos adversários teóricos, Montague (1970) somente poderia aceitar (a) desde que a resposta a (c) seja encaminhada no sentido de que a linguagem natural não se distingue, em sua essência, das linguagens construídas e desde que a resposta a (bobtenha a firmação de que a Lingüística é um ramo da matemática enquanto ciência formal.
Considere agora mais duas questões:
d) Se a Lingüística é a ciência da linguagem humana, que disciplina estuda os fundamentos de tal ciência?
e) Como se constitui tal disciplina?
A resposta a (d) envolve algumas observações preliminares. Toda a disciplina vai-se estabelecendo, historicamente, em sua cientificidade, mediante uma construção de conhecimentos proporcionados pela justa relação entre seu método e seu objeto, justificada pela plausibilidade de seus fundamentos. A construção propriamente dita caracteriza a teoria científica como tal; o estudo dos seus fundamentos, a filosofia daquela disciplina. Tal tem sido a história da Lingüística; paralelamente ao desenvolvimento de sua teoria, vão-se estabelecendo os fundamentos que a sustentam.

É justamente por isso, aliás, que os pioneiros de sua história como ciência têm sido, ao mesmo tempo, cientistas e filósofos de sua disciplina. Se Saussure, Chomsky e Montague, entre outros, trouxeram uma reconhecida contribuição a sua área de conhecimento é, sem dúvida, porque fizeram, concomitantemente, ciência e filosofia. Nesse sentido, então, encaminha-se para (d), a resposta de que se a Lingüística é a ciência da linguagem humana, a Filosofia da Lingüística é a disciplina que estuda os fundamentos de tal ciência.
A abordagem da questão (e) também merece algumas prévias considerações. Se a história da Lingüística, como se sugeriu, tem sido acompanhada pela história da Filosofia da Lingüística, é bem verdade que o desenvolvimento desta última tem ocorrido de forma intrínseca ao desenvolvimento da primeira. Isto significa, em última análise, que o estudo da teoria e de seus fundamentos tem avançado de maneira naturalmente conjugada de modo a não parece necessário o estabelecimento de uma disciplina específica como Filosofia da Lingüística. Realmente, parece trivial que a filosofia de uma área de conhecimento, que começa a construir-se como ciência, constitua-se, inicialmente, de forma implícita, para só ocupar um espaço mais específico a posteriori.

Nesses termos, se a Lingüística teórica é uma disciplina que apenas nesse século começa a solidificar-se em seu estatuto de cientificidade, é razoável que só agora a Filosofia da Lingüística comece a estabelecer-se como uma necessidade própria de investigação. Conseqüência disso, as formas de se encaminhar tal disciplina, o que constituiria a sua metodologia, não são senão alguns princípios muito gerais que podem ser sistematizados de maneira a tornar o estudo dos fundamentos da Lingüística consistente a ponto de caracterizá-la naquilo em que ela se pretende rigorosa e de esclarecê-la quanto às diversas formas de concebê-la. A resposta a (e), então, que propomos, passa por um pequeno conjunto de critérios cuja finalidade não é senão dotar a Filosofia da Lingüística de uma maior capacidade de avaliação das condições que constituem a disciplina que investiga.
1 Critério da Distinção entre Lingüística Pura e Aplicada
Trata-se de separar o conhecimento teórico a ser produzido com objetivos especificamente científicos, a saber, o da verdade sobre a natureza do objeto a ser esclarecido, do conhecimento aplicado diretamente a aspectos da realidade ou, indiretamente, através da relação com outras disciplinas. Por exemplo, trata-se de distinguir entre o conhecimento que busca, a partir do anterior, formas de ensinar uma segunda língua a uma criança.
2 Critério da distinção de Níveis de Constituição da Teoria Lingüística
A proposta aqui, é a de que se distingam os seguintes níveis: o nível da linguagem enquanto fenômeno geral acessível ao senso comum; o nível da linguagem enquanto objeto construído já no interior de uma teoria com perspectivas científicas; o nível da teoria lingüística, enquanto sistema de conceitos estruturados, o nível metateórico, ou de princípios que regem a metodologia de uma dada teoria lingüística e o nível de compromissos filosóficos, por exemplo, ontológicos, que sustentam todo o edifício teórico.
3 Critério de Tensão entre o Método Lingüístico e o seu Objeto
O critério acima sugere que se considere como essencial para o conhecimento científico a adequada tensão entre o método de investigação lingüística e as propriedades do seu objeto a serem esclarecidas. No interior de uma teoria lingüística, tal adequação consiste no surgimento de problemas que possam ser tratáveis e cujo tratamento permita originar problemas novos que caracterizam programas de investigação. Este critério sugere, ainda, que só dentro de tal relação é que se determina a relevância das propriedades do objeto e de seu método.
4 Critério da Distinção entre Propriedades Formais e Empíricas da Teoria Lingüística
Trata-se de distinguir a condição de uma teoria de adequar-se à experiência lingüística, considerando a evidência dos dados, da sua capacidade de expressar-se em uma linguagem formal, considerando-se questões de consistência, por exemplo, e outras.
5 Critério de Tensão entre Adequação Descritiva e Adequação Explanatória na Teoria Lingüística
Este critério consiste na necessidade de se entender o papel teórico da relação entre atividade de descrição lingüística e a de explanação. Sem descrição, a explanação pode ser indesejavelmente geral e sem valor explanatório, a descrição é vazia.
6 Critério da Avaliação Histórica dos Programas de Investigação Lingüística
Entende-se por este critério a condição de possibilidade de avaliação histórica dos resultados de um programa de pesquisa lingüística. Garante-se, através dele, a evolução da racionalidade científica na área, potencializando-se o progresso na construção de problemas lingüísticos relevantes e evitando-se a circularidade de propostas já ultrapassadas.
Uma vez caracterizados tais critérios, fica encaminhada a resposta à questão (e) e já se tem um conjunto mínimo de condições capazes de orientar o debate sobre (f), a problemática e central questão para a Filosofia da Lingüística, sugerida no início do presente texto.
(f) É a Lingüística uma ciência natural, formal ou social?

Referências Bibliográficas
CHOMSKY, N. (1984) Modular Approaches to the Study of the Mind. San Diego: San Diego University Press.
CHOMSKY, N. (1986) Knowledge of Language. Its Nature, Origin and Use. New York. Praeger
CHOMSKY, N. (1993) Language and Thought. London. Moyer Bell.
EARMAN, j. (ed) (1972) Inference, Explanation and Other Frustrations - Essays in the Philosophy of Science. Berckeley. University of California Press.
KATZ, J. (1985) The Philosophy of Linguistics. Oxford. Oxford University Press.
MONTAGUE,R.(1970) Formal Philosophy. New Haven. Yale University Press.
SAUSSURE, F. (1916/1974) Cours de Linguistique Générale. Paris. Payot.


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Manual da linguagem cientifica - Só a ciência pode nos salvar deste flagelo
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/05/2015 23:49

Utilizei a palavra fora do contexto, mas como estamos em uma fase de economizar palavras e para o bom entendedor meia palavra basta, vou parar por aqui (27 palavras).
 
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
 
 
 
Sent: Monday, May 11, 2015 7:17 PM
Subject: Re: [ciencialist] Manual da linguagem cientifica - Só a ciência pode nos salvar deste flagelo
 
 

O que V.Sa. quiz dizer com o termo "condições"?

 
MC
 
Ps. Lembro que no saco de BW cabem 30 palavras (para este assunto). E o saco do PB não se sentiu inflado com 41 palavras!



On Seg 11/05/15 19:12 , "'Alberto Mesquita Filho' albmesq@uol.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 
Nestas condições utilizo uma única palavra: EXCLUIR.
 
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
 
 
Sent: Monday, May 11, 2015 6:02 PM
Subject: Re: Re: [ciencialist] Manual da linguagem cientifica - Só a ciência pode nos salvar deste flagelo
 
 

O texto que fala do flagelo possui 1104 palavras.
Me informe por gentileza qual é, aproximadamente,  a quantidade de palavras que cabe no seu saco
Obrigado!
M.Calil

Em Seg 11/05/15 17:43, Belmiro Wolski belmirow@yahoo.com.br [ciencialist] ciencialist@yahoogrupos.com.br escreveu:

 
Muito longo...
Faltou saco!
*BW*
 


Em Segunda-feira, 11 de Maio de 2015 17:39, "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" escreveu:
 
 
                                       Narrativa sobre o flagelo linguístico que assola a humanidade

"...uma epidemia pestilenta atingiu a humanidade inteira em sua faculdade mais característica, ou seja, no uso da palavra, consistindo essa peste da língua numa perda de força cognoscitiva.   Não me interessa aqui indagar se as origens dessa epidemia devam ser pesquisadas na política, na ideologia, na uniformidade burocrática, na homogeneização dos mass-media ou na difusão acadêmica de uma cultura média. O que me interessa são as possibilidades de salvação. A literatura (e talvez somente a literatura) pode criar os anticorpos que coíbam a expansão desse flagelo lingüístico.” -  Italo Calvino, escritor italiano falecido em 1985

Perdão Italo Calvino, que agora está na companhia dos deuses da precisão linguística: não é a literatura que vai nos salvar deste terrível flagelo que requer uma intervenção cirúrgica cientifica. A ciência que poderia salvar a humanidade do flagelo linguistico é a "ciência da linguagem" que ainda não está devidamente estruturada. Para se estruturar sistemicamente, a linguística precisaria se livrar de outro flagelo da ciência que é especialização. Uma ciência da linguagem humana (ou mesmo não humana) só poderá adquirir uma configuração sistêmica se trabalhar em conjunto com outras ciências como a psicologia, a biologia, a antropologia.

Quanto ao flagelo linguístico, o mais grave  é que os cientistas ainda nem tomaram conhecimento da doença, da qual eles próprios foram vitimados. Por isso*, penso** que estamos condenados a viver nesta pandemia enquanto a esquizofrenia linguistica*** não enlouquecer a todos nós. Concordo com a sua idéia de que muitos problemas podem ser resolvidos sem o conhecimento das respectivas causas. Porém, no caso do flagelo linguistico, sendo ele de origem genética, penso que a causa do mal deva ser considerada. Ocorre que o homem criou a palavra com a dupla função de descrever a realidade e de alimentar fantasias de natureza instintiva. Assim a palavra se transformou numa arma de mentira e de destruição.
A ambiguidade da palavra, estimado Calvino, está impressa em nossos neurônios. **** Ela serve para o bem e para o mal. É ao mesmo tempo linda, maravihosa, cruel e mortífera.

* Isso = o desconhecimento dos cientistas a respeito do mal
**Usei o verbo pensar no seu sentido legitimo e não no sentido de seu simulacro, o verbo crer.
***A esquizofrenia linguistica é uma variante da esquizofrenia social que milagrosamente foi objeto de um livro de uma psicóloga brasileira- Elza Pádua. Trata-se de uma inovação mundial da qual a midia tem um pavor supremo. Como os midiáticos poderiam combater a maior  fonte dos seus lucros?  (esquizofrenia social é uma expressão da autora e a esquizofrenia linguistica ficou por minha conta...Paciência! )
**** Não estou fazendo uso de uma metáfora ao afirmar a origem genética da ambiguidade linguística. Se quisermos aprimorar a estratégia da precisão linguistica é recomendável reduzirmos ao máximo o uso das metáforas. A origem genética citada constitui uma hipótese que talvez nunca venha a ser comprovada. Formular hipóteses que não podem ser testadas ou comprovadas é um dos ônus da ciência. Outro ônus da ciência é ser submissa aos politicos que não conseguem se livrar do instinto da guerra e de outros instintos malévolos como o da dominação,  que chamam de "Poder".  Para os politicos a ambição pelo poder é algo natural da espécie humana. É natural mesmo! Por isso a cultura é incapaz de extirpar esse mal.
Mtnos Calil



Com a palavra Italo Calvino (
Escritor italiano, 1923-1985) que morreu antes de proferir uma palestra em Harvard que ficou registrada num texto datilografado:
  • A precisão, para os antigos egípcios, era simbolizada por uma pluma que servia de peso num dos pratos da balança em que se pesavam as almas. Essa pluma levíssima tinha o nome de Maat, deusa da balança. O hieróglifo de Maat indicava igualmente a unidade de comprimento — os 33 cm do tijolo unitário — e também o tom fundamental da flauta.
  • Essas informações provêm de uma conferência de Giorgio de Santillana sobre a precisão dos antigos no observar dos fenômenos celestes, conferência que ouvi na Itália em 1963 e que exerceu sobre mim profunda influência. Desde que aqui cheguei, tenho pensado freqüentemente em Santillana, por ter sido ele o meu cicerone em Massachusetts quando de minha primeira visita a este país em 1960. Em lembrança de sua amizade, abro esta conferência sobre a exatidão na literatura invocando o nome de Maat, a deusa da balança. Tanto mais que Balança é o meu signo zodiacal.
  • Antes de mais nada, procurarei definir o tema. Para mim, exatidão quer dizer principalmente três coisas: (1) um projeto de obra bem definido e calculado; (2) a evocação de imagens visuais nítidas, incisivas, memoráveis: temos em italiano um adjetivo que não existe em inglês, icastico, do grego eikastikos; (3) uma linguagem que seja a mais precisa possível como léxico e em sua capacidade de traduzir as nuanças do pensamento e da imaginação.
  • Por que me vem a necessidade de defender valores que a muitos parecerão simplesmente óbvios? Creio que o meu primeiro impulso decorra de uma hipersensibilidade ou alergia pessoal: a linguagem me parece sempre usada de modo aproximativo, casual, descuidado, e isso me causa intolerável repúdio. Que não vejam nessa reação minha um sinal de intolerância para com o próximo: sinto um repúdio ainda maior quando me ouço a mim mesmo. Por isso procuro falar o mínimo possível, e se prefiro escrever é que, escrevendo, posso emendar cada frase tantas vezes quanto ache necessário para chegar, não digo a me sentir satisfeito com minhas palavras, mas pelo menos a eliminar as razões de insatisfação de que me posso dar conta. A literatura — quero dizer, aquela que responde a essas exigências — é a Terra Prometida em que a linguagem se torna aquilo que na verdade deveria ser.
  • Às vezes me parece que uma epidemia pestilenta atingiu a humanidade inteira em sua faculdade mais característica, ou seja, no uso da palavra, consistindo essa peste da língua numa perda de força cognoscitiva e de imediaticidade, como um automatismo que tendesse a nivelar a expressão em fórmulas mais genéricas, anônimas, abstratas, a diluir os significados, a embotar os pontos expressivos, a extinguir toda centelha que crepite no encontro das palavras com novas circunstâncias.
  • Não me interessa aqui indagar se as origens dessa epidemia devam ser pesquisadas na política, na ideologia, na uniformidade burocrática, na homogeneização dos mass-media ou na difusão acadêmica de uma cultura média. O que me interessa são as possibilidades de salvação. A literatura (e talvez somente a literatura) pode criar os anticorpos que coíbam a expansão desse flagelo lingüístico.”
 
Seis propostas para o próximo milênio — “Exatidão” — Tradução de Ivo Barroso. (Companhia das Letras, 1991)
 
https://www.google.com.br/webhp?sourceid=chrome-instant&ion=1&espv=2&ie=UTF-8#q=livro+Exatid%C3%A3o%2C+Italo+Calvino+download

Sobre a Natureza da Ciência da Linguagem
http://www.pucrs.br/letras/pos/logica/natcien.htm
( Uma questão problemática de Filosofia da Lingüística)
Considere a afirmação (a) e as perguntas (b) e (c) relativas a (a):
  1. A Lingüística é a ciência da linguagem humana.
  2. Qual a natureza de seu método?
  3. Qual a natureza de seu objeto?
Enquanto (a) representa, certamente, uma afirmação verdadeira e trivial para a comunidade mais ampla dos lingüistas, (b) e (c) são perguntas sobre as quais não há absolutamente consenso, e que determinam um debate de extrema sofisticação mesmo que entre membros da mesma escola.

De fato, ainda que imprecisa e panorâmica, uma breve inspeção na história contemporânea da Lingüistica já é suficiente para justificar a constatação de que há um inegável desacordo entre alguns dos mais expressivos teóricos dessa disciplina. Para Saussure (1916), (a) é uma afirmação verdadeira desde que a resposta a (c) considere a linguagem humana constituída essencialmente pela língua, enquanto conjunto de signos depositado na mente dos usuários pela prática pessoal da fala e desde que a resposta a (b) defina a Lingüística como um ramo da Semiologia ou Psicologia Social, entendidas como uma espécie de Teoria da Comunicação; Chomsky (1986) também aceita, (a), mas não concordaria, absolutamente, com a resposta a (b) e (c) de seu antecessor.

Para o fundador da teoria gerativista, a faculdade da linguagem é a expressão de uma propriedade inata da natureza humana, cujo caráter essencial é uma espécie de gramática universal geneticamente determinada, e isso responde a (c). Quanto a (b), Chomsky considera que a Lingüística é um ramo da Psicologia Cognitiva, como ciência natural capaz de explicar como tal propriedade da mente/cérebro do ser humano se constitui e como possibilita a aquisição, o conhecimento e o uso da linguagem.

Contemporâneo de Chomsky e um dos seus mais expressivos adversários teóricos, Montague (1970) somente poderia aceitar (a) desde que a resposta a (c) seja encaminhada no sentido de que a linguagem natural não se distingue, em sua essência, das linguagens construídas e desde que a resposta a (bobtenha a firmação de que a Lingüística é um ramo da matemática enquanto ciência formal.
Considere agora mais duas questões:
d) Se a Lingüística é a ciência da linguagem humana, que disciplina estuda os fundamentos de tal ciência?
e) Como se constitui tal disciplina?
A resposta a (d) envolve algumas observações preliminares. Toda a disciplina vai-se estabelecendo, historicamente, em sua cientificidade, mediante uma construção de conhecimentos proporcionados pela justa relação entre seu método e seu objeto, justificada pela plausibilidade de seus fundamentos. A construção propriamente dita caracteriza a teoria científica como tal; o estudo dos seus fundamentos, a filosofia daquela disciplina. Tal tem sido a história da Lingüística; paralelamente ao desenvolvimento de sua teoria, vão-se estabelecendo os fundamentos que a sustentam.

É justamente por isso, aliás, que os pioneiros de sua história como ciência têm sido, ao mesmo tempo, cientistas e filósofos de sua disciplina. Se Saussure, Chomsky e Montague, entre outros, trouxeram uma reconhecida contribuição a sua área de conhecimento é, sem dúvida, porque fizeram, concomitantemente, ciência e filosofia. Nesse sentido, então, encaminha-se para (d), a resposta de que se a Lingüística é a ciência da linguagem humana, a Filosofia da Lingüística é a disciplina que estuda os fundamentos de tal ciência.
A abordagem da questão (e) também merece algumas prévias considerações. Se a história da Lingüística, como se sugeriu, tem sido acompanhada pela história da Filosofia da Lingüística, é bem verdade que o desenvolvimento desta última tem ocorrido de forma intrínseca ao desenvolvimento da primeira. Isto significa, em última análise, que o estudo da teoria e de seus fundamentos tem avançado de maneira naturalmente conjugada de modo a não parece necessário o estabelecimento de uma disciplina específica como Filosofia da Lingüística. Realmente, parece trivial que a filosofia de uma área de conhecimento, que começa a construir-se como ciência, constitua-se, inicialmente, de forma implícita, para só ocupar um espaço mais específico a posteriori.

Nesses termos, se a Lingüística teórica é uma disciplina que apenas nesse século começa a solidificar-se em seu estatuto de cientificidade, é razoável que só agora a Filosofia da Lingüística comece a estabelecer-se como uma necessidade própria de investigação. Conseqüência disso, as formas de se encaminhar tal disciplina, o que constituiria a sua metodologia, não são senão alguns princípios muito gerais que podem ser sistematizados de maneira a tornar o estudo dos fundamentos da Lingüística consistente a ponto de caracterizá-la naquilo em que ela se pretende rigorosa e de esclarecê-la quanto às diversas formas de concebê-la. A resposta a (e), então, que propomos, passa por um pequeno conjunto de critérios cuja finalidade não é senão dotar a Filosofia da Lingüística de uma maior capacidade de avaliação das condições que constituem a disciplina que investiga.
1 Critério da Distinção entre Lingüística Pura e Aplicada
Trata-se de separar o conhecimento teórico a ser produzido com objetivos especificamente científicos, a saber, o da verdade sobre a natureza do objeto a ser esclarecido, do conhecimento aplicado diretamente a aspectos da realidade ou, indiretamente, através da relação com outras disciplinas. Por exemplo, trata-se de distinguir entre o conhecimento que busca, a partir do anterior, formas de ensinar uma segunda língua a uma criança.
2 Critério da distinção de Níveis de Constituição da Teoria Lingüística
A proposta aqui, é a de que se distingam os seguintes níveis: o nível da linguagem enquanto fenômeno geral acessível ao senso comum; o nível da linguagem enquanto objeto construído já no interior de uma teoria com perspectivas científicas; o nível da teoria lingüística, enquanto sistema de conceitos estruturados, o nível metateórico, ou de princípios que regem a metodologia de uma dada teoria lingüística e o nível de compromissos filosóficos, por exemplo, ontológicos, que sustentam todo o edifício teórico.
3 Critério de Tensão entre o Método Lingüístico e o seu Objeto
O critério acima sugere que se considere como essencial para o conhecimento científico a adequada tensão entre o método de investigação lingüística e as propriedades do seu objeto a serem esclarecidas. No interior de uma teoria lingüística, tal adequação consiste no surgimento de problemas que possam ser tratáveis e cujo tratamento permita originar problemas novos que caracterizam programas de investigação. Este critério sugere, ainda, que só dentro de tal relação é que se determina a relevância das propriedades do objeto e de seu método.
4 Critério da Distinção entre Propriedades Formais e Empíricas da Teoria Lingüística
Trata-se de distinguir a condição de uma teoria de adequar-se à experiência lingüística, considerando a evidência dos dados, da sua capacidade de expressar-se em uma linguagem formal, considerando-se questões de consistência, por exemplo, e outras.
5 Critério de Tensão entre Adequação Descritiva e Adequação Explanatória na Teoria Lingüística
Este critério consiste na necessidade de se entender o papel teórico da relação entre atividade de descrição lingüística e a de explanação. Sem descrição, a explanação pode ser indesejavelmente geral e sem valor explanatório, a descrição é vazia.
6 Critério da Avaliação Histórica dos Programas de Investigação Lingüística
Entende-se por este critério a condição de possibilidade de avaliação histórica dos resultados de um programa de pesquisa lingüística. Garante-se, através dele, a evolução da racionalidade científica na área, potencializando-se o progresso na construção de problemas lingüísticos relevantes e evitando-se a circularidade de propostas já ultrapassadas.
Uma vez caracterizados tais critérios, fica encaminhada a resposta à questão (e) e já se tem um conjunto mínimo de condições capazes de orientar o debate sobre (f), a problemática e central questão para a Filosofia da Lingüística, sugerida no início do presente texto.
(f) É a Lingüística uma ciência natural, formal ou social?

Referências Bibliográficas
CHOMSKY, N. (1984) Modular Approaches to the Study of the Mind. San Diego: San Diego University Press.
CHOMSKY, N. (1986) Knowledge of Language. Its Nature, Origin and Use. New York. Praeger
CHOMSKY, N. (1993) Language and Thought. London. Moyer Bell.
EARMAN, j. (ed) (1972) Inference, Explanation and Other Frustrations - Essays in the Philosophy of Science. Berckeley. University of California Press.
KATZ, J. (1985) The Philosophy of Linguistics. Oxford. Oxford University Press.
MONTAGUE,R.(1970) Formal Philosophy. New Haven. Yale University Press.
SAUSSURE, F. (1916/1974) Cours de Linguistique Générale. Paris. Payot.


------=_Part_692276_2011)


SUBJECT: Re: Re: [ciencialist] Manual da linguagem cientifica - Só a ciência pode nos salvar deste flagelo
FROM: "Mtnos Calil" <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/05/2015 00:48

Ilmo. Dr. Alberto
 
1) Se considerarmos a sua longa assinatura, a sua mensagem teve 56 palavras. 
2) Obrigado por mais uma interessante contribuição para o LPC - esse ditado "para bom entendedor meia palavra basta" requer um esquartejamento pois a meia palavra pode ser às vezes precisa e às vezes imprecisa. Não é aconselhável, portanto, correr-se o risco de cair na imprecisão ou na simples falta de clareza.  No caso, a sua meia palavra foi "condições" e, inserida no contexto, não ficou nada clara. Mas foi muito bom tê-la trazido à baila - ela será inserida na relação das palavras e locuções condenadas. 
3) Aguardo a informação a respeito do número de palavras que não espreme (ou oprime) o seu saco, quando o assunto for linguagem cientifica (ou ciência da linguagem). Podemos até montar uma tabela fixando o limite de palavras por assunto. Por exemplo

ASSUNTOS 
Ciência da linguagem
Ciência da vida
Espirito cientifico
A psicologia é uma ciência? 
Precisão linguistica
Relação entre a ciência e a política
Matemática sem números
Teoria quântica aplicada ao mundo social

Ginástica mental
Outros

Obrigado, novamente.
MC

Ps1. Esta mensagem teve 292 palavras, incluindo as dos Ps.

Ps2. Que tal propormos ao moderador que fixe o número máximo de palavras por mensagem?
Ps3. Neste sistema de contagem, os números, a exemplo do 205 são considerados palavras.
Ps4. O número dos Ps. não são considerados números para efeito de contagem e sim letras.
Ps5.Se não for dado um espaço entre a frase e o número do post scriptum, como ocorreu neste Ps5, o dito cujo  é incorporado à palavra à qual precede, não valendo para a contagem.  
Ps6. “Deus está nos detalhes”, disse um poeta alemão de nome complicadíssimo para quem não domina este idioma, como eu



Em Seg 11/05/15 23:49, Alberto Mesquita Filho albmesq@uol.com.br [ciencialist] ciencialist@yahoogrupos.com.br escreveu:

 

Utilizei a palavra fora do contexto, mas como estamos em uma fase de economizar palavras e para o bom entendedor meia palavra basta, vou parar por aqui (27 palavras).
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
Sent: Monday, May 11, 2015 7:17 PM
Subject: Re: [ciencialist] Manual da linguagem cientifica - Só a ciência pode nos salvar deste flagelo
 

O que V.Sa. quiz dizer com o termo "condições"?

MC
Ps. Lembro que no saco de BW cabem 30 palavras (para este assunto). E o saco do PB não se sentiu inflado com 41 palavras!



On Seg 11/05/15 19:12 , "'Alberto Mesquita Filho' albmesq@uol.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 
Nestas condições utilizo uma única palavra: EXCLUIR.
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
Sent: Monday, May 11, 2015 6:02 PM
Subject: Re: Re: [ciencialist] Manual da linguagem cientifica - Só a ciência pode nos salvar deste flagelo

O texto que fala do flagelo possui 1104 palavras.
Me informe por gentileza qual é, aproximadamente,  a quantidade de palavras que cabe no seu saco
Obrigado!

M.Calil

Em Seg 11/05/15 17:43, Belmiro Wolski belmirow@yahoo.com.br [ciencialist] ciencialist@yahoogrupos.com.br escreveu:

 
Muito longo...
Faltou saco!
*BW*


Em Segunda-feira, 11 de Maio de 2015 17:39, "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" escreveu:

                                       Narrativa sobre o flagelo linguístico que assola a humanidade

"...uma epidemia pestilenta atingiu a humanidade inteira em sua faculdade mais característica, ou seja, no uso da palavra, consistindo essa peste da língua numa perda de força cognoscitiva.   Não me interessa aqui indagar se as origens dessa epidemia devam ser pesquisadas na política, na ideologia, na uniformidade burocrática, na homogeneização dos mass-media ou na difusão acadêmica de uma cultura média. O que me interessa são as possibilidades de salvação. A literatura (e talvez somente a literatura) pode criar os anticorpos que coíbam a expansão desse flagelo lingüístico.” -  Italo Calvino, escritor italiano falecido em 1985

Perdão Italo Calvino, que agora está na companhia dos deuses da precisão linguística: não é a literatura que vai nos salvar deste terrível flagelo que requer uma intervenção cirúrgica cientifica. A ciência que poderia salvar a humanidade do flagelo linguistico é a "ciência da linguagem" que ainda não está devidamente estruturada. Para se estruturar sistemicamente, a linguística precisaria se livrar de outro flagelo da ciência que é especialização. Uma ciência da linguagem humana (ou mesmo não humana) só poderá adquirir uma configuração sistêmica se trabalhar em conjunto com outras ciências como a psicologia, a biologia, a antropologia.

Quanto ao flagelo linguístico, o mais grave  é que os cientistas ainda nem tomaram conhecimento da doença, da qual eles próprios foram vitimados. Por isso*, penso** que estamos condenados a viver nesta pandemia enquanto a esquizofrenia linguistica*** não enlouquecer a todos nós. Concordo com a sua idéia de que muitos problemas podem ser resolvidos sem o conhecimento das respectivas causas. Porém, no caso do flagelo linguistico, sendo ele de origem genética, penso que a causa do mal deva ser considerada. Ocorre que o homem criou a palavra com a dupla função de descrever a realidade e de alimentar fantasias de natureza instintiva. Assim a palavra se transformou numa arma de mentira e de destruição.
A ambiguidade da palavra, estimado Calvino, está impressa em nossos neurônios. **** Ela serve para o bem e para o mal. É ao mesmo tempo linda, maravihosa, cruel e mortífera.

* Isso = o desconhecimento dos cientistas a respeito do mal
**Usei o verbo pensar no seu sentido legitimo e não no sentido de seu simulacro, o verbo crer.
***A esquizofrenia linguistica é uma variante da esquizofrenia social que milagrosamente foi objeto de um livro de uma psicóloga brasileira- Elza Pádua. Trata-se de uma inovação mundial da qual a midia tem um pavor supremo. Como os midiáticos poderiam combater a maior  fonte dos seus lucros?  (esquizofrenia social é uma expressão da autora e a esquizofrenia linguistica ficou por minha conta...Paciência! )
**** Não estou fazendo uso de uma metáfora ao afirmar a origem genética da ambiguidade linguística. Se quisermos aprimorar a estratégia da precisão linguistica é recomendável reduzirmos ao máximo o uso das metáforas. A origem genética citada constitui uma hipótese que talvez nunca venha a ser comprovada. Formular hipóteses que não podem ser testadas ou comprovadas é um dos ônus da ciência. Outro ônus da ciência é ser submissa aos politicos que não conseguem se livrar do instinto da guerra e de outros instintos malévolos como o da dominação,  que chamam de "Poder".  Para os politicos a ambição pelo poder é algo natural da espécie humana. É natural mesmo! Por isso a cultura é incapaz de extirpar esse mal.
Mtnos Calil



Com a palavra Italo Calvino (
Escritor italiano, 1923-1985) que morreu antes de proferir uma palestra em Harvard que ficou registrada num texto datilografado:
  • A precisão, para os antigos egípcios, era simbolizada por uma pluma que servia de peso num dos pratos da balança em que se pesavam as almas. Essa pluma levíssima tinha o nome de Maat, deusa da balança. O hieróglifo de Maat indicava igualmente a unidade de comprimento — os 33 cm do tijolo unitário — e também o tom fundamental da flauta.
  • Essas informações provêm de uma conferência de Giorgio de Santillana sobre a precisão dos antigos no observar dos fenômenos celestes, conferência que ouvi na Itália em 1963 e que exerceu sobre mim profunda influência. Desde que aqui cheguei, tenho pensado freqüentemente em Santillana, por ter sido ele o meu cicerone em Massachusetts quando de minha primeira visita a este país em 1960. Em lembrança de sua amizade, abro esta conferência sobre a exatidão na literatura invocando o nome de Maat, a deusa da balança. Tanto mais que Balança é o meu signo zodiacal.
  • Antes de mais nada, procurarei definir o tema. Para mim, exatidão quer dizer principalmente três coisas: (1) um projeto de obra bem definido e calculado; (2) a evocação de imagens visuais nítidas, incisivas, memoráveis: temos em italiano um adjetivo que não existe em inglês, icastico, do grego eikastikos; (3) uma linguagem que seja a mais precisa possível como léxico e em sua capacidade de traduzir as nuanças do pensamento e da imaginação.
  • Por que me vem a necessidade de defender valores que a muitos parecerão simplesmente óbvios? Creio que o meu primeiro impulso decorra de uma hipersensibilidade ou alergia pessoal: a linguagem me parece sempre usada de modo aproximativo, casual, descuidado, e isso me causa intolerável repúdio. Que não vejam nessa reação minha um sinal de intolerância para com o próximo: sinto um repúdio ainda maior quando me ouço a mim mesmo. Por isso procuro falar o mínimo possível, e se prefiro escrever é que, escrevendo, posso emendar cada frase tantas vezes quanto ache necessário para chegar, não digo a me sentir satisfeito com minhas palavras, mas pelo menos a eliminar as razões de insatisfação de que me posso dar conta. A literatura — quero dizer, aquela que responde a essas exigências — é a Terra Prometida em que a linguagem se torna aquilo que na verdade deveria ser.
  • Às vezes me parece que uma epidemia pestilenta atingiu a humanidade inteira em sua faculdade mais característica, ou seja, no uso da palavra, consistindo essa peste da língua numa perda de força cognoscitiva e de imediaticidade, como um automatismo que tendesse a nivelar a expressão em fórmulas mais genéricas, anônimas, abstratas, a diluir os significados, a embotar os pontos expressivos, a extinguir toda centelha que crepite no encontro das palavras com novas circunstâncias.
  • Não me interessa aqui indagar se as origens dessa epidemia devam ser pesquisadas na política, na ideologia, na uniformidade burocrática, na homogeneização dos mass-media ou na difusão acadêmica de uma cultura média. O que me interessa são as possibilidades de salvação. A literatura (e talvez somente a literatura) pode criar os anticorpos que coíbam a expansão desse flagelo lingüístico.”
 
Seis propostas para o próximo milênio — “Exatidão” — Tradução de Ivo Barroso. (Companhia das Letras, 1991)
 
https://www.google.com.br/webhp?sourceid=chrome-instant&ion=1&espv=2&ie=UTF-8#q=livro+Exatid%C3%A3o%2C+Italo+Calvino+download

Sobre a Natureza da Ciência da Linguagem
http://www.pucrs.br/letras/pos/logica/natcien.htm
( Uma questão problemática de Filosofia da Lingüística)
Considere a afirmação (a) e as perguntas (b) e (c) relativas a (a):
  1. A Lingüística é a ciência da linguagem humana.
  2. Qual a natureza de seu método?
  3. Qual a natureza de seu objeto?
Enquanto (a) representa, certamente, uma afirmação verdadeira e trivial para a comunidade mais ampla dos lingüistas, (b) e (c) são perguntas sobre as quais não há absolutamente consenso, e que determinam um debate de extrema sofisticação mesmo que entre membros da mesma escola.

De fato, ainda que imprecisa e panorâmica, uma breve inspeção na história contemporânea da Lingüistica já é suficiente para justificar a constatação de que há um inegável desacordo entre alguns dos mais expressivos teóricos dessa disciplina. Para Saussure (1916), (a) é uma afirmação verdadeira desde que a resposta a (c) considere a linguagem humana constituída essencialmente pela língua, enquanto conjunto de signos depositado na mente dos usuários pela prática pessoal da fala e desde que a resposta a (b) defina a Lingüística como um ramo da Semiologia ou Psicologia Social, entendidas como uma espécie de Teoria da Comunicação; Chomsky (1986) também aceita, (a), mas não concordaria, absolutamente, com a resposta a (b) e (c) de seu antecessor.

Para o fundador da teoria gerativista, a faculdade da linguagem é a expressão de uma propriedade inata da natureza humana, cujo caráter essencial é uma espécie de gramática universal geneticamente determinada, e isso responde a (c). Quanto a (b), Chomsky considera que a Lingüística é um ramo da Psicologia Cognitiva, como ciência natural capaz de explicar como tal propriedade da mente/cérebro do ser humano se constitui e como possibilita a aquisição, o conhecimento e o uso da linguagem.

Contemporâneo de Chomsky e um dos seus mais expressivos adversários teóricos, Montague (1970) somente poderia aceitar (a) desde que a resposta a (c) seja encaminhada no sentido de que a linguagem natural não se distingue, em sua essência, das linguagens construídas e desde que a resposta a (bobtenha a firmação de que a Lingüística é um ramo da matemática enquanto ciência formal.
Considere agora mais duas questões:
d) Se a Lingüística é a ciência da linguagem humana, que disciplina estuda os fundamentos de tal ciência?
e) Como se constitui tal disciplina?
A resposta a (d) envolve algumas observações preliminares. Toda a disciplina vai-se estabelecendo, historicamente, em sua cientificidade, mediante uma construção de conhecimentos proporcionados pela justa relação entre seu método e seu objeto, justificada pela plausibilidade de seus fundamentos. A construção propriamente dita caracteriza a teoria científica como tal; o estudo dos seus fundamentos, a filosofia daquela disciplina. Tal tem sido a história da Lingüística; paralelamente ao desenvolvimento de sua teoria, vão-se estabelecendo os fundamentos que a sustentam.

É justamente por isso, aliás, que os pioneiros de sua história como ciência têm sido, ao mesmo tempo, cientistas e filósofos de sua disciplina. Se Saussure, Chomsky e Montague, entre outros, trouxeram uma reconhecida contribuição a sua área de conhecimento é, sem dúvida, porque fizeram, concomitantemente, ciência e filosofia. Nesse sentido, então, encaminha-se para (d), a resposta de que se a Lingüística é a ciência da linguagem humana, a Filosofia da Lingüística é a disciplina que estuda os fundamentos de tal ciência.
A abordagem da questão (e) também merece algumas prévias considerações. Se a história da Lingüística, como se sugeriu, tem sido acompanhada pela história da Filosofia da Lingüística, é bem verdade que o desenvolvimento desta última tem ocorrido de forma intrínseca ao desenvolvimento da primeira. Isto significa, em última análise, que o estudo da teoria e de seus fundamentos tem avançado de maneira naturalmente conjugada de modo a não parece necessário o estabelecimento de uma disciplina específica como Filosofia da Lingüística. Realmente, parece trivial que a filosofia de uma área de conhecimento, que começa a construir-se como ciência, constitua-se, inicialmente, de forma implícita, para só ocupar um espaço mais específico a posteriori.

Nesses termos, se a Lingüística teórica é uma disciplina que apenas nesse século começa a solidificar-se em seu estatuto de cientificidade, é razoável que só agora a Filosofia da Lingüística comece a estabelecer-se como uma necessidade própria de investigação. Conseqüência disso, as formas de se encaminhar tal disciplina, o que constituiria a sua metodologia, não são senão alguns princípios muito gerais que podem ser sistematizados de maneira a tornar o estudo dos fundamentos da Lingüística consistente a ponto de caracterizá-la naquilo em que ela se pretende rigorosa e de esclarecê-la quanto às diversas formas de concebê-la. A resposta a (e), então, que propomos, passa por um pequeno conjunto de critérios cuja finalidade não é senão dotar a Filosofia da Lingüística de uma maior capacidade de avaliação das condições que constituem a disciplina que investiga.
1 Critério da Distinção entre Lingüística Pura e Aplicada
Trata-se de separar o conhecimento teórico a ser produzido com objetivos especificamente científicos, a saber, o da verdade sobre a natureza do objeto a ser esclarecido, do conhecimento aplicado diretamente a aspectos da realidade ou, indiretamente, através da relação com outras disciplinas. Por exemplo, trata-se de distinguir entre o conhecimento que busca, a partir do anterior, formas de ensinar uma segunda língua a uma criança.
2 Critério da distinção de Níveis de Constituição da Teoria Lingüística
A proposta aqui, é a de que se distingam os seguintes níveis: o nível da linguagem enquanto fenômeno geral acessível ao senso comum; o nível da linguagem enquanto objeto construído já no interior de uma teoria com perspectivas científicas; o nível da teoria lingüística, enquanto sistema de conceitos estruturados, o nível metateórico, ou de princípios que regem a metodologia de uma dada teoria lingüística e o nível de compromissos filosóficos, por exemplo, ontológicos, que sustentam todo o edifício teórico.
3 Critério de Tensão entre o Método Lingüístico e o seu Objeto
O critério acima sugere que se considere como essencial para o conhecimento científico a adequada tensão entre o método de investigação lingüística e as propriedades do seu objeto a serem esclarecidas. No interior de uma teoria lingüística, tal adequação consiste no surgimento de problemas que possam ser tratáveis e cujo tratamento permita originar problemas novos que caracterizam programas de investigação. Este critério sugere, ainda, que só dentro de tal relação é que se determina a relevância das propriedades do objeto e de seu método.
4 Critério da Distinção entre Propriedades Formais e Empíricas da Teoria Lingüística
Trata-se de distinguir a condição de uma teoria de adequar-se à experiência lingüística, considerando a evidência dos dados, da sua capacidade de expressar-se em uma linguagem formal, considerando-se questões de consistência, por exemplo, e outras.
5 Critério de Tensão entre Adequação Descritiva e Adequação Explanatória na Teoria Lingüística
Este critério consiste na necessidade de se entender o papel teórico da relação entre atividade de descrição lingüística e a de explanação. Sem descrição, a explanação pode ser indesejavelmente geral e sem valor explanatório, a descrição é vazia.
6 Critério da Avaliação Histórica dos Programas de Investigação Lingüística
Entende-se por este critério a condição de possibilidade de avaliação histórica dos resultados de um programa de pesquisa lingüística. Garante-se, através dele, a evolução da racionalidade científica na área, potencializando-se o progresso na construção de problemas lingüísticos relevantes e evitando-se a circularidade de propostas já ultrapassadas.
Uma vez caracterizados tais critérios, fica encaminhada a resposta à questão (e) e já se tem um conjunto mínimo de condições capazes de orientar o debate sobre (f), a problemática e central questão para a Filosofia da Lingüística, sugerida no início do presente texto.
(f) É a Lingüística uma ciência natural, formal ou social?

Referências Bibliográficas
CHOMSKY, N. (1984) Modular Approaches to the Study of the Mind. San Diego: San Diego University Press.
CHOMSKY, N. (1986) Knowledge of Language. Its Nature, Origin and Use. New York. Praeger
CHOMSKY, N. (1993) Language and Thought. London. Moyer Bell.
EARMAN, j. (ed) (1972) Inference, Explanation and Other Frustrations - Essays in the Philosophy of Science. Berckeley. University of California Press.
KATZ, J. (1985) The Philosophy of Linguistics. Oxford. Oxford University Press.
MONTAGUE,R.(1970) Formal Philosophy. New Haven. Yale University Press.
SAUSSURE, F. (1916/1974) Cours de Linguistique Générale. Paris. Payot.


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Manual da linguagem cientifica - Só a ciência pode nos salvar deste flagelo
FROM: "Pesky Bee" <peskybee2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/05/2015 11:51

> Segundo  Italo Calvino a humanidade foi vitimada pelo flagelo
> da imprecisão linguística que apenas a literatura poderia sanar.
 
Mas Calilzóvsky, homem de zeus, eu cá com meus botões
acho que justamente a literatura é que ácáfunde mais
ainda as interpretacionices linguistóides! Porque os
autores de literatura muitas vezes usam de metáforas,
parábolas e hipérboles (essa putada deveriam ser
matemáticos, hahahahaha), e isso depõe contra um
entendilhamento mais horizontalizóide das cãomunicações
linguistóides, tu não achas?
 
*PB*
 
 
 
From: Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]
Sent: Monday, May 11, 2015 6:39 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] Manual da linguagem cientifica - Só a ciência pode nos salvar deste flagelo
 
 
 
 
 
Pronto BW:  aí vão as 30 palavras. 
 
 
Segundo  Italo Calvino a humanidade foi vitimada pelo flagelo da imprecisão linguística que apenas a literatura poderia sanar.  Eu penso que somente a ciência da linguagem  poderia exterminar este flagelo.
 
 
 
 
 
 

SUBJECT: Re: [ciencialist] Manual da linguagem cientifica - Só a ciência pode nos salvar deste flagelo
FROM: "Pesky Bee" <peskybee2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/05/2015 11:53

> "para bom entendedor meia palavra basta"
 
E eu que pensava que o ditado era "para bom entendedor,
meia palavra bósta", mas acho que devo estar errado, né?
E se vocês acham que estou muito desbocado ultimamente,
esperem só para ver como estarei na sexta-feira, hahahahaha
 
*PB*
 
 

From: "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]
Sent: Tuesday, May 12, 2015 12:48 AM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: Re: [ciencialist] Manual da linguagem cientifica - Só a ciência pode nos salvar deste flagelo
 
 
 
Ilmo. Dr. Alberto
 
1) Se considerarmos a sua longa assinatura, a sua mensagem teve 56 palavras.
2) Obrigado por mais uma interessante contribuição para o LPC - esse ditado "para bom entendedor meia palavra basta" requer um esquartejamento pois a meia palavra pode ser às vezes precisa e às vezes imprecisa. Não é aconselhável, portanto, correr-se
  
 
 

SUBJECT: Re: [ciencialist] Manual da linguagem cientifica - Só a ciência pode nos salvar deste flagelo
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/05/2015 11:54

Mtnos escreveu:
 
> Aguardo a informação a respeito do número de palavras que não espreme (ou oprime) o seu saco, quando o assunto for linguagem cientifica (ou ciência da linguagem). Podemos até montar uma tabela fixando o limite de palavras por assunto.
 
A coisa não é tão simples assim. Mensagens quilométricas e com conteúdo científico de boa qualidade são sempre bem-vindas na Ciencialist. Com respeito às suas msgs, com raríssimas exceções, creio que o limite proposto pelo BW (30) está de bom tamanho.
 
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
.
 
 
Sent: Tuesday, May 12, 2015 12:48 AM
Subject: Re: Re: [ciencialist] Manual da linguagem cientifica - Só a ciência pode nos salvar deste flagelo
 
 

Ilmo. Dr. Alberto
 
1) Se considerarmos a sua longa assinatura, a sua mensagem teve 56 palavras.
2) Obrigado por mais uma interessante contribuição para o LPC - esse ditado "para bom entendedor meia palavra basta" requer um esquartejamento pois a meia palavra pode ser às vezes precisa e às vezes imprecisa. Não é aconselhável, portanto, correr-se o risco de cair na imprecisão ou na simples falta de clareza.  No caso, a sua meia palavra foi "condições" e, inserida no contexto, não ficou nada clara. Mas foi muito bom tê-la trazido à baila - ela será inserida na relação das palavras e locuções condenadas.
3) Aguardo a informação a respeito do número de palavras que não espreme (ou oprime) o seu saco, quando o assunto for linguagem cientifica (ou ciência da linguagem). Podemos até montar uma tabela fixando o limite de palavras por assunto. Por exemplo

ASSUNTOS
Ciência da linguagem
Ciência da vida
Espirito cientifico
A psicologia é uma ciência?
Precisão linguistica
Relação entre a ciência e a política
Matemática sem números
Teoria quântica aplicada ao mundo social

Ginástica mental
Outros

Obrigado, novamente.
MC

Ps1. Esta mensagem teve 292 palavras, incluindo as dos Ps.

Ps2. Que tal propormos ao moderador que fixe o número máximo de palavras por mensagem?
Ps3. Neste sistema de contagem, os números, a exemplo do 205 são considerados palavras.
Ps4. O número dos Ps. não são considerados números para efeito de contagem e sim letras.
Ps5.Se não for dado um espaço entre a frase e o número do post scriptum, como ocorreu neste Ps5, o dito cujo  é incorporado à palavra à qual precede, não valendo para a contagem. 
Ps6. “Deus está nos detalhes”, disse um poeta alemão de nome complicadíssimo para quem não domina este idioma, como eu



Em Seg 11/05/15 23:49, Alberto Mesquita Filho albmesq@uol.com.br [ciencialist] ciencialist@yahoogrupos.com.br escreveu:

 
Utilizei a palavra fora do contexto, mas como estamos em uma fase de economizar palavras e para o bom entendedor meia palavra basta, vou parar por aqui (27 palavras).
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
Sent: Monday, May 11, 2015 7:17 PM
Subject: Re: [ciencialist] Manual da linguagem cientifica - Só a ciência pode nos salvar deste flagelo
 

O que V.Sa. quiz dizer com o termo "condições"?

MC
Ps. Lembro que no saco de BW cabem 30 palavras (para este assunto). E o saco do PB não se sentiu inflado com 41 palavras!



On Seg 11/05/15 19:12 , "'Alberto Mesquita Filho' albmesq@uol.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 
Nestas condições utilizo uma única palavra: EXCLUIR.
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
Sent: Monday, May 11, 2015 6:02 PM
Subject: Re: Re: [ciencialist] Manual da linguagem cientifica - Só a ciência pode nos salvar deste flagelo
 

O texto que fala do flagelo possui 1104 palavras.
Me informe por gentileza qual é, aproximadamente,  a quantidade de palavras que cabe no seu saco
Obrigado!

M.Calil

Em Seg 11/05/15 17:43, Belmiro Wolski belmirow@yahoo.com.br [ciencialist] ciencialist@yahoogrupos.com.br escreveu:

 
Muito longo...
Faltou saco!
*BW*


Em Segunda-feira, 11 de Maio de 2015 17:39, "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" escreveu:
 
                                       Narrativa sobre o flagelo linguístico que assola a humanidade

"...uma epidemia pestilenta atingiu a humanidade inteira em sua faculdade mais característica, ou seja, no uso da palavra, consistindo essa peste da língua numa perda de força cognoscitiva.   Não me interessa aqui indagar se as origens dessa epidemia devam ser pesquisadas na política, na ideologia, na uniformidade burocrática, na homogeneização dos mass-media ou na difusão acadêmica de uma cultura média. O que me interessa são as possibilidades de salvação. A literatura (e talvez somente a literatura) pode criar os anticorpos que coíbam a expansão desse flagelo lingüístico.” -  Italo Calvino, escritor italiano falecido em 1985

Perdão Italo Calvino, que agora está na companhia dos deuses da precisão linguística: não é a literatura que vai nos salvar deste terrível flagelo que requer uma intervenção cirúrgica cientifica. A ciência que poderia salvar a humanidade do flagelo linguistico é a "ciência da linguagem" que ainda não está devidamente estruturada. Para se estruturar sistemicamente, a linguística precisaria se livrar de outro flagelo da ciência que é especialização. Uma ciência da linguagem humana (ou mesmo não humana) só poderá adquirir uma configuração sistêmica se trabalhar em conjunto com outras ciências como a psicologia, a biologia, a antropologia.

Quanto ao flagelo linguístico, o mais grave  é que os cientistas ainda nem tomaram conhecimento da doença, da qual eles próprios foram vitimados. Por isso*, penso** que estamos condenados a viver nesta pandemia enquanto a esquizofrenia linguistica*** não enlouquecer a todos nós. Concordo com a sua idéia de que muitos problemas podem ser resolvidos sem o conhecimento das respectivas causas. Porém, no caso do flagelo linguistico, sendo ele de origem genética, penso que a causa do mal deva ser considerada. Ocorre que o homem criou a palavra com a dupla função de descrever a realidade e de alimentar fantasias de natureza instintiva. Assim a palavra se transformou numa arma de mentira e de destruição.
A ambiguidade da palavra, estimado Calvino, está impressa em nossos neurônios. **** Ela serve para o bem e para o mal. É ao mesmo tempo linda, maravihosa, cruel e mortífera.

* Isso = o desconhecimento dos cientistas a respeito do mal
**Usei o verbo pensar no seu sentido legitimo e não no sentido de seu simulacro, o verbo crer.
***A esquizofrenia linguistica é uma variante da esquizofrenia social que milagrosamente foi objeto de um livro de uma psicóloga brasileira- Elza Pádua. Trata-se de uma inovação mundial da qual a midia tem um pavor supremo. Como os midiáticos poderiam combater a maior  fonte dos seus lucros?  (esquizofrenia social é uma expressão da autora e a esquizofrenia linguistica ficou por minha conta...Paciência! )
**** Não estou fazendo uso de uma metáfora ao afirmar a origem genética da ambiguidade linguística. Se quisermos aprimorar a estratégia da precisão linguistica é recomendável reduzirmos ao máximo o uso das metáforas. A origem genética citada constitui uma hipótese que talvez nunca venha a ser comprovada. Formular hipóteses que não podem ser testadas ou comprovadas é um dos ônus da ciência. Outro ônus da ciência é ser submissa aos politicos que não conseguem se livrar do instinto da guerra e de outros instintos malévolos como o da dominação,  que chamam de "Poder".  Para os politicos a ambição pelo poder é algo natural da espécie humana. É natural mesmo! Por isso a cultura é incapaz de extirpar esse mal.
Mtnos Calil



Com a palavra Italo Calvino (
Escritor italiano, 1923-1985) que morreu antes de proferir uma palestra em Harvard que ficou registrada num texto datilografado:
  • A precisão, para os antigos egípcios, era simbolizada por uma pluma que servia de peso num dos pratos da balança em que se pesavam as almas. Essa pluma levíssima tinha o nome de Maat, deusa da balança. O hieróglifo de Maat indicava igualmente a unidade de comprimento — os 33 cm do tijolo unitário — e também o tom fundamental da flauta.
  • Essas informações provêm de uma conferência de Giorgio de Santillana sobre a precisão dos antigos no observar dos fenômenos celestes, conferência que ouvi na Itália em 1963 e que exerceu sobre mim profunda influência. Desde que aqui cheguei, tenho pensado freqüentemente em Santillana, por ter sido ele o meu cicerone em Massachusetts quando de minha primeira visita a este país em 1960. Em lembrança de sua amizade, abro esta conferência sobre a exatidão na literatura invocando o nome de Maat, a deusa da balança. Tanto mais que Balança é o meu signo zodiacal.
  • Antes de mais nada, procurarei definir o tema. Para mim, exatidão quer dizer principalmente três coisas: (1) um projeto de obra bem definido e calculado; (2) a evocação de imagens visuais nítidas, incisivas, memoráveis: temos em italiano um adjetivo que não existe em inglês, icastico, do grego eikastikos; (3) uma linguagem que seja a mais precisa possível como léxico e em sua capacidade de traduzir as nuanças do pensamento e da imaginação.
  • Por que me vem a necessidade de defender valores que a muitos parecerão simplesmente óbvios? Creio que o meu primeiro impulso decorra de uma hipersensibilidade ou alergia pessoal: a linguagem me parece sempre usada de modo aproximativo, casual, descuidado, e isso me causa intolerável repúdio. Que não vejam nessa reação minha um sinal de intolerância para com o próximo: sinto um repúdio ainda maior quando me ouço a mim mesmo. Por isso procuro falar o mínimo possível, e se prefiro escrever é que, escrevendo, posso emendar cada frase tantas vezes quanto ache necessário para chegar, não digo a me sentir satisfeito com minhas palavras, mas pelo menos a eliminar as razões de insatisfação de que me posso dar conta. A literatura — quero dizer, aquela que responde a essas exigências — é a Terra Prometida em que a linguagem se torna aquilo que na verdade deveria ser.
  • Às vezes me parece que uma epidemia pestilenta atingiu a humanidade inteira em sua faculdade mais característica, ou seja, no uso da palavra, consistindo essa peste da língua numa perda de força cognoscitiva e de imediaticidade, como um automatismo que tendesse a nivelar a expressão em fórmulas mais genéricas, anônimas, abstratas, a diluir os significados, a embotar os pontos expressivos, a extinguir toda centelha que crepite no encontro das palavras com novas circunstâncias.
  • Não me interessa aqui indagar se as origens dessa epidemia devam ser pesquisadas na política, na ideologia, na uniformidade burocrática, na homogeneização dos mass-media ou na difusão acadêmica de uma cultura média. O que me interessa são as possibilidades de salvação. A literatura (e talvez somente a literatura) pode criar os anticorpos que coíbam a expansão desse flagelo lingüístico.”
 
Seis propostas para o próximo milênio — “Exatidão” — Tradução de Ivo Barroso. (Companhia das Letras, 1991)
 
https://www.google.com.br/webhp?sourceid=chrome-instant&ion=1&espv=2&ie=UTF-8#q=livro+Exatid%C3%A3o%2C+Italo+Calvino+download

Sobre a Natureza da Ciência da Linguagem
http://www.pucrs.br/letras/pos/logica/natcien.htm
( Uma questão problemática de Filosofia da Lingüística)
Considere a afirmação (a) e as perguntas (b) e (c) relativas a (a):
  1. A Lingüística é a ciência da linguagem humana.
  2. Qual a natureza de seu método?
  3. Qual a natureza de seu objeto?
Enquanto (a) representa, certamente, uma afirmação verdadeira e trivial para a comunidade mais ampla dos lingüistas, (b) e (c) são perguntas sobre as quais não há absolutamente consenso, e que determinam um debate de extrema sofisticação mesmo que entre membros da mesma escola.

De fato, ainda que imprecisa e panorâmica, uma breve inspeção na história contemporânea da Lingüistica já é suficiente para justificar a constatação de que há um inegável desacordo entre alguns dos mais expressivos teóricos dessa disciplina. Para Saussure (1916), (a) é uma afirmação verdadeira desde que a resposta a (c) considere a linguagem humana constituída essencialmente pela língua, enquanto conjunto de signos depositado na mente dos usuários pela prática pessoal da fala e desde que a resposta a (b) defina a Lingüística como um ramo da Semiologia ou Psicologia Social, entendidas como uma espécie de Teoria da Comunicação; Chomsky (1986) também aceita, (a), mas não concordaria, absolutamente, com a resposta a (b) e (c) de seu antecessor.

Para o fundador da teoria gerativista, a faculdade da linguagem é a expressão de uma propriedade inata da natureza humana, cujo caráter essencial é uma espécie de gramática universal geneticamente determinada, e isso responde a (c). Quanto a (b), Chomsky considera que a Lingüística é um ramo da Psicologia Cognitiva, como ciência natural capaz de explicar como tal propriedade da mente/cérebro do ser humano se constitui e como possibilita a aquisição, o conhecimento e o uso da linguagem.

Contemporâneo de Chomsky e um dos seus mais expressivos adversários teóricos, Montague (1970) somente poderia aceitar (a) desde que a resposta a (c) seja encaminhada no sentido de que a linguagem natural não se distingue, em sua essência, das linguagens construídas e desde que a resposta a (bobtenha a firmação de que a Lingüística é um ramo da matemática enquanto ciência formal.
Considere agora mais duas questões:
d) Se a Lingüística é a ciência da linguagem humana, que disciplina estuda os fundamentos de tal ciência?
e) Como se constitui tal disciplina?
A resposta a (d) envolve algumas observações preliminares. Toda a disciplina vai-se estabelecendo, historicamente, em sua cientificidade, mediante uma construção de conhecimentos proporcionados pela justa relação entre seu método e seu objeto, justificada pela plausibilidade de seus fundamentos. A construção propriamente dita caracteriza a teoria científica como tal; o estudo dos seus fundamentos, a filosofia daquela disciplina. Tal tem sido a história da Lingüística; paralelamente ao desenvolvimento de sua teoria, vão-se estabelecendo os fundamentos que a sustentam.

É justamente por isso, aliás, que os pioneiros de sua história como ciência têm sido, ao mesmo tempo, cientistas e filósofos de sua disciplina. Se Saussure, Chomsky e Montague, entre outros, trouxeram uma reconhecida contribuição a sua área de conhecimento é, sem dúvida, porque fizeram, concomitantemente, ciência e filosofia. Nesse sentido, então, encaminha-se para (d), a resposta de que se a Lingüística é a ciência da linguagem humana, a Filosofia da Lingüística é a disciplina que estuda os fundamentos de tal ciência.
A abordagem da questão (e) também merece algumas prévias considerações. Se a história da Lingüística, como se sugeriu, tem sido acompanhada pela história da Filosofia da Lingüística, é bem verdade que o desenvolvimento desta última tem ocorrido de forma intrínseca ao desenvolvimento da primeira. Isto significa, em última análise, que o estudo da teoria e de seus fundamentos tem avançado de maneira naturalmente conjugada de modo a não parece necessário o estabelecimento de uma disciplina específica como Filosofia da Lingüística. Realmente, parece trivial que a filosofia de uma área de conhecimento, que começa a construir-se como ciência, constitua-se, inicialmente, de forma implícita, para só ocupar um espaço mais específico a posteriori.

Nesses termos, se a Lingüística teórica é uma disciplina que apenas nesse século começa a solidificar-se em seu estatuto de cientificidade, é razoável que só agora a Filosofia da Lingüística comece a estabelecer-se como uma necessidade própria de investigação. Conseqüência disso, as formas de se encaminhar tal disciplina, o que constituiria a sua metodologia, não são senão alguns princípios muito gerais que podem ser sistematizados de maneira a tornar o estudo dos fundamentos da Lingüística consistente a ponto de caracterizá-la naquilo em que ela se pretende rigorosa e de esclarecê-la quanto às diversas formas de concebê-la. A resposta a (e), então, que propomos, passa por um pequeno conjunto de critérios cuja finalidade não é senão dotar a Filosofia da Lingüística de uma maior capacidade de avaliação das condições que constituem a disciplina que investiga.
1 Critério da Distinção entre Lingüística Pura e Aplicada
Trata-se de separar o conhecimento teórico a ser produzido com objetivos especificamente científicos, a saber, o da verdade sobre a natureza do objeto a ser esclarecido, do conhecimento aplicado diretamente a aspectos da realidade ou, indiretamente, através da relação com outras disciplinas. Por exemplo, trata-se de distinguir entre o conhecimento que busca, a partir do anterior, formas de ensinar uma segunda língua a uma criança.
2 Critério da distinção de Níveis de Constituição da Teoria Lingüística
A proposta aqui, é a de que se distingam os seguintes níveis: o nível da linguagem enquanto fenômeno geral acessível ao senso comum; o nível da linguagem enquanto objeto construído já no interior de uma teoria com perspectivas científicas; o nível da teoria lingüística, enquanto sistema de conceitos estruturados, o nível metateórico, ou de princípios que regem a metodologia de uma dada teoria lingüística e o nível de compromissos filosóficos, por exemplo, ontológicos, que sustentam todo o edifício teórico.
3 Critério de Tensão entre o Método Lingüístico e o seu Objeto
O critério acima sugere que se considere como essencial para o conhecimento científico a adequada tensão entre o método de investigação lingüística e as propriedades do seu objeto a serem esclarecidas. No interior de uma teoria lingüística, tal adequação consiste no surgimento de problemas que possam ser tratáveis e cujo tratamento permita originar problemas novos que caracterizam programas de investigação. Este critério sugere, ainda, que só dentro de tal relação é que se determina a relevância das propriedades do objeto e de seu método.
4 Critério da Distinção entre Propriedades Formais e Empíricas da Teoria Lingüística
Trata-se de distinguir a condição de uma teoria de adequar-se à experiência lingüística, considerando a evidência dos dados, da sua capacidade de expressar-se em uma linguagem formal, considerando-se questões de consistência, por exemplo, e outras.
5 Critério de Tensão entre Adequação Descritiva e Adequação Explanatória na Teoria Lingüística
Este critério consiste na necessidade de se entender o papel teórico da relação entre atividade de descrição lingüística e a de explanação. Sem descrição, a explanação pode ser indesejavelmente geral e sem valor explanatório, a descrição é vazia.
6 Critério da Avaliação Histórica dos Programas de Investigação Lingüística
Entende-se por este critério a condição de possibilidade de avaliação histórica dos resultados de um programa de pesquisa lingüística. Garante-se, através dele, a evolução da racionalidade científica na área, potencializando-se o progresso na construção de problemas lingüísticos relevantes e evitando-se a circularidade de propostas já ultrapassadas.
Uma vez caracterizados tais critérios, fica encaminhada a resposta à questão (e) e já se tem um conjunto mínimo de condições capazes de orientar o debate sobre (f), a problemática e central questão para a Filosofia da Lingüística, sugerida no início do presente texto.
(f) É a Lingüística uma ciência natural, formal ou social?

Referências Bibliográficas
CHOMSKY, N. (1984) Modular Approaches to the Study of the Mind. San Diego: San Diego University Press.
CHOMSKY, N. (1986) Knowledge of Language. Its Nature, Origin and Use. New York. Praeger
CHOMSKY, N. (1993) Language and Thought. London. Moyer Bell.
EARMAN, j. (ed) (1972) Inference, Explanation and Other Frustrations - Essays in the Philosophy of Science. Berckeley. University of California Press.
KATZ, J. (1985) The Philosophy of Linguistics. Oxford. Oxford University Press.
MONTAGUE,R.(1970) Formal Philosophy. New Haven. Yale University Press.
SAUSSURE, F. (1916/1974) Cours de Linguistique Générale. Paris. Payot.


------=_Part_692276_2011)

SUBJECT: Re: [ciencialist] Manual da linguagem cientifica - Só a ciência pode nos salvar deste flagelo
FROM: Mtnos Calil <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/05/2015 13:14


Ok. Resolvido - as minhas mensagens dirigidas ao prof. Belmiro e ao Dr. Alberto terão no máximo 30 palavras. 
Obrigado
MC


On Ter 12/05/15 11:54 , "'Alberto Mesquita Filho' albmesq@uol.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 

Mtnos escreveu:
 
> Aguardo a informação a respeito do número de palavras que não espreme (ou oprime) o seu saco, quando o assunto for linguagem cientifica (ou ciência da linguagem). Podemos até montar uma tabela fixando o limite de palavras por assunto.
 
A coisa não é tão simples assim. Mensagens quilométricas e com conteúdo científico de boa qualidade são sempre bem-vindas na Ciencialist. Com respeito às suas msgs, com raríssimas exceções, creio que o limite proposto pelo BW (30) está de bom tamanho.
 
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
.
 
 
Sent: Tuesday, May 12, 2015 12:48 AM
Subject: Re: Re: [ciencialist] Manual da linguagem cientifica - Só a ciência pode nos salvar deste flagelo
 
 

Ilmo. Dr. Alberto
 
1) Se considerarmos a sua longa assinatura, a sua mensagem teve 56 palavras.
2) Obrigado por mais uma interessante contribuição para o LPC - esse ditado "para bom entendedor meia palavra basta" requer um esquartejamento pois a meia palavra pode ser às vezes precisa e às vezes imprecisa. Não é aconselhável, portanto, correr-se o risco de cair na imprecisão ou na simples falta de clareza.  No caso, a sua meia palavra foi "condições" e, inserida no contexto, não ficou nada clara. Mas foi muito bom tê-la trazido à baila - ela será inserida na relação das palavras e locuções condenadas.
3) Aguardo a informação a respeito do número de palavras que não espreme (ou oprime) o seu saco, quando o assunto for linguagem cientifica (ou ciência da linguagem). Podemos até montar uma tabela fixando o limite de palavras por assunto. Por exemplo

ASSUNTOS
Ciência da linguagem
Ciência da vida
Espirito cientifico
A psicologia é uma ciência?
Precisão linguistica
Relação entre a ciência e a política
Matemática sem números
Teoria quântica aplicada ao mundo social

Ginástica mental
Outros

Obrigado, novamente.
MC

Ps1. Esta mensagem teve 292 palavras, incluindo as dos Ps.

Ps2. Que tal propormos ao moderador que fixe o número máximo de palavras por mensagem?
Ps3. Neste sistema de contagem, os números, a exemplo do 205 são considerados palavras.
Ps4. O número dos Ps. não são considerados números para efeito de contagem e sim letras.
Ps5.Se não for dado um espaço entre a frase e o número do post scriptum, como ocorreu neste Ps5, o dito cujo  é incorporado à palavra à qual precede, não valendo para a contagem. 
Ps6. “Deus está nos detalhes”, disse um poeta alemão de nome complicadíssimo para quem não domina este idioma, como eu



Em Seg 11/05/15 23:49, Alberto Mesquita Filho albmesq@uol.com.br [ciencialist] ciencialist@yahoogrupos.com.br escreveu:

 
Utilizei a palavra fora do contexto, mas como estamos em uma fase de economizar palavras e para o bom entendedor meia palavra basta, vou parar por aqui (27 palavras).
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
Sent: Monday, May 11, 2015 7:17 PM
Subject: Re: [ciencialist] Manual da linguagem cientifica - Só a ciência pode nos salvar deste flagelo
 

O que V.Sa. quiz dizer com o termo "condições"?

MC
Ps. Lembro que no saco de BW cabem 30 palavras (para este assunto). E o saco do PB não se sentiu inflado com 41 palavras!



On Seg 11/05/15 19:12 , "'Alberto Mesquita Filho' albmesq@uol.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 
Nestas condições utilizo uma única palavra: EXCLUIR.
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
Sent: Monday, May 11, 2015 6:02 PM
Subject: Re: Re: [ciencialist] Manual da linguagem cientifica - Só a ciência pode nos salvar deste flagelo
 

O texto que fala do flagelo possui 1104 palavras.
Me informe por gentileza qual é, aproximadamente,  a quantidade de palavras que cabe no seu saco
Obrigado!

M.Calil

Em Seg 11/05/15 17:43, Belmiro Wolski belmirow@yahoo.com.br [ciencialist] ciencialist@yahoogrupos.com.br escreveu:

 
Muito longo...
Faltou saco!
*BW*


Em Segunda-feira, 11 de Maio de 2015 17:39, "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" escreveu:
 
                                       Narrativa sobre o flagelo linguístico que assola a humanidade

"...uma epidemia pestilenta atingiu a humanidade inteira em sua faculdade mais característica, ou seja, no uso da palavra, consistindo essa peste da língua numa perda de força cognoscitiva.   Não me interessa aqui indagar se as origens dessa epidemia devam ser pesquisadas na política, na ideologia, na uniformidade burocrática, na homogeneização dos mass-media ou na difusão acadêmica de uma cultura média. O que me interessa são as possibilidades de salvação. A literatura (e talvez somente a literatura) pode criar os anticorpos que coíbam a expansão desse flagelo lingüístico.” -  Italo Calvino, escritor italiano falecido em 1985

Perdão Italo Calvino, que agora está na companhia dos deuses da precisão linguística: não é a literatura que vai nos salvar deste terrível flagelo que requer uma intervenção cirúrgica cientifica. A ciência que poderia salvar a humanidade do flagelo linguistico é a "ciência da linguagem" que ainda não está devidamente estruturada. Para se estruturar sistemicamente, a linguística precisaria se livrar de outro flagelo da ciência que é especialização. Uma ciência da linguagem humana (ou mesmo não humana) só poderá adquirir uma configuração sistêmica se trabalhar em conjunto com outras ciências como a psicologia, a biologia, a antropologia.

Quanto ao flagelo linguístico, o mais grave  é que os cientistas ainda nem tomaram conhecimento da doença, da qual eles próprios foram vitimados. Por isso*, penso** que estamos condenados a viver nesta pandemia enquanto a esquizofrenia linguistica*** não enlouquecer a todos nós. Concordo com a sua idéia de que muitos problemas podem ser resolvidos sem o conhecimento das respectivas causas. Porém, no caso do flagelo linguistico, sendo ele de origem genética, penso que a causa do mal deva ser considerada. Ocorre que o homem criou a palavra com a dupla função de descrever a realidade e de alimentar fantasias de natureza instintiva. Assim a palavra se transformou numa arma de mentira e de destruição.
A ambiguidade da palavra, estimado Calvino, está impressa em nossos neurônios. **** Ela serve para o bem e para o mal. É ao mesmo tempo linda, maravihosa, cruel e mortífera.

* Isso = o desconhecimento dos cientistas a respeito do mal
**Usei o verbo pensar no seu sentido legitimo e não no sentido de seu simulacro, o verbo crer.
***A esquizofrenia linguistica é uma variante da esquizofrenia social que milagrosamente foi objeto de um livro de uma psicóloga brasileira- Elza Pádua. Trata-se de uma inovação mundial da qual a midia tem um pavor supremo. Como os midiáticos poderiam combater a maior  fonte dos seus lucros?  (esquizofrenia social é uma expressão da autora e a esquizofrenia linguistica ficou por minha conta...Paciência! )
**** Não estou fazendo uso de uma metáfora ao afirmar a origem genética da ambiguidade linguística. Se quisermos aprimorar a estratégia da precisão linguistica é recomendável reduzirmos ao máximo o uso das metáforas. A origem genética citada constitui uma hipótese que talvez nunca venha a ser comprovada. Formular hipóteses que não podem ser testadas ou comprovadas é um dos ônus da ciência. Outro ônus da ciência é ser submissa aos politicos que não conseguem se livrar do instinto da guerra e de outros instintos malévolos como o da dominação,  que chamam de "Poder".  Para os politicos a ambição pelo poder é algo natural da espécie humana. É natural mesmo! Por isso a cultura é incapaz de extirpar esse mal.
Mtnos Calil



Com a palavra Italo Calvino (
Escritor italiano, 1923-1985) que morreu antes de proferir uma palestra em Harvard que ficou registrada num texto datilografado:
  • A precisão, para os antigos egípcios, era simbolizada por uma pluma que servia de peso num dos pratos da balança em que se pesavam as almas. Essa pluma levíssima tinha o nome de Maat, deusa da balança. O hieróglifo de Maat indicava igualmente a unidade de comprimento — os 33 cm do tijolo unitário — e também o tom fundamental da flauta.
  • Essas informações provêm de uma conferência de Giorgio de Santillana sobre a precisão dos antigos no observar dos fenômenos celestes, conferência que ouvi na Itália em 1963 e que exerceu sobre mim profunda influência. Desde que aqui cheguei, tenho pensado freqüentemente em Santillana, por ter sido ele o meu cicerone em Massachusetts quando de minha primeira visita a este país em 1960. Em lembrança de sua amizade, abro esta conferência sobre a exatidão na literatura invocando o nome de Maat, a deusa da balança. Tanto mais que Balança é o meu signo zodiacal.
  • Antes de mais nada, procurarei definir o tema. Para mim, exatidão quer dizer principalmente três coisas: (1) um projeto de obra bem definido e calculado; (2) a evocação de imagens visuais nítidas, incisivas, memoráveis: temos em italiano um adjetivo que não existe em inglês, icastico, do grego eikastikos; (3) uma linguagem que seja a mais precisa possível como léxico e em sua capacidade de traduzir as nuanças do pensamento e da imaginação.
  • Por que me vem a necessidade de defender valores que a muitos parecerão simplesmente óbvios? Creio que o meu primeiro impulso decorra de uma hipersensibilidade ou alergia pessoal: a linguagem me parece sempre usada de modo aproximativo, casual, descuidado, e isso me causa intolerável repúdio. Que não vejam nessa reação minha um sinal de intolerância para com o próximo: sinto um repúdio ainda maior quando me ouço a mim mesmo. Por isso procuro falar o mínimo possível, e se prefiro escrever é que, escrevendo, posso emendar cada frase tantas vezes quanto ache necessário para chegar, não digo a me sentir satisfeito com minhas palavras, mas pelo menos a eliminar as razões de insatisfação de que me posso dar conta. A literatura — quero dizer, aquela que responde a essas exigências — é a Terra Prometida em que a linguagem se torna aquilo que na verdade deveria ser.
  • Às vezes me parece que uma epidemia pestilenta atingiu a humanidade inteira em sua faculdade mais característica, ou seja, no uso da palavra, consistindo essa peste da língua numa perda de força cognoscitiva e de imediaticidade, como um automatismo que tendesse a nivelar a expressão em fórmulas mais genéricas, anônimas, abstratas, a diluir os significados, a embotar os pontos expressivos, a extinguir toda centelha que crepite no encontro das palavras com novas circunstâncias.
  • Não me interessa aqui indagar se as origens dessa epidemia devam ser pesquisadas na política, na ideologia, na uniformidade burocrática, na homogeneização dos mass-media ou na difusão acadêmica de uma cultura média. O que me interessa são as possibilidades de salvação. A literatura (e talvez somente a literatura) pode criar os anticorpos que coíbam a expansão desse flagelo lingüístico.”
 
Seis propostas para o próximo milênio — “Exatidão” — Tradução de Ivo Barroso. (Companhia das Letras, 1991)
 
https://www.google.com.br/webhp?sourceid=chrome-instant&ion=1&espv=2&ie=UTF-8#q=livro+Exatid%C3%A3o%2C+Italo+Calvino+download

Sobre a Natureza da Ciência da Linguagem
http://www.pucrs.br/letras/pos/logica/natcien.htm
( Uma questão problemática de Filosofia da Lingüística)
Considere a afirmação (a) e as perguntas (b) e (c) relativas a (a):
  1. A Lingüística é a ciência da linguagem humana.
  2. Qual a natureza de seu método?
  3. Qual a natureza de seu objeto?
Enquanto (a) representa, certamente, uma afirmação verdadeira e trivial para a comunidade mais ampla dos lingüistas, (b) e (c) são perguntas sobre as quais não há absolutamente consenso, e que determinam um debate de extrema sofisticação mesmo que entre membros da mesma escola.

De fato, ainda que imprecisa e panorâmica, uma breve inspeção na história contemporânea da Lingüistica já é suficiente para justificar a constatação de que há um inegável desacordo entre alguns dos mais expressivos teóricos dessa disciplina. Para Saussure (1916), (a) é uma afirmação verdadeira desde que a resposta a (c) considere a linguagem humana constituída essencialmente pela língua, enquanto conjunto de signos depositado na mente dos usuários pela prática pessoal da fala e desde que a resposta a (b) defina a Lingüística como um ramo da Semiologia ou Psicologia Social, entendidas como uma espécie de Teoria da Comunicação; Chomsky (1986) também aceita, (a), mas não concordaria, absolutamente, com a resposta a (b) e (c) de seu antecessor.

Para o fundador da teoria gerativista, a faculdade da linguagem é a expressão de uma propriedade inata da natureza humana, cujo caráter essencial é uma espécie de gramática universal geneticamente determinada, e isso responde a (c). Quanto a (b), Chomsky considera que a Lingüística é um ramo da Psicologia Cognitiva, como ciência natural capaz de explicar como tal propriedade da mente/cérebro do ser humano se constitui e como possibilita a aquisição, o conhecimento e o uso da linguagem.

Contemporâneo de Chomsky e um dos seus mais expressivos adversários teóricos, Montague (1970) somente poderia aceitar (a) desde que a resposta a (c) seja encaminhada no sentido de que a linguagem natural não se distingue, em sua essência, das linguagens construídas e desde que a resposta a (bobtenha a firmação de que a Lingüística é um ramo da matemática enquanto ciência formal.
Considere agora mais duas questões:
d) Se a Lingüística é a ciência da linguagem humana, que disciplina estuda os fundamentos de tal ciência?
e) Como se constitui tal disciplina?
A resposta a (d) envolve algumas observações preliminares. Toda a disciplina vai-se estabelecendo, historicamente, em sua cientificidade, mediante uma construção de conhecimentos proporcionados pela justa relação entre seu método e seu objeto, justificada pela plausibilidade de seus fundamentos. A construção propriamente dita caracteriza a teoria científica como tal; o estudo dos seus fundamentos, a filosofia daquela disciplina. Tal tem sido a história da Lingüística; paralelamente ao desenvolvimento de sua teoria, vão-se estabelecendo os fundamentos que a sustentam.

É justamente por isso, aliás, que os pioneiros de sua história como ciência têm sido, ao mesmo tempo, cientistas e filósofos de sua disciplina. Se Saussure, Chomsky e Montague, entre outros, trouxeram uma reconhecida contribuição a sua área de conhecimento é, sem dúvida, porque fizeram, concomitantemente, ciência e filosofia. Nesse sentido, então, encaminha-se para (d), a resposta de que se a Lingüística é a ciência da linguagem humana, a Filosofia da Lingüística é a disciplina que estuda os fundamentos de tal ciência.
A abordagem da questão (e) também merece algumas prévias considerações. Se a história da Lingüística, como se sugeriu, tem sido acompanhada pela história da Filosofia da Lingüística, é bem verdade que o desenvolvimento desta última tem ocorrido de forma intrínseca ao desenvolvimento da primeira. Isto significa, em última análise, que o estudo da teoria e de seus fundamentos tem avançado de maneira naturalmente conjugada de modo a não parece necessário o estabelecimento de uma disciplina específica como Filosofia da Lingüística. Realmente, parece trivial que a filosofia de uma área de conhecimento, que começa a construir-se como ciência, constitua-se, inicialmente, de forma implícita, para só ocupar um espaço mais específico a posteriori.

Nesses termos, se a Lingüística teórica é uma disciplina que apenas nesse século começa a solidificar-se em seu estatuto de cientificidade, é razoável que só agora a Filosofia da Lingüística comece a estabelecer-se como uma necessidade própria de investigação. Conseqüência disso, as formas de se encaminhar tal disciplina, o que constituiria a sua metodologia, não são senão alguns princípios muito gerais que podem ser sistematizados de maneira a tornar o estudo dos fundamentos da Lingüística consistente a ponto de caracterizá-la naquilo em que ela se pretende rigorosa e de esclarecê-la quanto às diversas formas de concebê-la. A resposta a (e), então, que propomos, passa por um pequeno conjunto de critérios cuja finalidade não é senão dotar a Filosofia da Lingüística de uma maior capacidade de avaliação das condições que constituem a disciplina que investiga.
1 Critério da Distinção entre Lingüística Pura e Aplicada
Trata-se de separar o conhecimento teórico a ser produzido com objetivos especificamente científicos, a saber, o da verdade sobre a natureza do objeto a ser esclarecido, do conhecimento aplicado diretamente a aspectos da realidade ou, indiretamente, através da relação com outras disciplinas. Por exemplo, trata-se de distinguir entre o conhecimento que busca, a partir do anterior, formas de ensinar uma segunda língua a uma criança.
2 Critério da distinção de Níveis de Constituição da Teoria Lingüística
A proposta aqui, é a de que se distingam os seguintes níveis: o nível da linguagem enquanto fenômeno geral acessível ao senso comum; o nível da linguagem enquanto objeto construído já no interior de uma teoria com perspectivas científicas; o nível da teoria lingüística, enquanto sistema de conceitos estruturados, o nível metateórico, ou de princípios que regem a metodologia de uma dada teoria lingüística e o nível de compromissos filosóficos, por exemplo, ontológicos, que sustentam todo o edifício teórico.
3 Critério de Tensão entre o Método Lingüístico e o seu Objeto
O critério acima sugere que se considere como essencial para o conhecimento científico a adequada tensão entre o método de investigação lingüística e as propriedades do seu objeto a serem esclarecidas. No interior de uma teoria lingüística, tal adequação consiste no surgimento de problemas que possam ser tratáveis e cujo tratamento permita originar problemas novos que caracterizam programas de investigação. Este critério sugere, ainda, que só dentro de tal relação é que se determina a relevância das propriedades do objeto e de seu método.
4 Critério da Distinção entre Propriedades Formais e Empíricas da Teoria Lingüística
Trata-se de distinguir a condição de uma teoria de adequar-se à experiência lingüística, considerando a evidência dos dados, da sua capacidade de expressar-se em uma linguagem formal, considerando-se questões de consistência, por exemplo, e outras.
5 Critério de Tensão entre Adequação Descritiva e Adequação Explanatória na Teoria Lingüística
Este critério consiste na necessidade de se entender o papel teórico da relação entre atividade de descrição lingüística e a de explanação. Sem descrição, a explanação pode ser indesejavelmente geral e sem valor explanatório, a descrição é vazia.
6 Critério da Avaliação Histórica dos Programas de Investigação Lingüística
Entende-se por este critério a condição de possibilidade de avaliação histórica dos resultados de um programa de pesquisa lingüística. Garante-se, através dele, a evolução da racionalidade científica na área, potencializando-se o progresso na construção de problemas lingüísticos relevantes e evitando-se a circularidade de propostas já ultrapassadas.
Uma vez caracterizados tais critérios, fica encaminhada a resposta à questão (e) e já se tem um conjunto mínimo de condições capazes de orientar o debate sobre (f), a problemática e central questão para a Filosofia da Lingüística, sugerida no início do presente texto.
(f) É a Lingüística uma ciência natural, formal ou social?

Referências Bibliográficas
CHOMSKY, N. (1984) Modular Approaches to the Study of the Mind. San Diego: San Diego University Press.
CHOMSKY, N. (1986) Knowledge of Language. Its Nature, Origin and Use. New York. Praeger
CHOMSKY, N. (1993) Language and Thought. London. Moyer Bell.
EARMAN, j. (ed) (1972) Inference, Explanation and Other Frustrations - Essays in the Philosophy of Science. Berckeley. University of California Press.
KATZ, J. (1985) The Philosophy of Linguistics. Oxford. Oxford University Press.
MONTAGUE,R.(1970) Formal Philosophy. New Haven. Yale University Press.
SAUSSURE, F. (1916/1974) Cours de Linguistique Générale. Paris. Payot.


------=_Part_692276_2011)



SUBJECT: Re: [ciencialist] Manual da linguagem cientifica - Só a ciência pode nos salvar deste flagelo
FROM: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/05/2015 14:24

Não vale usar palavras muito extensas...

*BW*




Em Terça-feira, 12 de Maio de 2015 13:14, "Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br> escreveu:


 

Ok. Resolvido - as minhas mensagens dirigidas ao prof. Belmiro e ao Dr. Alberto terão no máximo 30 palavras. 
Obrigado
MC


On Ter 12/05/15 11:54 , "'Alberto Mesquita Filho' albmesq@uol.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 
Mtnos escreveu:
 
> Aguardo a informação a respeito do número de palavras que não espreme (ou oprime) o seu saco, quando o assunto for linguagem cientifica (ou ciência da linguagem). Podemos até montar uma tabela fixando o limite de palavras por assunto.
 
A coisa não é tão simples assim. Mensagens quilométricas e com conteúdo científico de boa qualidade são sempre bem-vindas na Ciencialist. Com respeito às suas msgs, com raríssimas exceções, creio que o limite proposto pelo BW (30) está de bom tamanho.
 
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
.
 
 
Sent: Tuesday, May 12, 2015 12:48 AM
Subject: Re: Re: [ciencialist] Manual da linguagem cientifica - Só a ciência pode nos salvar deste flagelo
 
 
Ilmo. Dr. Alberto
 
1) Se considerarmos a sua longa assinatura, a sua mensagem teve 56 palavras.
2) Obrigado por mais uma interessante contribuição para o LPC - esse ditado "para bom entendedor meia palavra basta" requer um esquartejamento pois a meia palavra pode ser às vezes precisa e às vezes imprecisa. Não é aconselhável, portanto, correr-se o risco de cair na imprecisão ou na simples falta de clareza.  No caso, a sua meia palavra foi "condições" e, inserida no contexto, não ficou nada clara. Mas foi muito bom tê-la trazido à baila - ela será inserida na relação das palavras e locuções condenadas.
3) Aguardo a informação a respeito do número de palavras que não espreme (ou oprime) o seu saco, quando o assunto for linguagem cientifica (ou ciência da linguagem). Podemos até montar uma tabela fixando o limite de palavras por assunto. Por exemplo

ASSUNTOS
Ciência da linguagem
Ciência da vida
Espirito cientifico
A psicologia é uma ciência?
Precisão linguistica
Relação entre a ciência e a política
Matemática sem números
Teoria quântica aplicada ao mundo social

Ginástica mental
Outros

Obrigado, novamente.
MC

Ps1. Esta mensagem teve 292 palavras, incluindo as dos Ps.

Ps2. Que tal propormos ao moderador que fixe o número máximo de palavras por mensagem?
Ps3. Neste sistema de contagem, os números, a exemplo do 205 são considerados palavras.
Ps4. O número dos Ps. não são considerados números para efeito de contagem e sim letras.
Ps5.Se não for dado um espaço entre a frase e o número do post scriptum, como ocorreu neste Ps5, o dito cujo  é incorporado à palavra à qual precede, não valendo para a contagem. 
Ps6. “Deus está nos detalhes”, disse um poeta alemão de nome complicadíssimo para quem não domina este idioma, como eu



Em Seg 11/05/15 23:49, Alberto Mesquita Filho albmesq@uol.com.br [ciencialist] ciencialist@yahoogrupos.com.br escreveu:
 
Utilizei a palavra fora do contexto, mas como estamos em uma fase de economizar palavras e para o bom entendedor meia palavra basta, vou parar por aqui (27 palavras).
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
Sent: Monday, May 11, 2015 7:17 PM
Subject: Re: [ciencialist] Manual da linguagem cientifica - Só a ciência pode nos salvar deste flagelo
 
O que V.Sa. quiz dizer com o termo "condições"?
MC
Ps. Lembro que no saco de BW cabem 30 palavras (para este assunto). E o saco do PB não se sentiu inflado com 41 palavras!



On Seg 11/05/15 19:12 , "'Alberto Mesquita Filho' albmesq@uol.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 
Nestas condições utilizo uma única palavra: EXCLUIR.
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
Sent: Monday, May 11, 2015 6:02 PM
Subject: Re: Re: [ciencialist] Manual da linguagem cientifica - Só a ciência pode nos salvar deste flagelo
 
O texto que fala do flagelo possui 1104 palavras.
Me informe por gentileza qual é, aproximadamente,  a quantidade de palavras que cabe no seu saco
Obrigado!

M.Calil
Em Seg 11/05/15 17:43, Belmiro Wolski belmirow@yahoo.com.br [ciencialist] ciencialist@yahoogrupos.com.br escreveu:
 
Muito longo...
Faltou saco!
*BW*


Em Segunda-feira, 11 de Maio de 2015 17:39, "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" escreveu:
 
                                       Narrativa sobre o flagelo linguístico que assola a humanidade

"...uma epidemia pestilenta atingiu a humanidade inteira em sua faculdade mais característica, ou seja, no uso da palavra, consistindo essa peste da língua numa perda de força cognoscitiva.   Não me interessa aqui indagar se as origens dessa epidemia devam ser pesquisadas na política, na ideologia, na uniformidade burocrática, na homogeneização dos mass-media ou na difusão acadêmica de uma cultura média. O que me interessa são as possibilidades de salvação. A literatura (e talvez somente a literatura) pode criar os anticorpos que coíbam a expansão desse flagelo lingüístico.” -  Italo Calvino, escritor italiano falecido em 1985

Perdão Italo Calvino, que agora está na companhia dos deuses da precisão linguística: não é a literatura que vai nos salvar deste terrível flagelo que requer uma intervenção cirúrgica cientifica. A ciência que poderia salvar a humanidade do flagelo linguistico é a "ciência da linguagem" que ainda não está devidamente estruturada. Para se estruturar sistemicamente, a linguística precisaria se livrar de outro flagelo da ciência que é especialização. Uma ciência da linguagem humana (ou mesmo não humana) só poderá adquirir uma configuração sistêmica se trabalhar em conjunto com outras ciências como a psicologia, a biologia, a antropologia.

Quanto ao flagelo linguístico, o mais grave  é que os cientistas ainda nem tomaram conhecimento da doença, da qual eles próprios foram vitimados. Por isso*, penso** que estamos condenados a viver nesta pandemia enquanto a esquizofrenia linguistica*** não enlouquecer a todos nós. Concordo com a sua idéia de que muitos problemas podem ser resolvidos sem o conhecimento das respectivas causas. Porém, no caso do flagelo linguistico, sendo ele de origem genética, penso que a causa do mal deva ser considerada. Ocorre que o homem criou a palavra com a dupla função de descrever a realidade e de alimentar fantasias de natureza instintiva. Assim a palavra se transformou numa arma de mentira e de destruição.
A ambiguidade da palavra, estimado Calvino, está impressa em nossos neurônios. **** Ela serve para o bem e para o mal. É ao mesmo tempo linda, maravihosa, cruel e mortífera.

* Isso = o desconhecimento dos cientistas a respeito do mal
**Usei o verbo pensar no seu sentido legitimo e não no sentido de seu simulacro, o verbo crer.
***A esquizofrenia linguistica é uma variante da esquizofrenia social que milagrosamente foi objeto de um livro de uma psicóloga brasileira- Elza Pádua. Trata-se de uma inovação mundial da qual a midia tem um pavor supremo. Como os midiáticos poderiam combater a maior  fonte dos seus lucros?  (esquizofrenia social é uma expressão da autora e a esquizofrenia linguistica ficou por minha conta...Paciência! )
**** Não estou fazendo uso de uma metáfora ao afirmar a origem genética da ambiguidade linguística. Se quisermos aprimorar a estratégia da precisão linguistica é recomendável reduzirmos ao máximo o uso das metáforas. A origem genética citada constitui uma hipótese que talvez nunca venha a ser comprovada. Formular hipóteses que não podem ser testadas ou comprovadas é um dos ônus da ciência. Outro ônus da ciência é ser submissa aos politicos que não conseguem se livrar do instinto da guerra e de outros instintos malévolos como o da dominação,  que chamam de "Poder".  Para os politicos a ambição pelo poder é algo natural da espécie humana. É natural mesmo! Por isso a cultura é incapaz de extirpar esse mal.
Mtnos Calil



Com a palavra Italo Calvino (
Escritor italiano, 1923-1985) que morreu antes de proferir uma palestra em Harvard que ficou registrada num texto datilografado:
  • A precisão, para os antigos egípcios, era simbolizada por uma pluma que servia de peso num dos pratos da balança em que se pesavam as almas. Essa pluma levíssima tinha o nome de Maat, deusa da balança. O hieróglifo de Maat indicava igualmente a unidade de comprimento — os 33 cm do tijolo unitário — e também o tom fundamental da flauta.
  • Essas informações provêm de uma conferência de Giorgio de Santillana sobre a precisão dos antigos no observar dos fenômenos celestes, conferência que ouvi na Itália em 1963 e que exerceu sobre mim profunda influência. Desde que aqui cheguei, tenho pensado freqüentemente em Santillana, por ter sido ele o meu cicerone em Massachusetts quando de minha primeira visita a este país em 1960. Em lembrança de sua amizade, abro esta conferência sobre a exatidão na literatura invocando o nome de Maat, a deusa da balança. Tanto mais que Balança é o meu signo zodiacal.
  • Antes de mais nada, procurarei definir o tema. Para mim, exatidão quer dizer principalmente três coisas: (1) um projeto de obra bem definido e calculado; (2) a evocação de imagens visuais nítidas, incisivas, memoráveis: temos em italiano um adjetivo que não existe em inglês, icastico, do grego eikastikos; (3) uma linguagem que seja a mais precisa possível como léxico e em sua capacidade de traduzir as nuanças do pensamento e da imaginação.
  • Por que me vem a necessidade de defender valores que a muitos parecerão simplesmente óbvios? Creio que o meu primeiro impulso decorra de uma hipersensibilidade ou alergia pessoal: a linguagem me parece sempre usada de modo aproximativo, casual, descuidado, e isso me causa intolerável repúdio. Que não vejam nessa reação minha um sinal de intolerância para com o próximo: sinto um repúdio ainda maior quando me ouço a mim mesmo. Por isso procuro falar o mínimo possível, e se prefiro escrever é que, escrevendo, posso emendar cada frase tantas vezes quanto ache necessário para chegar, não digo a me sentir satisfeito com minhas palavras, mas pelo menos a eliminar as razões de insatisfação de que me posso dar conta. A literatura — quero dizer, aquela que responde a essas exigências — é a Terra Prometida em que a linguagem se torna aquilo que na verdade deveria ser.
  • Às vezes me parece que uma epidemia pestilenta atingiu a humanidade inteira em sua faculdade mais característica, ou seja, no uso da palavra, consistindo essa peste da língua numa perda de força cognoscitiva e de imediaticidade, como um automatismo que tendesse a nivelar a expressão em fórmulas mais genéricas, anônimas, abstratas, a diluir os significados, a embotar os pontos expressivos, a extinguir toda centelha que crepite no encontro das palavras com novas circunstâncias.
  • Não me interessa aqui indagar se as origens dessa epidemia devam ser pesquisadas na política, na ideologia, na uniformidade burocrática, na homogeneização dos mass-media ou na difusão acadêmica de uma cultura média. O que me interessa são as possibilidades de salvação. A literatura (e talvez somente a literatura) pode criar os anticorpos que coíbam a expansão desse flagelo lingüístico.”
 
Seis propostas para o próximo milênio — “Exatidão” — Tradução de Ivo Barroso. (Companhia das Letras, 1991)
 
https://www.google.com.br/webhp?sourceid=chrome-instant&ion=1&espv=2&ie=UTF-8#q=livro+Exatid%C3%A3o%2C+Italo+Calvino+download

Sobre a Natureza da Ciência da Linguagem
http://www.pucrs.br/letras/pos/logica/natcien.htm
( Uma questão problemática de Filosofia da Lingüística)
Considere a afirmação (a) e as perguntas (b) e (c) relativas a (a):
  1. A Lingüística é a ciência da linguagem humana.
  2. Qual a natureza de seu método?
  3. Qual a natureza de seu objeto?
Enquanto (a) representa, certamente, uma afirmação verdadeira e trivial para a comunidade mais ampla dos lingüistas, (b) e (c) são perguntas sobre as quais não há absolutamente consenso, e que determinam um debate de extrema sofisticação mesmo que entre membros da mesma escola.

De fato, ainda que imprecisa e panorâmica, uma breve inspeção na história contemporânea da Lingüistica já é suficiente para justificar a constatação de que há um inegável desacordo entre alguns dos mais expressivos teóricos dessa disciplina. Para Saussure (1916), (a) é uma afirmação verdadeira desde que a resposta a (c) considere a linguagem humana constituída essencialmente pela língua, enquanto conjunto de signos depositado na mente dos usuários pela prática pessoal da fala e desde que a resposta a (b) defina a Lingüística como um ramo da Semiologia ou Psicologia Social, entendidas como uma espécie de Teoria da Comunicação; Chomsky (1986) também aceita, (a), mas não concordaria, absolutamente, com a resposta a (b) e (c) de seu antecessor.

Para o fundador da teoria gerativista, a faculdade da linguagem é a expressão de uma propriedade inata da natureza humana, cujo caráter essencial é uma espécie de gramática universal geneticamente determinada, e isso responde a (c). Quanto a (b), Chomsky considera que a Lingüística é um ramo da Psicologia Cognitiva, como ciência natural capaz de explicar como tal propriedade da mente/cérebro do ser humano se constitui e como possibilita a aquisição, o conhecimento e o uso da linguagem.

Contemporâneo de Chomsky e um dos seus mais expressivos adversários teóricos, Montague (1970) somente poderia aceitar (a) desde que a resposta a (c) seja encaminhada no sentido de que a linguagem natural não se distingue, em sua essência, das linguagens construídas e desde que a resposta a (bobtenha a firmação de que a Lingüística é um ramo da matemática enquanto ciência formal.
Considere agora mais duas questões:
d) Se a Lingüística é a ciência da linguagem humana, que disciplina estuda os fundamentos de tal ciência?
e) Como se constitui tal disciplina?
A resposta a (d) envolve algumas observações preliminares. Toda a disciplina vai-se estabelecendo, historicamente, em sua cientificidade, mediante uma construção de conhecimentos proporcionados pela justa relação entre seu método e seu objeto, justificada pela plausibilidade de seus fundamentos. A construção propriamente dita caracteriza a teoria científica como tal; o estudo dos seus fundamentos, a filosofia daquela disciplina. Tal tem sido a história da Lingüística; paralelamente ao desenvolvimento de sua teoria, vão-se estabelecendo os fundamentos que a sustentam.

É justamente por isso, aliás, que os pioneiros de sua história como ciência têm sido, ao mesmo tempo, cientistas e filósofos de sua disciplina. Se Saussure, Chomsky e Montague, entre outros, trouxeram uma reconhecida contribuição a sua área de conhecimento é, sem dúvida, porque fizeram, concomitantemente, ciência e filosofia. Nesse sentido, então, encaminha-se para (d), a resposta de que se a Lingüística é a ciência da linguagem humana, a Filosofia da Lingüística é a disciplina que estuda os fundamentos de tal ciência.
A abordagem da questão (e) também merece algumas prévias considerações. Se a história da Lingüística, como se sugeriu, tem sido acompanhada pela história da Filosofia da Lingüística, é bem verdade que o desenvolvimento desta última tem ocorrido de forma intrínseca ao desenvolvimento da primeira. Isto significa, em última análise, que o estudo da teoria e de seus fundamentos tem avançado de maneira naturalmente conjugada de modo a não parece necessário o estabelecimento de uma disciplina específica como Filosofia da Lingüística. Realmente, parece trivial que a filosofia de uma área de conhecimento, que começa a construir-se como ciência, constitua-se, inicialmente, de forma implícita, para só ocupar um espaço mais específico a posteriori.

Nesses termos, se a Lingüística teórica é uma disciplina que apenas nesse século começa a solidificar-se em seu estatuto de cientificidade, é razoável que só agora a Filosofia da Lingüística comece a estabelecer-se como uma necessidade própria de investigação. Conseqüência disso, as formas de se encaminhar tal disciplina, o que constituiria a sua metodologia, não são senão alguns princípios muito gerais que podem ser sistematizados de maneira a tornar o estudo dos fundamentos da Lingüística consistente a ponto de caracterizá-la naquilo em que ela se pretende rigorosa e de esclarecê-la quanto às diversas formas de concebê-la. A resposta a (e), então, que propomos, passa por um pequeno conjunto de critérios cuja finalidade não é senão dotar a Filosofia da Lingüística de uma maior capacidade de avaliação das condições que constituem a disciplina que investiga.
1 Critério da Distinção entre Lingüística Pura e Aplicada
Trata-se de separar o conhecimento teórico a ser produzido com objetivos especificamente científicos, a saber, o da verdade sobre a natureza do objeto a ser esclarecido, do conhecimento aplicado diretamente a aspectos da realidade ou, indiretamente, através da relação com outras disciplinas. Por exemplo, trata-se de distinguir entre o conhecimento que busca, a partir do anterior, formas de ensinar uma segunda língua a uma criança.
2 Critério da distinção de Níveis de Constituição da Teoria Lingüística
A proposta aqui, é a de que se distingam os seguintes níveis: o nível da linguagem enquanto fenômeno geral acessível ao senso comum; o nível da linguagem enquanto objeto construído já no interior de uma teoria com perspectivas científicas; o nível da teoria lingüística, enquanto sistema de conceitos estruturados, o nível metateórico, ou de princípios que regem a metodologia de uma dada teoria lingüística e o nível de compromissos filosóficos, por exemplo, ontológicos, que sustentam todo o edifício teórico.
3 Critério de Tensão entre o Método Lingüístico e o seu Objeto
O critério acima sugere que se considere como essencial para o conhecimento científico a adequada tensão entre o método de investigação lingüística e as propriedades do seu objeto a serem esclarecidas. No interior de uma teoria lingüística, tal adequação consiste no surgimento de problemas que possam ser tratáveis e cujo tratamento permita originar problemas novos que caracterizam programas de investigação. Este critério sugere, ainda, que só dentro de tal relação é que se determina a relevância das propriedades do objeto e de seu método.
4 Critério da Distinção entre Propriedades Formais e Empíricas da Teoria Lingüística
Trata-se de distinguir a condição de uma teoria de adequar-se à experiência lingüística, considerando a evidência dos dados, da sua capacidade de expressar-se em uma linguagem formal, considerando-se questões de consistência, por exemplo, e outras.
5 Critério de Tensão entre Adequação Descritiva e Adequação Explanatória na Teoria Lingüística
Este critério consiste na necessidade de se entender o papel teórico da relação entre atividade de descrição lingüística e a de explanação. Sem descrição, a explanação pode ser indesejavelmente geral e sem valor explanatório, a descrição é vazia.
6 Critério da Avaliação Histórica dos Programas de Investigação Lingüística
Entende-se por este critério a condição de possibilidade de avaliação histórica dos resultados de um programa de pesquisa lingüística. Garante-se, através dele, a evolução da racionalidade científica na área, potencializando-se o progresso na construção de problemas lingüísticos relevantes e evitando-se a circularidade de propostas já ultrapassadas.
Uma vez caracterizados tais critérios, fica encaminhada a resposta à questão (e) e já se tem um conjunto mínimo de condições capazes de orientar o debate sobre (f), a problemática e central questão para a Filosofia da Lingüística, sugerida no início do presente texto.
(f) É a Lingüística uma ciência natural, formal ou social?

Referências Bibliográficas
CHOMSKY, N. (1984) Modular Approaches to the Study of the Mind. San Diego: San Diego University Press.
CHOMSKY, N. (1986) Knowledge of Language. Its Nature, Origin and Use. New York. Praeger
CHOMSKY, N. (1993) Language and Thought. London. Moyer Bell.
EARMAN, j. (ed) (1972) Inference, Explanation and Other Frustrations - Essays in the Philosophy of Science. Berckeley. University of California Press.
KATZ, J. (1985) The Philosophy of Linguistics. Oxford. Oxford University Press.
MONTAGUE,R.(1970) Formal Philosophy. New Haven. Yale University Press.
SAUSSURE, F. (1916/1974) Cours de Linguistique Générale. Paris. Payot.


------=_Part_692276_2011)




SUBJECT: Ciência do álcool - Mensagem 1 - 265 palavras
FROM: Mtnos Calil <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/05/2015 14:31

Iniciamos uma série de matérias cientificas sobre o álcool que vai precisar de uma revisão lógico-semânticados entendidos no assunto.

Na minha visão amadorística,o estudo cientifico do álcool deveria levar em conta 3 áreas:

1.Neurofisiológica –que envolve as reações físico-quimicas

2.Mental – que envolve questões como o controle mental sobre os efeitos negativos do álcool

3.Efeitos benéficos doálcool para a saúde física.

Vejamos agora o que acontece com o Pesky Bee.

1.O fígado peskyano só consegue metabolizar 10 mg. de álcool, o equivalente encontrado numa latinha de cerveja.

2.Depois de ingerido, o álcool é transformado pelo fígado numa substância chamada acetaldeído, que retorna à corrente sanguínea e depois volta para o fígado, quando  é novamente filtrado, se transformando agora no ácido acetaldeído, que é mais tóxico que o próprio álcool e que o fígado não suporta.  Como o excesso não pode ser filtrado, o álcool chega ao cérebro em seu estado original.

3.Ao chegar na cabeça do Pesky Bee, o álcool se acumula no córtex cerebral provocando mudanças comportamentais. Por exemplo: se o Pesky Bee é tímido, ele passa a exibir o comportamento extrovertido que todos nós conhecemos. Se porém ele continuar bebendo depois que ficou bem humorado, uma porção do álcool chega ao hipotálamo quando as emoções peskyanas se exacerbam e aí seu bom humor pode se transformar num acesso de raiva muito perigoso. Mas se ele continuar a beber a próxima vitima será o cerebelo, que cuida do equilíbrio corporal do nosso amigo. O risco agora é de ele levar um tombo terminal.

Favor informar o queestá errado neste texto

Grato

MC




SUBJECT: Re: [ciencialist] Manual da linguagem cientifica - Só a ciência pode nos salvar deste flagelo
FROM: Mtnos Calil <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/05/2015 14:38


Ok, Prof. Belmiro. 
Me informe por favor qual é o número máximo de letras que devo usar em cada palavra. 
Prometo que jamais usarei esta:  anticonstitucionalissimamente 
Thanks
MC


On Ter 12/05/15 14:24 , "Belmiro Wolski belmirow@yahoo.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 

Não vale usar palavras muito extensas...

*BW*




Em Terça-feira, 12 de Maio de 2015 13:14, "Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" escreveu:


 

Ok. Resolvido - as minhas mensagens dirigidas ao prof. Belmiro e ao Dr. Alberto terão no máximo 30 palavras. 
Obrigado
MC


On Ter 12/05/15 11:54 , "'Alberto Mesquita Filho' albmesq@uol.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 
Mtnos escreveu:
 
> Aguardo a informação a respeito do número de palavras que não espreme (ou oprime) o seu saco, quando o assunto for linguagem cientifica (ou ciência da linguagem). Podemos até montar uma tabela fixando o limite de palavras por assunto.
 
A coisa não é tão simples assim. Mensagens quilométricas e com conteúdo científico de boa qualidade são sempre bem-vindas na Ciencialist. Com respeito às suas msgs, com raríssimas exceções, creio que o limite proposto pelo BW (30) está de bom tamanho.
 
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
.
 
 
Sent: Tuesday, May 12, 2015 12:48 AM
Subject: Re: Re: [ciencialist] Manual da linguagem cientifica - Só a ciência pode nos salvar deste flagelo
 
 
Ilmo. Dr. Alberto
 
1) Se considerarmos a sua longa assinatura, a sua mensagem teve 56 palavras.
2) Obrigado por mais uma interessante contribuição para o LPC - esse ditado "para bom entendedor meia palavra basta" requer um esquartejamento pois a meia palavra pode ser às vezes precisa e às vezes imprecisa. Não é aconselhável, portanto, correr-se o risco de cair na imprecisão ou na simples falta de clareza.  No caso, a sua meia palavra foi "condições" e, inserida no contexto, não ficou nada clara. Mas foi muito bom tê-la trazido à baila - ela será inserida na relação das palavras e locuções condenadas.
3) Aguardo a informação a respeito do número de palavras que não espreme (ou oprime) o seu saco, quando o assunto for linguagem cientifica (ou ciência da linguagem). Podemos até montar uma tabela fixando o limite de palavras por assunto. Por exemplo

ASSUNTOS
Ciência da linguagem
Ciência da vida
Espirito cientifico
A psicologia é uma ciência?
Precisão linguistica
Relação entre a ciência e a política
Matemática sem números
Teoria quântica aplicada ao mundo social

Ginástica mental
Outros

Obrigado, novamente.
MC

Ps1. Esta mensagem teve 292 palavras, incluindo as dos Ps.

Ps2. Que tal propormos ao moderador que fixe o número máximo de palavras por mensagem?
Ps3. Neste sistema de contagem, os números, a exemplo do 205 são considerados palavras.
Ps4. O número dos Ps. não são considerados números para efeito de contagem e sim letras.
Ps5.Se não for dado um espaço entre a frase e o número do post scriptum, como ocorreu neste Ps5, o dito cujo  é incorporado à palavra à qual precede, não valendo para a contagem. 
Ps6. “Deus está nos detalhes”, disse um poeta alemão de nome complicadíssimo para quem não domina este idioma, como eu



Em Seg 11/05/15 23:49, Alberto Mesquita Filho albmesq@uol.com.br [ciencialist] ciencialist@yahoogrupos.com.br escreveu:
 
Utilizei a palavra fora do contexto, mas como estamos em uma fase de economizar palavras e para o bom entendedor meia palavra basta, vou parar por aqui (27 palavras).
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
Sent: Monday, May 11, 2015 7:17 PM
Subject: Re: [ciencialist] Manual da linguagem cientifica - Só a ciência pode nos salvar deste flagelo
 
O que V.Sa. quiz dizer com o termo "condições"?
MC
Ps. Lembro que no saco de BW cabem 30 palavras (para este assunto). E o saco do PB não se sentiu inflado com 41 palavras!



On Seg 11/05/15 19:12 , "'Alberto Mesquita Filho' albmesq@uol.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 
Nestas condições utilizo uma única palavra: EXCLUIR.
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
Sent: Monday, May 11, 2015 6:02 PM
Subject: Re: Re: [ciencialist] Manual da linguagem cientifica - Só a ciência pode nos salvar deste flagelo
 
O texto que fala do flagelo possui 1104 palavras.
Me informe por gentileza qual é, aproximadamente,  a quantidade de palavras que cabe no seu saco
Obrigado!

M.Calil
Em Seg 11/05/15 17:43, Belmiro Wolski belmirow@yahoo.com.br [ciencialist] ciencialist@yahoogrupos.com.br escreveu:
 
Muito longo...
Faltou saco!
*BW*


Em Segunda-feira, 11 de Maio de 2015 17:39, "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" escreveu:
 
                                       Narrativa sobre o flagelo linguístico que assola a humanidade

"...uma epidemia pestilenta atingiu a humanidade inteira em sua faculdade mais característica, ou seja, no uso da palavra, consistindo essa peste da língua numa perda de força cognoscitiva.   Não me interessa aqui indagar se as origens dessa epidemia devam ser pesquisadas na política, na ideologia, na uniformidade burocrática, na homogeneização dos mass-media ou na difusão acadêmica de uma cultura média. O que me interessa são as possibilidades de salvação. A literatura (e talvez somente a literatura) pode criar os anticorpos que coíbam a expansão desse flagelo lingüístico.” -  Italo Calvino, escritor italiano falecido em 1985

Perdão Italo Calvino, que agora está na companhia dos deuses da precisão linguística: não é a literatura que vai nos salvar deste terrível flagelo que requer uma intervenção cirúrgica cientifica. A ciência que poderia salvar a humanidade do flagelo linguistico é a "ciência da linguagem" que ainda não está devidamente estruturada. Para se estruturar sistemicamente, a linguística precisaria se livrar de outro flagelo da ciência que é especialização. Uma ciência da linguagem humana (ou mesmo não humana) só poderá adquirir uma configuração sistêmica se trabalhar em conjunto com outras ciências como a psicologia, a biologia, a antropologia.

Quanto ao flagelo linguístico, o mais grave  é que os cientistas ainda nem tomaram conhecimento da doença, da qual eles próprios foram vitimados. Por isso*, penso** que estamos condenados a viver nesta pandemia enquanto a esquizofrenia linguistica*** não enlouquecer a todos nós. Concordo com a sua idéia de que muitos problemas podem ser resolvidos sem o conhecimento das respectivas causas. Porém, no caso do flagelo linguistico, sendo ele de origem genética, penso que a causa do mal deva ser considerada. Ocorre que o homem criou a palavra com a dupla função de descrever a realidade e de alimentar fantasias de natureza instintiva. Assim a palavra se transformou numa arma de mentira e de destruição.
A ambiguidade da palavra, estimado Calvino, está impressa em nossos neurônios. **** Ela serve para o bem e para o mal. É ao mesmo tempo linda, maravihosa, cruel e mortífera.

* Isso = o desconhecimento dos cientistas a respeito do mal
**Usei o verbo pensar no seu sentido legitimo e não no sentido de seu simulacro, o verbo crer.
***A esquizofrenia linguistica é uma variante da esquizofrenia social que milagrosamente foi objeto de um livro de uma psicóloga brasileira- Elza Pádua. Trata-se de uma inovação mundial da qual a midia tem um pavor supremo. Como os midiáticos poderiam combater a maior  fonte dos seus lucros?  (esquizofrenia social é uma expressão da autora e a esquizofrenia linguistica ficou por minha conta...Paciência! )
**** Não estou fazendo uso de uma metáfora ao afirmar a origem genética da ambiguidade linguística. Se quisermos aprimorar a estratégia da precisão linguistica é recomendável reduzirmos ao máximo o uso das metáforas. A origem genética citada constitui uma hipótese que talvez nunca venha a ser comprovada. Formular hipóteses que não podem ser testadas ou comprovadas é um dos ônus da ciência. Outro ônus da ciência é ser submissa aos politicos que não conseguem se livrar do instinto da guerra e de outros instintos malévolos como o da dominação,  que chamam de "Poder".  Para os politicos a ambição pelo poder é algo natural da espécie humana. É natural mesmo! Por isso a cultura é incapaz de extirpar esse mal.
Mtnos Calil



Com a palavra Italo Calvino (
Escritor italiano, 1923-1985) que morreu antes de proferir uma palestra em Harvard que ficou registrada num texto datilografado:
  • A precisão, para os antigos egípcios, era simbolizada por uma pluma que servia de peso num dos pratos da balança em que se pesavam as almas. Essa pluma levíssima tinha o nome de Maat, deusa da balança. O hieróglifo de Maat indicava igualmente a unidade de comprimento — os 33 cm do tijolo unitário — e também o tom fundamental da flauta.
  • Essas informações provêm de uma conferência de Giorgio de Santillana sobre a precisão dos antigos no observar dos fenômenos celestes, conferência que ouvi na Itália em 1963 e que exerceu sobre mim profunda influência. Desde que aqui cheguei, tenho pensado freqüentemente em Santillana, por ter sido ele o meu cicerone em Massachusetts quando de minha primeira visita a este país em 1960. Em lembrança de sua amizade, abro esta conferência sobre a exatidão na literatura invocando o nome de Maat, a deusa da balança. Tanto mais que Balança é o meu signo zodiacal.
  • Antes de mais nada, procurarei definir o tema. Para mim, exatidão quer dizer principalmente três coisas: (1) um projeto de obra bem definido e calculado; (2) a evocação de imagens visuais nítidas, incisivas, memoráveis: temos em italiano um adjetivo que não existe em inglês, icastico, do grego eikastikos; (3) uma linguagem que seja a mais precisa possível como léxico e em sua capacidade de traduzir as nuanças do pensamento e da imaginação.
  • Por que me vem a necessidade de defender valores que a muitos parecerão simplesmente óbvios? Creio que o meu primeiro impulso decorra de uma hipersensibilidade ou alergia pessoal: a linguagem me parece sempre usada de modo aproximativo, casual, descuidado, e isso me causa intolerável repúdio. Que não vejam nessa reação minha um sinal de intolerância para com o próximo: sinto um repúdio ainda maior quando me ouço a mim mesmo. Por isso procuro falar o mínimo possível, e se prefiro escrever é que, escrevendo, posso emendar cada frase tantas vezes quanto ache necessário para chegar, não digo a me sentir satisfeito com minhas palavras, mas pelo menos a eliminar as razões de insatisfação de que me posso dar conta. A literatura — quero dizer, aquela que responde a essas exigências — é a Terra Prometida em que a linguagem se torna aquilo que na verdade deveria ser.
  • Às vezes me parece que uma epidemia pestilenta atingiu a humanidade inteira em sua faculdade mais característica, ou seja, no uso da palavra, consistindo essa peste da língua numa perda de força cognoscitiva e de imediaticidade, como um automatismo que tendesse a nivelar a expressão em fórmulas mais genéricas, anônimas, abstratas, a diluir os significados, a embotar os pontos expressivos, a extinguir toda centelha que crepite no encontro das palavras com novas circunstâncias.
  • Não me interessa aqui indagar se as origens dessa epidemia devam ser pesquisadas na política, na ideologia, na uniformidade burocrática, na homogeneização dos mass-media ou na difusão acadêmica de uma cultura média. O que me interessa são as possibilidades de salvação. A literatura (e talvez somente a literatura) pode criar os anticorpos que coíbam a expansão desse flagelo lingüístico.”
 
Seis propostas para o próximo milênio — “Exatidão” — Tradução de Ivo Barroso. (Companhia das Letras, 1991)
 
https://www.google.com.br/webhp?sourceid=chrome-instant&ion=1&espv=2&ie=UTF-8#q=livro+Exatid%C3%A3o%2C+Italo+Calvino+download

Sobre a Natureza da Ciência da Linguagem
http://www.pucrs.br/letras/pos/logica/natcien.htm
( Uma questão problemática de Filosofia da Lingüística)
Considere a afirmação (a) e as perguntas (b) e (c) relativas a (a):
  1. A Lingüística é a ciência da linguagem humana.
  2. Qual a natureza de seu método?
  3. Qual a natureza de seu objeto?
Enquanto (a) representa, certamente, uma afirmação verdadeira e trivial para a comunidade mais ampla dos lingüistas, (b) e (c) são perguntas sobre as quais não há absolutamente consenso, e que determinam um debate de extrema sofisticação mesmo que entre membros da mesma escola.

De fato, ainda que imprecisa e panorâmica, uma breve inspeção na história contemporânea da Lingüistica já é suficiente para justificar a constatação de que há um inegável desacordo entre alguns dos mais expressivos teóricos dessa disciplina. Para Saussure (1916), (a) é uma afirmação verdadeira desde que a resposta a (c) considere a linguagem humana constituída essencialmente pela língua, enquanto conjunto de signos depositado na mente dos usuários pela prática pessoal da fala e desde que a resposta a (b) defina a Lingüística como um ramo da Semiologia ou Psicologia Social, entendidas como uma espécie de Teoria da Comunicação; Chomsky (1986) também aceita, (a), mas não concordaria, absolutamente, com a resposta a (b) e (c) de seu antecessor.

Para o fundador da teoria gerativista, a faculdade da linguagem é a expressão de uma propriedade inata da natureza humana, cujo caráter essencial é uma espécie de gramática universal geneticamente determinada, e isso responde a (c). Quanto a (b), Chomsky considera que a Lingüística é um ramo da Psicologia Cognitiva, como ciência natural capaz de explicar como tal propriedade da mente/cérebro do ser humano se constitui e como possibilita a aquisição, o conhecimento e o uso da linguagem.

Contemporâneo de Chomsky e um dos seus mais expressivos adversários teóricos, Montague (1970) somente poderia aceitar (a) desde que a resposta a (c) seja encaminhada no sentido de que a linguagem natural não se distingue, em sua essência, das linguagens construídas e desde que a resposta a (bobtenha a firmação de que a Lingüística é um ramo da matemática enquanto ciência formal.
Considere agora mais duas questões:
d) Se a Lingüística é a ciência da linguagem humana, que disciplina estuda os fundamentos de tal ciência?
e) Como se constitui tal disciplina?
A resposta a (d) envolve algumas observações preliminares. Toda a disciplina vai-se estabelecendo, historicamente, em sua cientificidade, mediante uma construção de conhecimentos proporcionados pela justa relação entre seu método e seu objeto, justificada pela plausibilidade de seus fundamentos. A construção propriamente dita caracteriza a teoria científica como tal; o estudo dos seus fundamentos, a filosofia daquela disciplina. Tal tem sido a história da Lingüística; paralelamente ao desenvolvimento de sua teoria, vão-se estabelecendo os fundamentos que a sustentam.

É justamente por isso, aliás, que os pioneiros de sua história como ciência têm sido, ao mesmo tempo, cientistas e filósofos de sua disciplina. Se Saussure, Chomsky e Montague, entre outros, trouxeram uma reconhecida contribuição a sua área de conhecimento é, sem dúvida, porque fizeram, concomitantemente, ciência e filosofia. Nesse sentido, então, encaminha-se para (d), a resposta de que se a Lingüística é a ciência da linguagem humana, a Filosofia da Lingüística é a disciplina que estuda os fundamentos de tal ciência.
A abordagem da questão (e) também merece algumas prévias considerações. Se a história da Lingüística, como se sugeriu, tem sido acompanhada pela história da Filosofia da Lingüística, é bem verdade que o desenvolvimento desta última tem ocorrido de forma intrínseca ao desenvolvimento da primeira. Isto significa, em última análise, que o estudo da teoria e de seus fundamentos tem avançado de maneira naturalmente conjugada de modo a não parece necessário o estabelecimento de uma disciplina específica como Filosofia da Lingüística. Realmente, parece trivial que a filosofia de uma área de conhecimento, que começa a construir-se como ciência, constitua-se, inicialmente, de forma implícita, para só ocupar um espaço mais específico a posteriori.

Nesses termos, se a Lingüística teórica é uma disciplina que apenas nesse século começa a solidificar-se em seu estatuto de cientificidade, é razoável que só agora a Filosofia da Lingüística comece a estabelecer-se como uma necessidade própria de investigação. Conseqüência disso, as formas de se encaminhar tal disciplina, o que constituiria a sua metodologia, não são senão alguns princípios muito gerais que podem ser sistematizados de maneira a tornar o estudo dos fundamentos da Lingüística consistente a ponto de caracterizá-la naquilo em que ela se pretende rigorosa e de esclarecê-la quanto às diversas formas de concebê-la. A resposta a (e), então, que propomos, passa por um pequeno conjunto de critérios cuja finalidade não é senão dotar a Filosofia da Lingüística de uma maior capacidade de avaliação das condições que constituem a disciplina que investiga.
1 Critério da Distinção entre Lingüística Pura e Aplicada
Trata-se de separar o conhecimento teórico a ser produzido com objetivos especificamente científicos, a saber, o da verdade sobre a natureza do objeto a ser esclarecido, do conhecimento aplicado diretamente a aspectos da realidade ou, indiretamente, através da relação com outras disciplinas. Por exemplo, trata-se de distinguir entre o conhecimento que busca, a partir do anterior, formas de ensinar uma segunda língua a uma criança.
2 Critério da distinção de Níveis de Constituição da Teoria Lingüística
A proposta aqui, é a de que se distingam os seguintes níveis: o nível da linguagem enquanto fenômeno geral acessível ao senso comum; o nível da linguagem enquanto objeto construído já no interior de uma teoria com perspectivas científicas; o nível da teoria lingüística, enquanto sistema de conceitos estruturados, o nível metateórico, ou de princípios que regem a metodologia de uma dada teoria lingüística e o nível de compromissos filosóficos, por exemplo, ontológicos, que sustentam todo o edifício teórico.
3 Critério de Tensão entre o Método Lingüístico e o seu Objeto
O critério acima sugere que se considere como essencial para o conhecimento científico a adequada tensão entre o método de investigação lingüística e as propriedades do seu objeto a serem esclarecidas. No interior de uma teoria lingüística, tal adequação consiste no surgimento de problemas que possam ser tratáveis e cujo tratamento permita originar problemas novos que caracterizam programas de investigação. Este critério sugere, ainda, que só dentro de tal relação é que se determina a relevância das propriedades do objeto e de seu método.
4 Critério da Distinção entre Propriedades Formais e Empíricas da Teoria Lingüística
Trata-se de distinguir a condição de uma teoria de adequar-se à experiência lingüística, considerando a evidência dos dados, da sua capacidade de expressar-se em uma linguagem formal, considerando-se questões de consistência, por exemplo, e outras.
5 Critério de Tensão entre Adequação Descritiva e Adequação Explanatória na Teoria Lingüística
Este critério consiste na necessidade de se entender o papel teórico da relação entre atividade de descrição lingüística e a de explanação. Sem descrição, a explanação pode ser indesejavelmente geral e sem valor explanatório, a descrição é vazia.
6 Critério da Avaliação Histórica dos Programas de Investigação Lingüística
Entende-se por este critério a condição de possibilidade de avaliação histórica dos resultados de um programa de pesquisa lingüística. Garante-se, através dele, a evolução da racionalidade científica na área, potencializando-se o progresso na construção de problemas lingüísticos relevantes e evitando-se a circularidade de propostas já ultrapassadas.
Uma vez caracterizados tais critérios, fica encaminhada a resposta à questão (e) e já se tem um conjunto mínimo de condições capazes de orientar o debate sobre (f), a problemática e central questão para a Filosofia da Lingüística, sugerida no início do presente texto.
(f) É a Lingüística uma ciência natural, formal ou social?

Referências Bibliográficas
CHOMSKY, N. (1984) Modular Approaches to the Study of the Mind. San Diego: San Diego University Press.
CHOMSKY, N. (1986) Knowledge of Language. Its Nature, Origin and Use. New York. Praeger
CHOMSKY, N. (1993) Language and Thought. London. Moyer Bell.
EARMAN, j. (ed) (1972) Inference, Explanation and Other Frustrations - Essays in the Philosophy of Science. Berckeley. University of California Press.
KATZ, J. (1985) The Philosophy of Linguistics. Oxford. Oxford University Press.
MONTAGUE,R.(1970) Formal Philosophy. New Haven. Yale University Press.
SAUSSURE, F. (1916/1974) Cours de Linguistique Générale. Paris. Payot.


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Manual da linguagem cientifica - Só a ciência pode nos salvar deste flagelo
FROM: <oraculo@atibaia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/05/2015 14:41

Sugire esta palavra, para acabar com o problema.:- )

Supercalifragilisticexpialidocious
 
Homero
 
Sent: Tuesday, May 12, 2015 2:38 PM
Subject: Re: [ciencialist] Manual da linguagem cientifica - Só a ciência pode nos salvar deste flagelo
 
 


Ok, Prof. Belmiro.

Me informe por favor qual é o número máximo de letras que devo usar em cada palavra.
Prometo que jamais usarei esta: anticonstitucionalissimamente 
Thanks
MC


On Ter 12/05/15 14:24 , "Belmiro Wolski belmirow@yahoo.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 
Não vale usar palavras muito extensas...
 
*BW*
 
 


Em Terça-feira, 12 de Maio de 2015 13:14, "Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" escreveu:


 

Ok. Resolvido - as minhas mensagens dirigidas ao prof. Belmiro e ao Dr. Alberto terão no máximo 30 palavras.
Obrigado
MC


On Ter 12/05/15 11:54 , "'Alberto Mesquita Filho' albmesq@uol.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 
Mtnos escreveu:
 
> Aguardo a informação a respeito do número de palavras que não espreme (ou oprime) o seu saco, quando o assunto for linguagem cientifica (ou ciência da linguagem). Podemos até montar uma tabela fixando o limite de palavras por assunto.
 
A coisa não é tão simples assim. Mensagens quilométricas e com conteúdo científico de boa qualidade são sempre bem-vindas na Ciencialist. Com respeito às suas msgs, com raríssimas exceções, creio que o limite proposto pelo BW (30) está de bom tamanho.
 
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
.
 
 
Sent: Tuesday, May 12, 2015 12:48 AM
Subject: Re: Re: [ciencialist] Manual da linguagem cientifica - Só a ciência pode nos salvar deste flagelo
 
 
Ilmo. Dr. Alberto
 
1) Se considerarmos a sua longa assinatura, a sua mensagem teve 56 palavras.
2) Obrigado por mais uma interessante contribuição para o LPC - esse ditado "para bom entendedor meia palavra basta" requer um esquartejamento pois a meia palavra pode ser às vezes precisa e às vezes imprecisa. Não é aconselhável, portanto, correr-se o risco de cair na imprecisão ou na simples falta de clareza.  No caso, a sua meia palavra foi "condições" e, inserida no contexto, não ficou nada clara. Mas foi muito bom tê-la trazido à baila - ela será inserida na relação das palavras e locuções condenadas.
3) Aguardo a informação a respeito do número de palavras que não espreme (ou oprime) o seu saco, quando o assunto for linguagem cientifica (ou ciência da linguagem). Podemos até montar uma tabela fixando o limite de palavras por assunto. Por exemplo

ASSUNTOS
Ciência da linguagem
Ciência da vida
Espirito cientifico
A psicologia é uma ciência?
Precisão linguistica
Relação entre a ciência e a política
Matemática sem números
Teoria quântica aplicada ao mundo social

Ginástica mental
Outros

Obrigado, novamente.
MC

Ps1. Esta mensagem teve 292 palavras, incluindo as dos Ps.

Ps2. Que tal propormos ao moderador que fixe o número máximo de palavras por mensagem?
Ps3. Neste sistema de contagem, os números, a exemplo do 205 são considerados palavras.
Ps4. O número dos Ps. não são considerados números para efeito de contagem e sim letras.
Ps5.Se não for dado um espaço entre a frase e o número do post scriptum, como ocorreu neste Ps5, o dito cujo  é incorporado à palavra à qual precede, não valendo para a contagem. 
Ps6. “Deus está nos detalhes”, disse um poeta alemão de nome complicadíssimo para quem não domina este idioma, como eu



Em Seg 11/05/15 23:49, Alberto Mesquita Filho albmesq@uol.com.br [ciencialist] ciencialist@yahoogrupos.com.br escreveu:
 
Utilizei a palavra fora do contexto, mas como estamos em uma fase de economizar palavras e para o bom entendedor meia palavra basta, vou parar por aqui (27 palavras).
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
Sent: Monday, May 11, 2015 7:17 PM
Subject: Re: [ciencialist] Manual da linguagem cientifica - Só a ciência pode nos salvar deste flagelo
 
O que V.Sa. quiz dizer com o termo "condições"?
MC
Ps. Lembro que no saco de BW cabem 30 palavras (para este assunto). E o saco do PB não se sentiu inflado com 41 palavras!



On Seg 11/05/15 19:12 , "'Alberto Mesquita Filho' albmesq@uol.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 
Nestas condições utilizo uma única palavra: EXCLUIR.
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
Sent: Monday, May 11, 2015 6:02 PM
Subject: Re: Re: [ciencialist] Manual da linguagem cientifica - Só a ciência pode nos salvar deste flagelo
 
O texto que fala do flagelo possui 1104 palavras.
Me informe por gentileza qual é, aproximadamente,  a quantidade de palavras que cabe no seu saco
Obrigado!

M.Calil
Em Seg 11/05/15 17:43, Belmiro Wolski belmirow@yahoo.com.br [ciencialist] ciencialist@yahoogrupos.com.br escreveu:
 
Muito longo...
Faltou saco!
*BW*


Em Segunda-feira, 11 de Maio de 2015 17:39, "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" escreveu:
 
                                       Narrativa sobre o flagelo linguístico que assola a humanidade

"...uma epidemia pestilenta atingiu a humanidade inteira em sua faculdade mais característica, ou seja, no uso da palavra, consistindo essa peste da língua numa perda de força cognoscitiva.   Não me interessa aqui indagar se as origens dessa epidemia devam ser pesquisadas na política, na ideologia, na uniformidade burocrática, na homogeneização dos mass-media ou na difusão acadêmica de uma cultura média. O que me interessa são as possibilidades de salvação. A literatura (e talvez somente a literatura) pode criar os anticorpos que coíbam a expansão desse flagelo lingüístico.” -  Italo Calvino, escritor italiano falecido em 1985

Perdão Italo Calvino, que agora está na companhia dos deuses da precisão linguística: não é a literatura que vai nos salvar deste terrível flagelo que requer uma intervenção cirúrgica cientifica. A ciência que poderia salvar a humanidade do flagelo linguistico é a "ciência da linguagem" que ainda não está devidamente estruturada. Para se estruturar sistemicamente, a linguística precisaria se livrar de outro flagelo da ciência que é especialização. Uma ciência da linguagem humana (ou mesmo não humana) só poderá adquirir uma configuração sistêmica se trabalhar em conjunto com outras ciências como a psicologia, a biologia, a antropologia.

Quanto ao flagelo linguístico, o mais grave  é que os cientistas ainda nem tomaram conhecimento da doença, da qual eles próprios foram vitimados. Por isso*, penso** que estamos condenados a viver nesta pandemia enquanto a esquizofrenia linguistica*** não enlouquecer a todos nós. Concordo com a sua idéia de que muitos problemas podem ser resolvidos sem o conhecimento das respectivas causas. Porém, no caso do flagelo linguistico, sendo ele de origem genética, penso que a causa do mal deva ser considerada. Ocorre que o homem criou a palavra com a dupla função de descrever a realidade e de alimentar fantasias de natureza instintiva. Assim a palavra se transformou numa arma de mentira e de destruição.
A ambiguidade da palavra, estimado Calvino, está impressa em nossos neurônios. **** Ela serve para o bem e para o mal. É ao mesmo tempo linda, maravihosa, cruel e mortífera.

* Isso = o desconhecimento dos cientistas a respeito do mal
**Usei o verbo pensar no seu sentido legitimo e não no sentido de seu simulacro, o verbo crer.
***A esquizofrenia linguistica é uma variante da esquizofrenia social que milagrosamente foi objeto de um livro de uma psicóloga brasileira- Elza Pádua. Trata-se de uma inovação mundial da qual a midia tem um pavor supremo. Como os midiáticos poderiam combater a maior  fonte dos seus lucros?  (esquizofrenia social é uma expressão da autora e a esquizofrenia linguistica ficou por minha conta...Paciência! )
**** Não estou fazendo uso de uma metáfora ao afirmar a origem genética da ambiguidade linguística. Se quisermos aprimorar a estratégia da precisão linguistica é recomendável reduzirmos ao máximo o uso das metáforas. A origem genética citada constitui uma hipótese que talvez nunca venha a ser comprovada. Formular hipóteses que não podem ser testadas ou comprovadas é um dos ônus da ciência. Outro ônus da ciência é ser submissa aos politicos que não conseguem se livrar do instinto da guerra e de outros instintos malévolos como o da dominação,  que chamam de "Poder".  Para os politicos a ambição pelo poder é algo natural da espécie humana. É natural mesmo! Por isso a cultura é incapaz de extirpar esse mal.
Mtnos Calil



Com a palavra Italo Calvino (
Escritor italiano, 1923-1985) que morreu antes de proferir uma palestra em Harvard que ficou registrada num texto datilografado:
  • A precisão, para os antigos egípcios, era simbolizada por uma pluma que servia de peso num dos pratos da balança em que se pesavam as almas. Essa pluma levíssima tinha o nome de Maat, deusa da balança. O hieróglifo de Maat indicava igualmente a unidade de comprimento — os 33 cm do tijolo unitário — e também o tom fundamental da flauta.
  • Essas informações provêm de uma conferência de Giorgio de Santillana sobre a precisão dos antigos no observar dos fenômenos celestes, conferência que ouvi na Itália em 1963 e que exerceu sobre mim profunda influência. Desde que aqui cheguei, tenho pensado freqüentemente em Santillana, por ter sido ele o meu cicerone em Massachusetts quando de minha primeira visita a este país em 1960. Em lembrança de sua amizade, abro esta conferência sobre a exatidão na literatura invocando o nome de Maat, a deusa da balança. Tanto mais que Balança é o meu signo zodiacal.
  • Antes de mais nada, procurarei definir o tema. Para mim, exatidão quer dizer principalmente três coisas: (1) um projeto de obra bem definido e calculado; (2) a evocação de imagens visuais nítidas, incisivas, memoráveis: temos em italiano um adjetivo que não existe em inglês, icastico, do grego eikastikos; (3) uma linguagem que seja a mais precisa possível como léxico e em sua capacidade de traduzir as nuanças do pensamento e da imaginação.
  • Por que me vem a necessidade de defender valores que a muitos parecerão simplesmente óbvios? Creio que o meu primeiro impulso decorra de uma hipersensibilidade ou alergia pessoal: a linguagem me parece sempre usada de modo aproximativo, casual, descuidado, e isso me causa intolerável repúdio. Que não vejam nessa reação minha um sinal de intolerância para com o próximo: sinto um repúdio ainda maior quando me ouço a mim mesmo. Por isso procuro falar o mínimo possível, e se prefiro escrever é que, escrevendo, posso emendar cada frase tantas vezes quanto ache necessário para chegar, não digo a me sentir satisfeito com minhas palavras, mas pelo menos a eliminar as razões de insatisfação de que me posso dar conta. A literatura — quero dizer, aquela que responde a essas exigências — é a Terra Prometida em que a linguagem se torna aquilo que na verdade deveria ser.
  • Às vezes me parece que uma epidemia pestilenta atingiu a humanidade inteira em sua faculdade mais característica, ou seja, no uso da palavra, consistindo essa peste da língua numa perda de força cognoscitiva e de imediaticidade, como um automatismo que tendesse a nivelar a expressão em fórmulas mais genéricas, anônimas, abstratas, a diluir os significados, a embotar os pontos expressivos, a extinguir toda centelha que crepite no encontro das palavras com novas circunstâncias.
  • Não me interessa aqui indagar se as origens dessa epidemia devam ser pesquisadas na política, na ideologia, na uniformidade burocrática, na homogeneização dos mass-media ou na difusão acadêmica de uma cultura média. O que me interessa são as possibilidades de salvação. A literatura (e talvez somente a literatura) pode criar os anticorpos que coíbam a expansão desse flagelo lingüístico.”
 
Seis propostas para o próximo milênio — “Exatidão” — Tradução de Ivo Barroso. (Companhia das Letras, 1991)
 
https://www.google.com.br/webhp?sourceid=chrome-instant&ion=1&espv=2&ie=UTF-8#q=livro+Exatid%C3%A3o%2C+Italo+Calvino+download

Sobre a Natureza da Ciência da Linguagem
http://www.pucrs.br/letras/pos/logica/natcien.htm
( Uma questão problemática de Filosofia da Lingüística)
Considere a afirmação (a) e as perguntas (b) e (c) relativas a (a):
  1. A Lingüística é a ciência da linguagem humana.
  2. Qual a natureza de seu método?
  3. Qual a natureza de seu objeto?
Enquanto (a) representa, certamente, uma afirmação verdadeira e trivial para a comunidade mais ampla dos lingüistas, (b) e (c) são perguntas sobre as quais não há absolutamente consenso, e que determinam um debate de extrema sofisticação mesmo que entre membros da mesma escola.

De fato, ainda que imprecisa e panorâmica, uma breve inspeção na história contemporânea da Lingüistica já é suficiente para justificar a constatação de que há um inegável desacordo entre alguns dos mais expressivos teóricos dessa disciplina. Para Saussure (1916), (a) é uma afirmação verdadeira desde que a resposta a (c) considere a linguagem humana constituída essencialmente pela língua, enquanto conjunto de signos depositado na mente dos usuários pela prática pessoal da fala e desde que a resposta a (b) defina a Lingüística como um ramo da Semiologia ou Psicologia Social, entendidas como uma espécie de Teoria da Comunicação; Chomsky (1986) também aceita, (a), mas não concordaria, absolutamente, com a resposta a (b) e (c) de seu antecessor.

Para o fundador da teoria gerativista, a faculdade da linguagem é a expressão de uma propriedade inata da natureza humana, cujo caráter essencial é uma espécie de gramática universal geneticamente determinada, e isso responde a (c). Quanto a (b), Chomsky considera que a Lingüística é um ramo da Psicologia Cognitiva, como ciência natural capaz de explicar como tal propriedade da mente/cérebro do ser humano se constitui e como possibilita a aquisição, o conhecimento e o uso da linguagem.

Contemporâneo de Chomsky e um dos seus mais expressivos adversários teóricos, Montague (1970) somente poderia aceitar (a) desde que a resposta a (c) seja encaminhada no sentido de que a linguagem natural não se distingue, em sua essência, das linguagens construídas e desde que a resposta a (bobtenha a firmação de que a Lingüística é um ramo da matemática enquanto ciência formal.
Considere agora mais duas questões:
d) Se a Lingüística é a ciência da linguagem humana, que disciplina estuda os fundamentos de tal ciência?
e) Como se constitui tal disciplina?
A resposta a (d) envolve algumas observações preliminares. Toda a disciplina vai-se estabelecendo, historicamente, em sua cientificidade, mediante uma construção de conhecimentos proporcionados pela justa relação entre seu método e seu objeto, justificada pela plausibilidade de seus fundamentos. A construção propriamente dita caracteriza a teoria científica como tal; o estudo dos seus fundamentos, a filosofia daquela disciplina. Tal tem sido a história da Lingüística; paralelamente ao desenvolvimento de sua teoria, vão-se estabelecendo os fundamentos que a sustentam.

É justamente por isso, aliás, que os pioneiros de sua história como ciência têm sido, ao mesmo tempo, cientistas e filósofos de sua disciplina. Se Saussure, Chomsky e Montague, entre outros, trouxeram uma reconhecida contribuição a sua área de conhecimento é, sem dúvida, porque fizeram, concomitantemente, ciência e filosofia. Nesse sentido, então, encaminha-se para (d), a resposta de que se a Lingüística é a ciência da linguagem humana, a Filosofia da Lingüística é a disciplina que estuda os fundamentos de tal ciência.
A abordagem da questão (e) também merece algumas prévias considerações. Se a história da Lingüística, como se sugeriu, tem sido acompanhada pela história da Filosofia da Lingüística, é bem verdade que o desenvolvimento desta última tem ocorrido de forma intrínseca ao desenvolvimento da primeira. Isto significa, em última análise, que o estudo da teoria e de seus fundamentos tem avançado de maneira naturalmente conjugada de modo a não parece necessário o estabelecimento de uma disciplina específica como Filosofia da Lingüística. Realmente, parece trivial que a filosofia de uma área de conhecimento, que começa a construir-se como ciência, constitua-se, inicialmente, de forma implícita, para só ocupar um espaço mais específico a posteriori.

Nesses termos, se a Lingüística teórica é uma disciplina que apenas nesse século começa a solidificar-se em seu estatuto de cientificidade, é razoável que só agora a Filosofia da Lingüística comece a estabelecer-se como uma necessidade própria de investigação. Conseqüência disso, as formas de se encaminhar tal disciplina, o que constituiria a sua metodologia, não são senão alguns princípios muito gerais que podem ser sistematizados de maneira a tornar o estudo dos fundamentos da Lingüística consistente a ponto de caracterizá-la naquilo em que ela se pretende rigorosa e de esclarecê-la quanto às diversas formas de concebê-la. A resposta a (e), então, que propomos, passa por um pequeno conjunto de critérios cuja finalidade não é senão dotar a Filosofia da Lingüística de uma maior capacidade de avaliação das condições que constituem a disciplina que investiga.
1 Critério da Distinção entre Lingüística Pura e Aplicada
Trata-se de separar o conhecimento teórico a ser produzido com objetivos especificamente científicos, a saber, o da verdade sobre a natureza do objeto a ser esclarecido, do conhecimento aplicado diretamente a aspectos da realidade ou, indiretamente, através da relação com outras disciplinas. Por exemplo, trata-se de distinguir entre o conhecimento que busca, a partir do anterior, formas de ensinar uma segunda língua a uma criança.
2 Critério da distinção de Níveis de Constituição da Teoria Lingüística
A proposta aqui, é a de que se distingam os seguintes níveis: o nível da linguagem enquanto fenômeno geral acessível ao senso comum; o nível da linguagem enquanto objeto construído já no interior de uma teoria com perspectivas científicas; o nível da teoria lingüística, enquanto sistema de conceitos estruturados, o nível metateórico, ou de princípios que regem a metodologia de uma dada teoria lingüística e o nível de compromissos filosóficos, por exemplo, ontológicos, que sustentam todo o edifício teórico.
3 Critério de Tensão entre o Método Lingüístico e o seu Objeto
O critério acima sugere que se considere como essencial para o conhecimento científico a adequada tensão entre o método de investigação lingüística e as propriedades do seu objeto a serem esclarecidas. No interior de uma teoria lingüística, tal adequação consiste no surgimento de problemas que possam ser tratáveis e cujo tratamento permita originar problemas novos que caracterizam programas de investigação. Este critério sugere, ainda, que só dentro de tal relação é que se determina a relevância das propriedades do objeto e de seu método.
4 Critério da Distinção entre Propriedades Formais e Empíricas da Teoria Lingüística
Trata-se de distinguir a condição de uma teoria de adequar-se à experiência lingüística, considerando a evidência dos dados, da sua capacidade de expressar-se em uma linguagem formal, considerando-se questões de consistência, por exemplo, e outras.
5 Critério de Tensão entre Adequação Descritiva e Adequação Explanatória na Teoria Lingüística
Este critério consiste na necessidade de se entender o papel teórico da relação entre atividade de descrição lingüística e a de explanação. Sem descrição, a explanação pode ser indesejavelmente geral e sem valor explanatório, a descrição é vazia.
6 Critério da Avaliação Histórica dos Programas de Investigação Lingüística
Entende-se por este critério a condição de possibilidade de avaliação histórica dos resultados de um programa de pesquisa lingüística. Garante-se, através dele, a evolução da racionalidade científica na área, potencializando-se o progresso na construção de problemas lingüísticos relevantes e evitando-se a circularidade de propostas já ultrapassadas.
Uma vez caracterizados tais critérios, fica encaminhada a resposta à questão (e) e já se tem um conjunto mínimo de condições capazes de orientar o debate sobre (f), a problemática e central questão para a Filosofia da Lingüística, sugerida no início do presente texto.
(f) É a Lingüística uma ciência natural, formal ou social?

Referências Bibliográficas
CHOMSKY, N. (1984) Modular Approaches to the Study of the Mind. San Diego: San Diego University Press.
CHOMSKY, N. (1986) Knowledge of Language. Its Nature, Origin and Use. New York. Praeger
CHOMSKY, N. (1993) Language and Thought. London. Moyer Bell.
EARMAN, j. (ed) (1972) Inference, Explanation and Other Frustrations - Essays in the Philosophy of Science. Berckeley. University of California Press.
KATZ, J. (1985) The Philosophy of Linguistics. Oxford. Oxford University Press.
MONTAGUE,R.(1970) Formal Philosophy. New Haven. Yale University Press.
SAUSSURE, F. (1916/1974) Cours de Linguistique Générale. Paris. Payot.


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Manual da linguagem cientifica - Só a ciência pode nos salvar deste flagelo
FROM: Mtnos Calil <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/05/2015 15:06


Mr. Homero. 
Here we speak and write in portuguese
Thank for your attention
MC


On Ter 12/05/15 14:41 , "oraculo@atibaia.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 

Sugire esta palavra, para acabar com o problema.:- )

Supercalifragilisticexpialidocious
 
Homero
 
Sent: Tuesday, May 12, 2015 2:38 PM
Subject: Re: [ciencialist] Manual da linguagem cientifica - Só a ciência pode nos salvar deste flagelo
 
 


Ok, Prof. Belmiro.

Me informe por favor qual é o número máximo de letras que devo usar em cada palavra.
Prometo que jamais usarei esta: anticonstitucionalissimamente 
Thanks
MC


On Ter 12/05/15 14:24 , "Belmiro Wolski belmirow@yahoo.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 
Não vale usar palavras muito extensas...
 
*BW*
 
 


Em Terça-feira, 12 de Maio de 2015 13:14, "Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" escreveu:


 

Ok. Resolvido - as minhas mensagens dirigidas ao prof. Belmiro e ao Dr. Alberto terão no máximo 30 palavras.
Obrigado
MC


On Ter 12/05/15 11:54 , "'Alberto Mesquita Filho' albmesq@uol.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 
Mtnos escreveu:
 
> Aguardo a informação a respeito do número de palavras que não espreme (ou oprime) o seu saco, quando o assunto for linguagem cientifica (ou ciência da linguagem). Podemos até montar uma tabela fixando o limite de palavras por assunto.
 
A coisa não é tão simples assim. Mensagens quilométricas e com conteúdo científico de boa qualidade são sempre bem-vindas na Ciencialist. Com respeito às suas msgs, com raríssimas exceções, creio que o limite proposto pelo BW (30) está de bom tamanho.
 
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
.
 
 
Sent: Tuesday, May 12, 2015 12:48 AM
Subject: Re: Re: [ciencialist] Manual da linguagem cientifica - Só a ciência pode nos salvar deste flagelo
 
 
Ilmo. Dr. Alberto
 
1) Se considerarmos a sua longa assinatura, a sua mensagem teve 56 palavras.
2) Obrigado por mais uma interessante contribuição para o LPC - esse ditado "para bom entendedor meia palavra basta" requer um esquartejamento pois a meia palavra pode ser às vezes precisa e às vezes imprecisa. Não é aconselhável, portanto, correr-se o risco de cair na imprecisão ou na simples falta de clareza.  No caso, a sua meia palavra foi "condições" e, inserida no contexto, não ficou nada clara. Mas foi muito bom tê-la trazido à baila - ela será inserida na relação das palavras e locuções condenadas.
3) Aguardo a informação a respeito do número de palavras que não espreme (ou oprime) o seu saco, quando o assunto for linguagem cientifica (ou ciência da linguagem). Podemos até montar uma tabela fixando o limite de palavras por assunto. Por exemplo

ASSUNTOS
Ciência da linguagem
Ciência da vida
Espirito cientifico
A psicologia é uma ciência?
Precisão linguistica
Relação entre a ciência e a política
Matemática sem números
Teoria quântica aplicada ao mundo social

Ginástica mental
Outros

Obrigado, novamente.
MC

Ps1. Esta mensagem teve 292 palavras, incluindo as dos Ps.

Ps2. Que tal propormos ao moderador que fixe o número máximo de palavras por mensagem?
Ps3. Neste sistema de contagem, os números, a exemplo do 205 são considerados palavras.
Ps4. O número dos Ps. não são considerados números para efeito de contagem e sim letras.
Ps5.Se não for dado um espaço entre a frase e o número do post scriptum, como ocorreu neste Ps5, o dito cujo  é incorporado à palavra à qual precede, não valendo para a contagem. 
Ps6. “Deus está nos detalhes”, disse um poeta alemão de nome complicadíssimo para quem não domina este idioma, como eu



Em Seg 11/05/15 23:49, Alberto Mesquita Filho albmesq@uol.com.br [ciencialist] ciencialist@yahoogrupos.com.br escreveu:
 
Utilizei a palavra fora do contexto, mas como estamos em uma fase de economizar palavras e para o bom entendedor meia palavra basta, vou parar por aqui (27 palavras).
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
Sent: Monday, May 11, 2015 7:17 PM
Subject: Re: [ciencialist] Manual da linguagem cientifica - Só a ciência pode nos salvar deste flagelo
 
O que V.Sa. quiz dizer com o termo "condições"?
MC
Ps. Lembro que no saco de BW cabem 30 palavras (para este assunto). E o saco do PB não se sentiu inflado com 41 palavras!



On Seg 11/05/15 19:12 , "'Alberto Mesquita Filho' albmesq@uol.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 
Nestas condições utilizo uma única palavra: EXCLUIR.
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
Sent: Monday, May 11, 2015 6:02 PM
Subject: Re: Re: [ciencialist] Manual da linguagem cientifica - Só a ciência pode nos salvar deste flagelo
 
O texto que fala do flagelo possui 1104 palavras.
Me informe por gentileza qual é, aproximadamente,  a quantidade de palavras que cabe no seu saco
Obrigado!

M.Calil
Em Seg 11/05/15 17:43, Belmiro Wolski belmirow@yahoo.com.br [ciencialist] ciencialist@yahoogrupos.com.br escreveu:
 
Muito longo...
Faltou saco!
*BW*


Em Segunda-feira, 11 de Maio de 2015 17:39, "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" escreveu:
 
                                       Narrativa sobre o flagelo linguístico que assola a humanidade

"...uma epidemia pestilenta atingiu a humanidade inteira em sua faculdade mais característica, ou seja, no uso da palavra, consistindo essa peste da língua numa perda de força cognoscitiva.   Não me interessa aqui indagar se as origens dessa epidemia devam ser pesquisadas na política, na ideologia, na uniformidade burocrática, na homogeneização dos mass-media ou na difusão acadêmica de uma cultura média. O que me interessa são as possibilidades de salvação. A literatura (e talvez somente a literatura) pode criar os anticorpos que coíbam a expansão desse flagelo lingüístico.” -  Italo Calvino, escritor italiano falecido em 1985

Perdão Italo Calvino, que agora está na companhia dos deuses da precisão linguística: não é a literatura que vai nos salvar deste terrível flagelo que requer uma intervenção cirúrgica cientifica. A ciência que poderia salvar a humanidade do flagelo linguistico é a "ciência da linguagem" que ainda não está devidamente estruturada. Para se estruturar sistemicamente, a linguística precisaria se livrar de outro flagelo da ciência que é especialização. Uma ciência da linguagem humana (ou mesmo não humana) só poderá adquirir uma configuração sistêmica se trabalhar em conjunto com outras ciências como a psicologia, a biologia, a antropologia.

Quanto ao flagelo linguístico, o mais grave  é que os cientistas ainda nem tomaram conhecimento da doença, da qual eles próprios foram vitimados. Por isso*, penso** que estamos condenados a viver nesta pandemia enquanto a esquizofrenia linguistica*** não enlouquecer a todos nós. Concordo com a sua idéia de que muitos problemas podem ser resolvidos sem o conhecimento das respectivas causas. Porém, no caso do flagelo linguistico, sendo ele de origem genética, penso que a causa do mal deva ser considerada. Ocorre que o homem criou a palavra com a dupla função de descrever a realidade e de alimentar fantasias de natureza instintiva. Assim a palavra se transformou numa arma de mentira e de destruição.
A ambiguidade da palavra, estimado Calvino, está impressa em nossos neurônios. **** Ela serve para o bem e para o mal. É ao mesmo tempo linda, maravihosa, cruel e mortífera.

* Isso = o desconhecimento dos cientistas a respeito do mal
**Usei o verbo pensar no seu sentido legitimo e não no sentido de seu simulacro, o verbo crer.
***A esquizofrenia linguistica é uma variante da esquizofrenia social que milagrosamente foi objeto de um livro de uma psicóloga brasileira- Elza Pádua. Trata-se de uma inovação mundial da qual a midia tem um pavor supremo. Como os midiáticos poderiam combater a maior  fonte dos seus lucros?  (esquizofrenia social é uma expressão da autora e a esquizofrenia linguistica ficou por minha conta...Paciência! )
**** Não estou fazendo uso de uma metáfora ao afirmar a origem genética da ambiguidade linguística. Se quisermos aprimorar a estratégia da precisão linguistica é recomendável reduzirmos ao máximo o uso das metáforas. A origem genética citada constitui uma hipótese que talvez nunca venha a ser comprovada. Formular hipóteses que não podem ser testadas ou comprovadas é um dos ônus da ciência. Outro ônus da ciência é ser submissa aos politicos que não conseguem se livrar do instinto da guerra e de outros instintos malévolos como o da dominação,  que chamam de "Poder".  Para os politicos a ambição pelo poder é algo natural da espécie humana. É natural mesmo! Por isso a cultura é incapaz de extirpar esse mal.
Mtnos Calil



Com a palavra Italo Calvino (
Escritor italiano, 1923-1985) que morreu antes de proferir uma palestra em Harvard que ficou registrada num texto datilografado:
  • A precisão, para os antigos egípcios, era simbolizada por uma pluma que servia de peso num dos pratos da balança em que se pesavam as almas. Essa pluma levíssima tinha o nome de Maat, deusa da balança. O hieróglifo de Maat indicava igualmente a unidade de comprimento — os 33 cm do tijolo unitário — e também o tom fundamental da flauta.
  • Essas informações provêm de uma conferência de Giorgio de Santillana sobre a precisão dos antigos no observar dos fenômenos celestes, conferência que ouvi na Itália em 1963 e que exerceu sobre mim profunda influência. Desde que aqui cheguei, tenho pensado freqüentemente em Santillana, por ter sido ele o meu cicerone em Massachusetts quando de minha primeira visita a este país em 1960. Em lembrança de sua amizade, abro esta conferência sobre a exatidão na literatura invocando o nome de Maat, a deusa da balança. Tanto mais que Balança é o meu signo zodiacal.
  • Antes de mais nada, procurarei definir o tema. Para mim, exatidão quer dizer principalmente três coisas: (1) um projeto de obra bem definido e calculado; (2) a evocação de imagens visuais nítidas, incisivas, memoráveis: temos em italiano um adjetivo que não existe em inglês, icastico, do grego eikastikos; (3) uma linguagem que seja a mais precisa possível como léxico e em sua capacidade de traduzir as nuanças do pensamento e da imaginação.
  • Por que me vem a necessidade de defender valores que a muitos parecerão simplesmente óbvios? Creio que o meu primeiro impulso decorra de uma hipersensibilidade ou alergia pessoal: a linguagem me parece sempre usada de modo aproximativo, casual, descuidado, e isso me causa intolerável repúdio. Que não vejam nessa reação minha um sinal de intolerância para com o próximo: sinto um repúdio ainda maior quando me ouço a mim mesmo. Por isso procuro falar o mínimo possível, e se prefiro escrever é que, escrevendo, posso emendar cada frase tantas vezes quanto ache necessário para chegar, não digo a me sentir satisfeito com minhas palavras, mas pelo menos a eliminar as razões de insatisfação de que me posso dar conta. A literatura — quero dizer, aquela que responde a essas exigências — é a Terra Prometida em que a linguagem se torna aquilo que na verdade deveria ser.
  • Às vezes me parece que uma epidemia pestilenta atingiu a humanidade inteira em sua faculdade mais característica, ou seja, no uso da palavra, consistindo essa peste da língua numa perda de força cognoscitiva e de imediaticidade, como um automatismo que tendesse a nivelar a expressão em fórmulas mais genéricas, anônimas, abstratas, a diluir os significados, a embotar os pontos expressivos, a extinguir toda centelha que crepite no encontro das palavras com novas circunstâncias.
  • Não me interessa aqui indagar se as origens dessa epidemia devam ser pesquisadas na política, na ideologia, na uniformidade burocrática, na homogeneização dos mass-media ou na difusão acadêmica de uma cultura média. O que me interessa são as possibilidades de salvação. A literatura (e talvez somente a literatura) pode criar os anticorpos que coíbam a expansão desse flagelo lingüístico.”
 
Seis propostas para o próximo milênio — “Exatidão” — Tradução de Ivo Barroso. (Companhia das Letras, 1991)
 
https://www.google.com.br/webhp?sourceid=chrome-instant&ion=1&espv=2&ie=UTF-8#q=livro+Exatid%C3%A3o%2C+Italo+Calvino+download

Sobre a Natureza da Ciência da Linguagem
http://www.pucrs.br/letras/pos/logica/natcien.htm
( Uma questão problemática de Filosofia da Lingüística)
Considere a afirmação (a) e as perguntas (b) e (c) relativas a (a):
  1. A Lingüística é a ciência da linguagem humana.
  2. Qual a natureza de seu método?
  3. Qual a natureza de seu objeto?
Enquanto (a) representa, certamente, uma afirmação verdadeira e trivial para a comunidade mais ampla dos lingüistas, (b) e (c) são perguntas sobre as quais não há absolutamente consenso, e que determinam um debate de extrema sofisticação mesmo que entre membros da mesma escola.

De fato, ainda que imprecisa e panorâmica, uma breve inspeção na história contemporânea da Lingüistica já é suficiente para justificar a constatação de que há um inegável desacordo entre alguns dos mais expressivos teóricos dessa disciplina. Para Saussure (1916), (a) é uma afirmação verdadeira desde que a resposta a (c) considere a linguagem humana constituída essencialmente pela língua, enquanto conjunto de signos depositado na mente dos usuários pela prática pessoal da fala e desde que a resposta a (b) defina a Lingüística como um ramo da Semiologia ou Psicologia Social, entendidas como uma espécie de Teoria da Comunicação; Chomsky (1986) também aceita, (a), mas não concordaria, absolutamente, com a resposta a (b) e (c) de seu antecessor.

Para o fundador da teoria gerativista, a faculdade da linguagem é a expressão de uma propriedade inata da natureza humana, cujo caráter essencial é uma espécie de gramática universal geneticamente determinada, e isso responde a (c). Quanto a (b), Chomsky considera que a Lingüística é um ramo da Psicologia Cognitiva, como ciência natural capaz de explicar como tal propriedade da mente/cérebro do ser humano se constitui e como possibilita a aquisição, o conhecimento e o uso da linguagem.

Contemporâneo de Chomsky e um dos seus mais expressivos adversários teóricos, Montague (1970) somente poderia aceitar (a) desde que a resposta a (c) seja encaminhada no sentido de que a linguagem natural não se distingue, em sua essência, das linguagens construídas e desde que a resposta a (bobtenha a firmação de que a Lingüística é um ramo da matemática enquanto ciência formal.
Considere agora mais duas questões:
d) Se a Lingüística é a ciência da linguagem humana, que disciplina estuda os fundamentos de tal ciência?
e) Como se constitui tal disciplina?
A resposta a (d) envolve algumas observações preliminares. Toda a disciplina vai-se estabelecendo, historicamente, em sua cientificidade, mediante uma construção de conhecimentos proporcionados pela justa relação entre seu método e seu objeto, justificada pela plausibilidade de seus fundamentos. A construção propriamente dita caracteriza a teoria científica como tal; o estudo dos seus fundamentos, a filosofia daquela disciplina. Tal tem sido a história da Lingüística; paralelamente ao desenvolvimento de sua teoria, vão-se estabelecendo os fundamentos que a sustentam.

É justamente por isso, aliás, que os pioneiros de sua história como ciência têm sido, ao mesmo tempo, cientistas e filósofos de sua disciplina. Se Saussure, Chomsky e Montague, entre outros, trouxeram uma reconhecida contribuição a sua área de conhecimento é, sem dúvida, porque fizeram, concomitantemente, ciência e filosofia. Nesse sentido, então, encaminha-se para (d), a resposta de que se a Lingüística é a ciência da linguagem humana, a Filosofia da Lingüística é a disciplina que estuda os fundamentos de tal ciência.
A abordagem da questão (e) também merece algumas prévias considerações. Se a história da Lingüística, como se sugeriu, tem sido acompanhada pela história da Filosofia da Lingüística, é bem verdade que o desenvolvimento desta última tem ocorrido de forma intrínseca ao desenvolvimento da primeira. Isto significa, em última análise, que o estudo da teoria e de seus fundamentos tem avançado de maneira naturalmente conjugada de modo a não parece necessário o estabelecimento de uma disciplina específica como Filosofia da Lingüística. Realmente, parece trivial que a filosofia de uma área de conhecimento, que começa a construir-se como ciência, constitua-se, inicialmente, de forma implícita, para só ocupar um espaço mais específico a posteriori.

Nesses termos, se a Lingüística teórica é uma disciplina que apenas nesse século começa a solidificar-se em seu estatuto de cientificidade, é razoável que só agora a Filosofia da Lingüística comece a estabelecer-se como uma necessidade própria de investigação. Conseqüência disso, as formas de se encaminhar tal disciplina, o que constituiria a sua metodologia, não são senão alguns princípios muito gerais que podem ser sistematizados de maneira a tornar o estudo dos fundamentos da Lingüística consistente a ponto de caracterizá-la naquilo em que ela se pretende rigorosa e de esclarecê-la quanto às diversas formas de concebê-la. A resposta a (e), então, que propomos, passa por um pequeno conjunto de critérios cuja finalidade não é senão dotar a Filosofia da Lingüística de uma maior capacidade de avaliação das condições que constituem a disciplina que investiga.
1 Critério da Distinção entre Lingüística Pura e Aplicada
Trata-se de separar o conhecimento teórico a ser produzido com objetivos especificamente científicos, a saber, o da verdade sobre a natureza do objeto a ser esclarecido, do conhecimento aplicado diretamente a aspectos da realidade ou, indiretamente, através da relação com outras disciplinas. Por exemplo, trata-se de distinguir entre o conhecimento que busca, a partir do anterior, formas de ensinar uma segunda língua a uma criança.
2 Critério da distinção de Níveis de Constituição da Teoria Lingüística
A proposta aqui, é a de que se distingam os seguintes níveis: o nível da linguagem enquanto fenômeno geral acessível ao senso comum; o nível da linguagem enquanto objeto construído já no interior de uma teoria com perspectivas científicas; o nível da teoria lingüística, enquanto sistema de conceitos estruturados, o nível metateórico, ou de princípios que regem a metodologia de uma dada teoria lingüística e o nível de compromissos filosóficos, por exemplo, ontológicos, que sustentam todo o edifício teórico.
3 Critério de Tensão entre o Método Lingüístico e o seu Objeto
O critério acima sugere que se considere como essencial para o conhecimento científico a adequada tensão entre o método de investigação lingüística e as propriedades do seu objeto a serem esclarecidas. No interior de uma teoria lingüística, tal adequação consiste no surgimento de problemas que possam ser tratáveis e cujo tratamento permita originar problemas novos que caracterizam programas de investigação. Este critério sugere, ainda, que só dentro de tal relação é que se determina a relevância das propriedades do objeto e de seu método.
4 Critério da Distinção entre Propriedades Formais e Empíricas da Teoria Lingüística
Trata-se de distinguir a condição de uma teoria de adequar-se à experiência lingüística, considerando a evidência dos dados, da sua capacidade de expressar-se em uma linguagem formal, considerando-se questões de consistência, por exemplo, e outras.
5 Critério de Tensão entre Adequação Descritiva e Adequação Explanatória na Teoria Lingüística
Este critério consiste na necessidade de se entender o papel teórico da relação entre atividade de descrição lingüística e a de explanação. Sem descrição, a explanação pode ser indesejavelmente geral e sem valor explanatório, a descrição é vazia.
6 Critério da Avaliação Histórica dos Programas de Investigação Lingüística
Entende-se por este critério a condição de possibilidade de avaliação histórica dos resultados de um programa de pesquisa lingüística. Garante-se, através dele, a evolução da racionalidade científica na área, potencializando-se o progresso na construção de problemas lingüísticos relevantes e evitando-se a circularidade de propostas já ultrapassadas.
Uma vez caracterizados tais critérios, fica encaminhada a resposta à questão (e) e já se tem um conjunto mínimo de condições capazes de orientar o debate sobre (f), a problemática e central questão para a Filosofia da Lingüística, sugerida no início do presente texto.
(f) É a Lingüística uma ciência natural, formal ou social?

Referências Bibliográficas
CHOMSKY, N. (1984) Modular Approaches to the Study of the Mind. San Diego: San Diego University Press.
CHOMSKY, N. (1986) Knowledge of Language. Its Nature, Origin and Use. New York. Praeger
CHOMSKY, N. (1993) Language and Thought. London. Moyer Bell.
EARMAN, j. (ed) (1972) Inference, Explanation and Other Frustrations - Essays in the Philosophy of Science. Berckeley. University of California Press.
KATZ, J. (1985) The Philosophy of Linguistics. Oxford. Oxford University Press.
MONTAGUE,R.(1970) Formal Philosophy. New Haven. Yale University Press.
SAUSSURE, F. (1916/1974) Cours de Linguistique Générale. Paris. Payot.


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Manual da linguagem cientifica - Só a ciência pode nos salvar deste flagelo
FROM: "Pesky Bee" <peskybee2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/05/2015 15:18

> Não vale usar palavras muito extensas...
 
Ah, mas assim não vale! Ficamos sem poder nos referir
a alguns tipos de comportamento. Veja este caso:
 
  hiperfilhadaputalmente
  Diz-se do comportamento exacerbado de certos políticos que,
  advogando
em causa própria, deixam de lado o interesse dos
  brasileiros (que ele teoricamente deveria representar)
  para dedicar-se à feitura de conchavos para benefício próprio.
 
*PB*
 
 
 
From: Belmiro Wolski belmirow@yahoo.com.br [ciencialist]
Sent: Tuesday, May 12, 2015 2:24 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] Manual da linguagem cientifica - Só a ciência pode nos salvar deste flagelo
 

Não vale usar palavras muito extensas...
 

*BW*
 
 
 
 

SUBJECT: Re: [ciencialist] Ciência do álcool - Mensagem 1 - 265 palavras
FROM: "Pesky Bee" <peskybee2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/05/2015 15:19

> Favor informar o queestá errado neste texto
 
Eu diria que é apenasmente uma questão de graduação dos
efeitos alcoólicos na personalidade peskybeana. Porque
esse sujeito, o Pesky Bee, já é espontâneamente
extrovertido e ortograficamente espalhafatoso. Sob o
efeito do álcool (principalmente às sextas-feiras) ele
se transforma em um elemento capaz de ficar quase
pelado, só de cuecas, com um cacho de banana preso
na cabeça, dançando em cima da mesa feito Carmen Miranda.
E como é que a neurocientistaiada vai explicar isso?
 
*PB*
 
 

From: Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]
Sent: Tuesday, May 12, 2015 2:31 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: [ciencialist] Ciência do álcool - Mensagem 1 - 265 palavras
 
Iniciamos uma série de matérias cientificas sobre o álcool que vai precisar de uma revisão lógico-semânticados entendidos no assunto.
 
Na minha visão amadorística,o estudo cientifico do álcool deveria levar em conta 3 áreas:
 
1.Neurofisiológica –que envolve as reações físico-quimicas
 
2.Mental – que envolve questões como o controle mental sobre os efeitos negativos do álcool
 
3.Efeitos benéficos doálcool para a saúde física.
 
Vejamos agora o que acontece com o Pesky Bee.
 
1.O fígado peskyano só consegue metabolizar 10 mg. de álcool, o equivalente encontrado numa latinha de cerveja.
 
2.Depois de ingerido, o álcool é transformado pelo fígado numa substância chamada acetaldeído, que retorna à corrente sanguínea e depois volta para o fígado, quando  é novamente filtrado, se transformando agora no ácido acetaldeído, que é mais tóxico que o próprio álcool e que o fígado não suporta.  Como o excesso não pode ser filtrado, o álcool chega ao cérebro em seu estado original.
 
3.Ao chegar na cabeça do Pesky Bee, o álcool se acumula no córtex cerebral provocando mudanças comportamentais. Por exemplo: se o Pesky Bee é tímido, ele passa a exibir o comportamento extrovertido que todos nós conhecemos. Se porém ele continuar bebendo depois que ficou bem humorado, uma porção do álcool chega ao hipotálamo quando as emoções peskyanas se exacerbam e aí seu bom humor pode se transformar num acesso de raiva muito perigoso. Mas se ele continuar a beber a próxima vitima será o cerebelo, que cuida do equilíbrio corporal do nosso amigo. O risco agora é de ele levar um tombo terminal.
 
 
Favor informar o queestá errado neste texto
 
 
 
 
 
 
 

SUBJECT: Re: [ciencialist] Manual da linguagem cientifica - Só a ciência pode nos salvar deste flagelo
FROM: "Pesky Bee" <peskybee2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/05/2015 15:20

> Supercalifragilisticexpialidocious
 
Há uma "peor" ainda, é a que descreve uma sequência de
ações dessa palavra, perpetradas por alguém:
 
Supercalifragilisticaexpialidociousamente
 
E longe de ser o mais engrandecido palavróide, temos
também a desgraçáda palavrôna que descreve o comportamento
daqueles que se opõe à dita trogloditação ortográrica:
 
Antisupercalifragilisticaexpialidociousamente
 
Que só é vitimada por uma maior ainda, a que descreve
aquele que era, mas não é mais, como descrito acima:
 
ExAntisupercalifragilisticaexpialidociousamente
 
que poderia facilmente ser considerada a "Kid Bengala"
das palavras, hahahahaha
 
*PB*
 
 
 
From: oraculo@atibaia.com.br [ciencialist]
Sent: Tuesday, May 12, 2015 2:41 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] Manual da linguagem cientifica - Só a ciência pode nos salvar deste flagelo
 

Sugire esta palavra, para acabar com o problema.:- )
 
Supercalifragilisticexpialidocious
 
Homero
 
 
 
 
 
 

SUBJECT: Re: [ciencialist] Manual da linguagem cientifica - Só a ciência pode nos salvar deste flagelo
FROM: "Pesky Bee" <peskybee2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/05/2015 15:33

> Here we speak and write in portuguese
 
Is it right? Not a single foreign word? How bad
that is! If I was mean, a really mean person,
I would tell you to shove a carrot up your
asshole. But, as you might have noticed, I'm not
that kind of person. Granted, I use words in a
relatively unconventional way. I stretch them
to fit my extraordinary "limitless boundaries"
(oh, silly me!). Say we are discussing about
brazilian politicians, those motherfuckers that
are right now devising new ways to rob us all.
How can we refer to these nasty pieces of sons
of bitches without using some kind of dirty
word? I reckon that this is impossible! So let's
not refrain ourselves from using unpolite words,
in Portuguese or in English. Fuck them all!
Damn politicians. And one last question: does God
knows to read English? Because if he does, then
I'm fucked, hahahahaha
 
*PB*
 
 

From: Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]
Sent: Tuesday, May 12, 2015 3:06 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] Manual da linguagem cientifica - Só a ciência pode nos salvar deste flagelo

Mr. Homero. 
Here we speak and write in portuguese
Thank for your attention
MC
 
 
 
 
 

SUBJECT: Re: [ciencialist] Manual da linguagem cientifica - Só a ciência pode nos salvar deste flagelo
FROM: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/05/2015 16:27

10 letras tá bom pacas!

*BW*



Em Terça-feira, 12 de Maio de 2015 15:33, "'Pesky Bee' peskybee2@gmail.com [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br> escreveu:


 
> Here we speak and write in portuguese
 
Is it right? Not a single foreign word? How bad
that is! If I was mean, a really mean person,
I would tell you to shove a carrot up your
asshole. But, as you might have noticed, I'm not
that kind of person. Granted, I use words in a
relatively unconventional way. I stretch them
to fit my extraordinary "limitless boundaries"
(oh, silly me!). Say we are discussing about
brazilian politicians, those motherfuckers that
are right now devising new ways to rob us all.
How can we refer to these nasty pieces of sons
of bitches without using some kind of dirty
word? I reckon that this is impossible! So let's
not refrain ourselves from using unpolite words,
in Portuguese or in English. Fuck them all!
Damn politicians. And one last question: does God
knows to read English? Because if he does, then
I'm fucked, hahahahaha
 
*PB*
 
 

From: Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]
Sent: Tuesday, May 12, 2015 3:06 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] Manual da linguagem cientifica - Só a ciência pode nos salvar deste flagelo

Mr. Homero. 
Here we speak and write in portuguese
Thank for your attention
MC
 
 
 
 
 



SUBJECT: Litmie do nemuro de ltreas e pvaralas
FROM: "Mtnos Calil" <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/05/2015 17:35

Prezado Prof. Belmiro.

Já que estamos criando  novos modelos de comunicação linguistica, podemos então trabalhar com o vocabulário de palavras que tenham no máximo 10 letras.  Vejamos no que escrevi até agora quantas palavras excederam o número de 10 letras... EPA:  apenas 2:  'comunicação'  e 'linguística', ambas com 11 letras. 
Peço então, encarecidamente - oopsss essa tem 15 letras... deixa eu trocar por .. "por favor".   Mas estas duas palavras têm apenas 8 letras enquanto encarecidamente possui 15!  E agora professor?  Duas palavras com número bem menor do que uma palavra???

De qualquer forma  seguirei sua orientação pedindo apenas por favor que aceite o número 11 como limite para as minhas palavras. POR FAVOR! 
 Antecipad.grato!

Ps1. Outra alternativa seria ABREVIARMOS a palavras.. Vou repetir uma parte desta mensagem fazendo abreviaturas: 
Já que tamu criando novos models de comunic. linguist., podems então consider. o vocabul. de palvrs. que tenham no máx. 10 let.
Vjams no que escvi até agra qntas palavr. exced. o núm. de 10 letr. EPA... apnas 2:  comnicaç.  e linguist., ambs com 11 letr. 
Peço ent. encarecid. - oops..
================================

Se o nosso cérebro bota ordem até nas letras das palavras, é mais facil ainda ele ler as abreviaturas, do que isso por exemplo: 

Nõa imortpa a oderm das ltreas drtneo da pvarala, bsata que a pmrireia e a úmtila etjasem no lguar crteo praa que vcoê enednta o que etsá erctiso.

A ciência ainda não explicou como o cérebro consegue ler essa trapalhada.. Há diferentes teorias a respeito. A minha é  a seguinte: uma das funções fundamentais do cérebro é exatamente essa de colocar ordem nas coisas para que elas possam ser compreendidas. Ou se ele não "coloca" ordem, pelo menos IDENTIFICA a ordem "contextual" já existente. Por isso as pessoas normais sentem  PRAZER ORGANIZACIONAL. Será que os neurologistas já descobriram essa função do "centro do prazer"? 

Obs.. O que eu chamei de "teoria" não seria uma "hipótese"?  Ou a teoria pode se um conjunto de hipóteses? 

Ps2. Mais uma alternativa para a sua apreciação: as palavras que excederem o número de 10 letras eu abreviaria. 

Em Ter 12/05/15 16:27, Belmiro Wolski belmirow@yahoo.com.br [ciencialist] ciencialist@yahoogrupos.com.br escreveu:

 

10 letras tá bom pacas!
*BW*



Em Terça-feira, 12 de Maio de 2015 15:33, "'Pesky Bee' peskybee2@gmail.com [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br> escreveu:

 
> Here we speak and write in portuguese
Is it right? Not a single foreign word? How bad
that is! If I was mean, a really mean person,
I would tell you to shove a carrot up your
asshole. But, as you might have noticed, I'm not
that kind of person. Granted, I use words in a
relatively unconventional way. I stretch them
to fit my extraordinary "limitless boundaries"
(oh, silly me!). Say we are discussing about
brazilian politicians, those motherfuckers that
are right now devising new ways to rob us all.
How can we refer to these nasty pieces of sons
of bitches without using some kind of dirty
word? I reckon that this is impossible! So let's
not refrain ourselves from using unpolite words,
in Portuguese or in English. Fuck them all!
Damn politicians. And one last question: does God
knows to read English? Because if he does, then
I'm fucked, hahahahaha
*PB*

From: Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]
Sent: Tuesday, May 12, 2015 3:06 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] Manual da linguagem cientifica - Só a ciência pode nos salvar deste flagelo

Mr. Homero. 
Here we speak and write in portuguese
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SUBJECT: Re: Re: [ciencialist] Manual da linguagem cientifica - Só a ciência pode nos salvar deste flagelo
FROM: "Mtnos Calil" <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/05/2015 22:25

Eu também achei estranho o fato de uma proposta de precisão linguistica vir de um escritor literário. 
Pesquisando o assunto cheguei às seguintes explicacões hipotéticas ou especulativas, como v. preferir: 

a) Calvino adotava um estilo social da literatura que requer clareza e precisão
b) Esse estilo é adotado inclusive por poetas
c) Calvino assumiu o dever ético de protestar contra a esculhambação linguistica em nome da literatura da qual era um representante de primeirissima linha

Agora deixo você na companhia de um poema social que usa a precisão linguistica:

E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, você?
você que é sem nome,
que zomba dos outros,
você que faz versos,
que ama, protesta?
e agora, José?

Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José?

E agora, José?
Sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio – e agora?

Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora?

Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse…
Mas você não morre,
você é duro, José!

Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja a galope,
você marcha, José!
José, para onde?

Por,,, Carlos Drummond de Andrade

======================================

Em Ter 12/05/15 11:51, Pesky Bee peskybee2@gmail.com [ciencialist] ciencialist@yahoogrupos.com.br escreveu:

 

> Segundo  Italo Calvino a humanidade foi vitimada pelo flagelo
> da imprecisão linguística que apenas a literatura poderia sanar.
Mas Calilzóvsky, homem de zeus, eu cá com meus botões
acho que justamente a literatura é que ácáfunde mais
ainda as interpretacionices linguistóides! Porque os
autores de literatura muitas vezes usam de metáforas,
parábolas e hipérboles (essa putada deveriam ser
matemáticos, hahahahaha), e isso depõe contra um
entendilhamento mais horizontalizóide das cãomunicações
linguistóides, tu não achas?
*PB*
From: Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]
Sent: Monday, May 11, 2015 6:39 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] Manual da linguagem cientifica - Só a ciência pode nos salvar deste flagelo
Pronto BW:  aí vão as 30 palavras. 
Segundo  Italo Calvino a humanidade foi vitimada pelo flagelo da imprecisão linguística que apenas a literatura poderia sanar.  Eu penso que somente a ciência da linguagem  poderia exterminar este flagelo.

SUBJECT: Re: [ciencialist] Manual da linguagem cientifica - Só a ciência pode nos salvar deste flagelo
FROM: "Pesky Bee" <peskybee2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/05/2015 09:39

Coitadinho desse José! Todo phodido, em prosa e
verso! Coitadinho! Só mesmo oferecendo uma mulé
pelada para resolver o caso dele, hahahahaha
 
*PB*
 
 
 
From: "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]
Sent: Tuesday, May 12, 2015 10:25 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: Re: [ciencialist] Manual da linguagem cientifica - Só a ciência pode nos salvar deste flagelo
 
 
 
 
 
Eu também achei estranho o fato de uma proposta de precisão linguistica vir de um escritor literário.
Pesquisando o assunto cheguei às seguintes explicacões hipotéticas ou especulativas, como v. preferir:
 
 
a) Calvino adotava um estilo social da literatura que requer clareza e precisão
b) Esse estilo é adotado inclusive por poetas
c) Calvino assumiu o dever ético de protestar contra a esculhambação linguistica em nome da literatura da qual era um representante de primeirissima linha
 
 
Agora deixo você na companhia de um poema social que usa a precisão linguistica:
 
 

E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, você?
você que é sem nome,
que zomba dos outros,
você que faz versos,
que ama, protesta?
e agora, José?
 
Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José?
 
E agora, José?
Sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio – e agora?
 
Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora?
 
Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse…
Mas você não morre,
você é duro, José!
 
Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja a galope,
você marcha, José!
José, para onde?
 
Por,,, Carlos Drummond de Andrade
 
 
 
 
 

SUBJECT: Ministro da Defesa Norte Coreano fuzilado.
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/05/2015 10:39

Espantou-me mais ainda esta notícia:

 

http://publico.uol.com.br/mundo/noticia/ministro-da-defesa-da-coreia-do-norte-executado-por-adormecer-em-cerimonia-1695438

 

Mas, esta informação:

 

“... a forma como Hyon foi executado – fuzilamento por míssil anti-aéreo – é também vista como um sinal de desconforto por parte de Kim e é “indicativo da forma impulsiva da sua tomada de decisões”, diz à BBC o analista Mike Madden.”

 

 

Fuzilamento anti-aéreo?  Fiquei a ver navios.

 

Como seria isso, numa Academia Militar, e com 100 espectadores (e futuros candidatos ao mesmo mesmo evento? Se houver alguém aí versado nesse negócio de “fuzilamento antiáreo”, poderia esclarecer, peloamordegod?

 

Até o momento, estou achando que se trata de um boato, mas sem descartar que o porquinho é capaz disso e muito mais.

 

Sds,

Victor.

 


SUBJECT: Re: [ciencialist] Ministro da Defesa Norte Coreano fuzilado.
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/05/2015 13:46

E a nossa esquerda ainda apoia esse regime!!!E se cala nesses casos......



Em Quarta-feira, 13 de Maio de 2015 10:39, "'JVictor' j.victor.neto@uol.com.br [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br> escreveu:


 
Espantou-me mais ainda esta notícia:
 
 
Mas, esta informação:
 
“... a forma como Hyon foi executado – fuzilamento por míssil anti-aéreo – é também vista como um sinal de desconforto por parte de Kim e é “indicativo da forma impulsiva da sua tomada de decisões”, diz à BBC o analista Mike Madden.”
 
 
Fuzilamento anti-aéreo?  Fiquei a ver navios.
 
Como seria isso, numa Academia Militar, e com 100 espectadores (e futuros candidatos ao mesmo mesmo evento? Se houver alguém aí versado nesse negócio de “fuzilamento antiáreo”, poderia esclarecer, peloamordegod?
 
Até o momento, estou achando que se trata de um boato, mas sem descartar que o porquinho é capaz disso e muito mais.
 
Sds,
Victor.
 



SUBJECT: MILITAR AMEAÇA ESTUDANTES DE MORTE + recado para a UNE
FROM: "Mtnos Calil" <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: maoslimpasbrasil@yahoogrupos.com.br,ciencialist@yahoogrupos.com.br
CC: chicodolar60@yahoo.com.br,serrao@alertatotal.net
DATE: 13/05/2015 13:47

Perdidos no tempo e no espaço os estudantes formam um "movimento descomemorativo" de retorno ao passado, na companhia de uma parcela da classe média que confunde a corrupção do PT - e DOS OUTROS PARTIDOS poupados pela mídia - com o comunismo. 
O comunismo continuará vivo na fantasia de muitos humanos durante alguns séculos, tal qual os demônios que só podem ser derrotados por padres exorcistas. PADRES EXORCISTAS? Sim, numa sociedade em processo de regressão esquizofrênica tudo pode acontecer. O homem é o lobo do homem e precisa de muitas fantasias e exorcismos para não se encontrar consigo mesmo.Esse encontro lhe seria INSUPORTÁVEL.  

RECADO PARA A UNE

1. Olá pessoal da UNE: Que tal enterrar o comunismo e civilizar o capitalismo? Não dá para civilizar o capitalismo? E o PT dá para civilizar? Nenhum dos dois é civilizável? Então não é melhor, para ser idealista, inventar uma 3a. via? Socialismo democrático? Não porque essa idéia já envelheceu e não serve mais como 3a. via. O ser humano não é "democrático" porque segundo recentemente declarou Delfim Neto a igualdade mata a liberdade. Ao mesmo tempo, ele declara a toda a hora que precisamos dar a TODOS as mesmas oportunidades. A liberdade fica então restrita ao campo das POTENCIALIDADES. Todos então são  POTENCIALMENTE iguais perante a lei, mas  só uma minoria dos mais capazes e dotados do espirito competitivo podem ter o privilégio da igualdade. Portanto a igualdade e a liberdade existem sim - e sempre existiram - para os mais capacitados. Capacitados para que? Para ganhar dinheiro que é o pré-requisito da liberdade, da igualdade e até da felicidade! (alguns ganham dinheiro sem fazer nada quando são contemplados com o direito sagrado da herança, que só é sagrado para uma parte dos humanos abençoados por Deus Se Deus soubesse que o destino dos pobres é se ferrarem, provavelmente não teria criado o homem. Ele não foi tão poderoso quanto queríamos que fosse. 

2. O que a parcela dos estudantes não alienados do Brasil queria nos anos 60 era implantar a ditadura do proletariado para acabar com a desigualdade. Eu fui um deles. Dizer hoje que queriam implantar qualquer coisa de democrático no Brasil é uma mentira deslavada. Marx imaginou uma democracia só depois do desaparecimento das classes sociais - e do Estado. O estado mental desta pseudo- desalienação juvenil  era um simulacro ornamentado com as fantasias igualitárias. Movimento estudantil que hoje fala em democracia é pura massa de manobra do PMDB e de outros partidos. Não é este o partido do "movimento democrático brasileiro"? Partidos no Brasil seguem a regra dos marketeiros - viraram marcas que se identificam por SIGLAS. Nos EUA os dois partidos hegemonicos são identificados por palavras e não por siglas: Democrático e Republicano. O simulacro lá dispensou as siglas! 

3. Também eu estaria hoje perdido no tempo e no espaço? É possivel, mas pelo menos livre de fantasias, ilusões e simulacros. Só não consegui me livrar do idealismo juvenil que me persegue. Alguém irritado com essa mensagem diria: "LÁ VEM ESSE NIETZCHINIANO NOS PERTURBAR MAIS UMA VEZ COM ESSE DISCURSO NIHILISTA". Meu jovem idealista, lhe pergunto: o única forma que você dispõe para não ser niilista é ser idealista? Estamos no século XXI. Deixa o idealismo pro Hegel (e também pro Marx que foi idealista combatendo o idealismo. Estou começando a desconfiar que esse tal de "nihilismo" é um dos elementos da realidade. Depois que você casar e ter filhos deixará de se idealista? Ok, paciência! Vamos aguardar! 

4. Peço licença para sugerir aos jovens que queiram se encontrar, a leitura do livrinho "O homem à procura de si mesmo", de Rollo May.  É A melhor bússola que eu conheço para essa navegação. 

Mtnos Calil
Ideologia zero, simulacro zero. 

Ps1. Esquerda e direita: para que serve isso? Para atender ao principio "o homem é lobo do homem". A esquerda defende os pobres e a direita defende os ricos. Mas essa defesa dos pobres é muito atrapalhada, como está a revelar o maior partido que os pobres já tiveram no Brasil cujas lideranças criaram uma nova classe -  A BURGUESIA DE ESQUERDA. Zé Dirceu foi por um bom tempo o dirigente desta classe. Ele era um dos idealistas dos anos 60. Cuidado, jovem com o seu idealismo de hoje que pode sofrer uma profunda e inesperada transformação. Outra coisa importante: não pense que todos os seus colegas são idealistas como você. Uma parcela dos jovens mais espertos finge ser idealista. 

Ps2. "SELVA"? Se existir alguma sem árvores da direita e da esquerda, vou lá



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1.Em protesto, militar ameaça estudantes de morte

Para “descomemorar” os 50 anos do Golpe de 1964, a União Nacional dos Estudantes em Campo Grande (MS) realizou na última terça-feira (1°/04) um “escracho”, ato em que apontam e nominam torturadores do período do regime militar na porta de suas casas. De acordo com o vice-presidente regional da UNE no Mato Grosso do Sul, Leonardo Machado, a ação dos estudantes foi toda pacífica.


Reprodução
Estudantes em Campo Grande são ameaçados por militar reformado em ato contra ditaduraEstudantes em Campo Grande são ameaçados por militar reformado em ato contra ditadura
“Estávamos do lado de fora da residência do tenente da reserva, José Vargas Jiménez, conhecido como ‘Chico Dólar’, no meio da rua, e organizamos um varal de cruzes com os nomes de cada militante morto, enquanto fazíamos um jogral dizendo os seus nomes. Além disso, estendemos no chão duas faixas com os dizeres ‘Ditadura, nunca mais’ e ‘juventude do Araguaia presente’, e tinha também velas acesas”, contou.
  As palavras de ordem questionavam o militar sobre o paradeiro dos corpos dos guerrilheiros, e pediam a revisão da Lei da Anistia. De acordo com os estudantes, logo em seguida, familiares do militar saíram do portão e começaram a esbravejar contra os eles, chamando-os de ‘subversivos’, ‘comunistas’ e ‘genocidas’, ao mesmo tempo em que rasgavam e recolhiam os materiais do protesto.
  “Nós nos retiramos do local porque já havíamos cumprido nosso objetivo, quando, na mesma rua, fomos abordados por um homem que já chegou se identificando como o próprio Chico Dólar e foi dizendo: ‘já que vocês estão me chamando de assassino, eu digo que sou assassino mesmo e vou matar vocês’. Imediatamente sacou uma arma e disparou três tiros”, afirmou o estudante.
  Um dos tiros foi disparado com a arma apontada para Leonardo e, segundo ele, por muito pouco não o acertou. O último tiro foi disparado na direção do restante do grupo de estudantes que estavam um pouco mais distantes. “Ele gritava que iria atrás da gente para nos matar onde quer que fosse”, afirmou o estudante.
  Depois de correrem do local, os estudantes foram à delegacia de polícia onde fizeram um Boletim de Ocorrência. A TV Morena, afiliada da Rede Globo no Estado, fez uma reportagem do ocorrido. Nela, José Vargas Jiménez afirma ter atirado, mas segundo ele os tiros foram para o alto. 
  Fonte: União Nacional dos Estudantes.

2. Mario Cesar Fonseca da Silva, advogado e militante da rede memória, verdade e justiça em Mato Grosso do Sul acompanhou um ato de “descomemorar” os 50 anos do Golpe de 1964, na última terça-feira (1°/04). O "escracho" em frente a casa do tenente da reserva conhecido por Chico Dólar - assassino e torturador confesso de militantes oposicionistas dos governos militares - por pouco não acabou em tragédia. Segue abaixo o artigo de Mario Cesar.

"Escracho" em frente a casa do tenente da reserva conhecido por Chico Dólar no MS"Escracho" em frente a casa do tenente da reserva conhecido por Chico Dólar no MS
Na condição de advogado e militante da luta pelo direito à memória, à verdade e à justiça, externo à sociedade sul-mato-grossense e a todo o Brasil que o tenente da reserva, José Vargas Jiménez, conhecido pelo codinome "Chico Dólar", torturador e matador confesso de militantes da resistência à ditadura no Araguaia, atirou com a intenção de matar contra integrantes da União da Juventude Socialista de Mato Grosso do Sul (UJS-MS), quando estes faziam em frente à sua casa um protesto conhecido como "escracho", que consiste em apontar e nominar torturadores do período do regime militar, exigindo sua punição.No último dia 1º de Abril, quando o Golpe Militar completou 50 anos, de forma pacífica, do lado de fora da residência do facínora, no meio da rua, os jovens exibiam um varal de cruzes com os nomes e as fotos dos desaparecidos na Guerrilha do Araguaia, enquanto faziam um jogral dizendo os seus nomes. Além disso, estenderam no chão faixas com os dizeres "ditadura, nunca mais" e "juventude do Araguaia presente", cercando-as com velas acesas. As palavras de ordem instavam "Chico Dólar" a dizer o que sabe sobre o paradeiro dos corpos dos guerrilheiros, para que seus restos mortais pudessem ser entregues aos seus familiares para um sepultamento digno, e pediam a revisão da Lei da Anistia para, a exemplo de outros países, possibilitar o julgamento e punição dos crimes dos que violaram direitos humanos nos anos de chumbo.
Logo em seguida, familiares do torturador saíram do portão e começaram a esbravejar contra os militantes da UJS, chamando-os de "subversivos", "comunistas" e "genocidas", ao mesmo tempo em que rasgavam, recolhiam e queimavam os materiais do protesto, usando as velas acesas. 

Considerando que já tinham cumprido com o objetivo, os manifestantes começaram a se retirar do local, quando, na mesma rua, foram abordados por um homem que já chegou se identificando como o próprio "Chico Dólar" (Foto ao lado) e dizendo: "já que vocês estão me chamando de assassino, eu digo que sou assassino mesmo e que vou matar vocês". Imediatamente, com muito ódio, tremendo, sacou uma arma de fogo, aparentemente um revólver de calibre 38, e disparou três projéteis. Um dos tiros foi disparado a curta distância com a arma apontada diretamente para o estudante Leonardo Tonon Machado, que por muito pouco não o acertou. O último tiro foi disparado na direção de um grupo de seis estudantes que estavam um pouco mais longe, também quase os atingindo. Mesmo com os estudantes se retirando, continuou proferindo as ameaças de que iria matá-los.
   Após isso, os manifestantes conseguiram escapar e, três deles, acompanhados profissionalmente por mim, foram à delegacia de polícia pedir que se fizesse um Boletim de Ocorrência, que acabou sendo registrado como homicídio doloso na forma tentada e disparo de arma de fogo, a averiguar. A propósito, registro meu repúdio às mentiras que "Chico Dólar" tem dito à mídia, afirmando que agiu em legítima defesa e que atirou para o alto. "Tiros para o alto", "em legítima defesa"? Contra manifestantes desarmados que portavam apenas cartazes, faixas e velas acesas?
   Exorto a todos que se solidarizem de forma ativa com Leonardo Tonon Machado, Gabriel Lima, Érico Bispo todos os jovens que, corajosamente, arriscando-se, ousaram expor a público um sujeito completamente desprovido de humanidade, capaz de qualquer coisa, e que ainda se diz "heroi nacional". A liberdade de "Chico Dólar", além de ser um escárnio para com as famílias dos desaparecidos, representa um perigo concreto contra a vida de todos os que buscam esclarecer e fazer justiça em relação aos crimes da ditadura. As entidades, partidos, militantes e autoridades públicas devem se esforçar para que este caso seja apurado e punido.
Prisão para Chico Dólar!
Pela revisão da Lei da Anistia!
*Mario Cesar Fonseca da Silva, advogado e militante da rede memória, verdade e justiça em Mato Grosso do Sul.
 3..Nota da UJS-MS sobre o ato de escracho na casa do Tenente José Vargas Jimênez (CHICO DÓLAR)
  Ontem por voltas das 18:00 horas, um pequeno grupo da União da Juventude Socialista realizou um ato de escracho da frente da casa do Tenente José Vargas Jimênez, mais conhecido como Chico Dólar, assassino e torturador confesso, responsável pela tortura, morte e ocultação de corpos de vários combatentes da ditadura no período de 1964 a 1985, sobretudo, o caso do qual mais se vangloria que é a famigerada “Operação Marajoara” executada no Araguaia que resultou na tortura e morte de vários guerrilheiros.      Essa fato, tem para nós da UJS um significado imenso, pois entendemos que a Guerrilha do Araguaia se trata de nossos antepassados diretos, companheiros de luta.
   A manifestação foi totalmente pacífica por parte da UJS, chegamos no local e realizamos um velório simbólico dos guerrilheiros que tombaram no Araguaia, realizamos uma chamada na qual reconhecemos como presente todos os mortos na guerrilha, seguido de palavras de ordem que exigia a revisão da lei da anistia e exigindo que se fizesse justiça para os crimes cometidos pelos militares no período ditatorial.
   Depois de termos as nossas faixas e cartazes arrancados e de sermos chamados de genocidas e subversivos supostamente pelos familiares de Chico Dólar, mantivemos o caráter pacifico da manifestação, e por volta das 18:30 demos por encerrado o ato, a  militância já caminhava para suas casas, quando passamos pela loja de conveniências na esquina e fomos surpreendidos pelo próprio Chico Dólar, que nos indagou sobre o que estava ocorrendo, e nossa militância rapidamente se prontificou para ir ao debate franco, mas rapidamente Chico Dólar nos respondeu dizendo que era mesmo um assassino e que ia nos matar, sacou de um
revolver, aparentemente um de calibre 38 e disparou três tiros em direção ao nosso grupo de manifestantes, o primeiro mais objetivamente em direção ao nosso companheiro Leonardo Machado que por pouco não foi atingido, e os outros dois na direção do restante do grupo, onde eu (Gabriel Lima) estava junto com o Erico Bispo a Dayane Camargo e outros quatro militantes que pedem pra não serem identificados, o grupo rapidamente se dispersou e foi se reunir a cerca de 400 metros do local do ocorrido.
   Apesar da nossa militância ter vivido um episódio traumático, venho dizer que não vamos recuar, a UJS continuará na luta pela verdade e pela justiça, assim como sempre fez desde sua criação, temos que celebrar o ato de coragem e ousadia da nossa militância, que mesmo em difíceis condições permaneceram firmes e convictos de que os responsáveis pelo derramamento de sangue efetuado pela ditadura militar devem ser punidos e devem pagar pelos crimes cometidos contra a humanidade.

4. Delegado da Polícia Civil de Campo Grande-MS 
  "Chico Dólar" diz que deu tiro para o alto para se defender em manifestação e que faz parte da história
  Depois de um ato contra a Ditadura Militar em Campo Grande terminar com tiros para o alto, o militar aposentado José Vargas Jimenez, o ‘Chico Dólar’, de 65 anos, procurou a Polícia Civil na tarde desta quarta-feira (2). Um grupo de 15 pessoas se reuniu na frente da casa do tenente da reserva, na Rua Jaime Ferreira Vasconcelos, por volta das 19 horas na noite da terça-feira (1º) e munidos de cartazes, gritaram palavras de ordem contra a ditadura.
   Vargas, que participou do combate à Guerrilha do Araguaia por ordem do Exército Brasileiro, afirma que estava em casa com a família quando foi surpreendido pelo grupo de manifestantes. “Eram uns 13, 15 estudantes. Colaram fotos na frente da minha casa e começaram a gritar coisas, dizendo até que eu deveria morrer. Falei para eles irem embora e dei dois tiros para o alto. Foi para me defender. Se quisesse matar eu teria matado vários, pois sou Guerreiro de Selva e um excelente atirador,  mas eu não tinha a intenção de matar ninguém”, explicou o militar na delegacia.
   Indignado com o protesto e munido do nome de um dos jovens que participou do protesto, Vargas relatou na delegacia como foi o protesto e relembrou os 28 anos que ficou no exército. “Eu faço parte da história”, afirmou o militar, enquanto contava a policiais e ao delegado, sobre a época do exército e da Ditadura Militar.
   O militar aposentado possui registro e porte de arma. Ele diz que depois do episódio chamou um oficial do exército para que informasse ao General Comandante do Exército Brasileiro para quem relatou o caso e lhe informou quem o mandou para a Guerrilha do Araguaia foi o Exército Brasileiro o qual deve defendê-lo .
   TUDO FOI PELA VERDADE QUE ELE ESCREVEU NOS SEUS LIVROS BACABA QUE SÃO VERDADEIROS SOBRE A GUERRILHA DO ARAGUAIA, ONDE OS MILITARES COMBATEREM OS COMUNISTAS DO PC DO B, TREINADOS NA CHINA, CUBA E RÚSSIA PARA IMPÔR O COMUNISMO NO BRASIL.
  DELEGADO DA POLÍCIA CIVIL
 5.Prezados amigos, companheiros, colegas e clientes, o que fizeram na casa do Coronel Ustra e na casa de muitos outros militares, fizeram também em minha casa, só que eu não aceitei e os expulsei dando-lhes dois tiros para cima e eles saíram correndo de minha casa.
   O que fizemos na Revolução de 1964 foi cumprindo ordens do Exército Brasileiro, então ELES, devem fazer tudo isto no Exército Brasileiro e não em nossas casas pois ainda somos subordinados do Exército e ele  o EB, devem nós defender.
 No dia que fizeram isto na minha casa eu liguei para EB e não compareceram aí então eu tomei outras providências como consta na  minha entrevista e no BOLETIM DE OCORRÊNCIA que fiz na Polícia Civil em Campo Grande-MS.  
   Respeitosamente e abraços.
   Tenente Vargas (Chico Dólar) - SELVA!!!
ESTE É O MOTIVO PELOS MEUS LIVROS QUE ESCREVI CONTANDO A VERDADE.
GUERRILHA DO ARAGUAIA - LIVROS VERDADEIROS - SELVA!
1.“Bacaba - Memórias de um guerrilheiro de Selva da Guerrilha do Araguaia”
 A Guerrilha do Araguaia relatado pelo militar, José Vargas Jiménez, (CHICO DÓLAR) que esteve lá combatendo os Comunistas do PC DO B, contando sua história de maneira neutra, sem revanchismos e mágoas, mas apenas relatando os fatos. Leia comentário de um simples leitor, que escrevi sobre o livro, clicando no link abaixo:
 
Autor: José Vargas Jiménez
Número de páginas : 136
Preço: R$ 30,00
2. BACABA II - Toda a verdade sobre a Guerrilha do Araguaia e a Revolução de 1964.
“Bacaba II- Toda a verdade sobre a Guerrilha do Araguaia e a Revolução de 64 ”
José Vargas Jiménez, que esteve na Guerrilha do Araguaia conta o restante de sua história de maneira neutra, sem revanchismos e mágoas, mas apenas relatando os fatos. “Bacaba II- Toda a verdade sobre a Guerrilha do Araguaia e a Revolução de 64” vem complementar o livro anterior “Bacaba – Memórias de um guerrilheiro de selva da Guerrilha do Araguaia”Leia comentário deste um simples leitor sobre este segundo livro, clicando no link abaixo:
Autor: José Vargas Jiménez
O livro possui 206 páginas.
Preço: R$ 40,00
Para adquirir meus livros Bacaba e  Bacaba II sobre a Guerrilha do Araguaia (1972/74) da qual eu participei, era 3º Sargento Infante, Guerreiro de Selva nr 702, com Curso de Guerra na Selva (COSAC hoje CIGS), comandando 10 homens, junto com o Cel CURIÓ (era Capitão) e Cel LÍCIO MACIEL (era Major), este é o procedimento. Os meus livros custam:
BACABA R$ 30,00 e BACABA II R$ 40,00, Total, 70,00. 
Depositar no BANCO DO BRASIL, Agência nr 1997-6, conta corrente nr 63.292-9, CPF nr 004196481-00 em meu nome JOSÉ VARGAS JIMÉNEZ.
Mandar a solicitação pelos seguintes emeils:
chicodolar60@yahoo.com.br
chico.dolar@hotmail.com,
 
<lucasg4bri3l@gmail.com>
 Em CAMPO GRANDE-MS. 
Também pode solicitar pela LIVRARIA BRASIL NET do RIO DE JANEIRO 
pelo seguinte email:    saite@livrariabrasil.net 
POR FAVOR REPASSEM/DIVULGUEM OS LIVROS BACABA 
  1. CORONEL LÍCIO MACIEL ESTEVE NA GUERRILHA DO ARAGUAIA, ERA MAJOR.
2. CORONEL CURIÓ ESTEVE NA GUERRILHA DO ARAGUAIA, ERA CAPITÃO. 
O coronel da reserva Sebastião Rodrigues de Moura, conhecido como major Curió (Foto: Reprodução/TV Globo)
O coronel da reserva Sebastião Rodrigues de Moura,
conhecido como major Curió
3.TENENTE VARGAS (CHICO DÓLAR) ESTEVE NA GUERRILHA DO ARAGUAIA, ERA 3º SARGENTO - SELVA!!!! 
Se quiser saber mais sobre o Tenente VARGAS (CHICO DÓLAR), acesse no saite: www.google.com.br e PESQUISE:
1. Chico Dólar
2. Livro Bacaba
3. José Vargas Jiménez
E vera que ele já faz parte da história do BRASIL contando a verdade contra os Comunistas que hoje estão poder e os que não estão -  SELVA!!!!!
                                                
(ABRAM ESTES SITES DESTE JORNALISTA E LEIAM) .
De: Gilberto Vieira de Sousa <gilberto@gibanet.com>
Bom dia Tenente VARGAS (Chico Dólar),
Sobre seus livros, já divulguei dois artigos, o Os Dois Lados da
Verdade http://www.gibanet.com/2012/03/20/os-dois-lados-da-verdade/ e
o ‘Eles querem mudar a história do Brasil’
http://www.gibanet.com/2011/07/02/%E2%80%98eles-querem-mudar-a-historia-do-brasil%E2%80%99/
                                                       SELVA!!!!!!!!!!!!!!!!



SUBJECT: Re: Que será de nós que moramos em São Paulo? -2
FROM: Mtnos Calil <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: "Mtnos Calil" <mtnoscalil@terra.com.br>
CC: <maoslimpasbrasil@yahoogrupos.com.br>, <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, <indianotransparencia@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/05/2015 14:57

Uma hora dizem que vamos viver um terror em São Paulo devido à falta d'água. 
Outra hora dizem que nem racionamento vai haver em 2015.
Enquanto isso jornais noticiam que num bairro na zona norte os moradores só têm água durante 5 horas por dia. 
E para tornar a coisa mais confusa ainda, alguns especialistas dizem com toda a convicção que o racionamento deveria ter começado em 2014. 

Duas conclusões se impõem diante disso: 

a) que existe sim o problema da água e que é grave
b) que a comunicação dos politicos e outras pessoas  envolvidas no assunto está bem esquizofrênica. 

Temos então dois problemas graves: o da "crise hídrica" e o da "crise comunicacional". 

Mtnos Calil 

Ps. Sugiro para quem reside na zona sul de SP esquecer esse assunto por algum tempo. 


Presidente da Sabesp descarta rodízio de água em SP neste ano

BRUNO RIBEIRO - O ESTADO DE S. PAULO

13 Maio 2015 | 12h 02

Jerson Kelman fez declaração durante CPI da Câmara Municipal; executivo se esquivou de perguntas espinhosas de vereadores

SÃO PAULO - O presidente da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), Jerson Kelman, descartou a necessidade de rodízio em São Paulo por causa da crise hídrica e esquivou-se de perguntas espinhosas feitas por vereadores da Câmara Municipal de São Paulo nesta quarta-feira, 13, durante audiência na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura o contrato da empresa com a Prefeitura de São Paulo.

Kelman conseguiu deixar de responder qual seria o gatilho que detonaria o rodízio de água caso a crise permanecer e também não disse se a empresa dará lucro neste ano ou não, apesar de ter sido perguntado sobre os dois temas. O lucro é uma garantia de distribuição de valores a acionistas nas Bolsas de Valores de São Paulo e Nova Iorque.

http://sao-paulo.estadao.com.br/estadao/img/ico/rel-arrow.gif); background-attachment: initial; background-size: initial; background-origin: initial; background-clip: initial; background-position: 0px 0px; background-repeat: no-repeat;">RELACIONADAS

As perguntas haviam sido feitas pelo vereador Laércio Benko (PHS), que por duas vezes parabenizou o novo presidente da empresa pela gestão transparente que conduz na empresa.

Sobre o gatilho, Kelman afirmou que 'uma série de fatores' determinaria o rodízio, não apenas um volume mínimo de reserva de água nos reservatórios 
Sobre o gatilho, Kelman afirmou que 'uma série de fatores' determinaria o rodízio, não apenas um volume mínimo de reserva de água nos reservatórios 

Sobre o gatilho, Kelman afirmou que "uma série de fatores" determinaria o rodízio, não apenas um volume mínimo de reserva de água nos reservatórios. A afirmação foi feita depois de ele descartar, inicialmente, a necessidade de rodízio. "Não temos nenhuma previsão de rodízio porque diminuímos a dependência do Sistema Cantareira."

Ele ressaltou, no entanto, que essa é a situação atual da cidade. "Situação é que nem nuvem, sempre muda", alertou, sem mais questionamentos sobre o assunto.

Kelman também foi questionado se a empresa dará lucro neste ano. "Em um supermercado, se acaba o estoque, você não tem lucro, tem de repor o estoque. No caso da Sabesp, o estoque é água. É preciso de obras para repor esse estoque. Por isso, não pode haver lucro", discursou o vereador Benko.

O presidente da Sabesp comentou apenas a obrigação legal da empresa em repassar parte dos valores a acionistas. Kelman explicou que, por lei, um quarto dos valores obtidos de lucro tem de ser distribuído aos acionistas e disse que o lucro é necessário para garantir recursos para investimentos.

Segundo Kelman, pelo fato de o Estado também ter cotas entre as ações privadas da empresa, 87% do lucro da empresa é reinvestido. 

No fim da audiência, vereadores da bancada petista passaram cerca de 30 minutos mostrando vídeos com problemas pontuais de vazamentos na rede da empresa. Kelman ficou de apurar os problemas.



On Qua 06/05/15 22:32 , Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br sent:

Na década de 70 o prefeito Figueiredo Ferraz lançou a campanha "São Paulo precisa parar de crescer". NINGUÉM O LEVOU A SÉRIO!!!   A tragédia que o nosso Comando Militar está visualizando não aconteceria se a população da cidade não tivesse crescido esquizofrenicamente como cresceu. Sim: - esquizofrenicamente, pois crescimento descontrolado que não leva em conta sequer o abastecimento de água, é esquizofrenia politica. De onde vai vir a água a partir de julho? Ou essa reunião do Comando Militar também não vamos levar a sério? O diretor da Sabesp perdeu o juizo quando disse isso?: 

“Vai ser o terror. Não vai ter alimentação, não vai ter energia elétrica... Será um cenário de fim de mundo. São milhares de pessoas e o caos social pode se deflagrar. Não será só um problema de desabastecimento de água. Vai ser bem mais sério do que isso...”, 

Mtnos Calil 

========================

Chance de caos social por falta d'água mobiliza exército

por Lúcia Rodrigues, da Opera Mundi — publicado 06/05/2015 05h28
http://www.cartacapital.com.br/sociedade/possibilidade-de-caos-social-por-falta-de-agua-em-sp-mobiliza-comando-do-exercito-2589.html
Painel organizado pelo Comando Militar do Sudeste tratou possibilidade de a capital paulista ficar sem água a partir de julho deste ano como assunto de segurança nacional

Diogo Moreira/ A2 FOTOGRAFIA

Por que o Comando Militar do Sudeste (CMSE) está interessado na crise da falta de água em São Paulo?

A resposta veio na tarde da última terça-feira, 28 de abril, durante o painel organizado pelo Exército, que ocorreu dentro de seu quartel-general no Ibirapuera, zona sul da capital paulista.

Durante mais de três horas de debate, destinado a oficiais, soldados e alguns professores universitários e simpatizantes dos militares que lotaram o auditório da sede do comando em São Paulo, foi se delineando o real motivo do alto generalato brasileiro estar preocupado com um assunto que aparentemente está fora dos padrões de atuação militar.

A senha foi dada pelo diretor da Sabesp, Paulo Massato, que ao lado de Anicia Pio, da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), e do professor de engenharia da Unicamp, Antonio Carlos Zuffo, traçaram um panorama sobre como acrise hídrica está impactando o Estado paulista.

Massato foi claro. Se as obras emergenciais que estão sendo feitas pela companhia não derem resultado e se chover pouco, São Paulo ficará sem água a partir de julho deste ano. O cenário descrito pelo dirigente da Sabesp é catastrófico e digno de roteiro de filme de terror.

“Vai ser o terror. Não vai ter alimentação, não vai ter energia elétrica... Será um cenário de fim de mundo. São milhares de pessoas e o caos social pode se deflagrar. Não será só um problema de desabastecimento de água. Vai ser bem mais sério do que isso...”, enfatiza durante sua intervenção, para na sequência lançar uma súplica de esperança: “Mas espero que isso não aconteça”.

Ele destaca que na região metropolitana de São Paulo vivem 20 milhões de pessoas, quando o ideal seriam quatro milhões.

Blindagem

Nenhuma crítica, no entanto, foi dirigida ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) pelos presentes durante todo o evento. Apenas uma pessoa se manifestou durante a fala de Massato, afirmando que faltou planejamento estatal. Mas foi interrompido por uma espécie de mestre de cerimônias do comando militar  que ciceroneava o evento, pedindo que ele deixasse a questão para as perguntas a serem dirigidas aos debatedores. A pergunta não voltou a ser apresentada.

Mas o resultado pela falta de investimento e planejamento do governo paulista já provoca calafrios na cervical do establishment do Estado. As cenas de Itu podem se reproduzir em escala exponencial na região metropolitana de São Paulo. E é contra isso que o Exército quer se precaver.

O dirigente da Sabesp citou um caso que ocorreu na região do Butantã, zona oeste da capital. De acordo com ele, houve uma reação violenta porque a água não chegou em pontos mais altos do bairro. “Não chegou na casa do ‘chefe’, e aí ele mandou incendiar três ônibus. Aqui o pessoal é mais organizado...”

Em sua intervenção, a dirigente da Fiesp, Anícia Pio, frisa que muito se tem falado sobre a crise de abastecimento da população, mas que não se pode desconsiderar o impacto sobre a indústria paulista. “A crise só não foi maior, porque a crise econômica chegou (para desacelerar a produção).”

De acordo com ela, o emprego de milhares de pessoas que trabalham no setor está em risco se houver o agravamento da crise hídrica.

Se depender das projeções apresentadas pelo professor Zuffo, da Unicamp, a situação vai se complicar.  Segundo ele, o ciclo de escassez de água pode durar 20, 30 anos.

A empresária destaca ainda que não se produz água em fábricas e que, por isso, é preciso investir no reuso e em novas tecnologias de sustentabilidade. E critica o excesso de leis para o setor, que de acordo com ela é superior a mil.

O comandante militar do Sudeste, general João Camilo Pires de Campos, anfitrião do evento, se sensibilizou com as criticas da representante da Fiesp e prometeu conversar pessoalmente com o presidente da Assembléia Legislativa de São Paulo, deputado Fernando Capez (PSDB),  sobre o excesso de legislação que atrapalha o empresariado.

Ele também enfatiza que é preciso conscientizar a população sobre a falta de água e lamenta a grande concentração populacional na região. “Era preciso quatro milhões e temos 20 milhões...”, afirma se referindo aos números apresentados por Massato.

O general Campos destaca a importância da realização de obras, mas adverte que “não se faz engenharia para amanhã”. E cita para a plateia uma expressão do ex-presidente, e também general do Exército, Ernesto Geisel, para definir o que precisa ser feito. “O presidente Geisel dizia que na época de vacas magras é preciso amarrar o bezerro.” 

“Não há solução fácil, o problema é sério”, conclui o comandante.

Sério e, por isso, tratado como assunto de segurança nacional pelo Exército. O crachá distribuído aos presentes pelo Comando Militar do Sudeste trazia a inscrição: Painel sobre defesa.

 





SUBJECT: Re: [ciencialist] Ministro da Defesa Norte Coreano fuzilado.
FROM: Jeff <jeff@jeff.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/05/2015 15:20

Não deveria, pois não tem nada de socialista ou comunista neste regime. Tá mais pra uma espécie de monarquia absolutista.

[]s,
Jeff.

 

 

E a nossa esquerda ainda apoia esse regime!!!E se cala nesses casos......
 



Em Quarta-feira, 13 de Maio de 2015 10:39, "'JVictor' j.victor.neto@uol.com.br [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br> escreveu:


 
 
Espantou-me mais ainda esta notícia:
 
 
Mas, esta informação:
 
“... a forma como Hyon foi executado – fuzilamento por míssil anti-aéreo – é também vista como um sinal de desconforto por parte de Kim e é “indicativo da forma impulsiva da sua tomada de decisões”, diz à BBC o analista Mike Madden.”
 
 
Fuzilamento anti-aéreo?  Fiquei a ver navios.
 
Como seria isso, numa Academia Militar, e com 100 espectadores (e futuros candidatos ao mesmo mesmo evento? Se houver alguém aí versado nesse negócio de “fuzilamento antiáreo”, poderia esclarecer, peloamordegod?
 
Até o momento, estou achando que se trata de um boato, mas sem descartar que o porquinho é capaz disso e muito mais.
 
Sds,
Victor.
 
 


 

 

SUBJECT: Re: [ciencialist] Manual da linguagem cientifica - Só a ciência pode nos salvar deste flagelo
FROM: Mtnos Calil <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/05/2015 16:09

O seu diagnóstico confirma, prezado Pibófilo, que a linguagem poética pode ser mais precisa que a linguagem cientifica. 

Explico porque:   

a) muitos  cientistas são precisos naquilo que fazem e imprecisos na comunicação sobre aquilo que fazem
b) muitos  poetas são precisos naquilo que escrevem porque não fazem nada do que escrevem 

Porém, como um dos nossos insurgentes frizou, NÃO GENERALIZEMOS. Por exemplo, Fernando Pessoa foi coerente, colocando no papel  a depressão que sentia no corassão. 
 Olha que precizão linguistica fantástica que ele usou na Tabacaria:

    Não sou nada.
    Nunca serei nada.
    Não posso querer ser nada.
    À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.

    Janelas do meu quarto,
    Do meu quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é
    (E se soubessem quem é, o que saberiam?),
    Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente,
    Para uma rua inacessível a todos os pensamentos,
    Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente certa,
    Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres,
    Com a morte a por umidade nas paredes e cabelos brancos nos homens,
    Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada.


Existe portanto uma série divergência entre o fazer e o falar. 

Daí nasceu o ditado francês "Faire et dire sont deux choses". 

Merci beaucoup, Monsieur PB. 

Mtnos Calil 


On Qua 13/05/15 09:39 , "'Pesky Bee' peskybee2@gmail.com [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 

Coitadinho desse José! Todo phodido, em prosa e
verso! Coitadinho! Só mesmo oferecendo uma mulé
pelada para resolver o caso dele, hahahahaha
 
*PB*
 
 
 
From: "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]
Sent: Tuesday, May 12, 2015 10:25 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: Re: [ciencialist] Manual da linguagem cientifica - Só a ciência pode nos salvar deste flagelo
 
 
 
Eu também achei estranho o fato de uma proposta de precisão linguistica vir de um escritor literário.
Pesquisando o assunto cheguei às seguintes explicacões hipotéticas ou especulativas, como v. preferir:
 
 
a) Calvino adotava um estilo social da literatura que requer clareza e precisão
b) Esse estilo é adotado inclusive por poetas
c) Calvino assumiu o dever ético de protestar contra a esculhambação linguistica em nome da literatura da qual era um representante de primeirissima linha
 
 
Agora deixo você na companhia de um poema social que usa a precisão linguistica:
 
 

E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, você?
você que é sem nome,
que zomba dos outros,
você que faz versos,
que ama, protesta?
e agora, José?
 
Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José?
 
E agora, José?
Sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio – e agora?
 
Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora?
 
Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse…
Mas você não morre,
você é duro, José!
 
Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja a galope,
você marcha, José!
José, para onde?
 
Por,,, Carlos Drummond de Andrade
 
 
 
 
 



SUBJECT: Re: [ciencialist] Manual da linguagem cientifica - Só a ciência pode nos salvar deste flagelo
FROM: "Pesky Bee" <peskybee2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/05/2015 17:18

Calilzófilo, deixe-me atentalhar o fornecimento de uma
explanatoriação acerca do meu entendimento dessas coisaradas
todas aí. Veja lá, mano véio, o poblêma é que somos Homo
Sapiens. E Homo Sapiens são uma derivação dos primatas. Que
por sua vez são uma derivação dos mamíferos, que tem ligações
com os répteis e com a peixarada desgramada. Então, somos
seres movidos por muitos milhões de anos de evolução corporal
e cerebral. Dentro de nossa cachola tem um montaralhão de
coisaradas e influenciófilas, desde os peixes até os chimpanzés.
E dependendo da situação em que estivermos, podemos reagir
como bichos das savanas africanas (quem já viu brigas no
trânsito de dois manés hiper-nervosos e estressados sabe
do que estou falando).
 
E é aí que a coisa se junta com vosso assuntófilo: temos
em nossa cachola essa habilidade de juntaralhar emoções e
manifestações cognitivóides que agrupelham várias dessas
características que herdamos daquela putada toda que nos
precedeu. É muita coisa! Muita influência! Muito beréquetréque!
E a pobre da linguagem (também fruto de uma evolução,
diga-se de passagem) essa pobre linguagem tenta carregar
esse peso todo de nossa imensa herança genético-evolutiva.
Tinha que dar confusão!
 
Se o poeta amanheceu com tristeza nas cácúndas profundas
da alma, ele tem que desovar isso de alguma forma. E desova
com expressivas texturiações. Que serão quase incompreensíveis
para quem não tem essas referências internas, mas serão
devastadoramente poderosas e significativas para todos
aqueles que já atravessaram por sacaneações similares
do espírito.
 
Cráro que quanto mais vivemos, mais vamos coletando
exemplares dessas sacaneações da alma, e mais vamos
entendendo essa porrilhonalmente estropiada condição
humana. Condição essa de termos um córtex pré-frontal
ótimo em planejamento e pensamento racional e crítico,
mas que sempre leva chutes na bunda de nosso imenso
vulcão emocional. Vulcão esse que, em algumas pessoas,
fazem o terremoto do Nepal parecer uma festa de
aniversário de criança. Viver é phóda, mermão!
 
*PB*
 
 

From: Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]
Sent: Wednesday, May 13, 2015 4:09 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] Manual da linguagem cientifica - Só a ciência pode nos salvar deste flagelo
 
O seu diagnóstico confirma, prezado Pibófilo, que a linguagem poética pode ser mais precisa que a linguagem cientifica. 
 
Explico porque:  

a) muitos  cientistas são precisos naquilo que fazem e imprecisos na comunicação sobre aquilo que fazem
b) muitos  poetas são precisos naquilo que escrevem porque não fazem nada do que escrevem
 

Porém, como um dos nossos insurgentes frizou, NÃO GENERALIZEMOS. Por exemplo, Fernando Pessoa foi coerente, colocando no papel  a depressão que sentia no corassão.
Olha que precizão linguistica fantástica que ele usou na Tabacaria:
 

Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.
 

Janelas do meu quarto,
Do meu quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é
(E se soubessem quem é, o que saberiam?),
Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente,
Para uma rua inacessível a todos os pensamentos,
Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente certa,
Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres,
Com a morte a por umidade nas paredes e cabelos brancos nos homens,
Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada.
 

Existe portanto uma série divergência entre o fazer e o falar.
 

Daí nasceu o ditado francês "Faire et dire sont deux choses".
 

Merci beaucoup, Monsieur PB.
 

Mtnos Calil
 
 
 
 
 

SUBJECT: Re: [ciencialist] Manual da linguagem cientifica - Só a ciência pode nos salvar deste flagelo
FROM: Mtnos Calil <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/05/2015 19:40

Very, very good. As we can see, you have a philosophy oriented mind. 
Let me continue in our rich language of our poor country. 
Thanks
MC - Much Cool 


Toda essa complexidade (ou confusão evolutiva) narrada por você já é de pleno conhecimento dos humanos. 

Para resolver seus problemas de comunicação e relacionamento, não falta ao homem conhecimento, seja ele cientifico, filósofico, histórico, etc. etc. 
O que falta ao homem  para completar seu processo civilizatório é um conjunto de "atitudes" (aspeei este termo porque ele não exprime exatamente o que quero dizer, mas se aproxima...). Estas atitudes poderiam ser agrupadas em 3 grandes áreas:

a) Equilibrio emocional. 
O sistema emocional humano é, como você muito descreveu, resultante de uma tremenda confusão evolutiva. Se não colocar ordem no seu mundo emocional o homem jamais completará seu processo civilizatorio. Ferramentas organizacionais para isso existem várias. Mas os dirigentes da humanidade, não querem saber delas, inclusive porque uma parte deles se vale da loucura social para exercerem o poder. 

b) Ética social 

O homem é um ser egoista e competitivo porque essas falhas genéticas foram essenciais para a sua sobrevivência. Hoje ele não precisa mais delas, porém só uma intervenção neurotecnólogica poderia alterar sua respectiva configuração celular, o que convenhamos está fora do nosso alcance. Essa ética social só poderia existir se fosse controlada por um conjunto de leis. Mesmo que o cumprimento destas leis fosse viável, atingindo a grande maioria dos humanos, os "donos do poder" não as aceitariam, exatamente porque um dos elementos básicos do poder é a dominação egoística dos mais fracos pelos mais fortes. 


c) Controle do crescimento econômico e demográfico que ultrapassaram os limites do bom senso. 

Existem portanto, soluções lógicas e  cientificas para os problemas da humanidade, as quais são e continuarão sendo duramente rejeitadas pelos nossos (des) governantes. Quem são eles? Os grandes empresários aos quais os politicos estão subordinados. O poder econômico sempre dominou o poder político, sendo que o poder judiciário está subordinado a ambos. (331 palavras)

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On Qua 13/05/15 17:18 , "'Pesky Bee' peskybee2@gmail.com [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 

Calilzófilo, deixe-me atentalhar o fornecimento de uma
explanatoriação acerca do meu entendimento dessas coisaradas
todas aí. Veja lá, mano véio, o poblêma é que somos Homo
Sapiens. E Homo Sapiens são uma derivação dos primatas. Que
por sua vez são uma derivação dos mamíferos, que tem ligações
com os répteis e com a peixarada desgramada. Então, somos
seres movidos por muitos milhões de anos de evolução corporal
e cerebral. Dentro de nossa cachola tem um montaralhão de
coisaradas e influenciófilas, desde os peixes até os chimpanzés.
E dependendo da situação em que estivermos, podemos reagir
como bichos das savanas africanas (quem já viu brigas no
trânsito de dois manés hiper-nervosos e estressados sabe
do que estou falando).
 
E é aí que a coisa se junta com vosso assuntófilo: temos
em nossa cachola essa habilidade de juntaralhar emoções e
manifestações cognitivóides que agrupelham várias dessas
características que herdamos daquela putada toda que nos
precedeu. É muita coisa! Muita influência! Muito beréquetréque!
E a pobre da linguagem (também fruto de uma evolução,
diga-se de passagem) essa pobre linguagem tenta carregar
esse peso todo de nossa imensa herança genético-evolutiva.
Tinha que dar confusão!
 
Se o poeta amanheceu com tristeza nas cácúndas profundas
da alma, ele tem que desovar isso de alguma forma. E desova
com expressivas texturiações. Que serão quase incompreensíveis
para quem não tem essas referências internas, mas serão
devastadoramente poderosas e significativas para todos
aqueles que já atravessaram por sacaneações similares
do espírito.
 
Cráro que quanto mais vivemos, mais vamos coletando
exemplares dessas sacaneações da alma, e mais vamos
entendendo essa porrilhonalmente estropiada condição
humana. Condição essa de termos um córtex pré-frontal
ótimo em planejamento e pensamento racional e crítico,
mas que sempre leva chutes na bunda de nosso imenso
vulcão emocional. Vulcão esse que, em algumas pessoas,
fazem o terremoto do Nepal parecer uma festa de
aniversário de criança. Viver é phóda, mermão!
 
*PB* (314 palavras) 
 
 

From: Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]
Sent: Wednesday, May 13, 2015 4:09 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] Manual da linguagem cientifica - Só a ciência pode nos salvar deste flagelo
 
O seu diagnóstico confirma, prezado Pibófilo, que a linguagem poética pode ser mais precisa que a linguagem cientifica. 
 
Explico porque:  

a) muitos  cientistas são precisos naquilo que fazem e imprecisos na comunicação sobre aquilo que fazem
b) muitos  poetas são precisos naquilo que escrevem porque não fazem nada do que escrevem
 

Porém, como um dos nossos insurgentes frizou, NÃO GENERALIZEMOS. Por exemplo, Fernando Pessoa foi coerente, colocando no papel  a depressão que sentia no corassão.
Olha que precizão linguistica fantástica que ele usou na Tabacaria:
 

Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.
 

Janelas do meu quarto,
Do meu quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é
(E se soubessem quem é, o que saberiam?),
Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente,
Para uma rua inacessível a todos os pensamentos,
Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente certa,
Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres,
Com a morte a por umidade nas paredes e cabelos brancos nos homens,
Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada.
 

Existe portanto uma série divergência entre o fazer e o falar.
 

Daí nasceu o ditado francês "Faire et dire sont deux choses".
 

Merci beaucoup, Monsieur PB.
 

Mtnos Calil
 
 
 
 
 



SUBJECT: Gravidade zero
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/05/2015 06:28

 

Para quem estiver planejando férias em gravidade zero:

 

http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/bbc/2015/05/13/como-os-astronautas-vao-ao-banheiro.htm

 

Sds,

Victor.


SUBJECT: Celular dentro de paciente operada.
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/05/2015 06:37

Olá,

 

Eis mais uma notícia de arrepiar cabelos:

 

http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2015/05/14/medico-jordaniano-esquece-celular-no-abdome-de-paciente-apos-cesariana.htm

 

Agora pergunto:

1)      Como o médico deixou o celular na barriga da paciente se, durante a operação, está todo “paramentado” para a atividade(luvas, fardamento específico, etc), além do que há os assistentes)?

2)      O telefone tocou, mesmo assim ele o atendeu e quando terminou a ligação ele simplesmente depositou-o  dentro da paciente? Ou, por maldade, alguém o colocou alí, para prejudicar o jordaniano?  Putz!

3)      Nenhum dos assistentes viu tamanha barbaridade? Ninguém sequer estranhou o uso inusitado  do celular durante o evento?

 

Bem, deixar uma agulha, uma pinça, até que só representa incompetência e descaso do médico, pelo que deveria perder a licença; mas um celular?

 

Sei não, isto é demais para mais da conta!   Já  a garrafa do chinês(Devia estar muito,  muiiiiiiiiiiiiiito carentinho, aí, ai!)...

 

É curioso e hilário, se não fosse triste.

 

 

 

Sds,

Victor.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Gravidade zero
FROM: "Pesky Bee" <peskybee2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/05/2015 13:34

Bom saber disso. Eu já me melo todo para cagar aqui na
terra, imagina só lá no espaço, sem gravidade! Óh horror!
 
E imagina só: o sujeito está sob um tremendo desarranjo
intestinal, com uma inenarrável diarréia a caminho, baixa
as calças astronáuticas e já preparando o orifício para o
descarregamento, sobrevêm-lhe um desses espirros de
intensidade sobrehumana. Aaaaatchiiiiiiimmmmmm!
Pronto! Pintura a jato, hahahahaha
 
*PB*
 
 
 
From: 'JVictor' j.victor.neto@uol.com.br [ciencialist]
Sent: Thursday, May 14, 2015 6:28 AM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: [ciencialist] Gravidade zero
 

Para quem estiver planejando férias em gravidade zero:
 
 
 
 
 
Sds,
 
Victor.
 
 
 

 
 
 
 
 

SUBJECT: Re: [ciencialist] Gravidade zero
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/05/2015 23:40

Se isso vaza....hehehehee....primeiro caso de flatulencia liquida!!! hahaha



Em Sexta-feira, 15 de Maio de 2015 13:35, "'Pesky Bee' peskybee2@gmail.com [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br> escreveu:


 
Bom saber disso. Eu já me melo todo para cagar aqui na
terra, imagina só lá no espaço, sem gravidade! Óh horror!
 
E imagina só: o sujeito está sob um tremendo desarranjo
intestinal, com uma inenarrável diarréia a caminho, baixa
as calças astronáuticas e já preparando o orifício para o
descarregamento, sobrevêm-lhe um desses espirros de
intensidade sobrehumana. Aaaaatchiiiiiiimmmmmm!
Pronto! Pintura a jato, hahahahaha
 
*PB*
 
 
 
From: 'JVictor' j.victor.neto@uol.com.br [ciencialist]
Sent: Thursday, May 14, 2015 6:28 AM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: [ciencialist] Gravidade zero
 

Para quem estiver planejando férias em gravidade zero:
 
 
 
 
 
Sds,
 
Victor.
 
 
 

 
 
 
 
 



SUBJECT: Citações Filosóficas
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: ListadeCiência <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/05/2015 21:21

Pessoal,

Algum filosofo sofista fez essa declaração, após perder um debate, se não me engano, para Aristóteles ?

"Vc pode ter argumentado melhor que eu, mas isso não significa que vc tem razão".

Abs
Felipe

SUBJECT: Teoria da RGeral - aulas no youtube
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/05/2015 10:21

Olá,

 

Olá, a quem interessar possa.

A seguir o  link inicial  para 11 aulas sobre RG, postadas de maneira bem detalhada e bastante accessível a quem tenha um mínimo de base matemática, a nível dos primeiros anos de uma graduação.

 

Aproveitando-se o link, pode-se encontrar outros envolvendo relatividade especial. Os expositores são muitos bons, sabem o que dizem e o dizem de modo que gregos e troianos não fiquem a ver navios. Uma riqueza.

 

https://www.youtube.com/watch?v=nn6bDZIw5Mc

 

 

Não há de quê, imagina...

 

Sds,

 

Victor


SUBJECT: Algumas xxposições úteis sobre RE e consequências pelo físico George Matsas.
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/05/2015 10:32

Olá,

 

Interesse de todos. Quem avisa amigo é.

 

O Prof. George, muito equilibradamente, faz úteis exposições a respeito da física; enfoque:  relatividade.

 

https://www.youtube.com/watch?v=gYDbrswmF0Q

 

Vale uma oitiva.

 

Sds,

Victor.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Citações Filosóficas
FROM: "Pesky Bee" <peskybee2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/05/2015 09:57

> "Vc pode ter argumentado melhor que eu, mas isso
> não significa que vc tem razão"
 
Felipão, a resposta a essa questãozona depende vastamente do
que se entende por "argumentar melhor". Se isso significar
argumentar de forma mais embasada, sólida, com premissas
adequadas, verdadeiras e aceitáveis, então a frase pode ser
um punhado de bósta, é desculpa esfarrapada do joaquim que
perdeu a disputa linguística.
 
Mas se por "argumentar melhor" se entenda um palavreado
sofisticado, uma verve incisiva, quase beirando a agressividade
verbalófila, uma arrogância que intimida, então a frase
tem sentido, e o mané que arrotou arrogantemente pode não
ter razão alguma.
 
É por isso que nesses casos em que se tem dúvidas se o
que foi vociferado pelo zé mané é ou não é uma argumentacionice
boa ou não, o ideal é espremer essa laranja e listar as
porras das premissóides e ver se elas seguram o peso da
conclusão. Se não suportar o peso, e essa porra toda desabar
em cima do mané que estava propondo a coisa, então é só
falar para ele imprimir o argumentófilo em papel beeeem grosso,
fazer um rolinho e introduzir, de maneira intempestiva e
abrupta, no orifício ínfero-lombar traseiro (que normalmente
é representado por uma palavra monossilábica de duas letras
que eu, que sou rebelde, costumo acentuar, embora ortograficamente
não se
acentue).
 
*PB*
 
 
 
From: luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br [ciencialist]
Sent: Saturday, May 16, 2015 9:21 PM
To: ListadeCiência
Subject: [ciencialist] Citações Filosóficas
 
 

Pessoal,
 
Algum filosofo sofista fez essa declaração, após perder um debate, se não me engano, para Aristóteles ?
 
"Vc pode ter argumentado melhor que eu, mas isso não significa que vc tem razão".
 
Abs
Felipe
 
 
 
 
 
 

SUBJECT: Re: Re: [ciencialist] Citações Filosóficas + A pirâmide do significado poético
FROM: "Mtnos Calil" <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/05/2015 12:11

A sua, fala PB2,  (peskybee2@gmail) l apresenta uma prova consistente contra o réu linguistico. Se o que ele diz pode ter uma dupla e antagônica interpretação, ele deve ser condenado. Mas eu diria ( porque "diria" e não "digo" > seria isso um transtorno condicional?) que você foi muito generoso porque a qualidade de uma argumentação depende da LÓGICA sintática e semântica. Ninguém pode, numa discussão argumentar melhor ficando a sra. razão na companhia do outro. 
Tenho dito ( para que dizer isso? para informar que acabou de falar? ) 
Não, não acabei! 
Outra questão subjetiva do processo de argumentação diz respeito à FORMA, que influencia barbaramente os seus efeitos. Coloque na boca de dois advogados de defesa os mesmos argumentos, sendo que um deles dicursa brilhantemente enquanto o outro gagueja.  
Será que isso não influenciaria a decisão do juri? 
Agora acabei, mas não tenho dito, pois é a primeira vez que disse o que disse aqui. 

Mtnos Calil 
Ambiguidade Zero - Is it possible? Yes it is! But only sometimes... unfortunately! 

Ps1. PB2,  você foi muito generoso, isso significa que existem diferentes graus de generosidade. Mas independente disso, eu removo o muito da minha frase. Você foi apenas generoso. "Apenas" generoso? Desde quando uma generosidade merece ser apequenada? Será que o nivel de ambiguidade depende das linguas? A lingua inglesa seria menos ambígua que a lingua portuguesa? 
Segundo o nosso colega de Portugal parece que não* , pois ele considera as 100 palavras mais importantes do inglês (olha ai :  a lingua inglesa que era feminina mudou de gênero e agora é masculina - enfim a ambiguidade linguistica se serve também dos direitos homofilicos!)

*  PARECE QUE NÃO? que é isso? Até o sim e o não têm "aparência?  Quando a gente não identifica algo tem outros recursos linguisticos mais adequados como por exemplo "Talvez". Mas não seria melhor dizer "não sei " no lugar de "talvez"? Pra que embromar? Embromar significa gracejar? Não! significa enrolar, mas broma significa gracejo. Que confusão os humanos fizeram com a palavra, my God. No principio era o verbo, como disse o João? Sim sim, a confusão linguistica nasceu com o homem, por falta de planejamento. 




 
Foto: Shutterstock

 

As 100 palavras escolhidas pelo retórico e autor de diversos livros, I. A. Richards, são aquelas que são mais significativas. Ou seja, não estamos a falar das mais utilizadas na língua inglesa, muito menos das suas etimologias. Richard classificou estas palavras como sendo as mais importantes do inglês por duas razões:

» Como melhorar o inglês lendo romances

1- Abrangem as ideias que usamos sempre, ou seja, são aquelas que tratam de tudo o que fazemos quando pensamos.
2- São palavras sem as quais não poderias explicar todas as outras palavras da língua.

 

Fica a conhecer as 100 palavras mais importantes em inglês:

 

Amount
Argument
Art
Be
Beautiful
Belief
Cause
Certain
Chance
Change
Clear
Common
Comparison
Condition
Connection
Copy
Decision
Degree
Desire
Development
Different
Do
Education
End
Event
Examples
Existence
Experience
Fact
Fear
Feeling
Fiction
Force
Form
Free
General
Get
Give
Good
Government
Happy
Have
History
Idea
Important
Interest
Knowledge
Law
Let
Level
Living
Love
Make
Material
Measure
Mind
Motion
Name
Nation
Natural
Necessary
Normal
Number
Observation
Opposite
Order
Organization
Part
Place
Pleasure
Possible
Power
Probable
Property
Purpose
Quality
Question
Reason
Relation
Representative
Respect
Responsible
Right
Same
Say
Science
See
Seem
Sense
Sign
Simple
Society
Sort
Special
Substance
Thing
Thought
True
Use
Way
Wise
Word
Work

 

Todas estas palavras carregam múltiplos significados, e podem transmitir mensagens diferentes a diferentes leitores. Por isso, a lista de Richard também poderia ter sido classificada como “As 100 palavras mais ambíguas em inglês”.

 

Esta ambiguidade vem justamente da importância e utilidade destas palavras. Elas são logicamente diferentes de palavras como “adzes” (sachola), “gimlet” (verruma) ou “razor” (navalha). Palavras como “experience” (experiência), “feeling” (sentimento) ou “true” (verdade) são como canivetes suíços. A relação de importância e generalidade está altamente interligada à relação de ambiguidade e de engano.

Esta lista das 100 palavras mais ambíguas em inglês tem na verdade 103 palavras. Richard escolhe este número para desafiar o leitor a tirar, pelo menos, 3 delas da lista. Segundo ele, provavelmente terás alguma dificuldade, uma vez que são todas muito importantes.

Perante tudo isto, e devido a tudo o que já foi explicado, saber no mínimo estas 103 palavras, é fundamental para criar qualquer tipo de comunicação em inglês. Se não sabes o significados destas palavras, o Universia recomenda que os procures. E em português? Quais seriam as 100 palavras mais importantes? Sugere-nos aqui nos comentários. Elas seriam a simples tradução destas 103 palavras ou tens outra sugestão? Talvez saudade... Deixa-nos o teu comentário!

 http://noticias.universia.pt/destaque/noticia/2012/06/15/941457/as-100-palavras-mais-importantes-em-ingles.html

 

6 de fevereiro · (de que ano?) 

A PIRÂMIDE DO SIGNIFICADO POÉTICO

No ápice, o menor significado, a menor compreensão... e por efeito a menor extensão poética (plurissignificado, polissemia, obra aberta).
No meio, significado médio, clareiras de compreensão, flashs de entendimento, redução da extensão poética, porém poemas aceitáveis, caminhando para o ápice.
Na base, a clareza absoluta, o sentido mastigado, tudo deglutido, nada a pensar, só ler e ouvir, o facilíssimo, coisa feita pra não perturbar leitor com coisas difíceis, palavras paradoxais, ambiguidade zero, cantar claro, indubitável, meridiano, pra leitor não sair da zona de conforto, etc. Aí estão os rafas médias, os piores melhores poetas, extensão poética zero, poesia relativa, elementar sorriso da sociedade, coisa para ócio remunerado, poema de salão e álbum: 99,966% dos poetas brasileiros

Curtir · Comentar ·  Que é isso companheiro? Você quer acabar com a beleza da precisão linguistica? Que pena! 


Em Seg 18/05/15 09:57, Pesky Bee peskybee2@gmail.com [ciencialist] ciencialist@yahoogrupos.com.br escreveu:

 

> "Vc pode ter argumentado melhor que eu, mas isso
> não significa que vc tem razão"
Felipão, a resposta a essa questãozona depende vastamente do
que se entende por "argumentar melhor". Se isso significar
argumentar de forma mais embasada, sólida, com premissas
adequadas, verdadeiras e aceitáveis, então a frase pode ser
um punhado de bósta, é desculpa esfarrapada do joaquim que
perdeu a disputa linguística.
Mas se por "argumentar melhor" se entenda um palavreado
sofisticado, uma verve incisiva, quase beirando a agressividade
verbalófila, uma arrogância que intimida, então a frase
tem sentido, e o mané que arrotou arrogantemente pode não
ter razão alguma.
É por isso que nesses casos em que se tem dúvidas se o
que foi vociferado pelo zé mané é ou não é uma argumentacionice
boa ou não, o ideal é espremer essa laranja e listar as
porras das premissóides e ver se elas seguram o peso da
conclusão. Se não suportar o peso, e essa porra toda desabar
em cima do mané que estava propondo a coisa, então é só
falar para ele imprimir o argumentófilo em papel beeeem grosso,
fazer um rolinho e introduzir, de maneira intempestiva e
abrupta, no orifício ínfero-lombar traseiro (que normalmente
é representado por uma palavra monossilábica de duas letras
que eu, que sou rebelde, costumo acentuar, embora ortograficamente
não se
acentue).
*PB*
From: luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br [ciencialist]
Sent: Saturday, May 16, 2015 9:21 PM
To: ListadeCiência
Subject: [ciencialist] Citações Filosóficas

Pessoal,
 
Algum filosofo sofista fez essa declaração, após perder um debate, se não me engano, para Aristóteles ?
 
"Vc pode ter argumentado melhor que eu, mas isso não significa que vc tem razão".
 
Abs
Felipe
 

SUBJECT: Re: [ciencialist] Citações Filosóficas + A pirâmide do significado poético
FROM: "Pesky Bee" <peskybee2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/05/2015 13:17

> Coloque na boca de dois advogados de defesa os mesmos argumentos,
> sendo que um deles dicursa brilhantemente enquanto o outro gagueja
> Será que isso não influenciaria a decisão do juri?
 
Sim, influencia barbaróvskyamente! Mas não deveria......
 
O pôbréma é que somos Homo Sapiens, seres que se deixam
levar pelas emoções e subscrições facial-pronunciativas e
essas porralhadas acabam afetando a força vital das
comunicações comunicadas. Então, eu, como sou abelho e
posso me excusar por sê-lo, tenho um chipzinho dentro de
minha cacholóida que "tômaticamente" desconta pontos de
todas as verborragiações arrogantes, empoadas, pomposas e
de nariz empinado que me são transferidas por via auditiva.
 
Resumindo: falou arrogantemente e empoadamente, já perdeu
pontos para mim! E isso me faz  a-do-ra-r  as conversacionações
com pessoas simplóides, aquela cambada pobrezona e de
poucos dentes na boca, mas que muitas vezes falam coisas
com imenso conteúdo verdadicional.
 
E em relação a sua lista de 100 palavróides, sinto falta
de algumas altérrimamente importantes. Aqui vai uma listinha
das que acho que faltam: buttocks, tits, asshole, cunt, bigdick
e muitas outrófilas.
 
*PB*
 
 

From: "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]
Sent: Monday, May 18, 2015 12:11 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: Re: [ciencialist] Citações Filosóficas + A pirâmide do significado poético
 
 
A sua, fala PB2,  (peskybee2@gmail) l apresenta uma prova consistente contra o réu linguistico. Se o que ele diz pode ter uma dupla e antagônica interpretação, ele deve ser condenado. Mas eu diria ( porque "diria" e não "digo" > seria isso um transtorno condicional?) que você foi muito generoso porque a qualidade de uma argumentação depende da LÓGICA sintática e semântica. Ninguém pode, numa discussão argumentar melhor ficando a sra. razão na companhia do outro.
Tenho dito ( para que dizer isso? para informar que acabou de falar? )
Não, não acabei!
Outra questão subjetiva do processo de argumentação diz respeito à FORMA, que influencia barbaramente os seus efeitos. Coloque na boca de dois advogados de defesa os mesmos argumentos, sendo que um deles dicursa brilhantemente enquanto o outro gagueja. 
Será que isso não influenciaria a decisão do juri?
Agora acabei, mas não tenho dito, pois é a primeira vez que disse o que disse aqui.
 
Mtnos Calil
Ambiguidade Zero - Is it possible? Yes it is! But only sometimes... unfortunately!
 

   
 
 
 

SUBJECT: Sobre a linguagem cientifica - o signficado das palavras não depende das emoções, PB
FROM: Mtnos Calil <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/05/2015 15:55

"Resumindo: falou arrogantemente e empoadamente, já perdeu
pontos para mim!"

=================================
1. O significado do que se fala ou se escreve nada tem a ver com a arrogância, nem com qualquer outro  modo de falar. 

Exemplo - Papa Francisco diz sorrindo: "sejam revolucionários". Se o Lula disser a mesma coisa arrogantemente, o que muda? O fato é que o Papa não explicou nada a respeito de sua proposta revolucionária. E nem adiantaria explicar. Poderia ser compreendido e aplaudido e nada mudaria, já que a história chegou ao fim, ou se não chegou, continuará caminhando sem rumo.

2. ESTOU ATÔNITO COM O TOTAL DESPREZO DOS HUMANOS EM RELAÇÃO AO SIGNIFICADO DAS PALAVRAS - de uso qu fazemos delas. "Confesso" que não tinha me dado conta dessa verdadeira esquizofrenia linguistica, que só pode ser, é claro, produto de um transtorno que afetou o sistema cérebro-mente. Também não estava tão claro para mim como está agora,  o fato de os transtornos mentais serem algo inerentes ao funcionamento do cérebro que apresenta falhas já detectadas pela ciência.  A boa noticia é que a mente - produto do próprio cérebro - conquistou uma tal independência do seu criador, que lhe permite hoje CONTROLAR algumas atividades cerebrais. 

O significado que atribuimos aos termos abstratos é operado de forma automática pelo cérebro que fica confuso com essa polissemia. Cabe a nós, fazer uso da parte consciente de nossa mente para colocar ordem nesta imensa confusão neuronal que ocorre em meio a 100 trilhões de conexões. Todos nós temos um dicionário arquivado em nossa memória que foi sendo introduzido ao longo dos anos de forma impositiva. Desde bebês apreendemos (com dois "e")  os significados que nos são impostos por nossos educadores (e deseducadores). O tão falado condicionamento (idéia execrada por alguns) se dá através das palavras, que acabaram se transformando numa matéria prima para cujo processamento o nosso cérebro não está preparado. 

Ele não foi feito para assimilar e processar milhares de informações simbólicas extra-corporais. Não dispõe de uma maquinária para fornecer aos humanos os outputs que eles precisam para dar sustentabilidade à sua evolução. Nada mais o cérebro pode fazer pelo homem, cuja salvação depende dos seus recursos mentais conscientes. O homem precisa de soluções lógicas para seus problemas que estão fora do alcance do sistema de 100 bilhões de neurônios. Para se modernizar, o nosso cérebro vai precisar de mais alguns milhões de anos. (a menos que ele seja municiado com chips e outras bugigangas tecnológicas o certamente transformaria o homem numa máquina, acelerando assim a sua destruicão). 
 Sem mais contar com a ajuda do cérebro, só um milagre pode salvar a humanidade. Mas como ela foi produto de um primeiro milagre, poderá ser contemplada com mais um. Quem sabe, ainda neste milênio, teremos a "década da mente"... Em 2090? 

3. Segue abaixo uma entrevista feita com o autor do livro "O cérebro imperfeito". Essa entrevista subsidia a proposta de uma linguagem cientifica à qual o cérebro com suas paixões irracionais  poderia ser submetido. Ficção cientifica? Que seja!

Mtnos Calil  

O nosso cérebro não se modernizou.

O cientista americano diz que nossos erros - e boa parte de nosso comportamento - são explicados por heranças primitivas na forma de raciocinar.

Revista Época - por Alberto Cairo

O cérebro humano é um conjunto de 100 bilhões de neurônios e 100 trilhões de conexões entre eles, um aparato imponente e ...cheio de falhas: a memória nem sempre funciona, a capa­cidade de cálculo é limitada e, definitivamente, não parecemos adapta­dos às exigências do mundo moderno. Esse é o tema central do livro O cérebro imperfeito - Como as limitações do cérebro condicionam as nossas vidas, publicado no Brasil neste mês. Seu autor é Dean Buonomano, de 46 anos. Doutor em neurociência pela Universidade do Texas, ele vi­veu 15 anos no Brasil e estudou biologia na Universidade de Campinas (Unicamp). No livro, afirma que as falhas do cérebro são fruto da evo­lução. "Para sobreviver no mundo primitivo, era mais importante en­tender contextos do que memorizar nomes e quantidades", diz ele.

- Quem é: Professor no Departamento de Neurobiologia e Psicologia da Universidade da Califórnia,em Los Angeles
- O que fez: É doutor em neurociência e especialista nos mecanismos cerebrais de aprendizagem.
- O que publicou: O cérebro imperfeito - Como as limitações do cérebro condicionam as nossas vidas,a ser lançado neste mês no Brasil pela editora Elsevier

Época - Em seu novo livro, o senhor afirma que o cérebro humano é a máqui­na mais complexa que se conhece, mas aponta problemas em seu funcionamento. Poderia nos dar um exemplo?

Dean Buonomano- Se você memorizar as palavras bala, chocolate, paçoquinha e chiclete e, logo em seguida, eu perguntar se a palavra doce está entre elas, você provavelmente precisaria pensar por al­guns instantes antes de responder. Doce não estava na lista, mas, como todas as demais palavras se referiam a doces, o cérebro se confunde. Não seria assim se eu perguntasse pela palavra capivara. Por nada ter a ver com as demais, ela se­ ria rapidamente descartada. Isso aconte­ce porque nossa memória não armazena itens. Ela funciona relacionando concei­tos e significados, como na lista de do­ces. Isso pode ser bom em alguns casos, mas uma fonte de problemas em outros.

Época - Há outras falhas além dessa?

Buonomano - Sim. O cérebro não foi moldado para ter a capacidade de cálculo de um computador, que é o que se quer exigir dele hoje em dia. Isso se explica em parte pelo proces­so de evolução por seleção natural.

Época -  As falhas do cérebro estão relacionadas à evolução? 

Buonomano - Nosso cérebro está adaptado para um passado remoto, quando não era necessário lidar com números da forma como somos exigidos hoje: temos de lembrar de telefones, se­nhas e estatísticas. O cérebro não evoluiu para essas necessidades, e os neurônios também não parecem estar preparados para processar números. No mundo primitivo, se você via um ninho de co­bras, não precisaria contar se eram dez ou doze. Bastava saber que eram muitas e fugir.

Época -  Nossa bagagem evolutiva explica os problemas das pessoas com o planejamento financeiro?

Buonomano - Sim. É isso que faz com que nossas decisões sejam influen­ciadas pelo curto prazo. Em termos evolutivos, faz todo o sentido. Se você oferecesse uma maçã a um homem que viveu há cerca de 100 mil anos, ele a pegaria naquele momento, mesmo se você prometesse, em troca da recusa, duas maçãs para a próxima semana. O raciocínio é de sobrevivência. Diante da opção de obter uma uva imediatamente ou duas pouco depois, até os macacos mais bem treinados não resistem à tentação por dez segundos. 

Época - Existe então uma luta entre um sistema de tomada de decisões intuitivo, emocional e, portanto, primitivo e outro mais reflexivo, resultado do planejamento e da análise?

Buonomano - Certamente. Em muitos casos, o raciocínio automático pode dominar em um primeiro momento. É como disse logo no início: se você per­guntar a alguns amigos o que as vacas bebem, parte deles dirá leite. Isso acon­tece porque, quando criança, aprende­mos a associar vaca com leite, e os neu­rônios que codificam as duas palavras aprendem a se ativar ao mesmo tempo.

Época - Isso pode ser usado contra nós?

Buonomano - O cérebro humano pode ser convencido inconscientemente. Ele pode associar conceitos caso seja exposto de forma contínua e prolon­gada a alguns estímulos. É o que fazem os publicitários com imagens, sons e aromas. Um bom exemplo disso é o tabaco. Poderosas campanhas de marketing no século passado levaram a associar o cigarro a um estilo de vida exclusivo. O resultado foram milhões de mortes, que poderiam ter sido evitadas. Essas associações, de certa forma, tornaram-se um problema social grave.

Época - Os avanços na neurociência mudaram a forma como policiais e juizes lidam com as pessoas?

Buonomano - Estão mudando. Há algu­mas décadas, a polícia pedia para uma testemunha identificar um criminoso apresentando mais de uma pessoa ao mesmo tempo. Hoje sabemos que isso é problemático, porque o cérebro se sente forçado a fazer uma escolha. É melhor mostrar os suspeitos um a um. Sabe-se também que é melhor fazer perguntas abertas e neutras do que questões bem específicas. Se você está entrevistando a testemunha de um acidente de carro, não deve perguntar com que velocidade o carro teria se arrebentado contra a parede. A escolha do verbo pode induzir uma resposta errada. O verbo destruir predispõe quem o ouve a imaginar uma velocidade maior do que a real. "Chocar­ se" seria uma alternativa melhor.

Época - Levando-se em conta as adapta­ções evolutivas, pode-se imaginar que a xenofobia é uma dessas falhas cerebrais?

Buonomano - Minha hipótese é que o cérebro está predisposto a desenvol­ver medos seletivos por certas coisas que eram ameaças graves no passado, como as cobras. Muitos pesquisadores acreditam, e eu concordo, que também estamos predispostos a descon­fiar de gente que é muito diferente de nós. Hoje pode ser um erro, mas era uma boa adaptação no passado.

Época - Por quê?

Buonomano - A competição entre grupos é um componente da evolução. Ela permite aos animais se protegerem coletivamente e manterem sob controle os alimentos e os parceiros sexuais. No caso dos humanos, alguns pesquisadores pensam que desconfiar de estranhos era uma maneira de evitar contágios. Pense no que aconteceu quando os europeus chegaram à América. Nativos morreram de doenças que não existiam no continente até então.

Época - A tendência em acreditar no sobrenatural é um produto da evolução?

Buonomano - A crença em espíritos, bruxas e diabos é universal. Isso ocorre pela necessidade de encontrar causas para o que acontecia. Como seria possível para um homem primitivo não acreditar em forças superiores diante da morte? Nossos ancestrais não tinham conhecimento para explicar situações complexas. A crença no sobrenatural talvez tenha permitido que o cérebro não se aprofundasse em questões abstratas, como o sentido da vida - e gastasse mais energia em coisas práticas que garantissem a sobrevivência, como a melhor forma de achar comida.

Época - É posslvel evitar os efeitos das falhas cerebrais?

Buonomano - O mais incrível da mente humana é que, mesmo sendo o produto da evolução, ela é capaz de analisar a si mesma. A melhor forma de se proteger contra a herança de nosso passado é aprender como o cérebro funciona.

Época - Quanto disso tudo o senhor aprendeu no Brasil?

Buonomano - Fui morar em Campinas quando tinha 7 anos. Meu pai aceitou um emprego de professor no Depar­tamento de Matemática da Unicamp (Universidade de Campinas). Foi muito bom crescer com um pé em cada cultura. Mesmo com algumas diferenças cultu­rais, somos muito parecidos. Voltei aos Estados Unidos com 22 anos, mas me considero 50% brasileiro, e volto sempre que posso para visitar os amigos.

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On Seg 18/05/15 13:17 , "'Pesky Bee' peskybee2@gmail.com [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 

> Coloque na boca de dois advogados de defesa os mesmos argumentos,
> sendo que um deles dicursa brilhantemente enquanto o outro gagueja
> Será que isso não influenciaria a decisão do juri?
 
Sim, influencia barbaróvskyamente! Mas não deveria......
 
O pôbréma é que somos Homo Sapiens, seres que se deixam
levar pelas emoções e subscrições facial-pronunciativas e
essas porralhadas acabam afetando a força vital das
comunicações comunicadas. Então, eu, como sou abelho e
posso me excusar por sê-lo, tenho um chipzinho dentro de
minha cacholóida que "tômaticamente" desconta pontos de
todas as verborragiações arrogantes, empoadas, pomposas e
de nariz empinado que me são transferidas por via auditiva.
 
Resumindo: falou arrogantemente e empoadamente, já perdeu
pontos para mim! E isso me faz  a-do-ra-r  as conversacionações
com pessoas simplóides, aquela cambada pobrezona e de
poucos dentes na boca, mas que muitas vezes falam coisas
com imenso conteúdo verdadicional.
 
E em relação a sua lista de 100 palavróides, sinto falta
de algumas altérrimamente importantes. Aqui vai uma listinha
das que acho que faltam: buttocks, tits, asshole, cunt, bigdick
e muitas outrófilas.
 
*PB*
 
 

From: "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]
Sent: Monday, May 18, 2015 12:11 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: Re: [ciencialist] Citações Filosóficas + A pirâmide do significado poético
 
 
A sua, fala PB2,  (peskybee2@gmail) l apresenta uma prova consistente contra o réu linguistico. Se o que ele diz pode ter uma dupla e antagônica interpretação, ele deve ser condenado. Mas eu diria ( porque "diria" e não "digo" > seria isso um transtorno condicional?) que você foi muito generoso porque a qualidade de uma argumentação depende da LÓGICA sintática e semântica. Ninguém pode, numa discussão argumentar melhor ficando a sra. razão na companhia do outro.
Tenho dito ( para que dizer isso? para informar que acabou de falar? )
Não, não acabei!
Outra questão subjetiva do processo de argumentação diz respeito à FORMA, que influencia barbaramente os seus efeitos. Coloque na boca de dois advogados de defesa os mesmos argumentos, sendo que um deles dicursa brilhantemente enquanto o outro gagueja. 
Será que isso não influenciaria a decisão do juri?
Agora acabei, mas não tenho dito, pois é a primeira vez que disse o que disse aqui.
 
Mtnos Calil
Ambiguidade Zero - Is it possible? Yes it is! But only sometimes... unfortunately!
 

   
 
 
 



SUBJECT: Re: [ciencialist] Sobre a linguagem cientifica - o signficado das palavras não depende das emoções, PB
FROM: "Pesky Bee" <peskybee2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/05/2015 17:35

> Papa Francisco diz sorrindo: "sejam revolucionários". Se o Lula
> disser a mesma coisa arrogantemente, o que muda?
 
Calilzófilo, é difícil que esse processo de arrogantamento
ocorra em uma frase simples, com poucas palavras. O que
costuma ocorrer são várias sequências de arrotações
linguísticas, todas carregadas com um pouco de pó de
arrogantismo. No total, esse pó acaba poluindo a
cãomunicação e aí ficamos com aquela impressão de que
o falador é um boçal pilha da fruta. Então é isso o
que faz o meu contador de valor linguístico dar uma
decrementada: um zé mané que, em muitas falações
em sequência, arroganta feito uma anta e polui a
cãomunicação de uma forma empoada, fudidófila, estropiada.
Madeira sólida no orifício ínfero-lombar desse mané!
 
*PB*
 
 
 
From: Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]
Sent: Monday, May 18, 2015 3:55 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: [ciencialist] Sobre a linguagem cientifica - o signficado das palavras não depende das emoções, PB
 
 
 
 
 

"Resumindo: falou arrogantemente e empoadamente, já perdeu
pontos para mim!"
 

=================================
1. O significado do que se fala ou se escreve nada tem a ver com a arrogância, nem com qualquer outro  modo de falar.
 

Exemplo - Papa Francisco diz sorrindo: "sejam revolucionários". Se o Lula disser a mesma coisa arrogantemente, o que muda? O fato é que o Papa não explicou nada a respeito de sua proposta revolucionária. E nem adiantaria explicar. Poderia ser compreendido e aplaudido e nada mudaria, já que a história chegou ao fim, ou se não chegou, continuará caminhando sem rumo.
 

2. ESTOU ATÔNITO COM O TOTAL DESPREZO DOS HUMANOS EM RELAÇÃO AO SIGNIFICADO DAS PALAVRAS - de uso qu fazemos delas. "Confesso" que não tinha me dado conta dessa verdadeira esquizofrenia linguistica, que só pode ser, é claro, produto de um transtorno que afetou o sistema cérebro-mente. Também não estava tão claro para mim como está agora,  o fato de os transtornos mentais serem algo inerentes ao funcionamento do cérebro que apresenta falhas já detectadas pela ciência.  A boa noticia é que a mente - produto do próprio cérebro - conquistou uma tal independência do seu criador, que lhe permite hoje CONTROLAR algumas atividades cerebrais.
 
 
 
 
 
 

SUBJECT: Re: Re: [ciencialist] Sobre a linguagem cientifica - o signficado das palavras não depende das emoções, PB
FROM: "Mtnos Calil" <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/05/2015 19:11

Desta vez não veio o contra-argumento lógico. 

a) A arrogância não precisa mais do que duas ou três palavras para ser expressa. Até mesmo um olhar pode expressar:- arrogância, desprezo, ódio, escárnio, etc. Para isso existe a linguagem não verbal. Antes de inventar a palavra, o homem se comunicava com o corpo, é claro. 
b) Para entender o que uma pessoa está falando basta captar o significado das palavras e das frases por elas constituidas. Se a fala foi estruturada de forma clara não importa a linguagem não verbal que interessa a outro tipo de análise - a análise da COMUNICAÇÃO como um todo e não dos significads das frases e palavras. Também não está em julgamento a inteligência ou personalidade do falante. O que importa, pura e simplesmente é isso - estou entendendo ou não o que este cara está me falando. Sim ou não? Ocorre que as pessoas não se preocupam em verificar se estão entendendo o que os outros estão falando e frequentemente "interpretam" se valendo inclusive de aspectos não verbais da comunicação, a exemplo da arrogância citada por você. Interpretar é pular uma etapa. Só interpreta quem não entendeu e pode não ter entendido por falta de clareza do "emissor".

Abraços
M.Calil 

Ps. Para falar sobre as palavras basta falar ou escrever. Falar sobre a linguagem não verbal requer, além das palavras, a visualização dos gestos, expressões faciais ou sonoras. 

Em Seg 18/05/15 17:35, Pesky Bee peskybee2@gmail.com [ciencialist] ciencialist@yahoogrupos.com.br escreveu:

 

> Papa Francisco diz sorrindo: "sejam revolucionários". Se o Lula
> disser a mesma coisa arrogantemente, o que muda?
Calilzófilo, é difícil que esse processo de arrogantamento
ocorra em uma frase simples, com poucas palavras. O que
costuma ocorrer são várias sequências de arrotações
linguísticas, todas carregadas com um pouco de pó de
arrogantismo. No total, esse pó acaba poluindo a
cãomunicação e aí ficamos com aquela impressão de que
o falador é um boçal pilha da fruta. Então é isso o
que faz o meu contador de valor linguístico dar uma
decrementada: um zé mané que, em muitas falações
em sequência, arroganta feito uma anta e polui a
cãomunicação de uma forma empoada, fudidófila, estropiada.
Madeira sólida no orifício ínfero-lombar desse mané!
*PB*
From: Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]
Sent: Monday, May 18, 2015 3:55 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: [ciencialist] Sobre a linguagem cientifica - o signficado das palavras não depende das emoções, PB

"Resumindo: falou arrogantemente e empoadamente, já perdeu
pontos para mim!"
 

=================================
1. O significado do que se fala ou se escreve nada tem a ver com a arrogância, nem com qualquer outro  modo de falar.
 

Exemplo - Papa Francisco diz sorrindo: "sejam revolucionários". Se o Lula disser a mesma coisa arrogantemente, o que muda? O fato é que o Papa não explicou nada a respeito de sua proposta revolucionária. E nem adiantaria explicar. Poderia ser compreendido e aplaudido e nada mudaria, já que a história chegou ao fim, ou se não chegou, continuará caminhando sem rumo.
 

2. ESTOU ATÔNITO COM O TOTAL DESPREZO DOS HUMANOS EM RELAÇÃO AO SIGNIFICADO DAS PALAVRAS - de uso qu fazemos delas. "Confesso" que não tinha me dado conta dessa verdadeira esquizofrenia linguistica, que só pode ser, é claro, produto de um transtorno que afetou o sistema cérebro-mente. Também não estava tão claro para mim como está agora,  o fato de os transtornos mentais serem algo inerentes ao funcionamento do cérebro que apresenta falhas já detectadas pela ciência.  A boa noticia é que a mente - produto do próprio cérebro - conquistou uma tal independência do seu criador, que lhe permite hoje CONTROLAR algumas atividades cerebrais.
 
 

SUBJECT: Re: [ciencialist] Sobre a linguagem cientifica - o signficado das palavras não depende das emoções, PB
FROM: "Pesky Bee" <peskybee2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/05/2015 12:38

Calilzófilo, a arrogância que estou a falaire não é só
o olhar de lado, o escárnio, o desprezo. É a arrogância
de se utilizar termos desnecessariamente complexóides,
construções de frases incomuns e pseudo-intelectualófilas,
coisas que acabam destronando a compreensão e colocando
no lugar uma filhadaputice que é irrelevantófila para
o entendimento da mensajaiada. Claro que não estou querendo
que todos falem com o destrambelhamento fornical e desmiolado
que me é característico, mas também não precisa discursar
como aqueles "dévogádos" de criminosos petistóides em sessão
do esseteéfi. Tem um meio termófilo que é saudável, né não?
 
Então o que estou propunhando é que a cãomunicação seja
desprovida de distracionices linguistóides irrelevantófilas,
para facilitar o compreensionamento pelo mais elementar
ouvidor homosapiano. Veja o caso desse parágrafo que
acabei de cagalhar com meus dedos. É um montão de palavróides
descabeladamente estrofudidos, e mesmo assim acho que
são devidamente compreensionáveis, tu não achas?
 
Bem melhor do que falar: "A comunicação linguística atual padece
de grave enfermidade construtiva, cuja principal consequência
é nivelar por baixo o processo comunicativo de ideias que,
em vários momentos, poderiam ser até mesmo relevantes". Não
seria melhor falar simplesmente que o mané está cagando
pela boca, hahahahahaha
 
*PB*
 
 
 

From: "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]
Sent: Monday, May 18, 2015 7:11 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: Re: [ciencialist] Sobre a linguagem cientifica - o signficado das palavras não depende das emoções, PB
 
 
Desta vez não veio o contra-argumento lógico.
 
a) A arrogância não precisa mais do que duas ou três palavras para ser expressa. Até mesmo um olhar pode expressar:- arrogância, desprezo, ódio, escárnio, etc. Para isso existe a linguagem não verbal. Antes de inventar a palavra, o homem se comunicava com o corpo, é claro.
b) Para entender o que uma pessoa está falando basta captar o significado das palavras e das frases por elas constituidas. Se a fala foi estruturada de forma clara não importa a linguagem não verbal que interessa a outro tipo de análise - a análise da COMUNICAÇÃO como um todo e não dos significads das frases e palavras. Também não está em julgamento a inteligência ou personalidade do falante. O que importa, pura e simplesmente é isso - estou entendendo ou não o que este cara está me falando. Sim ou não? Ocorre que as pessoas não se preocupam em verificar se estão entendendo o que os outros estão falando e frequentemente "interpretam" se valendo inclusive de aspectos não verbais da comunicação, a exemplo da arrogância citada por você. Interpretar é pular uma etapa. Só interpreta quem não entendeu e pode não ter entendido por falta de clareza do "emissor".
 
Abraços
M.Calil
 
 
 
 

SUBJECT: Re: [ciencialist] Sobre a linguagem cientifica - o signficado das palavras não depende das emoções, PB
FROM: Mtnos Calil <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/05/2015 14:27

Prezado Pibófilo.

 

1. Em homenagem a você vou montar a “Apostila Pesky Bee” do curso de lógica na comunicação cuja finalidade não acadêmica é treinar os interessados na aplicação do sistema LPC. Reproduzirei seus textos excluindo os palavrões, mantendo alguns mais leves para mostrar como você procede ao esquartejamento linguístico com bom humor.

 

Prossigo nesta cor.

 

Calilzófilo, a arrogância que estou a falaire não é só

o olhar de lado, o escárnio, o desprezo.

 

Existem 1001 formas de ser arrogante.

 

É a arrogância de se utilizar termos desnecessariamente complexóides, construções de frases incomuns e pseudo-intelectualófilas,coisas que acabam destronando a compreensão e colocando no lugar uma filhadaputice que é irrelevantófila para o entendimento da mensajaiada. Claro que não estou querendo que todos falem com o destrambelhamento fornical e desmiolado que me é característico, mas também não precisa discursar

como aqueles "dévogádos" de criminosos petistóides em sessão do esseteéfi. Tem um meio termófilo que é saudável, né não?

 

a) Este estilo de comunicação expressa realmente um transtorno mental/emocional conhecido como narcisismo. Ocorre que o narcisismo também se manifesta através de 1001 formas, sendo que o narcísico nem sempre é arrogante. Existem inclusive os narcisicos suicidas. Se Getulio Vargas escreveu a frase “Deixo a vida para entrar na história” estaria sendo vitima de um transtorno narcísico porque não poderia suportar a humilhação de que seria vitima se continuasse vivo? ESTOU APENAS INDAGANDO E NÃO JULGANDO O CRIADOR DE UMA EMPRESA NACIONAL QUE VIROU SIMBOLO DO BEM E DO MAL – A PETROBRÁS.  

 

b) Falar “bonito” realmente pode ser sinal de arrogância e narcisismo. O mundo acadêmico é pródigo na criação de narcisistas a exemplo do sociólogo uspiano FHC, que quer passar para história de modo mais confortável que Getulio, fazendo palestras onde repete as mesmices de sempre, sem acrescentar nenhum conteúdo de valor “sociológico”.

 

c) Podemos falar também do narcisismo de grupo e do narcisismo corporativo que se manifesta também de muitas formas sendo uma delas o linguajar “especializado” que só os acadêmicos entendem - é a linguagem corporativista.

 

 

Então o que estou propunhando é que a cãomunicação seja

desprovida de distracionices linguistóides irrelevantófilas,

para facilitar o compreensionamento pelo mais elementar

ouvidor homosapiano.

 

Este é um estilo de comunicação que pode (e deve) ser cultivado no LPC, mantendo-se o formato original das palavras. 

 

Veja o caso desse parágrafo que acabei de cagalhar com meus dedos. É um montão de palavróides descabeladamente estrofudidos, e mesmo assim acho que são devidamente compreensionáveis, tu não achas?

 

Sim, são "compreensionáveis" porque o cérebro consegue traduzir palavras estapafúrdias, sobretudo quando elas são semelhantes, a exemplo de COMPREENSIVEL E COMPREENSIONÁVEL. A propósito, seria interessante descobrirmos quando e como você foi contemplado com esse prazer linguístico esquartejador. Uma hipótese freudiana malévola seria a seguinte: PB gostaria de destruir o mundo e realiza esse desejo onírico destruindo a linguagem.

 

Bem melhor do que falar: "A comunicação linguística atual padece

de grave enfermidade construtiva, cuja principal consequência

é nivelar por baixo o processo comunicativo de ideias que,

em vários momentos, poderiam ser até mesmo relevantes". Não

seria melhor falar simplesmente que o mané está cagando

pela boca, hahahahahaha

 

Vejamos uma forma intermediária entre a gongórica e a esculhambada:

 

“A comunicação linguística atual padece de uma grave enfermidade, cuja principal consequência é dificultar a compreensão do que as pessoas falam ou escrevem”

 

Obs. Para o sistema LPC não importa o que é relevante. Seja o dito relevante ou não, o que importa é a clareza, a lógica e a precisão do que foi dito, até porque a relevância pode ser vitimada por algum juízo de valor que agrade aos neurônios do julgador. 




On Ter 19/05/15 12:38 , "'Pesky Bee' peskybee2@gmail.com [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 

Calilzófilo, a arrogância que estou a falaire não é só
o olhar de lado, o escárnio, o desprezo. É a arrogância
de se utilizar termos desnecessariamente complexóides,
construções de frases incomuns e pseudo-intelectualófilas,
coisas que acabam destronando a compreensão e colocando
no lugar uma filhadaputice que é irrelevantófila para
o entendimento da mensajaiada. Claro que não estou querendo
que todos falem com o destrambelhamento fornical e desmiolado
que me é característico, mas também não precisa discursar
como aqueles "dévogádos" de criminosos petistóides em sessão
do esseteéfi. Tem um meio termófilo que é saudável, né não?
 
Então o que estou propunhando é que a cãomunicação seja
desprovida de distracionices linguistóides irrelevantófilas,
para facilitar o compreensionamento pelo mais elementar
ouvidor homosapiano. Veja o caso desse parágrafo que
acabei de cagalhar com meus dedos. É um montão de palavróides
descabeladamente estrofudidos, e mesmo assim acho que
são devidamente compreensionáveis, tu não achas?
 
Bem melhor do que falar: "A comunicação linguística atual padece
de grave enfermidade construtiva, cuja principal consequência
é nivelar por baixo o processo comunicativo de ideias que,
em vários momentos, poderiam ser até mesmo relevantes". Não
seria melhor falar simplesmente que o mané está cagando
pela boca, hahahahahaha
 
*PB*
 

From: "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]
Sent: Monday, May 18, 2015 7:11 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: Re: [ciencialist] Sobre a linguagem cientifica - o signficado das palavras não depende das emoções, PB
 
 
Desta vez não veio o contra-argumento lógico.
 
a) A arrogância não precisa mais do que duas ou três palavras para ser expressa. Até mesmo um olhar pode expressar:- arrogância, desprezo, ódio, escárnio, etc. Para isso existe a linguagem não verbal. Antes de inventar a palavra, o homem se comunicava com o corpo, é claro.
b) Para entender o que uma pessoa está falando basta captar o significado das palavras e das frases por elas constituidas. Se a fala foi estruturada de forma clara não importa a linguagem não verbal que interessa a outro tipo de análise - a análise da COMUNICAÇÃO como um todo e não dos significads das frases e palavras. Também não está em julgamento a inteligência ou personalidade do falante. O que importa, pura e simplesmente é isso - estou entendendo ou não o que este cara está me falando. Sim ou não? Ocorre que as pessoas não se preocupam em verificar se estão entendendo o que os outros estão falando e frequentemente "interpretam" se valendo inclusive de aspectos não verbais da comunicação, a exemplo da arrogância citada por você. Interpretar é pular uma etapa. Só interpreta quem não entendeu e pode não ter entendido por falta de clareza do "emissor".
 
Abraços
M.Calil
 



SUBJECT: ENC: COSMOS: imagética da escuridão
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/05/2015 16:17

Olá,

 

Para quem tem interesse em saber cosmologia – e suas encrencas – eis uma boa fonte de informação: D.Soares, neste post bem legal.

Acessem o link oferecido  e vejam por si próprios.

 

 

Sds,

 

Victor.

 

 

De: Domingos S.L. Soares [mailto:dsoares@fisica.ufmg.br]
Enviada em: quinta-feira, 21 de maio de 2015 11:28
Assunto: COSMOS: imagética da escuridão

 


_____________________________________________21 de maio de 2015

Caros Amigos da Cosmologia,

Joel Primack é um dos mais importantes cosmólogos da atualidade. Em seu trabalho, tanto de pesquisa quanto de divulgação científica, ele utiliza imagens de várias naturezas para ilustrar as suas ideias. O universo teórico da cosmologia moderna é caracterizado por um conteúdo de matéria e energia que é 99,5% “escuro”, i.e., não observado. No artigo “Joel Primack e a imagética da escuridão”, apresento e discuto algumas das imagens utilizadas por Primack e seus colaboradores na ilustração da “escuridão” deste universo.

Estão todos convidados à sua leitura; o artigo está aqui.

Um abraço a todos.

Saudações Cosmológicas,

Domingos

=========================
Domingos Sávio de Lima Soares
http://www.fisica.ufmg.br/~dsoares/
=========================


Para não receber mais mensagens desta lista: envie uma mensagem para dsoares@fisica.ufmg.br escrevendo no ASSUNTO "DESCADASTRAR COSMOS".

Para se cadastrar: envie uma mensagem para dsoares@fisica.ufmg.br escrevendo no ASSUNTO "CADASTRAR COSMOS".


ATENÇÃO: Esta e todas as outras mensagens enviadas para COSMOS estão disponíveis em http://www.fisica.ufmg.br/~dsoares/cosmos/cosmos.htm


 





SUBJECT: Re: [ciencialist] ENC: COSMOS: imagética da escuridão
FROM: Hélio Carvalho <helicar_br@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/05/2015 21:43

Victor,

Excelente artigo.
O Domingos, como sempre transmite estes conceitos de forma bem didática.
Ver os links ("COSMOS:22out08" e "COSMOS:28out08") é ótimo para quem ainda não entendeu como foi o desencadear histórico deste famigerado modelo padrão da cosmologia (MPC).
É ótimo para ver todos as hipóteses ad hoc em cascata  (que se transformam rapidamente, e sem motivo científico, em teorias) levando esta parte da ciência cada vez mais para o esoterismo.

Hélio


De: "'JVictor' j.victor.neto@uol.com.br [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Quinta-feira, 21 de Maio de 2015 16:17
Assunto: [ciencialist] ENC: COSMOS: imagética da escuridão

 
Olá,
 
Para quem tem interesse em saber cosmologia – e suas encrencas – eis uma boa fonte de informação: D.Soares, neste post bem legal.
Acessem o link oferecido  e vejam por si próprios.
 
 
Sds,
 
Victor.
 
 


De: Domingos S.L. Soares [mailto:dsoares@fisica.ufmg.br]
Enviada em: quinta-feira, 21 de maio de 2015 11:28
Assunto: COSMOS: imagética da escuridão
 

_____________________________________________21 de maio de 2015
Caros Amigos da Cosmologia,
Joel Primack é um dos mais importantes cosmólogos da atualidade. Em seu trabalho, tanto de pesquisa quanto de divulgação científica, ele utiliza imagens de várias naturezas para ilustrar as suas ideias. O universo teórico da cosmologia moderna é caracterizado por um conteúdo de matéria e energia que é 99,5% “escuro”, i.e., não observado. No artigo “Joel Primack e a imagética da escuridão”, apresento e discuto algumas das imagens utilizadas por Primack e seus colaboradores na ilustração da “escuridão” deste universo.
Estão todos convidados à sua leitura; o artigo está aqui.
Um abraço a todos.
Saudações Cosmológicas,
Domingos
=========================
Domingos Sávio de Lima Soares
http://www.fisica.ufmg.br/~dsoares/
=========================

Para não receber mais mensagens desta lista: envie uma mensagem para dsoares@fisica.ufmg.br escrevendo no ASSUNTO "DESCADASTRAR COSMOS".
Para se cadastrar: envie uma mensagem para dsoares@fisica.ufmg.br escrevendo no ASSUNTO "CADASTRAR COSMOS".

ATENÇÃO: Esta e todas as outras mensagens enviadas para COSMOS estão disponíveis em http://www.fisica.ufmg.br/~dsoares/cosmos/cosmos.htm

 







SUBJECT: RES: [ciencialist] Manual da linguagem cientifica
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/05/2015 10:03

 

 

Adoro brincar com a bola. Só tomo o cuidado de, de vez em quando, brincar com

a outra também.”

 

Bem, entendo, bem entendido, que as bolas a que se refere são peskyanas”...

 

 

Isto me lembrou uma tirada inteligente de um dos mais famosos poetas e cantador de viola cá de nosso sertão Pernambuco, o famoso e genial Pinto do Monteiro. Além de seus versos de improviso, geniais, que encantavam até o mais radical casca grossa, ele é conhecido também por tiradas engraçadas, espetaculares, estivesse onde estivesse. (Se se escreverem “Pinto do Monteiro” no Google vão entender o que estou dizendo.)

 

Comprara um couro de bode no Mercado Público  de Monteiro-PB. À saída, com o couro sobre o ombro, encontrou um amigo, que iniciou o diálogo:

 

O amigo: Olá, Pinto, é bode?

Pinto: Não, é couro.

O amigo: É seu?

Pinto: Não, é do bode!

 

Sds,

Victor

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br]
Enviada em: segunda-feira, 11 de maio de 2015 11:26
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [ciencialist] Manual da linguagem cientifica

 

 

> Ao invés de registrar ‘o menino brinca com a bola’~

 

Pois então eu sou esse menino. Adoro brincar com a bola.

Só tomo o cuidado de, de vez em quando, brincar com

a outra também. É para as duas não ficarem com ciúmes

uma da outra. E o Calilzóvsky quer precisão na linguagem,

hahahahahahaha

 

*PB*

 

 

 

From: Belmiro Wolski belmirow@yahoo.com.br [ciencialist]
Sent: Sunday, May 10, 2015 10:59 AM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] Manual da linguagem cientifica

 


Taí! Agora gostei! Agora você foi mais objetivo. Se você tivesse feito isso desde o começo, não teria levado as "pauladas". O problema é que você precisou gastar milhares senão milhões de caracteres e alguns sacos de paciência de todos para revelar algo simples. Salvo exageros como:
Ao invés de registrar ‘o menino brinca com a bola’, o observador deve registrar ‘o menino anda em direção à bola, pega a bola, joga-a no chão, chuta-a com o pé’.
O observador ao registrar da segunda forma peca por não esclarecer características subjetivas da atitude do menino. Estaria ele enfurecido? Ou estaria ele "brincando" com a bola? É esse tipo de coisas que temos criticado. Quando você diz que o interlocutor deve explicar o real significado das palavras que usa, ao invés de facilitar a compreensão, vai dificultar. O "contexto" serve para isso. É evidente que sou absolutamente a favor da clareza da informação. Já dei palestras sobre eletromagnetismo para universitários e também para estudantes do segundo ano do ensino fundamental. Sei bem o que é diferenciar o enfoque e utilizar os termos que cada um possa entender dentro do contexto. Infelizmente, sei que muitos não se preocupam com esses detalhes.

 

 

 


SUBJECT: Re: [ciencialist] Manual da linguagem cientifica
FROM: "Pesky Bee" <peskybee2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/05/2015 10:36

JVictão, gratíssimo pela referência ao Pinto do Monteiro,
certamente irá ampliar a minha cultura dessas coisaradas.
 
E para homenagear o Monteirão, convido todos vocês a
recitar, em voz BEM alta, a solução desta equação:
 
  51 Pinto  +  50 Pinto   =   ????
 
Essa é mais uma homenagem ao Homo Sapiens Escrachadófilo,
hahahahaha
 
*PB*
 
 
 

From: 'JVictor' j.victor.neto@uol.com.br [ciencialist]
Sent: Friday, May 22, 2015 10:03 AM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: RES: [ciencialist] Manual da linguagem cientifica
 

“Adoro brincar com a bola. Só tomo o cuidado de, de vez em quando, brincar com
 
a outra também.”
 
Bem, entendo, bem entendido, que as bolas a que se refere são peskyanas”...
 
Isto me lembrou uma tirada inteligente de um dos mais famosos poetas e cantador de viola cá de nosso sertão Pernambuco, o famoso e genial Pinto do Monteiro. Além de seus versos de improviso, geniais, que encantavam até o mais radical casca grossa, ele é conhecido também por tiradas engraçadas, espetaculares, estivesse onde estivesse. (Se se escreverem “Pinto do Monteiro” no Google vão entender o que estou dizendo.)
 
 
Comprara um couro de bode no Mercado Público  de Monteiro-PB. À saída, com o couro sobre o ombro, encontrou um amigo, que iniciou o diálogo:
 
 
O amigo: Olá, Pinto, é bode?
 
Pinto: Não, é couro.
 
O amigo: É seu?
 
Pinto: Não, é do bode!
 
 
 
Sds,
 
Victor
 
 
 
 

SUBJECT: Re: [ciencialist] Manual da linguagem cientifica
FROM: Mtnos Calil <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/05/2015 11:21

A Academia Brasileira de Ciências, fundada em 1916, congrega os mais eminentes cientistas nas Ciências Matemáticas, Físicas, Químicas, da Terra, Biológicas, Biomédicas, da Saúde, Agrárias, da Engenharia e Sociai

Prezados e ilustres membros da Academia Brasileira de Ciências.

Pediria a Vsas. a gentileza de definir o que é ciência, no vosso entendimento, já que na relação acima não aparece nenhuma ciência humana. Diante disso, corre no mercado das ciências humanas o rumor de que a Academia Brasileira de Ciências não reconhece a psicologia como ciência. Eu sou membro de um grupo na internet chamado "Ciencialist" onde tenho sido severamente admoestado por defender a tese de que a psicologia é uma ciência. Essa admoestação tem vindo sobretudo de pessoas ligadas à fisica e à matemática. Me parece, salvo engano, que as ciências biológicas têm alguma relação com a psicologia visto que a mente e o cérebro constituem um sistema integrado. Se assim for, o estudo do cérebro deveria também considerar os processos mentais, do que derivaria algo como a psico-biologia. 

Agradecendo a sua honrosa manifestação a respeito desta questão que me parece importante para o futuro da humanidade, despeço-me desejando todo o sucesso para as ciências brasileiras. 

Mtnos Calil - Ideologia Zero, simulacro zero. 

Formação não acadêmica e especialização nula. 








Regulamentação da profissão de cientista em debateSBPC, ABC e Andifes têm posicionamento contrário à regulamentação da profissão de cientista. Para Helena Nader, ser cientista é um ofício e não uma profissão


Cientistas e dirigentes de instituições universitárias se posicionaram contra a regulamentação da profissão de cientista, na audiência pública realizada nesta terça-feira, 19, pelas comissões  de Trabalho, de Administração e Serviço Público; e de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, da Câmara dos Deputados.

O secretário-executivo da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Gustavo Henrique Balduíno, e a presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Helena Nader, centralizaram “o debate sobre uma possível regulamentação da profissão de cientista.”

Balduíno citou dados do Ministério do Trabalho (MTE), apresentados na abertura da audiência, e disse que a burocracia e o sistema vigente de fiscalização não combinam com a atividade de cientista.

“Uma das coisas mais primordiais e mais defendidas, em qualquer espaço de atuação da atividade de cientista, é a liberdade dele como cientista”, afirmou. “Seria inaceitável que alguém fosse fiscalizar a atividade de um cientista dentro do laboratório. Isso não existe no Brasil e nem em nenhum lugar do mudo.”

Balduíno acrescentou que a ciência não está restrita ao espaço universitário. “No Brasil temos o viés de imaginar que a ciência está restrita à universidade. Mas a ciência é feita em vários lugares”, disse.

Ele citou órgãos como Embrapa, institutos de pesquisa estaduais e do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), que realizam ciência.

“Não é possível imaginar  criar uma regulamentação pensando apenas na universidade, seja ela federal, estadual e privada.”

SBPC avalia que haveria consequências graves

Com a mesma opinião, a presidente da SBPC, Helena Nader, apresentou algumas definições do exercício de cientista. Para ela, ser cientista é um ofício e não uma profissão. “Em nenhum lugar do mundo existe a profissão de cientista, porque praticar a ciência não é prerrogativa exclusiva de um segmento profissional”, disse Helena que também representou a Academia Brasileira de Ciências (ABC) na audiência.

Na avaliação de Helena, qualquer proposta para regulamentar a profissão de cientista é uma mera iniciativa para garantir reserva de mercado, numa atividade em que a opção é mais ocupação do que profissão.

No entendimento de Helena, uma eventual regulamentação da profissão de cientista poderia trazer “consequências graves” ao Brasil. Isso porque, disse, o País deixaria de formar recursos humanos qualificados com a justificativa da empregabilidade. “A SBPC e ABC se posicionam contrárias à regulamentação da profissão de cientista”, reforçou.

Ela explicou que são cientistas professores universitários, pesquisadores de institutos de pesquisas e de empresas públicas e privadas; estudantes de pós-graduação, bolsistas de pós-doutorado, além dos autodidatas.

Helena defendeu o sucesso obtido na pós-graduação do Brasil que, segundo disse, é reflexo de uma política de estado adotada para tal segmento. “O modelo da pós-graduação é orgulho nacional, modelo que tem sido referenciado mundialmente”, disse Helena.

Conforme entende Helena, a pós-graduação é uma formação qualificada de recursos humanos para o desenvolvimento educacional, econômico, social e ambiental do País.

Próximos passos

O presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia, deputado Fábio Sousa (PSDB-GO), mediou a audiência, e lamentou a ausência de convidados que defendem a regulamentação. Segundo disse, a comissão realizará outras audiências para discutir o tema. “O Brasil não pode continuar tendo pouco investimento em inovação científica e tecnológica como tem”, declarou. A audiência desta quarta-feira foi sugerida por Fábio Sousa e pelo deputado Alexandre Baldy (PSDB-GO).

Para Balduíno, a dificuldade para fazer ciência no Brasil não é falta de regulamentação da profissão. Ele entende que a dificuldade é um conjunto de ações impeditivas, nas relações do setor produtivo, do setor público e do financiamento.

Em outra frente, a presidente da SBPC voltou a criticar o contingenciamento de recursos para pasta de Ciência, Tecnologia e Inovação. “Não é possível fazer planejamento sem ter recurso garantido. E os cortes têm sido sistemáticos”, pontuou.

Produção científica

A presidente da SBPC mostrou dados em que o Brasil situa entre os 20 primeiros países em número de publicações científicas. E existem 155 mil bolsistas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) desenvolvendo pesquisas em diversas áreas.

Disse que o Brasil responde por 70% de toda produção científica da agricultura na América Latina, número parecido com o que registra na medicina, de quase 70%.

Para Helena, a pujança na produção científica do Brasil é atrelada a um número de bolsas de estudos de doutorado. “Existe uma relação boa entre os programas de pós e a produção científica.”

.

Artigo 2º - A SBPC tem por objetivos:

I. Contribuir para o desenvolvimento científico e tecnológico do País;

II. Promover e facilitar a divulgação e a cooperação do conhecimento científico entre os pesquisadores;

III. Zelar pela manutenção de elevado padrão de ética entre os cientistas e em suas relações com a sociedade;

IV. Defender os interesses dos cientistas, tendo em vista o reconhecimento de sua operosidade, do respeito pela sua pessoa, de sua liberdade de pesquisa, de opinião, do direito aos meios necessários à realização do seu trabalho;

V. promover a disseminação do conhecimento científico por meio de ações de divulgação da ciência;

VI. estimular a melhoria da qualidade do ensino em todos os níveis;

VII. estimular a criação de instrumentos adequados que possibilitem a melhoria da qualidade da educação em todos os níveis;

VIII. lutar pela remoção dos empecilhos e incompreensão que embaracem o progresso da ciência;

IX. lutar pela efetiva participação da SBPC tomando posição em questões de política científica, educacional e cultural e programas de desenvolvimento científico e tecnológico que atendam aos reais interesses do país;

X. congregar pessoas e instituições interessadas no progresso e difusão da ciência;

XI. apoiar associações que visem a objetivos semelhantes;

XII. representar aos poderes públicos ou a entidades particulares, solicitando medidas referentes aos objetivos da SBPC;

XIII. incentivar e estimular o interesse do público com relação à ciência e à cultura;

XIV. outros objetivos que não colidam com o presente Estatuto e Regimento da SBPC, a critério do Conselho ou da Diretoria.

20 DE MAIO DE 2015



On Sex 22/05/15 10:36 , "'Pesky Bee' peskybee2@gmail.com [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 

JVictão, gratíssimo pela referência ao Pinto do Monteiro,
certamente irá ampliar a minha cultura dessas coisaradas.
 
E para homenagear o Monteirão, convido todos vocês a
recitar, em voz BEM alta, a solução desta equação:
 
  51 Pinto  +  50 Pinto   =   ????
 
Essa é mais uma homenagem ao Homo Sapiens Escrachadófilo,
hahahahaha
 
*PB*
 
 
 

From: 'JVictor' j.victor.neto@uol.com.br [ciencialist]
Sent: Friday, May 22, 2015 10:03 AM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: RES: [ciencialist] Manual da linguagem cientifica
 

“Adoro brincar com a bola. Só tomo o cuidado de, de vez em quando, brincar com
 
a outra também.”
 
Bem, entendo, bem entendido, que as bolas a que se refere são peskyanas”...
 
Isto me lembrou uma tirada inteligente de um dos mais famosos poetas e cantador de viola cá de nosso sertão Pernambuco, o famoso e genial Pinto do Monteiro. Além de seus versos de improviso, geniais, que encantavam até o mais radical casca grossa, ele é conhecido também por tiradas engraçadas, espetaculares, estivesse onde estivesse. (Se se escreverem “Pinto do Monteiro” no Google vão entender o que estou dizendo.)
 
 
Comprara um couro de bode no Mercado Público  de Monteiro-PB. À saída, com o couro sobre o ombro, encontrou um amigo, que iniciou o diálogo:
 
 
O amigo: Olá, Pinto, é bode?
 
Pinto: Não, é couro.
 
O amigo: É seu?
 
Pinto: Não, é do bode!
 
 
 
Sds,
 
Victor
 
 
 
 



SUBJECT: Re: [ciencialist] Manual da linguagem cientifica
FROM: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/05/2015 11:37

Ai, ai, ai... Não queria ser membro da referida academia.

*BW*



Em Sexta-feira, 22 de Maio de 2015 11:21, "Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br> escreveu:


 

A Academia Brasileira de Ciências, fundada em 1916, congrega os mais eminentes cientistas nas Ciências Matemáticas, Físicas, Químicas, da Terra, Biológicas, Biomédicas, da Saúde, Agrárias, da Engenharia e Sociai
Prezados e ilustres membros da Academia Brasileira de Ciências.
Pediria a Vsas. a gentileza de definir o que é ciência, no vosso entendimento, já que na relação acima não aparece nenhuma ciência humana. Diante disso, corre no mercado das ciências humanas o rumor de que a Academia Brasileira de Ciências não reconhece a psicologia como ciência. Eu sou membro de um grupo na internet chamado "Ciencialist" onde tenho sido severamente admoestado por defender a tese de que a psicologia é uma ciência. Essa admoestação tem vindo sobretudo de pessoas ligadas à fisica e à matemática. Me parece, salvo engano, que as ciências biológicas têm alguma relação com a psicologia visto que a mente e o cérebro constituem um sistema integrado. Se assim for, o estudo do cérebro deveria também considerar os processos mentais, do que derivaria algo como a psico-biologia. 
Agradecendo a sua honrosa manifestação a respeito desta questão que me parece importante para o futuro da humanidade, despeço-me desejando todo o sucesso para as ciências brasileiras. 
Mtnos Calil - Ideologia Zero, simulacro zero. 
Formação não acadêmica e especialização nula. 







Regulamentação da profissão de cientista em debateSBPC, ABC e Andifes têm posicionamento contrário à regulamentação da profissão de cientista. Para Helena Nader, ser cientista é um ofício e não uma profissão

Cientistas e dirigentes de instituições universitárias se posicionaram contra a regulamentação da profissão de cientista, na audiência pública realizada nesta terça-feira, 19, pelas comissões  de Trabalho, de Administração e Serviço Público; e de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, da Câmara dos Deputados.
O secretário-executivo da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Gustavo Henrique Balduíno, e a presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Helena Nader, centralizaram “o debate sobre uma possível regulamentação da profissão de cientista.”
Balduíno citou dados do Ministério do Trabalho (MTE), apresentados na abertura da audiência, e disse que a burocracia e o sistema vigente de fiscalização não combinam com a atividade de cientista.
“Uma das coisas mais primordiais e mais defendidas, em qualquer espaço de atuação da atividade de cientista, é a liberdade dele como cientista”, afirmou. “Seria inaceitável que alguém fosse fiscalizar a atividade de um cientista dentro do laboratório. Isso não existe no Brasil e nem em nenhum lugar do mudo.”
Balduíno acrescentou que a ciência não está restrita ao espaço universitário. “No Brasil temos o viés de imaginar que a ciência está restrita à universidade. Mas a ciência é feita em vários lugares”, disse.
Ele citou órgãos como Embrapa, institutos de pesquisa estaduais e do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), que realizam ciência.
“Não é possível imaginar  criar uma regulamentação pensando apenas na universidade, seja ela federal, estadual e privada.”
SBPC avalia que haveria consequências graves
Com a mesma opinião, a presidente da SBPC, Helena Nader, apresentou algumas definições do exercício de cientista. Para ela, ser cientista é um ofício e não uma profissão. “Em nenhum lugar do mundo existe a profissão de cientista, porque praticar a ciência não é prerrogativa exclusiva de um segmento profissional”, disse Helena que também representou a Academia Brasileira de Ciências (ABC) na audiência.
Na avaliação de Helena, qualquer proposta para regulamentar a profissão de cientista é uma mera iniciativa para garantir reserva de mercado, numa atividade em que a opção é mais ocupação do que profissão.
No entendimento de Helena, uma eventual regulamentação da profissão de cientista poderia trazer “consequências graves” ao Brasil. Isso porque, disse, o País deixaria de formar recursos humanos qualificados com a justificativa da empregabilidade. “A SBPC e ABC se posicionam contrárias à regulamentação da profissão de cientista”, reforçou.
Ela explicou que são cientistas professores universitários, pesquisadores de institutos de pesquisas e de empresas públicas e privadas; estudantes de pós-graduação, bolsistas de pós-doutorado, além dos autodidatas.
Helena defendeu o sucesso obtido na pós-graduação do Brasil que, segundo disse, é reflexo de uma política de estado adotada para tal segmento. “O modelo da pós-graduação é orgulho nacional, modelo que tem sido referenciado mundialmente”, disse Helena.
Conforme entende Helena, a pós-graduação é uma formação qualificada de recursos humanos para o desenvolvimento educacional, econômico, social e ambiental do País.
Próximos passos
O presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia, deputado Fábio Sousa (PSDB-GO), mediou a audiência, e lamentou a ausência de convidados que defendem a regulamentação. Segundo disse, a comissão realizará outras audiências para discutir o tema. “O Brasil não pode continuar tendo pouco investimento em inovação científica e tecnológica como tem”, declarou. A audiência desta quarta-feira foi sugerida por Fábio Sousa e pelo deputado Alexandre Baldy (PSDB-GO).
Para Balduíno, a dificuldade para fazer ciência no Brasil não é falta de regulamentação da profissão. Ele entende que a dificuldade é um conjunto de ações impeditivas, nas relações do setor produtivo, do setor público e do financiamento.
Em outra frente, a presidente da SBPC voltou a criticar o contingenciamento de recursos para pasta de Ciência, Tecnologia e Inovação. “Não é possível fazer planejamento sem ter recurso garantido. E os cortes têm sido sistemáticos”, pontuou.
Produção científica
A presidente da SBPC mostrou dados em que o Brasil situa entre os 20 primeiros países em número de publicações científicas. E existem 155 mil bolsistas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) desenvolvendo pesquisas em diversas áreas.
Disse que o Brasil responde por 70% de toda produção científica da agricultura na América Latina, número parecido com o que registra na medicina, de quase 70%.
Para Helena, a pujança na produção científica do Brasil é atrelada a um número de bolsas de estudos de doutorado. “Existe uma relação boa entre os programas de pós e a produção científica.”
.

Artigo 2º - A SBPC tem por objetivos:
I. Contribuir para o desenvolvimento científico e tecnológico do País;
II. Promover e facilitar a divulgação e a cooperação do conhecimento científico entre os pesquisadores;
III. Zelar pela manutenção de elevado padrão de ética entre os cientistas e em suas relações com a sociedade;
IV. Defender os interesses dos cientistas, tendo em vista o reconhecimento de sua operosidade, do respeito pela sua pessoa, de sua liberdade de pesquisa, de opinião, do direito aos meios necessários à realização do seu trabalho;
V. promover a disseminação do conhecimento científico por meio de ações de divulgação da ciência;
VI. estimular a melhoria da qualidade do ensino em todos os níveis;
VII. estimular a criação de instrumentos adequados que possibilitem a melhoria da qualidade da educação em todos os níveis;
VIII. lutar pela remoção dos empecilhos e incompreensão que embaracem o progresso da ciência;
IX. lutar pela efetiva participação da SBPC tomando posição em questões de política científica, educacional e cultural e programas de desenvolvimento científico e tecnológico que atendam aos reais interesses do país;
X. congregar pessoas e instituições interessadas no progresso e difusão da ciência;
XI. apoiar associações que visem a objetivos semelhantes;
XII. representar aos poderes públicos ou a entidades particulares, solicitando medidas referentes aos objetivos da SBPC;
XIII. incentivar e estimular o interesse do público com relação à ciência e à cultura;
XIV. outros objetivos que não colidam com o presente Estatuto e Regimento da SBPC, a critério do Conselho ou da Diretoria.
20 DE MAIO DE 2015

On Sex 22/05/15 10:36 , "'Pesky Bee' peskybee2@gmail.com [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 
JVictão, gratíssimo pela referência ao Pinto do Monteiro,
certamente irá ampliar a minha cultura dessas coisaradas.
 
E para homenagear o Monteirão, convido todos vocês a
recitar, em voz BEM alta, a solução desta equação:
 
  51 Pinto  +  50 Pinto   =   ????
 
Essa é mais uma homenagem ao Homo Sapiens Escrachadófilo,
hahahahaha
 
*PB*
 
 
 

From: 'JVictor' j.victor.neto@uol.com.br [ciencialist]
Sent: Friday, May 22, 2015 10:03 AM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: RES: [ciencialist] Manual da linguagem cientifica
 

“Adoro brincar com a bola. Só tomo o cuidado de, de vez em quando, brincar com
 
a outra também.”
 
Bem, entendo, bem entendido, que as bolas a que se refere são peskyanas”...
 
Isto me lembrou uma tirada inteligente de um dos mais famosos poetas e cantador de viola cá de nosso sertão Pernambuco, o famoso e genial Pinto do Monteiro. Além de seus versos de improviso, geniais, que encantavam até o mais radical casca grossa, ele é conhecido também por tiradas engraçadas, espetaculares, estivesse onde estivesse. (Se se escreverem “Pinto do Monteiro” no Google vão entender o que estou dizendo.)
 
 
Comprara um couro de bode no Mercado Público  de Monteiro-PB. À saída, com o couro sobre o ombro, encontrou um amigo, que iniciou o diálogo:
 
 
O amigo: Olá, Pinto, é bode?
 
Pinto: Não, é couro.
 
O amigo: É seu?
 
Pinto: Não, é do bode!
 
 
 
Sds,
 
Victor
 
 
 
 




SUBJECT: Re: [ciencialist] Manual da linguagem cientifica
FROM: "Pesky Bee" <peskybee2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/05/2015 11:53

Calilzófilo, é bastante nobre essa sua defesa das ciências humanas.
 
Adicione ao seu arrazoado textural a informação de que qualquer
elaboração mental capaz de fazer teorizações e predições falseáveis
e testáveis teria uma forte qualificação para constituir uma
disciplina científica.
 
Só como exemplo (peskybeano, claro), digamos que se queira elaborar
uma ciência do tamanho do membro oblongo masculino, e que se façam
referências ao país de origem do sujeitófilo. Se for africano, já
se estabelece que o tamanho da peniana protuberância do prazer será
um desvio padrão acima da média da cambadófila européia (e mais
ainda, se a amostra incluir a mulecada oriental, hahahahaha). Claro
que  mostrar o Kid Bengala como exemplo isolado de tal situação não
seria válido para demonstrar a dita teoria. Seria necessário
elaborar refinado estudo que documentasse, estatisticamente,
a real significação das dimensões lineares das pembas nigerianas.
(infelizmente, não poderei eu contribuir para a coleta de dados
do dito experimento; mas contem comigo em qualquer estudo que
deseje avaliar as dimensões das cavernas frontais da mulheráda).
 
Reflito agora que dificilmente esse meu exemplo poderia
ser utilizado como texto auxiliar em sua defesa junto à
Academia Brasileira de Letras. Fazer o quê? É o que dá
para sair desta (hiper-poluidáça) cachola de abelho, hahahahaha
 
*PB*
 
 
 

From: Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]
Sent: Friday, May 22, 2015 11:21 AM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] Manual da linguagem cientifica

A Academia Brasileira de Ciências, fundada em 1916, congrega os mais eminentes cientistas nas Ciências Matemáticas, Físicas, Químicas, da Terra, Biológicas, Biomédicas, da Saúde, Agrárias, da Engenharia e Sociai
 
Prezados e ilustres membros da Academia Brasileira de Ciências.
 
Pediria a Vsas. a gentileza de definir o que é ciência, no vosso entendimento, já que na relação acima não aparece nenhuma ciência humana. Diante disso, corre no mercado das ciências humanas o rumor de que a Academia Brasileira de Ciências não reconhece a psicologia como ciência. Eu sou membro de um grupo na internet chamado "Ciencialist" onde tenho sido severamente admoestado por defender a tese de que a psicologia é uma ciência. Essa admoestação tem vindo sobretudo de pessoas ligadas à fisica e à matemática. Me parece, salvo engano, que as ciências biológicas têm alguma relação com a psicologia visto que a mente e o cérebro constituem um sistema integrado. Se assim for, o estudo do cérebro deveria também considerar os processos mentais, do que derivaria algo como a psico-biologia.
 
Agradecendo a sua honrosa manifestação a respeito desta questão que me parece importante para o futuro da humanidade, despeço-me desejando todo o sucesso para as ciências brasileiras.
 
Mtnos Calil - Ideologia Zero, simulacro zero.
 
Formação não acadêmica e especialização nula.
 
  
 
 
 

SUBJECT: Re: [ciencialist] Manual da linguagem cientifica
FROM: Mtnos Calil <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/05/2015 18:22

 

 

Os Centros Cerebrais da Linguagemno hemisfério esquerdo, comportam estruturas que processam as palavras e as frases, assim como estruturas que asseguram a mediação entre os elementos do léxico e a gramática. 


As estruturas neuronais que representam os conceitos são repartidas entre os hemisfério direito e esquerdo, em numerosas regiões sensoriais e motoras. A zona das palavras pensadas corresponde às áreas de Broca e de Wernicke.


Antonio Damásio e Hanna Damásio


Revista: Viver Mente & Cérebro Scientific American  - Ano XIII Nº143 - Dezembro 2004


.

Nossa Senhora das ciências humanas! 

Veja esse depoimento anônimo enviado de algum céu do nosso infinito universo. Ou universos? *

 

*O número de universos também seria infinito? Sinceramente, Nossa Senhora,  não consigo entender o que se passa na mente do seu Chefe. Ele tem uma mente criadora que existe sem o cérebro? Se puder me explicar como ele se comunica com a Sra., eu ficaria muito contente.

 

"Qualquer elaboração mental capaz de fazer teorizações e predições falseáveis e testáveis teria uma forte qualificação para constituir uma disciplina científica" - Pesky Bee, um brasileiro anônimo apaixonado por abelhas

 

A sra. poderia consultar o seu Chefe a respeito deste parecer? 

Ocorre que eu fiquei muito abalado pois agora tenho mais uma missão religiosa a cumprir que é fazer uma teorização e uma predição que seja falseável e testável para o LPC. Me ajude por favor. Perdão, por favor não! É pelo amor de Deus que devemos falar! **

 

**Perdão novamente: como eu sou um dependente crônico da lógica semântica, rogo à Senhora que me informe qual é o significado da palavra Deus e quem Lhe atribuiu esse signficado: foi Ele mesmo ou algum dicionarista?

 

Eu nem sei em que campo seria executado esse experimento lógico. Sei que essa lógica do LPC que é demoniacamente rigorosa, está inserida no sistema cérebro-mente. Mas como seria feito o experimento? 

 

Imagino o seguinte: faríamos uma pergunta para um grupo de humanos que a responderiam com a falta de precisão, clareza e objetividade, típica da linguagem desta espécie animal, que é ambígua por natureza. Ambígua na linguagem, ambígua no comportamento e apaixonada pelos simulacros. 


O maior simulacro que eu conheço dos humanos é que eles adoram a paz e vivem em guerra. Eles dizem que se amam e se odeiam ao mesmo tempo e que sem o ódio não existiria o amor. Que espécie bem doida o seu Chefe criou hein? Será que Ele está fazendo um teste com esses bichos para ver o que acontece? 


Me disseram que a Dona Evolução não terminou seu trabalho de preparar o homem para a vida. O forte indicio desta incompletude estaria no nosso cérebro que possui 100 bilhões de neurônios (???), sendo que cada um deles está ligado a 10 mil colegas, podendo receber 10 mil mensagens ao mesmo tempo, que depois de processadas resultam numa única mensagem a ser comunicada para milhares de outras células. Como os nossos neurônios são muito sociais eles se comunicam através de 100 trilhões de contatos (?????????) denominados sinapses. Acho que está explicado porque todos nós, humanos, somos meio doidos. Também se explica porque a psicanálise se transformou na neuropsicanálise e porque o desenvolvimento da biologia vai depender também da psicologia. 


É claro que a organização desta quantidade gigantesca de neurônios não foi terminada, o que explicaria também a nossa esquizofrenia linguistica. 

 

A mesma pergunta seria feita para um outro grupo que a responderia com todo o rigor demoníaco exigido pelo LPC.  


Um neurocientista faria uma ressonância magnética para verificar quais as diferenças registradas entre os dois grupos nas diversas regiões do cérebro envolvidas no processo da fala dos enroladores e dos objetivistas. Poderia também  colocar  eletrodos  sobre o couro cabeludo dos cobaias para fazer a leitura da informação neurológica transmitida no eletroencefalograma. Com bases nestes dados seria feito um mapeamento da organização cerebral da linguagem. Como o LPC tem a função de organizar mentalmente a linguagem visando o seu melhor desempenho, os testes sugeridos poderão revelar como os dois sistemas - o mental e o cerebral se reorganizam para atender à demanda da precisão linguistica. 


Ufa... Nunca demorei tanto para escrever apenas 50 dúzias de palavras.


Mtnos Calil, vitima do maior rigor linguistico que já surgiu na face da terra.


=================================


On Sex 22/05/15 11:53 , "'Pesky Bee' peskybee2@gmail.com [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 

Calilzófilo, é bastante nobre essa sua defesa das ciências humanas.
 
Adicione ao seu arrazoado textural a informação de que qualquer
elaboração mental capaz de fazer teorizações e predições falseáveis
e testáveis teria uma forte qualificação para constituir uma
disciplina científica.
 
Só como exemplo (peskybeano, claro), digamos que se queira elaborar
uma ciência do tamanho do membro oblongo masculino, e que se façam
referências ao país de origem do sujeitófilo. Se for africano, já
se estabelece que o tamanho da peniana protuberância do prazer será
um desvio padrão acima da média da cambadófila européia (e mais
ainda, se a amostra incluir a mulecada oriental, hahahahaha). Claro
que  mostrar o Kid Bengala como exemplo isolado de tal situação não
seria válido para demonstrar a dita teoria. Seria necessário
elaborar refinado estudo que documentasse, estatisticamente,
a real significação das dimensões lineares das pembas nigerianas.
(infelizmente, não poderei eu contribuir para a coleta de dados
do dito experimento; mas contem comigo em qualquer estudo que
deseje avaliar as dimensões das cavernas frontais da mulheráda).
 
Reflito agora que dificilmente esse meu exemplo poderia
ser utilizado como texto auxiliar em sua defesa junto à
Academia Brasileira de Letras. Fazer o quê? É o que dá
para sair desta (hiper-poluidáça) cachola de abelho, hahahahaha
 
*PB*
 
 
 

From: Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]
Sent: Friday, May 22, 2015 11:21 AM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] Manual da linguagem cientifica

A Academia Brasileira de Ciências, fundada em 1916, congrega os mais eminentes cientistas nas Ciências Matemáticas, Físicas, Químicas, da Terra, Biológicas, Biomédicas, da Saúde, Agrárias, da Engenharia e Sociai
 
Prezados e ilustres membros da Academia Brasileira de Ciências.
 
Pediria a Vsas. a gentileza de definir o que é ciência, no vosso entendimento, já que na relação acima não aparece nenhuma ciência humana. Diante disso, corre no mercado das ciências humanas o rumor de que a Academia Brasileira de Ciências não reconhece a psicologia como ciência. Eu sou membro de um grupo na internet chamado "Ciencialist" onde tenho sido severamente admoestado por defender a tese de que a psicologia é uma ciência. Essa admoestação tem vindo sobretudo de pessoas ligadas à fisica e à matemática. Me parece, salvo engano, que as ciências biológicas têm alguma relação com a psicologia visto que a mente e o cérebro constituem um sistema integrado. Se assim for, o estudo do cérebro deveria também considerar os processos mentais, do que derivaria algo como a psico-biologia.
 
Agradecendo a sua honrosa manifestação a respeito desta questão que me parece importante para o futuro da humanidade, despeço-me desejando todo o sucesso para as ciências brasileiras.
 
Mtnos Calil - Ideologia Zero, simulacro zero.
 
Formação não acadêmica e especialização nula.
 
  
 
 
 



SUBJECT: Controle mental.
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/05/2015 09:24

 

 

Olá,

 

 

Já lí, até de alguém daqui mesmo, que tais proezas não são possíveis.  E coisa e tal. Mas, parece-me, pode não ser bem assim.

 

Que vociferam vossas prosopéias a respeito desses fatos?  

 

http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2015/05/21/tetraplegico-consegue-acionar-braco-mecanico-com-o-pensamento.htm

 

 

Sds,

Victor.


SUBJECT: Você é sinestésico PB?
FROM: "Mtnos Calil" <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/05/2015 11:26

Basta você identificar um triângulo formado pelos números em vermelho num conjunto de números pretos para sofrer deste transtorno cerebral. O camarada  que disse isso deveria pelo menos informar que este teste foi realizado com umas 500 pessoas. Me pareceu muito simples - e automático - identificar o triângulo. Me parece que basta ao sujeito saber o significado das palavra triângulo e vermelho para identificar a coisa. Neste caso, não haveria transtorno algum. Porém como eu tenho dificuldades com a matemática - haja vista que o LPC foi terminantemente proibido de usar qualquer simbolo matemático - e também com a orientação espacial, acho que sou um sinestésico. Segundo essa teoria ( teoria ou hipótese?) se você tem facilidade em lidar com simbologia da matemática você estaria livre deste transtorno que não tem cura. Se assim for, sorte sua! 

MC - muito calmo

Ps. O fato de o LPC não usar simbolos matemáticos é uma vantagem pois a grande maioria das pessoas têm dificuldade com a matemática. Mas atenção: o que regula a precisão linguistica não seria a matemática pura, que é livre de números e símbolos? 

O que é Sinestesia?

Esta é uma condição algo peculiar, em que os o sistemas sensoriais de uma pessoa se interconectam entre si. Por exemplo, uma pessoa com sinestesia pode ver cores quando ouve um som, ou pode sentir o gosto das palavras. A estimulação de um sentido, ao que parece, causa uma estimulação imprópria de outro. A forma mais comum de sinestesia é quando as pessoas vêem ou ouvem palavras em cores. Esta condição afeta aproximadamente uma em cada 25 000 pessoas e é encontrada mais geralmente nas mulheres do que em homens. Existem mais indivíduos canhotos entre o sinestésicos do que na população em geral, embora não seja claro o significado disso. Frequentemente o sinestésico tem uma memória excepcional, e uma tendência a ter experiências 'psíquicas' incomuns. No entanto, costuma ter problemas com a matemática ou com a orientação espacial.

Ninguém sabe realmente o que acontece no cérebro de um sinestésico. Uma das explicações propostas é que a região do cérebro que recebe normalmente a informação proveniente do sistema auditivo também recebe informação do sistema visual. Uma técnica de neuroimagem funcional denominada PET, que faz uma imagem do fluxo de sangue marcado com elementos radiativos nas regiões ativas do cérebro, mostrou que as áreas do córtex que recebem normalmente a informação dos olhos são ativadas também quando a pessoa ouve um som. Isto sugere que existe fiação cruzada no cérebro.

Outros investigadores discutem, entretanto, que esta é uma noção demasiado simples e que o sistema limbico (o centro da emoção no cérebro) é que é diferente nos sinestésicos. Sua teoria é que o sistema limbico (que se encontra diretamente abaixo do córtex) coleta fragmentos de memória obtidos de várias partes do cérebro e junta-os para produzir uma memória completa. Normalmente nós não somos conscientes deste processo mas talvez o sinestésico o seja. Isto pode explicar porque a informação sensorial imprópria aparece em sua mente.

A esquerda: Este padrão de teste indica facilmente se uma pessoa sinestésica é capaz de enxergar números em cores. Se você conseguir enxergar um triângulo formado por números dois em vermelho, você é sinestésico.



Um desenho feito por um sinestésico, mostrando como ele vê o som de um cachorro latindo (Fonte: Dr. Richard E. Cytowic

Uma coisa é certa, os sinestésicos não acham que sua habilidade incomum seja uma desvantagem. A maioria deles, certamente, sente pena de todos nós que vivemos em um mundo tão incolor.

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Massimo Barberi
A sinestesia é um fenômeno de contaminação dos sentidos em que um único estímulo - visual, auditivo, olfativo ou tátil - pode desencadear a percepção de dois eventos sensoriais diferentes e simultâneos
Quando escrevo uma equação na lousa vejo os números e as letras de cor diferente. E me pergunto: que diabos meus alunos vêem?" A frase é do americano Richard Feynman, Nobel de Física em 1965. Ele faz parte de um grupo de pessoas para quem o número dois pode ser amarelo, a palavra carro tem gosto de geléia de morango e a nota fá evoca a imagem de um círculo, por exemplo. Essas são algumas das experiências sensoriais que povoam o cotidiano das pessoas com sinestesia. São sensações difíceis de imaginar, mas tremendamente reais para quem as vive, tanto que os sinestésicos pensam que todas as pessoas têm as mesmas percepções. 

Eles raramente sabem que são dotados de uma característica particular, mas não tardam muito a descobrir sua memória prodigiosa e seu extraordinário potencial criativo. Estima-se que o fenômeno atinja uma em cada 300 pessoas. 

A sinestesia é um fenômeno de contaminação dos sentidos em que um único estímulo - visual, auditivo, olfativo ou tátil - pode desencadear a percepção de dois eventos sensoriais diferentes e simultâneos. Há pessoas, por exemplo, que toda vez que sentem um odor (real), escutam certo som (imaginário). Outros enxergam em cor uma letra do alfabeto escrita com tinta preta. Não se trata de um transtorno temporário na maioria dos casos, ainda que haja algumas raríssimas exceções; por isso um dos principais critérios para o diagnóstico da sinestesia é sua estabilidade ao longo do tempo. Geralmente a associação entre estímulo e percepção ocorre apenas em um sentido: quem vê a cor vermelha (imaginária) toda vez que ouve nota dó (real) não escuta a mesma nota (imaginária) quando vê qualquer coisa vermelha (real).

Totalmente involuntária, a sinestesia não pode ser controlada, nem induzida na ausência do estímulo específico. E é justamente a incapacidade de controlá-la que a distingue das chamadas sinestesias cognitivas, que se caracterizam por associações de idéias (objetos, conceitos, cores, sons) e dependem, na maioria das vezes, de experiências artísticas individuais e de condicionamentos culturais.
Alguns exemplos de sinestesia cognitiva são pensar num campo florido enquanto se ouve As quatro estações de Vivaldi, ou desfrutar antecipadamente o sabor de uma maravilhosa torta que se vê na vitrine; em ambos os casos a pessoa sabe que não está no campo florido e que é preciso comprar a torta. Já a experiência sensorial induzida pela verdadeira sinestesia é percebida concretamente, como se fosse real. 

SINTOMA POSITIVO
Segundo o psicólogo Jamie Ward, da Universidade de Londres, a sinestesia não é doença. "O que a distingue da maioria dos transtornos psiquiátricos ou neurológicos é o fato de os sinestésicos serem dotados de um sintoma positivo, isto é, de uma característica ausente na população geral. Os distúrbios geralmente se caracterizam pela ausência ou pelo comprometimento de uma função, como a afasia e a amnésia", diz.

Portanto, os sinestésicos são pessoas absolutamente normais, que não manifestam problemas cognitivos ou outras disfunções. Alguns estudos conduzidos pelo médico Richard Cytowic, pioneiro na pesquisa da sinestesia, indicam que a memória e a criatividade dos sinestésicos são superiores às da média da população. Por outro lado, o senso de orientação não é tão bom assim. A maioria dos sinestésicos é canhota e um percentual significativo confunde direita e esquerda. Seu ponto forte são as faculdades mnemônicas, particularmente a memória declarativa: os sinestéticos se lembram de muitos números de telefone, datas, senhas, fatos e eventos. Também é comum que se recordem com perfeita precisão de longos diálogos de filmes, trechos de livros e instruções verbais. O que não se sabe ainda, entretanto, é se essa capacidade excepcional se deve à sinestesia propriamente dita ou a algum fenômeno correlato.

O primeiro sinestésico registrado na literatura médica foi uma criança de 3 anos e meio em 1922. Até hoje não se sabe ao certo em que idade o fenômeno se manifesta, muito menos se as percepções cruzadas na infância são as mesmas na idade adulta. Nenhum sinestésico se lembra do momento exato em que começou a ver a letra A sempre pintada de vermelho ou a nota dó exalar um perfume de rosas. Segundo o professor de psicologia da Universidade de Trieste Walter Gerbino, durante o período de desenvolvimento da aprendizagem perceptiva os elementos do sistema sensorial se associam, de modo estável e regular, a estímulos específicos.
"Não sabemos que associações são apropriadas ou não. A permanência das experiências sinestésicas na fase adulta pode ser explicada como um processo de seleção diferenciada das respostas adequadas aos estímulos", explica o psicólogo. Outra hipótese seria a origem genética, que não exclui a primeira, ao contrário, a complementa. Não é raro haver mais de um sinestésico na mesma família. 


Além disso, o fenômeno é três vezes mais freqüente em mulheres. Alguns pesquisadores cogitam a participação do cromossomo X na transmissão dessa característica.

Ainda não há um teste inequívoco para diagnosticar a sinestesia, em parte porque as pesquisas sistemáticas na área tiveram início há poucas décadas. Um dos testes mais usados atualmente, conhecido como teste da genuinidade (TG), foi desenvolvido pelo professor de psicopatologia do desenvolvimento Simon Baron-Cohen, da Universidade de Cambridge. O TG mede a estabilidade da relação entre estímulos e respostas ao longo do tempo: uma seqüência de centena de estímulos (palavras, cores, sons, odores) é apresentada ao possível sinestésico; em seguida suas respostas sensoriais (cores, formas etc.) são registradas. O teste é repetido em intervalos regulares, durante meses e até mesmo anos. A consistência das respostas entre os sinestésicos geralmente é de 70%; nos indivíduos comuns fica por volta dos 40%. Outro teste se baseia na pesquisa visual: no interior de uma matriz de letras em branco e preto estão "escondidas" outras letras que o sinestésico diz ver coloridas. 

Eles costumam encontrá-las mais rapidamente que os não-sinestésicos. O teste também permite explorar o conflito de cores suscitado por uma letra azul quando, por exemplo, uma vermelha é avistada. Diante de um "A" pintado de azul, o sinestésico que sempre o viu vermelho leva mais tempo para reconhecê-lo - tal incongruência gera atraso no processamento da informação, segundo os pesquisadores.
As tecnologias de imageamento cerebral, principalmente a ressonância magnética e a tomografia por emissão de pósitrons, deram uma guinada significativa nas pesquisas da área. "Esses exames permitem registrar as variações no fluxo sangüíneo nas diferentes regiões do cérebro e apontar quais delas são ativadas em conseqüência de estímulos diferentes", explica Pietro Pietrini, professor de bioquímica clínica e molecular da Universidade de Pisa. Estudo publicado em 2006 na revista Cortex revelou que as áreas do córtex visual encarregadas da percepção das cores (chamadas V4 e V8) ativam-se de modo específico quando um sinestésico lê uma seqüência de letras. Para Pietrini, esse resultado confirma a hipótese segundo a qual a experiência sinestésica é real porque o sinestésico de fato percebe estímulos que não existem no universo perceptivo das pessoas comuns. Outro caso descrito na mesma publicação não deixa dúvidas. J. F., 52 anos, era sinestésico desde pequeno e visualizava cores quando ouvia os nomes dos dias da semana.

Apesar de ficar cego aos 42 anos, continuava a experimentar exatamente a mesma sensação quando alguém lhe dizia segunda-feira ou domingo, por exemplo. O neurologista Megan Steven, da Faculdade Dartmouth, em New Hampshire, pesquisou o cérebro de J. F. por meio de ressonância magnética funcional. As imagens mostraram, mais uma vez, a ativação das áreas V4 e V8. "Mesmo que ele não veja as cores de fato, seu cérebro continua a vê-las em resposta a certas palavras", conclui o pesquisador.




SUBJECT: O Universo estático de Einsein.
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/05/2015 08:57

Um belo artigo do Soares, enfocando aspectos do dogma de um universo estático,  que Einstein engoliu bem como as consequências desse engano – felizes para a ciência, aliás:

 

http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1806-11172012000100002&script=sci_arttext

 

 

Está bem que que o meio do texto é “meio indigesto” para uma  parte de vocês- o artigo é destinado a especialistas nestas encrencas -  por causa dos hieróglifos matemáticos expostos. Mas as considerações finais dão informações bastante curiosas. Confiram.

 

 

Sds,

Victor.

 

 


SUBJECT: Conferência de Solvay - 1927
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/05/2015 21:21

 

Um filme mostrando físicos que participaram da conferência.  

Documento para não se jogar fora.

 

https://www.youtube.com/watch?v=8GZdZUouzBY

 

 

Que tal algum abnegado daí  fazer uma caridade aos menos sabidos:  legendar em portuga ou verter o áudio para portuga nosso de cada dia.

 

De minha parte, agradeço.

 

Tenho a Ata daquela evento, e já traduzí, macarronicamente –acho -  a metade. E há alguns anos postei aqui, se não melham os neurônios .

 

Sds,

 

Victor.


SUBJECT: Quantofrenia do dólar, reducionismo petista e mudança para Marte
FROM: Mtnos Calil <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: <maoslimpasbrasil@yahoogrupos.com.br>, <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, <indianotransparencia@yahoogrupos.com.br>
CC: <serrao@alertatotal.net>
DATE: 25/05/2015 12:53

O dólar sobe diariamente ou desce 1%, um pouco mais ou  um pouco menos.  Todos os dias a mídia (mundial e nacional)  divulga minúsculas alterações do dólar ou das bolsas. Essa divulgação é feita de forma massiva como se a grande maioria dos consumidores de noticias descartáveis estivesse interessada em acompanhar minuciosamente tais micro-oscilações. Mas a grande maioria de nós ficaria satisfeita em ter estas informações uma vez por semana. Como explicar então esse transtorno?  Para responder a esta questão foi criado o termo “quantofrenia”, por Sorokin, muito bem explicado por Edgar Morin (v. abaixo), este o maior combatente  da nossa visão reducionista a respeito de tudo que acontece no mundo. Se ele estivesse entre nós, diria: “vocês estão fazendo um combate reducionista à corrupção, como se o fim do PT fosse equivalente ao fim da corrupção”.

Mtnos Calil

Ideologia Zero, Simulacro Zero

Ps1. Os humanos foram transformados em máquinas de consumo de produtos descartáveis, o que é uma exigência do crescimento econômico. Por isso a sobrevivência da mídia depende de noticias descartáveis. Grande parte de nossa população está abarrotada de produtos de consumo duráveis que são descartados muito antes de envelhecerem. Muita gente "coleciona" peças do vestuário  que não consegue usar, entupindo seus guarda-roupas. O mesmo ocorre com copos, pratos e outros produtos de cozinha. Agora estamos sendo abarrotados com INFORMAÇÃO DESCARTÁVEL. E como não temos mais espaço na terra para tantos humanos e seus produtos descartáveis, estamos criando um projeto para transformar Marte numa nova Terra. Descobrimos que existe muita água armazenada sob o solo marciano e pretendemos colonizar este planeta.  

Ps2. Ao invés de usarmos a ciência para resolver nossos problemas sociais e econômicos  aqui na Terra, vamos colonizar Marte. Estamos endoidando ou não? A essência da loucura consiste em não diferenciar a fantasia da realidade. 

Editora Globo

 Edgar Morin: 

"A segunda ramificação do princípio de redução tende a limitar o conhecimento ao que é mensurável, quantificável, formulável, segundo o axioma de Galileu: os fenômenos só devem ser descritos com a ajuda de quantidades mensuráveis. Desde então, a redução ao quantificável condena todo conceito que não seja traduzido por uma medida. Ora, nem o ser, nem a existência, nem o sujeito podem ser expressos matematicamente ou por meio de fórmulas. O que Heidegger chama de "a essência devoradora do cálculo" pulveriza os seres, as qualidades e as complexidades, e, ao mesmo tempo, leva à "quantofrenia" (Sorokin) e à "aritmomania"(Georgescu-Roegen). Esse princípio ainda se impõe na tecnociência." 

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Dólar sobe mais de 1% com incertezas sobre ajuste fiscal

ANA LUÍSA WESTPHALEN - O ESTADO DE S. PAULO

25 Maio 2015 | 10h 26

Disputa política pela aprovação de mudanças na concessão de benefícios como o seguro-desemprego deixa o mercado em alerta; vencimento de contratos de swap do BC também influencia movimento da moeda

O dólar começa a sessão desta segunda-feira, 25, em alta de mais de 1,0% ante o real, marcando o início de uma semana pesada para os mercados domésticos. O movimento da moeda reflete o cenário de incertezas sobre a aprovação das medidas de ajuste fiscal pelo Senado, mas também é afetado pelas dúvidas sobre o tamanho da rolagem do vencimento de swap cambial de julho, que o Banco Central (BC) poderá definir até sexta-feira, 29.

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Às 11h20, o dólar à vista no balcão operava em alta de 1,26%, negociado a R$ 3,127, dando continuidade aos ganhos da sessão anterior, após abrir a R$ 3,119 (+1,00%). Vale observar que o volume de negócios deve ser reduzido hoje nos mercados domésticos, diante da liquidez mais fraca no exterior em razão dos feriados nos Estados Unidos, Reino Unido e em Frankfurt. Isso tende a deixar o dólar mais sensível a especulações.

Já a Bovespa abriu em queda, puxada por ações da Petrobrás. As perdas foram amenizadas com as ações da Vale, que subiram impulsionadas pelo preço do minério de ferro e pelo anúncio da China de que pretende estimular o consumo no país. 

Na mesma faixa horária, o Ibovespa caía 0,40%, cotado aos 54.160 pontos. Ações ordinárias da petroleira estatal caíam 2,55%, negociadas a R$ 13,74; as preferenciais (sem direito a voto), recuavam 2,29%, cotadas a R$ 12,76. No caso da mineradora, os papéis ordinários subiam 1,53%, cotados a R$ 20,57, e os preferenciais avançavam 1,47%, negociados a R$ 17,30. 

No front político, membros do governo retomam uma série de negociações com o objetivo de garantir a aprovação no Senado da MP 664, que modifica as regras para a concessão de pensão por morte, e da MP 665, que restringe o acesso ao seguro-desemprego e ao abono salarial. As propostas precisam ser votadas até 1º de junho. Do contrário, perderão a validade.

Na manhã desta segunda-feira, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, conversou com jornalistas, mas não foi suficiente para atenuar o mal-estar com sua ausência na divulgação do corte do Orçamento de 2015, na última sexta-feira, 22. Levy disse que o contingenciamento de R$ 69,9 bilhões veio no valor adequado. 

O ministro defendia um corte entre R$ 70 bilhões e R$ 80 bilhões. "Vamos ver agora como reorganizar o financiamento de longo prazo", afirmou, acrescentando, sobre o corte do Orçamento, que o governo cortou "com cautela e equilíbrio". O ministro volta a negociar a partir desta segunda-feira a aprovação das medidas do ajuste com o Congresso e inicia ainda uma nova jornada por medidas para elevar a arrecadação, como aumento de impostos. 

 

 

 

 



SUBJECT: Re: [ciencialist] Controle mental.
FROM: <oraculo@atibaia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/05/2015 14:42

Olá JVictor

O problema é que a expressão "mover com o pensamento" é um tanto vaga, usado de forma diferente em diferentes ocasiões e por diferentes pessoas. Eu por exemplo estou movendo velozmente coisas com a mente neste instante, dedos, mãos e braços, para escrever este texto.:- )

Mas o uso mais comum do termo é "mover objetos a distância", apenas "pensando" em move-los. E "pensando" é outro termo complicado, já que não temos uma definição precisa de "pensar" (e que o Mtnos não lei isso, por favor, por favor.:- ).

Essa forma de encarar a expressão, "mover com o pensamento", realmente é impossível, não vamos mover coisas apenas pensando em move-las, de forma sobrenatural ou paranormal.

Mas o estudo do artigo se refere a mover a partir da "leitura" por equipamentos específicos de determinados "padrões" no cérebro, que se relacionam com a intenção de mover algo, e usar outro equipamento para realizar essa tarefa.

Um implante no cérebro do paciente "lê", ou melhor, aprende a ler, determinados padrões em seu cérebro, que se referem a intenção de mover algo, e repassam isso para um braço mecânico.

Boa parte das pesquisa do cientista brasileiro Miguel Nicolelis é justamente sobre isso, e ele ainda consegue gerar um "feedback" sensorial ao cérebro, a partir do movimento do braço ou perna mecânicas.

Nesse sentido, é possível mover com o pensamento um braço mecânico, e no futuro será possível ajudar muitos pacientes com problemas motores, tetraplégicos, etc.

It is science, bitch.:- )

Homeopatia, agora é sua vez.:-)


 
Sent: Saturday, May 23, 2015 9:24 AM
Subject: [ciencialist] Controle mental.
 
 

Olá,

Já lí, até de alguém daqui mesmo, que tais proezas não são possíveis.  E coisa e tal. Mas, parece-me, pode não ser bem assim.

Que vociferam vossas prosopéias a respeito desses fatos? 

http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2015/05/21/tetraplegico-consegue-acionar-braco-mecanico-com-o-pensamento.htm

Sds,

Victor.




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SUBJECT: RES: [ciencialist] Controle mental.
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/05/2015 16:20

Olá, Homero.

 

A resposta é precisamente a que Nicolelis está oferecendo a esse ramo da ciência, como você enfocou. Mas, o caminho é, ainda, de percurso longo e difícil.

As atividades cerebrais produzem padrões elétricos, por exemplo, como aquelas formas de onda que aparecem num eletroencefalograma. Aquilo lá é o resultado de pulsos elétricos, de baixíssimas tensões, com variações(picos)  que dependem de como está se comportando o cérebro no momento de sua captação.  São sinais deste tipo que poderão ser manipulados, por equipamentos eletrônicos mais sofisticados, e amplificados com vistas a alguma atividade, em minha opinião, sempre atrelada ao corpo, de alguma maneira.  Afinal, quando ordeno mentalmente que um dedo de minha mão direita se mova, o que estou fazendo é exatamente o que a ciência, sob a batuta de Nicolelis, está planejando simular, via chips, implantes, etc.

 

Bem,  se alguém aí estiver pensando, todo alegrinho,  que isto poderá substituir o Viagra, pode  desligar a bateria...

 

Sds,

Victor.

 

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br]
Enviada em: segunda-feira, 25 de maio de 2015 14:43
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [ciencialist] Controle mental.

 

 

Olá JVictor

O problema é que a expressão "mover com o pensamento" é um tanto vaga, usado de forma diferente em diferentes ocasiões e por diferentes pessoas. Eu por exemplo estou movendo velozmente coisas com a mente neste instante, dedos, mãos e braços, para escrever este texto.:- )

Mas o uso mais comum do termo é "mover objetos a distância", apenas "pensando" em move-los. E "pensando" é outro termo complicado, já que não temos uma definição precisa de "pensar" (e que o Mtnos não lei isso, por favor, por favor.:- ).

Essa forma de encarar a expressão, "mover com o pensamento", realmente é impossível, não vamos mover coisas apenas pensando em move-las, de forma sobrenatural ou paranormal.

Mas o estudo do artigo se refere a mover a partir da "leitura" por equipamentos específicos de determinados "padrões" no cérebro, que se relacionam com a intenção de mover algo, e usar outro equipamento para realizar essa tarefa.

Um implante no cérebro do paciente "lê", ou melhor, aprende a ler, determinados padrões em seu cérebro, que se referem a intenção de mover algo, e repassam isso para um braço mecânico.

Boa parte das pesquisa do cientista brasileiro Miguel Nicolelis é justamente sobre isso, e ele ainda consegue gerar um "feedback" sensorial ao cérebro, a partir do movimento do braço ou perna mecânicas.

Nesse sentido, é possível mover com o pensamento um braço mecânico, e no futuro será possível ajudar muitos pacientes com problemas motores, tetraplégicos, etc.

It is science, bitch.:- )

Homeopatia, agora é sua vez.:-)

 

 

Sent: Saturday, May 23, 2015 9:24 AM

Subject: [ciencialist] Controle mental.

 

 

Olá,

Já lí, até de alguém daqui mesmo, que tais proezas não são possíveis.  E coisa e tal. Mas, parece-me, pode não ser bem assim.

Que vociferam vossas prosopéias a respeito desses fatos? 

http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2015/05/21/tetraplegico-consegue-acionar-braco-mecanico-com-o-pensamento.htm

Sds,

Victor.

 


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Controle mental.
FROM: "Pesky Bee" <peskybee2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/05/2015 16:31

> Nesse sentido, é possível mover com o pensamento um braço
> mecânico, e no futuro será possível ajudar muitos pacientes
> com problemas motores, tetraplégicos, etc
 
Pior mesmo será o dia em que instalarem em meu corpitcho um
pênis mecânico de bom tamanho, alimentado por meus pensamentóides.
As fotografias da Scarlett Johansson sofrerão tremendamente as
consequências disso. Outra consequência dramática: nunca mais
poderei andar em ônibus lotado de mulé gostozuda, hahahahaha
 
> (e que o Mtnos não lei isso, por favor, por favor.:- )
 
Calilzófilo, eu acho que tu deverias responder a isso,
preferencialmente com uma textarada desgramadamente
imensa, hahahahahaha
 
*PB*
 
 

From: oraculo@atibaia.com.br [ciencialist]
Sent: Monday, May 25, 2015 2:42 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] Controle mental.

Olá JVictor

O problema é que a expressão "mover com o pensamento" é um tanto vaga, usado de forma diferente em diferentes ocasiões e por diferentes pessoas. Eu por exemplo estou movendo velozmente coisas com a mente neste instante, dedos, mãos e braços, para escrever este texto.:- )

Mas o uso mais comum do termo é "mover objetos a distância", apenas "pensando" em move-los. E "pensando" é outro termo complicado, já que não temos uma definição precisa de "pensar" (e que o Mtnos não lei isso, por favor, por favor.:- ).
 
Essa forma de encarar a expressão, "mover com o pensamento", realmente é impossível, não vamos mover coisas apenas pensando em move-las, de forma sobrenatural ou paranormal.

Mas o estudo do artigo se refere a mover a partir da "leitura" por equipamentos específicos de determinados "padrões" no cérebro, que se relacionam com a intenção de mover algo, e usar outro equipamento para realizar essa tarefa.
 

Um implante no cérebro do paciente "lê", ou melhor, aprende a ler, determinados padrões em seu cérebro, que se referem a intenção de mover algo, e repassam isso para um braço mecânico.
 

Boa parte das pesquisa do cientista brasileiro Miguel Nicolelis é justamente sobre isso, e ele ainda consegue gerar um "feedback" sensorial ao cérebro, a partir do movimento do braço ou perna mecânicas.
 

Nesse sentido, é possível mover com o pensamento um braço mecânico, e no futuro será possível ajudar muitos pacientes com problemas motores, tetraplégicos, etc.
 

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Homeopatia, agora é sua vez.:-)
 
 
 
 
 

SUBJECT: Enc: book on Electricity in Russian
FROM: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/05/2015 18:41

Recebi do Prof. Assis. Parabéns a ele pelo seu trabalho.

Belmiro

Em Segunda-feira, 25 de Maio de 2015 16:55, Prof. André Koch Torres Assis <assis@ifi.unicamp.br> escreveu:


Dear Colleagues,

I wish to share some good news with you.

I published in 2010 the book The Experimental and Historical Foundations of Electricity.
This book has now been translated to Russian by a colleague of mine,
Arthur Baraov, utilizing my LaTeX files. It has just been published
in Canada by Apeiron Press. The English and Russian versions are
freely available in PDF format (6 Mb) at:
 
http://www.ifi.unicamp.br/~assis/Electricity.pdf

and

http://www.ifi.unicamp.br/~assis/Electricity-in-Russian.pdf

The book describes the main experiments and discoveries in the history of electricity.
It begins with the amber effect, which is analogous to the usual experiment of
attracting small pieces of paper with a plastic comb rubbed in hair.
This work explains how to build several instruments: versorium, electric pendulum,
electroscope and charge collectors. We discuss electric attraction and repulsion,
positive and negative charges, and the ACR mechanism (attraction, communication of electricity,
and repulsion). The book analyzes the concepts of conductors and insulators,
together with the main differences in the behaviours of these two kinds of substances.
All experiments are clearly described and performed with simple, inexpensive materials.
These experiments lead to clear concepts, definitions, and laws describing these phenomena.
Historical aspects are presented, together with relevant quotations from the main scientists.
The book presents an exhaustive analysis of the work of Stephen Gray (1666-1736),
the great British scientist who discovered conductors and insulators,
together with some of their main properties. A large bibliography is included at the end of the work.

Videos of experiments inspired by this book have been made in Italy by Pietro Cerreta of
the organization ScienzaViva:

http://www.scienzaviva.it/Esperimenti_elettrostatica_2014.php

The printed books in English and in Russian can be ordered through Amazon:

http://www.amazon.com/Experimental-Historical-Foundations-Electricity/dp/0986492639

and

http://www.amazon.com/Experimental-historical-foundations-electricity-Russian/dp/099204569X

Sincerely yours, Andre Assis

-----------------

Andre Koch Torres Assis
Email: assis@ifi.unicamp.br
Institute of Physics
University of Campinas
13083-859 Campinas, SP
Brazil
Homepage: http://www.ifi.unicamp.br/~assis





SUBJECT: Re: [ciencialist] Controle mental.
FROM: Mtnos Calil <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/05/2015 20:04

Oi Pibófilo. 

Só consegui escrever 622 palavras, até o Ps2. Desculpe. Noutro dia capricho mais. 

Vejamos... 

A expressão "mover com o pensamento" não teria sentido, porque o pensamento não tem a capacidade de mover nada? Isso depende do significado que atribuimos ao verbo "MOVER". Vejamos o que o Aurélio diz: 

Nossa Senhora da Linguistica! 
Que loucura é essa? 
21 significados para o verbo mover??? My God! 
Sendo assim, seguindo a trilha do Oráculo de Atibaia,  eu vou usar este verbinho num sentido que não apareceu na lista aureliana:  MOVER SENTIMENTOS ATRAVÉS DO PENSAMENTO, sem precisar de chips, eletrodos ou similares. 

Por exemplo:  se me ocorrer um sentimento de profunda mágoa ou rancor dos meus amigos insurgentes, eu posso fazer uso do meu pensamento para DELETAR esse sentimento (ou emoção negativa) INSTANTANEAMENTE. 

Esse processo "instantâneo" precisa porém, de algumas frações de segundo para se completar. Em resumo, ele consiste no seguinte: 

a) Identificação do sentimento. Essa identificação constitui, em si um processo, ou uma etapa do processo de eliminação, que começa com a identificação. 
b) Remoção do sentimento - é semelhante ao processo de deletar alguma coisa no computador, mandando a coisa para a lixeira. Essa coisa pode ficar guardada na lixeira e ser restaurada, da mesma forma que o sentimento negativo pode ser guardado na lixeira do nosso inconsciente, que segundo o Freud mostrou, adora lixo. (é o inconsciente freudiano que adora lixo e não o Freud).

A chave da TBHR - Teoria do Bom Humor Radical consiste exatamente neste processo de identificação e remoção de qualquer idéia ou sentimento que perturbe o bom humor, que é pré-requisito da alegria de viver, e portanto da felicidade. 

Uma questão interessante no caso é a VELOCIDADE do pensamento, que depende de um processo neuro-fisico-quimico. Nós temos a sensação que uma idéia aparece instantaneamente no nosso cérebro porque não temos consciência do que ocorreu no cérebro antes que a idéia (ou a percepção do sentimento) se tornasse consciente. A velocidade do pensamento é muito, muito menor que a fantástica velocidade da luz. Não sei porém se algum físico já fez a medição. Cabe aos nossos professores de velocidade informar. 

Vejamos agora o que o Aurélio fala a respeito de PENSAMENTO. 
Só 15 significados, quase todos falando abobrinha a respeito. 
MAS UM SIGNIFICADO, APENAS UM, SALVOU O AURÉLIO DE UMA CONDENAÇÃO SEMÂNTICA. 

Foi esse:  Pensamento é o poder de formular conceitos. Sem dúvida este é um dos elementos essenciais da definição de pensamento. Apenas um porque a definição cientifica de pensamento DEVE COMEÇAR ASSIM: 

"Pensamento é um processo neuropsicológico que tem inicio com a transmissão de impulsos nervosos através dos dendritos, sinapses e axônios" Sim... mas pera aí:  e essa transmissão se inicia quando, onde e como? 

A transmissão de um impulso nervoso só ocorre quando um neurônio recebe um estimulo suficientemente forte. 

Ok, mas o que é um "impulso nervoso"?. Para definir isso temos que informar antes que significado atribuimos aos dois termos desta expressão,  o que não dá para fazer hoje. O fôlego linguistico acabou! 


Se falei alguma bobagem biológica favor corrigir. 
Obrigado

Mtnos Calil 
Lógica e Precisão na Comunicação - se e somente se o significado de cada palavra estiver explicitado de forma clara e unívoca.

Ps1. O estimulo para os pensamentos sexi-peskyanos pode consistir apenas numa figura  imaginada , o que é suficiente para mudar o estado de tensão de seu órgão preferido. Essa simples imagem ativa os neurônios em várias estações do cérebro pibiano, sendo que cada estação, segundo o que me explicou o Dr. Drauzio Varella, controla uma função específica no tráfego de informações: estimulos, visuais, cheiro, paladar, sons, emoção, etc. etc. Mais detalhes aqui:  http://drauziovarella.com.br/sexualidade/a-pilula-do-homem/

Ps2.Por que os homens às vezes acordam com o pênis duro? O Artur explica: 
Isso pode acontecer por duas razões: ereção involuntária durante o sono e bexiga cheia. Todo homem tem quatro ou cinco ereções involuntárias durante a noite (quando está dormindo), mas como elas vêm e vão durante os momentos mais pesados da sua soneca, normalmente ele nem se dá conta. "É um mecanismo de autodefesa do pênis para prevenir a fibrose dos corpos cavernosos", diz o urologista Eduardo Bertero, da Sociedade Brasileira de Urologia. Em outras palavras, para evitar que o bilau perca sua função por falta de uso, o corpo providencia ereções involuntárias. Isso acontece durante o período de sono mais pesado, chamado de sono REM (sigla de rapid eye movement), quando os nervos do sistema nervoso simpático (que normalmente inibem a ereção) são sobrepostos pelos do parassimpático (que esti-mulam a ereção) - é como se os primeiros fossem desligados e os estimuladores atuassem sozinhos. Esse mecanismo é fundamental para diagnosticar a gravidade de problemas de ereção: se homens com disfunções eréteis têm essas ereções noturnas, os médicos concluem que o problema é puramente psicológico. No caso da bexiga cheia, a ereção acontece por uma razão mecânica. A bexiga inchada pressiona os nervos erigentes, responsáveis pela transmissão dos impulsos nervosos que comandam a ereção. Isso também pode acontecer durante o dia, mas normalmente o cara se alivia antes de armar a barraca

Artur Louback Lopes 

http://mundoestranho.abril.com.br/materia/por-que-os-homens-as-vezes-acordam-com-o-penis-duro




On Seg 25/05/15 16:31 , "'Pesky Bee' peskybee2@gmail.com [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 

> Nesse sentido, é possível mover com o pensamento um braço
> mecânico, e no futuro será possível ajudar muitos pacientes
> com problemas motores, tetraplégicos, etc
 
Pior mesmo será o dia em que instalarem em meu corpitcho um
pênis mecânico de bom tamanho, alimentado por meus pensamentóides.
As fotografias da Scarlett Johansson sofrerão tremendamente as
consequências disso. Outra consequência dramática: nunca mais
poderei andar em ônibus lotado de mulé gostozuda, hahahahaha
 
> (e que o Mtnos não lei isso, por favor, por favor.:- )
 
Calilzófilo, eu acho que tu deverias responder a isso,
preferencialmente com uma textarada desgramadamente
imensa, hahahahahaha
 
*PB*
 
 

From: oraculo@atibaia.com.br [ciencialist]
Sent: Monday, May 25, 2015 2:42 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] Controle mental.

Olá JVictor

O problema é que a expressão "mover com o pensamento" é um tanto vaga, usado de forma diferente em diferentes ocasiões e por diferentes pessoas. Eu por exemplo estou movendo velozmente coisas com a mente neste instante, dedos, mãos e braços, para escrever este texto.:- )

Mas o uso mais comum do termo é "mover objetos a distância", apenas "pensando" em move-los. E "pensando" é outro termo complicado, já que não temos uma definição precisa de "pensar" (e que o Mtnos não lei isso, por favor, por favor.:- ).
 
Essa forma de encarar a expressão, "mover com o pensamento", realmente é impossível, não vamos mover coisas apenas pensando em move-las, de forma sobrenatural ou paranormal.

Mas o estudo do artigo se refere a mover a partir da "leitura" por equipamentos específicos de determinados "padrões" no cérebro, que se relacionam com a intenção de mover algo, e usar outro equipamento para realizar essa tarefa.
 

Um implante no cérebro do paciente "lê", ou melhor, aprende a ler, determinados padrões em seu cérebro, que se referem a intenção de mover algo, e repassam isso para um braço mecânico.
 

Boa parte das pesquisa do cientista brasileiro Miguel Nicolelis é justamente sobre isso, e ele ainda consegue gerar um "feedback" sensorial ao cérebro, a partir do movimento do braço ou perna mecânicas.
 

Nesse sentido, é possível mover com o pensamento um braço mecânico, e no futuro será possível ajudar muitos pacientes com problemas motores, tetraplégicos, etc.
 

It is science, bitch.:- )
 

Homeopatia, agora é sua vez.:-)
 
 
 
 
 



SUBJECT: ENC: [ciencialist] Enc: book on Electricity in Russian
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/05/2015 08:07

 

 

Caro Belmiro.

 

Mais um belíssimo e importante trabalho produzido pelo Assis.

Fiz-lhe uns comentários sobre o que achei da obra, aproveitando um e-mail que disponibilizou.

 

O bom é que, qualquer um, com um mínimo de interesse por eletricidade,  irá se deleitar com as claras exposições do Professor.

 

 

Pode até haver, mas não conheço nada melhor nesse mister.

 

Sds,

Victor.

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br]
Enviada em: segunda-feira, 25 de maio de 2015 18:41
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: [ciencialist] Enc: book on Electricity in Russian

 

 

Recebi do Prof. Assis. Parabéns a ele pelo seu trabalho.

 

Belmiro

Em Segunda-feira, 25 de Maio de 2015 16:55, Prof. André Koch Torres Assis <assis@ifi.unicamp.br> escreveu:

 

Dear Colleagues,

I wish to share some good news with you.

I published in 2010 the book The Experimental and Historical Foundations of Electricity.
This book has now been translated to Russian by a colleague of mine,
Arthur Baraov, utilizing my LaTeX files. It has just been published
in Canada by Apeiron Press. The English and Russian versions are
freely available in PDF format (6 Mb) at:
 
http://www.ifi.unicamp.br/~assis/Electricity.pdf

and

http://www.ifi.unicamp.br/~assis/Electricity-in-Russian.pdf

The book describes the main experiments and discoveries in the history of electricity.
It begins with the amber effect, which is analogous to the usual experiment of
attracting small pieces of paper with a plastic comb rubbed in hair.
This work explains how to build several instruments: versorium, electric pendulum,
electroscope and charge collectors. We discuss electric attraction and repulsion,
positive and negative charges, and the ACR mechanism (attraction, communication of electricity,
and repulsion). The book analyzes the concepts of conductors and insulators,
together with the main differences in the behaviours of these two kinds of substances.
All experiments are clearly described and performed with simple, inexpensive materials.
These experiments lead to clear concepts, definitions, and laws describing these phenomena.
Historical aspects are presented, together with relevant quotations from the main scientists.
The book presents an exhaustive analysis of the work of Stephen Gray (1666-1736),
the great British scientist who discovered conductors and insulators,
together with some of their main properties. A large bibliography is included at the end of the work.

Videos of experiments inspired by this book have been made in Italy by Pietro Cerreta of
the organization ScienzaViva:

http://www.scienzaviva.it/Esperimenti_elettrostatica_2014.php

The printed books in English and in Russian can be ordered through Amazon:

http://www.amazon.com/Experimental-Historical-Foundations-Electricity/dp/0986492639

and

http://www.amazon.com/Experimental-historical-foundations-electricity-Russian/dp/099204569X

Sincerely yours, Andre Assis

-----------------

Andre Koch Torres Assis
Email: assis@ifi.unicamp.br
Institute of Physics
University of Campinas
13083-859 Campinas, SP
Brazil
Homepage: http://www.ifi.unicamp.br/~assis


 


SUBJECT: Re: [ciencialist] Controle mental.
FROM: "Pesky Bee" <peskybee2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/05/2015 10:12

> Só consegui escrever 622 palavras, até o Ps2. Desculpe.
 
Ah, mas isso é muito pouquinho. Precisava ser umas dez vezes
maior, hahahahaha. Vou ficar no aguardo do texto aumentado.
 
> Nós temos a sensação que uma idéia aparece instantaneamente
> no nosso cérebro porque não temos consciência do que ocorreu
> no cérebro antes que a idéia (ou a percepção do sentimento)
> se tornasse consciente
 
Verdade verdadeiríssima!
A bem da verdade, aquilo que chamamos de consciência é, na
verdade verdadeira, apenasmente uma reflexologia de algo que
já aconteceu no passado (várias centenas de milissegundos
atrás). Nós estamos sempre atrasados em relação à realidade!
Estamos vivendo e sentindo algo que já faz tempo que aconteceu!
Muito doido isso, né?
 
> Pensamento é o poder de formular conceitos
 
Calilzófilo, fornicarei (digo, fornecerei) em seguida uma
interpretacionice
acerca do pensamento que fará vossos
cabelinhos do inenerrável
orifício traseiro levantarem-se
aos céus em súplica. O pensamento pode
ser, por exemplo,
uma forma de derrubar prédios. Pode sim! Veja como.
 
O sujeito estava no banheiro, a ponto de dar uma solene de
uma cagada. Prostou-se na privadófila (coitadinha) e antes
de iniciar os procedimentos evacuatórios, resolveu (ou seja,
pensou!) em dar uma peidadinha para sinalizar o início das
festividades cagatórias. Ocorre que o que acabou saindo foi
um tremendo de um
tsunami anal, que já indicava que o almoço
de ontem foi brócolis com repolho. Altíssima periculosidade
olfativa! Então e
le,
temendo que a sua mulé criticasse o seu
deslavado comportamento
anal,
resolveu acender um fósforo para
dissipar o cheirófilo horrorozento da porra.
 
Que decisão inapropriada! Com os gases em elevada concentração
explosística inundando o banheirófilo, houve tremenda explosão,
que fez esse zé mané bater violentamente com o corpo no lado
direito do banheirófilo. Lado esse em que havia
uma coluna
de sustentação (já bem fudida pelo tempo) do andar do
apartamento dele. Resultado, a coluna trincou e, sob o peso
dos andares de cima (e do horripilento projeto do engenheiro
daquela bósta de prédio) ruiu ruidosamente, provocando o
sucessivo desabar de andar atrás de andar. Felizmente, ninguém
se feriu (detesto histórias com vítimas, hahahahaha) mas o
prédio ficou bastante parecido com uma montanha de pó de
concreto esfarelado. Resultado final: o pensamento de dar uma
inocente peidadinha
provocou a destruição completa de um prédio!
Para tu veres
como o pensamento é foderoso, hahahahahaha
 
*PB*
 
 
 
From: Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]
Sent: Monday, May 25, 2015 8:04 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] Controle mental.
 
 
 
 
 
Oi Pibófilo. 
 
 

Só consegui escrever 622 palavras, até o Ps2. Desculpe. Noutro dia capricho mais.
 
 
 
Vejamos...
 
A expressão "mover com o pensamento" não teria sentido, porque o pensamento não tem a capacidade de mover nada? Isso depende do significado que atribuimos ao verbo "MOVER". Vejamos o que o Aurélio diz:
 

Nossa Senhora da Linguistica!
Que loucura é essa?
21 significados para o verbo mover??? My God!
Sendo assim, seguindo a trilha do Oráculo de Atibaia,  eu vou usar este verbinho num sentido que não apareceu na lista aureliana:  MOVER SENTIMENTOS ATRAVÉS DO PENSAMENTO, sem precisar de chips, eletrodos ou similares.
 

Por exemplo:  se me ocorrer um sentimento de profunda mágoa ou rancor dos meus amigos insurgentes, eu posso fazer uso do meu pensamento para DELETAR esse sentimento (ou emoção negativa) INSTANTANEAMENTE.
 

Esse processo "instantâneo" precisa porém, de algumas frações de segundo para se completar. Em resumo, ele consiste no seguinte:
 

a) Identificação do sentimento. Essa identificação constitui, em si um processo, ou uma etapa do processo de eliminação, que começa com a identificação.
b) Remoção do sentimento - é semelhante ao processo de deletar alguma coisa no computador, mandando a coisa para a lixeira. Essa coisa pode ficar guardada na lixeira e ser restaurada, da mesma forma que o sentimento negativo pode ser guardado na lixeira do nosso inconsciente, que segundo o Freud mostrou, adora lixo. (é o inconsciente freudiano que adora lixo e não o Freud).
 

A chave da TBHR - Teoria do Bom Humor Radical consiste exatamente neste processo de identificação e remoção de qualquer idéia ou sentimento que perturbe o bom humor, que é pré-requisito da alegria de viver, e portanto da felicidade.
 

Uma questão interessante no caso é a VELOCIDADE do pensamento, que depende de um processo neuro-fisico-quimico. Nós temos a sensação que uma idéia aparece instantaneamente no nosso cérebro porque não temos consciência do que ocorreu no cérebro antes que a idéia (ou a percepção do sentimento) se tornasse consciente. A velocidade do pensamento é muito, muito menor que a fantástica velocidade da luz. Não sei porém se algum físico já fez a medição. Cabe aos nossos professores de velocidade informar.
 

Vejamos agora o que o Aurélio fala a respeito de PENSAMENTO.
Só 15 significados, quase todos falando abobrinha a respeito.
MAS UM SIGNIFICADO, APENAS UM, SALVOU O AURÉLIO DE UMA CONDENAÇÃO SEMÂNTICA.
 

Foi esse:  Pensamento é o poder de formular conceitos. Sem dúvida este é um dos elementos essenciais da definição de pensamento. Apenas um porque a definição cientifica de pensamento DEVE COMEÇAR ASSIM:
 

"Pensamento é um processo neuropsicológico que tem inicio com a transmissão de impulsos nervosos através dos dendritos, sinapses e axônios" Sim... mas pera aí:  e essa transmissão se inicia quando, onde e como?
 

A transmissão de um impulso nervoso só ocorre quando um neurônio recebe um estimulo suficientemente forte.
 

Ok, mas o que é um "impulso nervoso"?. Para definir isso temos que informar antes que significado atribuimos aos dois termos desta expressão,  o que não dá para fazer hoje. O fôlego linguistico acabou!
 
 
 
Se falei alguma bobagem biológica favor corrigir.
Obrigado
 

Mtnos Calil
Lógica e Precisão na Comunicação - se e somente se o significado de cada palavra estiver explicitado de forma clara e unívoca.
 

Ps1. O estimulo para os pensamentos sexi-peskyanos pode consistir apenas numa figura  imaginada , o que é suficiente para mudar o estado de tensão de seu órgão preferido. Essa simples imagem ativa os neurônios em várias estações do cérebro pibiano, sendo que cada estação, segundo o que me explicou o Dr. Drauzio Varella, controla uma função específica no tráfego de informações: estimulos, visuais, cheiro, paladar, sons, emoção, etc. etc. Mais detalhes aqui:  http://drauziovarella.com.br/sexualidade/a-pilula-do-homem/
 

Ps2.Por que os homens às vezes acordam com o pênis duro? O Artur explica:
   
 
 
 
 

SUBJECT: Cientista da Nasa "descobre" quem é Deus...
FROM: Gilberto Morelli <gilmorelli@yahoo.com>
TO: Ciencialist <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/05/2015 16:41

Que acham disso?

Acho meio viajante...

Gilberto




SUBJECT: RES: [ciencialist] Cientista da Nasa "descobre" quem é Deus...
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/05/2015 18:48

Caro Gilberto,

 

Rich Terrile não tem é o que fazer, isso sim! São meras especulações, muito bonitas, atraentes e engana tolos, porém sem sustentação alguma. O mesmo que especular sobre o que havia antes do big bang e coisas do tipo, ou mundos paralelos, com um chato Rotciv por lá.

 

Tais assuntos são muito bons para quem é bom em escrever estórias de ficção científica.

 

Eu não tenho nenhum dúvida de que, sequer num futuro extremamente remoto, os sistemas computacionais evoluam para que robôs tenham autonomia e façam caretas quando com prisão de ventre, virem torradeiras, como num bacana seriado que há(BatleStar Galactica). Que tenham consciência, enfim; Isto não acontecerá, que deus num quer.

 

Sds,

Victor.

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br]
Enviada em: terça-feira, 26 de maio de 2015 16:42
Para: Ciencialist
Assunto: [ciencialist] Cientista da Nasa "descobre" quem é Deus...

 

 

Que acham disso?

 

Acho meio viajante...

 

Gilberto

 

 

 

 

Imagem removida pelo remetente. image

 

 

 

 

 

Podemos estar vivendo dentro de uma Matrix — e quem diz...

Segundo Rich Terrile, simulador de tecnologia avançadíssima pode até ser controlada por humanos, fazendo de nós, ao mesmo tempo, “Deus e servos de Deus"

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SUBJECT: Re: [ciencialist]Cientista da Nasa \"descobre\" quem é Deus...
FROM: Mtnos Calil <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: "Gilberto Morelli gilmorelli@yahoo.com [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
CC: "Ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/05/2015 20:00


A troco do que ( ou de quantos US$) um diretor da Nasa viria a público com essa declaração? O que está por trás disso? 
A humanidade HOJE já está bem dominada por uma MÁQUINA GLOBAL que agora se divide em duas com ascensão da China. E as máquinas que estão sendo construidas (e projetadas para o futuro) têm a mesma função de transformar o "homo sapiens" em  "robô sapiens" com base nos softwares e hardwares ideológicos que estão inundando o planeta. O melhor exemplo desta dominação é o celular, que é muito mais eficaz como droga do que a cocaina ou a maconha. Estou acompanhando de perto esse novo vicio e confesso que estou surpreso com a dependência que essa "fantástica maquininha" está criando. O mesmo vale para os computadores pessoais e as redes ditas "sociais" que estão criando a maior pandemia de narcisismo da história da humanidade.  O mito de narciso que adorava ver sua imagem refletida na água se hipermodernizou. A agua agora é a tela das maquinas. Viva o SELFIE, viva a robotização do bicho-homem! Viva o capitalismo selvagem! Selvagem e hiper-moderno, ou pós moderno. Marte aguarda a visiita (e hospedagem) dos novos seres robotizados. 

Mtnos Calil 
Não me engana que eu não gosto, sr. tecnólogo pseudo-evolucionário da Nasa. 

Ps. O Nick Bostron - filósofo-tecnólogo aliado britânico da Nasa, quanto ganha para aterrorizar os terráqueos com declarações como essa:  

Will humanity’s technological advancements ultimately destroy us?
https://www.ted.com/talks/nick_bostrom_what_happens_when_our_computers_get_smarter_than_we_are

OI BORSTRINHO ... quem pode destruir "us" são os donos do poder que você ignora (ou finge ignorar?). Você não sabia que o principal objetivo das empresas de tecnologia é faturar? Quanta ingenuidade hein?  Já que o homem não conseguiu usar sua inteligência para se transformar em "ser humano" vamos agora depender da inteligência "artificial" para avançar no processo de idiotização de nossa espécie, o que intere$$a muito aos 80 bilionários que concentram a metade da riqueza possuida por 3,5 bilhões de pessoas. Confira com a OXFAM e comece a pensar em RESPONSABILIDADE SOCIAL. Como você é jovem pode humanizar a sua filo-tecnologia. Ou você já se rendeu (com "r") aos bilionários? 
.================================

Podemos estar vivendo dentro de uma Matrix — e quem diz isso é um diretor da Nasa

&amp;nbsp;http://l.yimg.com/os/publish-images/news/2015-05-25/f0fdeef0-02e8-11e5-9785-f5fe341a92ba_matrix_codigo.jpg" width="630" style="border: 0px; display: block; background-repeat: no-repeat;"> 

Toda uma espécie vivendo dentro de um simulador controlado por uma espécie de programador. Lembra e muito a trilogia Matrix, sucesso de bilheteria no final dos anos 2000, mas pode ser a situação da raça humana. E quem faz tal proposição, de que vivemos em um universo simulado, é simplesmente um dos cientistas mais renomados da Nasa, Rich Terrile.

Diretor do Centro de Computação Evolucionária e Design Automotivo no Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, Terrile acredita que podemos viver em uma simulação na qual o responsável pelo controle seria uma espécie que vive no futuro — e, inclusive, pode ser a própria raça humana. 

A teoria é complexa e cita a Lei de Moore, na qual se acredita que a evolução no processamento das máquinas permite que, em algum momento da história, seja capaz de se criar um simulador desse tipo.

“Encontro uma grande inspiração nessa teoria e vou contar o porquê: ela me diz que estamos a beira de construir um universo simulado e que ele pode se tornar algo vivo dentro de uma simulação. E nossas simulações podem criar simulações. O intrigante é que, se existe um criador para nosso mundo no futuro e ele será nós, significa que ha um criador para nosso mundo e ele também é composto por nós. Isso significa que somos tanto Deus quanto servos de Deus”, afirma o cientista em entrevista ao site VICE.

Para Terrile, a consciência é algo tão bem arquitetado e “mágico” que só pode ser fruto de uma simulação de computador. De acordo com ele, a consciência inclusive pode ser passada para uma máquina em até 30 anos através de engenharia reversa em nosso cérebro ou fazendo com que circuitos sejam evoluídos a ponto de chegarem em nossa velocidade de sinapse. 

Caso essas teorias se confirmem, segundo ele, a “Matrix” real é uma possibilidade que cresce.

Apesar de parecer totalmente maluca, a teoria da “Matrix” real é corroborada por gente importante dentro do mundo acadêmico. Nick Bostrom, chefe do Oxford University Future of Humanity Institute, no Reino Unido, é um dos que levantam a bandeira proposta por Terrile. 

Para o cientista da Nasa, o simulador em questão cria a nossa realidade e simula o curso da humanidade por diversos motivos, “desde pura diversão até mesmo para recriar momentos históricos”. A máquina seria tão evoluída que é capaz de controlar todas as bilhões de pessoas que vivem no mundo sem que elas percebam.



On Ter 26/05/15 16:41 , "Gilberto Morelli gilmorelli@yahoo.com [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 

Que acham disso?

Acho meio viajante...

Gilberto





SUBJECT: Re: [ciencialist] Cientista da Nasa "descobre" quem é Deus...
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/05/2015 20:56

Olá Gilberto.
 
Lá pelas tantas, o artigo citado diz:
 
> Apesar de parecer totalmente maluca, a teoria da “Matrix” real é corroborada por gente importante dentro do mundo acadêmico.
 
Acho que o Popper deve estar se contorcendo em seu túmulo. Explico melhor: Hoje em dia, para uma teoria ser corroborada basta que seja aceita por gente importante dentro do mundo acadêmico.
 
Sob certos aspectos tendo a concordar com o Mitnos em sua última msg. À primeira vista achei estranho ele ter utilizado a expressão «capitalismo selvagem hiper-moderno». Mas, a bem da verdade, este tipo de corroboração faz parte daquilo que tenho chamado por inquisição dos tempos modernos, o que não difere em muito da expressão adotada pelo Mitnos.
 
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
 
 
From: Gilberto Morelli
Sent: Tuesday, May 26, 2015 4:41 PM
To: Ciencialist
Subject: [ciencialist] Cientista da Nasa "descobre" quem é Deus...
 
 

Que acham disso?
 
Acho meio viajante...
 
Gilberto
 
 

SUBJECT: Re: [ciencialist] Cientista da Nasa "descobre" quem é Deus...
FROM: Mtnos Calil <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/05/2015 21:46

"Hoje em dia, para uma teoria ser corroborada basta que seja aceita por gente importante dentro do mundo acadêmico"

 

Prezado Dr. Alberto. 

A propósito deste "transtorno acadêmico" estou envolvido na seguinte encrenca.

A toda a hora ouvimos falar no aquecimento global provocado por causas humanas. 

Mas de vez em quando me deparo com professores universitários que chegam ao cúmulo de declarar que isso é uma farsa, e que tal aquecimento já ocorreu em outras eras. 

 

Na minha total ignorância sobre esse assunto cientifico, comecei um contraditório com um brasileiro que está fazendo doutorado em oceanografia na Universidade da California, que reproduzo abaixo. Caso tenha tempo ou interesse no assunto, gostaria de saber a sua opinião a respeito. 


=============================
Eu - Vou lhe enviar o endereço de dois vídeos, um deles denunciando a "farsa das mudanças climáticas" e outro falando exatamente o contrário. E vou precisar formar um juízo a respeito, o que não vai ser fácil, porque há bons argumentos dos dois lados!  Peço muita calma por favor. 

 

Ele - Sugiro que dê uma olhada neste site:

 

http://www.skepticalscience.com

 

Se depois de ler as informações do site vc. ainda tiver alguma dúvida, nós podemos discutir o assunto. Existem muito poucos bons argumentos que negam a mudança climática (acho que nenhum deles ainda não foi derrubado). Cuidado para não cair na máquina de desinformação financiada por interesses econômicos que não querem mudar o status quo… eles são bastante eficientes a têm muito dinheiro.

 

Eu

 

a) Quanto à suposta "farsa" das mudanças climáticas, quem a denuncia é o
 professor de climatologia na USP Ricardo Augusto Felício que fez doutorado sobre a Antártida e afirma com todas as letras: "o aquecimento global é uma mentira". Segundo ele, não existem provas científicas desse fenômeno. Além disso ele faz uma critica contundente às empresas que teriam interesse na suposta farsa. 

Eu sou um analfabeto no assunto. Como então poderei formar um "juizo" a respeito? 

 

b) Em 1986 o diretor de neuro-cirurgia do Einstein - na ocasião o melhor hospital particular do Brasil - me mandou operar a hérnia de disco com urgência. O Diretor de Ortopedia do Hospital das Clinicas recomendou NÃO OPERAR 

 

Analfabeto no assunto, eu tive que decidir o que fazer e decidi não operar. 

 

Depois que fiz o tratamento que consistiu apenas em tomar 3 comprimidos de Voltarem por dia e ficar deitado o tempo todo durante 60 dias, 9 em cada 10 médicos me PROIBIRAM DE JOGAR TÊNIS, Quando eu entrei na quadra para fazer um teste, meus amigos me disseram que eu estava louco. Se eu tivesse ouvisse 90% dos médicos  consultados, deixaria de jogar tênis durante 30 anos, PREJUDICANDO ASSIM MINHA SAÚDE FISICA E MENTAL.  Recentemente um médico me disse que meu bom estado de saúde se devia ao fato de eu jogar tênis 3 vezes por semana.

E recentemente, um outro ortopedista me disse que eu não podia andar de tênis porque estava com facite plantar. NEM ANDAR DE TÊNIS EU PODIA – que dirá então jogar tênis!  Saí do consultório, andando de tênis e dando risada.

 

No caso das mudanças climáticas a coisa vai ser muito mais simples de resolver, porque a avaliação depende apenas das PROVAS existentes. Mas precisamos definir bem o conceito de "prova".  Se um prêmio Nobel, por exemplo, afirma qualquer coisa, isso não significa que ele está certo. Depende das provas de que ele disponha. 

Por exemplo:  especialistas falam que os bois e  as vacas contribuem mais com aquecimento global do que os automóveis. Alguém fez um calculo e chegou nos 18%. Será verdade isso? Por outro lado reduzir o consumo de carne é uma necessidade urgente da humanidade. 

 

Vamos então com muita calma atrás de PROVAS e não apenas da opinião dos grandes especialistas. 

 

Como leigo no assunto, eu digo que a humanidade está sendo conduzida para o abismo pelos psicopatas do poder .  Na minha visão o crescimento econômico deveria ser suspenso assim como o desenvolvimento tecnológico, exceto em algumas áreas.  É óbvio que, independente do aquecimento global, a industria automobilistica não deveria jogar mais automóveis nas grandes cidades como SPaulo, onde o número de veiculos CONTINUA AUMENTANDO. É óbvio também a fumaça dos automóveis faz mal à saúde. 

 

Há empresas que têm interesse em negar o aquecimento global. Mas há empresas que podem fazer uso do aquecimento para também defender seus interesses, como por exemplo o de controlar a economia dos países emergentes como o Brasil. 

 

Temos portanto, que recorrer a um método cientifico de avaliação, levando em conta que os dois lados podem ter interesses opostos. Como esse assunto é do seu interesse, podemos fazer um análise isenta, para depois chegar a uma conclusão definitiva, se as provas existentes assim permitirem. 

 

As primeiras referências que vou usar são as seguintes: 

 

Chttps://www.youtube.com/watch?t=1331&v=u7LBPHtOBnk  

https://www.youtube.com/watch?v=RUKOFzxh-g0

 

e as que você sugerir, começando com essa: 

 

http://www.skepticalscience.com

 

Ele - Pois então… usando um método cientifico de avaliação conforme você sugeriu, 97% dos cientistas que estudam o assunto concluíram, com 95% de certeza, que o aquecimento global é resultado da influência humana no clima.
"It is extremely likely that human influence has been the dominant cause of the observed warming since the mid-20th century. "

Usando a sua analogia: 97% dos médicos especialistas em coluna estão dizendo que você não precisa operar (baseado em 12.000 artigos científicos que passaram por um rigoroso processo de revisão).
Tenho certeza de que vc não consultou 1000 médicos e que o volume de pesquisas (e conhecimento cientifico) da relação entre a hérnia de disco e o jogo de tênis (especificamente) é bem pequeno. 

Acho que reduzir o consumo de carne é uma ótima idéia e aqui vai um link com uma análise dos argumentos do Professor:
http://haeckeliano.blogspot.com/2012/06/feliciadas-o-show-de-de-falacias-do-dr.html

Parece que todos os artigos que ele publicou nos últimos 5 anos foram publicados em uma revista chamada  Fórum Ambiental da Alta Paulista da qual ele é editor.

 

Eu - Uai... você confia tanto assim nos cientistas? 12 mil artigos? Precisavam de tantos artigos para provar que o ser humano é culpado do aquecimento central? É o ser humano ou os industriais e os fazendeiros? E os publicitários? E a mídia? 

 

Como eu sou analfabeto no assunto vou fazer o papel de advogado do diabo. 

Sem contraditório não há ciência. Portanto atuando como advogado do diabo estaria ajudando os defensores do clima. 

Se eu fosse do ramo faria um artigo expondo os argumentos dos dois grupos, deixando de lado as porcentagens. 

 

Precisamos ir mais a fundo na questão e verificar por exemplo se esse professor da USP que critica o capitalismo, e é doutor em climatologia, foi corrompido ou está sofrendo de algum transtorno mental. 

 

O Einstein, um dos maiores gênios da história da humanidade teve uma conduta "ridícula" quando se opôs ao principio da incerteza quântica e disse que "Deus não jogava dados". 

 

A defesa do meio ambiente está sendo usada por exemplo para a falsa defesa dos "povos indigenas" do Brasil. Você não sabia que a Amazônia foi ocupada por ongs estrangeiras? . 

 

Talvez existam duas formas de defesa ambiental: uma puramente cientifica e outra influenciada por interesses de grupos. 

 

Quanto ao consumo de carne não dá para fazer o contraditório, porque criar e matar animais como estão fazendo é um crime que não pode ser defendido por mim. Mas atenção: o consumo de carne não faz mal a todo o mundo, da mesma forma que a coca-cola e muitos produtos industrializados. Se carne fizesse mal, nossos antepassados não teriam sobrevivido. 

 

Ps. O aquecimento global é uma VARIAÇÃO CLIMÁTICA cuja existência não depende do homem. Portanto a afirmativa de que o ATUAL aquecimento global é provocado pelo homem pode estar equivocada no seguinte sentido: a causa humana do aquecimento poderia representar apenas uma porcentagem, digamos de 20% ou até menos. Os 12 mil artigos fizeram esse cálculo para demonstrar que a responsabilidade humana é maior do que a dos "agentes naturais"?

 

(continua)

 

 

 

 




On Ter 26/05/15 20:56 , "'Alberto Mesquita Filho' albmesq@uol.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 

Olá Gilberto.
 
Lá pelas tantas, o artigo citado diz:
 
> Apesar de parecer totalmente maluca, a teoria da “Matrix” real é corroborada por gente importante dentro do mundo acadêmico.
 
Acho que o Popper deve estar se contorcendo em seu túmulo. Explico melhor: Hoje em dia, para uma teoria ser corroborada basta que seja aceita por gente importante dentro do mundo acadêmico.
 
Sob certos aspectos tendo a concordar com o Mtnos em sua última msg. À primeira vista achei estranho ele ter utilizado a expressão «capitalismo selvagem hiper-moderno». Mas, a bem da verdade, este tipo de corroboração faz parte daquilo que tenho chamado por inquisição dos tempos modernos, o que não difere em muito da expressão adotada pelo Mtnos.
 
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
 
 
From: Gilberto Morelli
Sent: Tuesday, May 26, 2015 4:41 PM
To: Ciencialist
Subject: [ciencialist] Cientista da Nasa "descobre" quem é Deus...
 
 

Que acham disso?
 
Acho meio viajante...
 
Gilberto
 
 



SUBJECT: Re: [ciencialist] Cientista da Nasa "descobre" quem é Deus...
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/05/2015 03:21

Mtnos escreveu:
 
> Caso tenha tempo ou interesse no assunto (aquecimento global), gostaria de saber a sua opinião a respeito
 
Olá Mtnos
 
Defina interesse no assunto Smiley piscando. Brincadeiras à parte, creio que todos nós temos interesse no assunto, mas qualquer opinião que eu venha dar a respeito será de valor científico praticamente nulo, haja vista que eu sou leigo nesse assunto. No artigo apresentado pelo seu net-amigo uma coisa me deixou pasmo: 97% dos climatologistas que ativamente publicam estudos endossam a posição do consenso.
 
Isto é quase que uma unanimidade (100%), e o autor do artigo reforça esta unanimidade afirmando existir um consenso. Em outras palavras, poderíamos dizer que 3% dos climatologistas são hereges, pois vão contra o consenso acadêmico. Independentemente de quem está certo, diria que unanimidade, consenso e heresia lembram-me muito da Inquisição da Idade Média. Gosto mais de um academicismo a aceitar a idéia de Escolas de Pensamento divergentes, coisa que está caminhando para a extinção. Concordo com a sua afirmação de que sem contraditório não há ciência. Que mais dizer?
 
Prefiro não ir além disso a não ser para dizer que devemos sim ir em busca das causas dessa que pode ser chamada Inquisição dos Tempos Modernos e/ou, como você caracterizou, Capitalismo Selvagem Hiper-Moderno. Mas como também não sou um especialista nesse assunto, deixo-o a critério dos Cientistas Sociais. Ao contrário do que você tem aqui afirmado, creio que a maioria dos ciencialisteiros não é contra as Ciencias Sociais, apenas preferem não opinar por não dominarem o assunto. Assim como Newton, nós não inventamos hipóteses. Quando muito levantamos hipóteses a tentarem explicar aquilo que se verifica experimentalmente e, assim mesmo, nas nossas áreas de conhecimento.
 
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
 
 
 
From: Mtnos Calil 
Sent: Tuesday, May 26, 2015 9:46 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] Cientista da Nasa "descobre" quem é Deus...
 
 

"Hoje em dia, para uma teoria ser corroborada basta que seja aceita por gente importante dentro do mundo acadêmico"

 

Prezado Dr. Alberto.

A propósito deste "transtorno acadêmico" estou envolvido na seguinte encrenca.

A toda a hora ouvimos falar no aquecimento global provocado por causas humanas.

Mas de vez em quando me deparo com professores universitários que chegam ao cúmulo de declarar que isso é uma farsa, e que tal aquecimento já ocorreu em outras eras.

 

Na minha total ignorância sobre esse assunto cientifico, comecei um contraditório com um brasileiro que está fazendo doutorado em oceanografia na Universidade da California, que reproduzo abaixo. Caso tenha tempo ou interesse no assunto, gostaria de saber a sua opinião a respeito.


=============================
Eu - Vou lhe enviar o endereço de dois vídeos, um deles denunciando a "farsa das mudanças climáticas" e outro falando exatamente o contrário. E vou precisar formar um juízo a respeito, o que não vai ser fácil, porque há bons argumentos dos dois lados!  Peço muita calma por favor.

 

Ele - Sugiro que dê uma olhada neste site:

 

http://www.skepticalscience.com

 

Se depois de ler as informações do site vc. ainda tiver alguma dúvida, nós podemos discutir o assunto. Existem muito poucos bons argumentos que negam a mudança climática (acho que nenhum deles ainda não foi derrubado). Cuidado para não cair na máquina de desinformação financiada por interesses econômicos que não querem mudar o status quo… eles são bastante eficientes a têm muito dinheiro.

 

Eu

 

a) Quanto à suposta "farsa" das mudanças climáticas, quem a denuncia é o
professor de climatologia na USP Ricardo Augusto Felício que fez doutorado sobre a Antártida e afirma com todas as letras: "o aquecimento global é uma mentira". Segundo ele, não existem provas científicas desse fenômeno. Além disso ele faz uma critica contundente às empresas que teriam interesse na suposta farsa.

Eu sou um analfabeto no assunto. Como então poderei formar um "juizo" a respeito?

 

b) Em 1986 o diretor de neuro-cirurgia do Einstein - na ocasião o melhor hospital particular do Brasil - me mandou operar a hérnia de disco com urgência. O Diretor de Ortopedia do Hospital das Clinicas recomendou NÃO OPERAR

 

Analfabeto no assunto, eu tive que decidir o que fazer e decidi não operar.

 

Depois que fiz o tratamento que consistiu apenas em tomar 3 comprimidos de Voltarem por dia e ficar deitado o tempo todo durante 60 dias, 9 em cada 10 médicos me PROIBIRAM DE JOGAR TÊNIS, Quando eu entrei na quadra para fazer um teste, meus amigos me disseram que eu estava louco. Se eu tivesse ouvisse 90% dos médicos  consultados, deixaria de jogar tênis durante 30 anos, PREJUDICANDO ASSIM MINHA SAÚDE FISICA E MENTAL.  Recentemente um médico me disse que meu bom estado de saúde se devia ao fato de eu jogar tênis 3 vezes por semana.

E recentemente, um outro ortopedista me disse que eu não podia andar de tênis porque estava com facite plantar. NEM ANDAR DE TÊNIS EU PODIA – que dirá então jogar tênis!  Saí do consultório, andando de tênis e dando risada.

 

No caso das mudanças climáticas a coisa vai ser muito mais simples de resolver, porque a avaliação depende apenas das PROVAS existentes. Mas precisamos definir bem o conceito de "prova".  Se um prêmio Nobel, por exemplo, afirma qualquer coisa, isso não significa que ele está certo. Depende das provas de que ele disponha.

Por exemplo:  especialistas falam que os bois e  as vacas contribuem mais com aquecimento global do que os automóveis. Alguém fez um calculo e chegou nos 18%. Será verdade isso? Por outro lado reduzir o consumo de carne é uma necessidade urgente da humanidade.

 

Vamos então com muita calma atrás de PROVAS e não apenas da opinião dos grandes especialistas.

 

Como leigo no assunto, eu digo que a humanidade está sendo conduzida para o abismo pelos psicopatas do poder .  Na minha visão o crescimento econômico deveria ser suspenso assim como o desenvolvimento tecnológico, exceto em algumas áreas.  É óbvio que, independente do aquecimento global, a industria automobilistica não deveria jogar mais automóveis nas grandes cidades como SPaulo, onde o número de veiculos CONTINUA AUMENTANDO. É óbvio também a fumaça dos automóveis faz mal à saúde.

 

Há empresas que têm interesse em negar o aquecimento global. Mas há empresas que podem fazer uso do aquecimento para também defender seus interesses, como por exemplo o de controlar a economia dos países emergentes como o Brasil.

 

Temos portanto, que recorrer a um método cientifico de avaliação, levando em conta que os dois lados podem ter interesses opostos. Como esse assunto é do seu interesse, podemos fazer um análise isenta, para depois chegar a uma conclusão definitiva, se as provas existentes assim permitirem.

 

As primeiras referências que vou usar são as seguintes:

 

Chttps://www.youtube.com/watch?t=1331&v=u7LBPHtOBnk 

https://www.youtube.com/watch?v=RUKOFzxh-g0

 

e as que você sugerir, começando com essa:

 

http://www.skepticalscience.com

 

Ele - Pois então… usando um método cientifico de avaliação conforme você sugeriu, 97% dos cientistas que estudam o assunto concluíram, com 95% de certeza, que o aquecimento global é resultado da influência humana no clima.
"It is extremely likely that human influence has been the dominant cause of the observed warming since the mid-20th century. "

Usando a sua analogia: 97% dos médicos especialistas em coluna estão dizendo que você não precisa operar (baseado em 12.000 artigos científicos que passaram por um rigoroso processo de revisão).
Tenho certeza de que vc não consultou 1000 médicos e que o volume de pesquisas (e conhecimento cientifico) da relação entre a hérnia de disco e o jogo de tênis (especificamente) é bem pequeno.

Acho que reduzir o consumo de carne é uma ótima idéia e aqui vai um link com uma análise dos argumentos do Professor:
http://haeckeliano.blogspot.com/2012/06/feliciadas-o-show-de-de-falacias-do-dr.html

Parece que todos os artigos que ele publicou nos últimos 5 anos foram publicados em uma revista chamada  Fórum Ambiental da Alta Paulista da qual ele é editor.

 

Eu - Uai... você confia tanto assim nos cientistas? 12 mil artigos? Precisavam de tantos artigos para provar que o ser humano é culpado do aquecimento central? É o ser humano ou os industriais e os fazendeiros? E os publicitários? E a mídia?

 

Como eu sou analfabeto no assunto vou fazer o papel de advogado do diabo.

Sem contraditório não há ciência. Portanto atuando como advogado do diabo estaria ajudando os defensores do clima.

Se eu fosse do ramo faria um artigo expondo os argumentos dos dois grupos, deixando de lado as porcentagens.

 

Precisamos ir mais a fundo na questão e verificar por exemplo se esse professor da USP que critica o capitalismo, e é doutor em climatologia, foi corrompido ou está sofrendo de algum transtorno mental.

 

O Einstein, um dos maiores gênios da história da humanidade teve uma conduta "ridícula" quando se opôs ao principio da incerteza quântica e disse que "Deus não jogava dados".

 

A defesa do meio ambiente está sendo usada por exemplo para a falsa defesa dos "povos indigenas" do Brasil. Você não sabia que a Amazônia foi ocupada por ongs estrangeiras? .

 

Talvez existam duas formas de defesa ambiental: uma puramente cientifica e outra influenciada por interesses de grupos.

 

Quanto ao consumo de carne não dá para fazer o contraditório, porque criar e matar animais como estão fazendo é um crime que não pode ser defendido por mim. Mas atenção: o consumo de carne não faz mal a todo o mundo, da mesma forma que a coca-cola e muitos produtos industrializados. Se carne fizesse mal, nossos antepassados não teriam sobrevivido.

 

Ps. O aquecimento global é uma VARIAÇÃO CLIMÁTICA cuja existência não depende do homem. Portanto a afirmativa de que o ATUAL aquecimento global é provocado pelo homem pode estar equivocada no seguinte sentido: a causa humana do aquecimento poderia representar apenas uma porcentagem, digamos de 20% ou até menos. Os 12 mil artigos fizeram esse cálculo para demonstrar que a responsabilidade humana é maior do que a dos "agentes naturais"?

 

(continua)

 

 

 

 




On Ter 26/05/15 20:56 , "'Alberto Mesquita Filho' albmesq@uol.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 
Olá Gilberto.
 
Lá pelas tantas, o artigo citado diz:
 
> Apesar de parecer totalmente maluca, a teoria da “Matrix” real é corroborada por gente importante dentro do mundo acadêmico.
 
Acho que o Popper deve estar se contorcendo em seu túmulo. Explico melhor: Hoje em dia, para uma teoria ser corroborada basta que seja aceita por gente importante dentro do mundo acadêmico.
 
Sob certos aspectos tendo a concordar com o Mtnos em sua última msg. À primeira vista achei estranho ele ter utilizado a expressão «capitalismo selvagem hiper-moderno». Mas, a bem da verdade, este tipo de corroboração faz parte daquilo que tenho chamado por inquisição dos tempos modernos, o que não difere em muito da expressão adotada pelo Mtnos.
 
[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com.br
Mas indiferentemente a tudo isso, o elétron não é uma carga elétrica
coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
 
 
From: Gilberto Morelli
Sent: Tuesday, May 26, 2015 4:41 PM
To: Ciencialist
Subject: [ciencialist] Cientista da Nasa "descobre" quem é Deus...
 
 
Que acham disso?
 
Acho meio viajante...
 
Gilberto
 
 
 

SUBJECT: corrução, um privilégio de muitos... É só estar no lugar certo, na hora certa...
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/05/2015 09:00

 

Atividade  verdadeiramente  institucionalizada – e levada sério por todos esses colarinhos brancos -  no mundo nosso de cada dia:

 

http://www1.folha.uol.com.br/esporte/2015/05/1634207-ex-presidente-da-cbf-e-outros-6-cartolas-sao-detidos-por-corrupcao-na-suica.shtml

 

Eitchá, eitchá!


SUBJECT: Universo
FROM: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/05/2015 19:23


     Atendendo aos rigorosos ditames da LPC, minha homenagem ao universo. Acrílica sobre tela, 30 cm X 30 cm. Em anexo.

     *BW*

SUBJECT: Re: [ciencialist] Universo [1 Anexo]
FROM: "Mtnos Calil" <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/05/2015 21:49

Em homenagem ao Nada que Tudo preencherá, LPC faz um minuto de silêncio, produzindo essas 17  palavras. 

Ps. INACREDITÁVEL: ESCREVI O NUMERO 17 ANTES DE CONTAR AS PALAVRAS!!!!   

Em Qua 27/05/15 19:23, Belmiro Wolski belmirow@yahoo.com.br [ciencialist] ciencialist@yahoogrupos.com.br escreveu:

 
[Anexos de Belmiro Wolski incluídos abaixo]

     Atendendo aos rigorosos ditames da LPC, minha homenagem ao universo. Acrílica sobre tela, 30 cm X 30 cm. Em anexo.
     *BW*

SUBJECT: Re: [ciencialist] Universo [1 Anexo]
FROM: "Pesky Bee" <peskybee2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/05/2015 11:43

Belmiróvsky, mas tu és um artista! E também um poeta!
Tenho certeza de que um dia essa tua tela valerá um
caminhãozarão de dinheirão (mas provavelmente nenhum de
nós estará por aqui, chuif...)
 
*PB*
 

From: Belmiro Wolski belmirow@yahoo.com.br [ciencialist]
Sent: Wednesday, May 27, 2015 7:23 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: [ciencialist] Universo [1 Anexo]
 
[Anexos de Belmiro Wolski incluídos abaixo]
 
 
 
     Atendendo aos rigorosos ditames da LPC, minha homenagem ao universo. Acrílica sobre tela, 30 cm X 30 cm. Em anexo.
 
     *BW*
  
 
 
 

SUBJECT: Re: [ciencialist] Universo
FROM: "Pesky Bee" <peskybee2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/05/2015 11:45

> Ps. INACREDITÁVEL: ESCREVI O NUMERO 17 ANTES DE CONTAR AS PALAVRAS!!!!
 
Calilzófilo, através deste fica vossa senhoria intimado
a recitar os números que sairão na próxima mega-sena.
No aguardo...
 
*PB*
 
 

From: "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]
Sent: Wednesday, May 27, 2015 9:49 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] Universo
 
 
 
Em homenagem ao Nada que Tudo preencherá, LPC faz um minuto de silêncio, produzindo essas 17  palavras.
 
Ps. INACREDITÁVEL: ESCREVI O NUMERO 17 ANTES DE CONTAR AS PALAVRAS!!!!  
 
 
 
 

SUBJECT: Re: [ciencialist] Universo [1 Anexo]
FROM: Tipoalgo <tipoalgo@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/05/2015 11:51

Parabéns Mestre Belmiro,

união das Artes com a Ciência...
Mais partes do cérebro ativas, isso é bom, muito bom!

Abraços Tipoalgo.

Em 27 de maio de 2015 19:23, Belmiro Wolski belmirow@yahoo.com.br [ciencialist] <ciencialist@yahoogrupos.com.br> escreveu:
 
[Anexos de Belmiro Wolski incluídos abaixo]


     Atendendo aos rigorosos ditames da LPC, minha homenagem ao universo. Acrílica sobre tela, 30 cm X 30 cm. Em anexo.

     *BW*



SUBJECT: ENC: Carolina, Carolina.
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/05/2015 14:16

 

Olá,

 

Incrível como a Natureza gera, entre  tantas antas e animais pensantes, uma preciosidade, um poço de criatividade,  como Carolina Maria de Jesus, que, vez ou outra, produz mentes poderosas, com conhecimento intrínseco sobre tal ou qual aspecto.

E não importam as adversidades que tenha que enfrentar, vida afora. Carolina é uma dessas.

 

http://revistapesquisa.fapesp.br/2015/05/15/poetica-de-residuos/

 

Não consigo parar de me surpreender com o funcionamento da mente humana

Sds,

Victor.

 


SUBJECT: Re: Re: [ciencialist] Universo
FROM: "Mtnos Calil" <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/05/2015 15:42

Quantos números (ou algarismos?) tem a mega-sena? 

​**MC***

Em Qui 28/05/15 11:45, Pesky Bee peskybee2@gmail.com [ciencialist] ciencialist@yahoogrupos.com.br escreveu:

 

> Ps. INACREDITÁVEL: ESCREVI O NUMERO 17 ANTES DE CONTAR AS PALAVRAS!!!!
Calilzófilo, através deste fica vossa senhoria intimado
a recitar os números que sairão na próxima mega-sena.
No aguardo...
*PB*

From: "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]
Sent: Wednesday, May 27, 2015 9:49 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] Universo
Em homenagem ao Nada que Tudo preencherá, LPC faz um minuto de silêncio, produzindo essas 17  palavras.
Ps. INACREDITÁVEL: ESCREVI O NUMERO 17 ANTES DE CONTAR AS PALAVRAS!!!!  


SUBJECT: Re: Re: [ciencialist] Universo
FROM: Gilberto Morelli <gilmorelli@yahoo.com>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/05/2015 16:15

São sorteados 6 números de 01 a 60


From: "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Thursday, May 28, 2015 3:42 PM
Subject: Re: Re: [ciencialist] Universo

 
Quantos números (ou algarismos?) tem a mega-sena? 

​**MC***
Em Qui 28/05/15 11:45, Pesky Bee peskybee2@gmail.com [ciencialist] ciencialist@yahoogrupos.com.br escreveu:


 
> Ps. INACREDITÁVEL: ESCREVI O NUMERO 17 ANTES DE CONTAR AS PALAVRAS!!!!
Calilzófilo, através deste fica vossa senhoria intimado
a recitar os números que sairão na próxima mega-sena.
No aguardo...
*PB*

From: "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]
Sent: Wednesday, May 27, 2015 9:49 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] Universo
Em homenagem ao Nada que Tudo preencherá, LPC faz um minuto de silêncio, produzindo essas 17  palavras.
Ps. INACREDITÁVEL: ESCREVI O NUMERO 17 ANTES DE CONTAR AS PALAVRAS!!!!  




SUBJECT: Re: Re: [ciencialist] Universo
FROM: Mtnos Calil <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/05/2015 17:48

Bem... surgiram mais dois números, sendo que um deles me persegue há muitos anos, que é o 23. 
O outro núméro é 35.  Temos então 17, 23 e 35. 
Eu gosto muito do número 23 e odeio o 17. 
Não sei se a causa deste transtorno aritmético é sinestésica ou freudiana. 

Provavelmente vão surgir mais números do que meia dúzia. 
Neste caso teriamos que fazer várias combinações aleatórias. 

Thanks
MC




On Qui 28/05/15 16:15 , "Gilberto Morelli gilmorelli@yahoo.com [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 

São sorteados 6 números de 01 a 60


From: "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]"
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Thursday, May 28, 2015 3:42 PM
Subject: Re: Re: [ciencialist] Universo

 
Quantos números (ou algarismos?) tem a mega-sena? 

​**MC***
Em Qui 28/05/15 11:45, Pesky Bee peskybee2@gmail.com [ciencialist] ciencialist@yahoogrupos.com.br escreveu:


 
> Ps. INACREDITÁVEL: ESCREVI O NUMERO 17 ANTES DE CONTAR AS PALAVRAS!!!!
Calilzófilo, através deste fica vossa senhoria intimado
a recitar os números que sairão na próxima mega-sena.
No aguardo...
*PB*

From: "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]
Sent: Wednesday, May 27, 2015 9:49 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] Universo
Em homenagem ao Nada que Tudo preencherá, LPC faz um minuto de silêncio, produzindo essas 17  palavras.
Ps. INACREDITÁVEL: ESCREVI O NUMERO 17 ANTES DE CONTAR AS PALAVRAS!!!!  





SUBJECT: A serpente da maçã de Eva, direto do Éden
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/05/2015 07:08

Eis a serpente saída diretamente do Jardim do Éden, depois de ter comido a  maçã de Eva, que goistou,  e muitchu:

 

http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2015/05/1635152-avo-das-cobras-possuia-patas-tornozelos-e-dedos-diz-estudo.shtml

 

 

 

Sds,

Victor.

 

 

 

 


SUBJECT: Religião = vírus de computador = trojan = estupidez humana.
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/05/2015 07:31

Olá

Quem discordaria de tão lúcida e acertada metáfora?

 

Claramente, tudo se passa como se assim fosse. Sendo...

 

http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2015/05/1634732-richard-dawkins-diz-que-religiao-e-um-virus-para-a-mente-humana.shtml

 

O danado é que, ao que tudo indica, a religião parece ser  mais que uma infestação virótica, dado que menos que  3% da população mundial é constituída de pessoas que não conseguem enxergar qualquer ligação entre o material e qualquer outra coisa que não o seja; que  não vê qualquer sentido no que chamam de sobrenatural.

 

A estrondosa maioria dos seres viventes acredita, piamente, no contrário. Que há uma vida além desta, que há um Designer que criou tudo e determinou até de que maneira uma folha cai, e que, além disso,  só despenca quando Ele quer.

 

E, sim, Dawkins, tem mais do que razão. Seria de se acrescentar  o seguinte: além de sua essência virótica, a religião, na esteira dessa essência, foi, é, e será um fomentador de guerras, genocídios, e toda sorte de ações que caracterizam a estupidez humana, que é, também, um subproduto do vírus universal, vice-versa.

Conforme a história da humanidade prova, de maneira soberba e farta. CQD.

 

Quem quiser me fazer de churrasco, vou avisando: não é boa idéia, pois emagreci uns 2 kg ultimamente!

 

Sds,

Victor.

 


SUBJECT: Formas muitíssimo variadas de vida, evidências da não existência de um designer.
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/05/2015 07:46

 

Mais uma forma de vida que não era conhecida.

 

http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2015/05/1628719-estranho-dinossauro-da-china-tinha-asas-de-morcego.shtml

 

Há uns anos tenho procurado ler tudo quanto se refere a novas formas de vida, na terra, ar e mar, sobretudo neste. A internet tem publicado muito a respeito. É de espantar, pois isto vai de encontro, ao dogmatiza The Bible, tido, também, como científico.

 

Bem, estou preocupado. Ante tais contra-evidências de sua caótica e improvável existência,  como é que God vai, agora, justificar a criação de tantas e estranhas formas de vida? Pois não vai. Tinha muita graça mesmo!

 

Acho que, numa CPI, Ele ficaria em muitíssimo maus lençóis. Será que já há senador  cuidando de uma?  Só quero ver mesmo com que peripécias linguísticas, argumentos e conceitos,  e sem gaguejar, God irá justificar esses seus projetos,  já concretizados. Sei não, sei não...

 

Sds,

Victor.

 

 


SUBJECT: Re: [ciencialist] Religião = vírus de computador = trojan = estupidez humana.
FROM: Jeff <jeff@jeff.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/05/2015 09:40

 

 

 

Olá

Quem discordaria de tão lúcida e acertada metáfora?

 

Claramente, tudo se passa como se assim fosse. Sendo...

 

http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2015/05/1634732-richard-dawkins-diz-que-religiao-e-um-virus-para-a-mente-humana.shtml

 

O danado é que, ao que tudo indica, a religião parece ser  mais que uma infestação virótica, dado que menos que  3% da população mundial é constituída de pessoas que não conseguem enxergar qualquer ligação entre o material e qualquer outra coisa que não o seja; que  não vê qualquer sentido no que chamam de sobrenatural. A estrondosa maioria dos seres viventes acredita, piamente, no contrário.

Ainda, infelizmente... Mas isso está mudando: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/12/141230_vert_fut_religiao_futuro_ml

 

Que há uma vida além desta, que há um Designer que criou tudo e determinou até de que maneira uma folha cai, e que, além disso, só despenca quando Ele quer.

Incluindo a miséria de 800 milhões de pessoas, que ainda por cima são as mais religiosas... Esse deus é só amor e justiça mesmo :)

 

E, sim, Dawkins, tem mais do que razão. Seria de se acrescentar  o seguinte: além de sua essência virótica, a religião, na esteira dessa essência, foi, é, e será um fomentador de guerras, genocídios, e toda sorte de ações que caracterizam a estupidez humana, que é, também, um subproduto do vírus universal, vice-versa.

Conforme a história da humanidade prova, de maneira soberba e farta. CQD.

Não seriam mais como "doenças meméticas"? Nós herdamos um memeplexo, a nossa cultura, que ainda hoje costuma vir com os memes religiosos, que sobrevivem graças também a ignorância e as desgraças humanas, e que causam uma série de maus comportamentos, sofrimento, bloqueio mental...

[]s,
Jeff.

Quem quiser me fazer de churrasco, vou avisando: não é boa idéia, pois emagreci uns 2 kg ultimamente!

Sds,

Victor.

 

 

 

SUBJECT: Re: [ciencialist] Universo
FROM: "Pesky Bee" <peskybee2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/05/2015 10:52

> O outro núméro é 35.  Temos então 17, 23 e 35
 
O número que me persegue (está sempre na minha cachola)
é o 69. Porque será? hahahahahaha
 
*PB*
 
 
 
From: Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]
Sent: Thursday, May 28, 2015 5:48 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: Re: [ciencialist] Universo
 
 
Bem... surgiram mais dois números, sendo que um deles me persegue há muitos anos, que é o 23. 
O outro núméro é 35.  Temos então 17, 23 e 35.
Eu gosto muito do número 23 e odeio o 17.
Não sei se a causa deste transtorno aritmético é sinestésica ou freudiana.
 
 
Provavelmente vão surgir mais números do que meia dúzia.
Neste caso teriamos que fazer várias combinações aleatórias.
 
 
Thanks
MC
 
 
 
 
 
 

SUBJECT: RES: [ciencialist] Universo [1 Anexo]
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/05/2015 10:53

Caro Belmiro,

 

Os artistas,em geral, têm modos mentais especiais de funcionamento, segundo penso.  São pessoas que conseguem graficar ou expressar em palavras aquilo que lhe vai pela mente; o que a maioria dos mortais não consegue.   Pintores, escritores, músicos, poetas, sobretudo os poetas violeiros, cantadores de repente ocupam um lugar especial no conjunto dos humanos.  Você se encaixa em pelo menos 3 das categorias acima, até onde pude ver. Você mandou, noutra ocasião, uma galeria de quadros de sua autoria.  Para mim, foi uma agradável revelação.

Infelizmente sou um casca grossa nesse mister e...nesses mistérios da mente. Sequer uma quadrinha melada eu consigo fazer, de maneira natural, sem forçar e pensar muito. Mas, felizmente, não tenho problemas com minhas limitações. Agora, já para somar 1+1 até consigo.  E olha que meu pai era poeta, e dos bons.  Só me resta, então, abrir o meu admirador de criações alheias e expor minhas impressões. Que é o que faço agora.

Parabéns, Belmiro. Espero que continue nessa atividade, até mirando sua aposentadoria, que virá aí pelo fim do ano.

 

Sds,

Victor.

 

 

 

  

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br]
Enviada em: quarta-feira, 27 de maio de 2015 19:24
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: [ciencialist] Universo [1 Anexo]

 

 

[Anexos de Belmiro Wolski incluídos abaixo]

 

     Atendendo aos rigorosos ditames da LPC, minha homenagem ao universo. Acrílica sobre tela, 30 cm X 30 cm. Em anexo.

 

     *BW*


SUBJECT: Re: [ciencialist] Religi�o = v�rus de computador = trojan = estupidez humana.
FROM: "Pesky Bee" <peskybee2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/05/2015 10:55

JVictão, concordalhamos na maior parte sobre esses
pensamentóides. Religião tem tudo mesmo para ser um
vírus mental. Mas esse não é o único vírus que aflige
as cucarachas mentais humanóides. Tem vários outros
(ideologias comunistas, por exemplo). Talvez a religião
seja o maior e mais foderoso desses vírus, mas ele tem
em comum com os outros vírus mentais aquela necessidade
de ter respaldo (acolhimento) no hospedeiro que recebe
a porcariada virótica. Com isso quero dizer que o tal
do Homo Sapiens tem, bem lá dentro de sua cachola, um
montaralhão de características mentalófilas que acabam
sendo receptivas para essa virosaiada desgramenta. Tem
gente que consegue ser imunizada (via pensamento racional
e muita ciência na cacúnda), mas tem gente que mesmo
com isso não se desgruda da virosaiada religiosaienta.
 
E o que acho mais interessantóide é que é possível estudar
essas características também levando em conta aspectos
evolucionários. Todos nós temos medo da morte (a evolução
selecionou, privilegiou, todos os que tem isso, quem não
tinha medo da morte sifoudeu, não passou seus genes para
os filhotes). E medo da morte leva o sujeito, para se
"acalmar", a considerar a hipótese de não ser mortal, de
ter "algo" de si que permanece depois que a entropia termina
com seu trabalhinho em nossas células. Daí por diante, mil e
uma teorizófilas estranhafúrdias começam a surgir na cachola
homosapienzana para tentar justificar essa permanência
pós-vida. Some-se a isso uma certa impressão (que acredito
que todos os humanóides tenham) que em uma grande escala
(escala de uma galáxia, por exemplo) os seres humanos são
tão importantes quanto as amebas são para nós. Menos do que
ranho amanhecido de mendigo bêbado (será que mendigo pode
ficar bêbado, pode isso Arnaldo?).
 
*PB*
 
 

From: 'JVictor' j.victor.neto@uol.com.br [ciencialist]
Sent: Friday, May 29, 2015 7:31 AM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: [ciencialist] Religião = vírus de computador = trojan = estupidez humana.
 

Olá
 
Quem discordaria de tão lúcida e acertada metáfora?
 
Claramente, tudo se passa como se assim fosse. Sendo...
 
 
O danado é que, ao que tudo indica, a religião parece ser  mais que uma infestação virótica, dado que menos que  3% da população mundial é constituída de pessoas que não conseguem enxergar qualquer ligação entre o material e qualquer outra coisa que não o seja; que  não vê qualquer sentido no que chamam de sobrenatural.
 
A estrondosa maioria dos seres viventes acredita, piamente, no contrário. Que há uma vida além desta, que há um Designer que criou tudo e determinou até de que maneira uma folha cai, e que, além disso,  só despenca quando Ele quer.
 
E, sim, Dawkins, tem mais do que razão. Seria de se acrescentar  o seguinte: além de sua essência virótica, a religião, na esteira dessa essência, foi, é, e será um fomentador de guerras, genocídios, e toda sorte de ações que caracterizam a estupidez humana, que é, também, um subproduto do vírus universal, vice-versa.
 
Conforme a história da humanidade prova, de maneira soberba e farta. CQD.
 
Quem quiser me fazer de churrasco, vou avisando: não é boa idéia, pois emagreci uns 2 kg ultimamente!
 
 
 
Sds,
 
Victor.
 
 
 
 
 

SUBJECT: RES: [ciencialist] Religião = vírus de computador = trojan = estupidez humana.
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/05/2015 11:30

Pesky,

 

Mas esse não é o único vírus que aflige as cucarachas mentais humanóides.”

 

Certamente que não. Mas é um dos fatores que têm o maior peso. E, sim, ela resulta mesmo do medo da morte, que é ancestral. Vem desde os primórdios do homem. A história da evolução do ser humano indica que  foi a própria Natureza, em seu natural funcionamento,  que serviu de ingrediente para as concepções então geradas.

Tudo leva a sustentar que o medo da morte é a estrela vilã do elenco de causas. Nada foi criado em termos de estrutura de sustentação e evolução da humanidade sem o dedo desse astro indesejável.

 

Liás, liás, seria bom saber quando o tal  chega... para, então,  mudar de endereço!

Que ninguém é besta...

 

Sds,

Victor.

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br]
Enviada em: sexta-feira, 29 de maio de 2015 10:56
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [ciencialist] Religião = vírus de computador = trojan = estupidez humana.

 

 

JVictão, concordalhamos na maior parte sobre esses

pensamentóides. Religião tem tudo mesmo para ser um

vírus mental. Mas esse não é o único vírus que aflige

as cucarachas mentais humanóides. Tem vários outros

(ideologias comunistas, por exemplo). Talvez a religião

seja o maior e mais foderoso desses vírus, mas ele tem

em comum com os outros vírus mentais aquela necessidade

de ter respaldo (acolhimento) no hospedeiro que recebe

a porcariada virótica. Com isso quero dizer que o tal

do Homo Sapiens tem, bem lá dentro de sua cachola, um

montaralhão de características mentalófilas que acabam

sendo receptivas para essa virosaiada desgramenta. Tem

gente que consegue ser imunizada (via pensamento racional

e muita ciência na cacúnda), mas tem gente que mesmo

com isso não se desgruda da virosaiada religiosaienta.

 

E o que acho mais interessantóide é que é possível estudar

essas características também levando em conta aspectos

evolucionários. Todos nós temos medo da morte (a evolução

selecionou, privilegiou, todos os que tem isso, quem não

tinha medo da morte sifoudeu, não passou seus genes para

os filhotes). E medo da morte leva o sujeito, para se

"acalmar", a considerar a hipótese de não ser mortal, de

ter "algo" de si que permanece depois que a entropia termina

com seu trabalhinho em nossas células. Daí por diante, mil e

uma teorizófilas estranhafúrdias começam a surgir na cachola

homosapienzana para tentar justificar essa permanência

pós-vida. Some-se a isso uma certa impressão (que acredito

que todos os humanóides tenham) que em uma grande escala

(escala de uma galáxia, por exemplo) os seres humanos são

tão importantes quanto as amebas são para nós. Menos do que

ranho amanhecido de mendigo bêbado (será que mendigo pode

ficar bêbado, pode isso Arnaldo?).

 

*PB*

 

 


From: 'JVictor' j.victor.neto@uol.com.br [ciencialist]
Sent: Friday, May 29, 2015 7:31 AM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: [ciencialist] Religião = vírus de computador = trojan = estupidez humana.

 


Olá

 

Quem discordaria de tão lúcida e acertada metáfora?

 

Claramente, tudo se passa como se assim fosse. Sendo...

 

 

O danado é que, ao que tudo indica, a religião parece ser  mais que uma infestação virótica, dado que menos que  3% da população mundial é constituída de pessoas que não conseguem enxergar qualquer ligação entre o material e qualquer outra coisa que não o seja; que  não vê qualquer sentido no que chamam de sobrenatural.

 

A estrondosa maioria dos seres viventes acredita, piamente, no contrário. Que há uma vida além desta, que há um Designer que criou tudo e determinou até de que maneira uma folha cai, e que, além disso,  só despenca quando Ele quer.

 

E, sim, Dawkins, tem mais do que razão. Seria de se acrescentar  o seguinte: além de sua essência virótica, a religião, na esteira dessa essência, foi, é, e será um fomentador de guerras, genocídios, e toda sorte de ações que caracterizam a estupidez humana, que é, também, um subproduto do vírus universal, vice-versa.

 

Conforme a história da humanidade prova, de maneira soberba e farta. CQD.

 

Quem quiser me fazer de churrasco, vou avisando: não é boa idéia, pois emagreci uns 2 kg ultimamente!

 

 

 

Sds,

 

Victor.

 

 

 

 

 


SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Universo
FROM: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/05/2015 16:45

Victor!

*:) feliz*:) feliz*:) feliz*:) feliz*:) feliz*:) feliz*:) feliz!!!

*BW*



Em Sexta-feira, 29 de Maio de 2015 12:11, "'JVictor' j.victor.neto@uol.com.br [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br> escreveu:


 
Caro Belmiro,
 
Os artistas,em geral, têm modos mentais especiais de funcionamento, segundo penso.  São pessoas que conseguem graficar ou expressar em palavras aquilo que lhe vai pela mente; o que a maioria dos mortais não consegue.   Pintores, escritores, músicos, poetas, sobretudo os poetas violeiros, cantadores de repente ocupam um lugar especial no conjunto dos humanos.  Você se encaixa em pelo menos 3 das categorias acima, até onde pude ver. Você mandou, noutra ocasião, uma galeria de quadros de sua autoria.  Para mim, foi uma agradável revelação.
Infelizmente sou um casca grossa nesse mister e...nesses mistérios da mente. Sequer uma quadrinha melada eu consigo fazer, de maneira natural, sem forçar e pensar muito. Mas, felizmente, não tenho problemas com minhas limitações. Agora, já para somar 1+1 até consigo.  E olha que meu pai era poeta, e dos bons.  Só me resta, então, abrir o meu admirador de criações alheias e expor minhas impressões. Que é o que faço agora.
Parabéns, Belmiro. Espero que continue nessa atividade, até mirando sua aposentadoria, que virá aí pelo fim do ano.
 
Sds,
Victor.
 
 
 
  
 
 
De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br]
Enviada em: quarta-feira, 27 de maio de 2015 19:24
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: [ciencialist] Universo [1 Anexo]
 
 
[Anexos de Belmiro Wolski incluídos abaixo]
 
     Atendendo aos rigorosos ditames da LPC, minha homenagem ao universo. Acrílica sobre tela, 30 cm X 30 cm. Em anexo.
 
     *BW*



SUBJECT: Richard Dawkins é castigado por God... Cuidado, meu cientista!
FROM: Mtnos Calil <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/05/2015 17:22

by Richard Dawkins 28th May, 2015

I should be well on my way to Los Angeles by now. I’m actually still in São Paulo. Tripped on my way down the walkway to my plane, fell on my head, broke my glasses and noticed blood all over the floor. My glasses must have cut me.

Unfortunately (as I thought at the time), the passenger ahead of me was a doctor. He took one look, said I needed stitches, and from then on my fate was sealed. Nothing would persuade the officials to let me on the plane. “A doctor” had pronounced. Paramedics were summoned. They were very kind, kept saying they’d take care of me. I kept saying I don’t want to be taken care of, I want to get on the plane. To no avail. They bandaged my head like Basil Fawlty in the “Don’t mention the war” episode, put me in a wheel chair (although I was perfectly capable of walking), and took me off to some kind of office, where I did a bit of waiting around.

Meanwhile, my plane took off.

Bright spot: They managed to get my suitcase off the plane, and they brought it to me.

Less bright spot: They refused to let me take it with me in the ambulance.

Bright spot: I finally persuaded them to let me take it.

Blurred spot: My glasses broken, I couldn’t see.

Very bright spot: I remembered that I had, at the last moment before leaving home, shoved in my case an obsolete (only just) pair of glasses. So I can now see.

In the hospital I was impressed by how little waiting around there was. British experience had prepared me for long hours in Accident and Emergency, and it was already nearly midnight. But no, they saw to me almost immediately. None of the nurses, or the paramedics still with me, spoke a word of English and I regret that I don’t speak a word of Portuguese, so I felt rather adrift in an alien world. Then the doctor came, and he spoke good English. He gave me five stitches in two cuts: two stitches above the right eyebrow, three in the forehead. The anaesthetic injections hurt, but they did their job because the stitches didn’t hurt at all. I shall have scars.

So it looks as though I maligned the kind doctor on the walkway ahead of me. Looks as though I really did need stitches, and the paramedics were right to bar my efforts to push past them onto the plane. Sorry doctor. Sorry paramedics. You were right.

American Airlines gave me vouchers for an airport hotel, which is where I now am. And where I shall be all tomorrow, kicking my heels waiting to catch tomorrow’s equivalent of tonight’s plane, the one I should be on, now presumably somewhere over the Amazon jungle.

Fortunately, the man I was supposed to have lunch with in Los Angeles tomorrow had to cancel to go abroad, so I won’t be missing lunch with him. Yes I will. I will be missing lunch with him but I would have done anyway. But it’s still kind of fortunate in a silly, illogical way. Very illogical, but you know what I mean.

Obviously time to (try to) sleep.

 https://richarddawkins.net/2015/05/letter-from-brazil-part-2-got-in-a-fight-with-a-creationist/

* * * *

29th May 2015

Woke up to find I have a prominent black eye, as in shiner. Never really understood why that is such a sensitive litmus test of almost any kind of blow in the region. I don’t know whether it’s related but on both the last two times I was stung by a bee, once on the thumb and once on the foot, the main response was that one eye swelled shut.

The doctor must have done a good job yesterday, though, because the stitches don’t hurt at all: less than my hand which I didn’t even notice was bleeding when I was in the hospital.

Now to get on with some reading. There’s notning else to do. See you tomorrow, Los Angeles. Apologies for any dates I’ve missed, and hope the jetlag won’t show too badly in my on stage conversation with Michael Shermer.



SUBJECT: Re: Re: [ciencialist] Religião = vírus de computador = trojan = estupidez humana.
FROM: "Mtnos Calil" <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/05/2015 19:01



Hello PB. 

O Steven Pinker (foto acima) mandou um abraço para você. Vou ser sucinto como nunca fui na vida, resumindo dois milhões de palavras em apenas 504: 

=====================================================================

1. A religião é um produto da criação humana que tem a dupla função de dar algum alívio ao medo da morte e de explicar os mistérios da vida e do universo. 

2. O cérebro humano não se desenvolveu levando em conta o bem comum. A falta de harmonia que se vê hoje entre os humanos em nada difere do espirito selvagem que dominava o homem primitivo. Nós continuamos sob o domininio desta cultura ancestral, como Hitler e Stalin recentemente provaram. E hoje vivemos sob a égide de um capitalismo selvagem e psicopata, como revelam alguns fenômenos anti-sociais bem conhecidos:
  •  a concentração esquizofrênica da renda (cerca de 80 pessoas concentram riqueza equivalente à possuida por 3,5 bilhões de humanóides),
  • a destruição do meio ambiente ( ressalva: o homem está destruindo apenas a parte do meio ambiente da qual ele precisa para viver, mas não o planeta, como muitos têm dito!  - imaginar que o homem possa destruir o planeta é o mesmo que atribuir a uma formiga força suficiente para derrotar um elefante. 
  • violência incontrolável: até antes da 2a. guerra mundial  a agressividade e a loucura dos homens foram controladas de modo a evitar uma catástrofe global; como os psicopatas do poder não são suicidas eles farão tudo que estiver ao seu alcance para evitar uma 3a. guerra mundial; porém, nem eles podem ter certeza a respeito de sua capacidade de controle, pois continuam fazendo exibições espetaculares do seu poderio militar.
3. Sociólogos, fílósofos e outros culturalistas das ciências humanas continuam teimosamente se recusando a aceitar as leis gerais da evolução revelando assim a mesma conduta dos fundamentalistas religiosos ( a religião está dividida em várias correntes sendo que algumas delas estão se humanizando, como revela a conduta do atual Papa da Igreja Católica; o protestantismo já havia dado o sinal deste processo de se colocar uma boa parte da religião aqui na terra, doutrina que os evangélicos estão adotando no Brasil) 

4. O cérebro humano está dividido em dois hemisférios ou regiões que ainda não foram bem identificados pela ciência - uma irracional e outra irracional. (uso estes termos no sentido de, respectivamente, selvagem e civilizado).

5. O cérebro é uma obra construida por trabalhadores crueis e egoistas, chamados genes, que impuseram à espécie humana uma ditadura genética implacável e invencível. Alguns humanos têm conhecimento disso mas não detêm nenhum poder para enfrentar essa ditadura que está nas mãos de políticos e empresários psicopatas. São eles os agentes principais da ditadura genética. Tudo que nossa pobre humanidade pode fazer e obter algumas concessões desta ditadura esquizofrenica que é capaz de feitos surrealistas como este: enquanto um bilhão de humanos estão obesos, outro bilhão passa fome.  

Mtnos Calil 
Ideologia Zero, Simulacro Zero. 

Ps1. Estes 5 tópicos estão baseados numa ampla bibliografia. Mas, felizmente, basta citar dois autores como referência para justificar o tom assertório e peremptório das afirmações feitas:  Richard Dawkins e Steven Pinker. 
Ps2. Foram 504 palavras e não 675 como eu tinha imaginado. E agora, qual destes números vamos usar na megasena? 

==============================================================================

 

Steven Pinker
Short Bio

Steven Pinker is an experimental psychologist and one of the world’s foremost writers on language, mind, and human nature. Currently Johnstone Family Professor of Psychology at Harvard University, Pinker has also taught at Stanford and MIT. His research on visual cognition and the psychology of language has won prizes from the National Academy of Sciences, the Royal Institution of Great Britain, the Cognitive Neuroscience Society, and the American Psychological Association. He has also received eight honorary doctorates, several teaching awards at MIT and Harvard, and numerous prizes for his books The Language InstinctHow the Mind Works, The Blank Slate, and The Better Angels of Our Nature. He is Chair of the Usage Panel of the American Heritage Dictionary, and often writes for The New York Times, Time, and The New Republic. He has been named Humanist of the Year, Prospect magazine’s “The World’s Top 100 Public Intellectuals,”Foreign Policy’s “100 Global Thinkers,” and Time magazine’s “The 100 Most Influential People in the World Today.”


Richard Dawkins punished by God in Sao Paulo

One of the most respected scientists in the world and the biggest draw in secularism, Richard Dawkins always generates impressive crowds when visiting North America. Secularism is sweeping America as a movement, and Richard Dawkins is the catalyst who galvanizes it.

From 1995 to 2008 Richard Dawkins was the Charles Simonyi Professor of the Public Understanding of Science at Oxford University. He is an internationally best-selling author.  Among his books are The Ancestor’s TaleThe Selfish GeneThe Blind WatchmakerClimbing Mount ImprobableUnweaving the RainbowA Devil’s ChaplainThe God DelusionThe Greatest Show on Earth and The Magic of Reality.  His most recent book is his autobiography, An Appetite for Wonder.

He is a Fellow of the Royal Society and of the Royal Society of Literature.  His around-the-world speaking tour is the focus of a recent documentary “The Unbelievers” which also features appearances by Woody Allen, Stephen Colbert, Cameron Diaz, Ian McEwan, Ricky Gervais, Stephen Hawking, Eddie Izzard, Bill Pullman, and Sarah Silverman





Em Sex 29/05/15 10:55, Pesky Bee peskybee2@gmail.com [ciencialist] ciencialist@yahoogrupos.com.br escreveu:

 

JVictão, concordalhamos na maior parte sobre esses
pensamentóides. Religião tem tudo mesmo para ser um
vírus mental. Mas esse não é o único vírus que aflige
as cucarachas mentais humanóides. Tem vários outros
(ideologias comunistas, por exemplo). Talvez a religião
seja o maior e mais foderoso desses vírus, mas ele tem
em comum com os outros vírus mentais aquela necessidade
de ter respaldo (acolhimento) no hospedeiro que recebe
a porcariada virótica. Com isso quero dizer que o tal
do Homo Sapiens tem, bem lá dentro de sua cachola, um
montaralhão de características mentalófilas que acabam
sendo receptivas para essa virosaiada desgramenta. Tem
gente que consegue ser imunizada (via pensamento racional
e muita ciência na cacúnda), mas tem gente que mesmo
com isso não se desgruda da virosaiada religiosaienta.
 
E o que acho mais interessantóide é que é possível estudar
essas características também levando em conta aspectos
evolucionários. Todos nós temos medo da morte (a evolução
selecionou, privilegiou, todos os que tem isso, quem não
tinha medo da morte sifoudeu, não passou seus genes para
os filhotes). E medo da morte leva o sujeito, para se
"acalmar", a considerar a hipótese de não ser mortal, de
ter "algo" de si que permanece depois que a entropia termina
com seu trabalhinho em nossas células. Daí por diante, mil e
uma teorizófilas estranhafúrdias começam a surgir na cachola
homosapienzana para tentar justificar essa permanência
pós-vida. Some-se a isso uma certa impressão (que acredito
que todos os humanóides tenham) que em uma grande escala
(escala de uma galáxia, por exemplo) os seres humanos são
tão importantes quanto as amebas são para nós. Menos do que
ranho amanhecido de mendigo bêbado (será que mendigo pode
ficar bêbado, pode isso Arnaldo?).
 
*PB*
 
 

From: 'JVictor' j.victor.neto@uol.com.br [ciencialist]
Sent: Friday, May 29, 2015 7:31 AM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: [ciencialist] Religião = vírus de computador = trojan = estupidez humana.
 

Olá
 
Quem discordaria de tão lúcida e acertada metáfora?
 
Claramente, tudo se passa como se assim fosse. Sendo...
 
 
O danado é que, ao que tudo indica, a religião parece ser  mais que uma infestação virótica, dado que menos que  3% da população mundial é constituída de pessoas que não conseguem enxergar qualquer ligação entre o material e qualquer outra coisa que não o seja; que  não vê qualquer sentido no que chamam de sobrenatural.
 
A estrondosa maioria dos seres viventes acredita, piamente, no contrário. Que há uma vida além desta, que há um Designer que criou tudo e determinou até de que maneira uma folha cai, e que, além disso,  só despenca quando Ele quer.
 
E, sim, Dawkins, tem mais do que razão. Seria de se acrescentar  o seguinte: além de sua essência virótica, a religião, na esteira dessa essência, foi, é, e será um fomentador de guerras, genocídios, e toda sorte de ações que caracterizam a estupidez humana, que é, também, um subproduto do vírus universal, vice-versa.
 
Conforme a história da humanidade prova, de maneira soberba e farta. CQD.
 
Quem quiser me fazer de churrasco, vou avisando: não é boa idéia, pois emagreci uns 2 kg ultimamente!
 
 
 
Sds,
 
Victor.
 

SUBJECT: Ciência da filosofia X Filosofia da Ciência - 1
FROM: Mtnos Calil <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/05/2015 16:11

"A abordagem cientifica da filosofia consiste num diagnóstico lógico-cientifico visando a remoção clínica de todos os seus conceitos metafísicos e ideológicos".  Triturador Lógico*

* O Triturador Lógico é um personagem criado por mim e que desfruta de uma ampla, geral, irrestrita e radical liberdade para expor suas idéias. Para usufruir ao máximo desta liberdade de pensamento, ele vive em estado de brainstorm. (tempestade de idéias) Eu concordo com algumas de suas  hipóteses ou teorias, depois de devidamente filtradas na 2a. etapa do brainstorm, a qual consiste na análise lógica do produto das tempestades. Mas isso pouco importa. O que importa são as idéias, não interessando em nada, no caso, quem seja seu autor. Quando assistimos, por exemplo, a uma peça de teatro, ficamos envolvidos com o que acontece no palco e não com o autor da peça. O ideal seria nem sabermos quem escreveu a peça para assim não sofrermos uma influência ideológica do tipo: "Ah... se foi Shakespeare quem escreveu essa peça então temos que dar o máximo de importância a ela". Segundo o Triturador Lógico todos os textos escritos pelo homem deveriam ficar no anonimato. pois assim teriamos que usar a nossa própria cabeça para analisar os textos. Essa utopia ele justifica com essas palavras de autoria do filósofo francês Michel Foucault:

“Na escrita, não se trata da manifestação ou da exaltação do gesto de escrever, nem da fixação de um sujeito numa linguagem; é uma questão de abertura de um espaço onde o sujeito da escrita está sempre a desaparecer”

Mtnos Calil

Ps. Para a redação deste texto foram utilizadas 927 palavras. Todos os textos desta série terão no máximo mil  palavras.

                                  Ciência da filosofia X Filosofia da Ciência  - 1

Por Triturador Lógico 

O primeiro conceito a ser eliminado da filosofia  é o da "filosofia da ciência". 

A ciência não tem mais nada a ver com a filosofia e se desenvolve com uma metodologia assim resumida por Pesky Bee:*

"qualquer elaboração mental capaz de fazer teorizações e predições falseáveis e testáveis teria uma forte qualificação para constituir uma disciplina científica"

*Pesky Bee é o apelido de um autor anônimo que divulga seus textos num grupo de discussão da internet denominado "Ciencialist". Por razões que desconheço ele adora falar palavrões. Provavelmente é por isso que ele se protege com o anonimato. Infelizmente eu não posso usar palavrões pois o meu criador me proíbiu terminantemente de usufruir desta liberdade linguística.

A filosofia teve a função de preencher o espaço deixado pela ciência. Após o vertiginoso desenvolvimento da ciência nos ultimos 100 anos, a  filosofia da ciência teria que ser feita agora dentro da própria ciência. Mas como isso representaria a morte da filosofia, que embora esteja moribunda tem ainda muito tempo de vida - ou pode até ter vida eterna como a religião - uma "ciência da filosofia" teria a função de SELECIONAR nas obras dos filósofos aquilo que tem interesse para a ciência. Essa seleção deveria é claro ser feita com espírito cientifico. Mas atenção: não confundam espirito cientifico com ciência, pois muitos dos próprios cientistas nem sabem o que é espírito cientifico! Prova disso é que eles fazem ciência sem a menor procupação de definir o que é ciência. Que dirá então "espirito cientifico"! Um filósofo da ciência escreveu o livro "O que é ciência afinal?" para no ultimo capítulo qualificar sua própria pergunta como arrogante. E é um dos mais respeitados filósofos da ciência!  Se ele não sabe o que é ciência não pode saber, obviamente  o que é filosofia da ciência. Quer saber o nome dele? Aí vai: A. F. Chalmers.

Para proceder a essa lógico-terapia da filosofia, temos que recorrer obviamente a uma metodologia cientifica. Um dos elementos chaves desta metodologia é a ideologia zero que consiste numa leitura isenta de qualquer part pris , pré-julgamento, \ou interpretação pessoal.

Se por exemplo um filosófo acredita em Deus, isso não significa que TUDO que ele escreveu deve ser deletado na lixeira da ciência. A leitura zero-ideológica de qualquer texto não leva em conta o "con-texto" em que cada frase foi escrita. Atribui-se a Cristo a seguinte frase: "Perdoai aqueles que se arrependerem do mal cometido". Essa frase pode ser considerada cientifica ou iluminada pelo espirito cientifico, pois encerra uma recomendação ética válida para as relações humanas aqui na terra. A ideologia zero é um dos elementos essenciais do espírito científico.*

*A Ideologia Zero ESTADO MENTAL a partir do qual, ao olhar para qualquer aspecto da realidade, o cidadão deixa de lado suas crenças e desejos, adotando este principio básico da ciência: todas as idéias e teorias devem levar em conta, no processo da sua elaboração, o fato de que deverão ser submetidas à prova, com base na metodologia científica. A ética é um elemento fundamental da definição da Ideologia Zero, sendo que a ISENÇÃO é um elemento essencial da ética. Ocorre que muitas vezes para seremos isentos, temos que aceitar o não saber. Como o ser humano não tolera não saber, buscando explicação para tudo e não aceitando que a mente humana tem limitações que o impedem saber de tudo, ele cria explicações que satisfazem os seus desejos ou ilusões, ferindo assim a isenção ética. 

Em síntese, a  ideologia zero é um estado mental isento de: Fé, Crenças, Desejos, Wishfulthinking (pensamento-desejo), Ilusões, Auto-engano, Hipocrisia (consciente ou inconsciente),Transtornos emocionais, Transtornos mentais. Esse estado mental não pode, obviamente ocupar a mente do individuo o tempo todo. 

 Obs. A construção desta definição da Ideologia Zero obedece a uma metodologia baseada neste principio: todos os conceitos apresentados na definição, como fé, crença, desejo, etc. têm também que ser definidos.

(continua)



SUBJECT: A maior crise da História do Brasil
FROM: Mtnos Calil <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: <maoslimpasbrasil@yahoogrupos.com.br>
CC: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, <indianotransparencia@yahoogrupos.com.br>
DATE: 31/05/2015 20:17

Estamos vivendo hoje a maior crise da historia do Brasil?

1. Significado do termo “crise”.

Entendo por crise um transtorno do funcionamento de qualquer sistema.  As crises podem ser classificadas em  3 categorias do que diz respeito ao seu ciclo de duração:

a) Crises de curta duração

b) Crises de longa duração

c) Crises permanentes

As crises permanentes se diferenciam das outras por manterem os sistemas  afetados   num estado de razoável equilíbrio permitindo o seu funcionamento “normal”.

2. Significado do termo “normal”

O conceito de normalidade é, porém, bastante subjetivo. Por exemplo um dos maiores e mais respeitados filósofos da história da humanidade – Aristóteles – considerava a escravidão uma coisa normal.  Na sua  época a maioria da população grega era de escravos.  Se ele manifestasse essa opinião hoje, seria internado num manicômio. Veja como é curiosa a nossa humanidade: o que ontem era considerado normal hoje é considerado loucura – ou no caso do trabalho escravo, um CRIME!

Ontem o normal era o casamento entre pessoas de sexo diferente. Hoje é normal – e em muitos países é legal – dois homens ou duas mulheres casarem em cartório. Ontem o normal era uma criança ser educada por um homem e por uma mulher. Dizem os psicólogos normais que isso era necessário para que a criança do sexo masculino  visse no pai uma referência para o modelo de homem e a criança do sexo feminino visse na mãe uma referência para o modelo de mulher. Mas hoje é “normal” uma menina ser educada por dois pais do mesmo sexo masculino.

Outra coisa que sempre foi normal e que continuará sendo nos próximos séculos ou milênios é a divisão da sociedade nas chamadas “classes sociais” entre pobres e ricos.  Recentemente, com o advento do capitalismo formou-se a 3ª. classe, chamada “média”.  Entre os 7 bilhões de humanóides que habitam a terra hoje, temos um bilhão de famintos e um bilhão de obesos. Nada mais normal, pois essa diferença de peso se deve à divisão entre as classes sociais.

E a guerra é normal? Claro que é!  Desde a pré-história, quando o homem vivia em tribos existia a guerra. A desculpa dos nossos antepassados para invadir o território de outras tribos, estuprar as mulheres, ter o prazer de matar os inimigos para depois escravizar os sobreviventes, era a seguinte: “se nós não tomarmos a iniciativa de massacrar os nossos rivais, invadindo seu território, eles farão isso conosco!”

Mas nem todas as tribos usavam essa desculpa. Muitas percorriam longas distâncias para “colonizar” outras “nações indígenas”. O colonialismo recente praticado por nações modernas, como fez a Inglaterra com a India, não precisa de nenhuma desculpa. E o Brasil se tornou uma nação “Independente”?  Bem...isso “depende” do significado que atribuímos ao termo independente, o que veremos na parte final deste artiguete, que aborda a crise econômica. 

3. E a crise que atravessamos hoje no Brasil, seria mesmo a maior de nossa História?

Isso também depende do significado que atribuímos ao termo “maior”. Maior em que? Em número de mortos, por exemplo?  A maior crise dos últimos 100 anos não teria sido por exemplo a revolução constitucionalista de 32 que tinha o objetivo de derrubar a ditadura de Getúlio Vargas? Quantos morreram nesta guerra? Nem precisamos saber este número, pois hoje o Brasil é um dos campeões mundiais de homicídios com cerca de 50 mil ou mais assassinatos POR ANO. Em dez anos este número equivale a varias guerras!  

Então o crime de homicídio virou uma coisa normal no Brasil? Virou sim!!! Mas que loucura é essa -você perguntaria. Para que temos tantas prisões no país? Meu amigo, no mundo doido em que vivemos, as prisões estão sendo utilizadas como verdadeiras escolas do crime. Os bandidos se organizam nas cadeias, que passaram a ser sedes do crime organizado. O latrocínio virou uma coisa normal na sociedade brasileira. 50 mil assassinatos por ano constitui uma fração mínima de nossa população de 200 milhões. E se dobrarmos esse número para 100 mil por ano, em nada isso vai afetar a nossa vida, pois já nos acostumamos com a idéia de que a chance de cada um de nós ser vitima de um latrocínio é estatisticamente desprezível. Mas, mesmo assim temos medo de sermos assaltados quando saímos às ruas. E se por azar um dos membros de nossa família for assaltado ou morto, isto certamente não será surpresa para nós.

É melhor então excluirmos da nossa crise, a violência, pois esta já foi incorporada pelo sistema. Estamos já devidamente preparados para vivermos uns 50 anos neste estado de violência. Haja vista que alguns especialistas em segurança pública vem dizendo, com todas as letras, que o nosso sistema de segurança está literalmente FALIDO. E o pior é que temos outra escola do crime – essa até agora não reconhecida por ninguém – que é a mídia, e particularmente as nossas emissoras de TV abertas.

QUE É ISSO?  ESSE CARA TÁ DOIDO? COMO É QUE ELE DIZ QUE A MÍDIA VIROU ESCOLA DO CRIME?

Calma, meu amigo. Eu explico! A coisa é muito mais simples do que parece. Ocorre que todos os dias as emissoras da TV aberta, que atingem a grande maioria da população do Brasil, incluindo é claro, os ladrões profissionais e os amadores em fase de treinamento, MOSTRA EM DETALHES como os crimes são praticados. No primeiro dia que eu vi  na TV a cena espetacular de um bebê encontrado no lixo, não tive a menor dúvida que veria outras vezes a mesma cena . Ora é simples de entender isso – algumas mulheres que não queriam ter o filho se livram dele desta forma que a televisão mostra. O mesmo fenômeno (chamado na psicologia de “efeito exemplaridade”) se repete, é claro com os assaltos que agora apresentam uma novidade carioca:  os jovens assaltantes do Rio estão esfaqueando suas vitimas. As vezes eles movimentam a faca de cozinha apenas para assustar os portadores de celulares, mas acabam sem querer esfolando o braço ou mesmo o rosto dos dependentes do novo vicio que está tomando contando do planeta. (Você já contou quantos viciados em celular existem na sua família? Você é um deles? Tudo bem. Vamos em frente, que atrás vem gente carregando um celular.)

Então fica assim justificado (ou pelo menos explicado)  porque não vamos considerar a violência como um dos elementos desta suposta maior crise da história do Brasil. Mas antes de prosseguir, gostaria que você desse olhada nesta reportagem da Globo feita recentemente em Paris –

https://www.youtube.com/watch?v=AZjZt7tutd4

Você achava que na França a legislação é mais severa que no Brasil? Ledo engano. Meninas adolescentes MUITO BEM VESTIDAS estão batendo carteiras e roubando bolsas e malas em Paris onde usufruem um nivel de vida de classe média alta, nas barbas dos juízes franceses que como quaisquer outros, são fiéis cumpridores das leis, mesmo que estas leis sejam absurdas. As moças pertencem à categoria dos profissionais atuando na França, chamados “Pickpockets”  (na linguagem vulgar, batedores de carteiras)

Como a Globo News fez uma excelente reportagem mostrando todos os detalhes do trabalho realizado por esta facção elegante do crime organizado na Europa, é de se supor que essa novidade vá se espalhar pelo mundo.  

E as emissoras de TV de todo o mundo vão continuar fazendo propaganda de todas as modalidades do crime? Sim, vão continuar porque com este tipo de programação conquistam a audiência que precisam para justificar o investimento dos anunciantes. Olha que coisa curiosa: com o patrocínio das empresas, a mídia promove o crime! Dá pra entender um absurdo desses? Porque fazem isso, prejudicando seus próprios interesses? – afinal nenhum empresário ou dono de emissora de televisão quer correr o risco de ser sequestrado. 

Eles promovem o crime porque os telespectadores GOSTAM DE ASSISTIR CENAS DE VIOLÊNCIA E SUSPENSE. Todos os dias, todas as emissoras abertas, passam muitas horas por dia exibindo cenas de todas as modalidades de crime. E com uma vantagem – no caso a realidade supera a ficção que aparece nos filmes de cinema. Se a ficção já provocava emoções, imagine então a realidade de ver um bebê sendo retirado de um saco de lixo!

Se os telespectadores gostassem de ver todos os dias cenas marcadas por paz e harmonia entre os homens, a audiência do Ibope despencaria e as emissoras de TV iriam à falência, o que alias já está acontecendo com alguns jornais, mas devido à internet. 

Porque os telespectadores adoram cenas de violência e suspense? Pela simples razão de que isso mexe com suas EMOÇÕES. Se o ser humano não fosse tão emocional pode ter certeza que a nossa sociedade seria muito mais pacifica. Ocorre que a emoção tem a função demoníaca de mutilar a razão e esse transtorno é incurável porque faz parte da natureza humana. Não foi criado pela cultura como desejam os otimistas e sim por nossa estrutura genética que é a mesma de 40 mil anos atrás. Nós não completamos o nosso processo civilizatório porque continuamos sendo governados pela mesmas forças instintivas que no passado foram essenciais para a nossa sobrevivência – afinal para enfrentar leões e outros bichos da selva, só mesmo apelando para os instintos!

4. A configuração trinitária da maior crise da história do Brasil.

Deixando de lado os crimes violentos, os três elementos básicos da nossa crise “conjuntural” são: o econômico, o social e o político.

 4.1 A crise política

Essa crise é decorrente principalmente do fato desta atividade ter se profissionalizado, com a agravante de que os políticos trabalham com o dinheiro dos outros. É raríssimo um político tirar dinheiro do próprio bolso para fazer a sua campanha eleitoral que é financiada por empresas, as quais obviamente investem seu dinheiro visando o ROI (sigla  consagrada no mercado para designar o retorno sobre o investimento; as campanhas custam muito dinheiro e por isso são financiadas pelas empresas).

Não existe modo mais eficiente de enriquecer no Brasil do que se dedicar a esta atividade PROFISSIONAL. E como em todas as profissões, na política também  existem ladrões e vigaristas. Frequentemente eu sou alertado para não generalizar, mas meus críticos nunca informam qual é a porcentagem dos políticos honestos existentes no Brasil. Das milhares de prefeituras existentes no país, em quantas não se pratica a corrupção? Infelizmente o IBGE não criou ainda uma metodologia de pesquisa para apurar essa estatística. Ora todo o mundo sabe, inclusive os nossos juízes, que a corrupção está institucionalizada em nosso país – e não apenas na política, é claro.

Eles sabem também que tal institucionalização é amplamente facilitada pelas leis das quais eles são fiéis seguidores. Ora se a corrupção está institucionalizada e se isso for um elemento importante da crise política, ela vai ter uma longuíssima duração, pois o dinheiro tem um poder de atração irresistível. Assim como outras modalidades de crime, a corrupção vai continuar, obviamente, ao longo deste milênio.

Fala-se muito em reforma política. Mas se cabe aos próprios políticos fazerem essa reforma, é claro que ela não pode ser nem profunda nem radical. Eis outra coisa considerada absolutamente normal: os políticos fazerem as leis que os juízes devem obedecer. Ora bolas – se os políticos fazem as leis, é óbvio que algumas destas leis são feitas para proteger a corrupção. Portanto, do ponto de vista da corrupção a política enfrentará uma crise permanente.

4.1.1.  A crise do PT e a  ingenuidade do povo

a) O PT só chegou ao poder graças ao “companheiro” Lula. Num país atrasado como o nosso, com uma grande parte da população constituída por analfabetos funcionais, os políticos carismáticos e populistas têm muito mais chance de se elegerem, como acontece em vários países da América Latina, onde se situa hoje a maior   “periferia do capitalismo”. Mas porque a população mais inculta vota (ou votava) no PT maciçamente? Somente porque Lula era populista? Não! Existe outro motivo tão importante quanto este que é o seguinte: as elites brasileiras não populistas sempre foram absolutamente incompetentes para governar um país das dimensões e das potencialidades do Brasil.

O Brasil deu no que deu graças a essas elites que fizeram do Estado brasileiro um instrumento (batizado com o nome elegante de “patrimonialista”) para a satisfação de seus interesses. O Brasil precisava de um plano estratégico de médio e longo prazo que em 50 anos (ou menos) teria transformado o nosso país numa potência, como ocorreu com a China em menos tempo!  

O PT, carregado por Lula, apenas surfou na onda que seus antecessores criaram. Não fez absolutamente nada para mudar a nossa estrutura econômica arcaica. (Ressalve-se porém, que de fato colocou milhões de brasileiros na “sociedade de consumo”, o que se deve principalmente, ao aumento significativo do salário mínimo e secundariamente ao bolsa família e outros programas assistencialistas, sem que isso, mudasse as nossas estruturas profundamente arcaicas, que serão objeto de uma breve análise mais adiante).

A ingenuidade do povo em relação ao PT se resume na crença de que com sua saída do poder o Brasil vai deslanchar. E a classe média que concentra a maior parte dos inimigos do PT seria também ingênua a esse ponto?  Talvez não, mas movida pelas emoções, trata agora de canalizar seu ódio no foco ideologicamente mais atraente. Como o PT é um partido de esquerda que segundo alguns pretende (ou pretendia) implantar o comunismo (ou o socialismo bolivariano) no Brasil, ele desempenha o papel de inimigo predileto da classe média.  Então para um setor da classe média – o setor mais conservador, digamos assim -  a prioridade do Brasil hoje é acabar com o PT, ficando os outros graves problemas que o país enfrenta para “depois”.  “Depois que acabarmos com o PT vamos ver o que fazer, declaram.” Mais uma vez a emoção toma o lugar da razão. E isso com a ajuda do próprio PT que conseguiu levar à prática um dos maiores atos de corrupção da historia do Brasil, na Petrobrás, que era nossa e passou para as mãos de Lula e Dilma que como de hábito, “não sabiam de nada”. Nem sabiam que a Petrobrás estava em suas mãos? Quanta alienação, meu Deus!

4.2. Crise social.

O que é “crise social”? Fala-se muito em “sociedade” e “povo”, palavras muito vagas e ambíguas.

Digamos que a crise social se manifesta em grau significativo quando setores da sociedade demonstram sua insatisfação com o Poder Público fazendo greves e manifestações de rua com muita frequência, provocando a intervenção policial. A nova crise social que estamos atravessando teve inicio com as manifestações de junho de 2013, organizadas pelo Movimento Passe Livre e que visavam o transporte gratuito. A partir daí as manifestações de rua passaram a contemplar muitos outros temas e reivindicações compondo uma pauta diversificada e sem foco. Em 2013 alguns analistas diziam que nos últimos anos milhões de brasileiros foram contemplados com os benefícios do ciclo de desenvolvimento dos últimos anos, que coincidiram com os dois mandatos de Lula, e que gerou o aumento da renda de uma parte significativa da população, a qual  passou a  “QUERER MAIS”. 

Os setores do “Quero mais” seriam os da nova classe média emergente, que nada verdade era a classe C emergente e que continuaria C, com um vasto contingente de analfabetos funcionais (aqueles que sabem ler mas não entendem o significado das frases). A essa classe C se juntaram os sindicatos das mais diversas categorias profissionais, inclusive dos professores, reivindicando aumento de salário, além dos movimentos dos sem teto e sem terra, também taxados de comunistas. Mas eles são muito mais capitalistas do que comunistas, porque querem ser proprietários. Querem usufruir de um direito sagrado do capitalismo que é o direito de propriedade. Lembro que os camponeses russos queriam a mesma coisa que os sem terra e foram fuzilados por Lenin e seus comparsas. Só o Estado podia ser proprietário de terra! Os pobres camponeses não!

 Essa crise “social” só será atenuada se as principais reivindicações forem atendidas, sendo a mais importante de todas, obviamente, as de natureza econômica. Sendo assim, podemos simplificar o conceito e a extensão de toda essa crise dizendo que ela é sub-produto da crise econômica.

 4.3. Crise econômica.

( continua noutro dia)

Abraços

Mtnos Calil

 

 



SUBJECT: Re: [ciencialist] Religião = vírus de computador = trojan = estupidez humana.
FROM: "Pesky Bee" <peskybee2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/06/2015 12:46

> O cérebro humano está dividido em dois hemisférios ou regiões
> que ainda não foram bem identificados pela ciência – uma
> irracional e outra irracional
 
áááááhahahahahahaha, o Calilzóvsky está lendo o gibi do
Cebolinha e da Mônica. Ou então algum manual de anatomia
do começo do século passado. E isso sem levar em conta que
tem a palavra "irracional" duas vezes aí em cima, hahahahahaha
 
Mas Calilzóvsky, em vez de me enviar um desenhóide do Steven
Cabeludão Pinker, manda uma fotóide da Scarlett Johansson com
muitíssima pouca roupa, por gentileza. Isso vai agradar
às minhas duas cabeças, hahahahahaha
 
*PB*
 

From: "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]
Sent: Friday, May 29, 2015 7:01 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: Re: [ciencialist] Religião = vírus de computador = trojan = estupidez humana.
 
 
 
 
 
Hello PB.
O Steven Pinker (foto acima) mandou um abraço para você. Vou ser sucinto como nunca fui na vida, resumindo dois milhões de palavras em apenas 504:
 
=====================================================================
 
1. A religião é um produto da criação humana que tem a dupla função de dar algum alívio ao medo da morte e de explicar os mistérios da vida e do universo.
 
2. O cérebro humano não se desenvolveu levando em conta o bem comum. A falta de harmonia que se vê hoje entre os humanos em nada difere do espirito selvagem que dominava o homem primitivo. Nós continuamos sob o domininio desta cultura ancestral, como Hitler e Stalin recentemente provaram. E hoje vivemos sob a égide de um capitalismo selvagem e psicopata, como revelam alguns fenômenos anti-sociais bem conhecidos:
 
a concentração esquizofrênica da renda (cerca de 80 pessoas concentram riqueza equivalente à possuida por 3,5 bilhões de humanóides),
a destruição do meio ambiente ( ressalva: o homem está destruindo apenas a parte do meio ambiente da qual ele precisa para viver, mas não o planeta, como muitos têm dito!  - imaginar que o homem possa destruir o planeta é o mesmo que atribuir a uma formiga força suficiente para derrotar um elefante. 
violência incontrolável: até antes da 2a. guerra mundial  a agressividade e a loucura dos homens foram controladas de modo a evitar uma catástrofe global; como os psicopatas do poder não são suicidas eles farão tudo que estiver ao seu alcance para evitar uma 3a. guerra mundial; porém, nem eles podem ter certeza a respeito de sua capacidade de controle, pois continuam fazendo exibições espetaculares do seu poderio militar.
3. Sociólogos, fílósofos e outros culturalistas das ciências humanas continuam teimosamente se recusando a aceitar as leis gerais da evolução revelando assim a mesma conduta dos fundamentalistas religiosos ( a religião está dividida em várias correntes sendo que algumas delas estão se humanizando, como revela a conduta do atual Papa da Igreja Católica; o protestantismo já havia dado o sinal deste processo de se colocar uma boa parte da religião aqui na terra, doutrina que os evangélicos estão adotando no Brasil)
 
4. O cérebro humano está dividido em dois hemisférios ou regiões que ainda não foram bem identificados pela ciência - uma irracional e outra irracional. (uso estes termos no sentido de, respectivamente, selvagem e civilizado).
 
5. O cérebro é uma obra construida por trabalhadores crueis e egoistas, chamados genes, que impuseram à espécie humana uma ditadura genética implacável e invencível. Alguns humanos têm conhecimento disso mas não detêm nenhum poder para enfrentar essa ditadura que está nas mãos de políticos e empresários psicopatas. São eles os agentes principais da ditadura genética. Tudo que nossa pobre humanidade pode fazer e obter algumas concessões desta ditadura esquizofrenica que é capaz de feitos surrealistas como este: enquanto um bilhão de humanos estão obesos, outro bilhão passa fome. 
 
Mtnos Calil
Ideologia Zero, Simulacro Zero.
 
 
 
 

SUBJECT: Re: [ciencialist] Richard Dawkins é castigado por God... Cuidado, meu cientista!
FROM: "Pesky Bee" <peskybee2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/06/2015 12:55

Alguém precisa falar para o Dawkinzão que ele teve uma
sorte do carválho. Imagina só se ele se mete a dar uma
voltinha de bicicleta lá no Rio de Janeiro. Voltaria
para os EUA sem a cabeça da oblonga protuberância cilíndrica
dianteira.
Ou então com uma orelha a menos. Ou com as duas
coisas a menos,
hahahahahaha
 
*PB*
 
 
 

From: Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]
Sent: Friday, May 29, 2015 5:22 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: [ciencialist] Richard Dawkins é castigado por God... Cuidado, meu cientista!
 
 
 
 
 
 
 
 
by Richard Dawkins 28th May, 2015
 
 
I should be well on my way to Los Angeles by now. I’m actually still in São Paulo. Tripped on my way down the walkway to my plane, fell on my head, broke my glasses and noticed blood all over the floor. My glasses must have cut me.
 
 
Unfortunately (as I thought at the time), the passenger ahead of me was a doctor. He took one look, said I needed stitches, and from then on my fate was sealed. Nothing would persuade the officials to let me on the plane. “A doctor” had pronounced. Paramedics were summoned. They were very kind, kept saying they’d take care of me. I kept saying I don’t want to be taken care of, I want to get on the plane. To no avail. They bandaged my head like Basil Fawlty in the “Don’t mention the war” episode, put me in a wheel chair (although I was perfectly capable of walking), and took me off to some kind of office, where I did a bit of waiting around.
 
 
Meanwhile, my plane took off.
 
 
Bright spot: They managed to get my suitcase off the plane, and they brought it to me.
 
 
Less bright spot: They refused to let me take it with me in the ambulance.
 
 
Bright spot: I finally persuaded them to let me take it.
 
 
Blurred spot: My glasses broken, I couldn’t see.
 
 
Very bright spot: I remembered that I had, at the last moment before leaving home, shoved in my case an obsolete (only just) pair of glasses. So I can now see.
 
 
In the hospital I was impressed by how little waiting around there was. British experience had prepared me for long hours in Accident and Emergency, and it was already nearly midnight. But no, they saw to me almost immediately. None of the nurses, or the paramedics still with me, spoke a word of English and I regret that I don’t speak a word of Portuguese, so I felt rather adrift in an alien world. Then the doctor came, and he spoke good English. He gave me five stitches in two cuts: two stitches above the right eyebrow, three in the forehead. The anaesthetic injections hurt, but they did their job because the stitches didn’t hurt at all. I shall have scars.
 
 
So it looks as though I maligned the kind doctor on the walkway ahead of me. Looks as though I really did need stitches, and the paramedics were right to bar my efforts to push past them onto the plane. Sorry doctor. Sorry paramedics. You were right.
 
 
American Airlines gave me vouchers for an airport hotel, which is where I now am. And where I shall be all tomorrow, kicking my heels waiting to catch tomorrow’s equivalent of tonight’s plane, the one I should be on, now presumably somewhere over the Amazon jungle.
 
 
Fortunately, the man I was supposed to have lunch with in Los Angeles tomorrow had to cancel to go abroad, so I won’t be missing lunch with him. Yes I will. I will be missing lunch with him but I would have done anyway. But it’s still kind of fortunate in a silly, illogical way. Very illogical, but you know what I mean.
 
 
Obviously time to (try to) sleep.
 
 
 
* * * *
 
 
29th May 2015
 
 
 
 
 
 
 

SUBJECT: Re: [ciencialist] Ciência da filosofia X Filosofia da Ciência - 1
FROM: "Pesky Bee" <peskybee2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/06/2015 13:05

> Pesky Bee é o apelido de um autor anônimo que divulga seus textos
> num grupo de discussão da internet denominado "Ciencialist". Por
> razões que desconheço ele adora falar palavrões.
 
Calilzóvsky, meu véio de guerra, tu não fezes (digo, fazes) a menor
ideia do
inenarrável esforço que faço para limitar o número de
palavrões
que escrevo por estas bandas. Porque se o tal do god não
fosse
tão crica, eu iria destrambelhar as alamedas anais dos
mais que longínquos
repositórios esculachados da ortografia
escato-fornicológica.
 
*PB*
 
 

From: Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]
Sent: Saturday, May 30, 2015 4:11 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: [ciencialist] Ciência da filosofia X Filosofia da Ciência - 1
 
 
 

"A abordagem cientifica da filosofia consiste num diagnóstico lógico-cientifico visando a remoção clínica de todos os seus conceitos metafísicos e ideológicos".  Triturador Lógico*
 
* O Triturador Lógico é um personagem criado por mim e que desfruta de uma ampla, geral, irrestrita e radical liberdade para expor suas idéias. Para usufruir ao máximo desta liberdade de pensamento, ele vive em estado de brainstorm. (tempestade de idéias) Eu concordo com algumas de suas  hipóteses ou teorias, depois de devidamente filtradas na 2a. etapa do brainstorm, a qual consiste na análise lógica do produto das tempestades. Mas isso pouco importa. O que importa são as idéias, não interessando em nada, no caso, quem seja seu autor. Quando assistimos, por exemplo, a uma peça de teatro, ficamos envolvidos com o que acontece no palco e não com o autor da peça. O ideal seria nem sabermos quem escreveu a peça para assim não sofrermos uma influência ideológica do tipo: "Ah... se foi Shakespeare quem escreveu essa peça então temos que dar o máximo de importância a ela". Segundo o Triturador Lógico todos os textos escritos pelo homem deveriam ficar no anonimato. pois assim teriamos que usar a nossa própria cabeça para analisar os textos. Essa utopia ele justifica com essas palavras de autoria do filósofo francês Michel Foucault:
 
“Na escrita, não se trata da manifestação ou da exaltação do gesto de escrever, nem da fixação de um sujeito numa linguagem; é uma questão de abertura de um espaço onde o sujeito da escrita está sempre a desaparecer”
 
Mtnos Calil
 
Ps. Para a redação deste texto foram utilizadas 927 palavras. Todos os textos desta série terão no máximo mil  palavras.
 
                                  Ciência da filosofia X Filosofia da Ciência  - 1
 
Por Triturador Lógico
 
O primeiro conceito a ser eliminado da filosofia  é o da "filosofia da ciência".
 
A ciência não tem mais nada a ver com a filosofia e se desenvolve com uma metodologia assim resumida por Pesky Bee:*
 
"qualquer elaboração mental capaz de fazer teorizações e predições falseáveis e testáveis teria uma forte qualificação para constituir uma disciplina científica"
 
*Pesky Bee é o apelido de um autor anônimo que divulga seus textos num grupo de discussão da internet denominado "Ciencialist". Por razões que desconheço ele adora falar palavrões. Provavelmente é por isso que ele se protege com o anonimato. Infelizmente eu não posso usar palavrões pois o meu criador me proíbiu terminantemente de usufruir desta liberdade linguística.
 
A filosofia teve a função de preencher o espaço deixado pela ciência. Após o vertiginoso desenvolvimento da ciência nos ultimos 100 anos, a  filosofia da ciência teria que ser feita agora dentro da própria ciência. Mas como isso representaria a morte da filosofia, que embora esteja moribunda tem ainda muito tempo de vida - ou pode até ter vida eterna como a religião - uma "ciência da filosofia" teria a função de SELECIONAR nas obras dos filósofos aquilo que tem interesse para a ciência. Essa seleção deveria é claro ser feita com espírito cientifico. Mas atenção: não confundam espirito cientifico com ciência, pois muitos dos próprios cientistas nem sabem o que é espírito cientifico! Prova disso é que eles fazem ciência sem a menor procupação de definir o que é ciência. Que dirá então "espirito cientifico"! Um filósofo da ciência escreveu o livro "O que é ciência afinal?" para no ultimo capítulo qualificar sua própria pergunta como arrogante. E é um dos mais respeitados filósofos da ciência!  Se ele não sabe o que é ciência não pode saber, obviamente  o que é filosofia da ciência. Quer saber o nome dele? Aí vai: A. F. Chalmers.
 
Para proceder a essa lógico-terapia da filosofia, temos que recorrer obviamente a uma metodologia cientifica. Um dos elementos chaves desta metodologia é a ideologia zero que consiste numa leitura isenta de qualquer part pris , pré-julgamento, \ou interpretação pessoal.
 
Se por exemplo um filosófo acredita em Deus, isso não significa que TUDO que ele escreveu deve ser deletado na lixeira da ciência. A leitura zero-ideológica de qualquer texto não leva em conta o "con-texto" em que cada frase foi escrita. Atribui-se a Cristo a seguinte frase: "Perdoai aqueles que se arrependerem do mal cometido". Essa frase pode ser considerada cientifica ou iluminada pelo espirito cientifico, pois encerra uma recomendação ética válida para as relações humanas aqui na terra. A ideologia zero é um dos elementos essenciais do espírito científico.*
 
*A Ideologia Zero ESTADO MENTAL a partir do qual, ao olhar para qualquer aspecto da realidade, o cidadão deixa de lado suas crenças e desejos, adotando este principio básico da ciência: todas as idéias e teorias devem levar em conta, no processo da sua elaboração, o fato de que deverão ser submetidas à prova, com base na metodologia científica. A ética é um elemento fundamental da definição da Ideologia Zero, sendo que a ISENÇÃO é um elemento essencial da ética. Ocorre que muitas vezes para seremos isentos, temos que aceitar o não saber. Como o ser humano não tolera não saber, buscando explicação para tudo e não aceitando que a mente humana tem limitações que o impedem saber de tudo, ele cria explicações que satisfazem os seus desejos ou ilusões, ferindo assim a isenção ética.
 
Em síntese, a  ideologia zero é um estado mental isento de: Fé, Crenças, Desejos, Wishfulthinking (pensamento-desejo), Ilusões, Auto-engano, Hipocrisia (consciente ou inconsciente),Transtornos emocionais, Transtornos mentais. Esse estado mental não pode, obviamente ocupar a mente do individuo o tempo todo.
 
Obs. A construção desta definição da Ideologia Zero obedece a uma metodologia baseada neste principio: todos os conceitos apresentados na definição, como fé, crença, desejo, etc. têm também que ser definidos.
 
(continua)
 
  
 
 
 

SUBJECT: Re: [ciencialist] Ciência da filosofia X Filosofia da Ciência - 1
FROM: Mtnos Calil <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/06/2015 15:13

Prezado amigo anônimo Pesky Bee. 

De fato você é um dos recordistas brasileiros no uso de palavrões. 
Não resta a menor dúvida sobre este fato. 
O que não está esclarecido é o motivo pelo qual você adora essa linguagem. 
Se você recorrer a um psicoterapeuta ele poderá fazer várias perguntas para ajudar a descobrir este motivo. 
Sugiro que você inverta os papéis e se coloque no lugar do analista (outro nome para psicoterapeutas freudianos) e coloque você na frente do analista e faça uma listinha de perguntas que poderiam nos ajudar a decifrar este importantíssimo enigma linguístico. 

Abraços 
Mtnos Calil 

Ps. Um dos principios básicos da psicoterapia deveria ser o seguinte: O PACIENTE TEM AMPLA, GERAL E IRRESTRITA LIBERDADE DE FALAR O QUE QUISER PARA O ANALISTA. PORTANTO ELE TEM O DIREITO DE AGREDIR VERBALMENTE - SÓ VERBALMENTE - O SEU TERAPEUTA, SEM QUALQUER LIMITE. REPITO: SEM QUALQUER LIMITE. QUANTOS PSICOTERAPEUTAS CONCORDAM COM ESSA REGRA METODOLÓGICA ELEMENTAR? POUQUISSIMOS, IMAGINO. 





On Seg 01/06/15 13:05 , "'Pesky Bee' peskybee2@gmail.com [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 

> Pesky Bee é o apelido de um autor anônimo que divulga seus textos
> num grupo de discussão da internet denominado "Ciencialist". Por
> razões que desconheço ele adora falar palavrões.
 
Calilzóvsky, meu véio de guerra, tu não fezes (digo, fazes) a menor
ideia do
inenarrável esforço que faço para limitar o número de
palavrões
que escrevo por estas bandas. Porque se o tal do god não
fosse
tão crica, eu iria destrambelhar as alamedas anais dos
mais que longínquos
repositórios esculachados da ortografia
escato-fornicológica.
 
*PB*
 
 

From: Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]
Sent: Saturday, May 30, 2015 4:11 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: [ciencialist] Ciência da filosofia X Filosofia da Ciência - 1
 
 
 

"A abordagem cientifica da filosofia consiste num diagnóstico lógico-cientifico visando a remoção clínica de todos os seus conceitos metafísicos e ideológicos".  Triturador Lógico*
 
* O Triturador Lógico é um personagem criado por mim e que desfruta de uma ampla, geral, irrestrita e radical liberdade para expor suas idéias. Para usufruir ao máximo desta liberdade de pensamento, ele vive em estado de brainstorm. (tempestade de idéias) Eu concordo com algumas de suas  hipóteses ou teorias, depois de devidamente filtradas na 2a. etapa do brainstorm, a qual consiste na análise lógica do produto das tempestades. Mas isso pouco importa. O que importa são as idéias, não interessando em nada, no caso, quem seja seu autor. Quando assistimos, por exemplo, a uma peça de teatro, ficamos envolvidos com o que acontece no palco e não com o autor da peça. O ideal seria nem sabermos quem escreveu a peça para assim não sofrermos uma influência ideológica do tipo: "Ah... se foi Shakespeare quem escreveu essa peça então temos que dar o máximo de importância a ela". Segundo o Triturador Lógico todos os textos escritos pelo homem deveriam ficar no anonimato. pois assim teriamos que usar a nossa própria cabeça para analisar os textos. Essa utopia ele justifica com essas palavras de autoria do filósofo francês Michel Foucault:
 
“Na escrita, não se trata da manifestação ou da exaltação do gesto de escrever, nem da fixação de um sujeito numa linguagem; é uma questão de abertura de um espaço onde o sujeito da escrita está sempre a desaparecer”
 
Mtnos Calil
 
Ps. Para a redação deste texto foram utilizadas 927 palavras. Todos os textos desta série terão no máximo mil  palavras.
 
                                  Ciência da filosofia X Filosofia da Ciência  - 1
 
Por Triturador Lógico
 
O primeiro conceito a ser eliminado da filosofia  é o da "filosofia da ciência".
 
A ciência não tem mais nada a ver com a filosofia e se desenvolve com uma metodologia assim resumida por Pesky Bee:*
 
"qualquer elaboração mental capaz de fazer teorizações e predições falseáveis e testáveis teria uma forte qualificação para constituir uma disciplina científica"
 
*Pesky Bee é o apelido de um autor anônimo que divulga seus textos num grupo de discussão da internet denominado "Ciencialist". Por razões que desconheço ele adora falar palavrões. Provavelmente é por isso que ele se protege com o anonimato. Infelizmente eu não posso usar palavrões pois o meu criador me proíbiu terminantemente de usufruir desta liberdade linguística.
 
A filosofia teve a função de preencher o espaço deixado pela ciência. Após o vertiginoso desenvolvimento da ciência nos ultimos 100 anos, a  filosofia da ciência teria que ser feita agora dentro da própria ciência. Mas como isso representaria a morte da filosofia, que embora esteja moribunda tem ainda muito tempo de vida - ou pode até ter vida eterna como a religião - uma "ciência da filosofia" teria a função de SELECIONAR nas obras dos filósofos aquilo que tem interesse para a ciência. Essa seleção deveria é claro ser feita com espírito cientifico. Mas atenção: não confundam espirito cientifico com ciência, pois muitos dos próprios cientistas nem sabem o que é espírito cientifico! Prova disso é que eles fazem ciência sem a menor procupação de definir o que é ciência. Que dirá então "espirito cientifico"! Um filósofo da ciência escreveu o livro "O que é ciência afinal?" para no ultimo capítulo qualificar sua própria pergunta como arrogante. E é um dos mais respeitados filósofos da ciência!  Se ele não sabe o que é ciência não pode saber, obviamente  o que é filosofia da ciência. Quer saber o nome dele? Aí vai: A. F. Chalmers.
 
Para proceder a essa lógico-terapia da filosofia, temos que recorrer obviamente a uma metodologia cientifica. Um dos elementos chaves desta metodologia é a ideologia zero que consiste numa leitura isenta de qualquer part pris , pré-julgamento, \ou interpretação pessoal.
 
Se por exemplo um filosófo acredita em Deus, isso não significa que TUDO que ele escreveu deve ser deletado na lixeira da ciência. A leitura zero-ideológica de qualquer texto não leva em conta o "con-texto" em que cada frase foi escrita. Atribui-se a Cristo a seguinte frase: "Perdoai aqueles que se arrependerem do mal cometido". Essa frase pode ser considerada cientifica ou iluminada pelo espirito cientifico, pois encerra uma recomendação ética válida para as relações humanas aqui na terra. A ideologia zero é um dos elementos essenciais do espírito científico.*
 
*A Ideologia Zero ESTADO MENTAL a partir do qual, ao olhar para qualquer aspecto da realidade, o cidadão deixa de lado suas crenças e desejos, adotando este principio básico da ciência: todas as idéias e teorias devem levar em conta, no processo da sua elaboração, o fato de que deverão ser submetidas à prova, com base na metodologia científica. A ética é um elemento fundamental da definição da Ideologia Zero, sendo que a ISENÇÃO é um elemento essencial da ética. Ocorre que muitas vezes para seremos isentos, temos que aceitar o não saber. Como o ser humano não tolera não saber, buscando explicação para tudo e não aceitando que a mente humana tem limitações que o impedem saber de tudo, ele cria explicações que satisfazem os seus desejos ou ilusões, ferindo assim a isenção ética.
 
Em síntese, a  ideologia zero é um estado mental isento de: Fé, Crenças, Desejos, Wishfulthinking (pensamento-desejo), Ilusões, Auto-engano, Hipocrisia (consciente ou inconsciente),Transtornos emocionais, Transtornos mentais. Esse estado mental não pode, obviamente ocupar a mente do individuo o tempo todo.
 
Obs. A construção desta definição da Ideologia Zero obedece a uma metodologia baseada neste principio: todos os conceitos apresentados na definição, como fé, crença, desejo, etc. têm também que ser definidos.
 
(continua)
 
  
 
 
 



SUBJECT: As duas regiões do cérebro de Pesky Bee
FROM: Mtnos Calil <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/06/2015 16:29

Olá Região Racional do Cérebro de Pesky Bee. 

Eu não consegui localizar nenhum "resultado" no google para estes termos: 

região/parte racional do cérebro
região/parte irracional do cérebro 

Ao pre-julgar os conceitos embutidos nestas frases escritas por mim, você não me perguntou os significados que eu estava atribuindo aos termos racional e irracional, bem com o de "região" do cérebro. 

Gostaria então de lhe perguntar em que livro cientifico atual (ou atualizado)  estão escritas as minhas frases, para que pudéssemos entrar no mérito dos significados. 

Ciência requer lógica e precisão na comunicação quando se fala dela e não apenas quando se a pratica. ( se a pratica? tá certa essa gramática..? 

abraços irracionais
m.calil 



On Seg 01/06/15 12:46 , "'Pesky Bee' peskybee2@gmail.com [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 

> O cérebro humano está dividido em dois hemisférios ou regiões
> que ainda não foram bem identificados pela ciência – uma
> irracional e outra irracional
 
áááááhahahahahahaha, o Calilzóvsky está lendo o gibi do
Cebolinha e da Mônica. Ou então algum manual de anatomia
do começo do século passado. E isso sem levar em conta que
tem a palavra "irracional" duas vezes aí em cima, hahahahahaha
 
Mas Calilzóvsky, em vez de me enviar um desenhóide do Steven
Cabeludão Pinker, manda uma fotóide da Scarlett Johansson com
muitíssima pouca roupa, por gentileza. Isso vai agradar
às minhas duas cabeças, hahahahahaha
 
*PB*
 
Olá Região Racional do cérebro de Pesky Bee. 

Eu não consegui localizar nenhum "resultado" no google para estes termos: 

região/parte racional do cérebro
região/parte irracional do cérebro 

Ao pre-julgar os conceitos embutidos nestas frases escritas por mim, você não me perguntou os significados que eu estava atribuindo aos termos racional e irracional, bem com o de "região" do cérebro. 

Gostaria então de lhe perguntar em livro cientifico estão escritas as minhas frases, para que pudéssemos entrar no mérito dos significados. 

Ciência requer lógica e precisão na comunicação quando se fala dela e não apenas quando se a pratica. ( se a pratica? tá certa essa gramática..? 

abraços irracionais
m.calil 

Ps. O fato de eu ter errado na digitado do racional me sugere a seguinte questão - SERÁ QUE EXISTE MESMO NO CÉREBRO HUMANO UMA REGIÃO QUE MERECE O TÍTULO DE RACIONAL? SE SIM, ME DIGA QUAL É ESSA REGIÃO E PORQUE ELA MERECE O TITULO. 

=============================================== 



From: "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]
Sent: Friday, May 29, 2015 7:01 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: Re: [ciencialist] Religião = vírus de computador = trojan = estupidez humana.
 
 
 
 
 
Hello PB.
O Steven Pinker (foto acima) mandou um abraço para você. Vou ser sucinto como nunca fui na vida, resumindo dois milhões de palavras em apenas 504:
 
=====================================================================
 
1. A religião é um produto da criação humana que tem a dupla função de dar algum alívio ao medo da morte e de explicar os mistérios da vida e do universo.
 
2. O cérebro humano não se desenvolveu levando em conta o bem comum. A falta de harmonia que se vê hoje entre os humanos em nada difere do espirito selvagem que dominava o homem primitivo. Nós continuamos sob o domininio desta cultura ancestral, como Hitler e Stalin recentemente provaram. E hoje vivemos sob a égide de um capitalismo selvagem e psicopata, como revelam alguns fenômenos anti-sociais bem conhecidos:
 
a concentração esquizofrênica da renda (cerca de 80 pessoas concentram riqueza equivalente à possuida por 3,5 bilhões de humanóides),
a destruição do meio ambiente ( ressalva: o homem está destruindo apenas a parte do meio ambiente da qual ele precisa para viver, mas não o planeta, como muitos têm dito!  - imaginar que o homem possa destruir o planeta é o mesmo que atribuir a uma formiga força suficiente para derrotar um elefante. 
violência incontrolável: até antes da 2a. guerra mundial  a agressividade e a loucura dos homens foram controladas de modo a evitar uma catástrofe global; como os psicopatas do poder não são suicidas eles farão tudo que estiver ao seu alcance para evitar uma 3a. guerra mundial; porém, nem eles podem ter certeza a respeito de sua capacidade de controle, pois continuam fazendo exibições espetaculares do seu poderio militar.
3. Sociólogos, fílósofos e outros culturalistas das ciências humanas continuam teimosamente se recusando a aceitar as leis gerais da evolução revelando assim a mesma conduta dos fundamentalistas religiosos ( a religião está dividida em várias correntes sendo que algumas delas estão se humanizando, como revela a conduta do atual Papa da Igreja Católica; o protestantismo já havia dado o sinal deste processo de se colocar uma boa parte da religião aqui na terra, doutrina que os evangélicos estão adotando no Brasil)
 
4. O cérebro humano está dividido em dois hemisférios ou regiões que ainda não foram bem identificados pela ciência - uma irracional e outra irracional. (uso estes termos no sentido de, respectivamente, selvagem e civilizado).
 
5. O cérebro é uma obra construida por trabalhadores crueis e egoistas, chamados genes, que impuseram à espécie humana uma ditadura genética implacável e invencível. Alguns humanos têm conhecimento disso mas não detêm nenhum poder para enfrentar essa ditadura que está nas mãos de políticos e empresários psicopatas. São eles os agentes principais da ditadura genética. Tudo que nossa pobre humanidade pode fazer e obter algumas concessões desta ditadura esquizofrenica que é capaz de feitos surrealistas como este: enquanto um bilhão de humanos estão obesos, outro bilhão passa fome. 
 
Mtnos Calil
Ideologia Zero, Simulacro Zero.
 
 
 
 



SUBJECT: Re: [ciencialist] Ciência da filosofia X Filosofia da Ciência - 1
FROM: "Pesky Bee" <peskybee2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/06/2015 09:34

> Se você recorrer a um psicoterapeuta ele poderá fazer várias perguntas
 
Se for uma psicoterapeuta feminina, e se ela me mostrar
a
bunda dela logo no começo da sessão, eu topo ir!
Mas não pode ser aquelas véias carcomidas, por favor!
Tem que
ser uma ANALista minimamente palatável, ok?
 
*PB*
 
 
 
 
From: Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]
Sent: Monday, June 01, 2015 3:13 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] Ciência da filosofia X Filosofia da Ciência - 1
 
 
 
 
 
Prezado amigo anônimo Pesky Bee. 
 
 
De fato você é um dos recordistas brasileiros no uso de palavrões.
Não resta a menor dúvida sobre este fato.
O que não está esclarecido é o motivo pelo qual você adora essa linguagem.
Se você recorrer a um psicoterapeuta ele poderá fazer várias perguntas para ajudar a descobrir este motivo.
Sugiro que você inverta os papéis e se coloque no lugar do analista (outro nome para psicoterapeutas freudianos) e coloque você na frente do analista e faça uma listinha de perguntas que poderiam nos ajudar a decifrar este importantíssimo enigma linguístico.
 
 
Abraços
Mtnos Calil
 
 
Ps. Um dos principios básicos da psicoterapia deveria ser o seguinte: O PACIENTE TEM AMPLA, GERAL E IRRESTRITA LIBERDADE DE FALAR O QUE QUISER PARA O ANALISTA. PORTANTO ELE TEM O DIREITO DE AGREDIR VERBALMENTE - SÓ VERBALMENTE - O SEU TERAPEUTA, SEM QUALQUER LIMITE. REPITO: SEM QUALQUER LIMITE. QUANTOS PSICOTERAPEUTAS CONCORDAM COM ESSA REGRA METODOLÓGICA ELEMENTAR? POUQUISSIMOS, IMAGINO.
 
 

 
 
 
 

SUBJECT: Re: [ciencialist] As duas regiões do cérebro de Pesky Bee
FROM: "Pesky Bee" <peskybee2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/06/2015 09:36

> Olá Região Racional do Cérebro de Pesky Bee.
 
Chamando a região racional do PB: tuuu, tuuu, tuuu, tuuu....
 
> região/parte racional do cérebro
> região/parte irracional do cérebro
 
Calilzóvsky, ao contrário do que a maioria pensa, o cérebro
não é uma coisófila com regiões hiper-definidas. É uma
maçaroca neuronal desgraçadamente complexa. Claro, tem
algumas áreas que trabalham mais em certos momentos
(como o lobo pré-frontal no caso de pensamentos envolvendo
planejamento), mas as coisas no cérebro são distribuidáças.
Um pensamento sobre as coxas da Scarlett Johansson ativa
bilhões de neurônios! (e um monte de vasos sanguíneos das
regiões mediais do cuerpo, hahahahaha)
 
> Gostaria então de lhe perguntar em que livro cientifico atual
 
Calilzóvsky, tu tens US$ 118,00 dólares sobrando? Se tiveres,
então encomenda este livráço:
 
   Cognitive Neuroscience: The Biology of the Mind
   Gazzaniga, Ivry & Mangun
 
Só não deixa este livráço de 750 páginas cair no teu pé, pois
a dor será incrível. Essa é a bíblia da neurociência cognitiva.
Se eu pudesse, eu trepava com esse livro (confesso,
envergonhadíssimo, que já tentei, hahahahahahaha)
 
*PB*
 
 
 
 
From: Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]
Sent: Monday, June 01, 2015 4:29 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: [ciencialist] As duas regiões do cérebro de Pesky Bee
 

Olá Região Racional do Cérebro de Pesky Bee.
 
Eu não consegui localizar nenhum "resultado" no google para estes termos:
 
região/parte racional do cérebro
região/parte irracional do cérebro
 
Ao pre-julgar os conceitos embutidos nestas frases escritas por mim, você não me perguntou os significados que eu estava atribuindo aos termos racional e irracional, bem com o de "região" do cérebro.
 
Gostaria então de lhe perguntar em que livro cientifico atual (ou atualizado)  estão escritas as minhas frases, para que pudéssemos entrar no mérito dos significados.
 
Ciência requer lógica e precisão na comunicação quando se fala dela e não apenas quando se a pratica. ( se a pratica? tá certa essa gramática..?
 
abraços irracionais
m.calil
 

 
 
 
 

SUBJECT: Re: Re: [ciencialist] As duas regiões do cérebro de Pesky Bee
FROM: "Mtnos Calil" <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 02/06/2015 11:07

Olá região racional do cérebro de Pesky Bee... tuuu, tuuu, tuuu, tuuu
 O nosso agente de informações neuro-racionais me disse que  não encontrou no livro do gazzaniga  as expressões região racional/ irracional do cérebro.
Sendo assim, o investimento dos US$ 118 não seria muito racional. 
Quanto ao fato de o cérebro não estar dividido em regiões geo-neuronais bem delimitadas, até eu, que sou um analfabeto neuronal já sabia disso, como revelou  uma das mensagens que eu enviei a respeito e que seu cérebro não leu porque ultrapassou o limite de palavras que ele suporta.
Com tantos bilhões de neurônios o seu cérebro não consegue  ler mil palavras sem se incomodar? Isso já não é uma prova de que ele não é muito organizado?
Deve ter ocorrido algum grave distúrbio no planejamento deste cérebro – ou na sua construção – porque o número de neurônios excedeu a capacidade organizacional divina.

A boa noticia é que apesar do caos organizacional do cérebro, nós podemos fazer uso dele para organizar a nossa mente – ou melhor, os “processos mentais” disparados  através de impulsos e estímulos que formam uma rede esquizofrênica de comunicação interna. Por isso todos os humanóides são demens, sendo que a região do cérebro que deveria controlar essa demência não se desenvolveu como seria necessário, para estabelecer um sistema de controle eficaz. Só nos resta então construirmos esse sistema fazendo uso de nossas modestas habilidades mentais para reprimir nossos impetos neuronais provocados pelo desarranjo de bilhões de neurônios que vivem numa confusão sináptica colossal. Ao invés de continuarmos fazendo um culto narcisico do nosso cérebro deveriamos declarar guerra a ele, lançando mão  do nosso exército mental. Para isso, quanto mais conhecermos a estratégia do inimigo mais chance teremos de vencê-lo. Parece que já temos alguma capacidade de enganar o cérebro. Quem sabe no futuro possamos construir um chip organizacional com a função de civilizar (ou seja: reprimir) as regiões primitivas e selvagens do nosso cérebro. Por que reprimir? Porque o cérebro se concedeu uma liberdade sem limites e se recusa  a abrir mão deste privilégio. E o pior é que ele nem sabe disso! Não tem o menor conhecido de sua (dele) esquizofrenia.

MC
Ps. Essa mensagem teve apenas 359 palavras. 



 



 
Será que não é essa a causa da confusões mentais que assolam a humanidade? 

Em Ter 02/06/15 09:36, Pesky Bee peskybee2@gmail.com [ciencialist] ciencialist@yahoogrupos.com.br escreveu:

 

> Olá Região Racional do Cérebro de Pesky Bee.
Chamando a região racional do PB: tuuu, tuuu, tuuu, tuuu....
> região/parte racional do cérebro
> região/parte irracional do cérebro
Calilzóvsky, ao contrário do que a maioria pensa, o cérebro
não é uma coisófila com regiões hiper-definidas. É uma
maçaroca neuronal desgraçadamente complexa. Claro, tem
algumas áreas que trabalham mais em certos momentos
(como o lobo pré-frontal no caso de pensamentos envolvendo
planejamento), mas as coisas no cérebro são distribuidáças.
Um pensamento sobre as coxas da Scarlett Johansson ativa
bilhões de neurônios! (e um monte de vasos sanguíneos das
regiões mediais do cuerpo, hahahahaha)
> Gostaria então de lhe perguntar em que livro cientifico atual
Calilzóvsky, tu tens US$ 118,00 dólares sobrando? Se tiveres,
então encomenda este livráço:
   Cognitive Neuroscience: The Biology of the Mind
   Gazzaniga, Ivry & Mangun
Só não deixa este livráço de 750 páginas cair no teu pé, pois
a dor será incrível. Essa é a bíblia da neurociência cognitiva.
Se eu pudesse, eu trepava com esse livro (confesso,
envergonhadíssimo, que já tentei, hahahahahahaha)
*PB*
From: Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]
Sent: Monday, June 01, 2015 4:29 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: [ciencialist] As duas regiões do cérebro de Pesky Bee

Olá Região Racional do Cérebro de Pesky Bee.
Eu não consegui localizar nenhum "resultado" no google para estes termos:
região/parte racional do cérebro
região/parte irracional do cérebro
Ao pre-julgar os conceitos embutidos nestas frases escritas por mim, você não me perguntou os significados que eu estava atribuindo aos termos racional e irracional, bem com o de "região" do cérebro.
Gostaria então de lhe perguntar em que livro cientifico atual (ou atualizado)  estão escritas as minhas frases, para que pudéssemos entrar no mérito dos significados.
Ciência requer lógica e precisão na comunicação quando se fala dela e não apenas quando se a pratica. ( se a pratica? tá certa essa gramática..?
abraços irracionais
m.calil


 

SUBJECT: Re: [ciencialist] As duas regiões do cérebro de Pesky Bee
FROM: "Pesky Bee" <peskybee2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/06/2015 12:28

> O nosso agente de informações neuro-racionais me disse que
> não encontrou no livro do gazzaniga  as expressões região
> racional/ irracional do cérebro
 
Ainda bem! Porque não tem mesmo essas regiões. É tudo uma
neuronaiada eletricóza fazendo alhos e bugalhos. Racionalidade
e irracionalidade são conceituóides em um nível de ANALise
muito superior ao nível dessa neuronaiada desgraménta.
E já sabe, né? Misturar conceitos de níveis de análise
distintos é como fazer um drinque de vodca com bósta de
mendigo, hahahahahaha
 
> Com tantos bilhões de neurônios o seu cérebro não consegue
> ler mil palavras sem se incomodar?
 
Bóta umas fotos de mulé pelada no meio da textarada que isso
vai me animar a ler (ou então não... com essas fotóides aí é
que eu não leio nada mesmo, hahahahahaha).
 
> Quem sabe no futuro possamos construir um chip organizacional
> com a função de civilizar (ou seja: reprimir) as regiões
> primitivas e selvagens do nosso cérebro.
 
Santas intergaláticas heresias trans-continentais! Calilzófilo da
Silva, isso seria o fim da raça humana! Pois são essas tais das
regiões "primitivas e selvagens" uma das grandes responsáveis pelo
bom estado evolutivo em que nos encontramos (também de muita
violência e safadeza, mas isso é um efeito colateral que deve
ser coibido pela sociedade como um todo).
 
Se retirar isso (ou seja, se deixar as cabecinhas humanóides
controladinhas) eu não daria mais do que vinte anos para a
raça humana desaparecer deste planeta! O pôbréma é que "exercer
um controle" sobre o cérebro humano é algo perigosééééééééérrimo!
(principalmente porque o porra do "controlador" poderá estar
certamente fudidófilo em suas ideiófilas estranhafúrdias).
 
Imagina só o seguinte: a putada do Estado Islâmico resolve criar
um chip desses e sem avisar ninguém, se introduz no Google
(através de ativistas escondidos). Eles começam a implantar essa
porra na cachola da humanidade inteira (dizendo que é para "melhorar
os processos mentais" com buscas automáticas etecétera e tal). Aí,
quando a massa critica de manezinhos chipados estiver de bom porte,
eles acionam o interruptor da cagalhagem, transformando a manezaiada
chipada em islâmicos radicais da porra (e por um erro de programação,
a manezada também fica vidrada em ouvir Funk em altíssimo volume,
hahahahaha).
 
Pronto! Estaremos todos nós super-hiper-fornicados! E eu falei
estado islâmico, mas pense em qualquer (eu disse qualquer)
organização existente atualmente (mesmo a da Madre Teresa de
QualCÚtá). Não importa se é boa, má ou ruim da peste. Todas as
organizações tem ideologias, princípios e estratagemas, e isso
colocado de forma ostensiva e disseminada poderia simplesmente
anular a diversidade pensamentóide humana, que é a grande mola
propulsora da criatividade e do desempenho "off the chart" da
humanidade. Todos nós viraríamos mosquitos da Dengue!
 
E nessas embroigládas palavras vai um pouquitchinho do porque
o porra do pesky bee é irreverente bágarái. É só para ser uma ode
ao pensamento não conformado com as estruturas mental-fornicais
habituais. E agora chega de falar de coisa séria, que minhas duas
esferas já estão gritando de dor, coitadinhas, hahahahahaha
 
*PB*
 
 

From: "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]
Sent: Tuesday, June 02, 2015 11:07 AM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: Re: [ciencialist] As duas regiões do cérebro de Pesky Bee
 
 
 
Olá região racional do cérebro de Pesky Bee... tuuu, tuuu, tuuu, tuuu
O nosso agente de informações neuro-racionais me disse que  não encontrou no livro do gazzaniga  as expressões região racional/ irracional do cérebro.
Sendo assim, o investimento dos US$ 118 não seria muito racional.
Quanto ao fato de o cérebro não estar dividido em regiões geo-neuronais bem delimitadas, até eu, que sou um analfabeto neuronal já sabia disso, como revelou  uma das mensagens que eu enviei a respeito e que seu cérebro não leu porque ultrapassou o limite de palavras que ele suporta.
Com tantos bilhões de neurônios o seu cérebro não consegue  ler mil palavras sem se incomodar? Isso já não é uma prova de que ele não é muito organizado?
Deve ter ocorrido algum grave distúrbio no planejamento deste cérebro – ou na sua construção – porque o número de neurônios excedeu a capacidade organizacional divina.
 
A boa noticia é que apesar do caos organizacional do cérebro, nós podemos fazer uso dele para organizar a nossa mente – ou melhor, os “processos mentais” disparados  através de impulsos e estímulos que formam uma rede esquizofrênica de comunicação interna. Por isso todos os humanóides são demens, sendo que a região do cérebro que deveria controlar essa demência não se desenvolveu como seria necessário, para estabelecer um sistema de controle eficaz. Só nos resta então construirmos esse sistema fazendo uso de nossas modestas habilidades mentais para reprimir nossos impetos neuronais provocados pelo desarranjo de bilhões de neurônios que vivem numa confusão sináptica colossal. Ao invés de continuarmos fazendo um culto narcisico do nosso cérebro deveriamos declarar guerra a ele, lançando mão  do nosso exército mental. Para isso, quanto mais conhecermos a estratégia do inimigo mais chance teremos de vencê-lo. Parece que já temos alguma capacidade de enganar o cérebro. Quem sabe no futuro possamos construir um chip organizacional com a função de civilizar (ou seja: reprimir) as regiões primitivas e selvagens do nosso cérebro. Por que reprimir? Porque o cérebro se concedeu uma liberdade sem limites e se recusa  a abrir mão deste privilégio. E o pior é que ele nem sabe disso! Não tem o menor conhecido de sua (dele) esquizofrenia.
 
MC
Ps. Essa mensagem teve apenas 359 palavras.
 
 
 
 
 

SUBJECT: Re: [ciencialist] Ciência da filosofia X Filosofia da Ciência - 1
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/06/2015 17:10

Não totalmente zero, pois para abraçar o positivismo científico, deverá acreditar que :

1 - as leis são imutáveis ao longo da existencia do universo
2 - que as leis são válidas para todo o universo
3 - que o método científico é o único método que produz conhecimento
4 - não existem cisnes negros
etc...

Ou seja, todas as crenças metafísicas que fundamentam o positivismo científico teriam que ser mantidas!!!!

Vcs já ouviram falar no Ludwig Von Mises e a abordagem dele das ciências de ação humana , chamada Praxeologia, onde a Economia representa a parte mais desenvolvida dessa ciência da Ação Humana ?

Ele tem um livro chamado Teoria e História, onde fundamenta a sua abordagem - usada em sua obra monumental - "Ação Humana", que é excelente. E realmente creio que a abordagem dele é a mais adequada para os fenômenos da ação humana.

Segue o link do livro :



 



Em Terça-feira, 2 de Junho de 2015 9:34, "'Pesky Bee' peskybee2@gmail.com [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br> escreveu:


 
> Se você recorrer a um psicoterapeuta ele poderá fazer várias perguntas
 
Se for uma psicoterapeuta feminina, e se ela me mostrar
a
bunda dela logo no começo da sessão, eu topo ir!
Mas não pode ser aquelas véias carcomidas, por favor!
Tem que
ser uma ANALista minimamente palatável, ok?
 
*PB*
 
 
 
 
From: Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]
Sent: Monday, June 01, 2015 3:13 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] Ciência da filosofia X Filosofia da Ciência - 1
 
 
 
 
 
Prezado amigo anônimo Pesky Bee. 
 
 
De fato você é um dos recordistas brasileiros no uso de palavrões.
Não resta a menor dúvida sobre este fato.
O que não está esclarecido é o motivo pelo qual você adora essa linguagem.
Se você recorrer a um psicoterapeuta ele poderá fazer várias perguntas para ajudar a descobrir este motivo.
Sugiro que você inverta os papéis e se coloque no lugar do analista (outro nome para psicoterapeutas freudianos) e coloque você na frente do analista e faça uma listinha de perguntas que poderiam nos ajudar a decifrar este importantíssimo enigma linguístico.
 
 
Abraços
Mtnos Calil
 
 
Ps. Um dos principios básicos da psicoterapia deveria ser o seguinte: O PACIENTE TEM AMPLA, GERAL E IRRESTRITA LIBERDADE DE FALAR O QUE QUISER PARA O ANALISTA. PORTANTO ELE TEM O DIREITO DE AGREDIR VERBALMENTE - SÓ VERBALMENTE - O SEU TERAPEUTA, SEM QUALQUER LIMITE. REPITO: SEM QUALQUER LIMITE. QUANTOS PSICOTERAPEUTAS CONCORDAM COM ESSA REGRA METODOLÓGICA ELEMENTAR? POUQUISSIMOS, IMAGINO.
 
 

 
 
 
 



SUBJECT: Re: [ciencialist] Ciência da filosofia X Filosofia da Ciência - 1
FROM: <oraculo@atibaia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/06/2015 17:37

Luis: “Não totalmente zero, pois para abraçar o positivismo científico, deverá acreditar que :
 
Está errado, em todas as alegações. Distorções (espantalhos) comuns a falta de compreensão da ciência. E, mais uma, pseduociência.
 
Ponto a ponto:
 
1 - as leis são imutáveis ao longo da existencia do universo
 
Não é preciso “acreditar” nisso, apenas não existem evidências de que não seja assim, e quando existem, como nos instantes iniciais depois do Big Bang, é prefeitamente aceitável concluir, e não “acreditar” (nesse sentido metafísico do espantalho que criou) que as leis variaram ou podem variar.
 
No momento as evidências são de que as leis se mantém e tem se mantido ao longo da existência do Universo. Se tem uma evidência, qualquer uma, que não envolva anjos do senhor ou unicórnios mágicos mudando essas leis pela força do senhor ou da mágica, por favor, fique a vontade para apresenta-la.
 
Caso contrário, seria pouco lógico ou razoável não concluir dessa forma.
 
2 - que as leis são válidas para todo o universo
 
De novo, não é uma crença baseada nas evidências disponíveis. Nada indica o contrário, nenhum estudo, observação, dado, etc, indica que em uma estrela em Alpha-Centauri as forças da natureza não estejam agindo da mesma maneira que em nosso Sol. Nada. De novo, não é preciso crença, pois é uma conclusão. Se tem  QUALQUER evidência contrária, que não envolva anjos ou fadas, por favor fique à vontade para apresenta-la.
 
3 - que o método científico é o único método que produz conhecimento
 
Este é um terrível e recorrente espantalho, que não sei quantas vezes já foi apresentado, e refutado, não apenas aqui na lista, mas em toda conversa com malucos anti-ciência, que não compreendem, e não querem compreender, o que realmente é e o que não é ciência e conhecimento científico. É triste, e bastante cansativo.
 
O método científico NÃO é o único método de produzir “conhecimento”, usando o termo no sentido amplo de conhecer algo. É, entretanto, até por tautologia, o único que produz conhecimento “científico”. E isso é algo bem definido e confiável. E é isso que parecem não entender.
 
SE deseja conhecer a namorada, ou um amigo, conviver com ele é uma forma, legítima, de conhecimento. Se desejar conhecer aspectos de uma religião estudar teologia é uma forma legítima de produzir conhecimento a respeito.
 
Mas se deseja compreender a realidade material deste universo, por exemplo, o metabolismo da namorada, o método MAIS confiável, mais seguro, com melhores resultados, com a maior aproximação possível da realidade que se deseja conhecer nessa questão, é o método científico.
 
Faça uma alegação sobre o universo, material e concreta, e o método científico será o melhor, se não o único, capaz de testar essa afirmação, de verificar se é real, verdadeira, ou não. Não há, não conheço outra, não existe, no momento, outro método melhor. Pior, com certeza existe, posso usar o método de ler um livro sagrado, posso usar o método de usar a intuição, o bom senso, falar com espíritos de luz, rezar ao Unicórnio Rosa para que me ilumine e esclareça, ou o diabo a quatro.
 
Mas o mais confiável, que produzirá resultados mais próximos, ainda que não absolutos ou “100% corretos”, será o método científico.
 
Se tem qualquer outro método, outro “paradigma” (pobre palavra constantemente violentada), por favor, aponte (nunca apontam, nunca, quando dizem que o método científico não é o único). Ou tente entender de uma vez por todas o que é, e o que não é, ciência.
 
4 - não existem cisnes negros
 
Sério, a incapacidade de compreender essas questões é tão ampla, que fica complicado responder a este último “questionamento”. Acho que nem vou tentar. E não vou.:- )
 
Finalizando, praxeologia é uma pseudociência que se dedica a malabarismos retóricos, embromation em níveis estratoféricos, e muita, mas muita conversa mole para boi dormir. E que NUNCA produziu NADA em termos de conhecimento. Conhecimento científico, claro, tertúlias flácidas para adormcer bovinos, ela produz aos montes.:- )

Praxeologia a Pseudo-Ciência de Von Mises

 
Um abraço.
 
Homero
 
 
Sent: Tuesday, June 02, 2015 5:10 PM
Subject: Re: [ciencialist] Ciência da filosofia X Filosofia da Ciência - 1
 
 

Não totalmente zero, pois para abraçar o positivismo científico, deverá acreditar que :
 
1 - as leis são imutáveis ao longo da existencia do universo
2 - que as leis são válidas para todo o universo
3 - que o método científico é o único método que produz conhecimento
4 - não existem cisnes negros
etc...
 
Ou seja, todas as crenças metafísicas que fundamentam o positivismo científico teriam que ser mantidas!!!!
 
Vcs já ouviram falar no Ludwig Von Mises e a abordagem dele das ciências de ação humana , chamada Praxeologia, onde a Economia representa a parte mais desenvolvida dessa ciência da Ação Humana ?
 
Ele tem um livro chamado Teoria e História, onde fundamenta a sua abordagem - usada em sua obra monumental - "Ação Humana", que é excelente. E realmente creio que a abordagem dele é a mais adequada para os fenômenos da ação humana.
 
Segue o link do livro :
 
 
 
 
 


Em Terça-feira, 2 de Junho de 2015 9:34, "'Pesky Bee' peskybee2@gmail.com [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br> escreveu:


 
> Se você recorrer a um psicoterapeuta ele poderá fazer várias perguntas
 
Se for uma psicoterapeuta feminina, e se ela me mostrar
a
bunda dela logo no começo da sessão, eu topo ir!
Mas não pode ser aquelas véias carcomidas, por favor!
Tem que
ser uma ANALista minimamente palatável, ok?
 
*PB*
 
 
 
 
From: Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]
Sent: Monday, June 01, 2015 3:13 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] Ciência da filosofia X Filosofia da Ciência - 1
 
 
 
 
 
Prezado amigo anônimo Pesky Bee. 
 
 
De fato você é um dos recordistas brasileiros no uso de palavrões.
Não resta a menor dúvida sobre este fato.
O que não está esclarecido é o motivo pelo qual você adora essa linguagem.
Se você recorrer a um psicoterapeuta ele poderá fazer várias perguntas para ajudar a descobrir este motivo.
Sugiro que você inverta os papéis e se coloque no lugar do analista (outro nome para psicoterapeutas freudianos) e coloque você na frente do analista e faça uma listinha de perguntas que poderiam nos ajudar a decifrar este importantíssimo enigma linguístico.
 
 
Abraços
Mtnos Calil
 
 
Ps. Um dos principios básicos da psicoterapia deveria ser o seguinte: O PACIENTE TEM AMPLA, GERAL E IRRESTRITA LIBERDADE DE FALAR O QUE QUISER PARA O ANALISTA. PORTANTO ELE TEM O DIREITO DE AGREDIR VERBALMENTE - SÓ VERBALMENTE - O SEU TERAPEUTA, SEM QUALQUER LIMITE. REPITO: SEM QUALQUER LIMITE. QUANTOS PSICOTERAPEUTAS CONCORDAM COM ESSA REGRA METODOLÓGICA ELEMENTAR? POUQUISSIMOS, IMAGINO.
 
 

 
 
 
 





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SUBJECT: Re: [ciencialist] Ciência da filosofia X Filosofia da Ciência - 1
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/06/2015 18:39

Ola Homero,

Sabia que vc responderia a esse email :-)

Estou usando essas afirmações no sentido de serem conclusões lógicas deriváveis, que justificam o método "a priori", não com relação a agir (decidir racionalmente pela validade e confiabilidade do método na produção de conhecimento) de acordo com evidências.

É claro que adotamos o método, que ele é o mais confiável nas que temos nas ciências naturais, que nos faz encontrar "verdades", dentro do que podemos considerar verdades de acordo com a nossa limitação e método.

A questão é : dentro da declaração de base zero (tema do topico), para a ação, não existe tal base, pois o método que seria aplicado não pode ser deduzido logicamente!

E não, a Praxeologia não é uma pseudo-ciência (toda a economia e as leis econômicas são deriváveis dos seus postulados : que o homem tem fins específicos, que usa meios para obte-los, que o julgamento de valor é subjetivo, etc). O Mises conhecia muito bem o método científico, e faz a defesa do Dualismo metodológico de forma brilhante. Ele sequer entendeu as limitações que Mises aponta com relação a aplicação da estatística nas ciências de ação humana.

Essa crítica a Mises é um verdadeiro espantalho ao que Mises coloca, muito ruim; uma crítica de quem sequer entendeu o que Mises coloca como limitação do método científico nas questões humanas (história, por exemplo) e no porquê de se adotar o dualismo. Vou responder ponto a ponto essa questão.

E outra coisa, a Escola Austríaca é a única que explicou com sucesso todos os principais acontecimentos econômicos (desde a crise de 29, até a de 2008). E outra, que essa cara do Blog desconhece : é a única que não parte de princípios como concorrência perfeita, homus econômicus, disponibliildade perfeita das informações, que as outras escolas que ele considera "mais científicas" assumem (e que não exsitem na realidade). A escola austríaca parte de princípios reais (informações dispersas e imperfeitas, o homem toma decisões erradas, etc, etc..).

Obs : vc já leu alguma obra do Mises ?


Abs
Felipe


Em Terça-feira, 2 de Junho de 2015 17:37, "oraculo@atibaia.com.br [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br> escreveu:


 
Luis: “Não totalmente zero, pois para abraçar o positivismo científico, deverá acreditar que :
 
Está errado, em todas as alegações. Distorções (espantalhos) comuns a falta de compreensão da ciência. E, mais uma, pseduociência.
 
Ponto a ponto:
 
1 - as leis são imutáveis ao longo da existencia do universo
 
Não é preciso “acreditar” nisso, apenas não existem evidências de que não seja assim, e quando existem, como nos instantes iniciais depois do Big Bang, é prefeitamente aceitável concluir, e não “acreditar” (nesse sentido metafísico do espantalho que criou) que as leis variaram ou podem variar.
 
No momento as evidências são de que as leis se mantém e tem se mantido ao longo da existência do Universo. Se tem uma evidência, qualquer uma, que não envolva anjos do senhor ou unicórnios mágicos mudando essas leis pela força do senhor ou da mágica, por favor, fique a vontade para apresenta-la.
 
Caso contrário, seria pouco lógico ou razoável não concluir dessa forma.
 
2 - que as leis são válidas para todo o universo
 
De novo, não é uma crença baseada nas evidências disponíveis. Nada indica o contrário, nenhum estudo, observação, dado, etc, indica que em uma estrela em Alpha-Centauri as forças da natureza não estejam agindo da mesma maneira que em nosso Sol. Nada. De novo, não é preciso crença, pois é uma conclusão. Se tem  QUALQUER evidência contrária, que não envolva anjos ou fadas, por favor fique à vontade para apresenta-la.
 
3 - que o método científico é o único método que produz conhecimento
 
Este é um terrível e recorrente espantalho, que não sei quantas vezes já foi apresentado, e refutado, não apenas aqui na lista, mas em toda conversa com malucos anti-ciência, que não compreendem, e não querem compreender, o que realmente é e o que não é ciência e conhecimento científico. É triste, e bastante cansativo.
 
O método científico NÃO é o único método de produzir “conhecimento”, usando o termo no sentido amplo de conhecer algo. É, entretanto, até por tautologia, o único que produz conhecimento “científico”. E isso é algo bem definido e confiável. E é isso que parecem não entender.
 
SE deseja conhecer a namorada, ou um amigo, conviver com ele é uma forma, legítima, de conhecimento. Se desejar conhecer aspectos de uma religião estudar teologia é uma forma legítima de produzir conhecimento a respeito.
 
Mas se deseja compreender a realidade material deste universo, por exemplo, o metabolismo da namorada, o método MAIS confiável, mais seguro, com melhores resultados, com a maior aproximação possível da realidade que se deseja conhecer nessa questão, é o método científico.
 
Faça uma alegação sobre o universo, material e concreta, e o método científico será o melhor, se não o único, capaz de testar essa afirmação, de verificar se é real, verdadeira, ou não. Não há, não conheço outra, não existe, no momento, outro método melhor. Pior, com certeza existe, posso usar o método de ler um livro sagrado, posso usar o método de usar a intuição, o bom senso, falar com espíritos de luz, rezar ao Unicórnio Rosa para que me ilumine e esclareça, ou o diabo a quatro.
 
Mas o mais confiável, que produzirá resultados mais próximos, ainda que não absolutos ou “100% corretos”, será o método científico.
 
Se tem qualquer outro método, outro “paradigma” (pobre palavra constantemente violentada), por favor, aponte (nunca apontam, nunca, quando dizem que o método científico não é o único). Ou tente entender de uma vez por todas o que é, e o que não é, ciência.
 
4 - não existem cisnes negros
 
Sério, a incapacidade de compreender essas questões é tão ampla, que fica complicado responder a este último “questionamento”. Acho que nem vou tentar. E não vou.:- )
 
Finalizando, praxeologia é uma pseudociência que se dedica a malabarismos retóricos, embromation em níveis estratoféricos, e muita, mas muita conversa mole para boi dormir. E que NUNCA produziu NADA em termos de conhecimento. Conhecimento científico, claro, tertúlias flácidas para adormcer bovinos, ela produz aos montes.:- )

Praxeologia a Pseudo-Ciência de Von Mises

 
Um abraço.
 
Homero
 
 
Sent: Tuesday, June 02, 2015 5:10 PM
Subject: Re: [ciencialist] Ciência da filosofia X Filosofia da Ciência - 1
 
 
Não totalmente zero, pois para abraçar o positivismo científico, deverá acreditar que :
 
1 - as leis são imutáveis ao longo da existencia do universo
2 - que as leis são válidas para todo o universo
3 - que o método científico é o único método que produz conhecimento
4 - não existem cisnes negros
etc...
 
Ou seja, todas as crenças metafísicas que fundamentam o positivismo científico teriam que ser mantidas!!!!
 
Vcs já ouviram falar no Ludwig Von Mises e a abordagem dele das ciências de ação humana , chamada Praxeologia, onde a Economia representa a parte mais desenvolvida dessa ciência da Ação Humana ?
 
Ele tem um livro chamado Teoria e História, onde fundamenta a sua abordagem - usada em sua obra monumental - "Ação Humana", que é excelente. E realmente creio que a abordagem dele é a mais adequada para os fenômenos da ação humana.
 
Segue o link do livro :
 
 
 
 
 


Em Terça-feira, 2 de Junho de 2015 9:34, "'Pesky Bee' peskybee2@gmail.com [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br> escreveu:


 
> Se você recorrer a um psicoterapeuta ele poderá fazer várias perguntas
 
Se for uma psicoterapeuta feminina, e se ela me mostrar
a
bunda dela logo no começo da sessão, eu topo ir!
Mas não pode ser aquelas véias carcomidas, por favor!
Tem que
ser uma ANALista minimamente palatável, ok?
 
*PB*
 
 
 
 
From: Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]
Sent: Monday, June 01, 2015 3:13 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] Ciência da filosofia X Filosofia da Ciência - 1
 
 
 
 
 
Prezado amigo anônimo Pesky Bee. 
 
 
De fato você é um dos recordistas brasileiros no uso de palavrões.
Não resta a menor dúvida sobre este fato.
O que não está esclarecido é o motivo pelo qual você adora essa linguagem.
Se você recorrer a um psicoterapeuta ele poderá fazer várias perguntas para ajudar a descobrir este motivo.
Sugiro que você inverta os papéis e se coloque no lugar do analista (outro nome para psicoterapeutas freudianos) e coloque você na frente do analista e faça uma listinha de perguntas que poderiam nos ajudar a decifrar este importantíssimo enigma linguístico.
 
 
Abraços
Mtnos Calil
 
 
Ps. Um dos principios básicos da psicoterapia deveria ser o seguinte: O PACIENTE TEM AMPLA, GERAL E IRRESTRITA LIBERDADE DE FALAR O QUE QUISER PARA O ANALISTA. PORTANTO ELE TEM O DIREITO DE AGREDIR VERBALMENTE - SÓ VERBALMENTE - O SEU TERAPEUTA, SEM QUALQUER LIMITE. REPITO: SEM QUALQUER LIMITE. QUANTOS PSICOTERAPEUTAS CONCORDAM COM ESSA REGRA METODOLÓGICA ELEMENTAR? POUQUISSIMOS, IMAGINO.
 
 

 
 
 
 





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SUBJECT: Re: [ciencialist] Ciência da filosofia X Filosofia da Ciência - 1
FROM: Mtnos Calil <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/06/2015 19:42


Prezado Luiz Felipe

1. Concordo que há semelhança entre a proposta da precisão lógica e a do positivismo logico. 
Porém há também uma diferença que é a seguinte: o positivISMO, como o sufixo sugere é carregado de ideologia, enquanto a lógica (ou a "matemática pura) não tem nenhuma ideologia. 

2. A coisa mais comum neste mundo é nos depararmos com autores que  manifestam ora pensamentos ideológicos ora pensamentos lógicos-cientificos, às vezes no mesmo livro e às vezes numa única página de um livro! 

Esse é o caso de Ludwig Von Mises. Logo que puder, vou tentar mostrar esse conflito do pensamento deste Ludwig. O outro Ludwign ( o Wittgeinstein) também se atrapalhou, chegando ao cúmulo de abandonar algumas preciosidades por ele formuladas no Tratactus.

3. O conceito de método é amplamente controverso e sofre do transtorno ideológico da quantofrenia. (que supervaloriza a importância dos números e medidas).  O próprio Einstein disse que a imaginação é mais importante que o conhecimento. Mas não é, porque quem decide o "valor de uso" da imaginação é a lógica, ou melhor - os testes que demonstram os traços lógicos da imaginação. A imaginação cria e a ciência decide se fará ou não uso desta imaginação. Todo conhecimento (verdadeiro) é lógico-cientifico, como nossos antepassados analfabetos demonstraram há 10 mil anos (ou mais) quando fizeram a 1a. revolução tecnológica da história - a agricultura. A ciência nunca foi e nunca será propriedade intelectual dos cientistas. ( o termo "cientista" também carece de uma definição lógico-cientifica; muitos técnicos foram promovidos a cientistas graças à ideologia da hiper-especialização). 

Abraços
Mtnos Calil 



On Ter 02/06/15 17:10 , "luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 

Não totalmente zero, pois para abraçar o positivismo científico, deverá acreditar que :

1 - as leis são imutáveis ao longo da existencia do universo
2 - que as leis são válidas para todo o universo
3 - que o método científico é o único método que produz conhecimento
4 - não existem cisnes negros
etc...

Ou seja, todas as crenças metafísicas que fundamentam o positivismo científico teriam que ser mantidas!!!!

Vcs já ouviram falar no Ludwig Von Mises e a abordagem dele das ciências de ação humana , chamada Praxeologia, onde a Economia representa a parte mais desenvolvida dessa ciência da Ação Humana ?

Ele tem um livro chamado Teoria e História, onde fundamenta a sua abordagem - usada em sua obra monumental - "Ação Humana", que é excelente. E realmente creio que a abordagem dele é a mais adequada para os fenômenos da ação humana.

Segue o link do livro :



 



Em Terça-feira, 2 de Junho de 2015 9:34, "'Pesky Bee' peskybee2@gmail.com [ciencialist]" escreveu:


 
> Se você recorrer a um psicoterapeuta ele poderá fazer várias perguntas
 
Se for uma psicoterapeuta feminina, e se ela me mostrar
a
bunda dela logo no começo da sessão, eu topo ir!
Mas não pode ser aquelas véias carcomidas, por favor!
Tem que
ser uma ANALista minimamente palatável, ok?
 
*PB*
 
 
 
 
From: Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]
Sent: Monday, June 01, 2015 3:13 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] Ciência da filosofia X Filosofia da Ciência - 1
 
 
 
 
 
Prezado amigo anônimo Pesky Bee. 
 
 
De fato você é um dos recordistas brasileiros no uso de palavrões.
Não resta a menor dúvida sobre este fato.
O que não está esclarecido é o motivo pelo qual você adora essa linguagem.
Se você recorrer a um psicoterapeuta ele poderá fazer várias perguntas para ajudar a descobrir este motivo.
Sugiro que você inverta os papéis e se coloque no lugar do analista (outro nome para psicoterapeutas freudianos) e coloque você na frente do analista e faça uma listinha de perguntas que poderiam nos ajudar a decifrar este importantíssimo enigma linguístico.
 
 
Abraços
Mtnos Calil
 
 
Ps. Um dos principios básicos da psicoterapia deveria ser o seguinte: O PACIENTE TEM AMPLA, GERAL E IRRESTRITA LIBERDADE DE FALAR O QUE QUISER PARA O ANALISTA. PORTANTO ELE TEM O DIREITO DE AGREDIR VERBALMENTE - SÓ VERBALMENTE - O SEU TERAPEUTA, SEM QUALQUER LIMITE. REPITO: SEM QUALQUER LIMITE. QUANTOS PSICOTERAPEUTAS CONCORDAM COM ESSA REGRA METODOLÓGICA ELEMENTAR? POUQUISSIMOS, IMAGINO.
 
 

 
 
 
 




SUBJECT: Re: [ciencialist] Ciência da filosofia X Filosofia da Ciência - 1
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: ListadeCiência <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/06/2015 20:31

Calil,

O Mises propõe o dualismo metodológico, como ele mesmo afirma, não por uma impossibilidade de se ter, no futuro, uma explicação cientifica de como o cérebro, atraves de interação com o meio pproduz as idéias e ações, mas sim como um artifício metodológico pela nossa incapacidade de realizar essa redução (que perdurar até hj).

A partir disso, ele postula que os homens agem tendo como metas, fins especificos, buscando para isso determinados meios(nao necessariamente os mais racionais).

No caso da economia, q ele aje tendo como fim a mmelhoria de suas condições materiais, aborda inclusive as 'exceções (como o louco citado na 'critica'), q continuam a agir para fins especificos (salvação da alma, por ex), usando os meios que consideram mais adequados (voto de pobreza, por exemplo).

O que vejo muito (como no link q o Homero enviou) são criticas muito ruins a espantalhos do que ele fala.

E ele é o primeiro a alertar sobre as limitacoes dessa abordagem em termos preditivos (quantitativos) qdo comparada com as ciencias naturais.

Abs
Felipe


From: Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist] <ciencialist@yahoogrupos.com.br>;
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>;
Subject: Re: [ciencialist] Ciência da filosofia X Filosofia da Ciência - 1
Sent: Tue, Jun 2, 2015 10:42:02 PM

 


Prezado Luiz Felipe


1. Concordo que há semelhança entre a proposta da precisão lógica e a do positivismo logico. 
Porém há também uma diferença que é a seguinte: o positivISMO, como o sufixo sugere é carregado de ideologia, enquanto a lógica (ou a "matemática pura) não tem nenhuma ideologia. 

2. A coisa mais comum neste mundo é nos depararmos com autores que  manifestam ora pensamentos ideológicos ora pensamentos lógicos-cientificos, às vezes no mesmo livro e às vezes numa única página de um livro! 

Esse é o caso de Ludwig Von Mises. Logo que puder, vou tentar mostrar esse conflito do pensamento deste Ludwig. O outro Ludwign ( o Wittgeinstein) também se atrapalhou, chegando ao cúmulo de abandonar algumas preciosidades por ele formuladas no Tratactus.

3. O conceito de método é amplamente controverso e sofre do transtorno ideológico da quantofrenia. (que supervaloriza a importância dos números e medidas).  O próprio Einstein disse que a imaginação é mais importante que o conhecimento. Mas não é, porque quem decide o "valor de uso" da imaginação é a lógica, ou melhor - os testes que demonstram os traços lógicos da imaginação. A imaginação cria e a ciência decide se fará ou não uso desta imaginação. Todo conhecimento (verdadeiro) é lógico-cientifico, como nossos antepassados analfabetos demonstraram há 10 mil anos (ou mais) quando fizeram a 1a. revolução tecnológica da história - a agricultura. A ciência nunca foi e nunca será propriedade intelectual dos cientistas. ( o termo "cientista" também carece de uma definição lógico-cientifica; muitos técnicos foram promovidos a cientistas graças à ideologia da hiper-especialização). 

Abraços
Mtnos Calil 



On Ter 02/06/15 17:10 , "luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 

Não totalmente zero, pois para abraçar o positivismo científico, deverá acreditar que :

1 - as leis são imutáveis ao longo da existencia do universo
2 - que as leis são válidas para todo o universo
3 - que o método científico é o único método que produz conhecimento
4 - não existem cisnes negros
etc...

Ou seja, todas as crenças metafísicas que fundamentam o positivismo científico teriam que ser mantidas!!!!

Vcs já ouviram falar no Ludwig Von Mises e a abordagem dele das ciências de ação humana , chamada Praxeologia, onde a Economia representa a parte mais desenvolvida dessa ciência da Ação Humana ?

Ele tem um livro chamado Teoria e História, onde fundamenta a sua abordagem - usada em sua obra monumental - "Ação Humana", que é excelente. E realmente creio que a abordagem dele é a mais adequada para os fenômenos da ação humana.

Segue o link do livro :



 



Em Terça-feira, 2 de Junho de 2015 9:34, "'Pesky Bee' peskybee2@gmail.com [ciencialist]" escreveu:


 
> Se você recorrer a um psicoterapeuta ele poderá fazer várias perguntas
 
Se for uma psicoterapeuta feminina, e se ela me mostrar
a
bunda dela logo no começo da sessão, eu topo ir!
Mas não pode ser aquelas véias carcomidas, por favor!
Tem que
ser uma ANALista minimamente palatável, ok?
 
*PB*
 
 
 
 
From: Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]
Sent: Monday, June 01, 2015 3:13 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] Ciência da filosofia X Filosofia da Ciência - 1
 
 
 
 
 
Prezado amigo anônimo Pesky Bee. 
 
 
De fato você é um dos recordistas brasileiros no uso de palavrões.
Não resta a menor dúvida sobre este fato.
O que não está esclarecido é o motivo pelo qual você adora essa linguagem.
Se você recorrer a um psicoterapeuta ele poderá fazer várias perguntas para ajudar a descobrir este motivo.
Sugiro que você inverta os papéis e se coloque no lugar do analista (outro nome para psicoterapeutas freudianos) e coloque você na frente do analista e faça uma listinha de perguntas que poderiam nos ajudar a decifrar este importantíssimo enigma linguístico.
 
 
Abraços
Mtnos Calil
 
 
Ps. Um dos principios básicos da psicoterapia deveria ser o seguinte: O PACIENTE TEM AMPLA, GERAL E IRRESTRITA LIBERDADE DE FALAR O QUE QUISER PARA O ANALISTA. PORTANTO ELE TEM O DIREITO DE AGREDIR VERBALMENTE - SÓ VERBALMENTE - O SEU TERAPEUTA, SEM QUALQUER LIMITE. REPITO: SEM QUALQUER LIMITE. QUANTOS PSICOTERAPEUTAS CONCORDAM COM ESSA REGRA METODOLÓGICA ELEMENTAR? POUQUISSIMOS, IMAGINO.
 
 

 
 
 
 




SUBJECT: Re: [ciencialist] Ciência da filosofia X Filosofia da Ciência - 1
FROM: Mtnos Calil <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/06/2015 21:03

                                           TRITURADOR X ORÁCULO 


Oráculo - " O método científico NÃO é o único método de produzir “conhecimento”, usando o termo no sentido amplo de conhecer algo. É, entretanto, até por tautologia, o único que produz conhecimento “científico”. E isso é algo bem definido e confiável. E é isso que parecem não entender)

Triturador

a) Usar o termo conhecimento no sentido de conhecer algo nada informa sobre o significado que você atribui ao termo. Além disso  a locução "até por tautologia" dá a entender que a tautologia serve até para explicar as coisas. 
b) Isso é algo "bem definido"? My God! 

Oráculo - Se deseja conhecer a namorada, ou um amigo, conviver com ele é uma forma, legítima, de conhecimento. Se desejar conhecer aspectos de uma religião estudar teologia é uma forma legítima de produzir conhecimento a respeito.

Triturador: - 

a) Conviver com uma pessoa não é uma forma de conhecer a pessoa e sim apenas uma condição para.  Não existe nada mais dificil neste mundo do que conhecer uma pessoa. O homem só será capaz desta façanha quando conhecer a si mesmo, como propunha Sócrates (embora a frase conhece-te a ti mesmo não seja da autoria dele). 
Tivemos que esperar mais de dois mil anos para surgir um método ou uma técnica para nos conhecermos. Quem tornou possivel o auto-conhecimento foi Freud com a técnica psicanalítica

b) O primeiro passo para conhecer uma pessoa é definir o que significa conhecer e o que significa pessoa. Aí vai uma sugestão para a definição de conhecimento :

 "processo de aproximações sucessivas da realidade do objeto a ser conhecido"

Portanto o conhecimento se estabelece em diferentes graus ou dimensões. 

c)  A única forma de conhecer qualquer religião é fazer um estudo lógico-cientifico a respeito dela, precedido pela definição do termos conhecimento e religião. 
 
===============================================================







On Ter 02/06/15 17:37 , "oraculo@atibaia.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 

Luis: “Não totalmente zero, pois para abraçar o positivismo científico, deverá acreditar que :
 
Está errado, em todas as alegações. Distorções (espantalhos) comuns a falta de compreensão da ciência. E, mais uma, pseduociência.
 
Ponto a ponto:
 
1 - as leis são imutáveis ao longo da existencia do universo
 
Não é preciso “acreditar” nisso, apenas não existem evidências de que não seja assim, e quando existem, como nos instantes iniciais depois do Big Bang, é prefeitamente aceitável concluir, e não “acreditar” (nesse sentido metafísico do espantalho que criou) que as leis variaram ou podem variar.
 
No momento as evidências são de que as leis se mantém e tem se mantido ao longo da existência do Universo. Se tem uma evidência, qualquer uma, que não envolva anjos do senhor ou unicórnios mágicos mudando essas leis pela força do senhor ou da mágica, por favor, fique a vontade para apresenta-la.
 
Caso contrário, seria pouco lógico ou razoável não concluir dessa forma.
 
2 - que as leis são válidas para todo o universo
 
De novo, não é uma crença baseada nas evidências disponíveis. Nada indica o contrário, nenhum estudo, observação, dado, etc, indica que em uma estrela em Alpha-Centauri as forças da natureza não estejam agindo da mesma maneira que em nosso Sol. Nada. De novo, não é preciso crença, pois é uma conclusão. Se tem  QUALQUER evidência contrária, que não envolva anjos ou fadas, por favor fique à vontade para apresenta-la.

3 - que o método científico é o único método que produz conhecimento
 
Este é um terrível e recorrente espantalho, que não sei quantas vezes já foi apresentado, e refutado, não apenas aqui na lista, mas em toda conversa com malucos anti-ciência, que não compreendem, e não querem compreender, o que realmente é e o que não é ciência e conhecimento científico. É triste, e bastante cansativo.
 
O método científico NÃO é o único método de produzir “conhecimento”, usando o termo no sentido amplo de conhecer algo. É, entretanto, até por tautologia, o único que produz conhecimento “científico”. E isso é algo bem definido e confiável. E é isso que parecem não entender.
 
SE deseja conhecer a namorada, ou um amigo, conviver com ele é uma forma, legítima, de conhecimento. Se desejar conhecer aspectos de uma religião estudar teologia é uma forma legítima de produzir conhecimento a respeito.
 
Mas se deseja compreender a realidade material deste universo, por exemplo, o metabolismo da namorada, o método MAIS confiável, mais seguro, com melhores resultados, com a maior aproximação possível da realidade que se deseja conhecer nessa questão, é o método científico.
 
Faça uma alegação sobre o universo, material e concreta, e o método científico será o melhor, se não o único, capaz de testar essa afirmação, de verificar se é real, verdadeira, ou não. Não há, não conheço outra, não existe, no momento, outro método melhor. Pior, com certeza existe, posso usar o método de ler um livro sagrado, posso usar o método de usar a intuição, o bom senso, falar com espíritos de luz, rezar ao Unicórnio Rosa para que me ilumine e esclareça, ou o diabo a quatro.
 
Mas o mais confiável, que produzirá resultados mais próximos, ainda que não absolutos ou “100% corretos”, será o método científico.
 
Se tem qualquer outro método, outro “paradigma” (pobre palavra constantemente violentada), por favor, aponte (nunca apontam, nunca, quando dizem que o método científico não é o único). Ou tente entender de uma vez por todas o que é, e o que não é, ciência.
 
4 - não existem cisnes negros
 
Sério, a incapacidade de compreender essas questões é tão ampla, que fica complicado responder a este último “questionamento”. Acho que nem vou tentar. E não vou.:- )
 
Finalizando, praxeologia é uma pseudociência que se dedica a malabarismos retóricos, embromation em níveis estratoféricos, e muita, mas muita conversa mole para boi dormir. E que NUNCA produziu NADA em termos de conhecimento. Conhecimento científico, claro, tertúlias flácidas para adormcer bovinos, ela produz aos montes.:- )

Praxeologia a Pseudo-Ciência de Von Mises

 
Um abraço.
 
Homero
 
 
Sent: Tuesday, June 02, 2015 5:10 PM
Subject: Re: [ciencialist] Ciência da filosofia X Filosofia da Ciência - 1
 
 

Não totalmente zero, pois para abraçar o positivismo científico, deverá acreditar que :
 
1 - as leis são imutáveis ao longo da existencia do universo
2 - que as leis são válidas para todo o universo
3 - que o método científico é o único método que produz conhecimento
4 - não existem cisnes negros
etc...
 
Ou seja, todas as crenças metafísicas que fundamentam o positivismo científico teriam que ser mantidas!!!!
 
Vcs já ouviram falar no Ludwig Von Mises e a abordagem dele das ciências de ação humana , chamada Praxeologia, onde a Economia representa a parte mais desenvolvida dessa ciência da Ação Humana ?
 
Ele tem um livro chamado Teoria e História, onde fundamenta a sua abordagem - usada em sua obra monumental - "Ação Humana", que é excelente. E realmente creio que a abordagem dele é a mais adequada para os fenômenos da ação humana.
 
Segue o link do livro :
 
 
 
 
 


Em Terça-feira, 2 de Junho de 2015 9:34, "'Pesky Bee' peskybee2@gmail.com [ciencialist]" escreveu:


 
> Se você recorrer a um psicoterapeuta ele poderá fazer várias perguntas
 
Se for uma psicoterapeuta feminina, e se ela me mostrar
a
bunda dela logo no começo da sessão, eu topo ir!
Mas não pode ser aquelas véias carcomidas, por favor!
Tem que
ser uma ANALista minimamente palatável, ok?
 
*PB*
 
 
 
 
From: Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]
Sent: Monday, June 01, 2015 3:13 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] Ciência da filosofia X Filosofia da Ciência - 1
 
 
 
 
 
Prezado amigo anônimo Pesky Bee. 
 
 
De fato você é um dos recordistas brasileiros no uso de palavrões.
Não resta a menor dúvida sobre este fato.
O que não está esclarecido é o motivo pelo qual você adora essa linguagem.
Se você recorrer a um psicoterapeuta ele poderá fazer várias perguntas para ajudar a descobrir este motivo.
Sugiro que você inverta os papéis e se coloque no lugar do analista (outro nome para psicoterapeutas freudianos) e coloque você na frente do analista e faça uma listinha de perguntas que poderiam nos ajudar a decifrar este importantíssimo enigma linguístico.
 
 
Abraços
Mtnos Calil
 
 
Ps. Um dos principios básicos da psicoterapia deveria ser o seguinte: O PACIENTE TEM AMPLA, GERAL E IRRESTRITA LIBERDADE DE FALAR O QUE QUISER PARA O ANALISTA. PORTANTO ELE TEM O DIREITO DE AGREDIR VERBALMENTE - SÓ VERBALMENTE - O SEU TERAPEUTA, SEM QUALQUER LIMITE. REPITO: SEM QUALQUER LIMITE. QUANTOS PSICOTERAPEUTAS CONCORDAM COM ESSA REGRA METODOLÓGICA ELEMENTAR? POUQUISSIMOS, IMAGINO.
 
 

 
 
 
 





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SUBJECT: Re: [ciencialist] Ciência da filosofia X Filosofia da Ciência - 1
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/06/2015 22:08

Uma das contribuições de Mises, usando o pseudo-conhecimento, da sua pseudo-ciência, foi sua demonstração da inviabilidade de uma sociedade baseada na propriedade pública dos meios de produção (e existe farta bibliografia que evidencia a existencia de um capitalismo candlestino na economia soviética, que a ajudava a não colapsar rapidamente, além do investimento Ocidental que sempre subsidiou a URSS. É só observarmos a quantidade de Bilionarios Russos que surgiram logo apos a queda da URSS.) 

No que ficou conhecido como "Probelma do Cálculo Econômico", Mises demonstrou que em uma sociedade com a economia planificada,  não era possível determinar por qualquer meio racional o preço de todos os produtos (que são determinados pelo mercado) e dessa forma, não era possível fazer o cálculo econômico. 

Com isso, além de não se poder planejar e racionalizar o uso dos meios de produção, a ausência de preços causava alocação equivocada de recursos, com sobras em determinados setores, falta em outros. A propriedade publica dos meios de produção impede o desenvolvimento econômico, gera queda de produtividade, pobreza e miséria (resultado totalmente oposto que aqueles que propuseram esse sistema tinham em mente - ou seja, analisando os meios propostos para atingir determinado fim, Mises demonstrou que esses meios não eram os meios adequados para o Fim proposto).

A questão dos preços no mercado pode ser entendido se fizermos uma analogia com o desenvolvimento embrionário. Cada célula produz sinalizadores químicos que auxilias as vizinhas a "decidierem" como se comportar e o que produzir. É dessa mesma forma que os preços surgem e fazem o seu papel no sistema econômico.

Abs
Felipe
 



Em Terça-feira, 2 de Junho de 2015 21:03, "Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br> escreveu:


 
                                           TRITURADOR X ORÁCULO 


Oráculo - " O método científico NÃO é o único método de produzir “conhecimento”, usando o termo no sentido amplo de conhecer algo. É, entretanto, até por tautologia, o único que produz conhecimento “científico”. E isso é algo bem definido e confiável. E é isso que parecem não entender)

Triturador

a) Usar o termo conhecimento no sentido de conhecer algo nada informa sobre o significado que você atribui ao termo. Além disso  a locução "até por tautologia" dá a entender que a tautologia serve até para explicar as coisas. 
b) Isso é algo "bem definido"? My God! 

Oráculo - Se deseja conhecer a namorada, ou um amigo, conviver com ele é uma forma, legítima, de conhecimento. Se desejar conhecer aspectos de uma religião estudar teologia é uma forma legítima de produzir conhecimento a respeito.

Triturador: - 

a) Conviver com uma pessoa não é uma forma de conhecer a pessoa e sim apenas uma condição para.  Não existe nada mais dificil neste mundo do que conhecer uma pessoa. O homem só será capaz desta façanha quando conhecer a si mesmo, como propunha Sócrates (embora a frase conhece-te a ti mesmo não seja da autoria dele). 
Tivemos que esperar mais de dois mil anos para surgir um método ou uma técnica para nos conhecermos. Quem tornou possivel o auto-conhecimento foi Freud com a técnica psicanalítica

b) O primeiro passo para conhecer uma pessoa é definir o que significa conhecer e o que significa pessoa. Aí vai uma sugestão para a definição de conhecimento :

 "processo de aproximações sucessivas da realidade do objeto a ser conhecido"

Portanto o conhecimento se estabelece em diferentes graus ou dimensões. 

c)  A única forma de conhecer qualquer religião é fazer um estudo lógico-cientifico a respeito dela, precedido pela definição do termos conhecimento e religião. 
 
===============================================================







On Ter 02/06/15 17:37 , "oraculo@atibaia.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 
Luis: “Não totalmente zero, pois para abraçar o positivismo científico, deverá acreditar que :
 
Está errado, em todas as alegações. Distorções (espantalhos) comuns a falta de compreensão da ciência. E, mais uma, pseduociência.
 
Ponto a ponto:
 
1 - as leis são imutáveis ao longo da existencia do universo
 
Não é preciso “acreditar” nisso, apenas não existem evidências de que não seja assim, e quando existem, como nos instantes iniciais depois do Big Bang, é prefeitamente aceitável concluir, e não “acreditar” (nesse sentido metafísico do espantalho que criou) que as leis variaram ou podem variar.
 
No momento as evidências são de que as leis se mantém e tem se mantido ao longo da existência do Universo. Se tem uma evidência, qualquer uma, que não envolva anjos do senhor ou unicórnios mágicos mudando essas leis pela força do senhor ou da mágica, por favor, fique a vontade para apresenta-la.
 
Caso contrário, seria pouco lógico ou razoável não concluir dessa forma.
 
2 - que as leis são válidas para todo o universo
 
De novo, não é uma crença baseada nas evidências disponíveis. Nada indica o contrário, nenhum estudo, observação, dado, etc, indica que em uma estrela em Alpha-Centauri as forças da natureza não estejam agindo da mesma maneira que em nosso Sol. Nada. De novo, não é preciso crença, pois é uma conclusão. Se tem  QUALQUER evidência contrária, que não envolva anjos ou fadas, por favor fique à vontade para apresenta-la.

3 - que o método científico é o único método que produz conhecimento
 
Este é um terrível e recorrente espantalho, que não sei quantas vezes já foi apresentado, e refutado, não apenas aqui na lista, mas em toda conversa com malucos anti-ciência, que não compreendem, e não querem compreender, o que realmente é e o que não é ciência e conhecimento científico. É triste, e bastante cansativo.
 
O método científico NÃO é o único método de produzir “conhecimento”, usando o termo no sentido amplo de conhecer algo. É, entretanto, até por tautologia, o único que produz conhecimento “científico”. E isso é algo bem definido e confiável. E é isso que parecem não entender.
 
SE deseja conhecer a namorada, ou um amigo, conviver com ele é uma forma, legítima, de conhecimento. Se desejar conhecer aspectos de uma religião estudar teologia é uma forma legítima de produzir conhecimento a respeito.
 
Mas se deseja compreender a realidade material deste universo, por exemplo, o metabolismo da namorada, o método MAIS confiável, mais seguro, com melhores resultados, com a maior aproximação possível da realidade que se deseja conhecer nessa questão, é o método científico.
 
Faça uma alegação sobre o universo, material e concreta, e o método científico será o melhor, se não o único, capaz de testar essa afirmação, de verificar se é real, verdadeira, ou não. Não há, não conheço outra, não existe, no momento, outro método melhor. Pior, com certeza existe, posso usar o método de ler um livro sagrado, posso usar o método de usar a intuição, o bom senso, falar com espíritos de luz, rezar ao Unicórnio Rosa para que me ilumine e esclareça, ou o diabo a quatro.
 
Mas o mais confiável, que produzirá resultados mais próximos, ainda que não absolutos ou “100% corretos”, será o método científico.
 
Se tem qualquer outro método, outro “paradigma” (pobre palavra constantemente violentada), por favor, aponte (nunca apontam, nunca, quando dizem que o método científico não é o único). Ou tente entender de uma vez por todas o que é, e o que não é, ciência.
 
4 - não existem cisnes negros
 
Sério, a incapacidade de compreender essas questões é tão ampla, que fica complicado responder a este último “questionamento”. Acho que nem vou tentar. E não vou.:- )
 
Finalizando, praxeologia é uma pseudociência que se dedica a malabarismos retóricos, embromation em níveis estratoféricos, e muita, mas muita conversa mole para boi dormir. E que NUNCA produziu NADA em termos de conhecimento. Conhecimento científico, claro, tertúlias flácidas para adormcer bovinos, ela produz aos montes.:- )

Praxeologia a Pseudo-Ciência de Von Mises

 
Um abraço.
 
Homero
 
 
Sent: Tuesday, June 02, 2015 5:10 PM
Subject: Re: [ciencialist] Ciência da filosofia X Filosofia da Ciência - 1
 
 
Não totalmente zero, pois para abraçar o positivismo científico, deverá acreditar que :
 
1 - as leis são imutáveis ao longo da existencia do universo
2 - que as leis são válidas para todo o universo
3 - que o método científico é o único método que produz conhecimento
4 - não existem cisnes negros
etc...
 
Ou seja, todas as crenças metafísicas que fundamentam o positivismo científico teriam que ser mantidas!!!!
 
Vcs já ouviram falar no Ludwig Von Mises e a abordagem dele das ciências de ação humana , chamada Praxeologia, onde a Economia representa a parte mais desenvolvida dessa ciência da Ação Humana ?
 
Ele tem um livro chamado Teoria e História, onde fundamenta a sua abordagem - usada em sua obra monumental - "Ação Humana", que é excelente. E realmente creio que a abordagem dele é a mais adequada para os fenômenos da ação humana.
 
Segue o link do livro :
 
 
 
 
 


Em Terça-feira, 2 de Junho de 2015 9:34, "'Pesky Bee' peskybee2@gmail.com [ciencialist]" escreveu:


 
> Se você recorrer a um psicoterapeuta ele poderá fazer várias perguntas
 
Se for uma psicoterapeuta feminina, e se ela me mostrar
a
bunda dela logo no começo da sessão, eu topo ir!
Mas não pode ser aquelas véias carcomidas, por favor!
Tem que
ser uma ANALista minimamente palatável, ok?
 
*PB*
 
 
 
 
From: Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]
Sent: Monday, June 01, 2015 3:13 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] Ciência da filosofia X Filosofia da Ciência - 1
 
 
 
 
 
Prezado amigo anônimo Pesky Bee. 
 
 
De fato você é um dos recordistas brasileiros no uso de palavrões.
Não resta a menor dúvida sobre este fato.
O que não está esclarecido é o motivo pelo qual você adora essa linguagem.
Se você recorrer a um psicoterapeuta ele poderá fazer várias perguntas para ajudar a descobrir este motivo.
Sugiro que você inverta os papéis e se coloque no lugar do analista (outro nome para psicoterapeutas freudianos) e coloque você na frente do analista e faça uma listinha de perguntas que poderiam nos ajudar a decifrar este importantíssimo enigma linguístico.
 
 
Abraços
Mtnos Calil
 
 
Ps. Um dos principios básicos da psicoterapia deveria ser o seguinte: O PACIENTE TEM AMPLA, GERAL E IRRESTRITA LIBERDADE DE FALAR O QUE QUISER PARA O ANALISTA. PORTANTO ELE TEM O DIREITO DE AGREDIR VERBALMENTE - SÓ VERBALMENTE - O SEU TERAPEUTA, SEM QUALQUER LIMITE. REPITO: SEM QUALQUER LIMITE. QUANTOS PSICOTERAPEUTAS CONCORDAM COM ESSA REGRA METODOLÓGICA ELEMENTAR? POUQUISSIMOS, IMAGINO.
 
 

 
 
 
 





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SUBJECT: Sobre a Efetividade das Cotas
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: ListadeCiência <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/06/2015 22:28

Aproveitando o debate "Menos Científico", sugiro para aqueles que defendem as cotas, esse livro, consequencia de uma pesquisa de ações afirmativas ao redor do mundo, feito pelo Economista americano Thomas Sowell.

O que o estudo sugere é : esses meios nunca atingiram os fins propostos e geraram polarização, distorções e perenização de ações que deveriam ser provisórias


Aqui uma breve entrevista com ele :




SUBJECT: RES: [ciencialist] Sobre a Efetividade das Cotas
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/06/2015 23:18

Luiz,

 

Mesmo sem ler muito a respeito, pode-se  para inferir que esse negócio de cotas não é nada mais, nada menos,  que um me engana que eu gosto; além de ser uma aceitação, oficial, do governo e de certos  intelectuais, é também uma declaração de brutal  discriminação racial, clara e sem reservas.  Só que devidamente institucionalizada. É o governo, e seus setores voltados à educação, que não têm a competência e a coragem para encararem o real problema, que é a busca de uma estrutura educacional sólida, responsável e visando a todos, indistintamente, desde os primeiros anos. Como na Finlândia, que, mesmo tendo defeitos, aproxima-se muito do desejável.   E estas ações, desde sua origem, estavam mesmo destinadas à derrota, sem falar no óbvio: a geração de outros problemas. Como, aliás, estamos carecas de ver no dia a dia.

Não importa, para mim, que universidades aceitem, governos apoiem, o escambau. Só não vê os brutais furos nessa política falida quem não quer, quem quer continuar se enganando. Ou melhor, enganando os eleitores e camuflando a incompetência para ir mais adiante.

 

Desculpem-me os defensores do processo. Podem lascar o pau. Mas nenhum dos argumentos apresentados pelos teóricos e defensores do processo, quando confrontados com a realidade, se sustentam.

Simples assim.

Sds,

Victor.

 

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br]
Enviada em: terça-feira, 2 de junho de 2015 22:29
Para: ListadeCiência
Assunto: [ciencialist] Sobre a Efetividade das Cotas

 

 

Aproveitando o debate "Menos Científico", sugiro para aqueles que defendem as cotas, esse livro, consequencia de uma pesquisa de ações afirmativas ao redor do mundo, feito pelo Economista americano Thomas Sowell.

 

O que o estudo sugere é : esses meios nunca atingiram os fins propostos e geraram polarização, distorções e perenização de ações que deveriam ser provisórias

 

 

 

 

 

 

 

Affirmative Action Around the World: An Empirical Study (Yale Nota Bene S)

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Aqui uma breve entrevista com ele :

 

 

 


SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Sobre a Efetividade das Cotas
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/06/2015 23:23

Victor,

Já fui contra, a favor e agora contra novamente. Estou lendo-o agora, e Vale a pena a leitura; creio que vai gostar muito (tem versão para Kindle). O Sowell é sensacional!!! Tem um texto dele que sempre coloco no meu FB, devido a irracionalidade das discussões :


Abs
Felipe




Em Terça-feira, 2 de Junho de 2015 23:18, "'JVictor' j.victor.neto@uol.com.br [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br> escreveu:


 
Luiz,
 
Mesmo sem ler muito a respeito, pode-se  para inferir que esse negócio de cotas não é nada mais, nada menos,  que um me engana que eu gosto; além de ser uma aceitação, oficial, do governo e de certos  intelectuais, é também uma declaração de brutal  discriminação racial, clara e sem reservas.  Só que devidamente institucionalizada. É o governo, e seus setores voltados à educação, que não têm a competência e a coragem para encararem o real problema, que é a busca de uma estrutura educacional sólida, responsável e visando a todos, indistintamente, desde os primeiros anos. Como na Finlândia, que, mesmo tendo defeitos, aproxima-se muito do desejável.   E estas ações, desde sua origem, estavam mesmo destinadas à derrota, sem falar no óbvio: a geração de outros problemas. Como, aliás, estamos carecas de ver no dia a dia.
Não importa, para mim, que universidades aceitem, governos apoiem, o escambau. Só não vê os brutais furos nessa política falida quem não quer, quem quer continuar se enganando. Ou melhor, enganando os eleitores e camuflando a incompetência para ir mais adiante.
 
Desculpem-me os defensores do processo. Podem lascar o pau. Mas nenhum dos argumentos apresentados pelos teóricos e defensores do processo, quando confrontados com a realidade, se sustentam.
Simples assim.
Sds,
Victor.
 
 
 
De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br]
Enviada em: terça-feira, 2 de junho de 2015 22:29
Para: ListadeCiência
Assunto: [ciencialist] Sobre a Efetividade das Cotas
 
 
Aproveitando o debate "Menos Científico", sugiro para aqueles que defendem as cotas, esse livro, consequencia de uma pesquisa de ações afirmativas ao redor do mundo, feito pelo Economista americano Thomas Sowell.
 
O que o estudo sugere é : esses meios nunca atingiram os fins propostos e geraram polarização, distorções e perenização de ações que deveriam ser provisórias
 
 
 
 
 
 
 
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Aqui uma breve entrevista com ele :
 
 
 



SUBJECT: Boechat e o que precisa ser ouvido.
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/06/2015 07:57

Olá,

 

O que sempre digo é o que sempre digo! E o que sempre tenho dito está no conteúdo dos fabulosos comentários do Boechat. Poucos, como ele, conseguem radiografar, de maneira lúcida e contundente, a verdadeira essência do sistema democrático brasileiro, imposto pelos políticos de plantão. Todos, com raras exceções. Dos que não inseridos no bojo dos corruptos-e são poucos – poucos ainda mais gritam, denunciam. Infelizmente, até a credibilidades destes últimos fica abalada pela superioridade dos que dominam. Sai uns e entram outros, que tiram, também, suas casquinhas.

 

Vou é embora para Parsárgada, que lá sou amigo do Rei. O danado é se encontrar políticos brasileiros, também, por lá. Aí, “merrade”, é ruim.  Very ruim.

 

http://tvuol.uol.com.br/video/boechat-cargo-publico-virou-moeda-de-troca-04020D983064D8995326

 

é preciso mais Boechats no pedaço.

 

Sds,

Victor.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Boechat e o que precisa ser ouvido.
FROM: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/06/2015 10:51

Caro Victor!

Concordo 110% com o que você disse. Também sou fã desse véinho danado e corajoso. Mas queria aproveitar para colocar num patamar, senão o mesmo, pelo menos perto. O homem do baú. Silvio Santos é o cara. Não se curvou de novo ante a ameaça do governo em cortar as propagandas oficiais no SBT caso ele não tire a Sherazade do ar. Disse ele que a moça vai continuar falando o que ela quer,  doa a quer doer. Disse mais, que ele logo vai partir mas frouxidão não vai levar com ele. É um homem de caráter. Tem mais, mas por agora vou deixar assim. E acho que, se você me der uma carona, vou junto para Pasárgada.

*BW*



Em Quarta-feira, 3 de Junho de 2015 7:57, "'JVictor' j.victor.neto@uol.com.br [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br> escreveu:


 
Olá,
 
O que sempre digo é o que sempre digo! E o que sempre tenho dito está no conteúdo dos fabulosos comentários do Boechat. Poucos, como ele, conseguem radiografar, de maneira lúcida e contundente, a verdadeira essência do sistema democrático brasileiro, imposto pelos políticos de plantão. Todos, com raras exceções. Dos que não inseridos no bojo dos corruptos-e são poucos – poucos ainda mais gritam, denunciam. Infelizmente, até a credibilidades destes últimos fica abalada pela superioridade dos que dominam. Sai uns e entram outros, que tiram, também, suas casquinhas.
 
Vou é embora para Parsárgada, que lá sou amigo do Rei. O danado é se encontrar políticos brasileiros, também, por lá. Aí, “merrade”, é ruim.  Very ruim.
 
 
é preciso mais Boechats no pedaço.
 
Sds,
Victor.



SUBJECT: RES: [ciencialist] Boechat e o que precisa ser ouvido.
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/06/2015 11:05

Rapaz, até parece que a gente combinou em dar tais depoimentos!. Desde há muito que vejo o competentíssimo Silvio Santos como um dos grandes homens sérios deste País, e inteiramente comprometido com a ética e seus princípios.  Se ele, alguma vez, houvesse se bandeado para o lado da política – como queriam, há uns tempos, que ele saísse candidato a presidente e, ele, igualmente por princípios, recusou – eu não o teria em tanta conta.  Talvez eu exagere um pouco nesta última declaração. Mas, infelizmente, a noção clara, que nos envolve hoje, é: todo político calça 40!

Observação: Se for para o exterior, mesmo um que seja dominado pela corrupção, não diga duas coisas:

a)      sou político; e,

b)       brasileiro.

As pessoas, com hipocrisia ou não, ficam te olhando de ladinho, e saem de perto, de fininho...,  de fininho...,   com as mãos firmemente engastadas nos seus bolsinhos, que bestas não são.

 

Tô certo ou tô errado, Terta?

 

Infelizmente é essa nossa situação.Perante nós mesmos e o mundo!

 

Sds,

Victor.

 

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br]
Enviada em: quarta-feira, 3 de junho de 2015 10:52
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [ciencialist] Boechat e o que precisa ser ouvido.

 

 

Caro Victor!

 

Concordo 110% com o que você disse. Também sou fã desse véinho danado e corajoso. Mas queria aproveitar para colocar num patamar, senão o mesmo, pelo menos perto. O homem do baú. Silvio Santos é o cara. Não se curvou de novo ante a ameaça do governo em cortar as propagandas oficiais no SBT caso ele não tire a Sherazade do ar. Disse ele que a moça vai continuar falando o que ela quer,  doa a quer doer. Disse mais, que ele logo vai partir mas frouxidão não vai levar com ele. É um homem de caráter. Tem mais, mas por agora vou deixar assim. E acho que, se você me der uma carona, vou junto para Pasárgada.

 

*BW*

 

 

Em Quarta-feira, 3 de Junho de 2015 7:57, "'JVictor' j.victor.neto@uol.com.br [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br> escreveu:

 

 

Olá,

 

O que sempre digo é o que sempre digo! E o que sempre tenho dito está no conteúdo dos fabulosos comentários do Boechat. Poucos, como ele, conseguem radiografar, de maneira lúcida e contundente, a verdadeira essência do sistema democrático brasileiro, imposto pelos políticos de plantão. Todos, com raras exceções. Dos que não inseridos no bojo dos corruptos-e são poucos – poucos ainda mais gritam, denunciam. Infelizmente, até a credibilidades destes últimos fica abalada pela superioridade dos que dominam. Sai uns e entram outros, que tiram, também, suas casquinhas.

 

Vou é embora para Parsárgada, que lá sou amigo do Rei. O danado é se encontrar políticos brasileiros, também, por lá. Aí, “merrade”, é ruim.  Very ruim.

 

 

é preciso mais Boechats no pedaço.

 

Sds,

Victor.

 


SUBJECT: O efeito placebo e o poder da mente
FROM: "Mtnos Calil" <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/06/2015 11:18

Se um remédio imaginário produz alterações no organismo, impõe-se a conclusão que essas alterações foram produzidos por um processo mental, ficando assim cientificamente comprovado o poder da mente sobre o cérebro. Os fenômenos mentais constituem uma área de estudo da psicologia. 

No artigo abaixo existe um vies ideológico (e portanto anti-cientifico) que desconsidera a psicologia como ferramenta básica para a compreensão do efeito placebo. Essa ideologia explica porque os autores apelaram para o primitivo conceito do "reflexo condicionado" para explicar a coisa. Tal reflexo existe, mas está muito longe de explicar o processo de mudanças fisicas provocadas pela mente - ou melhor, por "processos mentais lógico-cientificos".

​O problema dos nossos cientistas é que eles têm uma grande dificuldade de formar grupos multidisciplinares, o que no caso do efeito placebo é condição sine qua non para se proceder a uma pesquisa cientifica isenta do virus ideológico. O estudo de como a mente atua no controle do cérebro é de vital importância para a humanidade e requer, OBVIAMENTE, a participação da neuropsicologia - e talvez até da recém-nascida neuropsicanálise. A ciência sofre de uma doença mental para a qual não foi encontrada a cura. Mas se o transtorno não tem sequer sua existência reconhecida, não pode ser curado. Paciência... O mal pode ser chamado de "Transtorno da Especialização". 

Mtnos Calil 
Ideologia zero - o estado mental em que se processa o pensamento cientifico.  





Efeito Placebo: O Poder da Pílula de Açúcar

Julio Rocha do Amaral, MD e Renato M. E. Sabbatini, PhD

Quando um medicamento é receitado ou administrado a um paciente, ele pode ter vários efeitos. Alguns deles dependem diretamente do medicamento, ou seja, de sua ação farmacológica. Existe, porém, um outro efeito, que não está vinculado à farmacologia do medicamento, e que também pode aparecer quando se administra uma substância farmacologicamente inativa. É o que denominamos "efeito placebo". É um dos fenômenos mais comuns observados na medicina, mas também um dos mais misteriosos.

O efeito placebo é poderoso. Em um estudo realizado na Universidade de Harvard, testou-se sua eficácia em  uma ampla gama de distúrbios, incluindo dor, hipertensão arterial e asma. O resultado foi impressionante: cerca de 30 a 40% dos pacientes obtiveram alívio pelo uso de placebo!

Além disso, ele não se limita a medicamentos, mas pode aparecer em qualquer procedimento médico. Em uma pesquisa sobre o valor da cirurgia de ligação de uma artéria no tórax na angina de peito (dor provocada por isquemia cardíaca crônica), o placebo consistia apenas em anestesiar o paciente e cortar a pele. Pois bem: os pacientes operados ficticiamente tiveram 80% de melhora. Os que foram operados de verdade tiveram apenas 40%. Em outras palavras: o placebo funcionou melhor que a cirurgia.

O que é o efeito placebo? Como ele pode ser explicado?

Neste artigo vamos examinar as bases neurobiológicas do efeito placebo, de acordo com as hipóteses mais recentes. Estudando e compreendendo melhor o efeito placebo e seu  lugar na medicina tem grande importância para o próprio ato terapêutico, além de ter grandes repercussões éticas na prática e na pesquisa médica. Vamos concentrar nossas explicações sobre um tipo específico de placebo, que é o agente farmacológico (medicamento). Mas os princípios discutidos podem ser generalizados para qualquer tipo de placebo. 


ÂncoraO que é o efeito placebo?

A palavra placebo deriva do latim, do verbo "placere", que significa "agradar".  Uma boa definição é a seguinte: 
 
"Placebo é qualquer tratamento que não tem ação específica nos sintomas ou doenças do paciente, mas que, de qualquer forma, pode causar um efeito no paciente."
Note bem a diferença: placebo é o tratamento inócuo. Efeito placebo é quando se obtém um resultado a partir da administração de um placebo.

O conhecimento sobre o efeito placebo ampliou-se muito com a necessidade da medicina realizar ensaios clínicos controlados, que são uma metodologia científica muito utilizada para determinar a eficácia terapêutica de novos fármacos.

Nestes ensaios administra-se obrigatoriamente um placebo a um grupo controle de pacientes, e depois se compara os resultados com os obtidos no grupo que recebe a medicação ativa, cuja ação se pretende demonstrar. Quanto maior a diferença nos resultados entre o segundo e o primeiro grupos, maior a eficácia farmacológica da substância em estudo.

Os médicos logo notaram nestes estudos que os placebos tinham muito mais efeitos sobre a doença estudada do que podia se esperar. Em alguns casos, os efeitos colaterais (indesejados) dos placebos chegavam a ultrapassar os do medicamento ativo... 
Em conseqüência, houve um aumento grande nas pesquisas científicas com a finalidade de esclarecer melhor o que é esse efeito, porque ocorre, qual a sua base fisiológica, etc.

Como o efeito placebo pode ser real, ou seja, provocar mudanças benéficas no paciente, ele pode ser útil na prática clínica. Isso é inclusive permitido pelo código de ética médica.


ÂncoraTipos de placebos

Os placebos são classificados em dois tipos: inertes e ativos.

Placebos inertes - são aqueles realmente desprovidos de qualquer ação farmacológica, cirúrgica, etc.

Placebos ativos - são os que têm ação própria, embora, às vezes, não específica para a doença para a qual estão sendo administrados.

Diz-se que os placebos têm efeito positivo quando o paciente relata alguma melhora e efeito negativoquando eles relatam que houve piora ou surgimento de algum efeito colateral desagradável (neste caso o placebo é chamado de nocebo, palavra que deriva do latim nocere, ou provocar dano).

Uma conclusão interessante é a seguinte: toda medicação administrada, além do seu efeito real farmacológico, tem também um efeito placebo, e eles dificilmente podem ser separados um do outro.


ÂncoraO que causa o efeito placebo?

Surge então a pergunta: se o efeito placebo não deriva de uma ação provocada no organismo do paciente, de onde vem ele?

A ciência médica ainda não explicou completamente qual  a causa (ou causas) do efeito placebo. Mas, ao que parece, ele resultaria da espera do efeito por parte do paciente.

Como se explica isso? Existem diversas teorias, decorrentes de diversas escolas da psicologia. A que adotaremos aqui, e que parece ser uma das mais prováveis, é a doreflexo condicionado. Você deve se lembrar dele: foi descoberto por um fisiologista russo chamado Ivan Pavlov no final do século passado, que ganhou o primeiro prêmio Nobel de Medicina, em 1902. Ele é conhecido popularmente pelo famoso experimento do cão que salivava ao ouvir um sino (veja aqui uma recapitulação de como eram feitos esses experimentos e o que se aprendeu com eles).

A idéia geral é que o efeito placebo surge como um reflexo condicionado involuntário por parte do organismo do paciente. A seguir veremos como isso acontece. 

Reflexos Condicionados

Segundo a teoria de Pavlov, podemos compreender o funcionamento do sistema nervoso como dependente de reflexos, ou seja, respostas a estímulos provenientes do meio externo ou do interno. Um estimulo sensorial, venha de dentro ou de fora do organismo, atinge um receptor e provoca modificação das condições orgânicas e, em conseqüência, uma resposta que pode ser motora, secretora ou vegetativa.

Existem dois tipos de reflexos: condicionados e incondicionados.

Os reflexos incondicionados são aqueles com os quais os animais nascem, adquiridos ao longo da evolução de sua espécie, ou filogênese. Por exemplo, se colocarmos comida na boca de um cão, ele começa a salivar. Isso está determinado dentro do seu próprio sistema nervoso.

Os reflexos condicionados são aqueles que os animais adquirem durante suas vidas, ou ontogênese. Eles são um dos tipos de aprendizado de que o sistema nervoso é capaz. À medida que determinados estímulos ambientais vão agindo sobre eles, formam respostas condicionadas a esses estímulos. Logicamente, para que essas respostas condicionadas surjam, elas têm que se basear em respostas incondicionadas. No experimento clássico de Pavlov, tocar o sino não causava nenhuma salivação no cão, mas depois dele apresentar o sino repetidamente em conjunto com o estímulo incondicionado (a comida), o cão começou a salivar em resposta ao sino, apenas.

Pavlov definiu o reflexo condicionado como: 

"uma conexão nervosa temporária entre um dos inumeráveis fatores do ambiente e uma atividade bem determinada do organismo."
Ou seja, o reflexo é uma conexão temporária entre um estímulo qualquer do meio ambiente e um reflexo incondicionado do organismo, que passará, assim, a ser condicionado, despertado por aquele estímulo ambiental, até então previamente indiferente. 
 

Modificando a Reação à Medicamentos Pelo Condicionamento

Este é um tópico importante para podermos entender o efeito placebo. Vamos entendê-lo através de um experimento simples: 
  
 
Ilustração: Renato M. E. Sabbatini

Após fazer soar um estímulo sonoro, aplica-se, em um cão, uma injeção de acetilcolina. Em resposta à acetilcolina o cão tem hipotensão (queda da pressão arterial). Se, depois de diversas combinações do som com a injeção, substituirmos a acetilcolina por adrenalina, o cão continuará a ter hipotensão. Deveria ter hipertensão (aumento da pressão arterial), portanto o condicionamento mudou completamente a resposta ao segundo agente. A ação farmacológica da adrenalina foi anulada. Seria de se esperar que o cão, ao recebê-la, tivesse aumento da pressão arterial; mas como está recebendo aquela injeção temporalmente associada ao estímulo sonoro, que para ele é sinal de hipotensão, sua pressão continua a baixar. O organismo do cão ignora o efeito farmacológico da adrenalina e obedece ao sinal de hipotensão, registrado no sistema nervoso central.

Fato muito importante é que diversos estímulos ambientais podem conjugar-se entre si, formando uma verdadeira cadeia, e qualquer desses estímulos pode agir como sinal e por em marcha o reflexo condicionado. Outros estímulos do ambiente podem apresentar o mesmo efeito, como, por exemplo, a entrada na sala onde a experiência se realiza, a visão do experimentador, a audição de sua voz (mesmo fora da sala), etc 

Reflexos e Linguagem em Seres Humanos

E no ser humano, o que aconteceria? A mesma coisa. Existem diversas experiências mostrando que o homem tem suas funções tão condicionáveis quanto as dos animais. Por exemplo: doentes com dor intensa, provocada por uma doença chamada aracnoidite, que recebiam injeções endovenosas de novocaína (um anestésico), tinham alívio da dor e dormiam. Nesses mesmos doentes, depois de algum tempo, com a troca da injeção de novocaína por soro fisiológico (uma solução fraquinha de sal), continuavam a ocorrer alívio da dor e sono.

No homem existe ainda algo importante a ser considerado. Segundo Pavlov, nos animais existe apenas o que ele chamava de primeiro sistema de sinais da realidade. Trata-se dos sistemas do cérebro que recebem e analisam os estímulos que vêm de fora e de dentro do organismo (por exemplo, sons, luzes, nível de CO2 no sangue, movimentos intestinais, etc.).

No ser humano, além desse primeiro sistema de sinais, existe um segundo sistema, o da linguagem, que aumenta as possibilidades de condicionamento.  Para o ser humano, a palavra pode ser um estímulo tão real, tão eficaz, tão capaz de nos mobilizar como qualquer estímulo concreto, e, às vezes, até mais. Além disso, o fato da palavra ser simbólica, ser uma abstração, permite que o estímulo condicionado seja generalizável.

Um exemplo?

Se condicionarmos um homem dando-lhe choques na mão após ouvir a palavra campainha, haverá reação de defesa com retirada da mão. Depois de algum tempo, ao ouvir a palavra campainha, em seu idioma natal ou em algum outro que ele entenda, assim como ao ver uma campainha, real ou em foto o homem terá a mesma reação de retirada da mão. Por quê? Porque o homem não foi condicionado a um conjunto de sons, como foi o caso do cão, e sim a uma abstração, a idéia da campainha.

Outro exemplo de experiência de condicionamento em seres humanos: dá-se choque na mão de um  sujeito após ele ouvir a palavra caminho, provocando retirada da sua mão. Depois de algum tempo, ouvindo a palavra caminho, esta pessoa retira a mão, fazendo o mesmo, também, ao ouvir sinônimos: estrada, via, rota, etc. 

O Efeito Placebo como Condicionamento

Chegamos, então, a uma explicação fisiológica bastante convincente sobre o efeito placebo: trata-se de um efeito orgânico causado no paciente pelo condicionamento pavloviano ao nível de estímulos abstratos e simbólicos.

Segundo essa explicação, o que conta é a realidade presente no cérebro, não a realidade farmacológica. A expectativa do sistema nervoso em relação aos efeitos de uma droga pode anular, reverter ou ampliar as reações farmacológicas desta droga. Pode também fazer com que substâncias inertes provoquem efeitos que delas não dependem.

Poderíamos então definir efeito placebo como o resultado terapeuticamente positivo (ou negativo) de expectativas implantadas no sistema nervoso dos pacientes por condicionamento decorrente do uso anterior de medicação, contatos com médicos e informações obtidas por leituras e comentários de outras pessoas.


ÂncoraConclusões

Existem duas maneiras de encarar o efeito placebo: 
 
  1. para quem faz pesquisa clinica, estuda um medicamento novo e quer determinar seu real valor, o efeito placebo é um estorvo: constitui um conjunto de efeitos não medicamentosos a serem eliminados, na medida do possível, com auxílio de técnicas de pesquisa;
  2. na prática médica, o efeito placebo pode ser útil, pois esses efeitos não medicamentosos podem ser benéficos ao paciente. A ação curativa de agentes terapêuticos específicos, farmacologicamente ativos, pode ser reforçada, por efeito placebo conseqüente às expectativas de cura, despertadas nos pacientes dentro do contexto de uma boa relação médico-paciente. Contrariamente, se não houver boa relação médico/paciente, pode ocorrer um efeito placebo negativo de tal monta que prejudique a adesão ao tratamento. O paciente simplesmente ignora a receita ou toma os medicamentos de maneira completamente diferente da que foi prescrita. Mesmo se chegar a tomá-los da maneira prescrita, vai exagerar todos os possíveis efeitos negativos e ignorar os efeitos positivos do tratamento.
Para terminar lembramos que alguns autores consideram que o efeito placebo tem o seu lado negro, pois as curas a ele devidas favorecem a perpetuação do uso de medicamentos e procedimentos terapêuticos ineficazes e irracionais, como os que acontecem na chamada "medicina alternativa".


ÂncoraOs Autores

Júlio Rocha do Amaral, MD - Professor de farmacologia clínica, anatomia e fisiologia . Gerente Médico Científico da Merck S/A Indústrias Químicas. Redator de manuais didáticos sobre anatomia, fisiologia e farmacologia para uso da Merck. Supervisor de editoração das publicações científicas: Senecta, Galenus e Sinapse. Redator de protocolos e relatórios de pesquisas clínicas de produtos, a partir de 1978. Coordenador adjunto dos cursos de formação de especialistas em Oxidologia, promovidos pelo Instituto da Pessoa Humana (IPH) e Universidade do Grande Rio (UNIGRANRIO). Chefe do Serviço de Psiquiatria do Departamento de Neurociências do Instituto da Pessoa Humana (IPH). Co-autor do livro 'Princípios de Neurociências, entre outros.  
Email: julioamaral@olimpo.com.br
Renato M.E. Sabbatini, PhD. Doutorado em Neurofisiologia do Comportamento pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Pesquisador convidado do Instituto Max Planck de Psiquiatria, Munique, Alemanha. Professor Associado do Departamento de Genética Médica da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Diretor associado do Núcleo de Informática Biomédica, Universidade Estadual de Campinas. Editor associado da revista Cérebro & Mente. Email: sabbatin@nib.unicamp.br



SUBJECT: Re: Re: [ciencialist] Boechat e o que precisa ser ouvido.
FROM: "Mtnos Calil" <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/06/2015 11:22

QUE FOI ISSO? O QUE TEM A VER ESSE ASSUNTO COM A PAUTA DO CIENCIALIST? SILVIO SANTOS? 
MY GOD! 

​MC

Em Qua 03/06/15 10:51, Belmiro Wolski belmirow@yahoo.com.br [ciencialist] ciencialist@yahoogrupos.com.br escreveu:

 

Caro Victor!
Concordo 110% com o que você disse. Também sou fã desse véinho danado e corajoso. Mas queria aproveitar para colocar num patamar, senão o mesmo, pelo menos perto. O homem do baú. Silvio Santos é o cara. Não se curvou de novo ante a ameaça do governo em cortar as propagandas oficiais no SBT caso ele não tire a Sherazade do ar. Disse ele que a moça vai continuar falando o que ela quer,  doa a quer doer. Disse mais, que ele logo vai partir mas frouxidão não vai levar com ele. É um homem de caráter. Tem mais, mas por agora vou deixar assim. E acho que, se você me der uma carona, vou junto para Pasárgada.
*BW*



Em Quarta-feira, 3 de Junho de 2015 7:57, "'JVictor' j.victor.neto@uol.com.br [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br> escreveu:

 
Olá,
O que sempre digo é o que sempre digo! E o que sempre tenho dito está no conteúdo dos fabulosos comentários do Boechat. Poucos, como ele, conseguem radiografar, de maneira lúcida e contundente, a verdadeira essência do sistema democrático brasileiro, imposto pelos políticos de plantão. Todos, com raras exceções. Dos que não inseridos no bojo dos corruptos-e são poucos – poucos ainda mais gritam, denunciam. Infelizmente, até a credibilidades destes últimos fica abalada pela superioridade dos que dominam. Sai uns e entram outros, que tiram, também, suas casquinhas.
Vou é embora para Parsárgada, que lá sou amigo do Rei. O danado é se encontrar políticos brasileiros, também, por lá. Aí, “merrade”, é ruim.  Very ruim.
é preciso mais Boechats no pedaço.
Sds,
Victor.



SUBJECT: MQ - Fleming
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/06/2015 11:35

Um pouco da  história – e do surgimento em 1925 – do que hoje se chama mecânica quântica. Contada pelo brilhante Professor Fleming, naquela linguagem que pede para ler, ler e ler novamente, tão agradável que é.

 

http://www.ciencia-cultura.com/Leitura/texto_004.html

 

 

Sd,

Victor.


SUBJECT: Re: [ciencialist] O efeito placebo e o poder da mente
FROM: "Pesky Bee" <peskybee2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/06/2015 12:41

Calilzóvsky da Silva, concordalhamos muitíssimo nessas
vociferações de vossa excelência! Já está na hora da medicaiada
descabelada começar a levar em conta o efeito da mente
sobre o corpo.
 
E veja bem, isso daí não tem nada de espiritismo, misticismo
ou páidesantísmo: já está demonstrado que existe um forte
efeito das expectativas mentais sobre o corpolhamento do
indivíduo. Tanto para o bem (placebo) quanto para o mal (efeito
nocebo). E isso para desgráça de algumas industriécas
farmacêuticas desgraçadas. Ccontam que certos antidepressivos
acabaram tendo estudos científicos "escondidos debaixo do tapete"
porque durante a comparação entre um grupo que tomou
o antidepressivo e outro que tomou placebo, o grupo do
placebo teve praticamente o mesmo resultado e SEM os
efeitos colaterais do antidepressivo do capiroto. A putada
da indústria farmacêutica nem quer ouvir falar disso!
 
E para quem quiser se informar um pouco sobre uma das
correntes que investiga essas coisaradas, vejam o livróide
da bonitinha Lissa Rankin: Mind over medicine.
 
É claro que se o sujeito caiu sentado em cima de um
prego enferrujado e fudido produzindo um segundo orifício
anal na bunda, é melhor tratar-se com a medicaiada tradicional.
Mas em vários casos, o "conserto" de certas enfermidades
requer apenasmente uma mudança postural cacholal (é o caso
daquele véio que sonhou com o Kid Bengala e acorda prontinho
para levar a véia à loucura, hahahahaha).
 
*PB*
 
 

From: "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]
Sent: Wednesday, June 03, 2015 11:18 AM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: [ciencialist] O efeito placebo e o poder da mente
 
Se um remédio imaginário produz alterações no organismo, impõe-se a conclusão que essas alterações foram produzidos por um processo mental, ficando assim cientificamente comprovado o poder da mente sobre o cérebro. Os fenômenos mentais constituem uma área de estudo da psicologia.
 
No artigo abaixo existe um vies ideológico (e portanto anti-cientifico) que desconsidera a psicologia como ferramenta básica para a compreensão do efeito placebo. Essa ideologia explica porque os autores apelaram para o primitivo conceito do "reflexo condicionado" para explicar a coisa. Tal reflexo existe, mas está muito longe de explicar o processo de mudanças fisicas provocadas pela mente - ou melhor, por "processos mentais lógico-cientificos".
 
​O problema dos nossos cientistas é que eles têm uma grande dificuldade de formar grupos multidisciplinares, o que no caso do efeito placebo é condição sine qua non para se proceder a uma pesquisa cientifica isenta do virus ideológico. O estudo de como a mente atua no controle do cérebro é de vital importância para a humanidade e requer, OBVIAMENTE, a participação da neuropsicologia - e talvez até da recém-nascida neuropsicanálise. A ciência sofre de uma doença mental para a qual não foi encontrada a cura. Mas se o transtorno não tem sequer sua existência reconhecida, não pode ser curado. Paciência... O mal pode ser chamado de "Transtorno da Especialização".
 
Mtnos Calil
Ideologia zero - o estado mental em que se processa o pensamento cientifico. 
 
 
 
 
 
 
 

SUBJECT: Evolução - Ferramentas em Solo de 3 milhões de Anos
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: ListadeCiência <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/06/2015 12:49

E aí galera,


No livro Arqueologia Proibida, tem um cara que tras outros casos pontuais desses que teriam sido ignorados. Será que no fim, ele terá razão ?



SUBJECT: Re: [ciencialist] Ciência da filosofia X Filosofia da Ciência - 1
FROM: Jeff <jeff@jeff.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/06/2015 13:34

Em 2015-06-02 22:08, luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br
[ciencialist]
escreveu:

>
> Com isso, além de não se poder planejar e racionalizar o uso dos meios
> de produção, a ausência de preços causava alocação equivocada de
> recursos, com sobras em determinados setores, falta em outros.

Com a tecnologia atual já poderíamos conhecer a demanda com muito mais
precisão e rapidez do que pelo mercado, por solicitação direta das
pessoas, em tempo real, através de interfaces computacionais,
processando o histórico das solicitações, cruzado com diversas outras
informações das pessoas, dos acontecimentos, dos recursos, do ambiente,
etc, pra previsão de tendências de demanda, da escassez de recursos, de
problemas ambientais, etc... Este sistema computacional poderia
interagir com meios de produção automáticos capazes de produzir
abundância de bens de consumo de forma sustentável (produção para todos
com um mínimo de desperdício reciclável).

[]s,
Jeff.


SUBJECT: ENC: COSMOS: Symphony of Science
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/06/2015 13:35

Olá,

Repasso um interessante post, de D.Soares.  Espero que o projeto tenha continuidade.

Feynman, Sagan, Tyson e Bill Nye cantam ciência no primeiro vídeo; depois virão outros.

Very bons.

 

E  duro pensar que pessoas com essas, hoje, sejam apenas pó.  Assim como tantos outros.  Mas, enfim, é o ritual da vida, decretado pela Natureza, de maneira que, inclusive formigas, paguem o mesmo preço.  Nem justo, nem injusto. Triste assim.

 

Sds,

Victor.

 

 

 

De: Domingos S.L. Soares [mailto:dsoares@fisica.ufmg.br]
Enviada em: quarta-feira, 3 de junho de 2015 12:33
Assunto: COSMOS: Symphony of Science

 


_____________________________________________03 de junho de 2015

Caros Amigos da Cosmologia,

Symphony of Science é uma série de vídeos criados por John D. Boswell com o objetivo de levar o conhecimento científico e filosófico ao público, com uma roupagem musical. Vejam a descrição completa do projeto e outras informações em Symphony of Science.

Muitos dos episódios da série são inspirados na série COSMOS de Carl Sagan. Para começar então sugiro os dois episódios seguintes, os quais foram legendados em português por voluntários.

Vejam Carl Sagan e companhia em:

A Glorious Dawn e
We Are All Connected.

No segundo, aparece o nosso grande Richard Feynman.

Agradeço ao colega do Departamento de Física/UFMG, Prof. Pedro Licínio, por esta extraordinária dica!

Um abraço a todos.

Saudações Cosmológicas,

Domingos

=========================
Domingos Sávio de Lima Soares
http://www.fisica.ufmg.br/~dsoares/
=========================


Para não receber mais mensagens desta lista: envie uma mensagem para dsoares@fisica.ufmg.br escrevendo no ASSUNTO "DESCADASTRAR COSMOS".

Para se cadastrar: envie uma mensagem para dsoares@fisica.ufmg.br escrevendo no ASSUNTO "CADASTRAR COSMOS".


ATENÇÃO: Esta e todas as outras mensagens enviadas para COSMOS estão disponíveis em http://www.fisica.ufmg.br/~dsoares/cosmos/cosmos.htm


 





SUBJECT: Como se tornar um gênio...
FROM: Gilberto Morelli <gilmorelli@yahoo.com>
TO: "ciencialist@yahoogroups.com" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/06/2015 13:37

Alguém aí me dá uma porrada na cabeça?



SUBJECT: Como se tornar um gênio...
FROM: Gilberto Morelli <gilmorelli@yahoo.com>
TO: Ciencialist <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/06/2015 13:38

Alguém aí me dá uma porrada na cabeça?





SUBJECT: Re: [ciencialist] Ciência da filosofia X Filosofia da Ciência - 1
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: ListadeCiência <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, ListadeCiência <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/06/2015 13:44

Calil,

Vc não captou a essência do problema.

A questao não é meramente computacional (e mesmo assim as previsões q fazemos não tem a mesma caracteristica das previsões q são feitas na fisica, por exemplo). É que nao existe um método racional para se determinar o preço de todos os produtos. Ssomente o mercado é capaz de fazê lo, pois o preço reflete a própria interação entre pessoas (negociacao e julgamento subjetuvo de valor) e ambiente (escasses ou abundancia de recursos).

Eu estou preparando um texto mais completo sobre a proposta de Mises e da escola austríaca e suas vantagens sobre todas as demais escolas economicas.

Abs


From: Jeff jeff@jeff.com.br [ciencialist] <ciencialist@yahoogrupos.com.br>;
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>;
Subject: Re: [ciencialist] Ciência da filosofia X Filosofia da Ciência - 1
Sent: Wed, Jun 3, 2015 4:34:17 PM

 

Em 2015-06-02 22:08, luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br
[ciencialist]
escreveu:

>
> Com isso, além de não se poder planejar e racionalizar o uso dos meios
> de produção, a ausência de preços causava alocação equivocada de
> recursos, com sobras em determinados setores, falta em outros.

Com a tecnologia atual já poderíamos conhecer a demanda com muito mais
precisão e rapidez do que pelo mercado, por solicitação direta das
pessoas, em tempo real, através de interfaces computacionais,
processando o histórico das solicitações, cruzado com diversas outras
informações das pessoas, dos acontecimentos, dos recursos, do ambiente,
etc, pra previsão de tendências de demanda, da escassez de recursos, de
problemas ambientais, etc... Este sistema computacional poderia
interagir com meios de produção automáticos capazes de produzir
abundância de bens de consumo de forma sustentável (produção para todos
com um mínimo de desperdício reciclável).

[]s,
Jeff.


SUBJECT: RES: [ciencialist] Como se tornar um gênio...
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/06/2015 14:46

De fato, não diria estranho, mas espantoso. Apenas, até aquele momento, ninguém havia levado um porrada, com aquela exata intensidade, naquele local específico.  E sempre que ocorrer novamente, em outra pessoa, nas mesmas circunstâncias, é possível que o fenômeno se repita.  Para  verificar  tal hipótese é preciso experimentar. Quem se habilita a servir de cobaia?

 

Sds,

Victor.

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br]
Enviada em: quarta-feira, 3 de junho de 2015 13:38
Para: ciencialist@yahoogroups.com
Assunto: [ciencialist] Como se tornar um gênio...

 

 

Alguém aí me dá uma porrada na cabeça?

 

 

 

image

 

 

 

 

 

Após levar pancada na cabeça, mulher se transforma em gê...

À época, a expectativa é que ela nem voltasse a andar; não só voltou como desenvolveu habilidades extremas para artes e ciências exatas

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SUBJECT: Re: [ciencialist] Ciência da filosofia X Filosofia da Ciência - 1
FROM: Jeff <jeff@jeff.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/06/2015 14:55

Em 2015-06-03 13:44, luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br
[ciencialist]
escreveu:

> Calil,
>
> Vc não captou a essência do problema.
>
> A questao não é meramente computacional (e mesmo assim as previsões q
> fazemos não tem a mesma caracteristica das previsões q são feitas na
> fisica, por exemplo). É que nao existe um método racional para se
> determinar o preço de todos os produtos. Ssomente o mercado é capaz de
> fazê lo, pois o preço reflete a própria interação entre pessoas
> (negociacao e julgamento subjetuvo de valor) e ambiente (escasses ou
> abundancia de recursos).

O que estou dizendo é que a tecnologia atual possibilita a criação de
um sistema de informação muito melhor que o sistema de preços para gerar
informações para alocação dos fatores de produção.

[]s,
Jeff.

SUBJECT: Re: [ciencialist] Ciência da filosofia X Filosofia da Ciência - 1 [1 Anexo]
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/06/2015 15:21

Jeff, vc é o Calil ?? rs

Se tivéssemos, já se teria feito algo nesse sentido, ou alardeado, principalmente pelos defensores do planejamento central.

A informação econômica está totalmente pulverizada no mercado, e além de tudo, não é perfeita; além disso, temos o caráter subjetivo dos julgamentos de valor, que são fundamentais na dinâmica econômica. Não confunda o planejamento de uma empresa que atende determinado grupo de clientes, com o planejamento central, com total remoção do mercado.

E lembre-se, que além de questões de alocação, precisamos ainda assim do preço, para avaliarmos os resultados das empresas, das operações, etc. O preço, e sua emergência (no sentido fraco) do mercado é o que temos de melhor, em termos de "sinalização" e cálculo econômico.

Abs
Felipe




Em Quarta-feira, 3 de Junho de 2015 14:55, "Jeff jeff@jeff.com.br [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br> escreveu:


 
[Anexos de Jeff incluídos abaixo]
Em 2015-06-03 13:44, luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br
[ciencialist]
escreveu:

> Calil,
>
> Vc não captou a essência do problema.
>
> A questao não é meramente computacional (e mesmo assim as previsões q
> fazemos não tem a mesma caracteristica das previsões q são feitas na
> fisica, por exemplo). É que nao existe um método racional para se
> determinar o preço de todos os produtos. Ssomente o mercado é capaz de
> fazê lo, pois o preço reflete a própria interação entre pessoas
> (negociacao e julgamento subjetuvo de valor) e ambiente (escasses ou
> abundancia de recursos).

O que estou dizendo é que a tecnologia atual possibilita a criação de
um sistema de informação muito melhor que o sistema de preços para gerar
informações para alocação dos fatores de produção.

[]s,
Jeff.



SUBJECT: Re: Re: [ciencialist] Ciência da filosofia X Filosofia da Ciência - 1
FROM: "Mtnos Calil" <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/06/2015 17:10

Como ainda o cérebro humano não está preparado para aceitar uma administração cientifica da sociedade, só nos resta  apelar para soluções utópicas até que um dia alguma delas se torne realidade. Afinal o homem conseguiu viajar até a lua e agora pretende habitar Marte. Quem sabe um dia ele consiga se organizar aqui na terra. Caberia à filosofia criar as soluções utópicas e à ciência tentar testar algumas. 

mtnos calil 
Teoria dos 5 zeros:  ideologia zero, ilusão zero, narcisismo zero, ingenuidade zero e expctativa zero. 

Em Qua 03/06/15 13:34, Jeff jeff@jeff.com.br [ciencialist] ciencialist@yahoogrupos.com.br escreveu:

 

Em 2015-06-02 22:08, luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br
[ciencialist]
escreveu:

>
> Com isso, além de não se poder planejar e racionalizar o uso dos meios
> de produção, a ausência de preços causava alocação equivocada de
> recursos, com sobras em determinados setores, falta em outros.

Com a tecnologia atual já poderíamos conhecer a demanda com muito mais
precisão e rapidez do que pelo mercado, por solicitação direta das
pessoas, em tempo real, através de interfaces computacionais,
processando o histórico das solicitações, cruzado com diversas outras
informações das pessoas, dos acontecimentos, dos recursos, do ambiente,
etc, pra previsão de tendências de demanda, da escassez de recursos, de
problemas ambientais, etc... Este sistema computacional poderia
interagir com meios de produção automáticos capazes de produzir
abundância de bens de consumo de forma sustentável (produção para todos
com um mínimo de desperdício reciclável).

[]s,
Jeff.


SUBJECT: Re: Re: [ciencialist] Ciência da filosofia X Filosofia da Ciência - 1 [1 Anexo]
FROM: "Mtnos Calil" <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/06/2015 17:13

Ok. Vou rever  com calma o seu pensamento. 
Me diga por favor qual a relevância que essa proposta tem para a cabar com a miséria. 
abraço
m.calil 

Em Qua 03/06/15 14:55, Jeff jeff@jeff.com.br [ciencialist] ciencialist@yahoogrupos.com.br escreveu:

 
[Anexos de Jeff incluídos abaixo]

Em 2015-06-03 13:44, luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br
[ciencialist]
escreveu:

> Calil,
>
> Vc não captou a essência do problema.
>
> A questao não é meramente computacional (e mesmo assim as previsões q
> fazemos não tem a mesma caracteristica das previsões q são feitas na
> fisica, por exemplo). É que nao existe um método racional para se
> determinar o preço de todos os produtos. Ssomente o mercado é capaz de
> fazê lo, pois o preço reflete a própria interação entre pessoas
> (negociacao e julgamento subjetuvo de valor) e ambiente (escasses ou
> abundancia de recursos).

O que estou dizendo é que a tecnologia atual possibilita a criação de
um sistema de informação muito melhor que o sistema de preços para gerar
informações para alocação dos fatores de produção.

[]s,
Jeff.


SUBJECT: Re: Re: [ciencialist] O efeito placebo e o poder da mente
FROM: "Mtnos Calil" <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/06/2015 19:07

Mais uma vez senhor Pesky Bee, a vossa mente, entendida não como uma "entidade" e sim como um sistema invisivel de processos mentais, produziu uma forte reverberação na minha mente, através de uma comunicação sináptica onde os meus  neurônios se comportaram de uma forma bastante humilde, SEGUINDO AS INSTRUÇÕES DE UMA ASSEMBLÉIA MENTAL, por sinal bastante agitada.
( "por sinal"? que sinal? ). Desta agitação conceitual ocorreu à minha mente a idéia de "ciência da mente".  Ainda em pleno século XXI não temos uma ciência cujo objeto sejam apenas os fenômenos mentais. Temos várias ciências cuidando do assunto "mente" e nenhuma especializada nele. O nome técnico desta ciência seria "mentologia". Como é um nome, convenhamos, nada agradável,  ele seria usado provisoriamente

A psicologia seria de todas as ciências, a mais indicada para essa missão de estudar a mente humana (e animal também). Ocorre que existem muitas correntes de psicologia sendo que nenhuma delas tem por foco exclusivo o estudo da mente, pois todas  levam também em conta, ora os processos emocionais ora os processos cerebrais.  Eis que o estudo científico dos processos mentais requer uma atenção EXCLUSIVA, para em outro momento, se juntar às ciências biológicas, neurológicas, psicológicas, cognitivas, além é claro, da psicanálise que dentre todas as ciências do psiquismo foi a que mais se dedicou ao estudo especifico de uma parte fundamental dos fenômenos mentais- o inconsciente.
 
O efeito inesperado da sua ultima mensagem foi que o  LPC – Lógica e precisão na comunicação, deve contemplar no estudo da mente apenas as operações lógicas feitas por nossa máquina mental, desprezando o cérebro. 

O uso consciente do LPC requer um conhecimento de como FUNCIONA A MENTE, isto é, de como os processos mentais se realizam.
Para funcionar sob as diretrizes do LPC, é fundamental que a mente se desligue das emoções e de outras fontes perturbadoras da lógica, como os desejos e as ideologias.

Eis que o funcionamento frio – gelado mesmo – da mente não deveria ser privilégio apenas dos psicopatas. O que o nosso sistema social vigente está fazendo é um treinamento oposto ao que estamos propondo: através dos grandes meios de comunicação de massa (hoje os dois maiores são a televisão e a internet), os “donos do” poder” estão ensinando as pessoas a se emocionarem no grau máximo que puderem para assim pensarem no grau mínimo – aos donos do poder interessa que a imensa maioria dos seres humanos não pensem, para assim ter seu espírito crítico ANULADO. A escravidão hiper-moderna usa o que há de mais negativo na natureza humana (impulsos e emoções instintivas). As duas principais classes de escravos hiper-modernos são a dos inseridos na sociedade de consumo e a dos marginalizados e famintos, que a rigor deveriam ser eliminados da face da terra porque estão incomodando muito não somente aos donos dos poder, mas também aos escravos  do consumismo. Segundo uma das teorias da conspiração vigentes, existe um plano secreto para reduzir a população mundial através da eliminação de alguns bilhões de humanóides. 
 
Vamos então ter que fazer o sacrifício de ler novamente o catatal de Steven Pinker -  (olha a combinação sonora perfeita que existe entre Steven Pinker e Pesky Bee, produzida pelas  letras p,s k,e, i , y) – intitulado “Como a mente funciona”.  (“How the mind works”, 1997) A nossa sorte é que esta leitura será focada apenas na “mente em si” como diria Kant. Este “em si” significa aqui os fenômenos mentais considerados especificamente não importando a sua relação com os fenômenos neuronais correspondentes. Cabe lembrar que até o Pinker foi vitima de um transtorno ideológico ao não levar da devida conta a enorme contribuição dada por Freud para explicar o funcionamento da mente  inconsciente (mento da mente? Que eco horroroso...). Cientistas também são vitimas de preconceitos e ideologias.
Pera aí... não vou ler o catatal inteiro de novo não. Vou fazer o seguinte> vou consultar apenas as 170 páginas do meu kindle onde o autor usou a palavra “mente” e selecionar os conceitos específicos ou “essenciais” de mente.  Deixa eu fazer um teste agorinha!  
 
“o comportamento em si não evoluiu; o que evoluiu foi a mente”
 
Perfeitamente! Então cabe à mente fazer o comportamento evoluir, ou seja:  civilizar o cérebro!
E civilização requer REGRAS ÉTICAS que por sua vez dependem da lógica. Regra é um termo no qual a precisão está implícita. Não existem regras sem precisão.
A mente tem dois modelos de funcionamento – um racional e outro irracional. O irracional se submete às emoções e o racional deixa as emoções de lado, ou as domina, reprime, quando necessário.
 
“o primeiro passo para efetuar a engenharia reversa das emoções é tentar imaginar a mente sem elas”
 
Negativo Mr. Steven! Não precisamos imaginar nada! Veja: na hora de multiplicar 5 por 8 numa calculadora eletrônica, basta digitar 5 x 8 e encontrar o resultado 40. O mesmo pode ser feito com a nossa máquininha de cálculo organizada sob o comando de nossos neurônios. Não há nenhuma interferência emocional na realização do cálculo. Portanto pensar sem emoções já é uma faculdade adquirida pela mente humana, à revelia do cérebro! *
 
*E por falar em cálculo, o sr. já fez uma conta para verificar quantas páginas do seu livrão não se referem ao titulo do dito cujo? Parece que a sua mente prodigiosa é prolixa...
=============

Vejamos como anda funcionando a mente do meu gato Félix. Ele tem o hábito de sentar-se confortavelmente na mesa do meu computador. Ele não entende que eu tenho que usar a mesa para outros fins, como deitar nela o monstruoso Webster.  Teimoso, ele resiste em sair da mesa quando eu peço sem estrilar. Mas com o estrilo ele obedece! O meu estrilo atual consiste apenas numa palavra e num gesto: digo NÃO em tom de voz elevado, e movo meu braço direito fazendo um semi-círculo que pode dar a ele a impressão que vou lhe dar um safanão. Depois de apenas umas 10 repetições desta ordem ele passou a obedecê-la “automaticamente”.  Será que existe mesmo pensamento “automático”? O que o nosso gato Felix fez foi associar o conjunto binário palavra-gesto ao ato de fugir da mesa.  Vou tentar agora obter o mesmo resultado só com a palavra NÃO. Parece então que os gatos conseguem entender o SIGNIFICADO da palavra NÃO. Isso sugere que a matéria prima da mente é o significado, né? Mas para a mente processar um significado ela não precisa de palavras, pois os animais pensam sem palavras!
Até a próxima, Mr. Steven.
 
Thanks a lot
 
MC
 
Ps1. O esquartejamento que vamos fazer dos seus conceitos de mente se deve às provocações malignas de Pesky Bee. Assim seu eu for condenado pelo tribunal de cientistas cognitivos, quero vê-lo sentado no mesmo banco dos réus.
Ps2. Para se tornar mais poderosa, a mente precisa também se libertar da filosofia que abomina a precisão cientifica. Aliás o sr. saberia me dizer porque a mente é mais “investigada” pelos filósofos do que pelos cientistas? Porque ela é tão  invisível quanto Deus?  No google eu encontrei 170 mil resultados para “filosofia da mente” e apenas 5.320 para “ciência da mente”. Coitada da ciência que não tem o poder de vencer o cérebro. E o pior é que os cientistas vivem enaltecendo o maior escravocrata do universo ao invés de enfrentá-lo. Quanta resignação hein? Coragem Mr. Steven! 


Em Qua 03/06/15 12:41, Pesky Bee peskybee2@gmail.com [ciencialist] ciencialist@yahoogrupos.com.br escreveu:

 

Calilzóvsky da Silva, concordalhamos muitíssimo nessas
vociferações de vossa excelência! Já está na hora da medicaiada
descabelada começar a levar em conta o efeito da mente
sobre o corpo.
 
E veja bem, isso daí não tem nada de espiritismo, misticismo
ou páidesantísmo: já está demonstrado que existe um forte
efeito das expectativas mentais sobre o corpolhamento do
indivíduo. Tanto para o bem (placebo) quanto para o mal (efeito
nocebo). E isso para desgráça de algumas industriécas
farmacêuticas desgraçadas. Ccontam que certos antidepressivos
acabaram tendo estudos científicos "escondidos debaixo do tapete"
porque durante a comparação entre um grupo que tomou
o antidepressivo e outro que tomou placebo, o grupo do
placebo teve praticamente o mesmo resultado e SEM os
efeitos colaterais do antidepressivo do capiroto. A putada
da indústria farmacêutica nem quer ouvir falar disso!
 
E para quem quiser se informar um pouco sobre uma das
correntes que investiga essas coisaradas, vejam o livróide
da bonitinha Lissa Rankin: Mind over medicine.
 
É claro que se o sujeito caiu sentado em cima de um
prego enferrujado e fudido produzindo um segundo orifício
anal na bunda, é melhor tratar-se com a medicaiada tradicional.
Mas em vários casos, o "conserto" de certas enfermidades
requer apenasmente uma mudança postural cacholal (é o caso
daquele véio que sonhou com o Kid Bengala e acorda prontinho
para levar a véia à loucura, hahahahaha).
 
*PB*
 
 

From: "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]
Sent: Wednesday, June 03, 2015 11:18 AM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: [ciencialist] O efeito placebo e o poder da mente
 
Se um remédio imaginário produz alterações no organismo, impõe-se a conclusão que essas alterações foram produzidos por um processo mental, ficando assim cientificamente comprovado o poder da mente sobre o cérebro. Os fenômenos mentais constituem uma área de estudo da psicologia.
 
No artigo abaixo existe um vies ideológico (e portanto anti-cientifico) que desconsidera a psicologia como ferramenta básica para a compreensão do efeito placebo. Essa ideologia explica porque os autores apelaram para o primitivo conceito do "reflexo condicionado" para explicar a coisa. Tal reflexo existe, mas está muito longe de explicar o processo de mudanças fisicas provocadas pela mente - ou melhor, por "processos mentais lógico-cientificos".
 
​O problema dos nossos cientistas é que eles têm uma grande dificuldade de formar grupos multidisciplinares, o que no caso do efeito placebo é condição sine qua non para se proceder a uma pesquisa cientifica isenta do virus ideológico. O estudo de como a mente atua no controle do cérebro é de vital importância para a humanidade e requer, OBVIAMENTE, a participação da neuropsicologia - e talvez até da recém-nascida neuropsicanálise. A ciência sofre de uma doença mental para a qual não foi encontrada a cura. Mas se o transtorno não tem sequer sua existência reconhecida, não pode ser curado. Paciência... O mal pode ser chamado de "Transtorno da Especialização".
 
Mtnos Calil
Ideologia zero - o estado mental em que se processa o pensamento cientifico. 
 
 
------=_NextPart_000_01)

SUBJECT: Re: Re: [ciencialist] Ciência da filosofia X Filosofia da Ciência - 1
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: ListadeCiência <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/06/2015 20:09

Nao entendi, vc respondeu a vc mesmo? Ou meu email esta ordenando de forma errada a conversa?


From: Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist] <ciencialist@yahoogrupos.com.br>;
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>;
Subject: Re: Re: [ciencialist] Ciência da filosofia X Filosofia da Ciência - 1
Sent: Wed, Jun 3, 2015 8:13:23 PM

 

Ok. Vou rever  com calma o seu pensamento. 
Me diga por favor qual a relevância que essa proposta tem para a cabar com a miséria. 
abraço
m.calil 

Em Qua 03/06/15 14:55, Jeff jeff@jeff.com.br [ciencialist] ciencialist@yahoogrupos.com.br escreveu:

 
[Anexos de Jeff incluídos abaixo]

Em 2015-06-03 13:44, luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br
[ciencialist]
escreveu:

> Calil,
>
> Vc não captou a essência do problema.
>
> A questao não é meramente computacional (e mesmo assim as previsões q
> fazemos não tem a mesma caracteristica das previsões q são feitas na
> fisica, por exemplo). É que nao existe um método racional para se
> determinar o preço de todos os produtos. Ssomente o mercado é capaz de
> fazê lo, pois o preço reflete a própria interação entre pessoas
> (negociacao e julgamento subjetuvo de valor) e ambiente (escasses ou
> abundancia de recursos).

O que estou dizendo é que a tecnologia atual possibilita a criação de
um sistema de informação muito melhor que o sistema de preços para gerar
informações para alocação dos fatores de produção.

[]s,
Jeff.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Ciência da filosofia X Filosofia da Ciência - 1
FROM: Jeff <jeff@jeff.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/06/2015 20:19

Em 2015-06-03 15:21, luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br
[ciencialist]
escreveu:

> Jeff, vc é o Calil ?? rs
>

Não, sou só o Jeff mesmo... :)

> Se tivéssemos, já se teria feito algo nesse sentido, ou alardeado,
> principalmente pelos defensores do planejamento central.
>

As economias planificadas que existiram não tiveram tecnologia
suficiente pra isso. Hoje, em vez de algumas poucas pessoas com pouca
informação fazendo planos pra anos de produção pra toda uma economia,
poderíamos ter computadores com sistemas de informação dinâmicos, com
IA, processando muita informação, calculando a produção em "tempo real".
Isso muda tudo, torna possível o que não era há algumas décadas.

> A informação econômica está totalmente pulverizada no mercado, e
> além de tudo, não é perfeita; além disso, temos o caráter subjetivo
> dos julgamentos de valor, que são fundamentais na dinâmica econômica.
> Não confunda o planejamento de uma empresa que atende determinado
> grupo
> de clientes, com o planejamento central, com total remoção do mercado.

O sistema de preços era a melhor fonte de informações pra alocação de
recursos na realidade da década de 20, mas hoje existe a possibilidade
das informações virem diretamente das pessoas, em tempo real, o tempo
todo, e não só conscientemente (encomendas, agendamentos, programações),
mas também de sensores no corpo, pela casa, pelo ambiente, da análise de
"toneladas" de dados relevantes, como dos históricos e dos
comportamentos das pessoas, etc, pra também antecipar a produção pra
atender a demanda no momento em que ocorre, etc.

[]s,
Jeff.


SUBJECT: Re: Re: [ciencialist] Ciência da filosofia X Filosofia da Ciência - 1
FROM: Jeff <jeff@jeff.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/06/2015 20:20

Em 2015-06-03 17:10, "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br
[ciencialist]
escreveu:

>
> Como ainda o cérebro humano não está preparado para aceitar uma
> administração cientifica da sociedade, só nos resta apelar para
> soluções utópicas até que um dia alguma delas se torne realidade.
>

Acho que o problema não está no cérebro humano, até porque a ciência é
produto deste, o que falta é educação científica.

[]s,
Jeff.

SUBJECT: Re: Re: [ciencialist] Ciência da filosofia X Filosofia da Ciência - 1
FROM: Jeff <jeff@jeff.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/06/2015 20:23

Em 2015-06-03 17:13, "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br
[ciencialist]
escreveu:

> Ok. Vou rever com calma o seu pensamento.
> Me diga por favor qual a relevância que essa proposta tem para a cabar
> com a miséria.
> abraço
> m.calil


Ué, será que eu sou o Calil mesmo? Será que eu tenho
dupla-personalidade?!!! OMG!! :)

[]s,
Jeff.


>
> Em Qua 03/06/15 14:55, Jeff jeff@jeff.com.br [ciencialist]
> ciencialist@yahoogrupos.com.br escreveu:
>
>>
>>
>> Em 2015-06-03 13:44, luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br
>> [ciencialist]
>> escreveu:
>>
>>> Calil,
>>>
>>> Vc não captou a essência do problema.
>>>
>>> A questao não é meramente computacional (e mesmo assim as
>> previsões q
>>> fazemos não tem a mesma caracteristica das previsões q são feitas
>> na
>>> fisica, por exemplo). É que nao existe um método racional para se
>>> determinar o preço de todos os produtos. Ssomente o mercado é capaz
>> de
>>> fazê lo, pois o preço reflete a própria interação entre pessoas
>>> (negociacao e julgamento subjetuvo de valor) e ambiente (escasses ou
>>> abundancia de recursos).
>>
>> O que estou dizendo é que a tecnologia atual possibilita a criação
>> de
>> um sistema de informação muito melhor que o sistema de preços para
>> gerar
>> informações para alocação dos fatores de produção.
>>
>> []s,
>> Jeff.
>
>



Links:
------
[1]
https://br.groups.yahoo.com/neo/groups/ciencialist/conversations/messages/88455;_ylc=X3oDMTJxN2duNW5xBF9TAzk3NDkwNDM3BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BG1zZ0lkAzg4NDU1BHNlYwNmdHIEc2xrA3JwbHkEc3RpbWUDMTQzMzM2MjQ0NQ--?act=reply&amp;messageNum=88455
[2]
https://br.groups.yahoo.com/neo/groups/ciencialist/conversations/newtopic;_ylc=X3oDMTJlZ3U2NjlyBF9TAzk3NDkwNDM3BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BHNlYwNmdHIEc2xrA250cGMEc3RpbWUDMTQzMzM2MjQ0NQ--
[3]
https://br.groups.yahoo.com/neo/groups/ciencialist/conversations/topics/88422;_ylc=X3oDMTM2c3BrbTVuBF9TAzk3NDkwNDM3BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BG1zZ0lkAzg4NDU1BHNlYwNmdHIEc2xrA3Z0cGMEc3RpbWUDMTQzMzM2MjQ0NQR0cGNJZAM4ODQyMg--
[4] http://www.ciencialist.com
[5]
https://br.groups.yahoo.com/neo/groups/ciencialist/info;_ylc=X3oDMTJlMDNxN2phBF9TAzk3NDkwNDM3BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BHNlYwN2dGwEc2xrA3ZnaHAEc3RpbWUDMTQzMzM2MjQ0NQ--
[6]
https://br.groups.yahoo.com/neo;_ylc=X3oDMTJkNTZsZzFuBF9TAzk3NDkwNDM1BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BHNlYwNmdHIEc2xrA2dmcARzdGltZQMxNDMzMzYyNDQ1
[7] https://info.yahoo.com/privacy/br/yahoo/groups/details.html
[8] https://info.yahoo.com/legal/br/yahoo/utos/terms/


SUBJECT: Re: Re: [ciencialist] Ciência da filosofia X Filosofia da Ciência - 1 [1 Anexo]
FROM: Mtnos Calil <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/06/2015 22:43


O cérebro tem duas estruturas: uma selvagem e outra civilizatória. 
Quem precisa ser reeducado é o próprio cérebro para deixar de ser selvagem. 
Uma das funções do cérebro selvagem é manter em franca atividade as forças instintivas e primitivas do ser humano que era vitais para a sua sobrevivência. Por exemplo, o espirito competitivo é ainda cultuado como uma força motriz da sociedade. Muito motriz... com direção para o abismo. 

mc 

Ps. Os donos do poder não querem ser educados nem moralmente nem cientificamente. E eles é que decidem! 


On Qua 03/06/15 20:20 , "Jeff jeff@jeff.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 

Em 2015-06-03 17:10, "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br
[ciencialist]
escreveu:

>
> Como ainda o cérebro humano não está preparado para aceitar uma
> administração cientifica da sociedade, só nos resta apelar para
> soluções utópicas até que um dia alguma delas se torne realidade.
>

Acho que o problema não está no cérebro humano, até porque a ciência é
produto deste, o que falta é educação científica.

[]s,
Jeff.



SUBJECT: Re: Re: Re: [ciencialist] Ciência da filosofia X Filosofia da Ciência - 1
FROM: Mtnos Calil <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: "Jeff jeff@jeff.com.br [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
CC: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/06/2015 01:36


Deixemos então a miséria para depois de resolvermos essa inesperada crise de identidade. Uma pessoa chamada Jeff enviou essa mensagem para o grupo: 

Calil,

Vc não captou a essência do problema. A questao não é meramente computacional (e mesmo assim as previsões q fazemos não tem a mesma caracteristica das previsões q são feitas na fisica, por exemplo). É que nao existe um método racional para se determinar o preço de todos os produtos. Somente o mercado é capaz de  fazê lo, pois o preço reflete a própria interação entre pessoas (negociacao e julgamento subjetivo de valor) e ambiente (escasses ou abundancia de recursos). 

O que estou dizendo é que a tecnologia atual possibilita a criação de  um sistema de informação muito melhor que o sistema de preços para gerar informações para alocação dos fatores de produção.

O Jeff tem toda a razão! O Calil não captou a essência do problema. Na verdade não captou nem o problema! Diante desta dificuldade de entendimento, o Calil pede ao Jeff a gentileza de informar qual é o problema em questão. A propósito da fixação de preço pelo mercado parece que a lei da oferta e da procura tem uma influência determinante. 

Aguardamos
Atenciosamente
Triturador Lógico




On Qua 03/06/15 20:23 , "Jeff jeff@jeff.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 

Em 2015-06-03 17:13, "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br
[ciencialist]
escreveu:

> Ok. Vou rever com calma o seu pensamento.
> Me diga por favor qual a relevância que essa proposta tem para a cabar
> com a miséria.
> abraço
> m.calil

Ué, será que eu sou o Calil mesmo? Será que eu tenho
dupla-personalidade?!!! OMG!! :)

[]s,
Jeff.

>
> Em Qua 03/06/15 14:55, Jeff jeff@jeff.com.br [ciencialist]
> ciencialist@yahoogrupos.com.br escreveu:
>
>>
>>
>> Em 2015-06-03 13:44, luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br
>> [ciencialist]
>> escreveu:
>>
>>> Calil,
>>>
>>> Vc não captou a essência do problema.
>>>
>>> A questao não é meramente computacional (e mesmo assim as
>> previsões q
>>> fazemos não tem a mesma caracteristica das previsões q são feitas
>> na
>>> fisica, por exemplo). É que nao existe um método racional para se
>>> determinar o preço de todos os produtos. Ssomente o mercado é capaz
>> de
>>> fazê lo, pois o preço reflete a própria interação entre pessoas
>>> (negociacao e julgamento subjetuvo de valor) e ambiente (escasses ou
>>> abundancia de recursos).
>>
>> O que estou dizendo é que a tecnologia atual possibilita a criação
>> de
>> um sistema de informação muito melhor que o sistema de preços para
>> gerar
>> informações para alocação dos fatores de produção.
>>
>> []s,
>> Jeff.
>
>

Links:
------
[1]
https://br.groups.yahoo.com/neo/groups/ciencialist/conversations/messages/88455;_ylc=X3oDMTJxN2duNW5xBF9TAzk3NDkwNDM3BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BG1zZ0lkAzg4NDU1BHNlYwNmdHIEc2xrA3JwbHkEc3RpbWUDMTQzMzM2MjQ0NQ--?act=reply&messageNum=88455
[2]
https://br.groups.yahoo.com/neo/groups/ciencialist/conversations/newtopic;_ylc=X3oDMTJlZ3U2NjlyBF9TAzk3NDkwNDM3BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BHNlYwNmdHIEc2xrA250cGMEc3RpbWUDMTQzMzM2MjQ0NQ--
[3]
https://br.groups.yahoo.com/neo/groups/ciencialist/conversations/topics/88422;_ylc=X3oDMTM2c3BrbTVuBF9TAzk3NDkwNDM3BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BG1zZ0lkAzg4NDU1BHNlYwNmdHIEc2xrA3Z0cGMEc3RpbWUDMTQzMzM2MjQ0NQR0cGNJZAM4ODQyMg--
[4] http://www.ciencialist.com
[5]
https://br.groups.yahoo.com/neo/groups/ciencialist/info;_ylc=X3oDMTJlMDNxN2phBF9TAzk3NDkwNDM3BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BHNlYwN2dGwEc2xrA3ZnaHAEc3RpbWUDMTQzMzM2MjQ0NQ--
[6]
https://br.groups.yahoo.com/neo;_ylc=X3oDMTJkNTZsZzFuBF9TAzk3NDkwNDM1BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BHNlYwNmdHIEc2xrA2dmcARzdGltZQMxNDMzMzYyNDQ1
[7] https://info.yahoo.com/privacy/br/yahoo/groups/details.html
[8] https://info.yahoo.com/legal/br/yahoo/utos/terms/



SUBJECT: Descobertas científicas, novinhas em folha.
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/06/2015 07:04

Olá,

 

Para quem ainda não viu:

 

http://noticias.uol.com.br/ciencia/album/2015/05/21/quinze-descobertas-que-mudaram-a-ciencia-na-ultima-decada.htm#fotoNav=10

 

Destaques para a relação  cérebro-máquina – mas só em razão de te assunto haver sido abordado aqui, recentemente.  Mas todos são de extrema importância.

Sds,

Victor.

 

 


SUBJECT: RES: [ciencialist] Boechat e o que precisa ser ouvido.
FROM: "Verner Stranz" <vernerstranz@ig.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/06/2015 08:53

Veja só Belmiro, eu acho a Scherazade uma pentelha, antipática de dar dó. Aquele lance de incentivar o linchamento, que frutificou tristemente, além de ela ser lembrada para concorrer para vice do nefando JBarbosa... São essas e outras discordâncias que valorizam nossa ciencialist. Mas no mais concordo, tb admiro Boechat, dificilmente perco seus comentários matinais.

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br]
Enviada em: quarta-feira, 3 de junho de 2015 10:52
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [ciencialist] Boechat e o que precisa ser ouvido.

 

 

Caro Victor!

 

Concordo 110% com o que você disse. Também sou fã desse véinho danado e corajoso. Mas queria aproveitar para colocar num patamar, senão o mesmo, pelo menos perto. O homem do baú. Silvio Santos é o cara. Não se curvou de novo ante a ameaça do governo em cortar as propagandas oficiais no SBT caso ele não tire a Sherazade do ar. Disse ele que a moça vai continuar falando o que ela quer,  doa a quer doer. Disse mais, que ele logo vai partir mas frouxidão não vai levar com ele. É um homem de caráter. Tem mais, mas por agora vou deixar assim. E acho que, se você me der uma carona, vou junto para Pasárgada.

 

*BW*

 

 

Em Quarta-feira, 3 de Junho de 2015 7:57, "'JVictor' j.victor.neto@uol.com.br [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br> escreveu:

 

 

Olá,

 

O que sempre digo é o que sempre digo! E o que sempre tenho dito está no conteúdo dos fabulosos comentários do Boechat. Poucos, como ele, conseguem radiografar, de maneira lúcida e contundente, a verdadeira essência do sistema democrático brasileiro, imposto pelos políticos de plantão. Todos, com raras exceções. Dos que não inseridos no bojo dos corruptos-e são poucos – poucos ainda mais gritam, denunciam. Infelizmente, até a credibilidades destes últimos fica abalada pela superioridade dos que dominam. Sai uns e entram outros, que tiram, também, suas casquinhas.

 

Vou é embora para Parsárgada, que lá sou amigo do Rei. O danado é se encontrar políticos brasileiros, também, por lá. Aí, “merrade”, é ruim.  Very ruim.

 

 

é preciso mais Boechats no pedaço.

 

Sds,

Victor.

 




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SUBJECT: RES: Re: [ciencialist] Boechat e o que precisa ser ouvido.
FROM: "Verner Stranz" <vernerstranz@ig.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/06/2015 08:58

Ora Mtnos, porque não? Vc é o último que pode criticar alguma postagem por aqui, depois de nos inundar por meses com msgs quilométricas e verborrágicas sobre o sexo dos anjos. Como diria PB, “arrespeite” a diversidade!

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br]
Enviada em: quarta-feira, 3 de junho de 2015 11:23
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: Re: [ciencialist] Boechat e o que precisa ser ouvido.

 

 

QUE FOI ISSO? O QUE TEM A VER ESSE ASSUNTO COM A PAUTA DO CIENCIALIST? SILVIO SANTOS? 
MY GOD! 

​MC

Em Qua 03/06/15 10:51, Belmiro Wolski belmirow@yahoo.com.br [ciencialist] ciencialist@yahoogrupos.com.br escreveu:

 

Caro Victor!

Concordo 110% com o que você disse. Também sou fã desse véinho danado e corajoso. Mas queria aproveitar para colocar num patamar, senão o mesmo, pelo menos perto. O homem do baú. Silvio Santos é o cara. Não se curvou de novo ante a ameaça do governo em cortar as propagandas oficiais no SBT caso ele não tire a Sherazade do ar. Disse ele que a moça vai continuar falando o que ela quer,  doa a quer doer. Disse mais, que ele logo vai partir mas frouxidão não vai levar com ele. É um homem de caráter. Tem mais, mas por agora vou deixar assim. E acho que, se você me der uma carona, vou junto para Pasárgada.

*BW*

 

 

Em Quarta-feira, 3 de Junho de 2015 7:57, "'JVictor' j.victor.neto@uol.com.br [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br> escreveu:

 

 

Olá,

O que sempre digo é o que sempre digo! E o que sempre tenho dito está no conteúdo dos fabulosos comentários do Boechat. Poucos, como ele, conseguem radiografar, de maneira lúcida e contundente, a verdadeira essência do sistema democrático brasileiro, imposto pelos políticos de plantão. Todos, com raras exceções. Dos que não inseridos no bojo dos corruptos-e são poucos – poucos ainda mais gritam, denunciam. Infelizmente, até a credibilidades destes últimos fica abalada pela superioridade dos que dominam. Sai uns e entram outros, que tiram, também, suas casquinhas.

Vou é embora para Parsárgada, que lá sou amigo do Rei. O danado é se encontrar políticos brasileiros, também, por lá. Aí, “merrade”, é ruim.  Very ruim.

é preciso mais Boechats no pedaço.

Sds,

Victor.

 




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www.avast.com



SUBJECT: Re: Re: Re: [ciencialist] Ciência da filosofia X Filosofia da Ciência - 1
FROM: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/06/2015 14:31

>>>"O Jeff tem toda a razão! O Calil não captou a essência do problema. Na verdade não captou nem o problema! Diante desta dificuldade de entendimento, o Calil pede ao Jeff a gentileza de informar qual é o problema em questão. A propósito da fixação de preço pelo mercado parece que a lei da oferta e da procura tem uma influência determinante". 

Putz, nunca pensei que iria concordar em alguma coisa com essa coisa (essa coisa=triturador lógico).

*BW*



Em Quinta-feira, 4 de Junho de 2015 1:36, "Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br> escreveu:


 

Deixemos então a miséria para depois de resolvermos essa inesperada crise de identidade. Uma pessoa chamada Jeff enviou essa mensagem para o grupo: 

Calil,

Vc não captou a essência do problema. A questao não é meramente computacional (e mesmo assim as previsões q fazemos não tem a mesma caracteristica das previsões q são feitas na fisica, por exemplo). É que nao existe um método racional para se determinar o preço de todos os produtos. Somente o mercado é capaz de  fazê lo, pois o preço reflete a própria interação entre pessoas (negociacao e julgamento subjetivo de valor) e ambiente (escasses ou abundancia de recursos). 

O que estou dizendo é que a tecnologia atual possibilita a criação de  um sistema de informação muito melhor que o sistema de preços para gerar informações para alocação dos fatores de produção.

O Jeff tem toda a razão! O Calil não captou a essência do problema. Na verdade não captou nem o problema! Diante desta dificuldade de entendimento, o Calil pede ao Jeff a gentileza de informar qual é o problema em questão. A propósito da fixação de preço pelo mercado parece que a lei da oferta e da procura tem uma influência determinante. 

Aguardamos
Atenciosamente
Triturador Lógico




On Qua 03/06/15 20:23 , "Jeff jeff@jeff.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 
Em 2015-06-03 17:13, "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br
[ciencialist]
escreveu:

> Ok. Vou rever com calma o seu pensamento.
> Me diga por favor qual a relevância que essa proposta tem para a cabar
> com a miséria.
> abraço
> m.calil

Ué, será que eu sou o Calil mesmo? Será que eu tenho
dupla-personalidade?!!! OMG!! :)

[]s,
Jeff.

>
> Em Qua 03/06/15 14:55, Jeff jeff@jeff.com.br [ciencialist]
> ciencialist@yahoogrupos.com.br escreveu:
>
>>
>>
>> Em 2015-06-03 13:44, luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br
>> [ciencialist]
>> escreveu:
>>
>>> Calil,
>>>
>>> Vc não captou a essência do problema.
>>>
>>> A questao não é meramente computacional (e mesmo assim as
>> previsões q
>>> fazemos não tem a mesma caracteristica das previsões q são feitas
>> na
>>> fisica, por exemplo). É que nao existe um método racional para se
>>> determinar o preço de todos os produtos. Ssomente o mercado é capaz
>> de
>>> fazê lo, pois o preço reflete a própria interação entre pessoas
>>> (negociacao e julgamento subjetuvo de valor) e ambiente (escasses ou
>>> abundancia de recursos).
>>
>> O que estou dizendo é que a tecnologia atual possibilita a criação
>> de
>> um sistema de informação muito melhor que o sistema de preços para
>> gerar
>> informações para alocação dos fatores de produção.
>>
>> []s,
>> Jeff.
>
>

Links:
------
[1]
https://br.groups.yahoo.com/neo/groups/ciencialist/conversations/messages/88455;_ylc=X3oDMTJxN2duNW5xBF9TAzk3NDkwNDM3BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BG1zZ0lkAzg4NDU1BHNlYwNmdHIEc2xrA3JwbHkEc3RpbWUDMTQzMzM2MjQ0NQ--?act=reply&messageNum=88455
[2]
https://br.groups.yahoo.com/neo/groups/ciencialist/conversations/newtopic;_ylc=X3oDMTJlZ3U2NjlyBF9TAzk3NDkwNDM3BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BHNlYwNmdHIEc2xrA250cGMEc3RpbWUDMTQzMzM2MjQ0NQ--
[3]
https://br.groups.yahoo.com/neo/groups/ciencialist/conversations/topics/88422;_ylc=X3oDMTM2c3BrbTVuBF9TAzk3NDkwNDM3BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BG1zZ0lkAzg4NDU1BHNlYwNmdHIEc2xrA3Z0cGMEc3RpbWUDMTQzMzM2MjQ0NQR0cGNJZAM4ODQyMg--
[4] http://www.ciencialist.com
[5]
https://br.groups.yahoo.com/neo/groups/ciencialist/info;_ylc=X3oDMTJlMDNxN2phBF9TAzk3NDkwNDM3BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BHNlYwN2dGwEc2xrA3ZnaHAEc3RpbWUDMTQzMzM2MjQ0NQ--
[6]
https://br.groups.yahoo.com/neo;_ylc=X3oDMTJkNTZsZzFuBF9TAzk3NDkwNDM1BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BHNlYwNmdHIEc2xrA2dmcARzdGltZQMxNDMzMzYyNDQ1
[7] https://info.yahoo.com/privacy/br/yahoo/groups/details.html
[8] https://info.yahoo.com/legal/br/yahoo/utos/terms/




SUBJECT: Re: Re: Re: [ciencialist] Ciência da filosofia X Filosofia da Ciência - 1
FROM: Mtnos Calil <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/06/2015 14:59

Viu, prof. Belmiro? 

Quando a gente se liberta das ideologias, dá mais atenção ao que foi dito do que ao autor do dito. Quanto ao mercado, como acontece com todos os fenomenos sociais, ele carece de uma administração científica. Um dos pontos chaves desta adminsitração seria limitar a concentração de renda e a consequente desigualdade, responsável hoje por essa divisão esquizofrênica: enquanto cerca de um bilhão de humanos estão obesos, outro bilhão é constituido por famélicos. Parece então que a lei da oferta e da procura não é muito legal, né? Dizem que a lógica é a premissa básica do direito... mas só dizem, por que na hora de fazer leis lógicas (ou mesmo de cumprir algumas leis) essa premissa é ignorada. Se o ser humano fosse muito lógico, este triturador não teria nascido. Que sorte eu tive! 

Triturador Lógico 



On Qui 04/06/15 14:31 , "Belmiro Wolski belmirow@yahoo.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 

>>>"O Jeff tem toda a razão! O Calil não captou a essência do problema. Na verdade não captou nem o problema! Diante desta dificuldade de entendimento, o Calil pede ao Jeff a gentileza de informar qual é o problema em questão. A propósito da fixação de preço pelo mercado parece que a lei da oferta e da procura tem uma influência determinante". 

Putz, nunca pensei que iria concordar em alguma coisa com essa coisa (essa coisa=triturador lógico).

*BW*



Em Quinta-feira, 4 de Junho de 2015 1:36, "Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" escreveu:


 

Deixemos então a miséria para depois de resolvermos essa inesperada crise de identidade. Uma pessoa chamada Jeff enviou essa mensagem para o grupo: 

Calil,

Vc não captou a essência do problema. A questao não é meramente computacional (e mesmo assim as previsões q fazemos não tem a mesma caracteristica das previsões q são feitas na fisica, por exemplo). É que nao existe um método racional para se determinar o preço de todos os produtos. Somente o mercado é capaz de  fazê lo, pois o preço reflete a própria interação entre pessoas (negociacao e julgamento subjetivo de valor) e ambiente (escasses ou abundancia de recursos). 

O que estou dizendo é que a tecnologia atual possibilita a criação de  um sistema de informação muito melhor que o sistema de preços para gerar informações para alocação dos fatores de produção.

O Jeff tem toda a razão! O Calil não captou a essência do problema. Na verdade não captou nem o problema! Diante desta dificuldade de entendimento, o Calil pede ao Jeff a gentileza de informar qual é o problema em questão. A propósito da fixação de preço pelo mercado parece que a lei da oferta e da procura tem uma influência determinante. 

Aguardamos
Atenciosamente
Triturador Lógico




On Qua 03/06/15 20:23 , "Jeff jeff@jeff.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 
Em 2015-06-03 17:13, "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br
[ciencialist]
escreveu:

> Ok. Vou rever com calma o seu pensamento.
> Me diga por favor qual a relevância que essa proposta tem para a cabar
> com a miséria.
> abraço
> m.calil

Ué, será que eu sou o Calil mesmo? Será que eu tenho
dupla-personalidade?!!! OMG!! :)

[]s,
Jeff.

>
> Em Qua 03/06/15 14:55, Jeff jeff@jeff.com.br [ciencialist]
> ciencialist@yahoogrupos.com.br escreveu:
>
>>
>>
>> Em 2015-06-03 13:44, luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br
>> [ciencialist]
>> escreveu:
>>
>>> Calil,
>>>
>>> Vc não captou a essência do problema.
>>>
>>> A questao não é meramente computacional (e mesmo assim as
>> previsões q
>>> fazemos não tem a mesma caracteristica das previsões q são feitas
>> na
>>> fisica, por exemplo). É que nao existe um método racional para se
>>> determinar o preço de todos os produtos. Ssomente o mercado é capaz
>> de
>>> fazê lo, pois o preço reflete a própria interação entre pessoas
>>> (negociacao e julgamento subjetuvo de valor) e ambiente (escasses ou
>>> abundancia de recursos).
>>
>> O que estou dizendo é que a tecnologia atual possibilita a criação
>> de
>> um sistema de informação muito melhor que o sistema de preços para
>> gerar
>> informações para alocação dos fatores de produção.
>>
>> []s,
>> Jeff.
>
>

Links:
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[1]
https://br.groups.yahoo.com/neo/groups/ciencialist/conversations/messages/88455;_ylc=X3oDMTJxN2duNW5xBF9TAzk3NDkwNDM3BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BG1zZ0lkAzg4NDU1BHNlYwNmdHIEc2xrA3JwbHkEc3RpbWUDMTQzMzM2MjQ0NQ--?act=reply&messageNum=88455
[2]
https://br.groups.yahoo.com/neo/groups/ciencialist/conversations/newtopic;_ylc=X3oDMTJlZ3U2NjlyBF9TAzk3NDkwNDM3BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BHNlYwNmdHIEc2xrA250cGMEc3RpbWUDMTQzMzM2MjQ0NQ--
[3]
https://br.groups.yahoo.com/neo/groups/ciencialist/conversations/topics/88422;_ylc=X3oDMTM2c3BrbTVuBF9TAzk3NDkwNDM3BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BG1zZ0lkAzg4NDU1BHNlYwNmdHIEc2xrA3Z0cGMEc3RpbWUDMTQzMzM2MjQ0NQR0cGNJZAM4ODQyMg--
[4] http://www.ciencialist.com
[5]
https://br.groups.yahoo.com/neo/groups/ciencialist/info;_ylc=X3oDMTJlMDNxN2phBF9TAzk3NDkwNDM3BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BHNlYwN2dGwEc2xrA3ZnaHAEc3RpbWUDMTQzMzM2MjQ0NQ--
[6]
https://br.groups.yahoo.com/neo;_ylc=X3oDMTJkNTZsZzFuBF9TAzk3NDkwNDM1BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BHNlYwNmdHIEc2xrA2dmcARzdGltZQMxNDMzMzYyNDQ1
[7] https://info.yahoo.com/privacy/br/yahoo/groups/details.html
[8] https://info.yahoo.com/legal/br/yahoo/utos/terms/





SUBJECT: Re: Re: Re: [ciencialist] Ciência da filosofia X Filosofia da Ciência - 1
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/06/2015 19:52

Calil,

Quem falou que vc não tinha entendido o problema foi eu, não o Jeff. Além disso, outros já tentaram administrar cientificamente o Mercado, a Economia. O resultado disso foram : pobreza, miséria, fome, uma concentração de renda e poder nunca vista e genocídio generalizado.


Abs
Felipe



Em Quinta-feira, 4 de Junho de 2015 14:59, "Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br> escreveu:


 
Viu, prof. Belmiro? 

Quando a gente se liberta das ideologias, dá mais atenção ao que foi dito do que ao autor do dito. Quanto ao mercado, como acontece com todos os fenomenos sociais, ele carece de uma administração científica. Um dos pontos chaves desta adminsitração seria limitar a concentração de renda e a consequente desigualdade, responsável hoje por essa divisão esquizofrênica: enquanto cerca de um bilhão de humanos estão obesos, outro bilhão é constituido por famélicos. Parece então que a lei da oferta e da procura não é muito legal, né? Dizem que a lógica é a premissa básica do direito... mas só dizem, por que na hora de fazer leis lógicas (ou mesmo de cumprir algumas leis) essa premissa é ignorada. Se o ser humano fosse muito lógico, este triturador não teria nascido. Que sorte eu tive! 

Triturador Lógico 



On Qui 04/06/15 14:31 , "Belmiro Wolski belmirow@yahoo.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 
>>>"O Jeff tem toda a razão! O Calil não captou a essência do problema. Na verdade não captou nem o problema! Diante desta dificuldade de entendimento, o Calil pede ao Jeff a gentileza de informar qual é o problema em questão. A propósito da fixação de preço pelo mercado parece que a lei da oferta e da procura tem uma influência determinante". 

Putz, nunca pensei que iria concordar em alguma coisa com essa coisa (essa coisa=triturador lógico).

*BW*



Em Quinta-feira, 4 de Junho de 2015 1:36, "Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" escreveu:


 

Deixemos então a miséria para depois de resolvermos essa inesperada crise de identidade. Uma pessoa chamada Jeff enviou essa mensagem para o grupo: 

Calil,

Vc não captou a essência do problema. A questao não é meramente computacional (e mesmo assim as previsões q fazemos não tem a mesma caracteristica das previsões q são feitas na fisica, por exemplo). É que nao existe um método racional para se determinar o preço de todos os produtos. Somente o mercado é capaz de  fazê lo, pois o preço reflete a própria interação entre pessoas (negociacao e julgamento subjetivo de valor) e ambiente (escasses ou abundancia de recursos). 

O que estou dizendo é que a tecnologia atual possibilita a criação de  um sistema de informação muito melhor que o sistema de preços para gerar informações para alocação dos fatores de produção.

O Jeff tem toda a razão! O Calil não captou a essência do problema. Na verdade não captou nem o problema! Diante desta dificuldade de entendimento, o Calil pede ao Jeff a gentileza de informar qual é o problema em questão. A propósito da fixação de preço pelo mercado parece que a lei da oferta e da procura tem uma influência determinante. 

Aguardamos
Atenciosamente
Triturador Lógico




On Qua 03/06/15 20:23 , "Jeff jeff@jeff.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 
Em 2015-06-03 17:13, "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br
[ciencialist]
escreveu:

> Ok. Vou rever com calma o seu pensamento.
> Me diga por favor qual a relevância que essa proposta tem para a cabar
> com a miséria.
> abraço
> m.calil

Ué, será que eu sou o Calil mesmo? Será que eu tenho
dupla-personalidade?!!! OMG!! :)

[]s,
Jeff.

>
> Em Qua 03/06/15 14:55, Jeff jeff@jeff.com.br [ciencialist]
> ciencialist@yahoogrupos.com.br escreveu:
>
>>
>>
>> Em 2015-06-03 13:44, luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br
>> [ciencialist]
>> escreveu:
>>
>>> Calil,
>>>
>>> Vc não captou a essência do problema.
>>>
>>> A questao não é meramente computacional (e mesmo assim as
>> previsões q
>>> fazemos não tem a mesma caracteristica das previsões q são feitas
>> na
>>> fisica, por exemplo). É que nao existe um método racional para se
>>> determinar o preço de todos os produtos. Ssomente o mercado é capaz
>> de
>>> fazê lo, pois o preço reflete a própria interação entre pessoas
>>> (negociacao e julgamento subjetuvo de valor) e ambiente (escasses ou
>>> abundancia de recursos).
>>
>> O que estou dizendo é que a tecnologia atual possibilita a criação
>> de
>> um sistema de informação muito melhor que o sistema de preços para
>> gerar
>> informações para alocação dos fatores de produção.
>>
>> []s,
>> Jeff.
>
>

Links:
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[1]
https://br.groups.yahoo.com/neo/groups/ciencialist/conversations/messages/88455;_ylc=X3oDMTJxN2duNW5xBF9TAzk3NDkwNDM3BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BG1zZ0lkAzg4NDU1BHNlYwNmdHIEc2xrA3JwbHkEc3RpbWUDMTQzMzM2MjQ0NQ--?act=reply&messageNum=88455
[2]
https://br.groups.yahoo.com/neo/groups/ciencialist/conversations/newtopic;_ylc=X3oDMTJlZ3U2NjlyBF9TAzk3NDkwNDM3BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BHNlYwNmdHIEc2xrA250cGMEc3RpbWUDMTQzMzM2MjQ0NQ--
[3]
https://br.groups.yahoo.com/neo/groups/ciencialist/conversations/topics/88422;_ylc=X3oDMTM2c3BrbTVuBF9TAzk3NDkwNDM3BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BG1zZ0lkAzg4NDU1BHNlYwNmdHIEc2xrA3Z0cGMEc3RpbWUDMTQzMzM2MjQ0NQR0cGNJZAM4ODQyMg--
[4] http://www.ciencialist.com
[5]
https://br.groups.yahoo.com/neo/groups/ciencialist/info;_ylc=X3oDMTJlMDNxN2phBF9TAzk3NDkwNDM3BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BHNlYwN2dGwEc2xrA3ZnaHAEc3RpbWUDMTQzMzM2MjQ0NQ--
[6]
https://br.groups.yahoo.com/neo;_ylc=X3oDMTJkNTZsZzFuBF9TAzk3NDkwNDM1BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BHNlYwNmdHIEc2xrA2dmcARzdGltZQMxNDMzMzYyNDQ1
[7] https://info.yahoo.com/privacy/br/yahoo/groups/details.html
[8] https://info.yahoo.com/legal/br/yahoo/utos/terms/







SUBJECT: Re: Re: Re: [ciencialist] Ciência da filosofia X Filosofia da Ciência - 1
FROM: Mtnos Calil <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/06/2015 21:10

Óia a bagunça comunicacional.
Foi assim que eu recebi a mensagem


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> Em 2015-06-03 13:44, luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br
>> [ciencialist]
>> escreveu:
>> 
>>> Calil,
>>> 
>>> Vc não captou a essência do problema.
>>> 
>>> A questao não é meramente computacional (e mesmo assim as
>> previsões q
>>> fazemos não tem a mesma caracteristica das previsões q são feitas
>> na
>>> fisica, por exemplo). É que nao existe um método racional para se
>>> determinar o preço de todos os produtos. Ssomente o mercado é capaz
>> de
>>> fazê lo, pois o preço reflete a própria interação entre pessoas
>>> (negociacao e julgamento subjetuvo de valor) e ambiente (escasses ou
>>> abundancia de recursos).
>> 
>> O que estou dizendo é que a tecnologia atual possibilita a criação
>> de
>> um sistema de informação muito melhor que o sistema de preços para
>> gerar
>> informações para alocação dos fatores de produção.
>> 
>> []s,
>> Jeff.


========================================================================
 Vamos agora à sua ultima mensagem, a qual eu vou responder nesta cor 

On Qui 04/06/15 19:52 , "luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 

Calil,

Quem falou que vc não tinha entendido o problema foi eu, não o Jeff. Além disso, outros já tentaram administrar cientificamente o Mercado, a Economia. O resultado disso foram : pobreza, miséria, fome, uma concentração de renda e poder nunca vista e genocídio generalizado.

Abs
Felipe

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O que aconteceu agora, é que você não informou qual é problema que eu disse que não tinha captado. 
Quanto à administração cientifica da economia isso nunca aconteceu na história da humanidade. Se você está se referindo ao genocidio stalinista, trata-se de um fenômeno de psicopatia social como qualquer outros genocidios. - o termo genocidio, muito a propósito, contem o prefixo gen de gene. 

O genocidio do capitalismo é mais refinado do que o genocidio nazi-stalinista - só temos hoje um bilhão de famélicos. Mas fora a fome, bilhões de terrestres vivem em estado avançado de stress e ansiedade, fora as guerras fabricadas como a do Iraque para rechear os bolsos da industria armamentista. 

Defender o capitalismo ou o comunismo/socialismo é pura ideologia. 
Como eu não vejo hoje alternativa para o capitalismo estou propondo civilizá-lo, o que requer a utilização de conceitos e metodologias científicas. Isso é uma utopia? Se for, a ciência será inútil para a salvação da humanidade e muito útil para a sua destruição, porque fazer bomba atômica os cientistas sabem. 

NAO ESTOU GENERALIZANDO - HÁ CIENTISTAS INTERESSADOS NO BEM COMUM, MAS FALTA A ELES CORAGEM PARA ENFRENTAR OS DONOS DO PODER QUE FINANCIAM SEUS PROJETOS. 

EDGAR MORIN FALA EM CIÊNCIA COM CONSCIÊNCIA - EU FALO EM CIÊNCIA COM CORAGEM. CORAGEM DE SER AUTÊNTICO, como falou Rollo May em seu livrinho "O homem à procura de si mesmo". 

absmc

Ps. Devemos à ciência o fato de termos dobrado a nossa longevidade em poucos anos. Essa foi a grande contribuição dos cientistas  para a humanidade. O resto é o resto... Automóvel? É um veneno que viciou a economia, como tantos outros. Agora o povo alienado está se viciando nos celulares, redes "sociais", facebooks, selfies e outras besteiras tecno-cientificas. 


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Em Quinta-feira, 4 de Junho de 2015 14:59, "Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" escreveu:
 
Viu, prof. Belmiro? 

Quando a gente se liberta das ideologias, dá mais atenção ao que foi dito do que ao autor do dito. Quanto ao mercado, como acontece com todos os fenomenos sociais, ele carece de uma administração científica. Um dos pontos chaves desta adminsitração seria limitar a concentração de renda e a consequente desigualdade, responsável hoje por essa divisão esquizofrênica: enquanto cerca de um bilhão de humanos estão obesos, outro bilhão é constituido por famélicos. Parece então que a lei da oferta e da procura não é muito legal, né? Dizem que a lógica é a premissa básica do direito... mas só dizem, por que na hora de fazer leis lógicas (ou mesmo de cumprir algumas leis) essa premissa é ignorada. Se o ser humano fosse muito lógico, este triturador não teria nascido. Que sorte eu tive! 

Triturador Lógico 



On Qui 04/06/15 14:31 , "Belmiro Wolski belmirow@yahoo.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 
>>>"O Jeff tem toda a razão! O Calil não captou a essência do problema. Na verdade não captou nem o problema! Diante desta dificuldade de entendimento, o Calil pede ao Jeff a gentileza de informar qual é o problema em questão. A propósito da fixação de preço pelo mercado parece que a lei da oferta e da procura tem uma influência determinante". 

Putz, nunca pensei que iria concordar em alguma coisa com essa coisa (essa coisa=triturador lógico).

*BW*



Em Quinta-feira, 4 de Junho de 2015 1:36, "Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" escreveu:


 

Deixemos então a miséria para depois de resolvermos essa inesperada crise de identidade. Uma pessoa chamada Jeff enviou essa mensagem para o grupo: 

Calil,

Vc não captou a essência do problema. A questao não é meramente computacional (e mesmo assim as previsões q fazemos não tem a mesma caracteristica das previsões q são feitas na fisica, por exemplo). É que nao existe um método racional para se determinar o preço de todos os produtos. Somente o mercado é capaz de  fazê lo, pois o preço reflete a própria interação entre pessoas (negociacao e julgamento subjetivo de valor) e ambiente (escasses ou abundancia de recursos). 

O que estou dizendo é que a tecnologia atual possibilita a criação de  um sistema de informação muito melhor que o sistema de preços para gerar informações para alocação dos fatores de produção.

O Jeff tem toda a razão! O Calil não captou a essência do problema. Na verdade não captou nem o problema! Diante desta dificuldade de entendimento, o Calil pede ao Jeff a gentileza de informar qual é o problema em questão. A propósito da fixação de preço pelo mercado parece que a lei da oferta e da procura tem uma influência determinante. 

Aguardamos
Atenciosamente
Triturador Lógico




On Qua 03/06/15 20:23 , "Jeff jeff@jeff.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 
Em 2015-06-03 17:13, "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br
[ciencialist]
escreveu:

> Ok. Vou rever com calma o seu pensamento.
> Me diga por favor qual a relevância que essa proposta tem para a cabar
> com a miséria.
> abraço
> m.calil

Ué, será que eu sou o Calil mesmo? Será que eu tenho
dupla-personalidade?!!! OMG!! :)

[]s,
Jeff.

>
> Em Qua 03/06/15 14:55, Jeff jeff@jeff.com.br [ciencialist]
> ciencialist@yahoogrupos.com.br escreveu:
>
>>
>>
>> Em 2015-06-03 13:44, luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br
>> [ciencialist]
>> escreveu:
>>
>>> Calil,
>>>
>>> Vc não captou a essência do problema.
>>>
>>> A questao não é meramente computacional (e mesmo assim as
>> previsões q
>>> fazemos não tem a mesma caracteristica das previsões q são feitas
>> na
>>> fisica, por exemplo). É que nao existe um método racional para se
>>> determinar o preço de todos os produtos. Ssomente o mercado é capaz
>> de
>>> fazê lo, pois o preço reflete a própria interação entre pessoas
>>> (negociacao e julgamento subjetuvo de valor) e ambiente (escasses ou
>>> abundancia de recursos).
>>
>> O que estou dizendo é que a tecnologia atual possibilita a criação
>> de
>> um sistema de informação muito melhor que o sistema de preços para
>> gerar
>> informações para alocação dos fatores de produção.
>>
>> []s,
>> Jeff.
>
>

Links:
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[1]
https://br.groups.yahoo.com/neo/groups/ciencialist/conversations/messages/88455;_ylc=X3oDMTJxN2duNW5xBF9TAzk3NDkwNDM3BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BG1zZ0lkAzg4NDU1BHNlYwNmdHIEc2xrA3JwbHkEc3RpbWUDMTQzMzM2MjQ0NQ--?act=reply&messageNum=88455
[2]
https://br.groups.yahoo.com/neo/groups/ciencialist/conversations/newtopic;_ylc=X3oDMTJlZ3U2NjlyBF9TAzk3NDkwNDM3BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BHNlYwNmdHIEc2xrA250cGMEc3RpbWUDMTQzMzM2MjQ0NQ--
[3]
https://br.groups.yahoo.com/neo/groups/ciencialist/conversations/topics/88422;_ylc=X3oDMTM2c3BrbTVuBF9TAzk3NDkwNDM3BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BG1zZ0lkAzg4NDU1BHNlYwNmdHIEc2xrA3Z0cGMEc3RpbWUDMTQzMzM2MjQ0NQR0cGNJZAM4ODQyMg--
[4] http://www.ciencialist.com
[5]
https://br.groups.yahoo.com/neo/groups/ciencialist/info;_ylc=X3oDMTJlMDNxN2phBF9TAzk3NDkwNDM3BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BHNlYwN2dGwEc2xrA3ZnaHAEc3RpbWUDMTQzMzM2MjQ0NQ--
[6]
https://br.groups.yahoo.com/neo;_ylc=X3oDMTJkNTZsZzFuBF9TAzk3NDkwNDM1BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BHNlYwNmdHIEc2xrA2dmcARzdGltZQMxNDMzMzYyNDQ1
[7] https://info.yahoo.com/privacy/br/yahoo/groups/details.html
[8] https://info.yahoo.com/legal/br/yahoo/utos/terms/








SUBJECT: Administração cientifica da sociedade humana
FROM: Mtnos Calil <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/06/2015 21:57


Já que "opinião" é um conceito desprezível para a ciência, eu não posso dizer que tenho uma humilde opinião a respeito da solução dos problemas da humanidade. No lugar de opinião digo então que eu tenho uma hipótese cujo valor científico eu não tenho competência para aferir. A hipótese se resume nisso - só a ciência pode resolver os problemas sociais e econômicos da humanidade. A administração cientifica da sociedade levaria em conta muitas soluções simples que os donos do poder se recusam a adotar porque são egoistas. Vamos então imaginar soluções lógicas para os problemas da humanidade, começando com a corrupção que está na ordem do dia. Se porém, faltar consistência cientifica a essa hipótese, e ela não passar de uma mera utopia, que sirva então para homenagear Thomas Morus inventor do termo utopia  e autor do livro batizado com esse nome por ele inventado. 

                            Estratégia de combate à corrupção 

Estratégia é tudo que falta no Brasil para o combate à corrupção.

Com tantos juízes, tantos promotores, tantos delegados porque não temos uma estratégia para lidar com um problema que está provocando danos terríveis ao nosso país? O mais trágico nesta história é que não temos estratégia para nada no que diz respeito à administração pública. Por acaso algum órgão público neste país, parou alguma vez para pensar em “estratégia”?  Que eu saiba o uso deste termo é restrito às campanhas eleitorais e publicitárias, que se apoiam neste tripé:

1. Falar o que o público quer ouvir

2. Fazer uso das técnicas teatrais e televisivas para encantar os ingênuos eleitores, discursando da forma espetacular que o povo gosta

3. Captar o máximo de recursos humanos, materiais e financeiros para cada campanha.

É certo que a falta de estratégia é  um problema  mundial, mas muitos países sabem defender seus interesses nacionais, enquanto o Brasil se especializou na defesa dos interesses corporativistas (de grupos) o que favorece muito a corrupção.   A China é o exemplo mais recente de sucesso na aplicação de uma “estratégia de desenvolvimento nacional” ,  baseada neste tripé:

1. Capitalismo

2. Regulação dos mercados e das empresas nacionais e multinacionais

3. Ditadura

Dizem que a democracia é o “menos pior” dos regimes. Mas como toda regra tem exceção, não fosse a ditadura capitalista*,  a China não teria chegado onde chegou. Um elemento chave desta ditadura é o partido único, que continua se denominando “comunista” para assim satisfazer os grupos burocratas remanescentes do maoismo.  Ocorre também que a linguagem humana, além de ambígua, é bem volúvel. Com o tempo as palavras mudam de sentido.

Com o termo socialismo, por exemplo, ocorreu o fenômeno clássico da linguagem chamado “polissemia”, quando um mesmo termo adquire muitos diferentes sentidos, de acordo com a vontade do freguês. Se você quiser usar o verbo SENTIR,  no seu sentido preferido, tem à sua disposição uma lista de 23 (vinte e três) diferentes significados oferecidos pelo Dr. Aurélio na 2ª. edição de seu dicionário, 1986.

Graças a essa liberdade linguística, alguns americanos podem taxar  Obama de comunista ou mesmo de socialista, ainda mais agora que ele fez as pazes com Cuba!

*Os liberais confundem capitalismo com democracia, misturando economia com política.

Mas porque não existe uma estratégia de combate à corrupção no Brasil?  Há muitas razões para isso. Vejamos algumas.

1) No Brasil o povo se levanta contra a corrupção mas sem ter a menor idéia de qual seria a melhor forma de fazer isso.  O povo em sua santa ingenuidade, alimentada pela DESINFORMAÇÃO, acha que para combater a corrupção no Brasil basta prender os corruptos.  Ele pensa que  os corruptos constituem uma pequena parte dos agentes públicos? Hoje não pensa isso não! O povo acha que todos os políticos são corruptos. (políticos, e não agentes públicos). Ele quer ver os políticos corruptos na cadeia. Ora bolas. Se isso acontecesse quem iria governar o Brasil? Os militares? Não, porque eles não querem mais saber dessa encrenca.  

Além disso uma grande parte do povo  já foi seduzida pelo simulacro de democracia vigente no Brasil, que inclusive lhe dá o direito de fazer manifestações pacíficas nas ruas. É claro: desde quando manifestações pacíficas tiram alguém do poder?  O poder emana do povo só quando ele se comporta direitinho... Se a hipocrisia é um traço genético do comportamento humano, os políticos são os maiores especialistas nesta matéria.  O povo quer ver os políticos na cadeia não porque isso vá acabar com a corrupção, mas porque é  movido por um sentimento de vingança  pelos ladrões do chamado dinheiro “público” – se é publico SERIA do povo...

2)  Segundo as leis vigentes, cabe aos próprios órgãos públicos combater a corrupção.  Mas mesmo quando uma parte dos agentes públicos honestos e bem intencionados se dedica a essa missão, eles sabem que a corrupção está institucionalizada em todos os governos das três esferas. Assim eles se limitam a combater apenas ALGUNS DELITOS.

E os membros honestos do poder judiciário também sabem disso e toda a hora recorrem ao argumento de que são obrigados a seguir as leis que os próprios políticos corruptos elaboram ou aprovam.

Só não têm a coragem de dizer que muitas leis favorecem a corrupção. Diga-se de passagem que a própria constituição que eles tanto veneram lhes dá esse direito. (Ressalve-se os juízes-heróis que são perseguidos pelos profissionais do crime organizado a quem combatem se servindo da lei  - a lei serve para algumas coisas, só algumas.  A forma mais eficaz do simulacro é aquela que faz uso de alguma verdade, alguma justiça, alguma democracia.

3) Da mesma forma que o povo,  os agentes públicos responsáveis pelo combate à corrupção,  pensam que a cadeia e outras formas de punição constituem o meio eficaz de realizarem essa tarefa. Ocorre porém que quando as empresas são o alvo, a prisão pura e simples de seus dirigentes gera o DESEMPREGO.  Só o caso da Petrobrás está  provocando cerca de um milhão de desempregados, devido à extensão da “cadeia produtiva”. 

Olha que tremenda injustiça a nossa Justiça está praticando através do trabalho de policiais, promotores e juizes – eles estão promovendo uma das maiores ondas de desemprego em massa já registradas na história do país, combatendo de forma equivocada  a corrupção numa única empresa.  Dá pra imaginar o que aconteceria que se fosse feita uma devassa em todos os governos estaduais e prefeituras do Brasil?   Quantos brasileiros perderiam o emprego? 10 milhões? 20 milhões?

Onde foi parar então a lógica do direito? Essa lógica é uma falácia, salvo se for entendida como “alguma” lógica:  a que é necessária por exemplo, para entender a falta de lógica de algumas leis e mesmo assim segui-las fiel e cegamente. É o que fazem os nossos juízes e promotores para os quais o “sentimento de justiça” deve se submeter à falta de lógica das leis. As emoções só superam a razão quando são negativas. Às emoções positivas foi reservado o triste destino de seguir as leis injustas. 

     A SOLUÇÃO LÓGICA PARA OS PROBLEMAS DA CORRUPÇÃO

Para enfrentar essa esquizofrenia jurídica e organizacional vigente hoje no combate à corrupção, a solução é extraordinariamente simples e se resume numa única palavra: FISCALIZAÇÃO.  O que acontece com os esquizofrênicos é que eles são incapazes de pensar com a lógica simples que é acessível a qualquer criança ou mesmo a um adulto analfabeto. O que os psiquiatras e psicoterapeutas das diversas correntes não descobriram ainda é a esquizofrenia social que afeta as pessoas que são normais na sua conduta individual e que vão sendo mental e ideologicamente contaminadas pela louca cultura que vai se disseminando na sociedade. (ou não descobriram ou se recusam a admitir  a existência da loucura social que requer tratamento como a loucura individual; e aqueles que a admitem nada fazem para combater essa doença não reconhecida pelas associações às quais pertencem).

NÃO É A PRISÃO DOS CORRUPTOS QUE VAI RESOLVER O PROBLEMA DA CORRUPÇÃO  E SIM A FISCALIZAÇÃO QUE PREVINE (e impede) O CRIME.

Todo corrupto deve ser punido. Isso é óbvio. Mas é apenas um detalhe elementaríssimo da estratégia.

Quem deveria fiscalizar? Já não existem milhares de fiscais no Brasil?

Sim, mas eles são agentes públicos e precisam se comportar direitinho se quiserem preservar sua carreira profissional. Comportar-se direitinho no caso significa “fiscalizar, pero no mucho”. Um dos estratagemas deste simulacro de fiscalização é denunciar apenas ALGUNS casos. Como vimos acima  o simulacro se efetiva com o respeito a ALGUMA realidade.

Sendo assim,  caberia à sociedade dita “civil” a missão de fiscalizar o poder público, o que poderia se efetivar através da fiscalização dos fiscais.

O contra-argumento para essa solução seria que os fiscais dos fiscais também podem, é claro, serem corrompidos.  Esse  contra-argumento é uma falácia, pois existem num país de 200 milhões de pessoas, muitas que fariam este trabalho, com salário muito menor que a remuneração concedida generosamente pelo Estado a alguns fiscais corruptos da receita federal.

Esse contraditório se resolve também facilmente bastando recorrer a um conceito básico da metodologia cientifica que consiste na palavra TESTE.

Para testar a elementar estratégia sugerida basta permitir que um cidadão alfabetizado leve a prática esse simples procedimento:

a) Montar  uma  lista de 50  pessoas físicas e jurídicas que receberam dinheiro do órgão público

b) Visitar os 50 endereços para verificar se eles correspondem às pessoas da lista, ou seja: se a empresa ou cidadão se localiza mesmo no endereço apontado

c) Verificar o preço do serviço o produto cobrado comparando-o com os preços de mercado.

d) Etc.

O treinamento para qualquer pessoa alfabetizada fazer essas tarefa exige apenas algumas horas.

Será que existe algum prefeito do Brasil interessado em fazer este teste cientifico? Digo prefeitos porque temos milhares, sendo maior a chance de localizar um interessado.

Se você tiver em mente o nome de algum me informe por gentileza.

Obrigado

Mtnos Calil

Ps1. Essa idéia simples de combate (cientifico) à corrupção foi ratificada por um auditor aposentado da receita federal que tem obviamente, uma boa experiência no assunto.

Ps2. Para evitar o desemprego nas empresas corrompidas ou corruptoras, basta fazer uma intervenção e tocar as obras contratadas enquanto se faz a investigação e punição dos culpados. Os únicos demitidos seriam os corruptos.

 




SUBJECT: Re: Re: Re: [ciencialist] Ciência da filosofia X Filosofia da Ciência - 1
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/06/2015 23:25

Ola Calil,

"O que aconteceu agora, é que você não informou qual é problema que eu disse que não tinha captado. 
Quanto à administração cientifica da economia isso nunca aconteceu na história da humanidade. Se você está se referindo ao genocidio stalinista, trata-se de um fenômeno de psicopatia social como qualquer outros genocidios. - o termo genocidio, muito a propósito, contem o prefixo gen de gene. "

Esta resposta é tb para a colocação do Jeff :

 A informação está no mesmo parágrafo. A questão da impossibilidade da determinação racional dos preços, salários, que é condição necessária para termos uma economia planificada, uma administração "científica" da sociedade, não é tecnológica. Emergem (emergencia fraca) como consequências das interações que ocorrem no marcado. A lei da oferta e demana, a lei da utilildade marginal decrescente NÃO podem ser usadas para determinação de preços, pois são leis que falam sobre Variação, não de determinação (nenhum economista consegue usa-las para determinar ou prever preços de equilíbrio). Além disso, o preço é uma valor (com componente altamente subjetivo) que é atribuido a determinado produto ou serviço.

Com relação ao Socialismo/Comunismo Marxista, temos 2 pontos :

1 - A questão política social
2 - A questão econômica

1 - a proposta de estatização da economia é, em substância, uma proposta de unificação de poder político e econômico e que para "funcionar" (não funciona), necessita de seres humanos tomados por "Invasores de Cropos" (aquele filme, onde uma forma de vida com uma unica consciencia invade o corpo do ser humano). Não é a toa que deu no que deu, em TODOS os países onde foi tentada.

2 - a questão econômica, foi o que coloquei no paragrafo acima

E sim, as tentativas que tivemos foram tentativas para se administrar cientificamente a sociedade, negar isso é cometer a falácia do escoces verdadeiro


"O genocidio do capitalismo é mais refinado do que o genocidio nazi-stalinista - só temos hoje um bilhão de famélicos. Mas fora a fome, bilhões de terrestres vivem em estado avançado de stress e ansiedade, fora as guerras fabricadas como a do Iraque para rechear os bolsos da industria armamentista. "

Calil, não existe "genocidio" do capitalismo. Para fazer uma análise correta do que ocorre, temos que fazer uma análise histórica. A condição natural humana sempre foi de pobreza e luta pela vida. A evolução da cooperação social (e isso é exatamente o que um sistema econômico é) para o Capitalismo, com divisão de trabalho, acumulo de capital possibilitou um aumento de produtividade e  foi acompanhada pela MAIOR redução de pobreza, fome, miséria e mortalidade na história da Humanidade . Somente isso, possibilitou que a população do planeta atingisse os níveis atuais. 

Hoje, o nível de vida até mesmo de uma pessoa pobre é muito melhor até do que a nobreza tinha a 200, 300 anos atrás. Muitos dos 1 BI que vc fala, estão em países que se recusaram a abraçar o mercado (incluindo a àfrica, pós colonização), e se apegaram a promessa de igualdade de resultados oferecida pelo Socialismo Marxista. E hoje, o mundo vive em uma crise essencialmente Keynesiana e intervencionista.

A guerra contra o Iraque foi geopolitica, da mesma forma que as guerras que a URSS fazia, com as ocupções de territórios e substituição da população local por Russos (vide o que ocorre na Ucrânia) - essa discussão é longa, nesse tema, agora, vou parar aqui, somente comentando que tem muita gente que defende que a redução das guerras na história está totalmente correlacionada com o aumento do livre comercio e interdependencia entre as nações.

O capitalismo com o estado democratico de direito está longe de sere perfeito, mas é o que temos de melhor, em termos de cooperação social. Veja os indicadores de liberdade econômica e facilidade de se fazer negócio, e as correlações que tem com o IDH e o bem estar da população.


Defender o capitalismo ou o comunismo/socialismo é pura ideologia. 
Como eu não vejo hoje alternativa para o capitalismo estou propondo civilizá-lo, o que requer a utilização de conceitos e metodologias científicas. Isso é uma utopia? Se for, a ciência será inútil para a salvação da humanidade e muito útil para a sua destruição, porque fazer bomba atômica os cientistas sabem. 

NAO ESTOU GENERALIZANDO - HÁ CIENTISTAS INTERESSADOS NO BEM COMUM, MAS FALTA A ELES CORAGEM PARA ENFRENTAR OS DONOS DO PODER QUE FINANCIAM SEUS PROJETOS. 

EDGAR MORIN FALA EM CIÊNCIA COM CONSCIÊNCIA - EU FALO EM CIÊNCIA COM CORAGEM. CORAGEM DE SER AUTÊNTICO, como falou Rollo May em seu livrinho "O homem à procura de si mesmo". 

absmc

Ps. Devemos à ciência o fato de termos dobrado a nossa longevidade em poucos anos. Essa foi a grande contribuição dos cientistas  para a humanidade. O resto é o resto... Automóvel? É um veneno que viciou a economia, como tantos outros. Agora o povo alienado está se viciando nos celulares, redes "sociais", facebooks, selfies e outras besteiras tecno-cientificas. 

Defender o capitalismo é defender o que temos de melhor hoje, e que apresentou melhores resultados objetivos! Todo o desenvolvimento científico e tecnológico que temos hoje se deve ao capitalismo, a acumulação de capital que possibilita o financiamento das pesqueisas e desenvolvimento de tecnologia.

O sonho de uma administração cientifica da sociedade é uma utopia.

Abs
Felipe




Em Quinta-feira, 4 de Junho de 2015 21:10, "Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br> escreveu:


 
Óia a bagunça comunicacional.
Foi assim que eu recebi a mensagem


=====================================================================

> Em 2015-06-03 13:44, luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br
>> [ciencialist]
>> escreveu:
>> 
>>> Calil,
>>> 
>>> Vc não captou a essência do problema.
>>> 
>>> A questao não é meramente computacional (e mesmo assim as
>> previsões q
>>> fazemos não tem a mesma caracteristica das previsões q são feitas
>> na
>>> fisica, por exemplo). É que nao existe um método racional para se
>>> determinar o preço de todos os produtos. Ssomente o mercado é capaz
>> de
>>> fazê lo, pois o preço reflete a própria interação entre pessoas
>>> (negociacao e julgamento subjetuvo de valor) e ambiente (escasses ou
>>> abundancia de recursos).
>> 
>> O que estou dizendo é que a tecnologia atual possibilita a criação
>> de
>> um sistema de informação muito melhor que o sistema de preços para
>> gerar
>> informações para alocação dos fatores de produção.
>> 
>> []s,
>> Jeff.


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 Vamos agora à sua ultima mensagem, a qual eu vou responder nesta cor 

On Qui 04/06/15 19:52 , "luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 
Calil,

Quem falou que vc não tinha entendido o problema foi eu, não o Jeff. Além disso, outros já tentaram administrar cientificamente o Mercado, a Economia. O resultado disso foram : pobreza, miséria, fome, uma concentração de renda e poder nunca vista e genocídio generalizado.

Abs
Felipe

=========================================

O que aconteceu agora, é que você não informou qual é problema que eu disse que não tinha captado. 
Quanto à administração cientifica da economia isso nunca aconteceu na história da humanidade. Se você está se referindo ao genocidio stalinista, trata-se de um fenômeno de psicopatia social como qualquer outros genocidios. - o termo genocidio, muito a propósito, contem o prefixo gen de gene. 

O genocidio do capitalismo é mais refinado do que o genocidio nazi-stalinista - só temos hoje um bilhão de famélicos. Mas fora a fome, bilhões de terrestres vivem em estado avançado de stress e ansiedade, fora as guerras fabricadas como a do Iraque para rechear os bolsos da industria armamentista. 

Defender o capitalismo ou o comunismo/socialismo é pura ideologia. 
Como eu não vejo hoje alternativa para o capitalismo estou propondo civilizá-lo, o que requer a utilização de conceitos e metodologias científicas. Isso é uma utopia? Se for, a ciência será inútil para a salvação da humanidade e muito útil para a sua destruição, porque fazer bomba atômica os cientistas sabem. 

NAO ESTOU GENERALIZANDO - HÁ CIENTISTAS INTERESSADOS NO BEM COMUM, MAS FALTA A ELES CORAGEM PARA ENFRENTAR OS DONOS DO PODER QUE FINANCIAM SEUS PROJETOS. 

EDGAR MORIN FALA EM CIÊNCIA COM CONSCIÊNCIA - EU FALO EM CIÊNCIA COM CORAGEM. CORAGEM DE SER AUTÊNTICO, como falou Rollo May em seu livrinho "O homem à procura de si mesmo". 

absmc

Ps. Devemos à ciência o fato de termos dobrado a nossa longevidade em poucos anos. Essa foi a grande contribuição dos cientistas  para a humanidade. O resto é o resto... Automóvel? É um veneno que viciou a economia, como tantos outros. Agora o povo alienado está se viciando nos celulares, redes "sociais", facebooks, selfies e outras besteiras tecno-cientificas. 


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Em Quinta-feira, 4 de Junho de 2015 14:59, "Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" escreveu:
 
Viu, prof. Belmiro? 

Quando a gente se liberta das ideologias, dá mais atenção ao que foi dito do que ao autor do dito. Quanto ao mercado, como acontece com todos os fenomenos sociais, ele carece de uma administração científica. Um dos pontos chaves desta adminsitração seria limitar a concentração de renda e a consequente desigualdade, responsável hoje por essa divisão esquizofrênica: enquanto cerca de um bilhão de humanos estão obesos, outro bilhão é constituido por famélicos. Parece então que a lei da oferta e da procura não é muito legal, né? Dizem que a lógica é a premissa básica do direito... mas só dizem, por que na hora de fazer leis lógicas (ou mesmo de cumprir algumas leis) essa premissa é ignorada. Se o ser humano fosse muito lógico, este triturador não teria nascido. Que sorte eu tive! 

Triturador Lógico 



On Qui 04/06/15 14:31 , "Belmiro Wolski belmirow@yahoo.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 
>>>"O Jeff tem toda a razão! O Calil não captou a essência do problema. Na verdade não captou nem o problema! Diante desta dificuldade de entendimento, o Calil pede ao Jeff a gentileza de informar qual é o problema em questão. A propósito da fixação de preço pelo mercado parece que a lei da oferta e da procura tem uma influência determinante". 

Putz, nunca pensei que iria concordar em alguma coisa com essa coisa (essa coisa=triturador lógico).

*BW*



Em Quinta-feira, 4 de Junho de 2015 1:36, "Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" escreveu:


 

Deixemos então a miséria para depois de resolvermos essa inesperada crise de identidade. Uma pessoa chamada Jeff enviou essa mensagem para o grupo: 

Calil,

Vc não captou a essência do problema. A questao não é meramente computacional (e mesmo assim as previsões q fazemos não tem a mesma caracteristica das previsões q são feitas na fisica, por exemplo). É que nao existe um método racional para se determinar o preço de todos os produtos. Somente o mercado é capaz de  fazê lo, pois o preço reflete a própria interação entre pessoas (negociacao e julgamento subjetivo de valor) e ambiente (escasses ou abundancia de recursos). 

O que estou dizendo é que a tecnologia atual possibilita a criação de  um sistema de informação muito melhor que o sistema de preços para gerar informações para alocação dos fatores de produção.

O Jeff tem toda a razão! O Calil não captou a essência do problema. Na verdade não captou nem o problema! Diante desta dificuldade de entendimento, o Calil pede ao Jeff a gentileza de informar qual é o problema em questão. A propósito da fixação de preço pelo mercado parece que a lei da oferta e da procura tem uma influência determinante. 

Aguardamos
Atenciosamente
Triturador Lógico




On Qua 03/06/15 20:23 , "Jeff jeff@jeff.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 
Em 2015-06-03 17:13, "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br
[ciencialist]
escreveu:

> Ok. Vou rever com calma o seu pensamento.
> Me diga por favor qual a relevância que essa proposta tem para a cabar
> com a miséria.
> abraço
> m.calil

Ué, será que eu sou o Calil mesmo? Será que eu tenho
dupla-personalidade?!!! OMG!! :)

[]s,
Jeff.

>
> Em Qua 03/06/15 14:55, Jeff jeff@jeff.com.br [ciencialist]
> ciencialist@yahoogrupos.com.br escreveu:
>
>>
>>
>> Em 2015-06-03 13:44, luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br
>> [ciencialist]
>> escreveu:
>>
>>> Calil,
>>>
>>> Vc não captou a essência do problema.
>>>
>>> A questao não é meramente computacional (e mesmo assim as
>> previsões q
>>> fazemos não tem a mesma caracteristica das previsões q são feitas
>> na
>>> fisica, por exemplo). É que nao existe um método racional para se
>>> determinar o preço de todos os produtos. Ssomente o mercado é capaz
>> de
>>> fazê lo, pois o preço reflete a própria interação entre pessoas
>>> (negociacao e julgamento subjetuvo de valor) e ambiente (escasses ou
>>> abundancia de recursos).
>>
>> O que estou dizendo é que a tecnologia atual possibilita a criação
>> de
>> um sistema de informação muito melhor que o sistema de preços para
>> gerar
>> informações para alocação dos fatores de produção.
>>
>> []s,
>> Jeff.
>
>

Links:
------
[1]
https://br.groups.yahoo.com/neo/groups/ciencialist/conversations/messages/88455;_ylc=X3oDMTJxN2duNW5xBF9TAzk3NDkwNDM3BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BG1zZ0lkAzg4NDU1BHNlYwNmdHIEc2xrA3JwbHkEc3RpbWUDMTQzMzM2MjQ0NQ--?act=reply&messageNum=88455
[2]
https://br.groups.yahoo.com/neo/groups/ciencialist/conversations/newtopic;_ylc=X3oDMTJlZ3U2NjlyBF9TAzk3NDkwNDM3BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BHNlYwNmdHIEc2xrA250cGMEc3RpbWUDMTQzMzM2MjQ0NQ--
[3]
https://br.groups.yahoo.com/neo/groups/ciencialist/conversations/topics/88422;_ylc=X3oDMTM2c3BrbTVuBF9TAzk3NDkwNDM3BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BG1zZ0lkAzg4NDU1BHNlYwNmdHIEc2xrA3Z0cGMEc3RpbWUDMTQzMzM2MjQ0NQR0cGNJZAM4ODQyMg--
[4] http://www.ciencialist.com
[5]
https://br.groups.yahoo.com/neo/groups/ciencialist/info;_ylc=X3oDMTJlMDNxN2phBF9TAzk3NDkwNDM3BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BHNlYwN2dGwEc2xrA3ZnaHAEc3RpbWUDMTQzMzM2MjQ0NQ--
[6]
https://br.groups.yahoo.com/neo;_ylc=X3oDMTJkNTZsZzFuBF9TAzk3NDkwNDM1BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BHNlYwNmdHIEc2xrA2dmcARzdGltZQMxNDMzMzYyNDQ1
[7] https://info.yahoo.com/privacy/br/yahoo/groups/details.html
[8] https://info.yahoo.com/legal/br/yahoo/utos/terms/










SUBJECT: Re: Re: Re: [ciencialist] Ciência da filosofia X Filosofia da Ciência - 1
FROM: Mtnos Calil <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/06/2015 00:33

Very Good, Luiz Silva Felipe. (e não Jeff).

Se você tiver paciência para o contraditório terei que apresentar uma certa*  quantidade de argumentos para demonstrar que a sua defesa do capitalismo é ideológica (e portanto não cientifica). 
*  Certa quantidade? Não, não! É incerta - os humanos usam a palavra certa para designar coisas incertas.. se isso não for esquizofrenia linguistica o que seria? "licença semântica"? 

Aguardo o seu consentimento para o contraditório lógico-cientifico. 

Thanks
M.Calil 

Ps. Eu só uso o termo "sonho" para designar os fenômenos noturnos assim denominados e que a ciência ainda não conseguiu explicar a sua função psico-cognitiva. Para Freud os sonhos tinham a função de realizar desejos reprimidos no inconsciente. 



On Qui 04/06/15 23:25 , "luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 

Ola Calil,

"O que aconteceu agora, é que você não informou qual é problema que eu disse que não tinha captado. 
Quanto à administração cientifica da economia isso nunca aconteceu na história da humanidade. Se você está se referindo ao genocidio stalinista, trata-se de um fenômeno de psicopatia social como qualquer outros genocidios. - o termo genocidio, muito a propósito, contem o prefixo gen de gene. "

Esta resposta é tb para a colocação do Jeff :

 A informação está no mesmo parágrafo. A questão da impossibilidade da determinação racional dos preços, salários, que é condição necessária para termos uma economia planificada, uma administração "científica" da sociedade, não é tecnológica. Emergem (emergencia fraca) como consequências das interações que ocorrem no marcado. A lei da oferta e demana, a lei da utilildade marginal decrescente NÃO podem ser usadas para determinação de preços, pois são leis que falam sobre Variação, não de determinação (nenhum economista consegue usa-las para determinar ou prever preços de equilíbrio). Além disso, o preço é uma valor (com componente altamente subjetivo) que é atribuido a determinado produto ou serviço.

Com relação ao Socialismo/Comunismo Marxista, temos 2 pontos :

1 - A questão política social
2 - A questão econômica

1 - a proposta de estatização da economia é, em substância, uma proposta de unificação de poder político e econômico e que para "funcionar" (não funciona), necessita de seres humanos tomados por "Invasores de Cropos" (aquele filme, onde uma forma de vida com uma unica consciencia invade o corpo do ser humano). Não é a toa que deu no que deu, em TODOS os países onde foi tentada.

2 - a questão econômica, foi o que coloquei no paragrafo acima

E sim, as tentativas que tivemos foram tentativas para se administrar cientificamente a sociedade, negar isso é cometer a falácia do escoces verdadeiro


"O genocidio do capitalismo é mais refinado do que o genocidio nazi-stalinista - só temos hoje um bilhão de famélicos. Mas fora a fome, bilhões de terrestres vivem em estado avançado de stress e ansiedade, fora as guerras fabricadas como a do Iraque para rechear os bolsos da industria armamentista. "

Calil, não existe "genocidio" do capitalismo. Para fazer uma análise correta do que ocorre, temos que fazer uma análise histórica. A condição natural humana sempre foi de pobreza e luta pela vida. A evolução da cooperação social (e isso é exatamente o que um sistema econômico é) para o Capitalismo, com divisão de trabalho, acumulo de capital possibilitou um aumento de produtividade e  foi acompanhada pela MAIOR redução de pobreza, fome, miséria e mortalidade na história da Humanidade . Somente isso, possibilitou que a população do planeta atingisse os níveis atuais. 

Hoje, o nível de vida até mesmo de uma pessoa pobre é muito melhor até do que a nobreza tinha a 200, 300 anos atrás. Muitos dos 1 BI que vc fala, estão em países que se recusaram a abraçar o mercado (incluindo a àfrica, pós colonização), e se apegaram a promessa de igualdade de resultados oferecida pelo Socialismo Marxista. E hoje, o mundo vive em uma crise essencialmente Keynesiana e intervencionista.

A guerra contra o Iraque foi geopolitica, da mesma forma que as guerras que a URSS fazia, com as ocupções de territórios e substituição da população local por Russos (vide o que ocorre na Ucrânia) - essa discussão é longa, nesse tema, agora, vou parar aqui, somente comentando que tem muita gente que defende que a redução das guerras na história está totalmente correlacionada com o aumento do livre comercio e interdependencia entre as nações.

O capitalismo com o estado democratico de direito está longe de sere perfeito, mas é o que temos de melhor, em termos de cooperação social. Veja os indicadores de liberdade econômica e facilidade de se fazer negócio, e as correlações que tem com o IDH e o bem estar da população.


Defender o capitalismo ou o comunismo/socialismo é pura ideologia. 
Como eu não vejo hoje alternativa para o capitalismo estou propondo civilizá-lo, o que requer a utilização de conceitos e metodologias científicas. Isso é uma utopia? Se for, a ciência será inútil para a salvação da humanidade e muito útil para a sua destruição, porque fazer bomba atômica os cientistas sabem. 

NAO ESTOU GENERALIZANDO - HÁ CIENTISTAS INTERESSADOS NO BEM COMUM, MAS FALTA A ELES CORAGEM PARA ENFRENTAR OS DONOS DO PODER QUE FINANCIAM SEUS PROJETOS. 

EDGAR MORIN FALA EM CIÊNCIA COM CONSCIÊNCIA - EU FALO EM CIÊNCIA COM CORAGEM. CORAGEM DE SER AUTÊNTICO, como falou Rollo May em seu livrinho "O homem à procura de si mesmo". 

absmc

Ps. Devemos à ciência o fato de termos dobrado a nossa longevidade em poucos anos. Essa foi a grande contribuição dos cientistas  para a humanidade. O resto é o resto... Automóvel? É um veneno que viciou a economia, como tantos outros. Agora o povo alienado está se viciando nos celulares, redes "sociais", facebooks, selfies e outras besteiras tecno-cientificas. 

Defender o capitalismo é defender o que temos de melhor hoje, e que apresentou melhores resultados objetivos! Todo o desenvolvimento científico e tecnológico que temos hoje se deve ao capitalismo, a acumulação de capital que possibilita o financiamento das pesqueisas e desenvolvimento de tecnologia.

O sonho de uma administração cientifica da sociedade é uma utopia.

Abs
Felipe




Em Quinta-feira, 4 de Junho de 2015 21:10, "Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" escreveu:


 
Óia a bagunça comunicacional.
Foi assim que eu recebi a mensagem


=====================================================================

> Em 2015-06-03 13:44, luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br
>> [ciencialist]
>> escreveu:
>> 
>>> Calil,
>>> 
>>> Vc não captou a essência do problema.
>>> 
>>> A questao não é meramente computacional (e mesmo assim as
>> previsões q
>>> fazemos não tem a mesma caracteristica das previsões q são feitas
>> na
>>> fisica, por exemplo). É que nao existe um método racional para se
>>> determinar o preço de todos os produtos. Ssomente o mercado é capaz
>> de
>>> fazê lo, pois o preço reflete a própria interação entre pessoas
>>> (negociacao e julgamento subjetuvo de valor) e ambiente (escasses ou
>>> abundancia de recursos).
>> 
>> O que estou dizendo é que a tecnologia atual possibilita a criação
>> de
>> um sistema de informação muito melhor que o sistema de preços para
>> gerar
>> informações para alocação dos fatores de produção.
>> 
>> []s,
>> Jeff.


========================================================================
 Vamos agora à sua ultima mensagem, a qual eu vou responder nesta cor 

On Qui 04/06/15 19:52 , "luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 
Calil,

Quem falou que vc não tinha entendido o problema foi eu, não o Jeff. Além disso, outros já tentaram administrar cientificamente o Mercado, a Economia. O resultado disso foram : pobreza, miséria, fome, uma concentração de renda e poder nunca vista e genocídio generalizado.

Abs
Felipe

=========================================

O que aconteceu agora, é que você não informou qual é problema que eu disse que não tinha captado. 
Quanto à administração cientifica da economia isso nunca aconteceu na história da humanidade. Se você está se referindo ao genocidio stalinista, trata-se de um fenômeno de psicopatia social como qualquer outros genocidios. - o termo genocidio, muito a propósito, contem o prefixo gen de gene. 

O genocidio do capitalismo é mais refinado do que o genocidio nazi-stalinista - só temos hoje um bilhão de famélicos. Mas fora a fome, bilhões de terrestres vivem em estado avançado de stress e ansiedade, fora as guerras fabricadas como a do Iraque para rechear os bolsos da industria armamentista. 

Defender o capitalismo ou o comunismo/socialismo é pura ideologia. 
Como eu não vejo hoje alternativa para o capitalismo estou propondo civilizá-lo, o que requer a utilização de conceitos e metodologias científicas. Isso é uma utopia? Se for, a ciência será inútil para a salvação da humanidade e muito útil para a sua destruição, porque fazer bomba atômica os cientistas sabem. 

NAO ESTOU GENERALIZANDO - HÁ CIENTISTAS INTERESSADOS NO BEM COMUM, MAS FALTA A ELES CORAGEM PARA ENFRENTAR OS DONOS DO PODER QUE FINANCIAM SEUS PROJETOS. 

EDGAR MORIN FALA EM CIÊNCIA COM CONSCIÊNCIA - EU FALO EM CIÊNCIA COM CORAGEM. CORAGEM DE SER AUTÊNTICO, como falou Rollo May em seu livrinho "O homem à procura de si mesmo". 

absmc

Ps. Devemos à ciência o fato de termos dobrado a nossa longevidade em poucos anos. Essa foi a grande contribuição dos cientistas  para a humanidade. O resto é o resto... Automóvel? É um veneno que viciou a economia, como tantos outros. Agora o povo alienado está se viciando nos celulares, redes "sociais", facebooks, selfies e outras besteiras tecno-cientificas. 


============================


Em Quinta-feira, 4 de Junho de 2015 14:59, "Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" escreveu:
 
Viu, prof. Belmiro? 

Quando a gente se liberta das ideologias, dá mais atenção ao que foi dito do que ao autor do dito. Quanto ao mercado, como acontece com todos os fenomenos sociais, ele carece de uma administração científica. Um dos pontos chaves desta adminsitração seria limitar a concentração de renda e a consequente desigualdade, responsável hoje por essa divisão esquizofrênica: enquanto cerca de um bilhão de humanos estão obesos, outro bilhão é constituido por famélicos. Parece então que a lei da oferta e da procura não é muito legal, né? Dizem que a lógica é a premissa básica do direito... mas só dizem, por que na hora de fazer leis lógicas (ou mesmo de cumprir algumas leis) essa premissa é ignorada. Se o ser humano fosse muito lógico, este triturador não teria nascido. Que sorte eu tive! 

Triturador Lógico 



On Qui 04/06/15 14:31 , "Belmiro Wolski belmirow@yahoo.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 
>>>"O Jeff tem toda a razão! O Calil não captou a essência do problema. Na verdade não captou nem o problema! Diante desta dificuldade de entendimento, o Calil pede ao Jeff a gentileza de informar qual é o problema em questão. A propósito da fixação de preço pelo mercado parece que a lei da oferta e da procura tem uma influência determinante". 

Putz, nunca pensei que iria concordar em alguma coisa com essa coisa (essa coisa=triturador lógico).

*BW*



Em Quinta-feira, 4 de Junho de 2015 1:36, "Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" escreveu:


 

Deixemos então a miséria para depois de resolvermos essa inesperada crise de identidade. Uma pessoa chamada Jeff enviou essa mensagem para o grupo: 

Calil,

Vc não captou a essência do problema. A questao não é meramente computacional (e mesmo assim as previsões q fazemos não tem a mesma caracteristica das previsões q são feitas na fisica, por exemplo). É que nao existe um método racional para se determinar o preço de todos os produtos. Somente o mercado é capaz de  fazê lo, pois o preço reflete a própria interação entre pessoas (negociacao e julgamento subjetivo de valor) e ambiente (escasses ou abundancia de recursos). 

O que estou dizendo é que a tecnologia atual possibilita a criação de  um sistema de informação muito melhor que o sistema de preços para gerar informações para alocação dos fatores de produção.

O Jeff tem toda a razão! O Calil não captou a essência do problema. Na verdade não captou nem o problema! Diante desta dificuldade de entendimento, o Calil pede ao Jeff a gentileza de informar qual é o problema em questão. A propósito da fixação de preço pelo mercado parece que a lei da oferta e da procura tem uma influência determinante. 

Aguardamos
Atenciosamente
Triturador Lógico




On Qua 03/06/15 20:23 , "Jeff jeff@jeff.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 
Em 2015-06-03 17:13, "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br
[ciencialist]
escreveu:

> Ok. Vou rever com calma o seu pensamento.
> Me diga por favor qual a relevância que essa proposta tem para a cabar
> com a miséria.
> abraço
> m.calil

Ué, será que eu sou o Calil mesmo? Será que eu tenho
dupla-personalidade?!!! OMG!! :)

[]s,
Jeff.

>
> Em Qua 03/06/15 14:55, Jeff jeff@jeff.com.br [ciencialist]
> ciencialist@yahoogrupos.com.br escreveu:
>
>>
>>
>> Em 2015-06-03 13:44, luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br
>> [ciencialist]
>> escreveu:
>>
>>> Calil,
>>>
>>> Vc não captou a essência do problema.
>>>
>>> A questao não é meramente computacional (e mesmo assim as
>> previsões q
>>> fazemos não tem a mesma caracteristica das previsões q são feitas
>> na
>>> fisica, por exemplo). É que nao existe um método racional para se
>>> determinar o preço de todos os produtos. Ssomente o mercado é capaz
>> de
>>> fazê lo, pois o preço reflete a própria interação entre pessoas
>>> (negociacao e julgamento subjetuvo de valor) e ambiente (escasses ou
>>> abundancia de recursos).
>>
>> O que estou dizendo é que a tecnologia atual possibilita a criação
>> de
>> um sistema de informação muito melhor que o sistema de preços para
>> gerar
>> informações para alocação dos fatores de produção.
>>
>> []s,
>> Jeff.
>
>

Links:
------
[1]
https://br.groups.yahoo.com/neo/groups/ciencialist/conversations/messages/88455;_ylc=X3oDMTJxN2duNW5xBF9TAzk3NDkwNDM3BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BG1zZ0lkAzg4NDU1BHNlYwNmdHIEc2xrA3JwbHkEc3RpbWUDMTQzMzM2MjQ0NQ--?act=reply&messageNum=88455
[2]
https://br.groups.yahoo.com/neo/groups/ciencialist/conversations/newtopic;_ylc=X3oDMTJlZ3U2NjlyBF9TAzk3NDkwNDM3BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BHNlYwNmdHIEc2xrA250cGMEc3RpbWUDMTQzMzM2MjQ0NQ--
[3]
https://br.groups.yahoo.com/neo/groups/ciencialist/conversations/topics/88422;_ylc=X3oDMTM2c3BrbTVuBF9TAzk3NDkwNDM3BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BG1zZ0lkAzg4NDU1BHNlYwNmdHIEc2xrA3Z0cGMEc3RpbWUDMTQzMzM2MjQ0NQR0cGNJZAM4ODQyMg--
[4] http://www.ciencialist.com
[5]
https://br.groups.yahoo.com/neo/groups/ciencialist/info;_ylc=X3oDMTJlMDNxN2phBF9TAzk3NDkwNDM3BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BHNlYwN2dGwEc2xrA3ZnaHAEc3RpbWUDMTQzMzM2MjQ0NQ--
[6]
https://br.groups.yahoo.com/neo;_ylc=X3oDMTJkNTZsZzFuBF9TAzk3NDkwNDM1BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BHNlYwNmdHIEc2xrA2dmcARzdGltZQMxNDMzMzYyNDQ1
[7] https://info.yahoo.com/privacy/br/yahoo/groups/details.html
[8] https://info.yahoo.com/legal/br/yahoo/utos/terms/











SUBJECT: Re: Re: Re: [ciencialist] Ciência da filosofia X Filosofia da Ciência - 1
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/06/2015 00:44

Calil,

A vontade, mas queria primeiro que vc caracterizasse o que seria uma defesa "científica" de qqer sistema social.

Outra coisa, o Capitalismo NÃO é uma ideologia (aliás, essa nomenclatura é Marxista). Não foi planejado por ninguém, desenhado na prancheta, surge na sociedade como soluções incrementais para problemas práticos enfrentados. O primeiro a estudar (e não criar) o sistema foi Adam Smith, no seu livro "A Riqueza das Nações".

Abs
Felipe



Em Sexta-feira, 5 de Junho de 2015 0:33, "Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br> escreveu:


 
Very Good, Luiz Silva Felipe. (e não Jeff).

Se você tiver paciência para o contraditório terei que apresentar uma certa*  quantidade de argumentos para demonstrar que a sua defesa do capitalismo é ideológica (e portanto não cientifica). 
*  Certa quantidade? Não, não! É incerta - os humanos usam a palavra certa para designar coisas incertas.. se isso não for esquizofrenia linguistica o que seria? "licença semântica"? 

Aguardo o seu consentimento para o contraditório lógico-cientifico. 

Thanks
M.Calil 

Ps. Eu só uso o termo "sonho" para designar os fenômenos noturnos assim denominados e que a ciência ainda não conseguiu explicar a sua função psico-cognitiva. Para Freud os sonhos tinham a função de realizar desejos reprimidos no inconsciente. 



On Qui 04/06/15 23:25 , "luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 
Ola Calil,

"O que aconteceu agora, é que você não informou qual é problema que eu disse que não tinha captado. 
Quanto à administração cientifica da economia isso nunca aconteceu na história da humanidade. Se você está se referindo ao genocidio stalinista, trata-se de um fenômeno de psicopatia social como qualquer outros genocidios. - o termo genocidio, muito a propósito, contem o prefixo gen de gene. "

Esta resposta é tb para a colocação do Jeff :

 A informação está no mesmo parágrafo. A questão da impossibilidade da determinação racional dos preços, salários, que é condição necessária para termos uma economia planificada, uma administração "científica" da sociedade, não é tecnológica. Emergem (emergencia fraca) como consequências das interações que ocorrem no marcado. A lei da oferta e demana, a lei da utilildade marginal decrescente NÃO podem ser usadas para determinação de preços, pois são leis que falam sobre Variação, não de determinação (nenhum economista consegue usa-las para determinar ou prever preços de equilíbrio). Além disso, o preço é uma valor (com componente altamente subjetivo) que é atribuido a determinado produto ou serviço.

Com relação ao Socialismo/Comunismo Marxista, temos 2 pontos :

1 - A questão política social
2 - A questão econômica

1 - a proposta de estatização da economia é, em substância, uma proposta de unificação de poder político e econômico e que para "funcionar" (não funciona), necessita de seres humanos tomados por "Invasores de Cropos" (aquele filme, onde uma forma de vida com uma unica consciencia invade o corpo do ser humano). Não é a toa que deu no que deu, em TODOS os países onde foi tentada.

2 - a questão econômica, foi o que coloquei no paragrafo acima

E sim, as tentativas que tivemos foram tentativas para se administrar cientificamente a sociedade, negar isso é cometer a falácia do escoces verdadeiro


"O genocidio do capitalismo é mais refinado do que o genocidio nazi-stalinista - só temos hoje um bilhão de famélicos. Mas fora a fome, bilhões de terrestres vivem em estado avançado de stress e ansiedade, fora as guerras fabricadas como a do Iraque para rechear os bolsos da industria armamentista. "

Calil, não existe "genocidio" do capitalismo. Para fazer uma análise correta do que ocorre, temos que fazer uma análise histórica. A condição natural humana sempre foi de pobreza e luta pela vida. A evolução da cooperação social (e isso é exatamente o que um sistema econômico é) para o Capitalismo, com divisão de trabalho, acumulo de capital possibilitou um aumento de produtividade e  foi acompanhada pela MAIOR redução de pobreza, fome, miséria e mortalidade na história da Humanidade . Somente isso, possibilitou que a população do planeta atingisse os níveis atuais. 

Hoje, o nível de vida até mesmo de uma pessoa pobre é muito melhor até do que a nobreza tinha a 200, 300 anos atrás. Muitos dos 1 BI que vc fala, estão em países que se recusaram a abraçar o mercado (incluindo a àfrica, pós colonização), e se apegaram a promessa de igualdade de resultados oferecida pelo Socialismo Marxista. E hoje, o mundo vive em uma crise essencialmente Keynesiana e intervencionista.

A guerra contra o Iraque foi geopolitica, da mesma forma que as guerras que a URSS fazia, com as ocupções de territórios e substituição da população local por Russos (vide o que ocorre na Ucrânia) - essa discussão é longa, nesse tema, agora, vou parar aqui, somente comentando que tem muita gente que defende que a redução das guerras na história está totalmente correlacionada com o aumento do livre comercio e interdependencia entre as nações.

O capitalismo com o estado democratico de direito está longe de sere perfeito, mas é o que temos de melhor, em termos de cooperação social. Veja os indicadores de liberdade econômica e facilidade de se fazer negócio, e as correlações que tem com o IDH e o bem estar da população.


Defender o capitalismo ou o comunismo/socialismo é pura ideologia. 
Como eu não vejo hoje alternativa para o capitalismo estou propondo civilizá-lo, o que requer a utilização de conceitos e metodologias científicas. Isso é uma utopia? Se for, a ciência será inútil para a salvação da humanidade e muito útil para a sua destruição, porque fazer bomba atômica os cientistas sabem. 

NAO ESTOU GENERALIZANDO - HÁ CIENTISTAS INTERESSADOS NO BEM COMUM, MAS FALTA A ELES CORAGEM PARA ENFRENTAR OS DONOS DO PODER QUE FINANCIAM SEUS PROJETOS. 

EDGAR MORIN FALA EM CIÊNCIA COM CONSCIÊNCIA - EU FALO EM CIÊNCIA COM CORAGEM. CORAGEM DE SER AUTÊNTICO, como falou Rollo May em seu livrinho "O homem à procura de si mesmo". 

absmc

Ps. Devemos à ciência o fato de termos dobrado a nossa longevidade em poucos anos. Essa foi a grande contribuição dos cientistas  para a humanidade. O resto é o resto... Automóvel? É um veneno que viciou a economia, como tantos outros. Agora o povo alienado está se viciando nos celulares, redes "sociais", facebooks, selfies e outras besteiras tecno-cientificas. 

Defender o capitalismo é defender o que temos de melhor hoje, e que apresentou melhores resultados objetivos! Todo o desenvolvimento científico e tecnológico que temos hoje se deve ao capitalismo, a acumulação de capital que possibilita o financiamento das pesqueisas e desenvolvimento de tecnologia.

O sonho de uma administração cientifica da sociedade é uma utopia.

Abs
Felipe




Em Quinta-feira, 4 de Junho de 2015 21:10, "Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" escreveu:


 
Óia a bagunça comunicacional.
Foi assim que eu recebi a mensagem


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> Em 2015-06-03 13:44, luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br
>> [ciencialist]
>> escreveu:
>> 
>>> Calil,
>>> 
>>> Vc não captou a essência do problema.
>>> 
>>> A questao não é meramente computacional (e mesmo assim as
>> previsões q
>>> fazemos não tem a mesma caracteristica das previsões q são feitas
>> na
>>> fisica, por exemplo). É que nao existe um método racional para se
>>> determinar o preço de todos os produtos. Ssomente o mercado é capaz
>> de
>>> fazê lo, pois o preço reflete a própria interação entre pessoas
>>> (negociacao e julgamento subjetuvo de valor) e ambiente (escasses ou
>>> abundancia de recursos).
>> 
>> O que estou dizendo é que a tecnologia atual possibilita a criação
>> de
>> um sistema de informação muito melhor que o sistema de preços para
>> gerar
>> informações para alocação dos fatores de produção.
>> 
>> []s,
>> Jeff.


========================================================================
 Vamos agora à sua ultima mensagem, a qual eu vou responder nesta cor 

On Qui 04/06/15 19:52 , "luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 
Calil,

Quem falou que vc não tinha entendido o problema foi eu, não o Jeff. Além disso, outros já tentaram administrar cientificamente o Mercado, a Economia. O resultado disso foram : pobreza, miséria, fome, uma concentração de renda e poder nunca vista e genocídio generalizado.

Abs
Felipe

=========================================

O que aconteceu agora, é que você não informou qual é problema que eu disse que não tinha captado. 
Quanto à administração cientifica da economia isso nunca aconteceu na história da humanidade. Se você está se referindo ao genocidio stalinista, trata-se de um fenômeno de psicopatia social como qualquer outros genocidios. - o termo genocidio, muito a propósito, contem o prefixo gen de gene. 

O genocidio do capitalismo é mais refinado do que o genocidio nazi-stalinista - só temos hoje um bilhão de famélicos. Mas fora a fome, bilhões de terrestres vivem em estado avançado de stress e ansiedade, fora as guerras fabricadas como a do Iraque para rechear os bolsos da industria armamentista. 

Defender o capitalismo ou o comunismo/socialismo é pura ideologia. 
Como eu não vejo hoje alternativa para o capitalismo estou propondo civilizá-lo, o que requer a utilização de conceitos e metodologias científicas. Isso é uma utopia? Se for, a ciência será inútil para a salvação da humanidade e muito útil para a sua destruição, porque fazer bomba atômica os cientistas sabem. 

NAO ESTOU GENERALIZANDO - HÁ CIENTISTAS INTERESSADOS NO BEM COMUM, MAS FALTA A ELES CORAGEM PARA ENFRENTAR OS DONOS DO PODER QUE FINANCIAM SEUS PROJETOS. 

EDGAR MORIN FALA EM CIÊNCIA COM CONSCIÊNCIA - EU FALO EM CIÊNCIA COM CORAGEM. CORAGEM DE SER AUTÊNTICO, como falou Rollo May em seu livrinho "O homem à procura de si mesmo". 

absmc

Ps. Devemos à ciência o fato de termos dobrado a nossa longevidade em poucos anos. Essa foi a grande contribuição dos cientistas  para a humanidade. O resto é o resto... Automóvel? É um veneno que viciou a economia, como tantos outros. Agora o povo alienado está se viciando nos celulares, redes "sociais", facebooks, selfies e outras besteiras tecno-cientificas. 


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Em Quinta-feira, 4 de Junho de 2015 14:59, "Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" escreveu:
 
Viu, prof. Belmiro? 

Quando a gente se liberta das ideologias, dá mais atenção ao que foi dito do que ao autor do dito. Quanto ao mercado, como acontece com todos os fenomenos sociais, ele carece de uma administração científica. Um dos pontos chaves desta adminsitração seria limitar a concentração de renda e a consequente desigualdade, responsável hoje por essa divisão esquizofrênica: enquanto cerca de um bilhão de humanos estão obesos, outro bilhão é constituido por famélicos. Parece então que a lei da oferta e da procura não é muito legal, né? Dizem que a lógica é a premissa básica do direito... mas só dizem, por que na hora de fazer leis lógicas (ou mesmo de cumprir algumas leis) essa premissa é ignorada. Se o ser humano fosse muito lógico, este triturador não teria nascido. Que sorte eu tive! 

Triturador Lógico 



On Qui 04/06/15 14:31 , "Belmiro Wolski belmirow@yahoo.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 
>>>"O Jeff tem toda a razão! O Calil não captou a essência do problema. Na verdade não captou nem o problema! Diante desta dificuldade de entendimento, o Calil pede ao Jeff a gentileza de informar qual é o problema em questão. A propósito da fixação de preço pelo mercado parece que a lei da oferta e da procura tem uma influência determinante". 

Putz, nunca pensei que iria concordar em alguma coisa com essa coisa (essa coisa=triturador lógico).

*BW*



Em Quinta-feira, 4 de Junho de 2015 1:36, "Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" escreveu:


 

Deixemos então a miséria para depois de resolvermos essa inesperada crise de identidade. Uma pessoa chamada Jeff enviou essa mensagem para o grupo: 

Calil,

Vc não captou a essência do problema. A questao não é meramente computacional (e mesmo assim as previsões q fazemos não tem a mesma caracteristica das previsões q são feitas na fisica, por exemplo). É que nao existe um método racional para se determinar o preço de todos os produtos. Somente o mercado é capaz de  fazê lo, pois o preço reflete a própria interação entre pessoas (negociacao e julgamento subjetivo de valor) e ambiente (escasses ou abundancia de recursos). 

O que estou dizendo é que a tecnologia atual possibilita a criação de  um sistema de informação muito melhor que o sistema de preços para gerar informações para alocação dos fatores de produção.

O Jeff tem toda a razão! O Calil não captou a essência do problema. Na verdade não captou nem o problema! Diante desta dificuldade de entendimento, o Calil pede ao Jeff a gentileza de informar qual é o problema em questão. A propósito da fixação de preço pelo mercado parece que a lei da oferta e da procura tem uma influência determinante. 

Aguardamos
Atenciosamente
Triturador Lógico




On Qua 03/06/15 20:23 , "Jeff jeff@jeff.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 
Em 2015-06-03 17:13, "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br
[ciencialist]
escreveu:

> Ok. Vou rever com calma o seu pensamento.
> Me diga por favor qual a relevância que essa proposta tem para a cabar
> com a miséria.
> abraço
> m.calil

Ué, será que eu sou o Calil mesmo? Será que eu tenho
dupla-personalidade?!!! OMG!! :)

[]s,
Jeff.

>
> Em Qua 03/06/15 14:55, Jeff jeff@jeff.com.br [ciencialist]
> ciencialist@yahoogrupos.com.br escreveu:
>
>>
>>
>> Em 2015-06-03 13:44, luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br
>> [ciencialist]
>> escreveu:
>>
>>> Calil,
>>>
>>> Vc não captou a essência do problema.
>>>
>>> A questao não é meramente computacional (e mesmo assim as
>> previsões q
>>> fazemos não tem a mesma caracteristica das previsões q são feitas
>> na
>>> fisica, por exemplo). É que nao existe um método racional para se
>>> determinar o preço de todos os produtos. Ssomente o mercado é capaz
>> de
>>> fazê lo, pois o preço reflete a própria interação entre pessoas
>>> (negociacao e julgamento subjetuvo de valor) e ambiente (escasses ou
>>> abundancia de recursos).
>>
>> O que estou dizendo é que a tecnologia atual possibilita a criação
>> de
>> um sistema de informação muito melhor que o sistema de preços para
>> gerar
>> informações para alocação dos fatores de produção.
>>
>> []s,
>> Jeff.
>
>

Links:
------
[1]
https://br.groups.yahoo.com/neo/groups/ciencialist/conversations/messages/88455;_ylc=X3oDMTJxN2duNW5xBF9TAzk3NDkwNDM3BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BG1zZ0lkAzg4NDU1BHNlYwNmdHIEc2xrA3JwbHkEc3RpbWUDMTQzMzM2MjQ0NQ--?act=reply&messageNum=88455
[2]
https://br.groups.yahoo.com/neo/groups/ciencialist/conversations/newtopic;_ylc=X3oDMTJlZ3U2NjlyBF9TAzk3NDkwNDM3BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BHNlYwNmdHIEc2xrA250cGMEc3RpbWUDMTQzMzM2MjQ0NQ--
[3]
https://br.groups.yahoo.com/neo/groups/ciencialist/conversations/topics/88422;_ylc=X3oDMTM2c3BrbTVuBF9TAzk3NDkwNDM3BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BG1zZ0lkAzg4NDU1BHNlYwNmdHIEc2xrA3Z0cGMEc3RpbWUDMTQzMzM2MjQ0NQR0cGNJZAM4ODQyMg--
[4] http://www.ciencialist.com
[5]
https://br.groups.yahoo.com/neo/groups/ciencialist/info;_ylc=X3oDMTJlMDNxN2phBF9TAzk3NDkwNDM3BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BHNlYwN2dGwEc2xrA3ZnaHAEc3RpbWUDMTQzMzM2MjQ0NQ--
[6]
https://br.groups.yahoo.com/neo;_ylc=X3oDMTJkNTZsZzFuBF9TAzk3NDkwNDM1BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BHNlYwNmdHIEc2xrA2dmcARzdGltZQMxNDMzMzYyNDQ1
[7] https://info.yahoo.com/privacy/br/yahoo/groups/details.html
[8] https://info.yahoo.com/legal/br/yahoo/utos/terms/













SUBJECT: Re: Re: Re: [ciencialist] Ciência da filosofia X Filosofia da Ciência - 1
FROM: Mtnos Calil <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/06/2015 03:03


Ok, 
Luiz Felipe.

 

1.  Vou tentar fazer um resumo do que seria  um “sistema de administração cientifica da sociedade" e envio amanhã. Por ora apresento o primeiro pré-requisito deste sistema que é a ideologia zero. A definição da IZero ainda não está finalizada, mas já temos estes fundamentos:

 

a) A ideologia zero pode ser definida como um ESTADO MENTAL a partir do qual, ao olhar para qualquer aspecto da realidade, o cidadão deixa de lado suas crenças e desejos, adotando este principio básico da ciência: todas as idéias e teorias devem levar em conta, no processo da sua elaboração, o fato de que deverão ser submetidas à prova, com base na metodologia científica.

b) A ética é um elemento fundamental da definição da Ideologia Zero, sendo que a ISENÇÃO é um elemento essencial da ética. Ocorre que muitas vezes para seremos isentos, temos que aceitar o não saber. Como o ser humano não tolera não saber, buscando explicação para tudo e não aceitando que a mente humana tem limitações que o impedem saber de tudo, ele cria explicações que satisfazem os seus desejos ou ilusões, ferindo assim a isenção ética. 

c) A ideologia zero é um estado mental isento de: Fé, Crenças, Desejos, Wishfulthinking (pensamento-desejo), Ilusões, Auto-engano, Hipocrisia (consciente ou inconsciente),Transtornos emocionais, Transtornos mentais. Esse estado mental não pode, obviamente ocupar a mente do individuo o tempo todo. 

 

Obs. A construção desta definição obedece a uma metodologia baseada neste principio: todos os conceitos apresentados na definição, como fé, crença, desejo, etc. terão também que ser definidos.

 

 

2. Quanto ao capitalismo, eu  não disse que ele é uma ideologia. 

O que Marx disse a respeito é que o capitalismo se serve de ideologias. 

Ao mesmo tempo que Marx combateu as ideologias, criou a sua - a da sociedade igualitária. 

 

Mas as ideologias não são apenas um instrumento das "classes dominantes" como dizia Marx. Os dominados também podem ter suas ideologias e por isso Lenin inventou a “ideologia do proletariado” (mas ele não conhecia o pensamento negativista da ideologia de Marx, porque o livro Ideologia Alemã só foi publicado após a morte de Lenin). 

 

As ideologias foram criadas pelos nossos antepassados bem primitivos para entender o mundo. Depois inventaram a vida após a morte para tornar a morte menos insuportável. Essas idéias primitivas antecederam as ideologias politicas. Um bom exemplo de ideologia é o pensamento de que a escravidão era uma coisa natural, normal. Enfim cada um se serve das ideologias de acordo com suas conveniências pessoais ou de grupo. Todo o nosso debate, de minha parte, vai ser calcado na identificação do "virus ideológico" que é invisível.  

 

No arquivo anexo vai um texto introdutório do livro Ideologia Zero que estou escrevendo e que tem intima conexão com o livro “Lógica na comunicação humana” cuja versão eletrônica já existe há alguns anos.

 

3. Também penso como você a respeito da criação do capitalismo. Ele  não foi planejado por ninguém.  E representou um grande avanço da humanidade ao substituir o feudalismo. O próprio Marx reconheceu esse mérito, atribuindo –o à “burguesia”. A criação do capitalismo, como tanta coisa neste mundo, foi autopoiética. ( na minha “opinião” tanto a autopoiese como a teoria quântica podem ser aplicadas ao mundo social, desde é claro sejam tomados os devidos cuidados para não se cair no ridículo; a imprevisibilidade,  um dos elementos básicos da teoria quântica, é também um fator chave da evolução que não é tão determinista como querem alguns.

 

Até amanhã!

Mtnos Calil

 

Ps. Pergunto se posso enviar cópia deste debate para o grupo do Mãos Limpas, onde estão muitos defensores do capitalismo. 


===========================================


On Sex 05/06/15 00:44 , "luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 

Calil,

A vontade, mas queria primeiro que vc caracterizasse o que seria uma defesa "científica" de qqer sistema social.

Outra coisa, o Capitalismo NÃO é uma ideologia (aliás, essa nomenclatura é Marxista). Não foi planejado por ninguém, desenhado na prancheta, surge na sociedade como soluções incrementais para problemas práticos enfrentados. O primeiro a estudar (e não criar) o sistema foi Adam Smith, no seu livro "A Riqueza das Nações".

Abs
Felipe



Em Sexta-feira, 5 de Junho de 2015 0:33, "Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" escreveu:


 
Very Good, Luiz Silva Felipe. (e não Jeff).

Se você tiver paciência para o contraditório terei que apresentar uma certa*  quantidade de argumentos para demonstrar que a sua defesa do capitalismo é ideológica (e portanto não cientifica). 
*  Certa quantidade? Não, não! É incerta - os humanos usam a palavra certa para designar coisas incertas.. se isso não for esquizofrenia linguistica o que seria? "licença semântica"? 

Aguardo o seu consentimento para o contraditório lógico-cientifico. 

Thanks
M.Calil 

Ps. Eu só uso o termo "sonho" para designar os fenômenos noturnos assim denominados e que a ciência ainda não conseguiu explicar a sua função psico-cognitiva. Para Freud os sonhos tinham a função de realizar desejos reprimidos no inconsciente. 



On Qui 04/06/15 23:25 , "luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 
Ola Calil,

"O que aconteceu agora, é que você não informou qual é problema que eu disse que não tinha captado. 
Quanto à administração cientifica da economia isso nunca aconteceu na história da humanidade. Se você está se referindo ao genocidio stalinista, trata-se de um fenômeno de psicopatia social como qualquer outros genocidios. - o termo genocidio, muito a propósito, contem o prefixo gen de gene. "

Esta resposta é tb para a colocação do Jeff :

 A informação está no mesmo parágrafo. A questão da impossibilidade da determinação racional dos preços, salários, que é condição necessária para termos uma economia planificada, uma administração "científica" da sociedade, não é tecnológica. Emergem (emergencia fraca) como consequências das interações que ocorrem no marcado. A lei da oferta e demana, a lei da utilildade marginal decrescente NÃO podem ser usadas para determinação de preços, pois são leis que falam sobre Variação, não de determinação (nenhum economista consegue usa-las para determinar ou prever preços de equilíbrio). Além disso, o preço é uma valor (com componente altamente subjetivo) que é atribuido a determinado produto ou serviço.

Com relação ao Socialismo/Comunismo Marxista, temos 2 pontos :

1 - A questão política social
2 - A questão econômica

1 - a proposta de estatização da economia é, em substância, uma proposta de unificação de poder político e econômico e que para "funcionar" (não funciona), necessita de seres humanos tomados por "Invasores de Cropos" (aquele filme, onde uma forma de vida com uma unica consciencia invade o corpo do ser humano). Não é a toa que deu no que deu, em TODOS os países onde foi tentada.

2 - a questão econômica, foi o que coloquei no paragrafo acima

E sim, as tentativas que tivemos foram tentativas para se administrar cientificamente a sociedade, negar isso é cometer a falácia do escoces verdadeiro


"O genocidio do capitalismo é mais refinado do que o genocidio nazi-stalinista - só temos hoje um bilhão de famélicos. Mas fora a fome, bilhões de terrestres vivem em estado avançado de stress e ansiedade, fora as guerras fabricadas como a do Iraque para rechear os bolsos da industria armamentista. "

Calil, não existe "genocidio" do capitalismo. Para fazer uma análise correta do que ocorre, temos que fazer uma análise histórica. A condição natural humana sempre foi de pobreza e luta pela vida. A evolução da cooperação social (e isso é exatamente o que um sistema econômico é) para o Capitalismo, com divisão de trabalho, acumulo de capital possibilitou um aumento de produtividade e  foi acompanhada pela MAIOR redução de pobreza, fome, miséria e mortalidade na história da Humanidade . Somente isso, possibilitou que a população do planeta atingisse os níveis atuais. 

Hoje, o nível de vida até mesmo de uma pessoa pobre é muito melhor até do que a nobreza tinha a 200, 300 anos atrás. Muitos dos 1 BI que vc fala, estão em países que se recusaram a abraçar o mercado (incluindo a àfrica, pós colonização), e se apegaram a promessa de igualdade de resultados oferecida pelo Socialismo Marxista. E hoje, o mundo vive em uma crise essencialmente Keynesiana e intervencionista.

A guerra contra o Iraque foi geopolitica, da mesma forma que as guerras que a URSS fazia, com as ocupções de territórios e substituição da população local por Russos (vide o que ocorre na Ucrânia) - essa discussão é longa, nesse tema, agora, vou parar aqui, somente comentando que tem muita gente que defende que a redução das guerras na história está totalmente correlacionada com o aumento do livre comercio e interdependencia entre as nações.

O capitalismo com o estado democratico de direito está longe de sere perfeito, mas é o que temos de melhor, em termos de cooperação social. Veja os indicadores de liberdade econômica e facilidade de se fazer negócio, e as correlações que tem com o IDH e o bem estar da população.


Defender o capitalismo ou o comunismo/socialismo é pura ideologia. 
Como eu não vejo hoje alternativa para o capitalismo estou propondo civilizá-lo, o que requer a utilização de conceitos e metodologias científicas. Isso é uma utopia? Se for, a ciência será inútil para a salvação da humanidade e muito útil para a sua destruição, porque fazer bomba atômica os cientistas sabem. 

NAO ESTOU GENERALIZANDO - HÁ CIENTISTAS INTERESSADOS NO BEM COMUM, MAS FALTA A ELES CORAGEM PARA ENFRENTAR OS DONOS DO PODER QUE FINANCIAM SEUS PROJETOS. 

EDGAR MORIN FALA EM CIÊNCIA COM CONSCIÊNCIA - EU FALO EM CIÊNCIA COM CORAGEM. CORAGEM DE SER AUTÊNTICO, como falou Rollo May em seu livrinho "O homem à procura de si mesmo". 

absmc

Ps. Devemos à ciência o fato de termos dobrado a nossa longevidade em poucos anos. Essa foi a grande contribuição dos cientistas  para a humanidade. O resto é o resto... Automóvel? É um veneno que viciou a economia, como tantos outros. Agora o povo alienado está se viciando nos celulares, redes "sociais", facebooks, selfies e outras besteiras tecno-cientificas. 

Defender o capitalismo é defender o que temos de melhor hoje, e que apresentou melhores resultados objetivos! Todo o desenvolvimento científico e tecnológico que temos hoje se deve ao capitalismo, a acumulação de capital que possibilita o financiamento das pesqueisas e desenvolvimento de tecnologia.

O sonho de uma administração cientifica da sociedade é uma utopia.

Abs
Felipe




Em Quinta-feira, 4 de Junho de 2015 21:10, "Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" escreveu:


 
Óia a bagunça comunicacional.
Foi assim que eu recebi a mensagem


=====================================================================

> Em 2015-06-03 13:44, luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br
>> [ciencialist]
>> escreveu:
>> 
>>> Calil,
>>> 
>>> Vc não captou a essência do problema.
>>> 
>>> A questao não é meramente computacional (e mesmo assim as
>> previsões q
>>> fazemos não tem a mesma caracteristica das previsões q são feitas
>> na
>>> fisica, por exemplo). É que nao existe um método racional para se
>>> determinar o preço de todos os produtos. Ssomente o mercado é capaz
>> de
>>> fazê lo, pois o preço reflete a própria interação entre pessoas
>>> (negociacao e julgamento subjetuvo de valor) e ambiente (escasses ou
>>> abundancia de recursos).
>> 
>> O que estou dizendo é que a tecnologia atual possibilita a criação
>> de
>> um sistema de informação muito melhor que o sistema de preços para
>> gerar
>> informações para alocação dos fatores de produção.
>> 
>> []s,
>> Jeff.


========================================================================
 Vamos agora à sua ultima mensagem, a qual eu vou responder nesta cor 

On Qui 04/06/15 19:52 , "luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 
Calil,

Quem falou que vc não tinha entendido o problema foi eu, não o Jeff. Além disso, outros já tentaram administrar cientificamente o Mercado, a Economia. O resultado disso foram : pobreza, miséria, fome, uma concentração de renda e poder nunca vista e genocídio generalizado.

Abs
Felipe

=========================================

O que aconteceu agora, é que você não informou qual é problema que eu disse que não tinha captado. 
Quanto à administração cientifica da economia isso nunca aconteceu na história da humanidade. Se você está se referindo ao genocidio stalinista, trata-se de um fenômeno de psicopatia social como qualquer outros genocidios. - o termo genocidio, muito a propósito, contem o prefixo gen de gene. 

O genocidio do capitalismo é mais refinado do que o genocidio nazi-stalinista - só temos hoje um bilhão de famélicos. Mas fora a fome, bilhões de terrestres vivem em estado avançado de stress e ansiedade, fora as guerras fabricadas como a do Iraque para rechear os bolsos da industria armamentista. 

Defender o capitalismo ou o comunismo/socialismo é pura ideologia. 
Como eu não vejo hoje alternativa para o capitalismo estou propondo civilizá-lo, o que requer a utilização de conceitos e metodologias científicas. Isso é uma utopia? Se for, a ciência será inútil para a salvação da humanidade e muito útil para a sua destruição, porque fazer bomba atômica os cientistas sabem. 

NAO ESTOU GENERALIZANDO - HÁ CIENTISTAS INTERESSADOS NO BEM COMUM, MAS FALTA A ELES CORAGEM PARA ENFRENTAR OS DONOS DO PODER QUE FINANCIAM SEUS PROJETOS. 

EDGAR MORIN FALA EM CIÊNCIA COM CONSCIÊNCIA - EU FALO EM CIÊNCIA COM CORAGEM. CORAGEM DE SER AUTÊNTICO, como falou Rollo May em seu livrinho "O homem à procura de si mesmo". 

absmc

Ps. Devemos à ciência o fato de termos dobrado a nossa longevidade em poucos anos. Essa foi a grande contribuição dos cientistas  para a humanidade. O resto é o resto... Automóvel? É um veneno que viciou a economia, como tantos outros. Agora o povo alienado está se viciando nos celulares, redes "sociais", facebooks, selfies e outras besteiras tecno-cientificas. 


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Em Quinta-feira, 4 de Junho de 2015 14:59, "Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" escreveu:
 
Viu, prof. Belmiro? 

Quando a gente se liberta das ideologias, dá mais atenção ao que foi dito do que ao autor do dito. Quanto ao mercado, como acontece com todos os fenomenos sociais, ele carece de uma administração científica. Um dos pontos chaves desta adminsitração seria limitar a concentração de renda e a consequente desigualdade, responsável hoje por essa divisão esquizofrênica: enquanto cerca de um bilhão de humanos estão obesos, outro bilhão é constituido por famélicos. Parece então que a lei da oferta e da procura não é muito legal, né? Dizem que a lógica é a premissa básica do direito... mas só dizem, por que na hora de fazer leis lógicas (ou mesmo de cumprir algumas leis) essa premissa é ignorada. Se o ser humano fosse muito lógico, este triturador não teria nascido. Que sorte eu tive! 

Triturador Lógico 



On Qui 04/06/15 14:31 , "Belmiro Wolski belmirow@yahoo.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 
>>>"O Jeff tem toda a razão! O Calil não captou a essência do problema. Na verdade não captou nem o problema! Diante desta dificuldade de entendimento, o Calil pede ao Jeff a gentileza de informar qual é o problema em questão. A propósito da fixação de preço pelo mercado parece que a lei da oferta e da procura tem uma influência determinante". 

Putz, nunca pensei que iria concordar em alguma coisa com essa coisa (essa coisa=triturador lógico).

*BW*



Em Quinta-feira, 4 de Junho de 2015 1:36, "Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" escreveu:


 

Deixemos então a miséria para depois de resolvermos essa inesperada crise de identidade. Uma pessoa chamada Jeff enviou essa mensagem para o grupo: 

Calil,

Vc não captou a essência do problema. A questao não é meramente computacional (e mesmo assim as previsões q fazemos não tem a mesma caracteristica das previsões q são feitas na fisica, por exemplo). É que nao existe um método racional para se determinar o preço de todos os produtos. Somente o mercado é capaz de  fazê lo, pois o preço reflete a própria interação entre pessoas (negociacao e julgamento subjetivo de valor) e ambiente (escasses ou abundancia de recursos). 

O que estou dizendo é que a tecnologia atual possibilita a criação de  um sistema de informação muito melhor que o sistema de preços para gerar informações para alocação dos fatores de produção.

O Jeff tem toda a razão! O Calil não captou a essência do problema. Na verdade não captou nem o problema! Diante desta dificuldade de entendimento, o Calil pede ao Jeff a gentileza de informar qual é o problema em questão. A propósito da fixação de preço pelo mercado parece que a lei da oferta e da procura tem uma influência determinante. 

Aguardamos
Atenciosamente
Triturador Lógico




On Qua 03/06/15 20:23 , "Jeff jeff@jeff.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 
Em 2015-06-03 17:13, "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br
[ciencialist]
escreveu:

> Ok. Vou rever com calma o seu pensamento.
> Me diga por favor qual a relevância que essa proposta tem para a cabar
> com a miséria.
> abraço
> m.calil

Ué, será que eu sou o Calil mesmo? Será que eu tenho
dupla-personalidade?!!! OMG!! :)

[]s,
Jeff.

>
> Em Qua 03/06/15 14:55, Jeff jeff@jeff.com.br [ciencialist]
> ciencialist@yahoogrupos.com.br escreveu:
>
>>
>>
>> Em 2015-06-03 13:44, luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br
>> [ciencialist]
>> escreveu:
>>
>>> Calil,
>>>
>>> Vc não captou a essência do problema.
>>>
>>> A questao não é meramente computacional (e mesmo assim as
>> previsões q
>>> fazemos não tem a mesma caracteristica das previsões q são feitas
>> na
>>> fisica, por exemplo). É que nao existe um método racional para se
>>> determinar o preço de todos os produtos. Ssomente o mercado é capaz
>> de
>>> fazê lo, pois o preço reflete a própria interação entre pessoas
>>> (negociacao e julgamento subjetuvo de valor) e ambiente (escasses ou
>>> abundancia de recursos).
>>
>> O que estou dizendo é que a tecnologia atual possibilita a criação
>> de
>> um sistema de informação muito melhor que o sistema de preços para
>> gerar
>> informações para alocação dos fatores de produção.
>>
>> []s,
>> Jeff.
>
>

Links:
------
[1]
https://br.groups.yahoo.com/neo/groups/ciencialist/conversations/messages/88455;_ylc=X3oDMTJxN2duNW5xBF9TAzk3NDkwNDM3BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BG1zZ0lkAzg4NDU1BHNlYwNmdHIEc2xrA3JwbHkEc3RpbWUDMTQzMzM2MjQ0NQ--?act=reply&messageNum=88455
[2]
https://br.groups.yahoo.com/neo/groups/ciencialist/conversations/newtopic;_ylc=X3oDMTJlZ3U2NjlyBF9TAzk3NDkwNDM3BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BHNlYwNmdHIEc2xrA250cGMEc3RpbWUDMTQzMzM2MjQ0NQ--
[3]
https://br.groups.yahoo.com/neo/groups/ciencialist/conversations/topics/88422;_ylc=X3oDMTM2c3BrbTVuBF9TAzk3NDkwNDM3BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BG1zZ0lkAzg4NDU1BHNlYwNmdHIEc2xrA3Z0cGMEc3RpbWUDMTQzMzM2MjQ0NQR0cGNJZAM4ODQyMg--
[4] http://www.ciencialist.com
[5]
https://br.groups.yahoo.com/neo/groups/ciencialist/info;_ylc=X3oDMTJlMDNxN2phBF9TAzk3NDkwNDM3BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BHNlYwN2dGwEc2xrA3ZnaHAEc3RpbWUDMTQzMzM2MjQ0NQ--
[6]
https://br.groups.yahoo.com/neo;_ylc=X3oDMTJkNTZsZzFuBF9TAzk3NDkwNDM1BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BHNlYwNmdHIEc2xrA2dmcARzdGltZQMxNDMzMzYyNDQ1
[7] https://info.yahoo.com/privacy/br/yahoo/groups/details.html
[8] https://info.yahoo.com/legal/br/yahoo/utos/terms/














SUBJECT: Re: Re: Re: [ciencialist] Ciência da filosofia X Filosofia da Ciência - 1 [1 Anexo]
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/06/2015 10:52

Ola Calil,

Pode repassar sim.

Outras observações :

1- a Ideologia Zero pressupõe "emocionalidade" Zero? Vejo um Grande empecilho a sua empreitada; acho que o Pesky vai concordar comigo nessa!!!

2 - Vc fala que nada deverá ser implementado sem ter sido testado e validado, pelo método. Sabe qual é o grande problema disso : é impossível elaborarmos experimentos em laborátorio, como fazemos para a Física, Química, etc para questões sociais, no sentido de se saber se uma determinada política ou ação irá ou não funcionar e atingir os resultados a que se propoõe.

O Homem não pode ser agrupado em calsses que reagem sempre da mesma maneira a determinados estímulos/ações/condições, pois um mesmo individuo pode reagir de formas diferentes a um mesmo estímulo ao longo do tempo e em diferentes condições ambientais; além disso, a adição de novas idéias/ideologias/etc também provocará alterações nessas reações e condições.

E repare outra coisa, repare que a sociedade é um sistema complexo, onde além da questão "experimental", a questão da previsibilidade, da forma como entendemos em física e química, perde muito de sua força. Repare que isso também é característica da Teoria da Evolução.

A TE não tem como ser testada em laboratório, com relação a sua afirmação principal : que as "espécies" são resultado de alterações lentas e graduais (através do processo de evolução por seleção natural); não é possível confirmar a trasformação de uma espécie em outra diferente com um experimento em um laboratório; a validação dessa afirmação vem do relato histórico (fósseis). Além disso, a TE não tem como nos dizer qual será o futuro evolutivo do baiacu, que estruturas irá perder ou ganhar, em determinados instantes de tempo (longos), em que tipo de espécie irá se tornar.

Tudo  o que foi falado acima é igualmente válido para as ciências da ação humana. Sugiro fortemente a leitura do livro do Mises "Teoria e História", onde ele  aborda a questão metodológica das Ciências da Ação Humana,  e onde deixa explicitamente claro que a adoção do dualismo metodológico é um artifício metodológico. Leia, e vc verá que a maioria das críticas feitas ao Mises são rasas, ou carecem de entendimento do que ele expôs.

Vou ver se faço um resumo sobre isso, nesse final de semana. Mas só para reflexão : da mesma forma como usamos a evolução por seleção natural para explicar uma dada situação da realidade, usamos as Leis da Oferta-Demanda, de utilildade marginal para explicar uma dada situação da realidade econômica. Não precisamos de experimentos para validar essas leis (que na realidade, quando olhamos para os "fósseis" do passado, esses sempre as confirmam).

Abs
Felipe





Em Sexta-feira, 5 de Junho de 2015 3:03, "Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br> escreveu:


 
[Anexos de Mtnos Calil incluídos abaixo]

Ok, 
Luiz Felipe.
 
1.  Vou tentar fazer um resumo do que seria  um “sistema de administração cientifica da sociedade" e envio amanhã. Por ora apresento o primeiro pré-requisito deste sistema que é a ideologia zero. A definição da IZero ainda não está finalizada, mas já temos estes fundamentos:
 
a) A ideologia zero pode ser definida como um ESTADO MENTAL a partir do qual, ao olhar para qualquer aspecto da realidade, o cidadão deixa de lado suas crenças e desejos, adotando este principio básico da ciência: todas as idéias e teorias devem levar em conta, no processo da sua elaboração, o fato de que deverão ser submetidas à prova, com base na metodologia científica.
b) A ética é um elemento fundamental da definição da Ideologia Zero, sendo que a ISENÇÃO é um elemento essencial da ética. Ocorre que muitas vezes para seremos isentos, temos que aceitar o não saber. Como o ser humano não tolera não saber, buscando explicação para tudo e não aceitando que a mente humana tem limitações que o impedem saber de tudo, ele cria explicações que satisfazem os seus desejos ou ilusões, ferindo assim a isenção ética. 
c) A ideologia zero é um estado mental isento de: Fé, Crenças, Desejos, Wishfulthinking (pensamento-desejo), Ilusões, Auto-engano, Hipocrisia (consciente ou inconsciente),Transtornos emocionais, Transtornos mentais. Esse estado mental não pode, obviamente ocupar a mente do individuo o tempo todo. 
 
Obs. A construção desta definição obedece a uma metodologia baseada neste principio: todos os conceitos apresentados na definição, como fé, crença, desejo, etc. terão também que ser definidos.
 
 
2. Quanto ao capitalismo, eu  não disse que ele é uma ideologia. 
O que Marx disse a respeito é que o capitalismo se serve de ideologias. 
Ao mesmo tempo que Marx combateu as ideologias, criou a sua - a da sociedade igualitária. 
 
Mas as ideologias não são apenas um instrumento das "classes dominantes" como dizia Marx. Os dominados também podem ter suas ideologias e por isso Lenin inventou a “ideologia do proletariado” (mas ele não conhecia o pensamento negativista da ideologia de Marx, porque o livro Ideologia Alemã só foi publicado após a morte de Lenin). 
 
As ideologias foram criadas pelos nossos antepassados bem primitivos para entender o mundo. Depois inventaram a vida após a morte para tornar a morte menos insuportável. Essas idéias primitivas antecederam as ideologias politicas. Um bom exemplo de ideologia é o pensamento de que a escravidão era uma coisa natural, normal. Enfim cada um se serve das ideologias de acordo com suas conveniências pessoais ou de grupo. Todo o nosso debate, de minha parte, vai ser calcado na identificação do "virus ideológico" que é invisível.  
 
No arquivo anexo vai um texto introdutório do livro Ideologia Zero que estou escrevendo e que tem intima conexão com o livro “Lógica na comunicação humana” cuja versão eletrônica já existe há alguns anos.
 
3. Também penso como você a respeito da criação do capitalismo. Ele  não foi planejado por ninguém.  E representou um grande avanço da humanidade ao substituir o feudalismo. O próprio Marx reconheceu esse mérito, atribuindo –o à “burguesia”. A criação do capitalismo, como tanta coisa neste mundo, foi autopoiética. ( na minha “opinião” tanto a autopoiese como a teoria quântica podem ser aplicadas ao mundo social, desde é claro sejam tomados os devidos cuidados para não se cair no ridículo; a imprevisibilidade,  um dos elementos básicos da teoria quântica, é também um fator chave da evolução que não é tão determinista como querem alguns.
 
Até amanhã!
Mtnos Calil
 
Ps. Pergunto se posso enviar cópia deste debate para o grupo do Mãos Limpas, onde estão muitos defensores do capitalismo. 

===========================================

On Sex 05/06/15 00:44 , "luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 
Calil,

A vontade, mas queria primeiro que vc caracterizasse o que seria uma defesa "científica" de qqer sistema social.

Outra coisa, o Capitalismo NÃO é uma ideologia (aliás, essa nomenclatura é Marxista). Não foi planejado por ninguém, desenhado na prancheta, surge na sociedade como soluções incrementais para problemas práticos enfrentados. O primeiro a estudar (e não criar) o sistema foi Adam Smith, no seu livro "A Riqueza das Nações".

Abs
Felipe



Em Sexta-feira, 5 de Junho de 2015 0:33, "Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" escreveu:


 
Very Good, Luiz Silva Felipe. (e não Jeff).

Se você tiver paciência para o contraditório terei que apresentar uma certa*  quantidade de argumentos para demonstrar que a sua defesa do capitalismo é ideológica (e portanto não cientifica). 
*  Certa quantidade? Não, não! É incerta - os humanos usam a palavra certa para designar coisas incertas.. se isso não for esquizofrenia linguistica o que seria? "licença semântica"? 

Aguardo o seu consentimento para o contraditório lógico-cientifico. 

Thanks
M.Calil 

Ps. Eu só uso o termo "sonho" para designar os fenômenos noturnos assim denominados e que a ciência ainda não conseguiu explicar a sua função psico-cognitiva. Para Freud os sonhos tinham a função de realizar desejos reprimidos no inconsciente. 



On Qui 04/06/15 23:25 , "luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 
Ola Calil,

"O que aconteceu agora, é que você não informou qual é problema que eu disse que não tinha captado. 
Quanto à administração cientifica da economia isso nunca aconteceu na história da humanidade. Se você está se referindo ao genocidio stalinista, trata-se de um fenômeno de psicopatia social como qualquer outros genocidios. - o termo genocidio, muito a propósito, contem o prefixo gen de gene. "

Esta resposta é tb para a colocação do Jeff :

 A informação está no mesmo parágrafo. A questão da impossibilidade da determinação racional dos preços, salários, que é condição necessária para termos uma economia planificada, uma administração "científica" da sociedade, não é tecnológica. Emergem (emergencia fraca) como consequências das interações que ocorrem no marcado. A lei da oferta e demana, a lei da utilildade marginal decrescente NÃO podem ser usadas para determinação de preços, pois são leis que falam sobre Variação, não de determinação (nenhum economista consegue usa-las para determinar ou prever preços de equilíbrio). Além disso, o preço é uma valor (com componente altamente subjetivo) que é atribuido a determinado produto ou serviço.

Com relação ao Socialismo/Comunismo Marxista, temos 2 pontos :

1 - A questão política social
2 - A questão econômica

1 - a proposta de estatização da economia é, em substância, uma proposta de unificação de poder político e econômico e que para "funcionar" (não funciona), necessita de seres humanos tomados por "Invasores de Cropos" (aquele filme, onde uma forma de vida com uma unica consciencia invade o corpo do ser humano). Não é a toa que deu no que deu, em TODOS os países onde foi tentada.

2 - a questão econômica, foi o que coloquei no paragrafo acima

E sim, as tentativas que tivemos foram tentativas para se administrar cientificamente a sociedade, negar isso é cometer a falácia do escoces verdadeiro


"O genocidio do capitalismo é mais refinado do que o genocidio nazi-stalinista - só temos hoje um bilhão de famélicos. Mas fora a fome, bilhões de terrestres vivem em estado avançado de stress e ansiedade, fora as guerras fabricadas como a do Iraque para rechear os bolsos da industria armamentista. "

Calil, não existe "genocidio" do capitalismo. Para fazer uma análise correta do que ocorre, temos que fazer uma análise histórica. A condição natural humana sempre foi de pobreza e luta pela vida. A evolução da cooperação social (e isso é exatamente o que um sistema econômico é) para o Capitalismo, com divisão de trabalho, acumulo de capital possibilitou um aumento de produtividade e  foi acompanhada pela MAIOR redução de pobreza, fome, miséria e mortalidade na história da Humanidade . Somente isso, possibilitou que a população do planeta atingisse os níveis atuais. 

Hoje, o nível de vida até mesmo de uma pessoa pobre é muito melhor até do que a nobreza tinha a 200, 300 anos atrás. Muitos dos 1 BI que vc fala, estão em países que se recusaram a abraçar o mercado (incluindo a àfrica, pós colonização), e se apegaram a promessa de igualdade de resultados oferecida pelo Socialismo Marxista. E hoje, o mundo vive em uma crise essencialmente Keynesiana e intervencionista.

A guerra contra o Iraque foi geopolitica, da mesma forma que as guerras que a URSS fazia, com as ocupções de territórios e substituição da população local por Russos (vide o que ocorre na Ucrânia) - essa discussão é longa, nesse tema, agora, vou parar aqui, somente comentando que tem muita gente que defende que a redução das guerras na história está totalmente correlacionada com o aumento do livre comercio e interdependencia entre as nações.

O capitalismo com o estado democratico de direito está longe de sere perfeito, mas é o que temos de melhor, em termos de cooperação social. Veja os indicadores de liberdade econômica e facilidade de se fazer negócio, e as correlações que tem com o IDH e o bem estar da população.


Defender o capitalismo ou o comunismo/socialismo é pura ideologia. 
Como eu não vejo hoje alternativa para o capitalismo estou propondo civilizá-lo, o que requer a utilização de conceitos e metodologias científicas. Isso é uma utopia? Se for, a ciência será inútil para a salvação da humanidade e muito útil para a sua destruição, porque fazer bomba atômica os cientistas sabem. 

NAO ESTOU GENERALIZANDO - HÁ CIENTISTAS INTERESSADOS NO BEM COMUM, MAS FALTA A ELES CORAGEM PARA ENFRENTAR OS DONOS DO PODER QUE FINANCIAM SEUS PROJETOS. 

EDGAR MORIN FALA EM CIÊNCIA COM CONSCIÊNCIA - EU FALO EM CIÊNCIA COM CORAGEM. CORAGEM DE SER AUTÊNTICO, como falou Rollo May em seu livrinho "O homem à procura de si mesmo". 

absmc

Ps. Devemos à ciência o fato de termos dobrado a nossa longevidade em poucos anos. Essa foi a grande contribuição dos cientistas  para a humanidade. O resto é o resto... Automóvel? É um veneno que viciou a economia, como tantos outros. Agora o povo alienado está se viciando nos celulares, redes "sociais", facebooks, selfies e outras besteiras tecno-cientificas. 

Defender o capitalismo é defender o que temos de melhor hoje, e que apresentou melhores resultados objetivos! Todo o desenvolvimento científico e tecnológico que temos hoje se deve ao capitalismo, a acumulação de capital que possibilita o financiamento das pesqueisas e desenvolvimento de tecnologia.

O sonho de uma administração cientifica da sociedade é uma utopia.

Abs
Felipe




Em Quinta-feira, 4 de Junho de 2015 21:10, "Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" escreveu:


 
Óia a bagunça comunicacional.
Foi assim que eu recebi a mensagem


=====================================================================

> Em 2015-06-03 13:44, luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br
>> [ciencialist]
>> escreveu:
>> 
>>> Calil,
>>> 
>>> Vc não captou a essência do problema.
>>> 
>>> A questao não é meramente computacional (e mesmo assim as
>> previsões q
>>> fazemos não tem a mesma caracteristica das previsões q são feitas
>> na
>>> fisica, por exemplo). É que nao existe um método racional para se
>>> determinar o preço de todos os produtos. Ssomente o mercado é capaz
>> de
>>> fazê lo, pois o preço reflete a própria interação entre pessoas
>>> (negociacao e julgamento subjetuvo de valor) e ambiente (escasses ou
>>> abundancia de recursos).
>> 
>> O que estou dizendo é que a tecnologia atual possibilita a criação
>> de
>> um sistema de informação muito melhor que o sistema de preços para
>> gerar
>> informações para alocação dos fatores de produção.
>> 
>> []s,
>> Jeff.


========================================================================
 Vamos agora à sua ultima mensagem, a qual eu vou responder nesta cor 

On Qui 04/06/15 19:52 , "luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 
Calil,

Quem falou que vc não tinha entendido o problema foi eu, não o Jeff. Além disso, outros já tentaram administrar cientificamente o Mercado, a Economia. O resultado disso foram : pobreza, miséria, fome, uma concentração de renda e poder nunca vista e genocídio generalizado.

Abs
Felipe

=========================================

O que aconteceu agora, é que você não informou qual é problema que eu disse que não tinha captado. 
Quanto à administração cientifica da economia isso nunca aconteceu na história da humanidade. Se você está se referindo ao genocidio stalinista, trata-se de um fenômeno de psicopatia social como qualquer outros genocidios. - o termo genocidio, muito a propósito, contem o prefixo gen de gene. 

O genocidio do capitalismo é mais refinado do que o genocidio nazi-stalinista - só temos hoje um bilhão de famélicos. Mas fora a fome, bilhões de terrestres vivem em estado avançado de stress e ansiedade, fora as guerras fabricadas como a do Iraque para rechear os bolsos da industria armamentista. 

Defender o capitalismo ou o comunismo/socialismo é pura ideologia. 
Como eu não vejo hoje alternativa para o capitalismo estou propondo civilizá-lo, o que requer a utilização de conceitos e metodologias científicas. Isso é uma utopia? Se for, a ciência será inútil para a salvação da humanidade e muito útil para a sua destruição, porque fazer bomba atômica os cientistas sabem. 

NAO ESTOU GENERALIZANDO - HÁ CIENTISTAS INTERESSADOS NO BEM COMUM, MAS FALTA A ELES CORAGEM PARA ENFRENTAR OS DONOS DO PODER QUE FINANCIAM SEUS PROJETOS. 

EDGAR MORIN FALA EM CIÊNCIA COM CONSCIÊNCIA - EU FALO EM CIÊNCIA COM CORAGEM. CORAGEM DE SER AUTÊNTICO, como falou Rollo May em seu livrinho "O homem à procura de si mesmo". 

absmc

Ps. Devemos à ciência o fato de termos dobrado a nossa longevidade em poucos anos. Essa foi a grande contribuição dos cientistas  para a humanidade. O resto é o resto... Automóvel? É um veneno que viciou a economia, como tantos outros. Agora o povo alienado está se viciando nos celulares, redes "sociais", facebooks, selfies e outras besteiras tecno-cientificas. 


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Em Quinta-feira, 4 de Junho de 2015 14:59, "Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" escreveu:
 
Viu, prof. Belmiro? 

Quando a gente se liberta das ideologias, dá mais atenção ao que foi dito do que ao autor do dito. Quanto ao mercado, como acontece com todos os fenomenos sociais, ele carece de uma administração científica. Um dos pontos chaves desta adminsitração seria limitar a concentração de renda e a consequente desigualdade, responsável hoje por essa divisão esquizofrênica: enquanto cerca de um bilhão de humanos estão obesos, outro bilhão é constituido por famélicos. Parece então que a lei da oferta e da procura não é muito legal, né? Dizem que a lógica é a premissa básica do direito... mas só dizem, por que na hora de fazer leis lógicas (ou mesmo de cumprir algumas leis) essa premissa é ignorada. Se o ser humano fosse muito lógico, este triturador não teria nascido. Que sorte eu tive! 

Triturador Lógico 



On Qui 04/06/15 14:31 , "Belmiro Wolski belmirow@yahoo.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 
>>>"O Jeff tem toda a razão! O Calil não captou a essência do problema. Na verdade não captou nem o problema! Diante desta dificuldade de entendimento, o Calil pede ao Jeff a gentileza de informar qual é o problema em questão. A propósito da fixação de preço pelo mercado parece que a lei da oferta e da procura tem uma influência determinante". 

Putz, nunca pensei que iria concordar em alguma coisa com essa coisa (essa coisa=triturador lógico).

*BW*



Em Quinta-feira, 4 de Junho de 2015 1:36, "Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" escreveu:


 

Deixemos então a miséria para depois de resolvermos essa inesperada crise de identidade. Uma pessoa chamada Jeff enviou essa mensagem para o grupo: 

Calil,

Vc não captou a essência do problema. A questao não é meramente computacional (e mesmo assim as previsões q fazemos não tem a mesma caracteristica das previsões q são feitas na fisica, por exemplo). É que nao existe um método racional para se determinar o preço de todos os produtos. Somente o mercado é capaz de  fazê lo, pois o preço reflete a própria interação entre pessoas (negociacao e julgamento subjetivo de valor) e ambiente (escasses ou abundancia de recursos). 

O que estou dizendo é que a tecnologia atual possibilita a criação de  um sistema de informação muito melhor que o sistema de preços para gerar informações para alocação dos fatores de produção.

O Jeff tem toda a razão! O Calil não captou a essência do problema. Na verdade não captou nem o problema! Diante desta dificuldade de entendimento, o Calil pede ao Jeff a gentileza de informar qual é o problema em questão. A propósito da fixação de preço pelo mercado parece que a lei da oferta e da procura tem uma influência determinante. 

Aguardamos
Atenciosamente
Triturador Lógico




On Qua 03/06/15 20:23 , "Jeff jeff@jeff.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 
Em 2015-06-03 17:13, "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br
[ciencialist]
escreveu:

> Ok. Vou rever com calma o seu pensamento.
> Me diga por favor qual a relevância que essa proposta tem para a cabar
> com a miséria.
> abraço
> m.calil

Ué, será que eu sou o Calil mesmo? Será que eu tenho
dupla-personalidade?!!! OMG!! :)

[]s,
Jeff.

>
> Em Qua 03/06/15 14:55, Jeff jeff@jeff.com.br [ciencialist]
> ciencialist@yahoogrupos.com.br escreveu:
>
>>
>>
>> Em 2015-06-03 13:44, luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br
>> [ciencialist]
>> escreveu:
>>
>>> Calil,
>>>
>>> Vc não captou a essência do problema.
>>>
>>> A questao não é meramente computacional (e mesmo assim as
>> previsões q
>>> fazemos não tem a mesma caracteristica das previsões q são feitas
>> na
>>> fisica, por exemplo). É que nao existe um método racional para se
>>> determinar o preço de todos os produtos. Ssomente o mercado é capaz
>> de
>>> fazê lo, pois o preço reflete a própria interação entre pessoas
>>> (negociacao e julgamento subjetuvo de valor) e ambiente (escasses ou
>>> abundancia de recursos).
>>
>> O que estou dizendo é que a tecnologia atual possibilita a criação
>> de
>> um sistema de informação muito melhor que o sistema de preços para
>> gerar
>> informações para alocação dos fatores de produção.
>>
>> []s,
>> Jeff.
>
>

Links:
------
[1]
https://br.groups.yahoo.com/neo/groups/ciencialist/conversations/messages/88455;_ylc=X3oDMTJxN2duNW5xBF9TAzk3NDkwNDM3BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BG1zZ0lkAzg4NDU1BHNlYwNmdHIEc2xrA3JwbHkEc3RpbWUDMTQzMzM2MjQ0NQ--?act=reply&messageNum=88455
[2]
https://br.groups.yahoo.com/neo/groups/ciencialist/conversations/newtopic;_ylc=X3oDMTJlZ3U2NjlyBF9TAzk3NDkwNDM3BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BHNlYwNmdHIEc2xrA250cGMEc3RpbWUDMTQzMzM2MjQ0NQ--
[3]
https://br.groups.yahoo.com/neo/groups/ciencialist/conversations/topics/88422;_ylc=X3oDMTM2c3BrbTVuBF9TAzk3NDkwNDM3BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BG1zZ0lkAzg4NDU1BHNlYwNmdHIEc2xrA3Z0cGMEc3RpbWUDMTQzMzM2MjQ0NQR0cGNJZAM4ODQyMg--
[4] http://www.ciencialist.com
[5]
https://br.groups.yahoo.com/neo/groups/ciencialist/info;_ylc=X3oDMTJlMDNxN2phBF9TAzk3NDkwNDM3BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BHNlYwN2dGwEc2xrA3ZnaHAEc3RpbWUDMTQzMzM2MjQ0NQ--
[6]
https://br.groups.yahoo.com/neo;_ylc=X3oDMTJkNTZsZzFuBF9TAzk3NDkwNDM1BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BHNlYwNmdHIEc2xrA2dmcARzdGltZQMxNDMzMzYyNDQ1
[7] https://info.yahoo.com/privacy/br/yahoo/groups/details.html
[8] https://info.yahoo.com/legal/br/yahoo/utos/terms/
















SUBJECT: Re: Re: Re: [ciencialist] Ciência da filosofia X Filosofia da Ciência - 1
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/06/2015 11:07

Calil,

Apesar da grande obra dele ser Ação Humana, estou indicando o Teoria e Historia justamente por ser nele que Mises aborda a questão do método. Outro, que ainda não li, e que é seu último livro é esse aqui :





Em Sexta-feira, 5 de Junho de 2015 10:52, "luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br> escreveu:


 
Ola Calil,

Pode repassar sim.

Outras observações :

1- a Ideologia Zero pressupõe "emocionalidade" Zero? Vejo um Grande empecilho a sua empreitada; acho que o Pesky vai concordar comigo nessa!!!

2 - Vc fala que nada deverá ser implementado sem ter sido testado e validado, pelo método. Sabe qual é o grande problema disso : é impossível elaborarmos experimentos em laborátorio, como fazemos para a Física, Química, etc para questões sociais, no sentido de se saber se uma determinada política ou ação irá ou não funcionar e atingir os resultados a que se propoõe.

O Homem não pode ser agrupado em calsses que reagem sempre da mesma maneira a determinados estímulos/ações/condições, pois um mesmo individuo pode reagir de formas diferentes a um mesmo estímulo ao longo do tempo e em diferentes condições ambientais; além disso, a adição de novas idéias/ideologias/etc também provocará alterações nessas reações e condições.

E repare outra coisa, repare que a sociedade é um sistema complexo, onde além da questão "experimental", a questão da previsibilidade, da forma como entendemos em física e química, perde muito de sua força. Repare que isso também é característica da Teoria da Evolução.

A TE não tem como ser testada em laboratório, com relação a sua afirmação principal : que as "espécies" são resultado de alterações lentas e graduais (através do processo de evolução por seleção natural); não é possível confirmar a trasformação de uma espécie em outra diferente com um experimento em um laboratório; a validação dessa afirmação vem do relato histórico (fósseis). Além disso, a TE não tem como nos dizer qual será o futuro evolutivo do baiacu, que estruturas irá perder ou ganhar, em determinados instantes de tempo (longos), em que tipo de espécie irá se tornar.

Tudo  o que foi falado acima é igualmente válido para as ciências da ação humana. Sugiro fortemente a leitura do livro do Mises "Teoria e História", onde ele  aborda a questão metodológica das Ciências da Ação Humana,  e onde deixa explicitamente claro que a adoção do dualismo metodológico é um artifício metodológico. Leia, e vc verá que a maioria das críticas feitas ao Mises são rasas, ou carecem de entendimento do que ele expôs.

Vou ver se faço um resumo sobre isso, nesse final de semana. Mas só para reflexão : da mesma forma como usamos a evolução por seleção natural para explicar uma dada situação da realidade, usamos as Leis da Oferta-Demanda, de utilildade marginal para explicar uma dada situação da realidade econômica. Não precisamos de experimentos para validar essas leis (que na realidade, quando olhamos para os "fósseis" do passado, esses sempre as confirmam).

Abs
Felipe





Em Sexta-feira, 5 de Junho de 2015 3:03, "Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br> escreveu:


 
[Anexos de Mtnos Calil incluídos abaixo]

Ok, 
Luiz Felipe.
 
1.  Vou tentar fazer um resumo do que seria  um “sistema de administração cientifica da sociedade" e envio amanhã. Por ora apresento o primeiro pré-requisito deste sistema que é a ideologia zero. A definição da IZero ainda não está finalizada, mas já temos estes fundamentos:
 
a) A ideologia zero pode ser definida como um ESTADO MENTAL a partir do qual, ao olhar para qualquer aspecto da realidade, o cidadão deixa de lado suas crenças e desejos, adotando este principio básico da ciência: todas as idéias e teorias devem levar em conta, no processo da sua elaboração, o fato de que deverão ser submetidas à prova, com base na metodologia científica.
b) A ética é um elemento fundamental da definição da Ideologia Zero, sendo que a ISENÇÃO é um elemento essencial da ética. Ocorre que muitas vezes para seremos isentos, temos que aceitar o não saber. Como o ser humano não tolera não saber, buscando explicação para tudo e não aceitando que a mente humana tem limitações que o impedem saber de tudo, ele cria explicações que satisfazem os seus desejos ou ilusões, ferindo assim a isenção ética. 
c) A ideologia zero é um estado mental isento de: Fé, Crenças, Desejos, Wishfulthinking (pensamento-desejo), Ilusões, Auto-engano, Hipocrisia (consciente ou inconsciente),Transtornos emocionais, Transtornos mentais. Esse estado mental não pode, obviamente ocupar a mente do individuo o tempo todo. 
 
Obs. A construção desta definição obedece a uma metodologia baseada neste principio: todos os conceitos apresentados na definição, como fé, crença, desejo, etc. terão também que ser definidos.
 
 
2. Quanto ao capitalismo, eu  não disse que ele é uma ideologia. 
O que Marx disse a respeito é que o capitalismo se serve de ideologias. 
Ao mesmo tempo que Marx combateu as ideologias, criou a sua - a da sociedade igualitária. 
 
Mas as ideologias não são apenas um instrumento das "classes dominantes" como dizia Marx. Os dominados também podem ter suas ideologias e por isso Lenin inventou a “ideologia do proletariado” (mas ele não conhecia o pensamento negativista da ideologia de Marx, porque o livro Ideologia Alemã só foi publicado após a morte de Lenin). 
 
As ideologias foram criadas pelos nossos antepassados bem primitivos para entender o mundo. Depois inventaram a vida após a morte para tornar a morte menos insuportável. Essas idéias primitivas antecederam as ideologias politicas. Um bom exemplo de ideologia é o pensamento de que a escravidão era uma coisa natural, normal. Enfim cada um se serve das ideologias de acordo com suas conveniências pessoais ou de grupo. Todo o nosso debate, de minha parte, vai ser calcado na identificação do "virus ideológico" que é invisível.  
 
No arquivo anexo vai um texto introdutório do livro Ideologia Zero que estou escrevendo e que tem intima conexão com o livro “Lógica na comunicação humana” cuja versão eletrônica já existe há alguns anos.
 
3. Também penso como você a respeito da criação do capitalismo. Ele  não foi planejado por ninguém.  E representou um grande avanço da humanidade ao substituir o feudalismo. O próprio Marx reconheceu esse mérito, atribuindo –o à “burguesia”. A criação do capitalismo, como tanta coisa neste mundo, foi autopoiética. ( na minha “opinião” tanto a autopoiese como a teoria quântica podem ser aplicadas ao mundo social, desde é claro sejam tomados os devidos cuidados para não se cair no ridículo; a imprevisibilidade,  um dos elementos básicos da teoria quântica, é também um fator chave da evolução que não é tão determinista como querem alguns.
 
Até amanhã!
Mtnos Calil
 
Ps. Pergunto se posso enviar cópia deste debate para o grupo do Mãos Limpas, onde estão muitos defensores do capitalismo. 

===========================================

On Sex 05/06/15 00:44 , "luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 
Calil,

A vontade, mas queria primeiro que vc caracterizasse o que seria uma defesa "científica" de qqer sistema social.

Outra coisa, o Capitalismo NÃO é uma ideologia (aliás, essa nomenclatura é Marxista). Não foi planejado por ninguém, desenhado na prancheta, surge na sociedade como soluções incrementais para problemas práticos enfrentados. O primeiro a estudar (e não criar) o sistema foi Adam Smith, no seu livro "A Riqueza das Nações".

Abs
Felipe



Em Sexta-feira, 5 de Junho de 2015 0:33, "Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" escreveu:


 
Very Good, Luiz Silva Felipe. (e não Jeff).

Se você tiver paciência para o contraditório terei que apresentar uma certa*  quantidade de argumentos para demonstrar que a sua defesa do capitalismo é ideológica (e portanto não cientifica). 
*  Certa quantidade? Não, não! É incerta - os humanos usam a palavra certa para designar coisas incertas.. se isso não for esquizofrenia linguistica o que seria? "licença semântica"? 

Aguardo o seu consentimento para o contraditório lógico-cientifico. 

Thanks
M.Calil 

Ps. Eu só uso o termo "sonho" para designar os fenômenos noturnos assim denominados e que a ciência ainda não conseguiu explicar a sua função psico-cognitiva. Para Freud os sonhos tinham a função de realizar desejos reprimidos no inconsciente. 



On Qui 04/06/15 23:25 , "luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 
Ola Calil,

"O que aconteceu agora, é que você não informou qual é problema que eu disse que não tinha captado. 
Quanto à administração cientifica da economia isso nunca aconteceu na história da humanidade. Se você está se referindo ao genocidio stalinista, trata-se de um fenômeno de psicopatia social como qualquer outros genocidios. - o termo genocidio, muito a propósito, contem o prefixo gen de gene. "

Esta resposta é tb para a colocação do Jeff :

 A informação está no mesmo parágrafo. A questão da impossibilidade da determinação racional dos preços, salários, que é condição necessária para termos uma economia planificada, uma administração "científica" da sociedade, não é tecnológica. Emergem (emergencia fraca) como consequências das interações que ocorrem no marcado. A lei da oferta e demana, a lei da utilildade marginal decrescente NÃO podem ser usadas para determinação de preços, pois são leis que falam sobre Variação, não de determinação (nenhum economista consegue usa-las para determinar ou prever preços de equilíbrio). Além disso, o preço é uma valor (com componente altamente subjetivo) que é atribuido a determinado produto ou serviço.

Com relação ao Socialismo/Comunismo Marxista, temos 2 pontos :

1 - A questão política social
2 - A questão econômica

1 - a proposta de estatização da economia é, em substância, uma proposta de unificação de poder político e econômico e que para "funcionar" (não funciona), necessita de seres humanos tomados por "Invasores de Cropos" (aquele filme, onde uma forma de vida com uma unica consciencia invade o corpo do ser humano). Não é a toa que deu no que deu, em TODOS os países onde foi tentada.

2 - a questão econômica, foi o que coloquei no paragrafo acima

E sim, as tentativas que tivemos foram tentativas para se administrar cientificamente a sociedade, negar isso é cometer a falácia do escoces verdadeiro


"O genocidio do capitalismo é mais refinado do que o genocidio nazi-stalinista - só temos hoje um bilhão de famélicos. Mas fora a fome, bilhões de terrestres vivem em estado avançado de stress e ansiedade, fora as guerras fabricadas como a do Iraque para rechear os bolsos da industria armamentista. "

Calil, não existe "genocidio" do capitalismo. Para fazer uma análise correta do que ocorre, temos que fazer uma análise histórica. A condição natural humana sempre foi de pobreza e luta pela vida. A evolução da cooperação social (e isso é exatamente o que um sistema econômico é) para o Capitalismo, com divisão de trabalho, acumulo de capital possibilitou um aumento de produtividade e  foi acompanhada pela MAIOR redução de pobreza, fome, miséria e mortalidade na história da Humanidade . Somente isso, possibilitou que a população do planeta atingisse os níveis atuais. 

Hoje, o nível de vida até mesmo de uma pessoa pobre é muito melhor até do que a nobreza tinha a 200, 300 anos atrás. Muitos dos 1 BI que vc fala, estão em países que se recusaram a abraçar o mercado (incluindo a àfrica, pós colonização), e se apegaram a promessa de igualdade de resultados oferecida pelo Socialismo Marxista. E hoje, o mundo vive em uma crise essencialmente Keynesiana e intervencionista.

A guerra contra o Iraque foi geopolitica, da mesma forma que as guerras que a URSS fazia, com as ocupções de territórios e substituição da população local por Russos (vide o que ocorre na Ucrânia) - essa discussão é longa, nesse tema, agora, vou parar aqui, somente comentando que tem muita gente que defende que a redução das guerras na história está totalmente correlacionada com o aumento do livre comercio e interdependencia entre as nações.

O capitalismo com o estado democratico de direito está longe de sere perfeito, mas é o que temos de melhor, em termos de cooperação social. Veja os indicadores de liberdade econômica e facilidade de se fazer negócio, e as correlações que tem com o IDH e o bem estar da população.


Defender o capitalismo ou o comunismo/socialismo é pura ideologia. 
Como eu não vejo hoje alternativa para o capitalismo estou propondo civilizá-lo, o que requer a utilização de conceitos e metodologias científicas. Isso é uma utopia? Se for, a ciência será inútil para a salvação da humanidade e muito útil para a sua destruição, porque fazer bomba atômica os cientistas sabem. 

NAO ESTOU GENERALIZANDO - HÁ CIENTISTAS INTERESSADOS NO BEM COMUM, MAS FALTA A ELES CORAGEM PARA ENFRENTAR OS DONOS DO PODER QUE FINANCIAM SEUS PROJETOS. 

EDGAR MORIN FALA EM CIÊNCIA COM CONSCIÊNCIA - EU FALO EM CIÊNCIA COM CORAGEM. CORAGEM DE SER AUTÊNTICO, como falou Rollo May em seu livrinho "O homem à procura de si mesmo". 

absmc

Ps. Devemos à ciência o fato de termos dobrado a nossa longevidade em poucos anos. Essa foi a grande contribuição dos cientistas  para a humanidade. O resto é o resto... Automóvel? É um veneno que viciou a economia, como tantos outros. Agora o povo alienado está se viciando nos celulares, redes "sociais", facebooks, selfies e outras besteiras tecno-cientificas. 

Defender o capitalismo é defender o que temos de melhor hoje, e que apresentou melhores resultados objetivos! Todo o desenvolvimento científico e tecnológico que temos hoje se deve ao capitalismo, a acumulação de capital que possibilita o financiamento das pesqueisas e desenvolvimento de tecnologia.

O sonho de uma administração cientifica da sociedade é uma utopia.

Abs
Felipe




Em Quinta-feira, 4 de Junho de 2015 21:10, "Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" escreveu:


 
Óia a bagunça comunicacional.
Foi assim que eu recebi a mensagem


=====================================================================

> Em 2015-06-03 13:44, luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br
>> [ciencialist]
>> escreveu:
>> 
>>> Calil,
>>> 
>>> Vc não captou a essência do problema.
>>> 
>>> A questao não é meramente computacional (e mesmo assim as
>> previsões q
>>> fazemos não tem a mesma caracteristica das previsões q são feitas
>> na
>>> fisica, por exemplo). É que nao existe um método racional para se
>>> determinar o preço de todos os produtos. Ssomente o mercado é capaz
>> de
>>> fazê lo, pois o preço reflete a própria interação entre pessoas
>>> (negociacao e julgamento subjetuvo de valor) e ambiente (escasses ou
>>> abundancia de recursos).
>> 
>> O que estou dizendo é que a tecnologia atual possibilita a criação
>> de
>> um sistema de informação muito melhor que o sistema de preços para
>> gerar
>> informações para alocação dos fatores de produção.
>> 
>> []s,
>> Jeff.


========================================================================
 Vamos agora à sua ultima mensagem, a qual eu vou responder nesta cor 

On Qui 04/06/15 19:52 , "luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 
Calil,

Quem falou que vc não tinha entendido o problema foi eu, não o Jeff. Além disso, outros já tentaram administrar cientificamente o Mercado, a Economia. O resultado disso foram : pobreza, miséria, fome, uma concentração de renda e poder nunca vista e genocídio generalizado.

Abs
Felipe

=========================================

O que aconteceu agora, é que você não informou qual é problema que eu disse que não tinha captado. 
Quanto à administração cientifica da economia isso nunca aconteceu na história da humanidade. Se você está se referindo ao genocidio stalinista, trata-se de um fenômeno de psicopatia social como qualquer outros genocidios. - o termo genocidio, muito a propósito, contem o prefixo gen de gene. 

O genocidio do capitalismo é mais refinado do que o genocidio nazi-stalinista - só temos hoje um bilhão de famélicos. Mas fora a fome, bilhões de terrestres vivem em estado avançado de stress e ansiedade, fora as guerras fabricadas como a do Iraque para rechear os bolsos da industria armamentista. 

Defender o capitalismo ou o comunismo/socialismo é pura ideologia. 
Como eu não vejo hoje alternativa para o capitalismo estou propondo civilizá-lo, o que requer a utilização de conceitos e metodologias científicas. Isso é uma utopia? Se for, a ciência será inútil para a salvação da humanidade e muito útil para a sua destruição, porque fazer bomba atômica os cientistas sabem. 

NAO ESTOU GENERALIZANDO - HÁ CIENTISTAS INTERESSADOS NO BEM COMUM, MAS FALTA A ELES CORAGEM PARA ENFRENTAR OS DONOS DO PODER QUE FINANCIAM SEUS PROJETOS. 

EDGAR MORIN FALA EM CIÊNCIA COM CONSCIÊNCIA - EU FALO EM CIÊNCIA COM CORAGEM. CORAGEM DE SER AUTÊNTICO, como falou Rollo May em seu livrinho "O homem à procura de si mesmo". 

absmc

Ps. Devemos à ciência o fato de termos dobrado a nossa longevidade em poucos anos. Essa foi a grande contribuição dos cientistas  para a humanidade. O resto é o resto... Automóvel? É um veneno que viciou a economia, como tantos outros. Agora o povo alienado está se viciando nos celulares, redes "sociais", facebooks, selfies e outras besteiras tecno-cientificas. 


============================


Em Quinta-feira, 4 de Junho de 2015 14:59, "Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" escreveu:
 
Viu, prof. Belmiro? 

Quando a gente se liberta das ideologias, dá mais atenção ao que foi dito do que ao autor do dito. Quanto ao mercado, como acontece com todos os fenomenos sociais, ele carece de uma administração científica. Um dos pontos chaves desta adminsitração seria limitar a concentração de renda e a consequente desigualdade, responsável hoje por essa divisão esquizofrênica: enquanto cerca de um bilhão de humanos estão obesos, outro bilhão é constituido por famélicos. Parece então que a lei da oferta e da procura não é muito legal, né? Dizem que a lógica é a premissa básica do direito... mas só dizem, por que na hora de fazer leis lógicas (ou mesmo de cumprir algumas leis) essa premissa é ignorada. Se o ser humano fosse muito lógico, este triturador não teria nascido. Que sorte eu tive! 

Triturador Lógico 



On Qui 04/06/15 14:31 , "Belmiro Wolski belmirow@yahoo.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 
>>>"O Jeff tem toda a razão! O Calil não captou a essência do problema. Na verdade não captou nem o problema! Diante desta dificuldade de entendimento, o Calil pede ao Jeff a gentileza de informar qual é o problema em questão. A propósito da fixação de preço pelo mercado parece que a lei da oferta e da procura tem uma influência determinante". 

Putz, nunca pensei que iria concordar em alguma coisa com essa coisa (essa coisa=triturador lógico).

*BW*



Em Quinta-feira, 4 de Junho de 2015 1:36, "Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" escreveu:


 

Deixemos então a miséria para depois de resolvermos essa inesperada crise de identidade. Uma pessoa chamada Jeff enviou essa mensagem para o grupo: 

Calil,

Vc não captou a essência do problema. A questao não é meramente computacional (e mesmo assim as previsões q fazemos não tem a mesma caracteristica das previsões q são feitas na fisica, por exemplo). É que nao existe um método racional para se determinar o preço de todos os produtos. Somente o mercado é capaz de  fazê lo, pois o preço reflete a própria interação entre pessoas (negociacao e julgamento subjetivo de valor) e ambiente (escasses ou abundancia de recursos). 

O que estou dizendo é que a tecnologia atual possibilita a criação de  um sistema de informação muito melhor que o sistema de preços para gerar informações para alocação dos fatores de produção.

O Jeff tem toda a razão! O Calil não captou a essência do problema. Na verdade não captou nem o problema! Diante desta dificuldade de entendimento, o Calil pede ao Jeff a gentileza de informar qual é o problema em questão. A propósito da fixação de preço pelo mercado parece que a lei da oferta e da procura tem uma influência determinante. 

Aguardamos
Atenciosamente
Triturador Lógico




On Qua 03/06/15 20:23 , "Jeff jeff@jeff.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 
Em 2015-06-03 17:13, "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br
[ciencialist]
escreveu:

> Ok. Vou rever com calma o seu pensamento.
> Me diga por favor qual a relevância que essa proposta tem para a cabar
> com a miséria.
> abraço
> m.calil

Ué, será que eu sou o Calil mesmo? Será que eu tenho
dupla-personalidade?!!! OMG!! :)

[]s,
Jeff.

>
> Em Qua 03/06/15 14:55, Jeff jeff@jeff.com.br [ciencialist]
> ciencialist@yahoogrupos.com.br escreveu:
>
>>
>>
>> Em 2015-06-03 13:44, luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br
>> [ciencialist]
>> escreveu:
>>
>>> Calil,
>>>
>>> Vc não captou a essência do problema.
>>>
>>> A questao não é meramente computacional (e mesmo assim as
>> previsões q
>>> fazemos não tem a mesma caracteristica das previsões q são feitas
>> na
>>> fisica, por exemplo). É que nao existe um método racional para se
>>> determinar o preço de todos os produtos. Ssomente o mercado é capaz
>> de
>>> fazê lo, pois o preço reflete a própria interação entre pessoas
>>> (negociacao e julgamento subjetuvo de valor) e ambiente (escasses ou
>>> abundancia de recursos).
>>
>> O que estou dizendo é que a tecnologia atual possibilita a criação
>> de
>> um sistema de informação muito melhor que o sistema de preços para
>> gerar
>> informações para alocação dos fatores de produção.
>>
>> []s,
>> Jeff.
>
>

Links:
------
[1]
https://br.groups.yahoo.com/neo/groups/ciencialist/conversations/messages/88455;_ylc=X3oDMTJxN2duNW5xBF9TAzk3NDkwNDM3BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BG1zZ0lkAzg4NDU1BHNlYwNmdHIEc2xrA3JwbHkEc3RpbWUDMTQzMzM2MjQ0NQ--?act=reply&messageNum=88455
[2]
https://br.groups.yahoo.com/neo/groups/ciencialist/conversations/newtopic;_ylc=X3oDMTJlZ3U2NjlyBF9TAzk3NDkwNDM3BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BHNlYwNmdHIEc2xrA250cGMEc3RpbWUDMTQzMzM2MjQ0NQ--
[3]
https://br.groups.yahoo.com/neo/groups/ciencialist/conversations/topics/88422;_ylc=X3oDMTM2c3BrbTVuBF9TAzk3NDkwNDM3BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BG1zZ0lkAzg4NDU1BHNlYwNmdHIEc2xrA3Z0cGMEc3RpbWUDMTQzMzM2MjQ0NQR0cGNJZAM4ODQyMg--
[4] http://www.ciencialist.com
[5]
https://br.groups.yahoo.com/neo/groups/ciencialist/info;_ylc=X3oDMTJlMDNxN2phBF9TAzk3NDkwNDM3BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BHNlYwN2dGwEc2xrA3ZnaHAEc3RpbWUDMTQzMzM2MjQ0NQ--
[6]
https://br.groups.yahoo.com/neo;_ylc=X3oDMTJkNTZsZzFuBF9TAzk3NDkwNDM1BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BHNlYwNmdHIEc2xrA2dmcARzdGltZQMxNDMzMzYyNDQ1
[7] https://info.yahoo.com/privacy/br/yahoo/groups/details.html
[8] https://info.yahoo.com/legal/br/yahoo/utos/terms/


















SUBJECT: Re: [ciencialist] Ciência da filosofia X Filosofia da Ciência - 1
FROM: "Pesky Bee" <peskybee2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/06/2015 11:47

> 1- a Ideologia Zero pressupõe "emocionalidade" Zero? Vejo um
> Grande empecilho a sua empreitada; acho que o Pesky vai
> concordar comigo nessa!!!
 
Felipão, mas é claro que concordo! Concordo bágárái! (acabei não
lendo
o restante da textarada, só me fiei nesse parágrafo, sou
um zé muito
safado mesmo, hahahahahaha).
 
E eu diria até mais (coisa que provavelmente irá eriçar os
cabelinhos dos mais longínquos orifícios traseiros de muita
gente
): tudo (mas tudo mesmo!) o que se passa na cachola
dos homosapienzófilos tem como origem mais fundamental
alguma espécie de razão emocional. Pode até ser o mais
racional e matemático
dos pensamentos. Bem lá no fundo
dessa pensamentaiada tem
algum tipo de "fogo" emotivo que
"propele" o sujeitófilo a
gastar energia para fazer essa
porra (e portanto, colaborar com o inexorável aumento da
 
entropia,
hahahahaha).
 
Peguemos um exemplófilo: Richard Feynman. Quando esse mané
inventou os famosérrimos "diagramas de Feynman" para
explicacionar o comportamentófilo de certas partículas
subatômicas, ele fez isso motivado por uma "gana", por uma
espécie de "coceira no rabo da mente", um desconforto que
precisava ser solucionado e que teve certamente
origem
emocional.
 
Aliás, é por isso que eu acho que as tentativas de fazer
essas maquinetas do capiroto utilizando essas cagalhagens
da inteligência artificial estão com um sério comprometimento
nessa questiúncula das motivações emocionais. Se não tiver
algo nesse aspecto emocional dentro dessas maquinotas, essas
porras
não vão ser inteligentes coisa nenhuma.
 
Então é isso: se não levarmos em conta esses porróides
emocionais nas teorizófilas sobre sociedades humanófilas,
estaremos condenados a, como diziam os mecânicos de
antigamente, "fuder a biela" (acreditem, nos meus idos
tempos de adolescente, há milênios atrás, fodi com várias
bielas, hahahahahaha; e quem não sabe o que é biela, porra,
vá se lascar, hahahahahaha).
 
*PB*
 
 

From: luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br [ciencialist]
Sent: Friday, June 05, 2015 10:52 AM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: Re: Re: [ciencialist] Ciência da filosofia X Filosofia da Ciência - 1
 

Ola Calil,
 
Pode repassar sim.
 
Outras observações :
 
1- a Ideologia Zero pressupõe "emocionalidade" Zero? Vejo um Grande empecilho a sua empreitada; acho que o Pesky vai concordar comigo nessa!!!
 

2 - Vc fala que nada deverá ser implementado sem ter sido testado e validado, pelo método. Sabe qual é o grande problema disso : é impossível elaborarmos experimentos em laborátorio, como fazemos para a Física, Química, etc para questões sociais, no sentido de se saber se uma determinada política ou ação irá ou não funcionar e atingir os resultados a que se propoõe.
 

O Homem não pode ser agrupado em calsses que reagem sempre da mesma maneira a determinados estímulos/ações/condições, pois um mesmo individuo pode reagir de formas diferentes a um mesmo estímulo ao longo do tempo e em diferentes condições ambientais; além disso, a adição de novas idéias/ideologias/etc também provocará alterações nessas reações e condições.
 

E repare outra coisa, repare que a sociedade é um sistema complexo, onde além da questão "experimental", a questão da previsibilidade, da forma como entendemos em física e química, perde muito de sua força. Repare que isso também é característica da Teoria da Evolução.
 

A TE não tem como ser testada em laboratório, com relação a sua afirmação principal : que as "espécies" são resultado de alterações lentas e graduais (através do processo de evolução por seleção natural); não é possível confirmar a trasformação de uma espécie em outra diferente com um experimento em um laboratório; a validação dessa afirmação vem do relato histórico (fósseis). Além disso, a TE não tem como nos dizer qual será o futuro evolutivo do baiacu, que estruturas irá perder ou ganhar, em determinados instantes de tempo (longos), em que tipo de espécie irá se tornar.
 
Tudo  o que foi falado acima é igualmente válido para as ciências da ação humana. Sugiro fortemente a leitura do livro do Mises "Teoria e História", onde ele  aborda a questão metodológica das Ciências da Ação Humana,  e onde deixa explicitamente claro que a adoção do dualismo metodológico é um artifício metodológico. Leia, e vc verá que a maioria das críticas feitas ao Mises são rasas, ou carecem de entendimento do que ele expôs.
 

Vou ver se faço um resumo sobre isso, nesse final de semana. Mas só para reflexão : da mesma forma como usamos a evolução por seleção natural para explicar uma dada situação da realidade, usamos as Leis da Oferta-Demanda, de utilildade marginal para explicar uma dada situação da realidade econômica. Não precisamos de experimentos para validar essas leis (que na realidade, quando olhamos para os "fósseis" do passado, esses sempre as confirmam).
 
Abs
Felipe
 
 
 
 
 

SUBJECT: Re: Re: Re: [ciencialist] Ciência da filosofia X Filosofia da Ciência - 1
FROM: Jeff <jeff@jeff.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/06/2015 13:30

Em 2015-06-04 23:25, luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br
[ciencialist]
escreveu:

>
> Esta resposta é tb para a colocação do Jeff :
>
> A informação está no mesmo parágrafo. A questão da impossibilidade
> da determinação racional dos preços, salários, que é condição
> necessária para termos uma economia planificada, uma administração
> "científica" da sociedade, não é tecnológica. Emergem (emergencia
> fraca) como consequências das interações que ocorrem no marcado. A lei
> da oferta e demana, a lei da utilildade marginal decrescente NÃO podem
> ser usadas para determinação de preços, pois são leis que falam sobre
> Variação, não de determinação (nenhum economista consegue usa-las
> para determinar ou prever preços de equilíbrio). Além disso, o preço
> é uma valor (com componente altamente subjetivo) que é atribuido a
> determinado produto ou serviço.
>

Acho melhor eu já juntar as pontas pra você entender onde estou
querendo chegar (até porque entendo que a coisa toda só funcionaria com
tudo junto):

Veja como a tecnologia, mais uma vez, muda tudo (como sempre mudou): Já
faz tempo que é tecnicamente possível atingirmos a abundância de bens de
consumo. Hoje já produzimos mais alimento do que o necessário pra mundo
(800 milhões passam fome enquanto que o alimento pra 2 bilhões é
desperdiçado); nos EUA (que é ainda um centro do capitalismo) tem mais
moradias vazias do que sem-tetos, indústrias param por falta de
compradores, e não de demanda, enfim, não é nenhum absurdo falar em
produzir tudo pra todo mundo, ainda mais (muito, muito mais) se
tivéssemos acesso a todos os recursos do planeta pra isso, se seu uso e
se os produtos fossem sustentáveis. Havendo abundância, não há mais a
necessidade de preços. Tudo poderia ser disponibilizado sem uma etiqueta
de preço, você só iria no "mercado" e pegaria o que precisasse.

Mais uma outra vez, outra vez, a tecnologia pode mudar a realidade:
Diante do potencial tecnológico atual, o trabalho humano já está quase
obsoleto. Todo trabalho humano "braçal" já poderia ser substituído por
máquinas hoje, mas, pra isso, claro, o mundo teria que ser redesenhado.
Lembrando que me refiro ao potencial tecnológico, não ao que tem no
mercado hoje...

Juntando as pontas, mostrando porque a tecnologia atual pode mudar
tudo, possibilitando um enorme "upgrade" na sociedade humana: Podemos
conhecer a demanda em tempo real (e até prevê-la em certa medida),
podemos produzir abundância de bens de consumo e serviços de modo
sustentável, sem nem mesmo depender do trabalho humano pra isso. Estas
possibilidades tornam obsoletas todas as ideologias baseadas em escassez
e no trabalho humano. Chamamos (Movimento Zeitgeist, Projeto Venus) esse
tipo de economia de economia baseada nos recursos/leis naturais. Mais
informações em movimentozeitgeist.com.br, umanovaformadepensar.com.br,
thevenusproject.com.


>
> 1 - a proposta de estatização da economia é, em substância, uma
> proposta de unificação de poder político e econômico e que para
> "funcionar" (não funciona), necessita de seres humanos tomados por
> "Invasores de Cropos" (aquele filme, onde uma forma de vida com uma
> unica
> consciencia invade o corpo do ser humano). Não é a toa que deu no que
> deu, em TODOS os países onde foi tentada.
>

Acho estranho afirmarem que o capitalismo funciona, enquanto que mais
de 90% dos mais de duzentos países são capitalistas e a grande maioria
deles tem gravíssimos problemas sociais, e que o comunismo não funcionou
em "TODAS" as meia dúzia de tentativas de implementação, distorcidas,
restritas, atacadas. E também afirmar que só no capitalismo pode haver
progresso tecnológico enquanto que a URSS chegou a rivalizar com os
EUA... E também não acho sensato discutir comunismo vs capitalismo aqui
nesta lista.

>
> E sim, as tentativas que tivemos foram tentativas para se administrar
> cientificamente a sociedade, negar isso é cometer a falácia do escoces
> verdadeiro
>

Entendo como uma "sociedade científica" uma onde todas as decisões são
conclusões de estudos científicos, e não apenas baseada em conhecimento
científico, ou que apenas investe bastante em pesquisa e
desenvolvimento. Isso nunca houve na história. Numa sociedade científica
não são pessoas que decidem as coisas, se chega a conclusões usando o
método científico.

Quanto a falácia do escocês verdadeiro, muitas vezes quem a acusa
apenas não sabe o que é um escocês... :) Como quem acredita que o
Nacional-Socialismo era socialista por causa do nome, que a
República(?!) Popular(?!) Democrática(?!) da Coreia é comunista, que
socialismo científico é administração científica da sociedade, etc...

[]s,
Jeff.


SUBJECT: dinheiro a rodo e samba de criolo doido
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/06/2015 14:32

 

Diz a sabedoria nossa de cada dia:   o que é seu, dá a quem quer, e como quer. Ninguém tem nada a ver com isso. Mas....

 

Nada contra doar a fortuna, como o indiano fez. Agora, para viver rezando, com os oinhos, lânguidos, viradinhos para cima? Paciência.

 

Uma parte deste dinheiro, digamos, 60% bem que poderia ser destinado a matar a fome de pessoas em penúria extrema, em tantos países da África;   outra parte, uns 30%, bem que poderia financiar pesquisas médicas e vacinas, objetivando diminuir o impacto de tantas doenças sem cura, que danificam a beleza do viver;  outra parte, uns 7%,  bem que poderia ser usada no estudo de uma cura para a estupidez humana, inclusive a que norteou sua atitude de viver misticamente;  e, finalmente, o restante beeeem  poderia mandar para a minha pobre e carente conta, que, num instante,  eu daria um destino bem útil.

 

Bem, vou sugerir. Mas tenho a ligeiríssima impressão de que não concordará...

 

http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/bbc/2015/06/05/rei-do-plastico-milionario-indiano-doa-fortuna-e-larga-tudo-para-virar-monge.htm

 

Sds,

Victor.


SUBJECT: Re: Re: Re: [ciencialist] Ciência da filosofia X Filosofia da Ciência - 1
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/06/2015 15:38

Ola Jeff

"Acho melhor eu já juntar as pontas pra você entender onde estou
querendo chegar (até porque entendo que a coisa toda só funcionaria com
tudo junto):

Veja como a tecnologia, mais uma vez, muda tudo (como sempre mudou): Já
faz tempo que é tecnicamente possível atingirmos a abundância de bens de
consumo. Hoje já produzimos mais alimento do que o necessário pra mundo
(800 milhões passam fome enquanto que o alimento pra 2 bilhões é
desperdiçado); nos EUA (que é ainda um centro do capitalismo) tem mais
moradias vazias do que sem-tetos, indústrias param por falta de
compradores, e não de demanda, enfim, não é nenhum absurdo falar em
produzir tudo pra todo mundo, ainda mais (muito, muito mais) se
tivéssemos acesso a todos os recursos do planeta pra isso, se seu uso e
se os produtos fossem sustentáveis. Havendo abundância, não há mais a
necessidade de preços. Tudo poderia ser disponibilizado sem uma etiqueta
de preço, você só iria no "mercado" e pegaria o que precisasse."


Isso é uma sequência de non sequitiur.

Vc parece pensar em economia/sociedade em termos de alimentação e teto, sem mais grandes complicações. Sem um tal de ser humano, com suas falhas, suas emoções, relações de poder, etc,etc. É claro que a tecnologia sempre vai aumentar nossa produtividade, etc. Mas não é nada claro que não existam restrições de todos os tipos, principalemnte de recursos. Que não se tenha problema para controle de demanda e oferta (vamos atender as vonteaddes de todos, desde do palito de fósforo até a iates, produtos de luxo ??)

"Mais uma outra vez, outra vez, a tecnologia pode mudar a realidade:
Diante do potencial tecnológico atual, o trabalho humano já está quase
obsoleto. Todo trabalho humano "braçal" já poderia ser substituído por
máquinas hoje, mas, pra isso, claro, o mundo teria que ser redesenhado.
Lembrando que me refiro ao potencial tecnológico, não ao que tem no
mercado hoje..."

De onde vc tirou que hoje nosso trabalho é quase obsoleto ? De onde tirou que todo trabalho braçal já pode ser substituido por máquinas? Vc considera a criatividade obsoleta ? 

Não entendi, vc falou hoje, e depois falou em potencial ?? Outra coisa, redesenhar o mundo, soluções milagrosas para um mundo melhor sempre deram em merda!! Sempre!! A sociedade é complexa demais para que algum iluminado consiga (tenha capacidade cognitiva) vir com o projeto ideal! Isso é balela e com potencial assassino, pois para alguém causar um mal enorme na sociedade, esse alguém não tem de ser necessariamente mal, basta estar se propondo a algo que está muito além de sua capacidade.

"Juntando as pontas, mostrando porque a tecnologia atual pode mudar
tudo, possibilitando um enorme "upgrade" na sociedade humana: Podemos
conhecer a demanda em tempo real (e até prevê-la em certa medida),
podemos produzir abundância de bens de consumo e serviços de modo
sustentável, sem nem mesmo depender do trabalho humano pra isso. Estas
possibilidades tornam obsoletas todas as ideologias baseadas em escassez
e no trabalho humano. Chamamos (Movimento Zeitgeist, Projeto Venus) esse
tipo de economia de economia baseada nos recursos/leis naturais. Mais
informações em movimentozeitgeist.com.br, umanovaformadepensar.com.br,
thevenusproject.com."

Como já falei, Capitalismo não é ideologia! Calro que a tecnololgia sempre vai nos ajudar, aumentar a produtividade e a qualidade de vida, mas novamente, daí a concluir um paraíso na Terra, é um salto lógico ENORME!!

"Acho estranho afirmarem que o capitalismo funciona, enquanto que mais
de 90% dos mais de duzentos países são capitalistas e a grande maioria
deles tem gravíssimos problemas sociais, e que o comunismo não funcionou
em "TODAS" as meia dúzia de tentativas de implementação, distorcidas,
restritas, atacadas. E também afirmar que só no capitalismo pode haver
progresso tecnológico enquanto que a URSS chegou a rivalizar com os
EUA... E também não acho sensato discutir comunismo vs capitalismo aqui
nesta lista."


De onde vc tirou que mais de 90% são pasíes capitalistas liberais e democraticos ? De onde tirou que só temos meia dúzia de experimentos socialistas ?

Novamente, a condição humana sempre foi de pobdreza, miséria e fome. Somente nos ultimos 200 anos é que temos conseguido reduzir drásticamente essa condição (que no passado era o padrão da grande maioria da população mundial). O capitalismo, mesmo com toda a sabotagem que sofre nos últimos 100 anos, com todo o intervcencionismo e keynesianismo que tem dominado os últimos 50 anos, tem conseguido gradualemte diminuir o sofrimento humano.

Diferentemente do Marxismo, temos casos de extremo sucesso , como Hong Kong, Cingapura , Suécia (o que possibilitou a implantação da social democracia), os EUA qdo eram efetivamente liberais, Nova Zelândia, etc que foram alcançados quando se aprofundou a adoção do programa liberal clássico. A incrível taxa de 100% de fracasso não é por mera coincidência; são consequências lógicas do próprio projeto, que ainda por cima, requer um tipo de ser humano que será qqer coisa, menos humano, de acordo com o que descrevemos como tal hoje.

Exsite correlação entre os inidcadores de liberdade econômica, indice de facilidade de se fazer negócio e IDH e bem estar social. Os EUA, já não são exemplo de capitalismo liberal faz tempo, tendo chegado a estar na 19a. posição no indicador de liberdade economica (que mede o quanto o estado intervem na economia - perde para a Dinamarca, pais social democrata).
Segue a lista de paises que já seguiram a linha Marxista :

Com relção a URSS rivalizar com os EUA :

1- Isso só se dava no meio militar, e é muito similar ao que ocorre em economias com esforço de guerra (até pq grande parte do pouco de dinheiro q a economia produzia era direcionado para esse área). Alto desenvolvimento de tecnologia militar, e perda significativa de produção de bens de consumo. Num país onde isso já é ruím, dá para imaginar o que acontece. Produtos horríveis para a população, falta de produtos e filas.

2- Existe biblkiografia que demonstra a existência de um capitalismo candlestino, que suportava grande parte do mercado soviético, o que é evidenciado pela qde de bilionarios russos que surgiram após a queda da URSS.





"Entendo como uma "sociedade científica" uma onde todas as decisões são
conclusões de estudos científicos, e não apenas baseada em conhecimento
científico, ou que apenas investe bastante em pesquisa e
desenvolvimento. Isso nunca houve na história. Numa sociedade científica
não são pessoas que decidem as coisas, se chega a conclusões usando o
método científico."


Isso é uma quimera, um frankstein do positivismo, do cientificismo. Novamente, como já respondi para o calil :

O Homem não pode ser agrupado em calsses que reagem sempre da mesma maneira a determinados estímulos/ações/condições, pois um mesmo individuo pode reagir de formas diferentes a um mesmo estímulo ao longo do tempo e em diferentes condições ambientais; além disso, a adição de novas idéias/ideologias/etc também provocará alterações nessas reações e condições.

E repare outra coisa, repare que a sociedade é um sistema complexo, onde além da questão "experimental", a questão da previsibilidade, da forma como entendemos em física e química, perde muito de sua força. Repare que isso também é característica da Teoria da Evolução.

A TE não tem como ser testada em laboratório, com relação a sua afirmação principal : que as "espécies" são resultado de alterações lentas e graduais (através do processo de evolução por seleção natural); não é possível confirmar a trasformação de uma espécie em outra diferente com um experimento em um laboratório; a validação dessa afirmação vem do relato histórico (fósseis). Além disso, a TE não tem como nos dizer qual será o futuro evolutivo do baiacu, que estruturas irá perder ou ganhar, em determinados instantes de tempo (longos), em que tipo de espécie irá se tornar.

Tudo  o que foi falado acima é igualmente válido para as ciências da ação humana (não é possível fazer um experimento em laboratório para confirmar a validade de uma politica ou ação e aplica-la na sociedade com certeza de sucesso).

Sugiro fortemente a leitura do livro do Mises "Teoria e História", onde ele  aborda a questão metodológica das Ciências da Ação Humana,  e onde deixa explicitamente claro que a adoção do dualismo metodológico é um artifício metodológico. Leia, e vc verá que a maioria das críticas feitas ao Mises são rasas, ou carecem de entendimento do que ele expôs.

"Quanto a falácia do escocês verdadeiro, muitas vezes quem a acusa
apenas não sabe o que é um escocês... :) Como quem acredita que o
Nacional-Socialismo era socialista por causa do nome, que a
República(?!) Popular(?!) Democrática(?!) da Coreia é comunista, que
socialismo científico é administração científica da sociedade, etc..."
 
Não, não se acredita que o nacional socialismo era socialismo pelo nome. E não é questão de se acreditar, é se buscar as origens e as ações que se tomaram. A origem do nacional socialismo está no Marxismo; o principal ideólogo alemão, se inspirou no Socialismo Marxista; Hitler, em seu livro Main kampf fala claramente das similaridades (fora os discursos e o controle estatal dos meios de produção). Seu medo com relação ao Marxismo era o seu carater internacionalista, que ele via como uma grande ameaça ao ressurgimento e fortalecimento da nação Alemã! O mesmo se aplica a Coréia, é uma sociedade baseada na propriedade publica dos meios de produção, oriunda de uma revolução Marxista, que pode evoluir para dinastias, como a Coreana e a Cubana.

Creio que essa discussão é pertinente para a questão da administração científica da sociedade.

Abs
Felipe



Em Sexta-feira, 5 de Junho de 2015 13:30, "Jeff jeff@jeff.com.br [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br> escreveu:


 
Em 2015-06-04 23:25, luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br
[ciencialist]
escreveu:

>
> Esta resposta é tb para a colocação do Jeff :
>
> A informação está no mesmo parágrafo. A questão da impossibilidade
> da determinação racional dos preços, salários, que é condição
> necessária para termos uma economia planificada, uma administração
> "científica" da sociedade, não é tecnológica. Emergem (emergencia
> fraca) como consequências das interações que ocorrem no marcado. A lei
> da oferta e demana, a lei da utilildade marginal decrescente NÃO podem
> ser usadas para determinação de preços, pois são leis que falam sobre
> Variação, não de determinação (nenhum economista consegue usa-las
> para determinar ou prever preços de equilíbrio). Além disso, o preço
> é uma valor (com componente altamente subjetivo) que é atribuido a
> determinado produto ou serviço.
>

Acho melhor eu já juntar as pontas pra você entender onde estou
querendo chegar (até porque entendo que a coisa toda só funcionaria com
tudo junto):

Veja como a tecnologia, mais uma vez, muda tudo (como sempre mudou): Já
faz tempo que é tecnicamente possível atingirmos a abundância de bens de
consumo. Hoje já produzimos mais alimento do que o necessário pra mundo
(800 milhões passam fome enquanto que o alimento pra 2 bilhões é
desperdiçado); nos EUA (que é ainda um centro do capitalismo) tem mais
moradias vazias do que sem-tetos, indústrias param por falta de
compradores, e não de demanda, enfim, não é nenhum absurdo falar em
produzir tudo pra todo mundo, ainda mais (muito, muito mais) se
tivéssemos acesso a todos os recursos do planeta pra isso, se seu uso e
se os produtos fossem sustentáveis. Havendo abundância, não há mais a
necessidade de preços. Tudo poderia ser disponibilizado sem uma etiqueta
de preço, você só iria no "mercado" e pegaria o que precisasse.

Mais uma outra vez, outra vez, a tecnologia pode mudar a realidade:
Diante do potencial tecnológico atual, o trabalho humano já está quase
obsoleto. Todo trabalho humano "braçal" já poderia ser substituído por
máquinas hoje, mas, pra isso, claro, o mundo teria que ser redesenhado.
Lembrando que me refiro ao potencial tecnológico, não ao que tem no
mercado hoje...

Juntando as pontas, mostrando porque a tecnologia atual pode mudar
tudo, possibilitando um enorme "upgrade" na sociedade humana: Podemos
conhecer a demanda em tempo real (e até prevê-la em certa medida),
podemos produzir abundância de bens de consumo e serviços de modo
sustentável, sem nem mesmo depender do trabalho humano pra isso. Estas
possibilidades tornam obsoletas todas as ideologias baseadas em escassez
e no trabalho humano. Chamamos (Movimento Zeitgeist, Projeto Venus) esse
tipo de economia de economia baseada nos recursos/leis naturais. Mais
informações em movimentozeitgeist.com.br, umanovaformadepensar.com.br,
thevenusproject.com.

>
> 1 - a proposta de estatização da economia é, em substância, uma
> proposta de unificação de poder político e econômico e que para
> "funcionar" (não funciona), necessita de seres humanos tomados por
> "Invasores de Cropos" (aquele filme, onde uma forma de vida com uma
> unica
> consciencia invade o corpo do ser humano). Não é a toa que deu no que
> deu, em TODOS os países onde foi tentada.
>

Acho estranho afirmarem que o capitalismo funciona, enquanto que mais
de 90% dos mais de duzentos países são capitalistas e a grande maioria
deles tem gravíssimos problemas sociais, e que o comunismo não funcionou
em "TODAS" as meia dúzia de tentativas de implementação, distorcidas,
restritas, atacadas. E também afirmar que só no capitalismo pode haver
progresso tecnológico enquanto que a URSS chegou a rivalizar com os
EUA... E também não acho sensato discutir comunismo vs capitalismo aqui
nesta lista.

>
> E sim, as tentativas que tivemos foram tentativas para se administrar
> cientificamente a sociedade, negar isso é cometer a falácia do escoces
> verdadeiro
>

Entendo como uma "sociedade científica" uma onde todas as decisões são
conclusões de estudos científicos, e não apenas baseada em conhecimento
científico, ou que apenas investe bastante em pesquisa e
desenvolvimento. Isso nunca houve na história. Numa sociedade científica
não são pessoas que decidem as coisas, se chega a conclusões usando o
método científico.

Quanto a falácia do escocês verdadeiro, muitas vezes quem a acusa
apenas não sabe o que é um escocês... :) Como quem acredita que o
Nacional-Socialismo era socialista por causa do nome, que a
República(?!) Popular(?!) Democrática(?!) da Coreia é comunista, que
socialismo científico é administração científica da sociedade, etc...

[]s,
Jeff.



SUBJECT: Re: Re: Re: [ciencialist] Ciência da filosofia X Filosofia da Ciência - 1
FROM: Mtnos Calil <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/06/2015 16:05

Meu amigo. 

Se você quiser mesmo fazer uma leitura lógico-cientifica do Mr. Mises, você vai sofrer muito. Já fiz um pré-diagnóstico com o raio X do LPC e o resultado foi infelizmente muito negativo. Digo infelizmente porque a imagem que eu tinha deste respeitado liberal ficou muito, muito chamuscada. 
De minha parte, como  veremos na próxima mensagem, já comecei a compartilhar esse sacrificio com você, dando uma primeira olhada no livro que você recomendou. 

Abraços
M.Calil 
TBHR - Teoria do Bom Humor Radical 

Ps. Quanto à questão econômica que é o ponto chave do Mises, sugiro que você, se possivel, use o pensamento dele para imaginar qual seria a solução que ele apresentaria para os gravissimos problemas econômicos que o Brasil enfrenta hoje. Estamos atravessando a maior crise econômica da história do Brasil cuja dimensão ainda não foi bem calculada pelos economistas. 

==============================



On Sex 05/06/15 11:07 , "luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 

Calil,

Apesar da grande obra dele ser Ação Humana, estou indicando o Teoria e Historia justamente por ser nele que Mises aborda a questão do método. Outro, que ainda não li, e que é seu último livro é esse aqui :





Em Sexta-feira, 5 de Junho de 2015 10:52, "luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br [ciencialist]" escreveu:


 
Ola Calil,

Pode repassar sim.

Outras observações :

1- a Ideologia Zero pressupõe "emocionalidade" Zero? Vejo um Grande empecilho a sua empreitada; acho que o Pesky vai concordar comigo nessa!!!

2 - Vc fala que nada deverá ser implementado sem ter sido testado e validado, pelo método. Sabe qual é o grande problema disso : é impossível elaborarmos experimentos em laborátorio, como fazemos para a Física, Química, etc para questões sociais, no sentido de se saber se uma determinada política ou ação irá ou não funcionar e atingir os resultados a que se propoõe.

O Homem não pode ser agrupado em calsses que reagem sempre da mesma maneira a determinados estímulos/ações/condições, pois um mesmo individuo pode reagir de formas diferentes a um mesmo estímulo ao longo do tempo e em diferentes condições ambientais; além disso, a adição de novas idéias/ideologias/etc também provocará alterações nessas reações e condições.

E repare outra coisa, repare que a sociedade é um sistema complexo, onde além da questão "experimental", a questão da previsibilidade, da forma como entendemos em física e química, perde muito de sua força. Repare que isso também é característica da Teoria da Evolução.

A TE não tem como ser testada em laboratório, com relação a sua afirmação principal : que as "espécies" são resultado de alterações lentas e graduais (através do processo de evolução por seleção natural); não é possível confirmar a trasformação de uma espécie em outra diferente com um experimento em um laboratório; a validação dessa afirmação vem do relato histórico (fósseis). Além disso, a TE não tem como nos dizer qual será o futuro evolutivo do baiacu, que estruturas irá perder ou ganhar, em determinados instantes de tempo (longos), em que tipo de espécie irá se tornar.

Tudo  o que foi falado acima é igualmente válido para as ciências da ação humana. Sugiro fortemente a leitura do livro do Mises "Teoria e História", onde ele  aborda a questão metodológica das Ciências da Ação Humana,  e onde deixa explicitamente claro que a adoção do dualismo metodológico é um artifício metodológico. Leia, e vc verá que a maioria das críticas feitas ao Mises são rasas, ou carecem de entendimento do que ele expôs.

Vou ver se faço um resumo sobre isso, nesse final de semana. Mas só para reflexão : da mesma forma como usamos a evolução por seleção natural para explicar uma dada situação da realidade, usamos as Leis da Oferta-Demanda, de utilildade marginal para explicar uma dada situação da realidade econômica. Não precisamos de experimentos para validar essas leis (que na realidade, quando olhamos para os "fósseis" do passado, esses sempre as confirmam).

Abs
Felipe





Em Sexta-feira, 5 de Junho de 2015 3:03, "Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" escreveu:


 
[Anexos de Mtnos Calil incluídos abaixo]

Ok, 
Luiz Felipe.
 
1.  Vou tentar fazer um resumo do que seria  um “sistema de administração cientifica da sociedade" e envio amanhã. Por ora apresento o primeiro pré-requisito deste sistema que é a ideologia zero. A definição da IZero ainda não está finalizada, mas já temos estes fundamentos:
 
a) A ideologia zero pode ser definida como um ESTADO MENTAL a partir do qual, ao olhar para qualquer aspecto da realidade, o cidadão deixa de lado suas crenças e desejos, adotando este principio básico da ciência: todas as idéias e teorias devem levar em conta, no processo da sua elaboração, o fato de que deverão ser submetidas à prova, com base na metodologia científica.
b) A ética é um elemento fundamental da definição da Ideologia Zero, sendo que a ISENÇÃO é um elemento essencial da ética. Ocorre que muitas vezes para seremos isentos, temos que aceitar o não saber. Como o ser humano não tolera não saber, buscando explicação para tudo e não aceitando que a mente humana tem limitações que o impedem saber de tudo, ele cria explicações que satisfazem os seus desejos ou ilusões, ferindo assim a isenção ética. 
c) A ideologia zero é um estado mental isento de: Fé, Crenças, Desejos, Wishfulthinking (pensamento-desejo), Ilusões, Auto-engano, Hipocrisia (consciente ou inconsciente),Transtornos emocionais, Transtornos mentais. Esse estado mental não pode, obviamente ocupar a mente do individuo o tempo todo. 
 
Obs. A construção desta definição obedece a uma metodologia baseada neste principio: todos os conceitos apresentados na definição, como fé, crença, desejo, etc. terão também que ser definidos.
 
 
2. Quanto ao capitalismo, eu  não disse que ele é uma ideologia. 
O que Marx disse a respeito é que o capitalismo se serve de ideologias. 
Ao mesmo tempo que Marx combateu as ideologias, criou a sua - a da sociedade igualitária. 
 
Mas as ideologias não são apenas um instrumento das "classes dominantes" como dizia Marx. Os dominados também podem ter suas ideologias e por isso Lenin inventou a “ideologia do proletariado” (mas ele não conhecia o pensamento negativista da ideologia de Marx, porque o livro Ideologia Alemã só foi publicado após a morte de Lenin). 
 
As ideologias foram criadas pelos nossos antepassados bem primitivos para entender o mundo. Depois inventaram a vida após a morte para tornar a morte menos insuportável. Essas idéias primitivas antecederam as ideologias politicas. Um bom exemplo de ideologia é o pensamento de que a escravidão era uma coisa natural, normal. Enfim cada um se serve das ideologias de acordo com suas conveniências pessoais ou de grupo. Todo o nosso debate, de minha parte, vai ser calcado na identificação do "virus ideológico" que é invisível.  
 
No arquivo anexo vai um texto introdutório do livro Ideologia Zero que estou escrevendo e que tem intima conexão com o livro “Lógica na comunicação humana” cuja versão eletrônica já existe há alguns anos.
 
3. Também penso como você a respeito da criação do capitalismo. Ele  não foi planejado por ninguém.  E representou um grande avanço da humanidade ao substituir o feudalismo. O próprio Marx reconheceu esse mérito, atribuindo –o à “burguesia”. A criação do capitalismo, como tanta coisa neste mundo, foi autopoiética. ( na minha “opinião” tanto a autopoiese como a teoria quântica podem ser aplicadas ao mundo social, desde é claro sejam tomados os devidos cuidados para não se cair no ridículo; a imprevisibilidade,  um dos elementos básicos da teoria quântica, é também um fator chave da evolução que não é tão determinista como querem alguns.
 
Até amanhã!
Mtnos Calil
 
Ps. Pergunto se posso enviar cópia deste debate para o grupo do Mãos Limpas, onde estão muitos defensores do capitalismo. 

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On Sex 05/06/15 00:44 , "luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 
Calil,

A vontade, mas queria primeiro que vc caracterizasse o que seria uma defesa "científica" de qqer sistema social.

Outra coisa, o Capitalismo NÃO é uma ideologia (aliás, essa nomenclatura é Marxista). Não foi planejado por ninguém, desenhado na prancheta, surge na sociedade como soluções incrementais para problemas práticos enfrentados. O primeiro a estudar (e não criar) o sistema foi Adam Smith, no seu livro "A Riqueza das Nações".

Abs
Felipe



Em Sexta-feira, 5 de Junho de 2015 0:33, "Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" escreveu:


 
Very Good, Luiz Silva Felipe. (e não Jeff).

Se você tiver paciência para o contraditório terei que apresentar uma certa*  quantidade de argumentos para demonstrar que a sua defesa do capitalismo é ideológica (e portanto não cientifica). 
*  Certa quantidade? Não, não! É incerta - os humanos usam a palavra certa para designar coisas incertas.. se isso não for esquizofrenia linguistica o que seria? "licença semântica"? 

Aguardo o seu consentimento para o contraditório lógico-cientifico. 

Thanks
M.Calil 

Ps. Eu só uso o termo "sonho" para designar os fenômenos noturnos assim denominados e que a ciência ainda não conseguiu explicar a sua função psico-cognitiva. Para Freud os sonhos tinham a função de realizar desejos reprimidos no inconsciente. 



On Qui 04/06/15 23:25 , "luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 
Ola Calil,

"O que aconteceu agora, é que você não informou qual é problema que eu disse que não tinha captado. 
Quanto à administração cientifica da economia isso nunca aconteceu na história da humanidade. Se você está se referindo ao genocidio stalinista, trata-se de um fenômeno de psicopatia social como qualquer outros genocidios. - o termo genocidio, muito a propósito, contem o prefixo gen de gene. "

Esta resposta é tb para a colocação do Jeff :

 A informação está no mesmo parágrafo. A questão da impossibilidade da determinação racional dos preços, salários, que é condição necessária para termos uma economia planificada, uma administração "científica" da sociedade, não é tecnológica. Emergem (emergencia fraca) como consequências das interações que ocorrem no marcado. A lei da oferta e demana, a lei da utilildade marginal decrescente NÃO podem ser usadas para determinação de preços, pois são leis que falam sobre Variação, não de determinação (nenhum economista consegue usa-las para determinar ou prever preços de equilíbrio). Além disso, o preço é uma valor (com componente altamente subjetivo) que é atribuido a determinado produto ou serviço.

Com relação ao Socialismo/Comunismo Marxista, temos 2 pontos :

1 - A questão política social
2 - A questão econômica

1 - a proposta de estatização da economia é, em substância, uma proposta de unificação de poder político e econômico e que para "funcionar" (não funciona), necessita de seres humanos tomados por "Invasores de Cropos" (aquele filme, onde uma forma de vida com uma unica consciencia invade o corpo do ser humano). Não é a toa que deu no que deu, em TODOS os países onde foi tentada.

2 - a questão econômica, foi o que coloquei no paragrafo acima

E sim, as tentativas que tivemos foram tentativas para se administrar cientificamente a sociedade, negar isso é cometer a falácia do escoces verdadeiro


"O genocidio do capitalismo é mais refinado do que o genocidio nazi-stalinista - só temos hoje um bilhão de famélicos. Mas fora a fome, bilhões de terrestres vivem em estado avançado de stress e ansiedade, fora as guerras fabricadas como a do Iraque para rechear os bolsos da industria armamentista. "

Calil, não existe "genocidio" do capitalismo. Para fazer uma análise correta do que ocorre, temos que fazer uma análise histórica. A condição natural humana sempre foi de pobreza e luta pela vida. A evolução da cooperação social (e isso é exatamente o que um sistema econômico é) para o Capitalismo, com divisão de trabalho, acumulo de capital possibilitou um aumento de produtividade e  foi acompanhada pela MAIOR redução de pobreza, fome, miséria e mortalidade na história da Humanidade . Somente isso, possibilitou que a população do planeta atingisse os níveis atuais. 

Hoje, o nível de vida até mesmo de uma pessoa pobre é muito melhor até do que a nobreza tinha a 200, 300 anos atrás. Muitos dos 1 BI que vc fala, estão em países que se recusaram a abraçar o mercado (incluindo a àfrica, pós colonização), e se apegaram a promessa de igualdade de resultados oferecida pelo Socialismo Marxista. E hoje, o mundo vive em uma crise essencialmente Keynesiana e intervencionista.

A guerra contra o Iraque foi geopolitica, da mesma forma que as guerras que a URSS fazia, com as ocupções de territórios e substituição da população local por Russos (vide o que ocorre na Ucrânia) - essa discussão é longa, nesse tema, agora, vou parar aqui, somente comentando que tem muita gente que defende que a redução das guerras na história está totalmente correlacionada com o aumento do livre comercio e interdependencia entre as nações.

O capitalismo com o estado democratico de direito está longe de sere perfeito, mas é o que temos de melhor, em termos de cooperação social. Veja os indicadores de liberdade econômica e facilidade de se fazer negócio, e as correlações que tem com o IDH e o bem estar da população.


Defender o capitalismo ou o comunismo/socialismo é pura ideologia. 
Como eu não vejo hoje alternativa para o capitalismo estou propondo civilizá-lo, o que requer a utilização de conceitos e metodologias científicas. Isso é uma utopia? Se for, a ciência será inútil para a salvação da humanidade e muito útil para a sua destruição, porque fazer bomba atômica os cientistas sabem. 

NAO ESTOU GENERALIZANDO - HÁ CIENTISTAS INTERESSADOS NO BEM COMUM, MAS FALTA A ELES CORAGEM PARA ENFRENTAR OS DONOS DO PODER QUE FINANCIAM SEUS PROJETOS. 

EDGAR MORIN FALA EM CIÊNCIA COM CONSCIÊNCIA - EU FALO EM CIÊNCIA COM CORAGEM. CORAGEM DE SER AUTÊNTICO, como falou Rollo May em seu livrinho "O homem à procura de si mesmo". 

absmc

Ps. Devemos à ciência o fato de termos dobrado a nossa longevidade em poucos anos. Essa foi a grande contribuição dos cientistas  para a humanidade. O resto é o resto... Automóvel? É um veneno que viciou a economia, como tantos outros. Agora o povo alienado está se viciando nos celulares, redes "sociais", facebooks, selfies e outras besteiras tecno-cientificas. 

Defender o capitalismo é defender o que temos de melhor hoje, e que apresentou melhores resultados objetivos! Todo o desenvolvimento científico e tecnológico que temos hoje se deve ao capitalismo, a acumulação de capital que possibilita o financiamento das pesqueisas e desenvolvimento de tecnologia.

O sonho de uma administração cientifica da sociedade é uma utopia.

Abs
Felipe




Em Quinta-feira, 4 de Junho de 2015 21:10, "Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" escreveu:


 
Óia a bagunça comunicacional.
Foi assim que eu recebi a mensagem


=====================================================================

> Em 2015-06-03 13:44, luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br
>> [ciencialist]
>> escreveu:
>> 
>>> Calil,
>>> 
>>> Vc não captou a essência do problema.
>>> 
>>> A questao não é meramente computacional (e mesmo assim as
>> previsões q
>>> fazemos não tem a mesma caracteristica das previsões q são feitas
>> na
>>> fisica, por exemplo). É que nao existe um método racional para se
>>> determinar o preço de todos os produtos. Ssomente o mercado é capaz
>> de
>>> fazê lo, pois o preço reflete a própria interação entre pessoas
>>> (negociacao e julgamento subjetuvo de valor) e ambiente (escasses ou
>>> abundancia de recursos).
>> 
>> O que estou dizendo é que a tecnologia atual possibilita a criação
>> de
>> um sistema de informação muito melhor que o sistema de preços para
>> gerar
>> informações para alocação dos fatores de produção.
>> 
>> []s,
>> Jeff.


========================================================================
 Vamos agora à sua ultima mensagem, a qual eu vou responder nesta cor 

On Qui 04/06/15 19:52 , "luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 
Calil,

Quem falou que vc não tinha entendido o problema foi eu, não o Jeff. Além disso, outros já tentaram administrar cientificamente o Mercado, a Economia. O resultado disso foram : pobreza, miséria, fome, uma concentração de renda e poder nunca vista e genocídio generalizado.

Abs
Felipe

=========================================

O que aconteceu agora, é que você não informou qual é problema que eu disse que não tinha captado. 
Quanto à administração cientifica da economia isso nunca aconteceu na história da humanidade. Se você está se referindo ao genocidio stalinista, trata-se de um fenômeno de psicopatia social como qualquer outros genocidios. - o termo genocidio, muito a propósito, contem o prefixo gen de gene. 

O genocidio do capitalismo é mais refinado do que o genocidio nazi-stalinista - só temos hoje um bilhão de famélicos. Mas fora a fome, bilhões de terrestres vivem em estado avançado de stress e ansiedade, fora as guerras fabricadas como a do Iraque para rechear os bolsos da industria armamentista. 

Defender o capitalismo ou o comunismo/socialismo é pura ideologia. 
Como eu não vejo hoje alternativa para o capitalismo estou propondo civilizá-lo, o que requer a utilização de conceitos e metodologias científicas. Isso é uma utopia? Se for, a ciência será inútil para a salvação da humanidade e muito útil para a sua destruição, porque fazer bomba atômica os cientistas sabem. 

NAO ESTOU GENERALIZANDO - HÁ CIENTISTAS INTERESSADOS NO BEM COMUM, MAS FALTA A ELES CORAGEM PARA ENFRENTAR OS DONOS DO PODER QUE FINANCIAM SEUS PROJETOS. 

EDGAR MORIN FALA EM CIÊNCIA COM CONSCIÊNCIA - EU FALO EM CIÊNCIA COM CORAGEM. CORAGEM DE SER AUTÊNTICO, como falou Rollo May em seu livrinho "O homem à procura de si mesmo". 

absmc

Ps. Devemos à ciência o fato de termos dobrado a nossa longevidade em poucos anos. Essa foi a grande contribuição dos cientistas  para a humanidade. O resto é o resto... Automóvel? É um veneno que viciou a economia, como tantos outros. Agora o povo alienado está se viciando nos celulares, redes "sociais", facebooks, selfies e outras besteiras tecno-cientificas. 


============================


Em Quinta-feira, 4 de Junho de 2015 14:59, "Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" escreveu:
 
Viu, prof. Belmiro? 

Quando a gente se liberta das ideologias, dá mais atenção ao que foi dito do que ao autor do dito. Quanto ao mercado, como acontece com todos os fenomenos sociais, ele carece de uma administração científica. Um dos pontos chaves desta adminsitração seria limitar a concentração de renda e a consequente desigualdade, responsável hoje por essa divisão esquizofrênica: enquanto cerca de um bilhão de humanos estão obesos, outro bilhão é constituido por famélicos. Parece então que a lei da oferta e da procura não é muito legal, né? Dizem que a lógica é a premissa básica do direito... mas só dizem, por que na hora de fazer leis lógicas (ou mesmo de cumprir algumas leis) essa premissa é ignorada. Se o ser humano fosse muito lógico, este triturador não teria nascido. Que sorte eu tive! 

Triturador Lógico 



On Qui 04/06/15 14:31 , "Belmiro Wolski belmirow@yahoo.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 
>>>"O Jeff tem toda a razão! O Calil não captou a essência do problema. Na verdade não captou nem o problema! Diante desta dificuldade de entendimento, o Calil pede ao Jeff a gentileza de informar qual é o problema em questão. A propósito da fixação de preço pelo mercado parece que a lei da oferta e da procura tem uma influência determinante". 

Putz, nunca pensei que iria concordar em alguma coisa com essa coisa (essa coisa=triturador lógico).

*BW*



Em Quinta-feira, 4 de Junho de 2015 1:36, "Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" escreveu:


 

Deixemos então a miséria para depois de resolvermos essa inesperada crise de identidade. Uma pessoa chamada Jeff enviou essa mensagem para o grupo: 

Calil,

Vc não captou a essência do problema. A questao não é meramente computacional (e mesmo assim as previsões q fazemos não tem a mesma caracteristica das previsões q são feitas na fisica, por exemplo). É que nao existe um método racional para se determinar o preço de todos os produtos. Somente o mercado é capaz de  fazê lo, pois o preço reflete a própria interação entre pessoas (negociacao e julgamento subjetivo de valor) e ambiente (escasses ou abundancia de recursos). 

O que estou dizendo é que a tecnologia atual possibilita a criação de  um sistema de informação muito melhor que o sistema de preços para gerar informações para alocação dos fatores de produção.

O Jeff tem toda a razão! O Calil não captou a essência do problema. Na verdade não captou nem o problema! Diante desta dificuldade de entendimento, o Calil pede ao Jeff a gentileza de informar qual é o problema em questão. A propósito da fixação de preço pelo mercado parece que a lei da oferta e da procura tem uma influência determinante. 

Aguardamos
Atenciosamente
Triturador Lógico




On Qua 03/06/15 20:23 , "Jeff jeff@jeff.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 
Em 2015-06-03 17:13, "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br
[ciencialist]
escreveu:

> Ok. Vou rever com calma o seu pensamento.
> Me diga por favor qual a relevância que essa proposta tem para a cabar
> com a miséria.
> abraço
> m.calil

Ué, será que eu sou o Calil mesmo? Será que eu tenho
dupla-personalidade?!!! OMG!! :)

[]s,
Jeff.

>
> Em Qua 03/06/15 14:55, Jeff jeff@jeff.com.br [ciencialist]
> ciencialist@yahoogrupos.com.br escreveu:
>
>>
>>
>> Em 2015-06-03 13:44, luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br
>> [ciencialist]
>> escreveu:
>>
>>> Calil,
>>>
>>> Vc não captou a essência do problema.
>>>
>>> A questao não é meramente computacional (e mesmo assim as
>> previsões q
>>> fazemos não tem a mesma caracteristica das previsões q são feitas
>> na
>>> fisica, por exemplo). É que nao existe um método racional para se
>>> determinar o preço de todos os produtos. Ssomente o mercado é capaz
>> de
>>> fazê lo, pois o preço reflete a própria interação entre pessoas
>>> (negociacao e julgamento subjetuvo de valor) e ambiente (escasses ou
>>> abundancia de recursos).
>>
>> O que estou dizendo é que a tecnologia atual possibilita a criação
>> de
>> um sistema de informação muito melhor que o sistema de preços para
>> gerar
>> informações para alocação dos fatores de produção.
>>
>> []s,
>> Jeff.
>
>

Links:
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[1]
https://br.groups.yahoo.com/neo/groups/ciencialist/conversations/messages/88455;_ylc=X3oDMTJxN2duNW5xBF9TAzk3NDkwNDM3BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BG1zZ0lkAzg4NDU1BHNlYwNmdHIEc2xrA3JwbHkEc3RpbWUDMTQzMzM2MjQ0NQ--?act=reply&messageNum=88455
[2]
https://br.groups.yahoo.com/neo/groups/ciencialist/conversations/newtopic;_ylc=X3oDMTJlZ3U2NjlyBF9TAzk3NDkwNDM3BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BHNlYwNmdHIEc2xrA250cGMEc3RpbWUDMTQzMzM2MjQ0NQ--
[3]
https://br.groups.yahoo.com/neo/groups/ciencialist/conversations/topics/88422;_ylc=X3oDMTM2c3BrbTVuBF9TAzk3NDkwNDM3BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BG1zZ0lkAzg4NDU1BHNlYwNmdHIEc2xrA3Z0cGMEc3RpbWUDMTQzMzM2MjQ0NQR0cGNJZAM4ODQyMg--
[4] http://www.ciencialist.com
[5]
https://br.groups.yahoo.com/neo/groups/ciencialist/info;_ylc=X3oDMTJlMDNxN2phBF9TAzk3NDkwNDM3BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BHNlYwN2dGwEc2xrA3ZnaHAEc3RpbWUDMTQzMzM2MjQ0NQ--
[6]
https://br.groups.yahoo.com/neo;_ylc=X3oDMTJkNTZsZzFuBF9TAzk3NDkwNDM1BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BHNlYwNmdHIEc2xrA2dmcARzdGltZQMxNDMzMzYyNDQ1
[7] https://info.yahoo.com/privacy/br/yahoo/groups/details.html
[8] https://info.yahoo.com/legal/br/yahoo/utos/terms/



















SUBJECT: Re: Re: Re: [ciencialist] Ciência da filosofia X Filosofia da Ciência - 1
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: ListadeCiência <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/06/2015 16:08

Calil,

O q é LPC?

Abs
Felipe


From: Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist] <ciencialist@yahoogrupos.com.br>;
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>;
Subject: Re: Re: Re: [ciencialist] Ciência da filosofia X Filosofia da Ciência - 1
Sent: Fri, Jun 5, 2015 7:05:00 PM

 

Meu amigo. 


Se você quiser mesmo fazer uma leitura lógico-cientifica do Mr. Mises, você vai sofrer muito. Já fiz um pré-diagnóstico com o raio X do LPC e o resultado foi infelizmente muito negativo. Digo infelizmente porque a imagem que eu tinha deste respeitado liberal ficou muito, muito chamuscada. 
De minha parte, como  veremos na próxima mensagem, já comecei a compartilhar esse sacrificio com você, dando uma primeira olhada no livro que você recomendou. 

Abraços
M.Calil 
TBHR - Teoria do Bom Humor Radical 

Ps. Quanto à questão econômica que é o ponto chave do Mises, sugiro que você, se possivel, use o pensamento dele para imaginar qual seria a solução que ele apresentaria para os gravissimos problemas econômicos que o Brasil enfrenta hoje. Estamos atravessando a maior crise econômica da história do Brasil cuja dimensão ainda não foi bem calculada pelos economistas. 

==============================



On Sex 05/06/15 11:07 , "luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 

Calil,

Apesar da grande obra dele ser Ação Humana, estou indicando o Teoria e Historia justamente por ser nele que Mises aborda a questão do método. Outro, que ainda não li, e que é seu último livro é esse aqui :





Em Sexta-feira, 5 de Junho de 2015 10:52, "luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br [ciencialist]" escreveu:


 
Ola Calil,

Pode repassar sim.

Outras observações :

1- a Ideologia Zero pressupõe "emocionalidade" Zero? Vejo um Grande empecilho a sua empreitada; acho que o Pesky vai concordar comigo nessa!!!

2 - Vc fala que nada deverá ser implementado sem ter sido testado e validado, pelo método. Sabe qual é o grande problema disso : é impossível elaborarmos experimentos em laborátorio, como fazemos para a Física, Química, etc para questões sociais, no sentido de se saber se uma determinada política ou ação irá ou não funcionar e atingir os resultados a que se propoõe.

O Homem não pode ser agrupado em calsses que reagem sempre da mesma maneira a determinados estímulos/ações/condições, pois um mesmo individuo pode reagir de formas diferentes a um mesmo estímulo ao longo do tempo e em diferentes condições ambientais; além disso, a adição de novas idéias/ideologias/etc também provocará alterações nessas reações e condições.

E repare outra coisa, repare que a sociedade é um sistema complexo, onde além da questão "experimental", a questão da previsibilidade, da forma como entendemos em física e química, perde muito de sua força. Repare que isso também é característica da Teoria da Evolução.

A TE não tem como ser testada em laboratório, com relação a sua afirmação principal : que as "espécies" são resultado de alterações lentas e graduais (através do processo de evolução por seleção natural); não é possível confirmar a trasformação de uma espécie em outra diferente com um experimento em um laboratório; a validação dessa afirmação vem do relato histórico (fósseis). Além disso, a TE não tem como nos dizer qual será o futuro evolutivo do baiacu, que estruturas irá perder ou ganhar, em determinados instantes de tempo (longos), em que tipo de espécie irá se tornar.

Tudo  o que foi falado acima é igualmente válido para as ciências da ação humana. Sugiro fortemente a leitura do livro do Mises "Teoria e História", onde ele  aborda a questão metodológica das Ciências da Ação Humana,  e onde deixa explicitamente claro que a adoção do dualismo metodológico é um artifício metodológico. Leia, e vc verá que a maioria das críticas feitas ao Mises são rasas, ou carecem de entendimento do que ele expôs.

Vou ver se faço um resumo sobre isso, nesse final de semana. Mas só para reflexão : da mesma forma como usamos a evolução por seleção natural para explicar uma dada situação da realidade, usamos as Leis da Oferta-Demanda, de utilildade marginal para explicar uma dada situação da realidade econômica. Não precisamos de experimentos para validar essas leis (que na realidade, quando olhamos para os "fósseis" do passado, esses sempre as confirmam).

Abs
Felipe





Em Sexta-feira, 5 de Junho de 2015 3:03, "Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" escreveu:


 
[Anexos de Mtnos Calil incluídos abaixo]

Ok, 
Luiz Felipe.
 
1.  Vou tentar fazer um resumo do que seria  um “sistema de administração cientifica da sociedade" e envio amanhã. Por ora apresento o primeiro pré-requisito deste sistema que é a ideologia zero. A definição da IZero ainda não está finalizada, mas já temos estes fundamentos:
 
a) A ideologia zero pode ser definida como um ESTADO MENTAL a partir do qual, ao olhar para qualquer aspecto da realidade, o cidadão deixa de lado suas crenças e desejos, adotando este principio básico da ciência: todas as idéias e teorias devem levar em conta, no processo da sua elaboração, o fato de que deverão ser submetidas à prova, com base na metodologia científica.
b) A ética é um elemento fundamental da definição da Ideologia Zero, sendo que a ISENÇÃO é um elemento essencial da ética. Ocorre que muitas vezes para seremos isentos, temos que aceitar o não saber. Como o ser humano não tolera não saber, buscando explicação para tudo e não aceitando que a mente humana tem limitações que o impedem saber de tudo, ele cria explicações que satisfazem os seus desejos ou ilusões, ferindo assim a isenção ética. 
c) A ideologia zero é um estado mental isento de: Fé, Crenças, Desejos, Wishfulthinking (pensamento-desejo), Ilusões, Auto-engano, Hipocrisia (consciente ou inconsciente),Transtornos emocionais, Transtornos mentais. Esse estado mental não pode, obviamente ocupar a mente do individuo o tempo todo. 
 
Obs. A construção desta definição obedece a uma metodologia baseada neste principio: todos os conceitos apresentados na definição, como fé, crença, desejo, etc. terão também que ser definidos.
 
 
2. Quanto ao capitalismo, eu  não disse que ele é uma ideologia. 
O que Marx disse a respeito é que o capitalismo se serve de ideologias. 
Ao mesmo tempo que Marx combateu as ideologias, criou a sua - a da sociedade igualitária. 
 
Mas as ideologias não são apenas um instrumento das "classes dominantes" como dizia Marx. Os dominados também podem ter suas ideologias e por isso Lenin inventou a “ideologia do proletariado” (mas ele não conhecia o pensamento negativista da ideologia de Marx, porque o livro Ideologia Alemã só foi publicado após a morte de Lenin). 
 
As ideologias foram criadas pelos nossos antepassados bem primitivos para entender o mundo. Depois inventaram a vida após a morte para tornar a morte menos insuportável. Essas idéias primitivas antecederam as ideologias politicas. Um bom exemplo de ideologia é o pensamento de que a escravidão era uma coisa natural, normal. Enfim cada um se serve das ideologias de acordo com suas conveniências pessoais ou de grupo. Todo o nosso debate, de minha parte, vai ser calcado na identificação do "virus ideológico" que é invisível.  
 
No arquivo anexo vai um texto introdutório do livro Ideologia Zero que estou escrevendo e que tem intima conexão com o livro “Lógica na comunicação humana” cuja versão eletrônica já existe há alguns anos.
 
3. Também penso como você a respeito da criação do capitalismo. Ele  não foi planejado por ninguém.  E representou um grande avanço da humanidade ao substituir o feudalismo. O próprio Marx reconheceu esse mérito, atribuindo –o à “burguesia”. A criação do capitalismo, como tanta coisa neste mundo, foi autopoiética. ( na minha “opinião” tanto a autopoiese como a teoria quântica podem ser aplicadas ao mundo social, desde é claro sejam tomados os devidos cuidados para não se cair no ridículo; a imprevisibilidade,  um dos elementos básicos da teoria quântica, é também um fator chave da evolução que não é tão determinista como querem alguns.
 
Até amanhã!
Mtnos Calil
 
Ps. Pergunto se posso enviar cópia deste debate para o grupo do Mãos Limpas, onde estão muitos defensores do capitalismo. 

===========================================

On Sex 05/06/15 00:44 , "luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 
Calil,

A vontade, mas queria primeiro que vc caracterizasse o que seria uma defesa "científica" de qqer sistema social.

Outra coisa, o Capitalismo NÃO é uma ideologia (aliás, essa nomenclatura é Marxista). Não foi planejado por ninguém, desenhado na prancheta, surge na sociedade como soluções incrementais para problemas práticos enfrentados. O primeiro a estudar (e não criar) o sistema foi Adam Smith, no seu livro "A Riqueza das Nações".

Abs
Felipe



Em Sexta-feira, 5 de Junho de 2015 0:33, "Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" escreveu:


 
Very Good, Luiz Silva Felipe. (e não Jeff).

Se você tiver paciência para o contraditório terei que apresentar uma certa*  quantidade de argumentos para demonstrar que a sua defesa do capitalismo é ideológica (e portanto não cientifica). 
*  Certa quantidade? Não, não! É incerta - os humanos usam a palavra certa para designar coisas incertas.. se isso não for esquizofrenia linguistica o que seria? "licença semântica"? 

Aguardo o seu consentimento para o contraditório lógico-cientifico. 

Thanks
M.Calil 

Ps. Eu só uso o termo "sonho" para designar os fenômenos noturnos assim denominados e que a ciência ainda não conseguiu explicar a sua função psico-cognitiva. Para Freud os sonhos tinham a função de realizar desejos reprimidos no inconsciente. 



On Qui 04/06/15 23:25 , "luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 
Ola Calil,

"O que aconteceu agora, é que você não informou qual é problema que eu disse que não tinha captado. 
Quanto à administração cientifica da economia isso nunca aconteceu na história da humanidade. Se você está se referindo ao genocidio stalinista, trata-se de um fenômeno de psicopatia social como qualquer outros genocidios. - o termo genocidio, muito a propósito, contem o prefixo gen de gene. "

Esta resposta é tb para a colocação do Jeff :

 A informação está no mesmo parágrafo. A questão da impossibilidade da determinação racional dos preços, salários, que é condição necessária para termos uma economia planificada, uma administração "científica" da sociedade, não é tecnológica. Emergem (emergencia fraca) como consequências das interações que ocorrem no marcado. A lei da oferta e demana, a lei da utilildade marginal decrescente NÃO podem ser usadas para determinação de preços, pois são leis que falam sobre Variação, não de determinação (nenhum economista consegue usa-las para determinar ou prever preços de equilíbrio). Além disso, o preço é uma valor (com componente altamente subjetivo) que é atribuido a determinado produto ou serviço.

Com relação ao Socialismo/Comunismo Marxista, temos 2 pontos :

1 - A questão política social
2 - A questão econômica

1 - a proposta de estatização da economia é, em substância, uma proposta de unificação de poder político e econômico e que para "funcionar" (não funciona), necessita de seres humanos tomados por "Invasores de Cropos" (aquele filme, onde uma forma de vida com uma unica consciencia invade o corpo do ser humano). Não é a toa que deu no que deu, em TODOS os países onde foi tentada.

2 - a questão econômica, foi o que coloquei no paragrafo acima

E sim, as tentativas que tivemos foram tentativas para se administrar cientificamente a sociedade, negar isso é cometer a falácia do escoces verdadeiro


"O genocidio do capitalismo é mais refinado do que o genocidio nazi-stalinista - só temos hoje um bilhão de famélicos. Mas fora a fome, bilhões de terrestres vivem em estado avançado de stress e ansiedade, fora as guerras fabricadas como a do Iraque para rechear os bolsos da industria armamentista. "

Calil, não existe "genocidio" do capitalismo. Para fazer uma análise correta do que ocorre, temos que fazer uma análise histórica. A condição natural humana sempre foi de pobreza e luta pela vida. A evolução da cooperação social (e isso é exatamente o que um sistema econômico é) para o Capitalismo, com divisão de trabalho, acumulo de capital possibilitou um aumento de produtividade e  foi acompanhada pela MAIOR redução de pobreza, fome, miséria e mortalidade na história da Humanidade . Somente isso, possibilitou que a população do planeta atingisse os níveis atuais. 

Hoje, o nível de vida até mesmo de uma pessoa pobre é muito melhor até do que a nobreza tinha a 200, 300 anos atrás. Muitos dos 1 BI que vc fala, estão em países que se recusaram a abraçar o mercado (incluindo a àfrica, pós colonização), e se apegaram a promessa de igualdade de resultados oferecida pelo Socialismo Marxista. E hoje, o mundo vive em uma crise essencialmente Keynesiana e intervencionista.

A guerra contra o Iraque foi geopolitica, da mesma forma que as guerras que a URSS fazia, com as ocupções de territórios e substituição da população local por Russos (vide o que ocorre na Ucrânia) - essa discussão é longa, nesse tema, agora, vou parar aqui, somente comentando que tem muita gente que defende que a redução das guerras na história está totalmente correlacionada com o aumento do livre comercio e interdependencia entre as nações.

O capitalismo com o estado democratico de direito está longe de sere perfeito, mas é o que temos de melhor, em termos de cooperação social. Veja os indicadores de liberdade econômica e facilidade de se fazer negócio, e as correlações que tem com o IDH e o bem estar da população.


Defender o capitalismo ou o comunismo/socialismo é pura ideologia. 
Como eu não vejo hoje alternativa para o capitalismo estou propondo civilizá-lo, o que requer a utilização de conceitos e metodologias científicas. Isso é uma utopia? Se for, a ciência será inútil para a salvação da humanidade e muito útil para a sua destruição, porque fazer bomba atômica os cientistas sabem. 

NAO ESTOU GENERALIZANDO - HÁ CIENTISTAS INTERESSADOS NO BEM COMUM, MAS FALTA A ELES CORAGEM PARA ENFRENTAR OS DONOS DO PODER QUE FINANCIAM SEUS PROJETOS. 

EDGAR MORIN FALA EM CIÊNCIA COM CONSCIÊNCIA - EU FALO EM CIÊNCIA COM CORAGEM. CORAGEM DE SER AUTÊNTICO, como falou Rollo May em seu livrinho "O homem à procura de si mesmo". 

absmc

Ps. Devemos à ciência o fato de termos dobrado a nossa longevidade em poucos anos. Essa foi a grande contribuição dos cientistas  para a humanidade. O resto é o resto... Automóvel? É um veneno que viciou a economia, como tantos outros. Agora o povo alienado está se viciando nos celulares, redes "sociais", facebooks, selfies e outras besteiras tecno-cientificas. 

Defender o capitalismo é defender o que temos de melhor hoje, e que apresentou melhores resultados objetivos! Todo o desenvolvimento científico e tecnológico que temos hoje se deve ao capitalismo, a acumulação de capital que possibilita o financiamento das pesqueisas e desenvolvimento de tecnologia.

O sonho de uma administração cientifica da sociedade é uma utopia.

Abs
Felipe




Em Quinta-feira, 4 de Junho de 2015 21:10, "Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" escreveu:


 
Óia a bagunça comunicacional.
Foi assim que eu recebi a mensagem


=====================================================================

> Em 2015-06-03 13:44, luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br
>> [ciencialist]
>> escreveu:
>> 
>>> Calil,
>>> 
>>> Vc não captou a essência do problema.
>>> 
>>> A questao não é meramente computacional (e mesmo assim as
>> previsões q
>>> fazemos não tem a mesma caracteristica das previsões q são feitas
>> na
>>> fisica, por exemplo). É que nao existe um método racional para se
>>> determinar o preço de todos os produtos. Ssomente o mercado é capaz
>> de
>>> fazê lo, pois o preço reflete a própria interação entre pessoas
>>> (negociacao e julgamento subjetuvo de valor) e ambiente (escasses ou
>>> abundancia de recursos).
>> 
>> O que estou dizendo é que a tecnologia atual possibilita a criação
>> de
>> um sistema de informação muito melhor que o sistema de preços para
>> gerar
>> informações para alocação dos fatores de produção.
>> 
>> []s,
>> Jeff.


========================================================================
 Vamos agora à sua ultima mensagem, a qual eu vou responder nesta cor 

On Qui 04/06/15 19:52 , "luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 
Calil,

Quem falou que vc não tinha entendido o problema foi eu, não o Jeff. Além disso, outros já tentaram administrar cientificamente o Mercado, a Economia. O resultado disso foram : pobreza, miséria, fome, uma concentração de renda e poder nunca vista e genocídio generalizado.

Abs
Felipe

=========================================

O que aconteceu agora, é que você não informou qual é problema que eu disse que não tinha captado. 
Quanto à administração cientifica da economia isso nunca aconteceu na história da humanidade. Se você está se referindo ao genocidio stalinista, trata-se de um fenômeno de psicopatia social como qualquer outros genocidios. - o termo genocidio, muito a propósito, contem o prefixo gen de gene. 

O genocidio do capitalismo é mais refinado do que o genocidio nazi-stalinista - só temos hoje um bilhão de famélicos. Mas fora a fome, bilhões de terrestres vivem em estado avançado de stress e ansiedade, fora as guerras fabricadas como a do Iraque para rechear os bolsos da industria armamentista. 

Defender o capitalismo ou o comunismo/socialismo é pura ideologia. 
Como eu não vejo hoje alternativa para o capitalismo estou propondo civilizá-lo, o que requer a utilização de conceitos e metodologias científicas. Isso é uma utopia? Se for, a ciência será inútil para a salvação da humanidade e muito útil para a sua destruição, porque fazer bomba atômica os cientistas sabem. 

NAO ESTOU GENERALIZANDO - HÁ CIENTISTAS INTERESSADOS NO BEM COMUM, MAS FALTA A ELES CORAGEM PARA ENFRENTAR OS DONOS DO PODER QUE FINANCIAM SEUS PROJETOS. 

EDGAR MORIN FALA EM CIÊNCIA COM CONSCIÊNCIA - EU FALO EM CIÊNCIA COM CORAGEM. CORAGEM DE SER AUTÊNTICO, como falou Rollo May em seu livrinho "O homem à procura de si mesmo". 

absmc

Ps. Devemos à ciência o fato de termos dobrado a nossa longevidade em poucos anos. Essa foi a grande contribuição dos cientistas  para a humanidade. O resto é o resto... Automóvel? É um veneno que viciou a economia, como tantos outros. Agora o povo alienado está se viciando nos celulares, redes "sociais", facebooks, selfies e outras besteiras tecno-cientificas. 


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Em Quinta-feira, 4 de Junho de 2015 14:59, "Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" escreveu:
 
Viu, prof. Belmiro? 

Quando a gente se liberta das ideologias, dá mais atenção ao que foi dito do que ao autor do dito. Quanto ao mercado, como acontece com todos os fenomenos sociais, ele carece de uma administração científica. Um dos pontos chaves desta adminsitração seria limitar a concentração de renda e a consequente desigualdade, responsável hoje por essa divisão esquizofrênica: enquanto cerca de um bilhão de humanos estão obesos, outro bilhão é constituido por famélicos. Parece então que a lei da oferta e da procura não é muito legal, né? Dizem que a lógica é a premissa básica do direito... mas só dizem, por que na hora de fazer leis lógicas (ou mesmo de cumprir algumas leis) essa premissa é ignorada. Se o ser humano fosse muito lógico, este triturador não teria nascido. Que sorte eu tive! 

Triturador Lógico 



On Qui 04/06/15 14:31 , "Belmiro Wolski belmirow@yahoo.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 
>>>"O Jeff tem toda a razão! O Calil não captou a essência do problema. Na verdade não captou nem o problema! Diante desta dificuldade de entendimento, o Calil pede ao Jeff a gentileza de informar qual é o problema em questão. A propósito da fixação de preço pelo mercado parece que a lei da oferta e da procura tem uma influência determinante". 

Putz, nunca pensei que iria concordar em alguma coisa com essa coisa (essa coisa=triturador lógico).

*BW*



Em Quinta-feira, 4 de Junho de 2015 1:36, "Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" escreveu:


 

Deixemos então a miséria para depois de resolvermos essa inesperada crise de identidade. Uma pessoa chamada Jeff enviou essa mensagem para o grupo: 

Calil,

Vc não captou a essência do problema. A questao não é meramente computacional (e mesmo assim as previsões q fazemos não tem a mesma caracteristica das previsões q são feitas na fisica, por exemplo). É que nao existe um método racional para se determinar o preço de todos os produtos. Somente o mercado é capaz de  fazê lo, pois o preço reflete a própria interação entre pessoas (negociacao e julgamento subjetivo de valor) e ambiente (escasses ou abundancia de recursos). 

O que estou dizendo é que a tecnologia atual possibilita a criação de  um sistema de informação muito melhor que o sistema de preços para gerar informações para alocação dos fatores de produção.

O Jeff tem toda a razão! O Calil não captou a essência do problema. Na verdade não captou nem o problema! Diante desta dificuldade de entendimento, o Calil pede ao Jeff a gentileza de informar qual é o problema em questão. A propósito da fixação de preço pelo mercado parece que a lei da oferta e da procura tem uma influência determinante. 

Aguardamos
Atenciosamente
Triturador Lógico




On Qua 03/06/15 20:23 , "Jeff jeff@jeff.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 
Em 2015-06-03 17:13, "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br
[ciencialist]
escreveu:

> Ok. Vou rever com calma o seu pensamento.
> Me diga por favor qual a relevância que essa proposta tem para a cabar
> com a miséria.
> abraço
> m.calil

Ué, será que eu sou o Calil mesmo? Será que eu tenho
dupla-personalidade?!!! OMG!! :)

[]s,
Jeff.

>
> Em Qua 03/06/15 14:55, Jeff jeff@jeff.com.br [ciencialist]
> ciencialist@yahoogrupos.com.br escreveu:
>
>>
>>
>> Em 2015-06-03 13:44, luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br
>> [ciencialist]
>> escreveu:
>>
>>> Calil,
>>>
>>> Vc não captou a essência do problema.
>>>
>>> A questao não é meramente computacional (e mesmo assim as
>> previsões q
>>> fazemos não tem a mesma caracteristica das previsões q são feitas
>> na
>>> fisica, por exemplo). É que nao existe um método racional para se
>>> determinar o preço de todos os produtos. Ssomente o mercado é capaz
>> de
>>> fazê lo, pois o preço reflete a própria interação entre pessoas
>>> (negociacao e julgamento subjetuvo de valor) e ambiente (escasses ou
>>> abundancia de recursos).
>>
>> O que estou dizendo é que a tecnologia atual possibilita a criação
>> de
>> um sistema de informação muito melhor que o sistema de preços para
>> gerar
>> informações para alocação dos fatores de produção.
>>
>> []s,
>> Jeff.
>
>

Links:
------
[1]
https://br.groups.yahoo.com/neo/groups/ciencialist/conversations/messages/88455;_ylc=X3oDMTJxN2duNW5xBF9TAzk3NDkwNDM3BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BG1zZ0lkAzg4NDU1BHNlYwNmdHIEc2xrA3JwbHkEc3RpbWUDMTQzMzM2MjQ0NQ--?act=reply&messageNum=88455
[2]
https://br.groups.yahoo.com/neo/groups/ciencialist/conversations/newtopic;_ylc=X3oDMTJlZ3U2NjlyBF9TAzk3NDkwNDM3BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BHNlYwNmdHIEc2xrA250cGMEc3RpbWUDMTQzMzM2MjQ0NQ--
[3]
https://br.groups.yahoo.com/neo/groups/ciencialist/conversations/topics/88422;_ylc=X3oDMTM2c3BrbTVuBF9TAzk3NDkwNDM3BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BG1zZ0lkAzg4NDU1BHNlYwNmdHIEc2xrA3Z0cGMEc3RpbWUDMTQzMzM2MjQ0NQR0cGNJZAM4ODQyMg--
[4] http://www.ciencialist.com
[5]
https://br.groups.yahoo.com/neo/groups/ciencialist/info;_ylc=X3oDMTJlMDNxN2phBF9TAzk3NDkwNDM3BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BHNlYwN2dGwEc2xrA3ZnaHAEc3RpbWUDMTQzMzM2MjQ0NQ--
[6]
https://br.groups.yahoo.com/neo;_ylc=X3oDMTJkNTZsZzFuBF9TAzk3NDkwNDM1BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BHNlYwNmdHIEc2xrA2dmcARzdGltZQMxNDMzMzYyNDQ1
[7] https://info.yahoo.com/privacy/br/yahoo/groups/details.html
[8] https://info.yahoo.com/legal/br/yahoo/utos/terms/



















SUBJECT: Re: [ciencialist] Ciência da filosofia X Filosofia da Ciência - 1
FROM: Mtnos Calil <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/06/2015 16:37

Oi PB.  Milagrosamente, consegui responder a sua mensagem de 293 palavras com 8 palavras a menos!

 

 

a)Todas as coisas que existem no corpo humano estão em relação umas com as outras

b) Apesar disso quando uma das coisas está enferma podemos fazer uma cirurgia só desta coisa

c) Quando uma criança responde à pergunta “Quanto é 7x8”?, ela pode fazer isso acompanhada das mais diferentes emoções como por exemplo: calma, medo de errar, vergonha de errar e pode até dar risada se a pergunta for muito infantil para a idade dela. Porém na hora de PENSAR PARA RESPONDER 56, NÃO HÁ INTERFERÊNCIA DE NENHUMA EMOÇÃO. A emoção pode estar presente, mas não se mete no cálculo, exceto se for para IMPEDIR QUE O CÁLCULO SEJA FEITO, se a vitima sofrer da “sindrome do pânico matemático”. Mesmo, porém, quando as emoções perturbam, elas podem ser administradas pelo pensamento e até serem removidas para a lixeira do inconsciente freudiano. O maior de todos os problemas do ser humano é o de não conseguir lidar com as suas emoções e desejos de forma social. São as emoções e os desejos que alimentam o egoísmo e a destrutividade do ser humano. A principal causa desta tragédia é genética.  

 

**MC**

 

Ps. O desejo fortemente carregado de emoção voltado, por exemplo para a inovação, estimula a mente a criar algo  novo. Mas o pensamento utilizado no processo de criação opera numa região racional do cérebro separada da região emocional. Agora por exemplo enquanto eu penso e escrevo me sinto bem humorado. Como essa emoção não me atrapalha, admito a companhia dela. Mas se a emoção fosse negativa eu a deletaria. É assim que funciona a TBHR – Teoria do Bom Humor Radical. 




On Sex 05/06/15 11:47 , "'Pesky Bee' peskybee2@gmail.com [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 

> 1- a Ideologia Zero pressupõe "emocionalidade" Zero? Vejo um
> Grande empecilho a sua empreitada; acho que o Pesky vai
> concordar comigo nessa!!!
 
Felipão, mas é claro que concordo! Concordo bágárái! (acabei não
lendo
o restante da textarada, só me fiei nesse parágrafo, sou
um zé muito
safado mesmo, hahahahahaha).
 
E eu diria até mais (coisa que provavelmente irá eriçar os
cabelinhos dos mais longínquos orifícios traseiros de muita
gente
): tudo (mas tudo mesmo!) o que se passa na cachola
dos homosapienzófilos tem como origem mais fundamental
alguma espécie de razão emocional. Pode até ser o mais
racional e matemático
dos pensamentos. Bem lá no fundo
dessa pensamentaiada tem
algum tipo de "fogo" emotivo que
"propele" o sujeitófilo a
gastar energia para fazer essa
porra (e portanto, colaborar com o inexorável aumento da
 
entropia,
hahahahaha).
 
Peguemos um exemplófilo: Richard Feynman. Quando esse mané
inventou os famosérrimos "diagramas de Feynman" para
explicacionar o comportamentófilo de certas partículas
subatômicas, ele fez isso motivado por uma "gana", por uma
espécie de "coceira no rabo da mente", um desconforto que
precisava ser solucionado e que teve certamente
origem
emocional.
 
Aliás, é por isso que eu acho que as tentativas de fazer
essas maquinetas do capiroto utilizando essas cagalhagens
da inteligência artificial estão com um sério comprometimento
nessa questiúncula das motivações emocionais. Se não tiver
algo nesse aspecto emocional dentro dessas maquinotas, essas
porras
não vão ser inteligentes coisa nenhuma.
 
Então é isso: se não levarmos em conta esses porróides
emocionais nas teorizófilas sobre sociedades humanófilas,
estaremos condenados a, como diziam os mecânicos de
antigamente, "fuder a biela" (acreditem, nos meus idos
tempos de adolescente, há milênios atrás, fodi com várias
bielas, hahahahahaha; e quem não sabe o que é biela, porra,
vá se lascar, hahahahahaha).
 
*PB*
 
 

From: luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br [ciencialist]
Sent: Friday, June 05, 2015 10:52 AM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: Re: Re: [ciencialist] Ciência da filosofia X Filosofia da Ciência - 1
 

Ola Calil,
 
Pode repassar sim.
 
Outras observações :
 
1- a Ideologia Zero pressupõe "emocionalidade" Zero? Vejo um Grande empecilho a sua empreitada; acho que o Pesky vai concordar comigo nessa!!!
 

2 - Vc fala que nada deverá ser implementado sem ter sido testado e validado, pelo método. Sabe qual é o grande problema disso : é impossível elaborarmos experimentos em laborátorio, como fazemos para a Física, Química, etc para questões sociais, no sentido de se saber se uma determinada política ou ação irá ou não funcionar e atingir os resultados a que se propoõe.
 

O Homem não pode ser agrupado em calsses que reagem sempre da mesma maneira a determinados estímulos/ações/condições, pois um mesmo individuo pode reagir de formas diferentes a um mesmo estímulo ao longo do tempo e em diferentes condições ambientais; além disso, a adição de novas idéias/ideologias/etc também provocará alterações nessas reações e condições.
 

E repare outra coisa, repare que a sociedade é um sistema complexo, onde além da questão "experimental", a questão da previsibilidade, da forma como entendemos em física e química, perde muito de sua força. Repare que isso também é característica da Teoria da Evolução.
 

A TE não tem como ser testada em laboratório, com relação a sua afirmação principal : que as "espécies" são resultado de alterações lentas e graduais (através do processo de evolução por seleção natural); não é possível confirmar a trasformação de uma espécie em outra diferente com um experimento em um laboratório; a validação dessa afirmação vem do relato histórico (fósseis). Além disso, a TE não tem como nos dizer qual será o futuro evolutivo do baiacu, que estruturas irá perder ou ganhar, em determinados instantes de tempo (longos), em que tipo de espécie irá se tornar.
 
Tudo  o que foi falado acima é igualmente válido para as ciências da ação humana. Sugiro fortemente a leitura do livro do Mises "Teoria e História", onde ele  aborda a questão metodológica das Ciências da Ação Humana,  e onde deixa explicitamente claro que a adoção do dualismo metodológico é um artifício metodológico. Leia, e vc verá que a maioria das críticas feitas ao Mises são rasas, ou carecem de entendimento do que ele expôs.
 

Vou ver se faço um resumo sobre isso, nesse final de semana. Mas só para reflexão : da mesma forma como usamos a evolução por seleção natural para explicar uma dada situação da realidade, usamos as Leis da Oferta-Demanda, de utilildade marginal para explicar uma dada situação da realidade econômica. Não precisamos de experimentos para validar essas leis (que na realidade, quando olhamos para os "fósseis" do passado, esses sempre as confirmam).
 
Abs
Felipe
 
 
 
 
 



SUBJECT: Re: Re: Re: [ciencialist] Ciência da filosofia X Filosofia da Ciência - 1
FROM: Mtnos Calil <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/06/2015 16:43

Prezado Luiz Felipe. 
Agora eu atendo a sua solicitação de apresentar alguns conceitos preliminares da "administração cientifica da sociedade humana". 

Em seguida respondo
 nesta cor  as suas ultimas colocações. 

Abraços

Mtnos Calil

 
                                       O que é a administração cientifica da sociedade humana 
                                                                 (notas introdutórias) 
 
1.É a aplicação dos conceitos e metodologias da ciência no gerenciamento da sociedade pelo Estado
 
2.O pensamento cientifico tem a função primordial de resolver problemas
 
3.Toda e qualquer administração deve começar com o “diagnóstico dos problemas organizacionais”. Organizar é a tarefa primordial da administração científica.
 
4. Os problemas da sociedade podem ser divididos em três áreas: social, política e econômica, sendo que tudo que se manifesta numa área repercute nas outras. Portanto a solução dos problemas existentes em cada área depende da solução dos problemas existentes nas outras áreas. 
 
5.A identificação de qualquer problema não exige o conhecimento de suas causas. Isto porque o problema se manifesta como um transtorno organizacional afetando a vida das pessoas. Até a solução do problema, muitas (ou algumas) vezes dispensa o conhecimento da causa. 
 
5.1.O Brasil  atravessa hoje uma fase em que o problema da corrupção aparece nas pesquisas como o que mais está impactando a sociedade. A solução deste problema depende de um mecanismo bastante simples e que consiste em transferir a fiscalização das contas públicas para a dita sociedade civil, cujos membros não participam do Estado, não estando a ele vinculados nem direta nem indiretamente. Não se faz necessário perder tempo com o estudo das causas históricas da corrupção vinculadas ao período de nossa colonização, já muito bem narradas por  Raymundo Faoro no seu livro “Os donos do poder”. 
 
5.2.Outro problema grave é o da criminalidade. Além de ser o campeão mundial de homicídios o Brasil deixa completamente impunes os criminosos, simplesmente porque a investigação de mais de 90% dos crimes  desta modalidade não levam à prisão dos culpados. (esse problema é da área social, estando diretamente vinculado à pobreza e à extrema desigualdade de renda; a solução deste problema depende portanto da solução de outro problema que o precede. Um dos pré-requisitos para a redução da extrema desigualdade é garantir uma renda mínima para todos, em troca de algum trabalho.  
 
Obs. Resolver problemas sociais, políticos e econômicos não significa acabar com a existência deles. A administração cientifica de uma sociedade não pode extinguir os problemas, mas pode reduzi-los a um grau significativamente inferior ao de hoje. A desigualdade é um transtorno inerente à sociedade humana e que só pode ser CONTROLADO, sendo reduzido de forma progressiva e não revolucionária. Já foram feitos dois grandes testes de laboratório social  a respeito, que foram a Revolução Francesa e a revolução russa de 1917. A primeira inventou a guilhotina e a segunda acabou nas mãos de um psicopata genocida. REDUZIR A DESIGUALDADE É TUDO QUE A HUMANIDADE PODE E DEVE FAZER. Mas os bilionários malucos que concentram de forma esquizofrênica a renda mundial odeiam essa idéia. Alguns deles gostariam que pelo menos a metade dos humanóides desaparecessem. Afinal grande parte da velha mão de obra está sendo substituída pelas máquinas.

 

===============

Respondo abaixo nesta cor

Em Sex 05/06/15 10:52, luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br [ciencialist] ciencialist@yahoogrupos.com.br escreveu:

Ola Calil,

Pode repassar sim.

Outras observações :

1- a Ideologia Zero pressupõe "emocionalidade" Zero? Vejo um Grande empecilho a sua empreitada; acho que o Pesky vai concordar comigo nessa!!!

Essa emocionalidade zero se manifesta quando um pensamento não esteja sendo influenciado por qualquer emoção. Ela pode estar se manifestando no mesmo momento em que o pensamento ocorre. Por exemplo: perguntamos a uma criança quanto é 8 x 7. Ela pode, enquanto responde, ficar calma ou ansiosa. Mas a operação mental que leva à resposta 56 não tem qualquer emoção. Os mundos emocional e mental têm existência própria. Não existe a "inteligência emocional". Daniel Goleman usou essa metáfora para dar um titulo publicitário ao seu livro e por isso acabou promovendo um grave equivoco conceitual. Usar a inteligência para administrar as emoções é uma conduta lógico-cientifica que requer obviamente, a separação dos dois "mundos". 

2 - Vc fala que nada deverá ser implementado sem ter sido testado e validado, pelo método. Sabe qual é o grande problema disso : é impossível elaborarmos experimentos em labortório, como fazemos para a Física, Química, etc para questões sociais, no sentido de se saber se uma determinada política ou ação irá ou não funcionar e atingir os resultados a que se propõe.

Perdoe-me, mas o seu conceito de "laboratório" está equivocado. Uma coisa é um laboratório de quimica, outra coisa é um laboratório social. Um dos maiores laboratórios da história da humanidade acabou de ocorrer com a ex-Urss, onde o socialismo marxista foi testado resultando na barbárie do genocidio stalinista.
 

O Homem não pode ser agrupado em calsses que reagem sempre da mesma maneira a determinados estímulos/ações/condições, pois um mesmo individuo pode reagir de formas diferentes a um mesmo estímulo ao longo do tempo e em diferentes condições ambientais; além disso, a adição de novas idéias/ideologias/etc também provocará alterações nessas reações e condições.

Desculpe outra vez - me confundir com os behavioristas é outro equivoco lógico. É claro que o comportamento humano não pode ser psicologicamente padronizado. Mas você me conduziu a um ponto chave da administração cientifica que é a motivação. (isso se aplica tanto à administração de empresas, como à da sociedade). O principal objetivo da ciência deveria ser contribuir para a felicidade humana e não apenas para satisfazer o  nosso "instinto da curiosidade" e as nossas fantasias como a de colonizar Marte porque a Terra ficou pequena para tantos humanos. 

E repare outra coisa, repare que a sociedade é um sistema complexo, onde além da questão "experimental", a questão da previsibilidade, da forma como entendemos em física e química, perde muito de sua força. Repare que isso também é característica da Teoria da Evolução.

A teoria da complexidade é ponto chave da administração cientifica. Ocorre que a imprevisibilidade pode ser gerenciada, inclusive através de testes de laboratório. O "gerenciamento da imprevisibilidade" é uma forma de se aplicar a teoria quântica no mundo social. Mas a própria ciência está o tempo todo fazendo isso! 
Um ponto chave da teoria da complexidade é o combate à hiper-especialização, numa fase da história onde a especialização tem sido fundamental para a evolução humana. Aqui o desafio é gigantesco.

A TE não tem como ser testada em laboratório, com relação a sua afirmação principal : que as "espécies" são resultado de alterações lentas e graduais (através do processo de evolução por seleção natural); não é possível confirmar a trasformação de uma espécie em outra diferente com um experimento em um laboratório; a validação dessa afirmação vem do relato histórico (fósseis). Além disso, a TE não tem como nos dizer qual será o futuro evolutivo do baiacu, que estruturas irá perder ou ganhar, em determinados instantes de tempo (longos), em que tipo de espécie irá se tornar.

A TE, por mais importante que seja, hoje é apenas uma teoria cientifica e tem pouca presença na TACS - Teoria de administração cientifica da sociedade. 

Mas a questão enigmática da imprevisibilidade do futuro eu "resolvi" da seguinte maneira:  uma parte do futuro é previsivel e outra parte é imprevisivel. Para reduzir o nivel de imprevisibilidade podemos recorrer às megatendências. Muitas coisas que aconteceram nos últimos 100 anos poderiam ser previstas com boa margem de segurança. O fracasso do comunismo, por exemplo, foi uma idéia que  me ocorreu em 1970 quando eu abandonei o socialismo marxista. Estava na ocasião absolutamente convencido deste fracasso. Um dos grandes enigmas do nosso futuro é a guerra atômica.  Vamos ou não sofrer essa catástrofe? A TACS trabalha com a hipótese de que não teremos este evento evolucionário. 

Tudo  o que foi falado acima é igualmente válido para as ciências da ação humana. Sugiro fortemente a leitura do livro do Mises "Teoria e História", onde ele  aborda a questão metodológica das Ciências da Ação Humana,  e onde deixa explicitamente claro que a adoção do dualismo metodológico é um artifício metodológico. Leia, e vc verá que a maioria das críticas feitas ao Mises são rasas, ou carecem de entendimento do que ele expôs.

As criticas feitas por alguns ideologistas a outros ideologistas devem obviamente ser a priori rejeitadas. (tomando-se apenas o cuidado de se verificar se em meio às torrentes ideológicas não exista uma marolinha lógico-cientifica). Eu tenho a impressão que Mr. Mises é um ideologistas dos bons. Como você me recomendou "fortemente" ler o homem, o que posso fazer é tentar verificar logo onde ele se encrencou ideologicamente. Para isso não é preciso, é claro, ler nem sua obra completa nem mesmo um livro por inteiro. A força das ideologias é tão grande que muitas vezes ela aparece numa simples frase, como por exemplo essa: "é mais fácil passar um camelo pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no reino de Deus"  . O livro do Mises tem esse indice: 

Capítulo 1. Julgamentos de Valor 
Capítulo 2. Conhecimento e Valor
Capítulo 3. A Busca por Valores Absolutos
Capítulo 4. A Negação da Avaliação
Capítulo 5. O Determinismo e Seus Críticos
Capítulo 6. Materialismo 
Capítulo 7. Materialismo Dialético
Capítulo 8. Filosofia da História
Capítulo 9. O Conceito de Individualidade Histórica
Capítulo 10. Historicismo 
Capítulo 11. O Desafio do Cientificismo 
Capítulo 12. Psicologia e Timologia 
Capítulo 13. Significado e Utilidade do Estudo da História 
Capítulo 14. As Características Epistemológicas da História 
Capítulo 15. Interpretações Filosóficas da História 
Capítulo 16. As Tendências Atuais e o Futuro 

 

Vejamos o que ele diz no cap. 11... NOSSA SENHORA DA IDEOLOGIA!  O homem teve um surto ideológico que me abalou! .

 

(...) o que  Marx tinha como meta era abolir toda e qualquer ação que se encontrasse dentro da esfera de iniciativa do indivíduo, transferindo o controle de todas as atividades econômicas para o aparato social de compulsão e repressão que é comumente chamado de estado ou governo. O embuste conseguiu iludir muitas pessoas. Até mesmo hoje ainda existem ingênuos que acreditam existir uma diferença entre o socialismo de estado e outros tipos de socialismo.

 

Como é que um cara culto como o Mises escreve absurdos como estes (o que eu grifei).

Essa catarse emocional deixa essa dúvida: o que Mises leu de Marx?

Além disso ele não diz qual é o desafio que aparece no titulo do capitulo.

Afinal o que esse livro pretende? Combater o comunismo? Para que vamos perder tempo com um defunto, hein Luiz Felipe? Vamos agora dar uma olhada no  capítulo 2.

 

Shii... parece que o caso clinico é grave. Olha o que o homem disse:

 

Deve-se lembrar, no entanto, que a ideia de bem-estar comum no sentido de uma harmonia entre os interesses de todos os membros da sociedade é uma ideia moderna, e que deve sua origem justamente aos ensinamentos dos economistas clássicos.

 

My God! Eu não sabia que minha preocupação com o bem estar da sociedade se originou do pensamento dos economistas clássicos.

Quanto à praxeologia, parece se tratar  uma ideologia baseada neste conceito metafísico primário:

 

“A ação é a vontade posta em funcionamento, transformada em força motriz; é procurar alcançar fins e objetivos; é a significativa resposta do ego aos estímulos e às condições do seu meio ambiente; é o ajustamento consciente ao estado do universo que lhe determina a vida. ”

 

Que novidade há nisso? É óbvio, elementar que os seres vivos agem para se manterem vivos e extrair o máximo de PRAZER da vida.

 

Até as formiguinhas agem para buscar alimento. Mas atenção: elas não possuem nenhum ego e vivem numa sociedade muito mais organizada que a dos humanos, em pleno regime autocrático comandado pelas rainhas.

 

Porque a praxeologia é metafísica? Porque tirou a ação do mundo real e a colocou no mundo imaginário da filosofia.

Para manter a praxeologia viva é melhor aninhá-la no mundo dos filósofos.

Para os liberais eu costumo dizer que a “liberdade sem limites fere o senso comum”.

O liberalismo é a outra face do marxismo. Outro dia o Delfim Netto disse que a igualdade mata a liberdade.

Portanto, só uma parte dos humanos pode ser livre. A liberdade não existe sem o seu oposto, assim como o amor. Se não existisse o ódio, não existiria o amor. Se não existisse o sofrimento, não existiria a felicidade.Se não existisse a morte, não existiria a vida.

 




On Sex 05/06/15 10:52 , "luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 

Ola Calil,

Pode repassar sim.

Outras observações :

1- a Ideologia Zero pressupõe "emocionalidade" Zero? Vejo um Grande empecilho a sua empreitada; acho que o Pesky vai concordar comigo nessa!!!

2 - Vc fala que nada deverá ser implementado sem ter sido testado e validado, pelo método. Sabe qual é o grande problema disso : é impossível elaborarmos experimentos em laborátorio, como fazemos para a Física, Química, etc para questões sociais, no sentido de se saber se uma determinada política ou ação irá ou não funcionar e atingir os resultados a que se propoõe.

O Homem não pode ser agrupado em calsses que reagem sempre da mesma maneira a determinados estímulos/ações/condições, pois um mesmo individuo pode reagir de formas diferentes a um mesmo estímulo ao longo do tempo e em diferentes condições ambientais; além disso, a adição de novas idéias/ideologias/etc também provocará alterações nessas reações e condições.

E repare outra coisa, repare que a sociedade é um sistema complexo, onde além da questão "experimental", a questão da previsibilidade, da forma como entendemos em física e química, perde muito de sua força. Repare que isso também é característica da Teoria da Evolução.

A TE não tem como ser testada em laboratório, com relação a sua afirmação principal : que as "espécies" são resultado de alterações lentas e graduais (através do processo de evolução por seleção natural); não é possível confirmar a trasformação de uma espécie em outra diferente com um experimento em um laboratório; a validação dessa afirmação vem do relato histórico (fósseis). Além disso, a TE não tem como nos dizer qual será o futuro evolutivo do baiacu, que estruturas irá perder ou ganhar, em determinados instantes de tempo (longos), em que tipo de espécie irá se tornar.

Tudo  o que foi falado acima é igualmente válido para as ciências da ação humana. Sugiro fortemente a leitura do livro do Mises "Teoria e História", onde ele  aborda a questão metodológica das Ciências da Ação Humana,  e onde deixa explicitamente claro que a adoção do dualismo metodológico é um artifício metodológico. Leia, e vc verá que a maioria das críticas feitas ao Mises são rasas, ou carecem de entendimento do que ele expôs.

Vou ver se faço um resumo sobre isso, nesse final de semana. Mas só para reflexão : da mesma forma como usamos a evolução por seleção natural para explicar uma dada situação da realidade, usamos as Leis da Oferta-Demanda, de utilildade marginal para explicar uma dada situação da realidade econômica. Não precisamos de experimentos para validar essas leis (que na realidade, quando olhamos para os "fósseis" do passado, esses sempre as confirmam).

Abs
Felipe


Em Sexta-feira, 5 de Junho de 2015 3:03, "Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" escreveu:
 
[Anexos de Mtnos Calil incluídos abaixo]

Ok, 
Luiz Felipe.
 
1.  Vou tentar fazer um resumo do que seria  um “sistema de administração cientifica da sociedade" e envio amanhã. Por ora apresento o primeiro pré-requisito deste sistema que é a ideologia zero. A definição da IZero ainda não está finalizada, mas já temos estes fundamentos:
 
a) A ideologia zero pode ser definida como um ESTADO MENTAL a partir do qual, ao olhar para qualquer aspecto da realidade, o cidadão deixa de lado suas crenças e desejos, adotando este principio básico da ciência: todas as idéias e teorias devem levar em conta, no processo da sua elaboração, o fato de que deverão ser submetidas à prova, com base na metodologia científica.
b) A ética é um elemento fundamental da definição da Ideologia Zero, sendo que a ISENÇÃO é um elemento essencial da ética. Ocorre que muitas vezes para seremos isentos, temos que aceitar o não saber. Como o ser humano não tolera não saber, buscando explicação para tudo e não aceitando que a mente humana tem limitações que o impedem saber de tudo, ele cria explicações que satisfazem os seus desejos ou ilusões, ferindo assim a isenção ética. 
c) A ideologia zero é um estado mental isento de: Fé, Crenças, Desejos, Wishfulthinking (pensamento-desejo), Ilusões, Auto-engano, Hipocrisia (consciente ou inconsciente),Transtornos emocionais, Transtornos mentais. Esse estado mental não pode, obviamente ocupar a mente do individuo o tempo todo. 
 
Obs. A construção desta definição obedece a uma metodologia baseada neste principio: todos os conceitos apresentados na definição, como fé, crença, desejo, etc. terão também que ser definidos.
 
 
2. Quanto ao capitalismo, eu  não disse que ele é uma ideologia. 
O que Marx disse a respeito é que o capitalismo se serve de ideologias. 
Ao mesmo tempo que Marx combateu as ideologias, criou a sua - a da sociedade igualitária. 
 
Mas as ideologias não são apenas um instrumento das "classes dominantes" como dizia Marx. Os dominados também podem ter suas ideologias e por isso Lenin inventou a “ideologia do proletariado” (mas ele não conhecia o pensamento negativista da ideologia de Marx, porque o livro Ideologia Alemã só foi publicado após a morte de Lenin). 
 
As ideologias foram criadas pelos nossos antepassados bem primitivos para entender o mundo. Depois inventaram a vida após a morte para tornar a morte menos insuportável. Essas idéias primitivas antecederam as ideologias politicas. Um bom exemplo de ideologia é o pensamento de que a escravidão era uma coisa natural, normal. Enfim cada um se serve das ideologias de acordo com suas conveniências pessoais ou de grupo. Todo o nosso debate, de minha parte, vai ser calcado na identificação do "virus ideológico" que é invisível.  
 
No arquivo anexo vai um texto introdutório do livro Ideologia Zero que estou escrevendo e que tem intima conexão com o livro “Lógica na comunicação humana” cuja versão eletrônica já existe há alguns anos.
 
3. Também penso como você a respeito da criação do capitalismo. Ele  não foi planejado por ninguém.  E representou um grande avanço da humanidade ao substituir o feudalismo. O próprio Marx reconheceu esse mérito, atribuindo –o à “burguesia”. A criação do capitalismo, como tanta coisa neste mundo, foi autopoiética. ( na minha “opinião” tanto a autopoiese como a teoria quântica podem ser aplicadas ao mundo social, desde é claro sejam tomados os devidos cuidados para não se cair no ridículo; a imprevisibilidade,  um dos elementos básicos da teoria quântica, é também um fator chave da evolução que não é tão determinista como querem alguns.
 
Até amanhã!
Mtnos Calil
 
Ps. Pergunto se posso enviar cópia deste debate para o grupo do Mãos Limpas, onde estão muitos defensores do capitalismo. 

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On Sex 05/06/15 00:44 , "luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 
Calil,

A vontade, mas queria primeiro que vc caracterizasse o que seria uma defesa "científica" de qqer sistema social.

Outra coisa, o Capitalismo NÃO é uma ideologia (aliás, essa nomenclatura é Marxista). Não foi planejado por ninguém, desenhado na prancheta, surge na sociedade como soluções incrementais para problemas práticos enfrentados. O primeiro a estudar (e não criar) o sistema foi Adam Smith, no seu livro "A Riqueza das Nações".

Abs
Felipe



Em Sexta-feira, 5 de Junho de 2015 0:33, "Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" escreveu:
 
Very Good, Luiz Silva Felipe. (e não Jeff).

Se você tiver paciência para o contraditório terei que apresentar uma certa*  quantidade de argumentos para demonstrar que a sua defesa do capitalismo é ideológica (e portanto não cientifica). 
*  Certa quantidade? Não, não! É incerta - os humanos usam a palavra certa para designar coisas incertas.. se isso não for esquizofrenia linguistica o que seria? "licença semântica"? 

Aguardo o seu consentimento para o contraditório lógico-cientifico. 

Thanks
M.Calil 

Ps. Eu só uso o termo "sonho" para designar os fenômenos noturnos assim denominados e que a ciência ainda não conseguiu explicar a sua função psico-cognitiva. Para Freud os sonhos tinham a função de realizar desejos reprimidos no inconsciente. 



On Qui 04/06/15 23:25 , "luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 
Ola Calil,

"O que aconteceu agora, é que você não informou qual é problema que eu disse que não tinha captado. 
Quanto à administração cientifica da economia isso nunca aconteceu na história da humanidade. Se você está se referindo ao genocidio stalinista, trata-se de um fenômeno de psicopatia social como qualquer outros genocidios. - o termo genocidio, muito a propósito, contem o prefixo gen de gene. "

Esta resposta é tb para a colocação do Jeff :

 A informação está no mesmo parágrafo. A questão da impossibilidade da determinação racional dos preços, salários, que é condição necessária para termos uma economia planificada, uma administração "científica" da sociedade, não é tecnológica. Emergem (emergencia fraca) como consequências das interações que ocorrem no marcado. A lei da oferta e demana, a lei da utilildade marginal decrescente NÃO podem ser usadas para determinação de preços, pois são leis que falam sobre Variação, não de determinação (nenhum economista consegue usa-las para determinar ou prever preços de equilíbrio). Além disso, o preço é uma valor (com componente altamente subjetivo) que é atribuido a determinado produto ou serviço.

Com relação ao Socialismo/Comunismo Marxista, temos 2 pontos :

1 - A questão política social
2 - A questão econômica

1 - a proposta de estatização da economia é, em substância, uma proposta de unificação de poder político e econômico e que para "funcionar" (não funciona), necessita de seres humanos tomados por "Invasores de Cropos" (aquele filme, onde uma forma de vida com uma unica consciencia invade o corpo do ser humano). Não é a toa que deu no que deu, em TODOS os países onde foi tentada.

2 - a questão econômica, foi o que coloquei no paragrafo acima

E sim, as tentativas que tivemos foram tentativas para se administrar cientificamente a sociedade, negar isso é cometer a falácia do escoces verdadeiro


"O genocidio do capitalismo é mais refinado do que o genocidio nazi-stalinista - só temos hoje um bilhão de famélicos. Mas fora a fome, bilhões de terrestres vivem em estado avançado de stress e ansiedade, fora as guerras fabricadas como a do Iraque para rechear os bolsos da industria armamentista. "

Calil, não existe "genocidio" do capitalismo. Para fazer uma análise correta do que ocorre, temos que fazer uma análise histórica. A condição natural humana sempre foi de pobreza e luta pela vida. A evolução da cooperação social (e isso é exatamente o que um sistema econômico é) para o Capitalismo, com divisão de trabalho, acumulo de capital possibilitou um aumento de produtividade e  foi acompanhada pela MAIOR redução de pobreza, fome, miséria e mortalidade na história da Humanidade . Somente isso, possibilitou que a população do planeta atingisse os níveis atuais. 

Hoje, o nível de vida até mesmo de uma pessoa pobre é muito melhor até do que a nobreza tinha a 200, 300 anos atrás. Muitos dos 1 BI que vc fala, estão em países que se recusaram a abraçar o mercado (incluindo a àfrica, pós colonização), e se apegaram a promessa de igualdade de resultados oferecida pelo Socialismo Marxista. E hoje, o mundo vive em uma crise essencialmente Keynesiana e intervencionista.

A guerra contra o Iraque foi geopolitica, da mesma forma que as guerras que a URSS fazia, com as ocupções de territórios e substituição da população local por Russos (vide o que ocorre na Ucrânia) - essa discussão é longa, nesse tema, agora, vou parar aqui, somente comentando que tem muita gente que defende que a redução das guerras na história está totalmente correlacionada com o aumento do livre comercio e interdependencia entre as nações.

O capitalismo com o estado democratico de direito está longe de sere perfeito, mas é o que temos de melhor, em termos de cooperação social. Veja os indicadores de liberdade econômica e facilidade de se fazer negócio, e as correlações que tem com o IDH e o bem estar da população.


Defender o capitalismo ou o comunismo/socialismo é pura ideologia. 
Como eu não vejo hoje alternativa para o capitalismo estou propondo civilizá-lo, o que requer a utilização de conceitos e metodologias científicas. Isso é uma utopia? Se for, a ciência será inútil para a salvação da humanidade e muito útil para a sua destruição, porque fazer bomba atômica os cientistas sabem. 

NAO ESTOU GENERALIZANDO - HÁ CIENTISTAS INTERESSADOS NO BEM COMUM, MAS FALTA A ELES CORAGEM PARA ENFRENTAR OS DONOS DO PODER QUE FINANCIAM SEUS PROJETOS. 

EDGAR MORIN FALA EM CIÊNCIA COM CONSCIÊNCIA - EU FALO EM CIÊNCIA COM CORAGEM. CORAGEM DE SER AUTÊNTICO, como falou Rollo May em seu livrinho "O homem à procura de si mesmo". 

absmc

Ps. Devemos à ciência o fato de termos dobrado a nossa longevidade em poucos anos. Essa foi a grande contribuição dos cientistas  para a humanidade. O resto é o resto... Automóvel? É um veneno que viciou a economia, como tantos outros. Agora o povo alienado está se viciando nos celulares, redes "sociais", facebooks, selfies e outras besteiras tecno-cientificas. 

Defender o capitalismo é defender o que temos de melhor hoje, e que apresentou melhores resultados objetivos! Todo o desenvolvimento científico e tecnológico que temos hoje se deve ao capitalismo, a acumulação de capital que possibilita o financiamento das pesqueisas e desenvolvimento de tecnologia.

O sonho de uma administração cientifica da sociedade é uma utopia.

Abs
Felipe




Em Quinta-feira, 4 de Junho de 2015 21:10, "Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" escreveu:


 
Óia a bagunça comunicacional.
Foi assim que eu recebi a mensagem


=====================================================================

> Em 2015-06-03 13:44, luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br
>> [ciencialist]
>> escreveu:
>> 
>>> Calil,
>>> 
>>> Vc não captou a essência do problema.
>>> 
>>> A questao não é meramente computacional (e mesmo assim as
>> previsões q
>>> fazemos não tem a mesma caracteristica das previsões q são feitas
>> na
>>> fisica, por exemplo). É que nao existe um método racional para se
>>> determinar o preço de todos os produtos. Ssomente o mercado é capaz
>> de
>>> fazê lo, pois o preço reflete a própria interação entre pessoas
>>> (negociacao e julgamento subjetuvo de valor) e ambiente (escasses ou
>>> abundancia de recursos).
>> 
>> O que estou dizendo é que a tecnologia atual possibilita a criação
>> de
>> um sistema de informação muito melhor que o sistema de preços para
>> gerar
>> informações para alocação dos fatores de produção.
>> 
>> []s,
>> Jeff.


========================================================================
 Vamos agora à sua ultima mensagem, a qual eu vou responder nesta cor 

On Qui 04/06/15 19:52 , "luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 
Calil,

Quem falou que vc não tinha entendido o problema foi eu, não o Jeff. Além disso, outros já tentaram administrar cientificamente o Mercado, a Economia. O resultado disso foram : pobreza, miséria, fome, uma concentração de renda e poder nunca vista e genocídio generalizado.

Abs
Felipe

=========================================

O que aconteceu agora, é que você não informou qual é problema que eu disse que não tinha captado. 
Quanto à administração cientifica da economia isso nunca aconteceu na história da humanidade. Se você está se referindo ao genocidio stalinista, trata-se de um fenômeno de psicopatia social como qualquer outros genocidios. - o termo genocidio, muito a propósito, contem o prefixo gen de gene. 

O genocidio do capitalismo é mais refinado do que o genocidio nazi-stalinista - só temos hoje um bilhão de famélicos. Mas fora a fome, bilhões de terrestres vivem em estado avançado de stress e ansiedade, fora as guerras fabricadas como a do Iraque para rechear os bolsos da industria armamentista. 

Defender o capitalismo ou o comunismo/socialismo é pura ideologia. 
Como eu não vejo hoje alternativa para o capitalismo estou propondo civilizá-lo, o que requer a utilização de conceitos e metodologias científicas. Isso é uma utopia? Se for, a ciência será inútil para a salvação da humanidade e muito útil para a sua destruição, porque fazer bomba atômica os cientistas sabem. 

NAO ESTOU GENERALIZANDO - HÁ CIENTISTAS INTERESSADOS NO BEM COMUM, MAS FALTA A ELES CORAGEM PARA ENFRENTAR OS DONOS DO PODER QUE FINANCIAM SEUS PROJETOS. 

EDGAR MORIN FALA EM CIÊNCIA COM CONSCIÊNCIA - EU FALO EM CIÊNCIA COM CORAGEM. CORAGEM DE SER AUTÊNTICO, como falou Rollo May em seu livrinho "O homem à procura de si mesmo". 

absmc

Ps. Devemos à ciência o fato de termos dobrado a nossa longevidade em poucos anos. Essa foi a grande contribuição dos cientistas  para a humanidade. O resto é o resto... Automóvel? É um veneno que viciou a economia, como tantos outros. Agora o povo alienado está se viciando nos celulares, redes "sociais", facebooks, selfies e outras besteiras tecno-cientificas. 


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Em Quinta-feira, 4 de Junho de 2015 14:59, "Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" escreveu:
 
Viu, prof. Belmiro? 

Quando a gente se liberta das ideologias, dá mais atenção ao que foi dito do que ao autor do dito. Quanto ao mercado, como acontece com todos os fenomenos sociais, ele carece de uma administração científica. Um dos pontos chaves desta adminsitração seria limitar a concentração de renda e a consequente desigualdade, responsável hoje por essa divisão esquizofrênica: enquanto cerca de um bilhão de humanos estão obesos, outro bilhão é constituido por famélicos. Parece então que a lei da oferta e da procura não é muito legal, né? Dizem que a lógica é a premissa básica do direito... mas só dizem, por que na hora de fazer leis lógicas (ou mesmo de cumprir algumas leis) essa premissa é ignorada. Se o ser humano fosse muito lógico, este triturador não teria nascido. Que sorte eu tive! 

Triturador Lógico 



On Qui 04/06/15 14:31 , "Belmiro Wolski belmirow@yahoo.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 
>>>"O Jeff tem toda a razão! O Calil não captou a essência do problema. Na verdade não captou nem o problema! Diante desta dificuldade de entendimento, o Calil pede ao Jeff a gentileza de informar qual é o problema em questão. A propósito da fixação de preço pelo mercado parece que a lei da oferta e da procura tem uma influência determinante". 

Putz, nunca pensei que iria concordar em alguma coisa com essa coisa (essa coisa=triturador lógico).

*BW*



Em Quinta-feira, 4 de Junho de 2015 1:36, "Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" escreveu:


 

Deixemos então a miséria para depois de resolvermos essa inesperada crise de identidade. Uma pessoa chamada Jeff enviou essa mensagem para o grupo: 

Calil,

Vc não captou a essência do problema. A questao não é meramente computacional (e mesmo assim as previsões q fazemos não tem a mesma caracteristica das previsões q são feitas na fisica, por exemplo). É que nao existe um método racional para se determinar o preço de todos os produtos. Somente o mercado é capaz de  fazê lo, pois o preço reflete a própria interação entre pessoas (negociacao e julgamento subjetivo de valor) e ambiente (escasses ou abundancia de recursos). 

O que estou dizendo é que a tecnologia atual possibilita a criação de  um sistema de informação muito melhor que o sistema de preços para gerar informações para alocação dos fatores de produção.

O Jeff tem toda a razão! O Calil não captou a essência do problema. Na verdade não captou nem o problema! Diante desta dificuldade de entendimento, o Calil pede ao Jeff a gentileza de informar qual é o problema em questão. A propósito da fixação de preço pelo mercado parece que a lei da oferta e da procura tem uma influência determinante. 

Aguardamos
Atenciosamente
Triturador Lógico




On Qua 03/06/15 20:23 , "Jeff jeff@jeff.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 
Em 2015-06-03 17:13, "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br
[ciencialist]
escreveu:

> Ok. Vou rever com calma o seu pensamento.
> Me diga por favor qual a relevância que essa proposta tem para a cabar
> com a miséria.
> abraço
> m.calil

Ué, será que eu sou o Calil mesmo? Será que eu tenho
dupla-personalidade?!!! OMG!! :)

[]s,
Jeff.

>
> Em Qua 03/06/15 14:55, Jeff jeff@jeff.com.br [ciencialist]
> ciencialist@yahoogrupos.com.br escreveu:
>
>>
>>
>> Em 2015-06-03 13:44, luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br
>> [ciencialist]
>> escreveu:
>>
>>> Calil,
>>>
>>> Vc não captou a essência do problema.
>>>
>>> A questao não é meramente computacional (e mesmo assim as
>> previsões q
>>> fazemos não tem a mesma caracteristica das previsões q são feitas
>> na
>>> fisica, por exemplo). É que nao existe um método racional para se
>>> determinar o preço de todos os produtos. Ssomente o mercado é capaz
>> de
>>> fazê lo, pois o preço reflete a própria interação entre pessoas
>>> (negociacao e julgamento subjetuvo de valor) e ambiente (escasses ou
>>> abundancia de recursos).
>>
>> O que estou dizendo é que a tecnologia atual possibilita a criação
>> de
>> um sistema de informação muito melhor que o sistema de preços para
>> gerar
>> informações para alocação dos fatores de produção.
>>
>> []s,
>> Jeff.
>
>

Links:
------
[1]
https://br.groups.yahoo.com/neo/groups/ciencialist/conversations/messages/88455;_ylc=X3oDMTJxN2duNW5xBF9TAzk3NDkwNDM3BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BG1zZ0lkAzg4NDU1BHNlYwNmdHIEc2xrA3JwbHkEc3RpbWUDMTQzMzM2MjQ0NQ--?act=reply&messageNum=88455
[2]
https://br.groups.yahoo.com/neo/groups/ciencialist/conversations/newtopic;_ylc=X3oDMTJlZ3U2NjlyBF9TAzk3NDkwNDM3BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BHNlYwNmdHIEc2xrA250cGMEc3RpbWUDMTQzMzM2MjQ0NQ--
[3]
https://br.groups.yahoo.com/neo/groups/ciencialist/conversations/topics/88422;_ylc=X3oDMTM2c3BrbTVuBF9TAzk3NDkwNDM3BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BG1zZ0lkAzg4NDU1BHNlYwNmdHIEc2xrA3Z0cGMEc3RpbWUDMTQzMzM2MjQ0NQR0cGNJZAM4ODQyMg--
[4] http://www.ciencialist.com
[5]
https://br.groups.yahoo.com/neo/groups/ciencialist/info;_ylc=X3oDMTJlMDNxN2phBF9TAzk3NDkwNDM3BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BHNlYwN2dGwEc2xrA3ZnaHAEc3RpbWUDMTQzMzM2MjQ0NQ--
[6]
https://br.groups.yahoo.com/neo;_ylc=X3oDMTJkNTZsZzFuBF9TAzk3NDkwNDM1BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BHNlYwNmdHIEc2xrA2dmcARzdGltZQMxNDMzMzYyNDQ1
[7] https://info.yahoo.com/privacy/br/yahoo/groups/details.html
[8] https://info.yahoo.com/legal/br/yahoo/utos/terms/

















SUBJECT: Re: Re: Re: [ciencialist] Ciência da filosofia X Filosofia da Ciência - 1
FROM: Mtnos Calil <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/06/2015 17:03

Sorry my friend

LPC = Logic and Precision Communication or:

Lógica e Precisão na Comunicação 

Thanks
MC

Ps. O LPC é o pai da Ideologia Zero e da TBHR - Teoria do Bom Humor Radical.  Mesmo sem a presença da mãe esse trio vive muito bem, em estado simbiótico. 




On Sex 05/06/15 16:08 , "luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 

Calil,

O q é LPC?

Abs
Felipe



From: Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist] ;
To: ;
Subject: Re: Re: Re: [ciencialist] Ciência da filosofia X Filosofia da Ciência - 1
Sent: Fri, Jun 5, 2015 7:05:00 PM

 

Meu amigo. 


Se você quiser mesmo fazer uma leitura lógico-cientifica do Mr. Mises, você vai sofrer muito. Já fiz um pré-diagnóstico com o raio X do LPC e o resultado foi infelizmente muito negativo. Digo infelizmente porque a imagem que eu tinha deste respeitado liberal ficou muito, muito chamuscada. 
De minha parte, como  veremos na próxima mensagem, já comecei a compartilhar esse sacrificio com você, dando uma primeira olhada no livro que você recomendou. 

Abraços
M.Calil 
TBHR - Teoria do Bom Humor Radical 

Ps. Quanto à questão econômica que é o ponto chave do Mises, sugiro que você, se possivel, use o pensamento dele para imaginar qual seria a solução que ele apresentaria para os gravissimos problemas econômicos que o Brasil enfrenta hoje. Estamos atravessando a maior crise econômica da história do Brasil cuja dimensão ainda não foi bem calculada pelos economistas. 

==============================



On Sex 05/06/15 11:07 , "luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 

Calil,

Apesar da grande obra dele ser Ação Humana, estou indicando o Teoria e Historia justamente por ser nele que Mises aborda a questão do método. Outro, que ainda não li, e que é seu último livro é esse aqui :





Em Sexta-feira, 5 de Junho de 2015 10:52, "luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br [ciencialist]" escreveu:


 
Ola Calil,

Pode repassar sim.

Outras observações :

1- a Ideologia Zero pressupõe "emocionalidade" Zero? Vejo um Grande empecilho a sua empreitada; acho que o Pesky vai concordar comigo nessa!!!

2 - Vc fala que nada deverá ser implementado sem ter sido testado e validado, pelo método. Sabe qual é o grande problema disso : é impossível elaborarmos experimentos em laborátorio, como fazemos para a Física, Química, etc para questões sociais, no sentido de se saber se uma determinada política ou ação irá ou não funcionar e atingir os resultados a que se propoõe.

O Homem não pode ser agrupado em calsses que reagem sempre da mesma maneira a determinados estímulos/ações/condições, pois um mesmo individuo pode reagir de formas diferentes a um mesmo estímulo ao longo do tempo e em diferentes condições ambientais; além disso, a adição de novas idéias/ideologias/etc também provocará alterações nessas reações e condições.

E repare outra coisa, repare que a sociedade é um sistema complexo, onde além da questão "experimental", a questão da previsibilidade, da forma como entendemos em física e química, perde muito de sua força. Repare que isso também é característica da Teoria da Evolução.

A TE não tem como ser testada em laboratório, com relação a sua afirmação principal : que as "espécies" são resultado de alterações lentas e graduais (através do processo de evolução por seleção natural); não é possível confirmar a trasformação de uma espécie em outra diferente com um experimento em um laboratório; a validação dessa afirmação vem do relato histórico (fósseis). Além disso, a TE não tem como nos dizer qual será o futuro evolutivo do baiacu, que estruturas irá perder ou ganhar, em determinados instantes de tempo (longos), em que tipo de espécie irá se tornar.

Tudo  o que foi falado acima é igualmente válido para as ciências da ação humana. Sugiro fortemente a leitura do livro do Mises "Teoria e História", onde ele  aborda a questão metodológica das Ciências da Ação Humana,  e onde deixa explicitamente claro que a adoção do dualismo metodológico é um artifício metodológico. Leia, e vc verá que a maioria das críticas feitas ao Mises são rasas, ou carecem de entendimento do que ele expôs.

Vou ver se faço um resumo sobre isso, nesse final de semana. Mas só para reflexão : da mesma forma como usamos a evolução por seleção natural para explicar uma dada situação da realidade, usamos as Leis da Oferta-Demanda, de utilildade marginal para explicar uma dada situação da realidade econômica. Não precisamos de experimentos para validar essas leis (que na realidade, quando olhamos para os "fósseis" do passado, esses sempre as confirmam).

Abs
Felipe





Em Sexta-feira, 5 de Junho de 2015 3:03, "Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" escreveu:


 
[Anexos de Mtnos Calil incluídos abaixo]

Ok, 
Luiz Felipe.
 
1.  Vou tentar fazer um resumo do que seria  um “sistema de administração cientifica da sociedade" e envio amanhã. Por ora apresento o primeiro pré-requisito deste sistema que é a ideologia zero. A definição da IZero ainda não está finalizada, mas já temos estes fundamentos:
 
a) A ideologia zero pode ser definida como um ESTADO MENTAL a partir do qual, ao olhar para qualquer aspecto da realidade, o cidadão deixa de lado suas crenças e desejos, adotando este principio básico da ciência: todas as idéias e teorias devem levar em conta, no processo da sua elaboração, o fato de que deverão ser submetidas à prova, com base na metodologia científica.
b) A ética é um elemento fundamental da definição da Ideologia Zero, sendo que a ISENÇÃO é um elemento essencial da ética. Ocorre que muitas vezes para seremos isentos, temos que aceitar o não saber. Como o ser humano não tolera não saber, buscando explicação para tudo e não aceitando que a mente humana tem limitações que o impedem saber de tudo, ele cria explicações que satisfazem os seus desejos ou ilusões, ferindo assim a isenção ética. 
c) A ideologia zero é um estado mental isento de: Fé, Crenças, Desejos, Wishfulthinking (pensamento-desejo), Ilusões, Auto-engano, Hipocrisia (consciente ou inconsciente),Transtornos emocionais, Transtornos mentais. Esse estado mental não pode, obviamente ocupar a mente do individuo o tempo todo. 
 
Obs. A construção desta definição obedece a uma metodologia baseada neste principio: todos os conceitos apresentados na definição, como fé, crença, desejo, etc. terão também que ser definidos.
 
 
2. Quanto ao capitalismo, eu  não disse que ele é uma ideologia. 
O que Marx disse a respeito é que o capitalismo se serve de ideologias. 
Ao mesmo tempo que Marx combateu as ideologias, criou a sua - a da sociedade igualitária. 
 
Mas as ideologias não são apenas um instrumento das "classes dominantes" como dizia Marx. Os dominados também podem ter suas ideologias e por isso Lenin inventou a “ideologia do proletariado” (mas ele não conhecia o pensamento negativista da ideologia de Marx, porque o livro Ideologia Alemã só foi publicado após a morte de Lenin). 
 
As ideologias foram criadas pelos nossos antepassados bem primitivos para entender o mundo. Depois inventaram a vida após a morte para tornar a morte menos insuportável. Essas idéias primitivas antecederam as ideologias politicas. Um bom exemplo de ideologia é o pensamento de que a escravidão era uma coisa natural, normal. Enfim cada um se serve das ideologias de acordo com suas conveniências pessoais ou de grupo. Todo o nosso debate, de minha parte, vai ser calcado na identificação do "virus ideológico" que é invisível.  
 
No arquivo anexo vai um texto introdutório do livro Ideologia Zero que estou escrevendo e que tem intima conexão com o livro “Lógica na comunicação humana” cuja versão eletrônica já existe há alguns anos.
 
3. Também penso como você a respeito da criação do capitalismo. Ele  não foi planejado por ninguém.  E representou um grande avanço da humanidade ao substituir o feudalismo. O próprio Marx reconheceu esse mérito, atribuindo –o à “burguesia”. A criação do capitalismo, como tanta coisa neste mundo, foi autopoiética. ( na minha “opinião” tanto a autopoiese como a teoria quântica podem ser aplicadas ao mundo social, desde é claro sejam tomados os devidos cuidados para não se cair no ridículo; a imprevisibilidade,  um dos elementos básicos da teoria quântica, é também um fator chave da evolução que não é tão determinista como querem alguns.
 
Até amanhã!
Mtnos Calil
 
Ps. Pergunto se posso enviar cópia deste debate para o grupo do Mãos Limpas, onde estão muitos defensores do capitalismo. 

===========================================

On Sex 05/06/15 00:44 , "luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 
Calil,

A vontade, mas queria primeiro que vc caracterizasse o que seria uma defesa "científica" de qqer sistema social.

Outra coisa, o Capitalismo NÃO é uma ideologia (aliás, essa nomenclatura é Marxista). Não foi planejado por ninguém, desenhado na prancheta, surge na sociedade como soluções incrementais para problemas práticos enfrentados. O primeiro a estudar (e não criar) o sistema foi Adam Smith, no seu livro "A Riqueza das Nações".

Abs
Felipe



Em Sexta-feira, 5 de Junho de 2015 0:33, "Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" escreveu:


 
Very Good, Luiz Silva Felipe. (e não Jeff).

Se você tiver paciência para o contraditório terei que apresentar uma certa*  quantidade de argumentos para demonstrar que a sua defesa do capitalismo é ideológica (e portanto não cientifica). 
*  Certa quantidade? Não, não! É incerta - os humanos usam a palavra certa para designar coisas incertas.. se isso não for esquizofrenia linguistica o que seria? "licença semântica"? 

Aguardo o seu consentimento para o contraditório lógico-cientifico. 

Thanks
M.Calil 

Ps. Eu só uso o termo "sonho" para designar os fenômenos noturnos assim denominados e que a ciência ainda não conseguiu explicar a sua função psico-cognitiva. Para Freud os sonhos tinham a função de realizar desejos reprimidos no inconsciente. 



On Qui 04/06/15 23:25 , "luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 
Ola Calil,

"O que aconteceu agora, é que você não informou qual é problema que eu disse que não tinha captado. 
Quanto à administração cientifica da economia isso nunca aconteceu na história da humanidade. Se você está se referindo ao genocidio stalinista, trata-se de um fenômeno de psicopatia social como qualquer outros genocidios. - o termo genocidio, muito a propósito, contem o prefixo gen de gene. "

Esta resposta é tb para a colocação do Jeff :

 A informação está no mesmo parágrafo. A questão da impossibilidade da determinação racional dos preços, salários, que é condição necessária para termos uma economia planificada, uma administração "científica" da sociedade, não é tecnológica. Emergem (emergencia fraca) como consequências das interações que ocorrem no marcado. A lei da oferta e demana, a lei da utilildade marginal decrescente NÃO podem ser usadas para determinação de preços, pois são leis que falam sobre Variação, não de determinação (nenhum economista consegue usa-las para determinar ou prever preços de equilíbrio). Além disso, o preço é uma valor (com componente altamente subjetivo) que é atribuido a determinado produto ou serviço.

Com relação ao Socialismo/Comunismo Marxista, temos 2 pontos :

1 - A questão política social
2 - A questão econômica

1 - a proposta de estatização da economia é, em substância, uma proposta de unificação de poder político e econômico e que para "funcionar" (não funciona), necessita de seres humanos tomados por "Invasores de Cropos" (aquele filme, onde uma forma de vida com uma unica consciencia invade o corpo do ser humano). Não é a toa que deu no que deu, em TODOS os países onde foi tentada.

2 - a questão econômica, foi o que coloquei no paragrafo acima

E sim, as tentativas que tivemos foram tentativas para se administrar cientificamente a sociedade, negar isso é cometer a falácia do escoces verdadeiro


"O genocidio do capitalismo é mais refinado do que o genocidio nazi-stalinista - só temos hoje um bilhão de famélicos. Mas fora a fome, bilhões de terrestres vivem em estado avançado de stress e ansiedade, fora as guerras fabricadas como a do Iraque para rechear os bolsos da industria armamentista. "

Calil, não existe "genocidio" do capitalismo. Para fazer uma análise correta do que ocorre, temos que fazer uma análise histórica. A condição natural humana sempre foi de pobreza e luta pela vida. A evolução da cooperação social (e isso é exatamente o que um sistema econômico é) para o Capitalismo, com divisão de trabalho, acumulo de capital possibilitou um aumento de produtividade e  foi acompanhada pela MAIOR redução de pobreza, fome, miséria e mortalidade na história da Humanidade . Somente isso, possibilitou que a população do planeta atingisse os níveis atuais. 

Hoje, o nível de vida até mesmo de uma pessoa pobre é muito melhor até do que a nobreza tinha a 200, 300 anos atrás. Muitos dos 1 BI que vc fala, estão em países que se recusaram a abraçar o mercado (incluindo a àfrica, pós colonização), e se apegaram a promessa de igualdade de resultados oferecida pelo Socialismo Marxista. E hoje, o mundo vive em uma crise essencialmente Keynesiana e intervencionista.

A guerra contra o Iraque foi geopolitica, da mesma forma que as guerras que a URSS fazia, com as ocupções de territórios e substituição da população local por Russos (vide o que ocorre na Ucrânia) - essa discussão é longa, nesse tema, agora, vou parar aqui, somente comentando que tem muita gente que defende que a redução das guerras na história está totalmente correlacionada com o aumento do livre comercio e interdependencia entre as nações.

O capitalismo com o estado democratico de direito está longe de sere perfeito, mas é o que temos de melhor, em termos de cooperação social. Veja os indicadores de liberdade econômica e facilidade de se fazer negócio, e as correlações que tem com o IDH e o bem estar da população.


Defender o capitalismo ou o comunismo/socialismo é pura ideologia. 
Como eu não vejo hoje alternativa para o capitalismo estou propondo civilizá-lo, o que requer a utilização de conceitos e metodologias científicas. Isso é uma utopia? Se for, a ciência será inútil para a salvação da humanidade e muito útil para a sua destruição, porque fazer bomba atômica os cientistas sabem. 

NAO ESTOU GENERALIZANDO - HÁ CIENTISTAS INTERESSADOS NO BEM COMUM, MAS FALTA A ELES CORAGEM PARA ENFRENTAR OS DONOS DO PODER QUE FINANCIAM SEUS PROJETOS. 

EDGAR MORIN FALA EM CIÊNCIA COM CONSCIÊNCIA - EU FALO EM CIÊNCIA COM CORAGEM. CORAGEM DE SER AUTÊNTICO, como falou Rollo May em seu livrinho "O homem à procura de si mesmo". 

absmc

Ps. Devemos à ciência o fato de termos dobrado a nossa longevidade em poucos anos. Essa foi a grande contribuição dos cientistas  para a humanidade. O resto é o resto... Automóvel? É um veneno que viciou a economia, como tantos outros. Agora o povo alienado está se viciando nos celulares, redes "sociais", facebooks, selfies e outras besteiras tecno-cientificas. 

Defender o capitalismo é defender o que temos de melhor hoje, e que apresentou melhores resultados objetivos! Todo o desenvolvimento científico e tecnológico que temos hoje se deve ao capitalismo, a acumulação de capital que possibilita o financiamento das pesqueisas e desenvolvimento de tecnologia.

O sonho de uma administração cientifica da sociedade é uma utopia.

Abs
Felipe




Em Quinta-feira, 4 de Junho de 2015 21:10, "Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" escreveu:


 
Óia a bagunça comunicacional.
Foi assim que eu recebi a mensagem


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> Em 2015-06-03 13:44, luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br
>> [ciencialist]
>> escreveu:
>> 
>>> Calil,
>>> 
>>> Vc não captou a essência do problema.
>>> 
>>> A questao não é meramente computacional (e mesmo assim as
>> previsões q
>>> fazemos não tem a mesma caracteristica das previsões q são feitas
>> na
>>> fisica, por exemplo). É que nao existe um método racional para se
>>> determinar o preço de todos os produtos. Ssomente o mercado é capaz
>> de
>>> fazê lo, pois o preço reflete a própria interação entre pessoas
>>> (negociacao e julgamento subjetuvo de valor) e ambiente (escasses ou
>>> abundancia de recursos).
>> 
>> O que estou dizendo é que a tecnologia atual possibilita a criação
>> de
>> um sistema de informação muito melhor que o sistema de preços para
>> gerar
>> informações para alocação dos fatores de produção.
>> 
>> []s,
>> Jeff.


========================================================================
 Vamos agora à sua ultima mensagem, a qual eu vou responder nesta cor 

On Qui 04/06/15 19:52 , "luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 
Calil,

Quem falou que vc não tinha entendido o problema foi eu, não o Jeff. Além disso, outros já tentaram administrar cientificamente o Mercado, a Economia. O resultado disso foram : pobreza, miséria, fome, uma concentração de renda e poder nunca vista e genocídio generalizado.

Abs
Felipe

=========================================

O que aconteceu agora, é que você não informou qual é problema que eu disse que não tinha captado. 
Quanto à administração cientifica da economia isso nunca aconteceu na história da humanidade. Se você está se referindo ao genocidio stalinista, trata-se de um fenômeno de psicopatia social como qualquer outros genocidios. - o termo genocidio, muito a propósito, contem o prefixo gen de gene. 

O genocidio do capitalismo é mais refinado do que o genocidio nazi-stalinista - só temos hoje um bilhão de famélicos. Mas fora a fome, bilhões de terrestres vivem em estado avançado de stress e ansiedade, fora as guerras fabricadas como a do Iraque para rechear os bolsos da industria armamentista. 

Defender o capitalismo ou o comunismo/socialismo é pura ideologia. 
Como eu não vejo hoje alternativa para o capitalismo estou propondo civilizá-lo, o que requer a utilização de conceitos e metodologias científicas. Isso é uma utopia? Se for, a ciência será inútil para a salvação da humanidade e muito útil para a sua destruição, porque fazer bomba atômica os cientistas sabem. 

NAO ESTOU GENERALIZANDO - HÁ CIENTISTAS INTERESSADOS NO BEM COMUM, MAS FALTA A ELES CORAGEM PARA ENFRENTAR OS DONOS DO PODER QUE FINANCIAM SEUS PROJETOS. 

EDGAR MORIN FALA EM CIÊNCIA COM CONSCIÊNCIA - EU FALO EM CIÊNCIA COM CORAGEM. CORAGEM DE SER AUTÊNTICO, como falou Rollo May em seu livrinho "O homem à procura de si mesmo". 

absmc

Ps. Devemos à ciência o fato de termos dobrado a nossa longevidade em poucos anos. Essa foi a grande contribuição dos cientistas  para a humanidade. O resto é o resto... Automóvel? É um veneno que viciou a economia, como tantos outros. Agora o povo alienado está se viciando nos celulares, redes "sociais", facebooks, selfies e outras besteiras tecno-cientificas. 


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Em Quinta-feira, 4 de Junho de 2015 14:59, "Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" escreveu:
 
Viu, prof. Belmiro? 

Quando a gente se liberta das ideologias, dá mais atenção ao que foi dito do que ao autor do dito. Quanto ao mercado, como acontece com todos os fenomenos sociais, ele carece de uma administração científica. Um dos pontos chaves desta adminsitração seria limitar a concentração de renda e a consequente desigualdade, responsável hoje por essa divisão esquizofrênica: enquanto cerca de um bilhão de humanos estão obesos, outro bilhão é constituido por famélicos. Parece então que a lei da oferta e da procura não é muito legal, né? Dizem que a lógica é a premissa básica do direito... mas só dizem, por que na hora de fazer leis lógicas (ou mesmo de cumprir algumas leis) essa premissa é ignorada. Se o ser humano fosse muito lógico, este triturador não teria nascido. Que sorte eu tive! 

Triturador Lógico 



On Qui 04/06/15 14:31 , "Belmiro Wolski belmirow@yahoo.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 
>>>"O Jeff tem toda a razão! O Calil não captou a essência do problema. Na verdade não captou nem o problema! Diante desta dificuldade de entendimento, o Calil pede ao Jeff a gentileza de informar qual é o problema em questão. A propósito da fixação de preço pelo mercado parece que a lei da oferta e da procura tem uma influência determinante". 

Putz, nunca pensei que iria concordar em alguma coisa com essa coisa (essa coisa=triturador lógico).

*BW*



Em Quinta-feira, 4 de Junho de 2015 1:36, "Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" escreveu:


 

Deixemos então a miséria para depois de resolvermos essa inesperada crise de identidade. Uma pessoa chamada Jeff enviou essa mensagem para o grupo: 

Calil,

Vc não captou a essência do problema. A questao não é meramente computacional (e mesmo assim as previsões q fazemos não tem a mesma caracteristica das previsões q são feitas na fisica, por exemplo). É que nao existe um método racional para se determinar o preço de todos os produtos. Somente o mercado é capaz de  fazê lo, pois o preço reflete a própria interação entre pessoas (negociacao e julgamento subjetivo de valor) e ambiente (escasses ou abundancia de recursos). 

O que estou dizendo é que a tecnologia atual possibilita a criação de  um sistema de informação muito melhor que o sistema de preços para gerar informações para alocação dos fatores de produção.

O Jeff tem toda a razão! O Calil não captou a essência do problema. Na verdade não captou nem o problema! Diante desta dificuldade de entendimento, o Calil pede ao Jeff a gentileza de informar qual é o problema em questão. A propósito da fixação de preço pelo mercado parece que a lei da oferta e da procura tem uma influência determinante. 

Aguardamos
Atenciosamente
Triturador Lógico




On Qua 03/06/15 20:23 , "Jeff jeff@jeff.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 
Em 2015-06-03 17:13, "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br
[ciencialist]
escreveu:

> Ok. Vou rever com calma o seu pensamento.
> Me diga por favor qual a relevância que essa proposta tem para a cabar
> com a miséria.
> abraço
> m.calil

Ué, será que eu sou o Calil mesmo? Será que eu tenho
dupla-personalidade?!!! OMG!! :)

[]s,
Jeff.

>
> Em Qua 03/06/15 14:55, Jeff jeff@jeff.com.br [ciencialist]
> ciencialist@yahoogrupos.com.br escreveu:
>
>>
>>
>> Em 2015-06-03 13:44, luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br
>> [ciencialist]
>> escreveu:
>>
>>> Calil,
>>>
>>> Vc não captou a essência do problema.
>>>
>>> A questao não é meramente computacional (e mesmo assim as
>> previsões q
>>> fazemos não tem a mesma caracteristica das previsões q são feitas
>> na
>>> fisica, por exemplo). É que nao existe um método racional para se
>>> determinar o preço de todos os produtos. Ssomente o mercado é capaz
>> de
>>> fazê lo, pois o preço reflete a própria interação entre pessoas
>>> (negociacao e julgamento subjetuvo de valor) e ambiente (escasses ou
>>> abundancia de recursos).
>>
>> O que estou dizendo é que a tecnologia atual possibilita a criação
>> de
>> um sistema de informação muito melhor que o sistema de preços para
>> gerar
>> informações para alocação dos fatores de produção.
>>
>> []s,
>> Jeff.
>
>

Links:
------
[1]
https://br.groups.yahoo.com/neo/groups/ciencialist/conversations/messages/88455;_ylc=X3oDMTJxN2duNW5xBF9TAzk3NDkwNDM3BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BG1zZ0lkAzg4NDU1BHNlYwNmdHIEc2xrA3JwbHkEc3RpbWUDMTQzMzM2MjQ0NQ--?act=reply&messageNum=88455
[2]
https://br.groups.yahoo.com/neo/groups/ciencialist/conversations/newtopic;_ylc=X3oDMTJlZ3U2NjlyBF9TAzk3NDkwNDM3BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BHNlYwNmdHIEc2xrA250cGMEc3RpbWUDMTQzMzM2MjQ0NQ--
[3]
https://br.groups.yahoo.com/neo/groups/ciencialist/conversations/topics/88422;_ylc=X3oDMTM2c3BrbTVuBF9TAzk3NDkwNDM3BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BG1zZ0lkAzg4NDU1BHNlYwNmdHIEc2xrA3Z0cGMEc3RpbWUDMTQzMzM2MjQ0NQR0cGNJZAM4ODQyMg--
[4] http://www.ciencialist.com
[5]
https://br.groups.yahoo.com/neo/groups/ciencialist/info;_ylc=X3oDMTJlMDNxN2phBF9TAzk3NDkwNDM3BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BHNlYwN2dGwEc2xrA3ZnaHAEc3RpbWUDMTQzMzM2MjQ0NQ--
[6]
https://br.groups.yahoo.com/neo;_ylc=X3oDMTJkNTZsZzFuBF9TAzk3NDkwNDM1BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BHNlYwNmdHIEc2xrA2dmcARzdGltZQMxNDMzMzYyNDQ1
[7] https://info.yahoo.com/privacy/br/yahoo/groups/details.html
[8] https://info.yahoo.com/legal/br/yahoo/utos/terms/




















SUBJECT: Transmissão Continuamente Variável bem simples
FROM: Tipoalgo <tipoalgo@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/06/2015 03:38

https://www.youtube.com/watch?v=rNrZjxgmbQI


Vantagens de uso das CVTs 2
Característica Benefício
Aceleração constante, sem trancos, desde a arrancada até a velocidade de cruzeiro. Elimina o "choque da troca" - roda mais suave
Funciona para manter o carro na sua melhor faixa de potência, independentemente da velocidade em que o carro está andando Menor consumo de combustível.
Melhor resposta a mudanças de condições, como acelerador e velocidade Elimina a troca de marchas conforme a velocidade diminui, desacelera especialmente em subidas
Menor perda de potência com uma CVT do que com uma caixa automática convencional Melhor aceleração
Melhor controle da faixa de rotação num motor a gasolina e Pode incorporar versões automatizadas de embreagens mecânicas. Melhor controle de emissões e Substitui ineficientes conversores de torque

Fonte:
Abraços Tipoalgo


SUBJECT: RES: Re: Re: [ciencialist] Ciência da filosofia X Filosofia da Ciência - 1
FROM: "Verner Stranz" <vernerstranz@ig.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/06/2015 07:35

Ai, Mitnos, “estamos atravessando a maior crise econômica...”, é bastante polêmico, vc não acha? Já vivemos uma inflação de + de 70% ao mês, já decretamos moratória, já estivemos endividados até às cuecas com o FMI, já tivemos um ano sem reajuste do salário-mínimo etc. etc. E saiba que ter vivido essas e outras situações é um preço a quem, como eu, já está há décadas na superfície do planeta. Não parece ser teu caso, meu jovem.

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br]
Enviada em: sexta-feira, 5 de junho de 2015 16:05
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: Re: Re: [ciencialist] Ciência da filosofia X Filosofia da Ciência - 1

 

 

Meu amigo. 

 

Se você quiser mesmo fazer uma leitura lógico-cientifica do Mr. Mises, você vai sofrer muito. Já fiz um pré-diagnóstico com o raio X do LPC e o resultado foi infelizmente muito negativo. Digo infelizmente porque a imagem que eu tinha deste respeitado liberal ficou muito, muito chamuscada. 

De minha parte, como  veremos na próxima mensagem, já comecei a compartilhar esse sacrificio com você, dando uma primeira olhada no livro que você recomendou. 

 

Abraços

M.Calil 

TBHR - Teoria do Bom Humor Radical 

 

Ps. Quanto à questão econômica que é o ponto chave do Mises, sugiro que você, se possivel, use o pensamento dele para imaginar qual seria a solução que ele apresentaria para os gravissimos problemas econômicos que o Brasil enfrenta hoje. Estamos atravessando a maior crise econômica da história do Brasil cuja dimensão ainda não foi bem calculada pelos economistas. 

 

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On Sex 05/06/15 11:07 , "luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:

 

Calil,

 

Apesar da grande obra dele ser Ação Humana, estou indicando o Teoria e Historia justamente por ser nele que Mises aborda a questão do método. Outro, que ainda não li, e que é seu último livro é esse aqui :

 

 

 

 

image

 

 

 

 

 

The Ultimate Foundation of Economic Science

If Mises has an unheralded masterpiece, The Ultimate Foundation of Economic Science is it. There are two senses in which this book is indeed ultimate: it deals with...

Visualizado por Yahoo

 

 

 

Em Sexta-feira, 5 de Junho de 2015 10:52, "luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br [ciencialist]" escreveu:

 

 

Ola Calil,

 

Pode repassar sim.

 

Outras observações :

 

1- a Ideologia Zero pressupõe "emocionalidade" Zero? Vejo um Grande empecilho a sua empreitada; acho que o Pesky vai concordar comigo nessa!!!

 

2 - Vc fala que nada deverá ser implementado sem ter sido testado e validado, pelo método. Sabe qual é o grande problema disso : é impossível elaborarmos experimentos em laborátorio, como fazemos para a Física, Química, etc para questões sociais, no sentido de se saber se uma determinada política ou ação irá ou não funcionar e atingir os resultados a que se propoõe.

 

O Homem não pode ser agrupado em calsses que reagem sempre da mesma maneira a determinados estímulos/ações/condições, pois um mesmo individuo pode reagir de formas diferentes a um mesmo estímulo ao longo do tempo e em diferentes condições ambientais; além disso, a adição de novas idéias/ideologias/etc também provocará alterações nessas reações e condições.

 

E repare outra coisa, repare que a sociedade é um sistema complexo, onde além da questão "experimental", a questão da previsibilidade, da forma como entendemos em física e química, perde muito de sua força. Repare que isso também é característica da Teoria da Evolução.

 

A TE não tem como ser testada em laboratório, com relação a sua afirmação principal : que as "espécies" são resultado de alterações lentas e graduais (através do processo de evolução por seleção natural); não é possível confirmar a trasformação de uma espécie em outra diferente com um experimento em um laboratório; a validação dessa afirmação vem do relato histórico (fósseis). Além disso, a TE não tem como nos dizer qual será o futuro evolutivo do baiacu, que estruturas irá perder ou ganhar, em determinados instantes de tempo (longos), em que tipo de espécie irá se tornar.

 

Tudo  o que foi falado acima é igualmente válido para as ciências da ação humana. Sugiro fortemente a leitura do livro do Mises "Teoria e História", onde ele  aborda a questão metodológica das Ciências da Ação Humana,  e onde deixa explicitamente claro que a adoção do dualismo metodológico é um artifício metodológico. Leia, e vc verá que a maioria das críticas feitas ao Mises são rasas, ou carecem de entendimento do que ele expôs.

 

Vou ver se faço um resumo sobre isso, nesse final de semana. Mas só para reflexão : da mesma forma como usamos a evolução por seleção natural para explicar uma dada situação da realidade, usamos as Leis da Oferta-Demanda, de utilildade marginal para explicar uma dada situação da realidade econômica. Não precisamos de experimentos para validar essas leis (que na realidade, quando olhamos para os "fósseis" do passado, esses sempre as confirmam).

 

Abs

Felipe

 

 

 

 

Em Sexta-feira, 5 de Junho de 2015 3:03, "Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" escreveu:

 

 

[Anexos de Mtnos Calil incluídos abaixo]


Ok, 
Luiz Felipe.

 

1.  Vou tentar fazer um resumo do que seria  um “sistema de administração cientifica da sociedade" e envio amanhã. Por ora apresento o primeiro pré-requisito deste sistema que é a ideologia zero. A definição da IZero ainda não está finalizada, mas já temos estes fundamentos:

 

a) A ideologia zero pode ser definida como um ESTADO MENTAL a partir do qual, ao olhar para qualquer aspecto da realidade, o cidadão deixa de lado suas crenças e desejos, adotando este principio básico da ciência: todas as idéias e teorias devem levar em conta, no processo da sua elaboração, o fato de que deverão ser submetidas à prova, com base na metodologia científica.

b) A ética é um elemento fundamental da definição da Ideologia Zero, sendo que a ISENÇÃO é um elemento essencial da ética. Ocorre que muitas vezes para seremos isentos, temos que aceitar o não saber. Como o ser humano não tolera não saber, buscando explicação para tudo e não aceitando que a mente humana tem limitações que o impedem saber de tudo, ele cria explicações que satisfazem os seus desejos ou ilusões, ferindo assim a isenção ética. 

c) A ideologia zero é um estado mental isento de: Fé, Crenças, Desejos, Wishfulthinking (pensamento-desejo), Ilusões, Auto-engano, Hipocrisia (consciente ou inconsciente),Transtornos emocionais, Transtornos mentais. Esse estado mental não pode, obviamente ocupar a mente do individuo o tempo todo. 

 

Obs. A construção desta definição obedece a uma metodologia baseada neste principio: todos os conceitos apresentados na definição, como fé, crença, desejo, etc. terão também que ser definidos.

 

 

2. Quanto ao capitalismo, eu  não disse que ele é uma ideologia. 

O que Marx disse a respeito é que o capitalismo se serve de ideologias. 

Ao mesmo tempo que Marx combateu as ideologias, criou a sua - a da sociedade igualitária. 

 

Mas as ideologias não são apenas um instrumento das "classes dominantes" como dizia Marx. Os dominados também podem ter suas ideologias e por isso Lenin inventou a “ideologia do proletariado” (mas ele não conhecia o pensamento negativista da ideologia de Marx, porque o livro Ideologia Alemã só foi publicado após a morte de Lenin). 

 

As ideologias foram criadas pelos nossos antepassados bem primitivos para entender o mundo. Depois inventaram a vida após a morte para tornar a morte menos insuportável. Essas idéias primitivas antecederam as ideologias politicas. Um bom exemplo de ideologia é o pensamento de que a escravidão era uma coisa natural, normal. Enfim cada um se serve das ideologias de acordo com suas conveniências pessoais ou de grupo. Todo o nosso debate, de minha parte, vai ser calcado na identificação do "virus ideológico" que é invisível.  

 

No arquivo anexo vai um texto introdutório do livro Ideologia Zero que estou escrevendo e que tem intima conexão com o livro “Lógica na comunicação humana” cuja versão eletrônica já existe há alguns anos.

 

3. Também penso como você a respeito da criação do capitalismo. Ele  não foi planejado por ninguém.  E representou um grande avanço da humanidade ao substituir o feudalismo. O próprio Marx reconheceu esse mérito, atribuindo –o à “burguesia”. A criação do capitalismo, como tanta coisa neste mundo, foi autopoiética. ( na minha “opinião” tanto a autopoiese como a teoria quântica podem ser aplicadas ao mundo social, desde é claro sejam tomados os devidos cuidados para não se cair no ridículo; a imprevisibilidade,  um dos elementos básicos da teoria quântica, é também um fator chave da evolução que não é tão determinista como querem alguns.

 

Até amanhã!

Mtnos Calil

 

Ps. Pergunto se posso enviar cópia deste debate para o grupo do Mãos Limpas, onde estão muitos defensores do capitalismo. 

 

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On Sex 05/06/15 00:44 , "luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:

 

Calil,

 

A vontade, mas queria primeiro que vc caracterizasse o que seria uma defesa "científica" de qqer sistema social.

 

Outra coisa, o Capitalismo NÃO é uma ideologia (aliás, essa nomenclatura é Marxista). Não foi planejado por ninguém, desenhado na prancheta, surge na sociedade como soluções incrementais para problemas práticos enfrentados. O primeiro a estudar (e não criar) o sistema foi Adam Smith, no seu livro "A Riqueza das Nações".

 

Abs

Felipe

 

 

Em Sexta-feira, 5 de Junho de 2015 0:33, "Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" escreveu:

 

 

Very Good, Luiz Silva Felipe. (e não Jeff).

 

Se você tiver paciência para o contraditório terei que apresentar uma certa*  quantidade de argumentos para demonstrar que a sua defesa do capitalismo é ideológica (e portanto não cientifica). 

*  Certa quantidade? Não, não! É incerta - os humanos usam a palavra certa para designar coisas incertas.. se isso não for esquizofrenia linguistica o que seria? "licença semântica"? 

 

Aguardo o seu consentimento para o contraditório lógico-cientifico. 

 

Thanks

M.Calil 

 

Ps. Eu só uso o termo "sonho" para designar os fenômenos noturnos assim denominados e que a ciência ainda não conseguiu explicar a sua função psico-cognitiva. Para Freud os sonhos tinham a função de realizar desejos reprimidos no inconsciente. 



On Qui 04/06/15 23:25 , "luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:

 

Ola Calil,

 

"O que aconteceu agora, é que você não informou qual é problema que eu disse que não tinha captado. 

Quanto à administração cientifica da economia isso nunca aconteceu na história da humanidade. Se você está se referindo ao genocidio stalinista, trata-se de um fenômeno de psicopatia social como qualquer outros genocidios. - o termo genocidio, muito a propósito, contem o prefixo gen de gene. "

 

Esta resposta é tb para a colocação do Jeff :

 

 A informação está no mesmo parágrafo. A questão da impossibilidade da determinação racional dos preços, salários, que é condição necessária para termos uma economia planificada, uma administração "científica" da sociedade, não é tecnológica. Emergem (emergencia fraca) como consequências das interações que ocorrem no marcado. A lei da oferta e demana, a lei da utilildade marginal decrescente NÃO podem ser usadas para determinação de preços, pois são leis que falam sobre Variação, não de determinação (nenhum economista consegue usa-las para determinar ou prever preços de equilíbrio). Além disso, o preço é uma valor (com componente altamente subjetivo) que é atribuido a determinado produto ou serviço.

 

Com relação ao Socialismo/Comunismo Marxista, temos 2 pontos :

 

1 - A questão política social

2 - A questão econômica

 

1 - a proposta de estatização da economia é, em substância, uma proposta de unificação de poder político e econômico e que para "funcionar" (não funciona), necessita de seres humanos tomados por "Invasores de Cropos" (aquele filme, onde uma forma de vida com uma unica consciencia invade o corpo do ser humano). Não é a toa que deu no que deu, em TODOS os países onde foi tentada.

 

2 - a questão econômica, foi o que coloquei no paragrafo acima

 

E sim, as tentativas que tivemos foram tentativas para se administrar cientificamente a sociedade, negar isso é cometer a falácia do escoces verdadeiro

 

 

"O genocidio do capitalismo é mais refinado do que o genocidio nazi-stalinista - só temos hoje um bilhão de famélicos. Mas fora a fome, bilhões de terrestres vivem em estado avançado de stress e ansiedade, fora as guerras fabricadas como a do Iraque para rechear os bolsos da industria armamentista. "

 

Calil, não existe "genocidio" do capitalismo. Para fazer uma análise correta do que ocorre, temos que fazer uma análise histórica. A condição natural humana sempre foi de pobreza e luta pela vida. A evolução da cooperação social (e isso é exatamente o que um sistema econômico é) para o Capitalismo, com divisão de trabalho, acumulo de capital possibilitou um aumento de produtividade e  foi acompanhada pela MAIOR redução de pobreza, fome, miséria e mortalidade na história da Humanidade . Somente isso, possibilitou que a população do planeta atingisse os níveis atuais. 

 

Hoje, o nível de vida até mesmo de uma pessoa pobre é muito melhor até do que a nobreza tinha a 200, 300 anos atrás. Muitos dos 1 BI que vc fala, estão em países que se recusaram a abraçar o mercado (incluindo a àfrica, pós colonização), e se apegaram a promessa de igualdade de resultados oferecida pelo Socialismo Marxista. E hoje, o mundo vive em uma crise essencialmente Keynesiana e intervencionista.

 

A guerra contra o Iraque foi geopolitica, da mesma forma que as guerras que a URSS fazia, com as ocupções de territórios e substituição da população local por Russos (vide o que ocorre na Ucrânia) - essa discussão é longa, nesse tema, agora, vou parar aqui, somente comentando que tem muita gente que defende que a redução das guerras na história está totalmente correlacionada com o aumento do livre comercio e interdependencia entre as nações.

 

O capitalismo com o estado democratico de direito está longe de sere perfeito, mas é o que temos de melhor, em termos de cooperação social. Veja os indicadores de liberdade econômica e facilidade de se fazer negócio, e as correlações que tem com o IDH e o bem estar da população.

 

 

Defender o capitalismo ou o comunismo/socialismo é pura ideologia. 

Como eu não vejo hoje alternativa para o capitalismo estou propondo civilizá-lo, o que requer a utilização de conceitos e metodologias científicas. Isso é uma utopia? Se for, a ciência será inútil para a salvação da humanidade e muito útil para a sua destruição, porque fazer bomba atômica os cientistas sabem. 

 

NAO ESTOU GENERALIZANDO - HÁ CIENTISTAS INTERESSADOS NO BEM COMUM, MAS FALTA A ELES CORAGEM PARA ENFRENTAR OS DONOS DO PODER QUE FINANCIAM SEUS PROJETOS. 

 

EDGAR MORIN FALA EM CIÊNCIA COM CONSCIÊNCIA - EU FALO EM CIÊNCIA COM CORAGEM. CORAGEM DE SER AUTÊNTICO, como falou Rollo May em seu livrinho "O homem à procura de si mesmo". 

 

absmc

 

Ps. Devemos à ciência o fato de termos dobrado a nossa longevidade em poucos anos. Essa foi a grande contribuição dos cientistas  para a humanidade. O resto é o resto... Automóvel? É um veneno que viciou a economia, como tantos outros. Agora o povo alienado está se viciando nos celulares, redes "sociais", facebooks, selfies e outras besteiras tecno-cientificas. 

 

Defender o capitalismo é defender o que temos de melhor hoje, e que apresentou melhores resultados objetivos! Todo o desenvolvimento científico e tecnológico que temos hoje se deve ao capitalismo, a acumulação de capital que possibilita o financiamento das pesqueisas e desenvolvimento de tecnologia.

 

O sonho de uma administração cientifica da sociedade é uma utopia.

 

Abs

Felipe

 

 

 

Em Quinta-feira, 4 de Junho de 2015 21:10, "Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" escreveu:

 

 

Óia a bagunça comunicacional.

Foi assim que eu recebi a mensagem

 

 

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> Em 2015-06-03 13:44, luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br
>> [ciencialist]
>> escreveu:
>> 
>>> Calil,
>>> 
>>> Vc não captou a essência do problema.
>>> 
>>> A questao não é meramente computacional (e mesmo assim as
>> previsões q
>>> fazemos não tem a mesma caracteristica das previsões q são feitas
>> na
>>> fisica, por exemplo). É que nao existe um método racional para se
>>> determinar o preço de todos os produtos. Ssomente o mercado é capaz
>> de
>>> fazê lo, pois o preço reflete a própria interação entre pessoas
>>> (negociacao e julgamento subjetuvo de valor) e ambiente (escasses ou
>>> abundancia de recursos).
>> 
>> O que estou dizendo é que a tecnologia atual possibilita a criação
>> de
>> um sistema de informação muito melhor que o sistema de preços para
>> gerar
>> informações para alocação dos fatores de produção.
>> 
>> []s,
>> Jeff.


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 Vamos agora à sua ultima mensagem, a qual eu vou responder nesta cor 

On Qui 04/06/15 19:52 , "luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:

 

Calil,

 

Quem falou que vc não tinha entendido o problema foi eu, não o Jeff. Além disso, outros já tentaram administrar cientificamente o Mercado, a Economia. O resultado disso foram : pobreza, miséria, fome, uma concentração de renda e poder nunca vista e genocídio generalizado.

 

Abs

Felipe

 

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O que aconteceu agora, é que você não informou qual é problema que eu disse que não tinha captado. 

Quanto à administração cientifica da economia isso nunca aconteceu na história da humanidade. Se você está se referindo ao genocidio stalinista, trata-se de um fenômeno de psicopatia social como qualquer outros genocidios. - o termo genocidio, muito a propósito, contem o prefixo gen de gene. 

 

O genocidio do capitalismo é mais refinado do que o genocidio nazi-stalinista - só temos hoje um bilhão de famélicos. Mas fora a fome, bilhões de terrestres vivem em estado avançado de stress e ansiedade, fora as guerras fabricadas como a do Iraque para rechear os bolsos da industria armamentista. 

 

Defender o capitalismo ou o comunismo/socialismo é pura ideologia. 

Como eu não vejo hoje alternativa para o capitalismo estou propondo civilizá-lo, o que requer a utilização de conceitos e metodologias científicas. Isso é uma utopia? Se for, a ciência será inútil para a salvação da humanidade e muito útil para a sua destruição, porque fazer bomba atômica os cientistas sabem. 

 

NAO ESTOU GENERALIZANDO - HÁ CIENTISTAS INTERESSADOS NO BEM COMUM, MAS FALTA A ELES CORAGEM PARA ENFRENTAR OS DONOS DO PODER QUE FINANCIAM SEUS PROJETOS. 

 

EDGAR MORIN FALA EM CIÊNCIA COM CONSCIÊNCIA - EU FALO EM CIÊNCIA COM CORAGEM. CORAGEM DE SER AUTÊNTICO, como falou Rollo May em seu livrinho "O homem à procura de si mesmo". 

 

absmc

 

Ps. Devemos à ciência o fato de termos dobrado a nossa longevidade em poucos anos. Essa foi a grande contribuição dos cientistas  para a humanidade. O resto é o resto... Automóvel? É um veneno que viciou a economia, como tantos outros. Agora o povo alienado está se viciando nos celulares, redes "sociais", facebooks, selfies e outras besteiras tecno-cientificas. 

 

 

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Em Quinta-feira, 4 de Junho de 2015 14:59, "Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" escreveu:

 

Viu, prof. Belmiro? 

 

Quando a gente se liberta das ideologias, dá mais atenção ao que foi dito do que ao autor do dito. Quanto ao mercado, como acontece com todos os fenomenos sociais, ele carece de uma administração científica. Um dos pontos chaves desta adminsitração seria limitar a concentração de renda e a consequente desigualdade, responsável hoje por essa divisão esquizofrênica: enquanto cerca de um bilhão de humanos estão obesos, outro bilhão é constituido por famélicos. Parece então que a lei da oferta e da procura não é muito legal, né? Dizem que a lógica é a premissa básica do direito... mas só dizem, por que na hora de fazer leis lógicas (ou mesmo de cumprir algumas leis) essa premissa é ignorada. Se o ser humano fosse muito lógico, este triturador não teria nascido. Que sorte eu tive! 

 

Triturador Lógico 



On Qui 04/06/15 14:31 , "Belmiro Wolski belmirow@yahoo.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:

 

>>>"O Jeff tem toda a razão! O Calil não captou a essência do problema. Na verdade não captou nem o problema! Diante desta dificuldade de entendimento, o Calil pede ao Jeff a gentileza de informar qual é o problema em questão. A propósito da fixação de preço pelo mercado parece que a lei da oferta e da procura tem uma influência determinante". 

 

Putz, nunca pensei que iria concordar em alguma coisa com essa coisa (essa coisa=triturador lógico).

 

*BW*

 

 

Em Quinta-feira, 4 de Junho de 2015 1:36, "Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" escreveu:

 

 

 

Deixemos então a miséria para depois de resolvermos essa inesperada crise de identidade. Uma pessoa chamada Jeff enviou essa mensagem para o grupo: 

 

Calil,

Vc não captou a essência do problema. A questao não é meramente computacional (e mesmo assim as previsões q fazemos não tem a mesma caracteristica das previsões q são feitas na fisica, por exemplo). É que nao existe um método racional para se determinar o preço de todos os produtos. Somente o mercado é capaz de  fazê lo, pois o preço reflete a própria interação entre pessoas (negociacao e julgamento subjetivo de valor) e ambiente (escasses ou abundancia de recursos). 

 

O que estou dizendo é que a tecnologia atual possibilita a criação de  um sistema de informação muito melhor que o sistema de preços para gerar informações para alocação dos fatores de produção.

 

O Jeff tem toda a razão! O Calil não captou a essência do problema. Na verdade não captou nem o problema! Diante desta dificuldade de entendimento, o Calil pede ao Jeff a gentileza de informar qual é o problema em questão. A propósito da fixação de preço pelo mercado parece que a lei da oferta e da procura tem uma influência determinante. 

 

Aguardamos

Atenciosamente

Triturador Lógico




On Qua 03/06/15 20:23 , "Jeff jeff@jeff.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:

 

Em 2015-06-03 17:13, "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br
[ciencialist]
escreveu:

> Ok. Vou rever com calma o seu pensamento.
> Me diga por favor qual a relevância que essa proposta tem para a cabar
> com a miséria.
> abraço
> m.calil

Ué, será que eu sou o Calil mesmo? Será que eu tenho
dupla-personalidade?!!! OMG!! :)

[]s,
Jeff.

>
> Em Qua 03/06/15 14:55, Jeff jeff@jeff.com.br [ciencialist]
> ciencialist@yahoogrupos.com.br escreveu:
>
>>
>>
>> Em 2015-06-03 13:44, luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br
>> [ciencialist]
>> escreveu:
>>
>>> Calil,
>>>
>>> Vc não captou a essência do problema.
>>>
>>> A questao não é meramente computacional (e mesmo assim as
>> previsões q
>>> fazemos não tem a mesma caracteristica das previsões q são feitas
>> na
>>> fisica, por exemplo). É que nao existe um método racional para se
>>> determinar o preço de todos os produtos. Ssomente o mercado é capaz
>> de
>>> fazê lo, pois o preço reflete a própria interação entre pessoas
>>> (negociacao e julgamento subjetuvo de valor) e ambiente (escasses ou
>>> abundancia de recursos).
>>
>> O que estou dizendo é que a tecnologia atual possibilita a criação
>> de
>> um sistema de informação muito melhor que o sistema de preços para
>> gerar
>> informações para alocação dos fatores de produção.
>>
>> []s,
>> Jeff.
>
>

Links:
------
[1]
https://br.groups.yahoo.com/neo/groups/ciencialist/conversations/messages/88455;_ylc=X3oDMTJxN2duNW5xBF9TAzk3NDkwNDM3BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BG1zZ0lkAzg4NDU1BHNlYwNmdHIEc2xrA3JwbHkEc3RpbWUDMTQzMzM2MjQ0NQ--?act=reply&messageNum=88455
[2]
https://br.groups.yahoo.com/neo/groups/ciencialist/conversations/newtopic;_ylc=X3oDMTJlZ3U2NjlyBF9TAzk3NDkwNDM3BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BHNlYwNmdHIEc2xrA250cGMEc3RpbWUDMTQzMzM2MjQ0NQ--
[3]
https://br.groups.yahoo.com/neo/groups/ciencialist/conversations/topics/88422;_ylc=X3oDMTM2c3BrbTVuBF9TAzk3NDkwNDM3BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BG1zZ0lkAzg4NDU1BHNlYwNmdHIEc2xrA3Z0cGMEc3RpbWUDMTQzMzM2MjQ0NQR0cGNJZAM4ODQyMg--
[4] http://www.ciencialist.com
[5]
https://br.groups.yahoo.com/neo/groups/ciencialist/info;_ylc=X3oDMTJlMDNxN2phBF9TAzk3NDkwNDM3BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BHNlYwN2dGwEc2xrA3ZnaHAEc3RpbWUDMTQzMzM2MjQ0NQ--
[6]
https://br.groups.yahoo.com/neo;_ylc=X3oDMTJkNTZsZzFuBF9TAzk3NDkwNDM1BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BHNlYwNmdHIEc2xrA2dmcARzdGltZQMxNDMzMzYyNDQ1
[7] https://info.yahoo.com/privacy/br/yahoo/groups/details.html
[8] https://info.yahoo.com/legal/br/yahoo/utos/terms/

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 




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SUBJECT: imposturas científicas, coisa e tal
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/06/2015 09:10

 

Divulgação científica:

 

http://gizmodo.uol.com.br/pesquisas-fajutas-midia/

 

Agora, durmam com um barulho desses!

 

De verdade, uma divulgação boa sobre uma divulgação ruim.

 

Sds,

Victor

.

 

 


SUBJECT: Re: imposturas científicas, coisa e tal
FROM: roberto.takata@bol.com.br
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/06/2015 19:29

Há um aspecto ético que vi pouco discutido por aqui.

Gene Repórter: Bomba de chocolate: a comunicação científica ética
--------------

[]s,

Roberto Takata

SUBJECT: Administração cientifica da sociedade: isso existe?
FROM: Mtnos Calil <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/06/2015 19:44

Não existe, não! 

Fala-se em administração cientifica referindo-se ao "Taylorismo", que consistiu num "método" de organização do trabalho, criado há um século por um empresário americano, e cujo objetivo era transformar os operários em máquinas especializadas, cada uma na sua função, para assim aumentar a produtividade e o lucro. Chamaram isso de “administração cientifica”. O fordismo seguiu a mesma estratégia que foi muito bem mostrada por Charlie Chaplin no filme "Tempos Modernos", do inicio da década de 30 do século XX. 

E as  chamadas “ciências sociais” existem?

Segundo o Enem existem sim. São essas as ciências sociais consideradas no exame do Enem* :  História, Geografia, Sociologia e Filosofia. Dizem que essas ciências possuem até “tecnologias”.

 

Quer dizer então que a filosofia é uma ciência e a psicologia não é?

O que será que o Enem*  entende por “ciência”?

*Enem = eu não entendo mesmo.

Ah... isso não importa!  As definições ficam por conta dos dicionários – não é isso que disseram outro dia alguns amantes da ciência do nosso grupo de insurgentes?

Mas quem decidiu que a filosofia é ciência e a psicologia não é? Foram os cartolas da ciência. Eles têm o poder de decidir o que é ciência sem sequer informarem o significado que atribuem à palavra. É assim é que se ensina ciência em nossas escolas.

Mas qual é a causa de tamanho transtorno?

A causa mais conhecida que transtornou a ciência foi o pré-conceito (que se transformou num preconceito) segundo o qual só as coisas físicas podem ser objeto de investigação cientifica. Não por acaso o termo “Física” foi reservado para a  “Rainha” das ciências.

Nesse caso a filosofia não seria uma ciência.  O transtorno que levou alguns a considerarem a filosofia uma ciência ainda não conseguimos descobrir. Se alguém tiver alguma dica, agradeço.

 Ah.. também existem as “ciências sociais”, no plural... são várias?  Me disseram que não é possível fazer “experimentos sociais”. Nesse caso existiria então ciências que dispensam experimentos? Parece que sim...  Pera aí, a politica não seria uma ciência social? Bem eu acho que ela é muito mais anti-social do que social.

 (cá  ernte nós, ocrroe que a ezfruinseoqia listuingica, que tbamem não esixte, atofeu a mnete dos citnteisas. Ou os citnteisas farom vatimidos poles dairioctnias?)

Conclusão: a TACS – Teoria da Administração Científica da Sociedade, seria, quando muito uma utopia, assim como o sistema LPC – Lógica e Precisão na Comunicação e a TBHR – Teoria do Bom Humor Radical. Tudo bem! Já que os problemas sociais e psicológicos da humanidade não têm solução o jeito é apelarmos para as utopias, mantendo, é claro, o bom humor.

Bom domingo!

Mtnos Calil

Ps. Parece que é também utópica minha tentativa de usar no máximo mil palavras em cada mensagem. Mas nesta foram desperdiçadas apenas 495, incluindo o assunto da mensagem.  Vamos então dar um tempo para ver se esta utopia se realiza. Se este milagre acontecer é possível que outras fantasias se tornem realidade. A ver. 



SUBJECT: Pedido de desculpas para o ENEM
FROM: Mtnos Calil <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/06/2015 19:49

Perdão Enem! Neste textículo avermelhado, leia-se "ciências humanas" no lugar de ciências sociais. 
====================================================

E as  chamadas “ciências sociais” existem?

Segundo o Enem existem sim. São essas as ciências sociais consideradas no exame do Enem* :  História, Geografia, Sociologia e Filosofia. Dizem que essas ciências possuem até “tecnologias”.



On Sáb 06/06/15 19:44 , "Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 

Não existe, não! 

Fala-se em administração cientifica referindo-se ao "Taylorismo", que consistiu num "método" de organização do trabalho, criado há um século por um empresário americano, e cujo objetivo era transformar os operários em máquinas especializadas, cada uma na sua função, para assim aumentar a produtividade e o lucro. Chamaram isso de “administração cientifica”. O fordismo seguiu a mesma estratégia que foi muito bem mostrada por Charlie Chaplin no filme "Tempos Modernos", do inicio da década de 30 do século XX. 

E as  chamadas “ciências sociais” existem?

Segundo o Enem existem sim. São essas as ciências sociais consideradas no exame do Enem* :  História, Geografia, Sociologia e Filosofia. Dizem que essas ciências possuem até “tecnologias”.

 

Quer dizer então que a filosofia é uma ciência e a psicologia não é?

O que será que o Enem*  entende por “ciência”?

*Enem = eu não entendo mesmo.

Ah... isso não importa!  As definições ficam por conta dos dicionários – não é isso que disseram outro dia alguns amantes da ciência do nosso grupo de insurgentes?

Mas quem decidiu que a filosofia é ciência e a psicologia não é? Foram os cartolas da ciência. Eles têm o poder de decidir o que é ciência sem sequer informarem o significado que atribuem à palavra. É assim é que se ensina ciência em nossas escolas.

Mas qual é a causa de tamanho transtorno?

A causa mais conhecida que transtornou a ciência foi o pré-conceito (que se transformou num preconceito) segundo o qual só as coisas físicas podem ser objeto de investigação cientifica. Não por acaso o termo “Física” foi reservado para a  “Rainha” das ciências.

Nesse caso a filosofia não seria uma ciência.  O transtorno que levou alguns a considerarem a filosofia uma ciência ainda não conseguimos descobrir. Se alguém tiver alguma dica, agradeço.

 Ah.. também existem as “ciências sociais”, no plural... são várias?  Me disseram que não é possível fazer “experimentos sociais”. Nesse caso existiria então ciências que dispensam experimentos? Parece que sim...  Pera aí, a politica não seria uma ciência social? Bem eu acho que ela é muito mais anti-social do que social.

 (cá  ernte nós, ocrroe que a ezfruinseoqia listuingica, que tbamem não esixte, atofeu a mnete dos citnteisas. Ou os citnteisas farom vatimidos poles dairioctnias?)

Conclusão: a TACS – Teoria da Administração Científica da Sociedade, seria, quando muito uma utopia, assim como o sistema LPC – Lógica e Precisão na Comunicação e a TBHR – Teoria do Bom Humor Radical. Tudo bem! Já que os problemas sociais e psicológicos da humanidade não têm solução o jeito é apelarmos para as utopias, mantendo, é claro, o bom humor.

Bom domingo!

Mtnos Calil

Ps. Parece que é também utópica minha tentativa de usar no máximo mil palavras em cada mensagem. Mas nesta foram desperdiçadas apenas 495, incluindo o assunto da mensagem.  Vamos então dar um tempo para ver se esta utopia se realiza. Se este milagre acontecer é possível que outras fantasias se tornem realidade. A ver. 




SUBJECT: Re: [ciencialist]Re: imposturas científicas, coisa e tal
FROM: Mtnos Calil <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/06/2015 19:52


Esse aspecto ético seria cientifico ou filosófico? 
MC


On Sáb 06/06/15 19:29 , "roberto.takata@bol.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 

Há um aspecto ético que vi pouco discutido por aqui.

Gene Repórter: Bomba de chocolate: a comunicação científica ética
--------------

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Re: Re: [ciencialist] Ciência da filosofia X Filosofia da Ciência - 1
FROM: Jeff <jeff@jeff.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/06/2015 10:09

Olá Felipe!

>
> Vc parece pensar em economia/sociedade em termos de alimentação e
> teto,
> sem mais grandes complicações.
>

Estou falando de satisfazer todas as necessidades materiais humanas. As
maiores "grandes complicações" da humanidade são causadas justamente
pelas restrições de acesso por todos aos bens e serviços da melhor
qualidade. O fim da luta por qualidade de vida e do trabalho forçado
liberta as pessoas para buscarem uma auto-realização "espiritual".

>
> Sem um tal de ser humano, com suas
> falhas, suas emoções, relações de poder, etc,etc.
>

Sim, com todas suas emoções e falhas, mas muitas delas são geradas
justamente pelo ambiente de escassez, desigualdade, servidão,
sofrimento, estresse, pela competição pela sobrevivência... Não haveriam
relações de poder nesta sociedade proposta.

>
> (vamos atender as vonteaddes de todos, desde do palito de fósforo até
> a
> iates, produtos de luxo ??)
>

Sim, vamos. Mas um alto padrão de vida para todos (e estamos pensando
num altíssimo, mais alto ainda do que o padrão de vida "de rico" de
hoje), depende de uma mudança de valores, que até já está acontecendo.
Luxo, por exemplo, um valor criado numa cultura onde ter o que o outro
não pode ter é sinal de sucesso, nem faria sentido numa sociedade desta,
com todos tendo acesso a tudo da melhor qualidade. Mas já estamos
mudando para uma cultura que valoriza o compartilhamento, e assim já não
precisaríamos ter um iate pra cada pessoa, por exemplo, mas um número
bem menor deles compartilhados (calculado de acordo com o uso). Hoje os
carros passam mais tempo na garagem do que em uso, se fossem
compartilhados todos teriam acesso. Mas o compartilhamento de carros já
é uma tendência...

>
> De onde vc tirou que hoje nosso trabalho é quase obsoleto ? De onde
> tirou que todo trabalho braçal já pode ser substituido por máquinas?
>

Me diga um único trabalho braçal que não possa ser feito por máquinas
com a tecnologia atual. Como se o braço humano fosse grande coisa perto
das máquinas que temos por aí... Muito do trabalho braçal complexo já é
feito por máquinas, de forma muito mais eficiente e produtiva. As coisas
também podem ser desenhadas para serem feitas por máquinas. E muito do
trabalho intelectual também já é feito por computadores.

>
> Vc considera a criatividade obsoleta ?
>

Ainda não, e é por isso que eu disse "quase". Ainda bem que o trabalho
criativo é muito apreciado por humanos! :) Mas as máquinas já estão
chegando lá, como por exemplo o chef Watson da IBM (cria receitas
calculando combinações de ingredientes, em nível molecular, o que nem
humanos conseguem fazer).

>
> Não entendi, vc falou hoje, e depois falou em potencial ??
>

Falo do potencial tecnológico atual. Ao mesmo tempo em que há um
progresso tecnológico induzido pela competição, o uso generalizado da
tecnologia é restringido pelo dinheiro. Muito da tecnologia de ponta não
vai pro mercado, ou demora muito pra ir, ou nem mesmo é desenvolvida,
pelo mesmo motivo. Por que todo mundo não tem um iPhone, uma Ferrari e
um iate? Porque todos os meios de produção já não são totalmente
automatizados? Falta de tecnologia? Falta de recursos naturais naturais?
Impossibilidade de produção pra todos? Não, apenas falta de dinheiro,
que não representa recursos nem capacidade de produção, só serve pra
controlar o acesso a recursos escassos, o que hoje já não faz sentido,
pois atualmente a escassez é completamente artificial, é gerada e
mantida pelo sistema. Até o progresso científico sofre com o mesmo
problema.

Pense também o que a união de toda a nossa tecnologia, de todas as
empresas e governos, de todo o conhecimento humano, de todas as mentes
humanas, de todos os recursos naturais do planeta, poderia criar...
iPhones e Ferraris ficariam pra trás rapidamente.

Deu pra entender o que eu quero dizer com "potencial tecnológico
atual"?

>
> Como já falei, Capitalismo não é ideologia!
>

O Liberalismo é a ideologia do Capitalismo, não é?

>
> De onde vc tirou que mais de 90% são pasíes capitalistas liberais e
> democraticos ? De onde tirou que só temos meia dúzia de experimentos
> socialistas ?
>

Estávamos falando do Comunismo... Mas deixa pra lá, vamos ao que mais
interessa aqui, senão vai longe, e já tá indo... :)

>
> O capitalismo, mesmo com toda a
> sabotagem que sofre nos últimos 100 anos, com todo o intervcencionismo
> e
> keynesianismo que tem dominado os últimos 50 anos, tem conseguido
> gradualemte diminuir o sofrimento humano.
>

A desigualdade é uma "gravitação" natural do capitalismo, se deixá-lo
comer solto ela tende aumentar (entre muitos outros problemas), por isso
tem que ter forças contrárias.

>
> Isso é uma quimera, um frankstein do positivismo, do cientificismo.
>

Um cientificismo "fraco", mas nada de positivismo. Só achamos que o
método científico é a melhor ferramenta pra explicar as coisas e que,
por isso, deveria ser usado sempre que possível. Não parece bem sensato?

>
> O Homem não pode ser agrupado em calsses que reagem sempre da mesma
> maneira a determinados estímulos/ações/condições, pois um mesmo
> individuo pode reagir de formas diferentes a um mesmo estímulo ao
> longo
> do tempo e em diferentes condições ambientais; além disso, a adição
> de novas idéias/ideologias/etc também provocará alterações nessas
> reações e condições.
>

Mas não estamos falando de um sistema fixo que trataria as pessoas da
mesma forma... As coisas mudam e o sistema tem que mudar junto. O
sistema atual é que está atrasado, e muito, em relação a ciência, a
tecnologia, e ao "zeitgesit" atuais. Atender as necessidades de todos
não implica na uniformização das pessoas... com a tecnologia atual, a
produção de bens altamente personalizados fica até fácil (fab labs,
impressão 3D). Inclusive hoje temos muito poucos bens personalizados,
poderíamos ter muito muito mais!

> (não é possível fazer um experimento em laboratório
> para confirmar a validade de uma politica ou ação e aplica-la na
> sociedade com certeza de sucesso).

Não estamos tentando prever o futuro, estamos apontando um possível
caminho mais inteligente pra humanidade. Mas não é muito difícil prever
o futuro da humanidade com este sistema social atual...

Estou tentando resumir as coisas aqui, mas é difícil, tem muita
informação e conceitos interdependentes que tem que se entendidos antes,
e tem muita coisa nos sites que eu passei. Tem também muitos vídeos no
Youtube, principalmente os "Zeitgeist: Moving Forward", o "Zeitgeist:
Addendum (o "Zeitgeist - The Movie", não tem a ver) e outros do Peter
Joseph, "A escolha é nossa", "Future by Design" e outros do Projeto
Venus. Tem os livros do Jacque Fresco também, do Buckminster Fuller...


[]s,
Jeff.


SUBJECT: Um dia como outro...exceto em plutão
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/06/2015 12:13

 

 

Olá,

 

Pensa que todos os dias são iguais? Nem sempre. Veja o artigo do Nogueira:

 

http://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br/2015/06/03/plutao-e-suas-luas-muito-loucas/

 

 

Sds,

Victor.


SUBJECT: Para onde caminha a humanidade com Felipe e Jeff
FROM: Mtnos Calil <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/06/2015 15:19

Prezados Jeff e Felipe. 
Verifiquem por favor se eu não cometi algum equivoco de entidade ao colocar vossos nomes no meio de suas 1131 palavras distribuidas por 20 falas.   
obrigado
mc 

Ps. Sigo o modelo que me foi imposto pelo Triturador Lógico .

                                                Felipe X Jeff
( Incluir na série "Para onde caminha a humanidade"/ "Civilizar o capitalismo é dever de todos") 


1. Felipe - Vc parece pensar em economia/sociedade em termos de alimentação e  teto, sem mais grandes complicações.Estou falando de satisfazer todas as necessidades materiais humanas. As maiores "grandes complicações" da humanidade são causadas justamente  pelas restrições de acesso por todos aos bens e serviços da melhor
qualidade. O fim da luta por qualidade de vida e do trabalho forçado  liberta as pessoas para buscarem uma auto-realização "espiritual". Sem um tal de ser humano, com suas
falhas, suas emoções, relações de poder, etc,etc.

2. Jeff - Sim, com todas suas emoções e falhas, mas muitas delas são geradas
justamente pelo ambiente de escassez, desigualdade, servidão, sofrimento, estresse, pela competição pela sobrevivência... Não haveriam relações de poder nesta sociedade proposta.

3. Felipe - (vamos atender as vonteaddes de todos, desde do palito de fósforo até  a iates, produtos de luxo ??)

4. Jeff - Sim, vamos. Mas um alto padrão de vida para todos (e estamos pensando
num altíssimo, mais alto ainda do que o padrão de vida "de rico" de  hoje), depende de uma mudança de valores, que até já está acontecendo. Luxo, por exemplo, um valor criado numa cultura onde ter o que o outro não pode ter é sinal de sucesso, nem faria sentido numa sociedade desta, com todos tendo acesso a tudo da melhor qualidade. Mas já estamos mudando para uma cultura que valoriza o compartilhamento, e assim já não
precisaríamos ter um iate pra cada pessoa, por exemplo, mas um número bem menor deles compartilhados (calculado de acordo com o uso). Hoje os carros passam mais tempo na garagem do que em uso, se fossem compartilhados todos teriam acesso. Mas o compartilhamento de carros já é uma tendência...

5. Felipe -  De onde vc tirou que hoje nosso trabalho é quase obsoleto ? De onde tirou que todo trabalho braçal já pode ser substituido por máquinas?

6. Jeff - Me diga um único trabalho braçal que não possa ser feito por máquinas
com a tecnologia atual. Como se o braço humano fosse grande coisa perto
das máquinas que temos por aí... Muito do trabalho braçal complexo já é
feito por máquinas, de forma muito mais eficiente e produtiva. As coisas
também podem ser desenhadas para serem feitas por máquinas. E muito do
trabalho intelectual também já é feito por computadores.

7. Felipe -  Vc considera a criatividade obsoleta ?

Jeff - Ainda não, e é por isso que eu disse "quase". Ainda bem que o trabalho
criativo é muito apreciado por humanos! :) Mas as máquinas já estão
chegando lá, como por exemplo o chef Watson da IBM (cria receitas
calculando combinações de ingredientes, em nível molecular, o que nem
humanos conseguem fazer).

8. Felipe - Não entendi, vc falou hoje, e depois falou em potencial ??
Falo do potencial tecnológico atual. Ao mesmo tempo em que há um
progresso tecnológico induzido pela competição, o uso generalizado da
tecnologia é restringido pelo dinheiro. Muito da tecnologia de ponta não
vai pro mercado, ou demora muito pra ir, ou nem mesmo é desenvolvida,
pelo mesmo motivo. Por que todo mundo não tem um iPhone, uma Ferrari e
um iate? Porque todos os meios de produção já não são totalmente
automatizados? Falta de tecnologia? Falta de recursos naturais naturais?
Impossibilidade de produção pra todos? Não, apenas falta de dinheiro,
que não representa recursos nem capacidade de produção, só serve pra
controlar o acesso a recursos escassos, o que hoje já não faz sentido,
pois atualmente a escassez é completamente artificial, é gerada e
mantida pelo sistema. Até o progresso científico sofre com o mesmo
problema.

Pense também o que a união de toda a nossa tecnologia, de todas as
empresas e governos, de todo o conhecimento humano, de todas as mentes
humanas, de todos os recursos naturais do planeta, poderia criar...
iPhones e Ferraris ficariam pra trás rapidamente.

Deu pra entender o que eu quero dizer com "potencial tecnológico
atual"?

9. Felipe - Como já falei, Capitalismo não é ideologia!


10. Jeff - O Liberalismo é a ideologia do Capitalismo, não é?

11. Felipe -  De onde vc tirou que mais de 90% são pasíes capitalistas liberais e democraticos ? De onde tirou que só temos meia dúzia de experimentos socialistas ?

12. Jeff - Estávamos falando do Comunismo... Mas deixa pra lá, vamos ao que mais
interessa aqui, senão vai longe, e já tá indo... :)

13. Felipe - O capitalismo, mesmo com toda a sabotagem que sofre nos últimos 100 anos, com todo o intervcencionismo e keynesianismo que tem dominado os últimos 50 anos, tem conseguido gradualemte diminuir o sofrimento humano.

14. Jeff -  A desigualdade é uma "gravitação" natural do capitalismo, se deixá-lo
comer solto ela tende aumentar (entre muitos outros problemas), por isso
tem que ter forças contrárias.

15. Felipe - Isso é uma quimera, um frankstein do positivismo, do cientificismo.

16. Jeff - Um cientificismo "fraco", mas nada de positivismo. Só achamos que o
método científico é a melhor ferramenta pra explicar as coisas e que,
por isso, deveria ser usado sempre que possível. Não parece bem sensato?

17. Felipe -  O Homem não pode ser agrupado em calsses que reagem sempre da mesma  maneira a determinados estímulos/ações/condições, pois um mesmo individuo pode reagir de formas diferentes a um mesmo estímulo ao  longo do tempo e em diferentes condições ambientais; além disso, a adição de novas idéias/ideologias/etc também provocará alterações nessas reações e condições.

18. Jeff - Mas não estamos falando de um sistema fixo que trataria as pessoas da
mesma forma... As coisas mudam e o sistema tem que mudar junto. O
sistema atual é que está atrasado, e muito, em relação a ciência, a
tecnologia, e ao "zeitgesit" atuais. Atender as necessidades de todos
não implica na uniformização das pessoas... com a tecnologia atual, a
produção de bens altamente personalizados fica até fácil (fab labs,
impressão 3D). Inclusive hoje temos muito poucos bens personalizados,
poderíamos ter muito muito mais!

19. Felipe - (não é possível fazer um experimento em laboratório para confirmar a validade de uma politica ou ação e aplica-la na  sociedade com certeza de sucesso).

20 Jeff - Não estamos tentando prever o futuro, estamos apontando um possível  caminho mais inteligente pra humanidade. Mas não é muito difícil prever  o futuro da humanidade com este sistema social atual...
Estou tentando resumir as coisas aqui, mas é difícil, tem muita  informação e conceitos interdependentes que tem que se entendidos antes,  e tem muita coisa nos sites que eu passei. Tem também muitos vídeos no
Youtube, principalmente os "Zeitgeist: Moving Forward", o "Zeitgeist:  Addendum (o "Zeitgeist - The Movie", não tem a ver) e outros do Peter  Joseph, "A escolha é nossa", "Future by Design" e outros do Projeto
Venus. Tem os livros do Jacque Fresco também, do Buckminster Fuller...




SUBJECT: Re: [ciencialist] Para onde caminha a humanidade com Felipe e Jeff
FROM: Mtnos Calil <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, <maoslimpasbrasil@yahoogrupos.com.br>, <indianotransparencia@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/06/2015 20:31

Aí vai uma pequena contribuição para o diagnóstico lógico-cientifico da loucura que assola a humanidade, uma das megatandências em curso. 

Mtnos Calil 

Valeria Lukyanova

Personalidades que se transformaram em bonecos humanos

Todos (exceto os videntes e profetas) dizem que o futuro é imprevisível. Mas, como tem dito o coordenador do Instituto Mãos Limpas Brasil,  uma parte do futuro é sim previsível. Existem duas bases principais para se prever uma parte do futuro: as megatendências e os aspectos hereditários da natureza humana que se transmitem de geração em geração através dos tempos.

A esquizofrenia social que os profissionais da área "psi" ainda não descobriram,  é uma das megatendências em curso.  Na loucura o ser humano realiza toda e qualquer forma de prazer, sendo que o principal sentido da vida está no prazer de viver. A distinção entre o prazer normal e o louco, porém,  vai cada vez mais se diluindo, dando lugar à patologia da normalidade, que já usa o termo loucura como algo positivo, fantástico, como diria a Rede Globo: É FANTÁSTICO!!!

Na sociedade do espetáculo em que vivemos, tudo aquilo que foge do que chamamos de normalidade fascina o nosso sistema cérebro-mente que é fortemente dominado pelas imagens. Para sobrevivermos foi essencial no passado (e continua sendo hoje) a percepção do perigo através da imagem. Nós fomos condicionados pela evolução genética a dar o máximo de atenção às imagens. Isso explica o “fantástico” sucesso da televisão que levou as imagens do cinema para todos os lares.

Como narra o mito de Narciso, esse personagem adorava ver a imagem de seu corpo refletida na água. Hoje milhões e milhões de humanos adoram ver a sua imagem refletida no espelho. Até recentemente, apenas os famosos poderiam se exibir nos palcos televisivos. Com o advento da internet, e especialmente das redes sociais – uma delas, não por acaso tem o nome de FACEbook – todos os seres humanos podem ter seu “circulo de fama e prestígio” onde podem desfilar,  para  assim atender  a sua necessidade narcísica até então reprimida.

Um dos efeitos da imagem é que ela substitui o pensamento. Como diz o ditado “Está na cara”, referindo-se a qualquer coisa evidente, dispensando assim o incômodo esforço de pensar para descobrir o que está por trás das aparências. A nossa sociedade de consumo, através dos seus produtos de beleza (o Brasil é o terceiro maior consumidor de produtos cosméticos do planeta) e da mídia, levou o narcisismo a um nivel jamais imaginado pelos marketeiros – em busca da imagem perfeita, alguns humanos estão se tranformando em bonecos ambulantes, como mostra essa matéria da revista Veja.

Psicanalista Social 

 =======================================

Barbie e Ken são inspiração para homens e mulheres que se submetem a tratamentos estéticos em busca da aparência perfeita

Cintura fina, olhos grande, peitoral avantajado e cabelo no lugar. As características dos bonecos Barbie e Ken, da Mattel, se tornou inspiração para jovens de todo o mundo que se autointitulam como brinquedos humanos. Caso de Celso Santebañes, o jovem modelo de 21 anos morto nesta quinta-feiraapós uma batalha contra uma leucemia, ficou conhecido por fazer diversos tratamentos estéticos e utilizar maquiagem para ficar com aparência semelhante à do boneco. O mineiro, no entanto, não está sozinho entre os obcecados pela estética perfeita. Conheça alguns dos jovens que se inspiraram nos ícones da Mattel:
Personalidades que se transformaram em bonecos humanos
Valeria Lukyanova
  • Valeria Lukyanova

    A modelo ucraniana de 29 anos pesa 42 quilos e tem 1,70m de altura. Para se parecer com a boneca Barbie, ela usa maquiagem e lentes de contato – e garante que a única cirurgia plástica que fez foi colocar implantes de silicone nos seios. Valeria foi vencedora do concurso de beleza Miss Diamond Crown of the World em 2007, mas se tornou conhecida mesmo quando começou a imitar a boneca da Mattel em fotos que postava em suas redes sociais. Para manter a forma, a modelo segue uma dieta rigorosa, composta por pequenas porções de peixe cru, sucos de frutas e água.

  • KotaKoti
    A cosplayer KotaKoti, 19 anos, vive em Tóquio, no Japão, e ficou famosa aos 16 ao publicar suas fotos em um blog, onde também posta textos infantis e vídeos com tutoriais de beleza. Pouco se sabe da moça, que ficou popular na Ásia ao misturar em seu visual o estilo da boneca Barbie e dos icônicos animes japoneses. Entre suas poucas revelações, está a garantia de que tudo em si é natural — garante ela.
  • Justin Jedlica
    Justin Jedlica - 
    O americano Justin Jedlica é outro que se inspirou no namorado da boneca Barbie e decidiu se autointitular Ken humano. Em suas palavras, ele fez “centenas de procedimentos cosméticos” para se parecer com o boneco. Em seu site oficial, o garoto de Nova York garante que não tem planos de parar com as cirurgias plásticas.


On Dom 07/06/15 15:19 , "Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 

Prezados Jeff e Felipe. 

Verifiquem por favor se eu não cometi algum equivoco de entidade ao colocar vossos nomes no meio de suas 1131 palavras distribuidas por 20 falas.   
obrigado
mc 

Ps. Sigo o modelo que me foi imposto pelo Triturador Lógico .

                                                Felipe X Jeff
( Incluir na série "Para onde caminha a humanidade"/ "Civilizar o capitalismo é dever de todos") 


1. Felipe - Vc parece pensar em economia/sociedade em termos de alimentação e  teto, sem mais grandes complicações.Estou falando de satisfazer todas as necessidades materiais humanas. As maiores "grandes complicações" da humanidade são causadas justamente  pelas restrições de acesso por todos aos bens e serviços da melhor
qualidade. O fim da luta por qualidade de vida e do trabalho forçado  liberta as pessoas para buscarem uma auto-realização "espiritual". Sem um tal de ser humano, com suas
falhas, suas emoções, relações de poder, etc,etc.

2. Jeff - Sim, com todas suas emoções e falhas, mas muitas delas são geradas
justamente pelo ambiente de escassez, desigualdade, servidão, sofrimento, estresse, pela competição pela sobrevivência... Não haveriam relações de poder nesta sociedade proposta.

3. Felipe - (vamos atender as vonteaddes de todos, desde do palito de fósforo até  a iates, produtos de luxo ??)

4. Jeff - Sim, vamos. Mas um alto padrão de vida para todos (e estamos pensando
num altíssimo, mais alto ainda do que o padrão de vida "de rico" de  hoje), depende de uma mudança de valores, que até já está acontecendo. Luxo, por exemplo, um valor criado numa cultura onde ter o que o outro não pode ter é sinal de sucesso, nem faria sentido numa sociedade desta, com todos tendo acesso a tudo da melhor qualidade. Mas já estamos mudando para uma cultura que valoriza o compartilhamento, e assim já não
precisaríamos ter um iate pra cada pessoa, por exemplo, mas um número bem menor deles compartilhados (calculado de acordo com o uso). Hoje os carros passam mais tempo na garagem do que em uso, se fossem compartilhados todos teriam acesso. Mas o compartilhamento de carros já é uma tendência...

5. Felipe -  De onde vc tirou que hoje nosso trabalho é quase obsoleto ? De onde tirou que todo trabalho braçal já pode ser substituido por máquinas?

6. Jeff - Me diga um único trabalho braçal que não possa ser feito por máquinas
com a tecnologia atual. Como se o braço humano fosse grande coisa perto
das máquinas que temos por aí... Muito do trabalho braçal complexo já é
feito por máquinas, de forma muito mais eficiente e produtiva. As coisas
também podem ser desenhadas para serem feitas por máquinas. E muito do
trabalho intelectual também já é feito por computadores.

7. Felipe -  Vc considera a criatividade obsoleta ?

Jeff - Ainda não, e é por isso que eu disse "quase". Ainda bem que o trabalho
criativo é muito apreciado por humanos! :) Mas as máquinas já estão
chegando lá, como por exemplo o chef Watson da IBM (cria receitas
calculando combinações de ingredientes, em nível molecular, o que nem
humanos conseguem fazer).

8. Felipe - Não entendi, vc falou hoje, e depois falou em potencial ??
Falo do potencial tecnológico atual. Ao mesmo tempo em que há um
progresso tecnológico induzido pela competição, o uso generalizado da
tecnologia é restringido pelo dinheiro. Muito da tecnologia de ponta não
vai pro mercado, ou demora muito pra ir, ou nem mesmo é desenvolvida,
pelo mesmo motivo. Por que todo mundo não tem um iPhone, uma Ferrari e
um iate? Porque todos os meios de produção já não são totalmente
automatizados? Falta de tecnologia? Falta de recursos naturais naturais?
Impossibilidade de produção pra todos? Não, apenas falta de dinheiro,
que não representa recursos nem capacidade de produção, só serve pra
controlar o acesso a recursos escassos, o que hoje já não faz sentido,
pois atualmente a escassez é completamente artificial, é gerada e
mantida pelo sistema. Até o progresso científico sofre com o mesmo
problema.

Pense também o que a união de toda a nossa tecnologia, de todas as
empresas e governos, de todo o conhecimento humano, de todas as mentes
humanas, de todos os recursos naturais do planeta, poderia criar...
iPhones e Ferraris ficariam pra trás rapidamente.

Deu pra entender o que eu quero dizer com "potencial tecnológico
atual"?

9. Felipe - Como já falei, Capitalismo não é ideologia!


10. Jeff - O Liberalismo é a ideologia do Capitalismo, não é?

11. Felipe -  De onde vc tirou que mais de 90% são pasíes capitalistas liberais e democraticos ? De onde tirou que só temos meia dúzia de experimentos socialistas ?

12. Jeff - Estávamos falando do Comunismo... Mas deixa pra lá, vamos ao que mais
interessa aqui, senão vai longe, e já tá indo... :)

13. Felipe - O capitalismo, mesmo com toda a sabotagem que sofre nos últimos 100 anos, com todo o intervcencionismo e keynesianismo que tem dominado os últimos 50 anos, tem conseguido gradualemte diminuir o sofrimento humano.

14. Jeff -  A desigualdade é uma "gravitação" natural do capitalismo, se deixá-lo
comer solto ela tende aumentar (entre muitos outros problemas), por isso
tem que ter forças contrárias.

15. Felipe - Isso é uma quimera, um frankstein do positivismo, do cientificismo.

16. Jeff - Um cientificismo "fraco", mas nada de positivismo. Só achamos que o
método científico é a melhor ferramenta pra explicar as coisas e que,
por isso, deveria ser usado sempre que possível. Não parece bem sensato?

17. Felipe -  O Homem não pode ser agrupado em calsses que reagem sempre da mesma  maneira a determinados estímulos/ações/condições, pois um mesmo individuo pode reagir de formas diferentes a um mesmo estímulo ao  longo do tempo e em diferentes condições ambientais; além disso, a adição de novas idéias/ideologias/etc também provocará alterações nessas reações e condições.

18. Jeff - Mas não estamos falando de um sistema fixo que trataria as pessoas da
mesma forma... As coisas mudam e o sistema tem que mudar junto. O
sistema atual é que está atrasado, e muito, em relação a ciência, a
tecnologia, e ao "zeitgesit" atuais. Atender as necessidades de todos
não implica na uniformização das pessoas... com a tecnologia atual, a
produção de bens altamente personalizados fica até fácil (fab labs,
impressão 3D). Inclusive hoje temos muito poucos bens personalizados,
poderíamos ter muito muito mais!

19. Felipe - (não é possível fazer um experimento em laboratório para confirmar a validade de uma politica ou ação e aplica-la na  sociedade com certeza de sucesso).

20 Jeff - Não estamos tentando prever o futuro, estamos apontando um possível  caminho mais inteligente pra humanidade. Mas não é muito difícil prever  o futuro da humanidade com este sistema social atual...
Estou tentando resumir as coisas aqui, mas é difícil, tem muita  informação e conceitos interdependentes que tem que se entendidos antes,  e tem muita coisa nos sites que eu passei. Tem também muitos vídeos no
Youtube, principalmente os "Zeitgeist: Moving Forward", o "Zeitgeist:  Addendum (o "Zeitgeist - The Movie", não tem a ver) e outros do Peter  Joseph, "A escolha é nossa", "Future by Design" e outros do Projeto
Venus. Tem os livros do Jacque Fresco também, do Buckminster Fuller...


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SUBJECT: RE: Bilionário americano quer civilizar o capitalismo
FROM: Mtnos Calil <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: <maoslimpasbrasil@yahoogrupos.com.br>
CC: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/06/2015 20:53


Prezado Ivan 
Antes de mais nada  agradeço por sua gentil atenção.
A minha proposta de civilizar o capitalismo não tem nada a ver com o marxismo e o comunismo que eu considero uma etapa já vencida na história da humanidade. 
Precisamos então, a meu ver, deixar de usar como referência o marxismo e as ideologias de esquerda anti-capitalistas para avaliar as justificativas do processo civilizatório sugerido. 
Eu uso o termo capitalismo porque ele foi adotado por todos e não apenas pelos seus opositores. Quanto à expressão 'economia de mercado' ela não seria o elemento essencial do chamado capitalismo porque ela  já existia bem antes do feudalismo. Ou não? 

Abraços
Mtnos Calil 
Ps. A ideologia zero pressupõe o uso da lógica e da ciência para tratar de qualquer assunto. 


On Sex 05/06/15 16:34 , "Ivan Lima ivanlima8@hotmail.com 
 

Caro Mtnos. 

É sempre uma satisfação renovada manifestar-me a você, que cultua o valor do embate de ideias, travado a nível elevado. Afastado do convívio dos e-mails pela atenção ao nosso blog LIBERTATUM, tenho sentido falta dessa salutar troca de ideias por aqui. Mas abrindo a minha caixa de e-mail -  coisa que diariamente faço - deparo-me com a notícia desse bilionário que quer "civilizar" o capitalismo. Aí não resisto a alinhavar esse escrito seguinte, que vai bem resumido no que penso. 

Sim, é irrelevante se ele usou ou não o termo "civilizar" uma vez que o sentido que pretendeu atingir é mesmo esse. 

Ele não faz nada de original na substância, apenas parece querer teorizar sobre como amaciar, tornar dócil, a "selvageria capitalista". Não entro na senda da psicologia para tentar explicar o porque de tanto zelo com a humanidade em mente tão conflituosa por um moralismo autoimposto, fruto da completa ignorância do aludido cidadão quanto á praxeologia e a economia. 

Apenas atenho-me a dizer que o termo capitalismo é político, pejorativo, assacado pelos esquerdistas de todas as nuances contra o que na realidade é economia de mercado, ação humana. Tudo visando um único objetivo não escrito, não teorizado, mas presente na natureza humana: sair de um nível em que se está para outro de maior satisfação. Sempre. Trocar, para elevar esse nível, está presente desde o nascimento da humanidade, na pobreza e na ignorância, essa a condição do seu surgimento. No entanto, o desejo e curiosidade, perspicácia, dos indivíduos, e brutal vontade de livrar-se do desconforto fez com que também com as tocas - escambo - passa-se a evoluir, lentamente civilizar-se. Mais tarde surgiram as mercadorias de troca já presente nas grande civilizações até chegar-se a moeda, para a troca triangular e satisfação dos seus desejos no presente imediato ou no futuro. Compra e venda de bens e serviços pelos indivíduos, livremente, sofisticou-se e fez a humanidade dar um salto impar na sua história nos séculos que foi evoluindo o liberalismo e o "capitalismo", mormente quando Adam Smith mostrou á humanidade, pela lógica, o que no passado outros gênios como Aristóteles haviam apenas intuído: uma das causas principais das riquezas das nações, - além da poupança (formação de capital, pejorativamente chamado pelos marxistas de concentração, acumulo, coisa que o bi aí fez magistralmente) é a divisão do trabalho. (livre) A divisão do trabalho, é cooperação social, o verdadeiro solidarismo que muitos até mesmo sendo capitalistas, como o bilionário aí não se apercebem. Imagine quem vê a vida humana pela ótica do coletivismo, - nazismo, socialismo, comunismo- e entende que a toda a natureza incluindo o homem tem que ser igualitária, tudo padronizado, salário e remuneração iguaizinhos para gênios e debeis mentais. A vida, meu caro, em qualquer dos seus planos ou estágios, abomina, execra, o igualitarismo sonhado pelas utopias coletivistas. No plano humano, mais especificamente, o pensamento humano ditado pela razão, sensatez, exalta e cultua a meritocracia, a que faz, por exemplo, numa universidade, ser aprovado o que tira a maior nota e não aquele indivíduo que tirou a menor mas está protegido por privilégios de critérios  racistas e coletivistas absurdos ditado pelos igualitaristas coletivistas. 

A compra e venda de bens e serviços sofisticou-se tanto com a ação humana na divisão de trabalho e cooperação social pacífica - não a compulsória, obrigatória, como nas sociedades socialistas, que do ambiente de liberdade proporcionado por isso a tecnologia sofisticou-se para atender o desejo humano, o homem se extenua muito menos com o trabalho, se alimenta e viaja muito melhor, vive mais, etc. E mesmo os que vivem nessas condições não compulsórias de igualitarismo como o milionário aí, não se apercebe disso. Quanto mais os que vivem sob a ótica coletivista da teoria da exploração - já refutada por Bon Baverk e outros liberais -  luta de classes, só força de trabalho como causa principal da criação de riquezas, valor trabalho, também refutado por Carl Menger, que teorizou que o valor é subjetivo, está na cabeça dos indivíduos, sacada que emudeceu Marx que nunca mais escreveu nada, ele que era tão prolifico com a escrita. Se existe ainda existem tanta miséria no mundo não é por causa do capitalismo e nem que ele preciso se civilizar mas é exatamente por que ele é proibido e restringido de atuar que se criam as misérias e tiranias como as da africa, etc. Sociedades que abominam o capitalismo e vivem do estatismo que leva ao fundo do poço da miséria e tirania socialista. 
Sociedades que mesmo como a nossa que deveu o grande avanço de muitas populações como em grande parte a paulista, por exemplo, que graças ao histórico de opção pela iniciativa individual no passado, com menos governo, proporcionou isso. Em sociedade como a nossa, que vive sob o estatismo, o intervencionismo do governo nos negócios e na vida individual, o que cria miséria, desemprego crônico, não é o capitalismo, que precisa se civilizar, mas a CLT, que restringe e proíbe o trabalho de milhões com política de salário mínimo, carteira assinada, encargos de "direitos" trabalhistas, irracionalidade e capital agravado com idiotices de decimo terceiro mês sem produtividade mais ferias a custa dos recursos alheios, o que grava capital, e impede milhões estarem empregados. 

Desde 1920 os EUA vem lentamente construindo através de legislações e idiotices como a desse bilionário o socialismo na terra dos bravos e dos fortes. No país nascido em liberdade - sem governo estatista e socialista como o atual - e que espantou Alex de Tocquevilve quando o visitou de ver tanta riqueza feita pelos indivíduos e não pelos governos. A América afunda não por causa do "capitalismo que precisa se civilizar" mas porque existe uma profunda ideologia coletivista em ação para destruir a ação humana, a economia de mercado, e implantar a tirania estatista já com fundas raízes na sociedade americana. Essa mentalidade que procura brincar de bonzinho com os destruidores faz pessoas que espalharam com seu talento empresarial muito mais riqueza que meritoriamente possuem, pensarem que farão milagre e justiça na terra se distribuírem tudo com os pobres. Se fez isso na grecia e roma antiga,  idade média, nas revoluções francesas, e todas as socialistas. Os pobres passaram dessa condição a  de miseráveis. 

Ação humana, economia de mercado, ou "capitalismo". O único problema dele - que nunca prometeu o paraíso na terra como os filósofos socialistas o fizeram e só provocaram milhões de mortos e miséria -  são os governos e seus impostos - roubo -  sua ação nefasta contra a iniciativa individual ( capitalismo) e de vez em quando um filosofo do absurdo bilionário. 

Grande abraço. 

Ivan Lima

From: Mtnos Calil 
Date: Thu, 4 Jun 2015 13:47:31 +0000
Subject:  Bilionário americano quer civilizar o capitalismo

 
Ele não usou o verbo "civilizar". Mas aí seria demais, né?
Só falta agora falarem em revolucionar o capitalismo. 
Enquanto não for possivel acabar com o dinheiro, que é a grande causa dos dramas humanos associada aos nossos genes egoistas,  não é mais viável fazer isso? 
O Papa disse aos jovens: "sejam revolucionários". 
Como ele não disse que essa revolução seria comunista, deduz-se que ele quer mudar o capitalismo e não acabar com ele.  

Assim, o nosso slogan se vê confirmado por um Papa e por um bilionário: 

"Morto o comunismo, só resta à humanidade civilizar o capitalismo"

Mtnos Calil 
Ideologia Zero, simulacro zero. 

Paul Tudor Jones, o bilionário que quer repensar o capitalismo

por Deutsche Welle — publicado 04/06/2015 06h50
Carta Capital 
Empresário alerta que ganância dos mercados e desigualdade de renda levarão a guerra ou revolução nos Estados Unidos
Divulgação

Paul Tudor Jones é um gestor de fundos hedge (que oferecem proteção contra oscilações mais drásticas do mercado) popular nos Estados Unidos. Ele raramente dá entrevistas, mas algumas semanas atrás, ele esteve no palco da conferência sobre inovação TED Talk, na Califórnia, onde comparou a sociedade americana a um viciado em drogas.

"O primeiro passo é perceber que você tem um problema", disse Jones, acrescentando que a obsessão pelo lucro se tornou algo tão normal que a sociedade deixou de perceber como, aos poucos, está destruindo a si mesma.

Ele afirmou estar preocupado com acrescente desigualdade de renda. Nos EUA, 1% da população recebe cerca de 20% da renda total do país. Até o final da década de 1970, ainda era menos do que a metade disso.

"O fosso entre os mais ricos e os mais pobres será fechado", continuou Jones. "Seja através de revolução, impostos mais altos ou guerra."

As palavras de Jones são especialmente notáveis, porque ele mesmo deve sua fortuna, de 4,6 bilhões dólares, principalmente à economia de livre-mercado, embora tenha se mostrado nos últimos anos extremamente altruísta, através de vultosas doações e da criação de fundações de utilidade pública.

A palavra "revolução" dita por Jones foi muitas vezes citada pela imprensa, especialmente por ter saído da boca de um bilionário. Pois, de fato, tem havido cada vez mais movimentos e protestos de cidadãos nos EUA nos últimos anos.

Há o Occupy Wall Street, organizado, em 2011, por estudantes que não querem mais se endividar excessivamente para terem acesso a educação. Trabalhadores do setor de serviços exigem um salário mínimo mais elevado. E a rebelião contra a violência policial e o racismo é mais forte nas regiões mais pobres.

"Muitos consideram tumultos como algo politicamente sem sentido e sem objetivo", diz David Huyssen, professor de história dos EUA da Universidade de Yale, em New Haven. "Mas isso é completamente errado", avalia.

Segundo ele, os protestos são, muitas vezes, o resultado e a reação a décadas de negligência econômica, discriminação e falta de investimento.

"Os distúrbios são a linguagem dos que não são ouvidos", disse o ativista dos direitos civis Martin Luther King. Na história, tumultos e protestos foram muitas vezes o começo de uma revolução ou de uma nova ordem. Huyssen lembra que os movimentos trabalhistas do fim do século 19 e início do século 20 começaram de forma parecida.

"Propriedades foram destruídas, minas e ferrovias foram dinamitadas. Houve uma série de greves famosas em 1916", ressalta Huyssen, autor de um livro sobre as revoluções trabalhistas do final do século 19, com foco especial em Nova York. "As pessoas gostam de esquecer que a violência foi um meio fundamental para os movimentos trabalhistas. E na época os trabalhadores reclamavam de desigualdade de renda, más condições de trabalho e baixa remuneração dos trabalhadores da indústria."

Mas o historiador David Huyssen não acredita que os EUA estejam diante de uma nova revolução, até porque a violência na vida cotidiana há cem anos tinha um papel mais forte do que hoje. Ele diz que os ativistas da atualidade vão demorar a perceber que são unidos pelo mesmo interesse próprio, "como opositores de um sistema que os oprime e discrimina".

O bilionário Paul Tudor Jones afirma que as empresas deveriam se engajar mais para o bem comum. Uma organização sem fins lucrativos fundada por ele tem a missão de, através de pesquisas, descobrir como isso pode ocorrer.

Ao mesmo tempo, Jones tem sido tradicionalmente um partidário dos republicanos, que são contra o aumento do salário mínimo. Segundo Huyssen, isso já existiu antes na história. "É o chamado filantro-capitalismo", comenta.

Segundo essa ideia, homens ricos ou empresários ricos e suas empresas devem ter o poder de decidir como o dinheiro deve ser distribuído. Através de suas doações, eles devem impedir movimentos políticos que possam se tornar caóticos ou incontroláveis.

"Se você pensar bem sobre isso, vê que essa é uma variante fundamentalmente antidemocrática para combater a desigualdade de renda", frisa Huyssen. "Especialmente vindo de alguém que, ao mesmo tempo, é contra pagar salários mais altos."

Nos EUA, o financiamento de assuntos públicos tem tradicionalmente desempenhado um papel muito maior do que na Europa, particularmente na promoção cultural e educacional.

"Essa generosidade tornou possível a existência de algumas grandes instituições culturais que existem até hoje. A sala de concertos Carnegie Hall, a Universidade de Chicago, a Universidade de Stanford, na Califórnia", diz Huyssen.

Todas são instituições estabelecidas e mantidas com dinheiro de industriais. "Mas, durante todo este tempo, os ricos se tornaram, mesmo assim, ainda mais ricos. Se o objetivo é reduzir a desigualdade de renda, não vamos chegar muito longe com filantropia e caridade."

Assim, resta talvez a terceira das opções indesejadas por Paul Tudor Jones para fechar o fosso entre ricos e pobres: impostos mais altos. Mas um imposto sobre a fortuna tem apoio de muitos economistas, porém não dos lobistas em Washington.



.


SUBJECT: Re: Administração cientifica da sociedade humana
FROM: roberto.takata@bol.com.br
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/06/2015 22:21

Calil,

Talvez você se interesse pelo Programa MOST - Management of Social Transformations- da Unesco:

"The MOST Programme's primary purpose is to transfer relevant Social Sciences research findings and data to decision-makers and other stakeholders.
MOST focuses on building efficient bridges between research, policy and practice. The programme promotes a culture of evidence-based policy-making – nationally, regionally and internationally. As the only UNESCO programme that fosters and promotes social science research, it is placed in a pivotal position in the overall promotion of UNESCO's goals."

Management of Social Transformations (MOST) Programme | United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization

 


[]s,

Roberto Takata
 

SUBJECT: Re: [ciencialist]Re: imposturas científicas, coisa e tal
FROM: roberto.takata@bol.com.br
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/06/2015 22:26

---Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, <mtnoscalil@...> escreveu:
Esse aspecto ético seria cientifico ou filosófico? 
---------------
Não me preocupo com isso.
Eu me preocupo com o fato de:
1) Haver enganado propositadamente muitas pessoas. Na visão dele mesmo, milhões.
2) Haver exposto, pelo menos uma pequena fração dessas pessoas, a algum risco de saúde.

Não digo, como falo em meu texto, que com isso automaticamente o "experimento" realizado seja condenável. Mas creio que isso deveria ser alvo de uma consideração mais detida e de um debate mais aprofundado.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: [ciencialist]Re: Administração cientifica da sociedade humana
FROM: Mtnos Calil <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/06/2015 22:36

Muito obrigado pela dica! 

A expressão "Management of social transformation" abre um espaço inesperado. 
Tudo que a humanidade precisa é disso. Só falta o adjetivo "scientific"  na frente do management.
Eu vou mandar uma carta para eles propondo este pequeno acréscimo. 
Assim a nossa utopia terá um capítulo da ONU, graças à indicação do sr. Roberto Takata. 

Mtnos Calil 



On Dom 07/06/15 22:21 , "roberto.takata@bol.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 

Calil,

Talvez você se interesse pelo Programa MOST - Management of Social Transformations- da Unesco:

"The MOST Programme's primary purpose is to transfer relevant Social Sciences research findings and data to decision-makers and other stakeholders.
MOST focuses on building efficient bridges between research, policy and practice. The programme promotes a culture of evidence-based policy-making – nationally, regionally and internationally. As the only UNESCO programme that fosters and promotes social science research, it is placed in a pivotal position in the overall promotion of UNESCO's goals."

Management of Social Transformations (MOST) Programme | United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization

 


[]s,

Roberto Takata
 



SUBJECT: Re: [ciencialist]Re: imposturas científicas, coisa e tal
FROM: Mtnos Calil <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/06/2015 22:43


Como o seu argumento é lógico, pode-se dizer que ele está muito próximo da ciência do que da filosofia. Simples assim. Alguns dizem que cada um tem a sua ética como cada um pode ter a sua filosofia. Aliás até com a ciência ocorre isso, já que alguns  só conseguem enxergar um fato cientifico se ele estiver de acordo a receita da quantofrenia .

[]s,,
MC


On Dom 07/06/15 22:26 , "roberto.takata@bol.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 

---Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, escreveu:
Esse aspecto ético seria cientifico ou filosófico? 
---------------
Não me preocupo com isso.
Eu me preocupo com o fato de:
1) Haver enganado propositadamente muitas pessoas. Na visão dele mesmo, milhões.
2) Haver exposto, pelo menos uma pequena fração dessas pessoas, a algum risco de saúde.

Não digo, como falo em meu texto, que com isso automaticamente o "experimento" realizado seja condenável. Mas creio que isso deveria ser alvo de uma consideração mais detida e de um debate mais aprofundado.

[]s,

Roberto Takata





SUBJECT: Re: [ciencialist]Re: Administração cientifica da sociedade humana - MOST
FROM: Mtnos Calil <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/06/2015 23:44


Olá Roberto. 

O pessoal da Unesco já colocou o adjetivo "scientific" aqui: 


Bridging Research and Policy

The conviction that in order to achieve the Millennium Development Goals it is necessary to link political decisions to scientific knowledge is at the heart of the MOST Programme. This affirmation however raises a series of theoretical implications that need to be clarified. In this sense, the documents below introduce the conceptual bases underlying the project of building and consolidating efficient linkages between social science and policy.

http://www.unesco.org/new/en/social-and-human-sciences/themes/most-programme/bridging-research-and-policy/

 Logicamente não podemos esperar da ONU nenhuma transformação social relevante, ainda mais baseada em " scientific knowledge". Mas como a TACS ( Teoria da administração cientifica da sociedade é um utopia em homenagem a Thomas Morus) a ONU pode até ter algumas boas idéias que podemos aproveitar. Aliás a Unesco é expert em propor transformações que ficam no papel, com por exemplo a obra de Edgar Morin por eles patrocinada. O MOST é algo muito progressista para ser levado a prática. Prova disso é essa frase colocadA num documento muito  feito por alguns autores para o MOST: 

The ideas and opinions expressed in this publication are those of the author and do not necessarily represent the views of UNESCO.

É lógico, muito lógico, pois os autores  da publicação  deram muitas asas  à  imaginação  e tiveram a audácia de recomendar que as idéias de Gramsci fossem consideradas para seu projeto: 

From within their different national contexts, Weber and Gramsci highlighted the basic dilemmas of twentieth-century social science. But in the twenty-fi rst century, does one have to continue to choose today between Weber’s heritage of value-neutrality and Gramsci’s organic intellectual? Or should one try to combine the two approaches? Or should one somehow move beyond the two concepts? 

http://unesdoc.unesco.org/images/0014/001402/140246e.pdf

Muito interessante, Roberto

.abraços

Mtnos Calil  - Ideologia Zero, Simulacro Zero. 

Civilizar o capitalismo é dever de todos. 

----------------------------------------------------------------



On Dom 07/06/15 22:36 , "Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 

Muito obrigado pela dica! 


A expressão "Management of social transformation" abre um espaço inesperado. 
Tudo que a humanidade precisa é disso. Só falta o adjetivo "scientific"  na frente do management.
Eu vou mandar uma carta para eles propondo este pequeno acréscimo. 
Assim a nossa utopia terá um capítulo da ONU, graças à indicação do sr. Roberto Takata. 

Mtnos Calil 



On Dom 07/06/15 22:21 , "roberto.takata@bol.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 

Calil,

Talvez você se interesse pelo Programa MOST - Management of Social Transformations- da Unesco:

"The MOST Programme's primary purpose is to transfer relevant Social Sciences research findings and data to decision-makers and other stakeholders.
MOST focuses on building efficient bridges between research, policy and practice. The programme promotes a culture of evidence-based policy-making – nationally, regionally and internationally. As the only UNESCO programme that fosters and promotes social science research, it is placed in a pivotal position in the overall promotion of UNESCO's goals."

Management of Social Transformations (MOST) Programme | United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization

 


[]s,

Roberto Takata
 




SUBJECT: Re: [ciencialist]Re: Administração cientifica da sociedade humana
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/06/2015 09:54

Ola Takata,

Se esse sistema fosse científico e não político, já teriam parado com ações afirmativas no mundo.

"Affirmative Action Aroud the World" - Thomas Sowell

Abs
Felipe



Em Domingo, 7 de Junho de 2015 22:36, "Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br> escreveu:


 
Muito obrigado pela dica! 

A expressão "Management of social transformation" abre um espaço inesperado. 
Tudo que a humanidade precisa é disso. Só falta o adjetivo "scientific"  na frente do management.
Eu vou mandar uma carta para eles propondo este pequeno acréscimo. 
Assim a nossa utopia terá um capítulo da ONU, graças à indicação do sr. Roberto Takata. 

Mtnos Calil 



On Dom 07/06/15 22:21 , "roberto.takata@bol.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 
Calil,

Talvez você se interesse pelo Programa MOST - Management of Social Transformations- da Unesco:

"The MOST Programme's primary purpose is to transfer relevant Social Sciences research findings and data to decision-makers and other stakeholders.
MOST focuses on building efficient bridges between research, policy and practice. The programme promotes a culture of evidence-based policy-making – nationally, regionally and internationally. As the only UNESCO programme that fosters and promotes social science research, it is placed in a pivotal position in the overall promotion of UNESCO's goals."

Management of Social Transformations (MOST) Programme | United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization
 

[]s,

Roberto Takata
 




SUBJECT: Re: [ciencialist] Ciência da filosofia X Filosofia da Ciência - 1
FROM: "Pesky Bee" <peskybee2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/06/2015 12:37

> a)Todas as coisas que existem no corpo humano estão
> em relação umas com as outras
 
Concordalhamos cémporcênto nessa. O cuerpo humanófilo é algo
complexérrimo bágárái, com milhares de partezófilas
interdependentes, compondo um sistema caótico e complexíxximo.
E cada uma dessas partezófilas interdependentes é, por sua
vez, composta de um cacetalhão de outras partezófilas
complexófilas e interdependentes. É o cão chupando manga!
 
> b) Apesar disso quando uma das coisas está enferma podemos
> fazer uma cirurgia só desta coisa
 
Ôpa, ôpa! Aqui já não concordalhamos mais. Porque devido a
essa complexificacionisse estraordinária, raramente é possível
fazer uma modificação em um único lugar para consertar tudo
de uma só vez. Aliás, é por essa razão que a putada das
industriófilas farmacêuticas em geral só produzem medicamentóides
cheios de efeitos colaterais (que no caso de diarréias, eu
chamo de efeitos cúlaterais).
 
> Porém na hora de PENSAR PARA RESPONDER 56, NÃO HÁ INTERFERÊNCIA
> DE NENHUMA EMOÇÃO
 
Nem sempre é assim, Calizófilo! Normalmente, pensamentos racionais
são motivados por emoções mas transcorrem segundo regras
relativamente racionalizóides. Mas em vários casos, as emoções
são tão foderosas que acabam interferindo com a dedutivização
cerebral, transfornicando todo o processóide que deveria ser
matematicamente íntegro. Por exemplo, bóta uma foto da Scarlett
Johansson
peladérrima na minha frente e me fala para eu estimar
a relação
entre o diâmetro do biquinho da tetófila e o diâmetro
do
mamílo que o contém. Coisa simples, né não? Mas eu agarântchio
para ti que
levarei umas três horas para dar uma resposta que
 
será, mui
provavelmente, erradééérrima! Será que só eu é que
sou assim, um tarado deficiente mentalóide? hahahahahaha
 
> Mas o pensamento utilizado no processo de criação opera numa
> região racional do cérebro separada da região emocional
 
Calilzófilo, numa coisa nós concordalhamos: as emoções são o
"fogo da lareira" que faz o fogão da máquina dedutiva operar.
Mas o pôbréma é que esse fogo muitas vezes esquenta demais
as traquitanas dedutivóides de nossos pensamentóides. E aí
o que costuma ocorrer é a alteração do nível de esforço
empregado pelo zé mané para perpetrar alguma atividade
criacional. Se não houver fogo suficiente, o mané se
contentará com pouco, vai criar mas nada muito extraordinário.
Mas se o zé estiver fortemente
esquentado, irá perseguir
(quase que obsessivamente) um resultado
que provavelmente
fará a criação (mesmo que dedutiva em
sua essência) muito
mais ampla do que o do mané que
desistiu logo no início
da empreitadalhada. É o fogo do fogão! Esquentando a bunda
e o cabeção! Fritando as nádegas e a linguiça (com ovos,
hahahahaha).
 
*PB*
 
 
 
 
From: Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]
Sent: Friday, June 05, 2015 4:37 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] Ciência da filosofia X Filosofia da Ciência - 1
 

Oi PB.  Milagrosamente, consegui responder a sua mensagem de 293 palavras com 8 palavras a menos!
 
 
a)Todas as coisas que existem no corpo humano estão em relação umas com as outras
 
b) Apesar disso quando uma das coisas está enferma podemos fazer uma cirurgia só desta coisa
 
c) Quando uma criança responde à pergunta “Quanto é 7x8”?, ela pode fazer isso acompanhada das mais diferentes emoções como por exemplo: calma, medo de errar, vergonha de errar e pode até dar risada se a pergunta for muito infantil para a idade dela. Porém na hora de PENSAR PARA RESPONDER 56, NÃO HÁ INTERFERÊNCIA DE NENHUMA EMOÇÃO. A emoção pode estar presente, mas não se mete no cálculo, exceto se for para IMPEDIR QUE O CÁLCULO SEJA FEITO, se a vitima sofrer da “sindrome do pânico matemático”. Mesmo, porém, quando as emoções perturbam, elas podem ser administradas pelo pensamento e até serem removidas para a lixeira do inconsciente freudiano. O maior de todos os problemas do ser humano é o de não conseguir lidar com as suas emoções e desejos de forma social. São as emoções e os desejos que alimentam o egoísmo e a destrutividade do ser humano. A principal causa desta tragédia é genética. 
 
 
 
**MC**
 
 
 
Ps. O desejo fortemente carregado de emoção voltado, por exemplo para a inovação, estimula a mente a criar algo  novo. Mas o pensamento utilizado no processo de criação opera numa região racional do cérebro separada da região emocional. Agora por exemplo enquanto eu penso e escrevo me sinto bem humorado. Como essa emoção não me atrapalha, admito a companhia dela. Mas se a emoção fosse negativa eu a deletaria. É assim que funciona a TBHR – Teoria do Bom Humor Radical.
 
 
 
 
 
 

SUBJECT: Re: RES: Re: Re: [ciencialist] Ciência da filosofia X Filosofia da Ciência - 1
FROM: "Mtnos Calil" <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/06/2015 13:16

“After all the efforts to defend the  efficient  markets theory, there is still every reason to think that, while markets are not totally crazy, they contain quite substantial noise, so substantial that it dominates the movements in the aggregate market.” (SHILLER, 2003)
==================================


"
Estamos atravessando a maior crise econômica da história do Brasil cuja dimensão ainda não foi bem calculada pelos economistas"


Sem dúvida, essa declaração apocalíptica é bastante polêmica. Ela se associa a outra mais polêmica ainda: "a humanidade está caminhando para a beira do abismo conduzida pelos psicopatas do poder".
 
Sendo assim, a melhor coisa a fazer é remover esse tom peremptório transformando as duas declarações em HIPÓTESES, o que é uma medida elementar para quem imagina uma administração cientifica da sociedade.
 
A hipótese catastrofista em relação à atual crise brasileira se justificaria pelo fato de ela estar inserida numa crise econômica mundial só comparável à de 29. As crises já enfrentadas pelo Brasil no passado recente ou mais remoto não tinham um vinculo tão forte com crise mundial como ocorre hoje. A diferença é que o Brasil cresceu muito tanto economicamente quando demograficamente.
 
Além disso, a divisão da sociedade se radicalizou, com a organização dos setores mais pobres em movimentos agressivos como os do sem terra e os do sem seto.
 
Outro fator agravante da crise atual é a emergência da nova classe C (equivocadamente denominada de classe média) que trouxe cerca de 30 milhões de novos consumidores para um mercado em ascensão. Esse caráter REGRESSIVO da crise atual  não foi tão acentuado em outras crises. Ao lado disso vemos um governo completamente desmoralizado e a corrupção institucionalizada, e que  pela 1ª. vez tem sido maciçamente divulgada pela mídia. Acrescente-se ainda a tragédia da criminalidade, com a falência da segurança pública, provocada pela emergência do crime organizado. Sob este aspecto estamos sofrendo um processo de "mexicanização"
 
Aguardo os seus contra-argumentos, como reza o espírito cientifico que falta a tantos cientistas que vivem isolados do mundo social de uma forma surpreendentemente alienada.
 
Abraços
Mtnos Calil
Por uma ciência para todos 
Ps. Morto o comunismo, só resta à humanidade (tentar) civilizar o capitalismo. 



Em Sáb 06/06/15 07:35, Verner Stranz vernerstranz@ig.com.br [ciencialist] ciencialist@yahoogrupos.com.br escreveu:

 

Ai, Mtnos, “estamos atravessando a maior crise econômica...”, é bastante polêmico, vc não acha? Já vivemos uma inflação de + de 70% ao mês, já decretamos moratória, já estivemos endividados até às cuecas com o FMI, já tivemos um ano sem reajuste do salário-mínimo etc. etc. E saiba que ter vivido essas e outras situações é um preço a quem, como eu, já está há décadas na superfície do planeta. Não parece ser teu caso, meu jovem.

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br]
Enviada em: sexta-feira, 5 de junho de 2015 16:05
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: Re: Re: [ciencialist] Ciência da filosofia X Filosofia da Ciência - 1

 

 

Meu amigo. 

 

Se você quiser mesmo fazer uma leitura lógico-cientifica do Mr. Mises, você vai sofrer muito. Já fiz um pré-diagnóstico com o raio X do LPC e o resultado foi infelizmente muito negativo. Digo infelizmente porque a imagem que eu tinha deste respeitado liberal ficou muito, muito chamuscada. 

De minha parte, como  veremos na próxima mensagem, já comecei a compartilhar esse sacrificio com você, dando uma primeira olhada no livro que você recomendou. 

 

Abraços

M.Calil 

TBHR - Teoria do Bom Humor Radical 

 

Ps. Quanto à questão econômica que é o ponto chave do Mises, sugiro que você, se possivel, use o pensamento dele para imaginar qual seria a solução que ele apresentaria para os gravissimos problemas econômicos que o Brasil enfrenta hoje. Estamos atravessando a maior crise econômica da história do Brasil cuja dimensão ainda não foi bem calculada pelos economistas. 

 

==============================




On Sex 05/06/15 11:07 , "luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:

 

Calil,

 

Apesar da grande obra dele ser Ação Humana, estou indicando o Teoria e Historia justamente por ser nele que Mises aborda a questão do método. Outro, que ainda não li, e que é seu último livro é esse aqui :

 

 

 

 

image

 

 

 

 

 

The Ultimate Foundation of Economic Science

If Mises has an unheralded masterpiece, The Ultimate Foundation of Economic Science is it. There are two senses in which this book is indeed ultimate: it deals with...

Visualizado por Yahoo

 

 

 

Em Sexta-feira, 5 de Junho de 2015 10:52, "luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br [ciencialist]" escreveu:

 

 

Ola Calil,

 

Pode repassar sim.

 

Outras observações :

 

1- a Ideologia Zero pressupõe "emocionalidade" Zero? Vejo um Grande empecilho a sua empreitada; acho que o Pesky vai concordar comigo nessa!!!

 

2 - Vc fala que nada deverá ser implementado sem ter sido testado e validado, pelo método. Sabe qual é o grande problema disso : é impossível elaborarmos experimentos em laborátorio, como fazemos para a Física, Química, etc para questões sociais, no sentido de se saber se uma determinada política ou ação irá ou não funcionar e atingir os resultados a que se propoõe.

 

O Homem não pode ser agrupado em calsses que reagem sempre da mesma maneira a determinados estímulos/ações/condições, pois um mesmo individuo pode reagir de formas diferentes a um mesmo estímulo ao longo do tempo e em diferentes condições ambientais; além disso, a adição de novas idéias/ideologias/etc também provocará alterações nessas reações e condições.

 

E repare outra coisa, repare que a sociedade é um sistema complexo, onde além da questão "experimental", a questão da previsibilidade, da forma como entendemos em física e química, perde muito de sua força. Repare que isso também é característica da Teoria da Evolução.

 

A TE não tem como ser testada em laboratório, com relação a sua afirmação principal : que as "espécies" são resultado de alterações lentas e graduais (através do processo de evolução por seleção natural); não é possível confirmar a trasformação de uma espécie em outra diferente com um experimento em um laboratório; a validação dessa afirmação vem do relato histórico (fósseis). Além disso, a TE não tem como nos dizer qual será o futuro evolutivo do baiacu, que estruturas irá perder ou ganhar, em determinados instantes de tempo (longos), em que tipo de espécie irá se tornar.

 

Tudo  o que foi falado acima é igualmente válido para as ciências da ação humana. Sugiro fortemente a leitura do livro do Mises "Teoria e História", onde ele  aborda a questão metodológica das Ciências da Ação Humana,  e onde deixa explicitamente claro que a adoção do dualismo metodológico é um artifício metodológico. Leia, e vc verá que a maioria das críticas feitas ao Mises são rasas, ou carecem de entendimento do que ele expôs.

 

Vou ver se faço um resumo sobre isso, nesse final de semana. Mas só para reflexão : da mesma forma como usamos a evolução por seleção natural para explicar uma dada situação da realidade, usamos as Leis da Oferta-Demanda, de utilildade marginal para explicar uma dada situação da realidade econômica. Não precisamos de experimentos para validar essas leis (que na realidade, quando olhamos para os "fósseis" do passado, esses sempre as confirmam).

 

Abs

Felipe

 

 

 

 

Em Sexta-feira, 5 de Junho de 2015 3:03, "Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" escreveu:

 

 

[Anexos de Mtnos Calil incluídos abaixo]


Ok, Luiz Felipe.

 

1.  Vou tentar fazer um resumo do que seria  um “sistema de administração cientifica da sociedade" e envio amanhã. Por ora apresento o primeiro pré-requisito deste sistema que é a ideologia zero. A definição da IZero ainda não está finalizada, mas já temos estes fundamentos:

 

a) A ideologia zero pode ser definida como um ESTADO MENTAL a partir do qual, ao olhar para qualquer aspecto da realidade, o cidadão deixa de lado suas crenças e desejos, adotando este principio básico da ciência: todas as idéias e teorias devem levar em conta, no processo da sua elaboração, o fato de que deverão ser submetidas à prova, com base na metodologia científica.

b) A ética é um elemento fundamental da definição da Ideologia Zero, sendo que a ISENÇÃO é um elemento essencial da ética. Ocorre que muitas vezes para seremos isentos, temos que aceitar o não saber. Como o ser humano não tolera não saber, buscando explicação para tudo e não aceitando que a mente humana tem limitações que o impedem saber de tudo, ele cria explicações que satisfazem os seus desejos ou ilusões, ferindo assim a isenção ética. 

c) A ideologia zero é um estado mental isento de: Fé, Crenças, Desejos, Wishfulthinking (pensamento-desejo), Ilusões, Auto-engano, Hipocrisia (consciente ou inconsciente),Transtornos emocionais, Transtornos mentais. Esse estado mental não pode, obviamente ocupar a mente do individuo o tempo todo. 

 

Obs. A construção desta definição obedece a uma metodologia baseada neste principio: todos os conceitos apresentados na definição, como fé, crença, desejo, etc. terão também que ser definidos.

 

 

2. Quanto ao capitalismo, eu  não disse que ele é uma ideologia. 

O que Marx disse a respeito é que o capitalismo se serve de ideologias. 

Ao mesmo tempo que Marx combateu as ideologias, criou a sua - a da sociedade igualitária. 

 

Mas as ideologias não são apenas um instrumento das "classes dominantes" como dizia Marx. Os dominados também podem ter suas ideologias e por isso Lenin inventou a “ideologia do proletariado” (mas ele não conhecia o pensamento negativista da ideologia de Marx, porque o livro Ideologia Alemã só foi publicado após a morte de Lenin). 

 

As ideologias foram criadas pelos nossos antepassados bem primitivos para entender o mundo. Depois inventaram a vida após a morte para tornar a morte menos insuportável. Essas idéias primitivas antecederam as ideologias politicas. Um bom exemplo de ideologia é o pensamento de que a escravidão era uma coisa natural, normal. Enfim cada um se serve das ideologias de acordo com suas conveniências pessoais ou de grupo. Todo o nosso debate, de minha parte, vai ser calcado na identificação do "virus ideológico" que é invisível.  

 

No arquivo anexo vai um texto introdutório do livro Ideologia Zero que estou escrevendo e que tem intima conexão com o livro “Lógica na comunicação humana” cuja versão eletrônica já existe há alguns anos.

 

3. Também penso como você a respeito da criação do capitalismo. Ele  não foi planejado por ninguém.  E representou um grande avanço da humanidade ao substituir o feudalismo. O próprio Marx reconheceu esse mérito, atribuindo –o à “burguesia”. A criação do capitalismo, como tanta coisa neste mundo, foi autopoiética. ( na minha “opinião” tanto a autopoiese como a teoria quântica podem ser aplicadas ao mundo social, desde é claro sejam tomados os devidos cuidados para não se cair no ridículo; a imprevisibilidade,  um dos elementos básicos da teoria quântica, é também um fator chave da evolução que não é tão determinista como querem alguns.

 

Até amanhã!

Mtnos Calil

 

Ps. Pergunto se posso enviar cópia deste debate para o grupo do Mãos Limpas, onde estão muitos defensores do capitalismo. 

 

===========================================


On Sex 05/06/15 00:44 , "luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:

 

Calil,

 

A vontade, mas queria primeiro que vc caracterizasse o que seria uma defesa "científica" de qqer sistema social.

 

Outra coisa, o Capitalismo NÃO é uma ideologia (aliás, essa nomenclatura é Marxista). Não foi planejado por ninguém, desenhado na prancheta, surge na sociedade como soluções incrementais para problemas práticos enfrentados. O primeiro a estudar (e não criar) o sistema foi Adam Smith, no seu livro "A Riqueza das Nações".

 

Abs

Felipe

 

 

Em Sexta-feira, 5 de Junho de 2015 0:33, "Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" escreveu:

 

 

Very Good, Luiz Silva Felipe. (e não Jeff).

 

Se você tiver paciência para o contraditório terei que apresentar uma certa*  quantidade de argumentos para demonstrar que a sua defesa do capitalismo é ideológica (e portanto não cientifica). 

*  Certa quantidade? Não, não! É incerta - os humanos usam a palavra certa para designar coisas incertas.. se isso não for esquizofrenia linguistica o que seria? "licença semântica"? 

 

Aguardo o seu consentimento para o contraditório lógico-cientifico. 

 

Thanks

M.Calil 

 

Ps. Eu só uso o termo "sonho" para designar os fenômenos noturnos assim denominados e que a ciência ainda não conseguiu explicar a sua função psico-cognitiva. Para Freud os sonhos tinham a função de realizar desejos reprimidos no inconsciente. 



On Qui 04/06/15 23:25 , "luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:

 

Ola Calil,

 

"O que aconteceu agora, é que você não informou qual é problema que eu disse que não tinha captado. 

Quanto à administração cientifica da economia isso nunca aconteceu na história da humanidade. Se você está se referindo ao genocidio stalinista, trata-se de um fenômeno de psicopatia social como qualquer outros genocidios. - o termo genocidio, muito a propósito, contem o prefixo gen de gene. "

 

Esta resposta é tb para a colocação do Jeff :

 

 A informação está no mesmo parágrafo. A questão da impossibilidade da determinação racional dos preços, salários, que é condição necessária para termos uma economia planificada, uma administração "científica" da sociedade, não é tecnológica. Emergem (emergencia fraca) como consequências das interações que ocorrem no marcado. A lei da oferta e demana, a lei da utilildade marginal decrescente NÃO podem ser usadas para determinação de preços, pois são leis que falam sobre Variação, não de determinação (nenhum economista consegue usa-las para determinar ou prever preços de equilíbrio). Além disso, o preço é uma valor (com componente altamente subjetivo) que é atribuido a determinado produto ou serviço.

 

Com relação ao Socialismo/Comunismo Marxista, temos 2 pontos :

 

1 - A questão política social

2 - A questão econômica

 

1 - a proposta de estatização da economia é, em substância, uma proposta de unificação de poder político e econômico e que para "funcionar" (não funciona), necessita de seres humanos tomados por "Invasores de Cropos" (aquele filme, onde uma forma de vida com uma unica consciencia invade o corpo do ser humano). Não é a toa que deu no que deu, em TODOS os países onde foi tentada.

 

2 - a questão econômica, foi o que coloquei no paragrafo acima

 

E sim, as tentativas que tivemos foram tentativas para se administrar cientificamente a sociedade, negar isso é cometer a falácia do escoces verdadeiro

 

 

"O genocidio do capitalismo é mais refinado do que o genocidio nazi-stalinista - só temos hoje um bilhão de famélicos. Mas fora a fome, bilhões de terrestres vivem em estado avançado de stress e ansiedade, fora as guerras fabricadas como a do Iraque para rechear os bolsos da industria armamentista. "

 

Calil, não existe "genocidio" do capitalismo. Para fazer uma análise correta do que ocorre, temos que fazer uma análise histórica. A condição natural humana sempre foi de pobreza e luta pela vida. A evolução da cooperação social (e isso é exatamente o que um sistema econômico é) para o Capitalismo, com divisão de trabalho, acumulo de capital possibilitou um aumento de produtividade e  foi acompanhada pela MAIOR redução de pobreza, fome, miséria e mortalidade na história da Humanidade . Somente isso, possibilitou que a população do planeta atingisse os níveis atuais. 

 

Hoje, o nível de vida até mesmo de uma pessoa pobre é muito melhor até do que a nobreza tinha a 200, 300 anos atrás. Muitos dos 1 BI que vc fala, estão em países que se recusaram a abraçar o mercado (incluindo a àfrica, pós colonização), e se apegaram a promessa de igualdade de resultados oferecida pelo Socialismo Marxista. E hoje, o mundo vive em uma crise essencialmente Keynesiana e intervencionista.

 

A guerra contra o Iraque foi geopolitica, da mesma forma que as guerras que a URSS fazia, com as ocupções de territórios e substituição da população local por Russos (vide o que ocorre na Ucrânia) - essa discussão é longa, nesse tema, agora, vou parar aqui, somente comentando que tem muita gente que defende que a redução das guerras na história está totalmente correlacionada com o aumento do livre comercio e interdependencia entre as nações.

 

O capitalismo com o estado democratico de direito está longe de sere perfeito, mas é o que temos de melhor, em termos de cooperação social. Veja os indicadores de liberdade econômica e facilidade de se fazer negócio, e as correlações que tem com o IDH e o bem estar da população.

 

 

Defender o capitalismo ou o comunismo/socialismo é pura ideologia. 

Como eu não vejo hoje alternativa para o capitalismo estou propondo civilizá-lo, o que requer a utilização de conceitos e metodologias científicas. Isso é uma utopia? Se for, a ciência será inútil para a salvação da humanidade e muito útil para a sua destruição, porque fazer bomba atômica os cientistas sabem. 

 

NAO ESTOU GENERALIZANDO - HÁ CIENTISTAS INTERESSADOS NO BEM COMUM, MAS FALTA A ELES CORAGEM PARA ENFRENTAR OS DONOS DO PODER QUE FINANCIAM SEUS PROJETOS. 

 

EDGAR MORIN FALA EM CIÊNCIA COM CONSCIÊNCIA - EU FALO EM CIÊNCIA COM CORAGEM. CORAGEM DE SER AUTÊNTICO, como falou Rollo May em seu livrinho "O homem à procura de si mesmo". 

 

absmc

 

Ps. Devemos à ciência o fato de termos dobrado a nossa longevidade em poucos anos. Essa foi a grande contribuição dos cientistas  para a humanidade. O resto é o resto... Automóvel? É um veneno que viciou a economia, como tantos outros. Agora o povo alienado está se viciando nos celulares, redes "sociais", facebooks, selfies e outras besteiras tecno-cientificas. 

 

Defender o capitalismo é defender o que temos de melhor hoje, e que apresentou melhores resultados objetivos! Todo o desenvolvimento científico e tecnológico que temos hoje se deve ao capitalismo, a acumulação de capital que possibilita o financiamento das pesqueisas e desenvolvimento de tecnologia.

 

O sonho de uma administração cientifica da sociedade é uma utopia.

 

Abs

Felipe

 

 

 

Em Quinta-feira, 4 de Junho de 2015 21:10, "Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" escreveu:

 

 

Óia a bagunça comunicacional.

Foi assim que eu recebi a mensagem

 

 

=====================================================================

 

> Em 2015-06-03 13:44, luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br
>> [ciencialist]
>> escreveu:
>> 
>>> Calil,
>>> 
>>> Vc não captou a essência do problema.
>>> 
>>> A questao não é meramente computacional (e mesmo assim as
>> previsões q
>>> fazemos não tem a mesma caracteristica das previsões q são feitas
>> na
>>> fisica, por exemplo). É que nao existe um método racional para se
>>> determinar o preço de todos os produtos. Ssomente o mercado é capaz
>> de
>>> fazê lo, pois o preço reflete a própria interação entre pessoas
>>> (negociacao e julgamento subjetuvo de valor) e ambiente (escasses ou
>>> abundancia de recursos).
>> 
>> O que estou dizendo é que a tecnologia atual possibilita a criação
>> de
>> um sistema de informação muito melhor que o sistema de preços para
>> gerar
>> informações para alocação dos fatores de produção.
>> 
>> []s,
>> Jeff.


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 Vamos agora à sua ultima mensagem, a qual eu vou responder nesta cor 

On Qui 04/06/15 19:52 , "luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:

 

Calil,

 

Quem falou que vc não tinha entendido o problema foi eu, não o Jeff. Além disso, outros já tentaram administrar cientificamente o Mercado, a Economia. O resultado disso foram : pobreza, miséria, fome, uma concentração de renda e poder nunca vista e genocídio generalizado.

 

Abs

Felipe

 

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O que aconteceu agora, é que você não informou qual é problema que eu disse que não tinha captado. 

Quanto à administração cientifica da economia isso nunca aconteceu na história da humanidade. Se você está se referindo ao genocidio stalinista, trata-se de um fenômeno de psicopatia social como qualquer outros genocidios. - o termo genocidio, muito a propósito, contem o prefixo gen de gene. 

 

O genocidio do capitalismo é mais refinado do que o genocidio nazi-stalinista - só temos hoje um bilhão de famélicos. Mas fora a fome, bilhões de terrestres vivem em estado avançado de stress e ansiedade, fora as guerras fabricadas como a do Iraque para rechear os bolsos da industria armamentista. 

 

Defender o capitalismo ou o comunismo/socialismo é pura ideologia. 

Como eu não vejo hoje alternativa para o capitalismo estou propondo civilizá-lo, o que requer a utilização de conceitos e metodologias científicas. Isso é uma utopia? Se for, a ciência será inútil para a salvação da humanidade e muito útil para a sua destruição, porque fazer bomba atômica os cientistas sabem. 

 

NAO ESTOU GENERALIZANDO - HÁ CIENTISTAS INTERESSADOS NO BEM COMUM, MAS FALTA A ELES CORAGEM PARA ENFRENTAR OS DONOS DO PODER QUE FINANCIAM SEUS PROJETOS. 

 

EDGAR MORIN FALA EM CIÊNCIA COM CONSCIÊNCIA - EU FALO EM CIÊNCIA COM CORAGEM. CORAGEM DE SER AUTÊNTICO, como falou Rollo May em seu livrinho "O homem à procura de si mesmo". 

 

absmc

 

Ps. Devemos à ciência o fato de termos dobrado a nossa longevidade em poucos anos. Essa foi a grande contribuição dos cientistas  para a humanidade. O resto é o resto... Automóvel? É um veneno que viciou a economia, como tantos outros. Agora o povo alienado está se viciando nos celulares, redes "sociais", facebooks, selfies e outras besteiras tecno-cientificas. 

 

 

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Em Quinta-feira, 4 de Junho de 2015 14:59, "Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" escreveu:

 

Viu, prof. Belmiro? 

 

Quando a gente se liberta das ideologias, dá mais atenção ao que foi dito do que ao autor do dito. Quanto ao mercado, como acontece com todos os fenomenos sociais, ele carece de uma administração científica. Um dos pontos chaves desta adminsitração seria limitar a concentração de renda e a consequente desigualdade, responsável hoje por essa divisão esquizofrênica: enquanto cerca de um bilhão de humanos estão obesos, outro bilhão é constituido por famélicos. Parece então que a lei da oferta e da procura não é muito legal, né? Dizem que a lógica é a premissa básica do direito... mas só dizem, por que na hora de fazer leis lógicas (ou mesmo de cumprir algumas leis) essa premissa é ignorada. Se o ser humano fosse muito lógico, este triturador não teria nascido. Que sorte eu tive! 

 

Triturador Lógico 



On Qui 04/06/15 14:31 , "Belmiro Wolski belmirow@yahoo.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:

 

>>>"O Jeff tem toda a razão! O Calil não captou a essência do problema. Na verdade não captou nem o problema! Diante desta dificuldade de entendimento, o Calil pede ao Jeff a gentileza de informar qual é o problema em questão. A propósito da fixação de preço pelo mercado parece que a lei da oferta e da procura tem uma influência determinante". 

 

Putz, nunca pensei que iria concordar em alguma coisa com essa coisa (essa coisa=triturador lógico).

 

*BW*

 

 

Em Quinta-feira, 4 de Junho de 2015 1:36, "Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" escreveu:

 

 

 

Deixemos então a miséria para depois de resolvermos essa inesperada crise de identidade. Uma pessoa chamada Jeff enviou essa mensagem para o grupo: 

 

Calil,

Vc não captou a essência do problema. A questao não é meramente computacional (e mesmo assim as previsões q fazemos não tem a mesma caracteristica das previsões q são feitas na fisica, por exemplo). É que nao existe um método racional para se determinar o preço de todos os produtos. Somente o mercado é capaz de  fazê lo, pois o preço reflete a própria interação entre pessoas (negociacao e julgamento subjetivo de valor) e ambiente (escasses ou abundancia de recursos). 

 

O que estou dizendo é que a tecnologia atual possibilita a criação de  um sistema de informação muito melhor que o sistema de preços para gerar informações para alocação dos fatores de produção.

 

O Jeff tem toda a razão! O Calil não captou a essência do problema. Na verdade não captou nem o problema! Diante desta dificuldade de entendimento, o Calil pede ao Jeff a gentileza de informar qual é o problema em questão. A propósito da fixação de preço pelo mercado parece que a lei da oferta e da procura tem uma influência determinante. 

 

Aguardamos

Atenciosamente

Triturador Lógico




On Qua 03/06/15 20:23 , "Jeff jeff@jeff.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:

 

Em 2015-06-03 17:13, "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br
[ciencialist]
escreveu:

> Ok. Vou rever com calma o seu pensamento.
> Me diga por favor qual a relevância que essa proposta tem para a cabar
> com a miséria.
> abraço
> m.calil

Ué, será que eu sou o Calil mesmo? Será que eu tenho
dupla-personalidade?!!! OMG!! :)

[]s,
Jeff.

>
> Em Qua 03/06/15 14:55, Jeff jeff@jeff.com.br [ciencialist]
> ciencialist@yahoogrupos.com.br escreveu:
>
>>
>>
>> Em 2015-06-03 13:44, luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br
>> [ciencialist]
>> escreveu:
>>
>>> Calil,
>>>
>>> Vc não captou a essência do problema.
>>>
>>> A questao não é meramente computacional (e mesmo assim as
>> previsões q
>>> fazemos não tem a mesma caracteristica das previsões q são feitas
>> na
>>> fisica, por exemplo). É que nao existe um método racional para se
>>> determinar o preço de todos os produtos. Ssomente o mercado é capaz
>> de
>>> fazê lo, pois o preço reflete a própria interação entre pessoas
>>> (negociacao e julgamento subjetuvo de valor) e ambiente (escasses ou
>>> abundancia de recursos).
>>
>> O que estou dizendo é que a tecnologia atual possibilita a criação
>> de
>> um sistema de informação muito melhor que o sistema de preços para
>> gerar
>> informações para alocação dos fatores de produção.
>>
>> []s,
>> Jeff.
>
>

Links:
------
[1]
https://br.groups.yahoo.com/neo/groups/ciencialist/conversations/messages/88455;_ylc=X3oDMTJxN2duNW5xBF9TAzk3NDkwNDM3BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BG1zZ0lkAzg4NDU1BHNlYwNmdHIEc2xrA3JwbHkEc3RpbWUDMTQzMzM2MjQ0NQ--?act=reply&messageNum=88455
[2]
https://br.groups.yahoo.com/neo/groups/ciencialist/conversations/newtopic;_ylc=X3oDMTJlZ3U2NjlyBF9TAzk3NDkwNDM3BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BHNlYwNmdHIEc2xrA250cGMEc3RpbWUDMTQzMzM2MjQ0NQ--
[3]
https://br.groups.yahoo.com/neo/groups/ciencialist/conversations/topics/88422;_ylc=X3oDMTM2c3BrbTVuBF9TAzk3NDkwNDM3BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BG1zZ0lkAzg4NDU1BHNlYwNmdHIEc2xrA3Z0cGMEc3RpbWUDMTQzMzM2MjQ0NQR0cGNJZAM4ODQyMg--
[4] http://www.ciencialist.com
[5]
https://br.groups.yahoo.com/neo/groups/ciencialist/info;_ylc=X3oDMTJlMDNxN2phBF9TAzk3NDkwNDM3BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BHNlYwN2dGwEc2xrA3ZnaHAEc3RpbWUDMTQzMzM2MjQ0NQ--
[6]
https://br.groups.yahoo.com/neo;_ylc=X3oDMTJkNTZsZzFuBF9TAzk3NDkwNDM1BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BHNlYwNmdHIEc2xrA2dmcARzdGltZQMxNDMzMzYyNDQ1
[7] https://info.yahoo.com/privacy/br/yahoo/groups/details.html
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Ciência da filosofia X Filosofia da Ciência - 17
FROM: Mtnos Calil <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/06/2015 15:29

1. Grande Pesky! Essa sua síntese escalafobética explica porque NÓS, SERES HUMANOS SOMOS TODOS DEMENS.  O máximo que conseguimos fazer com a nossa demência natural é CONTROLÁ-LA, lá, lá no inferno do inconsciente onde ela se agita.

 

Agora começamos uma nova guerra fria com EUA/Europa de um lado e China/Russia de outro lado. As bombas atômicas que o Einstein mandou fabricar estão prontinhas para o último ato da demência de nossos psicopatas. Considerando que os hemisférios esquerdo e direito do cérebro têm aproximadamente as mesmas dimensões, podemos deduzir daí que as chances de uma guerra atômica são de cerca de 50%.

 

a)Todas as coisas que existem no corpo humano estão  em relação umas com as outras

 

Concordalhamos cémporcênto nessa. O cuerpo humanófilo é algo complexérrimo bágárái, com milhares de partezófilas interdependentes, compondo um sistema caótico e complexíxximo. E cada uma dessas partezófilas interdependentes é, por sua vez, composta de um cacetalhão de outras partezófilas complexófilas e interdependentes. É o cão chupando manga!

 

 

 

2. Pequeno Pesky!

 

Leia de novo: QUANDO UMA DAS COISAS ESTÁ ENFERMA...

Por exemplo: o transtorno da assembléia sexual neuronal sugere que o enfermo substitua seu órgão sexual masculino pelo feminino, sem que nenhuma intervenção cirúrgica no cérebro seja para isso necessária.

 

 b) Apesar disso quando uma das coisas está enferma podemos fazer uma cirurgia só desta coisa

 

Ôpa, ôpa! Aqui já não concordalhamos mais. Porque devido a essa complexificacionisse estraordinária, raramente é possível fazer uma modificação em um único lugar para consertar tudo de uma só vez.

 

  


3. Grande Pesky!  (V.texticulo sobre a selvageria do capitalismo lá embaixo.)

 

 Aliás, é por essa razão que a putada das industriófilas farmacêuticas em geral só produzem medicamentóides cheios de efeitos colaterais (que no caso de diarréias, eu chamo de efeitos cúlaterais).

  

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4. Pequeno Pesky!

 

Pensamentos racionais não são motivados por emoções e sim perturbados por elas. O pensamento racional, assim como o pensamento cientifico, têm a função de resolver problemas, inclusive aqueles provocados por

nossas loucas emoções.

 

Porém na hora de PENSAR PARA RESPONDER 56, NÃO HÁ INTERFERÊNCIA DE NENHUMA EMOÇÃO

 

Nem sempre é assim, Calizófilo! Normalmente, pensamentos racionais são motivados por emoções mas transcorrem segundo regras  relativamente racionalizóides.

 

 

 

 

5. Não sei Pesky, agora você me confundiu. Por um lado as emoções “interferem” no pensamento perturbando o seu fluxo ou a sua sintaxe. Por outro lado, o ato de pensar não tem absolutamente nada de emocional. Exemplo: um psicopata como Stalin tinha o prazer de enganar seus amigos, alguns dos quais ele mandava matar. Durante o pensamento enganoso o processamento das idéias se desenvolve “paralelamente” ao processo emocional.

 

 

Mas em vários casos, as emoções são tão foderosas que acabam interferindo com a dedutivização cerebral, transfornicando todo o processóide que deveria ser  matematicamente íntegro. Por exemplo, bóta uma foto da Scarlett  Johansson peladérrima na minha frente e me fala para eu estimar  a relação entre o diâmetro do biquinho da tetófila e o diâmetro  do mamílo que o contém. Coisa simples, né não? Mas eu agarântchio  para ti que levarei umas três horas para dar uma resposta que  será, mui provavelmente, erradééérrima! Será que só eu é que sou assim, um tarado deficiente mentalóide? Hahahahahaha

 

 

6. Encontrei a solução do enigma, Pesky!

 

O mundo mental e o emocional estão em regiões distintas do cérebro, mas se comunicam de forma positiva ou negativa. A nossa saúde mental e emocional depende de como as sintaxes se organizam, numa relação triangular – sintaxe emocional, sintaxe mental e sintaxe das duas sintaxes.  A frieza do psicopata é produto da sintaxe emocional que dá à sintaxe mental a condição de se processar sem a interferência da emoção. Mas atenção: quem toma as decisões malucas é a mente, e não a emoção!!!!!!!!!!!!!!!! - Ora bolas, se assim for, a mente tem mais poder potencial do que a emoção. Ela e quem decide se vai aceitar as ordens da emoção ou não.  Ordens das emoções = instruções neuronais processadas nas áreas emocionais do cérebro. Assim não sendo, a tecnologia pode maquinizar os humanóides, colocando chips nestas áreas emocionais. Portanto, a mente pode funcionar sem as emoções. É o que acontece quando os telespectadores assistem diariamente cenas de terrível violência. A banalização da morte se dá através da desativação dos neurônios emocionais. Acertei?  


 

Mas o pensamento utilizado no processo de criação opera numa região racional do cérebro separada da região emocional

 

Calilzófilo, numa coisa nós concordalhamos: as emoções são o "fogo da lareira" que faz o fogão da máquina dedutiva operar.

 

Mas o pôbréma é que esse fogo muitas vezes esquenta demais as traquitanas dedutivóides de nossos pensamentóides. E aí o que costuma ocorrer é a alteração do nível de esforço

empregado pelo zé mané para perpetrar alguma atividade criacional. Se não houver fogo suficiente, o mané se  contentará com pouco, vai criar mas nada muito extraordinário.

 

Mas se o zé estiver fortemente  esquentado, irá perseguir (quase que obsessivamente) um resultado

que provavelmente fará a criação (mesmo que dedutiva em sua essência) muito

mais ampla do que o do mané que desistiu logo no início da empreitadalhada. É o fogo do fogão! Esquentando a bunda e o cabeção! Fritando as nádegas e a linguiça (com ovos,  hahahahaha).

 

*PB*

 

 


Civilizar o capitalismo é dever de todos - o que tem a ciência a ver com isso? 



Um dos exemplos mais dramáticos da selvageria do capitalismo é  a INDÚSTRIA FARMACÊUTICA QUE ALÉM DE TRANSFORMAR OS REMÉDIOS NUM PRODUTO BANAL DE CONSUMO, usa os próprios doentes para testar efeitos colaterais de novos medicamentos. 
ESSA BARBÁRIE FOI DENUNCIADA NO PROGRAMA CANAL LIVRE QUE FOI AO AR NO DIA 8 DE JUNHO DE 2015   E REFERENDADA PELO MÉDICO ENTREVISTADO. (mas quem acompanha esse assunto já sabia disso...). 
ESSA INDUSTRIA COMETE UM CRIME LESA HUMANIDADE E NENHUM GOVERNO TOMA QUALQUER PROVIDÊNCIA. 
O QUE TEM A CIÊNCIA A VER COM ISSO? QUEM PRODUZ E TESTA OS REMÉDIOS NÃO SÃO CIENTISTAS?
Mtnos Calil 
Morto o comunismo, só resta à humanidade civilizar o capitalismo.  

Ps1. Quando os médicos me perguntam que remédio eu tomo, minha resposta é sempre a mesma: COMO REMÉDIO FAZ MAL PARA A  SAUDE EU SÓ TOMO DE VEZ EM QUANDO. POR EXEMPLO: TODOS OS MÉDICOS QUE EU CONSULTEI SEM EXCEÇÃO ME MANDARAM TOMAR REMÉDIO PARA PRESSÃO ALTA - para eles se basta medir a pressão uma vez aparecer um resultado  tipo 16x10 o paciente tem que sair com a receita da consulta! O remédio que eu tomo para a pressão é aumentar as horas de sono. É claro que cada caso é um caso. O remédio é necessário em alguns casos e em outros casos faz mal para o doente. Mas para todos os casos, os médicos deveriam pensar no que os pacientes poderiam fazer para reduzir a pressão sem tomar remédio! As faculdades de medicina não ensinam isso? Bem como o Ministério da (des) Educação autorizou o funcionamento de inúmeras faculdades privadas de fundo de quintal, temos no país  de médicos absolutamente despreparados para essa nobre e complexa profissão. 
Ps2. O que o novo Ministro da Educação pensa a respeito? 



SUBJECT: Re: [ciencialist] Ciência da filosofia X Filosofia da Ciência - 1
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/06/2015 16:02

“Essa emocionalidade zero se manifesta quando um pensamento não esteja sendo influenciado por qualquer emoção. Ela pode estar se manifestando no mesmo momento em que o pensamento ocorre. Por exemplo: perguntamos a uma criança quanto é 8 x 7. Ela pode, enquanto responde, ficar calma ou ansiosa. Mas a operação mental que leva à resposta 56 não tem qualquer emoção. Os mundos emocional e mental têm existência própria. Não existe a "inteligência emocional". Daniel Goleman usou essa metáfora para dar um titulo publicitário ao seu livro e por isso acabou promovendo um grave equivoco conceitual. Usar a inteligência para administrar as emoções é uma conduta lógico-cientifica que requer obviamente, a separação dos dois "mundos". “
Calil,
O nosso pensamento está sempre acompanhado pelas nossas emoções, não existe essa separação de “mundos”; isso é meramente esquemático (veja o livro “The Wrigtheous Minds”).
Claro que a razão irá evidenciar os viezes, as falácias que nossas emoções podem estar produzindo, mas a decisão tomada pode ser totalmente viezada pela emoção. A própria decisão de se aceitar a lógica como guia das decisões é afetada pelas nossas emoções (por ex : Marx e outros propuseram o polilogismo, para atacar a análise racional de suas “teorias”.).
Outra coisa, existem decisões envolvendo múltiplos critérios, onde não temos totalmente clara as interrelações de causa-efeito, nem os pesos com que cada critério influencia no resultado final. Nesses casos, a emoção, a intuição (apesar de existir ferramentas de apoio a decisão multicritério) pode fazer um papel crucial.
Mais uma coisa : mesmo nas ciências exatas, a aplicação desse racionalismo como proposto por vc, também é problemática. Veja que cientistas não tem como chegar a uma conclusão meramente usando a lógica, de qual é a melhor linha de pesquisa a se seguir (gravidade quântica ou teoria das cordas, por exemplo) e enquanto as evidências não conseguem colocar um “ponto final” na história, cada grupo segue a sua linha, minimizando a importância de determniadas criticas a sua linha de pesquisa, interpretando dados de forma aderente a sua teoria, etc (leia “O que é Ciencia Afinal” do Alan F Chalmers), tudo isso baseado muito mais por intuição, gosto, do que pela razão.
Em resumo (e isso é para o Jeff tb) : é muito difícil que os seres humanos ajam de acordo com as propostas de vcs, “negando” todo o processo evolutivo (emoções, relações de poder, etc) e a variabilidade individual . Vcs necessitam de um novo ser para os projetos de vcs, que será qqer coisa, menos humano, no sentido que damos a palavra.
2 - Vc fala que nada deverá ser implementado sem ter sido testado e validado, pelo método. Sabe qual é o grande problema disso : é impossível elaborarmos experimentos em labortório, como fazemos para a Física, Química, etc para questões sociais, no sentido de se saber se uma determinada política ou ação irá ou não funcionar e atingir os resultados a que se propõe.

Perdoe-me, mas o seu conceito de "laboratório" está equivocado. Uma coisa é um laboratório de quimica, outra coisa é um laboratório social. Um dos maiores laboratórios da história da humanidade acabou de ocorrer com a ex-Urss, onde o socialismo marxista foi testado resultando na barbárie do genocidio stalinista

Nesse ponto concordamos em parte, pois creio que a história tem a nos ensinar. Mas novamente, mesmo os eventos passados não podem ser tomados como evidencias definitivas a favor de determinadas ações/politicas nem como falseamentos definitivos.
Além do mais, a implantação de ações e políticas novas, sem exemplo anterior na história, se torna impossível dentro do seu método, pois só poderia ser validada como boa ou ruím, após ter sido implementada na sociedade.

A teoria da complexidade é ponto chave da administração cientifica. Ocorre que a imprevisibilidade pode ser gerenciada, inclusive através de testes de laboratório. O "gerenciamento da imprevisibilidade" é uma forma de se aplicar a teoria quântica no mundo social. Mas a própria ciência está o tempo todo fazendo isso! 
Um ponto chave da teoria da complexidade é o combate à hiper-especialização, numa fase da história onde a especialização tem sido fundamental para a evolução humana. Aqui o desafio é gigantesco.
Vc pode desenvolver mais. Achei confuso.
A TE, por mais importante que seja, hoje é apenas uma teoria cientifica e tem pouca presença na TACS - Teoria de administração cientifica da sociedade. 

Mas a questão enigmática da imprevisibilidade do futuro eu "resolvi" da seguinte maneira:  uma parte do futuro é previsivel e outra parte é imprevisivel. Para reduzir o nivel de imprevisibilidade podemos recorrer às megatendências. Muitas coisas que aconteceram nos últimos 100 anos poderiam ser previstas com boa margem de segurança. O fracasso do comunismo, por exemplo, foi uma idéia que  me ocorreu em 1970 quando eu abandonei o socialismo marxista. Estava na ocasião absolutamente convencido deste fracasso. Um dos grandes enigmas do nosso futuro é a guerra atômica.  Vamos ou não sofrer essa catástrofe? A TACS trabalha com a hipótese de que não teremos este evento evolucionário. 
O ponto é : a previsibilidade nos casos de sistemas complexos, como a sociedade, será sempre LIMITADA! E o Mises demonstrou a inviabilidade do Socialismo Marxista como sistema de cooperação social  por volta de 1920.

As criticas feitas por alguns ideologistas a outros ideologistas devem obviamente ser a priori rejeitadas. (tomando-se apenas o cuidado de se verificar se em meio às torrentes ideológicas não exista uma marolinha lógico-cientifica). Eu tenho a impressão que Mr. Mises é um ideologistas dos bons. Como você me recomendou "fortemente" ler o homem, o que posso fazer é tentar verificar logo onde ele se encrencou ideologicamente. Para isso não é preciso, é claro, ler nem sua obra completa nem mesmo um livro por inteiro. A força das ideologias é tão grande que muitas vezes ela aparece numa simples frase, como por exemplo essa: "é mais fácil passar um camelo pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no reino de Deus"  . O livro do Mises tem esse indice: 

Vc pulou os seguintes índices :
Introdução
1. Dualismo Metodológico
2.Economia e Metafísica
3. Regularidade e Previsão
4. O Conceito das Leis da Natureza
5. As Limitações do Conhecimento Humano
6.Regularidade e Escolha
7. Meios e Fins
Vejamos o que ele diz no cap. 11... NOSSA SENHORA DA IDEOLOGIA!  O homem teve um surto ideológico que me abalou! .
 
(...) o que  Marx tinha como meta era abolir toda e qualquer ação que se encontrasse dentro da esfera de iniciativa do indivíduo, transferindo o controle de todas as atividades econômicas para o aparato social de compulsão e repressão que é comumente chamado de estado ou governo. O embuste conseguiu iludir muitas pessoas. Até mesmo hoje ainda existem ingênuos que acreditam existir uma diferença entre o socialismo de estado e outros tipos de socialismo.

Como é que um cara culto como o Mises escreve absurdos como estes (o que eu grifei).
Essa catarse emocional deixa essa dúvida: o que Mises leu de Marx?
Além disso ele não diz qual é o desafio que aparece no titulo do capitulo.
Afinal o que esse livro pretende? Combater o comunismo? Para que vamos perder tempo com um defunto, hein Luiz Felipe? Vamos agora dar uma olhada no  capítulo 2.

Calil, o Mises leu muito Marx, assim como outros autores tb. Leu tanto, que é considerado o autor que refutou da forma mais abrangente a “obra teórica” de Marx (ele escreveu o que é considerado até hoje a refutação mais abarangente à Teoria de Marx, refutação essa, depois confirmada pela prática  - veja o livro dele chamado “Socialism”).
O fato dele emitir julgamentos de valor sobre o autor não contradiz em nada a refutação racional da teoria que este autor propôs. Depois que vc demonstra que um charlatão é um charlatão, chama-lo de charlatão é só uma constatação de um fato; da mesma forma, colocar a teoria de Marx como embuste é uma mera constatação de um fato.

Shii... parece que o caso clinico é grave. Olha o que o homem disse:
My God! Eu não sabia que minha preocupação com o bem estar da sociedade se originou do pensamento dos economistas clássicos.

Calil, vc tem que ler o livro. Isso é um dado histórico; antes dos economistas liberais, economistas, “sociólogos”, etc achavam e defendiam que a vida em sociedade sempre teria conflitos de interesses irreconciliáveis. Foram os economistas clássicos que renegaram  isso (que era considerado um fato) e propuseram que através da cooperação social baseada nos ensinamentos clássicos, a harmonização dos interesses para o bem comum (de toda a sociedade) poderia ser atingida.

Quanto à praxeologia, parece se tratar  uma ideologia baseada neste conceito metafísico primário:  
Que novidade há nisso? É óbvio, elementar que os seres vivos agem para se manterem vivos e extrair o máximo de PRAZER da vida.
 Até as formiguinhas agem para buscar alimento. Mas atenção: elas não possuem nenhum ego e vivem numa sociedade muito mais organizada que a dos humanos, em pleno regime autocrático comandado pelas rainhas.
 Porque a praxeologia é metafísica? Porque tirou a ação do mundo real e a colocou no mundo imaginário da filosofia.
Para manter a praxeologia viva é melhor aninhá-la no mundo dos filósofos.
Para os liberais eu costumo dizer que a “liberdade sem limites fere o senso comum”.
O liberalismo é a outra face do marxismo. Outro dia o Delfim Netto disse que a igualdade mata a liberdade.
Portanto, só uma parte dos humanos pode ser livre. A liberdade não existe sem o seu oposto, assim como o amor. Se não existisse o ódio, não existiria o amor. Se não existisse o sofrimento, não existiria a felicidade.Se não existisse a morte, não existiria a vida.
 
A Praxeologia (falando da sua parte mais desenvolvida , a economia) parte desse axioma básico (da ação proposital para atingimento de determinados fins, através de determinados meios; que o homem age para melhorar as suas condições - e ele aborda “exceções” no livro) para estabelecer leis e a partir dessas leis, explicar o que acontece no mundo.

Através das leis da economia, é possível determinar se os meios escolhidos produzirão os resultados almejados. É disso que trata a Praxeologia! Ela não irá fazer previsões quantitativas, precisas como nas ciências naturais, mas irá poder avaliar se os fins serão atingidos com os meios escolhidos. Por exemplo : Marx propunha que com a propriedade pública dos meios de produção seria possível construir uma sociedade próspera, o paraíso na Terrra.
Mises demonstrou que esse meio (cooperação social através da propriedade publica dos meios de produção) só levaria a diminuição do bem estar da população, miséria, pobreza e fome. Que esse meio era inviável para atingir o fim proposto (Sociedade Próspera).

Calil, nenhuma sociedade pode ser construída tendo como base princípios que levam a contradições. Dessa forma, liberdade individual NÃO pode ser princípio organizador de nenhuma sociedade, pois levará imediatamente a contradições. Não existe liberdade total; a liberdade é sempre, de alguma forma, restrita. Podemos separar os Liberais em Liberais Conservadores e Libertarians; quem  defende algo próximo ao que vc falou, são os Libertarians (que, em termos de “valores e cultura”, estão totalmente alinhados com a Esquerda “Progressista”) , não os conservadores.

Esse projeto de vcs, nada mais é que o retorno do Marxismo (que em tese tb era baseado na administração científica da sociedade), apoiados na revolução tecnológica. Nenhum ser humano tem capacidade cognitiva para propor uma sociedade perfeita, capturando toda a complexidade do individuo e das relações entre os indivíduos.

Creio que a sociedade tem que mudar, mas lenta e paulatinamente (e essa é a essência do pensamento conservador); todas as mudanças rápidas e radicais só deram em um resultado : mortes e dor em escalas incomparáveis .

Abs
Felipe
 




Em Segunda-feira, 8 de Junho de 2015 12:37, "'Pesky Bee' peskybee2@gmail.com [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br> escreveu:


 
> a)Todas as coisas que existem no corpo humano estão
> em relação umas com as outras
 
Concordalhamos cémporcênto nessa. O cuerpo humanófilo é algo
complexérrimo bágárái, com milhares de partezófilas
interdependentes, compondo um sistema caótico e complexíxximo.
E cada uma dessas partezófilas interdependentes é, por sua
vez, composta de um cacetalhão de outras partezófilas
complexófilas e interdependentes. É o cão chupando manga!
 
> b) Apesar disso quando uma das coisas está enferma podemos
> fazer uma cirurgia só desta coisa
 
Ôpa, ôpa! Aqui já não concordalhamos mais. Porque devido a
essa complexificacionisse estraordinária, raramente é possível
fazer uma modificação em um único lugar para consertar tudo
de uma só vez. Aliás, é por essa razão que a putada das
industriófilas farmacêuticas em geral só produzem medicamentóides
cheios de efeitos colaterais (que no caso de diarréias, eu
chamo de efeitos cúlaterais).
 
> Porém na hora de PENSAR PARA RESPONDER 56, NÃO HÁ INTERFERÊNCIA
> DE NENHUMA EMOÇÃO
 
Nem sempre é assim, Calizófilo! Normalmente, pensamentos racionais
são motivados por emoções mas transcorrem segundo regras
relativamente racionalizóides. Mas em vários casos, as emoções
são tão foderosas que acabam interferindo com a dedutivização
cerebral, transfornicando todo o processóide que deveria ser
matematicamente íntegro. Por exemplo, bóta uma foto da Scarlett
Johansson
peladérrima na minha frente e me fala para eu estimar
a relação
entre o diâmetro do biquinho da tetófila e o diâmetro
do
mamílo que o contém. Coisa simples, né não? Mas eu agarântchio
para ti que
levarei umas três horas para dar uma resposta que
 
será, mui
provavelmente, erradééérrima! Será que só eu é que
sou assim, um tarado deficiente mentalóide? hahahahahaha
 
> Mas o pensamento utilizado no processo de criação opera numa
> região racional do cérebro separada da região emocional
 
Calilzófilo, numa coisa nós concordalhamos: as emoções são o
"fogo da lareira" que faz o fogão da máquina dedutiva operar.
Mas o pôbréma é que esse fogo muitas vezes esquenta demais
as traquitanas dedutivóides de nossos pensamentóides. E aí
o que costuma ocorrer é a alteração do nível de esforço
empregado pelo zé mané para perpetrar alguma atividade
criacional. Se não houver fogo suficiente, o mané se
contentará com pouco, vai criar mas nada muito extraordinário.
Mas se o zé estiver fortemente
esquentado, irá perseguir
(quase que obsessivamente) um resultado
que provavelmente
fará a criação (mesmo que dedutiva em
sua essência) muito
mais ampla do que o do mané que
desistiu logo no início
da empreitadalhada. É o fogo do fogão! Esquentando a bunda
e o cabeção! Fritando as nádegas e a linguiça (com ovos,
hahahahaha).
 
*PB*
 
 
 
 
From: Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]
Sent: Friday, June 05, 2015 4:37 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] Ciência da filosofia X Filosofia da Ciência - 1
 

Oi PB.  Milagrosamente, consegui responder a sua mensagem de 293 palavras com 8 palavras a menos!
 
 
a)Todas as coisas que existem no corpo humano estão em relação umas com as outras
 
b) Apesar disso quando uma das coisas está enferma podemos fazer uma cirurgia só desta coisa
 
c) Quando uma criança responde à pergunta “Quanto é 7x8”?, ela pode fazer isso acompanhada das mais diferentes emoções como por exemplo: calma, medo de errar, vergonha de errar e pode até dar risada se a pergunta for muito infantil para a idade dela. Porém na hora de PENSAR PARA RESPONDER 56, NÃO HÁ INTERFERÊNCIA DE NENHUMA EMOÇÃO. A emoção pode estar presente, mas não se mete no cálculo, exceto se for para IMPEDIR QUE O CÁLCULO SEJA FEITO, se a vitima sofrer da “sindrome do pânico matemático”. Mesmo, porém, quando as emoções perturbam, elas podem ser administradas pelo pensamento e até serem removidas para a lixeira do inconsciente freudiano. O maior de todos os problemas do ser humano é o de não conseguir lidar com as suas emoções e desejos de forma social. São as emoções e os desejos que alimentam o egoísmo e a destrutividade do ser humano. A principal causa desta tragédia é genética. 
 
 
 
**MC**
 
 
 
Ps. O desejo fortemente carregado de emoção voltado, por exemplo para a inovação, estimula a mente a criar algo  novo. Mas o pensamento utilizado no processo de criação opera numa região racional do cérebro separada da região emocional. Agora por exemplo enquanto eu penso e escrevo me sinto bem humorado. Como essa emoção não me atrapalha, admito a companhia dela. Mas se a emoção fosse negativa eu a deletaria. É assim que funciona a TBHR – Teoria do Bom Humor Radical.
 
 
 
 
 
 



SUBJECT: Re: RES: Re: Re: [ciencialist] Ciência da filosofia X Filosofia da Ciência - 1
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/06/2015 16:04

Aliás, a Escola Austriaca tem a explicação para a merda na qual nos metemos, assim como a proposta para se acertar os rumos.

Abs
Felipe



Em Segunda-feira, 8 de Junho de 2015 13:16, "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br> escreveu:


 
“After all the efforts to defend the  efficient  markets theory, there is still every reason to think that, while markets are not totally crazy, they contain quite substantial noise, so substantial that it dominates the movements in the aggregate market.” (SHILLER, 2003)
==================================


"
Estamos atravessando a maior crise econômica da história do Brasil cuja dimensão ainda não foi bem calculada pelos economistas"


Sem dúvida, essa declaração apocalíptica é bastante polêmica. Ela se associa a outra mais polêmica ainda: "a humanidade está caminhando para a beira do abismo conduzida pelos psicopatas do poder".
 
Sendo assim, a melhor coisa a fazer é remover esse tom peremptório transformando as duas declarações em HIPÓTESES, o que é uma medida elementar para quem imagina uma administração cientifica da sociedade.
 
A hipótese catastrofista em relação à atual crise brasileira se justificaria pelo fato de ela estar inserida numa crise econômica mundial só comparável à de 29. As crises já enfrentadas pelo Brasil no passado recente ou mais remoto não tinham um vinculo tão forte com crise mundial como ocorre hoje. A diferença é que o Brasil cresceu muito tanto economicamente quando demograficamente.
 
Além disso, a divisão da sociedade se radicalizou, com a organização dos setores mais pobres em movimentos agressivos como os do sem terra e os do sem seto.
 
Outro fator agravante da crise atual é a emergência da nova classe C (equivocadamente denominada de classe média) que trouxe cerca de 30 milhões de novos consumidores para um mercado em ascensão. Esse caráter REGRESSIVO da crise atual  não foi tão acentuado em outras crises. Ao lado disso vemos um governo completamente desmoralizado e a corrupção institucionalizada, e que  pela 1ª. vez tem sido maciçamente divulgada pela mídia. Acrescente-se ainda a tragédia da criminalidade, com a falência da segurança pública, provocada pela emergência do crime organizado. Sob este aspecto estamos sofrendo um processo de "mexicanização"
 
Aguardo os seus contra-argumentos, como reza o espírito cientifico que falta a tantos cientistas que vivem isolados do mundo social de uma forma surpreendentemente alienada.
 
Abraços
Mtnos Calil
Por uma ciência para todos 
Ps. Morto o comunismo, só resta à humanidade (tentar) civilizar o capitalismo. 



Em Sáb 06/06/15 07:35, Verner Stranz vernerstranz@ig.com.br [ciencialist] ciencialist@yahoogrupos.com.br escreveu:
 
Ai, Mtnos, “estamos atravessando a maior crise econômica...”, é bastante polêmico, vc não acha? Já vivemos uma inflação de + de 70% ao mês, já decretamos moratória, já estivemos endividados até às cuecas com o FMI, já tivemos um ano sem reajuste do salário-mínimo etc. etc. E saiba que ter vivido essas e outras situações é um preço a quem, como eu, já está há décadas na superfície do planeta. Não parece ser teu caso, meu jovem.
 
De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br]
Enviada em: sexta-feira, 5 de junho de 2015 16:05
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: Re: Re: [ciencialist] Ciência da filosofia X Filosofia da Ciência - 1
 
 
Meu amigo. 
 
Se você quiser mesmo fazer uma leitura lógico-cientifica do Mr. Mises, você vai sofrer muito. Já fiz um pré-diagnóstico com o raio X do LPC e o resultado foi infelizmente muito negativo. Digo infelizmente porque a imagem que eu tinha deste respeitado liberal ficou muito, muito chamuscada. 
De minha parte, como  veremos na próxima mensagem, já comecei a compartilhar esse sacrificio com você, dando uma primeira olhada no livro que você recomendou. 
 
Abraços
M.Calil 
TBHR - Teoria do Bom Humor Radical 
 
Ps. Quanto à questão econômica que é o ponto chave do Mises, sugiro que você, se possivel, use o pensamento dele para imaginar qual seria a solução que ele apresentaria para os gravissimos problemas econômicos que o Brasil enfrenta hoje. Estamos atravessando a maior crise econômica da história do Brasil cuja dimensão ainda não foi bem calculada pelos economistas. 
 
==============================



On Sex 05/06/15 11:07 , "luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 
Calil,
 
Apesar da grande obra dele ser Ação Humana, estou indicando o Teoria e Historia justamente por ser nele que Mises aborda a questão do método. Outro, que ainda não li, e que é seu último livro é esse aqui :
 
 
 
 
image
 
 
 
 
 
If Mises has an unheralded masterpiece, The Ultimate Foundation of Economic Science is it. There are two senses in which this book is indeed ultimate: it deals with...
Visualizado por Yahoo
 
 
 
Em Sexta-feira, 5 de Junho de 2015 10:52, "luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br [ciencialist]" escreveu:

 
 
Ola Calil,
 
Pode repassar sim.
 
Outras observações :
 
1- a Ideologia Zero pressupõe "emocionalidade" Zero? Vejo um Grande empecilho a sua empreitada; acho que o Pesky vai concordar comigo nessa!!!
 
2 - Vc fala que nada deverá ser implementado sem ter sido testado e validado, pelo método. Sabe qual é o grande problema disso : é impossível elaborarmos experimentos em laborátorio, como fazemos para a Física, Química, etc para questões sociais, no sentido de se saber se uma determinada política ou ação irá ou não funcionar e atingir os resultados a que se propoõe.
 
O Homem não pode ser agrupado em calsses que reagem sempre da mesma maneira a determinados estímulos/ações/condições, pois um mesmo individuo pode reagir de formas diferentes a um mesmo estímulo ao longo do tempo e em diferentes condições ambientais; além disso, a adição de novas idéias/ideologias/etc também provocará alterações nessas reações e condições.
 
E repare outra coisa, repare que a sociedade é um sistema complexo, onde além da questão "experimental", a questão da previsibilidade, da forma como entendemos em física e química, perde muito de sua força. Repare que isso também é característica da Teoria da Evolução.
 
A TE não tem como ser testada em laboratório, com relação a sua afirmação principal : que as "espécies" são resultado de alterações lentas e graduais (através do processo de evolução por seleção natural); não é possível confirmar a trasformação de uma espécie em outra diferente com um experimento em um laboratório; a validação dessa afirmação vem do relato histórico (fósseis). Além disso, a TE não tem como nos dizer qual será o futuro evolutivo do baiacu, que estruturas irá perder ou ganhar, em determinados instantes de tempo (longos), em que tipo de espécie irá se tornar.
 
Tudo  o que foi falado acima é igualmente válido para as ciências da ação humana. Sugiro fortemente a leitura do livro do Mises "Teoria e História", onde ele  aborda a questão metodológica das Ciências da Ação Humana,  e onde deixa explicitamente claro que a adoção do dualismo metodológico é um artifício metodológico. Leia, e vc verá que a maioria das críticas feitas ao Mises são rasas, ou carecem de entendimento do que ele expôs.
 
Vou ver se faço um resumo sobre isso, nesse final de semana. Mas só para reflexão : da mesma forma como usamos a evolução por seleção natural para explicar uma dada situação da realidade, usamos as Leis da Oferta-Demanda, de utilildade marginal para explicar uma dada situação da realidade econômica. Não precisamos de experimentos para validar essas leis (que na realidade, quando olhamos para os "fósseis" do passado, esses sempre as confirmam).
 
Abs
Felipe
 
 
 
 
Em Sexta-feira, 5 de Junho de 2015 3:03, "Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" escreveu:

 
 
[Anexos de Mtnos Calil incluídos abaixo]

Ok, Luiz Felipe.
 
1.  Vou tentar fazer um resumo do que seria  um “sistema de administração cientifica da sociedade" e envio amanhã. Por ora apresento o primeiro pré-requisito deste sistema que é a ideologia zero. A definição da IZero ainda não está finalizada, mas já temos estes fundamentos:
 
a) A ideologia zero pode ser definida como um ESTADO MENTAL a partir do qual, ao olhar para qualquer aspecto da realidade, o cidadão deixa de lado suas crenças e desejos, adotando este principio básico da ciência: todas as idéias e teorias devem levar em conta, no processo da sua elaboração, o fato de que deverão ser submetidas à prova, com base na metodologia científica.
b) A ética é um elemento fundamental da definição da Ideologia Zero, sendo que a ISENÇÃO é um elemento essencial da ética. Ocorre que muitas vezes para seremos isentos, temos que aceitar o não saber. Como o ser humano não tolera não saber, buscando explicação para tudo e não aceitando que a mente humana tem limitações que o impedem saber de tudo, ele cria explicações que satisfazem os seus desejos ou ilusões, ferindo assim a isenção ética. 
c) A ideologia zero é um estado mental isento de: Fé, Crenças, Desejos, Wishfulthinking (pensamento-desejo), Ilusões, Auto-engano, Hipocrisia (consciente ou inconsciente),Transtornos emocionais, Transtornos mentais. Esse estado mental não pode, obviamente ocupar a mente do individuo o tempo todo. 
 
Obs. A construção desta definição obedece a uma metodologia baseada neste principio: todos os conceitos apresentados na definição, como fé, crença, desejo, etc. terão também que ser definidos.
 
 
2. Quanto ao capitalismo, eu  não disse que ele é uma ideologia. 
O que Marx disse a respeito é que o capitalismo se serve de ideologias. 
Ao mesmo tempo que Marx combateu as ideologias, criou a sua - a da sociedade igualitária. 
 
Mas as ideologias não são apenas um instrumento das "classes dominantes" como dizia Marx. Os dominados também podem ter suas ideologias e por isso Lenin inventou a “ideologia do proletariado” (mas ele não conhecia o pensamento negativista da ideologia de Marx, porque o livro Ideologia Alemã só foi publicado após a morte de Lenin). 
 
As ideologias foram criadas pelos nossos antepassados bem primitivos para entender o mundo. Depois inventaram a vida após a morte para tornar a morte menos insuportável. Essas idéias primitivas antecederam as ideologias politicas. Um bom exemplo de ideologia é o pensamento de que a escravidão era uma coisa natural, normal. Enfim cada um se serve das ideologias de acordo com suas conveniências pessoais ou de grupo. Todo o nosso debate, de minha parte, vai ser calcado na identificação do "virus ideológico" que é invisível.  
 
No arquivo anexo vai um texto introdutório do livro Ideologia Zero que estou escrevendo e que tem intima conexão com o livro “Lógica na comunicação humana” cuja versão eletrônica já existe há alguns anos.
 
3. Também penso como você a respeito da criação do capitalismo. Ele  não foi planejado por ninguém.  E representou um grande avanço da humanidade ao substituir o feudalismo. O próprio Marx reconheceu esse mérito, atribuindo –o à “burguesia”. A criação do capitalismo, como tanta coisa neste mundo, foi autopoiética. ( na minha “opinião” tanto a autopoiese como a teoria quântica podem ser aplicadas ao mundo social, desde é claro sejam tomados os devidos cuidados para não se cair no ridículo; a imprevisibilidade,  um dos elementos básicos da teoria quântica, é também um fator chave da evolução que não é tão determinista como querem alguns.
 
Até amanhã!
Mtnos Calil
 
Ps. Pergunto se posso enviar cópia deste debate para o grupo do Mãos Limpas, onde estão muitos defensores do capitalismo. 
 
===========================================

On Sex 05/06/15 00:44 , "luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 
Calil,
 
A vontade, mas queria primeiro que vc caracterizasse o que seria uma defesa "científica" de qqer sistema social.
 
Outra coisa, o Capitalismo NÃO é uma ideologia (aliás, essa nomenclatura é Marxista). Não foi planejado por ninguém, desenhado na prancheta, surge na sociedade como soluções incrementais para problemas práticos enfrentados. O primeiro a estudar (e não criar) o sistema foi Adam Smith, no seu livro "A Riqueza das Nações".
 
Abs
Felipe
 
 
Em Sexta-feira, 5 de Junho de 2015 0:33, "Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" escreveu:
 
 
Very Good, Luiz Silva Felipe. (e não Jeff).
 
Se você tiver paciência para o contraditório terei que apresentar uma certa*  quantidade de argumentos para demonstrar que a sua defesa do capitalismo é ideológica (e portanto não cientifica). 
*  Certa quantidade? Não, não! É incerta - os humanos usam a palavra certa para designar coisas incertas.. se isso não for esquizofrenia linguistica o que seria? "licença semântica"? 
 
Aguardo o seu consentimento para o contraditório lógico-cientifico. 
 
Thanks
M.Calil 
 
Ps. Eu só uso o termo "sonho" para designar os fenômenos noturnos assim denominados e que a ciência ainda não conseguiu explicar a sua função psico-cognitiva. Para Freud os sonhos tinham a função de realizar desejos reprimidos no inconsciente. 



On Qui 04/06/15 23:25 , "luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 
Ola Calil,
 
"O que aconteceu agora, é que você não informou qual é problema que eu disse que não tinha captado. 
Quanto à administração cientifica da economia isso nunca aconteceu na história da humanidade. Se você está se referindo ao genocidio stalinista, trata-se de um fenômeno de psicopatia social como qualquer outros genocidios. - o termo genocidio, muito a propósito, contem o prefixo gen de gene. "
 
Esta resposta é tb para a colocação do Jeff :
 
 A informação está no mesmo parágrafo. A questão da impossibilidade da determinação racional dos preços, salários, que é condição necessária para termos uma economia planificada, uma administração "científica" da sociedade, não é tecnológica. Emergem (emergencia fraca) como consequências das interações que ocorrem no marcado. A lei da oferta e demana, a lei da utilildade marginal decrescente NÃO podem ser usadas para determinação de preços, pois são leis que falam sobre Variação, não de determinação (nenhum economista consegue usa-las para determinar ou prever preços de equilíbrio). Além disso, o preço é uma valor (com componente altamente subjetivo) que é atribuido a determinado produto ou serviço.

 
Com relação ao Socialismo/Comunismo Marxista, temos 2 pontos :
 
1 - A questão política social
2 - A questão econômica
 
1 - a proposta de estatização da economia é, em substância, uma proposta de unificação de poder político e econômico e que para "funcionar" (não funciona), necessita de seres humanos tomados por "Invasores de Cropos" (aquele filme, onde uma forma de vida com uma unica consciencia invade o corpo do ser humano). Não é a toa que deu no que deu, em TODOS os países onde foi tentada.
 
2 - a questão econômica, foi o que coloquei no paragrafo acima
 
E sim, as tentativas que tivemos foram tentativas para se administrar cientificamente a sociedade, negar isso é cometer a falácia do escoces verdadeiro
 
 
"O genocidio do capitalismo é mais refinado do que o genocidio nazi-stalinista - só temos hoje um bilhão de famélicos. Mas fora a fome, bilhões de terrestres vivem em estado avançado de stress e ansiedade, fora as guerras fabricadas como a do Iraque para rechear os bolsos da industria armamentista. "
 
Calil, não existe "genocidio" do capitalismo. Para fazer uma análise correta do que ocorre, temos que fazer uma análise histórica. A condição natural humana sempre foi de pobreza e luta pela vida. A evolução da cooperação social (e isso é exatamente o que um sistema econômico é) para o Capitalismo, com divisão de trabalho, acumulo de capital possibilitou um aumento de produtividade e  foi acompanhada pela MAIOR redução de pobreza, fome, miséria e mortalidade na história da Humanidade . Somente isso, possibilitou que a população do planeta atingisse os níveis atuais. 
 
Hoje, o nível de vida até mesmo de uma pessoa pobre é muito melhor até do que a nobreza tinha a 200, 300 anos atrás. Muitos dos 1 BI que vc fala, estão em países que se recusaram a abraçar o mercado (incluindo a àfrica, pós colonização), e se apegaram a promessa de igualdade de resultados oferecida pelo Socialismo Marxista. E hoje, o mundo vive em uma crise essencialmente Keynesiana e intervencionista.
 
A guerra contra o Iraque foi geopolitica, da mesma forma que as guerras que a URSS fazia, com as ocupções de territórios e substituição da população local por Russos (vide o que ocorre na Ucrânia) - essa discussão é longa, nesse tema, agora, vou parar aqui, somente comentando que tem muita gente que defende que a redução das guerras na história está totalmente correlacionada com o aumento do livre comercio e interdependencia entre as nações.
 
O capitalismo com o estado democratico de direito está longe de sere perfeito, mas é o que temos de melhor, em termos de cooperação social. Veja os indicadores de liberdade econômica e facilidade de se fazer negócio, e as correlações que tem com o IDH e o bem estar da população.
 
 
Defender o capitalismo ou o comunismo/socialismo é pura ideologia. 
Como eu não vejo hoje alternativa para o capitalismo estou propondo civilizá-lo, o que requer a utilização de conceitos e metodologias científicas. Isso é uma utopia? Se for, a ciência será inútil para a salvação da humanidade e muito útil para a sua destruição, porque fazer bomba atômica os cientistas sabem. 
 
NAO ESTOU GENERALIZANDO - HÁ CIENTISTAS INTERESSADOS NO BEM COMUM, MAS FALTA A ELES CORAGEM PARA ENFRENTAR OS DONOS DO PODER QUE FINANCIAM SEUS PROJETOS. 
 
EDGAR MORIN FALA EM CIÊNCIA COM CONSCIÊNCIA - EU FALO EM CIÊNCIA COM CORAGEM. CORAGEM DE SER AUTÊNTICO, como falou Rollo May em seu livrinho "O homem à procura de si mesmo". 
 
absmc
 
Ps. Devemos à ciência o fato de termos dobrado a nossa longevidade em poucos anos. Essa foi a grande contribuição dos cientistas  para a humanidade. O resto é o resto... Automóvel? É um veneno que viciou a economia, como tantos outros. Agora o povo alienado está se viciando nos celulares, redes "sociais", facebooks, selfies e outras besteiras tecno-cientificas. 
 
Defender o capitalismo é defender o que temos de melhor hoje, e que apresentou melhores resultados objetivos! Todo o desenvolvimento científico e tecnológico que temos hoje se deve ao capitalismo, a acumulação de capital que possibilita o financiamento das pesqueisas e desenvolvimento de tecnologia.
 
O sonho de uma administração cientifica da sociedade é uma utopia.
 
Abs
Felipe
 
 
 
Em Quinta-feira, 4 de Junho de 2015 21:10, "Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" escreveu:
 
 
Óia a bagunça comunicacional.
Foi assim que eu recebi a mensagem
 
 
=====================================================================
 
> Em 2015-06-03 13:44, luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br
>> [ciencialist]
>> escreveu:
>> 
>>> Calil,
>>> 
>>> Vc não captou a essência do problema.
>>> 
>>> A questao não é meramente computacional (e mesmo assim as
>> previsões q
>>> fazemos não tem a mesma caracteristica das previsões q são feitas
>> na
>>> fisica, por exemplo). É que nao existe um método racional para se
>>> determinar o preço de todos os produtos. Ssomente o mercado é capaz
>> de
>>> fazê lo, pois o preço reflete a própria interação entre pessoas
>>> (negociacao e julgamento subjetuvo de valor) e ambiente (escasses ou
>>> abundancia de recursos).
>> 
>> O que estou dizendo é que a tecnologia atual possibilita a criação
>> de
>> um sistema de informação muito melhor que o sistema de preços para
>> gerar
>> informações para alocação dos fatores de produção.
>> 
>> []s,
>> Jeff.


========================================================================
 Vamos agora à sua ultima mensagem, a qual eu vou responder nesta cor 

On Qui 04/06/15 19:52 , "luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 
Calil,
 
Quem falou que vc não tinha entendido o problema foi eu, não o Jeff. Além disso, outros já tentaram administrar cientificamente o Mercado, a Economia. O resultado disso foram : pobreza, miséria, fome, uma concentração de renda e poder nunca vista e genocídio generalizado.
 
Abs
Felipe
 
=========================================
 
O que aconteceu agora, é que você não informou qual é problema que eu disse que não tinha captado. 
Quanto à administração cientifica da economia isso nunca aconteceu na história da humanidade. Se você está se referindo ao genocidio stalinista, trata-se de um fenômeno de psicopatia social como qualquer outros genocidios. - o termo genocidio, muito a propósito, contem o prefixo gen de gene. 
 
O genocidio do capitalismo é mais refinado do que o genocidio nazi-stalinista - só temos hoje um bilhão de famélicos. Mas fora a fome, bilhões de terrestres vivem em estado avançado de stress e ansiedade, fora as guerras fabricadas como a do Iraque para rechear os bolsos da industria armamentista. 
 
Defender o capitalismo ou o comunismo/socialismo é pura ideologia. 
Como eu não vejo hoje alternativa para o capitalismo estou propondo civilizá-lo, o que requer a utilização de conceitos e metodologias científicas. Isso é uma utopia? Se for, a ciência será inútil para a salvação da humanidade e muito útil para a sua destruição, porque fazer bomba atômica os cientistas sabem. 
 
NAO ESTOU GENERALIZANDO - HÁ CIENTISTAS INTERESSADOS NO BEM COMUM, MAS FALTA A ELES CORAGEM PARA ENFRENTAR OS DONOS DO PODER QUE FINANCIAM SEUS PROJETOS. 
 
EDGAR MORIN FALA EM CIÊNCIA COM CONSCIÊNCIA - EU FALO EM CIÊNCIA COM CORAGEM. CORAGEM DE SER AUTÊNTICO, como falou Rollo May em seu livrinho "O homem à procura de si mesmo". 
 
absmc
 
Ps. Devemos à ciência o fato de termos dobrado a nossa longevidade em poucos anos. Essa foi a grande contribuição dos cientistas  para a humanidade. O resto é o resto... Automóvel? É um veneno que viciou a economia, como tantos outros. Agora o povo alienado está se viciando nos celulares, redes "sociais", facebooks, selfies e outras besteiras tecno-cientificas. 
 
 
============================
 
 
Em Quinta-feira, 4 de Junho de 2015 14:59, "Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" escreveu:
 
Viu, prof. Belmiro? 
 
Quando a gente se liberta das ideologias, dá mais atenção ao que foi dito do que ao autor do dito. Quanto ao mercado, como acontece com todos os fenomenos sociais, ele carece de uma administração científica. Um dos pontos chaves desta adminsitração seria limitar a concentração de renda e a consequente desigualdade, responsável hoje por essa divisão esquizofrênica: enquanto cerca de um bilhão de humanos estão obesos, outro bilhão é constituido por famélicos. Parece então que a lei da oferta e da procura não é muito legal, né? Dizem que a lógica é a premissa básica do direito... mas só dizem, por que na hora de fazer leis lógicas (ou mesmo de cumprir algumas leis) essa premissa é ignorada. Se o ser humano fosse muito lógico, este triturador não teria nascido. Que sorte eu tive! 
 
Triturador Lógico 



On Qui 04/06/15 14:31 , "Belmiro Wolski belmirow@yahoo.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 
>>>"O Jeff tem toda a razão! O Calil não captou a essência do problema. Na verdade não captou nem o problema! Diante desta dificuldade de entendimento, o Calil pede ao Jeff a gentileza de informar qual é o problema em questão. A propósito da fixação de preço pelo mercado parece que a lei da oferta e da procura tem uma influência determinante". 
 
Putz, nunca pensei que iria concordar em alguma coisa com essa coisa (essa coisa=triturador lógico).
 
*BW*
 
 
Em Quinta-feira, 4 de Junho de 2015 1:36, "Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" escreveu:
 
 
 
Deixemos então a miséria para depois de resolvermos essa inesperada crise de identidade. Uma pessoa chamada Jeff enviou essa mensagem para o grupo: 
 
Calil,
Vc não captou a essência do problema. A questao não é meramente computacional (e mesmo assim as previsões q fazemos não tem a mesma caracteristica das previsões q são feitas na fisica, por exemplo). É que nao existe um método racional para se determinar o preço de todos os produtos. Somente o mercado é capaz de  fazê lo, pois o preço reflete a própria interação entre pessoas (negociacao e julgamento subjetivo de valor) e ambiente (escasses ou abundancia de recursos). 
 
O que estou dizendo é que a tecnologia atual possibilita a criação de  um sistema de informação muito melhor que o sistema de preços para gerar informações para alocação dos fatores de produção.
 
O Jeff tem toda a razão! O Calil não captou a essência do problema. Na verdade não captou nem o problema! Diante desta dificuldade de entendimento, o Calil pede ao Jeff a gentileza de informar qual é o problema em questão. A propósito da fixação de preço pelo mercado parece que a lei da oferta e da procura tem uma influência determinante. 
 
Aguardamos
Atenciosamente
Triturador Lógico



On Qua 03/06/15 20:23 , "Jeff jeff@jeff.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 
Em 2015-06-03 17:13, "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br
[ciencialist]
escreveu:

> Ok. Vou rever com calma o seu pensamento.
> Me diga por favor qual a relevância que essa proposta tem para a cabar
> com a miséria.
> abraço
> m.calil

Ué, será que eu sou o Calil mesmo? Será que eu tenho
dupla-personalidade?!!! OMG!! :)

[]s,
Jeff.

>
> Em Qua 03/06/15 14:55, Jeff jeff@jeff.com.br [ciencialist]
> ciencialist@yahoogrupos.com.br escreveu:
>
>>
>>
>> Em 2015-06-03 13:44, luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br
>> [ciencialist]
>> escreveu:
>>
>>> Calil,
>>>
>>> Vc não captou a essência do problema.
>>>
>>> A questao não é meramente computacional (e mesmo assim as
>> previsões q
>>> fazemos não tem a mesma caracteristica das previsões q são feitas
>> na
>>> fisica, por exemplo). É que nao existe um método racional para se
>>> determinar o preço de todos os produtos. Ssomente o mercado é capaz
>> de
>>> fazê lo, pois o preço reflete a própria interação entre pessoas
>>> (negociacao e julgamento subjetuvo de valor) e ambiente (escasses ou
>>> abundancia de recursos).
>>
>> O que estou dizendo é que a tecnologia atual possibilita a criação
>> de
>> um sistema de informação muito melhor que o sistema de preços para
>> gerar
>> informações para alocação dos fatores de produção.
>>
>> []s,
>> Jeff.
>
>

Links:
------
[1]
https://br.groups.yahoo.com/neo/groups/ciencialist/conversations/messages/88455;_ylc=X3oDMTJxN2duNW5xBF9TAzk3NDkwNDM3BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BG1zZ0lkAzg4NDU1BHNlYwNmdHIEc2xrA3JwbHkEc3RpbWUDMTQzMzM2MjQ0NQ--?act=reply&messageNum=88455
[2]
https://br.groups.yahoo.com/neo/groups/ciencialist/conversations/newtopic;_ylc=X3oDMTJlZ3U2NjlyBF9TAzk3NDkwNDM3BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BHNlYwNmdHIEc2xrA250cGMEc3RpbWUDMTQzMzM2MjQ0NQ--
[3]
https://br.groups.yahoo.com/neo/groups/ciencialist/conversations/topics/88422;_ylc=X3oDMTM2c3BrbTVuBF9TAzk3NDkwNDM3BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BG1zZ0lkAzg4NDU1BHNlYwNmdHIEc2xrA3Z0cGMEc3RpbWUDMTQzMzM2MjQ0NQR0cGNJZAM4ODQyMg--
[4] http://www.ciencialist.com
[5]
https://br.groups.yahoo.com/neo/groups/ciencialist/info;_ylc=X3oDMTJlMDNxN2phBF9TAzk3NDkwNDM3BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BHNlYwN2dGwEc2xrA3ZnaHAEc3RpbWUDMTQzMzM2MjQ0NQ--
[6]
https://br.groups.yahoo.com/neo;_ylc=X3oDMTJkNTZsZzFuBF9TAzk3NDkwNDM1BGdycElkAzEwNDQ4NTYEZ3Jwc3BJZAMyMTM3MTExNTI4BHNlYwNmdHIEc2xrA2dmcARzdGltZQMxNDMzMzYyNDQ1
[7] https://info.yahoo.com/privacy/br/yahoo/groups/details.html
[8] https://info.yahoo.com/legal/br/yahoo/utos/terms/
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Ciência da filosofia X Filosofia da Ciência - 17
FROM: "Pesky Bee" <peskybee2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/06/2015 17:38

> NÓS, SERES HUMANOS SOMOS TODOS DEMENS. O máximo que conseguimos
> fazer com a nossa demência natural é CONTROLÁ-LA
 
Calilzófilo, até que não posso discordalhar muito disso.
Mas veja uma coisa: certas dementizações mentais nossas são
essenciais para atividades criativófilas. Sem essa eventual
porralouquice ocasional o Homo Sapiens estaria há muito
extintáço da silva! Porque algumas soluções para problemóides
transfodicionalmente complexos requerem uma putarização
mental que só ocorre em alguns altamente enlouquecidos membros
da espécie humanófila.
 
> o transtorno da assembléia sexual neuronal sugere que o enfermo
> substitua seu órgão sexual masculino pelo feminino
 
Eu não vejo pôbréma nenhum com isso (é só não chegarem perto
do meu traseiro, hahahahahaha), mas vá tu falar isso para
o pulha do Silas Malaféia. Ele vai querer te enfiar um
boticário raboadentro, hahahahaha.
 
> Pensamentos racionais não são motivados por emoções e
> sim perturbados por elas
 
Calilzófilo! Tu pegastes só metade da coisa! Sim, ocasionalmente
as "emociones" perturbam o pensamento, mas na maior parte das
vezes elas são a mola propulsora dos pensamentos. É só tu
pensares o que é que leva um sujeito como o Stephen Hawking
a gastar um cacetaralhão de tempo pensando em cacofonias
físico-cosmológicas. É tudo um vulcão emotivo lá dentro dele!
E ainda bem, né? Senão esse mané já teria saltado de um
penhasco há muito tempo!
 
> O mundo mental e o emocional estão em regiões distintas do cérebro
 
É quase isso, mano Calilzóvsky. Tu já ouvistes falar de uma
porrinha pequeneninha chamada amígdala? Pois essa bostinha é
um dos principais fazedores de emocionalidades. E ela evoluiu,
em nossos pré-hiper-antigos-antepassados,
muitíssimo antes da
porra do córtex pré-frontal, o grande
pensador, planejador e
enrabador de deduções e outras
enfornicações filosofais e
engenherísticas. Então nós,
macacões pelados de pinto
gigantesco, nós somos meio
mamíferos bobões e meio
super-ciborgues pensadores. Será que essa tralha toda vai
dar certo evolucionariamente? Só Zeus sabe!
 
> Mas atenção: quem toma as decisões malucas é a mente, e não a emoção!!!!!!!!!!!!!!!!
 
Mas Calilzófilo, pélamãedoguárda, as emoções são mente também!
É uma só cachola! Tá tudo aqui dentro deste recipiente
estranhafúrdio que temos em cima do pescoço, a privada do
capiroto!
 
E tu queres ver um exemplo de ação racional totalmente
propulsionada por emoção? É só analisar a cacholóida de
qualquer pessoa que faz contribuições assistenciais,
doações para caridade, ajudação ao próximo, etcétera e
tal. Tem uma coisa na cachola dessas pessoas (na verdade
em todos, mas em muitos essa porra está dormindo) que é a
porra
da palavrinha empatia. Que chega inclusive a transbordar
da raça humana (quando temos empatia para outros animais,
por exemplo). Essas são pessoas especiais que usam esses
foguetes
emocionais atarrachados no rabo para propulsionar
suas
decisões racionais de contribuição para o bem estar do
outrém (onde por outrém entenda-se um carahistão de outras
espécies, humanas e não humanas). Só acredito em um futuro
da espécie humanóide se o número dessas pessoas empaticiais
crescer caralhalmente, a ponto de compensar a putada que
não tem esse bit ligado na cachola.
 
Caraca! Olha só o tamanho desta textarada desgramáda que
eu escrevi! Porra Calilzófilo, tu tá me infectando com o teu
vírus da escrevinhação enormemente gigantesca, hahahahahaha
 
*PB*
 
 
 

From: Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]
Sent: Monday, June 08, 2015 3:29 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] Ciência da filosofia X Filosofia da Ciência - 17
 
 
 

1. Grande Pesky! Essa sua síntese escalafobética explica porque NÓS, SERES HUMANOS SOMOS TODOS DEMENS.  O máximo que conseguimos fazer com a nossa demência natural é CONTROLÁ-LA, lá, lá no inferno do inconsciente onde ela se agita.
 
 
 
Agora começamos uma nova guerra fria com EUA/Europa de um lado e China/Russia de outro lado. As bombas atômicas que o Einstein mandou fabricar estão prontinhas para o último ato da demência de nossos psicopatas. Considerando que os hemisférios esquerdo e direito do cérebro têm aproximadamente as mesmas dimensões, podemos deduzir daí que as chances de uma guerra atômica são de cerca de 50%.
 
 
 
a)Todas as coisas que existem no corpo humano estão  em relação umas com as outras
 
 
 
Concordalhamos cémporcênto nessa. O cuerpo humanófilo é algo complexérrimo bágárái, com milhares de partezófilas interdependentes, compondo um sistema caótico e complexíxximo. E cada uma dessas partezófilas interdependentes é, por sua vez, composta de um cacetalhão de outras partezófilas complexófilas e interdependentes. É o cão chupando manga!
 

 
 
 
 
 
 
2. Pequeno Pesky!
 
 
 
Leia de novo: QUANDO UMA DAS COISAS ESTÁ ENFERMA...
 
Por exemplo: o transtorno da assembléia sexual neuronal sugere que o enfermo substitua seu órgão sexual masculino pelo feminino, sem que nenhuma intervenção cirúrgica no cérebro seja para isso necessária.
 
 
 
b) Apesar disso quando uma das coisas está enferma podemos fazer uma cirurgia só desta coisa
 
 
 
Ôpa, ôpa! Aqui já não concordalhamos mais. Porque devido a essa complexificacionisse estraordinária, raramente é possível fazer uma modificação em um único lugar para consertar tudo de uma só vez.
 

 
 
 
 
 

3. Grande Pesky!  (V.texticulo sobre a selvageria do capitalismo lá embaixo.)
 
 
 
Aliás, é por essa razão que a putada das industriófilas farmacêuticas em geral só produzem medicamentóides cheios de efeitos colaterais (que no caso de diarréias, eu chamo de efeitos cúlaterais).
 
 
 
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
 
 
 
4. Pequeno Pesky!
 
 
 
Pensamentos racionais não são motivados por emoções e sim perturbados por elas. O pensamento racional, assim como o pensamento cientifico, têm a função de resolver problemas, inclusive aqueles provocados por
 
nossas loucas emoções.
 
 
 
Porém na hora de PENSAR PARA RESPONDER 56, NÃO HÁ INTERFERÊNCIA DE NENHUMA EMOÇÃO
 
 
 
Nem sempre é assim, Calizófilo! Normalmente, pensamentos racionais são motivados por emoções mas transcorrem segundo regras  relativamente racionalizóides.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5. Não sei Pesky, agora você me confundiu. Por um lado as emoções “interferem” no pensamento perturbando o seu fluxo ou a sua sintaxe. Por outro lado, o ato de pensar não tem absolutamente nada de emocional. Exemplo: um psicopata como Stalin tinha o prazer de enganar seus amigos, alguns dos quais ele mandava matar. Durante o pensamento enganoso o processamento das idéias se desenvolve “paralelamente” ao processo emocional.
 
 
 
 
 
Mas em vários casos, as emoções são tão foderosas que acabam interferindo com a dedutivização cerebral, transfornicando todo o processóide que deveria ser  matematicamente íntegro. Por exemplo, bóta uma foto da Scarlett  Johansson peladérrima na minha frente e me fala para eu estimar  a relação entre o diâmetro do biquinho da tetófila e o diâmetro  do mamílo que o contém. Coisa simples, né não? Mas eu agarântchio  para ti que levarei umas três horas para dar uma resposta que  será, mui provavelmente, erradééérrima! Será que só eu é que sou assim, um tarado deficiente mentalóide? Hahahahahaha
 

 
 
 
 
6. Encontrei a solução do enigma, Pesky!
 
 
 
O mundo mental e o emocional estão em regiões distintas do cérebro, mas se comunicam de forma positiva ou negativa. A nossa saúde mental e emocional depende de como as sintaxes se organizam, numa relação triangular – sintaxe emocional, sintaxe mental e sintaxe das duas sintaxes.  A frieza do psicopata é produto da sintaxe emocional que dá à sintaxe mental a condição de se processar sem a interferência da emoção. Mas atenção: quem toma as decisões malucas é a mente, e não a emoção!!!!!!!!!!!!!!!! - Ora bolas, se assim for, a mente tem mais poder potencial do que a emoção. Ela e quem decide se vai aceitar as ordens da emoção ou não.  Ordens das emoções = instruções neuronais processadas nas áreas emocionais do cérebro. Assim não sendo, a tecnologia pode maquinizar os humanóides, colocando chips nestas áreas emocionais. Portanto, a mente pode funcionar sem as emoções. É o que acontece quando os telespectadores assistem diariamente cenas de terrível violência. A banalização da morte se dá através da desativação dos neurônios emocionais. Acertei? 
 
 
 

 
 
Mas o pensamento utilizado no processo de criação opera numa região racional do cérebro separada da região emocional
 
 
 
Calilzófilo, numa coisa nós concordalhamos: as emoções são o "fogo da lareira" que faz o fogão da máquina dedutiva operar.
 
 
 
Mas o pôbréma é que esse fogo muitas vezes esquenta demais as traquitanas dedutivóides de nossos pensamentóides. E aí o que costuma ocorrer é a alteração do nível de esforço
 
empregado pelo zé mané para perpetrar alguma atividade criacional. Se não houver fogo suficiente, o mané se  contentará com pouco, vai criar mas nada muito extraordinário.
 
 
 
Mas se o zé estiver fortemente  esquentado, irá perseguir (quase que obsessivamente) um resultado
 
que provavelmente fará a criação (mesmo que dedutiva em sua essência) muito
 
mais ampla do que o do mané que desistiu logo no início da empreitadalhada. É o fogo do fogão! Esquentando a bunda e o cabeção! Fritando as nádegas e a linguiça (com ovos,  hahahahaha).
 
 
 
*PB*
 

 
 
 
 
 

SUBJECT: Re: [ciencialist] Ciência da filosofia X Filosofia da Ciência - 1
FROM: Jeff <jeff@jeff.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/06/2015 18:33

> Em resumo (e isso é para o Jeff tb) : é muito difícil que os seres
> humanos ajam de acordo com as propostas de vcs, "negando" todo o
> processo
> evolutivo (emoções, relações de poder, etc) e a variabilidade
> individual . Vcs necessitam de um novo ser para os projetos de vcs,
> que
> será qqer coisa, menos humano, no sentido que damos a palavra.

Nós somos genética + ambiente. O ambiente, físico e cultural, nos afeta
de várias maneiras, profundamente, e desde o útero. O ser humano no
"sentido que damos a palavra", a maioria de nós hoje, é o ser humano que
nasce e vive a vida toda num ambiente muito ruim.

Um pouco mais sobre isso:
https://youtu.be/4Z9WVZddH9w?t=9m9s
http://umanovaformadepensar.com.br/o_argumento_final_a_natureza_humana

[]s,
Jeff.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Ciência da filosofia X Filosofia da Ciência - 1
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: ListadeCiência <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/06/2015 19:40

Ola Jeff,

Estou lendo o texto q vc enviou. É Marxismo puro, o mesmo que ja deu os resultados q sabemos, embelezado com a questão tecnológica com o intuito de dizer, depois de 100% de fracasso, q agora vai....

Depois vou escrever sobre alguns pontos.
Abs
Felipe


From: Jeff jeff@jeff.com.br [ciencialist] <ciencialist@yahoogrupos.com.br>;
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>;
Subject: Re: [ciencialist] Ciência da filosofia X Filosofia da Ciência - 1
Sent: Mon, Jun 8, 2015 9:33:47 PM

 

> Em resumo (e isso é para o Jeff tb) : é muito difícil que os seres
> humanos ajam de acordo com as propostas de vcs, "negando" todo o
> processo
> evolutivo (emoções, relações de poder, etc) e a variabilidade
> individual . Vcs necessitam de um novo ser para os projetos de vcs,
> que
> será qqer coisa, menos humano, no sentido que damos a palavra.

Nós somos genética + ambiente. O ambiente, físico e cultural, nos afeta
de várias maneiras, profundamente, e desde o útero. O ser humano no
"sentido que damos a palavra", a maioria de nós hoje, é o ser humano que
nasce e vive a vida toda num ambiente muito ruim.

Um pouco mais sobre isso:
https://youtu.be/4Z9WVZddH9w?t=9m9s
http://umanovaformadepensar.com.br/o_argumento_final_a_natureza_humana

[]s,
Jeff.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Ciência da filosofia X Filosofia da Ciência - 1
FROM: Jeff <jeff@jeff.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/06/2015 20:06

> Ola Jeff,
>
> Estou lendo o texto q vc enviou. É Marxismo puro, o mesmo que ja deu
> os
> resultados q sabemos, embelezado com a questão tecnológica com o
> intuito de dizer, depois de 100% de fracasso, q agora vai....
>

Olá Felipe,

Já que está lendo este site, leia A FALÁCIA "PRIMA FACIE" em
http://umanovaformadepensar.com.br/logica_vs_psicologia

Fala sobre comparação com marxismo.

[]s,
Jeff.


SUBJECT: Re: [ciencialist]Re: Administraç ão cientifica da sociedade humana
FROM: roberto.takata@bol.com.br
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/06/2015 21:52

Creio que não.

Em uma avaliação fria em cima dos fatos, a análise de Sowell é bastante falha. Ele, na verdade, vários exemplos q ele dá não são de sistemas de ações afirmativas, mas de cotas implementadas por *maiorias* sociais - isto é, com maior poder socioeconômico e, sobretudo, político (minorias apenas censitárias, isto é, apenas demograficamente em número menor) - para benefício próprio.

Vide, p.e., a crítica de James Sterba.

--------------------------

Como já discuti muito as questões das ações afirmativas, inclusive aqui neste grupo, e não quero me alongar, deixo como recomendação para quem quiser entender meu ponto de vista a série de textos que escrevi no NAQ:


[]s,

Roberto Takata


SUBJECT: Re: [ciencialist]Re: Administraç ão cientifica da sociedade humana
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/06/2015 09:05

Ola Takata,

O que vc quer dizer com uma análise fria em cima de fatos ? Não é assim que uma análise científica deve proceder ?

Eu estou lendo o Livro dele, e os exemplos, apesar de serem todos focados nas quotas (alguns em aspectos culturais tb - lingua, religião, etc) estão longe de ser de "maiorias" que já detem o poder socio econômico, para seu próprio benefício (as vezes são maiorias populacionais, mas que não detem o poder econômico, somente o político).

O que ele evidencia em seus estudos é que dentre as "minorias" que deveriam ser beneficiadas, o que ocorreu foi o benefício dos já mais "afortunados" dentro dessas minorias.

O sistema de Quotas (educação e emprego) é a principal ferramenta para as ações afirmativas, inclusive aqui no Brasil. Então, o estudo se torna relevante ao revelar seus efeitos práticos com relação aos fins declarados, sua ineficácia e os problemas que geram nas sociedades.

Não consegui ler o artigo, se puder mandar por pdf eu agradeço, mas peguei as definições do Sterba:

"Outreach affirmative action has the goal of searching out qualified women, minority or economically disadvantaged candidates who would otherwise not know about or apply for the available positions, but then hire or accept only those who are actually the most qualified.

Remedial affirmative action attempts to remedy discrimination. Here, there are two possibilities. First, a remedial affirmative action program can be designed simply to put an end to an existing discriminatory practice, and create, possibly for the first time in a particular setting, a truly nondiscriminatory playing field. Second, a remedial affirmative action program can attempt to compensate for past discrimination and the effects of that discrimination.

Diversity affirmative action has the goal of diversity, where the pursuit of diversity is, in turn, justified either in terms of certain educational benefits it provides, or in terms of its ability to legitimately create a more effective workforce in such areas as policing or community relations, or in terms of achieving equal opportunity. Here it might even be said that the affirmative action candidates are, in fact, the most the most qualified candidates overall, since the less diverse candidates would not be as qualified."

Novamente, as Quotas aparecem como as ferramentas últimas de equalização seja sexual, racial ou "diversidade" e dessa forma, o estudo de Sowell não me parece ser falho, pois evidencia a ineficácia da ferramenta.

Abs
Felipe



Em Segunda-feira, 8 de Junho de 2015 21:52, "roberto.takata@bol.com.br [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br> escreveu:


 
Creio que não.

Em uma avaliação fria em cima dos fatos, a análise de Sowell é bastante falha. Ele, na verdade, vários exemplos q ele dá não são de sistemas de ações afirmativas, mas de cotas implementadas por *maiorias* sociais - isto é, com maior poder socioeconômico e, sobretudo, político (minorias apenas censitárias, isto é, apenas demograficamente em número menor) - para benefício próprio.

Vide, p.e., a crítica de James Sterba.

--------------------------

Como já discuti muito as questões das ações afirmativas, inclusive aqui neste grupo, e não quero me alongar, deixo como recomendação para quem quiser entender meu ponto de vista a série de textos que escrevi no NAQ:


[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: [ciencialist]Re: Administraç ão cientifica da sociedade humana
FROM: roberto.takata@bol.com.br
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/06/2015 20:09

Luiz,

Eu quis dizer que, analisando friamente o que Sowell diz, as conclusões deles são falhas.

E não que o que Sowell diz é falho por ele partir pra uma análise fria dos fatos.

Creio que você possa obter uma cópia do artigo com o próprio autor: sterba.1@nd.edu.

[]s,

Roberto Takata

SUBJECT: Re- Mito, fé e a realidade. E o Heritage Index.
FROM: "Mtnos Calil" <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: maoslimpasbrasil@yahoogrupos.com.br,ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/06/2015 20:39

Prezado Gerhard. 
Existe um grupo na internet denominado "ciencialist" para o qual estou enviando esta mensagem. 
Existem lá pelo menos duas correntes: uma que só considera cientificos os fenômenos que podem ser testados experimentalmente (na prática bem materializada), provados e quantificados. Para a ala mais radical desta corrente a ciência se resume a números e medidas. A outra corrente, à qual eu pertenço considera que existem, ainda que em estágio embrionário, as ciências humanas como a sociologia e a psicologia, para as quais os fenômenos cientificos não dependem tanto das réguas e medidas. 

Na minha visão a humanidade está marchando para a beira do abismo, conduzida pelos psicopatas do poder e por um sistema econômico destrutivo e auto-destrutivo que é o capitalismo (selvagem) vigente hoje no mundo. Isto não é uma crença religiosa ou catastrofista e sim uma hipótese que tem fundamentos lógicos, apesar do tom "sensacionalista" em que ela está formulada. 

Ressalve-se porém, que não estou dizendo que a humanidade cairá no abismo, mas que chegará à beira dele, não se sabendo a partir daí o que vai acontecer. Por exemplo, existe uma boa chance (boa aqui é igual a demoniaca), de uma grande parte da humanidade cair no abismo, de uma outra grande parte dar marcha a ré e de uma pequena parte de privilegiados nem chegar à beira do abismo. 
Também na minha visão, só existe um meio de evitar essa catástrofe que é o cientifico. Porém a ciência, ao invés de evoluir para além das fronteiras da fisica, dando atenção aos problemas sociais e humanos,  caiu nas teias da tecnologia que dentre outros males, está provocando a desindustrialização do capitalismo e substituindo o trabalho humano pelo das máquinas.

Essa maquinização da sociedade está provocando um aumento crescente do desemprego acompanhado de uma redução dos salários daqueles que continuam empregados. E o mais grave é que este "desenvolvimento" tecnológico vai continuar, porque existe no mundo um consenso a respeito entre politicos, empresários, cientistas e o próprio povo que agora está apaixonado pelos celular que vai se tranformar na "droga tecnológica" da era "pós moderna",  viciando milhões de pessoas. 


Paralelamente, boa parte dos grandes capitais foram (e continuam sendo)  deslocados  para a especulação financeira, que dá muito mais lucro do que a atividade industrial, sendo essa uma das causas da esquizofrênica concentração de renda existente hoje no planeta: apenas cerca de 80 pessoas concentram riqueza equivalente à possuida por 3,5 bilhões de pessoas, segundo a ong britânica OXFAM, sendo que estes dados até agora não foram contestados por ninguém, inclusive a ONU. 

Mesmo sem ter um bom conhecimento da doutrina (ou ideologia) do liberalismo honesto e bem intencionado, tenho a plena convicção de que assim como o marxismo e outras doutrinas igualitaristas, o bom liberalismo já foi condenado pela história. O fato de alguns de seus principios serem adotados em alguns países de população reduzida, segundo a sua informação, têm tanta representatividade estatistica o  quanto inaginário "socialismo do século XXI" cultivado na Venezuela.

A minha dificuldade está sendo justificar essa convicção nihilista com argumentos cientificos (e zero-ideológicos). Me falta a habilidade de demonstrar o óbvio. Essa habilidade envolve uma minuciosa descrição de detalhes históricos (e estatísticos) que tomariam de mim todo o tempo que não tenho disponivel. Diante disso estou montando uma bibliografia da qual possa extrair alguns fundamentos para justificar a " hipótese do abismo". Tive a sorte de encontrar entre meus livros impressos, um dos anos 90 chamado  O FIM DOS EMPREGOS, de um autor americano pouco divulgado pela mídia, Jeremy Rifkin. Descobri hoje que ele publicou recentemente nos EUA, no dia 1º. de abril (?!) de 2014 um livro com este provocativo título:

 
The Zero Marginal Cost Society, acompanhado destes sub-titulos:
 
The Internet of Things,  The Collaborative Commons, and The Eclipse of Capitalism
 
Relendo alguns trechos de “O fim dos empregos” e lendo agora o capitulo do ultimo livro de Rifkin, que aborda o eclipse do capitalismo, concluí que é o autor que mais se aproxima da minha “Hipótese do Abismo”, ou com menos arrogância: a hipótese é que se aproxima do pensamento deste autor.
Como eu só achei na internet o original em inglês, vou traduzir o capitulo citado que apresenta fortes argumentos contrários à fantasia do “mercado livre” como receita ideal para a humanidade.
Logo que terminar a tradução voltarei à baila. (que pode também significar “baile das ideologias”).
E seguindo a ordem do Espírito Colaborativo, estou anexando o “Zero Marginal”. 

Obs. O autor é insuspeito porque é consultor de vários governos capitalistas, inclusive o da mulher "mais poderosa" do mundo, Angela Merkel que parece não ter gostado  muito do ultimo livro do seu consultor americano. Veja a cara que ela fez:
 
Resultado de imagem para angela merkel alemanha

Abraços
Mtnos Calil 

Ps. Quanto ao "Heritage Index", não entendi que relevância ele tem para a crise que assola hoje a humanidade. 

========================================
Em Ter 09/06/15 13:38, Gerhard Erich Boehme gerhard@boehme.com.br [maoslimpasbrasil] maoslimpasbrasil@yahoogrupos.com.br escreveu:
Mtnos,
há questões que são mitos, outras ligadas a fé, e aqui cabe a entendermos, a ilusão e a realidade. A definição de fé posso abordar na sequência, é por demais interessante e produtiva.
O Heritage Index é tão somente uma forma de mensuração. É um indicador, como outros que temos para medir como os princípios e valores liberais, em especial no campo econômico, estão sendo aplicados. A realidade está ai presente, nações como o Chile, Austrália, Estônia e tantas outras. Há uma relação de causa e efeito. Simples assim. Infelizmente este indicador não é utilizado no Brasil, não é ensinado nas escolas de economia, e muito menos empregado pelos economistas governamentais, pois colocariam por terra a argumentação. 
Abraços,Gerhard Böhme

De: Mtnos Calil
Enviada em: quinta-feira, 21 de maio de 2015 19:42
 Uma Frente popular pelo Brasil + Mito igualitarista
 

Prezado Gerhard
A ilusão sempre foi um recurso psicológico dos seres humanos para enfrentar a dura realidade da vida. 
A morte, que é o maior problema do homem, foi "resolvida" com a fantasia da vida eterna no paraíso que compensaria o sofrimento aqui na terra, principalmente dos pobres e oprimidos. 
Com a revolução francesa nasceu a ilusão (ou mito) do igualitarismo que passou para a cabeça de Marx que inventou a fantasia da sociedade sem classes. Como a religião era o ópio do povo porque prometia a felicidade no céu, Marx substituiu o ópio por uma fantasia terrestre.
E hoje, nada mudou na essência, no tocante às ilusões. 
Caberia então ao amigo DEMONSTRAR que o Heritage Index não é uma ilusão liberal que combate a ilusão do socialismo do século XXI ( que ninguém definiu ainda o que é). 
Aguardo
Obrigado!
Abraços
Mtnos Calil 

Ps. Todas as ideologias dependem das ilusões para sobreviverem. 

​====================================================

Em Qui 21/05/15 17:27, Gerhard Boehme gerhard@boehme.com.br [maoslimpasbrasil] maoslimpasbrasil@yahoogrupos.com.br escreveu:
Blinder acredita na ilusão e desconsidera a realidade, como o Heritage Index.


De: Jacob Blinder jdblinder@yahoo.com.br [maoslimpasbrasil]
Enviada em: ‎21/‎05/‎2015 14:34
Para: maoslimpasbrasil@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [maoslimpasbrasil] Uma Frente popular pelo Brasil + Mito igualitarista

Será mesmo que socialismo morreu?  Será que ocapitalismo pode ser humanizado como alguns apregoam ingenuamente?  Será que estamos numa época do fim dahistória? Diz um velho ditado popular, “para um bom entendedor, meia palavrabasta”, ou seja, que deveremos  ser menosprolixos naquilo que escrevemos para sermos mais compreendidos. O autor doartigo abaixo transcrito: “Socialismo do século XXI: o que é isso?”   nãoeconomizou palavras, contudo mostrou objetivamente que o socialismo não morreu,que a história continua sendo escrita pelos povos do mundo, que o capitalismo  está em coma irreversível e que o socialismoque se constrói na atualidade é conceitualmente diferente daquele que existiuno século XX, mantendo contudo suas características básicas:  igualdade, coletivismo, estatização em áreasestratégicas e internacionalismo proletário militante. O socialismo nos tempos atuais,mudou apenas as estratégias de conquistar o poder, bem diferente daquelasque eram utilizadas  no século XX.  Jacob David Blinder   Socialismo do século XXI:  o que é isso?
Tempo Presente – 21/05/2015
A composição plurale as lutas de novo tipo – envolvendo etnia, ecologia, gênero, direito ao lazer,etc. – assumiram, ao lado do viés nacionalista e antiimperialista, um papelcentral no processo transformador da América Latina.
Francisco CarlosTeixeira Da Silva Universidade do Brasil/UFRJ
A maior parte dos participantes, ao final dostrabalhos do FSM aqui em Caracas, concorda em que a grande novidade noalvorecer do século XXI é a nova popularidade do socialismo. A derrubada doMuro de Berlim, em 1989, e o conseqüente fim da URSS em 1991, teriam marcado ofracasso do mais amplo experimento socialista da história. Para muitos – comoos defensores do conceito do “fim da história” – teríamos chegado a um momentoem que as utopias estariam se realizando no tempo presente. Ou, talvez, uma dasutopias teria mostrado sua força e sua capacidade de realização das condiçõesde bem-estar do homem: a utopia capitalista. Para estes, a junção das formas dademocracia liberal/representativa e as instituições do chamado “livre mercado”teriam saído vencedoras da longa prova representada pela Guerra Fria(1947-1991) entre o capitalismo e socialismo. Alguns lembrariam que esta“guerra fria” entre utopias teria começado mesmo antes em 1917 – com aRevolução Russa – ou mesmo em 1848 – com as revoluções sociais do século XIX ea publicação, por Marx e Engels, do Manifesto Comunista.
O retorno do Socialismo:
Bem ao contrário do que a avalanche (neo)liberal assegurava nos anos ’90, as“receitas” da felicidade liberal não garantiram, de forma alguma, bem-estar esegurança para milhões e milhões de pessoas em todo o mundo. As décadas de ’80e ‘90, especialmente na América Latina assistiram ao fim de inúmeras ditaduras,militares ou não, existentes no continente. Na maioria das vezes amplascoalizões de forças – formadas desde a esquerda marxista até liberais edemocratas-cristãos – substituíram os regimes autoritários existentes.


Durante a longa luta pelo “retorno” do Estado de Direito, as forças popularesprocuraram sempre alargar, expandir ao máximo, os conceitos políticosclássicos. Assim, o próprio conceito de cidadania, chave no processo de combatedas arbitrariedades e casuísmos do autoritarismo, sofreu uma transmutaçãofundamental. Em sua origem clássica, nos pensadores liberais dos séculos XVII eXVIII, como Locke, Jefferson e Adams – a idéia de cidadania prendia-seexclusivamente ao universo político, remetendo-se a uma série de direitos –tais como acesso ao voto, debate da taxação, respeito com as instituições daesfera privada da vida.
Assim, nas grandes coligações anti-ditatoriais dos anos ’80 e ’90 na AméricaLatina, os grupos políticos liberais, democrata-cristãos e, mesmo, muitos dossocialistas ( perplexos em face da crise do chamado socialismo “real” ) exigiamo “retorno” – e aí já havia um tremendo equívoco! – do Estado de Direito. Paraestes, tratava-se de garantir o direito de voto, a liberdade de imprensa e deorganização partidária, a inviolabilidade da pessoa humana, etc...
Tal agenda era, sem qualquer dúvida, aceita pelas forças populares, mais àesquerda, e pelas grandes massas que marcharam pelas ruas de Buenos Aires, Riode Janeiro, Santiago de Chile ou Montevideo exigindo “democracia já”. Um outroequívoco, este ainda mais dramático, insinuava-se em tais manifestaçõesunitárias. Para as grandes massas populares, depauperadas com a crise doendividamento e o esgotamento do modelo de industrialização por substituição deexportações, a “volta” do “tal Estado de Direito” deveria representar, acima detudo, ganhos bastante concretos, tais como empregos (de qualidade) e segurançapessoal.
Do equívoco à revolta:
Mais experientes, muitas vezes sócios até a vigéssima quinta hora dasditaduras, as forças liberais assumiram – urbi et orbi na América Latina – adireção dos processos de transição. Diferentes leis de anistia, de esquecimentoe de “punto final” vieram lançar uma espessa pátina, uma graxa de esquecimento,sobre os mais diferentes crimes praticados, muito especialmente a tortura e acorrupção, incluindo-se aí os mecanismos absolutamente antinacionais doendividamento de mais de uma dezena de nações. Tudo se fazia em nome dareconciliação nacional, do congraçamento e da unidade do país. “AliançasDemocrática”, “Concertación” e “Frentes Populares” foram criadas visando manteras forças populares encapsuladas pelas direções políticas liberais, de fundooligárquico, e antipopulares que regeram a América Latina antes da “Era dasDitaduras”, entre 1945 e os anos ’60, durante as ditaduras, enquanto sóciosmenores e emasculados, e, depois dos anos ’80, enquanto representantes damodernidade, da globalização e da irreversibilidade da organização capitalistaenquanto futuro único do planeta.Aceitava-se, por esta razão, a idéia de um“retorno” a um Estado de Direito, quando na verdade produzia-se apenas umretorno ao passado de dominação liberal-oligárquico, incluindo-se aí areciclagem e a passagem à limpo, de inúmeros próceres das oligarquias antesdecaídas. A utopia então era ter o futuro como espelho do passado, saltado ohiato da “Era das Ditaduras”.
Evidentemente, a expansão e mesmo a reinvenção do conceito de cidadania erampostas de lado. As garantias de trabalho (de qualidade), da universalização doseguro social, do direito à escola e a saúde, eram totalmente abandonados pelasnovas forças majoritárias – de tipo “Centrão” - que formaram bulldozers nasassembléias nacionais que deveriam passar os países da América Latina a limpo.Em verdade, era como se fosse uma conta a ser paga: o direito à liberdadepolítica implicava na eliminação das exigências sociais amplas das massaspopulares, uma dívida em muitos casos – Bolívia, Paraguai, Peru, Equador – decaráter multissecular. A população deveria contentar-se com a liberdadepolítica, o direito – limitado por diversos fatores, entre os quais amanipulação mediática das eleições, como no caso do Brasil, Bolívia e Venezuela– de participar do processo político. As dimensões sociais que se abriam para onovo conceito de cidadania deveriam ser simplesmente abandonadas.


Ao mesmo tempo, com as novas “aberturas” da economia ao mundo globalizado, osmercados nacionais eram abarrotados de quinquilharias variadas, de bonés do NYYankees até automóveis importados, que deveriam fazer a alegria e ocontentamento das classes médias locais.
A Crise
Contudo, após mais de uma década de experimento liberal, a América Latinamantinha um triste perfil: luta contra o endividamento, falência de diversosplanos de reconstrução, manutenção de graves índices de analfabetismo e deincidência de doenças. Em alguns países, como a Bolívia, Paraguai e Equador,nenhuma das estruturas coloniais de dominação, incluindo-se aí o verdadeirosistema de apartheid existente com relação aos índios e aos mestiços, haviasido sequer tocado.Da mesma forma, a violência urbana quotidiana e aviolência política – como no Brasil, Argentina e México, mas também de formaepidêmica em El Salvador, Honduras, Guatemala e Nicarágua – flagelavam apopulação. Em suma, depois de terem por mais de uma década os diversos paísesem suas mãos, de terem aplicado o receituário do FMI e do Banco Mundial –auto-reconhecidos, mais tarde, como ineficazes e insensíveis – as elitesliberais, apegadas ao seu fundamentalismo de mercado, mostravam-se incapazespara alterar o quadro de miséria no continente. Mais grave ainda, muitas vezessomaram à miséria secular a desesperança, lançando ao fundo do poço omaravilhoso movimento de mobilização social que marcaram o fim da “Era dasDitaduras”.
Um mapa do socialismo:


Alguns dos instrumentos básicos da mudança, constituídos com sangue e dorsob os regimes autoritários, tais como os partidos de resistência e ossindicatos reivindicativos, deixaram-se arrastar nesta crise. Muitos aindaestavam presos à experiência do socialismo “real” – mesmo que com outroconteúdo, muitas das práticas “soviéticas” ainda eram presentes nas elitessindicais e partidárias do continente. Em outros casos, simplesmente o 1989implicou em forte abandono da agenda transformadora, aceitando-se a posição degerência pacífica e conciliadora do capitalismo nacional com os movimentossocais autônomos.


Em alguns países, a própria estrutura social havia mudado fortemente, com asantigas estruturas sindicais e partidárias sendo duramente atingidas. NaBolívia, por exemplo, a histórica “Confederación Obrera Boliviana”, COB, cediasua liderança – totalmente atingida pelo processo de mecanização da exploraçãomineradora - para movimentos sociais menos classistas, mais amplos, ligados àsquestões de cunho étnico e ecológico, como o Movimiento al Socialismo/MAS. Amesma coisa ocorre, sob nossos olhos, no Equador, onde a CONAIE assume aliderança do processo transformador do país, ultrapassando os partidos(incluindo os de esquerda) tradicionais. Em outros países, de “proletariado maisclássico”, como Uruguai, Chile e Argentina o fenômeno da desindustrializaçãorelativa, decorrente de quase duas décadas de políticas neoliberais acabou porreduzir largamente as bases industriais do proletariado urbano. No Uruguai issofoi notável, com a expansão do setor de serviços e das atividadesagro-exportadoras, reduzindo a grande massa urbana concentrada em Montevideo àcamadas sociais voltadas para os setores de serviço e funcionalismo público,quebrando a forte tradição operária predominante nos anos ´30 até meados dos´70. Da mesma forma, a preocupação dominante no Chile em estabilizar a inflaçãoe abrir o país ao processo de globalização leva a uma rápidadesindustrialização e atinge fortemente o tradicional setor mineiro (principalmente do cobre, onde as principais atividades são “ racionalizadas” ).Na Argentina, a crise que se arrasta do início dos anos ´70 – culminando nogolpe de ´73 – e as subseqüentes práticas liberais reduzem fortemente as basesindustriais, alcançando um inesperado paroxismo na crise de 1999/2001, quando opaís perde cerca de um terço do seu PIB. A partir de então a dinâmica“callejera” passa para grupos sociais não organizados em sindicatos oupartidos, e com nova pauta de reivindicações, tais como “piqueteros” e desempregados.

Em tais condições – avanço dos movimentos alternativos, de base étnica ( e nãode classe ) e desmanche dos núcleos de classe ( operária ) nos centrostradicionais de mobilização “obrera” ( La Paz, Santiago, Montivideo,Concepción, etc... ) atinge duramente as formas políticas que tradicionalmenterepresentavam tais setores ( partidos marxistas, COB, CGT, etc... ). Assim,tais instituições tradicionais ( partidos e uniões sindicais ) também entram emcrise, permitindo a emergência de novas formas de representação. Ora, comoparte fundamental do jogo político existente nas repúblicas sulamericanas, defiguro liberal-oligárquico, mesmo tais instituições “operárias” eram parte dopacto existente, quebrado quando a crise do modelo agra-exportador explicitouuma violenta disputa em torno da distribuição da renda nacional. Ora, as novasinstituições e movimentos sociais emergem da franja jamais representada dassociedades sulamaericanas, das periferias excluídas e dos setores empobrecidose plebeizados, sem qualquer interesse num pacto redistributivo da rendanacional ( minérios, gás, petróleo, etc... ) no qual seriam, inevitavelmente eainda uma vez, os sócios subalternos. Este é, largamente, o sentido do bastados movimentos sociais em ascensão do Caribe até os Andes, do Prata até oAmazonas.


Talvez a única exceção tenha sido o Brasil, que sob o regime ditatorial não sóconservou sua base operária herdada do experimento dos anos ´30/´40, como aindaampliou-a imensamente, permitindo o surgimento de um novo industrialismo, capazde sustentar um partido político – que em sua origem – se queria classista etransformador, o PT. A grande dúvida que se coloca, no caso do PT brasileiro –e por extensão do Solidariedade polonês – é em torno das possibilidades de extensãodas práticas duras –  do vale tudo das negociações sindicais, com seusarranjos, medidas de força, conchavos e intimidações –  em se constituirem base suficiente para a uma transposição transformadora para o plano dapolítica. O sindicalismo, com sua fixação na luta tática, afasta-se largamenteda prática dos partidos políticos, necessariamente voltados para a açãopedagógica e estratégica. A ilusão “catarista” ( da “ pureza” sindical em faceao “ lixo” da vida política tradicional na Sulamérica ) alimentada por gruposimportantes de intelectuais de esquerda e liberais ( e que mal escondida umavisão elitista, aristocrática e decadente da pol

[A mensagem original inteira não está incluída.]




SUBJECT: Re: [ciencialist]Re: Administraç ão cientifica da sociedade humana
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/06/2015 10:25

Ola Takata,

Não sei se vc leu o livro, mas o Sowell faz sim diferenciação de vários tipos de ações afirmativas, apesar de focar a análise das politicas de preferencia (cotas - creio eu, por ser mais fáceis de se medir resultados). Claro que em termos de amostragem, sua pesquisa é bem pequena, e inconclusiva para fins científicos, em termos de conclusões gerais (o mesmo é ´valido para qqer pesquisa q procure validar de forma geral a aplicação de cotas).

Porém, o fato dele ter feito pesquisas em países, com diferentes histórias, culturas e formação de "minorias" (os casos da Malasia e Singapura são bem interessantes, pois estão diretamente  relacionados; na verdade todos são.. :-) ), e mesmo assim ter encontrado um padrão de resultados, é sugestivo de que talvez tenhamos algo problemático com a solução adotada, que se sobrepõe as caracteristicas culturais, sociais e das "minorias" dos diferentes países.

Abaixo está, deforma resumida e segundo o meu entendimento, o que o Sowell observou, em todos os diferentes países estudados :

1 - As ações para grupos preferenciais são sempre decalaradas como provisórias e pontuais , porém , o que é observado é que são "perenizadas" e sua abrangência continuamente aumentada. O interessante é que ninguém sabe ou se preocupa em colocar o limite desse tipo de ação. Nos EUA, onde o negros são minoria populacional tb, será que a eleição de um presidente negro não seria um indicador desse limite ? Além disso, não se preocupam com uma questão básica que pode ser observada historicamente, em periodos de análises muito superiores aos periodos de "desigualdade" atual : grupos sempre tiveram desempenhos diferentes; representatividade social diferente, ao longo da História. Mesmo nos EUA, existe diferença significativa de "desempenho" e "representatividade" entre determinados grupos de brancos americanos.

2 - Essas ações provocam cisão social, não pelo fato de se tentar tirar uma "minoria" de uma situação de desvantagem, mas pelo meio adotado para esse fim, um meio percebido como discriminatório pelos grupos não preferenciais; isso provocou tensões sociais e divisão da sociedade (isso é verdade para os EUA tb); nos casos onde a formação cultural e da sociedade era mais frágil e com grupos mais divididos, isso gerou guerra civil, revoltas violentas com massacres por partes das diversas etinias.

3 - O resultado prático dessas ações beneficiou, majoritariamente,  as "elites" dessas minorias que já não necessitavam desse tipo de "incentivo"; quase nunca resolveram o problema de "representatividade" e de melhoria das condições das partes menos favorecidas dessas minorias (ou seja, o foco da ação não sofreu impacto);

3 - Mesmo nos casos de "sucesso" das ações afirmativas , é extremamente difícil se creditar esse sucesso às ações (e isso ele expõe com fatos nos locais onde ocorreu).

Nos EUA então, onde eu mesmo "vi" os efeitos das ações afirmativas (como efeito fosse uma coisa possível der vista com os olhos) - e por isso passei de critico a defensor dessa ações - e cujos resultados são vendidos como o exemplo de que essas ações funcionam, a sua análise é devastadora! Ele evidencia como o crescimento de renda e representatividade dos negros americanos deveram-se não às ações afirmativas, mas sim ao esforça e mérito dos próprios negros, na busca pela educação, e melhores locais de emprego, décadas antes do surgimento das ações afirmativas. Que recentemente, os negros mais ricos tem se destacados inclusive em relação aos brancos mais ricos, ao passo que, mesmo com todo o aumento de abrangencia das ações afirmativas, os negros mais pobres tem empobrecido com relação aos brancos mais pobres.

Ainda não terminei de ler. Mas assim que terminar, lerei o artigo do James Sterba; acho interessante um debate sobre o que esses  autores evidenciam.

Abs
Felipe



Em Terça-feira, 9 de Junho de 2015 20:09, "roberto.takata@bol.com.br [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br> escreveu:


 
Luiz,

Eu quis dizer que, analisando friamente o que Sowell diz, as conclusões deles são falhas.

E não que o que Sowell diz é falho por ele partir pra uma análise fria dos fatos.

Creio que você possa obter uma cópia do artigo com o próprio autor: sterba.1@nd.edu.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: O mito da seleção natural e a lógica da comunicação
FROM: "Mtnos Calil" <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/06/2015 18:48

O ser humano tem uma inclinação irresistivel para transformar tudo que pode em mito. 
Será que isso foi um truque da seleção natural para aliviar nosso "trauma existencial"? 
Ou foi um arranjo criativo de nossa mente para brincarmos com o mundo? 
Porque brincamos? Precisamos mesmo brincar para aprender? As máquinas não aprendem sem brincar? 
Nem os cientistas escaparam da mitologia e alguns deles cultivam o mito da seleção natural. 
Há alguns fenômenos naturais cuja origem não conseguimos desvendar. Um deles é a mente que o nosso cérebro criou sem ter a menor noção do que estava fazendo. Em contato com a natureza ele foi sofrendo modificações e um belo dia criou um "órgão" com a função de pensar e que sofreu um surto evolutivo revolucionário quando surgiu a palavra. O cérebro é que criou a mente e a linguagem? Essa criação foi produto de algum planejamento? Os neurônios "planejam" ou apenas processam informações? O homem é produto da evolução do macaco ou de um ancestral comum? A mente é produto desta evolução ou de um desarranjo evolutivo? A mente humana é resultado da mente "evoluída" do macaco?  Essa idéia não é muito linear? 
As guerras seriam um estratagema da seleção natural para garantir a nossa sobrevivência ou a simples perpetuação dos genes? A loucura natural do homem foi uma arma para ele enfrentar as forças da natureza? Não era loucura na Idade da Pedra? O homem ficou louco depois da civilização? Ou o que era "normal" se transformou em "loucura"? 
 
Parece que já há consenso entre os cientistas de que a evolução do cérebro parou no tempo e isso explicaria porque nós - os seres superiores do universo - continuamos selvagens. A ciência evoluiu mas o cérebro não acompanhou essa evolução e sequer está adaptado a ela. Cadê a seleção natural, que é a rainha das adaptações? Ah... você diria, que absurdo é esse de dizer que nós somos selvagens?
Ok, nós não somos mais selvagens por inteiro, somos apenas meio selvagens. Tá bom assim?  O fato de termos um bilhão de obesos ao lado de um bilhão de famintos é normal? Não é normal, mas isso não é selvageria. Ok, então é apenas loucura? Mas muitos loucos não se comportam de forma selvagem?
Os loucos seriam hoje uma minoria quando no passado eram uma maioria? E porque a maioria não tem competência para controlar essa minoria? Será que essa maioria  não estaria sendo conivente com a minoria? Será que nós os normais não gostaríamos de fazer o que os loucos fazem e reprimimos nossos instintos selvagens? Você acha mesmo normal que apenas 85 pessoas concentrem riqueza equivalente à possuida por 3,5 bilhões?
 
Loucuras à parte, vejamos agora o que Steven Pinker, autor de “Como a mente funciona”, fala a respeito do mito da seleção natural.
 
Mas, pera aí:  o que significa essa expressão “O MITO DA SELEÇÃO NATURAL” ?
Se nós temos uma boa idéia do que sejam o mito e a seleção natural, porque então perguntar sobre o significado de uma frase tão simples, tão clara?
 
Ocorre que a linguagem humana ainda precisa passar por uma “seleção natural” e se adaptar ao rigor da lógica da comunicação. Muita gente vai entender essa frase (ou melhor interpretá-la) como se ela estivesse afirmando que a seleção natural é um mito. Provavelmente a imensa maioria faria essa interpretação. E se ela estivesse no plural? OS MITOS DA SELEÇÃO NATURAL? Isso exigiria outra interpretação?
 
O fato é que a palavra DA é que cria essa confusão. As palavras nasceram com um mal genético e incurável – quase todas elas possuem mais de um signficado. O Dr. Aurélio descobriu 23 diferentes signficados para o verbo sentir. ( Cf. 2ª edição, 1986).
 
“Da” é a contração da preposição de com o artigo a. Mas esse mesmo “a” pode ser “contraído” de forma diferente, pois ele pode ser também um pronome demonstrativo. O nosso “da” seleção natural seria um pronome ou um artigo?
 
A palavra “de” que é uma preposição que tem inúmeras FUNÇÕES. ( o que é diferente de SIGNIFICADOS) . Uma das inúmeras funções desta palavrinha é INDICAR. Outra função é, nas palavras de Aurélio “auxiliar na formação de numerosíssimos adjuntos adverbiais”
Enquanto o Aurélio apresentou O Aulete Digital apresenta estas 15 funções indicativas: 
 
1. Indica origem: Seus erros provêm da inexperiência: Desça já da árvore!: Cheguei do trabalho agora
2. Indica o lugar ou momento em que se inicia um trajeto ou um período de tempo, uma contagem ou medição: de um lado até o outro são 10 metros: de ontem para hoje, tudo mudou
3. Indica condição, situação: Você estava de férias? [: ficar de pé: virar de costas: acordou de ressaca: está de mal com o amigo (= brigado, estremecido)É prep. largamente empregada em locuções que indicam posição corporal, estado físico ou moral, relação com outras pessoas ou coisas, etc.]
4. Indica motivo ou causa: Caiu de cansaço: atrasou-se de propósito
5. Indica uso, função, propósito, destinação: creme de alisar cabelo: sala de reuniões
6. Indica modo de agir, ou a maneira como algo se dá
7. Indica quantidade, preço, medida: turma de 25 alunos: blusa de R$30: muro de três metros
8. Indica lugar, posição: A unha do pé encravou.: a porta da frente
9. Indica meio, instrumento: Fomos de carro: Comeu de garfo e faca
10. Indica o material que forma ou constitui um objeto etc.: blusa de seda.: caixa de madeira
11. Indica posse, prerrogativa, atribuição de algo a alguém: De quem é essa caneta?: um direito de todos os cidadãos: uma conquista de todos nós: "Achavam-se os dois no corredor da casa de Luís Alves..." (Machado de Assis, A mão e a luva))
12. Indica relação com algum assunto (com uso equivalente ao da prep. sobre): Fale de suas férias.
13. Indica relação especial, típica ou característica; próprio de: brincadeira de criança levada.
14. Indica tempo: Choveu de noite.


Qual seria a função do “da” nesta locução “O mito da seleção natural”?  Para compreendermos o significado da frase não interessa saber qual é a função do “da”. Interessa apenas o significado da frase como um todo que é, no caso, o seguinte: Existe um mito formado em torno da seleção natural. Portanto a seleção natural não é um mito! Os mitos em geral se formam em torno de algo que lhes serve de referência.
 
Atendida à lógica semântica, passamos agora a palavra ao Steven Pinker.
 
Oopss.... o S.Pinker fica para outra menagem pois já ultrapassamos o limite de mil palavras, embora em apenas 12%. Estamos chegando lá!
 
MC

Ps. Como o S.Pinker é um useiro e vezeiro no seu marketing pessoal,  algumas coisas (ou muitas?) que ele diz carecem do rigor lógico que a linguagem cientifica demanda, o que exige dos leitores uma cuidadosa e redobrada atenção. 



SUBJECT: Planeta à vista, logo alí, ó...
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/06/2015 12:01


SUBJECT: Re: [ciencialist]Re: Administração cientifica da sociedade humana
FROM: roberto.takata@bol.com.br
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/06/2015 15:23




---Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, <luizfelipecsrj@...> escreveu:

> Porém, o fato dele ter feito pesquisas em países, com diferentes histórias, 
> culturas e formação de "minorias" (os casos da Malasia e Singapura são 
> bem interessantes, pois estão diretamente  relacionados; na verdade 
> todos 

Análise de Sterba p. 690:
"In Malaysia, the politically dominant native Malays voted for employment and educational preferences for themselves over ethnic Chinese who had emigrated to Malaysia during the recent colonial period and, without discriminating against anyone, had generally become better educated and more prosperous than the native Malays (pp. 55-71). In Sri Lanka, the politically dominant Sinhalese enacted preferences for themselves over the Tamil minority, who, without discriminating against anyone, had generally become better educated and more prosperous than the Sinhalese (pp. 78-94). This led to a civil war which has yet to be fully resolved. In Nigeria, the politically dominant Hausa-Fulani tribes of the northern region voted for employment and educational preferences for themselves over the Ibo tribe of the southern region, whose members had benefited more during the recent colonial period in terms of education and government employment "

Como disse, não pretendo aqui rediscutir o que já foi amplamente discutido. Chamo apenas a atenção para a falha de Sowell em mostrar seu ponto, já que parte de uma escolha errada de exemplos. Sem falar que Sowell não sabe nem definir ação afirmativa: parte de um espantalho. E por aí vão os erros se acumulando.

[]s,

Roberto Takata

SUBJECT: Re: [ciencialist] Planeta à vista, logo alí, ó...
FROM: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/06/2015 15:54

Caramba, é o Will Robinson! Será que ele descobriu onde fica Pasárgada? Vambora!

*BW*




Em Sexta-feira, 12 de Junho de 2015 12:01, "'JVictor' j.victor.neto@uol.com.br [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br> escreveu:


 



SUBJECT: RES: [ciencialist] Planeta à vista, logo alí, ó...
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/06/2015 17:05

Sei não, mas acho que Parsárgada fica um pouquinho mais além.

Durante tantas décadas de fotografias, dos mais diferentes tipos e tecnologias, com  telescópios de alto poder de resolução, suspeito que há muitos dados escondidos, não vistos – no sentido de “enxergados” - pelos analistas.

Só precisa, vez ou outra, olhos sagazes – e treinamento – mesmo que de jovens inteligentes como esse, para revelar nuances que passaram ao largo, e que, talvez, representem o essencial.

Às vezes um pontinho luminoso alí, outro acolá,  que, para mim, podem nada significar,  para uma mente treinada, ou um artista gráfico, pode representar muitas coisas. Dizem que César Lattes seria co-autor da descoberta dos mésons. Em certo sentido, sim.   Mas, em verdade, usou-se o seu grande conhecimento em emulsões fotográficas, de modo a que se pudesse registrar até o soluço de uma pulga;  mas outros da equipe é que interpretaram corretamente o que havia sido coletado com a tecnologia que Lattes desenvolveu e usou.  Ele foi apenas o retratista.  Sem demérito.

 

É por aí.

 

Sds,

Victor.

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br]
Enviada em: sexta-feira, 12 de junho de 2015 15:54
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [ciencialist] Planeta à vista, logo alí, ó...

 

 

Caramba, é o Will Robinson! Será que ele descobriu onde fica Pasárgada? Vambora!

 

*BW*

 

 

 

Em Sexta-feira, 12 de Junho de 2015 12:01, "'JVictor' j.victor.neto@uol.com.br [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br> escreveu:

 


SUBJECT: Relatividade, perguntinha, perguntinha.
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/06/2015 11:30

Olá,

 

À pergunta sobre a razão pela qual se usam sistemas de coordenadas curvilíneas em relatividade geral,  um dos participantes do fórum Special and General Relativity, cujo endereço já postei aqui, respondeu o seguinte

 

 

“I have just been asked why we use curvilinear coordinate systems in general relativity. I replied that, from a heuristic point of view, space and time are relative, such that the way in which you measure them is dependent on the reference frame that you observe them in. This implies that coordinate systems change from point to point in spacetime, i.e. they are, in general, curvilinear coordinate systems. From a more mathematical point of view, spacetime is represented by a 4 dimensional manifold which is, in general, curved (physically this is caused by the presence of matter, although it is also possible for the spacetime to be intrinsically curved, even in vacuum). We wish to be able to describe such a manifold without embedding in some higher dimensional space (as after all, we have no a priori reason to believe that our universe is embedded in a higher dimensional space), and therefore we can only describe it in terms of local coordinate maps, in which we can construct locally invertible maps between Euclidean space Rn (which itself is most straightforwardly described by Cartesian coordinates) and the manifold (generally non-Euclidean). Thus the coordinate systems are necessarily curvilinear, as they can only locally describe the manifold, and will change as we move across the manifold.

Would this be an acceptable answer?
Any feedback, improvements would be much appreciated.”

 

 

Não importando o que achei da pergunta ou o que penso da resposta, apreciaria comentários de vocês – labutadores da física nossa de cada dia – sobre esta resposta.  O autor deve ser algum estudante da área.

 

Por trás da pergunta, e da resposta, está o princípio da covariância geral, que é o princípio norteador de toda a física de nossos santos dias.

 

Acho que seria  bem interessante alguma atenção ao assunto, já que é apropriado a este fórum.

Verdadeiramente.

 

Sds,

Victor.

 


SUBJECT: Nudez provoca terremotos, maremotos, o escambau...
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/06/2015 11:50

Olá,

 

Quando forem de férias à Malásia, cuidem para que não fiquem nus em montes, pois se isto acontecer as placas tectônicas começarão a deslizar umas sobre as outras, a terra tremerá, o mar se agitará, e o povo vai achar que você é um sécuba. Dá cadeia e multa. Mas é só, relaxem. Não há separação entre corpo e cabeça.

 

http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/efe/2015/06/13/malasia-deporta-turistas-que-posaram-nus-no-monte-kinabalu.htm

 

Povo evoluído cientificamente!   Pois sim.

 

Sds,

Victor.


SUBJECT: Steven Pinker é um charlatão doutorado em psicologia pela Universidade de Harvard?
FROM: "Mtnos Calil" <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/06/2015 19:52

É o que pensa Pedro Sampaio, psicólogo clinico de Minas Gerais.

Steven Arthur Pinker (Montreal18 de setembro de 1954) é um  psicólogo  linguista canadense 
Durante 21 anos foi professor no Departamento do Cérebro e Ciências Cognitivas do Massachusetts Institute of Technology antes de regressar a Harvard em 2003. Pinker completou o bacharelado em Psicologia da Universidade McGill no ano 1976, e doutorado em Psicologia Experimental da Universidade de Harvard em 1979.
Fonte Wikipédia.

E no site da Universidade de Harvard está o imenso currículo do suposto charlatão que é um dos psicólogos mais famosos do mundo. - http://pinker.wjh.harvard.edu/about/current_cv/cv%20Steven%20Pinker.htm

Como então um “cientista” desta envergadura pode ser considerado um charlatão? Será que o nosso psicólogo mineiro endoidou? A leitura da peça condenatória de Pinker revela que o autor não endoidou. Então Pinker seria mesmo um charlatão? E porque perdermos tempo com isso? Ocorre que o Pinker aparece com destaque em nossa bibliografia do curso de lógica. A nossa lógica, à diferença do que se vê em muitos textos de filosofia, é um instrumento do PENSAMENTO, que é produto do que chamamos MENTE, e que é objeto de estudo da psicologia, ciência ainda em fase de gestação, que tem por objeto os fenômenos mentais e emocionais. Isso porém não significa que repudiamos os filósofos metafísicos, a exemplo de Kant que aparece duas vezes na nossa bibliografia com as suas criticas da razão pura e da razão prática. Ocorre que Kant não foi metafísico 24 horas por dia, o que lhe permitiu escrever alguns textos de cunho lógico-cientifico.  

Penso.. ( quase que eu uso “Creio” no lugar de “Penso” – os humanos são tão polissêmicos que atribuem o mesmo signIficado a palavras tão distintas como crer e pensar. Só falta alguém considerar que a fé é um combustivel do pensamento ... se emoção, porque a fé não poderia ser?.... penso que Pinker não é um charlatão autêntico, mas alguém com uma tremenda vocação para o marketing pessoal que certamente contribuiu para a sua fama. Um dos recursos de marketing que ele adotou a esmo nos seus Best Sellers é o humorismo, cujo emprego exagerado banalizou alguns conceitos de correntes da psicologia às quais ele se opõe. Temos então que levar em consideração as criticas do nosso psicólogo mineiro, que também exagerou. Ocorre que muitas coisas ditas por Pinker têm valor cientifico. Em sendo um charlatão, ele teria copiado essas coisas certas de outros autores. Mas do ponto de vista do pensamento cientifico isso faz alguma diferença quando estamos diante da incumbência de analisar os conceitos? Para a nossa lógica o que importa é o CONCEITO E NÃO A AUTORIA DO CONCEITO, mesmo porque não temos condições de verificar quem foi o autor original de tantos conceitos, exceto quando uma teoria (respeitada ou não, equivocada ou não) foi criada por um único autor como é o caso da Psicanálise de Freud. Porém mesmo neste caso precisamos ter o cuidado de levar em conta que alguns dos conceitos da psicanálise podem ter sido inspirados por alguns filósofos como Nietzche e Shoppenhauer. Um equivoco generalizado que ocorre em relação à psicanálise é que muitos de seus criticos desconhecem a evolução pela qual a criação de Freud passou nos últimos 100 anos. Uma sessão de boa psicanálise do século XXI é muito diferente do que Freud fazia. 

Mtnos Calil

Ps. Para editar o artigo abaixo tive dedicar um bom tempo. Seria muito mais simples meramente informar o link. No entanto, alguém disse que fazendo isso eu estava "abusando". Só se for de mim mesmo. 

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Da Série "Charlatões Intelectuais": Parte 1 - Steven Pinker
11 de abril de 2012
Por Pedro Sampaio, psicólogo clinico de Belo Horizonte, MG
http://pedro-sampaio.blogspot.com.br/2012/04/da-serie-charlatoes-intelectuais-parte.html
Charlatões e papagaios
 
Charlatão é aquele que procura ludibriar outrem, ou seja, enganar, distorcer para favorecer-se ou oferecer algo como se fosse vantajoso quando na verdade não o é.  Um charlatão intelectual é alguém que distorce os fatos, manipula dados, recorta citações, utiliza falácias lógicas, tudo de modo a favorecer o ponto que pretende defender. Um charlatão intelectual talvez seja ainda mais perigoso que um charlatão ordinário, já que pode travestir o que pretende defender de ciência, munindo-se do prestígio desta (e até de sua autoridade ou de autores respeitados) para ludibriar, correndo o risco de persuadir não apenas a população de um modo geral, mas o próprio meio acadêmico e científico.
 
Isso ocorre porque, embora o meio acadêmico e científico procure estratégias para minimizar isso, a grande maioria da massa acadêmica e científica é composta pelo que chamo de papagaios intelectuais. Há as autoridades, os formadores de opinião, que são pouquíssimos, e uma multidão de papagaios para ecoar o que ouvem as autoridades dizerem.
 
 
É algo delicado. Em certa medida, todos estamos susceptíveis a sermos, em algum momento, ludibriados por autoridades. Vamos supor que lemos incessantemente figuras que temos como autoridades da área dizendo que Louis Vitalle (nome fictício, só para exemplificar) foi um filósofo do século XIX que defendeu a escravidão, argumentando com base em Maquiavel que “os fins justificam os meios”. E que, ainda em nossa suposição, Vitalle foi superado quando Peter Bowen (idem) demonstrou a inconsistência deste argumento, e vemos até que muitas destas autoridades procuram esmiuçar melhor o argumento de Bowen e criticar o de Vitalle. É bastante possível que quando falarem de Vitalle conosco, associemo-lo com essas idéias e até que se perguntarem sobre ele, digamos que ele defendia isso, ainda complementando com nossa própria opinião, dizendo que Vitalle defende uma bobagem.
 
Mas o legítimo papagaio acadêmico é aquele que não apenas faz isso, como é capaz de escrever textos e artigos em cima de um possível espantalho do argumento de Vitalle (já que ele nunca o leu) e até mesmo um livro com o título “O Vitalleísmo na sociedade contemporânea: como idéias ultrapassadas mantêm o preconceito”.  É aquele que mesmo diante de alguém que estudou e conhece Vitalle e aponta que essa opinião é equivocada, trazendo trechos que demonstram o oposto e convocando-o a ler o autor, persiste no erro por orgulho (compromisso maior com seu ego do que com o conhecimento) ou por confiança cega nas autoridades (um problema que já levantei mais de uma vez aqui no blog).
 
Cansado do charlatanismo e da papagaiada que o sustenta, decidi escrever esta série de textos que visa esclarecer alguns equívocos e, por que não dizer na lata, mentiras muito difundidas. Confesso que tenho uma esperança um tanto ilusória de que cada texto seja suficiente para encerrar a questão de que tratarei e não precisarei mais ficar repetindoad nauseam as mesmas coisas, mas se eles pelo menos esclarecerem algumas pessoas, for útil a outras e me poupar esforços em debates futuros, ele já terá cumprido sua função.
 
 
Parte 1 – Steven Pinker 
 
Steven Pinker é um cientista cognitivo estadunidense e talvez seja o psicólogo mais famoso do mundo atualmente, já tendo figurado em listas como “As 100 pessoas mais influentes do mundo” da TIMES e cujos livros são best-sellers – especialmente se levarmos em conta como normalmente vendem pouco livros de psicologia e divulgação científica. Ele não é tão conhecido por alunos de Psicologia no Brasil, mas isso porque por aqui estudamos mais história da psicologia do que o que de fato vem acontecendo na área mundo afora.
 
Ele já tinha alguma fama, mais ou menos local, mas virou pop star mesmo quando Richard Dawkins começou a divulgá-lo e o próprio Pinker tornou-se um dos principais representantes das críticas à religiosidade (e teórico de explicações naturalistas da religiosidade) dentro da Psicologia.  Ateus, principalmente os leigos em Psicologia, começaram a tomá-lo como autoridade da área e divulgar bastante seus trabalhos. Isso também por que Pinker se diz um psicólogo evolucionista e a Psicologia Evolucionista também começou a ser bem quista e bem divulgada por este grupo, por, aparentemente, ser aquela linha da psicologia que leva em consideração a teoria da evolução pela seleção natural, de Darwin. E a seleção natural é algo bem estabelecido, elegante e querido por cerca de 11 em cada 10 ateus.
 
Os dois principais livros de Pinker são Como a mente funciona (1996) e Tábula rasa (2002), dois trambolhos de mais de 700 páginas cada um, nos quais Pinker apresenta dados de pesquisas, conjecturas, o cerne de uma abordagem evolucionista da mente e críticas às demais linhas teóricas da Psicologia. Seu nêmesis: o behaviorismo. São dezenas de referências ao behaviorismo e a autores behavioristas nesses dois livros. O Tábula rasa, em especial, é sustentado na idéia de que, quando se trata de comportamento humano, há uma “negação da natureza humana” por parte de muitos, incluindo acadêmicos e escolas teóricas inteiras. Como Locke, essas pessoas e escolas estariam, ao jogarem para escanteio a genética e a seleção natural, afirmando que o ser humano vem ao mundo como uma tábula rasa, sem nada “inscrito” nele, e que tudo que observamos é adquirido ao longo de sua vida. Os behavioristas seriam, supostamente, os maiores defensores dessa idéia.
 
 
Como a mente funciona
 
“Como a Mente Funciona” (1996) foi o primeiro livro bem vendido de Pinker. Nele, o pop star cognitivista se engaja na ousada tarefa de explicar, duh, como a mente funciona – como entrega o título. Claro, o autor é o primeiro a admitir que seja uma tarefa hercúlea e talvez impossível, já que não há tanto consenso na área e muito ainda está sendo estudado, mas aponta seus estudos prediletos como promissores para este empreendimento.
 
Assim, começa a delimitar, de maneira explícita e implícita, aqueles estudos e abordagens que seriam a via régia para uma psicologia científica que procura desvendar o homem, e aqueles ultrapassados estudos e abordagens que seriam os inimigos do conhecimento na psicologia, que têm freado os nobres desbravadores que ousam tentar descobrir como a mente funciona. E do começo ao fim de seu livro ele procura alocar o behaviorismo nesse segundo grupo:
 
“A velha teoria do estímulo e resposta da escola behaviorista afirmava que crenças e desejos não tinham relação alguma com o comportamento – de fato, que eram tão não científicos quanto uma lenda folclórica ou a magia negra. (...) Como observou o célebre behaviorista B.F. Skinner: ‘A questão não é se as máquinas pensam, mas se os homens pensam’.”
            Obviamente, homens e mulheres pensam; a teoria do estímulo-resposta revelou-se errada. Por que Sally saiu correndo do prédio? Por que acreditava que ele estava pegando fogo, e ela não queria morrer.” (Pinker, 1996/1998,p.73)

 
Ao ler este trecho, qualquer pessoa minimamente familiarizada com o behaviorismo já se dará conta de que hercúlea mesmo talvez seja a tarefa que estou empreendendo aqui. Afinal, cada frase deste trecho contém tantos, mas tantos erros, que se dar ao trabalho de refutar um livro inteiro repletos destes é aquele tipo de tarefa em que somos vencidos pelo cansaço antes mesmo de começarmos.  Por sorte, Pinker não apenas comete uma enormidade de erros, mas também os repete muito, o que me permite refutar apenas uma vez pontos que aparecem repetidamente.
 
No trecho acima, portanto, já podemos observar algumas desonestidades e desconhecimentos. Para começar, tachar a idéia que pretende refutar de “velha” já é um estratagema erístico  para conduzir o leitor a ver com maus olhos a teoria, pois já insinua como definitivo e aprioristico de que ela é ultrapassada. O que não precisamos ter pudor em dizer que era sua intenção, já que logo a frente diz que a teoria “revelou-se errada”, tomando, o que deveria ser uma conclusão, como uma petição de princípio.
 
Se formos generosos com Pinker, podemos tentar argüir que ele chama de velha é apenas a teoria estímulo-resposta do behaviorismo, teoria que, de fato, caiu em desuso (desconheço behavioristas watsonianos, mas corrijam-me se eu estiver errado). Hoje, e já há mais de meio século, a modalidade de behaviorismo a qual os behavioristas contemporâneos têm como referência é o chamado behaviorismoradical, de Skinner, que não é “estímulo-resposta”. Mas fica difícil ceder isso a Pinker quando ele mesmo, logo em seguida, coloca Skinner neste mesmo balaio, tomando-o como referência desta concepção “velha” e “errada”. E, claro, pelo fato de que esse erro é repetido algumas vezes no livro:
 
“Skinner e outros behavioristas asseveraram que toda conversa sobre eventos mentais era especulação estéril; somente as conexões estímulo-resposta poderiam ser estudadas no laboratório e no campo. Exatamente o oposto revelou-se verdadeiro.” (p.95)
 
Isso começa a sinalizar um equívoco que está colocando sua cabecinha para fora nesse trecho, mas que vai se repetir muitas vezes mais a frente: confundir “teoria do estímulo e resposta” com behaviorismo, confundir behaviorismo com behaviorismo radical, confundir “teoria do estímulo e resposta” com paradigma operante (de Skinner) e generalizar “behaviorismo”, sendo que existem várias modalidades deste. Isso é um erro primário, que qualquer pessoa minimamente preocupada em ler algo a respeito do que vai criticar antes de escrever sobre descobriria logo nas primeiras leituras. Mas temos evidências de que Pinker saiba disso, mas que mesmo assim deliberadamente manipula os termos de modo a induzir o leitor leigo ao erro, como demonstrarei mais contundentemente ao longo do texto.
 
Pois bem, essa confusão e generalização é um erro, pois era Watson quem propunha o estudo do comportamento através de esquemas de estímulo e resposta, sendo uma proposta reconhecida comomecanicista, já que envolve apenas uma relação mecânica: um estímulo que elicia uma resposta. Já o Behaviorismo Radical trabalha com relações funcionais, numa proposta que envolve um contexto que produz uma determinada resposta, que, por sua vez, tem uma conseqüência. Esta conseqüência, por seu turno, influencia a probabilidade futura de uma resposta similar num contexto similar. Uma conseqüência que aumente a probabilidade de o organismo voltar a emitir aquela resposta em contextos similares é chamada dereforçadora; uma consequência que diminua essa mesma probabilidade é chamada de punitiva. Em suma, é uma noção de causalidade formulada em termos de relações funcionais entre eventos, o que é um modo de afastar-se de posturas mecanicistas.
 
Dado que já há quase um século a modalidade de behaviorismo que é adotada mundo afora é o behaviorismo radical, quando eu me referir a behaviorismo ao longo deste texto, estarei falando do behaviorismo radical, também para entrar em consonância com o autor, que evidencia estar atacando este, apesar de falar apenas “behaviorismo”.
 
Em seguida, ainda no mesmo trecho (da página 73, supracitado), Pinker diz que o behaviorismo rejeita crenças e desejos, que estes nada teriam a ver com o comportamento. Isso também é distorcer os fatos em prol do ponto que pretende consolidar. O que o behaviorismo rejeita é que as explicações dos comportamentos cessem no que chamamos de “desejos” e “crenças”. Este é o cerne da crítica behaviorista ao mentalismo: não que o behaviorismo acredite que não existem aqueles processos que chamamos de “mentais”, como o pensar, sentir, querer, a consciência e outros, mas rejeita-os como entidade, como agentes e como causa suficiente para a explicação do comportamento humano. Dizer que Sally saiu correndo do prédio “Por que acreditava que ele estava pegando fogo, e ela não queria morrer” não é explicar o comportamento, mesmo que a própria Sally o explique assim.  É circular: por que Sally saiu correndo do prédio? Por que ela acreditava que ele estava pegando fogo e não queria morrer. Por que você acha que a Sally acreditava que o prédio estava pegando fogo e ela não queria morrer? Por que ela saiu correndo do prédio. E assim ad infinitum.
 
Uma boa explicação científica é aquela que melhor permite prever e controlar o fenômeno, coisa que as explicações mentalistas não são boas. A explicação behaviorista para Sally ter saído correndo do prédio infelizmente será mais complexa do que “porque ela quis assim” do cognitivismo popular de Pinker. Mas eis o demérito de muitas explicações científicas: muitas vezes elas requerem maior esforço e investigação do pesquisador. De maneira semelhante, explicar a origem da vida de maneira convincente para um leigo absoluto, exigirá mais atenção do que uma explicação como “porque Deus quis assim”. Assim, podemos especular que Sally saiu correndo do prédio talvez por razões filogenéticas (se é que há algo como uma resposta inata de fuga diante de muito fogo) somadas à sua história de vida, que inclui suas experiências aversivas com fogo; sua aprendizagem de que ele queima (ela não precisa ter sido queimada, podem ter ensinado isso a ela); de que, em caso de incêndio, deve sair correndo; de talvez ter visto filmes, programas, documentários, lido livros, em que tomou conhecimento de que se ficar dentro de um prédio em chamas, morrerá queimada; etc. Pessoas que não passaram por essas ocasiões, não irão simplesmentequerer , brotar um desejo, de sair correndo do prédio. E se uma pessoa é insistentemente ensinada que, em caso de incêndio, ela deve se esconder debaixo da cama, aconteça o que acontecer, dizer que ela, diante do incêndio, se escondeu debaixo da cama “por que teve vontade” é uma pseudo-explicação, insuficiente e que negligencia importantes questões na explicação do comportamento.
 
É claro que existe isso  que chamamos de desejos e crenças, mas eles também têm uma causa e um behaviorista acredita que compreender a causa destes é uma explicação melhor para o comportamento, pois permite que você compreenda, preveja e altere o comportamento de maneira mais eficaz.
 
Sobre o behaviorismo ver crenças e desejos como algo não-científico, isso parece um espantalho do que disse Watson, “pai” da modalidade de behaviorismo citada mais acima, aquela que de fato caiu em desuso. O que ele diz é que crenças, desejos, pensamentos e até sentimentos são difíceis de estudar, por não permitirem observação consensual de múltiplos pesquisadores, e que a Psicologia deveria parar de privilegiar a introspecção como método e focar-se nos comportamentos observáveis. Isso coloca Watson com um raciocínio próximo de algumas modalidades de positivismo. Mas o que nos diz respeito é que isso não fala muito sobre os demais behaviorismos, em especial o skinneriano (behaviorismo radical), já que esta não é, absolutamente, a posição de Skinner. Skinner chama as crenças, desejos, pensamentos, emoções, e demais eventos geralmente chamados de “mentais”, deeventos privados. Privados, pois apenas uma pessoa, a princípio, tem acesso a eles: o próprio sujeito que pensa, deseja, etc. E os eventos privados não apenas são considerados como têm uma centralidade na teoria skinneriana:
 
"Na medida em que o comportamento verbal começa a ser estudado, amplia-se a abrangência deste fazer, de forma a incorporar todos os níveis da ação humana; os eventos privados, a moral, o pensamento, a consciência, a alienação e a própria ciência, que é compreendida como uma forma de comportamento (...). O estudo do comportamento verbal permite propor eventos privados como pertencentes ao seu objeto de estudo, o que afasta Skinner de posturas metodológicas que defendem a necessidade de observação direta como condição de tomar um objeto como passível de ser estudado pela ciência, uma vez que ela permitiria um consenso público." (Michelleto, 2001, p.41)
 
Mas não satisfeito em desinformar a respeito do behaviorismo, Pinker fecha seu parágrafo com uma suposta citação de Skinner, que endossaria seu ponto de que os behavioristas ignorariam pensamentos e outras atividades não-diretamente-observáveis: “Como observou o célebre behaviorista B.F. Skinner: “A questão não é se as máquinas pensam, mas se os homens pensam”(p.73).
 
Não é em vão que Pinker não traz referência alguma da citação: vai que alguém procura! Eu mesmo procurei bastante e não achei referência a não serem as que remetem ao próprio Pinker e outros já haviam tentado procurar e não acharam (Carvalho-Neto, 2001). Mas meu amigo Ramon Cardinali se lembrava de ter lido algo semelhante e conseguiu achar a fonte: "Mas a questão real não é se as máquinas pensam, mas sim se os homens pensam. O mistério que envolve uma máquina pensante já envolve o homem pensante." (Skinner, 1969/1984, p.387-388) Mas ao ler o contexto no qual a frase aparece, fica evidente a razão pela qual Pinker omite a referência. Skinner não estava dizendo ou insinuando que os homens não pensam, como o autor tenta nos convencer: “Obviamente, homens e mulheres pensam; a teoria do estímulo-resposta revelou-se errada.” Tentando não apenas dar como enterrada a teoria que pretende criticar como também dizendo que ela acreditava que os homens e mulheres não pensam, o que é um absurdo e uma mentira muito distante da realidade. Skinner disse isso enquanto debatia sobre inteligência artificial e procurava atentar para a importância de se definir melhor, operacionalizar melhor, o que entendemos por “pensar” antes de dizer que as máquinas pensam.
 
Um defensor do psicólogo evolucionista poderia dizer que é difícil afirmar que Pinker deliberadamente omitiu a referência para prestidigitar o leitor, mas que pode ter ouvido alguém atribuir essa fala a Skinner e colocou em seu livro. Pois, caro defensor, isso não melhora em nada a situação do psicólogo. Ouvir numa mesa de bar, no corredor de uma universidade ou seja onde for  que alguém disse algo e utilizar isso em seu livro sem se preocupar em verificar a fonte, a veracidadedaquilo, tomando como fato um boato informal, já é de uma desonestidade intelectual, de um descompromisso com a verdadeímpar. É evidência de que se trata de um profissional que não está interessado em construir conhecimento, mas apenas em construir uma próspera carreira para si.
E, infelizmente, tem sido bem sucedido nisso.
 
Tá na boa, né Pinker?
 
Concluindo seu raciocínio, Pinker procura demonstrar por que Skinner estaria errado, dando um exemplo de explicação de um comportamento: “Por que Sally saiu correndo do prédio? Por que acreditava que ele estava pegando fogo, e ela não queria morrer.”
 
A maioria dos psicólogos e até mesmo estudantes de Psicologia pensarão que Pinker está brincando ou debochando do behaviorismo, talvez insinuando que até pseudo-explicações como essa, pra lá de senso comum e ineficaz, seriam melhores que as behavioristas. Mas não, ele está falando sério. Steven Pinker é adepto da psicologia intuitiva ou psicologia popular (folk psychology) como capaz de fornecer as melhores explicações psicológicas que dispomos, como ele mesmo esclarece e repete várias vezes em seu livro:
 
“No nosso dia-a-dia, todos nós predizemos e explicamos o comportamento de outras pessoas com base no que achamos que elas sabem e no que achamos que elas desejam. Crenças e desejos são as ferramentas explicativas de nossa psicologia intuitiva, e a psicologia intuitiva ainda é a mais útil e mais completa ciência do comportamento que existe. Para predizer a grande maioria dos atos humanos – ir até a geladeira, subir no ônibus, pegar a carteira – você não precisa labutar num modelo matemático, simular uma rede neural no computador nem procurar um psicólogo profissional; basta perguntar à sua avó.” (Pinker, 1996/1998, p.74-75)
 
Esse pensamento de Pinker parece ser influência do filósofo Daniel Dennett, uma das personalidades mais citadas pelo psicólogo. Tratarei de Dennett com o devido esmero em breve (a parte 2 da presente série será dedicada a ele), mas podemos adiantar que o filósofo dedicou-se a tecer argumentos em defesa da psicologia intuitiva como ferramenta para compreender e prever o comportamento alheio. Podemos ver esboços do pensamento do filósofo mais claramente no trecho a seguir, onde Pinker aproveita para novamente criticar o behaviorismo:
 
E agora chegamos ao modo como a mente conhece outras mentes. Somos todos psicólogos. Analisamos mentes não só para acompanhar as tramas das novelas na televisão mas para entender as mais simples ações humanas. O psicólogo Simon  Baron-Cohen defende esse argumento com uma história.  Mary entrou no quarto, andou lá dentro e saiu. Como você explica isso? Talvez você diga que Mary estava procurando algo que desejava encontrar e pensou que aquilo se encontrava no quarto. Talvez  você diga que Mary ouviu alguma coisa no quarto e quis saber o que fez aquele barulho. Ou talvez diga que Mary esqueceu aonde estava indo; talvez,  na verdade, ela pretendesse ir para o andar de baixo. Mas você com certeza não diria que Mary faz exatamente isso todos os dias nessa hora: ela entra no quarto, anda lá dentro e depois sai. Não seria naturalexplicar o comportamento humano na linguagem de tempo, distância e massa dos físicos e, além disso, seria errado; se você voltasse no dia seguinte para testar a hipótese, ela seguramente seria refutada. Nossa mente explica o comportamento das outras pessoas segundo as crenças e desejos que elas têm, pois o comportamento das outras pessoas, de fato é causado por suas crenças e desejos. Os behavioristas estavam enganados, e todo mundo intuitivamente sabe disso.” (IBID, p.349)
 
Pinker tem razão ao dizer que todos nós, em alguma medida, “analisamos mentes”, ou seja, tentamos entender por que fulano fez o que fez e pressupomos um mundo privado nas pessoas, que elas são capazes de pensar, sentir, refletir, têm consciência, assim como nós. Dois termos que se tornaram populares falam disso: pressupor que as outras pessoas têm esse rico mundo privado é chamado de teoria da mente e pressupor que façam algo com alguma intenção se chamapostura intencional.
 
Mas isso não faz de alguém um psicólogo mais do que observar e se indagar sobre os céus faz de alguém um astrônomo. Pinker, inclusive, ao dizer que o behaviorismo está errado porque as pessoas tendem a explicar o comportamento alheio a partir de suas crenças e desejos e que “todo mundo intuitivamente sabe disso”, lança um argumento similar a alguém que, em uma comunidade que venera a lua como uma deusa, diz que “as pessoas explicam os movimentos nos céus através das brigas dos deuses. Os astrônomos estavam enganados, e todo mundo intuitivamente sabe disso”. O seu argumentum ad populumnão é uma justificativa ou boa explicação, mas simplesmente mais uma falácia lógica.
 
E novamente constrói um espantalho do behaviorismo ao insinuar que uma explicação behaviorista envolveria Mary fazer exatamente aquilo todos os dias naquela hora e, portanto, uma observação casual de que isso não ocorre seria suficiente para fazer ruir o behaviorismo. E nesse momento, Skinner, com algumas medalhas como a National Medal of Science (1968) e American Psychological Association Citation for Outstanding Lifetime Contribution to Psychology (1991) no pescoço, se revira no caixão. Aliás, é tanta bobagem que sai das mãos do autor, que se Skinner ainda não se ergueu de seu túmulo repetindo “Brains, brains...” deve ser por que não encontraria muito alimento no psicólogo evolucionista.
 
O fato é que a caracterização do behaviorismo por Pinker está muito distante da realidade. Uma visão similar foi perpetuada pelo linguista Noam Chomsky que, ao criticar um livro de Skinner (Chomsky, 1959), sugeriu que a linguagem prova que os behavioristas estão equivocados, já que existem infinitas combinações diferentes dentro da linguagem e que as pessoas não podem ter sido reforçadas em cada variação possível para emiti-las, mas que são capazes de emitir frases que nunca antes construíram, fazer combinações, sem que estas tenham sido reforçadas anteriormente – já que nunca haviam ocorrido. A crítica de Chomsky é tão distante das asserções skinnerianas que o próprio Skinner não quis responde-las (o que considero um erro, como já apontei em outro texto aqui no blog), dizendo simplesmente que o linguista não leu seu livro ou não o entendeu, contando que a crítica inapropriada não valia a resposta e se desvaneceria com o tempo [1]. Claro, o erro de Skinner foi pressupor que a honestidade intelectual prevaleceria, que antes de ecoar as críticas do linguista as pessoas se dariam ao trabalho de ler seu livro e assim veriam o absurdo da crítica por si mesmas. Em suma, seu erro foi ignorar os papagaios intelectuais e seu imenso poder.
 
O cerne do erro tanto de Pinker quanto de Chomsky é o mesmo: para o behaviorismo, você não faz apenas o que já fez anteriormente, tampouco tudo que faz é porque agiu exatamente da mesma forma antes e foi reforçado. O behaviorismo não apenas considera a variabilidade comportamental como ela é central em seu princípio mais fundamental: a seleção por consequênciasA seleção por consequências é um análogo da seleção natural. Enquanto nesta última ocorrem variações genéticas que são selecionadas ou não de acordo com as consequências que produzem, na seleção por consequências são variações comportamentais que são selecionadas de acordo com as consequências que produzem. As variações ocorrem porque é impossível ser exatamente o mesmo contexto, a resposta ser completamente idêntica, ou produzir uma consequência idêntica, já que o estímulo nunca será o mesmo, o organismo que responde já não será exatamente o mesmo, aquilo não ocorrerá no mesmo espaço-tempo de outrora, etc. Assim, variações comportamentais são selecionadas ou não, modeladas ou não. Fora isso, uma pessoa também pode aprender algo por modelação (viu alguém fazendo) ou por que alguém a instruiu verbalmente a fazer.
 
Remetendo ao exemplo que Pinker dá, “Mary entrou no quarto, andou lá dentro e saiu” é simplesmente pouca informação pra explicar de maneira satisfatória esse comportamento. Mary pode ter entrado no quarto por n motivos, que ficariam mais claros se tivéssemos mais informações sobre o contexto no qual Mary ali entrou. Nem por isso as explicações senso-comum de Pinker são melhores, da mesma forma que se disser que uma estrela surgiu no céu porque alguém faleceu, não vai ser uma explicação melhor do que a do astrônomo que precisará de mais informações para explicar o fenômeno (afinal, pode ter se formado uma estrela, ou pode ter sido só uma nuvem que saiu do caminho, ou uma supernova que aumentou seu brilho antes da estrela falecer, ou outrora havia um buraco negro equidistante do caminho da luz da estrela até nós, entre outros).
 
É curioso também que essa crítica de Pinker, de que “Não seria naturalexplicar o comportamento humano na linguagem de tempo, distância e massa dos físicos” (coisa que o behaviorismo não faz – e não sei os demais behavioristas, mas eu ao menos não o faço porque não somos capazes. Não tenho problema nenhum com isso, dane-se ele não achar “natural” e eu acharia o máximo se tivéssemos recursos e conhecimentos para explicar dessa forma. Mas tergiverso...), seja um tanto contraditória com outra que faz anteriormente, ainda no mesmo livro:



“O próprio Skinner não asseverou obstinadamente que estímulos mensuráveis como comprimentos de onda e formas prediziam o comportamento. Em vez disso, ele definiu os estímulos segundo suas próprias intuições. Satisfez-se plenamente considerando o “perigo” – assim como o “elogio”, o “inglês” e a “beleza” – uma espécie de estímulo. Isso tinha a vantagem de manter sua teoria condizente com a realidade, mas era a vantagem do roubo em relação ao trabalho honesto.Entendemos o que significa um mecanismo responder a uma luz vermelha ou a um ruído alto – podemos até produzir um que faça isso – mas os humanos são os únicos mecanismos do universo que reagem ao perigo, ao elogio, ao inglês e à beleza.” (p.74)
 
Pois é, né?
Mas então, Pinker, não há desonestidade nenhuma nisso (e que ironia ele acusar alguém de desonestidade, não?). Não reagimos ao elogio, ao inglês e à beleza magicamente, mas todos esses são um conjunto de estímulos que rotulamos de determinada maneira (“perigo”, “elogio”, etc.), estímulos estes que eliciam uma resposta no organismo – do contrário não reagiríamos a eles. Se eliciarem respostas no organismo, por que não chama-los de estímulo? Mas Skinner se preocupou com isso. Para não acharem que por estímulo ele estava se referindo apenas a uma única coisa que elicia uma resposta, passou a usar cada vez menos a palavra “estímulo” e cada vez mais a palavra “contexto”. 

Por fim, não somos os únicos a reagirem ao perigo, elogio, inglês ou beleza. Temos computadores diversos que conseguem responder diferencialmente a isso e já conseguimos até treinar pombos a ser uma espécie de críticos de arte.

Vou acelerar essa bagaça porque isso já está grande demais e o principal de suas críticas nesse livro já foi coberto. Ele repete algumas vezes o que aqui já foi comentado e todas as vezes em que cita Skinner ou o behaviorismo comete algum equívoco. Por exemplo, na página 125 diz que o behaviorismo é uma versão do associacionismo.  Não é. Ao contrário do que propõe o associacionismo, o behaviorismo não acredita nem que toda relação que os seres humanos estabeleçam entre eventos têm de estar temporalmente próximos, nem que todo conhecimento provenha da experiência.
 
E nas páginas 408 e 409 discorre sobre como os behavioristas estão errados porque nem todo medo é aprendido e existe alguns medos que não podem ser aprendidos, como ter medo de coisas “neutras”, como binóculos, martelos ou carros. Só que o behaviorismo nunca afirmou que todo medo é aprendido e, com relação à afirmação de que é impossível adquirir medo de coisas “neutras”, Pinker não traz nenhuma evidência para a sua afirmação e... bem, acho que um bom número de psicólogos, especialmente aqueles que lidam com transtornos de ansiedade e fobias, já devem ter encontrado pacientes com medo de carros. Eu já. Assim como já tive clientes que respondiam com pavor diante de coisas como “boné”, “vermelho”, “motos”, “jaqueta de couro” e outros. Se existem alguns medos que não podem ser aprendidos, é uma coisa interessante a ser testada, mas mesmo se existirem, isso não iria contra o que afirma o behaviorismo. Porque parece que Pinker simplesmente é incapaz de assimilar que o behaviorismo não acha que tudo é aprendido.
O que nos leva ao segundo livro...
 
Tabula Rasa
O livro é centrado em um argumento negativo: combater a ideia da tabula rasa, que supostamente ainda está muito presente no senso comum e na ciência contemporânea. Para isso, Pinker se propõe a atacar aqueles que defendem a tabula rasa e trazer explicações alternativas para os fenômenos. Há um misto de dados de pesquisas interessantes com uma continuidade do que já havia feito no livro anterior, uma interpretação a La psicologia popular, a ponto de Patrick Bateson, renomado biólogo, ter escrito em sua resenha sobre este livro, publicada na Science, que “asserções de botequim não levam à discussão balanceada que deveria ser gerada por um tópico tão importante quanto esse” (Bateson, 2002) [2]. O próprio Bateson também questiona a tese central do livro, se há de fato essa negação da filogenética, apontando que o psicólogo passa quase todo o livro atacando caricaturas que ele mesmo construiu.
 
Ainda mais do que em seu livro anterior, Pinker abusa de adjetivos, falácias e faz diversas afirmações sem citar fontes ou trazer evidências que as sustentem. Repete muitos dos erros cometidos no livro analisado acima, como novamente dizer que o behaviorismo segue o associacionismo de Locke (p.40), que os behavioristas ignoram tudo que é subjetivo e só se preocupam com o comportamento manifesto (p.40, p.41), entre outros, provando que manteve sua aversão ao estudo nos anos seguintes ao livro anterior. E desta vez é extremamente raivoso em seu ataque ao behaviorismo e em especial a Skinner, comparando estes a torturadores (p.236), a stalinistas (p.237), chama Skinner de “maoista” (p.337) e outros.
 
O que o psicólogo evolucionista tenta fazer é pintar os behavioristas como aqueles que querem manipular o ser humano, controlá-lo como autômatos, propor uma uniformidade entre as pessoas e até instaurar o comunismo (!?!??). De onde Pinker tira isso, só ele sabe, já que nunca traz referências. É extremamente irônica essa associação, já que Skinner é ainda mais frequentemente acusado de ser um típico representante do capitalismo e do pensamento estadunidense (Cruz, 2010).
 
Seja como for, o behaviorismo tem um papel importante em seu livro, por ser, supostamente, o maior representante da tabula rasa. Para quem não sabe o que isso quer dizer e está até agora boiando quando uso a expressão, “tabula rasa” foi um termo utilizado por Locke em seu “Ensaio Sobre o Entendimento Humano” (1690) para exemplificar de onde vem o conhecimento humano. Ele disse que nós chegamos ao mundo como uma tabula rasa e nela vão tendo inscrições ao longo do tempo, ou seja, que tudo que sabemos, aprendemos ao longo de nossa vida. A preocupação de Pinker é que existiriam esses defensores da tabula rasa na ciência contemporânea, que procuram negar a genética e o evolucionismo.
 
"Os behavioristas acreditavam que o comportamento podia ser compreendido independentemente do resto da biologia, sem atentar para a constituição genética do animal ou para a história evolutiva da espécie. A psicologia passava a consistir no estudo do aprendizado em animais de laboratório.B.F. Skinner (1904-90), o mais célebre psicólogo de meados do século XX, escreveu um livro intitulado The behavior of organisms ["O comportamento dos organismos", sem tradução em português], no qual os únicos  organismos eram ratos e pombos e o único comportamento era pressionar uma alavanca e bicar uma tecla. Foi preciso uma visita ao circo para lembrar os psicólogos de que as espécies e seus instintos tinham importância, sim. Em artigo intitulado "The misbehavior of organisms" ["O mau comportamento dos organismos", sem tradução em português], Keller e Marian Breland, alunos de Skinner,  relataram que quando tentaram usar as técnicas do mestre para treinar animais a inserir fichas de pôquer em máquinas automáticas, as galinhas bicaram as fichas, os guaxinins urinaram nelas e os porcos tentaram enterrá-las com o focinho. E  os behavioristas eram tão hostis com o cérebro quanto com a genética. Já em 1974, Skinner escreveu que estudar o cérebro  era só mais uma busca equivocada das causas do comportamento no organismo, em vez de no mundo exterior. " (Pinker, 2002/2004, p.41-42)
 
Vamos por partes.
 
Para começar, os behavioristas não acreditam que o comportamento pode ser “compreendido independentemente do resto da biologia”. É, na verdade, frequentemente o extremo oposto:
 
“Num primeiro momento, Skinner toma como modelo as ciências físicas e as transformações que ela enfrentava. Em sua obra mais madura, ele passa a operar com o modelo biológico, mais especificamente o fornecido pela teoria da evolução por seleção natural. Skinner, em 1938, defende que seu livro Behavior of Organism está voltado para uma análise do comportamento orientada por um sistema do qual a físico-química é um exemplo (Skinner, 1938/1966, PP. 434-435). Na década de 70, insere sua ciência no ramo da Biologia (Skinner, 1973ª/1978; 1974)."  (Michelleto, 2001, p.35)
 
Tampouco nega a genética, que para os behavioristas tem um papel importante na Psicologia, permitindo compreender aspectos fundamentais do comportamento e traçando potenciais e limites da intervenção do psicólogo. Nas palavras de Skinner:
 
“Para que haja comportamento é necessário um organismo que se comporte, e este organismo é produto de um processo genético. (...)  o conhecimento do fator genético nos capacita a fazer melhor uso de outras causas. Se soubermos que um indivíduo tem certas limitações inerentes, poderemos usar mais inteligentemente nossas técnicas de controle, mas não podemos alterar o fator genético.” (Skinner, 1953, p.23)
 
Mais absurdo ainda – se é que tem como – é a afirmação de que se negligencia a evolução pela seleção natural.  Skinner não apenas respalda a teoria da evolução e seleção natural, como que ela tem um papel central em suas principais obras (Skinner 1949; 1953; 1974; 1987; 1990), sempre pressupondo que o organismo que ele analisava e teorizava a respeito de seu comportamento era fruto do processo de evolução das espécies pela seleção natural. Mais do que isso, “Skinner busca na seleção natural os princípios que orientam sua concepção de objeto” (Michelleto, 2001, p.42), até que “gradualmente estes princípios se estendem à própria noção de causalidade” (IBID).
 
Skinner chega mesmo a considerar uma abordagem científica do comportamento humano como uma continuidade do trabalho de Darwin:
 
“No começo do século XIX, já era bem conhecido o fato de as espécies terem sofrido mudanças progressivas no sentido de formas mais adaptáveis. Estavam-se desenvolvendo ou amadurecendo e uma melhor adaptação ao meio ambiente sugeria uma espécie de propósito. Não se tratava de saber se ocorriam ou não mudanças evolutivas, e sim o porquê delas. Tanto Lamarck quanto Buffon recorriam ao propósito supostamente mostrado pelo indivíduo ao adaptar-se ao seu ambiente – propósito que, de alguma forma, se transmitia às espécies. Coube a Darwin descobrir a ação seletiva do ambiente, assim como cabe a nós completar o desenvolvimento da ciência do comportamento com uma análise da ação seletiva do meio." (Skinner, 1974, p.60-61)
 
É falsa também a afirmativa de que “A psicologia passava a consistir no estudo do aprendizado em animais de laboratório”, já que o cerne dos estudos behavioristas é, obviamente, o comportamento humano. Pinker deveria ter feito uma visita ao maior periódico de análise do comportamento do mundo, com quase 50 anos de atividade e com todos seus textos disponíveis online. Convido para que façam uma coleta de quantos experimentos ali são com animais não-humanos:http://seab.envmed.rochester.edu/jaba/
 
O que justifica um behaviorista realizar experimentos com animais não-humanos é justamente a crença de que não há uma ruptura abrupta entre o ser humano e os demais animais (continuidade entre espécies), de modo que, embora não sejamos de modo algum idênticos aos demais animais, os princípios básicos que controlam o comportamento, tanto do ser humano quanto dos demais animais, são os mesmos. Então, da mesma forma que um fisiologista poderia demonstrar os princípios básicos do funcionamento do organismo humano através da dissecação de outro animal – demonstrando os músculos lisos, a medula espinhal, as conseqüências de um dano ao córtex, o funcionamento de órgãos internos, etc – um behaviorista poderia demonstrar os princípios básicos do comportamento humano através de experimentos com ratos.
 
Em nenhum dos casos, tanto do fisiologista quanto do behaviorista, acredita-se que o ser humano seja idêntico aos demais animais, mas que tenha um funcionamento básico similar. As diferenças teriam de ser devidamente consideradas, da mesma forma que um fisiologista provavelmente não seria prudente ao ensinar o funcionamento do cérebro humano a partir do de uma rã, um behaviorista tem de fazer muitas considerações a respeito de características especificamente humanas e levá-las em consideração em sua análise. Como aponta Skinner, “dizer que o comportamento nada mais é do que uma resposta a estímulos constitui uma ultra-simplificação. Dizer que as pessoas são exatamente como os ratos ou os pombos é uma ingenuidade.” (Skinner, 1974, p.195)

Isso por si só já responde a crítica de Pinker ao “O Comportamento dos Organismos”, o primeiro livro de Skinner, publicado em 1938, logo após defender seu doutorado, e que nem de perto reflete a ciência que apenas mais tarde Skinner sistematizaria. Mesmo assim, Pinker erra feio novamente, pois, ao contrário do que diz, não há um experimento sequer com pombos em todo o livro – e desafio qualquer defensor do psicólogo a achar. O que já nos mostra que nem se deu ao trabalho de ler o livro que critica... Para piorar, parece ignorar solenemente o que Skinner ressalta logo no começo do livro:
 
“No sentido mais amplo, uma ciência do comportamento deve estar preocupada com todos os tipos de organismos, mas é sensato limitar-se, ao menos no começo, a um único exemplo representativo. Devido a uma certa antropocentricidade de interesses estamos inclinados a escolher um organismo que seja tanto similar ao homem quanto conveniente em termos de experimentação e controle.” (Skinner, 1938, p.47)
 
Seguindo ainda o mesmo trecho do Tabula Rasa, ele cita o “The Misbehavior of Organisms”, do casal Breland, como se fosse um “cala a boca” em Skinner. Nada poderia estar mais distante da realidade, tanto que eles continuaram behavioristas até o fim de suas vidas e suas experiências serviram para aperfeiçoar o treinamento de animais que até hoje é usado. Keller e Marian Breland fizeram algo que se Pinker tivesse pesquisado teria achado em abundância: behavioristas tentando delimitar até onde vão questões filogenéticas, até onde vão questões ontogenéticas. Mas, claro, mesmo se tiver achado, já temos bons motivos para acreditar que não publicaria, já que faria ruir a tese central de seu livro.
 
Fechando esse trecho, Pinker diz: “Já em 1974, Skinner escreveu que estudar o cérebro era só mais uma busca equivocada das causas do comportamento no organismo, em vez de no mundo exterior.”. O autor só pode estar se referindo ao único livro de Skinner em 1974, o “Sobre o Behaviorismo”. Procurei e não encontrei nada que sequer lembre o que ele atribui a Skinner. É possível, no entanto, encontrar o exato oposto, já que ao longo de toda sua obra sempre foi ressaltada a importância da fisiologia e neurociências. Ele apenas acreditava que tomar o cérebro como causa dos comportamentos, ao invés da história evolutiva e a história de vida, era uma estratégia ruim de investigação, que negligencia o fato de que o cérebro só tem determinada atividade a partir de um contexto.
 
Mas o psicólogo-evolucionista-“cientista”-cognitivo não se cansa:
 
Quando paramos para pensar, a ideia de uma natureza humana maleável não merece sua reputação de otimismo e enaltecimento. Se merecesse, B.F. Skinner teria sido louvado como um grande humanitário” (p.236)
 
O problema é que foi e não foi pouco. Skinner ganhou diversos prêmios por suas contribuições (algumas já mencionadas), incluindo... Humanista do Ano da American Humanist Society, em 1972. Pois é. Continue, Pinker:
 
“Skinner era defensor ferrenho da tabula rasa e um utopista exaltado.” (IBID)
 
Já explicamos bem esse ponto. Deixemos para o próprio Skinner a honra de jogar a última pá de terra sobre a questão:
 
“Nenhum estudioso do comportamento de boa reputação, jamais defendeu “que o animal chega ao laboratório virtualmente como uma tábula rasa, ou que diferenças entre espécies são insignificantes, e que todas as respostas são igualmente condicionáveis a estímulos.”” (Skinner, 1984, p.303)
 
Obrigado.
Mas continuando no mesmo trecho do Tabula Rasa:
 
“Por que a maioria das pessoas sente repulsa por essa visão? Críticos de Beyond freedom and dignity [Para além da liberdade e da dignidade, na tradução em português], de Skinner, ressaltaram que ninguém duvida da possibilidade de controlar o comportamento; apontar uma arma para a cabeça de alguém ou ameaçar a pessoa de tortura são técnicas tradicionais. Até mesmo o método preferido de Skinner, o condicionamento operante, requeria fazer o organismo passar fome até que seu peso se reduzisse a 80% do que seria com alimentação livre e confiná-lo em uma cela onde os esquemas de reforço fossem cuidadosamente controlados. A questão não é se somos capazes de mudar o comportamento, e sim a que custo.” (p.236-237)
 
É ignorado o fato de que para Skinner, como para a maioria dos filósofos da ciência, controle se refere a qualquer relação entre eventos que de alguma forma se determinam. Se o comportamento humano não brota por geração espontânea, ou seja, se tem uma causa, então ele écontrolado. A proposta de Skinner envolve descrevemos melhor o que controla nossos comportamentos para assim planejarmos para nós mesmos um mundo melhor. Em outras palavras, produzir o que desejamos que seja produzido para nós mesmos.
 
Não satisfeito, Pinker tenta pintar Skinner como um verdadeiro torturador de animais. Mas ele ignora, provavelmente devido à sua falta de erudição acadêmica que insiste em aparecer, o fato de que os animais em seu ambiente natural nunca estão com seu peso total, aquele peso que podem adquirir com continua alimentação (Poling, Nickel, & Alling, 1990). Isso só ocorre em laboratórios e em alguns animais domésticos e reduzir em 20% seu peso não é fazê-los passar fome, mas estabelecer condições mais próximas do ambiente natural.
 
Por fim, Pinker tenta atacar o behaviorismo apelando para a liberdade humana“Mas não podemos fingir que somos capazes de remodelar o comportamento sem infringir de algum modo a liberdade e a felicidade das outras pessoas. A natureza humana é a razão de não entregarmos nossa liberdade nas mãos dos engenheiros comportamentais.” Entrando em explícita contradição consigo mesmo, inclusive mais à frente neste mesmo livro, como quando critica a ideia de alma e livre-arbítrio:
 
“Não poderíamos esperar reduzir atos malignos instituindo códigos morais e legais, pois um agente livre, flutuando num plano diferente do das setas de causa e efeito, não seria afetado pelos códigos. Moralidade e lei não teriam utilidade. Poderíamos punir um transgressor, mas seria por pura vingança, pois a punição não teria nenhum efeito previsível sobre o comportamento futuro do transgressor ou de outras pessoas cientes da punição.
Por outro lado, se a alma for previsivelmente afetada pela perspectiva de apreço e vergonha ou recompensa e punição, ela não é mais realmente livre, pois é compelida (ao menos probabilisticamente) a respeitar essas possíveis conseqüências. Qualquer coisa que converta padrões de responsabilidade em mudanças na probabilidade de comportamento – como a regra “Se a comunidade pensar que você é um mal-educado por fazer X, não faça X” – pode ser programada em um algoritmo e implementada no hardware neural. A alma é supérflua.” (p.246)

 
Boniiiito, hein? Então quando você quer criticar o behaviorismo existe liberdade, quando quer defender seu ponto, não?
 
Sou obrigado a admitir que dos males esse é o menor. Não dá pra esperar coerência de alguém que, como vimos, inventa fatos, distorce citações, inventa citações, recorta criminosamente trechos para favorecer seu ponto, critica o que não leu (ou leu e tenta enganar seu público), tira ideias da cartola e atribui a seus oponentes, não pesquisa sobre o que afirma, não cita fontes, não traz dados, utiliza uma enormidade de falácias lógicas e faz malabarismos para desinformar seu leitor.
 
Senhoras e senhores, é por tudo isso aqui apresentado que concluo que Steven Pinker é um genuíno charlatão intelectual, com traços de um papagaio intelectual. Um híbrido, um exímio representante da espécie que pretendo continuar denunciando até levá-la próxima à extinção e que fez bastante por merecer o lugar de honra como o precursor dessa série. Palmas pra ele.

Notas:


[1] – Você pode encontrar respostas mais extensa às críticas de Chomsky nos artigos de MacCorquodale [link] e Palmer [link]
 
[2] - Adoraria discorrer sobre por que as ideias e explicações propostas por Pinker são muito ruins, insustentáveis, comparáveis a qualquer ficção a partir de alguns dados que não induzem às suas conclusões. No entanto, isso já ficou enorme para um post de blog e deixarei isso para um outra oportunidade, talvez com uma crítica mais ampla a algumas explicações cognitivistas e evolucionistas.
 
Referências Bibliográficas:
 
BATESON, P. The Corpse of a Wearisome Debate. Science, 297 (27),2212-2213, 2002
 
CARVALHO-NETO, M.B. B. F. Skinner e as explicações mentalistas para o comportamento: uma análise histórico-conceitual (1931-1959). Tese de doutorado, USP, 2001


CHOMSKY, N. Review of B.F. Skinner’s Verbal Behavior. Language, Vol 35. No. 1, 1959
 
CRUZ, R. Possíveis Relações entre o Contexto Histórico e a Recepção do Behaviorismo Radical. Psicologia Ciência e Profissão, 30 (3), 2010
 
HUNZIKER, M.H.L. (2001) O estudo do desamparo aprendido como estratégia de uma ciência histórica/ in Guilhardi, Hélio José, et AL; Sobre Comportamento e Cognição: expondo a variabilidade – Org. Hélio José Guilhardi. 1ª Ed. Santo André, SP: ESETec Editores Associados, 2001. V.7
 
LOCKE, J. Ensaio acerca do Entendimento Humano. São Paulo: Nova Cultural. 1988
 
MICHELLETO, N. Bases filosóficas do behaviorismo radical.  In BANACO, RobertoAlves et al. Sobre Comportamento e Cognição: aspectos teóricos, metodológicos e de formação em análise do comportamento e terapia cognitivista. 1ª edição, Santo André, SP. Editores Associados, 2001
 
PINKER, S. Como a mente funciona – São Paulo, Companhia das Letras, 1998

PINKER, S. Tábula rasa: a negação contemporânea da natureza humana - São Paulo: Companhia das Letras, 2004
 
POLLING, A., Nickel, M., & Alling, K. Free birds aren’t fat: Weight gain in captured wild pigeons maintained under laboratory conditions. Journal of the Experimental Analysis of Behavior, 53, 423-424. 1990
 
SKINNER, B. F.. The behavior of  organisms. New York: Appleton-Century-Crofts. 1938
 
SKINNER, B.F. Para além da Liberdade e da Dignidade. Lisboa: Edições 70, 1974
 
SKINNER, B.F. Seleção por conseqüências.  Revista brasileira de terapia cognitiva e comportamental. Volume IX, 2007
 
SKINNER, B.F. Ciência e comportamento humano. 2ª edição – Editora Universidade de Brasília, 1970
 
SKINNER, B.F. Contingências de reforço: uma análise teórica. 2.ed – São Paulo: Abril Cultural, 1984.
 
SKINNER, B.F. Sobre o behaviorismo/ 10ª edição – São Paulo: Cultrix, 2006
 

SUBJECT: RES: [ciencialist] Nudez provoca terremotos, maremotos, o escambau...
FROM: "Verner Stranz" <vernerstranz@ig.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/06/2015 08:55

O que é sécuba?

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br]
Enviada em: sábado, 13 de junho de 2015 11:51
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: [ciencialist] Nudez provoca terremotos, maremotos, o escambau...

 

 

Olá,

 

Quando forem de férias à Malásia, cuidem para que não fiquem nus em montes, pois se isto acontecer as placas tectônicas começarão a deslizar umas sobre as outras, a terra tremerá, o mar se agitará, e o povo vai achar que você é um sécuba. Dá cadeia e multa. Mas é só, relaxem. Não há separação entre corpo e cabeça.

 

http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/efe/2015/06/13/malasia-deporta-turistas-que-posaram-nus-no-monte-kinabalu.htm

 

Povo evoluído cientificamente!   Pois sim.

 

Sds,

Victor.




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SUBJECT: Re: [ciencialist] Steven Pinker é um charlatão doutorado em psicologia pela Universidade de Harvard?
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/06/2015 09:35

Acho que é esse cara que afirma, dentro da sua ética utilitarista, que abortar um bebe após certo tempo é tão válido qto matar um recem nascido. Ele afirma isso, não para condenar o aborto, mas sim para justificar o infanticídio.




Em Sábado, 13 de Junho de 2015 19:52, "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br> escreveu:


 
É o que pensa Pedro Sampaio, psicólogo clinico de Minas Gerais.

Steven Arthur Pinker (Montreal18 de setembro de 1954) é um  psicólogo  linguista canadense 
Durante 21 anos foi professor no Departamento do Cérebro e Ciências Cognitivas do Massachusetts Institute of Technology antes de regressar a Harvard em 2003. Pinker completou o bacharelado em Psicologia da Universidade McGill no ano 1976, e doutorado em Psicologia Experimental da Universidade de Harvard em 1979.
Fonte Wikipédia.

E no site da Universidade de Harvard está o imenso currículo do suposto charlatão que é um dos psicólogos mais famosos do mundo. - http://pinker.wjh.harvard.edu/about/current_cv/cv%20Steven%20Pinker.htm

Como então um “cientista” desta envergadura pode ser considerado um charlatão? Será que o nosso psicólogo mineiro endoidou? A leitura da peça condenatória de Pinker revela que o autor não endoidou. Então Pinker seria mesmo um charlatão? E porque perdermos tempo com isso? Ocorre que o Pinker aparece com destaque em nossa bibliografia do curso de lógica. A nossa lógica, à diferença do que se vê em muitos textos de filosofia, é um instrumento do PENSAMENTO, que é produto do que chamamos MENTE, e que é objeto de estudo da psicologia, ciência ainda em fase de gestação, que tem por objeto os fenômenos mentais e emocionais. Isso porém não significa que repudiamos os filósofos metafísicos, a exemplo de Kant que aparece duas vezes na nossa bibliografia com as suas criticas da razão pura e da razão prática. Ocorre que Kant não foi metafísico 24 horas por dia, o que lhe permitiu escrever alguns textos de cunho lógico-cientifico.  

Penso.. ( quase que eu uso “Creio” no lugar de “Penso” – os humanos são tão polissêmicos que atribuem o mesmo signIficado a palavras tão distintas como crer e pensar. Só falta alguém considerar que a fé é um combustivel do pensamento ... se emoção, porque a fé não poderia ser?.... penso que Pinker não é um charlatão autêntico, mas alguém com uma tremenda vocação para o marketing pessoal que certamente contribuiu para a sua fama. Um dos recursos de marketing que ele adotou a esmo nos seus Best Sellers é o humorismo, cujo emprego exagerado banalizou alguns conceitos de correntes da psicologia às quais ele se opõe. Temos então que levar em consideração as criticas do nosso psicólogo mineiro, que também exagerou. Ocorre que muitas coisas ditas por Pinker têm valor cientifico. Em sendo um charlatão, ele teria copiado essas coisas certas de outros autores. Mas do ponto de vista do pensamento cientifico isso faz alguma diferença quando estamos diante da incumbência de analisar os conceitos? Para a nossa lógica o que importa é o CONCEITO E NÃO A AUTORIA DO CONCEITO, mesmo porque não temos condições de verificar quem foi o autor original de tantos conceitos, exceto quando uma teoria (respeitada ou não, equivocada ou não) foi criada por um único autor como é o caso da Psicanálise de Freud. Porém mesmo neste caso precisamos ter o cuidado de levar em conta que alguns dos conceitos da psicanálise podem ter sido inspirados por alguns filósofos como Nietzche e Shoppenhauer. Um equivoco generalizado que ocorre em relação à psicanálise é que muitos de seus criticos desconhecem a evolução pela qual a criação de Freud passou nos últimos 100 anos. Uma sessão de boa psicanálise do século XXI é muito diferente do que Freud fazia. 

Mtnos Calil

Ps. Para editar o artigo abaixo tive dedicar um bom tempo. Seria muito mais simples meramente informar o link. No entanto, alguém disse que fazendo isso eu estava "abusando". Só se for de mim mesmo. 

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Da Série "Charlatões Intelectuais": Parte 1 - Steven Pinker
11 de abril de 2012
Por Pedro Sampaio, psicólogo clinico de Belo Horizonte, MG
http://pedro-sampaio.blogspot.com.br/2012/04/da-serie-charlatoes-intelectuais-parte.html
Charlatões e papagaios
 
Charlatão é aquele que procura ludibriar outrem, ou seja, enganar, distorcer para favorecer-se ou oferecer algo como se fosse vantajoso quando na verdade não o é.  Um charlatão intelectual é alguém que distorce os fatos, manipula dados, recorta citações, utiliza falácias lógicas, tudo de modo a favorecer o ponto que pretende defender. Um charlatão intelectual talvez seja ainda mais perigoso que um charlatão ordinário, já que pode travestir o que pretende defender de ciência, munindo-se do prestígio desta (e até de sua autoridade ou de autores respeitados) para ludibriar, correndo o risco de persuadir não apenas a população de um modo geral, mas o próprio meio acadêmico e científico.
 
Isso ocorre porque, embora o meio acadêmico e científico procure estratégias para minimizar isso, a grande maioria da massa acadêmica e científica é composta pelo que chamo de papagaios intelectuais. Há as autoridades, os formadores de opinião, que são pouquíssimos, e uma multidão de papagaios para ecoar o que ouvem as autoridades dizerem.
 
 
É algo delicado. Em certa medida, todos estamos susceptíveis a sermos, em algum momento, ludibriados por autoridades. Vamos supor que lemos incessantemente figuras que temos como autoridades da área dizendo que Louis Vitalle (nome fictício, só para exemplificar) foi um filósofo do século XIX que defendeu a escravidão, argumentando com base em Maquiavel que “os fins justificam os meios”. E que, ainda em nossa suposição, Vitalle foi superado quando Peter Bowen (idem) demonstrou a inconsistência deste argumento, e vemos até que muitas destas autoridades procuram esmiuçar melhor o argumento de Bowen e criticar o de Vitalle. É bastante possível que quando falarem de Vitalle conosco, associemo-lo com essas idéias e até que se perguntarem sobre ele, digamos que ele defendia isso, ainda complementando com nossa própria opinião, dizendo que Vitalle defende uma bobagem.
 
Mas o legítimo papagaio acadêmico é aquele que não apenas faz isso, como é capaz de escrever textos e artigos em cima de um possível espantalho do argumento de Vitalle (já que ele nunca o leu) e até mesmo um livro com o título “O Vitalleísmo na sociedade contemporânea: como idéias ultrapassadas mantêm o preconceito”.  É aquele que mesmo diante de alguém que estudou e conhece Vitalle e aponta que essa opinião é equivocada, trazendo trechos que demonstram o oposto e convocando-o a ler o autor, persiste no erro por orgulho (compromisso maior com seu ego do que com o conhecimento) ou por confiança cega nas autoridades (um problema que já levantei mais de uma vez aqui no blog).
 
Cansado do charlatanismo e da papagaiada que o sustenta, decidi escrever esta série de textos que visa esclarecer alguns equívocos e, por que não dizer na lata, mentiras muito difundidas. Confesso que tenho uma esperança um tanto ilusória de que cada texto seja suficiente para encerrar a questão de que tratarei e não precisarei mais ficar repetindoad nauseam as mesmas coisas, mas se eles pelo menos esclarecerem algumas pessoas, for útil a outras e me poupar esforços em debates futuros, ele já terá cumprido sua função.
 
 
Parte 1 – Steven Pinker 
 
Steven Pinker é um cientista cognitivo estadunidense e talvez seja o psicólogo mais famoso do mundo atualmente, já tendo figurado em listas como “As 100 pessoas mais influentes do mundo” da TIMES e cujos livros são best-sellers – especialmente se levarmos em conta como normalmente vendem pouco livros de psicologia e divulgação científica. Ele não é tão conhecido por alunos de Psicologia no Brasil, mas isso porque por aqui estudamos mais história da psicologia do que o que de fato vem acontecendo na área mundo afora.
 
Ele já tinha alguma fama, mais ou menos local, mas virou pop star mesmo quando Richard Dawkins começou a divulgá-lo e o próprio Pinker tornou-se um dos principais representantes das críticas à religiosidade (e teórico de explicações naturalistas da religiosidade) dentro da Psicologia.  Ateus, principalmente os leigos em Psicologia, começaram a tomá-lo como autoridade da área e divulgar bastante seus trabalhos. Isso também por que Pinker se diz um psicólogo evolucionista e a Psicologia Evolucionista também começou a ser bem quista e bem divulgada por este grupo, por, aparentemente, ser aquela linha da psicologia que leva em consideração a teoria da evolução pela seleção natural, de Darwin. E a seleção natural é algo bem estabelecido, elegante e querido por cerca de 11 em cada 10 ateus.
 
Os dois principais livros de Pinker são Como a mente funciona (1996) e Tábula rasa (2002), dois trambolhos de mais de 700 páginas cada um, nos quais Pinker apresenta dados de pesquisas, conjecturas, o cerne de uma abordagem evolucionista da mente e críticas às demais linhas teóricas da Psicologia. Seu nêmesis: o behaviorismo. São dezenas de referências ao behaviorismo e a autores behavioristas nesses dois livros. O Tábula rasa, em especial, é sustentado na idéia de que, quando se trata de comportamento humano, há uma “negação da natureza humana” por parte de muitos, incluindo acadêmicos e escolas teóricas inteiras. Como Locke, essas pessoas e escolas estariam, ao jogarem para escanteio a genética e a seleção natural, afirmando que o ser humano vem ao mundo como uma tábula rasa, sem nada “inscrito” nele, e que tudo que observamos é adquirido ao longo de sua vida. Os behavioristas seriam, supostamente, os maiores defensores dessa idéia.
 
 
Como a mente funciona
 
“Como a Mente Funciona” (1996) foi o primeiro livro bem vendido de Pinker. Nele, o pop star cognitivista se engaja na ousada tarefa de explicar, duh, como a mente funciona – como entrega o título. Claro, o autor é o primeiro a admitir que seja uma tarefa hercúlea e talvez impossível, já que não há tanto consenso na área e muito ainda está sendo estudado, mas aponta seus estudos prediletos como promissores para este empreendimento.
 
Assim, começa a delimitar, de maneira explícita e implícita, aqueles estudos e abordagens que seriam a via régia para uma psicologia científica que procura desvendar o homem, e aqueles ultrapassados estudos e abordagens que seriam os inimigos do conhecimento na psicologia, que têm freado os nobres desbravadores que ousam tentar descobrir como a mente funciona. E do começo ao fim de seu livro ele procura alocar o behaviorismo nesse segundo grupo:
 
“A velha teoria do estímulo e resposta da escola behaviorista afirmava que crenças e desejos não tinham relação alguma com o comportamento – de fato, que eram tão não científicos quanto uma lenda folclórica ou a magia negra. (...) Como observou o célebre behaviorista B.F. Skinner: ‘A questão não é se as máquinas pensam, mas se os homens pensam’.”
            Obviamente, homens e mulheres pensam; a teoria do estímulo-resposta revelou-se errada. Por que Sally saiu correndo do prédio? Por que acreditava que ele estava pegando fogo, e ela não queria morrer.” (Pinker, 1996/1998,p.73)

 
Ao ler este trecho, qualquer pessoa minimamente familiarizada com o behaviorismo já se dará conta de que hercúlea mesmo talvez seja a tarefa que estou empreendendo aqui. Afinal, cada frase deste trecho contém tantos, mas tantos erros, que se dar ao trabalho de refutar um livro inteiro repletos destes é aquele tipo de tarefa em que somos vencidos pelo cansaço antes mesmo de começarmos.  Por sorte, Pinker não apenas comete uma enormidade de erros, mas também os repete muito, o que me permite refutar apenas uma vez pontos que aparecem repetidamente.
 
No trecho acima, portanto, já podemos observar algumas desonestidades e desconhecimentos. Para começar, tachar a idéia que pretende refutar de “velha” já é um estratagema erístico  para conduzir o leitor a ver com maus olhos a teoria, pois já insinua como definitivo e aprioristico de que ela é ultrapassada. O que não precisamos ter pudor em dizer que era sua intenção, já que logo a frente diz que a teoria “revelou-se errada”, tomando, o que deveria ser uma conclusão, como uma petição de princípio.
 
Se formos generosos com Pinker, podemos tentar argüir que ele chama de velha é apenas a teoria estímulo-resposta do behaviorismo, teoria que, de fato, caiu em desuso (desconheço behavioristas watsonianos, mas corrijam-me se eu estiver errado). Hoje, e já há mais de meio século, a modalidade de behaviorismo a qual os behavioristas contemporâneos têm como referência é o chamado behaviorismoradical, de Skinner, que não é “estímulo-resposta”. Mas fica difícil ceder isso a Pinker quando ele mesmo, logo em seguida, coloca Skinner neste mesmo balaio, tomando-o como referência desta concepção “velha” e “errada”. E, claro, pelo fato de que esse erro é repetido algumas vezes no livro:
 
“Skinner e outros behavioristas asseveraram que toda conversa sobre eventos mentais era especulação estéril; somente as conexões estímulo-resposta poderiam ser estudadas no laboratório e no campo. Exatamente o oposto revelou-se verdadeiro.” (p.95)
 
Isso começa a sinalizar um equívoco que está colocando sua cabecinha para fora nesse trecho, mas que vai se repetir muitas vezes mais a frente: confundir “teoria do estímulo e resposta” com behaviorismo, confundir behaviorismo com behaviorismo radical, confundir “teoria do estímulo e resposta” com paradigma operante (de Skinner) e generalizar “behaviorismo”, sendo que existem várias modalidades deste. Isso é um erro primário, que qualquer pessoa minimamente preocupada em ler algo a respeito do que vai criticar antes de escrever sobre descobriria logo nas primeiras leituras. Mas temos evidências de que Pinker saiba disso, mas que mesmo assim deliberadamente manipula os termos de modo a induzir o leitor leigo ao erro, como demonstrarei mais contundentemente ao longo do texto.
 
Pois bem, essa confusão e generalização é um erro, pois era Watson quem propunha o estudo do comportamento através de esquemas de estímulo e resposta, sendo uma proposta reconhecida comomecanicista, já que envolve apenas uma relação mecânica: um estímulo que elicia uma resposta. Já o Behaviorismo Radical trabalha com relações funcionais, numa proposta que envolve um contexto que produz uma determinada resposta, que, por sua vez, tem uma conseqüência. Esta conseqüência, por seu turno, influencia a probabilidade futura de uma resposta similar num contexto similar. Uma conseqüência que aumente a probabilidade de o organismo voltar a emitir aquela resposta em contextos similares é chamada dereforçadora; uma consequência que diminua essa mesma probabilidade é chamada de punitiva. Em suma, é uma noção de causalidade formulada em termos de relações funcionais entre eventos, o que é um modo de afastar-se de posturas mecanicistas.
 
Dado que já há quase um século a modalidade de behaviorismo que é adotada mundo afora é o behaviorismo radical, quando eu me referir a behaviorismo ao longo deste texto, estarei falando do behaviorismo radical, também para entrar em consonância com o autor, que evidencia estar atacando este, apesar de falar apenas “behaviorismo”.
 
Em seguida, ainda no mesmo trecho (da página 73, supracitado), Pinker diz que o behaviorismo rejeita crenças e desejos, que estes nada teriam a ver com o comportamento. Isso também é distorcer os fatos em prol do ponto que pretende consolidar. O que o behaviorismo rejeita é que as explicações dos comportamentos cessem no que chamamos de “desejos” e “crenças”. Este é o cerne da crítica behaviorista ao mentalismo: não que o behaviorismo acredite que não existem aqueles processos que chamamos de “mentais”, como o pensar, sentir, querer, a consciência e outros, mas rejeita-os como entidade, como agentes e como causa suficiente para a explicação do comportamento humano. Dizer que Sally saiu correndo do prédio “Por que acreditava que ele estava pegando fogo, e ela não queria morrer” não é explicar o comportamento, mesmo que a própria Sally o explique assim.  É circular: por que Sally saiu correndo do prédio? Por que ela acreditava que ele estava pegando fogo e não queria morrer. Por que você acha que a Sally acreditava que o prédio estava pegando fogo e ela não queria morrer? Por que ela saiu correndo do prédio. E assim ad infinitum.
 
Uma boa explicação científica é aquela que melhor permite prever e controlar o fenômeno, coisa que as explicações mentalistas não são boas. A explicação behaviorista para Sally ter saído correndo do prédio infelizmente será mais complexa do que “porque ela quis assim” do cognitivismo popular de Pinker. Mas eis o demérito de muitas explicações científicas: muitas vezes elas requerem maior esforço e investigação do pesquisador. De maneira semelhante, explicar a origem da vida de maneira convincente para um leigo absoluto, exigirá mais atenção do que uma explicação como “porque Deus quis assim”. Assim, podemos especular que Sally saiu correndo do prédio talvez por razões filogenéticas (se é que há algo como uma resposta inata de fuga diante de muito fogo) somadas à sua história de vida, que inclui suas experiências aversivas com fogo; sua aprendizagem de que ele queima (ela não precisa ter sido queimada, podem ter ensinado isso a ela); de que, em caso de incêndio, deve sair correndo; de talvez ter visto filmes, programas, documentários, lido livros, em que tomou conhecimento de que se ficar dentro de um prédio em chamas, morrerá queimada; etc. Pessoas que não passaram por essas ocasiões, não irão simplesmentequerer , brotar um desejo, de sair correndo do prédio. E se uma pessoa é insistentemente ensinada que, em caso de incêndio, ela deve se esconder debaixo da cama, aconteça o que acontecer, dizer que ela, diante do incêndio, se escondeu debaixo da cama “por que teve vontade” é uma pseudo-explicação, insuficiente e que negligencia importantes questões na explicação do comportamento.
 
É claro que existe isso  que chamamos de desejos e crenças, mas eles também têm uma causa e um behaviorista acredita que compreender a causa destes é uma explicação melhor para o comportamento, pois permite que você compreenda, preveja e altere o comportamento de maneira mais eficaz.
 
Sobre o behaviorismo ver crenças e desejos como algo não-científico, isso parece um espantalho do que disse Watson, “pai” da modalidade de behaviorismo citada mais acima, aquela que de fato caiu em desuso. O que ele diz é que crenças, desejos, pensamentos e até sentimentos são difíceis de estudar, por não permitirem observação consensual de múltiplos pesquisadores, e que a Psicologia deveria parar de privilegiar a introspecção como método e focar-se nos comportamentos observáveis. Isso coloca Watson com um raciocínio próximo de algumas modalidades de positivismo. Mas o que nos diz respeito é que isso não fala muito sobre os demais behaviorismos, em especial o skinneriano (behaviorismo radical), já que esta não é, absolutamente, a posição de Skinner. Skinner chama as crenças, desejos, pensamentos, emoções, e demais eventos geralmente chamados de “mentais”, deeventos privados. Privados, pois apenas uma pessoa, a princípio, tem acesso a eles: o próprio sujeito que pensa, deseja, etc. E os eventos privados não apenas são considerados como têm uma centralidade na teoria skinneriana:
 
"Na medida em que o comportamento verbal começa a ser estudado, amplia-se a abrangência deste fazer, de forma a incorporar todos os níveis da ação humana; os eventos privados, a moral, o pensamento, a consciência, a alienação e a própria ciência, que é compreendida como uma forma de comportamento (...). O estudo do comportamento verbal permite propor eventos privados como pertencentes ao seu objeto de estudo, o que afasta Skinner de posturas metodológicas que defendem a necessidade de observação direta como condição de tomar um objeto como passível de ser estudado pela ciência, uma vez que ela permitiria um consenso público." (Michelleto, 2001, p.41)
 
Mas não satisfeito em desinformar a respeito do behaviorismo, Pinker fecha seu parágrafo com uma suposta citação de Skinner, que endossaria seu ponto de que os behavioristas ignorariam pensamentos e outras atividades não-diretamente-observáveis: “Como observou o célebre behaviorista B.F. Skinner: “A questão não é se as máquinas pensam, mas se os homens pensam”(p.73).
 
Não é em vão que Pinker não traz referência alguma da citação: vai que alguém procura! Eu mesmo procurei bastante e não achei referência a não serem as que remetem ao próprio Pinker e outros já haviam tentado procurar e não acharam (Carvalho-Neto, 2001). Mas meu amigo Ramon Cardinali se lembrava de ter lido algo semelhante e conseguiu achar a fonte: "Mas a questão real não é se as máquinas pensam, mas sim se os homens pensam. O mistério que envolve uma máquina pensante já envolve o homem pensante." (Skinner, 1969/1984, p.387-388) Mas ao ler o contexto no qual a frase aparece, fica evidente a razão pela qual Pinker omite a referência. Skinner não estava dizendo ou insinuando que os homens não pensam, como o autor tenta nos convencer: “Obviamente, homens e mulheres pensam; a teoria do estímulo-resposta revelou-se errada.” Tentando não apenas dar como enterrada a teoria que pretende criticar como também dizendo que ela acreditava que os homens e mulheres não pensam, o que é um absurdo e uma mentira muito distante da realidade. Skinner disse isso enquanto debatia sobre inteligência artificial e procurava atentar para a importância de se definir melhor, operacionalizar melhor, o que entendemos por “pensar” antes de dizer que as máquinas pensam.
 
Um defensor do psicólogo evolucionista poderia dizer que é difícil afirmar que Pinker deliberadamente omitiu a referência para prestidigitar o leitor, mas que pode ter ouvido alguém atribuir essa fala a Skinner e colocou em seu livro. Pois, caro defensor, isso não melhora em nada a situação do psicólogo. Ouvir numa mesa de bar, no corredor de uma universidade ou seja onde for  que alguém disse algo e utilizar isso em seu livro sem se preocupar em verificar a fonte, a veracidadedaquilo, tomando como fato um boato informal, já é de uma desonestidade intelectual, de um descompromisso com a verdadeímpar. É evidência de que se trata de um profissional que não está interessado em construir conhecimento, mas apenas em construir uma próspera carreira para si.
E, infelizmente, tem sido bem sucedido nisso.
 
Tá na boa, né Pinker?
 
Concluindo seu raciocínio, Pinker procura demonstrar por que Skinner estaria errado, dando um exemplo de explicação de um comportamento: “Por que Sally saiu correndo do prédio? Por que acreditava que ele estava pegando fogo, e ela não queria morrer.”
 
A maioria dos psicólogos e até mesmo estudantes de Psicologia pensarão que Pinker está brincando ou debochando do behaviorismo, talvez insinuando que até pseudo-explicações como essa, pra lá de senso comum e ineficaz, seriam melhores que as behavioristas. Mas não, ele está falando sério. Steven Pinker é adepto da psicologia intuitiva ou psicologia popular (folk psychology) como capaz de fornecer as melhores explicações psicológicas que dispomos, como ele mesmo esclarece e repete várias vezes em seu livro:
 
“No nosso dia-a-dia, todos nós predizemos e explicamos o comportamento de outras pessoas com base no que achamos que elas sabem e no que achamos que elas desejam. Crenças e desejos são as ferramentas explicativas de nossa psicologia intuitiva, e a psicologia intuitiva ainda é a mais útil e mais completa ciência do comportamento que existe. Para predizer a grande maioria dos atos humanos – ir até a geladeira, subir no ônibus, pegar a carteira – você não precisa labutar num modelo matemático, simular uma rede neural no computador nem procurar um psicólogo profissional; basta perguntar à sua avó.” (Pinker, 1996/1998, p.74-75)
 
Esse pensamento de Pinker parece ser influência do filósofo Daniel Dennett, uma das personalidades mais citadas pelo psicólogo. Tratarei de Dennett com o devido esmero em breve (a parte 2 da presente série será dedicada a ele), mas podemos adiantar que o filósofo dedicou-se a tecer argumentos em defesa da psicologia intuitiva como ferramenta para compreender e prever o comportamento alheio. Podemos ver esboços do pensamento do filósofo mais claramente no trecho a seguir, onde Pinker aproveita para novamente criticar o behaviorismo:
 
E agora chegamos ao modo como a mente conhece outras mentes. Somos todos psicólogos. Analisamos mentes não só para acompanhar as tramas das novelas na televisão mas para entender as mais simples ações humanas. O psicólogo Simon  Baron-Cohen defende esse argumento com uma história.  Mary entrou no quarto, andou lá dentro e saiu. Como você explica isso? Talvez você diga que Mary estava procurando algo que desejava encontrar e pensou que aquilo se encontrava no quarto. Talvez  você diga que Mary ouviu alguma coisa no quarto e quis saber o que fez aquele barulho. Ou talvez diga que Mary esqueceu aonde estava indo; talvez,  na verdade, ela pretendesse ir para o andar de baixo. Mas você com certeza não diria que Mary faz exatamente isso todos os dias nessa hora: ela entra no quarto, anda lá dentro e depois sai. Não seria naturalexplicar o comportamento humano na linguagem de tempo, distância e massa dos físicos e, além disso, seria errado; se você voltasse no dia seguinte para testar a hipótese, ela seguramente seria refutada. Nossa mente explica o comportamento das outras pessoas segundo as crenças e desejos que elas têm, pois o comportamento das outras pessoas, de fato é causado por suas crenças e desejos. Os behavioristas estavam enganados, e todo mundo intuitivamente sabe disso.” (IBID, p.349)
 
Pinker tem razão ao dizer que todos nós, em alguma medida, “analisamos mentes”, ou seja, tentamos entender por que fulano fez o que fez e pressupomos um mundo privado nas pessoas, que elas são capazes de pensar, sentir, refletir, têm consciência, assim como nós. Dois termos que se tornaram populares falam disso: pressupor que as outras pessoas têm esse rico mundo privado é chamado de teoria da mente e pressupor que façam algo com alguma intenção se chamapostura intencional.
 
Mas isso não faz de alguém um psicólogo mais do que observar e se indagar sobre os céus faz de alguém um astrônomo. Pinker, inclusive, ao dizer que o behaviorismo está errado porque as pessoas tendem a explicar o comportamento alheio a partir de suas crenças e desejos e que “todo mundo intuitivamente sabe disso”, lança um argumento similar a alguém que, em uma comunidade que venera a lua como uma deusa, diz que “as pessoas explicam os movimentos nos céus através das brigas dos deuses. Os astrônomos estavam enganados, e todo mundo intuitivamente sabe disso”. O seu argumentum ad populumnão é uma justificativa ou boa explicação, mas simplesmente mais uma falácia lógica.
 
E novamente constrói um espantalho do behaviorismo ao insinuar que uma explicação behaviorista envolveria Mary fazer exatamente aquilo todos os dias naquela hora e, portanto, uma observação casual de que isso não ocorre seria suficiente para fazer ruir o behaviorismo. E nesse momento, Skinner, com algumas medalhas como a National Medal of Science (1968) e American Psychological Association Citation for Outstanding Lifetime Contribution to Psychology (1991) no pescoço, se revira no caixão. Aliás, é tanta bobagem que sai das mãos do autor, que se Skinner ainda não se ergueu de seu túmulo repetindo “Brains, brains...” deve ser por que não encontraria muito alimento no psicólogo evolucionista.
 
O fato é que a caracterização do behaviorismo por Pinker está muito distante da realidade. Uma visão similar foi perpetuada pelo linguista Noam Chomsky que, ao criticar um livro de Skinner (Chomsky, 1959), sugeriu que a linguagem prova que os behavioristas estão equivocados, já que existem infinitas combinações diferentes dentro da linguagem e que as pessoas não podem ter sido reforçadas em cada variação possível para emiti-las, mas que são capazes de emitir frases que nunca antes construíram, fazer combinações, sem que estas tenham sido reforçadas anteriormente – já que nunca haviam ocorrido. A crítica de Chomsky é tão distante das asserções skinnerianas que o próprio Skinner não quis responde-las (o que considero um erro, como já apontei em outro texto aqui no blog), dizendo simplesmente que o linguista não leu seu livro ou não o entendeu, contando que a crítica inapropriada não valia a resposta e se desvaneceria com o tempo [1]. Claro, o erro de Skinner foi pressupor que a honestidade intelectual prevaleceria, que antes de ecoar as críticas do linguista as pessoas se dariam ao trabalho de ler seu livro e assim veriam o absurdo da crítica por si mesmas. Em suma, seu erro foi ignorar os papagaios intelectuais e seu imenso poder.
 
O cerne do erro tanto de Pinker quanto de Chomsky é o mesmo: para o behaviorismo, você não faz apenas o que já fez anteriormente, tampouco tudo que faz é porque agiu exatamente da mesma forma antes e foi reforçado. O behaviorismo não apenas considera a variabilidade comportamental como ela é central em seu princípio mais fundamental: a seleção por consequênciasA seleção por consequências é um análogo da seleção natural. Enquanto nesta última ocorrem variações genéticas que são selecionadas ou não de acordo com as consequências que produzem, na seleção por consequências são variações comportamentais que são selecionadas de acordo com as consequências que produzem. As variações ocorrem porque é impossível ser exatamente o mesmo contexto, a resposta ser completamente idêntica, ou produzir uma consequência idêntica, já que o estímulo nunca será o mesmo, o organismo que responde já não será exatamente o mesmo, aquilo não ocorrerá no mesmo espaço-tempo de outrora, etc. Assim, variações comportamentais são selecionadas ou não, modeladas ou não. Fora isso, uma pessoa também pode aprender algo por modelação (viu alguém fazendo) ou por que alguém a instruiu verbalmente a fazer.
 
Remetendo ao exemplo que Pinker dá, “Mary entrou no quarto, andou lá dentro e saiu” é simplesmente pouca informação pra explicar de maneira satisfatória esse comportamento. Mary pode ter entrado no quarto por n motivos, que ficariam mais claros se tivéssemos mais informações sobre o contexto no qual Mary ali entrou. Nem por isso as explicações senso-comum de Pinker são melhores, da mesma forma que se disser que uma estrela surgiu no céu porque alguém faleceu, não vai ser uma explicação melhor do que a do astrônomo que precisará de mais informações para explicar o fenômeno (afinal, pode ter se formado uma estrela, ou pode ter sido só uma nuvem que saiu do caminho, ou uma supernova que aumentou seu brilho antes da estrela falecer, ou outrora havia um buraco negro equidistante do caminho da luz da estrela até nós, entre outros).
 
É curioso também que essa crítica de Pinker, de que “Não seria naturalexplicar o comportamento humano na linguagem de tempo, distância e massa dos físicos” (coisa que o behaviorismo não faz – e não sei os demais behavioristas, mas eu ao menos não o faço porque não somos capazes. Não tenho problema nenhum com isso, dane-se ele não achar “natural” e eu acharia o máximo se tivéssemos recursos e conhecimentos para explicar dessa forma. Mas tergiverso...), seja um tanto contraditória com outra que faz anteriormente, ainda no mesmo livro:



“O próprio Skinner não asseverou obstinadamente que estímulos mensuráveis como comprimentos de onda e formas prediziam o comportamento. Em vez disso, ele definiu os estímulos segundo suas próprias intuições. Satisfez-se plenamente considerando o “perigo” – assim como o “elogio”, o “inglês” e a “beleza” – uma espécie de estímulo. Isso tinha a vantagem de manter sua teoria condizente com a realidade, mas era a vantagem do roubo em relação ao trabalho honesto.Entendemos o que significa um mecanismo responder a uma luz vermelha ou a um ruído alto – podemos até produzir um que faça isso – mas os humanos são os únicos mecanismos do universo que reagem ao perigo, ao elogio, ao inglês e à beleza.” (p.74)
 
Pois é, né?
Mas então, Pinker, não há desonestidade nenhuma nisso (e que ironia ele acusar alguém de desonestidade, não?). Não reagimos ao elogio, ao inglês e à beleza magicamente, mas todos esses são um conjunto de estímulos que rotulamos de determinada maneira (“perigo”, “elogio”, etc.), estímulos estes que eliciam uma resposta no organismo – do contrário não reagiríamos a eles. Se eliciarem respostas no organismo, por que não chama-los de estímulo? Mas Skinner se preocupou com isso. Para não acharem que por estímulo ele estava se referindo apenas a uma única coisa que elicia uma resposta, passou a usar cada vez menos a palavra “estímulo” e cada vez mais a palavra “contexto”. 

Por fim, não somos os únicos a reagirem ao perigo, elogio, inglês ou beleza. Temos computadores diversos que conseguem responder diferencialmente a isso e já conseguimos até treinar pombos a ser uma espécie de críticos de arte.

Vou acelerar essa bagaça porque isso já está grande demais e o principal de suas críticas nesse livro já foi coberto. Ele repete algumas vezes o que aqui já foi comentado e todas as vezes em que cita Skinner ou o behaviorismo comete algum equívoco. Por exemplo, na página 125 diz que o behaviorismo é uma versão do associacionismo.  Não é. Ao contrário do que propõe o associacionismo, o behaviorismo não acredita nem que toda relação que os seres humanos estabeleçam entre eventos têm de estar temporalmente próximos, nem que todo conhecimento provenha da experiência.
 
E nas páginas 408 e 409 discorre sobre como os behavioristas estão errados porque nem todo medo é aprendido e existe alguns medos que não podem ser aprendidos, como ter medo de coisas “neutras”, como binóculos, martelos ou carros. Só que o behaviorismo nunca afirmou que todo medo é aprendido e, com relação à afirmação de que é impossível adquirir medo de coisas “neutras”, Pinker não traz nenhuma evidência para a sua afirmação e... bem, acho que um bom número de psicólogos, especialmente aqueles que lidam com transtornos de ansiedade e fobias, já devem ter encontrado pacientes com medo de carros. Eu já. Assim como já tive clientes que respondiam com pavor diante de coisas como “boné”, “vermelho”, “motos”, “jaqueta de couro” e outros. Se existem alguns medos que não podem ser aprendidos, é uma coisa interessante a ser testada, mas mesmo se existirem, isso não iria contra o que afirma o behaviorismo. Porque parece que Pinker simplesmente é incapaz de assimilar que o behaviorismo não acha que tudo é aprendido.
O que nos leva ao segundo livro...
 
Tabula Rasa
O livro é centrado em um argumento negativo: combater a ideia da tabula rasa, que supostamente ainda está muito presente no senso comum e na ciência contemporânea. Para isso, Pinker se propõe a atacar aqueles que defendem a tabula rasa e trazer explicações alternativas para os fenômenos. Há um misto de dados de pesquisas interessantes com uma continuidade do que já havia feito no livro anterior, uma interpretação a La psicologia popular, a ponto de Patrick Bateson, renomado biólogo, ter escrito em sua resenha sobre este livro, publicada na Science, que “asserções de botequim não levam à discussão balanceada que deveria ser gerada por um tópico tão importante quanto esse” (Bateson, 2002) [2]. O próprio Bateson também questiona a tese central do livro, se há de fato essa negação da filogenética, apontando que o psicólogo passa quase todo o livro atacando caricaturas que ele mesmo construiu.
 
Ainda mais do que em seu livro anterior, Pinker abusa de adjetivos, falácias e faz diversas afirmações sem citar fontes ou trazer evidências que as sustentem. Repete muitos dos erros cometidos no livro analisado acima, como novamente dizer que o behaviorismo segue o associacionismo de Locke (p.40), que os behavioristas ignoram tudo que é subjetivo e só se preocupam com o comportamento manifesto (p.40, p.41), entre outros, provando que manteve sua aversão ao estudo nos anos seguintes ao livro anterior. E desta vez é extremamente raivoso em seu ataque ao behaviorismo e em especial a Skinner, comparando estes a torturadores (p.236), a stalinistas (p.237), chama Skinner de “maoista” (p.337) e outros.
 
O que o psicólogo evolucionista tenta fazer é pintar os behavioristas como aqueles que querem manipular o ser humano, controlá-lo como autômatos, propor uma uniformidade entre as pessoas e até instaurar o comunismo (!?!??). De onde Pinker tira isso, só ele sabe, já que nunca traz referências. É extremamente irônica essa associação, já que Skinner é ainda mais frequentemente acusado de ser um típico representante do capitalismo e do pensamento estadunidense (Cruz, 2010).
 
Seja como for, o behaviorismo tem um papel importante em seu livro, por ser, supostamente, o maior representante da tabula rasa. Para quem não sabe o que isso quer dizer e está até agora boiando quando uso a expressão, “tabula rasa” foi um termo utilizado por Locke em seu “Ensaio Sobre o Entendimento Humano” (1690) para exemplificar de onde vem o conhecimento humano. Ele disse que nós chegamos ao mundo como uma tabula rasa e nela vão tendo inscrições ao longo do tempo, ou seja, que tudo que sabemos, aprendemos ao longo de nossa vida. A preocupação de Pinker é que existiriam esses defensores da tabula rasa na ciência contemporânea, que procuram negar a genética e o evolucionismo.
 
"Os behavioristas acreditavam que o comportamento podia ser compreendido independentemente do resto da biologia, sem atentar para a constituição genética do animal ou para a história evolutiva da espécie. A psicologia passava a consistir no estudo do aprendizado em animais de laboratório.B.F. Skinner (1904-90), o mais célebre psicólogo de meados do século XX, escreveu um livro intitulado The behavior of organisms ["O comportamento dos organismos", sem tradução em português], no qual os únicos  organismos eram ratos e pombos e o único comportamento era pressionar uma alavanca e bicar uma tecla. Foi preciso uma visita ao circo para lembrar os psicólogos de que as espécies e seus instintos tinham importância, sim. Em artigo intitulado "The misbehavior of organisms" ["O mau comportamento dos organismos", sem tradução em português], Keller e Marian Breland, alunos de Skinner,  relataram que quando tentaram usar as técnicas do mestre para treinar animais a inserir fichas de pôquer em máquinas automáticas, as galinhas bicaram as fichas, os guaxinins urinaram nelas e os porcos tentaram enterrá-las com o focinho. E  os behavioristas eram tão hostis com o cérebro quanto com a genética. Já em 1974, Skinner escreveu que estudar o cérebro  era só mais uma busca equivocada das causas do comportamento no organismo, em vez de no mundo exterior. " (Pinker, 2002/2004, p.41-42)
 
Vamos por partes.
 
Para começar, os behavioristas não acreditam que o comportamento pode ser “compreendido independentemente do resto da biologia”. É, na verdade, frequentemente o extremo oposto:
 
“Num primeiro momento, Skinner toma como modelo as ciências físicas e as transformações que ela enfrentava. Em sua obra mais madura, ele passa a operar com o modelo biológico, mais especificamente o fornecido pela teoria da evolução por seleção natural. Skinner, em 1938, defende que seu livro Behavior of Organism está voltado para uma análise do comportamento orientada por um sistema do qual a físico-química é um exemplo (Skinner, 1938/1966, PP. 434-435). Na década de 70, insere sua ciência no ramo da Biologia (Skinner, 1973ª/1978; 1974)."  (Michelleto, 2001, p.35)
 
Tampouco nega a genética, que para os behavioristas tem um papel importante na Psicologia, permitindo compreender aspectos fundamentais do comportamento e traçando potenciais e limites da intervenção do psicólogo. Nas palavras de Skinner:
 
“Para que haja comportamento é necessário um organismo que se comporte, e este organismo é produto de um processo genético. (...)  o conhecimento do fator genético nos capacita a fazer melhor uso de outras causas. Se soubermos que um indivíduo tem certas limitações inerentes, poderemos usar mais inteligentemente nossas técnicas de controle, mas não podemos alterar o fator genético.” (Skinner, 1953, p.23)
 
Mais absurdo ainda – se é que tem como – é a afirmação de que se negligencia a evolução pela seleção natural.  Skinner não apenas respalda a teoria da evolução e seleção natural, como que ela tem um papel central em suas principais obras (Skinner 1949; 1953; 1974; 1987; 1990), sempre pressupondo que o organismo que ele analisava e teorizava a respeito de seu comportamento era fruto do processo de evolução das espécies pela seleção natural. Mais do que isso, “Skinner busca na seleção natural os princípios que orientam sua concepção de objeto” (Michelleto, 2001, p.42), até que “gradualmente estes princípios se estendem à própria noção de causalidade” (IBID).
 
Skinner chega mesmo a considerar uma abordagem científica do comportamento humano como uma continuidade do trabalho de Darwin:
 
“No começo do século XIX, já era bem conhecido o fato de as espécies terem sofrido mudanças progressivas no sentido de formas mais adaptáveis. Estavam-se desenvolvendo ou amadurecendo e uma melhor adaptação ao meio ambiente sugeria uma espécie de propósito. Não se tratava de saber se ocorriam ou não mudanças evolutivas, e sim o porquê delas. Tanto Lamarck quanto Buffon recorriam ao propósito supostamente mostrado pelo indivíduo ao adaptar-se ao seu ambiente – propósito que, de alguma forma, se transmitia às espécies. Coube a Darwin descobrir a ação seletiva do ambiente, assim como cabe a nós completar o desenvolvimento da ciência do comportamento com uma análise da ação seletiva do meio." (Skinner, 1974, p.60-61)
 
É falsa também a afirmativa de que “A psicologia passava a consistir no estudo do aprendizado em animais de laboratório”, já que o cerne dos estudos behavioristas é, obviamente, o comportamento humano. Pinker deveria ter feito uma visita ao maior periódico de análise do comportamento do mundo, com quase 50 anos de atividade e com todos seus textos disponíveis online. Convido para que façam uma coleta de quantos experimentos ali são com animais não-humanos:http://seab.envmed.rochester.edu/jaba/
 
O que justifica um behaviorista realizar experimentos com animais não-humanos é justamente a crença de que não há uma ruptura abrupta entre o ser humano e os demais animais (continuidade entre espécies), de modo que, embora não sejamos de modo algum idênticos aos demais animais, os princípios básicos que controlam o comportamento, tanto do ser humano quanto dos demais animais, são os mesmos. Então, da mesma forma que um fisiologista poderia demonstrar os princípios básicos do funcionamento do organismo humano através da dissecação de outro animal – demonstrando os músculos lisos, a medula espinhal, as conseqüências de um dano ao córtex, o funcionamento de órgãos internos, etc – um behaviorista poderia demonstrar os princípios básicos do comportamento humano através de experimentos com ratos.
 
Em nenhum dos casos, tanto do fisiologista quanto do behaviorista, acredita-se que o ser humano seja idêntico aos demais animais, mas que tenha um funcionamento básico similar. As diferenças teriam de ser devidamente consideradas, da mesma forma que um fisiologista provavelmente não seria prudente ao ensinar o funcionamento do cérebro humano a partir do de uma rã, um behaviorista tem de fazer muitas considerações a respeito de características especificamente humanas e levá-las em consideração em sua análise. Como aponta Skinner, “dizer que o comportamento nada mais é do que uma resposta a estímulos constitui uma ultra-simplificação. Dizer que as pessoas são exatamente como os ratos ou os pombos é uma ingenuidade.” (Skinner, 1974, p.195)

Isso por si só já responde a crítica de Pinker ao “O Comportamento dos Organismos”, o primeiro livro de Skinner, publicado em 1938, logo após defender seu doutorado, e que nem de perto reflete a ciência que apenas mais tarde Skinner sistematizaria. Mesmo assim, Pinker erra feio novamente, pois, ao contrário do que diz, não há um experimento sequer com pombos em todo o livro – e desafio qualquer defensor do psicólogo a achar. O que já nos mostra que nem se deu ao trabalho de ler o livro que critica... Para piorar, parece ignorar solenemente o que Skinner ressalta logo no começo do livro:
 
“No sentido mais amplo, uma ciência do comportamento deve estar preocupada com todos os tipos de organismos, mas é sensato limitar-se, ao menos no começo, a um único exemplo representativo. Devido a uma certa antropocentricidade de interesses estamos inclinados a escolher um organismo que seja tanto similar ao homem quanto conveniente em termos de experimentação e controle.” (Skinner, 1938, p.47)
 
Seguindo ainda o mesmo trecho do Tabula Rasa, ele cita o “The Misbehavior of Organisms”, do casal Breland, como se fosse um “cala a boca” em Skinner. Nada poderia estar mais distante da realidade, tanto que eles continuaram behavioristas até o fim de suas vidas e suas experiências serviram para aperfeiçoar o treinamento de animais que até hoje é usado. Keller e Marian Breland fizeram algo que se Pinker tivesse pesquisado teria achado em abundância: behavioristas tentando delimitar até onde vão questões filogenéticas, até onde vão questões ontogenéticas. Mas, claro, mesmo se tiver achado, já temos bons motivos para acreditar que não publicaria, já que faria ruir a tese central de seu livro.
 
Fechando esse trecho, Pinker diz: “Já em 1974, Skinner escreveu que estudar o cérebro era só mais uma busca equivocada das causas do comportamento no organismo, em vez de no mundo exterior.”. O autor só pode estar se referindo ao único livro de Skinner em 1974, o “Sobre o Behaviorismo”. Procurei e não encontrei nada que sequer lembre o que ele atribui a Skinner. É possível, no entanto, encontrar o exato oposto, já que ao longo de toda sua obra sempre foi ressaltada a importância da fisiologia e neurociências. Ele apenas acreditava que tomar o cérebro como causa dos comportamentos, ao invés da história evolutiva e a história de vida, era uma estratégia ruim de investigação, que negligencia o fato de que o cérebro só tem determinada atividade a partir de um contexto.
 
Mas o psicólogo-evolucionista-“cientista”-cognitivo não se cansa:
 
Quando paramos para pensar, a ideia de uma natureza humana maleável não merece sua reputação de otimismo e enaltecimento. Se merecesse, B.F. Skinner teria sido louvado como um grande humanitário” (p.236)
 
O problema é que foi e não foi pouco. Skinner ganhou diversos prêmios por suas contribuições (algumas já mencionadas), incluindo... Humanista do Ano da American Humanist Society, em 1972. Pois é. Continue, Pinker:
 
“Skinner era defensor ferrenho da tabula rasa e um utopista exaltado.” (IBID)
 
Já explicamos bem esse ponto. Deixemos para o próprio Skinner a honra de jogar a última pá de terra sobre a questão:
 
“Nenhum estudioso do comportamento de boa reputação, jamais defendeu “que o animal chega ao laboratório virtualmente como uma tábula rasa, ou que diferenças entre espécies são insignificantes, e que todas as respostas são igualmente condicionáveis a estímulos.”” (Skinner, 1984, p.303)
 
Obrigado.
Mas continuando no mesmo trecho do Tabula Rasa:
 
“Por que a maioria das pessoas sente repulsa por essa visão? Críticos de Beyond freedom and dignity [Para além da liberdade e da dignidade, na tradução em português], de Skinner, ressaltaram que ninguém duvida da possibilidade de controlar o comportamento; apontar uma arma para a cabeça de alguém ou ameaçar a pessoa de tortura são técnicas tradicionais. Até mesmo o método preferido de Skinner, o condicionamento operante, requeria fazer o organismo passar fome até que seu peso se reduzisse a 80% do que seria com alimentação livre e confiná-lo em uma cela onde os esquemas de reforço fossem cuidadosamente controlados. A questão não é se somos capazes de mudar o comportamento, e sim a que custo.” (p.236-237)
 
É ignorado o fato de que para Skinner, como para a maioria dos filósofos da ciência, controle se refere a qualquer relação entre eventos que de alguma forma se determinam. Se o comportamento humano não brota por geração espontânea, ou seja, se tem uma causa, então ele écontrolado. A proposta de Skinner envolve descrevemos melhor o que controla nossos comportamentos para assim planejarmos para nós mesmos um mundo melhor. Em outras palavras, produzir o que desejamos que seja produzido para nós mesmos.
 
Não satisfeito, Pinker tenta pintar Skinner como um verdadeiro torturador de animais. Mas ele ignora, provavelmente devido à sua falta de erudição acadêmica que insiste em aparecer, o fato de que os animais em seu ambiente natural nunca estão com seu peso total, aquele peso que podem adquirir com continua alimentação (Poling, Nickel, & Alling, 1990). Isso só ocorre em laboratórios e em alguns animais domésticos e reduzir em 20% seu peso não é fazê-los passar fome, mas estabelecer condições mais próximas do ambiente natural.
 
Por fim, Pinker tenta atacar o behaviorismo apelando para a liberdade humana“Mas não podemos fingir que somos capazes de remodelar o comportamento sem infringir de algum modo a liberdade e a felicidade das outras pessoas. A natureza humana é a razão de não entregarmos nossa liberdade nas mãos dos engenheiros comportamentais.” Entrando em explícita contradição consigo mesmo, inclusive mais à frente neste mesmo livro, como quando critica a ideia de alma e livre-arbítrio:
 
“Não poderíamos esperar reduzir atos malignos instituindo códigos morais e legais, pois um agente livre, flutuando num plano diferente do das setas de causa e efeito, não seria afetado pelos códigos. Moralidade e lei não teriam utilidade. Poderíamos punir um transgressor, mas seria por pura vingança, pois a punição não teria nenhum efeito previsível sobre o comportamento futuro do transgressor ou de outras pessoas cientes da punição.
Por outro lado, se a alma for previsivelmente afetada pela perspectiva de apreço e vergonha ou recompensa e punição, ela não é mais realmente livre, pois é compelida (ao menos probabilisticamente) a respeitar essas possíveis conseqüências. Qualquer coisa que converta padrões de responsabilidade em mudanças na probabilidade de comportamento – como a regra “Se a comunidade pensar que você é um mal-educado por fazer X, não faça X” – pode ser programada em um algoritmo e implementada no hardware neural. A alma é supérflua.” (p.246)

 
Boniiiito, hein? Então quando você quer criticar o behaviorismo existe liberdade, quando quer defender seu ponto, não?
 
Sou obrigado a admitir que dos males esse é o menor. Não dá pra esperar coerência de alguém que, como vimos, inventa fatos, distorce citações, inventa citações, recorta criminosamente trechos para favorecer seu ponto, critica o que não leu (ou leu e tenta enganar seu público), tira ideias da cartola e atribui a seus oponentes, não pesquisa sobre o que afirma, não cita fontes, não traz dados, utiliza uma enormidade de falácias lógicas e faz malabarismos para desinformar seu leitor.
 
Senhoras e senhores, é por tudo isso aqui apresentado que concluo que Steven Pinker é um genuíno charlatão intelectual, com traços de um papagaio intelectual. Um híbrido, um exímio representante da espécie que pretendo continuar denunciando até levá-la próxima à extinção e que fez bastante por merecer o lugar de honra como o precursor dessa série. Palmas pra ele.

Notas:


[1] – Você pode encontrar respostas mais extensa às críticas de Chomsky nos artigos de MacCorquodale [link] e Palmer [link]
 
[2] - Adoraria discorrer sobre por que as ideias e explicações propostas por Pinker são muito ruins, insustentáveis, comparáveis a qualquer ficção a partir de alguns dados que não induzem às suas conclusões. No entanto, isso já ficou enorme para um post de blog e deixarei isso para um outra oportunidade, talvez com uma crítica mais ampla a algumas explicações cognitivistas e evolucionistas.
 
Referências Bibliográficas:
 
BATESON, P. The Corpse of a Wearisome Debate. Science, 297 (27),2212-2213, 2002
 
CARVALHO-NETO, M.B. B. F. Skinner e as explicações mentalistas para o comportamento: uma análise histórico-conceitual (1931-1959). Tese de doutorado, USP, 2001


CHOMSKY, N. Review of B.F. Skinner’s Verbal Behavior. Language, Vol 35. No. 1, 1959
 
CRUZ, R. Possíveis Relações entre o Contexto Histórico e a Recepção do Behaviorismo Radical. Psicologia Ciência e Profissão, 30 (3), 2010
 
HUNZIKER, M.H.L. (2001) O estudo do desamparo aprendido como estratégia de uma ciência histórica/ in Guilhardi, Hélio José, et AL; Sobre Comportamento e Cognição: expondo a variabilidade – Org. Hélio José Guilhardi. 1ª Ed. Santo André, SP: ESETec Editores Associados, 2001. V.7
 
LOCKE, J. Ensaio acerca do Entendimento Humano. São Paulo: Nova Cultural. 1988
 
MICHELLETO, N. Bases filosóficas do behaviorismo radical.  In BANACO, RobertoAlves et al. Sobre Comportamento e Cognição: aspectos teóricos, metodológicos e de formação em análise do comportamento e terapia cognitivista. 1ª edição, Santo André, SP. Editores Associados, 2001
 
PINKER, S. Como a mente funciona – São Paulo, Companhia das Letras, 1998

PINKER, S. Tábula rasa: a negação contemporânea da natureza humana - São Paulo: Companhia das Letras, 2004
 
POLLING, A., Nickel, M., & Alling, K. Free birds aren’t fat: Weight gain in captured wild pigeons maintained under laboratory conditions. Journal of the Experimental Analysis of Behavior, 53, 423-424. 1990
 
SKINNER, B. F.. The behavior of  organisms. New York: Appleton-Century-Crofts. 1938
 
SKINNER, B.F. Para além da Liberdade e da Dignidade. Lisboa: Edições 70, 1974
 
SKINNER, B.F. Seleção por conseqüências.  Revista brasileira de terapia cognitiva e comportamental. Volume IX, 2007
 
SKINNER, B.F. Ciência e comportamento humano. 2ª edição – Editora Universidade de Brasília, 1970
 
SKINNER, B.F. Contingências de reforço: uma análise teórica. 2.ed – São Paulo: Abril Cultural, 1984.
 
SKINNER, B.F. Sobre o behaviorismo/ 10ª edição – São Paulo: Cultrix, 2006
 



SUBJECT: hádrons exóticos, apareçam!
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/06/2015 11:51

 

E assim caminha a ciência:

 

http://agencia.fapesp.br/descoberta_de_hadrons_exoticos_estimula_desenvolvimento_teorico/21331/

 

Leitura obrigatória, para quem segue a física.

 

Sds,

 

Victor.

 


SUBJECT: Re: [ciencialist]Re: Administração cientifica da sociedade humana
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/06/2015 11:56

Ola Takata,

Eu realmente não participei dessas discussões, e somente agora estou estudando realmente o tema, e tenho oscilado entre critico e defensor. Então, para mim, esse debate é relevante. Se preferir, podemos continuar a debater em pvt, se não quiser de jeito algum, ok tb.

Com relação a definição de ação afirmativa, o próprio Sterba propõe uma definição, para então debater em seu artigo. Ora, se o conceito fosse tão bem definido, não fosse um conceito elástico, não haveria necessidade dele chamar atenção a isso.

Mas vamos lá, mesmo admitindo que o Sowell seja muito ruím em “definir” o que é ou não é uma ação afirmativa, sua pesquisa foi focada na questão de grupo de preferências e quotas; os resultados do estudo dos resultados dessas ações independem da capacidade dele em definir ações afirmativas de uma forma geral.

Vc se esqueceu de mencionar a India, Singapura e os próprios EUA, que compõe o grupo de países estudados.

Na Índia, as ações inicialmente eram para o benefício dos intocáveis, minorias políticas e populacional; Singapura, que após a separação da Malasya, não implementou nenhum tipo de ação afirmativa; nos EUA, cujos negros além de minorias politica são tb minoria populacional. Ou seja, temos países onde os propositores eram maiorias politicas, onde não houve ações afirmativas (Singapura) e onde eles eram minorias politicas. A amostra é pequena, mas isso vale para qqer um dos casos onde se procure

Com relação aos outros países, Sowell em momento algum nega o domínio político dos que propuseram as ações afirmativas nos países citados (até mesmo cita como políticos inescrupulosos usaram esse fato para se eleger). Porém, reforça que o racional para a aplicação é o mesmo que existe nos casos onde as minorias não necessariamente possuem poder politico. Ou seja, as atividades econômicas, intelectuais, eram “dominadas” por determinados grupos, sem que houvesse a “correta” representatividade dos demais nessas áreas.

O fato de que países onde as “minorias” possuíam o poder político e  países onde essas minorias eram minorias em todos os termos, terem tidos um certo padrão nos resultados dessas politicas : ineficácia para os fins propostos (não resolveu o problema de representatividade, beneficiou as partes já abastadas dessas “minorias”, que não necessitavam de ações desse tipo, eqto que o publico alvo continuou nas mesmas condições), criação de antagonismo entre grupos (inclusive nos EUA), desonestidade para se fazer passar por minoria, perenização e aumento da abrangência dessas ações, é uma evidência de que talvez tenhamos algo problemático nesse tipo de solução (efeitos não previstos, provocados por reações humanas e situações sociais não consideradas).

Eu li a critica de Sterba, e em momento algum ele refuta os resultados gerais (colocados acima) da pesquisa com relação a ineficácia dessas ações e seus efeitos negativos. O que li foi uma análise de alguns pontos de um livro de 150 páginas.

Com relação a perenização dessas ações, sua resposta é evasiva : essas ações devem continuar até a correção da situação. Ora, mas qual é o critério para essa correção? Um presidente negro, em um país de minoria negra, seria uma evidência?  E pior, já parte do princípio que essas ações resolvam a situação*, então, caso não resolvam, vamos eterniza-las, esperando algum milagre
Na separação dos tipos de ação afirmativa (comentando das mulheres) ele faz uma estratificação teórica, sem considerar como isso irá ocorrer na prática (algumas ações seriam meramente sugestivas); como se isso não gerasse uma pressão politica e social que na prática a leva para o mesmo patamar de qqer ação para grupos de preferencia. Não vi ele reabter a análise do Sowell com relação a adequação do aluno a instituição, apesar de colocar uma ação que ameniza a evasão (cursos de verão, que seriam desnecessários, se a educação de base fosse boa). Com relação a massa critica, onde ele foca na “definição”, ele não comenta os resultados obtidos nos estudos já realizados (e não pelo Sowell).

Ele também não fala das pesquisas feitas, sem liberação de dados, e com grupos viesados, que são usadas até hoje para se defender as ações afirmativas, que o Sowell denunciua em seu livro; não fala das outras pesquisas que o Sowell cita, que vão contra as ações afirmativas; não fala da questão de facilitação de notas, etc, etc.

Ele não comenta sobre o caso dos EUA (sobre os resultados e o que ocorreu na parte cultural, do que ocorreu nos estados onde as quotas foram abolidas, com relação a presença do negro em universidades,etc) .Ele inclusive fala da questão sindical (como se o Sowell tivesse desconsiderado, mas que o Sowell tb aborda no livro dele).

Aqui, o Sowell deixa evidente que foram os negros, por seus esforços (em uma economia crescente) que conseguiram sua educação e a melhoria de suas condiões socioeconômicas, e como políticos “progressitas” conseguiram retirar do negro essa conquista em nome de uma ideologia, para assegurar seus votos.

Eu era contra cotas, após ir aos EUA, me tornei defensor, pois tinha “visto” os efeitos das cotas; os fatos e dados evidenciados pelo Sowell do que ocorreu nos EUA; o que vejo ocorrendo hoje, em termos de divisão social e acirramento de tensões entre negros e brancos, e abordado por ele em seu livro também, me fizeram repensar essa posição.

Abs
Felipe



Em Sexta-feira, 12 de Junho de 2015 15:24, "roberto.takata@bol.com.br [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br> escreveu:


 



---Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, <luizfelipecsrj@...> escreveu:

> Porém, o fato dele ter feito pesquisas em países, com diferentes histórias, 
> culturas e formação de "minorias" (os casos da Malasia e Singapura são 
> bem interessantes, pois estão diretamente  relacionados; na verdade 
> todos 

Análise de Sterba p. 690:
"In Malaysia, the politically dominant native Malays voted for employment and educational preferences for themselves over ethnic Chinese who had emigrated to Malaysia during the recent colonial period and, without discriminating against anyone, had generally become better educated and more prosperous than the native Malays (pp. 55-71). In Sri Lanka, the politically dominant Sinhalese enacted preferences for themselves over the Tamil minority, who, without discriminating against anyone, had generally become better educated and more prosperous than the Sinhalese (pp. 78-94). This led to a civil war which has yet to be fully resolved. In Nigeria, the politically dominant Hausa-Fulani tribes of the northern region voted for employment and educational preferences for themselves over the Ibo tribe of the southern region, whose members had benefited more during the recent colonial period in terms of education and government employment "

Como disse, não pretendo aqui rediscutir o que já foi amplamente discutido. Chamo apenas a atenção para a falha de Sowell em mostrar seu ponto, já que parte de uma escolha errada de exemplos. Sem falar que Sowell não sabe nem definir ação afirmativa: parte de um espantalho. E por aí vão os erros se acumulando.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Steven Pinker é um charlatão doutorado em psicologia pela Universidade de Harvard?
FROM: <oraculo@atibaia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/06/2015 12:13

Acho que é esse cara que afirma, dentro da sua ética utilitarista, que abortar um bebe após certo tempo é tão válido qto matar um recem nascido.
 
Acho que não faz a menor ideia do que está falando, e que pinçou um texto fora de contexto, para criar um espantalho. Mas só “acho”.Alegre
 
É um expediente comum, entretanto, muito usado por criacionistas, pseudo-cientistas e afins, que na falta de elementos e evidências para apresentar defendendo seus pontos, se focam em atacar os pontos contrários (e especialmente autores, já que pensam que ataques ad hominem são de alguma forma argumentos) que conflitam com suas posições.
 
Um dos exemplos mais conhecidos é um trecho da Origem das Espécies de Darwin, em que ele escreve algo como “não vejo como um olho pdoeria evoluir sozinho”, usado recorrentemente por criacionistas para mostrar que “mesmo Darwin sabia que deveria haver um criador ou ‘algo’” por tras da evolução.
 
O trecho entretanto, é apenas um “gancho” retórico, usado por Darwin para, nos capítulos seguintes, explicar como isso poderia ocorrer. Mas que não é mencionado por nenhum criacionista.:-)
 
Dawkins, Jay Gould, entre muitos outros, sofrem esse tipo de ataque constantemente.
 
O trecho de Pinker, um excelente escritor e pesquisador, tirado de contexto, e sem o enorme arrazoado que o segue, serve ao mesmo propósito, criar um espantalho difamatório.
 
E, sério, Pedro Sampaio, psicólogo clínico? Sério?.:-)
 
Esta lista sempre me fez aprender e crescer, mas ultimamente é uma tristeza só.:- (
 
Homero
 
 
 
Sent: Monday, June 15, 2015 9:35 AM
Subject: Re: [ciencialist] Steven Pinker é um charlatão doutorado em psicologia pela Universidade de Harvard?
 
 

Acho que é esse cara que afirma, dentro da sua ética utilitarista, que abortar um bebe após certo tempo é tão válido qto matar um recem nascido. Ele afirma isso, não para condenar o aborto, mas sim para justificar o infanticídio.
 
 


Em Sábado, 13 de Junho de 2015 19:52, "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br> escreveu:


 
É o que pensa Pedro Sampaio, psicólogo clinico de Minas Gerais.

Steven Arthur Pinker (Montreal, 18 de setembro de 1954) é um  psicólogo  e linguista canadense 
Durante 21 anos foi professor no Departamento do Cérebro e Ciências Cognitivas do Massachusetts Institute of Technology antes de regressar a Harvard em 2003. Pinker completou o bacharelado em Psicologia da Universidade McGill no ano 1976, e doutorado em Psicologia Experimental da Universidade de Harvard em 1979.
Fonte Wikipédia.

E no site da Universidade de Harvard está o imenso currículo do suposto charlatão que é um dos psicólogos mais famosos do mundo. - http://pinker.wjh.harvard.edu/about/current_cv/cv%20Steven%20Pinker.htm

Como então um “cientista” desta envergadura pode ser considerado um charlatão? Será que o nosso psicólogo mineiro endoidou? A leitura da peça condenatória de Pinker revela que o autor não endoidou. Então Pinker seria mesmo um charlatão? E porque perdermos tempo com isso? Ocorre que o Pinker aparece com destaque em nossa bibliografia do curso de lógica. A nossa lógica, à diferença do que se vê em muitos textos de filosofia, é um instrumento do PENSAMENTO, que é produto do que chamamos MENTE, e que é objeto de estudo da psicologia, ciência ainda em fase de gestação, que tem por objeto os fenômenos mentais e emocionais. Isso porém não significa que repudiamos os filósofos metafísicos, a exemplo de Kant que aparece duas vezes na nossa bibliografia com as suas criticas da razão pura e da razão prática. Ocorre que Kant não foi metafísico 24 horas por dia, o que lhe permitiu escrever alguns textos de cunho lógico-cientifico. 

Penso.. ( quase que eu uso “Creio” no lugar de “Penso” – os humanos são tão polissêmicos que atribuem o mesmo signIficado a palavras tão distintas como crer e pensar. Só falta alguém considerar que a fé é um combustivel do pensamento ... se emoção, porque a fé não poderia ser?.... penso que Pinker não é um charlatão autêntico, mas alguém com uma tremenda vocação para o marketing pessoal que certamente contribuiu para a sua fama. Um dos recursos de marketing que ele adotou a esmo nos seus Best Sellers é o humorismo, cujo emprego exagerado banalizou alguns conceitos de correntes da psicologia às quais ele se opõe. Temos então que levar em consideração as criticas do nosso psicólogo mineiro, que também exagerou. Ocorre que muitas coisas ditas por Pinker têm valor cientifico. Em sendo um charlatão, ele teria copiado essas coisas certas de outros autores. Mas do ponto de vista do pensamento cientifico isso faz alguma diferença quando estamos diante da incumbência de analisar os conceitos? Para a nossa lógica o que importa é o CONCEITO E NÃO A AUTORIA DO CONCEITO, mesmo porque não temos condições de verificar quem foi o autor original de tantos conceitos, exceto quando uma teoria (respeitada ou não, equivocada ou não) foi criada por um único autor como é o caso da Psicanálise de Freud. Porém mesmo neste caso precisamos ter o cuidado de levar em conta que alguns dos conceitos da psicanálise podem ter sido inspirados por alguns filósofos como Nietzche e Shoppenhauer. Um equivoco generalizado que ocorre em relação à psicanálise é que muitos de seus criticos desconhecem a evolução pela qual a criação de Freud passou nos últimos 100 anos. Uma sessão de boa psicanálise do século XXI é muito diferente do que Freud fazia.

Mtnos Calil

Ps. Para editar o artigo abaixo tive dedicar um bom tempo. Seria muito mais simples meramente informar o link. No entanto, alguém disse que fazendo isso eu estava "abusando". Só se for de mim mesmo.

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Da Série "Charlatões Intelectuais": Parte 1 - Steven Pinker
11 de abril de 2012
Por Pedro Sampaio, psicólogo clinico de Belo Horizonte, MG
http://pedro-sampaio.blogspot.com.br/2012/04/da-serie-charlatoes-intelectuais-parte.html
Charlatões e papagaios
 
Charlatão é aquele que procura ludibriar outrem, ou seja, enganar, distorcer para favorecer-se ou oferecer algo como se fosse vantajoso quando na verdade não o é.  Um charlatão intelectual é alguém que distorce os fatos, manipula dados, recorta citações, utiliza falácias lógicas, tudo de modo a favorecer o ponto que pretende defender. Um charlatão intelectual talvez seja ainda mais perigoso que um charlatão ordinário, já que pode travestir o que pretende defender de ciência, munindo-se do prestígio desta (e até de sua autoridade ou de autores respeitados) para ludibriar, correndo o risco de persuadir não apenas a população de um modo geral, mas o próprio meio acadêmico e científico.
 
Isso ocorre porque, embora o meio acadêmico e científico procure estratégias para minimizar isso, a grande maioria da massa acadêmica e científica é composta pelo que chamo de papagaios intelectuais. Há as autoridades, os formadores de opinião, que são pouquíssimos, e uma multidão de papagaios para ecoar o que ouvem as autoridades dizerem.
 
 
É algo delicado. Em certa medida, todos estamos susceptíveis a sermos, em algum momento, ludibriados por autoridades. Vamos supor que lemos incessantemente figuras que temos como autoridades da área dizendo que Louis Vitalle (nome fictício, só para exemplificar) foi um filósofo do século XIX que defendeu a escravidão, argumentando com base em Maquiavel que “os fins justificam os meios”. E que, ainda em nossa suposição, Vitalle foi superado quando Peter Bowen (idem) demonstrou a inconsistência deste argumento, e vemos até que muitas destas autoridades procuram esmiuçar melhor o argumento de Bowen e criticar o de Vitalle. É bastante possível que quando falarem de Vitalle conosco, associemo-lo com essas idéias e até que se perguntarem sobre ele, digamos que ele defendia isso, ainda complementando com nossa própria opinião, dizendo que Vitalle defende uma bobagem.
 
Mas o legítimo papagaio acadêmico é aquele que não apenas faz isso, como é capaz de escrever textos e artigos em cima de um possível espantalho do argumento de Vitalle (já que ele nunca o leu) e até mesmo um livro com o título “O Vitalleísmo na sociedade contemporânea: como idéias ultrapassadas mantêm o preconceito”.  É aquele que mesmo diante de alguém que estudou e conhece Vitalle e aponta que essa opinião é equivocada, trazendo trechos que demonstram o oposto e convocando-o a ler o autor, persiste no erro por orgulho (compromisso maior com seu ego do que com o conhecimento) ou por confiança cega nas autoridades (um problema que já levantei mais de uma vez aqui no blog).
 
Cansado do charlatanismo e da papagaiada que o sustenta, decidi escrever esta série de textos que visa esclarecer alguns equívocos e, por que não dizer na lata, mentiras muito difundidas. Confesso que tenho uma esperança um tanto ilusória de que cada texto seja suficiente para encerrar a questão de que tratarei e não precisarei mais ficar repetindoad nauseam as mesmas coisas, mas se eles pelo menos esclarecerem algumas pessoas, for útil a outras e me poupar esforços em debates futuros, ele já terá cumprido sua função.
 
 
Parte 1 – Steven Pinker 
 
Steven Pinker é um cientista cognitivo estadunidense e talvez seja o psicólogo mais famoso do mundo atualmente, já tendo figurado em listas como “As 100 pessoas mais influentes do mundo” da TIMES e cujos livros são best-sellers – especialmente se levarmos em conta como normalmente vendem pouco livros de psicologia e divulgação científica. Ele não é tão conhecido por alunos de Psicologia no Brasil, mas isso porque por aqui estudamos mais história da psicologia do que o que de fato vem acontecendo na área mundo afora.
 
Ele já tinha alguma fama, mais ou menos local, mas virou pop star mesmo quando Richard Dawkins começou a divulgá-lo e o próprio Pinker tornou-se um dos principais representantes das críticas à religiosidade (e teórico de explicações naturalistas da religiosidade) dentro da Psicologia.  Ateus, principalmente os leigos em Psicologia, começaram a tomá-lo como autoridade da área e divulgar bastante seus trabalhos. Isso também por que Pinker se diz um psicólogo evolucionista e a Psicologia Evolucionista também começou a ser bem quista e bem divulgada por este grupo, por, aparentemente, ser aquela linha da psicologia que leva em consideração a teoria da evolução pela seleção natural, de Darwin. E a seleção natural é algo bem estabelecido, elegante e querido por cerca de 11 em cada 10 ateus.
 
Os dois principais livros de Pinker são Como a mente funciona (1996) e Tábula rasa (2002), dois trambolhos de mais de 700 páginas cada um, nos quais Pinker apresenta dados de pesquisas, conjecturas, o cerne de uma abordagem evolucionista da mente e críticas às demais linhas teóricas da Psicologia. Seu nêmesis: o behaviorismo. São dezenas de referências ao behaviorismo e a autores behavioristas nesses dois livros. O Tábula rasa, em especial, é sustentado na idéia de que, quando se trata de comportamento humano, há uma “negação da natureza humana” por parte de muitos, incluindo acadêmicos e escolas teóricas inteiras. Como Locke, essas pessoas e escolas estariam, ao jogarem para escanteio a genética e a seleção natural, afirmando que o ser humano vem ao mundo como uma tábula rasa, sem nada “inscrito” nele, e que tudo que observamos é adquirido ao longo de sua vida. Os behavioristas seriam, supostamente, os maiores defensores dessa idéia.
 
 
Como a mente funciona
 
“Como a Mente Funciona” (1996) foi o primeiro livro bem vendido de Pinker. Nele, o pop star cognitivista se engaja na ousada tarefa de explicar, duh, como a mente funciona – como entrega o título. Claro, o autor é o primeiro a admitir que seja uma tarefa hercúlea e talvez impossível, já que não há tanto consenso na área e muito ainda está sendo estudado, mas aponta seus estudos prediletos como promissores para este empreendimento.
 
Assim, começa a delimitar, de maneira explícita e implícita, aqueles estudos e abordagens que seriam a via régia para uma psicologia científica que procura desvendar o homem, e aqueles ultrapassados estudos e abordagens que seriam os inimigos do conhecimento na psicologia, que têm freado os nobres desbravadores que ousam tentar descobrir como a mente funciona. E do começo ao fim de seu livro ele procura alocar o behaviorismo nesse segundo grupo:
 
“A velha teoria do estímulo e resposta da escola behaviorista afirmava que crenças e desejos não tinham relação alguma com o comportamento – de fato, que eram tão não científicos quanto uma lenda folclórica ou a magia negra. (...) Como observou o célebre behaviorista B.F. Skinner: ‘A questão não é se as máquinas pensam, mas se os homens pensam’.”
            Obviamente, homens e mulheres pensam; a teoria do estímulo-resposta revelou-se errada. Por que Sally saiu correndo do prédio? Por que acreditava que ele estava pegando fogo, e ela não queria morrer.” (Pinker, 1996/1998,p.73)

 
Ao ler este trecho, qualquer pessoa minimamente familiarizada com o behaviorismo já se dará conta de que hercúlea mesmo talvez seja a tarefa que estou empreendendo aqui. Afinal, cada frase deste trecho contém tantos, mas tantos erros, que se dar ao trabalho de refutar um livro inteiro repletos destes é aquele tipo de tarefa em que somos vencidos pelo cansaço antes mesmo de começarmos.  Por sorte, Pinker não apenas comete uma enormidade de erros, mas também os repete muito, o que me permite refutar apenas uma vez pontos que aparecem repetidamente.
 
No trecho acima, portanto, já podemos observar algumas desonestidades e desconhecimentos. Para começar, tachar a idéia que pretende refutar de “velha” já é um estratagema erístico  para conduzir o leitor a ver com maus olhos a teoria, pois já insinua como definitivo e aprioristico de que ela é ultrapassada. O que não precisamos ter pudor em dizer que era sua intenção, já que logo a frente diz que a teoria “revelou-se errada”, tomando, o que deveria ser uma conclusão, como uma petição de princípio.
 
Se formos generosos com Pinker, podemos tentar argüir que ele chama de velha é apenas a teoria estímulo-resposta do behaviorismo, teoria que, de fato, caiu em desuso (desconheço behavioristas watsonianos, mas corrijam-me se eu estiver errado). Hoje, e já há mais de meio século, a modalidade de behaviorismo a qual os behavioristas contemporâneos têm como referência é o chamado behaviorismoradical, de Skinner, que não é “estímulo-resposta”. Mas fica difícil ceder isso a Pinker quando ele mesmo, logo em seguida, coloca Skinner neste mesmo balaio, tomando-o como referência desta concepção “velha” e “errada”. E, claro, pelo fato de que esse erro é repetido algumas vezes no livro:
 
“Skinner e outros behavioristas asseveraram que toda conversa sobre eventos mentais era especulação estéril; somente as conexões estímulo-resposta poderiam ser estudadas no laboratório e no campo. Exatamente o oposto revelou-se verdadeiro.” (p.95)
 
Isso começa a sinalizar um equívoco que está colocando sua cabecinha para fora nesse trecho, mas que vai se repetir muitas vezes mais a frente: confundir “teoria do estímulo e resposta” com behaviorismo, confundir behaviorismo com behaviorismo radical, confundir “teoria do estímulo e resposta” com paradigma operante (de Skinner) e generalizar “behaviorismo”, sendo que existem várias modalidades deste. Isso é um erro primário, que qualquer pessoa minimamente preocupada em ler algo a respeito do que vai criticar antes de escrever sobre descobriria logo nas primeiras leituras. Mas temos evidências de que Pinker saiba disso, mas que mesmo assim deliberadamente manipula os termos de modo a induzir o leitor leigo ao erro, como demonstrarei mais contundentemente ao longo do texto.
 
Pois bem, essa confusão e generalização é um erro, pois era Watson quem propunha o estudo do comportamento através de esquemas de estímulo e resposta, sendo uma proposta reconhecida comomecanicista, já que envolve apenas uma relação mecânica: um estímulo que elicia uma resposta. Já o Behaviorismo Radical trabalha com relações funcionais, numa proposta que envolve um contexto que produz uma determinada resposta, que, por sua vez, tem uma conseqüência. Esta conseqüência, por seu turno, influencia a probabilidade futura de uma resposta similar num contexto similar. Uma conseqüência que aumente a probabilidade de o organismo voltar a emitir aquela resposta em contextos similares é chamada dereforçadora; uma consequência que diminua essa mesma probabilidade é chamada de punitiva. Em suma, é uma noção de causalidade formulada em termos de relações funcionais entre eventos, o que é um modo de afastar-se de posturas mecanicistas.
 
Dado que já há quase um século a modalidade de behaviorismo que é adotada mundo afora é o behaviorismo radical, quando eu me referir a behaviorismo ao longo deste texto, estarei falando do behaviorismo radical, também para entrar em consonância com o autor, que evidencia estar atacando este, apesar de falar apenas “behaviorismo”.
 
Em seguida, ainda no mesmo trecho (da página 73, supracitado), Pinker diz que o behaviorismo rejeita crenças e desejos, que estes nada teriam a ver com o comportamento. Isso também é distorcer os fatos em prol do ponto que pretende consolidar. O que o behaviorismo rejeita é que as explicações dos comportamentos cessem no que chamamos de “desejos” e “crenças”. Este é o cerne da crítica behaviorista ao mentalismo: não que o behaviorismo acredite que não existem aqueles processos que chamamos de “mentais”, como o pensar, sentir, querer, a consciência e outros, mas rejeita-os como entidade, como agentes e como causa suficiente para a explicação do comportamento humano. Dizer que Sally saiu correndo do prédio “Por que acreditava que ele estava pegando fogo, e ela não queria morrer” não é explicar o comportamento, mesmo que a própria Sally o explique assim.  É circular: por que Sally saiu correndo do prédio? Por que ela acreditava que ele estava pegando fogo e não queria morrer. Por que você acha que a Sally acreditava que o prédio estava pegando fogo e ela não queria morrer? Por que ela saiu correndo do prédio. E assim ad infinitum.
 
Uma boa explicação científica é aquela que melhor permite prever e controlar o fenômeno, coisa que as explicações mentalistas não são boas. A explicação behaviorista para Sally ter saído correndo do prédio infelizmente será mais complexa do que “porque ela quis assim” do cognitivismo popular de Pinker. Mas eis o demérito de muitas explicações científicas: muitas vezes elas requerem maior esforço e investigação do pesquisador. De maneira semelhante, explicar a origem da vida de maneira convincente para um leigo absoluto, exigirá mais atenção do que uma explicação como “porque Deus quis assim”. Assim, podemos especular que Sally saiu correndo do prédio talvez por razões filogenéticas (se é que há algo como uma resposta inata de fuga diante de muito fogo) somadas à sua história de vida, que inclui suas experiências aversivas com fogo; sua aprendizagem de que ele queima (ela não precisa ter sido queimada, podem ter ensinado isso a ela); de que, em caso de incêndio, deve sair correndo; de talvez ter visto filmes, programas, documentários, lido livros, em que tomou conhecimento de que se ficar dentro de um prédio em chamas, morrerá queimada; etc. Pessoas que não passaram por essas ocasiões, não irão simplesmentequerer , brotar um desejo, de sair correndo do prédio. E se uma pessoa é insistentemente ensinada que, em caso de incêndio, ela deve se esconder debaixo da cama, aconteça o que acontecer, dizer que ela, diante do incêndio, se escondeu debaixo da cama “por que teve vontade” é uma pseudo-explicação, insuficiente e que negligencia importantes questões na explicação do comportamento.
 
É claro que existe isso  que chamamos de desejos e crenças, mas eles também têm uma causa e um behaviorista acredita que compreender a causa destes é uma explicação melhor para o comportamento, pois permite que você compreenda, preveja e altere o comportamento de maneira mais eficaz.
 
Sobre o behaviorismo ver crenças e desejos como algo não-científico, isso parece um espantalho do que disse Watson, “pai” da modalidade de behaviorismo citada mais acima, aquela que de fato caiu em desuso. O que ele diz é que crenças, desejos, pensamentos e até sentimentos são difíceis de estudar, por não permitirem observação consensual de múltiplos pesquisadores, e que a Psicologia deveria parar de privilegiar a introspecção como método e focar-se nos comportamentos observáveis. Isso coloca Watson com um raciocínio próximo de algumas modalidades de positivismo. Mas o que nos diz respeito é que isso não fala muito sobre os demais behaviorismos, em especial o skinneriano (behaviorismo radical), já que esta não é, absolutamente, a posição de Skinner. Skinner chama as crenças, desejos, pensamentos, emoções, e demais eventos geralmente chamados de “mentais”, deeventos privados. Privados, pois apenas uma pessoa, a princípio, tem acesso a eles: o próprio sujeito que pensa, deseja, etc. E os eventos privados não apenas são considerados como têm uma centralidade na teoria skinneriana:
 
"Na medida em que o comportamento verbal começa a ser estudado, amplia-se a abrangência deste fazer, de forma a incorporar todos os níveis da ação humana; os eventos privados, a moral, o pensamento, a consciência, a alienação e a própria ciência, que é compreendida como uma forma de comportamento (...). O estudo do comportamento verbal permite propor eventos privados como pertencentes ao seu objeto de estudo, o que afasta Skinner de posturas metodológicas que defendem a necessidade de observação direta como condição de tomar um objeto como passível de ser estudado pela ciência, uma vez que ela permitiria um consenso público." (Michelleto, 2001, p.41)
 
Mas não satisfeito em desinformar a respeito do behaviorismo, Pinker fecha seu parágrafo com uma suposta citação de Skinner, que endossaria seu ponto de que os behavioristas ignorariam pensamentos e outras atividades não-diretamente-observáveis: “Como observou o célebre behaviorista B.F. Skinner: “A questão não é se as máquinas pensam, mas se os homens pensam”(p.73).
 
Não é em vão que Pinker não traz referência alguma da citação: vai que alguém procura! Eu mesmo procurei bastante e não achei referência a não serem as que remetem ao próprio Pinker e outros já haviam tentado procurar e não acharam (Carvalho-Neto, 2001). Mas meu amigo Ramon Cardinali se lembrava de ter lido algo semelhante e conseguiu achar a fonte: "Mas a questão real não é se as máquinas pensam, mas sim se os homens pensam. O mistério que envolve uma máquina pensante já envolve o homem pensante." (Skinner, 1969/1984, p.387-388) Mas ao ler o contexto no qual a frase aparece, fica evidente a razão pela qual Pinker omite a referência. Skinner não estava dizendo ou insinuando que os homens não pensam, como o autor tenta nos convencer: “Obviamente, homens e mulheres pensam; a teoria do estímulo-resposta revelou-se errada.” Tentando não apenas dar como enterrada a teoria que pretende criticar como também dizendo que ela acreditava que os homens e mulheres não pensam, o que é um absurdo e uma mentira muito distante da realidade. Skinner disse isso enquanto debatia sobre inteligência artificial e procurava atentar para a importância de se definir melhor, operacionalizar melhor, o que entendemos por “pensar” antes de dizer que as máquinas pensam.
 
Um defensor do psicólogo evolucionista poderia dizer que é difícil afirmar que Pinker deliberadamente omitiu a referência para prestidigitar o leitor, mas que pode ter ouvido alguém atribuir essa fala a Skinner e colocou em seu livro. Pois, caro defensor, isso não melhora em nada a situação do psicólogo. Ouvir numa mesa de bar, no corredor de uma universidade ou seja onde for  que alguém disse algo e utilizar isso em seu livro sem se preocupar em verificar a fonte, a veracidadedaquilo, tomando como fato um boato informal, já é de uma desonestidade intelectual, de um descompromisso com a verdadeímpar. É evidência de que se trata de um profissional que não está interessado em construir conhecimento, mas apenas em construir uma próspera carreira para si.
E, infelizmente, tem sido bem sucedido nisso.
 
Tá na boa, né Pinker?
 
Concluindo seu raciocínio, Pinker procura demonstrar por que Skinner estaria errado, dando um exemplo de explicação de um comportamento: “Por que Sally saiu correndo do prédio? Por que acreditava que ele estava pegando fogo, e ela não queria morrer.”
 
A maioria dos psicólogos e até mesmo estudantes de Psicologia pensarão que Pinker está brincando ou debochando do behaviorismo, talvez insinuando que até pseudo-explicações como essa, pra lá de senso comum e ineficaz, seriam melhores que as behavioristas. Mas não, ele está falando sério. Steven Pinker é adepto da psicologia intuitiva ou psicologia popular (folk psychology) como capaz de fornecer as melhores explicações psicológicas que dispomos, como ele mesmo esclarece e repete várias vezes em seu livro:
 
“No nosso dia-a-dia, todos nós predizemos e explicamos o comportamento de outras pessoas com base no que achamos que elas sabem e no que achamos que elas desejam. Crenças e desejos são as ferramentas explicativas de nossa psicologia intuitiva, e a psicologia intuitiva ainda é a mais útil e mais completa ciência do comportamento que existe. Para predizer a grande maioria dos atos humanos – ir até a geladeira, subir no ônibus, pegar a carteira – você não precisa labutar num modelo matemático, simular uma rede neural no computador nem procurar um psicólogo profissional; basta perguntar à sua avó.” (Pinker, 1996/1998, p.74-75)
 
Esse pensamento de Pinker parece ser influência do filósofo Daniel Dennett, uma das personalidades mais citadas pelo psicólogo. Tratarei de Dennett com o devido esmero em breve (a parte 2 da presente série será dedicada a ele), mas podemos adiantar que o filósofo dedicou-se a tecer argumentos em defesa da psicologia intuitiva como ferramenta para compreender e prever o comportamento alheio. Podemos ver esboços do pensamento do filósofo mais claramente no trecho a seguir, onde Pinker aproveita para novamente criticar o behaviorismo:
 
E agora chegamos ao modo como a mente conhece outras mentes. Somos todos psicólogos. Analisamos mentes não só para acompanhar as tramas das novelas na televisão mas para entender as mais simples ações humanas. O psicólogo Simon  Baron-Cohen defende esse argumento com uma história.  Mary entrou no quarto, andou lá dentro e saiu. Como você explica isso? Talvez você diga que Mary estava procurando algo que desejava encontrar e pensou que aquilo se encontrava no quarto. Talvez  você diga que Mary ouviu alguma coisa no quarto e quis saber o que fez aquele barulho. Ou talvez diga que Mary esqueceu aonde estava indo; talvez,  na verdade, ela pretendesse ir para o andar de baixo. Mas você com certeza não diria que Mary faz exatamente isso todos os dias nessa hora: ela entra no quarto, anda lá dentro e depois sai. Não seria naturalexplicar o comportamento humano na linguagem de tempo, distância e massa dos físicos e, além disso, seria errado; se você voltasse no dia seguinte para testar a hipótese, ela seguramente seria refutada. Nossa mente explica o comportamento das outras pessoas segundo as crenças e desejos que elas têm, pois o comportamento das outras pessoas, de fato é causado por suas crenças e desejos. Os behavioristas estavam enganados, e todo mundo intuitivamente sabe disso.” (IBID, p.349)
 
Pinker tem razão ao dizer que todos nós, em alguma medida, “analisamos mentes”, ou seja, tentamos entender por que fulano fez o que fez e pressupomos um mundo privado nas pessoas, que elas são capazes de pensar, sentir, refletir, têm consciência, assim como nós. Dois termos que se tornaram populares falam disso: pressupor que as outras pessoas têm esse rico mundo privado é chamado de teoria da mente e pressupor que façam algo com alguma intenção se chamapostura intencional.
 
Mas isso não faz de alguém um psicólogo mais do que observar e se indagar sobre os céus faz de alguém um astrônomo. Pinker, inclusive, ao dizer que o behaviorismo está errado porque as pessoas tendem a explicar o comportamento alheio a partir de suas crenças e desejos e que “todo mundo intuitivamente sabe disso”, lança um argumento similar a alguém que, em uma comunidade que venera a lua como uma deusa, diz que “as pessoas explicam os movimentos nos céus através das brigas dos deuses. Os astrônomos estavam enganados, e todo mundo intuitivamente sabe disso”. O seu argumentum ad populumnão é uma justificativa ou boa explicação, mas simplesmente mais uma falácia lógica.
 
E novamente constrói um espantalho do behaviorismo ao insinuar que uma explicação behaviorista envolveria Mary fazer exatamente aquilo todos os dias naquela hora e, portanto, uma observação casual de que isso não ocorre seria suficiente para fazer ruir o behaviorismo. E nesse momento, Skinner, com algumas medalhas como a National Medal of Science (1968) e American Psychological Association Citation for Outstanding Lifetime Contribution to Psychology (1991) no pescoço, se revira no caixão. Aliás, é tanta bobagem que sai das mãos do autor, que se Skinner ainda não se ergueu de seu túmulo repetindo “Brains, brains...” deve ser por que não encontraria muito alimento no psicólogo evolucionista.
 
O fato é que a caracterização do behaviorismo por Pinker está muito distante da realidade. Uma visão similar foi perpetuada pelo linguista Noam Chomsky que, ao criticar um livro de Skinner (Chomsky, 1959), sugeriu que a linguagem prova que os behavioristas estão equivocados, já que existem infinitas combinações diferentes dentro da linguagem e que as pessoas não podem ter sido reforçadas em cada variação possível para emiti-las, mas que são capazes de emitir frases que nunca antes construíram, fazer combinações, sem que estas tenham sido reforçadas anteriormente – já que nunca haviam ocorrido. A crítica de Chomsky é tão distante das asserções skinnerianas que o próprio Skinner não quis responde-las (o que considero um erro, como já apontei em outro texto aqui no blog), dizendo simplesmente que o linguista não leu seu livro ou não o entendeu, contando que a crítica inapropriada não valia a resposta e se desvaneceria com o tempo [1]. Claro, o erro de Skinner foi pressupor que a honestidade intelectual prevaleceria, que antes de ecoar as críticas do linguista as pessoas se dariam ao trabalho de ler seu livro e assim veriam o absurdo da crítica por si mesmas. Em suma, seu erro foi ignorar os papagaios intelectuais e seu imenso poder.
 
O cerne do erro tanto de Pinker quanto de Chomsky é o mesmo: para o behaviorismo, você não faz apenas o que já fez anteriormente, tampouco tudo que faz é porque agiu exatamente da mesma forma antes e foi reforçado. O behaviorismo não apenas considera a variabilidade comportamental como ela é central em seu princípio mais fundamental: a seleção por consequências. A seleção por consequências é um análogo da seleção natural. Enquanto nesta última ocorrem variações genéticas que são selecionadas ou não de acordo com as consequências que produzem, na seleção por consequências são variações comportamentais que são selecionadas de acordo com as consequências que produzem. As variações ocorrem porque é impossível ser exatamente o mesmo contexto, a resposta ser completamente idêntica, ou produzir uma consequência idêntica, já que o estímulo nunca será o mesmo, o organismo que responde já não será exatamente o mesmo, aquilo não ocorrerá no mesmo espaço-tempo de outrora, etc. Assim, variações comportamentais são selecionadas ou não, modeladas ou não. Fora isso, uma pessoa também pode aprender algo por modelação (viu alguém fazendo) ou por que alguém a instruiu verbalmente a fazer.
 
Remetendo ao exemplo que Pinker dá, “Mary entrou no quarto, andou lá dentro e saiu” é simplesmente pouca informação pra explicar de maneira satisfatória esse comportamento. Mary pode ter entrado no quarto por n motivos, que ficariam mais claros se tivéssemos mais informações sobre o contexto no qual Mary ali entrou. Nem por isso as explicações senso-comum de Pinker são melhores, da mesma forma que se disser que uma estrela surgiu no céu porque alguém faleceu, não vai ser uma explicação melhor do que a do astrônomo que precisará de mais informações para explicar o fenômeno (afinal, pode ter se formado uma estrela, ou pode ter sido só uma nuvem que saiu do caminho, ou uma supernova que aumentou seu brilho antes da estrela falecer, ou outrora havia um buraco negro equidistante do caminho da luz da estrela até nós, entre outros).
 
É curioso também que essa crítica de Pinker, de que “Não seria naturalexplicar o comportamento humano na linguagem de tempo, distância e massa dos físicos” (coisa que o behaviorismo não faz – e não sei os demais behavioristas, mas eu ao menos não o faço porque não somos capazes. Não tenho problema nenhum com isso, dane-se ele não achar “natural” e eu acharia o máximo se tivéssemos recursos e conhecimentos para explicar dessa forma. Mas tergiverso...), seja um tanto contraditória com outra que faz anteriormente, ainda no mesmo livro:



“O próprio Skinner não asseverou obstinadamente que estímulos mensuráveis como comprimentos de onda e formas prediziam o comportamento. Em vez disso, ele definiu os estímulos segundo suas próprias intuições. Satisfez-se plenamente considerando o “perigo” – assim como o “elogio”, o “inglês” e a “beleza” – uma espécie de estímulo. Isso tinha a vantagem de manter sua teoria condizente com a realidade, mas era a vantagem do roubo em relação ao trabalho honesto.Entendemos o que significa um mecanismo responder a uma luz vermelha ou a um ruído alto – podemos até produzir um que faça isso – mas os humanos são os únicos mecanismos do universo que reagem ao perigo, ao elogio, ao inglês e à beleza.” (p.74)
 
Pois é, né?
Mas então, Pinker, não há desonestidade nenhuma nisso (e que ironia ele acusar alguém de desonestidade, não?). Não reagimos ao elogio, ao inglês e à beleza magicamente, mas todos esses são um conjunto de estímulos que rotulamos de determinada maneira (“perigo”, “elogio”, etc.), estímulos estes que eliciam uma resposta no organismo – do contrário não reagiríamos a eles. Se eliciarem respostas no organismo, por que não chama-los de estímulo? Mas Skinner se preocupou com isso. Para não acharem que por estímulo ele estava se referindo apenas a uma única coisa que elicia uma resposta, passou a usar cada vez menos a palavra “estímulo” e cada vez mais a palavra “contexto”.

Por fim, não somos os únicos a reagirem ao perigo, elogio, inglês ou beleza. Temos computadores diversos que conseguem responder diferencialmente a isso e já conseguimos até treinar pombos a ser uma espécie de críticos de arte.

Vou acelerar essa bagaça porque isso já está grande demais e o principal de suas críticas nesse livro já foi coberto. Ele repete algumas vezes o que aqui já foi comentado e todas as vezes em que cita Skinner ou o behaviorismo comete algum equívoco. Por exemplo, na página 125 diz que o behaviorismo é uma versão do associacionismo.  Não é. Ao contrário do que propõe o associacionismo, o behaviorismo não acredita nem que toda relação que os seres humanos estabeleçam entre eventos têm de estar temporalmente próximos, nem que todo conhecimento provenha da experiência.
 
E nas páginas 408 e 409 discorre sobre como os behavioristas estão errados porque nem todo medo é aprendido e existe alguns medos que não podem ser aprendidos, como ter medo de coisas “neutras”, como binóculos, martelos ou carros. Só que o behaviorismo nunca afirmou que todo medo é aprendido e, com relação à afirmação de que é impossível adquirir medo de coisas “neutras”, Pinker não traz nenhuma evidência para a sua afirmação e... bem, acho que um bom número de psicólogos, especialmente aqueles que lidam com transtornos de ansiedade e fobias, já devem ter encontrado pacientes com medo de carros. Eu já. Assim como já tive clientes que respondiam com pavor diante de coisas como “boné”, “vermelho”, “motos”, “jaqueta de couro” e outros. Se existem alguns medos que não podem ser aprendidos, é uma coisa interessante a ser testada, mas mesmo se existirem, isso não iria contra o que afirma o behaviorismo. Porque parece que Pinker simplesmente é incapaz de assimilar que o behaviorismo não acha que tudo é aprendido.
O que nos leva ao segundo livro...
 
Tabula Rasa
O livro é centrado em um argumento negativo: combater a ideia da tabula rasa, que supostamente ainda está muito presente no senso comum e na ciência contemporânea. Para isso, Pinker se propõe a atacar aqueles que defendem a tabula rasa e trazer explicações alternativas para os fenômenos. Há um misto de dados de pesquisas interessantes com uma continuidade do que já havia feito no livro anterior, uma interpretação a La psicologia popular, a ponto de Patrick Bateson, renomado biólogo, ter escrito em sua resenha sobre este livro, publicada na Science, que “asserções de botequim não levam à discussão balanceada que deveria ser gerada por um tópico tão importante quanto esse” (Bateson, 2002) [2]. O próprio Bateson também questiona a tese central do livro, se há de fato essa negação da filogenética, apontando que o psicólogo passa quase todo o livro atacando caricaturas que ele mesmo construiu.
 
Ainda mais do que em seu livro anterior, Pinker abusa de adjetivos, falácias e faz diversas afirmações sem citar fontes ou trazer evidências que as sustentem. Repete muitos dos erros cometidos no livro analisado acima, como novamente dizer que o behaviorismo segue o associacionismo de Locke (p.40), que os behavioristas ignoram tudo que é subjetivo e só se preocupam com o comportamento manifesto (p.40, p.41), entre outros, provando que manteve sua aversão ao estudo nos anos seguintes ao livro anterior. E desta vez é extremamente raivoso em seu ataque ao behaviorismo e em especial a Skinner, comparando estes a torturadores (p.236), a stalinistas (p.237), chama Skinner de “maoista” (p.337) e outros.
 
O que o psicólogo evolucionista tenta fazer é pintar os behavioristas como aqueles que querem manipular o ser humano, controlá-lo como autômatos, propor uma uniformidade entre as pessoas e até instaurar o comunismo (!?!??). De onde Pinker tira isso, só ele sabe, já que nunca traz referências. É extremamente irônica essa associação, já que Skinner é ainda mais frequentemente acusado de ser um típico representante do capitalismo e do pensamento estadunidense (Cruz, 2010).
 
Seja como for, o behaviorismo tem um papel importante em seu livro, por ser, supostamente, o maior representante da tabula rasa. Para quem não sabe o que isso quer dizer e está até agora boiando quando uso a expressão, “tabula rasa” foi um termo utilizado por Locke em seu “Ensaio Sobre o Entendimento Humano” (1690) para exemplificar de onde vem o conhecimento humano. Ele disse que nós chegamos ao mundo como uma tabula rasa e nela vão tendo inscrições ao longo do tempo, ou seja, que tudo que sabemos, aprendemos ao longo de nossa vida. A preocupação de Pinker é que existiriam esses defensores da tabula rasa na ciência contemporânea, que procuram negar a genética e o evolucionismo.
 
"Os behavioristas acreditavam que o comportamento podia ser compreendido independentemente do resto da biologia, sem atentar para a constituição genética do animal ou para a história evolutiva da espécie. A psicologia passava a consistir no estudo do aprendizado em animais de laboratório.B.F. Skinner (1904-90), o mais célebre psicólogo de meados do século XX, escreveu um livro intitulado The behavior of organisms ["O comportamento dos organismos", sem tradução em português], no qual os únicos  organismos eram ratos e pombos e o único comportamento era pressionar uma alavanca e bicar uma tecla. Foi preciso uma visita ao circo para lembrar os psicólogos de que as espécies e seus instintos tinham importância, sim. Em artigo intitulado "The misbehavior of organisms" ["O mau comportamento dos organismos", sem tradução em português], Keller e Marian Breland, alunos de Skinner,  relataram que quando tentaram usar as técnicas do mestre para treinar animais a inserir fichas de pôquer em máquinas automáticas, as galinhas bicaram as fichas, os guaxinins urinaram nelas e os porcos tentaram enterrá-las com o focinho. E  os behavioristas eram tão hostis com o cérebro quanto com a genética. Já em 1974, Skinner escreveu que estudar o cérebro  era só mais uma busca equivocada das causas do comportamento no organismo, em vez de no mundo exterior. " (Pinker, 2002/2004, p.41-42)
 
Vamos por partes.
 
Para começar, os behavioristas não acreditam que o comportamento pode ser “compreendido independentemente do resto da biologia”. É, na verdade, frequentemente o extremo oposto:
 
“Num primeiro momento, Skinner toma como modelo as ciências físicas e as transformações que ela enfrentava. Em sua obra mais madura, ele passa a operar com o modelo biológico, mais especificamente o fornecido pela teoria da evolução por seleção natural. Skinner, em 1938, defende que seu livro Behavior of Organism está voltado para uma análise do comportamento orientada por um sistema do qual a físico-química é um exemplo (Skinner, 1938/1966, PP. 434-435). Na década de 70, insere sua ciência no ramo da Biologia (Skinner, 1973ª/1978; 1974)."  (Michelleto, 2001, p.35)
 
Tampouco nega a genética, que para os behavioristas tem um papel importante na Psicologia, permitindo compreender aspectos fundamentais do comportamento e traçando potenciais e limites da intervenção do psicólogo. Nas palavras de Skinner:
 
“Para que haja comportamento é necessário um organismo que se comporte, e este organismo é produto de um processo genético. (...)  o conhecimento do fator genético nos capacita a fazer melhor uso de outras causas. Se soubermos que um indivíduo tem certas limitações inerentes, poderemos usar mais inteligentemente nossas técnicas de controle, mas não podemos alterar o fator genético.” (Skinner, 1953, p.23)
 
Mais absurdo ainda – se é que tem como – é a afirmação de que se negligencia a evolução pela seleção natural.  Skinner não apenas respalda a teoria da evolução e seleção natural, como que ela tem um papel central em suas principais obras (Skinner 1949; 1953; 1974; 1987; 1990), sempre pressupondo que o organismo que ele analisava e teorizava a respeito de seu comportamento era fruto do processo de evolução das espécies pela seleção natural. Mais do que isso, “Skinner busca na seleção natural os princípios que orientam sua concepção de objeto” (Michelleto, 2001, p.42), até que “gradualmente estes princípios se estendem à própria noção de causalidade” (IBID).
 
Skinner chega mesmo a considerar uma abordagem científica do comportamento humano como uma continuidade do trabalho de Darwin:
 
“No começo do século XIX, já era bem conhecido o fato de as espécies terem sofrido mudanças progressivas no sentido de formas mais adaptáveis. Estavam-se desenvolvendo ou amadurecendo e uma melhor adaptação ao meio ambiente sugeria uma espécie de propósito. Não se tratava de saber se ocorriam ou não mudanças evolutivas, e sim o porquê delas. Tanto Lamarck quanto Buffon recorriam ao propósito supostamente mostrado pelo indivíduo ao adaptar-se ao seu ambiente – propósito que, de alguma forma, se transmitia às espécies. Coube a Darwin descobrir a ação seletiva do ambiente, assim como cabe a nós completar o desenvolvimento da ciência do comportamento com uma análise da ação seletiva do meio." (Skinner, 1974, p.60-61)
 
É falsa também a afirmativa de que “A psicologia passava a consistir no estudo do aprendizado em animais de laboratório”, já que o cerne dos estudos behavioristas é, obviamente, o comportamento humano. Pinker deveria ter feito uma visita ao maior periódico de análise do comportamento do mundo, com quase 50 anos de atividade e com todos seus textos disponíveis online. Convido para que façam uma coleta de quantos experimentos ali são com animais não-humanos:http://seab.envmed.rochester.edu/jaba/
 
O que justifica um behaviorista realizar experimentos com animais não-humanos é justamente a crença de que não há uma ruptura abrupta entre o ser humano e os demais animais (continuidade entre espécies), de modo que, embora não sejamos de modo algum idênticos aos demais animais, os princípios básicos que controlam o comportamento, tanto do ser humano quanto dos demais animais, são os mesmos. Então, da mesma forma que um fisiologista poderia demonstrar os princípios básicos do funcionamento do organismo humano através da dissecação de outro animal – demonstrando os músculos lisos, a medula espinhal, as conseqüências de um dano ao córtex, o funcionamento de órgãos internos, etc – um behaviorista poderia demonstrar os princípios básicos do comportamento humano através de experimentos com ratos.
 
Em nenhum dos casos, tanto do fisiologista quanto do behaviorista, acredita-se que o ser humano seja idêntico aos demais animais, mas que tenha um funcionamento básico similar. As diferenças teriam de ser devidamente consideradas, da mesma forma que um fisiologista provavelmente não seria prudente ao ensinar o funcionamento do cérebro humano a partir do de uma rã, um behaviorista tem de fazer muitas considerações a respeito de características especificamente humanas e levá-las em consideração em sua análise. Como aponta Skinner, “dizer que o comportamento nada mais é do que uma resposta a estímulos constitui uma ultra-simplificação. Dizer que as pessoas são exatamente como os ratos ou os pombos é uma ingenuidade.” (Skinner, 1974, p.195)

Isso por si só já responde a crítica de Pinker ao “O Comportamento dos Organismos”, o primeiro livro de Skinner, publicado em 1938, logo após defender seu doutorado, e que nem de perto reflete a ciência que apenas mais tarde Skinner sistematizaria. Mesmo assim, Pinker erra feio novamente, pois, ao contrário do que diz, não há um experimento sequer com pombos em todo o livro – e desafio qualquer defensor do psicólogo a achar. O que já nos mostra que nem se deu ao trabalho de ler o livro que critica... Para piorar, parece ignorar solenemente o que Skinner ressalta logo no começo do livro:
 
“No sentido mais amplo, uma ciência do comportamento deve estar preocupada com todos os tipos de organismos, mas é sensato limitar-se, ao menos no começo, a um único exemplo representativo. Devido a uma certa antropocentricidade de interesses estamos inclinados a escolher um organismo que seja tanto similar ao homem quanto conveniente em termos de experimentação e controle.” (Skinner, 1938, p.47)
 
Seguindo ainda o mesmo trecho do Tabula Rasa, ele cita o “The Misbehavior of Organisms”, do casal Breland, como se fosse um “cala a boca” em Skinner. Nada poderia estar mais distante da realidade, tanto que eles continuaram behavioristas até o fim de suas vidas e suas experiências serviram para aperfeiçoar o treinamento de animais que até hoje é usado. Keller e Marian Breland fizeram algo que se Pinker tivesse pesquisado teria achado em abundância: behavioristas tentando delimitar até onde vão questões filogenéticas, até onde vão questões ontogenéticas. Mas, claro, mesmo se tiver achado, já temos bons motivos para acreditar que não publicaria, já que faria ruir a tese central de seu livro.
 
Fechando esse trecho, Pinker diz: “Já em 1974, Skinner escreveu que estudar o cérebro era só mais uma busca equivocada das causas do comportamento no organismo, em vez de no mundo exterior.”. O autor só pode estar se referindo ao único livro de Skinner em 1974, o “Sobre o Behaviorismo”. Procurei e não encontrei nada que sequer lembre o que ele atribui a Skinner. É possível, no entanto, encontrar o exato oposto, já que ao longo de toda sua obra sempre foi ressaltada a importância da fisiologia e neurociências. Ele apenas acreditava que tomar o cérebro como causa dos comportamentos, ao invés da história evolutiva e a história de vida, era uma estratégia ruim de investigação, que negligencia o fato de que o cérebro só tem determinada atividade a partir de um contexto.
 
Mas o psicólogo-evolucionista-“cientista”-cognitivo não se cansa:
 
Quando paramos para pensar, a ideia de uma natureza humana maleável não merece sua reputação de otimismo e enaltecimento. Se merecesse, B.F. Skinner teria sido louvado como um grande humanitário” (p.236)
 
O problema é que foi e não foi pouco. Skinner ganhou diversos prêmios por suas contribuições (algumas já mencionadas), incluindo... Humanista do Ano da American Humanist Society, em 1972. Pois é. Continue, Pinker:
 
“Skinner era defensor ferrenho da tabula rasa e um utopista exaltado.” (IBID)
 
Já explicamos bem esse ponto. Deixemos para o próprio Skinner a honra de jogar a última pá de terra sobre a questão:
 
“Nenhum estudioso do comportamento de boa reputação, jamais defendeu “que o animal chega ao laboratório virtualmente como uma tábula rasa, ou que diferenças entre espécies são insignificantes, e que todas as respostas são igualmente condicionáveis a estímulos.”” (Skinner, 1984, p.303)
 
Obrigado.
Mas continuando no mesmo trecho do Tabula Rasa:
 
“Por que a maioria das pessoas sente repulsa por essa visão? Críticos de Beyond freedom and dignity [Para além da liberdade e da dignidade, na tradução em português], de Skinner, ressaltaram que ninguém duvida da possibilidade de controlar o comportamento; apontar uma arma para a cabeça de alguém ou ameaçar a pessoa de tortura são técnicas tradicionais. Até mesmo o método preferido de Skinner, o condicionamento operante, requeria fazer o organismo passar fome até que seu peso se reduzisse a 80% do que seria com alimentação livre e confiná-lo em uma cela onde os esquemas de reforço fossem cuidadosamente controlados. A questão não é se somos capazes de mudar o comportamento, e sim a que custo.” (p.236-237)
 
É ignorado o fato de que para Skinner, como para a maioria dos filósofos da ciência, controle se refere a qualquer relação entre eventos que de alguma forma se determinam. Se o comportamento humano não brota por geração espontânea, ou seja, se tem uma causa, então ele écontrolado. A proposta de Skinner envolve descrevemos melhor o que controla nossos comportamentos para assim planejarmos para nós mesmos um mundo melhor. Em outras palavras, produzir o que desejamos que seja produzido para nós mesmos.
 
Não satisfeito, Pinker tenta pintar Skinner como um verdadeiro torturador de animais. Mas ele ignora, provavelmente devido à sua falta de erudição acadêmica que insiste em aparecer, o fato de que os animais em seu ambiente natural nunca estão com seu peso total, aquele peso que podem adquirir com continua alimentação (Poling, Nickel, & Alling, 1990). Isso só ocorre em laboratórios e em alguns animais domésticos e reduzir em 20% seu peso não é fazê-los passar fome, mas estabelecer condições mais próximas do ambiente natural.
 
Por fim, Pinker tenta atacar o behaviorismo apelando para a liberdade humana: “Mas não podemos fingir que somos capazes de remodelar o comportamento sem infringir de algum modo a liberdade e a felicidade das outras pessoas. A natureza humana é a razão de não entregarmos nossa liberdade nas mãos dos engenheiros comportamentais.” Entrando em explícita contradição consigo mesmo, inclusive mais à frente neste mesmo livro, como quando critica a ideia de alma e livre-arbítrio:
 
“Não poderíamos esperar reduzir atos malignos instituindo códigos morais e legais, pois um agente livre, flutuando num plano diferente do das setas de causa e efeito, não seria afetado pelos códigos. Moralidade e lei não teriam utilidade. Poderíamos punir um transgressor, mas seria por pura vingança, pois a punição não teria nenhum efeito previsível sobre o comportamento futuro do transgressor ou de outras pessoas cientes da punição.
Por outro lado, se a alma for previsivelmente afetada pela perspectiva de apreço e vergonha ou recompensa e punição, ela não é mais realmente livre, pois é compelida (ao menos probabilisticamente) a respeitar essas possíveis conseqüências. Qualquer coisa que converta padrões de responsabilidade em mudanças na probabilidade de comportamento – como a regra “Se a comunidade pensar que você é um mal-educado por fazer X, não faça X” – pode ser programada em um algoritmo e implementada no hardware neural. A alma é supérflua.” (p.246)

 
Boniiiito, hein? Então quando você quer criticar o behaviorismo existe liberdade, quando quer defender seu ponto, não?
 
Sou obrigado a admitir que dos males esse é o menor. Não dá pra esperar coerência de alguém que, como vimos, inventa fatos, distorce citações, inventa citações, recorta criminosamente trechos para favorecer seu ponto, critica o que não leu (ou leu e tenta enganar seu público), tira ideias da cartola e atribui a seus oponentes, não pesquisa sobre o que afirma, não cita fontes, não traz dados, utiliza uma enormidade de falácias lógicas e faz malabarismos para desinformar seu leitor.
 
Senhoras e senhores, é por tudo isso aqui apresentado que concluo que Steven Pinker é um genuíno charlatão intelectual, com traços de um papagaio intelectual. Um híbrido, um exímio representante da espécie que pretendo continuar denunciando até levá-la próxima à extinção e que fez bastante por merecer o lugar de honra como o precursor dessa série. Palmas pra ele.

Notas:


[1] – Você pode encontrar respostas mais extensa às críticas de Chomsky nos artigos de MacCorquodale [link] e Palmer [link]
 
[2] - Adoraria discorrer sobre por que as ideias e explicações propostas por Pinker são muito ruins, insustentáveis, comparáveis a qualquer ficção a partir de alguns dados que não induzem às suas conclusões. No entanto, isso já ficou enorme para um post de blog e deixarei isso para um outra oportunidade, talvez com uma crítica mais ampla a algumas explicações cognitivistas e evolucionistas.
 
Referências Bibliográficas:
 
BATESON, P. The Corpse of a Wearisome Debate. Science, 297 (27),2212-2213, 2002
 
CARVALHO-NETO, M.B. B. F. Skinner e as explicações mentalistas para o comportamento: uma análise histórico-conceitual (1931-1959). Tese de doutorado, USP, 2001


CHOMSKY, N. Review of B.F. Skinner’s Verbal Behavior. Language, Vol 35. No. 1, 1959
 
CRUZ, R. Possíveis Relações entre o Contexto Histórico e a Recepção do Behaviorismo Radical. Psicologia Ciência e Profissão, 30 (3), 2010
 
HUNZIKER, M.H.L. (2001) O estudo do desamparo aprendido como estratégia de uma ciência histórica/ in Guilhardi, Hélio José, et AL; Sobre Comportamento e Cognição: expondo a variabilidade – Org. Hélio José Guilhardi. 1ª Ed. Santo André, SP: ESETec Editores Associados, 2001. V.7
 
LOCKE, J. Ensaio acerca do Entendimento Humano. São Paulo: Nova Cultural. 1988
 
MICHELLETO, N. Bases filosóficas do behaviorismo radical.  In BANACO, RobertoAlves et al. Sobre Comportamento e Cognição: aspectos teóricos, metodológicos e de formação em análise do comportamento e terapia cognitivista. 1ª edição, Santo André, SP. Editores Associados, 2001
 
PINKER, S. Como a mente funciona – São Paulo, Companhia das Letras, 1998

PINKER, S. Tábula rasa: a negação contemporânea da natureza humana - São Paulo: Companhia das Letras, 2004
 
POLLING, A., Nickel, M., & Alling, K. Free birds aren’t fat: Weight gain in captured wild pigeons maintained under laboratory conditions. Journal of the Experimental Analysis of Behavior, 53, 423-424. 1990
 
SKINNER, B. F.. The behavior of  organisms. New York: Appleton-Century-Crofts. 1938
 
SKINNER, B.F. Para além da Liberdade e da Dignidade. Lisboa: Edições 70, 1974
 
SKINNER, B.F. Seleção por conseqüências.  Revista brasileira de terapia cognitiva e comportamental. Volume IX, 2007
 
SKINNER, B.F. Ciência e comportamento humano. 2ª edição – Editora Universidade de Brasília, 1970
 
SKINNER, B.F. Contingências de reforço: uma análise teórica. 2.ed – São Paulo: Abril Cultural, 1984.
 
SKINNER, B.F. Sobre o behaviorismo/ 10ª edição – São Paulo: Cultrix, 2006
 





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SUBJECT: Re: [ciencialist] Steven Pinker é um charlatão doutorado em psicologia pela Universidade de Harvard?
FROM: Mtnos Calil <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/06/2015 12:54

Ocorre que Steven Pinker brincou muito com algumas coisas sérias, criando, as vezes confusão nos seus textos, como veremos aqui, já que alguns membros do grupos consideram a psicologia algo que mereça alguma atenção cientifica. 
mc 

Ps. A utópica administração cientifica da sociedade precisa da psicologia para alimentar as suas ilusões. Assim ficando a coisa no campo da utopia e da ilusão, os quantofrênicos vão pular de alegria. Afinal a ciencia não foi criada para resolver os problemas sociais. Quem deve cuidar disso são os politicos. (na visão dos cientistas alienados, é claro). 



On Seg 15/06/15 12:13 , "oraculo@atibaia.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 

Acho que é esse cara que afirma, dentro da sua ética utilitarista, que abortar um bebe após certo tempo é tão válido qto matar um recem nascido.
 
Acho que não faz a menor ideia do que está falando, e que pinçou um texto fora de contexto, para criar um espantalho. Mas só “acho”.Alegre
 
É um expediente comum, entretanto, muito usado por criacionistas, pseudo-cientistas e afins, que na falta de elementos e evidências para apresentar defendendo seus pontos, se focam em atacar os pontos contrários (e especialmente autores, já que pensam que ataques ad hominem são de alguma forma argumentos) que conflitam com suas posições.
 
Um dos exemplos mais conhecidos é um trecho da Origem das Espécies de Darwin, em que ele escreve algo como “não vejo como um olho pdoeria evoluir sozinho”, usado recorrentemente por criacionistas para mostrar que “mesmo Darwin sabia que deveria haver um criador ou ‘algo’” por tras da evolução.
 
O trecho entretanto, é apenas um “gancho” retórico, usado por Darwin para, nos capítulos seguintes, explicar como isso poderia ocorrer. Mas que não é mencionado por nenhum criacionista.:-)
 
Dawkins, Jay Gould, entre muitos outros, sofrem esse tipo de ataque constantemente.
 
O trecho de Pinker, um excelente escritor e pesquisador, tirado de contexto, e sem o enorme arrazoado que o segue, serve ao mesmo propósito, criar um espantalho difamatório.
 
E, sério, Pedro Sampaio, psicólogo clínico? Sério?.:-)
 
Esta lista sempre me fez aprender e crescer, mas ultimamente é uma tristeza só.:- (
 
Homero
 
 
 
Sent: Monday, June 15, 2015 9:35 AM
Subject: Re: [ciencialist] Steven Pinker é um charlatão doutorado em psicologia pela Universidade de Harvard?
 
 

Acho que é esse cara que afirma, dentro da sua ética utilitarista, que abortar um bebe após certo tempo é tão válido qto matar um recem nascido. Ele afirma isso, não para condenar o aborto, mas sim para justificar o infanticídio.
 
 


Em Sábado, 13 de Junho de 2015 19:52, "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" escreveu:


 
É o que pensa Pedro Sampaio, psicólogo clinico de Minas Gerais.

Steven Arthur Pinker (Montreal, 18 de setembro de 1954) é um  psicólogo  e linguista canadense 
Durante 21 anos foi professor no Departamento do Cérebro e Ciências Cognitivas do Massachusetts Institute of Technology antes de regressar a Harvard em 2003. Pinker completou o bacharelado em Psicologia da Universidade McGill no ano 1976, e doutorado em Psicologia Experimental da Universidade de Harvard em 1979.
Fonte Wikipédia.

E no site da Universidade de Harvard está o imenso currículo do suposto charlatão que é um dos psicólogos mais famosos do mundo. - http://pinker.wjh.harvard.edu/about/current_cv/cv%20Steven%20Pinker.htm

Como então um “cientista” desta envergadura pode ser considerado um charlatão? Será que o nosso psicólogo mineiro endoidou? A leitura da peça condenatória de Pinker revela que o autor não endoidou. Então Pinker seria mesmo um charlatão? E porque perdermos tempo com isso? Ocorre que o Pinker aparece com destaque em nossa bibliografia do curso de lógica. A nossa lógica, à diferença do que se vê em muitos textos de filosofia, é um instrumento do PENSAMENTO, que é produto do que chamamos MENTE, e que é objeto de estudo da psicologia, ciência ainda em fase de gestação, que tem por objeto os fenômenos mentais e emocionais. Isso porém não significa que repudiamos os filósofos metafísicos, a exemplo de Kant que aparece duas vezes na nossa bibliografia com as suas criticas da razão pura e da razão prática. Ocorre que Kant não foi metafísico 24 horas por dia, o que lhe permitiu escrever alguns textos de cunho lógico-cientifico. 

Penso.. ( quase que eu uso “Creio” no lugar de “Penso” – os humanos são tão polissêmicos que atribuem o mesmo signIficado a palavras tão distintas como crer e pensar. Só falta alguém considerar que a fé é um combustivel do pensamento ... se emoção, porque a fé não poderia ser?.... penso que Pinker não é um charlatão autêntico, mas alguém com uma tremenda vocação para o marketing pessoal que certamente contribuiu para a sua fama. Um dos recursos de marketing que ele adotou a esmo nos seus Best Sellers é o humorismo, cujo emprego exagerado banalizou alguns conceitos de correntes da psicologia às quais ele se opõe. Temos então que levar em consideração as criticas do nosso psicólogo mineiro, que também exagerou. Ocorre que muitas coisas ditas por Pinker têm valor cientifico. Em sendo um charlatão, ele teria copiado essas coisas certas de outros autores. Mas do ponto de vista do pensamento cientifico isso faz alguma diferença quando estamos diante da incumbência de analisar os conceitos? Para a nossa lógica o que importa é o CONCEITO E NÃO A AUTORIA DO CONCEITO, mesmo porque não temos condições de verificar quem foi o autor original de tantos conceitos, exceto quando uma teoria (respeitada ou não, equivocada ou não) foi criada por um único autor como é o caso da Psicanálise de Freud. Porém mesmo neste caso precisamos ter o cuidado de levar em conta que alguns dos conceitos da psicanálise podem ter sido inspirados por alguns filósofos como Nietzche e Shoppenhauer. Um equivoco generalizado que ocorre em relação à psicanálise é que muitos de seus criticos desconhecem a evolução pela qual a criação de Freud passou nos últimos 100 anos. Uma sessão de boa psicanálise do século XXI é muito diferente do que Freud fazia.

Mtnos Calil

Ps. Para editar o artigo abaixo tive dedicar um bom tempo. Seria muito mais simples meramente informar o link. No entanto, alguém disse que fazendo isso eu estava "abusando". Só se for de mim mesmo.

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Da Série "Charlatões Intelectuais": Parte 1 - Steven Pinker
11 de abril de 2012
Por Pedro Sampaio, psicólogo clinico de Belo Horizonte, MG
http://pedro-sampaio.blogspot.com.br/2012/04/da-serie-charlatoes-intelectuais-parte.html
Charlatões e papagaios
 
Charlatão é aquele que procura ludibriar outrem, ou seja, enganar, distorcer para favorecer-se ou oferecer algo como se fosse vantajoso quando na verdade não o é.  Um charlatão intelectual é alguém que distorce os fatos, manipula dados, recorta citações, utiliza falácias lógicas, tudo de modo a favorecer o ponto que pretende defender. Um charlatão intelectual talvez seja ainda mais perigoso que um charlatão ordinário, já que pode travestir o que pretende defender de ciência, munindo-se do prestígio desta (e até de sua autoridade ou de autores respeitados) para ludibriar, correndo o risco de persuadir não apenas a população de um modo geral, mas o próprio meio acadêmico e científico.
 
Isso ocorre porque, embora o meio acadêmico e científico procure estratégias para minimizar isso, a grande maioria da massa acadêmica e científica é composta pelo que chamo de papagaios intelectuais. Há as autoridades, os formadores de opinião, que são pouquíssimos, e uma multidão de papagaios para ecoar o que ouvem as autoridades dizerem.
 
 
É algo delicado. Em certa medida, todos estamos susceptíveis a sermos, em algum momento, ludibriados por autoridades. Vamos supor que lemos incessantemente figuras que temos como autoridades da área dizendo que Louis Vitalle (nome fictício, só para exemplificar) foi um filósofo do século XIX que defendeu a escravidão, argumentando com base em Maquiavel que “os fins justificam os meios”. E que, ainda em nossa suposição, Vitalle foi superado quando Peter Bowen (idem) demonstrou a inconsistência deste argumento, e vemos até que muitas destas autoridades procuram esmiuçar melhor o argumento de Bowen e criticar o de Vitalle. É bastante possível que quando falarem de Vitalle conosco, associemo-lo com essas idéias e até que se perguntarem sobre ele, digamos que ele defendia isso, ainda complementando com nossa própria opinião, dizendo que Vitalle defende uma bobagem.
 
Mas o legítimo papagaio acadêmico é aquele que não apenas faz isso, como é capaz de escrever textos e artigos em cima de um possível espantalho do argumento de Vitalle (já que ele nunca o leu) e até mesmo um livro com o título “O Vitalleísmo na sociedade contemporânea: como idéias ultrapassadas mantêm o preconceito”.  É aquele que mesmo diante de alguém que estudou e conhece Vitalle e aponta que essa opinião é equivocada, trazendo trechos que demonstram o oposto e convocando-o a ler o autor, persiste no erro por orgulho (compromisso maior com seu ego do que com o conhecimento) ou por confiança cega nas autoridades (um problema que já levantei mais de uma vez aqui no blog).
 
Cansado do charlatanismo e da papagaiada que o sustenta, decidi escrever esta série de textos que visa esclarecer alguns equívocos e, por que não dizer na lata, mentiras muito difundidas. Confesso que tenho uma esperança um tanto ilusória de que cada texto seja suficiente para encerrar a questão de que tratarei e não precisarei mais ficar repetindoad nauseam as mesmas coisas, mas se eles pelo menos esclarecerem algumas pessoas, for útil a outras e me poupar esforços em debates futuros, ele já terá cumprido sua função.
 
 
Parte 1 – Steven Pinker 
 
Steven Pinker é um cientista cognitivo estadunidense e talvez seja o psicólogo mais famoso do mundo atualmente, já tendo figurado em listas como “As 100 pessoas mais influentes do mundo” da TIMES e cujos livros são best-sellers – especialmente se levarmos em conta como normalmente vendem pouco livros de psicologia e divulgação científica. Ele não é tão conhecido por alunos de Psicologia no Brasil, mas isso porque por aqui estudamos mais história da psicologia do que o que de fato vem acontecendo na área mundo afora.
 
Ele já tinha alguma fama, mais ou menos local, mas virou pop star mesmo quando Richard Dawkins começou a divulgá-lo e o próprio Pinker tornou-se um dos principais representantes das críticas à religiosidade (e teórico de explicações naturalistas da religiosidade) dentro da Psicologia.  Ateus, principalmente os leigos em Psicologia, começaram a tomá-lo como autoridade da área e divulgar bastante seus trabalhos. Isso também por que Pinker se diz um psicólogo evolucionista e a Psicologia Evolucionista também começou a ser bem quista e bem divulgada por este grupo, por, aparentemente, ser aquela linha da psicologia que leva em consideração a teoria da evolução pela seleção natural, de Darwin. E a seleção natural é algo bem estabelecido, elegante e querido por cerca de 11 em cada 10 ateus.
 
Os dois principais livros de Pinker são Como a mente funciona (1996) e Tábula rasa (2002), dois trambolhos de mais de 700 páginas cada um, nos quais Pinker apresenta dados de pesquisas, conjecturas, o cerne de uma abordagem evolucionista da mente e críticas às demais linhas teóricas da Psicologia. Seu nêmesis: o behaviorismo. São dezenas de referências ao behaviorismo e a autores behavioristas nesses dois livros. O Tábula rasa, em especial, é sustentado na idéia de que, quando se trata de comportamento humano, há uma “negação da natureza humana” por parte de muitos, incluindo acadêmicos e escolas teóricas inteiras. Como Locke, essas pessoas e escolas estariam, ao jogarem para escanteio a genética e a seleção natural, afirmando que o ser humano vem ao mundo como uma tábula rasa, sem nada “inscrito” nele, e que tudo que observamos é adquirido ao longo de sua vida. Os behavioristas seriam, supostamente, os maiores defensores dessa idéia.
 
 
Como a mente funciona
 
“Como a Mente Funciona” (1996) foi o primeiro livro bem vendido de Pinker. Nele, o pop star cognitivista se engaja na ousada tarefa de explicar, duh, como a mente funciona – como entrega o título. Claro, o autor é o primeiro a admitir que seja uma tarefa hercúlea e talvez impossível, já que não há tanto consenso na área e muito ainda está sendo estudado, mas aponta seus estudos prediletos como promissores para este empreendimento.
 
Assim, começa a delimitar, de maneira explícita e implícita, aqueles estudos e abordagens que seriam a via régia para uma psicologia científica que procura desvendar o homem, e aqueles ultrapassados estudos e abordagens que seriam os inimigos do conhecimento na psicologia, que têm freado os nobres desbravadores que ousam tentar descobrir como a mente funciona. E do começo ao fim de seu livro ele procura alocar o behaviorismo nesse segundo grupo:
 
“A velha teoria do estímulo e resposta da escola behaviorista afirmava que crenças e desejos não tinham relação alguma com o comportamento – de fato, que eram tão não científicos quanto uma lenda folclórica ou a magia negra. (...) Como observou o célebre behaviorista B.F. Skinner: ‘A questão não é se as máquinas pensam, mas se os homens pensam’.”
            Obviamente, homens e mulheres pensam; a teoria do estímulo-resposta revelou-se errada. Por que Sally saiu correndo do prédio? Por que acreditava que ele estava pegando fogo, e ela não queria morrer.” (Pinker, 1996/1998,p.73)

 
Ao ler este trecho, qualquer pessoa minimamente familiarizada com o behaviorismo já se dará conta de que hercúlea mesmo talvez seja a tarefa que estou empreendendo aqui. Afinal, cada frase deste trecho contém tantos, mas tantos erros, que se dar ao trabalho de refutar um livro inteiro repletos destes é aquele tipo de tarefa em que somos vencidos pelo cansaço antes mesmo de começarmos.  Por sorte, Pinker não apenas comete uma enormidade de erros, mas também os repete muito, o que me permite refutar apenas uma vez pontos que aparecem repetidamente.
 
No trecho acima, portanto, já podemos observar algumas desonestidades e desconhecimentos. Para começar, tachar a idéia que pretende refutar de “velha” já é um estratagema erístico  para conduzir o leitor a ver com maus olhos a teoria, pois já insinua como definitivo e aprioristico de que ela é ultrapassada. O que não precisamos ter pudor em dizer que era sua intenção, já que logo a frente diz que a teoria “revelou-se errada”, tomando, o que deveria ser uma conclusão, como uma petição de princípio.
 
Se formos generosos com Pinker, podemos tentar argüir que ele chama de velha é apenas a teoria estímulo-resposta do behaviorismo, teoria que, de fato, caiu em desuso (desconheço behavioristas watsonianos, mas corrijam-me se eu estiver errado). Hoje, e já há mais de meio século, a modalidade de behaviorismo a qual os behavioristas contemporâneos têm como referência é o chamado behaviorismoradical, de Skinner, que não é “estímulo-resposta”. Mas fica difícil ceder isso a Pinker quando ele mesmo, logo em seguida, coloca Skinner neste mesmo balaio, tomando-o como referência desta concepção “velha” e “errada”. E, claro, pelo fato de que esse erro é repetido algumas vezes no livro:
 
“Skinner e outros behavioristas asseveraram que toda conversa sobre eventos mentais era especulação estéril; somente as conexões estímulo-resposta poderiam ser estudadas no laboratório e no campo. Exatamente o oposto revelou-se verdadeiro.” (p.95)
 
Isso começa a sinalizar um equívoco que está colocando sua cabecinha para fora nesse trecho, mas que vai se repetir muitas vezes mais a frente: confundir “teoria do estímulo e resposta” com behaviorismo, confundir behaviorismo com behaviorismo radical, confundir “teoria do estímulo e resposta” com paradigma operante (de Skinner) e generalizar “behaviorismo”, sendo que existem várias modalidades deste. Isso é um erro primário, que qualquer pessoa minimamente preocupada em ler algo a respeito do que vai criticar antes de escrever sobre descobriria logo nas primeiras leituras. Mas temos evidências de que Pinker saiba disso, mas que mesmo assim deliberadamente manipula os termos de modo a induzir o leitor leigo ao erro, como demonstrarei mais contundentemente ao longo do texto.
 
Pois bem, essa confusão e generalização é um erro, pois era Watson quem propunha o estudo do comportamento através de esquemas de estímulo e resposta, sendo uma proposta reconhecida comomecanicista, já que envolve apenas uma relação mecânica: um estímulo que elicia uma resposta. Já o Behaviorismo Radical trabalha com relações funcionais, numa proposta que envolve um contexto que produz uma determinada resposta, que, por sua vez, tem uma conseqüência. Esta conseqüência, por seu turno, influencia a probabilidade futura de uma resposta similar num contexto similar. Uma conseqüência que aumente a probabilidade de o organismo voltar a emitir aquela resposta em contextos similares é chamada dereforçadora; uma consequência que diminua essa mesma probabilidade é chamada de punitiva. Em suma, é uma noção de causalidade formulada em termos de relações funcionais entre eventos, o que é um modo de afastar-se de posturas mecanicistas.
 
Dado que já há quase um século a modalidade de behaviorismo que é adotada mundo afora é o behaviorismo radical, quando eu me referir a behaviorismo ao longo deste texto, estarei falando do behaviorismo radical, também para entrar em consonância com o autor, que evidencia estar atacando este, apesar de falar apenas “behaviorismo”.
 
Em seguida, ainda no mesmo trecho (da página 73, supracitado), Pinker diz que o behaviorismo rejeita crenças e desejos, que estes nada teriam a ver com o comportamento. Isso também é distorcer os fatos em prol do ponto que pretende consolidar. O que o behaviorismo rejeita é que as explicações dos comportamentos cessem no que chamamos de “desejos” e “crenças”. Este é o cerne da crítica behaviorista ao mentalismo: não que o behaviorismo acredite que não existem aqueles processos que chamamos de “mentais”, como o pensar, sentir, querer, a consciência e outros, mas rejeita-os como entidade, como agentes e como causa suficiente para a explicação do comportamento humano. Dizer que Sally saiu correndo do prédio “Por que acreditava que ele estava pegando fogo, e ela não queria morrer” não é explicar o comportamento, mesmo que a própria Sally o explique assim.  É circular: por que Sally saiu correndo do prédio? Por que ela acreditava que ele estava pegando fogo e não queria morrer. Por que você acha que a Sally acreditava que o prédio estava pegando fogo e ela não queria morrer? Por que ela saiu correndo do prédio. E assim ad infinitum.
 
Uma boa explicação científica é aquela que melhor permite prever e controlar o fenômeno, coisa que as explicações mentalistas não são boas. A explicação behaviorista para Sally ter saído correndo do prédio infelizmente será mais complexa do que “porque ela quis assim” do cognitivismo popular de Pinker. Mas eis o demérito de muitas explicações científicas: muitas vezes elas requerem maior esforço e investigação do pesquisador. De maneira semelhante, explicar a origem da vida de maneira convincente para um leigo absoluto, exigirá mais atenção do que uma explicação como “porque Deus quis assim”. Assim, podemos especular que Sally saiu correndo do prédio talvez por razões filogenéticas (se é que há algo como uma resposta inata de fuga diante de muito fogo) somadas à sua história de vida, que inclui suas experiências aversivas com fogo; sua aprendizagem de que ele queima (ela não precisa ter sido queimada, podem ter ensinado isso a ela); de que, em caso de incêndio, deve sair correndo; de talvez ter visto filmes, programas, documentários, lido livros, em que tomou conhecimento de que se ficar dentro de um prédio em chamas, morrerá queimada; etc. Pessoas que não passaram por essas ocasiões, não irão simplesmentequerer , brotar um desejo, de sair correndo do prédio. E se uma pessoa é insistentemente ensinada que, em caso de incêndio, ela deve se esconder debaixo da cama, aconteça o que acontecer, dizer que ela, diante do incêndio, se escondeu debaixo da cama “por que teve vontade” é uma pseudo-explicação, insuficiente e que negligencia importantes questões na explicação do comportamento.
 
É claro que existe isso  que chamamos de desejos e crenças, mas eles também têm uma causa e um behaviorista acredita que compreender a causa destes é uma explicação melhor para o comportamento, pois permite que você compreenda, preveja e altere o comportamento de maneira mais eficaz.
 
Sobre o behaviorismo ver crenças e desejos como algo não-científico, isso parece um espantalho do que disse Watson, “pai” da modalidade de behaviorismo citada mais acima, aquela que de fato caiu em desuso. O que ele diz é que crenças, desejos, pensamentos e até sentimentos são difíceis de estudar, por não permitirem observação consensual de múltiplos pesquisadores, e que a Psicologia deveria parar de privilegiar a introspecção como método e focar-se nos comportamentos observáveis. Isso coloca Watson com um raciocínio próximo de algumas modalidades de positivismo. Mas o que nos diz respeito é que isso não fala muito sobre os demais behaviorismos, em especial o skinneriano (behaviorismo radical), já que esta não é, absolutamente, a posição de Skinner. Skinner chama as crenças, desejos, pensamentos, emoções, e demais eventos geralmente chamados de “mentais”, deeventos privados. Privados, pois apenas uma pessoa, a princípio, tem acesso a eles: o próprio sujeito que pensa, deseja, etc. E os eventos privados não apenas são considerados como têm uma centralidade na teoria skinneriana:
 
"Na medida em que o comportamento verbal começa a ser estudado, amplia-se a abrangência deste fazer, de forma a incorporar todos os níveis da ação humana; os eventos privados, a moral, o pensamento, a consciência, a alienação e a própria ciência, que é compreendida como uma forma de comportamento (...). O estudo do comportamento verbal permite propor eventos privados como pertencentes ao seu objeto de estudo, o que afasta Skinner de posturas metodológicas que defendem a necessidade de observação direta como condição de tomar um objeto como passível de ser estudado pela ciência, uma vez que ela permitiria um consenso público." (Michelleto, 2001, p.41)
 
Mas não satisfeito em desinformar a respeito do behaviorismo, Pinker fecha seu parágrafo com uma suposta citação de Skinner, que endossaria seu ponto de que os behavioristas ignorariam pensamentos e outras atividades não-diretamente-observáveis: “Como observou o célebre behaviorista B.F. Skinner: “A questão não é se as máquinas pensam, mas se os homens pensam”(p.73).
 
Não é em vão que Pinker não traz referência alguma da citação: vai que alguém procura! Eu mesmo procurei bastante e não achei referência a não serem as que remetem ao próprio Pinker e outros já haviam tentado procurar e não acharam (Carvalho-Neto, 2001). Mas meu amigo Ramon Cardinali se lembrava de ter lido algo semelhante e conseguiu achar a fonte: "Mas a questão real não é se as máquinas pensam, mas sim se os homens pensam. O mistério que envolve uma máquina pensante já envolve o homem pensante." (Skinner, 1969/1984, p.387-388) Mas ao ler o contexto no qual a frase aparece, fica evidente a razão pela qual Pinker omite a referência. Skinner não estava dizendo ou insinuando que os homens não pensam, como o autor tenta nos convencer: “Obviamente, homens e mulheres pensam; a teoria do estímulo-resposta revelou-se errada.” Tentando não apenas dar como enterrada a teoria que pretende criticar como também dizendo que ela acreditava que os homens e mulheres não pensam, o que é um absurdo e uma mentira muito distante da realidade. Skinner disse isso enquanto debatia sobre inteligência artificial e procurava atentar para a importância de se definir melhor, operacionalizar melhor, o que entendemos por “pensar” antes de dizer que as máquinas pensam.
 
Um defensor do psicólogo evolucionista poderia dizer que é difícil afirmar que Pinker deliberadamente omitiu a referência para prestidigitar o leitor, mas que pode ter ouvido alguém atribuir essa fala a Skinner e colocou em seu livro. Pois, caro defensor, isso não melhora em nada a situação do psicólogo. Ouvir numa mesa de bar, no corredor de uma universidade ou seja onde for  que alguém disse algo e utilizar isso em seu livro sem se preocupar em verificar a fonte, a veracidadedaquilo, tomando como fato um boato informal, já é de uma desonestidade intelectual, de um descompromisso com a verdadeímpar. É evidência de que se trata de um profissional que não está interessado em construir conhecimento, mas apenas em construir uma próspera carreira para si.
E, infelizmente, tem sido bem sucedido nisso.
 
Tá na boa, né Pinker?
 
Concluindo seu raciocínio, Pinker procura demonstrar por que Skinner estaria errado, dando um exemplo de explicação de um comportamento: “Por que Sally saiu correndo do prédio? Por que acreditava que ele estava pegando fogo, e ela não queria morrer.”
 
A maioria dos psicólogos e até mesmo estudantes de Psicologia pensarão que Pinker está brincando ou debochando do behaviorismo, talvez insinuando que até pseudo-explicações como essa, pra lá de senso comum e ineficaz, seriam melhores que as behavioristas. Mas não, ele está falando sério. Steven Pinker é adepto da psicologia intuitiva ou psicologia popular (folk psychology) como capaz de fornecer as melhores explicações psicológicas que dispomos, como ele mesmo esclarece e repete várias vezes em seu livro:
 
“No nosso dia-a-dia, todos nós predizemos e explicamos o comportamento de outras pessoas com base no que achamos que elas sabem e no que achamos que elas desejam. Crenças e desejos são as ferramentas explicativas de nossa psicologia intuitiva, e a psicologia intuitiva ainda é a mais útil e mais completa ciência do comportamento que existe. Para predizer a grande maioria dos atos humanos – ir até a geladeira, subir no ônibus, pegar a carteira – você não precisa labutar num modelo matemático, simular uma rede neural no computador nem procurar um psicólogo profissional; basta perguntar à sua avó.” (Pinker, 1996/1998, p.74-75)
 
Esse pensamento de Pinker parece ser influência do filósofo Daniel Dennett, uma das personalidades mais citadas pelo psicólogo. Tratarei de Dennett com o devido esmero em breve (a parte 2 da presente série será dedicada a ele), mas podemos adiantar que o filósofo dedicou-se a tecer argumentos em defesa da psicologia intuitiva como ferramenta para compreender e prever o comportamento alheio. Podemos ver esboços do pensamento do filósofo mais claramente no trecho a seguir, onde Pinker aproveita para novamente criticar o behaviorismo:
 
E agora chegamos ao modo como a mente conhece outras mentes. Somos todos psicólogos. Analisamos mentes não só para acompanhar as tramas das novelas na televisão mas para entender as mais simples ações humanas. O psicólogo Simon  Baron-Cohen defende esse argumento com uma história.  Mary entrou no quarto, andou lá dentro e saiu. Como você explica isso? Talvez você diga que Mary estava procurando algo que desejava encontrar e pensou que aquilo se encontrava no quarto. Talvez  você diga que Mary ouviu alguma coisa no quarto e quis saber o que fez aquele barulho. Ou talvez diga que Mary esqueceu aonde estava indo; talvez,  na verdade, ela pretendesse ir para o andar de baixo. Mas você com certeza não diria que Mary faz exatamente isso todos os dias nessa hora: ela entra no quarto, anda lá dentro e depois sai. Não seria naturalexplicar o comportamento humano na linguagem de tempo, distância e massa dos físicos e, além disso, seria errado; se você voltasse no dia seguinte para testar a hipótese, ela seguramente seria refutada. Nossa mente explica o comportamento das outras pessoas segundo as crenças e desejos que elas têm, pois o comportamento das outras pessoas, de fato é causado por suas crenças e desejos. Os behavioristas estavam enganados, e todo mundo intuitivamente sabe disso.” (IBID, p.349)
 
Pinker tem razão ao dizer que todos nós, em alguma medida, “analisamos mentes”, ou seja, tentamos entender por que fulano fez o que fez e pressupomos um mundo privado nas pessoas, que elas são capazes de pensar, sentir, refletir, têm consciência, assim como nós. Dois termos que se tornaram populares falam disso: pressupor que as outras pessoas têm esse rico mundo privado é chamado de teoria da mente e pressupor que façam algo com alguma intenção se chamapostura intencional.
 
Mas isso não faz de alguém um psicólogo mais do que observar e se indagar sobre os céus faz de alguém um astrônomo. Pinker, inclusive, ao dizer que o behaviorismo está errado porque as pessoas tendem a explicar o comportamento alheio a partir de suas crenças e desejos e que “todo mundo intuitivamente sabe disso”, lança um argumento similar a alguém que, em uma comunidade que venera a lua como uma deusa, diz que “as pessoas explicam os movimentos nos céus através das brigas dos deuses. Os astrônomos estavam enganados, e todo mundo intuitivamente sabe disso”. O seu argumentum ad populumnão é uma justificativa ou boa explicação, mas simplesmente mais uma falácia lógica.
 
E novamente constrói um espantalho do behaviorismo ao insinuar que uma explicação behaviorista envolveria Mary fazer exatamente aquilo todos os dias naquela hora e, portanto, uma observação casual de que isso não ocorre seria suficiente para fazer ruir o behaviorismo. E nesse momento, Skinner, com algumas medalhas como a National Medal of Science (1968) e American Psychological Association Citation for Outstanding Lifetime Contribution to Psychology (1991) no pescoço, se revira no caixão. Aliás, é tanta bobagem que sai das mãos do autor, que se Skinner ainda não se ergueu de seu túmulo repetindo “Brains, brains...” deve ser por que não encontraria muito alimento no psicólogo evolucionista.
 
O fato é que a caracterização do behaviorismo por Pinker está muito distante da realidade. Uma visão similar foi perpetuada pelo linguista Noam Chomsky que, ao criticar um livro de Skinner (Chomsky, 1959), sugeriu que a linguagem prova que os behavioristas estão equivocados, já que existem infinitas combinações diferentes dentro da linguagem e que as pessoas não podem ter sido reforçadas em cada variação possível para emiti-las, mas que são capazes de emitir frases que nunca antes construíram, fazer combinações, sem que estas tenham sido reforçadas anteriormente – já que nunca haviam ocorrido. A crítica de Chomsky é tão distante das asserções skinnerianas que o próprio Skinner não quis responde-las (o que considero um erro, como já apontei em outro texto aqui no blog), dizendo simplesmente que o linguista não leu seu livro ou não o entendeu, contando que a crítica inapropriada não valia a resposta e se desvaneceria com o tempo [1]. Claro, o erro de Skinner foi pressupor que a honestidade intelectual prevaleceria, que antes de ecoar as críticas do linguista as pessoas se dariam ao trabalho de ler seu livro e assim veriam o absurdo da crítica por si mesmas. Em suma, seu erro foi ignorar os papagaios intelectuais e seu imenso poder.
 
O cerne do erro tanto de Pinker quanto de Chomsky é o mesmo: para o behaviorismo, você não faz apenas o que já fez anteriormente, tampouco tudo que faz é porque agiu exatamente da mesma forma antes e foi reforçado. O behaviorismo não apenas considera a variabilidade comportamental como ela é central em seu princípio mais fundamental: a seleção por consequências. A seleção por consequências é um análogo da seleção natural. Enquanto nesta última ocorrem variações genéticas que são selecionadas ou não de acordo com as consequências que produzem, na seleção por consequências são variações comportamentais que são selecionadas de acordo com as consequências que produzem. As variações ocorrem porque é impossível ser exatamente o mesmo contexto, a resposta ser completamente idêntica, ou produzir uma consequência idêntica, já que o estímulo nunca será o mesmo, o organismo que responde já não será exatamente o mesmo, aquilo não ocorrerá no mesmo espaço-tempo de outrora, etc. Assim, variações comportamentais são selecionadas ou não, modeladas ou não. Fora isso, uma pessoa também pode aprender algo por modelação (viu alguém fazendo) ou por que alguém a instruiu verbalmente a fazer.
 
Remetendo ao exemplo que Pinker dá, “Mary entrou no quarto, andou lá dentro e saiu” é simplesmente pouca informação pra explicar de maneira satisfatória esse comportamento. Mary pode ter entrado no quarto por n motivos, que ficariam mais claros se tivéssemos mais informações sobre o contexto no qual Mary ali entrou. Nem por isso as explicações senso-comum de Pinker são melhores, da mesma forma que se disser que uma estrela surgiu no céu porque alguém faleceu, não vai ser uma explicação melhor do que a do astrônomo que precisará de mais informações para explicar o fenômeno (afinal, pode ter se formado uma estrela, ou pode ter sido só uma nuvem que saiu do caminho, ou uma supernova que aumentou seu brilho antes da estrela falecer, ou outrora havia um buraco negro equidistante do caminho da luz da estrela até nós, entre outros).
 
É curioso também que essa crítica de Pinker, de que “Não seria naturalexplicar o comportamento humano na linguagem de tempo, distância e massa dos físicos” (coisa que o behaviorismo não faz – e não sei os demais behavioristas, mas eu ao menos não o faço porque não somos capazes. Não tenho problema nenhum com isso, dane-se ele não achar “natural” e eu acharia o máximo se tivéssemos recursos e conhecimentos para explicar dessa forma. Mas tergiverso...), seja um tanto contraditória com outra que faz anteriormente, ainda no mesmo livro:



“O próprio Skinner não asseverou obstinadamente que estímulos mensuráveis como comprimentos de onda e formas prediziam o comportamento. Em vez disso, ele definiu os estímulos segundo suas próprias intuições. Satisfez-se plenamente considerando o “perigo” – assim como o “elogio”, o “inglês” e a “beleza” – uma espécie de estímulo. Isso tinha a vantagem de manter sua teoria condizente com a realidade, mas era a vantagem do roubo em relação ao trabalho honesto.Entendemos o que significa um mecanismo responder a uma luz vermelha ou a um ruído alto – podemos até produzir um que faça isso – mas os humanos são os únicos mecanismos do universo que reagem ao perigo, ao elogio, ao inglês e à beleza.” (p.74)
 
Pois é, né?
Mas então, Pinker, não há desonestidade nenhuma nisso (e que ironia ele acusar alguém de desonestidade, não?). Não reagimos ao elogio, ao inglês e à beleza magicamente, mas todos esses são um conjunto de estímulos que rotulamos de determinada maneira (“perigo”, “elogio”, etc.), estímulos estes que eliciam uma resposta no organismo – do contrário não reagiríamos a eles. Se eliciarem respostas no organismo, por que não chama-los de estímulo? Mas Skinner se preocupou com isso. Para não acharem que por estímulo ele estava se referindo apenas a uma única coisa que elicia uma resposta, passou a usar cada vez menos a palavra “estímulo” e cada vez mais a palavra “contexto”.

Por fim, não somos os únicos a reagirem ao perigo, elogio, inglês ou beleza. Temos computadores diversos que conseguem responder diferencialmente a isso e já conseguimos até treinar pombos a ser uma espécie de críticos de arte.

Vou acelerar essa bagaça porque isso já está grande demais e o principal de suas críticas nesse livro já foi coberto. Ele repete algumas vezes o que aqui já foi comentado e todas as vezes em que cita Skinner ou o behaviorismo comete algum equívoco. Por exemplo, na página 125 diz que o behaviorismo é uma versão do associacionismo.  Não é. Ao contrário do que propõe o associacionismo, o behaviorismo não acredita nem que toda relação que os seres humanos estabeleçam entre eventos têm de estar temporalmente próximos, nem que todo conhecimento provenha da experiência.
 
E nas páginas 408 e 409 discorre sobre como os behavioristas estão errados porque nem todo medo é aprendido e existe alguns medos que não podem ser aprendidos, como ter medo de coisas “neutras”, como binóculos, martelos ou carros. Só que o behaviorismo nunca afirmou que todo medo é aprendido e, com relação à afirmação de que é impossível adquirir medo de coisas “neutras”, Pinker não traz nenhuma evidência para a sua afirmação e... bem, acho que um bom número de psicólogos, especialmente aqueles que lidam com transtornos de ansiedade e fobias, já devem ter encontrado pacientes com medo de carros. Eu já. Assim como já tive clientes que respondiam com pavor diante de coisas como “boné”, “vermelho”, “motos”, “jaqueta de couro” e outros. Se existem alguns medos que não podem ser aprendidos, é uma coisa interessante a ser testada, mas mesmo se existirem, isso não iria contra o que afirma o behaviorismo. Porque parece que Pinker simplesmente é incapaz de assimilar que o behaviorismo não acha que tudo é aprendido.
O que nos leva ao segundo livro...
 
Tabula Rasa
O livro é centrado em um argumento negativo: combater a ideia da tabula rasa, que supostamente ainda está muito presente no senso comum e na ciência contemporânea. Para isso, Pinker se propõe a atacar aqueles que defendem a tabula rasa e trazer explicações alternativas para os fenômenos. Há um misto de dados de pesquisas interessantes com uma continuidade do que já havia feito no livro anterior, uma interpretação a La psicologia popular, a ponto de Patrick Bateson, renomado biólogo, ter escrito em sua resenha sobre este livro, publicada na Science, que “asserções de botequim não levam à discussão balanceada que deveria ser gerada por um tópico tão importante quanto esse” (Bateson, 2002) [2]. O próprio Bateson também questiona a tese central do livro, se há de fato essa negação da filogenética, apontando que o psicólogo passa quase todo o livro atacando caricaturas que ele mesmo construiu.
 
Ainda mais do que em seu livro anterior, Pinker abusa de adjetivos, falácias e faz diversas afirmações sem citar fontes ou trazer evidências que as sustentem. Repete muitos dos erros cometidos no livro analisado acima, como novamente dizer que o behaviorismo segue o associacionismo de Locke (p.40), que os behavioristas ignoram tudo que é subjetivo e só se preocupam com o comportamento manifesto (p.40, p.41), entre outros, provando que manteve sua aversão ao estudo nos anos seguintes ao livro anterior. E desta vez é extremamente raivoso em seu ataque ao behaviorismo e em especial a Skinner, comparando estes a torturadores (p.236), a stalinistas (p.237), chama Skinner de “maoista” (p.337) e outros.
 
O que o psicólogo evolucionista tenta fazer é pintar os behavioristas como aqueles que querem manipular o ser humano, controlá-lo como autômatos, propor uma uniformidade entre as pessoas e até instaurar o comunismo (!?!??). De onde Pinker tira isso, só ele sabe, já que nunca traz referências. É extremamente irônica essa associação, já que Skinner é ainda mais frequentemente acusado de ser um típico representante do capitalismo e do pensamento estadunidense (Cruz, 2010).
 
Seja como for, o behaviorismo tem um papel importante em seu livro, por ser, supostamente, o maior representante da tabula rasa. Para quem não sabe o que isso quer dizer e está até agora boiando quando uso a expressão, “tabula rasa” foi um termo utilizado por Locke em seu “Ensaio Sobre o Entendimento Humano” (1690) para exemplificar de onde vem o conhecimento humano. Ele disse que nós chegamos ao mundo como uma tabula rasa e nela vão tendo inscrições ao longo do tempo, ou seja, que tudo que sabemos, aprendemos ao longo de nossa vida. A preocupação de Pinker é que existiriam esses defensores da tabula rasa na ciência contemporânea, que procuram negar a genética e o evolucionismo.
 
"Os behavioristas acreditavam que o comportamento podia ser compreendido independentemente do resto da biologia, sem atentar para a constituição genética do animal ou para a história evolutiva da espécie. A psicologia passava a consistir no estudo do aprendizado em animais de laboratório.B.F. Skinner (1904-90), o mais célebre psicólogo de meados do século XX, escreveu um livro intitulado The behavior of organisms ["O comportamento dos organismos", sem tradução em português], no qual os únicos  organismos eram ratos e pombos e o único comportamento era pressionar uma alavanca e bicar uma tecla. Foi preciso uma visita ao circo para lembrar os psicólogos de que as espécies e seus instintos tinham importância, sim. Em artigo intitulado "The misbehavior of organisms" ["O mau comportamento dos organismos", sem tradução em português], Keller e Marian Breland, alunos de Skinner,  relataram que quando tentaram usar as técnicas do mestre para treinar animais a inserir fichas de pôquer em máquinas automáticas, as galinhas bicaram as fichas, os guaxinins urinaram nelas e os porcos tentaram enterrá-las com o focinho. E  os behavioristas eram tão hostis com o cérebro quanto com a genética. Já em 1974, Skinner escreveu que estudar o cérebro  era só mais uma busca equivocada das causas do comportamento no organismo, em vez de no mundo exterior. " (Pinker, 2002/2004, p.41-42)
 
Vamos por partes.
 
Para começar, os behavioristas não acreditam que o comportamento pode ser “compreendido independentemente do resto da biologia”. É, na verdade, frequentemente o extremo oposto:
 
“Num primeiro momento, Skinner toma como modelo as ciências físicas e as transformações que ela enfrentava. Em sua obra mais madura, ele passa a operar com o modelo biológico, mais especificamente o fornecido pela teoria da evolução por seleção natural. Skinner, em 1938, defende que seu livro Behavior of Organism está voltado para uma análise do comportamento orientada por um sistema do qual a físico-química é um exemplo (Skinner, 1938/1966, PP. 434-435). Na década de 70, insere sua ciência no ramo da Biologia (Skinner, 1973ª/1978; 1974)."  (Michelleto, 2001, p.35)
 
Tampouco nega a genética, que para os behavioristas tem um papel importante na Psicologia, permitindo compreender aspectos fundamentais do comportamento e traçando potenciais e limites da intervenção do psicólogo. Nas palavras de Skinner:
 
“Para que haja comportamento é necessário um organismo que se comporte, e este organismo é produto de um processo genético. (...)  o conhecimento do fator genético nos capacita a fazer melhor uso de outras causas. Se soubermos que um indivíduo tem certas limitações inerentes, poderemos usar mais inteligentemente nossas técnicas de controle, mas não podemos alterar o fator genético.” (Skinner, 1953, p.23)
 
Mais absurdo ainda – se é que tem como – é a afirmação de que se negligencia a evolução pela seleção natural.  Skinner não apenas respalda a teoria da evolução e seleção natural, como que ela tem um papel central em suas principais obras (Skinner 1949; 1953; 1974; 1987; 1990), sempre pressupondo que o organismo que ele analisava e teorizava a respeito de seu comportamento era fruto do processo de evolução das espécies pela seleção natural. Mais do que isso, “Skinner busca na seleção natural os princípios que orientam sua concepção de objeto” (Michelleto, 2001, p.42), até que “gradualmente estes princípios se estendem à própria noção de causalidade” (IBID).
 
Skinner chega mesmo a considerar uma abordagem científica do comportamento humano como uma continuidade do trabalho de Darwin:
 
“No começo do século XIX, já era bem conhecido o fato de as espécies terem sofrido mudanças progressivas no sentido de formas mais adaptáveis. Estavam-se desenvolvendo ou amadurecendo e uma melhor adaptação ao meio ambiente sugeria uma espécie de propósito. Não se tratava de saber se ocorriam ou não mudanças evolutivas, e sim o porquê delas. Tanto Lamarck quanto Buffon recorriam ao propósito supostamente mostrado pelo indivíduo ao adaptar-se ao seu ambiente – propósito que, de alguma forma, se transmitia às espécies. Coube a Darwin descobrir a ação seletiva do ambiente, assim como cabe a nós completar o desenvolvimento da ciência do comportamento com uma análise da ação seletiva do meio." (Skinner, 1974, p.60-61)
 
É falsa também a afirmativa de que “A psicologia passava a consistir no estudo do aprendizado em animais de laboratório”, já que o cerne dos estudos behavioristas é, obviamente, o comportamento humano. Pinker deveria ter feito uma visita ao maior periódico de análise do comportamento do mundo, com quase 50 anos de atividade e com todos seus textos disponíveis online. Convido para que façam uma coleta de quantos experimentos ali são com animais não-humanos:http://seab.envmed.rochester.edu/jaba/
 
O que justifica um behaviorista realizar experimentos com animais não-humanos é justamente a crença de que não há uma ruptura abrupta entre o ser humano e os demais animais (continuidade entre espécies), de modo que, embora não sejamos de modo algum idênticos aos demais animais, os princípios básicos que controlam o comportamento, tanto do ser humano quanto dos demais animais, são os mesmos. Então, da mesma forma que um fisiologista poderia demonstrar os princípios básicos do funcionamento do organismo humano através da dissecação de outro animal – demonstrando os músculos lisos, a medula espinhal, as conseqüências de um dano ao córtex, o funcionamento de órgãos internos, etc – um behaviorista poderia demonstrar os princípios básicos do comportamento humano através de experimentos com ratos.
 
Em nenhum dos casos, tanto do fisiologista quanto do behaviorista, acredita-se que o ser humano seja idêntico aos demais animais, mas que tenha um funcionamento básico similar. As diferenças teriam de ser devidamente consideradas, da mesma forma que um fisiologista provavelmente não seria prudente ao ensinar o funcionamento do cérebro humano a partir do de uma rã, um behaviorista tem de fazer muitas considerações a respeito de características especificamente humanas e levá-las em consideração em sua análise. Como aponta Skinner, “dizer que o comportamento nada mais é do que uma resposta a estímulos constitui uma ultra-simplificação. Dizer que as pessoas são exatamente como os ratos ou os pombos é uma ingenuidade.” (Skinner, 1974, p.195)

Isso por si só já responde a crítica de Pinker ao “O Comportamento dos Organismos”, o primeiro livro de Skinner, publicado em 1938, logo após defender seu doutorado, e que nem de perto reflete a ciência que apenas mais tarde Skinner sistematizaria. Mesmo assim, Pinker erra feio novamente, pois, ao contrário do que diz, não há um experimento sequer com pombos em todo o livro – e desafio qualquer defensor do psicólogo a achar. O que já nos mostra que nem se deu ao trabalho de ler o livro que critica... Para piorar, parece ignorar solenemente o que Skinner ressalta logo no começo do livro:
 
“No sentido mais amplo, uma ciência do comportamento deve estar preocupada com todos os tipos de organismos, mas é sensato limitar-se, ao menos no começo, a um único exemplo representativo. Devido a uma certa antropocentricidade de interesses estamos inclinados a escolher um organismo que seja tanto similar ao homem quanto conveniente em termos de experimentação e controle.” (Skinner, 1938, p.47)
 
Seguindo ainda o mesmo trecho do Tabula Rasa, ele cita o “The Misbehavior of Organisms”, do casal Breland, como se fosse um “cala a boca” em Skinner. Nada poderia estar mais distante da realidade, tanto que eles continuaram behavioristas até o fim de suas vidas e suas experiências serviram para aperfeiçoar o treinamento de animais que até hoje é usado. Keller e Marian Breland fizeram algo que se Pinker tivesse pesquisado teria achado em abundância: behavioristas tentando delimitar até onde vão questões filogenéticas, até onde vão questões ontogenéticas. Mas, claro, mesmo se tiver achado, já temos bons motivos para acreditar que não publicaria, já que faria ruir a tese central de seu livro.
 
Fechando esse trecho, Pinker diz: “Já em 1974, Skinner escreveu que estudar o cérebro era só mais uma busca equivocada das causas do comportamento no organismo, em vez de no mundo exterior.”. O autor só pode estar se referindo ao único livro de Skinner em 1974, o “Sobre o Behaviorismo”. Procurei e não encontrei nada que sequer lembre o que ele atribui a Skinner. É possível, no entanto, encontrar o exato oposto, já que ao longo de toda sua obra sempre foi ressaltada a importância da fisiologia e neurociências. Ele apenas acreditava que tomar o cérebro como causa dos comportamentos, ao invés da história evolutiva e a história de vida, era uma estratégia ruim de investigação, que negligencia o fato de que o cérebro só tem determinada atividade a partir de um contexto.
 
Mas o psicólogo-evolucionista-“cientista”-cognitivo não se cansa:
 
Quando paramos para pensar, a ideia de uma natureza humana maleável não merece sua reputação de otimismo e enaltecimento. Se merecesse, B.F. Skinner teria sido louvado como um grande humanitário” (p.236)
 
O problema é que foi e não foi pouco. Skinner ganhou diversos prêmios por suas contribuições (algumas já mencionadas), incluindo... Humanista do Ano da American Humanist Society, em 1972. Pois é. Continue, Pinker:
 
“Skinner era defensor ferrenho da tabula rasa e um utopista exaltado.” (IBID)
 
Já explicamos bem esse ponto. Deixemos para o próprio Skinner a honra de jogar a última pá de terra sobre a questão:
 
“Nenhum estudioso do comportamento de boa reputação, jamais defendeu “que o animal chega ao laboratório virtualmente como uma tábula rasa, ou que diferenças entre espécies são insignificantes, e que todas as respostas são igualmente condicionáveis a estímulos.”” (Skinner, 1984, p.303)
 
Obrigado.
Mas continuando no mesmo trecho do Tabula Rasa:
 
“Por que a maioria das pessoas sente repulsa por essa visão? Críticos de Beyond freedom and dignity [Para além da liberdade e da dignidade, na tradução em português], de Skinner, ressaltaram que ninguém duvida da possibilidade de controlar o comportamento; apontar uma arma para a cabeça de alguém ou ameaçar a pessoa de tortura são técnicas tradicionais. Até mesmo o método preferido de Skinner, o condicionamento operante, requeria fazer o organismo passar fome até que seu peso se reduzisse a 80% do que seria com alimentação livre e confiná-lo em uma cela onde os esquemas de reforço fossem cuidadosamente controlados. A questão não é se somos capazes de mudar o comportamento, e sim a que custo.” (p.236-237)
 
É ignorado o fato de que para Skinner, como para a maioria dos filósofos da ciência, controle se refere a qualquer relação entre eventos que de alguma forma se determinam. Se o comportamento humano não brota por geração espontânea, ou seja, se tem uma causa, então ele écontrolado. A proposta de Skinner envolve descrevemos melhor o que controla nossos comportamentos para assim planejarmos para nós mesmos um mundo melhor. Em outras palavras, produzir o que desejamos que seja produzido para nós mesmos.
 
Não satisfeito, Pinker tenta pintar Skinner como um verdadeiro torturador de animais. Mas ele ignora, provavelmente devido à sua falta de erudição acadêmica que insiste em aparecer, o fato de que os animais em seu ambiente natural nunca estão com seu peso total, aquele peso que podem adquirir com continua alimentação (Poling, Nickel, & Alling, 1990). Isso só ocorre em laboratórios e em alguns animais domésticos e reduzir em 20% seu peso não é fazê-los passar fome, mas estabelecer condições mais próximas do ambiente natural.
 
Por fim, Pinker tenta atacar o behaviorismo apelando para a liberdade humana: “Mas não podemos fingir que somos capazes de remodelar o comportamento sem infringir de algum modo a liberdade e a felicidade das outras pessoas. A natureza humana é a razão de não entregarmos nossa liberdade nas mãos dos engenheiros comportamentais.” Entrando em explícita contradição consigo mesmo, inclusive mais à frente neste mesmo livro, como quando critica a ideia de alma e livre-arbítrio:
 
“Não poderíamos esperar reduzir atos malignos instituindo códigos morais e legais, pois um agente livre, flutuando num plano diferente do das setas de causa e efeito, não seria afetado pelos códigos. Moralidade e lei não teriam utilidade. Poderíamos punir um transgressor, mas seria por pura vingança, pois a punição não teria nenhum efeito previsível sobre o comportamento futuro do transgressor ou de outras pessoas cientes da punição.
Por outro lado, se a alma for previsivelmente afetada pela perspectiva de apreço e vergonha ou recompensa e punição, ela não é mais realmente livre, pois é compelida (ao menos probabilisticamente) a respeitar essas possíveis conseqüências. Qualquer coisa que converta padrões de responsabilidade em mudanças na probabilidade de comportamento – como a regra “Se a comunidade pensar que você é um mal-educado por fazer X, não faça X” – pode ser programada em um algoritmo e implementada no hardware neural. A alma é supérflua.” (p.246)

 
Boniiiito, hein? Então quando você quer criticar o behaviorismo existe liberdade, quando quer defender seu ponto, não?
 
Sou obrigado a admitir que dos males esse é o menor. Não dá pra esperar coerência de alguém que, como vimos, inventa fatos, distorce citações, inventa citações, recorta criminosamente trechos para favorecer seu ponto, critica o que não leu (ou leu e tenta enganar seu público), tira ideias da cartola e atribui a seus oponentes, não pesquisa sobre o que afirma, não cita fontes, não traz dados, utiliza uma enormidade de falácias lógicas e faz malabarismos para desinformar seu leitor.
 
Senhoras e senhores, é por tudo isso aqui apresentado que concluo que Steven Pinker é um genuíno charlatão intelectual, com traços de um papagaio intelectual. Um híbrido, um exímio representante da espécie que pretendo continuar denunciando até levá-la próxima à extinção e que fez bastante por merecer o lugar de honra como o precursor dessa série. Palmas pra ele.

Notas:


[1] – Você pode encontrar respostas mais extensa às críticas de Chomsky nos artigos de MacCorquodale [link] e Palmer [link]
 
[2] - Adoraria discorrer sobre por que as ideias e explicações propostas por Pinker são muito ruins, insustentáveis, comparáveis a qualquer ficção a partir de alguns dados que não induzem às suas conclusões. No entanto, isso já ficou enorme para um post de blog e deixarei isso para um outra oportunidade, talvez com uma crítica mais ampla a algumas explicações cognitivistas e evolucionistas.
 
Referências Bibliográficas:
 
BATESON, P. The Corpse of a Wearisome Debate. Science, 297 (27),2212-2213, 2002
 
CARVALHO-NETO, M.B. B. F. Skinner e as explicações mentalistas para o comportamento: uma análise histórico-conceitual (1931-1959). Tese de doutorado, USP, 2001


CHOMSKY, N. Review of B.F. Skinner’s Verbal Behavior. Language, Vol 35. No. 1, 1959
 
CRUZ, R. Possíveis Relações entre o Contexto Histórico e a Recepção do Behaviorismo Radical. Psicologia Ciência e Profissão, 30 (3), 2010
 
HUNZIKER, M.H.L. (2001) O estudo do desamparo aprendido como estratégia de uma ciência histórica/ in Guilhardi, Hélio José, et AL; Sobre Comportamento e Cognição: expondo a variabilidade – Org. Hélio José Guilhardi. 1ª Ed. Santo André, SP: ESETec Editores Associados, 2001. V.7
 
LOCKE, J. Ensaio acerca do Entendimento Humano. São Paulo: Nova Cultural. 1988
 
MICHELLETO, N. Bases filosóficas do behaviorismo radical.  In BANACO, RobertoAlves et al. Sobre Comportamento e Cognição: aspectos teóricos, metodológicos e de formação em análise do comportamento e terapia cognitivista. 1ª edição, Santo André, SP. Editores Associados, 2001
 
PINKER, S. Como a mente funciona – São Paulo, Companhia das Letras, 1998

PINKER, S. Tábula rasa: a negação contemporânea da natureza humana - São Paulo: Companhia das Letras, 2004
 
POLLING, A., Nickel, M., & Alling, K. Free birds aren’t fat: Weight gain in captured wild pigeons maintained under laboratory conditions. Journal of the Experimental Analysis of Behavior, 53, 423-424. 1990
 
SKINNER, B. F.. The behavior of  organisms. New York: Appleton-Century-Crofts. 1938
 
SKINNER, B.F. Para além da Liberdade e da Dignidade. Lisboa: Edições 70, 1974
 
SKINNER, B.F. Seleção por conseqüências.  Revista brasileira de terapia cognitiva e comportamental. Volume IX, 2007
 
SKINNER, B.F. Ciência e comportamento humano. 2ª edição – Editora Universidade de Brasília, 1970
 
SKINNER, B.F. Contingências de reforço: uma análise teórica. 2.ed – São Paulo: Abril Cultural, 1984.
 
SKINNER, B.F. Sobre o behaviorismo/ 10ª edição – São Paulo: Cultrix, 2006
 





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SUBJECT: Re: [ciencialist] Steven Pinker é um charlatão doutorado em psicologia pela Universidade de Harvard?
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/06/2015 13:27

Ola Homero,

Eu já li faz um tempo sobre essa questão polêmica do "aborto após o nascimento"; mas vem da defesa que eles fazem de que o recem nascido ainda não tem personalidade, e assim, ainda não é um 'ser humano". Lembro de ter lindo um artigo do Pinker (por isso coloquei a observação), que ainda não encontrei, mas vou te enviar.

Obs > pessoalmente considero o trabalho dele dentro da ética um lixo.

Mas aqui está a discussão :







Em Segunda-feira, 15 de Junho de 2015 12:54, "Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br> escreveu:


 
Ocorre que Steven Pinker brincou muito com algumas coisas sérias, criando, as vezes confusão nos seus textos, como veremos aqui, já que alguns membros do grupos consideram a psicologia algo que mereça alguma atenção cientifica. 
mc 

Ps. A utópica administração cientifica da sociedade precisa da psicologia para alimentar as suas ilusões. Assim ficando a coisa no campo da utopia e da ilusão, os quantofrênicos vão pular de alegria. Afinal a ciencia não foi criada para resolver os problemas sociais. Quem deve cuidar disso são os politicos. (na visão dos cientistas alienados, é claro). 



On Seg 15/06/15 12:13 , "oraculo@atibaia.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 
Acho que é esse cara que afirma, dentro da sua ética utilitarista, que abortar um bebe após certo tempo é tão válido qto matar um recem nascido.
 
Acho que não faz a menor ideia do que está falando, e que pinçou um texto fora de contexto, para criar um espantalho. Mas só “acho”.Alegre
 
É um expediente comum, entretanto, muito usado por criacionistas, pseudo-cientistas e afins, que na falta de elementos e evidências para apresentar defendendo seus pontos, se focam em atacar os pontos contrários (e especialmente autores, já que pensam que ataques ad hominem são de alguma forma argumentos) que conflitam com suas posições.
 
Um dos exemplos mais conhecidos é um trecho da Origem das Espécies de Darwin, em que ele escreve algo como “não vejo como um olho pdoeria evoluir sozinho”, usado recorrentemente por criacionistas para mostrar que “mesmo Darwin sabia que deveria haver um criador ou ‘algo’” por tras da evolução.
 
O trecho entretanto, é apenas um “gancho” retórico, usado por Darwin para, nos capítulos seguintes, explicar como isso poderia ocorrer. Mas que não é mencionado por nenhum criacionista.:-)
 
Dawkins, Jay Gould, entre muitos outros, sofrem esse tipo de ataque constantemente.
 
O trecho de Pinker, um excelente escritor e pesquisador, tirado de contexto, e sem o enorme arrazoado que o segue, serve ao mesmo propósito, criar um espantalho difamatório.
 
E, sério, Pedro Sampaio, psicólogo clínico? Sério?.:-)
 
Esta lista sempre me fez aprender e crescer, mas ultimamente é uma tristeza só.:- (
 
Homero
 
 
 
Sent: Monday, June 15, 2015 9:35 AM
Subject: Re: [ciencialist] Steven Pinker é um charlatão doutorado em psicologia pela Universidade de Harvard?
 
 
Acho que é esse cara que afirma, dentro da sua ética utilitarista, que abortar um bebe após certo tempo é tão válido qto matar um recem nascido. Ele afirma isso, não para condenar o aborto, mas sim para justificar o infanticídio.
 
 


Em Sábado, 13 de Junho de 2015 19:52, "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" escreveu:


 
É o que pensa Pedro Sampaio, psicólogo clinico de Minas Gerais.

Steven Arthur Pinker (Montreal, 18 de setembro de 1954) é um  psicólogo  e linguista canadense 
Durante 21 anos foi professor no Departamento do Cérebro e Ciências Cognitivas do Massachusetts Institute of Technology antes de regressar a Harvard em 2003. Pinker completou o bacharelado em Psicologia da Universidade McGill no ano 1976, e doutorado em Psicologia Experimental da Universidade de Harvard em 1979.
Fonte Wikipédia.

E no site da Universidade de Harvard está o imenso currículo do suposto charlatão que é um dos psicólogos mais famosos do mundo. - http://pinker.wjh.harvard.edu/about/current_cv/cv%20Steven%20Pinker.htm

Como então um “cientista” desta envergadura pode ser considerado um charlatão? Será que o nosso psicólogo mineiro endoidou? A leitura da peça condenatória de Pinker revela que o autor não endoidou. Então Pinker seria mesmo um charlatão? E porque perdermos tempo com isso? Ocorre que o Pinker aparece com destaque em nossa bibliografia do curso de lógica. A nossa lógica, à diferença do que se vê em muitos textos de filosofia, é um instrumento do PENSAMENTO, que é produto do que chamamos MENTE, e que é objeto de estudo da psicologia, ciência ainda em fase de gestação, que tem por objeto os fenômenos mentais e emocionais. Isso porém não significa que repudiamos os filósofos metafísicos, a exemplo de Kant que aparece duas vezes na nossa bibliografia com as suas criticas da razão pura e da razão prática. Ocorre que Kant não foi metafísico 24 horas por dia, o que lhe permitiu escrever alguns textos de cunho lógico-cientifico. 

Penso.. ( quase que eu uso “Creio” no lugar de “Penso” – os humanos são tão polissêmicos que atribuem o mesmo signIficado a palavras tão distintas como crer e pensar. Só falta alguém considerar que a fé é um combustivel do pensamento ... se emoção, porque a fé não poderia ser?.... penso que Pinker não é um charlatão autêntico, mas alguém com uma tremenda vocação para o marketing pessoal que certamente contribuiu para a sua fama. Um dos recursos de marketing que ele adotou a esmo nos seus Best Sellers é o humorismo, cujo emprego exagerado banalizou alguns conceitos de correntes da psicologia às quais ele se opõe. Temos então que levar em consideração as criticas do nosso psicólogo mineiro, que também exagerou. Ocorre que muitas coisas ditas por Pinker têm valor cientifico. Em sendo um charlatão, ele teria copiado essas coisas certas de outros autores. Mas do ponto de vista do pensamento cientifico isso faz alguma diferença quando estamos diante da incumbência de analisar os conceitos? Para a nossa lógica o que importa é o CONCEITO E NÃO A AUTORIA DO CONCEITO, mesmo porque não temos condições de verificar quem foi o autor original de tantos conceitos, exceto quando uma teoria (respeitada ou não, equivocada ou não) foi criada por um único autor como é o caso da Psicanálise de Freud. Porém mesmo neste caso precisamos ter o cuidado de levar em conta que alguns dos conceitos da psicanálise podem ter sido inspirados por alguns filósofos como Nietzche e Shoppenhauer. Um equivoco generalizado que ocorre em relação à psicanálise é que muitos de seus criticos desconhecem a evolução pela qual a criação de Freud passou nos últimos 100 anos. Uma sessão de boa psicanálise do século XXI é muito diferente do que Freud fazia.

Mtnos Calil

Ps. Para editar o artigo abaixo tive dedicar um bom tempo. Seria muito mais simples meramente informar o link. No entanto, alguém disse que fazendo isso eu estava "abusando". Só se for de mim mesmo.

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Da Série "Charlatões Intelectuais": Parte 1 - Steven Pinker
11 de abril de 2012
Por Pedro Sampaio, psicólogo clinico de Belo Horizonte, MG
http://pedro-sampaio.blogspot.com.br/2012/04/da-serie-charlatoes-intelectuais-parte.html
Charlatões e papagaios
 
Charlatão é aquele que procura ludibriar outrem, ou seja, enganar, distorcer para favorecer-se ou oferecer algo como se fosse vantajoso quando na verdade não o é.  Um charlatão intelectual é alguém que distorce os fatos, manipula dados, recorta citações, utiliza falácias lógicas, tudo de modo a favorecer o ponto que pretende defender. Um charlatão intelectual talvez seja ainda mais perigoso que um charlatão ordinário, já que pode travestir o que pretende defender de ciência, munindo-se do prestígio desta (e até de sua autoridade ou de autores respeitados) para ludibriar, correndo o risco de persuadir não apenas a população de um modo geral, mas o próprio meio acadêmico e científico.
 
Isso ocorre porque, embora o meio acadêmico e científico procure estratégias para minimizar isso, a grande maioria da massa acadêmica e científica é composta pelo que chamo de papagaios intelectuais. Há as autoridades, os formadores de opinião, que são pouquíssimos, e uma multidão de papagaios para ecoar o que ouvem as autoridades dizerem.
 
 
É algo delicado. Em certa medida, todos estamos susceptíveis a sermos, em algum momento, ludibriados por autoridades. Vamos supor que lemos incessantemente figuras que temos como autoridades da área dizendo que Louis Vitalle (nome fictício, só para exemplificar) foi um filósofo do século XIX que defendeu a escravidão, argumentando com base em Maquiavel que “os fins justificam os meios”. E que, ainda em nossa suposição, Vitalle foi superado quando Peter Bowen (idem) demonstrou a inconsistência deste argumento, e vemos até que muitas destas autoridades procuram esmiuçar melhor o argumento de Bowen e criticar o de Vitalle. É bastante possível que quando falarem de Vitalle conosco, associemo-lo com essas idéias e até que se perguntarem sobre ele, digamos que ele defendia isso, ainda complementando com nossa própria opinião, dizendo que Vitalle defende uma bobagem.
 
Mas o legítimo papagaio acadêmico é aquele que não apenas faz isso, como é capaz de escrever textos e artigos em cima de um possível espantalho do argumento de Vitalle (já que ele nunca o leu) e até mesmo um livro com o título “O Vitalleísmo na sociedade contemporânea: como idéias ultrapassadas mantêm o preconceito”.  É aquele que mesmo diante de alguém que estudou e conhece Vitalle e aponta que essa opinião é equivocada, trazendo trechos que demonstram o oposto e convocando-o a ler o autor, persiste no erro por orgulho (compromisso maior com seu ego do que com o conhecimento) ou por confiança cega nas autoridades (um problema que já levantei mais de uma vez aqui no blog).
 
Cansado do charlatanismo e da papagaiada que o sustenta, decidi escrever esta série de textos que visa esclarecer alguns equívocos e, por que não dizer na lata, mentiras muito difundidas. Confesso que tenho uma esperança um tanto ilusória de que cada texto seja suficiente para encerrar a questão de que tratarei e não precisarei mais ficar repetindoad nauseam as mesmas coisas, mas se eles pelo menos esclarecerem algumas pessoas, for útil a outras e me poupar esforços em debates futuros, ele já terá cumprido sua função.
 
 
Parte 1 – Steven Pinker 
 
Steven Pinker é um cientista cognitivo estadunidense e talvez seja o psicólogo mais famoso do mundo atualmente, já tendo figurado em listas como “As 100 pessoas mais influentes do mundo” da TIMES e cujos livros são best-sellers – especialmente se levarmos em conta como normalmente vendem pouco livros de psicologia e divulgação científica. Ele não é tão conhecido por alunos de Psicologia no Brasil, mas isso porque por aqui estudamos mais história da psicologia do que o que de fato vem acontecendo na área mundo afora.
 
Ele já tinha alguma fama, mais ou menos local, mas virou pop star mesmo quando Richard Dawkins começou a divulgá-lo e o próprio Pinker tornou-se um dos principais representantes das críticas à religiosidade (e teórico de explicações naturalistas da religiosidade) dentro da Psicologia.  Ateus, principalmente os leigos em Psicologia, começaram a tomá-lo como autoridade da área e divulgar bastante seus trabalhos. Isso também por que Pinker se diz um psicólogo evolucionista e a Psicologia Evolucionista também começou a ser bem quista e bem divulgada por este grupo, por, aparentemente, ser aquela linha da psicologia que leva em consideração a teoria da evolução pela seleção natural, de Darwin. E a seleção natural é algo bem estabelecido, elegante e querido por cerca de 11 em cada 10 ateus.
 
Os dois principais livros de Pinker são Como a mente funciona (1996) e Tábula rasa (2002), dois trambolhos de mais de 700 páginas cada um, nos quais Pinker apresenta dados de pesquisas, conjecturas, o cerne de uma abordagem evolucionista da mente e críticas às demais linhas teóricas da Psicologia. Seu nêmesis: o behaviorismo. São dezenas de referências ao behaviorismo e a autores behavioristas nesses dois livros. O Tábula rasa, em especial, é sustentado na idéia de que, quando se trata de comportamento humano, há uma “negação da natureza humana” por parte de muitos, incluindo acadêmicos e escolas teóricas inteiras. Como Locke, essas pessoas e escolas estariam, ao jogarem para escanteio a genética e a seleção natural, afirmando que o ser humano vem ao mundo como uma tábula rasa, sem nada “inscrito” nele, e que tudo que observamos é adquirido ao longo de sua vida. Os behavioristas seriam, supostamente, os maiores defensores dessa idéia.
 
 
Como a mente funciona
 
“Como a Mente Funciona” (1996) foi o primeiro livro bem vendido de Pinker. Nele, o pop star cognitivista se engaja na ousada tarefa de explicar, duh, como a mente funciona – como entrega o título. Claro, o autor é o primeiro a admitir que seja uma tarefa hercúlea e talvez impossível, já que não há tanto consenso na área e muito ainda está sendo estudado, mas aponta seus estudos prediletos como promissores para este empreendimento.
 
Assim, começa a delimitar, de maneira explícita e implícita, aqueles estudos e abordagens que seriam a via régia para uma psicologia científica que procura desvendar o homem, e aqueles ultrapassados estudos e abordagens que seriam os inimigos do conhecimento na psicologia, que têm freado os nobres desbravadores que ousam tentar descobrir como a mente funciona. E do começo ao fim de seu livro ele procura alocar o behaviorismo nesse segundo grupo:
 
“A velha teoria do estímulo e resposta da escola behaviorista afirmava que crenças e desejos não tinham relação alguma com o comportamento – de fato, que eram tão não científicos quanto uma lenda folclórica ou a magia negra. (...) Como observou o célebre behaviorista B.F. Skinner: ‘A questão não é se as máquinas pensam, mas se os homens pensam’.”
            Obviamente, homens e mulheres pensam; a teoria do estímulo-resposta revelou-se errada. Por que Sally saiu correndo do prédio? Por que acreditava que ele estava pegando fogo, e ela não queria morrer.” (Pinker, 1996/1998,p.73)

 
Ao ler este trecho, qualquer pessoa minimamente familiarizada com o behaviorismo já se dará conta de que hercúlea mesmo talvez seja a tarefa que estou empreendendo aqui. Afinal, cada frase deste trecho contém tantos, mas tantos erros, que se dar ao trabalho de refutar um livro inteiro repletos destes é aquele tipo de tarefa em que somos vencidos pelo cansaço antes mesmo de começarmos.  Por sorte, Pinker não apenas comete uma enormidade de erros, mas também os repete muito, o que me permite refutar apenas uma vez pontos que aparecem repetidamente.
 
No trecho acima, portanto, já podemos observar algumas desonestidades e desconhecimentos. Para começar, tachar a idéia que pretende refutar de “velha” já é um estratagema erístico  para conduzir o leitor a ver com maus olhos a teoria, pois já insinua como definitivo e aprioristico de que ela é ultrapassada. O que não precisamos ter pudor em dizer que era sua intenção, já que logo a frente diz que a teoria “revelou-se errada”, tomando, o que deveria ser uma conclusão, como uma petição de princípio.
 
Se formos generosos com Pinker, podemos tentar argüir que ele chama de velha é apenas a teoria estímulo-resposta do behaviorismo, teoria que, de fato, caiu em desuso (desconheço behavioristas watsonianos, mas corrijam-me se eu estiver errado). Hoje, e já há mais de meio século, a modalidade de behaviorismo a qual os behavioristas contemporâneos têm como referência é o chamado behaviorismoradical, de Skinner, que não é “estímulo-resposta”. Mas fica difícil ceder isso a Pinker quando ele mesmo, logo em seguida, coloca Skinner neste mesmo balaio, tomando-o como referência desta concepção “velha” e “errada”. E, claro, pelo fato de que esse erro é repetido algumas vezes no livro:
 
“Skinner e outros behavioristas asseveraram que toda conversa sobre eventos mentais era especulação estéril; somente as conexões estímulo-resposta poderiam ser estudadas no laboratório e no campo. Exatamente o oposto revelou-se verdadeiro.” (p.95)
 
Isso começa a sinalizar um equívoco que está colocando sua cabecinha para fora nesse trecho, mas que vai se repetir muitas vezes mais a frente: confundir “teoria do estímulo e resposta” com behaviorismo, confundir behaviorismo com behaviorismo radical, confundir “teoria do estímulo e resposta” com paradigma operante (de Skinner) e generalizar “behaviorismo”, sendo que existem várias modalidades deste. Isso é um erro primário, que qualquer pessoa minimamente preocupada em ler algo a respeito do que vai criticar antes de escrever sobre descobriria logo nas primeiras leituras. Mas temos evidências de que Pinker saiba disso, mas que mesmo assim deliberadamente manipula os termos de modo a induzir o leitor leigo ao erro, como demonstrarei mais contundentemente ao longo do texto.
 
Pois bem, essa confusão e generalização é um erro, pois era Watson quem propunha o estudo do comportamento através de esquemas de estímulo e resposta, sendo uma proposta reconhecida comomecanicista, já que envolve apenas uma relação mecânica: um estímulo que elicia uma resposta. Já o Behaviorismo Radical trabalha com relações funcionais, numa proposta que envolve um contexto que produz uma determinada resposta, que, por sua vez, tem uma conseqüência. Esta conseqüência, por seu turno, influencia a probabilidade futura de uma resposta similar num contexto similar. Uma conseqüência que aumente a probabilidade de o organismo voltar a emitir aquela resposta em contextos similares é chamada dereforçadora; uma consequência que diminua essa mesma probabilidade é chamada de punitiva. Em suma, é uma noção de causalidade formulada em termos de relações funcionais entre eventos, o que é um modo de afastar-se de posturas mecanicistas.
 
Dado que já há quase um século a modalidade de behaviorismo que é adotada mundo afora é o behaviorismo radical, quando eu me referir a behaviorismo ao longo deste texto, estarei falando do behaviorismo radical, também para entrar em consonância com o autor, que evidencia estar atacando este, apesar de falar apenas “behaviorismo”.
 
Em seguida, ainda no mesmo trecho (da página 73, supracitado), Pinker diz que o behaviorismo rejeita crenças e desejos, que estes nada teriam a ver com o comportamento. Isso também é distorcer os fatos em prol do ponto que pretende consolidar. O que o behaviorismo rejeita é que as explicações dos comportamentos cessem no que chamamos de “desejos” e “crenças”. Este é o cerne da crítica behaviorista ao mentalismo: não que o behaviorismo acredite que não existem aqueles processos que chamamos de “mentais”, como o pensar, sentir, querer, a consciência e outros, mas rejeita-os como entidade, como agentes e como causa suficiente para a explicação do comportamento humano. Dizer que Sally saiu correndo do prédio “Por que acreditava que ele estava pegando fogo, e ela não queria morrer” não é explicar o comportamento, mesmo que a própria Sally o explique assim.  É circular: por que Sally saiu correndo do prédio? Por que ela acreditava que ele estava pegando fogo e não queria morrer. Por que você acha que a Sally acreditava que o prédio estava pegando fogo e ela não queria morrer? Por que ela saiu correndo do prédio. E assim ad infinitum.
 
Uma boa explicação científica é aquela que melhor permite prever e controlar o fenômeno, coisa que as explicações mentalistas não são boas. A explicação behaviorista para Sally ter saído correndo do prédio infelizmente será mais complexa do que “porque ela quis assim” do cognitivismo popular de Pinker. Mas eis o demérito de muitas explicações científicas: muitas vezes elas requerem maior esforço e investigação do pesquisador. De maneira semelhante, explicar a origem da vida de maneira convincente para um leigo absoluto, exigirá mais atenção do que uma explicação como “porque Deus quis assim”. Assim, podemos especular que Sally saiu correndo do prédio talvez por razões filogenéticas (se é que há algo como uma resposta inata de fuga diante de muito fogo) somadas à sua história de vida, que inclui suas experiências aversivas com fogo; sua aprendizagem de que ele queima (ela não precisa ter sido queimada, podem ter ensinado isso a ela); de que, em caso de incêndio, deve sair correndo; de talvez ter visto filmes, programas, documentários, lido livros, em que tomou conhecimento de que se ficar dentro de um prédio em chamas, morrerá queimada; etc. Pessoas que não passaram por essas ocasiões, não irão simplesmentequerer , brotar um desejo, de sair correndo do prédio. E se uma pessoa é insistentemente ensinada que, em caso de incêndio, ela deve se esconder debaixo da cama, aconteça o que acontecer, dizer que ela, diante do incêndio, se escondeu debaixo da cama “por que teve vontade” é uma pseudo-explicação, insuficiente e que negligencia importantes questões na explicação do comportamento.
 
É claro que existe isso  que chamamos de desejos e crenças, mas eles também têm uma causa e um behaviorista acredita que compreender a causa destes é uma explicação melhor para o comportamento, pois permite que você compreenda, preveja e altere o comportamento de maneira mais eficaz.
 
Sobre o behaviorismo ver crenças e desejos como algo não-científico, isso parece um espantalho do que disse Watson, “pai” da modalidade de behaviorismo citada mais acima, aquela que de fato caiu em desuso. O que ele diz é que crenças, desejos, pensamentos e até sentimentos são difíceis de estudar, por não permitirem observação consensual de múltiplos pesquisadores, e que a Psicologia deveria parar de privilegiar a introspecção como método e focar-se nos comportamentos observáveis. Isso coloca Watson com um raciocínio próximo de algumas modalidades de positivismo. Mas o que nos diz respeito é que isso não fala muito sobre os demais behaviorismos, em especial o skinneriano (behaviorismo radical), já que esta não é, absolutamente, a posição de Skinner. Skinner chama as crenças, desejos, pensamentos, emoções, e demais eventos geralmente chamados de “mentais”, deeventos privados. Privados, pois apenas uma pessoa, a princípio, tem acesso a eles: o próprio sujeito que pensa, deseja, etc. E os eventos privados não apenas são considerados como têm uma centralidade na teoria skinneriana:
 
"Na medida em que o comportamento verbal começa a ser estudado, amplia-se a abrangência deste fazer, de forma a incorporar todos os níveis da ação humana; os eventos privados, a moral, o pensamento, a consciência, a alienação e a própria ciência, que é compreendida como uma forma de comportamento (...). O estudo do comportamento verbal permite propor eventos privados como pertencentes ao seu objeto de estudo, o que afasta Skinner de posturas metodológicas que defendem a necessidade de observação direta como condição de tomar um objeto como passível de ser estudado pela ciência, uma vez que ela permitiria um consenso público." (Michelleto, 2001, p.41)
 
Mas não satisfeito em desinformar a respeito do behaviorismo, Pinker fecha seu parágrafo com uma suposta citação de Skinner, que endossaria seu ponto de que os behavioristas ignorariam pensamentos e outras atividades não-diretamente-observáveis: “Como observou o célebre behaviorista B.F. Skinner: “A questão não é se as máquinas pensam, mas se os homens pensam”(p.73).
 
Não é em vão que Pinker não traz referência alguma da citação: vai que alguém procura! Eu mesmo procurei bastante e não achei referência a não serem as que remetem ao próprio Pinker e outros já haviam tentado procurar e não acharam (Carvalho-Neto, 2001). Mas meu amigo Ramon Cardinali se lembrava de ter lido algo semelhante e conseguiu achar a fonte: "Mas a questão real não é se as máquinas pensam, mas sim se os homens pensam. O mistério que envolve uma máquina pensante já envolve o homem pensante." (Skinner, 1969/1984, p.387-388) Mas ao ler o contexto no qual a frase aparece, fica evidente a razão pela qual Pinker omite a referência. Skinner não estava dizendo ou insinuando que os homens não pensam, como o autor tenta nos convencer: “Obviamente, homens e mulheres pensam; a teoria do estímulo-resposta revelou-se errada.” Tentando não apenas dar como enterrada a teoria que pretende criticar como também dizendo que ela acreditava que os homens e mulheres não pensam, o que é um absurdo e uma mentira muito distante da realidade. Skinner disse isso enquanto debatia sobre inteligência artificial e procurava atentar para a importância de se definir melhor, operacionalizar melhor, o que entendemos por “pensar” antes de dizer que as máquinas pensam.
 
Um defensor do psicólogo evolucionista poderia dizer que é difícil afirmar que Pinker deliberadamente omitiu a referência para prestidigitar o leitor, mas que pode ter ouvido alguém atribuir essa fala a Skinner e colocou em seu livro. Pois, caro defensor, isso não melhora em nada a situação do psicólogo. Ouvir numa mesa de bar, no corredor de uma universidade ou seja onde for  que alguém disse algo e utilizar isso em seu livro sem se preocupar em verificar a fonte, a veracidadedaquilo, tomando como fato um boato informal, já é de uma desonestidade intelectual, de um descompromisso com a verdadeímpar. É evidência de que se trata de um profissional que não está interessado em construir conhecimento, mas apenas em construir uma próspera carreira para si.
E, infelizmente, tem sido bem sucedido nisso.
 
Tá na boa, né Pinker?
 
Concluindo seu raciocínio, Pinker procura demonstrar por que Skinner estaria errado, dando um exemplo de explicação de um comportamento: “Por que Sally saiu correndo do prédio? Por que acreditava que ele estava pegando fogo, e ela não queria morrer.”
 
A maioria dos psicólogos e até mesmo estudantes de Psicologia pensarão que Pinker está brincando ou debochando do behaviorismo, talvez insinuando que até pseudo-explicações como essa, pra lá de senso comum e ineficaz, seriam melhores que as behavioristas. Mas não, ele está falando sério. Steven Pinker é adepto da psicologia intuitiva ou psicologia popular (folk psychology) como capaz de fornecer as melhores explicações psicológicas que dispomos, como ele mesmo esclarece e repete várias vezes em seu livro:
 
“No nosso dia-a-dia, todos nós predizemos e explicamos o comportamento de outras pessoas com base no que achamos que elas sabem e no que achamos que elas desejam. Crenças e desejos são as ferramentas explicativas de nossa psicologia intuitiva, e a psicologia intuitiva ainda é a mais útil e mais completa ciência do comportamento que existe. Para predizer a grande maioria dos atos humanos – ir até a geladeira, subir no ônibus, pegar a carteira – você não precisa labutar num modelo matemático, simular uma rede neural no computador nem procurar um psicólogo profissional; basta perguntar à sua avó.” (Pinker, 1996/1998, p.74-75)
 
Esse pensamento de Pinker parece ser influência do filósofo Daniel Dennett, uma das personalidades mais citadas pelo psicólogo. Tratarei de Dennett com o devido esmero em breve (a parte 2 da presente série será dedicada a ele), mas podemos adiantar que o filósofo dedicou-se a tecer argumentos em defesa da psicologia intuitiva como ferramenta para compreender e prever o comportamento alheio. Podemos ver esboços do pensamento do filósofo mais claramente no trecho a seguir, onde Pinker aproveita para novamente criticar o behaviorismo:
 
E agora chegamos ao modo como a mente conhece outras mentes. Somos todos psicólogos. Analisamos mentes não só para acompanhar as tramas das novelas na televisão mas para entender as mais simples ações humanas. O psicólogo Simon  Baron-Cohen defende esse argumento com uma história.  Mary entrou no quarto, andou lá dentro e saiu. Como você explica isso? Talvez você diga que Mary estava procurando algo que desejava encontrar e pensou que aquilo se encontrava no quarto. Talvez  você diga que Mary ouviu alguma coisa no quarto e quis saber o que fez aquele barulho. Ou talvez diga que Mary esqueceu aonde estava indo; talvez,  na verdade, ela pretendesse ir para o andar de baixo. Mas você com certeza não diria que Mary faz exatamente isso todos os dias nessa hora: ela entra no quarto, anda lá dentro e depois sai. Não seria naturalexplicar o comportamento humano na linguagem de tempo, distância e massa dos físicos e, além disso, seria errado; se você voltasse no dia seguinte para testar a hipótese, ela seguramente seria refutada. Nossa mente explica o comportamento das outras pessoas segundo as crenças e desejos que elas têm, pois o comportamento das outras pessoas, de fato é causado por suas crenças e desejos. Os behavioristas estavam enganados, e todo mundo intuitivamente sabe disso.” (IBID, p.349)
 
Pinker tem razão ao dizer que todos nós, em alguma medida, “analisamos mentes”, ou seja, tentamos entender por que fulano fez o que fez e pressupomos um mundo privado nas pessoas, que elas são capazes de pensar, sentir, refletir, têm consciência, assim como nós. Dois termos que se tornaram populares falam disso: pressupor que as outras pessoas têm esse rico mundo privado é chamado de teoria da mente e pressupor que façam algo com alguma intenção se chamapostura intencional.
 
Mas isso não faz de alguém um psicólogo mais do que observar e se indagar sobre os céus faz de alguém um astrônomo. Pinker, inclusive, ao dizer que o behaviorismo está errado porque as pessoas tendem a explicar o comportamento alheio a partir de suas crenças e desejos e que “todo mundo intuitivamente sabe disso”, lança um argumento similar a alguém que, em uma comunidade que venera a lua como uma deusa, diz que “as pessoas explicam os movimentos nos céus através das brigas dos deuses. Os astrônomos estavam enganados, e todo mundo intuitivamente sabe disso”. O seu argumentum ad populumnão é uma justificativa ou boa explicação, mas simplesmente mais uma falácia lógica.
 
E novamente constrói um espantalho do behaviorismo ao insinuar que uma explicação behaviorista envolveria Mary fazer exatamente aquilo todos os dias naquela hora e, portanto, uma observação casual de que isso não ocorre seria suficiente para fazer ruir o behaviorismo. E nesse momento, Skinner, com algumas medalhas como a National Medal of Science (1968) e American Psychological Association Citation for Outstanding Lifetime Contribution to Psychology (1991) no pescoço, se revira no caixão. Aliás, é tanta bobagem que sai das mãos do autor, que se Skinner ainda não se ergueu de seu túmulo repetindo “Brains, brains...” deve ser por que não encontraria muito alimento no psicólogo evolucionista.
 
O fato é que a caracterização do behaviorismo por Pinker está muito distante da realidade. Uma visão similar foi perpetuada pelo linguista Noam Chomsky que, ao criticar um livro de Skinner (Chomsky, 1959), sugeriu que a linguagem prova que os behavioristas estão equivocados, já que existem infinitas combinações diferentes dentro da linguagem e que as pessoas não podem ter sido reforçadas em cada variação possível para emiti-las, mas que são capazes de emitir frases que nunca antes construíram, fazer combinações, sem que estas tenham sido reforçadas anteriormente – já que nunca haviam ocorrido. A crítica de Chomsky é tão distante das asserções skinnerianas que o próprio Skinner não quis responde-las (o que considero um erro, como já apontei em outro texto aqui no blog), dizendo simplesmente que o linguista não leu seu livro ou não o entendeu, contando que a crítica inapropriada não valia a resposta e se desvaneceria com o tempo [1]. Claro, o erro de Skinner foi pressupor que a honestidade intelectual prevaleceria, que antes de ecoar as críticas do linguista as pessoas se dariam ao trabalho de ler seu livro e assim veriam o absurdo da crítica por si mesmas. Em suma, seu erro foi ignorar os papagaios intelectuais e seu imenso poder.
 
O cerne do erro tanto de Pinker quanto de Chomsky é o mesmo: para o behaviorismo, você não faz apenas o que já fez anteriormente, tampouco tudo que faz é porque agiu exatamente da mesma forma antes e foi reforçado. O behaviorismo não apenas considera a variabilidade comportamental como ela é central em seu princípio mais fundamental: a seleção por consequências. A seleção por consequências é um análogo da seleção natural. Enquanto nesta última ocorrem variações genéticas que são selecionadas ou não de acordo com as consequências que produzem, na seleção por consequências são variações comportamentais que são selecionadas de acordo com as consequências que produzem. As variações ocorrem porque é impossível ser exatamente o mesmo contexto, a resposta ser completamente idêntica, ou produzir uma consequência idêntica, já que o estímulo nunca será o mesmo, o organismo que responde já não será exatamente o mesmo, aquilo não ocorrerá no mesmo espaço-tempo de outrora, etc. Assim, variações comportamentais são selecionadas ou não, modeladas ou não. Fora isso, uma pessoa também pode aprender algo por modelação (viu alguém fazendo) ou por que alguém a instruiu verbalmente a fazer.
 
Remetendo ao exemplo que Pinker dá, “Mary entrou no quarto, andou lá dentro e saiu” é simplesmente pouca informação pra explicar de maneira satisfatória esse comportamento. Mary pode ter entrado no quarto por n motivos, que ficariam mais claros se tivéssemos mais informações sobre o contexto no qual Mary ali entrou. Nem por isso as explicações senso-comum de Pinker são melhores, da mesma forma que se disser que uma estrela surgiu no céu porque alguém faleceu, não vai ser uma explicação melhor do que a do astrônomo que precisará de mais informações para explicar o fenômeno (afinal, pode ter se formado uma estrela, ou pode ter sido só uma nuvem que saiu do caminho, ou uma supernova que aumentou seu brilho antes da estrela falecer, ou outrora havia um buraco negro equidistante do caminho da luz da estrela até nós, entre outros).
 
É curioso também que essa crítica de Pinker, de que “Não seria naturalexplicar o comportamento humano na linguagem de tempo, distância e massa dos físicos” (coisa que o behaviorismo não faz – e não sei os demais behavioristas, mas eu ao menos não o faço porque não somos capazes. Não tenho problema nenhum com isso, dane-se ele não achar “natural” e eu acharia o máximo se tivéssemos recursos e conhecimentos para explicar dessa forma. Mas tergiverso...), seja um tanto contraditória com outra que faz anteriormente, ainda no mesmo livro:



“O próprio Skinner não asseverou obstinadamente que estímulos mensuráveis como comprimentos de onda e formas prediziam o comportamento. Em vez disso, ele definiu os estímulos segundo suas próprias intuições. Satisfez-se plenamente considerando o “perigo” – assim como o “elogio”, o “inglês” e a “beleza” – uma espécie de estímulo. Isso tinha a vantagem de manter sua teoria condizente com a realidade, mas era a vantagem do roubo em relação ao trabalho honesto.Entendemos o que significa um mecanismo responder a uma luz vermelha ou a um ruído alto – podemos até produzir um que faça isso – mas os humanos são os únicos mecanismos do universo que reagem ao perigo, ao elogio, ao inglês e à beleza.” (p.74)
 
Pois é, né?
Mas então, Pinker, não há desonestidade nenhuma nisso (e que ironia ele acusar alguém de desonestidade, não?). Não reagimos ao elogio, ao inglês e à beleza magicamente, mas todos esses são um conjunto de estímulos que rotulamos de determinada maneira (“perigo”, “elogio”, etc.), estímulos estes que eliciam uma resposta no organismo – do contrário não reagiríamos a eles. Se eliciarem respostas no organismo, por que não chama-los de estímulo? Mas Skinner se preocupou com isso. Para não acharem que por estímulo ele estava se referindo apenas a uma única coisa que elicia uma resposta, passou a usar cada vez menos a palavra “estímulo” e cada vez mais a palavra “contexto”.

Por fim, não somos os únicos a reagirem ao perigo, elogio, inglês ou beleza. Temos computadores diversos que conseguem responder diferencialmente a isso e já conseguimos até treinar pombos a ser uma espécie de críticos de arte.

Vou acelerar essa bagaça porque isso já está grande demais e o principal de suas críticas nesse livro já foi coberto. Ele repete algumas vezes o que aqui já foi comentado e todas as vezes em que cita Skinner ou o behaviorismo comete algum equívoco. Por exemplo, na página 125 diz que o behaviorismo é uma versão do associacionismo.  Não é. Ao contrário do que propõe o associacionismo, o behaviorismo não acredita nem que toda relação que os seres humanos estabeleçam entre eventos têm de estar temporalmente próximos, nem que todo conhecimento provenha da experiência.
 
E nas páginas 408 e 409 discorre sobre como os behavioristas estão errados porque nem todo medo é aprendido e existe alguns medos que não podem ser aprendidos, como ter medo de coisas “neutras”, como binóculos, martelos ou carros. Só que o behaviorismo nunca afirmou que todo medo é aprendido e, com relação à afirmação de que é impossível adquirir medo de coisas “neutras”, Pinker não traz nenhuma evidência para a sua afirmação e... bem, acho que um bom número de psicólogos, especialmente aqueles que lidam com transtornos de ansiedade e fobias, já devem ter encontrado pacientes com medo de carros. Eu já. Assim como já tive clientes que respondiam com pavor diante de coisas como “boné”, “vermelho”, “motos”, “jaqueta de couro” e outros. Se existem alguns medos que não podem ser aprendidos, é uma coisa interessante a ser testada, mas mesmo se existirem, isso não iria contra o que afirma o behaviorismo. Porque parece que Pinker simplesmente é incapaz de assimilar que o behaviorismo não acha que tudo é aprendido.
O que nos leva ao segundo livro...
 
Tabula Rasa
O livro é centrado em um argumento negativo: combater a ideia da tabula rasa, que supostamente ainda está muito presente no senso comum e na ciência contemporânea. Para isso, Pinker se propõe a atacar aqueles que defendem a tabula rasa e trazer explicações alternativas para os fenômenos. Há um misto de dados de pesquisas interessantes com uma continuidade do que já havia feito no livro anterior, uma interpretação a La psicologia popular, a ponto de Patrick Bateson, renomado biólogo, ter escrito em sua resenha sobre este livro, publicada na Science, que “asserções de botequim não levam à discussão balanceada que deveria ser gerada por um tópico tão importante quanto esse” (Bateson, 2002) [2]. O próprio Bateson também questiona a tese central do livro, se há de fato essa negação da filogenética, apontando que o psicólogo passa quase todo o livro atacando caricaturas que ele mesmo construiu.
 
Ainda mais do que em seu livro anterior, Pinker abusa de adjetivos, falácias e faz diversas afirmações sem citar fontes ou trazer evidências que as sustentem. Repete muitos dos erros cometidos no livro analisado acima, como novamente dizer que o behaviorismo segue o associacionismo de Locke (p.40), que os behavioristas ignoram tudo que é subjetivo e só se preocupam com o comportamento manifesto (p.40, p.41), entre outros, provando que manteve sua aversão ao estudo nos anos seguintes ao livro anterior. E desta vez é extremamente raivoso em seu ataque ao behaviorismo e em especial a Skinner, comparando estes a torturadores (p.236), a stalinistas (p.237), chama Skinner de “maoista” (p.337) e outros.
 
O que o psicólogo evolucionista tenta fazer é pintar os behavioristas como aqueles que querem manipular o ser humano, controlá-lo como autômatos, propor uma uniformidade entre as pessoas e até instaurar o comunismo (!?!??). De onde Pinker tira isso, só ele sabe, já que nunca traz referências. É extremamente irônica essa associação, já que Skinner é ainda mais frequentemente acusado de ser um típico representante do capitalismo e do pensamento estadunidense (Cruz, 2010).
 
Seja como for, o behaviorismo tem um papel importante em seu livro, por ser, supostamente, o maior representante da tabula rasa. Para quem não sabe o que isso quer dizer e está até agora boiando quando uso a expressão, “tabula rasa” foi um termo utilizado por Locke em seu “Ensaio Sobre o Entendimento Humano” (1690) para exemplificar de onde vem o conhecimento humano. Ele disse que nós chegamos ao mundo como uma tabula rasa e nela vão tendo inscrições ao longo do tempo, ou seja, que tudo que sabemos, aprendemos ao longo de nossa vida. A preocupação de Pinker é que existiriam esses defensores da tabula rasa na ciência contemporânea, que procuram negar a genética e o evolucionismo.
 
"Os behavioristas acreditavam que o comportamento podia ser compreendido independentemente do resto da biologia, sem atentar para a constituição genética do animal ou para a história evolutiva da espécie. A psicologia passava a consistir no estudo do aprendizado em animais de laboratório.B.F. Skinner (1904-90), o mais célebre psicólogo de meados do século XX, escreveu um livro intitulado The behavior of organisms ["O comportamento dos organismos", sem tradução em português], no qual os únicos  organismos eram ratos e pombos e o único comportamento era pressionar uma alavanca e bicar uma tecla. Foi preciso uma visita ao circo para lembrar os psicólogos de que as espécies e seus instintos tinham importância, sim. Em artigo intitulado "The misbehavior of organisms" ["O mau comportamento dos organismos", sem tradução em português], Keller e Marian Breland, alunos de Skinner,  relataram que quando tentaram usar as técnicas do mestre para treinar animais a inserir fichas de pôquer em máquinas automáticas, as galinhas bicaram as fichas, os guaxinins urinaram nelas e os porcos tentaram enterrá-las com o focinho. E  os behavioristas eram tão hostis com o cérebro quanto com a genética. Já em 1974, Skinner escreveu que estudar o cérebro  era só mais uma busca equivocada das causas do comportamento no organismo, em vez de no mundo exterior. " (Pinker, 2002/2004, p.41-42)
 
Vamos por partes.
 
Para começar, os behavioristas não acreditam que o comportamento pode ser “compreendido independentemente do resto da biologia”. É, na verdade, frequentemente o extremo oposto:
 
“Num primeiro momento, Skinner toma como modelo as ciências físicas e as transformações que ela enfrentava. Em sua obra mais madura, ele passa a operar com o modelo biológico, mais especificamente o fornecido pela teoria da evolução por seleção natural. Skinner, em 1938, defende que seu livro Behavior of Organism está voltado para uma análise do comportamento orientada por um sistema do qual a físico-química é um exemplo (Skinner, 1938/1966, PP. 434-435). Na década de 70, insere sua ciência no ramo da Biologia (Skinner, 1973ª/1978; 1974)."  (Michelleto, 2001, p.35)
 
Tampouco nega a genética, que para os behavioristas tem um papel importante na Psicologia, permitindo compreender aspectos fundamentais do comportamento e traçando potenciais e limites da intervenção do psicólogo. Nas palavras de Skinner:
 
“Para que haja comportamento é necessário um organismo que se comporte, e este organismo é produto de um processo genético. (...)  o conhecimento do fator genético nos capacita a fazer melhor uso de outras causas. Se soubermos que um indivíduo tem certas limitações inerentes, poderemos usar mais inteligentemente nossas técnicas de controle, mas não podemos alterar o fator genético.” (Skinner, 1953, p.23)
 
Mais absurdo ainda – se é que tem como – é a afirmação de que se negligencia a evolução pela seleção natural.  Skinner não apenas respalda a teoria da evolução e seleção natural, como que ela tem um papel central em suas principais obras (Skinner 1949; 1953; 1974; 1987; 1990), sempre pressupondo que o organismo que ele analisava e teorizava a respeito de seu comportamento era fruto do processo de evolução das espécies pela seleção natural. Mais do que isso, “Skinner busca na seleção natural os princípios que orientam sua concepção de objeto” (Michelleto, 2001, p.42), até que “gradualmente estes princípios se estendem à própria noção de causalidade” (IBID).
 
Skinner chega mesmo a considerar uma abordagem científica do comportamento humano como uma continuidade do trabalho de Darwin:
 
“No começo do século XIX, já era bem conhecido o fato de as espécies terem sofrido mudanças progressivas no sentido de formas mais adaptáveis. Estavam-se desenvolvendo ou amadurecendo e uma melhor adaptação ao meio ambiente sugeria uma espécie de propósito. Não se tratava de saber se ocorriam ou não mudanças evolutivas, e sim o porquê delas. Tanto Lamarck quanto Buffon recorriam ao propósito supostamente mostrado pelo indivíduo ao adaptar-se ao seu ambiente – propósito que, de alguma forma, se transmitia às espécies. Coube a Darwin descobrir a ação seletiva do ambiente, assim como cabe a nós completar o desenvolvimento da ciência do comportamento com uma análise da ação seletiva do meio." (Skinner, 1974, p.60-61)
 
É falsa também a afirmativa de que “A psicologia passava a consistir no estudo do aprendizado em animais de laboratório”, já que o cerne dos estudos behavioristas é, obviamente, o comportamento humano. Pinker deveria ter feito uma visita ao maior periódico de análise do comportamento do mundo, com quase 50 anos de atividade e com todos seus textos disponíveis online. Convido para que façam uma coleta de quantos experimentos ali são com animais não-humanos:http://seab.envmed.rochester.edu/jaba/
 
O que justifica um behaviorista realizar experimentos com animais não-humanos é justamente a crença de que não há uma ruptura abrupta entre o ser humano e os demais animais (continuidade entre espécies), de modo que, embora não sejamos de modo algum idênticos aos demais animais, os princípios básicos que controlam o comportamento, tanto do ser humano quanto dos demais animais, são os mesmos. Então, da mesma forma que um fisiologista poderia demonstrar os princípios básicos do funcionamento do organismo humano através da dissecação de outro animal – demonstrando os músculos lisos, a medula espinhal, as conseqüências de um dano ao córtex, o funcionamento de órgãos internos, etc – um behaviorista poderia demonstrar os princípios básicos do comportamento humano através de experimentos com ratos.
 
Em nenhum dos casos, tanto do fisiologista quanto do behaviorista, acredita-se que o ser humano seja idêntico aos demais animais, mas que tenha um funcionamento básico similar. As diferenças teriam de ser devidamente consideradas, da mesma forma que um fisiologista provavelmente não seria prudente ao ensinar o funcionamento do cérebro humano a partir do de uma rã, um behaviorista tem de fazer muitas considerações a respeito de características especificamente humanas e levá-las em consideração em sua análise. Como aponta Skinner, “dizer que o comportamento nada mais é do que uma resposta a estímulos constitui uma ultra-simplificação. Dizer que as pessoas são exatamente como os ratos ou os pombos é uma ingenuidade.” (Skinner, 1974, p.195)

Isso por si só já responde a crítica de Pinker ao “O Comportamento dos Organismos”, o primeiro livro de Skinner, publicado em 1938, logo após defender seu doutorado, e que nem de perto reflete a ciência que apenas mais tarde Skinner sistematizaria. Mesmo assim, Pinker erra feio novamente, pois, ao contrário do que diz, não há um experimento sequer com pombos em todo o livro – e desafio qualquer defensor do psicólogo a achar. O que já nos mostra que nem se deu ao trabalho de ler o livro que critica... Para piorar, parece ignorar solenemente o que Skinner ressalta logo no começo do livro:
 
“No sentido mais amplo, uma ciência do comportamento deve estar preocupada com todos os tipos de organismos, mas é sensato limitar-se, ao menos no começo, a um único exemplo representativo. Devido a uma certa antropocentricidade de interesses estamos inclinados a escolher um organismo que seja tanto similar ao homem quanto conveniente em termos de experimentação e controle.” (Skinner, 1938, p.47)
 
Seguindo ainda o mesmo trecho do Tabula Rasa, ele cita o “The Misbehavior of Organisms”, do casal Breland, como se fosse um “cala a boca” em Skinner. Nada poderia estar mais distante da realidade, tanto que eles continuaram behavioristas até o fim de suas vidas e suas experiências serviram para aperfeiçoar o treinamento de animais que até hoje é usado. Keller e Marian Breland fizeram algo que se Pinker tivesse pesquisado teria achado em abundância: behavioristas tentando delimitar até onde vão questões filogenéticas, até onde vão questões ontogenéticas. Mas, claro, mesmo se tiver achado, já temos bons motivos para acreditar que não publicaria, já que faria ruir a tese central de seu livro.
 
Fechando esse trecho, Pinker diz: “Já em 1974, Skinner escreveu que estudar o cérebro era só mais uma busca equivocada das causas do comportamento no organismo, em vez de no mundo exterior.”. O autor só pode estar se referindo ao único livro de Skinner em 1974, o “Sobre o Behaviorismo”. Procurei e não encontrei nada que sequer lembre o que ele atribui a Skinner. É possível, no entanto, encontrar o exato oposto, já que ao longo de toda sua obra sempre foi ressaltada a importância da fisiologia e neurociências. Ele apenas acreditava que tomar o cérebro como causa dos comportamentos, ao invés da história evolutiva e a história de vida, era uma estratégia ruim de investigação, que negligencia o fato de que o cérebro só tem determinada atividade a partir de um contexto.
 
Mas o psicólogo-evolucionista-“cientista”-cognitivo não se cansa:
 
Quando paramos para pensar, a ideia de uma natureza humana maleável não merece sua reputação de otimismo e enaltecimento. Se merecesse, B.F. Skinner teria sido louvado como um grande humanitário” (p.236)
 
O problema é que foi e não foi pouco. Skinner ganhou diversos prêmios por suas contribuições (algumas já mencionadas), incluindo... Humanista do Ano da American Humanist Society, em 1972. Pois é. Continue, Pinker:
 
“Skinner era defensor ferrenho da tabula rasa e um utopista exaltado.” (IBID)
 
Já explicamos bem esse ponto. Deixemos para o próprio Skinner a honra de jogar a última pá de terra sobre a questão:
 
“Nenhum estudioso do comportamento de boa reputação, jamais defendeu “que o animal chega ao laboratório virtualmente como uma tábula rasa, ou que diferenças entre espécies são insignificantes, e que todas as respostas são igualmente condicionáveis a estímulos.”” (Skinner, 1984, p.303)
 
Obrigado.
Mas continuando no mesmo trecho do Tabula Rasa:
 
“Por que a maioria das pessoas sente repulsa por essa visão? Críticos de Beyond freedom and dignity [Para além da liberdade e da dignidade, na tradução em português], de Skinner, ressaltaram que ninguém duvida da possibilidade de controlar o comportamento; apontar uma arma para a cabeça de alguém ou ameaçar a pessoa de tortura são técnicas tradicionais. Até mesmo o método preferido de Skinner, o condicionamento operante, requeria fazer o organismo passar fome até que seu peso se reduzisse a 80% do que seria com alimentação livre e confiná-lo em uma cela onde os esquemas de reforço fossem cuidadosamente controlados. A questão não é se somos capazes de mudar o comportamento, e sim a que custo.” (p.236-237)
 
É ignorado o fato de que para Skinner, como para a maioria dos filósofos da ciência, controle se refere a qualquer relação entre eventos que de alguma forma se determinam. Se o comportamento humano não brota por geração espontânea, ou seja, se tem uma causa, então ele écontrolado. A proposta de Skinner envolve descrevemos melhor o que controla nossos comportamentos para assim planejarmos para nós mesmos um mundo melhor. Em outras palavras, produzir o que desejamos que seja produzido para nós mesmos.
 
Não satisfeito, Pinker tenta pintar Skinner como um verdadeiro torturador de animais. Mas ele ignora, provavelmente devido à sua falta de erudição acadêmica que insiste em aparecer, o fato de que os animais em seu ambiente natural nunca estão com seu peso total, aquele peso que podem adquirir com continua alimentação (Poling, Nickel, & Alling, 1990). Isso só ocorre em laboratórios e em alguns animais domésticos e reduzir em 20% seu peso não é fazê-los passar fome, mas estabelecer condições mais próximas do ambiente natural.
 
Por fim, Pinker tenta atacar o behaviorismo apelando para a liberdade humana: “Mas não podemos fingir que somos capazes de remodelar o comportamento sem infringir de algum modo a liberdade e a felicidade das outras pessoas. A natureza humana é a razão de não entregarmos nossa liberdade nas mãos dos engenheiros comportamentais.” Entrando em explícita contradição consigo mesmo, inclusive mais à frente neste mesmo livro, como quando critica a ideia de alma e livre-arbítrio:
 
“Não poderíamos esperar reduzir atos malignos instituindo códigos morais e legais, pois um agente livre, flutuando num plano diferente do das setas de causa e efeito, não seria afetado pelos códigos. Moralidade e lei não teriam utilidade. Poderíamos punir um transgressor, mas seria por pura vingança, pois a punição não teria nenhum efeito previsível sobre o comportamento futuro do transgressor ou de outras pessoas cientes da punição.
Por outro lado, se a alma for previsivelmente afetada pela perspectiva de apreço e vergonha ou recompensa e punição, ela não é mais realmente livre, pois é compelida (ao menos probabilisticamente) a respeitar essas possíveis conseqüências. Qualquer coisa que converta padrões de responsabilidade em mudanças na probabilidade de comportamento – como a regra “Se a comunidade pensar que você é um mal-educado por fazer X, não faça X” – pode ser programada em um algoritmo e implementada no hardware neural. A alma é supérflua.” (p.246)

 
Boniiiito, hein? Então quando você quer criticar o behaviorismo existe liberdade, quando quer defender seu ponto, não?
 
Sou obrigado a admitir que dos males esse é o menor. Não dá pra esperar coerência de alguém que, como vimos, inventa fatos, distorce citações, inventa citações, recorta criminosamente trechos para favorecer seu ponto, critica o que não leu (ou leu e tenta enganar seu público), tira ideias da cartola e atribui a seus oponentes, não pesquisa sobre o que afirma, não cita fontes, não traz dados, utiliza uma enormidade de falácias lógicas e faz malabarismos para desinformar seu leitor.
 
Senhoras e senhores, é por tudo isso aqui apresentado que concluo que Steven Pinker é um genuíno charlatão intelectual, com traços de um papagaio intelectual. Um híbrido, um exímio representante da espécie que pretendo continuar denunciando até levá-la próxima à extinção e que fez bastante por merecer o lugar de honra como o precursor dessa série. Palmas pra ele.

Notas:


[1] – Você pode encontrar respostas mais extensa às críticas de Chomsky nos artigos de MacCorquodale [link] e Palmer [link]
 
[2] - Adoraria discorrer sobre por que as ideias e explicações propostas por Pinker são muito ruins, insustentáveis, comparáveis a qualquer ficção a partir de alguns dados que não induzem às suas conclusões. No entanto, isso já ficou enorme para um post de blog e deixarei isso para um outra oportunidade, talvez com uma crítica mais ampla a algumas explicações cognitivistas e evolucionistas.
 
Referências Bibliográficas:
 
BATESON, P. The Corpse of a Wearisome Debate. Science, 297 (27),2212-2213, 2002
 
CARVALHO-NETO, M.B. B. F. Skinner e as explicações mentalistas para o comportamento: uma análise histórico-conceitual (1931-1959). Tese de doutorado, USP, 2001


CHOMSKY, N. Review of B.F. Skinner’s Verbal Behavior. Language, Vol 35. No. 1, 1959
 
CRUZ, R. Possíveis Relações entre o Contexto Histórico e a Recepção do Behaviorismo Radical. Psicologia Ciência e Profissão, 30 (3), 2010
 
HUNZIKER, M.H.L. (2001) O estudo do desamparo aprendido como estratégia de uma ciência histórica/ in Guilhardi, Hélio José, et AL; Sobre Comportamento e Cognição: expondo a variabilidade – Org. Hélio José Guilhardi. 1ª Ed. Santo André, SP: ESETec Editores Associados, 2001. V.7
 
LOCKE, J. Ensaio acerca do Entendimento Humano. São Paulo: Nova Cultural. 1988
 
MICHELLETO, N. Bases filosóficas do behaviorismo radical.  In BANACO, RobertoAlves et al. Sobre Comportamento e Cognição: aspectos teóricos, metodológicos e de formação em análise do comportamento e terapia cognitivista. 1ª edição, Santo André, SP. Editores Associados, 2001
 
PINKER, S. Como a mente funciona – São Paulo, Companhia das Letras, 1998

PINKER, S. Tábula rasa: a negação contemporânea da natureza humana - São Paulo: Companhia das Letras, 2004
 
POLLING, A., Nickel, M., & Alling, K. Free birds aren’t fat: Weight gain in captured wild pigeons maintained under laboratory conditions. Journal of the Experimental Analysis of Behavior, 53, 423-424. 1990
 
SKINNER, B. F.. The behavior of  organisms. New York: Appleton-Century-Crofts. 1938
 
SKINNER, B.F. Para além da Liberdade e da Dignidade. Lisboa: Edições 70, 1974
 
SKINNER, B.F. Seleção por conseqüências.  Revista brasileira de terapia cognitiva e comportamental. Volume IX, 2007
 
SKINNER, B.F. Ciência e comportamento humano. 2ª edição – Editora Universidade de Brasília, 1970
 
SKINNER, B.F. Contingências de reforço: uma análise teórica. 2.ed – São Paulo: Abril Cultural, 1984.
 
SKINNER, B.F. Sobre o behaviorismo/ 10ª edição – São Paulo: Cultrix, 2006
 





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SUBJECT: Re: [ciencialist] Steven Pinker é um charlatão doutorado em psicologia pela Universidade de Harvard?
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: ListadeCiência <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/06/2015 22:15

Ola Homero,

Segue o artigo do Pinker, onde ele coloca a mesma questão abordada pelos Australianos, no artigo do Journal of Medical Ethics, e que outros, como o idiota do Peter Singer, tb apoiam.

Como falei, o trabalho desses caras dentro da ética é puro lixo. 


Abs
Felipe



Em Segunda-feira, 15 de Junho de 2015 13:27, "luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br> escreveu:


 
Ola Homero,

Eu já li faz um tempo sobre essa questão polêmica do "aborto após o nascimento"; mas vem da defesa que eles fazem de que o recem nascido ainda não tem personalidade, e assim, ainda não é um 'ser humano". Lembro de ter lindo um artigo do Pinker (por isso coloquei a observação), que ainda não encontrei, mas vou te enviar.

Obs > pessoalmente considero o trabalho dele dentro da ética um lixo.

Mas aqui está a discussão :







Em Segunda-feira, 15 de Junho de 2015 12:54, "Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br> escreveu:


 
Ocorre que Steven Pinker brincou muito com algumas coisas sérias, criando, as vezes confusão nos seus textos, como veremos aqui, já que alguns membros do grupos consideram a psicologia algo que mereça alguma atenção cientifica. 
mc 

Ps. A utópica administração cientifica da sociedade precisa da psicologia para alimentar as suas ilusões. Assim ficando a coisa no campo da utopia e da ilusão, os quantofrênicos vão pular de alegria. Afinal a ciencia não foi criada para resolver os problemas sociais. Quem deve cuidar disso são os politicos. (na visão dos cientistas alienados, é claro). 



On Seg 15/06/15 12:13 , "oraculo@atibaia.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 
Acho que é esse cara que afirma, dentro da sua ética utilitarista, que abortar um bebe após certo tempo é tão válido qto matar um recem nascido.
 
Acho que não faz a menor ideia do que está falando, e que pinçou um texto fora de contexto, para criar um espantalho. Mas só “acho”.Alegre
 
É um expediente comum, entretanto, muito usado por criacionistas, pseudo-cientistas e afins, que na falta de elementos e evidências para apresentar defendendo seus pontos, se focam em atacar os pontos contrários (e especialmente autores, já que pensam que ataques ad hominem são de alguma forma argumentos) que conflitam com suas posições.
 
Um dos exemplos mais conhecidos é um trecho da Origem das Espécies de Darwin, em que ele escreve algo como “não vejo como um olho pdoeria evoluir sozinho”, usado recorrentemente por criacionistas para mostrar que “mesmo Darwin sabia que deveria haver um criador ou ‘algo’” por tras da evolução.
 
O trecho entretanto, é apenas um “gancho” retórico, usado por Darwin para, nos capítulos seguintes, explicar como isso poderia ocorrer. Mas que não é mencionado por nenhum criacionista.:-)
 
Dawkins, Jay Gould, entre muitos outros, sofrem esse tipo de ataque constantemente.
 
O trecho de Pinker, um excelente escritor e pesquisador, tirado de contexto, e sem o enorme arrazoado que o segue, serve ao mesmo propósito, criar um espantalho difamatório.
 
E, sério, Pedro Sampaio, psicólogo clínico? Sério?.:-)
 
Esta lista sempre me fez aprender e crescer, mas ultimamente é uma tristeza só.:- (
 
Homero
 
 
 
Sent: Monday, June 15, 2015 9:35 AM
Subject: Re: [ciencialist] Steven Pinker é um charlatão doutorado em psicologia pela Universidade de Harvard?
 
 
Acho que é esse cara que afirma, dentro da sua ética utilitarista, que abortar um bebe após certo tempo é tão válido qto matar um recem nascido. Ele afirma isso, não para condenar o aborto, mas sim para justificar o infanticídio.
 
 


Em Sábado, 13 de Junho de 2015 19:52, "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" escreveu:


 
É o que pensa Pedro Sampaio, psicólogo clinico de Minas Gerais.

Steven Arthur Pinker (Montreal, 18 de setembro de 1954) é um  psicólogo  e linguista canadense 
Durante 21 anos foi professor no Departamento do Cérebro e Ciências Cognitivas do Massachusetts Institute of Technology antes de regressar a Harvard em 2003. Pinker completou o bacharelado em Psicologia da Universidade McGill no ano 1976, e doutorado em Psicologia Experimental da Universidade de Harvard em 1979.
Fonte Wikipédia.

E no site da Universidade de Harvard está o imenso currículo do suposto charlatão que é um dos psicólogos mais famosos do mundo. - http://pinker.wjh.harvard.edu/about/current_cv/cv%20Steven%20Pinker.htm

Como então um “cientista” desta envergadura pode ser considerado um charlatão? Será que o nosso psicólogo mineiro endoidou? A leitura da peça condenatória de Pinker revela que o autor não endoidou. Então Pinker seria mesmo um charlatão? E porque perdermos tempo com isso? Ocorre que o Pinker aparece com destaque em nossa bibliografia do curso de lógica. A nossa lógica, à diferença do que se vê em muitos textos de filosofia, é um instrumento do PENSAMENTO, que é produto do que chamamos MENTE, e que é objeto de estudo da psicologia, ciência ainda em fase de gestação, que tem por objeto os fenômenos mentais e emocionais. Isso porém não significa que repudiamos os filósofos metafísicos, a exemplo de Kant que aparece duas vezes na nossa bibliografia com as suas criticas da razão pura e da razão prática. Ocorre que Kant não foi metafísico 24 horas por dia, o que lhe permitiu escrever alguns textos de cunho lógico-cientifico. 

Penso.. ( quase que eu uso “Creio” no lugar de “Penso” – os humanos são tão polissêmicos que atribuem o mesmo signIficado a palavras tão distintas como crer e pensar. Só falta alguém considerar que a fé é um combustivel do pensamento ... se emoção, porque a fé não poderia ser?.... penso que Pinker não é um charlatão autêntico, mas alguém com uma tremenda vocação para o marketing pessoal que certamente contribuiu para a sua fama. Um dos recursos de marketing que ele adotou a esmo nos seus Best Sellers é o humorismo, cujo emprego exagerado banalizou alguns conceitos de correntes da psicologia às quais ele se opõe. Temos então que levar em consideração as criticas do nosso psicólogo mineiro, que também exagerou. Ocorre que muitas coisas ditas por Pinker têm valor cientifico. Em sendo um charlatão, ele teria copiado essas coisas certas de outros autores. Mas do ponto de vista do pensamento cientifico isso faz alguma diferença quando estamos diante da incumbência de analisar os conceitos? Para a nossa lógica o que importa é o CONCEITO E NÃO A AUTORIA DO CONCEITO, mesmo porque não temos condições de verificar quem foi o autor original de tantos conceitos, exceto quando uma teoria (respeitada ou não, equivocada ou não) foi criada por um único autor como é o caso da Psicanálise de Freud. Porém mesmo neste caso precisamos ter o cuidado de levar em conta que alguns dos conceitos da psicanálise podem ter sido inspirados por alguns filósofos como Nietzche e Shoppenhauer. Um equivoco generalizado que ocorre em relação à psicanálise é que muitos de seus criticos desconhecem a evolução pela qual a criação de Freud passou nos últimos 100 anos. Uma sessão de boa psicanálise do século XXI é muito diferente do que Freud fazia.

Mtnos Calil

Ps. Para editar o artigo abaixo tive dedicar um bom tempo. Seria muito mais simples meramente informar o link. No entanto, alguém disse que fazendo isso eu estava "abusando". Só se for de mim mesmo.

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Da Série "Charlatões Intelectuais": Parte 1 - Steven Pinker
11 de abril de 2012
Por Pedro Sampaio, psicólogo clinico de Belo Horizonte, MG
http://pedro-sampaio.blogspot.com.br/2012/04/da-serie-charlatoes-intelectuais-parte.html
Charlatões e papagaios
 
Charlatão é aquele que procura ludibriar outrem, ou seja, enganar, distorcer para favorecer-se ou oferecer algo como se fosse vantajoso quando na verdade não o é.  Um charlatão intelectual é alguém que distorce os fatos, manipula dados, recorta citações, utiliza falácias lógicas, tudo de modo a favorecer o ponto que pretende defender. Um charlatão intelectual talvez seja ainda mais perigoso que um charlatão ordinário, já que pode travestir o que pretende defender de ciência, munindo-se do prestígio desta (e até de sua autoridade ou de autores respeitados) para ludibriar, correndo o risco de persuadir não apenas a população de um modo geral, mas o próprio meio acadêmico e científico.
 
Isso ocorre porque, embora o meio acadêmico e científico procure estratégias para minimizar isso, a grande maioria da massa acadêmica e científica é composta pelo que chamo de papagaios intelectuais. Há as autoridades, os formadores de opinião, que são pouquíssimos, e uma multidão de papagaios para ecoar o que ouvem as autoridades dizerem.
 
 
É algo delicado. Em certa medida, todos estamos susceptíveis a sermos, em algum momento, ludibriados por autoridades. Vamos supor que lemos incessantemente figuras que temos como autoridades da área dizendo que Louis Vitalle (nome fictício, só para exemplificar) foi um filósofo do século XIX que defendeu a escravidão, argumentando com base em Maquiavel que “os fins justificam os meios”. E que, ainda em nossa suposição, Vitalle foi superado quando Peter Bowen (idem) demonstrou a inconsistência deste argumento, e vemos até que muitas destas autoridades procuram esmiuçar melhor o argumento de Bowen e criticar o de Vitalle. É bastante possível que quando falarem de Vitalle conosco, associemo-lo com essas idéias e até que se perguntarem sobre ele, digamos que ele defendia isso, ainda complementando com nossa própria opinião, dizendo que Vitalle defende uma bobagem.
 
Mas o legítimo papagaio acadêmico é aquele que não apenas faz isso, como é capaz de escrever textos e artigos em cima de um possível espantalho do argumento de Vitalle (já que ele nunca o leu) e até mesmo um livro com o título “O Vitalleísmo na sociedade contemporânea: como idéias ultrapassadas mantêm o preconceito”.  É aquele que mesmo diante de alguém que estudou e conhece Vitalle e aponta que essa opinião é equivocada, trazendo trechos que demonstram o oposto e convocando-o a ler o autor, persiste no erro por orgulho (compromisso maior com seu ego do que com o conhecimento) ou por confiança cega nas autoridades (um problema que já levantei mais de uma vez aqui no blog).
 
Cansado do charlatanismo e da papagaiada que o sustenta, decidi escrever esta série de textos que visa esclarecer alguns equívocos e, por que não dizer na lata, mentiras muito difundidas. Confesso que tenho uma esperança um tanto ilusória de que cada texto seja suficiente para encerrar a questão de que tratarei e não precisarei mais ficar repetindoad nauseam as mesmas coisas, mas se eles pelo menos esclarecerem algumas pessoas, for útil a outras e me poupar esforços em debates futuros, ele já terá cumprido sua função.
 
 
Parte 1 – Steven Pinker 
 
Steven Pinker é um cientista cognitivo estadunidense e talvez seja o psicólogo mais famoso do mundo atualmente, já tendo figurado em listas como “As 100 pessoas mais influentes do mundo” da TIMES e cujos livros são best-sellers – especialmente se levarmos em conta como normalmente vendem pouco livros de psicologia e divulgação científica. Ele não é tão conhecido por alunos de Psicologia no Brasil, mas isso porque por aqui estudamos mais história da psicologia do que o que de fato vem acontecendo na área mundo afora.
 
Ele já tinha alguma fama, mais ou menos local, mas virou pop star mesmo quando Richard Dawkins começou a divulgá-lo e o próprio Pinker tornou-se um dos principais representantes das críticas à religiosidade (e teórico de explicações naturalistas da religiosidade) dentro da Psicologia.  Ateus, principalmente os leigos em Psicologia, começaram a tomá-lo como autoridade da área e divulgar bastante seus trabalhos. Isso também por que Pinker se diz um psicólogo evolucionista e a Psicologia Evolucionista também começou a ser bem quista e bem divulgada por este grupo, por, aparentemente, ser aquela linha da psicologia que leva em consideração a teoria da evolução pela seleção natural, de Darwin. E a seleção natural é algo bem estabelecido, elegante e querido por cerca de 11 em cada 10 ateus.
 
Os dois principais livros de Pinker são Como a mente funciona (1996) e Tábula rasa (2002), dois trambolhos de mais de 700 páginas cada um, nos quais Pinker apresenta dados de pesquisas, conjecturas, o cerne de uma abordagem evolucionista da mente e críticas às demais linhas teóricas da Psicologia. Seu nêmesis: o behaviorismo. São dezenas de referências ao behaviorismo e a autores behavioristas nesses dois livros. O Tábula rasa, em especial, é sustentado na idéia de que, quando se trata de comportamento humano, há uma “negação da natureza humana” por parte de muitos, incluindo acadêmicos e escolas teóricas inteiras. Como Locke, essas pessoas e escolas estariam, ao jogarem para escanteio a genética e a seleção natural, afirmando que o ser humano vem ao mundo como uma tábula rasa, sem nada “inscrito” nele, e que tudo que observamos é adquirido ao longo de sua vida. Os behavioristas seriam, supostamente, os maiores defensores dessa idéia.
 
 
Como a mente funciona
 
“Como a Mente Funciona” (1996) foi o primeiro livro bem vendido de Pinker. Nele, o pop star cognitivista se engaja na ousada tarefa de explicar, duh, como a mente funciona – como entrega o título. Claro, o autor é o primeiro a admitir que seja uma tarefa hercúlea e talvez impossível, já que não há tanto consenso na área e muito ainda está sendo estudado, mas aponta seus estudos prediletos como promissores para este empreendimento.
 
Assim, começa a delimitar, de maneira explícita e implícita, aqueles estudos e abordagens que seriam a via régia para uma psicologia científica que procura desvendar o homem, e aqueles ultrapassados estudos e abordagens que seriam os inimigos do conhecimento na psicologia, que têm freado os nobres desbravadores que ousam tentar descobrir como a mente funciona. E do começo ao fim de seu livro ele procura alocar o behaviorismo nesse segundo grupo:
 
“A velha teoria do estímulo e resposta da escola behaviorista afirmava que crenças e desejos não tinham relação alguma com o comportamento – de fato, que eram tão não científicos quanto uma lenda folclórica ou a magia negra. (...) Como observou o célebre behaviorista B.F. Skinner: ‘A questão não é se as máquinas pensam, mas se os homens pensam’.”
            Obviamente, homens e mulheres pensam; a teoria do estímulo-resposta revelou-se errada. Por que Sally saiu correndo do prédio? Por que acreditava que ele estava pegando fogo, e ela não queria morrer.” (Pinker, 1996/1998,p.73)

 
Ao ler este trecho, qualquer pessoa minimamente familiarizada com o behaviorismo já se dará conta de que hercúlea mesmo talvez seja a tarefa que estou empreendendo aqui. Afinal, cada frase deste trecho contém tantos, mas tantos erros, que se dar ao trabalho de refutar um livro inteiro repletos destes é aquele tipo de tarefa em que somos vencidos pelo cansaço antes mesmo de começarmos.  Por sorte, Pinker não apenas comete uma enormidade de erros, mas também os repete muito, o que me permite refutar apenas uma vez pontos que aparecem repetidamente.
 
No trecho acima, portanto, já podemos observar algumas desonestidades e desconhecimentos. Para começar, tachar a idéia que pretende refutar de “velha” já é um estratagema erístico  para conduzir o leitor a ver com maus olhos a teoria, pois já insinua como definitivo e aprioristico de que ela é ultrapassada. O que não precisamos ter pudor em dizer que era sua intenção, já que logo a frente diz que a teoria “revelou-se errada”, tomando, o que deveria ser uma conclusão, como uma petição de princípio.
 
Se formos generosos com Pinker, podemos tentar argüir que ele chama de velha é apenas a teoria estímulo-resposta do behaviorismo, teoria que, de fato, caiu em desuso (desconheço behavioristas watsonianos, mas corrijam-me se eu estiver errado). Hoje, e já há mais de meio século, a modalidade de behaviorismo a qual os behavioristas contemporâneos têm como referência é o chamado behaviorismoradical, de Skinner, que não é “estímulo-resposta”. Mas fica difícil ceder isso a Pinker quando ele mesmo, logo em seguida, coloca Skinner neste mesmo balaio, tomando-o como referência desta concepção “velha” e “errada”. E, claro, pelo fato de que esse erro é repetido algumas vezes no livro:
 
“Skinner e outros behavioristas asseveraram que toda conversa sobre eventos mentais era especulação estéril; somente as conexões estímulo-resposta poderiam ser estudadas no laboratório e no campo. Exatamente o oposto revelou-se verdadeiro.” (p.95)
 
Isso começa a sinalizar um equívoco que está colocando sua cabecinha para fora nesse trecho, mas que vai se repetir muitas vezes mais a frente: confundir “teoria do estímulo e resposta” com behaviorismo, confundir behaviorismo com behaviorismo radical, confundir “teoria do estímulo e resposta” com paradigma operante (de Skinner) e generalizar “behaviorismo”, sendo que existem várias modalidades deste. Isso é um erro primário, que qualquer pessoa minimamente preocupada em ler algo a respeito do que vai criticar antes de escrever sobre descobriria logo nas primeiras leituras. Mas temos evidências de que Pinker saiba disso, mas que mesmo assim deliberadamente manipula os termos de modo a induzir o leitor leigo ao erro, como demonstrarei mais contundentemente ao longo do texto.
 
Pois bem, essa confusão e generalização é um erro, pois era Watson quem propunha o estudo do comportamento através de esquemas de estímulo e resposta, sendo uma proposta reconhecida comomecanicista, já que envolve apenas uma relação mecânica: um estímulo que elicia uma resposta. Já o Behaviorismo Radical trabalha com relações funcionais, numa proposta que envolve um contexto que produz uma determinada resposta, que, por sua vez, tem uma conseqüência. Esta conseqüência, por seu turno, influencia a probabilidade futura de uma resposta similar num contexto similar. Uma conseqüência que aumente a probabilidade de o organismo voltar a emitir aquela resposta em contextos similares é chamada dereforçadora; uma consequência que diminua essa mesma probabilidade é chamada de punitiva. Em suma, é uma noção de causalidade formulada em termos de relações funcionais entre eventos, o que é um modo de afastar-se de posturas mecanicistas.
 
Dado que já há quase um século a modalidade de behaviorismo que é adotada mundo afora é o behaviorismo radical, quando eu me referir a behaviorismo ao longo deste texto, estarei falando do behaviorismo radical, também para entrar em consonância com o autor, que evidencia estar atacando este, apesar de falar apenas “behaviorismo”.
 
Em seguida, ainda no mesmo trecho (da página 73, supracitado), Pinker diz que o behaviorismo rejeita crenças e desejos, que estes nada teriam a ver com o comportamento. Isso também é distorcer os fatos em prol do ponto que pretende consolidar. O que o behaviorismo rejeita é que as explicações dos comportamentos cessem no que chamamos de “desejos” e “crenças”. Este é o cerne da crítica behaviorista ao mentalismo: não que o behaviorismo acredite que não existem aqueles processos que chamamos de “mentais”, como o pensar, sentir, querer, a consciência e outros, mas rejeita-os como entidade, como agentes e como causa suficiente para a explicação do comportamento humano. Dizer que Sally saiu correndo do prédio “Por que acreditava que ele estava pegando fogo, e ela não queria morrer” não é explicar o comportamento, mesmo que a própria Sally o explique assim.  É circular: por que Sally saiu correndo do prédio? Por que ela acreditava que ele estava pegando fogo e não queria morrer. Por que você acha que a Sally acreditava que o prédio estava pegando fogo e ela não queria morrer? Por que ela saiu correndo do prédio. E assim ad infinitum.
 
Uma boa explicação científica é aquela que melhor permite prever e controlar o fenômeno, coisa que as explicações mentalistas não são boas. A explicação behaviorista para Sally ter saído correndo do prédio infelizmente será mais complexa do que “porque ela quis assim” do cognitivismo popular de Pinker. Mas eis o demérito de muitas explicações científicas: muitas vezes elas requerem maior esforço e investigação do pesquisador. De maneira semelhante, explicar a origem da vida de maneira convincente para um leigo absoluto, exigirá mais atenção do que uma explicação como “porque Deus quis assim”. Assim, podemos especular que Sally saiu correndo do prédio talvez por razões filogenéticas (se é que há algo como uma resposta inata de fuga diante de muito fogo) somadas à sua história de vida, que inclui suas experiências aversivas com fogo; sua aprendizagem de que ele queima (ela não precisa ter sido queimada, podem ter ensinado isso a ela); de que, em caso de incêndio, deve sair correndo; de talvez ter visto filmes, programas, documentários, lido livros, em que tomou conhecimento de que se ficar dentro de um prédio em chamas, morrerá queimada; etc. Pessoas que não passaram por essas ocasiões, não irão simplesmentequerer , brotar um desejo, de sair correndo do prédio. E se uma pessoa é insistentemente ensinada que, em caso de incêndio, ela deve se esconder debaixo da cama, aconteça o que acontecer, dizer que ela, diante do incêndio, se escondeu debaixo da cama “por que teve vontade” é uma pseudo-explicação, insuficiente e que negligencia importantes questões na explicação do comportamento.
 
É claro que existe isso  que chamamos de desejos e crenças, mas eles também têm uma causa e um behaviorista acredita que compreender a causa destes é uma explicação melhor para o comportamento, pois permite que você compreenda, preveja e altere o comportamento de maneira mais eficaz.
 
Sobre o behaviorismo ver crenças e desejos como algo não-científico, isso parece um espantalho do que disse Watson, “pai” da modalidade de behaviorismo citada mais acima, aquela que de fato caiu em desuso. O que ele diz é que crenças, desejos, pensamentos e até sentimentos são difíceis de estudar, por não permitirem observação consensual de múltiplos pesquisadores, e que a Psicologia deveria parar de privilegiar a introspecção como método e focar-se nos comportamentos observáveis. Isso coloca Watson com um raciocínio próximo de algumas modalidades de positivismo. Mas o que nos diz respeito é que isso não fala muito sobre os demais behaviorismos, em especial o skinneriano (behaviorismo radical), já que esta não é, absolutamente, a posição de Skinner. Skinner chama as crenças, desejos, pensamentos, emoções, e demais eventos geralmente chamados de “mentais”, deeventos privados. Privados, pois apenas uma pessoa, a princípio, tem acesso a eles: o próprio sujeito que pensa, deseja, etc. E os eventos privados não apenas são considerados como têm uma centralidade na teoria skinneriana:
 
"Na medida em que o comportamento verbal começa a ser estudado, amplia-se a abrangência deste fazer, de forma a incorporar todos os níveis da ação humana; os eventos privados, a moral, o pensamento, a consciência, a alienação e a própria ciência, que é compreendida como uma forma de comportamento (...). O estudo do comportamento verbal permite propor eventos privados como pertencentes ao seu objeto de estudo, o que afasta Skinner de posturas metodológicas que defendem a necessidade de observação direta como condição de tomar um objeto como passível de ser estudado pela ciência, uma vez que ela permitiria um consenso público." (Michelleto, 2001, p.41)
 
Mas não satisfeito em desinformar a respeito do behaviorismo, Pinker fecha seu parágrafo com uma suposta citação de Skinner, que endossaria seu ponto de que os behavioristas ignorariam pensamentos e outras atividades não-diretamente-observáveis: “Como observou o célebre behaviorista B.F. Skinner: “A questão não é se as máquinas pensam, mas se os homens pensam”(p.73).
 
Não é em vão que Pinker não traz referência alguma da citação: vai que alguém procura! Eu mesmo procurei bastante e não achei referência a não serem as que remetem ao próprio Pinker e outros já haviam tentado procurar e não acharam (Carvalho-Neto, 2001). Mas meu amigo Ramon Cardinali se lembrava de ter lido algo semelhante e conseguiu achar a fonte: "Mas a questão real não é se as máquinas pensam, mas sim se os homens pensam. O mistério que envolve uma máquina pensante já envolve o homem pensante." (Skinner, 1969/1984, p.387-388) Mas ao ler o contexto no qual a frase aparece, fica evidente a razão pela qual Pinker omite a referência. Skinner não estava dizendo ou insinuando que os homens não pensam, como o autor tenta nos convencer: “Obviamente, homens e mulheres pensam; a teoria do estímulo-resposta revelou-se errada.” Tentando não apenas dar como enterrada a teoria que pretende criticar como também dizendo que ela acreditava que os homens e mulheres não pensam, o que é um absurdo e uma mentira muito distante da realidade. Skinner disse isso enquanto debatia sobre inteligência artificial e procurava atentar para a importância de se definir melhor, operacionalizar melhor, o que entendemos por “pensar” antes de dizer que as máquinas pensam.
 
Um defensor do psicólogo evolucionista poderia dizer que é difícil afirmar que Pinker deliberadamente omitiu a referência para prestidigitar o leitor, mas que pode ter ouvido alguém atribuir essa fala a Skinner e colocou em seu livro. Pois, caro defensor, isso não melhora em nada a situação do psicólogo. Ouvir numa mesa de bar, no corredor de uma universidade ou seja onde for  que alguém disse algo e utilizar isso em seu livro sem se preocupar em verificar a fonte, a veracidadedaquilo, tomando como fato um boato informal, já é de uma desonestidade intelectual, de um descompromisso com a verdadeímpar. É evidência de que se trata de um profissional que não está interessado em construir conhecimento, mas apenas em construir uma próspera carreira para si.
E, infelizmente, tem sido bem sucedido nisso.
 
Tá na boa, né Pinker?
 
Concluindo seu raciocínio, Pinker procura demonstrar por que Skinner estaria errado, dando um exemplo de explicação de um comportamento: “Por que Sally saiu correndo do prédio? Por que acreditava que ele estava pegando fogo, e ela não queria morrer.”
 
A maioria dos psicólogos e até mesmo estudantes de Psicologia pensarão que Pinker está brincando ou debochando do behaviorismo, talvez insinuando que até pseudo-explicações como essa, pra lá de senso comum e ineficaz, seriam melhores que as behavioristas. Mas não, ele está falando sério. Steven Pinker é adepto da psicologia intuitiva ou psicologia popular (folk psychology) como capaz de fornecer as melhores explicações psicológicas que dispomos, como ele mesmo esclarece e repete várias vezes em seu livro:
 
“No nosso dia-a-dia, todos nós predizemos e explicamos o comportamento de outras pessoas com base no que achamos que elas sabem e no que achamos que elas desejam. Crenças e desejos são as ferramentas explicativas de nossa psicologia intuitiva, e a psicologia intuitiva ainda é a mais útil e mais completa ciência do comportamento que existe. Para predizer a grande maioria dos atos humanos – ir até a geladeira, subir no ônibus, pegar a carteira – você não precisa labutar num modelo matemático, simular uma rede neural no computador nem procurar um psicólogo profissional; basta perguntar à sua avó.” (Pinker, 1996/1998, p.74-75)
 
Esse pensamento de Pinker parece ser influência do filósofo Daniel Dennett, uma das personalidades mais citadas pelo psicólogo. Tratarei de Dennett com o devido esmero em breve (a parte 2 da presente série será dedicada a ele), mas podemos adiantar que o filósofo dedicou-se a tecer argumentos em defesa da psicologia intuitiva como ferramenta para compreender e prever o comportamento alheio. Podemos ver esboços do pensamento do filósofo mais claramente no trecho a seguir, onde Pinker aproveita para novamente criticar o behaviorismo:
 
E agora chegamos ao modo como a mente conhece outras mentes. Somos todos psicólogos. Analisamos mentes não só para acompanhar as tramas das novelas na televisão mas para entender as mais simples ações humanas. O psicólogo Simon  Baron-Cohen defende esse argumento com uma história.  Mary entrou no quarto, andou lá dentro e saiu. Como você explica isso? Talvez você diga que Mary estava procurando algo que desejava encontrar e pensou que aquilo se encontrava no quarto. Talvez  você diga que Mary ouviu alguma coisa no quarto e quis saber o que fez aquele barulho. Ou talvez diga que Mary esqueceu aonde estava indo; talvez,  na verdade, ela pretendesse ir para o andar de baixo. Mas você com certeza não diria que Mary faz exatamente isso todos os dias nessa hora: ela entra no quarto, anda lá dentro e depois sai. Não seria naturalexplicar o comportamento humano na linguagem de tempo, distância e massa dos físicos e, além disso, seria errado; se você voltasse no dia seguinte para testar a hipótese, ela seguramente seria refutada. Nossa mente explica o comportamento das outras pessoas segundo as crenças e desejos que elas têm, pois o comportamento das outras pessoas, de fato é causado por suas crenças e desejos. Os behavioristas estavam enganados, e todo mundo intuitivamente sabe disso.” (IBID, p.349)
 
Pinker tem razão ao dizer que todos nós, em alguma medida, “analisamos mentes”, ou seja, tentamos entender por que fulano fez o que fez e pressupomos um mundo privado nas pessoas, que elas são capazes de pensar, sentir, refletir, têm consciência, assim como nós. Dois termos que se tornaram populares falam disso: pressupor que as outras pessoas têm esse rico mundo privado é chamado de teoria da mente e pressupor que façam algo com alguma intenção se chamapostura intencional.
 
Mas isso não faz de alguém um psicólogo mais do que observar e se indagar sobre os céus faz de alguém um astrônomo. Pinker, inclusive, ao dizer que o behaviorismo está errado porque as pessoas tendem a explicar o comportamento alheio a partir de suas crenças e desejos e que “todo mundo intuitivamente sabe disso”, lança um argumento similar a alguém que, em uma comunidade que venera a lua como uma deusa, diz que “as pessoas explicam os movimentos nos céus através das brigas dos deuses. Os astrônomos estavam enganados, e todo mundo intuitivamente sabe disso”. O seu argumentum ad populumnão é uma justificativa ou boa explicação, mas simplesmente mais uma falácia lógica.
 
E novamente constrói um espantalho do behaviorismo ao insinuar que uma explicação behaviorista envolveria Mary fazer exatamente aquilo todos os dias naquela hora e, portanto, uma observação casual de que isso não ocorre seria suficiente para fazer ruir o behaviorismo. E nesse momento, Skinner, com algumas medalhas como a National Medal of Science (1968) e American Psychological Association Citation for Outstanding Lifetime Contribution to Psychology (1991) no pescoço, se revira no caixão. Aliás, é tanta bobagem que sai das mãos do autor, que se Skinner ainda não se ergueu de seu túmulo repetindo “Brains, brains...” deve ser por que não encontraria muito alimento no psicólogo evolucionista.
 
O fato é que a caracterização do behaviorismo por Pinker está muito distante da realidade. Uma visão similar foi perpetuada pelo linguista Noam Chomsky que, ao criticar um livro de Skinner (Chomsky, 1959), sugeriu que a linguagem prova que os behavioristas estão equivocados, já que existem infinitas combinações diferentes dentro da linguagem e que as pessoas não podem ter sido reforçadas em cada variação possível para emiti-las, mas que são capazes de emitir frases que nunca antes construíram, fazer combinações, sem que estas tenham sido reforçadas anteriormente – já que nunca haviam ocorrido. A crítica de Chomsky é tão distante das asserções skinnerianas que o próprio Skinner não quis responde-las (o que considero um erro, como já apontei em outro texto aqui no blog), dizendo simplesmente que o linguista não leu seu livro ou não o entendeu, contando que a crítica inapropriada não valia a resposta e se desvaneceria com o tempo [1]. Claro, o erro de Skinner foi pressupor que a honestidade intelectual prevaleceria, que antes de ecoar as críticas do linguista as pessoas se dariam ao trabalho de ler seu livro e assim veriam o absurdo da crítica por si mesmas. Em suma, seu erro foi ignorar os papagaios intelectuais e seu imenso poder.
 
O cerne do erro tanto de Pinker quanto de Chomsky é o mesmo: para o behaviorismo, você não faz apenas o que já fez anteriormente, tampouco tudo que faz é porque agiu exatamente da mesma forma antes e foi reforçado. O behaviorismo não apenas considera a variabilidade comportamental como ela é central em seu princípio mais fundamental: a seleção por consequências. A seleção por consequências é um análogo da seleção natural. Enquanto nesta última ocorrem variações genéticas que são selecionadas ou não de acordo com as consequências que produzem, na seleção por consequências são variações comportamentais que são selecionadas de acordo com as consequências que produzem. As variações ocorrem porque é impossível ser exatamente o mesmo contexto, a resposta ser completamente idêntica, ou produzir uma consequência idêntica, já que o estímulo nunca será o mesmo, o organismo que responde já não será exatamente o mesmo, aquilo não ocorrerá no mesmo espaço-tempo de outrora, etc. Assim, variações comportamentais são selecionadas ou não, modeladas ou não. Fora isso, uma pessoa também pode aprender algo por modelação (viu alguém fazendo) ou por que alguém a instruiu verbalmente a fazer.
 
Remetendo ao exemplo que Pinker dá, “Mary entrou no quarto, andou lá dentro e saiu” é simplesmente pouca informação pra explicar de maneira satisfatória esse comportamento. Mary pode ter entrado no quarto por n motivos, que ficariam mais claros se tivéssemos mais informações sobre o contexto no qual Mary ali entrou. Nem por isso as explicações senso-comum de Pinker são melhores, da mesma forma que se disser que uma estrela surgiu no céu porque alguém faleceu, não vai ser uma explicação melhor do que a do astrônomo que precisará de mais informações para explicar o fenômeno (afinal, pode ter se formado uma estrela, ou pode ter sido só uma nuvem que saiu do caminho, ou uma supernova que aumentou seu brilho antes da estrela falecer, ou outrora havia um buraco negro equidistante do caminho da luz da estrela até nós, entre outros).
 
É curioso também que essa crítica de Pinker, de que “Não seria naturalexplicar o comportamento humano na linguagem de tempo, distância e massa dos físicos” (coisa que o behaviorismo não faz – e não sei os demais behavioristas, mas eu ao menos não o faço porque não somos capazes. Não tenho problema nenhum com isso, dane-se ele não achar “natural” e eu acharia o máximo se tivéssemos recursos e conhecimentos para explicar dessa forma. Mas tergiverso...), seja um tanto contraditória com outra que faz anteriormente, ainda no mesmo livro:



“O próprio Skinner não asseverou obstinadamente que estímulos mensuráveis como comprimentos de onda e formas prediziam o comportamento. Em vez disso, ele definiu os estímulos segundo suas próprias intuições. Satisfez-se plenamente considerando o “perigo” – assim como o “elogio”, o “inglês” e a “beleza” – uma espécie de estímulo. Isso tinha a vantagem de manter sua teoria condizente com a realidade, mas era a vantagem do roubo em relação ao trabalho honesto.Entendemos o que significa um mecanismo responder a uma luz vermelha ou a um ruído alto – podemos até produzir um que faça isso – mas os humanos são os únicos mecanismos do universo que reagem ao perigo, ao elogio, ao inglês e à beleza.” (p.74)
 
Pois é, né?
Mas então, Pinker, não há desonestidade nenhuma nisso (e que ironia ele acusar alguém de desonestidade, não?). Não reagimos ao elogio, ao inglês e à beleza magicamente, mas todos esses são um conjunto de estímulos que rotulamos de determinada maneira (“perigo”, “elogio”, etc.), estímulos estes que eliciam uma resposta no organismo – do contrário não reagiríamos a eles. Se eliciarem respostas no organismo, por que não chama-los de estímulo? Mas Skinner se preocupou com isso. Para não acharem que por estímulo ele estava se referindo apenas a uma única coisa que elicia uma resposta, passou a usar cada vez menos a palavra “estímulo” e cada vez mais a palavra “contexto”.

Por fim, não somos os únicos a reagirem ao perigo, elogio, inglês ou beleza. Temos computadores diversos que conseguem responder diferencialmente a isso e já conseguimos até treinar pombos a ser uma espécie de críticos de arte.

Vou acelerar essa bagaça porque isso já está grande demais e o principal de suas críticas nesse livro já foi coberto. Ele repete algumas vezes o que aqui já foi comentado e todas as vezes em que cita Skinner ou o behaviorismo comete algum equívoco. Por exemplo, na página 125 diz que o behaviorismo é uma versão do associacionismo.  Não é. Ao contrário do que propõe o associacionismo, o behaviorismo não acredita nem que toda relação que os seres humanos estabeleçam entre eventos têm de estar temporalmente próximos, nem que todo conhecimento provenha da experiência.
 
E nas páginas 408 e 409 discorre sobre como os behavioristas estão errados porque nem todo medo é aprendido e existe alguns medos que não podem ser aprendidos, como ter medo de coisas “neutras”, como binóculos, martelos ou carros. Só que o behaviorismo nunca afirmou que todo medo é aprendido e, com relação à afirmação de que é impossível adquirir medo de coisas “neutras”, Pinker não traz nenhuma evidência para a sua afirmação e... bem, acho que um bom número de psicólogos, especialmente aqueles que lidam com transtornos de ansiedade e fobias, já devem ter encontrado pacientes com medo de carros. Eu já. Assim como já tive clientes que respondiam com pavor diante de coisas como “boné”, “vermelho”, “motos”, “jaqueta de couro” e outros. Se existem alguns medos que não podem ser aprendidos, é uma coisa interessante a ser testada, mas mesmo se existirem, isso não iria contra o que afirma o behaviorismo. Porque parece que Pinker simplesmente é incapaz de assimilar que o behaviorismo não acha que tudo é aprendido.
O que nos leva ao segundo livro...
 
Tabula Rasa
O livro é centrado em um argumento negativo: combater a ideia da tabula rasa, que supostamente ainda está muito presente no senso comum e na ciência contemporânea. Para isso, Pinker se propõe a atacar aqueles que defendem a tabula rasa e trazer explicações alternativas para os fenômenos. Há um misto de dados de pesquisas interessantes com uma continuidade do que já havia feito no livro anterior, uma interpretação a La psicologia popular, a ponto de Patrick Bateson, renomado biólogo, ter escrito em sua resenha sobre este livro, publicada na Science, que “asserções de botequim não levam à discussão balanceada que deveria ser gerada por um tópico tão importante quanto esse” (Bateson, 2002) [2]. O próprio Bateson também questiona a tese central do livro, se há de fato essa negação da filogenética, apontando que o psicólogo passa quase todo o livro atacando caricaturas que ele mesmo construiu.
 
Ainda mais do que em seu livro anterior, Pinker abusa de adjetivos, falácias e faz diversas afirmações sem citar fontes ou trazer evidências que as sustentem. Repete muitos dos erros cometidos no livro analisado acima, como novamente dizer que o behaviorismo segue o associacionismo de Locke (p.40), que os behavioristas ignoram tudo que é subjetivo e só se preocupam com o comportamento manifesto (p.40, p.41), entre outros, provando que manteve sua aversão ao estudo nos anos seguintes ao livro anterior. E desta vez é extremamente raivoso em seu ataque ao behaviorismo e em especial a Skinner, comparando estes a torturadores (p.236), a stalinistas (p.237), chama Skinner de “maoista” (p.337) e outros.
 
O que o psicólogo evolucionista tenta fazer é pintar os behavioristas como aqueles que querem manipular o ser humano, controlá-lo como autômatos, propor uma uniformidade entre as pessoas e até instaurar o comunismo (!?!??). De onde Pinker tira isso, só ele sabe, já que nunca traz referências. É extremamente irônica essa associação, já que Skinner é ainda mais frequentemente acusado de ser um típico representante do capitalismo e do pensamento estadunidense (Cruz, 2010).
 
Seja como for, o behaviorismo tem um papel importante em seu livro, por ser, supostamente, o maior representante da tabula rasa. Para quem não sabe o que isso quer dizer e está até agora boiando quando uso a expressão, “tabula rasa” foi um termo utilizado por Locke em seu “Ensaio Sobre o Entendimento Humano” (1690) para exemplificar de onde vem o conhecimento humano. Ele disse que nós chegamos ao mundo como uma tabula rasa e nela vão tendo inscrições ao longo do tempo, ou seja, que tudo que sabemos, aprendemos ao longo de nossa vida. A preocupação de Pinker é que existiriam esses defensores da tabula rasa na ciência contemporânea, que procuram negar a genética e o evolucionismo.
 
"Os behavioristas acreditavam que o comportamento podia ser compreendido independentemente do resto da biologia, sem atentar para a constituição genética do animal ou para a história evolutiva da espécie. A psicologia passava a consistir no estudo do aprendizado em animais de laboratório.B.F. Skinner (1904-90), o mais célebre psicólogo de meados do século XX, escreveu um livro intitulado The behavior of organisms ["O comportamento dos organismos", sem tradução em português], no qual os únicos  organismos eram ratos e pombos e o único comportamento era pressionar uma alavanca e bicar uma tecla. Foi preciso uma visita ao circo para lembrar os psicólogos de que as espécies e seus instintos tinham importância, sim. Em artigo intitulado "The misbehavior of organisms" ["O mau comportamento dos organismos", sem tradução em português], Keller e Marian Breland, alunos de Skinner,  relataram que quando tentaram usar as técnicas do mestre para treinar animais a inserir fichas de pôquer em máquinas automáticas, as galinhas bicaram as fichas, os guaxinins urinaram nelas e os porcos tentaram enterrá-las com o focinho. E  os behavioristas eram tão hostis com o cérebro quanto com a genética. Já em 1974, Skinner escreveu que estudar o cérebro  era só mais uma busca equivocada das causas do comportamento no organismo, em vez de no mundo exterior. " (Pinker, 2002/2004, p.41-42)
 
Vamos por partes.
 
Para começar, os behavioristas não acreditam que o comportamento pode ser “compreendido independentemente do resto da biologia”. É, na verdade, frequentemente o extremo oposto:
 
“Num primeiro momento, Skinner toma como modelo as ciências físicas e as transformações que ela enfrentava. Em sua obra mais madura, ele passa a operar com o modelo biológico, mais especificamente o fornecido pela teoria da evolução por seleção natural. Skinner, em 1938, defende que seu livro Behavior of Organism está voltado para uma análise do comportamento orientada por um sistema do qual a físico-química é um exemplo (Skinner, 1938/1966, PP. 434-435). Na década de 70, insere sua ciência no ramo da Biologia (Skinner, 1973ª/1978; 1974)."  (Michelleto, 2001, p.35)
 
Tampouco nega a genética, que para os behavioristas tem um papel importante na Psicologia, permitindo compreender aspectos fundamentais do comportamento e traçando potenciais e limites da intervenção do psicólogo. Nas palavras de Skinner:
 
“Para que haja comportamento é necessário um organismo que se comporte, e este organismo é produto de um processo genético. (...)  o conhecimento do fator genético nos capacita a fazer melhor uso de outras causas. Se soubermos que um indivíduo tem certas limitações inerentes, poderemos usar mais inteligentemente nossas técnicas de controle, mas não podemos alterar o fator genético.” (Skinner, 1953, p.23)
 
Mais absurdo ainda – se é que tem como – é a afirmação de que se negligencia a evolução pela seleção natural.  Skinner não apenas respalda a teoria da evolução e seleção natural, como que ela tem um papel central em suas principais obras (Skinner 1949; 1953; 1974; 1987; 1990), sempre pressupondo que o organismo que ele analisava e teorizava a respeito de seu comportamento era fruto do processo de evolução das espécies pela seleção natural. Mais do que isso, “Skinner busca na seleção natural os princípios que orientam sua concepção de objeto” (Michelleto, 2001, p.42), até que “gradualmente estes princípios se estendem à própria noção de causalidade” (IBID).
 
Skinner chega mesmo a considerar uma abordagem científica do comportamento humano como uma continuidade do trabalho de Darwin:
 
“No começo do século XIX, já era bem conhecido o fato de as espécies terem sofrido mudanças progressivas no sentido de formas mais adaptáveis. Estavam-se desenvolvendo ou amadurecendo e uma melhor adaptação ao meio ambiente sugeria uma espécie de propósito. Não se tratava de saber se ocorriam ou não mudanças evolutivas, e sim o porquê delas. Tanto Lamarck quanto Buffon recorriam ao propósito supostamente mostrado pelo indivíduo ao adaptar-se ao seu ambiente – propósito que, de alguma forma, se transmitia às espécies. Coube a Darwin descobrir a ação seletiva do ambiente, assim como cabe a nós completar o desenvolvimento da ciência do comportamento com uma análise da ação seletiva do meio." (Skinner, 1974, p.60-61)
 
É falsa também a afirmativa de que “A psicologia passava a consistir no estudo do aprendizado em animais de laboratório”, já que o cerne dos estudos behavioristas é, obviamente, o comportamento humano. Pinker deveria ter feito uma visita ao maior periódico de análise do comportamento do mundo, com quase 50 anos de atividade e com todos seus textos disponíveis online. Convido para que façam uma coleta de quantos experimentos ali são com animais não-humanos:http://seab.envmed.rochester.edu/jaba/
 
O que justifica um behaviorista realizar experimentos com animais não-humanos é justamente a crença de que não há uma ruptura abrupta entre o ser humano e os demais animais (continuidade entre espécies), de modo que, embora não sejamos de modo algum idênticos aos demais animais, os princípios básicos que controlam o comportamento, tanto do ser humano quanto dos demais animais, são os mesmos. Então, da mesma forma que um fisiologista poderia demonstrar os princípios básicos do funcionamento do organismo humano através da dissecação de outro animal – demonstrando os músculos lisos, a medula espinhal, as conseqüências de um dano ao córtex, o funcionamento de órgãos internos, etc – um behaviorista poderia demonstrar os princípios básicos do comportamento humano através de experimentos com ratos.
 
Em nenhum dos casos, tanto do fisiologista quanto do behaviorista, acredita-se que o ser humano seja idêntico aos demais animais, mas que tenha um funcionamento básico similar. As diferenças teriam de ser devidamente consideradas, da mesma forma que um fisiologista provavelmente não seria prudente ao ensinar o funcionamento do cérebro humano a partir do de uma rã, um behaviorista tem de fazer muitas considerações a respeito de características especificamente humanas e levá-las em consideração em sua análise. Como aponta Skinner, “dizer que o comportamento nada mais é do que uma resposta a estímulos constitui uma ultra-simplificação. Dizer que as pessoas são exatamente como os ratos ou os pombos é uma ingenuidade.” (Skinner, 1974, p.195)

Isso por si só já responde a crítica de Pinker ao “O Comportamento dos Organismos”, o primeiro livro de Skinner, publicado em 1938, logo após defender seu doutorado, e que nem de perto reflete a ciência que apenas mais tarde Skinner sistematizaria. Mesmo assim, Pinker erra feio novamente, pois, ao contrário do que diz, não há um experimento sequer com pombos em todo o livro – e desafio qualquer defensor do psicólogo a achar. O que já nos mostra que nem se deu ao trabalho de ler o livro que critica... Para piorar, parece ignorar solenemente o que Skinner ressalta logo no começo do livro:
 
“No sentido mais amplo, uma ciência do comportamento deve estar preocupada com todos os tipos de organismos, mas é sensato limitar-se, ao menos no começo, a um único exemplo representativo. Devido a uma certa antropocentricidade de interesses estamos inclinados a escolher um organismo que seja tanto similar ao homem quanto conveniente em termos de experimentação e controle.” (Skinner, 1938, p.47)
 
Seguindo ainda o mesmo trecho do Tabula Rasa, ele cita o “The Misbehavior of Organisms”, do casal Breland, como se fosse um “cala a boca” em Skinner. Nada poderia estar mais distante da realidade, tanto que eles continuaram behavioristas até o fim de suas vidas e suas experiências serviram para aperfeiçoar o treinamento de animais que até hoje é usado. Keller e Marian Breland fizeram algo que se Pinker tivesse pesquisado teria achado em abundância: behavioristas tentando delimitar até onde vão questões filogenéticas, até onde vão questões ontogenéticas. Mas, claro, mesmo se tiver achado, já temos bons motivos para acreditar que não publicaria, já que faria ruir a tese central de seu livro.
 
Fechando esse trecho, Pinker diz: “Já em 1974, Skinner escreveu que estudar o cérebro era só mais uma busca equivocada das causas do comportamento no organismo, em vez de no mundo exterior.”. O autor só pode estar se referindo ao único livro de Skinner em 1974, o “Sobre o Behaviorismo”. Procurei e não encontrei nada que sequer lembre o que ele atribui a Skinner. É possível, no entanto, encontrar o exato oposto, já que ao longo de toda sua obra sempre foi ressaltada a importância da fisiologia e neurociências. Ele apenas acreditava que tomar o cérebro como causa dos comportamentos, ao invés da história evolutiva e a história de vida, era uma estratégia ruim de investigação, que negligencia o fato de que o cérebro só tem determinada atividade a partir de um contexto.
 
Mas o psicólogo-evolucionista-“cientista”-cognitivo não se cansa:
 
Quando paramos para pensar, a ideia de uma natureza humana maleável não merece sua reputação de otimismo e enaltecimento. Se merecesse, B.F. Skinner teria sido louvado como um grande humanitário” (p.236)
 
O problema é que foi e não foi pouco. Skinner ganhou diversos prêmios por suas contribuições (algumas já mencionadas), incluindo... Humanista do Ano da American Humanist Society, em 1972. Pois é. Continue, Pinker:
 
“Skinner era defensor ferrenho da tabula rasa e um utopista exaltado.” (IBID)
 
Já explicamos bem esse ponto. Deixemos para o próprio Skinner a honra de jogar a última pá de terra sobre a questão:
 
“Nenhum estudioso do comportamento de boa reputação, jamais defendeu “que o animal chega ao laboratório virtualmente como uma tábula rasa, ou que diferenças entre espécies são insignificantes, e que todas as respostas são igualmente condicionáveis a estímulos.”” (Skinner, 1984, p.303)
 
Obrigado.
Mas continuando no mesmo trecho do Tabula Rasa:
 
“Por que a maioria das pessoas sente repulsa por essa visão? Críticos de Beyond freedom and dignity [Para além da liberdade e da dignidade, na tradução em português], de Skinner, ressaltaram que ninguém duvida da possibilidade de controlar o comportamento; apontar uma arma para a cabeça de alguém ou ameaçar a pessoa de tortura são técnicas tradicionais. Até mesmo o método preferido de Skinner, o condicionamento operante, requeria fazer o organismo passar fome até que seu peso se reduzisse a 80% do que seria com alimentação livre e confiná-lo em uma cela onde os esquemas de reforço fossem cuidadosamente controlados. A questão não é se somos capazes de mudar o comportamento, e sim a que custo.” (p.236-237)
 
É ignorado o fato de que para Skinner, como para a maioria dos filósofos da ciência, controle se refere a qualquer relação entre eventos que de alguma forma se determinam. Se o comportamento humano não brota por geração espontânea, ou seja, se tem uma causa, então ele écontrolado. A proposta de Skinner envolve descrevemos melhor o que controla nossos comportamentos para assim planejarmos para nós mesmos um mundo melhor. Em outras palavras, produzir o que desejamos que seja produzido para nós mesmos.
 
Não satisfeito, Pinker tenta pintar Skinner como um verdadeiro torturador de animais. Mas ele ignora, provavelmente devido à sua falta de erudição acadêmica que insiste em aparecer, o fato de que os animais em seu ambiente natural nunca estão com seu peso total, aquele peso que podem adquirir com continua alimentação (Poling, Nickel, & Alling, 1990). Isso só ocorre em laboratórios e em alguns animais domésticos e reduzir em 20% seu peso não é fazê-los passar fome, mas estabelecer condições mais próximas do ambiente natural.
 
Por fim, Pinker tenta atacar o behaviorismo apelando para a liberdade humana: “Mas não podemos fingir que somos capazes de remodelar o comportamento sem infringir de algum modo a liberdade e a felicidade das outras pessoas. A natureza humana é a razão de não entregarmos nossa liberdade nas mãos dos engenheiros comportamentais.” Entrando em explícita contradição consigo mesmo, inclusive mais à frente neste mesmo livro, como quando critica a ideia de alma e livre-arbítrio:
 
“Não poderíamos esperar reduzir atos malignos instituindo códigos morais e legais, pois um agente livre, flutuando num plano diferente do das setas de causa e efeito, não seria afetado pelos códigos. Moralidade e lei não teriam utilidade. Poderíamos punir um transgressor, mas seria por pura vingança, pois a punição não teria nenhum efeito previsível sobre o comportamento futuro do transgressor ou de outras pessoas cientes da punição.
Por outro lado, se a alma for previsivelmente afetada pela perspectiva de apreço e vergonha ou recompensa e punição, ela não é mais realmente livre, pois é compelida (ao menos probabilisticamente) a respeitar essas possíveis conseqüências. Qualquer coisa que converta padrões de responsabilidade em mudanças na probabilidade de comportamento – como a regra “Se a comunidade pensar que você é um mal-educado por fazer X, não faça X” – pode ser programada em um algoritmo e implementada no hardware neural. A alma é supérflua.” (p.246)

 
Boniiiito, hein? Então quando você quer criticar o behaviorismo existe liberdade, quando quer defender seu ponto, não?
 
Sou obrigado a admitir que dos males esse é o menor. Não dá pra esperar coerência de alguém que, como vimos, inventa fatos, distorce citações, inventa citações, recorta criminosamente trechos para favorecer seu ponto, critica o que não leu (ou leu e tenta enganar seu público), tira ideias da cartola e atribui a seus oponentes, não pesquisa sobre o que afirma, não cita fontes, não traz dados, utiliza uma enormidade de falácias lógicas e faz malabarismos para desinformar seu leitor.
 
Senhoras e senhores, é por tudo isso aqui apresentado que concluo que Steven Pinker é um genuíno charlatão intelectual, com traços de um papagaio intelectual. Um híbrido, um exímio representante da espécie que pretendo continuar denunciando até levá-la próxima à extinção e que fez bastante por merecer o lugar de honra como o precursor dessa série. Palmas pra ele.

Notas:


[1] – Você pode encontrar respostas mais extensa às críticas de Chomsky nos artigos de MacCorquodale [link] e Palmer [link]
 
[2] - Adoraria discorrer sobre por que as ideias e explicações propostas por Pinker são muito ruins, insustentáveis, comparáveis a qualquer ficção a partir de alguns dados que não induzem às suas conclusões. No entanto, isso já ficou enorme para um post de blog e deixarei isso para um outra oportunidade, talvez com uma crítica mais ampla a algumas explicações cognitivistas e evolucionistas.
 
Referências Bibliográficas:
 
BATESON, P. The Corpse of a Wearisome Debate. Science, 297 (27),2212-2213, 2002
 
CARVALHO-NETO, M.B. B. F. Skinner e as explicações mentalistas para o comportamento: uma análise histórico-conceitual (1931-1959). Tese de doutorado, USP, 2001


CHOMSKY, N. Review of B.F. Skinner’s Verbal Behavior. Language, Vol 35. No. 1, 1959
 
CRUZ, R. Possíveis Relações entre o Contexto Histórico e a Recepção do Behaviorismo Radical. Psicologia Ciência e Profissão, 30 (3), 2010
 
HUNZIKER, M.H.L. (2001) O estudo do desamparo aprendido como estratégia de uma ciência histórica/ in Guilhardi, Hélio José, et AL; Sobre Comportamento e Cognição: expondo a variabilidade – Org. Hélio José Guilhardi. 1ª Ed. Santo André, SP: ESETec Editores Associados, 2001. V.7
 
LOCKE, J. Ensaio acerca do Entendimento Humano. São Paulo: Nova Cultural. 1988
 
MICHELLETO, N. Bases filosóficas do behaviorismo radical.  In BANACO, RobertoAlves et al. Sobre Comportamento e Cognição: aspectos teóricos, metodológicos e de formação em análise do comportamento e terapia cognitivista. 1ª edição, Santo André, SP. Editores Associados, 2001
 
PINKER, S. Como a mente funciona – São Paulo, Companhia das Letras, 1998

PINKER, S. Tábula rasa: a negação contemporânea da natureza humana - São Paulo: Companhia das Letras, 2004
 
POLLING, A., Nickel, M., & Alling, K. Free birds aren’t fat: Weight gain in captured wild pigeons maintained under laboratory conditions. Journal of the Experimental Analysis of Behavior, 53, 423-424. 1990
 
SKINNER, B. F.. The behavior of  organisms. New York: Appleton-Century-Crofts. 1938
 
SKINNER, B.F. Para além da Liberdade e da Dignidade. Lisboa: Edições 70, 1974
 
SKINNER, B.F. Seleção por conseqüências.  Revista brasileira de terapia cognitiva e comportamental. Volume IX, 2007
 
SKINNER, B.F. Ciência e comportamento humano. 2ª edição – Editora Universidade de Brasília, 1970
 
SKINNER, B.F. Contingências de reforço: uma análise teórica. 2.ed – São Paulo: Abril Cultural, 1984.
 
SKINNER, B.F. Sobre o behaviorismo/ 10ª edição – São Paulo: Cultrix, 2006
 





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SUBJECT: Re: [ciencialist] Ciência da filosofia X Filosofia da Ciência - 1
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/06/2015 22:43

Ola Jeff,

Não é prima face, é de fato, e ainda é pior, pois além do fim da propriedade privada dos meios de produção, se propõe o fim da propriedade dos bens produzidos, tudo tendo como base a tecnologia, mas sem o fator humano levado em conta. 

Todos, todos os projetos coletivistas para um mundo melhor, sempre venderam o paraíso na terra (Marx vendia, o Anarquismo vendia, etc). O ponto é que não existe ninguem q tenha capacidade cognitiva para projetar uma sociedade na prancheta. Não temos condições de enxergar as consequências sociais e civilizacionais, de um projeto desses. E  mais, trabalham o ser humano como se fossem peças de xadrez, homogêneos e totalmente programáveis, operando como relogios dentro desse projeto.

Uma coisa é falar que devemos usar a razão  para ir resolvendo passo a passo os problemas da humanidade, considerando o próprio ser humano e sua complexidade emocional nesse processo. Outra é, a partir daí, já projetar toda uma mudança e achar que efetivamente irá atingir os fins propostos.

Abs
Felipe

 



Em Segunda-feira, 8 de Junho de 2015 20:06, "Jeff jeff@jeff.com.br [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br> escreveu:


 
> Ola Jeff,
>
> Estou lendo o texto q vc enviou. É Marxismo puro, o mesmo que ja deu
> os
> resultados q sabemos, embelezado com a questão tecnológica com o
> intuito de dizer, depois de 100% de fracasso, q agora vai....
>

Olá Felipe,

Já que está lendo este site, leia A FALÁCIA "PRIMA FACIE" em
http://umanovaformadepensar.com.br/logica_vs_psicologia

Fala sobre comparação com marxismo.

[]s,
Jeff.



SUBJECT: O primeiro passo da administração cientifica da sociedade - 1
FROM: Mtnos Calil <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, <maoslimpasbrasil@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/06/2015 02:11

Ignoti nulla est curatio morbi !

Segundo a TACS – Teoria da Administração Cientifica da Sociedade, o primeiro passo para a implantação de uma metodologia cientifica de governança da sociedade humana consistiria na elaboração de um diagnóstico das doenças sociais que afligem a humanidade desde que ela surgiu na face da terra. Ocorre que os governantes, políticos e administradores da coisa pública sequer consideraram até agora a existência de tais enfermidades!  A patologia da normalidade, um conceito da psicologia atual, na verdade sempre existiu.

Transtornos como o da escravidão  até recentemente foram considerados normais. A escravidão foi abolida mas as guerras não. E além das guerras existem várias outras enfermidades para as quais não se descobriu a cura, pois como diz o ditado latino acima citado, “não há tratamento para doença desconhecida.”

Quando o individuo está doente, ele procura um médico. Mas quando uma sociedade está doente, ela não tem a quem procurar, só lhe restando viver e sobreviver com suas doenças. A mais grave das causas das tragédias  pode ser assim resumida: os governantes não governam para o conjunto da sociedade privilegiando a si mesmos e a seus associados e patrocinadores.

Esse transtorno  costuma ser interpretado de uma forma reducionista, atribuindo-se aos sistemas econômicos a causa de todos os males sociais. Será então que causa exclusiva da escravidão na Grécia antiga cujos governantes e filósofos construíram as bases da civilização moderna era o sistema econômico?

A escravidão acabou mas a pobreza e a miséria não! 

E todas as mudanças e aperfeiçoamentos de nossos sistemas econômicos desenvolvidos ao longo de mais de dois mil anos não foram suficientes para curar essa grave enfermidade.

Existe hoje cerca de um bilhão de famintos e sub-nutridos no planeta enquanto algumas empresas dispõem de trilhões de dólares para investirem na produção mas preferem obter lucros imediatos com a especulação financeira

A elaboração de um diagnóstico cientifico dos problemas sociais requer uma visão multidisciplinar, através da qual a economia seja considerada apenas parte de uma síndrome, sendo outra parte constituída por transtornos biológicos e psicológicos. 

A economia tem tido mais destaque nos diagnósticos porque ela é a parte mais visível da síndrome. Mais visível e mensurável, porque tem no dinheiro; a referência básica. Uma boa tática para a TACS seria imaginar o que seria da humanidade se o dinheiro fosse extinto. Esse tipo de hipótese imaginária costuma ser utilizado na ciência. Como Einstein disse, a imaginação é mais importante que o conhecimento. (Peço licença para fazer essa ressalva: às vezes e ad referendum do conhecimento). 

(continua)

Mtnos Calil

Ps. A humanidade está passando por um processo de enlouquecimento (esquizofrenia social) que só poderá ser curado (ou controlado) a partir do momento em que tenha a sua existência reconhecida. 



SUBJECT: BuchaPet versão 3.0
FROM: Tipoalgo <tipoalgo@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/06/2015 15:28

Olá a todos,

faltou uma bucha, não deixe seu serviço pela metade, faça uma BuchaPet 3.0 e resolva o seu problema:

Muito boa para forro de gesso!

Abraços Tipoalgo.


SUBJECT: Re: [ciencialist] BuchaPet versão 3.0
FROM: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/06/2015 15:45

Excelente!! Parabéns!! Muito criativo!

*BW*



Em Terça-feira, 16 de Junho de 2015 15:28, "Tipoalgo tipoalgo@gmail.com [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br> escreveu:


 
Olá a todos,

faltou uma bucha, não deixe seu serviço pela metade, faça uma BuchaPet 3.0 e resolva o seu problema:

Muito boa para forro de gesso!

Abraços Tipoalgo.




SUBJECT: Re: [ciencialist] BuchaPet versão 3.0
FROM: Tipoalgo <tipoalgo@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/06/2015 16:23

Obrigado Mestre Belmiro.
As BuchasPet só não têm a beleza dos vossos quadros, rsrsrs.
Abraços Tipoalgo.


2015-06-16 15:45 GMT-03:00 Belmiro Wolski belmirow@yahoo.com.br [ciencialist] <ciencialist@yahoogrupos.com.br>:
 

Excelente!! Parabéns!! Muito criativo!

*BW*



Em Terça-feira, 16 de Junho de 2015 15:28, "Tipoalgo tipoalgo@gmail.com [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br> escreveu:


 
Olá a todos,

faltou uma bucha, não deixe seu serviço pela metade, faça uma BuchaPet 3.0 e resolva o seu problema:

Muito boa para forro de gesso!

Abraços Tipoalgo.





SUBJECT: Re: [ciencialist] Ciência da filosofia X Filosofia da Ciência - 1
FROM: Jeff <jeff@jeff.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/06/2015 21:49

Em 2015-06-15 22:43, luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br
[ciencialist]
escreveu:

> Ola Jeff,
>

Olá Luiz,

> Não é prima face, é de fato, e ainda é pior, pois além do fim da
> propriedade privada dos meios de produção, se propõe o fim da
> propriedade dos bens produzidos,

Se propõe o acesso universal a todos os bens e serviços da melhor
qualidade possível, compartilhados ou não. Mas é claro que quanto mais
compartilhamento mais sustentável e mais recursos teremos pra fazermos
mais (mantendo o "equilíbrio dinâmico" de acordo com a "capacidade de
carga" da Terra). Poderíamos investir recursos na fabricação dos
melhores carros para quem os quisessem, pois recursos naturais e
capacidade de produção não faltariam, mas numa cultura com valores
sustentáveis, que portanto valoriza o compartilhamento, a eficiência,
com uma economia de abundância, onde "statis" não faria sentido, onde
muito menos carros autônomos poderiam ser compartilhados estando sempre
disponíveis a todos no local e na hora em que se precisar, onde
entende-se que a economia dos recursos para a fabricação de bilhões de
carros individuais subutilizados possibilitaria a construção de redes de
transportes coletivos "de ficção científica" muito mais sustentáveis,
etc, não faria sentido querer ter um carro privado. Mas escovas de dente
provavelmente não seriam compartilhadas... :)

> tudo tendo como base a tecnologia, mas
> sem o fator humano levado em conta.

http://umanovaformadepensar.com.br/estilo_de_vida


>
> Todos, todos os projetos coletivistas para um mundo melhor, sempre
> venderam o paraíso na terra (Marx vendia, o Anarquismo vendia, etc).

Olha a generalização precipitada... Não estamos "vendendo o paraíso na
terra", no sentido de uma sociedade perfeita, mas realmente pareceria um
paraíso em relação as nossas sociedade atuais... :)


> O ponto é que não existe ninguem q tenha capacidade cognitiva para
> projetar uma sociedade na prancheta.

Mas não estamos falando de um projeto fixo, pelo contrário, evoluiria
constantemente, e nem seria desenvolvido por "alguém", como já tentei
explicar...


> Não temos condições de enxergar as consequências sociais e
> civilizacionais,
> de um projeto desses.

Como já disse, não pretendemos prever o futuro, mas apontar um caminho
possível muito melhor, porque promove a sustentabilidade social e
ambiental, com um altíssimo padrão de vida e liberdade para todos, e
muito mais confiável, pelo o uso do método científico pra se chegar a
conclusões, em vez de se tomar decisões baseadas em opiniões pessoais,
em filosofia...


> E mais, trabalham o ser humano como se fossem peças de xadrez,
> homogêneos e totalmente programáveis, operando como relogios dentro
> desse projeto.

Não, mais uma vez, não falamos em "programar" as pessoas, mas em mudar
o ambiente, já tentei explicar que não é necessário "homogenizar" as
pessoas... "Programar" e "homogenizar" as pessoas é exatamente o que
acontece hoje aqui, com propaganda, marketing, e todo tipo de
manipulação... "você precisa disso aqui", "a moda agora é essa", "faça
isso e aquilo para ser feliz"...

Bom, parece que essa discussão já tá ficando meio circular, e o povo
aqui já deve estar de saco cheio desse assunto, então, caso interessar,
todas estas suas questões são respondidas nos materiais que eu passei e
tem muito mais na Internet.

[]s,
Jeff.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Ciência da filosofia X Filosofia da Ciência - 1
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/06/2015 09:58

Quer continuar em pvt ?

Nesse material não tem respostas. Temos retórica, que são totalmente refrutáveis.

Abs
Felipe



Em Terça-feira, 16 de Junho de 2015 21:49, "Jeff jeff@jeff.com.br [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br> escreveu:


 
Em 2015-06-15 22:43, luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br
[ciencialist]
escreveu:

> Ola Jeff,
>

Olá Luiz,

> Não é prima face, é de fato, e ainda é pior, pois além do fim da
> propriedade privada dos meios de produção, se propõe o fim da
> propriedade dos bens produzidos,

Se propõe o acesso universal a todos os bens e serviços da melhor
qualidade possível, compartilhados ou não. Mas é claro que quanto mais
compartilhamento mais sustentável e mais recursos teremos pra fazermos
mais (mantendo o "equilíbrio dinâmico" de acordo com a "capacidade de
carga" da Terra). Poderíamos investir recursos na fabricação dos
melhores carros para quem os quisessem, pois recursos naturais e
capacidade de produção não faltariam, mas numa cultura com valores
sustentáveis, que portanto valoriza o compartilhamento, a eficiência,
com uma economia de abundância, onde "statis" não faria sentido, onde
muito menos carros autônomos poderiam ser compartilhados estando sempre
disponíveis a todos no local e na hora em que se precisar, onde
entende-se que a economia dos recursos para a fabricação de bilhões de
carros individuais subutilizados possibilitaria a construção de redes de
transportes coletivos "de ficção científica" muito mais sustentáveis,
etc, não faria sentido querer ter um carro privado. Mas escovas de dente
provavelmente não seriam compartilhadas... :)

> tudo tendo como base a tecnologia, mas
> sem o fator humano levado em conta.

http://umanovaformadepensar.com.br/estilo_de_vida

>
> Todos, todos os projetos coletivistas para um mundo melhor, sempre
> venderam o paraíso na terra (Marx vendia, o Anarquismo vendia, etc).

Olha a generalização precipitada... Não estamos "vendendo o paraíso na
terra", no sentido de uma sociedade perfeita, mas realmente pareceria um
paraíso em relação as nossas sociedade atuais... :)

> O ponto é que não existe ninguem q tenha capacidade cognitiva para
> projetar uma sociedade na prancheta.

Mas não estamos falando de um projeto fixo, pelo contrário, evoluiria
constantemente, e nem seria desenvolvido por "alguém", como já tentei
explicar...

> Não temos condições de enxergar as consequências sociais e
> civilizacionais,
> de um projeto desses.

Como já disse, não pretendemos prever o futuro, mas apontar um caminho
possível muito melhor, porque promove a sustentabilidade social e
ambiental, com um altíssimo padrão de vida e liberdade para todos, e
muito mais confiável, pelo o uso do método científico pra se chegar a
conclusões, em vez de se tomar decisões baseadas em opiniões pessoais,
em filosofia...

> E mais, trabalham o ser humano como se fossem peças de xadrez,
> homogêneos e totalmente programáveis, operando como relogios dentro
> desse projeto.

Não, mais uma vez, não falamos em "programar" as pessoas, mas em mudar
o ambiente, já tentei explicar que não é necessário "homogenizar" as
pessoas... "Programar" e "homogenizar" as pessoas é exatamente o que
acontece hoje aqui, com propaganda, marketing, e todo tipo de
manipulação... "você precisa disso aqui", "a moda agora é essa", "faça
isso e aquilo para ser feliz"...

Bom, parece que essa discussão já tá ficando meio circular, e o povo
aqui já deve estar de saco cheio desse assunto, então, caso interessar,
todas estas suas questões são respondidas nos materiais que eu passei e
tem muito mais na Internet.

[]s,
Jeff.



SUBJECT: SIMULAÇÕES EM FÍSICA.
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/06/2015 16:29

Olá,

Eis um site especializado em simulações – aplets – de basicamente tudo em física. Em todos os níveis.

 

Quem for curioso e estiver querendo saber como certas coisas funcionam na Natureza, esta é uma boa pedida.

 

Estou vendo os de astronomia. Para o estudante, é mão na roda. Mas tem para todos os gostos e interesses.

 

De grátis.

 

http://www.opensourcephysics.org/search/browse.cfm?browse=gsss

 

Sds,

Victor.


SUBJECT: Re: [ciencialist] SIMULAÇÕES EM FÍSICA.
FROM: Marcelo C Pinto <mpinto2009@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/06/2015 09:57

Ótima dica. Obrigado.

Marcelo C Pinto

quarta-feira, 17 de junho de 2015 16:29
 

Olá,

Eis um site especializado em simulações – aplets – de basicamente tudo em física. Em todos os níveis.

 

Quem for curioso e estiver querendo saber como certas coisas funcionam na Natureza, esta é uma boa pedida.

 

Estou vendo os de astronomia. Para o estudante, é mão na roda. Mas tem para todos os gostos e interesses.

 

De grátis.

 

http://www.opensourcephysics.org/search/browse.cfm?browse=gsss

 

Sds,

Victor.



SUBJECT: Re: [ciencialist]Re: Administraç ão cientifica da sociedade humana
FROM: roberto.takata@bol.com.br
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/06/2015 08:39

---Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, <luizfelipecsrj@...> escreveu:
> Eu realmente não participei dessas discussões, e somente agora estou 
> estudando realmente o tema, e tenho oscilado entre critico e defensor.
> Então, para mim, esse debate é relevante. Se preferir, podemos continuar 
> a debater em pvt, se não quiser de jeito algum, ok tb.

Vc pode buscar no histórico da lista.


> Com relação a definição de ação afirmativa, o próprio Sterba propõe uma 
> definição, para então debater em seu artigo. Ora, se o conceito fosse tão 
> bem definido, não fosse um conceito elástico, não haveria necessidade 
> dele chamar atenção a isso.

Não. Sterba mostra que a definição usada por Sowell não faz sentido. É uma definição que *não* é usada nos programas de ações afirmativas. Aí ele apresente uma definição que *é* usada nos programas de ações afirmativas.

> Vc se esqueceu de mencionar a India, Singapura e os próprios EUA, que 
> compõe o grupo de países estudados.

Não. Eu só copiei um trecho pra mostrar como a seleção de Sowell é problemática a ponto de invalidar sua comparação com a situação dos EUA.

Mas Sterba fala também sobre a Índia:
"In India, particularly in the states of Assam and Maharashtra, native political majorities have enacted preferences for themselves over outsiders who had outperformed them in the marketplace or in examinations for college admissions or government jobs (pp. 39-46). These preferential actions have also been accompanied by violent outbursts between the contending parties."

"Given the history of affirmative action in these countries, it is difficult to
generalize from its practice there to the practice of affirmative action in the
United States. Nevertheless, Sowell does try to make the different practices
look similar."

E mesmo a análise do caso dos EUA é falha por parte de Sowell.

"The incompleteness of Sowel's history of affirmative action in the United States makes affirmative action look more widespread than it is (because Sowell ignores the legal and practical limits that have been placed on affirmative action) and less justified than it is (because he also ignores the legal justification for diversity affirmative action being developed in U.S. courts). Not surprisingly, this incompleteness of Sowell's history of affirmative action in the United States is paralleled by his failure to adequately consider the legal and moral justifications for each of the different forms of affirmative action captured by our definition.To complete Sowell's study,we need to adequately consider each of these forms of affirmative action."

[]s,

Roberto Takata

SUBJECT: Re: [ciencialist] Ciência da filosofia X Filosofia da Ciência - 1
FROM: Jeff <jeff@jeff.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/06/2015 19:15

Em 2015-06-17 09:58, luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br
[ciencialist]
escreveu:

> Quer continuar em pvt ?
>
> Nesse material não tem respostas.

Você já leu as quatrocentas páginas, cheias de referências, e não
encontrou as respostas? Se não, pode baixar uma versão em PDF aqui, em
formato de livro: http://www.jeff.com.br/umanovaformadepensar.pdf

>
> Temos retórica, que são totalmente
> refrutáveis.
>

E cadê a refutação? Bater em espantalhos criados por prima facie,
generalização precipitada, falsa dicotomia, com um "combo" de falácias,
não vale... :). Estou esperando uma refutação há anos, mas até hoje só
vi por aí falácias, achismos, mau entendimento da proposta, falta de
conhecimento científico e tecnológico, e até uma defesa quase religiosa
do sistema social atual.

[]s,
Jeff.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Ciência da filosofia X Filosofia da Ciência - 1
FROM: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/06/2015 19:43

Jeff>>>"E cadê a refutação? Bater em espantalhos criados por prima facie, 
generalização precipitada, falsa dicotomia, com um "combo" de falácias, 
não vale... :). Estou esperando uma refutação há anos, mas até hoje só 
vi por aí falácias, achismos, mau entendimento da proposta, falta de 
conhecimento científico e tecnológico, e até uma defesa quase religiosa 
do sistema social atual."

Mas, refutar o que?? A proposta é tão infantil que não há nem há como discutir seriamente.Quando se lineariza o comportamento humano desta forma tão cartesiana, esquecendo da complexidade do relacionamento humano, das diferenças de caráter e tanta coisa mais, dá a impressão que os defensores desse projeto vivem em outra dimensão. Que não conhecem a realidade humana. Quem disse que os males da sociedade são devidos à má distribuição de bens, alimentos, etc? A coisa é bem mais complicada. Mas não vou mais perder meu tempo com essas besteiras. Desculpe se fui grosso. É que acabei de tomar uma caipirinha muito da boa!

*BW*



Em Sexta-feira, 19 de Junho de 2015 19:15, "Jeff jeff@jeff.com.br [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br> escreveu:


 
Em 2015-06-17 09:58, luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br
[ciencialist]
escreveu:

> Quer continuar em pvt ?
>
> Nesse material não tem respostas.

Você já leu as quatrocentas páginas, cheias de referências, e não
encontrou as respostas? Se não, pode baixar uma versão em PDF aqui, em
formato de livro: http://www.jeff.com.br/umanovaformadepensar.pdf

>
> Temos retórica, que são totalmente
> refrutáveis.
>

E cadê a refutação? Bater em espantalhos criados por prima facie,
generalização precipitada, falsa dicotomia, com um "combo" de falácias,
não vale... :). Estou esperando uma refutação há anos, mas até hoje só
vi por aí falácias, achismos, mau entendimento da proposta, falta de
conhecimento científico e tecnológico, e até uma defesa quase religiosa
do sistema social atual.

[]s,
Jeff.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Ciência da filosofia X Filosofia da Ciência - 1
FROM: Jeff <jeff@jeff.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/06/2015 21:13

>
> Quando se lineariza o comportamento humano desta
> forma tão cartesiana, esquecendo da complexidade do relacionamento
> humano, das diferenças de caráter e tanta coisa mais, dá a impressão
> que os defensores desse projeto vivem em outra dimensão. Que não
> conhecem a realidade humana.

Você conhece? Já estudou alguma coisa das ciências do assunto? Me
parece que não, mas, se interessar, tem muitas referências no livro que
eu mandei. Os defensores deste projeto fazem isso. O fundador do Projeto
Venus faz isso há muitas décadas.

> Quem disse que os males da sociedade são
> devidos à má distribuição de bens, alimentos, etc? A coisa é bem
> mais complicada.

Sim, a coisa é bem complicada, e por isso é muito difícil expor numa
discussão, mas se você estudar o assunto vai entender que a raiz dos
maiores males da sociedade é o sistema social, que está obsoleto diante
das possibilidades atuais. O maior problema agora são os nossos valores
atuais predominantes, que não são naturais como acham, até porque
variam, vem da cultura do sistema social, mas as coisas já estão
mudando, conforme a ciência e a tecnologia avançam, que aumentam muito
as possibilidades e a nossa consciência, principalmente a consciência da
sustentabilidade.

> Mas não vou mais perder meu tempo com essas besteiras.
> Desculpe se fui grosso. É que acabei de tomar uma caipirinha muito da
> boa!

Eu também não vou perder mais tempo com esse assunto aqui. Achei que
aqui encontraria pessoas mais "mente aberta", mais capazes de pensar
"fora da caixa", mas o condicionamento mental é realmente poderoso
(umanovaformadepensar.com.br/logica_vs_psicologia).

[]s,
Jeff.


SUBJECT: Administração cientifica da sociedade humana: o Movimento Zeitgeist - MZ
FROM: Mtnos Calil <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/06/2015 21:49

Olá Jeff. 

 

Eu dei um passeio por alguns trechos do caminho traçado pelas 400 págs. do Zeigeist que achei interessantes.  Penso que TODOS OS MOVIMENTOS E TODAS AS PESSOAS QUE ESTÃO PROPONDO a aplicação da metodologia cientifica no gerenciamento da sociedade devem merecer  a atenção e o respeito de todos os cientistas. Seria inclusive um bom começo para eles saíram de suas torres de marfim, de física e de matemática.

 

Consultei o nosso triturador lógico e ele me disse que está disposto a triturar todas as 400 págs. E para provar que ele está disposto mesmo a fazer isso, enviou esta pequena amostra, comentando os objetivos do MZ que ele pescou aqui: 


http://www.umanovaformadepensar.com.br/tornando_se_o_movimento_zeitgeist


Abraços

Mtnos Calil 

TACS - Teoria de administração cientifica da sociedade. 


=========================================================

 

MZ - O foco principal do movimento inclui o reconhecimento de que a maioria dos problemas sociais que afligem a espécie humana, neste momento, não são resultado apenas de alguma corrupção institucional, escassez absoluta, de uma esperteza política, uma falha da "natureza humana" ou outras suposições comumente apresentadas de causalidade. Em vez disso, o movimento reconhece que questões como pobreza, corrupção, poluição, falta de moradia, guerra, fome e similares parecem ser "sintomas" nascidos de uma estrutura social ultrapassada.

 

TL - O "em vez disso” não cabe aqui. Pelo contrário: a corrupção e outros transtornos citados são sintomas da estrutura social ultrapassada. Além disso o uso do verbo “parecer” sinaliza falta de firmeza.

 

MZ - Enquanto medidas de reforma intermediárias e apoio temporário a comunidades são de interesse do movimento, o objetivo definido é a instalação de um novo modelo sócio-econômico baseado na gestão de recursos tecnicamente responsável, alocação e design através do que seria considerado o método científico de resolução de problemas e alcançar soluções otimizadas.

 

TL –  Essas medidas de reforma “intermediárias” devem estar vinculadas aos objetivos do MZ. Portanto aqui também não cabe o termo “enquanto”.

 

MZ - Esta "Economia Baseada em Recursos/Lei Natural" (EBRLN) é sobre a adoção de uma abordagem técnica direta para a gestão social, em oposição a uma monetária ou mesmo política.

 

TL –

a) Esta economia “é sobre” a adoção de uma abordagem...”?

b) A abordagem técnica direta (ou seja, cientifica) SE OPÕE  a uma gestão monetária ou mesmo política? Ao invés de se opor não deveria transformar, visto que a economia e a política vão continuar em cartaz.

 

MZ - Trata-se de atualizar o funcionamento da sociedade com os métodos conhecidos mais avançados e comprovados, deixando para trás as consequências nefastas e limitando as inibições que são geradas pelo nosso atual sistema de trocas monetárias, lucro, negócios e outras questões estruturais e motivacionais.

 

TL – Estes métodos conhecidos e comprovados foram testados na sociedade?

Está faltando clareza e objetividade nesta elaboração dos objetivos do MZ

 

MZ - O movimento é fiel a uma linha de pensamento, não a personalidades ou instituições. A tese defendida é que através do uso de pesquisas socialmente orientadas e de compreensões testadas em ciência e tecnologia, estamos agora em condições de chegar, logicamente, em aplicações sociais que poderiam ser profundamente mais eficazes na satisfação das necessidades da população humana, aumentando a saúde pública.

 

TL –

 

a) O objetivo do MZ  restringe à área de saúde pública?

 

b) O resto deste trecho está muito vago.

 

MZ -  Há pouca razão para assumir que a guerra, a pobreza, a maioria dos crimes e muitos outros efeitos comuns de nosso modelo atual, baseado em escassez criada monetariamente, não possam ser resolvidos, com o tempo.

 

TL – Com o tempo? Que tempo? Mil anos?

 

MZ - A gama de ativismo e de campanhas de conscientização do movimento se estendem do curto ao longo prazo, com procedimentos baseados explicitamente em métodos não violentos de comunicação.

 

TL – Procedimentos baseados em métodos de comunicação? A comunicação tem por objetivo não embasar procedimentos e apenas DIVULGAR.

 

AFINAL QUAIS SÃO OS OBJETIVOS DESTE MOVIMENTO?

E AS ESTRATÉGIAS PARA ATINGIR OS OBJETIVOS?

 

 ====================================================



On Sex 19/06/15 19:15 , "Jeff jeff@jeff.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 

Em 2015-06-17 09:58, luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br
[ciencialist]
escreveu:

> Quer continuar em pvt ?
>
> Nesse material não tem respostas.

Você já leu as quatrocentas páginas, cheias de referências, e não
encontrou as respostas? Se não, pode baixar uma versão em PDF aqui, em
formato de livro: http://www.jeff.com.br/umanovaformadepensar.pdf

>
> Temos retórica, que são totalmente
> refrutáveis.
>

E cadê a refutação? Bater em espantalhos criados por prima facie,
generalização precipitada, falsa dicotomia, com um "combo" de falácias,
não vale... :). Estou esperando uma refutação há anos, mas até hoje só
vi por aí falácias, achismos, mau entendimento da proposta, falta de
conhecimento científico e tecnológico, e até uma defesa quase religiosa
do sistema social atual.

[]s,
Jeff.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Administração cientifica da sociedade humana: o Movimento Zeitgeist - MZ
FROM: Jeff <jeff@jeff.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/06/2015 11:52

Em 2015-06-19 21:49, Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]
escreveu:

>
> b) A abordagem técnica direta (ou seja, cientifica) SE OPÕE a uma
> gestão monetária ou mesmo política? Ao invés de se opor não deveria
> transformar, visto que a economia e a política vão continuar em
> cartaz.
>

A ideia é tirá-los de cartaz, substituí-los por outros sistemas mais
inteligentes, eficientes, sustentáveis, por uma EBRLN administrada
cientificamente.

A questão do Jacque Fresco foi: o que a humanidade poderia fazer se
resolvesse se unir, declarar a Terra como patrimônio comum de todos (o
que é muito justo, pois ninguém pediu pra nascer, muito menos pra nascer
pobre, e ninguém mereceu nascer rico), e usar todos os recursos do
planeta diretamente (sem uma economia de mercado no meio, ineficiente,
contraproducente, destrutiva, insustentável e hoje desnecessária) que
seriam administrados por todos, com educação científica e tecnologia,
fazendo o uso do método científico (em vez de política e poder
econômico), pensando na Terra como um sistema, que inclui humanos e
todas as outras espécies, com suas naturezas, para CONCLUIRMOS como
devem ser usados para produzirmos o maior padrão de vida humano possível
e sustentável para todos, tendo como limites apenas os da natureza. A
resposta, depois de muitas décadas de pesquisas, foi que o padrão de
vida de todo mundo poderia ser muito maior do que o "de rico" de hoje, e
melhorando a cada dia.

Teríamos todos educação científica e um alto padrão de vida, sem
desigualdade econômica. "Só" isso elimina os problemas relacionados a
falta de educação, a pobreza, resolvendo muitos problemas de saúde
pública, de segurança, diminuindo drasticamente a violência, problemas
emocionais, sentimentos nocivos, melhorando portanto MUITO o bem estar
físico e mental e o relacionamento entre as pessoas. Isso deveria ser
até meio óbvio pra quem pelo menos lê os jornais e consegue pensar "fora
da caixa", mas também existem muitas pesquisas e estudos que corroboram
isso.

Mas, não é só apenas isso, a tecnologia atual também pode libertar as
pessoas do trabalho forçado, libertando as pessoas para buscarem lazer,
seus próprios interesses, auto-realização "espiritual".

Como que num mundo deste a QUALIDADE DE VIDA humana, física e mental, e
o relacionamento entre as pessoas, não pode ser, no mínimo, muitíssimo
melhor do que no mundo de hoje?

Bom, não vou falar mais sobre este assunto aqui nesta lista, que,
apesar de ser de ciências, parecem não apreciar a possibilidade de uma
administração científica da sociedade. Talvez porque alteraria
completamente o nosso modo de vida, no qual as pessoas se apegam, pois
nascem e são criadas numa cultura, com suas tradições e valores, que
também condicionam suas mentes, ficando difícil aceitar e até mesmo
pensar e em algo diferente, por mais óbvio que seja. Tipo religião:
mesmo parecendo absurda a ideia da existência de um homem invisível
superpoderoso que criou e controla tudo no universo, as pessoas ficam
apegadas na ideia, porque foram criadas com esta, e muitas nem conseguem
imaginar um universo onde ele simplesmente não exista.

Mas tudo bem, quando tiver algum dúvida de Física em apareço! :)

[]s,
Jeff.


SUBJECT: Re: [ciencialist]Administração cientifica da sociedade humana: o Movimento Zeitgeist - MZ
FROM: Mtnos Calil <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/06/2015 15:55

Bem Jeff... você propôs a discussão e depois desistiu?
Se queixou de um interlocutor que não leu o texto que você recomendou e quando alguém se dispõe a fazer isso desiste alegando que o tema da administração cientifica da sociedade não interessa ao grupo? Shii... a D. Lógica se sentiu muito arranhada.


A minha proposta é a aplicação da ciência na vida humana tendo como premissas a saúde fisica e mental. Podemos até falar em saúde social. 


Antes de mais nada, devemos portanto, estabelecer os CONCEITOS FUNDAMENTAIS que balizam (ou balisam?) essa administração cientifica da sociedade. No texto divulgado pelo MZ a respeito da missão do movimento, como já foi observado, não foi feita de forma clara, lógica e compreensível a definição do que chamaram de "foco". 


A PRECISÃO NA COMUNICAÇÃO é premissa básica (elementar mesmo) da administração cientifica da sociedade - realmente cientifica e não especulativa, embora provavelmente utópica. Pode-se sim criar um sistema bem lógico e utópico, desde que, porém, os fundamentos e teorias sejam formulados de forma clara. Podemos então distinguir duas categorias de utopia: as providas e as desprovidas de justificativas lógicas consistentes – e não meramente formais ou aristotélicas.


É com este espírito de precisão que vou ler as suas considerações finais sobre o tema. A ciência é uma atividade intelectual e empírica,  dialética, complexa, sujeita permanentemente a revisões e aperfeiçoamentos sendo alimentada pela imaginação que é governada pelo conhecimento. Einstein errou quando disse que a imaginação é mais importante que o conhecimento. Nada pode ser mais importante para a vida do homem do que o conhecimento. A imaginação serve de combustível para o conhecimento. É um dos ingredientes essenciais do conhecimento, assim como a lógica.


De minha parte, eu já havia decidido que meu FOCO neste grupo será a TACS - Teoria da administração cientifica da sociedade, a qual tem como ferramentas o sistema LPC - Lógica e precisão na comunicação e a TBHR – Teoria do Bom Humor Radical. Ocorre que o homem é um ser que se distingue de tudo que existe (até agora conhecido) no universo, pela linguagem que é um instrumento da sua comunicação. E do ponto de vista social, o elemento chave das relações humanas (e sociais) é a comunicação. E o objetivo da vida se resume no prazer e na alegria de viver, cujo pré-requisito é o bom humor.


No caso da ciência qualquer teoria deve buscar a precisão na sua formulação e na análise criteriosa dos testes a que seja submetida. 
Eu não imaginava que existia mais gente neste mundo propondo essa administração cientifica da sociedade. E quando encontro essa agulha no palheiro, eis que ela deslisa fugidiamente entre as palhas.

Mas justiça seja feita – antes de fugir a agulha procedeu a uma importante costura fazendo uso de uma fiação que desconhecíamos – o MZ.

Passo a palavra para o nosso Triturador Lógico, o TL... ah.. agora entendi porque a agulha se escondeu nas palhas: ela não quer ser triturada!

Nesta cor vai a primeira parte do debate e nesta a segunda, que é continuação da primeira.

 

MZ - O foco principal do movimento inclui o reconhecimento de que a maioria dos problemas sociais que afligem a espécie humana, neste momento, não são resultado apenas de alguma corrupção institucional, escassez absoluta, de uma esperteza política, uma falha da "natureza humana" ou outras suposições comumente apresentadas de causalidade. Em vez disso, o movimento reconhece que questões como pobreza, corrupção, poluição, falta de moradia, guerra, fome e similares parecem ser "sintomas" nascidos de uma estrutura social ultrapassada.

 

TL - O "em vez disso” não cabe aqui. Pelo contrário: a corrupção e outros transtornos citados são sintomas da estrutura social ultrapassada. Além disso o uso do verbo “parecer” sinaliza falta de firmeza.

 

MZ – Não respondeu

 

MZ - Enquanto medidas de reforma intermediárias e apoio temporário a comunidades são de interesse do movimento, o objetivo definido é a instalação de um novo modelo sócio-econômico baseado na gestão de recursos tecnicamente responsável, alocação e design através do que seria considerado o método científico de resolução de problemas e alcançar soluções otimizadas.

 

TL –  Essas medidas de reforma “intermediárias” devem estar vinculadas aos objetivos do MZ. Portanto aqui também não cabe o termo “enquanto”.

 

MZ - Esta "Economia Baseada em Recursos/Lei Natural" (EBRLN) é sobre a adoção de uma abordagem técnica direta para a gestão social, em oposição a uma monetária ou mesmo política.

 

TL –

a) Esta economia “é sobre” a adoção de uma abordagem...”?

 

MZ – não respondeu

b) A abordagem técnica direta (ou seja, cientifica) SE OPÕE  a uma gestão monetária ou mesmo política? Ao invés de se opor não deveria transformar, visto que a economia e a política vão continuar em cartaz.

 

MZ - V. resposta abaixo – foi o único item ao qual MZ respondeu.

 

MZ - Trata-se de atualizar o funcionamento da sociedade com os métodos conhecidos mais avançados e comprovados, deixando para trás as consequências nefastas e limitando as inibições que são geradas pelo nosso atual sistema de trocas monetárias, lucro, negócios e outras questões estruturais e motivacionais.

 

TL – Estes métodos conhecidos e comprovados foram testados na sociedade? Está faltando clareza e objetividade nesta elaboração dos objetivos do MZ

 

MZ – Não respondeu.

 

MZ - O movimento é fiel a uma linha de pensamento, não a personalidades ou instituições. A tese defendida é que através do uso de pesquisas socialmente orientadas e de compreensões testadas em ciência e tecnologia, estamos agora em condições de chegar, logicamente, em aplicações sociais que poderiam ser profundamente mais eficazes na satisfação das necessidades da população humana, aumentando a saúde pública.

 

TL –

 

a) O objetivo do MZ  restringe à área de saúde pública?

 

b) O resto deste trecho está muito vago.

 

MZ – Não respondeu

 

MZ -  Há pouca razão para assumir que a guerra, a pobreza, a maioria dos crimes e muitos outros efeitos comuns de nosso modelo atual, baseado em escassez criada monetariamente, não possam ser resolvidos, com o tempo.

 

TL – Com o tempo? Que tempo? Mil anos?

 

 MZ – Não respondeu

 

MZ - A gama de ativismo e de campanhas de conscientização do movimento se estendem do curto ao longo prazo, com procedimentos baseados explicitamente em métodos não violentos de comunicação.

 

TL – Procedimentos baseados em métodos de comunicação? A comunicação tem por objetivo não embasar procedimentos e apenas DIVULGAR.

MZ – Não respondeu

 

Segue agora nesta cor a única questão levantada por TL da 2ª. parte do debate respondida por MZ, com a réplica de TL

 

                                                              

TL - b) A abordagem técnica direta (ou seja, cientifica) SE OPÕE a uma gestão monetária ou mesmo política? Ao invés de se opor não deveria transformar, visto que a economia e a política vão continuar em cartaz?

A ideia é tirá-los de cartaz, substituí-los por outros sistemas mais  inteligentes, eficientes, sustentáveis, por uma EBRLN administrada  cientificamente.

 

TL – Wonderful! Vamos ver então  quais são sistemas e em que eles se distinguiriam das propostas de Thomas Morus ( ou Moro?) apresentadas em seu livro “Utopia”.  

 

MZ - A questão do Jacque Fresco foi: o que a humanidade poderia fazer se  resolvesse se unir, declarar a Terra como patrimônio comum de todos (o  que é muito justo, pois ninguém pediu pra nascer, muito menos pra nascer  pobre, e ninguém mereceu nascer rico), e usar todos os recursos do  planeta diretamente (sem uma economia de mercado no meio, ineficiente,  contraproducente, destrutiva, insustentável e hoje desnecessária) que  seriam administrados por todos, com educação científica e tecnologia,  fazendo o uso do método científico (em vez de política e poder 
econômico), pensando na Terra como um sistema, que inclui humanos e  todas as outras espécies, com suas naturezas, para CONCLUIRMOS como  devem ser usados para produzirmos o maior padrão de vida humano possível  e sustentável para todos, tendo como limites apenas os da natureza. A  resposta, depois de muitas décadas de pesquisas, foi que o padrão de  vida de todo mundo poderia ser muito maior do que o "de rico" de hoje, e melhorando a cada dia.

 

TL – Belíssima proposta, que encarna o espírito da Utopia de Thomas Morus (ou Moro?)

Teríamos todos educação científica e um alto padrão de vida, sem desigualdade econômica. "Só" isso elimina os problemas relacionados a 
falta de educação, a pobreza, resolvendo muitos problemas de saúde pública, de segurança, diminuindo drasticamente a violência, problemas emocionais, sentimentos nocivos, melhorando portanto MUITO o bem estar físico e mental e o relacionamento entre as pessoas. Isso deveria ser até meio óbvio pra quem pelo menos lê os jornais e consegue pensar "fora da caixa", mas também existem muitas pesquisas e estudos que corroboram isso.

 

TL – Continuamos no contexto do sonhos e fantasias. Vamos ver se encontramos alguma estratégia delineada para realizar esses sonhos.

MZ - Mas, não é só apenas isso, a tecnologia atual também pode libertar as pessoas do trabalho forçado, libertando as pessoas para buscarem lazer, 

seus próprios interesses, auto-realização "espiritual".

 

TL – Já faz um tempinho que a tecnologia está libertando as pessoas do trabalho forçado. Em 1994 Jeremy Rifkin publicou “The end of the work” (editado em português com o titulo de “O fim dos empregos”.)

MZ - Como que num mundo deste a QUALIDADE DE VIDA humana, física e mental, e o relacionamento entre as pessoas, não pode ser, no mínimo, muitíssimo 
melhor do que no mundo de hoje?

 

TL – É claro que pode. Mas só algumas pessoas têm acesso a essa qualidade de vida muitíssimo melhor. A questão que novamente se coloca é essa: QUAL É A ESTRATÉGIA A SER ADOTADA PARA REALIZAR ESSA FANTASIA, SONHO, ILUSÃO OU UTOPIA (cada um pode escolher o termo de sua preferência).

A conclusão que se impõe é que não foi apresentado por parte de MZ neste debate nenhum método para se levar à prática esse mito igualitarista que a História já derrubou no século XX.

NENHUM ARGUMENTO CIENTIFICO FOI UTILIZADO PARA JUSTIFICAR A VIABILIDADE DA FANTASIA.

Portanto, até que a viabilidade do projeto-fantasia seja demonstrada com argumentos científicos, estamos diante da mais pura falácia de transformação da sociedade através da aplicação da ciência.

MZ - Bom, não vou falar mais sobre este assunto aqui nesta lista, que, apesar de ser de ciências, parecem não apreciar a possibilidade de uma administração científica da sociedade. Talvez porque alteraria 
completamente o nosso modo de vida, no qual as pessoas se apegam, pois nascem e são criadas numa cultura, com suas tradições e valores, que também condicionam suas mentes, ficando difícil aceitar e até mesmo pensar e em algo diferente, por mais óbvio que seja. Tipo religião: mesmo parecendo absurda a ideia da existência de um homem invisível superpoderoso que criou e controla tudo no universo, as pessoas ficam apegadas na ideia, porque foram criadas com esta, e muitas nem conseguem imaginar um universo onde ele simplesmente não exista.

TL – Perfeito! O homem se apega de forma obsessiva, religiosa e neurótica a algumas tradições e valores que não têm mais nenhuma utilidade em nossos dias. Resta ver se este projeto MZ, que até demonstração em contrário, é mitológico, não está repetindo, de outro modo o mesmo processo que levou à fixação do homem em soluções fantasiosas para os seus problemas, com a novidade que agora recorre à ciência, ela própria cercada de mitos. A administração cientifica da sociedade é uma idéia absolutamente embrionária. E só pode passar por um processo de evolução cientifica se aceitar essa própria lei da evolução:  o aprimoramento das relações sociais e humanas só pode ocorrer de uma forma lenta e gradual, passando por crises cuja dimensão aumenta na razão direta do crescimento demográfico. Essa lei está exposta nos fatos históricos sobejamente conhecidos. Da mesma forma que o homem não tem o poder de mudar as leis da natureza, ele não pode mudar as leis da história humana, que estão intimamente associadas às leis da natureza.

 




On Sáb 20/06/15 11:52 , "Jeff jeff@jeff.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 

Em 2015-06-19 21:49, Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]
escreveu:

>
> b) A abordagem técnica direta (ou seja, cientifica) SE OPÕE a uma
> gestão monetária ou mesmo política? Ao invés de se opor não deveria
> transformar, visto que a economia e a política vão continuar em
> cartaz.
>

A ideia é tirá-los de cartaz, substituí-los por outros sistemas mais
inteligentes, eficientes, sustentáveis, por uma EBRLN administrada
cientificamente.

A questão do Jacque Fresco foi: o que a humanidade poderia fazer se
resolvesse se unir, declarar a Terra como patrimônio comum de todos (o
que é muito justo, pois ninguém pediu pra nascer, muito menos pra nascer
pobre, e ninguém mereceu nascer rico), e usar todos os recursos do
planeta diretamente (sem uma economia de mercado no meio, ineficiente,
contraproducente, destrutiva, insustentável e hoje desnecessária) que
seriam administrados por todos, com educação científica e tecnologia,
fazendo o uso do método científico (em vez de política e poder
econômico), pensando na Terra como um sistema, que inclui humanos e
todas as outras espécies, com suas naturezas, para CONCLUIRMOS como
devem ser usados para produzirmos o maior padrão de vida humano possível
e sustentável para todos, tendo como limites apenas os da natureza. A
resposta, depois de muitas décadas de pesquisas, foi que o padrão de
vida de todo mundo poderia ser muito maior do que o "de rico" de hoje, e
melhorando a cada dia.

Teríamos todos educação científica e um alto padrão de vida, sem
desigualdade econômica. "Só" isso elimina os problemas relacionados a
falta de educação, a pobreza, resolvendo muitos problemas de saúde
pública, de segurança, diminuindo drasticamente a violência, problemas
emocionais, sentimentos nocivos, melhorando portanto MUITO o bem estar
físico e mental e o relacionamento entre as pessoas. Isso deveria ser
até meio óbvio pra quem pelo menos lê os jornais e consegue pensar "fora
da caixa", mas também existem muitas pesquisas e estudos que corroboram
isso.

Mas, não é só apenas isso, a tecnologia atual também pode libertar as
pessoas do trabalho forçado, libertando as pessoas para buscarem lazer,
seus próprios interesses, auto-realização "espiritual".

Como que num mundo deste a QUALIDADE DE VIDA humana, física e mental, e
o relacionamento entre as pessoas, não pode ser, no mínimo, muitíssimo
melhor do que no mundo de hoje?

Bom, não vou falar mais sobre este assunto aqui nesta lista, que,
apesar de ser de ciências, parecem não apreciar a possibilidade de uma
administração científica da sociedade. Talvez porque alteraria
completamente o nosso modo de vida, no qual as pessoas se apegam, pois
nascem e são criadas numa cultura, com suas tradições e valores, que
também condicionam suas mentes, ficando difícil aceitar e até mesmo
pensar e em algo diferente, por mais óbvio que seja. Tipo religião:
mesmo parecendo absurda a ideia da existência de um homem invisível
superpoderoso que criou e controla tudo no universo, as pessoas ficam
apegadas na ideia, porque foram criadas com esta, e muitas nem conseguem
imaginar um universo onde ele simplesmente não exista.

Mas tudo bem, quando tiver algum dúvida de Física em apareço! :)

[]s,
Jeff.



SUBJECT: Corpo humano num chip?
FROM: Mtnos Calil <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/06/2015 16:23

Seria bom que criassem também uma sociedade humanizada... só  se for em chips, né?

Rumo ao corpo-num-chip

THE ECONOMIST/ ESTADÃO 

20 Junho 2015 | 02h 04

Primeiros chips de órgãos estão chegando e podem acelerar teste de medicamentos e reduzir o uso de animais

Num laboratório aberto recentemente ao norte de Londres, está em andamento um experimento para descobrir como o fígado vai reagir a um novo remédio. Normalmente, um teste desse tipo seria realizado em células do fígado cultivadas em fileiras de pratos ou - como exigem as autoridades reguladoras antes de aprovar medicamentos para testes clínicos - em animais como ratos e cães. Mas esse experimento usa um pequeno dispositivo do tamanho de um smartphone. Este contém um fígado em miniatura feito a partir de células humanas, e promete resultados mais confiáveis. Trata-se de uma das primeiras versões comerciais daquilo que os bioengenheiros chamam de órgão-num-chip.

O chip de fígado, batizado de Quantum-B, foi criado pela CN Bio, empresa nascida da Universidade de Oxford atualmente com sede em Welwyn Garden City. O Quantum-B foi criado para ajudar os pesquisadores na busca por uma cura para a hepatite B, infecção viral do fígado. Entre os outros grupos que vão lançar órgãos em miniatura estão os americanos Wyss Institute, da Universidade Harvard, cujos dispositivos incluem um pulmão-num-chip, e a Universidade da Califórnia em Berkeley, que tem um coração-num-chip. Chips imitando o rim, intestino, tecido muscular, gordura, ossos e pele também estão em desenvolvimento.

Dependendo da aprovação dos reguladores, os dispositivos desse tipo têm o potencial de cortar o uso dos animais de laboratório nos testes de medicamentos. Os animais não são necessariamente bons análogos para os humanos por causa de diferenças fundamentais na biologia. Os testes em tecidos em placas de Petri também podem se mostrar pouco confiáveis porque suas células frequentemente param de funcionar. Os dados mais realistas prometidos pelos órgãos-em-chips podem acelerar o desenvolvimento de remédios e permitir que os pesquisadores realizem experimentos arriscados demais para voluntários humanos.

Além disso, ao associar diferentes chips, os pesquisadores podem estudar como as reações de um órgão podem afetar outro. Um remédio que produz resultados benéficos no tratamento de doenças cardíacas, por exemplo, pode ser metabolizado pelo fígado de maneira a produzir resultados tóxicos. De fato, com um número suficiente de órgãos-em-chips, alguns cientistas sonham com o dia em que será possível criar o equivalente a um corpo-num-chip.

Localizador de órgãos. A maioria dos chips de órgãos é feita a partir de materiais sintéticos, como polímeros. Este pode ser transparente para que as células sejam vistas pelo microscópio (alguns são feitos com processos fotolitográficos semelhantes aos usados para os microchips de computador). Os chips contêm minúsculas estruturas às quais células humanas cultivadas são afixadas. Dadas as condições corretas, as células se arranjam naturalmente da mesma maneira que o fariam no corpo, comportando-se como se estivessem lá.

Uma técnica chamada microfluídica é usada para transportar um fluído que imita o sangue por minúsculos canais e tubulações, trazendo nutrição às células.

Os chips não contêm órgãos completos, apenas as menores colônias de células necessárias para replicar a função de um deles. O chip de fígado da CN Bio, criado a partir do trabalho de parceria com Linda Griffith e seus colegas do Massachusetts Institute of Technology (MIT) usa pequenos "andaimes" para manter células de órgãos doados que, por vários motivos, foram considerados inadequados para o transplante. As células podem ser mantidas congeladas até serem necessárias.

Os andaimes são colocados em pequenos poços e alimentados com um fluido adequado pelos canais. Depois de alguns dias assentando, as células estão prontas para o trabalho e são infectadas com a hepatite B. Como a forma humana da doença só pode ser imitada em primatas, a alternativa seria usar dúzias de chimpanzés num único experimento. Mas cada chip de fígado contém 12 pequenos fígados, podendo ser usado para a realização de vários testes ao mesmo tempo. Um protótipo de chip com 36 fígados está em fase de desenvolvimento, diz David Hughes, diretor de tecnologia da CN Bio.

A empresa vai licenciar a tecnologia a outros laboratórios e oferecer testes para pesquisadores. O custo de um teste básico de toxicidade é de pelo menos US$ 22 mil. Pode parecer caro, mas até um estudo simples envolvendo camundongos pode consumir um mês ou mais e ultrapassar a marca dos US$ 50 mil; análises mais complexas podem custar mais de US$ 1 milhão. É por isso que o processo de triagem de milhares de substâncias novas candidatas a se tornarem novos remédios pode acumular custos de mais de US$ 1 bilhão.

O que torna os chips de órgãos potencialmente tão eficazes no teste de remédios é o fato de criarem não apenas o ambiente bioquímico necessário para o desenvolvimento das células, mas também o ambiente físico. Para um chip de fígado, isso significa reproduzir de maneira precisa a mecânica dos fluídos do suprimento de sangue artificial.

Estudos anteriores mostraram que a maneira com a qual um fluído percorre a superfície de uma célula pode afetar sua capacidade de funcionar.

Outras células podem exigir uma ação mecânica. O pulmão-num-chip de Harvard, por exemplo, precisa "respirar". Para tanto, o dispositivo é construído a partir de dois canais para microfluídos, um acima do outro, dentro de um material plástico flexível. Os canais são separados por uma membrana porosa revestida no alto por células epiteliais derivadas dos alvéolos pulmonares humanos e, na parte de baixo, por células endoteliais dos vasos sanguíneos. O canal superior traz ar para a membrana e o canal inferior contém um fluído semelhante ao sangue. A aplicação alternada de um vácuo em cada lado da estrutura faz as células esticarem e relaxarem, assim como o peito de uma pessoa ao respirar.

O chip de pulmão foi desenvolvido por Donald Ingber, amplamente conhecido como pioneiro na área, e seus colegas de Harvard. O dispositivo, do tamanho de um pendrive USB, é comercializado por uma empresa chamada Emulate. Quando exporto a bactérias no canal aéreo, o chip reage como um pulmão humano quando infectado. Inflamações e o acúmulo de fluídos também podem ser estudados.

O coração-num-chip de Berkeley tem uma câmara central onde as células cardíacas são reunidas, com canais microfluídicos funcionando como vasos sanguíneos. Os pesquisadores de Berkeley, liderados por Kevin Healy e Anurag Mathur, dizem que 24 horas após serem inseridas na câmara, as células cardíacas começam a bater sozinhas ao ritmo de 55-80 batidas por minuto. Depois de aproximadamente uma semana esse ritmo se torna estável o bastante para que os testes tenham início. De acordo com os pesquisadores, quando exposto a medicamentos cardíacos comuns, o chip responde de maneira análoga a de um coração humano plenamente desenvolvido.

Os pesquisadores de Berkeley e da Emulate usam células-tronco pluripotentes induzidas por humanos - células-tronco que podem ser devolvidas ao estágio embrionário e incentivadas a se tornarem diferentes tipos de tecido. Esse uso de células-tronco em chips de órgãos anuncia a possibilidade de um dispositivo que represente um paciente individual - um paciente-num-chip, se preferirmos. Nesse caso, todos os pequenos órgãos seriam derivados de uma mesma pessoa; os testes poderiam ser realizados no dispositivo para descobrir os remédios e dosagens mais eficazes para cada paciente.

Até o momento, os pesquisadores ainda estão tentando fazer com que um pequeno punhado de órgãos diferentes funcionem num chip. Mas a Darpa, agência de pesquisas do departamento de defesa dos Estados Unidos, está empenhada na meta de combinar dez órgãos num chip. O interesse militar está no desejo de desenvolver tratamentos para incidentes nucleares e biológicos. É praticamente impossível fazer experimentos com tais medicamentos usando cobaias humanas. A Darpa e os Institutos Nacionais de Saúde dos EUA estão oferecendo US$ 32 milhões em financiamento de pesquisa para o desenvolvimento de um corpo-num-chip nos laboratórios do MIT, em colaboração com outros grupos de pesquisa, e US$ 37 milhões a um projeto semelhante no Instituto Wyss, de Harvard.

A busca por sangue novo. Ainda há uma série de obstáculos a serem superados, de acordo com uma análise da tecnologia elaborada pelo dr. Ingber e Sangeeta Bhatia, do Instituto Koch, publicada no ano passado na Nature Biotechnology. O plástico a partir do qual alguns chips são fabricados precisa ser aprimorado porque pode absorver determinados compostos, incluindo medicamentos, e isso pode distorcer os resultados dos testes. Para os órgãos ligados entre si, dizem os cientistas, é necessário um "substituto universal para o sangue". Este poderia ser uma única cultura capaz de sustentar todos os tecidos, como ocorre com o sangue.

Os chips de órgãos terão de ser produzidos em massa. Em colaboração com pesquisadores a serviço da Sony BioSciences, na Áustria, a Emulate diz ter encontrado um material que evita o problema da absorção e poderia permitir que os chips fossem fabricados aos milhões. Mas, por enquanto, o material ainda é um segredo bem guardado. A Emulate diz também ser capaz de automatizar a operação de seus chips para que não tenham de ser usados exclusivamente por especialistas.

Pode demorar uma década ou mais até que os chips de órgãos diminuam o uso de animais em laboratórios. E algumas pesquisas biomédicas podem não se prestar muito ao ambiente proporcionado pelos chips - complexas respostas imunológicas do corpo, por exemplo, ou o efeito de medicamentos no sistema nervoso. Mas, conforme a tecnologia for aprimorada e melhor compreendida, as autoridades reguladoras conservadoras devem desenvolver suficiente confiança na nova tecnologia para substituírem os animais por chips nas etapas obrigatórias dos testes laboratoriais.

THE ECONOMIST, TRADUZIDO POR AUGUSTO CALIL, PUBLICADO SOB LICENÇA. O ARTIGO ORIGINAL, EM INGLÊS, PODE SER ENCONTRADO EM WWW.THEECONOMIST.COM



SUBJECT: Ondas cerebrais e seu uso para ações externas ao corpo
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/06/2015 06:42

Olá,

 

Há alguns dias, postei alguma coisa sobre este assunto.  Mas, lembro o seguinte: não se trata do tipo de controle, “penso” numa xícara levantando, e ela levanta! Como se fosse efeitos inexistentes atribuídos a coisas fictícias como telepatia, telecinesias, ou outro tipo de fraude, tão comum a certos psicólogos e/parapsicólogos, pseudo intelectuais, que pregam abusivamente que estes ramos encaixam-se naquilo que chamamos.   Não. Os processos são eletrônicos e usam os mesmos princípios e técnicas de modulação/demodulação de sinais eletrônicos. Só que os sinais, no caso, são os fornecidos pelo cérebro, que podem ser captados por sensores na fronte, na parte “do brinco” na orelha, na parte de trás da cabeça, etc. Comandos da mente expressam-se por meio de sinais eletrônicos, que variam conforme a situação. E são estas variações que importam, que são captadas, amplificadas e...voilá, com os resultados que, agora, estão se concretizando.  O “força do pensamento” está relacionado ao quanto neurônios e suas sinapses podem produzir tais correntes elétricas relevantes. 

 

http://tecnologia.uol.com.br/noticias/bbc/2015/06/21/conheca-o-controle-remoto-para-tv-que-funciona-por-forca-do-pensamento.htm

 

Mas eu não pesquisei  o quanto esse artigo é realmente confiável, embora esteja certo de que os relatos  refletem possibilidades científicas,  reais e claramente realizáveis.

 

Sds,

Victor

 

 


SUBJECT: ENC: [ciencialist] Ondas cerebrais e seu uso para ações externas ao corpo
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/06/2015 15:05

Correções no próprio texto.

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br]
Enviada em: segunda-feira, 22 de junho de 2015 06:43
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: [ciencialist] Ondas cerebrais e seu uso para ações externas ao corpo

 

 

Olá,

 

Há alguns dias, postei alguma coisa sobre este assunto.  Mas, lembro o seguinte: não se trata do tipo de controle, “penso” numa xícara levantando, e ela levanta! Como se fossem efeitos inexistentes atribuídos a coisas fictícias como telepatia, telecinesias, ou outro tipo de fraude, tão comum a certos psicólogos e/parapsicólogos, pseudo intelectuais, que pregam abusivamente que estes ramos encaixam-se naquilo que chamamos ciência.   Não. Os processos são eletrônicos e usam os mesmos princípios e técnicas de modulação/demodulação de sinais eletrônicos. Só que os sinais, no caso, são os fornecidos pelo cérebro, que podem ser captados por sensores na fronte, na parte “do brinco” na orelha, na parte de trás da cabeça, etc. Comandos da mente expressam-se por meio de sinais eletrônicos, que variam conforme a situação. E são estas variações que importam, que são captadas, amplificadas e...voilá, com os resultados que, agora, estão se concretizando.  O “força do pensamento” está relacionado ao quanto neurônios e suas sinapses podem produzir tais correntes elétricas relevantes. 

 

http://tecnologia.uol.com.br/noticias/bbc/2015/06/21/conheca-o-controle-remoto-para-tv-que-funciona-por-forca-do-pensamento.htm

 

Mas eu não pesquisei  o quanto esse artigo é realmente confiável, embora esteja certo de que os relatos  refletem possibilidades científicas,  reais e claramente realizáveis.

 

Sds,

Victor

 

 


SUBJECT: Olha só! Será que tem múmias também?
FROM: Gilberto Morelli <gilmorelli@yahoo.com>
TO: Ciencialist <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/06/2015 08:42



SUBJECT: Re: [ciencialist] Olha só! Será que tem múmias também?
FROM: "Pesky Bee" <peskybee2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/06/2015 10:00

Sabe o que eu consideraria evidência da existência
de uma alienaiada?
 
Se não existisse nenhuma figura geométrica naquelas
terras longínquas. Aí sim, isso seria indicação de
que tem aliens por ali e eles, com medo de serem
descobertos, esconderam todas as inúmeras manifestações
randomicóides de formatos dos mais estranhafúrdios que
aparecem por pura obra do acasóide.
 
Mas uma irrefutável evidência de alienaiação seria
se encontrássemos uma imensamente gigantesca piroca
feita de pedra. Isso seria evidência de que essas
alienaizadas estão planejando papar o nosso rabinho.
Ai que medo! hahahahaha
 
*PB*
 
 

From: Gilberto Morelli gilmorelli@yahoo.com [ciencialist]
Sent: Wednesday, June 24, 2015 8:42 AM
To: Ciencialist
Subject: [ciencialist] Olha só! Será que tem múmias também?

Vida inteligente? Robô Curiosity acha “pirâmide” em Marte

image     
Vida inteligente? Robô Curiosity acha “pirâmide” em Mart...
Uma nova imagem divulgada pela Nasa enviada pelo Robô Curiosity, que está em Marte desde 2012, inspirou teorias da conspiração, por mostrar um
 
View on noticias.terra.com.br Preview by Yahoo
 
 
--------------------------------------------------------------------------------
Enviado por: Gilberto Morelli <gilmorelli@yahoo.com>
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SUBJECT: ENC: physicsworld.com bookswire
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/06/2015 06:57

physicsworld.com bookswire

 

 

Olá,

 

Neste Physicsworld uma lista de livros envolvendo a física nossa de cada dia, com direito a biografias e tudo o mais. Entre eles, um sobre o físico Bruno Pentercorvo e a polêmica se era ou não espião soviético. Bem, não lí nenhum, ainda. Vou colocar na progressão para este e o próximo ano, se não “esticar” até lá.

 

Sds,

Victor.

 

 

De: physicsworld.com [mailto:news@physicsworld.com]
Enviada em: quarta-feira, 24 de junho de 2015 18:25
Para: j.victor.neto@uol.com.br
Assunto: physicsworld.com bookswire

 

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Welcome to the June 2015 physicsworld.com bookswire, featuring reviews of the best new popular-physics books from the pages of Physics World magazine.

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This edition of the bookswire is packed with heavy hitters, including a new book by the Nobel-prize-winning physicist Steven Weinberg, an insightful survey of the later careers of Albert Einstein and Erwin Schrödinger and a well-researched biography that tries to answer a lingering Cold-War question: was the nuclear physicist Bruno Pontecorvo a Soviet spy?

Also on the list is the first major popular-physics book on the up-and-coming field of "quantum biology", a science-fiction thriller with physics at its heart and a book of essays about science in Latin America.

Finally, don't miss our podcast with the science journalist Amanda Gefter, whose book Trespassing on Einstein's Lawn chronicles her transformation from mathematics-hating teenager to physics-obsessed adult.

Remember that to read Physics World every month, you can join the Institute of Physics as an IOPimember for just £15, €20 or $25 a year. Being an IOPimember gives you a full year's access to Physics World both online and through our apps.

Margaret Harris
Reviews editor, Physics World

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In-depth book reviews

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Life on the Edge: the Coming of Age of Quantum Biology
Jim Al-Khalili and Johnjoe McFadden
When a nuclear physicist and a molecular biologist team up to explain the latest research on quantum effects in living systems, Marta Varela finds the results both "fascinating" and "remarkable"

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Einstein's Dice and Schrödinger's Cat: How Two Great Minds Battled Quantum Randomness to Create a Unified Theory of Physics
Paul Halpern
An account of Albert Einstein and Erwin Schrödinger's later years provides a "better sense of the individual researcher as a quasiparticle, moving and acting in a sea of influences from the wider scientific community", reports Denis Weaire

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The Three-Body Problem
Cixin Liu, translated by Ken Liu
Jennifer Ouellette ponders the scientific and political implications of this physics-heavy novel – the first instalment in a science-fiction trilogy that is already a bestseller in the author's native China

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Beyond Imported Magic: Essays on Science, Technology, and Society in Latin America
Ed. Eden Medina, Ivan da Costa Marques and Christina Holmes
Ronald Cintra Shellard wishes that this detailed and scholarly collection of essays had done more to reflect the strengths, rather than the weaknesses, of physics in Latin America

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Half-Life: the Divided Life of Bruno Pontecorvo, Physicist or Spy
Frank Close
This revealing biography casts one of the most controversial physicists of the early Cold War era as "the naive and lumbering main character of his life's drama", concludes Simone Turchetti

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To Explain the World: the Discovery of Modern Science
Steven Weinberg
Paul Montgomery admires the science but questions the anti-philosophy stance of this latest book by the Nobel-prize-winning physicist Steven Weinberg

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Trespassing on Einstein's Lawn: a Father, a Daughter, the Meaning of Nothing and the Beginning of Everything
Amanda Gefter
An enlightening and deeply personal tour of some of the edgiest, most puzzling elements of modern cosmology, says Melanie Windridge

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Going beyond 'shut up and calculate'

Imagem removida pelo remetente. podcast

As a teenager, the science journalist Amanda Gefter had a "conscientious objection" to mathematics. So how did she become such a physics-obsessed adult? In the latest Physics World books podcast, reviews editor Margaret Harris talks to Gefter about her book Trespassing on Einstein's Lawn and the complex relationship between mathematics and meaning.

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Between the lines

 

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Math Bytes
Tim Chartier

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Beyond: Our Future in Space
Chris Impey

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Astronomy in Minutes
Giles Sparrow

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Sunspots
Simon Barraclough

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Cosmic Cocktail: Three Parts Dark Matter
Katherine Freese

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Expanding Universe: Photographs from the Hubble Space Telescope
Charles F Bolden Jr, Owen Edwards, John Mace Grunsfeld and Zoltan Levay

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Physics on Your Feet
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Journey to the Centre of the Earth: the Remarkable Voyage of Scientific Discovery into the Heart of Our World
David Whitehouse

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The best of physics on the web

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Did you know that we also review physics websites? The latest website to appear in our regular "Web life" column, Condensed Concepts, is a research-oriented blog written by the chemical physicist Ross McKenzie. Find out if you should add his site to your bookmarks by reading our review.

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SUBJECT: O físico Bruno Pontecorvo, confissões no altar.
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/06/2015 07:06


SUBJECT: AlanTuringOne
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/06/2015 07:38

Digitei e meu AlanTuringONE 64 bits wordalizou  para vocês:

 

http://epoca.globo.com/ideias/noticia/2015/01/bpor-que-alan-turing-influenciou-sua-vidab-sem-voce-sequer-notar.html

 

Incrível como até tão pouco tempo a sociedade inglesa era tão medieval,  discriminadora e castradora(literalmente...).  Alan Turing poderia ter produzido muito mais do que o universo de conhecimentos úteis a que deu causa, e que mudou o modo como o mundo passou a funcionar!  Mas os hipócritas moralistas disseram: nope! Capem esse cara e o proíbam de produzir conhecimentos novos para a humanidade, pois nós,  britirânicos aloprados do pedaço,  estamos com a certeza de nossos “valores hipocritânicos”.    E só em razão de Alan ser, apenas, uma pessoa organicamente diferente, coisa que só interessava a ele, a mais ninguém!  Putz!

Resultado:  o moço, gênio da lógica matemática, simplesmente, a bem da continuidade de seu profícuo trabalho, concordou com uma castração química, do contrário a prisão  o impediria de trabalhar e produzir. Mas o fardo foi pesado demais. Suicidou-se.

 

Minha homenagem a ele é que batizei, há uns 6 anos, meu PC,  com o pomposo nome: AlanTuringOne, com direito a etiqueta e tudo o mais.

 

Sds,

Victor.


SUBJECT: ENC: physicsworld.com bookswire
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/06/2015 07:57

physicsworld.com bookswire

Olá,

 

Neste Physicsworld uma lista de livros envolvendo a física nossa de cada dia, com direito a biografias e tudo o mais. Entre eles, um sobre o físico Bruno Pentercorvo e a polêmica se era ou não espião soviético, o que dá vontade de pesquisar se outros físicos do projeto da BA também mudaram de lado.

Bem, há outros.

 Bem, não lí nenhum, ainda. Vou colocar na programação para este e o próximo ano, se não “esticar” até lá.

 

Sds,

Victor.

 

 

De: physicsworld.com [mailto:news@physicsworld.com]
Enviada em: quarta-feira, 24 de junho de 2015 18:25
Para: j.victor.neto@uol.com.br
Assunto: physicsworld.com bookswire

 

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physicsworld.com

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Margaret Harris

Welcome to the June 2015 physicsworld.com bookswire, featuring reviews of the best new popular-physics books from the pages of Physics World magazine.

This edition of the bookswire is packed with heavy hitters, including a new book by the Nobel-prize-winning physicist Steven Weinberg, an insightful survey of the later careers of Albert Einstein and Erwin Schrödinger and a well-researched biography that tries to answer a lingering Cold-War question: was the nuclear physicist Bruno Pontecorvo a Soviet spy?

Also on the list is the first major popular-physics book on the up-and-coming field of "quantum biology", a science-fiction thriller with physics at its heart and a book of essays about science in Latin America.

Finally, don't miss our podcast with the science journalist Amanda Gefter, whose book Trespassing on Einstein's Lawn chronicles her transformation from mathematics-hating teenager to physics-obsessed adult.

Remember that to read Physics World every month, you can join the Institute of Physics as an IOPimember for just £15, €20 or $25 a year. Being an IOPimember gives you a full year's access to Physics World both online and through our apps.

Margaret Harris
Reviews editor, Physics World

In-depth book reviews

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Life on the Edge: the Coming of Age of Quantum Biology
Jim Al-Khalili and Johnjoe McFadden
When a nuclear physicist and a molecular biologist team up to explain the latest research on quantum effects in living systems, Marta Varela finds the results both "fascinating" and "remarkable"

book cover

 

Einstein's Dice and Schrödinger's Cat: How Two Great Minds Battled Quantum Randomness to Create a Unified Theory of Physics
Paul Halpern
An account of Albert Einstein and Erwin Schrödinger's later years provides a "better sense of the individual researcher as a quasiparticle, moving and acting in a sea of influences from the wider scientific community", reports Denis Weaire

book cover

 

The Three-Body Problem
Cixin Liu, translated by Ken Liu
Jennifer Ouellette ponders the scientific and political implications of this physics-heavy novel – the first instalment in a science-fiction trilogy that is already a bestseller in the author's native China

book cover

 

Beyond Imported Magic: Essays on Science, Technology, and Society in Latin America
Ed. Eden Medina, Ivan da Costa Marques and Christina Holmes
Ronald Cintra Shellard wishes that this detailed and scholarly collection of essays had done more to reflect the strengths, rather than the weaknesses, of physics in Latin America

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Half-Life: the Divided Life of Bruno Pontecorvo, Physicist or Spy
Frank Close
This revealing biography casts one of the most controversial physicists of the early Cold War era as "the naive and lumbering main character of his life's drama", concludes Simone Turchetti

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To Explain the World: the Discovery of Modern Science
Steven Weinberg
Paul Montgomery admires the science but questions the anti-philosophy stance of this latest book by the Nobel-prize-winning physicist Steven Weinberg

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Trespassing on Einstein's Lawn: a Father, a Daughter, the Meaning of Nothing and the Beginning of Everything
Amanda Gefter
An enlightening and deeply personal tour of some of the edgiest, most puzzling elements of modern cosmology, says Melanie Windridge

 

Going beyond 'shut up and calculate'

podcast

As a teenager, the science journalist Amanda Gefter had a "conscientious objection" to mathematics. So how did she become such a physics-obsessed adult? In the latest Physics World books podcast, reviews editor Margaret Harris talks to Gefter about her book Trespassing on Einstein's Lawn and the complex relationship between mathematics and meaning.

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Katherine Freese

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SUBJECT: ENC: COSMOS: M87, uma galáxia gigante especial
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/06/2015 07:01

Deu no Cosmos, do D.Soares.

Vale pena uma lida do artigo:

http://www.eso.org/public/brazil/news/eso1525/

 

Evento cósmico ocorrido numa fração de tempo cósmico  de um bilhão de anos!   Isto é uma....pororoca !

O bom desse trabalho de Soares é que a cosmologia é exposta de uma maneira simples, accessível a gregos e troianos. Só não ficará sabendo do que trata a cosmologia quem  não tiver interêsse mesmo.  Um amigo meu, advogado, intelectual das letras, disse em um de nossos encontros: para quê diabos eu quero saber dessas coisas, que em nada me beneficiam ou a quem quer que seja. Já são por demais complicadas as coisas à minha volta, a um palmo de meu nariz, coisas acontecidas há pouco, quanto mais essas que falam em bilhões de anos, priquitilhões de km de distância, zilhões de km de diâmetro, trocentilhões de estrelas aglomeradas.  Godquemefree, amigo, diz.  Claro, não concordo com ele. Apenas esboço um riso, um daqueles amarelos de quem discorda.

E continuamos a conversar sobre poetas e violeiros nordestinos  e outras amenidades. Enquanto  isso, as confusões cósmicas seguem seu curso e eu posso conhecer em boa medida como se comportam simplesmente olhando  o tensor de Ricci, o mago descritor das equações de Einstein,  que lhe dão todo o sentido e significados possíveis.  

 

Confiram.

Sds,

Victor.

 

De: Domingos S.L. Soares [mailto:dsoares@fisica.ufmg.br]
Enviada em: quinta-feira, 25 de junho de 2015 10:53
Assunto: COSMOS: M87, uma galáxia gigante especial

 


_____________________________________________25 de junho de 2015

Caros Amigos da Cosmologia,

As aparências enganam: a galáxia elíptica gigante M87. Este é o título de um dos capítulos de meu livro inédito intitulado O Reino das Galáxias. Vejam lá, no capítulo 15.

Mas ela já apareceu outras vezes, sob a minha cosmológica inspiração, uma em COSMOS:15dez08 e outra em As galáxias elípticas: abóboras e pepinos estelares, capítulo 21 de O Reino.

M87 está na região central de um aglomerado de galáxias localizado na constelação de Virgem, que é, a propósito, o nosso aglomerado. O Grupo Local de galáxias, onde está a Via Láctea e M31, situa-se em sua periferia. Então, M87 precisa ser bem conhecida pois trata-se de uma de nossas mais importantes vizinhas, em termos cósmicos.

Por que esta história toda sobre M87 agora? Apenas por causa de um trabalho interessante que acaba de ser publicado sobre ela e que trata das evidências observacionais de que a Senhora Messier 87 engoliu uma galáxia inteira no último bilhão de anos! Na verdade, isto não é nada anormal no reino das galáxias gigantes e vem acontecendo há bilhões de anos. Em outras palavras, não há nada de realmente extraordinário aqui. O extraordinário é o trabalho científico dos astrônomos que conseguiram detectar os sinais desta “refeição” cósmica.

Vocês podem ler o anúncio desta pesquisa no boletim do ESO (Observatório Europeu Austral) intitulado Uma galáxia gigante que ainda está crescendo.

Bom proveito. Leiam devagar para uma boa digestão...

Um abraço a todos.

Saudações Cosmológicas,

Domingos

PS: Um toque pessoal: estudei M87, também NGC 4486, no ano de 1987, como parte de minha tese de doutorado. Convivi por muitos meses com esta galáxia e por ela nutro um afeto científico muito especial. Vejam meu artigo sobre ela aqui. M87 é também o nome de minha rede WiFi.

=========================
Domingos Sávio de Lima Soares
http://www.fisica.ufmg.br/~dsoares/
=========================


Para não receber mais mensagens desta lista: envie uma mensagem para dsoares@fisica.ufmg.br escrevendo no ASSUNTO "DESCADASTRAR COSMOS".

Para se cadastrar: envie uma mensagem para dsoares@fisica.ufmg.br escrevendo no ASSUNTO "CADASTRAR COSMOS".


ATENÇÃO: Esta e todas as outras mensagens enviadas para COSMOS estão disponíveis em http://www.fisica.ufmg.br/~dsoares/cosmos/cosmos.htm


 





SUBJECT: Newton e as profundezas de um insight
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/06/2015 07:58

Amigos,

 

Encontrei este artigo e gostei muito. Acredito que os amigos da física, como os experts em coisas Newtonianas, entre os quais o Alberto(sumido), se ainda não conhecem, certamente irão  não apenas gostar, mas ver Newton numa perspectiva mais condizente com o ser humano que era, igual a qualquer outro. Com uma pequena diferençazinha:  o maior gênio científico que a humanidade conheceu. (Dizem os fofoqueiros que sua grandeza era tanta, e tanta sua humildade, que proferiu aquela sentença: ...subi nos ombros de gigantes. Mas, parece, tinha medo de alturas, e se referia Hooke, que era baixinho...).

Os construtores das teorias  de hoje, ou  usam diretamente as leis de Newton, ou   nelas se basearam,  quase que visceralmente,  “como quem morre” - como diria um certo poeta português – para dar vida e consistências às novas.  Muito bonito o trabalho do professor que elaborou o o artigo.

 

PDF]Uma Exposição Didática de como Newton Apresentou a ...

www.sbfisica.org.br/fne/Vol5/Num1/v5n1a09.pd

 

 

Sds,

Victor.

 

 


SUBJECT: Brasil perde para o Paraguai???
FROM: "Mtnos Calil" <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: maoslimpasbrasil@yahoogrupos.com.br,indianotransparencia@yahoogrupos.com.br,ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/06/2015 21:10

A decadência do futebol brasileiro não é um fenômeno isolado. 
Infelizmente entramos numa fase de decadência social, politica e econômica generalizada.
Uma das causas da decadência do futebol brasileiro é o capital estrangeiro: o mesmo que contribui com a desindustrialização do Brasil favorecida por uma extraordinária incompetência (ou INTERE$$E?) de nossos governantes. Somos cronicamente dependentes do capital estrangeiro, enquanto a China, por exemplo, deu o salto que todos estão vendo. É óbvio que o Brasil tinha condições de dar o mesmo salto, com a vantagem de que dispõe de um extraordinário capital de recursos naturais. Os nossos senadores que estão visitando a Venezuela deveriam passar um tempo na China para aprender como se desenvolve uma Nação. 

Os maiores jogadores do Brasil  foram "vendidos" para a Europa. Quem vendeu? Os proprietários. Quem são os proprietários? Os times de futebol que estão endividados até o pescoço 
Nós temos uma forte tradição colonial que impede o nosso desenvolvimento com a contribuição decisiva de nossas zelites. 
Estamos na periferia do capitalismo e parece que estamos condenados a permanecer muito tempo nesta posição "geo-política". 
Enquanto isso assistimos a um dos maiores espetáculos da corrupção mundial divulgados diariamente pela TV. 
A maior empresa do Brasil e uma das maiores do mundo virou um quintal da corrupção. 
E seu criador se suicidou logo após o nascimento da Petrobrás. A Petrobrás nasceu em 1953 e Getulio se suicidou em 1954. 
O que será de nós? 
De campeões mundiais do futebol passamos para o primeiro lugar do ranking da criminalidade: menos de 10% dos homicidios praticados no Brasil são investigados. Isso significa que a chance de um criminoso ser preso depois de matar alguém é inferior a 10%. Portanto para mais de 90% dos assassinos, este crime compensa ou pelo menos fica impune. 

Mtnos Calil 
Morto o comunismo, só resta à humanidade civilizar o capitalismo ou então continuar marchando para a beira do abismo. Digo "para a beira", porque penso que uma parte da humanidade não vai cair no abismo. Quem sabe até lá Marte já esteja sendo habitado por alguns humanos. 








SUBJECT: Re: [ciencialist]Re: Administraç ão cientifica da sociedade humana
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/06/2015 13:14

Ola Takata,

Mas no histórico da lista, se discutiu o livro do Sowell (e acho as ferramentas de pesquisa muito ruins aqui).

Com relação a definição, ok, vamos concordar que a definição de sowell seja totalmente incorreta. Isso não vem ao caso para a análise que ele faz dos efeitos da questão de cotas e preferencias nos diferentes paises, programas e culturas.

Novamente, é importante ressaltar que fora essa questão de definição mais abrangente das ações afirmativas, ele dedica seu estudo aos efeitos das ações relativas a cotas e grupos de preferência (educação, emprego, negocios com o governo, etc); com relação a isso não exsite problema de definição. É análise da ação, seus objetivos e resultados.

Em TODOS os exemplos, incluindo os EUA, o padrão de resultado foi EXATAMENTE o mesmo (já os listei em outro email). E é disso que o Sterba foge em seu artigo. Ele não explica porque os resultados, tanto nos EUA, como nos outros países, apresentaram os mesmos padrões e se atém as questões de definições e diferença entre os países, o que na verdade só reforça a tese de Sowell, dado que os resultados em todos esses paises, com diferentes programas e culturas foi o mesmo.

Ou seja, não é que o Sowell queira falar que os programas são iguais em todos os paises; o que ele alerta é que existe um padrão nos resultados, mesmo com programas diferentes em diferentes culturas! E era sobre isso que o Sterba tinha que se debruçar. Não vi ele tratar nenhuma das estatísticas apresentada por Sowell em seu livro (incluindo as manipuladas pelos pro cotas).

Acabei de comprar um livro do Sterba sobre o Futuro das Ações Afirmativas, e até agora não vejo nada ligado a dados, somente mais retorica, justificativas, etc..

O que concordo com o Sterba é que o medo do Sowell (que não deve ser totalmente ignorado, pois ele relata o que já ocorre atualmente nos EUA em termos de "segregação"), pode ser um pouco exagerado, com relação ao potencial segregador das ações nos EUA. Mas com relação aos resultados dos diferentes programas, isso é uma evidencia muito clara de que existe uma

Abs
Felipe




Em Sexta-feira, 19 de Junho de 2015 8:39, "roberto.takata@bol.com.br [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br> escreveu:


 
---Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, <luizfelipecsrj@...> escreveu:
> Eu realmente não participei dessas discussões, e somente agora estou 
> estudando realmente o tema, e tenho oscilado entre critico e defensor.
> Então, para mim, esse debate é relevante. Se preferir, podemos continuar 
> a debater em pvt, se não quiser de jeito algum, ok tb.

Vc pode buscar no histórico da lista.


> Com relação a definição de ação afirmativa, o próprio Sterba propõe uma 
> definição, para então debater em seu artigo. Ora, se o conceito fosse tão 
> bem definido, não fosse um conceito elástico, não haveria necessidade 
> dele chamar atenção a isso.

Não. Sterba mostra que a definição usada por Sowell não faz sentido. É uma definição que *não* é usada nos programas de ações afirmativas. Aí ele apresente uma definição que *é* usada nos programas de ações afirmativas.

> Vc se esqueceu de mencionar a India, Singapura e os próprios EUA, que 
> compõe o grupo de países estudados.

Não. Eu só copiei um trecho pra mostrar como a seleção de Sowell é problemática a ponto de invalidar sua comparação com a situação dos EUA.

Mas Sterba fala também sobre a Índia:
"In India, particularly in the states of Assam and Maharashtra, native political majorities have enacted preferences for themselves over outsiders who had outperformed them in the marketplace or in examinations for college admissions or government jobs (pp. 39-46). These preferential actions have also been accompanied by violent outbursts between the contending parties."

"Given the history of affirmative action in these countries, it is difficult to
generalize from its practice there to the practice of affirmative action in the
United States. Nevertheless, Sowell does try to make the different practices
look similar."

E mesmo a análise do caso dos EUA é falha por parte de Sowell.

"The incompleteness of Sowel's history of affirmative action in the United States makes affirmative action look more widespread than it is (because Sowell ignores the legal and practical limits that have been placed on affirmative action) and less justified than it is (because he also ignores the legal justification for diversity affirmative action being developed in U.S. courts). Not surprisingly, this incompleteness of Sowell's history of affirmative action in the United States is paralleled by his failure to adequately consider the legal and moral justifications for each of the different forms of affirmative action captured by our definition.To complete Sowell's study,we need to adequately consider each of these forms of affirmative action."

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: What's Really Warming the World? Climate deniers blame natural factors; NASA data proves otherwise
FROM: "Mtnos Calil" <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/06/2015 16:53

SUBJECT: Matemática e o universo. Uma inexorável correlação.
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/06/2015 08:24

Olá,

 

Sou um sujeito fascinado por matemática, desde  tempos de menino lá no interior dos Garanhuns.  

O artigo  'The unreasonable effectiveness of mathematics in physical science' do físico Wigner não me impressionou mais do que o “embabascamento” que já nutria por esse ramo do conhecimento e que se revela, inexoravelmente, uma linguagem muda, fria,  objetiva e extremamente precisa; e que, apesar de mudez, simplesmente diz tudo sobre o comportamento da Natureza(física). Quem sabe ler suas linhas sabe disso.  Sem matemática ainda viveríamos, mas numa condição de homens da caverna. A correlação entre a física e a matemática, hoje, após tantos desenvolvimentos notáveis, chega muito próxima de 1. E honestamente penso que é difícil separar uma da outra, por muitas razões que, para serem enumeradas,  seria necessário mais do que um simples post. O físico matemático Penrose certa vez escreveu: “Uma das coisas mais notáveis acerca do comportamento do Universo é que ele parece fundamentar-se na matemática. Quanto mais profundamente entramos nas leis da Natureza, mais parece que o mundo físico quase que se evapora e ficamos com a matemática. Quanto mais profundamente entendemos a Natureza, mais somos conduzidos para dentro desse mundo da matemática e dos conceitos matemáticos.”  Agora, lendo sobre o impagável Professor de física brasileiro, Henrique Fleming, ele diz que o de que trata o artigo de Nobel quântico Wigner e a citação do Penrose, constituem uma questão de que, em algum momento em sua vida, será motivo de suas reflexões. Isto é, irá pensar e tentar chegar ao âmago desta importante e não resolvida questão. Porquê é assim com a matemática? Porquê, se ela é uma criação da mente humana, tomou rumos próprios e francamente independentes – pois é o que, fortemente, parece – conduzindo e orientando os pesquisadores a mais que eventualmente desvendar o desconhecido. Há muitos exemplos na física que corroboram o que expressei na última sentença. Os matemáticos puros, eu chamo assim aqueles que estudam e geram matemática sem mais preocupações com a contrapartida física, quando “deixam de ser puros”,  a física, que responde pelo comportamento da Natureza, começa a  ganhar!

Os matemáticos “puros” tratam a matemática em todas as suas nuances sem importar se tal o qual resultado tem possibilidade física de existência. Por exemplo, a estrutura matemática da RG, que embute todas as leis físicas, não proíbe que eu volte ao passado e case com minha mãe. Mas é, francamente, um absurdo. E não se tratam de erros na matemática. Então, físico profissional, e que pensa como gente grande, sabe separar o joio do trigo, ao menos até os limites das limitações mentais do ser humano. Embora não saiba de o porquê ser assim e não de outro jeito. Enfim, há muito o que pensar, argumentar  nesta questão.

Eu não sou  matemático. E sempre estive longe de aceitar qualquer formalismo ou estrutura sem buscar a contrapartida física, sem buscar a correta interpretação física ou geométrica. É o que faz sentido e move meus interesses.  A matemática, com seu rigor, é muito abstrata e exige grande dose de paciência e paixão. Para mim, interessa-me, só a título de exemplo, compreender, entre tantas outras questões, o que significam um tensor, geometricamente falando, ou o que objetivamente querem dizer aquele montão de equações de campo de Einstein. Um tensor muito importante, chamado tensor de Ricci, o que representa e o que descreve, objetivamente; ou seja, o que se esconde por trás da complicada combinação de certos termos matemáticos que lhe dão vida!   O que significam e o que querem dizer, física e geometricamente, por exemplo, uma equação de onda – em todas as suas variantes – uma equação como a Navier-Stokes, ou mesmo a “simples” expressão matemática da Lei de Hooke e suas consequências físicas;  que são, apesar de sua simplicidade matemática, enormes em toda a física!.  Para pessoas como eu, meríssimo mortal, importa menos saber como se resolve uma tal equação diferencial, mas entende que é crucial saber o que ela significa, com toda a clareza possível. Sem o significado, seja físico ou geométrico, de nada vale saber.  

 

Não é como dirigir bem, o que pode ser feito sem se ter a mínima noção de como se processa uma combustão interna. And so on.

 

Bem, para não me alongar mais, e movido pelo combustível da questão levantada pelo Prof. Fleming, revelo estas considerações para vocês.

Espero, sinceramente, que esta postagem possa ativar algumas mentes ‘pensadoras” do grupo, e alguma luz possa piscar no fim do túnel.

Há muitas afirmações no texto acima que careceriam de detalhamento. Mas isto eu farei ao longo dessa (provável?) Thread.

 

Sds,

Victor.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Matemática e o universo. Uma inexorável correlação.
FROM: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/06/2015 09:04

Caro Victor!

Eu tenho a explicação! O God se formou em matemática, tem doutorado e o escambau na aludida área. É isso! Simples assim! E você vai pensar: Por que não pensei nisso antes?

*BW*



Em Terça-feira, 30 de Junho de 2015 8:24, "'JVictor' j.victor.neto@uol.com.br [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br> escreveu:


 
Olá,
 
Sou um sujeito fascinado por matemática, desde  tempos de menino lá no interior dos Garanhuns.  
O artigo  'The unreasonable effectiveness of mathematics in physical science' do físico Wigner não me impressionou mais do que o “embabascamento” que já nutria por esse ramo do conhecimento e que se revela, inexoravelmente, uma linguagem muda, fria,  objetiva e extremamente precisa; e que, apesar de mudez, simplesmente diz tudo sobre o comportamento da Natureza(física). Quem sabe ler suas linhas sabe disso.  Sem matemática ainda viveríamos, mas numa condição de homens da caverna. A correlação entre a física e a matemática, hoje, após tantos desenvolvimentos notáveis, chega muito próxima de 1. E honestamente penso que é difícil separar uma da outra, por muitas razões que, para serem enumeradas,  seria necessário mais do que um simples post. O físico matemático Penrose certa vez escreveu: “Uma das coisas mais notáveis acerca do comportamento do Universo é que ele parece fundamentar-se na matemática. Quanto mais profundamente entramos nas leis da Natureza, mais parece que o mundo físico quase que se evapora e ficamos com a matemática. Quanto mais profundamente entendemos a Natureza, mais somos conduzidos para dentro desse mundo da matemática e dos conceitos matemáticos.”  Agora, lendo sobre o impagável Professor de física brasileiro, Henrique Fleming, ele diz que o de que trata o artigo de Nobel quântico Wigner e a citação do Penrose, constituem uma questão de que, em algum momento em sua vida, será motivo de suas reflexões. Isto é, irá pensar e tentar chegar ao âmago desta importante e não resolvida questão. Porquê é assim com a matemática? Porquê, se ela é uma criação da mente humana, tomou rumos próprios e francamente independentes – pois é o que, fortemente, parece – conduzindo e orientando os pesquisadores a mais que eventualmente desvendar o desconhecido. Há muitos exemplos na física que corroboram o que expressei na última sentença. Os matemáticos puros, eu chamo assim aqueles que estudam e geram matemática sem mais preocupações com a contrapartida física, quando “deixam de ser puros”,  a física, que responde pelo comportamento da Natureza, começa a  ganhar!
Os matemáticos “puros” tratam a matemática em todas as suas nuances sem importar se tal o qual resultado tem possibilidade física de existência. Por exemplo, a estrutura matemática da RG, que embute todas as leis físicas, não proíbe que eu volte ao passado e case com minha mãe. Mas é, francamente, um absurdo. E não se tratam de erros na matemática. Então, físico profissional, e que pensa como gente grande, sabe separar o joio do trigo, ao menos até os limites das limitações mentais do ser humano. Embora não saiba de o porquê ser assim e não de outro jeito. Enfim, há muito o que pensar, argumentar  nesta questão.
Eu não sou  matemático. E sempre estive longe de aceitar qualquer formalismo ou estrutura sem buscar a contrapartida física, sem buscar a correta interpretação física ou geométrica. É o que faz sentido e move meus interesses.  A matemática, com seu rigor, é muito abstrata e exige grande dose de paciência e paixão. Para mim, interessa-me, só a título de exemplo, compreender, entre tantas outras questões, o que significam um tensor, geometricamente falando, ou o que objetivamente querem dizer aquele montão de equações de campo de Einstein. Um tensor muito importante, chamado tensor de Ricci, o que representa e o que descreve, objetivamente; ou seja, o que se esconde por trás da complicada combinação de certos termos matemáticos que lhe dão vida!   O que significam e o que querem dizer, física e geometricamente, por exemplo, uma equação de onda – em todas as suas variantes – uma equação como a Navier-Stokes, ou mesmo a “simples” expressão matemática da Lei de Hooke e suas consequências físicas;  que são, apesar de sua simplicidade matemática, enormes em toda a física!.  Para pessoas como eu, meríssimo mortal, importa menos saber como se resolve uma tal equação diferencial, mas entende que é crucial saber o que ela significa, com toda a clareza possível. Sem o significado, seja físico ou geométrico, de nada vale saber.  
 
Não é como dirigir bem, o que pode ser feito sem se ter a mínima noção de como se processa uma combustão interna. And so on.
 
Bem, para não me alongar mais, e movido pelo combustível da questão levantada pelo Prof. Fleming, revelo estas considerações para vocês.
Espero, sinceramente, que esta postagem possa ativar algumas mentes ‘pensadoras” do grupo, e alguma luz possa piscar no fim do túnel.
Há muitas afirmações no texto acima que careceriam de detalhamento. Mas isto eu farei ao longo dessa (provável?) Thread.
 
Sds,
Victor.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Matemática e o universo. Uma inexorável correlação.
FROM: "Pesky Bee" <peskybee2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/06/2015 10:33

Desde já confesso (envergonhadamente) que não li a textarada
toda do JVictão, mas as poucas palavrófilas que li me
acenderam uma pequenutcha vela no interior de minha
cachola.
 
Ouso arrotar que a matemática é tão foderosa, tão prá lá
de bagdá, que ela transcende o compreensionamento Homosapienzófilo
(ou mulherosapienzófilo, como quer a desgramenta da Dilmófila).
 
Um exemplo? A conceituação de "infinito". Antes de Georg Cantor,
só havia um infinito: era coisa prá gargálio e pronto. Mas
esse mano esperto introduziu a ideiófila de que existe mais
de um infinito, com alguns
desses infinitos sendo mais "infinitos"
do que os outros. Parece papo de bêbado, né?
 
Mas sabemos
matematicamente que isso é verdade (ou seja, o infinito
dos
números naturais é "menor" do que o dos números reais). Mas
saja haco para tentar entender intuitivamente isso! Quem quiser
uma explicacionice bem legalófila, veja esta porra aqui:
 
Infinity is bigger than you think
 
Arrepiam-se-me-lhe as penugens das corrugadas esferas escrotais!
 
*PB*
 
 
 
From: Belmiro Wolski belmirow@yahoo.com.br [ciencialist]
Sent: Tuesday, June 30, 2015 9:04 AM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] Matemática e o universo. Uma inexorável correlação.
 

Caro Victor!

Eu tenho a explicação! O God se formou em matemática, tem doutorado e o escambau na aludida área. É isso! Simples assim! E você vai pensar: Por que não pensei nisso antes?
 

*BW*
 

Em Terça-feira, 30 de Junho de 2015 8:24, "'JVictor' j.victor.neto@uol.com.br [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br> escreveu:
 

Olá,
 
Sou um sujeito fascinado por matemática, desde  tempos de menino lá no interior dos Garanhuns. 
O artigo  'The unreasonable effectiveness of mathematics in physical science' do físico Wigner não me impressionou mais do que o “embabascamento” que já nutria por esse ramo do conhecimento e que se revela, inexoravelmente, uma linguagem muda, fria,  objetiva e extremamente precisa; e que, apesar de mudez, simplesmente diz tudo sobre o comportamento da Natureza(física). Quem sabe ler suas linhas sabe disso.  Sem matemática ainda viveríamos, mas numa condição de homens da caverna. A correlação entre a física e a matemática, hoje, após tantos desenvolvimentos notáveis, chega muito próxima de 1. E honestamente penso que é difícil separar uma da outra, por muitas razões que, para serem enumeradas,  seria necessário mais do que um simples post. O físico matemático Penrose certa vez escreveu: “Uma das coisas mais notáveis acerca do comportamento do Universo é que ele parece fundamentar-se na matemática. Quanto mais profundamente entramos nas leis da Natureza, mais parece que o mundo físico quase que se evapora e ficamos com a matemática. Quanto mais profundamente entendemos a Natureza, mais somos conduzidos para dentro desse mundo da matemática e dos conceitos matemáticos.”  Agora, lendo sobre o impagável Professor de física brasileiro, Henrique Fleming, ele diz que o de que trata o artigo de Nobel quântico Wigner e a citação do Penrose, constituem uma questão de que, em algum momento em sua vida, será motivo de suas reflexões. Isto é, irá pensar e tentar chegar ao âmago desta importante e não resolvida questão. Porquê é assim com a matemática? Porquê, se ela é uma criação da mente humana, tomou rumos próprios e francamente independentes – pois é o que, fortemente, parece – conduzindo e orientando os pesquisadores a mais que eventualmente desvendar o desconhecido. Há muitos exemplos na física que corroboram o que expressei na última sentença. Os matemáticos puros, eu chamo assim aqueles que estudam e geram matemática sem mais preocupações com a contrapartida física, quando “deixam de ser puros”,  a física, que responde pelo comportamento da Natureza, começa a  ganhar!
Os matemáticos “puros” tratam a matemática em todas as suas nuances sem importar se tal o qual resultado tem possibilidade física de existência. Por exemplo, a estrutura matemática da RG, que embute todas as leis físicas, não proíbe que eu volte ao passado e case com minha mãe. Mas é, francamente, um absurdo. E não se tratam de erros na matemática. Então, físico profissional, e que pensa como gente grande, sabe separar o joio do trigo, ao menos até os limites das limitações mentais do ser humano. Embora não saiba de o porquê ser assim e não de outro jeito. Enfim, há muito o que pensar, argumentar  nesta questão.
Eu não sou  matemático. E sempre estive longe de aceitar qualquer formalismo ou estrutura sem buscar a contrapartida física, sem buscar a correta interpretação física ou geométrica. É o que faz sentido e move meus interesses.  A matemática, com seu rigor, é muito abstrata e exige grande dose de paciência e paixão. Para mim, interessa-me, só a título de exemplo, compreender, entre tantas outras questões, o que significam um tensor, geometricamente falando, ou o que objetivamente querem dizer aquele montão de equações de campo de Einstein. Um tensor muito importante, chamado tensor de Ricci, o que representa e o que descreve, objetivamente; ou seja, o que se esconde por trás da complicada combinação de certos termos matemáticos que lhe dão vida!   O que significam e o que querem dizer, física e geometricamente, por exemplo, uma equação de onda – em todas as suas variantes – uma equação como a Navier-Stokes, ou mesmo a “simples” expressão matemática da Lei de Hooke e suas consequências físicas;  que são, apesar de sua simplicidade matemática, enormes em toda a física!.  Para pessoas como eu, meríssimo mortal, importa menos saber como se resolve uma tal equação diferencial, mas entende que é crucial saber o que ela significa, com toda a clareza possível. Sem o significado, seja físico ou geométrico, de nada vale saber. 
 
Não é como dirigir bem, o que pode ser feito sem se ter a mínima noção de como se processa uma combustão interna. And so on.
 
Bem, para não me alongar mais, e movido pelo combustível da questão levantada pelo Prof. Fleming, revelo estas considerações para vocês.
Espero, sinceramente, que esta postagem possa ativar algumas mentes ‘pensadoras” do grupo, e alguma luz possa piscar no fim do túnel.
Há muitas afirmações no texto acima que careceriam de detalhamento. Mas isto eu farei ao longo dessa (provável?) Thread.
 
Sds,
Victor.
 
 
 

SUBJECT: O fim do Universo. Fim?
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/07/2015 20:37

 

Olá,

 

Uma bela reflexão de um grande físico-matemático da atualidade, J.Baez.

 

Gosto muito do trabalho de Baez, por ser daqueles que explicam as coisas difíceis de modo que meros mortais  não fiquem a ver navios...ou até mesmo a deixar de vê-los...

 

Vale a pena a leitura. Eventuais opiniões caberiam nestas minhas intenções.

 

Sds,

Victor.

 

The End of the Universe

John Baez

August 28, 2011

It's interesting to ponder the end of the universe. And I'm not talking the short run, like how the Earth's continents will collide in 250 million years, or how in 1.1 billion years the Sun will become 10% brighter than it is today and start a runaway greenhouse effect leading to a complete loss of the Earth's oceans, or how the Andromeda galaxy will collide with the Milky Way in 3 billion years, shaking loose many planets in many solar systems, or how theSun will become a white dwarf in 7.8 billion years. I'm talking about the long term future!

In short: the end of everything.

For a long time, the big question was whether there was enough matter in the universe to make it recollapse, or whether it would expand forever. But in the late 1990's, astronomical observations began to suggest that the expansion of the universe is actually speeding up!

Let's suppose this is true, and let's assume the most popular explanation for it: namely, that there is a nonzero cosmological constant. A cosmological constant with the right sign makes the energy density of the vacuum positive, but makes its pressure negative - and 3 times as big. This makes the universe tend to expand. Normal matter makes the universe tend to recollapse. If the effect of the cosmological constant ever beats out the effect of normal matter, the universe will keep expanding, making the density of normal matter less... so the cosmological constant will ultimately win hands down, and the universe will eventually expand at an almost exponential rate.

Let's suppose this happens. What will be the ultimate fate of the universe?

First let me set the stage. What happens in the short run, i.e. the first 1023 years or so?

First, galaxies will keep colliding. These collisions seem to destroy spiral galaxies - they fuse into bigger elliptical galaxies. We can already see this happening here and there, and our own Milky Way may collide with Andromeda in only 3 billion years or so. If this happens, a bunch of new stars will be born from the shock waves due to colliding interstellar gas, but eventually we will inhabit a large elliptical galaxy. Unfortunately, elliptical galaxies lack spiral arms, which seem to be a crucial part of the star formation process, so star formation may cease even before the raw materials run out.

Of course, even if this doesn't happen, the birth of new stars must eventually cease, since there's a limited amount of hydrogen, helium, and other stuff that can undergo fusion.

This means that all the stars will eventually burn out. They'll either become either black dwarfs, neutron stars, or black holes. Stars become white dwarfs - and eventually black dwarfs when they cool - if they have mass less than 1.4 solar masses. In this case they can be held up by the degeneracy pressure caused by the Pauli exclusion principle, which works even at zero temperature. If they are heavier than this, they collapse: they become neutron stars if they are between 1.4 and 2 solar masses, and they become black holes if they are more massive.

The black holes will suck up some of the other stars they encounter. This is especially true for the big black holes at the galactic centers, which power radio galaxies if they swallow stars at a sufficiently rapid rate. But most of the stars, as well as interstellar gas and dust, will eventually be hurled into intergalactic space. This happens to a star whenever it accidentally reaches escape velocity through its random encounters with other stars. It's a slow process, but computer simulations show that about 90% of the mass of the galaxies will eventually "boil off" this way - while the rest becomes a big black hole.

(It may seem odd that first the galaxies form by gravitational attraction of matter and then fall apart again by "boiling off", but the point is, intergalactic matter is less dense now than it was when galaxies first formed, thanks to the expansion of the universe. When the galaxies first formed, there was lots of gas around. Now the galaxies are essentially isolated - intergalactic space is almost a vacuum. And you can show in the really long run, any isolated system consisting of sufficiently many point particles interacting gravitationally - even an apparently "gravitationally bound" system - will "boil off" as individual particles randomly happen to acquire enough kinetic energy to reach escape velocity. Computer calculations already suggest that the solar system will fall apart this way, barring other interventions. With the galaxies it's even more certain to happen, since there are more particles involved, so things are more chaotic.)

How long will all this take? Well, the white dwarfs will cool to black dwarfs with a temperature of at most 5 Kelvin in about 1017 years, and the galaxies will boil away by about 1019 years. Most planets will have already been knocked off their orbits by then, but any that are still orbiting stars will spiral in thanks to gravitational radiation in about 1020 years.

Then what? Well, in about 1023 years the dead stars will actually boil off from the galactic clusters, not just the galaxies, so the clusters will disintegrate. At this point the cosmic background radiation will have cooled to about 10-13 Kelvin, and most things will be at about that temperature unless proton decay or some other such process keeps them warmer.

Okay, so now we have a bunch of isolated black dwarfs, neutron stars, and black holes together with atoms and molecules of gas, dust particles, and of course planets and other crud, all very close to absolute zero.

As the universe expands these things eventually spread out to the point where each one is completely alone in the vastness of space.

So what happens next?

Well, everybody loves to talk about how all matter eventually turns to iron thanks to quantum tunnelling, since iron is the nucleus with the least binding energy, but unlike the processes I've described so far, this one actually takes quite a while. About 101500 years, to be precise. (Well, not too precise!) So it's quite likely that proton decay or something else will happen long before this gets a chance to occur.

For example, everything except the black holes will have a tendency to "sublimate" or "ionize", gradually losing atoms or even electrons and protons, despite the low temperature. Just to be specific, let's consider the ionization of hydrogen gas - although the argument is much more general. If you take a box of hydrogen and keep making the box bigger while keeping its temperature fixed, it will eventually ionize. This happens no matter how low the temperature is, as long as it's not exactly absolute zero - which is forbidden by the 3rd law of thermodynamics, anyway.

This may seem odd, but the reason is simple: in thermal equilibrium any sort of stuff minimizes its free energy, E - TS: the energy minus the temperature times the entropy. This means there is a competition between wanting to minimize its energy and wanting to maximize its entropy. Maximizing entropy becomes more important at higher temperatures; minimizing energy becomes more important at lower temperatures - but both effects matter as long as the temperature isn't zero or infinite.

Think about what this means for our box of hydrogen. On the one hand, ionized hydrogen has more energy than hydrogen atoms or molecules. This makes hydrogen want to stick together in atoms and molecules, especially at low temperatures. But on the other hand, ionized hydrogen has more entropy, since the electrons and protons are more free to roam. And this entropy difference gets bigger and bigger as we make the box bigger. So no matter how low the temperature is, as long as it's above zero, the hydrogen will eventually ionize as we keep expanding the box.

(In fact, this is related to the "boiling off" process that I mentioned already: we can use thermodynamics to see that the stars will boil off the galaxies as they approach thermal equilibrium, as long as the density of galaxies is low enough.)

However, there's a complication: in the expanding universe, the temperature is not constant - it decreases!

So the question is, which effect wins as the universe expands: the decreasing density (which makes matter want to ionize) or the decreasing temperature (which makes it want to stick together)?

In the short run this is a fairly complicated question, but in the long run, things may simplify: if the universe is expanding exponentially thanks to a nonzero cosmological constant, the density of matter obviously goes to zero. But the temperature does not go to zero. It approaches a particular nonzero value! So all forms of matter made from protons, neutrons and electrons will eventually ionize!

Why does the temperature approach a particular nonzero value, and what is this value? Well, in a universe whose expansion keeps accelerating, each pair of freely falling observers will eventually no longer be able to see each other, because they get redshifted out of sight. This effect is very much like the horizon of a black hole - it's called a "cosmological horizon". And, like the horizon of a black hole, a cosmological horizon emits thermal radiation at a specific temperature. This radiation is called Hawking radiation. Its temperature depends on the value of the cosmological constant. If we make a rough guess at the cosmological constant, the temperature we get is about 10-30 Kelvin.

This is very cold, but given a low enough density of matter, this temperature is enough to eventually ionize all forms of matter made of protons, neutrons and electrons! Even something big like a neutron star should slowly, slowly dissipate. (The crust of a neutron star is not made of neutronium: it's mainly made of iron.)

But what about the black holes?

Well, they probably evaporate due to Hawking radiation: a solar-mass black hole should do so in 1067 years, and a really big one, comparable to the mass of a galaxy, should take about 1099 years.

Actually, a black hole only shrinks by evaporation when it's in an enviroment cooler than the temperature of its Hawking radiation - otherwise, it grows by swallowing thermal radiation. The Hawking temperature of a solar-mass black hole is about 6 × 10-8 Kelvin, and in general, it's inversely proportional to the black hole's mass. The universe should cool down below 10-8 Kelvin very soon compared to the 1066 years it takes for a solar-mass black holes to evaporate. However, before that time, such a black hole would grow by absorbing background radiation - which makes its temperature decrease and help it grow more!

If a black hole ever grew to about 1022 solar masses, its Hawking temperature would go below 10-30 Kelvin, which would allow it to keep growing even when the universe has cooled to its minimum temperature. Of course, 1022 solar masses is huge - about the mass of the currently observable universe! But it would take a nontrivial calculation to show that reasonable-sized black holes have no chance of getting this big. I think it's true, but I haven't done the calculation.

For now, let's assume it's true: all black holes will eventually shrink away and disappear - none of them grow big enough to stick around when it getsreally cold.

As black holes evaporate, they will emit photons and other particles in the process, so for a while there will be a bit of radiation like this running around. That livens things up a little bit - but this process will eventually cease.

What about the neutron stars? Well, if they don't ionize first, ultimately they should quantum-tunnel into becoming black holes, which then Hawking-radiate away.

Similarly, if the black dwarfs and planets and the like don't evaporate and their protons don't decay, they may quantum-tunnel into becoming solid iron - as I already mentioned, this takes about 101500 years. And then, if this iron doesn't evaporate and nothing else happens, these balls of iron will eventually quantum-tunnel into becoming black holes, which then Hawking-radiate away. This would take about 10100000000000000000000000000 years - that's 26 zeros.

This is a much longer time than any I've mentioned so far, so I wouldn't be surprised if some other effect we haven't thought about happens first. Indeed, this whole discussion should be taken with a grain of salt: future discoveries in physics could drastically change the end of this story. It's also possible that the intervention of intelligent life could change things - I've avoided discussing that here. Cosmology has been full of surprises lately, and there will probably be more to come.

But the overall picture seems to lean heavily towards a far future where everything consists of isolated stable particles: electrons, neutrinos, and protons (unless protons decay). If the scenario I'm describing is correct, the density of these particles will go to zero, and eventually each one will be cut off from all the rest by a cosmological horizon, making them unable to interact. Of course there will be photons as well, but these will eventually come into thermal equilibrium forming blackbody radiation at the temperature of the cosmological horizon - perhaps about 10-30 Kelvin or so.

This is why it's really a bad idea to keep putting things off for tomorrow.

However, Leonard Susskind has recently pointed out that in thermal equilibrium at any nonzero temperature, any system exhibits random fluctuations. The lower the temperature they smaller these are, but they are always there. These fluctuations randomly explore the space of all possible states of your system. So eventually, if you wait long enough, these random fluctuations will carry the system to whatever state you like. Well, that's a bit of an exaggeration: these fluctuations can't violate conservation laws. But conservation of energy doesn't count here, since at a nonzero temperature, a system is really in a state of all possible energies. So it's possible, for example, that a ice cube at the freezing point of water will melt or even boil due to random fluctuations. The reason we never see this happen is that such big fluctuations are incredibly rare.

Carrying this thought to a ridiculous extreme, what this means is that even if the universe consists of more or less empty space at a temperature of 10-30kelvin, random fluctuations will occaisionally create atoms, molecules... and even solar systems and galaxies! The bigger the fluctuation, the more rarely it happens - but eternity is a long time. So eventually there will arise, sheerly by chance, a person just like you, with memories just like yours, reading a webpage just like this.

In short: maybe the universe has already ended!

However, the time it takes for really big fluctuations like this to occur is truly huge. It dwarfs all the time scales I've mentioned so far. So, it's probably not worth worrying about this issue too much: we don't know enough physics to make reliable predictions on such long time scales.

References

You may also be interested in my brief history of the universe, which covers the past as well as the future.

Many of the numbers in the above article were taken from table 10.2 in this book:

  • John D. Barrow and Frank J. Tipler, The Anthropic Cosmological Principle, Oxford U. Press, Oxford, 1988.

The hypothesis of proton decay is less fashionable now than when this book was written, since people have looked very hard for it and not found it - pushing up the lower bound on the proton lifetime to 1032 years. Also, the nonzero mass of the neutrino was discovered after this book was written, as was the apparent nonzero cosmological constant. Nonetheless, it includes some dicussion of the effects of a nonzero cosmological constant, and notes that in a universe with ever-accelerating expansion due to a cosmological constant, all computation must eventually cease due to a heat death, as explained above.

Tipler subsequently wrote a book of speculations about the fate of intelligent in the far future. He assumed there would be a big crunch, which no longer seems to be true, so I do not use his ideas here.

Freeman Dyson has discussed the fate of intelligent life in the far future assuming a perpetually expanding universe, but assuming the cosmological constant is zero. In this situation the temperature of the universe decreases ever closer to absolute zero, and Dyson figured out that in principle, intelligent life could last forever and think an infinite number of thoughts, although slower and slower. This idea seems to be ruined by the presence of a nonzero cosmological constant and the resulting nonzero lower bound on the temperature.

For more, try:

The notion of a nonzero lower bound for the temperature of the universe are discussed in Scientific American articles appearing in the April 1999 and November 1999 issues, the latter written by Krauss and Starkman.

The rough estimates of 10-30 Kelvin for the limiting temperature of the universe and 1022 solar masses for the smallest black hole that would never evaporate are derived here:

Susskind's remark about random fluctuations can be found here:

I don't think any of these sources mention the "ionization" effect I discuss here. I would like to know the rate of this process, but I'm busy, so if you can figure it out it, go ahead and let me know the answer.

This article arose from a discussion among the contributors to sci.physics.research, an

 


SUBJECT: TACS - Administração cientifica da humanidade - 1
FROM: Mtnos Calil <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: <Ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/07/2015 21:16

                                                        TACS – Nota introdutória

TACS – o que é isso?

É uma “teoria da administração cientifica da sociedade”.

Continua a pergunta: o que é isso?

Para definirmos o que é isso precisamos definir o que é cada um dos 4 elementos que compõem o isso.

O que é teoria?

O que é administração?

O que é administração cientifica?

O que é sociedade?

Essas definições serão elaboradas paralelamente à exposição da teoria.

Partiremos da premissa de que a administração cientifica  de qualquer instituição, seja ela pública ou privada, educacional ou artística, com ou sem fins lucrativos, deve ter como primeiro passo o DIAGNÓSTICO DOS PROBLEMAS ORGANIZACIONAIS. 

 Dentre os inúmeros problemas que a sociedade humana enfrenta hoje, destacam-se:

a)  Excessiva concentração de renda que provoca uma desigualdade social extrema

b) Aquecimento global 

c) Esquizofrenia Social/ patologia da normalidade

d) Excessiva concentração demográfica nas grandes cidades 

e) Criminalidade/ corrupção

f) Infantilização dos adultos

g) Adultização das crianças

h) Humanização das máquinas

i) Maquinização dos humanos ‘

j) Destruição dos alicerces da moral e da ética

k) Mercantilização da ciência

i) Banalização do mal 

 CONTINUA

 Obs. Essa teoria pode se revelar como uma mera hipótese, um ensaio, uma utopia, uma fantasia. Não importa agora entrarmos no mérito do uso do termo “teoria”. O que importa agora é verificarmos a consistência lógica das análises e soluções sugeridas, tendo em mente que a finalidade essencial da ciência é resolver problemas.

Mtnos Calil

Ps. Só a ciência poderá salvar a humanidade, removendo assim o caráter mitológico do “salvacionismo”. Entenda-se por "salvar", evitar que ela sofra um processo de auto-destruição em larga escala. Aqueles a quem caberia essa missão - nossos governantes (leia-se políticos) - esgotaram suas potencialidades e o mundo vive hoje uma fase de um esgotamento sistêmico sem precedentes da história da humanidade. 

 

                                                                           MENSAGENS ANTERIORES SOBRE A TACS VEICULADAS NO CIENCIALIST

O primeiro passo da administração cientifica da sociedade - 1

Expandir mensagens

·         Mtnos Calil

16 de jun 2015

Ignoti nulla est curatio morbi !

 

Segundo a TACS – Teoria da Administração Cientifica da Sociedade, o primeiro passo para a implantação de uma metodologia cientifica de governança da sociedade humana consistiria na elaboração de um diagnóstico das doenças sociais que afligem a humanidade desde que ela surgiu na face da terra. Ocorre que os governantes, políticos e administradores da coisa pública sequer consideraram até agora a existência de tais enfermidades!  A patologia da normalidade, um conceito da psicologia atual, na verdade sempre existiu.

Transtornos como o da escravidão  até recentemente foram considerados normais. A escravidão foi abolida mas as guerras não. E além das guerras existem várias outras enfermidades para as quais não se descobriu a cura, pois como diz o ditado latino acima citado, “não há tratamento para doença desconhecida.”

Quando o individuo está doente, ele procura um médico. Mas quando uma sociedade está doente, ela não tem a quem procurar, só lhe restando viver e sobreviver com suas doenças. A mais grave das causas das tragédias  pode ser assim resumida: os governantes não governam para o conjunto da sociedade privilegiando a si mesmos e a seus associados e patrocinadores.

Esse transtorno  costuma ser interpretado de uma forma reducionista, atribuindo-se aos sistemas econômicos a causa de todos os males sociais. Será então que causa exclusiva da escravidão na Grécia antiga cujos governantes e filósofos construíram as bases da civilização moderna era o sistema econômico?

A escravidão acabou mas a pobreza e a miséria não! 

E todas as mudanças e aperfeiçoamentos de nossos sistemas econômicos desenvolvidos ao longo de mais de dois mil anos não foram suficientes para curar essa grave enfermidade.

Existe hoje cerca de um bilhão de famintos e sub-nutridos no planeta enquanto algumas empresas dispõem de trilhões de dólares para investirem na produção mas preferem obter lucros imediatos com a especulação financeira

A elaboração de um diagnóstico cientifico dos problemas sociais requer uma visão multidisciplinar, através da qual a economia seja considerada apenas parte de uma síndrome, sendo outra parte constituída por transtornos biológicos e psicológicos. 

A economia tem tido mais destaque nos diagnósticos porque ela é a parte mais visível da síndrome. Mais visível e mensurável, porque tem no dinheiro; a referência básica. Uma boa tática para a TACS seria imaginar o que seria da humanidade se o dinheiro fosse extinto. Esse tipo de hipótese imaginária costuma ser utilizado na ciência. Como Einstein disse, a imaginação é mais importante que o conhecimento. (Peço licença para fazer essa ressalva: às vezes e ad referendum do conhecimento). 

(continua)

Mtnos Calil

Ps. A humanidade está passando por um processo de enlouquecimento (esquizofrenia social) que só poderá ser curado (ou controlado) a partir do momento em que tenha a sua existência reconhecida. 

·         .

88499Re: [ciencialist]Re: Administração cientifica da sociedade humana

.

7 de jun 2015

·         Muito obrigado pela dica! 

·         Mtnos Calil

A expressão "Management of social transformation" abre um espaço inesperado. 

Tudo que a humanidade precisa é disso. Só falta o adjetivo "scientific"  na frente do management.

Eu vou mandar uma carta para eles propondo este pequeno acréscimo. 

Assim a nossa utopia terá um capítulo da ONU, graças à indicação do sr. Roberto Takata. 

 

Mtnos Calil 



On Dom 07/06/15 22:21 , "roberto.takata@... [ciencialist]" ciencialist@... sent:
.

Calil,

 

Talvez você se interesse pelo Programa MOST - Management of Social Transformations- da Unesco:

 

"The MOST Programme's primary purpose is to transfer relevant Social Sciences research findings and data to decision-makers and other stakeholders.

MOST focuses on building efficient bridges between research, policy and practice. The programme promotes a culture of evidence-based policy-making – nationally, regionally and internationally. As the only UNESCO programme that fosters and promotes social science research, it is placed in a pivotal position in the overall promotion of UNESCO's goals."

 

Management of Social Transformations (MOST) Programme | United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization

image

Management of Social Transformations (MOST) P...

The MOST Programme's primary purpose is to transfer relevant Social Sciences research findings and data to decision-makers and other stakeholders.

Visualizar em www.unesco.org

Visualização pelo Yahoo


[]s,

Roberto Takata

 



SUBJECT: Re: [ciencialist] Matemática e o universo. Uma inexorável correlação.
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/07/2015 09:02

Fala Victor/Pesky,

Eu, particularmente, considero esse tema SENSACIONAL!

Quando li, no artigo do Wigner, a história da conversa entre um estatístico, que tentava explicar a distribuição gaussiana e um leigo, a seguinte frase me causou impacto - "certamente a população não tem nada a ver com a circunferencia do círculo".

Eu, particularmente, considero a matemática uma mera descoberta. Os números (e as operações aritméticas básicas), são representação de percepções de qdes, que apreendemos desde tempos imemorias (animais tb parece "saber" contar), através de nossos sentidos. Os axiomas, tanto geométricos, qto aritméticos, tb estão diretamente relacionados a nossa percepção da realidade.

Na verdade, como todas as verdades e teoremas já estão determinados, logo após a enunciação de um conjunto de axiomas, toda a discussão sobre a origem da matemática pode se basear exclusivamente na questão sobre as origens dos axiomas. Nesse sentido, creio que os axiomas das geometrias e da aritmética (o que chamo de "fundamentais"),são todos descobertas.

Acho que nossa capacidade de "manipulação" (que é um dado da realidade tb) nos permitiu desenvolver novos conjuntos de axiomas, conjuntos numéricos, a partir dos "fundamentais" que, não obstante a inexistência de uma percepção direta dos mesmos na realidade, acabaram gerando resultados fantásticos na descrição da mesma (em reinos onde antes nem sonhávamos enxergar - e onde ainda não enxergamos!!!), o que pode ser uma evidência de que são tão descobertas quanto os "fundamentais"

Abs
Felipe



Em Terça-feira, 30 de Junho de 2015 10:33, "'Pesky Bee' peskybee2@gmail.com [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br> escreveu:


 
Desde já confesso (envergonhadamente) que não li a textarada
toda do JVictão, mas as poucas palavrófilas que li me
acenderam uma pequenutcha vela no interior de minha
cachola.
 
Ouso arrotar que a matemática é tão foderosa, tão prá lá
de bagdá, que ela transcende o compreensionamento Homosapienzófilo
(ou mulherosapienzófilo, como quer a desgramenta da Dilmófila).
 
Um exemplo? A conceituação de "infinito". Antes de Georg Cantor,
só havia um infinito: era coisa prá gargálio e pronto. Mas
esse mano esperto introduziu a ideiófila de que existe mais
de um infinito, com alguns
desses infinitos sendo mais "infinitos"
do que os outros. Parece papo de bêbado, né?
 
Mas sabemos
matematicamente que isso é verdade (ou seja, o infinito
dos
números naturais é "menor" do que o dos números reais). Mas
saja haco para tentar entender intuitivamente isso! Quem quiser
uma explicacionice bem legalófila, veja esta porra aqui:
 
Infinity is bigger than you think
 
Arrepiam-se-me-lhe as penugens das corrugadas esferas escrotais!
 
*PB*
 
 
 
From: Belmiro Wolski belmirow@yahoo.com.br [ciencialist]
Sent: Tuesday, June 30, 2015 9:04 AM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] Matemática e o universo. Uma inexorável correlação.
 

Caro Victor!

Eu tenho a explicação! O God se formou em matemática, tem doutorado e o escambau na aludida área. É isso! Simples assim! E você vai pensar: Por que não pensei nisso antes?
 

*BW*
 

Em Terça-feira, 30 de Junho de 2015 8:24, "'JVictor' j.victor.neto@uol.com.br [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br> escreveu:
 

Olá,
 
Sou um sujeito fascinado por matemática, desde  tempos de menino lá no interior dos Garanhuns. 
O artigo  'The unreasonable effectiveness of mathematics in physical science' do físico Wigner não me impressionou mais do que o “embabascamento” que já nutria por esse ramo do conhecimento e que se revela, inexoravelmente, uma linguagem muda, fria,  objetiva e extremamente precisa; e que, apesar de mudez, simplesmente diz tudo sobre o comportamento da Natureza(física). Quem sabe ler suas linhas sabe disso.  Sem matemática ainda viveríamos, mas numa condição de homens da caverna. A correlação entre a física e a matemática, hoje, após tantos desenvolvimentos notáveis, chega muito próxima de 1. E honestamente penso que é difícil separar uma da outra, por muitas razões que, para serem enumeradas,  seria necessário mais do que um simples post. O físico matemático Penrose certa vez escreveu: “Uma das coisas mais notáveis acerca do comportamento do Universo é que ele parece fundamentar-se na matemática. Quanto mais profundamente entramos nas leis da Natureza, mais parece que o mundo físico quase que se evapora e ficamos com a matemática. Quanto mais profundamente entendemos a Natureza, mais somos conduzidos para dentro desse mundo da matemática e dos conceitos matemáticos.”  Agora, lendo sobre o impagável Professor de física brasileiro, Henrique Fleming, ele diz que o de que trata o artigo de Nobel quântico Wigner e a citação do Penrose, constituem uma questão de que, em algum momento em sua vida, será motivo de suas reflexões. Isto é, irá pensar e tentar chegar ao âmago desta importante e não resolvida questão. Porquê é assim com a matemática? Porquê, se ela é uma criação da mente humana, tomou rumos próprios e francamente independentes – pois é o que, fortemente, parece – conduzindo e orientando os pesquisadores a mais que eventualmente desvendar o desconhecido. Há muitos exemplos na física que corroboram o que expressei na última sentença. Os matemáticos puros, eu chamo assim aqueles que estudam e geram matemática sem mais preocupações com a contrapartida física, quando “deixam de ser puros”,  a física, que responde pelo comportamento da Natureza, começa a  ganhar!
Os matemáticos “puros” tratam a matemática em todas as suas nuances sem importar se tal o qual resultado tem possibilidade física de existência. Por exemplo, a estrutura matemática da RG, que embute todas as leis físicas, não proíbe que eu volte ao passado e case com minha mãe. Mas é, francamente, um absurdo. E não se tratam de erros na matemática. Então, físico profissional, e que pensa como gente grande, sabe separar o joio do trigo, ao menos até os limites das limitações mentais do ser humano. Embora não saiba de o porquê ser assim e não de outro jeito. Enfim, há muito o que pensar, argumentar  nesta questão.
Eu não sou  matemático. E sempre estive longe de aceitar qualquer formalismo ou estrutura sem buscar a contrapartida física, sem buscar a correta interpretação física ou geométrica. É o que faz sentido e move meus interesses.  A matemática, com seu rigor, é muito abstrata e exige grande dose de paciência e paixão. Para mim, interessa-me, só a título de exemplo, compreender, entre tantas outras questões, o que significam um tensor, geometricamente falando, ou o que objetivamente querem dizer aquele montão de equações de campo de Einstein. Um tensor muito importante, chamado tensor de Ricci, o que representa e o que descreve, objetivamente; ou seja, o que se esconde por trás da complicada combinação de certos termos matemáticos que lhe dão vida!   O que significam e o que querem dizer, física e geometricamente, por exemplo, uma equação de onda – em todas as suas variantes – uma equação como a Navier-Stokes, ou mesmo a “simples” expressão matemática da Lei de Hooke e suas consequências físicas;  que são, apesar de sua simplicidade matemática, enormes em toda a física!.  Para pessoas como eu, meríssimo mortal, importa menos saber como se resolve uma tal equação diferencial, mas entende que é crucial saber o que ela significa, com toda a clareza possível. Sem o significado, seja físico ou geométrico, de nada vale saber. 
 
Não é como dirigir bem, o que pode ser feito sem se ter a mínima noção de como se processa uma combustão interna. And so on.
 
Bem, para não me alongar mais, e movido pelo combustível da questão levantada pelo Prof. Fleming, revelo estas considerações para vocês.
Espero, sinceramente, que esta postagem possa ativar algumas mentes ‘pensadoras” do grupo, e alguma luz possa piscar no fim do túnel.
Há muitas afirmações no texto acima que careceriam de detalhamento. Mas isto eu farei ao longo dessa (provável?) Thread.
 
Sds,
Victor.
 
 
 



SUBJECT: Lógicas e Informação
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: ListadeCiência <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/07/2015 09:20

Aproveitando o gancho do email do Victor, vou compartilhar uma reflexão que fiz! Há um tempo atrás, li um artigo sobre a interpretação da MQ chamada Qbism. Pelo que entendi, nessa interpretação, a natureza probabilística da MQ é explicada como uma mera questão de disponibilidade de informações, que ao longo do processo de medição, vai se reduzindo até termos um determinado valor (nessa interpretação é usado o Teorema de Bayes).

Outro dia, estava lendo sobre a lógica paraconsistente (que permite e opera com A e NA sendo ambos verdadeiros), como ela tem uma relação/aplicação direta na MQ, me veio o mesmo pensamento com relação a essa diferenciação das lógicas.

Ou seja, da mesma forma que temos um universo clássico e outro quântico, temos para esses, lógicas clássicas e “quânticas”(paraconsistentes). E mais, da mesma forma como proposto no Qbism, a questão das diferentes lógicas estaria relacionada exatamente a qde de informação disponível. Ou seja, onde se tem todas (ou um determinado nível de) as infos disponíveis, a lógica aristotélica é aplicável satisfatoriamente; já onde temos informações não totalmente disponíveis (ou abaixo de um determinado nível), a lógica aristotélica desaba (não consegue operar e chegar a conclusões) e se torna necessária uma lógica mais “abrangente”.

Um exemplo para ilustrar : Matar é errado ? Com esse nível de informação, podemos assumir que é e não é errado; está em uma situação de indefinição (sobreposição J ) dentro da lógica aristotélica, pois não temos informações suficientes para fazê-la operar! Se tornarmos a questão mais específica (adicionando mais informação), como por exemplo :

1) Matar, como último recurso, para defender a própria vida é errado ?
2) Matar, sem que sua vida esteja em risco, para roubar uma bicicleta, é errado ?

Torna-se claro que, no primeiro caso, matar não é errado; no segundo que matar é errado. O caso inicial representa, então, o conjunto que representa todas as possibilidades A e NA com relação a Matar e dessa forma, representa um conjunto “paraconsistente”. Os demais, são subconjuntos específicos (“aristotélicos”) desse conjunto “paraconsistente”

Essa foi minha viagem da semana!! hehehe

Abs
Felipe

SUBJECT: ENC: [ciencialist] Lógicas e Informação
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/07/2015 09:46

Felipe,

 

Essa foi minha viagem da semana!! hehehe

 

E que bela viagem!

 

Mais à frente tentarei comentá-los, agregando o que penso a respeito.

 

Mas lhe digo uma coisa: continue pensando e elaborando assim, que agradeceremos.

 

Sds,

Victor.

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br]
Enviada em: quinta-feira, 2 de julho de 2015 09:20
Para: ListadeCiência
Assunto: [ciencialist] Lógicas e Informação

 

 

Aproveitando o gancho do email do Victor, vou compartilhar uma reflexão que fiz! Há um tempo atrás, li um artigo sobre a interpretação da MQ chamada Qbism. Pelo que entendi, nessa interpretação, a natureza probabilística da MQ é explicada como uma mera questão de disponibilidade de informações, que ao longo do processo de medição, vai se reduzindo até termos um determinado valor (nessa interpretação é usado o Teorema de Bayes).

 

Outro dia, estava lendo sobre a lógica paraconsistente (que permite e opera com A e NA sendo ambos verdadeiros), como ela tem uma relação/aplicação direta na MQ, me veio o mesmo pensamento com relação a essa diferenciação das lógicas.

 

Ou seja, da mesma forma que temos um universo clássico e outro quântico, temos para esses, lógicas clássicas e “quânticas”(paraconsistentes). E mais, da mesma forma como proposto no Qbism, a questão das diferentes lógicas estaria relacionada exatamente a qde de informação disponível. Ou seja, onde se tem todas (ou um determinado nível de) as infos disponíveis, a lógica aristotélica é aplicável satisfatoriamente; já onde temos informações não totalmente disponíveis (ou abaixo de um determinado nível), a lógica aristotélica desaba (não consegue operar e chegar a conclusões) e se torna necessária uma lógica mais “abrangente”.

 

Um exemplo para ilustrar : Matar é errado ? Com esse nível de informação, podemos assumir que é e não é errado; está em uma situação de indefinição (sobreposição J ) dentro da lógica aristotélica, pois não temos informações suficientes para fazê-la operar! Se tornarmos a questão mais específica (adicionando mais informação), como por exemplo :

 

1) Matar, como último recurso, para defender a própria vida é errado ?

2) Matar, sem que sua vida esteja em risco, para roubar uma bicicleta, é errado ?

 

Torna-se claro que, no primeiro caso, matar não é errado; no segundo que matar é errado. O caso inicial representa, então, o conjunto que representa todas as possibilidades A e NA com relação a Matar e dessa forma, representa um conjunto “paraconsistente”. Os demais, são subconjuntos específicos (“aristotélicos”) desse conjunto “paraconsistente”

 

Essa foi minha viagem da semana!! hehehe

 

Abs

Felipe


SUBJECT: Re: [ciencialist] TACS - Administração cientifica da humanidade - 1
FROM: "Pesky Bee" <peskybee2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/07/2015 09:47

É o TACS! A teoria que, se o sujeito não obedecer, vem um
negão de 2 metros e TACS um tapão na cara do mané.
E vejamos meus (infames) comentários sobre alguns dos
tópicos dessa teorizófila (pode pular o post todos aqueles
que estiverem à cata apenas de coisas sérias, hahahahaha).

> b) Aquecimento global
 
Quer dizer que não vou mais poder acender meus peidos
com fósforo?

c) Esquizofrenia Social/ patologia da normalidade
 
Aí vem a questiúncula: será que eu sou normalóide e vocês
é que são sérios demais? Ou é o oposto?
 
d) Excessiva concentração demográfica nas grandes cidades
 
Fácil resolver: quem tiver carro, que se mude da cidade.
Cidade fica só para quem anda a pé ou de busão (ou, no máximo,
como carona da vizinha gostozuda).
 
f) Infantilização dos adultos
Ah, evitar isso daí eu acho que não consigo! Faço força
mas não consigo. Não mesmo, hahahahaha.

g) Adultização das crianças
 
O muleque de 12 anos de idade na fila da receita federal
para consertar uma letrinha no nome dele que saiu errado
e o governo invalidou o CPF dele. Depois ele vai ter
um lero com o gerente do banco para aumentar o limite
do cartão de crédito.

h) Humanização das máquinas
 
Os manequins de loja de roupas de mulé deverão ser
robotizadas e vir com tetas e bundas macias e em tamanho
extra-periguete, capazes de ficar sambando de forma sensual.
E é óbvio, os clientes masculinos poderão apalpar essas
deliciosas curvas enquanto a mulherada fica comprando
as roupagens. É o único jeito dos homens falarem: "meu
bem, vamos lá no shopping comprar uma blusa nova?", hahahahaha

i) Banalização do mal
 
O quê?! Já não vou poder mais tirar caquinha do nariz e
esfregar embaixo da mesa do bar?
 
*PB*
 
 

From: Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]
Sent: Wednesday, July 01, 2015 9:16 PM
To: Ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: [ciencialist] TACS - Administração cientifica da humanidade - 1
 
 
 

                                                        TACS – Nota introdutória
 
TACS – o que é isso?
 
É uma “teoria da administração cientifica da sociedade”.
 
Continua a pergunta: o que é isso?
 
Para definirmos o que é isso precisamos definir o que é cada um dos 4 elementos que compõem o isso.
 
O que é teoria?
 
O que é administração?
 
O que é administração cientifica?
 
O que é sociedade?
 
Essas definições serão elaboradas paralelamente à exposição da teoria.
 
Partiremos da premissa de que a administração cientifica  de qualquer instituição, seja ela pública ou privada, educacional ou artística, com ou sem fins lucrativos, deve ter como primeiro passo o DIAGNÓSTICO DOS PROBLEMAS ORGANIZACIONAIS.
 
Dentre os inúmeros problemas que a sociedade humana enfrenta hoje, destacam-se:
 

a) Excessiva concentração de renda que provoca uma desigualdade social extrema
 
b) Aquecimento global
 
c) Esquizofrenia Social/ patologia da normalidade
 
d) Excessiva concentração demográfica nas grandes cidades
 
e) Criminalidade/ corrupção
 
f) Infantilização dos adultos
 
g) Adultização das crianças
 
h) Humanização das máquinas
 
i) Maquinização dos humanos ‘
 
j) Destruição dos alicerces da moral e da ética
 
k) Mercantilização da ciência
 
i) Banalização do mal
 
 

 
 
 
 

SUBJECT: Re: [ciencialist] Matemática e o universo. Uma inexorável correlação.
FROM: "Pesky Bee" <peskybee2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/07/2015 09:48

> Os axiomas, tanto geométricos, qto aritméticos, tb estão
> diretamente relacionados a nossa percepção da realidade
 
Felipão, é essa a principal questiúncula que me acende os
pensamentófilos. Porque já aprendemos que aquilo que percebemos
é meramente uma fugaz fumacinha prá lá de bagdá da realidade.
Então, a maior parte de nossa matemática atual está
fundamentacionada em axiomas que são derivados dessa
nossa condição de "cegos em meio a tiroteio". É por isso
que acredito que possa haver outras matemáticas, com axiomas
diferentes (e até mesmo contra-intuitivos) capazes de
levar nossos pensamentóides lá para a casa de campo do carválho.
 
*PB*
 
 
 
From: luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br [ciencialist]
Sent: Thursday, July 02, 2015 9:02 AM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] Matemática e o universo. Uma inexorável correlação.
 
 
 

Fala Victor/Pesky,
 
Eu, particularmente, considero esse tema SENSACIONAL!
 

Quando li, no artigo do Wigner, a história da conversa entre um estatístico, que tentava explicar a distribuição gaussiana e um leigo, a seguinte frase me causou impacto - "certamente a população não tem nada a ver com a circunferencia do círculo".
 

Eu, particularmente, considero a matemática uma mera descoberta. Os números (e as operações aritméticas básicas), são representação de percepções de qdes, que apreendemos desde tempos imemorias (animais tb parece "saber" contar), através de nossos sentidos. Os axiomas, tanto geométricos, qto aritméticos, tb estão diretamente relacionados a nossa percepção da realidade.
 

Na verdade, como todas as verdades e teoremas já estão determinados, logo após a enunciação de um conjunto de axiomas, toda a discussão sobre a origem da matemática pode se basear exclusivamente na questão sobre as origens dos axiomas. Nesse sentido, creio que os axiomas das geometrias e da aritmética (o que chamo de "fundamentais"),são todos descobertas.
 

Acho que nossa capacidade de "manipulação" (que é um dado da realidade tb) nos permitiu desenvolver novos conjuntos de axiomas, conjuntos numéricos, a partir dos "fundamentais" que, não obstante a inexistência de uma percepção direta dos mesmos na realidade, acabaram gerando resultados fantásticos na descrição da mesma (em reinos onde antes nem sonhávamos enxergar - e onde ainda não enxergamos!!!), o que pode ser uma evidência de que são tão descobertas quanto os "fundamentais"
 

Abs
Felipe
 

 
 
 
 

SUBJECT: forum de física: Teoria da Relatividdade
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/07/2015 10:04

 

Olá,

 

Para os interessados, um porto seguro científico para conversas aprumadas: https://www.physicsforums.com. Trata-se de um fórum científico, onde  nada entra  que não se refira a algum tópico específico – e lá tem muitos, envolvendo quase todo o conhecimento científico -  e só a ele.  

 

Qualquer off-topic é fortemente moderado, jogado na lixeira. Por isso, o fórum é limpo, não poluído. Eu mesmo já fui moderado. No tópico Fisica Geral, alguém fez uma pergunta envolvendo desvio geodésico sob o ponto de vista Newtoniano; eu fiz um esforço e esbocei uma exposição que, do meu ponto de vista, envolvia a relatividade geral, resultando na descrição do desvio geodésico via conceitos da RG. O administrador simplesmente fez um comentário positivo acerca do post, em pvt, mas informou que, alí, dever-se-ia (essa mesóclise é para parecer que eu sou sabido...) tratar apenas da física clássica, Newtoniana.

 

Informou que o meu post, naquele tópico, era off-topiic.

 

Por isso, disse: agradecemos sua participação, etc,  mas...o teu post, camerrade, vai para a lixeira!  E tem mais: não faça mais isso, ouviu cabra?   

 

Selecionei a thread  abaixo,  dentro do tópico relatividade, pelo interesse imediato que o assunto suscita:

 

 

https://www.physicsforums.com/threads/freefall-isnt-acceleration.819989/page-3#post-5154847

 

Comentários, reparos?

 

Sds,

Victor.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Lógicas e Informação
FROM: Jeff <jeff@jeff.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/07/2015 10:21

Essa interpretação não seria a mesma coisa que a teoria das "variáveis ocultas"?

[]s,
Jeff.

 

 

 
 
Aproveitando o gancho do email do Victor, vou compartilhar uma reflexão que fiz! Há um tempo atrás, li um artigo sobre a interpretação da MQ chamada Qbism. Pelo que entendi, nessa interpretação, a natureza probabilística da MQ é explicada como uma mera questão de disponibilidade de informações, que ao longo do processo de medição, vai se reduzindo até termos um determinado valor (nessa interpretação é usado o Teorema de Bayes).
 
Outro dia, estava lendo sobre a lógica paraconsistente (que permite e opera com A e NA sendo ambos verdadeiros), como ela tem uma relação/aplicação direta na MQ, me veio o mesmo pensamento com relação a essa diferenciação das lógicas.
 
Ou seja, da mesma forma que temos um universo clássico e outro quântico, temos para esses, lógicas clássicas e “quânticas”(paraconsistentes). E mais, da mesma forma como proposto no Qbism, a questão das diferentes lógicas estaria relacionada exatamente a qde de informação disponível. Ou seja, onde se tem todas (ou um determinado nível de) as infos disponíveis, a lógica aristotélica é aplicável satisfatoriamente; já onde temos informações não totalmente disponíveis (ou abaixo de um determinado nível), a lógica aristotélica desaba (não consegue operar e chegar a conclusões) e se torna necessária uma lógica mais “abrangente”.
 
Um exemplo para ilustrar : Matar é errado ? Com esse nível de informação, podemos assumir que é e não é errado; está em uma situação de indefinição (sobreposição J ) dentro da lógica aristotélica, pois não temos informações suficientes para fazê-la operar! Se tornarmos a questão mais específica (adicionando mais informação), como por exemplo :
 
1) Matar, como último recurso, para defender a própria vida é errado ?
2) Matar, sem que sua vida esteja em risco, para roubar uma bicicleta, é errado ?
 
Torna-se claro que, no primeiro caso, matar não é errado; no segundo que matar é errado. O caso inicial representa, então, o conjunto que representa todas as possibilidades A e NA com relação a Matar e dessa forma, representa um conjunto “paraconsistente”. Os demais, são subconjuntos específicos (“aristotélicos”) desse conjunto “paraconsistente”
 
Essa foi minha viagem da semana!! hehehe
 
Abs
Felipe
 

 

 

SUBJECT: Re: [ciencialist] Lógicas e Informação [1 Anexo]
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/07/2015 11:34

Valeu Victor!

Não deixe de enviar suas considerações! Eu, particularmente, gosto muito de "viajar" e desses papos filosóficos.......

Abs
Felipe



Em Quinta-feira, 2 de Julho de 2015 9:46, "'JVictor' j.victor.neto@uol.com.br [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br> escreveu:


 
[Anexos de JVictor incluídos abaixo]
Felipe,
 
Essa foi minha viagem da semana!! hehehe
 
E que bela viagem!
 
Mais à frente tentarei comentá-los, agregando o que penso a respeito.
 
Mas lhe digo uma coisa: continue pensando e elaborando assim, que agradeceremos.
 
Sds,
Victor.
 
De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br]
Enviada em: quinta-feira, 2 de julho de 2015 09:20
Para: ListadeCiência
Assunto: [ciencialist] Lógicas e Informação
 
 
Aproveitando o gancho do email do Victor, vou compartilhar uma reflexão que fiz! Há um tempo atrás, li um artigo sobre a interpretação da MQ chamada Qbism. Pelo que entendi, nessa interpretação, a natureza probabilística da MQ é explicada como uma mera questão de disponibilidade de informações, que ao longo do processo de medição, vai se reduzindo até termos um determinado valor (nessa interpretação é usado o Teorema de Bayes).
 
Outro dia, estava lendo sobre a lógica paraconsistente (que permite e opera com A e NA sendo ambos verdadeiros), como ela tem uma relação/aplicação direta na MQ, me veio o mesmo pensamento com relação a essa diferenciação das lógicas.
 
Ou seja, da mesma forma que temos um universo clássico e outro quântico, temos para esses, lógicas clássicas e “quânticas”(paraconsistentes). E mais, da mesma forma como proposto no Qbism, a questão das diferentes lógicas estaria relacionada exatamente a qde de informação disponível. Ou seja, onde se tem todas (ou um determinado nível de) as infos disponíveis, a lógica aristotélica é aplicável satisfatoriamente; já onde temos informações não totalmente disponíveis (ou abaixo de um determinado nível), a lógica aristotélica desaba (não consegue operar e chegar a conclusões) e se torna necessária uma lógica mais “abrangente”.
 
Um exemplo para ilustrar : Matar é errado ? Com esse nível de informação, podemos assumir que é e não é errado; está em uma situação de indefinição (sobreposição J ) dentro da lógica aristotélica, pois não temos informações suficientes para fazê-la operar! Se tornarmos a questão mais específica (adicionando mais informação), como por exemplo :
 
1) Matar, como último recurso, para defender a própria vida é errado ?
2) Matar, sem que sua vida esteja em risco, para roubar uma bicicleta, é errado ?
 
Torna-se claro que, no primeiro caso, matar não é errado; no segundo que matar é errado. O caso inicial representa, então, o conjunto que representa todas as possibilidades A e NA com relação a Matar e dessa forma, representa um conjunto “paraconsistente”. Os demais, são subconjuntos específicos (“aristotélicos”) desse conjunto “paraconsistente”
 
Essa foi minha viagem da semana!! hehehe
 
Abs
Felipe



SUBJECT: Re: [ciencialist] Lógicas e Informação
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/07/2015 11:38

Ola Jeff,

Creio que sim. Vou procurar na rede!!

Abs
Felipe



Em Quinta-feira, 2 de Julho de 2015 10:21, "Jeff jeff@jeff.com.br [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br> escreveu:


 
Essa interpretação não seria a mesma coisa que a teoria das "variáveis ocultas"?

[]s,
Jeff.

 
 
 
 
Aproveitando o gancho do email do Victor, vou compartilhar uma reflexão que fiz! Há um tempo atrás, li um artigo sobre a interpretação da MQ chamada Qbism. Pelo que entendi, nessa interpretação, a natureza probabilística da MQ é explicada como uma mera questão de disponibilidade de informações, que ao longo do processo de medição, vai se reduzindo até termos um determinado valor (nessa interpretação é usado o Teorema de Bayes).
 
Outro dia, estava lendo sobre a lógica paraconsistente (que permite e opera com A e NA sendo ambos verdadeiros), como ela tem uma relação/aplicação direta na MQ, me veio o mesmo pensamento com relação a essa diferenciação das lógicas.
 
Ou seja, da mesma forma que temos um universo clássico e outro quântico, temos para esses, lógicas clássicas e “quânticas”(paraconsistentes). E mais, da mesma forma como proposto no Qbism, a questão das diferentes lógicas estaria relacionada exatamente a qde de informação disponível. Ou seja, onde se tem todas (ou um determinado nível de) as infos disponíveis, a lógica aristotélica é aplicável satisfatoriamente; já onde temos informações não totalmente disponíveis (ou abaixo de um determinado nível), a lógica aristotélica desaba (não consegue operar e chegar a conclusões) e se torna necessária uma lógica mais “abrangente”.
 
Um exemplo para ilustrar : Matar é errado ? Com esse nível de informação, podemos assumir que é e não é errado; está em uma situação de indefinição (sobreposição J ) dentro da lógica aristotélica, pois não temos informações suficientes para fazê-la operar! Se tornarmos a questão mais específica (adicionando mais informação), como por exemplo :
 
1) Matar, como último recurso, para defender a própria vida é errado ?
2) Matar, sem que sua vida esteja em risco, para roubar uma bicicleta, é errado ?
 
Torna-se claro que, no primeiro caso, matar não é errado; no segundo que matar é errado. O caso inicial representa, então, o conjunto que representa todas as possibilidades A e NA com relação a Matar e dessa forma, representa um conjunto “paraconsistente”. Os demais, são subconjuntos específicos (“aristotélicos”) desse conjunto “paraconsistente”
 
Essa foi minha viagem da semana!! hehehe
 
Abs
Felipe
 
 
 



SUBJECT: Cosmos - Neil deGrasse. Uma boa opção.
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/07/2015 11:55

Olá,

 

Uma site que disponibiliza muitos filmes e seriados, como verão ao acessá-lo.  Um seriado que recomendo, pela atualidade do tema:

 

http://www.seriesfree.biz/2014/03/cosmos-a-space-time-odyssey/

 

 

Segue a linha de o Cosmos de Carl Sagan.  Quem apresenta é o Neil deGrasse Tyson.

 

Se quiser ter uma idéia – aproximada – do que é o cosmos, aí está uma boa oportunidade.

 

Sds,

Victor.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Lógicas e Informação
FROM: "Mtnos Calil" <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 02/07/2015 16:35

Em homenagem ao Wittgenstein e ao Luiz Felipe aí vai um silogismo do sistema LPC:

PERGUNTAS AMBIGUAS NÃO DEVEM SER RESPONDIDAS
"MATAR É ERRADO?"  É UMA PERGUNTA AMBIGUA
LOGO NÃO DEVE SER RESPONDIDA

M.Calil - Pela libertação da ciência que foi escravizada pela  física. 

Ps. A lógica é por excelência a ferramenta da desambiguação e, como tal, é unica. Portanto não existem "lógicas". 


Em Qui 02/07/15 09:20, luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br [ciencialist] ciencialist@yahoogrupos.com.br escreveu:

 

Aproveitando o gancho do email do Victor, vou compartilhar uma reflexão que fiz! Há um tempo atrás, li um artigo sobre a interpretação da MQ chamada Qbism. Pelo que entendi, nessa interpretação, a natureza probabilística da MQ é explicada como uma mera questão de disponibilidade de informações, que ao longo do processo de medição, vai se reduzindo até termos um determinado valor (nessa interpretação é usado o Teorema de Bayes).
Outro dia, estava lendo sobre a lógica paraconsistente (que permite e opera com A e NA sendo ambos verdadeiros), como ela tem uma relação/aplicação direta na MQ, me veio o mesmo pensamento com relação a essa diferenciação das lógicas.
Ou seja, da mesma forma que temos um universo clássico e outro quântico, temos para esses, lógicas clássicas e “quânticas”(paraconsistentes). E mais, da mesma forma como proposto no Qbism, a questão das diferentes lógicas estaria relacionada exatamente a qde de informação disponível. Ou seja, onde se tem todas (ou um determinado nível de) as infos disponíveis, a lógica aristotélica é aplicável satisfatoriamente; já onde temos informações não totalmente disponíveis (ou abaixo de um determinado nível), a lógica aristotélica desaba (não consegue operar e chegar a conclusões) e se torna necessária uma lógica mais “abrangente”.
Um exemplo para ilustrar : Matar é errado ? Com esse nível de informação, podemos assumir que é e não é errado; está em uma situação de indefinição (sobreposição J dentro da lógica aristotélica, pois não temos informações suficientes para fazê-la operar! Se tornarmos a questão mais específica (adicionando mais informação), como por exemplo :
1) Matar, como último recurso, para defender a própria vida é errado ?
2) Matar, sem que sua vida esteja em risco, para roubar uma bicicleta, é errado ?
Torna-se claro que, no primeiro caso, matar não é errado; no segundo que matar é errado. O caso inicial representa, então, o conjunto que representa todas as possibilidades A e NA com relação a Matar e dessa forma, representa um conjunto “paraconsistente”. Os demais, são subconjuntos específicos (“aristotélicos”) desse conjunto “paraconsistente”
Essa foi minha viagem da semana!! hehehe
Abs
Felipe

SUBJECT: Re: [ciencialist] Lógicas e Informação
FROM: "Pesky Bee" <peskybee2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/07/2015 16:46

> PERGUNTAS AMBIGUAS NÃO DEVEM SER RESPONDIDAS
 
Mas Calilzóvsky dos céus, essa vossa declaraciúncula
não é ambígua também? Óia que eu tô achando que é!
 
Na verdade verdadófila, eu voto sim para a proposição
que diz que todas as declaracionices humanóides são,
em alguma medida, ambíguas. E isso se deve ao fatóide
de que é impossível especificar as coisas com precisão
absoluta. Exceto na matemática! E mesmo lá as coisas
podem ficar complicacionadas: um homem mais uma mulher
na cama é uma dupla fazendo sacanagem, já dois homens
e duas mulheres na cama é UMA tremenda de uma suruba.
 
*PB*
 
 

From: "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]
Sent: Thursday, July 02, 2015 4:35 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] Lógicas e Informação
 
 
 
Em homenagem ao Wittgenstein e ao Luiz Felipe aí vai um silogismo do sistema LPC:
 
PERGUNTAS AMBIGUAS NÃO DEVEM SER RESPONDIDAS
"MATAR É ERRADO?"  É UMA PERGUNTA AMBIGUA
LOGO NÃO DEVE SER RESPONDIDA
 
M.Calil - Pela libertação da ciência que foi escravizada pela  física.
 
Ps. A lógica é por excelência a ferramenta da desambiguação e, como tal, é unica. Portanto não existem "lógicas".
 
 
 
 
 

SUBJECT: Re: [ciencialist] Lógicas e Informação
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/07/2015 16:49

Ola Calil,

Como vc diferenciaria as logicas paraconsistentes da logica aristotelica ?

Abs
Felipe



Em Quinta-feira, 2 de Julho de 2015 16:47, "'Pesky Bee' peskybee2@gmail.com [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br> escreveu:


 
> PERGUNTAS AMBIGUAS NÃO DEVEM SER RESPONDIDAS
 
Mas Calilzóvsky dos céus, essa vossa declaraciúncula
não é ambígua também? Óia que eu tô achando que é!
 
Na verdade verdadófila, eu voto sim para a proposição
que diz que todas as declaracionices humanóides são,
em alguma medida, ambíguas. E isso se deve ao fatóide
de que é impossível especificar as coisas com precisão
absoluta. Exceto na matemática! E mesmo lá as coisas
podem ficar complicacionadas: um homem mais uma mulher
na cama é uma dupla fazendo sacanagem, já dois homens
e duas mulheres na cama é UMA tremenda de uma suruba.
 
*PB*
 
 

From: "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]
Sent: Thursday, July 02, 2015 4:35 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] Lógicas e Informação
 
 
 
Em homenagem ao Wittgenstein e ao Luiz Felipe aí vai um silogismo do sistema LPC:
 
PERGUNTAS AMBIGUAS NÃO DEVEM SER RESPONDIDAS
"MATAR É ERRADO?"  É UMA PERGUNTA AMBIGUA
LOGO NÃO DEVE SER RESPONDIDA
 
M.Calil - Pela libertação da ciência que foi escravizada pela  física.
 
Ps. A lógica é por excelência a ferramenta da desambiguação e, como tal, é unica. Portanto não existem "lógicas".
 
 
 
 
 



SUBJECT: Re: Re: [ciencialist] Lógicas e Informação
FROM: "Mtnos Calil" <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 02/07/2015 17:49

"todas as declaracionices humanóides são, em alguma medida, ambíguas".

Sendo assim, só me resta apelar para nosso cruel Triturador Lógico.
Abraços
M.Calil 

===================================
TL: 
a) Não foi criada ainda nenhuma medida para dimensionar a ambiguidade. 
b) O ser humano é ambiguo por natureza mas isto não implica que todas as suas (dele) declarações sejam ambíguas. "Por natureza" significa no caso, que o homem nasce com a ambiguidade já configurada no seu sistema cérebro-mente. 
c) Segundo Freud essa fixação peskyana na ambiguidade é produto de algum processo inconsciente instalado na infância que mereceria uma investigação cientifica. 
d) Aí vão 5 exemplos de declarações não ambiguas: 

1. Acabei de beber 300 ml. de coca zero.
2. Segundo o relógio do meu computador agora são 17,38 hs. - ele não informa os segundos. 
3. Segundo consta na minha certidão de nascimento, eu nasci às 14,30 hs, mas não me foi apresentada nenhuma prova de que eu nasci neste horário. 
4. Tenho uma .viajem marcada para Los Angeles no próximo dia 5 de agosto. entre 22 e 23 hs. 
5. Todos os homens são mortais. 

A ambiguidade das declarcionices humanóides se restringe às frases que usam termos abstratos. Mas nem todos os termos abstratos são ambiguos. O termo ambiguidade não é ambíguo. Fico devendo a definição de "abstrato" que pode ser construida sem nenhuma ambiguidade se tiver como antônimo o termo concreto. Isso também não significa que todos os termos existentes sejam ou abstratos ou concretos. 

TL, ao seu dispor. 

===============================================



Em Qui 02/07/15 16:46, Pesky Bee peskybee2@gmail.com [ciencialist] ciencialist@yahoogrupos.com.br escreveu:

 

> PERGUNTAS AMBIGUAS NÃO DEVEM SER RESPONDIDAS
 
Mas Calilzóvsky dos céus, essa vossa declaraciúncula
não é ambígua também? Óia que eu tô achando que é!
 
Na verdade verdadófila, eu voto sim para a proposição
que diz que todas as declaracionices humanóides são,
em alguma medida, ambíguas. E isso se deve ao fatóide
de que é impossível especificar as coisas com precisão
absoluta. Exceto na matemática! E mesmo lá as coisas
podem ficar complicacionadas: um homem mais uma mulher
na cama é uma dupla fazendo sacanagem, já dois homens
e duas mulheres na cama é UMA tremenda de uma suruba.
 
*PB*
 
 

From: "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]
Sent: Thursday, July 02, 2015 4:35 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] Lógicas e Informação
 
 
 
Em homenagem ao Wittgenstein e ao Luiz Felipe aí vai um silogismo do sistema LPC:
 
PERGUNTAS AMBIGUAS NÃO DEVEM SER RESPONDIDAS
"MATAR É ERRADO?"  É UMA PERGUNTA AMBIGUA
LOGO NÃO DEVE SER RESPONDIDA
 
M.Calil - Pela libertação da ciência que foi escravizada pela  física.
 
Ps. A lógica é por excelência a ferramenta da desambiguação e, como tal, é unica. Portanto não existem "lógicas".
 

SUBJECT: Re: Re: [ciencialist] Lógicas e Informação
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: ListadeCiência <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/07/2015 19:25

Ola Calil,

O q isso tem a ver com o que eu falei?

Abs


From: Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist] <ciencialist@yahoogrupos.com.br>;
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>;
Subject: Re: Re: [ciencialist] Lógicas e Informação
Sent: Thu, Jul 2, 2015 8:49:30 PM

 

"todas as declaracionices humanóides são, em alguma medida, ambíguas".

Sendo assim, só me resta apelar para nosso cruel Triturador Lógico.
Abraços
M.Calil 

===================================
TL: 
a) Não foi criada ainda nenhuma medida para dimensionar a ambiguidade. 
b) O ser humano é ambiguo por natureza mas isto não implica que todas as suas (dele) declarações sejam ambíguas. "Por natureza" significa no caso, que o homem nasce com a ambiguidade já configurada no seu sistema cérebro-mente. 
c) Segundo Freud essa fixação peskyana na ambiguidade é produto de algum processo inconsciente instalado na infância que mereceria uma investigação cientifica. 
d) Aí vão 5 exemplos de declarações não ambiguas: 

1. Acabei de beber 300 ml. de coca zero.
2. Segundo o relógio do meu computador agora são 17,38 hs. - ele não informa os segundos. 
3. Segundo consta na minha certidão de nascimento, eu nasci às 14,30 hs, mas não me foi apresentada nenhuma prova de que eu nasci neste horário. 
4. Tenho uma .viajem marcada para Los Angeles no próximo dia 5 de agosto. entre 22 e 23 hs. 
5. Todos os homens são mortais. 

A ambiguidade das declarcionices humanóides se restringe às frases que usam termos abstratos. Mas nem todos os termos abstratos são ambiguos. O termo ambiguidade não é ambíguo. Fico devendo a definição de "abstrato" que pode ser construida sem nenhuma ambiguidade se tiver como antônimo o termo concreto. Isso também não significa que todos os termos existentes sejam ou abstratos ou concretos. 

TL, ao seu dispor. 

===============================================



Em Qui 02/07/15 16:46, Pesky Bee peskybee2@gmail.com [ciencialist] ciencialist@yahoogrupos.com.br escreveu:

 

> PERGUNTAS AMBIGUAS NÃO DEVEM SER RESPONDIDAS
 
Mas Calilzóvsky dos céus, essa vossa declaraciúncula
não é ambígua também? Óia que eu tô achando que é!
 
Na verdade verdadófila, eu voto sim para a proposição
que diz que todas as declaracionices humanóides são,
em alguma medida, ambíguas. E isso se deve ao fatóide
de que é impossível especificar as coisas com precisão
absoluta. Exceto na matemática! E mesmo lá as coisas
podem ficar complicacionadas: um homem mais uma mulher
na cama é uma dupla fazendo sacanagem, já dois homens
e duas mulheres na cama é UMA tremenda de uma suruba.
 
*PB*
 
 

From: "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]
Sent: Thursday, July 02, 2015 4:35 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] Lógicas e Informação
 
 
 
Em homenagem ao Wittgenstein e ao Luiz Felipe aí vai um silogismo do sistema LPC:
 
PERGUNTAS AMBIGUAS NÃO DEVEM SER RESPONDIDAS
"MATAR É ERRADO?"  É UMA PERGUNTA AMBIGUA
LOGO NÃO DEVE SER RESPONDIDA
 
M.Calil - Pela libertação da ciência que foi escravizada pela  física.
 
Ps. A lógica é por excelência a ferramenta da desambiguação e, como tal, é unica. Portanto não existem "lógicas".
 

SUBJECT: Re: [ciencialist] Lógicas e Informação
FROM: Mtnos Calil <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/07/2015 19:29

Oi Felipe. 

Se eu declarei que só existe uma lógica, como eu poderia estabelecer diferenças entre duas lógicas? 

O ser humano é tão ambiguo, mas tão ambiguo que pega um termo tão preciso e tão fundamental quanto a lógica e lhe atribui muitos  significados diferentes. E depois disso verifica-se uma árdua disputa entre as diversas correntes da lógica. DISPUTA ENTRE CORRENTES DA LÓGICA É UM ABSURDO LÓGICO. 

Se quisermos curar essa ambiguidade  da linguagem humana, temos que proceder à ressignificação de cerca de mil termos abstratos. 

O curso que eu estou formatando se chama "Lógica na comunicação". Um dos exercicios do curso é a construção em grupo de uma definição lógica e precisa de lógica.  Já o termo comunicação é muito mais fácil de definir pela seguinte razão básica: A COMUNICAÇÃO É UM PROCESSO constituido por diversos agentes e diversas etapas. 
A lógica seguramente não é um processo. Então o que é? Ciëncia? Se não é processo não pode ser nem arte nem ciência. 

Nas minhas modestas pesquisas sobre o assunto encontrei uma palavra que se coaduna com o que eu penso sobre a lógica sendo "ALGO". Esse algo eu conceituo como ALGUMA COISA. Se é coisa, não é fato. Podemos então chamar essa coisa de INSTRUMENTO, termo que aparece com frequencia nas discussões filosóficas sobre o assunto. Já o termo "instrumento de precisão" até agora não vi em lugar algum, se referindo à lógica. A função deste instrumento é ORGANIZAR o pensamento, por exemplo, colocando as palavras certas no lugar certo. 

O problema é que o ser humano ainda não está bem treinado para fazer bom uso deste "instrumento organizacional" sem o qual o homem não poderia nem pensar com palavras. Porém esse instrumento não foi feito apenas para organizar as palavras, mas também TODAS AS FORMAS DE COMUNICAÇÃO. Os animais dos mais simples como as formigas aos mais complexos como os chimpanzés, devem ao sistemas lógicos a sua sobrevivência. A lógica seria então um instrumento organizacional de todos os sistemas de comunicação e relação existentes. A terra e o sol, por exemplo, mantêm entre si uma distância lógica que permitiu a nossa existência. 

Quando o cientista estuda qualquer coisa, se estabalece uma relação entre ele e a coisa estudada. Temos assim 4 conceitos para a construção de uma definição de lógica - instrumento, precisão, organização e relação. 
Permita-me então me aventurar  com essa definição parcial de lógica:  

"Lógica é um instrumento mental que tem a função de organizar todas as formas de comunicação existentes que podem ser agrupadas em duas categorias:  a comunicação através do pensamento e a comunicação que recorre a outros procedimentos, como por exemplo o processamento de informações químicas".

Abraços
M,Calil 










On Qui 02/07/15 16:49 , "luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 

Ola Calil,

Como vc diferenciaria as logicas paraconsistentes da logica aristotelica ?

Abs
Felipe



Em Quinta-feira, 2 de Julho de 2015 16:47, "'Pesky Bee' peskybee2@gmail.com [ciencialist]" escreveu:


 
> PERGUNTAS AMBIGUAS NÃO DEVEM SER RESPONDIDAS
 
Mas Calilzóvsky dos céus, essa vossa declaraciúncula
não é ambígua também? Óia que eu tô achando que é!
 
Na verdade verdadófila, eu voto sim para a proposição
que diz que todas as declaracionices humanóides são,
em alguma medida, ambíguas. E isso se deve ao fatóide
de que é impossível especificar as coisas com precisão
absoluta. Exceto na matemática! E mesmo lá as coisas
podem ficar complicacionadas: um homem mais uma mulher
na cama é uma dupla fazendo sacanagem, já dois homens
e duas mulheres na cama é UMA tremenda de uma suruba.
 
*PB*
 
 

From: "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]
Sent: Thursday, July 02, 2015 4:35 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] Lógicas e Informação
 
 
 
Em homenagem ao Wittgenstein e ao Luiz Felipe aí vai um silogismo do sistema LPC:
 
PERGUNTAS AMBIGUAS NÃO DEVEM SER RESPONDIDAS
"MATAR É ERRADO?"  É UMA PERGUNTA AMBIGUA
LOGO NÃO DEVE SER RESPONDIDA
 
M.Calil - Pela libertação da ciência que foi escravizada pela  física.
 
Ps. A lógica é por excelência a ferramenta da desambiguação e, como tal, é unica. Portanto não existem "lógicas".
 
 
 
 
 




SUBJECT: Re: Re: [ciencialist] Lógicas e Informação
FROM: Mtnos Calil <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/07/2015 19:33

Oi Felipe

Isso tem a ver com que o PB falou. O meu texto está bem em cima do dele, não deixando margem à qualquer dúvida sobre o fato de eu estar respondendo ao que ele falou. 
Abs



On Qui 02/07/15 19:25 , "luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 

Ola Calil,

O q isso tem a ver com o que eu falei?

Abs



From: Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist] ;
To: ;
Subject: Re: Re: [ciencialist] Lógicas e Informação
Sent: Thu, Jul 2, 2015 8:49:30 PM

 

"todas as declaracionices humanóides são, em alguma medida, ambíguas".

Sendo assim, só me resta apelar para o nosso cruel Triturador Lógico.
Abraços
M.Calil 

===================================
TL: 
a) Não foi criada ainda nenhuma medida para dimensionar a ambiguidade. 
b) O ser humano é ambiguo por natureza mas isto não implica que todas as suas (dele) declarações sejam ambíguas. "Por natureza" significa no caso, que o homem nasce com a ambiguidade já configurada no seu sistema cérebro-mente. 
c) Segundo Freud essa fixação peskyana na ambiguidade é produto de algum processo inconsciente instalado na infância que mereceria uma investigação cientifica. 
d) Aí vão 5 exemplos de declarações não ambiguas: 

1. Acabei de beber 300 ml. de coca zero.
2. Segundo o relógio do meu computador agora são 17,38 hs. - ele não informa os segundos. 
3. Segundo consta na minha certidão de nascimento, eu nasci às 14,30 hs, mas não me foi apresentada nenhuma prova de que eu nasci neste horário. 
4. Tenho uma .viajem marcada para Los Angeles no próximo dia 5 de agosto. entre 22 e 23 hs. 
5. Todos os homens são mortais. 

A ambiguidade das declarcionices humanóides se restringe às frases que usam termos abstratos. Mas nem todos os termos abstratos são ambiguos. O termo ambiguidade não é ambíguo. Fico devendo a definição de "abstrato" que pode ser construida sem nenhuma ambiguidade se tiver como antônimo o termo concreto. Isso também não significa que todos os termos existentes sejam ou abstratos ou concretos. 

TL, ao seu dispor. 

===============================================



Em Qui 02/07/15 16:46, Pesky Bee peskybee2@gmail.com [ciencialist] ciencialist@yahoogrupos.com.br escreveu:

 

> PERGUNTAS AMBIGUAS NÃO DEVEM SER RESPONDIDAS
 
Mas Calilzóvsky dos céus, essa vossa declaraciúncula
não é ambígua também? Óia que eu tô achando que é!
 
Na verdade verdadófila, eu voto sim para a proposição
que diz que todas as declaracionices humanóides são,
em alguma medida, ambíguas. E isso se deve ao fatóide
de que é impossível especificar as coisas com precisão
absoluta. Exceto na matemática! E mesmo lá as coisas
podem ficar complicacionadas: um homem mais uma mulher
na cama é uma dupla fazendo sacanagem, já dois homens
e duas mulheres na cama é UMA tremenda de uma suruba.
 
*PB*
 
 

From: "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]
Sent: Thursday, July 02, 2015 4:35 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] Lógicas e Informação
 
 
 
Em homenagem ao Wittgenstein e ao Luiz Felipe aí vai um silogismo do sistema LPC:
 
PERGUNTAS AMBIGUAS NÃO DEVEM SER RESPONDIDAS
"MATAR É ERRADO?"  É UMA PERGUNTA AMBIGUA
LOGO NÃO DEVE SER RESPONDIDA
 
M.Calil - Pela libertação da ciência que foi escravizada pela  física.
 
Ps. A lógica é por excelência a ferramenta da desambiguação e, como tal, é unica. Portanto não existem "lógicas".
 



SUBJECT: Re: [ciencialist] Lógicas e Informação
FROM: "Pesky Bee" <peskybee2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/07/2015 10:57

> a) Não foi criada ainda nenhuma medida para dimensionar a ambiguidade.
 
Aquele mané tem em suas mãos apenasmente uma reguazinha de
30 cms, de plástico, toda fudida. E falaram para ele medir
a altura daquela montanhazona desgraçadamente alta. E rapidinho!
Porra, não dá para fazer isso, né não? Ou será que dá?
Então, o mané usa algumas propriedades de proporcionalidade de
altura de triângulos e usa a sombra da montanhona e a sombra de
uma referênciazinha menorzitcha e consegue, com aquela bósta de
reguazinha estropiada, dar um resultado bom bágarái. Então, mesmo
sem ter um instrumento de medição adequado àquela ingrata tarefóida,
ainda assim é possível mensuralhar, de forma adequadófila e
arredondalhada, uma porralhice qualquer.
 
> b) O ser humano é ambiguo por natureza mas isto não implica que
> todas as suas (dele) declarações sejam ambíguas. "Por natureza"
> significa no caso, que o homem nasce com a ambiguidade já
> configurada no seu sistema cérebro-mente.
 
Calilzóvsky, além do ser Hómano ser intrinsecamente ambíguo,
a própria linguagem é algo ambígua por natureza. Porque a
linguagem funciona através de palavras, que são "simbolozinhos
fucking-arbitrários da porra" que representam aquela porrinha da
realidade (exemplo: uma cenoura, um cabelinho da orelha, um pênis de
plástico que diverte a mulherada). Além disso, desde a mecânica
quântica sabemos que não se pode "simbologizar" a natureza com
precisão absoluta, é tudo uma questiúncula hiper-foderosa de
probabilidade e indeterminação. Então é ambiguidade do hómo sápiens,
é ambiguidade intrínseca das linguagens e é ambiguidade mensurativa
da natureza. Só tem ambiguidade, mano véio! Prá todo lado!
É hiper-phoda, mermão!
 
> c) Segundo Freud essa fixação peskyana na ambiguidade é produto
 
Já eu diria ao Freud para ele se freuder-se. Êta ambiguidade
desgramenta e salafrariosa, hahahahahaha
 
> 1. Acabei de beber 300 ml. de coca zero.
 
Acabou mesmo? 300.00000 ml? Ou será que foram 300.13 ml?
Não teria sido 301.852 ml? E tu contastes o tempo que
levastes para abrir a tampinha (e que fez evaporar 0.0323ml?)
E foi coca-zero pura? Tu tens certeza de que um operário lá
da coca-cola (que brigou com a mulé na noite anterior) não
deu uma mijada no butijãozão de preparo da bebidófila do
capiroto? Ou deu uma escarrada? Ou deu uma ... chega...hahahaha
 
> 2. Segundo o relógio do meu computador agora são 17,38 hs.
>  - ele não informa os segundos.
 
Mas se tu ficares olhando para essa bósta desde o momento que
ele muda de 17,37 para 17,38, tu poderás estimar os segundelhos
com razoável precisão. Então, vosso computador permite que
se faça um estimativóide dos segundelhos.
 
> 4. Tenho uma .viajem marcada para Los Angeles no próximo
> dia 5 de agosto. entre 22 e 23 hs.
 
Boa viagem!
Mas tu levastes em conta que a moçoila que lhe atendeu para
reservar a passagem teve uma súbita coceirinha no tóba e por essa
razão acabou acidentalmente apertando a tecla "cancelar" sem
perceber? Ou, se tu fizestes a reserva via internéti, contastes
com a (minúscula, mas existente) possibilidade de ter acessado
um site fantasma de um hacker que irá lhe desfalcar e fornicacionar
o vosso cartão de crédito? (que sorte que não tenho essas
bostaiadas, hahahahahaha)
 
> 5. Todos os homens são mortais.
 
Tu estás levando em conta o Zé Sarney? Ou aquele mané que,
daqui a 50 anos, descobrirá uma forma de transplantar o
cerebrófilo dele para uma maquinota da porra capaz de
viver até o orifício anal do Zeus fazer bico?
 
> O termo ambiguidade não é ambíguo.
 
Mas eu tenho um acreditelhamento de que mesmo esse termo é
ambíguo. Porque se o mané falar que o número PI é um número
irracional, porra ele estará bem próximo de algo que não é
ambíguo (a não ser, é claro, que por "irracional" entenda-se
um número que não pensa muito racionalmente, hahahahaha,
então é tudo ambíguo mesmo, hahahahahaha). E o que acontece
quando tu juntas esse número com a CA (constante astronômica)?
Faça a conta que tu terás a resposta: PI + CA = ????
E assim que descobrires, não precisa me falar, que eu não
gosto dessas coisas, hahahahaha
 
E hoje é sexta-feira! Dia mundial da ambiguidade! Principalmente
depois da segunda garrafa de cerveja! Garçóm! Traz mais
uma aí, estupidérrimamente gelada!
 
*PB*
 
 

From: "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]
Sent: Thursday, July 02, 2015 5:49 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: Re: [ciencialist] Lógicas e Informação
 
 
 

"todas as declaracionices humanóides são, em alguma medida, ambíguas".
 
Sendo assim, só me resta apelar para nosso cruel Triturador Lógico.
Abraços
M.Calil
 

===================================
TL:
a) Não foi criada ainda nenhuma medida para dimensionar a ambiguidade.
b) O ser humano é ambiguo por natureza mas isto não implica que todas as suas (dele) declarações sejam ambíguas. "Por natureza" significa no caso, que o homem nasce com a ambiguidade já configurada no seu sistema cérebro-mente.
c) Segundo Freud essa fixação peskyana na ambiguidade é produto de algum processo inconsciente instalado na infância que mereceria uma investigação cientifica.
d) Aí vão 5 exemplos de declarações não ambiguas:
 
1. Acabei de beber 300 ml. de coca zero.
2. Segundo o relógio do meu computador agora são 17,38 hs. - ele não informa os segundos.
3. Segundo consta na minha certidão de nascimento, eu nasci às 14,30 hs, mas não me foi apresentada nenhuma prova de que eu nasci neste horário.
4. Tenho uma .viajem marcada para Los Angeles no próximo dia 5 de agosto. entre 22 e 23 hs.
5. Todos os homens são mortais.
 
A ambiguidade das declarcionices humanóides se restringe às frases que usam termos abstratos. Mas nem todos os termos abstratos são ambiguos. O termo ambiguidade não é ambíguo. Fico devendo a definição de "abstrato" que pode ser construida sem nenhuma ambiguidade se tiver como antônimo o termo concreto. Isso também não significa que todos os termos existentes sejam ou abstratos ou concretos.
 
TL, ao seu dispor.
 
===============================================
 
 
 
 
 
 

SUBJECT: Re: [ciencialist] Lógicas e Informação
FROM: Mtnos Calil <mtnoscalil@terra.com.br>
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DATE: 03/07/2015 15:34



1. Magnifico exercicio para o curso de lógica,  Mr Pesky Bee.

 

O problema deste curso é que ele sendo quântico, não estou conseguindo formatá-lo. 

O curso seria um laboratório (ou melhor, será, se existir), mas as pessoas querem saber como a coisa vai funcionar direitinho. Os nossos neurônios não estão ainda desenvolvidos para operar com o processo mental quântico, que eles mesmos dispararam. Ocorre que o  fenômeno quântico, infelizmente só conta com  as nossas palavrinhas lineares para descrevê-lo. A boa noticia é que os conceitos quânticos como o caos, o acaso e a imprevisibilidade podem ser descritos com essas palavrinhas com o mínimo de “consistência” lógica necessário para ser compreendido. Como a lógica é instrumento para o pensamento e como, supostamente, o pensamento está no âmbito da psicologia, vamos contatar alguns psicólogos da USP para ver o que eles pensam a respeito. Mas, contudo, porém e todavia, como o pensamento conquistou um espaço  eterno na filosofia, temos que consultar também os filósofos.

 

2, O problema é que o termo "quântico" se banalizou e as pessoas que usam a teoria quântica fora do mundo da fisica são muito mal vistas e os poucos fisicos que têm alguma ligação com o mundo social se sentem constrangidos em fazer uso do termo fora da fisica. 

 

2.1. Eu não vou dar bola para esse preconceito estabelecido no mercado e AFIRMO  QUE O PENSAMENTO É UM FENOMENO QUÂNTICO.  O desafio colocado para os humanos é GERENCIAR A COMPLEXIDADE DOS FENÔMENOS QUÂNTICOS QUE AGITAM O MUNDO MENTAL. Eis que a lógica é a chave deste gerenciamento ( management). - não a lógica aristotélica, obviamente...

 

2.2  No livro Psicologia Quântica de Robert Anton Wilson o autor comenta o uso linear do verbo "ser" assim:


[...em grande parte este livro tentará mostrar que cada frase em que consta a palavra aparentemente inocente “é”, também contém uma falácia oculta. Isso virá como um indubitável choque, ou soará como louca heresia, para os americanos que atualmente se batem em “demonstrações” de rivalidade e atos de desobediência civil, por exemplo, na questão: o feto ou mesmo o zigoto ”é” ou não “é” um ser humano?] - 1990.  Tradução de Silvia M. Spada. - Madras Editora Ltda. 

 

Ora, isso tem tudo a ver com a lógica da precisão semântica, entendida em seu sentido não linear. Ocorre que precisão não é sinônimo de linearidade. A afirmativa, por exemplo, de que não sabemos o que vai acontecer com a humanidade nos próximos anos, face aos seus graves problemas, não contém nenhuma ambiguidade, ao mesmo tempo que ressalta a imprevisibilidade.  O não saber é ao mesmo tempo preciso e indeterminado- mas requer do sujeito que ele saiba que não sabe.


Mais um trechinho do livro sobre semântica, especialmente dirigido para o Pesky que adora palavrões: 


[ ... Por que o  "Deus" conservador da Idade da Pedra faz objeções à palavra "foda" e não à "relações sexuais"? ou a sinônimos tais como "coito", "cópula", "ato sexual", " união sexual"," fazer amor", etc?  Deveriamos acreditar que esse "Deus" tenha um violento preconceito contra as palavras que reflitam a cultura da classe baixa? Esse "Deus" não gosta de pobres assim como Ronald Reagan não gostava?]


Bem... eu sempre me incomodei ao ouvir os palavrões, mas não sabia a razão deste incômodo. Não era porque foi ensinado a não falar palavrões. Sequer me lembro de ter sido uma única vez adomoestado por falar algum palavrão. Comentando isso com meu analista ele matou a charada: os palavrões são agressivos! Foi assim que minha mente processou o significado psicológico dos palavrões :  "não gosto de palavrões porque não gosto de agressividade". 


Como o autor do livro foi editor da revista Play Boy, ele  talvez não tenha considerado este aspecto negativo e intrinseco - e psicológico -  dos palavrões. 

 

Mais tarde vou responder à sua mensagem quântica, com base numa leitura linear.

 

Thanks a lot!

Mtnos Calil

Pela libertação da ciência que foi escravizada pela Fisíca. 


Ps. Estou enviando cópia para a nossa psicóloga que está tentando me manter conectado com a linearidade do mundo “real”. Ela vai escolher dentre  diversos exercicios aqueles que abalem menos o estado emocional dos psicólogos. (rsrs)



On Sex 03/07/15 10:57 , "'Pesky Bee' peskybee2@gmail.com [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 

> a) Não foi criada ainda nenhuma medida para dimensionar a ambiguidade.
 
Aquele mané tem em suas mãos apenasmente uma reguazinha de
30 cms, de plástico, toda fudida. E falaram para ele medir
a altura daquela montanhazona desgraçadamente alta. E rapidinho!
Porra, não dá para fazer isso, né não? Ou será que dá?
Então, o mané usa algumas propriedades de proporcionalidade de
altura de triângulos e usa a sombra da montanhona e a sombra de
uma referênciazinha menorzitcha e consegue, com aquela bósta de
reguazinha estropiada, dar um resultado bom bágarái. Então, mesmo
sem ter um instrumento de medição adequado àquela ingrata tarefóida,
ainda assim é possível mensuralhar, de forma adequadófila e
arredondalhada, uma porralhice qualquer.
 
> b) O ser humano é ambiguo por natureza mas isto não implica que
> todas as suas (dele) declarações sejam ambíguas. "Por natureza"
> significa no caso, que o homem nasce com a ambiguidade já
> configurada no seu sistema cérebro-mente.
 
Calilzóvsky, além do ser Hómano ser intrinsecamente ambíguo,
a própria linguagem é algo ambígua por natureza. Porque a
linguagem funciona através de palavras, que são "simbolozinhos
fucking-arbitrários da porra" que representam aquela porrinha da
realidade (exemplo: uma cenoura, um cabelinho da orelha, um pênis de
plástico que diverte a mulherada). Além disso, desde a mecânica
quântica sabemos que não se pode "simbologizar" a natureza com
precisão absoluta, é tudo uma questiúncula hiper-foderosa de
probabilidade e indeterminação. Então é ambiguidade do hómo sápiens,
é ambiguidade intrínseca das linguagens e é ambiguidade mensurativa
da natureza. Só tem ambiguidade, mano véio! Prá todo lado!
É hiper-phoda, mermão!
 
> c) Segundo Freud essa fixação peskyana na ambiguidade é produto
 
Já eu diria ao Freud para ele se freuder-se. Êta ambiguidade
desgramenta e salafrariosa, hahahahahaha
 
> 1. Acabei de beber 300 ml. de coca zero.
 
Acabou mesmo? 300.00000 ml? Ou será que foram 300.13 ml?
Não teria sido 301.852 ml? E tu contastes o tempo que
levastes para abrir a tampinha (e que fez evaporar 0.0323ml?)
E foi coca-zero pura? Tu tens certeza de que um operário lá
da coca-cola (que brigou com a mulé na noite anterior) não
deu uma mijada no butijãozão de preparo da bebidófila do
capiroto? Ou deu uma escarrada? Ou deu uma ... chega...hahahaha
 
> 2. Segundo o relógio do meu computador agora são 17,38 hs.
>  - ele não informa os segundos.
 
Mas se tu ficares olhando para essa bósta desde o momento que
ele muda de 17,37 para 17,38, tu poderás estimar os segundelhos
com razoável precisão. Então, vosso computador permite que
se faça um estimativóide dos segundelhos.
 
> 4. Tenho uma .viajem marcada para Los Angeles no próximo
> dia 5 de agosto. entre 22 e 23 hs.
 
Boa viagem!
Mas tu levastes em conta que a moçoila que lhe atendeu para
reservar a passagem teve uma súbita coceirinha no tóba e por essa
razão acabou acidentalmente apertando a tecla "cancelar" sem
perceber? Ou, se tu fizestes a reserva via internéti, contastes
com a (minúscula, mas existente) possibilidade de ter acessado
um site fantasma de um hacker que irá lhe desfalcar e fornicacionar
o vosso cartão de crédito? (que sorte que não tenho essas
bostaiadas, hahahahahaha)
 
> 5. Todos os homens são mortais.
 
Tu estás levando em conta o Zé Sarney? Ou aquele mané que,
daqui a 50 anos, descobrirá uma forma de transplantar o
cerebrófilo dele para uma maquinota da porra capaz de
viver até o orifício anal do Zeus fazer bico?
 
> O termo ambiguidade não é ambíguo.
 
Mas eu tenho um acreditelhamento de que mesmo esse termo é
ambíguo. Porque se o mané falar que o número PI é um número
irracional, porra ele estará bem próximo de algo que não é
ambíguo (a não ser, é claro, que por "irracional" entenda-se
um número que não pensa muito racionalmente, hahahahaha,
então é tudo ambíguo mesmo, hahahahahaha). E o que acontece
quando tu juntas esse número com a CA (constante astronômica)?
Faça a conta que tu terás a resposta: PI + CA = ????
E assim que descobrires, não precisa me falar, que eu não
gosto dessas coisas, hahahahaha
 
E hoje é sexta-feira! Dia mundial da ambiguidade! Principalmente
depois da segunda garrafa de cerveja! Garçóm! Traz mais
uma aí, estupidérrimamente gelada!
 
*PB*
 
 

From: "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]
Sent: Thursday, July 02, 2015 5:49 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: Re: [ciencialist] Lógicas e Informação
 
 
 

"todas as declaracionices humanóides são, em alguma medida, ambíguas".
 
Sendo assim, só me resta apelar para nosso cruel Triturador Lógico.
Abraços
M.Calil
 

===================================
TL:
a) Não foi criada ainda nenhuma medida para dimensionar a ambiguidade.
b) O ser humano é ambiguo por natureza mas isto não implica que todas as suas (dele) declarações sejam ambíguas. "Por natureza" significa no caso, que o homem nasce com a ambiguidade já configurada no seu sistema cérebro-mente.
c) Segundo Freud essa fixação peskyana na ambiguidade é produto de algum processo inconsciente instalado na infância que mereceria uma investigação cientifica.
d) Aí vão 5 exemplos de declarações não ambiguas:
 
1. Acabei de beber 300 ml. de coca zero.
2. Segundo o relógio do meu computador agora são 17,38 hs. - ele não informa os segundos.
3. Segundo consta na minha certidão de nascimento, eu nasci às 14,30 hs, mas não me foi apresentada nenhuma prova de que eu nasci neste horário.
4. Tenho uma .viajem marcada para Los Angeles no próximo dia 5 de agosto. entre 22 e 23 hs.
5. Todos os homens são mortais.
 
A ambiguidade das declarcionices humanóides se restringe às frases que usam termos abstratos. Mas nem todos os termos abstratos são ambiguos. O termo ambiguidade não é ambíguo. Fico devendo a definição de "abstrato" que pode ser construida sem nenhuma ambiguidade se tiver como antônimo o termo concreto. Isso também não significa que todos os termos existentes sejam ou abstratos ou concretos.
 
TL, ao seu dispor.
 
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SUBJECT: Re: Re: [ciencialist] Lógicas e Informação - TL x PB
FROM: "Mtnos Calil" <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/07/2015 17:00

 
TL - Não foi criada ainda nenhuma medida para dimensionar a ambiguidade.
 
PB - Aquele mané tem em suas mãos apenasmente uma reguazinha de 30 cms, de plástico, toda fudida. E falaram para ele medir a altura daquela montanhazona desgraçadamente alta. E rapidinho!
Porra, não dá para fazer isso, né não? Ou será que dá? Então, o mané usa algumas propriedades de proporcionalidade de  altura de triângulos e usa a sombra da montanhona e a sombra de
uma referênciazinha menorzitcha e consegue, com aquela bósta de reguazinha estropiada, dar um resultado bom bágarái. Então, mesmo sem ter um instrumento de medição adequado àquela ingrata tarefóida, ainda assim é possível mensuralhar, de forma adequadófila e  arredondalhada, uma porralhice qualquer.
 
TL – MY GOD! Que foi isso PB? Você está querendo usar as medidas da física para dimensionar a ambiguidade mental/semântica? Isso não é possível, cara pálida!
 
TL -  O ser humano é ambiguo por natureza mas isto não implica que  todas as suas (dele) declarações sejam ambíguas. "Por natureza" significa no caso, que o homem nasce com a ambiguidade já
> configurada no seu sistema cérebro-mente.
 
PB - Além do ser Hómano ser intrinsecamente ambíguo, a própria linguagem é algo ambígua por natureza. Porque a linguagem funciona através de palavras, que são "simbolozinhos
fucking-arbitrários da porra" que representam aquela porrinha da  realidade (exemplo: uma cenoura, um cabelinho da orelha, um pênis de plástico que diverte a mulherada). Além disso, desde a mecânica
quântica sabemos que não se pode "simbologizar" a natureza com precisão absoluta, é tudo uma questiúncula hiper-foderosa de probabilidade e indeterminação. Então é ambiguidade do hómo sápiens,
é ambiguidade intrínseca das linguagens e é ambiguidade mensurativa da natureza. Só tem ambiguidade, mano véio! Prá todo lado!  É hiper-phoda, mermão!
 
TL – Não existe essa separação entre a ambiguidade do ser humano e ambiguidade da linguagem humana, pois o ser humano só é humano devido a linguagem baseada na palavra.
 
TL - Aí vão 5 exemplos de declarações não ambiguas:
 
TL 1. Acabei de beber 300 ml. de coca zero.
 
PB -  Acabou mesmo? 300.00000 ml? Ou será que foram 300.13 ml? Não teria sido 301.852 ml? E tu contastes o tempo que
levastes para abrir a tampinha (e que fez evaporar 0.0323ml?) E foi coca-zero pura? Tu tens certeza de que um operário lá  da coca-cola (que brigou com a mulé na noite anterior) não
deu uma mijada no butijãozão de preparo da bebidófila do  capiroto? Ou deu uma escarrada? Ou deu uma ... chega...hahahaha
 
TL – a) É lógico que acabei de beber. Isso significa que enquanto eu escrevia, bebia o delicioso refrigerante, sendo que o recipiente onde estava o liquido não foi informado.
 
b) Quanto à quantidade, dou a mão esquerda à palmatória. O correto seria dizer “acabei de beber 300 ml. de coca zero, com uma margem de erro referente à quantidade, a qual desconheço”.
 
TL2- Segundo o relógio do meu computador agora são 17,38 hs. - ele não informa os segundos.
 
PB – Mas se tu ficares olhando para essa bósta desde o momento que ele muda de 17,37 para 17,38, tu poderás estimar os segundelhos  com razoável precisão. Então, vosso computador permite que se faça um estimativóide dos segundelhos.
 
TL -  E daí? O fato é que a frase “segundo o relógio... etc” é zero ambígua.
 
TL3 - Segundo consta na minha certidão de nascimento, eu nasci às 14,30 hs, mas não me foi apresentada nenhuma prova de que eu nasci neste horário.
 
PB –  Não respondeu
TL - Você não respondeu porque essa é mais uma frase zero ambígua  e você tem uma resistência tenaz de aceitar essa obviedade: existem frases ditas pelos humanos que não têm nenhuma ambiguidade.
 
TL 4. Tenho uma .viajem marcada para Los Angeles no próximo dia 5 de agosto. entre 22 e 23 hs.
 
PB - Boa viagem! Mas tu levastes em conta que a moçoila que lhe atendeu para reservar a passagem teve uma súbita coceirinha no tóba e por essa razão acabou acidentalmente apertando a tecla "cancelar" sem perceber? Ou, se tu fizestes a reserva via internéti, contastes com a (minúscula, mas existente) possibilidade de ter acessado um site fantasma de um hacker que irá lhe desfalcar e fornicacionar o vosso cartão de crédito? (que sorte que não tenho essas bostaiadas, hahahahahaha)
 
TL – De novo o “Mas”?   Essa palavrinha adora ambiguidades. A mais comum aparece nesta frase “Eu concordo mas...”  No lugar disso o LPC manda dizer:  eu concordo com uma parte do que você disse que é a seguinte, e discordo desta outra parte.
 
A VIAGEM ESTÁ MARCADA – e ponto final. Se foi cometido algum equivoco na marcação, isso nada tem a ver com a zero ambiguidade da frase. 
 
Obs. Cartão de crédito? Mais de 300% ao ano de juros! Mas a corrupção dos banqueiros está autorizada por lei. Existem muitas modalidades de corrupção, sendo uma delas a legalizada.

TL5. Todos os homens são mortais.
 PB - Tu estás levando em conta o Zé Sarney? Ou aquele mané que, daqui a 50 anos, descobrirá uma forma de transplantar o cerebrófilo dele para uma maquinota da porra capaz de viver até o orifício anal do Zeus fazer bico?
TL – MY GOD NOVAMENTE???  O verbo ser foi usado no PRESENTE – SÃO... cara pálida. Se amanhã eles deixarão de sê-lo, isso nada afeta a zero ambiguidade da frase.
 
TL - O termo ambiguidade não é ambíguo.
 
PB - Mas eu tenho um acreditelhamento de que mesmo esse termo é ambíguo. Porque se o mané falar que o número PI é um número  irracional, porra ele estará bem próximo de algo que não é
ambíguo (a não ser, é claro, que por "irracional" entenda-se  um número que não pensa muito racionalmente, hahahahaha,  então é tudo ambíguo mesmo, hahahahahaha). E o que acontece
quando tu juntas esse número com a CA (constante astronômica?
Faça a conta que tu terás a resposta: PI + CA = ????
E assim que descobrires, não precisa me falar, que eu não gosto dessas coisas, hahahahaha
E hoje é sexta-feira! Dia mundial da ambiguidade! Principalmente depois da segunda garrafa de cerveja! Garçóm! Traz mais uma aí, estupidérrimamente gelada!
 
TL – Para o problema suscitado por seu cálculo astronômico recomendo arrumar outro termo que não a ambiguidade. Quanto aos números ditos “racionais” está aí mais uma prova de que os cientistas são precisos no que fazem mas não no que dizem sobre o que fazem. Outra coisa: não existe  “proximidade de algo que não é ambíguo”. Ou é ou não é ambíguo. Enfim a lógica aristotélica com essas coisas de é ou não é, falso ou verdadeiro, etc. ainda serve para alguma coisinha.
 
Recado do Freud:
 
“Diga ao seu amigo e colaborador Pesky Bee para ele examinar a seguinte hipótese cientifica:
 
a) ele tem dificuldade de prestar a devida atenção aos detalhes do que lê e às vezes acaba cometendo equívocos lógicos como os descritos neste debate.
b) a causa deste sintoma seria a TDAH (Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade).
 
Sugiro que essa hipótese freudiana seja verificada com algum psicanalista do século XXI. 
====================================================

Em Sex 03/07/15 10:57, Pesky Bee peskybee2@gmail.com [ciencialist] ciencialist@yahoogrupos.com.br escreveu:

 

> a) Não foi criada ainda nenhuma medida para dimensionar a ambiguidade.
 
Aquele mané tem em suas mãos apenasmente uma reguazinha de
30 cms, de plástico, toda fudida. E falaram para ele medir
a altura daquela montanhazona desgraçadamente alta. E rapidinho!
Porra, não dá para fazer isso, né não? Ou será que dá?
Então, o mané usa algumas propriedades de proporcionalidade de
altura de triângulos e usa a sombra da montanhona e a sombra de
uma referênciazinha menorzitcha e consegue, com aquela bósta de
reguazinha estropiada, dar um resultado bom bágarái. Então, mesmo
sem ter um instrumento de medição adequado àquela ingrata tarefóida,
ainda assim é possível mensuralhar, de forma adequadófila e
arredondalhada, uma porralhice qualquer.
 
> b) O ser humano é ambiguo por natureza mas isto não implica que
> todas as suas (dele) declarações sejam ambíguas. "Por natureza"
> significa no caso, que o homem nasce com a ambiguidade já
> configurada no seu sistema cérebro-mente.
 
Calilzóvsky, além do ser Hómano ser intrinsecamente ambíguo,
a própria linguagem é algo ambígua por natureza. Porque a
linguagem funciona através de palavras, que são "simbolozinhos
fucking-arbitrários da porra" que representam aquela porrinha da
realidade (exemplo: uma cenoura, um cabelinho da orelha, um pênis de
plástico que diverte a mulherada). Além disso, desde a mecânica
quântica sabemos que não se pode "simbologizar" a natureza com
precisão absoluta, é tudo uma questiúncula hiper-foderosa de
probabilidade e indeterminação. Então é ambiguidade do hómo sápiens,
é ambiguidade intrínseca das linguagens e é ambiguidade mensurativa
da natureza. Só tem ambiguidade, mano véio! Prá todo lado!
É hiper-phoda, mermão!
 
> c) Segundo Freud essa fixação peskyana na ambiguidade é produto
 
Já eu diria ao Freud para ele se freuder-se. Êta ambiguidade
desgramenta e salafrariosa, hahahahahaha
 
> 1. Acabei de beber 300 ml. de coca zero.
 
Acabou mesmo? 300.00000 ml? Ou será que foram 300.13 ml?
Não teria sido 301.852 ml? E tu contastes o tempo que
levastes para abrir a tampinha (e que fez evaporar 0.0323ml?)
E foi coca-zero pura? Tu tens certeza de que um operário lá
da coca-cola (que brigou com a mulé na noite anterior) não
deu uma mijada no butijãozão de preparo da bebidófila do
capiroto? Ou deu uma escarrada? Ou deu uma ... chega...hahahaha
 
> 2. Segundo o relógio do meu computador agora são 17,38 hs.
>  - ele não informa os segundos.
 
Mas se tu ficares olhando para essa bósta desde o momento que
ele muda de 17,37 para 17,38, tu poderás estimar os segundelhos
com razoável precisão. Então, vosso computador permite que
se faça um estimativóide dos segundelhos.
 
> 4. Tenho uma .viajem marcada para Los Angeles no próximo
> dia 5 de agosto. entre 22 e 23 hs.
 
Boa viagem!
Mas tu levastes em conta que a moçoila que lhe atendeu para
reservar a passagem teve uma súbita coceirinha no tóba e por essa
razão acabou acidentalmente apertando a tecla "cancelar" sem
perceber? Ou, se tu fizestes a reserva via internéti, contastes
com a (minúscula, mas existente) possibilidade de ter acessado
um site fantasma de um hacker que irá lhe desfalcar e fornicacionar
o vosso cartão de crédito? (que sorte que não tenho essas
bostaiadas, hahahahahaha)
 
> 5. Todos os homens são mortais.
 
Tu estás levando em conta o Zé Sarney? Ou aquele mané que,
daqui a 50 anos, descobrirá uma forma de transplantar o
cerebrófilo dele para uma maquinota da porra capaz de
viver até o orifício anal do Zeus fazer bico?
 
> O termo ambiguidade não é ambíguo.
 
Mas eu tenho um acreditelhamento de que mesmo esse termo é
ambíguo. Porque se o mané falar que o número PI é um número
irracional, porra ele estará bem próximo de algo que não é
ambíguo (a não ser, é claro, que por "irracional" entenda-se
um número que não pensa muito racionalmente, hahahahaha,
então é tudo ambíguo mesmo, hahahahahaha). E o que acontece
quando tu juntas esse número com a CA (constante astronômica?
Faça a conta que tu terás a resposta: PI + CA = ????
E assim que descobrires, não precisa me falar, que eu não
gosto dessas coisas, hahahahaha
 
E hoje é sexta-feira! Dia mundial da ambiguidade! Principalmente
depois da segunda garrafa de cerveja! Garçóm! Traz mais
uma aí, estupidérrimamente gelada!
 
*PB*
 
 

From: "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]
Sent: Thursday, July 02, 2015 5:49 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: Re: [ciencialist] Lógicas e Informação
 
 
 

"todas as declaracionices humanóides são, em alguma medida, ambíguas".
 
Sendo assim, só me resta apelar para nosso cruel Triturador Lógico.
Abraços
M.Calil
 

===================================
TL:
a) Não foi criada ainda nenhuma medida para dimensionar a ambiguidade.
b) O ser humano é ambiguo por natureza mas isto não implica que todas as suas (dele) declarações sejam ambíguas. "Por natureza" significa no caso, que o homem nasce com a ambiguidade já configurada no seu sistema cérebro-mente.
c) Segundo Freud essa fixação peskyana na ambiguidade é produto de algum processo inconsciente instalado na infância que mereceria uma investigação cientifica.
d) Aí vão 5 exemplos de declarações não ambiguas:
 
1. Acabei de beber 300 ml. de coca zero.
2. Segundo o relógio do meu computador agora são 17,38 hs. - ele não informa os segundos.
3. Segundo consta na minha certidão de nascimento, eu nasci às 14,30 hs, mas não me foi apresentada nenhuma prova de que eu nasci neste horário.
4. Tenho uma .viajem marcada para Los Angeles no próximo dia 5 de agosto. entre 22 e 23 hs.
5. Todos os homens são mortais.
 
A ambiguidade das declarcionices humanóides se restringe às frases que usam termos abstratos. Mas nem todos os termos abstratos são ambiguos. O termo ambiguidade não é ambíguo. Fico devendo a definição de "abstrato" que pode ser construida sem nenhuma ambiguidade se tiver como antônimo o termo concreto. Isso também não significa que todos os termos existentes sejam ou abstratos ou concretos.
 
TL, ao seu dispor.
 
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SUBJECT: Contas no Masthematica
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/07/2015 08:19

Olá,

 

Se houver alguém por aí interessado em ver como o poderoso Mathematica funciona, eis um site científico que, há algum tempo,

vem expondo como fazer contas em RG usando este software.

 

 

https://arsphysica.wordpress.com/2011/03/05/relatividade-geral-no-mathematica/

 

Muito bom para estudantes de pós-graduação, ou para aqueles que estudam isso com algum objetivo que não o acadêmico.

Em espaços curvos não dá para fazer contas na munheca. Há uma enormidade de coisas para serem calculadas.

 

Então, um software como este, é uma mão na roda.  Seus tentáculos precisos estão em todas as áreas onde é necessário fazer contas compridas e estafantes.

 

Aproveitem, está em promoção,  é bótimo, é de grátis...

 

Sds,

Victor.

 


SUBJECT: Re: [ciencialist] Matemática e o universo. Uma inexorável correlação.
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/07/2015 14:21

Ola Pesky,

Mas repare que, mesmo assim, vc está assumindo que uma realidade mais profunda posse esconder axiomas mais profundos. Ou seja, vc no final concorda que os axiomas são descobertos "na realidadade".

Abs
Felipe



Em Quinta-feira, 2 de Julho de 2015 9:49, "'Pesky Bee' peskybee2@gmail.com [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br> escreveu:


 
> Os axiomas, tanto geométricos, qto aritméticos, tb estão
> diretamente relacionados a nossa percepção da realidade
 
Felipão, é essa a principal questiúncula que me acende os
pensamentófilos. Porque já aprendemos que aquilo que percebemos
é meramente uma fugaz fumacinha prá lá de bagdá da realidade.
Então, a maior parte de nossa matemática atual está
fundamentacionada em axiomas que são derivados dessa
nossa condição de "cegos em meio a tiroteio". É por isso
que acredito que possa haver outras matemáticas, com axiomas
diferentes (e até mesmo contra-intuitivos) capazes de
levar nossos pensamentóides lá para a casa de campo do carválho.
 
*PB*
 
 
 
From: luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br [ciencialist]
Sent: Thursday, July 02, 2015 9:02 AM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] Matemática e o universo. Uma inexorável correlação.
 
 
 

Fala Victor/Pesky,
 
Eu, particularmente, considero esse tema SENSACIONAL!
 

Quando li, no artigo do Wigner, a história da conversa entre um estatístico, que tentava explicar a distribuição gaussiana e um leigo, a seguinte frase me causou impacto - "certamente a população não tem nada a ver com a circunferencia do círculo".
 

Eu, particularmente, considero a matemática uma mera descoberta. Os números (e as operações aritméticas básicas), são representação de percepções de qdes, que apreendemos desde tempos imemorias (animais tb parece "saber" contar), através de nossos sentidos. Os axiomas, tanto geométricos, qto aritméticos, tb estão diretamente relacionados a nossa percepção da realidade.
 

Na verdade, como todas as verdades e teoremas já estão determinados, logo após a enunciação de um conjunto de axiomas, toda a discussão sobre a origem da matemática pode se basear exclusivamente na questão sobre as origens dos axiomas. Nesse sentido, creio que os axiomas das geometrias e da aritmética (o que chamo de "fundamentais"),são todos descobertas.
 

Acho que nossa capacidade de "manipulação" (que é um dado da realidade tb) nos permitiu desenvolver novos conjuntos de axiomas, conjuntos numéricos, a partir dos "fundamentais" que, não obstante a inexistência de uma percepção direta dos mesmos na realidade, acabaram gerando resultados fantásticos na descrição da mesma (em reinos onde antes nem sonhávamos enxergar - e onde ainda não enxergamos!!!), o que pode ser uma evidência de que são tão descobertas quanto os "fundamentais"
 

Abs
Felipe
 

 
 
 
 



SUBJECT: Re: Re: [ciencialist] Matemática e o universo. Uma inexorável correlação.
FROM: Mtnos Calil <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: "luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
CC: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/07/2015 17:12


Favor informar o que significa o termo "realidade". 
"Se quiseres conversar comigo, informe o significado que atribui ao que me dizes" - Voltaire 
Obrigado
Mtnos Calil 

Ps. Alguns conceitos de realidade:

A realidade é tudo aquilo que é percebido pelo homem e que é fruto de uma interação entre seu sistema perceptivo e o que ele é capaz de perceber no mundo, sendo que ele é parte do mundo. Não se confunda, porém, a realidade percebida pelo homem com a realidade existente no mundo. Jamais a percepção da realidade será igual à realidade. 
No campo social (leia-se econômico-social), a realidade está bem representada na ilustração abaixo.  

Só falta uma charge onde apareça um cientista alienado dizendo: A CIÊNCIA NÃO TEM NADA A VER COM A REALIDADE SOCIAL. (e o pior é que o mercado da ciência está repleto de cientistas que sofrem deste transtorno; afinal quem manda na ciência é o Deus Mercado). 




 Essa disputa por um discurso mais à direita é o que se vê também na Europa.om

====================================================

On Sáb 04/07/15 14:21 , "luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 

Ola Pesky,

Mas repare que, mesmo assim, vc está assumindo que uma realidade mais profunda posse esconder axiomas mais profundos. Ou seja, vc no final concorda que os axiomas são descobertos "na realidadade".

Abs
Felipe



Em Quinta-feira, 2 de Julho de 2015 9:49, "'Pesky Bee' peskybee2@gmail.com [ciencialist]" escreveu:


 
> Os axiomas, tanto geométricos, qto aritméticos, tb estão
> diretamente relacionados a nossa percepção da realidade
 
Felipão, é essa a principal questiúncula que me acende os
pensamentófilos. Porque já aprendemos que aquilo que percebemos
é meramente uma fugaz fumacinha prá lá de bagdá da realidade.
Então, a maior parte de nossa matemática atual está
fundamentacionada em axiomas que são derivados dessa
nossa condição de "cegos em meio a tiroteio". É por isso
que acredito que possa haver outras matemáticas, com axiomas
diferentes (e até mesmo contra-intuitivos) capazes de
levar nossos pensamentóides lá para a casa de campo do carválho.
 
*PB*
 
 
 
From: luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br [ciencialist]
Sent: Thursday, July 02, 2015 9:02 AM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] Matemática e o universo. Uma inexorável correlação.
 
 
 

Fala Victor/Pesky,
 
Eu, particularmente, considero esse tema SENSACIONAL!
 

Quando li, no artigo do Wigner, a história da conversa entre um estatístico, que tentava explicar a distribuição gaussiana e um leigo, a seguinte frase me causou impacto - "certamente a população não tem nada a ver com a circunferencia do círculo".
 

Eu, particularmente, considero a matemática uma mera descoberta. Os números (e as operações aritméticas básicas), são representação de percepções de qdes, que apreendemos desde tempos imemorias (animais tb parece "saber" contar), através de nossos sentidos. Os axiomas, tanto geométricos, qto aritméticos, tb estão diretamente relacionados a nossa percepção da realidade.
 

Na verdade, como todas as verdades e teoremas já estão determinados, logo após a enunciação de um conjunto de axiomas, toda a discussão sobre a origem da matemática pode se basear exclusivamente na questão sobre as origens dos axiomas. Nesse sentido, creio que os axiomas das geometrias e da aritmética (o que chamo de "fundamentais"),são todos descobertas.
 

Acho que nossa capacidade de "manipulação" (que é um dado da realidade tb) nos permitiu desenvolver novos conjuntos de axiomas, conjuntos numéricos, a partir dos "fundamentais" que, não obstante a inexistência de uma percepção direta dos mesmos na realidade, acabaram gerando resultados fantásticos na descrição da mesma (em reinos onde antes nem sonhávamos enxergar - e onde ainda não enxergamos!!!), o que pode ser uma evidência de que são tão descobertas quanto os "fundamentais"
 

Abs
Felipe
 

 
 
 
 




SUBJECT: Volante Alternativo e GradePet 2.2 a 2.5
FROM: Tipoalgo <tipoalgo@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/07/2015 10:48

SUBJECT: Brasil: uma nação esquizofrênica?
FROM: Mtnos Calil <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: <maoslimpasbrasil@yahoogrupos.com.br>, <indianotransparencia@yahoogrupos.com.br>, <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, <gcbrasil@yahoogrupos.com.br>
CC: <serrao@alertatotal.net>
DATE: 05/07/2015 16:16

 

A liberdade sem limites além de ferir o senso comum estimula a esquizofrenia social.

O Brasil está enlouquecendo e se tornando uma Nação ingovernável.

A atual Presidente não tem praticamente nenhum poder de governança e não pede demissão.

E se pedisse quem ficaria no lugar dela?

Quem seria o político capaz de botar ordem nesta baderna nacional?

Além de ser o campeão mundial da impunidade, com mais de 90% dos crimes de homicídio não investigados – ou seja mais de 90% dos assassinos não são sequer identificados – o Brasil se tornou agora o campeão mundial da avacalhação, como comprovam os adesivos pornográficos que mostram a D.Dilma numa situação estapafúrdia.

Até a mídia que adora escândalos (porque precisa deles para conquistar a audiência necessária para justificar a receita da publicidade) não fez a divulgação do adesivo pornográfico, que ficou restrita a algumas páginas da internet como esta: http://noticias.terra.com.br/brasil/governo-denuncia-adesivo-com-ofensa-sexual-a-dilma,33f5fa7ff225c4a3d42f654bee769de9sgleRCRD.html – se é que já não retiraram a coisa do ar COMO DEVERIAM TER FEITO!

De novo a pergunta: QUEM SERIA O POLITICO CAPAZ DE BOTAR ORDEM NESTA BADERNA NACIONAL?

A resposta infelizmente consagra a tragédia e se resume nesta palavra: NENHUM.

Agora a nossa tradição carnavalesca vai ser reforçada pela INSEGURANÇA E IMPREVISIBILIDADE.

Não sabemos mais nem o que vai acontecer nos próximos 90 dias.

Só temos certeza que a inflação vai demorar para ser contida, que o desemprego vai continuar aumentando, que o PIB vai continuar caindo e que a recuperação da nossa economia só terá inicio no ano que vem, mas isso também ninguém pode garantir. Para o mercado, porém, como temos 200 milhões de habitantes, basta uns 30% deles para manter a “economia de mercado” andando - para trás, é claro.

Estamos atravessando a maior crise social, econômica e política da História do Brasil.

Os maiores responsáveis por essa tragédia são as nossas zelites políticas financiadas por empresas que têm no Estado (ou seja na Nação, ou seja no Povo) a sua principal fonte de receita.

Mtnos Calil *

*Nascido em São Paulo, que foi transformada pelas zelites numa das mais esquizofrênicas cidades do Planeta Terra. Dizem que estamos destruindo esse Planeta. Que nada! O Planeta Terra é muito mais poderoso que todos os 7 bilhões de humanos juntos. Nem o arsenal todo da bomba atômica é capaz de destruir o planeta. Mas a humanidade não vai desaparecer não! Uma parte dela vai continuar usufruindo do conforto que a Terra nos oferece. 

E, segundo a ONU, só temos cerca de um bilhão de famintos, o que representa MENOS DE 20% da população mundial. Temos espaço, portanto, para mais um bilhão de famintos ou sub-nutridos, convivendo ao lado de um bilhão ou dois de obesos nutridos pela rede MacDonald's, a maior "cadeia" varejista da Terra e que agora está contribuindo de forma relevante para implantar a obesidade na China. 

Ps. A Grécia de Aristóteles, Sócrates e Platão, e que foi a berço da civilização ocidental, está  sucumbindo na Europa inglesa e alemã. Com a globalização  temos agora vários impérios multipolares, com destaque para EUA, China e a Europa da Inglaterra e da Alemanha. O Brasil e a Rússia que eram estados emergentes pararam de emergir e tudo que podem fazer agora é evitar o naufrágio.  

=======================================




SUBJECT: Psicanálise de Pesky Bee - Mensagem 1
FROM: "Mtnos Calil" <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/07/2015 12:29

 ( Mensagem enviada pelo Psicanalista Social)
============================================
Vejam a reação de espanto de Pesky Bee depois da primeira sessão que teve com Freud: 


          
PSICANÁLISE DO PESKY BEE.

O FREUD DO SÉCULO XXI, ADAPTADO AO MUNDO VIRTUAL, USA AGORA AS IMAGENS PARA ILUSTRAR OS PENSAMENTOS E AS EMOÇÕES REPRIMIDAS NO INCONSCIENTE. 

Image result for pesky bee

Isso explica porque PB não consegue falar sem usar palavrões. É a forma que ele encontrou de se defender das surras que levava na infância. Assim ele responde hoje com agressividade verbal às agressões fisicas que recebeu devido às suas travessuras.  
Para resolver este problema, a psicanálise recomenda REVIVER as situações vividas na infância como primeiro passo para remover o lixo que fica guardado em nosso inconsciente. No caso, o paciente não precisa apanhar de novo, bastando reproduzir o sentimento que teve ao levar a merecida surra. Como PB é um camarada inteligente, bastará ele reviver 30 surras para assim fazer uma remoção perfeita deste lixo que emporca a sua mente há mais de 50 anos. Segundo Freud há outras sugeiras guardadas na mente abelhuda, mas ele vai precisar de um tempo para descobri-las. 

PS - Psicanalista Social. 

Ps1. Freud também será colocado em nosso divã virtual, já que ninguém fez a psicanálise dele. Por exemplo, ele era um fumante inveterado de cachimbo. Será que ele apanhou muito na infância, recorrendo a este simbolo fálico? Sado-masoquismo? A desculpa que Freud encontrou para justificar seu vicio foi que era o único prazer que tinha na vida. A sorte dos psicanalistas é que se Freud tivesse tido uma infância feliz, a psicanálise não teria nascido! 
Ps2.A TBHR - Teoria do Bom Humor Radical pode substituir 300 sessões de psicanálise (ou conforme o caso, 3.000). Aguardem! 


SUBJECT: Re: [ciencialist] Matemática e o universo. Uma inexorável correlação.
FROM: "Pesky Bee" <peskybee2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/07/2015 13:50

Felipão, a coisarada chega a ser mais estranhafúrdia
ainda, na minha visão abelhífera. Porque sim, pode haver
axiomas "melhores" que descubramos no futuro e que nos
deem uma melhor teorização da realidade.
 
Mas também pode
ocorrer (coisa que acho não apenas plausível,
mas também muito provável) que
os eventuais "axiomas
fundamentais" da "realidade última" (aquela explanação
definitiva do universo e tudo o que está dentro dele)
 
sejam tão foderosos, mas tão complicadófilos que nossa
cachola não tenha capacidade de compreendê-los, néver,
jámé!. Em resumo,
pode ser que este nosso cérebro de
homosapienzófilo não
possa abraçar essa imensamente
gigantesca coleção de
conceituações abismalmente
extraordinárias que são
necessárias para entender esta
porra de universo danado
e complicado em que vivemos.
 
E para quem tiver dificuldades em compreendelhar esses
pensamentóides todos, vejam esta situação: uma abelhinha
safada (bunduda e bonitona) acabou se enfiando naquele
túnel que conduz a cambada para entrar em um avião. Pronto,
o bichóide entrou no dito avião e ficou descansando lá
em uma cadeira da área da primeira classe (que estava vaga
nestes tempos difíceis). A abelhinha safada não faz a mínima
ideia do que isso tudo significa. Dezesseis horas depois
(e após muita
agitação, barulheira e acende/apaga de luzes)
essa
abelhinha consegue sair do avião, mas
do outro lado do
planeta. Claro que ela não faz a mínima ideia disso. Agora
imagina só como essa abelhinha
não conseguiria compreendelhar
nem phodendo todo o processo e os trâmites
de coisaradas que
ocorreram durante essa viagem (coisa que para
nós é banal).
É algo que o pobre cerebrinho do pobre bichinho não
teria condições de compreendelhar "ni phodiendo", como
diriam uns italianos de um dialeto raro e safado que
acabei de inventar, hahahahaha
 
*PB* 
 
 
 
From: luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br [ciencialist]
Sent: Saturday, July 04, 2015 2:21 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] Matemática e o universo. Uma inexorável correlação.
 

Ola Pesky,
 
Mas repare que, mesmo assim, vc está assumindo que uma realidade mais profunda posse esconder axiomas mais profundos. Ou seja, vc no final concorda que os axiomas são descobertos "na realidadade".

Abs
Felipe
 

Em Quinta-feira, 2 de Julho de 2015 9:49, "'Pesky Bee' peskybee2@gmail.com [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br> escreveu:

 
> Os axiomas, tanto geométricos, qto aritméticos, tb estão
> diretamente relacionados a nossa percepção da realidade
 
Felipão, é essa a principal questiúncula que me acende os
pensamentófilos. Porque já aprendemos que aquilo que percebemos
é meramente uma fugaz fumacinha prá lá de bagdá da realidade.
Então, a maior parte de nossa matemática atual está
fundamentacionada em axiomas que são derivados dessa
nossa condição de "cegos em meio a tiroteio". É por isso
que acredito que possa haver outras matemáticas, com axiomas
diferentes (e até mesmo contra-intuitivos) capazes de
levar nossos pensamentóides lá para a casa de campo do carválho.
 
*PB*
 
 
 
 
 

SUBJECT: Re: [ciencialist] Lógicas e Informação - TL x PB
FROM: "Pesky Bee" <peskybee2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/07/2015 13:57

> Você está querendo usar as medidas da física para
> dimensionar a ambiguidade mental/semântica? Isso não
> é possível, cara pálida!
 
Pois eu discordarálho, e digo que qualquer coisa pode ter
uma forma de medição. Basta, é claro, ter uma certa
"unidade de medida", mesmo que estranhafúrdia e erronificante.
Exemplo: grau de embasbacamento de uma véia carcomida ao
ouvir um sonoro e tonitruante palavrão de alto calibre.
Tu fazes uma aferição das modificações da cara do bicho feio
e a partir daí estabelece uma quantificação do efeito.
 
> Não existe essa separação entre a ambiguidade do ser
> humano e ambiguidade da linguagem humana, pois o ser
> humano só é humano devido a linguagem baseada na palavra
 
Calilzófilo, mano véio, veja bem: um termo como "suficiente"
tem um sentido (semântica) que é ambíguo ou impreciso
dependendo do contexto. O mané, já bebáço até as cuecas,
diz para o amigo que lhe perguntou se queria mais um
copo de cerveja: "não, meu véio, grato, mas acho que
já foi suficiente o que bebi". Pois dentro da semântica
dessa frase, o termo "suficiente" é impreciso e ambíguo.
E dentro da cachola do zé mané? Porra, é mais impreciso
e ambíguo ainda! Se ele tivesse visto uma muié bunduda,
pode ser que tivesse aceitado mais da bebida. E é uma
ambiguidade e imprecisão adicional àquela que consta da
escrevinhação ou falação da frase. Portanto, são duas
ambiguidades que se somam para dar uma cagalhalmente
imensa imprecisão no linguajar.
 
> a) É lógico que acabei de beber
 
Mas meu véio, tu já ouvistes falar de "sonhos lúcidos"?
Por exemplo, eu acabei de trepar com a Scarlett Johansson,
veja só como estou felizardo! Então essa tua frase carrega
uma improbabilíssimamente reduzida chance de ser falsa.
 
> bebia o delicioso refrigerante
 
Coca-zero? Delicioso refrigerante? Porra, óia só aí a
ambiguidade e imprecisão! Porque para mim essa bebida
é O MIJO DO CAPIROTO!
 
> E daí? O fato é que a frase “segundo o relógio... etc” é
> zero ambígua
 
Calilzófilo, deixa a idade te pegar pelas pernas. Tu vais
ter dificuldades de enxergalhar algumas coisófilas. Eu, por
exemplo, tinha uma certeza absoluta de que o número 38 estava
escrito em uma caquinha pretófila lá no teto do meu banheiro.
Um dia, com a pulga atrás da orelha, botei uma escadinha
lá e fui conferir essa porra de perto. Não era 38, era 36!
Brutal diferença! Agora, de repente nem isso é! Se eu
puser um microscópio e fizer uma análise da imagem reforçando
características pictográficas (não é picagráficas, por favor!),
pode ser que eu encontre um outro numerelho. Porra, só dá
incerteza em todo lugar! Temos que aprender a viver com isso.
 
> Segundo consta na minha certidão de nascimento, eu nasci
> às 14,30 hs, mas não me foi apresentada nenhuma prova de
> que eu nasci neste horário
 
Ah, mas tem aquela foto que uma enfermeira tirou (em segredo)
do momento em que tu estavas saindo da caverna escura documentando
não apenas o teu nascimento mas também o horário estampado
em um relógio que se via à esgueira (e não me pergunte o
que quer dizer esgueira, hahahahaha). E o horário não era
14:30, era outro! E essa invencionice minha é possível ou não
é possível? Claro que é possível! E isso sem falar de que tu
podes ter esquecido de que alguém apresentou uma prova de teu
nascimento para ti. Afinal, a memória é curta, certo Kalilzófilo
(ou será Qualilzão? Quélilzônio?)
 
> A VIAGEM ESTÁ MARCADA – e ponto final. Se foi cometido
> algum equivoco na marcação, isso nada tem a ver com a
> zero ambiguidade da frase
 
Calilzão, é óbvio que essa frase pode ser ambígua. Vejamos.
A viagem está marcada (é o que tu achas ou é o que tu
depreendes ao observar o terminal de computador indicando
o teu nome lá?). Porque a viagem pode estar marcada lá
nos cafundó de tuas expectativas, mas na realidade (lá nos
cafundós do registro do HD da companhia aérea) essa porra
pode não estar marcada. Pode ou não pode? É claro que pode!
 
> TL – MY GOD NOVAMENTE???  O verbo ser foi usado no PRESENTE –
> SÃO... cara pálida. Se amanhã eles deixarão de sê-lo, isso
> nada afeta a zero ambiguidade da frase
 
Mas Calilzófilo, tu entendes que essa afirmação que tu
fazes está declarando em alto e bom som que ninguém ainda
conseguiu obter a imortalidade. Tu tens certeza absoluta
disso? Será que não existe um hiper-multi-milionário lá
na ilha da casa do carválho que conseguiu obter isso hoje
e está desfrutando dessa imortalidade em segredo? É improvabilíssimo,
eu sei, mas é possível ou não é possível? É claro que
é possível!
 
> Sugiro que essa hipótese freudiana seja verificada com
> algum psicanalista do século XXI
 
Se for uma psicanalista mulé, se ela estiver trajando curtíssima
minissaia e se não estiver usando calcinhas e se ela adorar
cruzar e descruzar as pernocas, diga lá onde é a consulta
que saio CORRENDO daqui para ter meu horário com ela!
 
*PB*
 
 
 

From: "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]
Sent: Friday, July 03, 2015 5:00 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: Re: [ciencialist] Lógicas e Informação - TL x PB
 

TL - Não foi criada ainda nenhuma medida para dimensionar a ambiguidade.
 
PB - Aquele mané tem em suas mãos apenasmente uma reguazinha de 30 cms, de plástico, toda fudida. E falaram para ele medir a altura daquela montanhazona desgraçadamente alta. E rapidinho!
Porra, não dá para fazer isso, né não? Ou será que dá? Então, o mané usa algumas propriedades de proporcionalidade de  altura de triângulos e usa a sombra da montanhona e a sombra de
uma referênciazinha menorzitcha e consegue, com aquela bósta de reguazinha estropiada, dar um resultado bom bágarái. Então, mesmo sem ter um instrumento de medição adequado àquela ingrata tarefóida, ainda assim é possível mensuralhar, de forma adequadófila e  arredondalhada, uma porralhice qualquer.
 
TL – MY GOD! Que foi isso PB? Você está querendo usar as medidas da física para dimensionar a ambiguidade mental/semântica? Isso não é possível, cara pálida!
 
TL -  O ser humano é ambiguo por natureza mas isto não implica que  todas as suas (dele) declarações sejam ambíguas. "Por natureza" significa no caso, que o homem nasce com a ambiguidade já
> configurada no seu sistema cérebro-mente.
 
PB - Além do ser Hómano ser intrinsecamente ambíguo, a própria linguagem é algo ambígua por natureza. Porque a linguagem funciona através de palavras, que são "simbolozinhos
fucking-arbitrários da porra" que representam aquela porrinha da  realidade (exemplo: uma cenoura, um cabelinho da orelha, um pênis de plástico que diverte a mulherada). Além disso, desde a mecânica
quântica sabemos que não se pode "simbologizar" a natureza com precisão absoluta, é tudo uma questiúncula hiper-foderosa de probabilidade e indeterminação. Então é ambiguidade do hómo sápiens,
é ambiguidade intrínseca das linguagens e é ambiguidade mensurativa da natureza. Só tem ambiguidade, mano véio! Prá todo lado!  É hiper-phoda, mermão!
 
TL – Não existe essa separação entre a ambiguidade do ser humano e ambiguidade da linguagem humana, pois o ser humano só é humano devido a linguagem baseada na palavra.
 
TL - Aí vão 5 exemplos de declarações não ambiguas:
 
TL 1. Acabei de beber 300 ml. de coca zero.
 
PB -  Acabou mesmo? 300.00000 ml? Ou será que foram 300.13 ml? Não teria sido 301.852 ml? E tu contastes o tempo que
levastes para abrir a tampinha (e que fez evaporar 0.0323ml?) E foi coca-zero pura? Tu tens certeza de que um operário lá  da coca-cola (que brigou com a mulé na noite anterior) não
deu uma mijada no butijãozão de preparo da bebidófila do  capiroto? Ou deu uma escarrada? Ou deu uma ... chega...hahahaha
 
TL – a) É lógico que acabei de beber. Isso significa que enquanto eu escrevia, bebia o delicioso refrigerante, sendo que o recipiente onde estava o liquido não foi informado.
 
b) Quanto à quantidade, dou a mão esquerda à palmatória. O correto seria dizer “acabei de beber 300 ml. de coca zero, com uma margem de erro referente à quantidade, a qual desconheço”.
 
TL2- Segundo o relógio do meu computador agora são 17,38 hs. - ele não informa os segundos.
 
PB – Mas se tu ficares olhando para essa bósta desde o momento que ele muda de 17,37 para 17,38, tu poderás estimar os segundelhos  com razoável precisão. Então, vosso computador permite que se faça um estimativóide dos segundelhos.
 
TL -  E daí? O fato é que a frase “segundo o relógio... etc” é zero ambígua.
 
TL3 - Segundo consta na minha certidão de nascimento, eu nasci às 14,30 hs, mas não me foi apresentada nenhuma prova de que eu nasci neste horário.
 
PB –  Não respondeu
TL - Você não respondeu porque essa é mais uma frase zero ambígua  e você tem uma resistência tenaz de aceitar essa obviedade: existem frases ditas pelos humanos que não têm nenhuma ambiguidade.
 
TL 4. Tenho uma .viajem marcada para Los Angeles no próximo dia 5 de agosto. entre 22 e 23 hs.
 
PB - Boa viagem! Mas tu levastes em conta que a moçoila que lhe atendeu para reservar a passagem teve uma súbita coceirinha no tóba e por essa razão acabou acidentalmente apertando a tecla "cancelar" sem perceber? Ou, se tu fizestes a reserva via internéti, contastes com a (minúscula, mas existente) possibilidade de ter acessado um site fantasma de um hacker que irá lhe desfalcar e fornicacionar o vosso cartão de crédito? (que sorte que não tenho essas bostaiadas, hahahahahaha)
 
TL – De novo o “Mas”?   Essa palavrinha adora ambiguidades. A mais comum aparece nesta frase “Eu concordo mas...”  No lugar disso o LPC manda dizer:  eu concordo com uma parte do que você disse que é a seguinte, e discordo desta outra parte.
 
A VIAGEM ESTÁ MARCADA – e ponto final. Se foi cometido algum equivoco na marcação, isso nada tem a ver com a zero ambiguidade da frase.
 
Obs. Cartão de crédito? Mais de 300% ao ano de juros! Mas a corrupção dos banqueiros está autorizada por lei. Existem muitas modalidades de corrupção, sendo uma delas a legalizada.
 
TL5. Todos os homens são mortais.
PB - Tu estás levando em conta o Zé Sarney? Ou aquele mané que, daqui a 50 anos, descobrirá uma forma de transplantar o cerebrófilo dele para uma maquinota da porra capaz de viver até o orifício anal do Zeus fazer bico?
TL – MY GOD NOVAMENTE???  O verbo ser foi usado no PRESENTE – SÃO... cara pálida. Se amanhã eles deixarão de sê-lo, isso nada afeta a zero ambiguidade da frase.
 
TL - O termo ambiguidade não é ambíguo.
 
PB - Mas eu tenho um acreditelhamento de que mesmo esse termo é ambíguo. Porque se o mané falar que o número PI é um número  irracional, porra ele estará bem próximo de algo que não é
ambíguo (a não ser, é claro, que por "irracional" entenda-se  um número que não pensa muito racionalmente, hahahahaha,  então é tudo ambíguo mesmo, hahahahahaha). E o que acontece
quando tu juntas esse número com a CA (constante astronômica?
Faça a conta que tu terás a resposta: PI + CA = ????
E assim que descobrires, não precisa me falar, que eu não gosto dessas coisas, hahahahaha
E hoje é sexta-feira! Dia mundial da ambiguidade! Principalmente depois da segunda garrafa de cerveja! Garçóm! Traz mais uma aí, estupidérrimamente gelada!
 
TL – Para o problema suscitado por seu cálculo astronômico recomendo arrumar outro termo que não a ambiguidade. Quanto aos números ditos “racionais” está aí mais uma prova de que os cientistas são precisos no que fazem mas não no que dizem sobre o que fazem. Outra coisa: não existe  “proximidade de algo que não é ambíguo”. Ou é ou não é ambíguo. Enfim a lógica aristotélica com essas coisas de é ou não é, falso ou verdadeiro, etc. ainda serve para alguma coisinha.
 
Recado do Freud:
 
“Diga ao seu amigo e colaborador Pesky Bee para ele examinar a seguinte hipótese cientifica:
 
a) ele tem dificuldade de prestar a devida atenção aos detalhes do que lê e às vezes acaba cometendo equívocos lógicos como os descritos neste debate.
b) a causa deste sintoma seria a TDAH (Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade).
 
Sugiro que essa hipótese freudiana seja verificada com algum psicanalista do século XXI.
 
 
 
 
 

SUBJECT: Re: [ciencialist] Matemática e o universo. Uma inexorável correlação.
FROM: "Pesky Bee" <peskybee2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/07/2015 13:57

> Favor informar o que significa o termo "realidade".
 
Pois não, conforme solicitado segue o significado requisitado:
 
Realidade foi uma revistófila editada pela editora Abril até
os idos anos de 1976 (cortesia Wikipédia).
 
Óia a ambiguidade aí, hahahahahahaha
 
*PB*
 

From: Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]
Sent: Saturday, July 04, 2015 5:12 PM
To: luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br [ciencialist]
Cc: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: Re: [ciencialist] Matemática e o universo. Uma inexorável correlação.
 

Favor informar o que significa o termo "realidade". 
"Se quiseres conversar comigo, informe o significado que atribui ao que me dizes" - Voltaire 
Obrigado
Mtnos Calil
 

Ps. Alguns conceitos de realidade:
 

A realidade é tudo aquilo que é percebido pelo homem e que é fruto de uma interação entre seu sistema perceptivo e o que ele é capaz de perceber no mundo, sendo que ele é parte do mundo. Não se confunda, porém, a realidade percebida pelo homem com a realidade existente no mundo. Jamais a percepção da realidade será igual à realidade.
No campo social (leia-se econômico-social), a realidade está bem representada na ilustração abaixo. 
 

Só falta uma charge onde apareça um cientista alienado dizendo: A CIÊNCIA NÃO TEM NADA A VER COM A REALIDADE SOCIAL. (e o pior é que o mercado da ciência está repleto de cientistas que sofrem deste transtorno; afinal quem manda na ciência é o Deus Mercado).
 
 
 
 
 
 

SUBJECT: Re: [ciencialist] Matemática e o universo. Uma inexorável correlação.
FROM: Mtnos Calil <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/07/2015 14:05

GENIAL, ABELHINHA HUMILDE!
JAMAIS O HOMEM PODERÁ COMPREENDER TUDO QUE OCORRE NO UNIVERSO E PORTANTO SEMPRE ESTARÁ BUSCANDO EXPLICAÇÕES QUE SE RENOVAM. 
PORÉM ESSA RENOVAÇÃO É CIENTIFICA E EVOLUTIVA. 
TUDO QUE É CIENTIFICO SE TRANSFORMA MAS MANTÉM UMA PARTE DAS TEORIAS CIENTIFICAS ANTIGAS. 
A CIÊNCIA PODE SOFRER A INTERFERÊNCIA DE VÁRIOS PARADIGMAS, MAS UM DELES É IMUTÁVEL - O PARADIGMA CIENTIFICO!

MC 



On Seg 06/07/15 13:50 , "'Pesky Bee' peskybee2@gmail.com [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 

Felipão, a coisarada chega a ser mais estranhafúrdia
ainda, na minha visão abelhífera. Porque sim, pode haver
axiomas "melhores" que descubramos no futuro e que nos
deem uma melhor teorização da realidade.
 
Mas também pode
ocorrer (coisa que acho não apenas plausível,
mas também muito provável) que
os eventuais "axiomas
fundamentais" da "realidade última" (aquela explanação
definitiva do universo e tudo o que está dentro dele)
 
sejam tão foderosos, mas tão complicadófilos que nossa
cachola não tenha capacidade de compreendê-los, néver,
jámé!. Em resumo,
pode ser que este nosso cérebro de
homosapienzófilo não
possa abraçar essa imensamente
gigantesca coleção de
conceituações abismalmente
extraordinárias que são
necessárias para entender esta
porra de universo danado
e complicado em que vivemos.
 
E para quem tiver dificuldades em compreendelhar esses
pensamentóides todos, vejam esta situação: uma abelhinha
safada (bunduda e bonitona) acabou se enfiando naquele
túnel que conduz a cambada para entrar em um avião. Pronto,
o bichóide entrou no dito avião e ficou descansando lá
em uma cadeira da área da primeira classe (que estava vaga
nestes tempos difíceis). A abelhinha safada não faz a mínima
ideia do que isso tudo significa. Dezesseis horas depois
(e após muita
agitação, barulheira e acende/apaga de luzes)
essa
abelhinha consegue sair do avião, mas
do outro lado do
planeta. Claro que ela não faz a mínima ideia disso. Agora
imagina só como essa abelhinha
não conseguiria compreendelhar
nem phodendo todo o processo e os trâmites
de coisaradas que
ocorreram durante essa viagem (coisa que para
nós é banal).
É algo que o pobre cerebrinho do pobre bichinho não
teria condições de compreendelhar "ni phodiendo", como
diriam uns italianos de um dialeto raro e safado que
acabei de inventar, hahahahaha
 
*PB* 
 
 
 
From: luiz silva luizfelipecsrj@yahoo.com.br [ciencialist]
Sent: Saturday, July 04, 2015 2:21 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] Matemática e o universo. Uma inexorável correlação.
 

Ola Pesky,
 
Mas repare que, mesmo assim, vc está assumindo que uma realidade mais profunda posse esconder axiomas mais profundos. Ou seja, vc no final concorda que os axiomas são descobertos "na realidadade".

Abs
Felipe
 

Em Quinta-feira, 2 de Julho de 2015 9:49, "'Pesky Bee' peskybee2@gmail.com [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br> escreveu:

 
> Os axiomas, tanto geométricos, qto aritméticos, tb estão
> diretamente relacionados a nossa percepção da realidade
 
Felipão, é essa a principal questiúncula que me acende os
pensamentófilos. Porque já aprendemos que aquilo que percebemos
é meramente uma fugaz fumacinha prá lá de bagdá da realidade.
Então, a maior parte de nossa matemática atual está
fundamentacionada em axiomas que são derivados dessa
nossa condição de "cegos em meio a tiroteio". É por isso
que acredito que possa haver outras matemáticas, com axiomas
diferentes (e até mesmo contra-intuitivos) capazes de
levar nossos pensamentóides lá para a casa de campo do carválho.
 
*PB*
 
 
 
 
 



SUBJECT: Re: [ciencialist] Psicanálise de Pesky Bee - Mensagem 1
FROM: "Pesky Bee" <peskybee2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/07/2015 15:18

Calilzóvsky dos céus! Quanta confucionisse, mano véio!
A explanatoriedade das estropiadas mentalificações peskybeanas
é muito mais simples! É simplesmente que eu adoro sacanagem!
Amo a safadeza! E também adoro ciência. Então é mais a
safadeza na ciência (ou seria a ciência da safadeza?).
 
E, convenhamos, safadeza é tudo uma questão de ângulo.
O sujeito retirar uma big de uma caquinha do nariz e
esfregar embaixo da mesa do bar só vira sacanagem no momento
em que alguém percebe. Se ninguém perceber, porra isso é
a atitude mais normal que existe! É um "causo" similar
ao gatófilo do Schrodinger na caixa com o veneno.
Sem abrir a caixa o gato está morto e vivo ao mesmo
tempo. Mas ao urubuservarmos lá dentro, aí o bichinho
assumirá um desses estados. Com sacanagem é a mesma coisa!
Veja o caso de um malandro que gosta de entrar sorrateiramente
no banheiro do chefe da empresa e enfiar o sabonete no rabo
e depois deixar lá para a pessoalhada lavar as mãos. É a
típica safadeza que só é mesmo uma safadeza se alguém
descobrir, hahahahahaha
 
E mais uma coisa: Calilzófilo, tu me recomendastes o
Freud da Fruta. Eu lhe recomendo o Ary Toledo. Faça um
curso intensivo pegando vídeos no iutúbi do Aryzão e
ria à beça com as cagalhagens que ele fala. É uma
diversão magnífica, né não?
 
*PB*
 
 
 
From: "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]
Sent: Monday, July 06, 2015 12:29 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: [ciencialist] Psicanálise de Pesky Bee - Mensagem 1
 
 
 
 
 

( Mensagem enviada pelo Psicanalista Social)
============================================
Vejam a reação de espanto de Pesky Bee depois da primeira sessão que teve com Freud:
 
         
PSICANÁLISE DO PESKY BEE.
 
O FREUD DO SÉCULO XXI, ADAPTADO AO MUNDO VIRTUAL, USA AGORA AS IMAGENS PARA ILUSTRAR OS PENSAMENTOS E AS EMOÇÕES REPRIMIDAS NO INCONSCIENTE.
 
Image result for pesky bee
 
Isso explica porque PB não consegue falar sem usar palavrões. É a forma que ele encontrou de se defender das surras que levava na infância. Assim ele responde hoje com agressividade verbal às agressões fisicas que recebeu devido às suas travessuras. 
Para resolver este problema, a psicanálise recomenda REVIVER as situações vividas na infância como primeiro passo para remover o lixo que fica guardado em nosso inconsciente. No caso, o paciente não precisa apanhar de novo, bastando reproduzir o sentimento que teve ao levar a merecida surra. Como PB é um camarada inteligente, bastará ele reviver 30 surras para assim fazer uma remoção perfeita deste lixo que emporca a sua mente há mais de 50 anos. Segundo Freud há outras sugeiras guardadas na mente abelhuda, mas ele vai precisar de um tempo para descobri-las.
 
PS - Psicanalista Social.
 
Ps1. Freud também será colocado em nosso divã virtual, já que ninguém fez a psicanálise dele. Por exemplo, ele era um fumante inveterado de cachimbo. Será que ele apanhou muito na infância, recorrendo a este simbolo fálico? Sado-masoquismo? A desculpa que Freud encontrou para justificar seu vicio foi que era o único prazer que tinha na vida. A sorte dos psicanalistas é que se Freud tivesse tido uma infância feliz, a psicanálise não teria nascido!
Ps2.A TBHR - Teoria do Bom Humor Radical pode substituir 300 sessões de psicanálise (ou conforme o caso, 3.000). Aguardem!
 

 
 
 
 

SUBJECT: Re: [ciencialist] Psicanálise de Pesky Bee - Mensagem 1
FROM: Gilberto Morelli <gilmorelli@yahoo.com>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/07/2015 15:24

hahaha..boa Pesky!

Adoro as respostas dele...kkkkk


From: "'Pesky Bee' peskybee2@gmail.com [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Monday, July 6, 2015 3:18 PM
Subject: Re: [ciencialist] Psicanálise de Pesky Bee - Mensagem 1

 
Calilzóvsky dos céus! Quanta confucionisse, mano véio!
A explanatoriedade das estropiadas mentalificações peskybeanas
é muito mais simples! É simplesmente que eu adoro sacanagem!
Amo a safadeza! E também adoro ciência. Então é mais a
safadeza na ciência (ou seria a ciência da safadeza?).
 
E, convenhamos, safadeza é tudo uma questão de ângulo.
O sujeito retirar uma big de uma caquinha do nariz e
esfregar embaixo da mesa do bar só vira sacanagem no momento
em que alguém percebe. Se ninguém perceber, porra isso é
a atitude mais normal que existe! É um "causo" similar
ao gatófilo do Schrodinger na caixa com o veneno.
Sem abrir a caixa o gato está morto e vivo ao mesmo
tempo. Mas ao urubuservarmos lá dentro, aí o bichinho
assumirá um desses estados. Com sacanagem é a mesma coisa!
Veja o caso de um malandro que gosta de entrar sorrateiramente
no banheiro do chefe da empresa e enfiar o sabonete no rabo
e depois deixar lá para a pessoalhada lavar as mãos. É a
típica safadeza que só é mesmo uma safadeza se alguém
descobrir, hahahahahaha
 
E mais uma coisa: Calilzófilo, tu me recomendastes o
Freud da Fruta. Eu lhe recomendo o Ary Toledo. Faça um
curso intensivo pegando vídeos no iutúbi do Aryzão e
ria à beça com as cagalhagens que ele fala. É uma
diversão magnífica, né não?
 
*PB*
 
 
 
From: "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]
Sent: Monday, July 06, 2015 12:29 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: [ciencialist] Psicanálise de Pesky Bee - Mensagem 1
 
 
 
 
 

( Mensagem enviada pelo Psicanalista Social)
============================================
Vejam a reação de espanto de Pesky Bee depois da primeira sessão que teve com Freud:
 
         
PSICANÁLISE DO PESKY BEE.
 
O FREUD DO SÉCULO XXI, ADAPTADO AO MUNDO VIRTUAL, USA AGORA AS IMAGENS PARA ILUSTRAR OS PENSAMENTOS E AS EMOÇÕES REPRIMIDAS NO INCONSCIENTE.
 
Image result for pesky bee
 
Isso explica porque PB não consegue falar sem usar palavrões. É a forma que ele encontrou de se defender das surras que levava na infância. Assim ele responde hoje com agressividade verbal às agressões fisicas que recebeu devido às suas travessuras. 
Para resolver este problema, a psicanálise recomenda REVIVER as situações vividas na infância como primeiro passo para remover o lixo que fica guardado em nosso inconsciente. No caso, o paciente não precisa apanhar de novo, bastando reproduzir o sentimento que teve ao levar a merecida surra. Como PB é um camarada inteligente, bastará ele reviver 30 surras para assim fazer uma remoção perfeita deste lixo que emporca a sua mente há mais de 50 anos. Segundo Freud há outras sugeiras guardadas na mente abelhuda, mas ele vai precisar de um tempo para descobri-las.
 
PS - Psicanalista Social.
 
Ps1. Freud também será colocado em nosso divã virtual, já que ninguém fez a psicanálise dele. Por exemplo, ele era um fumante inveterado de cachimbo. Será que ele apanhou muito na infância, recorrendo a este simbolo fálico? Sado-masoquismo? A desculpa que Freud encontrou para justificar seu vicio foi que era o único prazer que tinha na vida. A sorte dos psicanalistas é que se Freud tivesse tido uma infância feliz, a psicanálise não teria nascido!
Ps2.A TBHR - Teoria do Bom Humor Radical pode substituir 300 sessões de psicanálise (ou conforme o caso, 3.000). Aguardem!
 

 
 
 
 



SUBJECT: Re: [ciencialist] Lógicas e Informação - TL x PB
FROM: Mtnos Calil <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/07/2015 15:25

Sendo assim o curso de lógica na sua versão de 30 horas só terá exercicios do Pesky Bee, pois essa abelha voa no contraditorio mantendo sempre uma das asas ligada na lógica. 
Prosseguindo: 

1. Sobre o que não é mensurável. 

Você diz simplesmente: QUALQUER COISA PODE TER UMA FORMA DE MEDIÇÃO e que para isso "basta ter uma unidade de medida". O Victrolino vai ficar tão eufórico com esse argumento que vai perder o sono por uma semana! 

Crie então essa "unidade" para depois provar que a ambiguidade é mensurável e assim derrubar minha pseudo-tese segundo a qual nem todos os fenomenos mentais são mensuráveis. 


Mas, enquanto isso, podemos e devemos estabelecer diferentes GRAUS para  transtornos mentais como a ambiguidade.  A ambiguidade é um transtorno mental porque as palavras utilizadas podem significar tanto A como B, sendo que às vezes A é antônimo de B. 
O grau de ambiguidade seria proporcional à quantidade de diferentes significados atribuíveis a palavras e frases. Como se trata de um transtorno mental podemos classificá-lo fazendo uso da terminologia psiquiátrica ou psicoterápica. O grau máximo da ambiguidade é a esquizofrenia que simplesmente nega a realidade. (atenção: negar é diferente de interpretar!). 

2. Quanto à ambiguidade do termo "suficiente"

Aplica-se aqui o mesmo raciocinio exposto acima. 
Por exemplo: 

PARA EU EMAGRACER 10 KGS. NO PRAZO MÁXIMO DE 10 MESES É SUFICIENTE UMA DIETA BASEADA NUMA QUANTIDADE MÉDIA DIÁRIA ENTRE 1400 E 1500 CALORIAS. 
PARA TESTAR ESSA HIPÓTESE CIENTIFICA ESTOU FAZENDO ESSA DIETA E NÃO MUDAREI A QUANTIDADE DE CALORIAS CONSUMIDAS ENQUANTO EU ESTIVER EMAGRECENDO PELO MENOS 50 GRAMAS POR MÊS. 

A MENSURAÇÃO DA QUANTIDADE DE CALORIAS DE CADA 100 GRAMAS DE ALIMENTO E 100 ML. DE BEBIDAS É BASEADA NA MÉDIA DE DIFERENTES MEDIDAS ENCONTRADAS NAS TABELAS CALORÍFERAS.

O PRIMEIRO TESTE REALIZADO NAS ULTIMAS 3 SEMANAS REVELOU UM EMAGRECIMENTO QUE NÃO FOI MEDIDO POR MIM COM BASE NAS RÉGUAS VICTROLINAS. EU APENAS VERIFIQUEI SE A  QUANTIDADE DE CENTIMETROS DA MINHA CINTURA DIMINUIU. CONSTATEI ISSO SEM MEDIR NADA. NÀO SEI QUANTOS CENTIMETROS FORAM REDUZIDOS. MAS GARANTO QUE HOUVE A REDUÇÃO. 

3. SOBRE A CERTEZA DE TER BEBIDO. 

Eu disse " É lógico que eu bebi"

E você, que está, segundo o Freud,sofrendo do "Transtorno da Dúvida" diz que existe 
uma improbabilíssimamente reduzida chance de ser falsa.

Essa imaginária improbabilidade pode ser exterminada até com a lógica elementar do Aristóteles. Considerando que (supostamente) eu não seja (ainda) esquizofrênico (ou portador do mal de alzheimer), só existem duas e somente duas possibilidades: a de eu ou estar mentindo ou de estar falando a verdade. 
 

4. SOBRE A COCA ZERO 

Eu adoro esse refrigerante e você odeia. 
A explicação cientifica destas emoções dispares vai demandar ainda alguns séculos para ser encontrada.
PORÉM ESSA DISPARIDADE NÀO TEM NENHUMA AMBIGUIDADE. 
TRATA-SE APENAS DE UMA "LIBERDADE GUSTATIVA" DE ODIAR OU AMAR O SABOR DE QUALQUER ALIMENTO OU BEBIDA. 

FICA ASSIM PROVADO QUE PARA DISCUTIR O TEMA DA AMBIGUIDADE É ESSENCIAL DEFINIRMOS ANTES O SIGNIFICADO QUE CADA UM DE NÓS ATRIBUI AO TERMO. 
AGORA, GRAÇAS A VOCÊ, CHEGUEI AO GRAU MÁXIMO DE CONVICÇÃO E VOU DIZER DORAVANTE QUE A LINGUAGEM É ESQUIZOFRÊNICA POR NATUREZA, lembrando que a CONFUSÃO MENTAL é um dos sintomas básicos, essenciais, da esquizofrenia.

5. QUANTO AOS TRANSTORNOS DA VISÃO, eu sofro deles desde a minha adolescência. Só não imaginava que um dia viveria na companhia de MOSCAS VOLANTES que semana passada resolveram visitar meu olho esquerdo prometendo se fixarem neles até o dia da minha morte, quando elas serão, coitadas, também extermindas. PORÉM QUANDO EU OLHO OS NÚMEROS, TENHO ABSOLUTA CERTEZA DE QUAIS SEJAM ELES, POIS EM CASO DE DÚVIDA, EU RECORRO A UMA LUPA. 
FREUD AINDA NÃO DESCOBRIU PORQUE VOCÊ ABOMINA TODAS AS CERTEZAS.  

(no caso das moscas volantes, vou inventar alguma técnica mental para ludibriá-las)

6. QUANTO AO HORÁRIO QUE EU NASCI. 

EU FUI CLARISSIMO AO DIZER QUE NA MINHA CERTIDÃO DE NASCIMENTO CONSTA O CITADO HORÁRIO. ISSO NÃO SIGNIFICA QUE EU NASCI NESTE HORÁRIO. QUANDO PERGUNTAM O DIA EM QUE EU NASCI EU RESPONDO: SEGUNDO ESTÁ ESCRITO NA MINHA CERTIDÃO DE NASCIMENTO, EU TERIA NASCIDO NO DIA 3 DE OUTUBRO, AS 14 HS. E ALGUNS MINUTOS DOS QUAIS EU NÃO ME LEMBRO AGORA.

7. QUANTO A MINHA VIAGEM MARCADA, A MARCAÇÃO CONSTA DE UM E-MAIL COM DATA E HORÁRIO E OUTRAS INFORMAÇÕES. ELA ESTÁ MARCADA POR ESCRITO, OH, ABELHA APAIXONADA OBSESSIVA E COMPULSIVAMENTE PELA DÚVIDA. 

8. EXISTEM PSICANALISTAS (MEIO DOIDOS) QUE SÃO FAVORÁVEIS AO RELACIONAMENTO SEXUAL COM PACIENTES. 

abraços! e se me permite, eu direi que eles são VERDADEIROS, mas você pode ficar com a dúvida que quiser. 

MC








On Seg 06/07/15 13:57 , "'Pesky Bee' peskybee2@gmail.com [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 

> Você está querendo usar as medidas da física para
> dimensionar a ambiguidade mental/semântica? Isso não
> é possível, cara pálida!
 
Pois eu discordarálho, e digo que qualquer coisa pode ter
uma forma de medição. Basta, é claro, ter uma certa
"unidade de medida", mesmo que estranhafúrdia e erronificante.
Exemplo: grau de embasbacamento de uma véia carcomida ao
ouvir um sonoro e tonitruante palavrão de alto calibre.
Tu fazes uma aferição das modificações da cara do bicho feio
e a partir daí estabelece uma quantificação do efeito.
 
> Não existe essa separação entre a ambiguidade do ser
> humano e ambiguidade da linguagem humana, pois o ser
> humano só é humano devido a linguagem baseada na palavra
 
Calilzófilo, mano véio, veja bem: um termo como "suficiente"
tem um sentido (semântica) que é ambíguo ou impreciso
dependendo do contexto. O mané, já bebáço até as cuecas,
diz para o amigo que lhe perguntou se queria mais um
copo de cerveja: "não, meu véio, grato, mas acho que
já foi suficiente o que bebi". Pois dentro da semântica
dessa frase, o termo "suficiente" é impreciso e ambíguo.
E dentro da cachola do zé mané? Porra, é mais impreciso
e ambíguo ainda! Se ele tivesse visto uma muié bunduda,
pode ser que tivesse aceitado mais da bebida. E é uma
ambiguidade e imprecisão adicional àquela que consta da
escrevinhação ou falação da frase. Portanto, são duas
ambiguidades que se somam para dar uma cagalhalmente
imensa imprecisão no linguajar.
 
> a) É lógico que acabei de beber
 
Mas meu véio, tu já ouvistes falar de "sonhos lúcidos"?
Por exemplo, eu acabei de trepar com a Scarlett Johansson,
veja só como estou felizardo! Então essa tua frase carrega
uma improbabilíssimamente reduzida chance de ser falsa.
 
> bebia o delicioso refrigerante
 
Coca-zero? Delicioso refrigerante? Porra, óia só aí a
ambiguidade e imprecisão! Porque para mim essa bebida
é O MIJO DO CAPIROTO!
 
> E daí? O fato é que a frase “segundo o relógio... etc” é
> zero ambígua
 
Calilzófilo, deixa a idade te pegar pelas pernas. Tu vais
ter dificuldades de enxergalhar algumas coisófilas. Eu, por
exemplo, tinha uma certeza absoluta de que o número 38 estava
escrito em uma caquinha pretófila lá no teto do meu banheiro.
Um dia, com a pulga atrás da orelha, botei uma escadinha
lá e fui conferir essa porra de perto. Não era 38, era 36!
Brutal diferença! Agora, de repente nem isso é! Se eu
puser um microscópio e fizer uma análise da imagem reforçando
características pictográficas (não é picagráficas, por favor!),
pode ser que eu encontre um outro numerelho. Porra, só dá
incerteza em todo lugar! Temos que aprender a viver com isso.
 
> Segundo consta na minha certidão de nascimento, eu nasci
> às 14,30 hs, mas não me foi apresentada nenhuma prova de
> que eu nasci neste horário
 
Ah, mas tem aquela foto que uma enfermeira tirou (em segredo)
do momento em que tu estavas saindo da caverna escura documentando
não apenas o teu nascimento mas também o horário estampado
em um relógio que se via à esgueira (e não me pergunte o
que quer dizer esgueira, hahahahaha). E o horário não era
14:30, era outro! E essa invencionice minha é possível ou não
é possível? Claro que é possível! E isso sem falar de que tu
podes ter esquecido de que alguém apresentou uma prova de teu
nascimento para ti. Afinal, a memória é curta, certo Kalilzófilo
(ou será Qualilzão? Quélilzônio?)
 
> A VIAGEM ESTÁ MARCADA – e ponto final. Se foi cometido
> algum equivoco na marcação, isso nada tem a ver com a
> zero ambiguidade da frase
 
Calilzão, é óbvio que essa frase pode ser ambígua. Vejamos.
A viagem está marcada (é o que tu achas ou é o que tu
depreendes ao observar o terminal de computador indicando
o teu nome lá?). Porque a viagem pode estar marcada lá
nos cafundó de tuas expectativas, mas na realidade (lá nos
cafundós do registro do HD da companhia aérea) essa porra
pode não estar marcada. Pode ou não pode? É claro que pode!
 
> TL – MY GOD NOVAMENTE???  O verbo ser foi usado no PRESENTE –
> SÃO... cara pálida. Se amanhã eles deixarão de sê-lo, isso
> nada afeta a zero ambiguidade da frase
 
Mas Calilzófilo, tu entendes que essa afirmação que tu
fazes está declarando em alto e bom som que ninguém ainda
conseguiu obter a imortalidade. Tu tens certeza absoluta
disso? Será que não existe um hiper-multi-milionário lá
na ilha da casa do carválho que conseguiu obter isso hoje
e está desfrutando dessa imortalidade em segredo? É improvabilíssimo,
eu sei, mas é possível ou não é possível? É claro que
é possível!
 
> Sugiro que essa hipótese freudiana seja verificada com
> algum psicanalista do século XXI
 
Se for uma psicanalista mulé, se ela estiver trajando curtíssima
minissaia e se não estiver usando calcinhas e se ela adorar
cruzar e descruzar as pernocas, diga lá onde é a consulta
que saio CORRENDO daqui para ter meu horário com ela!
 
*PB*
 
 
 

From: "Mtnos Calil" mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]
Sent: Friday, July 03, 2015 5:00 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: Re: [ciencialist] Lógicas e Informação - TL x PB
 

TL - Não foi criada ainda nenhuma medida para dimensionar a ambiguidade.
 
PB - Aquele mané tem em suas mãos apenasmente uma reguazinha de 30 cms, de plástico, toda fudida. E falaram para ele medir a altura daquela montanhazona desgraçadamente alta. E rapidinho!
Porra, não dá para fazer isso, né não? Ou será que dá? Então, o mané usa algumas propriedades de proporcionalidade de  altura de triângulos e usa a sombra da montanhona e a sombra de
uma referênciazinha menorzitcha e consegue, com aquela bósta de reguazinha estropiada, dar um resultado bom bágarái. Então, mesmo sem ter um instrumento de medição adequado àquela ingrata tarefóida, ainda assim é possível mensuralhar, de forma adequadófila e  arredondalhada, uma porralhice qualquer.
 
TL – MY GOD! Que foi isso PB? Você está querendo usar as medidas da física para dimensionar a ambiguidade mental/semântica? Isso não é possível, cara pálida!
 
TL -  O ser humano é ambiguo por natureza mas isto não implica que  todas as suas (dele) declarações sejam ambíguas. "Por natureza" significa no caso, que o homem nasce com a ambiguidade já
> configurada no seu sistema cérebro-mente.
 
PB - Além do ser Hómano ser intrinsecamente ambíguo, a própria linguagem é algo ambígua por natureza. Porque a linguagem funciona através de palavras, que são "simbolozinhos
fucking-arbitrários da porra" que representam aquela porrinha da  realidade (exemplo: uma cenoura, um cabelinho da orelha, um pênis de plástico que diverte a mulherada). Além disso, desde a mecânica
quântica sabemos que não se pode "simbologizar" a natureza com precisão absoluta, é tudo uma questiúncula hiper-foderosa de probabilidade e indeterminação. Então é ambiguidade do hómo sápiens,
é ambiguidade intrínseca das linguagens e é ambiguidade mensurativa da natureza. Só tem ambiguidade, mano véio! Prá todo lado!  É hiper-phoda, mermão!
 
TL – Não existe essa separação entre a ambiguidade do ser humano e ambiguidade da linguagem humana, pois o ser humano só é humano devido a linguagem baseada na palavra.
 
TL - Aí vão 5 exemplos de declarações não ambiguas:
 
TL 1. Acabei de beber 300 ml. de coca zero.
 
PB -  Acabou mesmo? 300.00000 ml? Ou será que foram 300.13 ml? Não teria sido 301.852 ml? E tu contastes o tempo que
levastes para abrir a tampinha (e que fez evaporar 0.0323ml?) E foi coca-zero pura? Tu tens certeza de que um operário lá  da coca-cola (que brigou com a mulé na noite anterior) não
deu uma mijada no butijãozão de preparo da bebidófila do  capiroto? Ou deu uma escarrada? Ou deu uma ... chega...hahahaha
 
TL – a) É lógico que acabei de beber. Isso significa que enquanto eu escrevia, bebia o delicioso refrigerante, sendo que o recipiente onde estava o liquido não foi informado.
 
b) Quanto à quantidade, dou a mão esquerda à palmatória. O correto seria dizer “acabei de beber 300 ml. de coca zero, com uma margem de erro referente à quantidade, a qual desconheço”.
 
TL2- Segundo o relógio do meu computador agora são 17,38 hs. - ele não informa os segundos.
 
PB – Mas se tu ficares olhando para essa bósta desde o momento que ele muda de 17,37 para 17,38, tu poderás estimar os segundelhos  com razoável precisão. Então, vosso computador permite que se faça um estimativóide dos segundelhos.
 
TL -  E daí? O fato é que a frase “segundo o relógio... etc” é zero ambígua.
 
TL3 - Segundo consta na minha certidão de nascimento, eu nasci às 14,30 hs, mas não me foi apresentada nenhuma prova de que eu nasci neste horário.
 
PB –  Não respondeu
TL - Você não respondeu porque essa é mais uma frase zero ambígua  e você tem uma resistência tenaz de aceitar essa obviedade: existem frases ditas pelos humanos que não têm nenhuma ambiguidade.
 
TL 4. Tenho uma .viajem marcada para Los Angeles no próximo dia 5 de agosto. entre 22 e 23 hs.
 
PB - Boa viagem! Mas tu levastes em conta que a moçoila que lhe atendeu para reservar a passagem teve uma súbita coceirinha no tóba e por essa razão acabou acidentalmente apertando a tecla "cancelar" sem perceber? Ou, se tu fizestes a reserva via internéti, contastes com a (minúscula, mas existente) possibilidade de ter acessado um site fantasma de um hacker que irá lhe desfalcar e fornicacionar o vosso cartão de crédito? (que sorte que não tenho essas bostaiadas, hahahahahaha)
 
TL – De novo o “Mas”?   Essa palavrinha adora ambiguidades. A mais comum aparece nesta frase “Eu concordo mas...”  No lugar disso o LPC manda dizer:  eu concordo com uma parte do que você disse que é a seguinte, e discordo desta outra parte.
 
A VIAGEM ESTÁ MARCADA – e ponto final. Se foi cometido algum equivoco na marcação, isso nada tem a ver com a zero ambiguidade da frase.
 
Obs. Cartão de crédito? Mais de 300% ao ano de juros! Mas a corrupção dos banqueiros está autorizada por lei. Existem muitas modalidades de corrupção, sendo uma delas a legalizada.
 
TL5. Todos os homens são mortais.
PB - Tu estás levando em conta o Zé Sarney? Ou aquele mané que, daqui a 50 anos, descobrirá uma forma de transplantar o cerebrófilo dele para uma maquinota da porra capaz de viver até o orifício anal do Zeus fazer bico?
TL – MY GOD NOVAMENTE???  O verbo ser foi usado no PRESENTE – SÃO... cara pálida. Se amanhã eles deixarão de sê-lo, isso nada afeta a zero ambiguidade da frase.
 
TL - O termo ambiguidade não é ambíguo.
 
PB - Mas eu tenho um acreditelhamento de que mesmo esse termo é ambíguo. Porque se o mané falar que o número PI é um número  irracional, porra ele estará bem próximo de algo que não é
ambíguo (a não ser, é claro, que por "irracional" entenda-se  um número que não pensa muito racionalmente, hahahahaha,  então é tudo ambíguo mesmo, hahahahahaha). E o que acontece
quando tu juntas esse número com a CA (constante astronômica?
Faça a conta que tu terás a resposta: PI + CA = ????
E assim que descobrires, não precisa me falar, que eu não gosto dessas coisas, hahahahaha
E hoje é sexta-feira! Dia mundial da ambiguidade! Principalmente depois da segunda garrafa de cerveja! Garçóm! Traz mais uma aí, estupidérrimamente gelada!
 
TL – Para o problema suscitado por seu cálculo astronômico recomendo arrumar outro termo que não a ambiguidade. Quanto aos números ditos “racionais” está aí mais uma prova de que os cientistas são precisos no que fazem mas não no que dizem sobre o que fazem. Outra coisa: não existe  “proximidade de algo que não é ambíguo”. Ou é ou não é ambíguo. Enfim a lógica aristotélica com essas coisas de é ou não é, falso ou verdadeiro, etc. ainda serve para alguma coisinha.
 
Recado do Freud:
 
“Diga ao seu amigo e colaborador Pesky Bee para ele examinar a seguinte hipótese cientifica:
 
a) ele tem dificuldade de prestar a devida atenção aos detalhes do que lê e às vezes acaba cometendo equívocos lógicos como os descritos neste debate.
b) a causa deste sintoma seria a TDAH (Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade).
 
Sugiro que essa hipótese freudiana seja verificada com algum psicanalista do século XXI.
 
 
 
 
 



SUBJECT: Re: [ciencialist] Lógicas e Informação - TL x PB
FROM: "Pesky Bee" <peskybee2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/07/2015 15:36

> Considerando que (supostamente) eu não seja (ainda)
> esquizofrênico (ou portador do mal de alzheimer)...
 
Aaaaaah bom! Agora sim! Considerando isso, aí tu tens razão
mesmo, hahahahaha. Mas veja pelo lado bom das coisas,
Calilzófilo. Se um dia nós formos tomar um chopão
geladérrimo lá no bar da esquina, e em face de todas as
porcarialhadas que já vociferei por aqui, tu terás a precaução
de dar uma conferidinha embaixo da mesa que tu sentares,
só para prevenir-se de eventuais adicionadas peskybeações
naso-melecais, hahahahaha
 
*PB*
 
 
 

From: Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]
Sent: Monday, July 06, 2015 3:25 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] Lógicas e Informação - TL x PB
 
 
 

Sendo assim o curso de lógica na sua versão de 30 horas só terá exercicios do Pesky Bee, pois essa abelha voa no contraditorio mantendo sempre uma das asas ligada na lógica.
Prosseguindo:
 

1. Sobre o que não é mensurável. 
 

Você diz simplesmente: QUALQUER COISA PODE TER UMA FORMA DE MEDIÇÃO e que para isso "basta ter uma unidade de medida". O Victrolino vai ficar tão eufórico com esse argumento que vai perder o sono por uma semana!
 

Crie então essa "unidade" para depois provar que a ambiguidade é mensurável e assim derrubar minha pseudo-tese segundo a qual nem todos os fenomenos mentais são mensuráveis.
 
 
 

Mas, enquanto isso, podemos e devemos estabelecer diferentes GRAUS para  transtornos mentais como a ambiguidade.  A ambiguidade é um transtorno mental porque as palavras utilizadas podem significar tanto A como B, sendo que às vezes A é antônimo de B.
O grau de ambiguidade seria proporcional à quantidade de diferentes significados atribuíveis a palavras e frases. Como se trata de um transtorno mental podemos classificá-lo fazendo uso da terminologia psiquiátrica ou psicoterápica. O grau máximo da ambiguidade é a esquizofrenia que simplesmente nega a realidade. (atenção: negar é diferente de interpretar!).
 

2. Quanto à ambiguidade do termo "suficiente"
 

Aplica-se aqui o mesmo raciocinio exposto acima.
Por exemplo:
 

PARA EU EMAGRACER 10 KGS. NO PRAZO MÁXIMO DE 10 MESES É SUFICIENTE UMA DIETA BASEADA NUMA QUANTIDADE MÉDIA DIÁRIA ENTRE 1400 E 1500 CALORIAS.
PARA TESTAR ESSA HIPÓTESE CIENTIFICA ESTOU FAZENDO ESSA DIETA E NÃO MUDAREI A QUANTIDADE DE CALORIAS CONSUMIDAS ENQUANTO EU ESTIVER EMAGRECENDO PELO MENOS 50 GRAMAS POR MÊS.
 

A MENSURAÇÃO DA QUANTIDADE DE CALORIAS DE CADA 100 GRAMAS DE ALIMENTO E 100 ML. DE BEBIDAS É BASEADA NA MÉDIA DE DIFERENTES MEDIDAS ENCONTRADAS NAS TABELAS CALORÍFERAS.
 

O PRIMEIRO TESTE REALIZADO NAS ULTIMAS 3 SEMANAS REVELOU UM EMAGRECIMENTO QUE NÃO FOI MEDIDO POR MIM COM BASE NAS RÉGUAS VICTROLINAS. EU APENAS VERIFIQUEI SE A  QUANTIDADE DE CENTIMETROS DA MINHA CINTURA DIMINUIU. CONSTATEI ISSO SEM MEDIR NADA. NÀO SEI QUANTOS CENTIMETROS FORAM REDUZIDOS. MAS GARANTO QUE HOUVE A REDUÇÃO.
 

3. SOBRE A CERTEZA DE TER BEBIDO.
 

Eu disse " É lógico que eu bebi"
 

E você, que está, segundo o Freud,sofrendo do "Transtorno da Dúvida" diz que existe
uma improbabilíssimamente reduzida chance de ser falsa.
 

Essa imaginária improbabilidade pode ser exterminada até com a lógica elementar do Aristóteles. Considerando que (supostamente) eu não seja (ainda) esquizofrênico (ou portador do mal de alzheimer), só existem duas e somente duas possibilidades: a de eu ou estar mentindo ou de estar falando a verdade.
 
 
 
4. SOBRE A COCA ZERO
 

Eu adoro esse refrigerante e você odeia.
A explicação cientifica destas emoções dispares vai demandar ainda alguns séculos para ser encontrada.
PORÉM ESSA DISPARIDADE NÀO TEM NENHUMA AMBIGUIDADE.
TRATA-SE APENAS DE UMA "LIBERDADE GUSTATIVA" DE ODIAR OU AMAR O SABOR DE QUALQUER ALIMENTO OU BEBIDA.
 

FICA ASSIM PROVADO QUE PARA DISCUTIR O TEMA DA AMBIGUIDADE É ESSENCIAL DEFINIRMOS ANTES O SIGNIFICADO QUE CADA UM DE NÓS ATRIBUI AO TERMO.
AGORA, GRAÇAS A VOCÊ, CHEGUEI AO GRAU MÁXIMO DE CONVICÇÃO E VOU DIZER DORAVANTE QUE A LINGUAGEM É ESQUIZOFRÊNICA POR NATUREZA, lembrando que a CONFUSÃO MENTAL é um dos sintomas básicos, essenciais, da esquizofrenia.
 

5. QUANTO AOS TRANSTORNOS DA VISÃO, eu sofro deles desde a minha adolescência. Só não imaginava que um dia viveria na companhia de MOSCAS VOLANTES que semana passada resolveram visitar meu olho esquerdo prometendo se fixarem neles até o dia da minha morte, quando elas serão, coitadas, também extermindas. PORÉM QUANDO EU OLHO OS NÚMEROS, TENHO ABSOLUTA CERTEZA DE QUAIS SEJAM ELES, POIS EM CASO DE DÚVIDA, EU RECORRO A UMA LUPA.
FREUD AINDA NÃO DESCOBRIU PORQUE VOCÊ ABOMINA TODAS AS CERTEZAS. 
 

(no caso das moscas volantes, vou inventar alguma técnica mental para ludibriá-las)
 

6. QUANTO AO HORÁRIO QUE EU NASCI.
 

EU FUI CLARISSIMO AO DIZER QUE NA MINHA CERTIDÃO DE NASCIMENTO CONSTA O CITADO HORÁRIO. ISSO NÃO SIGNIFICA QUE EU NASCI NESTE HORÁRIO. QUANDO PERGUNTAM O DIA EM QUE EU NASCI EU RESPONDO: SEGUNDO ESTÁ ESCRITO NA MINHA CERTIDÃO DE NASCIMENTO, EU TERIA NASCIDO NO DIA 3 DE OUTUBRO, AS 14 HS. E ALGUNS MINUTOS DOS QUAIS EU NÃO ME LEMBRO AGORA.
 

7. QUANTO A MINHA VIAGEM MARCADA, A MARCAÇÃO CONSTA DE UM E-MAIL COM DATA E HORÁRIO E OUTRAS INFORMAÇÕES. ELA ESTÁ MARCADA POR ESCRITO, OH, ABELHA APAIXONADA OBSESSIVA E COMPULSIVAMENTE PELA DÚVIDA.
 

8. EXISTEM PSICANALISTAS (MEIO DOIDOS) QUE SÃO FAVORÁVEIS AO RELACIONAMENTO SEXUAL COM PACIENTES.
 

abraços! e se me permite, eu direi que eles são VERDADEIROS, mas você pode ficar com a dúvida que quiser.
 

MC
 

 
 
 
 

SUBJECT: ENC: COSMOS: última entrevista de Carl Sagan
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/07/2015 17:38



Olá,

Não poderia deixar de repassar este e-mail para vocês. Trata de Carl Sagan e
de sua última palestra.

Sempre tive um especial carinho e uma admiração extrema por esse impagável
ser humano, que nasceu, ficou um pouco de tempo conosco, deixou um legado
dificilmente superável, e encheu a comunidade informada de um conhecimento
puro, limpo, e perene. Suas posições intelectuais são as minhas, daí a
afinidade. Ou, talvez, ele, com sua palavra objetiva e cheia de conteúdo,
tenha me empurrado para o caminho que resolvi seguir.
De qualquer maneira, sou grato a esse cidadão do universo, pelo muito que me
ensinou.
O Prof.Soares faz um mínimo de retrospecto sobre as condições que,
covardemente, nos privaram de sua presença.
Vejam o vídeo.

Mas a vida é assim mesmo: faz muito mal à saúde, como diria F.Sabino,
garantindo ao corpo tudo quanto inquisiqueira danosa.

Quero dizer, também, que, lá para as tantas, na hora do pai, da mãe,
desabei.

Sds,
Victor.



-----Mensagem original-----
De: Domingos S.L. Soares [mailto:dsoares@fisica.ufmg.br] Enviada em:
segunda-feira, 6 de julho de 2015 12:04
Assunto: COSMOS: última entrevista de Carl Sagan

06 de julho de 2015

Caros Amigos da Cosmologia,

Carl Sagan faleceu em 20 de dezembro de 1996, aos 62 anos. Ele era professor
no Departamento de Astronomia da Universidade Cornell (onde cheguei no
início de 1997 para um estágio de pós-doutoramento, não tendo, por poucos
meses, a oportunidade de presenciar um seminário ou aula sua). Morreu de
pneumonia resultado de sua luta contra uma grave doença sanguínea, a
mielodisplasia.

Em maio de 1996 deu a sua última entrevista. Parte dela, ilustrada com
imagens astronômicas e musicais, e legendada em português, está em

https://www.youtube.com/watch?v=J1cNaFG1VII

Vale muito a pena. São pouco mais de 9 minutos e um final realmente
emocionante para todos os que admiram o grande Carl Sagan.

Saudações cosmológicas,

Um abraço,

Domingos

===================================
Domingos Savio de Lima Soares
http://www.fisica.ufmg.br/~dsoares/
===================================





SUBJECT: Relatividade ensinada via animações. Uma beleza!
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/07/2015 07:30

Olá,

 

Para curtirem as belas demonstrações. Até  por causa da tecnologia usada nas animações, vale a penar vê-las. Pena que as apresentações – aulas – sejam em inglês. Uma cocada pernambucana, direto de Caetés, para quem legendar.

 

http://newt.phys.unsw.edu.au/einsteinlight/

 

 

Sds,

Victor.

 


SUBJECT: Diamantes sintetizados.
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/07/2015 21:15

 

Gol de chapa da ciência. Parabéns aos pesquisadores. Mas...

 

Nos meus tempos de menino, lá perto dos Caetés, meu herói, o Super-Homem, fazia diamante com os pés nas costas. Era só colocar grafite na mão dele, fazer um sustinho – por exemplo, dizer, olha um rato! -  ele assustava, fechava a mão em volta do grafite, e pronto. Estava feita uma pedra de diamante... É mole ou quer mais?

 

http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2015/07/08/cientistas-brasileiros-sintetizam-diamantes-irradiando-grafite-com-laser.htm

 

 

Sds,

Victor.


SUBJECT: Re: Diamantes sintetizados.
FROM: roberto.takata@bol.com.br
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/07/2015 18:36

Diamantes sintéticos existem já há um bom tempo. Pelo menos desde 1954. Por uso de prensas de alta pressão.

Experimentos anteriores tb já haviam obtido nanocristais de diamantes com o uso de lasers ultracurtos - no vácuo ou na interface grafita/líquido.

O trabalho em questão inova ao demonstrar esse processo de produção de nanodiamantes com pulsos de lasers ultracurtos no ar.

"In summary, we have demonstrated, for the first time to our knowledge, the synthesis of a diamond-like phase from blasting polycrystalline graphite with spatially overlapping 25 fs ultrashort laser pulses under air atmosphere, relaxing the experimental conditions to create nanodiamonds."

[]s,

Roberto Takata


 

SUBJECT: Re: [ciencialist]Re: Administraç ão cientifica da sociedade humana
FROM: roberto.takata@bol.com.br
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/07/2015 18:42

Ué, eu jurava que tinha respondido à mensagem abaixo.

Se repito, peço desculpas antecipadas.

Na lista não houve uma discussão maior sobre os argumentos de Sowell, mais sobre as cotas: especialmente sua implantação no Brasil.

O fato de Sowell usar uma definição imprópria é fundamental porque, baseada nessa definição errada, é que ele acaba trazendo exemplos inadequados para comparar com a ação afirmativa americana: todos aqueles casos que na verdade não são ações afirmativas, mas reservas de vaga para membros de *maiorias* sociais (reafirmação de privilégios).

[]s,

Roberto Takata

SUBJECT: Re: [ciencialist]Re: Administraç ão cientifica da sociedade humana
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/07/2015 13:26

Mas eram maiorias sociais que não tinham a tal da representatividade esperada na economia e na educação.

E como falei, essa "incomparabilidade de casos" acaba reforçando a tese dele (de que cotas e outras ações para grpos de preferencia não trazem os resultados esperados) , pois o padrão de resultados é semelhante ao que ocorreu nos EUA, com relação à ações de cotas e grupos de preferencia.
A grande diferença está no nível de desagregação da sociedade (muito menor nos EUA).

Abs
Fleipe



Em Quinta-feira, 9 de Julho de 2015 18:42, "roberto.takata@bol.com.br [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br> escreveu:


 
Ué, eu jurava que tinha respondido à mensagem abaixo.

Se repito, peço desculpas antecipadas.

Na lista não houve uma discussão maior sobre os argumentos de Sowell, mais sobre as cotas: especialmente sua implantação no Brasil.

O fato de Sowell usar uma definição imprópria é fundamental porque, baseada nessa definição errada, é que ele acaba trazendo exemplos inadequados para comparar com a ação afirmativa americana: todos aqueles casos que na verdade não são ações afirmativas, mas reservas de vaga para membros de *maiorias* sociais (reafirmação de privilégios).

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: O sabor horrível da Lógica
FROM: Mtnos Calil <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, <indianotransparencia@yahoogrupos.com.br>, <gcbrasil@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/07/2015 14:53

O cérebro humano consegue com a ajuda das papilas gustativas atribuir sabores às palavras. (cinestesia linguística - v. matéria abaixo)

Vai ver que é por isso que as palavras adquiriram muitos sentidos diferentes. Se uma palavra tem sabor, nada mais natural que tenha adquirido muitos significados. Por isso o uso lógico das palavras se tornou um grande desafio para os humanos. Quem sabe  no futuro esse problema seja resolvido com algum aplicativo

Mas vai ser difícil isso acontecer,  porque a univocidade  provoca um sabor muito desagradável nas nossas papilas. A boa notícia é que nossos testes de esquartejamento linguístico estão possibilitando a criação de um aplicativo mental para ser usado apenas nas ocasiões em que o freguês quiser. Assim ele só enfrentará o dissabor da lógica de vez em quando. Essa ficção provocou agora um sabor de chocolate. Oopss... a conscientização do processo de precisão inerente à lógica poderia então nos brindar com essa cinestesia? A "matematização da linguagem" poderia ter um sabor de sorvete de milho verde... que legal!

Mtnos Calil – vítima de uma peripécia cerebral que atribui a cada palavra um único significado anulando a cinestesia linguística. O nome do transtorno é LPC - Lógica e precisão na comunicação.

Ps. Desgraçadamente no texto acima consegui adotar a univocidade EM TODAS AS PALAVRAS MENOS NUMA> “LÓGICA/O”.  A única definição de lógica que o nosso aplicativo mental conseguiu localizar até agora tem sabor muito fraco:

“Lógica é um recurso psiconeural que permite o uso compreensível das palavras”. 

O sabor dessa definição é tão amargo  que será abominado  pelos filósofos da ciência. Coitada da ciência que ainda precisa da filosofia... Acontece que uma parte do nosso cérebro é dominada pelas emoções que odeiam a lógica. 

Isso explica também  porque a humanidade não consegue viver em paz e harmonia. PAZ E HARMONIA, para a região emocional do cérebro dos homens e dos chimpanzés são sinônimos de tédio e monotonia. A ciência ainda não conseguiu explicar porque os nossos impiedosos genes estabeleceram que não pode haver evolução sem conflito. Talvez se trata de um transtorno químico de mau gosto de nossa Natureza que vive em eterno conflito ambiental. Se o homem fosse imortal ele faria de tudo para se livrar do tédio, se matando. Então, segundo a lógica, seria a morte que dá sabor à vida, ora doce ora amargo*

 * Inventaram duas "horas": uma com agá e outra sem!  Quando hora significa agora ou ocasião, ela perde o agá. Foi uma tentativa frustrada de não atribuir à mesma palavra significados diferentes. Mas valeu a intenção! Mas se existem outras palavras para designar agora e ocasião, pra que inventar a hora sem agá? Parece que o cérebro ficou muito confuso quando o homem inventou a palavra. A palavra foi criada por Deus? Bem então Ele também não gosta muito da Lógica. 

O homem que degusta sons

E

Ketchup, presunto, elástico e torta de amêndoa são apenas quatro dos vários sabores que James Wannerton degustou durante nossa entrevista. Ele concordou em conceder a palavra porque meu nome, Kate, tem gosto de chocolate e, segundo ele, suas papilas gustativas o distrairiam durante boa parte de nossa conversa.

Wannerton tem um tipo raro de sinestesia conhecida como sinestesia léxico-gustativa, o que significa que sua audição e seu paladar não funcionam separados um do outro. Para Wannerton, cada palavra falada tem um sabor distinto. Embora esses sons não tenham uma ligação clara com seus respectivos gostos, os sabores são sempre os mesmos; a palavra "falar", por exemplo, tem gosto de bacon desde que Wannerton se entende por gente.

James Wannerton
James Wannerton, aos dez anos
James Wannerton, aos dez anos

"Palavras e sons fazem 'ping, ping, ping' na minha boca o tempo todo, como uma lâmpada piscando sem parar", explicou. "Alguns sabores vão embora rápido, mas outros podem durar por horas e me fazem desejar aquela comida específica; fico meio distraído até satisfazer a vontade."

Wannerton acredita que já nasceu com a sinestesia, uma condição herdada de sua mãe, que vê "os dias da semana como cores". Em geral, a sinestesia não é tão rara; ela ocorre em quase 4% da população e costuma se manifestar como uma ligação entre letras e cores conhecida como sinestesia grafema-cor. Essa condição faz, por exemplo, que os afetados "saibam" com toda certeza que a letra "A" é vermelha. O tipo de sinestesia rara de Wannerton, porém, levou décadas para ser propriamente estudada.

"Quando eu tinha dez anos, meus pais me levaram para o médico da família porque eu me distraía com sabores durante minhas provas - o som de um lápis caindo da carteira tinha gosto de pão integral, e isso tirava minha atenção", ele disse. "O médico disse que aquilo fazia parte do processo de amadurecimento, que eu tinha uma imaginação hiperativa e que eu esqueceria tudo com o tempo. Durante minha adolescência, o consenso era que eu estava tentando chamar atenção. Só descobri que a sinestesia existia aos 20 anos."

Onze anos depois, os cientistas começaram a se interessar pelo quadro de Wannerton. Em 1991, ele foi transferido para o Hospital Maudsley em Londres, instituição especializada em trauma craniano, para fazer alguns testes. Anos depois ele recebeu uma doação que pagou por uma ressonância magnética funcional.

"Lembro que fiquei bem nervoso quando me sugeriram que fizesse uma ressonância", disse-me Wannerton. "Eu tinha um medo irracional, mas muito profundo, de que se eu entrasse naquela máquina eu perderia minha sinestesia para sempre."
Durante a ressonância, Wannerton teve que olhar para uma pequena tela que mostrava uma série de vídeos e fotos de pessoas, lugares, palavras e comidas. "O som do aparelho de ressonância tinha o gosto e a textura de uma batata crua e bem dura. Eu não faço ideia de quanto tempo passei lá, mas pareceu uma eternidade", recorda.

Vários não-sinestesistas, membros do grupo de controle do teste, haviam passado antes pelo mesmo procedimento, durante o qual observaram os mesmos vídeos e imagens. "Os resultados provaram que meu cérebro reagia de forma diferente dos cérebros dos não-sinestesistas", afirma Wannerton. "Estava claro que eu tinha uma ligação extra entre a parte do meu cérebro que interpreta os sons e a parte que interpreta a percepção de sabores. Quando fui exposto aos sons e imagens dentro do aparelho, essa ligação neural brilhou como uma árvore de Natal."

A entrega dos resultados do exame foi um momento crucial para Wannerton: lá estava a prova de que sua sinestesia era real. "Fiquei mais seguro para falar sobre minha vivência como um sinestesista - o que eventualmente me tornou o presidente da Associação de Sinestesia do Reino Unido."
Interessada em conseguir uma perspectiva científica do tema, discuti a condição de Wannerton com o Dr. Nicolas Rothen, pesquisador do Centro Sackler de Ciência da Consciência da Universidade de Sussex, no Reino Unido, que está conduzindo uma pesquisa sobre sinestesia e memória na Universidade de Bern, na Suíça.

De acordo com Rothen, o estudo das diferenças entre os sinestesistas e os não-sinestesistas pode revelar muito sobre o cérebro humano.

Muitos estudos da sinestesia também tem como objetivo estudar os problemas de memória. "Existem indícios de que os sinestesistas, pelo menos aqueles com sinestesia de cor, possuem uma memória superior", disse Rothen. "Ao estudar aqueles que tem sinestesia, podemos descobrir o que provoca essa superioridade e usar os resultados para tirar conclusões da população geral."

No entanto, Rothen não acredita que a ressonância magnética seja a forma mais adequada de diagnosticar a sinestesia. "Cada cérebro humano é único, da mesma forma que cada impressão digital é única", explicou. "Como Wannerton foi a única pessoa com sinestesia testada, é difícil inferir uma conclusão definitiva a partir do resultado desse teste."
Apesar das pesquisas sobre sinestesia terem se popularizado desde os anos 90, Rothen confessa que alguns aspectos da condição médica continuam misteriosos. "A sinestesia tem muitos benefícios, mas nós não sabemos muito sobre as desvantagens da condição", disse.

Em 2010, Rothen e o Professor-Doutor Beat Meier da Universidade de Bern conduziram um estudo que envolvia testar a prevalência da sinestesia grafema-cor entre estudantes de artes; o objetivo era descobrir se havia alguma ligação entre a sinestesia e a criatividade. Para o experimento, Rothen e Meier recrutaram 99 estudantes da faculdade de arte de Zurique, na Suíça, e 96 pessoas "normais", aplicando em seguida parâmetros comportamentais e fenomenológicos aos testes.

A dupla descobriu que sete dos estudantes de artes tinham algum tipo de sinestesia grafema-cor, comparado a apenas dois membros do grupo-controle. O estudo concluiu que existe, de fato, uma correlação entre sinestesia e criatividade. Wannerton também acredita nisso. "Muitos artistas - como David Hockney, Lady Gaga e Billy Joel - afirmam ter alguma forma de sinestesia. Certamente me sinto mais criativo por causa dela", ele me disse.

Wannerton disse que a sinestesia lhe dá "poderes especiais" - como se guiar pelo metrô de Londres seguindo os sabores das estações. De acordo com Wannerton, a parada de Oxford Circus tem gosto de bolo. "Se eu quiser ir para o norte, a estação depois do bolo deve ter gosto de presunto, então se o gosto for diferente, sei que errei o caminho." As diferentes linhas do metrô também têm gostos específicos - a Linha Bakerloo tem gosto de rocambole, a Linha Victoria de cera de vela, e a Linha District de um "cozido de carneiro gorduroso e nojento".
Mas claro que a benção da sinestesia tem suas desvantagens. Wannerton não pode aproveitar algumas atividades cotidianas, como ir ao cinema ou assistir TV, "porque elas são barulhentas demais". Alimentação também é um desafio; como Wannerton disassocia o gosto dos alimentos, ele raramente tem fome. "Não ligo para o gosto da comida - o que me interessa é a textura", disse. "Gosto de comidas crocantes, como salgadinhos, e alimentos mornos. O sabor não importa."

Wannerton também afirma que fica "insuportavelmente incomodado" quando uma palavra desperta um sabor que ele não consegue identificar. Wannerton passou anos encucado com o sabor da palavra "esperar". "Eu não conseguia descobrir o que era esse gosto forte e amargo", disse. Seu cérebro só fez a conexão quando finalmente comeu uma torrada com Marmite (um extrato de levedura que os britânicos curtem passar no pão). "Lembrei que quando eu estava no jardim-de-infância, havia uma barraquinha onde podíamos comprar torradas com Marmite - e é esse o gosto que 'esperar' tem para mim."

A sinestesia afetou até mesmo as relações pessoais de Wannerton. Ele já mudou de emprego por não gostar do sabor do nome de um colega e admite que seria difícil namorar alguém que tivesse um nome que não fosse gostoso "já que seria pouco tolerante com ela". Ele falou sobre o difícil caso da mulher de um amigo próximo cujo nome "tem gosto de vômito": "ela é uma boa pessoa e eu gosto dela, mas eu não consigo disfarçar."

Ele acrescentou que sempre gostou mais da mãe do que do pai por causa do gosto da progenitora. "O sabor dela é melhor - ele tem gosto de ervilha em conserva, e ela tem gosto de sorvete. Às vezes o nome dela chega a dar aquele friozinho no cérebro."

Apesar dos pesares, Wannerton não gostaria de viver sem sua sinestesia. "Pode até ser bizarro pensar que o nome Jackie tem gosto de alcaçuz; Blackpool, de jujuba; e a palavra vodka, de grãos minúsculos de terra; mas a minha sinestesia é tão natural que sem ela eu perderia minha identidade", declarou.

Tradução: Ananda Piera



SUBJECT: ENC: Ele, novamente, o fazedor de rugas e dentaduras.
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/07/2015 11:52

 

 

 

Olá,

 

No PhysicsForums há pessoas com tendências  filosóficas, que fazem perguntas aprumadas como a que reproduzo abaixo.

 

“I s time a vector?IF it is,what is the direction of it?My personal view is the direction of time is every direction 
or no direction(there is no direction in mutil-dimesion of the universe?)

 

Numa tradução macarrônica:

 

É o tempo um vetor?

Se sim, qual sua direção?

Minha visão(dele...) pessoal é que a direção do tempo é qualquer direção ou nenhuma direção(não há direção em um universo multi-dimensional do universo?)

 

Mas o que dizem os mestres pensadores daí?

 

Sds,

Victor.

 

 


SUBJECT: Previsão de uma nova "mini era do gelo" em 2030
FROM: Jeff <jeff@jeff.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/07/2015 13:35

http://www.telegraph.co.uk/news/science/11733369/Earth-heading-for-mini-ice-age-within-15-years.html

Virá a calhar?

[]s,
Jeff.

 

SUBJECT: Re: [ciencialist]Previsão de uma nova "mini era do gelo" em 2030
FROM: Mtnos Calil <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/07/2015 14:46

Good morning, Mr. Jeff.

Thank you for this important information for the future of our poor humanity.

I am forwarding your message to a doctor in oceanography at the University of California to know what he thinks about

Sincerely yours
MC

Ps. It seems that we are going  through a curious and  dialectic phase of our planetary history marked by a harmonic climate integration between global warming and 
regional cooling. Very interesting, is'n it? 
.



On Seg 13/07/15 13:35 , "Jeff jeff@jeff.com.br [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 

http://www.telegraph.co.uk/news/science/11733369/Earth-heading-for-mini-ice-age-within-15-years.html

Virá a calhar?

[]s,
Jeff.

 

Earth heading for 'mini ice age' within 15 years

River Thames could freeze over in 2030s when Northern Hemisphere faces bitterly cold winters, scientists say

London policemen on ice skates on the frozen River Thames circa 1900
London policemen on ice skates on the frozen River Thames circa 1900 Photo: Getty Images

The earth is 15 years from a "mini ice-age" that will cause bitterly cold winters during which rivers such as the Thames freeze over, scientists have predicted.

Solar researchers at the University of Northumbria have created a new model of the sun's activity which they claim produces "unprecedentedly accurate predictions".

They said fluid movements within the sun, which are thought to create 11-year cycles in the weather, will converge in such a way that temperatures will fall dramatically in the 2030s.

Solar activity will fall by 60 per cent as two waves of fluid "effectively cancel each other out", according to Prof Valentina Zharkova.

In a presentation to the National Astronomy Meeting in Llandudno, she said the result would be similar to freezing conditions of the late 17th century.

“[In the cycle between 2030 and around 2040] the two waves exactly mirror each other – peaking at the same time but in opposite hemispheres of the sun," she said.

"Their interaction will be disruptive, or they will nearly cancel each other.

"We predict that this will lead to the properties of a ‘Maunder minimum'".

Maunder minimum, indicating low sunspot activity, was the name given to the period between 1645 and 1715, when Europe and North America experienced very cold winters.

A frost fair on the Thames (Alamy)

In England during this "Little Ice Age", River Thames frost fairs were held. In the winter of 1683-84 the Thames froze over for seven weeks, during which it was "passable by foot", according to historical records.

Prof Zharkova said scientists had known about one dynamo caused by convecting fluids deep within the sun, but her research appeared to have uncovered another.

"We found magnetic wave components appearing in pairs, originating in two different layers in the sun’s interior," she said.

• Climate change could undermine the last 50 years of health advances
• Loaves of bread 'smaller in future' due to climate change
• Polar bears 'have started eating dolphins due to climate change'

"They both have a frequency of approximately 11 years, although this frequency is slightly different, and they are offset in time.

"Over the cycle, the waves fluctuate between the northern and southern hemispheres of the Sun. Combining both waves together and comparing to real data for the current solar cycle, we found that our predictions showed an accuracy of 97 per cent."

This had helped create a picture of what would happen in the 2030s.

"Effectively, when the waves are approximately in phase, they can show strong interaction, or resonance, and we have strong solar activity," Prof Zharkova said.

"When they are out of phase, we have solar minimums. When there is full phase separation, we have the conditions last seen during the Maunder minimum, 370 years ago."

..



SUBJECT: Re: [ciencialist]Previsão de uma nova "mini era do gelo" em 2030
FROM: "Pesky Bee" <peskybee2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/07/2015 15:04

Vamos dar uma de polyana e olhar para o lado bom
dessas coisaradas climáticas? Próxima vez que pedirmos uma
cerveja lá no barzeco da esquina, ela certamente
já virá super-gelada, hahahahaha
 
E aproveitchando, acabo de entrar no antro da perdição,
a Facebokéia do Zuckerberg. Estou lá com o nome nada
incomum de Pesky Souza Bee, e a minha foto é uma abelha
amarela segurando uma taça de vinho. Todo feliz da vida
porque esqueci que estamos em um governo petista (putz...
agora lembrei, mifû, hahahahaha)
 
*PB*
 
 
 
From: Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]
Sent: Monday, July 13, 2015 2:46 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist]Previsão de uma nova "mini era do gelo" em 2030
 

Good morning, Mr. Jeff.

Thank you for this important information for the future of our poor humanity.

I am forwarding your message to a doctor in oceanography at the University of California to know what he thinks about
 

Sincerely yours
MC
 

Ps. It seems that we are going  through a curious and  dialectic phase of our planetary history marked by a harmonic climate integration between global warming and
regional cooling. Very interesting, is'n it? 
.
 
 
 
 

SUBJECT: Re: [ciencialist]Previsão de uma nova "mini era do gelo" em 2030
FROM: Mtnos Calil <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/07/2015 16:13

Ok Mr. Souza Bee. 

As humanity is condemned by climate schizophrenia, nothing better than drinking cold beer and hot coffee.

Enjoy yourself with your facebook  girlfriends bees and have a good week full of honey.

MC



On Seg 13/07/15 15:04 , "'Pesky Bee' peskybee2@gmail.com [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 

Vamos dar uma de polyana e olhar para o lado bom
dessas coisaradas climáticas? Próxima vez que pedirmos uma
cerveja lá no barzeco da esquina, ela certamente
já virá super-gelada, hahahahaha
 
E aproveitchando, acabo de entrar no antro da perdição,
a Facebokéia do Zuckerberg. Estou lá com o nome nada
incomum de Pesky Souza Bee, e a minha foto é uma abelha
amarela segurando uma taça de vinho. Todo feliz da vida
porque esqueci que estamos em um governo petista (putz...
agora lembrei, mifû, hahahahaha)
 
*PB*
 
 
 
From: Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]
Sent: Monday, July 13, 2015 2:46 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist]Previsão de uma nova "mini era do gelo" em 2030
 

Good morning, Mr. Jeff.

Thank you for this important information for the future of our poor humanity.

I am forwarding your message to a doctor in oceanography at the University of California to know what he thinks about
 

Sincerely yours
MC
 

Ps. It seems that we are going  through a curious and  dialectic phase of our planetary history marked by a harmonic climate integration between global warming and
regional cooling. Very interesting, is'n it? 
.
 
 
 
 



SUBJECT: Re: [ciencialist]Previsão de uma nova "mini era do gelo" em 2030
FROM: profjc2003@yahoo.com.br
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/07/2015 16:32

Pesky no Face só podia resultar em catástrofe climática mesmo. kkk

Abraço,

SUBJECT: Re: [ciencialist]Previsão de uma nova "mini era do gelo" em 2030
FROM: "Pesky Bee" <peskybee2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/07/2015 16:35

Ok Mr. Calilzófilo, thanks for your message. But let me
point out just one small correction: what I use with my bee
girlfriends is not honey (although it is a viscous product
of similar texture, hahahahaha).
 
And one more thing: I will let you take care of the coffee,
I'll get the cold beer.
 
*PB*
 

From: Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]
Sent: Monday, July 13, 2015 4:13 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist]Previsão de uma nova "mini era do gelo" em 2030
 

Ok Mr. Souza Bee.

As humanity is condemned by climate schizophrenia, nothing better than drinking cold beer and hot coffee.

Enjoy yourself with your facebook  girlfriends bees and have a good week full of honey.
 
MC
 
On Seg 13/07/15 15:04 , "'Pesky Bee' peskybee2@gmail.com [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 
 
Vamos dar uma de polyana e olhar para o lado bom
dessas coisaradas climáticas? Próxima vez que pedirmos uma
cerveja lá no barzeco da esquina, ela certamente
já virá super-gelada, hahahahaha
 
E aproveitchando, acabo de entrar no antro da perdição,
a Facebokéia do Zuckerberg. Estou lá com o nome nada
incomum de Pesky Souza Bee, e a minha foto é uma abelha
amarela segurando uma taça de vinho. Todo feliz da vida
porque esqueci que estamos em um governo petista (putz...
agora lembrei, mifû, hahahahaha)
 
*PB*
 
  
 
 
 

SUBJECT: Re: [ciencialist] ENC: Ele, novamente, o fazedor de rugas e dentaduras.
FROM: Hélio Carvalho <helicar_br@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/07/2015 10:02

Oi Victor,

A Scientific America está cada vez mais SuperInteressante;
E agora lamento que o PhysicsForums esteja virando uma C-List.

:-(
:-(
:-(
:-(

Helio


De: "'JVictor' j.victor.neto@uol.com.br [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Segunda-feira, 13 de Julho de 2015 11:52
Assunto: [ciencialist] ENC: Ele, novamente, o fazedor de rugas e dentaduras.

 
 
 
 
Olá,
 
No PhysicsForums há pessoas com tendências  filosóficas, que fazem perguntas aprumadas como a que reproduzo abaixo.
 
“I s time a vector?IF it is,what is the direction of it?My personal view is the direction of time is every direction 
or no direction(there is no direction in mutil-dimesion of the universe?)
 
Numa tradução macarrônica:
 
É o tempo um vetor?
Se sim, qual sua direção?
Minha visão(dele...) pessoal é que a direção do tempo é qualquer direção ou nenhuma direção(não há direção em um universo multi-dimensional do universo?)
 
Mas o que dizem os mestres pensadores daí?
 
Sds,
Victor.
 
 



SUBJECT: Re: [ciencialist] ENC: Ele, novamente, o fazedor de rugas e dentaduras.
FROM: Luis Brudna <luisbrudna@gmail.com>
TO: ciencialist <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/07/2015 10:15

:-) 
Percebi que a SciAm está tendo espasmos convulsivos. Vi algumas edições especiais com ´Dinossauros'. 
Não assino mais a revista.

Até
Luís Brudna


On Tue, Jul 14, 2015 at 10:02 AM, Hélio Carvalho helicar_br@yahoo.com.br [ciencialist] <ciencialist@yahoogrupos.com.br> wrote:
 

Oi Victor,

A Scientific America está cada vez mais SuperInteressante;
E agora lamento que o PhysicsForums esteja virando uma C-List.

:-(
:-(
:-(
:-(

Helio


De: "'JVictor' j.victor.neto@uol.com.br [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Segunda-feira, 13 de Julho de 2015 11:52
Assunto: [ciencialist] ENC: Ele, novamente, o fazedor de rugas e dentaduras.

 
 
 
 
Olá,
 
No PhysicsForums há pessoas com tendências  filosóficas, que fazem perguntas aprumadas como a que reproduzo abaixo.
 
“I s time a vector?IF it is,what is the direction of it?My personal view is the direction of time is every direction 
or no direction(there is no direction in mutil-dimesion of the universe?)
 
Numa tradução macarrônica:
 
É o tempo um vetor?
Se sim, qual sua direção?
Minha visão(dele...) pessoal é que a direção do tempo é qualquer direção ou nenhuma direção(não há direção em um universo multi-dimensional do universo?)
 
Mas o que dizem os mestres pensadores daí?
 
Sds,
Victor.
 
 




SUBJECT: Brasil: uma síntese sobre o passado, o presente e o futuro - 1
FROM: Mtnos Calil <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: <maoslimpasbrasil@yahoogrupos.com.br>, <gcbrasil@yahoogrupos.com.br>, <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, <indianotransparenci@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/07/2015 22:28

Seria possível termos uma síntese de uma história tão ampla e complexa ou existiria nesta história alguns pontos chaves que explicariam por exemplo porque  o Brasil e os Estados Unidos, tendo se formado como nações na mesma época, conseguiram ter um desempenho com diferenças tão gritantes, sendo que o nosso país é riquíssimo em recursos naturais?

Porque as elites americanas conseguiram se impor perante o mundo tornando o seu país o mais desenvolvido do planeta enquanto as elites brasileiras se curvaram diante de seus colonizadores?  

Porque as autoridades que constituem, por exemplo,  o nosso Poder Judiciário não revelam a menor preocupação em defender as empresas nacionais?

Será que ignoram o fato elementar de que o desenvolvimento de um país depende do seu parque industrial constituído por empresas de capital nacional?

O que estão fazendo agora com este combate suicida à corrupção que está mutilando não apenas a Petrobrás mas também muitas outras empresas a ela vinculadas?

Será que nossos juízes são tão ignorantes a respeito da necessidade fundamental de defendermos essas empresas, distinguindo-as de seus proprietários ou dirigentes?

É assim que se combate a corrupção? Penalizando as empresas e seus trabalhadores? A diretoria de uma grande empresa é equivalente à própria empresa?

Um bem nacional pode ser confundido com alguns de seus dirigentes corruptos?

E porque a  nossa “sociedade” aplaude esse combate que prejudica o seu próprio país? Será que não falta a essa sociedade  uma “consciência nacional”?

Os EUA teriam criado esta cultura “nacionalista”? O povo americano teria tido uma formação diferente da nossa? Mas o povo decide mesmo o futuro de uma nação ou os EUA tiveram a sorte de vencer as guerras de sua independência? 

Desindustrializar um país em beneficio dos outros, não é uma forma de corrupção? O que mais prejudicou o povo brasileiro: a corrupção ou a desindustrialização?

Uma possível causa do conformismo de nossa “sociedade” com a falta de um “desenvolvimento nacional” é o fato de uma grande parcela de nossa população ter alcançado um padrão de vida equivalente ao dos povos dos países desenvolvidos. O que mobiliza a “sociedade” não é o dinheiro? Se, por exemplo,  a metade dos brasileiros está satisfeita com o que ganha, ela não vai se importar muito com o que acontece com a outra metade?

Estamos aqui, no Mãos Limpas, para combater a corrupção COM CONSCIÊNCIA, o que exige conhecimento muito mais amplo do que a mídia noticia,  se não quisermos fazer o papel de inocentes úteis dos rivais do PT que têm o mero objetivo de  conquistar o poder para si mesmos e seus parceiros.

Os dois artigos reproduzidos abaixo trazem muita informação sobre o que acontece em nosso país e que a mídia não divulga.

Alguns dirão que o autor é contra o capitalismo. O que importa não é se ele a favor ou contra o capitalismo, mas sim OS FATOS que ele apresenta e comenta.

E quem é a favor do capitalismo deve ser também favorável à correção dos graves equívocos que os mega-capitalistas estão cometendo (equívocos em beneficio próprio).

Quem combate a corrupção deve também combater as mazelas de um sistema que transforma os seres humanos em máquinas de consumo, ao mesmo tempo que deixa uma grande parte da humanidade ao Deus dará. O fato de apenas cerca de 80 pessoas concentrarem riqueza equivalente a 3,5 bilhões não é corrupção? Corrupção dos valores éticos e morais, corrupção do processo civilizatório? 

As recentes desgraças provocadas pelas zelites do PT com a conivência de seus militantes vão muito além da corrupção. Mas a mídia se concentra apenas na corrupção  enchendo o noticiário todos os dias com novas informações, da mesma forma que faz com a divulgação dos crimes de latrocínio que se repetem a toda hora em nosso país. Grande parte da receita da midia deve-se aos crimes e escândalos que boa parte do povo acompanha de forma obsessiva e compulsiva como acontece com os telespectadores que assistem diariamente às nossas barbáries espetaculares. Antigamente as pessoas gostavam de assistir aos filmes com violência justificando esse prazer com o fato de tudo não passar de uma ficção. Hoje muitas pessoas têm o prazer (doentio) de assistir à tragédia real que se iguala ou até mesmo supera a ficção. Não é prazer que sentem? 

E porque então ficam "antenadas" nestes programas de baixíssimo nivel? Elas são na verdade, COMPULSIVAMENTE ATRAÍDAS pelas barbáries. O grande responsável por essa atração é o nosso cérebro selvagem que não tem competência para comandar o processo civilizatório. Mas e os anunciantes destes programas que responsabilidade têm? Nenhuma porque  ignoram completamente o mal que estão fazendo. 

Quer dizer então que o cumprimento de uma responsabilidade social depende do conhecimento prévio dos deveres a serem cumpridos? Mas segundo afirmam nossos juristas, o desconhecimento da lei não exime o infrator da culpa. Sim, mas no caso não há culpabilidade nenhuma. Os anunciantes simplesmente pagam às emissoras de TV para veicularem seus inocentes anúncios que visam somente a venda do seus produtos. E e as emissoras de TV não têm nenhuma responsabilidade social? Segundo a nossa constituição, os meios de comunicação TERIAM as seguintes obrigações:

Art. 221. A produção e a programação das emissoras de rádio e televisão atenderão aos seguintes princípios:

I - preferência a finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas;

II - promoção da cultura nacional e regional e estímulo à produção independente que objetive sua divulgação;

III - regionalização da produção cultural, artística e jornalística, conforme percentuais estabelecidos em lei;

IV - respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da família.

Ué... mas então o Supremo Tribunal Federal não tem nada a ver com isso? Nem o Congresso Nacional? Nem o Governo Federal?  Sabe porque eles não têm nada a ver com esse crime lesa Pátria cometido pelas emissoras de TV? Porque eles são membros da elite do Reino do Faz de Conta em que se transformou a Nação Brasileira. .

Mtnos Calil

Ps1. Vamos tentar fazer uma síntese sobre os principais aspectos do passado e do presente do Brasil que explicam as suas desgraças. Já quanto ao futuro, parece que ele não está mais em nossas mãos e depende do que vai ocorrer com o resto do mundo que também atravessa uma grave crise sem solução à vista. Porém, cabe lembrar que o conhecimento citado só pode ser alcançado se removermos o vírus ideológico de nossas cabeças. Nós alimentamos nossas ideologias porque todas elas têm a função de sustentar as ilusões que nos dão a tranquilidade mínima para irmos tocando a vida dificil que Deus nos concedeu. 

Ps2. Essa tentativa de sintese será baseada na misturad os três tempos, já que um depende do outro. É óbvio que o acontece hoje é resultado do passado e o que acontecerá amanhã dependerá do que hoje é presente e amanhã será passado.  Cada segundo do presente que passa, vira passado. Portanto estamos construindo o futuro agora. Aqueles que dizem que o futuro é imprevisivel estão enganados, pois a previsão do futuro começa com a previsão do que vai acontecer nas próximas horas ou minutos. 

Para prever com segurança o que vai ocorrer nas próximas décadas (ou mesmo séculos) o método indicado consiste simplesmente na identficação de MEGATENDÊNCIAS, tema que será abordado na continuidade desta série. Previsão com base numa metodologia  é algo  muito diferente das profecias do apocalipse. A história da humanidade já nos contempla com um backgroud suficiente para se estabelecer ALGUMAS PREVISÕES com boa margem de segurança. Isso não acaba com a imprevisibilidade, mas remove boa parte dos mistérios que a ela atribuimos.

=====================================================

Não há desenvolvimento dependente

Adriano Benayon * - 29.06.2015

1.Dei ao artigo anterior o título “Crescimento do Subdesenvolvimento.   Só posso atribuir à desinformação o fato de tanta gente crer em desenvolvimento do Brasil, após 1954,  e,  mais ainda, continuar-se, até hoje, a falar de modelo de desenvolvimento e de retomada do desenvolvimento, como se ele tivesse existido nestes 60 anos.

2. É a velha confusão entre os dois termos.  Para  dizer se um país se desenvolve ou não, basta olhar as estatísticas de crescimento e verificar se taxas expressivas de incremento se mantiveram ininterruptamente durante longos períodos, pelo menos de 25 anos.

3. Isso jamais ocorreu no Brasil. Nos últimos 60 anos, os únicos períodos com taxas reais ininterruptas  acima de 7% foram 1968/1974 (sete anos) e 1957/1961 (cinco anos).

4. Taxas baixíssimas verificaram-se em  1956; 1963/1965; 1981/1983 (taxa média negativa); 1988/1990  (taxa média negativa); 1996/1999; 2000/2003; 2009/2014, com um único ano (2010) apresentando 7,5% positivos.

5. Esse lastimável quadro – e seria ainda pior se os dados fossem os mais relevantes (PNB em vez de PIB) comprova o desastre que é  o modelo dependente, pois uma gestão apenas regular teria conduzido a resultados incomparavelmente superiores, compatíveis com os prodigiosos recursos naturais do País.

6. Evidente, portanto, que esse modelo, caracterizado pela crescente ocupação pelo capital estrangeiro de todos os setores da economia,  formou  péssimas estrutura e infraestrutura.

7. A lavagem cerebral faz acadêmicos e jornalistas, da direita à esquerda, se regozijarem com os “investimentos” estrangeiros por os julgarem indicadores da vitalidade econômica do País, pensando que se trata de  investimentos reais.

8. Ignoram ou fingem ignorar que esses “investimentos” provêm, na maior parte, de subsídios públicos e que, em razão das transferências das subsidiárias das transnacionais às suas matrizes, acarretam pesadas perdas líquidas de capital para o País.

9. Na realidade, o valor das remessas de recursos materiais e financeiros ao exterior constituem grandes múltiplos da entrada efetiva de capitais estrangeiros, devido não só às saídas pela conta de lucros e dividendos, mas, mais ainda, por outras contas do balanço de  transações correntes, notadamente através do superfaturamento de importações e do subfaturamento de exportações, além do pagamento de serviços superfaturados e até fictícios.

10. Ora, os governos que se sucederam no Brasil têm tido por prioridade máxima manter as boas graças do sistema financeiro mundial, sem as quais creem que sofreriam retaliações financeiras insuportáveis.

11. Acuada pela hostilidade dos demais poderes de Estado e de outras instituições, ademais da dos meios de comunicação social – a atual presidente  - viu-se obrigada, diante das crises fiscal e externa, a adotar políticas que degradarão ainda mais a situação econômica e financeira do País.

12. Se não o fizesse,  o País perderia o “investment grade”,  ou seja, a avaliação das agências de risco de crédito faria cortar o crédito por parte de instituições financeiras e investidores estrangeiros.

13. Mas manter o grau de investimento para quê? Isso significa para o  Brasil apenas continuar recebendo grande fluxo de  capitais, como acontece há muito tempo, com o único efeito de desnacionalizar, desindustrializar e deteriorar sua economia.

14.  Desde os anos 80, o percentual da indústria de transformação no PIB caiu  de 33% para 11,5%. Ou seja: a desindustrialização fez-se notar,  cerca de 25 anos após o início da desnacionalização em grande escala,  e tornou-se aguda, a partir do momento em que esta foi acelerada.

15. Como mostrei no artigo anterior, as  crises econômico-financeiras no Brasil são recorrentes, por terem causa estrutural, e é justamente a estrutura econômica que costuma ser deteriorada em consequência  da política econômica que se diz anticrise.

16. Então, que fazer?  Eliminar  as causas do mal, em vez de  aumentar a dose dos “remédios” que sempre foram aplicados com péssimos resultados.

17. Para sobreviver como País, é imprescindível construir uma economia competitiva, o que exige sua nacionalização, pois o interesse das transnacionais é importar matérias-primas essenciais, a preço vil, e transferir ao exterior lucros estupendos, além de monopolizar o controle da tecnologia, inviabilizando  o desenvolvimento de tecnologias que pudessem competir com aquelas de que são proprietárias.

18. São indispensáveis  infraestruturas de energia, transportes e comunicações baseadas em recursos naturais e tecnológicos locais, voltadas para propiciar custos baixos para a indústria  e demais setores de uma economia nacional integrada, muito diferente da atual, construída em função de interesses estrangeiros.

19. A economia deve  ter espaços abertos a empresas privadas -  médias e pequenas -  e grandes estatais, inclusive na área financeira.  Emissões monetárias do Tesouro e títulos públicos com juros baixos assegurarão baixo custo para os recursos financeiros aplicados na produção de bens e serviços. Entre as prioridades, investimentos  nas Forças Armadas, especialmente em seus projetos de elevado conteúdo tecnológico.

20. Além de recrutar e financiar profissionais brasileiros  para reconstituir o setor privado nacional desconcentrado e para empregá-los em estatais, o Brasil poderia importar engenheiros e técnicos de países com forte base industrial,  atualmente assolados pela depressão econômica.

21. É evidente que tudo isso é intolerável para o sistema imperial e acarretaria sanções econômicas contra o Brasil,  mas elas não nos causariam mal.

22. O Brasil só tem a ganhar buscando o desenvolvimento no quadro de um modelo relativamente autárquico,  podendo formar espaço de maior dimensão econômica em associação com a Argentina, e intensificar  a cooperação com  membros do BRICS, excluída a relação em moldes centro-periferia.

23. A história política e econômica subsequente ao golpe de 1954 mostra  continuidade – velada pelas diferenças formais e ideológicas  dos diversos regimes e governos – caracterizada pela consolidação e aumento, a cada etapa,  da desnacionalização e do  enfraquecimento estrutural da economia,  juntamente com o incremento da submissão política às imposições imperiais.

24. O capitalismo levou a economia e as finanças a espantoso grau de concentração, o que foi realizado, infringindo as regras – em geral frágeis, devido à força política dos concentradores -  instituídas por alguns Estados para  que o sistema guardasse alguma semelhança com o modelo favorável à economia de mercado e à  concorrência.

25. Entre os meios usados pelos cartéis estão as fraudes, o uso de advogados especializados em encontrar brechas na legislação, e a própria corrupção de autoridades públicas e  no seio de concorrentes.

26. É mais um sinal da deterioração e do enfraquecimento do sistema político no Brasil que um juiz de Vara federal no Paraná esteja cerceando, seletiva e amiúde injustificadamente,  o que resta de empresas nacionais de grande porte, dotadas de tecnologias competitivas, e prejudicando atividades da Petrobrás.

27. O mesmo é demonstrado pela urgência concedida para a tramitação do projeto do senador José Serra que atende as reivindicações das companhias estrangeiras de petróleo, interessadas nas fabulosas reservas descobertas pela Petrobrás, tal como ele prometera ao Embaixador dos EUA, conforme revelações do Wikileaks.

28. No mesmo sentido, a intervenção do Banco Central podadora da capacidade de investimento da Petrobrás, impedindo o  BNDES de financiá-la: medida reprovável, coerente com a tradição do BACEN, hostil às atividades produtivas, e determinante do eterno desequilíbrio das contas públicas, através da política de juros exorbitantes.

29. Também, atitudes do Executivo,  como a de Petrobras ter posto à venda, para serem desnacionalizados, 49% das ações da subsidiaria Gaspetro, que participa em 19 distribuidoras estaduais de gás natural. A venda é conduzida pelo Itaú-BBA, que estaria convidando  as japonesas Mitsui, Marubeni e Itochu, a chinesa Beijing Gas, a franco-belga GDF Suez e a espanhola Gás Natural.

30. Em suma, a experiência histórica, de séculos, demonstra que quanto mais os países periféricos ricos em recursos naturais, cedem às imposições imperiais, mais ficam enfraquecidos e empobrecidos. Portanto, ou o Brasil toma rumo muito diferente do dos últimos 61 anos, ou o destino de seu povo será de lastimar.

* - Adriano Benayon é doutor em economia pela Universidade de Hamburgo e autor do livro Globalização versus Desenvolvimento.

Crescimento do subdesenvolvimento

Adriano Benayon * - 15.06.2015

1. A economia brasileira está seriamente doente. A crise põe-se à mostra: negócios fechando, desemprego crescente, violência e insegurança recrudescendo.

2. A atual é uma das muitas provenientes da enfermidade estrutural e  crônica que assola o País, há mais de 60 anos.  Sem ordem constitucional de verdade não há como sair do atoleiro, pois os beneficiários da corrupção sistêmica a institucionalizaram e criaram mecanismos, em todas as esferas do poder, para aprofundá-la.

3. Os desequilíbrios agravam-se, porque o poder, sob todos os regimes e governos que se têm sucedido, é controlado pelos que acumulam poder através do dinheiro e faturam com os desequilíbrios.

4. Aristóteles ensinou que o hábito forma uma segunda natureza.  Então,   há muito tempo,  através da psicologia aplicada - e utilizando  formadores de opinião e o crédito de instituições supostamente científicas -  o sistema de poder acostuma as pessoas a  ignorar as causas da doença política e social. 

5. A economia brasileira perde qualidade através da concentração, da desnacionalização, da desindustrialização e do consequente empobrecimento tecnológico.

6. Afora a indústria, prejudicada desde meados dos anos 50, as infraestruturas foram deterioradas e  privatizadas, principalmente a partir dos anos 90. A regulação dos serviços favorece a manipulação dos preços de suas tarifas e a falta de qualidade, sob o beneplácito das agências, ao bel prazer dos carteis que os controlam.

7. Nessas fabulosas negociatas - que a grande mídia nunca  denunciou -  foram entregues a carteis estrangeiros as infraestruturas construídas e pagas pelo Estado. Além disso, privatizaram-se e desnacionalizaram-se bancos, cada vez mais favorecidos pela legislação e pelo BACEN.

8. A entrega dos monopólios das infraestrutura e as normas pró-carteis da precificação de suas tarifas tornaram-se causa maior da alta da inflação.

9. Daí também, e em combinação com a produção industrial dominada por carteis transnacionais, advém a perda de competitividade da economia e os déficits nas transações correntes, formadores da dívida externa.

10. Na lógica perversa do sistema, em vez de se construir uma infraestrutura eficiente e independente, finge-se combater a inflação através da elevação das taxas de juros.

11. Ora, aumentar os juros significa:

 ==================================

a) fazer crescer as insuportáveis despesas financeiras do Tesouro, incapacitando-o de realizar os prementes investimentos de infraestrutura, baixar o “custo Brasil” e melhorar o grau de competitividade;

b) elevar a taxa de inflação, uma vez que os juros são um dos custos de produção, além de dissuadir investimentos produtivos e assim reduzir a oferta de bens e serviços, determinante da alta dos preços;

c) tornar ainda mais concentrada a renda e o poder nas mãos dos oligarcas financeiros: daí ser essa política promovida pelas “autoridades monetárias” e endossada pelos beneficiários das doações de grandes empresas e bancos às campanhas eleitorais.

12.Mais efeitos estruturais negativos são gerados a pretexto de  conter os preços através das importações, deixando de desvalorizar a taxa de câmbio em correspondência com a alta dos preços internos: agrava-se a falta de competitividade da indústria local e aumenta a desindustrialização.

13. As empresas estatais foram entregues a preços muito abaixo de seu valor patrimonial, envolvendo a subavaliação dos lances iniciais, o pagamento em “moedas podres” (títulos de dívida desvalorizados) e a participação de fundos de pensão de estatais. Ainda por cima, a União despendeu centenas de bilhões de reais para sanear passivos trabalhistas e financeiros das empresas privatizadas.

14. Assim, o Brasil tornou-se a casa da sogra dos carteis. Nas telecomunicações, até as tarifas promocionais são múltiplos enormes das normais do exterior.O serviço é de baixa qualidade, e áreas imensas ficam sem sinal. 

15. Mudanças na Lei Geral das Telecomunicações (nº 9.472/97)  permitiram a operação de telefonia e celular por um único conglomerado, e incentivos à concentração favoreceram as mega-empresas, apoiadas por  ANATEL e CADE.

16. No sistema elétrico, danos semelhantes ao País: a infraestrutura deteriorou-se, e, desde a privatização, as tarifas elevaram-se em cerca de 150%, acima da alta média dos preços.

17. A Petrobrás, foi privada, desde sua fundação,  do monopólio da distribuição,  o segmento  privilegiado da indústria do petróleo, feudo para obter grandes lucros e que  nada produz. A estatal já tivera desgastes, mesmo antes dos pesados golpes decorrentes da Lei 9.497 de 1997, entre os quais sua desnacionalização parcial e a perda dos monopólios da prospecção e exploração.

18. Desde 1955, a preponderância dos combustíveis fósseis, não-renováveis, esteve associada à deletéria expansão subsidiada da indústria automotiva, nas mãos dos carteis transnacionais, com a míngua de investimentos nas ferrovias e demais meios eficientes e econômicos, como a navegação fluvial e a marítima.

19. A mesma linha pró-subdesenvolvimento – característica da política inaugurada em agosto de 1954 -  faz que, nas hidrelétricas, a geração de energia seja grandemente diminuída, e  os custos elevados.

20. As mesmas normas e intervenções falsamente ambientais e pró-indígenas, impedem ou reduzem as eclusas, para grande dano do aproveitamento  de rios e canais que tornariam baratíssimo o transporte interior no Brasil.

21. A política pró-subdesenvolvimento fez, nos anos 90, entrar em cena os negócios corruptos do gás da Bolívia, em favor das angloamericanas Shell, BP e Enron, tendo o Brasil pagado pelos gasodutos e investido em termelétricas antieconômicas, sem falar nas alimentadas por óleo combustível.

22. Ao mesmo tempo, impede-se que a energia de biomassa assuma o lugar principal que deve ter:

1) desvirtuando o Programa do Álcool, criado sob a liderança de Severo Gomes e Bautista Vidal, a partir de 1975; o etanol chegou a suprir integralmente a demanda de veículos novos produzidos no País, antes do final dos anos 80, mas concentrou-se em usinas e plantations gigantescas, que implicam transportar a cana a grandes distâncias e depois o álcool, de volta: a produção descentralizada, e combinada com alimentos, trazia vantagens econômicas, sociais e ecológicas; mas, nos últimos decênios o setor sucroalcooleiro passou a integrar  o agronegócio e tem sido desnacionalizado;

2) marginalizando a produção de óleos vegetais, com a escolha de  matérias primas e tecnologias erradas, como o biodiesel, além de adotar a lógica concentradora, antieconômica e antissocial, dificultando o acesso ao mercado de cooperativas e pequenos produtores;

3) coerentemente com a opção pela dependência tecnológica, não dando espaço à alcoolquímica e nem à oleoquímica;

4) entre as fontes renováveis de energia, preferindo e subsidiando as de tecnologia proprietária de empresas estrangeiras, como a eólica e a solar.

23. Juntamente com a desorganização econômica, política e social, fortalece-se a ordem colonial sobre o País, enquanto este perde a identidade nacional.

24. O caminho para isso tem sido as respostas subalternas dos governos às crises recorrentes derivadas do modelo dependente. Ao contrário do que alegam, as autoridades monetárias não têm como sanear as finanças, levando à estratosfera a dívida do Tesouro.

25. Com a composição e capitalização da elevadíssima taxa SELIC, o crescimento dessa dívida compromete, em  definitivo, a independência do País. 

26. No círculo vicioso, a produção e o emprego caem, e os recursos que os viabilizariam, são carreados para o pagamento de impostos, a fim de sustentar rendas exclusivamente financeiras, enquanto definham as suscetíveis de gerar produção.

27. A presente crise é pretexto para cortes profundos, também na área militar, vital para que se recupere algum grau de autonomia. Ela perdera substância, quando da crise da dívida externa do início dos anos 80.

28. Dita crise resultara da estrutura industrial desnacionalizada e concentrada que fizera acumular déficits externos incompatíveis com a capacidade de pagamento do País.

29.  Hoje revivemos a daquela época, quando foram desativadas importantes indústrias  de defesa, devido à falta de encomendas das Forças Armadas. A partir dos anos  80, não cessaram de ocorrer perdas e desnacionalizações de empresas brasileiras.

30. Nos anos mais recentes,   após um esforço de ressurgimento, promove-se, de novo, desmonte nas pastas militares, tendo o governo cortado R$ 500 milhões no projeto (KC-390) da EMBRAER,  com mais de 1.000 engenheiros e 10.000 técnicos envolvidos. Podam-se também os projetos da HELIBRAS e os dos submarinos.

31. Em suma, o País  fica sem indústria e sem tecnologia, e à mercê das potências imperiais.  O Reino Unido, à frente delas,  obteve a demarcação de áreas imensas  em Roraima e em outras regiões amazônicas, a pretexto de criar reservas indígenas e ecológicas. Pouco falta para essas áreas serem alijadas do território nacional.

32. Todos deveriam saber que o Reino Unido ocupa as Ilhas Malvinas da Argentina há mais de duzentos anos e recusa-se a reconhecer a soberania platina sobre essa área rica em petróleo.

34. A realidade do Brasil é a  de um país  dominado pelas corporações  estrangeiras  e desestruturado, que sofre assalto antigo, agora em fase aguda, desferido também sobre Petrobrás e à engenharia nacional, cujos  conglomerados têm importante atuação nos segmentos tecnológicos da  defesa. 

35. Por que o inimigo ataca, confiante?  Por que nem a Petrobrás é mais unanimidade.  Porque a coesão nacional foi dilacerada. Porque o País está sem liderança política alguma, digna de crédito, e sem que qualquer dos poderes do Estado o defenda.

 



SUBJECT: derivada de uma aceleração! Quem sou eu?
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/07/2015 07:26

Olá,

 

 

Qual o significado físico e geométrico da derivada  da aceleração(ou derivada terceira da posição de uma partícula, ou, ainda, a derivada primeira da velocidade de uma partícula;  rapidez com que  uma rapidez varia!)?

 

 (Em eletromagnetismo, aparecem fórmulas onde coisas assim aparecem, como no estudo da reação da radiação, por exemplo).

 

 

 

Sds,

Victor

 

 


SUBJECT: Re: [ciencialist] derivada de uma aceleração! Quem sou eu?
FROM: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/07/2015 11:45

Oi Victor.

Não se tem realmente um nome específico para esse bicho. A derivada da aceleração em relação ao tempo indica a forma como a aceleração varia com o tempo. Basta lembra que uma variação linear da velocidade implica numa aceleração constante. Logo, sua derivada é nula, indicando justamente essa constância no tempo. Qualquer variação de velocidade que não seja linear, implica em acelerações variáveis no tempo. Desculpe se falei o óbvio, mas é o que penso. 

*BW*



Em Quarta-feira, 15 de Julho de 2015 7:26, "'JVictor' j.victor.neto@uol.com.br [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br> escreveu:


 
Olá,
 
 
Qual o significado físico e geométrico da derivada  da aceleração(ou derivada terceira da posição de uma partícula, ou, ainda, a derivada primeira da velocidade de uma partícula;  rapidez com que  uma rapidez varia!)?
 
 (Em eletromagnetismo, aparecem fórmulas onde coisas assim aparecem, como no estudo da reação da radiação, por exemplo).
 
 
 
Sds,
Victor
 
 



SUBJECT: Re: [ciencialist] derivada de uma aceleração! Quem sou eu?
FROM: Hélio Carvalho <helicar_br@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/07/2015 13:06

Victor,

Aceleração constante é um caso muito especial na natureza.

Geralmente na natureza as acelerações não são constantes.

Um exemplo simples dentre tantos outros:
Resistência do ar.

É NATURAL [e^(-kt)]. Naturalmente um decaimento exponencial da velocidade.

Quando a intensidade da força depende da velocidade (ou da posição, ou da aceleração etc).
Tudo é exponencial: posição, velocidade, aceleração, derivada da aceleração, derivada segunda da aceleração, ... .

Se for um freamento será do tipo:
x=C(1-e^(-kt));
v=Ck e^(-kt);
a= -Ck^2 e^(-kt);;
da/dt = Ck^3 e^(-kt);
d^2(a)/dt^2 = - Ck^4 e^(-kt);
......

Quando um carro freia, a aceleração não é constante.
Com ABS fica muito complicado fazer um modelo matemático que possa ficar parecido com a natureza.
Mas se as rodas travarem e ele derrapar, pode acontecer um desastre mas tem o seu lado bom: Fica mais fácil de modelar.
:-)

Helio




De: "'JVictor' j.victor.neto@uol.com.br [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Quarta-feira, 15 de Julho de 2015 7:26
Assunto: [ciencialist] derivada de uma aceleração! Quem sou eu?

 
Olá,
 
 
Qual o significado físico e geométrico da derivada  da aceleração(ou derivada terceira da posição de uma partícula, ou, ainda, a derivada primeira da velocidade de uma partícula;  rapidez com que  uma rapidez varia!)?
 
 (Em eletromagnetismo, aparecem fórmulas onde coisas assim aparecem, como no estudo da reação da radiação, por exemplo).
 
 
 
Sds,
Victor
 
 



SUBJECT: Re: [ciencialist] derivada de uma aceleração! Quem sou eu?
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/07/2015 11:16

Acho que a pergunta mais geral seria : em qual momento uma derivada "enésima" de "algo" deixa de ter sentido físico ?



Em Quarta-feira, 15 de Julho de 2015 13:06, "Hélio Carvalho helicar_br@yahoo.com.br [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br> escreveu:


 
Victor,

Aceleração constante é um caso muito especial na natureza.

Geralmente na natureza as acelerações não são constantes.

Um exemplo simples dentre tantos outros:
Resistência do ar.

É NATURAL [e^(-kt)]. Naturalmente um decaimento exponencial da velocidade.

Quando a intensidade da força depende da velocidade (ou da posição, ou da aceleração etc).
Tudo é exponencial: posição, velocidade, aceleração, derivada da aceleração, derivada segunda da aceleração, ... .

Se for um freamento será do tipo:
x=C(1-e^(-kt));
v=Ck e^(-kt);
a= -Ck^2 e^(-kt);;
da/dt = Ck^3 e^(-kt);
d^2(a)/dt^2 = - Ck^4 e^(-kt);
......

Quando um carro freia, a aceleração não é constante.
Com ABS fica muito complicado fazer um modelo matemático que possa ficar parecido com a natureza.
Mas se as rodas travarem e ele derrapar, pode acontecer um desastre mas tem o seu lado bom: Fica mais fácil de modelar.
:-)

Helio




De: "'JVictor' j.victor.neto@uol.com.br [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviadas: Quarta-feira, 15 de Julho de 2015 7:26
Assunto: [ciencialist] derivada de uma aceleração! Quem sou eu?

 
Olá,
 
 
Qual o significado físico e geométrico da derivada  da aceleração(ou derivada terceira da posição de uma partícula, ou, ainda, a derivada primeira da velocidade de uma partícula;  rapidez com que  uma rapidez varia!)?
 
 (Em eletromagnetismo, aparecem fórmulas onde coisas assim aparecem, como no estudo da reação da radiação, por exemplo).
 
 
 
Sds,
Victor
 
 





SUBJECT: Re: [ciencialist]Previsão de uma nova "mini era do gelo" em 2030
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/07/2015 11:17

O Molion já fala disso faz tempo!!!


Em Segunda-feira, 13 de Julho de 2015 16:35, "'Pesky Bee' peskybee2@gmail.com [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br> escreveu:


 


Ok Mr. Calilzófilo, thanks for your message. But let me
point out just one small correction: what I use with my bee
girlfriends is not honey (although it is a viscous product
of similar texture, hahahahaha).
 
And one more thing: I will let you take care of the coffee,
I'll get the cold beer.
 
*PB*
 

From: Mtnos Calil mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]
Sent: Monday, July 13, 2015 4:13 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist]Previsão de uma nova "mini era do gelo" em 2030
 

Ok Mr. Souza Bee.

As humanity is condemned by climate schizophrenia, nothing better than drinking cold beer and hot coffee.

Enjoy yourself with your facebook  girlfriends bees and have a good week full of honey.
 
MC
 
On Seg 13/07/15 15:04 , "'Pesky Bee' peskybee2@gmail.com [ciencialist]" ciencialist@yahoogrupos.com.br sent:
 
 
Vamos dar uma de polyana e olhar para o lado bom
dessas coisaradas climáticas? Próxima vez que pedirmos uma
cerveja lá no barzeco da esquina, ela certamente
já virá super-gelada, hahahahaha
 
E aproveitchando, acabo de entrar no antro da perdição,
a Facebokéia do Zuckerberg. Estou lá com o nome nada
incomum de Pesky Souza Bee, e a minha foto é uma abelha
amarela segurando uma taça de vinho. Todo feliz da vida
porque esqueci que estamos em um governo petista (putz...
agora lembrei, mifû, hahahahaha)
 
*PB*
 
  
 
 
 



SUBJECT: Re: [ciencialist]Previsão de uma nova "mini era do gelo" em 2030
FROM: roberto.takata@bol.com.br
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/07/2015 02:56

O que o Molion disse é que *agora* estaríamos passando por um período de resfriamento pela Oscilação Decadal do Pacífico que levaria uma queda de temperatura. Faz uns dez anos que a previsão dele está errada.

"Uma coisa boa aqui: Molion faz uma previsão testável. Uma coisa não tão boa: ele vem dizendo a mesma coisa desde pelo menos 2005: 'O clima global poderá experimentar um resfriamento paulatino nos próximos 25 anos se a ODP comprovadamente permanecerem sua nova fase fria.' Já são pelo menos sete anos dessa previsão de resfriamento que não se concretiza"
 Gene Repórter: Jogo dos erros 6

 


[]s,

Roberto Takata
 

SUBJECT: Re: [ciencialist]Re: Administraç ão cientifica da sociedade humana
FROM: roberto.takata@bol.com.br
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/07/2015 03:02

É preciso forçar muito a amizade para se pensar que resultados referentes a cotas para privilegiar *maiorias* sociais lancem luzes sobre como funcionam cotas para compensar *minorias* sociais.

Até porque a conclusão do Sowell é na linha: "as cotas dos países X, Y, Z [para maiorias] acabaram aumentando a disparidade, logo as cotas nos países U, V, W [para minorias] também devem aumentar a disparidade".

[]s,

Roberto Takata

SUBJECT: Derivada terceira da posição, derivada segunda da velocidade, tudo em relação ao ao tempo, e outras coisas mais.
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/07/2015 23:23

Belmiro, Helio, Felipe

Dando sequência ao meu último post, sobre a derivada terceira de qualquer coisa, vocês responderam cada um à sua maneira. Ok.

A derivada terceira tem, afinal, um nome: Jerk.

Prazer em conhecer, Jerk!

Eu não sabia disso.

A questão está ligada à reação da radiação de uma carga em movimento, por exemplo,  de um eletron em torno de um núcleo(próton) em repouso. E surge das equações de movimento da carga(por exemplo, o eletron)  e foi estudado por  camaradas bem sabidos, como Landau, Feynman, Lorentz, Dirac (que não deram um nome essas derivadas temporais. Ao menos não lembro de haver lido algo do tipo, enquanto era corajoso para enfrentar as páginas deles. Contudo,  é de se esperar que suscite interesse por parte de alguns mais valentes e destemidos guerreiros foreiros(para rimar no logo após...).  Bem, até já fiz um arrazoado, com base nos estudo de Lorentz e Landau. Mas não ficou muito legal(muitos simbolozinhos malucos, como dirá o Belmiro...). Aí resolví, por ora, dar a contribuição abaixo.  O link do item 1 é bastante esclarecedor e a descrição do link 2, peguei-a de outro fórum que frequento.

Quem gosta de unidades, vai encher a barriga. Vejam artigo do item 2, a seguir.

O versinho no final até que ficou legal!

Mas ainda está faltando um significado físico para a encrenca. Sem isto,  nenhum conceito ou expressão matemática – ao  mens para mim - tem sentido. Certamente a conservação do momento linear e a conservação da energia do sistema(fechado) átomo(próton+eletron) + radiação emitida fornecem a trilha para chegar ao nirvana.

1)               https://en.wikipedia.org/wiki/Jerk_(physics)

 

2)           What is the term used for the third derivative of position?

It is well known that the first derivative of position (symbol x) with respect to time is velocity (symbol v) and the second is acceleration (symbol a).  It is a little less well known that the third derivative, i.e. the rate of change of acceleration, is technically known as jerk (symbol j).  Jerk is a vector but may also be used loosely as a scalar quantity because there is not a separate term for the magnitude of jerk analogous to speed for magnitude of velocity.

In the UK jolt has sometimes been used instead of jerk and may be equally acceptable.

Many other terms have appeared in individual cases for the third derivative, including pulse, impulse, bounce, surge, shock and super acceleration.  These are generally less appropriate than jerk and jolt, either because they are used in engineering to mean other things or because the common English use of the word does not fit the meaning so well.  For example impulse is more commonly used in physics to mean a change of momentum imparted by a force of limited duration [Belanger 1847] and surge is used by electricians to mean something like rate of change of current or voltage.  The terms jerk and jolt are therefore preferred for rate of change of acceleration.  Jerk appears to be the more common of the two.  It is also recognised in international standards:

In ISO 2041 (1990), Vibration and shock - Vocabulary, page 2:
"1.5 jerk: A vector that specifies the time-derivative of acceleration."
Note that the symbol j for jerk is not in the standard and is probably only one of many symbols used.

As its name suggests, jerk is important when evaluating the destructive effect of motion on a mechanism or the discomfort caused to passengers in a vehicle.  The movement of delicate instruments needs to be kept within specified limits of jerk as well as acceleration to avoid damage.  When designing a train the engineers will typically be required to keep the jerk less than 2 metres per second cubed for passenger comfort.  In the aerospace industry they even have such a thing as a jerkmeter; an instrument for measuring jerk.

In the case of the Hubble space telescope, the engineers are said to have even gone as far as specifying limits on the magnitude of the fourth derivative.  There is no universally accepted name for the fourth derivative, i.e. the rate of change of jerk, The term jounce has been used but it has the drawback of using the same initial letter as jerk so it is not clear which symbol to use.  Another less serious suggestion is snap (symbol s), crackle (symbol c) and pop(symbol p) for the 4th, 5th and 6th derivatives respectively.  Higher derivatives do not yet have names because they do not come up very often.

Since force (F = ma) is rate of change of momentum (p, symbol clashes with pop) it seems necessary to find terms for higher derivatives of force too.  So far yank (symbol Y) has been suggested for rate of change of force, tug (symbol T) for rate of change of yank, snatch (symbol S) for rate of change of tug and shake (symbol Sh) for rate of change of snatch.  Needless to say, none of these are in any kind of standards, yet.  We just made them up on usenet.

Now class, repeat after me. . .

Momentum equals mass times velocity!
Force equals mass times acceleration!
Yank equals mass times jerk!
Tug equals mass times snap!
Snatch equals mass times crackle!
Shake equals mass times pop!! “

 

 

Sds,

Victor.

 

 


SUBJECT: Newton e Hooke
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/07/2015 18:03

 

Alberto e demais,

 

A seguir um link que leva um artigo do Bassalo historiando um saboroso embate entre Newton e Hooke, a respeito das descobertas luminosas-literalmente – de Newton, e as discordâncias de Newton.

 

Não sei a troca de amabilidades entre os dois não deu em motel!.. Há uma curiosa alusão às causas da famosa declaração de Newton: Se pude enxergar tão longe, etc...).

Mas outros apontam que na verdade tratou-se de um pequeeeeno sarcasmo a respeito da altura de Hooke, que tinha a mania de reinvindicar para si descobertas publicadas por Newton.  Newton era osso duro de roer, afagava de um lado e lascava o pau do outro. Que besta não era.

Coisas de gênio.

 

http://www.searadaciencia.ufc.br/folclore/folclore227.htm

 

Vale a pena a leitura.

 

Sds,

Victor.


SUBJECT: Re: [ciencialist]Previsão de uma nova "mini era do gelo" em 2030
FROM: roberto.takata@bol.com.br
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/07/2015 07:35

"A Falácia da "Mini-Era do Gelo"
"Ou seja, a influência no clima do mínimo solar mais importante dos últimos 1300 anos foi menos de um décimo do efeito humano atual e 8 vezes menor do que a influência somente do excesso de CO2 em relação ao período pré-industrial."
O que você faria se soubesse o que eu sei?: A Falácia da "Mini-Era do Gelo"

 

[]s,

Roberto Takata

SUBJECT: RES: [ciencialist]Previsão de uma nova "mini era do gelo" em 2030
FROM: "Mtnos Calil" <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
CC: <maoslimpasbrasil@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/07/2015 11:15

MAIS DO QUE FALÁCIA, PELO QUE O ARTICULISTA DIZ, DEPREENDE-SE  QUE ESSA “era do gelo”  FOI UMA FRAUDE.

E  OS CIENTISTAS BRASILEIROS O QUE DIZEM A RESPEITO?

 

E POR FALAR EM CIENTISTAS BRASILEIROS, EXISTE ALGUMA ASSOCIAÇÃO DE CIENTISTAS NO BRASIL INTERESSADOS NO DESENVOLVIMENTO DO BRASIL, OU NA OPINIÃO DOS CIENTISTAS ISSO É PROBLEMA DOS POLITICOS? MAS NÃO SÃO OS POLITICOS QUE DEFINEM AS “estratégias” DE PESQUISA QUE OS CIENTISTAS DEVEM FAZER, POIS O DINHEIRO DAS PESQUISAS VEM DO GOVERNO (OU SEJA DO POVO OU DA SOCIEDADE, JÁ QUE A PALAVRA POVO É MENOS AMBIGUA QUE O TERMO SOCIEDADE? )

AFINAL O QUE SIGNIFICA SER CIENTISTA?

SER LACAIO DOS DONOS DO PODER É UMA DAS PREGORRATIVAS DA CIÊNCIA MODERNA EMPENHADA EM AJUDAR O DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO ENQUANTO A HUMANIDADE CAMINHA PARA A BEIRA DO ABISMO?

UMA PARTE DOS CIENTISTAS ESTARIA ENLOUQUECENDO, COM SEUS PLANOS DE HABITAR OUTROS PLANETAS? OU OS “TECNÓLOGOS” EXTRAPLANETÁRIOS ESTÃO SE APROVEITANDO DA ESQUIZOFRENIA SOCIAL GALOPANTE PARA PROGRAMAR VIAGENS SEM VOLTA PARA MARTE?

SE O NOSSO DESTINO É SUCUMBIR, PREFIRO FAZÊ-LO COM CONSCIÊNCIA.

ENFIM, CADA UM SUCUMBE DE ACORDO COM A SUA PREFERÊNCIA.

OS FISIOCRATAS PODEM SUCUMBIR AMANDO A FÍSICA, A RAINHA DE TODAS AS CIÊNCIAS.

SE A FÍSICA TIVESSE POR OBJETO TAMBÉM OS PROCESSOS “psico-físicos” A NOSSA CHANCE DE NÃO CAIR NO APOCALIPSE SERIA BEM MAIOR.

 

 

Mtnos Calil  

Ps. A bomba atômica não foi o único exemplo de como a ciência contribui para a destruição da humanidade. Mas se todo o progresso que a humanidade conquistou até hoje se deve à ciência, como explicar que esta mesma ciência contribui para a destruição de suas próprias conquistas? Essa pergunta exige um longo texto para ser respondida. Lamento por ora deixar os amigos apenas com essa síntese: o homem, além de sapiens é demens  ( e a ciência não sabe como sanar essa trágica ambivalência).  Cabe lembrar também que os termos ciência e cientista não são sinônimos, como a equivocada divulgação midiática a respeito dá a entender. Os responsáveis pelos “bemfeitos” e “malfeitos” são as pessoas e não a ciência. Da mesma forma se confunde empresas com empresários,  nações com governantes, etc.

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br]
Enviada em: segunda-feira, 20 de julho de 2015 07:35
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [ciencialist]Previsão de uma nova "mini era do gelo" em 2030

 

 

"A Falácia da "Mini-Era do Gelo"

"Ou seja, a influência no clima do mínimo solar mais importante dos últimos 1300 anos foi menos de um décimo do efeito humano atual e 8 vezes menor do que a influência somente do excesso de CO2 em relação ao período pré-industrial."

 

O que você faria se soubesse o que eu sei?: A Falácia da "Mini-Era do Gelo"

 

image

O que você faria se soubesse o que eu sei?: A Falácia da...

Um exemplo de completa irresponsabilidade jornalística. Menos de 24 horas após publicada, milhares de pessoas já

Visualização pelo Yahoo

 

[]s,

 

Roberto Takata




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SUBJECT: Caça ao tesouro...ops, ETs
FROM: Gilberto Morelli <gilmorelli@yahoo.com>
TO: Ciencialist <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/07/2015 13:17



SUBJECT: Buscas caras para encontrar caras que nem foram gerados por alguma evolução alienígena!
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/07/2015 13:26

 

Sei não, sei não, mas esse bestilionário deveria era fazer algo mais útil, tal como:

 

1- doar para euzinho uns 20% dessas verdinhas; montaria uma fundação de física com essa grana;

2 - doar parte dessa quantia a alguns países da Africa, para minimizar a torturante e infame fome que por lá grassa; isto  poderia salvar muitas crianças;

3-uma parte deveria ser doada a algum país de vergonha na cara para combate às drogas e torrar tudo quanto é  traficante,  sem vergonhas e criminosos.

 

Uma coisa meu "se mancol" avisa:  mesmo que haja alguma  forma de vida por aí afora, de que adiantaria?  Com uma velocidade que nunca pode ser atingida, não seria muito fácil chegar em algum lugar e voltar...num única vida. De que adianta, de que adianta, hein,  hein?

 

http://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br/2015/07/21/quais-as-chances-de-stephen-hawking-encontrar-uma-civilizacao-alienigena/

 

 

Se minhas preces acima forem atendidas, tudo bem. Se não, vou continuar chorando...

 

Sds,

Victor.


SUBJECT: A ciência de andar na esteira e a ciência de caminhar no mundo da mente
FROM: "Mtnos Calil" <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, <indianotransparencia@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/07/2015 10:55

Prezados amigos e inimigos.

 

Eu não sabia que existia uma “ciência para andar na esteira” de uma academia – vejam * o artigo abaixo, feito com apenas 356 palavras (sem levar em conta o título e a assinatura). O sábio Mr. Word 2007 contou as palavras para mim num segundo.

 

 

**Me desculpem por usar o verbo ver no modo imperativo. Minha intenção não foi dar uma ordem. Esse vicio da linguagem eu aprendi com os jornalistas da Globo. Confesso que estou encontrando grande dificuldade eu me livrar dele. Foi mais fácil parar de fumar. Os jornalistas da Globo também dizem: AGORA VOCÊ VAI VER! Outros dizem “NÃO SAIA DAÍ” que a gente volta num minuto – mesmo que este minuto tenha 90 segundos.

 

O curioso dessa história de caminhar na esteira é que nós humanos descobrimos recentemente – há cerca de 50 anos - que precisamos cuidar do corpo (corpo no sentido de coisa física) para viver mais e melhor.

Será que um dia vamos descobrir que a qualidade de vida depende também de “pensar melhor”?

Como eu não tenho esteira em casa,  uso diariamente o velho Aurélio  para fazer caminhadas mentais. Depois de tanto ouvir falar em exercícios físicos me ocorreu a idéia de fazer exercícios mentais. Pretendo agora aprender um exercício que se chama meditação e que consiste em concentrar a mente no nada. Espero descobrir porque inventaram para o termo meditação esse incrível significado.

Esse interessante artiguete sobre a caminhada fisica me sugeriu a idéia de escrever um outro artiguete sobre as caminhadas mentais, com o mesmo limite de 356 palavras.

Vejamos, a propósito, o que significa a palavra artiguete para o Aurélio, que no Brasil virou sinônimo de dicionário.

 

Nossa senhora da lógica da comunicação! O Aurélio usou APENAS 4 PALAVRAS PARA NOS INFORMAR QUAL É O SIGNIFICADO DE ARTIGUETE!!!

 

Veja: Artiguete (ê) – Pequeno artigo. Deprec. Artiguelho.

 

Que me desculpe a autora do artigo sobre a caminhada física por eu ignorar o sentido “deprec.”  atribuido ao termo.

Antes de consultar o Aurélio eu pensava que artiguete significava apenas “pequeno artigo”.

Descobri agorinha que artiguete significa  artiguelho, ou seja um “artigo-porcaria”.

Mas, contudo, porém e todavia, me arrogo o direito linguístico de usar o termo artiguete para designar apenas e tão somente, um “PEQUENO ARTIGO”, embora aqui escrito em letras MAIÚSCULAS.

Eu achei o artiguete da Fernanda Andrade tão bom, mas tão bom, que vou me inspirar nele para escrever um outro, no bom sentido da palavra, sobre a ginástica mental.

Vejam que coisa interessante, nós humanos, fizemos com as palavras: atribuímos a elas  um “bom sentido”,  do que se deduz que elas foram também possuídas por um “mal sentido”. Ou seja: uma mesma palavra pode ter um significado positivo e outro negativo!  A ciência da lógica da comunicação considera que um PEQUENO ARTIGO pode ser tão bão como um ARTIGO GRANDE.

(favor não confundir este artigo grande ou pequeno com os artigos vendidos em supermercados ou minimercados, também chamados “mercadinhos” onde também se encontram “artiguinhos- porcaria”. )

 

Enquanto não escrevemos (ou seja, enquanto não escrevo – mas pera aí, se escrevemos está no plural, porque usamos este plural para designar uma coisa singular??? – ATENÇÃO POR FAVOR: ESTOU USANDO O TERMO SINGULAR APENAS NO SENTIDO OPOSTO AO DE PLURAL E NÃO NESTES SENTIDOS GRANDILOQUENTES  apresentados  pelo Mestre Aurélio:

 

a) Diferente, distinto, notável

b) Que não é vulgar, especial, raro, extraordinário

 

Oopsss.... como uma mesma ou mesmíssima palavra pode ter um sentido positivo (afetivo) e outro negativo (pejorativo), o Aurélio também esculhambou com a singularidade narcísica do termo, apresentando este estranho significado para o termo singular:

 

c) Excêntrico, extravagante, esquisito bizarro.

 

Minha “teoria” a respeito da baita confusão que nós humanos fazemos com as palavras é baseada na seguinte “hipótese”:  NÓS USAMOS AS PALAVRAS PARA BRINCAR, DANDO ASAS À IMAGINAÇÃO. Vejam que colocamos asas até na imaginação. Isso é brincadeira ou não é?  A psicologia explica essa “asificação” **

 

** Asificação significa o ato de asificar que  significa atribuir asas a qualquer coisa real ou imaginária – esse termo foi criado por mim agora, com base no direito universal da liberdade linguística de brincar com as palavras. (se ela já existia, peço desculpas por inventar algo já inventado antes).

 

Preciso interromper porque já ultrapassei  o limite de 356 palavras estabelecido para o artiguete sobre as caminhadas mentais a ser escrito. Este limite no número de palavras faz parte do exercício da caminhada mental. Aliás para tudo na vida precisamos estabelecer limites... melhor dito: PRECISARIAMOS, porque infelizmente nós abominamos a idéia de estabelecer limites tanto para nossas ações fisicas como mentais. O ato de pensar é uma “ação”?  Sim, porque os nossos neurônios trabalham muito enquanto nós pensamos. (“nós” foi agora utilizado no seu VERDADEIRO sentido plural – ocorre que infelizmente, nós humanos atribuímos verdadeiros e falsos sentidos para as palavras, o que é condição para o exercício da mentira.  Tanto apreciamos a mentira, que fizemos dela também um modo de brincar, recorrendo às “mentirinhas” que ensinamos aos nossos filhos quando,  por exemplo, dizemos a eles que o chocolate acabou quando o escondemos no armário. Nada mais natural que as crianças considerem essa mentirinha uma brincadeira. É assim que aprendemos a mentir: brincando!  Vamos então também brincar com a verdade inserida na lógica da comunicação?  Favor nos (no sentido singular ) dar até 90 dias de prazo para escrevermos (no sentido singular) esse chato artiguete da lógica. Digo chato, porque caminhar desta forma na esteira mental torna o exercício um tanto quanto desagradável. Para que dizer “um tanto quanto”? Não seria suficiente dizer um tanto desagradável? Mas esse “tanto” significa muito ou pouco desagradável? Mas o que é muito para alguns não pode ser pouco para outros? Por exemplo, um milhão de dólares para mim é MUITO dinheiro, mas para o Bil Gates é um POUQUINHO, quase nada mesmo!

 

Abraços

Mtnos Calil

 

Ps. Existe alguma lógica no ato de abraçar? Abraçar não é uma forma de se comunicar sem palavras? Então a linguagem não verbal também pode ser falsa ou verdadeira?  Estes abraços escritos acima do meu nome verdadeiro (embora incompleto) seriam também verdadeiros? Bem... a resposta a essa pergunta vai depender do significado que atribuímos a estes abraços, que na linguagem digital são escritos assim: abs.

 

Eu entendo este “abs.” como um sinal de que a pessoa está com muita pressa. E quando eu estou apressado – ou ansioso -  escrevo “absmc”. A vantagem que o abraço digital tem em comparação com o presencial é que quando somos abraçados digitalmente, não corremos nenhum risco de levar aqueles tapinhas nos ombros ou nas costas que às vezes são doloridos. Será que com estes abraços acompanhados de tapinhas nas costas não estaríamos exibindo uma “agressividade recalcada”? E quando damos as mãos sem ajustá-las direitinho nas mãos dos outros, será esse descuido produto de um transtorno mental ou emocional?  Freudiano ou skinneriano?

 

=======================================================

Dicas para caminhada na esteira

Veja as dicas para usufruir de todos os benefícios desse exercício

PUBLICADO EM 12/07/2013

http://images3.minhavida.com.br/imagensConteudo/16583/esteira-academia-correr-treino-exerc%C3%ADcio_16583_35672.jpg

Caminhada na esteira parece uma atividade bastante simples, mas para ter os resultados esperados é importante ter alguns cuidados.

Confira as dicas para praticar esse exercício e garantir bons resultados:

- Antes de iniciar as caminhadas, faça uma avaliação física;

- Use um tênis específico para caminhadas e corridas, com um bom amortecimento, pois esses calçados são apropriados para absorver o impacto com o solo. Se possível, faça uma avaliação do seu tipo de pisada (pronada, neutra ou supinada), antes de comprar o tênis (algumas lojas esportivas fazem o teste para que você escolha o melhor tênis para o seu tipo de pisada);

- Use sempre o sistema de segurança que a esteira possui, em muitos casos seria um fio que colocamos junto a nossa roupa, ao se desconectar da esteira o sistema de segurança será acionado e a esteira para;

- Evite amarrar cadarço, tirar ou trocar camisetas e blusas enquanto caminha na esteira. O perigo de acidentes é bem maior quando tentamos fazer qualquer movimento que não seja caminhar na esteira;

- Inicie a passada colocando primeiro o calcanhar no chão, passando pela planta do pé e, por fim, pelos dedos;

- Leve o corpo à frente, usando os glúteos e os músculos da parte posterior das pernas, durante a caminhada;

- Dobre os cotovelos a 90 graus e inicie todo o movimento a partir dos ombros;

- Mantenha os ombros em linha reta e não deixe o corpo girar na cintura, evitando o vai-e-vem dos quadris;

- Ao caminhar ou correr, mantenha as costas e o abdome firmes e contraídos;

- Se você sentir dor na região das canelas, diminua a velocidade e evite as ladeiras.

- Respeite os seus limites e o seu condicionamento físico. Aumente a intensidade sempre que necessário. Isso acontece, em média, a cada dois meses. Para que a evolução aconteça, você pode aumentar o ritmo (velocidade) da caminhada; mudar o percurso, incluindo subidas, descidas, outros tipos de solo e escadas; ou ainda, incluir corrida alternada com a caminhada;

- Faça alongamento antes e depois das caminhadas.

- Hidrate o corpo, bebendo água antes, durante e depois do exercício.

Fernanda Andrade
Personal Trainer - Dieta e Saúde
CREF 51670

http://www.dietaesaude.com.br/temas/fitness/16583-dicas-para-caminhada-na-esteira

 

 




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SUBJECT: Re: [ciencialist] A ciência de andar na esteira e a ciência de caminhar no mundo da mente
FROM: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/07/2015 13:34

"- Evite amarrar cadarço, tirar ou trocar camisetas e blusas enquanto caminha na esteira"

Se alguém conhece alguma criatura capaz de amarrar cadarço enquanto anda na esteira, avise os caras daquele programa "Superhumanos". Eles vão adorar. Pertencem ao mesmo time dos que batem escanteio e cabeceiam para o gol. Não pensem que eu li as dicas. Apenas corri com os olhos até achar essa pérola. Tenho mais o que fazer. 

*BW*

P.S. Será que pertenço à classe dos inimigos?




Em Quinta-feira, 23 de Julho de 2015 10:55, "'Mtnos Calil' mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br> escreveu:


 
Prezados amigos e inimigos.
 
Eu não sabia que existia uma “ciência para andar na esteira” de uma academia – vejam * o artigo abaixo, feito com apenas 356 palavras (sem levar em conta o título e a assinatura). O sábio Mr. Word 2007 contou as palavras para mim num segundo.
 
 
**Me desculpem por usar o verbo ver no modo imperativo. Minha intenção não foi dar uma ordem. Esse vicio da linguagem eu aprendi com os jornalistas da Globo. Confesso que estou encontrando grande dificuldade eu me livrar dele. Foi mais fácil parar de fumar. Os jornalistas da Globo também dizem: AGORA VOCÊ VAI VER! Outros dizem “NÃO SAIA DAÍ” que a gente volta num minuto – mesmo que este minuto tenha 90 segundos.
 
O curioso dessa história de caminhar na esteira é que nós humanos descobrimos recentemente – há cerca de 50 anos - que precisamos cuidar do corpo (corpo no sentido de coisa física) para viver mais e melhor.
Será que um dia vamos descobrir que a qualidade de vida depende também de “pensar melhor”?
Como eu não tenho esteira em casa,  uso diariamente o velho Aurélio  para fazer caminhadas mentais. Depois de tanto ouvir falar em exercícios físicos me ocorreu a idéia de fazer exercícios mentais. Pretendo agora aprender um exercício que se chama meditação e que consiste em concentrar a mente no nada. Espero descobrir porque inventaram para o termo meditação esse incrível significado.
Esse interessante artiguete sobre a caminhada fisica me sugeriu a idéia de escrever um outro artiguete sobre as caminhadas mentais, com o mesmo limite de 356 palavras.
Vejamos, a propósito, o que significa a palavra artiguete para o Aurélio, que no Brasil virou sinônimo de dicionário.
 
Nossa senhora da lógica da comunicação! O Aurélio usou APENAS 4 PALAVRAS PARA NOS INFORMAR QUAL É O SIGNIFICADO DE ARTIGUETE!!!
 
Veja: Artiguete (ê) – Pequeno artigo. Deprec. Artiguelho.
 
Que me desculpe a autora do artigo sobre a caminhada física por eu ignorar o sentido “deprec.”  atribuido ao termo.
Antes de consultar o Aurélio eu pensava que artiguete significava apenas “pequeno artigo”.
Descobri agorinha que artiguete significa  artiguelho, ou seja um “artigo-porcaria”.
Mas, contudo, porém e todavia, me arrogo o direito linguístico de usar o termo artiguete para designar apenas e tão somente, um “PEQUENO ARTIGO”, embora aqui escrito em letras MAIÚSCULAS.
Eu achei o artiguete da Fernanda Andrade tão bom, mas tão bom, que vou me inspirar nele para escrever um outro, no bom sentido da palavra, sobre a ginástica mental.
Vejam que coisa interessante, nós humanos, fizemos com as palavras: atribuímos a elas  um “bom sentido”,  do que se deduz que elas foram também possuídas por um “mal sentido”. Ou seja: uma mesma palavra pode ter um significado positivo e outro negativo!  A ciência da lógica da comunicação considera que um PEQUENO ARTIGO pode ser tão bão como um ARTIGO GRANDE.
(favor não confundir este artigo grande ou pequeno com os artigos vendidos em supermercados ou minimercados, também chamados “mercadinhos” onde também se encontram “artiguinhos- porcaria”. )
 
Enquanto não escrevemos (ou seja, enquanto não escrevo – mas pera aí, se escrevemos está no plural, porque usamos este plural para designar uma coisa singular??? – ATENÇÃO POR FAVOR: ESTOU USANDO O TERMO SINGULAR APENAS NO SENTIDO OPOSTO AO DE PLURAL E NÃO NESTES SENTIDOS GRANDILOQUENTES  apresentados  pelo Mestre Aurélio:
 
a) Diferente, distinto, notável
b) Que não é vulgar, especial, raro, extraordinário
 
Oopsss.... como uma mesma ou mesmíssima palavra pode ter um sentido positivo (afetivo) e outro negativo (pejorativo), o Aurélio também esculhambou com a singularidade narcísica do termo, apresentando este estranho significado para o termo singular:
 
c) Excêntrico, extravagante, esquisito bizarro.
 
Minha “teoria” a respeito da baita confusão que nós humanos fazemos com as palavras é baseada na seguinte “hipótese”:  NÓS USAMOS AS PALAVRAS PARA BRINCAR, DANDO ASAS À IMAGINAÇÃO. Vejam que colocamos asas até na imaginação. Isso é brincadeira ou não é?  A psicologia explica essa “asificação” **
 
** Asificação significa o ato de asificar que  significa atribuir asas a qualquer coisa real ou imaginária – esse termo foi criado por mim agora, com base no direito universal da liberdade linguística de brincar com as palavras. (se ela já existia, peço desculpas por inventar algo já inventado antes).
 
Preciso interromper porque já ultrapassei  o limite de 356 palavras estabelecido para o artiguete sobre as caminhadas mentais a ser escrito. Este limite no número de palavras faz parte do exercício da caminhada mental. Aliás para tudo na vida precisamos estabelecer limites... melhor dito: PRECISARIAMOS, porque infelizmente nós abominamos a idéia de estabelecer limites tanto para nossas ações fisicas como mentais. O ato de pensar é uma “ação”?  Sim, porque os nossos neurônios trabalham muito enquanto nós pensamos. (“nós” foi agora utilizado no seu VERDADEIRO sentido plural – ocorre que infelizmente, nós humanos atribuímos verdadeiros e falsos sentidos para as palavras, o que é condição para o exercício da mentira.  Tanto apreciamos a mentira, que fizemos dela também um modo de brincar, recorrendo às “mentirinhas” que ensinamos aos nossos filhos quando,  por exemplo, dizemos a eles que o chocolate acabou quando o escondemos no armário. Nada mais natural que as crianças considerem essa mentirinha uma brincadeira. É assim que aprendemos a mentir: brincando!  Vamos então também brincar com a verdade inserida na lógica da comunicação?  Favor nos (no sentido singular ) dar até 90 dias de prazo para escrevermos (no sentido singular) esse chato artiguete da lógica. Digo chato, porque caminhar desta forma na esteira mental torna o exercício um tanto quanto desagradável. Para que dizer “um tanto quanto”? Não seria suficiente dizer um tanto desagradável? Mas esse “tanto” significa muito ou pouco desagradável? Mas o que é muito para alguns não pode ser pouco para outros? Por exemplo, um milhão de dólares para mim é MUITO dinheiro, mas para o Bil Gates é um POUQUINHO, quase nada mesmo!
 
Abraços
Mtnos Calil
 
Ps. Existe alguma lógica no ato de abraçar? Abraçar não é uma forma de se comunicar sem palavras? Então a linguagem não verbal também pode ser falsa ou verdadeira?  Estes abraços escritos acima do meu nome verdadeiro (embora incompleto) seriam também verdadeiros? Bem... a resposta a essa pergunta vai depender do significado que atribuímos a estes abraços, que na linguagem digital são escritos assim: abs.
 
Eu entendo este “abs.” como um sinal de que a pessoa está com muita pressa. E quando eu estou apressado – ou ansioso -  escrevo “absmc”. A vantagem que o abraço digital tem em comparação com o presencial é que quando somos abraçados digitalmente, não corremos nenhum risco de levar aqueles tapinhas nos ombros ou nas costas que às vezes são doloridos. Será que com estes abraços acompanhados de tapinhas nas costas não estaríamos exibindo uma “agressividade recalcada”? E quando damos as mãos sem ajustá-las direitinho nas mãos dos outros, será esse descuido produto de um transtorno mental ou emocional?  Freudiano ou skinneriano?
 
=======================================================
Dicas para caminhada na esteira
Veja as dicas para usufruir de todos os benefícios desse exercício
PUBLICADO EM 12/07/2013
http://images3.minhavida.com.br/imagensConteudo/16583/esteira-academia-correr-treino-exerc%C3%ADcio_16583_35672.jpg
Caminhada na esteira parece uma atividade bastante simples, mas para ter os resultados esperados é importante ter alguns cuidados.
Confira as dicas para praticar esse exercício e garantir bons resultados:
- Antes de iniciar as caminhadas, faça uma avaliação física;
- Use um tênis específico para caminhadas e corridas, com um bom amortecimento, pois esses calçados são apropriados para absorver o impacto com o solo. Se possível, faça uma avaliação do seu tipo de pisada (pronada, neutra ou supinada), antes de comprar o tênis (algumas lojas esportivas fazem o teste para que você escolha o melhor tênis para o seu tipo de pisada);
- Use sempre o sistema de segurança que a esteira possui, em muitos casos seria um fio que colocamos junto a nossa roupa, ao se desconectar da esteira o sistema de segurança será acionado e a esteira para;
- Evite amarrar cadarço, tirar ou trocar camisetas e blusas enquanto caminha na esteira. O perigo de acidentes é bem maior quando tentamos fazer qualquer movimento que não seja caminhar na esteira;
- Inicie a passada colocando primeiro o calcanhar no chão, passando pela planta do pé e, por fim, pelos dedos;
- Leve o corpo à frente, usando os glúteos e os músculos da parte posterior das pernas, durante a caminhada;
- Dobre os cotovelos a 90 graus e inicie todo o movimento a partir dos ombros;
- Mantenha os ombros em linha reta e não deixe o corpo girar na cintura, evitando o vai-e-vem dos quadris;
- Ao caminhar ou correr, mantenha as costas e o abdome firmes e contraídos;
- Se você sentir dor na região das canelas, diminua a velocidade e evite as ladeiras.
- Respeite os seus limites e o seu condicionamento físico. Aumente a intensidade sempre que necessário. Isso acontece, em média, a cada dois meses. Para que a evolução aconteça, você pode aumentar o ritmo (velocidade) da caminhada; mudar o percurso, incluindo subidas, descidas, outros tipos de solo e escadas; ou ainda, incluir corrida alternada com a caminhada;
- Faça alongamento antes e depois das caminhadas.
- Hidrate o corpo, bebendo água antes, durante e depois do exercício.
Fernanda Andrade
Personal Trainer - Dieta e Saúde
CREF 51670
 
 



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SUBJECT: Re: [ciencialist] A ciência de andar na esteira e a ciência de caminhar no mundo da mente
FROM: "Pesky Bee" <peskybee2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/07/2015 13:46

Belmiróvsky, favor enviar aos autores do dito documento sobre
esteiras que tenho uma sugestão capaz de ampliar imensamente
os ganhos exerciciarísticos de todos os manés que forem
utilizar o equipamento. Trata-se de colocar uma foto, em
tamanho natural e na frente do aparelho, da Scarlett Johansson
de costas e pelada. O objetivo subconsciente do sujeito que
estiver
correndo na esteira será alcançá-la, para a perpetração
de inenarráveis
atividades sacanísticas, ampliando substancialmente
o ganho muscular do indivíduo. Creio que com isso
contribuo de
forma significativa para o enriquecimento do
exercício e
benefício a toda a população (infelizmente restrito apenas aos
machos e as lésbicas).
 
*PB*
 
 

From: Belmiro Wolski belmirow@yahoo.com.br [ciencialist]
Sent: Thursday, July 23, 2015 1:34 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] A ciência de andar na esteira e a ciência de caminhar no mundo da mente
 
 

"- Evite amarrar cadarço, tirar ou trocar camisetas e blusas enquanto caminha na esteira"

Se alguém conhece alguma criatura capaz de amarrar cadarço enquanto anda na esteira, avise os caras daquele programa "Superhumanos". Eles vão adorar. Pertencem ao mesmo time dos que batem escanteio e cabeceiam para o gol. Não pensem que eu li as dicas. Apenas corri com os olhos até achar essa pérola. Tenho mais o que fazer.

*BW*
 
P.S. Será que pertenço à classe dos inimigos?
 
 
 

SUBJECT: RES: [ciencialist] A ciência de andar na esteira e a ciência de caminhar no mundo da mente
FROM: "Mtnos Calil" <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/07/2015 17:45

Prezado amigo ou inimigo BW.

Você tem todo o direito humano e democrático de escolher a classe na qual se sentiria mais à vontade.

Quanto à frase  do cadarço eu não a li. Eu li duas ou três frases rapidamente o que foi suficiente para ser contemplado com a idéia de escrever um artigo com o mesmo FORMATO para o curso de lógica na comunicação cuja primeira e breve apresentação será feita na UCLA, se alguém do setor estiver por lá entre os dias 6 e 15 de agosto. Já tenho uma indicação feita para falar sobre o projeto (cientifico?) do tênis. Mas para a área de psicologia ainda falta localizar alguém. De qualquer modo será o primeiro contato de uma série, pois meu filho que mora lá poderá fazer a intermediação.

 

AGORA A QUESTÃO: PORQUE ME BASTOU LER RAPIDAMENTE DUAS OU TRÊS FRASES PARA CAPTAR O FORMATO DAS DICAS?

A GESTALT (psicologia da forma) explica isso de uma forma muito simples e que pode ser resumida assim: bastaram alguns segundos para meu cérebro perceber a forma  do artiguete e concluir que ele é um modelo muito interessante para dar uma boa noção a respeito da metodologia do curso, de seus fundamentos e dos benefícios que proporciona, em nada importando se as dicas para a esteira são adequadas ou não, já que de esteira eu só conheço alguma coisa do movimento bem escorregadio dos processos mentais (ou neuro-mentais).

 

Abraços

MC – Seu amigo ou inimigo ao seu dispor.

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br]
Enviada em: quinta-feira, 23 de julho de 2015 13:34
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: Re: [ciencialist] A ciência de andar na esteira e a ciência de caminhar no mundo da mente

 

 

"- Evite amarrar cadarço, tirar ou trocar camisetas e blusas enquanto caminha na esteira"

 

Se alguém conhece alguma criatura capaz de amarrar cadarço enquanto anda na esteira, avise os caras daquele programa "Superhumanos". Eles vão adorar. Pertencem ao mesmo time dos que batem escanteio e cabeceiam para o gol. Não pensem que eu li as dicas. Apenas corri com os olhos até achar essa pérola. Tenho mais o que fazer. 

 

*BW*

 

P.S. Será que pertenço à classe dos inimigos?

 

 

 

Em Quinta-feira, 23 de Julho de 2015 10:55, "'Mtnos Calil' mtnoscalil@terra.com.br [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br> escreveu:

 

 

Prezados amigos e inimigos.

 

Eu não sabia que existia uma “ciência para andar na esteira” de uma academia – vejam * o artigo abaixo, feito com apenas 356 palavras (sem levar em conta o título e a assinatura). O sábio Mr. Word 2007 contou as palavras para mim num segundo.

 

 

**Me desculpem por usar o verbo ver no modo imperativo. Minha intenção não foi dar uma ordem. Esse vicio da linguagem eu aprendi com os jornalistas da Globo. Confesso que estou encontrando grande dificuldade eu me livrar dele. Foi mais fácil parar de fumar. Os jornalistas da Globo também dizem: AGORA VOCÊ VAI VER! Outros dizem “NÃO SAIA DAÍ” que a gente volta num minuto – mesmo que este minuto tenha 90 segundos.

 

O curioso dessa história de caminhar na esteira é que nós humanos descobrimos recentemente – há cerca de 50 anos - que precisamos cuidar do corpo (corpo no sentido de coisa física) para viver mais e melhor.

Será que um dia vamos descobrir que a qualidade de vida depende também de “pensar melhor”?

Como eu não tenho esteira em casa,  uso diariamente o velho Aurélio  para fazer caminhadas mentais. Depois de tanto ouvir falar em exercícios físicos me ocorreu a idéia de fazer exercícios mentais. Pretendo agora aprender um exercício que se chama meditação e que consiste em concentrar a mente no nada. Espero descobrir porque inventaram para o termo meditação esse incrível significado.

Esse interessante artiguete sobre a caminhada fisica me sugeriu a idéia de escrever um outro artiguete sobre as caminhadas mentais, com o mesmo limite de 356 palavras.

Vejamos, a propósito, o que significa a palavra artiguete para o Aurélio, que no Brasil virou sinônimo de dicionário.

 

Nossa senhora da lógica da comunicação! O Aurélio usou APENAS 4 PALAVRAS PARA NOS INFORMAR QUAL É O SIGNIFICADO DE ARTIGUETE!!!

 

Veja: Artiguete (ê) – Pequeno artigo. Deprec. Artiguelho.

 

Que me desculpe a autora do artigo sobre a caminhada física por eu ignorar o sentido “deprec.”  atribuido ao termo.

Antes de consultar o Aurélio eu pensava que artiguete significava apenas “pequeno artigo”.

Descobri agorinha que artiguete significa  artiguelho, ou seja um “artigo-porcaria”.

Mas, contudo, porém e todavia, me arrogo o direito linguístico de usar o termo artiguete para designar apenas e tão somente, um “PEQUENO ARTIGO”, embora aqui escrito em letras MAIÚSCULAS.

Eu achei o artiguete da Fernanda Andrade tão bom, mas tão bom, que vou me inspirar nele para escrever um outro, no bom sentido da palavra, sobre a ginástica mental.

Vejam que coisa interessante, nós humanos, fizemos com as palavras: atribuímos a elas  um “bom sentido”,  do que se deduz que elas foram também possuídas por um “mal sentido”. Ou seja: uma mesma palavra pode ter um significado positivo e outro negativo!  A ciência da lógica da comunicação considera que um PEQUENO ARTIGO pode ser tão bão como um ARTIGO GRANDE.

(favor não confundir este artigo grande ou pequeno com os artigos vendidos em supermercados ou minimercados, também chamados “mercadinhos” onde também se encontram “artiguinhos- porcaria”. )

 

Enquanto não escrevemos (ou seja, enquanto não escrevo – mas pera aí, se escrevemos está no plural, porque usamos este plural para designar uma coisa singular??? – ATENÇÃO POR FAVOR: ESTOU USANDO O TERMO SINGULAR APENAS NO SENTIDO OPOSTO AO DE PLURAL E NÃO NESTES SENTIDOS GRANDILOQUENTES  apresentados  pelo Mestre Aurélio:

 

a) Diferente, distinto, notável

b) Que não é vulgar, especial, raro, extraordinário

 

Oopsss.... como uma mesma ou mesmíssima palavra pode ter um sentido positivo (afetivo) e outro negativo (pejorativo), o Aurélio também esculhambou com a singularidade narcísica do termo, apresentando este estranho significado para o termo singular:

 

c) Excêntrico, extravagante, esquisito bizarro.

 

Minha “teoria” a respeito da baita confusão que nós humanos fazemos com as palavras é baseada na seguinte “hipótese”:  NÓS USAMOS AS PALAVRAS PARA BRINCAR, DANDO ASAS À IMAGINAÇÃO. Vejam que colocamos asas até na imaginação. Isso é brincadeira ou não é?  A psicologia explica essa “asificação” **

 

** Asificação significa o ato de asificar que  significa atribuir asas a qualquer coisa real ou imaginária – esse termo foi criado por mim agora, com base no direito universal da liberdade linguística de brincar com as palavras. (se ela já existia, peço desculpas por inventar algo já inventado antes).

 

Preciso interromper porque já ultrapassei  o limite de 356 palavras estabelecido para o artiguete sobre as caminhadas mentais a ser escrito. Este limite no número de palavras faz parte do exercício da caminhada mental. Aliás para tudo na vida precisamos estabelecer limites... melhor dito: PRECISARIAMOS, porque infelizmente nós abominamos a idéia de estabelecer limites tanto para nossas ações fisicas como mentais. O ato de pensar é uma “ação”?  Sim, porque os nossos neurônios trabalham muito enquanto nós pensamos. (“nós” foi agora utilizado no seu VERDADEIRO sentido plural – ocorre que infelizmente, nós humanos atribuímos verdadeiros e falsos sentidos para as palavras, o que é condição para o exercício da mentira.  Tanto apreciamos a mentira, que fizemos dela também um modo de brincar, recorrendo às “mentirinhas” que ensinamos aos nossos filhos quando,  por exemplo, dizemos a eles que o chocolate acabou quando o escondemos no armário. Nada mais natural que as crianças considerem essa mentirinha uma brincadeira. É assim que aprendemos a mentir: brincando!  Vamos então também brincar com a verdade inserida na lógica da comunicação?  Favor nos (no sentido singular ) dar até 90 dias de prazo para escrevermos (no sentido singular) esse chato artiguete da lógica. Digo chato, porque caminhar desta forma na esteira mental torna o exercício um tanto quanto desagradável. Para que dizer “um tanto quanto”? Não seria suficiente dizer um tanto desagradável? Mas esse “tanto” significa muito ou pouco desagradável? Mas o que é muito para alguns não pode ser pouco para outros? Por exemplo, um milhão de dólares para mim é MUITO dinheiro, mas para o Bil Gates é um POUQUINHO, quase nada mesmo!

 

Abraços

Mtnos Calil

 

Ps. Existe alguma lógica no ato de abraçar? Abraçar não é uma forma de se comunicar sem palavras? Então a linguagem não verbal também pode ser falsa ou verdadeira?  Estes abraços escritos acima do meu nome verdadeiro (embora incompleto) seriam também verdadeiros? Bem... a resposta a essa pergunta vai depender do significado que atribuímos a estes abraços, que na linguagem digital são escritos assim: abs.

 

Eu entendo este “abs.” como um sinal de que a pessoa está com muita pressa. E quando eu estou apressado – ou ansioso -  escrevo “absmc”. A vantagem que o abraço digital tem em comparação com o presencial é que quando somos abraçados digitalmente, não corremos nenhum risco de levar aqueles tapinhas nos ombros ou nas costas que às vezes são doloridos. Será que com estes abraços acompanhados de tapinhas nas costas não estaríamos exibindo uma “agressividade recalcada”? E quando damos as mãos sem ajustá-las direitinho nas mãos dos outros, será esse descuido produto de um transtorno mental ou emocional?  Freudiano ou skinneriano?

 

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Dicas para caminhada na esteira

Veja as dicas para usufruir de todos os benefícios desse exercício

PUBLICADO EM 12/07/2013

Caminhada na esteira parece uma atividade bastante simples, mas para ter os resultados esperados é importante ter alguns cuidados.

Confira as dicas para praticar esse exercício e garantir bons resultados:

- Antes de iniciar as caminhadas, faça uma avaliação física;

- Use um tênis específico para caminhadas e corridas, com um bom amortecimento, pois esses calçados são apropriados para absorver o impacto com o solo. Se possível, faça uma avaliação do seu tipo de pisada (pronada, neutra ou supinada), antes de comprar o tênis (algumas lojas esportivas fazem o teste para que você escolha o melhor tênis para o seu tipo de pisada);

- Use sempre o sistema de segurança que a esteira possui, em muitos casos seria um fio que colocamos junto a nossa roupa, ao se desconectar da esteira o sistema de segurança será acionado e a esteira para;

- Evite amarrar cadarço, tirar ou trocar camisetas e blusas enquanto caminha na esteira. O perigo de acidentes é bem maior quando tentamos fazer qualquer movimento que não seja caminhar na esteira;

- Inicie a passada colocando primeiro o calcanhar no chão, passando pela planta do pé e, por fim, pelos dedos;

- Leve o corpo à frente, usando os glúteos e os músculos da parte posterior das pernas, durante a caminhada;

- Dobre os cotovelos a 90 graus e inicie todo o movimento a partir dos ombros;

- Mantenha os ombros em linha reta e não deixe o corpo girar na cintura, evitando o vai-e-vem dos quadris;

- Ao caminhar ou correr, mantenha as costas e o abdome firmes e contraídos;

- Se você sentir dor na região das canelas, diminua a velocidade e evite as ladeiras.

- Respeite os seus limites e o seu condicionamento físico. Aumente a intensidade sempre que necessário. Isso acontece, em média, a cada dois meses. Para que a evolução aconteça, você pode aumentar o ritmo (velocidade) da caminhada; mudar o percurso, incluindo subidas, descidas, outros tipos de solo e escadas; ou ainda, incluir corrida alternada com a caminhada;

- Faça alongamento antes e depois das caminhadas.

- Hidrate o corpo, bebendo água antes, durante e depois do exercício.

Fernanda Andrade
Personal Trainer - Dieta e Saúde
CREF 51670

 

 

 


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SUBJECT: Nuevo planeta, que parece com a Terra.
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/07/2015 06:44

Olá,

Creio que a  maioria já viu as notícias da existência de um potencial priminho do planeta Terra.

A seguir um link que conta o fato, como o fato parece ser.

 

http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/41126/nasa+anuncia+descoberta+de+planeta+semelhante+a+terra+e+com+condicoes+de+ser+habitado.shtml

 

É pena que está tão longe, e não possamos, em algumas vidas - se isso houvesse - confabular, trocar ciencialistamentos; sequer um mero telefonemazinho para uma eventual namorada.

Que pena, que pena. Mas valem as pesquisas, só para a gente ficar sabendo, sem mais nada que isso.

 

Sds,

Victor.


SUBJECT: Ask
FROM: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
TO: ListadeCiência <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/08/2015 19:57


     Alguém sabe como remover essa porcaria de Ask do Google Chrome? Fui tapeado e acidentalmente instalei essa coisa. Já desinstalei e reinstalei o Google Chrome e a coisa voltou. É uma praga!

     *BW*

SUBJECT: Re: [ciencialist] Ask
FROM: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/08/2015 22:09

Já descobri! Aleluia!

*BW*



Em Sábado, 1 de Agosto de 2015 19:57, "Belmiro Wolski belmirow@yahoo.com.br [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br> escreveu:


 

     Alguém sabe como remover essa porcaria de Ask do Google Chrome? Fui tapeado e acidentalmente instalei essa coisa. Já desinstalei e reinstalei o Google Chrome e a coisa voltou. É uma praga!

     *BW*



SUBJECT: Re: [ciencialist] Ask
FROM: Simon Viegas <simonviegas@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 02/08/2015 10:27

Só complementando:

1) para cada atalho dos navegadores, vá nas propriedades (botão direito do mouse no ícone) e verifique se tem algo depois do executável. Deixe somente até o programa em si, ficando por exemplo assim: ex.: "C:\Program Files (x86)\Google\Chrome\Application\chrome.exe". Se tiver algo depois das ", apaga! Algo desses programas modificam os atalhos para quando abrir, instalar novamente.

2) passe o Aadwcleaner. É um excelente programa e teoricamente inofensivo (risco mínimo de danificar ou modificar o Windows. Ele faz uma limpeza dos restos desses "malwares".

3) no Chrome, dê uma olhada nas extensões ativas (endereço direto: "chrome://extensions/" - sem as aspas). E remove ou desativa os suspeitos.

Abraços


--
Simon Viegas

Técnico em Informática e Manutenção de Computadores
Graduando em Sistemas de Informações - Analista de Sistemas.

Cel: 71-8898-7219 (Tim)


PROTEJA MEU ENDEREÇO, COMO ESTOU PROTEGENDO O SEU. ENVIE MENSAGENS COMO "CÓPIA OCULTA" E DELETE OS ENDEREÇOS QUE HOUVEREM NA MENSAGEM RECEBIDA ANTES DE RETRANSMITIR

DICA: Para denunciar um site falso:
http://www.google.com/safebrowsing/report_phish/

2015-08-01 22:09 GMT-03:00 Belmiro Wolski belmirow@yahoo.com.br [ciencialist] <ciencialist@yahoogrupos.com.br>:


Já descobri! Aleluia!

*BW*



Em Sábado, 1 de Agosto de 2015 19:57, "Belmiro Wolski belmirow@yahoo.com.br [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br> escreveu:


 

     Alguém sabe como remover essa porcaria de Ask do Google Chrome? Fui tapeado e acidentalmente instalei essa coisa. Já desinstalei e reinstalei o Google Chrome e a coisa voltou. É uma praga!

     *BW*






SUBJECT: Cada coisa a que a Natureza dá causa!
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/08/2015 13:15

Perguntei a um padre se ele poderia me informar as razões que levaram Deus a criar um ser destes:

 

http://noticias.uol.com.br/meio-ambiente/album/2015/02/09/novas-especies-2015.htm?abrefoto=29

 

 

E, mostrando a foto a ele, ele disse: Vixe!, sei não, sei não, mas Ele tem lá seus designios, que não me compete questionar.

 

Aí foi minha vez de dizer: Vixe!

 

 

Sds,

Victor.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Cada coisa a que a Natureza d� causa!
FROM: "Pesky Bee" <peskybee2@gmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/08/2015 15:15

Imagina só o que acontece quando esse bicho estiver devidamente
excitado. Deve aparecer uma pemba de meio metro, hahahahaha
 
*PB*
 

From: 'JVictor' j.victor.neto@uol.com.br [ciencialist]
Sent: Thursday, August 06, 2015 1:15 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: [ciencialist] Cada coisa a que a Natureza dá causa!
 

Perguntei a um padre se ele poderia me informar as razões que levaram Deus a criar um ser destes:
 
 
 
E, mostrando a foto a ele, ele disse: Vixe!, sei não, sei não, mas Ele tem lá seus designios, que não me compete questionar.
 
Aí foi minha vez de dizer: Vixe!
 
 
Sds,
 
Victor.
 
 
 

SUBJECT: Estranhos números da teoria das cordas
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/08/2015 14:05

Olá,

 

Uma artigo bacana, do competente físico matemático Baez, enfocando aspectos talvez nem tão conhecidos da matemática, mas bastante interessantes. Este Professor é um dos que têm uma didática impecável, e tem a mania de explicar o difícil de uma maneira fácil, até mesmo para leigos. Confiram.  Não tenho link.   Então, vai assim mesmo.

 

 

 

"QUANDO CRIANÇAS, TODOS APRENDEMOS os números. Começamos com a contagem, seguida da adição, subtração, multiplicação e divisão. Mas os matemáticos sabem que o sistema numérico que aprendemos na escola é apenas uma de muitas possibilidades. Outros tipos de números são importantes para entender geometria e física. Entre as mais estranhas alternativas estão os octônios. Muito negligenciados desde sua descoberta, em 1843, eles têm assumido uma curiosa importância na teoria de cordas. E, certamente, se a teoria de cordas for uma representação correta do Cosmo, eles podem explicar por que o Universo tem um número surpreendente de dimensões.


Os octônios não seriam o primeiro pedaço da matemática pura mais tarde usada para melhorar nosso entendimento do Cosmos. Nem seria o primeiro sistema numérico alternativo que mostraria ter usos práticos. Para entender por que, primeiro temos de olhar o caso mais simples de números – o sistema numérico que aprendemos na escola – que os matemáticos chamam de números reais. O conjunto de todos os números reais forma uma linha, de modo que dizemos que a coleção de números reais é unidimensional. Também poderíamos dizer que: a linha é unidimensional porque especificar um ponto sobre ela requer um número real.

Antes de 1500, os números reais eram os únicos disponíveis. Então, durante a Renascença, matemáticos ambiciosos tentavam resolver formas de equações cada vez mais complexas, e até chegavam a fazer competições para ver quem conseguiria resolver os problemas mais difíceis. A raiz quadrada de -1 foi introduzida como uma espécie de arma secreta pelo matemático, físico, jogador e astrólogo italiano Gerolamo Cardano. Onde outros reclamavam, ele se permitia usar esse misterioso número como parte de cálculos mais longos nos quais as respostas eram números reais convencionais. Ele não estava certo da razão de esse truque funcionar; tudo que sabia era que fornecia as respostas corretas. Ele publicou suas ideias em 1545, deflagrando uma controvérsia que duraria séculos: a raiz quadrada de -1 existia mesmo ou era apenas um truque matemático? Aproximadamente 100 anos depois, o grande pensador René Descartes apresentou seu veredicto quando deu a esse número o depreciativo nome “imaginário”, agora abreviado por i.


Apesar disso, os matemáticos seguiram os passos de Cardano e começaram a trabalhar com números complexos – números da forma a + bi, onde a e b são números reais convencionais. Por volta de 1806, Jean-Robert Argand popularizou a ideia de que números complexos descrevem pontos em um plano. Como a + bi descreve um ponto em um plano? Simples: o número a nos diz a que distância para a esquerda ou para a direita o ponto está, enquanto b nos

diz a distância do ponto para cima ou para baixo.

Desse modo, podemos pensar que qualquer número complexo é um ponto em um plano, mas Argand deu um passo a mais: mostrou que podemos fazer operações com esses números – adição, subtração, multiplicação e divisão – como manipulações geométricas no plano (ver o quadro inferior na página oposta).



Um aquecimento para entender como essas operações podem ser pensadas como manipulações geométricas é pensar, primeiramente, sobre os números reais. Adicione ou subtraia quaisquer números reais, e o resultado será como um deslizamento da linha real para a esquerda ou para a direita; e se você multiplicar ou dividir, o resultado será como esticar ou encolher a linha real. A multiplicação por 2, por exemplo, estica a linha por um fator 2; enquanto dividir por 2 a encolhe, movendo todos os pontos para duas vezes mais perto do que estavam antes. Multiplicar por -1 significa inverter a linha dos números reais.

O mesmo funciona para os números complexos, com apenas algumas modificações extras. Adicionar qualquer número complexo a + bi a um ponto no plano desliza aquele ponto por uma quantidade a para a esquerda ou para a direita e para cima ou para baixo por uma quantidade b. Multiplicar por um número complexo não só estica ou encolhe, mas também rotaciona o plano complexo. Em particular, multiplicar por i rotaciona o plano em um quarto de volta. Assim, se multiplicarmos 1 por i duas vezes, giramos o plano em meia-volta, chegando ao número -1. A divisão é o oposto da multiplicação, de modo que para dividir apenas encolhemos em vez de esticar, ou vice-versa, e então giramos o plano na direção oposta.

Quase tudo que podemos fazer com os números reais vale para números complexos. Na verdade, a maioria das coisas funciona melhor, como Cardano sabia, porque podemos resolver mais equações com números complexos do que com números reais. Mas se um sistema de números bidimensional fornece ao usuário um poder de cálculo superior, o que dizer de sistemas com dimensão mais elevada? Infelizmente, uma extensão simples mostrou-se impossível. Um matemático irlandês descobriria o segredo de sistemas numéricos de dimensão mais alta décadas depois. E apenas agora estamos começando a entender como eles podem ser poderosos.

A ALQUIMIA DE HAMILTON

 

EM 1835, COM 30 ANOS, O FÍSICO-MATEMÁTICO William Rowan Hamilton descobriu como tratar números complexos como pares de números reais. À época os matemáticos escreviam os números complexos na forma a + bi que Argand popularizou, mas Hamilton notou que somos livres para pensar no número a + bi como apenas um jeito peculiar de escrever dois números reais – como (a, b).


Essa notação torna fácil adicionar ou subtrair números complexos – apenas adicione ou subtraia os números reais correspondentes dos pares. Hamilton também veio com regras um pouco mais complicadas para a multiplicação e para a divisão, e assim ambas as operações mantivessem o belo significado geométrico descoberto por Argand.


Depois de Hamilton inventar esse sistema algébrico para números complexos, com significado geométrico, ele tentou, por muitos anos, inventar uma álgebra maior de tripletos que tivesse um papel semelhante em uma geometria tridimensional, um esforço que rendeu a ele apenas frustrações. Uma vez ele escreveu ao filho: “Toda manhã... em minha descida para o café da manhã, você e o seu então irmão menor, William Edwin, me perguntavam: ‘Bem, papai, você já consegue multiplicar tripletos?’, e eu era obrigado a responder negativamente com um triste aceno com a cabeça: ‘Não, eu posso apenas adicioná-los e subtraí-los’”. Embora ele não pudesse saber, a tarefa que ele se deu era matematicamente impossível.


Hamilton estava procurando um sistema numérico tridimensional no qual pudesse adicionar, subtrair, multiplicar e dividir. A divisão é a parte difícil: um sistema numérico em que se pode dividir é chamado álgebra de divisão. Não foi antes de 1958 que três matemáticos provaram um fato incrível de que se suspeitava havia décadas: qualquer álgebra de divisão deve ter uma dimensão (os números reais), duas dimensões (os números complexos), quatro ou oito. Para ter sucesso, Hamilton teria de mudar as regras do jogo.

O próprio Hamilton descobriu uma solução em 16 de outubro de 1843. Ele estava caminhando com a esposa pelo Royal Canal para uma reunião na Royal Irish Academy em Dublin quando teve uma súbita revelação. Em três dimensões, as rotações, a distensão e o encolhimento não poderiam ser descritos com apenas três números. Ele precisava de um quarto número, gerando, assim, um conjunto quadridimensional chamado quaternions, que tomam a forma a + bi + cj + dk. Aqui, os números i, j e k são três diferentes raízes quadradas de -1.

 

Hamilton escreveria mais tarde: “Naquele momento senti o circuito galvânico do pensamento se fechando; e as fagulhas que saíam dele eram as equações fundamentais entre i, j e k; exatamente como as que usei desde sempre”. E em um significativo ato de vandalismo matemático, ele esculpiu essas equações nas pedras da Brougham Bridge. Embora elas estejam agora enterradas sob grafitagem, uma placa foi
colocada lá para comemorar a descoberta.


Pode parecer estranho que precisemos de pontos em um espaço quadridimensional para descrever mudanças num espaço tridimensional, mas é verdade. Três dos números devem descrever rotações, o que podemos ver rapidamente se imaginarmos um avião decolando. Para orientar o avião precisamos descrever o ângulo com a horizontal. Também precisaremos ajustar o curso, virando à esquerda ou à direita, assim como dirigir um carro. Finalmente, precisaremos ajustar o balanço: o ângulo das asas do avião. O quarto número de que precisamos é necessário para descrever a distensão ou contração.

 

Hamilton passou o resto de sua vida obcecado pelos quaternions e encontrou muitos usos práticos para eles. Hoje, em muitas dessas aplicações, os quaternions têm sido substituídos pelos seus primos mais simples, os vetores, que podem ser pensados como bi + cj + dk (o primeiro número, a, sendo igual a zero). Ainda assim, os quaternions têm seu nicho: permitem um modo eficiente de representar rotações tridimensionais em um computador e aparecem em todos os lugares onde são necessários: orientação de uma espaçonave a um videogame.



IMAGINÁRIOS SEM FIM


APESAR DESSAS APLICAÇÕES, poderíamos nos perguntar o que, exatamente, são j e k se já definimos a raiz quadrada de -1 como i. Essas raízes quadradas de -1 realmente existem? Podemos inventar raízes quadradas de -1 a nosso critério?

 

Essas questões foram levantadas por um colega de Hamilton, um advogado de nome John Graves, cujo interesse em álgebra levou Hamilton a pensar sobre os números complexos e tripletos em primeiro lugar. No dia seguinte à fatídica caminhada, no outono de 1843, Hamilton enviou a Graves uma carta descrevendo a descoberta. Graves respondeu nove dias depois, cumprimentando Hamilton pela ousadia da ideia, mas adicionando: “Ainda há algo no sistema que me atormenta. Eu ainda não tenho uma clara visão de até que ponto temos a liberdade de criar imaginários e dotá-los de propriedades sobrenaturais”. Ele perguntou: “Se com sua alquimia você pode fazer três potes de ouro, por que parar por aí?”.

Assim como Cardano antes dele, Graves pôs suas preocupações de lado tempo suficiente para conjurar algum louro para si mesmo. Em 26 de dezembro ele escreveu novamente a Hamilton, descrevendo um novo sistema numérico octodimensional que hoje é conhecido como octônios. Entretanto, Graves não foi capaz de fazer Hamilton se interessar por suas ideias. Hamilton prometeu falar sobre os octônios de Graves na Irish Royal Society, maneira como os resultados matemáticos eram tornados públicos na época. Mas Hamilton continuou deixando isso de fora e, em 1845, o jovem gênio chamado Arthur Cayley redescobriu os octônios e publicou os resultados antes de Graves. Por essa razão os octônios são, às vezes, conhecidos como números de Cayley.


Por que Hamilton não gostou dos octônios? Por um lado, ele estava obcecado com a pesquisa de sua própria descoberta, os quaternions. Mas ele também tinha uma razão puramente matemática: os octônios quebram algumas leis da aritmética.

Os quaternions já eram um pouco estranhos. Quando você multiplica números reais, não importa em qual ordem o faz: 2 vezes 3 é igual a 3 vezes 2, por exemplo. Dizemos que a multiplicação comuta. O mesmo vale para números complexos. Mas os quaternions são não comutativos, ou seja, a ordem da multiplicação interfere no resultado final.


Ordem é importante porque os quaternions descrevem rotações em três dimensões e, para essas rotações, a ordem faz diferença para o resultado final. Você mesmo pode checar isso (ver quadro abaixo). Pegue um livro, vire-o de cabeça para baixo, de modo que você agora veja a capa de trás, e depois gire um quarto de volta no sentido do relógio (faça esse giro vendo o livro de cima). Agora troque a ordem dessas operações: primeiro gire um quarto de volta, e depois vire o livro. A posição final é diferente. Porque o resultado depende da ordem, as rotações não comutam.

Os octônios são muito mais estranhos. Não apenas eles são não comutativos como quebram outra familiar lei da aritmética: a lei associativa (xy)z=x(yz). Todos nós vimos uma operação não associativa em nosso estudo em matemática: a subtração. Por exemplo, (3 - 2) -1 é diferente de 3 - (2 - 1). Mas estamos acostumados com a multiplicação sendo associativa, e a maioria dos matemáticos ainda pensa desse modo, mesmo acostumados com operações não comutativas. Rotações são associativas, embora não sejam comutativas.


Mas talvez o mais importante: na época de Hamilton não estava clara a utilidade dos octônios. Eles estão intimamente relacionados com a geometria de sete e oito dimensões, e podemos descrever rotações usando multiplicação de octônios. Mas por mais de um século isso foi um exercício puramente intelectual. Levaria tempo até o desenvolvimento da física de partículas – e da teoria de cordas, em particular – para demonstrar a utilidade dos octônios.

 
SIMETRIA E CORDAS

 

NOS ANOS DE 1970 E 1980, físicos teóricos desenvolveram uma belíssima ideia chamada supersimetria. (Mais tarde os pesquisadores aprenderiam que a teoria de cordas exige a supersimetria.) Ela afirma que nos níveis mais fundamentais, o Universo exibe uma simetria entre a matéria e as forças da Natureza. Cada partícula de matéria, como um elétron, tem uma partícula parceira que carrega a força. E cada partícula de força, como um fóton (o transmissor da força eletromagnética), tem uma partícula de matéria como gêmea.

 

A supersimetria também engloba a ideia de que as leis da física permaneceriam imutáveis se trocássemos todas as partículas de matéria e força. Imagine ver o Universo em um estranho espelho que, em vez de trocar o lado esquerdo pelo direito, trocasse cada partícula de força por uma de matéria e vice- versa. Se a supersimetria for verdadeira, se ela realmente descreve o Universo, esse universo espelho funcionaria do mesmo modo que o nosso. Mesmo que os físicos ainda não tenham encontrado qualquer evidência experimental que suporte a supersimetria, a teoria é tão bela e tem conduzido a tão encantadora matemática que muitos físicos acreditam que ela seja real.

 
Uma coisa que sabemos ser real, entretanto, é a mecânica quântica, e, de acordo com ela, as partículas são, também, ondas. Na versão padrão tridimensional da mecânica quântica, que os físicos usam no dia a dia, um tipo de número, chamado espinor, descreve o movimento ondulatório de partículas de matéria. Outro tipo de número, os vetores, descreve o movimento ondulatório de partículas de força. Se quisermos
entender as interações entre as partículas, temos de combinar esses dois tipos usando uma imitação remendada da multiplicação. Embora o sistema que usamos agora pareça funcionar bem, ele não é muito elegante.

Como alternativa, imagine um estranho universo desprovido de tempo, contendo apenas o espaço. Se esse universo tem dimensão um, dois, quatro ou oito, então ambas, partículas de matéria e força, seriam ondas descritas por um único tipo de número – ou seja, um número em uma álgebra de divisão, o único tipo de sistema que permite a adição, subtração, multiplicação e divisão. Em outras palavras, nessas dimensões os vetores e os espinores coincidiriam: eles seriam, cada um, apenas números reais, números complexos, quaternions ou octônios, respectivamente. A supersimetria emerge naturalmente, provendo uma descrição unifi cada da matéria e das forças. Uma simples multiplicação descreve as interações, e todas as partículas – não importa o tipo – usam o mesmo sistema numérico.

Ainda assim, nosso universo de brinquedo não poderia ser real porque precisamos levar em conta o tempo. Na teoria de cordas, essa consideração tem um efeito intrigante. Em qualquer momento no tempo, uma corda é um objeto unidimensional, como uma curva ou linha. Mas essa corda traça uma superfície bidimensional conforme o tempo passa (ver ilustração acima). Essa evolução muda as dimensões nas quais a supersimetria aparece, ao adicionar duas – uma para a corda e uma para o tempo. Em vez da supersimetria em dimensão um, dois, quatro ou oito, temos, com essa adição, a supersimetria em dimensão três, quatro, seis ou dez.

Coincidentemente, os teóricos de cordas vêm dizendo, há anos, que apenas as versões com dez dimensões (decadimensionais) são autoconsistentes. As demais sofrem de anomalias, nas quais o mesmo cálculo, quando efetuado de duas maneiras diferentes, dão resultados diferentes. Em qualquer outra versão que não a decadimensional a teoria de cordas falha.

Mas a decadimensional é, como acabamos de ver, a versão da teoria que usa octônios. Assim, se a teoria de cordas estiver correta, os octônios não são uma curiosidade inútil; pelo contrário, eles fornecem uma razão profunda por que o Universo deve ter dez dimensões: em dez dimensões, partículas de matéria e força estão embebidas no mesmo tipo de números – os octônios. Mas esse não é o fim da história. Recentemente os físicos começaram a ir além das cordas para considerar as membranas. Uma membrana bidimensional, por exemplo, ou 2-brana, parece com uma folha a cada instante. Conforme o tempo passa, ela traça um volume tridimensional no espaço-tempo.

 
Enquanto na teoria de cordas tínhamos de adicionar duas dimensões à nossa coleção padrão de uma, duas, quatro ou oito, agora temos de adicionar três. Assim, quando lidamos com membranas, esperaríamos que a supersimetria emergisse naturalmente em dimensão quatro, cinco, sete e onze. E, como na teoria de cordas, temos uma surpresa na história: pesquisadores nos dizem que a teoria-M (o “M” geralmente significa membrana) requer 11 dimensões – o que implica que ela deveria fazer, naturalmente, uso dos octônios. Infelizmente, ninguém entende a teoria-M bem o suficiente até mesmo para escrever suas equações básicas (de onde poderíamos pensar que “M” significa misteriosa). É difícil dizer precisamente que forma ela deve tomar no futuro.


Nesse ponto devemos enfatizar que a teoria de cordas e a teoria- M não fizeram nenhuma predição experimentalmente testável. Elas são belos sonhos – mas até agora apenas sonhos. O Universo em que vivemos não parece ter 10 ou 11 dimensões, e ainda não vimos qualquer simetria entre partículas de matéria e de força. David Gross, um dos maiores especialistas em teoria de cordas, colocou as estatísticas de detectar alguma evidência de supersimetria no LHC do Cern em 50%. Céticos dizem que é muito menos que isso. Apenas o tempo dirá.


Devido a essa incerteza ainda estamos distantes de saber se os estranhos octônios são imprescindíveis para o entendimento do mundo que vemos ou se são apenas um ramo da matemática. É claro que a beleza matemática compensa por si só, mas seria melhor se os octônios estivessem, de fato, incorporados ao tecido da Natureza."

 

Sds,

 

Victor


SUBJECT: Pneu Maciço Alternativo para bicicleta
FROM: Tipoalgo <tipoalgo@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/08/2015 15:27

Olá a todos.

Esta ideia pode servir para quem, como eu, gosta de uma magrela (bicicleta), não quer ficar no prego na metade do caminho e nem ficar calibrando o pneu com ar:




Abraços Tipoalgo.








SUBJECT: Coca-cola, bom para os negócios... não prejudica a beleza.
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/08/2015 15:53

Será?

 

http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/the-new-york-times/2015/08/11/coca-cola-banca-cientistas-que-tiram-a-culpa-pela-obesidade-de-dietas-ruins.htm

 

Será que cientista, Cientista,  entra numa "roubada" dessas?

 

 

Sds,

Victor.


SUBJECT: Enc: Cálculo de Indutância e de Força em Circuitos Elétricos
FROM: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
TO: ListadeCiência <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/08/2015 17:13

     Para os interessados no assunto. Muito bom!

     *BW*


Em Terça-feira, 11 de Agosto de 2015 14:13, Prof. André Koch Torres Assis <assis@ifi.unicamp.br> escreveu:


Prezados Colegas,

Escrevo para informar da publicação da segunda edição do seguinte livro:

M. Bueno e A. K. T. Assis, Cálculo de Indutância e de Força em Circuitos
Elétricos
(Apeiron, Montreal, 2a edição, 2015), 209 páginas, ISBN: 9781987980011.

Este livro está disponível gratuitamente em formato PDF:

http://www.ifi.unicamp.br/~assis/Calculo-de-Indutancia-e-de-Forca-em-Circuitos-Eletricos-2a-edicao.pdf

A versão impressa em português pode ser adquirida pela Amazon:

http://www.amazon.com/dp/1987980018

O livro apresenta uma comparação entre as forças entre elementos de
corrente de Ampère e de
Grassmann-Biot-Savart. São também comparadas as fórmulas de indutância
de Neumann, Maxwell, Weber e Graneau.
Os cálculos são comparados com resultados experimentais. São discutidas
a experiência da ponte de Ampère,
o pêndulo de impulso eletromagnético, os aceleradores de projéteis
(railguns), a explosão de fios, a força
longitudinal em condutores conduzindo correntes elétricas etc. No final
há uma grande bibliografia sobre o tema.

A versão em inglês foi publicada pela Nova Science Publishers, podendo
ser adquirida no site da Editora:

http://www.novapublishers.com/

Esta versão em inglês também pode ser adquirida pela Amazon:

http://www.amazon.com/dp/1560729171

Atenciosamente,

Andre Assis
--
Andre Koch Torres Assis
Institute of Physics
University of Campinas
13083-859 Campinas, SP, Brazil
Email: assis@ifi.unicamp.br
Telephone: (++55) (19) 35215515
Homepage: http://www.ifi.unicamp.br/~assis




SUBJECT: ENC: Derivada terceira da posição, derivada segunda da velocidade, tudo em relação ao ao tempo, e outras coisas mais.
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/08/2015 07:23

Olá,

 

Um reparo.

 

Onde se lê: "...... A conservação é consequência da equação de movimento do sistema,...." Leia-se: ...A conservação é exposta, revelada, pela equação de movimento do sistema...

 

Uma lei da Natureza não é consequência de equações; estas não influem no comportamento da Natureza. Never. Equações apenas a revelam e a descrevem. Como é para ser!   O porquê é que é "bizilis".

 

Sds,

Victor.

 

 

 

De: VictorNeto [mailto:jvoneto1@gmail.com]
Enviada em: sábado, 18 de julho de 2015 17:39
Para: j.victor.neto@uol.com.br
Assunto: ENC: Derivada terceira da posição, derivada segunda da velocidade, tudo em relação ao ao tempo, e outras coisas mais.

 

 

 

De: JVictor [mailto:j.victor.neto@uol.com.br]
Enviada em: sexta-feira, 17 de julho de 2015 23:25
Para: jvoneto1@gmail.com
Assunto: Derivada terceira da posição, derivada segunda da velocidade, tudo em relação ao ao tempo, e outras coisas mais.

 

 

Olá, Belmiro, Felipe, Hélio e demais

 

Landau, em  Teoria do Campo, faz um belo estudo da questão da reação da radiação.

Aquí, uma pequena resenha daquilo tudo, numa forma que suponho seja mais accessível.

 

É nesse estudo que surgem, naturalmente, expressões decorrentes de aproximações de terceira ordem (1/c³), envolvendo o tal

 

d³r/dt³ = d²v/dt² = da(t)/dt,   onde: r = posição, v = velocidade instantânea, a = aceleração.

 

Mas, no estudo (parágrafo 75, página 265 e ss) não dá um nome específico à  derivada primeira da aceleração, ou taxa de variação da aceleração.

 

Um átomo (com um próton e um eletron), na ausência de forças externas,  em repouso num dado sistema,  dá um bom esclarecimento  a respeito destas coisas. Pelo seguinte:

 

1)      A carga do próton não varia e sua condição de repouso resulta num campo puramente eletrostático.

2)      O eletron tem carga igual e contrária e realiza um movimento oscilatório.

3)      Nas circunstâncias acima, tem-se um dipolo oscilante, que varia de maneira harmônica com o tempo.

4)      Esse dipolo gera um campo eletromagnético que cai com a primeira potência da distância(1/r)  (a expressão completa é muitchu complicada)...

5)      Um detalhe importante é que, estando o próton em repouso, apenas exibe(nesse referencial) campo eletrostático, que em nada interfere no campo oscilante do eletron, que é o único que exibe relevância no estudo. (Apenas esse campo eletrostático do próton superpõe-se linearmente ao campo magnético gerado pelo movimento oscilatório do eletron).

6)      Ora, um dipolo oscilante cede energia à radiação que ele próprio  emite. (Isto parece complicar a conservação da energia que, mesmo com essa bronca, se conserva...).  A conservação é consequência da equação de movimento do sistema, que é obtida a partir da força centrípeta entre próton e o eletron(que é em verdade uma força restauradora). A questão é:

Existe apenas essa força como ação sobre o eletron?  Lorentz encontrou que, necessariamente, não.  O problema é encontrar outra força que, juntamente, com a restauradora acima mencionada, garanta o que se observa experimentalmente: a energia do sistema oscilante átomo + radiação(sistema fechado)   de fato se conserva.  Seu momento linear total também deve conservar-se.

7)      Ora, o campo de radiação do eletron( o do próton não conta, item 1) possui seu próprio momento linear, então este deve exercer uma força F  sobre o eletron; e este F produz uma reação sobre o próprio elétron, devida a campo de radiação do próprio elétron!!!!!!!  Por isto esta ação é chamada de:

Reação da radiação, ou reação de freiamento.

 

 

Bem, tudo que escrevi acima são os ingredientes básicos  para a   equação de movimento associada ao F acima(encontrada por Lorentz, em sua teoria do eletron) que apresento para os mais corajosos e destemidos guerreiros  deste fórum(alguns evidentemente já passaram por equações do tipo, nos estudos de osciladores harmônicos devido a alguma força restauradora, como a de Hooke), para simples degustação:

 

 m d²r/dt² + m wo² r = F  

 

 (incrível como uma equação diferencial razoavelmente simples  descreve um negócio tão complicado como esse...Bem, já não posso dizer o mesmo quanto às soluções, que não são é tão simples!)

 

onde, m=massa do eletron, r= posição, wo =frequência própria do eletron, que é  igual à própria frequência que o eletron emite.

 

Daí o nome reação da radiação, cujo efeito é o de freiamento(que é uma ação da carga sobre ela mesma!)

 

A solução da equação acima, apoiada por F.dr/dt = - U, onde U é a potência  radiada e F.dr/dt= trabalho na unidade tempo exercido por F e  que pode ser escrita como F.dr/dt = - (m γ /wo2) (d²r / dt²)2

 

onde γ é uma constante envolvendo, e, m, c , wo e a permeabilidade magnética μo ( = Bo/H).

 

Tendo o menu acima, vai-se ao prato principal, que é resolver a equação de movimento para o tal F adicional;  encontra-se:

 

F = (mγ/wo2 ) r/dt³

 

Esta é a expressão, para a ação da reação da radiação, ou radiação de freiamento;  e  que resulta do arrazoado acima.

 

Apesar de o termo aparecer nos desenvolvimentos comentados, de uma maneira direta,  em Landau mostra-se que, em verdade, o  r/dt³ é um efeito de 3ª ordem em  1/c, havendo inclusive termos de 4ª ordem e superiores. Mas estes termos são muito pequenos, comparados com eE(força elétrica).  Por isso os efeitos não aparecem nos  cálculos comuns, até segunda ordem. Não sei se, experimentalmente, sem equipamentos mais sofisticados, estas coisas são observadas. Que o digam quem faz profissão nesse mister.

 

No Landau a força acima é expressa como(nas unidadades a

 

 

https://en.wikipedia.org/wiki/Jerk_(physics)


SUBJECT: Astrofisica ignora os problemas sociais da humanidade?
FROM: "Mtnos Calil" <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/08/2015 04:09

É o que sugere esta entrevista

M.Calil

===================================

Nossa espécie só sobrevive por fazer perguntas como 'do que é feito o universo?', diz astrofísica

Katherine Freese se dedica a descobrir do que é feita a parcela ainda desconhecida do universo – que compõe 95% do cosmo

Por: Jennifer Ann Thomas12/08/2015 às 18:34 - Atualizado em 12/08/2015 às 19:26

.

Katherine Freese

Katherine Freese foi pioneira na sua área e hoje acredita que ser diretora de um instituto de física é um exemplo do que mulheres podem conquistar(Gilberto Tadday/VEJA)

 

Atual diretora do Nordita, tradicional instituto de física teórica dos países nórdicos, a astrofísica americana Katherine Freese é uma das precursoras no estudo de energia e matéria escuras, trabalho que resultou na publicação do livro The Cosmic Cocktail: Three Parts Dark Matter (O Coquetel Cósmico: Três Partes de Matéria Escura; R$ 68,69, disponível para Kindle), publicado no ano passado. Em entrevista ao site de VEJA, Katherine fala sobre os assuntos que aborda em sua obra e carreira e das dificuldades de ser mulher no mundo científico.

O que muda se soubermos do que é feita a matéria escura e se ela existe de verdade? Para que investir tanto tempo e dinheiro nisso? É interesse fundamental da espécie humana, sempre liderada por exploradores, querer saber o que está lá fora. Fomos até a Lua só por isso. E agora o próximo passo é tentar desvendar o que compõe 95% do cosmo que nos rodeia, a que damos o nome de matéria e energia escura. Tudo na nossa experiência diária, tudo que vemos, escutamos, inclusive o nosso corpo, o ar, os planetas e as estrelas, é feito de átomos. Mas isso, esses átomos, representa apenas 5% do universo. O grande mistério da ciência moderna reside nos outros 95%. É fundamental ir atrás de respostas. Afinal, nossa espécie só sobreviveu tanto tempo ao fazer perguntas e buscar desvendá-las.

Usar a palavra "escura" para definir o desconhecido é um truque para quando a ciência não sabe do que se trata? A palavra "escura", na década de 30, foi utilizada para esse fim por Jan Oort, astrofísico que percebeu que algumas galáxias se mexiam rápido demais. Então, ele questionou: e se tiver algo a mais causando esse efeito estranho da gravidade? Foi ele quem definiu pela primeira vez a matéria escura, inicialmente nomeada assim por ser um elemento que aparentemente não emite luz. A energia escura é mais recente, descoberta perto dos anos 2000. Neste caso, realmente, o termo "escuro" faz referência apenas ao mistério.

Até o momento, conhecemos 5% do universo. Dentro desse contexto, o homem é um ser ignorante? Diria o oposto. Há 100 anos cientistas acreditavam que todo objeto brilhante no céu fazia parte da Via Láctea. A descoberta que derrubou isso foi da década de 1920. Foi quando finalmente perceberam que as estrelas estavam longe demais. É incrível o quanto avançamos ao longo desses anos. Já sabemos que quase tudo que chega ao limite do universo é observável, que nada é mais rápido do que a velocidade da luz e que há uma fronteira de quão longe qualquer informação pode chegar. Nossos cérebros são realmente fenomenais quanto à compreensão do universo. Fico impressionada com o que os seres humanos aprenderam no último século.

Em que ponto do caminho estamos? Muitos acreditam que resolveremos a matéria escura na próxima década. Alguns experimentos já veem sinais do que ela pode ser, mas falta a certeza. Por isso decidi escrever meu livro neste momento, por estarmos realmente presenciando um progresso substancial nesse aspecto. A energia escura é um problema mais difícil. Temos ideias, mas o sentimento geral é de estarmos perdidos. Não consigo imaginar quando resolveremos essa questão. O que sei é que é fundamental solucionarmos esses dois elementos se quisermos progredir em nossa compreensão do cosmo.

Quando se fala em matéria e energia escura, substâncias que nem sabemos se existem de fato, alguns podem julgar cientistas como crentes. O que separa as teorias da pura crença? Fazer ciência é, de certa forma, similar a escrever ficção científica. Inventamos teorias para explicar o que existe, sim. Mas a diferença em comparação com a religião é que precisamos prová-las. Construímos equipamentos, elaboramos testes, tudo em busca de comprovações. Caso achemos uma resposta positiva, ainda precisamos certificar que nossos pares conseguem atingir o mesmo sucesso se repetirem o mesmo passo-a-passo. Assim, garantimos o êxito. Agora, se não achamos a resposta esperada, assumimos o erro e voltamos ao início do processo, em busca da resposta correta. Este é o método científico. Na crença, nada disso ocorre. São inventadas as teorias, mas elas não necessitam de comprovação, nem renovação. Se estão certas ou erradas, pouco importa para o crente.

Feministas defendem que não é fácil ser mulher e cientista. É verdade? Sou filha de pai e mãe cientistas, então o preconceito não existia dentro de casa. Contudo, fui pioneira de minha área, dominada por homens. Não há dúvidas de que eu não me encaixava, e ainda não me encaixo, no estereótipo de um astrofísico. As mulheres eram, e são, vistas por grande parte de nossos pares como jovens meninas, que não sabem do que estão falando. Isso faz com que, na faculdade, mulheres acabem se afastando de cursos como astrofísica. Trata-se de um ambiente difícil para nós. Como exemplo, quando já havia me tornado professora e pedi licença maternidade, minha faculdade disse que não podia arcar com o custo. Como o corpo docente era de homens, majoritariamente, não sabiam lidar com a situação. Felizmente, isso não ocorreria hoje, já que a licença virou um direito legal. Melhoramos muito. O fato de eu assumir a diretoria de um instituto renomado da área é exemplo. Porém, ainda precisamos de mais para que o ambiente da física se torne realmente receptivo às mulheres.

 




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SUBJECT: do universo sabemos só isto: 5 míseros por cento.
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/08/2015 07:19

Procurando encrencas no Amazon, encontrei este livro, escrito por uma astrofísica. O resumo apresentado me agradou.  Mas irei esperar alguma eventual versão traduzida. A mulher, parece, faz os homens verem estrelas...

 

http://www.amazon.com.br/Cosmic-Cocktail-Matter-Science-Essentials-ebook/dp/B00HONE390/ref=sr_1_1?s=books&ie=UTF8&qid=1438792997&sr=1-1&keywords=Katherine+Freese

 

A verdade, doída, é que do Universo dele sabemos sabemos  apenas a "bagatela" de 5%. Mas esse   "fabuloso"  montante, já, quase esgota a capacidade de compreensão dos cientistas . Mesmo assim, já considero muito...

 

É tocar prá diante, para obter o saber que não sabíamos antes.

 

Talvez consigamos morrer mais sabidos...

 

Sds,

 

Victor.

 

 

 

 


SUBJECT: RES: [ciencialist] do universo sabemos só isto: 5 míseros por cento.
FROM: "Alvaro Augusto" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/08/2015 16:54

Esse problema da “matéria escura” já era conhecido de  Fritz Zwicky na década de 1950, mas só foi aceito pela comunidade científica na década de 1990.

 

[ ]s

 

Alvaro Augusto

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br]
Enviada em: quinta-feira, 13 de agosto de 2015 07:19
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: [ciencialist] do universo sabemos só isto: 5 míseros por cento.

 




Procurando encrencas no Amazon, encontrei este livro, escrito por uma astrofísica. O resumo apresentado me agradou.  Mas irei esperar alguma eventual versão traduzida. A mulher, parece, faz os homens verem estrelas...

 

http://www.amazon.com.br/Cosmic-Cocktail-Matter-Science-Essentials-ebook/dp/B00HONE390/ref=sr_1_1?s=books&ie=UTF8&qid=1438792997&sr=1-1&keywords=Katherine+Freese

 

A verdade, doída, é que do Universo dele sabemos sabemos  apenas a "bagatela" de 5%. Mas esse   "fabuloso"  montante, já, quase esgota a capacidade de compreensão dos cientistas . Mesmo assim, já considero muito...

 

É tocar prá diante, para obter o saber que não sabíamos antes.

 

Talvez consigamos morrer mais sabidos...

 

Sds,

 

Victor.

 

 

 

 





SUBJECT: RES: [ciencialist] Newton e Hooke
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/08/2015 16:20

Retificaão: onde está escrito: " a respeito das descobertas luminosas-literalmente – de Newton, e as discordâncias de Newton..", leia-se:

"a respeito das descobertas luminosas-literalmente – de Newton, e as discordâncias de HOOKE"

Estou míope. Agora, ficando  "audíope" e, parece, gagá... Putz!

Mas fiquei mais esperto depois da Veja de 29.7.....

Sds,

Victor.

 

 

 

 

 

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br]
Enviada em: sábado, 18 de julho de 2015 18:03
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: [ciencialist] Newton e Hooke

 

 

 

Alberto e demais,

 

A seguir um link que leva um artigo do Bassalo historiando um saboroso embate entre Newton e Hooke, a respeito das descobertas luminosas-literalmente – de Newton, e as discordâncias de Newton.

 

Não sei a troca de amabilidades entre os dois não deu em motel!.. Há uma curiosa alusão às causas da famosa declaração de Newton: Se pude enxergar tão longe, etc...).

Mas outros apontam que na verdade tratou-se de um pequeeeeno sarcasmo a respeito da altura de Hooke, que tinha a mania de reinvindicar para si descobertas publicadas por Newton.  Newton era osso duro de roer, afagava de um lado e lascava o pau do outro. Que besta não era.

Coisas de gênio.

 

http://www.searadaciencia.ufc.br/folclore/folclore227.htm

 

Vale a pena a leitura.

 

Sds,

Victor.


SUBJECT: Alimentador de cães
FROM: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
TO: ListadeCiência <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/08/2015 14:31



     Para o pessoal que se preocupa com os cães de rua. Desenvolvi esse alimentador automático para cães de rua. Tive a ideia quando vi um alimentador para aves que o Tipoalgo postou. É relativamente fácil de fazer e as Ong's que cuidam de cães de rua ou qualquer pessoa pode fazer. Afinal, cachorros também são humanos como já disse alguém.

*BW*

SUBJECT: Pneu Maciço Alternativo 4.0
FROM: Tipoalgo <tipoalgo@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/08/2015 12:53

Olá a todos.

Outra versão de pneu maciço alternativo para bicicleta que emprega o conceito ERW (Energy Return Wheel).

http://tipoalgo.blogspot.com.br/2015/08/pneu-macico-alternativo-40.html

Abraços Tipoalgo.


SUBJECT: Herois anônimos e seus desprendimentos.
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/08/2015 15:11

Eis uma das ações que me encanta no ser humano. Infelizmente, a Natureza entregou bem poucos destes ao mundo.

Que, de alguma maneira, fizeram a diferença.

 

http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/bbc/2015/08/17/como-show-de-aberracoes-financiou-uma-revolucao-na-medicina.htm

 

Sds,

Victor.


SUBJECT: ENC: [ciencialist] Alimentador de cães [2 Anexos]
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/08/2015 19:04

Gelmiro,

 

Grande idéia.

 

Sempre tive  um desejo - apenas concretizado miudamente -   de cuidar e proteger animais, sobretudo cães.

Já tive dois - da raça pura vira-lata - que me causaram imenso sofrimento quando partiram para o nirvana deles. Nunca mais repetí a dose.

Agora, tergiversando um pouco, que de ferro não sou:

Vai ver que, algum dia, eles,  no andar evolutivo que a Natureza processa,  adquiram cognição, organizem-se(como abelhas, formigas, gente,  etc.) e queiram se vingar do humanos pelos maus tratos...Já  pensou leões, cães, tigres, gatos, pássaros, morcegos, todos pensantes e com sede de vingança?  Eu mesmo não quero virar lanche prá seu ninguém...

ùltimo fim de semana a polícia fez batidas em alguns locais - favelas - por aquí, usando cães. Quando isso acontece, fico receioso de que ao morder algum meliante ou petista, o pobrezinho...adoeça...de raiva!  Mas, para minha tranquilidade são  vacinados...

 

Aliás, tem um seriado sobre este tema, ZO. Que estou achando bacana.

Quem avisa amigo é!

 

Brincadeira à parte, valeu Belmiro.

 

Sds,

Victor.

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br]
Enviada em: sábado, 15 de agosto de 2015 14:31
Para: ListadeCiência
Assunto: [ciencialist] Alimentador de cães [2 Anexos]

 

 

[Anexos de Belmiro Wolski incluídos abaixo]

 

 

     Para o pessoal que se preocupa com os cães de rua. Desenvolvi esse alimentador automático para cães de rua. Tive a ideia quando vi um alimentador para aves que o Tipoalgo postou. É relativamente fácil de fazer e as Ong's que cuidam de cães de rua ou qualquer pessoa pode fazer. Afinal, cachorros também são humanos como já disse alguém.

 

*BW*


SUBJECT: Uso de celulares - nossos jovens em perigo!
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/08/2015 07:35

Olá,

Entendo que pesquisas do tipo são bem vindas e devem ser apoiadas pelos orgãos governamentais. No sentimento - com alguma base empírica, observacional - tendo adquirido a convicção de que o uso excessivo do celular está se tornando um vício, uma mania, um comportamento  quase compulsório. Sobretudo, e principalmente, por parte de dos garotinhos e garotinhas de nossa sociedade. A maioria, hoje,é proprietária de um desses  aparelhos, que oferecem recursos informáticos que, há uns 5/10 anos apenas, inexistiam.  Hoje, qualquer cirança "pinta e borda" com um desses monstrinhos "inteligentes". A informação ficou não apenas fácil, mas facílima. Tenho feito o seguinte: onde chego, num shopping, numa loja, ou em qualquer lugar onde há celulalóides - sempre os há em quantidade grande - delimito mentalmente uma área qualquer, conto a população envolvida e a quantos estão usando o celular naquele momento.  Se fizerem a mesma coisa, em qualquer lugar do país, irão ter uma baita surpresa. Os percentuais variam de 60 a 100%, com predomínio dos números mais próximos dos 100!.

Isto é, em meu ponto de vista, algo preocupante. Não pelo uso em si, mas pelo uso excessivo e muitas vezes desnecessário, que nada acrescenta. O fator comunicar-se com alguém é relevante, claro. Mas não é menos importante que os chamamentos das outras opções. Num grande aglomerado de pessoas, à noite, e de algum lugar alto, você vê uma coisa: o cintilar luminoso desses aparelhos em funcionamento, como uma população de pirilampos!.   Outro dia presenciei algo assim assistindo a um daqueles jogos do PAN. A platéia nas arquibancadas! alguém notou? É o predomínio da informação, o que, de resto, não é ruim. O que é ruim, como já salientei, é o uso excessivo sobretudo por parte de crianças, adolescentes; que, até atravessando uma rua, vão com o aparelho colado ao ouvido, seja namorando, seja simplesmente trocando figurinhas com seus pares de mesma idade.  E, parece, os pais podem fazer pouco, quase nada. É a onda, é a moda. Fazer o quê?

Já, já, essa coisa trará resultados negativos para essas crianças em formação escolar. O artigo abaixo já sinaliza  que algo deve ser feito, objetivando minimizar os efeitos dessa  tendência, que se afigura óbvia e ululante.

Não estranharei quando encontrar um consultório de psicologia com o chamamento:

"Clínica especializada em compulsão pelo uso do celular. Venha antes que fiquem mais burros...."

 

http://olhardigital.uol.com.br/noticia/viciados-em-smartphones-sao-mais-propensos-a-apresentarem-falhas-cognitivas/50574

 

Quem viver verá.

 

Sds,

Victor.


SUBJECT: Aquecimento Global
FROM: luiz silva <luizfelipecsrj@yahoo.com.br>
TO: ListadeCiência <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/08/2015 00:47

Video interessante relacionando atividade solar, raios cosmicos e mudança climatica.

Além de mostrar uns dados que.....




SUBJECT: Pneu Maciço Alternativo versão 4.1
FROM: Tipoalgo <tipoalgo@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/08/2015 09:45

Olá a todos.

Melhoramento do pneu maciço alternativo para bicicleta.

http://tipoalgo.blogspot.com.br/2015/08/pneu-macico-alternativo-41.html

Abraços Tipoalgo.


SUBJECT: Doações para Wikipédia.
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/08/2015 07:18

Olá, todos,

 

A Wikipédia de uns tempos para cá vem solicitando ajuda para continuidade deste trabalho magnífico que os  o grupo que a criou e a gerencia faz, ao longo destes últimos anos.

Eu concordo e dou meu apoio. É minha opinião que devemos colaborar.  A Wikipédia é um gigantesco banco de dados de conhecimentos. Em todas as áreas do conhecimento.

Acho que devemos ser solidários com este projeto, que tanto benefício tem prestado aos desejosos de conhecimento.

 

CAROS LEITORES DA WIKIPÉDIA, Vamos direto ao assunto: Hoje pedimos que você ajude a Wikipédia. Para proteger a nossa independência, nunca iremos publicar anúncios. Nós sobrevivemos de doações de cerca de R$25. Apenas uma pequena porção dos nossos leitores doarão. Se todos lendo isso agora doassem R$10, a nossa arrecadação de fundos terminaria em uma hora. É isso mesmo, o preço de um lanche é tudo que precisamos. Nós somos uma pequena organização sem fins lucrativos com custos inerentes a um website de ponta: servidores, colaboradores e programas. A Wikipédia é muito especial. É como uma biblioteca ou um parque público, onde todos podem ir para aprender. Se a Wikipédia lhe tem sido útil, pedimos que dedique um minuto para mantê-la online e livre de publicidade. Obrigado.

Parte superior do formulário

Único

Mensal*

 R$10

 R$20

 R$30

 R$50

 R$100

 R$250

 R$500

 R$ 

Cartão de Cré

Parte inferior do formulário

 

E os amigos, o que opinam a respeito?

 

Sds,

Victor.


SUBJECT: RES: [ciencialist] Doações para Wikipédia.
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/08/2015 12:55

Alguns reparos, no local.

Victor

 

De: ciencialist@yahoogrupos.com.br [mailto:ciencialist@yahoogrupos.com.br]
Enviada em: sexta-feira, 21 de agosto de 2015 07:19
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: [ciencialist] Doações para Wikipédia.

 

 

Olá, todos,

 

A Wikipédia de uns tempos para cá vem solicitando ajuda para continuidade deste trabalho magnífico que os  do grupo que a criou e  gerência fazem, ao longo destes últimos anos.

Eu concordo e dou meu apoio. É minha opinião que devemos colaborar.  A Wikipédia é um gigantesco banco de dados de conhecimentos. Em todas as áreas do conhecimento.

Acho que devemos ser solidários com este projeto, que tanto benefício tem prestado aos desejosos de conhecimento.

 

CAROS LEITORES DA WIKIPÉDIA, Vamos direto ao assunto: Hoje pedimos que você ajude a Wikipédia. Para proteger a nossa independência, nunca iremos publicar anúncios. Nós sobrevivemos de doações de cerca de R$25. Apenas uma pequena porção dos nossos leitores doarão. Se todos lendo isso agora doassem R$10, a nossa arrecadação de fundos terminaria em uma hora. É isso mesmo, o preço de um lanche é tudo que precisamos. Nós somos uma pequena organização sem fins lucrativos com custos inerentes a um website de ponta: servidores, colaboradores e programas. A Wikipédia é muito especial. É como uma biblioteca ou um parque público, onde todos podem ir para aprender. Se a Wikipédia lhe tem sido útil, pedimos que dedique um minuto para mantê-la online e livre de publicidade. Obrigado.

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E os amigos, o que opinam a respeito?

 

Sds,

Victor.


SUBJECT: Emaranhamento Clássico
FROM: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
TO: ListadeCiência <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/08/2015 19:10


     Para quem só tinha ouvido falar em emaranhamento quântico, eis minha versão para o:


     Emaranhamento Clássico

     Óleo sobre tela

     50cm x 50cm

     *BW*

      P.S. E não adianta virem com ofertas milionárias. Não está a venda!

SUBJECT: Re: [ciencialist] Emaranhamento Clássico
FROM: Tipoalgo <tipoalgo@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/08/2015 05:50

Arte com Ciência... sensacional, parabéns Mestre Belmiro.

Abraços Tipoalgo.




Em 21 de agosto de 2015 19:10, Belmiro Wolski belmirow@yahoo.com.br [ciencialist] <ciencialist@yahoogrupos.com.br> escreveu:
 


     Para quem só tinha ouvido falar em emaranhamento quântico, eis minha versão para o:


     Emaranhamento Clássico

     Óleo sobre tela

     50cm x 50cm

     *BW*

      P.S. E não adianta virem com ofertas milionárias. Não está a venda!



SUBJECT: SOFTWARE AJUDA STEPHEN HAWKING A FALAR
FROM: "Mtnos Calil" <mtnoscalil@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/08/2015 07:34

 

 

EMPRESA ABRE AO PÚBLICO SOFTWARE QUE AJUDA STEPHEN HAWKING A FALAR

  • 20 agosto 2015
  • O software ACAT foi criado especialmente para físico britânico Stephen Hawking

O código do software que possibilita ao físico Stephen Hawking falar através de um computador foi aberto ao público na internet por sua criadora, a Intel.

O programa, que agora também pode ser baixado gratuitamente por qualquer um, interpreta sinais visuais e os traduz em palavras, que são então "faladas" por uma voz sintetizada.

A Intel desenvolveu o programa, originalmente, especialmente para Hawking, mas ela já foi usada por outros afetados por doenças do neurônio motor (que afetam as células que controlam a atividade muscular).

A Intel espera que o ACAT, que roda no Microsoft Windows 7 e versões superiores, possa ser aperfeiçoado por pesquisadores que desenvolvem novas interfaces para pessoas que sofrem de doenças como a ELA (esclerose lateral amiotrófica), que afeta a Hawking.

O programa e o código-fonte completo foram publicados no site de compartilhamento de programação GitHub.

 

 

Escolha de sensor

 

A Intel experimentou diversos sensores para desenvolver o programa usado por Hawking

A Intel disse à BBC que o software pode executar outras funções além de enviar textos para um sintetizador de fala.

"Temos menus para acessar diferentes partes do computador", disse Lama Nachman, engenheira-chefe. "Se você quer usar o Word, navegar na internet e falar você pode usar o ACAT para isso."

Ela acrescentou que a equipe testou diversos sensores, e que esperam que os desenvolvedores tentem outras opções adequadas às necessidades e habilidades de cada paciente.

"Também temos um sensor [de movimento] chamado acelerômetro para pacientes que conseguem usar apenas o dedo, e um sistema de botão para quem consegue apertar botões", disse ela.

A Associação de Doenças do Neurônio Motor (MND Association) do Reino Unido elogiou a iniciativa da Intel.

 

 

Papel e caneta

 

"Ajudar a manter a comunicação de uma pessoa com esta doença pode ser simples como usar papel e caneta. Mas, à medida que a doença avança, as pessoas muitas vezes perdem o uso das mãos também", disse Karen Pearce, diretora de assistência da MND Association.

"É aí que a tecnologia de ponta AAC (Comunicação Ampliada e Alternativa, que auxilia pessoas com dificuldades) pode ajudar, mas é vital que terapeutas de discurso e linguagem avaliem as melhores opções para as famílias."

"Vai ser empolgante ver como vai funcionar essa abordagem de código aberto", diz.

A "AAC é uma parte fundamental da minha vida. Ao contrário de pesquisas médicas, a tecnologia está avançando muito rapidamente, e é animador ver novas coisas surgindo todos os anos", disse Euan MacDonald, que sofre de doença do neurônio motor e faz avaliações sobre acesso para deficientes no site Euan's Guide.

"Quanto mais tecnologias que nos ajudem a expressar o que pensamos, melhor", disse.

 

 

 

Leônidas Loureiro
 Saúde $ Paz

(91) 999856043/996418072/30310555

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SUBJECT: Pneu Maciço Alternativo versão 4.2
FROM: Tipoalgo <tipoalgo@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/08/2015 08:19

Olá a todos!

Alguns melhoramentos nesta versão:
- arame em substituição aos parafusos;
- desnecessário furar o aro;
- fixação da cinta metálica aos tarugos de borracha;
- fixação do pneu à cinta metálica.


Abraços Tipoalgo.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Pneu Maciço Alternativo versão 4.2
FROM: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/08/2015 09:49

Essas garras laterais servem para uma versão off-road!

Att.

Belmiro



Em Segunda-feira, 24 de Agosto de 2015 8:19, "Tipoalgo tipoalgo@gmail.com [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br> escreveu:


 
Olá a todos!

Alguns melhoramentos nesta versão:
- arame em substituição aos parafusos;
- desnecessário furar o aro;
- fixação da cinta metálica aos tarugos de borracha;
- fixação do pneu à cinta metálica.


Abraços Tipoalgo.




SUBJECT: Re: [ciencialist] Pneu Maciço Alternativo versão 4.2
FROM: Tipoalgo <tipoalgo@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/08/2015 14:21

Sim, Mestre Belmiro, esta engenhoca é queixo duro, qualquer terreno (QT), rsrsrs.

Abraços Tipoalgo. 




2015-08-24 9:49 GMT-03:00 Belmiro Wolski belmirow@yahoo.com.br [ciencialist] <ciencialist@yahoogrupos.com.br>:
 

Essas garras laterais servem para uma versão off-road!

Att.

Belmiro



Em Segunda-feira, 24 de Agosto de 2015 8:19, "Tipoalgo tipoalgo@gmail.com [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br> escreveu:


 
Olá a todos!

Alguns melhoramentos nesta versão:
- arame em substituição aos parafusos;
- desnecessário furar o aro;
- fixação da cinta metálica aos tarugos de borracha;
- fixação do pneu à cinta metálica.


Abraços Tipoalgo.





SUBJECT: Pneu Maciço Alternativo versão 5.0
FROM: Tipoalgo <tipoalgo@gmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/08/2015 14:51

Olá a todos.

Esta versão é muito fácil de fazer, tira qualquer um do "prego", ficou muito boa:

Abraços Tipoalgo.



SUBJECT: ENC: COSMOS: Emmy Noether
FROM: "JVictor" <j.victor.neto@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/08/2015 15:34

 

 

Olá,

Eis um novo e-mail de D.Soares, num comunicado enfocando um dos aspectos "cabeludos" da RG. Mas que não a compromete a RG, de maneira alguma, como alguns estudiosos do assunto dizem que compromete.

Faço, também, os  comentários  a respeito. Que, espero, se beneficie de comentários ou críticas por parte de vós outros.

 

Sds,

 

Victor.

 

De: José VictorVictorNeto [mailto:jvoneto1@gmail.com]
Enviada em: domingo, 23 de agosto de 2015 13:49
Para: 'Domingos S.L. Soares'
Assunto: RES: COSMOS: Emmy Noether

 

Caro Professor,

 

Esta sua resposta ao questionamento do GCC é perfeita.   

Há algum tempo, fazendo uma pesquisa sobre este assunto - que sempre me incomodou - encontrei o artigo

 "Energy-Momentum Gravitacional Field: Crucial Point for Gravitation Phisics and Cosmology, de Yu. Baryshev(yuba@astro.spbu.ru)-infelizmente não tenho o link(mas nada que tio Google não encontre!) - que trata dessa encrenca - séria -  com uma adequada dose de profundidade. Ele  esclarece bastante sobre a real situação dessa demanda teórica. Ao menos em meu nível de conhecimentos.

 

Pelo que tenho lido, o Prof. Roberto tem queixas contra a TR, do mesmo modo que seu mentor, o Prof. César Lattes(a quem, em minha opinião, a Física no Brasil deve muito).   Quanto à visão história do Prof. Roberto, particularmente concordo com o que diz, sobre o fato de Einstein haver usado conhecimentos pré-existentes, de não ter sido único nessa história. De fato, isto não consiste em demérito para Einstein como, a meu ver, o prof.roberto faz questão de enfatizar, em suas palestras. O que ele não reconhece é que algumas "coisinhas" cruciais não estavam na cabeça de ninguém, quais sejam: a necessidade de extender o Princípio da Relatividade para toda a física e o fato de postular que a velocidade da luz, no vácuo, é constante, não podendo haver algo com velocidade maior que esta(se houver massa, será sempre menor). Este foi  um insight único. 

Foi  isto que fez e faz a cósmica diferença. 

O grande Lorentz, sobre este assunto, tece rasgados elogios a Einstein, pela coragem e pela segurança de admitir o fato, e seguir em diante com ele, independentemente, dos gritos, do levantar de sobrancelhas e das "pedradas" que teve de suportar.

O outro insight que também estava no ar, mas ninguém - ninguém mesmo percebeu - foi o luminoso Princípio da Equivalência. Mas, em si, sua genialidade veio à tona quando, destas três  "coisinhas", tirou consequências inimaginável para qualquer pensador genial da época, incluindo-se Lorentz, Poincaré, Weyl, e tantos outros!  

 

Foi isto que fez a cósmica diferença, igualmente!

 

Entre outros insgihts, igualmente só dele,  que tanto enriqueceram a física e permitiu os desenvolvimentos que hoje assistimos.

 

Não acredito que qualquer deles, sequer passou perto de extrair do P. da Equivalência, por exemplo, as consequências teóricas expostas por Einstein. E, note-se, Poincaré, por exemplo, em minha opinião, foi o único ser humano capaz de equiparar-se a Einstein em genialidade e criatividade. Mas, por razões que nunca entendí, não conseguiu compreender a teoria da relatividade Einstein!. Simplesmente  isso! Pouco antes de morrer, em  uma de suas últimas palestras(Segundo exposto por Abraham Pais), Poincaré informou que havia descoberto um fato novo: a contração dos comprimentos!!) Esta é a prova de que não entendeu a essência da teoria de Einstein, o que nos leva a dizer que pregava outra teoria!

Por uma razão: a contração dos comprimentos é uma consequência direta e elementar dos postulados da TRE!

Outro que sempre me causou espanto, pela tenacidade em denegrir não só a TR mas a pessoa de seu autor, foi o Prof. César Lattes. E  este Professor, tal como seu aluno (suspeito que o tenha sido), certamente seguidor, ensinaram a teoria da relatividade por muitos anos, sendo que o Prof. Roberto o fez por 30 anos!

Há uns meses comprei um livro seu sobre Relatividade Restrita, como uma compilação dos cursos que ministrou. Lí alguns capítulos, apenas. Há melhores e mais objetivos.

 

Uma vez perguntei ao Prof. Fleming - um dos maiores mestres que este Brasil já teve - qual a razão desse comportamento do Prof. César Lattes em relação à relatividade e a Einstein.

O Prof. Fleming, que trabalhou com Lattes  muitos anos, disse-me sentir-se livre para dar sua opinião, liberada pelo próprio César Lattes: informou, também,  que César foi a mente matemática mais rápida que já viu. Era capaz de lidar com a matemática da cinemática relativista( muito complexa), como se estivesse somando 2+2!. E que não sabia atribuir uma causa específica para seu comportamento nesse mister, a não ser a instablidade de sua condição bi-polar, que pode alterar a razão, etc., como o mais provável.

 

Outro exemplo de que idéias salvadoras e avançadas - ainda que extremamente simples, mas profundamente impactantes  - surgem na mente de um único iluminado é o de Galileu, a respeito do ensinamento Aristotélico de que corpos mais pesados caem mais rápido que os menos pesados. Um simples insight Galileano num instante acabou com aquela idéia milenar. E a física nunca mais foi a mesma!

Só estou lembrando essas coisas, para corroborar e lhe parabenizar pela seguinte fecho:  " Como vemos, o Prof. Roberto foi um tanto forte em sua afirmação sobre a incorreção da TRG. Toda teoria física possui as suas limitações. O importante é ser capaz de reconhecê-las."  

"Um tanto forte"  é uma expressão magnânima e educada de avaliar tal coisa. Como não sou magnânimo, nem muito educado, sou casca grossa segundo alguns amigos da internet, eu diria, também, que o Prof. Roberto pegou a trilha errada e não descobriu - ou não reconheceu - como pegar  uma vicinal e sair para a realidade dos fatos teóricos e experimentais, que não deixam a menor dúvida.

 

Se fôssemos admitir que a RG está errada em razão de alguns  teóricos não haverem compreendido o cerne da questão, certamente por falta de recursos matemáticos mais afinados, como sugere o próprio Baez - e ele está certo - então a mecânica de Newton deveria está errada e deveria ser descartada. Mas não é esse o caso. A TN não foi descartada em vista da TR! E não só isso, perrmance soberana e funcional  nos limites de baixa gravidade e baixas velocidades;  além de, sempre, ter sido o porto seguro para as teorias que vieram posteriormente.

Foi remando por águas revoltas que Einstein buscou esse porto seguro. Ancorado nele,  pode estabelecer a validade e a beleza da RG.

 

Poderá a RG ser substiuída, em vista de alguma falha incontornável, um dia, ou por algo melhor? Claro! Nenhuma teoria, por mais estabelecida e fartamente corroborada pela experiência que seja pode ser considerada definitiva ou definitivamente correta.  Mas, acho que se outras vidas houvesse, nem na décima eu poderia testemunhar alguma mudança nesse particular mister.

 

É minha convicção, em vista do que expuz, de que sem a exposição dos 3(três) ingredientes devidos exclusivamente a Einstein, ora comentados, a TR, e portanto a física atual, certamente estaria num nível pouco superior àquele do início do século XX, era do maior "boom" científico de que a história tem conhecimento. Certamente, parece, apenas eu acredito nisso. Mas, como Prof. Roberto, não consigo reconhecer outra situação!.

 

Professor, desculpe-me o lenga lenga acima, mas é que não me contive e alimentei o desejo de expor o que penso.  Espero não lhe aborrecer ou tomar muito o seu tempo. Tenho essa mania de não ser econômico na exposição do que penso seja o certo.

 

Obs.: Outro dia lhe perguntei sobre uma demonstração geométrica, inteligível,  que levem às Identidades de Bianchi, além daquele manuseio algébrico e enfadonho, que nada acrescenta em termos  geométricos, apesar de, ao fim e ao cabo, expor de maneira magistral o conteudo de energia, e sua conservação, envolvido por elas;  e que, segundo o Prof. Fleming nem o próprio Einstein havia percebido!  Talvez, por isso, meu interêsse em algo mais profundo, fisicamente falando. Matematicamente, com o manuseio com aquela selva de índices, a graça é pouca...Apesar de eficiente.

 Descobri que, mas não avancei muito nisto,  uma demonstração simples e inteligível encontra-se na disciplina Topologia(que julgo não ter  mais tempo físico para estudar e aprender, não no nível que desejaria), que é mais básica que a geometria, em um de seus teoremas:

"A fronteira de uma fronteira é zero".  Andei "fuçando" objetivando encontrar dados desse teorema mas não encontrei, a não ser coisas muito elementares, com um aplicação elementar sobre as bordas das faces de um cubo, de onde saem as importantes identidades.

Portanto, deixe prá lá. Não perca seu precioso tempo só para satisfazer uma mera curiosidade de seu assíduo leitor.

 

Abraços,

Victor.

 

 

 

De: Domingos S.L. Soares [mailto:dsoares@fisica.ufmg.br]
Enviada em: quarta-feira, 19 de agosto de 2015 12:02
Assunto: COSMOS: Emmy Noether

 


_____________________________________________19 de agosto de 2015

Caros Amigos da Cosmologia,

Um leitor de meu Uma pedra no caminho da Teoria da Relatividade Geral (TRG) apresentou-me uma questão muito interessante. Ele — identifico-o por suas iniciais GCC — escreve:

(…)
“Li num certo artigo que encontrei na Internet que a Relatividade Geral é incorreta porque viola o princípio da conservação da massa. O autor do texto é professor e historiador de Física, trata-se do professor Roberto de Andrade Martins. Ele, porém, não explanou sua afirmação, não a justificando. Se puder esclarecer-me, ficarei grato.”
(…)

GCC enviou-me também a referência eletrônica do roteiro da palestra do Prof. Roberto (vejam em “O desenvolvimento histórico da teoria geral da relatividade”). No slide #2 (a numeração está no canto inferior direito) o Prof. Roberto afirma que “Sabemos que ela [a TRG] é incorreta, pois é incompatível com a conservação da energia …”

O objetivo da palestra do Prof. Roberto é mostrar que a TRG não foi a criação individual de Einstein mas o resultado do trabalho científico de inúmeros físicos e matemáticos contemporâneos e anteriores a Einstein. Vocês poderão constatar que ele atinge seu objetivo. Voltemos agora à questão de GCC.

No slide #71 encontramos a afirmação: “Einstein tentou introduzir [na TRG] um tensor para descrever a energia do campo gravitacional, a fim de estabelecer uma lei de conservação da energia. No entanto, só conseguiu criar um pseudotensor. Hilbert percebeu que a solução de Einstein estava errada e estimulou Emmy Noether a estudar o problema. Ela provou a impossibilidade de estabelecer uma lei de conservação da energia na relatividade geral.”

Aparece acima o nome da grande matemática alemã Emmy Noether (1882-1935). Entre outros trabalhos ela demonstrou um teorema que trata exatamente da questão de GCC. O chamado teorema de Noether aborda as relações entre as simetrias de sistemas físicos e as leis de conservação.

Um pouco de história e de física coletada nas páginas de wikipedia (ver https://en.wikipedia.org/wiki/Emmy_Noether; as referências bibliográficas aí citadas devem ser consultadas para confirmação do texto apresentado):

Noether foi trazida para Göttingen em 1915 por David Hilbert (1862-1943) e Felix Klein (1849-1925), os quais necessitavam de sua competência em teoria de invariantes para ajudá-los a entender a relatividade geral, uma teoria geométrica de gravitação desenvolvida principalmente por Albert Einstein. Hilbert tinha observado que a conservação da energia parecia ser violada na relatividade geral, devido ao fato de que a energia gravitacional poderia ela mesma gerar a gravitação. Noether forneceu a solução deste paradoxo, e uma ferramenta fundamental da física teórica moderna, com o primeiro teorema de Noether, o qual ela demonstrou em 1915, mas que não publicou antes de 1918 [ref.]. Ela não só resolveu o problema da relatividade geral, mas também determinou as quantidades que são conservadas para todo sistema de leis físicas que possue alguma simetria contínua.

Como ilustração, se um sistema físico se comporta da mesma forma, independentemente de como ele está orientado no espaço, as leis físicas que o governam possuem simetria de rotação; por causa desta simetria, o teorema de Noether mostra que o momento angular do sistema deve ser conservado [ref.]. O sistema físico em si mesmo não precisa ser simétrico; (…) Como outro exemplo, se um experimento físico tem o mesmo resultado em qualquer lugar e em qualquer instante, então as suas leis são simétricas sob translações contínuas no espaço e no tempo; pelo teorema de Noether, estas simetrias resultam nas leis de conservação do momento linear e da energia do sistema, respectivamente.

Vemos que uma resposta abrangente da questão de GCC deve ser feita no contexto geral do teorema de Noether. Não farei isto aqui. Apresentarei algumas considerações e alguns textos de outros autores que poderão auxiliar na compreensão deste intrigante problema.

Os interessados encontram os detalhes formais da conexão simetrias – leis de conservação e o teorema de Noether no artigo do Prof. Adriano de Souza Martins, da UFRJ, intitulado Simetrias e Leis de Conservação na Mecânica Clássica).

Os sistemas físicos são descritos pela TRG no espaço-tempo tetradimensional curvo e a relação entre simetrias e leis de conservação é muito mais complicada, o que é confirmado pelos Profs. Michael Weiss e John Baez da Universidade da California em Riverside, no início de seu artigo didático intitulado Is Energy Conserved in General Relativity?:

“Is Energy Conserved in General Relativity? In special cases, yes. In general — it depends on what you mean by 'energy', and what you mean by 'conserved'.”

“É a energia conservada na Relatividade Geral? Em casos especiais, sim. Em geral — depende do que você quer dizer por 'energia', e do que você quer dizer por 'conservada'.”

Como vemos, o Prof. Roberto foi um tanto forte em sua afirmação sobre a incorreção da TRG. Toda teoria física possui as suas limitações. O importante é ser capaz de reconhecê-las.

Um abraço a todos.

Saudações Cosmológicas,

Domingos

=========================
Domingos Sávio de Lima Soares
http://www.fisica.ufmg.br/~dsoares/
=========================


Para não receber mais mensagens desta lista: envie uma mensagem para dsoares@fisica.ufmg.br escrevendo no ASSUNTO "DESCADASTRAR COSMOS".

Para se cadastrar: envie uma mensagem para dsoares@fisica.ufmg.br escrevendo no ASSUNTO "CADASTRAR COSMOS".


ATENÇÃO: Esta e todas as outras mensagens enviadas para COSMOS estão disponíveis em http://www.fisica.ufmg.br/~dsoares/cosmos/cosmos.htm


 


SUBJECT: Re: [ciencialist] ENC: COSMOS: Emmy Noether
FROM: Belmiro Wolski <belmirow@yahoo.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/08/2015 18:53

Bom o seu "desabafo". Mas, que tem mato neste coelho, ou qualquer coisa assim, isso tem! Não creio que precisaria esperar tantas vidas para ver uma teoria melhor que a RG. Mas, concordo que dificilmente algo melhor surgirá nos próximos n anos. Minha esperança é que os ET's finalmente se apresentem e nos revelem sua teorias físicas. Aí certamente diremos: Como é que não pensamos nisso antes? Agora, a resposta para a questão, foi bem sem vergonha:
“É a energia conservada na Relatividade Geral? Em casos especiais, sim. Em geral — depende do que você quer dizer por 'energia', e do que você quer dizer por 'conservada'.”
Isto só pode ser coisa do Calil!

*BW*



Em Segunda-feira, 24 de Agosto de 2015 15:35, "'JVictor' j.victor.neto@uol.com.br [ciencialist]" <ciencialist@yahoogrupos.com.br> escreveu:


 
 
 
Olá,
Eis um novo e-mail de D.Soares, num comunicado enfocando um dos aspectos "cabeludos" da RG. Mas que não a compromete a RG, de maneira alguma, como alguns estudiosos do assunto dizem que compromete.
Faço, também, os  comentários  a respeito. Que, espero, se beneficie de comentários ou críticas por parte de vós outros.
 
Sds,
 
Victor.
 
De: José VictorVictorNeto [mailto:jvoneto1@gmail.com]
Enviada em: domingo, 23 de agosto de 2015 13:49
Para: 'Domingos S.L. Soares'
Assunto: RES: COSMOS: Emmy Noether
 
Caro Professor,
 
Esta sua resposta ao questionamento do GCC é perfeita.   
Há algum tempo, fazendo uma pesquisa sobre este assunto - que sempre me incomodou - encontrei o artigo
 "Energy-Momentum Gravitacional Field: Crucial Point for Gravitation Phisics and Cosmology, de Yu. Baryshev(yuba@astro.spbu.ru)-infelizmente não tenho o link(mas nada que tio Google não encontre!) - que trata dessa encrenca - séria -  com uma adequada dose de profundidade. Ele  esclarece bastante sobre a real situação dessa demanda teórica. Ao menos em meu nível de conhecimentos.
 
Pelo que tenho lido, o Prof. Roberto tem queixas contra a TR, do mesmo modo que seu mentor, o Prof. César Lattes(a quem, em minha opinião, a Física no Brasil deve muito).   Quanto à visão história do Prof. Roberto, particularmente concordo com o que diz, sobre o fato de Einstein haver usado conhecimentos pré-existentes, de não ter sido único nessa história. De fato, isto não consiste em demérito para Einstein como, a meu ver, o prof.roberto faz questão de enfatizar, em suas palestras. O que ele não reconhece é que algumas "coisinhas" cruciais não estavam na cabeça de ninguém, quais sejam: a necessidade de extender o Princípio da Relatividade para toda a física e o fato de postular que a velocidade da luz, no vácuo, é constante, não podendo haver algo com velocidade maior que esta(se houver massa, será sempre menor). Este foi  um insight único. 
Foi  isto que fez e faz a cósmica diferença. 
O grande Lorentz, sobre este assunto, tece rasgados elogios a Einstein, pela coragem e pela segurança de admitir o fato, e seguir em diante com ele, independentemente, dos gritos, do levantar de sobrancelhas e das "pedradas" que teve de suportar.
O outro insight que também estava no ar, mas ninguém - ninguém mesmo percebeu - foi o luminoso Princípio da Equivalência. Mas, em si, sua genialidade veio à tona quando, destas três  "coisinhas", tirou consequências inimaginável para qualquer pensador genial da época, incluindo-se Lorentz, Poincaré, Weyl, e tantos outros!  
 
Foi isto que fez a cósmica diferença, igualmente!
 
Entre outros insgihts, igualmente só dele,  que tanto enriqueceram a física e permitiu os desenvolvimentos que hoje assistimos.
 
Não acredito que qualquer deles, sequer passou perto de extrair do P. da Equivalência, por exemplo, as consequências teóricas expostas por Einstein. E, note-se, Poincaré, por exemplo, em minha opinião, foi o único ser humano capaz de equiparar-se a Einstein em genialidade e criatividade. Mas, por razões que nunca entendí, não conseguiu compreender a teoria da relatividade Einstein!. Simplesmente  isso! Pouco antes de morrer, em  uma de suas últimas palestras(Segundo exposto por Abraham Pais), Poincaré informou que havia descoberto um fato novo: a contração dos comprimentos!!) Esta é a prova de que não entendeu a essência da teoria de Einstein, o que nos leva a dizer que pregava outra teoria!
Por uma razão: a contração dos comprimentos é uma consequência direta e elementar dos postulados da TRE!
Outro que sempre me causou espanto, pela tenacidade em denegrir não só a TR mas a pessoa de seu autor, foi o Prof. César Lattes. E  este Professor, tal como seu aluno (suspeito que o tenha sido), certamente seguidor, ensinaram a teoria da relatividade por muitos anos, sendo que o Prof. Roberto o fez por 30 anos!
Há uns meses comprei um livro seu sobre Relatividade Restrita, como uma compilação dos cursos que ministrou. Lí alguns capítulos, apenas. Há melhores e mais objetivos.
 
Uma vez perguntei ao Prof. Fleming - um dos maiores mestres que este Brasil já teve - qual a razão desse comportamento do Prof. César Lattes em relação à relatividade e a Einstein.
O Prof. Fleming, que trabalhou com Lattes  muitos anos, disse-me sentir-se livre para dar sua opinião, liberada pelo próprio César Lattes: informou, também,  que César foi a mente matemática mais rápida que já viu. Era capaz de lidar com a matemática da cinemática relativista( muito complexa), como se estivesse somando 2+2!. E que não sabia atribuir uma causa específica para seu comportamento nesse mister, a não ser a instablidade de sua condição bi-polar, que pode alterar a razão, etc., como o mais provável.
 
Outro exemplo de que idéias salvadoras e avançadas - ainda que extremamente simples, mas profundamente impactantes  - surgem na mente de um único iluminado é o de Galileu, a respeito do ensinamento Aristotélico de que corpos mais pesados caem mais rápido que os menos pesados. Um simples insight Galileano num instante acabou com aquela idéia milenar. E a física nunca mais foi a mesma!
Só estou lembrando essas coisas, para corroborar e lhe parabenizar pela seguinte fecho:  " Como vemos, o Prof. Roberto foi um tanto forte em sua afirmação sobre a incorreção da TRG. Toda teoria física possui as suas limitações. O importante é ser capaz de reconhecê-las."  
"Um tanto forte"  é uma expressão magnânima e educada de avaliar tal coisa. Como não sou magnânimo, nem muito educado, sou casca grossa segundo alguns amigos da internet, eu diria, também, que o Prof. Roberto pegou a trilha errada e não descobriu - ou não reconheceu - como pegar  uma vicinal e sair para a realidade dos fatos teóricos e experimentais, que não deixam a menor dúvida.
 
Se fôssemos admitir que a RG está errada em razão de alguns  teóricos não haverem compreendido o cerne da questão, certamente por falta de recursos matemáticos mais afinados, como sugere o próprio Baez - e ele está certo - então a mecânica de Newton deveria está errada e deveria ser descartada. Mas não é esse o caso. A TN não foi descartada em vista da TR! E não só isso, perrmance soberana e funcional  nos limites de baixa gravidade e baixas velocidades;  além de, sempre, ter sido o porto seguro para as teorias que vieram posteriormente.
Foi remando por águas revoltas que Einstein buscou esse porto seguro. Ancorado nele,  pode estabelecer a validade e a beleza da RG.
 
Poderá a RG ser substiuída, em vista de alguma falha incontornável, um dia, ou por algo melhor? Claro! Nenhuma teoria, por mais estabelecida e fartamente corroborada pela experiência que seja pode ser considerada definitiva ou definitivamente correta.  Mas, acho que se outras vidas houvesse, nem na décima eu poderia testemunhar alguma mudança nesse particular mister.
 
É minha convicção, em vista do que expuz, de que sem a exposição dos 3(três) ingredientes devidos exclusivamente a Einstein, ora comentados, a TR, e portanto a física atual, certamente estaria num nível pouco superior àquele do início do século XX, era do maior "boom" científico de que a história tem conhecimento. Certamente, parece, apenas eu acredito nisso. Mas, como Prof. Roberto, não consigo reconhecer outra situação!.
 
Professor, desculpe-me o lenga lenga acima, mas é que não me contive e alimentei o desejo de expor o que penso.  Espero não lhe aborrecer ou tomar muito o seu tempo. Tenho essa mania de não ser econômico na exposição do que penso seja o certo.
 
Obs.: Outro dia lhe perguntei sobre uma demonstração geométrica, inteligível,  que levem às Identidades de Bianchi, além daquele manuseio algébrico e enfadonho, que nada acrescenta em termos  geométricos, apesar de, ao fim e ao cabo, expor de maneira magistral o conteudo de energia, e sua conservação, envolvido por elas;  e que, segundo o Prof. Fleming nem o próprio Einstein havia percebido!  Talvez, por isso, meu interêsse em algo mais profundo, fisicamente falando. Matematicamente, com o manuseio com aquela selva de índices, a graça é pouca...Apesar de eficiente.
 Descobri que, mas não avancei muito nisto,  uma demonstração simples e inteligível encontra-se na disciplina Topologia(que julgo não ter  mais tempo físico para estudar e aprender, não no nível que desejaria), que é mais básica que a geometria, em um de seus teoremas:
"A fronteira de uma fronteira é zero".  Andei "fuçando" objetivando encontrar dados desse teorema mas não encontrei, a não ser coisas muito elementares, com um aplicação elementar sobre as bordas das faces de um cubo, de onde saem as importantes identidades.
Portanto, deixe prá lá. Não perca seu precioso tempo só para satisfazer uma mera curiosidade de seu assíduo leitor.
 
Abraços,
Victor.
 
 
 
De: Domingos S.L. Soares [mailto:dsoares@fisica.ufmg.br]
Enviada em: quarta-feira, 19 de agosto de 2015 12:02
Assunto: COSMOS: Emmy Noether
 

_____________________________________________19 de agosto de 2015
Caros Amigos da Cosmologia,
Um leitor de meu Uma pedra no caminho da Teoria da Relatividade Geral (TRG) apresentou-me uma questão muito interessante. Ele — identifico-o por suas iniciais GCC — escreve:
(…)
“Li num certo artigo que encontrei na Internet que a Relatividade Geral é incorreta porque viola o princípio da conservação da massa. O autor do texto é professor e historiador de Física, trata-se do professor Roberto de Andrade Martins. Ele, porém, não explanou sua afirmação, não a justificando. Se puder esclarecer-me, ficarei grato.”
(…)
GCC enviou-me também a referência eletrônica do roteiro da palestra do Prof. Roberto (vejam em “O desenvolvimento histórico da teoria geral da relatividade”). No slide #2 (a numeração está no canto inferior direito) o Prof. Roberto afirma que “Sabemos que ela [a TRG] é incorreta, pois é incompatível com a conservação da energia …”
O objetivo da palestra do Prof. Roberto é mostrar que a TRG não foi a criação individual de Einstein mas o resultado do trabalho científico de inúmeros físicos e matemáticos contemporâneos e anteriores a Einstein. Vocês poderão constatar que ele atinge seu objetivo. Voltemos agora à questão de GCC.
No slide #71 encontramos a afirmação: “Einstein tentou introduzir [na TRG] um tensor para descrever a energia do campo gravitacional, a fim de estabelecer uma lei de conservação da energia. No entanto, só conseguiu criar um pseudotensor. Hilbert percebeu que a solução de Einstein estava errada e estimulou Emmy Noether a estudar o problema. Ela provou a impossibilidade de estabelecer uma lei de conservação da energia na relatividade geral.”
Aparece acima o nome da grande matemática alemã Emmy Noether (1882-1935). Entre outros trabalhos ela demonstrou um teorema que trata exatamente da questão de GCC. O chamado teorema de Noether aborda as relações entre as simetrias de sistemas físicos e as leis de conservação.
Um pouco de história e de física coletada nas páginas de wikipedia (ver https://en.wikipedia.org/wiki/Emmy_Noether; as referências bibliográficas aí citadas devem ser consultadas para confirmação do texto apresentado):
Noether foi trazida para Göttingen em 1915 por David Hilbert (1862-1943) e Felix Klein (1849-1925), os quais necessitavam de sua competência em teoria de invariantes para ajudá-los a entender a relatividade geral, uma teoria geométrica de gravitação desenvolvida principalmente por Albert Einstein. Hilbert tinha observado que a conservação da energia parecia ser violada na relatividade geral, devido ao fato de que a energia gravitacional poderia ela mesma gerar a gravitação. Noether forneceu a solução deste paradoxo, e uma ferramenta fundamental da física teórica moderna, com o primeiro teorema de Noether, o qual ela demonstrou em 1915, mas que não publicou antes de 1918 [ref.]. Ela não só resolveu o problema da relatividade geral, mas também determinou as quantidades que são conservadas para todo sistema de leis físicas que possue alguma simetria contínua.
Como ilustração, se um sistema físico se comporta da mesma forma, independentemente de como ele está orientado no espaço, as leis físicas que o governam possuem simetria de rotação; por causa desta simetria, o teorema de Noether mostra que o momento angular do sistema deve ser conservado [ref.]. O sistema físico em si mesmo não precisa ser simétrico; (…) Como outro exemplo, se um experimento físico tem o mesmo resultado em qualquer lugar e em qualquer instante, então as suas leis são simétricas sob translações contínuas no espaço e no tempo; pelo teorema de Noether, estas simetrias resultam nas leis de conservação do momento linear e da energia do sistema, respectivamente.
Vemos que uma resposta abrangente da questão de GCC deve ser feita no contexto geral do teorema de Noether. Não farei isto aqui. Apresentarei algumas considerações e alguns textos de outros autores que poderão auxiliar na compreensão deste intrigante problema.
Os interessados encontram os detalhes formais da conexão simetrias – leis de conservação e o teorema de Noether no artigo do Prof. Adriano de Souza Martins, da UFRJ, intitulado Simetrias e Leis de Conservação na Mecânica Clássica).
Os sistemas físicos são descritos pela TRG no espaço-tempo tetradimensional curvo e a relação entre simetrias e leis de conservação é muito mais complicada, o que é confirmado pelos Profs. Michael Weiss e John Baez da Universidade da California em Riverside, no início de seu artigo didático intitulado Is Energy Conserved in General Relativity?:
“Is Energy Conserved in General Relativity? In special cases, yes. In general — it depends on what you mean by 'energy', and what you mean by 'conserved'.”
“É a energia conservada na Relatividade Geral? Em casos especiais, sim. Em geral — depende do que você quer dizer por 'energia', e do que você quer dizer por 'conservada'.”
Como vemos, o Prof. Roberto foi um tanto forte em sua afirmação sobre a incorreção da TRG. Toda teoria física possui as suas limitações. O importante é ser capaz de reconhecê-las.
Um abraço a todos.
Saudações Cosmológicas,
Domingos
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Domingos Sávio de Lima Soares
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